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RESUMO – Teoria da Tributação: Aspectos Econômicos

 1. O fenômeno da tributação – norma expropriatória sobre bens de valor


econômico de particulares utilizada para o financiamento das atividades do Estado
o Todos os tributos causam alguma distorção nas relações sociais, de forma
que o legislador deve sopesar se os impactos no funcionamento do
mercado serão positivos no caso de instituição de algum tributo
o Os principais objetos tributados pelo Estado são a renda (ganho de bens
de valor econômico num determinado período de tempo), o consumo
(sacrifício de renda em função da aquisição de bens e serviços) e o
patrimônio (renda acumulada) – o Estado busca objetos economicamente
relevantes para a tributação
o Impacto da tributação sobre o mercado: distorções na oferta e na demanda
 Oferta: diretamente proporcional ao avanço dos preços sobre uma
quantidade de bens. Com alta elasticidade da oferta e baixa
elasticidade da demanda, tem-se um sistema no qual o comprador
tem a maior parte do ônus sobre a tributação
 Demanda: inversamente proporcional ao avanço dos preços sobre
uma quantidade de bens. Com alta elasticidade da demanda e baixa
elasticidade da oferta, tem-se um sistema no qual o vendedor tem
a maior parte do ônus sobre a tributação
 2. A presença do Estado na economia – momento histórico no qual não apenas
o mercado realiza atividades econômicas; o Estado atua para corrigir excessos e
falhas dentro do mercado
o Eficiência: atingir o melhor resultado a partir do mínimo de sacrifícios
(Pareto: algo é eficiente quando não é possível melhorar uma situação sem
uma alocação que prejudique uma parte em benefício de outra)
o Equidade: distribuição de deveres e direitos de acordo com um senso de
justiça (“dar a cada um aquilo que lhe é devido”)
o Constante tensão entre equidade e eficiência: numa sociedade
marcadamente desigual, o mais justo seria um ônus maior aos mais ricos,
mas tal ação pode comprometer a atividade econômica e prejudicar a
atuação do mercado
o O Estado se insere nas relações econômicas para corrigir desvios dentro
de uma economia de mercado:
 Concorrência imperfeita – existência e tendência do capitalismo de
formação de monopólios
 Necessidade de bens públicos – a tutela de direitos fundamentais
exige que haja bens que não sejam regidos pela lógica do mercado
 Externalidades – impactos que a atuação da iniciativa privada
causa em terceiros e no conjunto da sociedade, tendo muitas vezes
impactos negativos
 Mercados incompletos – incapacidade ou desinteresse no
provimento à sociedade da completa satisfação de suas demandas
em diversos segmentos
 Falhas de informação – a desinformação dentro do mercado,
sobretudo no ramo financeiro, gera desequilíbrios
 Ocorrência de desemprego, inflação e desequilíbrios econômicos
 3. Teoria da tributação ótima – tensão entre eficiência (arrecadação que não
cause distorções na atividade econômica e que fosse equilibrada) e equidade
(busca por recursos como forma de promoção de justiça social) gera a necessidade
de criar princípios para guiar a aplicação da tributação. A tributação ótima teria
quatro principais características:
o Simplicidade – fácil entendimento e processamento das normas tributárias
dentro da sociedade. A compreensão e execução dos tributos com falta de
simplicidade gera um gasto volumoso dentro da sociedade
o Neutralidade – criação de um sistema tributário que influencie o mínimo
possível nas atividades econômicas privadas. O princípio da neutralidade
muitas vezes é ignorado para a aplicação de políticas industriais e
comerciais dos Estados
o Progressividade – proporcionalidade nas contribuições e a situação social
do contribuinte. Os maiores responsáveis pelo financiamento do Estado
devem ser os mais ricos, com maior capacidade de contribuição
o Equidade – senso de justiça no sistema tributário. Está relacionado ao
princípio do benefício (o indivíduo deveria contribuir de forma
proporcional aos benefícios proporcionados a ele pelo Estado) e ao da
capacidade de pagamento (indivíduos devem contribuir
proporcionalmente à sua capacidade de contribuição, estipulando regras
gerais para a contribuição do todo da sociedade)
 4. O federalismo fiscal – divisão de poderes entre os entes federados gera uma
distribuição na responsabilidade sobre diferentes tarefas públicas e,
consequentemente, diferentes fontes de arrecadação e receitas
o Tiebout – total descentralização do sistema tributário e de realização de
tarefas públicas, com concorrência entre diferentes poderes locais. Dessa
forma, os cidadãos poderiam escolher (e consequentemente estimular a
atividade) dos setores que ofereceriam maiores benefícios
 Crítica (Gordon): externalidades tornam negativa a concorrência e a
descentralização total (exportação de tributos, comportamento
carona, “no meu quintal não”, desconsideração dos efeitos
distributivos de renda em outras jurisdições, regressividade
tributária e do perfil de gastos, desconsideração de aumento de
custos dos governos e de outras jurisdições, guerra fiscal)
o Busca de um sistema no qual os gastos e a prestação de serviços sejam
realizados pelo ente mais próximo do objeto, mas que não cause
desequilíbrios. Não há destino especificado para o tributo e, mesmo
recolhido por um ente específico, há repasses para outros entes

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