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Elvio Fonseca
Francisco de Assis
Ilcivaldo Gomes
João Paulo Machado
Tiago dos Santos
Biomecânica da Natação
Altamira
2010
Elvio Fonseca
Francisco de Assis
Ilcivaldo Gomes
João Paulo Machado
Tiago dos Santos
Altamira
2010
RESUMO
GERAIS:
Flexão: movimento no plano sagital, em que dois segmentos do corpo (proximal e
distal) aproximam-se um do outro.
REGIÕES ESPECÍFICAS:
CINTURA ESCAPULAR E ARTICULAÇÃO DO OMBRO
Elevação: movimento no plano frontal onde a escápula move-se no sentido superior
(para cima ou cranial).
ARTICULAÇÃO RADIOULNAR:
Pronação: movimento no plano horizontal, onde o rádio gira internamente sobre a
ulna resultando na posição da palma da mão para baixo.
PUNHO E MÃO:
Flexão radial (desvio radial): movimento no plano frontal, onde a mão afasta-se da
linha mediana do corpo. (abdução do punho)
Flexão ulnar (desvio ulnar): movimento no plano frontal, onde a mão aproxima-se
da linha média do corpo ou volta a posição anatômica depois de uma flexão radial.
(adução do punho)
COLUNA:
Flexão lateral: movimento no plano frontal, em que a cabeça ou o tronco
lateralmente afastam-se da linha mediana.
Redução: movimento no plano frontal, onde ocorre o retorno da coluna vertebral à
posição anatômica.
PELVE:
Anteroversão: movimento no plano sagital, onde a pelve inclina-se para a frente,
logo a espinha ilíaca ântero-superior anterioriza-se à sínfise púbica.
Retroversão: movimento no plano sagital, onde a pelve inclina-se para trás, logo a
espinha ilíaca ântero-superior posterioriza-se à sínfise púbica.
Inclinação D/E: movimento no plano frontal, em que ocorre uma elevação da crista
ilíaca em relação ao lado contrário.
TORNOZELO E PÉ:
Flexão Dorsal ou Flexão do Tornozelo: movimento no plano sagital, onde o dorso
do pé movimenta-se no sentido da tíbia anterior.
Flexão Plantar ou Extensão do Tornozelo: movimento no plano sagital, onde a
planta do pé afasta-se da tíbia.
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:
Depressão da mandíbula: movimento no plano sagital, em que a mandíbula move-
se para baixo. (abertura da maxila)
Origem e Evolução
A primeira forma de nado rudimentar da qual se pode dizer que nasce o
crawl, é o "English Side Stroke", que nasce na Inglaterra em 1840, e se caracteriza
por nadar sobre a água com uma ação alternada de membro superior, mas sempre
subaquática, enquanto os membros inferiores realizam um movimento de tesoura.
Resistência de Forma
Em todos os estilos de natação as posições do corpo têm de ser a mais
hidrodinâmicas possíveis. Isto significa que, quando nadamos, nosso corpo tem de
estar numa postura de tal forma que a água nos ofereça a menor resistência
possível.
SOLAS (2006) diz que: Os principais objetivos da postura ideal do corpo
de um nadador são:
- Conseguir o maior coeficiente de penetração possível;
- Diminuir a resistência de absorção o máximo possível;
- Procurar a coordenação intramuscular (tensão-alavanca) perfeita;
- Impedir que topos ósseos dificultem os movimentos.
Resistência de Ondas
Este tipo de resistência é causado pela turbulência na superfície da água.
É o tipo de movimento provocado quando correntes de água de direções diferentes
se encontram. A água forma pequenos redemoinhos, e movimenta-se de maneira
imprevisível.
A famosa briga com a água, muitas vezes vista em nadadores
ineficientes, é um fator que aumenta muito este tipo de resistência e que deve ser
corrigido. Deve-se procurar entrar com a mão na água fazendo movimentos suaves,
com uma inclinação e ângulo de mão e punho adequados. Os triatletas,
independente de sua qualidade técnica sofrem muito esse tipo de resistência, já que
na maior parte das competições a natação é no mar.
Resistência de Atrito
É a resistência oferecida pela superfície áspera da pele do nadador ao
deslocamento. A raspagem dos pelos, o uso de toucas de borracha e, no caso dos
triatletas, roupa de neoprene, diminuem este tipo de resistência.
Principio da Continuidade das Ações
Coordenar a continuidade dos tempos motores: ação de braços, ação de
pernas e respiração, sem observar rigidez. Nos nados alternativos quando um braço
termina sua ação propulsiva, o outro a começa sem pontos mortos.
Ritmo
Desde o primeiro momento pôr especial finca-pé em manter um ritmo
constante na repetição de todas as ações sem dispêndio de energia. Assim mesmo,
procurar a melhor relação entre amplitude e freqüência de braçada primando a maior
longitude.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
A técnica de crawl ou livre é a técnica mais rápida das quatro técnicas de
nado existentes em competição. Um ciclo consiste numa braçada com o membro
superior esquerdo e outra braçada com o membro superior direito e um número
variável de pernadas.
Inspiração
É conveniente que a tomada de ar pela boca quebre o menos possível a
continuidade da progressão por uma mudança do equilíbrio do corpo.
O giro da cabeça, para o lado escolhido, não precisa ser grande, pois,
com o deslocamento do nadador existe uma formação de marola à frente, forma-se
ao lado da cabeça uma cava que auxilia na inspiração.
O nadador deverá manter uma das orelhas submersas e a boca livre para
inspiração, coincidindo com a mais alta posição do ombro durante a ação dos
braços. É preciso que a inspiração se efetue num mínimo de tempo possível, daí a
necessidade de abrir bem a boca para absorver o ar.
A inspiração é executada, depois de uma expiração forçada é
necessariamente reflexa e não exige a intervenção da vontade do nadador, e
coincide com momento em que a mão oposta ao movimento respiratório entra na
água, e o final da ação motora da mão correspondente do lado da inspiração.
À medida que o braço volta para frente, a cabeça também vai voltando a
posição normal, girando em torno do pescoço, ai neste trajeto deve haver uma
retenção da respiração (apnéia).
Expiração
É forçada e progressiva, pois desenvolve-se no mínimo durante um ciclo
completo dos dois braços sob a água. É necessário que se faça explodir o ar que se
está expirando imediatamente antes do rosto deixar a água para preparar a próxima
tomada de ar.
Para ser completa, a expiração deve expelir o ar ligeiramente dentro da
água, isto é, pela boca, nariz ou nariz/boca, sem ser forte demais, a fim de não criar
desvios excessivos de pressão no interior da caixa torácica.
Notemos que a expiração forçada é determinada pelos músculos
expiratórios, em particular os do abdome (grande e pequenos oblíquos, transversal e
reto abdominal), exige que o nadador tenha uma musculatura abdominal
adequadamente desenvolvida.
Fase Área
Saída da Mão
Tendo o braço terminado a fase de empurre, estando quase
completamente esticado ao longo da lateral do corpo, o ombro sai da água, levando
consigo o braço, o cotovelo se dirige para acima, seguido do antebraço e da mão. A
mão esta descontraída orientada para dentro, dirige-se para cima e parte dela esta
fora da água.
Recuperação
A recuperação do braço ocorre pela lateral do corpo e por cima da água
que obriga uma oscilação contrária, obedecendo a 3° lei de Newton. Esta oscilação
deixa de existir graças ao cotovelo mais alto e palma da mão para baixo, o que
proporciona um braço flexionado e relaxado, com diminuição do braço de alavanca,
aumentando a força e diminuindo a resistência.
O trajeto da mão se faz próximo à água e com o dorso relaxado e voltado
para frente e posteriormente para dentro, mas sempre próximo ao corpo. Esta
posição impede maior elevação.
O movimento é relaxado até o momento da passagem da mão pelo
cotovelo, quando devera ser arremessado para água, de maneira solta e veloz,
procurando uma entrada em um ângulo melhor possível, com a ponta dos dedos
entrando antes do antebraço e este se antecipando ao braço.
É importante ressaltar que o cotovelo é sempre mantido mais alto que a
mão para poder dirigir o braço, com entrada da mão na água antes do cotovelo e
oferecer um melhor descanso nesta fase.
A transferência de momentum de força da fase de recuperação ajuda a
diminuir a resistência e aumenta a forca durante a fase de impulso subaquático do
braço oposto.
O ombro saíra da água, levando consigo o braço, o cotovelo, depois o
antebraço e a mão. O primeiro a romper a superfície da água é o cotovelo seguido
do braço, antebraço e da mão.
Alguns nadadores realizam a passagem da mão longe do ombro e menos
ou mais oblíqua para o lado. Nesta forma o movimento é, incontestavelmente,
menos econômico (a contração do deltóide e tanto maior quanto mais o braço vai
roçar a água); mas, algumas vezes tal movimento é exigido por um relaxamento
relativamente limitado da articulação do ombro.
A recuperação deve ser o mais plana possível:
- Sua grande elevação ocasiona uma queda curta na água;
- Uma pancada desnecessária na superfície;
- Um rolamento exagerado do tronco.
O movimento é relaxado até o momento da passagem da mão pelo
cotovelo, quando deverá ser arremessado para água, de maneira solta e veloz,
procurando uma entrada em um ângulo melhor possível, com a posta dos dedos
entrando antes do antebraço e este se antecipando ao braço.
Posição Inicial
A mão entra com o punho ligeiramente flexionado, devido a ação dos
músculos flexores do carpo, com a palma um pouco para fora, dedos unidos com o
indicador entrando em primeiro lugar, polegar voltado para baixo exercendo uma
ação de pressão na água para baixo e para trás, sendo que o dedo mínimo estará
ligeiramente voltado para fora quando iniciarmos um movimento para baixo desse
dedo e uma condução da mão com a palma voltada para dentro, tentando manter a
pressão na ponta dos dedos e na palma da mão.
Fase Aquática
Extensão
Compreende a entrada do braço na água, a frente do ombro e do corpo,
com a mão alcançando o seu ponto de apoio, que está à frente e para o fundo
aproximando-se de uma posição abaixo do prolongamento do eixo do corpo é a
base da fase propulsiva.
Posição Inicial
O braço se encontra ligeiramente flexionado e em linha com seu ombro. O
cotovelo esta dirigido para acima e ligeiramente para fora. O pulso se encontra muito
ligeiramente flexionada para abaixo e para fora. A extensão do braço não é
completa, sua extensão máxima, é seguida de uma ligeira flexão do cotovelo, que
permite à mão aproxima-se do eixo do corpo e ao mesmo tempo conserva os
músculos do braço em posição mais cômoda.
Posição Final
O braço se encontra quase totalmente estendido ligeiramente mais afora
do que a linha de seu ombro. O cotovelo se orienta para acima e para fora e esta
mais alto do que a mão. O pulso esta girado para abaixo e para fora e a mão olha na
mesma direção.
Agarre
Postura Inicial
O braço se encontra quase totalmente estendido e ligeiramente mais fora
do que a linha de seu ombro. O cotovelo se orienta para acima e para fora e esta
mais alto do que a mão. O pulso esta girado ligeiramente para fora. A mão olha para
abaixo e para fora.
Postura Final
O braço se encontra no ponto de máxima profundidade, quase esticado, e
para fora de seu ombro. O cotovelo em flexão olha para acima e para fora. O pulso
em ligeira flexão e rotação interna. A mão olha para dentro, para atrás e para acima
preparando a seguinte curva.
Tração
Posição Inicial
Segue-se logo após alcançar o ponto de apoio e termina quando a mão
atingiu a posição ao lado e junto dos quadris, pronta para a retirada da água. Nessa
fase, a mão, o antebraço e o braço exercem ação contra o líquido imprimindo-o para
trás e fazendo o corpo deslocar-se para frente.
A profundidade da mão muda quando ela se move para trás da água. A
mão se apóia na água e o mesmo princípio que faz a asa do avião se ergue fornece
a força que faz o corpo avançar a frente da mão.
O padrão da puxada é um “S” alongado, com a mão procurando exercer a
sua ação numa linha o mais próximo possível do eixo do corpo, para que a mão
possa encontrar apoio na água e aumentá-lo, mantendo a mesma profundidade até
o início da finalização.
A propulsão do braço, só pode acontecer quando houver pressão
suficiente criada nas superfícies propulsoras da mão e do antebraço para sustentar
a velocidade do nado, a pressão criada sobre sua mão e braço deve ser suficiente
para superar todas as diversas formas de atrito criadas pela água.
Precisamos saber que o nadador para produzir uma força de elevação
para a frente, precisa mover sua mão em diferentes sentidos, de cima para baixo e
de um lado para o outro, para que haja uma diferença de pressão, esta
movimentação é ocasionada pela busca de água calma.
A trajetória da mão na água busca oferecer uma resultante (interação das
forças de sustentação e resistiva) orientada o mais próximo possível para frente.
Tal afirmação se baseia no princípio de Bernoulli, ele estabeleceu que; "Se um fluído
flui horizontalmente de maneira que haja alterações na energia potencial da
gravidade, uma diminuição na pressão do fluído está associada com o aumento na
velocidade do mesmo".
Em um fluído a força de sustentação é sempre perpendicular a força
resistiva e essa é sempre contrária ao movimento.
A palma da mão deve estar voltada, o mais próximo possível,
imediatamente para trás dirigindo desta forma as forças propulsivas de maneira mais
vantajosa.
Os dedos devem estar unidos, ou quase unidos, e a mão deve estar
plana. Para que a palma da mão esteja voltada para trás, o punho terá que ser
inicialmente ligeiramente flexionado e, para se atingir um bom rendimento na água, o
cotovelo também deve estar flexionado e permanecer elevado acima da mão.
O cotovelo é mantido alto, com o antebraço ligeiramente flexionado sobre
o braço e penetra mais ou menos profundamente na água, conforme se trate de um
nadador de velocidade (pouco profundo) ou de meio fundo (mais flexionado).
Devemos tentar o “apoio” e a pressão pelo músculo flexor do carpo,
sendo que o dedo mínimo estará ligeiramente voltado para fora quando iniciarmos
um movimento para baixo desse dedo e uma condução da mão com a palma voltada
para dentro, tentando manter a pressão na ponta dos dedos e na palma da mão até
o fim da empurrada.
A flexão excessiva do cotovelo faz com que a mão fique muito próxima ao
corpo do nadador e, embora a tração seja mecanicamente mais fácil, ela será
menos efetiva.
A boa dobra máxima dos cotovelos se aproxima de 90° na fase de
impulso da braçada agindo “paralelamente” ao eixo do corpo, sendo mais marcada
no momento da passagem da mão na vertical do ombro, apontando para a lateral da
piscina criando um potente deslizamento da mão e do antebraço, proporcionando
uma aceleração progressiva durante a braçada.
Os dedos são posicionados de maneira a se moverem no plano vertical e
central do corpo. O movimento excessivo da mão cruzando este plano central em
qualquer direção tende a introduzir uma rotação longitudinal do corpo e aumentar a
superfície de atrito.
A rotação interna (ou medial) dos braços, que “coloca” o cotovelo em
posição alta e avançada, deve ser compensada por uma rotação externa do
antebraço para que a direção da mão possa ser mantida é item fundamental para a
propulsão do nado.
Posição Final
O braço se encontra entre o pescoço e a linha média do corpo, mais ou
menos embaixo de seu ombro. O cotovelo em máxima flexão, mira para fora e
ligeiramente fazia acima. A mão se encontra no momento de menor profundidade e
deve terminar dirigida para fora, atrás e acima com o fim de preparar a seguinte
curva.
Empurre
Podemos dizer que é o movimento do braço que vai desde a máxima
flexão do cotovelo, até sua extensão completa, que ocorre com o polegar passando
próximo da coxa da perna em ação, com a palma voltada para dentro. É o ponto de
maior velocidade na rotação dos braços.
Fase Inicial
A partir da máxima flexão do cotovelo este é estendido a
aproximadamente 135° visando aumentar a resistência e a força da alavanca e
conseqüentemente a potência do nado.
A fase de finalização é distinta da puxada e não apenas uma continuação,
pois, além da mudança de direção ainda há a modificação do movimento. Este gesto
terminal é de suma importância e deve, no aperfeiçoamento, ser enfatizado até que
se torne habitual ao nadador.
Precisamos saber que o nadador para produzir uma força de elevação
para a frente, precisa mover sua a mão em diferentes sentidos, de cima para baixo e
de um lado para outro, para que haja uma diferença de pressão, esta movimentação
é ocasionada pela busca de “água calma”. A trajetória da mão na água busca
oferecer uma resultante (interação das forças de sustentação e resistiva) orientada o
mais próximo possível para frente.
Tal afirmação se baseia no principio de Bernolli, ele estabeleceu que: se
um fluído flui horizontalmente de maneira que não haja alteração na energia
potencial da gravidade, uma diminuição na pressão do fluido está associada com o
aumento na velocidade do mesmo.
Em um fluído a força de sustentação é sempre perpendicular a força de
resistência e essa é sempre contrária ao movimento.
É de extrema necessidade a manutenção do cotovelo sempre mais alto
que a mão, não permitindo sua queda em nenhum momento e para isto, o nadador,
deverá ter a sensação que envia o cotovelo para trás e para cima, quando parte
para o movimento da finalização.
A mão empurra a água para trás, levando a palma diretamente para os
pés, até cerca de 15 a 20 cm abaixo do nível d’água, a onde o antebraço realiza
uma rotação lateral fazendo com que a palma da mão fique voltada para dentro,
sendo o dedo mínimo o primeiro a sair da água.
Fase Final
O braço se encontra quase completamente esticado ao longo do lateral
do corpo. O cotovelo se dirige para acima e se encontra fora da água.
A mão esta orientada para dentro, dirige-se para acima e parte esta fora
da água. Terminou a traçada.
Trabalho de Pernas
O movimento de pernas é uma oscilação solta dos membros inferiores,
que realizam ações curtas, alternadas e diferenciadas, iniciando um, antes que o
outro termine, que se dão principalmente no plano vertical, cuja sua importância se
faz no equilíbrio, propulsão e sustentação do corpo no estilo crawl, mantendo o
corpo, no seu conjunto, sempre estendido na posição horizontal, além de constituir
como um excelente meio de preparação cardiopulmonar.
O trabalho de pernas está longe de alcançar o mesmo efeito propulsivo
dos braços, este auxilio, entretanto, representa uma grande percentagem no que diz
respeito ao equilíbrio do corpo, podendo quando aplicadas erroneamente prejudicar
até 70% da força propulsiva.
O movimento alternado na direção vertical ocorre de modo que as ações
não percam a continuidade e que possam fundir-se de maneira tal, a ponto de
parecer um único movimento de revolução das moléculas de água, criando uma
força de sucção que auxilia a propulsão.
A abertura entre as pernas no plano vertical (para cima e para baixo)
deverá ser mais ou menos igual à largura do corpo, de 20 a 50 cm aproximadamente
dependendo da idade e do tamanho do nadador. Os movimentos de batimento de
pernas se originam na articulação coxo-femural (quadril) com uma pequena flexão
do joelho e sendo no peito do pé o ponto de pressão que impulsiona a água para
trás.
Os pés saem ligeiramente na superfície da água funcionando num meio
que contém ar e água, este procedimento permite boa cadência, entretanto, é
indispensável que os pés estejam em flexão plantar.
A eficiência da pernada está diretamente ligada a fatores como:
- A completa soltura muscular que venha auxiliar para a chicotada que
caracteriza este movimento;
- O ritmo sem interferência de desaceleração e quebra de continuidade;
- A posição da perna, com os pés naturalmente voltados para dentro sem
movimentos forçados, visando o relaxamento muscular, para manter em
atividade a zona de revolução da água;
- Movimento solto do pé na posição indicada, com grande flexibilidade dos
tornozelos, para que a movimentação da água no nível dos dedos dos pés
seja a mais atuante possível.
Fase Descendente
É o movimento ativo da pernada, ocorre de cima para baixo, com leve
flexão do joelho, com o pé ligeiramente voltado para dentro e o tornozelo relaxado
oferecendo assim uma maior superfície motora.
No primeiro tempo, o joelho vai se abaixando e a perna flexionando-se um
pouco mais sobre a coxa. A perna flexionada vai estender-se sobre a coxa que, por
sua vez, vai manter-se apoiado na água e transmitir aos quadris o componente
ascensional do movimento, ou seja, reação de elevação do quadril, mantendo o
corpo do nadador numa posição plana e horizontal.
O valor motor do movimento das pernas está fundamentalmente ligado à
flexibilidade do tornozelo e também do ritmo. Se compararmos o mecanismo motor
das pernas com um movimento da cauda do peixe, somos tentados a procurar a
acelerar o gesto toda vez que a superfície motora se aproxima do eixo e a
desacelerá-lo, quando ela se afastar do eixo.
Fase Ascendente
Movimento passivo é o relaxamento da parte ativa, com extensão total da
perna, até que o calcanhar atinja a superfície da água, mantendo o pé em posição
natural.
Partindo em extensão, com o pé no prolongamento da perna, na sua
posição mais baixa, o membro movido pelas massas musculares posteriores
(especialmente glúteos máximos e ísquio tibiais) vai se elevar, encontrando a
resistência decrescente da massa de água superposta.
Quando essa resistência se atenuar. A ação dos ísquios tibiais vai trazer
como conseqüência uma inevitável flexão da perna sobre a coxa, compensada por
um abaixamento do joelho. Essa flexão nunca é proposital nem comandada pelo
nadador, mas é anatomicamente lógica e dá ao movimento harmonia e flexibilidade,
além de aumentar a eficiência propulsiva.
Coordenações
Quando falamos de coordenação de um estilo de natação nos estamos
referindo à forma de coordenar os movimentos do corpo para que, além de atingir a
máxima velocidade com a menor resistência, a fadiga apareça o mais tarde possível,
isto é, coordenar o movimento de ambos braços, coordenar o movimento dos braços
com a respiração e coordenar o movimento de braços e pés.
Coordenação de Alcance
Coordenação de Superposição
A seguinte variante é bem mais fechada; a mão contrária entra quando
ainda a outra mão só completou a metade de seu percurso (Navarro); esta mudança
se efetua embaixo do peito.
Iniciando o movimento para abaixo e para fora quando a outra mão se
encontra ao final da varredura para cima e para dentro. A diferença com a anterior
forma de acoplamento (coordenação aberta), estriba em que elegem um diferente
movimento para acima, para iniciar o movimento para embaixo do outro braço. Na
aberta se elege o movimento ultimo para cima e para fora e na fechada se prefere o
movimento cima e para dentro.
Coordenação de Superposição