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A Influência da Nação dos Cinco Por Cento no Rap. *Tradução livre feita por Zaus Kus…

Zaus Kush
12 hrs ·

A Influência da Nação dos Cinco Por Cento no Rap.


*Tradução livre feita por Zaus Kush do artigo escrito por Shawn Setaro para a Complex.
**AVISO: Esse texto não visa discutir as implicações políticas do envolvimento da nossa Comunidade com o
Islã, mas apenas servir como um registro histórico e possível ponto de partida para um re-encontro com a nossa
Cultura em sua integridade.
=====
Eu procurava algo que me dissesse o que eu já sabia por dentro. Então eu me identifiquei com a ideia de Deus
dentro do Homem. Eu me identifiquei como sendo um Deus. Essa linguagem me atraiu.
Estee Nack é um rapper de Lynn, Massachusetts, que me conta isso enquanto relembra o início de sua década
de envolvimento com a organização conhecida como a Nation of Gods and Earths (Nação dos Deuses e Terras),
ou os Five Percenters (Cinco Porcentistas) ou às vezes Five Percent Nation (Nação dos Cinco Por Cento). A
língua que ele está falando inclui termos familiares a qualquer fã de Hip-Hop, entre elas "Peace", "Word", "God" e
sua forma abreviada "G", e até mesmo a onipresente postura do B-Boy de braços cruzados. Você conhece os
Percentistas e suas ideias, mesmo que você ache que não.
O grupo foi iniciado no Harlem por um membro insatisfeito da NOI (Nação do Islã) em 1964. O nome de 5% vem
da crença do grupo de que seus adeptos são os 5% da população que conhece a verdade - que os Pretos são os
Humanos Originais do Planeta Terra e que o Homem Preto é Deus - e está determinado a usá-la positivamente.
85% das pessoas, na opinião do grupo, são as massas "surdas, mudas e cegas". E 10% estão cientes da
verdade, mas usaram seu conhecimento para manter as pessoas ignorantes.
( eu já escrevi um pouco sobre o Conhecimento dos Percentistas e sua influência no Hip-Hop aqui:
fb.com/zauskush/posts/1834693570139368 )
O rapper de batalhas Xcel encontrou os membros do grupo quando tinha 20 anos.
"Eles chamando uns aos outros Deuses ou dizendo 'Você é um Deus' te dá um senso de responsabilidade", diz
ele durante um telefonema. “Algo vai mal, você não pode culpar uma entidade externa. Está em você. Gostei do
senso de responsabilidade que ensinam. ”
Essa maneira de ver a Vida não é uma "invenção" dos Percentistas; ela sequer é uma invenção. Essa forma de
ver e ser é a base da Espiritualidade Africana e quem desejar verificar e trilhar o caminho da manifestação do
Eu-Deus, basta beber em nossas fontes e se livrar da perspectiva escravocrata eurocentrica proposta por suas
religiões que negam a Divindade do Homem.
Consequentemente, essa maneira de lidar com a vida, traz, dentre outras coisas, uma nova maneira de lidar com
o aprendizado e a linguagem.
Os Percentistas usaram as Lições de Sabedoria Suprema da Nação do Islã como texto principal, mas
incentivaran o aprendizado direto, a discussão cara-a-cara e a interpretação pessoal. E com o tempo, um
Supremo Alfabeto e a Matemática Suprema foram desenvolvidos. Cada letra e número tinha um significado
específico - que poderia ser combinado com os significados de outras letras ou números de formas criativas.
Eles também praticam a arte de decodificar palavras para encontrar associações ou significados ocultos.
O fundador Clarence Smith (também conhecido como Allah, o Pai) costumava passar longos períodos expondo
apenas uma única palavra.
Naturalmente, jovens Percentistas desempenharam um papel importante nos primeiros dias do Hip-Hop. O
rapper Raz Fresco, que aderiu à Filosofia Percentistas em 2014, explica.
"A Nação dos 5% foram vitais na raiz da Cultura Hip-Hop desde o início", explica. “Se você buscar conhecer o
Hip-Hop, você começa a lidar com o Conhecimento.”
A equipe mundialmente famosa de DJs, Supreme Team estava entre os primeiros artistas de Hip-Hop que
podem reivindicar qualquer afiliação no início dos anos 80. Mas quando a Era de Ouro chegou, as portas se
escancararam.
Entre meados dos anos 80 e início dos anos 90, era mais difícil encontrar um rapper que não fosse influenciado
pelos Deuses e Terras.
Seja Rakim (que usou o símbolo da Bandeira Universal com o “sete e a crescente” em sua jaqueta para a capa
do álbum de 1988 de Eric B. & Rakim, Follow the Leader), Brand Nubian, Nas, Busta Rhymes, Poor Righteous
Teachers (um grupo cujo nome vem dos ensinamentos Percentistas), o Wu-Tang Clan, Digable Planets, Gang
Starr, ou incontáveis outros, Rap e os Deuses e Terras tornaram-se basicamente sinônimos.
De repente, não eram mais...
Com algumas notáveis exceções de veteranos (incluindo JAY-Z usando um pingente da Bandeira Universal
durante a estréia de sua turnê Magna Carta Holy Grail em 2013-14), a influência da Five Percent no Rap diminuiu
no fim dos anos 90 e praticamente desapareceu com a chegada da "era bling bling" e ostentação.
Termos e idéias dos Percentistas tornaram-se tão comuns na Cultura, que suas origens foram em grande parte
esquecidas.
Décadas depois do grupo deixar sua Marca, como estão as coisas agora?
Há espaço para o Conhecimento de Si na paisagem dominada pelos traps de hoje?
Organizações com os ideais como os dos Percentistas podem voltar à onipresença no Hip-Hop?
O rapper 6orn foi exposto aos Deuses e Terras desde cedo em sua cidade natal, Roxbury, Massachusetts. Eles
estavam "sempre por perto", diz ele, embora não tenha se envolvido totalmente até 2008. Nos últimos anos, ele
mudou seu som do que ele chama de "boom-bap consciente" para algo mais próximo do atual som central em
Atlanta, com colaboradores incluindo Zaytoven e Quavo.
6orn compara sua atual abordagem ao modo como o Pai costumava divulgar sua mensagem. O Pai, em sua
saída da Nação do Islã, permitiu que bebessemos em sua nova Organização, e passava o tempo recrutando nas
ruas.
"Vou me atualizar", diz 6orn. “Eu vou lhe dizer por quê. O Pai ensinava as pessoas. Ele não iria até as pessoas
que já possuíam algum tipo de Conhecimento. Ele sempre buscava por pessoas cruas. Ele se colocava no nível
delas. Então, se estivessem em jogatinas na esquina, ele ia apostar com elas. Enquanto estivessem jogando,
ensinaria a eles. Ele costumava se aproximar das pessoas e fazer o que elas estavam fazendo e as ensinava.
"É assim que me sinto sobre a minha música. Eu vou entrar nesse novo mundo. Essa é apenas uma estratégia
para entrar lá. Eu sinto que temos que fazer o que o Pai fez, cara. Apenas entre lá, vá com um disfarce. Quando
você começar a conversar com alguém, você dá o papo."
Para Raz, que mora no subúrbio de Toronto, em Branson, ser um Five Percenter no Rap é menos sobre
transformar doutrina em rima do que em expressar uma Cosmovisão.
“A maneira como eu comunico minhas ideias e confio em mim mesmo vai mudar porque a forma como
processo todas as informações e o modo como processo a vida está mudando. Não é só por eu estar
estudando essas lições. Sou eu sentando e chegando á conclusões. Então, está mudando a maneira como eu
opero completamente como pessoa e como indivíduo. É um processo de transformação mais do que apenas
um processo de sentar e ler.”
Dito isso, a música e videos de Raz contêm muitas referências dos Deuses e Terras. "Actual Name" faz
referência às ideias e linguagem do grupo no refrão, e o vídeo contém cenas de um mural da Bandeira Universal.
Estee Nack está tentando reconstruir o envolvimento da Five Percenter no Hip-Hop a nível local. Trabalhando ao
lado de artistas como King Author e Tapout, ele faz parte de uma comunidade de artistas do Hip-Hop de sua
área que estão envolvidos no NoGE (Nation of Gods and Earths).
"Muitos de nós [que] lidamos com os ensinamentos, somos talentosos e criativos", explica ele. “De um jeito ou
de outro, lidamos com as coisas que dizem respeito ao Rap. No geral, ser um dos Deuses é sobre criar. Nós
geralmente trazemos algum tipo de expressão criativa. ”
Falando com os rappers atuais que estão envolvidos com os Deuses e Terras e querem refletir e compartilhar
suas idéias em suas músicas, fica nítido que essas são as principais abordagens. Alguns, como 6orn, estão
tentando entrar no mainstream antes de passar mensagens. Outros, como Raz, estão confiando em sua visão
de mundo formada pelos Deuses e Terras para mostrar seu ponto de vista. Além deles, artistas como Estee,
estão trabalhando a partir do zero.
Mas as opiniões divergem sobre a questão de saber se a divulgação no Rap é mesmo necessária. Enquanto
alguns querem trazer de volta o Rap dominado pelo Conhecimento dos 5% dos anos 80 e 90, outros não estão
convencidos de que retornar aos bons e velhos tempos é a resposta para qualquer coisa. Xcel está firmemente
no primeiro grupo.
"Precisamos trazer os Deuses e Terras de volta", diz Xcel, que se envolveu em uma competição notável que se
desdobrou num debate teológico com o rapper cristão Loso em 2016. "Acho que precisamos trazer de volta a
integridade no Hip-Hop". É isso aí. Eu não estou puto por você estar ganhando dinheiro. Eu só acho que deveria
haver uma linha de integridade e um retorno ao zelo com o ofício.”
Estee Nack, no entanto, não tem interesse em usar o Rap como plataforma para atingir um público de massa.
"Aqueles que podem ouvir as trombetas na chegada de Deus são os que virão a Ele", diz ele. "Eu realmente não
estou muito preocupado com aqueles que não ouvem. Estou apenas me certificando de que estou sendo o
melhor que posso no que faço e sendo capaz de influenciar positivamente minha Comunidade.
"Eu não estou aqui tentando converter as pessoas para os Cinco por Cento. Somos os Cinco por Cento - isso já
fala por si. Os Cinco por Cento serão os 5%, os 85% serão os 85%, e os 10% serão os 10%. Todos nós vamos
desempenhar o nosso papel nesta sociedade, e não tenho nenhum interesse em tentar mudar isso. Estou
focado no meu crescimento e desenvolvimento pessoal, e sendo capaz de compartilhar isso com as pessoas
que estão ao meu redor, ou as pessoas que podem me acessar através da internet ou através da minha música.

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Tekle Mpòmbe Nsi Afreeka Kemet and 107 others

32 shares

Alex Macena
1

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Mara Mbhali
up p ler dps 1

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Guilherme Graf Storm


Super foda mano, ótimo trabalho. Só fortalece. 1

11 hrs Like Reply More


py

Mundombe O Kilundumuna
Ok 1

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Wellington Sales
Elber Almeida 1

11 hrs Like Reply More

Icaro IceJay Gonçalves


Tinha visto um documentário sobre mas não tinha legenda e meu inglês não dá pra entender
quase nada, fortaleceu grandão 1

11 hrs Like Reply More

Ph Lynn
Comentar pra ler depois 1

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Patrick Pantoja
Que texto hein 1
<3
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Augusto Ramos
Up 1

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Suu Santos
Up 1

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Tekle Mpòmbe Nsi Afreeka Kemet


O 7 Perfeito! 1

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Débora Corrêa
Michel Zumbi 1

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Kwame Asafo Nyansafo Atunda


É por isso que o meu filho com a Ericka Badu chama se Seven! Rs 2

9 hrs Like Reply More

Kiamba Uimgui
Joaquim de Marcos... 1

9 hrs Like Reply More

Nana Batista
9obrigada por partilhar conhecimento conosco. 1

9 hrs Like Reply More


py

Alexandre Divua
Perfect 1

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Esdras Souza
Vou ler mais tarde 1

8 hrs Like Reply More

Andre Medeiros
"Eles também praticam a arte de decodificar palavras para encontrar associações ou significados
ocultos." - Me parece haver muita similaridade com aquilo que fazem alguns Rastas como Vaughn
Benjamin naquele vídeo lá, onde também mostra como "brincam" com as palavras... o Grande Seba
nunca deixou de estar entre nós... e nos mostra o caminho de volta pra casa de qualquer lugar que a
Maafa tenha nos colocado...

8 hrs Like Reply More

Ginnes Tarishi
Rodrigo duvido c lê td

Flagrem tb Hercules Ewerton


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Ilram Albuquerque
Bruno Matsolo 1

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Bruno Matsolo replied · 1 reply

João Paulo
Aprendi muito , obrigado mano.
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CN
Bruninha Soares Zaki Nito 1

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Hanry Fortunato
Victor Lorhan
5 hrs Like Reply More

Felipe Gomes
Carlos A Moura Maia Jefferson Luis
4 hrs Like Reply More
Marcus Vinicius Lima Martins
Tô aqui biruta refletindo sobre as ideias
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Aya Canela Ororo


Nick Adiel Sichelero
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