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Graduada em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista – UNIP (1995). Pós-graduada em Gestão de
Pessoas pela Fundação Getulio Vargas (2008), também possui pós-graduação em Coaching Integrado, pelo Integrated
Coaching Institute (2009), MBA em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas (2011), e mestrado em Engenharia
Civil pela Escola Politécnica da USP (2011).
Tem experiência consolidada de mais de 17 anos nas áreas de recursos humanos, desenvolvimento de pessoas e
treinamento em cargos de comando. Atua como professora universitária desde 2003.
É autora de alguns livros para a UNIP Interativa nas disciplinas Processos Decisórios, Matemática Básica, Matemática
Aplicada, Matemática Comercial e Estatística.
Atualmente, ministra aulas na UNIP nas seguintes disciplinas: Processos Decisórios; Liderança e Gestão e Estatística.
Também leciona Matemática nos cursos de Administração, Relações Internacionais e Contabilidade.
60 p., il.
CDU 51
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dr. Cid Santos Gesteira (UFBA)
Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Juliana Maria Mendes
Amanda Casale
Sumário
Matemática Aplicada
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................7
Unidade I
1 Demanda de Mercado.................................................................................................................................9
1.1 Exercícios resolvidos passo a passo................................................................................................ 14
2 OFERTA DE MERCADO.................................................................................................................................... 18
2.1 Exercícios resolvidos passo a passo................................................................................................ 21
3 PREÇO E QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO................................................................................................... 24
3.1 Exercícios resolvidos passo a passo................................................................................................ 26
Unidade II
4 Receita Total................................................................................................................................................... 32
4.1 Exercícios resolvidos passo a passo................................................................................................ 36
5 CUSTO TOTAL...................................................................................................................................................... 38
5.1 Exercícios resolvidos passo a passo................................................................................................ 39
6 PONTO DE NIVELAMENTO E LUCRO TOTAL............................................................................................. 42
6.1 Ponto de nivelamento......................................................................................................................... 42
6.2 Lucro total................................................................................................................................................ 44
6.3 Exercícios resolvidos passo a passo................................................................................................ 46
APRESENTAÇÃO
A Matemática é uma ciência de grande relevância na formação profissional do aluno nas mais
diversas carreiras. Na disciplina Matemática Aplicada, procuramos focar os estudos em conteúdos que
apresentem ligação com o escopo profissional do administrador de empresas. Dessa forma, objetivamos
modelar matematicamente os problemas quantitativos característicos dessa profissão, possibilitando
uma visão analítica e mais criteriosa dos contextos aplicados dessa ciência.
O material está dividido em duas partes. Primeiramente, estudaremos demanda, oferta de mercado
e preço/quantidade de equilíbrio. Na segunda parte, abordaremos receita e custo total, ponto de
nivelamento e lucro total. Os conteúdos estão apresentados de forma didática e por meio de exemplos.
Sugerimos, como complemento de estudo, a utilização de outras bibliografias.
Observação
INTRODUÇÃO
Esta disciplina trata da aplicação dos conteúdos de Matemática em situações práticas que servem
ao entendimento de fenômenos ligados aos problemas relacionados com a formação profissional na
área de Administração. A contextualização e a aplicação dos conteúdos matemáticos (já estudados)
contemplarão o objetivo geral da disciplina Matemática Aplicada: transformar – por meio de
formulações e modelos matemáticos, do desenvolvimento do raciocínio lógico, do espírito de
investigação e da habilidade em solucionar impasses – os problemas desse campo profissional, com
base nas condições dadas, em métodos e modelos dedutíveis que sirvam para obter resultados válidos
e, principalmente, para possibilitar que você se expresse de maneira crítica e criativa na solução das
questões que se apresentem.
Por meio dessa disciplina, você será capaz de: trabalhar as operações com fórmulas e modelos
matemáticos; desenvolver habilidades de raciocínio lógico e espírito de investigação; desenvolver
habilidades de solução de problemas, identificação de variáveis, condições de contorno, contextualização
e trabalhar uma visão global do pensamento matemático; aplicar os conhecimentos matemáticos em
situações específicas envolvidas em problemas ligados ao escopo do administrador; transformar os
7
problemas do campo profissional, com base nas condições dadas, em métodos e modelos dedutíveis
para a obtenção de resultados válidos; e expressar‑se de maneira crítica e criativa na solução de
problemas, quando da aplicação de conceitos matemáticos correlacionados à formação profissional do
administrador.
8
Matemática Aplicada
Unidade I
1 Demanda de Mercado
Preços reduzirão demanda por milho e soja para ração – Oil World
Um aumento nos preços de soja e milho nas últimas quatro semanas, que se elevaram
a altas históricas, diminuirá a demanda mundial por parte dos produtores agropecuários,
à medida que reduzem o número de animais e aumentam a busca por alternativas mais
baratas, disse a consultoria especializada em oleaginosas Oil World, nessa terça‑feira (24).
Esse artigo mostra que demanda (ou procura) é a quantidade de um bem tangível ou intangível
que os clientes querem adquirir por um preço estipulado, durante determinado tempo, em um certo
mercado.
A demanda pode ser chamada de procura, mas nem sempre pode ser considerada consumo, já que é
possível querermos comprar e não querermos consumir. A quantidade de um bem que os compradores
desejam e podem comprar é chamada de quantidade demandada.
Segundo Silva (2011), a função que a todo preço (P) associa a demanda ou a procura de
mercado é denominada função demanda ou função procura de mercado da utilidade no período
considerado. Ou seja, variações de preço correspondem, de alguma maneira, a variações de
quantidade demandada.
Observação
Por exemplo, uma caneta esferográfica simples com um preço na casa de alguns poucos reais
encontra mercado de milhões de unidades. Essa mesma caneta, se tiver o preço na casa de centenas de
reais, terá procura bem menor.
Segundo Bonora (2006), a demanda de um bem é função do preço: q = f (p), e essa função é linear
(y = ax + b).
9
Unidade I
• Exemplo
Para determinado produto foi calculada a função D = 10 – 2P, onde P é o preço por unidade do bem
ou serviço e D é a demanda de mercado correspondente.
• Observe
10 – 2P > 0
10 > 2P
10 > P
2
D = 10 – 2P
D + 2P = 10
2P = 10 – D
P = 10 – D
2
10 – D > 0
2
10
Matemática Aplicada
10 – D > 0 · 2
10 – D > 0
10 > D ou D < 10
Portanto, a demanda (ou procura) pelo produto, nessa situação, varia entre 0 e 10 unidades.
P D
0
0
D = 10 – 2P = 10 – 2 · (0) = 10 – 0 = 10 unidades
P D
0 10
0
D = 10 – 2P
0 = 10 – 2P
2P = 10
P = R$ 5,00.
P D
0 10
5 0
11
Unidade I
10
0 5 Preço (P): R$
— conforme o preço aumenta, a demanda ou procura pelo produto diminui, tornando tal função
decrescente.
Nesse caso, onde D = 10 – 2P, podemos dizer que, quando o preço do produto aumenta em uma
unidade, a procura pelo produto diminui em duas unidades.
• Exemplo
12
Matemática Aplicada
Veja:
D=4
10 – 2P = 4
10 = 4 + 2P
10 – 4 = 2P
6 = 2P
3=P
P = R$ 3,00.
Ainda no mesmo caso, quando D > 4 unidades, os preços poderão variar: P < R$ 3,00.
Veja:
D>4
10 – 2P > 4
10 > 4 + 2P
10 – 4 > 2P
6 > 2P
A aplicação prática da função demanda está diretamente relacionada à capacidade das organizações
de levantar dados que permitam o estabelecimento da função.
Saiba mais
Leia em <http://monografias.brasilescola.com/administracao‑financas/
demanda‑oferta‑procura.htm> um artigo sobre a lei da Demanda da
Oferta e Procura.
13
Unidade I
1. Uma grande rede de supermercados analisou seus dados de vendas em função de preços diferentes
nas diversas lojas.
Figura 2
A análise revelou que o produto x tem uma demanda de mercado dada por: D = 250 – 10P. Qual o
preço para uma quantidade demandada de 150 produtos?
D = 250 – 10P
P = (250 – D)/10
P = (250 – 150)/10
P = 10
Portanto, para uma demanda de 150 unidades, o preço deve ser de R$ 10,00.
14
Matemática Aplicada
Segundo a empresa, o preço do Dunhill recuou de R$ 6,00 para R$ 5,50; do Free Box, de
R$ 5,50 para R$ 5,25; do Lucky Strike, de R$ 5,25 para R$ 5,00; do Free maço, de R$ 5,00
para R$ 4,40; e do Hollywood, de R$ 4,60 para R$ 4,30. Apenas a marca Derby manteve o
preço, de R$ 4,25 (PETRY e SILVA, 2012).
Imagine que, para o produto Derby, a função demanda seja D = 15 – 3P. Como o preço desse
produto poderá variar?
15 – 3P > 0
15 > 3P
15 > P
3
3. Uma operadora de turismo na cidade do Rio de Janeiro apresenta vários pacotes de um dia com
passeios a pontos selecionados da cidade.
Figura 3
15
Unidade I
Esses pacotes podem incluir, por exemplo, visitas guiadas ao Pão de Açúcar, Corcovado, Maracanã e
outros. Uma análise matemática revelou que a demanda de mercado do passeio ao Forte de Copacabana
é dada por D = 4.000 – 30P. Qual a demanda se o preço for de R$ 35,00?
D = 4.000 – 30P
D = 4.000 – 30 · (35)
D = 4.000 – 1.050
D = 2.950 unidades
Figura 4
A demanda é expressa por D = 5.000 – 30P. Uma vez que a vinícola francesa estabeleceu condições
comerciais limitando a quantidade, qual o preço para a demanda ser de 2.000 unidades?
D = 2.000
16
Matemática Aplicada
3.000 = 30P
3.000 = P
30
R$ 100,00 = P
5. Uma loja de roupas femininas calculou a demanda de mercado de determinado conjunto como
D = 4300 – 16P.
Figura 5
Uma vez que há dúvidas sobre o volume da demanda, é necessário estipular os preços com a demanda
entre 500 e 800 unidades. Quais são esses preços?
D > 500
P < R$ 237,50.
D < 800
17
Unidade I
P > R$ 218,75.
Os preços oscilam entre R$ 218,75 e R$ 237,50, conforme ocorre a variação da demanda entre 500
e 800 unidades, ou seja, nesse caso, R$ 218,75 < P < R$ 237,50.
Exemplo de aplicação
Imagine um banco de dados com preços de gasolina associados com o volume de vendas em cada
posto. Há diversas interseções preço x volume, o que permitiria a análise matemática dessas relações
para estabelecer uma função.
2 OFERTA DE MERCADO
Os suinocultores em São Paulo estão registrando aumento de preço nas vendas do quilo
do suíno. Alguns criadores chegaram a comercializar, nesta quinta‑feira (26/7), por R$ 50,00
a arroba, que representa R$ 2,67 o quilo do suíno vivo.
No início desta semana, a entidade recomendou aos suinocultores que não vendessem
os animais por valores abaixo de R$ 47,00 por arroba (equivalente a R$ 4,2 o quilo da
carcaça) (GLOBO RURAL, 2012).
O artigo mostra que os suinocultores só aceitarão vender a produção se um patamar de preços for
respeitado. Trata‑se da função oferta, que representa a relação entre o preço de mercado de um bem e
a quantidade desse mesmo bem que os produtores estão dispostos a produzir e a vender.
Segundo Silva (2011), a função que a todo preço (P) associa a oferta de mercado é denominada
função oferta de mercado da utilidade no período considerado. Ou seja, variações de preço provocam,
de alguma maneira, variações de quantidade ofertada (produzida).
Por exemplo, a alta dos preços de carne suína em determinado período pode incentivar suinocultores
a aumentar a produção, ou até mesmo levar novos produtores a passarem a oferecer no mercado. Em
18
Matemática Aplicada
contrapartida, se o preço da carne suína estiver em baixa, os produtores poderão mudar para outro tipo
de produção.
Saiba mais
Leia em <http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/
demanda‑e‑‑oferta!‑2109/artigo/> mais explicações sobre curva de oferta.
• Exemplo
Para determinado produto, foi calculada a função S = – 8 + 2P, onde P é o preço por unidade do
bem ou serviço e S é a correspondente oferta de mercado. Sabemos que P < R$ 10,00.
Para que ocorra mercado, o produto deve ser oferecido para venda, portanto: (S > 0).
• Observe
– 8 + 2P > 0
2P > 8
P > R$ 4,00
Portanto, o preço do produto, nessa situação, deverá ser maior que R$ 4,00. Ou seja, o fabricante
somente oferecerá o produto ao cliente se os preços forem maiores do que R$ 4,00.
• Exemplo
P S
0
10
19
Unidade I
Atenção: adotamos P = 10, pois o problema, nesse caso, diz que P < R$ 10,00.
Para S = 0
– 8 + 2P = 0
2P = 8
P=4
P = R$ 4,00
P S
4 0
10
Para P = 10
S = – 8 + 2P = – 8 + 2·(10) = – 8 + 20 = 12 unidades
P S
4 0
10 12
12
0 4 10 Preço (P): R$
20
Matemática Aplicada
Para o vendedor, quanto maior o preço do produto, mais produtos oferecerá para venda. Entretanto,
será que a procura (demanda) pelo produto será satisfatória? O próximo tópico cruzará demanda e
oferta por meio de preço e quantidade de equilíbrio.
Lembrete
1. Uma loja calculou que a oferta de mercado de determinado produto é dada por: S = P – 10, com
P < 200.
Figura 7
S = 80
P=?
S = P – 10
P = S + 10
P = 80 + 10 = 90
21
Unidade I
Figura 8
– 10 + 0,5P > 0
0,5P > 10
P > 10
0,5
P > R$ 20,00.
Haverá oferta do produto para preços maiores que R$ 20,00 e não haverá oferta do produto para
preços compreendidos entre 0 e R$ 20,00 (inclusive R$ 20,00, pois, para P = 20, S = 0).
Portanto, podemos dizer que não haverá oferta do produto para a seguinte variação de preço: 0 <
P < R$ 20,00.
22
Matemática Aplicada
Figura 9
Um dos alunos ajudou a calcular a função oferta dada por S = – 12 + 3P, com P < R$ 20,00. Com
um preço de R$ 20,00, podemos afirmar que serão oferecidas quantas unidades para venda?
S = – 12 + 3·(20)
S = – 12 + 60
S = 48 unidades.
3. Considere a função oferta S = – 12 + 3P, com P = < R$ 20,00. Quais os preços em que a oferta do
produto existirá e será menor do que 12 unidades?
S>0
– 12 + 3P > 0
3P > 12
P > 12
3
P > R$ 4,00 (o oferecimento do produto existirá para preços maiores que R$ 4,00).
S < 12
23
Unidade I
– 12 + 3P < 12
3P < 12 + 12
3P < 24
P < 24
3
P < R$ 8,00
Portanto, para preços que variam entre R$ 4,00 e R$ 8,00, o oferecimento do produto existirá e será
menor que 12 unidades. Ou seja, nesse caso, R$ 4,00 < P < R$ 8,00.
Quando a oferta é maior que a demanda, ou seja, há mais produtos à venda do que clientes dispostos
a comprar, parte das empresas tenta reduzir seus estoques diminuindo os preços. Quando a demanda é
maior que a oferta, ou seja, há mais interessados no produto do que produtos disponíveis, as empresas
aumentam a quantidade ofertada e os preços dos produtos, fazendo que a demanda diminua. Nos dois
casos, o objetivo é levar o mercado para o preço e a quantidade de equilíbrio.
Conforme Silva (2011), o preço de mercado (PE) para dada utilidade é o preço para o qual a demanda
e a oferta de mercado dessa utilidade coincidem. A quantidade correspondente ao preço de equilíbrio é
denominada quantidade de equilíbrio de mercado da utilidade (QE).
Saiba mais
Leia em <http://www.infoescola.com/economia/lei‑da‑oferta‑e‑da‑procura
‑demanda‑e‑oferta/> um artigo sobre a Lei de Oferta e Demanda.
• Exemplo
Demanda: D = 40 – 2P
P D P D
0 0 40
0 20 0
P S P S
0 5 0
20 20 45
45
40 S = -15 + 3P
(QE) 18
D = 40 - 2P
0 5 11 20 Preço (P): R$
(PE)
• Observando o gráfico:
— na função demanda, quanto maior o preço, menor a procura pelo produto (gráfico decrescente);
— na função oferta, quando maior o preço, maior é o oferecimento do produto (gráfico crescente).
25
Unidade I
Sabemos que preços elevados de um produto possibilitam a obtenção de maior lucro e, por isso,
para o vendedor, quanto mais alto o preço do produto oferecido, maior será seu lucro. No entanto,
não podemos esquecer que a procura pelo produto está vinculada, também, ao seu preço de venda,
ocorrendo de maneira inversa ao seu oferecimento: quanto maior o preço, maior será o oferecimento
do produto, porém menor será sua procura. Daí a importância de um preço (PE) em que a oferta e a
demanda sejam comuns (QE) – preço e quantidade de equilíbrio.
Dadas as funções D = 40 – 2P e S = – 15 + 3P, com P < R$ 20,00, encontre preço de equilíbrio (PE)
e quantidade de equilíbrio (QE):
40 – 2P = – 15 + 3P
40 + 15 = 3P + 2P
55 = 5P
55 = P
5
11 = P
P = R$ 11,00 (PE).
Escolher uma das funções para encontrar QE, por exemplo, D = 40 – 2P:
Como D = S, podemos escolher qualquer uma das funções para encontrar QE (dará o mesmo
resultado).
1. Uma sorveteria tem demanda dada por D = 20 – P e oferta dada por S = ‑10 + 2P, sendo o preço
máximo R$ 20,00.
26
Matemática Aplicada
Figura 11
Lembrete
D=S
20 – P = – 10 + 2P
20 – P + 10 = 2P
30 = 2P + P
30 = 3P
30 = P
3
R$ 10,00 = P
D = 20 – P
D = 20 – 10 = 10 unidades
27
Unidade I
Resumo
Para que ocorra mercado, as condições básicas devem ser: preço maior
que zero, demanda ou procura pelo produto maior que zero e oferta maior
que zero.
Exercícios
3 5
D = − P + 30 e S = P − 10 .
4 4
28
Matemática Aplicada
D) O preço da calculadora deve ser menor que R$ 40,00 para que haja demanda de mercado.
E) Na função oferta podemos perceber que, quanto maior o preço, maior é o oferecimento do
produto.
A) Alternativa correta.
3 5
D = S → − P + 30 = P = −10 − 30 → −3P − 5P = 4.
4 4
−160
( −40) → −8P = −160 → P = → P = 20
−8
Portanto, o preço de equilíbrio é de R$ 20,00.
B) Alternativa incorreta.
C) Alternativa correta.
D) Alternativa correta.
Justificativa: para determinar o preço da calculadora e para que haja demanda de mercado, D > 0.
E) Alternativa correta.
Justificativa: para verificar se a oferta aumenta quando o preço aumenta, devemos substituir valores
5
do preço na função S = P − 10 para determinar a oferta. A tabela mostra que, quanto maior o preço,
4
maior será a oferta de calculadoras.
Questão 2. Uma indústria de margarina produz, atualmente, 50.000 unidades de um único produto.
Nesse processo, a demanda e a oferta são dadas pelo gráfico a seguir:
y
Demanda (D); Oferta (s)
200
150
100
50
-10 10 20 30 40 50 60
p
-50
Preço (R$)
O problema foi que o gráfico não identificou qual reta corresponde à demanda e qual reta corresponde
à oferta do produto, mas sabe-se que o preço de equilíbrio é de R$ 40,00. Analise os itens seguintes:
I – A oferta é dada por S = 2p –40 produtos, enquanto a demanda local é de D = –4p + 200.
II – A quantidade de produtos que foram vendidos para obter-se um preço de equilíbrio foi entre 0
e 40 unidades (0 < q < 40).
30
Matemática Aplicada
III – A função oferta no gráfico está representada pela reta decrescente porque, quanto maior o
preço, menor é o oferecimento do produto.
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) III e IV.
E) II e IV.
31
UNIDADE I
Matemática Aplicada
Demanda.
Oferta.
Ponto de equilíbrio.
Representação gráfica.
Análise econômica.
Equação demanda e oferta.
Pergunta???
O que é demanda?
Função demanda (ou procura) função que a todo preço (P) associa à demanda
ou a procura de mercado.
Variações de preço provocam, de alguma maneira, variações de
quantidade/demanda.
D = f(P) função de 1 grau (y = ax +b).
Condição P > 0 e D > 0.
Grandezas inversamente proporcionais
Preço Demanda
$ Alta
$$$ Baixa
Exemplo 1: demanda de mercado (o caso do refrigerante)
Preço.
Gosto.
Renda.
Expectativa.
Marca.
Número de consumidores.
Atendimento.
Promoção.
Exemplo 2: demanda por caneta esferográfica
Básica Sofisticada
Preço $ $$$
Preço Demanda
$ Alta
$$$ Baixa
Exemplo 3: o preço da coxinha no “Boteco da Lalá” é estabelecido pela
função: D = 10 – 2P
Pede-se:
b) Representação gráfica
Demanda: q
10
D = 10 – 2P
P (R$) D
0,00 10
5,00 0
0
5,00 Preço: R$
Exemplo 3: o preço da coxinha no “Boteco da Lalá” é estabelecido pela
função: D = 10 – 2P
c) Análise econômica
Demanda: q
10
D = 10 – 2P
P D
1,00 8
2,00 6
3,00 4
4,00 2
0
5,00 Preço: R$
Exemplo 4
b) Que preço deve ser colocado no vinho para que a demanda seja superior a
1500 unidades?
D = 5000 – 30P
5000 – 30P > 1500
5000 -1500 > 30P
3500 > 30p
3500 > P 116,67 > P P < R$ 166,67
30
Demanda
Qtde
8.000 15.000 (kg)
Interatividade
Demanda de mercado
Quais afirmações são verdadeiras? Preço R$
a) I e II.
10
b) I, II e III.
c) II e IV.
d) II, III e IV. 4
e) III e IV.
Demanda
Qtde
8.000 15.000 (kg)
Oferta de mercado
Grandeza Diretamente
$ Baixa
Proporcional
$$$ Alta
Exemplo 5: oferta de mercado (o caso do refrigerante)
Aumento
Número de produtores
e/ou vendedores aumenta.
Preço de produtos alternativos diminui.
Tecnologia melhora. Diminuição
Custos diminuem. Número de produtores
Subsídios aumentam. e/ou vendedores diminui.
Impostos diminuem. Preço de produtos
alternativos aumenta.
Tecnologia deteriora.
Custos aumentam.
Subsídios diminuem.
Impostos aumentam.
Exemplo 6: oferta por caneta esferográfica
Básica Sofisticada
Preço $ $$$
Preço Oferta
$ Baixa
$$$ Alta
Exemplo 7: o dono do “Boteco da Lalá” verificou que a oferta de
mercado do seu produto (coxinha) é dada por S = -8 + 2P com
P R$ 10,00
Pede-se:
c) Análise econômica
Oferta: q
P (R$) S
S = - 8 + 2P 12 4,00 0
5,00 2
6,00 4
7,00 6
Pede-se:
b) Representação gráfica
Oferta: q
P (R$) S
S = - 12 + 3P 48 4,00 0
20,00 48
Considere a função oferta S = -15 + 2P, com P R$ 30,00. Para que preços haverá
oferecimento do produto?
a) P > R$ 5,00.
b) P > R$ 7,50.
c) P > R$ 10,00.
d) P > R$ 18,50.
e) P > R$ 22,50.
Preço e quantidade de equilíbrio
Oferta
Loja: queda dos preços.
Loja: liquidações.
Loja: necessidade de capital de giro (custo de estoque).
Preço e quantidade de equilíbrio
b) Representação gráfica
P (R$) D = 40 – 2P
0,00 40
20,00 0
P (R$) S = -15 + 3P
5,00 0
20,00 45
Fonte: livro-texto
Aumento da demanda
D1
D0
Q0 Q1 Q/t
Fonte: a autora
Diminuição da demanda
P1
D0
D1
Q1 Q0 Q/t
Fonte: a autora
Aumento da oferta
Q0 Q1 Q/t
Fonte: a autora
Diminuição da oferta
Q1 Q0 Q/t
Fonte: a autora
Excesso de demanda
Formam-se filas
Formam-se estoques
Excesso
oferta
Excesso
demanda
Interatividade
Preço Quantidade
35,00 25
45,00 40
Função oferta.
Equação do tipo p = a x + b a x + b = p.
Determinação das funções demanda e oferta
Preço Quantidade ax +b = p
35,00 25 25. a + b = 35 (I)
45,00 40 40.a +b = 45 (II)
Resolver o sistema:
Determinação das funções demanda e oferta
Resolver o sistema:
(25, 35) → 25 a + b = 35 (I)
(40, 45) → 40 a + b = 45 (II)
Pede-se:
a) Identificar se é uma função demanda ou oferta.
b) Determinar a função p = f(x), supondo-a linear (y = ax+b) para x unidades do
bem a um preço p.
Determinação das funções demanda e oferta
Preço Quantidade
60,00 10
50,00 16
Função demanda.
Equação do tipo p = a x + b a x + b = p.
Determinação das funções demanda e oferta
Preço Quantidade ax +b = p
60,00 10 10.a + b = 60 (I)
50,00 16 16.a +b = 50 (II)
Resolver o sistema:
Determinação das funções demanda e oferta
Resolver o sistema:
(10, 60) → 10 a + b = 60 (I)
(16, 50) → 16 a + b = 50 (II)
X P = -1,67x + 76,7
0 R$ 76,67
~46 0
x S = 0,67x + 18,25
0 R$ 18,25
- -
Análise
Resposta: Haverá excesso de oferta, pois esse valor está favorável ao produtor e
não ao consumidor.
Interatividade
a) 500.
b) 160.
c) 130.
d) 50.
e) 13.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade II
Unidade II
4 Receita Total
A Xerox (NYSE: XRX) anunciou seu resultado no primeiro trimestre de 2012, que inclui
lucro ajustado por ação de US$ 0,26, excluindo US$ 0,04 relativos à amortização de
intangíveis – resultando no lucro líquido por ação de US$ 0,229. A receita total no período,
de US$ 5,5 bilhões, teve queda de 1%, ou aumento de 1% em moeda constante. A receita
de negócios com serviços subiu 7%.
“Com mais da metade de nossa receita total vindo de serviços, acelerar o crescimento nesse
segmento é uma prioridade”, afirmou Ursula Burns, presidente e CEO da Xerox. “Os resultados
do segundo trimestre reflete um progresso sólido nos negócios de BPO com crescimento de
8% no segmento, 9% de crescimento em outsourcing de TI e crescimento de 6% em gestão de
documentos, sempre desconsiderando os efeitos cambiais” (FATOR BRASIL, 2012).
Conforme Silva (2011), seja U uma utilidade (bem ou serviço) cujo preço de venda por unidade seja um preço
fixo P0, para quantidades entre q1 e q2 unidades. A função dada por RT = P0 · q, com q1 < q < q2, é denominada
função receita total ou simplesmente receita total (valor total recebido por uma quantidade de produtos vendidos).
• Exemplo
q RT
0
6
Para q = 0, RT = 3·(0) = 0.
32
Matemática Aplicada
q RT
0 0
6 18
RT (R$)
18
0 6 q (quantidade)
A receita total é o valor recebido pela venda de q produtos. No exemplo anterior, observamos que a
receita total é limitada ao valor de R$ 18,00 quando a quantidade vendida é de 6 unidades, pois o valor
unitário do produto é fixo e equivale a R$ 3,00.
Observação
Quando o preço da mercadoria não é fixo, a receita total pode variar, pois,
se o preço varia, a demanda também se altera, mudando assim a receita total.
RT = P·D.
Lembrete
Você provavelmente deva estar pensando: isto é muito fácil! Mas
lembre‑se de que preços diferentes provocam demandas diferentes.
Simplesmente subir preços não garante aumento da receita total. Veja o exemplo:
Dada a demanda de mercado D = 20 – 2P, a variação de preço (primeira coluna) altera a receita total:
P D RT = P·D
1 20 – 2·(1) = 18 unidades RT = 1·18 = R$ 18,00
3 20 – 2·(3) = 14 unidades RT = 3·14 = R$ 42,00
5 20 – 2·(5) = 10 unidades RT = 5·10 = R$ 50,00
7 20 – 2·(7) = 6 unidades RT = 7·6 = R$ 42,00
9 20 – 2·(9) = 2 unidades RT = 9·2 = R$ 18,00
33
Unidade II
Observação
• Observe:
— se o preço (P) for muito baixo, existirá grande procura (D) pelo produto, mas não necessariamente
teremos uma receita total (RT) máxima;
— se o preço (P) for muito alto, existirá pouca procura (D) pelo produto, e também não
necessariamente teremos uma receita total (RT) máxima;
— existirá um preço (P) adequado que corresponderá a uma procura (D), a qual, por sua vez,
proporcionará uma receita total (RT) máxima.
Saiba mais
Leia em <http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.
phtml?id=1265226> alguns exemplos de variação de preços afetando as
vendas.
1) “Isolando” P em função de D:
D = 48 – 2P
D + 2P = 48
2P = 48 – D
P = 48 – D = 48 – D
2 2 2
P = 24 – 0,5D.
34
Matemática Aplicada
2) “Substituindo” em RT = P·D:
RT = (24 – 0,5D)·D
RT = 24D – 0,5D2
Qual deverá ser o valor de D (quantidade de procura) que tornará a receita total (RT) máxima?
Vamos calcular:
RT = 24D – 0,5D2
1) Considerar RT = 0:
24D – 0,5D2 = 0
D = b2 – 4·a·c
D = – b + – ÖD
2·a
−24 ± 576 24 ± 24
D= =−
2 ⋅ (0, 5) −1
D’ = 0 D” = 48
2) Receita total (RT) máxima em função da procura (D) por determinado produto:
D = ‑b = – (24) = 24 unidades
2·a 2·(‑0,5)
P = 24 – 0,5D
P = 24 – 0,5·(24)
P = 24 – 12 = R$ 12,00
35
Unidade II
Portanto, existirá, ao preço (P) de R$ 12,00, uma demanda (D) de 24 unidades do produto para que
a receita total (RT), nesse caso, seja a maior possível. Veja o gráfico:
RT (R$)
Vértice (24;288)
288
D (quantidade)
0 24 48
Observando os cálculos e o gráfico anterior, podemos dizer que, nesse caso, ao preço (P) de R$ 12,00,
temos uma demanda (D) de R$ 24,00, que proporciona uma receita total (RT) máxima de R$ 288,00. Ou
seja, com esses parâmetros, ocorre a maximização da receita.
Observação
1. Um restaurante tem um cardápio com preço fixo de R$ 13,50 e consegue atender até 256 pessoas
por dia.
36
Matemática Aplicada
Figura 14
Considere a função RT = 13,5· q , na qual o preço é fixo (R$ 13,50) e q é a quantidade de produtos
vendidos diariamente, que pode variar de zero a 256 (0 < q < 256 unidades). Se a ocupação do restaurante
for de 50%, qual será o valor recebido em decorrência da venda dos produtos?
Nesse caso, a metade dos produtos vendidos corresponde a 128 unidades, visto que a quantidade
varia entre 0 e 256 unidades.
RT = 13,5·(128) = R$ 1.728,00.
2. Uma empresa de ônibus interurbanos oferece em determinada linha o preço de R$ 20,50 e precisa
ter, no mínimo, uma receita de R$ 1.025,00.
Figura 15
37
Unidade II
Considere a função RT = 20,5·q, na qual o preço é fixo (R$ 20,50) e q é a quantidade de produtos
vendidos (0 < q < 120 unidades). Qual será a quantidade de produtos vendidos quando a receita total
atingir o valor de R$ 1.025,00?
RT = 1.025
20,5·q = 1.025
Q = 1.025
20,5
Q = 50 unidades vendidas.
Portanto, a receita total atinge o valor de R$ 1.025,00 quando são vendidas 50 unidades do produto.
5 CUSTO TOTAL
A função custo total está associada à produção de uma utilidade (valor “gasto” por uma quantidade
de bens produzidos).
Lembrete
O custo variável médio (custo unitário) de produção de certo bem é de R$ 12,00, e o custo fixo
associado à produção é de R$ 60,00 para quantidades variáveis na faixa de 0 a 100 unidades. Se o preço
de venda, na mesma faixa, é de R$ 20,00/unidade, identifique:
CT = CF + CV
CT = 60 + 12·q
38
Matemática Aplicada
b) A representação gráfica:
q CT = 60 + 12·q
0 60
100 1260
CT (R$)
1260
60
0 100 q (quantidade)
RT = 20·q
CT = 60 + 12·q
1. Um fabricante de camisetas tem, por unidade, um custo de produção de R$ 8,00, e o custo fixo é
de R$ 1.200.
39
Unidade II
Figura 17
Sabendo que a função custo total CT = 1200 + 8·q está associada à produção das camisetas,
determine o custo total referente à produção de 230 unidades:
CT = 1.200 + 8·(230)
CT = 1.200 + 1.840
CT = R$ 3.040,00
Portanto, o custo total referente à produção de 230 unidades do referido bem será de R$ 3.040,00.
2. Um fabricante de calculadoras tem por custo variável R$ 25,00 e por custo fixo R$ 2.000.
Figura 18
40
Matemática Aplicada
Sabemos que a função custo total CT = 2000 + 25·q está associada à produção da calculadora.
Qual será a produção necessária para termos um custo total de R$ 5.000,00?
CT = 5.000,00
25·q = 3.000
q = 3.000
25
Portanto, a produção necessária para termos um custo total de R$ 5.000,00 é de 120 unidades do
determinado bem.
3. Marcos vende café em porta de fábrica com um custo fixo de R$ 3,00 e um custo variável de R$
0,60.
Figura 19
Sabendo‑se que esse produto é vendido a R$ 0,80 a unidade, Marcos precisa vender, pelo menos, q
unidades do produto para não ter prejuízo. Qual é o valor de q?
41
Unidade II
LT > 0.
LT = RT – CT
LT = 0,80·q – (3 + 0,60·q)
LT = 0,80·q – 3 – 0,60·q
LT = 0,20·q – 3
LT > 0
0,20·q – 3 > 0
0,20·q > 3
q> 3
0,20
q > 15 unidades
Portanto, para não ter prejuízo, Marcos precisa vender pelo menos 15 unidades do produto. O valor
de q é de 15 unidades.
RT = CT
São dadas as funções RT = 0,4·q e CT = 3 + 0,1·q para 0 < q < 20 unidades de um determinado
produto.
O ponto de nivelamento é:
RT = CT
0,4·q = 3 + 0,1·q
0,4·q – 0,1·q = 3
0,3·q = 3
qe = 3 = 10 unidades
0,3
1) Tabela de valores:
q RT = 0·4.q
0 0
20 8
q CT = 3 + 0,1·q
0 3
20 5
43
Unidade II
2) Representação gráfica:
RT, CT (R$)
8 RT = 0,4 . q
4
CT = 3 + 0,1 . q
3
0 10 20 q (quantidade)
Observe no gráfico anterior que, nesse caso, para uma quantidade (produzida e vendida) de 10
unidades (qe) dessa mercadoria, temos RT = CT = R$ 4,00.
Seja CT o custo total associado à produção de uma utilidade e RT a receita total referente à venda
dessa utilidade.
A função lucro total (LT) associada à produção e à venda da utilidade é dada por:
LT = RT – CT
44
Matemática Aplicada
RT, CT (R$)
8 RT = 0,4 . q
4
CT = 3 + 0,1 . q
3
q (quantidade)
0 10 20
• anteriormente, observamos que o ponto de nivelamento, nesse caso, é qe = 10 unidades (RT = CT).
Não existe lucro nem prejuízo para tal quantidade produzida e vendida;
• para uma quantidade (produzida e vendida) entre 0 e 10 unidades (0 < q < 10), o gráfico do
custo está acima do gráfico da receita. Isso significa que, nessa faixa, o custo total é maior que a
receita total (CT > RT), ou seja, o “gasto” excede o “valor recebido”. Nessa faixa de bens produzidos
e vendidos existirá prejuízo;
• para uma quantidade (produzida e vendida) entre 10 e 20 unidades de determinado bem (10 < q
< 20), o gráfico do custo está abaixo do gráfico da receita. Isso significa que, nessa faixa, o custo
total é menor que a receita total (CT < RT), ou seja, o “valor recebido” excede o “gasto”. Nessa faixa
de bens produzidos e vendidos existirá lucro.
Tudo isso pode ser representado algébrica e graficamente por meio da função lucro (LT = RT – CT).
Veja:
Sabendo que as funções dadas no exemplo foram RT = 0,4·q e CT = 3 + 0,1·q para 0 < q < 20,
obtemos:
LT = 0,4·q – (3 + 0,1·q)
LT = 0,4·q – 3 – 0,1·q
45
Unidade II
1) Tabela de valores
q LT = 0,3·q – 3
0 ‑3
20 3
2) Representação gráfica
8 RT = 0,4 . q
5
CT = 3 + 0,1 . q
4
3
LT = 0,3 . q - 3
+++
q (quantidade)
0 10 20
-3
RT = CT
3,5·q = 10 + 1,5·q
3,5·q – 1,5·q = 10
2·q = 10
46
Matemática Aplicada
q = 10
2
Portanto, para cinco unidades (qe) de mercadorias produzidas e vendidas, não teremos lucro nem
prejuízo (LT = 0).
LT = RT – CT
LT = 3·q – (6 + q)
LT = 3·q – 6 – q
LT = 2·q – 6
Portanto, nesse caso, a função lucro total pode ser escrita como LT = 2·q – 6.
3. Considere a função lucro total LT = 8·q – 3.600, para 0 < q < 1.500 unidades de um determinado
bem. Qual é o lucro total referente à produção de 600 unidades dessa mercadoria?
LT = 8·q – 3.600
LT = 8·(600) – 3.600
LT = 4.800 – 3.600
LT = R$ 1.200,00
Portanto, o lucro total referente à produção de 600 unidades dessa mercadoria é de R$ 1.200,00.
4. Considere a função lucro total LT = 7·q – 3.500, para 0 < q < 2.000 unidades de determinado bem.
Qual será a produção necessária para que ocorra RT = CT?
Portanto:
LT = 0
47
Unidade II
7·q – 3.500 = 0
7·q = 3.500
q = 3.500
7
Será necessária uma produção de 500 unidades desse bem para que ocorra RT = CT, ou seja, para
que não ocorra lucro nem prejuízo.
A utilidade prática de calcular o ponto de nivelamento e o lucro total reside na necessidade das
organizações de projetar seus investimentos em aumento de produção, por exemplo. A pergunta básica
nesse caso é: valerá a pena investir x se o ponto de nivelamento for muito difícil de atingir?
Saiba mais
Resumo
Nesta unidade, vimos alguns valores cujos cálculos são rotineiros para
os administradores: a receita total, o custo total e o lucro total.
48
Matemática Aplicada
Exercícios
1
R$ 5,00/t
1 Demanda = 1.000
R$ 4,00
/t
R$
6,0
0/t
2
Fábricas Depósitos
t
4,00/ 00/t
Demanda = 1.500
R$ R$ 3,
2
R$ 5,00/t 3
Demanda = 500
A Cia. de Produtos Vegetais – CPV possui duas fábricas que abastecem três depósitos. As fábricas
têm um nível máximo de produção baseado nas suas dimensões e nas safras previstas. Os custos em
R$/t estão anotados em cada rota (ligação entre as fábricas e depósitos). José de Almeida, estudante de
Administração, foi contratado pelo Departamento de Logística com a finalidade de atender a demanda
dos depósitos sem exceder a capacidade das fábricas, minimizando o custo total do transporte.
I – 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 1. A demanda restante deve
ser suprida a partir da Fábrica 1;
III – 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2. A demanda restante
deve ser suprida a partir da Fábrica 1.
A) I.
B) II.
C) III.
49
Unidade II
D) I e III.
E) II e III.
I) Afirmativa correta.
Justificativa: como 1000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 1, a
demanda restante deve ser 1500 unidades transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2, e 500 unidades
transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 3. Sabendo-se que a receita total é dada por RT = P0 . q,
sendo P o preço fixo e q as quantidades (demanda), podemos determinar RT:
Quando 1000 unidades são transportadas da Fábrica 2 para o Depósito I temos que RT = 4 . 1000 = 4000.
Quando 1500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2, temos que RT = 4 . 1500 = 6000.
Quando 500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 3, temos que RT = 6 . 500 = 3000.
Assim, o custo total será a soma das receitas RT = 4000 + 6000 + 3000, que será igual a R$ 13.000,00.
Justificativa: como 2500 unidades devem ser transportadas da Fábrica 1 para os Depósitos 1 e 2, a demanda
restante deve ser 500 unidades transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 3. Sabendo-se que a receita total
é dada por RT = P0 . q, sendo P o preço fixo e q as quantidades (demanda), podemos determinar RT:
Quando 1000 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito I temos que RT = 5 . 1000 = 5000.
Quando 1500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2, temos que RT = 4 . 1500 = 6000.
Quando 500 unidades são transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 3, temos que RT = 5 . 500 = 2500.
Assim, o custo total será a soma das receitas RT = 5000 + 6000 + 2500, que será igual a R$ 13.500,00.
Justificativa: como 1000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2, a
demanda restante deve ser 1000 unidades transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 1, 500 unidades
transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2 e 500 unidades transportadas da Fábrica 1 para o Depósito
3. Sabendo-se que a receita total é dada por RT = P0 . q, sendo P o preço fixo e q as quantidades
(demanda), podemos determinar RT:
50
Matemática Aplicada
Quando 1000 unidades são transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2 temos que RT = 3 . 1000 = 3000.
Quando 1000 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 1, temos que RT = 5 . 1000 = 5000.
Quando 500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2, temos que RT = 4 . 500 = 2000.
Quando 500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 3, temos que RT = 6 . 500 = 3000.
Assim, o custo total será a soma das receitas RT = 3000 + 5000 + 2000 + 3000, que será igual a R$ 13.000,00.
Questão 2 (ENADE 2006). A Cia. Alonso de Auto Peças Ltda. distribui peças para oficinas de reparo de
automóveis localizadas em grande área metropolitana. Embora se trate de um mercado competitivo, a
Cia. Alonso gostaria de oferecer níveis de estoque adequados às oficinas atendidas, ao mesmo tempo em
que deseja maximizar seus lucros. Ela é sabedora de que, à medida que aumenta a percentagem média
de atendimentos aos clientes (nível de serviço), maior é seu custo de estoques. A fim de determinar a
influência dos níveis de estoque no percentual de atendimento aos clientes, a Alonso fez um levantamento
dos principais itens de seu estoque nos últimos seis meses. A seguinte tabela foi preparada:
A partir dos dados apresentados nessa tabela, pode-se concluir que o maior lucro ocorrerá quando
o nível de serviço for equivalente a:
A) 80%.
B) 85%.
C) 90%.
D) 95%.
E) 98%.
51
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
Figura 7
Figura 8
Figura 9
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
Figura 11
Figura 12
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
Figura 13
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
Figura 14
Figura 15
Figura 16
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
Figura 17
Figura 18
Figura 19
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
Figura 21
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
Figura 22
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011.
REFERÊNCIAS
Textuais
BONORA Jr., D. et al. Matemática: complementos e aplicações nas áreas de Ciências Contábeis,
Administração e Economia. 4. ed. São Paulo: Ícone, 2006.
DEMANDA da oferta e procura. Brasil Escola, Goiás, [2012?]. Disponível em: <http://monografias.
brasilescola.com/administracao‑financas/demanda‑oferta‑procura.htm>. Acesso em: 7 ago. 2012.
GIRARDI, E. C. Lei da Oferta e da Procura (demanda e oferta). Infoescola, Santa Catarina, ago. 2007.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/economia/lei‑da‑oferta‑e‑da‑procura‑demanda‑e‑oferta/>.
Acesso em: 7 ago. 2012.
JACQUES, I. Matemática para Economia e Administração. 6. ed. São Paulo: Pearson: 2010.
PETRY, R.; SILVA, M. R. Souza Cruz reduz preços de quatro marcas de cigarro. Veja, São Paulo, maio
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54
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<http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI314180‑18530,00‑PRECO+DO+SUINO+VI
VO+AUMENTA+EM+SP.html>. Acesso em: 31 jul. 2012.
PREÇOS reduzirão demanda por milho e soja para ração – Oil World. Cenário MT, Mato Grosso, jul.
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SILVA, F. C. M.; ABRÃO, M. Matemática básica para decisões administrativas. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática: para os cursos de Economia, Administração e
Ciências Contábeis. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. v. 1.
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VENDAS de informática sobem com preço menor, diz IBGE. Gazeta do Povo, Curitiba, jun. 2012.
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WEBER, J. E. Matemática para Economia e Administração. 2. ed. São Paulo: Harbra, 1986.
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ZORZAL, E. J. Considerações acerca do ponto de equilíbrio como ferramenta gerencial. Disponível em:
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Sites
<http://monografias.brasilescola.com/administracao‑financas/demanda‑oferta‑procura.htm>.
<http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/demanda‑e‑‑oferta!‑2109/artigo/>.
<http://www.infoescola.com/economia/lei‑da‑oferta‑e‑da‑procura‑demanda‑e‑oferta/>.
<http://www.novomilenio.br/foco/1/artigo/5_Ponto_de_equilbrio_artigo.pdf>.
Exercícios
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58
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60
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
UNIDADE II
Matemática Aplicada
Receita (p é fixo).
Receita (p não é fixo).
Maximização da receita.
Representação gráfica.
Custo total.
Custo médio.
Ponto de nivelamento ou break even point.
Representação gráfica.
Lucro.
Análise econômica.
Receita total
O que é?
Quantia total que a firma recebe pela venda de uma quantidade de produtos.
Função receita: R = f(x).
Podemos ter:
Preço é fixo R = p.x
Preço não é fixo R = p.D
Exemplo de receita total (“p” é fixo)
0 60 q (quantidade)
Exemplo 1
Uma empresa de peças automotivas vende determinada peça por R$ 110,00 cada.
Pensando em ter uma receita de R$ 2.100,00 por mês, quantas peças devem
ser vendidas? RT (R$)
R = p. q
R = 110. q 2.100,00
2100 = 110.q
2100 / 110 = q
q = 19 unidades
0 19 q (quantidade)
Função receita (“p” não é fixo)
Quando o preço de um produto não é fixo, a receita total pode variar, pois se o
preço muda, a procura pelo produto (demanda = quantidade “q”) também
se altera.
Importante:
Subir preços não garante aumento da receita total.
Exemplo 2
P ($) D = 40 – 5P RT = P · D
0,00 40 – 5 · 0 = 40 unid 0 · 40 = R$ 0,00
2,00 40 – 5 · 2 = 30 unid 2 · 30 = R$ 60,00
4,00 40 – 5 · 4 = 20 unid 4 · 20 = R$ 80,00
6,00 40 – 5 · 6 = 10 unid 6 · 10 = R$ 60,00
8,00 40 – 5 · 8 = 0 unid 8 · 0 = R$ 0,00
Importante!!!
Aumento de preços não garante aumento da receita total.
Exemplo 3
Importante!!!
Subir preços não garante aumento da receita total.
Exemplo 4
D = 48 – 2P 2. Substituindo” em RT = P · D:
D + 2P = 48 RT = (24 – 0,5D) · D
RT = 24D – 0,5D²
2P = 48 – D
P = (48 – D) / 2
P = 48/2 – D / 2
P = 24 – 0,5D
Exemplo 4
b) Qual deverá ser o valor de D (quantidade de procura) que tornará a receita total
(RT) máxima?
Função receita: RT = – 0,5D² + 24D = b² – 4·a·c
Lembrete: y = ax2+bx +c y −𝑏 ± ∆
𝑥=
2𝑎
yv x’ e x’’
xv = - b
2a
yv =-
4a
0 xv x
Exemplo 4
b) Qual deverá ser o valor de D (quantidade de procura) que tornará a receita total
(RT) máxima?
Função receita: RT = – 0,5D² + 24D (a=-0,5 b = 24 c = 0)
xv = - b
2a
D = -24 D = 24 unidades
2(-0,5)
Exemplo 4
x‘ = 0 e x’’ = 48
Exemplo 4
0 48 D (unid)
24
Interatividade
a) RT = 24D – D² e D = 24 unidades.
b) RT = 12D + 5D² e D = 17 unidades.
c) RT = 0,5D + 24D² e D = 5 unidades.
d) RT = 5D – 12D² e D = 20 unidades.
e) RT = 12D – 0,5D² e D = 12 unidades.
Custo total
A função custo está relacionada aos gastos efetuados para produção ou aquisição
de alguma mercadoria ou produto, tais como:
CT = CF + CV
CT soma do custo variável com o custo fixo e representa o total dos gastos que
a empresa tem dentro de um período considerado.
CT = CF + cu.x
Curva de custo total
Custo
Total
Curva de
$80
Custo Total
70
60
50
40
30
20
10
Ct ( x)
Cm ( x )
x
Exemplo 5
b) Representação gráfica
q CT = 60 + 12 · q
0 60 + 12 · 0 = 60
25 60 + 12 · 25 = 360
50 60 + 12 · 50 = 660
75 60 + 12 · 75 = 960
100 60 + 12 · 100 = 1.260
Exemplo 5
0 100 q (quantidade)
Exemplo 5
P.N
0 q (quantidade)
Exemplo 6
q RT = 0,4·q q CT = 3 + 0,1·q
0 0,00 0 3,00
5 2,00 5 3,50
10 4,00 10 4,00
15 6,00 15 4,50
20 8,00 20 5,00
Exemplo 6
RT, CT (R$)
RT = 0,4 . q
CT = 3 + 0,1 . q
q (quantidade)
Exemplo 6
RT = 0,4 . q
q = 10 unidades (RT = CT).
q (quantidade)
Ponto de nivelamento – considerações
Permite compreender como o lucro pode ser afetado pelas variações nos
elementos que integram as receitas de vendas, os custos e as despesas totais.
0
- q (quantidade)
Determinação da função lucro
CT = 3 + 0,1 . q
LT = 0,3 . q - 3
q (quantidade)
Exemplo 7
a) A quantidade de produtos que devem ser vendidos para que a empresa não
tenha prejuízo.
b) Representação gráfica da função lucro e análise econômica.
Exemplo 7
q LT = 12x - 4200
4800
0 -4200
750 4800
+
Uma editora vende certo livro por R$ 60 a unidade. Seu custo fixo é R$ 10.000 e o
custo variável por unidade é R$ 40.
I. O ponto de nivelamento é de 500 livros vendidos.
II. A função lucro é L = 20q – 10.000.
III. A editora deverá vender 4.000 livros para ter um lucro igual a R$ 8.000.
As afirmações corretas são:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Análise do ponto de nivelamento
Pede-se:
a) Determinar a função LT, representar graficamente e fazer análise econômica
da função.
Exemplo 9
Representação gráfica:
Determinando a quantidade que o lucro será zero
LT = –x² + 16x – 39 (eq. do 2º grau)
(a = –1, b = 16, c = –39)
= b² – 4 · a · c
= (16)² – 4 · (–1) · (–39) = 100
b 16 100 16 10
x x
2a 2 (1) 2
x1 = 3 e x2 = 13
Então podemos construir a tabela e o gráfico de LT.
Exemplo 9
Tabela:
x LT = –x² + 16x – 39
LT = –x² + 16x – 39
1 –1² + 16 · 1 – 39 = –24
3 –3² + 16 · 3 – 39 = 0
Intervalo de variação:
3 < x < 13 5 –5² + 16 · 5 – 39 = 16
7 –7² + 16 · 7 – 39 = 24
8 –8² + 16 · 8 – 39 = 25
9 –9² + 16 · 9 – 39 = 24
11 –11² + 16 · 11 – 39 = 16
13 –13² + 16 · 13 – 39 = 0
15 –15² + 16 · 15 – 39 = -24
Exemplo 9
Representação gráfica 30
LT = –x² + 16x – 39
20
Intervalo de variação:
3 < x < 13 10 +++
Lucro (R$)
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
--- ---
-10
-20
x (quantidade)
-30
Exemplo 9
++
-- --
Exemplo 10
O custo para produção de uma determinada mercadoria tem custo fixo mensal de
R$ 1.440,00, inclui conta de energia elétrica, água, salários e impostos, e um custo
de R$ 50,00 por peça produzida.
Unidade III
O uso de funções na resolução de problemas ligados à Administração e à Economia é muito
comum, principalmente naqueles que envolvem demanda, oferta, receita, custo e lucro. Assim, uma boa
interpretação dessas funções ajuda na tomada de decisão.
A proposta nesta unidade é aprofundar seu conhecimento com abordagem em aplicações econômicas
utilizando funções de 1° e 2° grau, bem como sua interpretação gráfica.
Questão 1. Tok Tok é uma empresa de bijuterias que se preocupa com o bem–estar de seus funcionários
e clientes. Por essa razão, ela trabalha efetivamente para oferecer bons serviços. Para calcular seus gastos
semanais, a empresa utiliza uma função cuja lei de formação é dada por y = ax + b. A empresa sabe que,
se estabelecer o preço de uma pulseira por R$ 49,00 a unidade, ela conseguirá vender 15 pulseiras por
semana. Por outro lado, se cobrasse R$ 35,00 por unidade, 22 pulseiras seriam vendidas semanalmente.
Para identificarmos se a função dada é demanda ou oferta, temos que observar se as grandezas
preço e quantidade são diretamente ou inversamente proporcionais. No enunciado, é possível observar
que temos grandezas inversamente proporcionais, ou seja, quando o preço da pulseira custa R$ 49,00,
serão vendidas semanalmente 15 unidades, porém, diminuindo o preço, a venda aumenta.
Para obtenção da função, admitindo que seja linear, basta substituirmos esses pontos na função de
1° grau (y = ax + b).
(x, y) y = ax + b
(49, 15) 15 = a . 49 + b
(35, 22) 22 = a . 35 + b
63
Unidade III
15=49a+b (I)
22=35a+b (II)
Para resolver esse sistema, podemos utilizar o Método da Adição, que consiste em eliminar uma das
variáveis. Para o sistema, podemos multiplicar a primeira equação por –1:
−15 = −49a − b
22 = 35a + b
7 = −14a
a = – 0,5
Observação
O valor do a pode ser substituído tanto na equação I como na equação II. Escolhendo a equação I, temos:
15 = 49a + b
15 = 49(–0,5) + b
b = 39,50
Desta forma, a função demanda pode ser escrita como: D = –0,5P + 39,50.
Saiba mais
64
MATEMÁTICA APLICADA
D = –0,5p + 39,50
D = –0,5(43) + 39,50
D = 18 pulseiras
d) Quanto deve ser o preço a ser cobrado por pulseira para que a empresa consiga vender 30 unidades
por semana?
D = –0,5p + 39,50
30 = –,05p + 39,50
0,5p = 39,50 – 30
0,5p = 9,50
p = R$ 19,00
S = 5P – 40 e D = –3,33P + 673,33
a) Qual o preço, em dólar, que acarreta uma produção de 600 unidades para a oferta de mercado?
600 = 5P – 40
5P = 640
P = U$ 128,00
65
Unidade III
D = –3,33(121,12) + 673,33
D = 270 filmadoras
Para determinar o preço e a quantidade de equilíbrio, temos que igualar as funções demanda e oferta:
D=S
–3,33P + 673,33 = 5P – 40
–3,33P – 5P = – 40 – 673,33
–8,33P = –713,33
8,33P = 713,33
Para determinar a QE, basta escolher uma das funções e substituir o Preço de Equilíbrio na função.
D = –3,33(85,63) + 673,33
D = 388 filmadoras
Questão 3. Uma doceria que oferece uma caixa de bombom por R$ 12,00 vende 80 caixas por
semana. Em uma promoção, essa mesma caixa de bombom foi oferecida a R$10,00 e a procura aumentou
em 20% nas vendas. Pede–se:
Temos um caso de função demanda, pois, com a redução no preço, a procura aumentou. Atribuindo
quantidade no eixo do y e preço no eixo do x, temos:
(x, y) y = ax + b
(12, 80) 80 = a . 12 + b
(10, 96) 96 = a . 10 + b
66
MATEMÁTICA APLICADA
80=12a+b (I)
96=10a+b (II)
Para resolver esse sistema, podemos utilizar o Método da Adição, que consiste em eliminar uma das
variáveis. Para o sistema podemos multiplicar a primeira equação por –1:
-80=-12a-b
96= 10a+b
−80 = −12a − b
96 = 10a + b
−16 = 2a
a=–8
O valor de a pode ser substituído tanto na equação I como na equação II. Escolhendo a
equação I, temos:
80 = 12a + b
80 = 12(–8) + b
b = 176
Desta forma, a função demanda pode ser escrita por: D = –8P + 176.
Tabela 1
P D
0
0
D = –8(0) + 176
D = 176 unidades
67
Unidade III
0 = –8P + 176
8P = 176
P = R$ 22,00
Tabela 2
P D
0 176
22 0
D
400
300
200
100
P(R$)
10 20 30
–100
Sabemos que a condição para que a demanda exista é que ela seja maior que zero (D > 0).
Se D = 176 unidades → P = 0
Logo, o intervalo de variação em relação à quantidade será quantidades acima de zero e abaixo de
176 unidades (0 < D < 176).
68
MATEMÁTICA APLICADA
Se P = R$ 22,00 → D = 0
Logo, o intervalo de variação em relação ao preço será valores acima de zero e abaixo de R$ 22,00
(0 < p < 22).
d) Determine o preço que deve ser estabelecido para que seja vendida uma quantidade superior a
11 caixas de bombom.
8p > 165
P < R$ 20,65
Para se vender uma quantidade superior a 11 caixas de bombom, o preço tem que ser inferior a R$ 20,65.
Observação
Questão 4. Quando o preço de um despertador digital for dado em reais, um lojista espera oferecer
seu produto de acordo com a função S = –100 + 6p.
–100 + 6P > 0
P > R$ 16,67
69
Unidade III
b) Sabendo que a demanda local é dada por D = 140 – 2p, para que preço de mercado a oferta será
igual à demanda de mercado local? Quantos despertadores podem ser vendidos ou ofertados a esse preço?
Podemos resolver essa questão determinando o P.E, ou seja, o preço e a quantidade de equilíbrio.
D=S
140 – 2P = – 100 + 6P
–8P = – 240
8P = 240
Para determinar a QE, basta escolher uma das funções e substituir o Preço de Equilíbrio na função.
D = 140 – 2(30)
D = 80 despertadores
Primeiramente, temos que observar que o preço dado (R$23,50) é inferior ao Preço de Equilíbrio
(R$30,00).
Tabela 3
Demanda Oferta
D = 140 – 2(23,50) S = –100 + 6(23,50)
D = 93 despertadores S = 41 despertadores
Variação em relação ao Ponto de Equilíbrio 93–80 = 13 unidades (excesso) 41–80= –39 unidades (escassez)
70
MATEMÁTICA APLICADA
A mesma analogia pode ser feita para a função oferta: reduziu o preço, a oferta diminuiu em relação
à Quantidade de Equilíbrio (escassez de 39 unidades).
Questão 5. Considere a função S – 50P + 600 = 0 para P ≤ R $120,00. Para quais valores de p (preço)
não haverá oferecimento do produto? (Justifique sua resposta).
A) 0 ≤ p ≤ 12,00
B) p > R$ 600,00
E) 0 ≤ p ≤ 120,00
S – 50P + 600 = 0
S = 50P – 600
600
P>
50
P > R$ 12,00
Haverá oferta do produto para preços acima de R$ 12,00 e não haverá oferta do produto para preços
compreendidos entre 0 e R$ 12,00 (inclusive R$ 12,00, pois para P = 12, S = 0).
71
Unidade III
0 ≤ P ≤ R$ 12,00
Questão 6. A empresa Eletronics S&A trabalha no ramo da eletrônica há 3 anos com produção de
cabo genérico para celular e tablet. Neste segmento ela tem um custo fixo de produção de R$ 15.000
por mês. Se cada peça produzida tiver um custo de R$ 6,00 e o preço de venda for de R$ 10,00 por peça,
quantas peças a empresa deve produzir por mês para ter um lucro de R$30.000,00?
Função receita: R = p . q
Função custo: Ct = CF + CV
No enunciado, o custo fixo é de R$ 15.000, e o custo variável, R$ 6,00. Logo, Ct = 15000 + 6q.
L=R–C
L = 10q – 15000 – 6q
30000 = 4q – 15000
45000 = 4q
q = 11250 unidades
Logo, a empresa precisa vender 11.250 peças por mês para ter um lucro de R$ 30.000,00
72
MATEMÁTICA APLICADA
Lembrete
Ct = CF + CV
R=p.q
L=R–C
Questão 7. Sabe–se que o custo mensal fixo de uma pequena empresa é de R$ 4.800,00. Seu custo
variável é de R$ 10,00 por peça produzida e o preço de venda é de R$ 90,00 por peça.
a) Quantas peças devem ser produzidas/vendidas mensalmente para a empresa ter lucro positivo?
Função receita: R = p . q → R = 90 . q
A partir desse ponto, podemos determinar a quantidade de peças produzida/vendida para a empresa
ter lucro de dois modos:
LT = R – C
LT = 80q – 4800
73
Unidade III
80q – 4800 ≥ 0
80q ≥ 4800
4800
q≥
80
q ≥ 60 peças
R=C
80q = 4800
q = 60 peças
Lembrando que, para uma quantidade q = 60 peças (produzida/vendida), tem–se que a Receita Total
é igual ao Custo Total, portanto, não temos lucro nem prejuízo. Para que a empresa comece a dar lucro,
se faz necessário que essa quantidade seja superior a 60 peças (q > 60 peças).
Lembrete
Construindo o gráfico:
q RT = 90 . q CT = 4800 + 10q
0 RT = 0 CT = 4800
74
MATEMÁTICA APLICADA
Representação gráfica:
y
20000
Função receita
100
x
200
Função custo
–20000
Questão 8. Felipe é vendedor estagiário recém–contratado em uma loja de sapatos especializados para
tratamento ortopédico. Seu salário inicial, durante os três primeiros meses, é composto de um valor fixo
mais as comissões sobre as vendas realizadas no mês. A loja em que ele trabalha calcula seu salário por
meio de uma função cuja lei de formação é y = ax + b, estabelecendo como fixo o salário mínimo, que
corresponde a R$ 970,00 e R$ 2,50 o valor em função da quantidade de sapatos vendido por mês. Quanto
Felipe receberá no final do seu estágio, sabendo que no mês suas vendas totalizaram 250 sapatos?
A) R$ 1595,00
B) R$ 1220,00
C) R$ 3660,00
D) R$ 4785,00
E) R$ 977,50
Observe que o texto fala sobre valor fixo e valor variável. Podemos, então, escrever a função salário
como sendo:
Para uma venda mensal de 250 sapatos, o salário do Felipe passa a ser:
S(x) = R$ 1.595,00
S(x) = R$ 4.785,00
Questão 1. Dona Mercedes, dona de uma barraca de pastéis numa feira no centro da cidade de São
Paulo, constatou que a quantidade diária (x) de pastéis vendidos aos domingos variava de acordo com
o preço unitário de venda (p). Considerando que a relação quantitativa entre essas variáveis pode ser
dada por D = 2p2 – 4p + 160, onde p é o preço por unidade e D é a demanda ou procura de mercado
correspondente, pede–se:
A função dada por D = 2p2 – 4p + 160 é uma função quadrática em que a < 0, ou seja, ela tem
concavidade voltada para baixo.
P D
0
0
Fazendo P = 0
D = 2p2 – 4p + 160
D = 160 unidades
Fazendo D = 0
76
MATEMÁTICA APLICADA
∆ = 1296
− ( −4 ) ± 1296
p=
2 ( −2)
p’ = 8 e p” = – 10
Tabela 6
P D
0 160
p' = 8 e p" = – 10 0
−b
xv =
2a
− ( −4 )
xv =
2 ( −2)
xv = –1
-∆
yv =
4a
-1296
yv =
4 (-2)
-∆
yv =
4a
PM = (–1, 162)
77
Unidade III
Representação gráfica:
P
–10 –1 0 8
b) O preço máximo que pode ser estabelecido para a venda dos pastéis.
Como a condição de existência da demanda é P > 0, então o preço a ser analisado será R$ 8,00.
Se P = R$ 8,00 → D = 0
Logo, o preço máximo que deve ser colocado para a venda dos pasteis tem que ser inferior a R$ 8,00,
ou seja, 0 ≤ p ≤ 8.
No gráfico, é possível observar, no eixo da quantidade, que a região de interesse econômico está
compreendida entre zero e 160 unidades, e não entre zero e 162 unidades.
Se D = 160 unidades → P =0
78
MATEMÁTICA APLICADA
Se D > 160 unidades → haverá P < 0 até 162 unidades e, acima deste valor, não haverá interpretação,
pois o PM é em 162 unidades.
Desta forma, a quantidade de pastéis que pode ser vendida deve variar entre valores acima de zero
unidades e abaixo de 160 (0 < D < 160).
Lembrete
Sinal da função:
ax2 + bx +c = 0
Método de Bhaskara:
∆ = b2 – 4 . a .c
-b± ∆ x’ e x”
x=
2a
Determinação Ponto Máximo (PM) ou Ponto de Mínimo (Pm) da função:
−b
xv =
2a
-∆
yv =
4a
Questão 2. Suponha que a receita total para a venda de “q” unidades de um tênis em uma loja de
departamento esportivo seja R(q) – 2q4 + 1000q. Calcule o preço que deve ser colocado no tênis para
que a loja obtenha receita máxima.
79
Unidade III
Para determinar o preço, precisamos, primeiramente, determinar a quantidade de tênis a ser vendido
que torna a receita máxima e também a receita máxima.
Para isso, podemos calcular as coordenadas do Ponto Máximo da função (xv, e yv).
Cálculo x do vértice:
−b
xv =
2a
−1000
xv =
2 ( −2)
xv = 250 unidades (quantidade que deve ser vendida para que a Receita seja máxima)
Cálculo do y do vértice:
-∆
yv =
4a
yv =
(
− b2 − 4ac )
4a
− (1000) − 4 ( −2) . ( 0)
2
yv =
4 ( −2)
Lembrando que R = p . q, basta substituir os valores da receita e da quantidade para determinar o preço.
125.000 = p . 250
125.000
p=
250
p = R$ 500,00
Questão 3. A empresária Maria Fulô é dona de uma confecção de roupas infantis. Com a ajuda de uma
consultoria, ela verificou que poderia ofertar um dos seus produtos, shorts e bermudas masculinas, por
meio da função S = 2P2 – 2450 e estabeleceu que o preço dos produtos não poderia ultrapassar R$ 75,00.
80
MATEMÁTICA APLICADA
a) Determine o menor preço que deve ser estabelecido para a empresária iniciar sua oferta.
2450
P2 >
2
P2 > 1225
P > 1225
P > R$ ± 35,00
Como economicamente só interessa preço positivo, podemos dizer que o preço que deve ser
estabelecido pela empresária deve ser maior que R$ 35,00 (P > R$ 35,00).
P S
0
0
75
Para S = O
P > R$ ± 35,00
Neste caso, não iremos utilizar a resolução por Bhaskara, uma vez que o cálculo já foi realizado no
item a deste exercício.
Para P = O
S = 2(0)2 – 2450
81
Unidade III
S = –2450
Para P = R$ 75,00
S = 2(75)2 – 2450
S = 8800 unidades
P(R$) S (unidades)
35,00 0
0 –2450
75,00 8800
y
1000
500
p
–40 –20 20 40
–500
–1000
–1500
–2000
–2500
Questão 4. Uma oficina que fabrica um tipo de suporte para TV tem custo fixo de R$ 640,00 por
mês, e o custo de produção de cada suporte é de R$ 6,00. A demanda para esse tipo de suporte é
calculada pela função D = 58 – P.
a) Determine a quantidade de suportes que a oficina precisa vender para atingir a receita máxima.
Isolando P em função de D:
D = 58 – P
82
MATEMÁTICA APLICADA
P = 58 – D
Substituindo em RT = P . D
RT = (58 – D) . D
RT = –D2 + 58D
Para calcular a quantidade de suportes que devem ser vendidos para atingir a Receita Total máxima,
basta calcular o x do vértice da função.
−b
xv =
2a
-58
xv =
2 (-1)
xv = 29
A) 23 < q < 30
B) 23 < q < 26
C) 23 < q < 36
D) 0 < q < 36
E) 26 < q < 36
Para uniformização de nomenclatura, iremos trocar o “D” por “q” na função receita:
RT = –q2 + 58q
83
Unidade III
L=R–C
Considerar L = 0
∆ = b2 – 4 . a .c
∆ = 144
-b± ∆
q=
2a
− (52) ± 144
q=
2 ( −1)
-52±7
q=
-2
q’ = 22,5 e x” = 29,5
x
50 15 20 25 30 35 40 45
–50
–100
–150
–200
–250
–300
84
MATEMÁTICA APLICADA
II – Produzir e vender mais de 550 unidades, embora gere receita, resulta em prejuízo.
III – A empresa não terá prejuízo se produzir e vender menos de 150 unidades.
VI – Quando a empresa atinge a receita máxima, seu lucro máximo será de R$ 1.125,00.
Podemos afirmar:
Q R
0
0
85
Unidade III
Para Q = 0
Para R = 0
Tabela 10
Q R
0 0
q' = 0 e q" = 800 0
Tabela 11
q Rmáx
−b -∆
xv = yv =
2a 4a
−24 -576
xv = = 400 yv = =4200
2 ( −0,03)
4. (-0,03)
86
MATEMÁTICA APLICADA
R(x)
4.800
x
0 400 800
Q L
0
0
Para q = 0
Para L = 0
q’ = 150 e q” = 550
87
Unidade III
Tabela 13
Q L
0 –2475
q' = 150 e q" = 550 0
Tabela 14
q Lmáx
−b -∆
xv = yv =
2a 4a
−21 -144
xv = = 400 yv = =1200
2 ( −0,03)
4. (-0,03)
L(x)
1.200
x
0 150 350 400
Justificativas:
I – Afirmativa falsa: a receita máxima (Rmáx = R$ 4.800,00) será obtida quando a quantidade for igual
a 400 unidades
88
MATEMÁTICA APLICADA
II – Afirmativa verdadeira: verifique na figura a seguir que, se a quantidade produzida ou vendida for
superior a 550 unidades, o lucro será negativo.
4.800
4.725
1.200 R(x)
1.125
L(x)
550 x
0 150 350 400 800
III – Afirmativa falsa: ela terá prejuízo. Para uma quantidade inferior a 150 unidades o Lucro é negativo.
IV – Afirmativa falsa: o lucro será máximo (R$ 1200) quando forem vendidas 350 unidades.
VI – Afirmativa falsa: esse lucro não é o lucro máximo. O lucro máximo só será obtido quando q =
350 unidades.
Resumo
89
Unidade III
90
REFERÊNCIA
LAPA, N. Matemática aplicada: uma abordagem introdutória. São Paulo: Saraiva, 2014.
SISTEMAS DE equações do primeiro grau com duas incógnitas. Matemática didática, 2018. Disponível
em: <http://www.matematicadidatica.com.br/SistemasEquacoesPrimeiroGrauDuasIncognitas.aspx>.
Acesso em: 4 jun. 2018.
91
92
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
UNIDADE III
Matemática Aplicada
y = ax + b
y
a = coeficiente angular x y = ax + b
0
a > 0 função crescente
0
a < 0 função decrescente
b = coeficiente linear y
0 x
y
y
0 x
0 x
0 x
Demanda oferta e ponto de equilíbrio
Tok Tok é uma empresa de bijuterias que se preocupa com o bem-estar dos seus
funcionários e clientes. Por essa razão, ela trabalha efetivamente para oferecer
bons serviços. Para calcular seus gastos semanais utiliza uma função cuja lei de
formação é dada por y = ax +b, em que y é a quantidade e x, o preço.
Pede-se:
a) Identifique a função econômica.
b) Obtenha a função, admitindo que ela seja linear.
c) Qual a previsão de venda semanal caso a pulseira passe a custar R$ 43,00?
d) Quanto deve ser cobrado por pulseira para que a empresa consiga vender 30
unidades por semana?
e) Identificar as condições para que ocorra demanda ou oferta.
f) Representação gráfica.
g) O que aconteceria com a venda semanal se o preço
fosse superior a R$ 59,00?
Exemplo 1: função demanda
Preço Quantidade
49,00 15
35,00 22
Função demanda q = -a p + b.
Exemplo 1: função demanda
Resolver o sistema:
Exemplo 1: função demanda
Resolver o sistema:
(49, 15) → 49. a + b = 15 (I)
(35, 22) → 35.a + b = 22 (II)
1 passo: método da adição:
49. a + b = 15 (x-1)
35.a + b = 22
7 = -14.a a = -0,5
2 passo: substituindo a em (I)
49.(-0,5) + b = 15
-24,50 + b = 15 b = 39,50
D = -0,5P+ 39,50
Exemplo 1: função demanda
d) Quanto deve ser cobrado por pulseira para que a empresa consiga vender 30
unidades por semana?
D = -0,5P+ 39,50
30 = -0,5. P + 39,50
0,5. P = 39,50 - 30
P = 9,50 / 0,5 p = R$ 19,00
A empresa deve cobrar R$ 19,00 por pulseira.
Exemplo 1: função demanda
Variáveis discretas:
ex.: móveis ou eletrodomésticos esses produtos são compatíveis com
quantidades inteiras.
Variável contínua:
ex.: a empresa pode fabricar um produto líquido (52,5
litros) ou em pó (2,75 kg) e assim por diante esses
produtos são compatíveis com quantidades decimais.
Exemplo 1: função demanda
f) Representação gráfica
Demanda: q
D = -0,5.P + 39,50 P (R$) D
40
0,00 39,50
79,00 0
0
79,00 Preço: R$
Exemplo 1: função demanda
P (U$) D P (U$) D
0,00 0,00 673
0 202,20 0
Portanto:
0 < P < U$ 202,20
0 < D < 673
Exemplo 2: função demanda, oferta e PE
P (U$) S P (U$) S
0,00 0,00 -40
0 8,00 0
Portanto:
P > U$ 8,00
S>0
Exemplo 2: função demanda, oferta e PE
Determinando QE
S = 5.P - 40
S = 5.(85,63) - 40
S = 428,15 – 40 S = 388 filmadoras (QE)
Exemplo 2: função demanda, oferta e PE
e) Representação gráfica
DeS
P (U$) D = -3,33P + 673,33
0,00 673
673
202,20 0
P (U$) S = 5P - 40
0,00 -40
8,00 0 388
388
Escassez de Oferta
Receita quantia total que a firma recebe pela venda de uma quantidade
de produtos.
R = p.x (“p” pode ser ou não fixo)
Custo quantia que a empresa gasta pagando pelos insumos de produção
CT = CF + CV
Lucro Receita – Custo
Ponto de nivelamento equilíbrio entre as funções receita e custo.
Exemplo 3
O dono de uma barraca de doces verificou que a receita total diária para a venda
de bolos em um dia de quermesse é de R$ 300,00. Sabendo que o preço de
venda por unidade é de R$ 20,00 e ele não quer ultrapassar a venda em 25
unidades, quantos bolos a mais ele precisa vender para aumentar sua receita
total diária em 40%? Represente a função receita total.
RT = p. q RT = 20.q 0 q 25 (p é fixo)
Para aumentar a receita diária em 40%
RTinicial = R$ 300,00 RT40% = R$ 420,00
Cálculo da quantidade para RT40%
RT40%= 20.q
420 = 20.q 420 / 20 = q
q = 21 unidades
Exemplo 3
Representação gráfica
RT (R$) q (unid) R = 20.q (R$)
0 0,00
RT = 20.q 0 q 25
25 500,00
500
0 25 q (quantidade)
Exemplo 4
Opções:
1) Ponto de nivelamento.
2) Função lucro.
Exemplo 4
1) Ponto de nivelamento
R=C
90q = 4800 + 10q Análise:
q = 60 peças R = C não tem lucro nem prejuízo
80q = 4800
q < 60 peças C > R prejuízo
q = 60 peças q > 60 peças C < R lucro
2) Função lucro
LT= R – C LT > 0
LT = 90q – (4800 + 10q) 90q – 4800 > 0
90q = 4800
LT = 90q – 4800 – 10q
q = 4800 / 90
LT = 90q – 4800 q > 60 peças
q CT = 4800.q+10.q
Análise:
0 4.800 5400 q = 60 peças R = C
q < 60 peças C > R
4800 q > 60 peças C < R
0 60 q (quantidade)
Exemplo 5
LT
q LT = 4q - 15000
0 -15.000
3750 0
+
a) 464.
b) 16.
c) 980.
d) 482.
e) 895.
Função 2 grau para modelos econômicos
y = ax2 + bx + c
y
a = coeficiente angular
a < 0 função CVB
a > 0 função CVC
0 x
y
0 x
Função 2 grau para modelos econômicos
y = ax2 + bx + c
y PM y
Determinação das raízes: y = 0
ax2 + bx + c = 0
Báskara
∆= 𝑏 2 − 4. 𝑎. 𝑐
0 x 0 x
−𝑏± ∆
𝑥= x’ e x’’
2.𝑎
Pm
Ponto máximo/mínimo
Xv = -b
2.a
Yv = -
4.a
Função 2 grau para modelos econômicos
Dona Mercedes, dona de uma fábrica de uma barraca de pastéis em uma feira no
centro da cidade de São Paulo, constatou que a quantidade diária (x) de pastéis
vendidos aos domingos variava de acordo com o preço unitário de venda (p).
Considerando que a relação quantitativa entre as variáveis pode ser dada por
D = -2p2-4P+160, em que P é o preço por unidade e D é a demanda ou procura de
mercado correspondente, pede-se:
Exemplo 7
b) O preço máximo que pode ser estabelecido para a venda dos pastéis.
b) O preço máximo que pode ser estabelecido para a venda dos pastéis.
Condição de existência da demanda: P > 0
-2P2 -4P + 160 > 0 (a = -2, b = -4, c = 160)
Báskara
∆= (−4)2 −4. −2 . 160 = 1296
−(−4)± 1296 −(−4)± 1296
𝑃= 𝑃=
2(−2) 2(−2)
p’ = 8 e p’’ = -10
Preço máximo de R$ 8,00
Exemplo 7
c) Representação gráfica D
D = -2P2 -4P + 160 PM
162
P D
P D
0 160 160
0
P=8 0
0
P = -10
160
10 -1 0 8 P
Exemplo 8
a) Determine o menor preço que deve ser estabelecido para a empresária iniciar
sua oferta.
Sabemos que haverá oferta quando S > 0
2P2 – 2450 > 0
2P2 > 2450
P2 > 2450 / 2 P2 > 1225 P > 1225 P > R$ 35,00
Logo, P > R$ 35,00
Exemplo 8
c) Representação gráfica S
S = 2P2 – 2450, 0< P < 75,00 8800
P S P S
0 0 -2450
35,00 35,00 0
75,00 75,00 8800
0
35 75 P
-2450
Exemplo 8
Dada as funções D = 81 – P2 e S = P2 – P – 6.
Dada as funções D = 81 – P2 e S = P2 – P – 6.
a) Determinar o preço e a quantidade de equilíbrio.
Ponto de equilíbrio: D = S
∆= (1)2 −4. −2 . 87
81 – P2 = P2 – P – 6 = 697
81 – P2 – P2 + P + 6 = 0 𝑃=
−(1)± 697
𝑃=
1±26,40
2(−2) −4
– 2P2 + P + 87 = 0
P’= -6,85 e P’’= 6,35
S = P2 – P – 6
P S = P2 – P – 6 P S = P2 – P – 6
0 0 -6
0 -2 e 3 0
Exemplo 8
c) Representação gráfica
P D = 81 - P2 D,S 81
Demanda
0 81
-9 e 9 0
P S = P2 – P – 6 Oferta
0 -6
41
-2 e 3 0
35 75
0 P
3
P.E = R$ 6,35
Interatividade
a) P > R$ 9,70.
b) P < R$ 9,70.
c) P > R$ 20,44.
d) P < R$ 20,44.
e) P < R$ 25,98.
Exemplo 9
Suponha que a receita total para a venda de “q” unidades de um tênis em uma
loja de departamento esportivo seja R(q) = -2q2 + 1000q.
a) Qual será o valor da receita se forem vendidos 100 unidades de tênis?
b) Quantos tênis devem ser vendidos para que a loja tenha uma receita máxima?
c) Determine a receita máxima.
d) Calcule o preço que deve ser colocado no tênis para que a loja obtenha
receita máxima.
e) Represente graficamente a função receita.
Exemplo 9
b) Quantos tênis devem ser vendidos para que a loja tenha uma receita máxima?
Função dada: R(q) = -2q2 + 1000q (a = -2 b = 1000 e c = 0)
Para determinar a quantidade que torna a receita máxima xv
−𝑏 RT
𝑥𝑣 =
2𝑎 yv
−1000
𝑞= → 𝑞 = 250 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
2(−2)
Devem ser vendidos x 250 tênis para a receita ser máxima.
q
xv
Exemplo 9
q
xv
Exemplo 9
d) Calcule o preço que deve ser colocado no tênis para que a loja obtenha
receita máxima
Substituir xv e yv na função R = p.q
xv = q = 250 unidades RT
Yv = Rmáx = R$ 125.000
yv
R = p.q
125.000 = p. 250 p = 125.000 / 250 p = R$ 500,00
q
xv
Exemplo 10
Uma oficina que fabrica um tipo de suporte para TV tem custo fixo de R$ 640,00
por mês, e o custo de produção de cada suporte é de R$ 6,00. A demanda para
esse tipo de suporte é calculada pela função D = 58 – P.
a) Determine a quantidade de suportes que a oficina precisa vender para atingir
receita máxima.
b) Determine a receita máxima.
c) O intervalo em que o lucro é positivo.
d) Determinar o lucro máximo.
e) Representar graficamente as funções receita e lucro
e interpretar.
Exemplo 10
RT = -D2 + 58D
0 0
0 e 58 0 841
29 58 q
Exemplo 10
RT = -D2 + 58D
LT= -q2 + 52q -640
Interpretação das funções receita e lucro
Dada as funções RT= -0,02q2 + 24,4q e LT= -0,02q2 + 22,2q – 3.196q, em que q é
quantidade de peças produzidas e vendidas. É incorreto afirmar: