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LIÇÃO 11

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 11ª LIÇÃO DO 4º TRIMESTRE DE


2018 – DOMINGO, 16 DE DEZEMBRO DE 2018

DESPERTEMOS PARA A VINDA DO GRANDE


REI

Texto áureo

“Vigiai, pois, porque não sabeis


a que hora há de vir o vosso
Senhor.” (Mt 24.42)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Mateus 25.1-13.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Distinto e dileto Amigo Leitor, nesta presente Lição vamos estudar e atentar
para a “necessidade de se estar preparado para a vinda do Grande Rei”, mesmo
porque ela pode “acontecer a qualquer instante”.

Assim, nesta 11ª lição, estudaremos a Parábola das dez virgens;


Interpretando-a a luz das Sagradas Escrituras; Atentando para a iminência da vinda
(parousia) de Cristo e analisando o perfil das cinco virgens prudentes.

Portanto, distinto amigo leitor - boa leitura e bons estudos!

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I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

Segundo muitos estudiosos dos costumes judaicos bíblicos, as festividades


solenes de uma boda de casamento, ou os seus preparativos, duravam sete dias, ou
às vezes, até o dobro desse prazo. Contudo, na primeira noite o jovem par
desaparecia e as bodas eram consumadas. De acordo com um costume, de certo
modo ingênuo, os lençóis manchados de sangue eram guardados como lembrança
da noite de núpcias e provas contra futuras insinuações por parte do marido (Dt 22).
Após isto o jovem casal não viajava em lua de mel, mas retornava para participar da
alegria, das canções e das danças sob o céu negro e ao mesmo tempo estrelado do
oriente médio.

O outono era a melhor época para estas ditas festas, pois a colheita já tinha
sido feita, a vindima terminara, as mentes estavam livres e os corações em repouso.
Todos os parentes eram convidados, a cidade inteira, todos os amigos e amigos dos
amigos; desta maneira foi que Jesus fora convidado para as Bodas de Caná da
Galileia (Jo 2.2). Na véspera desse grande dia o noivo, acompanhado por seus
amigos, buscava a noiva na casa do pai dela. Uma procissão era reunida e
organizada pelo “amigo do noivo”, que atuava como mestre de cerimônias e que
ficava ao seu lado todo o tempo necessário, se alegrando com ele também (Jo 3.29).

A noiva então era levada em uma liteira, com um véu no rosto e círculos
dourados na testa (Tratado Sotah. 10). Durante esse percurso os convivas cantavam
alegremente canções nupciais (Cantares 3.6). O noivo participava, mas a noiva se
retirava em companhia das amigas, as damas-de-honra (virgens), a um quarto
preparado exclusivamente para ela.

Finalmente, o grande dia chegava à manhã seguinte, em uma atmosfera


festiva, alegria geral e um feriado; o esposo então chegara, como inicialmente
relatado, e felizes permaneciam as virgens que deveriam estar com óleos suficientes
em suas lâmpadas para brilhar sobre o encontro.

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1. O Reino dos céus será semelhante a dez virgens.

Já se tem dito que a Parábola das Dez Virgens é uma das mais difíceis de
compreender. E, de fato, realmente é. Destarte, nas Sagradas Escrituras,
conhecemos as coisas só em parte: “Porque, em parte, conhecemos, e em parte
profetizamos...” (1 Co 13.9), é o que nos alerta o Apóstolo aos Gentios – Paulo de
Tarso. Contudo, nem por isso deixaremos de esquadrinhar o que as Sagradas
Escrituras nos apresentam; mas, claro, de forma sábia e perspicaz (At 17.11).

Só Mateus registra esta parábola. O capítulo 25 de Mateus principia assim:


“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas
lâmpadas, saíram ao encontro do noivo”. (ARA)

Grifei propositalmente a palavra noivo, porque na ARC, a palavra é esposo.


Contudo, ambas estão coerentes com o pensamento da época. Embora a condição
de noivo fosse uma e a de casado outra, ela se confundia, pois a Lei reconhecia
direitos e obrigações durante este tempo de noivado que eram quase os mesmos do
casamento. O Jovem, portanto, tinha obrigações que dificilmente deixaria de
cumprir, isto é: o próximo passo era o casamento. Lembremos que o anjo diz a José:
“Não temas receber Maria, tua mulher” (Mt 1.20). Isto é, “permita que ela, que foi sua
noiva, se torne sua esposa”.

Outro aspecto importante é a expressão: “Reino dos Céus”!

Reino dos Céus inclui a totalidade da abrangência da ação de Deus aqui na


terra, em que a Igreja está inclusa, porém, este reino não é a igreja. O Reino foi o
alvo das profecias do Velho Testamento, enquanto a Igreja era um mistério,
escondido em Deus. Portanto, fala-se acerca dos herdeiros do Reino, mas não
herdeiro da igreja; o Reino podemos nós receber, mas é a Igreja que recebe os seus
membros; Ler-se sobre os Anciões da Igreja, mas não Anciões do Reino; a palavra
“Basileia” encontra-se 162 vezes na Bíblia e é sempre traduzida por “reino” ou
“reinos”, enquanto que “Ekklésia” encontra-se 115 vezes, sempre traduzida por

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“Igreja”, exceto em Atos dos Apóstolos 19.32,39,41 onde está traduzida por
“ajuntamento”; Ler-se sobre os filhos do Reino, mas nada sobre os filhos da Igreja.

Vejamos como a Igreja é conhecida.

Em 1 Co 6.19, ela é comparada a um Templo, ou Santuário, no sentido de


habitação corpórea, Isto é, nos somos a morada de Deus aqui na terra, ele habita
em nós, aleluia!

Em Efésios 2.16, ela é comparada a um corpo, cuja cabeça é o próprio Cristo.

Em Apocalipse 20.10, ela é qual uma Cidade Santa.

Em Efésios 1.3, ela é Vencedora.

Em 1 Coríntios 3.9, ela é comparada a uma Lavoura.

Em Apocalipse 1. 20, ela é qual um Castiçal, Isto é, nós somos a luz do


mundo (Mt 5.14).

Em Apocalipse 21.9, ela é apresentada como a noiva (esposa) do Cordeiro.

Assim, temos algo a explicar aqui: nesta parábola a noiva é comparada,


frequentemente, ora com a Igreja, ora com Israel, depreendendo-se que as dez
virgens, obviamente, não sejam nem uma ou outra coisa. Como entender esta
parábola, então?

Como expliquei no início deste comentário, no que diz respeito a um


casamento judeu, a noiva e o noivo após um tempo deixava o local e iam para a sua
recamara, enquanto as damas-de-honra (as virgens) e os amigos dos noivos
festejavam aquele momento, porém as damas só seriam aceitas se tivessem as
suas lâmpadas acesas até o fim do percurso. Ora quem é, portanto, estas dez
virgens.

Ora, no nosso ponto de vista, sem querer especular, o que Cristo quis atentar
com esta parábola, como em tantas outras, não foram os seus aspectos individuais
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em si, isto é, comparar pessoas com pessoas, objetos com objetos, etc, do plano
físico, histórico, real com o plano espiritual, celeste, de maneira perfeita, mas sim
apresentar uma ideia ou ensino geral sobre algo específico dentro do aspecto
espiritual, qual seja, através do contexto das histórias explanadas e seus paralelos
gerais nos dar uma orientação moral e, sobretudo, espiritual sobre o seu Reino
como um todo; – no caso em questão, Ele quis advertir a todos os seus fieis
seguidores para estarem sempre preparados, vigilantes, alertas espiritualmente,
quando do seu regresso para buscar a sua Igreja (Mt 5.13), e para tanto, se utilizou
da figura das dez virgens, de um típico casamento judeu, que teriam de estarem
sempre atentas ao chamado repentino, para este particular. Portanto, os
personagens internos das parábolas nem sempre são em si correspondentes aos
personagens escatológicos.

2. Duas classes de virgens.

Pois bem, o número dois, na bíblia, é o símbolo de testemunha, testemunho,


ou divisão, separação. Refere-se a números especificados e contidos em Gênesis
18, 19 e Mt 7. Jo 8.17; Dt 17.6; 19.15; Mt 18.16; Ap 11. 2-4; Lc 9. 1-2 para
testemunha. Para divisão – Ex 8.23; 31.18; Gn 1.7,8; Mt 24.40,41. No caso em
apreço, significa separação, pois as virgens insensatas foram rechaçadas pelo
noivo.

“E cinco delas eram prudentes...” (v.2).

Eram dez virgens, todas com lâmpadas e vasilhas, todas convidadas ao


enlace matrimonial, todas bem vestidas e ataviadas, isto é com vestes nupciais
adequadas para o evento, todas saíram ao encontro do noivo acompanhando a
noiva; porém cinco delas eram prudentes.

Mas por que eram prudentes? A resposta encontramo-nos no versículo


quatro! Elas levaram azeite e não apenas nas lâmpadas, também nas vasilhas;
tinham, portanto, reservas. Isso me faz lembrar de Judas, irmão do Senhor, ao
escrever: “...exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi
entregue aos santos”. (v.3). No texto em apreço tem a ver com a salvação, mas fé
remete também a ação e ação às boas obras, não para salvação, pois pela graça
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somos salvos, mas porque já somos salvos, e, portanto, devemos batalhar pela fé e
isto também quer dizer um envolvimento com a pregação do evangelho às almas
perdidas.

Outro aspecto interessante aqui, como já frisado, é que as prudentes levaram


azeite, também nas vasilhas. Isso me faz lembrar as palavras do Mestre dos mestres
– Jesus: “... eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Reservas
significa ter em abundância, logo, não apenas ter, mas a ser abundante; abundância
de vida plena de tudo que a vida de Cristo pode oferecer aos seus filhos. A vida que
Cristo dá é abundantemente rica e completa. A vida de Cristo é vivida em um plano
superior por causa de seu perdão, de seu amor e de sua orientação abundantes.
Segundo Barclay “a frase que se emprega para expressar que a tenham em
abundância é uma expressão grega que significa ter um excedente, uma
superabundância de algo. Seguir a Jesus, saber quem é e o que significa é ter uma
superabundância de vida”.

Neste aspecto, esta abundância refere-se ao nosso caráter, ao nosso modo


de viver, agir e pensar, logo: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo
o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o
que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

Outro aspecto dessa prudência diz respeito a nossa vida santa de viver: “Mas,
como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa
maneira de viver”. Eis portanto a vida prudente de viver.

“...E cinco loucas”. (v.2).

O mesmo versículo que diz que cinco virgens eram prudentes descreve que
cinco eram loucas, insensatas, imprudentes.

Que triste e drástico contraste. Mas loucas por quê? O versículo três nos dá a
resposta: “Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo”.
Cabe aqui ressaltar que existem vários sentidos na bíblia para esta palavra “louco”.
Por exemplo: loucura espiritual. Em provérbios 24. 30, assim está escrito: “Passei
junto ao campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento”.

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Fazendo uma aplicação das verdades literais do Antigo Testamento às
verdades aplicáveis espiritualmente do Novo Testamento, temos que o louco, no
sentido bíblico, é o homem preguiçoso quanto às coisas sagradas, espirituais e
eternas. A bíblia diz que quem ganha almas é sábio: “O fruto do justo é árvore de
vida; e o que ganha almas sábio é”. (Pv 11.30). Logo, o preguiçoso espiritualmente
não pode ser; ele é insensato.

Louco foi também o homem que supôs que a vida consistia na abundância
daquilo que possuía (Lc 12. 13-21).

Louco, fora aquele que edificou a sua casa sobre a areia (Mt 7.26,27): “(v.26)
Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será
comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. (v.27) E
desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto
contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda”.

Louco fora aquele jovem rico que amando mais os seus bens materiais, saiu
da presença do Mestre – triste! (Mt 19. 16-22).

Semelhantemente, era também “a casa” das cinco virgens loucas. Uma casa
sem alicerces, sem consistência, sem vida, sem bens espirituais. Que possamos ter
uma vida sábia, abundante, próspera na presença do Senhor e uma vida exemplar
cristã responsável diante dos homens!

3. O que representa o azeite.

“Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As


prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas”
(vv. 3,4).
O azeite foi de grande utilidade e aplicação nos tempos bíblicos.
Em primeiro lugar, ele fazia parte da alimentação. (1 Rs 17. 8-12). Ele
também era usado como medicamento. (Lc 10. 33, 34). Detalhe: o azeite tinha a
função de acalmar a dor, enquanto que o vinho servia para desinfetar. Os guerreiros
antigos usavam o azeite para ungir (untar) os escudos.

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Ora as flechas do inimigo escorregavam, as suas estocadas não prevaleciam
de encontro a um escudo untado com azeite. (Is 21.5; 2 Sm 1.21; Jó 15.26).
Mas eis uma das aplicações mais importantes do azeite: com ele se
preparava o unguento, com que eram ungidas certas personalidades em todo Israel.
Nos tempos do Antigo Testamento eram três as personalidades ungidas para os
seus respectivos ministérios: O Sumo Sacerdote (Lv 8.12; Sl 133); O Rei (1 Sm 10.1;
16.13) e O Profeta (1 Rs 19.16).
Infelizmente, o pecado tem complicado a vida humana de maneira desastrosa
e distanciados muitos da presença de Deus. Por causa da queda, o entendimento foi
entenebrecido (Ef 4.18); a vontade humana perverteu-se (Jo 3. 19) e o sentimento
perdeu a paz (Rm 7.24).
Ora as virgens tinham consigo tudo quanto era indispensável para as bodas,
como já frisamos, mas faltava-lhes o principal – o azeite! Sem azeite a lâmpada não
podia arder, muito menos alumia ou clarear. Nas Sagradas Escrituras a própria
Palavra é comparada a uma lâmpada, a uma luz: “Lâmpada para os meus pés é a
tua palavra, e luz para o meu caminho”. (Sl 119. 105). Sem a Palavra de Deus para
nos guiar seremos quais as virgens insensatas.
O azeite pode também ser comparado à prática do amor. Em 1 Co 13.3,
Paulo escreve: “E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos
pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse
amor, nada disso me aproveitaria”. Este amor foi derramando em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5.5).
Portanto, o azeite é-nos necessário para que a nossa luz brilhe diante dos
homens, “assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. (Mt 5.16).
Infelizmente, foi exatamente aqui que as dez virgens insensatas falharam.

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4. A chegada do noivo.

Mateus 25.5,6, assim está registrado: “(v.5) E tardando o noivo, cochilaram


todas, e dormiram. (v.6) Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao
encontro!”.

Mas o que aconteceu naqueles instantes? Por que todas as virgens


adormeceram?Bem, não sabemos ao certo. Se formos considerar esta narrativa
dentro do aspecto escatológico, como soe acontecer entre os estudiosos no
assunto, percebe-se que desde os tempos de João – o balizador, como o próprio
Jesus e os de seu tempo viviam sob a égide do Reino: “E indo, pregai, dizendo: É
chegado o reino dos céus”. (Mt 10.7).

Portanto, sob esta ótica, também vivemos neste Reino, logo, afirmam alguns
estudiosos, que os primeiros anos da vida de um novo convertido ao Senhor seriam
como os tempos de núpcias. Todos se sentiam alegres, o primeiro amor era
abundante, as orações eram contínuas e a leitura da Palavra de Deus era diuturna;
a pregação do evangelho era com fervor e temor, as vigílias de oração eram
fervorosas; os louvores tinham letras de cunho bíblico e exaltavam a figura de Cristo,
cujos temas centrais tinham respaldo bíblico; as pregações eram centradas na
pessoa de Jesus e nunca em outras pessoas, etc. Mas, Reino que segue. Estamos
em dias trabalhosos, dias difíceis como disse Jesus.

Contudo, o Esposo tardou..., e a noite chegou, ou melhor, a noite mais escura


chegou – a meia-noite.

Os Israelitas costumavam dividir a noite em três vigílias, mais tarde é que


adotaram o sistema romano de quatro vigílias: “Tarde, meia-noite, cantar do galo e
manhã” (Mc 13.55). Destarte, até a meia-noite, contam-se duas vigílias. É
interessante que em Salmos 90, Moisés escreve que: “Porque mil anos aos teus
olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite”. (Sl 90.4).

Logo, mil anos são como uma vigília, outros mil anos duas vigílias. Neste
sentido, alguns estudiosos, seguindo o pensamento escatológico Pré-Tribulacionista,
em que a Igreja de Cristo não passará pela Grande Tribulação, ou a Ira Vindoura ou

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futura (Lc 3.7; 1 Ts 1.10; 5.9; Ap 6. 16, 17), afirmam que de Cristo para cá, dois mil
anos se foram, duas vigílias se passaram – portanto estaríamos justamente no limiar
da meia-noite desde o início do Reino de Cristo aqui na terra, assim se depreende
que Cristo viria em nossa época, que o Arrebatamento da Igreja se dará antes da
Grande Tribulação, como já dito.

É certo, não sabemos quando, nem o dia, nem a hora, nada (Mt 25.13): será
repentina a vinda de Cristo! Mas por esta lógica bíblico-escatológica, será nesta
época em que estamos vivendo, no tempo da Igreja, até a plenitude dos gentios se
completar (Rm 11.25). Pode ser hoje, amanhã, daqui a outros mil anos, não
sabemos ao certo, mas será a meia-noite; mais uma vez deve-se frisar, esta meia-
noite corresponde ao tempo do início do fim escatológico, desde os idos do tempo
em que Cristo viveu, cresceu aqui na terra; morreu e depois ressuscitou até o nosso
tempo, o princípio das dores, os últimos dias (2Tm 3.1), isto é, até o Arrebatamento
da Igreja. Este é o tema que justamente veremos agora.

II – O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE

1. A importância da vinda de Jesus.

Este evento glorioso – de forma geral, pois os estudiosos neste tema dividem-
na em 1ª fase, para a Igreja (vivos transformados e mortos ressuscitados); 2ª fase,
para Israel, as Nações e o mundo – tem grande relevância entre os salvos em Cristo
Jesus, pois significa o cumprimento das profecias bíblicas, e a eterna esperança da
Igreja, confirmadas:

 Pelos profetas ( Zc 14. 3-5; Ml 3.1; Ez 21.26, 27);

 Por João Batista (LC 3. 3-6);

 Pelo próprio Cristo (Jo 14.2);

 Pelos anjos (At 1.11; Ap 1.1,2; Lc 1. 31,32);

 E pelos Evangelistas e Apóstolos: Mateus (24.37, 42, 44), Marcos (13.26),


Lucas (21.27), João (1 Jo 3. 1-3), Tiago (5.7), Pedro (1 Pe 1.7, 13) e Paulo (1
Ts 4. 13-18).
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2. O significado do arrebatamento.

Em 1 Tessalonicenses 4. 16,17, o Apóstolo aos Gentios – Paulo trata sobre o


Arrebatamento da Igreja. Arrebatar traduz o verbo grego “harpazôu” e significa:
“transportar de um lugar para o outro”, “tirar com força”, ou “arrancar”. O vocábulo
latino para harpazôu é “raptus”, rapto, de onde provem a palavra raptar e seus
derivados.

Segundo os estudiosos no assunto, existem algumas palavras no grego do


Novo Testamento relacionadas ao Arrebatamento da Igreja e a volta de Cristo,
contudo, nos valeremos de duas no presente estudo.

1ª Parousia. Ipsis verbi quer dizer “presença”, “chegada rápida”, “visita”. Esta
palavra é a mais frequentemente utilizada nas Sagradas Escrituras para
descrever o retorno de Cristo, ocorrendo 24 vezes. Seu sentido é mais amplo,
geral, podendo referir-se tanto à vinda de Cristo para a Igreja como para o
mundo, logo, refere-se a volta pessoal de Cristo à terra (1 Co 15.23; 1 Ts
4.15; 5.23; 2 Ts 2.1; Tg 5. 7,8; 2 Pe 3.4).

2ª Epiphanéia. Literalmente quer dizer “manifestação”, “vir à luz”,


“resplandecer” ou “brilhar”. O sentido é mais específico, pois se refere
especialmente à vinda sobre as nuvens. É o retorno de Cristo à Terra que se
dará com uma manifestação visível e gloriosa (2 Ts 2.8; 1 Tm 6.14; 2 Tm 4. 6-
8), logo diz respeito à Sua manifestação pessoal ao mundo.

Cumpre aqui dizer que a Vinda de Jesus Cristo foi profetizada no Velho
Testamento 1527 vezes, e no Novo Testamento 318 vezes. Toda a Bíblia,
indubitavelmente, mostra sobre a vinda de Cristo.

 O Antigo Testamento: prediz.

 Os Evangelhos: ensinam.

 As Epístolas: explicam.

 O apocalipse: descreve.

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3. Quando se dará o arrebatamento.

O Arrebatamento da Igreja, segundo estudiosos bíblicos, isto é, à luz das


Sagradas Escrituras, compreende a primeira faze da segunda vinda do Senhor
Jesus Cristo. Como um acontecimento profético-histórico-escatológico este evento
tem como centro de atenção a própria Igreja Triunfante que vigilante aguarda o
Senhor.

A título de conhecimento temos que na primeira fase, Cristo virá para os seus
– a Igreja (1 Ts 4. 16,17); Será uma surpresa, pois virá secretamente para aqueles
que o aguardam (Mt 24. 39-41), sendo oculto para o mundo (1 Ts 5. 2-4); Virá
rapidamente (Mt 24.27); Será semelhante a um ladrão em sua aparição (2 Pe 3.10);
Terá lugar nos ares (1 Ts 4. 17); Ocorrerá antes da Grande Tribulação ( 1 Ts 1.10;
5.9).

Já na segunda fase (não é mais o arrebatamento) Cristo virá com a Igreja,


para Israel (Zc 14. 1-7); Virá publicamente, todo olho verá (Ap 1.7); Virá para livrar
Israel dos Exércitos do anticristo (Ap 19. 11-21); Seus pés tocarão no Monte das
Oliveiras (Zc 14. 4; Haverá a conversão dos Judeus (Zc 12. 10-14).

Eis os participantes do Arrebatamento de Igreja:

 Os que receberam a Jesus Cristo como Salvador (Jo 1. 11,12);

 Os que nasceram de novo (Jo 3. 1-7);

 Os fieis (Ap 2.10);

 Os pacientes (Tg 2.8);

 Os que guardam e praticam a Palavra de Deus (Ap 1.3)

 Os mortos e os vivos em Jesus Cristo (1 Ts 4. 16,17).

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III – UMA VINDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE

1. Prontidão e santificação.

Neste aspecto, viver em prontidão e santificação requererá de nós algumas


atitudes jamais menosprezadas, quais sejam:

a) Autopurificação (1 Jo 3.3; 1 Pe 3.11; Mt 25. 6,7);


b) Vigilância e Constância (Mt 24.44; 1 Ts 5.6; Mc 13.36; 1 Jo 2.28);
c) Sobriedade (1 Pe 1.13; 4.7; 1 Ts 5. 2-6);
d) Paciência (Hb 10.36, 37; Tg 5. 7-9);
e) Fidelidade (Lc 12. 42-44);
f) Zelo para conquistar almas (1 Ts 1. 1, 5, 6, 9.10);
g) Constância Ministerial (2 Tm 4. 1,2);
h) Comunhão perpétua (1 Jo 2.28);
i) Amor fraternal (1 Ts 3. 12,13);
j) Mortificação das concupiscências da carne (Cl 3. 3-5)
k) Resistência nas provações (1 Pe 1. 6,7).
2. Estar cheio do Espírito Santo é um estilo de vida.

Em Efésios 5.18, assim está escrito: “E não vos embriagueis com vinho, em
que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”.

A frase “Mas enchei-vos do Espírito”, no grego faz uma referencia contínua,


isso nos deixa claro que ser cheios do Espírito Santo não pode ser uma
experiência isolada, mas devemos nos encher do Espírito Santo em todos os dias,
todas as horas, todos os minutos a cada segundo. Portanto, devemos submetermos
diariamente à sua orientação para obtermos dEle forças nos dias maus.

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3. Andando em santidade para com todos (Rm 8.14).

Um dos mais importantes privilégios é ser guiados pelo Espírito Santo (Gl 4.
5, 6). Sua presença em nosso interior nos faz lembrar quem somos e nos encoraja
com o amor de Deus a vivermos de forma santa, sóbria e sensata para com todos ao
nosso redor.

CONCLUSÃO

Portanto, como bem escreveu o comentarista da Lição: “Que possamos estar


de prontidão para a vinda do nosso Noivo. Não é tempo de ficarmos prostrados e
sim atentos para ouvir a voz de Deus (Mt 26.41)”.

Destarte, cantemos ao Senhor este lindo coro – extraído do hino de número


312 – da nossa Harpa Cristã, se apercebendo de que “Jesus pode voltar a qualquer
momento, por isso temos de estar preparados.” (Mt 24.42).

Com muita prudência eu quero estar


Esperando por meu Senhor,
E sempre alerta aqui vigiar
Té que venha o meu Salvador.

[Jairo Vinicius da Silva Rocha. Professor. Teólogo. Tradutor. Bacharel em


Biblioteconomia – Presbítero, Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia
de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 14 de dezembro de 2018.

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