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eosta do Sol

.
HOTEL PARIS
The Hotel Paris
Hôtel Paris Hotel Paris
ESTO R I L - PORTUGAL
PELO •apõr AlWBA , esperado ômanhã, devemos re-
ceber a ..nossa ~o.stumada rem~s~ a '!_len_;;al desta acre-
ditada marca de papel de fumar, que continua mereéendo
a preferência de todos os fumadores de bom gôsto, como
o testemunha o seu consumo sempre crescente. Esta prefe-
rência é plenamente justificada, porquanto o nosso ZIG ZAG
é o único papel de fumar que não é prejudicial à saúde,
ao contrári ~ çi<> que sucede- com as. numerosas imitações
que abundam no mercado e que são altamente noci\las
para a garganta e bronquios do fumador. A combustão do
papel ZIG ZAG não deixa resíduos, enquanto que a das

%1G marcas concorrentes produz uma cinza mais ou menos ne-


gra, pro\la evidente de que ingredientes nem sempre sau-
dáveis entram na sua composição.

·ZAG BRINDES - Aos fumadores do nosso papel reco·


mendamos que não deixem de \le!._íficar se entre as folhas
dos livrinhos se encontra uma senha que dá "direito aos
interessantes brindes· que continuamos a distribuir como
recordação da nossa casa. É esta a única forma por que fa.
zemos a -distribuição dos nossos brindes, de nada servindo,
portanto, remeterem-nos as capas vasias.

TUBOS - Para comodidade dos fumadores que, apre-


ciando o tabaco de onça, não tenham paciência para enro-
lar os seus cigarros, lançámos no mercado tubos fabri-
cados com os nossos papeis ZIG ZAG branco e ALCA-
TRÃO, que vendemos em caixas de 100. T ambém temos as
máquinas para os encher. Queiram, pois, dirigir os seus
p~dos aos
- ·-
U nicos importadores em Portugal

A C asa Havanesa
LISBOA
24, Largo do Chiado, 25
E n d e r e ç o Te 1e g r á f ie o : H A V A N E Z A
Telefone: 2 0340
i ANO 1 J,ISBOA, 3 DE ABBIL DE J9SS N.0 9

Crítica
Actualidades
SS E MAINI A Arte
Literatura
IPOlfU@UIESSA
• •
DIRECTOR Editor RAUL DE LYZ E Propriedade da
Administrador: JO Sl B. \ 'ICENTE
Redacçto " admlnlslraç(Jo e oficinas RUA s CARLOS DO AMARAL Emprtt1a da •Semana Portuguesa. (em orga.
LUZ SORIANO, núfTUlro 91 ~ l l S 8 O A Red1tlor Jrlnclpal: Bandúra de Tóro nuardo) li Rua lu• Sorlano, número !H

H orn enagem ao nosso co mpan·heiro de trabalho, chefe da redação da


<~Semana Portugueza» pela maneira brilhante e alta competência com
que organizou êstt: número especial, e _algumas palavras de agradecimen-
to ás entidades oficiais e particulares, bem como a todos que por in-
terméd io do Sr. B an deira de Tóro, nos prestara m o seu valioso auxilio

A •S-.111·1111 />m·t11y111'""" deforma al1:uma p<>dcn;t dl'l'.\ar de pres- brilhante. fos;1imcnte conqui>lando um logar de destaque na «Re-
ta r a >Ua homenagem au J"t 1nto 'all'ara,~a .•'nr. Bandeira de Tóro, ''ista de Monas Gernos•. no •Parafusm• e em muitos outros jornaes
que P'~r l1 das as íon1l,1s, cc.rlscgu1 u ~on1 Ô M.:u ttho pn:~tJgio, tena- aonde trah.111,.,u, tendo ali escrito diversos panfletos em prosa e
cidade e persistência , ur1o::1ni1.ar l!stc num~ru, d~ 1:, '/" du :;o1 que verso sempre com hr1lhante e~1to.
C••m orgulho h•11e clamo> a puhh· Quando da Grande Guerra,
c1JaJe. ei-lo a caminho para as principaes
Ha muiln que na nos,;\ terra cidades do BrnLil. onde realiwu
não 'e <"Jota uma puhl;~;1.;.íu n~slc brilhantes conferencias patrióticas
1-1énero, rei<• facto ele •t•r d"pcn· aJ,ogando a causa dos aliado>.
cliosa e ainda porque 111íc:h1mente M ais tarde loi o mesmo esco-
os seu' ori;an11adores. faltos de lhido pelos governos dos Sn rs. Drs.
persistê:>cia. dcs:~tcm ao encontra-
E pitacio Pessoa e Artur Bernardes,
rem o primeiro ob>liículo, e18 por- para cargos da mais absolucta con-
que em tudo e ror tudo nau pode-
Íia n~a, que destmpenhou .:om
ria íi ca r no esquec.menlo e seria
tõda a lealdade. zelo e nob r~za de
osso uma ongrati<láo ela nossa parte
se não l1vessc1nos o bom 'cnso ele caracter, tendo como recompensa
d edicar e'l •. página, .:01110 homc· (após uma s6rie Je intrigas) o ter
nag<:1n du «8t•mmm l'ol'luyufl'tl» uo de ver-se na conting.lncia de aban·
seu ilustre c hefe da rcdaeÇÍIP, Snr. donar o Bratil, apesar de est a rem
Bande ira de Tóro, ao jornalista hri - no p >-ler os seus amigos.
lhJnle, ao escritor, ao poeta e ao l'atroeinndo polo saudoso Or.
pan fl Aista qae pM ve1e• nos< hega Anl6nio ,Jo~IÍ do Almeida ingressa
a elcctnsar. M u Diário do :\oticias... ali colabo·
Carlos Bandeir<1 de Tóro, !ilho rnndo no luqu.;ril-0 à [udustria :\a.
de uma familia d1stint;>>1ma eh- oional.
dJlga. nüo o 1m;>ed1u a sua heral· l::~tando por muito tempo afas-
dia d e colahc1rar ard< r.is1mente ao tado da vida jornal istica ingrei!i!a
l.odo da mocidade da su·i gern~ü·i na s,111n11n Pmtuyuha•, à qual tem
luctando com abnegac;lio. h.;ro"mo dado todo o seu eafor~o e dedicação.
e emu-;oasmo para a queda da Mo- Tal, é pois, a brilhaote folha
narquia e Jdvento d~s novas 1n,11- cl~ eondueta do prestimo;o eidadão
tu1çõt>s. <(llC â Pátria i1 Repilbli<>a e à lluma·
Senhor de 1n,.ulgar cultura.
nidado tem prestado os mais rele·
começou a suJ c1rreora 1orn ,1Js11ca
no lornal 1epublicln•i •A C1p1tal•, vantcs •cn ic0t1.
ma-; d1,:.1J J Jc: um c,p.r1to 1rrc-
1
E para t.crminar, a cSfm<wa l'ur·
quoet~, por d1veras c1rcun>t 1nçia;,, Cario• B a n -::l e: Jr a de Toro l11911i~a· agradooe todos os au:.ilios
emi~rou, um ano a;x\s a 1npl.im 1~áo da Repilhloc.1. percorrend" os prcsta<fo•, ao or;._'1\nirador Mste numero, <' R todas as pc~soas que
prrncipa1s p,115e, da Europa, Americ 1 <l·• ~ui <' Ccntr.I etc. etc. concorreram atinai. 1>am pnderinoij levar a ~abo a nosSR obra, produto
Foi no lt:o de J:ln~1ro, 0:1d~ ;, sua d;,mrn .oda pum;rnência, dcs- de trabalho e pre•ietcn~ia, qmlei 11m11 verdadeira andacia, para uona re-
penou a atenção puhlica, crcou ami~'" devotados e admiradores vista 11uc catá no 8eu principio, Ull\ij qu-i u:io olha áll dificl1ldadeJl qu1;
cio se1.1 talento, rnic1ando·oc um 1ornali~t·\ d(i cqm1•at~. p~ lemi~ta se lhe. antepõem, porr1uo o sen lema ú bem s~rvir o publitºo.
P agina 4 SEMANA P ORTUGUESA

aos eomba=

•••
A todos aqueles que por qualquer formam contribuiram com o seu esforço durante a confla-
gração europeia para que tão alto se erguesse o nome de Portugal e se dignificasse a Republica!
Ao Ex.'"º Presidente da Republica e ao Governo do meu Paiz que tomaram a iniciativa da
entrada de Portugal na Grande Guerra, concorrendo plra que praticassemos o ado mais notabílitante ,
de ha um seculo a esta parte!
A todos aqueles, finalmente, que, em 9 de Abril, souberam escrever na Historia Patria, mais
uma pagina de epopeia, o preito da mina sincera admiração e profunda homenagem.

Seja-me permitido dizer, que


-
da Inglaterra fazendo um esforço consciência, no dia em que os he-
ainda temos, felismente, homens colossal, sem que tal nos fosse so- roicos Combatentes da Grande
honestos e bem i ntencionados, licitado. Guerra e muito principalmente os
dentro dos •Partidos da Republica> Como se fôsse mais honroso, para orfãos, as viuvas, os mutilados e
e seja-me permitido, tambem, inal nós, satisfazer qualquer pedido que invalidos obtiverem dos poderes
tecer como merece, um dos maio- nos fizesse a nossa secular aliada, constituidos, o bem estar o carinho
res actos que praticaram, senão o do que pegar expontaneamente em e a prott>ção que merecem e a
maior, com o qual dignificaram a armas contra aquêles que, valendo- que tem incontestavel direito e
Pátria e a Republica, refiro-me, co- se da força, pretendiam esmagar, o exige o brio e a honra da
mo devem calcular, à nossa com- com ela, os Povos contra os quais Pátria e da Republica.
participação na Grande Guerra. se lançaram numa lucta cruél, con- Da Pátria, cuja Historia no<\ en-
Apesar da a·titude de certos por- denou-se, por uma fórma criminosa vaidece e que tão engrandecida e
tuguezes, que, embora Portugal o acto mais notabilitante, que pra- glorificada recebemos, dos nossos
estivesse em guerra com a Alema- ticámos de há um seculo a esta antepassados, pelo que, temos obri-
nha e a combater heroicamente, ao parte. gação. de lega-la nobilitada a nos-
lado dos aliados, defendiam no en- E o mais interessante é que êsse sos filhos ; da Republica que se
tanto, aquêles que se batiam contra acto de decisão e de heroísmo, foi irmana, com ela de tal forma, que
os seus compatriotas, esquecendo- condenado e malsinado, tôrpemen- chega a parecer impossível, que
se, miseravelmente, dos que tom- te, como um acto de servilismo, possa conceber-se, a existência
bâvam gloriosamente nos campos por aqueles que esqueciam que torpe com outro regimem que não seja o
de Batalha, e pagavam assim, com e hediondo, foi ter-se deixado atra- que em 5 de <:)utubro de 1910, foi
a perda da vida, a honra que tra- vessar, no tempo da monarquia conquistado, heroicamente, pelo
ziam a Portugal. as nossas colonias, o exercito ín- Povo PortuQuez.
glez, para esmagar os bóers, quan- Da Republica, sim, que não foi a
Como se alguma coisa mais alta do épicamente se batiam pela sua consequência de um impulso emo-
do que a, defesa exclusiva da Pátria independência. cional e irrefletido de radicalismo
não nos impuzesse o dever, de coo- mas a reação lógica contra a des-
perar na lucta tremenda, travada Porque fui um dos que, em terri- nacionalisaçãl) deprimente em que
entre a Raça Germanica, e a Raça tório estrangeiro, mais propaganda ha mais de meio século se estava
Latina, à qual pertencemos, aquela fizeram, quando da Grande Guerra degredando a vida oortuguêsa.
representada pela Alemanha e ésta sinto-me no dever de me referir a Da Republica, finalmente, que
pela França imortal; como se fôs- ela, com o desassombro com que tão firme está enraisada na alma
se justo cruzar-mos os braços, dei- o estou fazendo, pois não é sómen- nacional, e tão firme tambem, está
xando os barbaros impunemente, te com as armas que se ganham ba- na solidariedade eurClpeia. que pa-
assolarem a Europa e não deves- talhas, o incitamento à luta· e as pa- ra manter-se invulneravel como
semos juntar-nos aos que, em no- lavras convictas dos propagandis- disse Teofilo Braga, cbasta apenas
me da Razão e da justiça, se ba- tas, formam exércitos, e a êsse é premunir-se contra o jôgo dos ha-
tiam, contra a força bruta e o mais que se deve a victória dos Aliados beis; para ser forte, basta-lhe nos
descaroavel despotismo, houve e disso me confesso orgulhoso! seus homens de govêrno, morali-
quem dissesse, no propósito mise- Mas, pesa sôbre mim, uma tre- dade e bom senço•.
ravel de n-0s deprimir, que fomos menda responsabilidade.
arrastados_: para a guerra, ao lado . E ela só desaparecerá da minha BANO EIRA oe TÔRO
SEMANA PORTU~UESA Pagina 5

A COSTA DO SOL Os Esto1ls do aparelho circulatório, pelos banhos


carbo-gasosos, idênticos às de Royat e
contra -se tamb em no Parque Estoril ass!m
como e instalação de Tir. aos Pratos de
A ~ quilómetros de Lisboa, à beira do d:i Band Nanheim. cujo treino tem saldo excelentes atirado-
Atlllntico, adentro da mage.;tosa baia que Possui tambem uma grande piscina toda res de tiro aos pombos.
da ponta da Rana se estende ao farolim envidraçada com água à temperatura de Desportos da praia. - São muitas as
de Senta Marta, desdobrando-se pelas ZT •0 onde se realisam lindas festas despor- praias da Costa do Sol mas as mais adap-
suaves encostas das colinas que sobem ti\'8s e concursos de nataçilo, debaixo da té'1eis oos desportos da beira-mar são as
na direcção do norte, duas du;, mais for- direcçilo de professor es competes. do Tamariz no Estoril, do Monte Estoril
moS11s estâncias balneares e de Turismo as de Conceição e muilo principalmente
de Portusiat: ESTORIL E O MONTE A Costa do Sol, estância de prazer a de Carcavelos e da Rainha em Cascaís
ESTORIL. Areia muito fina, água llmpida e sem ar-
Ainda só há 50 anos, a<1 ueles terrenos Co mo e~tância de prazer, a Costa do rebataçi'!o violenta, o que permite, duran-
ernm apenas um enorme e denso pinhal, Sol é completa. Entre os bons Hoteis, te todo o ano o exercicio de natação,
que o 2.° Conde de Moser odquiriu para ocupa o primeiro lugar o Estoril-Palácio - de corrida~ de out-óoards, de jOgo de
a Companhia Monte Estoril, por êle fun- Hotel ricamente construfdo1 classificado weter-polo, de reiiatas à vela e de remos
dado. oficialmente como Hotel ae L.uxo, com etc. O serviço da fiscalisação das praias é
Os f..storis, ''istos do mar largo, pro- tod os os requ esitos de elegância e con - modelar.
du1em um efeito surpreendent e, tanto forto exigidos pela moderna ciVilisação,
pela \'8riedade do arvoredo como pe!a num local previlegiado de beleza e como- Passeios e excursões
belt:78 do chateaux, das vilas, dos clialets di<lades. Tombem é muito recomendado o O porque Estoril situado mesmo em fa-
e das lindas casas, estilo portu~uês que Hotel Parque, moderno, elegante e con - ce do largo da estação General Joffre, é
~e destacam por entre a ndeute e pujante fortável, colocado junto do Balneário, aos um dos mais aprazi\1eis reci ntos para pas-
1•esie1oção. Courts de Te1111is, ao Campo de Golf e seiar o pé ou de auto, sinices às suas be-
Com o nosso sol d\llil11111brante e a ao Casino Estoril. Ainda há outros hoteis las ruas e à exuberante e variada flo.ra
limpid ez da atmosfera, o panorama es- Grande Hotel ele ltalia, Hotel estrade, que as guarnece. A entrada do Parque,
te.1deu-se por toda u Co~lo do Sol, Hotel Miramar, Hotel Paris Atlatico, Ze- de cada lado, ostentam -se duas extensas
para um e outro lado, numa seqliência de nith, S:ivoy etc, confortáveis e com exce- galerias de lojas luxuosas onde se encon-
~rociosas praias, todas elas ch~ias de côr lente alimentação. sobresaindo o peixe tra tudo o que é necessário à vida.
e·de vida, que principiam il siuda da barra i;empre fresquissímo, devido à proximida- Pari• os passeios mais extensos não fal-
de Lisboa e vao, ininterruptamente, ter - de do porto piscatório. tam sítios belos e pitorescos nos arredo-
minar em Cascais. Casino O Casino Estoril é uma bela res. O Pinh al da «Marinha• , a proprieda-
construção artisticamente decorada don- de da Penha Longa; a Boca do Inferno,
A Costa do Sol csfücla cllmatêrlca, de 8e avista um esplêndido panorama ma- e Praia do Guincho, o Cabo de Roca que
rítimo. Tem salas próprios pare festas é o po11to mais ocidental da Europa; Sin -
hldrolágica e turlstlca e.~posiçôes, teatro, cfnema e 1ogos regu- tra a quem Byron chamou em Cllilde Ha-
lame11tados, roleta e bacará. rold «O Paraiso na Terra•; o grandioso
A Cesta do Sol graças às sues condf-
ç1)es cli matéricas, é também um11 estância mosteiro de Mafra, com os seus concertos
tónico-sedativo.
ACosta do Sol, estância dasporfüa de carrilhão, o versalhesco Palácio de
Pdo sue situação especial e pele cor- Queluz, e. tinalmente pelo caminho de
Gol/. O Golfo, jõgo fa\•orito dos in- ferro eléctrico ou pela sobêrba estrada a
rente do Gulf-Stream tt>m na" suas equi- sileses e dos americanos, adoptado pela
libradas temperaturas 11 secura nece.«.~ária excursão a Lisboa uma das mais belas ci-
França e que tantos amadores está crian- dades do Mundo!
a uma boa atmosfera e a protecção do do em Portugal, tem no Est oril um dos
moei"'~º da Serra de Sintra, serve de
Tamariz. - Bela esplanada junto ao
mais t>elos campos da Europa. mar, numa situaçãc ideal. T em Bar e Res-
condensador a grande parte da humidade A sua áre~ actual é de 000.000 metros
vinda do norte, proporcionundo assim à taurante com servíço especialisodo em
quadrados, e fica situado nos terrenos marisco, e põssue um masinifico recinto
Costa do Sol, característicus climatéricas sobranceiros ao Parque do Estoril. De
excepcionais. destinado a diversões para crianças.
qualquer ponto do Campo se avista um
As suas temperaturas médias são : no
Outcno e Inverno. C. 12 ', F. 53,6: na
panorama deslumbrante, quer de terra Sud-express
quer de mar.
Primavera e no Vt-rào. C. 17°, F. 62,6 o A'l saas cond?ções técnicos são exce- A estação do Estoril, centro da Costa,
que demonstra pela bUO ~uperioridade lentes numa extensão recte de mais <·e 2 é hoje a estação t erminus do Sud-Ex-
,obre os climas de Nice, Biarritz e Cata- quilómetros, com percuri;os de 150 a 550 presso Paris-Lisboa· Estoril, o que permi-
uia (na :)icilid) ser o clima mais temperado metros entre os buracos, nilo há quais- te a viagem directa de Paris ao Estoril.
da Europa. quer cru~amentos de linha~ ferreas ou es-
tradas, sempre prejudiciais. Propaganda da Costa do Sol
ACosta do Sol, estância hidrológica l llplsmo e Polo. - O Campo adequado Comissão de lnl:lalln da conselho d• Cascais
a llsses desportos, está situado na estra-
A Co>ta do Sol pos'lai também uma d~ d<' Bicesse, muito próximo du Campo Instalada no il'\ onte Estoril tem ao dis-
importilnte estância hidroló$!1Ca-mineral : do Clnlf. Os concuri;os hipicos silo nume- ptJr dos turistas, um completo serviço de
Estoril-Terma<, co.n uma nuscenfo de ros obrí~ados das fes tas da prima\lera e mformações, uma confortàvd sala de lei-
á$!ua minero-medicinal, termal, hipersa- do outono tura com obras em diversas lin~uos assim
lma, cloretada, sódica, ma~n~siana, 'ul- Lou111 Tu111is. Há vúrios crJ11rls com como várias ilustraçõts e jornais. Junto,
fotudu e bicarbonatada, cálcica e litinica, enlraineurs, onde se pôde jo1t1r mediante e~té a ehtação telegrafo-po~tel.
c;mtorme a clas.,iticaç110 e análise oficial o pa~ 1menrn de uma tlxíl. o~ courls masi
do Pror. Charle.5 l.epitrre. fre<Jli"ntados são os d<> Pury_ue Estoril, Cascais
A Soc1i::dade Esforil-Plasie concessio - Pav1lh110 Estoril no ,\fonte Estoríl e do
nária da nas.;;enfc, te1. construir junt o à Sportin<.1 Club em Cascais. A oeste dos E~toris, no extrem o oci -
me~ma, ao centro de um 1>ur11ue de estilo Corridas de caualos.- Real is1m-se na dental d11 baía, está situada e vila de Cas -
inlo(lt?s, um nugnífico b.llll •áno moderno, estuçilo próprio no hipódromo da «Mari- ca i$, sede do Conselho, an tiga _praia de
Hlltrto todo o 111101 soh a d:recçilo de nhtu o 12 quíló•netros cio Estoril. É o banho da Côrt e que r esidia na Cidadela,
d1-tintos médico•, pira o oproveitJmento re11.Jez-1•011s da sociedade ele<.1ante de e que é ectualm en te residência do Presi-
tcrnp~utico da nascente termal. S·nt• 1 e de todas as colóni11s balneares dente de Republica . Cascais na época
O estabdecimento cle$!:111te, grandioso do (.'ilsto do Sol. balnear é sempre freqiien tada pela melhor
e coufortável e dos mob importante~ do , 1utomobilismo. - Oriinni1.am-se fre- sociedade.
p3í~. fatá dotado com os instalações quente• corridas dentro do Parque Esto- E uma vila elegante, Pº''oada de belas
mai;; modernas de nso t rnp~utico para ril sl\hre estradas mal!nificas. cases e formoso; jardins, dentre os quais
aphca~·ào do Calor, Luz, 1:1etre~idade, Esgrima A sala de armns está insta- se 1estaca o ;v\ useu do Conde Castro
M11p~t·ni. Gimnástica, ele., salient1ndo- i 1du 110 Balneário do Estoril durante todo Guimarães, clid11tea11 situado na estruda
se 1;,1trc elos como mod elar a da ~teca­ o ttno. E' muito freqllentnda no verão . da Bôca do Inferno, co m um rico r echeio
noh râpia. Dirijc-n distintos ni e~tr<'-• dt> nrmas. de peças de art", muitos prate~ artísti ca«
N\·,u~ Balneário tem-~e obtido curas t:·qullaçáo. -Tamb em no Pnrque E;sto- e uma notável bibiioteca em qur- se en-
de reumatismo. de ~õta, de circulação de ril há um picadeiro muito freqüentado contra o original da célebre crônica de
i.1111iue; doenças de senhoras, do apare- por senhora~ e criJnças, diri~'do por um D. Afon~o Henriques, 1,0 Rei de Portugal
lho gostro-intestinal, nevrolsiias, sciáticas, hábil professor. 1béculo XII>por Duarte Gal\1ão, pri moro-
linfati,,mo; raquitismo infantil e doenças Tiro aos Pombos. - O seu Stand en- samente iluminada.
Págliu, 6 SEMANA PORTUGUESA

Parede pn sa supériorité sur Jes clímats de Nice, tio ns techniques sont excellentes sur un'>
étendue droite de plus de 2 kilomêtres,
Biarrltz et Catania (en Sicíle) et en fait
No extremo leste da Costa do Sol, en- climat te ptu s temperé de l'Europe. avec des parcours de 150 à õ50 mêtres
contra-se a estância balnear da Parede, entre les trous, et i l n'est traversé pa-
onde está instalado o magnifico ~anatório
de Santa Ana para d oentes pobres, cc ns-
Cõte du Soleil station hydrologl~oe rancu ne voie ferrée ou route qui sont
toujours génantes.
truido a expensas da benemérita Senhora La Côte c'u Soleil est aus·i une impor- Champ ffippique et Polo. - La piste
D. Amélia Chamiço Biester, muito digno tante Station thermale minérale: Estoril adaptée à ces sports est située sur Ja
de ser visitado. Termas dont la source est d'eau minéro- route de Bicesse tout pres du Champ du
A Comissão de Iniciativa de Cascais, -medicínal-hypersalines, chlo rorée sodi- Golf. Les concours hippiques sont des
mandou construir o «Solario ca Ptdra que, magnésique su lfatée et bicarbonatée, fêtes qui ont lieu au príntemps et à l'au-
Alta» com o intuito de prestar um sP.rViço calcique et lithinique, d'apres la classifi- tomne.
importante pelo tratamento hélio-mariti - cation et l'analyse officielle du Professeur Lawn Tennis. - li y a plusieurs courts,
,mo, à semelhança de Larch le Louquet Charles Lepierre. avec entraineurs, oi1 on peut joueur
Paris Ploge, e que depois entre~ou á moyennant le paiement d 'une taxe fixe .
Câmara Municipal de Cascais. i:.' um
enorme terraço cuja balaustrada está vol-
La Socie!e Estoril·Plage Les plus fréquentés sont ceux du Pare
Estoril, Pavillon Estoril et Sportin g Club
tada ao mar, apetrechado com todos os L Sociéte Estoril-Plage, concession- à Cascais.
requesitos necessários aos enfermos da naire de la so urce, a fait edifier pour Caurses de Chevau:r. - Ont toujours
tuberculose externa. A helio - terápia é son utilisation, au centre d'une pare, un Jieu dans la saison appropriée à l'Hippo-
regida pelo esquema Rollier. magnifique établissement de bains mo- drome ele «Marinha», situé a 12 kilometres
A Parede devido ao seu clima ideal é derne, en style anglais, ouvert toute l'an- cl'El'toril. C'est le rendez-vous de la So -
de há muito utili-ada pelos doentE-s dt:sta née et dirigé par des médecins érnínents. ciété élégante de Sintra et des colonies
categoria; é muito de louvar a Comi$~ão Cet établissement de bains élégant, sum- ba ln eaires de la Côte du Solei!.
que empreendeu tão importante melhora- ptueux et confortable est un des plus Automobilisme. - On organ ise de fré -
mento. importants . li posséde des installations quentes courses cl1ins l e Pare Estoril sur
Carcavelos d'usa~e thérapeutique des plus modernes de magnifiques routes.
pour les bains de chaleur, de lumiere, Escrime. - La salle d'armes est instal-
E' a povoação que abre as portas da traitements électriques, massege, ~ymnas­ lée dans l'établissement de bains d' Estoril.
Cosia do Sol, mostrando·nos desde lo~o o tique, etc.; celles de mécanothérapie Elle est trés fréquentée en Eté. Elle est
seu grande poder de salubridade, não só êtante entre toutes exemplaires. diri!lée par un tres bon maltre d'armes.
para adultos como para crianças. O Sana- On a obtenu, dans cet ét11blissement Equilation. - li y a au~l'i au Pare Es -
tório de Carcavelos desempenha um par des bains carbo-gazeux semblables á toril nne é cole d 'Equitation pour les
importante papel na luta contra a tubercu- ceux de Royal et de Bad-Nanheim, la dames et les enfants, dirigée par un habile
lose óssea e gan~lionar. ~uérison de rheumatismeF, gouttes, mala- professeur.
Numa bela quinta junto à praia e~tá dies de la femme, de l'apareil ~astro-intes­ 'l ir-a11x-Pigeo11s. - ~on Stand se trouve
instalada a estação do Cabo Submarino. tinal, de névral~ies, sciatiques, lympha- aussi dans le Pare Estoril de même que
Em Carcavelos produz-se um afamado tisme, rachitisme et maladies de l'Hpareil l'installation pour le.
vinho de mês<i. circulatoire. Tir-a11x-ass1Pltes. - Oü se sont formés
L'établissemcnt posséde égatement une de tres bons tireurs pour le Tír-a11.r-Pi-

Côte du Soleil grande piscine, á toiture de verre, l'ean


ayant une tempen ture de 27° ou, sous la
direction de prOfe$Seurs compétents ont
geo11s.
Sports Na11tiq11es. - 11 y a beaucoup
de pla~es sur la Côte du Solei!, mais les
lieu de brillantes fêtes svortives et des plus cõnvenables anx sports du bord de
concours de natation. la mer sont celles de Tamariz à Monte
A 23 kilometres de Lisbonne, au bord Estoril et de Conceição et de la Reine à
de I' A tlantique, dans la majestueuse baie Côte do Soleil Station de Plalsir Cascais. De sAble trés tin et d'eau lim-
pide, sans violente houle, elles, permet-
que s'étend de la pointe de Rana jusqu'au
phare Sainte Marthe, se déroulent sur les Comme séjour de plaisir la Côte du tent, pendant presque toute l'année, l 'e-
douces pentes des collines qui s'élevent Solei! est parfait. Panni les bons hôtels, xercice du la natation, des courses de
vers le nord, deux des plus beaux et mo- la premiere place revient à l'Estoril-Pa- out-boards, le water-po lo, des regates à
dernes séjours de bains et de tourisn11, de lace-Hotel, qui a été récemment construit voi le et à rames, etc. Le service de sur-
Portugal: ESTOI~I L ET MONT'ESTORIL. et officiellement classé comme :1iõtel de veillance der plages est exemplaire.
luxe. possédant l'élégance et le confort
li y a 50 ans ces sites n'étaient qu'une
immense et dense forêt de pins, que te les plus recherchés par la moderne civili- Promenades et excursions
2.eme Comte Moseracquit pour la Compa· sation et une situation pri11il égiée de Le Pare Estoril sítué justement en face
gnie Mont'Estoril, qu'il avait fondée. beauté et de commodité. de la Gare eles chemins de Fer (Place
Les Estoris, étant vus du Jarge, produi- L'Hôtel du Pare, moderne, élégant, General Joffre), est un endroit des plus
sent un effet surprenant, soit par la \la- confortable, situé pres des Thennes, du charmants pour y faire des promenades à
riéte de ces arbres, soit par la beauté de terrain de tennis, du cha mp de Golf et du pied ou en auto, à cause de ses belles
ses chateau.r, de ses cottages, de ses Casino d'Estoril cst également à recom- rues et de la végétation exuberant et
chalets et de jolies maisons en style por- mander. 11ariée qui Jes 11arnit. A l'entrée du Pare
tugais cÍni s'él event parmi sont abondante li y a encore d'outres hôtels conforta- se trouvent d'une côté et de l'autre deux
et riant végétation. Avec notre solei! et la bles, Grande Hotel de ltaha, Hotel Es- vastes galleries de luxueux magasins oü
limpidité de l 'atmosphere ce panorame trade, Hotel 1'1\' iramar, Hotel Paris, Athrn- on trouve tout ce dont on a besoin.
est incomparable. tico, Zenith, Savoy etc., donnant une li ne manque pas aux environs de beaux
Et ce même panorame se déroule sur excelente nourriture, surtout le poisson endroits pittoresques ponr les plus lon-
toute la Côte du Soleil, d'un côte et de qui est toujours tré; frais vu la proxi- 11ues prornenades. La forêt de pins de
l'antre, dans une suite de gracieuses pla- mité du port de péche. J\>\arinha, La propriété «Penha Longa~,
ges, toutes pleines de coulenr et de vie, «Bôca do Inferno», ~Plage do Guincho»,
commençant à la sortie de la barre de Casino «Cabo da Roca», te promontoire le plus
Lísbonnt;,_ et allant sans interruption ter- occidental de l'Europe, Sintra, que Byron
Le Casino Estoril est une b. lle cons- a appelée le «Paradis sur la Terre», l e
miner à 1,..;ascais. truction, artistement décorée, doü on somptueux Couvent de Mafra, avec ses
découvre un splendicle panoram:: mariti- concerts de carrillon, le palais de Queluz,
Côte do Solei! station climatérique hydralogique me. li possede des sa lons apropriés pour imitation de Versailles, et enfin par le
et de tourisme soi rées, expositions, théatre , cinema et
pour les jeux réglementés : roulette e
chcmin de fer éléctrique une excursion à
Lisbo nne, un des plus belles villes du
La Côte dn Soleil grâce à ses qualités baccara. monde!
climatériques, est aussi une station tonico Tamarii!. 1 Belle esplanade re~ardant
sedative. La situation particuliere et le Côte do Suleil, station sporlive la mer. Elle possede Bar et Restaurant
courant du Gulf-Stream lui procurent une a11ec service specialisé de coq uillai;!e. On
température Ires tempérée et la séche- Ootf. - Le golf, jeu préfére de$ anglais y trou11e encore un cemplacement résérvé
resse nécessaire á une bonne atmosphere. et des americains, adopte par la France, aux jeux pour enfants.
P~otégée par les montagnes de Sintra qui et qui gagne tant d'amateurs en Portugal'
lm servent de condensateur pour presque qossMe, à Estoril, un des plus beaux SuHxpress
tout l'hnmidité venant du Nord, la Côte champs de l'Europe. Sa superficie actuelfe
du Soleil jouit de caracteristiqu esclimaté- est de 200.0:JO metres carrés et il est La station d'Estoril, étant l e centre de
riques tout á fait exceptionelles. situé dans Jes terrains qui dominent le la Cõte du Solei!, est aujourd'hui la sta-
Ses- températnres moyennes sont: en Pare Estoril. De tous les endroits du tion terminus du Sud-Express Paris-Lis-
autonine et en hi11er C-12<' F-55,6 au prin· champ on jouit d'un éblouissant panorama boa-Estoril, ce qui permete le voyage
temps et l'été C-17° F-62,6 ce qui prouve soit de la terre, soít de la mer. Ses condi- direct de Paris à Estoril.
Pagina "I

Propagande de la Cõte du Solei! Fifty years ego this landscape was bu\ tuolion of beauty ond cornforh li must also
e veste ond dense pine-wood that the 211.i be recommendended the Park H otel, mo-
La commission d'lniti11ti11e de Cascais Earl of Mo!'er bought for ,\,onte Estoril dern, elegunt, and comfortoble, situated
installée à Mont'&itoril met à la dbposi- Society, \\'hich he has founded. near the sprinlo(, the Tennis Courts, lhe
lion des touribies 1111 serviced'informotions The Es1oris, seen from out side at sea, Golf-Links ond the Estoril Casino.
parfait et un confortable salon de lecture offer a surprising '1iew, either for the \la- There are other,, comfortable hotels,
ayant des om•ra!!es en plusieure~ langues, ried tinis of their trees or for the beauty Grande Hotel de Italia, Hotel Estrade,
ainsi que diver..es illustrations et 1our- of their chaleaux, \'illas, cottages, and of Hotel ,\\iramar, Hotel Paris, Atlantico,
naux. Tout pres se trouve le Station de~ the beautiful houses, in the portuguese Zenith, Savoy, etc., suppoying first rate
Poste et telégraphe. style, which lift up between the cheerful food. ab leveall the fish, which is there
end mi:;!hty \'e:;!etation, with our dazzling elWd}'::l very fresh, due to the fact of being
Cascais sun end the clearnes oi the atmosphere, very near a fishing harbour.
thi~ is an unheard panorama.
Á l'ouest des Etitori•, à l'extremité This sarne landscape unfold~ it~elf on Casino
occidentale de la bJtie e;;t l>ituée la \'ille both side, ali along the Sunny Coas! in a
de Cascais, siége du Conseil Municipal. sequence of egreable shores, ali full of E'toril-Casino, is a beautiful construc-
Cétai jadis la plage de la Cour qui rési- colour and life, which begin leaving Lisbon tion, nicely decorated, from where we
dait à la Citadelle, aujourd'hui residence Bli:t and .!!o without interruption to finish can see a splendid panorama. lt has also
de Monsieur le Président de la l~épubli­ et 1,.;asca1s. maguificents sulloons for evening parties,
que, est toujours fréquentée par notre expositions, theater, cinema 1111d also for .
meilleure société. regulated games (roulette and baccará).
Cette ville est éléganle svec des belles l he Sunn1 Cml Climlic, Hydro and l ourist
maisons et ses jolis 1ardins. Le Musée du Resort Sunny Coast Sporl Resorl
Comte de Castro Guimarães, chateeux
située su r la route qui mene á la Boca do The Sunny Coast due to it.~ climatics Gol/- Golf lhe fovourite f,!11me of En- ·
Inferno, contient une grande profnsion de conditions is also a tonical-sefative H.e- glish aud Americains, adopted by France,
riches pieches d'ort d'urgenterie artisti- sort. which is now getting so many adepts in
que et une r emarqueble bibliotêque ou se Its special situation the influence of the Porl11S1al, possess at Estoril, one o f lhe
trouve l 'orginal de la célebre Cnronique Gulf-Stream, maintaing in the balance of most beautiful links of Europe. Its present
de D. Afonso H enrique!! premier !?oi de its ternperature, the necessary dryness for area is of 1551000 square yards and is sí-
Portugal (X II siecle) écnte par Duarte a good atmosphere, the protection from tuated on the grounds overlooking Estoril
Gal11ào et délicamente enluminée. Sintra-Montaín. that acts as condenser Park. From every of the spots along its'
for the most of the moistness coming course, we can enjoy a delightful pano -
Parede from the north, give to Sunny Coast ex- rama, either of land or oi sea. lts tech ni-
ceptional climatic charecteristics. cal conditions are splendid. ln a streight
Á l'extrémité Est de la baie de lo Côte lts middling temperature is 12•h-C 53,6 liue of more thnn 2.200 Yards \Vith a dis-
du Soleil se trouve le séjour belneuire de F, during Autumn end Winter, and duriug tance of 166 to 5õ8 Yards bel\veen lhe
Parede, ou est installé le m11g11ifique :-.a- Spring and Summer, J71h e. 32,6 F, Which holes, it is uot crossed by any railway or
natorium de Sainte A une, pour les molodes shows by its superiority upon the climates rood, elways enbarrassing.
pauvres. li a été construi! aux frais de of Nice, Biarritz, and Catania(in Sicile) to
l'ilustre dame O. Amelia Chorniço Bies· be lhe most temperate climate of Europa. Hlppodrome and Polo
ter, et il est di~ne d'être visité.
La Commiss1on d'l nitiative du Conseil The field adequated to these sports is
MuniC!pel de Cascais a fait construire le
l heSunny Coast Hydrologic Resort situeted in the Bicesse Road, close to the
Solarium de la Pedra Alta, dens le des- The Sunny Coast possess also an im- Golf Link. There take always place Hyppic
sein de rendre un important service eu port1111t minero-medicinal Hydro Centre- festivais in Spring and Autumn.
traitement helio-rneritirne, le livrant apres Estoril Thermas - \\'ith the1r spring of
à la Municipalité de Cuscais. li est ,em- \\/ater ,\\inero-,\\edicinal, H)'persaline So- Lawn l ennis
sable à ceux de lerch·f.e- rouquels Paris díum Chlorate ,\lagnesian Sulphated Bi-
Plage. C'est une énom1e terra,se cerbonated Calcic and Lithate accordini;! There are se\'eral Courts \\1ith trainers;
ayant une três belle ran!lée de colonnes the classificat1on and official analysis of \\lhere every one can pley upon payment
et face de la mer J)Ol>.~édant toutes les Professor Charles Lepierre. of a fixed iee. The most frequented ere
conditions les plus néces:;eíres pour les The Estoril Plage Society, Conce~:;io­ those or E~toril-Park, Estoril Pavillion at
malades de la tuberculose exterieur. L'hé- naire of Thermal Spring, has ordered to ,\'\onte E~toril and Sporting at Cascais.
liothérápie est appliquéa selon le régime be built near the sarne, and within a Park,
Rollier. e splendid end modem Bath Establlshrnent, Horse·R1cing
Parede à cause de son cli mat idéal cst in the English Style, open ali the year,
uti lisée depuis long·temps pour les mala· under the direction oi distinguished phisi- The}' teke ah,•ays place in the appro-
des de ce genre. cians, for the use of Therrnal Spriug. priated se3so11 at the Hyppodrome of «Ma-·
La Commission. qui 11 cntepris de si The elegant building, planed wich sump- rinha» situeted at 7 nnles end a half from
i mportantes, améliorntions est cli:.!ne eles tuousness and comfort, is one of the Jr .<1 Estoril. 1t is the «rendez-\IOUS» or the ele-
plmi grilds éloges. important of that kind in the count. u1lo g1111t Society from Sintra 11nd of the Bath
pos~ess the mos! modem apparalusfo,s
colouies of Sunny Coust.
Carcavelos terapeutical use of phisical agents Heatt
C'est la premiére locolité c111 i 011\lro les Light, Massage Gyrnnastic, etc. A boveull, Automobile·Course
portes de la Côte du Soleil, 11011s mon- its mecanotherapie's instalation is the
t ra nt tout ele suite 11011 waud po1111oir ele mos! complete one. Within Estoril Park, over the splendid
sal ubrité non se11lement pour les udultcs, Great many diseases as; rheumatic, roads tul<e place frequenlly automobile
mais surtout pour les enfauts. Le '11111110- 11011!, diseases of Blood system, ladie~ 11il- roces.
rium dà Carcavelos joue un rlilc três ments, ga-,tric and intestinal disease", Fenclng
importent dons la lutte contre lo tuber- Neuralgia, Sciatica, Lymphatism, chil-
culose osseuse et g111111lio111111ire. There is 11 íencinf.! school ai Estoril Sp:i
dren's rickets and diseases of Blood cir-
Oans une rnai~ou Je compagne pr~s ele culation, ha11e obtained, by cause of corbo l'ein'.! well frequented during all the year
la plage est installée la Statiou Télé:.(rn- gaseous bath similar results to those under the direction oi o Fencing-master.
phique du Cable Sousmarin. obtained at the Royat an Nanheim Spas.
Carcavelos produit 1111 11in Ires re- The E~tablishment posses;; al~o a large Rialng-School
nommée. swirnming beth, ivith water at 27th of tem-
perature, ali covered with gla"~. \llhere At Estoril Park there is also a Ridinl!
teke place beeutiful sportive festi\'ities, school, much frequeuted by lodies and
Sun ny Coas t and swimming competihons under the di-
rection of remarkables teachers.
chilclren, under rhe direction of a clever
ri dinlo(-ma~ter.

Estoris Pigeon-Shooling
l he Sunny Coast. Pleasure Resort
About 15 th mile' to the \\'est of Lisbon lts Stand remnins also at Estoril Park
on the Atlantic shore "'ithiu the n111je,tic As pleasure Resort, Sunny Coast is a as well as lhe Plote Sllooli11g- Stand,
bay. \\!hich stretches frorn the Point of first rate one. Amon!I the hotels, the first where have been trained very good shoo-
Rana to Santa ,\\ artho, Beacon unfoldinst place belongs to Estoril-Palace- Hntel, ters for Pi!o!eon's Shooting.
al ong the gentle slopes which rise in the which has been lately built, and as been
nor thernly direction, remain two of the officially classed as luxury Hotel posses- Beaches Nautical Sports
most beautiful and modern pleasure and sing the refinements of comfort end ele-
tourist r esort.s of Portugal 1-':STORIL :.iaricy which may be requi red for lhe mo- There are man)l beaches elong de Sunny
ANO MONTE ESTORIL. dero ci\lilisation l>eing in a privili!.(ed si· Cuast hui the most adequaled Tor-sea..
l'arlnà S SÉMANA PORTUGUESA

Palauras memrnas ~ijueles ~ue ~elo seu trabalho e honestrna~e. o rnnielho~e ~asials multo ~eue
Engenheiro: Raul Ca1·doso ltes- DI'. :tlario Cândiclo ele Sousa. Isso não o i mpede porêm, dê já
11ano Garcia (Veterinário Municipal) ter no seu activo r elevantes ser vi-
E' um funci onário cujo aprumo e Têm a paixão da sua profissão. ços prestados.
honestidade pódem e devem ser Pertence à pleiade dos novos C onsciente do seu valor que é
exemplo de todos os que desejam que prestigiaram a classe. grande, não transige nunca com os
bem servir. Se não fôra êle e o Dr. Piadeir o hábitos do passado que nêste Con-
Quando no meu espirito surgem outro novo de grande valôr intele- cêlho eram regra em assuntos de
duvidas sôbre qualquer assunto é ctual e morai, a C âmara e muito estética.
ao seu consêlho seguro e ordena- principalmente eu, terí amos sosso- M eteu na ord em aquilo que dela
do que recorro para as dissipar. brado na luta que susten tamos para andava arredado, ponda cada qual
Trabalhador infatigá vel alicerça meter na ordem os Ser viços do no seu logar : os mestres d' obras,
essas faculdades numa inteligência Matadouro e i mpor o Regímen de os amadores de projectos e os
brilhante e numa modéstia sem li- Municipalização de Carnes que hoje creadores oe estilos . . .
mites. está st:ndo copiado por outras Câ- Tem em mim um admirador.
A obra da Câmara é em grande maras.
parte obra sua. D evo-lhe o fa vôr de uma bôa Dr. Antonio Pere ira Conth1ho
Honro-me com a sua amizade, amizade pessoal nascida nas rel a- (Medico .lf1111iâ pal)
muitas vezes demonstrada. ções de serviço.
Emíclio l<~rancisco tl' Alme iclll. E' um funci onário co m quem o
(Secretário da Câmara) Dr. Alberto •ltlmu•do \ ' alatlo Câmara conta em todas as emer-
Impõe-se pela orientação e mé- Nava1·l'o (A dvo1rado Sindico) gências.
todo que imprime aos ser viço a Transcrevo-as faz endo-as minhas Inteligente e honesto, nunca a
seu cargo. as palavras do Senhor Presidente sua profi ssão foi um balcão de ne-
Nunca precisei de qualquer infor- da Câmara de Oeiras : gócio.
mação ou documentos r elativos a •Especializado em a ss unt o s E' o médico dos pobres e dos
assuntos das suas atribuições que administrativos, alia à sua notável desprotegidos.
me não fóssem dados imediatamen- proficiência, qualidades de i nteli · Devo-lhe como Presidente da
te. gência preciosas, honesteni <Jade Câmara e Delegado do Govêrno,
Acusam-no de sectarismo politi- impecável, elegância e fino aprumo muitos conselhos e inesqueci veis
co. Posso afirmar que as suas ati· de todas as suas atitudes e ac- provas de amisade.
tudes políticas nunca transpuzeram ções•. Dirige gratuitamt!nle a Créche
as portas da Repartição. E' de facto assim. •José Luiw.
Devo-lhe uma colaboração leal .Jol'ge Segm·1ulo (rlrquilecl o)
que muito me apraz registar e agr a- E' de todos êste:; funci onários o ANTONIO C ARDOSO
decer públicamente. mais modern o na Câmara, TEKENT E

- side sports are lhose o i T amaríz at Es- Sud-E1press Parede


toril Estoril and at Cascais th ose o i Con-
cei ção and Rainha; they are beaches o f Estoril Raihlla)l stalion beinSI the centre At the extreme East side of Sunny
ver; fin e sand, of limpid water Wiih out o f Sunny Coast is at present the termi· Coast is the bathing pl ace of Parede
11iofenl c rash, which allow, duri ng lh e nus of Sud-Expr8'>8 Pari11-Lisbo:1-Es1oril, where is situated the splendid Sanat orium
most of the year. swimming exer cises, which all o'\I the direct journey from Paris of Sant' A na for poor rati ents. lt Wd'I
out-boards matches, water- pol o, sa iling to Estor il. built at the expense~ o lhe noble L ady
and rowing matches. D. Am elia Chamiço Biester.
Walks and excurslons Sunny Coas! Propagande Cascais Iniciali lle Commission o rder ed
t he constru ction of Ped ra Alta Solarium,
Estoril Park situated just opposife to Cascais lniciati11e Commission. fata bl i- i n the pur pose to help the treatment H e-
Estdril Railway Stalion (Generai J offre shed at Monte Esf ori l, 1>l aces 111 th e to u- lio-m arilimo si milar to th at ot l erclt
Sequare) is l he most pleasant place to r ists disposa l a perfecf infornrn lío n ser vice /e Touquei Paris P/oge, cleli vering it
walk or dri11e due to its beautíful a11en11 es a comfortab le Reaclin!! 1~00 111 \llith works ofter to th e Co un cí l. li is a 11ery large
end to lhe abu ndant and 11aried floro in several lauguasies, as well ns 11arious T errace ha11in!! 11 beautiful pillars- l ine
which adorns lhem. lllustrations and Newsp1pers. Cloi.e to it faci ng the Ocea n, pos.'lessing ali the r e-
AI the entrance of th e Park o n b oth is the teleg raph end th ~ posl ofíice. quisi te fo r the patien ts of e.~terne tuber-
sides, lhere are two splendid e galleries oi culo5i• . The 1l éliothcrapie is applied under
modern and luxuri ous shops, fitted Wil h
ali 111ay be necessar}' t o lhe life.
cm.Is Rollier regímen.
Parede ha~ been since Iong tili •ed by
For l onger excursions l here abound t he patients of that kind of diseuses.
picturesques spots: «M ar inha» Estate, At the West side oi Esioris in the \llest
• Penha L onga•. «Praia d o Guincho•, extreme of tne b3}' is bitnated the Ili lage The Commi'<sion 1:1'.lt underta'.<e thi< so
«Cabo da Roca», the most W est Promo n- of ea~cais, seat of t he M unicipality and i mport 1111 i111pro\1e111t:••t nHht be the mo,t
t ory of Europe, Sintra Wh ich has been was some years ago t he Buthinit-place p raised.
ca lled by Byron (in Child-Har old) •·lhe for the Co ur t ,11;1ich re~iclecl ut Citade1 ;
it is now the Residencc, o t lh e PreslJent C ircml~s
Paradise on the Earth»( lh e s11mptu o11:1
M afra Co1111ent, w i th i s bells concert, of Repu blic. Casca is is frequented, d u-
Qu eluz Palace, being a Versall es i mita - rin !I Bathin g seasso n, by lhe bost L isbon It is the fir.t ph ~e ,~:1 ic:1 o pens th e
fion, ond ai last, by th e electri c raihlla}', Society. cl oor of S1111 11y C •l.tSI ~h O\lli n;t at once
or by th e splendid road, an excursion to lt is a 11ety ele$! rnt vilfei;10 wifh plenty i ts heathfu l11ess, 11 01 on ly for aclnlts, bu t
Lisbon, one of fnc mosf beauti ful towns of splendid houses miei bou111if11 I !!ar,lens, chiefly for children, G 1rcave10,, Sd 11alo-
of fhe \\l.Orld. amon!I t hem must be ~peciall9 111e11tioned, rium trns a ll~ry iin;>orunt action in t he
The Museum of Co nde Castro Guirnarile~, slru!l!lle nj.!ain~t the bonn}' 11nd gamglionic
Tamariz clla leau, situated on the ro11d 10 Bõca do tuberculosis.
Inferno, it contain~ iirent many arti~tic l n a pretty form near sea side, is in::.tal -
A beautiful esplanade facing l he sea in pieces, silver plates and u ver}' p recious l ed the Cable-Sousma rine· Telegraph Sta-
a pri11iliged siluation; il possess Bar and library where ca n be seen t he ori!linal of
Reslaurant with specialised shell -fish se r- th e Chronilc of D. Afo nso H enriques, ist tion.
vice and also a splendid fence for children Kinj.! of Portugal (XII c entury) by Duarte Carca11el os proJuce it \lery famous
- usements. G al\>ilo, delicately 11luminated . w: :ie.
Ul~rante Pmla Patriotloa ~o ~!~tinto uoeta ~nr. ~aMeira ~e J~ro
~á1ina ~iferária S a l vél Port ugal !
Se a tanto me ajudar o engenho e arte•
•Cantando espalharei por toda a parte
CAMÕES
Portugal ! Portugal ! Ver liberto o Brazil, com tanta simpatra,
Berço de meus avós, onde a nossa saudade Que não ha certamente, um portuguez l eal
Canta sorrindo, e chora em nossos corações. Que lhe não queira tanto como a Portugal !
Só ausente de ti eu sinto a suavidade
Que tem teu nome lindo, ó Patria de Camões! i'~·nii>é~~ ·~ª ·1~dia: Af~·n·s~· êie. J\1h~1que.rq~~: ·a~à~êie". · ·
* * * Não pára; o sólo alarga, e mais e mais espande;
A patria dilatava e sempre cativando,
Quando em Sagres, olhando o mar, o grande Infante
Via a Frota da Gloria, arfando, heroica, ovante, Com rara simpatia, êle ia conquistando,
Dava mundos ao mundo. Ao mais forte e ardiloso A pouco e pouco, a palmo e palmo, a ponto tál,
Turbilhonar da vaga, o Luso valoroso. De pertencer, sómente, a lndia a Portugal !
Sorria com desdem e erguendo o busto forte.
Bri ncava sôbre a onda, escarnecendo a morte! Mútiã~·s· cié. i~itós ·~ais: i>à<úã;r{ se·r· ~à~~acio.s'. ... . ...•
Que por Camões estão há muito eternisados,
Qua~êtô; và5êõ ·eia ·aà~ã: iié;·ôiêõ é. <:~·raiósó · · · · · · · · A l i ra é sem "alor pois falta-lhe a grandeza
Procur a a l ndia bela . . . o Cabo Tormentoso, P'ra bem enaltecer-te,- O' Raça Portug'ueza !
O féro olhar lançava ao seu dominar; * * *
A nossa Patria, hoje, avança para o p'rigo,
Supoz-se talvez rei, e mau, provocador,
P'ra quem nada valia a pobre Humanidade Perante a furia vil, dum pessimo inimigo
E tudo submetesse á sua crueldade. Mas tu que sabes bem, honrar a tradição,
Mas tão brutc1l poder, em breve se lhe empãna Porque dentro em teu peito ha inda um coração,
E a frágil caravela heroica, Lusitana, Escuta Lusa gente, escuta o que te digo :
O vence épicamente, em luta inegualada, Faz ver que o sangue d'hoje, inda é o sangue antigo,
Como outra não mais houve, assim agigantada! Irrequieto e nobre, heroico e bem leal,
Que aponta ao mundo inteiro, o Velho Portugal!

Q~ànêto; 'e'~. Ài{~bá~r{i°ta: j~~·rt~I · b~talt;a·_:_·! .. . .... . Faz ver, como é preciso, a toda a Humanidade.
Pela primeira vez explodi u a metralha Que sabes como outro'ora, em prol da Liberdade
Dos canhões de Castela, os Lusos, com destreza, Erguer-te altivo e nobre, exporte com valôr,
Bravos como leões, derrubando a presa, E conservas ainda o teu audaz vigor!
Conseguiram, emfi m, os louros da Vitoria, Que apenas ao sonhar a Patria amei:quinhada
Ilustrando com ela as pagi nas da l l istória, Tu podes inda erguer-te e manejar a espada
O condes/ave! santo ergueu, num só momen/o Que Portugal foi grande e não enfraqueceu,
Com au.rilio de Deus, d Pairia um 111011u111enlo ! Peleja com ardor, pois o Futuro é teu 1
Nesta batalha entrou lambem a fidalguia, Faz ver mais uma vez, ante esta Guerra ignara,
Esbelta mocidade, indómita, amada, M~ldita, sanguinaria, e que nos é tão cara,
Em troca dando a vida á Patria sua bravia Que o povo portuguez, ha muito acorrentado,
Tornando-a para sempre, eterna e respeitada! Precisa de viver, sem ser escorraçado
.. ......... ......... ................... ..... .... . E anceia por mostrar, ao mundo, novos mundos
Nos campos maus d'Arzila, e da moirama em Fêz. Os seus Brasões d'outr'ora, ainda vicam fltndos
Ficou, escrito a sangue, o nome portuguez; E em todo o Mundo alfim, tão bela e colossal
Foi sempre a Honra, a Gloria, o mais sublime Ideal Só uma Patria existe : ~é ela-Portugal !
Dos filhos dum paiz, chamado-Por tugal- ! Berço de meus avós de audacia e sonho feito
Onde fez Deus nascer, um povo heroico,- Eleito - 1
Qt;ã~êtô; büà~ie êi" À·1i;;eiCi~: ílà·en.v'ó1ró · ·1;á,;<lei(·ª-, · · · · · * * *
Se deixa decepar e exausto de cancei ra, Assim, ó Portugal, brilhante e aguerrido
Aos dentes recorreu e a pôde sustentar, Que tanta vez mostrate e, quanto és destemido
Até que o Castelhano, a conse<.111iu levar ; Mais uma vez vincula o teu audaz valor, '
Gonci ; o Pires, frrrne, audaciosamente, A' furia alvar, atróz, do louco Imperador
Avança entre o inimigo, e tão heroicamente Que os povos quer fazer escravos da Alemanha
Que conse~ue trnze-la a salvo a Portugal Mesmo com a má fé a bufujar em sanha,
Seu feito junta aquêle e torna-se imortal! No crime a que desceu, á colossal torpeza,
De pretender 'smagar a Belgica, indcfeza,
Qt;,~~ciô: 'N~p~ietiô,' Cii~i~· ~05· i>ô~it;g;,ê~ê5. · · · · · · ·· · · · Ergue altivamente o gládio jústiceiro !
De vós apenas cem, bastavam nalguns rnezes, Impõe-te êsse dever, o épico guerreiro
P'ra o Mundo conquistar ... foi bem exa~e rado ! Cuja l listoria sublime e cheia de belesa,
No entanto, ela era, e bem soldado exp'rimentado; Honrares, como sempre a Raça Portuguêsa !
Se nc•s elogiou, ao dar-nos tál valôr,
E' porque viu bastante, o Grande Imperador! lin;.gêsiô tão.
sÔl~e;.j,~. i.n.;pi~a. si·n;j,àú~ .......... .
Por apressar a queda à torva tirania!
Q~áílciô ·À·1và~~s ·c~ii~~i .a.pÓrià: ~~~f.im', · r·e·i;,:il, · · · · · · · · ................................ ...... ..........
A' terra abtnçoada e santa do Brasil, .. . .............. ....... ................ . ...... .
Trazendo para o mundo um novo conlinente E quando finde a luta em prol da llumanidade
Que a todos se impõe hoje altivo e nobremente, Surgirá magestosa a-Deusa - liberdade!
E de tal modo o fez que nunca assim se viu.
Um povo honrar-se tanto e aquem o descobriu, BANDEIRA DE TORO
Nunca previu, oh! não! que se podesse um dia Brazil - Rio de janei ro -Ano de 1917.
Pâglna 10

Vila d<Z CascaisSÉOE 00 CONC E LHO

A obra levada a cabo pela Camara Municipal sob a presidencia do Sr. Antonio Cardoso
Administrador do Conselho
Comissão Administrativa: Antonio Cardoso - Presidente; Franklim Lamas -Vice-Presidente -Fer-
nando Bravo - Vogal; Eduardo Maria Rodrigues - Vogal. Antonio Lopes Martins - Vogal; Joaquim A maneio
Salgueiro Junior - Vogal.
Ão tenho a pretensão de apresentar uma obra Alargamento da Avenida Emídio Navarro, num

N pnfeita.
Tenho apenas o orgulho de poder afirmar
que ela tem sido realizada dentro dos mais
escrupulosos principios de honestidade.
Como não podia dei'<ar de
troço compreendido entre a Rua dos Navegantes e o
Largo do Gama, com expropriação dum prédio.
Construção completa dos colectores para esgôtos
a poente da Avenida Vasco da Gama com prolonga-
mento até ao Mar, onde vão
sêr - porque há-de sêr sem- desaguar na altura de Santa
P r e as si m, em quanto o Marta.
mundo fôr mundo e por cá Construção de duas câ-
nos andarmos acotovelando maras para ejectores pneu-
- têm a Câmara sofrido cri- matico-automáticos, destina-
ticas e campanhas a que não dos a elevar os esgôtos da
têm sido alheios subjecti vis- parte baixa da Vila.
mos políticos e caprichos Construção de uma parte
malévolos, de mistura por dos colectores destinados a
vezes com intenções hones- conduzir os esgôtos a essas
tas, mas imponderedas, na câmaras.
apreciação nervosa e apai- Alargamento do gavêto de
xonada dos factos e dos ho- ligação da Travessa dos Na-
mens. vegantes com a Travessa
A 1g um a s ocasionaram de Alfarrobeira.
certa desorientação no es- Calcetamento da Calçada
pírito público, sobretudo no de Alfarrobeira.
daquêle público, que por Calcetamento de parte da
temperamento ou defeito de Rua da Bela Vista.
educação, está sempre dis- Construção dum Largo de
posto a acredítar em tudo o ligação d a Alameda d os
que ouve e lê, sem joeirar a Combatentes da G ra11 d e
idoneidade dos críticos e in- Guerra com a Avenida Val-
quirir da razão e acerto das bom, com E:'xpropriação dum
afirmações que fazem. prédio.
Nenhuma trouxe porém, Terraplanagem das partes
felizmente, a qualquer dos marginais da Alameda dos
membros da Câmara, moti- Combatentes da Grande
vos para se sentír abalado, Guerra e arborização da
pois a apreciação objectiva, mesma.
que nos tem sido fdta pelos Aterro do Largo Costa
homens de cérebro equili- Pinto e ajardinamento do
br ado e i ntenções li1as, su- mesmo.
plantou sempre as rajadas Construção d u ma casa
que nos têm batido. nêste Largo para instalação
Por tal razão, vencidas as das má quinas elevatórias
dificuldades que semearam dos E:'sgôtos.
Tenente A NTON IO CARDOSO
os que só sabem destruir, Construção da escada de
Administrador do Conselho e Presidente da Camara Municipal
seguiremos o caminho que a acesso à Rua Fernandes To-
nossa consciencia e a nossa inteligencia nos indicarem maz.
como melhor para o progresso do Concêlho e pres· Reparação da Rua Rodrigues de Freitas.
tigio da Ditadura. Colocação do Oblisco na Praça Costa Pin:o.
E com o amparo dos amigos desta Terra e auxílio Construção de lavadouros para peixe e aumento
do Govêrno, acrescentaremos aos que já fizemos e de mezas para a venda do mesmo no Mercado.
que vou expôr, aquilo que é urgente que se faça. Ligação com expropriação de prédios da Alameda
Zona urban iz ada dos Combatentes da Grande Guerra com o Largo
fronteiro á Praia.
Cascais Calcetamento e transformação da Praça 5 de Ou-
Alargamento da Rua Guilherme Fernandes. tubro.
T ransformaç.ão do Largo das Terras, com iluminação, Construção das garages municipais e respectivo
arborização e construção de placas centrais. armazem (esta obra já estava i niciada). Construção do
Arranjo da Rua da Bela Vista. jardim josé Luiz.
S~dA.NA PORTlJ(~lJt:SA l»aglna U

Calcetamento do Largo
anexo à Igreja da Fr1::gue1ia.
Ajardinamento do Largo
d'Assunção. Demoliçl\Q do
muro que circundava os fôs-
sos da Cidadela e construção
dum novo com revestimento
de azulejo.
Construção duma placa
central no Largo da Fre~ue­
zia e destinada à memória
de Costa Pinto.
Construção dum a p e -
quena memória à Travessia
do Atlantico.
Trans orrnação doe: jdr-
dins da Parada e lJ. Diogo
de Menezes.
Transformação do Ma·
tadouro e construção da
casa de matança de porcos
e lavagem de 111iudezas, de
harmonia com os mais mo-
dernos ensrnamentos.
Aquisição de toda a apa- ,
relhagem necessária para
tal fim, !>em como de ba-
Ca.u;ols- Buia de Cascais
lanças para pezo VÍVO e Baia de cascais Cascai•' Bay
morto. La Beie de Case.is Die Bucht Yon Casctis
Sinalização do transito
feita em postes de cimento armadl\ devidamente pin- Cl)Jnp·A de um cilindro mecânico a óleos pesados
tados. de 12 toneladas.
Substituição das condutas de agua destinadas a Compra de um auto-Ianque para es\laseamento de
abastecer os prédios s11uados n<1 Estrada da Bôca do fossas e dum ~rupo molo-bomba.
Infern o, Criação de viveiros de ro~eiras e outras flô- Compra de um automôvcl para serviço ca.narãrio.
res nos terrenos anexos á Abegoaria. Compra de uma camiont-te própria para o trans-
Reparação das Escolas Latino Coelho e Conde porte de carnt's.
Ferreira. Pequenas olm1c: na Secção de Engenharia, Finanças,
Pagamento de metade da despesa de conservação Po~to Pvlic1.tl, Guarda Republicana e Inspecção de
do alcatroamento das ~uas Municipais. Saúde.
Arranjo <la l~ua Alexandre Herculano. Alargaa1enlo e aformoseamenlo do Largo da Es-
Compra da casa •Conde da Guarda>, para instalação tação.
dos serviços camararios. Substituição do muro de vedação d0s terrenos cio
caminho de ferro.
Cons.ruçào dum a pe-
quena ~llra<.!e iunto do Chalet
\'ieira da S1l va como com-
twnsação do terrt-no cedido
pelo proprietário.
DC'111olição e co nstrução
dn frontaria duma casa pua
i1lari,tamento da Rm.s Re~1-
111erito 19 de lnfanteria. '
:flonte E!itoriJ
Arranjo e alcatroamento
dn lfoa Conde Móser.
Alc11troamento da A ,ie-
nidn $at oia.
J\rranJO da Avenida do
rai11I.
Arranjo da Avenida S<1n-
fré.
Con!'êr10 da Rua Bijou.
Arranjo e 11lcatroimento
da Rua Pinheiro.
Arranjo e alrntroar ento
d:i Avenida elas Acacia~.
Arranjo de um aquedmo
de ai.<uas fluviais da mesma
Avenida.
Ca•cais - Cidadela Arranjo e alcatroamento
ca,cAIR Cltadel
Zl:udelle in Cu~cai~ da A \lenida dos Estrangeiros..
~agbaa t~ SEMANA P()R'fU4,JlJE~A

Ar ranjo ela T ravessa que


liga o L ar~o do Pinhe•ro
com a Avenida Soboia.
Pavi mentação de ioda a
Avtmda que circunda o
Largo e Bairro Escolar.
Arborização da mesma.
Pavi mentação da Rua que
r onduz do Largo Carloc; An-
jos à Avenida que circunda o
Kairro Escolar.
Alcatroa111ento do Largo Os-
t ende.
Alcatroamento e arranjo
da Estrada que liga l'S.e à
Am orei ra.
Reparação do t inque
público da Amoreira, des-
tinado á lavagem de roup!l.
Arranjo da Rua que cond11z
dêste á Estrada Nac•onal.
Aranj o e alca troamen to da
Rua do Va le. Arranj o e al-
catro ~ m e nt o da Rtrn que
lig" a A,·enida de S. Pedro
à Rua Conde M óser. Calce-
tamt-nto da Rua que par tin-
d o da Avenida d~ S. Pedro Ca~c:.is Jardim Candiclo dos Rei s
t er mi na no local denomina- Jardin Candido Reis The Garden of Candido Reis
do •Cocheiras da Campa- Jardin .candido R~is>> Garten «Candido Reis»
nhia•. Alargamento da li>a-
cão da Avenida de S. Pedro c1·m a Avenida Saboia. seios em frente do Chalet O'Neil. Compra do Largo
A rr.rnjo da Rua do Banco. Arranjo da Travessa que da,, Palmeiras por 80.000$Ü(}.
liga a Avenida Trouville com a Rua de N•le. Al t o Estori l
Arranjo da Rua Bryton. Arranjo d" Rua que liga
a Rua de Nice com11 Avênida dos estrangeiros. Arbo- Arranjo lit.teiro de toda a Avenida dos Bombeiros.
rizacào de al<iumas R11as. Aformusean ent l do LarS!o Alratroamento da mesma. alaniamento e pavimento
da Estaçao, como complemento da escac1aria cons- du Rua N." 14. Pavimento e arranjo dum troço da Rua
truida por cont11 da Comissão de Iniciativa. (Estas qut> partindo do Chale! Maria, corre paralelamente
obras ai nd;i nl!o est o completas.) E iminaçào co Pl'- numa dis•ancia de 400 metros 3 Rua do Mercado
queno jardim existente em frente do prec!io do Ex.'"º Novo. Alar~amcnto t- pavimento da Rua das Palmei-
Sr. Alfredo dc:1 Silva e calcetamento clus locais onde ras. Alarg~mento e pavimento da lfoa N.0 21 que liga
existiam as placas ajardinadas. Rebaixamt'.nte dos pas- l'I Avenida Dr. Antonio Martins com a Avenida dos
Bomb"iros. Con ... truçao da r~de de esgõtos e estação
experimental de tratamento.
Tenente ANTONIO CARDOSO

N. R. - Por absol uta fa lta de espaço, somos obrill,aéos a r eti-


rar uma pa r te do relatorio do ilustre admi nistrador de
Ca.cuis, espeq1ndo que sua Ex." nos rt leve a sua
co ntinuação no proNimo numero.

Cascais Miradouro sobre o mar


111101111 at 11 uldadO o la p1111 ,.,:uu111 ,u11111ar War 1:011111l'l Miradern sobre el mar A view over the Sea
l1u11<111ll 1.1 li 11111 Pui1111l11 lrt1ttrl11Ul1I Vue sur la me< Blick auf da~ M.eer
P agina i 3 SEMANA PORTUGU€SA

A
Minha
Terra
"SEMANA PORTUGU E·
SA• pede-me, nem eu
sei bem por quê, um as pala-
vras sôbre Casca is, sôbr e
esta terra a que tan to quero
e que no seu mel ancoli co
viver de «velhinha senhora>,
parece desconhecer-se e re-
cear-se, quando pretendem
t ocar seus pergaminhos ou cascais - •Boca do Inferno>
torna-la cmenina do nosso La •Boca de Inferno> The •~\outh ar Hell•
t empo•. •Bouche de L'Enfen Bollenrachen
Nem «rouge•, nem • ba-
t on•, nem •cremes>, nem cessencias• caras, consome de Cascais, não é empreendimento de tomar a ser io,
a predilecta da antiga côrte, tão certa está de que, por muito grnnde que fosse a competencia !iteraria
t endo por mãe a Natureza, não carece, para merecer que a tanto se propuzesse.
a nossa dedicação ilimitada, de se mascarar, de se Cascais, a par da sua \lida intima, isto é, da sua
cobrir de enfeites, bastando-lhe seus encantos, suas ex1stencia ci\lil e burguesa, tem historia honrosa no
belezas naturais. campo militar e nas lutas entre os que, em epocas
Velho rincão, burgo pobre e honradinho que tem varia~, pretenderam chamar seu • ao •nosso querido
visto e sentido como poucos o embate violento do Portug~I. Mas não interessa ao fim que destinaram
marulhar continuo da intriga e do despeito entre os esta re Jistu, !embrar os feitos heroicos que Cascais
homens, só pede lhe concedam a calma que gosou prest:nceou, nem, filo pouco, relembrar os seus tem-
em tempos idos, a p11z que foi seu bem principal pos felizes, em que desconhecia a fome, em que se
quando era a pacata aldeia pescatoria, apenas ani- bastava a si propria, á custa des.>e mar que foi pro-
mada nos cur tos mêses do verão em que via colori-
das e aristocratisadas as suas lindas praias, encanto
e sedução que o tempo lhe roubc;u, para os entregar
sem pejo nem remorsos, a outras que foram chegando
atrasadas de muitos anos, mas mais audaciosos, mais
impudicas, mais • dern ier cri.,.>, consrgu irarn l ançar
a vila-mat: num quasi esquecimento, no cêsto dos
papeis velhos ...

Rememorar, em meia duzia de linhas o passado

Cn.;ra/s ·Monumento a Sac:õura Cabral


CaJcals Preia da Conceição
Pra)>,, de la Concepción The beach oi Conceição lhH••·•· 1 $1:1hn Cabril MHll•Hl 1 S3tdtrt Catrr
La plalle de la Concep\ion cCenceiçlio>-Strund Mm•lll dt l'n1tm httdm tairal Du1ut d11 fllll.111 Si:adm Çjlr>l
di::dosamente amigo dos que
lá iam procurar o pilo e o
conforto dos filhinhos.
Hoje, por entre a luz que
scinula nesta •Costa do
Sol•, quanta vez Cascais
tem saudadt>s dessas epo-
cas recuadas de mi:nos re·
clam.- mas, t11mbem, de me·
nos fantasia ! ?
O Mar até o M11 -dd·
xcu d~ ser, tal llt'Z por ver·
gonha e hu1111ldade, o ilm1go
dileto da gi:nte pobre de
Cascais! As praias perde-
ram a sua a1111ga ani-
mação! Cascais cosmopo-
pol1t11 nào con:;t'guiu esquf'-
cer Cascais familid-unica !
Antt's pelo contrario! •..
Limpinha, dt>ct:nte, r1::11en -
do·se na •l>Ua~ e só «sua
baía; serena. St'mprl'! bur-
guêsa, rt:cosl<oda sôbre as
t:~carpas caprk hosas di: ro-
chedos mi!enários; màe e
madrasta que confunde. no
seu muito grande carinho, Cascais -- Rochedos da cBoca do Inferno•
Rocks at lhe cH~ll's Mouth•
filhos e enti:ados; si:11timen- ~~~r,~,~e ~~ ~~~~~~g~~·J~,~~~ten Fel•en~rup pe beiln cHllenrachen>
tal e activa, rnbendo chorar
t'tn ~ilêncio e trabalhar Sl'!m alardes; rústica mas edu- recompensa inestimavel do bem que lhe possamos fazer.
cada; pobre que não receia ca ninhar de C?b~ça er-
guida nem se considera afrontada com as irradia~ões
da muita luz que de-lumliré! as suas irmãs e vizinhas; Como s 10 lindos. como merecem ser visitados, os
ho·pitak1ra e caritativa; Cascais, a minha terra estre· arrabaldes da minha terra!
meci<la, aquda 4ue posso, devo e q11ero colocar sô!>re· Paisagens de maravilhas nos oferecem seus campos,
-toda;; no altar da minha ternurd. é. e será sempre. \lt>rdejantes, seus pinhais, suas colinas, que o Sol,
digna do amor. d 1 i:lolatría de quantos se abri~uem êsse amigo-maior da mais ocidental das praias portu-
sob o !'eu manto de bondade, sob o ara~o suave das gut>sas, ilumina e abr:!nçôa quási permanentemente!
suas caricias, que não sabem bajular mas dão ânimo A cCosta do Sol•! Sim, a •Costa do Sol tem
e amparo qte dào ft)rças e coragem, que são a dirr:!its incontestável a si:r considerada a parcela mais
sedutora de toda a Costa
portuguesa !
Mas Cascais, esta velhi-
n:ia que nllo adora nem re-
questa os modernismos, tem
incontesrável d[reito a ser
considerada a mais sedu·
tora terra de toda a •Costa
do Sol• 1

Cascais Março 1933

/llafreijo

ASSINEM

Semana

Portuguesa
Cascai• - O Fdrol de Santa Marta
El faro de Sanai Marta 1'he Light·hou'c oi Sunla Martho
l.e phare de >•mie Mur.hec l.euchllurm ::>anlu Murtu
P1'lglna u; Sl<~llANA PORTUGUESA

O..,MUSEU..,BIBLIOTECA
<ONDE <<ISTRO GUIMARÃES
• • •
CASCAIS

Cti>cols \'isto i:erol do Museu ll\unicipal Conde Csstro Guimarães


Vista general d~I M11•e11 Municipal General \'ie": 'f the M1111ic1par Mu1o-t•rm
"'us(e t-lunicíJ LI- \lle aentrLle UeM.mtan!->icht dt'~ Munit11 t.I Mt. •tum

Al gu ns dados B iograficos do Conde de Castro Guimarães

Dr, Manoel de Castro Guimarães, formado em direito pela Universidade de Coimbra e antigo Di-
rector do Banco Lisboa & Açores, faleceu em 15 de Agosto de 1927, foi u111 apaixonado músico tocando pri-
morosamente orgào, tendo em Paris recebido lições de Eugeoio Gi~ont e Alexandre Guillerman, publicou em
edição comemorativa, fazendo anteceder um prefácio na Cronica dt:! Afonso l l enriques, por Duarte Galvão,
legando após a sua morte à Vila de Cascais a sua casa, que é hoje o museu.
Além disso dividiu a sua fortuna em três partes, duas das quais para a família e uma para a
Vila de Cascais.

O Palácio denominado Torre de S. Sebastião,


habitação predilecta do Conde de Castro Gui·
marães, legada por êste titular á Vila de Cas-
cais em 1927. reún e num ambiente de intimidade
algumas obras de arte que formam u111 conjunto
decorativo bastante aprecia ver.
A sua arquitectura mais pitoresca do que cor-
rec.:ta dispõe bem o visi!ante pelo imprevisto e
variedade de aspectos. Cercado per um formoso
parque de alto arvoredo e prespe: tivas inespera-
das, torna-se, sobretudo no verão um lugar apra-
zível pela sombra das suas árvores que simultânea-
mente o abrigam dos ventos predominantes na
região. Cruseiro de C•pelo pc Museu Castro Gu1merães
Pagina 16 SEMANA POllTUGlJESA

Logo á entrada do par-


que encontra-se uma cape-
l inha do sec. 17 com azule-
jos policromos da mesma
epoca revestindo a aboboda
da capela-mór. As paredes
da nave ostentam três be-
l•>S paineis do mesmo mate-
rial - sec. 18 - r~presen­
tando scenas da vida de S.
Sebastião.
Das pinturas existentes
no Museu destacam·se: um
Bassano encantador, dois
paineis flamenqos co sec. 17,
retratos de Pdlegr111i, duas
grandes paisagens da escola
holandesa e outras no ge-
nero de Poussi11. Dos mo-
dernos ha obras de Lupi,
F. Chaves Vaz. Madrazzo,
e Bounat.
Cascai$- 1·ma entrada do Mu>eu Ca•troJ (iu•merães
Algumas esculturas, assi· Uma entrada dei .\Ili.eu Conde Chtro Guimuràe~ An entraucc to lhe Museum
nadas, merecem atenção, En:rü du'Mu~éc Einganiiznm Mu,eum
assim como as belas porcelanas da China, mais co- d'Obidos, os formosíssimos paineis quinhentistas por-
nhecid'as pela designaçâo da «da Companhia das ln- tugueses duma boa tecnica.
dias~, sec. 18, e uma valiosa colecção de pratos por· 1la na Igreja bons azulejos do secu lo 18, mas os
tugueses dos sec. 17 e 1~ e princípios do 19. mais lindos d'essa epoca, policromos e de moldur as
D'entre as peças apreciaveis no mobiliario men· historicas rodeando figuras, são os que revestem a
cionaremos o formoso contador indo-português do fachad 1 do Palacio de Conde da Guarda, hoje per·
sec. 16 e o biombo acharoado do tipo designado tencente á Camara Municipal de Cascaes.
de Coronwndel, scc, 18; comodas Luiz Jl:i, sotás e Na Igreja de Santo Antonio do Estoril n'um cor-
Cfldeiras D. João V, O. José e o. Manuel 1, buietes, redor abobadado que deita para o claustros veem· se
cadeiras de couro, etc. os curiosos azulejos, de motivos isolados, datados
A Biblioteca contem perto de S.000 volumes, mas de 1719.
a especie mais apreciada é a valiosa cronica de D. Mencionamos tambem, por estarem ainda dentro
Abnso Henriques por Duarte Galvão iluminada !)Or do concelho, os azulejos policromos da Igreja de
um artista do sec. 16 que nela ddxou pintada uma Carcav~los.
vista de Lisboa das mais antigas que se conhecem. Carlos Boul'alot
Conservador interino do Museu

* * *
Não longê do Museu e a Caminho da Vila encon-
tra-se a Igreja paroquial, digna de ser visitada por
possuir, alem da colecção dos quadros de Josefa

' OMuseu Conde


Castro Guitnarães
é digno de ser visitado
por toda a gente
Jorro~ d'1~ua no Jardim do Muse11
MERCEARIA ALUTA DE ALFAIATARIA A PR O CURADORIA
A NTO 10 B E RNARDINO DE
r AMPO S
- - ALN E I DA -
A1 R ES
Generos de !.ª qualid1-le
DE
Bolqch~s e Bisco.to>
CHÁ ECAF e
1 D•
CAM P OS lltS P l t O • A. L.1 S A C A
a: CV.
Encarre11a-i;e de t odos os es-
Chocolate.~ de fanrazia, etc. Compluto sortimento de fuen· sumploi a tratar junto dos
Conservas. queijos, frutas do- dn~ naciono·s o estra11~eir. s OHA S, CAF"ÉS t ribunais ou de quai~qu er
ces <' s~cas em diversi-s e.~pu - fVI .,. ,~T SCIQ A S
cialida des. Cha mpa11ne~. dos 1111i~ modernos e chfcs outras repartições pu-
padr ões
a: bl icas - Cobrançes
l icores e vinhos de di versas P ... S TICL.A R I A
procedencies FA T OS BAR·\ TISSl.V\O; de dividas, R e 51i stos
TABACOS NACIONAIS GAR ANTINDO A BO A n11s conservatórias, vend11
E E.;,TRANGEIROS F.XF.CUÇÀO E ELEGAN· e a1u11uel de propriedades
CIA üO CORTE Rui Re!limento Des1.1ove37, 59 VenJa de selo" e val ores sela-

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DEPOSITÁRIO DA " TABAQUEIRA,, E "ATLAN TIC "

RUA UIS~O~DE on LUZ, 37 n 45 - RRMRZBM : IRRUHSSR D'RLfRRROBEIRR, 7


T•:t . •WO~f:
CAl<All N. 0 J6

S apata r ia Costa do S ol
TABACARIA oE H ermi nio José da Cru z
POLAR Ca lçado fe ito e p o r m e oida
De DU A RTE & MESSIAS , Lda para homem, f enh• ra e creança
Tabacos necior ais e e>lrfnstei10,, cl1rrutos de todas as
marcas, boquilhrs, cil!Hrreira'. CHhmbo~. 1<rti9os de
Solidez e perfeição 1
papelaria, livrari?, poi:.tai~ ihi-trados, jo!!o de lotarias desde os mHis simple$ '- - - - - - - - - - -
arti<;?os tn10l!raficos, certas dt· jos,:ar. a!!uas de
1 modelo>-, a~:.im como, T el ef o ne 5-1 - Cascais
me,a, cen·ejaria, refriste1 anti"· chocoh1t es, repareç/le,, ele toda a
di~cos e grafonolas, perfumarias, 1,1 e., etc. espécie Esta cnsa torna-se
Deposito de tabaco~ e fosforos 1 1 i:.emprc preferid a pela
Rua Re gime nto 19, n .º 23 a 31 col onia C$trangei1a de
passai:!< 111 pela Costa
T e l efon e 33 - Ca scai s
- s~mm : Hmnrza de tmals-Pr21a 5de ~~lu~ro, 1 e 2 -
do Sol

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Estabelecimentos de FLOR D.\ AVENIDA [) e O A. ~Pt J'9 T IEI RC> E
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1·Pagina 22
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(Ã gentil bailarina Mette)


p ngrácia. Vi ha dias num café, -
(.,., No cPaladium», onde vae a gente fina;
Um Lulú a beijar uma menina,
Repimpado no seu colo, qual bébé.
Meu Deus 1 Que loucura, que doideira,
Tinha o cão, nas meiguices que fazia;
Um perfeito D. Joan, na corlezia,
Enamorado pela sua companheira.
«Doly» assim se chama o maganão,
Dum olhar vivo, inteligente e sabedor;
Ao que parece, conquistou-lhe o coração,
Porque olha para os homens com rancôr.
Oh 1 Ceus 1 Porque razão êste cachorro,
Adormece n'um regaço perfumado 1
Abre os dentes para mim êsse malvado,
Na certeza de que tem logo socorro ?
Que fazer? As donzelas hoje em dia,
Não se fiam nas cantigas dos rapazes;
Ha meninos que de tudo selo capazes,
Se lhes df: o azas para a sua fantasia.
Hoje é moda, as senhoras mais honestas,
Julgam estar no usufruto d'um direito;
Afagando os cãesinhos contra o pe:to;
Desperdiçando muito embora as suas festas.
Porque não fazes tu de mim, êsse cãosinho,
Agasalhando-me nos teus braços selinosos;
Fazendo-me antever os sonhos mais dictosos,
Na ventura e no prazer do leu carinho?
Não córes, deixa o rubôr d'essc teu pejo,
E dá-me cm troca d'êsle amor a lua vida;
Num longo abraço, o mais profundo beijo,
E eu serei leu cão, oh! minha querida.
Depois êsse Doly, é irracional,
A quem trazes com coleira e com corrente;
E cu se sou no mundo um animal,
E' por te amar, meu amôr perdidamente.

LARAMA

LAMPA
POUPAM A VISTA DE CORRENTE
Paglna 23 SEMANA PORTUGUESA'!

M0NTB BST0 RIL


EDEM-ME um artigo, um artigo a mim, modesto sa e tentadora, que sabe que é bonita, porque atingiu
P prosador, a quem faltam qualidades e conheci-
mentos para cantar em linguaqem sonorosa e elegante,
todos os encantos o máximo das perfeições e a graça
inteira de sua mãe, a Natureza.
as belezas peregrinas do Monte Estoril pequenino Mas se tem a engrinalda-lo um conjunto tão perfei-
rincão cuja paisagem nos encanta como um país de to de belezas naturais, quiz Deus pela mão dos ho-
sonho e de quimera! mens completar tão encantador efeito, e assim, nêste pu-.
Meu Deus! nhado atri1en-
Um artigo se ..
-e•,. te de perfei-
eu não sou /
ção harmqpio-.
poeta, se não sa, não 1h e
tenho a ilumi- faltou a foote
nar-me a ri- 1um inosa do
quesa cintilan- progressó.
te (!um Apolo, A enrique-
a 1i r a apaixo- ce-lo a bele-
nada e quente zá modernista
duri Olimpo. dos seus. 1u~
Vaiei-me, xuosos e1 oon~
Senhor! fortáveís h .ô~
Mas, se ' , teis e c o·m o-
Deus não me d a s pensões,
ajudar no cum- entre·os quais
primento i n - c i tarei . o
grato desta ta- <Grande Ho-
réfa que acei- tel Estrade.», o
tei é certo de <Grande Ho•
bôa vontade, tel. de ltalia>,
porque se trata o ,c.Atlantico>,
de falar dum < M i r a m a r»,
pedacinho da 1 e Pensão Z e-
minha querida nit» etc, admi-
terra, que me ra vei s e indis-
perdôem p e n s ave is
aquêles que agen t es da
por sua infeli- propaganda
cidade me vão tu ri s tica de
l êr, em ui to Portugal no
principal men- estrangeiro.
te, quem con- Facto inte-
fiou damasia- ressa ntiss imo
do, talvez por e que por si
amisade, nas só revela o in-
minhas nulas teresse d os
qualidades de e s t r a ngeiros
jornalista e de pela linda
escritor. Costa do Sol
Situado no é que nêste
ponto mais inverno esti-
alto da linda veram sempr e
Costa do Sol chei os os ho-
o Monte Esto- t eis nesta
ril é na sua agradavel es-
variada paisa- tância de tu-
gem dum ren- rismo.
dilhado perfei- Verdade se-
to e capricho- ja dita que á
so de verdura Estação Climatologica, criação da Ex.'ªª Comissão de Iniciativa e Turismo Comissão de
luxuriante, um do Concelho de Cascais 1n i c ia tiva e
coração que Turismo do
pulsa alegre e venturoso lá rro alto, certamente ena- Conselho de Cascais da digna presidencia do dr. Ruy
morado pelo mar, por êsse mar azul, irrequieto e cris- Canas e à Sociedade de Propaganda da Costa do Sol
talino que lá em baixo na praia adormecida pelo can- onde estão homens da envergadura de Fausto de Fi-
tico marulhar das suas ondas, lhe beija corr. carinho, gueiredo e de Guilherme Cardim, se deve em absolu-
muito apaixonadamente os pés. to o progressso e a riqueza dos Estoris e a par disto
E' nêsse grande espelho do Oceano Atlantico, que o exito dêste ano.
o Monte Estoril se mira com orgulho de donzela, vaido- Necessário se totna não ficar por aqui e que ou~~as
Sl {HANA PôRTUGUESA.

Comi ssão
de iniciativa
e Tu r ismo
do Conselho
de Cascais
iniciativas se conjuguem pa-
ra que a Costa do Sol pos
sa vir a ser o espoente ma-
ximo da riqueza do nosso
paiz.
<Semana Portugueza • se-
gundo me dizem se propõe
contar todas as belezas de
Por tugal, não se ponpando
o trabalho, nem a sacrifíci os
de- toda a ordem, para levar
alem das nossas fronteiras
o echo vibrante da sua vós
atravez das suas páginas
ilustradas, conseguiu nêste
número especial que pptrio- Sede da Comissão de lniciat•11a do Concelho de Cascais
ticamente dedicou aos Esto- Casa onde funciona la Comisson de iniciati11<1 The house of lhe lniciatioe Comission
ri s, ver cravado do melhor Maison de la Comission lniciati11e Auskunftsbilro der Propagando-Gessellschatf
exito o seu objecti vo.
Nunca em Portugal se fêz em jornais ou revistas Que me perdoem pois os simpaticos dirigentes da
uma edicçi'lo tão completa de propaganda da Costa do revista <Semana Portuguesa•, se não correspondi em
Sol, propaganda que representa um perfdto cAlbum• sabedoria, como muito desejaria, á muita competencia
senão um precioso documentário de inestimavel vatôr. que certamente de mim esperavam, ao dirigir-me tão
Como portuguez e nunca como pretenções peseu- amavel quanto honroso convite, porem, a mais não
do literárias que me abalancei a vir dizer algumas chega o menengenlio e arte.
palavras despi das de luzimento sôbre o Mo'lte Estoril Que os leitores me relevem pela intenção que
Hlhos tão sómente do muito amôr que consagro ao me inspirou a veleidade em que sem querer me dei-
meu paiz e no bom de desejo de contribuir até 011de xei cahir na certeza de que êste despretencioso artigo
chegaram os meus poucos conhecimentos literários não t~ve outra mira~em que não fôsse a de corres-
para erguer bem alto o nome portuguez o com êle a ponder à ~<'ntileza do convi te e há muita amisade que
beleza, o encanto, a graça e o valôr da minha queri- me liga d i revista <~emana Portu~ueza».
da pátria, da lida terra portugueza. S. joà') do Estoril Março de 1933

..
D ANILO

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Monte Estoril - t-lall da Séde da Comissão de Iniciativa
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Tne Office of the lnici11tiv.! Comission
Bilro der Propagand11 Gessellschaft
• ~
ª •~-~~~~!HS!f~
.........
i_,aglna ~IS

A TERRA
ENCANTADA
E toda a e Costa do Sol>,
D é sem dúvida alguma
o Monte Estoril a princêsa
encantada, e que nos inebria
e i.eduz, não só pelos colori-
dos da sua frondosa vege-
tação como enfim, por todas
as belesa'> que encerra, o
que demonstra bem, que a
obra do Criador, perfeita e
oni potente de coisa alguma
se esqueceu.
O Monte Estoril, vigilante
como qualquer guerreiro or-
gulhoso pela vitória, recur-
vado sôbre a montanha, olha
atentamente o Atlântico, que ftlonte Estoril - Comíssilo de ln!ciati\>a - Sala da Biblioteca
de vez em quando lhe vem Comi~ion de lnicialilla Sala de 11 Bibli ot eca Jniciative Comission Librori :;aloon
beijar os pés, umas vezes Co:ni-;sion d'lniciutive - Salle de 13 bibliotheque Biblíothek im AtBkunftsbilro
impetuosa, outras mansa-
mente. reabrir a não ser que, transformado em mais um Hotel.
Pena é que os seus encantos e são êles tantos É pena, mas o seu rival o Estoril, que afinal não tem
que me é impossivel descrevê-los não sejam reconh e- tantos encantos, apesar da grande maquilhage que os
cidos por aquêles qu.: tinham obrigação e o dever de homenc; lhe imprimem conseguiu porém, tirar-lhe a pri-
não esquecerem a princesa encantada da bela Costa masia.
do Sol. Todavia, para mim, que sou fran co e justo o Monte
O seu Casino que out'róra recebia em seu seio não Estoril é e será sempre a princesa encantada da mais
só os turistas de tofo o mundo que nos visitavam, bela costa de Portugal.
como as pessoas da nossa mais alta sociedade, dórme
fechado e com escritos sem esperança sequer de jámais A le.randre d' Oliveira

Anunciar na «Semana
Portuguesa» é recla-
mar bemos seus pro-
ductos e leva-los ao
conhecimento do pú-
blico.

Monte Estoril - Combsllo de lniciatilla - Sala de Leitura


Comi~ion de Iniciativa - Salon de lectura
Comission de Jniciative - Salon de lecture
lniciati11e Combsion Reading Slloon
Leseraum im Au~kunftsl>flro
,
Página 26

1 A
is========~====================-• : •-===========================:::=::~
São LuJz - «l F l nfJo respon· rei, é a continuação dos •5 Mos- inter<>sse conseguiu dar-nos uma
de •. queteiros>, fita que teve um exito agradável pelicula de exteriores,
absoluto. semeada aqui, duma cena de ele-
Um film esperado com interesse A •Milady• està certamente re- vada ternura, além d'uma cena de
e que d'uma maneira geral corres- servado um· triunfo identico, aten- baixa espéculação financeira.
pondeu á espectativa. dendo ao inter esse que no publico A história desenrola-se em volta
- Dizemos duma maneira geral
porquanto a técnica e1r1pregada
não nos trouxe nada de novo.
Com isto não pretendemos tirar
o valõr á fita onde ha a destacar
depois da interpretação, os jogos
de luz e a fotografia impecável.
É principalmente na segunda
parte, quando surge no meio do
mar, a gigantesca plantaforma da
Ilha Flutuante para servir de escala
aos aviões transocianicos, que Eric
Pommer afirma as suas qualidades
de bom r ealizador, conjugando com
perfeito equilibrio a interpretação
com o lado técnico.
Charles Boyer, Jean Murat e
Daniéle Parola, três valôres do ci-
nema francêz, são os principais in-
térpretes e fazem-no de forma a me-
r ecêr louvores.
Charles Boyer em primeiro pla- José Mojica, o slmpatico e popular tenor tam querido
no, r epresentando com um realis- do nosso publico.
mo impressionante. (Cliché 11entilmente cedido pela Com-
O publico, que tem enchido to- panhia Cinematografica de Portugal)
das as noi tes o S. Luiz, encontra
nêste filme emoção e algumas pas- dispertam certas figuras de roman- de •Tommy• cavalo de corridas.
sagens de bom cinema. ce criadas num ambiente de heroi- A destacar o bom trabalho de Er-
cidade. nest Torrence e a excelente foto-
A interpretação ainda a cargo de grafia.
()entra 1 - •Nilo quero sabBr Bienche Montei, Aiméc Simon V. C.
quem és• .. . Girar'! e Harry Baur, está entre-
gue a bons artistas.
- A dentro da sua categoria é Cenários bem organizados e bôa
um bom film. Todo êle num am- fo tografia.
biente de verdad eira alegria e fres- 'rlvoJi - «Tarzan, o homem macaco»
cura denota bem o gosto artístico S. Luiz - 11.Tarzan, o homem macaco»
do seu r ealízador. Odeon e Palaeio - «O au/oma- Central - «A melhor cliente»
Geza Von Bolvary dirigiu com to do amôn, G iná 1do - -.O filho da lndia»
elegância esta linda historia côr de Odeon - «Uma alma livre•
rosa que inspira e enternece o es- Vê-se com pouco agrado, e es- Co ndes «0~ 3 de casaca»
pirito, e onde ha paisagens magnl- taríamos talvêz muito perto dum Royll l -«Se~redos d'uma secretália»
ticas. fracasso se não fôsse a bôa inter- Palaeio - «Uma alma livre»
Encontro e beleza são os princi- pretação do actor Max Hansen que Chil\dO Te1•1•mo1c-«A Frente in11i·
pais factores desta obra que tem consegue por vêzes amenizar um sivel•
ainda a valoriza-la a feliz interpre- pouco a insípidêz do argumento e J ,y11 «Ama-me esta noite>
tação dos simpaticos artistas; Lia- a monotonia de certas cenas. Olimpi1t -A~ulho em palheiro-Casa-
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Pagina 3t SEMANA PORTUGUESA

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E XPLICAÇÃO NECES SÁRIA.
Não queremos ferir i nteresses dos touros de morte,mas só agora pa~sam nos bastidores da tauroma-
materiais, mas lambem não deseja- adq11iri a cer teza. quia nucíonal. Limito-me a qaran-
mos que espesinhem, com o seu Não qut!r o fazer a análise pro- tir-\los que existem coisas interes-
exagerado comercialismo, uma art~ menorisada das suas atitudes mas sanlissi mas.
que é bela e emoti\la. A festa dos ~aranto-lhe senhor SeQurado que
touros, prezados l eitores, não é V. Ex." km de contar com o Grupo *
D o li\lro Uno ai sessio, T ouros e
êsse espectaculo que os empre1á- do Sector UM e muito t'Sp~cial-
rios portuguezf's, chefiados p:1r mente comigo. Toreros em 1952, tràduzi es im-
José Segurado, organisam. Isto que V. Ex.ª tem chuchado com todos pressõ s daquêle distinto critico
se faz aqui é uma tôsca imitação aquêles que precisam de ~i, e há espanhol sôhre Pepe l i;!lesias e
do que se faz lá fóra e:n Pranç..i, bem pouco tempo chuchou com a Cayetano Leal •Pepe-H11lo•. Do
Espanha etc. Bem sei que a morre direcção daquê'e Grupo que nada, primeiro artista diz: T oreou no dia
do touro está proibida por lei, mas fix e bem, precisa ou quert da sua 22 de Agosto em Tarrazona de la
ta1rbem não ignor am que o~ ca r- pessoa. M ostrou concord ar com os Mancha e matou dois touros; com
tazes, mandados 11fixar pel A Empre- meus pontos de vist'I e quAndo, essn corridl'I comecou e acabou a
za da Praça de touros do C'a111po ingénuamenk, pensei que lhe po- t . . mporadH. Ta111bem é outra lásti-
Pequeno são uma vergonho-a diamos oferecer a nossa aliarça ma de toureiro! E é que isto do
afronta à critica portu çtueza, que desinter essad11, V. Ex." continuRndo toureio está cheio de lá 0 ti111as. Sô-
tanto tem defendido a Festa Hrava, a chuchar conôsco, manda af1xnr bre o novi 1h . . i ro •Peoe1 Hillo)) diz
e ao grupo Tauromáquico do s.c- aquê'es pHpeis ordinarissimos pe- q11 e toureou des?ssete corridas e
tor um, que se conlitu iu exprt'Sl\8 - las paredes da nossa CApital. Ago- que quási sempre bem.
mente para criRr um espectaculo ra, mai s a sangue frio, compreendo NIZZA DA ~ ILVA
que nunca existiu em Portug111. o seu pr opósi to. V. Ex.ª quere es-
0 nosso piitrimónio artistico em pécular com a nossa proragandil,
matéria de touros, não existe por- mas falta-lhe a inteligência. Real-
que se olharmos para o passado, mente não é a sua idade a mais
não encontramos um detalhf' ou própria para essa metamorfose tão
uma demonstrnção de que a Festa
Bra\la tf'nha sido culti\lada no nos-
grande.
Se o senhor nunca pr,)\•ou pos- A VIAÇÃO
so Pais. Existiram apenas cavalei- suir fósforo, como é que quere,
ros. creio que bons, mas se real- nesta altura, adquiri-lo. O Grupo O problema da a\liação constitue
mente montavam e ensinavam mui- T ouromáqui co do Sector U.\1. a actualmente uma necessidade abso-
to bem os seus ca,·alos, todavia que me onwlho de pertencer, ofe- luta. T anto assim é que fácil se
pouco percebiam de toureio. No rece desinteressadameme o seu torna verificar o incremento enor-
T oureio a pé-aqui arde Troia a concurso a todas as pessoas que me que êle modernamente tem to-
\lergonha era completa. Ainda mos rem boa \lontade e absoluta mado em quási todos os Estados,
ha\lia o bom senso de lhes cha- concordância com o nosso progra- que procuram assim acompanhar
marem capinhas, toureiros \lolantes mil. bem de perto o progresso da ciên-
etc ... Pena é que lhes não dessem ~ ste mereceu a apro\lação sin- cia, egualando-se mutuamente nos
o \lerdadeiro nome. cera de todos os \lerdadeiros cri - processos de o fazer.
Por culpa dos nossos antepas- ticos de Portugal. São exemplos, para não citar-
sados, que não soubernm ou não Eles estão a nosso lado auxili an- mos outros: a Alema ha, a ltalia, o
quizeram seguir o exemplo dos ou- do-nos com os seus prociosos co n- Japão e a Russia.
tras paizes civilizados, somos obri- selhos na justa campa nha de Tou- lnfc:lízmen te em Portugal o pro-
gados a suportar tudo que nos ros de M ortt>. blema aviatório é ainda uma crian-
quf'iram dar. T enho de admitir e respeitar a ça recemnascida, e o pouco que há
Saímos do Campo Pequeno a <li- opin ião das pessoas que de testem feito é o resultado de esforços i n-
zer mal das corridas e logo a se- as Corrid as de Touros e as toura- dividuais, e não como devia sêr, o
guir \!amos comprar bilhetes para das. Lá têm as suas razões. M11s resultado nascido duma vontade
outra fantochada. E porquê? admiti r que h ~ ja em Portugal pra- colec1iva que con•cenciosamente
Porque existe no nosso povo a ças de touros onde se não respPi- ti\lesse uma final idade.
intuiçào da Festa, embora embota- te a dignidade do publico e dos • Sem11nn Portugueza • que pro-
da pelos sucessivos desenganos próprios toureiros, isso nunca. O meteu interes$ar-se por todas as
que sofre quando lhe anunciam ca\la leir o tauromáquico tem o ~eu causas justas tem o prazer de anun-
toureiros de categoria e lhe ofere- posto dentro do tourei o mas o ciar aos seus leitores que muito
cem Melchor Delmonte, Alé, Baha- peão luta com enormes dificulda- b1 e\lemen te irá têr uma página diri-
monde etc. des para conseguir colocar-se. O s;iida pelo nosso prezado amis:to
Olhem para êsses, repito, iode- emprezário, excessi\lamente sianan- senhor Romeu Cunha, um moço
centes cartazes a convidarem o pu- cioso, contrata exatamente 11quêles cheio de valôr que á causa da a\lia-
blico a renavar as suas assinaturas que pouco esc~upulosamenie se cao tem dado o melhor do seu es-
e \lejam o que êles prometem. presh11n ao papel de fi~urante da forço, e a quem se de\lem já l'll-
Nada, llbsolutamente nada. Nem companhia cómica do Campo Pe- çtu 1s trabalhos de \lerdadeira utili-
podem prometer porque o próprio queno. dad P.
emprezári o não tem programa parn 'ão cito os nomes dos preferi- Antecipadamente agradecemos a
a temporada e por isso pr1-tende dos porque não quero quPimar sua valiosa colaboraçao
estabelecer a confusão ches:iando todos os cartuchos, mas garanto-
até a desmascarar-se completamen- lhes, meus senhores, que me encon- V I S ADO PICL.A OC>NllS -

te. Já suspeita\la que mestre Segu- Iro com uma \lontade doida de vos S ÃO
_ rado era um dos maiores inimigos dizer alguma coisa das que se
Página 3 2 Sl 'U ANA PORTUGUESA

VISITEM
O ESTORIL- COSTA DO SOL
Estância de P razer e de Alegria
ti • •
UEM nos havi a de dizer, que há meia duzia de anos,

Q o Estoril esse fant11stiro e fanta•mago rico Eóe n, devia


nãu só impõr-se em Porn1gal como a primeira estan-
da de prazer, mas tambem no estrangeiro a sua fama
alcançou uma aurola e digna de r espeito e de orgulho!
O esfc rço hunrnno sobrepondo-se à vontade da ru de natu-
0

reza, que por a1i medrava, fez dêste rincão abençoado como
maravilha digna de r espeito, pelo trabalho a'i consumado - e
contemplação pelas belezas estonteant s que se admir?m.
Que111 nuncii, tivesse viajado Dor êsse mu ndo fóra, - e
pela primeira vez pisasse a mans;dào do relvado que se esten-
de vi::rdejante pela Costa do Sol - decerto que a sua aln•a
há vida de prazeres e de sensações ficaria estupefacta pelo que
viu - pelo que avistou - e pelas grandezas que aqui e ali se
desen rolctm meigamente.
Estoril - Estoris - abençoado e mimoso torrão que das
maravilhas sôbre nrnravilhas - belezas sôbre belezas - praze-
r es sôbre prazeres - a todos aquêles, do estran~H ro e de
Portugal que, numa hora de bom espírito soubt ram encami-
nhar seus inci::rtos passos, rara tão encan tadores siti o ~.
Esta e~tânc ia maravilhosa que fica a tres quilometros da
nossa linda e ~a rrida Lisboa, servida por um confo rtA r te e
m.Jdernis-imo com' oio electr co - b<:inhada-se suavemente de-
las aguas tranquilas do atlAntico, que e n~o lfa lda n· ma baia
cheia de 111agestade que vai da no11 te de Rana e se enttn ·e
deleitosamente a•ê ao farolim de Santa M<:rta = é inco ntestá-
\·elmente com
todos ê s te s
riquíssimos
pre d i cados-
u n s dados
p e 1a própria
naturtza ou-
tros pe 10 tra-
t>alho de f'n- J·'a n" to <l 1• l•'i~o ei l'etl o
~rade drn ento
a mais bela maravil ha que Portugal ufan<1mente baloiça no seu
purpurino regaço.
Tudo ali é um perfeito Eden - até a própri a atmosfera
que se respira co nforta mais - A própria luz que abraça êste
macisso de encantadora verdurn - numa côr verde que nos ext a-
sia e nos faz sonhar de'eilosamente- é outra - pela sua clara
inte111idade, pelas variadas transformações que a atmosfera be-
néfica l he dei.
A e l e~ânci a do moderni smo fez desta p<1 isagem dulcefi cante
- uma das mais raras maravi lhas, que nos é dado gosar.
O encanto que se sofre que pela primeira vê t visite a
rosta do Sol, é i ndiscriminavel - pois lhe são tantos - a nos-
sa alma banh-i -se numa sensação tão impressioni;ta-que não
mais ela nossa r efina ~e apaga.
Tudo enfim aqui é belo - deslumbra-nos e sufoca-nos.
Não só o moàtrni -;mo dos seus palacetes torna o Estoril
maravilh -. so mas tambem a dois passos a água do mar faz
r . ss-iltar urna beleza in comparávelmente sonhadora - matisa-
da de variadas côres que vem beijar dolentemente a fina areia
da sua praia.
Incontestávelmente com todas estas notas brilhantes- tor-
nou-seo Estoril o centro preferido do mundanismo elegante.
A sua praia na quadra que se aproxima - rebrilha por
tanta linda mulher, que envergirndo as mais vistosas e garri-
G ~•ilherm e Cn.rl\im das indumentarias, própria para prai a, ali vão todas as manhãs
SEllA.t-. A PORTlJ<9 l' l•~SA Página 33

á tar de e pela noite adiante


r efrescar-se nas suas limpi-
das aguas que o 11tlanhco
num dia de i nspirada poe-
sias ali aconchegou
O Estoril como é já s11bi -
do pos su~ clima t-xr ell' n.e,
comparado ao de L isboa,
do M onte Estoril, de Bt!ar-
ritz, de Nice de Batari as, dft
Sicilia, por um es1u .10 fPi-
to e publicado em IOC G e
1907 pelo dr. Dals;iado, da
A cademia de Ciêiicias de
Lisboa.
T ambe111 êste lindo Para·-
zo é já hoje conheci da e
acredi te.da t'Stância hidr omi-
neral - com uma eN• b rnn-
te n<i scente de á ~u a mint•ro
- fll l'd icinal. térma/, hri-
!'Css11/i 1111, clorctada, sodi-
ca, flUl/!llCsi,111a, sul/atada
e bicar bonatad , caldca e
/i linica conforme parecer
da anal ise qu e fh(• fez o
pro~essor Ch ,,rl es Lepiérri>
E fdnto assim que n s11a Es toril - ~ m a t•11 t;11c1u tio !'arque
fama vem já do St'C UI O XVII f Una Prttrad 1 dei Parque An rnlrace to lhe Par'.<
por testamentr s que ali se Fi.trét du Purc Eingang zum Park
fizeram - e dela fez uso
terapeutico el-rei D. José 1, que sofria duTa eczem:i, E iissim - Ele deu-1os o Estoril - esse amontoado
e que se curou usando 11quelct a!.(ua. d .. !lrnndez·is que se estende sobre um r elvado en-
M as o for moso Estor il deve-st- i ncontestave!mente carilador.
á ten11cida de, à int<.>l i(.!t!ncin dum l lomem. T odas as palavras são poucas par a engradecermo'
Esse Homem é Fausto Fiqu1»redo, 1rntir10 parlamen- o esforço titrnico di>sse l lomem, que a po1i 1ica numa
tar homem de acção e de emprt>endimento- que arros- hora má e per \1l'rsa i a vict•mando.
tando com todos os ol>staculos s uhe dar a Portur1al a Um monum<'nto !lrn ndroso um dia lhe s0 rá er guido-
marnvilha mais bela que se 1,ode Qosar. ~ e estamos certos que todos, seja quem fôr lhe irão tri-
Fau5to de Fi ~ueire do que sonhando um di'l oue bmar as suas ho11ena~ens pelo seu grandioso em-
devia construir um t: clen ou uma outra marndlha do preendimento.
mundo, em Portuga l não desani mou enquanto o seu A •Semana Portu11u za•, conscia dos seus d<'Veres
sonho não fôsse urr a autên tica r alidade. - nào póde deiNar de lhe rega1ear os mais sinceros
aplausos, pela grandios"'
obra, que constituiu e que
hoje representa o orgulho
de todos os Portu gueses.
Um outro H omem que ao
Estoril es tá ligado de alm:.i
e coração.

.. r
Guilherm e Cardim = Ho-
mem d um>1 vo ntade patrio-
tica que tem <lado ao Esto-
ril a sur1 i ncompará\1el ener -
~ i a - em gosto e em arte.
A sua sábia administração
e o St'U temper,1111ento artif -
ti co. S'lUbcr11 111 b.-m depres-
sa torn 1r o Estnr il como es-
1f11ci:i de prt1zer imprésrindi -
v ,..I. na vid 1 <la humani dadf'.
Não se poupMdo a coisa
all:! rma, d e sabe como n1n-
<.1uem, va' ori::;Hr o que é jus-
to e o que é humano.
E i!SSim o CHsi no com os
seus lu'<uosos salões e com
u n serviço esmerud .1 tem
r ccebid o a visirn de emi-
nentes personalidades.
E:,loril - 1:-:splanada do Tamariz O General de Govs, quan-
Tt rraza dei Tamari1 The terr.ice of Tnmi riz+ do vi si tou êst e formóso retiro
Terrace du cTamariz» Esplenade lm Tamariz l icou tão~ ,_encantando por
Púgl"" 3 4 SEMANA PORTUGUES~

tanta bel eza disfrutada que


escreveu no album de im-
pressões :
• Conhecia a Costa azul,
a Costa Esmeralda e a C os·
ta de Prata.
Nao conhecia a Costa do
Sol , ist ó é: não conhecia
nada• .
Out ros pensam ~ ntos po-
deri amos citar enaltecendo
as mar avilhas encantadoras
que os Estoris oferecem da
visita que lhe fize ram co-
mo os Príncipes do j apão,
L ord Cava111 , Lord Ganis-
fo r d. Principt'S de Counau-
ght etc.
A êste ultimo pelo sr.
Guilherme Cardim foi lhe
oferecido na quinta da Pc·
nha Longa uma grandiosa e
t i pica festa - onde o fado
nào faltou e os can tos re-
gionais da nossa província
se ex ibiram que encant aram
os principt>s de Couna11 ght.
O Principt> de Gales quan-
do da visita que fez a Por-
t ugal . não poude tarnbem O • P rlncip ee Ja po ne :z ea
deixar de visitar o Estor il.
E aqui jogou ao Golf,- scndo recebido pela Direc- Propaganda da Cesta do Sol, raro é o dia que não
ção do C asino, com todas as h o nra ~. organiza um soberbo programa.
H oje o Estoril com o Sf U Estoril Palacio H otel e Ou são fe~tas desportivas ou de arte.
Parque, Casino , .Campo H:pico, o formoso Tama riz Ain da hà pouco s dias foi orga nisada uma desporti -
rt sta,u rantt>, Bar e a soberba <s;>lanadil sôt> re o ma r e va corrida de motos- qu e foi desputada pelos me·
a parte desl inada para deve rti 111t>nt os pa ra c reanças-- lho res cam peões .
~ qualquer coisa de grande devido aos esfo rço s con- Venceu Blech - campeão portuguez.
jug.1dos de dois Homens : Fausto de Figueiro e Gui- Este match chamou ao Estoril milhares de pes-
lherm e Ca rdim. soas, que nllo se ca nçaram de admira r as belezas de
A praia do Estoril que é um verdadeiro mimo - lá que o Estoril é orgulhosamt.:!nte detentore.
t em pa ra a valorisar uma elegante esplanad2 . E linha de sêr assim,
ô Estoril está sempre en1 ffs t<1- a Socitdade de O::; comboios que part em da estaçã o do Cais do So-
dré (Lisboa) de h'l ra em ho-
ra - e que sobr e um ceu
ra d ioso e 1indo avança
atravez de tanto encanto e
11unca se afasta da doce
beira do ri o.
E aqui e ali vê·se o vasto
mar ondul ar, batendo os
pectragulhos negros da C os-
ta inundando-as de fina e:; -
puma.
A at musft!ra fresca que se
ab!:orve. pi cante de sal traz-
nos o perfume das algas.
A' medida quP. o luxuoso
• - íl
.... ---- """' :Ili\
comboi o a•1ança, ao longe
nes;!reja uma extensa linha
como a rl e um fo; miguei ro,
de pequenos barco s à pes·
ca.
E a pouco e pouco vai-nos
penet rando a luminosa ale·
gria do ar. em que pi:lrece
andar diluída uma poesia
aquat•ca. dia fana, de pno·
l as líquidas douradas pela
luz.
E:>toril - Palacio Hotel Aqui e alem, mar o pare.
Estoril-Palacio Hotel f.storil-Palace Hotel dão de um quebra, ·destina -
Estoril-Palacr Hotel Estoril-Patacio Hotel do a faz er na co$ta algum
SEMANA PORTUGUESA Pagina 33

pequenino porto de abrigo


para as lanchas e catraias.
A' beira·mar da estrada
que o caminho de ferro sul-
ca, as edificações destacam·
·se pitorescamente do fun-
do verde negro de pinhais.
E é por isto que os Esto-
ris se enchem de ge nte el e·
gante.
Ao finalisarm os estas des-
pretenciosas linhas. nào de-
vemos deixar de lembrar a
necessidade que há de se
construir novos hoteis -
para que o Estoril possa
conresponder à imporl ílncia
que já hoje di ~ puta, quer
em Portu gal quer no estran-
geiro.
L.

A COSTA DO SOL
Hom e nn gem nos 111·0·
cn1•10.;o1•e s do Ttll'ls- t:storil Hotel do Parque
mo e m Po..tugnl Hotel dei Parque Thé Par" Hotel
H otel du Pare Park Hott '
Fa~sto de Fig[eiredo Guilherme Cardlm
Pedem-me aqui do lado, um ar tigo para o número que est a linha out'róra abandonada e t rist - -u~ i "' ·
es pecial da •Semana Portugue2 a dedica do ao formo'so ás circunstancia ~ de grandeza e de ma~r ficc .eia . E.;
Estoril. ses homt:ns que todos devem conhecer. e QU t' a •St-·
Vacilámo; ainda um momento, nesse ped ido porque mana Portuguesa , arquiva ::.s seus n"r.' · •1H s 'L S
o assunto não é dos mais fáceis - vis to t ratar-se duma modestas páginas são:
estanda dé prazer e de ale~ri a, onde as mulheres bo- Fausto Fii;lueiredo - o transforma dor
nitas. são sempre uma côr diferen.e ao ambiente, que perior, possuid o duma vontade de vencer
ali se respira. um momento sequer emquanto nào Vi li s
Actual mente o Estoril. graças ac e m p r~end i me :i to que muitos desdenhosamente é «impossi é e
de dois homens , que noutro pais teri am sido já $!uin- \'el • - e fo i.
dados aos postos mais altos do T urismo, fiz eram com Fausto Figueiredo então ouvindo por t
clamôres de !> '
daquel es que dec;e! f.
Portugal no seu ve, a t' r
pedestal - animavam-. o -
encorajavam-no, davan. lhe
al entos na campanh;i ....
que a sua alma de intrepic1o
batalhador se t inha um difl
metido - e que a todo C• ins-
tantr. pensav-1, pl aneando,
arquitectando e ouvindo este
e aauêle.
O Estado indife rente a
todas as manifestações d ..
vi talidade, não dava um
passo par a que a realidade
do sonho de Fausto de Fi-
gueirt>do fôsse concebida!
Mas Fausto de Figuei·
redo, duma tenacidade de
espanto. consegue derrubar
t odos os obstaculos e vence
- Vf' nce como um heroi.
A sua il ,-roicid ade LJltra-
passa todos os sentimentos
hum a no~, porque hoje toda
a gente - pc rtuguêses e es-
tran ~ei ros perguntam.
Como foi possível r eali-
zar tão grande sonho?
Jantar- • Amerlc•na no~Caalno
E foi.
Paglnl\ 36

O sonho tinha-se realisado.


A sua obra gigantesca e luxuosa
dava novo alento á Nação Por-
tuguesa.
O seu nome começa a ser
respeitado.
E aquêles que vacilavam,
nas respostas, quando se lhe
dirigia, pedindo-lhe conselhos,
começavam então a certificar-se,
que as suas respostas dubias e
incE.rtas não tinham razão de
ser ditas.
E então a inveja surgiu na
penumbra de muitos outros -
mas Fausto de Figueiredo pas·
sou indene a tudo - porque
não só realisou a mais formi-
davel obra de turismo que se
1 1
tem realisado em Portugal, como
construiu umct fonte de inesgo·
táveis recursos.
Dotou êste verdadeiro en-
canto, com um comboio - mas
um comboio moderno, confor-
tavel e luxuoso. o Grande Casino do E storil
Foi o primeiro comboio elec-
trico que Portugal teve: geiros, dêsses que não passavam da Costa Azul - d.is
Depois disto feito-o Estori l esse formoso Eden- praias americanas - das alemãs-de Nice- de Monte
essa formosa maravilha de Portugal, depr essa se re- Cario, e mais nada.
cheiou de elegantes palzcics e cllalets. Guilherme Cardim, animado dum $Ó pensamento,
Lindos passeios e avenidas á beira mar se delinea- dum heroísmo indomavel, consegue que êsses estran-
ram, - e com êstes encantos o Estoril se impôz -se geiros julgando Portugal uma província doutro país -
engrandeceu - não só para que os portuguêses gozas- o visitem - para visitarem a bela estancia do Estoril.
sem as suas delicias mas tambem para os estrangeiros. Mas Guilherme Cardim - não só possue as quali-
E actualmente é um vai-vem de gente que chega - ou- dades de artista e bom português - tem acima de tudo
tros que partem. um coração riquíssimo - pois raro é o dia que da sua
Príncipes, Duques, Lords, Grnerais, escritores, jor- algibeira não saiam centenas de escudos para minorar
nalistas o visitam, - e as suas impressões depois es- o sofrimento e as lagrímas daqueles que precisam de
critas, têm servido para compensar decerto as canceiras viVfr-e que a desgraça e a doença os tolheu.
e as luctas do grande homem que é Fausto de Figuei- É actualmente Presidente da Sociedade de Propa·
redo. Um outro nome de homem que não ç:odemos ol- ganda da Costa do Sol- e aqui de camaradagem com
vidar, é Guilherme Cardim, que dotado dum éspírito alguns amí~os, elabora planos - arquitecta ideias -
artístico e de grande empreendedor - não descançou cria sugestões - para que o Estoril nunca deixe de
na lucta que se propôz vencer. E tem vencido a sua rr.arcar o primiro Jogar em estância de prazer.
publicidade no estrangeiro exaltar.do as belezas do E assim vimos logo qt.;e um Principe seja hospede
formoso Estoril, tem chamado a atenção dos estran- desta linda e formosa estância, Guilherme Cardim, o
grande organirndor-realiza em
honra dos regios visitantes fes-
tas que calam bem no interior
dos portuguezes. Chamam-se
as tricanas da linda cidade de
Coimbra.
Orfeões. ranchos de minhotas
não faltando o fado-para que
C'S visitantes ilustres levassem
agarrados nas suas almas.-
não só o cantar melodioso das
canções regionais de como a
certeza absoluta que Portugal
é um lindo paiz e que as suas
tradições gloriosos nunca des-
me1 eceram de ninguem.
Já agora devemos recordar
a visita dos Duques Counau~ht,
e a festa que Guilherme Car·
dim organisou com a sua sábia
competencia.
. ,. Não foi só o almoço ofereci-
do no legar pitoresco que é a
Canpo de Golf
Penha Longa, foi tambem o ine·
dito das surprezas, a que a to·
SEMAKA PORT~G~ES A

do o m1Jmento surgiam como


encanto e como i:'eleza,
nunca vista.
Fausto de Fi$iueiredo:-
Guilherme Cafdim, terão
ainda um dia a justa apo-
teose dos seu esforco e da
sua von tade:de vencer.

* * *
Numa pequena digrc>são
que fizemos atravez de tan-
to encanto da Costa do
Sol - sentimos logo ao che-
star ao Estoril, o centro de
Turismo, que vai desde
Cascais a Carcavelos.
E' Servida esta encanta-
dora r egião pr r um snviço
de comboios - electricos- -
a toda a hora, comboi os
luxuosos no qual os pasrn-
sieiros como·damente insf P-
lados, se deleciam a l on~an­
do a vista para o mar tran- A Praia em frente ao «Tamariz» - Uma regale
quilo, que de lado se esper·
swiça- e do outro o verdejante arvoredo, que nos faz São as regatas - pequeninos barcos baloiçando
inibriar e absorver o ar mais confortante e mais puro. sôbre as suas aguas tranquilas que numa hora certa,
Tudo aqui é belo desde a atmosfera e clima que é peslisam suavemente para a corrida numa ancía de
Santo até às ma~nificencias das instalações dos mo- vencer.
numentos H oteis - Casino, Parques, jardins, Pala- E vencem.
cios, Museus niío falando na ridente Praia que com O entusiasmo então é louco milhares de lindas
a sua fina areia de côr d'oiro, faz extasiar docemen- mulheres com indumentarias garridas e com um alegre
te todos aqueles, que visitem a Costa do Sol. sorriso a brincar nos lábios - aclamam - dão palmas
E' nêsse mar que se baloiçam docemente no seu e recebem em magote os vencedores.
leito, encantadoras festas que ali se tem realisado. E isto tudo se deve ao esforço de Guilherme Car-
dim, mas ha mais.
Todos os domingos os
comboios despejam gen-
te- :e ainda porque Gui-
lherme Cardim, organisou
um programa de festas.
Ontem foram as corri-
das de moto-hoje é na-
tação - amanhã á noite
é a quei ma dê fogo de
artificio.
A Costa do Sol i ncon-
testávelmente está em
permanente festa.
E o que seria a Costa
do Sol, sem o esforço
titanico, o de querer
vencer senão tivesse ha-
vido dois homens:
Fausto de Eigueiredo
- Guilherme Cardim?
Que respondam os
detractores, a que 1e s
mesmo que noutros tem-
pos, vacilavam em dar
uma resposta para que a
grande obra fôsse um
facto consumado.
Não queremos lam-
bem esquecer o nome
de Virgílio Soares, ilus-
1re Secretari o Geral da
Sociedade de Propagan·
Almoço no Campo oferecido dOS Príncipes ile Counaught pelo ~ r. Guilherme Cardim Presi-
dente da Sociedade Propa~ande da Costa do So\ realisado em uma quinta de Penha Longa, da da Costa do Sol.
ao ciual assistiu lambem ~ir Russel \vilhinson, medico de sua altezas. A.
Oclima da Costa do Sol
eos climas europeus
( OMPARADO o cFma da
Cosia do Sol com o cli-
geral portugues, comparemo-
l o agora com os climas do
resto da Europa.
Pa lermo, em latitude pou-
co superior à da Costa de
Sol, t em de média anual
17,5, do mês mais frio 10,5
e do mês mais quente 24,8.
A Costa do Sol tem, res-
pecli\lamente, 16°,6 - 10,7
22,4. Isto é, a Costa do
Sol, um pouco ao norte de
Palermo, tem média anual
superior à que resullar :a da
pequena diferença de lati-
tude, com ln \lerno mais tem-
perado e Verão mais fresco,
dando um menor des\IÍO
anual: 14°,5 em Palermo e
sómente de 11°,7 na Costa
do Sol. 1
Ater as, ainda mais ao sul, Esforíl - Partido do Sud-Express rEst oril-Paris)
tem média anual de 17º,6; Partida dei ~ud-Express Estoril-Pari~ The Departure of lhe Sud-Fxpress Estoril - Paris
do mês mais frio 8°,5; do] Départ do Sud·Express (Estoril-Pari•) A.bfahrt des Sud-Express (fator il-Paris)
mês ruais quente 27°,5. lsto1
é, Atenas, a pezar de estar mais ao sul que a Costa do sua maior regularidade com ln\lerno mais temperado
Sol, tem ln\lerno muito mais frio e des\lio anuel muito e Verão menos quente,
mais acentuado, que é de 18",8. Contraste ai nda maior r esulta se compararmos o
Constantinopli>, em latitude superior à da Costa clima da Cosia do Sol com o de New-York, \isto que
do Sol, tem de média anual 14",l; do mês mais frio ficando New-York a uma latilude pouco superior à da
5",2; do mês mais quf nle 25º,5. Isto é, Constantinopla, Cesta do Sol, tem média :inual menor: 100,6; tem o
ao norte da Costa do Sol, tem Verão mais querte, mês mais frio de t ermalidade extraordi nàriam ente
com des\lio térmico mais acEntuado ou :eja ISº,5. n ais hri.-.:a: Iº; P, a pesar disso, tem o mês mais
Assim ccmpa1 ado o clima da Costa do Sol com quentP de termalidade superior: 22°,9.
o clima d€stes cic!zdfs do Medittrrârto, vur.cs que o Es:e contriste tão acentuado não c!e\le, pcrém,
desla região é superior ao das cic:ladEs citacas, r t-la acmirrr, visto a Costa do Sol apro\leilar da termali-
dade re~u lado ra da corrente
do Golfo, como t ôda a costa
ocidental da Europa, e de
que a América não apro-
\leita. Mas se compa rarmos
o clima da Cosia do Sol
com o resto da cos ta oci-
dental da Europa, que igual-
mente apro\leita desta cor-
ren te oceânica quente, \le-
mos que ainda, sôbre o
destas, o clima ·da Costa do
Sol pre\lalece pela sua maior
termalidade e regularidade.
Aqui a difert-nça é devida
à Cosia do Sol estar mais
sul, mas a pesar da sua
maior termalidade anual, da
do mês mais frio e da do
mês mais Qll!'nte, est1mos
na presença dum clima que
nào pode ser classificado de
quente, mas sim de tempe·
rado e equilibrado ... ».

(Do capítulo IV do
•Clima da Cosia do
Costa do Sol falação terminus do comboio eletrico (Cais Sodré
Sol•, 1 elos Srs Dn.
Estaçion terminus dei tren eletrico (Cai~ Sodré) The Terminus of lht Eletric trains- Cais Sodré Armando Narciso e
La gare de Cisis-do-Soáré - Train eletríque Bahnhof des elektrischen Zngues Cais Sodr é Marques_da Haia).
~
K~RMmu~ mm 1
A. RIBEIRO DA cosTA
MO D AS ALFAIATARIA ~

~ HUMBERT O R. DUARTE crJ


~ IMPORTAÇÃO DIRECTA DE ~
~ - Brinquedos - - Quinquilherias - ~
~ Bijuterias Hua S. justa, (À)
~ Objectos p.~ brindesFogo de artificio 45, l .º ~
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- DE - - Com - A CHIC DO EST ORIL
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(Independente da Companhia)
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manda-se aos domicil ios vidros, louças, c imentos, tij olos,
· Pão quente a várias horas telhas, manilhas, cal, ferramen-
cervejas Portug uesa
tas, esmalte, gasolina, oleos, Pequenos almoços - For-
- - do dia - -
para màquinas, etc. nece aos domicilios
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Portugal, após um largo e · 1
tor mentoso período de i ndife-
rentismo pel a propaganda da~
belezas da nossa linda terra,
parece fínalmente despertado
dêsse letargo criminoso, prc-
curando por todas as formas
recuperar o perdido e mar-
cando a sua posição como
cidade cu lta e civili zadora.
H oje por toda a pa rte se
ca nt a já co:n entusiasmo a
amen idade do nosso clima, o
calor conv·dati110 do nosso lindo
sol e a beleza peregrina desta
Lisboa de mármore e de gra- f
nito que tem a estreitá-la num
amoroso amplexo esse peoue-
nino mimo que se chama Cin-
tra, e a beijá-la num carinhoso
enfeio o mar azul e cristalíno
que banha permanentemente
a •Costa do Sol. •
Não devemos porem esquecer
aqueles que lu•aram com ga-
l hardia e i ntemerato patriotismo Porlu4al - Curie - Palace Hotel e Jardins
contra ~ssa corrente de indife-
r ença durant€ tantos anos e que ao cabo de Os seus Hoteis, autenticas maravilhas e
porfiados sacri ficios conseguiram que o turismo muito principalmente os do Bussaco e da Curia
em Portugal, não fôsse finalm ente, uma palavra vã. onde se vive com luxo, comodidade e conforto.
H á nomes que devem figurar num alburn com Semana Portugueza não pode de maneira al-
letras douro e entre eles, Fausto de Figueiredo guma esquecer êstes trez nomes nêste numero
e Cordins os s:mpáticos animadores do progresso especial que dedicou aos Estoris, tanto mais que
dos Estoris. se propõe arquivar nas suas páginas Iodas as
A lexandre de Almeida, outro nome que sirn- belezas do nosso formoso paiz e o nome de to-
bolisa o trabalho honesto e digno, urna vontade dos aquêles que rendem a portugal o culto fer-
de ferro a quem Portugal muito deve como pro- voroso do seu grande amôr.
pagandista e optirno organizador. C. A.

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'Pagina 43 SEMANA PORTUGÜESÀ

T· E· A· T ·
··-==================================-· : •·-==================================-;
l
assistiram. Devem sentir-se conso·
CREMILDA DE OLIVEI RA lados os nossos irmãos brazileiros
pela justiça com que foi premiado
ilustra hoje a nossa página teatral a foto da grande actriz que-se
o seu consciente trabalho ao som
chama Cremilda de Oli11eira1 como homena~em á simpatica artista pelo
seu conscenciorn trabalho no vibrante e cnloroso das palmas lis-
d, sempenho da interessar.te boetas.
Do~ •Morangos com créme•,
operda •A Viela dos Gatos•.
outra coisa não posso dizer, senão
Satisfez-nos em absoluto a
naturaliúade com qU..! d.-sem-
penhou o papel de «Miquelina~
não só n11s passagens dramati-
cas da peça em que soube 11r-
rancar lágrimas ao publico co-
mo lambem pela consciencia e
perfeição do sotaque tripeiro • .
A critica da peça foi rdta jà
pdo nosso critico, motivo por-
que nos dispensamos de diur
o que já foi dito.
Apraz-nos contudo regis~ar
êste louvor á inleligente actril
pt'IO prazer que St'ntimos ao
constatar c;ue a arte no tea-
tro ainda fdizmente e1d , f(', t
que como muitos prett'ndem,
náo morreu nunca poderá cer-
tamente fén~cer tnquanto hou·
ver em Portugal artistas com Arocy Cort:z
v,rntade de trabalhar, com toda
a sua dedic.ição pelo teatro, como Cremilda de Oiiveira c,ue nos tem que terão car taz até que sejam
honrado por d versa> vezes não só em Portugal como lambem no E$1ran- obrigados a sub!'titui-lo pard nos
geiro. darem a conhecer o seu variado
CARLOS ALBERTO rep ortório, e fd •citar muito since-
ram ente os SE'US autores jar.j.-(
jarcolys e Lui_z lg'ezias pelo magni·
fico trabalho apresentado.
COLISEU DOS RECREIOS
MORANGOS COM CRÉ:ME . ..
Noite de festa, noite de alegria e de prazer a de trinta do passado
mê1. no Coliseu dos Recreios.
E' que se apresentou pela vêz primeira ao publico de Lisboa, uma
pleide de art stas nossos irmãos pela rap e pelo san,Jue, que trazem
consigo, na bagagem, o amôr e a frat~rnidade d~ doi; povos que se es-
timam calorosamente.
Nunca no nosso papel de critico de teatro nos senumos num fau-
teuil tão emotivamente.
Tratava ·se de fazer critica, de diZE'r com sinceridade o leal verdade
qual o quilate dos artistas que para nós iam r epresentar e ... meu Deus ;
eu ttnh:i mê1o de ser forçado a dizer mal dêsse punhado de queridos
Brasi leiros.
Tratado largos anos no Brazil com acrisolado afecto e profundo
carinho, nada mais triste, nada mais confran~edor para o nosso coração
agradecido, do qJe ter que ser severo e m'..lito imparcial na espinhosa Jard el jercolh
missão de jornalista.
Felizmente, que para tran ~uilidade da nossa alma e scssêÂo do nosso Dos artistas ... dos artistas direi
espírito, a Companhia de Re11ista Brazileira Tró·ló·ló agradou em cheio sem favôr a:gum, que !" dos me
e dispensa sem fa11 ôr o mais insignificante elogio da crítica. agradaram.
Atestá-lo, a> duas 11ibra1tcs, quente3 e e:itusiásticas apote:>ses do Para todos, sem o:cepção algu-
públi co. ja11ais igualadas em palcos portuguezes e que nasceram espon- ma, o nosso melhor abraço de sin·
t3neas, naturais no coração sincero de todos os luzitanos que à prern ere ceras feiicitaçõ es.
Aglna .t,.t

s. JO ÃO E s. PEDRO
DO ESTORIL

São João e São Pedro do Estoril são duas pe-


quenas povoações entre o E.' toril e Parede, cujo
gresso deixa ainda muito a deseiar e se alguma
coisa têm dê belo, é o que a N Jtureza lhes con-
cedeu, porque os homens infelizm e:ite teem-se
esquecido dessas duas l ocalidades e sómente!
ago ra a Camara de Cascais l he entroduziu alguns
melhoramentos que passo a expõr.
Reparação da estrada de S. João do Estoril-
Alapraia-Tires. C•.>nstrução da estrada de ligação
da Galiza á estrada de Bicesse. C onstrução da
rêde de colectores. Alargamento dos gavêtos de
concordância de várias ruas. Reparação da es-
trada que dá acesso á Praia de S. João. A 1arga-
mento e reparação das Ruas 9 dê Abril e Aspi-
rante Mota Freitas. Construção da Avenida da
República e Rua dos Lusíadas. Construção de S . João do E;toril - Visto Parcidl
mais quatro Ruas, ainda sem nome. Construç\\o Vista Pdrcial Partia! 1Jiew
dum Miradouro em S. Pedro do Estoril. Repa- Vue Partiele Teilanscht
ração da captação da Fonte do M ato em S. Pedro.
Construção dum chafariz em S. Pedro do Estoril. I nverno, como o é em toda a cCosta do Sol> torna
S. João e S. Pedro do Estoril, tal como estão, quási essas duas povoações privelig1adas e recomendadas
que não tem razã o de extstência e deveriam ser lega- para as pessôas que necessitam de bons áres e ás
das ao Estoril, fazendo dessas localidades r eunidas que sofram de Tuberculose, etc. etc.
um grande centro de turismo. S. João e S. Pedro do Estoril, tem porém um largo
Só assim S. João e S. Pedr o do Estoril entrariam futuro se porventura aparecer alguem, de vontade
num período de prosperidade, porque tal qual estão, firme, disposto a trabalhar pelo seu progresso.
só podem despertar o i nterêsse que a amabili dade da No entanto tem um belo hotel, como seja o Savoy,
Natureza lhes deu, e nada mais. e várias pensões, escolas aonde se aprende uma edu-
e pena porque de fa cto são duas povoações que cação esmerada, como o colégio da Costa do Sol,
bem merecem o cuidado dos homens, que não sabem colégio da Bafureira, (secção feminina), estabelecimen-
ou não querem ter a iniciativa de Fausto de Figueiredo tos importantes e palacetes de diversos estilos.
o percursor do turismo e o génio máximo de iniciativa. No verão são muito concorridas por pessôas da
Tem todavia, essas duas loca lidades, alguns pe- nossa melhor sociedade qu ~ ali Vão fazer curas de
quenos pedaços de praia encantadores, cheios de ca- repouso.
prichosos roche:los, que abund1111 principalmente em De toda a linha da linda Costa do Sol S. João e
S . Pêdro do Estoril. S. Pedro do Estoril, tem sido muito i ngratamente tra-
O seu ár puro e o seu clima tempera l o mesmo no tados pelos homens e pena é que assim seja por quan-
to lhes não faltam condições nem belezas natu-
raes mui:o aproveitaveis
Estes dois pequeninos mimos da Costa do
Sol, há muito já que teriam tido em seu favor a
fonte civilisadora do progresso se tivessem nas-
cido em qualquer parte do estrangeiro.
Em Portugal porem muito raramente aparece
um Fausto de Figueiredo, ou antes um milagroso
Messias da beleza e do progresso.
Oxalá que S. Pedro e S. João do Estoril ve-
jam muito em breve a força civi lisadora do tra-
balho invadir as suas terra s, transformadoras em
lindos parques e jardins, e os seus edifícios em
Hoteis e Casinos afim de que os turistas possam
encontrar o conforto de que são dignos.

S. Pedro do E;toril - Vhta dos Rochedos OSORIO DE LIMA


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(lo cam11e o1Hlto (l e L 1sb aa ({e F o ol-B :lll c om 2 1>ontos ele
, ·nntngem s o l)l'e o 2 .o clmss ificaclo c1ne é o «B ele n e n s es».
Os nacl:ulo res 11ort u g neses Ye ncem brilhant e m ente em \ ' igo

RealízoLJ- se no passado dom ingo Class ificnção l •' ina l 5.0 ) = 10 pontos
a 12.ª jorn ada do Campeonato de 0
1. Bl ack (Rudge), de Lisboa 1 h. 2.0 - E. Veiga Beirão (2.ºX5.0 X
Lisboa que comportava o encon· 16'40" 115. 6.0 ) - 11 pontos
tro S po rti n g-Be m ~ i ca - •Drcby• do
foot-ball lisb0eta-o qual termi nou
2.0 Aranha (Rudge), de Bar celo-
na, 1 h. 17'51 "1(5.
Cross inter - Clubs
pela vi ctoria do primeiro por 3- 1. 3.0 Teixeira (Nor ton), de L isboa. 0
1. Vencedor es (Esteves, Carva-
Os outros resultados fôram os 4.0 Bastos (Rudg : ) de S. joão da lho e Fonseca) 29'5"215
seguintes: Madei ra. · 2.º Bemfica (Angelino Lopes e
Carcavelinhos - Casn Pia 4 O 5.0 A. de Almeida (Royal Expield Ri beiro)
Belenenses - L uso 4-2 do Porto. 5.0 Sporting M arcelino, Figueire-
Barreirtnse - União 2-1 6.° Campos (RuJge), do Por to. do e Bern ar do)
A classificação a d ual, é : 7.0 M. Teixeira (Rudge), do Por- 4.0 Vencedores B
I.º - Spor ting ...... 51 pon tos to. 5.0 H ock ey
2.0 - Belenen ~ es. . . 29 Or~an i sação, policiamento e vi - 6.0 Vendedores C
5.0 - Bemfica . ... .. 27 gilancia, do ci rcuito excelente. Para Vigo <>egui u a equipe por-
4.0 - Barreirense . .. 25 tuguesa que vai disper tar o Cross
5.0 - Carcavelinhos 24
6.0 - Casa-Pia ..... 25 Atletismo que se r ealiza em Vigo na próxima
quinta-feira.
7, 0 - Lnso . ... .. ... 22 Ct·o s s - Con cetl'ey A equipe é formada por Manuel
8.0 -Uniào . ... _. ... 20 Dias, Antonio d'Al meida, Adelino
A raculdade de Ciências e o
A silo Maria P ia ganharam os Tavares e Armando Silva.

~~ma~a ~orlu1u~H campeonatos escolares, tendo o


Vendedores ganho a prova de Ao Publi co

em m1~
esta/elas. Aos nossos presados l eitores
No campo do jockey Club rea- apresentamos as nossas desculpas
lizaram-se ontem os campeo natos pela informação reduzida que apre-
Os natluelo 1·e s }Wl't ngne ze s escolares e numa prova d<! estafe- sentamos nêste número, motivada
Hmce rnm t o (lll!ii as 111·0 - tas inter- l ubs para •Juniors>, as
0

pela falta de espaço com que luta-


, ·a s enl que t om a r a m provas que foram interressantes de mos em virtu de de ser um numero
pn1•te seguir, 1i veram os seguintes r esul- especial.
Resultados: t.dos.
100 M. Livres - 1.0 Alber to Azi- C1•oss e scolnl' Portugal - Espanha
nhais em 1' 5' 4/5. E>ico h~"' •mpe rio r e s
A E s piuah n v ence Portugal
2.° Consejo (Espanhol} llldivid ai.
Estafeta (4X50) em quatro estilos. I." - Francisco Paulo (Ciências) por 3-0
J.ª Equipe de Lisboa em 2'16 315 10'55"415. Realizou-se no Do mingo, 2 em
(Sacadura, S. Marques, Azinhais e 2. 0 - Varzea (Ciências) Vigo o 9. 0 Portugal - Espanha que
Márti nho). õ." - Graça (Direi to). termi nou pela victoria dos espa-
2.0 Equipe de Vigo em 2'56"515 4. 0 - Stucky (Financei ra). nhois pelo resultado desolador
Estafeta (5X50) estilos lh'r( s 5.0 - Martins (Direito). pa ra as côres por tuguesas de 5-0.
J.º Equipe de Lisboa em 2'35"515 t i .º - Magalhaes (Ciência). A equi pe portuguesa desiludiu
2.0 • A de Vigo em 2'45" 7." - Calheiros (Di reito). completamente.
3.º • B de Vigo em 5'2 l '515 8.'' - Trovisco ($ciências) Roquete, C. Alves e Pinga j oga-
Em e Water-Polo» o magnifico 9." - A Marti ns (Ciências). ram abaixo das suas possibilidades.
sete do Foot-ball Club do Purto P o 1· e qnitH~li!
Dos portugueses A. Silva foi o
venceu por 4-0 o Maritimo de Vigo. melhor, provando a sua grande
1." Ciências ( 1.0 X 2.ºX6.º) 9 po n- classe.
Motociclismo tos.
2.0 Di reito (5.º X 5. 0 X 7.0 ) 15 pon-
Especial
O c iunpeão J>o l'tugn ez Ale -
x auulre Ulnc1': fo i o ve n ce-
tos.
E !Cch l u ;c Sec11111l1í...i a !!!
Semana Portuguesa em Vigo
dot· cla 1u•o ,·a in te r u a c io - /ndiFitfual: Atletismo
n a l el o J<istol'il 1.0 - H enrique (Asilo M. Pia) 10' Cross-Conentry
Perante numeroso pubHco e 44" 415. A equipe portuguesa venceu
debaix(, de grande entusiasmo dis- 2.0 - Gomes Juni or (E. V. Bei rão) brilhantemen te o Cross r ealisado
putou-se no passado domingo ~o õ.0 - A lmosqué (E. V. Beirão na passada quin ta-feira em Vigo.
Estoril a grande prova 1nternac10- 4.º - A. Costa (Asilo M. Pia) A classificação foi a segui nte.
nal de motociclismo que termínou 5.0 - j. Oliveira (Asi lo M. Pia) 1.0 Adelino Tavares (Portugal).
pela victor ia brilhante do campeão 6." - L . Rocha (E. V. Beirão} 2.0 Manuel Dias (a 1 rr. etro). Portg.
de Portugal Black seguido do cam- Por equipes : 3.º João Miguel (Portugal)
peão espanhol Aranda. !.º-Asilo M ari a Pia (1.º X 4.0 X 4.0 A. Almeida (Portugal}.
Página 47'

PAREDE •

e~ta encantadora po-


A voc.ção da beira-mar,
c o u b e ra m na partilha da
:.

«Costa do Sol>, as terras,


cu jo contacto com o Oceano
nr s dá o úhimo prolongo da
linha que defi ne a baia de
Cascais. Constitut m e 1as
uma larga fa ixa c-om escoante
para o mar, c or det• ás da
qual se levanta em de ~raus
êsse i;iigantesco anfi tea tro,
que vai até f. S cumiadas de
Sintra, com enorm es que-
bradas e afun dimentos.
Desde a im ensa praia do
Gui ncho, do lado de cá ela
Ponta da Se rra, ar é a barra
do T ejo, a r egiAo é carn cte-
riza<'a pela aridez própiia
das costas varr idas óra pelos
ventos fort emente i od• cio~.
que sopram do mar, ora pt-lo P arede Enlra<lu do Snnalorio de Sa:it'Ana
noroeste desabri do e frio, F:n trada dtl Sundorio de S1nt a A111 Entrance to 1he Sanatoriun o! S1n ta Ana
que domina de terra durante f':ntn~e d u S:inatorium d.: S1int~ A-1;1 Ein!l·1n'.,j ium SJnatorl.1m S:int'Ana
ptriodos ami udados e lon-
gos.
- A mão do homem te:n actuado di fer entem -nte e se f"xar iam milhares, mui tos milhares de forastei ro s,
sobre esta natureza bravi.i e pobre dê recursos agri- vindos das sete pa rtidns do mundo.
colas, mas r ira de elemen tos naturais de interesse Eu bem ~ei que o fecto de Sintra se encontrar no
vi tal, para a saude, segundo vai exposto noutros capí- plano de fundo, nos não inibe de lhe gozarmos os en-
tul os desta página. cantos, a fr~scura, 11 beleza que a torna mundialmente
E os resultados dessa acção tradulem-se já hoje conhaci da. ,\\11s, se ti11essemos 11 dita de vi11er ao abri go
em aspectos muito interessantes, tão i nteressantE:s da SUd Serra, se pudessemos descanç11r á sombra de
corno os de outras r .. i;iiões de fama mundial. s~us cé1ros e pla;anos seculares. se nos fôsse possi11el
Se Deus, no per íodo dos cataclismos, quando vin- mitigar a sêde nas suas fontes de água vi11a, se nos
cou a feição or ográíica desta r egião, ti llc:sse feito sur- fôsse dado ou11ir ao mesmo tempo a música dolente
gir Sintra, essa marallilha de exoti smo llt getal, logo de seu; bosques e o marul har cantante das mansas
por det rás dos E"Stori s, a Costa do Sol. seri a a re~ião ondas da baia de Cascais, que i n11ela teriam as outras
do •turismo• mu ndial, por excE>lencia. A qui, acorreri am terras do paraizo do oci dente!
Jo1><! Al~es de de Olh>eíra

O SOLARIO DA PAREDE
Solário ela • P.-dra A lta>, mandado construir pela Segundo um traba lho do professor D r. A rm ando
O Comissão de l niciAti 11a do concelho de Cascai ~ ,
auxiliada pelo M . D. Concelho Nacio nal de Turismo e
Narciso e cio sii;!natário, as car acter isticas ge rais do
cli ma, t-xlraíclas de dez anos ele obser 11ação, são re-
pela Camar a Mu11 cipa l de Cascais, fo i i naugurado em presentadas pelas 111 écl ias se~uintes : méd ia anual da
16 de O utubro ele 19õ0. No dia 20 de j aneiro de 19õl , tempera turr, 113",6; desvio térmico. 11 °,7; pressão,
a Comissão de Iniciativa do Concelho de Cascais ofe- 765"'"' 5; hum:dadt-, G:l,2; direcção domi nan te cio vent• ,
receu-o á respecti lla Caman·. norte e noroeste; dias de chuva, 35; dias de céu limpo,
E' um estahelecimento único, no seu género, em • 273,5; dias d<' céu coberto, 21l.2; dias de ne11oeiro,
Portu gal um externato para cura helio-marilima. En- 1,4; dias de trolloada, 0,8; dias de temptral, 1,9. Está.
contra-se situado na •Pedra Alta>, .. mre a praia da por t11nto. o Solário situado numa r ..giAo de e pri mavera
Parede e a praia das ,\ vencas, numa situação adm i- quási permanente onde o sol brilha, de manhã á noite,
rallel, junto ao ar rebentar elas ondas. T em a protege-lo num céu sem nuven- •.
dos ven tos dom i nant~·s, o norte e noroE>ste, muros, O Salário é um 11asto terr.iço em betonilh11, com
•marquises• e, num plano superior, um • écran• de pi- uma superfície, aproximadamente de 1.000 metros
ni'al. Tem uma ori entação francamente S. S. E. Está quadrados. junto ao mar tem balaustrddas e ao fundo
aberto desde as 8 ás 20 horas. • marquises• para protecçào dos doentes, em caso de
Sob o ponto de vista climatóri co, encontr.imos mudança brusca de tempo. Em frente d11s e mar quises•
nesta região todas as características dos cli mas medi- f icam as cabine~. onde os adultoc: fazem a sua expo-
terrânicos: sua11idade de temperatura, pureza de atmos- sição solar. junto das balaustradas ha uma secção es-
fera, raridade de dias encober to s, grande número de pecial para as crianças. O Solário tem água encanada,
horas de sol, raridad e de dias de chu 11a e secura de esgôtos, dei/idamente assegurados, c11bi ne telefónica,
atmosfera. electrici dade, etc. Para pr ot eção da cabeça dos doen-
te s, ha pequenos toldos,
adaphi\leis aos carros dos
imobilizados, e o e écran >,
em suportes especiai s, para
os doentes mo\liveis.
A higiene, dentro do So-
lário, é rigorosa. Os doentes
contagiosos não são admi-
tidos. A-fim-de aumentar a
perman encia no Solário e
evitar deslocações incomo-
dadas, podem os d oentes
tomar nê!e as suas r tfeições.
Para êsle efei o, existem pe-
quenas mesas an iculadas,
umas simples e outras com
movimento de t-levações e
ini !inação, para os doentes
imobilizados.
O tratamento hel io-ma r i-
f mo é especialmrn te i ndi-
ca do em todas as fo rmas da
tuber cu lose osteo - articula-
res, anrites, coxa'gias, mal
de Pett, na ademopatia tra-
queo-bro nquica, na conva-
lescença da pleurisia sere-
fb ri nosa, na tuberculose Um aspecto do «Solario»
renal, no lupus, nes tuber- Un 8$pectodtl «Sotariun» One af pect of the «Solar íum»
cul oses cutaneas, no r aqu i- Un a~plct do Solariun Ein Ansicht des [olariums
ttsrr.o, nas crianças débeis,
nas ulceras varicesas, nas feridas citUrgicas, etc. ~ôtre a impc rl zncia éos ~o l ~rio<, diz jautcr t, que
A técnica seguida na <plicaçào teraprntica co sei •la ç-alerie de curt> solai re ceviendra dans le servi ce
é, !!era l, a técni ca de Relier, mas d i ri~i r-se-á o banho de cit urgie de dE tr:ai n une necessi!é aussi capital e que
solor por qualquer oulra técnica conhecida (Jaubert, le lab( rat0i1 e et la rnlle de la 1adi o~ raph i e» . Desta
Armand-Deli lle. Aimes, Privat, etc.), desde que os mé- manei ra, perlo con o está de Lisbca, o Solário da Pa-
dicos assistentes a solicitem. rede de\'e transf ormu-se na Gal eri a ce cura solar
Os doentE s são vigiados por- t:m- médico e· por-uma dos serviços de cirurgia da cap;tal.
enferm eira.
A fre~ uf ncia no Solário é ve rdadeirarr.ente anima- M. /\forques da Mata
dora . As cabines, ê' te ano, Encheram-se, reconhecrn-
Dir ector clínico c!o ~ olar da Pedra Alta
do-se já a necess!>idade de au1r.entar o seu número,
pa ra o próximo ano.

Este numero da
«Semana Portugues »
constuue o mais belo
Catalogo da Costa do Sol

O «Solarío:o visto do pot!nte


Vista dei Solarium Solarium seen from West
Sotarium vu de l'ouest Solarium vom Westen aus gesehen
Depositário de gazolina
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da Companhia SHEELL
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DE assim como todos os
acessórios para
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Cervejas, Aguas mine· nuenl~a ~a Re~u~li1a


Es'r<11la .\'ac:o11ol
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Nacionais e Telefo ne N.° 66
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llllllllllllllilnlllll!IJIUIJI Ex-prvfe:>sor do Liceu Camões, Pubhc1:. 1
Paghaa 1>'1 SEMANA POBTUG~ESA

PENSAME NTOS
A hipocr isia é ainda uma home- ......
nagem que o vício presta á verdade.

. .. O cam inho mais cur to para fazer


muitas coisas é fazer só uma de
A felicida de ou i nfelicidade da
nossa velhice nrio é muitas vezes
cada vez, senão o extracto da nossa vida pas-

........
A vida é como uma rosa em que sada.
cada pêtala é uma ilusão e cada
espinho uma r ealidade. Só os grandes corações sabem
quanta alegria proporciona o seu Quando o l ivro da esperan ça es·
bem. tá fechado, a vida já não é mais
do que uma agonia.

......
Uma mulher é franca quando não
diz mentiras inúteis. Aquêles que são sempre severos
para com os outros não se escra-
visaram nunca de perto.
E' tão dificil fixar ideias firm es
numa alma agitada pela desco n-
As censuras, fornecendo novos fiança e pelo medo romo escrever
pr etextos á inconstância, acabam num papel que treme.
por apagar o amôr no coração Tem-se sempre vinte anos em al-
pronto a mudar. gum canto do coração. ....
Quais são as desgraças que nos
são assás sensiveis, por isso que
A mais nobre vingança é o deli- Se supostas injustiças consola-te; nos surpreendem mais ? as que so-
cioso perdão. a verdadeira in ellcidade é fazê-las. fremos por haver cumprido os nos-
sos deveres.

Em matêria de amôr, o contrârio


do que se afirma é sempre possí-
....
O amôr é o primeiro capitulo do
vel. grande livro das ingratidões.
As pa1xoes teem sempre em si
uma certa injustiça, um inter esse
proprio, que faz com que seja pe-
A l iberdade consiste menos em rigoso segui-las, e se deva mesmo
dar muito, do que em dár a propo- A mais garantida das «coquette- desco nfiar daqu el a~ que parecem
sito. ries• é a i nocencia. até as mais rasoaveis.

SONETO lm memoriamdo raid aéreo Lisboa


- Rio de Janeiro
Quando naquela noite, molmente Dos longes, entre a brúma, a méta demandando.
Como quem sente pena de partir Cheios de patrio amôr, os lusos nautas vão ;
O barco se afastou, tímidamente a sacrosanta Fé lhes enche o coração,
Que mudança se fez no meu sentir! de olhos no altar da Pátria a Glori a vão sonhando;
Eram saudades tuas, certamente! os versos de Camões, baichinho, mur murando,
Bailava-me na mente o teu sorrir por sôbre o c;àlso argento, em mútua comunhão;
Onde há volúpia, amôr, e se pressente aguardam o bom termo á sua alta missão,
O requi ntado gôsto de mentir. por sôbr e mar e ceu, suspensos, navegando.
E já no meu Algarve, pequenino. Bem cêdo hão de chegar os écos da Victoria,
Como um beijo dos teus, pensei num hino nesse momento augusto e soléne da Historia,
Ofertar-te êste sol que não tem par ! salvé, Patria, os Herois na hora triunfal :
Mas não me deu o estro comesinho Navegantes do ar, irmãos, a intrepidez,
M ais que um sonêto pobre, tão mesquinho raça peculiar do povo portuguez,
Que me envergonho, até, de t'o levar! e a razão de sêr do velho Portugal:
,\\ARIO 01.:ERRA ROQUE ARTUR CAMARA
J)agtna ?SIS SEMANA ~OR'l'UGUESA

C AR C A V E L· OS
Sua situação, particularidades, agricultura,
Comercio, Industria e Melh oramentos

que escrevo sôbre Carcavelos, é o que fiel-


•••
O mente sinto impulsionado nào só pelo
amôr bair rista, mas i mparcial, mas rnmbém
orgulhoso e embevecido pe1as particularídcJdes
qu1: caracteri zam e torn am conhecida e terra que
me serviu de bêrço.
O seu reclame, é feito por aquêles que nela
têm passado os seus momentos de ó< iu ou de
trabalho, gosando das fresquidões e delícias dos
seus l ocais mais aprazíveis.
Carcavelos, é, sem favô r, depois de satisfei-
tos alguns dos melhoramento!> de que mais
carece, e a que tem jús, a localidade mais per-
feita e completa da Costa do Sol.
Com um bom serviço médico, bem recheada
de estabelecimentos indispensáveis, com a sua
proximi dade de campo, pinhal e mar, etc., Carca-
velos torn a-se recomendável. tanto mais que não Carraoe/os - Senatorio José de Almeida
Sllarto 11. Jtl4 •• A!e1'da Tio Smlorto ti Dr. Jol4 j'Alu!ia
é infer ior a qualquer das outras e mu ito mais Sanet•ri•• º'· Jtsi •• Ala1lda UI Smlort•• ,, Dr. Jtsl d'Ale11d1
próxima do que elas, da capital.
A sua praia, sem duvida a mel hor da Cost1 do Sol
* é preferida para o estagio de creanças, sendo para
isso muito recomendada.
Carcavelos, é uma pequena vila situada a 18 qui- Estendida desde o Sanatorio à Torre de S. julião
lómetros de Lisboa com ó.i mas comunic11ções, perten- da Barra, numa extensão de cerca de 2.000 metros e
cendo ao concelho de Cascais, e formando a sua mais docemente osculada pelo Oceano, a praia de Carca-
pequena freguezia, que toma o seu nome. velos, é limpa e agradavel, plana e reta. O seu facil
Com uma população aproximada de 2.000 habitan- acesso, por entre alas de pinheiros, atravez da Quinta
tes, Carcavelos t em encantos especiais, que a carac- Nova, aonde esU instalado o Cabo Submarino, per-
ten zam e a tornam preferida de quem aprecia paisa- mite-Ih<: ser visitada durante a epoca calmosa por
gens e cenas marítimas e campestres, singulares bele- milhares de veraneantes, que nela encontram repouso
zas que a Natureza pródigamente lhe proporcionou. e agrado. é muito mais facil se tornará a visita que
A sua amenidade e ar puríssimo, silo atestados es!t:ja terminada a Avenida jorge V, a aspiração mà-
pela circunstância de, no antigo forte do Junqueiro, xima do povo Carcavelense.
estar instalado o Sanatóri o M aríti mo. e1t1 local esco- Muitos são os seus locais, dignos de serem visita·
lhido e preferido pelo fa lecido médico Dr. Josê Joa- dos.
quim de A lmeida, à bei ra-mar e cujo fim é a cura de Alem da praia, Ca rcavelos. mostra nos os pa nora-
tuberculoses ósseas. mas à roda do Sanatório, o pinhal denso e muitas ve-
zes fechado em aboboda, da Quinta Nova aonde
o sol nalguns pontos não penetra, os seus jar-
dins, e como V<!rdadeira região vinícola e vitíco-
la, as paizagens dos vinhedos, ou durante o so-
ce!o(o do Inverno, ou na azafama da vindima.
Além dêslt's, ainda C 1rcavelos, ostenta em
l'i, locais, que a dignificam; os seus arredores
c1111pestres, tamto no tempo invernoso ou ca lmo
e111 que silo feitas as sementeiras ou as colhei -
tas. tamJern sào interessantes: n'alguns, ai nda
apart'cem habitações de longas eras, noutras os
muros de pt>d ra solt2, a divid ir propriedades d:!
poucos metros quactrados.
e por toda a parte o campo, aparece cober-
to de boninas, formando curioso matiz•.

*
lru ta h na l Fue li tarc111•11 "2 E Carcavelos, para quem vem de Lisboa, a
'1Ulú • na• 11bklll •·t111tt lrta• primeira local idade da costa do Sol. Bonita e
Pagina li6 SEMANA PORTUGllE~Á

sedutora, abre com vislumbres a certa importância os seus estabele- do o 1-airro dos Lombos, á beira
mais formidavel zona de turismo cimentos. da linha ferrea, o que, além de
portugueza. A parte industrial, conquanto se- r.on1ribuir grandemente para o de-
Grande localidade com ares de ja menor é exiensi\fa a algumas oli-
pequena vila, assente em terreno cinas, e a uma importante fabrica
absolutamente plano, e situada en- de moagem movida a electricidade
tre pinhais densos e luxuriantes com maquinismos dos modelos
qumtas e hortas, confronta ao S. mdis modernos.
com o Oceano, a N. com a peque- O meio colecti\fo é tambem im-
na povoação da l~.:belva, a L. com portante, sendo composto de 4
t 'arede e a O. com Oeiras. agremiações, duas humanitárias, 1
Acravessada por dois Ribeiros recrc!at.va e uma desporti\fa.
b::n-=:111..ia Carcavelos, dos ventos A Associação de Bombêiros Vo-
da Serra de Sintra, que muito pu- luntários, com um bem montado
ntlcdm o seu ambiente. serviço de prontos-socorros, a si-
Oa ::.ua antiguidade e passado nistros marítimos e terrestres, dis- A\lenida Combat~ntes da Grande
h1stur1cu, pu..ico se conhece supon- põe para a sua altr.,ista cruzada, Guerra á pouco inaugurada
do-se ser bastante antiga, talvez ae 5 viaturas: pronto-socorro, auto-
do cempo do Marquez de Pombal, maca. ~e nl)olvimento d> comércio e da
que unha o seu valor em Oeiras, O grupo d'escotciros, colectivi- Industria da localidade aumentou
e que, vor ele, se não foi fundado dade nova, é composto da mociaa- o seu va lôr, debaixo de outros
o que e 111u1to provavel, pelo me- de da terra, que a êle dispensa to- pontos de vista.
nos, 10! intensamente aesenvolví- da a sua a1iv1aade. Contudo, os poderes publicos
da. Conta grande num ero d'acam- têm olhado com reduzido carinho
ütim1mente servida de agua po- pamentos, realizados fóra da vila, para Carcavel os, que, se fôsse tão
tável que durante o ano, não es- aonde tem estagiado alguns dias. melhorada como qualquer das ou-
casseia, está Carcavelos, quási to- A Sociedade Musical, é a unica tras localidades da Costa do Sol,
talm::nte servida pela rede desgos- Colecti\fidade recrea ti va, tendo si- seria sem duvida superior a elas.
tos, que já se estende em larga do fundada há já alguns anoi:. Poucos molhoramentos, e esta
escala. O grupo-Sportivo, tem um pas- Vila só t " m de bonito o que a Na-
O seu movimento escolar, é fdto sado glorioso, pelos seus triunfos tureza lhe deu ; a mão dos homens
por 2 escolas, cada uma, para um alcançados em várias modalidades tt!m passado para mais longe, sem
sexo, e que runcionam regularmen- desportivas, por diversos pontos se preocupar com uma localidade
te, com grande trequencia, do paiz. E' em numero aproximado qut', podia ser, um dos principais
Produzem os seus Vinhedos, o a 45, o total de taças e outros tro- atrativos desta zona de t uri$mO,
apreciavel nectar, que tem larga feus, com que foi premiado, alguns porqu ~ possui locais adotaveis a
exportação e reputação mundidl. t:' de grande valõr. construçõ 'S e aformoseamentos de
o vinho generoso de Carcavelos, Carcavelos, só há muito pouco qualquer especie.
conhecido e apreciado no conti- tempo começou a progrodir, gra- Uma grande obra, que está em
nente, ilhas, e colonias, no Brazil, ças à obra elogiávd d.! E1md10 - vesperas de ser uma realidade,
Inglaterra, etc, aonde todas as suas Pimentel de Figueiredo. que fun- f'ra a construção já iniciada da
marcas, tem grande consumo. dou o Bairro da Cartaxeira, hoje Av enida Jorge V, o que muito va-
O comercio tem tido grande in- muito aumentado, e aonde, num lorisarà a ótima praia l ocal.
cremento nos ultimos anos, mercê <los seus palacetes, está instalado Há porem muitos outros melho-
do desenvolvimento da localidade. o Cin e-Teatro de Carcavelos. ramentos urgentes a efectuar, co-
S ·.o em numero elevado, e de uma Ultimamente, foi tannem funda- mo, a reparação de Várias ruas, o
alargamento de outras, o
alcatroamento da Rua 5 de
Outubro, uma das mais im-
importantes arteri as, a repa-
ração dos largvs centrais, o
aformoseamente por meio
da demolição e destruição
de certos pontos las1imosos,
o prolongamento da Ru<1
Sacadura Cabral, em estu·
do e a cargo da Junta de
FregJesia, o terminus da
estrada, que, à beira da linha
ferrt'a liga Oeiras a Carca·
veles, e que é de pequena
l'Xtensao, tendo já sicto vi-
sitado o local pelo sr. Ge·
neral Teofilo da T rindade
c'a Junta Autonoma das Es-
tradas, e a constituição do
mercado fechado em subs·
tituição du que funciona ao
ar livre no ponto mais cen·
tral, tendo já sido executa-
do o projecto, graciosa ol>ra
)lista do Praia de Carca\lelos a maior e a m3i3 beld de tod~ a CHta do Sol, \l~nJo-.ie ao do ar4uiteto Rc!belo de An-
longe o S~natorio Dr. José d'Almeida drade, para o que se chama
a atenção do Go11êrno, ministro da magnifica exposição a s uést~ M das vinhas que as guarnecem; e
Obras Publicas e Comunicações, mesmo tempo enxutos sem ser ari- jà Plinio t.nha f~ito a observação
Camara Municipal, e d emais enti- dos, que devem talvez a estas con- dêste facto, citando em apoio o
dades, que, prestando a sua cola- dições a sua superioridade para
boraçéio a êstas obras, contribui- vinhos aos outros h:rrênOs das
rão para o desenvolvimento inte- imediações.
gral duma pequena vila de que Com efeito o solo formado pelo
muito há a esperar. depó3ito das aguas que cobriu mais
As obras ultima nente operadas, ou menos completamente a forma-
têm sido rêalmente alguma cousa ção secundária, a qual parece es·
de grandioso, mas é ainda pOJC:>; lênder-se por toda a costa oceani
precisa·se dê mais, e muito mais, ca do nosso pa1z desde a foz do
para satisfazer as mais, ju~tas as· TêJO até Aveiro, oferece em Car-
pirações de Carcavelos, a bela po- cavelos uma camdda bem te.11pe-
voação, que abre as por tas da rada de argila, de <1reia e de càl O Jardim de Carcavelos
Costa do Sol, ao t uri sm > ávido de sustentada por um sub sólo umas
panoramas e belezas, desejosos vezes marnoso, outras vezes cas- h11verem perJiJo a sua reputação
d'aspectos e curiosidades e que calhoso, outras ainda gresifero, as vinhas de Emus, cidade da Tra-
nel a facilmen te encontrará. qual deles o mais ageitatlo á cul- cia, por se lhes ter desviado o cur-
Carcavelod Abril de 19~ t ura da vinha e •Ja údicad<1, que so oo rio Ebro, que as banhava.
r.:quer em ci ma uma capa nào mut· Nos tempos ac1uais póde ver-se
lfé11riq11e A. da Mola t o espessa de terra substanc ial, e o mesmo facto passanao em revis·
n J fundo, um ter.-eno pt::rmeavel ta algumas das regiões vi nícola>.
que dê fácil escoante ás agJas. O 111nhedo de Tokay, po r exem.
REGIÃO DE CARGAVELOS A esta boa l otação e arranjo me-
chanico dos t errenos reune Carca-
pio, que tem a fama oe projuzir o
primeiro Vinho licoroso do mundo,
junto á foz do Tejo e por detrás vel os, nos lombos especialmente, plantado por ordem do imperador
da t orr e de S. juliào da B ura de- um rc:le\lo suave tanto quanto é ne· Probus no ano ~80 n:i monte da·
mora a região Vinicold de Carca- cessário para sacudir o excesso quele nome, no condado de Zem-
velos, cujos vinhos eram out r'ora das aguas, sem desnudamente dd plrn, entre Buda e Cra::ovia, tica
tão afamados, que se t:onsideravam flor mtmósa do sólo, relevo que na foz dos Ri0s, Theisse e Brodog.
logo i mediátos aos vinhos do Dou- expõe a cultura por egual ás tn· E' na vertente do Vesuvio tron-
ro e da Madeira. Pvstcque esta fluencias da luz e do calôr, e que tei ra ao mar que existem os vinhos
região compreenda um certo nume- deixa correr os \·entes sem obsta- do celebre lacryma Cnsti.
ro de freguesias e um 1 extensão culo para dessipar as humiJades As colinas que cercam o lago
não inferior a duas leguas quadra- do ár e do terreno. Averno entre 1-'uzzollo e Baia pro-
das, é Carcavelos o logar em que E a tudo is10 ajuntll se o contac- duziam aquele lalt::rno, generosum
se produzia o mais precioso vinho to das águas, que refrigerando no et Iene, como o requeria Horacio.
dêsle nome, e nêste mesmo .:ram verão e aquecendo no inverno este O Johannisb.!rg e os outros grJn·
os chamados lombos de Carcave- já pedaço dr. costa, acab;im assim des vinhos da Alemanha são pro·
los, as courélas mais privilegiadas . de temperar o clima tào prop:cio duzidos na margem esquerJa e di-
Os lombos, são os colinas suaves quanto é caroa11el o tempero do reita do Rheno e do Meuse.
que se estendem á beíramar de Car- torrão. A proximidade das aguas 03 dulc1ssimos vinhos do arqui-
cavelos; terrenos em parte anatei- parece exercer uma notável in- pelago recebem de todas as parte.>
ra dos, em parte rochosos, com fluencia e fa11ora11el na produção a influência das aguas e Mediter·
raneo.
As vinhaterias do Medoc
, a contar do cabo de Graves
estào todas escalonadas, as
mt!lhores principalmente,
sôbre a margem . esqu.:rda
do rio Girond<'; e continua111
sôbre as margens do Oor-
dognee do Garona. No nos·
so paiz os grandes vinhos
dJ E'<tremadura guarnecem
as duas margens do Téjo
e o~ do Porto são produzi-
dos, como se sabe, nas 11er-
tenks alcantiladas do Dou-
ro. Diz se no Douro, como
resumo da mais e.'<celente
Posiç<\o de um vinhedo, qu<!
a vinha dCl'e ter a :Jé no
rio e 11111 fogc1o. ao pé.
E t 1mbem que a vinha de-
v~ ouvir bater a espadela
do barco. TuJo isto quer
dizer que a vinha deve es-
tár próxima às aguas do rio.
Isto é, nem muito alta qu .! o
Visfa da Praia de! c~rcavelos, a mlis lindi d! toda a Costa J.o 5ol, ve~do-se ao longe frio das alturas lhe estor-
a Torre de S. Julião da Barra peçar a maturação, nem lon.-
Parlnâ lSS

ge, que não aproveita da uniformi-


dade da temperatura operada pelo
na frutificação pelo menos, pelo
excesso da agua. A humidade faz A Comissão Viticula de
rio. Mas se a proximidade dos rios madeira, folhagem e viço ou ver-
dura; e a vinha quanto mais viçar Carcavelos
r -· - - e bracejar varedo, menos fruto cria
O progresso dos vinhos de Car-
e menos sacharino. A vi nha quer
calôr, mais ainda que a quantidade cavelos, ape$ar de todas as difi-
absoluta deste, a boa distribuição culdades e grandes despezas que
o menor frio nocturno na epocha
da maturação, isto é, a maior uni-
formidade de influência caloriHca.
Mas r equer alem disso uma ser-
ia secura, porque a humidade com-
bate vitoriosamente a influência do
calôr; êste concentrando os sucos
no fruto, aquela fazendo-os desan-
d.,r pa1·a a planta, que arvoreja à
custa dos cachos.
Entretanto Carcavelos, tanto a
vista do Tejo como a do oceano, Auto Bomba dos Bombeiros
d1::via recentir-se da influencia con- Voluntarios de Carcavelos
traria dêste, se outras causas con-
correntes a não n ~utraliz assc m. acarretam aos seus vinicultores,
Estas são : a sua baixa posição, contin uam como outr'ora, sem
que lhe aumenta o calor, e os \en- rlesfaleci111ento. Tanto assim que
tos da terra que ali sopram habi- acaba de ser formada uma grande
tualmente durante todo o verão, os comissão de Viticultura, composta
Fachada do Q.iartel dos Bombeiros quais repelem a humidade vinda do pelos Sr. Francbco Cabral, D. Vas-
Voluntarios de C1rcavelos Oceano. na epoca em que mais co da Camara Belmonte Augusto
poderi a deficultar a m ~ furação da Passonho, A. de França Dória e
favorece n cultura da vinha e a boa uva. Acontece justamente a Car-
qualidade da uva, já não sucede Carlos Mendes Paneiro.
cavelos o que se passa na r egião Os vinhos de Carcavelos datam
outro tanto ao contacto das terras vinhateira do Medoc:, que tambem
da vinha com o oceano. do tempo do Marquez de Pombal
próximo á foz da Glrondi>, produz e a mar.:a mais antiga e que acre-
. Os grandes mares afugentam a vinhos melhor es que as da planic1e
Vtnha, assim como a oliveira. A ditou os vinhos de Carcavelos foi
de Plus, situada mais longe do de Paulo jorg~ que ainda hoje
França que tem a Gironda vestida Oceano.
das mais belas vinhas, não produz existe.
senão vinhas para queimar na ces- Os vinhos de Carcavelos como Oxalá que á Comissão de Viti-
ta oceanica. O departamento da os do Douro e da Madeira melho· cultura de Carcavelos, consiga le-
Charente, que pega com o da Gi- ram muito com a idarle. Esbakm var a cabo uma obra grandiosa
ronda, quási não produz outra es- depressa a côr e ganham um per- conforme é o seu objectivo e oxal~í
pecie de vinha na parte banhada fume ao cabo de quatro ou cinco que os Govêrnos compreendam o
pelo oceano. anos. Tão vivo e grato, que pare- ftm de tão prestante desejo.
No nosso paiz o Tejo e o Douro cem vinhos de maior velhice. O vinho de Carcavelas, tem
tão muriosos de vinhas constratam Não há talvez vinho novo que se direi to a marcar como em outrora
com a costa oceanica. Colares, faç~ mais cedo. e a viver independente das outras
Mafra, Ericeira, Lourinhã, Peni- regiôes, eis porque se formou a
che, e dahl para cima até ao Mi- Do professor Ferreira Lapa actual Comissão ae Viticultura que
l)ho a vinha rareia e a que existe espera dos poderes publicas justi-
produz vinhos fracos e aguados, ça.
que podem ainda num ou noutro
ponto apresentar alguma qualida- Bandeira de Tóro
de apreciavel, mas que * *
em geral são vinhos in-
feriores.
Mas porque é e~ta
grande diferença no mo- ' ' is item <Ja1•eãve-
do de obrar do mesmo los a localidade que
elemento segundo se abre as portas á
apresenta em grande ou
pequena 1nassa ao con- (;01.;ta <lo Sol, Cuja
tacto dos vinhedos? A pl'aia tem aproxi-
diferença p r o v e m do
grau da humidade. madamente 2.:iOO me-
A visinhança do ocea- tros d e cumprimen-
no ou das :grandes mas- to a maior e a mais
sas de agua entretem b e la de toda a Cos-
uma humidad e habi-
tual no ar e nas terras ta.
e a vinha, assim como á Carcavelos - Estação do Cabo Submarino
oliveira, são prejudica- Estacion dei Cabo ~ubmarino The Cable Station
4assenão na vegetação, Bureau du Cable ::>ou>marin Etation des Uuterseekabcl s
F. &J. CABRAL Carcavelos Telefon es:

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t1>J•n o u v l nlo o !il

e a r e a ve 1 o s
da Quinta da Alagôa
Proprietario E. Vasco da Camara Belmonte. Este Vinho foi prêmiado
com a medalha de prata na Exposição do Rio de janeiro de 1908' meda-
l has de Ouro na Exposição do Rio de Jantiro de 1922 e na das Caldas
da Roi nh3 de 1927 e Di ploma de H onra na Exposição de Sevilha de
1929-1950. E' uma das marcas mais anti gas de vinhos desta região, e,
pelas suas excelentes qualidades, é sempre o preferi do em toda a Costa
do Sol. Excelente como aperitivo.

fi. de Cffranço ©oría


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Um anti-feminisia ela nêste entretimento, e fizeram
com que ela viesse dansar para a
o seguinte preparado : Colodio 25
gramas, éter, 12 gramas. alcool, 12
sala em presença de um músico, gramas, essencia de alfazema 0,25.
Paulo Bourget, na qualidade de Jo~é Neruda, que transcreveu a T endo o cuidado de as tratar to-
executor testamenteiro de Cláudio música e o compasso. Pouco tem- dos os dias, consegue-se umas lin-
Larcher, publicou a obra dêste au- po depois, ainda em 1830 em quci das unhas sem grande trabalho.
tor, i ntitulada «Fisiologi a do amôr se di.i; haver-se dado o caso da
modern o•, em que se pretende
achar um remédio par a o amôr,
cozinheira, a nova dansa fez a sua
solene aparição num baile de bons
Coisas uteis
por êle considerad o um dos maio- e ri cos burguezes.
r es males. Para tirar nódoas de cêra sobre
cm 1855 estreia-se em Praga, o veludo ha um processo que dá
Eis o qne, entre muitas outras capital da 8oémia, e aqui recebe o
coisas, Larcher diz das mulheres, muito bom resultaao : dobra-se, em
nome de polka, pelo qual desde bastantes dobras, um pedaço de
valha a verdade, bem maltratadas encào ficou sendo connecida. O
por um despeitado a quem uma pano velho já puido, e encharca-se
nome que. em língua •tcheque>, bem com agua fria mete-se-lhe a en-
galante actriz, Colette Rigauct. tez, quer di.i;er metade, provém-lhe do
ao que parece, partida grossa. tro uma braza, bem ard ente, aper-
compasso em que é dansada. Em ta-se sobre ela as extremidades do
A mulher é, por excelência, o 1839 a polka taz a sua aparição
ser absurdo, í1óg1co. tão impossível pano para se poder agarrar e to-
oficial em Viena e causa tão grande 1.a-se na nódoa de cera, que se vai
de dirigir, como de prever. entusiásmo que muitos composico-
Aprender a conhecer as mulhe- derretendo, e repete-se a operação,
res emprégaram o seu êsrro em renovando a água e a brasa as ve-
res, é aprender a conhecer com tazer polkas. Conta-se entre éles
antecedência os males que elas vos zes necessarias até desaparecer a
Launer, Strauss e ~r'.!:-:c!:;co Hu- nódoa.
hão de fazer, sem que os possais nar, que foi o primeiro qut: publi-
impedir. Esta ciência con;íste em
aumentar a miséria do amôr pela
cou música nêste género. De então
para cá a polca invadiu todos os Aorigem da supertição do .!!L!-ª.
lúcida previsão dessa miséria. países com geral agrado dos dan-
Só há uma forma de ser feliz sannos de tôdas as classes e cate- Esta superstição é purc1rnente cris-
pelo cofação, é não o ter. gor ias. tã e teve a sua origem na reunião
O amôr é uma doença e o doen- dos apostolos no cenaculo, na noite
te mais sagaz, tanto para esta
doença como para as outras, é o Culinaria de quarta-feira, dia em que os ju-
deus celebravam a sua Paschoa, e
que, nao tendo nunca lido livros de Doce de 01Js crapid~) que toi observada pelo Salvador do
medicina, não s9be que a tem e mundo, reunindo a sua mesa os dis-
sofre exc1ctamente como os animais. . 225 gr. de assucar, 7 gemas de cípulos, que eram doze, pretazendo
O homem que nunca foi amado, ovos e meia chavena de leite. com jesus Christo o numero treze.
Vive em cólera permanente contra Ligam-se as gemas com o assu- l)escte então, os cri stãos, quando
todos os amantes. sucar e depois de ligadas deita-se- se reunem 11algum banquete, con-
• Para socêgo das nossas leitoras, lhe o leite e vai ao lume mexendo- tam i 111 ediata111e11te as pessoas pre-
dir-lhes-hemos que até agora a con· se sempr e sem parar. Quando prin· sentes para ajun tar mais um ou su-
clu sào é de que o amôr não tem cipia a engros sar está pronto. primir outro, com receio de que al-
cura. gum morra dentro de um ano, sendo
treze.
Origem da Polka Receitas de belesa
As unhas verdadeiras joias que NOTA
A polka tão querida ainda hoje adornam a mão precisam de trata-
mento. Para as cortar deve-se pri- Toda a correspondencia desta
nos bailes campestres e, ainda não
meiro meter as mãos em agua morna secção deve ser dirigida A ' Pa-
há muitos anos, tao apreciada nos
para as amolecer, depois cortam -se gina da Mulher da cSemana Portu-
salõéS da alta roda, tem uma ori-
em oval. As peles não se devem guesa». lfoa Luz Soriano, 94 - Lis-
gem bastante curiosa. Como se
sabe, esta dansa é originária da cortar esfregam-se com sumo de li- boa.
mão e depois fazem-se secar. Para Qualquer pedido de informação
Austria e aqui fêz-se-lhes a histó-
tornar as unhas brilhantes, esfre- deverá ser acompanhado da impor-
ria da seguinte forma:
gam-se com o polidor ou com um !~ni:ia de Esc. 5SOO para porte e
Um dia, uma cozinheira, muito
aborrecida de estar sempre a lidar, bocado de camurça e o seguinte r egisto.
pó: ZENIT A
para se distrair, pôs-se a dansar e,
á falta de música, começou canta- Essencia de alfazema, 5 gramas,
roland o uma canção da sua terra oxido de estanho, 15 gramas, e car-
natal, para lhe marcar o çompasso. mim que baste para dar côr. Que- assinai a 11Semaná Portugueza,,
Os donos da casa foram dar com rendo dar-lhes côr 1 póde aplicar-se
~~'1i~~'1i~0~~~~~~'1W0i~~ii~0i~%?0i~'1i~'1~W!'%
~.... ~"\
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Pagina 66 SEJIA NA FORTUGUESA

Ambição do Nom<im
• •
Havia uma vez um homem que Desceu do céo o anjo e disse- de hastes morenas . . . Massiços
trabalhava numa pedreira. Grande lhe: brancos scintilantes eram tristes
e pesado era o seu labor, in~igni­ - Está dito, serás rochedo. granitos inexpressiveis,
ficante o seu salàrio. O serviço E foi a nuvem transformada em E no peitoril gelado das janelas
fazia-o sofrer e gemer. rochedo; o ardor do sol e a vio- a neve imploràva o halito afectuoso
Um dia exclamava êle : - porque l encia da chuva não o abalaram. e quente dos nossos interiores, que
não sou rico? Repousaria sõbre Mas eis que vem um operario e o conforto e o :!mor aquecem.
um «bale-halcth» (ldto) com •klam- se põe a ft>rir o ro chedo com o Eu abri uma janela sobre o pa-
bco• (cortinado). seu martelo e a deslocar dêle gran- norama que me alucinava! Palpei a
Então um anjo desceu do céo e des pedaços. neve, tive-a entre flS dedos, des-
disse-lhe: E o rochedo exclama: manchei-a. desfrui-lhe a vida. E a
Cumpra-se o teu voto ! - Este trabalhador póde mais neve tornou· se lama cinzenta e feia
Ele ficou muito rico, repousava do que eu ! Quizera ser este ho- Assim nem era ebrio nem dia-
no seu bal , -haleth, e o seu klam- mem. mante, nem floco de espuma nem
boo era de seda Vtrmelha. - Cumpra-se a tua vontade, dis- pluma de armínho!
Eis que o rei do paiz, chega sob se-lhe o anjo, que Mscera cio Ah! a inefavel poesia da neve!
seu •poyon~· de ouro (chapéo de céo. Ao contemplá-la ao lari;!o, sobre
sol) com cavaleiros adeanle do car- E o pobre homem, transformado a cidade, sobre camvos sobre mon-
r o, cavaleiros atraz. tantas vezes, voltára a ser o can- tes, vi nitidC1mente ·como ela tem
E o homem ri co, ante o espec ta- teiro que trabalha tão rud emente suQerido paQinas paginas de admi-
cul o, entristeceu-se suspirou e ex- para vencer um mesquinho salario rável encanto e duma doce tristeza.
clamou:- Ah! se eu pudesse ser e vive descuidadamente, contente
rei! e f, Fz com a sua sorte. Mario Pacheco
E o anjo desceu do céo e disse-
lhe: X. Marmier
- Faça-se o teu desejo!
Tudo branco. . . A cidade toda
Ele tornou-se rei e passeava sob
o poyong de ouro, cavaleiros á branca. a minha rua uma via lactea, AO CLUB DE FOOT-BALL
frente, cii valeiros atraz. uma estrada de noivado como uma
E o sól nasceu um dia e brilhou tapeçari"' de rosas brancas, de açu-
· de tá! forma, que com seus rai os cén&s, de camélias brancas - ...
lindos telhados rusticos a alvejar e
Os Belenenses
brilhantes torrou as plantas.
E o r ei queixou-se úO calor e ao longe, para além das copas bran-
cas dos pinheiros sonolentos, mon- Tendo chegado ao conhecimento
disse que queria ser como o sol. da redacção da Revista A •Sema-
E o anjo, descendo do céu dis- h·s scintilantes, até ás alturas bran-
cas da Serra do Caramulo. na Portuguern• por oficio da Ex.ma
se-lhe: Direcção do referido club, que al-
- Faça-se a tua vo nt, de! Nevará, nevará de noite, como
ha vinte anos já não neváva, e de guE>m do pe~soal da nossa Revista
O rei foi transformado em so 1, tinha feito uso em favor de extra-
e dardejava os stus rai os para to- manhã a pai zagem pobresinha de
Novembro éra uma princeza com nhos d ~ um cartão de livre transi-
dos o!> lados, sôbre a t.: rra tostan- to gentilmente cedido por essa
do a relva dos campos e o rosto um manto de arminho ...
Nevára, para eu ver a neve ad- digníssima Direcção, tornamos pu-
dos principes. blico que por êsse motivo deixou
Eis que uma 1 uvem tleva-se e mirável ! Nascido no sul e viven-
do sempre no su', o scenário impre- de fazer parte da nossa Redacção
oculta é! sua luz. o Sr. Francisco Ribeiro.
Ele zanga-se assi m por ser anu- sionou-me vivamente; foi voluçtuo-
so para 's meus olhos. Scenário Julgamos c.ssim dada a duvida
lado o seu pod. r e txclama, quizera satisfaç~o a Ex.ma Direcçllo do
ser nuvam. novo que a minha anciedade fixou
scenário divino que a minha alma Club d.· Foot-Ball Os Belenenses.
E o anjo disse-lhe:
Faça-se a tua vontade! artística agradt ce á N2tureza e ao
Ele tornou-se nuvem. Colocou-se Tempo!
entre o sol e a terra, e a relva tor- O céu triste, a terra triste, mas
lindíssima. o~ jardi ns tinham i lores
nou-se verde.
E a nuvem abriu-se e do seio cai- de mármore fino e rendilhado; man- MUSICA
ram torrentes de agua que inunda- tos de candura, as ca-as duma al-
ram os vales, desvastaram as ser- deia, na di~tancia brumosa dos pa- Da direcção dum talentoso eco-
ras e afogaram os gados. cificos arredores. nhecido musicista, iniciaremos no
E numa verdadeira manga de As torres escuras da vel ha cate- nosso proximo numero a publicação
agua caiu tambem sõbre u:n roche- dral tinham um pó de luar ao alto d'uma pàgina semanal de assuntos
do, sem poder abate-lo. da sua reli gi Gsidade eterna. musicais.
E a nuvem exclamou; Das arvores saiam diamantes, Daremos assim satisfação aos
- Aquêle rochedo é mais forte pendiam flocos de espuma, plumas muitos pedidos que nos têm sído
do que eu. Quizera ser aquele ro- de arminho. Em hortas verdes, flo- dirigidos por numerosos amadores
chedo! resciam altos lírios daros, em vez de musica.
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