Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
O ponto nodal da caducidade do legado é que ela não gera nenhum tipo de perdas
e danos em face dos herdeiros e a reposição patrimonial do legatário.
Inciso IV, também vai caducar o legado se o legatário for excluído da sucessão por
indignidade, pode alegar o herdeiro que o legatário praticou atos de indignidade, e com
sentença transitada em julgado esse bem vai sair das mãos do legatário e vai ser
incorporado novamente a legitima, se já houve partilha, haverá a sobrepartilha. Pergunta:
Se o legado é estabelecido após o ato de indignidade? Resposta, pressupõe o perdão. Se
o legatário atentou contra a vida do testador, está cumprindo pena por esse ato, o testador
vai e estabelece um legado para esta pessoa, não há como arguir indignidade, ele sabe o
que a pessoa fez, e mesmo assim quis estabelecer um legado, isso pressupõe o perdão.
Agora se o ato é posterior ao estabelecimento do legado, e não houve a declaração de
indignidade o herdeiro na hora da sucessão vai arguir a indignidade e ele não vai receber o
legado, seria injusto se só o herdeiro estivesse sujeito a uma declaração de indignidade e
o legatário não, aqui o legislador equiparou os dois.
[O art. 1.941 diz o seguinte: “Quando vários herdeiros, pela mesma disposição
testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões não determinados,
e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte acrescerá à dos co-
herdeiros, salvo o direito do substituto”. É desta regra que nasce a renúncia, lembram-se
da regra da renúncia? Que quando renuncia a sua quota acresce a dos demais.
Direito de acrescer entre herdeiros é fácil, porque você está com herança, que é o
todo indiviso, se um deles renuncia vai acrescer à quota dos demais. É o todo indiviso,
continua indiviso, mas eu antes dividi aquilo ali por cinco, agora estou dividindo por quatro.
Vamos ver a regra específica da razão que impede a sucessão, mas a regra geral seria
acrescer nas partes dos demais, ok? Salvo questão da indignidade que é chamado os
sucessores como se ele fosse pré-morto, ai não acresce.
Mas vem o art. 1.942 e fala: “O direito de acrescer competirá aos co-legatários,
quando nomeados conjuntamente a respeito de uma só coisa (...)” então a questão do
legado é diferente, não é porque um sujeito não pode suceder naquele legado que esse
legado vai acrescer na quota dos demais legatários. A regra do direito de acrescer é a
existência do condomínio, a existência da comunhão, a existência da indivisibilidade
gerando esse condomínio. Então quando que um legatário que não pode suceder gera o
direito de acrescer? Porque o direito de acrescer do legatário em relação ao herdeiro é
uma coisa, quer dizer, o legado, a coisa está lá no testamento, o legatário morreu antes do
testador, a coisa vem para a legítima, é um direito de acrescer dos herdeiros, acresceu a
legítima. Ou o legatário foi considerado indigno, acresceu a legítima.
A questão é: quando que esse legado vai acrescer aos demais legatários? Quando
for de uma coisa que está sendo legada à mais de um legatário, ou um conjunto de bens
que está sendo legado a um conjunto de legatários, formando o que é a comunhão.
O art. 1.944, caput traz aquela regrinha geral básica: “Quando não se efetua o
direito de acrescer, transmite-se aos herdeiros legítimos a quota vaga do nomeado.”
Voltando, parágrafo único: “Se não houver conjunção entre os co-legatários, ou se,
apesar de conjuntos, só lhes foi legada certa parte do usufruto, consolidar-se-ão na
propriedade as quotas dos que faltarem, à medida que eles forem faltando.”
E vem o parágrafo único: “Se não houver conjunção entre os co-legatários (...)”, ou
seja, não foi um legado de usufruto conjunto, foi identificada a parte para cada um, terá o
percentual de 20%, vai ter o percentual de 60%, vai ter o percentual de 20%, ok? “ (...) ou
se, apesar de conjuntos, só lhes foi legada certa parte do usufruto(...)”, o que esse
parágrafo único está falando? Não é de uma situação de comunhão, é uma situação de um
bem indiviso, cujo usufruto está muito bem definido, então consolidar-se-á na propriedade
as cotas dos que faltarem à medida que lhes forem faltando.
O que é consolidar a propriedade? Usufruto não é um direito real que recai sobre a
nua propriedade? Consolidar a propriedade quer dizer que o nu proprietário volta a ter a
propriedade daquele quinhão plenamente, então se o legado de um usufruto não foi
conjunto, foi um percentual dividido, identificado, ou dentro de um todo uma cota
identificada, ao cessar aquele usufruto consolida no nu proprietário que volta a ter a
propriedade plena. Até que vai chegar um momento que ele vai ter a propriedade toda e
acabou o usufruto. Diferente do caput, porque o caput está dizendo que o usufruto
permanece e que vai acrescendo na quota dos demais usufrutuários, por que? Porque o
usufruto era conjunto, é a comunhão no usufruto.