Вы находитесь на странице: 1из 6

Redação – Processo Penal

Emendatio libelli e Mutatio libelli. Princípios relacionados. Conceitos. Diferenças. Rito.

Premissa: Princípio da correlação ou congruência entre a imputação e a


sentença

A sentença deve guardar plena consonância com o fato delituoso descrito na


denúncia ou queixa, não podendo dele se afastar. Assim, não pode o juiz julgar ultra
petita (além do pedido) e, tampouco extra petita (fora do pedido).
A inobservância deste princípio gera a nulidade absoluta do feito, porque
foram violados os princípios da ampla defesa, do contraditório e do devido processo
legal.

Emendatio libelli (artigos 383 e 418, ambos do CPP)

Noção: O fato delituoso descrito permanece o mesmo, ou seja, a base fática


da imputação não é alterada, limitando-se o juiz a corrigir uma classificação jurídica mal
formulada (iuria novit curia ou narra mihi factum dabo tibi ius), o que pode ser feito,
ainda que a pena seja mais grave.

Momento: Prevalece que tem aplicação no momento da sentença apenas,


não sendo possível no momento do recebimento da denúncia. Excepcionalmente parte
da doutrina admite a correção da classificação antes da sentença para fins de análise de
liberdade provisória ou medidas despenalizadoras.

Oitiva das partes: Majoritário que não há necessidade de oitiva das partes
para a aplicação do referido instituto.

Espécies de ação penal: Cabe nas diversas espécies de ação penal.

Emendatio libelli na segunda instância: É plenamente possível a emendatio


libelli na segunda instância desde que respeitada a vedação da reformatio in pejus
(artigo 617 do CPP), assim, em recurso exclusivo da defesa não pode ser a situação do
acusado piorada.

Exemplos: Estelionato e furto mediante fraude.

Mutatio libelli (artigo 384 do CPP)

Noção: No curso da instrução processual surge nova prova de elementar ou


circunstância não contida expressamente na peça acusatória (não se admite acusação
implícita). Neste caso, há alteração na base fática da imputação e, assim, faz-se
necessário o aditamento da peça acusatória com posterior oitiva da defesa e renovação
da instrução processual, ao menos para interrogar o acusado novamente.

Atividade 01 - Questão
Exemplo: Denúncia por furto simples. Durante a instrução a vítima faz
menção a emprego de violência física para a subtração, elementar do roubo que não
consta na peça acusatória.

Cuidado: Nos processos iniciados por meio de ação penal pública o juiz pode
reconhecer agravantes ainda que nenhuma tenha sido alegada (artigo 385 do CPP).

Espécies de ação penal: Crimes de ação penal pública e ação penal privada
subsidiária da pública, recaindo sobre o MP a legitimidade de aditar a peça acusatória
(posição majoritária). Assim, não cabe segundo esta posição majoritária, mutatio libelli
na ação penal privada propriamente dita e, tampouco na personalíssima.

Rito: Surge prova de elementar ou circunstância não descrita na denúncia –


MP tem prazo de 05 dias para aditar a denúncia ou queixa – ouve o defensor do acusado
– juiz pode receber o aditamento – designa audiência para oitiva de testemunhas e
interrogatório do réu (até 03 testemunhas).

Se o juiz provocar o MP quanto ao aditamento e este discordar? Aplica-se o


artigo 28 do CPP.

E se o juiz rejeitar o aditamento? Qual medida cabe? Se o fizer por meio de


decisão interlocutória cabe RESE com fulcro no artigo 581, I do CPP. Se o fizer em sede
de sentença cabe apelação.

Mutatio libelli na segunda instância: Não se admite (Súmula 453 do STF). Por
qual motivo? Caso tal fosse possível, haveria supressão de instancia, vez que o acusado
se veria impossibilitado de se defender da imputação perante o juiz de primeiro grau,
violando o duplo grau de jurisdição.

Emendatio libelli Mutatio libelli


Fato está descrito Fato não está descrito
1º ou 2º grau Apenas no primeiro grau (Súmula 453 do
STF)
Ação penal pública ou privada Ação penal pública ou privada subsidiária
propriamente deita da pública
Pode condenar por crime mais grave sem MP precisa aditar, tem nova defesa, novo
ouvir ninguém recebimento, nova audiência

Ponto comum a ambos os institutos: Desclassificação, mudança da ação penal,


aplicação de institutos despenalizadores e alteração da competência

Artigo 382, §§ 1º e 2º e artigo 384, § 3º, ambos do CPP.

Mudança da ação penal:

Competência de outro juízo: Em se tratando de competência absoluta, o juiz deve


remeter os autos para o juízo competente (exemplo: em processo de tráfico de drogas
surge informação de transnacionalidade do crime, neste caso, incumbe ao juiz
determinar a remessa para a justiça federal)
Atividade 01 - Questão
Competência do juizado e transação penal: Juiz ao desclassificar deve remeter os
autos para o Juizado para que seja oferecida a transação penal. Há entendimento de
que o próprio juiz pode aplicar a transação penal, pois segundo esta corrente, se trata
de competência relativa.

Cabimento de suspensão condicional do processo: É plenamente possível (Súmula


337 do STJ).

Desenvolveu o tema proposto de forma superficial. Poderia ter


aprofundado um pouco mais a explicação sobre os institutos e seus
respectivos ritos, pontuando suas características comuns e suas
diferenças procedimentais mais discutidas na doutrina e jurisprudência e
os princípios norteadores.
Nota: 7,00
Na emendatio libelli O fato é precedente, não sofreu qualquer
alteração, mostrando-se necessária apenas uma pequena emenda,
retificação na capitulação jurídica do fato delituoso. Prevalece que tem
aplicação no momento da sentença apenas, não sendo possível no momento do
recebimento da denúncia. Excepcionalmente, parte da doutrina admite a correção da
classificação antes da sentença para fins de análise de liberdade provisória ou medidas
despenalizadoras. Majoritário o entendimento de que não há necessidade de oitiva das
partes para a aplicação do referido instituto, podendo o juiz proferir sentença
condenatória por crime mais grave sem ouvir ninguém, até mesmo porque mesmo que o
réu se defenda dos fatos e não da classificação jurídica . Cabe nas diversas espécies de ação
penal. É plenamente possível a emendatio libelli na segunda instância desde que
respeitada a vedação da reformatio in pejus (artigo 617 do CPP), assim, em recurso
exclusivo da defesa não pode ser a situação do acusado piorada. Exemplos: Estelionato
e furto mediante fraude.
Na mutatio libelli, ao contrário, é aplicada quando, durante a fase
instrutória processual, surgirem novas provas de circunstâncias (dados
acessórios da figura típica que influenciam na quantidade de pena, por
exemplo, qualificadoras ou causas de aumento de pena) ou elementares
(dados essenciais da figura típica sem os quais ela não existe ou se
transforma em outra, por exemplo, a violência ou grave ameaça no crime
de roubo) que não existiam na denúncia inicial. Sendo assim, não poderá
o juiz proferir, desde logo, a sentença, sob pena de nulidade por violação
do princípio do contraditório, ampla defesa, inércia da jurisdição, princípio
da correlação, congruência ou adstrição e, principalmente, afronta ao
sistema acusatório.
Diante disso, deve o juiz, antes de proferir a sentença, remeter os autos
para o MP para, no prazo de 05 dias, promover ao aditamento da denúncia.
Não aditada a peça nesse prazo, aplica-se o procedimento do artigo 28, do
CPP. O aditamento também pode ser formulado oralmente em audiência,
caso em que será reduzido a termo ou por escrito, na hipótese de causas
complexa, em ambos os casos, ocorrerá ao término da instrução
probatória, antecedendo as alegações finais. Uma vez aditada a denúncia,
o juiz abrirá vista à defesa para manifestar-se em 05 dias e apresentar até
03 testemunhas, após o que o juiz decidirá pelo recebimento ou rejeição
do aditamento. Em admitindo, designará audiência, ocasião em que ouvirá
as testemunhas arroladas, procederá a novo interrogatório do acusado,
Atividade 01 - Questão
seguido de debates orais ou memorais por escrito, após o que proferirá a
sentença, No entanto, estará adstrito aos termos do aditamento, não podendo inovar
na sentença, de acordo com o §4º do art. 384. Cabível somente na Ação penal
pública ou privada subsidiária da pública. Não se admite a Mutatio libelli na segunda
instância (Súmula 453 do STF). Caso tal fosse possível, haveria supressão de instancia,
vez que o acusado se veria impossibilitado de se defender da imputação perante o juiz
de primeiro grau, violando o duplo grau de jurisdição.

Desenvolveu o tema proposto de forma pertinente, com clareza e lógica na


exposição das ideias, demonstrando boa organização de texto, domínio
jurídico do assunto, com fundamentação consistente, capacidade de
interpretação e exposição do tema e técnica. Parabéns.
Nota: 10,00

Faltou mencionar, apenas, que tanto a emendatio quanto a mutatio libelli


guardam relação com o princípio da correlação entre a acusação e
sentença, conhecido também como princípio da congruência ou adstrição.
Nota: 9,5

Desenvolveu o tema proposto de forma pertinente, demonstrando boa


organização de texto e domínio jurídico do assunto.
Acrescento outras diferenças dignas de anotação: A emendatio libelli é cabível
nas diversas espécies de ação penal, ao passo que a mutatio libelli é admitida somente
na Ação penal pública ou privada subsidiária da pública.
Ademais, é plenamente possível a emendatio libelli na segunda instância desde que
respeitada a vedação da reformatio in pejus (artigo 617 do CPP), assim, em recurso
exclusivo da defesa não pode ser a situação do acusado piorada, enquanto que não se
admite a Mutatio libelli na segunda instância (Súmula 453 do STF). Caso tal fosse
possível, haveria supressão de instancia, vez que o acusado se veria impossibilitado de
se defender da imputação perante o juiz de primeiro grau, violando o duplo grau de
jurisdição.
Nota: 8,0

Desenvolveu o tema proposto de forma pertinente, com clareza e lógica na


exposição das ideias, demonstrando boa organização de texto, domínio
jurídico do assunto, com fundamentação consistente, capacidade de
interpretação e exposição do tema e técnica
Acrescento uma outra diferença digna de anotação: A emendatio libelli é
cabível nas diversas espécies de ação penal, ao passo que a mutatio libelli
é admitida somente na Ação penal pública ou privada subsidiária da
pública.
Nota: 9,0

Complemento, ainda, que, na mutatio libelli, uma vez aditada a denúncia, o


juiz abrirá vista à defesa para manifestar-se em 05 dias e apresentar até 03
testemunhas, após o que o juiz decidirá pelo recebimento ou rejeição do
aditamento. Em admitindo, designará audiência, ocasião em que ouvirá as
testemunhas arroladas, procederá a novo interrogatório do acusado,
seguido de debates orais ou memorais por escrito, após o que proferirá a

Atividade 01 - Questão
sentença. No entanto, estará adstrito aos termos do aditamento, não podendo inovar
na sentença, de acordo com o §4º do art. 384.

Prevalece o entendimento que a emendatio libelli tem aplicação no


momento da sentença apenas, não sendo possível no momento do
recebimento da denúncia. Excepcionalmente, parte da doutrina admite a
correção da classificação antes da sentença para fins de análise de
liberdade provisória ou medidas despenalizadoras.

Desenvolveu o tema proposto de forma razoável. Porém, poderia ter


aprofundado um pouco mais a explicação sobre os institutos e seus
respectivos ritos, pontuando suas características comuns, suas diferenças
procedimentais mais discutidas na doutrina e jurisprudência e os
princípios norteadores específicos.
Nota: 7,5

Na emendatio libelli O fato é precedente, não sofreu qualquer alteração,


mostrando-se necessária apenas uma pequena emenda, retificação na
capitulação jurídica do fato delituoso. Prevalece que tem aplicação no
momento da sentença apenas, não sendo possível no momento do
recebimento da denúncia. Excepcionalmente, parte da doutrina admite a
correção da classificação antes da sentença para fins de análise de
liberdade provisória ou medidas despenalizadoras. Majoritário o
entendimento de que não há necessidade de oitiva das partes para a
aplicação do referido instituto, podendo o juiz proferir sentença
condenatória por crime mais grave sem ouvir ninguém, até mesmo porque
mesmo que o réu se defenda dos fatos e não da classificação jurídica. Cabe
nas diversas espécies de ação penal. É plenamente possível a emendatio
libelli na segunda instância desde que respeitada a vedação da reformatio
in pejus (artigo 617 do CPP), assim, em recurso exclusivo da defesa não
pode ser a situação do acusado piorada. Exemplos: Estelionato e furto
mediante fraude.
Na mutatio libelli, ao contrário, é aplicada quando, durante a fase
instrutória processual, surgirem novas provas de circunstâncias (dados
acessórios da figura típica que influenciam na quantidade de pena, por
exemplo, qualificadoras ou causas de aumento de pena) ou elementares
(dados essenciais da figura típica sem os quais ela não existe ou se
transforma em outra, por exemplo, a violência ou grave ameaça no crime
de roubo) que não existiam na denúncia inicial. Sendo assim, não poderá
o juiz proferir, desde logo, a sentença, sob pena de nulidade por violação
do princípio do contraditório, ampla defesa, inércia da jurisdição, princípio
da correlação, congruência ou adstrição e, principalmente, afronta ao
sistema acusatório.
Diante disso, deve o juiz, antes de proferir a sentença, remeter os autos
para o MP para, no prazo de 05 dias, promover ao aditamento da denúncia.
Não aditada a peça nesse prazo, aplica-se o procedimento do artigo 28, do
CPP. O aditamento também pode ser formulado oralmente em audiência,
caso em que será reduzido a termo ou por escrito, na hipótese de causas
complexa, em ambos os casos, ocorrerá ao término da instrução
probatória, antecedendo as alegações finais. Uma vez aditada a denúncia,
o juiz abrirá vista à defesa para manifestar-se em 05 dias e apresentar até
Atividade 01 - Questão
03 testemunhas, após o que o juiz decidirá pelo recebimento ou rejeição
do aditamento. Em admitindo, designará audiência, ocasião em que ouvirá
as testemunhas arroladas, procederá a novo interrogatório do acusado,
seguido de debates orais ou memorais por escrito, após o que proferirá a
sentença. No entanto, estará adstrito aos termos do aditamento, não podendo inovar
na sentença, de acordo com o §4º do art. 384. Cabível somente na Ação penal
pública ou privada subsidiária da pública. Não se admite a Mutatio libelli
na segunda instância (Súmula 453 do STF). Caso tal fosse possível, haveria
supressão de instancia, vez que o acusado se veria impossibilitado de se
defender da imputação perante o juiz de primeiro grau, violando o duplo
grau de jurisdição.

Atividade 01 - Questão

Вам также может понравиться