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UNIVESIDADE FEDERAL DO PARA

BACHERELADO EM MEDICINA

WALTER PEREIRA DE MATOS

SINTESE DE ARTIGOS

Doenças causadas por parasitas no sistema digestório

BELÉM – PÁ

2018
WALTER PEREIRA DE MATOS

SINTESE DE ARTIGOS

Doenças causadas por parasitas no sistema digestório

Exercício avaliativo requisitado para conclusão da


disciplina de parasitologia do eixo de agentes de
agressões pertencentes ao módulo digestório do
curso de bacharelado de medicina pela
Universidade Federal do Pará.

BELÉM – PÁ

2018
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1

2. Revisão anatômica ............................................................................................... 1

3. Revisão fisiológica ................................................................................................ 2

4. Parasitas ............................................................................................................... 2

4.1. Trichuris trichiura ............................................................................................ 3

4.1.1. Morfologia ................................................................................................ 3

4.1.2. Habitat ..................................................................................................... 3

4.1.3. Transmissão ............................................................................................ 3

4.1.4. Patogenia ................................................................................................ 4

4.1.5. Diagnóstico e Tratamento ........................................................................ 4

4.2. Giardia lamblia ............................................................................................... 4

4.2.1. Morfologia ................................................................................................ 4

4.2.2. Transmissão ............................................................................................ 5

4.2.3. Patogenia ................................................................................................ 5

4.2.4. Habitat ..................................................................................................... 5

4.2.5. Diagnóstico e tratamento ......................................................................... 5

4.3. Hymenolepis nana e Hymenolepis ................................................................. 6

4.3.1. Morfologia ................................................................................................ 6

4.3.2. Transmissão ............................................................................................ 6

4.3.3. Patogenia ................................................................................................ 6

4.3.4. Habitat ..................................................................................................... 6

4.3.5. Diagnóstico e Tratamento ........................................................................ 6

4.4. Ancylostoma duodenale e o Necator americanos .......................................... 7

4.4.1. Morfologia ................................................................................................ 7

4.4.2. Transmissão ............................................................................................ 7

4.4.3. Patogenia ................................................................................................ 7


4.5. Strongyloides stercoralis ................................................................................ 7

4.5.1. Morfologia ................................................................................................ 8

4.5.2. Patogenia ................................................................................................ 8

4.5.3. Diagnóstico e tratamento ......................................................................... 9

4.6. Schistosoma mansoni .................................................................................... 9

4.6.1. Morfologia .............................................................................................. 10

4.6.2. Transmissão .......................................................................................... 10

4.6.3. Patogenia .............................................................................................. 10

4.6.4. Diagnostico e tratamento ....................................................................... 10

4.7. Entamoeba histolytica .................................................................................. 11

4.7.1. Morfologia .............................................................................................. 11

4.7.2. Transmissão .......................................................................................... 11

4.7.3. Patogenia .............................................................................................. 11

4.7.4. Diagnóstico e Tratamento ...................................................................... 12

5. Conclusão ........................................................................................................... 12

6. Bibliografia .......................................................................................................... 12
1

1. INTRODUÇÃO
As parasitoses intestinais ou enteroparasitoses decorrente de protozoários e/ou
helmintos, são um grande problema para o Brasil, isso porque estas infecções
primeiramente estabelecidas no tubo digestório tem alta incidência em nosso país
devido sua classificação emergente e por compartilhar de várias características de
nações subdesenvolvidas como a precariedade do sistema sanitário, a baixa
escolaridade da população e a dificuldade de acesso a politicas publicas de saúde.

Vale comentar que a tríade clássica das doenças se aplica perfeitamente visto que é
indispensável para que ocorra uma infecção: as condições do hospedeiro, a presença
do parasito e o meio ambiente.

Assim, como proposto por Neghme & Silva 8, a prevalência de uma


dada parasitose reflete, portanto, deficiências de saneamento básico,
nível de vida, higiene pessoal e coletiva. (FREI, 2008)

Quanto a população, não há distinção entre sexo nem idade, porem o surgimento de
quadros clínicos mais expressivos é mais presente em crianças do que em adultos
isso se deve tanto pela exposição ao patógeno ser geralmente maior nas crianças
além de que mecanismos de defesa são mais efetivos em adultos por já haverem
sidos apresentados ao patógeno anteriormente.

2. REVISÃO ANATÔMICA
Para um melhor entendimento é bom relembrar que estes patógenos em sua maior
parte apresentam tropismo ao sistema digestório, e por tal motivo compreender o sitio
de infecção é extremamente importante independente da via de infecção sendo ela
passiva ou ativa.

O sistema digestório é de extrema importância visto que é responsável pela absorção


de nutrientes e a eliminação de substancias não absorvíveis na forma de fezes. O
aparelho digestório pode ser subdivido em dois grandes grupos são estres o canal
alimentar (iniciando na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago,
estômago, intestinos (delgado e grosso), para terminar no reto) e as glândulas anexas
(fígado, pâncreas, entre outras).
2

As manifestações clinicas são associadas geralmente ao local do trato intestinal mais


afetado como por exemplo o prurido anal que é decorrente da eliminação de ovos
pelas fêmeas, estes ovos que são pegajosos e irritam o períneo. Vale lembrar que
enquanto o intestino delgado e responsável principalmente pela absorção de
nutrientes o intestino grosso é o principal a promover a absorção de água, por tal
motivo, são característicos quadros clínicos diarreicos e problemas nutricionais nos
pacientes hospedeiros.

3. REVISÃO FISIOLÓGICA

Como já foi dito anteriormente a função primária do trato GI é transportar nutrientes,


água e eletrólitos do meio externo para o meio interno do corpo. Mas seu
funcionamento não se limita apenas absorver e eliminar mas sim manter um equilíbrio
entre a absorção e eliminação , principalmente na massa de água visto que o
desequilíbrio nesta relação pode acarretar problemas graves como em casos de
desidratação, além disso este complexo sistema também tem que lidar com o controle
do risco da autodigestão visto que quando enjerimos alimentos eles estão em forma
de macromoléculas no entanto precisão ser digeridos a pequenas moléculas para que
assim se possa absorve-los é importante ressaltar que o intestino é o local do corpo
humano mais exposto a riscos :

“Um desafio final que o sistema digestório enfrenta é repelir invasores


externos. Ao contrário do que se imagina, a maior área de contato
entre o meio interno e o mundo exterior está no lúmen do sistema
digestório. Consequentemente, o trato GI, com sua área de superfície
total do tamanho aproximado de uma quadra de tênis, enfrenta
diariamente o conflito entre a necessidade de absorver água e
nutrientes e a necessidade de evitar que bactérias, vírus e outros
patógenos entrem no corpo. (SILVERTHORN, 2010, PG. 688)”

4. PARASITAS
Em relação ao parasito, incluídos nesse grupo tanto protozoários como os helmintos,
onde agentes podem ser denominados enteroparasitos pelo critério topográfico. Os
helmintos podem apresentar-se em formato chato ou cilíndrico, e, entre os
3

protozoários, destacam-se os ciliados, as amebas e os esporozoários (L. Morassutti,


2014).

4.1. TRICHURIS TRICHIURA


Causadora da Tricuríase, também conhecida como infecção do verme do chicote,
doença geralmente associada a ingestão de alimentos e água contaminada embora a
infecção com este verme seja mais comum em crianças, por maior exposição ao
patógeno, também pode acontecer em adultos, gerando sintomas como diarreia,
náuseas frequentes ou desconforto abdominal.

4.1.1. Morfologia
Medem de 3 a 5 cm de comprimento, sendo os machos menores que as fêmeas. A
boca, localizada na extremidade anterior, é uma abertura simples e sem lábios onde
pode ser observado um pequeno estilete, seguida por um esôfago bastante longo e
delgado, que ocupa aproximadamente 2/3 do comprimento total do verme.

A parte posterior do corpo de T. trichiura, cerca de 1/3 do comprimento total,


compreende a porção alargada, onde se localiza o sistema reprodutor simples e o
intestino que termina no ânus, localizado próximo a extremidade da cauda. Os vermes
adultos são dioicos e com dimorfismo sexual.

4.1.2. Habitat
Se tratando do seu local de infecção é importante relatar que os adultos de T. trichiura
são parasitos de intestino grosso, sendo que infecções leves ou moderadas o ceco e
cólon ascendente do hospedeiro são as principais regiões afetadas lembrando
também que o cólon distal, reto e porção distal do íleo podem ser infectados nas
infecções mais graves. A classificação de parasita tissular, é aplicada por muitos
autores visto que toda a região esofagiana do parasito penetra na camada epitelial da
mucosa intestinal do hospedeiro, onde se alimenta principalmente de restos dos
enterócitos lisados pela ação de enzimas proteolíticas secretadas pelas glândulas
esofagianas do parasito (esticócitos). A porção posterior de T. trichiura permanece
exposta no lúmen intestinal, facilitando a reprodução e a eliminação dos ovos.
(NEVES, 2005)

4.1.3. Transmissão
A doença geralmente é transmitida quando as pessoas comem alimentos ou bebem
água que contém os ovos destes vermes, vale lembrar que a contaminação dos
4

alimentos também pode ocorrer por meio de moscas domésticas, que transportam os
ovos na superfície externa do corpo, do local onde as fêmeas foram depositadas até
o alimento.

4.1.4. Patogenia
Para se falar de patogenia deve ser ter em mente alguns fatores como, carga
parasitaria, estado imunológico do paciente, estado nutricional, idade do hospedeiro
e a distribuição dos vermes. A maioria dos pacientes não desenvolve quadro clinico e
a infecção é rapidamente eliminada, mas, em quadros persistentes a clinica mais
comum é como dores de cabeça, dor epigástrica e no baixo abdômen, diarreia, náusea
e vômitos.

Em relação ao tipo de lesão é sabido que não ocorre infecção infecções sistêmicas
sendo limitadas a alterações histopatológicas restrita ao epitélio e lâmina própria, este
que encarreta um aumento na produção de muco e um quadro inflamatório
característico da migração de células de defesa mononucleadas. É bom lembrar que
o prolapso retal é muito comum em crianças quando a infecção atinge o reto.

4.1.5. Diagnóstico e Tratamento


O diagnóstico é feito pela observação ao microscópio dos ovos do parasita em
amostras fecais. Fármacos como mebendazol e oxantel matam as formas adultas.

4.2. GIARDIA LAMBLIA


É o protozoário flagelado causador da giardíase. Essa doença possui distribuição
mundial, porém é mais comum em climas temperados e em crianças nos primeiros
anos de vida.

4.2.1. Morfologia
Estes parasitos possuem duas formas. Os trofozoítos tem 20 micrómetros de
comprimento e 10 µm de largura, forma de pêra e são móveis, possuindo quatro pares
de flagelos (anterior, posterior, ventral e caudal) e dois núcleos, dois corpos para
basais, e ainda dois axonemas cada um; enquanto os cistos são arredondados, com
dois ou quatro núcleos, quatro corpos para basais, quatro axonemas e com parede
celular grossa, imóveis, mas por essas condições, se tornam mais resistentes e com
maior potencial patológico.( NEVES, 2010)
5

4.2.2. Transmissão
A forma de propagação e contagio é por meio de cistos onde após a ingestão seguindo
a passagem pelo estomago, os trofozoítos emergem do cisto (desencistamento) e
estabelecem a infecção duodenal ocasionando os sintomas característicos da
giardíase. Podendo assim formar novos cistos infectantes que por meio das fezes é
são transmitidas a outro hospedeiro

4.2.3. Patogenia
O intervalo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas de giardíase costuma ser
de duas semanas, mas pode durar vários meses. As manifestações clínicas mais
comuns são: evacuações líquidas ou pastosas, número aumentado de evacuações,
mal-estar, cólicas abdominais e perda de peso isso porque o parasito lesiona as
microvilosidades do intestino, dificultando a absorção de nutrientes; e por possuir
proteases que agem em glicoproteína, levando lesões à mucosa, desencadeando
também uma resposta inflamatória.

4.2.4. Habitat
O principal local de colonização é o lúmen do jejuno e duodeno, onde o agente atua
se replicando aderida ao muco ou a células epiteliais intestinais oque é interessante
pois esta é uma região hostil para muitos organismos. A sua adesão a mucosa é
multifatorial.

“envolve a sucção do disco ventral além de moléculas de superfície


que permitem a ligação com receptores nas células epiteliais
intestinais do hospedeiro, chamadas de adesinas ou lectinas”
(VIEIRA,2012)

4.2.5. Diagnóstico e tratamento


O diagnóstico é confirmado a partir do achado de cistos ou trofozoítas nas fezes. Por
haver pequena quantidade em amostras, é de difícil diagnóstico, por isso deve-se ter
ao menos três amostras do paciente suspeito ou contaminado. Uma maneira mais
direta, porém, menos quantitativa, é a pesquisa de antígeno por ELISA nas fezes.
Tendo um alto grau de sensibilidade (de 85 % a 95%) e de especificidade (90% a
100%). Para o tratamento são utilizadas drogas antiparasitárias como Secnidazol,
Tinidazol e Metronidazol.
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4.3. HYMENOLEPIS NANA E HYMENOLEPIS


É um parasita cosmopolita, mais frequente em regiões de clima quente sendo o
causador da Himenolepíase, patologia intestinal que tem sintomatologia variada, mais
evidentes em crianças e se caracterizam principalmente por diarreias, dor abdominal,
agitação, insônia, irritabilidade, raramente ocorrendo sintomas nervosos, dos quais os
mais penosos são quadros convulsivos.

4.3.1. Morfologia
Os ovos de Hymenolepis nana possuem forma elíptica. A casca é formada por duas
membranas separadas por largo espaço claro, são finas e transparentes deixando ver
em seu interior o embrião hexacanto ou oncosfera com seus seis ganchos. Possuem
ainda duas pequenas saliências polares chamadas mamelões, das quais partem
filamentos. As larvas são pequenas, formadas por um escólex invaginado e envolvido
por uma membrana. Contém pequena quantidade de líquido e são denominadas de
larvas cisticercóides.

4.3.2. Transmissão
É disseminado através da ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes
infectadas. Pode ocorrer também através da mão contaminada pelas fezes
(transmissão pessoa-a-pessoa). Os insetos, carunchos de cereais infectados podem
ser ingeridos acidentalmente, resultando na transmissão do agente.

4.3.3. Patogenia
Ingestão de ovos, ingestão de larvas (hiperinfecção - autoinfecção interna retro
peristaltismo). Agitação, insônia, irritabilidade, sintomas nervosos e etc. Ação reflexa
e liberação de toxina: excitação do córtex cerebral: ataques epiléticos. Grande
produção de muco com ação imunológica específica (humoral e celular).

4.3.4. Habitat
verme pode causar extensas lesões na mucosa intestinal com pequenas ulcerações
e perda de peso. O habitat principal do verme adulto é no intestino delgado,
principalmente no íleo e jejuno do homem.

4.3.5. Diagnóstico e Tratamento


O diagnóstico é feito com a identificação de ovos nas fezes de indivíduos infectados.
Vários exames de fezes podem ser necessários para detectar a infecção, pois a
7

eliminação de ovos às vezes é irregular. Em relação ao tratamento deve ser feito com
praziquantel ou niclosamida

4.4. ANCYLOSTOMA DUODENALE E O NECATOR AMERICANOS


São espécies de nematódeos causadores da Ancilostomíase também conhecida
como amarelão, doença que ficou caracterizada pela cor amarelada apresentada pela
pessoa infectada.

4.4.1. Morfologia
Em relação a sua família temos esses parasitos apresentam capsula bucal com
órgãos de fixação representado pôr placas ou pôr dentes. Os adultos dos Ancylostoma
duodenale machos tem a cor esbranquiçada, ligeiramente e uniformemente
encurvado medindo 7 a 11 mm de comprimento, com bolsa copuladora bem
desenvolvida. As fêmeas possuem a mesma coloração do macho, medem 10 a 14
mm de comprimento, calibrosas, terminando em ponta romba e com espinho cauda.
Já o Necator americanus: parasita habitual do homem, a cápsula bucal é pequena,
sendo observado no lado ventral um par de placas e no dorsal um dente seguido
profundamente no sentido subventral de um par de lancetas.

4.4.2. Transmissão
Após a eclosão dos ovos eliminados por fezes do hospedeiro, são disseminadas
diversas larvas estas chamadas de rabditoide, desta maneira abandonam a casca do
ovo, passando a ter vida livre no solo, onde após transforma-se numa larva que pode
penetrar através da pele do homem, denominada larva filarioide infestante

4.4.3. Patogenia
A ação patogênica varia conforme seu estado, sendo Resultado das ações das formas
larvárias e adultas sobre o organismo, e também na forma infectante onde a
passagem pelo tegumento cutâneo gerando prurido e infecções segundarias pelo
inóculo de bactérias. Passagem pelos pulmões gerando lesões, hemorragia e
irritabilidade, além de ações em sua forma adulta como ação espoliadora no intestino
delgado com destruição do tecido intestinal gerando hemorragias, ações toxicas pelas
excreções e secreções dos helmintos.

4.5. STRONGYLOIDES STERCORALIS


Este nematóde é o causador da Estrongiloidíase, doença esta que apresenta quadro
clinico em diversos sistemas uma vez que a penetração das larvas na pele pode
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provocar reações "alérgicas" como eritema e prurido e a passagem pelos pulmões,


principalmente se por muitas larvas, pode levar à irritação com tosse e hemoptise.
Outra característica importante é a que à fase intestinal em geral é assintomática, mas
pode haver dor, diarreia ou esteatorreia, flatulência, variando de acordo com o número
de parasitos podendo levar à, necrose e edema com má absorção dos nutrientes.

Vale apena destacar que a auto infecção é um dos fatores mais importantes uma vez
que com a perceistencia do patogeno o paciente pode desesnvolver quadros mais
graves como o comprometimento do pulmão e figado.

4.5.1. Morfologia
Este é um parasito interessante visto que ao contrario dos outros nemátodes, este
pode viver em indefinidamente no solo em formas livres. Este que é fusiforme, com a
fêmea apenas ligeiramente, se de todo, maior que o macho, ambos com apenas 3
milímetros. Só fêmeas podem ser parasitas, os machos vivem sempre livres no solo,
alimentando-se de detritos orgânicos por toda a vida. No ciclo parasitico, as fêmeas
reproduzem-se assexuadamente por partenogénese (põem ovos-clones, todos do
sexo feminino, sem fecundação por espermatozoide); enquanto as formas livres são
de reprodução sexual. (Barbieri Luna, 2007)

4.5.2. Patogenia
Tem sua sintomatologia variada de acordo com a forma infectante e o sistema imune
do hospedeiro principalmente, a suas principais ações nocivas quando a infecção são
lesões de ação mecânica, traumática, irritativa, toxica e antigênica.

Destaque para a faze cutânea onde a penetração da larva na pele ou mucosas; pode
ser discreta ou desapercebida porem em pacientes sensíveis ou na reinfecção:
prurido, edema, eritema, pápulas e reações urticariformes.

Já na fase Pulmonar ocorre a passagem das larvas dos vasos para os brônquios e
bronquíolos a nível de L3 > L4, ocasionando, febre, tosse, dispneia e edema,
chegando até a quadros disseminados onde Fêmeas partenogenéticas infestam os
pulmões causando Broncopneumonia, síndrome de Loefler, edema pulmonar e
dificuldade respiratória.

Na fase Intestinal há à Fêmea partenogenética no intestino delgado promovendo a


proliferação de larvas desta maneira lesando a mucosa, por consequência causando
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dor, enterite catarral (muito muco); enterite edematoso (processo inflamatório);


enterite com ulceração (invasão bacteriana secundária)

E por final a fase disseminada onde Imunodeprimidos como portadores do HTLV-1 &
HIV (Estudos/ mais prevalente) podem gerar grande quantidade de larvas nos
pulmões e intestinos e disseminar parar para rins, fígado, coração, cérebro, próstata
dando origem a processos inflamatórios associados a invasão bacteriana secundária,
este quadro geralmente é fatal.

4.5.3. Diagnóstico e tratamento


Ainda pouco preciso em quadros assintomáticos, devendo ser suspeitado sempre
que houver eosinofilia não explicada por outras causas; ou deve ser procurado
em pacientes que vão tomar ou estão tomando corticoides, é bom lembrar que
exame de fezes comum o que se espera é encontrar as larvas rabditóides (L1);
não os ovos, portanto como elas são escassas, usar uma das técnicas
coproscópicas de enriquecimento para a pesquisa de larvas nas fezes, como: -
o método de Rugai; - o método de Baerman e Moraes; - ou a coprocultura de
Harada-Mori.

Para o tratamento é utilizado Tiabendazol: 50mg / Kg (adultos) e 30mg / Kg (crianças)


3 dias; Albendazol (400mg/ dia – 3 dias); Cambendazol (5mg/ Kg); Ivermectina (0,15
– 0,20mg/ Kg); Paciente com HTLV-1: 02 doses diárias de Ivermectina a cada 2
semanas

4.6. SCHISTOSOMA MANSONI


São trematódeos do gênero Schistosoma, parasitos dos plexos venosos da parede
intestinal ou da bexiga, onde causam inflamação e fibrose a doença recebe os nomes
de esquistossomíase, esquistosomose ou bilharziose, dependendo seu quadro clínico
da espécie de helminto em causa.

Neste caso S. mansoni - causa a esquistossomíase intestinal ou mansônica e é a


única que ocorre no Brasil, visto não existirem aqui os moluscos vetores das demais
espécies.
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4.6.1. Morfologia
Sexos separados, com dimorfismo sexual, sem faringe muscular, útero anterior ao
ovário, cercárias com cauda bifurcada. Em ovos ha à presença de espinho lateral,
forma elipsoide irregular com duas membranas envoltórias, mede 115 mm de
comprimento e 65 mm de largura. Já na forma de Miracídeos medem
aproximadamente o tamanho do ovo e de igual forma é também a primeira forma
larvária e embrionária, são móveis por possuírem cílios, e apresentam duas glândula
adesivas e uma glândula de penetração na região anterior ao corpo e por fim Cercária:
são delgadas, medem aproximadamente de 2 a 4 mm, com termotropismo positivo,
penetração ativa pela pele, podem ser subdividida em cabeça, corpo e cauda, sendo
essa última bifurcada. (FURB, 2008)

4.6.2. Transmissão
A transmissão ocorre por penetração das larvas em regiões de mucosa, ocorrendo
principalmente em lagos onde caramujos do gênero Biomphalaria (são os hospedeiros
intermediários), acabam por disseminar a larva na forma de sercaria, esta que tem a
forma ativa para a penetração.

4.6.3. Patogenia
A maioria das infecções são assintomáticas, mas em pacientes imunodeprimidos e
em indivíduos de áreas não endêmicas o quadro agudo se dá de modo abrupto com
quadros variados.

“[..] febre, astenia, anorexia, sudorese, dor abdominal em cólicas e


diarreia com sangue.3 Pode haver hepatoesplenomegalia discreta,
com dor à palpação do fígado, e aumento de gânglios periféricos.3 No
reto e no sigmoide observam-se edema intenso, eritema, áreas
hemorrágicas e pequenas úlceras. No íleo e até no duodeno e no
jejuno, que nunca são afetados em outros estágios da doença[...]”
(Motta e Silva, 2002)

4.6.4. Diagnostico e tratamento


O diagnóstico é feito pelo exame de fezes, sendo que este pode se repetir devesas
vezes até a confirmação do diagnóstico, a pesquisa sorológica também pode ser
indicada para auxiliar a detecção da infecção em sítios não infecciosos.

O tratamento é feito por meio da utilização do Prasiquantel 400mg/kg em dose única.


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4.7. ENTAMOEBA HISTOLYTICA


É o patógeno responsável pela amebíase doença está que é intimamente ligada as
condições de saneamento, geralmente assintomática, mas diarreia e disenteria leve a
grave podem ocorrer. Infecções extra intestinais incluem abscessos no fígado.

4.7.1. Morfologia
Em sua estrutura apresenta núcleo simples, flagelos, pseudópodes ou ambos, sendo
da ordem Amoebida (tipicamente uninucleado, sem flagelos) pertencendo a subordem
Tubulina (corpo cilíndrico, citoplasma se move apenas para uma direção) as espécies
diferenciam-se uma das outras, principalmente pelo tamanho do trofozoito e do cisto,
número de núcleos do cisto e formas de inclusões citoplasmáticas porem apenas a
Entamoeba histolytica é capaz de ser patogênica ao homem.

Possui morfologia vairada de acordo com a forma apresentada sendo elas formas
próprias para as seguintes fases de vida: trofozoíto, cisto, precisto e metacisto

4.7.2. Transmissão
Ingestão de cistos maduros através de água sem tratamento contaminada com
dejetos humanos e/ou alimentos contaminados (verduras cruas e frutas) assim como
alimentos contaminados pelas patas de baratas e moscas contendo cistos maduros
logo a principal causa é a disseminação do cisto por falta de higiene domiciliar

4.7.3. Patogenia
Segundo Richard D. Pearson, a patogenia varia de acordo com o quadro apresentado
sendo esta variante da forma do patógeno, existindo a forma de Trofozoíto e a Cisto.
O trofozoíto móvel alimenta-se de bactérias e tecidos, reproduz-se, coloniza o lúmen
e a mucosa do intestino grosso e, às vezes, invade tecidos e órgãos.

“Trofozoítos de E. histolytica podem se aderir e matar células epiteliais


do cólon e polimorfonucleares (PMN), podendo causar disenteria com
sangue e muco, mas com poucos PMN nas fezes. Também secretam
proteases que degradam a matriz extracelular e permitem a invasão
da parede intestinal e além desta. Trofozoítos podem se disseminar
via circulação portal e provocar abscessos necróticos no fígado. A
infecção pode disseminar-se por extensão direta do fígado ou,
raramente, pela corrente sanguínea para pulmões, cérebro e outros
órgãos.” (RICHARD D. PEARSON, MD, EMERITUS, 2018)
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4.7.4. Diagnóstico e Tratamento


“A cultura para amebas é um método mais sensível, permitindo a diferenciação entre
as formas patogênica e não patogênica, mas não é facilmente disponível. Os testes
hematológicos e bioquímicos raramente são úteis. É importante lembrar que a invasão
por E. histolytica não causa eosinofilia” (MOTTA MEFA, SILVA GAP – 2002)

A terapêutica farmacológica é baseada no uso do metronidazol ou tinidazol em


quadros iniciais. Já Iodoquinol, paromomicina, ou furoato de diloxanida
subsequentemente para erradicação de cistos.

5. CONCLUSÃO
As infecções parasitárias do trato intestinal são fácil prevenção levando em
consideração a forma de contagio, que quase sempre está ligada a higiene, outro
ponto importante é que apesar do fácil tratamento há a possibilidade de danos severos
em casos de infecções persistentes, o que mostra a fragilidade e o descaso em
políticas públicas de saneamento básico e prevenção.

6. BIBLIOGRAFIA
ALESSANDRA L. MORASSUTTI, C. G. T. C. B. Parasitoses. MedicinaNet, 2014.
Disponivel em:
<http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5745/parasitoses.htm>. Acesso
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<http://www.inf.furb.br/sias/parasita/Textos/ancilostomiases.htm>. Acesso em: 11
dez. 2018.

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FERREIRA, M. U. Protozoários Emergentes. In: ______ Parasitologia


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13

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MARIA EUGÊNIA FARIAS ALMEIDA MOTTA, G. A. P. D. S. Diarréia por parasitas.


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