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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM JORNALISMO


DISCIPLINA JORNALISMO TEMÁTICO

FICHAMENTO

GLORIA RABAY
professora
GIL ACIOLLY DANTAS JACINTO
estudante

REFERÊNCIA

PIRES, Maria Isabel. O jornalista na literatura brasileira


contemporânea: algumas notas. Estudos de Literatura Brasileira
Contemporânea, n. 17, p. 13-22, 2002.

OBJETIVO: a autora, Maria Isabel Pires, busca traçar um perfil do


jornalista na literatura brasileira. Também demonstra como a
vivência no jornalismo dos autores influencia o texto literário de suas
obras

A autora: no artigo, Pires analisa os textos literários escritos por


jornalistas a partir de seu campo de estudo, que é a literatura. Sua
graduação, mestrado e doutorado foram na área de letras.

Pires demonstra como cada época é marcada por experiência e


vivência próprias de escritores que também eram jornalistas. Suas
posições são sustentadas análise de autores como Olavo Bilac, João
do Rio, Lima Barreto, Fernando Gabeira, Nelson Rodrigues e Carlos
Heitor Cony. E relação a este a último autor, traz uma análise mais
meticulosa a partir da obra Quase-memória: quase-romance.

Ela aponta que a constituição de gêneros como a crônica e o


romance-folhetim fornece um campo para profissionalização desses
autores na literatura. A inserção desses profissionais na literatura
teria contribuído para uma maior visibilidade da própria literatura.

ESQUEMA
AUTOR OBRAS PRINCIPAL
CARACTERÍSTICA
Olavo Bilac Vossa Insolência Sua projeção como
literato se construiu a
partir de sua prática
jornalística
João do Rio A alma encantadora Tem um texto
das ruas literário marcado pelo
Vida Vertiginosa texto jornalístico
Lima Barreto Recordações do Traça um retrato
escrivão Isaías negativo do ambiente
Caminha jornalístico

Fernando Gabeira O que é isso, Sua obra tem como


companheiro? característica o
jornalista-autor-
narrador
Nelson Rodrigues A menina sem estrela Além da configuração
do jornalista-autor-
narrador, sua obra
demonstra que a vida
de repórter tem
influencia marcante
em sua obra.
Carlos Heitor Cony Quase-memória: Linguagem na obra
quase romance oscila entre a crônica,
a reportagem e, até
mesmo
a ficção e que os
personagens reais ou
irreais misturam-se,
fazendo valer a teoria
anunciada já no título
da obra

A partir desse esquema, extraído do artigo, podemos observar que a


experiência nas redações tiveram impacto direto na obra dos autores.
Seja através da análise de como o texto jornalístico permeia a
literatura ou por meio de uma observação do desenvolvimento da
imprensa. O jornalista/repórter é, na verdade, o personagem
narrador de algumas das obras analisadas.

Ao falar de Nelson Rodrigues, por exemplo, a autora observa uma


reelaboração da notícia a partir do elemento imaginativo. E é nesse
aspecto, que toca questões centrais ao jornalismo, como a “castração
da linguagem emotiva” incentivado pelo paradigma americano de
como estruturar uma notícia/reportagem.
Em relação a Cony, temos um exemplo de como a ficção pode nos
ajudar a compreender uma realidade, o que seria função do
jornalismo. Ao mesclar personagens reais e irreais, fato e ficção, o
autor demonstra o modo de fazer jornalismo de uma geração,
retratando ainda a história da própria imprensa, desde a troca da
caneta pela maquina de datilografia até a luta pela sobrevivência do
meio impresso frente à concorrência do rádio e da televisão.

Nessa mistura de ficção e realidade, cabe ainda a crítica à imprensa,


que mesmo defendendo o manto da objetividade ficcionaliza histórias
em suas páginas. É o caso da cobertura sobre o curandeiro, extraída
da obra de Cony.

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