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Tema: Mito e Razão

O tema em causa corresponde as duas grandes eras do desenvolvimento do


pensamento humano, pois falar de mito e razão, remete-nos fazer uma viagem histórica,
social e principalmente filosófica. Para uma melhor compreesão deste assunto devemos
usar uma atitude filosófica: O que é o mito? O que é a razão? Existe uma relação entre o
mito e razão? O que os diferencia?

No ponto de vista histórico o homem dependia directamente da natureza para


sobreviver, porque o seu pensamento não lhe permitia ainda alterar o curso das coisas,
mais com o desenvolvimento do seu intelecto desencadeia-se o processo de
huminização1. Foi concretamente com o Homo Sapiens2 que a sua qualidade começou a
melhor, dando lugar as novas discobertas: Fogo por cerca de 450 mil anos atrás, apesar
dessa discoberta o seu pensamento ainda era considerado mítico.

1. Mito

A palavra mito vem do grego mythos e deriva de dois verbos mytheo e mytheyo
significa contar, narrar, falar alguma coisa para o outro, conversar, anunciar, nomear e
designar3.

No ponto de vista real o mito é uma representação fantasiosa, que constitui a


consciência social dos primeiros estádios do pensamento humano sobre os fenómenos
da natureza e da vida social de um povo. Normalmente, os estudiosos relacionados ao
mito (mitólogos)4 defendem que o mito desempenhou três funções fundamentais.

1- Função Religiosa: Consistiu ao facto do homem utilizar o mito para atribuir


poderes, capacidades e vida a vários seres animados e inanimados do Universo.
Ex: Diziam que a Terra é uma deusa formidável que os gregos antigos chamavam
de Gaia e Xamane era considerado um Divino pelos gregos, tinha a capacidade de
separar o espírito do corpo e tinha poderes sobrenaturais.
2- Função Social: Consistiu ao facto do homem utilizar o mito para estabelecer um
conjunto de tábus, que naquela altura um certo carácter de norma social e cujo
fim era regular e fazer cumprir certos costumes e tradições, para evitar a
desarmonia social.
3- Função Filosófica: Consistia numa certa atitude de curiosidade para dar uma
explicação dos fenómenos.
2. Razão

Nos finais do século VII e princípios do século VI, existia um quadro político-
social favorável ao aparecimento de um novo tipo de concepção que se afastasse pelo
menos em parte da mítica e que tenta-se abarcar todo real e cujo instrumento
predominante fosse a razão.

1
É quando o humano produz-se produzindo cultura e sendo por ela produzido.
2
É uma expressão latina que significa “ homem sábio” ou “homem que sabe”
3
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo. Editora Ática, 2000. p 32
4
Aquele que estuda ou é especialista do estudo dos mitos. Neste caso, mitologia refere-se ao estudo de
mitos ou a um conjunto de mitos.
A palavra razão origina-se de duas fontes: a palavra latina “Ratio” significa
medir, juntar, calcular” e a palavra grega “logos” significa, estudo, tratado,
regularidade, ordem. Neste caso, logos e ratio ou razão significam pensar
correctamente5.

No ponto de vista real Descartes define razão como sendo “a potência de bem
julgar e distinguir o verdadeiro do falso”6.

Algumas das condições que tiveram na base do surgimento do pensamento


racional são: As viagens marítimas, invenção da política.

1. As viagens marítimas: Permitiram os filósofos descobrissem uma outra


realidade contrária aos dos mitos, como é o caso de alguns locais que os mitos
diziam habitados por deuses, titãs e heróis, que na verdade eram habitados por
outros seres humanos; em outras regiões dos mares que os mitos diziam
habitados por monstros e seres fabulosos não possuiam nem monstros nem
seres fabulosos, por conseguinte, estás viagens produziram a desmistifição do
mundo e passou a exigir uma explicação sobre a sua origem, que o mito já não
podia oferecer.
2. Invenção da política: Introduziu três aspectos novos de decisivos para o
nascimento da Filosofia: A ideia de Lei como expressão de vontada de uma
colectividade humana, o surgimento de um espaço público “Polis” e o
surgimento de atitude filosófica.
Diferença do Mito com a Razão
A diferença entre dos dois tipos de pensamento está na forma como se explicam
os fenómenos do mundo, na sua fundamentação, na justificação das respostas e
hipóteses dada. O mito explica os fenómenos da natureza com recurso a respostas
imaginárias, sem dúvida e sem o espírito crítico. Enquanto pensamento racional ao
procurar as últimas causas das coisas, obriga o homem a que as suas respostas sejam
rigorosas, justificadas, coerentes, válidas e bem argumentadas.
Em suma, podemos afirmar que mito não é rigoroso nas suas respostas, enquanto
que o pensamento racional é rigoroso nas suas hipóteses.

Referências bibliográficas
DESCARTES, René. Discurso do método; Meditações, Tradução:Roberto Leal
Ferreira. 2º edição. São Paulo: Martin Claret, 2012.

LAU, Rafael Lando. O rosto da Filosofia, Introdução à Filosofia 11ª classe. Editora;
Textos editores L.D.A, 2005.

DOS PENEDOS, Álvaro José. Introdução aos Pré- Socráticos. 2ª edição. Lisboa Rés-
Editora, 2001.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo. Editora Ática, 2000.

5
CHAUÍ, Op.cit, 2000 p.71
6
DESCARTES, René Discurso do método; Meditações, Tradução: Roberto Leal Ferreira. 2º edição. São
Paulo: Martin Claret, 2012. p. 11

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