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METODOLOGIA DO
TRABALHO
CIENTÍFICO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...............................................................................................3
1. INTRODUÇÃO................................................................................................4
2. A CIÊNCIA......................................................................................................7
3. METODOLOGIA CIENTÍFICA......................................................................11
4. O MÉTODO E A PESQUISA........................................................................26
APRESENTAÇÃO
Caro aluno(a),
O Instituto INE espera ainda, tornar a sua vida mais tranquila com
relação à pesquisa científica. Dessa forma, você poderá dedicar-se com tempo
e atitude assertiva àquilo que lhe é mais importante: sua formação pessoal e
intelectual de forma crítica e prazerosa.
1. INTRODUÇÃO
2. A CIÊNCIA
que de acordo com o mesmo autor, “há uma ressurreição das entidades
globais, como o cosmo, a natureza, o homem". (MORIN, 2002, p. 89-90).
E é nessa perspectiva da ciência revolucionária que, Lakatos e Marconi
(2009), a definem por “um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou
prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem
referência a objetos de uma mesma natureza” (p. 77). Junior (1988) a
conceitua como “um conjunto de proposições (teorias) coerentes, sem
contradições internas, com encadeamento racional, despida de valorações e
subjetividade” (p. 23). Para Dencker (1998) a ciência “caracteriza-se como uma
forma especial de conhecimento da realidade empírica” e mais a frente afirmam
ser “um conhecimento racional. Metódico, sistemático, capaz de ser submetido
à verificação e que passa por um processo de reflexão” (p. 65).
Diante do exposto, caracterizaremos a ciência de acordo com sua
finalidade: distinguir características, leis e princípios comuns que controlam os
eventos; sua função: aperfeiçoar e ampliar a relação do homem com a
realidade através do conhecimento e; seu objeto formal: olhar das diversas
ciências sobre um mesmo objeto material: aquilo que se pretende conhecer.
E para construir esse conhecimento, vamos à a Metodologia Científica.
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3. METODOLOGIA CIENTÍFICA
psicanálise não são ciências do ponto de vista empírico, já que não podem ser
submetidas ao princípio da falsificabilidade na construção do conhecimento.
Mais adiante aprofundaremos nos conceitos de conhecimento, mas
vamos entender rapidamente a diferença entre conhecimento popular e
conhecimento científico. O conhecimento popular também denominado de
senso comum se diferencia do conhecimento científico não pela veracidade ou
natureza do objeto conhecido, mas pela forma, pelo modo, pelo método e pelos
instrumentos para chegar ao conhecimento.
Marconi e Lakatos (2004) nos oferecem um exemplo bem prático: saber
que uma determinada planta precisa de uma quantidade “X” de água e que se
não a receber de forma natural, deve ser irrigada, pode ser um conhecimento
verdadeiro e comprovável, mas, nem por isso, científico. Para que esse
conhecimento ocorra é necessário ir além: conhecer a natureza dos vegetais,
sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que
distinguem uma espécie da outra.
Esse exemplo nos leva a crer que:
1 – A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade;
4
Expressão latina que significa Sentido Amplo. No caso dos cursos de Pós-graduação, os cursos de
especialização lato sensu tendem a focar na aplicabilidade prática de um conceito.
5
Expressão também de origem latina que significa Sentido Restrito. Em nível de Pós-graduação leva o
aluno ao título de Mestre ou Doutor.
Nos cursos reconhecidos pelo MEC e classificados pela CAPES, o Mestrado e na sequência Doutorado
tem duração média de 3 anos cada, com foco na academia e ênfase nas atividades de pesquisa e extensão.
São cursos que exigem sobremaneira do candidato. Àqueles que pretendem seguir carreira acadêmica em
Universidades renomadas, tem-se exigido Doutorado e dedicação exclusiva. A seleção é rigorosa,
criteriosa, passando por análise de currículo, entrevista e projetos de pesquisa que venham a contribuir
com o desenvolvimento do país.
A CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – é uma agência de fomento
à pesquisa brasileira. Ela avalia trienalmente os cursos de Pós-graduação do Brasil. É a única entidade
que pode determinar na prática o fechamento ou descredenciamento de cursos com notas baixas ou
deficientes, o que acontece através do Qualis.
O Qualis é o sistema de avaliação de periódicos mantido pela CAPES, classifica os veículos de
divulgação da produção intelectual dos programas quanto à circulação local, nacional ou internacional e
qualidade (conceitos A, B, C) por área de avaliação.
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As ciências possuem:
a) Um objetivo ou finalidade – preocupação em distinguir a característica
comum ou as leis gerais que regem determinados eventos.
b) Uma função – aperfeiçoamento, por meio do crescente acervo de
conhecimentos, da relação do homem com seu mundo.
c) Objetos que podem ser material (aquilo que se pretende estudar, analisar,
interpretar ou verificar) ou formal (o enfoque especial, em face das diversas
ciências que possuem o mesmo objeto material.
Devido à complexidade do universo e a diversidade de fenômenos que
nele se manifestam, aliadas à necessidade do homem de estudá-los para
entendê-los e explicá-los, levaram ao surgimento de diversos ramos de estudo
e ciências específicas. A classificação pode ser pela complexidade, conteúdo,
objeto ou tema.
Marconi e Lakatos (2004) oferecem várias classificações, mas ressaltam
ser mais pertinente a classificação de Bunge (1974) o qual divide as ciências
em formais e factuais:
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Lógica
FORMAIS Matemática
CIÊNCIAS Física
Naturais Química
Biologia e outras
FACTUAIS
Antropologia
cultural
Direito
Sociais Economia
Política
Psicologia social
Sociologia
4. O MÉTODO E A PESQUISA
4.1.Método
Buscamos a resposta em diversos autores: Souza, Fialho e Otani (2007)
o definem como técnicas e instrumentos que determinam o modo sistematizado
da forma de proceder num processo de pesquisa. Já para Trujillo (1974)
método é a forma de proceder ao longo de um caminho.
Em sendo, pode-se concluir que na ciência, os métodos constituem os
instrumentos básicos de ordenação do processo de pesquisa, ou seja, traçam
de modo ordenado a forma de proceder do cientista, ao longo de um percurso,
para alcançar um objetivo.
É bem verdade que ao longo da história da humanidade, esses métodos
vêm sofrendo transformações. Na Antiguidade Clássica, período
contemporâneo dos grandes filósofos Pitágoras, Sócrates e Platão, bastava a
palavra do mestre para que fosse aceito um teorema como verdadeiro.
Porém e a partir da Idade Moderna, com o advento do Renascimento,
presenciamos o pioneirismo de Galileu Galilei, passando por Francis Bacon,
Rene Descartes, Isaac Newton, além de outros tantos pensadores, na
transformação do método científico e a busca pela confirmação dos dados e
hipóteses. Assim, chegamos às técnicas atuais para validação de nossos
pressupostos a respeito dos acontecimentos que nos cercam.
Embora cada um dos pioneiros acima tenha traçado os seus passos,
achamos por bem exemplificar com Galileu, posto ser este, o precursor da
ciência moderna e das técnicas de pesquisa a partir de métodos, ou seja, do
uso da Metodologia Científica, no fazer da ciência e na construção do
conhecimento.
Os seus principais passos foram:
1. Observação dos Fenômenos
2. Análise das Partes, Estabelecendo Relações Quantitativas
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3. Indução de Hipóteses
4. Verificação das Hipóteses – Experimento
5. Generalização dos Resultados
6. Confirmação das Hipóteses
7. Estabelecimento de Leis Gerais
4.1.1-Método Dedutivo:
O Método Dedutivo, proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e
Leibniz, pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento
verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das
premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem
descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão.
Usa o silogismo da construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar
uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de
conclusão (GIL, 1995; LAKATOS,MARCONI, 1993).
O clássico exemplo de raciocínio dedutivo é:
Todo homem é mortal. (premissa maior)
Pedro é homem. (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal. (conclusão)
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4.1.2-Método Indutivo:
O Método Indutivo foi proposto pelos empiristas: Bacon, Hobbes, Locke
e Hume. Consideram que o conhecimento é fundamentado na experiência, não
levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo, a
generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As
constatações particulares levam à elaboração de generalizações (GIL, 1995;
MARCONI; LAKATOS, 2004).
Um clássico exemplo de raciocínio indutivo:
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Antônio é mortal.
João é mortal.
Carlos é mortal.
Ora, Antônio, João ... e Carlos são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.
4.1.3-Método Hipotético-dedutivo:
Proposto por Popper, este método consiste na adoção da seguinte linha
de raciocínio: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado
assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o
problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são
formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se
consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar
falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método
dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético-
dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-Ia (GIL,
1995, p.30).
4.1.4-Método dialético:
Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as contradições
se transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer
solução. É um método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade.
Considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto
social, político, econômico, etc. Muito aplicado em pesquisa qualitativa
(SOUZA, FIALHO, OTANI, 2007).
pois as instituições alcançaram sua forma atual por meio de alterações de suas
partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural
particular de cada época.
O método comparativo empregado por Tylor, considera o estudo das
semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades ou
povos. Contribui na compreensão do comportamento humano. Ele realiza
comparações com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. É
usado tanto para comparar grupos no presente como no passado, ou entre os
existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes
estágios de desenvolvimento.
Esse método permite analisar o dado concreto, deduzindo do mesmo os
elementos constantes, abstratos e gerais. Constitui numa verdadeira
experimentação direta. Empregado em estudos de largo alcance
(desenvolvimento da sociedade capitalista), e de setores concretos
(comparação de tipos específicos de eleições), assim como estudos
qualitativos (diferentes formas de governo) e quantitativos (taxa de
escolarização de países em desenvolvimento e subdesenvolvimento)
(MARCONI E LAKATOS, 2004).
O método monográfico foi criado por Le Play que o empregou para
estudar famílias operárias na Europa. Parte do princípio de que qualquer caso
que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de muitos
outros ou até de todos os casos semelhantes. Esse método consiste no estudo
de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou
comunidades, com a finalidade de obter generalizações.
O método estatístico foi planejado por Quetelet. Os processos
estatísticos permitem obter de conjuntos complexos, representações simples e
constatar se essas verificações simplificadas têm relação entre si. Assim, o
método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos, políticos,
econômicos etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística, que
permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações
sobre sua natureza, ocorrência ou significado.
O papel do método estatístico é, antes de tudo, fornecer urna descrição
quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado. Por
exemplo, definem-se e delimitam-se as classes sociais, especificando as
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4.2-Pesquisa
6
Observe a ordem de colocação dos autores… por data e alfabética.
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Coleta de Análise de
Objetivo Delineamento Natureza
dados dados
evitar recorrer à entrevista para obter dados de valor incerto ou para obter
informações precisas, cuja validade dependeria de pesquisas ou de
observações controladas, tais como datas, relações numéricas etc.
O questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois
possibilita medir com mais exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra
questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma
fórmula que o próprio informante preenche. Assim, qualquer pessoa que
preencheu um pedido de trabalho teve a experiência de responder a um
questionário. Ele contém um conjunto de questões, todas logicamente
relacionadas com um problema central.
O questionário poderá ser enviado pelo correio, entregue ao
respondente ou aplicado por elementos preparados e selecionados. Nesse
caso, pode ser aplicado simultaneamente a um maior número de indivíduos
(MINAYO; DESLANDES, 2009). Todo questionário deve ter natureza impessoal
para assegurar uniformidade na avaliação de uma situação para outra. Possui
a vantagem de os respondentes se sentirem mais confiantes, dado o
anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas mais reais (o que
pode não acontecer na entrevista). Deve, ainda, ser limitado em sua extensão
e finalidade.
É necessário estabelecer, com critério, as questões mais importantes a
serem propostas e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos.
Devem ser propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas de
forma a não insinuarem outras colocações. Se o questionário for respondido na
ausência do investigador, deverá ser acompanhado de instruções minuciosas e
específicas.
O uso de perguntas abertas permite obter respostas livres. Exemplo: Do
que você mais gosta na cidade? Já as perguntas fechadas permitem obter
respostas mais precisas.
Exemplo: Seu nível de escolaridade é:
( ) ensino fundamental ( ) graduação
( ) ensino médio ( ) pós-graduação
As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, simples de
codificar e analisar. As perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas
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5.1-Pesquisando na Internet
Esta busca obteve 1484 páginas que contêm as três palavras (uma dica:
para não ter que ir clicando em um resultado e depois voltar para a página de
busca, escolher outra visitar e voltar, clique com o outro botão do mouse sobre
o link desejado e opte por abri-lo em uma nova janela, com isso você poderá
abrir vários resultados ao mesmo tempo). Veja na figura abaixo que também é
possível acionar uma tradução (TRANSLATE) de uma referida página.
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Scielo: www.scielo.org
Bireme: www.bireme.br
PubMed: www.pubmed.com.br
6.2-Evitando o plágio
É possível evitar o plágio, para tanto, faça sempre uma síntese do que
você leu, conhecida como Leitura Sintópica, pois, sua originalidade resultará
dessa síntese da bibliografia consultada.
Além disso, quando precisar consultar outras fontes bibliográficas, dê a
si próprio tempo suficiente para digerir a pesquisa. Se você está trabalhando
diretamente do livro fonte, você pode começar a fazer um plágio mosaico. Se
você escrever uma primeira versão sem usar o material da fonte, e, então,
consultar novamente a fonte e incorporar as citações que você precisa e indicar
seus empréstimos, você poderá perceber que produziu um texto mais original.
A originalidade resulta da síntese do que você leu.
Algumas ferramentas podem ser utilizadas para que não se cometam
pequenos plágios não intencionais, tais como:
a) Ficha literária: sempre que você ler algum livro, artigo ou quaisquer outros
documentos, anote os dados necessários para as devidas referências
(Autor. Título. Edição. Local: editora, ano);
b) Anotações: tome notas cuidadosamente durante a pesquisa, incluindo
referências bibliográficas completas. Isso irá assegurar que você possa
facilmente fazer referência à fonte quando estiver preparando a versão final.
c) Parênteses: transforme num hábito colocar entre parêntesis referências
para todas as fontes de onde você fez empréstimos em cada versão que
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você escreve. Isso irá lhe poupar tempo porque você não terá que revisitar
os textos referidos quando estiver preparando a versão final.
d) Tempo: reserve um tempo hábil e necessário para pesquisar, escrever e
revisar o seu trabalho. Inicie a pesquisa suficientemente cedo para
determinar se seu tópico é trabalhável. Estudantes que apresentam um
trabalho sobre um tópico diferente do proposto ou daquele sobre o qual
fizeram trabalhos preliminares são frequentemente suspeitos de plágio.
Quando você não consegue encontrar o material que precisa e não tem
tempo suficiente para começar um novo tópico, plagiar é uma grande
tentação.
e) Confiança: acredite no seu potencial e trabalhe arduamente. Até mesmo os
melhores escritores, às vezes, não têm consciência de suas boas ideias e
acham que não têm nada a dizer quando na verdade seus escritos dizem
muito. Ideias originais resultam de se trabalhar estreitamente com ideias de
outros, não de flashes de inspiração;
f) Rotina: não se faz ciência sem uma rotina de trabalho e pesquisa;
g) Normas Técnicas: contar sempre com um guia de documentação (manual
do TCC) com as regras de como redigir referências bibliográficas;
h) Ajuda: no Instituto IBE/FACEL a professora, autora dessa apostila é a
responsável pela Metodologia Científica, mas, também, em auxiliá-lo na
feitura do seu trabalho, estando ao seu dispor, diariamente, via email ou
telefone. Procure-nos para as devidas orientações, sempre que precisar.
Não fosse a Ética um valor tão escasso, a Internet poderia ser a grande
diferença de quem tem o privilégio de viver na Era da Informação: fonte quase
inesgotável de auxílio para facilitar, agilizar e melhorar a pesquisa no mundo
acadêmico.
Na faculdade, aprender a usar fontes bibliográficas é uma das coisas
mais importantes. Usando corretamente as fontes e indicando claramente seus
débitos para com essas fontes, seus escritos ganham clareza, autoridade e
precisão. Uma discussão com uma pessoa bem informada e atenta nos ajuda a
construir pensamentos coerentes e originais. Usar fontes bibliográficas num
texto é um meio de desenvolver tais discussões e produzir ciência de fato.
Escritores que plagiam deixam de ter respeito e de participar de uma
comunidade intelectual. Se eles são profissionais, terão a prática da sua
profissão barrada ou seu trabalho pode não ser levado a sério. Se eles são
estudantes, carregarão o peso e a culpa de ter plagiado, juntamente com um
rótulo de plagiador. Professores suspeitarão de seus trabalhos e não se
disporão a apoiá-los em seus esforços futuros e nem quererão trabalhar com
eles. Academicamente falando, plagiar é um dos maiores erros que alguém
pode fazer.
É necessário que se aprenda a expressar as suas ideias com a devida
clareza e honestidade, caso contrário, será preocupante a perspectiva de que a
qualidade e idoneidade do seu trabalho possa se limitar à qualidade e
idoneidade do que está na Internet.
Porém, faz-se necessário todo o cuidado na elaboração de um texto
científico, conquanto existe um ponto onde uma ideia tomada emprestado de
alguém se torna, após longa reflexão, sua própria.
Sendo assim, uma vez que você seja escrupuloso na indicação do
material citado e dos empréstimos imediatos feitos em paráfrases, você não
será suspeito ou acusado de plágio.
Outrossim o Instituto IBE/FACEL dispõe de ferramentas que possibilitam
a realização de buscas e captura de possíveis cópias em seu trabalho,
portanto, não vale o risco.
E para esclarece ainda mais essa questão, segue uma lista de conceitos
necessários para o bom andamento do trabalho.
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6.3-Conceitos
ser indicada e ressaltada por aspas no início e no fim da citação ou, quando a
citação é longa, a mesma deve ser colocada em um parágrafo separado por
dois espaços antes e depois do texto principal, em fonte com tamanho menor e
recuado à direita 4,0 cm. A fonte da citação (autor, data e página) precisa,
ainda, ser referenciada, seja no próprio texto (em chamada anterior ou
posterior a ela) ou em nota de rodapé.
Referência: referendar é identificar a fonte de uma citação, paráfrase ou
resumo. A prática de referenciar em textos acadêmicos e profissionais
requerem o nome do autor, o título do livro ou periódico em que ele apareceu, a
data da publicação da obra e o número da página em nota de rodapé. Porém,
os textos acadêmicos e profissionais exigem uma referência completa, dentro
do texto (autor, data e página) e uma entrada bibliográfica em nota de rodapé
ou completa numa lista de Trabalhos Referenciados (Referências).
Plágio mosaico: esse é o tipo de plágio mais comum. O Escritor não faz uma
cópia da fonte diretamente, mas muda umas poucas palavras em cada
sentença, sem dar crédito ao autor original. Esses parágrafos ou sentenças
não são citações, mas estão tão próximas de sê-las que eles deveriam ter sido
citados ou, se eles foram modificados o bastante para serem classificados
como paráfrases, deveria ter sido feita a referência à fonte.
Plágio direto: copiar, integralmente, uma frase, parágrafo ou mesmo um
conceito, de uma fonte sem indicar que é uma citação e sem fazer referência
ao autor.
Tomar emprestado o trabalho de outros estudantes: este é um plágio direto
consentido. Não há nada de errado em se tomar informações ou recorrer a
ajuda de terceiros. O que não pode é não se produzir o próprio conhecimento.
Plágio integral: tomar de outro autor um texto completo e assiná-lo como
sendo de sua autoria.
Plágio parcial: tomar emprestado de outro autor, partes de um texto e incluí-
las em um texto seu, sem as devidas citações e referências.
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