ANO R+C 3370 | N° 24 | 4° TRIMESTRE 2017
Mensagem do Grande Mestre 02
Espaço do Coordenador 03
Atividades nos Organismos Afiliados 04
GLP comunica 15
Família Rosacruz 16
Vestais 18
Quero saber 20
Círculo de cavaleiros 22
Bate-papo místico 24
Visualizando o futuro 26
Missão jovem 34
Pais & filhos 36
Momento de reflexão 38
Natureza & cia 40
Arte na cozinha 43
Construindo a História 44
Que engraçado! 47
Qual é, bicho? 48
Oficina de arte 50
Ano R+C 3370 – Nº 24
4º Trimestre 2017
Coordenação e Supervisão:
Hélio de Moraes e Marques, FRC
Grande Mestre
Edição: Setor de Editoração
Compilado, redigido, composto e
impresso na Antiga e Mística Ordem
Rosae Crucis, AMORC, Grande Loja da
Jurisdição de Língua Portuguesa.
Rua Nicarágua, 2620
Bacacheri – 82515-260
Curitiba – PR
Publicação interna destinada aos
estudantes ativos da Ordem Rosacruz,
Seção Guias do Graal. Seu objetivo
é a divul­gação das ativi­dades da
Ordem Guias do Graal em toda a
Jurisdi­ção de Lín­gua Portu­guesa, e
a complementação dos estudos dos
jovens através de Fórum e de arti­gos
especial­mente sele­cio­nados. Pro­cura
apresentar concei­tos para refle­xão dos
seus leitores e estimu­lar a busca pelo
Conhe­cimento e pela Verdade.
A elaboração desta revista atende, como
base conceitual, a proposta da UNESCO
para a educação do Século XXI, ancorada
em dois de seus quatro pilares: “Aprender
a Ser” e “Aprender a Conviver”.
Algumas imagens:
©gettyimages.com
Alusão aos graus de estudo e o caminho
percorrido pelo jovem na OGG
 Prezados Cavaleiros da Ordem Guias do Graal,

Saudações cavaleirescas!

É com alegria que informo que a OGG, além da Grande Loja da Jurisdição de Língua
Hispana para as Américas, estará começando na Jurisdição Holandesa.
A OGG tem tido a atenção de muitos jovens buscadores como se vê na revista, mas
ainda precisa do apoio de muitos Cavaleiros para a sua expansão. É neste sentido que
solicito ao membro da OGG ou seu responsável a convidar um amigo ou parente que
considere digno de receber os ensinamentos desta Ordem de Cavaleiros. O seu convida-
do receberá o primeiro semestre grátis no estudo virtual.
O Grande Mestre, Frater Michiel Schillhorn van Veen, da Jurisdição de Língua Holande-
sa, iniciou o processo de tradução para o holandês. Parabéns, OGG!
Este ano teremos a III Convenção Nacional da OGG, sob o tema “O Castelo da Sabe-
doria – O Reino de Percival”, que será realizada em um local muito legal com ambientação
medieval, cerimônia do Chamado e outros pontos interessantes como piscina, trilha, teatro,
entre outros. O evento é aberto para jovens ainda não afiliados à OGG. Veja as fotos no link
http://guiasdograal.amorc.org.br/convencao-nacional-da-ogg-2018/
Desejo fazer um convite especial para você, Cavaleiro da OGG: planejei para que a
XXV Convenção Nacional Rosacruz seja encerrada no Teatro Guaíra com uma Alegoria da
OGG que está sendo preparada e deverá contar com a participação de toda a OGG can-
tando a música A Paz – Roupa Nova (versão original: Heal the World – Michael Jackson)
Venha participar. Será uma linda festa!

Sincera e fraternalmente
AMORC-GLP

Hélio de Moraes e Marques

Grande Mestre

2
Saudações, amados jovens da OGG! que existem desafios, às vezes não estamos
Papo sério com vocês! a fim de estudar ou temos atividades mais
Estamos no final de 2017, logo estaremos interessantes a fazer, mas pense comigo...
em um novo ano e isso pede muitas novida- Se você acredita na proposta da OGG, por
des, pois a cada ano procuramos melhorar que então não dedicar apenas uma hora
nosso atendimento, atividades e conteúdo semanal para realizar os seus estudos? Seja
místico, sempre pensando em novas formas forte e persiga suas metas, não esqueça
de caminharmos juntos e acompanhando as que isso fará você alcançar seus méritos
tendências juvenis, procurando desvendar de Cavaleiro e além do mais, é uma leitura
este universo, conhecer e aprender o que rápida e instigante, que irá trazer grandes
está em foco no momento. Afinal, temos benefícios para sua vida. Todo o conteúdo
que estar totalmente antenados, levando das monografias traz algum valor ou virtude
o que há de melhor a todos os que estão que poderá ser colocado em prática em seu
afiliados à OGG. cotidiano. Agora as monografias se apre-
Os jovens fazem a OGG, pois são vocês sentam também em versão digital, o que
que colocam em prática o que aprendem melhora ainda mais as possibilidades de
nas monografias e isso é de extrema impor- você realizar seus estudos.
tância. Ah, falando em monografias, talvez Queremos que você seja participativo
alguns de vocês não realize a leitura com e que contribua para que a OGG cresça;
regularidade, pelos mais variados motivos, então, se achar que os assuntos poderiam
como falta de tempo, por exemplo, mas melhorar, escre-
peço que se esforcem e dediquem um va para a gente,
pequeno período semanal para os assuntos pesquise também
tratados na OGG, com certeza isto será de sobre os temas
grande valia na vida de cada um. da Cavalaria, dos
A equipe da GLP se preocupa em manter templários, vir-
a qualidade de atendimento dedicado aos tudes e muitos
jovens e crianças da OGG e vocês podem outros afins e nos
nos ajudar a melhorar cada vez mais! Isso envie. Assim mui-
pode ser feito através de sugestões e co- tos jovens pode-
mentários. Nós ficaremos muito felizes em rão compartilhar
ter a participação de todos! conhecimento
Todo processo de estudos vem de uma e juntos trilhar a
tradição primordial e se hoje apresenta um maravilhosa jorna-
novo visual é porque procuramos e preci- da do Cavaleiro!
samos inovar, elaborando um material mais Desejamos um
atrativo, com ilustrações específicas dos Feliz Natal e um
temas e respeitando todas as faixas etárias. Ano Novo repleto
Quando você, jovem, vem em busca de de realizações!
novos conhecimentos, é porque realmente NON NOBIS!
quer desenvolver as suas potencialidades,
e sua jornada na OGG é um caminho que
 Marcela Lobo
abrange todo um processo que você, como Coordenadora da
buscador, deve percorrer e se dedicar. Sei OGG-GLP

Indicação de faixa etária (anos):

6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18 3
 Atenção Coordenadores! Não deixem de nos enviar relatos das
atividades realizadas em seus Organismos Afiliados! Forneçam
o maior número de informações possíveis, procurando incluir
fotos das atividades realizadas, assim poderemos publicá-las.

LOJA ROSACRUZ ÁGUA VERDE E LOJA ROSACRUZ CURITIBA-PR

Foi realizado um evento muito especial no dia 21 de outubro, no Templo oficial

da OGG, reunindo crianças e jovens para um encontro de cavaleiros, onde a
equipe de oficiantes da Loja Rosacruz Água Verde pôde atuar no Templo pela
primeira vez, junto com as jovens da Loja Rosacruz Curitiba (fotos 1 e 2). Este
foi um momento de muita confraternização entre os cavaleiros e seus pais e
responsáveis. Participaram os cavaleiros Heitor Vieira, Maria Eduarda Vieira,
Sarah H. C.
Oliveira, Rafaela
Fernandes,
Isabela
Fernandes, 1
Rafaelle Martins
e Safira. Assim
como os Fratres
e Sorores:
André Martins,
Marcelo Vieira,
Fabiano
Fernandes,
Debora
Oliveira e
Abacary Chaves
Filho. Após a
Convocação
Ritualística,
fomos para
a Cancha
poliesportiva

Indicação de faixa etária (anos):

6 – 7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
4
da GLP, para a
elaboração das
ecobolas (bolas de
argila e sementes), 2
organizada
pela equipe de
colaboradores
das ODS da GLP
(foto 4). Foi um
momento de
reflexão e ação
em prol do meio
ambiente e as
ecolobolas (foto 5)
foram distribuídas

para as crianças da comunidade,

3 para serem lançadas em lugares
variados e florescer. Parabéns aos
nobres buscadores e obrigada às
Coordenadoras da OGG da Loja Água
Verde: Raquel e Karolina Lima Chaves
pelo apoio ao evento. Non Nobis!
4

5
 CAPÍTULO ROSACRUZ SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP

Dia 8 de outubro no Capítulo de São José dos Campos aconteceu um divertido

evento organizado pela Coordenadora da OGG, soror Naydê Ramires, onde doci-
nhos, bolos e decoração da mesa foram confeccionados pelas crianças. Todos par-
ticiparam, inclusive os nossos cavaleiros mirins e seus animados pais. Parabéns pelo
excelente trabalho! Non Nobis!

6
 LOJA ROSACRUZ GUARULHOS-SP

No dia 20 de maio de 2017 foi realizado na Loja Rosacruz Guarulhos o Rito de Admissão O
Chamado, com a importante participação de 6 crianças e 9 adultos (pais e responsáveis).

No dia 23 de setembro foi realizado o Rito de Passagem 1 - Guardião do Castelo,

para nossos amados Cavaleiros. Na oportunidade atendemos aos jovens da Loja
Guarulhos, São Miguel e São José dos Campos. Contamos com a presença da nossa
querida monitora Nayde Ramires. Non Nobis!

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 LOJA ROSACRUZ SÃO PAULO-SP

No dia 29 de outubro de 2017 foi realizado na Loja R+C São Paulo, no Espaço Char-
les Vega Parucker, a Cerimônia do Dia do Cavaleiro, com as crianças e jovens da
OGG e seus pais e responsáveis. Como ilustre convidada, tivemos a soror Rosa Bo-
nini de Araújo, além da presença de 84 pessoas no ritual, sem contar com os ofician-
tes. Foi uma cerimônia de muita emoção, onde foi instalado com a Gola Medieval o
Artesão Frater Nélio Falcão Malta, sendo assim o terceiro Artesão da Loja. Após essa
maravilhosa atividade Templária, foi realizada um ágape, e apresentamos a todos da
LSP e da OGG a Soror Rosinha, que foi uma das idealizadoras da Ordem Rosacruz
Juvenil, atualmente OGG. Soror Rosa Bonini teve grande participação coordenando
uma equipe de sorores que, juntas, realizaram a tradução das monografias da ORCJ,
contribuindo com a então GM Soror Maria A. Moura, que pôde traduzir e instalar em
nossa terra o Instituto da Criança, criação do nosso Frater Harvey Spencer Lewis e ins-
talando nesta região a Ordem Rosacruz Juvenil. O momento da leitura da mensagem
emocionou profundamente a soror Bonini e a todos os demais participantes, com a
história do legado da ORCJ/OGG. Nosso eterno agradecimento à soror Rosa Bonini!
Esse evento fortalece a união entre os Artesãos e as crianças e jovens da OGG, forta-
lecendo a Egrégora Rosacruz.

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 LOJA ROSACRUZ SÃO CAETANO-SP

No dia 28 de outubro de 2017, reunindo muitos Cavaleiros na Loja Rosacruz São

Caetano e região, fizemos uma Celebração em Comemoração ao Dia do Cavaleiro,
organizada pelo monitor da OGG região SP-8, Frater Carlos Eduardo, que promoveu
este belo e emocionante encontro, que foi um momento muito marcante para as
crianças e jovens da OGG!

LOJA ROSACRUZ MARES, SALVADOR-BA

Mais uma atividade da nossa cavalaria, dessa vez realizada na Loja Mares, em visita
a uma Loja irmã. A
atividade foi pintura
em tela com o tema e
símbolos da OGG, e
a soror Karen Duarte,
columba emérita, com
muito carinho condu-
ziu esse momento. A
galera se divertiu e
mais uma vez tratou da
importância do nosso
papel na OGG! Non
Nobis!

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 LOJA ROSACRUZ SALVADOR-BA

Foi realizada no dia 4 de novembro de 2017 uma atividade integrativa, com oficina
de musicalização para as crianças e jovens da OGG, desenvolvida pela Soror Katia
Duarte, que conduziu tudo com excelência, envolvendo a todos com instrumentos e
danças. Foi muito construtivo e lúdico! Non Nobis!

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 LOJA ROSACRUZ RECIFE-PE

Após um final de semana cheio de atividades, a Loja Recife vem aqui agradecer
aos buscadores que passaram pelo Chamado, pois a demanda foi muito satisfa-
tória, a ponto de terem sido feitas duas turmas.
A equipe da Loja deseja que todos sejam bem-vindos à nossa Ordem e que pos-
sam juntos preservar seu legado e propagar seus ideais.
Agradecimentos especiais aos palestrantes que brindaram a todos com tanto co-
nhecimento. Em especial ao Frater Rodrigo Marinho em sua conferência “Ordem
Guias do Graal: Aplicação Teórico-Metodológica da Tradição Primordial”.
E também ao Frater Rógeres Bessoni, em sua conferência “A vivência prática do
Códex da Ordem Guias do Graal” (Notas biográficas sobre Raymond VI, Conde
de Toulouse).
E ainda ao Frater Antônio de La Maria em sua conferência “Princípios e Valores
da Cavalaria em Star Wars e a Ordem Guias do Graal”.
Non Nobis!

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 CONVENÇÃO MACRORREGIONAL – REGIÕES SP4, SP5, SP6 E SP9

Dentro do tema “Protagonismo Juvenil – nosso melhor futuro” foram desenvolvidas

várias atividades com o objetivo de Integração, recreação e aprendizado para os nobres
cavaleiros da OGG, juntando membros das regiões SP4, SP5, SP6 e SP9, tudo isso contan-
do também com a contribuição da Loja Campinas, da SP3.
A Convenção Macrorregional aconteceu nos dias 18 a 20 de agosto no Seminário Santo
Antônio, em Agudos-SP.
Além de desenvolver o Protagonismo dos jovens e crianças, foi incentivado o trabalho em
equipe, a criatividade, o estímulo pela arte e a colaboração entre eles e os demais grupos
que foram formados para participação de uma divertida gincana, que foi intercalada com
as atividades de aprendizado e conhecimento.
Dentro da gincana tivemos a caça ao tesouro, conduzida pela Soror Cristina L. L. Ruiz
Martins de Bauru-SP, e várias outras atividades desportivas, de equipe e colaboração, que
foram conduzidas pelas Sorores Lucilaine de Noffri, mais conhecida como Keka, e Claudia
Peraro Vieira, ambas de Campinas-SP.
Para estimular a arte e a criatividade foram realizadas as atividades de Dança Circular
e a apresentação da peça teatral “No Templo da Rosa”, onde nossos cavaleiros atu-
aram divinamente. Ambas atividades foram conduzidas pela Soror Liliana Leite Rubio
Gripp de Campinas-SP.
Nas atividades de conhecimento e aprendizado, foi destacada a importância da natureza,
com o objetivo de estimular continuamente a sustentabilidade e conservação do Planeta.
Com isso, foram feitas algumas atividades práticas. A primeira delas foi conhecer o sig-
nificado das “ikebanas” (arte japonesa de produzir arranjos florais) e como prepará-las,
conduzida pela Soror Aparecida Felisberto Barroso, de São José do Rio Preto; depois, foi
trabalhada a produção de “bolas
de argila e sementes” conduzida
pela Soror Anamaria Ferrari de
Campinas-SP; logo em seguida
trabalhamos a revitalização da
vegetação, com a plantação de
uma nova árvore no belo jardim
do Seminário, para isso conta-
mos com a valorosa ajuda do
Frei responsável pelo Seminário
Santo Antônio.
Nos momentos de folga, foi
possível ainda visitar o Museu
Natural e Histórico do Seminário,
assim como uma breve visita à
Igreja local. Foi um final de sema-

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na delicioso, de muita alegria, diversão, integração e aprendizado. Non Nobis!

LOJA ROSACRUZ RIBEIRÃO PRETO-SP

No dia 28 de outubro o Mestre da Loja, Frater Yuri de Sousa Batista, promoveu, jun-
tamente com os Oficiais da OGG, um evento em comemoração ao “Dia do Cavaleiro
da Ordem Guias do Graal”. A Loja Rosacruz São Carlos participou do evento e teve a
presença da Mestre da Loja, Soror Maria Rosaria Franchini Correa, acompanhada de
alguns Membros da Loja e Cavaleiros da OGG.
A Loja recebeu muitos convidados – um total de 42 pessoas. A abertura do evento
foi feita pelo Mestre da Loja e pela Coordenadora, Soror Vilméia, da OGG local. O
Grande Conselheiro, Frater Marco, apresentou uma palestra sobre a OGG. O Cava-
leiro Joaquim apresentou uma mini palestra sobre a amizade, e o Cavaleiro Roberto
apresentou a “Carta da Terra para Crianças” e foi realizado o Rito de Comemoração
ao Dia do Cavaleiro da OGG. Nessa ocasião homenageamos a Artesã, Soror Dulcinéia
Gomes, que foi sagrada Cavaleiro Rosacruz durante a Cerimônia.
Foram homenageados também o Frater Marco, GC, pelo esforço despendido para a
implantação da OGG na Loja Ribeirão Preto e o Frater Athaide na Loja São Carlos.
Em seguida houve a distribuição de sacolinhas de presentes para todos os jovens
e realizamos um delicioso ágape. Depois houve várias brincadeiras, inclusive cama
elástica, que as crianças adoraram! Parabéns a todos pelo lindo evento!

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 OFICINA DE ARTE E EDUCAÇÃO – ESPAÇO DE ARTES FRANCIS BACON

No dia 3 de outubro foi realizada a oficina em arte-educação para os alunos da Escola

BE-A-BÁ da Diversão, na exposição Inspiração na Criação. A atividade que vem sen-
do realizada nas exposições do Espaço de Arte Francis Bacon, da Ordem Rosacruz –
AMORC, consiste em apresentar novas perspectivas ao universo infantil. Durante a ofi-
cina foi realizada uma atividade de Contação de Histórias sobre os princípios da Carta
da Terra, declaração de princípios éticos e fundamentais sobre a sustentabilidade.
Na sequência as crianças passearam pela exposição para conhecer duas obras em
especial: “A carta da Terra” e “Teia da Vida”, para inspiração e reflexão. Depois
disso, começou a parte prática da oficina: a pintura com tinta acrílica de uma tela
pequena onde trabalhamos o tema ecologia.

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15
 UMA família rosacruz
Quando entrei para a Ordem em 1999, eu não sabia o que era ser um estudante rosacruz. Eu
não sabia o que era a Ordem Rosacruz!
Eu estava em uma busca por mais conhecimento, queria me encontrar no mundo, e então
senti um chamado. Foi então que conheci a Loja Rosacruz Méier.
Eu estava em um ônibus e vi o símbolo da Ordem em um cartaz na fachada da Loja, e me
perguntei: que lugar era aquele?
Desci do ônibus e fui até lá, sendo recebido pelo Frater Fernando, que disse: você deu
“sorte” de estarmos aqui realizando manutenção, pois estamos no recesso das atividades.
Ele me deu o “Domínio da Vida”, e combinei de voltar...
No retorno das atividades voltei com minha então namorada Fernanda, e fiz a minha
afiliação. Os anos se passaram, e eu seguia na Senda, contribuindo da forma que podia,
vivenciando a cada dia o Servir, sempre com muito amor e carinho, pois aquela busca havia
chegado ao fim, o que abriu os caminhos para uma nova busca.
Ainda em 1999 formamos família, e como frutos deste relacionamento, vieram ao mundo
dois seres para nos abençoar. Primeiro o Lucas e, alguns anos depois, o Luis Filipe.
A prática rosacruz me mostrou a importância
de perpetuar os ensinamentos, e em função
disto pude levar ao seio famíliar, os benefícios
da minha afiliação. Foram muitos os desafios.
Um novo caminho repleto de apoio e carinho
dos Fratres e Sorores que me auxiliaram nesta
jornada.
O primeiro da minha família a sentir o chama-
do em seu coração foi meu filho Lucas, logo em
seguida meu filho Luis Filipe, quando ingressa-
ram na OGG, e também minha esposa Fernan-
da se tornando membro dual comigo, e no final
de 2015 eu fazia então parte de uma Família de
Rosacruzes!
Nos dias de hoje atuamos em nossa amada
Loja, que consideramos ser o nosso Lar Espi-
ritual, buscando sempre levar o amor que nos
uniu na vida, seja em nosso lar, ou na Loja, em
busca da Paz Profunda.
Os desafios estão sempre presentes e bus-
camos superar, baseados nos princípios assi-
milados na Senda, agora com o diferencial de
sermos todos Rosacruzes.
Este é o singelo relato daquele que um dia
desejou e visualizou o que vive nos dias atuais.
Com os votos de Paz Profunda!
 Frater Douglas Delate Bitencourt,
Mestre da Loja Rosacruz Méier
Indicação de faixa etária (anos):
16 6 – 7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
A família OJEDA CORRÊA
Saudações, honoráveis buscadores!
Meu nome é Pablo Ojeda e sou membro do Capítulo Rosacruz Osasco (SP-1). Eu e
minha família pertencemos à AMORC há alguns anos e nossos filhos passaram a fazer
parte da OGG logo em sua fase de implantação. Quando recebemos o convite para
escrevermos a respei-
to dos benefícios que
ela trouxe para a vida
de nossos filhos e até
mesmo para nós, como
pais, confesso que
senti em minhas mãos
uma grande responsa-
bilidade e ao mesmo
tempo uma sensação
de orgulho. A Ordem
Guias do Graal traz
aspectos muito impor-
tantes na formação de
nossos jovens, pois ela
mostra como é possí-
vel praticar as virtudes
aprendendo a ser e a
conviver neste mun-
do, permitindo que o
jovem reconheça o seu
papel na sociedade e compreenda o melhor de si próprio e das pessoas ao seu redor.
Isto fez tão bem aos nossos filhos que eles também trouxeram amigos para OGG e hoje
somos tutores de 2 jovens, dos quais os pais não são Rosacruzes.
Assim, a minha família
Rosacruz é composta
por mim, Pablo, minha
amada esposa Mirian,
meus filhos biológicos
Camila e Demétrio, e
meus filhos do Coração
Arthur e João.
Agradeço ao Deus
do meu coração pela
Sagrada Luz que nos foi
confiada e por poder-
mos exercer nos cora-
ções dos jovens a inte-
ração do amor Divino.
Com amor no coração,
um Grande abraço da
Família Ojeda Corrêa.
Non Nobis!
17
 COLUMBA!

A
mada Vestal que cuida da Luz.
És a pureza da Luz, a verdade
e a nossa consciência. A pala-
vra Columba significa “Pomba”, um
símbolo místico e esotérico.
A sua tradição vem dos tempos em
que o fogo sagrado era guardado por
uma jovem Vestal, especialmente pre-
parada para cumprir o honroso dever
de manter a Chama Sagrada acesa. A
Columba simboliza a Vestal no Templo
Rosacruz.
É Vestal
É sorrir em meio às crianças, jovens,
adultos e idosos, e resplandecer.
É divertir e se divertir. É não falar
uma só palavra e no silêncio dizer mais
do que as palavras podem dizer.
É acender. É fazer a chama brilhar no
escuro, é mantê-la acesa, em si e em nós.
É muitas vezes não se ver. É muitas
vezes não se enxergar, mas ser enxergada
como o interior de cada um ao seu redor.
É influenciar pelo exemplo. É ser
ouvida, na importância de cada sin-
gela palavra.
Não é ser uma pessoa em
particular, é ser todas.
É SER LUZ. É SER VIDA. É SER AMOR.
É a transparência. É a leveza. É a tran-
quilidade.
É a rigorosidade da sinceridade.
É a verdade interior. É acompanhar to-
dos os momentos.
É a personificação do mais puro e pro-
fundo.
É iluminar e aquecer. É o que faz uma
aspirante ter o desejo de seguir.
É o que faz uma emérita agradecer.
É em alguns momentos não entender.
É em alguns momentos se sentir só, é
em outros ter mil irmãs.
É ser acompanhada e ser seguida.
É através do branco.
É através da rosa. É através da cruz.
É Columba.
 Escrito pela Columba Emérita Karen Duarte
e dedicado à Columba Luísa que estava se
tornando Emérita no início da gestão 3370.

NOVAS COLUMBAS
1. Carla Cavalcante de Morais – Loja Rosacruz Fortaleza-CE
2. Gabriela de Fraga Silveira – Loja Rosacruz Porto Alegre-RS
3. Isabele Silva Prado – Loja Rosacruz São Caetano do Sul-SP
4. Isadora Gomes da Silva – Loja Rosacruz Porto Alegre-RS
5. Leticia Chaves Ferretti – Loja Rosacruz Lapa, São Paulo-SP
6. Leticia Diem Antoniazzi – Loja Rosacruz Guarulhos-SP
7. Marina Deizepe Zanuto Barros – Loja Rosacruz Santo André-SP
8. Sophia de Almeida Gitirana – Loja Rosacruz Nilópolis-RJ
9. Telma Makon Danguta Andersen – Loja Rosacruz Luz de Luanda, Angola
Indicação de faixa etária (anos):
18 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
 2
3

6
4

7 8

19
 Saudações, amados buscadores. Hoje vamos conversar sobre alguns símbolos
que você já conhece da OGG e seus significados!

Qual o significado da vela que fica dentro do templo?

A Vela das Virtudes: representa o divino e sua manifestação,
assim como, quando está acesa, invoca a presença do Círculo
Espiritual da OGG no Templo. A Chama das Virtudes deve sem-
pre ser acesa durante os rituais, pois mantém presente a Tradição
Templária e a mística antiga das escolas de saber.

E o cálice que fica na mesa redonda?

O Cálice ou Graal simboliza a expressão da imortalidade e do
conhecimento adquiridos com o renascimento iniciático, ou seja,
a morte do nosso estado presente. Representa também o vaso
hermético (o cadinho alquímico) e significa sempre o lugar onde
as maravilhas se operam: é o seio materno, o útero no qual se
forma um novo nascimento. É o símbolo de uma força secreta
e sob múltiplos aspectos, o Graal encerra o elixir da vida: é um
reservatório de vida e por estar aberto em cima indica a receptivi-
dade às influências celestes.

Por que tem sempre uma rosa vermelha?

A Rosa Vermelha? Ela é um símbolo antigo na cavalaria e sua simplicida-
de na aparência, combinada com sua complexidade de existência, repre-
senta a alma do cavaleiro. Quando colocada sob o Código representa o
selo de silêncio e o segredo, virtude importante ao cavaleiro que deseja
portar o Graal Sagrado.

Indicação de faixa etária (anos):

6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
20
 E por que a Mesa Redonda?
A lógica do templo de cavalaria remete a símbolos místicos antigos e da
tradição primordial. A mesa é redonda, pois está ligada à teurgia da OGG,
representa o infinito e a máxima de que todos os cava-
leiros, devidamente ordenados, são iguais dentro de
um Templo. O Cálice ao seu centro representa o Círcu-
lo com o ponto ao centro, sendo de cima para baixo o
influxo cósmico (em direção ao Graal) e do Graal para
todos os cavaleiros ao redor da mesa, que devem car-
regar essa influência aos quatro cantos do mundo.

E a Espada?
A Espada da OGG foi desenhada misticamente para atender ao mito
do Herói e como um instrumento teúrgico. Aproxima-se de uma Gla-
dius romana (uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60
cm, mais larga na extremidade, usada pelos soldados romanos), con-
tudo mantém o tamanho ritualístico, com os símbolos da OGG de um
lado, da AMORC do outro e, em ambos os cabos, um triângulo para cima e
outro para baixo, simbolizando a busca pelo equilíbrio material e espiritual.
É a arma que caracteriza o herói, ou o cavaleiro; trata-se de um instrumento
que serve para dominar as forças inimigas, enfrentar e dominar o mundo ex-
terior. Simboliza a Força de que o Iniciado está investido, não somente para
fazer o bem, mas igualmente se opor ao mal.

Por que tem uma Vela Externa?

A Vela Externa representa a atividade sagrada do templo da OGG.
Toda a vez que a vela estiver acessa, a secretaria do Organismo Afiliado
deve ser avisada para que, conjuntamente com os oficiais, o respeito e
o decoro sejam preservados. Ela também representa a chama da Virtu-
de do Templo da OGG estendida a todos os buscadores da
Luz da OGG, fora de seus portais.

Por que a Sentinela bate na Porta do templo?

As batidas da sentinela são ritualisticamente espaçadas e representam
tradicionalmente o respeito à AMORC e o zelo por sua proteção. São
3 que tanto significam Luz, Vida e Amor (como homenagem à AMORC)
como as virtudes do Cavaleiro (Trabalho, Lealdade e
Humildade) com a resposta em contrassenha dos ofi-
ciais do templo, em uma única batida.
Se você, Buscador, tiver alguma dúvida, escreva-nos
para podermos respondê-la!

21
 Indicação de faixa etária (anos):
22 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
A espada é considerada
uma arma,
símbolo de poder,
imposição e terror. É
manifestações. Seus dois gumes
nos mostram que possui também
dualidade, o poder de criação e de
destruição, tanto da Espada como
claro que com a tradição da Palavra. Um forte simbolismo para
belicosa do homem, mostrar sua aplicação através das
ela é assim conhecida Forças Cósmicas na concepção da
pela grande maioria dos criação manifesta. Mostra ainda que
povos deste mundo, a dualidade está em toda a criação e
devido a confundirem que cabe ao Iniciado ser seu mediador
intelectualidade com e usando sua Espada Flamejante.
sabedoria. Portanto, cabe a ele mantê-
Porém, ela tem um lado la sempre limpa e pronta para o
mais místico, uso, mesmo
pouco que nunca seja
conhecido
do povo, mas
“A Espada desembainhada,
mostrando assim
tão forte e da Verdade, toda sua Força,
talvez mais
respeitado
da Luz, da toda sua Glória,
provando, assim,
do que seu Justiça e do sua honra ao portá-
aspecto Amor, só é la em defesa do
guerreiro, Círculo da Verdade,
pois desembainhada da Luz, da Justiça,
representa com submissão da Vida e do
a luta do Amor, sempre com
Iniciado à Vontade sabedoria, disciplina
contra os Divina“ e, sobretudo, com
inimigos da humildade.
Verdade e Esse Cavaleiro da
contrários à Verdade, da Luz, da
sua disseminação ao povo. Justiça, da Vida e do Amor, tem por
A Espada da Verdade, da missão irradiá-la sobre toda a Terra,
Luz, da Justiça e do Amor, com pureza, sendo eternamente seu
só é desembainhada com Guardião sempre a guardar a Senda
submissão à Vontade Divina que nos leva de retorno à casa do
e com honra para que Pai, mostrando-nos que somos no Pai
a Luz do Conhecimento apenas UM.
seja implantada aos A Verdade não nos pertence, e
que dão provas reais de deve ser compartilhada com todos
merecimento. os seres vivos, pois somos apenas
A Espada também divulgadores dela.
representa a Palavra Divina,
o Verbo, uma de suas várias  Frater Acurso

23
 A
prudência é o mais seguro dos
muros de proteção, pois nunca cai
e nunca pode ser entregue pelos
traidores. (Antístenes - século IV a.C.)
Querido jovem, neste mês gostaria de
chamar a sua atenção para uma virtude pre-
ciosa: a prudência. Vamos refletir principal-
mente sobre como aplicar essa qualidade
aos nossos pensamentos, palavras e ações.
Na Antiguidade e na Idade Média, a pru-
dência era considerada uma virtude funda-
mental ao lado da coragem, da temperança
e da justiça. Essa qualidade se expressa
por uma conduta sábia e razoável, por isso
podemos deduzir desde já que não existe
sabedoria sem prudência. É essencial
lembrar que se cada jovem da
OGG se esforçar para viver de
acordo com a ética mais pura
de um cavaleiro, esta deve
ser baseada no livre-arbítrio
e no senso de responsa-
bilidade. Desse ponto
de vista, a prudência
assume todo seu valor.
Uma vez que “o infer-
no está cheio de boas
intenções”, a prudên-
cia está intimamente
associada ao discerni-
mento e à intuição.
O que pensar da
coragem, da tempe-
rança e da justiça sem

Indicação de faixa etária (anos):

24 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
a prudência? Das quatro virtudes principais,
é a prudência que deve dirigir as outras três.
De modo geral, podemos defini-la como
a condição necessária para a expressão de
cada virtude dentro do caminho do meio-
termo. Assim, a prudência é a virtude que
permite determinar o que convém fazer
para depois agir em conformidade, e por
isso está relacionada com o bom senso e
a boa vontade. É ela que determina todas
as outras qualidades, uma vez que na sua
ausência qualquer virtude é cega. Em outras
palavras, nenhuma virtude em ação pode
existir sem ela. Por outro lado, a prudência
antecipa o futuro e, assim, está associada
à vidência. Por exemplo, a ecologia é uma
disciplina associada à prudência. Os estoicos
a consideravam como “a ciência de coisas
para fazer e não fazer”;
portanto, é sinônimo de
sabedoria em ação.
Depois destas conside- “Ser prudente e
rações gerais, vamos ver pensar antes de
como associar a prudên-
cia aos nossos pensa- falar é um ato de
mentos, palavras e ações. bom senso.”
Em termos de espi-
ritualidade, um jovem
buscador da verdade
deve dar grande importância à natureza de
seus pensamentos. A prudência o convida
a não deixar que um estado de espírito
negativo persista em sua consciência. Ela
também recomenda que preste atenção à
sua mente, porque se ela não for dominada
corretamente levará à dispersão e à con-
fusão. O verdadeiro cavaleiro da OGG se
esforça por manter pensamentos nobres e
elevados. Assim como o jardineiro cuida do
seu jardim secreto e não deixa as ervas dani-
nhas invadirem e sufocarem a boa semente.
Portanto, a cada dia devemos estabelecer
e manter pensamentos caracterizados por
atitudes positivas. Esse cuidado contribuirá
para a nossa higiene mental e fortalecerá
o vínculo com a nossa mais profunda natu-
reza. Da mesma forma, cultivar a prudência
significa evitar os julgamentos apressados e
as interpretações negativas.
Ser prudente e pensar antes de falar é um
ato de bom senso. Isso exige que avaliemos
a resposta que devemos dar aos outros,
para usar as palavras certas e o tom certo.
Aprender a dominar a palavra significa afir-
mar o valor e o poder do verbo, dar ao si-
lêncio todo o seu valor e entender que a pa-
lavra também reflete nosso estado interior.
Por esta razão, a prática da alquimia espiri-
tual inclui também o domínio da linguagem:
nossas palavras devem ser comprovadas
pelo nosso coração, e não geradas simples-
mente por um intelecto que está constante-
mente criando ilusões. Depois de ter falado
sobre o valor da prudência no nível de
nossos pensamentos e
palavras, as consequên-
cias sobre nossos atos só
poderão ser benéficas.
Em outras palavras, a
prudência deve se tornar
uma segunda natureza,
que ilumina e sustenta a
sabedoria. Assim, de-
vemos eliminar certos
maus hábitos e ter uma
atitude positiva em cada circunstância. Por
exemplo, o simples fato de ter uma natureza
temperamental e irascível pode nos impedir
de demostrar discernimento e sangue frio.
A prática do relaxamento, da meditação,
faz desaparecer progressivamente estas
tendências negativas e restritivas que ainda
estão dentro de nós.
Portanto, jovens, trabalhar em nós mes-
mos significa dar provas de coragem, con-
fiança, paciência, perseverança, simplicida-
de, temperança e prudência, as verdadeiras
virtudes de um nobre cavaleiro.
 Fonte: Unidade, Ética, Espiritualidade –
Jean-Philippe Deterville – adaptação para
a OGG: ML
25
  Por LUCIANO J. PAVLOSKI

Indicação de faixa etária (anos):

26 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
 ochileiros: quem são? Onde vivem?
O que fazem? O que comem?
Ah, isso é fácil, um mochileiro é quem
fabrica mochilas. Não! Quer dizer, na
verdade talvez até pudesse ser isso, mas
não é desse tipo de mochileiro que fala-
remos aqui.
Acredito que você já conheça o termo
ou mesmo saiba bem o que é um mochi-
leiro, mas vamos falar um pouco mais so-
bre esses seres viajantes que nem sempre
são bem compreendidos.
Um mochileiro é, sobretudo, um viajan-
te independente. E ser um viajante é bem
mais do que ser um turista, é uma filosofia
de vida. É sair, desbravar o mundo com
uma mochila nas costas. Ou com uma
mala de rodinhas, por que não?
A chamada cultura backpacker, ou
“cultura mochileira”, em português, não
é nenhuma novidade no mundo, porém
no Brasil só começou a ser difundida e
ganhar milhares de adeptos nos últimos
anos. A principal razão disso é o fato de
o Brasil historicamente enfrentar dificul-
dades econômicas, as quais resultam em
passagens aéreas caras e outros obstácu-
los para os viajantes. Quando houve um
período de estabilidade econômica entre
o final da década de 90 e início dos anos
2000, os brasileiros descobriram que po-
diam fazer o que muitos europeus, ameri-
canos, australianos etc., fazem há muitas
décadas: conhecer o mundo sem gastar
fortunas para isso.
Aliás, muitos desses povos enca-
ram isso como uma tradição
ou um ritual de passagem.
É comum muitos eu-
ropeus fazerem uma
viagem bem longa ao
terminar a universi-
dade, por exemplo.
Depois, com as
energias recar-
regadas, voltam
para casa para en-
carar uma nova fase
da vida.
A maioria dos mo-
chileiros são jovens, mas
se engana quem pensa
que pessoas com mais idade
não são adeptas desse estilo
de vida. Em minhas viagens
já encontrei muitos casais com
filhos ou pessoas com mais (às
vezes bem mais) de 60 anos de
27
 idade em hostels* e albergues. Os euro-
peus, em especial, apreciam muito esse
estilo de vida.
Outro grande equívoco é achar que ser
mochileiro é motivado unicamente por
economia. Nunca esqueço de um suíço
que encontrei no Panamá, que tinha con-
dições de ficar hospedado nos hotéis mais
caros e comer nos melhores lugares, mas
28
estava há meses explorando as Américas
com uma simples mochila nas costas e se
hospedando em albergues lotados para
interagir com a galera. Esse é apenas um
entre muitos exemplos que poderia citar,
mas retrata bem o que quero dizer. São
pessoas que buscam as experiências e as
vivências que somente um mochilão pode
proporcionar.
Imagino que nesse ponto você já tenha
uma ideia mais clara do que seja a “filoso-
fia mochileira”. Percebeu que tanto faz se
estiver viajando com uma mochila ou com
uma mala? Isso é o que menos importa, o
importante é a forma de viajar. E o ter-
mo mochileiro apenas define quem viaja
assim. Na verdade, a mochila facilita os
deslocamentos por ser mais fácil de car-
regar, mas há quem prefira as malas, isso
não é relevante.
Então, o que difere real-
mente o mochileiro do turista
comum? Bom, o turista é a
pessoa que faz um percurso
estritamente planejado, compra um paco-
te de viagem, contrata os serviços de uma
agência de turismo, guias e transporte nos
locais por onde irá passar e visita apenas
os pontos turísticos.
Não que isso seja ruim, e vai do gosto
e possibilidades de cada um, mas são
estilos muito diferentes de viajar. Turistas
convencionais normalmente aproveitam
muito menos de suas viagens que os
mochileiros, pois costumam ir apenas aos
pontos turísticos mais conhecidos, pratica-
mente não interagem com a população e
cultura local ou mesmo com outros viajan-
tes que não sejam do seu grupo, pois boa
parte do tempo estão onde só tem mais
turistas. E a outra parte do tempo estão
“enfurnados” em hotéis, ônibus e vans.
Quando você interage diretamente com
as pessoas do lugar visitado acaba conhe-
cendo muito mais. Fica sabendo como
elas veem a vida, o que fazem, seus costu-
mes e até mesmo suas manias e trejeitos
típicos. Mesmo que falem um idioma que
você não conheça sempre é possível se
comunicar por gestos (e alguns grunhidos
e caretas talvez).
E mais: sair das rotas tradicionais, não
ficar restrito aos pontos turísticos famosos
– e normalmente apinhados de gente –,
usar os meios de transporte da população
local, experimentar a comida local, entre
outras tantas coisas, é o que faz um mo-
chilão se tornar uma experiência inesque-
cível. É o que faz o viajante poder dizer
que conheceu um lugar de verdade.
É claro que um mochileiro enfrenta mais
perrengues do que
o turista que viaja
com tudo reservado
e milimetricamente
programado. Mas
isso faz parte da
aventura! Às vezes
as situações que
causaram irritação
ou preocupação
numa viagem, mais
tarde se tornam
uma grande fonte
de risadas. Eu já
perdi voo por esquecer de alterar o re-
lógio para o fuso horário do país e achar
que ainda tinha muito tempo; já me perdi
em cidades e estradas; peguei ônibus
errados no Panamá e na Colômbia e só
percebi na estrada, muitos quilômetros
depois; já fui enganado por vendedores
ambulantes em vários lugares; comprei
uma ostra pelo valor de três almoços
numa praia e perdi uma câmera ao to-
mar um banho de chuva numa floresta na
Colômbia; peguei uma gripe na Grécia
no inverno; comprei CDs piratas em Cuba
pra me livrar de vendedores “grudentos”
e logo depois joguei no lixo; fiquei ho-
ras passando frio num ônibus quebrado
na Turquia; passei mal no Peru por co-
mer muito e não saber que a digestão é
mais lenta na altitude; acumulei uma fila
de carros atrás de mim num pedágio na
Espanha por não saber como a máquina
de cobrança funcionava; esqueci de um
certificado de vacinas obrigatório e con-
segui quase por milagre uma segunda
via no aeroporto, embarcando no avião
segundos antes do fechamento das por-
tas; fiquei preso num elevador quebrado
na Costa Rica... Ufa, isso foram só algumas
situações. E quer saber? Se pudesse eu
passaria por todas elas outra vez!
É essa a ideia por trás de viajar de forma
independente. É viver intensamente a
viagem e voltar com muitas lembranças
e histórias para
contar, já pen-
sando no pró-
“Viajar de forma ximo destino. E
independente é quantas vezes,
viver intensamente em meio a situ-
ações complica-
a viagem e voltar das, apareceu
com muitas lem- algum desconhe-
branças e histórias cido para ajudar
para contar.” e a situação se
resolveu rapidi-
nho. Sim, acredi-
te, a humanida-
de não anda muito legal, mas ainda existe
muita gente boa nesse mundo.
E onde ficar
Sobre hospedagens durante um mochi-
lão, não há uma regra. Não vou dizer
que eu sempre me hospede em hostels
e albergues em viagens. Eu prefiro alter-
nar entre hostels e hotéis. Tudo depende
do que você deseja no momento, de seu
estado de ânimo e talvez de quanto você
tenha economizado para aquela viagem.
Quando estou em busca de interação e
de conhecer gente nova fico em hostels,
mas quando desejo ter mais privacidade e
sossego, opto pelos hotéis. Já fiz viagens
onde só fiquei em hotéis, pois era o que
eu queria no momento; já outras vezes al-
29
 ternando: alguns dias em hostels e outros
“desacelerando” no silêncio dos hotéis. quando comecar
Além disso, existem muitas outras É bem possível que você que está lendo
opções de hospedagem, como os tenha menos de 18 anos e tenha ficado com
aluguéis de quartos, casas e apartamentos vontade de cair no mundo no seu primeiro
e o couch surfing. A internet facilita mochilão o quanto antes. Ok, eu lhe entendo
imensamente essas escolhas, pois hoje é perfeitamente, mas calma! Em primeiro lugar
muito fácil reservar um local para ficar e você nem sequer
tratar os detalhes conseguirá ir mui-
diretamente com to longe com me-
o proprietário,
mesmo que ele
“...viajar é um dos nos de 18 anos,
esteja do outro maiores investi- pois existem re-
gras para compras
lado do planeta. mentos pessoais de passagens,
Já o chamado que podemos fa- hospedagens,
couch surfing é
possivelmente a
zer na nossa cur- etc. Em segundo
opção mais barata ta passagem por lugar, e isso é o
mais importante:
que existe. A tra- este planeta!” como rosacruzes
dução literal seria sabemos que
“surf de sofá”, mas existem épocas e
não significa necessariamente que você períodos bem delineados para tudo na vida.
vai dormir num sofá. Em grande parte Quando chegar a hora certa, tenho certeza
das vezes pode realmente ser isso, mas de que você poderá começar a viajar dessa
a ideia consiste em dormir na casa de forma, mas até lá dedique-se ao que é mais
outras pessoas durante as viagens. A importante agora: escola, ENEM, vestibular,
diferença com relação aos aluguéis é que
você irá dividir a moradia com o proprie-
tário e sua família. Por outro lado, é pos-
sível até mesmo se hospedar de graça,
em troca de uma futura hospedagem do
seu anfitrião na sua própria casa.

30
quem sabe um estágio para levantar seu pró-
prio dinheiro... Quando você estiver pronto e
com idade suficiente tudo será mais fácil, eu
garanto. Enquanto isso você pode aproveitar
que tem bastante tempo e ir pesquisando
sobre os locais que gostaria de conhecer,
estudando outros idiomas, juntando dinheiro
para viajar e por aí vai.
Aí você pode dizer: “Puxa, mas o tex-
to fala sobre viajar e conhecer lugares e
agora me diz que ainda não posso fazer
isso?”. De forma alguma! Claro que você
pode viajar, mas de outras formas. Como?
Aí vão alguns exemplos: falando com os
professores e estimulando excursões com
o pessoal da sua escola ou então com a
galera da OGG do seu Organismo Afilia-
do, visitando parentes em outras cidades,
estimulando seus pais a viajar quando for
possível, seja em viagens familiares ou
excursões. Ou seja, você pode fazer muita
coisa e isso tudo até vai servir como uma
preparação para suas viagens futuras.
Aliás, se você passa o fim de semana no
litoral, acampa em algum feriado ou mes-
mo viaja mentalmente assistindo filmes e
séries ou lendo um livro, fique sabendo
que você já é um viajante em potencial!
Mas e tao
dificil viajar
(e outras desculpas
furadas...)
Muita gente deixa de viajar porque não
tem dinheiro, não tem tempo para isso
ou não tem um bom companheiro de
viagens. Garanto que todos esses ar-
gumentos caem por terra facilmente e
não são nada comparados com o que
se ganha investindo numa viagem. Eu
disse investindo sim, pois viajar é um
dos maiores investimentos pessoais que
podemos fazer na nossa curta passagem
por este planeta!
Dinheiro? Essa parece ser a pior parte
e talvez seja mesmo. Mas se consegue
com planejamento, foco no objetivo
e sendo racional em seus gastos. Tal-
vez você precise economizar mais de
um ano para fazer um mochilão, mas
não deixe isso ser um empecilho no
seu sonho! Muitos mochileiros têm um
controle de gastos rigoroso para poder
viajar mais. Às vezes pequenos cortes
em despesas como planos de internet,
TV a cabo e telefone celular que não são
usados em sua totalidade; menos saídas
para baladas, fazer trajetos a pé e tantas
outras coisas geram uma boa econo-
mia mensal que reflete numa boa grana
poupada no final do ano. Além disso
você pode juntar mais fazendo trabalhos
tipo freelance, vendendo coisas que não
usa mais e por aí vai. Ah, sim, e se sua
viagem for de avião, fique de olho nas
promoções de passagens aéreas!
Tempo? Mais uma vez organização e
planejamento são tudo. Eu acho que vale
a pena dar um tempo em sua rotina para
investir em uma viagem. Planeje suas fé-
rias com antecedência ou até mesmo, se
tiver condições e sua família concordar,
você pode trancar a faculdade por um
tempo. Mas lógico, termine ela depois!
31
 Companhia? Talvez você
não tenha uma companhia
para viajar. Lógico que inspira
mais segurança viajar com um
amigo, parente, namorada/o,
etc. Mas viajar sozinho nos
deixa bem mais receptivos
a conhecer gente, aprender
idiomas, encarar novos desa-
fios. Acredite, pode ser até
mais legal do que acompanha-
do e é uma grande oportuni-
dade de autoconhecimento.
Se você tem uma companhia,
ótimo! Mas tenha certeza de
que seu companheiro/a tenha
gostos e hábitos minimamente
semelhantes aos seus. Eu já vi
tantos casos de pessoas que
viajaram com o melhor ami-
go/a e se frustraram porque
durante a viagem descobriram
32
que cada um queria fazer coisas comple-
mente diferentes. Sintonia é tudo.
Por fim, tenha sempre em mente a
questão da segurança:
 Não aceite viajar com pessoas que
você não conheça bem e tenha certe-
za de quem realmente são.
 Não se arrisque à toa. Dependendo
do destino, as viagens podem ofere-
cer boas oportunidades para fazer um
raffting, tirolesa, mergulho, escalada
ou qualquer outro esporte mais radi-
cal que você não pratica no dia a dia,
mas lembre-se: você está a centenas
ou milhares de quilômetros de sua
casa, talvez em outro país. Se ocorrer
qualquer incidente, as complicações
podem ser imensas. Da mesma forma
não se arrisque em lugares perigosos.
O bom senso é tudo!
 Dentro do custo total de uma viagem,
seguros de viagem são baratos. Não
se arrisque viajando sem eles.
Viajar amplia nossos horizontes, nos
faz perceber como o planeta é grande e
diversificado. Viajar é o remédio perfeito
para destruir preconceitos. Nos faz per-
ceber que somos ao mesmo tempo tão
diferentes e no fundo tão iguais, mesmo
vivendo em locais completamente dife-
rentes! Viajar é superar limites, investir em
autoconhecimento e aprendizado.
Para finalizar, deixo uma frase atribuída
a Santo Agostinho que acho que resume
tudo isso perfeitamente: “A vida é um
livro e quem não viaja lê apenas a primei-
ra página”.
Boas viagens e boas descobertas!
* um hostel é um local de hospedagem
cujos espaços são compartilhados, sejam os
quartos, a cozinha ou os banheiros. Normal-
mente os hostels oferecem cozinhas onde
os próprios hóspedes preparam suas refei-
ções. Existem desde os muito simples até
os muito sofisticados, que lembram bons
hotéis. Alguns oferecem opções de quartos
privativos também.
 para saber mais
 Péna estrada, cabeça na lua é meu humilde blog de viagens. Ainda
não tem muita coisa, mas você pode ler algumas experiências que com-
partilho por lá:
http://penaestradacabecanalua.wordpress.com
O Mochileiros.com é um dos fóruns mais antigos e conhecidos do
Brasil sobre o assunto. Hoje muitos usuários migraram para sua página
no Facebook, mas ambas as comunidades valem uma visita:
www.mochileiros.com / www.facebook.com/mochileiroscom
O 360 Meridianos é um dos meus sites preferidos. Sempre traz textos
excelentes, desde dicas e roteiros de viagem até reflexões sobre o estilo
de vida dos viajantes independentes:
www.360meridianos.com
O Quanto custa viajar ajuda bastante no planejamento, oferecendo
informações sobre custos para se viajar para muitos destinos:
http://quantocustaviajar.com / www.facebook.com/quantocustaviajar
E o Nômades digitais tem uma proposta mais radical. Fala a respeito
de pessoas que conseguem viver conhecendo o mundo sem residência
fixa, trabalhando via internet:
http://nomadesdigitais.com

para LER OU ASSISTIR

 “Na Natureza Selvagem” é um livro e, desde 2007, um filme, que mais
do que um culto, gerou um movimento de novos inquietos, de pesso-
as dispostas a quebrar as barreiras que conhecem e ir ao encontro do
incerto, do novo e, acima de tudo, procurando conhecer o verdadeiro
significado da palavra liberdade. Não vou escrever um spoiler aqui, mas
o final é um pouco triste e muito diferente do que esperamos para nos-
sas viagens. Mesmo assim é bacana para refletir, além de ir de encontro
ao tema desta matéria e ter inspirado algumas gerações de viajantes.
 “AVida Secreta de Walter Mitty” é um filme de 2013 em que Walter
Mitty (Ben Stiller) trabalha na seção de fotos de uma famosa revista. Ele
é um homem tímido, levando uma vida simples, perdido em seus so-
nhos. Quando um negativo desaparece, Walter é obrigado a embarcar
em uma verdadeira aventura que vai mudar toda sua vida.

33
 O primeiro princípio da ação não-violência é a não-cooperação com tudo
que é humilhante.
– Mahatma Gandhi

Indicação de faixa etária (anos):

34 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
 ssim que se vê livre da casca do ovo,
A
a tartaruga marinha corre para o mar.
Imediatamente pronta para a vida,
ela não tem dúvidas sobre o que fazer e nem
erra o caminho para seu destino natural.
Quem dera fosse assim com os humanos!
Nós não só precisamos de muita ajuda e
treino até conseguirmos ficar em pé, como
às vezes levamos anos para encontrar a me-
lhor direção a seguir. O ser humano, não há
dúvida, não se cria e nem se forma sozinho.
Outras pessoas nos alimentam, cuidam de
nós quando ficamos doentes, nos dão afeto
que vai se tornar o alicerce de nossa identi-
dade, nos ensinam a descobrir um passado
com outras culturas e civilizações que nos
fazem entender as relações humanas. Rela-
ções experimentadas a cada dia, na família,
na escola, no trabalho ou no lazer.
Mas se está claro que dependemos dos
outros para viver, que sempre estaremos
junto com os integrantes de qualquer gru-
po ao qual pertencemos, não é tão simples
administrar essa convivência. Não é fácil
nos articularmos em sociedade de forma
que todos possam crescer e expressar
seus desejos, sem ferir o direito dos outros
fazerem a mesma coisa. Ou seja, estarmos
juntos exige cuidados, concessões mútu-
as, reciprocidade, confiança. Todos esses
pilares do convívio social sofrem abalos (al-
gumas vezes fatais) quando atingidos por
atitudes de violência, destruição, explora-
ção, humilhação. Nesses momentos, todos
perdem, ninguém se beneficia. Mesmo
que a curto prazo haja um “ganhador”, ele
próprio pode ser o “perdedor” no próximo
confronto. E assim se delineia o infernal
ciclo da violência, comprovado pelo caos
de vingança e retaliações noticiados todos
os dias na TV e nos jornais.
Recorrer à violência significa abrir mão
de tudo o que aprendemos e conquis-
tamos durante um processo evolutivo
milenar de civilização. São muitos direi-
tos conquistados, e sabemos que essas
conquistas, entre outras, ainda não são
suficientes para atender às nossas neces-
sidades de segurança, oportunidades,
conhecimento, lazer, exercício de cidada-
nia, liberdade, criatividade. Porém, a maior
parte dessas vitórias foi possível porque
pessoas se dispuseram a negociar, argu-
mentar, dialogar, buscar consenso, resistir e
não cooperar com injustiça.
Para isso, é preciso entender que existe
diferença entre a injustiça e o injusto, a
maldade e aquele que a pratica. Gandhi
costumava dizer: “Pode-se garantir que
um conflito foi solucionado segundo os
princípios da não-violência quando não
deixa nenhum rancor entre os inimigos e
os converte em amigos”.
Embora pareça apenas um conjunto de
palavras bonitas, essa diretriz foi testada na
prática, com muitos de seus oponentes, que
se tornaram seus admiradores e até cola-
boradores. Não é fácil dominar a própria
violência, até porque não é fácil reconhecer
que somos potencialmente violentos - seja
em pensamentos, gestos ou omissões.
Sempre arranjamos boas justificativas para
nossas atitudes, como por exemplo: “você
foi injusto comigo”, “invadiu meu espaço”,
“traiu minha confiança”. Essas são queixas
que temos dos outros e os outros, de nós.
Se compreendermos isso, se aceitarmos
que nem sempre estamos com a razão,
faremos cobranças (aos outros e a nós mes-
mos!) mais justas e mais humanas.
A violência não é uma expressão de jus-
tiça, de felicidade nem de amizade. Estas
promovem o acolhimento e a troca, bus-
cam o convívio, o estar junto para partilhar
e aprender, para criar, desafiar e construir
futuros nunca imaginados, mas sempre
possíveis. Esse desejo foi, até agora, o sus-
tentáculo da nossa espécie - o que confir-
ma e renova a nossa esperança que pode
haver um mundo de Paz!
 Fonte: Coleção Abrindo Espaço – Educa-
ção e Cultura para a Paz – Lia Diskin. Laura
Gorresio Roizman.
35
 Indicação de faixa etária (anos):
36 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18

or meio da brincadeira, pode-se
também exercitar outro aspecto
essencial do desenvolvimento
infantil: o controle motor. Os pais talvez
não imaginam como são importantes as
chamadas “macaquices” que costumam
fazer com os filhos pequenos. Quando
se transformam em cavalinho e deixam a
criança montar em suas costas, seguram
as pernas dela para brincar de carrinho
de mão ou a ajudam a virar cambalhotas
em cima da cama, estão proporcionando
ao filho exercícios de domínio do corpo -
além, é claro, de ter com ele um diálogo
corporal enriquecedor.
Agora, os pais preci-
sam achar essas brin-
cadeiras prazerosas e
estar de bem com eles
mesmos para fazer tudo isso. Se, ao
contrário, estão com o pescoço duro,
sofrem de dor nas costas ou de inflama-
ção do nervo ciático, o melhor é ir com
calma. Eis aí mais um bom motivo para
os adultos cuidarem da saúde; para po-
der brincar com os filhos sem maiores
problemas. Para acompanhar o ritmo
da criançada, é preciso estar em forma
e ter muita vitalidade.
Além de favorecer o desenvolvimen-
to da motricidade (conjunto de funções
nervosas e musculares que permite os
movimentos automáticos do corpo), a
atividade física contribui para a dimi-
 Fonte: livro “Pais que Educam – Uma aventura inesquecível” – Editora Gente. Ceres Alves de Araújo.
nuição da agitação infantil. Não é à toa
que os pediatras indicam a prática de
esportes às crianças. A natação é de
longe a mais recomendada, inclusive
para os bebês, pois mexe com todos os
músculos, exercita a respiração e tem o
benefício adicional de relaxar a criança,
já que geralmente é praticada na água
morna. Isso não quer dizer que outras
atividades, como o balé, judô, tênis e
futebol, devam ser descartadas, afinal,
todas são válidas e trazem benefícios
para o corpo e para a mente.
Como se pode ver, a brincadeira e o
esporte têm seu aspecto didático. Che-
ga a ser tentador ocupar toda a agenda
da criança com atividades para que ela
possa se desenvolver bem física e men-
talmente. Mas há limites. Ela precisa da
natação, do quebra-cabeça e do jogui-
nho de montar, mas precisa também de
um generoso período do dia para brincar
por brincar, sem regras e sem objetivos.
É nessas horas que sua mente transforma
um pratinho de plástico em um disco
voador, um balde e uma colher em um
tambor e pregadores de roupa emenda-
dos um ao outro em uma cobrinha.
Criança precisa de tempo para ser
criança. Somente tendo tempo livre
para fazer de uma folha de papel um
túnel e de uma folha seca de árvore um
barco é que ele ultrapassará os limites
da razão. Crescer também é ser capaz
de deixar a imaginação voar longe!
37
 Chegada ao mar
Um surfista estava louco pelas ondas. A
sensação de liberdade que elas propor-
cionavam sempre que estava sobre aque-
las incríveis, violentas e absorventes mani-
festações da natureza nos mares bravos o
encantava.
Entretanto, o surfista sabia perfeitamen-
te que nem tudo era tão simples como
lançar-se ao mar de cabeça e sem contro-
le. Ele era consciente de que devia usar o
cérebro para escolher a onda certa, caso
contrário podia acabar em um hospital ou
perdendo sua vida.
Além disso, o surfista se deixava levar
por seu instinto e seu coração. Cada vez
que uma onda se aproximava, ele sabia,
de maneira natural, se era a que deveria
subir ou não, isto devido a sua experiên-
cia, convicção e confiança em si próprio.
38
Sendo assim, sem pensar muito, o
surfista foi para o mar. Era um dia em que
o mar estava agitado e as ondas batiam
com violência contra a praia. Ele sabia que
era o momento, pois nem todos os dias
encontram-se boas oportunidades para
cavalgar nas costas da violenta e liberta-
dora maré.
Esperando a onda
Uma vez que chegou à praia, o surfista
não esperou muito para entrar no mar.
Estava ansioso para subir na grande onda
que lhe desse liberdade e felicidade. Só
quando subia o mais alto possível ele se
sentia, verdadeiramente, ele mesmo.
Entretanto, por mais bravo que estava
o mar e por mais que as ondas batessem
constantemente, ele não encontrava o
momento certo de subir em nenhuma.
As ondas passavam constantemente em
frente a ele, mas sabia que não eram as
suas. Não havia chegado o momento de
se lançar na aventura, então ele esperou.
Chegou a grande onda
O surfista resolveu esperar. Olhava o
panorama. Observava outros que, as-
sim como ele, subiam nas ondas. Alguns
desfrutavam e chegavam ilesos à costa.
Outros experimentavam tombos em sequ-
ência. Além disso, a paisagem era boni-
ta e estonteante. Ele desfrutava aquela
sensação de espera, porque sabia que o
momento estava próximo.
E foi assim que chegou a grande onda.
Ele a viu chegando de longe. Sabia que
era o momento. Por fim, se aproximava
o momento de subir nas costas do mar
embravecido para ver a paisagem do
alto, desfrutando, sentindo a felicidade
e a sensação de estar onde queria estar.
Instantes de autêntica grandeza.
O surfista se preparou e subiu na
grande onda como nunca havia sido
capaz antes. Subiu nas costas de sua
agressiva companheira durante um pe-
queno trajeto da viagem. Ele a dominou
e se deixou levar.
Conclusão
Aquele surfista era feliz com seu esporte
preferido. Havia cavalgado sobre a onda
com grande prazer e, agora, dispunha-se
a entrar novamente no mar e esperar a se-
guinte. Voltaria a começar aguardando que
chegasse o momento, mas com uma nova
experiência em sua bagagem emocional.
Cada vez mais sábio, paciente e conhece-
dor do mundo que o rodeava.
“Só com uma ardente paciência conquis-
taremos a esplêndida cidade que dará luz,
justiça e dignidade a todos os homens.
Assim, a poesia não terá sido cantada em
vão”. (Pablo Neruda)
Você percebeu que a fábula do surfista
se assemelha muito com a nossa própria
existência? Quem tem as ferramentas ne-
cessárias para saber esperar e aproveitar
as oportunidades será feliz e des-
frutará das grandes coisas boas que
a vida nos brinda.
Nada acontece antes porque você
é impaciente. A sabedoria tem
que ser nossa para escolhermos
os momentos, os amigos, os
amores… só temos que esperar e
correr em direção à onda correta.
 Fonte: https://amenteemaravilho-
sa.com.br/fabula-surfista
39
 N
aquela manhã a professora entrou
na sala feito um vendaval, fazendo
os papéis voarem. Disse com uma
reverência:
– Hoje vamos falar sobre o aquecimento
global.
E a turma se aquietou, porque lá vinha
uma história. Dessa vez a história começou
na África, com a Senhora do Ar e do Vento,
Dona dos Espíritos, Senhora dos Raios e
das Tempestades, Oyá, conhecida no Brasil
como Iansã.
Indicação de faixa etária (anos):
40 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
Iansã foi uma princesa real na cidade de
Irá, na Nigéria, em 1450 a.C. Segundo o
mito africano, Iansã recebeu de Olorum a
missão de transformar e renovar a nature-
za através do vento, que ela sabia manipu-
lar; do vendaval, que faz a limpeza do ar
que respiramos.
Na sala de aula, resolveram então fazer
uma experiência, quase que uma brinca-
deira: todos tinham que inspirar bem fun-
do, fechar a boca, tampar o nariz e segurar
o ar pelo maior tempo possível.Com um
relógio, calculariam quanto tempo a turma
conseguiria ficar sem respirar.
– Eu pratico natação, te-
nho um fôlego maior – co-
mentou um aluno.
– Sempre que tento, co-
meço a rir – reclamou outro.
No final da experiência,
veio a surpresa. Não se trata-
va de uma competição, mas
uma forma de entendimento: a respiração
é uma das bases de nossa vida. Sem o ar,
nós morremos.
– Quanto tempo podemos ficar sem
respirar? - Perguntou uma aluna.
A resposta foi outra surpresa: segundo
alguns especialistas, aguentamos cinco ou
mais semanas sem alimentos, cinco dias
sem água, mas podemos morrer se ficar-
mos apenas cinco minutos sem ar. E mais:
em condições normais, um adulto ingere
algo como um quilo e meio de alimentos
sólidos, dois litros e meio de água e quinze
quilos de ar por dia (24 horas), pois não
paramos nunca de respirar!
Após respirar fundo, outra pergunta:
– Mas o que fazemos com tanto ar no
nosso corpo?
Mais uma surpresa: em menos de um
minuto, o ar inalado pelo nariz ou pela
boca passa pelas vias respiratórias, onde é
filtrado, umedecido e aquecido. Chega aos
pulmões, onde transfere parte do seu oxi-
gênio para o sangue, que por sua vez lhe
entrega o excesso de gás carbônico forma-
do nas células de nosso corpo. Com isso,
ele voltará à atmosfera diferente do que
entrou, com mais dióxido de carbono. Bom
para as plantas, que irão capturar esse car-
bono do ar no processo da fotossíntese.
Basta esse exemplo para percebermos
que na natureza todas as coisas se rela-
cionam. Seres vivos e inanimados depen-
dem uns dos outros. E nós fazemos parte
dessa natureza. Compartilhamos o ar ao
respirarmos.
O vento de Iansã nem sempre é tão
forte. Normalmente, ela sopra a brisa, que,
com sua doçura, espalha a criação, fazen-
do voar as sementes, que irão germinar na
terra e fazer brotar novas vidas. Além disso,
esse vento manso também é responsável
pelo processo de evaporação de todas as
águas da Terra, que caem sobre os rios, a
terra, o mar e as árvores. Sem a chuva, as
plantas não crescem e nem nós teríamos
como viver.
Diz a lenda que algumas vezes se forma
uma tormenta, provocando destruições e
mudanças, pois Iansã não aceita a submis-
são ou qualquer tipo de prisão. Bem séria,
a professora explicou que, de uns anos
para cá, percebemos o tal do aquecimento
global, provocado pelos sistemas sociais
humanos, que nada tem
a ver com a Iansã e pode
causar degelo dos polos,
tormentas, desertificação.
Essas tormentas, Oyá não
consegue reciclar mais, pois
suas causas são outras.
O ar que nos protege
Você já parou para pensar que aquele ar
que encheu seu pulmão quando sai pode-
rá entrar no pulmão de seu vizinho? Que é
nesse ar que voam as borboletas, as aves,
os insetos e até mesmo os aviões? Que
ele é igualmente necessário para o desen-
volvimento das plantas, com suas folhas e
frutos? E que suas moléculas circulam no
ambiente há milhões de anos?
41

Os Gases Estufa funcionam como se
fossem um cobertor que deixa passar
luz solar, que aqui se transforma parcial-
mente em radiação infravermelha (calor).
Essa radiação não consegue escapar de
volta para o espaço, mantendo o calor
aqui. O aquecimento proporcionado por
esse fenômeno é chamado efeito estufa.
Talvez por não ser visível, não ter gosto
e nem cheiro – a não ser quando muito
poluído – cientistas só buscaram entender
algumas propriedades do ar há pouco
mais de dois séculos. Sabe-se hoje que
ele é uma mistura de gases, formando
uma fina camada em torno da Terra (a
atmosfera), que protege a vida ao manter
a temperatura estável contra o frio exter-
no. Isso mesmo. Fazem parte do ar alguns
dos chamados gases do efeito estufa, ou
gases estufa (GEE) – como dióxido de car-
bono (CO2), metano (CH4) e vapor d’água
(HO2), que tem a qualidade de “segurar”
parte do calor do Sol refletido perto da
superfície terrestre. Graças a isso, a tem-
peratura no planeta permaneceu em 15ºC
(graus centígrados), em média, ao longo
42
dos últimos milênios. Sem isso, a tempe-
ratura média seria mais alta ou mais baixa
(-17ºC, segundo alguns cientistas), o que
inviabilizaria a vida como ela é.
Se todos agirem em prol do meio
ambiente, o mundo ficará melhor. Vale a
pena listar as ações “amigas do ambien-
te” para divulgar e adotar no dia a dia. E,
sempre que possível, explicar o porquê
dessas atitudes, pois, assim, muitos po-
derão então copiar e começar a fazer o
melhor pelo nosso meio ambiente.
Por exemplo, apostar nos cinco “R”
para diminuir a produção de lixo, símbolo
do desperdício e gerador do gás metano:
 Refletir sobre os processos socioam-
bientais de produção e consumo;
 Recusar – significa evitar o consumo
exagerado e desnecessário e recusar
produtos que causem danos ao meio
ambiente ou à nossa saúde;
 Reduzir a geração de lixo. Significa des-
perdiçar menos, consumir só o necessário;
 Reutilizar é dar uma nova utilidade a
materiais que, na maioria das vezes,
consideramos inúteis e jogamos fora;
 Reciclar é transformar algo usado em
algo novo por meio de proces-
sos industriais.
Jovens! Tenham uma
postura solidária com os
cuidados com o meio am-
biente, com a consciência
de cada um, ajudaremos o
planeta Terra e todos os seres vivos!
 Fonte: Mudanças ambientais Globais –
Pensar + Agir na escola e na comunidade
– Conferência de meio ambiente na escola
– Ministério do Meio Ambiente – Ministério
da Educação. Brasil. 2008.
Ingredientes:
 1 pacote de gelatina (sabor de sua preferência)
 1 lata de leite condensado
 1 lata de creme de leite (sem soro)
 250 ml de água fervente
 250 ml de água gelada

Modo de preparo:
 Em uma tigela, coloque a água fervente e dissolva a gelatina;
 Adicione 200 ml de água gelada e misture;
 Transfira para o liquidificador e adicione o leite condensado e o creme
de leite e bata por uns 4 minutos;
 Leve ao freezer por 3 horas;
 Retire do freezer e bata na batedeira por 10 mi-
nutos;
 Transfira a um recipiente e retorne ao freezer por 4 horas.

Agora é só se deliciar com esta gostosura!

 Fonte: http://www.tudogostoso.com.br/receita/139002-sorvete-de-gelatina.html
acesso dia 26/09/2017

Indicação de faixa etária (anos):

6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18 43
  Por EDUARDO GOCHI

D
esde que o Ser Humano começou a se relacionar com seus iguais, começando a for-
mação de pequenos vilarejos e depois cidades, cresceu no Homem a identificação
com o local onde se nasce ou vive. Até os dias de hoje isso não mudou, tanto é que
nós, jovens, temos a necessidade de nos sentirmos parte de um grupo. A Ordem Guias do
Graal é uma organização feita por jovens e para os jovens, e por saber dessa necessidade
é um ótimo local para que todos possamos nos integrar.
A Ordem Guias do Graal para ser reconhecida por todos tem um símbolo ou um bra-
são. Esse brasão resume tudo o que é a OGG e tudo o que representa:

O Graal no meio de seu símbolo representa mui-

tas coisas, dentre elas a pureza da Criança que
devemos resgatar em cada ser humano.
A Espada pode
nos remeter aos
obstáculos que nos
defrontamos duran-
te nossa vida, e só
quando vencemos a
nós mesmo e damos
o melhor que temos,
conseguimos passar
por esses obstáculos
e nos tornamos me-
Já o Escudo em que o lhor, não para nós,
Graal e a Espada são mas para o mundo.
colocados simboliza
o Código Moral que
temos, ou seja, o Códex,
usado para nos defen-
der dos nossos erros e
nos mostrar o caminho
que temos para trilhar se
queremos um ambiente
melhor para viver.

Indicação de faixa etária (anos):

44 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
 Como tudo no Universo tem uma regra, passado, e façamos um símbolo que re-
para fazer esses símbolos também existe presente a unidade da OGG da Loja que
uma e é chamada de Heráldica. Essa arte fazemos parte.
e ciência nos ensinam como fazer um Bra- Que o Brasão represente a Alma da
são que representa o grupo de que faze- Loja de que fazemos parte!
mos parte. Por ser complexa e detalhista, Vejam as curiosidades da Idade Média!
não usaremos este artigo para mostrar a
vocês todas as regras, mas sim toda a sua Cavalaria e Heráldica
importância e significado. Na Idade Média não havia personagem
Desde que começaram a se formar os mais temido nas batalhas que o cavaleiro.
países que conhecemos hoje, no século Bem treinado e protegido por uma armadu-
VIII com Carlos Magno, também come- ra que o recobria dos pés à cabeça, levava
çaram a fazer os Brasões que resultaram larga vantagem sobre os soldados que
nas bandeiras dos países combatiam sem montaria.
como são hoje em dia. Por volta do século XIII, os
Esses Brasões de Armas “Formem seus cavaleiros da Europa oci-
são usados atualmente, dental adquiriram grande
sendo um deles a Ban- Círculos de importância na socieda-
deira de nosso país e Cavalaria em de. Lutavam nos exércitos
seu Brasão de Armas. de reis, rainhas e senho-
Vamos nos lembrar seus Organismos res feudais e protegiam
Afiliados (...) camponeses e pobres,
recebendo dos primeiros
e façamos um (reis, rainhas e senhores
símbolo que feudais) lotes de terra e
represente a dos últimos (camponeses
e pobres) pagamento
unidade da OGG em produtos e serviços.
da Loja que A heráldica surgiu para
identificar os cavaleiros
fazemos parte.” em batalha, uma vez que
as armaduras eram todas
Brasão de armas do Brasil iguais. Cada um deve-
ria escolher um brasão
que em histórias dos cavaleiros do pas- exclusivo, que pudesse ser reconhecido por
sado dizia-se que: “O Rei era a Terra e a todos. Estampado numa túnica de linho que
Terra era o Rei”. E é através de uma ban- ficava sobre a armadura, o brasão escolhido
deira que se carrega o símbolo de um país permanecia na família do cavaleiro, sendo
e tudo o que de melhor o representa. transmitido de pai para filho.
A Ordem Rosacruz, que tem aos seus A heráldica refere-se simultaneamente
cuidados a Ordem Guias do Graal, tam- à ciência e à arte de descrever os bra-
bém tem uma bandeira e um símbolo que sões de armas ou escudos. As origens da
a representa, assim também as Lojas que heráldica remontam aos tempos em que
cada um de nós faz parte. Formem seus era imperativo distinguir os participantes
Círculos de Cavalaria em seus Organis- das batalhas e dos torneios, assim como
mos Afiliados, remetendo a essa antiga descrever os serviços por eles prestados e
tradição que remonta aos Cavaleiros do que eram pintados nos seus escudos. No

45
 entanto, é importante notar que um bra-
são de armas é definido não visualmente,
mas antes pela sua descrição escrita, a
qual é dada numa linguagem própria – a
linguagem heráldica.
Ao ato de desenhar um brasão dá-se o
nome de brasonar. Para termos a certeza
de que os heraldistas, após a leitura das
descrições, estão a brasonar corretamente,
criando brasões precisos e semelhantes
entre si, a arte de brasonar segue uma série
de regras mais ou menos estritas.
Camelot
O rei Arthur e seus cava-
leiros sentavam-se a uma
lendária távola (mesa)
redonda, na antiga capi-
tal de Camelot, supos-
tamente localizada na
região da Inglaterra,
há doze combates
aos invasores anglo-
saxões. Os cavaleiros de
Camelot se transforma-
ram em heróis.
46
Formação de um Cavaleiro
Para ser um cavaleiro, começava-se a trei-
nar aos sete anos de idade. Os meninos, e
só eles, iniciavam como pajens no castelo
do senhor feudal. Ali aprendiam a usar
armas e conheciam as regras da cavaleira.
Aos quinze ou dezesseis anos, já como es-
cudeiros, entravam para o grupo dos cria-
dos pessoais do senhor feudal. Podiam
exercitar-se então na arte de combater
a cavalo. Depois de cinco anos, estavam
preparados para alcançar a condição tão
almejada de Cavaleiro. Hoje, o título só
pode ser conferido por reis e rainhas da
Inglaterra e perdeu o significado original.
Cavalaria
O período entre os séculos XI e XIV é
frequentemente chamado “a era da ca-
valaria”. Esperava-se dos cavaleiros que
seguissem um código de honra e que
protegessem os fracos e oprimidos.
 Fonte: Enciclopédia Ilustrada do Estudan-
te, Editora Globo.
O VASO
O sujeito pergunta na loja de
jardinagem:
– Moça, quanto custam esses
vasos?
E ela responde:
– O bom custa R$ 10,00 e o ruim
R$ 100,00.
– Nossa, mas por que o ruim é
mais caro?
– É porque vaso ruim não quebra!

O CAMPEÃO
Um grupo de arqueólogos estava procurando coisas antigas,
quando de repente eles encontram um castelo.
Eles ficaram curiosos pensando que dentro do castelo podia
haver tesouros, então eles entraram e começaram a cavar, en-
contraram um muro e resolvem quebrá-lo achando que teria
um tesouro. Quando eles terminam de quebrar o muro, eles
viram um esqueleto, com uma medalha no peito escrito:
“Francisco João José. Campeão mundial de esconde-esconde!”

Indicação de faixa etária (anos):

6 – 7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18 47
 Este é o espaço dedicado a mostrar os animais de
estimação da galera! Envie você também fotos e
a história do seu animal de estimação, para que
possamos publicar aqui. Mande aos cuidados da Soror
Marcela Lobo, no e-mail: marcela.lobo@amorc.org.br

BICHOS DA GALERA
Esses são o Bob (coelho) e a Leka (cachorrinha).
A Leka está na família há pouco mais de sete anos, é protetora e super
companheira, gosta de brincar de “cabo-de-guerra” com os panos de limpeza da
vovó dela (minha mãe) não é muito social com as pessoas que não são da família,
mas é um amor de bichinho.
O Bob chegou faz pouco menos de dois anos, adora comer, dormir e receber
carinho nas orelhas... Vejam como está gordinho!
BICHOS DA GALERA
 Jiuliana Marques – colaboradora da GLP
xxxxx

Indicação de faixa etária (anos):

48 6–7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
Curiosidade animal: os pandas do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD
Você conhece Qiqi e Diandian? Eles são dois pandas que vivem na China e carregam
o título de primeiros animais embaixadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sus-
tentável (ODS).
Em 2016 mais de 5 mil pessoas de 116 países participaram de competição para
nomeá-los.
Os pandas simbolizam o risco da redução da vida selvagem do planeta em face
da mudança do clima e da perda de habitats naturais. Esse risco não afeta apenas a
vida selvagem – tanto a biodiversidade quanto ecossistemas saudáveis são essen-
ciais para melhorar e garantir o bem-estar humano. Qiqi (em português “começo”)
e Diandian (que significa “momento”)
têm o desafio de chamar a atenção
para a Agenda 2030 e a importância
dos ODS.
Confira os vídeos enviados para
dar nome aos pandas no site do
United Nations Development
Programme – UNDP:
http://pandas.undp.org/en/videos

49
 QUE TAL UM ESCUDO PARA A SUA REGIÃO DA OGG?
Vocês sabiam que cada região poderá elaborar um escudo próprio da OGG?
Vejam como foi a oficina da região CE-01, composta por cinco Organismos Afiliados (Loja
Fortaleza, Capítulo Marajaig, Pronaos Juazeiro do Norte, Pronaos Mossoró e Capítulo
Teresina, que receberam a missão de desenvolver, junto aos membros e colaboradores,
um Escudo que os representasse na Convenção Rosacruz Inter-Regional 2017, que
aconteceu em Natal-RN.
 Foram realizadas várias reuniões para elaboração do escudo (1).

 A primeira etapa foi para esco-

lher os desenhos, todos foram
devidamente preparados e cada
buscador elaborou um desenho 2
que foi apresentado ao grupo (2).

Indicação de faixa etária (anos):

50 6 – 7 8 – 10 11 – 13 14 – 16 17 – 18
 Na segunda etapa, todos
se reuniram para apresentar
seus escudos, explicando seu 3
simbolismo e características!
Alguns desenhos foram
selecionados nessa fase (3).

 A próxima etapa foi

desenhar esboços das ideias
no flipchart (4).

 Depois da participação de todos,

surgiu um esboço da proposta final
(5 e 6).

51
  Após um minucioso
estudo dos símbolos
que seriam colocados
no escudo e na hora de
digitalizar o desenho,
foram surgindo
outros elementos na
composição, onde
houve então uma
votação nos grupos
de WhatsApp da
Loja Fortaleza e no
Pronaos Juazeiro do
Norte, para chegarem
à escolha oficial do
escudo (7).

 E foi finalizado então

o escudo da Região :

O escudo de 5 pontas As espadas cruzadas

representa os 5 representam os
Organismos afiliados cavaleiros, a amizade
e a honra

O sol é o elemento A rosa é nossa

regional, mas também personalidade-alma
a luz divina

O termo “Sub Rosae”

A jangada representa representa o nosso Códex
a jornada do cavaleiro
em busca do Graal

Agora que vocês já viram o processo de criação, reúnam os Cavaleiros

da sua Região e comecem a elaborar seu escudo! Ah, não esqueçam
de formalizar cada símbolo e suas representações. Enviem então o que
criaram para a seção da OGG na GLP e não esqueçam de relatar como
o escudo foi elaborado, assim como mostramos aqui! Non Nobis!

52