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DE FLUXO DE CAIXA
RESUMO
ABSTRACT
The present work boards like the demonstration of flow of box is relevant for the efficient
functioning of the enterprise. The box flow is a tool that registers the entry and exit of money
of the enterprise, relevant factor in the financial control of the place. In Brazil, one of the biggest
factors of failure of the enterprises, which are in opening process looking for solidification in
the market, is the financial part. Having in mind that the effective performance of the enterprise
demands that there is a financial control and organizacional, it is made necessary that the
administrator knows on management, to create an environment of favorable work to the
officials in the service of his respective posts. Regarding inquiry, a case study was used with
the demonstration of the flow of box of the enterprise Ag Seguros, where there were objectives
of analysis, the demonstration of the flow of box of the years of 2016 and 2017. The relevance
of the theme of this inquiry is the knowledge on the functioning of the demonstration of the
flow of box for a positive performance of the enterprise.
KEY WORDS: Cash Flow; Management; Seguros.
No Brasil, o número de empresas abertas tem batido recorde nos últimos anos, porém,
a permanência dessas empresas é dificultada por problemas de gestão e financeiros. Os
contratempos relacionados a manutenção de uma empresa e sua permanência no mercado,
comportam um cenário de grande concorrência no setor empresarial. Para que uma empresa
consiga se manter efetiva no atual cenário brasileiro, é necessário um aprofundado
conhecimento sobre administração, gestão e finanças, três setores essenciais para a manutenção
eficaz das atividades da empresa.
Ainda, segundo Carvalho (2016, p.21), todas as empresas têm uma dupla
responsabilidade: a criação de benefício económico e a criação de benefício social. Ou seja, é
necessário saber quanto se ganha (benefício econômico) e como se ganha (benefício social).
O controle financeiro dos ganhos de uma empresa, faz-se necessário para auxiliar o
gestor na organização, através dos registros das entradas e saídas de dinheiro da empresa, por
isso, dentre os setores da empresa, o setor financeiro responsabiliza-se por explicitar os lucros
e as perdas mensais e anuais da companhia.
Tendo em vista que a parte de gestão envolve setores econômicos, estruturais e
humanos, o controle de cada setor é importante para a manutenção da empresa, para prevenir
seu desgaste e sua eventual falência. Marion (2008, p.110) diz que, “entre as três principais
razões de falência ou insucesso de empresa, uma delas é a falta de planejamento financeiro ou
a ausência total de fluxo de caixa e a previsão de fluxo de caixa (projetar as receitas e as
despesas da empresa)”. Essa situação traz a cerne da questão dessa pesquisa: De que forma a
ferramenta Demonstração de Fluxo de Caixa corrobora com o gestor para a efetivação do
funcionamento da empresa?
Para que o debate em torno da problemática seja conclusivo, o objetivo do trabalho visa
analisar a utilização da demonstração do fluxo de caixa no melhoramento do desempenho da
empresa no setor gestor. Este estudo se justifica pela relevância de se debater sobre gestão,
esclarecendo os pontos corretos e os falhos de uma gestão e tendo a Demonstração de fluxo de
caixa como ferramenta de auxílio da empresa. Enquanto metodologia, faz-se importante
ressaltar a utilização de material bibliográfico e estudo de caso, o primeiro para embasar a parte
teórica e conceitual e o segundo para exemplificar de forma concreta, o uso da demonstração
de fluxo de caixa em uma empresa. A fundamentação teórica dessa pesquisa traz uma
abordagem de gestão e do funcionamento da parte gestora e da parte financeira, focando-se no
contador e no seu papel ao usar a Demonstração do fluxo de caixa para auxiliar o gestor no
processo de tomada de decisões da empresa.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Figura I
Fonte: Serasa Experian.
A figura acima mostra o ranking de abertura de novas empresas por Estado, indicando
uma maior incidência de formalização de novas empresas no Sul e no Sudeste do país. A
abertura de novas empresas não indica que haja a permanência dessas empresas no mercado
econômico atual. Apesar da geração de novas empresas ser benéfico ao país, a manutenção e
permanência delas depende de fatores internos e externos da empresa. Dentre os fatores internos
está a falta de coerência na gestão e uma administração financeira incorreta. O próximo tópico
abordará o conceito de gestão e a relevância do conhecimento de gestão e finanças na empresa.
O ato de gerir alguma coisa ou alguém, envolve saber administrar situações e tomar
decisões. Para isso, o gestor precisa estar ciente dos ganhos e perdas das decisões que ele
tomará. A execução de um planejamento e o controle posterior ao que foi executado são parte
do papel do gestor. Para Carvalho (2016),
Figura III
Fonte: CAUSA MORTIS, SEBRAE (2014)
Figura IV
Fonte: Boisvert apud Maluche (2000)
De acordo com Gitman (2001), o fluxo de caixa visa resumir as origens e aplicações de
caixa em um determinado tempo. O trabalho do contador no tocante a apresentação do relatório
do fluxo de caixa, é determinar os resultados financeiros da empresa, para que seja determinado
os posteriores investimentos e gastos, além de expor os lucros gerados pelas aplicações e
serviços da empresa.
De acordo com o CPC 03 (R2) a empresa deve demonstrar seus fluxos de caixa dos
períodos advindos das atividades operacionais, de investimentos e financiamentos de maneira
que seja favorável ao seu negócio.
Operacionais: são operações que comprometem o objeto social da entidade, ou seja,
fundamentais atividades que produzem receita.
Financiamentos: está relacionada as atividades de curto prazo, assim como os
empréstimos, integralização de capital e pagamentos de lucros, essas atividades alteram a
composição do capital próprio e do capital de terceiros.
Investimentos: está associada a realização de compras de ativos financeiros, aquisições
de ações, juros recebidos, na qual essas transações não podem ser revendidas e pode entrar
em atrito com o objeto social da empresa.
Há dois métodos de gestão Demonstração de fluxo de caixa. No método direto, o
administrador deve enfatizar as classes de recebimento e desembolsos brutos dos trabalhos
operacionais, dividindo as classes por sua natureza contábil. No método indireto, o
administrador deve embasar-se nos ganhos ou perdas do exercício (DRE) adaptando-o pelos
itens econômicos. A estrutura da DFC é formada com base nas informações do Balanço
Patrimonial, onde as atividades operacionais são extraídas do ativo e passivo circulante
exemplo: recebimento de clientes; pagamento a fornecedores; pagamento de salários etc. As
atividades de investimento vêm do ativo não circulante realizável a longo prazo exemplo:
aplicações financeiras de longo prazo; imobilizado; investimentos etc. Já as atividades de
financiamento do passivo não circulante e patrimônio líquido exemplo: empréstimos obtidos;
aumento de capital; pagamento de dividendos etc.
Atividades operacionais
Recebimentos de clientes
Recebimentos de juros
Duplicatas descontadas
Pagamentos
A fornecedores
De salários
De impostos
De juros
Despesas pagas antecipadamente
Caixa liquido consumido nas atividades operacionais
Atividade de investimento
Recebimento pela venda de imobilizado
Pagamento pela compra de imobilizado
Caixa liquido consumido nas atividades de investimento
Atividades de financiamento
Aumento de capital
Empréstimos a curto prazo
Distribuição de dividendos
Caixa liquido nas atividades de financiamento
Atividades operacionais
(+/-) itens que não envolvem o caixa
Aumento de duplicatas a receber
Aumento de PCLD
Aumento de duplicas descontadas
Aumento em estoques
Aumento em despesas pagas antecipadamente
Aumento em fornecedores
Redução em provisão para IR
Redução em salários a pagar
Caixa liquido consumido nas atividades operacionais
Atividade de investimento
Recebimento pela venda de imobilizado
Pagamento pela compra de imobilizado
Caixa liquido consumido nas atividades de investimento
Atividades de financiamento
Aumento de capital
Empréstimos a curto prazo
Distribuição de dividendos
Caixa liquido nas atividades de financiamento
Para uma melhor compreensão do estudo até aqui retratado se torna imprescindível a
divulgação da DFC da AG Seguros S/A. na qual opta pelo método indireto, desta maneira segue
a Demonstração de Fluxo de Caixa da AG Seguros S/A de 31 de dezembro de 2016 e 31 de
dezembro de 2017 (em reais).
2017 2016
Lucro líquido antes do imposto de renda e da 7.751.543 6.901.048
contribuição social
Ajuste do resultado - -
Depreciação 114.040 114.040
Resultado patrimonial (252.313) (125.946)
Ganhos e perdas em ativos não correntes: 456 2.392
Variações nos ativos e passivos:
Variação das aplicações (7.284.692) (16.742.499)
Variação das operações de seguros 283.160 (74.006)
Variação de títulos e créditos a receber 346.256 (310.633)
Variação das despesas antecipadas (4.201) (2.276)
Variação de contas a pagar 143.723 186.899
Variação de impostos e encargos sociais a (57.277) (12.782)
recolher
Variação de encargos trabalhistas 1.641 14.597
Variação de outras contas a pagar (135) -
Variação de débitos operações de seguros e 37.689 (535.602)
resseguros
Variação das provisões técnicas 3.235.439 15.783.473
Outros passivos (127.708) 107.374
Caixa das operações 4.433.037 5.306.080
Impostos pagos (3.346.175) (3.057.023)
Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 1.096.862 2.249.056
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos pela aquisição de investimentos - (798)
Pagamentos pela aquisição de intangíveis (31.477) (43.976)
Caixa liquido consumido nas atividades de (31.477) (44.774)
investimento
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Empréstimos pagos - (8.000)
Dividendos pagos (975.979) (44.774)
Caixa liquido consumido nas atividades de (975.979) (2.222.297)
financiamentos
Aumento (redução) de caixa e equivalente de 89.406 (18.015)
caixa
Caixa e equivalente de caixa no início do exercício 161.643 179.658
Caixa e equivalente de caixa no final do exercício 251.049 161.643
Quadro III: Demonstração do fluxo de caixa 31/12/16 – 31/12/17
Fonte: Elaboração própria
2017 2016
Caixa das operações 4.433.037 5.306.080
Impostos pagos (3.346.175) (3.057.023)
Caixa líquido gerado nas atividades 1.096.862 2.249.056
operacionais
Figura IV: Operações
Fonte: Elaboração própria
2017 2016
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos pela aquisição de investimentos - (798)
Pagamentos pela aquisição de intangíveis (31.477) (43.976)
Caixa líquido consumido nas atividades de (31.477) (44.774)
investimento
Quadro V: Comparação de pagamento de impostos em 2017 e 2016
Fonte: Elaboração própria
2017 2016
Fluxos de caixa das atividades de
financiamentos
Empréstimos pagos - (8.000)
Dividendos pagos (975.979) (44.774)
Caixa liquido consumido nas atividades de (975.979) (2.222.297)
financiamentos
Quadro VI: Caixa de investimentos de 2017 e 2016
Fonte: Elaboração própria
2017 2016
Aumento (redução) de caixa e equivalente de 89.406 (18.015)
caixa
Caixa e equivalente de caixa no início do 161.643 179.658
exercício
Caixa e equivalente de caixa no final do 251.049 161.643
exercício
Quadro VII: Resultados
Fonte: Elaboração própria
Com o fluxo de caixa, é possível obter a visão antecipada das sobras ou necessidades de
caixa, servindo como uma das ferramentas gerenciais mais importantes para o planejamento
dentro das empresas, e tornando-se primordial para a gestão eficaz dos administradores
financeiros (TUIANI apud ZDANOWICZ, 2010, p. 83). O trabalho do contador neste
planejamento torna possível que a análise e os relatórios de demonstração do fluxo de caixa
sejam feitos, trabalhando concomitantemente como analista financeiro da empresa e elucidando
o gestor no processo de planejamento do futuro da empresa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos do fluxo de caixa são coerentes com as necessidades de uma empresa, visto
que ele visa expor ao gestor os lucros e os gastos da empresa, para que ele esteja ciente de como
o local está se projetando economicamente no mercado.
Como foi exposto no trabalho, o Brasil enfrenta problemas de mortalidade das empresas
por falta de planejamento da gestão e falta de conhecimento em finanças, incluindo a não
utilização de uma demonstração do fluxo de caixa. Para que uma empresa consiga se manter,
entre tantas outras, em um cenário competitivo, é necessário que a parte administrativa e
financeira esteja trabalhando juntas, mostrando resultados efetivos financeiramente e
estruturalmente para a empresa e seus funcionários.
REFERÊNCIAS
ARANTES, Nélio. Sistema de Gestão Empresarial 2.ed. São Paulo: Atlas, 1998
BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott. Administração: novo cenário competitivo. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 2.
BEUREN, Ilse Maria. MOURA, U. M. Considerações sobre a Demonstração do Fluxo de
Caixa e sua relação coma Demonstração das Origens e aplicações de Recursos. Anais do
XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE, 2.000,
v.1.www.milênio.com.br/Siqueira – em 08/12/02.
DFC – Demonstração dos fluxos de Caixa e a lei nº 11.638/07 Disponível em: <
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/dfc-demonstracao-dos-fluxos-caixa-
lei-n-1163807.htm> Acesso em: 03 dez 2018.
GITMAN, Lawrence J. Princípios da Administração Financeira. 12ª Ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2010.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 6 ed. São Paulo; Atlas, 1997.
ZDANOWICZ, J. E. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiros. 10. ed.
Porto Alegre: Sagra, 2004.