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A EFETIVIDADE DA GESTÃO FINANCEIRA ATRAVÉS DA DEMONSTRAÇÃO

DE FLUXO DE CAIXA

Natália Alves Soares da Silva 1


Darlan Oliveira Bezerra 2

RESUMO

O presente trabalho aborda como a demonstração de fluxo de caixa é relevante para o


funcionamento eficaz da empresa. O fluxo de caixa é uma ferramenta que registra a entrada e
saída de dinheiro da empresa, fator relevante no controle financeiro do local. O objetivo desse
trabalho é analisar a utilização do fluxo de caixa no processo de gestão da empresa. No tocante
a pesquisa, foi utilizado material bibliográfico para respaldar a parte teórica e um estudo de
caso com a demonstração do fluxo de caixa da empresa Ag Seguros, onde foram objeto de
análise, a demonstração do fluxo de caixa dos anos de 2016 e 2017. A relevância da temática
desta pesquisa é o conhecimento sobre o funcionamento da demonstração do fluxo de caixa
para uma performance positiva da empresa. Os resultados efetivos da demonstração de fluxo
de caixa foram demonstrados através do melhoramento da gestão da empresa, fato respaldado
por pesquisas e estudo de caso.
PALAVRAS-CHAVES: Fluxo de caixa; Gestão; Seguros

ABSTRACT

The present work boards like the demonstration of flow of box is relevant for the efficient
functioning of the enterprise. The box flow is a tool that registers the entry and exit of money
of the enterprise, relevant factor in the financial control of the place. In Brazil, one of the biggest
factors of failure of the enterprises, which are in opening process looking for solidification in
the market, is the financial part. Having in mind that the effective performance of the enterprise
demands that there is a financial control and organizacional, it is made necessary that the
administrator knows on management, to create an environment of favorable work to the
officials in the service of his respective posts. Regarding inquiry, a case study was used with
the demonstration of the flow of box of the enterprise Ag Seguros, where there were objectives
of analysis, the demonstration of the flow of box of the years of 2016 and 2017. The relevance
of the theme of this inquiry is the knowledge on the functioning of the demonstration of the
flow of box for a positive performance of the enterprise.
KEY WORDS: Cash Flow; Management; Seguros.

1. Graduanda em Ciências Contábeis pela Faculdade IESP. E-mail: nataliaoaresalves@hotmail.com


2. Graduado em Ciências Contábeis pela UEPB, Especialização em Auditoria Contábil-Fiscal pelo IESP e
Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.
E-mail: darlanbezerra@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO

No Brasil, o número de empresas abertas tem batido recorde nos últimos anos, porém,
a permanência dessas empresas é dificultada por problemas de gestão e financeiros. Os
contratempos relacionados a manutenção de uma empresa e sua permanência no mercado,
comportam um cenário de grande concorrência no setor empresarial. Para que uma empresa
consiga se manter efetiva no atual cenário brasileiro, é necessário um aprofundado
conhecimento sobre administração, gestão e finanças, três setores essenciais para a manutenção
eficaz das atividades da empresa.

Em sentido lato, a empresa é um conjunto de atividades humanas, coletivas e


organizadas, regidas por um centro regulador, com a finalidade de adaptar
constantemente os meios disponíveis aos objetivos predeterminados, tendo em
vista a produção/comercialização de bens/serviços. (CARVALHO, 2016,
p.19).

De acordo com Carvalho (2016), a empresa é um conjunto organizacional dividido em


três etapas:
 Primeira etapa: Obtenção de recursos (capital + trabalho+ informação);
 Segunda Etapa: Organização+ Transformação de recursos em bens;
 Terceira Etapa: Bens + Benefícios.

Ainda, segundo Carvalho (2016, p.21), todas as empresas têm uma dupla
responsabilidade: a criação de benefício económico e a criação de benefício social. Ou seja, é
necessário saber quanto se ganha (benefício econômico) e como se ganha (benefício social).
O controle financeiro dos ganhos de uma empresa, faz-se necessário para auxiliar o
gestor na organização, através dos registros das entradas e saídas de dinheiro da empresa, por
isso, dentre os setores da empresa, o setor financeiro responsabiliza-se por explicitar os lucros
e as perdas mensais e anuais da companhia.
Tendo em vista que a parte de gestão envolve setores econômicos, estruturais e
humanos, o controle de cada setor é importante para a manutenção da empresa, para prevenir
seu desgaste e sua eventual falência. Marion (2008, p.110) diz que, “entre as três principais
razões de falência ou insucesso de empresa, uma delas é a falta de planejamento financeiro ou
a ausência total de fluxo de caixa e a previsão de fluxo de caixa (projetar as receitas e as
despesas da empresa)”. Essa situação traz a cerne da questão dessa pesquisa: De que forma a
ferramenta Demonstração de Fluxo de Caixa corrobora com o gestor para a efetivação do
funcionamento da empresa?
Para que o debate em torno da problemática seja conclusivo, o objetivo do trabalho visa
analisar a utilização da demonstração do fluxo de caixa no melhoramento do desempenho da
empresa no setor gestor. Este estudo se justifica pela relevância de se debater sobre gestão,
esclarecendo os pontos corretos e os falhos de uma gestão e tendo a Demonstração de fluxo de
caixa como ferramenta de auxílio da empresa. Enquanto metodologia, faz-se importante
ressaltar a utilização de material bibliográfico e estudo de caso, o primeiro para embasar a parte
teórica e conceitual e o segundo para exemplificar de forma concreta, o uso da demonstração
de fluxo de caixa em uma empresa. A fundamentação teórica dessa pesquisa traz uma
abordagem de gestão e do funcionamento da parte gestora e da parte financeira, focando-se no
contador e no seu papel ao usar a Demonstração do fluxo de caixa para auxiliar o gestor no
processo de tomada de decisões da empresa.

A demonstração do fluxo de caixa é uma ferramenta utilizada de forma assídua pelo


contador, que, de forma a corroborar com a gestão da companhia, produz relatórios e registros
que auxiliam tanto no controle financeiro mensal e anual quanto nas projeções de ganhos e
investimentos. Os próximos tópicos deste trabalho abordarão conceitos utilizados no ramo
empresarial e o papel da demonstração do fluxo de caixa na gestão da empresa.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste tópico, busca-se abordar sobre a abertura de empresas no Brasil e caracterizar os


conceitos de gestão e explanar sobre o funcionamento da gestão e do controle dentro da
empresa. Os estudos sobre a temática do trabalho foram feitos utilizando referências
bibliográficas voltadas a administração, finanças e negócios, trabalhando a parte teórica e
conceitual para embasar essa pesquisa, além de dados disponibilizados pelo Centralização de
Serviços dos Bancos (SERASA) sobre a geração de empresas no Brasil.

2.1 EMPRESAS NO BRASIL


De acordo com dados do Serasa, o Brasil bateu recorde de abertura de empresas desde
2010, no primeiro semestre de 2018. O Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas
calculou que 1.262.934 empresas foram abertas de Janeiro a Junho deste ano, sendo o setor
alimentício o que mais houve registro de abertura, correspondendo a 8,1%, como mostra a
figura I, que mostra o ranking com os 10 ramos de atividades que se destacaram entre os
empreendimentos abertos nos primeiros seis meses de 2018.

Figura I
Fonte: Serasa Experian.

“As Sociedades Limitadas tiveram participação de 7,4% entre os CNPJs criados na


primeira metade de 2018, com um total de 93.199 novos empreendimentos – 3,8% a mais que
no semestre correspondente do ano passado (89.755).” (SERASA EXPERIAN, 2018). Os
economistas da Serasa defendem que esse aumento é devido a lentidão da recuperação
econômica do país que torna enfraquecido o número de ofertas de emprego.

No total de empresas criadas, 81,8% são microempresas individuais, ou seja 1.033.017


das 1.262.935 empresas formalizadas no país, enquanto 5,4% do total são Empresas
Individuais. “No ranking por estados, apesar de São Paulo ter a maior representatividade –
28,8% do total –, o Distrito Federal, que representa 2,2%, teve o maior crescimento (17%) no
primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2017.” (SERASA
EXPERIAN, 2018).
Figura II
Fonte: Serasa Experian, (2018)

A figura acima mostra o ranking de abertura de novas empresas por Estado, indicando
uma maior incidência de formalização de novas empresas no Sul e no Sudeste do país. A
abertura de novas empresas não indica que haja a permanência dessas empresas no mercado
econômico atual. Apesar da geração de novas empresas ser benéfico ao país, a manutenção e
permanência delas depende de fatores internos e externos da empresa. Dentre os fatores internos
está a falta de coerência na gestão e uma administração financeira incorreta. O próximo tópico
abordará o conceito de gestão e a relevância do conhecimento de gestão e finanças na empresa.

2.2 EMPRESAS: GESTÃO E FINANÇAS

O ato de gerir alguma coisa ou alguém, envolve saber administrar situações e tomar
decisões. Para isso, o gestor precisa estar ciente dos ganhos e perdas das decisões que ele
tomará. A execução de um planejamento e o controle posterior ao que foi executado são parte
do papel do gestor. Para Carvalho (2016),

De um modo simples pode afirmar-se que sempre que se executar continuamente um


conjunto de atividades utilizando vários recursos e, de forma sistematizada, se vão
tomando decisões que tornam mais eficiente a execução dessas atividades, existe
gestão. (CARVALHO, 2016, p. 23).

De acordo com Cordeiro e Ribeiro (2002), um gestor está exposto a se envolver em


diferentes setores de uma realidade multifacetada, como a interdisciplinaridade nos negócios, a
complexidade de lidar com a influência das variáveis nas situações do dia a dia, a exiguidade
nos prazos e decisões, a multiculturalidade no ambiente de trabalho, inovação e
competitividade. Nesse ambiente, a diferença entre sucesso e fracasso, entre lucro e falência,
entre o bom e o mau desempenho está no melhor uso dos recursos disponíveis para atingir os
objetivos focados. (CORDEIRO E RIBEIRO, 2002, p. 2).
Segundo uma pesquisa Causa Mortis, do Sebrae, 50% dos gestores que fecharam sua
empresa não determinaram o valor do lucro pretendido e não calcularam o nível de venda para
cobrir custos e gerar o lucro pretendido. Além disso, 39% não tinha conhecimento sobre qual
era o capital de giro necessário para a abrir o negócio e 31% deles não sabia o investimento
necessidade para o negócio. A figura III mostra o número de empresas abertas até 6 meses e o
número de empresas encerradas após os 6 meses.

Figura III
Fonte: CAUSA MORTIS, SEBRAE (2014)

A figura IV mostra o processo de gestão de uma empresa como um ato de administrar,


sendo a gestão um ciclo de planejamento, execução e controle. A demonstração de fluxo de
caixa se encaixa na parte de planejamento e controle na gestão. A demonstração do fluxo de
caixa torna viável ao administrador planejar os próximos passos da empresa no tocante a
investimentos e diminuição de custos. Além disso, a fase de controle da empresa é feita através
de relatórios feitos pelo contador, que analisa a situação atual da empresa, os resultados
financeiros da gestão e os gastos atuais e futuros com materiais necessários para a execução das
atividades da empresa.

Figura IV
Fonte: Boisvert apud Maluche (2000)

As atividades empresariais relativas a administração de empresas pode ser auxiliada por


instrumentos de gestão que têm sido criados e aprimorados ao longo da história da
administração. (ARANTES, 1998, p.86). Um desses instrumentos é a demonstração de fluxo
de caixa, que é uma ferramenta utilizada pelo contador para auxiliar o gestor na direção da
empresa, mostrando os resultados da atual tomada de decisões do gestor e as provisões futuras
da empresa.

2.3 FUNCIONAMENTO DE UM FLUXO DE CAIXA

O funcionamento de uma empresa perpassa setores administrativos aos financeiros,


todos trabalhando de forma contínua e conjunta para a manutenção da companhia no mercado.
O cenário atual da economia brasileira mostra uma concorrência grande entre as empresas que
estão em processo de solidificação, havendo uma grande quantidade de abertura e mortalidades
das empresas a curto e médio prazo.

O papel do administrador é saber lidar com as situações de risco financeiro para a


empresa, visando a maximização dos lucros e eliminando gradativamente os fatores de risco
para a empresa. Para auxiliar o trabalho do administrador, o contador trabalha com a planilha
Excel, atualizando constantemente os valores gastos e a entrada de dinheiro diária, semanal e
mensal. Após o relatório ser feito, o contador repassa ao gestor a análise de ganhos e perdas da
empresa através de cálculos e especificações da demonstração de fluxo de caixa. O fluxo de
caixa para Neto e Silva (1997), é considerado,

[...] um instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos


monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo. A partir
da elaboração do fluxo de caixa é possível prognosticar eventuais excedentes ou
escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas. (NETO e
SILVA, 1997, p. 35).

Enquanto ferramenta de auxílio ao gestor, o relatório de fluxo de caixa torna possível


perceber os erros e acertos da parte gestora e financeira da empresa, podendo assim, recuperar
as perdas e aumentar a lucratividade mensal e anual. Sobre o relatório do fluxo de caixa,
BEUREN diz,

A demonstração do fluxo de caixa reúne em um só relatório as entradas e saídas de


recursos para um dado período de tempo, refletindo a situação financeira da empresa.
Através do fluxo de caixa é possível verificar as movimentações de numerários, isto
é, se geram excessos ou insuficiências, objetivando o pagamento das obrigações da
empresa, averiguar as necessidades de capital de giro ou aplica o excedente.
(BEUREN, 2003, p. 132).

Calcular o fluxo de caixa para a empresa é uma ferramenta que, se empregada


corretamente e constantemente atualizada, diminui os riscos de mortalidade da empresa. Apesar
da demonstração do fluxo de caixa não ser um documento obrigatório pela legislação do país,
os relatórios de caixa são relevantes para a manutenção financeira e gestão da empresa.
Gitman, Queji (2002) diz que o ponto principal do fluxo de caixa,

[...] reside no saldo resultante entre as entradas e saídas operacionais de caixa.


Ocorridas às movimentações entre as contas, a apuração é realizada através de vários
ajustes entre os valores que entraram e saíram no período, excluindo os valores que
não representam efetivamente entrada ou saída de caixa.

De acordo com Gitman (2001), o fluxo de caixa visa resumir as origens e aplicações de
caixa em um determinado tempo. O trabalho do contador no tocante a apresentação do relatório
do fluxo de caixa, é determinar os resultados financeiros da empresa, para que seja determinado
os posteriores investimentos e gastos, além de expor os lucros gerados pelas aplicações e
serviços da empresa.
De acordo com o CPC 03 (R2) a empresa deve demonstrar seus fluxos de caixa dos
períodos advindos das atividades operacionais, de investimentos e financiamentos de maneira
que seja favorável ao seu negócio.
 Operacionais: são operações que comprometem o objeto social da entidade, ou seja,
fundamentais atividades que produzem receita.
 Financiamentos: está relacionada as atividades de curto prazo, assim como os
empréstimos, integralização de capital e pagamentos de lucros, essas atividades alteram a
composição do capital próprio e do capital de terceiros.
 Investimentos: está associada a realização de compras de ativos financeiros, aquisições
de ações, juros recebidos, na qual essas transações não podem ser revendidas e pode entrar
em atrito com o objeto social da empresa.
Há dois métodos de gestão Demonstração de fluxo de caixa. No método direto, o
administrador deve enfatizar as classes de recebimento e desembolsos brutos dos trabalhos
operacionais, dividindo as classes por sua natureza contábil. No método indireto, o
administrador deve embasar-se nos ganhos ou perdas do exercício (DRE) adaptando-o pelos
itens econômicos. A estrutura da DFC é formada com base nas informações do Balanço
Patrimonial, onde as atividades operacionais são extraídas do ativo e passivo circulante
exemplo: recebimento de clientes; pagamento a fornecedores; pagamento de salários etc. As
atividades de investimento vêm do ativo não circulante realizável a longo prazo exemplo:
aplicações financeiras de longo prazo; imobilizado; investimentos etc. Já as atividades de
financiamento do passivo não circulante e patrimônio líquido exemplo: empréstimos obtidos;
aumento de capital; pagamento de dividendos etc.

DFC – MÉTODO DIRETO

Atividades operacionais
Recebimentos de clientes
Recebimentos de juros
Duplicatas descontadas
Pagamentos
 A fornecedores
 De salários
 De impostos
 De juros
 Despesas pagas antecipadamente
Caixa liquido consumido nas atividades operacionais
Atividade de investimento
Recebimento pela venda de imobilizado
Pagamento pela compra de imobilizado
Caixa liquido consumido nas atividades de investimento

Atividades de financiamento
Aumento de capital
Empréstimos a curto prazo
Distribuição de dividendos
Caixa liquido nas atividades de financiamento

Caixa e equivalente de caixa no início do exercício


Caixa e equivalente de caixa no final do exercício
Quadro I: Estrutura da demonstração de fluxo de caixa pelo método direto
Fonte: Elaboração própria

DFC – MÉTODO INDIRETO

Atividades operacionais
(+/-) itens que não envolvem o caixa
Aumento de duplicatas a receber
Aumento de PCLD
Aumento de duplicas descontadas
Aumento em estoques
Aumento em despesas pagas antecipadamente
Aumento em fornecedores
Redução em provisão para IR
Redução em salários a pagar
Caixa liquido consumido nas atividades operacionais

Atividade de investimento
Recebimento pela venda de imobilizado
Pagamento pela compra de imobilizado
Caixa liquido consumido nas atividades de investimento

Atividades de financiamento
Aumento de capital
Empréstimos a curto prazo
Distribuição de dividendos
Caixa liquido nas atividades de financiamento

Caixa e equivalente de caixa no início do exercício


Caixa e equivalente de caixa no final do exercício
Quadro II: Estrutura da demonstração de fluxo de caixa pelo método indireto
Fonte: Elaboração própria
3 METODOLOGIA

A pesquisa aqui apresentada é de natureza básica, exploratória, pois utiliza-se de


referências bibliográficas e estudo de caso para orientar seus objetivos, sendo também
explicativa, descreve os fatos observados, sem que haja interferência do autor neles. O
procedimento utilizado nas pesquisas foi bibliográfico, escolhido para embasar a parte teórica,
enquanto o estudo de caso mostrado aqui, foi usado na análise de uma determinada situação,
neste caso, especificada pela DFC dos anos 2016 e 2017.

4 ESTUDO DE CASO: RESULTADO E DISCUSSÃO

Fundada em 1927, a AG Seguradora S/A é uma sociedade anônima de capital fechado,


com sede no Rio de Janeiro que vem tendo uma evolução cada vez mais significativa onde se
destaca no âmbito nacional pelo seu desempenho e qualidade nos produtos oferecidos.

A Companhia está autorizada pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, a


operar em todo o Território Nacional e tem por objetivo social a exploração das operações de
seguros de danos e de pessoas, na forma definida da legislação vigente.

Para uma melhor compreensão do estudo até aqui retratado se torna imprescindível a
divulgação da DFC da AG Seguros S/A. na qual opta pelo método indireto, desta maneira segue
a Demonstração de Fluxo de Caixa da AG Seguros S/A de 31 de dezembro de 2016 e 31 de
dezembro de 2017 (em reais).

2017 2016
Lucro líquido antes do imposto de renda e da 7.751.543 6.901.048
contribuição social
Ajuste do resultado - -
Depreciação 114.040 114.040
Resultado patrimonial (252.313) (125.946)
Ganhos e perdas em ativos não correntes: 456 2.392
Variações nos ativos e passivos:
Variação das aplicações (7.284.692) (16.742.499)
Variação das operações de seguros 283.160 (74.006)
Variação de títulos e créditos a receber 346.256 (310.633)
Variação das despesas antecipadas (4.201) (2.276)
Variação de contas a pagar 143.723 186.899
Variação de impostos e encargos sociais a (57.277) (12.782)
recolher
Variação de encargos trabalhistas 1.641 14.597
Variação de outras contas a pagar (135) -
Variação de débitos operações de seguros e 37.689 (535.602)
resseguros
Variação das provisões técnicas 3.235.439 15.783.473
Outros passivos (127.708) 107.374
Caixa das operações 4.433.037 5.306.080
Impostos pagos (3.346.175) (3.057.023)
Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 1.096.862 2.249.056
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos pela aquisição de investimentos - (798)
Pagamentos pela aquisição de intangíveis (31.477) (43.976)
Caixa liquido consumido nas atividades de (31.477) (44.774)
investimento
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Empréstimos pagos - (8.000)
Dividendos pagos (975.979) (44.774)
Caixa liquido consumido nas atividades de (975.979) (2.222.297)
financiamentos
Aumento (redução) de caixa e equivalente de 89.406 (18.015)
caixa
Caixa e equivalente de caixa no início do exercício 161.643 179.658
Caixa e equivalente de caixa no final do exercício 251.049 161.643
Quadro III: Demonstração do fluxo de caixa 31/12/16 – 31/12/17
Fonte: Elaboração própria

As empresas arrecadam e consomem dinheiro de divergentes formas, assim como o


fluxo de caixa é seccionado em três partes (operações, financiamentos e investimentos). Desta
forma pode-se entender como a empresa capta e consome seu dinheiro. A partir deste
entendimento iremos comparar as demonstrações de fluxo de caixa apresentadas.

2017 2016
Caixa das operações 4.433.037 5.306.080
Impostos pagos (3.346.175) (3.057.023)
Caixa líquido gerado nas atividades 1.096.862 2.249.056
operacionais
Figura IV: Operações
Fonte: Elaboração própria

No caixa das operações ocorreu um aumento no pagamento de impostos em 2017


comparando com o ano de 2016 no total de (3.346.175) – (3.057.023) = (289.152) duzentos e
oitenta e nove mil cento e cinquenta e dois negativos, e resultou uma diferença no caixa líquido
das operações de 2.249.056 – 1.096.862 = 1.152.194 um milhão cento e cinquenta e dois mil
cento e noventa e quatro a menos que no ano de 2017.

2017 2016
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos pela aquisição de investimentos - (798)
Pagamentos pela aquisição de intangíveis (31.477) (43.976)
Caixa líquido consumido nas atividades de (31.477) (44.774)
investimento
Quadro V: Comparação de pagamento de impostos em 2017 e 2016
Fonte: Elaboração própria

No caixa de investimentos em 2017 não obteve nenhum saldo em pagamentos pela


aquisição de investimentos. Já em pagamentos pela aquisição de intangíveis teve uma redução
no saldo negativo no valor de (43.976) – (31.477) = 12.499 doze mil quatrocentos e noventa e
nove comparado ao mesmo período de 2016. Com isso o caixa líquido das atividades de
investimento ocasionou uma redução de (44.774) – (31.477) = (13.297) treze mil duzentos e
noventa e sete negativos em 2017.

2017 2016
Fluxos de caixa das atividades de
financiamentos
Empréstimos pagos - (8.000)
Dividendos pagos (975.979) (44.774)
Caixa liquido consumido nas atividades de (975.979) (2.222.297)
financiamentos
Quadro VI: Caixa de investimentos de 2017 e 2016
Fonte: Elaboração própria

No caixa de financiamentos não gerou nenhum saldo em empréstimos pagos em 2017.


Já em dividendos pago sucedeu um aumento no saldo negativo comparado ao ano de 2016 no
total de (44.774) – (975.979) = (931.205) novecentos e trinta e um mil duzentos e cinco
ocasionando uma redução no saldo negativo do caixa liquido consumido nas atividades de
financiamentos no período de 2017 comparado a 2016 de ((975.979) – (2.222.297) =
(1.246.318) um milhão duzentos e quarenta e seis mil trezentos e dezoito.

2017 2016
Aumento (redução) de caixa e equivalente de 89.406 (18.015)
caixa
Caixa e equivalente de caixa no início do 161.643 179.658
exercício
Caixa e equivalente de caixa no final do 251.049 161.643
exercício
Quadro VII: Resultados
Fonte: Elaboração própria

Em 2016 o aumento (redução) de caixa e equivalente de caixa estava com um saldo de


(18.015) dezoito mil e quinze negativos, já no exercício de 2017 teve um saldo positivo no total
de 89.406 oitenta e nove mil quatrocentos e seis. No caixa e equivalente de caixa no início do
exercício o período de 2017 comparado a 2016 obteve uma queda no seu saldo no total de
179.658 – 161.643 = 18.015 dezoito mil e quinze.
Diante disso pode-se observar com base nos cálculos que o caixa e equivalente de caixa
ao final do exercício de 2017 teve um aumento em relação a 2016 no total de 251.049 – 161.643
= 89.406 oitenta e nove mil quatrocentos e seis e com isso, expõe-se que a empresa tem um
rendimento positivo no seu caixa. Como também é de suma importância o estudo dos
segmentos, onde as operações e financiamentos são responsáveis por captar o dinheiro e os
investimentos por consumir.

4.1 APROVEITAMENTO DO FLUXO DE CAIXA NA EMPRESA

A empresa AG Seguros, utilizada no estudo de caso, exemplifica a aplicação da


demonstração de fluxo de caixa para que seja possível ao contador ter controle sobre os gastos
da empresa, analisando a situação econômica atual da companhia. Dentre as vantagens da
demonstração do fluxo de caixa para a AG Seguros, estão:
 Manter um controle sobre a entrada e saída de caixa em períodos determinados;
 Avaliar se os ganhos estão condizentes com as despesas geradas pela empresa;
 Analisar o desempenho da empresa e sua lucratividade;
 Corroborar com o setor de gestão na tomada de decisões a curto, médio e longo
prazo;
 Avaliar a possibilidade de ajustes financeiros ou de preço;
 Obter conhecimento sobre o equilíbrio financeiro na folha de pagamento e assim,
assumir outros compromissos.

Com o fluxo de caixa, é possível obter a visão antecipada das sobras ou necessidades de
caixa, servindo como uma das ferramentas gerenciais mais importantes para o planejamento
dentro das empresas, e tornando-se primordial para a gestão eficaz dos administradores
financeiros (TUIANI apud ZDANOWICZ, 2010, p. 83). O trabalho do contador neste
planejamento torna possível que a análise e os relatórios de demonstração do fluxo de caixa
sejam feitos, trabalhando concomitantemente como analista financeiro da empresa e elucidando
o gestor no processo de planejamento do futuro da empresa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ferramenta utilizada pelos contadores para gerenciar as finanças da empresa e assim,


auxiliar o gestor, foi objeto de análise desse trabalho com o intuito de analisar a eficácia do
relatório de demonstração do fluxo de caixa na gestão da empresa. Com o auxílio do Excel, o
contador consegue atualizar mensalmente o setor administrativo e financeiro da empresa,
provendo um relatório que interfere na tomada de decisão sobre o futuro da companhia.

Os objetivos do fluxo de caixa são coerentes com as necessidades de uma empresa, visto
que ele visa expor ao gestor os lucros e os gastos da empresa, para que ele esteja ciente de como
o local está se projetando economicamente no mercado.

Como foi exposto no trabalho, o Brasil enfrenta problemas de mortalidade das empresas
por falta de planejamento da gestão e falta de conhecimento em finanças, incluindo a não
utilização de uma demonstração do fluxo de caixa. Para que uma empresa consiga se manter,
entre tantas outras, em um cenário competitivo, é necessário que a parte administrativa e
financeira esteja trabalhando juntas, mostrando resultados efetivos financeiramente e
estruturalmente para a empresa e seus funcionários.

REFERÊNCIAS

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