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1 DA ÉTICA EM GERAL
Introdução: Ética dos Advogados
O advogado deve zelar pela cultura ética e moral de sua atividade. Lembre-se que o
advogado deverá ser exemplo para os demais, assim como as demais carreiras jurídicas
também deverão ser e zelar pela boa conduta. Antes de mais nada ser advogado é ser auxiliar
da justiça.
Assim o que se espera dos novos e futuros advogados será sempre uma conduta
ilibada, prestigiando o que a nossa Carta Maior nos proporcionou: ser essencial para a
administração da justiça.
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Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/7906/A-etica-na-advocacia>. Acesso em
10/02/2016.
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Mas afinal de contas, quais são as atividades privativas dos advogados? O que os
mesmos poderão realizar praticamente em exclusividade? Reza à Lei 8.906/94 sobre:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 21
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Quanto ao artigo primeiro cabe apenas uma ressalva: o seu inciso I, no tocante a
palavra “qualquer”, foi objeto de questionamento por intermédio da ADIN 1.127-8, onde a
mesma fora parcialmente aceita tendo-se decidido que o advogado não terá acesso à todo e
qualquer ato emanado pelo Poder Judiciário, tendo em vista, por exemplo, a necessidade de
se salvaguardar direitos superiores.
Vale ressaltar ainda que em caso da prática de atividades privativas dos advogados por
pessoa que não tenha habilitação para tanto, constituirá tal atividade de exercício ilegal da
profissão, cabendo inclusive responsabilidade criminal contra aquele que praticou tal ato.
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exemplo trabalha para uma incorporadora de imóveis, o mesmo não poderá prestar serviços
para terceiros. Sobre isto leciona com probidade Marco Aurélio Marin3:
Por fim, no tocante a atividade do advogado, duas outras questões são importantes de
serem ressaltadas:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 24
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O Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil leciona uma série de direitos que terão
os advogados quando da efetiva prestação de seus serviços. Outrossim tais direitos
inicialmente servem igualmente para preservar íntegros os direitos das pessoas físicas e
jurídicas que são defendidas e passam a ter voz dentro de um processo, por exemplo, através
das manifestações de um advogado.
Assim, de acordo com a legislação vigente é importante dizer que a regra é: é inviolável
o escritório/local de trabalho do advogado, assim como todos os seus instrumentos
necessários para à realização de seu labor.
Esta inviolabilidade não será para sempre, ou seja, existe exceção para que seja
“quebrada”. Tais regras de quebra da inviolabilidade foram previstas no §6º e §7º do artigo
7º do Estatuto, introduzidas através das alterações previstas na Lei 11.767/2008.
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Logo se o advogado estiver cometendo crime ou indícios de, poderá ter a sua
inviolabilidade quebrada. Sobre a presente quebra de inviolabilidade, leciona Marco Aurélio
Maurin4:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 28.
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É cediço que o uso da retórica é uma das grandes ferramentas dos advogados. Inclusive
por isto o artigo 7º da lei 8.809/94 enumera e concede tal prerrogativa em inúmeros atos dos
advogados.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 32.
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No que tange ao item D do que acima citado, eis que o STF declarou a
inconstitucionalidade desse inciso, portanto não sendo mais possível a aplicável desta
prerrogativa.
Vale ressaltar que tal interpretação, deste acesso à justiça, sempre deverá ser
considerado de maneira mais ampla possível, poderá ficar de pé ou sentado e inclusive se
retirar sem qualquer espécie de autorização para tanto.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 36.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 37.
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Igualmente cabe ressaltar que não é para toda e qualquer ofensa que ocorrerá o
desagravo público. Sempre a ofensa deverá estar ligada ao exercício de cargo/função junto a
Ordem dos Advogados do Brasil ou em razão do exercício efetivo da atividade profissional (ser
advogado).
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 32.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 32.
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A primeira regra básica no tocante aos direitos dos advogados é saber que não existe
qualquer grau de hierarquia entre advogado, juiz, promotor e delegado de polícia, por
exemplo. Deverão ter tratamento recíproco e respeitoso. Isto também deverá ser incluído aos
servidores públicos.
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Para ser advogado se faz necessário a inscrição junto aos quadros da Ordem dos
Advogados do Brasil. Outrossim para que seja realizada a inscrição, ou seja, para que possa
ter o documento hábil à fim de exercer as atividades privativas de um advogado é necessário:
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Vale ressaltar e torna-se importante observar: por tratar-se de ato solene, a prestação
de compromisso perante ao conselho é ato indelegável, ou seja, não poderá ser delegado à
terceiro.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 46.
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Inicialmente cabe referir que: não existe necessidade de ser estagiário para obtenção
da Carteira da OAB. Entretanto, o que ocorre em todos os cursos do Brasil, é a possibilidade
(obrigação) da realização de estágios profissionais à fim de que na própria instituição de
ensino os alunos, mediante supervisão, possam colocar na prática seus conhecimentos
técnicos.
Por fim, e não menos importante, aponta-se quais são os requisitos necessários para a
inscrição como estagiário na Ordem dos Advogados do Brasil. Ressalta-se: tal inscrição em
nada tem a ver com a participação em programas de estágios profissionais que são realizados
dentro das instituições de ensino. Aqui trata-se, simplesmente, da inscrição como estagiário.
São os requisitos legais:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 48.
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II) Outrossim acaso o advogado tenha mais de 5 (cinco) ações judiciais por ano,
em localidade diversa do seu Estado-Membro, o mesmo deverá realizar
inscrição suplementar.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 52.
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Além da transferência, outra situação poderá ocorrer com o advogado inscrito na OAB
que é o licenciamento. O licenciamento trata-se da suspensão temporária da inscrição, que
ocorrerá via de regra: pela assunção de cargo público ou transferência para outro país.
Outrossim para que seja realizado o licenciamento será necessário atender aos
requisitos do art. 12 do Estatuto da OAB:
Por fim, reza o artigo 11 do Estatuto da OAB que poderá ocorrer o cancelamento da
inscrição na OAB. Leciona tal artigo que:
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aquele que sofrer penalidade de exclusão, poderá retornar aos quadros desde que esteja
acompanhado das provas de reabilitação. Sofre isto afirma Marin13:
Uma das maiores alterações e mais recentes no Estatuto da Ordem dos Advogados
foram aqueles atinentes a Sociedade de Advogados. Outrossim é importante, para iniciar o
tema, compreendermos quais foram as alterações:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 54.
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Pode-se afirmar que a grande alteração legal fora no tocante a criação da sociedade
unipessoal de advocacia, ou seja, a sociedade formada por um só advogado. Mas porque trata-
se de um grande ganho para os advogados: eles terão vantagens fiscais no tocante ao
recebimento e declaração de honorários.
Lembre-se ainda que o registro desta sociedade unipessoal também deverá ser
realizado na OAB. Outrossim este um advogado não poderá estar em mais de uma sociedade,
estar em mais de uma sociedade unipessoal e estar em uma sociedade normal e uma
sociedade unipessoal ao mesmo tempo.
Vale ressaltar que existirá a possibilidade para que este advogado abra uma filial para
a sociedade individual.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 63.
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Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por
este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos
advogados empregados.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 64.
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Sobre o artigo acima citado, duas questões são de extrema importância para serem
trabalhadas. A primeira diz respeito aos honorários de advogado d’ativo (espécie de
voluntariado): estes honorários são devidos pelo Estado e pagos pelo respectivo ente público,
mas, entretanto, atualmente não representam valores condizentes ao que estabelecido na
Tabela da OAB. Vale ressaltar ainda que as Seccionais Estaduais não têm medido esforços para
tentar aumentar os valores estabelecidos no tocante aos d’ativos.
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Importante ainda salientar no tocante aos honorários contratuais é que valerá aquele
que está definitivamente escrito através de contrato. Entretanto acaso não ocorra a
instrumentalização, o valor dos honorários será aquele definido na Tabela Geral.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 68.
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Por fim, no tocante a prescrição dos honorários, cabe trazer o que lecionado no artigo
25 do Estatuto da Advocacia:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 75.
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É cediço que todo o advogado deverá exercer sua atividade de maneira leal, atendendo
aos interesses do seu cliente, sem descuidar-se da ética, do conteúdo legal e acima de tudo
da moral. Lembre-se que o advogado é um auxiliar da justiça, portanto também deverá zelar
pela mesma.
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Importante dizer que muito embora o advogado esteja aliado ao caso de seu cliente,
ele tem o dever de zelar pela justiça acima de tudo, portanto não podendo, por exemplo,
ingressar com lide temerária. Sobre o presente fato leciona Marin18:
“Isso não quer dizer que pode ele agir contra o Estado de Direito ou
contra a letra da lei, propondo, por exemplo, uma lide temerária.
Neste caso, desde que coligado com a parte para lesar alguém, o
advogado será solidariamente responsável com seu cliente.”
Ademais para que o advogado possa exercer seu trabalho, agora já adentrando ao
Código de Ética, é necessário que o mesmo preencha os requisitos do artigo 2º da lei citada:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 79.
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Assim o advogado deve zelar por sua profissão, pelos seus representados, pela justiça
e acima de tudo pela norma legal. A ética é obrigação de todo profissional, independente de
sua classe.
Vale dizer ainda que tais deveres éticos não são meras sugestões de prosseguimento
e carreira. Na realidade são institutos legais que acaso sejam descumpridas irão gerar para o
profissional infração disciplinar.
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Por fim, ainda poderíamos dizer que dentro destes padrões/deveres éticos do
advogado, o mesmo deverá (sim, dever) manter—se atualizado, estudando os novos
mandamentos normativos à fim de prestar seu labor com a máxima qualidade. Daí a grande
defesa a realização de um Exame da Ordem permanente, à fim de que obrigue aos advogados
passarem por uma reciclagem. Sobre isto, leciona Marin19:
Talvez um dos grandes triunfos do advogado e que deverá para sempre ser mantido é
a sua independência profissional. Um profissional jamais poderá ser coagido ou ameaçado à
fim de que não possa atuar de maneira independente, conforme os ditames legais e
atendendo aos interesses de seu cliente.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 85.
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Lembre-se que será sempre o advogado e ninguém mais que deverá optar pelo
caminhos mais favorável e seguro para seu cliente. Será o advogado a pessoa adequada para
escolher o melhor caminho para seu constituído.
Por fim, ainda no tocante a independência, nunca é demais salientar que o advogado
não poderá constituir cliente, quando seus interesses particulares/ou de outrem, vierem
colidir com o interesse desde que deseja agora constituir. A causa deverá ser independente,
sempre.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 86.
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E deste dever de cuidado do advogado é que surge a teoria da perda de uma chance.
Teoria esta que vêm sendo adotado em algumas decisões do Superior Tribunal de Justiça,
vindo a condenar o advogado inclusive pela perca de uma chance de vitória ao seu cliente.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 87.
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Sabemos que a contratação de um advogado passa e para sempre passará pela relação
de confiança existente entre advogado e cliente. Tal relação jamais será definida pelo tempo,
mas sim pela qualidade da mesma. Tanto é verdade que costumasse afirmar que onde perde-
se a confiança, o contrato deverá ser logo rescindido. Afirma o artigo 18º do Código de Ética
da OAB: “O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo, salvo se
o contrário for consignado no respectivo instrumento.”.
Devido a esta relação de confiança é que o advogado, nos exatos termos do art. 9º do
Código de Ética e Disciplina.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 89.
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Tal vínculo, é importante que seja dito, não se desfaz à partir do encerramento da
demanda, mas sim por mais 2 anos, sob pena de infringir o dever de lealdade para com seu
cliente.
Mas à partir de quando inicia-se a relação entre cliente e advogado? Cuidado eis que
muitos compreendem insistir que o início da relação se constitui através de contrato.
Entretanto, conforme doutrina e jurisprudência majoritária, a relação cliente X advogado
inicia-se a partir da outorga da procuração.
E como ocorrerá a finalização deste contrato (relação) advogado e cliente. Uma das
formas de extinção será por meio da renúncia. Sobre a renúncia leciona Marin23:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 90.
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Ademais outra forma de extinção é a revogação. Tal ato será realizado por meio da
vontade do cliente. Mas lembre-se: tal revogação não exonera o cliente ao pagamento dos
honorários. Tal regra está estabelecida no art. 17 do Código de Ética e Disciplina:
Por fim e importante que seja dita a terceira forma de extinção do mandato: é o
substabelecimento sem reserva de poderes, ou seja, a entrega (abandono) da causa para
outro procurador sem a reserva de quaisquer poderes ao antigo. Outrossim para que seja
realizado e tenha validade tal ato, se faz necessário o conhecimento do cliente.
O advogado deverá ter respeito tanto ao seu cliente quanto aos demais colegas
advogados. Portanto ele jamais deverá aceitar procuração daquele cliente, por exemplo, que
já constituiu outro procurador (salvo por medida urgente e relevante).
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O advogado tem o dever de guardar sigilo sobre todas as informações que lhe foram
trazidas pelo cliente. Veja que a lei leciona inclusive que tal sigilo é matéria de ordem pública,
não sendo necessário, portanto a reserva e/ou solicitação por parte de qualquer um dos
contratantes.
Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que
tome conhecimento no exercício da profissão.
Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o
advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções
desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de
solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente.
§ 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer
natureza entre advogado e cliente.
§ 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador,
conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional.
Por fim, no tocante ao sigilo duas outras questões são de extrema importância para
serem abordadas: (I) inicialmente cabe dizer que o advogado somente poderá quebrar o sigilo
em situações excepcionais, inclusive aquelas que o mesmo é colocado em risco em razão da
função. (II) o advogado não será obrigado à depor, em qualquer instância, sobre fatos que
tenha conhecimento mediante relação de confiança com cliente.
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Outrossim é importante frisar que para análise de tal vulnerabilidade pouco importa
se o advogado é particular (privado) ou exerce a advocacia através do serviço público.
A publicidade foi uma das principais motivações para a criação de um Novo Código de
Ética. Inicialmente cabe informar que a publicidade na advocacia, conforme artigo 39, "caráter
meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar
captação de clientela ou mercantilização da profissão”.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 103
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Outra questão importante lecionada pelo Novo Código de Ética foi a proibição do
procurador que escreva nos meios de comunicação social (inclui-se portanto redes sociais) de
induzir ao leitor que venha ao judiciário litigar, assim como não poderá destinar a sua escrita
para a captação de novos clientes.
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O Estatuto da Advocacia fez constar de seu texto uma série de infrações disciplinares
que não são submetidas à interpretação dos Conselhos, nem tampouco podem analisadas ao
livre critério do ínclito julgador.
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Por fim, no que tange a reabilitação é importante frisar que quando da pena disciplinar
resultar em crime, o pedido de reabilitação também dependerá de uma reabilitação criminal.
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A primeira questão que é salutar informar é que de acordo com o artigo 44 (acima
exposto) a finalidade da OAB deverá ser cumprida tanto pelo Conselho Federal, quanto pelas
Seccionais e as demais Subseções. Portanto é correto afirmar que para o cumprimento da
finalidade o modo de atuação é integrado, obviamente respeitando a competência de cada
um destes.
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Ademais a questão patrimonial da OAB não está disposta no Estatuto, mas sim no
Regulamento Geral. Ocorre, portanto, que o Regulamento Geral se ocupou dessa tarefa
determinando que:
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Por fim, através de que maneira a OAB arrecada fundos para ter este patrimônio, por
exemplo? A regra é que esta arrecadação será realizada mediante a anuidade cobrada dos
advogados, assim como na obtenção das quantias referentes à realização do Exame da Ordem.
Sobre isto, leciona o Estatuto da OAB:
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Já no que tange a atuação institucional, inicialmente cabe salientar que a Ordem dos
Advogados não mantém qualquer espécie de vínculo com a administração pública. Lembre-se
que a atuação da OAB deverá sempre ser autônoma, imparcial e livre de qualquer
partidarismo político e social.
Por isto, podemos lecionar inúmeros direitos pertencentes a Ordem dos Advogados do
Brasil, tais como:
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Por fim, ainda sobre a atuação institucional da OAB é importante trazer a lição de
Marin25:
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 118.
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Sobre o artigo acima é importante ressaltar que os ex-presidentes não tem poder de
voto nas sessões, mas sim somente poder de participar e emitir opiniões sobre os assuntos
debatidos em sede de Conselho. Tal questão também serve para os Presidentes das Seccionais
conforme artigo 52 do mesmo Estatuto.
Por falar em participação e voto, como se realiza tais aspectos de acordo com o
Estatuto:
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Diante do que exposto acima é importante novamente frisar e inclusive para eleição
de Diretoria de Conselho que os membros vitalícios, ou seja, os ex-presidentes não poderão
votar.
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Por fim é importante ressaltar que tal diretoria, de acordo com o artigo 55 do presente
Estatuto “é composta de um Presidente, de um Vice-Presidente, de um Secretário-Geral, de
um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro.”
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Por fim, é importante ainda dizer que os membros e inclusive Presidente do Tribunal
de Ética serão eleitos na primeira sessão ordinária após a posse do Conselho Seccional. Vale
ressaltar que para a eleição destes membros observo as mesmas regras de eleição do
Conselho Seccional.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 123.
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Art. 60. A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa
sua área territorial e seus limites de competência e autonomia.
§ 1º A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais
municípios, ou parte de município, inclusive da capital do Estado,
contando com um mínimo de quinze advogados, nela
profissionalmente domiciliados.
§ 2º A Subseção é administrada por uma diretoria, com atribuições e
composição equivalentes às da diretoria do Conselho Seccional.
§ 3º Havendo mais de cem advogados, a Subseção pode ser
integrada, também, por um conselho em número de membros fixado
pelo Conselho Seccional.
§ 4º Os quantitativos referidos nos §§ 1º e 3º deste artigo podem ser
ampliados, na forma do regimento interno do Conselho Seccional.
§ 5º Cabe ao Conselho Seccional fixar, em seu orçamento, dotações
específicas destinadas à manutenção das Subseções.
§ 6º O Conselho Seccional, mediante o voto de dois terços de seus
membros, pode intervir nas Subseções, onde constatar grave
violação desta lei ou do regimento interno daquele.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 133.
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para instruir e relatar tais processos. Lembre-se que tal conselheiro terá liberdade para
levantar as provas necessárias e inclusive solicitar arquivamento.
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Muito embora alguns afirmem que a Caixa é totalmente independente, tal afirmação
não é correta eis que, por exemplo, os salários das pessoas que laboram para a Caixa terão
que ser aprovados pela Diretoria e homologado pelo Conselho Seccional.
Igualmente é importante ressaltar que não bastará ser advogado para ter assistência
da Caixa dos Advogados. Leciona o regulamento que tal assistência somente ocorrerá quando:
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b) Criação de convênios.
As eleições da OAB em todo o Brasil tem sido importante instrumento para a realização
da democracia dentro da própria Ordem. Outrossim, muito embora se pregue por um
exercício igualitário, consciente e leal, tais eleições tem sido objeto de acirramento de ânimos
e divisão entre a categoria.
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Realizada as eleições, será considerado eleito aquele candidato que obtiver a maioria
dos votos nos termos do artigo 64 do Estatuto da Advocacia. Outrossim o mandato de
qualquer órgão da OAB será de 3 anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano seguinte
ao daquele que fora realizada a eleição. Tenha muito cuidado, eis que o mandato dos
conselheiros federais (e somente destes), se iniciará dia primeiro de fevereiro do ano seguinte
ao daquele que ocorreu a eleição.
Importante ainda frisar que em muitas Subseções quando da votação já estão sendo
utilizadas urnas eletrônicas através da parceria da OAB com o TSE. Tudo isto à fim de agilizar
a apuração dos votos.
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Logo a primeira regra importante é que será o local da infração que irá definir qual
Conselho Seccional que terá competência para eventual punição do advogado infrator.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 135.
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Igualmente é importante salientar que tal procedimento será sigiloso, tendo acesso
aos autos somente às partes, seus defensores constituídos e a autoridade competente para
análise/parecer.
Por fim, algumas questões sobre o procedimento disciplinar deverão ser ressaltadas
dada a sua importância:
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Vale ressaltar igualmente, por fim, que poderá inclusive ser marcada audiência de
instrução.
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É interessante recordar que os prazos nos processos da OAB são de 15 dias. Outrossim
conforme Regulamento Geral da OAB o prazo para recursos será de 15 dias igualmente,
contados do primeiro dia útil seguinte ao do conhecimento da decisão.
a) o recurso poderá ser interposto via fac-símile ou similar, devendo o original ser
entregue até 10 (dez) dias da data da interposição.
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Ética OAB
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a) eleições.
b) suspensão preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina.
c) cancelamento da inscrição obtida com falsa prova.
29
MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 149.
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Ética OAB
Prof. Me. Leonardo Fetter 1ª Fase
A CNA ou Conferência Nacional da OAB foi criada para que os advogados de todo o
país se encontrem e debatam sobre situações da advocacia, assim como demais legislações e
seus reflexos dentro da profissão.
Assim cabe dizer que a CNA é um grande instrumento para a participação da OAB no
processo de garantia dos direitos fundamentais de todos os cidadãos. Inclusive suas
conclusões servem como recomendação para os demais Conselhos.
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MARIN, Marco Aurélio. Série Resumo OAB – Ética Profissional – Volume 10. São Paulo: Editora Método. P. 151.
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Prof. Me. Leonardo Fetter 1ª Fase
Por fim, ao final das conferências, serão obtidas as conclusões para que sirvam de
diretrizes para todos os advogados e conselhos respectivos.
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