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TABAGISMO:
AGENTE CAUSADOR DE DANOS AMBIENTAIS
Santos, J. A.1, Alcântara, C. M.2, Souza, D. M.3.

Introdução O cigarro é considerado o maior agente

Entre os danos que o tabaco causa ao
meio ambiente estão, à fumaça que polui o
ambiente, no cultivo das folhas os agrotóxicos
e o desmatamento, é causa de incêndios e a
sujeira dos filtros que são jogados na rua. Ao
lado do veículo como maior agente da
poluição atmosférica das cidades, a fumaça do
cigarro vem sendo o maior responsável pela
degradação da qualidade do ar no ambiente.
O indivíduo humano afetado por condições
ambientais adversas pode estar inconsciente
de que está com menos saúde do que poderia
e deveria estar [1]. Este trabalho reúne
informações sobre o efeito do tabagismo no
meio ambiente, além de que os prejuízos
causados ao meio ambiente estão diretamente
relacionados ao cultivo do tabaco, o
desmatamento em larga escala, para obtenção
da lenha usada nas estufas onde é feita
secagem das folhas do tabaco, contribui para
a destruição do solo e a perda de matéria
orgânica com conseqüente empobrecimento
do solo.
Nos espaços onde se fuma o ar se
polui com substâncias tóxicas do tabaco,
notadamente nicotina e elementos lesivos para
o aparelho respiratório e sistema
cardiocirculatório. De todas as poluições
ambientais a mais frequente é a tabágica, que
comumente atinge a 80% do total dos agentes
poluidores.
O cigarro é prejudicial ao meio ambiente por
diversos motivos:
Poluição Domiciliar
poluente dos ambientes domiciliares, nos
ambientes fechados em que se fuma o nível de
partículas suspensas no ar costuma ser bem
superior ao limite aceitável (60 mg/cm3), o nível
de monóxido de carbono pode atingir limites
absurdos (mais de três vezes o limite máximo
aceitável) quando pessoas fumam em recintos
fechados.
Desmatamento
Matas são desmatadas com o objetivo de
limpar a terra para o plantio do fumo e produzir
lenha para abastecer os fornos que secam as
folhas de tabaco. Para cada 300 cigarros
produzidos uma árvore é derrubada.
Agrotóxicos
No cultivo do fumo são empregados
potentes agrotóxicos que contaminam o solo, o
agricultor, os animais e os rios.
Incêndios
Estima-se que 25% dos incêndios no mundo são
provocados por pontas de cigarros desprezadas
de maneira inadvertida. [2]
O objetivo desse trabalho é analisar o
tabagismo não apenas como um problema de
saúde pública, e sim como um agente que
degrada o meio ambiente, e atinge não apenas
aos fumantes como a população como um todo.

1. Primeira autora é a aluna do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de
Medeiros, S/N, Dois Irmãos, Recife - PE, CEP 54430-510. E-mail : jocilandia16.6@hotmail.com.
2. A Segunda autora é a aluna do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de
Medeiros, S/N, Dois Irmãos, Recife - PE, CEP 54430-510. E-mail : jocilandia16.6@hotmail.com.
3. A Terceira autora é a aluna do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de
Medeiros, S/N, Dois Irmãos, Recife - PE, CEP 54430-510. E-mail : jocilandia16.6@hotmail.com.
Material e métodos
Trata-se de uma pesquisa qualitativa de
cunho bibliográfico [3]. A pesquisa foi feita
nas mais variadas fontes disponíveis, livros,
revistas e em sites especializados da internet.
Resultados e Discussão
Buscando safras melhores e maiores
lucros, a indústria fumageira tem estimulado o
amplo emprego de fertilizantes e de
agrotóxicos nas plantações de tabaco. Na
região Sul do Brasil, a maior produtora de
fumo do país, é característica a utilização de
mão-de-obra familiar na lavoura do tabaco.
Esta prática, associada à ausência de
orientações para o uso de fertilizantes e
pesticidas de forma segura, tem gerado danos
à saúde dos agricultores e de suas famílias,
tais como intoxicações agudas e incapacitação
para o trabalho, bem como danos ao
ecossistema em conseqüência da
contaminação do solo, dos alimentos, dos
animais e dos rios.
Outros fatos importantes:
Os incêndios provocados por cigarros
constituem também um importante dano ao
meio ambiente: pelo menos 25% dos
incêndios rurais e urbanos são relacionados a
pontas de cigarros;
12% das árvores cortadas anualmente
no mundo destinam-se à produção de cigarros
(OMS,1997);
A madeira é utilizada para confecção
do papel que embala o cigarro, além de se
utilizar lenha para secagem das folhas de
tabaco;
Para cada kg de tabaco usa-se 25kg de
lenha nos fornos de secagem;
[Digite texto]
Para cada 300 cigarros produzidos, é
necessário derrubar uma árvore. Isto significa
que um fumante que consome 30 cigarros ao dia
(01 maço e meio) derruba uma árvore a cada 10
dias;
A fumaça dos cigarros é responsável pela
poluição do ar, e a poluição tabagística ambiental
é considerada pela Organização Mundial da
Saúde como o principal agente poluidor de
ambientes fechados.
Além disso, há o uso extenso de
pesticidas na cultura do tabaco e o acúmulo de
lixo por bitucas do cigarro (poluição de 20
bitucas equivale a 1 litro de esgoto).
Em 3 km de praia em Santa Catarina,
foram retirados 200kg de lixo só de bitucas de
cigarros. [4] [5]
Para a secagem do fumo, após sua
colheita, é necessária a permanência do mesmo
em estruturas de secagem, ou estufas,
alimentadas com lenha. No caso específico do
Brasil, o tabaco curado em estufa é o mais
cultivado no país, respondendo por cerca de 70%
da produção total. Segundo dados das empresas
fumageiras, são consumidos 31,6 metros cúbicos
de lenha para a secagem de um hectare de fumo e
existem 120 mil fornos para cura do tabaco em
nosso país. Se multiplicarmos o consumo de cada
estufa pela área plantada no sul do Brasil
veremos que são consumidos anualmente 13,2
milhões de metros cúbicos de lenha. Estima-se
que 50% dos produtores são auto-suficientes na
produção de lenha através do plantio
principalmente de eucaliptos. A outra metade, no
entanto, utiliza a mata nativa como sua principal
fonte de lenha. Isto significa milhares de hectares
de floresta nativa derrubada para a secagem do
fumo anualmente. Lembrando que praticamente
100% dos produtores de fumo situam-se na
região de domínio da Mata Atlântica, e que os
remanescentes dessa formação florestal
somam menos de 7% de sua área original: o
ato de fumar contribui para a redução da
cobertura florestal nativa. A redução da área
coberta com florestas naturais resulta, ao
longo do tempo, em perda da biodiversidade
pela extinção de espécies vegetais e animais.
A queima da madeira para a secagem
do fumo produz fumaça que é rica em CO2
(gás carbônico). Por sua capacidade de reterBET
a [1] DIAS, G. F. 2004. Educação Ambiental:
radiação infravermelha (radiação do calor) o
CO2 tem sido apontado como o principal
responsável pelo aquecimento do planeta. Na
produção do tabaco são utilizados fertilizantes
nitrogenados que acabam liberando para a
atmosfera o óxido nitroso (N2O), um gás que
é 310 vezes mais potente que o CO2 para
reter o calor.
Para a produção do fumo são utilizados uma
grande quantidade de agrotóxicos: inseticidas,
herbicidas, fungicidas, antibrotantes. Muitos
produtores acabam seriamente intoxicados
com esses venenos . Há dados demostrando
que o aumento no número de suicídios no
campo se devem à depressão gerada por
intoxicações crônicas por agrotóxicos.
Coincidentemente, muitos dos suicidas
trabalham na lavoura do fumo. Diversos
dados de pesquisa consideram que entre 5% e
20% do agrotóxico aplicado na agricultura
acaba chegando aos rios. Milhares de quilos
de agrotóxicos serão aplicados nos mais de
400 mil hectares que serão cultivados com
fumo em 2007. Pelo menos cinco por cento
chegará até os rios onde nos abastecemos de
água para beber. O ato de fumar polui nossos
rios. [6]
[Digite texto]
Agradecimentos
À Universidade Federal Rural de
Pernambuco pela possibilidade de
desenvolvermos um trabalho voltado à
sociedade, a PROGEST por desenvolver
oportunidades para publicação de trabalhos de
pesquisas.
Referências
Princípios e Práticas. 6ª ed. São Paulo: Gaia,
2004.
[2] Qual o Impacto Tabagismo no Meio
Ambiente?
http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/
12309. Acessado em 09 de maio de 2009.
[3] OLIVEIRA, M. M. 2005. Como fazer
projetos, relatórios, monografias, dissertações e
teses. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier.
[4] Ministério da Saúde. Instituto Nacional
de Câncer. Coordenação Nacional de Controle de
Tabagismo e Prevenção Primária (CONTAPP).
1996. “Falando Sobre Tabagismo”, Rio de
Janeiro.
[5] Dados apresentados pelo Prof.Dr. Aristides
de Almeida Rocha, da Faculdade de Saúde
pública da USP, em evento da ACTbr /
ADESF/CETESB, em agosto de 2007.
[6] Fumar é prejudicial ao Meio Ambiente.
http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.
php3?action=ler&id=31559 acessado em 15 de
maio de 2009.