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Aula 10 – Civil X

Caducidade dos legados. Quando um legado caduca? Quando em decorrência de


um fato ele deixa de ter validade e eficácia.

Institui o Código Civil.


Art. 1.939. Caducará o legado:
I - se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber
a denominação que possuía;
II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde
ela deixou de pertencer ao testador;
III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido
do seu cumprimento;
IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art. 1.815;
V - se o legatário falecer antes do testador.

Exemplo: Tia lega a sobrinha um colar de pérolas. Após o falecimento a sobrinha


constata que a tia transformou o colar em uma pulseira e um par de brincos. A ela caberá o
direito de reivindicar a pulseira e brincos, que originalmente conformavam o colar? Não,
esse legado caducou, pois pulseira e brincos não são colar, e o próprio legatário modificou
a coisa legada. Caso fosse um colar de uma volta e tivesse sido transformado num colar
de 3 voltas caberia reivindicação pois não estaria alterada a natureza da coisa legada, no
caso colar.

Inciso II, O exemplo clássico é o da legação de terras, o testador” estabelece deixo


10 acres de terra”, e na hora se constata que dos 10 acres só restaram um terreninho, uma
quadra, pois o testador alienou, dispôs de outra maneira em vida, não pode o legatário
exigir ao espólio uma compensação em dinheiro, pois aquela parte deixou de pertencer ao
testador em vida.

Exemplo de aluno, se o testador fraciona a terra em vida, mas após o falecimento


por motivo “n”(herdeiros contestam a venda e vencem) os lotes retornam ao espólio,
revigora o legado? Resposta depende. É preciso observar se não estamos em hipótese de
cair no inciso I, como? Se ele fracionou a terra e fez tudo “certinho” gerou matrículas novas
aos lotes estamos diante da situação prevista no inciso I. Se ocorreu apenas um
loteamento de fato, ao retornar ao espólio se recompõe o terreno previsto no legado e ele
é válido em sua plenitude.
Inciso III, O evicto aqui é o morto, o testador, se ele perdeu a posse por evicção,
azar do legatário, mesmo que ele já esteja na posse do bem, se sobrevém uma processo
de evicção contra o testador e vence, perdido o bem.

O ponto nodal da caducidade do legado é que ela não gera nenhum tipo de perdas
e danos em face dos herdeiros e a reposição patrimonial do legatário.

Inciso IV, também vai caducar o legado se o legatário for excluído da sucessão por
indignidade, pode alegar o herdeiro que o legatário praticou atos de indignidade, e com
sentença transitada em julgado esse bem vai sair das mãos do legatário e vai ser
incorporado novamente a legitima, se já houve partilha, haverá a sobrepartilha. Pergunta:
Se o legado é estabelecido após o ato de indignidade? Resposta, pressupõe o perdão. Se
o legatário atentou contra a vida do testador, está cumprindo pena por esse ato, o testador
vai e estabelece um legado para esta pessoa, não há como arguir indignidade, ele sabe o
que a pessoa fez, e mesmo assim quis estabelecer um legado, isso pressupõe o perdão.
Agora se o ato é posterior ao estabelecimento do legado, e não houve a declaração de
indignidade o herdeiro na hora da sucessão vai arguir a indignidade e ele não vai receber o
legado, seria injusto se só o herdeiro estivesse sujeito a uma declaração de indignidade e
o legatário não, aqui o legislador equiparou os dois.

Inciso V, se o legatário falecer antes do testador. O legado não gera direito


sucessório a ele se o fato que gera a abertura do testamento não ocorreu. O que tem o
legatário a semelhança do herdeiro enquanto a morte não vem? Mera expectativa de
direito. Logo se este legatário morre antes do testador, não cabe aos herdeiros dele pedir
um direito que era uma mera expectativa. Esse direito morre com o legatário.

[O art. 1.941 diz o seguinte: “Quando vários herdeiros, pela mesma disposição
testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões não determinados,
e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte acrescerá à dos co-
herdeiros, salvo o direito do substituto”. É desta regra que nasce a renúncia, lembram-se
da regra da renúncia? Que quando renuncia a sua quota acresce a dos demais.

Direito de acrescer entre herdeiros é fácil, porque você está com herança, que é o
todo indiviso, se um deles renuncia vai acrescer à quota dos demais. É o todo indiviso,
continua indiviso, mas eu antes dividi aquilo ali por cinco, agora estou dividindo por quatro.
Vamos ver a regra específica da razão que impede a sucessão, mas a regra geral seria
acrescer nas partes dos demais, ok? Salvo questão da indignidade que é chamado os
sucessores como se ele fosse pré-morto, ai não acresce.

Mas vem o art. 1.942 e fala: “O direito de acrescer competirá aos co-legatários,
quando nomeados conjuntamente a respeito de uma só coisa (...)” então a questão do
legado é diferente, não é porque um sujeito não pode suceder naquele legado que esse
legado vai acrescer na quota dos demais legatários. A regra do direito de acrescer é a
existência do condomínio, a existência da comunhão, a existência da indivisibilidade
gerando esse condomínio. Então quando que um legatário que não pode suceder gera o
direito de acrescer? Porque o direito de acrescer do legatário em relação ao herdeiro é
uma coisa, quer dizer, o legado, a coisa está lá no testamento, o legatário morreu antes do
testador, a coisa vem para a legítima, é um direito de acrescer dos herdeiros, acresceu a
legítima. Ou o legatário foi considerado indigno, acresceu a legítima.

A questão é: quando que esse legado vai acrescer aos demais legatários? Quando
for de uma coisa que está sendo legada à mais de um legatário, ou um conjunto de bens
que está sendo legado a um conjunto de legatários, formando o que é a comunhão.

Se um renuncia, se um não pode suceder, óbvio que cabe a mesma regra de


acrescer ao direito dos demais legatários que estão em comunhão. Não vai aquela quota
parte para a legítima, fica ali por força do condomínio, por força da indivisão, então aqueles
que eram cinco legatários agora são quatro.

“Parágrafo único. Os co-herdeiros ou co-legatários, aos quais acresceu o quinhão


daquele que não quis ou não pôde suceder, ficam sujeitos às obrigações ou encargos que
o oneravam.”. Aqui o mesmo vai acontecer com o substituto testamentário, ele entra no
lugar daquele sujeito e ele vai assumir a condição que era trazida praquele. A não ser que
o testador exclua. No caso dos co-herdeiros e co-legatários ele não pode excluir o
encargo, porque estamos falando de um todo indiviso, estamos falando da indivisão, mas
no caso do substituto, se essa indivisão é porque está recaindo em um conjunto de bens
que individualmente podem ser identificados como bens singulares, um acervo de obras de
arte, por exemplo, aquele acervo é legado como um todo indiviso, vai para os co-legatários
ou co-herdeiros. E se o testador no legado estabelecer encargo para apenas um daqueles
bens onde recaia ou exonere do encargo ao substituto é válido. Ele pode estar colocando o
encargo para um legatário e dizendo que se Maria não puder ou não quiser vem João,
sendo que para João não precisa o encargo. O testador pode fazer isto.

O art. 1.944, caput traz aquela regrinha geral básica: “Quando não se efetua o
direito de acrescer, transmite-se aos herdeiros legítimos a quota vaga do nomeado.”

“Parágrafo único. Não existindo o direito de acrescer entre os co-legatários, a quota


do que faltar acresce ao herdeiro ou ao legatário incumbido de satisfazer esse legado, ou a
todos os herdeiros, na proporção dos seus quinhões, se o legado se deduziu da herança.”

E o art. 1.945 diz que: “Não pode o beneficiário do acréscimo repudiá-lo


separadamente da herança ou legado que lhe caiba (...)” Por que ele não pode? Porque
ele não pode repudiar este legado, porque ele não pode renunciar e dizer que não quer
esse bem, esse quadro, mas quer ficar com sua parte na herança? Por que ele não pode
renunciar se o legado acresceu a parte dele? Porque ao acrescer ele compõe a totalidade
da quota, que é um todo indiviso enquanto não houver partilha. Ele aumenta a quota.
Estamos falando ainda da co-propriedade, do condomínio.

E a segunda parte do artigo: “(...)salvo se o acréscimo comportar encargos


especiais impostos pelo testador; nesse caso, uma vez repudiado, reverte o acréscimo
para a pessoa a favor de quem os encargos foram instituídos.”. Por exemplo, ele está
dando o legado do direito de usufruto da casa e esse usufruto será em prol da instituição
de caridade X, ele está dando o usufruto para este sobrinho para que este sobrinho faça ali
um abrigo de animais como extensão da Sociedade Protetora de Animais. Ele vai dizer o
seguinte: então não quero esse usufruto, para fazer isso não quero. Neste caso a
Sociedade Protetora de Animais que vai ter o usufruto.

Art. 1.946: “Legado um só usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, a parte


da que faltar acresce aos co-legatários.”, então usufruto de um patrimônio, de uma casa,
ou de direitos autorais em prol dos três sobrinhos Zezinho, Luizinho e Huguinho, direitos
autorais sobre a obra do Tio Patinhas que o Pato Donald herdou, a moeda número um.

Voltando, parágrafo único: “Se não houver conjunção entre os co-legatários, ou se,
apesar de conjuntos, só lhes foi legada certa parte do usufruto, consolidar-se-ão na
propriedade as quotas dos que faltarem, à medida que eles forem faltando.”

[Pedido para explicar o caput do artigo]


Legado de um só usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, você pode fazer
um legado de usufruto para uma pessoa ou para mais de uma pessoa. Deixou o legado de
usufruto dos direitos autorais sobre o patrimônio imaterial, sobre os royalties de obras de
invenções à Huguinho, Zezinho e Luizinho, ok? Então eles vão receber aquilo sempre em
conjunto. E o que está falando aqui? A parte de que faltar acresce aos co-legatários. Então
qual é a regra? Se um deles não existir mais, essa parte vai acrescer dos outros dois.

E vem o parágrafo único: “Se não houver conjunção entre os co-legatários (...)”, ou
seja, não foi um legado de usufruto conjunto, foi identificada a parte para cada um, terá o
percentual de 20%, vai ter o percentual de 60%, vai ter o percentual de 20%, ok? “ (...) ou
se, apesar de conjuntos, só lhes foi legada certa parte do usufruto(...)”, o que esse
parágrafo único está falando? Não é de uma situação de comunhão, é uma situação de um
bem indiviso, cujo usufruto está muito bem definido, então consolidar-se-á na propriedade
as cotas dos que faltarem à medida que lhes forem faltando.

O que é consolidar a propriedade? Usufruto não é um direito real que recai sobre a
nua propriedade? Consolidar a propriedade quer dizer que o nu proprietário volta a ter a
propriedade daquele quinhão plenamente, então se o legado de um usufruto não foi
conjunto, foi um percentual dividido, identificado, ou dentro de um todo uma cota
identificada, ao cessar aquele usufruto consolida no nu proprietário que volta a ter a
propriedade plena. Até que vai chegar um momento que ele vai ter a propriedade toda e
acabou o usufruto. Diferente do caput, porque o caput está dizendo que o usufruto
permanece e que vai acrescendo na quota dos demais usufrutuários, por que? Porque o
usufruto era conjunto, é a comunhão no usufruto.

O que é importante na substituição testamentária? O substituto tem mera


expectativa de direito, mesmo com a morte do testador, porque ele só vai suceder se
aquele a quem ele substitui não puder ou não quiser. Então não lhe cabe perdas e danos,
cobrar a entrega da coisa, ele não tem interesse, portanto não pode entrar em juízo, abrir
inventário. Na hora que ele é chamado para substituir ele assume o lugar de quem ele está
substituindo na condição e na situação que o substituído estiver na sucessão. Então se
este substituído precisou entrar com uma ação judicial em face de terceiro, é o substituto
que deve dar continuidade aquela ação. Se por ventura o substituído usou parte do bem,
recebeu parte do bem e faltou receber a outra parte, o substituto vai cobrar isso, dos
herdeiros ou de quem de direito. O que vocês têm que ter atenção é o seguinte, se a coisa
já entrou no patrimônio do substituído não tem mais substituição tem sucessão do
substituído.

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