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Centro Educacional 02 do Cruzeiro

Curso Técnico em Gestão Pública


Professora: Ana Elizabete
Disciplina: Artes
Aluno: Albert Silva
Turma: T.3.B

Trabalho
De
Historia

Brasília 18 de novembro de 2018


Eusébio de Queiroz
Seu nome é conhecido por todo estudante das primeiras séries escolares.
Famoso por ter por ter sido o autor de uma das mais conhecidas leis da história
do Brasil, Eusébio de Queirós foi dos mais influentes juristas e políticos no século
XIX, deixando sua marca para diversas gerações futuras.

Nascido em 27 de dezembro de 1812, na então São Paulo de Luanda, atual


capital de Angola, Eusébio de Queirós Coutinho Mattoso Câmara é filho de
Eusébio de Queirós Coutinho da Silva e Catarina Mattoso de Queirós Câmara.
Seu pai (assim como anteriormente o seu avô, Domingos Plácido da Silva)
exerce, quando do seu nascimento, o cargo de ouvidor-geral da comarca de
Angola, após ter estudado direito na Universidade de Coimbra.

Aos três anos de idade, a família de Eusébio de Queirós muda-se para o Rio de
Janeiro, então sede do reino português, em virtude da transferência de seu pai,
que é magistrado em diversas comarcas no país. Em 1818, Eusébio de Queirós
pai é nomeado ouvidor da comarca do Serro Frio, atual cidade do Serro, Minas
Gerais. Nessa localidade, seu quinto filho, o futuro jurista, aprende suas
primeiras letras. Em 1821, a família muda-se para Pernambuco, em razão de ter
sido Eusébio de Queirós pai nomeado desembargador da relação. É no Recife
que Eusébio de Queirós, o filho, aprende brilhantemente o latim, além do grego,
futuras ferramentas em seus estudos.
Em 1828, após ter apenas completado seus 15 anos de idade, Eusébio de
Queirós ingressa na Faculdade de Direito de Olinda. No mesmo ano, seu pai
retorna ao Rio de Janeiro para assumir o cargo de Ministro do recém-criado
Supremo Tribunal de Justiça, o atual Supremo Tribunal Federal. Em setembro
de 1832, Eusébio de Queirós forma-se bacharel e, logo em seguida, muda-se
também para o Rio de Janeiro, onde é nomeado juiz de fora no dia 24 de
novembro de 1832, antes de completar 20 anos de idade. Em 1833, assume
também o cargo de chefe de polícia no Rio de Janeiro, cargo este que exercerá
por anos a fio.

Em 1835, casa-se com Maria Custódia Ribeiro de Oliveira, filha de rica e


tradicional família brasileira. Dessas núpcias, Eusébio de Queirós teve quatro
filhos, que tiveram destaque na política e no desenvolvimento do país. Seu
bisneto, por exemplo, Eusébio Mattoso, foi grande empreendedor na capital
paulista, tendo seu nome atribuído à importante ponte sobre o rio Pinheiros.

Em 1838, é eleito deputado junto a Assembleia Provincial do Rio de Janeiro,


dando início à longa e profícua carreira política. Em 1842, elege-se como
deputado geral pelo Rio de Janeiro para a primeira de suas magistraturas:
Eusébio de Queirós seria reeleito quatro vezes. No mesmo ano, é nomeado
desembargador da relação do Rio de Janeiro.

Em 1848 assume o Ministério da Justiça, ápice de seu legado para o direito.


Além da famosa lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico negreiro da África
para o Brasil, seu mandato como ministro é marcado pela promulgação dos
documentos legislativos como o Código Comercial de 1850, vigente até os dias
de hoje, e da Lei de Terras, também de 1850, grandes avanços para a sua época.

Eusébio de Queirós é nomeado, em 1854, senador vitalício do Império brasileiro


e membro do Conselho de Estado em 1855. Em 1864, no fim de sua carreira, é
escolhido ministro do Supremo Tribunal de Justiça, órgão máximo do judiciário
brasileiro, o mesmo cargo exercido também por seu pai. Em 7 de maio de 1868,
Eusébio de Queirós falece, com apenas 55 anos, em sua residência na rua Santa
Teresa, centro do Rio de Janeiro.
Não é preciso salientar que a precoce e destacada carreira de Eusébio de
Queirós atinge a posteridade por meio da Lei que leva o seu nome. A lei
promulgada em 4 de setembro de 1850 foi influenciada pelo chamado “Bill
Aberdeen” ou “Slave Trade Suppression Act”, legislação britânica de 1845 que
proibia o tráfico de escravos entre a África e a América. Apesar de sua discutível
natureza, uma vez que ignorava a soberania de diversos países, tal documento
legislativo foi o instrumento para pressões por parte da Inglaterra, a fim de que
o Brasil proibisse o tráfico negreiro. Fato ocorrido justamente pela ação de
Eusébio de Queirós, cinco anos depois (mais um sinal da tão tardia escravidão
no país), com o decisivo apoio do Partido Conservador na Câmara.

A Lei Eusébio de Queirós foi o primeiro importante passo para extinguir a


escravidão no país. As ondas imigratórias do segundo Império brasileiro,
principalmente de italianos e alemães, foram efeitos diretos da proibição do
tráfico negreiro. Infelizmente, para a completa abolição dos escravos, o Brasil
precisou esperar mais quase quatro décadas, com a Lei Áurea de 13 de maio de
1888.
Muitos fazendeiros brasileiros, especialmente do norte, tinham hipotecado suas
terras a fim de saldar dívidas com os traficantes de escravos e vários eram
portugueses. Assim, corria-se o risco das terras passarem novamente para as
mãos de portugueses.

Eusébio de Queirós ainda argumentava que, com a entrada de mais e mais


negros escravizados, poderia haver um desequilíbrio entre pessoas livres e
escravas. Isso poderia acarretar episódios de revolta liderados pelos negros
como a Independência do Haiti ou a Revolta dos Malês.

Consequências
A Lei Eusébio de Queirós provocou uma reação das elites brasileiras contra
governo imperial.

Dias depois, em 18 de setembro de 1850, o Senado aprova a Lei de Terras. Esta


garantia a propriedade a quem tivesse um título registrado em cartório, ou seja,
para aqueles que pudessem comprá-la.

Assim, os fazendeiros poderiam perder um bem móvel (os escravos), mas


tinham garantido os seus bens imóveis (as terras). Igualmente, o preço do
escravo subiu e aumentou-se o tráfico interno.

Apesar da morte prematura, Eusébio de Queirós construiu carreira sólida e


respeitada. Sua origem privilegiada e formação acadêmica exemplar auxiliaram-
no nessa tarefa. A juventude em que alcançou cargos de envergadura tão
importantes apenas ressaltou as suas conquistas. Seu nome na história do país
e do direito brasileiro, contudo, fica perpetuado em virtude de sua essencial
colaboração para a abolição dos escravos, que tanto – infelizmente – perdurou
no Brasil.
A Lei Eusébio de Queiros só foi realmente cumprida quando entrou em vigor, em
1854, a Lei Nabuco de Araújo (nº 731). Promulgada em 5 de junho de 1854, essa
lei era um complemento da anterior.

Nela se estabelecia quem seria considerado responsável e quem julgaria o


acusado pelo tráfico. Também eliminava a necessidade do flagrante para
denunciar quem cometesse este crime.
Fonte:
https://www.todamateria.com.br/lei-eusebio-de-queiros/

www.cartaforense.com.br

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