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All content following this page was uploaded by Fuad Kassab Junior on 15 January 2015.
RESUMO
Este artigo apresenta o uso de um trocador de calor de feixe tubular como ferramenta didática para o
ensino de modelagem e sistemas de controle. Este recurso pode ser usado nos cursos de engenharia mecâ-
nica, elétrica, química e de alimentos. Um software didático foi desenvolvido para realizar uma interface
amigável entre o aluno e o trocador de calor, permitindo que a planta se torne uma ferramenta de ensino.
O software permite testes da resposta ao degrau do trocador de calor em malha aberta e a implementa-
ção de um sistema de controle PID. A planta apresenta uma dinâmica com tempo morto. Optou-se por
adicionar ao software um algoritmo preditivo baseado na estrutura Preditor de Smith para o tratamento
do tempo morto. Desta forma, podem-se realizar testes utilizando o controle PID com e sem o algoritmo
preditivo. Metodologias para o ensino da modelagem do trocador de calor e ensino de sistemas de controle
são apresentadas.
Palavras-chave: Trocador de calor, ensino de modelagem, ensino de sistemas de controle, controle PID,
Preditor de Smith.
ABSTRACT
This paper presents the use of a shell and a tube heat exchanger as a didactic tool for teaching model-
ing and control systems. This tool can be used in the mechanical, electrical, chemical and food engineer-
ing courses. A didactic software was developed to perform a friendly interface between the student and
the heat exchanger allowing the plant to become a teaching tool. The software allows step response tests
of the heat exchanger in open loop and the implementation of a PID control system. The plant presents a
dynamics with dead time, so it was decided to add a predictive algorithm with Smith Predictor structure
in the software for the treatment of the dead time. Therefore, tests could be performed using the PID con-
trol with and without the predictive algorithm. Methodologies to teaching the heat exchanger modeling
and control systems are presented.
Key-words: Heat exchanger, modeling teaching, control systems teaching, PID control, Smith Predictor.
INTRODUÇÃO
O uso de plantas reais num curso de engenha- isto é que numa planta real os alunos vêem na
ria agrega muito valor na formação dos alunos, pois prática que seus projetos realizados em teoria
permite o contato com toda a instrumentação usa- realmente funcionam e que os cálculos que leva-
da no controle e na supervisão do processo, além de ram a esses são válidos.
incentivar o uso da planta em trabalhos práticos O trocador de calor utilizado neste trabalho
envolvendo modelagem (no caso, a modelagem do apresenta muitos recursos para o ensino de di-
trocador de calor) e projeto de sistemas de contro- versas disciplinas da engenharia. Dentre esses
le, entre outros. Apesar de os resultados de simu- podem-se citar o uso do trocador de calor para
ladores em computadores serem parecidos com os o estudo de transferência de calor, o estudo de
resultados práticos obtidos numa planta didática, todos os sensores e atuadores utilizados, levan-
nota-se um maior interesse e entusiasmo por parte tamento da resposta ao degrau em malha aber-
dos alunos em realizar trabalhos em plantas reais ta, trabalhos práticos envolvendo a sintonia de
do que em simuladores. O fator que contribui para controladores PID e muitos outros. Como ferra-
a
Professor Auxiliar em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia Mauá – Praça Mauá, 01; 09580-900 - São Caetano do Sul - SP.
E-mail: pauloalexandre@maua.br
b
Professor Doutor do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle da Escola Politécnica da USP – Av. Prof. Luciano Gualberto,
travessa 3, 158; 05508-900 - São Paulo - SP. E-mail: fuad@lac.usp.br
Revista de Ensino de Engenharia, v. 25, n. 2, p. 3-9, 2006 – ISSN 0101-5001
4 USO DE TROCADOR DE CALOR COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O ENSINO ...
ter sua freqüência de corte e número de pólos al- A Figura 3 apresenta o fluxograma da metodologia
terados pelo usuário. As temperaturas e o sinal de de ensino proposta para o ensino de modelagem.
controle da válvula eletropneumática podem ser
visualizados por gráficos de barra no canto direito
inferior da tela do software. Os controles manuais
do conversor de freqüência e da válvula de vapor fi-
cam no canto esquerdo inferior da tela do software.
A Figura 2 mostra a tela gráfica do software duran-
te um ensaio em malha aberta do trocador de calor
para o levantamento da resposta ao degrau.
(3)
(5)
A experiência 1 tem a função de introduzir mé- ditor de Smith (que é um modelo da planta) e a
todos de sintonia de controladores PID e testar tais própria planta.
sintonias na planta para uma posterior verificação A Figura 11 mostra a resposta ao degrau do
dos cálculos realizados. As experiências 2 e 3 têm trocador de calor controlado pelo controle PID com
a função de esclarecer ao aluno os efeitos de cada e sem o uso do Preditor de Smith, operando a um
parcela (proporcional, integrativo e derivativo) do fluxo de massa de 0,4148 kg/s no lado dos tubos,
controlador PID na ação de controle. Após estas ex- com os seguintes parâmetros de sintonia do PID:
periências, o aluno terá entendido os efeitos de cada Kp = 3 mA/ºC, Ti = 480 s e Td = 1 s. No preditor
parcela do controle PID e estará apto a realizar a foram utilizados os parâmetros K = 4,7 ºC/mA, τ =
sintonia de controladores PID, utilizando métodos 480 s e θ = 22 s. A Figura 12 mostra o sinal do con-
conhecidos. Além de permitir o ensaio com diferen- trolador com e sem o uso do Preditor de Smith para
tes sintonias de controle PID, pode-se realizar um o mesmo ensaio da Figura 11.
ensaio utilizando o controle PID com ou sem o uso
do Preditor de Smith para uma posterior compara-
ção das duas estruturas de controle. Esse algoritmo
preditivo é apresentado com mais detalhes em
Deshpand (1987). Para o entendimento dos efeitos
do uso do Preditor de Smith, o aluno deverá reali-
zar as experiências do fluxograma da Figura 9 com
e sem o uso do preditor e comparar seus resultados.
O diagrama de blocos do sistema de controle com o
Preditor de Smith é mostrado na Figura 10.
Figura 11 - Resposta ao degrau da planta controlada.
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