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COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA
RECIFE
2018
ERIVAN BARBOSA DA SILVA
RECIFE
2018
2
ERIVAN BARBOSA DA SILVA
Aprovado em:____/____/____
___________________ __________________
Prof. Me. Ricardo de Sá Alencar e Moraes
Orientador
___________________ __________________
Avaliador
___________________ __________________
Avaliador
RECIFE
2018
3
RESUMO
4
ABSTRACT
The competition between the printing industry and digital media promotes the
need to reduce the costs of the printing process. With the passage of time, new
alternatives are being implemented in the sense of reducing waste of time and material.
The Lean Printing methodology, derived from the Lean Manufacturing methodology,
which means lean manufacturing and is widely used in industrial plants, is an
alternative to reduce the costs of the graphic process, especially in the prepress sector,
which has been decreasing with the economic crisis and with the evolution of the
internet and its new forms of advertising and online communication. This work portrays
the implementation of Lean Printing tools in a "mixed" graphic that operates in several
segments of the printing industry (packaging, promotional, publications, flexography
and digital printing, etc.), which corroborates with the increase in particularities of
production, with greater possibility of process errors. The results of implementing the
tools show increased customer satisfaction, decreased return on error, improved
communication process as well as reduction of rework time loss.
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Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................8
6
2.4 Ferramentas e Metodologias do Lean ............................................... 21
2.4.4 Kanban..........................................................................................24
3. METODOLOGIA .........................................................................................26
6. CONCLUSÃO .............................................................................................38
REFERÊNCIAS ...........................................................................................40
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1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a indústria gráfica brasileira vem passando por uma enorme
crise com duas vertentes distintas, a primeira é devido aos aspectos econômicos e
políticos desfavoráveis em que o Brasil se insere e a segunda devido à grande
evolução tecnológica que mudou a forma com que as pessoas passaram a se
comunicar. A cada dia a internet toma mais espaço e ganha mais força na forma de
comunicação e de propagandas online (Abigraf Nacional, 2018).
8
Essas provas são necessárias no processo gráfico, pois seria inviável produzir
uma amostra utilizando todo o processo de real produção. Para isso são feitas
simulações com métodos similares ao processo final para garantir a fidelidade do
projeto. Comentado [MR(1]:
A crise econômica e política dos últimos anos tem arrasado o segmento gráfico
de maneira expressiva. Fica cada dia mais difícil para os empresários do segmento,
manter-se nesse mercado que tem lucros cada vez menores e que ainda conta com
a internet como concorrente. Essa nova forma de comunicação utiliza tecnologias
novas que permitem uma maior diversidade de ofertas de produtos e serviços dentro
de tempos mínimos. As lojas de compra on-line, por exemplo, são grandes
concorrentes das gráficas convencionais.
1.2 A empresa
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documento a fim de eliminar possíveis diferenças de tonalidades
causadas por perfis aplicados de forma incorreta;
• Adequação ao tipo de acabamento: verificação se o arquivo atende
ao tipo de acabamento a que se destina (grampo, dobra, corte e vinco...).
Porém, quando este setor não realiza com atenção sua função podem causar
erros que acarretam custos elevados para a empresa, gerando desgastes com o
cliente devido aos atrasos que surgem devido as falhas ou até mesmo quando o
cliente recebe o material defeituoso.
1.3 Objetivos
Utilizar a metodologia Lean Printing como referência teórica para uso das
técnicas aplicadas durante as operações na indústria gráfica, em especial no setor de
pré-impressão, onde são verificados diversos erros durante o processo de produção.
12
1.3.2 Objetivo específico
1.4 Justificativa
Esses erros ocorriam na maioria das vezes pelo modo empírico das operações,
ou seja, não havia nenhuma metodologia aplicada ao setor. Diante disso tomando
como base o sistema de Manufatura Enxuta decidi propor a implantação da
metodologia Lean Printig na intenção de minimizar as perdas e melhorar a capacidade
competitiva da empresa.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Lean Printing pode ser definido basicamente como uma adaptação do Leam
Manufacturing ou Manufatura enxuta para a indústria gráfica, pois é uma metodologia
derivada do Sistema Toyota de produção que focada na eliminação das perdas e na
melhoria contínua, buscando agregar novos valores aos produtos ou serviços (Revista
Alborum, 2017).
• Zero defeitos;
• Tempo mínimo de preparação (setup);
• Estoque zero;
• Movimentação zero;
• Quebra zero lote unitário (uma peça) e
• Lead time zero.
mais acirrada e com o alto nível de exigência dos clientes, o a formulação de preço
passou a ser estimada de outra maneira. Agora, essa formulação passa a ser
determinada pelo mercado e parte da premissa que preço menos o custo é igual ao
lucro (Preço-Custo=Lucro) ou seja o custo que antes era repassado ao cliente agora
integra a produção (SHINGO, 1996).
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É justamente na redução de custos que o sistema de produção enxuta atua e
a partir disso deduzimos que a única maneira de aumentar ou manter o lucro é
reduzindo os custos com as perdas.
Para Ohno (1997) as perdas por superproduções são críticas pois escondem
outras perdas. As perdas por podem ser causadas de duas maneiras, por produção
em excesso (quantitativo) que seria produzir além da demanda solicitada o que pode
gerar desperdício ou estoque desnecessário. A outra forma seria a produção
antecipada, ou seja, a perda por produzir antes do prazo esse tipo de perda gera
desperdício e estoque desnecessários (SHINGO, 1996).
Esses tipos perdas geralmente são difíceis de serem eliminadas pois cria
incontáveis outros tipos de desperdícios, como, por exemplo, a perda por estoque que
pode, por sua vez, esconder outras perdas.
16
2.2.2 Perda por espera de processo
Essas perdas podem ser identificadas a partir de duas perguntas básicas que
poder ser respondidas a partir da análise de geração de valor, que são:
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• Por que este produto deve ser produzido?
• Porque este será o método utilizado no processamento?
Para minimizar esse tipo de perda Shingo (1996) sugere dois tipos de
melhorias: analisar qual o tipo de produto deve ser produzido; analisar qual o melhor
método para se produzir o produto.
Essa perda ocorre quando são produzidos produtos com defeitos ou fora dos
padrões de qualidade e que por isso não satisfaz os requisitos de uso ou aceitação
por parte do cliente. Shingo (1996), descreve que para se reduzir esse tipo de
desperdício é necessário a inspeção em loco do produto para prevenir defeitos, pois
não haveria sentido em se fazer essa inspeção após a produção dos produtos. Ainda
para ele, a inspeção deve ser usada como mecanismo para não produção de defeito.
Pode-se a partir da inspeção no processo, se impedir a produção de produtos com
defeitos.
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Esse tipo de perda causa o maior impacto negativo junto ao cliente tanto o
interno quanto o externo. Além de exercer um influencia muito grande sobre a
estrutura da produção. Pode-se afirmar que a produção de produtos defeituosos
compromete muitas áreas da empresa afetando desde preço de venda até a entrega
do produto ao cliente (Chianato, 1996).
Shingo (1996) detalha que as perdas por estoque são causadas pela existência
desnecessária de estoques de materiais no almoxarifado, de produtos acabados de
componentes entre o processo. A existência de altos níveis de estoque tem como
principal causa a falta de sincronismo entre os prazos de entrega e a produção do
produto.
Apesar de muitas vezes aceito a perda por estoque pode ser combatida com
balanceamento do processo que consiste na equalização da capacidade de produção
quando a capacidade de processamento, resultando na sincronização da produção
garantido a fluidez do processo (SHINGO, 1996).
Para Womack e Jones (1998), são cinco os princípios definidos como basilares
na eliminação das perdas, sintetizando assim todo o pensamento enxuto. Esses
princípios são preceitos que orientam as empresas que queiram adotar esta filosofia,
mostrando o que deve ser realizado para alcançar seus objetivos.
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Antes de conceitua-los, é necessário ter a noção do significado de “Valor
Agregado”, ou simplesmente “Valor”. O valor real do produto ou serviço é medido pelo
grau de aceitação do cliente e disponibilidade a pagar por ele. Quanto maior o valor
de um produto sobre outro com mesma finalidade maior é a chance de vencer a
concorrência. Por isso o que agrega valor ao produto são as operações produtivas
que são realizadas para garantir qualidade e requisitos exigidos pelos consumidores
finais. Esses produtos devem ser fornecidos de maneira a valorizar o cliente
fortalecendo a cultura a partir da visão interior da organização (WOMACK et al, 2004).
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direcionado os esforços nas atividades que valorizam o valor final do produto junto ao
cliente (WOMACK et al, 2004).
21
2.4.1 Mapa de Fluxo de Valor
22
produtivo. Pode ser utilizado sistemas de identificação visual para
facilitar a disposição desses itens utilizados no processo
(Carvalho,2011).
23
Os 5 sensos são fundamentais no Sistema de Manufatura Enxuta, pois
promove confiabilidade, visibilidade dos problemas, redução dos desperdícios,
controle e aprimoramento da qualidade, condição moral dos funcionários e bem-estar.
O Just in time foi aplicado na Toyota Motor Company e desenvolvido por Taiichi
Ono para combater os desperdícios, porém o conceito se expandiu e tornou-se uma
ferramenta gerencial que não promove somente redução das perdas, mas também
indica o momento certo de se produzir um determinado bem (CORRÊA, 1996).
Shingo (1996) afirma que: cada processo deve ser abastecido com os itens
necessários, na quantidade necessária, no momento necessário, ou seja, no tempo
certo para não gerar estoque.
2.4.4 Kanban
Ainda segundo o autor, é uma ferramenta essencial para atingir o Just in time
pois os através de sua aplicação os operadores adquirem maior autonomia e
começam a trabalhar tomando suas próprias decisões. O sistema Kanban também Comentado [MR(3]: Plagio
https://docplayer.com.br/7962340-As-ferramentas-de-
favorece na administração da produção pois deixa claro o que deve ser feito pela qualidade-no-processo-produtivo-com-enfoque-no-processo-
enxuto.html
gerencia e supervisão promovendo melhorias no trabalho e nos equipamentos.
24
Para Shingo (1997; p 223):
25
3. METODOLOGIA
26
problemas esses que se repetiam corriqueiramente. Para simplificar a pesquisa os
resultados obtidos foram separados em três grandes grupos de problemas:
• Finalização de arquivos;
• Imposição
• Aprovações.
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4. ANÁLISE E RESULTADOS DOS DADOS
Grupo de Perdas
Fechamento de Arquivos
Imposição/Montagem
Aprovação
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
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mesmos atendam as normas de finalização e fechamento, evitando que erros ocorram
durante a produção.
Materiais impressos com cores erradas ou troca de fontes são ocasionados por
erros na forma de fechamento, pois não foi levado em conta os critérios de
padronização recomendada pela norma ISO 12930-7:2010 que fala de normatização
dos PDFs para o tipo PDFX, que é o modelo ideal para produção de conteúdo gráfico.
Padronizar essa forma de conversão garante resultados mais precisos e sem erros,
assegurando a qualidade do produto final.
Arquivos mal fechados geram erros irreversíveis nos arquivos digitais, esses
erros afetam diversos itens dentro do arquivo, dentre eles podem ser citados: sangria,
mudança de perfis de cores, erros de fontes, erros de transparência, perda de
resolução das imagens e etc.
Conceituando de acordo com os princípios dos erros esse grupo de perda pode
ser enquadrado como perda por processamento e por perda por retrabalho pois
muitos desses erros só são percebidos em etapas seguintes gerando custos
desnecessário a empresa.
4.1.2 Aprovações
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Para as aprovações são utilizados dois métodos, aprovação por e-mail (ou
prova web) e a provação física:
• A prova por e-mail (ou prova web) é enviada por e-mail para o cliente
que revisa apenas o conteúdo. Deve ser utilizado em materiais de baixa
complexidade como panfletos e cartões de visita ou quando o envio da
prova física se torne inviável. Não serve como referência de cor.
• A prova física é uma prova contratual que pode ser enviada como
referência de cor ou protótipo. É muito mais assertiva e garante uma
maior confiabilidade na produção.
Foi identificado que o setor não tinha o controle das provas enviadas para o
cliente, e nem dos retornos das aprovações, pois não era utilizado nenhuma forma de
controle nesse processo. Não existia comprovação alguma das aprovações, isso
gerava erros graves, muitas vezes o cliente aprovava um serviço e o setor não
conseguia localizar.
Ocorria de a prova ser entregue ao cliente e o setor não sabia quem recebeu e
onde foi entregue. Esse tipo de ocorrência gerava gastos excessivos com novas
provas e custo de envio.
Fazendo a ligação com as sete perdas esse grupo de erro pode facilmente se
enquadrar na perda por espera, por transporte e processamento em si e as vezes até
por perda por retrabalho, quando a prova se perdia e se fazia necessária a emissão
de uma nova prova.
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podendo ser montados elementos de diferentes finalidades (convite,
marcadores, cartões de visita, capas...).
b) Imposição: distribuí as páginas dentro de um formato de folha industrial, de
forma tal, que saindo da impressão vai direto para uma máquina de dobra
para criação dos cadernos sequenciados, facilitando o acabamento para
diversos tipos de encadernação (grampo, costura, cola...).
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5. APLICAÇÃO DO LEAN PRINTING
• Just in time: esse princípio foi utilizado para coordenar a as perdas por
espera ocorridas no setor onde se produzia as provas no momento certo
do envio evitando que as provas ficassem à espera do envio para o
cliente. Para isso dois horários foram definidos para produção das
provas.
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sinalização foi feita em pastas com etiquetas separadas em local
adequado e foram classificas em:
• Entradas de OS;
• OS em aprovação;
• OS pendentes.
O PDFX deu maior fluidez ao processo produtivo e sanou muitas das falhas de
fechamento.
5.2.2 Aprovações
Para provas físicas foi implantada uma etiqueta de aprovação em papel adesivo
que era fixada na prova ou boneco para que o cliente pudesse assinar validando caso
estivesse aprovado, reprovando ou solicitando modificações. Essa etiqueta fica fixada
no impresso dificultando que se perda durante o manuseio nos outros setores na
produção.
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Ocorreu também implantação da etiqueta de protocolo de entrega de prova, ela
permite rastrear as provas impressas enviadas para o cliente, precisando a hora e
quem recebeu a mesma. Em acordo com o setor expedição, aprimoramos o
procedimento de assinatura do canhoto do protocolo de entrega de provas.
Por conta disso, foi realizado a padronização das assinaturas dos e-mails
identificando cada usuário com nome setor e função e foram centralizados todos os
envios de prova e todas as informações de aprovação em um único e-mail, proibindo
o uso do e-mail pessoal para envio de aprovação e assuntos relacionados a produção.
O uso do e-mail pessoal se restringiu apenas a conteúdos peculiares de
desenvolvimentos. Foi formulado um texto padrão com informações importantes para
o cliente ficar ciente de que a provação também é sua responsabilidade (Figura 2).
A mudança foi feita para dar mais segurança e credibilidade as aprovações por
e-mail, mostrando ao cliente que ele também é responsável pela conferência da peça
gráfica. Evitando que os e-mails se perdessem por negligencia de alguns usuários.
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Com a implantação do procedimento todos do setor passaram a ser responsáveis
pelas aprovações.
Foi criado um e-mail coletivo para o setor e por meio de treinamento todos
foram informados das mudanças e a partir de então o procedimento se tornou padrão
dentro do setor.
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Figura 2. Modelo de texto explicativo enviado nos e-mails de aprovação.
Por outro lado, durante a vivência com a nova forma de trabalho foram
necessárias algumas mudanças na forma de se relacionar com clientes e vendedores
pois os mesmos apresentaram algumas resistências quanto a se responsabilizar pela
aprovação.
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Redução no Grupo de Perdas
Fechamento de Arquivos
Imposição/Montagem
Antes
Depois
Aprovação
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Número de falhas
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6. CONCLUSÃO
38
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
CORRÊA, H., GIANESI, I. Just in time, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. 2 ª ed.
São Paulo: Atlas, 1996.
SILVA, João Martins da. 5S: O ambiente da qualidade. Belo Horizonte: Fundação
Christiano Ottoni, 1994.
Villas Boas, Andre, Produção Gráfica para Designers. 3. ed. Rio de Janeiro, 2010.
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WERKEMA, M. C. C. Lean Seis Sigma – Introdução às Ferramentas do Lean
Manufacturing. 1. ed. Belo Horizonte: Werkema, 2006.
WOMACK, J.P.; JONES, D.T., 2004, A Mentalidade Enxuta nas Empresas, 5 ed. Rio
de Janeiro, Editora Campus Ltda.
WOMACK, J.P.; JONES, D.T.; ROOS, D., 2004, A Máquina que Mudou o Mundo, 11
ed. Rio de Janeiro, Editora Campus Ltda.
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