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INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO

METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

METODOLOGIA DO
TRABALHO
CIENTÍFICO

PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA


INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...............................................................................................3

1. INTRODUÇÃO................................................................................................4

2. A CIÊNCIA......................................................................................................7

3. METODOLOGIA CIENTÍFICA......................................................................11

4. O MÉTODO E A PESQUISA........................................................................26

5. O USO DAS TIC NA PESQUISA CIENTÍFICA.............................................49

6. O PLÁGIO E COMO EVITÁ-LO....................................................................76

7. DICAS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO.......................................85

8. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS........................................86


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APRESENTAÇÃO

Caro aluno(a),

Visando oferecer suporte para a elaboração do seu Trabalho de


Conclusão de Curso (TCC), exigido pela Instituição, para a conclusão do seu
curso de Pós-graduação Lato sensu, elaboramos esta obra, contemplando a
disciplina Metodologia Científica, haja vista, ser este um tema de grande
preocupação, por parte dos nossos alunos, na finalização do seu curso.

Trata-se de uma disciplina constante da grade curricular de todos os


cursos de Especialização do Instituto INE , tendo como objetivo a orientação da
pesquisa e elaboração do seu TCC (Artigo Científico).

Dentro da temática abordada alguns conceitos de trabalhos científicos,


aqui apresentados, têm como objetivo atender às necessidades do
entendimento e da produção cientifica sobre o trabalho que você deve elaborar.

Desejamos que você produza o seu trabalho de pesquisa que resultará


no seu Artigo Científico (TCC) de acordo com as orientações contidas neste
documento, bem como, aquelas contidas em Orientações do TCC”
disponibilizado juntamente com o seu material didático.

Após a feitura do seu TCC, o mesmo deve ser encaminhado ao Instituto


INE, digitalizado em arquivo do Word, anexado por email, no seguinte
endereço eletrônico: secretaria@ineead.com.br.

O Instituto INE espera ainda, tornar a sua vida mais tranquila com
relação à pesquisa científica. Dessa forma, você poderá dedicar-se com tempo
e atitude assertiva àquilo que lhe é mais importante: sua formação pessoal e
intelectual de forma crítica e prazerosa.

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA INE


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1. INTRODUÇÃO

A disciplina Metodologia Científica introduzida em sua grade curricular


de estudos, faz-se necessária, no intuito de atender às exigências legais do
MEC, para elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso de cunho
Científico para a conclusão de cursos de Pós-graduação Lato sensu.
Em sendo, o objetivo dessa disciplina é, portanto, oportunizar a você,
aluno do Instituto IBE/FACEL, o desenvolvimento de uma atitude científica
desejosa e inerente ao processo de construção do conhecimento e do fazer
científico e a instrumentalização teórico-metodológica da pesquisa, visando a
sua introdução na prática dos cursos de Especialização, através da pesquisa
científica.
Com este intuito, não pretendemos esgotar o tema acerca da
Metodologia Científica e sim, oferecermos subsídios para que você consiga
elaborar seu trabalho, da melhor forma possível. Para tanto, selecionamos
algumas questões que consideramos relevantes para esse fim e organizamos
uma sequência de informações úteis para a confecção do seu Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC).
Objetivando concretizar essa proposta, nos valemos de um precioso
elenco de autores da área com vasto material bibliográfico relativo ao tema. As
normas e técnicas contidas nessa obra, baseiam-se nas mais recentes normas
e padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)1 e em
bibliografias de especialistas na área de Metodologia Científica2.
Inicialmente, trataremos do conceito de Ciência na contemporaneidade e
a sua flexibilidade em relação a alguns aspectos antes considerados
indesejáveis, em função do excesso pragmático e do isolamento disciplinar e,
nesse sentido, faremos uma pequena incursão pelo universo científico, posto
que, fazer ciência, é buscar soluções para problemas da sociedade, colocando-
se a serviço da humanidade.
Nesse sentido, Demo (2001) afirma que a pesquisa deve ser a razão da
existência da academia e que, nessa perspectiva, formamos estudantes
1
Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas também estão nas referências.
2
Vide referências.
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cidadãos e não somente técnicos que “encontram na competência


reconstrutiva de conhecimento seu perfil decisivo” tendo dois desafios, que
são: “fazer o conhecimento progredir, mas, mormente, de o humanizar”. (p. 02).
E é nessa linha traçada por Demo (2001) que confeccionamos este
material, partindo da busca pela construção do conceito de Ciência, bem como,
das atitudes científicas para fazê-la, sob o olhar de Lakatos e Marconi (2009)
quando afirmam que “a ciência não é o único caminho de acesso ao
conhecimento e à verdade” (p. 23), corroboradas pela afirmação de Sagan
(1996, p. 12) quando esse diz que: “a Ciência está longe de ser um instrumento
perfeito de conhecimento. É apenas o melhor que temos" (Grifo da autora).
Em seguida, faremos uma análise acerca do conceito de Metodologia
Científica e sua aplicabilidade acadêmica, bem como, o que vem a ser o
Conhecimento e seus variados tipos, ressaltando o Conhecimento Científico,
posto ser este o conhecimento que deverá ser utilizado, para a produção e
pesquisa acadêmica, que você irá empreender neste curso.
Na sequência relataremos os métodos científicos existentes e que
devem ser utilizados para se fazer ciência; a pesquisa e seus conceitos; os
tipos de pesquisas e como utilizá-las, dando ênfase à pesquisa bibliográfica por
entendermos ser esta a mais aplicável em uma pós-graduação desse tipo
devido à escassez de tempo e de condições didáticas e metodológicas para se
realizar outros tipos de pesquisas.
Dessa forma, o que se pretende é identificar a coerência do
questionamento crítico e criativo. Trata-se de conjugar crítica e autocrítica
dentro do princípio metodológico, isto é, o questionamento sistematizado
apresenta a discussão como critério principal da cientificidade, pois, segundo
Habermas, uma “verdade é uma pretensão de validade” (apud DEMO, 1996, p.
22) e, sendo assim, “a história das ciências revela não um a priori, mas o que
foi produzido em determinado momento histórico com toda a relatividade do
processo de conhecimento” (MINAYO, 1994, p. 12).
Falaremos ainda, sobre os métodos de pesquisa e os variados trabalhos
científicos, dando ênfase ao Artigo Científico, por ser este a exigência da
instituição para o seu TCC.
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Ao final elencamos várias orientações metodológicas no que tange a


utilização da informática e da Internet na pesquisa cientifica, bem como,
abordaremos a questão plágio e como evitá-lo.
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2. A CIÊNCIA

Falar da Ciência não é fácil. A questão mais difícil de ser respondida é a


que se relaciona com a sua definição. Porém, tentaremos defini-la, sob a tutela
de diversos autores e cientistas. Partindo de Freire-Maia (1998), o mesmo
afirma que raramente os filósofos da ciência se propõem a definir ciência,
relacionando três motivos para essa recusa, a saber:

 o primeiro reside no fato de toda definição ser


incompleta (sempre há algo que foi excluído ou algo
que poderia ter sido incluído);
 o segundo, na própria complexidade do tema;
 e o terceiro, justamente na falta de acordo entre as
definições (FREIRE-MAIA, 1998, p. 24).

Diante desse impasse, o autor sugere colocar "de lado" as


fundamentações epistemológicas procedendo a uma "tosca" definição de
ciência que privilegiaria um "conjunto de descrições, interpretações, teorias,
leis, modelos etc., visando ao conhecimento de uma parcela da realidade",
através de uma "metodologia especial", a saber: a metodologia científica (p.
24).
Dentre os analistas do tema, Merton (1979) relata a quase unanimidade
acerca da ideia de que a ciência "é um vocábulo enganosamente amplo, que
designa grande diversidade de coisas diversas, embora relacionadas entre si"
(p. 38). Não obstante, Roqueplo (1979) afirma que, "falar do significado da
ciência levanta imediatamente numerosas questões, umas relativas à palavra
ciência e outras relativas à palavra significado" (p. 140).
Já há outros autores, como Morais (1988), que definem a ciência como
sendo "mais do que uma instituição, é uma atividade. Podemos mesmo dizer
que a 'ciência' é um conceito abstrato." E continua dizendo que o que se
conhece "concretamente" são os cientistas e o resultado de seus trabalhos. "O
cientista contemporâneo sabe bem que nada há de definitivo e indiscutível que
tenha sido assentado por homens" (p. 24).
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A ciência é extremamente abrangente e complexa não se reduzindo,


somente, a experimentos. O experimento científico é fundamental para o
desenvolvimento das ciências da natureza, especialmente através de seus
desdobramentos disciplinares nas últimas décadas do século XX. Porém, as
chamadas ciências humanas e sociais não partilham desse mesmo
cientificismo, pois, anterior à práxis científica estão a idéia, o pensamento, a
filosofia da ciência e o "conhecimento do conhecimento", que trazem à tona as
discussões em torno dos paradigmas, da moral, da epistemologia, da ética, da
política, enfim, características relacionadas e inter-relacionadas ao
desenvolvimento do conhecimento e da pesquisa.
Dentro da temática relativa à pesquisa científica, Whitehead (1946)
lembra que a filosofia é a mais "eficaz pesquisa intelectual", afirmando que ela
é a responsável pela construção de "catedrais antes que os trabalhadores
tenham removido uma pedra, e as destrói antes que os elementos tenham
esboroado as suas arcadas", posto que, existe sempre um pensamento que
precede a prática. Esse processo não é necessariamente imediato, pois,
conforme o mesmo autor, a "filosofia trabalha devagar. Os pensamentos
dormem longo tempo; quase imediatamente depois a humanidade sente que se
incorporou a si mesma em instituições" (WHITEHEAD, 1946, p. 7-8).
Não obstante, Chauí (1996), tenta, pelo determinismo, descrever por
completo os "fenômenos naturais e humanos, oferecendo a definição dos seres
e as leis necessárias de suas relações" e afirma que “a ciência opera com o
provável, isto é, com o possível submetido a cálculos" (p. 22).
Nessa mesma linha, Chrétien (1994) destaca a necessidade que a
sociedade tem, de acreditar e criar mitos para entender e relacionar-se no
cotidiano, isto porque, para "fundamentar sua identidade e justificar suas
prescrições, valores e relações entre seus membros" (p. 13).
Nesse sentido, o mito pode ser entendido e aceito, como necessidade,
para a construção no imaginário popular daquilo que não se pode ter e, em
sendo, Chrétien (1994) ressalta que:

o mito geralmente põe em cena deuses e heróis,


demiurgos das origens, que lançam as bases da nova
ordem. Ele retraça sua epopéia lendária que fixa, no
imaginário coletivo, os signos e modelos que postulam os
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procedimentos comuns de significado e comunicação.


(CHRÉTIEN, 1994, p. 13).

Ora, se assim, de acordo com o autor, o mito pode determinar os "ritos,


as regras do jogo social e os paradigmas sobre os quais se modulam os
comportamentos" (CHRÉTIEN, 1994, p.13), a partir da crise da razão, do
século XX, Chauí (1996) afirma que "os humanos reencontraram um meio para
repor aquilo que a teoria havia substituído ao nascer: os mitos, os
fundamentalismos religiosos. Mitologias e religiões ocupam hoje o lugar vazio
deixado pela razão" (p.22).
Nesse ínterim, se a ciência resolve modificar esse sistema tentando, de
certa forma, assumir seu lugar no imaginário coletivo, pois os "deuses e
taumaturgos não mais fazem sucesso na era das ciências e técnicas",
provavelmente, ocorrerão brechas e a "sociedade não pode funcionar se nela
ficam vagos os lugares do poder simbólico" (CHRÉTIEN, 1994, p. 13),
pensamento corroborado por Morin (1999a), quando este demonstra seu
pensamento acerca do mito no século XX. Ele relata que, este,

tomou a forma da Razão, a ideologia camuflou-se de


ciência, a Salvação tomou forma política garantindo-se
certificada pelas Leis da História." Além do mais, é nesse
século que o "[...] messianismo e niilismo se combatem,
entrechocam-se e produzem-se um ao outro, a crise de
um operando a ressurreição do outro. (MORIN, 1999a, p.
15-16).

No século XXI, vemos uma tentativa de restauração a partir do próprio


pensamento, ao que se chamou de revoluções científicas que, para Morin
(2002), foram as responsáveis pela preparação da "reforma do pensamento". E
destaca duas: a primeira está relacionada à física quântica, que, trouxe o
"esboroamento de toda idéia de que haveria uma unidade simples na base do
universo", pôs em dúvida o sentido dogmático em torno do determinismo,
introduzindo o conceito de incerteza no meio científico. A segunda revolução
está relacionada ao princípio não reducionista para o pensamento científico
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que de acordo com o mesmo autor, “há uma ressurreição das entidades
globais, como o cosmo, a natureza, o homem". (MORIN, 2002, p. 89-90).
E é nessa perspectiva da ciência revolucionária que, Lakatos e Marconi
(2009), a definem por “um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou
prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem
referência a objetos de uma mesma natureza” (p. 77). Junior (1988) a
conceitua como “um conjunto de proposições (teorias) coerentes, sem
contradições internas, com encadeamento racional, despida de valorações e
subjetividade” (p. 23). Para Dencker (1998) a ciência “caracteriza-se como uma
forma especial de conhecimento da realidade empírica” e mais a frente afirmam
ser “um conhecimento racional. Metódico, sistemático, capaz de ser submetido
à verificação e que passa por um processo de reflexão” (p. 65).
Diante do exposto, caracterizaremos a ciência de acordo com sua
finalidade: distinguir características, leis e princípios comuns que controlam os
eventos; sua função: aperfeiçoar e ampliar a relação do homem com a
realidade através do conhecimento e; seu objeto formal: olhar das diversas
ciências sobre um mesmo objeto material: aquilo que se pretende conhecer.
E para construir esse conhecimento, vamos à a Metodologia Científica.
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3. METODOLOGIA CIENTÍFICA

Para se fazer Ciência e construir o conhecimento, é preciso Método.


Para se aplicar o Método, desenvolveu-se a Metodologia Científica que: é o
estudo sistemático e lógico dos métodos empregados nas ciências e sua relação
com as teorias científicas. Em geral, o método científico compreende um
conjunto de dados iniciais e um sistema de operações ordenadas adequado para
a formulação de conclusões, de acordo com certos objetivos predeterminados.
Ou seja, é um conjunto de regras básicas que a Ciência (em todas as suas
formas) desenvolve, à fim de coletar evidências, passíveis de observação e
empíricas, de forma racional e lógica, objetivando a obtençaõ, organização,
sistematização, correção e produção do conhecimento.
Essa produção do conhecimento é marcada pela busca de evidências
que comprovem hipóteses formuladas, como enfrentamento da complexidade do
mundo real, visando detectar-lhe as estruturas invisíveis através dos métodos. A
Ciência somente progride com os métodos, posto que, por eles, ela encontra os
próprios erros, que não são descobertos ao acaso, mas por meio da busca
sistemática de melhores explicações para os fenômenos naturais e sociais.
Não obstante, embora os procedimentos variem de uma área da
ciência para outra, é possível determinar certos elementos que diferenciam o
método científico de outros métodos. Como? De inicio, os pesquisadores
propõem hipóteses para explicar certos fenômenos e então, desenvolvem
pesquisas e experimentos que confirmam ou refutam essas hipóteses. Se
confirmadas, as hipóteses podem gerar teorias.
Nesse interim, o cientista precisa ser imparcial na interpretação dos
resultados, pois, o processo precisa ser objetivo. Além disso, o procedimento
precisa ser documentado, tanto no que diz respeito aos dados como aos
procedimentos, para que outros cientistas possam analisar e reproduzir o
procedimento. Esta documentação deve obedecer a uma série de padrões para
ser aceito pela comunidade científica. Esses padrões constam nas Normas
Brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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3.1-Objetivos da Metodologia Científica

A Ciência tem como principio tornar o homem mais próximo dos


fenômenos naturais e humanos através da compreensão e do domínio dos
mecanismos que regem tais fenômenos. Essa aproximação não exige
formulações prévias de nenhum tipo, pois os estímulos externos chegam ao
homem por meio dos sentidos e o acúmulo de experiências sensoriais e
intelectuais já permite um certo grau de conhecimento empírico em cada
homem.
Não obstante, a assimilação desordenada de percepções pode gerar
lapsos de interpretação e captação errada ou insuficiente das informações
recebidas. Por conta disso, a Ciência estabelece regras que auxiliam na
classificação, registro e interpretação dos dados percebidos, o que permite e
garante temporalmente, a economia de tempo e um sistema de transmissão do
saber entre as gerações, de forma racional.
Nesse sentido, o emprego da Metodologia Científica objetiva, pois,
solucionar as questões relativas à classificação de dados, orientando as
pesquisas futuras e facilitando o treinamento de Especialistas.
Não há como negar que, toda metodologia se impregna de uma filosofia
própria incutida nas conclusões a que conduz. Porém, a Histórica demonstra
que a rigidez nos postulados metodológicos, limita, mais do que favorece, o
desenvolvimento de novas idéias e descobertas. Por essa razão, as últimas
tendências metodológicas observam como princípios fundamentais a
flexibilidade e o espírito aberto à evolução do pensamento humano.
Mas, para entender esse caminho histórico, devemos fazer uma
pequena viagem às origens do Método científico. Para tanto, vamos à Grécia
clássica, com o nascimento da dialética, que se apresentava como método de
pesquisa e busca da verdade por meio da formulação adequada de perguntas
e respostas.
Nessa perspectiva dialética, a primeira pergunta está relacionada à
definição do tema ou do diálogo. Obtida essa resposta, faz-se a segunda
pergunta com base no conteúdo da primeira resposta e assim por diante, até
chegar à (esperada) verdade.
Podemos dizer, então que, a dialética foi uma precursora da lógica.
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Nesse caminho da Antiguidade Clássica até a Contemporaneidade,


podemos perceber que os métodos gregos não sofreram grandes modificações
no Ocidente até o século XVII, quando o saber científico acumulado exigiu uma
revisão da metodologia. Estamos falando do Renascimento e de suas idéias
humanísticas, que compreendiam o homem como ser criador e investigador do
cosmo. Daí, a necessidade de um novo método. Eis que surge o método
hipotético-dedutivo utilizado pela primeira vez, por Galileu que estabeleceu um
novo método para a ciência natural, combinando o uso da linguagem
matemática na construção das teorias com o recurso aos experimentos que
permitem comprovar empiricamente as hipóteses científicas.
Contemporaneamente a Galileu, Francis Bacon defendeu o método
indutivo na ciência experimental, afirmando que as leis gerais que regem os
fenômenos particulares podem ser estabelecidas a partir da observação e
repetição das regularidades dos fenômenos particulares, ou seja, é possível
estudar um grupo através do estudo de alguns indivíduos desse grupo enão o
todo. Esse é o princípio das pesquisas como as do IBOPE.
Essa estrutura metodológica da ciência moderna, baseada na
comprovação dos fenômenos, por meio de leis de inspiração matemática,
imutáveis no tempo, sofreu um forte baque com as doutrinas evolucionistas do
século XIX e das teorias relativista e quântica, no início do século passado.
Posto que, de acordo com essas interpretações, toda a ciência está
condicionada pela realidade que a envolve e o tempo/espaço constituem
entidades inter-relacionadas, porém, variáveis em função do meio.
Mas, se a Ciência refere-se a qualquer conhecimento, seria certo dizer
que tudo é Ciência? Etimologicamente, ciência vem do verbo “saber”. Já no
sentido estrito, ela se opõe a opinião, a superstição. Simplesmente quer dizer
que ela explica algo através da observação.
Em sendo, a distinção entre matérias científicas e não-científicas foi
tratada no século XX, entre outros, pelo filósofo Karl Popper, que estabeleceu a
noção de falsificabilidade como critério dedutivo de validação das teorias
científicas. Segundo esse princípio, o pesquisador busca descobrir uma
exceção ao postulado que deseja demonstrar. A ausência de evidência que
contrarie o postulado converte-se em prova de sua validade. De acordo com
Popper, disciplinas como a astrologia, a metafísica, o materialismo histórico e a
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psicanálise não são ciências do ponto de vista empírico, já que não podem ser
submetidas ao princípio da falsificabilidade na construção do conhecimento.
Mais adiante aprofundaremos nos conceitos de conhecimento, mas
vamos entender rapidamente a diferença entre conhecimento popular e
conhecimento científico. O conhecimento popular também denominado de
senso comum se diferencia do conhecimento científico não pela veracidade ou
natureza do objeto conhecido, mas pela forma, pelo modo, pelo método e pelos
instrumentos para chegar ao conhecimento.
Marconi e Lakatos (2004) nos oferecem um exemplo bem prático: saber
que uma determinada planta precisa de uma quantidade “X” de água e que se
não a receber de forma natural, deve ser irrigada, pode ser um conhecimento
verdadeiro e comprovável, mas, nem por isso, científico. Para que esse
conhecimento ocorra é necessário ir além: conhecer a natureza dos vegetais,
sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que
distinguem uma espécie da outra.
Esse exemplo nos leva a crer que:
1 – A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade;

2 – Um objeto ou fenômeno como uma planta ou uma comunidade ou ainda as


relações entre chefes e subordinados pode ser matéria de observação tanto
para o cientista quanto para o homem comum. O que diferencia é a forma de
observação e análise, bem como, os métodos utilizados.
De modo geral, o método dedutivo parte-se do geral para chegar ao
particular. O método indutivo, ao contrário, constrói modelos e leis a partir de
casos particulares, pelo uso de mecanismos lógicos de generalização.
O método analítico decompõe o objeto para formular problemas mais
simples, ou seja, parte do complexo e mais geral para chegar ao simples e
particular. O método sintético já é oposto a esse: reúne aspectos particulares
indo do simples ao complexo.
Outros métodos são: a definição rigorosa do objeto de estudo; os
sistemas de classificação, com divisões e subdivisões; os instrumentos de
medida e os sistemas de unidades; a variabilidade das condições que
interferem sobre os fenômenos estudados na construção do conhecimento
científico. Porém, como já dissemos, existem variados tipos de conhecimento.
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3.2-Os Tipos de Conhecimento

Existem ainda outros dois tipos de conhecimento, além do científico e do


popular ou empírico, que são o conhecimento filosófico e religioso. Todos eles
explicados em detalhes na maioria dos livros que tem como objetivo discorrer
sobre a Metodologia Científica (Marconi e Lakatos; Cervo, Bervian e Silva;
Mattar e outros) utilizados como referência para esta apostila.
Antes de explicarmos cada um deles, o quadro abaixo sistematiza as
suas características.

Conhecimento Conhecimento Conhecimento Conhecimento


Popular Científico Filosófico Religioso
(Teológico)
Valorativo Real (factual) Valorativo Valorativo
Reflexivo Contingente Racional Inspiracional
Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático
Verificável Verificável Não verificável Não verificável
Falível Falível Infalível Infalível
Inexato Aproximadamente Exato Exato
exato

Fonte: Trujillo (1974)

O conhecimento popular3 ou empírico é aquele adquirido pela própria


pessoa na sua relação com o meio ambiente ou com o meio social, obtido por
meio de interação contínua na forma de ensaios e tentativas que resultam em
erros e em acertos. Do ponto de vista da utilização de métodos e técnicas
científicas, esse tipo de conhecimento - mesmo quando consolidado como
convicção, como cultura ou como tradição - é ametódico e assistemático.
Para empiristas como Locke, Hume, Condillac e outros, esse
conhecimento é advindo da experiência e suficiente para se conhecer a
verdade dos fatos. Ele pode ser popular, filosófico ou religioso (SOUZA;
FIALHO; OTANI, 2007).
A pessoa comum, que não precisa operacionalizar métodos e técnicas
científicas para a construção de seu conhecimento, tem, entretanto,
conhecimento do mundo material exterior em que se acha inserida e de um
3
Cervo, Bervian e Silva (2007) ressaltam que ele é erroneamente chamado de vulgar ou senso comum.
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certo número de pessoas, seus semelhantes, com as quais convive. Vê essas


pessoas no momento presente, lembra-se delas, prevê o que poderão fazer e
ser no futuro. Tem consciência de si mesma, de suas ideias, tendências e
sentimentos. Cada qual se serve da experiência do outro ora ensinando, ora
aprendendo, em um intenso processo de interação humana e social. Pela
vivência coletiva, os conhecimentos são transmitidos de uma pessoa a outra e
de uma geração a outra.
Pelo conhecimento empírico, a pessoa percebe entes, objetos, fatos e
fenômenos e sua ordem aparente, tem explicações concernentes à razão de
ser das coisas e das pessoas. Esse conhecimento é constituído de interações,
de experiências vivenciadas pela pessoa em seu cotidiano e de investigações
pessoais feitas ao sabor das circunstâncias da vida; é sorvido dos outros e das
tradições da coletividade ou, ainda, tirado de uma religião positiva (CERVO;
BERVIAN; SILVA, 2007).
Mattar (2008) ressalta que o conhecimento popular não tem a
característica da confiabilidade que marca o conhecimento científico, já que
não segue uma metodologia científica, além de não ter seus resultados
divulgados nem sobmetidos a julgamento.
O conhecimento filosófico distingue-se do conhecimento científico
pelo objeto de investigação e pelo método. O objeto das ciências são os dados
próximos, imediatos, perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois,
sendo de ordem material e física, são suscetíveis de experimentação. O objeto
da filosofia é constituído de realidades mediatas, imperceptíveis aos sentidos e
que, por serem de ordem suprassensíveis, ultrapassam a experiência. A ordem
natural do procedimento é, sem dúvida, partir dos dados materiais e sensíveis
(ciência) para se elevar aos dados de ordem metafísica, não sensíveis, razão
última da existência dos entes em geral (filosofia). Parte-se do concreto
material para o concreto supramaterial, do particular ao universal (CERVO;
BERVIAN; SILVA, 2007).
Na acepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por
suas causas supremas. Um dos maiores patrimônios da Filosofia, sem dúvida,
é sua própria história: iniciando-se com os pré-socráticos, na Grécia Antiga, a
Filosofia nasce como um tipo de saber que procura diferenciar-se dos mitos, da
retórica, dos sofistas, das tragédias e dos poetas, e, a partir de então, se
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estabelece por século como um espaço de liberdade de pensamento,


desafiando a lei de que o conhecimento pode tornar-se ultrapassado ou
superado com o tempo, com novas experiências ou com o surgimento de
novos instrumentos de observação. Ao contrário, Platão e Aristóteles, por
exemplo, continuam fazendo parte dos nomes mais importantes da Filosofia,
dialogando em nível de igualdade com os filósofos contemporâneos, não
obstante os milhares de anos que nos separam dos gregos, e permanecendo
nossos mestres, fontes de inspiração e aprendizado (MATTAR, 2008).
Modernamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar é um interrogar,
é um contínuo questionar a si mesmo e à realidade. A filosofia não é algo feito,
acabado. É uma busca constante de sentido, de justificação, de possibilidades,
de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o ser humano e sobre o
próprio ser em sua existência concreta.
Filosofar é interrogar. A interrogação parte da curiosidade, que é inata.
Ela é constantemente renovada, pois surge quando um fenômeno nos revela
alguma coisa de um objeto e ao mesmo tempo nos sugere o oculto, o mistério.
Este impulsiona o ser humano a buscar o desvelamento do mistério. Vê-se,
assim, que a interrogação somente nasce do mistério, que é o oculto enquanto
sugerido. Jaspers (apud HUISMAN; VERGEZ,1967, p. 8), em sua Introdução à
filosofia, coloca a essência da filosofia na procura do saber e não em sua
posse. A filosofia trai a si mesma e se degenera quando é posta em fórmulas.
A tarefa fundamental da filosofia consiste na reflexão. A experiência fornece
uma multiplicidade de impressões e opiniões; adquirem-se conhecimentos
científicos e técnicos nas mais variadas áreas; têm-se as mais diversas
aspirações e preocupações. A filosofia procura refletir sobre esse saber,
interroga-se sobre ele, problematiza-o.
Filosofar é interrogar principalmente sobre fatos e problemas que
cercam o ser humano concreto em seu contexto histórico. Esse contexto muda
no decorrer do tempo, o que explica o deslocamento dos temas de reflexão
filosófica. É claro que alguns temas perpassam a história, como a própria
humanidade. Qual o sentido da existência do ser humano e da vida? Existe ou
não existe o absoluto? Há liberdade? Entretanto, o campo de reflexão ampliou-
se muito em nossos dias. Hoje, os filósofos, além das interrogações
metafísicas tradicionais, formulam novas questões: a humanidade será
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dominada pela técnica? A máquina substituirá o ser humano? Também


poderão o homem e a mulher ser produzidos em série em tubos de ensaio? As
conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado da espécie humana? O
progresso técnico é um benefício para a humanidade? Quando chegará a vez
do combate à fome e à miséria? O que é valor, hoje? (CERVO; BERVIAN;
SILVA, 2007).
A Filosofia é a ciência-mãe da qual foram, pouco a pouco, separando-se
formas de pensar e métodos que mais tarde se especializaram e se tornaram
independentes, e que hoje consideramos ciências. Mas, mesmo hoje, essas
diferenças que separariam o conhecimento filosófico dos outros campos de
conhecimento não são sempre claras.
Para Souza, Fialho e Otani (2007) o conhecimento filosófico se
caracteriza pelo esforço da razão em questionar os problemas humanos.
Reflete a crença de um grupo de pessoas que são os filósofos. A postura
destes é especulativa diante dos fenômenos gerando conceitos subjetivos. Eles
dão sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites
formais da ciência.
Enfim, a filosofia procura compreender a realidade em seu contexto mais
universal. Não há soluções definitivas para um grande número de questões.
Entretanto, a filosofia habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades
para ver melhor o sentido da vida concreta (CERVO, BERVIAN E SILVA,
2007).
O conhecimento religioso ou teológico apoia-se em doutrinas que
contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo
sobrenatural e que, por esse motivo, são consideradas infalíveis e indiscutíveis.
O que funda o conhecimento religioso é a fé. Não é preciso ver para crer
e devemos crer mesmo que as evidências apontem para o contrário do que a
religião nos ensina. As “verdades” religiosas estão registradas em livros
sagrado ou são reveladas pelos deuses (ou outros seres espirituais) por meio
de alguns iluminados, santos ou profetas. Essas verdades são em geral tidas
como definitivas e não permitem revisão mediante a reflexão ou a experiência.
Nesse sentido, podemos classificar sob esse título os conhecimentos ditos
místicos ou espirituais (MATTAR, 2008).
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Duas são as atitudes que se podem tomar diante do mistério. A primeira


é tentar penetrar nele com o esforço pessoal da inteligência. Mediante a
reflexão e o auxílio de instrumentos, procura-se obter um procedimento que
seja científico ou filosófico. A segunda atitude consiste em aceitar explicações
de alguém que já tenha desvendado o mistério e implica sempre uma atitude
de fé diante de um conhecimento revelado.
Esse conhecimento revelado ocorre quando há algo oculto ou um
mistério, alguém que o manifesta e alguém que pretende conhecê-lo. Entende-
se por mistério tudo o que é oculto, o que provoca a curiosidade e leva à
busca. O mistério é o oculto enquanto sugerido. Pode estar ligado a dados da
natureza, da vida futura, da existência do absoluto, para mencionar apenas
alguns exemplos. Aquele que manifesta o oculto é o revelador, que pode ser o
próprio homem ou Deus. Aquele que recebe a manifestação tem fé humana se
o revelador for um homem ou uma mulher e tem fé teológica se Deus for o
revelador.
A fé teológica sempre está ligada a uma pessoa que testemunha Deus
diante de outras pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que tal pessoa
que conhece a Deus e que vive o mistério divino o revele a outra. Afirmar, por
exemplo, que tal pessoa é o Cristo equivale a explicitar um conhecimento
teológico.
O conhecimento revelado - relativo a Deus - e aceito pela fé teológica
constitui o conhecimento teológico. Este, por sua vez, é o conjunto de verdades
ao qual as pessoas chegaram não com o auxílio de sua inteligência, mas
mediante a aceitação dos dados da revelação divina. Vale-se de modo especial
do argumento de autoridade. São os conhecimentos adquiridos nos livros
sagrados e aceitos racionalmente pelas pessoas, depois de terem passado
pela crítica histórica mais exigente. O conteúdo da revelação, feita a crítica dos
fatos ali narrados e comprovados pelos sinais que a acompanham, reveste-se
de autenticidade e de verdade. Essas verdades passam a ser consideradas
como fidedignas e por isso são aceitas. Isso é feito com base na lei suprema
da inteligência: aceitar a verdade, venha de onde vier, contanto que seja
legitimamente adquirida (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007).
O conhecimento científico ultrapassa os limites do conhecimento
empírico na medida em que procura evidenciar, além do próprio fenômeno, as
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causas e a lógica de sua ocorrência. O conhecimento científico, assim como o


filosófico, é racional, mas tem a pretensão de ser sistemático e de revelar
aspectos da realidade. As noções de experiência e verificação são essenciais
nas ciências; o conhecimento científico deve ser justificado e é sempre passível
de revisão, desde que se possa provar sua inexatidão. Entretanto, não
devemos esquecer que a Matemática, por exemplo, é considerada por muitos
uma ciência, apesar de grande parte de seus conhecimentos não se referir
diretamente à realidade e não poderem ser por ela provados ou refutados.
O ciclo do conhecimento científico (especialmente o das ciências
empíricas) inclui a observação, a produção de teorias para explicar essa
observação, o teste dessas teorias e seu aperfeiçoamento. Há nas ciências,
um movimento circular, que parte da observação da realidade para a abstração
teórica.
Agora que já falamos dos tipos de conhecimento podemos falar da
ciência não em sua acepção lato sensu4 (simplesmente significando
conhecimento), mas em seu sentido stricto sensu5 que busca demonstrar as
causas que constituem e determinam o conhecimento.
OBS – Sugerimos uma leitura atenta das notas de rodapé 2 e 3, pois elas
oferecem informações importantes, sobre a rotina de produção de
pesquisa fora da academia – os professores universitários e
pesquisadores se reportam sempre a essa expressão “academia” quando
falam do seu ambiente de trabalho e, por conseguinte, ambiente de
produção científica.

4
Expressão latina que significa Sentido Amplo. No caso dos cursos de Pós-graduação, os cursos de
especialização lato sensu tendem a focar na aplicabilidade prática de um conceito.
5
Expressão também de origem latina que significa Sentido Restrito. Em nível de Pós-graduação leva o
aluno ao título de Mestre ou Doutor.
Nos cursos reconhecidos pelo MEC e classificados pela CAPES, o Mestrado e na sequência Doutorado
tem duração média de 3 anos cada, com foco na academia e ênfase nas atividades de pesquisa e extensão.
São cursos que exigem sobremaneira do candidato. Àqueles que pretendem seguir carreira acadêmica em
Universidades renomadas, tem-se exigido Doutorado e dedicação exclusiva. A seleção é rigorosa,
criteriosa, passando por análise de currículo, entrevista e projetos de pesquisa que venham a contribuir
com o desenvolvimento do país.
A CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – é uma agência de fomento
à pesquisa brasileira. Ela avalia trienalmente os cursos de Pós-graduação do Brasil. É a única entidade
que pode determinar na prática o fechamento ou descredenciamento de cursos com notas baixas ou
deficientes, o que acontece através do Qualis.
O Qualis é o sistema de avaliação de periódicos mantido pela CAPES, classifica os veículos de
divulgação da produção intelectual dos programas quanto à circulação local, nacional ou internacional e
qualidade (conceitos A, B, C) por área de avaliação.
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As ciências possuem:
a) Um objetivo ou finalidade – preocupação em distinguir a característica
comum ou as leis gerais que regem determinados eventos.
b) Uma função – aperfeiçoamento, por meio do crescente acervo de
conhecimentos, da relação do homem com seu mundo.
c) Objetos que podem ser material (aquilo que se pretende estudar, analisar,
interpretar ou verificar) ou formal (o enfoque especial, em face das diversas
ciências que possuem o mesmo objeto material.
Devido à complexidade do universo e a diversidade de fenômenos que
nele se manifestam, aliadas à necessidade do homem de estudá-los para
entendê-los e explicá-los, levaram ao surgimento de diversos ramos de estudo
e ciências específicas. A classificação pode ser pela complexidade, conteúdo,
objeto ou tema.
Marconi e Lakatos (2004) oferecem várias classificações, mas ressaltam
ser mais pertinente a classificação de Bunge (1974) o qual divide as ciências
em formais e factuais:
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Lógica

FORMAIS Matemática

CIÊNCIAS Física
Naturais Química
Biologia e outras

FACTUAIS

Antropologia
cultural
Direito

Sociais Economia
Política
Psicologia social
Sociologia

Interessa-nos discorrer sobre as 17 características do conhecimento


científico no âmbito das ciências factuais, a saber:

1. Racional porque é constituído por conceitos, juízos e raciocínios e não por


sensações, imagens, modelos de conduta, etc. Ele permite que as ideias
que o compõem possam combinar-se segundo um conjunto de regras
lógicas, com a finalidade de produzir novas ideias e essas ideias se
organizam em novos sistemas.
2. Objetivo à medida que procura concordar com seu objeto - isto é, buscar
alcançar a verdade factual por intermédio dos meios de observação,
investigação e experimentação existentes; e à medida que verifica a
adequação das ideias (hipóteses) aos fatos - recorrendo, para tal, à
observação e à experimentação, atividades que são controláveis e, até certo
ponto, reproduzíveis.
3. Factual porque parte dos fatos, pode interferir neles, mas sempre volta para
eles. Capta ou recolhe os fatos, da mesma forma que se produzem ou se
apresentam na natureza ou na sociedade, segundo quadros conceituais ou
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esquemas de referência. Por fim, utiliza como matéria-prima da ciência, os


"dados empíricos" - isto é, enunciados factuais confirmados, obtidos com a
ajuda de teorias, quadros conceituais e que realimentam a teoria.
4. Transcendente aos fatos, ou seja, descarta fatos, produz novos fatos e os
explica - ao contrário do conhecimento vulgar ou popular, que apenas
registra a aparência dos fatos e se atém a ela, limitando-se, frequentemente,
a um fato isolado sem esforçar-se em correlacioná-lo com outros ou explicá-
lo, a investigação científica não se limita aos fatos observados: tem como
função explicá-las, descobrir suas relações com outros fatos e expressar
essas relações; em outras palavras, trata de conhecer a realidade além de
suas aparências. Seleciona os fatos considerados relevantes, controla-os e,
sempre que possível, os reproduz - pode, inclusive, criar coisas novas:
compostos químicos, novas variedades de Vírus ou bactérias, de vegetais e,
inclusive, de animais. O conhecimento científico não se contenta em
descrever as experiências, mas sintetiza-as e compara-as com o que já se
conhece sobre outros fatos - descobre, assim, suas correlações com outros
níveis e estruturas da realidade, tratando de explicá-las por meio de
hipóteses. A comprovação da veracidade das hipóteses as transforma em
enunciados de leis gerais e sistemas de hipóteses (teoria). Por último leva o
conhecimento além dos fatos observados, inferindo o que pode haver por
trás deles.
5. Analítico porque ao abordar um fato, processo, situação ou fenômeno,
decompõe o todo em suas partes componentes - (não necessariamente a
menor parte que a divisão permite), com o propósito de descobrir os
elementos constitutivos da totalidade, assim como as interligações que
explicam sua integração em função do contexto global. O procedimento
científico de “análise” conduz à “síntese”- se a investigação inicia-se
decompondo seus objetos com a finalidade de descobrir o “mecanismo”
interno responsável pelos fenômenos observados, segue-se o exame da
interdependência das partes e, numa etapa final, a “síntese”, isto é, a
reconstrução do todo em termos de suas partes inter-relacionadas. Assim,
se o processo de análise leva à decomposição do todo em seus elementos
ou componentes, o de síntese procede à recomposição “das consequências
aos princípios, do produto ao produtor, dos efeitos às causas ou, ainda, por
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simples correlacionamento” (TRUJILLO, 1974, p.15). O processo de análise


e a subsequente síntese são “a única maneira conhecida de descobrir, como
se constituem, transformam e desaparecem determinados fenômenos, em
seu todo” (Bunge, 1974, p. 20). Por este motivo, a ciência rechaça a síntese
obtida sem a prévia realização da análise.
6. Claro e preciso – o conhecimento científico ao contrário do popular, precisa
que o cientista se esforce ao máximo para ser exato e claro. O problema
deve ser formulado com clareza, partir de noções simples, que ao longo do
estudo, complicam, modificam e, se necessário, repelem-se.
7. Comunicável – sua linguagem deve poder informar a todos os seres
humanos que tenham sido instruídos para entendê-la; deve ser formulada de
tal forma que todos investigadores possam verificar seus dados e hipóteses
e deve ser considerado propriedade de toda humanidade.
8. Verificável – deve ser aceito como válido quando passa pela prova da
experiência ou da demonstração. Só após sua comprovação torna-se válido.
9. Dependente de investigação metódica – uma vez que é planejado, ou
seja, o cientista não age por acaso, ele planeja seu trabalho, sabe o que
procura e como deve proceder para encontrar o que almeja. É evidente que
esse planejamento não exclui, totalmente, o imprevisto ou o acaso;
entretanto, prevendo sua possibilidade, o cientista trata de aproveitar a
interferência do acaso, quando este ocorre ou é deliberadamente provocado,
com a finalidade de submetê-lo a controle; baseia-se em conhecimento
anterior, particularmente em hipóteses já confirmadas, em leis e princípios já
estabelecidos - dessa forma, o conhecimento científico não resulta das
investigações isoladas de um cientista, mas do trabalho de inúmeros
investigadores; obedece a um método preestabelecido, que determina, no
processo de investigação, a aplicação de normas e técnicas, em etapas
claramente definidas - essas normas e técnicas podem ser continuamente
aperfeiçoadas.
10. Acumulativo - seu desenvolvimento é uma consequência de um contínuo
selecionar de conhecimentos significativos e operacionais. Novos
conhecimentos podem substituir os antigos, quando estes se revelam
disfuncionais ou ultrapassados. O aparecimento de novos conhecimentos
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em seu processo de adição aos já existentes, pode ter como resultado a


criação ou apreensão de novas situações, condições ou realidades.
11. Falível - não é definitivo, absoluto ou final - a própria racionalidade da
ciência permite que, além da acumulação gradual de resultados, o progresso
científico também se efetue por “revoluções”.
12. Geral - em decorrência de situar os fatos singulares em modelos gerais, os
enunciados particulares em esquemas amplos, procurar, na variedade e
unicidade, a uniformidade e a generalidade e a descoberta de leis ou
princípios gerais permite a elaboração de modelos ou sistemas mais amplos.
13. Explicativo - em virtude de ter corno finalidade explicar os fatos em termos
de leis e as leis em termos de princípios, além de inquirir como são as
coisas, intenta responder ao porquê.
14. Preditivo – baseia-se na investigação dos fatos, assim como no acúmulo
das experiências, levando a ciência a atuar no plano do previsível.
Fundamentando-se em leis já estabelecidas e em informações fidedignas
sobre o estado ou o relacionamento das coisas, seres ou fenômenos, pode,
pela indução probabilística, prever ocorrências.
15. Aberto – o conhecimento científico não conhece barreiras que, a priori,
limitem o conhecimento - a ciência não dispõe de axiomas evidentes: até os
princípios mais gerais e seguros constituem postulados que podem ser
mudados ou corrigidos; a Ciência não é um sistema dogmático e cerrado,
mas controvertido e aberto - isto é, constitui um sistema aberto porque é
falível e, em consequência, capaz de progredir: quando surge uma nova
situação, na qual as leis existentes revelam-se inadequadas, a Ciência
propõe-se a realizar novas investigações, cujos resultados induzirão à
correção ou, até a total substituição das leis incompatíveis; dependendo dos
instrumentos de investigação disponíveis e dos conhecimentos acumulados.
Até certo ponto está ligado às circunstâncias de sua época.
16. Útil – O conhecimento científico é útil em decorrência de sua objetividade e
experimentação que lhe conferem um conhecimento adequado das coisas e
em decorrência de manter uma conexão com a tecnologia (MARCONI e
LAKATOS, 2004).
17. Sistemático - é constituído por um sistema de ideias, logicamente
correlacionadas - o inter-relacionamento das ideias, que compõem o corpo
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de uma teoria, pode qualificar-se de orgânico. Contém um sistema de


referência, que são modelos fundamentais de definições construídas sobre a
base de conceitos e que se inter-relacionam de modo ordenado e completo,
seguindo uma diretriz lógica; teorias e hipóteses; fontes de informações;
quadros que explicam as propriedades relacionais. Ou seja: é metódica.
Portanto, para estudá-la é necessário: MÉTODO.
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4. O MÉTODO E A PESQUISA

Vivemos tempos, nunca dantes vistos. A realidade transformou-se


enormemente, provocando alterações nos mais variados campos da vida
humana. Padrões políticos, econômicos, sociais e culturais da sociedade,
cunhados ao longo da história da humanidade e vistos como verdades
absolutas são agora postos na berlinda da dúvida, o que leva a crer que a
humanidade renunciou às certezas garantidas por séculos de tradição,
passando a adotar a insegurança das mudanças constantes, com enfoque
diferenciado na construção do conhecimento. Esse é o perfil humano da pós-
modernidade.
Inserida neste contexto, a ciência e seus conceitos comumente aceitos
passaram a examinar as posições das metodologias convencionais,
principalmente o papel social da mesma, vista por muitos como uma forma de
intensificar a exploração do capital ou mais um instrumento de manutenção do
status quo.
Em sendo, a nossa pretensão é tentar dialogar sobre as dificuldades
enfrentadas pelos pesquisadores sociais que procuram a metodologia
adequada para dar conta ou para confirmar suas suspeitas a respeito de um
determinado problema.
Nessa luta incansável pelo método seguro para a investigação
científica, observam-se as tensões e contradições do modelo racional adotado
pela ciência moderna a partir do século XVI.
Daí, a questão: como produzir conhecimento através da utilização de
um pensamento objetivo e crítico sem o recurso das construções mecânicas,
bem amarradas e terrivelmente lógicas, em um tempo de grandes contradições
paradigmáticas e de perda da confiança epistemológica nas ciências?
Conforme Pooli (1998), “a pesquisa social não é uma „sala confortável‟, e é
possível trabalhar sem estar em paz com seu objeto de trabalho, e essa deve
ser a férrea necessidade das investigações sobre a organização os homens e
das mulheres”. (p. 99).
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Porém e, apesar destas questões que nos rodeiam, a feitura da ciência e


do conhecimento se faz necessária, tendo em vista os objetivos das
Especializações: demonstrar o conhecimento adquirido, mas, também, aquele
produzido pelo pretendente ao título. Para tanto, utiliza-se do método.
Nesse sentido, o que vem a ser o Método?

4.1.Método
Buscamos a resposta em diversos autores: Souza, Fialho e Otani (2007)
o definem como técnicas e instrumentos que determinam o modo sistematizado
da forma de proceder num processo de pesquisa. Já para Trujillo (1974)
método é a forma de proceder ao longo de um caminho.
Em sendo, pode-se concluir que na ciência, os métodos constituem os
instrumentos básicos de ordenação do processo de pesquisa, ou seja, traçam
de modo ordenado a forma de proceder do cientista, ao longo de um percurso,
para alcançar um objetivo.
É bem verdade que ao longo da história da humanidade, esses métodos
vêm sofrendo transformações. Na Antiguidade Clássica, período
contemporâneo dos grandes filósofos Pitágoras, Sócrates e Platão, bastava a
palavra do mestre para que fosse aceito um teorema como verdadeiro.
Porém e a partir da Idade Moderna, com o advento do Renascimento,
presenciamos o pioneirismo de Galileu Galilei, passando por Francis Bacon,
Rene Descartes, Isaac Newton, além de outros tantos pensadores, na
transformação do método científico e a busca pela confirmação dos dados e
hipóteses. Assim, chegamos às técnicas atuais para validação de nossos
pressupostos a respeito dos acontecimentos que nos cercam.
Embora cada um dos pioneiros acima tenha traçado os seus passos,
achamos por bem exemplificar com Galileu, posto ser este, o precursor da
ciência moderna e das técnicas de pesquisa a partir de métodos, ou seja, do
uso da Metodologia Científica, no fazer da ciência e na construção do
conhecimento.
Os seus principais passos foram:
1. Observação dos Fenômenos
2. Análise das Partes, Estabelecendo Relações Quantitativas
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3. Indução de Hipóteses
4. Verificação das Hipóteses – Experimento
5. Generalização dos Resultados
6. Confirmação das Hipóteses
7. Estabelecimento de Leis Gerais

Método científico é, portanto, o conjunto de processos ou operações


mentais que se deve empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada
no processo de pesquisa.
Conforme Gil (1995), Marconi e Lakatos (2008) , os métodos que
fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-
dedutivo, dialético e fenomenológico.
Podem-se classificar os métodos de acordo com diferentes critérios.
Historicamente, no entanto, percebem-se duas grandes vertentes, que são
respectivamente o método dedutivo e o método indutivo.
Outros métodos existentes são o hipotético-dedutivo, o dialético, o
fenomenológico e alguns métodos específicos das Ciências Sociais (histórico,
comparativo, monográfico, estatístico, tipológico, funcionalista e estruturalista).

4.1.1-Método Dedutivo:
O Método Dedutivo, proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e
Leibniz, pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento
verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das
premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem
descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão.
Usa o silogismo da construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar
uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de
conclusão (GIL, 1995; LAKATOS,MARCONI, 1993).
O clássico exemplo de raciocínio dedutivo é:
Todo homem é mortal. (premissa maior)
Pedro é homem. (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal. (conclusão)
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O método dedutivo é típico das ciências exatas: “É um processo


sistemático de investigação, o qual envolve uma série de passos sequenciais, a
saber: identificação de um problema, formulação de uma hipótese, estudos
pilotos, obtenção de dados, teste de hipóteses, generalização e replicação”
(HENDRICK, VERCRUYSSEN,1989 apud SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007, p.
25).
Observar e explicar o que se observa são os objetivos principais de
qualquer ciência. Observar consiste, antes de tudo, na verificação empírica de
um fenômeno, na busca por uma definição operacional que permita uma
observação controlada, seguida por uma generalização estatística.
Existem, pelo menos, quatro abordagens principais utilizadas na
pesquisa científica: correlações, histórico de casos, estudos de campo e
experimental.
Correlações são empregadas para estabelecer relações que permitam
predições ou grupamentos de elementos homogêneos. Histórico de casos,
unido à correlação, é útil para estabelecer a causalidade das relações. Estudos
de campo consistem em se observarem eventos ocorrendo em um meio
ambiente natural e diferem da abordagem experimental onde, para se ter
controle sobre as variáveis, trabalha-se em um meio ambiente artificial.
Experimentos exploratórios, confirmatórios e estudos-piloto são
conduzidos para formular hipóteses, confirmá-Ias/ refutá-Ias ou reforçá-Ias,
respectivamente. Demonstrações diferem-se de experimentos por não exigirem
a manipulação de variáveis. Estudos quase-experimentais combinam trabalho
de campo e de laboratório.

4.1.2-Método Indutivo:
O Método Indutivo foi proposto pelos empiristas: Bacon, Hobbes, Locke
e Hume. Consideram que o conhecimento é fundamentado na experiência, não
levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo, a
generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As
constatações particulares levam à elaboração de generalizações (GIL, 1995;
MARCONI; LAKATOS, 2004).
Um clássico exemplo de raciocínio indutivo:
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Antônio é mortal.
João é mortal.
Carlos é mortal.
Ora, Antônio, João ... e Carlos são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.

O ponto de partida do método indutivo não são os princípios, mas a


observação dos fatos e dos fenômenos, da realidade objetiva. Por outro lado, o
seu ponto de chegada é a elaboração de modelos que regem o comportamento
dos fatos e dos fenômenos observados. Na verdade, a indução não é um
raciocínio único, mas um conjunto de procedimentos, uns empíricos, outros
lógicos, outros, ainda, intuitivos.
Aqui temos a indução formal e a indução científica. A indução formal ou
completa, estabelecida por Aristóteles, não leva a novos conhecimentos, mas
substitui por um termo geral uma série de termos singulares. Assim, ela não
induz à compreensão de um determinado fenômeno a partir somente de alguns
casos, mas de todos os casos observados. De fato, a lei que rege o ponto de
chegada para a elaboração de um modelo, expressa realmente a totalidade do
comportamento dos fatos e fenômenos observados.
A indução científica ou incompleta, estabelecida por Galileu e
aperfeiçoada por Francis Bacon, fundamenta-se na causa ou na lei que rege os
fenômenos ou fatos observados em um número significativo de casos (um ou
mais), mas não em todos os casos.
Nesse sentido, a lei não exprime a totalidade, mas expressa uma parte
dos fenômenos. Assim, a partir da observação de um ou mais fatos
particulares, pode-se induzir para todos os fatos semelhantes.
Por meio de um raciocínio dedutivo, parte-se de premissas que julgamos
verdadeiras, sobre as quais aplicamos regras fornecidas por alguma lógica,
para concluir ou negar determinada proposição. No raciocínio indutivo busca-se
alguma generalização ou abstração capaz de descrever um conjunto de dados.
Pelo raciocínio analógico são estabelecidas relações de correspondência entre
elementos de dois sistemas distintos. Os problemas que enfrentamos em
nosso dia-a-dia são resolvidos pela combinação desses diferentes tipos de
raciocínio.
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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

Raciocinar envolve, tipicamente, considerar evidências relativas a uma


hipótese ou conclusão. Simplificando, pode-se dizer que o ato de raciocinar
consiste em gerar ou calcular um argumento.
A lógica formal distingue dois tipos de argumentos:
• Argumentos dedutivos: é necessário, dado que as premissas sejam
verdadeiras, que a conclusão seja verdadeira;
• Argumentos indutivos: dado que as premissas sejam verdadeiras, é
provável que a conclusão também o seja.
Em realidade, o pesquisador vê-se diante de uma infinidade de métodos
e de variantes aos mesmos.

4.1.3-Método Hipotético-dedutivo:
Proposto por Popper, este método consiste na adoção da seguinte linha
de raciocínio: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado
assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o
problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são
formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se
consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar
falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método
dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético-
dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-Ia (GIL,
1995, p.30).

4.1.4-Método dialético:
Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as contradições
se transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer
solução. É um método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade.
Considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto
social, político, econômico, etc. Muito aplicado em pesquisa qualitativa
(SOUZA, FIALHO, OTANI, 2007).

4.1.5- Outros métodos:


O método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos
e instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje,
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pois as instituições alcançaram sua forma atual por meio de alterações de suas
partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural
particular de cada época.
O método comparativo empregado por Tylor, considera o estudo das
semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades ou
povos. Contribui na compreensão do comportamento humano. Ele realiza
comparações com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. É
usado tanto para comparar grupos no presente como no passado, ou entre os
existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes
estágios de desenvolvimento.
Esse método permite analisar o dado concreto, deduzindo do mesmo os
elementos constantes, abstratos e gerais. Constitui numa verdadeira
experimentação direta. Empregado em estudos de largo alcance
(desenvolvimento da sociedade capitalista), e de setores concretos
(comparação de tipos específicos de eleições), assim como estudos
qualitativos (diferentes formas de governo) e quantitativos (taxa de
escolarização de países em desenvolvimento e subdesenvolvimento)
(MARCONI E LAKATOS, 2004).
O método monográfico foi criado por Le Play que o empregou para
estudar famílias operárias na Europa. Parte do princípio de que qualquer caso
que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de muitos
outros ou até de todos os casos semelhantes. Esse método consiste no estudo
de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou
comunidades, com a finalidade de obter generalizações.
O método estatístico foi planejado por Quetelet. Os processos
estatísticos permitem obter de conjuntos complexos, representações simples e
constatar se essas verificações simplificadas têm relação entre si. Assim, o
método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos, políticos,
econômicos etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística, que
permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações
sobre sua natureza, ocorrência ou significado.
O papel do método estatístico é, antes de tudo, fornecer urna descrição
quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado. Por
exemplo, definem-se e delimitam-se as classes sociais, especificando as
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características dos membros dessas classes e, após, mede-se sua importância


ou variação, ou qualquer outro atributo quantificável que contribua para seu
melhor entendimento. No entanto, a estatística pode ser considerada mais do
que apenas um meio de descrição racional; é, também, um método de
experimentação e prova, pois é método de análise.
O método tipológico habitualmente empregado por Max Weber,
apresenta semelhanças com o método comparativo. Ao comparar fenômenos
sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais, construídos a
partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno. A característica principal
do tipo ideal é não existir na realidade, mas servir de modelo para a análise e
compreensão de casos concretos, realmente existentes. Weber, através da
classificação e comparação de diversos tipos de cidades, determinou as
características essenciais da cidade; da mesma maneira, pesquisou as
diferentes formas de capitalismo para estabelecer a caracterização ideal do
capitalismo moderno; e, partindo do exame dos tipos de organização,
apresentou o tipo ideal de organização burocrática.
O método funcionalista utilizado por Malinowski, é a rigor, mais um
método de interpretação do que de investigação. Levando-se em consideração
que a sociedade é formada por partes componentes, diferenciadas, inter-
relacionadas e interdependentes, satisfazendo cada uma das funções
essenciais da vida social, e que as partes são mais bem entendidas
compreendendo-se as funções que desempenham no todo, o método
funcionalista estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas
unidades, Isto e, como um sistema organizado de atividades (MARCONI E
LAKATOS, 2004).
Desenvolvido por Lévi-Strauss, o método estruturalista parte da
investigação de um fenômeno concreto, eleva-se, a seguir, ao nível abstrato,
por intermédio da constituição de um modelo que representa o objeto de
estudo, retornando, por fim, ao concreto, dessa vez como uma realidade
estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social. Ele considera
que uma linguagem abstrata deve ser indispensável para assegurar a
possibilidade de comparar experiências, à primeira vista, irredutíveis que, se
assim permanecessem, nada poderiam ensinar, em outras palavras, não
poderiam ser estudadas (MARCONI E LAKATOS, 2004).
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Como vimos, a Metodologia Científica trata de método e ciência. A


atividade preponderante da metodologia é a pesquisa. O conhecimento
humano caracteriza-se pela relação estabelecida entre o sujeito e o objeto,
podendo-se dizer que essa é uma relação de apropriação.
Desse modo, a metodologia resulta de um conjunto de procedimentos a
serem utilizados pelo indivíduo na obtenção do conhecimento. É a aplicação do
método, por meio de processos e técnicas, que garante a legitimidade do saber
obtido.
A busca da necessidade humana de conhecer leva o homem a
pesquisar. Uma pesquisa é um processo de construção do conhecimento que
tem como meta principal gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar
algum conhecimento preexistente. Basicamente, é um processo de
aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza quanto da sociedade na qual
esta se desenvolve.
Lembre-se:
Curiosidade intelectual + entusiasmo + independência + capacidade de
trabalho e ambição acadêmica ou profissional + paciência e muita
determinação são requisitos básicos para se tornar um pesquisador, em tempo
integral ou somente para realização de um único projeto.
De todo modo, todos os trabalhos científicos podem adotar uma
estrutura comum. Apesar de os trabalhos tratarem de temas diferentes e, com
distintos propósitos, poderem variar materialmente, é possível a coincidência
sequencial comum.
Segundo Salvador (1982) a composição de um trabalho científico pode
ser expressa da seguinte forma: antecipar o que se vai transmitir; transmitir o
que se havia proposto e; declarar o que se transmitiu. Essa sequência
compreende a introdução, o desenvolvimento do trabalho e a conclusão.
Então, o que vem a ser pesquisa?

4.2-Pesquisa

A pesquisa pode ser então definida como um procedimento racional e


sistemático que tem como objetivo procurar respostas aos problemas
propostos.
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Portanto, a pesquisa científica desenvolve-se mediante utilização dos


conhecimentos disponíveis, métodos, técnicas e outros procedimentos
científicos, que vão desde a adequada formulação do problema até a
satisfatória apresentação dos resultados.
Santos (2000) classifica as pesquisas em dois níveis: acadêmico e de
ponta. O primeiro tipo é de caráter pedagógico, que visa despertar o espírito de
busca intelectual autônoma. Realizada no âmbito da academia (universidade,
faculdade ou outra instituição de ensino superior) conduzida por professores
universitários, alunos de graduação e pós-graduação. O resultado mais
importante não é o conhecimento de respostas salvadoras para a humanidade,
mas sim a aquisição do espírito e método para a indagação intencional. As
pesquisas de ponta são desenvolvidas por pesquisadores experientes e
consiste na pesquisa direcionada a lidar com a problematização, a solução e as
necessidades que ainda permanecem, seja porque simplesmente não foram
respondidas ou adequadamente trabalhadas. A pesquisa de ponta é tentativa
de negação / superação científica e existencial.
Existem várias outras classificações para os tipos de pesquisa não
havendo um único esquema classificatório.
Vamos apresentar a classificação das pesquisas quanto aos objetivos
específicos, ao lineamento e à natureza e na sequência, as principais técnicas
de coleta e análise dos dados.
Para tanto, buscamos respaldo em vários autores e no quadro abaixo
agrupamos os pensamentos de Gil (1995); Araújo e Oliveira (1997); Malhotra
(2001); Yin (2001); Marconi e Lakatos (2004); Vergara (2005); Cervo, Bervian e
Silva (2007); Souza, Fialho e Otani (2007); Moreira e Caleffe (2008)6.

6
Observe a ordem de colocação dos autores… por data e alfabética.
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Classificação quanto ao:

Tipo de pesquisa Técnica de:

Coleta de Análise de
Objetivo Delineamento Natureza
dados dados

Exploratória Documental Qualitativa Entrevista Qualitativa


Descritiva Bibliográfica Quantitativa Questionário quantitativa
Explicativa Levantamento Quali- Observação
quantitativa
Experimental Documentação
indireta
Ex-post facto
Bibliográfica
Estudo de
campo
Estudo de
corte
Estudo de
caso
Pesquisa
ação
Pesquisa
participante

4.2.1-Classificação das pesquisas quanto ao objetivo específico


Quanto aos objetivos específicos, as pesquisas científicas podem ser
classificadas em três modalidades: exploratória, descritiva e explicativa. Cada
uma trata o problema de maneira peculiar. A pesquisa exploratória tem “como
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema” (GIL, 1995, p. 45). A
descritiva adota “como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno” (GIL, 1995, p. 46). Já a pesquisa
explicativa tem “como preocupação central identificar os fatores que
determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (GIL, 1995,
p. 46).
A pesquisa exploratória foca na maior familiaridade com o problema,
com vistas a torná-lo mais explícito ou a facilitar a construção de hipóteses.
Esse tipo de pesquisa tem como principal objetivo o aprimoramento de idéias
ou a descoberta de intuições, novas idéias.
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A pesquisa exploratória é extremamente flexível, de modo que quaisquer


aspectos relativos ao fato estudado têm importância. Grande parte das
pesquisas do tipo envolve levantamento bibliográfico, documental e entrevista
ou questionário envolvendo pessoas que tiveram alguma experiência com o
problema. Geralmente são de natureza qualitativa.
A pesquisa descritiva objetiva a descrição de determinada população
ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Esse tipo de
estudo tem como característica mais significativa a utilização de técnicas
padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação
sistemática. Segundo Malhotra (2001, p. 108), a pesquisa descritiva “tem como
principal objetivo a descrição de algo”, um evento, um fenômeno ou um fato.
Os termos descritiva, descrição e descrever referem-se ao fato de esse tipo de
pesquisa apoiar-se na estatística descritiva para realizar as descrições da
população (mediante amostra probabilística) ou do fenômeno, ou relacionar
variáveis. Assim, a pesquisa descritiva pura tem natureza quantitativa, mas
pode ser quantitativa e qualitativa ao mesmo tempo, se representar descrição
de amostra não-probabilística.
A pesquisa explicativa procura aprofundar o conhecimento da
realidade, explicando a razão e o porquê das coisas. Tem como objetivo
principal a identificação dos motivos que determinaram a ocorrência de um
fenômeno ou contribuíram para tanto. Esse tipo de pesquisa é, na maioria das
vezes, uma continuação da pesquisa exploratória ou da pesquisa descritiva.

4.2.2-Classificação das pesquisas quanto ao delineamento


O delineamento da pesquisa corresponde ao seu planejamento numa
dimensão mais ampla; ou seja, nesse momento o investigador estabelece os
meios técnicos da investigação.
O elemento mais importante para a adequada identificação de um
delineamento é o procedimento utilizado na coleta de dados. A classificação
das pesquisas quanto ao delineamento pode compreender diversos tipos,
sendo os mais conhecidos: a pesquisa documental, a pesquisa bibliográfica, o
levantamento, a pesquisa experimental, a pesquisa ex-post-facto, o estudo de
caso e a pesquisa-ação. Vale destacar que na proporção em que a pesquisa
científica avança, novas formas de delineamento tendem a surgir.
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A principal característica da pesquisa documental está relacionada com


a sua fonte, a qual restringe-se a documentos escritos ou não-escritos, sempre
de fontes primárias.
Qualquer estudo científico supõe e requer uma prévia pesquisa
bibliográfica, seja para sua necessária fundamentação teórica, ou mesmo para
justificar seus limites e para os próprios resultados. Cervo; Bervian; Silva (2007,
p. 48) afirmam que a pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência.
Como trabalho científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na área
das Ciências Humanas. Como resumo de assunto, constitui geralmente o
primeiro passo de qualquer pesquisa científica.
É por meio da pesquisa bibliográfica que o pesquisador faz contato
direto com tudo o que foi publicado, dito, filmado ou de alguma outra forma
registrado sobre determinado tema, inclusive através de conferências seguidas
de debates.
A pesquisa bibliográfica muito se assemelha com a pesquisa
documental. Alguns detalhes, porém, ajudam a evidenciar as sutis diferenças
entre os dois tipos:
a) as fontes de dados da pesquisa documental são sempre primárias,
algumas delas compiladas no momento do fato, outras algum tempo depois, e
que não foram tratadas com o foco específico para o tema em estudo;
b) a pesquisa bibliográfica, sempre utilizando fontes secundárias,
compreende as obras já editadas abordando o tema em estudo;
c) os objetivos da pesquisa bibliográfica geralmente são muito amplos,
sendo, assim, indicada para gerar maior visão sobre o problema ou torná-lo
mais específico; enquanto isso, os objetivos da pesquisa documental são
específicos, quase sempre visando à obtenção dos dados em resposta a
determinado problema.
Os dados obtidos de livros, revistas científicas, teses, relatórios
científicos, cuja autoria é conhecida, não se confundem com documentos, isto
é, dados primários, que propiciam o exame de um tema sob novo enfoque ou
abordagem, possibilitando conclusões inovadoras, por meio da análise de seu
conteúdo.
A pesquisa através do levantamento tem como característica principal a
coleta de informações diretamente das pessoas, para se conhecer o
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comportamento de determinado grupamento. Essas informações são captadas


por meio de instrumentos que possibilitam a realização de análise quantitativa,
cujas conclusões podem ser projetadas para um universo mais amplo. Por
utilizar técnicas estatísticas para definir as amostras e o universo da pesquisa,
o levantamento apresenta algumas vantagens. Segundo Araújo e Oliveira
(1997) melhora o conhecimento direto da realidade; oferece maior economia e
rapidez; e possibilita, por meio da quantificação das variáveis, o uso de
correlações e outros procedimentos estatísticos.
Para estes mesmos autores, a pesquisa experimental “consiste em
determinar o objeto de estudo, selecionar variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a
variável produz no objeto”.
Esse tipo de pesquisa caracteriza-se por manipular de forma direta as
variáveis relacionadas ao objeto de estudo. Com a manipulação das variáveis
através da criação de situações de controle, ou seja, manipulando-se as
variáveis independentes e observando-se o que acontece com as
dependentes, pode-se averiguar a relação de causa e efeito de determinado
fenômeno.
A pesquisa ex-post-facto procura assemelhar-se ao máximo com a
pesquisa experimental, sendo que a principal diferença reside na manipulação
das variáveis independentes. Com efeito, enquanto na pesquisa experimental
as variáveis são controladas, na ex-post-facto não há controle sobre as
variáveis.
Segundo Yin (2001), o estudo de caso é a pesquisa preferida quando
predominam questões dos tipos “como?” e “por quê?”, ou quando o
pesquisador detém pouco controle sobre os eventos e ainda quando o foco se
concentra em fenômenos da vida real.
Yin (2001) afirma também que o estudo de caso é um modo de pesquisa
empírica que investiga fenômenos contemporâneos em seu ambiente real,
quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos;
quando há mais variáveis de interesse do que pontos de dados; quando se
baseia em várias fontes de evidências; e quando há proposições teóricas para
conduzir a coleta e a análise dos dados.
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A pesquisa-ação surgiu no final dos anos 1940, com a publicação do


artigo Action research and minority problems, de Kurt Lewin. Segundo Vergara
(2005), a pesquisa-ação tem como objetivo resolver problemas por meio de
ações definidas por pesquisadores e sujeitos envolvidos com a situação
investigada. Alguns confundem esse método com consultoria, sendo que a
principal diferença entre as duas abordagens é que a pesquisa-ação procura
elaborar e desenvolver conhecimento teórico.

4.2.3-Classificação das pesquisas quanto à natureza


Quanto à natureza, as pesquisas científicas podem ser classificadas em
três modalidades: a qualitativa, a quantitativa e a quanti-quali.
A pesquisa qualitativa se dedica à compreensão dos significados dos
eventos, sem a necessidade de apoiar-se em informações estatísticas.
Desde a década de 1970, a pesquisa qualitativa vem assumindo certo
grau de importância no campo das ciências sociais. Esse tipo de pesquisa
adota a fenomenologia como base científica para moldar a compreensão da
pesquisa, respondendo a questões dos tipos “o quê?”, “por quê?” e “como?”.
Geralmente, a pesquisa qualitativa analisa pequenas amostras não
necessariamente representativas da população, procurando entender as
coisas, em vez de mensurá-las.
A pesquisa qualitativa é considerada essencialmente de campo,
porquanto nas ciências sociais a maioria dos estudos está relacionada a
fenômenos de grupos ou sociedades, razão pela qual o investigador deve atuar
onde se desenvolve o objeto de estudo.
Araújo e Oliveira sintetizam a pesquisa qualitativa como um estudo que
(1997, p. 11) [...] se desenvolve numa situação natural, é rico em dados
descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada,
enfatiza mais o processo do que o produto, se preocupa em retratar a
perspectiva dos participantes, tem um plano aberto e flexível e focaliza a
realidade de forma complexa e contextualizada.
Na pesquisa quantitativa, a base científica vem do Positivismo, que
durante muito tempo foi sinônimo de Ciência, considerada como investigação
objetiva que se baseava em variáveis mensuráveis e proposições prováveis.
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A pesquisa quantitativa surgiu sob a influência do Positivismo, segundo


o qual o pesquisador não deve envolver-se com o objeto da pesquisa, além de
pregar a utilização de procedimentos rigorosamente empíricos, visando ao
máximo de objetividade possível no estudo realizado. Sendo assim, a
neutralidade do pesquisador constitui um ponto muito importante para o estudo.
Pode-se definir a pesquisa quantitativa como aquela voltada para a
mensuração de segmentos do mercado e das informações qualitativas
preexistentes ou levantadas pela pesquisa qualitativa. Segundo Malhotra
(2001, p. 155), “a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplicar
alguma forma de análise estatística”. Na maioria das vezes, esse tipo de
pesquisa deve suceder a pesquisa qualitativa, já que esta última ajuda a
contextualizar e a entender o fenômeno.
A pesquisa quanti-quali, como o próprio nome sugere, representa a
combinação das duas citadas modalidades, utilizando em parte do trabalho a
visão positivista, e em outra parte a visão fenomenológica, aproveitando-se o
que há de melhor em cada uma delas (ARAÚJO; OLIVEIRA, 1997).
A pesquisa quanti-quali compreende a utilização de ambas as naturezas,
quantitativa e qualitativa, numa pesquisa científica. Estudos de natureza quanti-
quali têm como base tanto o positivismo como a fenomenologia.

4.2.4-Técnicas de coleta de dados


Toda pesquisa, em especial a pesquisa descritiva, deve ser bem
planejada se quiser oferecer resultados úteis e fidedignos. Esse planejamento
envolve também a tarefa de coleta de dados, que corresponde a uma fase
intermediária da pesquisa descritiva.
A coleta de dados ocorre após a escolha e delimitação do tema, a
revisão bibliográfica, a definição dos objetivos, a formulação do problema e das
hipóteses ou pressupostos e a identificação das variáveis.
A coleta de dados, tarefa importante na pesquisa, envolve diversos
passos, como a determinação da população a ser estudada, a elaboração do
instrumento de coleta, a programação da coleta e também o tipo de dados e de
coleta. Há diversas formas de coleta de dados, todas com suas vantagens e
desvantagens. Na decisão do uso de uma forma ou de outra, o pesquisador
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levará em conta a que menos desvantagens oferecer, respeitados os objetivos


da pesquisa.
Nessa fase podem ser empregadas diferentes técnicas, sendo mais
utilizados a entrevista, o questionário e a observação, quando aplicadas a
pessoas, e a documentação indireta documental e a documentação indireta
bibliográfica, quando não aplicadas a indivíduos.
Na aplicação da entrevista e do formulário, o informante conta com a
presença do pesquisador ou seu auxiliar, que registra as informações. O
questionário sem a presença do investigador, é preenchido pela pessoa que
fornece as informações.
Além do instrumento usado, o tipo de pergunta, que pode ser fechada
por um número limitado de opções ou aberta, sem restrições, determina a
maior ou menor exatidão dos dados e o grau de dificuldade na tabulação e
análise das informações. Esses aspectos e a disponibilidade de tempo e de
recursos devem ser levados em consideração ao ser fixado o instrumento de
coleta de dados. Somente depois de ter sido definido o objetivo da pesquisa e
depois de levantadas as hipóteses e as variáveis, o pesquisador vai elaborar as
questões do instrumento de coleta de dados.
A preocupação básica ao elaborar as perguntas deve ser, além da
validade, a finalidade e a relação das questões com o objetivo da pesquisa. As
perguntas, em maior ou menor número, devem sempre colher informações a
respeito das variáveis e das hipóteses do trabalho. Em geral, as questões
alheias aos objetivos da pesquisa não se justificam.
Cervo; Bervian; Silva (2007) elencam alguns passos básicos que devem
ser observados na elaboração das perguntas:
 Identificar os dados ou as variáveis sobre os quais serão feitas as
questões;
 Selecionar o tipo de pergunta a ser utilizado diante das vantagens e
desvantagens de cada tipo, com vistas ao tempo a ser consumido para
obter os dados e a maneira de tabulá-los e analisá-los;
 Elaborar uma ou mais perguntas referentes a cada dado a ser
levantado;
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 Analisar as questões elaboradas quanto a clareza da redação,


classificação e sua real necessidade;
 Codificar as questões para a posterior tabulação e análise com a
inclusão dos códigos no próprio instrumento;
 Elaborar instruções claras e precisas para o preenchimento do
instrumento;
 Submeter as questões a outros técnicos para sanar possíveis
deficiências;
 Revisar o instrumento para dar ordem e sequência para as questões;
 Submeter o instrumento a um pré-teste para detectar possíveis
reformulações ou correções, antes de sua aplicação.
Outros instrumentos usados em pesquisas descritivas, como a entrevista
e a observação, embora não percorram rigorosamente os passos descritos,
devem cercar-se das devidas precauções para evitar prejuízos à pesquisa
decorrentes de falhas na coleta de dados.
A entrevista não é uma simples conversa. É uma conversa orientada
para um objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante,
dados para a pesquisa.
A entrevista tornou-se, nos últimos anos, um instrumento do qual se
servem constantemente os pesquisadores em ciências sociais e psicológicas.
Eles recorrem à entrevista sempre que têm necessidade de obter dados que
não podem ser encontrados em registros e fontes documentais e que podem
ser fornecidos por certas pessoas. Esses dados serão utilizados tanto para o
estudo de fatos como de casos ou de opiniões. Devem-se adotar os seguintes
critérios para o preparo e a realização da entrevista:
 Planejar a entrevista, delineando cuidadosamente o objetivo a ser
alcançado;
 Obter, sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do
entrevistado;
 Marcar com antecedência o local e o horário da entrevista; qualquer
transtorno poderá comprometer os resultados da pesquisa;
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 Criar condições, isto é, uma situação discreta, para a entrevista, pois


será mais fácil obter informações espontâneas e confidenciais de uma
pessoa isolada do que de uma pessoa acompanhada ou em grupo;
 Escolher o entrevistado de acordo com a sua familiaridade ou autoridade
em relação ao assunto escolhido;
 Fazer uma lista das questões, destacando as mais importantes;
 Assegurar um número suficiente de entrevistados, o que dependerá da
viabilidade da informação a ser obtida.
O entrevistado deve ser sempre previamente informado do motivo da
entrevista e de sua escolha. O entrevistador deve obter e manter a confiança
do entrevistado, evitando ser inoportuno, não interrompendo outras atividades
de seu interesse nem o entrevistando quando estiver irritado, fatigado ou
impaciente. Convém dispor-se a ouvir mais do que falar. O que interessa é o
que o informante tem a dizer. Deve-se dar o tempo necessário para que o
entrevistado discorra satisfatoriamente sobre o assunto (CERVO; BERVIAN;
SILVA, 2007)
O entrevistador deve controlar a entrevista, reconduzindo, se necessário,
o entrevistado ao objeto da entrevista. Deve-se evitar perguntas diretas que
precipitariam as informações, deixando-as incompletas. É conveniente
apresentar primeiramente as perguntas que tenham menores probabilidades de
provocar recusa ou produzir qualquer forma de negativismo, uma após outra, a
fim de não confundir o entrevistado. Sempre que possível, conferir as
respostas, mantendo-se alerta a eventuais contradições.
Finalmente, o entrevistador não deve confiar demasiadamente em sua
memória. Deve anotar, cuidadosamente, os dados, registrando-os
sumariamente durante a entrevista e completando suas anotações logo em
seguida ou o mais breve possível. Deve registrar também aqueles dados
fornecidos após a entrevista, quando considerados de importância.
Quando se há de recorrer à entrevista? Recorre-se à entrevista quando
não houve fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando se
quiser completar dados extraídos de outras fontes. A entrevista possibilita
registrar, além disso, observações sobre a aparência, o comportamento e as
atitudes do entrevistado. Daí sua vantagem sobre o questionário. Deve-se
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evitar recorrer à entrevista para obter dados de valor incerto ou para obter
informações precisas, cuja validade dependeria de pesquisas ou de
observações controladas, tais como datas, relações numéricas etc.
O questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois
possibilita medir com mais exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra
questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma
fórmula que o próprio informante preenche. Assim, qualquer pessoa que
preencheu um pedido de trabalho teve a experiência de responder a um
questionário. Ele contém um conjunto de questões, todas logicamente
relacionadas com um problema central.
O questionário poderá ser enviado pelo correio, entregue ao
respondente ou aplicado por elementos preparados e selecionados. Nesse
caso, pode ser aplicado simultaneamente a um maior número de indivíduos
(MINAYO; DESLANDES, 2009). Todo questionário deve ter natureza impessoal
para assegurar uniformidade na avaliação de uma situação para outra. Possui
a vantagem de os respondentes se sentirem mais confiantes, dado o
anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas mais reais (o que
pode não acontecer na entrevista). Deve, ainda, ser limitado em sua extensão
e finalidade.
É necessário estabelecer, com critério, as questões mais importantes a
serem propostas e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos.
Devem ser propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas de
forma a não insinuarem outras colocações. Se o questionário for respondido na
ausência do investigador, deverá ser acompanhado de instruções minuciosas e
específicas.
O uso de perguntas abertas permite obter respostas livres. Exemplo: Do
que você mais gosta na cidade? Já as perguntas fechadas permitem obter
respostas mais precisas.
Exemplo: Seu nível de escolaridade é:
( ) ensino fundamental ( ) graduação
( ) ensino médio ( ) pós-graduação
As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, simples de
codificar e analisar. As perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas
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livres, embora possibilitem recolher dados ou informações mais ricas e


variadas, são codificadas e analisadas com mais dificuldade.
O formulário é uma lista informal, catálogo ou inventário, destinado à
coleta de dados resultantes quer de observações quer de interrogações, e seu
preenchimento é feito pelo próprio investigador.
Entre as vantagens que o formulário apresenta, podemos destacar a
assistência direta do investigador, a possibilidade de comportar perguntas mais
complexas e a garantia da uniformidade na interpretação dos dados e dos
critérios pelos quais são fornecidos. O formulário pode ser aplicado a grupos
heterogêneos, inclusive a analfabetos, o que não ocorre com o questionário.
A observação tem como o principal objetivo a obtenção de informações
por meio dos órgãos dos sentidos do investigador durante sua permanência in
loco ao ensejo da ocorrência de determinados aspectos da realidade. A
observação não consiste tão somente em ver ou ouvir, mas também em
analisar o fato ou fenômeno. O investigador pode identificar e obter provas a
respeito de objetivos de que até então não tinha consciência, exercendo
importante papel no aspecto da descoberta, ponto inicial para a investigação
social.
Os procedimentos para coleta de dados descritos, conforme mencionado
anteriormente aplicam-se quando coletados diretamente de pessoas.
Entretanto, segundo Gil (1995), não são os indivíduos as únicas fontes de
dados. Registros em papel, como arquivos públicos e privados, dados
estatísticos, etc., são importantes fontes de informações, que serão colhidas
mediante documentação indireta.
A coleta de dados baseada na documentação indireta consiste na leitura
e análise de materiais produzidos por terceiros, que podem apresentar-se sob
forma de textos, jornais, gravuras, fotografias e filmes, entre outras
(MARCONI; LAKATOS, 2004). A documentação indireta documental trata
especificamente da coleta de informações de fontes primárias, tais como
documentos de arquivos públicos e privados, cartas, contratos, diários e
autobiografias.
Essa técnica é bastante utilizada em pesquisas puramente teóricas e
naquelas em que o delineamento principal é o estudo de caso, pois pesquisas
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com esse tipo de delineamento exige, na maioria dos casos, a coleta de


documentos para análise.
A documentação indireta bibliográfica trata especificamente de recolher
informações de fontes secundárias, tais como relatórios de pesquisa baseada
em trabalho de campo, estudos históricos recorrendo aos documentos originais
e pesquisas utilizando correspondências de terceiros, entre outras. Trata-se de
técnica bastante empregada em pesquisas nas quais o delineamento principal
é o estudo de caso e em pesquisas puramente teóricas.

4.2.5-Técnicas de análise de dados qualitativa


Dentre as técnicas de análise de dados qualitativa, destacam-se a
análise de conteúdo e a análise de discurso.
A análise de conteúdo é utilizada no tratamento de dados que visa
identificar o que vem sendo dito acerca de determinado tema (VERGARA,
2005). Ela compreende um conjunto de técnicas de análise das comunicações,
visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitem a
inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção
(variáveis inferidas) dessas mensagens.
As principais fontes da análise de conteúdo são materiais jornalísticos e
documentos institucionais.
A análise de discurso é definida por Vergara (2005) como um método
que pretende não somente apreender como uma mensagem é transmitida, mas
também explorar o seu sentido. A análise de discurso avalia quem enviou a
mensagem, quem recebeu a mensagem e qual o contexto em que está
inserida.
Uma das condições indispensáveis para que a análise de discurso seja
efetivada com clareza é a transcrição de entrevistas e discursos na íntegra,
sem cortes, correções ou interpretações iniciais.

4.2.6-Técnicas de análise de dados quantitativa


Muitas são as ferramentas estatísticas voltadas para análise de dados,
dentre elas as frequências, médias, modas, medianas e testes de significância.
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A análise de regressão e a análise discriminante são duas técnicas de


análise de dados quantitativa adotadas com frequência nas áreas de
Administração e Contabilidade. Malhotra (2001, p. 459) ensina que a análise de
regressão é um “processo estatístico para analisar relações associativas entre
uma variável dependente métrica e uma ou mais variáveis independentes”.
Essa técnica tem como principal objetivo verificar o grau e a natureza de
associação entre as variáveis.
Como vimos, a pesquisa possui os mais variados caminhos para atender
ao seu objetivo, é recheada de variáveis, de possibilidades, cabendo ao
pesquisador descobrir qual deles seguir.
Evidentemente que nossa pretensão não foi a de esgotar aqui todo o
conhecimento oferecido pela Metodologia Científica, tentamos, apenas,
compilar e organizar o que consideramos mais importante para aqueles se
enveredarão pelos caminhos da pesquisa.
E, na Era da Informação, não poderíamos deixar de falar das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e sua utilização como
ferramenta de pesquisa.
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5. O USO DAS TIC NA PESQUISA CIENTÍFICA

Em apenas uma geração a humanidade vive transformações


equivalentes a muitos séculos. Pode-se afirmar que vive um momento histórico
especial, com uma presença generalizada dos meios eletrônicos de
comunicação e informação permitidos pelas novas Tecnologias de Informação
e comunicação (TIC): surgimento e evolução da Internet, da TV Interativa, dos
computadores de última geração e muito mais velozes, do avanço dos
celulares como verdadeiros minicomputadores, fazendo do desenvolvimento
dessas tecnologias algo quase que incontrolável.

A busca de um novo ou novos paradigmas é, portanto,


resultado da insuficiência constatada. Essa busca de
novos paradigmas por parte de inúmeros pensadores
encontra muitas denominações, tais como: nova era, era
da consciência, holismo, transdisciplinaridade,
complexidade. É a busca de um novo pensar
(D‟AMBRÓSIO, 2003, p. 56).

Contemporaneamente, novos valores vão surgindo, colocando a


modernidade em seu limite histórico. Uma nova ciência começa a ser criada,
baseada em um outro logos, não mais operativo, mas que tem na globalidade,
na interatividade e na integridade seus focos e vetores mais fundamentais.
E é neste contexto que o sistema educacional encontra e tem razão de
ser dentro da perspectiva de seus processos metodológicos e se justificativa
levando em conta, em seus processos didático-pedagógicos, a natureza e as
especificidades deste mundo de comunicação e informação.
Porém, observa-se os novos recursos da comunicação e informação,
destacado aqui o vídeo e a TV, sendo incorporados a partir de uma perspectiva
instrumental, como apenas mais um recurso didático-pedagógico. Não se pode
pensar que a pura e simples incorporação destes recursos na educação seja
uma garantia, de que se está fazendo uma nova educação, uma nova escola,
para o futuro. Muito pelo contrário, vê-se que esta incorporação está se dando,
basicamente, como ferramentas instrumentais, com uma pura e simples
introdução de novos elementos considerados mais modernos como
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computadores portáteis e projetores, porém, continuando as velhas práticas


educativas.
Porém Moran afirma que, “ensinar com as novas mídias será uma
revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do
ensino, que mantêm distantes professores e alunos”. (2008, p. 29).
Atualmente, em meio ao crescimento e desenvolvimento exponencial
das TIC e a tentativa de sua absorção pela educação, faz-se necessário o
estudo desse fenômeno, suas conseqüências e sua expansão pelo mundo e,
em especial, no Brasil, por ser este um país de dimensões continentais e que
convive com uma histórica má distribuição de renda, geradora de desníveis de
toda ordem, tornando a Educação de qualidade um artigo de luxo, raro e caro,
restrito a um percentual mínimo da população mais abastada, haja vista que,
as TIC já estão sendo utilizadas por esta parcela da população brasileira. Em
sendo, Castells confirma o fato, advertindo que, “as elites aprendem fazendo e
com isso modificam as aplicações da tecnologia, enquanto a maior parte das
pessoas aprende usando e, assim permanecendo dentro dos limites do pacote
da tecnologia”. (2007, p.55).
A EAD se expande naquele percentual da população do país excluída
do processo educativo tradicional e que, principalmente, reside longe dos
grandes centros. Sendo assim, a EAD apoiada pelas TIC, resulta em um
processo de inclusão social de dimensões ainda por desvendar, possibilitando
uma revolução na oferta de oportunidades.
Sobre essa oferta de oportunidades de acesso à Educação e também,
à Educação continuada, István Mészáros (2001), professor emérito da
Universidade de Sussex (Reino Unido), palestrante da 24ª Reunião anual de
pós-graduação da ANPED, afirmou e defendeu ser, a educação continuada,
um paradigma a ser perseguido nestes novos tempos de globalização e TIC no
ensino.
A esse respeito, Assmann (2005) afirma que,

os paradigmas não existem apenas para explicar o


mundo, mas para organizá-lo mediante o uso do poder
[...] Além de humanamente necessários, historicamente
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relativos e naturalmente seletivos, os paradigmas tendem


a territorializar-se. (p. 92-93).

Ainda, naquele discurso Mészáros ressalta que: "Não podemos


confinar a educação a um número determinado de horas ou de anos de estudo.
A educação é a transformação das pessoas ao longo da vida". Mais adiante,
ele diz considerar essencial a participação ativa do docente no processo de
atualização do ensino. "O próprio educador precisa ser educado", afirma,
defendendo a educação pública de qualidade como solução para os problemas
do ensino. "A maioria das pessoas depende disso no mundo, pois poucos
podem pagar pela escola". (MÉSZÁROS, 2001, s/p).
Primo, ressaltando este enfoque da ampliação do acesso à educação
daqueles outrora excluídos, afirma que:

É fundamental que, passada a névoa do deslumbre pela


nova tecnologia, discuta-se não apenas as ferramentas
que a informática oferece mas que se pense os métodos
e as práticas educacionais. A Web pode ser um suporte
tanto para cursos construtivistas quanto para
treinamentos comportamentalistas. De fato, as
ferramentas disponíveis para a construção de páginas
para a Internet oferecem recursos fantásticos para
atividades dirigidas e testes de múltipla escolha. Muitas
das linguagens de programação utilizadas para a
implementação de sites e ambientes automatizam
processos que permitem maior controle dos alunos pelo
professor. (2008, s/p).

E ainda evidencia que,

tecnologias como essas entusiasmam um grande número


de professores, porém atualizam com novos matizes
práticas fundamentadas no behaviorismo. (...)
Travestidos pelo slogan da interatividade, treinamentos
por atividades dirigidas deslumbram alunos e professores
que se satisfazem em apontar e clicar páginas
rigidamente determinadas. (...) De outra forma, a prática
de ensino à distância que pode de fato ser revolucionária
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é justamente aquela que diminui as distâncias através da


interação. (PRIMO, 2008, s/p).

Pode-se perceber, então, que a interatividade proposta pelas TIC,


mesmo que de forma distorcida ou diferenciada do conceito de Primo, torna o
aluno mais interessado nessa ferramenta por sentir-se sujeito do processo que
ganhou impulso com o advento da telemática na década de 1980,
consolidando-se ao final da década posterior, devido à disseminação e
popularização da Internet.
Outro autor que discute essa questão da interatividade é Lévy. Ele
admite que,

o termo “interatividade” em geral ressalta a participação


ativa do beneficiário de uma transação de informação. De
fato, seria mostrar que o receptor de informação, a menos
que esteja morto, nunca é passivo. Mesmo sentado na
frente de uma televisão sem controle remoto, o
destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu
sistema nervoso de muitas maneiras, e sempre de forma
diferente de seu vizinho (2006, p. 79).

O posicionamento desse autor corrobora com a nossa afirmação de


que somente a possibilidade de interação já estimula o aluno a interagir com o
conteúdo disponibilizado, proporcionando a construção do conhecimento.
Porém, Belloni (2005) vê diferentes significados para a interatividade. Segundo
ela,
De um lado a potencialidade técnica oferecida por
determinado meio (por exemplo CD-ROM de consulta,
hipertextos em geral, ou jogos informatizados), e, de
outro, a atividade humana, do usuário, de agir sobre a
máquina e de receber em troca uma 'retroação' da
máquina sobre ele. (2001, p. 58).

De qualquer forma, os resultados dessa utilização são benéficos para o


que de fato se espera, a saber, o ensino e o aprendizado do aluno, com
qualidade e eficiência.
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Para Paulo Freire, o “saber ensinar não é transferir conhecimento, mas


criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (2006,
p.49). Sendo assim, a EAD surge como uma modalidade que permite o
cumprimento dessa função de ensinar a todos, para além da sala de aula
regular. Esse fato possibilita a autonomia daqueles indivíduos que, até o
advento da expansão dessa modalidade, seriam excluídos desse processo e,
consequentemente, permaneceriam excluídos da sociedade e de seus
benefícios.
Porém, Lopes e Carrão (2009) advertem que os desafios são muitos e
as soluções para otimizar e atender a esses fatores convergem, cada vez mais,
para a premissa de se ter “uma gestão profissional com foco na excelência
acadêmica e organizacional”, na ótica de Polak, Munhoz e Duarte, (2008, p.
06).
Nessa perspectiva da EAD, a utilização das TIC perpassa pelo uso, até
mesmo, de forma obrigatória (vide normas de formatação e estrutura da
ABNT), de todas as ferramentas que elas oferecem, em especial o computador
e a Internet.
Nesse sentido, autores como José Manoel Moran (2011, in,
http://www.usp.br) e Eduardo Galhardo (2011, in,
http://www.assis.unesp.br/egalhard/PesqInt1.htm), oferecem diversas
orientações de como utilizar esses mecanismos, principalmente a Internet, para
a realização de pesquisas de toda ordem, que, no nosso caso, trata-se,
especificamente da pesquisa bibliográfica ou revisional.
A seguir, demonstraremos estas informações e orientações, porém,
outras podem ser obtidas na mesma rede mundial de computadores (a Internet
ou net).

5.1-Pesquisando na Internet

Diversos sites e autores consideram dois aspectos na utilização da


Internet como ferramenta associada à Pesquisa:
 a busca de documentos (páginas, figuras, textos e animações), ou seja,
como encontrar os endereços nessa grande Rede;
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 a utilização dos recursos institucionais disponíveis online para revisão


bibliográfica, ou seja, quais os endereços e principais fontes para a
pesquisa bibliográfica.

5.1.1-Buscando documentos na Internet

Quase a totalidade das Universidades, em todo o mundo, estão


conectadas à Internet e disponibilizam muito material através de suas páginas
institucionais, o mesmo ocorrendo com Institutos de Pesquisa, Organizações
Não-Governamentais etc.....
Portanto, podemos aproveitarmos esses recursos e, para tanto,
devemos utilizar ferramentas e métodos especiais de busca pois, a questão
principal é: como obter os endereços de páginas que contenham o assunto
(referenciado, atualizado) que procuramos?
Para localizar tais informações sobre temas específicos, ou para obter os
endereços de universidades, bibliotecas, enciclopédias, centros de pesquisa e
outros, devemos usar os serviços de busca.
Inicialmente foram sendo disponibilizados endereços de páginas, com
um sistema de busca em seus bancos de dados, contendo informações sobre
endereços e conteúdos de páginas. Este tipo de serviço é disponibilizado nos
endereços ou páginas de Busca, como por exemplo:
 Cadê (http://www.cade.com.br)
 Bookmarks (http://www.bookmarks.com.br)
 RadarUOL (http://www.radaruol.com.br)
 Surf (http://www.surf.com.br)
 Zeek! (http://www.zeek.com.br)
 AltaVista (http://www.altavista.com)
 Yahoo (http://www.yahoo.com)
 Lycos (http://www.lycos.com)
 Infoseek (http://www.infoseek.com)
 HotBot (http://www.hotbot.com)
 WebCrawler (http://www.webcrawler.com)
 Excite (http://www.excite.com)
 AOLNetFind (http://www.aolnetfind.com)
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Devemos gravar os endereços de busca nos favoritos e ao


pesquisarmos um tema devemos utilizar os vários serviços de busca. Essas
buscas devem ser estendidas a todos os recursos da Internet inclusive
Newsgroups e Web, que podem fornecer emails de pesquisadores da área
procurada.
Como indicação, Galhardo (2011) considera o Altavista como um dos
melhores serviços de busca da rede, além de ter um dos maiores bancos de
dados.
Entre os principais recursos deste site, temos:
a) A página principal com as opções de busca: (1) simples; (2) avançada; (3)
de imagens;
(4) de arquivos de som; (5) de vídeos e; (6) através de diretórios da Web (por
assuntos).

b) A página com o sistema de ajuda


http://doc.altavista.com/help/search/adv_help.shtml, permite a você verificar os
dados relacionados a este site de busca e aprender as diferenças entre os
diversos sistemas de busca existentes no alta vista.
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c) A página com o tutorial sobre o modo avançado de busca


http://doc.altavista.com/adv_search/ast_i_index.shtml, permite que você
aprenda a utilizar expressões Booleanas (termo derivado da álgebra de Boole
(matemático e lógico nascido na Inglaterra no sec. XIX), que envolve a
aplicação das operações da teoria dos conjuntos e da lógica a dois ou mais
conjuntos e proposições).
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d) A página com o diretório "SCIENCE" http://dir.altavista.com/Science.shtml,


proporciona a você um campo de inserção de palavras-chave dentro do grupo
escolhido e os tópicos.

Por exemplo, vamos realizar a busca de documentos em Inglês no


período de 31/12/99 a 13/04/00 que contenham as palavras Human, Genetics
e Behavior, cabe aqui inserir uma tabela do Tutorial de busca avançada sobre
as expressões lógicas:

Finds documents containing all of the specified


words or phrases. Peanut AND butter finds
AND
documents with both the word peanut and the word
butter.
Finds documents containing at least one of the
specified words or phrases. Peanut OR butter finds
OR documents containing either peanut or butter. The
found documents could contain both items, but not
necessarily.
Excludes documents containing the specified word
or phrase. Peanut AND NOT butter finds documents
with peanut but not containing butter. NOT must be
AND NOT
used with another operator, like AND. AltaVista does
not accept 'peanut NOT butter'; instead, specify
peanut AND NOT butter.
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Finds documents containing both specified words


or phrases within 10 words of each other. Peanut
NEAR
NEAR butter would find documents with peanut
butter, but probably not any other kind of butter.
Use parentheses to group complex Boolean
phrases. For example, (peanut AND butter) AND
( ) (jelly OR jam) finds documents with the words
'peanut butter and jelly' or 'peanut butter and jam' or
both.
Finds pages that contain the specified word or
phrase in the text of a hyperlink. anchor:"Click here
anchor:text
to visit garden.com" would find pages with "Click
here to visit garden.com" as a link.
Finds pages that contain a specified Java applet.
applet:class Use applet:morph to find pages using applets called
morph.
Finds pages within the specified domain. Use
domain:uk to find pages from the United Kingdom,
domain:domainname
or use domain:com to find pages from commercial
sites.
Finds pages on a specific computer. The search
host:www.shopping.com would find pages on the
host:hostname Shopping.com computer, and
host:dilbert.unitedmedia.com would find pages on
the computer called dilbert at unitedmedia.com.
Finds pages with images having a specific filename.
image:filename Use image:beaches to find pages with images called
beaches.
Finds pages with a link to a page with the specified
link:URLtext URL text. Use link:www.myway.com to find all pages
linking to myway.com.
Finds pages that contain the specified text in any
part of the page other than an image tag, link, or
text:text
URL. The search text:graduation would find all
pages with the term graduation in them.
Finds pages that contain the specified word or
phrase in the page title (which appears in the title
title:text
bar of most browsers). The search title:sunset would
find pages with sunset in the title.
Finds pages with a specific word or phrase in the
url:text
URL. Use url:myway.com to find all pages on all
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servers that have the word myway in the host name,


path, or filename--the complete URL, in other words.

Esta é a página de solicitação de busca.

Esta busca obteve 1484 páginas que contêm as três palavras (uma dica:
para não ter que ir clicando em um resultado e depois voltar para a página de
busca, escolher outra visitar e voltar, clique com o outro botão do mouse sobre
o link desejado e opte por abri-lo em uma nova janela, com isso você poderá
abrir vários resultados ao mesmo tempo). Veja na figura abaixo que também é
possível acionar uma tradução (TRANSLATE) de uma referida página.
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Na figura abaixo está o quadro de Tradução, você pode também utilizá-lo


em outros endereços da Internet ou até copiar e colar um texto, escolher o
Idioma e traduzi-lo.
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Na figura abaixo está a página principal do site de busca Cadê, que


também apresenta uma boa estrutura de pesquisas
(http://www.cade.com.br/info.htm).

Dados obtidos na página


(http://www.twics.com/~takakuwa/search/searc2.html) indicam cerca de 1.005
sistemas de busca. Conforme, galhardo (2011), os apresentados acima podem
ser considerados os principais, porém a melhor forma de realizar pesquisas na
Internet é através de sistemas de meta busca, ou seja, um sistema que procura
suas palavras-chave em vários sistemas de busca ao mesmo tempo. Na
página http://www.amdahl.com/internet/meta-index.html podemos verificar a
lista de sites de Busca existentes. Faça algumas pesquisas utilizando esse site.

Sistema Miner (http://miner.bol.com.br/uol.html)

O sistema miner tem um portal de acesso a vários tipos de metabusca


(veja figura abaixo), das quais destacamos o de documentos, o de livros (muito
útil para economizar, analisando o preço de um determinado livro em várias
livrarias) e o de software.
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Após clicar no link METAMINER mostrado na figura anterior, aparecerá o


formulário de busca (figura abaixo) onde é possível utilizar as palavras-chave
do assunto que se procura e escolher entre as opções oferecidas (qualquer
palavra, todas as palavras, ou Esta frase), e também quais serviços de busca
serão acionados.
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Navegando pelo site, chega-se à página dos resultados da busca, onde


são apresentadas a quantidade de respostas de cada sistema verificado e, a
seguir a lista dos resultados dispostos em grupos de 10. No final da página tem
um índice de páginas de resultados. Este sistema foi lançado ela UFMG e, de
início, apresentava todos os resultados da busca em uma única página, sem
propagandas. Hoje, o mesmo afiliou-se ao Brasil online (Grupo Abril) e, por
conta disso, deixou de ser eficiente, tornando-se demorado (devido às
propagandas, na opinião de GALHARDO, 2011).
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Existem, também, softwares que são instalados em nossos


computadores e estes realizam a denominada metabusca de documentos.
O mais simples e fácil de ser instalado e que apresenta bons resultados
é o WebFerret (que pode ser obtido gratuitamente no site
(http://www.ferretsoft.com/netferret/index.html).

Outro software de busca é o BullsEye (http://www.intelliseek.com) nele,


há um tutorial de uso do sistema que pode ser acessado na página principal
O software é pequeno, porém após executá-lo você deve conectar-se a
Internet para que complete a instalação dos diversos pacotes (cerca de 9 MB)
e após a instalação disponibiliza um atalho na área de trabalho do windows e
na barra de menus do navegador (Internet Explorer por exemplo). Abaixo está
a figura com o resultado de uma busca realizada pelo BullsEye:
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Temos também, o Copernic 2000. O arquivo de download tem 2,4 Mb


e pode ser obtido em (http://www.copernic.com/download/index.html).
Abaixo está a figura com o resultado de três buscas, repare nas
categorias de Busca: The Web; Grupos de Discussão (Newsgroups);
Endereços de E-mail; Compra de Livros; de Hardware e Software. Veja
também os recursos disponibilizados na barra de menus e de atalhos.

Não deixe de visitar o endereço http://www.copernic.com/quicktour para


fazer um tour rápido sobre os recursos do Copernic 2000. Cabe ressaltar que
o Copernic 2000 é muito mais que um software de busca avançada na rede,
pois possui browser associado e se acionar o botão Browse, ele cria uma
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PÁGINA com os endereços e resumos de conteúdo com uma série de botões


bastante eficientes na análise destes documentos da Internet.
Além destes, existe o Google. Mas, esse, todos conhecem e não vemos
necessidade de falar sobre ele.
A única referência necessária, é que se utilize o Google acadêmico. Para
tanto, entre no site. Na página principal, clique em mais, no menu e, logo em
seguida clique em muito mais.
Uma página se abrirá e nela, o primeiro link à esquerda será o Google
acadêmico. Entre, digite a palavra-chave ou frase e navegue.

5.2-Pesquisa Bibliográfica ou Revisão de Literatura

O Instituto IB/FACEL sugere que você confeccione uma TCC onde a


abordagem seja bibliografia, para tanto, oferecemos algumas ferramentas de
apoio a essa construção.
Também pode ser denominada de “referencial teórico”,
“fundamentação teórica” ou “quadro teórico de referência” é a parte em que se
explicitam a(s) teoria(s) que embasa(m) a pesquisa. Consiste, pois na
explicitação das teorias e conceitos que ajudarão na compreensão do objeto da
pesquisa em questão. No caso do Artigo que deve ser apresentado como TCC
para obtenção do título de Especialista, para o referido Instituto, far-se-á,
somente a revisão.
A revisão bibliográfica não significa elencar resenhas ou sínteses de
obras, mas na elaboração de um texto pelo aluno, no qual se articulam as
proposições teóricas das fontes de referência. Para tanto, escolha um tema de
sua preferência, desde que privilegie a sua área do conhecimento em questão
e faça a pesquisa bibliográfica.
A pesquisa ou revisão bibliográfica, na visão de Luna (1998), visa
determinar o “estado da arte” do campo do conhecimento. Ou seja, é realizada
para compreender e descrever o estado atual do conhecimento produzido em
uma área de pesquisa ou tema. Pode também ser feita para situar o problema
dentro de um quadro de referência teórico ou com o objetivo de fazer a revisão
da pesquisa empírica – principalmente dos aspectos metodológicos - sobre o
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tema em questão, ou ainda para elaborar uma revisão sobre a evolução


histórica dos conceitos sobre uma determinada teoria.
Portanto, a opção por uma linha de revisão bibliográfica depende do
tipo de pesquisa que está sendo feita e do problema em questão.
Nesse sentido, a escolha do seu tema deverá atender a esse pré-
requisito.
Ainda conforme Luna (1998, p.80-85), este modelo de pesquisa pode
ter a finalidade de descrever o estado atual de uma dada área de pesquisa;
circunscrever um dado problema dentro de um quadro de referência teórico;
explicar como um problema em questão vem sendo pesquisado empiricamente
- especialmente sob o ponto de vista metodológico - e/ou recuperar a evolução
de um conceito, uma área ou um tema inserindo essa evolução dentro das
teorias.
Em suma, a revisão bibliográfica é o estudo do que já foi escrito sobre
o assunto e sobre o arcabouço teórico que fundamenta a realização da
pesquisa.
Como diz Castro (1977, p. 69), o curso de pós-graduação pressupõe a
realização de um “esforço de análise e síntese, isto é, entender o legado do
conhecimento e, em seguida, elaborar sobre ele, trabalhar de maneira original
e inovadora esta herança”.
É nesta perspectiva que se coloca a revisão da literatura: entender e
explicitar o legado do conhecimento disponível, para depois elaborar uma
contribuição nova.
Nesse sentido, a Internet disponibiliza uma série de opções de sites que
facilitam as revisões bibliográficas, fundamentais para o desenvolvimento da
Pesquisa Básica.
No endereço www.cgb.unesp.br estão disponíveis links para diversos
Abstracts, agrupados em três categorias: as bases de dados Compendex;
Current Contents e as bases da SilverPlatter por intermédio do ERL (Electronic
Reference Library).
O acesso online a bases de dados proporciona maior rapidez nas
pesquisas, maior atualização e abrangência nas informações.
Na figura a seguir, onde está representada a página de Links do site da
Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP (CGB), estão listados recursos
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indispensáveis para a pesquisa bibliográfica e revisional. Entre as referidas


opções, veremos com maior detalhe o SciELO.

5.2.1-como utilizar o Scielo


Para a confecção de um Artigo Científico de revisão, requisito para a
obtenção do seu certificado de pós-graduação lato sensu, pelo Instituto
IBE/FACEL, parte-se da escolha do tema, seguida de uma pesquisa.
Essa pesquisa se dá a partir de autores da área e suas mais recentes
publicações sobre o tema escolhido. Para tanto, faz-se uma busca por artigos
científicos da área, em sites especializados, para a sua redação, não havendo
a necessidade de leitura de obras extensas e não atuais. O suporte
bibliográfico se faz necessário porque toda informação fornecida no Artigo
deverá ser retirada de outras obras já publicadas anteriormente.
Lembre-se, porém, que os artigos, dissertações, monografias, livros e
teses que devem ser consultados, deverão ter sido publicados em revistas
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científicas. Sendo assim, as consultas em revistas de ampla circulação


(compradas em bancas) não são permitidas, mesmo se ela estiver relatando
resultados de estudos publicados como artigos científicos sobre aquele
assunto. Revistas como: Veja, Isto é, Época, etc., são meios de comunicação
jornalísticos e não científicos.
O material científico é publicado em revistas que circulam apenas no
meio acadêmico (Instituições de Ensino Superior). Essas revistas são
denominadas: periódicos. Cada periódico têm sua circulação própria, isto é,
alguns são publicados impressos mensalmente, outros trimestralmente e assim
por diante. Alguns periódicos também podem ser encontrados facilmente na
Internet e os artigos neles contidos estão disponíveis para consulta e/ou
download.

Os principais sites de buscas por esse material são, entre outros:

Scielo: www.scielo.org

Periódicos Capes: www.periodicos.capes.gov.br

Bireme: www.bireme.br

PubMed: www.pubmed.com.br

A seguir, temos um exemplo de busca por artigos no site do SciELO.


Lembrando que em todos os sites, embora eles sejam diferentes, o método de
busca não difere muito. Deve-se ter em mente o assunto e as palavras-chave
que o levarão à procura pelo referencial teórico do seu trabalho.
Para tanto, siga os passos descritos a seguir:
Para iniciar sua pesquisa, digite o site do SciELO no campo endereço da
internet e, depois de aberta a página, observe os principais pontos de
pesquisa: por artigos; por periódicos e periódicos por assunto (marcações em
círculo).
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Ao optar pela pesquisa por artigos, no campo método (indicado abaixo),


escolha se a busca será feita por palavra-chave, por palavras próximas à forma
que você escreveu, pelo site Google Acadêmico ou por relevância das
palavras.
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Em seguida, deve-se escolher onde será feita a procura e quais as


palavras-chave deverão ser procuradas, de acordo com assunto do seu TCC
(não utilizar “e”, “ou”, “de”, “a”, pois ele procurará por estas palavras também).
Clicar em pesquisar.
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Lembre-se de que as palavras-chave dirigirão a pesquisa, portanto,


escolha-as com atenção. Várias podem ser testadas. Quanto mais próximas ao
tema escolhido, mais refinada será sua busca. Por exemplo, se o tema
escolhido for relacionado à degradação ambiental na cidade de Ipatinga, as
palavras-chave poderiam ser: degradação; ambiental; Minas Gerais. Ou algo
mais detalhado. Se nada aparecer, tente outras palavras.
Em seguida, abrir-se-á uma nova página com os resultados da pesquisa
para aquelas palavras que você forneceu. Observe o número de referências às
palavras fornecidas e o número de páginas em que elas se encontram
(indicado abaixo).
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Em seguida, você encontrará a lista com os títulos dos artigos


encontrados, onde constam: nome dos autores (Sobrenome, nome), título,
nome do periódico, ano de publicação, volume, número, páginas e número de
indexação. Logo abaixo, têm-se as opções de visualização do resumo do artigo
em português/inglês e do artigo na íntegra, em português.
Avalie os títulos e leia o resumo primeiro, para ver se vale à pena ler
todo o artigo.

Ao abrir o resumo, tem-se o nome dos autores bem evidente, no início


da página (indicado abaixo). No final, tem-se, ainda, a opção de obter o arquivo
do artigo em PDF, que é um tipo de arquivo compactado e, por isso, mais leve.
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Caso queira, você pode fazer download e salvá-lo em seu computador.

5.2.2-Busca por um Título já definifo


Caso você já possua a referência de um artigo e quer achá-lo em um
periódico, deve-se procurar na lista de periódicos, digitando-se o nome ou
procurando na lista, por ordem alfabética ou assunto. Em seguida, é só
procurar pelo autor, ano de publicação, volume e/ou número.
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É preciso ressaltar que você deve apenas consultar as bases de dados


e os artigos, sendo proibida a cópia de trechos, sem a devida indicação do
nome do autor do texto original (ver na apostila tipos de citação) e/ou o texto na
íntegra. Tais atitudes podem ser facilmente verificadas por nossos sistemas de
busca de plágios, o que acarretará a recusa do seu TCC, bem como, as
possíveis punições educacionais. Portanto, evite o plágio. Como? Veja a
seguir.
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6. O PLÁGIO E COMO EVITÁ-LO

De acordo com o dicionário Aurélio (2008), plágio, é "assinar ou


apresentar como sua, obra artística ou científica de outrem". Etmologicamente,
a origem da palavra serve como ilustradora cabal desse conceito que ela
carrega, posto que, vem do grego (através do latim) 'plagios', cujo significado
seria 'obliquo‟, 'trapaceiro'.
Não obstante, não é apenas esse conceito que a palavra transporta.
Pode-se dizer em uma versão moderna que, plagiar é uma atitude de quem
não acredita em seu potencial, tampouco pretende contribuir para a sua própria
formação acadêmica e profissional, posto que, perde a oportunidade de
enriquecer seu conhecimento e seu currículo. Isso demonstra a total
incompetência e incapacidade de fazer a sua própria obra. Nesse sentido, cabe
aqui um acréscimo, haja vista, que o plágio revela desonestidade intelectual
por ser ilegal, mesmo quando autorizado.
Sendo assim, mesmo quando não vai parar nos tribunais, plagiar é uma
atitude condenável. Mas, parece que isso não é evidente para todos, haja vista
a sua incidência recorrente.
Outras definições são encontradas no Merriam-Webster Online
Dictionary, onde plagiar é: roubar e repassar (as idéias ou palavras de outro)
como suas; usar (a produção de outro) sem creditar a fonte; cometer roubo
literário; apresentar como nova e original uma idéia ou produto derivada de
uma fonte existente (2009).
Portanto, podemos considerar que plagiar, é:
 Não informar a fonte de uma citação;
 Não colocar a citação entre aspas, quando menores que 4 linhas;
 Assinar trabalho de outra pessoa como se fosse seu;
 Não dar crédito a quem de direito ao copiar as palavras ou idéias de
alguém;
 Copiar a estrutura da sentença (frase), mudando as palavras, sem dar
crédito ao autor original;
 Fazer um ajuntamento de parágrafos de diversas autorias, criando um
outro texto e assinando como texto original, tendo créditos ou não;
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 Apresentar como seu um trabalho que contem tantas palavras ou idéias


de uma fonte que se torne a maior parte desse trabalho, dando crédito
ou não.

Porém, temos casos clássicos de plágios denominados:


 o plágio direto, quando se copia de uma fonte integral, palavra por palavra
não indicando que é uma citação e sem fazer nenhuma referência ao
autor;
 o empréstimo, quando se toma emprestado o trabalho de outro estudante,
sem a devida indicação do verdadeiro autor, tornando-se um plágio direto;
 o mosaico, quando se utiliza um texto do outra autoria, mudando algumas
palavras dos parágrafos originais, podendo ser classificados como
paráfrases, portanto, sem apontar o autor original e sem dar-lhe os
devidos créditos;
 a bricolagem, quando se utiliza de vários trechos de diversos textos de
autores diferentes, fazendo-se uma „costura‟ deste trechos, criando-se
assim, um outro texto composto de partes destes.

6.1- o plágio e a Internet

Como vimos na Unidade anterior, a Internet é uma excelente ferramenta


de pesquisa. Porém, o seu uso indevido, torna-se uma arma criminosa, quando
se lança mão do copia e cola.
No entanto, esta não devia ser a forma mais usual de se utilizar dessa
ferramenta, que sem sombra de dúvidas, facilita a pesquisa acadêmica quando
se faz o uso correto da mesma: como uma grande biblioteca. Nela há uma
fonte quase inesgotável de pesquisas para a elaboração de trabalhos
científicos, o que traz grandes vantagens, tais como: a facilidade e rapidez de
acesso a conteúdos especializados, os espaços de comunicação e interação
que permitem discussões sobre diversos assuntos, etc.; porem, alguns
problemas vem junto, tais como: falta de objetivos definidos para a pesquisa;
sobrecarga de informação; facilidade de dispersão; ausência de análise crítica
dos conteúdos acessados; confusão em relação à propriedade intelectual;
cópias; plágio.
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O principal benefício obtido com a publicação dos resultados de uma


pesquisa - e, sem dúvida, mais honroso e louvável - é o progresso da ciência.
Ela é construída passo-a-passo, sendo cada passo alicerçado e impulsionado
pelas pesquisas de outros.
As vantagens para o autor passam pelo reconhecimento de seu esforço
intelectual, estabelecimento e sedimentação de sua reputação de pesquisador
por meio de acreditação pública, garantia de continuidade de seus projetos,
prestígio e obtenção de posições acadêmicas hierarquicamente superiores.
O não cumprimento dos critérios de redação própria fere um dos
princípios básicos da ciência que é a transparência, colocando em jogo toda a
credibilidade da pesquisa. Segundo Huth (1986, p. 104), "o abuso na autoria
raramente interfere com a eficiência da ciência ou reduz suas fontes, porém,
corrói a ética e a honestidade".
É possível admitir que alguns alunos plagiam devido a falta de
orientações quanto à redação, tendo, portanto, dificuldade de redigir textos
coerentes e corretos do ponto de vista da língua e da gramática. Sendo assim,
recorrem ao uso de cópias de outros autores, de forma completa ou em partes.
Outros até tiveram orientações satisfatórias e uma boa base em redação,
contudo, por outros motivos como falta de tempo e a comodidade oferecida
pela Internet, recorrem ao expediente do plágio.
No entanto, para realizar um trabalho acadêmico é essencial que se
utilize da Metodologia Científica oferecida nesta apostila que, conforme Bravos,
“prima-se por iniciar os jovens no trabalho científico reflexivo, ordenado e
crítico, familiarizando-os, ao mesmo tempo, com as técnicas do trabalho
intelectual e da preparação de relatórios científicos”. (BRAVOS, 2006. p 6).
Para piorar o quadro de desonestidade acadêmica, pode-se, constatar,
em uma rápida pesquisa na Internet, a infinidade de sites que oferecem
trabalhos acadêmicos prontos, que fica difícil resistir à tentação.
Portanto, se pegar trabalhos na Internet é tão fácil e barato, por que
não o fazer? Por diversos motivos, entre eles:
1. Aprendizado: com a utilização da cópia e do uso do plágio os alunos não
terão a oportunidade de pesquisar e de construir o conhecimento esperado;
2. Integridade: com as facilidades proporcionadas pela Internet, a ética é
testada a todo o momento;
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3. Ética: plagiar é roubar e, em sendo, deve-se refutar essa atitude através de


ações que inibam o ato;
4. Expulsão: grande parte das instituições de ensino expulsa alunos e
professores que acorrem nesse crime;
5. Facilidade de se descobrir e provar um plágio pela mesma ferramenta,
muitas vezes utilizada para fazê-lo: a Internet;
6. Atestado de incompetência e fracasso: se ao invés de aprender a pensar
por conta própria e a expressar suas próprias ideias claramente por escrito
você meramente aprender a achar coisas na Internet e modificá-las para
seu próprio uso, isso provavelmente será tudo o que você aprenderá;
7. Prejuízo financeiro: ao ser descoberto e punido perde-se o tempo e o
dinheiro investido nessa empreitada;
8. Reprovação: a maior parte das instituições de ensino puni com a
reprovação aos estudantes que plagiam;
9. Qualidade: ao copiar você coloca em xeque a perspectiva de que a
qualidade do seu trabalho possa se limitar à qualidade do que está na
Internet;
10. Punição: plagiar é crime passível de punição e diversos sites tem ouvidoria
e sistemas para detectar e punir crimes dessa natureza, sendo que
qualquer cidadão poderá denunciar esta prática. Veja:
No Código Penal, no artigo 184, o plágio configura o crime de violação
dos direitos do autor. O plagiário pode ser condenado a pena de detenção de
três meses a um ano, ou multa. Caso a violação consista “em reprodução total
ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou
processo, de obra intelectual, (...) sem autorização expressa do autor, (...) ou
de quem os represente”, a pena será de “dois a quatro anos de reclusão, e
multa”.
Na lei de direitos autorais (9.610/1998), que regulamenta a matéria, é
estabelecido que “ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio
público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do
autor” (artigo 33). No artigo 7 da mesma lei são definidas as obras intelectuais
protegidas pela lei (os textos de obras literárias, artísticas ou científicas, obras
dramáticas, composições musicais etc.) e no artigo 22 diz que os direitos
morais e patrimoniais sobre a obra criada pertencem ao autor.
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No livro “O que você precisa saber sobre direitos autorais” de Henrique


Gandelman (2004), direito autoral “é a proteção jurídica das formas de
expressão originais e criativas, tanto de idéias como de conhecimento e
sentimentos humanos” (p. 24).
E, em tempos de globalização, além das normas internas, o país passou
a fazer parte de cinco tratados internacionais que garantem e protegem a
propriedade intelectual: Convenção Universal; Convenção de Genebra;
Convenção de Berna; e Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade
Intelectual relacionados ao Comércio (TRIP).
Diante de todas essas questões legais, faz-se urgente evitar o plágio.
Mas como?

6.2-Evitando o plágio

É possível evitar o plágio, para tanto, faça sempre uma síntese do que
você leu, conhecida como Leitura Sintópica, pois, sua originalidade resultará
dessa síntese da bibliografia consultada.
Além disso, quando precisar consultar outras fontes bibliográficas, dê a
si próprio tempo suficiente para digerir a pesquisa. Se você está trabalhando
diretamente do livro fonte, você pode começar a fazer um plágio mosaico. Se
você escrever uma primeira versão sem usar o material da fonte, e, então,
consultar novamente a fonte e incorporar as citações que você precisa e indicar
seus empréstimos, você poderá perceber que produziu um texto mais original.
A originalidade resulta da síntese do que você leu.
Algumas ferramentas podem ser utilizadas para que não se cometam
pequenos plágios não intencionais, tais como:
a) Ficha literária: sempre que você ler algum livro, artigo ou quaisquer outros
documentos, anote os dados necessários para as devidas referências
(Autor. Título. Edição. Local: editora, ano);
b) Anotações: tome notas cuidadosamente durante a pesquisa, incluindo
referências bibliográficas completas. Isso irá assegurar que você possa
facilmente fazer referência à fonte quando estiver preparando a versão final.
c) Parênteses: transforme num hábito colocar entre parêntesis referências
para todas as fontes de onde você fez empréstimos em cada versão que
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você escreve. Isso irá lhe poupar tempo porque você não terá que revisitar
os textos referidos quando estiver preparando a versão final.
d) Tempo: reserve um tempo hábil e necessário para pesquisar, escrever e
revisar o seu trabalho. Inicie a pesquisa suficientemente cedo para
determinar se seu tópico é trabalhável. Estudantes que apresentam um
trabalho sobre um tópico diferente do proposto ou daquele sobre o qual
fizeram trabalhos preliminares são frequentemente suspeitos de plágio.
Quando você não consegue encontrar o material que precisa e não tem
tempo suficiente para começar um novo tópico, plagiar é uma grande
tentação.
e) Confiança: acredite no seu potencial e trabalhe arduamente. Até mesmo os
melhores escritores, às vezes, não têm consciência de suas boas ideias e
acham que não têm nada a dizer quando na verdade seus escritos dizem
muito. Ideias originais resultam de se trabalhar estreitamente com ideias de
outros, não de flashes de inspiração;
f) Rotina: não se faz ciência sem uma rotina de trabalho e pesquisa;
g) Normas Técnicas: contar sempre com um guia de documentação (manual
do TCC) com as regras de como redigir referências bibliográficas;
h) Ajuda: no Instituto IBE/FACEL a professora, autora dessa apostila é a
responsável pela Metodologia Científica, mas, também, em auxiliá-lo na
feitura do seu trabalho, estando ao seu dispor, diariamente, via email ou
telefone. Procure-nos para as devidas orientações, sempre que precisar.

Outras dicas para não se cair em tentação podem ser encontradas no


livro de Umberto Eco (2007) “Como se faz uma tese em ciências humanas”.
Nele o autor oferece ótimas dicas para não se copiar por erro ou ignorância
(excluindo a má-fé). Siga as recomendações desse livro onde o professor
italiano relaciona diversos exemplos bastante claros de uma “falsa paráfrase”,
uma “paráfrase honesta”, e uma “paráfrase textual que evite o plágio”.
Diante do exposto, a palavra mágica é ética. A Academia de Ciência não
precisaria se preocupar com o plágio se os profissionais cumprissem o código
de ética. De nada adianta incluir a Ética como disciplina dos currículos
acadêmicos, se os intelectuais e universitários são os primeiros a rasgá-la ao
se esconderem atrás de textos de outros autores.
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Não fosse a Ética um valor tão escasso, a Internet poderia ser a grande
diferença de quem tem o privilégio de viver na Era da Informação: fonte quase
inesgotável de auxílio para facilitar, agilizar e melhorar a pesquisa no mundo
acadêmico.
Na faculdade, aprender a usar fontes bibliográficas é uma das coisas
mais importantes. Usando corretamente as fontes e indicando claramente seus
débitos para com essas fontes, seus escritos ganham clareza, autoridade e
precisão. Uma discussão com uma pessoa bem informada e atenta nos ajuda a
construir pensamentos coerentes e originais. Usar fontes bibliográficas num
texto é um meio de desenvolver tais discussões e produzir ciência de fato.
Escritores que plagiam deixam de ter respeito e de participar de uma
comunidade intelectual. Se eles são profissionais, terão a prática da sua
profissão barrada ou seu trabalho pode não ser levado a sério. Se eles são
estudantes, carregarão o peso e a culpa de ter plagiado, juntamente com um
rótulo de plagiador. Professores suspeitarão de seus trabalhos e não se
disporão a apoiá-los em seus esforços futuros e nem quererão trabalhar com
eles. Academicamente falando, plagiar é um dos maiores erros que alguém
pode fazer.
É necessário que se aprenda a expressar as suas ideias com a devida
clareza e honestidade, caso contrário, será preocupante a perspectiva de que a
qualidade e idoneidade do seu trabalho possa se limitar à qualidade e
idoneidade do que está na Internet.
Porém, faz-se necessário todo o cuidado na elaboração de um texto
científico, conquanto existe um ponto onde uma ideia tomada emprestado de
alguém se torna, após longa reflexão, sua própria.
Sendo assim, uma vez que você seja escrupuloso na indicação do
material citado e dos empréstimos imediatos feitos em paráfrases, você não
será suspeito ou acusado de plágio.
Outrossim o Instituto IBE/FACEL dispõe de ferramentas que possibilitam
a realização de buscas e captura de possíveis cópias em seu trabalho,
portanto, não vale o risco.
E para esclarece ainda mais essa questão, segue uma lista de conceitos
necessários para o bom andamento do trabalho.
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6.3-Conceitos

Bricolagem: ajuntamento de trechos, frases e parágrafos de diversas autorias,


formando um outro texto. Alguns autores consideram que este é um modelo de
pesquisa, porém, a comunidade científica refuta o mesmo e, caso o autor de
alguns desses trechos queira, poderá processar o escritor do mesmo por
plágio.
Paráfrase: o autor do texto reescreve, com suas palavras, algo que sua fonte
disse. O objetivo de se parafrasear, ao invés de citar, é escrever ou reescrever
o assunto numa linguagem que o público leitor irá compreender ou identificar
mais facilmente. Por exemplo: artigos em revistas populares de ciência, tais
como, a Superinteressante, frequentemente parafraseiam artigos de periódicos
científicos. Essa é uma atividade intelectual importante, pois, demonstra que se
compreende aquilo que se leu e se é capaz de trabalhar com aquele material.
Conquanto, uma paráfrase deve ser, impreterivelmente, referenciada, posto
que, em não sendo, será um caso de plágio tanto quanto uma cópia integral
sem referência da fonte. Quando se diz algo com suas próprias palavras não
quer dizer que esse algo é seu.
Resumo: parecido com a paráfrase, o resumo de uma fonte é feito com as
próprias palavras de outrem, mas é de outra fonte, ou seja, obrigatoriamente
deve ser referendado, ou acorrerá em plágio.
Referência vaga ou incorreta: deve-se indicar, claramente, onde um
empréstimo começa e termina. Para tanto, utiliza-se as aspas para destacar o
que é do autor e o que é da fonte. Algumas vezes, o escritor de um texto faz
referência a uma fonte uma vez, e o leitor presume que as sentenças
anteriores ou parágrafos tenham sido parafraseados quando na verdade a
maior parte do texto é uma paráfrase desta única fonte. O escritor do texto
falhou na indicação clara dos seus empréstimos às suas fontes. Paráfrases e
resumos devem ter seus limites indicados por referências (no começo com o
nome do autor, no fim com referência entre parêntesis). O escritor deve sempre
indicar quando uma paráfrase, resumo ou citação começa, termina ou é
interrompida.
Citação: copiar, integralmente, ou seja, palavra por palavra, um texto, frase ou
palavra que alguém disse, escreveu ou criou. Em um texto, uma citação deve
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ser indicada e ressaltada por aspas no início e no fim da citação ou, quando a
citação é longa, a mesma deve ser colocada em um parágrafo separado por
dois espaços antes e depois do texto principal, em fonte com tamanho menor e
recuado à direita 4,0 cm. A fonte da citação (autor, data e página) precisa,
ainda, ser referenciada, seja no próprio texto (em chamada anterior ou
posterior a ela) ou em nota de rodapé.
Referência: referendar é identificar a fonte de uma citação, paráfrase ou
resumo. A prática de referenciar em textos acadêmicos e profissionais
requerem o nome do autor, o título do livro ou periódico em que ele apareceu, a
data da publicação da obra e o número da página em nota de rodapé. Porém,
os textos acadêmicos e profissionais exigem uma referência completa, dentro
do texto (autor, data e página) e uma entrada bibliográfica em nota de rodapé
ou completa numa lista de Trabalhos Referenciados (Referências).
Plágio mosaico: esse é o tipo de plágio mais comum. O Escritor não faz uma
cópia da fonte diretamente, mas muda umas poucas palavras em cada
sentença, sem dar crédito ao autor original. Esses parágrafos ou sentenças
não são citações, mas estão tão próximas de sê-las que eles deveriam ter sido
citados ou, se eles foram modificados o bastante para serem classificados
como paráfrases, deveria ter sido feita a referência à fonte.
Plágio direto: copiar, integralmente, uma frase, parágrafo ou mesmo um
conceito, de uma fonte sem indicar que é uma citação e sem fazer referência
ao autor.
Tomar emprestado o trabalho de outros estudantes: este é um plágio direto
consentido. Não há nada de errado em se tomar informações ou recorrer a
ajuda de terceiros. O que não pode é não se produzir o próprio conhecimento.
Plágio integral: tomar de outro autor um texto completo e assiná-lo como
sendo de sua autoria.
Plágio parcial: tomar emprestado de outro autor, partes de um texto e incluí-
las em um texto seu, sem as devidas citações e referências.
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7. DICAS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO

Guardem algumas palavras de Marisa Costa (2002) úteis para jovens


pesquisadores:
1. Pesquisar é uma aventura, seja um bom detetive e esteja atento a suas
intuições!
2. Achados e resultados de pesquisa são parciais e provisórios. Não tenha a
pretensão de contar a verdade total e definitiva.
3. Pesquisar é um processo de criação e não de mera constatação. A
originalidade da pesquisa está na originalidade do olhar.
4. O mundo não é de um único jeito. Desconfie de todos os discursos que se
pretendem representativos da “realidade objetiva”. A realidade assume as mais
diversas formas, tantas quantas nossos discursos sobre ela forem capazes de
compor.
5. O novo não é necessariamente melhor do que o velho. Não deixe o mito do
progresso perturbar sua pesquisa.
6. O mundo continua mudando. Não cristalize seu pensamento. Ponha suas
ideias em discussão, dialogue, critique, exponha-se.
7. A neutralidade da pesquisa é uma quimera. Pergunte-se permanentemente a
quem interessa o que você está pesquisando.
8. Ciência e ética são indissociáveis. Lembre sempre de que não se pode fazer
qualquer coisa em nome da ciência.
9. Pesquisar é uma atividade que exige reflexão, rigor, método e ousadia. Lembre
sempre que nem toda a atividade intelectual é científica.
10. Pesquisar é uma tarefa social. Divulgue sua pesquisa e procure conhecer as
dos outros.
11. A verdade ou as verdades são deste mundo. Lembre-se sempre que a
humildade é uma virtude e não transforme seu saber em autoridade.
12. Os resultados de sua pesquisa são importantes. Seja um pesquisador
engajado.
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8. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS

ALVES, Maria Bernardete Martins; ARRUDA, Susana Margaret de. Como


elaborar um Artigo Científico. Disponível em:
<read.adm.ufrgs.br/enviar_artigo/ArtigoCientifico.pdf.> Acesso em: 2 fev. 2011.

ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 2. ed.


São Paulo : Loyola, 2000.

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Estudo de caso em Pesquisa e


Avaliação Educacional. Brasília: Liber Livro Editora, 2005. 68 p. (Série
Pesquisa: vol. 13).

ARAÚJO, Aneide Oliveira; OLIVEIRA, Marcelle Colares. Tipos de pesquisa.


Trabalho de conclusão da disciplina Metodologia de Pesquisa Aplicada a
Contabilidade - Departamento de Controladoria e Contabilidade da USP. São
Paulo, 1997. Mimeografado.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação


e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa:
apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR 6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio


de Janeiro, 2002.

______. NBR 6024: Informação e documentação: numeração progressiva das


seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 1990.

______. NBR 6027: elementos prétextuais. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR 10520: informação e documentação: citação em documentos.


Rio de Janeiro, 2002.

_______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos:


apresentação. Rio de Janeiro, 2005.

BACHELARD, Gaston. A filosofia do não: filosofia do novo espírito científico.


Lisboa: Editorial Presença, 1991.

BARBA, Clarides Henrich de. Orientações Básicas na Elaboração do Artigo


Científico. Disponível em:
<www.unir.br/html/pesquisa/Pibic/Elaboracao20de20Artigo20Cientifico2006.doc
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Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas. 11 ed. Rio de Janeiro: Vozes,
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