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SISTEMA VASCULAR – XILEMA E FLOEMA PRIMÁRIOS.


INTRODUÇÃO componentes mais característicos no xilema primário são os
elementos traqueais, que conduzem água e nutrientes
A conquista do ambiente terrestre pelas plantas
inorgânicos, e células parenquimáticas, relacionadas com
tornou-se possível porque nelas desenvolveu-se um sistema
atividades vitais variadas.
de distribuição interna de água e nutrientes, ao lado do
desenvolvimento de um sistema de absorção da água do
solo e de um sistema de revestimento para evitar a perda
excessiva de água.
A distribuição de água e nutrientes na planta é feita
através do sistema vascular, que é constituído por dois tipos
de tecidos relacionados espacialmente: o xilema que conduz
água e nutrientes inorgânicos (seiva mineral ou xilemática)
e o floema, que conduz os nutrientes orgânicos,
principalmente carboidratos em solução (seiva orgânica ou
floemática), supridos pela fotossíntese. Efetivamente,
diferenciaram-se duas porções diferentes no corpo da
planta: uma aérea fotossintetizante e autotrófica e uma
subterrânea, não fotossintetizante e heterotrófica, capaz de
sobreviver devido ao suprimento de açúcares pela parte
autotrófica.

BRIÓFITAS
Embora na maioria das plantas do grupo das
briófitas não apresentem sistema vascular evidente, em
alguns musgos pode-se notar a presença do mesmo,
chamado então de hadroma (Fig. 1). A parte do hadroma
responsável pela condução de água e sais é formada por
células alongadas, chamadas hidróides, com paredes
transversais inclinadas, de paredes finas e muito permeáveis
à água. Os hidróides não têm paredes reforçadas com
lignina e são mortos na maturidade. Ocupam a parte central
do hadroma.
Os leptóides são as células condutoras de seiva
elaborada que envolvem os hidróides. Eles são vivos na
maturidade, alongados, com paredes transversais
inclinadas, contendo poros pequenos e os núcleos são
degenerados. O hadroma lembra as estruturas condutoras
observadas em fôsseis de prototraqueófitas.

XILEMA
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Devido às paredes lignificadas de suas células, o
xilema tende a ser mais conspícuo que o floema; pode ser
estudado mais facilmente e é melhor conservado nos
Fig. 1. Hadroma de musgo Dawsonia superba. Acima, corte
fôsseis. É um tecido muito utilizado na identificação de transversal; abaixo, vista longitudinal (Retirado de Raven et al.
plantas, especialmente as que têm hábito arbóreo, devido ao 2001).
xilema secundário. Evidências fósseis demonstram que o aumento de
Estruturalmente, o xilema é constituído por parede secundária, lignificada, permitiu aos vegetais
diferentes tipos de células vivas e mortas (Fig. 2). Os explorar diferentes ambientes, culminando com o que se vê
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hoje, com plantas crescendo nos mais variados ambientes, O xilema primário é formado por diferenciação do
desde o mais árido até o mais encharcado; do mais frio até procâmbio no corpo primário da planta, isto é, em estágios
o mais quente. pós-embrionários, até mesmo no embrião e em
extremidades apicais dos órgãos (regiões jovens). Se
CLASSIFICAÇÃO. houver crescimento secundário em espessura, o xilema
forma-se a partir do câmbio, daí ser denominado xilema
secundário.
Alguns dos elementos traqueais combinam as
funções de condução com a de sustentação. É o caso das
traqueídes no lenho de muitas gimnospermas. O xilema
também pode possuir fibras, que são elementos de
sustentação. As fibras também podem reter seus
protoplastos no xilema funcional e, então, combinar a
função vital de acúmulo de amido com a função mecânica
de sustentação.
O xilema aparece em caules, raízes, folhas, partes
florais, frutos, etc. Comumente o xilema ocupa uma posição
relativamente interna no eixo caulinar (Fig. 2) e ventral
(superior ou adaxial) nas folhas e nos órgãos de natureza
foliar. Na raiz principal de dicotiledôneas, bem como nas
ramificações desta, quando em crescimento primário, o
Fig. 2. Esquema ilustrando o padrão do sistema vascular primário xilema forma um cordão ou faixa contínua, ocupando a
num caule de dicotiledônea. O xilema é mais interno, constituído parte central. Em raízes adventícias, o xilema forma
de elementos traqueais, mortos na maturidade, e células cordões alternos com os cordões de floema (Fig. 11). Na
parenquimáticas, que são vivas enquanto o xilema é funcional. O
floema situa-se entre este e o conjunto de fibras que se originaram raiz em crescimento secundário e no eixo caulinar, na
do periciclo, mas podem eventualmente conter fibras de floema maioria dos casos, o xilema localiza-se internamente ao
primário. floema.
COMPOSIÇÃO.

O xilema é um tecido
formado basicamente por três
tipos de células: os elementos
traqueais ou condutores, as
fibras e as células
parenquimáticas.

A) ELEMENTOS
TRAQUEAIS.

A expressão “elemento
traqueal” é derivada de
“traquéia”, nome aplicado
originalmente a certos
elementos do xilema primário,
semelhantes às traquéias dos
insetos. Dois tipos
fundamentais de elementos
traqueais ocorrem no xilema:
traqueídes e elementos de vaso.
Os elementos traqueais são
Fig. 3 – Traqueídes e elementos de vaso. Traqueídes, na seqüência: com reforços anelados, helicoidais, células relativamente longas e
escalariformes. O último tipo é o pontoado, observado também em xilema secundário. Elementos de
vaso, na seqüência: com reforços anelados, helicoidais, reticulados e pontoados. Retirado de Coutinho com a parede primária
(1975). presente. Num elemento
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traqueal (Fig. 3), a deposição
da parede secundária e sua
lignificação pode ocorrer sob a
forma de anéis (anelado), de
helicóides frouxos ou mais
densas (helicoidal), de escada
(escalariforme), ou então,
forrando completamente a
parede primária, resultando
num aspecto reticulado ou
pontoado, caracterizado por
pontoações areoladas. Estas
pontoações areoladas podem
ser do tipo escalariforme ou
circulares (Fig. 4). Elementos
traqueais com pontoações
areoladas são características do
xilema primário formado
Fig. 4. Tipos e disposições das pontoações areoladas.
posteriormente, isto é, o
metaxilema e, principalmente,
do xilema secundário.

As traqueídes são células imperfuradas, que no corpo primário da planta ou cambiais na estrutura
combinam as funções de condução e de sustentação. O secundária. O elemento traqueal primordial pode ou não
fluxo de água se faz principalmente, no sentido alongar-se, antes que se desenvolva a parede secundária,
longitudinal, através de séries longitudinais de traqueídes, mas, usualmente, expande-se lateralmente. Após completar
podendo ocorrer, também, um fluxo lateral entre elementos esses crescimentos, a parede secundária é depositada
contíguos. internamente à parede primária em todas as células da série.
A água passa de uma traqueíde com espessamento A porção da parede primária que posteriormente constituirá
anelado e helicoidal para a outra através dos campos de a perfuração não é recoberta por parede secundária.
pontoação primários existentes em suas paredes primárias, Um vaso é formado por um número limitado de
ou através das membranas de pontoação nas traqueídes com elementos de vaso. Cada elemento de vaso conecta-se com
pontoações areoladas. o seguinte na série longitudinal através da placa de
Como visto, a membrana da pontoação é um perfuração. Os elementos terminais da série apresentam
conjunto formado pelas paredes primárias de duas células placa perfurada na extremidade que está em contato com
contíguas, mais a lamela média. Os limites da membrana de outros elementos da mesma série. No lado oposto, são
pontoação são os limites da câmara de pontoação. imperfurados.
Os elementos de vaso são células perfuradas, isto é, A comunicação lateral entre vasos, numa série
células cujas comunicações com outras células da mesma vertical, é feita através de paredes imperfuradas (isto é,
série longitudinal, que constituem o vaso, se faz através de através das pontoações). Como apenas água e solutos
grandes aberturas na parede, as perfurações. passam através das membranas de pontoação, para se tentar
A perfuração dos elementos de vaso comumente medir o comprimento de vasos de algumas espécies de
ocorre nas paredes terminais, mas pode estar presente nas dicotiledôneas, pode-se forçar a penetração de gás metano
paredes laterais também. A parede que contém uma numa extremidade cortada de um ramo e, através de
perfuração é chamada placa perfurada ou placa de tentativas, acendê-lo na outra extremidade, também cortada.
perfuração. Uma placa perfurada pode apresentar uma Verificou-se, por exemplo, que em Acer sp. (Arecaceae)
única perfuração, constituindo a placa de perfuração eles medem aproximadamente 60 cm e em Faxinus sp.
simples, ou pode conter várias perfurações, formando a (Oleaceae) até 3 metros de comprimento. No entanto, em
placa de perfuração múltipla. espécies com vasos formados por elementos largos, eles
Ontogeneticamente, um vaso, origina-se a partir de parecem se estender através de toda a altura da árvore.
séries longitudinais de células meristemáticas: procambiais
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O processo de remoção da parede celular durante a C) PARÊNQUIMA SECUNDÁRIO
formação da perfuração não é bem conhecido. Uma das
No xilema primário, as células do parênquima
hipóteses é que tanto os componentes celulósicos como os
apresentam paredes finas e em geral são mais ou menos
não celulósicos são removidos pela ação do protoplasto da
alongadas, entremeando-se entre os elementos traqueais
célula. Outra hipótese é que unicamente compostos não
(Fig. 5). Já no xilema secundário, as células
celulósicos são removidos, enquanto que as microfibrilas
parenquimáticas podem se orientar em relação ao eixo da
celulósicas seriam apenas empurradas de suas posições
planta, formando o parênquima radial, que são derivadas
originais para as margens da perfuração. A hipótese de que
das células iniciais radiais do câmbio, enquanto que as do
as células apresentam celulase para degradar a celulose
parênquima axial são derivadas das iniciais fusiformes,
dessas paredes ainda é controvertida. Após a formação da
apresentando-se seu eixo maior paralelo ao eixo do órgão.
placa perfurada, o protoplasto não funcional é eliminado.
Se a célula derivada não se dividir transversalmente, torna-
O xilema é o tecido vegetal que mais se presta aos
se uma célula de parênquima fusiforme. De um modo geral,
estudos filogenéticos. As evidências fósseis demonstram
as divisões transversais ocorrem, formando-se um
que o elemento traqueal mais primitivo é a traqueíde. Por
parênquima com células enfileiradas no sentido
ser fina e longa, com paredes bem espessadas, a traqueíde
longitudinal.
acumula as funções de condução e sustentação.
Na evolução houve uma distribuição dessas funções:
os elementos de vaso tornaram-se mais especializados para
a condução, enquanto que as fibras, mais especializadas
para a sustentação. Assim sendo, a traqueíde evoluiu em
duas direções: dando origem às fibras e dando origem aos
elementos de vaso.

B) FIBRAS SECUNDÁRIAS

As fibras formam-se em geral dentro do xilema


secundário (fibras intraxilemáticas). São células longas,
com paredes secundárias, comumente lignificadas, que
usualmente variam em espessura. Suas pontoações podem
ser simples, sendo então denominadas fibras libriformes, ou
podem ser areoladas, recebendo a denominação de
fibrotraqueídes.
As fibras secundárias, bem como as primárias,
podem desenvolver paredes transversais finas depois que as
paredes secundárias já estão formadas. Denominam-se,
então, fibras septadas. Usualmente elas retêm o protoplasto,
possuindo assim, função semelhante ao do parênquima. Fig. 5. Elementos traqueais primários associados às células
Aliás, a distinção entre fibra e célula de parênquima parenquimáticas em caule de papo-de-peru (Aristolochia sp. -
Aristolochiaceae). A. Superfície transversal. B. Superfície
lenhoso é particularmente difícil quando as células do longitudinal. Em ambas, a porção inicial do xilema encontra-se à
parênquima são alongadas. Se ocorrem fibras vivas no esquerda. Observe os diferentes tipos de espessamento da parede
lenho, o parênquima axial pode ser muito escasso ou até secundária, desde o anelar (com anéis) até o pontoado (com
parede secundária em toda a extensão do elemento traqueal,
ausente. exceto na região das pontoações). Retirado de Raven et al. (2001).
Outra variação das fibras do lenho é constituída No xilema secundário percebe-se claramente os
pelas chamadas fibras secundárias gelatinosas. Possuem parênquimas axial e radial. Ambos são fundamentalmente
paredes pouco lignificadas e aparecem em lenho que se semelhantes quanto à estrutura e ao conteúdo. O
desenvolve sob ação forças (lenho de reação: tensão ou parênquima reserva amido, óleos e muitas outras
compressão). As fibras, assim como os elementos traqueais substâncias de função desconhecida. Componentes
e o parênquima axial, formam-se a partir das derivadas das fenólicos e cristais também são comuns.
iniciais fusiformes do câmbio.
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ONTOGÊNESE secundárias do elemento não funcional, geralmente em
forma de anéis podem ser observadas ao longo da margem
Os tecidos vasculares primários e, incluído aí o
da lacuna.
xilema, formam-se por diferenciação do procâmbio no
O metaxilema é um pouco mais complexo que o
corpo primário da planta. O xilema que assim se originou é
protoxilema, pois além dos elementos traqueais, pode
chamado xilema primário (proto e metaxilema). Quando
conter fibras primárias e células do parênquima. Em plantas
ocorre crescimento secundário em espessura
que não apresentam crescimento secundário, o metaxilema
(gimnospermas e a maioria das dicotiledôneas), passa a ser
permanece funcional durante todo o tempo. Em
o câmbio que forma o xilema, que é então denominado
dicotiledôneas e gimnospermas, o metaxilema é logo
xilema secundário. O tecido vascular secundário organiza-
substituído pelo xilema secundário.
se num sistema axial e outro radial. Os raios formados são
No entanto, nas monocotiledôneas, o metaxilema é o
contínuos através do câmbio vascular, indo desde o xilema
tecido condutor da planta durante toda a sua vida. É comum
secundário até o floema secundário.
em monocotiledôneas o metaxilema definitivo, aquele
CARACTERÍSTICAS formado pelo periciclo, ser diferente do metaxilema
formado pelo procâmbio. Esse metaxilema derivado do
XILEMA PRIMÁRIO periciclo é denominado por alguns autores como
O xilema primário, isto é, o xilema que aparece no metaxilema tardio. As diferenças ocorrem não só no tipo de
corpo primário de uma planta contém os seguintes tipos de pontoação de parede, mas também no formato dos
células: elementos traqueais (traqueídes e elementos de elementos traqueais.
vaso), fibras primárias e células de parênquima. Nos caules,
folhas e flores, o xilema primário e o floema primário estão XILEMA SECUNDÁRIO
associados, formando os feixes vasculares. Muitas eudicotiledôneas, magnoliideas, paleoervas e
O xilema primário usualmente consiste de uma parte gimnospermas apresentam crescimento secundário e, por
que se forma primeiro, o protoxilema e uma parte que se conseguinte, formam xilema secundário. As
forma posteriormente, o metaxilema. Embora os dois tipos monocotiledôneas, de modo geral, não apresentam
apresentem algumas peculiaridades, eles são tão integrados crescimento secundário. Quando este ocorre, não segue o
que a delimitação entre ambos pode ser feita apenas mesmo padrão das dicotiledôneas e gimnospermas, mas
aproximadamente. De um modo geral, elementos anelados também é xilema secundário.
e helicoidais pertencem ao protoxilema e elementos Com a instalação do câmbio, começa a ser
escalariformes, reticulados e com pontoações areoladas, ao produzido o xilema secundário a partir de células derivadas
metaxilema. do câmbio que ficam situadas internamente a este. São
O protoxilema diferencia-se em partes da planta que basicamente três tipos de células encontradas no xilema
ainda não completaram seu crescimento e a sua secundário: elementos traqueais, fibras (Fig. 7) e
diferenciação, de modo que essas estão sujeitas a pressões e parênquima. Distinguem-se dois sistemas de orientação
tensões contínuas. Seus elementos traqueais são distendidos dessas células: o axial (longitudinal ou vertical) e o radial
e muitas vezes, rompidos (nas raízes eles persistem mais (transversal ou horizontal). O sistema axial é derivado das
tempo porque só se tornam adultos acima da região de iniciais fusiformes do câmbio. É formado por células com o
distensão). seu eixo maior orientado paralelamente ao eixo do órgão
O metaxilema comumente atinge a sua maturidade (caule ou raiz). São eles: elementos traqueais, fibras e
depois que a distensão já se completou, por isso, é menos parênquima axial. O sistema radial é composto de fileiras
afetado pelos tecidos a sua volta. de células orientadas horizontalmente, perpendiculares ao
Quando os elementos de protoxilema são formados, eixo do órgão portanto, sendo constituído basicamente de
os tecidos ao seu redor ainda estão em crescimento. células parenquimáticas e, eventualmente, por traqueídes
Conseqüentemente, os elementos do protoxilema são radiais, também chamadas de traqueídes deitadas. Todo o
distendidos, e podem tornar-se completamente obliterados sistema radial deriva das iniciais radiais do câmbio. A
pelas células do parênquima a sua volta. Em muitas delimitação entre xilema primário e xilema secundário é
monocotiledôneas, o elemento não mais funcional é determinada pela presença dos raios parenquimáticos
pressionado e torna -se parcialmente colapsado, mas não (melhor observados em corte transversal), ou seja, onde
obliterado. Em vez disso, aparecem canais, que são eles se iniciam, também será o início do xilema secundário
chamados de lacunas do protoxilema, as quais estão (Fig. 6).
rodeadas por células de parênquima. As paredes
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CERNE E ALBURNO.
O xilema secundário mais interno perde
gradualmente as funções de condução e, com a morte das
células vivas do lenho, perde também as funções de reserva
de alimentos. Este estado é precedido por numerosas
mudanças, muitas das quais, puramente químicas. Com o
tempo, a madeira perde água e substâncias de reserva,
tornando-se infiltrada com vários compostos orgânicos, tais
como: óleos, gomas, resinas, substâncias fenólicas,
materiais corantes e aromáticos. Algumas dessas
substâncias impregnam as paredes, outras apenas penetram
no lume da célula. A região do lenho que passa por estas
Fig. 6. Crescimento secundário em caules de dicotiledôneas
modificações denomina-se cerne. A parte mais externa do
e gimnospermas. O câmbio produz células derivadas, sendo
que as que ficam internas a eles diferenciam-se em células lenho, que é funcional denomina-se alburno.
de xilema secundário, enquanto que as que ficam situadas
externamente, diferenciam-se em células de floema
secundário. Retirado de Esau (1977).
O xilema secundário (ou lenho secundário) do caule
de espécies arbóreas recebe a denominação de madeira e
tem grande aproveitamento econômico, sendo usada em
construção civil, aplicações externas, mobiliário,
embalagens, etc.

Fig. 8. Vasos com tilos. À direita observa-se a formação de tilos.


À esquerda os tilos obstruem o vaso.

Fig. 9. Seção longitudinal de um vaso, evidenciando a formação


de tilos a partir de células parenquimáticas vizinhas. Retirado de
Fahn (1974).
Em muitas madeiras desenvolvem-se tilos (Fig. 8 e
9), isto é, protuberâncias das células do parênquima lenhoso
Fig. 7. Sistema axial do xilema secundário, representando (axial ou radial) que penetram no interior de um elemento
os elementos traqueais e as fibras. traqueal quando este se torna inativo ou quando o tecido
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xilemático é ferido. Tal crescimento ocorre através de um restritas ao floema e são transmitidas de uma planta para
par de pontoações que faz conexão entre dois elementos. Às outra pelas picadas.
vezes o próprio núcleo passa através das pontoações e é
comum haver crescimento secundário no tilo. CLASSIFICAÇÃO
Estas mudanças que ocorrem no cerne fazem com No corpo primário da planta o floema origina-se por
que a madeira extraída dele seja mais durável que aquela diferenciação do procâmbio. O floema que se forma do
extraída do alburno, pois ela é menos suscetível aos ataques procâmbio é o floema primário. Quando ocorre crescimento
por microorganismos e menos penetrável por líquidos secundário, o floema forma-se a partir do câmbio, chamado
(inclusive, líquidos preservantes). de floema secundário.
Em algumas espécies, o tempo requerido para o
alburno converter-se em cerne é relativamente curto,
enquanto que em outras necessita de mais tempo.

FLOEMA
CONSIDERAÇÕES GERAIS

O floema é o tecido responsável pela translocação de


nutrientes orgânicos produzidos pela fotossíntese para todas
as partes do vegetal.
O aparecimento do floema teve conseqüências
importantes, pois além de transportar as substâncias da
parte autotrófica para a heterotrófica, passou a controlar
qual parte da planta deveria crescer mais rapidamente, não
só em função da época do ano, mas também do tipo de
estrutura a receber nutrientes: meristema, primórdio foliar,
tecido de reserva, etc.
O floema pode translocar uma grande quantidade de
Fig. 10 . Elemento crivado de pteridófita, uma célula longa e
material muito rapidamente. A seiva orgânica (elaborada)
nucleada. Célula crivada, mostrando as áreas crivadas e associada
contém de 50 a 300 mg/mL de matéria seca, sendo que de a uma célula albuminosa; Elemento de tubo crivado, mostrando
80 a 90% dessa matéria é o açúcar. Aminoácidos ocorrem as áreas crivadas e a placa crivada, associado com as células
companheiras, que têm origem comum com o elemento de tubo
em concentração de 20 a 80 mg/mL e outros componentes crivado.
são álcoois e fosfatos ligados a açúcares, reguladores de
crescimento, ácidos nucléicos, vitaminas e substâncias OCORRÊNCIA
inorgâncias. A velocidade de translocação varia de 10 a 100
O floema aparece em caules (Fig. 2), raízes, folhas,
cm/h, podendo chegar a 300 cm/h.
partes florais, etc. Comumente, o floema, ocupa uma
A evolução do floema é menos conhecida que a do
posição relativamente externa ao eixo caulinar e dorsal
xilema. Acredita-se que os elementos de tubo crivado
(inferior ou abaxial) nas folhas e nos órgãos de natureza
tenham evoluído a partir de células do parênquima e,
foliar. Na raiz em crescimento primário, alterna-se com o
devido à fisiologia das suas células, devem ter ocorrido
xilema. Na raiz em crescimento secundário e no eixo
profundas mudanças no sistema enzimático intracelular.
caulinar, na maioria dos casos, o floema localiza-se
Os estudos do floema e da seiva orgânica estão
externamente ao xilema.
muito associados a insetos sugadores denominados aos
Devido à sua posição próxima à periferia do órgão, o
afídeos (pulgões). O estudo do fluxo da seiva orgânica é
floema modifica-se com o aumento em espessura do órgão.
feita com esses insetos, pois com seu aparelho bucal
Nas partes mais periféricas, ele eventualmente deixa de ser
conseguem atingir os elementos de tubo crivado. Se o seu
funcional e é fragmentado pela formação de peridermes
corpo for retirado, mantendo-se apenas o aparelho bucal, a
sucessivas.
seiva elaborada é exsudada por um período relativamente
longo. A seiva pode ser coletada com auxílio de uma
COMPOSIÇÃO
micropipeta e sua composição estudada. Afídeos também
têm sido usados nos estudos dos movimentos dos O floema é um tecido formado basicamente por
hormônios ou do efeito dos hormônios na translocação dos células condutoras (elementos crivados: elementos de tubo
assimilados. Por causa desses animais algumas viroses são crivado ou células crivadas e células parenquimáticas
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especializadas (células companheiras em angiospermas ou Quando observadas ao microscópio de luz, em seções de
células Strassburger, erroneamente denominadas material fresco, mostram um brilho aperolado recebendo a
albuminosas), células parenquimáticas e esclerênquima denominação de paredes nacaradas. Sua composição é de
(fibras e esclereídes). celulose e compostos pécticos e, pelo arranjo observado,
acredita-se que nas células crivadas e nos elementos de tubo
A) CÉLULAS CONDUTORAS crivado, na maioria dos casos a parede seja primária.
Essas células apresentam as chamadas áreas
crivadas, isto é, áreas que apresentam poros através dos
quais interconectam-se os protoplastos de elementos
crivados contíguos, tanto no sentido vertical como lateral.
Pode-se dizer que a área crivada é um campo de pontoação
primário altamente especializado. No floema funcional,
cada poro aparece revestido por calose, polímero de 1,3
glicose. Em preparações microscópicas descuidadas, como
artefato aparece o poro totalmente obstruído por calose.
O desenvolvimento da placa crivada (Fig. 12) dá-se
da seguinte maneira: a) depósito de plaquetas de calose na
região do poro, isto é, região onde já havia plasmodesmas;
b) as plaquetas de calose se espessam e revestem toda a
região do poro formando cilindros de calose; c) a seguir, os
cilindros de calose se espessam mais e a calose se deposita
também na parede da célula, entre os cilindros.
Outra característica importante dessas células
(Fig.12) é a ausência, de núcleo na maturidade, embora
sejam mantidos os leucoplastos (de amido e/ou de
Fig. 11. Comunicação entre elemento de tubo crivado e célula proteína), retículo endoplasmático e as mitocôndrias. O
companheira, mostrando os poros na parede do tubo crivado e
tonoplasto em geral desaparece, constituindo o
plasmodesmos ramificados na parede da célula companheira.
Retirado de Raven et al. (2001). mictoplasma, mas a membrana plasmática permanece.
As células condutoras (Fig. 10) são as que executam É muito comum, em eudicotiledôneas, a presença de
a condução da seiva orgânica e podem ser de três tipos: 1) uma substância protéica, denominada proteína-P, que
elementos crivados, que são células nucleadas, presentes ocorre como filamentos no citoplasma residual desta célula.
em pteridófitas, sendo que cada grupo de pteridófita tem o Esta, em ultra-estrutura, mostra que é constituída de túbulos
seu tipo característico. A essas células não estão associadas ou fibrilas, ou ambos, que se arranjam helicoidalmente. A
células parenquimáticas especializadas. 2) células crivadas, variação infra-estrutural da proteína-P está associada a uma
que são células sem núcleo e que se mantêm ativas pela variação macromolecular durante a diferenciação do
atividade das células Strassburger; só foram observadas em elemento crivado. A proteína-P pode ter características
gimnospermas e normalmente são células radiais. 3) semelhantes às proteínas contrácteis do tipo actina/miosina,
elementos de tubo crivado, presentes em angiospermas, que favorecendo a aceleração e regulação dos assimilados, na
são células sem núcleo e que se mantêm graças à atividade oclusão das áreas crivadas e ainda no reconhecimento
metabólica da(s) célula(s) companheira(s), que se celular.
originaram da mesma célula que formou o elemento de tubo Quando o elemento crivado está envelhecendo ou se
crivado. A expressão tubo crivado designa uma série preparando para a dormência, mais calose vai se
longitudinal de elementos de tubo crivado conectados. acumulando e esta pode até mesmo obliterar o poro (Fig.
Entre as células parenquimáticas e os elementos 12-H). Quando o floema é reativado, a calose torna-se
crivados só há plasmodesmos estabelecendo comunicação reduzida, possibilitando o restabelecimento da continuidade
entre elas. Nas paredes das células crivadas e nas dos protoplasmática entre as células contíguas. Pode ainda
elementos de tubo crivado formam-se poros, para os quais ocorrer um acúmulo de calose em resposta aos ferimentos.
convergem diversos plasmodesmos das células Strassburger Aparentemente enzimas localizadas na membrana
ou das células companheiras (Fig. 11). plasmática estão envolvidas no controle de síntese ou de
As paredes celulares das células condutoras são em degradação da calose.
geral mais espessas do que as das células parenquimáticas.
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As placas crivadas encontradas nas paredes
terminais podem apresentar-se em diferentes graus de
inclinação, até totalmente transversais. Os elementos de
tubo crivado longos, dotados de paredes terminais muito
inclinadas podem ter placas crivadas compostas, ou seja,
placas crivadas com várias áreas crivadas. Nessas placas
crivadas, os poros são relativamente estreitos,
características que indicam primitividade. A especialização
celular transcorreu no sentido de uma diminuição da
inclinação das paredes terminais, aumento de tamanho dos
poros nas placas crivadas e distinção entre áreas crivadas
nas paredes laterais e placas crivadas nas paredes terminais.
Assim, o elemento de tubo crivado mais especializado é
aquele que se apresenta mais largo e com áreas crivadas
pouco especializadas nas paredes laterais.

B) CÉLULAS STRASSBURGER E COMPANHEIRAS

O movimento de materiais orgânicos no floema


depende da interação fisiológica entre os elementos
Plasmodesmo
crivados e as células parenquimáticas especializadas
contíguas. Assim, intimamente associadas às células
crivadas, existem as chamadas células Strassburger nas
gimnospermas e células companheiras nas angiospermas.
Os elementos crivados presentes nas pteridófitas não
Fig. 12. Diagrama ilustrando a diferenciação de um elemento de exibem tal associação com as células parenquimáticas
tubo crivado. A. Precursor do elemento de tubo crivado; B.
Divisão para originar o elemento e a célula companheira; C. adjacentes.
Formação de duas células companheiras e degeneração do núcleo As células Strassburger, análogas às células
e desintegração do tonoplasto no elemento de tubo crivado; D. companheiras, estão associadas às células crivadas por
Elemento de tubo crivado maduro, com placa crivada
apresentando calose. E-H. Detalhe da formação da placa crivada. numerosos plasmodesmas. Estas células não estão
E. Depósito das plaquetas de calose (estágio B e C); F. Formação relacionadas ontogeneticamente, isto é, não têm uma
do cilindro de calose (Estágio D); G. Depósito de calose em toda a precursora comum. As células companheiras são células
placa; H. Tampões de calose nos poros, vedando-os quando o tubo
crivado está num estágio não-funcional temporário ou definitivo. parenquimáticas especializadas que estão ligadas aos
A-D, retirado de Esau (1974). E-H, retirado de Fahn (1974). elementos de tubo crivado por meio de plasmodesmas. Essa
As células crivadas, presentes nas gimnospermas continuidade entre esses dois tipos de células é tão grande,
são, alongadas (cerca de 3,5 mm de comprimento) e que freqüentemente, em preparações de material
apresentam áreas crivadas em suas paredes laterais, como dissociado, o elemento crivado e sua(s) célula(s)
também nas terminais. Os poros das áreas crivadas são companheira(s) permanecem juntos. As células
relativamente estreitos (0,05-2,0 µm de diâmetro) e companheiras possuem núcleos e nucléolos relativamente
freqüentemente uniformes em tamanho. Os elementos de grandes, numerosas mitocôndrias bem desenvolvidas,
tubo crivado são curtos (50-150 µm de comprimento) e plastídios (freqüentemente cloroplastos) e muitos
ocorrem na maioria das angiospermas. Nas paredes laterais ribossomos. As células companheiras e o elemento de tubo
dessas células são freqüentes as áreas crivadas com poros crivado estão relacionados ontogeneticamente, isto é,
relativamente pequenos. Nas paredes terminais e, podem ser células irmãs (Fig. 12) originada da mesma
ocasionalmente, nas paredes laterais ocorrem áreas mais célula meristemática ou derivada .
especializadas, as placas crivadas, portadoras de poros Nas venações menores da folha, os elementos de
maiores (10-14 µm de diâmetro). A interconexão entre um tubo crivado são menores e as células parenquimáticas
elemento de tubo crivado e outro, ao nível da placa crivada, maiores, de modo que estas células e as companheiras são
e mais completa do que entre células crivadas. Os chamadas de células intermediárias porque medeiam o
elementos de tubo crivado mostram um maior grau de acúmulo e o descarregamento de material (Fig. 13, CT).
especialização do que aquele visto nas células crivadas.
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ainda ser vivas ou mortas na maturidade. Em muitas
espécies as fibras têm valor econômico, como no caso do
linho, cânhamo ou maconha, rami, etc.

Fig. 14. Células do floema secundário de Robinia pseudo-acácia


(Fabaceae). A-E. Em vista longitudinal; F-J. Em corte transversal.
A e J. Fibra secundária; B. Elemento de tubo crivado. F. Placa
crivada. C e G. Parênquima. Retirado de Esau (1974).
Esclereídes são comuns no floema, podendo
aparecer tanto no sistema axial quanto no radial do floema
Fig. 13. Elétron-micrografia de uma nervura de menor calibre de secundário. Ocorrem esclereídes secundárias em Robinia
Anacyclus pyrethrum (Asteraceae). CT = Células de transferência
EC= Elemento crivado; IPC = Invaginações da parede celular: X = pseudo-acácia (Fig. 14 E e I).
Xilema.
Em algumas plantas essas células têm paredes finas, ONTOGÊNESE
enquanto que em outras mostram protuberâncias na parede
Os tecidos vasculares e, conseqüentemente o floema,
interna aumentando a área da membrana plasmática,
formam-se por diferenciação do procâmbio no corpo
facilitando o transporte a curta distância. Neste caso, são
primário da planta. O floema que assim se originou é
chamadas células de transferência, como já mencionado no
chamado floema primário (proto e metafloema). Quando
capítulo de parênquima (Fig.13).
ocorre crescimento secundário em espessura
(gimnospermas e a maioria das dicotiledôneas), o câmbio
C) CÉLULAS PARENQUIMÁTICAS
forma o floema que é denominado floema secundário. O
Células parenquimáticas não especializadas são os tecido vascular secundário se organiza num sistema axial
componentes normais do floema e podem conter (longitudinal ou vertical) e outro radial (transversal ou
substâncias ergásticas, como amido, cristais (Fig. 14 D), horizontal). Os raios formados são contínuos através do
substâncias fenólicas, etc. ou não (Fig. 14 C). No floema câmbio, indo desde o xilema secundário até o floema
secundário temos as células parenquimáticas do sistema secundário.
radial e as do sistema axial. As células parenquimáticas do
sistema radial são derivadas de células iniciais radiais do CARACTERÍSTICAS
câmbio e as do sistema axial, são derivadas das células
FLOEMA PRIMÁRIO
iniciais fusiformes do câmbio.
O floema primário é constituído pelo proto e
D) FIBRAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS metafloema. O protofloema ocorre nas regiões que ainda
estão em crescimento por alongamento e, assim, seus
As fibras (Fig. 14 A e J), no floema primário estão
elementos crivados sofrem estiramento e logo param de
presentes na parte externa desse tecido, sendo que no
funcionar (1 ou 2 dias); eventualmente podem até ficar
floema secundário apresentam uma distribuição variada
obliterados. O protofloema é constituído por elementos
entre as outras células do sistema axial. Podem apresentar-
crivados geralmente estreitos e não conspícuos, podendo ou
se septadas como em videira (Vitis vinifera) ou não; podem
não ter células companheiras. Podem estar agrupados ou
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isolados entre as células parenquimáticas. O metafloema
diferencia-se mais tarde e, nas plantas desprovidas de
crescimento secundário, constitui o único floema funcional
nas partes adultas da planta. As células condutoras do
metafloema são em geral mais largas e numerosas quando
comparadas às do protofloema. As fibras estão, em geral,
ausentes.

FLOEMA SECUNDÁRIO
O floema secundário (Fig. 15, 16, 17, 18) é
proveniente do câmbio. A quantidade de floema produzida
pelo câmbio é em geral menor que a de xilema. No caso das
coníferas, o sistema axial (longitudinal ou vertical) contém
células crivadas, células albuminosas, células
parenquimáticas, fibras e esclereídes. O sistema radial
(transversal ou horizontal) é constituído por raios
unisseriados com células albuminosas e células
parenquimáticas.
Fibras estão ausentes em Pinus, porém ocorrem em
outras espécies de gimnospermas como em Taxus,
Taxodium, Cupressus, etc. Nas eudicotiledôneas,
magnoliídeas e paleoervas o sistema axial é formado pelos
tubos crivados, células companheiras e células
parenquimáticas. As fibras podem estar ausentes ou
presentes e, neste caso, formam uma faixa contínua ao
redor de toda a circunferência do órgão (caule e raiz) ou
faixas isoladas.
O sistema radial formado pelos raios uni ou
plurisseriados compõe-se de células parenquimáticas pode,
ainda, conter esclereídes ou células parenquimáticas
esclerificadas com cristais. Os raios podem aparecer
dilatados, como conseqüência de divisões anticlinais radiais
das células em resposta ao aumento de circunferência do
eixo.
Fig. 15. Diagrama do floema secundário e câmbio de Thuja
occidentalis (Cupressaceae), uma gimnosperma. (Retirado de Esau
(1974).
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Fig. 17. Variações na estrutura de células crivadas e de


elementos de tubo crivados. A. Célula crivada de
pinheiro (Pinus pinea, Pinaceae), com raios associados
como são vistos em corte tangencial. Os demais são
elementos de tubo crivado com células companheiras de
cortes tangenciais do floema das seguintes espécies: B.
Juglas hindsii (Juglandaceae); C. Maçã (Pyrus malus,
Rosaceae); D. Liriodendron tulipifera (Magnoliaceae);
E. Acer pseudoplatanus (Aceraceae); F. Cryptocarya
rubra (Lauraceae); G. Fraxinus americana (Oleaceae);
H. Wisteria sp. (Fabaceae) Em B- G, as placas crivadas
aparecem em vista lateral e suas áreas crivadas são mais
espessas que as regiões de parede intervenientes devido
à deposição de calose.

Fig. 16. Diagrama do floema secundário e câmbio de


Liriodendron tulipifera (Magnoliaceae), uma dicotiledônea.
Retirado de Esau (1974).
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Fig. 18. Células crivadas e elementos de tubo crivado em


vista lateral e em corte transversal, com detalhes
estruturais das placas crivadas. A- B. Pteridium sp.
(Pteridaceae) A figura mostra apenas ¼ da célula; C -
D. Tsuga canadensis (Pinaceae). A figura mostra
apena s 1/3 da célula; E- G. Juglans nigra
(Juglandaceae). G. Parte da placa crivada em detalhe;
H- L. Liriodendron sp (Magnoliaceae). H- I, com as
células companheiras associadas. J -K. Detalhes da
placa crivada e da respectiva malha. L. Placa crivada
em corte. M- O. Malus pumila (Rosaceae). O. Detalhe
da placa crivada. P -R. Solanum tuberosum
(Solanaceae). R. Detalhe da placa crivada. S -
U. Robinia pseudo- acácia (Fabaceae), com células
companheiras associadas. U. Detalhe da placa
crivada.

BIBLIOGRAFIA
COUTINHO, L. M. Botânica. Editora Cultrix Ltda.
São Paulo. 1975. 307p.

OGURA, Y. Comparative anatomy of vegetative


organs of pteridophytes. Gerbrüder Borntraeger,
Berlin. 1972. 502p.

RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E.


Biologia Vegetal – 6ª Ed., Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 2001

SMITH, GILBERT MORGAN. 1987. Botânica


Criptogâmica Vol. II. 4ª ed. Fundação Calouste
Gulbenkian, Lisboa. 387p.

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