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O texto inicia delimitando os limites do conceito de Inconfidência, e apontando o caráter politico e

ideológico dessa denominação, apontando o emprego do termo, Conjuração Mineira, como o


correto a se usar na forma de apresentação desse determinado processo histórico.

Depois ele passa a uma análise de conjuntura histórica do fenômeno, apresentando todo um
arcabouço de fatos da conjuntura politica e econômica da colônia no período Imperial. Começa por
uma análise do que é conhecido como crise do ouro, e como o impacto dessa crise se expressou nas
esferas politicas da sociedade, mostrando como a politica industrial de Pombal se inicia no mesmo
período da queda do metal precioso na colônia, e como dessas condições emergiu uma nova relação
entre as classes dominantes nacionais e a nascente oligarquia mercantil portuguesa, colocando
interesses e antagonismos em evidencia clara para o período seguinte.

As politicas adotadas pelo ministro Melo e Castro durante o período de 1780, deixaram claros os
dilemas finais que o regime colonial passa a enfrentar com o crescimento das indústrias de
substituição de importações tanto na metrópole como na colônia. Como uma forma de sustentação
desse sistema em mudança, o texto aponta as mudanças ideológicas ocorridas principalmente na
espécie de mercantilismo adotado pela metrópole, mas principalmente os efeitos sobre a plutocracia
nacional.

E durante essa década de 1780 que a tensão interna do sistema luso-brasileiro evidenciou a
crescente divergência entre colônia e metrópole, com o fim da era de Pombal e a adoção das novas
praticas econômicas contraditórias aos interesses plutocratas nacionais, já que tornavam cada vez
mais rígido o controle sobre o mercado da colônia, a antiga situação de aliança entre esses
interesses ruiu, abrindo margem para um entusiasmo com a história da revolução estadunidense e
deixando um espaço material e um guia ideológico para a conjuração.

Por fim, o texto aborda o caso específico da região mineira, expressa quais eram as condições
materiais e de desenvolvimento humano na região, evidenciando como o período de extração do
metal precioso naquela região deixou as bases materiais e ideológicas para o movimento da
conjuração, dando destaque ao desenvolvimento de um mercado interno para produtos outrora
apenas exportados, a produção dos gêneros básicos necessários para a mineração e também a
incorporação dos engenhos de açúcar que criaram um polo econômico de tipo misto naquela região.
Depois o texto monta todo o quadro intelectual que foi o responsável por pensar e tipificar o
movimento da conjuração, dando destaque ao chamado grupo de Vila Rica.
Por fim, o texto realiza a análise da proposta de revolução mineira de 10 de janeiro de 1788, entre
os envolvidos nessa conspiração estiveram o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade,
comandante do regimento da cavalaria de Minas, os famosos Dragões, o dr. José Alvares Maciel,
filho do capitão-mor de Vila Rica, o padre José da Silva de Oliveira Rolim, filho do principal
administrador do Distrito Diamantino, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, Carlos Correia,
vigário de São José, e o ex-ouvidor e coronel de milícias Alvarenga Peixoto. A analise do programa
deixa evidente que ele refletia as necessidades mais imediatas e específicas dos plutocratas mineiros,
mas também deixa evidente o papel dos ideólogos do movimento, que se inspiraram no exemplo da
América do Norte e nas teses iluministas.

Como sabemos a conjuração Mineira fracassou, mas o objetivo do texto estudado foi abordar não as
razoes do fracasso, mas sim quais foram as condições que criaram as bases materiais e ideológicas
dessa revolução montada e perdida.

João Henrique Abbud

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