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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano

Um Tratado sobre o Fogo Cósmico


Considerações Preliminares

Uma breve descrição do nosso Campo de Evolução

Quando o SER CÓSMICO, que exotericamentente é chamado DEUS e esotericamente é


denominado LOGOS SOLAR, decidiu mudar o seu estado de ser, para dar mais um
passo grandioso em sua escalada evolutiva cósmica e viver mais um ciclo de sua
excelsa vida, ou seja, encarnar fsicamente, ELE organizou a matéria prima cósmica à
sua disposição em sete diferentes tipos de átomos, variando em sete graus de
densidade e consequentemente em sete níveis de frequência (capacidade de vibrar) e
de velocidade. Quanto mais sutil, maior energia, maior frequência e maior velocidade,
decaindo todas essas propriedades à medida que o átomo foi se tornando mais denso,
até a nossa matéria física, na qual vivemos e evoluímos, quando encarnados.

A construção dos átomos de uma determinada densidade sempre é a partir dos


átomos de uma densidade imediatamente menor, de tal forma que os átomos da nossa
matéria física são formados por um aglomerado bem defnido e organizado de átomos
da matéria mais sutil, denominada matéria divina ou adi.

De forma resumida e não detalhada, vamos descrever o processo de construção dos


sete tipos de matéria, que constituem o palco da nossa evolução, neste grande ciclo. A
descrição detalhada fcará para mais tarde, mas no momento é necessário um pouco
de conhecimento da estrutura da matéria, para a compreensão inicial do que seja o
FOGO e seus processos de diferenciação e propagação.

Inicialmente o nosso LOGOS SOLAR apropriou-se de uma quantidade que, embora não
seja infnita, é todavia incomensuravelmente grande, de átomos colocados à sua
disposição. Não vamos falar agora de QUEM dispôs esses átomos, para não complicar
as coisas.

Para se ter uma ideia do número que expressa essa quantidade, se pudermos imaginar
o que seja um decilhão, o número 1 seguido de 33 zeros, esse número é irrisório
comparado com o número de átomos que o LOGOS SOLAR apropriou para si. É
possível matematicamente estimar esse número.

Após a apropriação, o LOGOS infundiu nesses átomos as suas três qualidades

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
principais: VONTADE, na forma de inércia ou tamas, a capacidade de manter o modo de
ser ou resistir à alteração, ATIVIDADE ou rajas, a capacidade de vibrar ou de se
movimentar e RITMO ou AMOR,sattwa, a capacidade de vibrar de forma ritmada,
harmoniosa e não desordenada. Essas três qualidades impostas aos átomos são
chamadas gunas.

A infusão das qualidades ou gunas nos átomos é feita por um ato de Vontade do
LOGOS. Nesse processo ELE dosou-as nas proporções aproximadas de 50%, 30% e
20%, havendo permutação delas, de tal forma que foram geradas 7 especializações
denominadas de raio, porque o átomo responde preferencialmente à energia de seu
raio. Por exemplo, o do 1º raio tem 50% de tamas, 30% de sattwa e 20% de rajas. Essa
diferenciação, entre muitas outras aplicações, é que permite a transferência das 3
energias (FOGOS) básicas de uma modalidade da matéria para outra, como também a
excitação dos átomos diretamente pela MÔNADA. Essa matéria inicial é chamada plano
adi ou divino.

Em seguida o LOGOS agrupou uma quantidade defnida desses átomos em 6 diferentes


modalidades. Cada partícula da 1ª modalidade continha um determinado número de
átomos, dispostos numa certa geometria e mantendo entre si um relacionamento
energético precisamente calculado. Em consequência desse agrupamento de átomos, a
capacidade de vibrar e a velocidade dessas partículas fcaram reduzidas. Essa
limitação de capacidade chama-se Tamatra, que quer dizer a medida d'AQUELE. Essa
modalidade chamou-se subplano subatômico ou 2º subplano, sendo o subplano
atômico ou 1º subplano o conjunto dos átomos livres.

Depois o LOGOS reuniu aglomerados dessas partículas, também em geometria


defnida, número determinado e certa relação energética entre si e assim construiu a
2ª modalidade, de maior densidade, denominada 3º subplano.

Sucessivamente ELE organizou as demais modalidades, até concluir o 7º subplano, o


mais denso, constituído de partículas ou moléculas com maior número de átomos.
Dessa forma passaram a existir sete divisões ou subplanos da matéria do plano divino
ou adi

As moléculas dos subplanos abaixo do atômico também estão divididas entre os 7


raios, conforme a preponderância de átomos desse ou daquele raio.

Em seguida o LOGOS, usando átomos adi em grupos de 70, provocou vórtices na


matéria do 7º subplano adi, qualifcou esses vórtices, sempre levando em conta os 7
raios e assim construiu os átomos da matéria chamada monádica ou anupadaka. Pelo

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mesmo processo empregado na construção das 6 divisões ou subplanos da matéria
adi, ELE organizou 6 divisões da matéria monádica, passando a existir também sete
divisões ou subplanos, com as mesmas denominações da matéria adi. Dessa forma
fcou constituído o plano monádico ou anupadaka.

Assim, por essa técnica, foram construídas as matérias dos planos espiritual ou
átmico,intuicional ou búdico, mental, emocional ou astral e físico, todos com 7 divisões
ou subplanos, sempre utilizando 70 átomos do plano imediatamente menos denso, pela
provocação de vórtices na matéria do 7º subplano, para formação do átomo do plano
mais denso seguinte.

Qualquer que seja o átomo, sempre ele tem a forma espiralada, mais ou menos
esférica, com uma pequena depressão na parte superior e uma pequena ponta na
parte inferior.

É de máxima relevância que fque bem clara a concepção das 7 divisões de átomos
quanto à densidade como das 7 divisões quanto ao raio, totalizando 49 tipos de
átomos.

As partículas, que podemos chamar de moléculas, das divisões abaixo da atômica


também obedecem à divisão segundo o raio. A classifcação é de acordo com o número
de átomos predominantes de um determinado raio, que constituem a molécula.

Todos os átomos e moléculas de todas as divisões, desde a matéria adi até à matéria
física, coexistem no mesmo espaço, estando todos eles ao nosso redor e nos
interpenetrando, à semelhança dos neutrinos, essas partículas descobertas pelos
físicos e intensamente pesquisadas e que nos atravessam continuamente aos milhões
da cabeça aos pés, sem que sintamos a sua presença.

Todavia as partículas mais sutis afetam as mais densas, no processo de transferência


de energia.

Assim como o fóton, que para os físicos é simultaneamente partícula e onda, ao entrar
no elétron, energiza-o, fazendo com que ele aumente a velocidade e se liberte da
atração do núcleo do átomo químico,também as partículas mais sutis transferem
energia para as mais densas, penetrando nelas.

Concluindo, temos agora uma visão sucinta do nosso campo de evolução. Pelo
relacionamento com esse campo, em todas as modalidades de matéria, através dos
sentidos, mecanismos de entrada das informações e do conhecimento na nossa
consciência e dos mecanismos de ação, que permitem a saída das informações que a

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nossa consciência engendrou, atuamos no meio exterior e somos por ele atuados. Para
todas as modalidades de matéria existe um corpo ou veículo para esse relacionamento.

Pela distribuição das partículas constituintes dos nossos veículos físico-etérico, astral
e mental inferior, segundo a densidade e o raio, em consequência da imensa
quantidade de interações e reações entre si e com as energias exteriores, é que a
nossa personalidade é defnida. A atuação da MÔNADA via Alma, ao longo das muitas
encarnações e experiências, vai controlando esses corpos, substituindo as partículas
mais densas pelas mais sutis e ampliando as qualidades dos raios. Eis o objetivo do
processo evolutivo: o domínio total de todos os planos, subplano a subplano, para que
a Mônada possa expressar toda a sua divindade em qualquer plano. Pelo controle
completo dos nossos veículos chegaremos ao controle completo do meio exterior. A
sentença CONHECE-TE A TI MESMO deve ser acrescida de DOMINA-TE A TI MESMO .

Pela constituição dos átomos e moléculas dos planos, todos formados por átomos
divinos, vemos, racionalmente, que DEUS está realmente em nós e em tudo o que
existe materialmente, deixando de ser uma simples questão de fé cega, mas sim de
certeza científca e lógica.

Deus, O Uno Absoluto Infnito

Mestre Tibetano, no livro Tratado sobre Fogo Cósmico, escrito pela Sra. Alice A. Bailey,
na página 972, diz textualmente: O Espírito e a matéria nunca estão dissociados
durante a manifestação; constituem a dualidade que está por trás de todo o objetivo.
Sem embargo algum fator é responsável por ela - aquele que não é Espírito nem
matéria, considerado como inexistente por todos, exceto pelo iniciado. Na 3ª iniciação,
o iniciado tem um lampejo de luz a respeito desta abstração e quando recebe a 5ª
iniciação terá captado bastante para permitir-lhe dedicar-se com afnco a desvendar
seu segredo .

Como já tinha dúvidas a respeito da dualidade Espírito-matéria e nunca aceitei a ideia


de que DEUS é apenas Espírito, muito menos o DEUS dos religiosos, passei a meditar
profundamente nas informações do Mestre Tibetano.

Cheguei então a uma conclusão, que passo a descrever.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Inicialmente determinadas premissas devem ser estabelecidas.

DEUS é infnito e, pelo princípio matemático da unicidade do infnito, é único e uno,


sendo portanto absoluto.

Sendo infnito, nada por ser criado, na acepção de haver surgido do nada,
simplesmente porque se algo fosse criado num dado instante, no instante
imediatamente anterior esse algo não existia, o que é um absurdo, porque negaria a
infnitude de DEUS, pois faltava esse algo a ELE.

No infnito não existem os conceitos de espaço e de tempo, pois, sendo DEUS infnito, é
onipresente, logo para ELE não há distância, não havendo distância, não há espaço nem
tempo.

Como não pode haver vazio em DEUS, ELE tem a propriedade da continuidade.

Todas as possibilidades de estados de ser existem em DEUS, ao infnito. Nada mais


pode ser criado, em decorrência desse fato. Esses estados de ser existem NELE ao
infnito e simultaneamente, uma vez que para ELE não existe o tempo.

Em decorrência desse raciocínio, o que é chamado manifestação ou criação de DEUS,


na realidade é o conjunto de estados de ser DELE, não existindo nem criação no
sentido de haver surgido do nada, nem manifestação no sentido de exteriorização,
porque ELE não pode sair de Si Mesmo, o que seria um absurdo.

Assim, Espírito ou Mônada e matéria são dois estados de ser, opostos, de DEUS, ou
seja, Mônada é DEUS e matéria é DEUS, em estados de ser diferenciados e
simultâneos. Há também um terceiro estado de ser, chamado consciência, resultante
do relacionamento entre Mônada e matéria.

DEUS no estado de ser como Mônada possui consciência de individualidade, ou seja,


autoconsciência e como matéria, apenas consciência.

Isto signifca que ELE, como Mônada, considera-se fnito e com poderes limitados.
Como existe diferenciação (Mônada e matéria), para a Mônada existe tempo e espaço,
como estados de consciência, decorrentes do relacionamento com a matéria, uma vez
que há referencial para espaço e tempo.

DEUS possui infnitos estados de ser como Mônadas bem como infnitos estados de ser
como matéria.

Percebem aí, claramente, a trindade de DEUS: Mônada, o Pai, a Vontade - matéria, a


Atividade Inteligente - consciência, o Filho, o Cristo, o Amor-Sabedoria, gerado pela

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
relação Mônada (Pai) -matéria (Mãe).

DEUS, no estado de ser como Mônada, repete o processo de assumir estados de ser
como Mônada e matéria, sendo que essas Mônadas, subestados de ser da Mônada Pai,
acham-se mais limitadas e com poderes mais reduzidos. Assim, o processo de
Mônadas, subestados de ser, adquirirem subestados de ser cada vez mais limitados e
com poderes cada vez mais reduzidos, prossegue até chegar ao nosso Logos Cósmico,
nosso Logos Solar e nós, Mônadas humanas e às Mônadas Dévicas.

Por esse raciocínio, todo ser humano encarnado, é um estado de ser de DEUS, em um
número incomensuravelmente grande de divisões de estados de ser.

Todas as Mônadas humanas, encarnadas ou não, qualquer que seja o nível de evolução,
de um santo ou de um criminoso, sem exceção, são o Logos Solar, em um número
imenso de estados de ser e tendo a autoconsciência de individualidade, que é
conferida ao estado de ser chamado Alma, por ocasião do processo de
individualização, na 3ª sub-raça da raça Lemuriana, conforme o Mestre Tibetano
descreve no livro Tratado sobre Fogo Cósmico, página 570.

Podemos ter uma ideia mais clara do que seja estado de ser, analisando as
propriedades da água em seus estados sólido, líquido e gasoso. No estado sólido, a
água é dura. No estado líquido ela é fuida e adquire a forma do recipiente que a
contém. No estado gasoso, o de maior liberdade para a água, ela é dinâmica, exerce
pressão sobre as paredes do recipiente que a contém e pode executar trabalho, como
nas turbinas geradoras de eletricidade e nos navios. As propriedades são diferentes,
mas sempre será a mesma água.

Estando bem caracterizado, por lógica e raciocínio puros, que tudo é DEUS em infnitos
estados de ser, vamos começar a estudar a matéria. É consenso entre os físicos que há
fundamentalmente dois tipos de partículas: os férmions, que constituem a chamada
matéria densa, como elétrons, prótons, nêutrons e quarks e os portadores de energia,
chamados bósons, como os fótons e os glúons.

Mas quem é responsável pela energização dos bósons, quem fornece a sua energia.
Sabemos que cada bóson ou fóton tem um quantum de energia, mas de onde vem essa
energia?

Fica evidente que os bósons são relacionadores. Logo eles fazem o trabalho do Filho ou
do Cristo, sob o ponto de vista maior do estado de ser de DEUS como matéria. Como o
Cristo relaciona a Mônada com a matéria, em muitíssimas relações, deduzo que quem

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fornece a energia para os bósons é a Mônada. No caso do nosso mundo fenomênico, é
a Mônada do nosso Logos Solar.

Dessa forma chegamos ao assunto Fogo, tema principal do Mestre Tibetano no livro
Tratado sobre Fogo Cósmico. No próximo estudo prosseguiremos com esse tema.

Que a Paz do Senhor Cristo fque com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão
Pura.

Estudo 001

Os Fogos que alimentam e mantêm nossos corpos, densos e sutis, a natureza e todo o
mundo fenomênico, objetivo e subjetivo – Parte 1

Dentro da nossa linha de visão do UNO ABSOLUTO INFINITO, DEUS, vamos entrar
agora numa área que o Mestre Tibetano considera de suma importância não só para
um entendimento mais claro e coerente do que ocorre em nosso entorno e dentro de
nós como em todos os níveis onde a vida se manifesta, desde o mais denso até os mais
sutis.

A conceituação de objetivo e subjetivo é muito relativa. Para nós, encarnados num


corpo denso e a consciência enfocada no cérebro físico, dependendo de informações
captadas pelos sentidos e do bom funcionamento dos nossos neurônios, os mundos
mais sutis que o físico são denominados subjetivos. Todavia quando estamos atuando
e vivenciando no mundo astral, utilizando o corpo astral, em relacionamento com a
matéria astral, o mundo astral é tão objetivo como o nosso físico. O mesmo pode-se
afrmar do mundo mental concreto, do mental superior ou causal. Quando recebermos
a 4ª Iniciação, a da Renúncia, a 2ª Solar, viveremos e agiremos no mundo búdico ou
intuicional de uma forma tão objetiva quanto agora vivemos e agimos no mundo físico,
sendo lógico que os modos de vida e de ação serão bem diferentes, com mais
intensidade de vida, mais precisão de ação, mais clareza e abrangência na utilização
dos sentidos, enfm, vivendo uma vida mais plena e abundante, conforme disse o Sr.
CRISTO, quando, em corpo físico, ensinou à humanidade.

Para cada mundo de matéria, por mais sutil que ela seja, como o átmico, o monádico, o
adi ou divino etc., sempre haverá um corpo ou envoltura constituído de matéria
daquele mundo que será utilizado pela Mônada para adquirir consciência desse mundo,
cada vez com maior intensidade de vida, embora essa simples expressão não consiga

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
traduzir a verdadeira realidade. Na medida de recebimento das iniciações, o homem vai
conquistando esses mundos sutis e superiores. Sabemos que as iniciações são
conquistadas pelo esforço pessoal de cada um, por isso é dito que o Iniciado se faz ou
o Iniciado já é Iniciado. Oportunamente falaremos com mais detalhes sobre o processo
iniciático e sua suprema importância.

Para fns de simplifcar e facilitar o entendimento, vamos explicar os 3 Fogos,


considerando apenas o chamado mundo físico cósmico, corpo de expressão física
cósmica do nosso LOGOS SOLAR, que é o nosso DEUS, uma vez que todos nós, sem
exceção, homens e devas, somos Centelhas da DIVINA CHAMA MAIOR e estamos
imersos em sua DIVINA CONSCIÊNCIA, da qual nunca nos afastamos, muito embora o
mundo fenomênico e a grande defciência de nossos sentidos bem como a falta de
conhecimento nos apresentem uma visão muitíssimo distorcida e irreal. Resumindo e
concluindo, ao homem estão reservadas VIDAS CADA VEZ MAIS GLORIOSAS,
ATUANTES E DE INTENSA COLABORAÇÃO DENTRO DA VIDA DO NOSSO LOGOS
SOLAR, bastando que ele adquira os conhecimentos necessários e faça o devido
esforço aplicando esses conhecimentos, que nos foram dados pelo nosso Mestre
Tibetano, de uma forma mais clara e direta, pois ELE escolheu a tarefa de ajudar e
orientar a humanidade, através da Sra. Alice A. Bailey. O que o Mestre quer é que
entendamos o que ELE ensina, saibamos explicar com nossas próprias palavras e
apliquemos no dia a dia. Tanto no livro Tratado sobre Fuego Cósmico como em Los
Rayos e las Iniciaciones Mestre Tibetano descreve os estados de consciência e as
atividades e responsabilidades que estão reservadas aos iniciados e
consequentemente a todo ser humano que faça os devidos esforços. É um futuro
muito grandioso e não um eterno "adorar" a DEUS, como se ELE necessitasse de
adoradores, sabendo que tudo o que nós chamamos criação é ELE em infnitos estados
de ser. As religiões é que criaram essa visão distorcida da vida futura, porque
estabeleceram um conceito de DEUS de forma humana, antropomorfo e fora do que
chamam criação.

Após essas considerações, vamos ao tema dos Fogos. Iremos estudá-los a partir do
mundo adi ou divino, que, como sabemos, é a primeira divisão (que no esoterismo é
chamado subplano) e a mais sutil do mundo físico cósmico (também chamado plano).

Quando o nosso LOGOS SOLAR decide iniciar um novo ciclo cósmico de experiências
em mundos mais densos, a primeira tarefa é construir seu corpo de expressão e
relacionamento com a matéria cósmica mais densa. Nós, igualmente, quando como
Almas decidimos avançar mais uma etapa de experiências, construímos nosso corpo

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
físico-etérico, para entrarmos em contato com a matéria física, etérica e densa.

Vimos que nessa etapa o LOGOS já está diferenciado em si mesmo em 3 estados de


ser, chamados aspectos no esoterismo: Vontade, Pai,- Amor / Sabedoria (Filho) -
Inteligência Ativa (Espírito Santo). Esse último aspecto se subdivide em 4 estados de
ser denominados: Harmonia pelo Confito, Conhecimento Concreto, Devoção /
Idealismo Abstrato e Organização / Ordem / Ritual.

Tudo isto, para o nosso ponto de vista, está ocorrendo no mundo adi ou divino. Para o
ponto de vista do LOGOS a visão é bem diferente.

Para adquirir e viver novas experiências o LOGOS tem de se relacionar com a matéria
do mundo adi. Aqui é muito importante realçar os relacionamentos do LOGOS. Para
tanto vamos usar a lei da analogia, tão utilizada pelo Mestre Tibetano. Nós, seres
humanos, quando encarnados, nos relacionamos com a matéria que constitui as células
do nosso corpo físico e com os órgãos como organizações, tudo interiorizado. Vamos
esquecer por agora os relacionamentos com o corpo astral ou emocional, para não
complicar o entendimento. Há também os relacionamentos com a matéria exterior ao
nosso corpo, para os quais nós nos servimos dos sentidos, chamados jnanaindriyas,
para captação de informações e ainda a ação que exercemos não só em relação a nós
mesmos como em relação ao meio exterior, através dos mecanismos de ação,
chamados carmaindriyas.

Da mesma forma e considerando as devidas diferenças quanto à amplitude e à


qualidade do nível cósmico de atuação, o LOGOS relaciona-se com o seu corpo de
expressão, no qual nós estamos inseridos e com o ambiente exterior cósmico. O
relacionamento do LOGOS com seus pares é assunto para outra ocasião.

Como o LOGOS tem 3 estados de ser principais, Vontade, Amor-Sabedoria e


Inteligência Ativa (que abrange o aspecto Mente ou Manas e a matéria), em sua ação
não só em relação a seu corpo físico cósmico como em relação ao meio exterior, ELE
utiliza 3 tipos de energia, que chamaremos Fogos. Neste estudo trataremos apenas
desses Fogos dentro do seu corpo.

Cada Fogo está ligado a cada estado de ser. O Fogo Elétrico é resultado da ação da
Vontade, que é por excelência a natureza da MÔNADA LOGOICA. O Fogo Solar é
resultado da ação do Amor-Sabedoria, que atua predominantemente em relacionar,
correlacionar, unir, juntar, agrupar, manter os grupos coesos. O Fogo por Fricção ou da
Matéria é consequência da Inteligência Ativa e vitaliza todos os átomos de todos os
tipos de matéria. Em termos de linguagem oriental, o Fogo Elétrico é resultado da ação

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de Shiva, o Solar da ação de Vishnu e o de Fricção da ação de Brahma. Mestre Tibetano
utiliza as seguintes expressões: Fogo do Raio Primordial da Matéria Ativa Inteligente,
Fogo do Raio Divino de Amor-Sabedoria e Fogo do Raio Cósmico da Vontade
Inteligente. Como a Vontade do LOGOS se manifesta no mundo mental cósmico, o
Mestre também chama esse Fogo de Fogo do plano (mundo) mental cósmico.

Com referência ao nível de perfeição e efciência alcançados por esses Fogos, o mais
desenvolvido é o do Raio Primordial da Matéria Inteligente. Istoé devido ao fato de o
nosso LOGOS o ter utilizado muito no sistema solar anterior ao atual, no qual a sua
meta era desenvolvê-lo ao máximo. É bom que saibamos que em cada encarnação do
LOGOS, que é um sistema solar, ELE sempre tem um propósito ou meta. No atual a
meta é desenvolver ao máximo o Fogo do Raio Divino do Amor-Sabedoria, o que ELE
está fazendo utilizando principalmente o Raio Primordial da Matéria Inteligente, embora
ELE também faça uso do Raio Cósmico da Vontade Inteligente.

O Raio Cósmico da Vontade Inteligente, o Fogo Elétrico, é o que distingue nosso LOGOS
dos demais LOGOS, é a sua principal característica e indica o lugar que lhe
corresponde na evolução cósmica. Neste atual sistema solar ELE não está preocupado
em acelerar muito esse Fogo. Sua meta agora é o Raio Divino do Amor-Sabedoria. No
próximo sistema, ELE aperfeiçoará o Raio Cósmico da Vontade Inteligente e nós,
Mônadas humanas bem como as Dévicas, iremos viver novas experiências sob
condições no momento inimagináveis, por faltarem termos de referência.

Se raciocinarmos em termos de efeitos no mundo fenomênico, podemos fazer o


seguinte resumo para melhor compreensão:

1- manifestação animadora da fogo por


Atividade matéria fricção
2-
manifestação animadora da
magnetis fogo solar
forma
mo
3- manifestação animadora da fogo
vitalidade existência elétrico
Chamamos a atenção para o fato de que o magnetismo aqui citado não tem o
signifcado comumente aceito, mas é a capacidade atrativa e repulsiva no sentido mais
abrangente.

Fogo por fricção: energia animando os átomos da matéria do sistema solar e resulta
em:

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a forma esférica de toda a manifestação
o calor inato de todos os átomos
diferenciação dos átomos entre si.
Fogo solar: energia animando as formas ou conglomerados de átomos, resultando em:

os grupos coerentes
a irradiação de todos os grupos ou a interação magnética (atrativa e repulsiva) de
tais grupos
a síntese da forma
Fogo elétrico: é energia que se expressa e atua como vitalidade ou vontade de ser de
alguma Entidade e resulta em:

Ser Abstrato
obscuridade
unidade
Todas essas defnições serão devidamente esclarecidas, inclusive com exemplos.

Passemos agora a uma conceituação um pouco mais profunda e detalhada, sem


esgotar o assunto sobre os fogos. Estamos vendo que os 3 fogos são resultados da
ação dos 3 estados de ser principais do LOGOS: o mundo visível e tangível - fogo por
fricção - o mundo da consciência e relacionamento por excelência como o das Almas -
fogo solar - o mundo das Mônadas ou Espíritos (Espíritos no sentido esotérico), onde a
vontade realmente atua- fogo elétrico. Essas 3 energias ou fogos tem comportamentos
diferentes conforme a matéria onde atuam, ou seja, os fenômenos que produzem
diferem de acordo com o tipo de átomo no qual agem.

Todos os 3 fogos, qualquer que seja a matéria onde atuam, se subdividem em 3, da


seguinte forma:

Fogo por por sol elétri


fricção: fricção ar co
por sol elétri
Fogo solar:
fricção ar co
por sol elétri
Fogo elétrico
fricção ar co
Essa subdivisão tríplice observa-se em toda a manifestação, inclusive no ser humano.

O fogo por fricção, também chamado fogo interno, atua de 2 modos:

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como calor latente, causa do movimento de rotação e da forma esférica de todos os
átomos e de toda existência, até o sistema solar, visto como um grande átomo
cósmico, prosseguindo para outros universos maiores;

como calor ativo, que produz a atividade e impulsiona progressivamente toda a


matéria para atender seu plano de evolução e adequação às necessidades da
Mônada. Por exemplo, a semente no interior da terra, brota por ação do calor latente
e se desenvolve para transformar-se em árvore pela ação do calor ativo. Essas 2
ações ocorrem em todos os seres vivos. O conhecimento detalhado desses 2 modos
do fogo interno e de mais um terceiro modo, que será explicado e detalhado
posteriormente, será de grande valia na manutenção da saúde humana.

Estudo 002

Os Fogos que alimentam e mantêm nossos corpos, densos e sutis, a natureza e todo o
mundo fenomênico, objetivo e subjetivo (continuação)

Vimos no fnal do último estudo que o fogo por fricção manifesta-se de 2 formas,
latente e ativo. Existe uma terceira forma, que estudaremos quando tratarmos da ação
dos fogos nas envolturas ou corpos de expressão.

É muito importante que fxemos muito claramente em nossas mentes, dentro do


assunto fogos, a ação dos Devas (chamados Anjos em algumas religiões). Mestre
Tibetano afrma que sem Eles não existiríamos. São Eles os incontáveis e incansáveis
agentes realizadores do Plano Divino, no que toca aos veículos de manifestação. Eles
exercem um papel de alta relevância na operação dos fogos. O modo de evolução dos
Devas é diferente do dos homens, mas todos são manifestações de Mônadas, havendo
portanto Mônadas dévicas e Mônadas humanas, como também todas são centelhas da
Divina Chama Maior, a Grande Mônada, o nosso Logos Solar. Os Devas estão
organizados em uma hierarquia muito bem defnida, na qual os cargos são
conquistados por mérito. É questão de gratidão reconhecer cotidianamente o esforço e
trabalho que os nossos amados irmão Devas fazem pela nossa evolução.

Antes de passarmos ao Fogo Solar ou da Mente, vamos discorrer mais um pouco sobre
o Fogo por Fricção, no nível do Logos Solar. Os dois tipos de fogo por fricção do Logos
atuam inicialmente no mundo adi ou divino, que é o primeiro e o mais sutil das 7
divisões ou subplanos do corpo físico cósmico do Logos Solar, correspondente ao

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atômico, como também é o de maior energia e frequência vibratória. Ali, a ação dos 2
fogos por fricção, o latente e o ativo, na matéria adi, provoca nela um movimento
vibratório de tal intensidade que o Mestre Tibetano descreve através da expressão:
mar de fogo. Para nós humanos esse mundo é o mais elevado e só será conquistado
após a sétima iniciação planetária, que é a quinta solar e a primeira de Sirius ou
Cósmica.

É a partir do mundo adi, através do processo de penetração de átomos adi em átomos


dos mundos inferiores ao adi, que os fogos atingem a matéria desses mundos, até
chegarem a nós e ao nosso mundo fenomênico. O processo técnico dessa
transferência de energia ou fogo de um mundo ou plano para outro não está no
escopo deste estudo. Podemos apenas dizer que o processo é semelhante à
penetração de um fóton em um elétron, energizando-o, como também à ação dos
bósons e glúons atuando nos quarks, fatos esses do conhecimento do mundo científco
e objeto de pesquisa dos físicos que trabalham nos grandes aceleradores de
partículas. Quando esses fogos ou energias, passando de átomo para átomo de cada
mundo, chegam ao nosso mundo tangível e visível, é que ocorrem os fenômenos da
natureza, como por exemplo os vulcões e os raios atmosféricos. Com referência aos
raios atmosféricos, que resultam da ação do fogo por fricção no aspecto elétrico e
proveniente do centro do nosso sol, a ciência tem feito estudos bastante profundos a
seu respeito e, quando tratarmos desse fogo, apresentaremos um desses estudos.

O fogo solar, Fogo da Mente, como diz o Mestre Tibetano, estabelece o relacionamento
entre a Mônada e a matéria, sendo por isso a base da consciência. O Mestre afrma
ainda que o Fogo da Mente é a soma total da existência. A conhecida frase de René
Descartes: " Cogito, ergo sum.", "Penso, logo existo", contém uma grande verdade,
embora alguns cientistas modernos não tenham entendido e por isso distorceram esse
conceito. Isto vale tanto para o homem como para o Logos Solar e para os Logos
Planetários. Lembramos que o nosso mundo ou plano mental é uma divisão do corpo
físico cósmico do Logos Solar e corresponde ao estado gasoso da física. Portanto o
que para nós é subjetivo, para o Logos é matéria e objetivo. Obviamente o Logos Solar
tem um corpo mental cósmico, mas esse assunto é muito complexo para o nosso início.
Mais tarde, talvez, possamos falar desse assunto.

O Fogo da Mente também se manifesta como expressão ativa do pensamento, através


dos Elementais do Fogo, do reino dévico, que, em sua essência, constituem esse fogo.
Exemplifcando, quando pensamos, a nossa Alma gera o pensamento, pela atividade do
aspecto Mente ou Manas (o 3º aspecto da Alma), atuando nessa fase o Fogo latente da

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mente, mas logo em seguida a matéria mental que constitui o corpo mental da Alma,
responde ao Fogo latente da Mente, iniciando-se então a movimentação e organização
da forma mental. A atividade da Alma ao pensar é o fogo solar ou mental latente e a
forma mental que responde é resultado do fogo ativo. Da mesma forma quando a Alma
do Logos Solar pensa, Ela manipula Fogo Solar ou da Mente na forma latente, num nível
cósmico e em seguida a matéria mental cósmica, que constitui o corpo mental cósmico
do Logos, reage pela ação da forma ativa do Fogo Solar e entram em ação os grandes
Devas do Fogo, num nível bem mais elevado.

Vamos por alguns momentos nos restringir a dissertar sobre os 3 fogos atuando no
homem tríplice, ou seja, Mônada, Alma e Personalidade. Aqui necessário se faz
esclarecer o que seja Personalidade sob o ponto de vista esotérico. A Alma para se
manifestar nos mundos ou planos mental inferior, astral e físico, servindo-se da
unidade mental, do átomo astral permanente e do átomo físico permanente, leva a
cabo a construção, com a ajuda dos Devas, dos corpos mental, astral e físico. A
atuação conjunta desses 3 corpos e da capacidade de comandamento da Alma sobre
esses corpos gera a Personalidade.

Inicialmente temos o Fogo Vitalizador Interno ou Fogo por Fricção, que no homem
encarnado chama-sekundalini, em sua dualidade:

Calor latente, base da vida das células, de sua forma esférica, sua rotação e
ajustamento com as outras células.

Calor ativo ou prana (não é o prana solar ou planetário, que serão estudados mais
tarde), que anima todo o corpo e é a força impulsionadora da forma evolucionante e
mantém o corpo coeso como uma unidade. Ele se manifesta nos chamados 4 éteres,
que são as subdivisões da matéria chamadas: atômica ou primeira, subatômica ou
segunda, superetérica ou terceira e etérica ou quarta bem como no estado gasoso.

Essas duas modalidades do Fogo por Fricção constituem para a Mônada humana a
vibração ou energia básica, que permite a Ela pôr-se em contato com o mundo físico. É
análoga ao Fogo de mesmo nome da Mônada do Logos Solar, que, como veremos mais
adiante, vitaliza todo o sistema solar. Como estão percebendo, os Fogos energizantes
originam-se na Mônada, quer Solar, quer humana, quer dévica, dentro de cada sistema
respectivamente. A lei que rege esse fogo é a da Economia, numa sua subdivisão, a lei
da Adaptação no fator tempo.

Em seguida temos o Fogo da Mente ou Solar. Na forma latente, é a própria essência da


Alma, cujo mecanismo é pouco conhecido, embora Mestre Tibetano explique com

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
bastante clareza no Tratado sobre Fuego Cósmico. É regido pela lei da Atração. O
efeito desse fogo é a atividade cíclica-espiral, que leva à expansão e ao retorno à
Mônada. É aí que se manifesta a vontade inteligente, vinculando a Mônada a seu ponto
de contato inferior, a personalidade. Deriva daí também os ciclos de nascimento e
morte nos mundos inferiores, aquisição de experiências físicas, esforço para o domínio
do mundo físico, término dos ciclos físico, astral e mental inferior e análise e
assimilação no mundo causal, para posterior início de um novo ciclo numa espiral mais
elevada, até à libertação total dos mundos inferiores na quarta iniciação planetária e
começo de um ciclo maior mais elevado.

Como calor ativo, energizando as formas mentais construídas pela Alma, o verdadeiro
Pensador. Em muito poucas pessoas encarnadas a Alma domina sufcientemente os
veículos inferiores e a personalidade para que, a partir do cérebro físico, Ela consiga
manipular efcientemente o Fogo Solar na modalidade ativa, para energizar e vitalizar
formas mentais. O verdadeiro Mago é aquele que já tem essa capacidade.

Estudo 003

Os Fogos que alimentam e mantêm nossos corpos, densos e sutis, a natureza e todo o
mundo fenomênico, objetivo e subjetivo – Parte 3

No fnal do último estudo, prometemos falar sobre o Fogo Elétrico como energia da
Mônada humana. Trataremos agora desse fogo, sem aprofundarmos muito, apenas o
necessário para o entendimento do seu signifcado, sua atuação e seus efeitos, para o
controle da personalidade e assim acelerar o processo evolutivo dentro do Propósito
do nosso Logos Solar, na parte que é do nosso conhecimento.

Vamos antes elucidar a nossa linha de subordinação em relação a Seres Cósmicos.


Como já foi dito, somos como Mônadas, centelhas da chama maior, a grande Mônada, o
nosso Logos Solar, que na realidade é um estado de ser do ABSOLUTO INFINITO. O
Logos Solar tem um propósito para este atual sistema solar, que Ele construiu
justamente para realizar esse propósito.

Para ajudarem-no nessa empreitada e ao mesmo tempo adquirirem experiência e


conhecimento bem como evoluírem cosmicamente, Ele convocou 12 Seres Cósmicos,
de menor hierarquia cósmica que Ele, chamados Logos Planetários.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sete são chamados Logos Sagrados, porque suas funções, atividades e
responsabilidades constituem centros de força ou chacras principais, que são núcleos
irradiadores de energias, que são de vital importância para o funcionamento correto de
todo o sistema solar em diversos níveis.

Os outros cinco são denominados não sagrados, mas também são núcleos de energias
que produzem efeitos relevantes no sistema solar.

Cada Logos Planetário tem sob sua responsabilidade e guarda um determinado número
de Mônadas humanas e dévicas, velando portanto pela sua evolução.

Em consequência nós, Mônadas humanas, estamos subordinados ao Logos Planetário


do chamado esquema da terra, que não é sagrado no momento, embora sejamos
centelhas da Mônada Solar.

Esse Logos Planetário atualmente se faz representar na terra por uma Entidade
proveniente do esquema de Vênus, que é sagrado, Entidade essa conhecida como
SANAT KUMARA.

Esses esclarecimentos foram necessários porque nós estamos sob a atuação dos
fogos provenientes da Mônada Solar e da Mônada do Logos Planetário da terra.

O Fogo Elétrico é a energia essencial da Mônada humana, que só pode atuar


diretamente na matéria do mundo monádico. Mais tarde, pela evolução, ela poderá
atuar e conquistar mundos mais elevados, porém só após ter dominado os cinco
mundos inferiores ao monádico e este próprio.

Como o Fogo Elétrico é fundamentalmente o resultado da Vontade da Mônada ao atuar


nos átomos monádicos e ela é tríplice, ou seja, vontade, amor-sabedoria e mente
(atividade inteligente), esse fogo elétrico se manifesta como elétrico/elétrico,
elétrico/amor-sabedoria e elétrico/mente, ou falando de outra forma, elétrico/elétrico,
elétrico/solar e elétrico/por fricção. Observem que a expressão mente ou atividade
inteligente tem relação com a matéria, no sentido de que a mente ou a atividade
inteligente expressa-se pela matéria.

A vibração ou oscilação gerada pelo fogo elétrico nos átomos monádicos é a mais alta
que a Mônada pode conseguir. Esse fogo está regido pela Lei da Síntese, que tende à
fusão e é a causa do movimento progressivo do chamado Jiva evolucionante, que
somos nós.

Como o nosso Logos Solar, neste atual sistema solar, está interessado em desenvolver
ao máximo a frequência do aspecto amor-sabedoria, a vibração do aspecto vontade

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
não é tão forte quanto a do amor-sabedoria. O Logos faz isso deliberadamente. Como o
fogo elétrico é resultado da ação da vontade, a manifestação dupla desse fogo como
fogo latente e fogo ativo não é atualmente bem clara, embora num futuro ainda
distante possamos obter indícios.

O objetivo do nosso processo evolutivo é fazer com que a frequência da vibração da


matéria animada pelo fogo por fricção da personalidade entre em sintonia com a
frequência da matéria mental animada pelo fogo solar da Alma e em seguida essas
matérias sintonizadas se sintonizem com a matéria superior animada pelo fogo elétrico
da Mônada. Então, quando todas essas matérias estiverem perfeitamente sintonizadas
entre si, sem nenhum ponto de dissonância, será atingida a máxima frequência e o Jiva
evolucionante (nós) terá conseguido sua meta: ajustar corretamente a matéria ao
Espírito e a Mônada estará liberta defnitivamente da forma, que serviu apenas como
instrumento de aprendizado e crescimento.

Inicia-se então um outro ciclo muito mais grandioso e elevado de conquista.

O processo de sintonia dos diversos tipos de matéria que constituem os veículos do


tríplice homem em evolução pode ser melhor entendido, se usarmos a analogia com
dois aparelhos de todos conhecidos: o receptor de rádio e o de televisão. Em ambos
existe, na entrada do equipamento, um circuito chamado sintonizador. É ele que
permite ao ouvinte e ao telespectador ouvir a estação escolhida e assistir o canal
selecionado.

Essa sintonia baseia-se num fenômeno da eletrônica chamado batimento de


frequências ou heterodinagem. Quando duas frequências diferentes são injetadas num
dispositivo que antigamente era a válvula termoiônica e atualmente é o semicondutor,
ocorre o surgimento de frequências diferentes, mas que conservam a informação
existente na frequência portadora, que interessa. De todas elas somente uma é
aproveitada, a chamada frequência intermediária, que é menor que a portadora, que foi
irradiada pelo transmissor. A frequência intermediária contém todas as informações da
portadora, ou seja, o som no caso do rádio, e o som e a imagem (vídeo e cor) no caso
da televisão. Outros sinais estão presentes, mas não interessam ao nosso estudo.

O motivo desse abaixamento de frequência é que, quanto mais baixa, mais fácil seu
processamento no receptor.

A escolha da frequência correta para uma estação ou canal baseia-se nisso e é a


sintonia.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Da mesma forma quando a Alma procura fundir o fogo solar com o fogo por fricção da
personalidade, o que realmente Ela quer é sintonizar a frequência do fogo por fricção
da personalidade num submúltiplo exato (frequência mais baixa), mas que, ao mesmo
tempo, seja a frequência mais alta que o fogo por fricção possa alcançar.

Exemplifcando, se a frequência do fogo solar for de 1000 gigahertz (1 000 000 000
000 ou um trilhão de ciclos por segundo) e a do fogo por fricção for de 500 megahertz
(500 000 000 ou quinhentos milhões de ciclos por segundo), que é o resultado da
divisão de 1 000 gigahertz por 2 000, então essa frequência mais baixa é um
submúltiplo exato da maior. Sendo assim, fca mais fácil adequar a forma da frequência
menor (tecnicamente denominada forma de onda) para a reprodução pelo fogo por
fricção da personalidade das qualidades que a Alma está manifestando pelo seu fogo
solar. Tecnicamente chamamos as qualidades de informações.

Basicamente o que a Alma faz é procurar sintonizar o receptor personalidade com a


sua frequência, tal que, mesmo sendo muito mais baixa a da personalidade, ela consiga
reproduzir suas qualidades ou informações num nível inferior.

É óbvio que os veículos inferiores nunca alcançarão a frequência dos superiores, mas
podem ajustar sua forma de onda.

É por isto que o Mestre Tibetano não se cansa de afrmar, no Tratado sobre Fogo
Cósmico, que nós vivemos fenômenos elétricos, quando diz que Manas (Mente) é
eletricidade, na página 271, 2, do citado livro.

É oportuno fazer um breve esclarecimento a respeito do segundo aspecto da


Divindade, Amor-Sabedoria-Razão Pura, também chamado aspecto Crístico ou Búdico.
O mundo búdico, onde esse aspecto mais se manifesta ao nosso alcance, é
denominado mundo da razão pura. A palavra razão (do latim ratio) signifca relação. Na
matemática razão é quociente entre duas quantidades, ou seja, é a quantidade que é
dada a cada um do divisor quando o dividendo resolve se dar. Isto é o verdadeiro
relacionamento, o verdadeiro princípio crístico ou búdico.

O amor que a grande maioria da humanidade interpreta e pratica é desejo, portanto


astral ou emocional e é o "gostar". Ora, as pessoas gostam daquilo que lhes agrada, por
lhes completar ou lhes dar prazer, sendo portanto posse. Isto não é dividir, não sendo
portanto razão, logo não é expressão do princípio crístico ou búdico.
O verdadeiro amor-razão pura é muito mais um estado mental que sentimento, sendo
este uma consequência do estado mental, que aciona o corpo astral, gerando a emoção
e levando à ação.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Iniciado Martin Luther King soube muito bem expressar essa diferença entre amar e
gostar, quando afrmou que não era obrigado a gostar do sherife que o perseguia
ferozmente (apelidado bull dog), mas sim a amá-lo, caracterizando o estado mental de
amor.

É necessário que os conceitos aqui expostos sejam bem entendidos e assimilados, para
poderem ser aplicado no dia a dia. A visão clara e frme do que ocorre em nós é que irá
acelerar a nossa evolução pelo uso consciente da vontade.

Estudo 004

Os Fogos (continuação 3)

Façamos agora uma revisão do que foi dito sobre os 3 fogos, de forma resumida e
destacando genericamente os conceitos principais, para melhor fxação e assimilação,
resultando em mais amplo entendimento e consequente maior facilidade de aplicação
no dia a dia.

Os 3 fogos são os sustentadores de toda a economia do sistema solar e de tudo o que


nele está contido. A palavra economia aqui tem o signifcado de utilização ótima de
recursos com o mínimo de desperdício, para alcançar um objetivo. Esse objetivo é um
conjunto de poderes, qualidades e conhecimentos que o ser em manifestação deve
adquirir, com determinada intensidade, quer se trate de um Logos Solar, um Logos
Planetário, um grande Deva, um homem, um pequeno Deva ou um átomo.

Para tal é necessário um cenário, um campo de experimentação, onde possam ser


vivenciadas todas as situações experimentais imprescindíveis para que o ser alcance o
ideal de perfeição relativa. Quando digo perfeição relativa, quero dizer que não existe
para o ser em evolução perfeição absoluta e última, mas sim uma sucessão infnita de
perfeições, onde cada uma sempre é maior que a anterior. É como o conjunto dos
números da matemática, dado qualquer número, por maior que seja, eu sempre vou
achar um número maior que ele. Isto vale para qualquer ser em evolução e é um fato
lógico, como vale para qualquer número.

Os 3 fogos propiciam esse campo e suas condições dentro da capacidade e do nível de


evolução de cada um. Observem que esses 3 fogos não são a matéria, porém os
agentes dinâmicos que atuam sobre a matéria, qualquer que seja seu grau de

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
refnamento e sutileza.

Pelas razões acima expostas concluímos que os fogos constituem a totalidade ou a


soma de todas as atividades vitais de um sistema solar, de um esquema planetário, de
um homem em atividade física, astral e mental, como de um átomo físico, de um átomo
astral ou de um átomo mental e assim por diante.

De um modo geral, a nível de sistema solar, o fogo por fricção relaciona-se com:

a- a atividade da matéria;

b- o movimento de rotação da matéria;

c- o desenvolvimento da matéria por fricção ou atrito, sob a Lei da Economia.


O fogo solar, que é proveniente do mundo mental cósmico, tem relação com:

a- a forma através da qual evolui manas ou a mente;

b- a vitalidade da Alma;

c- o efeito da ação evolutiva da Alma, quando consegue produzir a síntese da


matéria, ou seja, manter todas as células e órgãos do corpo denso e o corpo etérico
como uma unidade, o mesmo fazendo com as partículas dos corpos astral e mental.
A fusão do fogo por fricção com o fogo solar, sob a ação da Alma, produz o que
chamamos consciência. À medida em que esses fogos vão se fundindo, ou melhor
dizendo, se sintonizando continuamente, a existência consciente se aperfeiçoa cada
vez mais e ocorre sua expansão;

d- a Lei da Atração atua cada vez com mais vigor;

e- em consequência dos fatos acima ocorre o movimento cíclico em espiral, que é a


volta em nível superior e com um raio maior, em termos de experiências, aprendizado,
vivência e poderes. Isto é chamado no sistema solar evolução solar, porém, sob o
ponto de vista cósmico, é a aproximação do nosso sistema solar do seu ponto
central, ao longo do tempo.
O fogo elétrico tem a ver com:

a- a evolução da Mônada ou do Espírito. No momento nada se pode dizer sobre essa


evolução. O grau de evolução da Mônada só se pode perceber pela evolução da
matéria.
Somente por um veículo adequado e mediante a adaptação do envoltório, corpo ou

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
forma, é possível avaliar o ponto de desenvolvimento espiritual alcançado em qualquer
sentido. Devemos advertir que, assim como é impossível ao corpo físico expressar no
mundo físico o grau total de desenvolvimento do Ego ou Alma, da mesma forma é
impossível à Alma perceber e expressar plenamente a qualidade da Mônada. Digamos
que só é possível expressar numa oitava inferior. Concluímos que é absolutamente
impossível à consciência cerebral humana entender com exatidão a vida da Mônada.
Todavia isto não impede que nos esforcemos continuamente para nos aproximarmos
desse entendimento. Pela meditação constante e pelo conhecimento vamos adquirindo
entendimentos cada vez amplos e claros e assim nos aproximando e isto nos dá
incentivo e estímulo para prosseguir com mais convicção e certeza;

b- a atuação da Mônada utilizando o fogo elétrico sob a Lei da Síntese - palavra


genérica que oportunamente abarcará as outras duas leis como subdivisões;

c- o resultante movimento, síntese de todos: progressivo, cíclico espiral e giratório.


O tema deste estudo trata da essência subjetiva e não somente do aspecto objetivo ou
do espiritual. Ocupa-se dos Entes que habitam na forma e manifestam-se como
agentes animadores da matéria por meio dos fogos, em especial das matérias dos
mundos superiores, búdico, átmico, monádico e adi, que constituem os éteres
cósmicos, e assim desenvolvem outra faculdade, o fogo da mente ou solar e são
essencialmente pontos de fogo, que se desprendem pela fricção cósmica, que produz a
roda cósmica ao girar, sendo impelidos a uma manifestação limitada e temporária,
devendo retornar com o tempo a seu ponto central cósmico. Voltarão enriquecidos
pelos resultados obtidos pelo desenvolvimento evolutivo, que, ao serem assimilados,
intensifcarão sua natureza fundamental e serão Fogo Espiritual ou Elétrico além de
Fogo Manásico ou Solar.

O fogo por fricção é o resultado do contato por meio da matéria dos fogos elétrico e
solar. Esse fogo por fricção manifesta-se na nossa matéria como os fogos internos do
sol e dos planetas, como veremos mais tarde e refete-se nos fogos internos do
homem.

O homem está constituído pela Chama Divina (a Mônada) que produz seu fogo elétrico
e pela Alma, que produz seu fogo solar ou da mente, postos em contato pela matéria
de seus corpos inferiores, assim gerando a personalidade.

Quando a evolução chega ao fm, já não se percebe o fogo por fricção. Existe
unicamente enquanto os fogos elétrico e solar estiverem em contato por meio da

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
matéria e não subsiste fora da matéria.

Consideremos agora brevemente certos fatos a respeito do fogo por fricção, de forma
correlativa.

O fogo interno (fogo por fricção), por ser latente e ativo, manifesta-se como síntese
dos fogos do sistema solar na forma de combustão interna planetária e irradiação
solar. Isto, em certa medida, tem sido tratado pela ciência e está oculto no mistério da
eletricidade do mundo físico, fogo interno ativo do sistema solar e do planeta, assim
como a combustão interna (centros do sol e do planeta, sendo o magma um efeito) é o
fogo latente e se encontra em todos os planetas e é a origem de toda vida física
objetiva.

O fogo por fricção (fogos internos) constitue a base da vida nos reinos mineral, vegetal
e animal e nos corpos físico e etérico do homem. O fogo solar, em fusão com o fogo
por fricção, é a base da vida no reino humano e unidos controlam (agora parcialmente
e mais tarde totalmente) o tríplice homem inferior, a personalidade. Este controle
perdura até a 1ª iniciação planetária.

Finalmente, o fogo elétrico, uma vez fundido com os outros dois fogos (fusão que
começa no homem na 1ª iniciação planetária) constitui a base da vida ou existência
espiritual.

À medida que a evolução do 5º reino (o reino espiritual, o reino dos Mestres de


Sabedoria e Compaixão) avança, estes três fogos resplandecem simultaneamente,
produzindo a consciência perfeita (para este ciclo). Este resplendor resulta na
purifcação fnal da matéria e sua consequente adaptabilidade. No fnal da
manifestação produz, oportunamente, a destruição e dissolução da forma e o fm da
existência, conforme se entende nos mundos inferiores (físico, astral e mental inferior).
Não signifca o fm de qualquer tipo de existência, mas sim o fm da nossa modalidade
de existência, pois começa um novo modo de existir, muito mais intenso e grandioso.
Usando palavras da Teologia Budista, produz a aniquilação. Contudo isto não implica
em perda da identidade, mas somente é a cessação da objetividade e a retirada da
Mônada para seu centro cósmico. Existe uma analogia na iniciação, quando o adepto
vê-se livre das limitações da matéria dos três mundos inferiores.

Os fogos internos (fogo por fricção) do sistema solar, do planeta e do homem são três:

1- fogo interno no centro da esfera (sol e planeta), são fogueiras internas que
produzem calor e as chamas. É o fogo latente;

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2- fogo irradiante. Este fogo pode ser expresso no mundo físico em termos de
eletricidade, prana e kundalini ativo. É o fogo ativo;
3- fogo essencial, os agentes do fogo, que são a essência do fogo. Classifcam-se em
dois grupos principais:

a- Devas do fogo ou entes evolutivos (estão na linha de subida);


b- Elementais do fogo ou entes involutivos (estão na linha de descida para o ponto
mais denso da matéria).
Esses entes serão tratados mais adiante, na parte referente ao Fogo da Mente e à
natureza dos elementais do pensamento. Eles são controlados pelo Sr. AGNI, o Senhor
do Fogo.

O que foi dito nos itens 1 e 2 sobre os fogos internos é o efeito que esses entes
produzem sobre seu meio ambiente. Cada efeito gera diferente tipo de fenômeno. O
fogo latente inicia o crescimento ativo daquilo que se encontra incrustado (por
exemplo, a semente enterrada) e é a causa do impulso ascendente que traz à
manifestação tudo o que existe nos reinos da natureza.

O fogo irradiante ou ativo mantém o contínuo crescimento de tudo aquilo que


progrediu sob ação do fogo latente, até o ponto de recepção do fogo irradiante.

A nível macrocósmico ou no sistema solar, pela atuação do Logos Solar ou o Exaltado


Homem Celestial:

O fogo latente produz o calor interno no centro do sol e faz com que no sistema solar
originem-se todas as formas de vida. É a causa de toda a fertilização humana, animal e
vegetal.

O fogo ativo sustenta a vida interna e provoca a evolução de tudo o que se


desenvolveu até a objetividade por meio do fogo latente.

A nível planetário, pela atuação do Logos Planetário ou o Homem Celestial:

É tudo o que foi dito com referência ao Logos Solar, só que em relação ao planeta.

Quanto ao microcosmo, o homem:

O fogo latente do corpo humano origina a produção de outras formas de vida, tais
como:

1- as células do corpo;
2- os organismos nutridos pelo fogo latente;

23
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3- a reprodução de si mesmo em outras formas humanas, cuja base é a função sexual.

O fogo ativo é o que mantém aquilo no homem que se iniciou pela ação do fogo latente.
É o chamado prana, que atua no corpo etérico e desse passa ao corpo denso. Esse
prana pode ser doado por um homem para outro, permitindo a cura.

Há que diferenciar a irradiação de prana do magnetismo. O magnetismo procede de


um corpo mais sutil (geralmente o astral) e tem relação com a Mônada, ao atuar por
seu aspecto búdico na matéria dos mundos inferiores, sendo portanto manifestação do
fogo solar.

A Mônada humana atua, pelo seu aspecto búdico, diretamente na matéria do mundo
monádico e essa energia vem atuando nas matérias dos mundos búdico e astral, dando
origem aos fenômenos magnéticos do ser humano.

A ação da Mônada Solar, pelo seu aspecto búdico, na matéria monádica cósmica
provoca efeitos nas matérias búdica e astral cósmicas e a partir daí atua nas matérias
adi, monádica, búdica e astral do nosso sistema solar, interagindo com os átomos
físicos e produzindo a associação de um campo magnético ao elétron (que é um átomo
físico feminino), envolvendo-o, fato reconhecido pela ciência. Essa associação é devida
a que o elétron é envolto por uma nuvem de moléculas da 7ª subdivisão (a mais densa)
do mundo astral sistêmico.

Estudo 005

Os Fogos (continuação 4)

Antes de prosseguirmos no estudo dos fogos, vamos dar algumas noções a respeito
da matéria e dos processos de propagação das energias, que na realidade são os
fogos. Para tal usaremos desenhos e gráfcos, para facilitar o entendimento, a
assimilação e a aplicação dos conceitos.

Inicialmente daremos uma concepção dos mundos que nos rodeiam, nosso palco de
evolução, que é o corpo físico cósmico do nosso Logos Solar.

MUNDO ADI

Constituído de átomos e moléculas (aglomerados de átomos), com 7 divisões, origem


dos fenômenos que ocorrem nos mundos abaixo. Para o Logos Solar é o primeiro éter

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ou a divisão atômica. Envolve e interpenetra todos os mundos abaixo.

MUNDO MONÁDICO

Constituído de átomos formados por átomos adi e moléculas, com 7 divisões. Sede das
Mônadas humanas. Para o Logos é o segundo éter ou a divisão subatômica. Envolve e
interpenetra os mundos abaixo.

MUNDO ÁTMICO OU ESPIRITUAL

Constituído de átomos formados por átomos monádicos e moléculas, com 7 divisões.


Para o Logos é o terceiro éter. Envolve e interpenetra os mundos abaixo.

MUNDO BÚDICO OU INTUÍCIONAL OU DA RAZÃO PURA

Constituído de átomos formados por átomos átmicos e moléculas, com 7 divisões. Para
o Logos é o quarto éter. Envolve e interpenetra os mundos abaixo.

MUNDO MENTAL

Com duas divisões principais:

Mundo causal, mental superior ou abstrato, constituído de átomos formados por


átomos búdicos e moléculas, com as divisões atômica, subatômica e a terceira. É a
sede dos pensamentos abstratos. É a sede das Almas ou Egos humanos.

Mundo mental inferior ou concreto, constituído de moléculas formadas por átomos


mentais e com quatro divisões. É a sede dos pensamentos concretos, com forma. Para
o Logos o mundo mental completo é o estado gasoso. Envolve e interpenetra os
mundos abaixo.

MUNDO ASTRAL OU EMOCIONAL

Constituído de átomos formados por átomos mentais e moléculas, com 7 divisões. É a


sede das emoções. Para o Logos é o estado líquido. Envolve e interpenetra o mundo
físico.

MUNDO FÍSICO

Constituído de átomos formados por átomos astrais e moléculas, com 7 divisões:


atômica ou primeiro éter, subatômica ou segundo éter, terceiro éter, quarto éter, estado
gasoso, estado líquido e estado sólido. É o mundo onde vivemos quando encarnados.

Como as matérias dos diversos mundos se interpenetram, o desenho a seguir


apresentado permite uma melhor visualização de como eles são.

25
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Passemos agora aos processos descritos pela física de propagação da energia.


Vejamos a corrente elétrica.

O elétron é o portador da eletricidade negativa. No gerador o polo positivo (+) fca sem
elétrons e o negativo ( _ ) com acúmulo de elétrons. Com a chave desligada eles não
podem circular, porém ao ligá-la eles fuem do polo negativo, passam pelo motor
fazendo-o girar e chegam ao polo positivo. Assim que a chave é ligada, o elétron do
átomo mais próximo do polo positivo é atraído para esse polo, fcando o átomo positivo
e então ele atrai o elétron do átomo ao lado e assim a corrente ocorre saltando o
elétron de um átomo para outro, sob a ação da energia do gerador.

Esse é um processo de transmissão de energia por partícula. Há outros.

Um outro processo é por onda, também chamada vibração ou oscilação. Uma onda é
uma sequencia de compressões e descompressões ou de intensifcação e diminuição
de campos de força.

26
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A oscilação de uma corda esticada e elástica, quando nela tocamos com uma certa
força é um exemplo de onda. Ao tocarmos nela, provocamos uma compressão das
partículas da corda, iniciando a ondulação, em seguida ocorre a descompressão,
expressa pelo vale e a energia aplicada é transferida para as partículas seguintes,
gerando um novo pico e assim prossegue a transferência da energia, até seu
esgotamento. Esta onda chama-se mecânica.

Onda na superfície do mar

A onda no fundo do mar

As ondas do mar também são ondas mecânicas

As ondas sonoras seguem o mesmo princípio das ondas do mar, só que o meio de
propagação é o ar ou um outro meio apropriado, inclusive o sólido.

A onda eletromagnética

A onda eletromagnética é uma sequencia de campos elétricos e magnéticos, dispostos


entre si num ângulo de noventa graus, que crescem de um determinado modo, atingem
um valor máximo e decaem, iniciando um novo crescimento em sentido inverso, ou
seja, mudam a polaridade tanto do campo elétrico como do campo magnético.

27
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Essas ondas têm frequência, que é o número de ciclos por segundo. Um pacote dessas
ondas tem uma determinada energia ou um quantum de energia e pode ser
interpretado como sendo uma partícula, sendo um exemplo o fóton.

Concluímos então que há duas modalidades de propagação da energia: por corrente,


como a elétrica, a marinha e aérea, e a onda. Na corrente é a partícula que transporta a
energia ao se deslocar. Na onda as partículas transferem a energia às partículas que
lhes estão próximas. Vimos que um pacote de ondas pode ser interpretado como
sendo uma partícula. Esses conceitos aplicam-se tanto à física quanto ao esoterismo.
Daí que o claro entendimento dos processos físicos acima descritos são de imensa
ajuda para a compreensão dos processos explicados pelo Mestre Djwal Khul, no
Tratado sobre Fogo Cósmico.

Estudo 006

Os Fogos Internos dos envoltórios - Os três canais

Vamos estudar com bastante profundidade o fogo por fricção, que é o fogo que atua
na matéria. Como já sabemos, esse fogo só existe em presença da matéria. Ele é o
resultado do contato do fogo elétrico com o fogo solar por meio da matéria. Observem
que contato não signifca fusão ou sintonia.

O assunto a ser tratado aqui vai da página 72 à 82 do Tratado sobre Fuego Cósmico,
do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey.

Voltando ao contato do fogo elétrico com o fogo solar através da matéria, gerando o
fogo por fricção, fca óbvia e lógica essa afrmação do Mestre Djwal Khul, uma vez que
o fogo solar é o relacionador, que relaciona a Mônada com a matéria dos mundos
inferiores.

Primeiro temos a Mônada, o que emite e a matéria o que recebe. Para que a matéria
receba a atuação da Mônada, é necessário o intermediário, o relacionador, o que
adéqua a energia da Mônada à capacidade de recepção da matéria.

Na nossa vida diária material temos uma analogia dessa adequação na eletricidade que
alimenta nossos aparelhos domésticos. A corrente elétrica que sai da usina geradora é
muito mais alta que a que chega às nossas residências. Seu valor na linha de
transmissão da usina até a estação de rebaixamento é de 100.000 volts. Nas estações

28
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de rebaixamento ela é transformada para 25.000, 13.500 e 5.000 volts, entre outros
valores, para chegar aos 110 ou 220 volts, nas residências. O esquema abaixo visualiza
melhor essas transformações:

De forma análoga o mecanismo que gera o fogo solar é o transformador que baixa a
voltagem da Mônada à capacidade receptiva da matéria. A descrição desse mecanismo
não cabe no atual contexto.

O fogo por fricção é equivalente aos 110/220 volts residenciais, que colocam nossos
eletrodomésticos em funcionamento. É portanto o fogo elétrico da Mônada (alta
voltagem) rebaixado pelo fogo solar em baixa voltagem (fogo por fricção), para atuar
na nossa matéria.

Vejamos o desenho abaixo:

Fogo por fricção

Fogo elétrico em contato com fogo solar dentro da matéria produz fogo por fricção. Se
não existir matéria, não há fogo por fricção.

Assim demonstra-se a veracidade da afrmação do Mestre Djwal Khul.

Por outro lado o Mestre diz, mais adiante, que o fogo solar existe como consequência
do contato do fogo elétrico com o fogo por fricção da matéria. Isto parece uma
contradição, mas, se raciocinarmos corretamente, veremos que é a mais pura
realidade.

O fogo elétrico tem de entrar em contato com a matéria, para que a Mônada adquira
experiência e desenvolva seus poderes. Mas, para tal, tem de gerar um intermediário e
redutor de sua energia e, então, gera o fogo solar e os dois juntos geram o fogo por
fricção.

Quando a matéria deixar de existir no chamado pralaia físico, o fogo por fricção que
anima a nossa matéria desaparecerá. Mas os fogos elétrico e solar persistirão para

29
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
manter o fogo por fricção dos mundos astral e mental. Todavia as Mônadas, Solar e
humanas, adquiriram e conservam a habilidade de produzir fogo por fricção em seus
respectivos níveis.

Quando, na continuação do pralaia do nosso Logos Solar, as matérias astral, mental,


búdica e átmica se desintegrarem, para as Mônadas humanas só existirá o fogo
elétrico tríplice, atuando na matéria monádica, mas Elas terão desenvolvido a
capacidade de gerar fogo solar e por fricção, através da experiência vivenciada. No
próximo sistema solar (uma nova encarnação cósmica do Logos Solar), essas Mônadas
voltarão à atividade, dentro de um outro propósito do Logos e iniciarão sua vida nos
mundos inferiores (que serão mais elevados), utilizando a capacidade adquirida. Nada
se perde.

Num estudo anterior foi dito que os fogos internos (fogo por fricção)do sistema solar,
do planeta e do homem, são três: fogo interno, fogo irradiante e fogo essencial, sendo
este último constituído pelos Devas. Na realidade, os Devas são os agentes operadores
dos fogos. Como veremos mais adiante, o fogo por fricção é tríplice e os Devas, nas
linhas evolutiva e involutiva, são os agentes que manipulam o fogo tríplice.

Vamos agora estudar o que o Mestre Djwal Khul chama os fogos internos dos
envoltórios.

Todo ente em manifestação possui um corpo ou veículo, para entrar em contato com a
matéria do mundo no qual vai evoluir, quer seja um Logos Cósmico, Solar, Planetário,
um Deva ou um homem. No caso do nosso Logos Solar, seu corpo físico cósmico é
constituído pelas matérias dos mundos adi, monádico, átmico, búdico, mental, astral e
físico.

O nosso sistema solar visível é apenas a matéria física densa, existindo a matéria
etérica, que não é visível, mas está sendo detectada pelos cientistas, através dos
modernos aparelhos que são sensíveis às ondas eletromagnéticas fora do espectro
visível, como a radiação cósmica de fundo (CRB) e as irrupções de raios gama (GRB).
Nos aceleradores de partículas também foram percebidas componentes da matéria
etérica. Todavia os cientistas não a admitem.

Estudaremos os fogos por fricção que atuam na matéria do mundo físico, nas suas
divisões densa, (sólida, líquida e gasosa) e etérica.

É importante ressaltar que para a consciência atuando pelo corpo astral, a matéria
exterior astral é tão material e objetiva, quanto o nosso mundo denso para a nossa

30
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
consciência cerebral. A diferença está nas propriedades da matéria astral, no modo de
operação e na capacidade de detecção dos sentidos astrais, que levam à consciência
astral as informações exteriores. Os mecanismos de ação também são diferentes. O
mesmo acontece no mundo mental. Portanto os mundos astral e mental também são
animados pelo fogo tríplice.

Mestre Djwal Khul diz: "Existe no Sol, no planeta, no homem e no átomo, um ponto
central de calor e (se me permitido empregar um termo tão limitador e inadequado)
uma caverna central de fogo ou núcleo de calor; este núcleo central chega até os
limites de sua esfera de infuência, seu "círculo não se passa", por meio de um tríplice
canal."

O Sol

Dentro do Sol, no seu centro, existe um mar de fogo ou de calor, porém não um mar de
chamas. As chamas são apenas os efeitos de uma reação química e a combinação de
alguma substância com o oxigênio ou outro elemento, sob a ação de uma energia. Deve
fcar bem clara na mente a diferença entre as chamas ou gases incandescentes e a
energia do calor que produz as chamas ou outro efeito qualquer. É esse calor interno
do Sol que gera as chamas visíveis.

Essa região central do Sol é onde se concentra o fogo interno latente do Sol, o fogo
por fricção, produzindo a máxima temperatura. As chamas na superfície do Sol são
apenas o efeito dessa energia. É esse fogo por fricção que pode provocar a fusão do
hidrogênio em hélio. Portanto a energia essencial do Sol não é oriunda da fusão
nuclear, mas sim do fogo por fricção.

Esse fogo interno chega à superfície do Sol e se irradia para todo o sistema solar por
um tríplice canal, de uma forma análoga à do homem, que tem três canais: ida, pingala
e sushuma, no corpo etérico, conforme veremos em continuação a esse estudo.

Os canais pelos quais o fogo por fricção tríplice do Sol alimenta todo o sistema solar
estão localizados na sua parte etérica.

Os esquemas abaixo tornarão mais clara a compreensão dessa localização e a


distribuição de cada fogo:

Mundos ou Matérias Astral e Superiores do nosso


Sistema Solar
Mundo Físico Divisão atômica do Primeiro Éter.
ou OBS: não confundir com o Mundo

31
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

matéria Física, Adi,


onde que é o primeiro Éter sob o ponto
estamos de vista
encarnados. Cósmico
Divisão Subatômica ou Segundo
Éter
Terceiro Éter
Quarto Éter
Gasoso, Líquido e Sólido a parte densa visível

Canal de Sistema Sistema


Núcleo do
eletricidade solar solar
Sol
solar elétrico denso
Canal de raios
de luz
de aspecto
prânico
Canal akasha
A manifestação eletricidade ou elétrica do fogo por fricção do Sol é de uma só
polaridade. É energizada pelo primeiro Raio ou Aspecto Vontade do Logos. Os
fenômenos dos raios atmosféricos são resultantes desse fogo por fricção elétrico.
Estudos e pesquisas têm sido feitos no Brasil (Grupo ECAT, do INPE) e outros países
sobre a eletricidade atmosférica.

Os raios de luz de aspecto prânico (prana solar) constituem a manifestação do


segundo Raio ou Aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura, através do fogo por fricção.
Poderíamos chamá-los de subfogo solar do fogo por fricção.

Akasha seria o fogo por fricção puro. É manifestação pura do terceiro Raio ou Aspecto
Inteligência Ativa. É o kundalini puro do sistema solar.

Percebemos claramente que esses fogos são externos e irradiantes para nós, mas sob
o ângulo do Sol eles são internos.

O planeta

Nas profundidades do coração de um planeta, como a terra, encontram-se os fogos


internos, que ocupam a esfera central que, plena de calor, torna possível a vida no
planeta. É responsável pelo magma terrestre e pela atividade vulcânica. Também se

32
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
situa na parte etérica do planeta e por ela se distribui através de canais etéricos para
todas as partes gasosas, líquidas e sólidas.

Os fogos por fricção do planeta também são três:

Fluido elétrico: latente no planeta e pouco conhecido pela ciência em sua natureza
essencial. É o oposto da eletricidade solar. Podemos dizer que é o subfogo elétrico do
fogo por fricção do planeta e é qualifcado pelo Aspecto Vontade do Logos Planetário.
O contato da eletricidade solar com este fogo é o objetivo - talvez inconsciente - de
todo o esforço científco na atualidade. O portador deste fogo é o elétron, que é o
átomo físico primordial feminino.

Prana planetário: é o subfogo solar do fogo por fricção do planeta. Está qualifcado
pelo Aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura do Logos Planetário. Esse fogo, tão benéfco
à saúde humana, é absorvido pelos poros da pele, que é sua linha de menor resistência.
É o responsável pelo bom funcionamento dos órgãos e do organismo como unidade.

A substância produtiva: é o fogo que vitaliza toda a matéria do planeta, só existindo em


presença da matéria. É responsável pela germinação de tudo. É a mãe e o protetor de
tudo o que existe dentro e fora do planeta. Corresponde ao akasha do sol, como
manifestação do fogo por fricção do Sol. É ele que faz a semente brotar. Os vulcões
entram em atividade sob a ação desse fogo.

Todas essas manifestações do fogo por fricção do planeta são resultantes da


captação, absorção e assimilação dos fogos por fricção do Sol pelo Logos Planetário,
que os qualifca, acumula no depósito no interior da terra e distribui através de uma
rede de canais etéricos para todo o planeta, para manter a vida.

Os fogos por fricção da lua estão praticamente esgotados, porque os Devas e a


humanidade não estão mais lá. Certas funções da natureza não podem existir sem a
presença dos Devas.

O homem

Na base da coluna vertebral do homem, no seu corpo etérico, estão ocultos os fogos
por fricção do sistema humano. Deste centro os três fogos se irradiam para todo o
corpo etérico por três canais da coluna vertebral etérica e deles, por uma rede de
canais menores, alcançam e vitalizam todo corpo denso. Os centros de força chamados
chacras desempenham um papel importantíssimo nessa distribuição, além de suas
funções transcendentais.

Reação nervosa: é o fogo equivalente à eletricidade solar e ao fuido elétrico do

33
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planeta. É distribuído a partir do centro onde está acumulado, por um canal e atinge o
cérebro e o sistema nervoso e ao estabelecer contato com eles, dá origem a toda a
atividade elétrica do nosso corpo. Sem esse fogo não conseguiríamos pensar nem ter
sensações. Quem sabe a mecânica desse fogo e o canal pelo qual circula pode
aumentar sua capacidade cerebral. Mestre Djwal Khul recomenda que esse assunto
seja estudado mais detidamente.

Emanação prânica: é o fogo equivalente ao prana solar e ao planetário. É o responsável


pela manutenção do que foi construído. É distribuído por um canal e dele para todo o
corpo pelos canais menores chamados nadis. Sua irradiação pela superfície do corpo
etérico constitui o que chamam aura de saúde. É possível de ser transmitido de uma
pessoa para outra conscientemente, sendo maior seu efeito se o doador possui
conhecimentos de ocultismo e do corpo humano, donde algumas pessoas serem
curadoras. Não se deve confundir uma boa aura de saúde com qualidades magnéticas.
O magnetismo tem origem no corpo astral, proveniente de um corpo superior e a aura
de saúde é a irradiação pelo corpo etérico do prana que sobrou do necessário para a
manutenção da saúde do corpo físico.

Calor corpóreo: é o equivalente ao akasha do fogo por fricção do Sol e à substância


produtiva do planeta. É distribuído por um canal e dele para todo o corpo físico, sendo
responsável, entre outras coisas, pelo calor do corpo.

Mais detalhes sobre esses fogos do homem serão fornecidos em continuidade a esses
estudos.

Convém ressaltar que essa tríplice manifestação do fogo por fricção também ocorre
nos corpos astral e mental, de uma forma adequada a esses corpos.

Estudo 007

Os Fogos Internos dos envoltórios - Os três canais (Continuação)

Continuando nosso estudo sobre os Fogos, segundo os ensinamentos do Mestre Djwal


Khul, vamos agora enfocá-los sob o ponto de vista macrocósmico, ao mesmo tempo
revendo e propiciando alguns detalhes novos.

O nosso Logos Solar, que é uma Entidade Cósmica, é tríplice, como o homem.

A Mônada, a Divina Chama Logoica, residente no mundo monádico cósmico.

34
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A Alma Logoica ou o Ego Logoico, residente no mundo causal cósmico, sendo uma
manifestação da Mônada Logoica no mundo causal cósmico.

A Personalidade Logoica, constituída dos corpos mental inferior, astral e físico


cósmicos, sendo uma manifestação do Ego Logoico nesses 3 mundos inferiores.

Na realidade, a Mônada Logoica utiliza o Ego e seu corpo causal como instrumentos ou
veículos. O Ego Logoico também se serve da Personalidade e seus corpos como
veículos.

Por aí se vê que a Mônada Logoica é a verdadeira Entidade, utilizando o Ego para atuar
no mundo causal e o Ego e a Personalidade simultaneamente para atuar nos mundos
inferiores cósmicos.

A Mônada Logoica tem 3 aspectos ou modos de ser: vontade, amor-sabedoria e


inteligência ativa.

Quando Ela atua nos mundos exteriores a Ela, para adquirir experiências e evoluir, o
modo de ser que está prevalecendo nessa atuação é como se fosse um Logos distinto.
Mas isso é apenas uma aparência. Todavia cada modo de ser tem 3 submodos:
submodo vontade, submodo amor-sabedoria e submodo inteligência ativa.

Vamos exemplifcar cada uma dessas situações.

Quando Ela está usando a vontade, para algum propósito, ou seja, está querendo algo
e ao mesmo tempo está planejando, o modo de ser é vontade e o submodo é
inteligência ativa, sendo vontade inteligente ativa.

Quando, estando num estado voluntarioso, Ela procura atrair ou amar, está no
submodo amor, sendo a vontade de amar.

Quando, usando a vontade, procura impor ou usar a força, o submodo é vontade,


sendo a vontade pura.

Quando está no modo amor e está usando a força para conseguir algo, é o amor
voluntarioso.

Quando, no modo amor, simplesmente ama, é o amor puro.

Quando no modo amor, age externamente ou pensa inteligentemente, é o amor


inteligente ativo.

Quando está pensando ou agindo e ao mesmo tempo está usando a força, é a

35
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inteligência ativa voluntariosa.

Quando emprega a inteligência para aumentar o amor, é a inteligência ativa amorosa.

Quando simplesmente pensa, raciocina ou age, é a inteligência ativa pura.


Em qualquer situação ou modo de ser, a Mônada é uma só, embora num dado momento
prevaleça um modo de ser.

É essa a explicação para os três Logos.

Quando prevalece a vontade, dizemos que é o 1º Logos.

Quando predomina o amor-sabedoria, é o 2º Logos.

Quando sobressai a inteligência ativa, é o 3º Logos.


A inteligência ativa ou Manas se relaciona diretamente com a matéria, porque necessita
de um espelho ou refexo para perceber o grau de perfeição do que está sendo tratado
por ela.

Em essência a Mônada é vontade, embora neste atual sistema solar, melhor dizendo,
nesta atual encarnação cósmica do nosso Logos Solar, a meta seja desenvolver o modo
de ser amor-sabedoria.

No mundo monádico e, mais tarde, no mundo adi, a Mônada, por ser essencialmente
vontade, pela sua ligação direta com a matéria monádica, atua como fogo elétrico, ou
seja, dinamiza os átomos e as moléculas monádicas como fogo elétrico, que é força.

Quando está no modo vontade pura, a energia resultante é fogo elétrico/elétrico.

Quando está no modo amor-sabedoria, o resultado é fogo elétrico/solar.

Quando está no modo inteligência ativa, resulta fogo elétrico/por fricção.


A matéria monádica é apta para responder a essa força elétrica, nos 3 modos
principais e, dentro do modo inteligência ativa, às 4 submodalidades que constituem os
chamados raios de atributo, que são: harmonia pelo confito (4º), conhecimento
concreto (5º), idealismo abstrato e devoção (6º) e organização e magia cerimonial (7º).

Quando a energia emanada da Mônada penetra nas matérias átmica, búdica e causal
(mental superior ou abstrato), ela é transformada em fogo solar, porque predomina o
modo amor-sabedoria e essas matérias são aptas para responder essencialmente a
esse fogo ou energia, igualmente nos 3 modos de ser e nos 4 submodos da inteligência
ativa.

36
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Temos fogo solar/elétrico, fogo solar/solar (puro) e fogo solar/por fricção e mais 4
submodalidades desse último correspondentes aos 4 raios de atributo.

Quando a energia irradiada pela Mônada se entranha nas matérias mental inferior ou
concreta, astral e física, oriunda do causal, ela é transformada em fogo por fricção,
porque prevalece a inteligência ativa e essas matérias foram preparadas para
responder a esse fogo, também nos 3 modos e nos 4 submodos do 3º, como sejam:
fogo por fricção/elétrico, fogo por fricção/solar e fogo por fricção/por fricção (puro)
mais os 4 menores.

No sistema solar anterior, o Logos Solar procurou desenvolver ao máximo o modo de


ser inteligência ativa. Daí afrmar-se que o 3º Logos é atualmente o mais adiantado. Isto
apenas signifca que manas (inteligência ativa) é a qualidade que sobressai no
momento.

Como a meta atual é o amor-sabedoria (2º Logos), o esforço maior é dedicado a esse
modo de ser ou qualidade. Mas para tal Ele usa o que mais desenvolveu, manas.

Por isso Mestre Djwal Khul diz que o objetivo do homem neste sistema solar é
expressar budi (amor-sabedoria) através de manas, no máximo grau.

O 2º Logos é o responsável por tudo o que tem forma, melhor dizendo, o modo de ser
do Logos Solar como amor-sabedoria e atuando como fogo solar na matéria constrói
as formas.

Somente no próximo sistema é que o Logos Solar irá expandir e desenvolver ao


máximo seu modo de ser como vontade, o 1º Logos.

Então o fogo elétrico terá o papel mais importante e a meta será expressar a vontade
através do amor-sabedoria e da inteligência ativa unidas.

Mestre Djwal Khul afrma: "Nesta 4a. ronda e neste 4º globo (a terra) do nosso
esquema planetário, os fogos do 3º Logos de matéria inteligente fundem-se
parcialmente com os fogos da mente cósmica, manifestando-se como poder ou
vontade e animando o Pensador em todos os planos. A fnalidade de sua colaboração é
manifestar, de forma perfeita, o Senhor Cósmico de Amor. Devemos refetir sobre isso,
porque revela um mistério."

Isso signifca que no atual período está havendo uma sintonia parcial entre o fogo por
fricção dos mundos inferiores e o fogo solar/elétrico do mundo causal, proveniente do
mundo mental cósmico (corpo mental cósmico do Logos Solar), resultando dessa
sintonia parcial uma manifestação de poder ou vontade que anima e dinamiza o Ego,

37
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
permitindo que ele atue com mais domínio nos mundos inferiores.

Consequentemente, o Ego Solar como o Ego humano podem dar mais ênfase à
expressão do amor cósmico (Ego Solar) e do amor mundial (Ego humano). Lembramos
que o Ego é fogo solar por excelência.

A expressão entrar em sintonia ou alinhar-se signifca que o receptor está conseguindo


estabelecer uma frequência que está em harmonia ou fase (as ondas não se
contrapõem) com a frequência do doador e assim o receptor pode receber e assimilar
muito mais energia e se tornar muito mais dinâmico e vital.

Em termos de fogo por fricção do mundo mental inferior e o fogo solar/elétrico do


mundo causal (onde está o Ego), quer dizer que as moléculas da 4a. divisão do mental
inferior conseguem oscilar ou vibrar numa frequência mais próxima da frequência dos
átomos mentais animados pelo fogo solar/elétrico, os quais, por isso, podem penetrar
com mais facilidade nas moléculas mentais, aumentando em muito sua capacidade
vibratória, seu dinamismo e sua vitalidade. Essas penetrações e transferências de fogo
prosseguem nos átomos astrais e físicos, chegando fnalmente ao cérebro físico, onde
a consciência de vigília manifesta os efeitos do amor-vontade inerente ao fogo
solar/elétrico.

O propósito tanto do Logos como do homem é a sintonia entre os fogos elétrico, solar
e por fricção.

O processo iniciático, sobre o qual falaremos mais tarde, acelera essa sintonia ou
fusão.

Atualmente o fogo por fricção é o que está mais desenvolvido e ativo, como
consequência das experiências e vivências do sistema solar anterior. O passo a ser
dado agora é, utilizando esse fogo por fricção (manas), estimular o fogo solar (amor-
sabedoria-razão pura) ao máximo e obter a sintonia perfeita entre os dois, para a
máxima transferência de energia. Em seguida, teremos de, utilizando esses dois
sintonizados, atrair e estimular o fogo elétrico (vontade), para, num próximo passo,
sintonizar os três.

Por isso é sumamente importante utilizar muito a mente analítica (não a separadora),
no nosso dia a dia, buscando tirar conclusões.

O Senhor Buda disse duas verdades utilíssimas para o homem. Uma é: "A falta de
conhecimento é a causa dos sofrimentos do homem". A outra é: "Nunca aceitai
qualquer afrmação, venha de quem quer que seja, mesmo que seja eu, sem passar

38
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pelo crivo de vossa razão".

Mas, para podermos analisar com acerto, é necessário que adquiramos conhecimento,
a fm de termos subsídios com que raciocinar e comparar.

Apresentamos a seguir um diagrama para melhor fxação dos conceitos apresentados.

Mundo átmico Fogo solar/por


Fogo solar/elétrico
Fogo solar/solar fricção
Mundo búdico Fogo solar/por
Fogo solar/elétrico
Fogo solar/solar fricção
Mundo mental superior
Fogo solar/por
(causal) Fogo solar/elétrico
fricção
Fogo solar/solar
Mundo mental inferior ou
Fogo por Fogo por fricção/por
concreto
fricção/elétrico fricção
Fogo por fricção/solar
Mundo astral Fogo por Fogo por fricção/por
Fogo por fricção/solar fricção/elétrico fricção
Mundo físico Fogo por Fogo por fricção/por
Fogo por fricção/solar fricção/elétrico fricção

Estudo 008

Os Fogos Internos dos envoltórios - Os elementais do fogo e os Devas

Iremos neste estudo considerar com brevidade os elementais do fogo e os Devas.

São conhecidos certos fatos relacionados aos espíritos do fogo, pois há muita
literatura sobre eles. Porém o mais importante, que deve ser acentuado, é que AGNI, o
senhor do Fogo, rege os elementais e os Devas do fogo, nos três mundos da evolução
humana, o físico, o astral e o mental inferior, não só no nosso planeta, mas em todo o
sistema solar.

39
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Senhor AGNI é uma das 7 entidades (denominadas os 7 Irmãos, na Doutrina Secreta)
e cada uma expressa e personifca um dos 7 princípios e formam os 7 centros de força
no corpo do Senhor Cósmico do Fogo, chamado FOHAT por Helena Petrovna Blavatsky.

Por ser o regente do 5º princípio, Manas, AGNI é a expressão da inteligência ativa da


Mônada Solar, dentro do nosso sistema solar e, consequentemente, dos fogos internos
ou por fricção desse sistema.

Cada um desses 7 Irmãos rege um mundo do nosso sistema solar, desde o adi até o
físico. Três são chamados maiores (assim como existem os 3 raios maiores, 1º, 2º e 3º,
os de aspecto, e 4 menores, os de atributo) e quatro menores.

Nesse contexto a palavra maior signifca o que é mais forte, no sentido de usar mais a
vontade. Nesse enfoque 3 mundos estão ligados e são: adi - átmico - mental superior.
Portanto os 3 Irmãos maiores ou mais fortes no contexto regem os mundos adi, átmico
e mental superior.

Não devem confundir princípio com mundo de matéria. Princípio é um instrumento e


mundo de matéria é o meio onde o princípio se manifesta e adquire expressão. Assim o
princípio pode evoluir de mundo de matéria, quando é concluído o trabalho de
aperfeiçoamento de um mundo, ou seja, quando é conseguido o desenvolvimento
máximo (dentro de uma meta) das qualidades que o princípio tem de expressar,
através da interação com a matéria e, com essa interação, a matéria evolui e o princípio
se expressa plenamente. O corpo etérico é um princípio , mas o corpo físico denso não
o é. Utilizando o corpo etérico a Mônada pode desenvolver determinadas qualidades.
Prana é outro princípio, pois vitaliza o corpo etérico e este o corpo denso. Prana
contém certas propriedades que permitem o corpo etérico atuar.

Não esquecer nunca que essa conquista é individual e estamos nos referindo à matéria
que constitui os veículos de cada um.

Melhor explicando, para que tudo fque bem claro. Quando a Mônada encarnada
consegue expressar ao máximo suas qualidades através dos veículos físico, astral e
mental inferior, Ela fez com que as matérias desses seus corpos evoluíssem e Ela fca
liberada da obrigação de encarnar nos mundos inferiores. Daí o signifcado da
expressão " redenção da matéria ". Isso é conseguido na 4a. Iniciação Planetária.

Em outra ocasião falaremos com detalhes dos 7 princípios, porém no momento basta o
que foi explicado.

Todos constituem o fogo por fricção ou da matéria, em virtude do seu aspecto

40
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Inteligência Ativa.

É por isso que AGNI é o regente do fogo e das entidades operadoras do fogo nos
mundos mental interior, astral e físico, em todo o sistema solar.

Resumindo, esses 7 Senhores, incluindo AGNI, são a essência do Senhor Cósmico do


Fogo, Fohat nos livros ocultistas.

De forma análoga, os 7 Choans de raio e seus grupos de discípulos são os 7 centros de


força (chacras) no corpo do nosso Logos Planetário e 7 Logos Planetários são os 7
chacras no corpo do Logos Solar.

Cada um dos 7 Senhores do Fogo age e atua através de numerosos grupos de entes
do fogo, desde os Senhores dos Devas de um mundo, até as pequeninas salamandras
das fogueiras internas.
As essências ígneas dos mundos superiores ao mental inferior não serão aqui
estudadas.

Assim temos:

1. Mundo físico

Salamandras - são os minúsculos elementais do fogo, que alguns videntes podem ver
dançando nos fogos de uma casa e das fábricas. Pertencem ao mesmo grupo de
espíritos do fogo que se encontram nas profundezas das ígneas entranhas da terra.

Os espíritos do fogo, ocultos em todo foco de calor, são a essência desse calor (a ação
deles na matéria provoca o calor que percebemos e sentimos). Encontram-se no calor
da estrutura corpórea humana, animal e terrestre.

Os Agnichaitas, os espíritos do fogo de grau superior (estão na linha de evolução ou


retorno), formam um vórtice de fogo (efeito) e são vistos em grande escala nos
vulcões e nos grandes incêndios. Estão intimamente ligados a um grupo de Devas ainda
mais importantes, que constituem o envoltório ígneo do sol.

Esses 3 grupos manipulam o fogo por fricção/por fricção.

Os elementais prânicos, essas microscópicas essências ígneas que têm a capacidade


de interpenetrar os tecidos dos corpos humanos e dos animais e do reino vegetal e
sintonizam-se, coordenam-se e trabalham juntas com os demais fogos dos sistemas
microcósmicos.

Manipulam o fogo por fricção/solar.

41
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Alguns Devas, que podem ser descritos como animadores e vitalizadores de grandes
raios de luz, sendo a essência desses raios. Como exemplo, temos os que animam os
GRB (Gamma Rays Burst), erupções de raios gama, que às vezes atingem a terra.

Não é permitido passar mais informações sobre esses Devas, porque eles manipulam o
mais perigoso dos fogos, o fogo por fricção/elétrico.

2 - Mundo astral

Como a grande maioria da humanidade não tem a visão astral, torna-se muito difícil
explicar as entidades ígneas do mundo astral.

Elas são os agentes do calor do corpo astral ou emocional, onde as sensações físicas
são transformadas em emoções.

Quando o calor do corpo astral se expressa como desejo, essas entidades estão na
linha de involução, sendo chamadas pitris lunares. Quando o calor se expressa como
aspiração as entidades passam a Devas, na linha de evolução ou retorno.

Existem muitos graus e categorias, porém não cabe aqui citar seus nomes.

Todavia há uma categoria que deve ser conhecida, porque cuidam dos fogos que, mais
tarde, destruirão o Loto Egoico e o corpo causal. O Loto Egoicoé o mais importante
instrumento da Mônada.

Deve fcar bem claro que a sintonia dos fogos por fricção, solar e elétrico provocam
destruição.

Esses Devas são os Agnisuryas, os quais são as essências ígneas do mundo búdico e a
sua manifestação mais baixa é no mundo astral.

Informações mais detalhadas e extensas serão fornecidas com a continuação desses


estudos do Tratado sobre Fogo Cósmico, pois o Mestre Djwal Khul está muito
empenhado em que a humanidade compreenda o mundo fenomênico e a evolução
dévica, para que possam ambos os reinos prosseguir de forma mais acelerada.

A seguir apresentamos um diagrama, para facilitar a assimilação do que foi exposto.

42
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Os Devas
Salamandra
do Mundo
s
Físico
Espiritos do
Fogo por fricção / por fricção
Fogo
Agnichaitas

Elementais
Fogo por fricção / solar
prânicos

Devas
animando
Fogo por fricção / elétrico
grandes
raios de luz
Os Devas
Várias
do Mundo
categorias
Astral
Devas encarregados dos fogos que mais tarde irão
Agnisuryas destruir o Loto Egoico e o corpo causal, no
momento da 4a Iniciação Planetária.

Estudo 009

O Raio da personalidade e o fogo por fricção - O trabalho dos três raios

43
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iremos agora estudar o trabalho dos raios Monádico, do Ego e da personalidade, e a
relação entre o raio da personalidade e o fogo por fricção, quando esse raio atua nos
átomos permanentes.

O tema dos átomos permanentes, embora seja de amplo e geral interesse,é muito
pouco compreendido. Todo corpo ou forma em que a Mônada funciona e se expressa,
tem como ponto focal um átomo de matéria do mundo em que se expressa, o qual
serve para atrair a matéria daquele mundo a fm de formar o corpo, distribuir força,
conservar as faculdades, assimilar as experiências e preservar a memória.

Os átomos permanentes não são átomos comuns. Eles fcaram durante muito tempo
sob a infuência da chamada segunda emanação do Logos Solar, que é do aspecto
Amor-Sabedoria-Razão Pura, tendo por isso grande poder de coesão.

No nosso estudo iremos tratar da Tríade Inferior, constituída da unidade mental,


responsável pelo corpo mental inferior, do átomo astral permanente, responsável pelo
corpo astral ou emocional e do átomo físico permanente, responsável pelo corpo físico.

A unidade mental é uma molécula da quarta subdivisão do mundo mental.

Existe ainda a Tríade Superior ou Espiritual, formada pelos átomos-átmico ou espiritual,


búdico ou intuicional e mental, que serve de veículo para a Mônada.

Esses átomos estão em relação direta com um dos três grandes raios, no que respeita
ao homem, o microcosmos, os quais são:

• Raio Monádico
• Raio Egoico
• Raio da Personalidade
A palavra raio aqui tem o signifcado de corrente ou emanação de força. O Logos Solar
se manifesta por meio de três raios maiores e quatro menores: Vontade ou Poder,
Amor-Sabedoria-Razão Pura, Inteligência Ativa ou Adaptabilidade (os três maiores),
Harmonia pelo Confito-Beleza-Arte, Conhecimento Concreto ou Ciência, Devoção-
Idealismo Abstrato e Magia Cerimonial (os quatro menores).

As Mônadas humanas se manifestam através dos três raios maiores, ou seja, há


Mônadas de Vontade, Mônadas de Amor e Mônadas de Inteligência Ativa. Já os Egos e
as personalidades são dos sete raios, sendo o raio egoico um sub-raio do raio
Monádico e o raio da personalidade um sub-raio do raio egoico. Em cada encarnação o
raio da personalidade geralmente muda.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O raio Monádico atua na unidade mental. O raio egoico infuencia o átomo astral
permanente e o raio da personalidade afeta o átomo físico permanente.

A ação desses raios é a seguinte:

• age na parede externa do átomo ou da unidade, aumentando sua capacidade


oscilatória e giratória;
• estimula o fogo por fricção interno do átomo ou da unidade, intensifcando-o e
fazendo com que sua luz brilhe com mais resplendor;
• atua nas espirilas do átomo, pondo-as em atividade gradualmente.
Os átomos de um tipo de matéria são formados pela junção de átomos da matéria
imediatamente mais sutil, constituindo uma espécie de corda ou fo. Com essas cordas
ou fos são gerados vórtices. Essas cordas ou fos, em número de sete, é que são as
espirilas. Essa explicação é muito sucinta. Em outra ocasião será dada uma explanação
mais detalhada.

Cada espirila é ativada ciclicamente. Na atualidade quatro estão ativas. Mas elas podem
ser ativadas pelo esforço individual.

A ação dos três raios não é simultânea, mas obedece a ciclos ordenados. A atuação do
raio Monádico sobre a unidade mental só começa quando o homem recebe a primeira
iniciação planetária.

Iniciação planetária é uma expansão de consciência e dinamização dos centros de


força do homem (chacras), pelas energias que fuem do Cetro de Poder do Sr. CRISTO
nas primeira e segunda iniciações e do Cetro de Poder do SENHOR DO MUNDO nas
iniciações a partir da terceira. Esse assunto é tratado no livro do Mestre Tibetano, pela
sra. Alice A. Bailey, Iniciação Humana e Solar, que já existe em português. No livro do
mesmo Mestre, Os Raios e as Iniciações, o assunto é tratado em muito mais
profundidade e nele são descritos com detalhes os modos de vida, as
responsabilidades, as funções e a glória incomensurável, que estão reservadas ao
homem que tem disposição, decisão e vontade para fazer o esforço necessário. Uma
coisa é certíssima: o homem conquista a iniciação. Por isso é dito que o INICIADO já é
um iniciado.

Portanto, para estimular o interesse da Mônada nos veículos inferiores, devemos usar
ao máximo a capacidade discriminatória e analítica da mente concreta, uma vez que Ela
se preocupa muito com o conteúdo da unidade mental. Para tanto devemos no dia a dia
analisar tudo o que ocorre em nosso interior e ao nosso redor, buscando entender e

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tirando conclusões. Na análise do comportamento das pessoas, que é muito
importante, devemos ter o cuidado de não julgá-las, porém apenas efetuar a análise. O
julgamento conduz à discriminação das pessoas, o que é maléfco, pois leva à
separatividade. Discriminar para efeito de análise é bom, mas discriminar devido ao
julgamento é trabalhar contra o Plano Divino de fraternidade.

Usem a mente para tudo, inclusive nos cinco sentidos. Usem-na na audição, na visão,
no tato, no paladar, no olfato. Façam todos os dias, antes de conciliar o sono, uma
análise dos principais fatos do dia. Ao amanhecer, procurem efetuar um planejamento
do comportamento ao longo do dia. Garanto que a evolução de todos será
grandemente acelerada.

Embora no início a mente concreta tende a matar o real, como dizem, todavia o seu uso
é importantíssimo para a evolução, pois com o tempo as perguntas, indagações e
dúvidas que surgem vão estimulando a mente abstrata e, através dela, a atenção do
Ego, que, por sua vez, chama a atenção da Mônada. Assim, a mente concreta passa a
ser iluminada pela luz da Mônada e, dessa forma, transforma-se no farol da Mônada
para os mundos inferiores. Logo, a alegação de que a mente concreta mata o real não é
desculpa para não utilizá-la; os preguiçosos mentais é que costumam alegar isso.

A ação do raio egoico sobre o átomo astral permanente só se inicia quando o Ego
consegue estabelecer uma boa conexão com o cérebro físico. Saibam portanto fazer
bom uso das emoções, estimulando as boas e transformando as más, jamais
bloqueando-as. Essa transformação, que é transmutação, é conseguida pela análise
mental. O corpo astral é uma ferramenta muito importante para o Ego e para a
Mônada, embora seja o mundo astral um mundo de miragem. Mas, através da mente,
podemos dissipar essa miragem do mundo astral e vê-lo como ele é realmente.

No homem comum já se dá a infuência do raio da personalidade sobre o átomo físico


permanente.

A história da tríade inferior, em termos de evolução, é a seguinte:

Inicialmente o Ego envia energias para o átomo físico permanente e nele se concentra.
Posteriormente, Ele passa a energizar o átomo astral permanente, assim aumentando a
luminosidade dos dois átomos. A seguir Ele trabalha a unidade mental. Chega um
momento em que os três componentes da tríade inferior estão muito próximos e
brilham fortemente como se fossem uma esfera única, de rápidos movimentos.

Quando essa fase é atingida, ocorre a transmutação paulatina. Ao transcender o átomo

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
físico permanente, a polarização passa para o átomo mental permanente da Tríade
Superior.
Quando o átomo astral permanente se torna altamente radioativo, a polarização é
transferida para o átomo búdico permanente.

Finalmente quando a unidade mental se torna intensamente dinâmica, a transferência é


feita para o átomo átmico permanente.

Em temos práticos e de vivência, isso signifca uma nova e muito mais intensa vida,
com as limitações dos mundos inferiores eliminadas. É o Reino dos Céus, ensinado pelo
sr. CRISTO, e que não foi entendido pelos religiosos, sendo por eles completamente
distorcido.

Este é o resultado da ação dos raios Monádico, Egoico e da personalidade sobre a


tríade inferior e, consequentemente, sobre os corpos, uma vez que os componentes da
tríade inferior são os focos irradiadores de energias para eles.

Toda essa conquista pode ser conseguida pelo esforço individual, acelerando a própria
evolução e escapando da longa demora do ritmo comum da humanidade, que se deixa
levar e não percebe que pode assumir o comando do processo, através da busca do
conhecimento e da devida ação.

Cabe esclarecer que a natureza do raio da Mônada tem um efeito muito forte na
aceleração da escalada evolutiva. As Mônadas do primeiro raio, por ser um raio de
poder, conseguem ir mais depressa. Como na realidade o Ego é a Mônada
expressando-se no mundo causal e a personalidade é a Mônada manifestando-se nos
mundos mental inferior, astral e físico através do Ego, o raio da Mônada, quando Ela é
do primeiro raio, atua com poder em todos os componentes da tríade inferior e assim
os efeitos são mais rápidos.

Cabe dizer que no atual período da humanidade as Mônadas de primeiro raio


encarnadas são raríssimas.

A seguir apresentamos um desenho com as conexões dos três raios com os


componentes da tríade inferior:

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 010

O Raio da Personalidade e o fogo por fricção - O Raio da Personalidade e os átomos


permanentes

No estudo anterior vimos que o raio Monádico estimula a unidade mental, o raio Egoico
o átomo astral permanente e o raio da personalidade o átomo físico permanente.

No presente estudo vamos mostrar que o átomo físico permanente é afetado também
pelos raios Monádico e Egoico.

Essa atuação é feita nas espirilas do átomo físico permanente, que são sete.

A explanação técnica das espirilas será feita em estudo posterior. Por ora basta que
saibam que, normalmente, uma espirila é ativada por ronda e atualmente estamos na 4ª
ronda.

Ronda é um ciclo de uma cadeia. Cadeia é o nome dado a uma manifestação física
cósmica de um Logos Planetário, o que podemos chamar de encarnação do Logos
Planetário.

No caso do nosso Logos Planetário, ela é constituída de 1 globo físico denso, a terra, 2
globos etéricos, 2 globos astrais e 2 globos mentais inferiores, totalizando 7 globos,
todos com suas funções e fnalidades.

Em cada cadeia ocorrem 7 rondas, ou seja, a Vida do Logos Planetário anima os 7


globos, globo a globo, por 7 vezes, detendo-se durante algum tempo em cada globo. No
fnal da 7ª ronda, os 7 globos da cadeia são desfeitos e o Logos Planetário entra num
período de abstração, chamado pralaia, com tudo o que está sob a sua
responsabilidade, incluindo nós. No momento estamos na 4ª ronda da 4ª cadeia.

Cada cadeia tem uma meta para a humanidade. No nosso caso a meta é a 5ª Iniciação
Planetária, a do Adepto.

Como o átomo físico permanente é a fonte de energia para a construção dos corpos
físicos etérico e denso do ser humano, fuindo por ele as energias emanadas pela

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mônada via Ego e como as espirilas são analogicamente as artérias do átomo físico
permanente, quanto mais espirilas estiverem ativas, maior será o dinamismo dele,
melhorando em muito a qualidade do corpo físico e, assim, permitindo uma melhor
expressão das qualidades e energias da Mônada.

Lembramos que o átomo físico permanente é o que está por detrás do nosso DNA,
controlando a atividade das proteínas (corpos físicos dos chamados pequenos
construtores), ao lerem a palavra-chave na região de controle do DNA e darem
instruções para a construção de outras proteínas necessárias à vida física, de forma
bioquímica.

Pelas espirilas fuem energias diferenciadas. Pelas 4 primeiras (ativas atualmente no


homem comum) circulam as energias mais grosseiras, que expressam as qualidades
desse homem comum. Somente o raio da personalidade atua e as muitas
diferenciações são devidas às variações dos raios de personalidade e seus sub-raios,
que, se considerarmos as proporções de intensidade de cada raio e sub-raio, geram a
imensa gama de personalidades, que observamos na humanidade.

Nas 3 rondas anteriores à atual, as Mônadas provenientes da cadeia lunar, que


antecedeu a nossa cadeia e que estavam em condições de ingressar no reino
humano,permaneceram um muito longo período de tempo inativas, aguardando a
construção do novo cenário de evolução, ou seja, a nova cadeia.

Em consequência dessa inatividade, as tríades inferiores tiveram de passar por várias


etapas de reativação de seus átomos. Para tal na 1ª ronda, a 1ª espirila, a mais
grosseira, foi ativada. Na 2ª ronda, a 2ª espirila e na 3ª a 3ª espirila. Aí a tríade inferior
estava preparada e desperta para receber um corpo humano, o que ocorreu na 4ª
ronda, a atual.

Como pelas 5ª e 6ª espirilas do átomo físico permanente fuem energias da Mônada,


via átomos mental e búdico permanentes e Ego, essas espirilas têm de ser ativadas
pelo raio Egoico.

A 7ª espirila, a mais sutil, deve expressar energias da Mônada via átomo átmico
permanente, o mais elevado para a humanidade e para a sua ativação o raio Monádico
é que tem de atuar.

O homem de vontade não precisa esperar as rondas futuras para despertar as


espirilas superiores. Pela disciplina, conhecimento e serviço ele pode acelerar sua
evolução e alcançar a meta bem antes e prosseguir para regiões mais elevadas.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Este tema é de grande interesse e utilidade e oferece ao pesquisador vastos horizontes
e abre extensos campos de investigação aos estudiosos que anseiam pelo saber.
A sucessão e o tempo para essas ativações dependem do raio Monádico.

Quando se considera a questão sob a ótica do fogo, percebe-se como o fogo latente no
átomo é estimulado, chega a brilhar e torna-se útil pela ação do raio da personalidade e
a fusão de ambos, melhor dizendo, a sintonia de ambos produz efeitos análogos aos
produzidos pela ação de Fohat sobre a matéria do mundo físico cósmico (os nossos 7
mundos).

O fogo está latente dentro da esfera, quer do sistema, quer do átomo físico. Por um
lado o raio da personalidade, atuando no átomo físico, incrementa o fogo oculto e o
põe em atividade. Por outro lado Fohat age sobre o fogo oculto na matéria do sistema,
colocando-o em atividade manifesta. Nesta analogia, as devidas proporções e
diferenças devem ser mantidas.

Vemos também que o raio da personalidade tem a ver com o terceiro aspecto,
Inteligência Ativa, a atividade do microcosmos, o homem. A tarefa do terceiro aspecto
logoico consistiu em por em ordem a matéria do sistema, de maneira que, com o
tempo, pudesse tomar forma pelo poder do segundo aspecto, Amor-Sabedoria. É essa
a analogia.

A vida no mundo físico (que é demonstrada plena e claramente pelo átomo físico)
ordena e separa a matéria com a qual será construído oportunamente o Templo de
Salomão, que é o corpo egoico, pela ação da vida egoica, o segundo aspecto.

No terreno da vida pessoal já estão preparadas as pedras do grande Templo. O existir


no mundo físico e o viver a vida pessoal objetiva, proporcionam essa experiência que
será transformada em faculdade do Ego.

A clara compreensão desses mecanismos, de suas ações e de seus efeitos sob o ponto
de vista da Mônada, o homem verdadeiro e real, fornece ao estudioso criterioso e ávido
de sabedoria diretrizes frmes e inabaláveis para ele prosseguir na luta e no esforço em
direção à conquista de sua meta, o mais rápido possível.

Portanto vivamos a nossa vida física, pondo a mente em tudo, usando os sentidos de
forma ampla e dinâmica e extraindo deles o máximo de informações e conclusões que
pudermos. Isso só será possível se soubermos usar a capacidade analítica da mente
concreta, essa riqueza que todos possuem, podem e devem desenvolver ao máximo,
para despertar a outra riqueza maior, a mente abstrata.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Apresentamos a seguir algumas ilustrações, para melhor assimilação dos conceitos
acima explanados.

Esclarecimento: Princípios são arquétipos ou ideias básicas que devem ser


desenvolvidos e expressos pelos veículos. Esses princípios serão estudados com
detalhes em ocasião oportuna.

Os raios Monádico, Egoico e da personalidade na vida prática no mundo físico:

RAIO MONÁDICO

Quando a Vontade está ativa, na concentração, na meditação, no autocontrole, na


frmeza de decisão e de propósito.

RAIO EGOICO

Quando o desejo é transmutado em aspiração pelos ideais superiores e todo o esforço


é feito para a conquista da Sabedoria, juntamente com o serviço desinteressado.

RAIO DA PERSONALIDADE

Está sempre atuando. Quando os raios Egoico e Monádico passam a atuar, esse raio vai
se transformando num canal cada vez mais puro e sem ação própria, expressando e
manifestando cada vez com mais fdelidade os outros dois raios.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O assunto tratado neste estudo está na página 85 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

Estudo 011

O Raio da Personalidade e o fogo por fricção - O Raio da Personalidade e a Lei do


Carma

Antes de entrar no tema do nosso atual estudo, vamos fazer uma recapitulação rápida
do que foi dito sobre os 3 fogos que sustentam todo o nosso mundo fenomênico.

Todos os fogos do nosso sistema solar, onde está nosso cenário de evolução para este
atual grande ciclo, são provenientes da Mônada Solar, o Logos Solar verdadeiro, assim
como a Mônada humana é o homem verdadeiro.

A Mônada Solar, neste atual sistema solar, sua encarnação cósmica, tem como
propósito desenvolver ao máximo seu segundo aspecto. o Amor-Sabedoria-Razão Pura,
em nível cósmico. Todo o seu relacionamento com os outros Logos Solares, quer os
seis com os quais constitui os centros ou chacras cósmicos (sete) do Logos Cósmico,
quer com os outros Logos Solares não sagrados e Entidades Cósmicas que vivem e
evoluem dentro do corpo do Logos Cósmico, é baseado no Amor-Sabedoria-Razão Pura
cósmico.

No sistema solar anterior, o propósito foi o desenvolvimento da Inteligência Ativa, o


terceiro aspecto, que se expressa na matéria.

Portanto, atualmente, todos os fogos agindo no sistema solar, em qualquer lugar e


planeta, tem como qualidade essencial e fundamental o Amor-Sabedoria-Razão Pura.

O fogo por fricção (raio primordial) é responsável pelo movimento, que tem como
resultado o calor.

O fogo solar (raio divino) reúne a matéria em movimento para construir as formas.

O fogo elétrico dinamiza tudo e é a base da vida da matéria, em todos os mundos de


matéria.

Por cima de todos esses três fogos paira supremo o Fogo do Amor, querendo a todo
custo se expressar, se manifestar, se expandir, crescer e se transformar numa
gigantesca labareda, abarcando a todos com esse incomensurável Amor Cósmico.

Nós, Mônadas humanas, à semelhança da Mônada Solar, na qual estamos e da qual

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
somos fragmentos e centelhas, também estamos sujeitos à mesma divina compulsão:
desenvolver e expressar ao máximo o Amor-Sabedoria-Razão Pura.

Passemos agora para o tema em pauta. Para tanto fxemo-nos no fogo por fricção, o
fogo da matéria.

A Lei do Carma diz que somos responsáveis pelos efeitos e consequências das ações
que praticamos, em todos os mundos. Como estamos encarnados no mundo físico,
nossas ações nesse mundo geram efeitos, que podem ser benéfcos ou maléfcos que,
por sua vez, reagem também benefcamente ou malefcamente.

Como a semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória, ou seja, somos livres para
agir, porém somos obrigados a receber as consequências de nossos atos, é óbvio que
tem de existir um processo que torna a colheita obrigatória.

Como o fogo por fricção atua na matéria e nossos atos, quando encarnados, produzem
efeitos na matéria, mesmo os que se expressam nos mundos emocional ou mental
inferior, por exemplo, quando pela calunia, sem tocar fsicamente na pessoa, fazemos
com que ela sofra e nessa ação maléfca usamos um poder do corpo físico, a fala, é
óbvio que será pelo fogo por fricção que iremos receber a reação da má ação.

Como o carma tem de ser justo, os Seres que o administram têm de ser imunes a
qualquer falha humana. Logo só podem ser Devas de elevada categoria, que são os
Lipikas ou Senhores do Carma. A palavra lipika signifca aquele que escreve, porque
Eles têm dispositivos que registram todas as ações de todos os seres do reino humano
e superiores.

Um pensamento concentrado de ódio contra uma pessoa, ao atuar na matéria mental,


atinge a vítima, provocando nela um efeito, que vai se manifestar no corpo físico, pela
lei da repercussão vibratória, caindo portanto no campo do fogo por fricção.

Por outro lado, pensamentos de Amor e bem querer também atingem a pessoa visada
e as energias emanadas ao chegarem ao seu corpo físico, pela mesma lei da
repercussão vibratória, irão contribuir para a sua saúde, além do efeito benéfco direto
em seus corpos mental inferior e astral.

Enfm, sempre iremos cair no campo do fogo por fricção.

Os Senhores Lipikas são quatro. Um para cada raio ou fogo (três) e o quarto é o
sintetizador e coordenador, para que as ações dos três se harmonizem, produzindo um
efeito total coerente.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Vamos exemplifcar, para que tudo fque bem claro. Uma pessoa que agride fsicamente
uma outra. Pela natureza do ato, ela atuou usando o fogo por fricção na sua forma por
fricção, logo o Lipika registrador é o ligado ao fogo por fricção. Outra pessoa que
provoca sofrimento em outra na área emocional. Aía atuação foi na área do fogo por
fricção no seu aspecto solar. Nesse caso o Lipika que irá agir será o ligado ao fogo
solar.

Uma terceira pessoa, dotada de um certo poder mental e de conhecimentos de magia


mental, ao efetuar um processo visando prejudicar outra pessoa, estará agindo com o
fogo elétrico, fcando pois sob a tutela do Lipika ligado ao fogo elétrico. Como existe a
lei da repercussão vibratória, pela qual o que ocorre num mundo afeta o outro mundo
abaixo dele, a ação mental provocará efeitos nos corpos mental inferior, astral e físico
da pessoa atingida. Por causa disso é necessária uma coordenação para que o carma
aplicado ao agente gerador leve em conta essas interações entre os três fogos. É bom
lembrar que o carma é corretor e não punitivo.

Esses quatro Lipikas têm seus pontos de contato na terra por meio dos três Budas de
Atividade e o quarto Kumara, o Senhor do Mundo, que é o coordenador e sintetizador.
Consequentemente o raio da personalidade, em sua relação com o fogo por fricção, é
infuenciado e adaptado diretamente em sua atividade por um dos Budas de Atividade.

O carma da matéria é um assunto muito complexo e até agora apenas foram feitas
sugestões a esse respeito. Todavia ele está fortemente ligado ao carma do homem.
Implica em controlar a evolução da essência monádica (a matéria atômica) e da
essência elemental (a matéria molecular). Consiste no despertar e na dinamização das
quatro espirilas, na sua atividade e aderência às formas quando são atômicas e no
desenvolvimento do fogo interno latente e na sua intensifcação ígnea, até que ocorra
dentro do átomo o que ocorre com o corpo causal: a destruição da periferia do átomo
pelo fogo. Trata-se da utilização da matéria para a construção de formas, através da
interação dos dois fogos, o Elétrico e o Solar, na matéria, produzindo assim o fogo por
fricção, que leva à vida e à fusão.

O tema do carma da forma é também muito amplo e demasiado complexo para a


compreensão comum, porém é um fator muito importante, que não se deve passar por
alto, em relação com a evolução de um mundo, de uma síntese de mundos ou de um
sistema, ao serem considerados de níveis mais elevados.

Na sua totalidade, é o resultado da ação empreendida por Essências e Entidades


Cósmicas em sistemas solares anteriores, desenvolvendo-se por meio dos átomos

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
individuais e dos conglomerados de átomos denominados formas. Portanto, o efeito do
Raio da Personalidade sobre os fogos internos é, na realidade, resultado da infuência
do Logos Planetário de qualquer raio implicado, na medida em que esgota a parte do
carma que lhe corresponde em um ciclo dado, grande ou pequeno.

Dessa maneira produz e, com o tempo, transmuta os efeitos de causas que Ele iniciou
anteriormente, no seu relacionamento com seus seis Irmãos, os outros Logos
Planetários.

Temos um paralelo ilustrativo no efeito que um indivíduo gera sobre outro nos contatos
mundanos do dia a dia, ao estimular ou desestimular, ao acelerar ou atrasar a evolução
de outra pessoa.

Devemos lembrar que toda infuência e efeitos fundamentais se sentem no mundo


astral ou emocional e daí atuam por intermédio do etérico até o físico denso, assim
submetendo a matéria sob sua infuência, o que não se origina no mundo físico.

A seguir apresentamos um gráfco para melhor assimilação.

Estudo 012

O corpo etérico e o prana - A natureza do corpo etérico - Seu propósito e descrição

Em nosso atual estudo vamos esclarecer os ensinamentos do Mestre Djwal Khul


apresentados nas páginas 90, 91, 92 e 93 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

Na análise desses ensinamentos, sua visualização, entendimento de sua operação e


assimilação, descobriremos coisas de vital importância, embora o Mestre tenha dito
que isso é para a futura geração de pensadores, todavia como essa afrmação do
Mestre foi feita em meados do século passado, podemos nos incluir entre esses
pensadores.

1. Seu propósito e descrição

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Primeiro - Se os cientistas e médicos já tivessem aceitado a existência do corpo etérico
e pesquisado o assunto, teriam compreendido em maior profundidade as leis da
matéria e da saúde. A palavra saúde tem sido empregada até agora de uma forma
muito limitada e seu signifcado tem sido aplicado à sanidade do corpo físico, à ação
colaboradora dos átomos do corpo físico do homem e à plena expressão dos poderes
do elemental físico, mesmo assim por aqueles que possuem a visão esotérica do
cosmos.

No futuro (que é agora) dar-nos-emos conta de que a saúde do homem depende da


saúde das outras evoluções afns, da ação colaboradora e da plena expressão da
matéria do planeta e do elemental planetário, o qual é a manifestação conjunta e
simultânea de todos os elementais físicos da natureza manifestada.

Segundo - O estudo e a pesquisa do corpo etérico e do prana revelarão os efeitos de


certos raios do sol, os quais, por falta de um vocabulário mais adequado, o Mestre
chama de "emanações prânicas solares".

Estas emanações são efeitos do calor central (fogo interno) do sol, quando atinge
outros corpos do sistema solar, como os planetas (densos e etéricos), por um dos três
canais principais de contato ou aproximação (akasha, raios de luz de aspecto prânico e
eletricidade solar), produzindo nos corpos nos quais estabeleceu contato efeitos
diferentes dos demais, ou seja, cada emanação produz sua própria e característica
ação.

Tais ações poderão ser estimulantes e construtivas e, pela sua qualidade essencial,
produzem condições que estimulam o crescimento da matéria celular. Sua adaptação
depende das condições ambientais e, semelhantemente, da saúde interna (que se
manifesta como calor no átomo e sua consequente atividade) e da evolução uniforme
da forma, da qual esse átomo particular de matéria é parte constituinte. Estamos
tratando de prana.

As emanações de prana ajudam pouco na construção das formas, porque isso não é de
sua competência, porém conservam a forma preservando a saúde de suas partes
componentes.

Outros raios do sol atuam de maneira diferente sobre as formas e sua substância.
Alguns desses raios agem como destruidores das formas (como os do primeiro raio, a
eletricidade solar), outros realizam o trabalho de coesão e atração (como o prana). As
tarefas de destruir e preservar são efetuadas sob a Lei de Atração e Repulsão.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Alguns raios do sol aceleram o movimento, outros retardam-no. Os raios ora em
estudo, "as emanações prânicas solares" atuam dentro dos quatro éteres. Esses quatro
éteres, embora sejam matéria física, não são ainda visíveis pelo olho humano. Todavia
os físicos que pesquisam na área das partículas de alta energia e nos aceleradores
lineares de partículas, usando a câmara de bolha para visualizar e quantifcar os efeitos
das colisões das partículas altamente aceleradas nos núcleos dos átomos, já estão
trabalhando com matéria etérica, todavia não admitem isso. As partículas subatômicas,
como os quarks (6), os taus, os múons, os elétrons, os três tipos de neutrinos (neutrino
tau, neutrino múon e neutrino elétron), num total de 12, são pertencentes aos éteres.
Existem mais componentes dos éteres. Os prótons e os nêutrons também são
moléculas do quarto éter.

Essas emanações são o sustentáculo de toda vida no mundo físico, considerando-se


unicamente em relação à vida dos átomos da matéria física, seu calor inerente e seu
movimento giratório (fogo por fricção, fogo interno, latente).

Terceiro - Estudando-se o corpo etérico e o prana, chegaremos a compreender o


método da manifestação do Logos Solar, assunto de grande interesse para os
metafísicos e pensadores abstratos, que somos nós.

O corpo etérico do homem oculta o segredo da sua objetividade. Tem sua analogia no
mundo arquetípico, chamado o mundo da manifestação divina, o primeiro plano ou
mundo do nosso sistema solar, o Adi. Mestre Tibetano usa a palavra plano para
designar os diversos mundos de matéria. Passaremos daqui em diante a usar também
essa palavra com o mesmo signifcado.

A matéria do plano Adi, o mais elevado para nós, é chamada às vezes "mar de fogo" e é
a origem do plano monádico, denominado akasha, pois o átomo monádico é formado a
partir de átomos do plano Adi. É importante lembrar que o plano monádico é a nossa
sede como Mônadas.

Essa analogia será bem detalhada, pois sua exata compreensão trará grande
iluminação, juntamente com muitas coisas que servirão para esclarecer problemas
macro e microcósmicos. Começaremos com o homem e seu corpo etérico.

O corpo etérico tem sido descrito como uma rede impregnada de fogo, ou uma rede
animada por uma luz dourada. Na Bíblia é denominado "cuenco dorado", que quer dizer
tigela ou terrina dourada. É composto de matéria etérica e tem essa aparência porque
os fnos fos dessa matéria se entrelaçam e os Construtores menores as convertem na
forma ou modelo, de acordo com o qual será moldado o corpo físico denso. No

57
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
próximo estudo explicaremos detalhadamente como esses fos são construídos a partir
dos átomos e moléculas etéricas, tendo como origem o átomo físico permanente, como
também daremos informações sobre a interação entre o corpo etérico e o DNA, tão em
voga atualmente.

Sob a Lei da Atração, a matéria densa do plano físico (átomos e moléculas que irão
formar as células e depois os órgãos) se adere a essa forma vitalizada e gradualmente
vai se conformando ao seu redor e por dentro, até que a interpenetração é tão
completa, que as duas matérias (dos corpos etérico e denso) constituem uma só
unidade.

As emanações prânicas do corpo etérico atuam sobre o físico denso, da mesma


maneira que as emanações prânicas solares atuam sobre o corpo etérico

Existe um vasto sistema de transmissão e interdependência dentro do sistema solar.


Todos recebem para dar e ajudar o inferior ou menos evoluído. Este processo pode ser
observado em todos os planos.

Dessa forma o corpo etérico constitui o plano (planejamento) arquetípico, em relação


com o corpo físico denso. O Pensador (A Alma) em seu próprio plano encontra-se com
respeito ao corpo físico, na mesma relação em que o Logos Solar se encontra com
respeito ao seu sistema solar. De uma forma sintética podemos dizer assim: "O
Pensador no plano astral, o plano do desejo e da necessidade, encontra-se com
respeito ao corpo físico na mesma relação do Logos Solar no plano astral cósmico com
respeito ao seu sistema solar."

A referência aqui feita pelo Mestre ao plano astral e ao plano astral cósmico será
explicada no próximo estudo.

Na medida do avanço do nosso estudo, iremos observando as analogias no cosmos, no


sistema e nos três mundos, pois devemos ter sempre presente que a analogia tem de
ser perfeita:

1. O Homem, o Microcosmos, a Mônada em manifestação ou encarnada, o Uno.


2. O Homem Celestial, o Logos Planetário, o grupo manifestado.
3. O Grande Homem dos Céus, o Macrocosmos, O Logos Solar, a manifestação de
todos os grupos e evoluções dentro do seu corpo, o sistema solar.
Todos esses corpos - homem, Logos Planetário e Logos Solar - são produtos do desejo
originado nos respectivos planos da mente abstrata, seja a mente cósmica, do sistema
ou dos três mundos ou desejo-mente cósmica, desejo-mente humana e todos os seus

58
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
corpos, são "Filhos da necessidade", como tão apropriadamente expressa Helena
Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta.

Solicitamos e enfatizamos que procurem entender e assimilar bem esse assunto,


porque é de suma importância para a saúde física.

Estudo 013

A Construção do Corpo Etérico

Conforme prometemos no último estudo, iremos agora estudar a construção do corpo


etérico.

O processo de uma encarnação começa no plano causal, quando a Alma, após ter
assimilado as essências das experiências da última encarnação e transformado-as em
qualidades, pela inserção nas pétalas do Loto Egoico, o mecanismo mais importante do
homem e que será explicado em outro estudo, sente um impulso oriundo da Mônada
para viver novas experiências nos mundos inferiores.

Ao responder a esse impulso, sua atenção é enfocada na unidade mental permanente,


onde está gravado todo o seu passado. Nessa fase os Senhores do Carma defnem a
parcela do carma dessa Alma que deve ser cumprido na encarnação que se inicia.

Detalhes desse carma, como os raios dos corpos mental inferior, astral, físico e da
futura personalidade como outras características são devidamente delineados.
Os Devas construtores, em diversos níveis, atuam nessa ocasião.

Quando a unidade mental permanente recebe o fuxo de energia da Alma, é gerado um


campo de força em torno dela, que atrai partículas dos quatro subplanos inferiores do
plano mental, de acordo com o conteúdo da unidade mental e do carma. Essas
partículas irão constituir o núcleo do futuro corpo mental inferior, que irá se
desenvolver após o nascimento e crescimento do futuro corpo físico.

O fuxo de energia prossegue, atingindo o átomo astral permanente, que gera em torno
de si um outro campo de força, que atrai partículas astrais, também de acordo com o
conteúdo do átomo astral permanente e o carma. É o núcleo do futuro corpo astral.

A seguir a energia chega ao átomo físico permanente. Ao ser gerado o campo de força
em torno, ele atrai partículas dos quatro subplanos etéricos, de acordo com o que foi

59
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planejado para aquela encarnação.

Ao ser construído o núcleo do corpo etérico, as partículas atraídas se agrupam


linearmente, como o fo de cobre que conduz a corrente elétrica. A energia que
propicia essa coesão provém do segundo aspecto, juntamente, é óbvio, com a energia
do terceiro aspecto, o fogo interno ou fogo por fricção, inerente à matéria.

Os núcleos dos corpos mental inferior e astral e o minúsculo molde etérico com todos
os dados e informações necessárias, estão prontos, aguardando o momento da
fecundação do óvulo pelo espermatozoide, para ser iniciado o processo físico da
encarnação.

No pequeno molde etérico, em cada partícula do fo que irá se expandir até chegar a
formar uma rede, estão diminutos campos de força que irão atuar sobre os genes dos
DNA do pai e da mãe, contidos em seus cromossomos, ativando aqueles necessários
para que se efetive o que foi decidido pelos Senhores do Carma para essa encarnação.

À medida em que esse corpo físico incipiente vai se desenvolvendo, passando pelas
fases dos reinos vegetal e animal, para, na fase mais adiantada da gestação, adquirir a
forma humana, o molde etérico vai se expandindo, estendendo-se o fo etérico e
entrelaçando-se, formando uma estrutura semelhante a uma de arame, como esses
desenhos que são vistos nos computadores, para serem preenchidos e formarem o
desenho defnitivo.

É nessa trama etérica, em suas partículas, que estão armazenadas as instruções que,
através dos minúsculos campos de força, atuarão sobre os genes, ativando-os e
desativando-os, conforme o carma.

É digno de se notar que a dupla hélice do DNA, com os seus quatro componentes
fundamentais, adenina, timina, guanina e citosina, formando os pares AT, TA, gc E cg, é
também uma trama ou rede.

É de se observar também que, na linguagem de um computador, com apenas dois


dígitos, 0 e 1, dispostos em grupos de oito, efetuando-se permutações, podemos
codifcar 2 elevado a 8 (256) unidades de informação. Se os grupos forem de 32,
teremos 4.294.967.296 unidades de informação.

No DNA, de base quatro e grupos de oito, teremos 4 elevado a 8 (65.536) unidades de


informação e com grupos de 16, teremos 4.294.967.296 unidades.

Com a expansão gradativa da trama etérica, atuando sobre o DNA, o corpo físico vai
crescendo, dentro da normalidade do homem.

60
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Outro fato digno de nota é o aspecto astrológico do nascimento. A astrologia é uma
ciência e como ciência deve evoluir e, para tal, mais pesquisas e estudos sérios devem
ser feitos, dentro de moldes científcos e através de análises estatísticas e não apenas
se baseando em dados brutos, nem sempre representativos.

Alguns astrólogos desavisados e sem mentalidade científca afrmam enfaticamente


que são os astros que fazem com que uma pessoa seja o que é.

Ora, se considerarmos que o planejamento e a escolha das características dos novos


corpos são feitos antes do nascimento, que é o homem que conquista suas qualidades
e que antes do nascimento, no ventre da mãe, o corpo físico já está sendo construído,
concluímos que a afrmação desses astrólogos é sem fundamento.

Sabemos que as energias provenientes dos Seres Cósmicos que se expressam pelas
constelações atuam em toda a natureza e no homem, estimulando, porém não são
coercitivas no todo no homem, pois esse tem uma boa dose de livre arbítrio.

Na nossa interpretação, o planejamento cármico é feito de acordo com os méritos,


conquistas, a cota de bem e mal e o que é melhor em termos de evolução para atingir a
meta prevista para o homem que, na atual cadeia, é a quinta Iniciação Planetária, a
terceira Solar.

Uma vez feito esse planejamento, em função do que o homem conquistou,


planejamento esse que prevê respostas dos veículos desse homem a certas energias
dos Seres Cósmicos, deve ser aguardado o momento certo em que as condições
astrológicas sejam coerentes com o planejado.

Concluímos então que as condições astrológicas (o mapa natal) no momento do


nascimento de um homem apenas indicam o que ele conquistou e fornecem
informações (se bem interpretadas por um astrólogo sábio, o que é raríssimo) para
que ele aproveite ao máximo aquela encarnação sob o ponto de vista de evolução,
porém jamais são forças escravizantes.

A seguir apresentamos um desenho para melhor esclarecimento.

61
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 014

O Corpo Etérico e o Prana - A natureza do corpo etérico - Oito enunciados

No decorrer dos nossos estudos dedicar-nos-emos ao corpo etérico de todas as


coisas, à sua vivifcação pelo prana (cósmico, solar, planetário e humano), dos órgãos
de recepção e da fonte das emanações.

Para maior claridade, serão estabelecidos oito enunciados sobre o corpo etérico.

Primeiro - O corpo etérico é o molde do corpo denso.

Segundo - O corpo etérico é o arquétipo, segundo o qual é construída a forma física


densa, seja um sistema solar, seja uma cadeia planetária, seja um corpo humano em
qualquer encarnação.

Terceiro - O corpo etérico é uma trama ou rede de fnos canais entrelaçados, formados
de matéria dos quatro éteres e organizados em uma forma específca. É o ponto focal
para certas emanações que irradiam e vivifcam, estimulam e provocam o movimento
giratório dos átomos, microcósmicos e macrocósmicos.

Quarto - Estas emanações prânicas, uma vez enfocadas e recebidas, reagem sobre a
matéria densa, construída sobre e dentro do arcabouço e estrutura etéricos.

Quinto - Esta trama etérica constitui, durante a encarnação, uma barreira entre o plano
físico e o astral, barreira que somente pode ser ultrapassada quando a consciência
está sufcientemente desenvolvida para poder se evadir, o que ocorre no microcosmos
e no macrocosmos. Quando o homem, pela concentração e pela meditação, expandir
sua consciência até determinado grau, poderá alcançar os planos mais sutis e ir mais
além dos limites da trama divisória.

Correspondência entre os subplanos físicos (divisões do mundo físico) e os planos do

62
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sistema

Subplanos físicos etéricos Planos do sistema solar


1 - Primeiro éter - subplano Adi - Mar de fogo - primeiro éter
atômico cósmico
2 - Segundo éter - Anupadaka - Plano monádico -
subatômico elemento
Akasha - segundo éter cósmico
3 - Terceiro éter - Átmico - Plano espiritual -
superetérico elemento Éter
terceiro éter cósmico
4 - Quarto éter - Búdico - Plano intuicional -
supergasoso elemento Ar
quarto éter cósmico
Físico denso
Mental - elemento Fogo - gasoso
5 - Gasoso - subetérico
cósmico
Astral - Plano emocional -
6 - Líquido
elemento Água -
líquido cósmico
Físico - elemento Terra - denso
7 - Terreno - denso
cósmico

Uma vez que o Logos Solar tenha expandido sua consciência nos níveis cósmicos,
poderá ultrapassar a trama etérica logoica e ir além do "círculo não se passa" da Sua
manifestação objetiva. Ao refetir sobre essa analogia, devemos ter sempre em mente
que os sete planos do nosso sistema solar, desde o Adi até o físico, são subplanos do
plano físico cósmico, o mais baixo ou inferior.

Podemos observar aqui a exatidão da analogia com referência à matéria (subplanos do


plano físico do sistema solar relacionados com os subplanos do plano físico cósmico) e
com referência à irradiação (ultrapassagem das tramas etéricas do homem e do
sistema solar).

Sexto - Em cada um dos três corpos etéricos: humano, planetário e logoico, existe um
grande órgão receptor de prana. Tal órgão tem sua manifestação no corpo denso.

63
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No sistema solar, o órgão receptor de prana cósmico vitalizador da matéria de todo o
sistema, é o Sol central, que não é o nosso sol físico visível, receptor direto e
distribuidor do prana cósmico como das outras duas manifestações do fogo por
fricção cósmico.

O prana cósmico é uma das tríplices divisões do Raio Primordial de Inteligência ativa.
Cada um dos Raios Cósmicos é tríplice em sua essência, fato que muitas vezes é
esquecido, embora logicamente é evidente.

Cada raio é o veículo de um Ente cósmico e toda existência é necessariamente tríplice


na manifestação. O Sol central tem dentro de sua periferia um centro receptor e uma
superfície irradiante.

Os diagramas abaixo ilustram as triplicidades do Raio Primordial de Inteligência ativa e


a recepção e irradiação do Sol central:

No nosso planeta, como em qualquer planeta, há também um órgão receptor


semelhante em seu corpo etérico, cuja localização não é permitido revelar. Está
relacionado com a localização dos polos norte e sul, sendo o centro ao redor do qual
gira o globo terrestre e é a origem da lenda de que existe dentro da esfera de
infuência polar uma fértil terra central.

A mítica terra de extraordinária fertilidade, de abundante vegetação e de exuberante


crescimento vegetal, animal e humano, que, logicamente, encontra-se no lugar onde o
prana é recebido. É o esotérico Jardim do Éden, a terra da perfeição física.

64
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A irradiação da superfície, uma vez distribuída, manifesta-se como prana planetário.

No homem o órgão de recepção é o baço, na sua contraparte etérica (associado ao


chacra esplênico). Depois de distribuído por todo o corpo denso por meio da rede
etérica, irradia-se pela superfície (a pele) como aura de saúde.

Sétimo - Desta maneira observar-se-á claramente a semelhança nos três corpos e é


possível comprovar facilmente sua perfeita analogia:

Prana no Sistema Solar

O Sistema Solar
Entidade em
O Logos Solar
manifestação
Corpo de
O Sistema Solar (denso e etérico)
manifestação
Centro receptor O polo do Sol central
Irradiação ou
O prana solar, como uma espécie de aura de "saúde" do Sol,
emanação na
alimentando o que existe em sua superfície
superfície
Movimento A rotação do sistema solar em torno do centro da nossa galáxia, a
produzido Via Láctea
A irradiação etérica solar (sentida cosmicamente), ou seja, a energia
Efeito da sua
irradiada que constitui o chamado raio de aproximação, que é
distribuição
absorvido pelos planetas do sistema solar, como atinge outros
para o sistema
sistemas, assim como o ser humano, ao irradiar seu prana, afeta
Solar
outros homens como outros reinos.

O Planeta
Entidade em
Um Logos Planetário
manifestação
Corpo de
Um planeta
manifestação
Centro
O polo planetário
receptor
Irradiação ou
A "aura de saúde" planetária alimentando tudo o que se encontra em
emanação na
sua superfície
superfície

65
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

A rotação do planeta em torno do próprio eixo e em torno do sol


Movimento
(órbita ou translação) de forma harmoniosa com os outros planetas
produzido
do sistema solar
A energia irradiada pela aura de saúde planetária afetando os outros
planetas do sistema solar, como nós da terra somos afetados pelas
Efeito da sua
irradiações dos outros planetas. Quando um planeta se aproxima da
distribuição
terra, é óbvio que suas irradiações etéricas nos atingem e provocam
efeitos, efeitos esses que deviam ser melhor pesquisados

O ser humano
Entidade em manifestação O Pensador, a Alma, um Dhyan Choan
Corpo de manifestação O corpo físico
Centro receptor O baço
Irradiação ou emanação na
A aura de saúde
superfície
A rotação harmoniosa dos átomos do corpo
Movimento produzido
como um todo
A irradiação etérica humana afetando o meio
Efeitos da sua distribuição
ambiente

O Átomo da matéria
Entidade em
Uma Vida elemental
manifestação
Corpo de
A esfera atômica
manifestação
Centro
O polo do átomo
receptor
Irradiação ou A contribuição da aura de saúde do átomo para a aura de saúde da
emanação na célula e para a aura de saúde do corpo humano
superfície
Melhora a rotação do átomo, harmonizando-a com a rotação dos
Movimento outros átomos, uma vez que é o fogo por fricção que é responsável
produzido pela rotação do átomo e prana harmoniza essas rotações para haver
saúde
Efeito da A irradiação do átomo afetando outros átomos; exemplo: um átomo
distribuição de urânio (elemento radioativo) afeta o átomo de outro elemento,

66
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

podendo transformá-lo em outro, pelo bombardeio do núcleo pelos


nêutrons emitidos e a consequente saída de partículas do núcleo do
átomo bombardeado
Oitavo - Quando cessa a vontade de viver ou existir objetivamente, então os "Filhos da
necessidade" deixam de se manifestar objetivamente.

Como é natural, isto é inevitável e pode observar-se em todos os casos em que existe
um ente objetivado. Quando o Pensador, em seu próprio plano, desvia sua atenção do
pequeno sistema, nos três mundos e recolhe dentro de si todas as suas forças, termina
sua existência no plano físico e tudo se volta para a consciência causal.

Isto constitui uma abstração, tanto do Pensador (o homem) nos três mundos (planos
físico, astral e mental inferior), como do Logos Solar, em seu tríplice sistema (o sistema
solar, em sua parte física cósmica, astral cósmica e mental inferior cósmica).

Essa abstração, chamada morte, manifesta-se no plano físico, quando o radiante corpo
etérico se retira pela parte superior da cabeça, ocorrendo então a desintegração do
corpo físico denso. A estrutura física desaparece, a vida prânica é extraída totalmente
do envoltório denso, deixando de estimular os fogos da matéria.

Permanece o fogo latente no átomo, ao qual é inerente, porém a forma é construída


pela ação conjunta dos dois fogos da matéria - um ativo e latente, outro irradiante e
inato -, ajudados pelo fogo do Segundo Logos.

Quando se separam, a forma se desintegra.

Esta é uma representação em miniatura da dualidade essencial que existe em todas as


coisas sobre as quais atua Fohat.

Existe uma íntima relação, em conexão com o corpo etérico, entre o baço e a parte
superior da cabeça. O baço tem uma interessante analogia com o cordão umbilical, que
une a criança em gestação com a mãe, para ser nutrida e que é rompido ao nascer.

Quando o homem começa a viver conscientemente sua própria vida de desejo e nasce
nesse mundo, onde se vive de forma mais sutil (o plano astral), o cordão entrelaçado
de matéria etérica (que faz a ligação com o corpo físico) é cortado, o "cordão
prateado" é desatado e o homem rompe seu vínculo com o corpo físico denso,
retirando-se pelo centro superior do corpo, em vez de fazê-lo pelo inferior (o umbilical).

Passa a viver em um mundo superior e em outra dimensão, ou seja, num mundo com
outras propriedades.

67
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Assim ocorre com os corpos e envoltórios do microcosmos, pois a analogia existe em
todos os planos da manifestação. Quando se alcançar um conhecimento mais
científco, ver-se-á que o mesmo procedimento, em maior escala, tem lugar na
manifestação planetária.

Um planeta é apenas o corpo de um Logos Planetário, sendo etérico este corpo e o


Logos se expressa, através dele e constrói sobre a estrutura etérica um veículo de
manifestação.

A lua foi em um tempo o corpo de expressão de um Logos (o nosso). A terra o é agora,


pois os ciclos mudam constantemente.

O centro por onde se retira o corpo etérico planetário encontra-se analogamente num
planeta físico e o cordão prateado planetário é cortado no momento assinalado.

Todavia o momento e os ciclos, seu começo e fm, encontram-se ocultos nos mistérios
da Iniciação e não nos concernem. No sistema solar ocorrerá o mesmo ao término de
um Mahamanvantara (duração de um sistema solar, uma encarnação de um Logos
Solar, aproximadamente 311 trilhões e 40 bilhões de anos terrestres).

O Logos Solar se recolherá em Si Mesmo, abstraindo seus três princípios maiores. Seu
corpo de manifestação - o Sol e os sete planetas sagrados que existem em matéria
etérica - retirar-se-á da objetividade e fcará obscurecido. Do ponto de vista físico
podemos dizer que a luz se apagará no sistema.

A isto seguir-se-á uma gradual inalação até que o Logos tenha recolhido tudo em Si
Mesmo. O etérico cessará de existir e a trama terá desaparecido.

Lograr-se-á plena consciência e no momento da realização cessará a existência ou a


manifestação da entidade.

Tudo será absorvido no Absoluto relativo, então chegará o pralaya ou o ciclo cósmico
de descanso e já não se ouvirá a Voz do Silêncio. A reverberação da PALAVRA apagar-
se-á e o "Silêncio das Alturas" reinará supremo.

Estudo 015

A natureza do Prana - Prana Solar (Páginas 98 a 100 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Até agora o corpo etérico e suas funções, como assimilador e distribuidor de prana,

68
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
foram tratados do ponto de vista do lugar que ocupam no esquema das coisas, ou seja,
segundo a lei da analogia, onde se encontram no sistema solar, no planeta e no homem.

Foi visto que o corpo etérico é o fundamento da forma física e é, por si mesmo, o
vínculo mais importante entre:

a. O homem físico e o corpo emocional ou astral.


b. O Homem Planetário (Logos Planetário em seu corpo físico cósmico) e a qualidade
emocional essencial.
c. O Logos Solar, o grande Homem Celestial (em seu corpo físico cósmico) e o plano
astral cósmico.

Agora o corpo etérico do homem será estudado sem se falar das analogias sistêmicas
ou cósmicas. Contudo é conveniente lembrar que o estudante inteligente obtém a
sabedoria pela linha da interpretação.

Quem se conhece a si mesmo, como manifestação objetiva, qualidade essencial e


desenvolvimento compreensivo, conhece também o Senhor de seu Raio e o Logos de
seu sistema.

Portanto é somente questão de aplicação, expansão consciente e interpretação


inteligente.

Além disso deve se abster sensatamente de fazer afrmações dogmáticas e há que


reconhecer que a analogia se encontra na qualidade e no método empregado, mais que
em ajustar-se estritamente a uma ação específca num determinado momento da
evolução.

O material de estudo que é possível dar aqui, se houver refexão profunda, pode induzir
a levar uma vida prática mais inteligente, empregando o verbo viver em seu sentido
esotérico.

Estudando este material de forma científca, flosófca e religiosa, o estudante poderá


também ser levado a desenvolver os objetivos do processo evolutivo no ciclo menor
imediato, ou seja, acelera em muito sua evolução, podendo conseguir nesta atual
encarnação (ciclo menor imediato) realizar muitas coisas que poderiam levar muitas
encarnações futuras.

Por isto o objetivo do estudo consiste em tornar mais real o corpo secundário (o corpo
etérico) do homem e expor algumas de suas funções e a forma em que poderá ser
posto oportuna e conscientemente ao alcance da compreensão mental.

69
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Como bem sabemos, a ciência está chegando rapidamente na etapa em que ver-se-á
obrigada a admitir a realidade do corpo etérico, pois as difculdades que surgirão ao
negá-lo serão tão insuperáveis como admitir sua existência.

Os cientistas já aceitam a existência da matéria etérica, O êxito obtido na fotografa


tem demonstrado a realidade do que até agora foi considerado irreal, porque é
intangível do ponto de vista físico. As conclusões obtidas nos aceleradores lineares de
partículas comprovam essa afrmação. As atuais pesquisas para detectar o neutrino
constituem outra prova.

Continuamente ocorrem fenômenos considerados sobrenaturais, que podem ser


explicados por meio da matéria etérica e os cientistas, em seu empenho para
demonstrar que os espiritistas estão equivocados, têm ajudado a causa do espiritismo
verdadeiro e superior, apoiando-se na realidade e na existência do corpo etérico,
embora o considerem (pois se interessam pelos efeitos, sem ter descoberto a causa)
um corpo que emana irradiação.

A medicina começa a estudar (embora às cegas) a questão da vitalidade, o efeito dos


raios solares sobre o organismo físico e as leis subjacentes no calor inerente e
irradiante.

Atribui ao baço funções não reconhecidas anteriormente e estuda os efeitos da ação


das glândulas e sua relação com a assimilação das essências vitais através da
estrutura corporal.

Por isso encontra-se no caminho certo. Não levará muito tempo para que a realidade
do corpo etérico e suas funções básicas sejam afrmadas mais além de toda
controvérsia e o objetivo da medicina, preventiva e curativa, passe para um nível
superior.

Tudo o que é possível fazer aqui é dar, simplesmente e em forma condensada, alguns
dados que poderão acelerar a chegada do dia do seu reconhecimento, o que
despertará maior interesse no verdadeiro investigador.

Após tudo isso, vamos enunciar brevemente o que será tratado nos três pontos que
falta considerar:

• As funções do corpo etérico.


• Sua relação com o físico denso durante a encarnação.
• Os males e as enfermidades do corpo etérico (tendo em conta o signifcado original

70
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da palavra enfermidade).
• Sua condição depois da morte.
O que for ensinado abrangerá aquilo que é de utilidade prática na atualidade. Logo
adquiriremos mais conhecimento, se o transmitido ao público for aplicado com cuidado
e se os investigadores estudarem inteligente, sensata e amplamente tão importante
tema.

À medida que a natureza do corpo etérico e suas funções ocupem o pensamento do


mundo e o lugar que lhes corresponde e as pessoas se conscientizem de que o etérico
é o mais importante dos dois corpos físicos, o homem fará contato consciente e íntimo
com outras evoluções que existem em matéria etérica, assim como é feito com o corpo
físico denso.

Existem certos grandes grupos de Devas denominados Devas dourados, "Devas das
sombras" ou Devas violetas, que estão intimamente vinculados com o desenvolvimento
evolutivo do corpo etérico humano e lhe transmitem irradiações solares e planetárias.
O corpo etérico humano recebe prana de diferentes maneiras e de diversas classes,
que o põem em contato com distintas entidades.

Prana Solar

Fluido vital e magnético ( por ser do segundo aspecto), que é irradiado pelo sol (raios
de luz de aspecto prânico) através de átomos físicos primordiais do segundo raio,
sendo transmitidos ao corpo etérico do homem por certas entidades dévicas de ordem
muito elevada e de matiz dourado. Elas absorvem esses átomos carregados de prana
em seus corpos etéricos, processam-nos e os irradiam em potentes jatos em condições
adequadas diretamente a certos chacras situados na parte superior do corpo etérico
humano, na região da cabeça e dos ombros, donde descem a um chacra que tem
conexão com o baço, passando energicamente para ele.

Essas entidades prânicas de matiz dourado encontram-se no ar, sobre nós e estão
particularmente ativas em algumas regiões do mundo, como a Califórnia e as regiões
tropicais, onde o ar é puro e seco e os raios solares são considerados essencialmente
benéfcos.

As relações existentes entre o homem e esses Devas são muito íntimas, porém muito
perigosas para o homem.

Os Devas têm muito poder e, na sua própria linha, estão muito mais evoluídos que o
homem.

71
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O ser humano que não sabe se proteger está a sua mercê e devido a isto e à falta de
conhecimento das leis da resistência magnética ou de repulsão solar, está propenso à
insolação.

Quando o corpo etérico e seus processos assimilativos forem compreendidos


cientifcamente, o homem será imune aos perigos da irradiação solar, pois existem
outras energias nos raios solares além de prana.

Proteger-se-á pela aplicação das leis que regem a repulsão e a atração magnéticas e
não meramente pelo tecido da roupa e pelo teto ou telhado da casa. De uma forma
geral é questão de polarização.

Poderemos sugerir que quando os homens entenderem a evolução dévica mais


corretamente, souberem como trabalhar em certas linhas relacionadas com o Sol e se
derem conta de que tal evolução representa o polo feminino, assim como o homem
representa o polo masculino (a quarta hierarquia criadora, as Mônadas humanas, é
masculina), compreenderão sua inter-relação e regerão essa relação de acordo com a
lei.

O reino humano evolui pela linha da resistência, devendo "fazer força" para evoluir e
atingir a meta da cadeia e por isso pode ir mais depressa, dependendo do esforço que
faz. Aí está a chave para o homem conseguir se defender dos efeitos prejudiciais dos
raios solares, pois esse modo de evoluir, se bem entendido, torna bem claro o conceito
de masculinidade do reino humano e a postura interior, aliada ao conhecimento do
mecanismo dos raios solares e da feminilidade do reino dévico, dará ao conhecedor e
senhor de si mesmo a chave da polarização.

O reino dévico, por estar mais adiantado, segue a linha da "passividade", não
signifcando inércia, em hipótese alguma, pois os Devas são os mais ativos
trabalhadores do Plano Divino.

Essa passividade signifca que eles agem e laboram sem encontrar resistência, sendo
essa atividade uma coisa inerente à sua natureza, encontrando eles no trabalho uma
imensa alegria, felicidade e sensação de vida.

Estes Devas solares recebem os irradiantes raios do Sol, que saem desde o centro e
chegam até a periferia por um dos três canais de aproximação, passam-nos pelo seu
corpo e organismo e os enfocam ali.

Atuam como uma lente de aumento que concentra os raios solares. Em seguida os
refetem e transmitem ao corpo etérico do homem, que os capta e assimila.

72
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando o corpo etérico está são e funciona corretamente, absorve bastante prana
para manter a forma (o corpo denso) organizada.

Este é o objetivo dessa função do corpo etérico, coisa que nunca se fará ressaltar
sufcientemente.

O prana que sobra é emitido como irradiação animal ou magnetismo físico (diferente
do magnetismo da física), ambos termos expressando a mesma ideia. Portanto o
homem repete, em escala menor, a tarefa dos grandes Devas solares e, por sua vez,
acrescenta sua cota de emanações, repolarizada ou remagnetizada, à soma total da
aura planetária.

A seguir apresentamos um desenho para melhor visualização:

Estudo 016

A natureza do Prana - Prana Planetário (Páginas 101 e 102 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)

Energia fundamental e vital, que cuida da manutenção e vitalização das formas, no


sentido de mantê-las coesas e funcionando em perfeita harmonia, mantendo as partes
do organismo em ótima colaboração entre si, para que o todo, ou seja, a forma como
um todo, seja apta para que a Vida que a utiliza possa expressar o planejado para essa
forma. Tudo isso porque é uma função do fogo por fricção ligada ao segundo raio ou
aspecto do Logos, Amor-Sabedoria-Razão Pura que, entre outras coisas, trata da união
e coesão e, para tanto, é necessário haver cooperação entre as partes. No atual
contexto, vamos estudar o prana emanado pelo planeta, qualquer planeta, embora
estejamos mais interessados no prana do nosso planeta, a terra. O que ocorre com o

73
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
prana solar e com o homem, ocorre também com o planeta, corpo físico, melhor
dizendo, a parte mais densa do corpo físico cósmico do Logos Planetário. Obviamente
estudaremos só essa parte mais densa, todavia é importante saber que prana também
existe nas partes astral e mental inferior do corpo físico cósmico do Logos Planetário,
que constituem as partes líquida e gasosa de seu corpo.

Esse prana planetário é o prana solar que a terra recebe, assimila, qualifca, distribui
para todo o planeta, interior e superfície, alimentando tudo o que está no planeta e
irradia o que sobra, constituindo a "aura de saúde planetária".

Logicamente esse prana tem as qualidades do nosso Logos Solar, acrescida das
qualidades do nosso Logos Planetário, considerando todas as qualidades Dele como
Ego ou Alma e Personalidade, pois elas deixam suas marcas (vibrações ou oscilações)
nas partículas portadoras de prana. Como vêm, o tema prana planetário é uma imensa
área de estudo e pesquisa e pode nos fornecer muitas informações sobre o nosso
Logos Planetário. Mas esse assunto é para aqueles que estão realmente interessados
em conhecer os mistérios da manifestação em profundidade e não se contentam em
fcar somente na superfície.

No tratamento do prana solar que é transmitido ao planeta, trabalham Devas Dourados


de elevadíssima categoria, ligados diretamente ao nosso Logos Planetário, muito acima
dos Devas Dourados que trabalham com a humanidade. Mas esse não é assunto para
este estudo.

O prana que é irradiado pelo planeta é recebido, tratado e transmitido por um grupo de
Devas chamados Devas Violetas, denominados "Devas das sombras", cujo corpo mais
denso é etérico, de matiz ligeiramente violáceo. Obviamente em seus corpos entram os
quatro éteres, o que lhes dá uma hierarquia em função da elevação do éter que
compõe seu corpo.
Eles concentram em si as emanações prânicas do planeta e de todas as formas que
existem nele. Em virtude da semelhança da essência etérica deles com a do homem,
eles estão muito intimamente ligados aos seres humanos, transmitindo a eles as
energias da "Mãe Terra".

Assim, dois grupos de Devas trabalham com o homem:

1. Os Devas Solares lhe transmite a energia vital que circula pelo corpo etérico.
2. Os Devas Planetários de cor violeta, ligados ao corpo etérico do homem, lhe
transmitem o prana da terra ou do planeta no qual atue o homem durante uma

74
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
encarnação física.
Podemos aqui fazer algumas perguntas e, embora elas não sejam totalmente
respondidas, podemos dar algumas sugestões.

Qual a razão da aparente falta de vida na Lua? Existe ali vida dévica? Em que a Lua,
aparentemente morta, difere de um planeta vivo como a Terra?

Aqui nos encontramos frente a frente com um mistério, cuja solução - para aqueles
que têm o hábito de investigar - fcará revelada pelo fato de que não existem seres
humanos nem certos grupos de Devas na Lua.

O homem não deixou de existir na Lua porque está morta e, em consequência, não
possa sustentá-lo, mas sim porque os homens e os Devas retiraram-se da sua
superfície e da sua esfera de infuência.

O homem e os Devas atuam em cada planeta como intermediários ou agentes


transmissores. Onde eles não estão, torna-se impossível realizar certas atividades,
sobrevindo a desintegração.

A causa dessa retirada está na Lei Cósmica de Causa e Efeito ou Carma Cósmico e na
história conjunta, embora individual, de um dos Homens Celestiais cujo corpo foi, num
momento determinado e passado, a Lua ou qualquer outro planeta.

Essas palavras do Mestre Tibetano signifcam o seguinte. Existiu uma cadeia anterior à
nossa, chamada cadeia lunar, constituída de sete globos, sendo um físico, a Lua, dois
astrais, dois mentais inferiores e dois causais. Essa cadeia foi a encarnação anterior do
nosso Logos Planetário. Nessa encarnação nosso Logos Planetário cometeu o que
respeitosamente chamamos de "erros cósmicos", cujo detalhamento não cabe neste
atual estudo. Por isso, por intervenção do próprio Logos Solar, a cadeia lunar teve de
ser desintegrada antes do tempo previsto. Isso quer dizer que o nosso Logos
Planetário "morreu fsicamente antes do tempo".

Quanto ao aspecto cármico desses erros, muitos problemas que ocorrem e ocorreram
com a humanidade são consequências desses erros. Uma pergunta pode ser feita aqui,
se o erro foi do Logos Planetário, porque nós temos de sofrer as consequências? A
explicação para essa pergunta é muito longa e não cabe aqui, todavia deve fcar bem
claro que nós, Mônadas humanas, a quarta hierarquia criadora, tivemos a nossa cota
de culpa nesses erros cósmicos, porque a nossa origem verdadeira está muito distante
no passado, mas muito mesmo, como nem imaginam. Oportunamente darei algumas
informações sobre este mistério.

75
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 017

A Natureza do Prana - Prana das Formas (Páginas 102 a 106 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)

Antes de estudarmos o prana das formas, devemos deixar bem claros as diversas
classes de formas. Elas são três:

a. as formas mais simples incorporadas à substância, com a qual são feitas todas as
demais formas. Devemos ter sempre em mente que forma é o veículo de expressão e
ação de uma vida. Essa forma singela é a matéria atômica e molecular, animada pela
vida ou energia do terceiro Logos;

b. as formas elaboradas com as formas mais simples citadas em "a" e que constituem
os reinos mineral, vegetal e animal. São animadas pelas vidas conjuntas dos terceiro
e segundo Logos;

c. As formas também elaboradas com as formas mais simples citadas em "a" e que
constituem unicamente os reinos humano e dévico. São animadas pelas vidas
conjuntas dos três Logos.
No fnal deste estudo o diagrama que expõe essas três ações dos Logos (processos de
ação do Logos único) será elucidado.

Com respeito ao grupo "b", o prana emitido pelos membros dos reinos vegetal e animal
(após terem absorvido, assimilado e utilizado o prana solar, planetário e humano, sendo
pois a combinação dos três, como excesso, é captado, como irradiação de superfície,
por certos grupos de Devas menores de ordem não muito elevada, que têm uma
curiosa e complexa relação com a alma grupal do animal ou vegetal que o irradia.

Não é possível nem conveniente dar informações detalhadas sobre esses Devas aqui.

Obviamente o reino mineral (como forma coesa) também capta prana e irradia o que
sobra, mas esse assunto não é para agora, pois trata-se de um processo cujo
conhecimento envolve o controle da matéria.

Eles têm um matiz violeta, porém tão pálido que é quase cinzento.

Estão numa fase de transição e misturam-se de forma confusa com certos grupos de
entidades que estão no arco involutivo, que é a etapa de descida para o mais denso.

76
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quanto ao grupo "c", a forma humana transmite o que sobra de prana a um grupo de
Devas de ordem muito mais elevada.

Esses Devas têm um matiz mais acentuado. Após terem assimilado devidamente o
prana irradiado pelo ser humano, transmitem-no principalmente ao reino animal,
demonstrando assim a íntima relação entre os dois reinos.

Ter-se-á conseguido muito, se o que foi dito anteriormente sobre as complicadas


relações (em termos de energias) entre o Sol e os planetas, estes e as formas que
neles evoluem, entre as formas de mesmo reino e de um reino para outro inferior,
servir para demonstrar, embora apenas isso, a intricada interdependência de tudo o
que existe.

Outro fato que se deve ressaltar é que a íntima relação existente entre todas as
evoluções da natureza, desde o Sol celestial à violeta mais humilde, por mediação da
evolução dévica, que atua como força transmissora e transmutadora em todo o
sistema.

Finalizando, todos trabalham com fogo. Fogo interno, inerente e latente; irradiante e
emanante; gerado, assimilado e irradiado; vivifcador, estimulador e destruidor; fogo
transmitido, refetido e absorvido, base de toda a vida; essência de tudo o que existe e
agente que desenvolve e impulsiona o que está por detrás de todo o processo
evolutivo.

Fogo edifcador, preservador e construtor; fogo originado, o processo e a meta; fogo


purifcador e consumidor.

O Deus do fogo e o fogo de Deus interagem até que todos os fogos se fundam, se
sintonizem e ardam e tudo o que existe tenha passado pelo fogo - desde um sistema
solar até uma formiga - surgindo com perfeição tríplice.

Então o fogo emergirá como essência perfeita do "círculo não se passa", seja do
"círculo não se passa" humano, planetário ou solar, o que quer dizer, as Mônadas,
geradoras do fogo pela sua atuação sobre a matéria, qualquer que seja, sairão de seus
"círculos não se passa", como Mônadas perfeitas (perfeição que sempre busca uma
perfeição maior), sejam Mônadas humanas, planetárias ou solares.

A roda do fogo gira; tudo o que se encontra dentro dela é submetido a uma tríplice
chama e com o tempo tudo chega à perfeição, para em seguida iniciar a busca e luta
para uma perfeição maior ainda, em condições muito superiores e melhores. Assim
cada um dá sua cota de perfeição ao QUE JÁ É PERFEITO ABSOLUTO, sendo tudo ELE

77
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
MESMO, em infnitos estados de ser.

No prosseguimento dos nossos estudos, dentro do sequenciamento do Mestre


Tibetano, iremos entrar em mais detalhes sobre a atuação dos fogos no processo
evolutivo.

Uma forma mais objetiva de explicar os três fogos é a dos três conceitos: fogo, calor e
movimento. Fogo, calor e movimento são a vida subjetiva manifestando-se
objetivamente.

Fogo: essência do primeiro Logos, fogo elétrico, vontade, Espírito que aquece.

Calor: dualidade, essência do segundo Logos, fogo solar, aspecto flho, consciência que
une.

Movimento: essência do terceiro Logos, fogo por fricção, matéria em movimento pela
ação do fogo que aquece e se une pela ação do calor do fogo solar.

O Macrocosmos

Expressão subjetiva
Primeiro
Fogo Vontade de viver ou de ser. Elétrico
Logos
Segundo
Calor Dualidade ou amor entre dois. Solar.
Logos
Terceiro Movime Fogo da mente, "relação entre". Fogo
Logos nto por fricção

Expressão objetiva
O Sol Vontade ou poder.
Vênus-
Amor e sabedoria.
Mercúrio
Atividade ou
Saturno
inteligência.

O Microcosmos

Expressão subjetiva
Fogo
A Mônada Vontade ou poder
elétrico

78
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

O Ego Fogo solar Amor e sabedoria


A
Fogo por Atividade ou
personalida
fricção inteligência
de

Expressão objetiva
Corpo Vontade ou
Fogo
mental poder
Corpo Amor-
Calor
astral sabedoria
Corpo Inteligência Movime
físico ativa nto

Corpo físico

Vontade ou
Cérebro Mônada Fogo elétrico
poder
Amor-
Coração Ego Fogo solar
sabedoria
Órgãos Personalid Inteligência Fogo por
inferiores ade ativa fricção
Apresentamos a seguir o diagrama da página 104 do Tratado sobre Fuego Cósmico,
sobre o Logos de um sistema solar:

79
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estas emanações do Logos têm estreita relação com os fogos e devem ser explicadas
detalhadamente, pois trata-se do processo de construção do nosso sistema solar, não
apenas a parte física, porém toda a estrutura que abrange os sete planos, desde o Adi
até o nosso físico.

Estudo 018

Continuação do estudo do Prana das formas e explicação do diagrama das três


emanações do Logos Solar, da página 104 do Tratado sobre Fuego Cósmico

No estudo anterior tratamos do prana das formas, não sob a ótica do processo ou
técnica de absorção, assimilação e distribuição dentro das formas, mas sob o ponto de
vista de classifcação com base na atuação dos três estados de ser do Logos Solar,
também chamados aspectos.

Tais atuações conduziram ao diagrama das três emanações, que iremos estudar em
seguida.

Contudo, antes devemos lembrar o que foi dito sobre os fogos, para que a conexão
entre fogos e emanações fque bem clara e inteligível, eliminando qualquer dúvida e, de
posse dessa clareza de entendimento, surjam a convicção e a certeza inteligentes,

80
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tornando-se a aplicação desses conhecimentos em nós mesmos imediata, profunda e
efetiva.

Como sabemos, fogo é o resultado da atuação da Mônada ou Espírito nas partículas


(átomos e moléculas) do plano com o qual Ela tem conexão direta e nos planos mais
densos que esse pela penetração em seus átomos e moléculas dos átomos e moléculas
animadas pela atuação direta.

Exemplifcando, a Mônada Solar, ao atuar diretamente nos átomos e moléculas do plano


monádico cósmico, no qual Ela é residente atualmente (no atual sistema solar), gera o
fogo elétrico, que se expressa de forma tríplice como fogo elétrico/elétrico, quando
prepondera o estado de ser vontade, fogo elétrico/solar, quando prevalece o estado de
ser amor-sabedoria e fogo elétrico/por fricção, quando é mais forte o estado de ser
inteligência ativa.

Existem átomos específcos para responderem a esse ou a aquele estado de ser.

Quando esses átomos monádicos cósmicos animados pela energia direta da Mônada
Solar, portanto fogo elétrico tríplice, penetram em átomos do plano átmico ou espiritual
cósmico, o fogo se transforma em fogo solar também tríplice: fogo solar/elétrico, fogo
solar/solar e fogo solar/por fricção, conforme o fogo que anima o átomo monádico
penetrante. Também no plano átmico há átomos específcos para esse ou aquele fogo
solar.

Assim, por esse processo de penetração, vem surgindo o fogo nos diversos planos
cósmicos, havendo uma transformação do fogo, de tal forma que nos planos átmico,
búdico e causal cósmicos é fogo solar tríplice e nos planos mental inferior, astral e
físico cósmicos ele passa a ser fogo por fricção tríplice, chegando fnalmente, através
de outras transformações e penetrações, desde o plano adi do nosso sistema solar até
o nosso mundo fenomênico físico, no qual estamos vivendo e evoluindo no momento.

O Logos Solar também absorve fogo por fricção cósmico para seu corpo físico
cósmico (nosso sistema solar como um todo), conforme veremos mais adiante.

No próximo sistema solar, a Mônada Solar, após ter recebido mais uma Iniciação
Cósmica, a quinta, deverá estar residente no plano Adi Cósmico, então os fogos terão
características diferentes, mas sempre serão o resultado da atuação direta da Mônada
Solar nos átomos e moléculas do plano de sua residência.

Contudo, não podemos esquecer que, assim como nós, Mônadas humanas, ao
atuarmos diretamente nos átomos e moléculas do plano monádico do sistema,

81
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
produzimos nosso fogo elétrico tríplice, que no início do nosso processo evolutivo não
é muito forte (na realidade fraquíssimo) e, por isso, para animarmos nossos veículos
(formas) precisamos dos fogos do Sol, e do Planeta, assim também a Mônada Solar
apropria-se do fogo da Mônada do Logos Cósmico, do qual é parte constituinte, para
animar suas formas, que são várias, incluindo nosso sistema solar, juntamente com seu
próprio fogo.

Portanto nossas formas (corpos físico, astral, mental inferior, causal, búdico, átmico e
monádico, esses três últimos incipientes na grande maioria da humanidade encarnada
e desencarnada e já desenvolvidos e atuantes nos iniciados planetários, em diversos
graus) trabalham com fogos do Logos Cósmico, Solar, Planetário e de nossas Mônadas.

À medida que vamos evoluindo e adquirindo mais conhecimentos sobre o mundo


fenomênico visível e invisível, conquistando mais poder sobre nossos veículos e
expandindo nossas consciências e nosso círculo "não se passa", iremos controlando e
aumentando nossos fogos e sintonizando-os.

Para equacionarmos corretamente as três emanações e os três fogos, devemos,


usando a lei da analogia, considerar a construção do nosso sistema solar (como um
todo, desde o plano adi até o nosso físico) como o corpo físico cósmico do nosso
Logos Solar, assim como o homem constrói seu corpo físico, por um processo
diferente, para adquirir experiências, desenvolver qualidades, corrigir erros cármicos e
prosseguir em sua evolução na direção da meta que, na atual cadeia, a quarta, é a
quinta iniciação planetária, a terceira solar, a do Adepto.

Assim como o homem inicia o processo de encarnação a partir do seu corpo astral,
pois, antes de reativar o átomo físico permanente (núcleo do futuro corpo físico), ele
reativa o átomo astral permanente e aglutina um incipiente corpo astral, que irá se
desenvolver no decorrer da nova encarnação, assim também o Logos Solar, antes da
construção de seu corpo físico (nosso sistema solar total), já reativou seu átomo astral
cósmico permanente e formou seu incipiente corpo astral cósmico.

Mestre Tibetano é um Adepto que sempre demonstrou uma genial e excelente


capacidade de raciocínio lógico. Se Ele colocou esse diagrama no contexto dos fogos, é
porque existe uma correlação entre as emanações e os fogos, o que vamos
demonstrar.

No diagrama da página 73 do Tratado, está escrito que o átomo de um plano é


construído a partir de um vórtice gerado na matéria do subplano mais denso do plano
imediatamente mais sutil, com átomos desse plano mais sutil. Exemplifcando, o átomo

82
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
físico é construído por átomos astrais gerando um vórtice na matéria do 7º subplano
astral, o subplano astral mais denso, sendo esse vórtice envolto por matéria astral.

Quando o Logos iniciou o processo de construção de seu corpo físico cósmico, nosso
sistema solar completo, Ele, no modo de ser Inteligência Ativa (3º Logos),
primeiramente alterou as três ganas, que são as relações vibratórias: tabas
(estabilidade), rajas (atividade) e satã (harmonia), do seu corpo astral cósmico na parte
mais densa, para adequá-las às condições necessárias de seu futuro corpo físico
cósmico.

Em seguida, Ele, sempre no estado de ser Inteligência Ativa ou 3º Logos, gerou os


vórtices na matéria astral cósmica, que era a matéria virgem após a alteração das
ganas, pelo processo já descrito. Após, Ele, ainda no estado de ser Inteligência Ativa,
mas no subestado de ser Vontade, impregnou o interior dos vórtices com a sua
energia, gerando o fogo elétrico. Isso deu nova vida aos vórtices, que passaram a ser a
matéria prima dos átomos do plano adi. Com isto a matéria virgem foi fecundada.
Existindo então Espírito e matéria, tinha de existir o relacionamento. Surgiu então o
Filho para relacionar Espírito (Pai) e matéria (Mãe). Esse Filho se expressou da seguinte
forma: o Logos, em seu estado de ser Inteligência Ativa e subestado de ser Amor-
Sabedoria, impregnou os vórtices com a sua energia, gerando o fogo solar. Os dois
fogos, elétrico e solar, em contato entre si dentro dos vórtices, transformaram-se em
fogo por fricção, dando uma nova vida aos átomos, que passaram a ser os átomos do
plano adi.

Os átomos do 1º raio passaram a expressar fogo por fricção/elétrico, os do 2º raio


fogo por fricção/solar e os do 3º raio fogo por fricção/por fricção.

A seguir, por agrupamentos dos átomos adi, são formados os 6 subplanos do plano adi
e posteriormente os demais planos e subplanos, até o nosso físico, todos impregnados
pelo fogo por fricção tríplice.

Assim iniciou-se a evolução da matéria, pela atuação do Logos, no seu estado de ser
Inteligência Ativa ou 3º Logos.

Como acabamos de ver, a 1ª emanação é a atuação do fogo por fricção.

Em segunda etapa, o Logos, no estado de ser Amor-Sabedoria, atuou em uma


quantidade calculada de átomos, impregnando-os de fogo solar, também tríplice. Esse
fogo solar, por ser de natureza coesiva e atrativa, fez com que esses átomos e as
moléculas por eles formadas se organizassem em aglomerados, no início sem a forma

83
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que nós concebemos, mas não deixavam de ser protótipos de formas que,
futuramente, iriam ser as formas dos reinos mineral, vegetal e animal. Todos os planos
foram atingidos por esse fogo. Nos planos mental, astral e físico etérico, esse reino é
chamado reino da essência elemental, que tem grande importância e infuência nos
nossos veículos e no nosso comportamento.

Assim iniciou-se a evolução das formas pela 2ª emanação, que foi o fogo solar.

Numa terceira etapa, o Logos, no estado de ser Vontade, atuou novamente, mas agora
de forma diferente. Em vez de atuar diretamente nos átomos, Ele atuou diretamente
nas Mônadas humanas, que na realidade são fragmentos d'Ele, sem se desprenderem
d'Ele.

As Mônadas humanas, então, tiveram sua vontade aumentada e atuaram diretamente


nos átomos monádicos, gerando fogo elétrico tríplice. Esse fogo elétrico manifestou-se
no plano causal como fogo solar tríplice e provocou o surgimento do Ego ou Alma,
iniciando-se assim o processo de individualização, o ingresso no reino humano.

A terceira emanação foi, portanto, a atuação do fogo elétrico.

Resumindo:

Fogo por 1ª emanação do Logos Solar -


fricção 3º Logos
2ª emanação do Logos Solar -
Fogo solar
2º Logos
Fogo 3ª emanação do Logos Solar -
elétrico 1º Logos
A 3ª emanação mantém a sua pureza, porque a atuação é direta nas Mônadas
humanas, que fazem parte da Mônada Solar.

No diagrama vemos que o plano átmico se refete no plano físico, o búdico no astral e o
mental não se refete, sendo, para nós, o intermediário. Eu disse para nós, porque na
realidade o plano intermediário é o búdico, mas para a atual humanidade o
intermediário é o mental, sendo por isso que a sede do Ego ou Alma é o plano causal.
Também é por isso que o corpo mental completo do homem (mental inferior mais o
causal) possui sete sentidos de percepção, que o homem tem de desenvolver.
Futuramente estudaremos essa questão dos sentidos de percepção dos diversos
corpos do homem, assunto que será de grande utilidade prática.

Como esclarecimento e ainda dentro do assunto, Mestre Tibetano, no Tratado sobre

84
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Fuego Cósmico, página 296, apresenta um diagrama no qual aparecem três Logos no
plano adi do físico cósmico, dando a impressão de que existem três Logos Solares.

O que o Mestre quer dizer é que existem três entidades cósmicas sob a jurisdição do
Logos Solar, que se encarregam da execução das três fases do seu projeto de
construção do seu corpo físico cósmico, fases essas relacionadas com as três
emanações e fogos, oriundos dos três aspectos ou estados de ser do Logos Solar
único e uno.

Esses três modos de ser do Logos Solar, que deram origem às três emanações,
persistem hoje e agora, mais evoluídos, uma vez que o Logos Solar está evoluindo
cosmicamente.

Como exemplo vejamos a ação dos químicos no reino mineral. Quando o químico
produz um polímero (tecido sintético), que é uma grande molécula, com novas
qualidades e propriedades, pelo processo de unir átomos e moléculas, ele está
propiciando novas experiências e relacionamentos às vidas que evoluem naqueles
átomos e moléculas, propiciando assim a aquisição de novas qualidades. Assim o
homem, mesmo sem saber, contribui para o Plano Divino.

É óbvio que as condições atuais são bem diferentes das existentes no início da cadeia
e da ronda, quando só existiam as forças da natureza para atuar no reino mineral,
sendo na realidade mais ricas em experiências para o reino mineral, graças aos
avanços da ciência.

A quarta Hierarquia Criadora, as Mônadas humanas, é de fato uma hierarquia criadora


em muitos sentidos.

A seguir apresentamos um desenho ilustrativo dos cinco planos de evolução do


homem, no seu aspecto de se refetir.

85
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 019

Função do corpo etérico - Receptor de prana - Assimilador de prana - Transmissor de


prana (Da página 106 à 110 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Iremos agora analisar as funções do corpo etérico e sua relação com o corpo físico
denso. Essas funções devem ser estudadas em conjunto, pois se inter-relacionam tão
intimamente que se torna impossível separá-las.

São três as principais funções do corpo etérico:

1. Receptor de prana;
2. Assimilador de prana;
3. Transmissor de prana.
1. Receptor de prana

O corpo etérico é negativo ou receptivo para os raios do sol e positivo ou irradiador


para o corpo físico denso. Sua segunda função, a assimilativa, está estritamente
equilibrada e é interna.
Como foi explicado anteriormente, o corpo etérico absorve as emanações prânicas do
sol por meio de centros ou chacras situados principalmente na parte superior do corpo
denso, desde os quais passam para o centro denominado baço etérico, contraparte
etérica do baço denso.

O principal centro receptor de prana, na atualidade, está localizado entre os omoplatas,


havendo um outro centro um pouco mais acima do plexo solar, que tem permanecido
parcialmente inativo, devido aos abusos da chamada civilização. A próxima raça-raiz e
cada vez mais a atual (quinta), valorizará a necessidade de expor tais centros aos raios
do sol, o que aumentará a vitalidade física e a capacidade de adaptação.

Os centros situados entre os omoplatas, acima do diafragma e o baço formam, se


pudéssemos vê-los, um triângulo etérico radiante donde origina-se o impulso para a
posterior circulação prânica, que percorrerá todo o sistema corporal etérico. O corpo
etérico está realmente formado por uma rede de fnos canais, que constituem um sutil
cordão trançado - o qual é parte do elo magnético que une os corpos físico e astral,
cortando ao retirar-se o corpo etérico do corpo físico denso no momento da morte.
Como o chama a Bíblia, o cordão prateado se corta. Isto deu origem à lenda da "irmã

86
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fatal que corta o fo da vida com as suas temidas tesouras".

A trama etérica está composta pelo complicado tecido deste cordão vitalizado e,
separados dos sete centros da trama (centros sagrados, sendo que o baço
frequentemente é considerado um deles), encontram-se os dois já mencionados, que
formam com o baço um triângulo ativo. A trama etérica do sistema solar é análoga e
igualmente possui três centros receptores de prana cósmico. A misteriosa franja do
frmamento denominada Via Láctea (não é a galáxia) está intimamente relacionada com
o prana cósmico, vitalidade ou alimento cósmicos que vitalizam o sistema solar etérico
e daí atingem a parte densa desse sistema, mantendo todas as formas em atividade.
Esse assunto é muito importante e de grande utilidade e deveria ser alvo de pesquisa
dos verdadeiros investigadores científcos.

2. Assimilador de prana

O processo de assimilação é levado a cabo no triângulo mencionado. O prana, ao


penetrar por qualquer desses centros, circula três vezes por todo o triângulo, antes de
ser transmitido ao corpo etérico e deste ao corpo denso.

O órgão principal de assimilação é o baço - a contraparte etérica e o órgão físico


denso. A essência vital (prana) procedente do sol (após o processamento pelos Devas
Dourados) penetra no baço etérico; neste é submetida a um processo de intensifcação
ou desvitalização, o que depende do estado de saúde desse órgão. Se o homem está
são, a emanação recebida será intensifcada pela vibração individual e o grau de
vibração (a frequência) será acelerado antes que o prana passe ao baço denso. Se o
estado de saúde não é bom, a vibração do prana diminui e o processo torna-se mais
lento.

Estes três centros, parecidos a pratinhos ou pires, têm a mesma forma que os demais
e assemelham-se a pequenos vórtices que atraem à sua esfera de infuência as
correntes que se encontrem a seu alcance.

Os centros podem ser descritos como vórtices giratórios, unidos entre si por um
tríplice canal compactamente entretecido, que quase forma um sistema circulatório
separado. Este sistema tem seu ponto de saída no lado do baço oposto àquele pelo
qual penetra o prana.

O fuido vital circula três vezes por estes três centros e entre eles, antes de passar à
periferia do seu pequeno sistema. Depois de circular o prana pelos fnos canais
entrelaçados, passa por todo o corpo, impregnando-o totalmente com suas

87
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
emanações, se assim se pode expressar.

Essas emanações saem fnalmente do sistema etérico, irradiando-se pela superfície. A


essência prânica sai da circunferência do seu "círculo não se passa" temporário como
emanante prana humano, que é o mesmo prana recebido anteriormente, porém
carregado, durante sua transitória circulação, com a qualidade particular que o
indivíduo lhe transmite. A essência sai levando a qualidade individual.

Neste processo temos uma nova analogia de como evadem-se todas as essências de
qualquer "círculo não se passa", uma vez terminado seu ciclo.

O tema do corpo etérico é de grande interesse prático. Quando o homem se der conta
da sua importância, prestará mais atenção à distribuição do prana no seu corpo e
procurará que a sua vitalidade, através dos três centros, não seja entorpecida.

Embora necessariamente o tema tenha de ser tratado de forma superfcial e somente


possam ser dados esboços e sugestões espaçadas, concluir-se-á todavia que se for
estudado detalhadamente o que for passado, surgirá um conhecimento das verdades,
cujo conteúdo e qualidade resultará valioso e algo que até agora não foi ensinado.

O lugar que ocupa a envoltura etérica, como separadora ou "círculo não se passa" e
sua função como receptora e distribuidora de prana, serão esclarecidos aqui de uma
forma muito mais extensa que antes; possivelmente mais adiante o tema será
ampliado.

Dos dados tão superfcialmente acima tratados deduzem-se duas verdades


fundamentais:

Primeiro. O quarto sub-plano etérico do plano físico é a preocupação imediata do:

1. o homem, o microcosmos,
2. o Homem Celestial, o Logos Planetário,
3. o grande Homem dos Céus, o Logos Solar.
Convém aqui lembrar que o quarto subplano etérico para os Logos Solar e Planetário é
o plano búdico. Assim, os Iniciados que vivem, atuam e trabalham no plano búdico,
estão exercendo funções importantíssimas no corpo etérico do nosso Logos
Planetário. Essa atuação ocorre a partir da quarta iniciação planetária, a da renúncia,
quando o Iniciado começa o domínio, subplano a subplano, desse plano, não só com
referência ao seu corpo búdico como em relação à matéria búdica exterior. Muito mais
pode ser dito a esse respeito, contudo esse assunto detalhado fcará para mais tarde.

88
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando tiverem um vislumbre, por mais tênue que seja, a respeito da vida, das
atividades e responsabilidades nesse plano, sentirão com certeza um ímpeto muito
forte para prosseguir nos esforços para alcançar a meta.

Segundo. Na quarta cadeia e quarta ronda (a nossa) é iniciado o estudo do quarto éter
que - visto como trama separadora - permite a saída ocasional das vibrações
correspondentes.

3. Transmissor de prana

Até agora temos nos referido muito pouco ao tema do fogo, pois o propósito do corpo
etérico é levá-lo e distribuí-lo por todo o seu sistema; somente temos tratado dos fatos
que poderão despertar o interesse e acentuar a utilidade do veículo prânico (o corpo
etérico).

Devemos considerar e recalcar certos fatos, à medida em que estudarmos este círculo
estático e seus fogos circulantes. Para maior claridade vamos recapitular brevemente
aquilo já exposto:

O Sistema solar recebe prana de fontes cósmicas, por meio de três centros e o
redistribui a todas as partes de sua dilatada infuência, até os limites da trama etérica
solar. Este prana cósmico está colorido pela qualidade do Logos Solar e chega aos mais
afastados confns do sistema solar. Poder-se-ia dizer que sua missão consiste em
vitalizar o veículo, a expressão material física do Logos Solar.

O Planeta recebe prana do centro solar e o redistribui, por meio de três receptores, a
todas as partes de sua esfera infuência. Este prana solar está colorido pela qualidade
planetária e é absorvido por tudo o que evolui dentro do "círculo não se passa"
planetário. Poder-se-ia dizer que sua missão consiste em vitalizar o veículo de
expressão material física de qualquer dos sete Homens Celestiais.
O Microcosmos (o homem) recebe prana proveniente do sol, depois de ter
compenetrado o veículo etérico planetário, de modo que, além de prana solar, possui a
qualidade planetária. Cada planeta é a personifcação de um aspecto de Raio e sua
qualidade se destaca predominantemente durante toda a sua evolução.

Portanto, prana é calor irradiante, sua vibração (frequência) e qualidade variam de


acordo com a Entidade receptora. Ao passar o prana pelo corpo etérico do homem, é
colorido pela sua própria qualidade particular, transmitindo-o a essas vidas menores
que formam seu pequeno sistema (seu corpo físico, etérico e denso).

Assim produz-se uma grande interação; todas as partes se mesclam e fundem,

89
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dependendo uma da outra e todas recebem, colorem, qualifcam e transmitem. Tem
lugar assim uma interminável circulação sem princípio concebível e sem possível fm,
desde o ponto de vista do homem fnito, porque sua origem e fm se acham ocultos na
ignota fonte cósmica.

Se existissem em todas as partes perfeitas condições, esta circulação continuaria sem


interrupção e seria quase interminável, porem o fm e a limitação são produzidos pela
imperfeição, que gradualmente é substituída pela perfeição. Cada ciclo origina-se em
outro ciclo ainda não fnalizado, cedendo lugar a outra espiral mais elevada; assim
sucedem-se períodos de aparente e relativa perfeição, que conduzem a períodos de
maior perfeição.

O objetivo deste ciclo maior consiste, como sabemos, em fundir os dois fogos da
matéria, latentes e ativos, submergindo-os nos fogos da mente e do espírito (fogos
solar e elétrico), até que desapareçam na Chama geral; os fogos da mente e do espírito
consomem a matéria e com isso liberam a vida dos veículos que a confnam. O altar
terreno é o lugar onde nasce o espírito, quem o libera da mãe (matéria) e é também a
entrada para reinos superiores.

Quando o veículo prânico funcionar corretamente nos três grupos, humano, planetário
e solar, lograr-se-á a união com o fogo latente. Por esta razão recalca-se a necessidade
de construir veículos físicos puros e refnados. Quanto mais refnada e sutil seja a
forma, será melhor receptora de prana e oferecerá menos resistência à ascensão de
kundalini no devido momento.
A matéria tosca e os corpos grosseiros e imaturos são uma ameaça para o ocultista;
nenhum verdadeiro vidente terá um corpo grosseiro (trata-se do vidente superior e
não daquele que o é pelo chacra umbilical).

O perigo de ser desintegrado é muito grande e a ameaça de ser destruído pelo fogo é
terrível. Já uma vez, na história (na época lemuriana), a raça e os continentes foram
destruídos por meio do fogo. Os Guias da raça, nessa época, aproveitaram tal
acontecimento para eliminar a forma inadequada. O fogo latente na matéria (por
exemplo, nas erupções vulcânicas) e o fogo irradiante do sistema combinaram-se. O
kundalini planetário e a emanação solar entraram em conjunção e teve lugar o trabalho
de destruição. Na raça atlante (a quarta raça-raiz) houve também uma conjunção de
fogos, como consequência de uma expansão de consciência do nosso Logos Planetário.
O mesmo poderia voltar a acontecer, porém só na matéria do segundo éter e seus
efeitos não seriam tão graves devido à sutileza desse éter e ao refnamento

90
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
comparativamente maior dos veículos.

Observaremos aqui um fato interessante, embora seja um mistério insolúvel para a


maioria; as destruições produzidas pelo fogo são parte das provas de fogo de uma
iniciação desse Homem Celestial cujo carma está ligado ao de nossa terra.

A destruição de uma parte da trama torna mais fácil a saída; em realidade (visto desde
os planos superiores) é um passo adiante e uma expansão. Sua repetição efetua-se no
sistema solar em ciclos determinados. No campo da astronomia temos um exemplo
atualmente desse aumento dos fogos, no caso da estrela Eta Carinae, que
bruscamente teve o seu brilho aumentado enormemente e é alvo de estudos acurados
dos astrônomos e astrofísicos. Houve uma expansão de consciência devida a uma
iniciação cósmica do Grande Ser que se expressa fsicamente por essa belíssima
estrela. Todavia os cientistas não interpretam dessa forma. Ainda falta muito para que
os cientistas vejam DEUS manifestando-se na natureza, apesar da lógica perfeita que
se observa dentro da imperfeição aparente.

Apresentamos a seguir um diagrama, para clarear o acima exposto.

91
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 020

Desordens do corpo etérico - Funcionais, Orgânicas e Estáticas (Da página 110 à 113
do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Desordens do corpo etérico

Iremos estudar agora o corpo etérico, suas doenças e também sua condição post-
mortem. Ocupar-nos-emos dele muito brevemente. Tudo o que pode ser feito é indicar,
em linhas gerais, as doenças fundamentais às quais o corpo etérico pode estar sujeito
e a orientação que a medicina poderá seguir mais tarde, quando as leis ocultas forem
melhor compreendidas.

Ressaltaremos um fato signifcativo que tem sido pouco compreendido e nem sequer
captado: as doenças de que padece o corpo etérico do microcosmos (o homem),
também são sofridas pelo corpo etérico do macrocosmos (os Logos Solar e Planetário),
com as devidas diferenças e efeitos, em particular na natureza, na humanidade como
um todo e em cada um particularmente, considerando o modo de ser individual.

Aí está a explicação para os aparentes sofrimentos da natureza. Alguns dos grandes


males do mundo têm suas origens nas doenças etéricas do Logos Planetário.
Ampliando-se a ideia, o mesmo podemos dizer com referência às condições planetárias
e solares.

Ao estudarmos as causas das doenças etéricas do homem, talvez sejam percebidas as


analogias e reações de ordem planetária e solar.

Há que ter em mente de forma bem clara e nítida que o corpo etérico do Logos
Planetário como o do Logos Solar são constituídos de matéria dos planos búdico,
átmico, monádico e adi, não esquecendo o corpo etérico da Entidade Planetária
(chamada por alguns autores de Espírito Planetário), que não é o Logos Planetário e
sobre a qual falaremos mais adiante.

Consequentemente qualquer perturbação no corpo etérico do Logos Planetário irá


ocorrer na matéria desses planos. Seus efeitos irão depender de vários fatores:

• amplitude, intensidade e natureza da perturbação;


• proporção de matéria búdica, átmica, monádica e adi em seu corpo etérico.
Como esses planos interferem nos três planos mais densos, mental, astral e físico, é
óbvio que qualquer anomalia nessas áreas do corpo etérico do Logos Planetário irá se
manifestar nos nossos planos mental, astral e físico, surgindo no nosso campo etérico,

92
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
afetando a natureza de diversas formas, inclusive no comportamento dos vírus,
bactérias, bacilos e outras micro vidas, em particular os vírus, tão agressivos e
destruidores para o reino humano, quando se considera a Entidade Planetária.

O estudo desse aspecto irá trazer ao homem muito esclarecimento e muita orientação
no tocante à cura e à eliminação de muitas doenças que afigem a humanidade, como
irá explicar muitos fenômenos da natureza, inclusive o atual aquecimento da nossa
atmosfera e a atividade vulcânica.

Aqui cabe lembrar, expressando imensa gratidão, o importantíssimo trabalho dos


Mestres e seus discípulos aceitos (iniciados planetários), que atuam no plano búdico,
corrigindo as perturbações nessa matéria, minimizando seus efeitos na humanidade, de
uma forma análoga, porém num nível muito mais elevado, à ação das pequenas vidas
que trabalham no nosso corpo físico, as células do nosso sistema imunológico, as
células dendríticas, as células T, os macrófagos, as células B, os bazófos e outras, que
vigiam e defendem o nosso organismo contra qualquer invasor que queira prejudicá-lo.

Infelizmente a humanidade desconhece totalmente esse trabalho e a maioria dos


ocultistas também não se dá conta dele. Esse trabalho dos Mestres e discípulos aceitos
é apenas uma dentre muitas atividades deles no corpo etérico do Logos Planetário. A
concepção do que os Mestres e iniciados planetários fazem ainda é muito obscura para
a humanidade.

Devemos ter muito em conta, ao estudarmos esse assunto, que as enfermidades do


corpo etérico são derivadas do seu tríplice propósito e poderão ser:

a. funcionais, afetando a absorção de prana e demais energias;


b. orgânicas, afetando a distribuição de prana e consequentemente o funcionamento
dos órgãos;
c. estáticas, afetando a trama etérica, considerada estritamente como o "círculo não
se passa" físico e como elemento separador entre o físico e o astral, conhecimento
que deve ser muito útil para os psicólogos e os médicos.
Essas três funções ou propósitos são de primordial interesse, produzem resultados
totalmente diferentes e reagem externa e internamente de distintas maneiras.

Consideradas desde o ponto de vista planetário podemos perceber as mesmas


condições e o corpo etérico planetário (que é fundamentalmente o corpo dos planetas
sagrados, sendo que a terra não é um deles) também terá suas desordens funcionais,
que afetarão a absorção de prana e sofrerá transtornos orgânicos, que alterarão sua

93
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
distribuição, produzindo difculdades na trama etérica, o "círculo não se passa" da
Entidade Planetária, que não é, repito, o Logos Planetário.

Aqui cabe uma explicação para as palavras do Mestre Tibetano que estão entre
parênteses no período acima. Como o nosso Logos Planetário não é um Logos Sagrado,
como o são os Logos de Vulcano, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, a
terra é também utilizada pela Entidade Planetária, um ser de nível cósmico que está no
ciclo chamado involutivo, ou seja, Ele busca experimentar as vibrações mais densas e
grosseiras, coletivamente. Isso quer dizer que todas essas vibrações geradas pelos
baixos instintos, sentimentos torpes e emoções imundas, são experimentadas por Ele,
como um todo. Também se nutre das vibrações dos reinos inferiores. O Mestre
também quer dizer que os Logos Planetários sagrados estão polarizados em seus
corpos etéricos, ou seja, nos planos búdico, átmico, monádico e adi, não constituindo
os planos mental, astral e físico princípios para Eles.

Tudo isso faz parte do Plano Divino. Na cadeia anterior à nossa, a lunar, a Entidade
Planetária provocou transtornos sérios e graves, levando o nosso Logos Solar a intervir
e fazendo com que o nosso Logos Planetário desintegrasse a cadeia lunar antes do
fnal previsto e assim a cadeia lunar não completou a sétima ronda. Nada mais posso
dizer sobre o assunto.

Para essa Entidade Planetária, os subplanos etéricos do nosso planeta constituem seu
corpo etérico e não a matéria búdica, pois Ele ainda não tem condições de responder à
matéria búdica. Por isso uma determinada perturbação nesses subplanos etéricos
pode perfeitamente permitir que certas microvidas, como os vírus, materializem-se no
plano físico denso, pela ação dessa Entidade, a partir do plano astral. O mecanismo
desse processo não cabe no atual contexto.

Quero adverti-los de que os Espíritos Planetários que se encontram no arco ou ciclo


evolutivo divino, os Homens Celestiais, os Logos Planetários sagrados, cujos corpos são
planetas, a trama etérica não constitui uma barreira, sendo que Eles podem (como os
Senhores do Carma fazem num plano superior) atuar livremente fora dos limites da
trama planetária, dentro da circunferência do "círculo não se passa" solar. Quanto aos
Logos não Sagrados, como o nosso, Eles ainda estão no processo de destruir a tela
etérica, processo que será concluído quando Eles recebem a iniciação cósmica que
torná-los-á sagrados. O nosso Logos Planetário está em vias de se tornar sagrado.

Do ponto de vista do sistema, ou seja, do Logos Solar, podemos observar que os


mesmos efeitos estão vinculados funcionalmente, com o centro cósmico,

94
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
organicamente, com a totalidade dos sistemas planetários e estaticamente, com o
"círculo não se passa" solar logoico. Podemos agora, para maior claridade, considerar
esses três grupos de forma separada e indicar brevemente (o único que posso fazer)
os métodos curativos e retifcadores.

a - Desordens funcionais no microcosmos. No homem, relacionam-se com a absorção


dos fuidos prânicos por meio de seus correspondentes centros. Devemos ter sempre
em conta e saber distinguir com claridade que as emanações de prana têm relação
com o fogo latente da matéria. Quando são recebidas e atuam corretamente através
do corpo etérico, colaboram com o calor natural latente do corpo e ao se misturarem
vitalizam-no, impondo à sua matéria certo grau de ação vibratória, que leva ao veículo
físico a necessária atividade e o correto funcionamento de seus órgãos.

Portanto, é evidente que o abc da saúde física depende da correta recepção de prana
e que uma das mudanças fundamentais na vida do animal humano (o aspecto que
estamos considerando) deverá ser nas condições comuns do viver diário.

Há que se procurar que os três centros principais, utilizados para a recepção de prana,
funcionem com mais liberdade e menos restrição. Devido ao atual sistema errôneo de
vida seguido durante séculos e aos erros fundamentais originados na época lemuriana,
os três centros prânicos do homem não funcionam corretamente na atualidade.

O centro entre os omoplatas é o que está em melhores condições receptivas, embora,


devido a uma defciente condição da coluna vertebral (que em muitas pessoas está
desviada), sua localização na espádua talvez não seja exata.

O centro do baço, situado perto do diafragma, é de tamanho menor que o normal e sua
vibração não é correta. No caso dos aborígines das ilhas do Pacífco sul, suas
condições etéricas são melhores e sua vida é mais normal (desde o ponto de vista
animal) que em qualquer outra parte do mundo.

A raça humana em geral necessita de certas capacidades, situação que pode ser
descrita da seguinte maneira:

Primeiro - Incapacidade para extrair as correntes prânicas, devido á vida malsã que
leva a maioria. Isto interrompe o aprovisionamento proveniente da fonte de origem e
causa a consequente atrofa e redução dos centros receptores. Isto se observa, com
exagero, nas crianças das zonas muito povoadas das grandes cidades e nos moradores
anêmicos e viciados dos baixos fundos (porões). A cura é evidente: melhores condições
de vida, uso de roupas mais adequadas e a adoção de métodos de vida mais

95
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
independentes e saudáveis. Uma vez que os raios prânicos tenham livre acesso aos
ombros e ao diafragma, a condição subnormal do baço ajustar-se-á automaticamente.

Segundo - Excessiva capacidade de extração das correntes prânicas. O primeiro tipo


de desordem funcional mencionado é comum e muito difundido. Seu oposto encontra-
se onde as condições de vida são de tal natureza que os centros (por estarem
expostos e submetidos direta e prolongadamente às emanações solares) desenvolvem-
se exageradamente, vibram muito rapidamente e recebem prana em demasia. Isso é
pouco frequente, porém acontece em alguns países tropicais, sendo em grande parte a
causa da molesta fraqueza que ataca seus moradores. O corpo etérico recebe o prana
ou os raios solares com demasiada rapidez e permite que entre e saia do sistema com
excessiva força, deixando a vítima presa da inércia e da desvitalização. Em outras
palavras, o corpo etérico torna-se preguiçoso. É como uma tela inconsistente
(empregando um termo muito familiar), semelhante ao tecido de uma raquete de tênis
que fcou frouxa e perdeu elasticidade.

O triângulo interno transmite as emanações de prana com demasiada rapidez, não


permitindo a subsidiária absorção e logicamente sofre todo o sistema. Mais tarde
descobrir-se-á que a maioria das doenças sofridas pelos europeus na Índia têm origem
nisso e algumas das difculdades serão eliminadas cuidando-se do baço e regulando
inteligentemente as condições de vida.

Ao analisar as condições semelhantes que imperam no planeta, percebem-se as


mesmas difculdades. Nada mais pode ser dito, porém ao estudar inteligentemente a
ação da radiação solar sobre a superfície do planeta, em relação com o seu movimento
giratório, compreenderão e aplicarão algumas regras grupais sanitárias. A Entidade
Planetária tem analogamente seus ciclos. O segredo da fertilidade e da vegetação
encontra-se na adequada absorção e distribuição do prana planetário. Grande parte
disto oculta-se na fabulosa lenda que se refere à luta entre o fogo e a água, baseada
na reação do fogo latente na matéria, opondo-se ao fogo que vem do exterior de si
mesma e atua sobre ela.

No intervalo que transcorre enquanto ambos os fogos (o latente e o ativo) estão em


processo de fusão, sucedem-se esses períodos, durante os quais, devido á herança
cármica, a absorção é irregular e a distribuição desigual. Quando for alcançado o ponto
de equilíbrio racial, será logrado também o equilíbrio planetário e com isso será obtido
um equilíbrio recíproco entre os planetas do nosso sistema solar. Uma vez obtidos
mútuo equilíbrio e interação, então o sistema solar estará estabilizado e chegar-se-á à

96
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
perfeição.

A distribuição equitativa de prana irá paralela ao equilíbrio obtido pelo homem, pela
raça, pelo planeta e pelo sistema solar. Esta é outra maneira de dizer, que será
conseguida uma vibração uniforme.

Apresentamos a seguir um desenho ilustrando os efeitos das perturbações nos corpos


etéricos do Logos Planetário da terra e da Entidade Planetária no planeta e sua
humanidade.

Estudo 021

Uma breve exposição sobre os corpos etéricos do Logos Planetário e da Entidade


Planetária da Terra.

Como prometemos no último estudo, vamos hoje desenvolver um pouco o assunto dos
corpos etéricos do nosso Logos Planetário e da Entidade Planetária que utiliza a Terra
como corpo denso.

Primeiramente falaremos do corpo etérico do nosso Logos Planetário. Ele é construído


com a porção de matéria dos planos búdico, átmico, monádico e adi, de que Ele se
apropriou para construí-lo. Esse planos, sob seu ponto de vista, são os subplanos
etérico, superetérico, subatômico e atômico do plano físico cósmico.

Os nossos planos mental, astral e físico constituem os estados gasoso, líquido e sólido
da matéria cósmica densa, não sendo para Ele princípio, ou seja, Ele está polarizado
nos quatro planos superiores, em termos de consciência física cósmica.

Os chacras do seu corpo etérico, atualmente, estão no plano búdico. Sanat Kumara

97
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com seu concílio (Shamballa) formam seu chacra coronário. A Hierarquia constitui seu
chacra cardíaco e a humanidade seu chacra laríngeo.

Ao considerarmos que os chacras do Logos Planetário estão no plano búdico, que a


humanidade constitui o chacra laríngeo e quão poucos seres humanos conseguem
atuar na matéria búdica, concluímos logicamente que a contribuição da humanidade
para esse chacra é muitíssimo pequena. Somente os discípulos e aspirantes, que já
conseguem manipular matéria búdica, em diversos níveis conforme seu grau evolutivo,
contribuem para o funcionamento desse chacra.

Daí percebem a imperiosa necessidade de a humanidade acelerar sua evolução, para


que possa ser conseguida uma participação mais dinâmica e efetiva no funcionamento
desse chacra, com os consequentes benefícios para a consciência física do Logos
Planetário, benefícios esses que redundarão em benefícios também para nós, pela
expansão da consciência do Logos.

É portanto um sistema de realimentação, nós nos esforçamos para evoluirmos mais


depressa, melhorando o funcionamento do chacra laríngeo do Logos Planetário, o que
melhora a saúde do seu corpo físico etérico, com repercussão na parte densa (planos
mental, astral e físico) e nos atingindo, ou seja, recebemos dele uma parcela do
resultado do nosso esforço. Portanto é inteligente acelerarmos nossa evolução.

O chacra laríngeo é regido pelo terceiro Raio, de Inteligência Ativa, atuando na matéria.
Podemos deduzir daí que a melhoria da qualidade desse chacra irá melhorar as
condições da Terra, pela potencialização da capacidade criadora da humanidade, uma
vez que o chacra laríngeo estimula a atividade criadora.

Os chacras ainda não são profundamente conhecidos pelos ocultistas. Eles têm
determinados vórtices chamados pétalas. Esses vórtices são fontes irradiadoras e
captadoras de energias, sendo também mecanismos de transferência de informações
do astral para o físico e do físico para o astral.

O mapeamento exato das funções das pétalas, na parte das funções orgânicas, irá
trazer imensos benefícios para o homem.

Nosso Logos Planetário está encarnado fsicamente, em termos cósmicos, pois possui
um planeta físico, a Terra, mais dois etéricos, dois astrais e dois mentais inferiores. Mas
também está encarnado fsicamente na Terra através de Sanat Kumara.

É por isso que Mestre Tibetano muitas vezes refere-se a Sanat Kumara como nosso
Logos Planetário.

98
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Assim como nós, encarnados fsicamente, temos sensações provocadas pelo meio
ambiente e outras derivadas de nossos estados emocionais, que, muitas vezes, afetam
nosso corpo físico, como são os casos de somatização, gerando doenças, assim
também nosso Logos Planetário tem sensações cósmicas, que se manifestam em seu
corpo etérico (matéria búdica e acima), repercutindo na parte densa, nossos planos
mental, astral e físico e nos afetando de diversas maneiras.

Ele está lutando para alcançar determinadas qualifcações, pois almeja receber uma
Iniciação Cósmica, não sendo portanto perfeito e pode cometer erros, como cometeu
na sua encarnação anterior, a cadeia lunar.

Considerando a diferença de vivência do tempo entre Ele e nós, um momento de "mau


humor" ou de "euforia" d'Ele pode equivaler a muitos anos para nós.

Determinadas crises pelas quais a humanidade passou foram resultados desses


estados emocionais do nosso Logos Planetário.

Como já disse, a atuação da Hierarquia nos planos superiores (corpo etérico do Logos)
minimiza os efeitos sobre a humanidade.

O conhecimento desses fatos nos é muito útil, pois passamos a saber a origem das
crises e, sabendo, podemos impedir, através do autoconhecimento, os efeitos
negativos, utilizando a vontade e a mente.

Passemos agora à Entidade Planetária. Como já disse, é um Ser Cósmico no ciclo


involutivo, utilizando-se do corpo denso do Logos Planetário, a Terra.

Futuramente individualizar-se-á. Nosso Logos Planetário já passou por essa fase no


Sistema Solar anterior e nosso Logos Solar num Sistema Solar, distante do atual no
tempo de muitos sistemas solares.

Para se ter uma ideia de tempo cósmico, a duração média de um sistema solar é de
311.040.000.000.000 anos terrestres (voltas da Terra em torno do Sol).

O corpo etérico da Entidade Planetária é a totalidade da matéria etérica da Terra,


sendo a parte densa seu corpo denso.

É afetada pelos estados emocionais e mentais do Logos Planetário.

As atitudes da humanidade como um todo também a afetam. As agressões ao reino


animal e à natureza geram nela reações, que podem repercutir na essência elemental,
fazendo com que se manifestem no plano físico denso como doenças e pragas, que
atingem o homem.

99
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O homem tem de amar e respeitar a natureza, como um ser vivo. A humanidade não é
dona da Terra, mas hóspede.

Estamos assistindo os esforços dos cientistas fnanciados pelos governos, para


dominar planetas do nosso sistema solar, como Marte, com fnalidades exploratórias e
predatórias. Esquecem que Marte faz parte de outro esquema de globos, com sua
humanidade, que no momento está em outro globo do esquema, existindo em Marte
apenas um pequeno núcleo humano.

Um outro Logos Planetário, não sagrado, está se manifestando por esse esquema,
assim como o nosso o faz pelo esquema da Terra.

Consideremos também os efeitos de certos estados interiores no nosso Logos


Planetário na Terra, através do seu corpo etérico.

Como Ele está em vias de receber uma Iniciação Cósmica, os fogos que circulam pelo
nadi principal de seu corpo etérico, no processo de transferência de chacras, são
estimulados.

Isso repercute na parte etérica da Terra, em particular na coluna vertebral etérica da


Terra, que cruza o planeta de norte a sul. A linha de vulcões do Pacífco está próxima
dessa coluna.

Havendo ativação do fogo por fricção na bolsa de kundalini, que está próxima do polo
sul (Antártida), é natural que a temperatura desse continente aumente, com o
consequente degelo, já observado pelos cientistas.

Por outro lado, a circulação dos fogos estimulados pela coluna vertebral etérica atua
na linha de vulcões, levando-os à atividade.

Assim vemos efeitos físicos provocados por causas ocorrendo na matéria búdica
constituinte do corpo etérico do Logos Planetário.

Há muito mais sobre esse assunto, como o mapeamento dos chacras da Terra, mas
isso não pode ser revelado no momento, por causa do mau uso desse conhecimento.

Apresentamos a seguir um desenho visualizando as relações entre os corpos etéricos


do Logos Planetário e da Entidade Planetária.

100
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 022

Desordens do Corpo Etérico - Funcionais, Orgânicas e Estáticas - Desordens Orgânicas


no microcosmos - Desordens Estáticas no microcosmos. (Da página 113 à 116 do
Tratado sobre Fuego Cósmico)

As desordens orgânicas no microcosmos, o homem, são fundamentalmente duas:

• mal estar produzido pela congestão;


• destruição dos tecidos, por causa da excessiva absorção de prana ou sua fusão
demasiado rápida com o fogo latente da matéria (o chamado calor corpóreo),
assunto esse de suma importância, que geralmente passa desapercebido, donde
procuraremos esmiuçar um pouco.
A excessiva absorção de prana, pela sua abundância na atmosfera e demasiada
exposição ou alteração no corpo etérico, e sua fusão muito rápida com o fogo latente
da matéria são causas funcionais.

A congestão em alguma parte do corpo etérico é uma causa orgânica. Todavia as duas
causas se relacionam.

A absorção excessiva e a rapidez muito grande na fusão podem levar ao


congestionamento na área afetada, pelo grande acúmulo de prana.

Por outro lado, a absorção e a circulação pelo triângulo prânico muito velozes pode
difcultar a assimilação, provocando a fraqueza e as doenças consequentes.

Também a absorção excessiva e a fusão demasiadamente rápida podem levar à


destruição do tecido orgânico, pelo grande aumento do calor corpóreo, como pode
levar à destruição da trama etérica, porque os átomos e moléculas etéricas
constituintes da trama perdem a coesão entre si e se dispersam, provocando uma
desordem estática.

101
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A congestão de prana numa determinada área do corpo etérico pode tornar a trama
demasiadamente espessa, difcultando a transmissão de energias da Alma para o
cérebro físico e provocando o desequilíbrio mental e a idiotia. Pode também ocasionar
um crescimento anormal dos tecidos e o engrossamento de algum órgão interno,
produzindo pressão excessiva, podendo chegar a um câncer.

A região congestionada do corpo etérico pode alterar completamente a condição física


e dar lugar a diversas doenças.

A destruição dos tecidos pode gerar vários tipos de demência, especialmente as


incuráveis.

Por outro lado a queima da trama etérica dá margem à penetração de correntes astrais
estranhas, contra as quais o homem não tem defesa.

Os tecidos cerebrais podem ser destruídos, por causa da pressão excessiva, como
podem surgir problemas em consequência da ruptura em alguma parte do "círculo não
se passa" etérico.

A desvitalização de prana pode também provocar afrouxamento da tela etérica e suas


consequências.

Algo análogo pode acontecer ao planeta. Mais adiante será dada informação, que até
agora não o foi e esclarecerá de que forma raças inteiras foram infuenciadas e
perturbados certos reinos da natureza, pela congestão etérica planetária ou destruição
dos tecidos etéricos do planeta, entre outras coisas afetando a Entidade Planetária,
pela penetração nela de energias astrais cósmicas, para as quais Ela ainda não está
preparada.

Temos tratado de perturbações funcionais e orgânicas do corpo etérico, dando certas


indicações para logo estender o conceito a outras esferas, além da estritamente
humana.

No reino humano se encontra a chave que abrirá a porta a uma mais ampla
interpretação, uma vez que permitirá a entrada nos mistérios da natureza.

Embora a chave deva ser girada sete vezes, sem embargo uma só volta revelará
inconcebíveis avenidas de eventual compreensão.

Essa questão de girar a chave sete vezes será estudada em outra ocasião.

Até aqui consideramos a recepção e distribuição de prana no homem, no planeta e no


sistema e observamos as causas que produzem desordens momentâneas e

102
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desvitalização ou vitalização excessiva da forma orgânica. Trataremos agora do tema
desde outro ângulo.

Desordens estáticas no microcosmos

Nesse tipo de desordem consideramos o corpo etérico na sua função de "círculo não
se passa" entre os corpos denso e astral.

Segundo já foi dito aqui e nos livros de Helena Petrovna Blavatsky, o "círculo não se
passa" é a barreira ou o fltro que atua como separador ou linha divisória entre um
sistema e o que se encontra fora dele.

Como compreender-se-á, isso tem interessantes correlações, se considerarmos o tema


(como deve ser) desde o ponto de vista do ser humano, de um planeta e de um
sistema, recordando que ao estudar o corpo etérico, tratamos com matéria física, o
que não deve ser esquecido nunca.

Portanto, em todo grupo e conglomerado será achado um fator dominante, devido ao


fato de que o "círculo não se passa" atua como obstáculo para aquilo que é de pouca
importância para a evolução, porém não é barreira para o que é importante para a
evolução.

Tudo depende de duas coisas: do carma, seja do homem, do Logos Planetário ou do


Logos Solar, e o domínio que exerce a entidade espiritual interna sobre veículo.

O que acaba de ser dito é de tão grande relevância, que deve ser mais explorado.

Primeiramente vamos olhar sob a ótica do carma. Carma no atual contexto é o


resultado de uma ação anterior. Por isso o corpo etérico de qualquer entidade é
moldado segundo o que a entidade era no exato momento da sua última morte. Tudo o
que ela fez está gravado no último corpo etérico, para ser mais exato, no átomo físico
permanente.

A lei do carma tem dois lados. Se a entidade só praticou boas ações na última
encarnação, terá o que chamam bom carma e seguirá na nova encarnação o plano
individual de evolução, dando mais um passo para alcançar a meta estabelecida para
ela, que no caso do homem é a quinta Iniciação Planetária, a terceira Solar, para a atual
cadeia, a quarta.

Se a entidade mesclou boas com más ações, seu carma será exatamente proporcional
ao peso dessas boas e más ações. Portanto a trama etérica será tal que ou cerceará a
ação da entidade ou permitirá maior liberdade de ação.

103
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A maior liberdade de ação, se bem aproveitada, conduzirá a um maior domínio sobre o
veículo, acelerando assim o processo evolutivo e propiciando uma expansão do "círculo
não se passa" etérico, que vai num crescendo, até a queima total da tela etérica na 4a.
Iniciação e a liberação dos mundos inferiores, passando a ser um trabalhador
altamente efciente no corpo etérico do Logos Planetário.

Esse assunto pode ser amplamente desenvolvido, dentro do enfoque particular das
doenças orgânicas e mentais que afetam o homem, cruzando-se os aspectos cármicos
individuais com os efeitos coletivos provocados pelos carmas do Logos Planetário e da
Entidade Planetária.

Estudo 023

Éteres Macrocósmicos e Microcósmicos - O Logos Planetário e os Éteres (Da página


116 à 119 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Iremos hoje estudar o comportamento do nosso Logos Planetário em relação ao seu


corpo etérico e seu "círculo não se passa" planetário, em outras palavras, faremos
incursões em assuntos cósmicos, bastante complexos, mas, se a lei da analogia for
bem aplicada, teremos vislumbres da vida do Logos Planetário. Dissemos vislumbres
propositadamente, porque o grau de percepção dependerá muito do nível de evolução
e do esforço de cada um, o que quer dizer que alguns terão vislumbres mais amplos e
claros que outros. Todavia o mais importante e necessário é o empenho de cada um,
sem ânsia desenfreada, em procurar entender, é óbvio dentro das limitações da mente
humana, essa vida das Entidades Cósmicas e tirar conclusões dos efeitos em nossas
vidas, para aplicar essas conclusões com o objetivo de acelerar nossas evoluções e nos
tornarmos trabalhadores mais efcientes para e execução do Grande Plano Divino.

Assim como nosso comportamento no dia a dia, em todos os veículos (físico, astral ou
emocional e mental) afeta todo nosso corpo físico, da mesma forma o comportamento
do Logos Planetário nos afeta.

O homem, o pensador interno (a Alma, ou melhor dizendo, a Mônada expressando-se


pela Alma), sai durante as horas de sono do seu "círculo não se passa" etérico e atua
em outra parte. Portanto, de acordo com a lei, o nosso Logos Planetário pode
igualmente sair do seu "círculo não se passa" planetário em épocas determinadas, que
corresponderiam às horas de sono do homem. Isto quer dizer que Ele passa a atuar no

104
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
plano astral cósmico.

O nosso Logos Solar faz o mesmo durante ciclos determinados, que não são os que
precedem ao que denominamos pralaia solar, senão períodos menores que precedem
aos dias de Brahma, ou seja, períodos que correspondem às noites de Brahma ou
ciclos de menor atividade.

Estes ciclos estão regidos pela lei do Carma. Assim como o verdadeiro Homem (o
homem interno) aplica a lei do carma a seus veículos e em seu diminuto sistema é a
analogia do quarto grupo de entidades cármicas que denominamos os Senhores
Lipikas, o Logos Solar aplica a lei do carma à sua tríplice natureza inferior.

O quarto grupo de Entidades cósmicas, as quais ocupam um lugar secundário em


relação aos três Logos, Entidades Cósmicas que expressam a tríplice soma total da
natureza logóoica (vide o V diagrama, na página 296 do Tratado sobre Fuego Cósmico,
os três Logos, no plano Adi, do Físico Cósmico), pode sair do "círculo não se passa"
solar em determinados ciclos. Isso requer melhor explicação.

O quarto grupo citado acima trabalha dentro do corpo físico cósmico do nosso Logos
Solar e é encarregado de aplicar o carma físico cósmico que o Logos Solar decidiu
executar neste seu grande ciclo, ou seja, no atual sistema solar. Em função desse
trabalho, este grupo sai do "círculo não se passa" solar, o que quer dizer que ele passa
a atuar no plano astral cósmico.

Este é um profundo mistério, cuja complexidade aumenta, se considerarmos que a


quarta hierarquia criadora de Mônadas humanas e os Senhores Lipikas em seus três
grupos (o primeiro e o segundo grupos e os quatro Maharajás, constituindo a
totalidade dos triplos regentes cármicos, encontram-se entre o Logos Solar e os sete
Logos Planetários) estão muito intimamente vinculados e seus destinos mais
estreitamente entrelaçados que as demais hierarquias.

De fato o assunto é muito misterioso, se olharmos a posição dos Senhores Lipikas,


entre o Logos Solar e os sete Logos Planetários (portanto acima d'Eles), e as Mônadas
humanas situadas sob a guarda do Logos Planetário, portanto abaixo d'Ele e, mantendo
essa visão, olharmos a íntima vinculação entre as Mônadas humanas e os Senhores
LIpikas e o estreito entrelaçamento de seus destinos.

Todavia se o Mestre Tibetano nos deu essa informação é para que meditemos nela e
tiremos conclusões proveitosas.

Outro aspecto dessa cadeia de informações, que deve ser considerado, está no fato de

105
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que os quatro raios da mente (que concernem ao carma do quarto Logos Planetário
Sagrado) têm conjuntamente a seu cargo o atual processo evolutivo do Homem,
considerado como o Pensador, o que é um fato óbvio. Esses quatro raios com os
quatro regentes cármicos trabalham em íntima colaboração. Em consequência temos
os seguintes grupos que atuam reciprocamente:

Primeiro - Os quatro Maharajás, ou Senhores Lipikas menores, que aplicam o carma


passado e o esgotam no presente.

Segundo - Os quatro Lipikas do segundo grupo, segundo H.P.B., que se ocupam em


aplicar o carma futuro e manipular o destino futuro das raças. A tarefa do primeiro
grupo de Lipikas Cósmicos é oculta e somente pode ser revelada parcialmente (e
mesmo assim de forma muito superfcial) na quarta Iniciação e por isso não nos
ocuparemos desse assunto.

Terceiro - A quarta Hierarquia criadora de Mônadas humanas regida por uma


quádrupla lei cármica sob a guia dos Lipikas.

Quarto - Os quatro Logos Planetários de Harmonia pelo Confito, Ciência Concreta,


Devoção ou Idealismo Abstrato e Magia Cerimonial e Organização (os quatro raios de
atributo ou da mente), constituem conjuntamente o quaternário de Manas ou mente,
enquanto se encontram em processo de evolução e infuenciam a todos os flhos dos
homens.

Quinto - Os Senhores dos Devas dos quatro planos, o búdico ou plano da intuição
espiritual, manas ou o plano mental, o plano do desejo ou astral e o plano físico,
encontram-se semelhantemente ligados à evolução humana, em sentido mais íntimo
que os três superiores.
Outra analogia interessante está nos seguintes fatos que ainda estão em processo de
desenvolvimento:

No quarto plano, o búdico, os Logos Planetários começam a sair de Seu "círculo não se
passa" planetário ou trama etérica que tem sua contraparte em todos os planos.

Quando o homem tenha começado, por pouco que seja, a coordenar o veículo búdico
ou, expressando-o de outra maneira, quando tenha desenvolvido, mesmo que de forma
ínfma, o poder de estabelecer contato com o plano búdico, começa simultânea e
conscientemente a adquirir a capacidade de evadir-se da trama etérica do plano físico.
Logo evade-se da analogia que subsiste no plano astral, ou seja, sai do "círculo não se

106
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
passa" astral e penetra no plano mental e fnalmente sai da analogia existente no
quarto subplano do plano mental, o que quer dizer, do "círculo não se passa" do mental
inferior e penetra no plano causal, desta vez através da unidade mental.

Isso o leva com o tempo a atuar no causal, ou seja, a adquirir a capacidade de morar e
estar ativo no veículo egoico, o qual personifca o aspecto Amor-Sabedoria da Mônada.
Observe-se que esta é a analogia do fato comprovado de que hoje a maioria pode
evadir-se do corpo etérico e atuar em sua envoltura astral, o refexo na personalidade
do aspecto Amor-Sabedoria da Mônada.

Quando o homem recebe a quarta Iniciação, atua no veículo do quarto plano, o búdico
e sai defnitivamente do "círculo não se passa" da personalidade, ultrapassando o
quarto subplano mental. Nada o retém nos três mundos inferiores.

Na primeira Iniciação sai do "círculo não se passa" mental em determinados momentos,


porém ainda deve sair dos três níveis mentais superiores (o plano causal), que têm
suas analogias mentais nos éteres superiores e desenvolver plena consciência nesses
três subplanos mentais superiores.

Temos aqui a analogia da tarefa que o iniciado tem de realizar, quando alcança o quarto
subplano solar ou o plano búdico. Além disso deve desenvolver plena consciência nos
três planos superiores do Espírito, os planos átmico, monádico e adi, antes de que
possa evadir-se do "círculo não se passa" solar, o que só se alcança na sétima Iniciação,
recebida em algum lugar do sistema ou em sua analogia cósmica, a qual chega por
meio do sutratma ou fo cósmico da vida.

A este respeito a atual quarta cadeia terrestre é uma das mais importantes, porque é o
lugar designado à Mônada humana para que domine o corpo etérico com o propósito
de poder evadir-se das limitações humanas e planetárias. Esta cadeia terrestre, embora
não seja uma das sete cadeias planetárias sagradas, é hoje de importância vital para o
nosso Logos Planetário, o qual a emprega temporariamente como meio para encarnar e
manifestar-se. Nesta quarta ronda chega a seu fm a vida caótica e difícil, mediante o
simples fato de desintegrar a trama etérica, para se liberar e empregar posteriormente
uma forma mais adequada.

Outra série de ideias surge, se levarmos em conta que a ciência na atualidade está
estudando e desenvolvendo o conhecimento do quarto éter e, em certa medida, este
quarto éter já se encontra a serviço do homem; que o quarto subplano do plano astral
é o campo normal de ação do homem médio e que nesta ronda está conseguindo sair
do veículo etérico; que o quarto subplano do mental constitui o atual objetivo que deve

107
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
lograr uma quarta parte da família humana; que o quarto "Manvantara verá que o
"círculo não se passa" solar oferece caminhos de escape para aqueles que tenham
alcançado o grau de desenvolvimento necessário; que os quatro Logos Planetários
conseguirão evadir-se perfeitamente do seu meio ambiente planetário e atuarão com
maior facilidade no plano astral cósmico, repetindo em níveis cósmicos o que tenham
conseguido os entes humanos, os quais são células de Seus corpos.

Nosso Logos Solar, por ser de quarta ordem, começará a coordenar seu corpo búdico
cósmico e, à medida que desenvolva sua mente cósmica, obterá gradualmente, com a
ajuda dessa mente, a habilidade de estabelecer contato com o plano búdico cósmico.

Expusemos essas possibilidades e analogias, porque é necessário reconhecer o


trabalho que deve ser realizado em conexão com a trama etérica, antes de nos
ocuparmos com as diversas causas que podem entorpecer o progresso desejado,
impedindo a evasão prescrita e a liberação que é a meta. Mais adiante consideraremos
a trama etérica e sua condição estática. Para isso teremos de recordar duas coisas:

Primeiro, esta condição estática é considerada como tal, unicamente quando é


observada desde o ponto de vista do homem na atualidade e é denominada assim
para esclarecer as mudanças a serem efetuadas e os perigos a serem enfrentados e
contornados. A evolução avança tão devagar, desde o ponto de vista do homem, que
parece estacionária, especialmente no que concerne à evolução etérica.

Segundo, devemos ter em conta que unicamente nos ocuparemos do corpo físico
etérico e não de suas analogias em todos os planos. Isto se deve a que nosso sistema
solar se encontra nos níveis etéricos cósmicos, ou seja, nos planos do búdico para
cima, e isso é de primordial importância para nós. Podemos dizer isto com outras
palavras. Assim como para o homem, a parte densa do corpo físico não constitui um
princípio, mas sim o corpo etérico, que é o energizador, sendo o denso apenas um
autômato, assim também para os Logos Solar e Planetários os planos mental, astral e
físico, que constituem as partes densas dos seus corpos físicos cósmicos, não são
princípios, mas autômatos, sendo os energizadores os corpos etéricos cósmicos,
constituídos pela matéria dos planos búdico, átmico, monádico e adi. Como a meta da
humanidade da nossa quarta cadeia é a quinta Iniciação, que é o domínio do plano
átmico, sendo poucos aqueles que ultrapassarão esta meta nesta cadeia, é altamente
justifcável e lógico que o Mestre Tibetano só dê informações sobre os éteres
cósmicos, pois são os que mais interessam e são úteis no momento à maioria da
humanidade.

108
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os que evoluírem mais rápido, como o Senhor CRISTO e os que seguem seu exemplo,
receberão instruções sobre os planos mais elevados nos devidos momentos. Todo
homem é livre para ir devagar ou depressa na busca das sucessivas metas, sucessivas
metas sim, pois quando uma meta é alcançada, o Iniciado se depara com outra meta
mais elevada.

Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Como esse assunto é importantíssimo para a
humanidade e um pouco complexo, necessário se faz um detalhamento mais
minucioso, para que esses conceitos fquem bem claros nas mentes de todos. Por isso
retornaremos com esse detalhamento.

Estudo 024

Esclarecimentos sobre os Éteres Macrocósmicos e Microcósmicos (Da página 116 à


119 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Conforme prometemos no último estudo, iremos hoje analisar com detalhes o assunto
éteres macrocósmicos, buscando tirar conclusões e defnir os efeitos na humanidade,
para melhor entendimento e aplicação no que for o caso.

Inicialmente vamos pesquisar as "saídas noturnas" do nosso Logos Solar, quando


penetra no plano astral cósmico e ao retornar ao seu corpo físico cósmico, de uma
forma ou outra afeta sua consciência física cósmica, que está no plano adi, com as
lembranças dos fatos presenciados, com o que aprendeu e com as energias que
recebeu através do seu corpo astral cósmico, limitado pelo que pode passar para sua
consciência física, pela tela etérica.

Com isso sua consciência se altera e todo o seu corpo físico cósmico manifesta essa
alteração e consequentemente toda a natureza e nós sentimos os efeitos.

Na página 59 do Tratado sobre Fuego Cósmico, Mestre Tibetano dá a duração de uma


noite de Brahma (Logos Solar), o equivalente a uma noite nossa de 12 horas. Essa noite
de Brahma tem a duração média de 4.320.000.000 anos nossos.

Se pudéssemos fazer uma análise do comportamento da natureza e da humanidade


por períodos de 4.320.000.000 anos, com certeza iremos perceber alterações bem
características.

Pela tabela que se encontra na página 59 do Tratado sobre Fuego Cósmico, vemos que

109
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1 segundo do Logos Solar equivale a 100.000 anos terrestres. A Kali Yuga dura para
nós 432.000 anos, que equivalem 43,2 segundos para o Logos.

Outra relação interessante existe entre as durações das Yugas. A Kali Yuga dura
432.000 anos, a Dwapara Yuga 864.000 anos, igual a 432.000 vezes 2, a Treta Yuga
dura 1.296.000 anos, igual a 432.000 vezes 3 e a Krita Yuga dura 1.728.000 anos, igual
a 432.000 vezes 4. Temos aí uma relação 1, 2, 3, 4, muito interessante. Isso faz parte
do conhecimento dos ciclos.

Se admitirmos a hipótese de que o nosso Logos Solar já viveu a metade de sua atual
encarnação, então as 4 Yugas já ocorreram 36.000.000 de vezes.
A ligação do quarto grupo de Entidades Cármicas com a quarta Hierarquia Criadora,
que somos nós, Mônadas Humanas, encarnadas e desencarnadas, é outro assunto de
suprema importância para nós.

Os três Logos do V diagrama da página 296 do Tratado sobre Fuego Cósmico são três
Entidades Cósmicas em nível inferior ao do Logos Solar, mas acima dos Logos
Planetários. Elas expressam no plano físico cósmico os três aspectos do Logos Solar:
Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa.

Abaixo deles, no plano monádico, estão os 7 Logos Planetários Sagrados. Observem


que no quarto triângulo do diagrama, contando da esquerda para a direita, estão as
Mônadas Humanas. Podemos deduzir que este quarto triângulo representa o Logos
Planetário do quarto raio, que é o Logos do esquema de Mercúrio. Mas as Mônadas
Humanas, nós, estamos sob a guarda do Logos Planetário do esquema da Terra, que
não é um esquema sagrado. Daí concluirmos que recebemos forte infuência do Logos
de Mercúrio, via nosso Logos, como também dos outros 3 Logos (mente concreta,
idealismo e cerimonial/organização, respectivamente Vênus, Netuno e Urano). Essa
conclusão tem por base a informação do Mestre D. K. de que os 4 raios da mente
(harmonia pelo confito, mente concreta, idealismo e cerimonial/organização) têm
conjuntamente a seu cargo o atual processo evolutivo do homem, considerado como o
Pensador.

Daí a explicação da forte ligação do quarto grupo de Entidades Cármicas (constituído


de 3 subgrupos: primeiro e segundo subgrupos e os 4 Maharajás) com as Mônadas
Humanas.

Por ser o quarto grupo, é de se supor que sua ação se exerça na linha do quarto raio
(harmonia pelo confito). Como o objetivo do carma é orientar as ações para a
consecução das metas do processo evolutivo, entende-se claramente essa forte

110
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ligação.

O fato de a quarta Hierarquia Criadora de Mônadas Humanas ser regida por uma
quádrupla lei cármica sob a guia dos Lipikas explica-se pelo fato de serem 4 os
atributos da mente a regerem o atual processo evolutivo do homem.

Sendo 4 as áreas de experimentação e aprendizado do homem e considerando suas


mútuas interferências, compreende-se que a lei do carma tenha de estar baseada em 4
setores.
Os Senhores Devas Regentes dos planos búdico, mental, astral e físico encontram-se
mais empenhados na evolução humana que os dos planos átmico, monádico e adi,
porque a meta da humanidade para a atual cadeia é a quinta Iniciação, que leva o
Iniciado a viver e atuar no plano átmico. Mas para alcançar a quinta Iniciação, é
necessário antes passar pelas 4 primeiras, relacionadas respectivamente aos planos
físico, astral, mental e búdico. Como a grande maioria da humanidade atual está
fortemente centrada no plano astral, entende-se perfeitamente o imenso trabalho dos
Senhores Devas Regentes dos planos abaixo do átmico.

No quarto plano, o búdico, os Logos Planetários começam e evadir-se de sua trama


etérica e a fazer incursões no plano astral cósmico. Como o objetivo d'Eles é dominar
completamente seus corpos físicos cósmicos, essa evasão só pode ser conseguida
estando Eles em manifestação física. Durante o pralaia isso não é possível, porque não
existe o corpo físico cósmico. Por isso Eles têm de aproveitar ao máximo as
encarnações.

Da mesma forma o homem deve conseguir evadir-se de sua trama etérica, durante a
encarnação, através do processo pessoal para a capacitação às Iniciações.
Nunca esquecer que as 4 primeiras Iniciações só podem ser recebidas estando o
homem encarnado fsicamente, que já estamos além da metade da quarta ronda e
entrando na etapa fnal do período global da terra e que as raças-raízes e rondas fnais
ocorrem mais rapidamente.

Acresce a tudo isso o fato de que as exigências para as Iniciações tornam-se mais
severas com o decorrer do tempo.

Portanto aqueles que querem alcançar a meta da cadeia não devem fcar protelando,
pois correm o risco de perderem oportunidades e em decorrência terem de aguardar
eons por uma nova oportunidade.

Quando o Mestre D. K. diz: "Nada o retém nos mundos inferiores", Ele está sendo

111
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
textual, ou seja, é exatamente isto que Ele quis dizer. Quando o Iniciado tem contato
consciente em seu cérebro físico com um mundo superior como o causal, ele pode
comparar o tipo de vida nesse plano com o da vida no plano físico, perdendo então
naturalmente todo apego à vida material, simplesmente porque vivenciou algo muito
mais intenso e de muito maior plenitude. Quando vivencia o plano búdico em cérebro
físico, então nem se fala.

Quando o Mestre D. K. diz que a ciência na atualidade está estudando e desenvolvendo


o conhecimento do quarto éter e, em certa medida, este quarto éter já se encontra a
serviço do homem, Ele afrmou uma grande verdade, embora o tenha dito há uns 75
anos passados.

A ciência hoje em dia chegou à conclusão de que a matéria visível e detectável por
instrumentos constitui apenas 5% da totalidade da massa do universo e que 95% é a
chamada matéria escura e energia escura. Estudos atuais sobre as partículas
subatômicas em aceleradores lineares, bem como os neutrinos, misteriosas partículas,
alvo de intensa pesquisa, comprovam as palavras do Mestre. Todos os aparelhos
modernos utilizados na medicina, nas telecomunicações, na indústria, na área de lazer e
na ciência, atuam no quarto éter e nos superiores.

O Mestre ainda diz que o quarto Manvantara (a quarta cadeia) verá que o "círculo não
se passa" solar oferece caminhos de escape para aqueles que tenham alcançado o
grande desenvolvimento necessário. Na realidade, ao receber a quinta Iniciação (a da
Revelação), o Iniciado toma conhecimento dos 7 caminhos, que se resumem em 4 e na
sexta Iniciação (a da Decisão) ele tem de escolher um dentre os sete. Tomada a
decisão, ele inicia o treinamento necessário e posteriormente sairá do Sistema Solar,
para adquirir conhecimentos que nem podemos imaginar, receber novos treinamentos
e exercer funções em outros sistemas e em nível cósmico.

Quando o Mestre diz que o nosso Logos Solar, por ser de quarta ordem, começará a
coordenar seu corpo búdico cósmico e, à medida que desenvolva sua mente cósmica,
obterá gradualmente, com a ajuda dessa mente, a habilidade de estabelecer contato
com o plano búdico cósmico, Ele nos passou uma valiosíssima informação para
acelerarmos a nossa evolução e alcançarmos celeremente a meta.

É pela utilização e desenvolvimento da mente, que conseguiremos nos evadir da trama


etérica, iniciar a coordenação (organização) do corpo búdico e estabelecer contato
com ele, para mais tarde atuar nele com desembaraço.

Inicialmente temos de usar intensamente a mente analítica, para em seguida extrairmos

112
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a essência e os conceitos dos conhecimentos concretos e assim desenvolvermos a
mente abstrata e por meio dela estabelecermos contato com o corpo búdico.

Portanto a regra é estudar, adquirir conhecimentos, analisá-los, extrair a essência,


trabalhá-la no mundo sem forma (plano causal), usando apenas a mente abstrata,
esquecendo qualquer forma, nem sequer enunciar mentalmente palavras, apenas
pensando em ideias e correlacionando-as.

Assim iremos ter cada vez mais vislumbres da vida dos Mestres, do Senhor do Mundo e
do Logos Planetário e, em escala bem pequena, do Logos Solar.

Aqui encerramos nosso estudo de hoje, esperando ter fornecido material sufciente
para meditação. Voltaremos com o tema Éteres do Cosmos e do Sistema, da página
119 à 124 do Tratado sobre Fuego Cósmico, onde o Mestre aprofunda mais ainda esse
assunto, dentro da sua técnica de voltar para clarifcar e consolidar o conhecimento.

Estudo 025

Éteres do Cosmos e do Sistema (Da página 119 à 124 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)

Em benefício dos leitores deste tratado e considerando que a repetição consecutiva


leva a aclarar os fatos exporemos brevemente algumas hipóteses fundamentais que
giram defnidamente sobre o tema em consideração e poderão servir para eliminar a
atual confusão a respeito do sistema solar.

Alguns de tais fatos já são bem conhecidos, outros deduzem-se e ainda outros
respondem a antigas e exatas analogias expressas em termos modernos.

a. O plano cósmico mais baixo (mais denso) é o físico cósmico, o único que a mente
fnita do homem pode compreender.

b. Este plano físico cósmico está composto de matéria diferenciada em 7 qualidades,


grupos, graus ou vibrações.

c. Estas 7 diferenciações constituem os 7 planos principais do nosso sistema solar.


Para maior clareza podemos classifcá-los em plano físico, do sistema e cósmico, para
efeito de evidenciar suas relações e analogias e sua conexão com aquilo que está
acima e o que está abaixo ou incluído nele.

113
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

OS PLANOS
Plano Físico Planos do Sistema Planos Cósmico
1 - subplano Subplano
Divino - Adi
atômico atômico
2° Éter Matéria primordial 1° Éter cósmico
Monádico - Subatômico
2 - Subatômico
Anupadaka cósmico
Akasha 2° Éter cósmico
Espiritual - Átmico 3° Éter cósmico
3- Éter
Superetérico
Plano de união ou
unifcação
Intuicional - Búdico 4° Éter cósmico
Ar
4 - Etérico
Os três mundos
inferiores
5 - Gasoso Mental - Fogo Gasoso
6 - Líquido Astral - Emocional Líquido
7 - Sólido Plano físico Físico denso

d. Os 7 planos principais do nosso sistema solar constituem os 7 subplanos do plano


físico cósmico e nisso está a explicação para o fato de Helena Petrovna Blavatsky ter
enfatizado que matéria e éter são termos sinônimos, que tal éter se encontra em uma
e outra forma em todos os planos e é somente uma questão de graduação da
matéria atômica cósmica, chamada, quando está indiferenciada, mulaprakriti ou
substância primordial pregenésica e, quando está diferenciada por Fohat (Vida
energizadora, o 3º Logos ou Brahma), é conhecida como prakriti ou matéria. Esse
processo já foi explicado em estudos anteriores.

e. Nosso sistema solar está classifcado como de 4ª ordem, porque está colocado no
4º subplano etérico cósmico (nosso plano búdico), contando do mais sutil para o mais
denso, ou seja, a começar do adi.
A expressão "está colocado" signifca que a consciência física cósmica do nosso Logos
Solar está no plano búdico, assim como a nossa consciência física está no cérebro
físico. É como se os "neurônios" do cérebro físico cósmico do Logos Solar fossem

114
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
formados de matéria búdica.

Nós ainda não sabemos ter consciência usando a matéria etérica,só conseguindo ter
consciência física através dos neurônios. Basta qualquer alteração em nosso cérebro
(um coágulo, uma ruptura de vaso sanguíneo cerebral, um aneurisma, um tumor
provocando pressão), para perdermos a consciência física ou para que ela seja
alterada.

f. Daí que este 4º éter cósmico (búdico) representa o ponto de união entre o passado
e o futuro e é o presente.
Isso quer dizer que é no plano búdico que estão registrados todo o passado histórico
físico do nosso Logos Solar e o seu potencial para o futuro.

O átomo físico cósmico permanente do Logos Solar projeta suas informações no plano
búdico.

O Iniciado da 4ª Iniciação, que passa a viver relacionado com a matéria búdica, toma
conhecimento do passado do nosso sistema solar. Na 3ª Iniciação o Iniciado, através da
psicometria planetária (um sentido do corpo mental análogo ao nosso tato), toma
conhecimento do passado do nosso planeta, mas nada capta do passado do sistema
solar.

g. Em consequência, o plano búdico é o ponto ou plano de união para aquilo que


constitui o homem e constituirá o super-homem, ligando o que foi com o que será.
Isso signifca que a chave para o homem se tornar um super-homem está no domínio
do plano búdico.

h. As seguintes analogias existentes no tempo merecem ser meditadas profunda e


detidamente. Baseiam-se no entendimento da relação existente entre o 4º éter
cósmico (plano búdico) e o 4º sub-plano físico etérico.
O 4º subplano mental, analogia do 4º subplano físico etérico para o plano mental, é
também um ponto de transição entre o inferior e o superior e o lugar de transferência
a um corpo superior (mental inferior para o causal).

O 4º subplano do plano monádico é realmente o lugar onde se passa do raio egóico


(qualquer que seja este raio) para o raio monádico. Os 3 raios maiores monádicos (1º ,
2º e 3º) encontram-se organizados nos 3 subplanos superiores do plano monádico,
respectivamente.

115
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Da mesma forma os 3 subplanos superiores do plano mental (causal ou mental
abstrato) constituem a área de transferência do raio da personalidade ao egoico.

Mas o que signifca essa transferência? A Tríade Inferior em conjunto (que vai gerar os
corpos inferiores e produzir a personalidade) manifesta-se sob a ação de um
determinado raio, sem responder inicialmente ao raio egoico. Quando chega o
momento da transferência, em consequência do processo evolutivo, a Alma passa a ter
maior domínio sobre sua Tríade Inferior e começa a impor as qualidades de seu raio a
ela, agindo no plano causal e pelas pétalas do Loto Egoico, que são na realidade
campos de força.

Assim a Tríade Inferior passa a expressar as qualidades do raio egóico, sendo o raio da
Tríade Inferior como um todo (personalidade) e os raios dos corpos inferiores sub-
raios do raio egoico.

Os 4 raios menores fundem-se com o 3º raio maior de Inteligência Ativa nos planos
mental e átmico. Isso quer dizer que as qualidades dos 4 raios menores expressam-se
coordenadamente, sem confito, em equilíbrio total, no máximo de intensidade e
simultaneamente, no plano átmico.

Em decorrência disso os 4 Logos Planetários dos raios menores (harmonia pelo


confito, conhecimento concreto, idealismo devocional e cerimonial/organização) atuam
em uníssono no plano átmico.

Não esquecer que o plano átmico é o 3º subplano (superetérico) do plano físico


cósmico, ou seja, os 4 Logos Planetários agem e trabalham fsicamente, em uníssono.

i. As Mônadas humanas do atual sistema solar formam 3 grupos:

• 5.000.000.000 no 1º raio, de Vontade e Poder, adiantadas,


• 35.000.000.000 no 2º raio, de Amor-Sabedoria-Razão Pura, em dia,
• 20.000.000.000 no 3º raio, de Inteligência Ativa, atrasadas.
Esses 3 grupos de Mônadas humanas atuam e trabalham no plano mental (como
Almas) sob a regência do Manu as do 1º raio, do Bodisattva (o Sr Cristo ou Maitreya)
as do 2º raio e do Mahachoan as do 3º raio.

Elas necessitam aprender a trabalhar e atuar em conjunto e muito bem sintonizadas


dentro do grupo e entre si.

Essa sintonia ocorre da seguinte forma:

116
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. no plano búdico, utilizando a matéria do 2º subplano ou subatômico, as Mônadas
de 2º raio aprendem a trabalhar e atuar como uma unidade.

b. no plano átmico, as Mônadas de 1º raio aprendem a trabalhar e atuar como uma


unidade, utilizando a matéria atômica. Os grupos de Mônadas de 2º e 3º raios
aprendem a trabalhar como uma unidade. Disso resulta uma atividade dual: Mônadas
de 1º raio formando um grupo e Mônadas de 2º e 3ºraios formando outro grupo.

c. no plano monádico os 3 grupos aprendem a trabalhar e atuar como uma unidade,


ao mesmo tempo em que as Mônadas de 2º raio aperfeiçoam sua atividade grupal
como uma unidade, utilizando a matéria do subplano subatômico. Resulta apenas 1
grupo de Mônadas, atuando em conjunto e em uníssono.
O 4º plano (búdico) e o 4º subplano contêm a chave para o domínio da matéria.

No 4º éter físico o homem começa a coordenar seu corpo astral ou emocional e a


transferir sua consciência cerebral física para este corpo com mais frequência.
Quando ele chega a dominar os 4 éteres, então adquire continuidade de consciência
física e astral.

No 4º subplano do plano mental o homem começa a controlar seu corpo causal e a


enfocar sua consciência neste corpo, até que a polarização se torna total e completa.
Então funciona conscientemente neste corpo, uma vez que dominou as analogias dos 4
éteres do plano mental.

No plano búdico (o 4º éter cósmico) os Homens Celestiais ou Logos Planetários (ou a


consciência grupal das Mônadas humanas e Dévicas) começam a atuar e a evadir-se
com o tempo dos subplanos etéricos cósmicos.

Uma vez que as Mônadas humanas tenham os 3 éteres cósmicos (planos búdico,
átmico e monádico) dominados, aperfeiçoado seu funcionamento e centrado sua
polarização nos veículos monádicos, então os 7 Homens Celestiais terão alcançado sua
meta, com referência a seus corpos físicos cósmicos.

j. Em consequência o Logos do nosso sistema solar repete nesses níveis etéricos


cósmicos, como resumo total, as experiências de seus minúsculos refexos nos
planos físicos, coordenando seu corpo astral cósmico e consegue continuidade de
consciência, quando tenha dominado os 3 éteres cósmicos (búdico, átmico e
monádico).

k. Deve observar-se que assim como o corpo físico do homem, em seus 3 graus -

117
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
denso, líquido e gasoso - não é reconhecido como um princípio, da mesma forma, em
sentido cósmico, os planos físico (denso), astral (líquido) e mental (gasoso) são
considerados inexistentes (não são considerados princípio) e assim o sistema solar
tem sua localização, como sede de consciência física cósmica, no 4º éter cósmico, o
plano búdico.
Os 7 Planetas Sagrados estão compostos de matéria deste 4º éter cósmico e os 7
Homens Celestiais têm sua consciência física cósmica neste 4º éter, embora também
contenham matéria dos planos inferiores e superiores; a questão é dominar todas as
matérias.

Quando o homem adquire a consciência do plano búdico, eleva sua consciência até a
do Logos Planetário, de cujo corpo físico cósmico é uma célula.

Isso é conseguido na 4ª Iniciação, a Iniciação libertadora. Na 5ª Iniciação o homem


ascende, com o Homem Celestial, ao 5º plano, o átmico (do ponto de vista humano) e
na 6ª, domina o 2º éter cósmico, alcançando consciência monádica e atividade
ininterrupta.

Na 7ª Iniciação o homem (já um super-homem) domina toda a esfera de matéria


contida no corpo físico cósmico do Logos Solar, evade-se de todo contato etérico
cósmico e passa a atuar(na 8a. Iniciação, a Grande Transição) no 7º subplano (que do
ponto de vista humano é um plano) do plano astral cósmico.

No sistema solar anterior ocorreu a superação dos 3 subplanos físicos cósmicos


inferiores (físico, astral e mental), do ponto de vista da matéria e da coordenação da
tríplice forma de vida densa, na qual encontra-se toda forma de vida, quer seja em
matéria densa, líquida ou gasosa.

Existe uma analogia deste fato, que se pode observar no trabalho realizado pelas 3
raças-raiz do atual período global.

A 1ª raça-raiz, a adâmica, era astral, com uma consciência muito rudimentar e só


possuía um sentido, a audição. A 2ª, a hiperbórea, era etérica, com mais um sentido, o
tato. A 3ª, a lemuriana, era densa, tendo mais um sentido, a visão, sendo realmente uma
raça humana, que se consolidou na 4ª raça-raiz, a atlante.

A 5ª raça-raiz, a ária, a atual, está terminando seu ciclo, juntamente com grande parte
da 4ª e restos da 3ª Embora cada raça-raiz dê origem à seguinte, todavia elas se
sobrepõem.

Da população atual do planeta, os tártaros, mongóis, chineses, japoneses e esquimós

118
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
constituem remanescentes da raça atlante e os aborígines australianos e os hotentotes
constituem restantes da raça lemuriana.

Cabe aqui enfatizar que não se pode fazer julgamentos sobre raças, porque há muitos
Egos avançados e iniciados em corpos atlantes, com mentes de raças futuras. Mestre
Tibetano é um exemplo, pois já era um Adepto em corpo atlante, como todos sabem.
Confúcio em corpo chinês, portanto atlante, era um homem da 5ª ronda, ainda por vir.

Na coordenação dos corpos monádico, átmico e búdico do Homem Celestial,


instrumentos da vida espiritual, analogia esotérica superior do prana, que fui através
do refexo inferior, o corpo físico etérico, o ponto de síntese sempre se encontra no
subplano atômico, onde ocorrem a fusão e a transformação em um. Prana é a analogia
da coordenação porque manter organizado e coordenado é sua função.

No atual sistema solar o plano onde produzir-se-á a síntese não está incluído no
esquema evolutivo. É o plano da união e do pralaia. No sistema solar anterior o plano da
fusão e da união era o 4º éter cósmico, o búdico, que representava para os entes
evoluídos daquele sistema o que é agora o plano adi, subplano atômico físico cósmico,
o ponto mais elevado de realização.

A meta no sistema anterior era o plano búdico. Hoje a meta é constituída por 3 planos
distintos - o búdico, o átmico e o monádico - 3 planos por vez e sua eventual síntese.
No futuro sistema solar o éter atômico cósmico, o plano adi do sistema atual, será o
ponto de partida e os 3 planos a dominar serão os 3 subplanos inferiores do plano
astral cósmico.

O homem sempre começa a partir de onde parou e o fará com matéria física cósmica
aperfeiçoada, como agora no atual sistema começamos com a matéria física, astral e
mental melhorada pelo trabalho realizado no sistema anterior.

No futuro sistema o corpo mais denso será o monádico, de matéria do 2º éter físico
cósmico e não será considerado um princípio, como atualmente não é considerado um
princípio o tríplice corpo inferior do homem (físico, astral e mental).

O presente sistema solar verá a superação dos 3 planos físicos cósmicos e a


coordenação do corpo etérico cósmico do Logos, pelo início da atuação no plano adi.

Mas isso não impede que aqueles que têm sufciente vontade para irem depressa
superem o físico cósmico e atinjam o astral cósmico, como acontece com aqueles que
recebem a 8a. Iniciação, a 2ª Cósmica.

Infelizmente o que fcará para o próximo sistema serão a fusão e a síntese com a

119
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
maioria das outras Mônadas que não ultrapassarem o plano adi. Esse trabalho em
conjunto é necessário.

Essa Mônadas que no atual sistema receberem a 8a. Iniciação virão como líderes no
próximo sistema, pois terão muito a ensinar e muito que trabalhar.

Com referência à analogia com as 3 raças-raiz, a explicação é a seguinte:

No sistema anterior foram conquistados os 3 planos inferiores. No atual sistema as


Mônadas humanas começaram a atuar realmente a partir do causal, só o fazendo
quando houve o ingresso das Tríades Inferiores no reino humano.

As 3 raças-raiz iniciais representam esses 3 planos inferiores já conquistados, tanto


que o processo de individualização (conquista da autoconsciência, que de fato
caracteriza o homem) só ocorreu na 3ª sub-raça da3ª raça-raiz, a lemuriana, há
18.000.000 de anos, com a chegada dos 107 Kumaras, liderados por Sanat Kumara, o
atual Senhor do Mundo, provenientes do esquema de Vênus, que é o mais adiantado do
sistema solar, já tendo iniciado o pralaia.

Falamos muito de matéria búdica, átmica, monádica e adi, que devem ser dominadas. É
importante, muito importante, que tenhamos sempre em nossas mentes, sem
hesitação, que todas essas modalidades de matéria, diferenciações vibratórias da
matéria primordial pregenésica, estão ao nosso redor, nos envolvem e nos
interpenetram, sem que tenhamos consciência. Não estão distantes espacialmente,
mas a nosso alcance. A questão é desenvolver os mecanismos de percepção, para que
alcancemos aquela vida mais plena, de que falou o Sr. Maitreya.

Nesta fase temos primeiro de sentir a vibração relativa ao sentido, vibração essa que
contém uma informação assim como o som contém uma informação. Depois temos de
identifcar essa vibração, o que signifca entendê-la, para ocorrer a conscientização,
quando a percepção estará completa. Em seguida temos de aprender a responder a
essa vibração, de forma plenamente consciente, produzindo efeito na matéria que nos
cerca, sendo essa a fase de ação, que requer que conheçamos os mecanismos de
ação, para podermos utilizá-los e atuarmos na matéria e no mundo exteriores.

Essas 2 fases, percepção e ação, devem ser desenvolvidas e dominadas para todos os
planos, melhor dizendo, para todos os tipos de matéria, física, astral, mental, búdica,
átmica, monádica e adi.

Mas para isso é necessário o conhecimento e sua aplicação, para nos libertarmos
dessa grande miragem, que impera no mundo atual e em muitas religiões.

120
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 026
Propósito Protetor do Corpo Etérico (Da página 124 à 128 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)

Após a extensa elucidação anterior, deixaremos as coisas cósmicas e de difícil


entendimento, para entrarmos no que se refere à evolução. Estudaremos a matéria do
corpo etérico do homem e o dano que lhe pode ocasionar, se não preenche (por ter
sido quebrada a lei) sua função protetora.

Antes de mais nada vejamos quais são essas funções protetoras:

Primeiro - A trama etérica atua como separadora e divisória entre o corpo astral e o
físico denso.

Segundo - Permite a circulação ou afuência da vitalidade ou fuido prânico, ação que é


realizada em 3 etapas.

Na primeira etapa são recebidos o fuido prânico e as radiações solares, que circulando
3 vezes pelo triângulo prânico e sendo distribuídos deste ao corpo denso através do
corpo etérico, animam e vitalizam todos os órgãos físicos, o que permite que o corpo
denso atue automática ou subconscientemente.

Quando o corpo etérico desempenha perfeitamente sua função, protege das


enfermidades. O homem que absorve e distribui o prana corretamente, desconhece as
doenças da carne. Os médicos devem ter isto em conta, porque, quando chegar a ser
devidamente compreendido, trará mudanças fundamentais na medicina e ela, em vez
de ser curativa, será preventiva.

Na segunda etapa os fuidos prânicos começam a fundir-se com o fogo da base da


coluna vertebral (a bolsa de kundalini tríplice) e a impelir tal fogo lentamente para
cima, transferindo seu calor (fogo por fricção , sob ação do aspecto Brahma ou
terceiro raio ou aspecto Inteligência Ativa) dos centros situados abaixo do plexo solar
aos 3 centros superiores, cardíaco, laríngeo e coronário.

Lembro aqui o que já foi explicado em estudo anterior. O fogo por fricção ou da
matéria que se encontra na bolsa de kundalini é tríplice: reação nervosa (a parte
elétrica, responsável por toda a atividade cerebral, nervosa e neuronial, sendo por isso
do primeiro sub-raio), emanação prânica (responsável pela coesão celular e pelo
trabalho coordenado de todas as células e órgãos em prol do efciente funcionamento
do organismo como um todo, sendo por isso do segundo sub-raio) e calor corpóreo (a

121
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
parte por fricção ou da matéria pura, responsável pelo calor da célula e sua atividade
rotacional e forma esférica, sendo por isso do terceiro sub-raio).

Essa interação na realidade se dá entre 3 tipos de fogo: reação nervosa, emanação


prânica e calor corpóreo, localizados na bolsa de kundalini, na base da coluna vertebral
etérica, de um lado, e eletricidade do sol (que chamam de fohat), raios de luz de
aspecto prânico (que chamam de prana) e akasha (que chamam de kundalini), que
recebemos do sol. Esta fusão se processa nos 3 pares: fohat/reação nervosa,
prana/emanação prânica, akasha (kundalini do sol)/calor corpóreo. Como kundalini
provoca o movimento de rotação, sua penetração nos chacras, que são vórtices
rotacionais, faz com que a rotação dos chacras aumente, com a grande vantagem da
presença do prana, que induz os chacras a se coordenarem melhor com seus
correspondentes astrais, ao mesmo tempo que a dinamização, pelo calor, da tela
etérica (que separa o chacra etérico do astral), permite um melhor contato com o
mundo astral (função transcendente), além do grande aumento da função puramente
orgânica do chacra junto ao organismo denso.

Simultaneamente a fusão de fohat/reação nervosa atua fortemente no sistema


nervoso e no cérebro, intensifcando os neurônios, isso além dos efeitos nos chacras,
pois fohat, por ser energia do primeiro sub-raio, é essencialmente a energia de vida.

Dessa ação tripla (fohat, prana e kundalini, refexo na matéria da fusão dos primeiro,
segundo e terceiro raios) resultam:

melhor saúde física;

melhor fuxo de algumas energias superiores, que veremos já, com novos resultados
altamente benéfcos;

aumento da capacidade de contato com o mundo astral, sem prejuízo da consciência


cerebral física.
Este é um processo largo e lento, quando é deixado unicamente a cargo das forças da
natureza. Todavia, na atual estágio da humanidade é permitido em alguns casos
acelerar o processo, para melhor equipar o mecanismo físico daqueles que trabalham
para a humanidade. É o objetivo que persegue todo verdadeiro treinamento ocultista.
Este aspecto do tema será tratado mais adiante, quando estudaremos o tópico que
trata de kundalini e da coluna vertebral.

Na terceira etapa os 3 pares (fohat/reação nervosa, prana solar/emanação prânica e

122
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
akasha do sol/calor corpóreo), já fundidos, sintonizados e sincronizados,melhor
dizendo, os átomos portadores de cada tipo de energia sintonizados par a par, inicia-se
a sintonização dos 3 pares entre si. Poeticamente falando, diríamos que os 3 pares de
átomos portadores iniciam uma dança altamente dinâmica e sincronizada, em grande
velocidade, provocando na matéria etérica oscilações que se manifestam como luzes
de cores de uma beleza inimaginável. Isto resulta em certos efeitos, que veremos em
seguida.

Produz a aceleração da vibração normal do corpo denso (suas células), para que
responda com mais rapidez à nota superior do Ego. Este aumento da nota (frequência
vibratória) do corpo denso advém do aumento da nota do corpo etérico. Com isto
prossegue a elevação dos 3 fogos (reação nervosa, emanação prânica e calor
corpóreo) através do tríplice canal da coluna vertebral etérica (sushuma, pingala e
ida) , prosseguindo a fusão dos 3 pares.

Quando estes 3 fogos fundidos chegam a um chacra situado na parte inferior das
omoplatas (que faz parte do triângulo prânico), ocorre sua total fusão.

Aí então a evolução é altamente acelerada, o que ocorre defnidamente na primeira


Iniciação, quando a polarização se fxa em qualquer dos 3 chacras superiores,
dependendo do raio a que pertence o homem.

Como consequência dessa fusão e sintonia, tem lugar uma mudança na ação dos
chacras, que se convertem em " rodas que giram sobre si mesmas" e seu movimento
exclusivamente giratório transforma-se em atividade quadridimensional, com 4
direções simultâneas de movimento: linear (1 dimensão), na superfície (2 dimensões),
no espaço (3 dimensões) e a rotação do conjunto todo sendo a quarta dimensão.
Passam a ser centros giratórios irradiantes de fogo vivo.

Os 3 chacras principais da cabeça (a ordem consecutiva varia de acordo com o raio do


homem) entram em atividade, desenvolvendo-se entre eles um processo semelhante ao
efetuado no triângulo prânico.

Aí os chacras da cabeça deixam de reagir fracamente um ao outro, mas iniciam uma


fase de intensa percepção e captação do calor e do ritmo dos outros, embora de forma
separada. Então o fogo passa a saltar de um chacra para outro, fcando os 3 cada vez
mais ligados por uma cadeia de fogo, até formar um triângulo ígneo, pelo qual os 3
fogos vão oscilando para trás e para frente, em vez de circular.

O fogo kundalínico produz o calor do chacra, assim como seu intenso fulgor e brilho,

123
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
enquanto que o fogo prânico emanante produz crescente atividade e rotação, ao
mesmo tempo em que fohat intensifca os dois.

À medida em que transcorre o tempo, entre as primeira e quarta iniciações, o corpo


etérico e o tríplice canal da coluna vertebral fcam limpos e purifcados gradualmente,
graças à ação do fogo, até que (como dizem os cristãos) se queima toda a "escória" e
nada mais impede o avanço desta chama.

Conforme os 3 fogos continuam sua tarefa e o canal vai fcando limpo, os chacras
tornam-se mais ativos e o corpo se purifca, então, a chama do Espírito (a Mônada) ou
o fogo proveniente do Ego desce com mais energia, até que emana da cúspide da
cabeça uma chama resplandecente, surgindo para cima e através dos corpos, em
direção à sua fonte de origem, o corpo causal. Lembrem-se de que até agora lidamos
com os fogos da matéria, portanto os fogos da Alma só podem se manifestar, quando
os fogos da matéria estão plenamente ativos e sintonizados ou fundidos.

Com a ativação simultânea dos fogos da matéria e do Ego, os da mente ou manas


ardem com maior intensidade.

Estes são os fogos conferidos na individualização. São nutridos continuamente pelos


fogos da matéria e seu calor aumenta devido ao fogo solar emanante, que tem sua
origem nos níveis cósmicos da mente.

Este aspecto do fogo manásico se desenvolve como instinto, memória animal e


recordação ativa, tão evidentes no homem pouco evoluído.

Com o passar do tempo, o fogo da mente arde com mais brilho, até que começa a
queimar e transpassar a trama etérica - nessa parte da trama que resguarda o chacra
situado na cúspide da cabeça (coronário), permitindo assim a entrada do fogo do
Espírito (fogo elétrico).

Assim produz-se o seguinte:

A mente ou o aspecto vontade, desde o plano mental, dirige e regula conscientemente


o fogo da matéria. Pelo poder mental do homem, mesclam-se os 3 fogos da matéria,
primeiro entre si e depois com o fogo da mente.

Esta fusão destrói (por Lei e ordem) a trama etérica, trazendo a consequente
continuidade de consciência, permitindo que penetre na vida pessoal do homem (em
sua consciência cerebral física e em seu corpo físico), a "Vida mais abundante", o
terceiro fogo do Espírito, fogo elétrico.

124
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A precipitação do Espírito e a subida dos fogos internos da matéria (regulados e
dirigidos pela ação consciente do fogo da mente) produzem os correspondentes
resultados nos mesmos níveis dos corpos astral e mental, produzindo assim um
contato paralelo e prosseguindo em forma ordenada a grande tarefa de liberação.

As 3 primeiras Iniciações aperfeiçoam e conduzem à quarta, quando a intensidade e


unidade destes fogos consomem e destroem totalmente as barreiras, liberando o
Espírito de sua tríplice envoltura inferior, mediante o esforço conscientemente dirigido.

O homem terá concluído assim, conscientemente, sua própria liberação.

Estes resultados são autoinduzidos pelo homem ao emancipar-se nos 3 mundos


inferiores, sendo ele quem destrói a roda dos renascimentos, em vez de ser destruído
por ela.

Pelo exposto, é evidente a grande importância que tem o veículo etérico ao atuar como
fator separador dos fogos. Isto põe de manifesto os perigos a que está exposto quem
trata de manipular ignorante, imprudente e caprichosamente estes fogos.

Se alguém, valendo-se do poder da vontade ou pelo desenvolvimento excessivo do


aspecto mental do seu temperamento, adquire o poder de fundir e ativar os 3 fogos da
matéria, corre perigo de obsessão, loucura, morte física ou de que uma terrível
enfermidade ataque alguma parte do seu corpo; também corre o risco de que a força
ativa suba de forma desordenada, forçando sua irradiação para chacras indesejados.

A razão disso está no fato de que a matéria do seu corpo não está sufcientemente
purifcada, para resistir à união dos fogos e o canal ascendente da coluna vertebral
encontra-se obstruído ou bloqueado e portanto atua como uma barreira, fazendo com
que o fogo retroceda para baixo; este fogo (soma dos fogos produzidos pelo poder da
mente, sem a simultânea descida do poder desde o plano do Espírito, ao queimar a tela
etérica, permite a entrada de forças, correntes e até entidades estranhas e
indesejáveis, que destroem, rasgam e deterioram o que restar do veículo etérico, dos
tecidos do cérebro e até do próprio físico denso.

O homem desprevenido, que não sabe qual o seu raio e portanto não sabe a exata
forma geométrica triangular do correto sistema de circulação entre um chacra e outro,
fará o avanço dos fogos de forma errada, queimando assim os tecidos; isto terá como
resultado (se não ocorrer algo pior) atrasar em várias vidas o relógio do progresso
evolutivo, porque terá que dedicar muito tempo a reconstruir o destruído e a
recapitular corretamente o trabalho que deve efetuar.

125
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Se o homem persiste durante encarnações sucessivas nessa linha de ação,
descuidando seu desenvolvimento espiritual e concentrando seu esforço intelectual na
manipulação dos fogos da matéria para fns egoístas e se, apesar das advertências do
seu eu interior e daqueles que vigiam, continua com esse comportamento durante um
extenso período de tempo, pode provocar a própria destruição, que signifca o fm do
seu manvantara ou ciclo. Também, a união desses fogos, da matéria e da dupla
expressão do fogo mental, pode chegar a destruir totalmente o átomo físico
permanente e com isso cortar a conexão com o eu superior por hinos de tempo, o que
quer dizer, por rondas ou cadeias (milhões de anos ou mais).

Helena Petrovna Blavatsky referiu-se a algo semelhante a isso, quando falou das
"almas perdidas" aqui devemos enfatizara gravidade deste terrível desastre e advertir
sobre os perigos que ameaçam aqueles que tratam de manipular os fogos da matéria.
A fusão desses fogos deve ser o resultado do conhecimento espiritualizado, dirigida
unicamente pela Luz do Espírito, que é amor e atua por meio do amor e busca a
unifcação e a fusão total, não do ponto de vista dos sentidos ou da satisfação material,
mas com o objetivo de obter a liberação e a purifcação e estabelecer a união superior
com o Logos; tal união não deve ser desejada para fns egoístas, porque constitui a
meta da perfeição grupal, cuja fnalidade é prestar um maior serviço à raça.

Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Como esse assunto é sumamente importante,
não só para a saúde como para o processo evolutivo e iniciático, daremos maiores
esclarecimentos no próximo estudo.

Estudo 027

Esclarecimentos sobre o Propósito Protetor do Corpo Etérico (Da página 124 à 128 do
Tratado sobre Fuego Cósmico)

Iremos hoje tecer alguns esclarecimentos sobre o que o Mestre Tibetano ensinou sobre
o propósito protetor do corpo etérico.

Primeiramente Ele falou sobre a ação de fltragem da tela etérica (parte do corpo
etérico), que fltra o que pode passar do corpo astral para o corpo etérico e daí para o
cérebro físico, sede da consciência do homem encarnado.

Sem entrar no mérito da constituição da tela etérica, assunto que será estudado numa

126
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
etapa mais avançada, informamos que essa tela fca situada entre os chacras etérico e
astral, conforme o desenho abaixo:

Ao chacra astral chegam muitas energias contendo informações na forma de


oscilações (chamadas vibrações comumente), energias essas que afetam o corpo
astral, induzindo estados emocionais qualifcados, que passam pela tela etérica,
chegando ao chacra etérico e são conscientizadas pelo cérebro físico como emoções e
sentimentos. Logicamente nesse processo físico são empregados neurotransmissores
e ativados determinados hormônios, ou seja, ocorre uma ação bioquímica, como
consequência.

Mas aquilo que os sentidos astrais percebem do meio exterior astral, com a visão, a
audição, o tato astral (psicometria) e outros, não conseguem passar pela tela, devido à
sua faixa vibratória limitada, uma vez que ela é sintonizada somente para aquilo que a
consciência do homem pode suportar e lhe é útil para sua evolução.

É essa tela que começa a ser alterada em termos de resposta de frequência, quando
os fogos, na fusão e dinamizados, sobem para os chacras acima do diafragma.

Quando os fogos chegam, por exemplo, ao chacra cardíaco etérico na primeira


Iniciação, a rotação e oscilação dos vórtices (pétalas) aumentam de velocidade,
frequência e amplitude.

Com isso a tela é afetada e também aumenta sua frequência, permitindo que mais
energias e informações astrais passem para o chacra etérico (já apto para responder à
maior frequência) e chegam à consciência cerebral. Não vamos agora entrar no mérito
da natureza da informação que passa do chacra astral para o etérico.

Esse aumento de velocidade e frequência da tela e dos chacras vai num crescendo, até
sua desintegração total (que o Mestre chama de queima), na quarta Iniciação, porque

127
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ela deixa de ser necessária.

Também não vamos tratar dos casos de ruptura e frouxidão da tela, que explicam
muitas doenças mentais e físicas. Esse assunto é muito vasto e requer uma série de
estudos especiais orientados para a cura.

Quanto à função de receptor, qualifcador e distribuidor de prana, há muita coisa a ser


esclarecida.

Mestre Tibetano, quando fala do fogo por fricção tríplice, que chega até nós
proveniente do sol, classifca-os em 3 tipos: eletricidade (chamada fohat), raios de luz
de aspecto prânico (chamado prana) e akasha (chamado kundalini). No planeta Ele
defne também 3 tipos: fuido elétrico (eletricidade terrestre), prana planetário e
substância produtiva (kundalini terrestre). No homem Ele ainda menciona 3 tipos:
reação nervosa (eletricidade do homem), emanação prânica e calor corpóreo (kundalini
do homem), que permanecem armazenados na chamada bolsa de kundalini e são
utilizados para a sobrevivência do homem.

Fica óbvio que para sobrevivermos temos de captar os 3 fogos do sol e os 3 fogos da
terra, utilizá-los no nosso organismo e guardar o que sobrar em nossa bolsa de
kundalini.

No útero da mãe, a criança utiliza os fogos da mãe. No processo de captação e


qualifcação dos 6 fogos (3 do sol e 3 da terra) para produzirmos o nosso, a fusão e
sintonia deles 2 a 2 (elétrico do sol com elétrico da terra, prana do sol com prana da
terra e kundalini do sol com kundalini da terra) não é perfeita no início da evolução.

Temos de sintonizá-los 2 a 2, para, numa etapa posterior, sintonizar os 3 pares


sintonizados, o que ocorre no chacra entre as omoplatas do triângulo prânico.

É essa fusão e sintonia, que somente cada um pode fazer, que acelera nosso processo
evolutivo e permitirá aos Hierofantes das Iniciações (Senhor Cristo ou Maitreya, nas
primeira e segunda Iniciações e o Senhor do Mundo, Sanat Kumara, da terceira
Iniciação em diante) elevar os fogos, após a abertura dos fltros nos canais, para os
chacras superiores.

As moléculas do quarto éter tornam-se mais dinâmicas e com a purifcação do corpo


(duplamente, física e emocional, pela polarização mental), os terceiro e segundo éteres
ativam-se até o atômico.

Com isso ocorre um grande ganho em capacidade intelectual com a intensifcação do


fogo chamado reação nervosa, que atua nos neurônios. Isso é necessário, porque a

128
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
partir da segunda Iniciação o discípulo inicia imediatamente sua preparação para a
terceira, a Transfguração, sendo seu corpo mental altamente incrementado, o que
exige um cérebro físico adequado para expressar todo o poder do corpo mental.

Mestre Jesus deixou isso bem claro, quando fez a simulação dessa Iniciação, ao subir
ao monte Tabor, com João, Pedro e Tiago e seu rosto fcou resplandecente e emitia
intensa luz, tendo aparecido a seu lado Elias e Moisés. Tal era o bem estar irradiado que
os apóstolos propuseram fazer uma tenda e lá permanecerem.

Com a ativação dos 3 chacras da cabeça, após a sintonização ou fusão dos 3 fogos da
matéria no chacra entre as omoplatas, o fogo solar da Alma ou Ego, que atua no corpo
mental, também de forma tríplice, passa a atuar no fogo tríplice do corpo astral,
melhorando o desempenho dos chacras do corpo astral e busca a sintonia com o fogo
tríplice, já sintonizado, do corpo físico.

Com essa nova sintonia, à medida em que ela se aperfeiçoa, o fogo elétrico tríplice da
Mônada é atraído, uma vez que os fogos tríplices inferiores já estão sendo preparados
e, nessa fase, rapidamente começa então a fusão e sintonia do fogo elétrico tríplice da
Mônada com o fogo solar tríplice da Alma e com o fogo por fricção tríplice do corpo
físico.

Observem que quando o fogo solar tríplice da Alma se sintoniza e se funde com o fogo
por fricção tríplice do corpo físico, ocorre a fusão plena da Alma com a personalidade
(na terceira Iniciação).

Rapidamente o Iniciado chega à fusão e sintonia total entre os 3 fogos tríplices, elétrico
da Mônada, solar da Alma e por fricção da personalidade, na quarta Iniciação, quando
se dá a grande libertação dos mundos inferiores.

Mestre Tibetano diz: "Com a ativação dos fogos da matéria e do Ego, os da mente ou
manas ardem com mais intensidade.

Estes são os fogos conferidos na individualização. São nutridos continuamente pelos


fogos da matéria e seu calor aumenta devido ao fogo solar emanante, que tem sua
origem nos níveis cósmicos da mente."

Percebemos nessas palavras uma nítida diferença entre o fogo solar do Ego e o fogo
de manas.

O fogo tríplice de manas surge no processo de individualização. Na realidade é o fogo


da matéria do corpo mental, que para a Mônada e a Alma é matéria, sutil mas é
matéria.

129
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O fogo solar do Ego ou Alma tem sua origem nos níveis cósmicos da mente, porque a
essência do corpo causal (sede da Alma) é o Loto Egoico. O Loto Egoico é constituído
pela substância de uma Entidade Dévica elevadíssima, chamada Anjo Solar, que se
afasta voluntariamente do plano mental cósmico, onde reside, para construir o Loto
Egoico, conferir ao homem a autoconsciência e velar pela evolução da Alma humana,
fcando com ela até a quarta Iniciação, quando é liberado do seu sacrifício.

Falaremos em detalhes mais tarde do Anjo Solar e do Loto Egoico, todavia,


considerando a sequencia dos assuntos do Tratado sobre Fogo Cósmico, falta muito
tempo ainda para chegarmos lá.

Apresentamos a seguir um quadro visualizando o processo de fusão dos 3 fogos.

Estudo 028

A Morte e o Corpo Etérico (Da página 128 à 132 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Não temos o propósito de expor fatos para que a ciência os verifque, nem indicar a
direção do novo passo que devem dar os investigadores científcos; se isso acontecer,
será casual e secundário.

Nosso propósito especial é assinalar o desenvolvimento e as analogias da tríplice


totalidade (o Logos Solar), que faz do nosso sistema solar ser o que é - o veículo pelo
qual uma grande Entidade cósmica, o Logos Solar, manifesta inteligência ativa com o

130
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
propósito de demonstrar perfeitamente o aspecto amor da sua natureza.

Atrás desse desígnio existe um propósito, posterior e esotérico, oculto na Consciência


Vontade do Ser Supremo, propósito que necessariamente manifestar-se-á quando
tenha conseguido o atual propósito.

As alternâncias entre a manifestação objetiva e o obscurecimento subjetivo, a


periódica exalação, seguida da inalação de tudo aquilo que foi levado a cabo e
conquistado pela evolução, personifca, no sistema, uma das vibrações cósmicas
fundamentais e a tônica dessa Entidade Cósmica da qual somos o corpo.

As batidas do coração do Logos Solar (se podemos nos expressar dessa forma tão
inadequada) são a fonte de toda a evolução cíclica; daí a importância que se atribui a
esse aspecto do desenvolvimento, denominado do "coração" ou do "amor" e o interesse
que desperta o estudo do ritmo.

Isto não só é verdade, cósmica e macrocosmicamente, como também quando se


estuda o ente humano. Subjacentes em todas as sensações físicas produzidas pelo
ritmo (vibrações ou oscilações), pelos ciclos e pelas batidas do coração (que são
ritmadas), encontram-se as analogias subjetivas - amor, sentimento, emoção, desejo,
harmonia, síntese e ordem consecutiva - e atrás destas analogias encontramos a
origem de tudo, a identidade desse Ser Supremo que assim se expressa.

Portanto, o estudo do pralaya, a extração ou retirada da vida do veículo etérico, não


será diferente, seja que se estude a extração do duplo etérico humano, a do duplo
etérico planetário ou do duplo etérico do sistema solar. O efeito é o mesmo e as
consequências são semelhantes.

Qual é o resultado desta extração, ou melhor dizendo, o que causa esse algo que
chamamos morte ou pralaya ? Devido a que temos adotado o estilo de um livro de
texto, continuaremos neste tratado com nossos métodos de classifcação.

A extração do duplo etérico do homem, de um planeta ou de um sistema, deve-se às


seguintes causas:

a. Cessação do desejo - Deveria ser o resultado de todo processo evolutivo. A


verdadeira morte, de acordo com a lei, é produzida por ter sido alcançado o objetivo
e pela cessação da aspiração. Isso acontece quando o ciclo perfeito chega a seu fm,
com respeito ao ser humano individual, ao Homem Celestial (o Logos Planetário) e ao
Logos Solar mesmo.

131
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
b. Consecução da vibração adequada e a realização do trabalho para a redução e
cessação gradual do ritmo cíclico. Quando a vibração ou nota é sentida ou emitida
com perfeição, é produzida (no ponto onde se sintetiza com outras vibrações) a total
desintegração das formas.
O movimento caracteriza-se como sabemos por 3 qualidades:

1. Inércia

2. Mobilidade

3. Ritmo
Essas 3 qualidades são experimentadas sucessivamente na ordem indicada e
pressupõem um período de atividade lenta, seguido por outro de máximo movimento.
Neste período intermediário (quando se buscam a nota e o grau de vibração exatos),
ocorrem períodos de caos, de experimentação (tentativa e erro) e de compreensão
(análise e entendimento).

Em continuação a estes dois tipos de movimento ( que caracterizam o átomo, o


homem, o Homem Celestial ou grupo e o Logos Solar ou a Totalidade) vem um período
de ritmo ou estabilização, em que se alcança o ponto de equilíbrio. O pralaya (ou a
morte, outro nome) é a consequência inevitável da força equilibradora, que equilibra os
pares de opostos.

c. Separação do corpo físico do corpo sutil, nos planos internos, mediante a


desintegração da trama etérica. Isto provoca um tríplice efeito:
Primeiro - A vida que animou a forma física (tanto densa como etérica) e que partindo
do átomo físico permanente "compenetrou o ativo e o estático" (o que se encontra em
Deus, no Homem Celestial, no ser humano e no átomo da matéria), recolhe-se
totalmente dentro do átomo no plano de abstração. Este "plano de abstração" é
distinto para cada um dos entes implicados:

1. Para o átomo físico permanente é a esfera atômica.

2. Para o homem é o veículo causal.

3. Para o Homem Celestial é o plano monádico, onde habita.

4. Para o Logos Solar é o plano adi.


Estes pontos indicam onde desaparece a unidade no pralaya. Devemos ter presente na

132
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mente que sempre é pralaya observado de baixo. Desde a visão superior, que percebe
o mais sutil pairando sobre e observando constantemente o denso, quando não está
em manifestação objetiva, pralaya é simplesmente subjetividade, aquilo que é
esotérico, não aquilo "que não é".

Segundo - O duplo etérico do homem, o do Logos Planetário, assim como o do Logos


Solar, quando se desintegra, já não se polariza com seu morador interno e por isso
pode evadir-se. Já não é (para expressar com outras palavras) fonte de atração nem
ponto focal magnético. Converte-se em não magnético, cessando de ser regido pela
grande Lei de Atração, por isso a desintegração é a condição imediata da forma. O Ego
já não é mais atraído pela sua forma no plano físico e, mediante a inalação, retira sua
vida da envoltura. O ciclo chega a seu fm, já foi levado a cabo o experimento, foi
alcançado o objetivo - o qual é relativo em cada vida e em cada encarnação - então já
não se deseja nada.

O Ego ou ente pensante perde seu interesse pela forma e dirige sua atenção
internamente. Muda sua polarização e, com o tempo, abandona o corpo físico.

Semelhantemente, o Logos Planetário, durante seu ciclo maior (a síntese ou o


conglomerado dos minúsculos ciclos das células de Seu corpo) segue o mesmo curso;
deixa de ser atraído para baixo ou para fora e dirige seu olhar para dentro; recolhe
internamente o conglomerado de pequenas vidas dentro de seu corpo, o planeta e
corta a conexão. A atração pelo externo desaparece e tudo gravita para o centro, em
vez de dispersar-se para a periferia de Seu corpo.

No sistema, o Logos Solar segue o mesmo processo; desde seu elevado lugar de
abstração já não é atraído pelo seu corpo de manifestação, porque este deixou de
interessar-lhe e os dois pares de opostos, o espírito e a matéria do veículo, se separam.
Com esta separação, o sistema solar, o "Filho da necessidade" ou do desejo, deixa de
ser e sai de sua existência objetiva.

Terceiro - Finalmente produz-se a dispersão dos átomos do corpo etérico, que


retornam à sua condição primitiva. Retira-se a vida subjetiva, ativa-se a síntese da
vontade e do amor. A sociedade é desfeita. Então a forma se desintegra, porque o
magnetismo que a mantinha coerente e coesa já não está presente e a dispersão é
total. Persiste a matéria, mas não a forma.

O trabalho do segundo Logos terminou e a divina encarnação do Filho chega a seu fm.
Porém a faculdade ou qualidade, inerente à matéria, persiste e no fm de cada período
de manifestação a matéria (embora volte ao seu estado primitivo) torna-se matéria

133
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inteligente ativa, incorporando o adquirido durante a objetividade e a acrescentada
atividade latente e irradiante conseguida através da experiência.

Vamos dar um exemplo: a matéria indiferenciada do sistema solar foi matéria


inteligente ativa e isto é tudo o que se pode afrmar dela. Tal matéria inteligente ativa
era matéria qualifcada por uma experiência anterior e colorida em uma encarnação
anterior (sistema solar anterior). Agora esta matéria tem forma, o sistema solar não se
encontra em pralaya, mas em objetividade; esta objetividade tem por meta agregar
outra qualidade ao conteúdo logoico, a qualidade amor-sabedoria. Por conseguinte, no
próximo pralaya solar no fnal dos cem anos de Brahma (311 trilhões e 40 bilhões de
anos terrestres), a matéria do sistema solar estará colorida pela inteligência e pelo
amor ativos, o que signifca que sua cor será diferente da atual.

Isto quer dizer, textualmente, que o conjunto de matéria atômica solar vibrará, com o
tempo, a um ritmo distinto do que era no alvorecer da manifestação, ou, segundo os
físicos, no início do big bang.

Podemos aplicar este mesmo raciocínio ao Logos Planetário e à unidade humana, pois a
analogia é perfeita. Em pequena escala, temos a analogia no fato de que em cada
período da vida humana o homem ocupa um corpo físico mais evoluído e de maior
sensibilidade, sintonizado em uma vibração mais alta, mais refnada e vibrando a um
ritmo diferente. Estes três conceitos contêm muita informação, se forem estudados e
ampliados.

d. A transmutação da cor violeta em azul. Sobre isto não podemos nos estender.
Simplesmente vamos expô-lo, deixando sua elucidação aos estudantes cujo carma o
permita e sua intuição esteja sufcientemente desenvolvida. Se analisarmos o que o
Mestre disse acima a respeito da coloração da matéria do atual sistema solar pela
qualidade do amor-sabedoria em cima da qualidade da inteligência ativa, do sistema
anterior e que cor é o resultado de vibração (oscilações cuja frequência determina a
cor), entenderemos claramente o signifcado dessa informação. Quando o atual
sistema solar começou, o Logos Solar, ao se apropriar da matéria virgem para formá-
lo, imprimiu nela a vibração que estava armazenada em seu átomo físico cósmico
permanente, vibração essa oriunda do aperfeiçoamento da qualidade inteligência
ativa, que foi seu objetivo no sistema anterior. Ora, vibração tem frequência e a cor
associada a essa frequência era o violeta.
Logo, quando o sistema atual começou, a cor que predominava era o violeta. Ao longo
do processo de aperfeiçoamento da qualidade amor-sabedoria, objetivo atual do Logos

134
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Solar, a matéria foi respondendo a essa qualidade, melhorando sua frequência e forma
de onda e, em consequência, a cor violeta foi se transformando lentamente, passando
para a cor azul, a cor do amor-sabedoria. Por isso o nosso sistema solar na época do
pralaya estará totalmente na cor azul-índigo, que é realmente a cor do amor-sabedoria.

O próximo sistema solar iniciará com a cor índigo, que será transmutada para uma
outra cor coerente com a frequência que será imposta à sua matéria pela qualidade
Vontade amorosa e inteligente, que será a nova meta do Logos Solar.

e. Mediante a extração da vida, a forma dissipar-se-á gradualmente. Resulta


interessante observar a ação refexa, pois os Construtores e Devas superiores,
agentes ativos durante a manifestação, que mantêm a forma como um conjunto
coerente, transmutam, aplicam e fazem circular as emanações solares, no pralaya
não são mais atraídos pela matéria da forma e dirigem sua atenção a outra coisa.
No caminho da exalação (seja humano, planetário ou solar) estes Devas construtores
(que estão no mesmo raio ou num complementar ao do ente que deseja se manifestar)
são atraídos pela sua vontade ou desejo e executam sua tarefa de construção.

No caminho de inalação (humano, planetário ou solar) já não são atraídos e a forma


começa a dissipar-se. Perdem seu interesse e as forças (entidades), agentes de
destruição, efetuam o trabalho necessário de destruir a forma; dispersam-na (como se
diz no ocultismo) aos "quatro ventos do céu" ou às regiões dos quatro alentos
-quádrupla separação e distribuição. Aqui há uma sugestão que merece um estudo
detido e atento.

Essa dispersão aos quatro alentos, citada pelo Mestre, signifca a cessação da
atividade conjunta na matéria da forma dos quatro tattvas, Pritivi (terra), Apas (água),
Agni (fogo) e Vayu (ar). Quando a forma está integrada pela vida da Mônada, humana,
Planetária ou Solar, os quatro tattvas atuam coordenadamente. Quando essa vida se
retira, cada tattva vai agir separadamente em suas respectivas partículas. São os
quatro elementos, muito citados, mas muito pouco compreendidos.

Embora não tenham sido descritas, como era de esperar, as cenas desenroladas no
leito de morte, nem a dramática evasão do palpitante corpo etérico através do chacra
coronário, mesmo assim foram dadas algumas das regras e propósitos que regem essa
evasão.

Vimos que o objetivo de cada vida (humana, planetária ou solar) consiste em realizar e
levar avante um propósito defnido. Propósito que envolve o desenvolvimento de uma

135
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
forma mais adequada para uso do Espírito (Mônada); uma vez isto conseguido, o
Morador interno dirige sua atenção a outra parte e a forma de desintegra, depois de
ter preenchido seu papel.

Isto nem sempre ocorre em cada encarnação humana ou planetária. O mistério da


cadeia lunar é o mistério do fracasso. Conduz, uma vez compreendido, a levar uma vida
digna, oferecendo-nos um objetivo que merece nossos melhores esforços. Tão pronto
este aspecto da verdade seja reconhecido universalmente e o será, se a inteligência da
raça se desenvolver sufcientemente, então a evolução avançará com certeza e os
fracassos diminuirão. Mais informações sobre o assunto morte serão encontradas no
livro Cura Esotérica, do Mestre Djwal Khul (Mestre Tibetano), pela Sra. Alice Ann Bailey.

Ante esses ensinamentos tão sábios e úteis do Mestre Tibetano, só podemos concluir
que o medo apavorante que a maioria da humanidade tem da morte é irracional, como
é sem lógica a perseguição frenética da vida física eterna. A forma física só tem um
objetivo: a aquisição de qualidades e capacitação para modalidades de vida de
muitíssimo maior intensidade, impossíveis de serem vivenciadas numa forma densa,
aprisionadora e fortemente limitante. O nosso amado Bodisattva, o Senhor Maitreya, o
Cristo, que nos deu o exemplo, expressou muito bem essa vida mais plena, quando
disse, através do Mestre Jesus: " Abandonai as falsas riquezas terrenas, que a traça e a
ferrugem corroem e buscai a vida mais plena e os tesouros do Reino de meu Pai." Ele é
de fato o caminho e ninguém vai ao Pai se não por Ele, porque Ele é o Iniciador nas
primeira e segunda Iniciações e só na terceira Iniciação é que estaremos diante do Pai,
Sanat Kumara, o Benditor Senhor do Mundo, a encarnação do Logos Planetário.

Estudo 029

O Kundalini e a Coluna Vertebral - Introdução (Páginas 133 e 134 do Tratado sobre


Fuego Cósmico)

Como a manipulação de kundalini em suas três modalidades é de alta periculosidade


para aqueles não preparados e não possuidores do devido conhecimento, nossa
passagem sobre esse assunto será breve.

Inicialmente devemos ressaltar que se trata da coluna vertebral etérica e não da


estrutura óssea, comumente conhecida como espinha dorsal ou coluna vertebral.

136
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Também lembramos que, quando se fala de coluna vertebral etérica, temos de separar
a estrutura etérica que envolve e interpenetra a estrutura óssea e os três nadis,
sushuma, ida e pingala, que serpenteiam pela coluna etérica.

Esses três canais principais passam pelo centro das vértebras e são na realidade
condutores.

A contraparte etérica da estrutura óssea atua nessa e seu conhecimento é de grande


utilidade na solução de problemas da coluna vertebral física, tão em voga atualmente.
Todavia o nosso estudo não versará sobre esse assunto, mas sobre os canais pelos
quais circula o fogo tríplice da matéria. É óbvio que o fogo, ao subir pelos canais, em
virtude do campo de força que desenvolve em torno, atua na contraparte etérica e
pode ser utilizado para resolver problemas da coluna física, mas para tal é necessário
saber manipular esse campo de força, mas, como já disse, isso não é assunto para o
momento.

Por conseguinte trataremos estritamente de:

a. o canal etérico,

b. o fogo tríplice que sobe por ele,

c. a fusão ou conjunção deste fogo tríplice no ponto situado entre as omoplatas,

d. a subida conjunta para a cabeça,

e. sua fusão oportuna com o fogo de manas, que eletrifca os três centros localizados
na cabeça.
Com referência ao fogo de manas, lembramos que ele também é tríplice e é ativado
pelo fogo solar da Alma, como também é estimulado pelo contato com o fogo da
matéria, quando isso se dá em seu devido momento, dependendo unicamente do
esforço e empenho de cada um em acelerar seu processo evolutivo. É muito
importante não esquecer que as condições reinantes hoje em dia não são as mesmas
do passado. Para o processo iniciático que ocorre no atual estágio da humanidade, em
virtude do tremendo avanço da ciência e do aperfeiçoamento dos meios de
comunicação e divulgação, como a internet, as exigências foram acrescidas.

É por isso que o Mestre Tibetano enfatiza a necessidade da polarização mental, com a
saída da puramente devocional, que na maioria das pessoas é puramente astral. Nunca
esquecer que o objetivo da quinta raça-raiz, a atual, é desenvolver a mente ou manas.

137
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Cabe ainda lembrar que o fogo de manas nada mais é que o fogo da matéria mental.

Na antiga Índia os ascetas em busca da iluminação recolhiam-se em grutas ou matas,


isolando-se assim da humanidade. O grande Senhor Buda demonstrou com a sua vida
que não era assim que se conseguia a iluminação, mas no meio da humanidade e com
ela convivendo e repartindo os conhecimentos adquiridos e as experiências vividas,
para dar sua contribuição no sentido de acelerar a evolução dos outros, para que a
meta da nossa cadeia seja atingida, que pelos menos 2/3 da humanidade recebam a
quinta Iniciação planetária.

Como o Mestre dará a continuação (O kundalini e os três triângulos) informações que,


entre outras coisas, envolvem o centro alta maior, necessário se faz tecermos alguns
comentários sobre esse centro ou chacra.

Esse chacra está localizado na parte posterior da cabeça, um pouco acima da nuca. Ele
foi desativado pela Hierarquia na raça atlantiana, em virtude do mau uso da
clarividência astral.

Os atlantianos possuíam a clarividência astral de nascença. Eles não sabiam usar a


mente analítica como a quinta raça-raiz o faz, pois sua meta era desenvolver a parte
emocional, para consolidar o corpo astral. Todavia, por terem a clarividência astral,
viam os seres da natureza efetuarem suas ações ao produzirem os fenômenos
naturais.

Também viam as pessoas continuarem vivas após a morte física e livres das dores do
corpo físico, bem como podiam se comunicar com elas.

Em consequência disso, incorreram em dois erros graves. Passaram a cometer o


suicídio ante qualquer dor, pois sabiam que, mortos, iriam continuar vivos em outro tipo
de matéria e livres da dor.

O outro erro foi mais grave. Por poderem observar os seres da natureza em seu
trabalho normal, aprenderam por imitação a atuar também e a produzir fenômenos
para se livrarem de inimigos, o que os levou à magia negra. Sabiam manipular o fogo
por fricção elétrico proveniente do sol através de cristais e o utilizavam para matar
seus inimigos. A situação tornou-se tão grave, a ponto de comprometer o Plano Divino,
que a Hierarquia não teve outro jeito que não desativar o chacra alta maior ou carótido,
desligando-o dos três canais principais que envolvem a coluna vertebral etérica. Com
isso eles perderam a clarividência astral. O afundamento da Atlântida também foi uma
consequência desse desvio do Plano Divino.

138
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A religação desse chacra aos canais principais é tarefa do homem da quinta raça-raiz.
Quando o homem se intelectualiza, inconscientemente ele começa a fazer essa
religação. Por intelectualizar queremos dizer usar a mente analítica. Com a aquisição de
mais conhecimentos, a prática da meditação ocultista e a purifcação e o domínio dos
veículos, esse chacra liga-se defnitivamente aos canais principais, o que é acelerado
pela fusão dos fogos no chacra entre as omoplatas, pois o salto se dá daí para o alta
maior.

O chacra alta maior ou carótido tem relação com o bulbo raquidiano e com o plexo
carotídeo. Constitui o chamado triângulo da cabeça, juntamente com os chacras
coronário (ligado à glândula pineal) e frontal (ligado à glândula hipófse ou pituitária). O
chacra frontal é o regente da personalidade e o coronário é o principal mecanismo pelo
qual a Alma exerce seu domínio sobre o corpo físico. Por isso há uma íntima ligação
entre o coronário e o frontal. Quando o alta maior está construído, o fogo tríplice
unifcado no chacra entre as omoplatas passa para ele e aí inicia-se a triangulação
desse fogo tríplice em fusão com o fogo solar da Alma e o de manas, triangulação essa
entre o alta maior, coronário e frontal. Com isso os sete chacras da cabeça e seus
correspondentes centros no cérebro são despertados e iniciam um processo de
dinamização, que prossegue num ritmo cada vez mais acelerado, dependendo muito do
mecanismo disponível pelo discípulo.

Para esclarecer a relação do chacra alta maior ou carótido com a clarividência,


apresentamos um esquema do livro Neuro anatomia funcional, de Ângelo Machado, da
editora Atheneu, página 144.

Observem que o plexo carotídeo interno e o nervo carotídeo interno estão na área de
atuação do chacra carótido (região da nuca), pertencem ao sistema simpático e se
conectam (linhas vermelhas tracejadas no esquema) ao globo ocular. Não vamos entrar
em detalhes funcionais do processo, porque não cabem neste estudo, que visa
demonstrar a íntima relação entre o esoterismo e a neuro anatomia.

O esquema está ampliado para que vejam com detalhes essa importantíssima relação.

139
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 030

O Kundalini e os Três Triângulos (Da página 134 à 137 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)

Existe uma analogia muito interessante entre o triângulo da cabeça e o prânico, sendo
aquele refetido no triângulo inferior, assentado na base da coluna vertebral. Temos
pois três triângulos de suma importância no corpo humano:

a. na cabeça: a glândula pineal, a glândula pituitária ou hipófse e o centro alta maior;

b. no corpo médio: o baço, o centro acima do diafragma e o centro entre as


omoplatas, formando o chamado triângulo prânico;

c. na base da coluna vertebral: o ponto na base da coluna vertebral e os dois órgãos


sexuais (dois testículos no homem e dois ovários na mulher).
A relação entre esses órgãos físicos e os chacras é a seguinte: glândula pineal? chacra
coronário - glândula pituitária? chacra frontal - centro alta maior (região do bulbo,
incluindo o corpo carotídeo)? chacra alta maior; ponto na base da coluna vertebral?
chacra básico; órgãos sexuais? chacra sacro.

140
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O aspecto sexual não será tratado aqui, porque esse assunto não deve interessar
muito ao verdadeiro ocultista, mas cabe enfatizar que na transferência dos fogos do
triângulo inferior para os superiores está a redenção do homem.

A fusão ou sintonia dos fogos sintonizados da matéria com os da mente tem como
resultado a energização de todos os átomos de matéria que compõem o corpo físico
etérico. Como isto ocorre em termos fsiológicos?

Quando se dá a fusão ou sintonia máxima entre o calor corpóreo (kundalini


propriamente dito), a emanação prânica e o reação nervosa (o fogo elétrico da matéria,
que sustenta toda a atividade cerebral e nervosa), no chacra entre as omoplatas, o
fogo solar da Alma e o fogo tríplice de manas são atraídos para o chacra alta maior,
provocando o salto do fogo tríplice sintonizado do chacra entre as omoplatas para o
alta maior. Inicia-se então a sintonia com os fogos solar e de manas. Disso resulta uma
intensa dinamização dos fogos da matéria, ou seja, o homem passa a dispor de um
calor corpóreo muito mais forte e dinâmico, de uma emanação prânica também muito
mais forte e de um reação nervosa também muitíssimo mais forte. Como consequência
o homem terá um metabolismo mais intenso (calor corpóreo), um excelente
funcionamento dos órgãos (emanação prânica) e uma atividade cerebral e nervosa
altamente efcientes (reação nervosa), resumindo, a sua saúde tornar-se-á muitíssimo
melhor e sua resistência ao cansaço e às doenças aumentará imensamente.

Não explicarei no momento o mecanismo operacional dessa intensifcação e difusão


dos fogos, que agem através de átomos, em virtude de sua complexidade, como
também é complexo o mecanismo de operação das pétalas dos chacras, ao exercerem
suas ações nos órgãos do corpo denso. Esta explicação requer uma série de estudos.
Em época oportuna tratarei disso.

Este é o segredo da enorme resistência que possuem os grandes pensadores e


trabalhadores da raça (humanidade). Também são estimulados com a fusão os três
centros superiores do corpo: - cabeça, coração e laringe - , considerando os três
centros da cabeça como sendo um centro, fcando esta região do corpo eletrifcada
(não esquecer a ação elétrica do reação nervosa).

Cabe aqui explicar que a transferência dos fogos da matéria do chacra umbilical para o
cardíaco ocorre na primeira Iniciação, após o aspirante ter feito a transferência do
triângulo inferior (básico e sacro - dois órgãos sexuais) para o umbilical. A
transferência do cardíaco para o laríngeo se dá na segunda Iniciação.

Vemos pois que duas ações se desenvolvem simultaneamente: de um lado o trabalho

141
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do homem em captar e processar os fogos tríplices por fricção do sol em seu triângulo
prânico e os da terra, qualifcando-os e armazenando-os em sua bolsa de kundalini
(regida pelo chacra básico), para em seguida intensifcá-los e sintonizá-los no chacra
entre as omoplatas.

De outro lado, o trabalho para transferir os fogos do triângulo inferior para o superior.
A ação no triângulo prânico afeta todos os chacras, uma vez que sua energia é
distribuída por todos eles. Vemos portanto duas ações paralelas que se realimentam.
Essa ação é intensifcada, quando ocorre o salto dos fogos fundidos e sintonizados do
chacra entre as omoplatas para o alta maior.

Quando o fogo solar da Alma juntamente com o fogo de manas passa a circular no
triângulo da cabeça (alta maior, pineal e pituitária), em processo de fusão com o fogo já
sintonizado da matéria, o fogo elétrico tríplice da Mônada é atraído. Melhor dizendo, a
Mônada (o Pai nos céus), vendo que seu refexo está preparado, decide com grande
vontade tomar posse defnitiva dele.

Esse fogo elétrico tríplice da Mônada ou fogo do Espírito penetra no corpo físico pelo
chacra coronário.

Também nessa fase existe uma intensa movimentação de átomos, transportando o


fogo elétrico tríplice da Mônada, todavia a explicação desse fenômeno fcará para mais
tarde.

Também nessa fase o Loto Egoico já está com as pétalas da primeira fleira totalmente
abertas (as pétalas do conhecimento) e em coordenação as da segunda fleira (do
Amor-Sabedoria-Razão Pura). Esse assunto, como já disse, será explicado mais tarde,
mas desde já asseguro que é da máxima importância nos tempos atuais.

Com a penetração do fogo elétrico tríplice da Mônada no chacra coronário, suas


pétalas (48x2x10+12=972) passam a girar em altíssima velocidade, ao mesmo tempo
em que aumentam seu campo de giro, ou seja, alargam-se. Este chacra é o sintetizador,
pois controla todos os outros chacras e deles recebe informações.

O estímulo aplicado aos chacras do corpo etérico é duplicado em consequência dessa


vivifcação do chacra coronário, por ser ele o ponto de fusão ou sintonização dos três
fogos - da matéria, da Alma e da Mônada.

A penetração do fogo elétrico da Mônada é iniciada a partir da segunda Iniciação, a


partir da terceira Iniciação ela se intensifca. Aí a energização resultante é tão forte que
começa o processo de combustão, ou melhor dizendo, de desintegração.

142
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Essa combustão deve ser encarada da seguinte forma: quando um átomo químico
atinge uma massa muito grande, como o urânio ou o rádio, ele se torna radioativo,
emitindo partículas e energia, porque está com excesso dela e não consegue retê-la.
Igualmente quando os átomos do corpo físico fcam repletos dessas energias, fogo por
fricção, fogo solar e fogo elétrico, todos os três em perfeita sintonia, harmonia e em
perfeita fase, com o consequente rendimento máximo, o movimento é tão forte que a
desintegração se inicia. Isso vai num crescendo, até que na quarta Iniciação tudo se
desintegra, ocorrendo a combustão fnal, como ocorre numa supernova. Não devemos
esquecer que esse processo de dinamização pela ação conjunta dos três fogos ocorre
nos corpos astral, mental inferior e mental superior ou causal. Devemos ter sempre em
mente que existe o fogo por fricção da matéria astral, da mental inferior e da causal.

A fusão dos fogos da matéria é o resultado do crescimento evolutivo, quando a ação


do tempo permite um desenvolvimento lento e normal. A conjunção de ambos os fogos
(fogo por fricção/por fricção e fogo por fricção/solar) vem efetuando-se desde os
começos da história do homem e produz essa vigorosa saúde de que goza aquele que
leva uma vida pura e possui ideias elevadas.

Uma vez que os fogos da matéria tenham subido (unidos) algo mais pelo canal etérico
da coluna vertebral, põem-se em contato com o fogo de manas à medida em que é
irradiado do chacra laríngeo. Aí o homem começa a trabalhar com mais intensidade
seu fogo por fricção/elétrico, o chamado reação nervosa, aumentando sua atividade
intelectual.

Aqui é essencial pensar com claridade, pois é necessário esclarecer um pouco este
tema tão complexo.

1. Os três centros maiores da cabeça (desde o ponto de vista físico) são:

a. alta maior;

b. a glândula pineal;

c. a glândula pituitária.

2. Formam um triângulo manásico, após a união de seus fogos com os dos dois
triângulos inferiores, como por exemplo ao sintetizarem-se estes dois no chacra
entre as omoplatas. Não esquecer que na realidade são os mesmos fogos (calor
corpóreo, emanação prânica e reação nervosa), que são transferidos do triângulo do
básico para o triângulo prânico, ao mesmo tempo em que são transferidos para o

143
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
chacra umbilical, daí prosseguindo para o cardíaco, mas aqui é outra história, ou seja,
o trajeto umbilical - cardíaco - laríngeo.

3. Porém o triângulo puramente manásico, antes dessa fusão, está formado por:

a. o centro laríngeo (o chacra alta maior ainda não está ativado;

b. a glândula pineal;

c. a glândula pituitária.
Isto ocorre durante o período em que o ente humano possui aspirações em forma
consciente e aplica a vontade no aspecto evolutivo, dando assim um caráter
construtivo à sua vida.

O outro fogo, o da matéria (o fogo tríplice), é atraído para cima, misturando-se com o
fogo de manas ou mente, ao efetuar-se a união no centro alta maior. Este centro ou
chacra está situado na base do crânio, existindo uma pequena separação entre este
centro e o ponto no canal da coluna vertebral etérica donde surgem os fogos da
matéria. Parte do trabalho do homem que está desenvolvendo seu poder mental
consiste em construir um canal provisório com matéria etérica, para eliminar essa
separação. Esse canal é o refexo do Antakarana no corpo físico, ponte que o Ego
(sinônimo de Alma) tem de construir entre o mental inferior e o superior - entre o
veículo causal no terceiro subplano do plano mental e o átomo manásico ou mental
permanente no primeiro subplano, para em seguida conectar com a unidade mental,
para ser estabelecido o canal de comunicação com a Tríade Superior - Atma-Budi-
Manas.

Tal é o trabalho que estão realizando inconscientemente os pensadores avançados.


Uma vez construída esta ponte, os corpos físico e astral do homem se coordenam com
o corpo mental e fundem-se os fogos da matéria física, da matéria astral e da matéria
mental, sob o comando do fogo solar da Alma, pois o Antakarana permite a passagem
do fogo elétrico da Mônada para os veículos inferiores.

Segundo o Mestre Tibetano, o Antakarana deve ser construído conscientemente pelo


homem. No livro Los Rayos y Las Iniciaciones, o Mestre ensina as regras para a sua
construção científca, na página 364, sob o título La Ciencia del Antakarana, até a
página 436.

Isto completa o aperfeiçoamento da vida da personalidade. Como foi dito


anteriormente, este aperfeiçoamento leva o homem ao portal da Iniciação - o que é o

144
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sinal de que o trabalho foi realizado e marca o fm de um ciclo de menor
desenvolvimento e o começo da transferência de todo o trabalho a uma espiral mais
elevada.

Devemos recordar que os fogos da base da coluna vertebral e o triângulo do baço são
fogos da matéria. Isto não deve ser esquecido nunca, tão pouco devemos confundi-los.
Não têm efeito espiritual e concernem unicamente à matéria onde estão situados os
centros de força.

Tais centros são dirigidos pela mente ou manas, ou pelo consciente esforço do ente
imanente, o Ego; porém este não pode realizar seu intento até que os veículos (pelos
quais trata de expressar-se) e os centros diretores e energizantes respondam
adequadamente.

Somente durante o transcurso da evolução e uma vez que a matéria desses veículos
esteja sufcientemente energizada pelos seus próprios fogos latentes, poderá o ente
realizar este tão ansiado propósito. Daí também a necessidade de que o fogo da
matéria suba a seu próprio lugar e ressuscite de seu largo enterro e aparente
envilecimento, antes de poder unir-se com seu Pai no Céu, o Terceiro Logos, A
Inteligência da matéria mesma. Aqui a analogia também é exata. Incluso o átomo do
plano físico tem sua meta, suas iniciações e seu triunfo fnal.

Mais adiante, na duas partes imediatas, trataremos de outras facetas deste tema, tais
como as relações dos centros e do fogo do Espírito (fogo elétrico) com manas e a
eventual fusão dos três fogos. Nesta seção nos limitamos a estudar a matéria e o fogo
e não devemos nos desviar do tema, para evitar confusões.

Para melhor esclarecimento apresentamos o desenho abaixo, no qual são visualizadas


as condições dos triângulos do homem, nas suas três fases principais, homem comum,
aspirante já no caminho e Iniciado já com as primeira e segunda Iniciações.

145
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 031

O Despertar de Kundalini (Páginas 137 e 138 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Vamos hoje dar informações sobre um assunto de suma importância não só sob o
ponto de vista de saúde, como de evolução. Todo o conhecimento já passado, através
dos estudos anteriores, deve estar bem assimilado e consolidado, para um bom
entendimento do que vai ser dito agora.

O corpo etérico do homem tem três canais principais, nos quais estão fxados os
chacras principais, chamados sagrados, bem como os demais, por derivações. Esses
três canais são denominados ida, pingala e sushuma (o central). Ida é para a circulação
do fogo por fricção/por fricção, denominado comumente kundalini ou calor corpóreo.
Pingala é para a circulação do fogo por fricção/solar, chamado emanação prânica.
Sushuma é para a circulação do fogo por fricção/elétrico, denominado reação nervosa,
isto sob o ponto de vista da matéria.

A fusão do calor corpóreo com a emanação prânica já está feita na raça atual, pelo
processo evolutivo normal, não sendo portanto motivo de preocupação. Mas esses dois
fogos fundidos só circulam livremente por um canal, ida. Pelos outros dois canais a
circulação é somente para manter a vida física: emanação prânica por pingala e reação
nervosa por sushuma. É necessário que se faça uma segunda fusão, com o reação
nervosa, para ocorrer uma livre circulação por pingala e posteriormente por sushuma.

146
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Com essa segunda fusão e limpeza de pingala, os fogos fundidos circularão livremente
por ida e pingala.

Quando essa fase é atingida, o fogo de manas é atraído a partir do chacra laríngeo,
conforme vimos no último estudo. O fogo reação nervosa (que é fogo da matéria e por
si só apenas produz ação fsiológica no sistema nervoso e no cérebro) tem especial
atração para o fogo de manas, devido à sua função de atuar no cérebro, sede da
expressão material do Pensador ou Ego.

Inicia-se então uma estimulação do fogo reação nervosa pela ação do fogo de manas.
Essa dinamização da reação nervosa juntamente com o fogo de manas limpa o
sushuma, ao mesmo tempo em que é acelerada a fusão dos três fogos da matéria,
calor corpóreo, emanação prânica e reação nervosa no chacra entre as omoplatas.

Conforme já vimos, o triângulo prânico é interligado por três canais, cada um para um
tipo de fogo da matéria. Com essa dinamização, o calor gerado em termos de
energização é tão forte, que não só toda a sujeira existente nos três canais é queimada,
como eles começam a se unir, terminando por se transformarem num canal único.

Quando isso ocorre, dá-se o salto dos fogos fundidos do chacra entre as omoplatas e o
alta maior ou carótido, iniciando-se a fusão deles com os fogos de manas e o solar do
Ego.

Quando ocorre o salto do chacra entre as omoplatas e o alta maior, a ligação entre
esses dois chacras permanece, o que leva a um novo estágio circulatório, ou seja,
passam a circular pelos canais unidos do triângulo prânico e por ida, pingala e
sushuma os três fogos fundidos da matéria mais os fogos de manas e solar, do Ego, ao
mesmo tempo em que a triangulação na cabeça começa a atrair o fogo elétrico da
Mônada para o chacra coronário, que rege a glândula pineal.

Neste estágio, a energização nos canais ida, pingala e sushuma é tão forte, que eles
começam a se unir, acabando por se transformarem num canal único. Na linguagem da
eletrônica diríamos que a voltagem torna-se tão elevada, que é vencida a tensão de
ruptura do isolante entre os três canais e ocorre um curto-circuito e o calor gerado
provoca a fusão dos três condutores, o que na realidade são os canais. Mas isso é
apenas uma analogia, na realidade o que ocorre é o seguinte: pelos três canais ou
condutores passam os fogos transportados por átomos físicos primordiais; como os
átomos físicos têm associado um campo de força formado por uma nuvem de
moléculas astrais em ângulo de noventa graus, à medida em que os fogos aumentam
de intensidade pela fusão e pelo uso adequado pelo Pensador, esse campo também

147
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aumenta não só de intensidade como de raio, ou seja, expande-se; assim,
paulatinamente, os campos dos três condutores se aproximam e começam a interagir,
entrando em sintonia e com isso iniciam uma atração entre si; com essa atração e essa
sintonia os três condutores entram em perfeita harmonia e passam a ser um único
condutor, de muito maior condutância (termo usado na eletrônica e que signifca
capacidade de conduzir corrente elétrica).

Com isso a alta energia conquistada pelo homem pode circular livremente, sem perdas,
por um canal único e com resistência zero. Esse fenômeno é semelhante ao da física,
em que na temperatura próxima do zero grau Kelvin (-273,1º C) a resistência do
condutor cai a zero ohm e a corrente elétrica fca circulando perpetuamente, ou seja,
os elétrons portadores de carga fcam circulando no condutor continuamente, sem
nenhuma perda, sendo gerado um campo magnético muito forte, contrapondo-se à
força gravitacional, na experiência de levitação. São os chamados supercondutores. A
experiência é feita da seguinte forma: colocando-se um prato de chumbo num banho
de hélio liquefeito (-269ºC) , o prato de chumbo converte-se num supercondutor.
Pondo-se uma pequena barra imantada nas suas proximidades, ela induz uma corrente
elétrica no prato de chumbo. Não encontrando resistência, a corrente elétrica
transforma o chumbo num poderoso eletroimã, que faz a barra futuar.

Citei esse fenômeno da física no atual contexto para mostrar uma analogia muito
interessante. Assim como a zero grau Kelvin cessa toda a resistência do condutor,
permitindo a levitação pelo campo magnético associado ao elétron, da mesma forma
quando o homem consegue eliminar toda resistência existente em seus condutores do
corpo etérico (os canais), ele consegue a liberação fnal, ou seja, a levitação, cessação
de qualquer atração pelos mundos materiais. Nessa analogia o zero grau Kelvin da
física equivale ao completo autodomínio da Mônada sobre seus veículos inferiores, via
Ego, que faz cessar qualquer movimento de resistência, permitindo assim que os fogos
superiores fuam livremente e executem seu trabalho de adequar os veículos à perfeita
expressão das qualidades da Mônada.

A dinamização, estimulação e fusão dos fogos deve ser conseguida pela disciplina,
meditação, vida pura em todos os sentidos, pelos atos, palavras, pensamentos,
emoções, no corpo físico, pela higiene normal, alimentação adequada, sem carne,
exercícios físicos corretos, descanso sufciente, tranquilidade, prestação de serviço
dentro do alcance, uso contínuo da mente analítica (não a mente julgadora e
separatista, mas a mente que analisa para entender e melhor servir e ajudar), pelo
estudo, pela aquisição de conhecimentos, enfm procurando ver o real por detrás do

148
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aparente e, acima de tudo, pelo autoconhecimento.

Não há perigo em usar os fogos da matéria para obter saúde, mas para isto é
necessário muito conhecimento de si mesmo e dos mecanismos do corpo etérico e
entender perfeitamente o signifcado de cada tipo de fogo. Sem esses conhecimentos,
aliados a um grande domínio de si mesmo, o que signifca uma forte VONTADE, torna-
se perigosíssimo qualquer manipulação dos fogos.

Conforme diz o Mestre Tibetano, quando o Cristo menino nasce na caverna do coração,
então o Hóspede Divino pode controlar consciente e efcientemente os corpos
inferiores, através da mente consagrada. A expressão " O Cristo menino nasce na
caverna do coração" signifca a primeira Iniciação, quando os fogos são transferidos do
chacra umbilical para o cardíaco. Cabe aqui lembrar o episódio da vida do Mestre
Jesus, quando Ele, aos 12 anos, foi para o Templo em Jerusalém e assombrou os
sacerdotes com a sua sabedoria e conhecimento. O fato de Ele ter 12 anos e serem 12
as pétalas do chacra cardíaco, para o qual os fogos são transferidos na primeira
Iniciação é muito signifcativo, pois o Mestre rememorou simbolicamente as três
Iniciações que já tinha: a primeira, o nascimento, nesse episódio, a segunda, no Batismo
no Rio Jordão e a terceira, na Transfguração no Monte Tabor.

Somente quando Budi (Amor-Sabedoria-Razão Pura) assuma fortemente o controle da


personalidade (os três veículos inferiores), por meio do corpo mental (daí a
necessidade de construir o Antakarana), a personalidade responderá ao que está
acima e os fogos inferiores subirão e fundir-se-ão com os superiores.

Unicamente quando o Espírito (a Mônada), pelo poder do pensamento, controla os


veículos materiais, a vida subjetiva assume o lugar que lhe corresponde. O DEUS
interno brilha e resplandece até que a forma se perde de vista e " o caminho do justo
brilhe cada vez mais até que o dia esteja com conosco. "

Apresentamos a seguir um desenho, mostrando as diversas fases do despertar dos


fogos da matéria.

149
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

O iniciado com a segunda iniciação, em preparação para a terceira, com os três canais
em adiantada fusão, os Chacras da cabeça bem unidos, com os Fogos fundidos
circulando intensamente entre eles, os sete Chacras da cabeça bastante ativados,

150
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
havendo também circulação de fogos entre eles, o triângulo Prânico em perfeito
funcionamento e os Chacras Cardíaco e Laríngeo grandemente expandidos, já girando
em quatro dimensões, apresentando ao clarividente uma visão de esplêndida beleza.
Acima de tudo destaca-se pela grandiosidade o Antakarana, emitindo em toda a Glória
as vibrações inerentes aos raios da Mônada (o principal) e do Ego (secundário), na
forma de belíssimas cores.

O fm do grande ciclo da Mônada (o ciclo do Ego), aproxima-se. A forma está quase


pronta para expressar a glória da Jóia no Loto (o Ego). Brevemente o iniciado estará
face a face com o Senhor do Mundo (nosso Logus Planetário em encarnação, portanto
nosso Deus ao alcance imediato, para logo a seguir receber a quarta iniciação, da
renuncia, quando ver-se-á totalmente liberto da roda encarnatória dos mundos
inferiores, para iniciar um novo grande ciclo de glórias muito maiores, usando apenas a
Tríade Superior, a partir do plano Búdico, tudo isso está ao alcance de todos, desde
que façam o esforço necessário.

Por hoje encerramos nosso estudo, para voltarmos com o tema O Movimento nos
Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice Objetivo, A Tríplice
Função e A Tríplice Atividade, da página 139 à 143 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Como veem, a palavra Movimento deve ser tomada ao pé da letra, pois trata-se
realmente de movimento, como ensina o Mestre Tibetano, uma vez que todo o mundo
fenomênico, quer o físico, quer o emocional (astral), resulta do movimento de
partículas, tudo como consequência da lei que impera no plano Adi, a Lei da Vibração, e
vibração é movimento de partículas e, em consequência desse movimento de
partículas, tudo o que é composto de partículas se movimenta. Então, conhecendo-se
as leis básicas que regem os movimentos das partículas, poderemos conhecer os
movimentos de tudo o que é constituído por elas, incluindo nossos veículos, nossas
sensações e nossas emoções e assim saber controlá-los.

Estudo 032

O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice


Objetivo, A Tríplice Função e A Tríplice Atividade. (Da página 139 à 142 do Tratado
sobre Fuego Cósmico)

Hoje entraremos na seção E da Primeira Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico. Esta é

151
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a penúltima seção da Primeira Parte deste valiosíssimo livro científco, que esclarece
dentro de uma perfeita lógica não só o universo visível como o invisível aos nossos
olhos físicos e aparelhos científcos, universo invisível esse que a ciência atualmente
denomina de matéria e energia escuras, constituindo aproximadamente 95% do total
calculado para haver coerência entre as velocidades dos corpos celestes e as leis de
Newton que regem a dinâmica celeste.

Nessa primeira parte o Mestre Tibetano explica os fogos internos, que alimentam a
matéria física, astral e mental. Na segunda parte Ele analisará o Fogo da Mente ou
Manas e o Fogo Solar, descendo a detalhes científcos de uma importância tão grande,
que a maioria da humanidade nem pode imaginar. Brevemente chegaremos lá.

Iniciando o Mestre adverte e enfatiza que o movimento que vai considerar é produzido
pelo fogo latente da própria matéria.

Este movimento é a característica principal e a qualidade básica do Raio Primordial de


Inteligência Ativa, ou seja, a faculdade de maior realce do Terceiro Aspecto do Logos
Solar, chamado Terceiro Logos (Brahma na linguagem oriental), considerado como
Criador.

Essa faculdade é o produto de um sistema solar anterior. Vamos relembrar um pouco o


passado do nosso Logos Solar. Um sistema solar é a encarnação física cósmica de um
Logos Solar. Esse sistema compõe-se de sete estruturas, que se interpenetram, na
realidade na forma de esferas, como veremos em continuidade aos nossos estudos.
Essas esferas ou estruturas são: os planos adi, monádico, átmico, búdico, mental, astral
e físico, que em conjunto constituem o físico cósmico.

No sistema anterior o nosso Logos Solar empenhou-se em desenvolver ao máximo a


faculdade Inteligência Ativa, que é a atividade da matéria. Esse objetivo Ele conseguiu.
Agora, no atual sistema, Ele se propôs desenvolver ao máximo a faculdade Amor-
Sabedoria-Razão Pura, servindo-se da Inteligência Ativa como ferramenta, ou seja, Ele
quer expressar na maior perfeição possível o Amor-Sabedoria-Razão Pura através da
matéria que Ele aperfeiçoou no outro sistema. É como o artista que quer colocar na
sua criação toda a beleza que consegue criar em seu interior, quer seja um pintor, um
escultor, um compositor, um poeta ou qualquer pessoa que busca a perfeição em
algum campo e quer exteriorizar essa perfeição.

Os três Aspectos do Logos estão em manifestação simultânea e personifcados nos


três Logos que aparecem no plano Adi (Mar de Fogo), no V diagrama da página 296,
Evolução de um Logos Solar, do Tratado sobre Fogo Cósmico.

152
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Para um melhor entendimento desses três Logos que personifcam os três aspectos do
Logos Solar no plano adi, façamos uma analogia com o homem. Quando o homem
pensa, ele utiliza seus neurônios e os neuro transmissores. Ora, o que acontece nos
neurônios, troca de íons transportando carga elétrica, é o movimento e a atividade de
pequenas vidas, que adquirem experiência através dessa atividade, o mesmo
acontecendo com os neuro transmissores, que saem das vesículas sinápticas para o
outro neurônio, para ocorrer a devida comunicação entre eles. Portanto o pensamento
do homem é executado por essas microscópicas vidas, para as quais o homem é o
Deus ou o Logos. Com isso o Jiva encarnado aprende, desenvolve qualidades e ajuda
outras vidas a evoluírem.

Da mesma forma, quando o Logos Solar pensa, são os três Logos no plano adi que
executam o pensamento do Logos em seu corpo físico cósmico, fazendo um trabalho
semelhante ao dos neurônios e neuro transmissores. É óbvio que a diferença dessa
atividade é incomensurável, havendo apenas uma semelhança de função.

Cada Logos personifca e põe em atividade os três aspectos do Logos Solar, porém
cada um vivencia em muito maior intensidade um determinado aspecto. No atual
sistema solar o Logos que expressa a Inteligência Ativa é o mais desenvolvido, em
virtude de ter sido o mais utilizado no sistema solar anterior. Mas Ele trabalha em
perfeita harmonia com seu irmão, o Logos do Amor-Sabedoria-Razão Pura, porque o
Logos Solar, atualmente, pensa intensamente em Amor-Sabedoria-Razão Pura.

De modo análogo, cada Jiva encarnado, o homem, tem sempre uma determinada
qualidade que o caracteriza em relação aos demais Jivas, embora apresente outras
qualidades. Essa questão de qualidades do Jiva encarnado está muito bem expressa
nos 12 trabalhos de Hércules.

Uma vez bem esclarecida essa questão, vamos para os movimentos resultantes da
ação dos três Logos, considerando a tríplice meta, a tríplice função e a tríplice
atividade.

O Terceiro Logos, Inteligência Ativa - Atua por movimento rotatório ou rotação


compassada da matéria do sistema; primeiro põe em movimento todo o material
circunscrito dentro do "círculo não se passa" solar; segundo diferencia-o de acordo
com os sete graus vibratórios ou ritmos dos sete planos.

Isto é levado a cabo em cada plano, gerando os sete subplanos, havendo portanto para
cada plano a totalidade do plano e as sete diferenciações, os sete subplanos.

153
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Esta diferenciação da matéria é consequência da rotação e está controlada pela Lei de
Economia. Havendo diferenças na velocidade de rotação e na frequência de oscilação,
é lógico que haverá aproximação entre as partículas de mesma velocidade de rotação
e mesma frequência oscilatória, dando origem aos planos e subplanos.

A Lei de Economia é o fator controlador da Vida do Terceiro Logos em toda a sua


atividade.

Em consequência temos:

a. Sua meta consiste em lograr uma perfeita sintonização entre Espírito e matéria,
melhor dizendo, que a matéria consiga expressar o melhor possível as qualidades do
Espírito.

b. Sua função consiste em manipular prakriti ou a matéria, a fm de capacitá-la para


atender às demandas e necessidades do Espírito.

c. Seu modo de atuar é pela rotação, melhor dizendo, pela rotação da matéria
aumenta a atividade dela e portanto torna-a mais maleável.
Esses três conceitos estão regidos pela Lei de Economia, Lei de Adaptação em tempo e
espaço ou linha de menor resistência. Esta linha de menor resistência é a que busca e
segue o aspecto material da existência.

Incidentalmente o Terceiro Logos expressa Vontade, mas é vontade de Amar, de


adquirir Sabedoria e desenvolver a Razão Pura, que no atual sistema é a linha de menor
resistência. Todavia sua principal característica é a adaptabilidade, melhor dizendo,
adaptar a matéria para expressar Amor-Sabedoria-Razão Pura.

O Segundo Logos, Amor-Sabedoria-Razão Pura - O Segundo Logos, Vishnu, o Raio


Divino de Sabedoria, o grande princípio Budi, cuida de se unir com o princípio
Inteligência Ativa e está caracterizado pelo Amor.

Seu movimento é cíclico-espiral. Aproveitando o movimento de rotação dos átomos,


acrescenta a eles seu próprio movimento, movimento periódico em espiral e circulando
em órbita ou caminho esferoidal (que gira ao redor de um foco central, subindo
sempre em espiral) obtém dois resultados:

a. Agrupa os átomos em forma.

b. Mediante estas formas estabelece o contato necessário e desenvolve plena


consciência nos cinco planos de desenvolvimento humano, sutilizando e refnando

154
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
gradualmente as formas, à medida em que o Espírito de Amor ou Chama Divina
ascenda, sempre em espiral, na direção da sua meta - meta que é também a fonte de
onde procede, ou seja, a Mônada Solar. Esses cinco planos de desenvolvimento
humano são os planos físico, astral, mental, búdico e átmico, constituindo a meta a
ser alcançada. Todavia nada impede que aqueles que querem ir depressa
ultrapassem essa meta, passando a dominar planos superiores, como o monádico, o
adi e até entrando nos subplanos do plano astral cósmico e mais além, dependendo
apenas da vontade de cada um, melhor dizendo, da verdadeira vontade, no sentido
de sacrifício, que signifca tornar sagrado, pois a palavra sacrifício provém do latim:
sacer (sacra, sacrum), sagrado, e facio, torno, portanto torno sagrado, este o
verdadeiro signifcado da vontade.
Estas formas constituem a soma total de todas as esferas ou átomos dentro do
sistema solar, o "círculo não se passa" solar, as quais, em suas sete diferenciações
maiores, constituem as esferas dos sete Espíritos ou os sete Logos Planetários, ou
seja, os corpos físicos cósmicos do Logos Solar, dos Logos Planetários sagrados e não
sagrados, como também de outras Entidades Cósmicas com outras funções dentro do
corpo do Logos Solar.

Todas as esferas menores, partindo das maiores e em ordem descendente, abarcam


todos os graus da manifestação, descendo até a essência elemental do arco involutivo.
Devemos recordar que no Caminho de Involução percebe-se principalmente a atividade
de Brahma, Inteligência Ativa, buscando a linha de menor resistência.

No Caminho de Evolução sente-se a atividade do Segundo Logos, a qual começa num


ponto do tempo e do espaço que oculta o mistério da segunda cadeia, porém tem seu
ponto acelerado de vibração (unifcação dos dois tipos de manifestação - rotatório-
espiral-cíclico) na parte média do que chamamos a terceira cadeia. Isto é, depois de
tudo, a fusão da atividade de Brahma com o avanço progressivo de Vishnu. Temos sua
analogia nos efeitos produzidos nas segunda e terceira raças-raiz.

Esclareçamos essa última analogia. A segunda raça-raiz, a hiperbórea, era etérica,


quando começou fsicamente o movimento de rotação em termos de corpos humanos,
mas não havia autoconsciência. Na terceira raça-raiz, a lemuriana, os corpos humanos
eram densos, consolidando-se o movimento giratório e iniciando-se o movimento
cíclico-espiral, no sentido de aquisição da autoconsciência, na direção do Ego,
expressão da Mônada no plano causal. Somente na terceira sub-raça lemuriana é que
foi possível ocorrer a sintonia dos dois movimentos, quando, pela ação do Anjo Solar
no plano causal e a infuência dos Senhores da Chama, de Vênus, no plano físico, a

155
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
chispa da mente foi implantada no homem, surgindo a autoconsciência. Essa sintonia
dos dois movimentos ainda está ocorrendo, em busca da perfeição, pois a consciência
deve se expandir cada vez mais.

A atividade do Segundo Logos se desenvolve sob a Lei Cósmica de Atração. A Lei de


Economia tem uma lei subsidiária de amplo desenvolvimento, chamada Lei de Repulsão.
As Leis Cósmicas de Atração e de Economia são, por conseguinte, a razão de ser
(desde certo ponto de vista) da eterna repulsão produzida pelo Espírito ao procurar
constantemente liberar-se da forma. O aspecto matéria segue sempre a linha de menor
resistência e rechaça toda tendência ao agrupamento, enquanto que o Espírito regido
pela Lei de Atração busca sempre separar-se da matéria pelo método de atrair um tipo
mais adequado de matéria no processo de distinguir o real do irreal e de passar de
uma ilusão a outra, até utilizar plenamente todos os recursos da matéria, assim
aprendendo, desenvolvendo qualidades, dominando todos os tipos de matéria e
fazendo com que ela também evolua.

Com o tempo o Morador da forma, a Mônada, sente a urgência ou a força atraente de


seu próprio Ser. O Jiva reencarnante, por exemplo, perdido num labirinto de ilusões,
começa com o tempo a reconhecer, sob a Lei de Atração, a vibração de seu próprio
Ego, ou seja, a consciência do Ego (expressão da Mônada) atuando através do cérebro
físico identifca sua própria vibração, vibração essa que signifca para o Jiva o que o
Logos é para seu próprio sistema, sua divindade nos três mundos de experiência.

Mais tarde, quando o corpo egoico e o Loto Egoico são considerados ilusões, é
percebida a vibração da Mônada, ou seja, a consciência da Mônada expressando-se
pela Tríade Superior identifca sua própria vibração e o Jiva, atuando sob a mesma lei,
abre seu caminho de regresso através da matéria que compõe os dois planos da
evolução super-humana (os planos monádico e adi), até fundir-se com sua própria
essência. A palavra Jiva signifca prisioneiro. Quando a Mônada se expressa pela Tríade
Superior, Ela está aprisionada nessa Tríade, que é matéria, sutilizada mas matéria. À
medida em que a Mônada vai melhorando o desempenho da Tríade Superior, o que
signifca adequação e aperfeiçoando a exteriorização de suas qualidades, cada vez
mais se aproxima da fusão ou sintonia exata, o que é fundir-se com sua própria
essência. Uma vez essa fusão conseguida, é iniciada de imediato uma nova espiral,
mais elevada e de maior raio, em torno da Mônada Solar, da qual todos somos
centelhas, caracterizando assim o movimento cíclico-espiral do Segundo Logos.

Resumindo:

156
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. A meta do Segundo Logos é obter consciência em colaboração com o Terceiro
Logos.

b. Sua função é a construção de formas ou veículos, que lhe servem de instrumento


de experiência.

c. Seu modo de atuar é cíclico e em espiral e se encontra nas revoluções da roda da


existência em ciclos ordenados para um propósito específco e na progressão das
esferas de matéria ao redor de um centro fxo, dentro da periferia solar. Isto
observamos no movimento de translação dos planetas em torno do sol, juntamente
com o de rotação dos planetas em torno do próprio eixo. Por sua vez o próprio sol,
com todo seu sistema, executa uma órbita em torno do centro da galáxia, com
duração aproximada de 200 milhões de anos terrestres. Como a nossa galáxia se
desloca na direção de um ponto situado na direção da constelação de Lira, temos
então um movimento progressivo, formando o movimento cíclico-espiral do sistema
solar. O planeta terra tem ainda outros movimentos secundários, de bastante
importância para nós, como o de orientação do eixo norte-sul na direção de sete
estrelas boreais, que são: Polaris (alfa de Ursa Menor), alfa de Cefeu, alfa de Cisne
(Deneb), alfa de Lira (Vega), alfa de Hércules e alfa e beta de Dragão, trazendo eras
para a nossa humanidade. No momento a orientação está sendo feita para Polaris, já
bem próxima do alinhamento exato, quando ocorrerão eventos importantes para a
humanidade.
Estes três conceitos estão regidos pela Lei de Atração, lei que rege a interação ou a
ação e a reação entre:

a. o Sol e seus seis irmãos,

b. os sete planos do sistema solar, que giram vertiginosamente, conforme veremos


mais adiante,

c. tudo o que existe na matéria de todas as formas, as próprias esferas de matéria e


o conjunto dessas esferas incorporadas nas formas de outras esferas maiores.
Aqui vamos encerrar o nosso estudo de hoje, esperando que todos meditem
profundamente sobre essas informações e tirem conclusões aplicáveis em si mesmos e
no mundo fenomênico, para assim acelerar a evolução e melhor aproveitar a atual fase
planetária, muito propícia para o processo iniciático para aqueles que souberem como
fazê-lo.

Voltaremos continuando com esse estudo, quando trataremos do modo de atuar do

157
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Primeiro Logos, Shiva na linguagem oriental, o Aspecto Vontade.

Estudo 033

O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice


Objetivo - A Tríplice Função - A Tríplice Atividade (Continuação) (Da página 142 à 145
do Tratado sobre Fuego Cósmico)

O Primeiro Logos - O Primeiro Logos é o Raio da Vontade Cósmica, que se manifesta no


plano mental cósmico e daí tem seu propósito executado pela Entidade Cósmica
chamada Primeiro Logos no plano Adi, abrangendo as matérias dos planos abaixo dele,
até atingir as do campo inferior de evolução: mental, astral e físico.

Seu modo de atuar consiste literalmente em impulsionar para adiante o "círculo não se
passa" solar através do espaço.

É muito oportuno que fque bem claro nas mentes de todos que o sistema solar não é
apenas esse conjunto de planetas visíveis em órbita em torno do sol. As informações
que vou passar são muito importantes e a época em que elas devem ser divulgadas é
chegada.

Embora os cientistas pensem que os planetas originaram-se do sol, esse e os planetas


são irmãos, flhos de uma Estrela binária, que com o nosso sol e mais uma outra estrela
forma um sistema quaternário.

Essa Estrela binária está mais próxima de nós do que imaginam. Ela é que é realmente
o centro do nosso sistema solar. Helena Petrovna Blavatsky, essa Iniciada da Terceira
Iniciação, deixou indícios dessa situação.

Nosso Logos Solar é muito mais grandioso do que possam imaginar. Aqueles que
tiverem sufciente intuição e já estiverem preparados poderão descobrir que Estrela é
essa, ao lerem o que o Mestre Tibetano diz na página 976 do Tratado sobre Fogo
Cósmico, ao descrever o II caminho, o do Trabalho Magnético e confrontarem com a
Estância XVII, na página 991 do mesmo livro.

Após essa digressão, voltemos ao tema em pauta. O Mestre afrma que no atual
sistema solar não podemos conceber o que realmente é o Primeiro Aspecto, Vontade
ou Sacrifício ou Poder.

158
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Conhecemo-lo agora como vontade de existir, manifestando-se por meio da matéria de
que estão compostas as formas (o Raio Primordial do Raio Divino) e também como
aquilo que, de forma desconhecida, vincula o sistema com seu centro cósmico.

De maneira inconcebível para nós, o Primeiro Logos traz a infuência de outras


constelações.

Quando se entender melhor este Primeiro Aspecto, no próximo mahavantara (o


próximo sistema solar), compreender-se-á também o trabalho dos sete Rishis da Ursa
Maior e a suprema infuência da estrela Sírius.

Na presente manifestação do Filho ou aspecto Vishnu (o atual sistema solar), nos


afetam mais intimamente as Plêiades e a infuência que exercem através do Sol e,
sobre a Terra, por meio de Vênus.

O tema do Primeiro Logos, o qual se manifesta unicamente quando está se


relacionando com os outros dois Logos do sistema, é um profundo mistério, que ainda
não foi compreendido plenamente nem sequer por aqueles que já receberam a sétima
Iniciação.

O Primeiro Logos personifca a "vontade de viver". Por sua mediação os Manasaputras


(as Mônadas humanas e dévicas) vieram à existência objetiva, constituindo as
hierarquias humana e dévica.

No atual sistema a fusão do Raio Divino de Sabedoria (Amor-Sabedoria-Razão Pura e


fogo solar na atuação na matéria) com o Raio Primordial da matéria inteligente (fogo
por fricção na atuação na matéria) forma a grande evolução dual. Por detrás de ambas
Entidades Cósmicas existe outra Entidade que personifca a Vontade e utiliza as formas
- unicamente as formas dos grandes Devas Construtores e das hierarquias humanas
em tempo e espaço.

Ela é o princípio animante, o aspecto vontade de viver das sete Hierarquias Criadoras.

Não obstante, como disse H. P. Blavatsky, essas sete Hierarquias constituem o sétuplo
raio de Sabedoria, o dragão em suas sete formas, sendo isto um profundo mistério.
Cada Hierarquia Criadora tem a sua função, mas todas estão sob o propósito do Logos
Solar de desenvolver o Amor-Sabedoria-Razão Pura, portanto são sete funções ou
modalidades de ação diferentes, constituindo sete sub-raios de Sabedoria, o sétuplo
raio de Sabedoria.

Somente uma pista pode achar o homem na atualidade, contemplando sua própria
natureza nos três mundos em que se manifesta.

159
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Assim como nosso Logos Solar procura objetivar-se por meio do seu sistema solar de
forma tríplice - o sistema atual é a segunda forma - o homem procura objetivar-se por
meio dos seus três corpos: físico, astral e mental.

Atualmente o homem encontra-se polarizado em seu corpo astral, que é seu segundo
aspecto, da mesma forma que o Logos indiferenciado está polarizado em seu segundo
aspecto.

Em tempo e espaço, tal como o concebemos agora, a quase totalidade dos Jivas está
regida pelo sentimento, a emoção e o desejo, não pela vontade, somente alguns que já
passaram pelo portal da segunda Iniciação já estão se polarizando pela vontade. Sem
embargo, o aspecto vontade rege ao mesmo tempo a manifestação, pois o Ego, fonte
da personalidade, manifesta a vontade de amar.

A Mônada é vontade (fogo elétrico), sendo que no atual sistema Ela quer desenvolver o
Amor-Sabedoria-Razão Pura, portanto o Ego, expressão da Mônada no plano causal,
manifesta a vontade de amar, que se expressa no corpo astral como desejo.

A raiz da difculdade está na incapacidade da mente fnita do homem para


compreender o signifcado desta tríplice manifestação; porém refetindo
profundamente sobre a personalidade e sua relação com o Ego que, embora sendo o
aspecto Amor, no que respeita à manifestação nos três mundos inferiores, também é o
aspecto Vontade, lançar-se-á um pouco de luz sobre os mesmos problemas elevados à
Divindade ou amplifcados desde a esfera microscópica até a macroscópica.

O aspecto Mahadeva (Vontade, Primeiro Logos), que personifca a Vontade Cósmica,


está controlado pela Lei de Síntese, que rege unicamente a tendência para a
unifcação. Porém neste caso não é a unifcação da matéria com o Espírito, mas a
unifcação dos sete nos três e dos três no um.

Isto signifca que a Entidade, quer o Jiva quer o Logos tem de aprender a expressar as
sete modalidades de ser (os sete raios) simultaneamente, em perfeita harmonia e no
mais alto grau.

Estas três modalidades de manifestação são primordialmente o Espírito, a qualidade e


o princípio e não especialmente a matéria que, embora inspirada pelo Espírito, adota
qualquer forma.

A Lei de Síntese tem relação direta com Aquele que é superior ao nosso Logos Solar,
sendo a Lei controladora que Ele aplica ao Logos do nosso sistema.

Esta relação espiritual busca a abstração ou síntese dos elementos espirituais (as

160
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mônadas), cujo resultado será o retorno consciente (a fnalidade de tudo está
enraizada na palavra consciente) a seu ponto cósmico de síntese ou a unifcação com
sua fonte de origem.

Esta fonte, como já vimos anteriormente, é AQUELE SOBRE QUEM NADA SE PODE
DIZER.

Este raciocínio do Mestre é lógico e óbvio. O Logos Cósmico se manifesta através de


sete Logos Solares Sagrados, dos quais o nosso é um. Cada Logos Solar é a expressão
de um raio emanado do Logos Cósmico. No fnal da encarnação, o Logos Cósmico
recolhe em si mesmo os frutos colhidos pelos sete Logos Solares, sintetizando-os em
um. Isto implica no retorno dos sete Logos Solares à sua fonte, o Logos Cósmico.

Porém esse retorno e abstração não signifca perda de identidade. Como cessou a
objetividade (a dualidade não-eu eu), cessa também a consciência, que é o resultado do
relacionamento não-eu eu. Todavia um novo estado de ser é adotado, que podemos
chamar identifcação, sendo conservadas as qualidades e os poderes adquiridos,
mesmo sem objetividade, não existindo portanto aniquilação, o que seria ilógico.

Resumindo, podemos dizer em relação ao Primeiro Logos:

a. sua meta é sintetizar os Espíritos (as Mônadas), que estão adquirindo consciência
por meio da manifestação ou objetividade e qualidades e poderes mediante a
experiência na matéria;

b. sua função é reter os Espíritos na manifestação por meio da vontade, durante o


período desejado e logo abstraí-los e fundi-los novamente com sua fonte espiritual
de origem. Fundir não signifca perder a identidade. Esse processo de abstração e
unifcação é análogo ao que ocorre na Química, quando se estuda o fenômeno da
solução, que pode ser homogênea ou heterogênea, conforme as fases. No petróleo
existem várias substâncias diferentes, com diferentes qualidades e propriedades,
todas juntas e unidas. Para se ter uma compreensão mais clara do que ocorre com as
Mônadas ou Espíritos humanos e Dévicos no pralaya ou abstração, quando o sistema
solar, na desintegração, chega à totalidade das matérias dos sete planos, do físico ao
adi, passando a consciência do Logos Solar a viver no plano astral cósmico, assim
como o homem, ao morrer fsicamente, passa a viver no plano astral do sistema, a
melhor analogia é um oceano.
Imaginemos o oceano Atlântico. Ele é constituído de água, na qual encontram-se
dissolvidas várias substâncias como cloreto de sódio, cálcio, manganês e potássio,

161
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
prevalecendo cloreto de sódio. Vamos acompanhar a trajetória de uma molécula de
água, quando, pela ação do calor (fogo por fricção), adquire maior velocidade de
rotação e se libera do oceano, subindo para a atmosfera. A água (H²O) é a união de
dois elementos que, coesos pela ação do fogo por fricção no seu aspecto fogo elétrico,
passam a evoluir unidos. Essa molécula, ao atingir a atmosfera, fca exposta a diversas
situações e forças. Citemos apenas algumas para não nos alongarmos em demasia,
pois eu poderia escrever um livro contando as experiências dessa molécula de água
nesse grande ciclo até seu retorno ao oceano.

O deslocamento em decorrência da variação de temperatura e pressão, as forças


ascendentes e descendentes quando é colocada em uma nuvem Cúmulo-nimbo (a
nuvem de trovoada), a grande velocidade de rotação ao fazer parte de um furacão ou
tornado, sua agregação em torno da chamada partícula higroscópica, para transformá-
la em gota d'água na nuvem, as forças elétricas que nela atuam na descarga do raio.
Todas essas situações atuam nessa molécula d'água, que sente esses impactos,
responde a eles, memoriza e melhora sua capacidade de reação.

Ao se encaminhar para o continente, levada pelas correntes aéreas e pelas frentes


(frias ou quentes), precipita-se na forma de chuva, caindo ao solo, podendo abastecer
um manancial de água potável e indo parar no organismo de um ser humano, no qual
vive novas experiências, até ser eliminada na forma de suor ou urina. Pode em seguida
cair em um rio, retornando ao mesmo oceano de onde partiu, o Atlântico. Quando nele
chega, essa molécula d'água volta a constituir a massa do oceano e funde-se com ela.
Todavia ela não é a mesma de quando partiu, pois adquiriu novas qualidades e poderes,
decorrentes das experiências pelas quais passou ao longo de todo seu ciclo fora do
oceano. Embora dentro da massa do oceano, ela conserva sua identidade. Quando ela
iniciar um novo ciclo, fá-lo-á a partir de uma situação mais elevada.

De forma análoga, quando as Mônadas retornam ao seio da Mônada Solar, que é o seu
oceano, analogicamente falando, após o grande ciclo solar de experiências, elas se
fundem naquele oceano, todavia conservam todas suas qualidades e poderes
adquiridos, sua memória e sua individualidade e mesmo sem o não-eu, pois não há
objetividade, elas tem um modo de ser muito acima do que nos chamamos consciência,
que, conforme já disse, podemos chamar identifcação. Quando o Logos iniciar um
novo mahavantara (um novo sistema solar, um novo grande ciclo), as Mônadas
começarão de um patamar muito mais elevado, conforme veremos no decorrer de
nossos estudos do Tratado sobre Fogo Cósmico.

162
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Daí a necessidade de recordar que, fundamentalmente, o Primeiro Logos controla as
Entidades Cósmicas ou Seres que existem fora do sistema, melhor dizendo, que atuam
acima do plano físico cósmico (lembro aqui que atuar acima do plano físico cósmico
signifca relacionar-se conscientemente com a matéria astral cósmica, utilizando um
veículo adequado, com seus mecanismos de captação de informações, jnanaindryas, e
de ação, carmaindryas, o mesmo acontecendo com a matéria mental cósmica etc.); o
Segundo Logos controla as Entidades Solares, ou seja, as que atuam no plano físico
cósmico; o Terceiro Logos controla as Entidades Lunares e suas energias, em qualquer
parte do sistema; por entidades lunares queremos dizer aquelas que energizam a
matéria através do fogo por fricção.

Esta regra não deve ser interpretada ao pé da letra, enquanto a mente humana possua
o atual calibre. O mistério está em compreender que tudo se leva a cabo com a
colaboração divina, cuja base se encontra fora do sistema. Daí também que se chame o
Primeiro Logos o destruidor, que visto de baixo para cima é abstração ou retirada. Seu
trabalho consiste em sintetizar o Espírito com o Espírito, em sua eventual abstração ou
retirada da matéria e em sua unifcação com sua fonte cósmica. Por isso Ele produz o
Pralaya ou a desintegração da forma da qual Ele extraiu o Espírito.

Essa visão tão lógica e nítida que o Mestre Tibetano nos proporciona com referência
ao tão temido pralaya, que nós chamamos morte, elimina de uma vez por todas o terror
que a imensa maioria da humanidade sente, quando pensa ou ouve falar essa palavra.

Mesmo nos pequenos pralayas, como a morte física, aquele que ao longo de sua vida
física adquiriu e entendeu os verdadeiros conhecimentos esotéricos e os colocou em
prática, não fca em desespero, mas permanece inalterado, pois para ele tanto faz
atuar aprisionado num corpo físico, como livre dele. O que ele realmente quer é se ver
livre o mais rápido possível da prisão da matéria. Para tanto ele se esforça em dominar
todos os seus veículos, para prestar um melhor serviço à Hierarquia. Aqui cabe
lembrar que após a terceira Iniciação (a primeira solar) o Iniciado recebe instruções de
como construir o maiavirupa, que signifca corpo ilusório.

Foi por esse poder que Santo Antônio de Pádua, estando em Coimbra pronunciando a
homilia, apareceu numa cidade próxima, num tribunal, para defender o pai, inocente,
mas que seria condenado, se não fosse o testemunho do Santo, sendo este feito
chamado milagre da bilocação pela igreja católica (bilocação quer dizer estar em dois
lugares ao mesmo tempo). A explicação científca para o fato é a seguinte: o Ego de
Sto. Antônio deixou os corpos físico e astral na igreja onde estava pronunciando a

163
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
homilia, foi em corpo mental até o tribunal, construiu corpos astral e físico ilusórios
(maiavirupa) e fez a defesa do pai, uma vez que ele tinha a capacidade de coordenar
simultaneamente a permanência dos corpos na igreja e a ação do maiavirupa no
tribunal. Cabe aqui lembrar que Santo Antônio de Pádua era natural de Lisboa, mas, a
pedido de São Francisco de Assis (cuja Mônada atualmente é o chamado Mestre
Kutumi, Choan do segundo Raio e futuro Bodisattwa, quando o Senhor Maitreya ou
Cristo assumir o cargo de Buda), foi para Pádua, na Itália, para ensinar os irmãos da
recém fundada ordem dos franciscanos, pois Santo António era muito inteligente.

Por hoje vamos encerrar o nosso estudo, para continuar dentro ainda desse tema, que
é de muita importância e utilidade, uma vez que nos proporciona uma visão racional da
constituição, organização e direção dos nossos mundos de evolução e, com essa visão,
a eliminação do maia e da miragem.

Estudo 034

O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice


Objetivo - A Tríplice Função - A Tríplice Atividade (O Primeiro Logos - Final - Da página
145 à 147 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Continuando nossas considerações preliminares sobre o movimento nos planos físico e


astral, vamos aplicar mais uma vez a analogia à ação do Primeiro Logos, comparando-a
com a ação do Ego, o microcosmos. O Ego (que é para o homem no plano físico o que o
Logos é para seu sistema) é analogicamente a vontade animadora, o destruidor de
formas, o produtor de pralaya e quem extrai de seu tríplice corpo o homem espiritual
interno, atraindo-o para si, ao centro de seu pequeno sistema.

Vamos esclarecer essa expressão "extrai de seu tríplice corpo o homem espiritual
interno, atraindo-o para si, ao centro de seu pequeno sistema". Primeiramente
lembremos que o Ego é um mecanismo construído com átomos mentais, pelo qual a
Mônada se manifesta no plano mental, relaciona-se com a matéria mental, nos três
subplanos mais sutis e se serve de um outro mecanismo importantíssimo, denominado
Loto Egoico, que é análogo ao disco rígido de um computador em termos de armazenar
informações.

O Ego vive experiências no plano mental concreto por meio do corpo mental, o mesmo
fazendo no plano astral através do corpo astral e no plano físico pelo corpo físico.

164
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando encarnado, a consciência se manifesta pelo cérebro físico, embora atuando
simultaneamente nos corpos astral, mental e causal.

Após a morte física, a consciência é transferida para o corpo astral, quando então o
Ego vive simultaneamente experiências nos planos astral, mental e causal.

Após a morte astral, é feita a transferência da consciência para o corpo mental,


passando o Ego a viver simultaneamente experiências nos subplanos inferiores e
superiores do plano mental.

Após a morte mental, a consciência passa para o plano causal, ou seja, o Ego passa a
viver exclusivamente em seu habitat natural. Nessa fase Ele inicia o processo de
consolidar em seu Loto Egoico as memórias das essências das experiências
vivenciadas na última encarnação, abrangendo os três planos inferiores,
transformando-as em qualidades, que irão brotar na próxima encarnação.
Consequentemente o chamado "homem espiritual interno" é o conjunto dessas
essências citadas, que serão armazenadas no Loto Egoico, sendo que na quarta
Iniciação todo o conteúdo do Loto é absorvido pela Tríade Superior, ocorrendo então a
desintegração do Loto, uma vez que não é mais necessário.

O Ego é extracósmico no que concerne ao ser humano no plano físico, o que é o


mesmo que dizer: o Ego atuando através do corpo físico (cérebro físico) interpreta a si
mesmo atuante no corpo causal como um ser extracósmico. Se essa conceituação for
bem entendida, fcará elucidado o verdadeiro problema cósmico que envolve o Logos e
os "Espíritos aprisionados", como diz o cristão.

c. Seu modo de atuar consiste em impelir para adiante; Sua é a Vontade que está
subjacente ao desenvolvimento evolutivo e é o que impulsiona o Espírito através da
matéria, até que com o tempo consegue surgir dela, depois de ter realizado duas
coisas:

Primeiro - Ter acrescentado qualidade à qualidade, em consequência, surge com a


faculdade adquirida, engendrada por essa experiência.

Segundo -Ter aumentado o grau de vibração da matéria por meio de sua própria
energia, de maneira que a matéria, no momento do pralaya e da obscuração, terá
duas características principais - atividade, resultado da Lei de Economia e
magnetismo dual, resultado da Lei de Atração.
Tais conceitos estão regidos pela Lei de Síntese, lei da coerente vontade de ser, que

165
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
persiste não só em tempo e espaço, como também durante um ciclo maior.

Estas observações preliminares têm por objeto apresentar uma síntese do conjunto.
As palavras limitam e obscurecem as ideias; textualmente velam e ocultam o
pensamento, tirando clareza ao expressar de forma confusa. A tarefa que
desempenham os Segundo e Terceiro Logos (objetivar o Espírito essencial) é
compreendida mais facilmente por meio de uma ampla descrição, que a tarefa mais
esotérica efetuada pelo Primeiro Logos, a vontade animadora.

Em termos de fogo, talvez possamos esclarecer outro ponto de vista.

O Terceiro Logos é fogo da matéria. Arde por fricção, adquire velocidade e acelera a
vibração ou frequência devido à rotação das esferas, cuja interação produz fricção.

O Segundo Logos é fogo solar, a fusão ou sintonia do fogo da matéria com o fogo
elétrico do Espírito, que em tempo e espaço produz esse fogo chamado solar. Em
outras palavras podemos dizer o seguinte: quando o Imanifestado (que não é nem
Espírito nem matéria) sai do seu estado original para ingressar na manifestação,
surgem os dois fogos, elétrico e da matéria e da relação (contato) entre os dois, é
gerado o fogo solar, o que leva a concluir que para a matéria evoluir, o que só é
possível pela incrementação do fogo da matéria, é necessário a atuação do fogo solar.
Resumindo temos: o fogo solar só existe para relacionar o fogo elétrico com o fogo da
matéria e o fogo da matéria só pode evoluir pela ação do fogo solar animado pelo fogo
elétrico, por outro lado, o fogo elétrico, atuando no fogo solar e por meio deste no fogo
da matéria, adquire experiência e também evolui. Assim é no atual sistema solar, no
próximo será diferente. Apenas podemos fazer uma conjectura com base na
informação do Mestre Tibetano de que a meta do atual sistema solar é expressar Budi
através de Manas, o que em termos de fogo signifca o fogo da matéria sintonizar-se
perfeitamente com o fogo solar. Então o próximo sistema solar começará com a
matéria muitíssimo mais refnada e com uma muito maior capacidade de vibrar, o que,
obviamente, permitirá uma aproximação muito mais íntima entre o fogo elétrico e o da
matéria, reduzindo em muito a necessidade do fogo solar.

Voltemos ao fogo do Segundo Logos. Constitui a qualidade da chama ou chama


essencial, produzida pela fusão. O fogo elétrico atuando por meio do fogo solar no
fogo da matéria, leva este a expressar a qualidade essencial do primeiro (um outro
signifcado de fusão), a resposta do fogo da matéria ao fogo solar é realimentada a
este, fazendo então com que ele se torne na qualidade da chama, que é o fogo elétrico.

Podemos ver essa analogia no fogo irradiante da matéria e na emanação, por exemplo,

166
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do Sol central, de um planeta ou de um ser humano, denominada magnetismo (não é o
magnetismo da física) neste último. A emanação ou vibração característica do homem
é o resultado da fusão do Espírito (a Mônada) com a matéria e da relativa adaptação
da matéria ou forma à vida interna (a qualidade da Mônada). Em outras palavras, a
Mônada, fogo elétrico, por meio do Ego, fogo solar, impõe sua qualidade à forma, seus
corpos inferiores, fogo da matéria.

O sistema solar objetivo ou Sol manifestado, é o resultado da fusão do Espírito (fogo


elétrico) com a matéria (fogo por fricção); as emanações do Filho (fogo solar)
dependem em tempo e espaço do grau de adequação da matéria e da forma à vida
interna.

O Primeiro Logos é fogo elétrico, fogo do Espírito puro. Todavia, na manifestação é o


Filho, porque ao unir-se com a matéria (a mãe), o Filho é criado por Aquele que O
conhece. Na linguagem comum, o Filho é a imagem do Pai. "Eu e meu Pai somos Um" é a
afrmação mais esotérica da Bíblia cristã, que não só se refere à união do homem com
sua fonte, a Mônada, por conduto do Ego, mas também à união de toda vida com sua
fonte, o aspecto Vontade, o Primeiro Logos.

Vamos agora procurar nos manter estritamente dentro do tema do fogo da matéria e
seu efeito ativo sobre as envolturas, das quais é o fator animador e sobre os centros
que estão primordialmente sob seu controle.

Conforme já foi dito e geralmente aceito, o efeito do calor na matéria produz a


atividade denominada giratória ou rotatória das esferas. Certos livros antigos, alguns
dos quais não são acessíveis no Ocidente, ensinam que toda a abóbada celeste é uma
vasta esfera que, ao girar lentamente, arrasta, qual imensa roda, esse número sem fm
de constelações e universos nela contidos.

Esta é uma afrmação impossível de ser comprovada pela mente fnita do homem em
sua condição atual ou com os elementos e instrumentos científcos de que dispõe,
porém, da mesma forma que toda afrmação ocultista, traz em si a semente da ideia, o
germe da verdade e um indício para descobrir o mistério do universo.

É sufciente dizer aqui que a rotação das esferas dentro da periferia solar é um fato
esotérico aceito e a ciência já tem provas de que o "circulo não se passa solar", nosso
sistema solar, gira também entre as constelações no lugar designado, o giro em torno
do centro da galáxia, numa duração de 200 milhões de anos.

Recentemente foi formulada mais uma teoria sobre a forma do universo, a de um

167
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dodecaedro, um sólido com 12 faces, fnito, havendo refexão de sistemas. Ainda não
temos o modelo matemático dessa teoria, todavia cremos que ainda é uma visão de
sob o véu de maia, a grande ilusão provocada pela grande limitação dos sentidos e pela
ausência de mais informações.

Porém não vamos tratar agora deste aspecto do tema, mas estudaremos a ação
giratória das esferas do sistema e seu conteúdo - as esferas menores que pertencem a
todos os graus - lembrando sempre que tratamos unicamente das características
inerentes à matéria mesma e não da matéria em colaboração com seu oposto, o
Espírito, cuja colaboração produz o movimento cíclico-espiral, ou seja, não vamos
estudar ainda o aspecto consciência, contudo poderemos usar a mente analítica e
efetuar deduções sobre os efeitos dos movimentos na consciência, que é fogo solar. É
isto que o Mestre Tibetano tanto recomenda, que cruzemos suas informações, façamos
analogias, usemos bastante a mente discriminadora, tirando conclusões, abstraiamos a
essência do conhecimento (mente abstrata), utilizemos as informações da ciência
humana e assim consigamos a expansão de nossa consciência, melhor dizendo,
alarguemos nosso "círculo não se passa".

A seguir apresentamos um desenho no qual expressamos a nossa concepção da


geração e atuação dos três Logos e dos três fogos, confgurando a Santíssima
Trindade, com base nos ensinamentos do Mestre Tibetano:

168
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Do Dois surge o Três - A Santíssima Trindade - Segundo Logus - Aquele que relaciona
o espírito com a matéria, o flho, o crucifcado entre o espírito e a matéria, a
consciência, o Ego crucifcado, porque ao mesmo tempo está em contato com o
espírito e é prisioneiro da matéria, a qual deve subjugar, para se libertar da Cruz, após
adquirir experiências na matéria, conhecê-la profundamente, dominá-la, expressar-se
através dela, adaptando-a às suas qualidades e passar a essência dessas experiências
e desses conhecimentos para o espírito - só pode existir em presença do espírito e da
matéria

Por hoje vamos encerrar nosso estudo, e ao voltar abordaremos o assunto Efeitos do
Movimento de Rotação, da página 147 à 149, item 3 exclusive, do Tratado sobre Fogo
Cósmico.

Aproveitamos o ensejo para comunicar a todos que estamos preparando um livro


sobre todo o conteúdo até agora divulgado neste site, com referência ao Tratado sobre
Fogo Cósmico, abrangendo os assuntos desde Postulados de Introdução, página 33 até
Kundalini e a Coluna Vertebral, Seção D da Primeira Parte, página 133. É nosso
propósito continuar escrevendo livros em continuação aos assuntos aqui tratados. É
oportuno lembrar na atual época as palavras do Mestre Tibetano:

"Los iniciados del mundo vendrán a la encarnación en esta época y leerán mis palabras
al fnal de este siglo, con gran comprensión." - Página 494 de Los Rayos y Las
Iniciaciones. Tradução: Os iniciados do mundo virão à encarnação nesta época e lerão
minhas palavras no fnal deste século, com grande compreensão. Ora, o livro foi escrito

169
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em meados do século passado, quando os citados iniciados estavam nascendo e agora
estamos no início de um novo século.

"En el próximo siglo, a principios del mesmo, vendrá un iniciado que impartirá su
ensenanza, haciéndolo bajo la misma "égida", pues mi tarea no ha terminado todavia y
esta serie de tratados que vinculan el conocimiento materialista del hombre con la
ciencia de los iniciados, tiene aún otra faz que recorrer." - Página 363 de Astrologia
Esotérica. Tradução: No próximo século, no princípio do mesmo, virá um iniciado que
divulgará seus ensinamentos, fazendo-o sob a mesma "égide", pois minha tarefa ainda
não terminou e esta série de tratados que vinculam o conhecimento materialista do
homem com a ciência dos iniciados, tem ainda outra face que percorrer.

"Uno de los resultados de este alineamiento y adaptación jerárquicos será el


establecimiento, por primera vez, de una interacción y movimiento fuídico, entre los
tres centros planetarios. Actualmente, los Chohanes salen de la Jerarquia y entran en la
Câmara del Concilio del Señor del Mundo, o en uno de los Siete Senderos; los Maestros
mayores, a cargo de Ashramas, están recibiendo grados superiores de iniciación y
ascendiendo al grado de Chohanes; iniciados que pasaron del tercer grado están
recibiendo rápidamente la cuarta y quinta iniciaciones, convirtiéndose en Maestros
(recibiendo ambas iniciaciones en una sola vida), y sus puestos están siendo ocupados
por iniciados menores, que a su vez, estuvieron entrenando a discípulos que los
reemplazarán hasta que en este processo de sustituir y reemplazar lleguemos a la
puerta que simbólicamente se halla entre la humanidad y la Jerarquia y ahora está
ampliamente abierta, y así los discípulos aceptados recibirán la iniciación, los discípulos
comprometidos serán aceptados y los discípulos en aceptación prestarán juramento."
Página 439 de La Exteriorización de la Jerarquia. Tradução: Um dos resultados deste
alinhamento e adaptação hierárquicos será o estabelecimento, por primeira vez, de
uma interação e movimento fuídico entre os três centros planetários. Atualmente, os
Choans saem da Hierarquia e entram na Câmara do Concílio do Senhor do Mundo, ou
em um dos Sete Caminhos; os Mestres maiores, a cargo de Ashrams, estão recebendo
graus superiores de iniciação e ascendendo ao grau de Choans; iniciados que
passaram do terceiro grau estão recebendo rapidamente as quarta e quinta iniciações,
convertendo-se em Mestres (recebendo ambas iniciações em uma só vida), e seus
postos estão sendo ocupados por iniciados menores, que, por sua vez, estiveram
treinando discípulos que os substituirão, até que neste processo de substituir e
remanejar cheguemos à porta que simbolicamente se acha entre a humanidade e a
Hierarquia e agora está amplamente aberta, e assim os discípulos aceitos receberão a

170
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
iniciação, os discípulos comprometidos serão aceitos e os discípulos em aceitação
prestarão juramento.

Citamos estas palavras textuais do Mestre Tibetano para enfatizar que estamos
vivendo o momento das oportunidades, que todos devem aproveitar e que em seguida
virá o momento do expurgo e da seleção.

Estudo 035

Efeitos do Movimento de Rotação - Separação (Páginas 147 e 148 do Tratado sobre


Fuego Cósmico)

Iremos estudar agora os efeitos do movimento de rotação, que são: separação,


impulso, fricção e absorção. Nesta semana iremos tratar somente da separação.

Toda esfera gira no corpo macrocósmico. Esta rotação produz certos efeitos, que
podemos enumerar da seguinte maneira:

1. Separação. Esta ação provoca a diferenciação das esferas, formando como


sabemos as seguintes unidades atômicas:

a. O sistema solar, reconhecido como átomo cósmico; todos os átomos dentro da


sua periferia são considerados moleculares.

b. Os sete planos, considerados como sete vastas esferas, que giram


latitudinalmente dentro da periferia solar.

c. Os sete raios, considerados como as sete formas que ocultam os Espíritos, são
bandas esferoidais de cor, que giram longitudinalmente e formam (com referencia
aos sete planos) uma vasta rede entrelaçada. Estas duas séries de esferas (planos
e raios) constituem a totalidade do sistema solar e produzem sua própria forma
esférica.
Deixemos por ora de lado a Consciência que anima estas esferas e concentremos
nossa atenção no fato de que cada plano é uma vasta esfera de matéria, ativada pelo
calor latente, que gira em determinada direção. Cada raio de luz, não importa a cor, é
igualmente uma esfera de matéria de máxima tenuidade, que gira perpendicularmente
à direção dos planos, ou seja, formando um ângulo de noventa graus com a direção de
rotação dos planos.

171
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estes raios produzem, em virtude de sua ação mútua, um efeito irradiante entre si, ou
seja, um infuencia o outro através do campo de força que cada partícula de matéria
portadora da qualidade de um raio gera em torno de si e que atinge a partícula
portadora da qualidade de outro raio. Explicaremos essa interferência mútua mais
adiante.

Assim pela rotação das esferas, pela aproximação do calor latente das esferas e pela
interação desse calor, é produzida essa totalidade chamada "fogo por fricção".

Com referência a estes dois tipos de esferas, poder-se-ia dizer, à maneira de ilustração
e para maior claridade, que:

a. os planos giram de este a oeste e

b. os raios giram de norte a sul.


Vamos deixar bem claro que não nos referimos aqui a pontos no espaço; simplesmente
estabelecemos tal orientação empregando palavras que tornam mais inteligível esta
ideia abstrusa.

Do ponto de vista dos raios e dos planos, não existem norte nem sul, este nem oeste.

Aqui temos uma analogia e um ponto muito interessante, embora muito complexo.
Graças a esta mesma interação torna-se possível o trabalho dos quatro Maharajás ou
Senhores do Carma; o quaternário e todo o quádruplo poderão ser vistos como uma
das combinações fundamentais da matéria, produzidas pelas revoluções duais de
planos e raios.

Os sete planos e igualmente os átomos giram em torno de seu próprio eixo e se


adaptam àquilo que se exige de todas as vidas atômicas.

As sete esferas de cada plano, denominadas subplanos, correspondem também ao


sistema; cada subplano tem suas sete rodas giratórias ou planos que giram por sua
própria capacidade inata, devido ao calor latente - o calor da matéria de que estão
formados.

As esferas ou átomos de qualquer forma, desde a forma logoica (à qual nos temos
referido sumariamente) até o último átomo físico e a matéria molecular que entra na
construção do corpo físico, demonstram correspondências e analogias similares.

Todas estas esferas se ajustam a certas regras, preenchem certas condições e estão
caracterizadas pelas mesmas qualidades fundamentais. Mais adiante consideraremos
estas condições; por agora devemos continuar estudando os efeitos da ação giratória.

172
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Interpretemos essas informações do Mestre Tibetano, de forma a que fquem mais
claras nas mentes de todos e assim possam ter uma visão mais inteligível e nítida das
diversas áreas do mundo fenomênico, em particular da área do comportamento
humano (devido à ação dos raios), não só individual como coletivo (grupos, nações e
humanidade).

Estabeleçamos um ponto de vista inicial. Será a visão do sistema solar como um todo,
desde o plano adi até o físico, que constituem em conjunto o físico cósmico. Nesta fase
devemos esquecer as estrelas (quatro), os planetas e asteroides que constituem nosso
sistema solar, a atual expressão física cósmica do nosso Logos Solar. Não esqueçamos
que esse sol que nós vemos nascer e se por todos os dias e os planetas visíveis e
invisíveis que circulam ao seu redor, constituem uma parte do sistema verdadeiro do
nosso Logos Solar.

Vamos nos colocar mentalmente fora desse sistema, olhando-o de uma posição no
mesmo nível em que ele está no espaço. Admitamos que tenhamos a visão das
matérias de todos os planos, desde o adi até a etérica, com a habilidade de, à vontade,
ver todas as matérias simultânea e isoladamente, ou seja, poderemos ver apenas as
partículas da matéria adi, ou somente as partículas da matéria monádica e assim por
diante, ou todas elas ao mesmo tempo. Obviamente a nossa consciência terá a
amplitude sufciente para abarcar, em termos de visão, toda a imensidão desse
sistema.

O que vamos fazer não é devaneio irracional, uma vez que vamos trabalhar com os
conceitos que o Mestre Tibetano nos passou.

Primeiramente concentremos nossa atenção apenas na visão mais elevada, a da


matéria adi. O que veremos ? Veremos uma esfera com uma depressão no centro da
parte superior. Para tanto já devemos ter um referencial para discernir o que está
acima, abaixo, à esquerda, à direita etc, podendo ser esse referencial um outro sistema
ou um conjunto de sistemas. Em contraposição a essa depressão no centro da parte
superior, veremos um ponto no centro da parte inferior. Esses dois pontos poderemos
chamar de polo norte para a depressão superior e polo sul o ponto em contraposição
na parte inferior, em analogia com a nossa geografa. A região à nossa esquerda vamos
chamar de oeste e aquela à nossa direita de este. Assim conseguimos determinar
quatro pontos cardeais para nossa orientação.

Essa esfera é constituída de um número quase infnito de partículas infnitesimais, que


circulam em velocidade muitíssimo maior que a da luz (300.000 km/segundo é a

173
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
velocidade da luz, aproximada), em torno do eixo central da esfera, de este para oeste,
ao mesmo tempo em que executam muitos outros movimentos. São os átomos adi.

Essas partículas preenchem todas as regiões da esfera, não havendo um ponto em que
elas não estejam.

Agucemos a nossa visão adi para enxergarmos as moléculas adi, constituídas de


associações de átomos adi. Veremos então seis tipos de partículas, que diferem entre
si pelo tamanho, pela velocidade e pela habilidade de movimentos simultâneos. Todas
elas também circulam em torno do eixo central e preenchem todos os pontos da
esfera. Quanto maior a molécula, menor a velocidade e a capacidade de oscilar. Esses
seis tipos de partículas ou moléculas formam os seis subplanos do plano adi e
juntamente com os átomos são os sete subplanos adi. Dentro de cada subplano há
também sete diferenciações, que vamos esquecer por enquanto para não complicar as
coisas.

De uma forma sintética, veremos sete esferas, uma dentro da outra, girando em
velocidades diferentes, conforme o grau de tenuidade ou sutileza (tamanho da
partícula), ou seja, quanto mais sutil e menor, maior a velocidade, todas as esferas
cheias de suas partículas respectivas, sendo que as partículas menores podem passar
por entre os espaços existentes dentro das partículas maiores constituídas de átomos,
à semelhança dos neutrinos que nos atravessam da cabeça aos pés, sem que sintamos.

Adaptemos agora nossa visão para vermos matéria um pouco mais densa que a do
plano adi. Veremos um número ainda quase infnito, porém um pouco menor do que de
partículas adi, de maior tamanho e menor velocidade, circulando de este para oeste,
por entre o oceano de partículas adi, com suas sete diferenciações, como no plano adi.
Essa é a matéria monádica. Lembrem-se de que não estamos considerando as
qualidades e propriedades de cada matéria, pois esse assunto não é para agora.

Passemos a seguir nossa visão para a matéria átmica ou espiritual. Novamente


veremos partículas em número muito grande, porém um pouco menor que o anterior,
de maior tamanho e menor velocidade, preenchendo a esfera até o centro, também
com sete diferenciações, continuando a cair a velocidade em função do aumento do
tamanho da partícula.

Prosseguindo com a transferência da visão de um tipo de matéria para outro,


chegaremos aos subplanos etéricos, esquecendo a matéria física densa, constituída de
partículas etéricas associadas, quando continuaremos a ver mais esferas dentro de
esferas, cada esfera circulando em velocidades diferentes, conforme o tamanho da

174
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
partícula.

Controlando a nossa visão e a nossa consciência para vermos simultaneamente todas


as esferas em circulação, presenciaríamos o belíssimo espetáculo de quarenta e nove
esferas, uma dentro da outra, cada uma com suas respectivas partículas até o centro
comum (esqueçamos as sete subdivisões dos subplanos), girando em velocidades
diferentes, sendo a mais veloz a mais sutil e a mais lenta a mais densa.

As partículas mais sutis passando em maior velocidade por dentro das partículas mais
densas. Devido a essa diferença de velocidade e capacidade de oscilar, cada plano
conserva a sua identidade, juntamente com seus habitantes, que podem ter ou não
consciência dos habitantes dos outros planos. Há interferência de um plano em outro,
mas ela é regulada por leis.

Olhemos agora para a depressão no centro da parte superior. Veremos um fuxo


contínuo de partículas mais sutis que os átomos adi, penetrando na esfera por essa
depressão e prosseguindo na direção do polo sul. Este fuxo de partículas sutis, em seu
trajeto do polo norte ao sul, seguindo a curvatura da esfera em todo o seu espaço
interno, adquire a aparência de uma esfera que gira num ângulo de noventa graus
(ângulo reto) com a direção de rotação das matérias dos planos e forma a rede
entrelaçada.

Este fuxo é o resultado da atuação de entidades cósmicas chamadas Senhores de


Raio. Eles se manifestam através das sete estrelas principais da constelação de Ursa
Maior. Como são sete as cores do espectro luminoso, Mestre Tibetano usa a expressão
"bandas esferoidais de cor".

As partículas portadoras das energias e informações referentes às qualidades dos


Senhores de Raio têm comportamentos diferentes, sendo específcas para cada Raio.
Por isso é possível identifcar essas "esferas longitudinais" dos Raios, que giram
simultaneamente. É bom recordar que estamos estudando o sistema solar como um
todo, no seu aspecto movimento, logo não cabe um aprofundamento do assunto Raios.

Pelo processo de penetração de uma partícula sutil em outra mais densa ocorre a
atuação de um raio em outro, não cabendo aqui o detalhamento técnico dessa
operação, pois é um assunto bastante complexo. Todas as matérias de todas as
esferas são infuenciadas e qualifcadas por essas energias de Raios.

Vamos agora procurar interpretar o que o Mestre Tibetano quis dizer quanto ao
trabalho dos quatro Maharajás. Se analisarmos bem os movimentos ortogonais (em

175
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ângulo reto) dos dois conjuntos de esferas (planos e Raios), considerando os objetivos
dos dois conjuntos (experiências materiais e qualidades), perceberemos nitidamente
quatro setores de esfera. Se cortarmos uma esfera nos sentidos vertical e horizontal
em ângulo reto, teremos os quatro setores. Como as esferas estão em rotação
horizontal (experiências materiais) e vertical (qualidades), os quatro Maharajás ou
Senhores do Carma têm seus setores para aplicação do carma, uma vez que podem
dispor de matérias e qualidades diferenciadas para a execução do carma.

Como prova da lógica do que o Mestre Tibetano diz, é sufciente lembrar o fato, tão do
conhecimento da Astronomia, do alinhamento do eixo norte-sul da Terra com as sete
estrelas boreais, provocando a inclinação desse eixo em relação com a eclíptica, que é
no momento de 23 graus aproximadamente. O alinhamento atual é com a estrela
Polaris, a alfa de Ursa Menor. Essa estrela tão brilhante, só visível acima de 70 graus
norte, é na realidade um sistema de cinco estrelas, um binário em torno do qual giram
três estrelas. Há uma grande particularidade em relação a essa estrela sob o ponto de
vista esotérico. Ela está alinhada com as estrelas Dubhe e Merak, respectivamente as
alfa e beta de Ursa Maior e serve de fltro para as energias de primeiro e segundo raios
de Dubhe e Merak respectivamente. Merak (segundo raio) está mais próxima da Terra.
Consequentemente as energias de primeiro raio de Dubhe são atenuadas pelas de
segundo raio de Merak e atenuadas e adequadas por Polaris às condições da Terra.

Aqui encerramos nosso estudo. Voltaremos continuando com esse assunto, quando
estudaremos o impulso e a fricção, nas páginas 148 e 149 do Tratado sobre Fogo
Cósmico. A absorção fcará para a outra semana, por ser um assunto mais complexo,
exigindo mais explicações.

Estudo 036

Efeitos do Movimento de Rotação - Impulso e Fricção (Páginas 148 e 149 do Tratado


sobre Fuego Cósmico)

Impulso - Esse impulso aqui é consequência da repulsão provocada pelo movimento de


rotação. Quando dois átomos, girando cada um em torno de seus próprios eixos no
mesmo sentido, aproximam-se, tendem à repulsão, porque no lado da aproximação os
movimentos são opostos, conforme se vê no desenho abaixo:

176
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Esta é a lei de Repulsão, subsidiária da grande Lei de Economia, que rege a matéria.

Temos um exemplo da aplicação do movimento de rotação no lançamento de sondas


espaciais, quando a força gravitacional é aproveitada para acelerar a sonda, conforme
se vê no desenho abaixo:

É a força de repulsão que mantém os planetas e asteroides afastados entre si e em


seus lugares, como também faz com que estrelas mantenham-se em seus locais
determinados, formando sistemas estelares e sistemas estelares formem galáxias e
assim por diante. É a Lei de Repulsão que permite aos planos e subplanos conservarem
suas identidades materiais.

Observem que estamos considerando a repulsão. Todavia o que mantém os astros


ligados, apesar da repulsão, formando sistemas ? É a energia do Espírito ou Primeiro
Logos, através do Filho, Segundo Logos, que atrai e sustenta os sistemas. Não
podemos esquecer que os sistemas são formas, pelas quais os Seres Cósmicos se
expressam e evoluem.

Vemos então de um lado o Espírito, por meio do seu segundo aspecto e do fogo solar,
atuando para construir e estabilizar sua forma, de outro lado a matéria opondo-se à

177
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
união. Essa luta caracteriza a manifestação, é o que chamam luta entre o bem e o mal.
Contudo, é por intermédio dessa luta que o Espírito desenvolve sua força, torna ativas
suas potencialidades, descobre os segredos da matéria neste atual sistema solar, no
qual as condições reinantes são outras e a matéria está mais forte do que no sistema
solar anterior, pois nele a meta foi desenvolver ao máximo a matéria (terceiro aspecto).

Mas o Espírito, cada vez mais, impõe sua força atrativa (fogo solar) e, lentamente, vai
subjugando a matéria, vencendo sua repulsão e construindo formas melhores, que
expressam com crescente fdelidade suas qualidades, que assim se aprimoram,
agigantam-se, traduzem atividades e responsabilidades que nunca foram imaginadas,
mas sabemos que existem, por um raciocínio lógico, quando consideramos as funções
de unidades menores dentro de unidades maiores.

Vamos esclarecer o acima dito. O reino humano constitui o chacra laríngeo do nosso
Logos Planetário. Como a maioria da humanidade ainda não está num bom nível
evolutivo para essa função, somente os Iniciados planetários trabalham efetivamente
nas pétalas do chacra laríngeo do Logos. Essa atividade é exercida na matéria búdica e
acima. A descrição dessa atividade não cabe neste estudo, apenas podemos afrmar
com convicção e certeza lógicas que não é o "dolce far niente" (doce não fazer nada)
ou a eterna adoração a Deus, defendidas a unhas e dentes pelos religiosos, ainda
fortemente dominados pelas energias da era de Peixes (6º Raio) e resistindo
fortemente às energias de Aquário (7º Raio).

De época em época o confito Espírito/matéria continua e a matéria cada vez perde


poder. Lentamente (tanto que quase não se percebe do plano físico) o poder de
atração do Espírito vai enfraquecendo a resistência da matéria, até que no fnal dos
ciclos solares maiores produzir-se-á a chamada destruição e a Lei de Repulsão será
dominada pela Lei de Atração. Constitui a destruição da forma e não da matéria, pois
esta é indestrutível. Podemos ver isso agora na vida microcósmica, no processo de
desintegração da forma, a qual se mantém como unidade separada ao empregar o
mesmo método de rechaçar de todas as outras formas.

Esta situação gradual e imperceptível pode ver-se no que respeita à Lua, a qual já não é
rechaçada pela Terra, uma vez que dá ao nosso planeta sua própria substância. H. P.
Blavatsky insinua isto na Doutrina Secreta, quando diz que a Lua cessou sua rotação.

Fricção - Primeiramente vamos procurar entender melhor o que seja fricção. Sabemos
que na física a fricção ou atrito gera calor, produz eletricidade estática e gera
desgaste. Sabemos ainda que um campo magnético, ao cortar um condutor, produz

178
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nele uma corrente elétrica, sendo que podemos considerar o corte como sendo uma
fricção. Quando um campo de força atua em outro ou em qualquer objeto, podemos
considerar essa atuação como um atrito ou fricção. Em decorrência dessa linha de
raciocínio, podemos concluir que a fricção é a atuação de uma unidade de matéria em
outra, ou seja, é o resultado da convivência das unidades de matéria, que assim
aprendem a viver juntas, a se entenderem, a se ajudarem, a se harmonizarem e,
unindo-se, formarem unidades maiores e mais complexas. Isso é adaptação, um das
leis subsidiárias da Lei de Economia. Daí a importância do fogo por fricção no processo
evolutivo. Isto posto, vamos estudar os resultados da fricção:

a. vitalidade do átomo. Na transferência de energia de um átomo para outro, o


receptor é vitalizado;

b. ao ser vitalizado, receber e dar energia e ao agir de acordo com o propósito da


unidade maior da qual faz parte (uma forma), o átomo aprende a agir coerentemente;

c. em toda essa atividade o átomo aprende a atuar e ser útil;

d. fazendo parte de uma forma (unidade maior), o átomo contribui para o aumento da
energia e calor dessa forma, quer seja dentro de uma célula na forma microcósmica,
quer seja um planeta girando dentro de um sistema solar, ou vários sistemas solares
girando no corpo de uma galáxia;

e. fnalmente, quando um determinado grau de perfeição é alcançado, ocorre a


desintegração da forma, o que supõe a fusão dos fogos. É este o segredo da
obscuração fnal e do pralaya. Sempre os três fogos estão envolvidos: elétrico, solar
e por fricção, em diversos níveis.
Vamos concluir nosso estudo, analisando uma situação que choca muitas pessoas, à luz
dos ensinamentos do Mestre Tibetano, que são perfeitamente lógicos e racionais,
afastando-nos das explicações religiosas irracionais.

Uma pessoa morrendo em decorrência de um câncer generalizado. Está ocorrendo a


desintegração fnal ou pralaya para esse pequeno ciclo dessa Alma. Que grau de
perfeição foi atingido, ante tanto sofrimento visível ? Que grau de fusão e sintonia foi
alcançado pelos fogos ?

Um modo de analisar e entender esse caso particular é à luz da Lei do Carma. Essa lei
procura corrigir situações que impeçam a consecução da meta estabelecida para o
ciclo maior da entidade. Ora, para a atual cadeia planetária, a meta é a quinta Iniciação

179
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetária. Para essa Iniciação tem de ocorrer antes a fusão dos três fogos. Em
determinadas situações cármicas, o antagonismo entre os três fogos é muito grande,
não cabendo aqui explicações técnicas detalhadas desse antagonismo.
Consequentemente é estabelecida para uma encarnação a eliminação de uma
determinada quantidade das energias que provocam o antagonismo e difcultam a
fusão dos fogos. Quando essa quantidade a ser eliminada é alcançada, chega o
momento do pralaya ou morte, porque aquela Alma fcou um pouco mais próxima da
meta, o que quer dizer, em última análise, que a meta transitória (para a encarnação)
foi alcançada, ou em outras palavras, foi atingido aquele pequeno "grau de perfeição"
para a encarnação.

Sabe-se que o câncer é uma doença que envolve energias do primeiro raio (o
sintetizador e o destruidor). Existe um processo pelo qual as células cancerosas
desenvolvem os seis superpoderes e passam a trabalhar apenas para si mesmas,
esquecendo a unidade maior, o corpo humano. Esses seis superpoderes são: não
esperar a autorização para se duplicar, ignorar a ordem de suicídio quando algo sai
errado na duplicação, angiogênese ou capacidade de construir vasos sanguíneos,
duplicar-se acima do limite previsto (entre 50 e 70 vezes), habilidade para migrarem
para outros tecidos e neles se multiplicarem (metástase) e ignorar a ordem de dar uma
parada nas duplicações.

Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Voltaremos quando estudaremos a absorção,
páginas 149, 150 e 151 do Tratado sobre Fogo Cósmico, tema de uma certa
complexidade, porque envolve um pouco o processo evolutivo não só do homem, como
do Homem Celestial (o Logos Planetário) e do Divino Homem Celestial (o Logos Solar).

Estudo 037

Efeitos do Movimento de Rotação - Absorção (Páginas 149,150 e 151 do Tratado sobre


Fuego Cósmico)

A absorção é o quarto efeito do movimento de rotação, provocado pelo fogo por


fricção. Ele é necessário para que a vida interna que se expressa pelo átomo viva
novas experiências, pela recepção de novas energias, de diversas qualifcações e
fontes, experimente diversas modalidades de movimento de rotação, reaja a essas
experiências, que logicamente resultam de relacionamentos com outros átomos e

180
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dessa reação sua energia interna seja estimulada.

Assim o átomo evolui no caminho da sua meta, estabelecida para este sistema solar,
contribuindo também com a sua cota para a evolução do ser mais elevado do que ele,
que pode ser o homem, o Logos Planetário, o Logos Solar e Seres maiores.

A penetração das energias no processo de absorção ocorre num determinado ponto


da superfície da esfera atômica e nesse ponto é formada uma depressão, que
podemos chamar polo norte, em analogia com o polo norte da Terra. O oposto ao pólo
norte é o polo sul, girando o átomo em torno desse eixo norte-sul, assim como a Terra.

O polo norte é o principal local de entrada de energias no átomo, mas existem outros
pontos secundários. O polo sul é o principal local de saída de energias do átomo,
havendo outros pontos secundários de saída.

Nos livros Principles of Light and Color (Princípios de Luz e Cor) de Edwin D. Babbitt
Química Oculta, da dra. Annie Besant, o átomo é descrito de uma forma compreensível,
fcando bem nítida a depressão.

Esta depressão é provocada pelas irradiações (partículas menores), que procedem em


sentido ortogonal (formando ângulo reto) com o sentido de rotação da esfera e
descem do polo norte na direção do polo sul, até um ponto intermediário.

Ali tendem a aumentar o calor latente, a produzir um maior impulso e a introduzir uma
qualidade específca, de acordo com a fonte de irradiação. A absorção das emanações
que provêm de fora da esfera encerra o segredo da dependência que existe entre uma
esfera e outra e tem sua analogia na periodicidade de um raio, que ocorre em qualquer
plano das esferas, ou seja, os raios atuam por determinados períodos de tempo,
gerando efeitos em todos os reinos, como agora, num nível mais elevado, está saindo
de atividade o sexto raio e entrando o sétimo.

Esta penetração de energia de uma esfera para outra ocorre desde um sistema solar,
como um átomo macrocósmico, até uma célula do corpo físico. O processo consiste na
penetração de partículas menores portadoras das energias em partículas maiores,
processo esse que segue uma técnica bem defnida, que não cabe aqui explicar, apenas
citamos como exemplo a introdução de um fóton em um elétron, aumentando o
dinamismo do elétron.

Como o átomo recebe e emite, ele ao mesmo tempo é negativo ou receptivo e positivo
ou irradiante, assim sendo infuenciado pelo meio ambiente e infuenciando-o. Dessa
forma fca caracterizada a dependência mútua em todos os campos de evolução,

181
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
microcósmicos e macrocósmicos.

No nosso sistema solar existe uma interação muito importante, dentro dessa troca de
energias, que segue um planejamento no nível do Logos Cósmico, ao qual nosso Logos
está ligado intimamente. É lógico que nós, seres humanos, em particular, somos
fortemente afetados por essa interação.

A estrela Sírius (binário), as Plêiades (sete) e as sete estrelas principais (Dubhe, Merak,
Phekda, Megres, Alioth, Mizar e Benetnash) da Ursa Maior têm fortes relacionamentos
com o nosso sistema.

Assim como do sol são emitidos três energias, denominadas eletricidade (fogo por
fricção/elétrico, raios de luz de aspecto prânico (fogo por fricção/solar) e akasha (fogo
por fricção/por fricção), que mantêm nosso sistema em plena atividade e evoluindo,
igualmente desses astros chegam a ele esses fogos, porém em nível cósmico.

Mestre Tibetano esclarece apenas o fogo proveniente das Plêiades, que é o fogo
elétrico cósmico, que atua no físico cósmico, sendo por isso fogo por fricção
cósmico/elétrico. Quanto aos demais Ele sugere que nós façamos as deduções.
Achamos que Sírius nos manda fogo por fricção cósmico/por fricção e a Ursa Maior
fogo por fricção cósmico/solar. Observamos que esses astros desenvolvem outras
atividades em relação ao nosso sistema, conforme veremos quando entrarmos na
segunda parte do livro.

O nosso Logos Solar, com o seu sistema total, que é muito maior do que o sistema
planetário aceito pelos astrônomos, é a personifcação do aspecto Amor do Logos
Cósmico (chacra cardíaco) e portanto irradia essa energia para todo o seu corpo,
sendo positivo nesse sentido.

Igualmente, as Plêiades, ao mesmo tempo em que são positivas para nós, irradiando
fogo por fricção cósmico/elétrico, são negativas ou receptivas para os sete Rishis da
Ursa Maior, conforme vemos na página 296 do livro, no V diagrama, Evolução de um
Logos Solar. Quando chegarmos a essa parte, o assunto será mais esclarecido e
veremos a grandiosidade imensa dentro da qual estamos inseridos.

Sintetizando o que foi dito sobre os efeitos do movimento de rotação nos planos físico
e astral, podemos concluir o seguinte:

1. a separação é o efeito da repulsão;

2. o impulso é o efeito interno;

182
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3. a fricção é o efeito no ambiente;

4. a absorção é o efeito receptivo ou atraente.


Esses resultados ocorrem em todos os átomos, nos planetas, nas estrelas, nas
constelações, nas galáxias, nos aglomerados de galáxias, nos aglomerados de
aglomerados de galáxias, nas chamadas paredes, que são conjuntos de milhões de
aglomerados de aglomerados de galáxias e maiores ainda, como os astrônomos
descobrirão, quando possuírem telescópios de maior alcance.

Devemos procurar entender e visualizar essas interações e seus efeitos na matéria


astral e deduzir, em termos práticos, o que ocorre no comportamento humano, em sua
parte emocional, uma vez que a grande maioria da humanidade está centrada na
emoção e muito distante da polarização mental. Enfatizo aqui que a polarização mental
não signifca de modo algum ausência de sentimento e emoção, mas pelo contrário,
eles se tornam muito mais intensos pela ação da mente vigilante, poderosa e em
contato com a mente abstrata, conferindo ao homem maior sensação de vida e muito
mais capacidade de ser útil à humanidade e à Hierarquia.

Os efeitos do movimento no plano mental serão estudados na segunda parte do livro.

Apresentamos a seguir o V Diagrama da página 296 do Tratado sobre Fogo Cósmico e


o átomo do livro do Babbitt.

183
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Voltaremos a seguir quando estudaremos as qualidades do movimento de rotação:


inércia, movimento e ritmo, que são as três gunas (tamas, rajas e satwa), nas páginas
151 e 152 do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Estudo 038

Qualidades do Movimento de Rotação (Páginas 151 e 152 do Tratado sobre Fuego


Cósmico)

O movimento de rotação, produzido pela ação do fogo por fricção, confere à matéria
de qualquer plano três qualidades fundamentais, chamadas gunas em alguns textos e
que são: inércia (tamas), mobilidade (rajas) e ritmo (satwa).

É muito importante que fque bem claro que estudaremos apenas as qualidades da
matéria e não da consciência, muito embora elas sejam interpretadas pela consciência

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como informações, após terem passado por todo o processamento específco para
cada veículo. Pelos mecanismos de percepção (Jnanaindryas ou sentidos, existentes
em todos os corpos), essas qualidades (que atuam através de oscilações ou vibrações)
chegam à consciência, em qualquer veículo, sendo o cérebro físico sua sede quando
estamos encarnados fsicamente. Não vamos agora detalhar o processamento que
ocorre nos veículos, fcando para mais tarde.

Esclarecemos que o termo inércia é empregado aqui em dois sentidos: ausência de


outro movimento que não o de rotação e a resistência a mudar o estado em que se
encontra, essa última a defnição da física, na parte em que trata da mecânica. Ficará
bem claro o sentido, conforme o caso. Comecemos pela inércia.

Inércia - Está presente em todos os átomos, no início de qualquer manifestação, quer


seja um ciclo solar ou mahamanvantara (cem anos de Brahma ou um sistema solar),
uma cadeia planetária, um globo ou qualquer forma esférica, sem exceção. Abrange a
totalidade das formas em manifestação dentro do sistema solar. Nossos veículos ou
corpos estão inclusos.

Nessa fase inicial, quando prevalece apenas a energia do Terceiro Logos (a Primeira
Emanação) e não existe ainda nenhuma forma, as esferas somente giram em torno do
próprio eixo, não havendo ainda atração nem repulsão. As três divisões do fogo por
fricção (elétrico, solar e por fricção) estão no interior da esfera ou átomo, latentes,
provocando unicamente o giro, sem outro movimento, havendo portanto inércia, no
sentido de que as esferas não passam daí, em outras palavras, não há produção
nenhuma. É uma quietude relativa, ou seja, não há ainda inter-relacionamento, só
movimento individual, que, ao ser atingido um determinado grau de intensidade,
estabelece condições para que advenha a Segunda Emanação, do Segundo Logos, para
a construção das formas e então surge o:

Movimento - É um movimento diferente do giro. A Segunda Emanação induz nas


esferas ou átomos o impulso para a geração das formas, que então se aproximam
(outro movimento), trocam energias entre si (irradiação), atraem-se ou repelem-se,
nascendo as formas quando há atração.

Começam então as oscilações ou vibrações, tão presentes em nossa vida diária. Vamos
dissecar um pouco esse assunto.

Quando a corda de um violino vibra sob a ação do arco do violinista, essa oscilação é
mecânica. Quando o cone de papelão de um autofalante oscila sob a ação da corrente
elétrica variando na bobina móvel, produzindo o som, temos ainda uma oscilação

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mecânica. Todavia a corrente elétrica variando na bobina móvel também é uma
oscilação, com a diferença de que o que oscila é a intensidade da corrente elétrica.
Vamos dar exemplos práticos, para que esses conceitos fquem bem claros.

Imaginemos um atleta corredor, que fzesse o seguinte treino: o trajeto a ser percorrido
por ele seria de 1000 metros. Iniciaria a corrida, aumentando a velocidade
gradualmente até 20km/hora (333metros por minuto), ao atingir essa valor, reduziria
aos poucos até a parada, para repetir esse ciclo várias vezes até completar os 1000
metros. Por meio do gráfco abaixo, vemos claramente que é uma oscilação, no sentido
de que ocorrem re petições ordenadas de procedimentos:

É muito importante que esse conceito de oscilação, tão conhecido pelos físicos e
técnicos de eletrônica, fque bem assimilado nas mentes de todos, pois o que ocorre
em nossos veículos é exatamente isso.

Vejamos mais um exemplo do que ocorre em nossos aparelhos de televisão:

Neste segundo gráfco, vemos um exemplo de uma onda retangular, onde percebemos
nitidamente a oscilação da voltagem da corrente elétrica e a forma dessa oscilação.

Vejamos mais um gráfco de oscilação em que ocorre mudança de polaridade:

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Essa onda senoidal é a que alimenta nossas residências de eletricidade, na frequência


de 60 Hz, que quer dizer 60 ciclos por segundo. Existem também as ondas
eletromagnéticas, já explicadas em estudos anteriores. Essas oscilações, que são
movimentos, estão presentes em todos os planos e níveis de evolução, em todos os
reinos, em todos os planos, na ação dos raios, nos relacionamentos humanos,
planetários, de sistemas solares, de sistemas de sois formando veículos de expressão
de Logos Cósmicos, de sistemas de Logos Cósmicos constituindo corpos de
manifestação do Parabrahma Cósmico, conforme Mestre Tibetano chama e assim por
diante.

No futuro, quando o ocultista for realmente um cientista, ele analisará o que ocorre nos
corpos do homem à luz das formas de onda, frequência e intensidade das oscilações
das partículas. No momento poucos, muito poucos, têm essa concepção, que está
baseada nos ensinamentos do Mestre Tibetano, este Grande Cientista do Ocultismo,
que tanto tem ajudado a humanidade na busca do conhecimento verdadeiro e
autêntico.

Essa interação de ondas conduz à máxima sintonia, o que leva à terceira qualidade:

Ritmo - É o ponto de equilíbrio, máxima sintonia, máximo alinhamento ou fase das


ondas e a consequente estabilidade. A busca desse ponto é longa. Procuremos
esclarecer estes conceitos por meio de gráfcos.

Abaixo temos 2 esferas oscilando nas mesmas frequência, forma de onda e fase,
próximas entre si. Pela Lei de Economia não haverá confito entre essas esferas, nem
perdas ou distorções, dando-se então a máxima transferência de energia, com
benefícios mútuos. É um exemplo de atração. Essas esferas estão aptas a constituírem
uma forma.

187
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Outro exemplo de sintonia, por fase:

Neste gráfco vemos 3 casos de fase: fora de fase (no exemplo 90 graus), havendo
distorção e perda de rendimento; em fase, quando o rendimento é máximo; em
oposição total, quando um ciclo de uma onda começa num sentido (polaridade), o ciclo
da outra começa em sentido oposto (polaridade oposta). Nesses casos temos de ver
também a frequência das 2 ondas. Um exemplo amplamente conhecido de ondas em
fase é o laser, no qual as ondas luminosas estão perfeitamente em fase, produzindo os
efeitos que todos conhecem.

Esse tipo de análise parece nada ter a ver com o esoterismo, mas tem e muito. Embora
tenhamos apenas considerado as qualidades do movimento da matéria, não podemos
esquecer nunca que os efeitos dessas qualidades constituem alimentação para a
consciência. Usando a linguagem da eletrônica, essas ondas da matéria são o "input"
(entrada) para a consciência, na qual provocam alterações, que produzem "output"
(saída) não só através dos mecanismos de ação (carmaindryas), como nos próprios
veículos. Os efeitos na consciência serão estudados mais tarde, ao longo do Tratado
sobre Fogo Cósmico. Logo existe uma correlação entre frequência e forma de onda
dos movimentos da matéria dos corpos do homem e sua consciência. Analisando-se
pois esses parâmetros, poderemos tirar conclusões sobre o que ocorre na consciência,

188
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
o que será utilíssimo no trabalho de cura e para acelerar o processo evolutivo.

Quando ocorre o equilíbrio perfeito (que sempre é relativo), são produzidos alguns
efeitos específcos, que parecem ser contraditórios e paradoxais, como diz o Mestre
Djwal Khul, mas se refexionarmos profundamente, usando a lei da Analogia, que Ele
tanto recomenda e que nós usamos, quando fazemos a comparação com os
fenômenos da eletrônica e colocamos os resultados ante a meta da evolução,
concluiremos que são perfeitamente lógicos e coerentes.

Esses efeitos são:

a. A desintegração da forma - é evidente, porque se o objetivo foi alcançado, o


instrumento (a forma) não é mais necessário.

b. A liberação da essência confnada na forma - é lógico, porque o Espírito ou a


Mônada atingiu seu objetivo e não tem mais nada a fazer com a forma.

c. A separação da Mônada e da matéria (forma) - também consequência evidente.

d. O fm de um ciclo, seja humano, planetário, solar ou cósmico.

e. A obscuração e o fm da objetividade ou manifestação, que não signifca o término


da existência.

f. A reabsorção da essência e novamente a fusão da matéria diferenciada com a raiz


da matéria - no caso da desintegração do sistema solar considerando o físico
cósmico (os sete planos, do físico sistêmico ao adi), as energias do Logos Solar que
constituem as Terceira e Segunda Emanações e que geraram o sistema, são
recolhidas por ELE e então cessa a diferenciação, pelo término do movimento,
restando apenas a matéria raiz, enriquecida pelas experiências adquiridas e que será
utilizada em outro grande ciclo solar (outro sistema solar). Nada se perde.

g. O fm do tempo e do espaço, como os compreendemos. É óbvio, uma vez que os


conceitos de tempo e de espaço estão intimamente ligados à matéria.

h. A unifcação dos três fogos e a combustão espontânea, se assim podemos


expressar -Ocorrendo a sintonia perfeita entre os três fogos, haverá a máxima
transferência de energia entre eles, com o máximo de rendimento e ganho, surgindo
então um pico de energia, como se diz na linguagem da física, que leva à combustão
total.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
i. A atividade sintética da matéria nos três tipos de movimento - giratório, em espiral-
cíclico e progressivo - cujo movimento unifcado será produzido pela interação dos
fogos da matéria, da mente e do Espírito - muito claro e explícito, o Mestre já disse
tudo, sem necessidade de mais explicações.
Concluindo, podemos afrmar que quando o ponto de equilíbrio ou ritmo é alcançado,
por um sistema cósmico, solar, planetário (uma cadeia) no caso do macrocosmos e em
qualquer corpo do homem (o microcosmos), então o morador é liberado da prisão;
pode retirar-se à sua fonte de origem, abandonando a envoltura que lhe serviu de
cárcere e sai do meio ambiente que utilizou para adquirir experiência e foi o campo de
batalha entre os pares de opostos (Mônada e matéria). A forma ou envoltura, qualquer
que seja a classe, automaticamente se desintegra.

No próximo estudo veremos O Movimento de Rotação e o Simbolismo, nas páginas


152, 153 e 154 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

Estudo 039

O Movimento de Rotação e o Simbolismo (Páginas 152, 153 e 154 do Tratado sobre


Fuego Cósmico)

Existe um princípio universal sobre o simbolismo: "Toda esfera giratória de matéria


pode ser representada empregando-se os mesmos símbolos gerais cósmicos, que se
utilizam para representar a evolução." (Mestre Tibetano)

1. O círculo - Simboliza o "círculo não se passa" da matéria indiferenciada, em outras


palavras, os limites impostos pelo Logos Solar, quando defne o espaço dentro do
qual vai vivenciar e desenvolver mais um grande ciclo de sua escalada evolutiva
cósmica, através da quantidade de matéria cósmica selecionada, para Ele formar e
construir as muitas combinações, de acordo com o seu propósito e através desse
veículo relacionar-se com o mundo cósmico ambiental e os Grandes Seres Cósmicos,
não só seus Pares como seus Superiores, melhor dizendo, Os que estão acima d´Ele.

Sob o ponto de vista etérico representa um sistema solar ou o corpo logoico, um


planeta ou o corpo de um Homem Celestial (Logos Planetário) ou um corpo humano,
no caso da manifestação inicial e uma só célula no corpo humano ou animal, um
átomo químico ou físico. Não esquecer que o etérico para o Logos Solar é o conjunto

190
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dos planos búdico, átmico, monádico e adi.

2. O círculo com o ponto no centro - Signifca o calor latente no coração da matéria; o


ponto de fogo, o instante da primeira atividade giratória, o primeiro esforço
provocado pelo calor latente, efetuado pelo átomo para chegar à esfera de infuência
de outro átomo, o que é a primeira irradiação, o primeiro esforço de atração e a
consequente repulsão, dando como resultado:

3. A divisão do círculo em duas partes - Marca a rotação ativa e o início do


movimento do átomo de matéria (além do movimento de rotação em torno do próprio
eixo), expandindo a infuência do ponto positivo dentro do átomo de matéria, até que
o raio dessa esfera de infuência se estenda do centro à periferia. No local em que
essa infuência (a vida interna manifestando-se como fogo tríplice) toca a periferia, é
estabelecido um contato com a infuência advinda dos átomos vizinhos; assim inicia-
se a irradiação (relação não-eu eu) e surge o ponto de depressão, que caracteriza a
afuência (entrada) e a efusão (saída) de força e calor.

Aqui somente é explicado como aplicar os símbolos cósmicos à matéria e nos


ocupamos da manifestação, de um ângulo estritamente material. Exemplifcando,
usamos o símbolo do ponto dentro do círculo para representar a esfera da matéria e
o ponto de calor latente. Não tratamos aqui da matéria conformada e qualifcada por
um ente, que representa para a matéria à qual deu forma um ponto de vida
consciente, pois aí surgem infnitos outros movimentos secundários.

Estamos considerando unicamente a matéria, o calor latente e o efeito produzido


pelo movimento giratório do calor irradiante e a consequente interação entre os
grupos atômicos. Resumindo, estamos estudando apenas o movimento das
envolturas, o que faremos também na quinta divisão, O Movimento e os Centros.

4. A divisão do círculo em quatro partes - Este é o verdadeiro círculo da matéria, a


cruz de braços iguais do Espírito Santo (O Terceiro Aspecto, Brahma), personifcação
da matéria inteligente ativa. Este símbolo representa a qualidade quadridimensional
da matéria e a penetração do fogo em quatro direções; sua tríplice radiação está
simbolizada nos triângulos formados pela quádrupla cruz. De fato os quatro setores
do círculo gerados pela cruz dentro do círculo podem ser olhados como quatro
triângulos, conforme se vê na fgura abaixo:

191
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Não signifca que o átomo realize quatro revoluções, mas a qualidade


quadridimensional da revolução, que é a meta perseguida. Temos várias maneiras de
entender essa quadridimensionalidade. Os movimentos referentes aos três fogos são:
rotação - fogo por fricção , espiral-cíclico - fogo solar , progressão - fogo elétrico,
somando, temos: rotação + espiral + cíclico + progressão = 4. Um outro modo é: o
terceiro aspecto, atividade inteligente da matéria se divide em quatro atributos:
harmonia pelo confito, conhecimento concreto, idealismo devocional e
organização/magia cerimonial, que são qualidades. Vejamos os movimentos dos
chacras. Primeiro a rotação de cada partícula componente, segundo o movimento que
vai do núcleo do chacra à periferia e retorna ao núcleo, terceiro a oscilação das
partículas e quarto o giro de todos esses três movimentos simultâneos em torno de um
eixo, como um prato girando, conforme se vê no desenho abaixo:

Esses quatro movimentos são expressões na matéria de qualidades essenciais para a


evolução não só dela como do Espírito ou Mônada, que a utiliza em seu processo.

192
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Atualmente, na quarta ronda e quarta cadeia, essa meta já começou a ser percebida e
entendida, em graus diferentes, é claro, conforme o nível evolutivo de cada um, ou
seja, alguns entendem-na em maiores clareza e profundidade, outros de forma ainda
distorcida.

À medida que se desenvolve no átomo a quinta espirila ou quinta corrente de força e o


homem pode entender o movimento giratório quadridimensional, reconhecer-se-á a
exatidão deste símbolo. Constatar-se-á então que todas as envolturas, em sua
progressão da inércia ao ritmo, passando pelo movimento, percorrem todas as etapas,
sejam as envolturas logoicas, os raios em que se ocultam os Homens Celestiais, os
planos que formam os corpos de certas Entidades Solares, o corpo causal (a envoltura
do Ego ou Alma no plano mental), a constituição etérica do corpo físico humano ou
uma célula desse corpo etérico. Estas formas materiais (que existem em matéria
etérica, a verdadeira matéria de todas as formas) são inicialmente ovoides
indiferenciados, logo giram ativamente ou manifestam calor latente, em seguida
expressam dualidade ou fogo latente e irradiante; a conjunção de ambos dá por
resultado a atividade quadrimensional, a roda ou forma que gira sobre si mesma.

5. A suástica - Fogo que se estende não só da periferia ao centro em quatro direções,


como também circula e irradia gradualmente desde a periferia e ao redor de toda ela.
Isto signifca uma atividade total em todos os aspectos da matéria, até que
fnalmente temos uma roda ígnea e famejante que gira em todas as direções, com
irradiantes canais de fogo, que vão do centro ao "círculo não se passa" - fogo para
dentro, para fora e ao redor, até que a roda se consuma e somente resta fogo
perfeito. Abaixo um desenho ilustrativo:

Devemos analisar esses movimentos como efeitos de qualidades da Mônada, através

193
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Alma, na matéria. Quando esses movimentos atingem a perfeição estabelecida para
o atual grande ciclo, a matéria é redimida e é este o verdadeiro signifcado da
expressão "redenção da matéria". No caso do homem, essa redenção ocorre na quarta
Iniciação planetária, a segunda Solar. No caso do Logos Solar, quando Ele recebe a
Quarta Iniciação Cósmica.

No próximo estudo trataremos do Movimento e os Centros, páginas 154 e 155 do


Tratado sobre Fogo Cósmico.

Estudo 040

O Movimento e os Centros (Páginas 154 e 155 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

A relação entre o movimento e os centros pode ser estudada sob três óticas. Muito foi
dito e escrito e ainda continua sobre os centros ou chacras. Paira um grande mistério
sobre o assunto, o que levou muitos a entrar numa área que não lhes compete. Neste
estudo serão proporcionadas informações para esclarecer um pouco esse tema e
apresentar um novo ponto de vista, para a pesquisa e o entendimento destes
complicados tópicos. Em hipótese alguma serão fornecidas instruções para vivifcar e
ativar os centros.

Cabe aqui uma importante e solene advertência. O homem deve levar uma vida de
elevado altruísmo e adotar uma disciplina que controle e refne seus corpos inferiores.
Uma vez feito isto e elevada e estabilizada sua vibração, descobrirá que o
desenvolvimento e a consequente atividade dos centros efetuaram-se paralelamente e
a tarefa prosseguiu na direção certa, sem a sua participação direta. Grande perigo e
deploráveis calamidades ameaçam o homem que desperta os centros, empregando
métodos ilegítimos e experimentando com os fogos do seu corpo, sem ter o necessário
conhecimento técnico. Pelo esforço poderá despertar os fogos e intensifcar a
atividade dos centros, sofrerá porém o castigo de sua ignorância, destruindo a matéria,
queimando os tecidos do corpo ou do cérebro, provocando a demência e abrindo as
portas para energias indesejáveis e destruidoras. Não é covardia ser prudente e
cuidadoso com referência às questões da vida subjetiva. Em consequência o estudante
deve fazer três coisas:

1. Purifcar, disciplinar e transmutar sua tríplice natureza inferior (corpos físico,

194
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
astral e mental).

2. Buscar o conhecimento de si mesmo e equipar o corpo mental; o corpo causal há


de ser construído através de bons pensamentos e ações. Isto signifca entender a
construção e funcionamento de seus três corpos inferiores, físico, astral e mental
(inferior e causal), o que pode ser amplamente conseguido pelo estudo profundo do
Tratado sobre Fogo Cósmico, do Mestre Djwal Khul e assim acelerar em muito sua
evolução.

3. Servir a sua raça com total abnegação, o que inclui passar conhecimentos.
Assim procedendo ele cumpre a Lei, condicionando-se para receber treinamento e
capacitar-se para receber a culminante aplicação do Cetro de Iniciação. Dessa forma
minimizará os riscos de despertar os fogos. Toda a intenção dessa divulgação de
informações é projetar mais luz sobre os centros, demonstrar sua inter-relação e
explicar os efeitos produzidos pelo correto desenvolvimento. Para isso, como já foi
dito, dividiremos o tema nas seguintes partes:

1. A natureza dos centros.

2. Os centros e os raios.

3. Os centros e o kundalini.

4. Os centros e os sentidos.

5. Os centros e a Iniciação.
Pelo acima exposto vê-se que o assunto não só é amplo como complexo. Isto é devido
a que a atual humanidade está obrigada a aceitar as afrmações daqueles que alegam
saber (a Hierarquia), porém até que o homem consiga a clarividência, não estará em
condições de comprovar o que lhe é dito. Quando ele puder ver e provar por si mesmo,
então ser-lhe-á possível verifcar estas afrmações; todavia o momento ainda não
chegou, exceto para uns poucos (os que já passaram pelo menos pela segunda
Iniciação).

Não podemos esquecer nunca que estamos estudando a relação entre o movimento e
os centros ou chacras. Como os chacras são constituídos de átomos e moléculas, que
efetuam movimentos, podemos entender claramente que, conforme a fonte da energia
que atua nos chacras, variarão o movimento e seus efeitos na consciência e no
comportamento. São quatro as fontes de energia que podem agir nos chacras,
conforme discrimina o Mestre. Nesta etapa iremos estudar esses efeitos, sem descer a

195
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
muita profundidade, olhando mais o movimento em si.

Podemos concluir, tendo em vista o acima dito, que se pudéssemos ver a forma do
movimento executado pelas partículas dos chacras, estaríamos capacitados em
diagnosticar o estado de consciência e o comportamento das pessoas, o que seria de
grande valia para a compreensão e o trabalho de cura. Essa conclusão é análoga à
técnica muito empregada na eletrônica, quando, através de um aparelho chamado
osciloscópio, o técnico pode ver as diversas formas de onda presentes em diversos
pontos do equipamento (uma televisão, um videocassete etc) e descobrir o defeito,
com base nas alterações dessas formas. Formas de onda são movimentos de
partículas, no caso elétrons.

Quando a humanidade for dotada de clarividência etérica e astral, fcará comprovado


tudo isso. Os que estão indo mais depressa, já têm a certeza. No corpo mental ocorrerá
o mesmo, quando surgir a clarividência mental.

O item 4, os centros e os sentidos, é muitíssimo interessante, importante e prático, pois


nos dá uma visão de grande amplitude e profundidade em relação aos sentidos, desde
o corpo físico até o corpo átmico. Essa visão, proveniente das explicações claras e
lógicas do Mestre, permite que entendamos, com crescente clareza, os modos de vida
nos diversos planos, do físico ao átmico. A expressão "crescente clareza" signifca que,
a cada vez em que meditamos sobre o assunto, obtemos mais clareza e percebemos
coisas antes não vistas, o que é o mesmo que enxergar os muitos reinos de Deus, os
quais teremos de dominar, passo a passo, para prestarmos serviços mais elevados,
mais sofsticados, mais importantes e mais úteis ao nosso Logos Planetário,
simultaneamente com a maior plenitude de vida. É assim que será compreendida a
atividade dos Mestres nesses planos, como, por exemplo, a natureza do trabalho deles
e seus discípulos (iniciados) nas pétalas do chacra cardíaco do Logos Planetário. Nós
consideramos esse item 4 o mais importante e esclarecedor, por causa dessa visão
clara e lógica dos mundos sutis, o que nos levou a um maior esforço no sentido de
acelerar conscientemente o nosso processo evolutivo, através de toda a técnica
explicada pelo Mestre.

Se todos puderem entender com clareza o que vai ser explicado mais adiante sobre
esses tópicos, conseguindo perceber com nitidez como é a ação do Iniciado nesses
mundos sutis, com a mesma nitidez com que entendemos a ação aqui no mundo físico,
fcará enormemente facilitada a compreensão de tudo o que será tratado na segunda
parte do livro. Todos só terão a ganhar, pois, com a convicção oriunda do claro

196
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
entender, o esforço será muito menor, já que a própria felicidade da vida mais plena
estimulará fortemente, assim como já ocorreu em nós e o desapego das coisas
materiais será automático, simplesmente pela substituição para metas maiores e mais
amplas, que nem a traça nem a ferrugem conseguem destruir. Porém é bom que
saibam que, quando um plano sutil é conquistado, o Iniciado não pode fcar preso a ele
defnitivamente, porque assim que a conquista ocorre, por maior que seja a plenitude
de vida, descortina-se um outro plano mais sutil e de maior plenitude a ser
conquistado, prosseguindo isso ao infnito, mesmo quando o Iniciado penetra no plano
astral cósmico e outros mais elevados.

O próprio Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, ao receber a Nona Iniciação, a Terceira


Cósmica e a Sétima Solar, a Grande Negação, terá de renunciar à vida no primeiro
subplano do plano astral cósmico, no qual ELE já participa no seu dia a dia da vida
emocional do Logos Solar, para ingressar no segundo subplano do astral cósmico, para
uma participação muitíssimo mais intensa da vida do Logos.

Concluindo, é de grande importância o estudo detalhado desses tópicos, para que


todos saiam do estado mental confuso para o claro e pleno de luz.

Voltaremos com o tópico A Natureza dos Centros, nas páginas 155, 156, 157 e 158 do
Tratado sobre Fuego Cósmico.

Estudo 041

A Natureza dos Centros (Páginas 155, 156,157 e 158 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)

Não serão aqui tratados todos os centros, mas aqueles mais importantes para a
quíntupla evolução do homem. Conforme já foi dito, o homem, ao terminar sua longa
peregrinação, terá passado, no regresso à sua origem, pelos cinco reinos da natureza:

1. mineral,
2. vegetal,
3. animal,
4. humano e
5. super-humano ou espiritual (dos Iniciados e da Hierarquia),
e terá desenvolvido plena consciência nos cinco planos:

197
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. físico,
2. astral ou emocional,
3. mental,
4. búdico ou intuicional e
5. espiritual, átmico ou nirvânico,
por meio dos cinco sentidos e suas analogias nos corpos dos respectivos planos:

1. audição,
2. tato,
3. visão,
4. paladar e
5. olfato.
Quando chegar a quinta ronda (a próxima), três quintos da família humana terão
alcançado este desenvolvimento (os que conseguirem, desde que já estejam se
esforçando agora)e os cinco sentidos estarão plenamente ativos nos três planos,
físico, astral e mental. Os outros dois planos, búdico e átmico, serão dominados nas
duas rondas restantes.

Deve ser realçado aqui um fato pouco conhecido. Nesta quíntupla evolução do homem
e neste sistema solar, as duas últimas rondas de qualquer ciclo planetário e as sexta e
sétima raças raízes de tais ciclos sempre são sintetizadoras. Sua função é reunir,
consolidar e sintetizar o realizado nas cinco anteriores. Por exemplo, na atual raça raiz,
as sexta e sétima sub-raças sintetizarão e fundirão o que as cinco anteriores
produziram. A analogia está no fato de que neste sistema solar os dois planos
superiores ( logoico ou divino ou adi e o monádico) são sintetizadores. O logoico é para
o Logos, o qual extrai a essência do manifestado e desenvolvido, o monádico é para a
Mônada, a qual extrai e recolhe os frutos das experiências vivenciadas durante a
objetividade.

O estudo versará sobre os centros relacionados com a evolução dos corpos sutis, a
evolução da psique e não os vinculados com a evolução e propagação do corpo físico
denso. Tais centros são cinco e sua localização é a seguinte:

1. na base da coluna vertebral, o básico, o único centro estudado que produz efeitos
físicos;

2. no plexo solar, o umbilical, o centro mais importante do ponto de vista astral;

3. na laringe, o laríngeo, o mais importante do ponto de vista mental;

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
4. na área do coração, o cardíaco, que se liga esotericamente com o plano búdico;

5. na parte superior da cabeça, o coronário, vinculado com o plano átmico.


Não serão tratados os centros inferiores da procriação, o sacro, nem o do baço, o
esplênico, que se relaciona diretamente com o corpo etérico e é o transmissor de
prana. Este último já foi tratado anteriormente.

Os centros ou chacras do homem são produzidos pelos fogos emanados pela sua
Mônada, através do canal ou condutor desses fogos, que vai da Mônada à Alma ou Ego
e daí para o corpo etérico, por um processo que podemos chamar de refexão,
passando pelos corpos mental e astral. Eles não são órgãos no sentido com que o
homem está acostumado, sendo mais usinas geradoras de forças, que alimentam e
vitalizam o corpo denso, quando são distribuídas pela rede de condutores ou canais do
corpo etérico. São vórtices porque os fogos emanados pela Mônada provocam nas
partículas dos diversos corpos esse tipo de movimento. A vinculação com a parte
densa ou objetiva é indireta e não direta, sendo pois um efeito. Esses fogos, como
ocorre em todo o mundo fenomênico, são transportados por átomos dos diversos
planos, à semelhança do fóton que penetra no elétron e o energiza e do elétron ao
transporta carga elétrica, como ensina a física.

Vemos portanto que os chacras estão ligados à Mônada, aspecto Vontade, Imortalidade
(a Mônada é imortal e todos nós somos realmente Mônadas imortais, que estão sempre
evoluindo e crescendo e não somos em hipótese alguma corpos perecíveis), Existência,
Vontade de Viver (viver no verdadeiro e amplo sentido e não apenas no mundo físico).
Estão os chacras ligados também aos poderes inerentes à Mônada, que é Vida Divina.

Podemos concluir portanto que os chacras estão diretamente ligados às energias da


Vida Divina, a imortal Mônada.

Olhando o Macrocosmos, constatamos que por trás dos movimentos giratórios e em


vórtice das nebulosas estão os grandes chacras ou centros cósmicos, surgindo a partir
desses movimentos os astros de forma esférica. Cada astro é a expressão da "vontade
de viver" de alguma Entidade Cósmica e a força atuando em vórtice, construtora,
solidifcadora e que dá coerência à forma, é a força de algum Ser Cósmico.

Os centros cósmicos que alimentam o nosso sistema solar estão no corpo mental
cósmico do nosso Logos Solar e são por assim dizer controlados por Seres Cósmicos
das sete Plêiades. Daí por refexão geram centros correspondentes no corpo astral
cósmico do Logos, que por sua vez geram centros na matéria monádica de seu corpo

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
físico cósmico, para por sua vez refetirem-se na matéria búdica (quarto éter cósmico)
de seu corpo físico cósmico e fnalmente, após passarem pela matéria mental e astral,
surgem como centros refetidos na matéria do quarto éter físico, como planetas
sagrados. Esta interpretação da atividade de Seres Cósmicos pertencentes a outras
estrelas, como é o caso de Alcione, a mais brilhante das Plêiades, dentro do corpo
mental cósmico do nosso Logos Solar, requer uma explicação muito mais detalhada, a
qual não é possível no momento, uma vez que será necessária uma sólida base de
conhecimentos, base essa que demanda um longo tempo para ser passada.

Resumindo, os Homens Celestiais (Logos Planetários) possuem centros em três planos


solares:

a. no plano monádico, o plano dos sete raios.

b. no plano búdico, onde os Mestres e seus discípulos constituem os 49 centros dos


corpos dos sete Homens Celestiais (Mestres e discípulos dos sete esquemas
planetários sagrados, que não incluem o nosso esquema terrestre).

c. no quarto éter físico, o quarto subplano físico, onde se encontram os planetas


sagrados, corpos de matéria etérica dos sete Homens Celestiais.
Façamos agora uma analogia com o microcosmos, o homem. Nele os centros estão
localizados no plano mental, em seu corpo mental, onde se origina o impulso que leva à
existência no plano físico, a vontade de encarnar. Ocorre sua refexão no plano astral,
em seu corpo astral, para em seguida refetirem-se em seu corpo etérico, sustentáculo
do corpo denso, provocando assim a objetividade da Mônada humana, analogamente
ao que ocorre com os Logos. Observem que analogia não signifca que os processos
sejam idênticos, pois há uma grande diferença, simplesmente quer dizer que existe
uma correspondência de funções. Oportunamente esclareceremos detalhadamente
esse assunto.

Podemos afrmar com convicção e certeza científca que os centros estão formados
em sua totalidade por correntes de força que partem da Mônada e passam pelo Ego ou
Alma. Aí está a explicação para o segredo da aceleração gradual das vibrações dos
centros, quando o Ego, pela primeira vez, começa a atuar e controlar a personalidade
ou os veículos inferiores. Logo, depois da primeira Iniciação, a Mônada faz o mesmo,
com mais intensidade a cada Iniciação, provocando mudanças e aumentando a
vitalidade dentro destas esferas de fogo ou força vital pura (os centros ou chacras).

200
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 042

A Natureza dos Centros (continuação) (Páginas 158, 159, 160 e 161 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)

Continuemos o estudo da natureza dos centros. Quando o homem consegue fazer com
que seus centros funcionem corretamente, eles passam a constituir literalmente o
"corpo de fogo", a verdadeira transmutação, o veículo fnal para a Mônada e seu Ego,
nos planos físico, astral e mental, aproximando-se então o dia da glória, a quarta
Iniciação, a total libertação dos mundos inferiores.

É o corpo incorruptível (citado por Paulo de Tarso), o produto da evolução, o resultado


fnal da fusão total dos três fogos, que destroem a forma, que não é mais necessária.
Fica somente a chama pura, síntese dos sete centros famejantes, que ardem com o
máximo de intensidade.

Neste fogo trino prevalece o elétrico, o dominante, em perfeita sintonia com os demais,
porém sendo o regente supremo. Os dois polos (Espírito e matéria) uniram-se
completamente através do flho, a consciência, o fogo solar, a Alma. Por isto foi dito: "
Nosso Deus é um fogo consumidor." (a Bíblia, Cor. I, XV, 53)

Três centros são chamados maiores, porque expressam os três aspectos da Mônada:
Vontade, Amor-Sabedoria e Inteligência Ativa, os quais são:

1. O centro coronário - representando a Mônada, a Vontade ou o Poder.


2. O centro cardíaco - representando a Alma ou o Ego, o Amor-Sabedoria.
3. O centro laríngeo - representando a Personalidade, a Inteligência Ativa.
Os outros dois, o básico e o umbilical estão relacionados respectivamente com os
corpos etérico e astral. Cabe aqui lembrar que são sete os centros sagrados, incluindo
o sacro, que não é tratado neste estudo e o frontal (entre as sobrancelhas), que na
realidade faz parte do coronário, com o qual se funde totalmente no fnal do processo
evolutivo humano nos planos inferiores.

O centro laríngeo é o sintetizador da vida da personalidade e está claramente vinculado


com o plano mental. Como já vimos no último estudo, o homem em consciência
cerebral está conectado (no início só potencialmente) com os cinco planos de evolução
(físico, astral, mental, búdico e átmico), através dos cinco centros físicos, da seguinte
forma: centro básico e sacro (como um só) com o físico, umbilical com o astral,
laríngeo com o mental, cardíaco com o búdico e o coronário (abrangendo o frontal)

201
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com o átmico. O centro alta maior ou carótido, depois de sua ativação e ligação com a
coluna vertebral etérica, tarefa que o homem tem de realizar, une-se ao coronário e é
sumamente importante na atividade mental.

Não podemos esquecer que o centro básico é também sintetizador, pois todo ponto
situado na região mais baixa é onde tudo se refete com maior intensidade, em toda a
manifestação.

Também é nele que se refete a fusão dos três fogos da matéria: reação nervosa,
emanação prânica e calor corpóreo, para em seguida ocorrer a segunda fusão com o
fogo de manas e solar da Alma e por último com o fogo elétrico da Mônada, quando se
dá a consumação fnal. Embora essas fusões se realizem no centro entre as omoplatas,
elas são refetidas no básico.

Esses centros, vistos como vórtices de fogo pelo clarividente, estão localizados nas
seguintes regiões do corpo etérico:

1. Na base da coluna vertebral, o básico.


2. Entre as costelas, logo abaixo do diafragma, o umbilical.
3. Na zona que abrange o mamilo esquerdo, o cardíaco.
4. No centro da laringe, o laríngeo.
5. Na cabeça, abrangendo o coronário, na cúspide e o frontal entre as
sobrancelhas.
Segundo C. W. Leadbeater, no livro Vida Interna, Tomo I,pag. 407-460, as cores e os
números de pétalas dos centros são esses:

1. Básico: quatro pétalas em forma de cruz e cor laranja.


2. Umbilical ou plexo solar: dez pétalas e cor rosa mesclado de verde.
3. Cardíaco: doze pétalas e cor dourada resplandecente.
4. Laríngeo: dezesseis pétalas e cor azul prateada, predominando a azul.
5. Coronário, em suas duas partes:

frontal, com dois lóbulos de 48 pétalas cada um, totalizando 96, de cores rosa e
amarela um e azul e púrpura o outro;

coronário, com dois vórtices: o interno, com doze pétalas na cor branca ouro (o
mais importante e ligado ao cardíaco) e o periférico, com novecentas e sessenta
pétalas secundárias dispostas em torno do interno.
Somando todas as pétalas (do frontal e do coronário em seus dois vórtices), obtemos

202
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
um total de um mil e sessenta e oito pétalas, o que signifca trezentas e cinquenta e
seis triplicidades: 3 x 356 = 1.068.

Esses números possuem um signifcado oculto, que não será pesquisado no momento.

À semelhança da Mônada, que tem três aspectos e sintetiza os sete princípios do


homem, o centro coronário tem dentro do seu campo de força sete centros, dos quais
três são chamados maiores e quatro menores, todos sintetizados por ele.

Esses sete centros estão na cabeça do homem e a cada um corresponde um pequeno


órgão no cérebro. Quando estão ativos e unidos, são vistos coroados pelo coronário.

Existem três órgãos físicos no cérebro denominados: glândula pineal, expressão do


coronário, glândula pituitária, regida pelo centro frontal e o centro físico chamado alta
maior, comandado pelo centro etérico de mesmo nome, que sintetiza quatro centros
menores.

Há uma íntima relação entre os centros laríngeo e alta maior, cardíaco e frontal
(pituitária), coronário e pineal. Essas relações podem ser muito úteis na meditação,
para o aperfeiçoamento consciente e científco do corpo físico-etérico.

Uma informação de grande importância é a sequência de triângulos formados por


centros, no processo de intensifcação, fusão e transferência dos fogos, ao longo da
evolução do homem, servindo esses triângulos como indicadores do nível evolutivo.
Essa sequência depende do raio da Mônada.

Temos então:

1. O triângulo prânico: baço - o centro nas costas abaixo do diafragma - centro entre
as omoplatas. O homem unicamente material.

2. Básico - umbilical - cardíaco. O homem regido pelo seu corpo astral.

3. Básico - cardíaco - laríngeo. O homem regido pelo seu corpo mental.

4. Cardíaco - laríngeo - os quatro centros menores da cabeça, sintetizados pelo alta


maior. O homem parcialmente regido pelo Ego, o homem avançado, o aspirante.

5. Cardíaco - laríngeo - os sete centros da cabeça. O homem espiritual, até a terceira


Iniciação.

6. Cardíaco - os sete centros da cabeça - o coronário. O homem espiritual, até a


quinta Iniciação.

203
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando os fogos estão enfocados em um triângulo, não signifca que não circulem em
outros, mas sim que naquele a intensidade e o brilho são muito maiores, como também
a fusão ocorre a uma velocidade maior.

Pela visão desses triângulos, o Instrutor pode avaliar o progresso do discípulo.

Quando o homem, após a terceira Iniciação, aproxima-se rapidamente da quarta, todos


os triângulos estão ativos e brilham intensamente, havendo, é lógico, uma graduação
de intensidades.

Como nessa fase cada centro gira sobre si mesmo, como um prato girando em torno
do próprio eixo, ele adquire o aspecto de uma esfera de fogo, lançando centelhas para
todos os lados. Como são três centros interligados, a aparência do triângulo é de uma
grande esfera famejante, na qual se vêm os fogos circulando entre as esferas
menores.

Porém a visão do triângulo da cabeça é a mais impressionante. Do alto do coronário


destaca-se um fuxo belíssimo de fogo para cima, com o matiz do raio da Mônada,
encontrando-se com outro fuxo, que desce, com o fogo elétrico da Mônada.

Este espetáculo marca a libertação do jugo dos três corpos inferiores, em virtude do
total domínio do Iniciado sobre eles e, consequentemente, sobre os três planos
inferiores.

É o seu momento de maior glória, pois está pronto para fcar face a face com o Senhor
do Mundo, SANAT KUMARA, a encarnação do Logos Planetário.

Neste estágio, são muitos os movimentos dos centros, sendo por isso que são
denominados multidimensionais. Vejamos esses movimentos: rotação dos átomos em
torno do próprio eixo, oscilação dos átomos, movimento deles em vórtice, formando as
pétalas ou raios, rotação de todo o conjunto em torno do centro, rotação do conjunto
em torno do próprio eixo, pulsação do conjunto e outros, simultâneos.

Essa triangulação e esses movimentos ocorrem também nos centros dos corpos astral
e mental, o que transforma a visão simultânea dos três corpos em algo muitíssimo mais
belo e arrebatador.

A grandiosidade e a beleza desse espetáculo são indescritíveis e somente aqueles que


conseguem captar os signifcados, através do intenso raciocínio analítico e dedutivo,
iluminado pela mente abstrata,estão em condições de percebê-las em sua visão
interior. Quando isso acontece com o Iniciado (para essa visão é necessário ter pelo
menos a segunda Iniciação), sua certeza e convicção adquirem um tal grau de solidez,

204
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que nada pode abalá-las, simplesmente porque ele viu dentro de si.

É nossa frme e indesviável intenção passar para todos, dentro da capacidade de


alcance de cada um, o que sabemos e percebemos interiormente, adaptando-o a uma
linguagem compreensível, com o único objetivo de que todos consigam acender a
chama interior, levantem os véus de maia e da miragem, enxerguem o verdadeiro
caminho para a Iniciação, anunciado pelo sr. CRISTO e conquistem a felicidade
duradoura, que não depende de fatores externos. Essa nossa intenção é inspirada na
do Mestre Tibetano e de toda a Hierarquia.

Estudo 043

A Natureza dos Centros (continuação) (Páginas 161, 162 e 163 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)

Vamos descrever agora a evolução dos centros à luz dos símbolos.

1. O CÍRCULO. Nesta etapa o centro tem a aparência de um pequeno prato de fogo,


que o envolve totalmente, porém é muito débil. A rotação é bastante lenta, a tal ponto
que é quase imperceptível. É a situação do homem iniciando seu processo evolutivo,
o homem lemuriano, quando era mais animal que homem. O cérebro estava sendo
preparado para a implantação da chispa da mente pelos Senhores da Chama, os
Kumaras, que vieram do esquema de Vênus, liderados por SANAT KUMARA. Ao
mesmo tempo o ANJO SOLAR, no plano causal, começava a construção do LOTO
EGÓICO.

2. O CÍRCULO COM O PONTO NO CENTRO. Irrompe no ponto central do prato uma


intensifcação do fogo, que acelera a rotação. É a fase em que a mente inicia sua
manifestação pelo homem, no fnal da raça lemuriana. O trabalho de construção do
LOTO EGÓICO por parte do ANJO SOLAR está quase concluído, embora seu sacrifício
continue por milhões de anos, pois tem de velar pela sua obra.

3. O CÍRCULO DIVIDIDO EM DOIS. O ponto de fogo no centro do vórtice torna-se mais


forte e sua luminosidade aumenta. Pelo incremento da rotação, esse ponto se
estende em duas direções opostas, dividindo aparentemente o vórtice em dois
semicírculos. Devido à aceleração, a linha de fogo oscila para frente e para trás, o
que faz crescer o brilho do centro. É o homem da raça atlantiana.

205
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
4. O CENTRO DIVIDIDO EM QUATRO. Nesta situação o ponto de fogo de maior
intensidade no meio do centro, além do movimento horizontal, inicia outro movimento
vertical, dividindo o centro em quatro quadrantes. Sua atividade fca enormemente
incrementada. A roda gira juntamente com a cruz interna, lançando chispas de fogo
em todas as direções no plano gerado pela superfície do centro, provocando um
espetáculo de grande beleza. Indica que o homem alcançou um alto grau de
desenvolvimento mental, correspondente à quinta raça-raiz, a atual. Ele tem
conhecimento de suas atividades internas, na parte da personalidade, representada
pelo braço horizontal da cruz, bem como com referência à parte espiritual, do Ego,
expressada pelo braço vertical. Aproxima-se do caminho probatório. A personalidade
ainda atua fortemente.

5. A SUÁSTICA. No fnal da fase anterior, as centelhas de fogo lançadas pelos braços


da cruz começam a dar a forma de suástica ao conjunto, devido à rotação. Inicia-se
então um novo movimento de giro em torno do eixo. O centro gira em torno de seu
ponto central, ao mesmo tempo em que gira em torno de seu eixo. Assim ele gera
uma esfera, que simultaneamente tem duas rotações: longitudinal e vertical. O
homem está então no Caminho. Os raios ou pétalas da roda (consequência da
evolução da cruz desde o ponto central) se fundem e misturam em um fogo que
consome tudo.
Lembramos que, embora tenhamos falado em cruz, que possui apenas quatro raios, ela
não se refere às pétalas dos centros. Essas variam conforme o centro e são na
realidade vórtices dentro do centro. Os raios (como raios de uma roda), sinônimos de
pétalas, citados nesse contexto, nada têm a ver com os sete raios, qualidades da
manifestação do Logos.

Mestre Tibetano cita palavras simbólicas referentes ao tema em pauta, afrmando que
a meditação sobre o assunto produzirá um efeito defnido num dos centros, que
deverá ser descoberto por cada um. Nossa interpretação é a seguinte:

"O segredo do Fogo encontra-se oculto na segunda letra da Palavra Sagrada.": a


palavra sagrada é AUM, que é uma abreviatura da frase (em sentido vibratório) que o
Logos Solar está pronunciando para a realização de seu projeto e propósito. A letra A,
a primeira, representa o sistema solar anterior, no qual o Logos desenvolveu o terceiro
aspecto. No atual sistema, a letra é a segunda, o U, que expressa seu propósito atual,
que é o Amor-Sabedoria-Razão Pura. Portanto o Fogo dominante agora é o Solar, do
segundo aspecto ou raio. A forma da letra U traz a ideia de conter, de unir, de fundir.

206
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O mistério da vida acha-se oculto no coração.": como o coração (comandado pelo
centro cardíaco) é regido pelo segundo raio, é ele onde a vida está ancorada. No atual
sistema solar, a meta é expressar budi por manas, ou seja, expressar a vida do coração
pelo centro laríngeo.

Quando vibra o ponto inferior, quando o triângulo sagrado resplandece, quando o


ponto, o centro médio e o ápice ardem, então os dois triângulos - o maior e o menor -
fundem-se em uma só chama, que consome tudo." : o ponto inferior é o centro básico;
o triângulo sagrado é formado pelos centros frontal, coronário e alta maior; o ponto é o
básico, o centro médio é o cardíaco e o ápice é o coronário; o triângulo maior é o da
cabeça e o menor é o triângulo prânico, do qual o fogo unido salta para o centro alta
maior.

"O fogo dentro do fogo menor é fortemente impelido em seu progresso, quando o
círculo do móvel e o imóvel, da roda menor dentro da maior, imóvel no tempo, encontra
sua dupla saída, então brilha com a glória do duplo Uno e de seu sêxtuplo Irmão. Fohat
se precipita através do espaço. Busca seu complemento. O alento do imóvel e o fogo
do Uno, que vê o conjunto desde o princípio, apressam-se para unirem-se, e o imóvel
transforma-se em uma esfera de atividade." : o fogo menor é o fogo tríplice da matéria
(emanação prânica e calor corpóreo, unidos atualmente e reação nervosa), o fogo
citado é o solar, da Alma ou Ego; o círculo do móvel é o central do coronário, de doze
pétalas, o imóvel é o periférico de novecentas e sessenta pétalas do coronário, o
círculo externo, que no começo não gira com muita velocidade; quando os dois, o
móvel e o imóvel (o coronário duplo) consegue enviar o fogo solar do Ego para o
centro frontal, que tem dois lóbulos, esquerdo e direito, totalizando 48 + 48 = 96
pétalas, é então que começa a brilhar a glória do duplo Uno (o duplo coronário) e de
seu sêxtuplo Irmão (os seis centros sagrados), pois eles entram em plena atividade,
multidimensional. Lembremos que 960 = 96 x 10. A partir daí o fogo elétrico da
Mônada (Fohat) penetra no coronário e atinge os demais centros, iniciando a fusão dos
três fogos, buscando seu complemento.

O alento do imóvel (fogo solar da Alma) e o fogo do Uno (aqui o fogo da Mônada, que
persegue a fusão dos três fogos desde o início) aceleram a união. Então o coronário (a
periferia e a coroa central unifcadas) transforma-se em uma esfera de intensa
atividade.

Temos pois nas palavras do Mestre Tibetano uma belíssima e poética descrição do que
ocorre no ser humano, quando ele decide, usando verdadeiramente seu livre arbítrio,

207
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ser o condutor de sua evolução.

No próximo estudo trataremos do importante tema Os Centros e os Raios, iniciando na


página 163 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

Estudo 044

Os Centros e os Raios (Páginas 163, 164 e 165 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

O assunto a ser estudado agora é de suma importância, porque o entendimento


profundo e claro dos raios irá permitir não só que cada um acelere a própria evolução,
como passe a compreender os efeitos provocados na civilização e nos reinos pelas
entradas e saídas dos raios, na medida da aquisição de mais conhecimentos, é claro.

O tema é muito amplo, mas dará uma base para refexão, analogias, deduções e
conjecturas inteligentes e racionais. Segundo as próprias palavras do Mestre Tibetano,
o único objetivo para essas informações é proporcionar fatos fundamentais, sobre os
quais, pelo emprego da imaginação, poderá ser erigida uma estrutura baseada em
teorias lógicas, que permitirá duas coisas:

Desenvolver a capacidade de ampliar e estender os conceitos mentais, que são


expostos na Tratado sobre Fogo Cósmico e construir o antakarana - a ponte que
devem construir, cientifcamente e com pleno conhecimento do processo, entre a
mente superior e a inferior, aqueles que querem atuar no corpo búdico, o corpo que
permite acessar ao conhecimento puro e não distorcido. Daí a necessidade de utilizar a
imaginação, sentido do corpo astral, equivalente ao paladar do corpo físico, à
discriminação do corpo mental e à intuição do corpo búdico (mais tarde estudaremos
as equivalências de todos os sentidos). Logo, pelo uso da imaginação conjuntamente
com a discriminação (mente racional ou inferior), a teoria lógica é construída e a
refexão sobre os conceitos subjacentes irá estimular a intuição, que é a imaginação
transmutada.

O Mestre ainda continua afrmando que todos os instrutores (como Ele) que aceitam
discípulos para treinamento, a fm de utilizá-los no serviço mundial, empregam o
mesmo método: expõem um fato (muitas vezes velado em palavras ou oculto em um
símbolo), deixando que o discípulo faça sozinho suas próprias deduções. Assim
desenvolve-se a capacidade de discriminar, método essencial que libera o Espírito (a

208
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mônada) das ligações da matéria e lhe ensina a discernir entre a ilusão e o que ela vela.
É portanto o único modo de vencer maia, a miragem e a ilusão, as três etapas da ilusão
geral. Vamos explicar melhor isso. Maia é o engano provocado pela defciência dos
sentidos físicos, em relação ao mundo fenomênico físico. Miragem é o engano gerado
pelo corpo astral e ilusão é o engano articulado pelo corpo mental inferior, que só atua
nos Iniciados até a segunda Iniciação, sendo que logo após essa Iniciação, ela começa
de imediato a ser vencida e eliminada, com uma velocidade que depende
exclusivamente da vontade e do esforço do Iniciado, podendo ele até conseguir sua
total aniquilação na própria encarnação em que recebeu a segunda Iniciação. É raro
acontecer isso, mas não impossível, sendo condição fundamental, sem a qual não, que
ele faça uso intenso da mente analítica, buscando sempre os signifcados e conceitos
subjacentes, inclusive sobre os fenômenos devocionais, como os êxtases (samadi) dos
místicos.

Como é do conhecimento de todos, o místico (apenas místico) não dá o menor valor à


mente analítica e atinge seus arroubos unicamente levado pela devoção. Como existe
uma linha de comunicação direta (via subplano atômico) entre o plano astral e o búdico
(relação 4-6), ele acessa o búdico, todavia essa linha é incompleta, tanto que ele não
consegue explicar nada e por isso desdenha a mente, como fazem muitos deles,
chegando ao cúmulo de condenar os que valorizam e defendem o uso dela. Em parte
são levados a esse comportamento, porque usar o corpo astral é relativamente fácil,
não requerendo muito esforço, é uma linha passiva, mas saber se servir da mente
exige muito esforço e disciplina. Uma coisa é certa, a nossa raça-raiz, a quinta, tem
como meta o desenvolvimento da mente (quinto raio e quinto plano). Para concluir, os
Mestres que seguiram a linha devocional, como o sr. Buda, Jesus e Serápis Bey,
escolheram o quarto caminho, por ocasião da sexta Iniciação, a da Decisão, caminho
esse que conduz a Sírius, fonte da Inteligência Cósmica (Manas Cósmico) para o nosso
sistema solar. Lá irão chegar como aprendizes, para desenvolverem sua capacidade
mental em nível cósmico, pois não conseguiram a perfeição relativa necessária nessa
área. São Mestres de Compaixão, mas não Dragões de Sabedoria. Isto em hipótese
alguma coloca-os em situação inferior. A explicação é que na época deles a
humanidade respondia melhor ao estímulo devocional e não ao mental. Por isso Eles
escolheram essa linha de evolução, para melhor ajudarem a humanidade. Quando
concluírem o treinamento em Sírius, Eles serão Gigantes de Inteligência Cósmica. O
Planejamento Divino é sábio e atua de acordo com as necessidades reinantes. Mas na
época atual a linha prevista pelo Plano Divino é a mental. A maioria dos seres humanos

209
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que conseguirem atingir a meta da cadeia, a quinta Iniciação, a do Adepto, deverão
escolher o caminho de Sírius, em virtude dessa tendência devocional. Poucos terão
condições e preparo para escolher os outros caminhos. O Senhor Maitreya escolheu o
quinto caminho, o de Raio, um dos mais difíceis, o mesmo escolhido por Mãe Maria, que
hoje não tem mais essa imagem conhecida. Ela atualmente é um grande Deva,
ocupando um altíssimo cargo dentro da administração solar.

Após essa digressão, com o único objetivo de esclarecimento, voltemos ao tema em


pauta. Não é possível fornecer muita informação sobre a infuência dos raios sobre os
centros, porque os mais capacitados, mas sem a devida solidez de caráter, poderiam
direcionar os conhecimentos para fns egoístas e antagônicos aos planos da
Hierarquia.

A evolução dos centros é um processo gradual e lento, que avança em ciclos


ordenados, que variam segundo o raio da Mônada do homem.

Sob o ângulo do desenvolvimento dos centros sob a ação dos raios, podemos dividir a
vida da Mônada encarnada em três períodos principais:

1. O período sob a ação do raio da personalidade.


2. O período sob a ação do raio do Ego.
3. O período sob a ação do raio da Mônada.
O primeiro período, como é óbvio, é o mais prolongado e abarca a imensa sucessão
dos séculos, durante os quais se desenvolve o aspecto atividade do tríplice eu. As
encarnações se sucedem, sendo forjado lentamente o aspecto manas ou mente. O
homem é controlado cada vez mais pelo seu intelecto, atuando através de seu cérebro
físico.

Analogamente poderemos afrmar que este período corresponde ao primeiro sistema


solar, anterior ao atual, no qual o terceiro aspecto do Logos, Brahma, Mente,
Inteligência Ativa, alcançou a total culminação.

Em consequência no atual Sistema Solar o aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura


começou a fundir-se e a se estruturar por intermédio de Manas ou Mente, o que
demonstra clara e cabalmente que a mente é o cimento e o alicerce para a construção
do palácio do Amor-Sabedoria-Razão Pura.

Os milênios passam e o homem torna-se mais inteligente e seu campo de ação passa a
ser mais adequado para a manifestação do segundo aspecto.

A analogia está na semelhança e não nos detalhes observados em tempo e espaço.

210
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A ação do raio da personalidade sobre os centros abrange o período dos três
primeiros triângulos (prânico-básico/umbilical ou plexo solar/cardíaco-laríngeo), já
explicados.

Para maior clareza não devemos esquecer que foram estabelecidas diferenças entre os
três aspectos e o seu desenvolvimento foi considerado separadamente, todavia isto só
é possível em tempo e espaço ou durante o processo evolutivo, porém é impossível do
ponto de vista do Eterno Agora ou da Unidade do Eu-Total (inexistência de tempo e
espaço). O aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão Pura está latente no Eu-Total e é
parte do conteúdo monádico, mas o aspecto Brahma ou Atividade Inteligente antecede
à sua manifestação no tempo. Simbolicamente falando, o Tabernáculo no deserto
surgiu antes da construção do Templo de Salomão, como relata o Antigo Testamento. O
grão de trigo permanece na escuridão da Mãe Terra, antes de aparecerem as douradas
espigas. O loto terá de afundar suas raízes no lodo, antes de manifestar a beleza do
seu botão.

O término da infuência do raio da personalidade sobre os centros só ocorre depois


que o triângulo básico-cardíaco-laríngeo foi bem trabalhado, quando se dá a
transferência dos fogos para os quatro centros menores da cabeça, sintetizados pelo
Alta Maior ou Carótido. A ação simultânea do cardíaco (emoção sublimada) e do
laríngeo (atividade mental) torna o homem mental sem perder a sensibilidade de
sentimento, mas com conhecimento e controle das emoções e não escravo delas, ou
seja, adquire o amor inteligente. Não podemos esquecer que o chacra cardíaco tem
uma conexão interna com a coroa central de 12 pétalas do coronário.

Daí concluímos com certeza lógica e racional que somente usando a mente o homem
consegue escapar do domínio da personalidade.

A ação do raio da personalidade sobre os centros pode ser analisada à luz dos
movimentos e oscilações de átomos e partículas, o que ocorre em toda a natureza. É
por isso que o Mestre Tibetano deu ao assunto o título " O Movimento nos Planos Físico
e Astral". Contudo o detalhamento dessa análise requer uma base sólida de
conhecimentos sobre a estrutura do átomo, impossível de ser passada aqui.

Estudo 045

Os Centros e os Raios (Continuação) (Páginas 165, 166, 167 e 168 do Tratado sobre

211
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Fuego Cósmico)

O segundo período, em que domina o raio egoico, não é tão longo quanto o primeiro. É
o período em que os quarto e quinto triângulos são vivifcados (cardíaco/laríngeo/os
quatro centros menores da cabeça, sintetizados pelo Alta Maior e cardíaco/laríngeo/os
sete centros da cabeça). É a fase do ciclo evolutivo em que o homem emprega suas
forças a favor de sua evolução, submete-se conscientemente a uma disciplina, ingressa
no caminho da provação e vai subindo até a terceira Iniciação.

Quando esteve sob o domínio do raio da personalidade, o homem vivenciou as


experiências dos cinco raios, os quatro de atributo inicialmente, para depois sintetizá-
los no terceiro, aprendendo assim a trabalhar com a mente.

Quando passa para a regência do raio egoico, o homem fca sob a infuência de um dos
sub-raios de um dos dois raios maiores, o primeiro e o segundo, se não é o terceiro seu
raio egoico.

Aqui cabe perguntar se o raio egico tem de ser necessariamente um dos três maiores e
se há Mestres e Iniciados em algum raio menor. A resposta é que o raio egoico pode
ser um dos sete. Todavia o nosso Logos Solar está cultivando com mais ênfase seu
segundo aspecto: Amor-Sabedoria-Razão Pura, nesta sua atual encarnação, o Sistema
Solar objetivo. Vishnu, o Filho, o Dragão de Sabedoria está em manifestação, sendo
pois sua meta construir a Obra Prima do Amor. Portanto o segundo é o raio sintético e
todos os outros são na realidade seus sub-raios.

Em consequência as Entidades Cósmicas que com Ele colaboram são também do


segundo raio.

Embora as Mônadas em evolução agora sejam dos três raios, prevalecem as do


segundo, assim distribuídas em número:

• Primeiro raio: 5 bilhões


• Segundo raio: 35 bilhões
• Terceiro raio: 20 bilhões
Apesar de existirem Mônadas dos primeiro e terceiro raios, contudo Elas são na
realidade dos primeiro e terceiro sub-raios do segundo, uma vez que o nosso Logos
Solar está no segundo raio.

As que estão no primeiro sub-raio estão adiantadas e as do terceiro atrasadas.

O conhecimento do sub-raio monádico é adquirido na terceira Iniciação.

212
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O fato de que os Mestres e Iniciados pertençam a todos os raios deve-se aos dois
seguintes fatores:

1. Cada raio maior tem sete sub-raios.

2. Muitos dos Guias das raças mudam de raio conforme as necessidades e as


exigências do trabalho a ser efetuado. Quando um Mestre ou um Iniciado é
transferido, ocorre um total reajuste em termos de raio.
Da mesma forma quando um Mestre deixa de pertencer à Hierarquia do nosso planeta,
para trabalhar em outra parte, frequentemente é preciso que seja efetuada uma
completa reorganização e a consequente admissão de novos membros na grande Loja
Branca. Poucos entendem esses fatos.

Lembramos oportunamente que as informações dadas sobre os raios referem-se a


todo o sistema solar e não somente às condições da terra e às Mônadas nela evoluindo.
A Terra é um órgão dentro de um organismo. Ainda prevalece entre a maioria dos
habitantes deste planeta a crença de que ele é o mais importante do sistema solar.

Sob a supervisão do Ego predomina o raio no qual ele se encontra num dado período.
Este raio é simplesmente um refexo direto da Mônada e depende do aspecto da Tríade
Espiritual, que em determinado momento constitui a linha de menor resistência para os
veículos inferiores.

Tendo isto em vista, é fácil entender que ora a ênfase está no aspecto átmico
(vontade), ora no búdico (amor-sabedoria-razão pura) e em outros períodos no
manásico (mental).

A Tríade Espiritual é constituída de três átomos permanentes: átmico, búdico e mental.


Cada um desses átomos tem a sua característica principal, mas pode manifestar as
qualidades dos outros dois de forma secundária.

Assim temos:

Aspecto átmico:

1. Átmico-átmico
2. Átmico-búdico
3. Átmico-manásico
Aspecto búdico:

1. Búdico-átmico
2. Búdico-búdico

213
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3. Búdico-manásico
Aspecto manásico:

1. Manásico-átmico
2. Manásico-búdico
3. Manásico-manásico
Exemplifquemos essas subdivisões. Uma Mônada decide desenvolver seu aspecto
Vontade (átmico), voltado para a qualidade Amor-Sabedoria-Razão Pura (búdico). Então
durante um período Ela estimula seu átomo átmico, dando ênfase à atividade búdica
dele. Isto irá fazer com que o Ego ingresse no primeiro raio e gere personalidade do
segundo raio.

Se a Mônada quer se exercitar no aspecto búdico orientado para a atividade mental


(manas), o Ego será do segundo raio, com personalidade que poderá do terceiro raio
ou qualquer dos quatro raios menores, conforme os objetivos da Mônada.

Com essas combinações temos 21 possibilidades. Esse assunto é pouco entendido.

O terceiro período, no qual o raio monádico atua diretamente no plano físico, é o mais
curto. É quando o sexto triângulo (cardíaco - os sete centros da cabeça - coronário)
está em atividade. É a etapa de realização e liberação. Embora de pequena duração sob
o ponto de vista da personalidade, é de relativa permanência para a Mônada.
Estabelecendo uma analogia com o Logos Solar, equivale ao tempo que resta dos cem
anos de Brahma ou do processo de manifestação.

Há muito material para refetir, meditar e fazer deduções valiosíssimas no estudo dos
triângulos relacionados com a ação dos raios.

Cabe advertir que os triângulos de importância são cinco, se levarmos em conta que o
prânico está relacionado mais com o físico denso, que não é um princípio. Assim
temos:

a. Dois triângulos vivifcados pelo raio da personalidade


b. Dois triângulos vivifcados pelo raio egoico
c. O triângulo sintetizador da Mônada.
A questão dos períodos dos raios não é tão simples como aparenta, porque os
triângulos da personalidade alcançarão plena atividade de acordo com o raio da
Mônada. Por isso não se pode estabelecer uma regra fxa para seu desenvolvimento.
Uma Mônada do primeiro sub-raio tenderá a evoluir aceleradamente.

Os triângulos egoicos dependem em grande parte de como a força vital da Mônada é

214
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
refetida sobre a personalidade, ou seja, da capacidade do Ego em transferir a energia
da Mônada para ela. Os triângulos egoicos são o ponto intermediário, assim como o
corpo causal é o ponto transmissor (quando está construído e sufcientemente dotado)
entre o superior e o inferior.

Os átomos permanentes da Tríade Inferior estão encerrados dentro da periferia do


corpo causal. Contudo este corpo, de relativa permanência, é construído, expandido e
transformado em um receptor central e em uma estação transmissora (palavras
inadequadas para expressar uma ideia esotérica) pela ação direta dos centros,
principalmente por eles. Do mesmo modo pelo qual a força espiritual ou o aspecto
vontade construiu o sistema solar, assim o corpo causal é construído no homem.
Vemos portanto que os centros ou chacras são de imensa importância.

Quando no Macrocosmos o Espírito e a matéria (Pai-Mãe) entraram em contato e se


uniram por um ato de vontade, o Filho, o Sistema Solar objetivo veio à existência. É
chamado Filho do desejo, porque é consequência da necessidade do Logos Solar de
adquirir experiência física cósmica, sendo sua característica o Amor e sua natureza
budi ou Sabedoria Espiritual.

No homem (o microcosmos) a força ou vontade da Mônada faz com que Ela se una à
matéria, gerando o mecanismo coerente para efetivar esse contato, o corpo causal, seu
sistema objetivo (juntamente com os corpos inferiores). Esse pequeno sistema é
também produto do desejo transmutado da Mônada e sua característica (quando
manifestada plenamente) será Amor, que com o tempo expressará budi no plano físico.

Assim como o corpo causal é somente o envoltório ou corpo do Ego, da mesma forma
a parte da matéria causal cósmica que envolve o nosso sistema solar é somente o
envoltório ou corpo do Ego Solar.

Nos dois sistemas, o maior e o menor, existem, como sabemos, centros de força ou
chacras, que produzem a objetividade. Podemos afrmar que os chacras dos corpos do
homem são refexos miniaturizados dos que existem nos corpos do Logos Solar.

Será de grande utilidade desenvolver um pouco mais o que acima foi dito, antes de se
estudar a relação entre os chacras e kundalini.

Assim vamos passar informações valiosíssimas (para os que têm olhos de ver) sobre
os centros, com referência ao Sistema Solar e ao Sistema Cósmico maior, do qual o
nosso Logos Solar é um centro sagrado. Tudo o que se diz dos centros do homem é
aplicável aos grandes Seres Cósmicos, dos quais os homens são diminutas células.

215
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Alertamos que não será possível informar os triângulos dos sistemas, porque são
conhecimentos tão transcendentais, que só podem ser dados de forma muito velada e
por isso não teriam utilidade prática intelectualmente, exceto para os que estão bem
adiantados no ocultismo e têm desenvolvida a intuição. Todavia coisas interessantes
podem ser reveladas.

Estudo 046

Os Centros e os Raios (continuação) (Páginas 168, 169 e 170 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)

O Sistema Solar. Pode ser estudado brevemente do ponto de vista dos Homens
Celestiais (os Logos Planetários) e do grande Homem dos Céus, o Logos Solar.

a. Os Homens Celestiais. Seus centros encontram-se na matéria búdica e acima e se


manifestam como grandes campos de força, dentro dos quais os grupos de Adeptos
e seus discípulos atuam, manipulando sua substância.
Cada grupo de Mestres, Iniciados, discípulos e os seres humanos, encarnados ou
desencarnados, que se encontram na periferia da consciência do Logos Planetário,
constituem um centro de algum tipo ou qualidade especial. Este fato é geralmente
aceito, mas é muito importante que os estudantes o correlacionem com as informações
dadas sobre os centros do homem, com o que aprenderão muito.

Assim como no homem, tais centros são constituídos de matéria etérica, porém
cósmica, o que signifca matéria búdica. Os Logos Planetários também possuem
chacras ou centros em seus corpos astrais cósmicos, mentais cósmicos e superiores.
Nesses corpos a matéria presente em seus centros pode ser dos quatro subplanos
superiores (primeiro ou atômico, segundo ou subatômico, terceiro e quarto),
dependendo do nível de evolução do Logos.

Igualmente ao que ocorre com o homem, serão vivifcados pelo kundalini planetário
circulando pelos triângulos desejados. Esse kundalini não é o que alimenta o homem,
mas o que atua nas matérias búdica e acima.

Serão dadas duas informações para uma consideração bem conscienciosa e profunda,
que fornecerão muitas conclusões de elevadíssima importância e grande aplicação
prática para aqueles possuidores de visão intelectual oculta e com capacidade de

216
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cruzar informações e usar o potencial da analogia. É muito comum serem encontradas
pessoas com formação científca e acadêmica, que só sabem utilizar a mente racional
na sua parte concreta, ou seja, elas só conseguem entender o que pode ser
demonstrado materialmente e que vêm, não tendo a mínima condição de entender e
assimilar conceitos abstratos. Essas informações referem-se a um Logos Planetário,
que o Mestre Tibetano não revela.

Existe um triângulo de força formado pelos três seguintes centros:

a. O centro do Manu e seu grupo.


b. O centro do Bodhisattva ou Cristo (sr. Maitreya) e seus discípulos.
c. O centro do Mahachoan e seus discípulos.
Este triângulo ainda não foi totalmente vivifcado na atual etapa de desenvolvimento do
Logos implicado.

Pela análise e refexão profunda, não é muito difícil deduzir quem é esse Logos.
Também é relativamente fácil inferir quais são esses centros. De posse desses
conhecimentos, saberemos a etapa evolutiva do Logos. Como o Mestre Tibetano diz
que o nome desse Logos não pode ser revelado publicamente, só resta incentivar os
estudantes para que estudem detidamente o assunto, servindo-se bastante da mente
abstrata, da analogia e do cruzamento de informações.

A outra informação é que há um outro triângulo, referente ao nosso Logos Planetário,


formado pelos sete Kumaras. Os quatro Kumaras exotéricos constituem os quatro
centros menores da cabeça e os três maiores (incluindo Sanat Kumara) são os três
centros maiores da cabeça. A triangulação é assim disposta: os quatro centros
menores são sintetizados pelo Alta Maior, que abrange um centro maior, o que nos dá a
confguração na qual um vértice é formado pelos quatro menores e um maior
abrangido pelo Alta Maior, o outro vértice é o frontal e o terceiro é o Coronário. Essa
sintetização dos quatro centros menores pelo Alta Maior é análoga à sintetização dos
quatro raios menores pelo terceiro, o de Manas.

Com referência aos Kumaras, Eles são sete e provenientes do esquema de Vênus,
donde vieram há 18 milhões de anos, liderados por Sanat Kumara, num total de
108,para ajudar no processo de individualização e implantação da chispa da mente na
raça lemuriana. A maioria já retornou, permanecendo os atuais sete, incluindo Sanat
Kumara. Este com mais dois são esotéricos e possuem veículos de matéria mais sutil
que a etérica e os outros quatro são exotéricos, com veículos de matéria etérica. Sanat
Kumara transmite para a terra a força especializada do nosso Logos Planetário, sendo

217
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
considerado sua encarnação física, os demais transmitem energias dos outros seis
esquemas planetários sagrados. A energia do outro esquema planetário sagrado que
falta nos vem por Sanat Kumara, uma vez que o nosso Logos Planetário tem uma
ligação muito íntima com um Logos Planetário sagrado.

Existe um outro triângulo planetário muito importante, formado pela Terra, Marte e
Mercúrio e que muito nos afeta. Não constitui um triângulo sagrado. Mercúrio, sagrado,
expressa o kundalini como atividade inteligente, relacionado pois com Manas e Marte
expressa o kundalini latente, voltado para o movimento de rotação e o calor da matéria.
Por isso Mercúrio e o chacra básico do homem estão estreitamente vinculados. Nessa
circulação triangular do kundalini a Terra é benefciada e aqueles que possuem o
conhecimento necessário podem usufruir dessa energia em muito. A verdade sobre
esse triângulo encontra-se oculta nos símbolos astrológicos dos dois planetas, que
devem ser devidamente interpretados à luz da mente abstrata. Usando a técnica de
elevar para níveis planetários o que ocorre com o kundalini do homem e as relações
geométricas entre os três planetas, o segredo é revelado. Mas isto não é assunto para
o atual estudo. Este triângulo é citado pelas implicações nos três Logos Planetários,
demonstrando que Eles se relacionam e se ajudam reciprocamente, afetando, é óbvio,
as humanidades neles evoluindo, incluindo os reinos.

b. O Grande Homem dos Céus. Ele tem como centros principais os sete Logos
Planetários sagrados, os quais mantêm com Ele relações idênticas às dos Mestres e
seus grupos para com o Logos Planetário.Esses centros são vivifcados pelo kundalini
do sistema e na atual etapa do desenvolvimento logoico alguns estão mais ativos e
estreitamente ligados, o que signifca que também formam triângulos, que traduzem
o grau de evolução do Logos.
O triângulo citado anteriormente, Terra, Marte e Mercúrio, tem excepcional importância
sob o ponto de vista do nosso Logos Planetário. Mestre Tibetano chama-os
textualmente de os três planetas etéricos de nossa cadeia, dando a entender à
primeira vista que eles formam uma cadeia. Cremos todavia que o Mestre quis se
referir às ligações energéticas que Marte e Mercúrio têm com a Terra, conforme pode-
se comprovar pelo VI diagrama, à página 317 do Tratado sobre Fogo Cósmico, quando
é descrita a Divina Década. Neste diagrama vemos as ligações de dois globos etéricos
do esquema da terra com Mercúrio e Marte. Para melhor esclarecimento,
apresentamos um desenho com base no diagrama.

218
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Outro triângulo muito interessante é constituído por Vênus, Terra e Saturno, o qual na
atualidade está sendo vivifcado pelo kundalini do sistema, fazendo com esses centros
comecem seus movimentos quadridimensionais. No estudo dos centros do Logos Solar
devemos ter sempre em mente que existe uma semelhança entre suas funções e as
dos centros dos homens, mas os detalhes dessas funções são diferentes, como
deveria ser, considerando a grande diferença entre o homem e o Logos.

Existem outros grandes triângulos no sistema, contudo nada pode ser dito sobre eles.
Apenas podemos informar algo sobre dois centros sagrados.

a. Vênus. É o centro cardíaco do corpo do Logos Solar e por isso relaciona-se com os
demais centros nos quais predomina o aspecto coração (Amor). Esta afrmação do
Mestre requer uma explicação. Em outros trechos Ele diz que Júpiter é o centro
cardíaco e Vênus o frontal do Logos. Como o cardíaco se conecta diretamente com o
frontal e o coronário, sendo ambos centros da cabeça e portanto superiores ao
cardíaco, deduzimos que o que o Mestre quis dizer foi que Vênus tem poder de
infuenciar centros ligados ao Amor, como Júpiter e Netuno. Esta dedução é
comprovada pelo fato de o Mestre afrmar que o esquema de Vênus é o mais
adiantado do sistema solar, já tendo começado a entrar em pralaia e alcançado a
etapa de expressar budi através de Manas, que é a meta do atual sistema solar. Por
isso a Terra e sua humanidade estão sendo fortemente benefciadas por essa
relação. É lógico que aqueles que conhecem esse fato e sabem como se sintonizar
com as energias circulantes, serão muito mais benefciados. Uma coisa é evidente,
clara e óbvia: as energias oriundas do esquema de Vênus são da natureza do Amor-
Sabedoria-Razão Pura, o que signifca a fusão da mente (inferior e superior) com o
Amor existente no plano búdico.

b. Saturno. É o centro laríngeo do Logos Solar, portanto estimulador da atividade


inteligente criadora do terceiro aspecto. Podemos concluir com certeza, em

219
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
decorrência da atividade deste triângulo com a terra, que a oportunidade no
momento para aqueles que querem ir depressa é para usar ao máximo a mente e
buscar conhecimentos, entendo-os claramente, com o objetivo principal de
compreender o verdadeiro amor, que é búdico e não astral e torná-lo realidade no dia
a dia, ou seja, expressar budi através de manas.
Conforme a evolução do nosso Logos Solar for progredindo, os centros serão
dinamizados mais intensamente e os fogos do sistema, em circulação triangular, levá-
los-ão a uma atuação e efciência cada vez maiores, com os consequentes benefícios
para as humanidades do sistema. Sem embargo os dois triângulos estudados são de
altíssima importância na atualidade.

Em resumo temos três triângulos em atividade: Marte-Terra-Mercúrio e Vênus-Terra-


Saturno, sob o ponto de vista do Logos Solar; Terra e os dois planetas ou globos
etéricos de seu esquema, ligados a Mercúrio e Marte, sob o ponto de vista do nosso
Logos Planetário. De todos os três podemos usufruir imensos benefícios em termos de
evolução. É questão de saber aproveitar. Infelizes aqueles que não o fzerem.

Voltaremos, continuando o estudo sob o ponto de vista do Logos Cósmico, do qual o


nosso Logos Solar é o centro cardíaco.

Estudo 047

Os Centros e os Raios (Final) (Página 170 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

O assunto a ser estudado agora é de difícil compreensão, pois envolve estrelas com
seus sistemas, executando funções de centros no corpo do Logos Cósmico, no qual o
nosso Logos Solar está inserido.

Assim como sete Logos Planetários são centros principais no corpo do Logos Solar, da
mesma forma existem estrelas (algumas múltiplas) com atividades semelhantes, em
nível bem mais elevado.

Quando contemplamos o céu numa noite limpa e livre de poluição, vemos muitas
estrelas, constituindo constelações para o ponto de vista da Terra, mas tendo outra
aparência de conjunto, quando vistas de fora do nosso Sistema Solar. Para a nossa
visão física, são apenas astros, com diversos graus de brilho. Várias estrelas na
realidade são sistemas de estrelas, embora para nossos olhos, sem os recursos de uma

220
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
luneta ou telescópio, aparentem ser uma única.

São exemplos de estrelas múltiplas: a Centauri, a mais próxima de nós, a 4,3 anos-luz,
com 3 estrelas (a Centauri A, B e C), Castor (a de Gêmeos), com 6 estrelas, Polaris (a
de Ursa Menor), com 5 estrelas, Sírius (a de Cão Maior), com 2 estrelas, a 8,7 anos-luz
de nós e muitas outras.

No verão do hemisfério sul estrelas muito importantes para a Terra são visíveis a olho
nu, como Sírius, Betelgeuse, a Centauri e algumas da Ursa Maior. Sírius, Betelgeuse,
Rigel e Procyon formam uma cruz muito linda no céu do Rio.

Embora nossos olhos só enxerguem astros luminosos e nada mais, a realidade é


muitíssimo diferente. Essas estrelas, com seus sistemas, são corpos de manifestação
de Entidades em nível de Logos Solar e acima. Elas se relacionam entre si e colaboram
com um Ser mais elevado do que Elas, o Logos Cósmico. Algumas, reconhecidamente,
exercem atividades em seu corpo, tais como: nosso Sol, as Plêiades, as sete estrelas
principais da Ursa Maior, Polaris, Betelgeuse e Sírius, existindo muitas outras.

Apesar de ser difícil, devemos fazer todo o esforço mental e intelectual para
assimilarmos a visão interior desses Excelsos Seres Cósmicos em seus
relacionamentos, trocando energias, infuenciando-se mutuamente e exercendo
funções necessárias para o Logos Cósmico.

Somente a prática de pensar continuamente nesses conceitos, dentro de uma linha


lógica e racional, é que desenvolve a capacidade de entendê-los e vê-los com clareza.
Daí advém a certeza. Não é uma fé cega e irracional, como pregam as religiões, mas a
convicção oriunda da nítida compreensão.

O mecanismo de comunicação entre essas Entidades se processa nas matérias búdica,


átmica, monádica e adi, no nível físico cósmico. Mas temos ainda o relacionamento
emocional pela matéria astral cósmica e o mental pela matéria mental cósmica. A
velocidade de propagação das energias nessas relações é muito maior do que a da luz
física.

É óbvio que nessas relações a nossa humanidade é afetada, não obstante a ciência
ofcial não o aceitar, porque só reconhece o que pode ser detectado por instrumentos,
que estão envoltos no véu de maia.

Após essa breve dissertação sobre aspectos macrocósmicos, passemos às poucas


informações referentes aos centros do nosso Logos Cósmico.

O nosso Sistema Solar é o centro cardíaco. Dois outros centros são constituídos pelas

221
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Plêiades e por uma estrela da Ursa Maior, sendo esse último um centro equivalente ao
da cabeça. Esses 3 centros atualmente formam um triângulo de circulação do kundalini
cósmico.

Simultaneamente o nosso Sol com as Plêiades e mais 2 outros Sois constituem o


quaternário cósmico inferior, com os centros básico, umbilical, cardíaco e laríngeo, que
futuramente serão sintetizados pelos sete centros da cabeça, como ocorre com o
homem na quarta Iniciação.

Muito além da Ursa Maior existe uma constelação, que é o centro coronário do Logos
Cósmico e que sintetizará os 7 centros da cabeça, que são: Dubhe, Merak, Phekda,
Megres, Alioth, Mizar e Benetnash, respectivamente α, β, γ, δ, ε, ζ e η de Ursa
Maior (formam a cauda da Ursa).

O nome dessa constelação só é revelado ao Iniciado na sétima Iniciação, que é a


primeira cósmica e a partir da qual a Mônada inicia a penetração na matéria astral
cósmica e já tem a liberdade de sair do Sistema Solar com plena consciência.

Com referência ao quaternário cósmico inferior do Logos Cósmico, identifcamos as


seguintes estrelas:

• Centro básico - uma de Dragão, talvez a alfa.

• Centro umbilical - Betelgeuse, a de Órion.

• Centro cardíaco - nosso Sol.

• Centro laríngeo - as Plêiades, com ênfase em Alcione, a mais brilhante.


Embora as Plêiades estejam na constelação de Touro (na região do pescoço do Touro),
sendo Alcione a η Tauri, elas constituem um aglomerado estelar. No caso especial de
Alcione, a relação entre o Ser Cósmico que se expressa por ela e o nosso Logos Solar é
muito íntima.

Não obstante o conhecimento intelectual desses relacionamentos entre Entidades


Cósmicas não ser de muita utilidade para a grande maioria da humanidade, contudo o
esforço para entendê-los por meio da analogia e do pensamento abstrato e conceitual,
em muito contribui para expandir a consciência, acelerar a evolução e propiciar uma
visão clara da realidade do Espaço como um Ser Vivo.

Aqui encerramos o assunto "Os Centros e os Raios". Voltaremos com o tema "Os
Centros e o Kundalini".

222
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 048

Os Centros e o Kundalini (Páginas 170, 171 e 172 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Não é permitido passar atualmente muitas informações a respeito do kundalini, que é o


fogo por fricção, em sua aplicação aos centros, devido ao meu uso, que pode ter
consequências funestas para o incauto que se aventure, sem possuir o devido
conhecimento e a capacitação necessária.

Tendo isso em vista, façamos um resumo do que já foi escrito.

O fogo por fricção é tríplice e se acha localizado na base da coluna vertebral, numa
região chamada bolsa de kundalini, feita de matéria etérica, portanto não detectável
por instrumentos.

Ele é tríplice, sendo assim dividido: fogo por fricção/elétrico (reação nervosa), fogo por
fricção/solar (emanação prânica) e fogo por fricção/por fricção (calor corpóreo).
Essas funções foram detalhadamente explicadas em estudos anteriores.

No homem comum, esse fogo apenas vitaliza o corpo físico-etérico. Porém, no decorrer
de sua evolução, processam-se três unifcações ou fusões.

Três centros nas costas do corpo físico se encarregam de captar, qualifcar, assimilar e
distribuir os fogos por fricção oriundos do Sol e da Terra, transformando-os no fogo
individual. A localização desses centros já foi informada num estudo anterior.

Além dessa captação, o centro principal, o localizado entre as omoplatas, exerce uma
função de fusão. Na maioria da humanidade, já ocorreu a fusão entre o calor corpóreo
e a emanação prânica. A conquista agora é a fusão desses dois com o fogo reação
nervosa.

Quando o fogo solar, da mente, começa a circular a partir do centro laríngeo, o reação
nervosa passa a ser muito solicitado, quando o homem se torna um intelectual,
exigindo explicação para tudo e não aceita a fé cega. Inicia-se então a fusão da reação
nervosa com os outros dois já unidos. Essa fusão ocorre no centro entre as omoplatas.

Simultaneamente com essa fusão, o fogo solar, fuindo com intensidade crescente,
passa a dominar os outros três,com eles se fundindo e unindo. Isso também ocorre no
centro entre as omoplatas, que nessa fase já está se unindo com o centro Alta Maior.

223
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Daí em diante, quando o homem já passou pela segunda Iniciação, o fogo elétrico da
Mônada passa a se impor aos outros, circulando pelos sete centros da cabeça,
efetuando a síntese paulatinamente, para fnalizá-la no centro coronário, na quarta
Iniciação.

Cada canal do triângulo prânico, como também os canais sushuma, pingala e ida, têm a
função de unifcar os fogos. Essa unifcação e ativação dos centros ocorre por
triangulação. Em cada fase há sempre um triângulo com maior atividade e intensidade,
percebendo-se nitidamente o brilho e a luminosidade dos fogos, não só nos centros,
como nos condutores (canais) que os ligam.

Ocorre também aumento da dimensionalidade dos centros, em consequência do


crescimento da quantidade de movimentos efetuados pelas partículas dos centros. Na
fusão do calor corpóreo com a emanação prânica, são três dimensões. Na fusão com o
fogo solar, são quatro dimensões. Na terceira Iniciação, pela fusão com o fogo elétrico
da Mônada, são seis dimensões.

Nessa crescente dinamização dos fogos e dos centros, todas as partículas dos corpos
etérico e denso também são dinamizadas e vitalizadas, o mesmo ocorrendo nos corpos
astral e mental, uma vez que essas fusões e dinamizações também são feitas nesses
corpos.

Em consequência são produzidos dois efeitos. O aumento de velocidade e de


frequência das partículas provoca a expulsão das grosseiras e atrai as mais sutis e
refnadas, sintonizadas com o maior padrão vibratório conquistado pelo iniciado.

Como o kundalini ou fogo da matéria é a vida do Terceiro Logos, o iniciado repete em


seu nível o que o Logos faz, ao atrair, diferenciar, qualifcar e purifcar a matéria física
cósmica, para o seu sistema solar (seu corpo físico cósmico).

Com referência à trama etérica, que separa o corpo astral do físico, o fogo por fricção
é responsável por dois efeitos.

Pelo seu movimento cada vez maior, elimina as escórias purifcando assim o corpo
etérico e atingindo o corpo denso. Daí o intenso vigor e a grande saúde dos iniciados.

Quando o fogo solar (da mente) passa a atuar com mais intensidade, a intensifcação
do fogo por fricção destrói a trama etérica, de tal forma que, ao chegar à terceira
Iniciação, o homem já tem continuidade de consciência, ou seja, ele passa a viver
simultaneamente nos mundos físico, astral e mental, mantendo seu perfeito equilíbrio
com respeito à saúde mental, em outras palavras, não se torna um esquizofrênico.

224
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Todavia, ele é livre para decidir não ter essa continuidade de consciência,por motivos
do trabalho a realizar na encarnação física, quando então faz uso da sua vontade.

Finalizando, percebemos nitidamente o que está reservado ao homem, que, através do


conhecimento claro e lúcido, decide trilhar o caminho iniciático, tornando-se realmente
livre e tendo acesso ao verdadeiro Poder, outorgado pelo Senhor Maitreya nas primeira
e segunda Iniciações e pelo Bendito Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, a partir da
terceira Iniciação. Que Glória humana pode ser maior do que estar face a face com o
Senhor Maitreya e com o Senhor do Mundo?

Por hoje encerramos o nosso estudo. A seguir entraremos num tema de altíssima
importância evolutiva: Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais.

Estudo 049

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Páginas 172,173 e 174 do Tratado


sobre Fogo Cósmico)

É muito importante que certos esclarecimentos sobre os sentidos sejam dados agora,
com o objetivo de que o entendimento do que será explicado adiante seja o mais
completo possível.

Temos de compreender os sentidos tendo em vista sua defnição, sua quantidade, sua
relação com a Mônada e os efeitos que eles produzem, sem o que jamais sua grande
importância será percebida e não será possível trilhar o caminho do conhecimento.

Os sentidos são os mecanismos de que dispõe a Mônada, o Deus aprisionado, para


estabelecer contato com o ambiente exterior, tomar conhecimento do que ocorre nesse
ambiente, investigar, pesquisar, vivenciar e adquirir experiências e por meio de tudo
isso saber o que precisa aprender, expandir sua consciência e evoluir para níveis cada
vez mais elevados.

Estudaremos os cinco sentidos do homem. Os animais também os possuem, mas, pelo


fato de não possuírem autoconsciência, sua capacidade de relacionar o "eu" com o
"não eu" é muito limitada. Por "eu" queremos dizer a autoconsciência do homem e por
"não eu" tudo o que está fora dessa autoconsciência. Os sentidos dos animais
constituem uma faculdade grupal, que se manifesta como instinto racial.

O que ocorre nos corpos do homem e chega à sua autoconsciência é considerado

225
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como "não eu", daí a necessidade de não se identifcar com os corpos, muito embora
saibamos identifcar essa ocorrência em nossos veículos.

Os sentidos do homem manifestam-se como: realização individual de sua


autoconsciência (nem sempre no comando), poder para afrmar esse individualismo,
instrumento poderoso para a evolução de sua autoconsciência, fonte de conhecimento
e saber e, fnalmente, faculdade transmutadora quando se encerra seu processo
evolutivo nos três mundos inferiores.

Eles são os seguintes, na ordem de desenvolvimento:

• audição;
• tato;
• visão;
• paladar;
• olfato.
São os tattwas, as vibrações ou oscilações dos átomos, que dão origem aos chamados
elementos, os responsáveis pelos sentidos. Não cabe aqui uma explanação detalhada e
profunda sobre os tattwas, o que poderá ocorrer em outra oportunidade. Apenas
esclareceremos as relações entre eles, os planos e os sentidos.

O tattwa akasha ou éter rege a audição. Seu plano é o átmico. Embora existam os
tatwas dos planos adi e monádico, nada será revelado sobre esses dois, pois não é
conhecimento para a atual humanidade.

O akasha dá origem ao vahiu, elemento ar, regente do tato, sendo seu plano o búdico.

Tejas ou agni, elemento fogo, é o regente da visão, plano mental.

Apas, elemento água ou líquido, rege o paladar, plano astral.

Prítivi, elemento terra ou sólido, rege o olfato, plano físico.

Deve fcar bem claro que, embora os tattwas relacionem-se intimamente com seus
planos específcos, eles atuam em todos eles. Portanto temos akasha, vahiu, tejas, apas
e prítivi no plano físico, como no astral, no mental etc. O entendimento claro e
profundo dos tattwas requer o domínio intelectual da teoria das oscilações. É um
assunto perigoso, porque conduz ao domínio da matéria e sua transformação e
transmutação, para o que, como já dissemos, não está preparada a humanidade,
bastando lembrar os funestos resultados pela utilização da célebre fórmula de Einstein:
energia é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz.

226
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Tendo em vista a sequência do processo de evolução do homem, físico, astral, mental,
búdico e átmico,e o desenvolvimento de seus sentidos, audição, tato, visão, paladar e
olfato, existe a seguinte correlação sentido/plano:

audiç plano
ão físico
plano
tato
astral
plano
visão
mental
palad plano
ar búdico
olfat plano
o átmico
Na consideração acima devemos também ter em mente o refexo entre os planos: o
plano átmico se refete no físico, o búdico no astral, fcando o mental sem refexo.

Todos os corpos do homem, desde o físico até o átmico, possuem sentidos, chamados
jnanaindryas (vias do conhecimento). Os corpos monádico e adi também os possuem,
todavia não serão aqui tratados.

No corpo físico a correlação entre os sentidos e os subplanos é a seguinte:

audiç quinto subplano,


ão gasoso
quarto subplano,
tato
primeiro éter
terceiro subplano,
visão
superetérico
palad segundo subplano,
ar subatômico
olfat primeiro subplano,
o atômico
Observem que essa correlação acima é análoga à existente entre os sentidos e os
planos, na qual a audição está relacionada ao físico, o mais denso, e o olfato ao mais
sutil dos cinco planos, o átmico.

Nos planos físico e astral, os subplanos de conquista do homem são os cinco


superiores. Os dois inferiores, o sexto e o sétimo, respectivamente, líquido e sólido,

227
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estão simbolicamente debaixo do umbral e são utilizados pelas formas de vida
inferiores à humana.

No desenvolvimento das raças-raiz da atual ronda encontramos uma analogia muito


interessante. As duas primeiras raças, a adâmica e a hiperbórea, não eram
defnidamente humanas, sendo a terceira raça, a lemuriana, realmente humana.
Conclui-se pois que o terceiro subplano dos planos físico e astral é o marco inicial do
esforço humano, devendo o homem conquistar os cinco subplanos superiores.

O mesmo não ocorre no plano mental. Mas esse assunto fcará para o próximo estudo.

Estudo 050

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Continuação) (Páginas 174, 175 e


176 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

O desenvolvimento e a conquista dos sentidos do corpo mental têm maior amplitude


do que nos corpos físico e astral. No decorrer da evolução normal humana, os sentidos
referentes aos cinco subplanos inferiores devem ser dominados. São eles: audição
(clariaudiência superior) - sétimo subplano, tato (psicometria planetária) - sexto
subplano, visão (clarividência superior) - quinto subplano, paladar (discriminação) -
quarto subplano, todos do corpo mental inferior ou concreto. Quando o homem já é um
iniciado e sua consciência está centrada no terceiro subplano (causal), entram em
atividade mais três sentidos superiores, que são: olfato (discernimento espiritual) -
terceiro subplano, resposta à vibração grupal - segundo subplano e telepatia espiritual
- primeiro subplano ou atômico. Este último é o subplano de abstração ou síntese, ou
seja, todos os demais sentidos são resumidos e sintetizados nele. O corpo mental é o
mais solicitado, porque no atual sistema solar a mente é utilizada para expressar budi,
uma vez que ela foi conquista do sistema solar anterior.

Para o Homem Celestial ou o Logos Planetário, ocorre a mesma coisa. Os dois planos
superiores, monádico e adi, são os de abstração e síntese das conquistas feitas nos
planos inferiores.

Façamos agora uma tabulação comparativa entre os sentidos dos cinco corpos do
homem, desde o físico até o átmico, que são metas da humanidade para a atual cadeia,
pois a quinta iniciação tem de ser alcançada e ela exige o domínio do corpo átmico.

228
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os sentidos resposta à vibração grupal e telepatia espiritual, do corpo mental superior
ou causal, não têm análogos nos corpos inferiores.

No corpo astral a correspondência entre os sentidos e os subplanos é a mesma do


corpo físico.

No corpo búdico a correspondência é a seguinte:

captaçã sétimo equivale à audição do


o subplano corpo físico
sexto equivale ao tato do corpo
cura
subplano físico
visão quinto equivale à visão do corpo
divina subplano físico
quarto equivale ao paladar do
intuição
subplano corpo físico
idealism terceiro equivale ao olfato do corpo
o subplano físico
Os sentidos referentes aos subplanos segundo e primeiro (atômico) do corpo búdico
são conquistados após a quinta iniciação.

No corpo átmico temos:

sétimo equivale à
beatitude
subplano audição
sexto equivale ao
serviço ativo
subplano tato
quinto equivale à
compreensão
subplano visão
quarto equivale ao
perfeição
subplano paladar
conhecimento terceiro equivale ao
total subplano olfato
Também neste corpo os sentidos referentes aos subplanos segundo e primeiro são
conquistados após a quinta iniciação.

A correspondência entre os sentidos dos corpos físico e astral é a seguinte:

audiç clariaudiência
ão astral

229
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

tato psicometria
clarividência
visão
astral
palad
imaginação
ar
olfat idealismo
o emotivo
Um sentido mais elevado incorpora os inferiores. Então no tato existe audição, na visão
existem audição e tato, no paladar existem audição, tato e visão e no olfato existem
audição, tato, visão e paladar. O paladar e o olfato são sentidos subsidiários do tato e
este é o mais importante do atual sistema solar, pois é regido pelo segundo raio, a meta
do nosso Logos Solar. Sabemos pela ciência que o paladar e o olfato exigem o contato
das moléculas portadoras das respectivas vibrações com as células responsáveis por
esses sentidos (papilas gustativas e células olfativas) e que eles interagem entre si.

Quando estudarmos o signifcado de cada sentido dos corpos, desde o físico até o
átmico, comparando-os entre si e utilizando a analogia, obteremos um entendimento
bem profundo do modo de vida nos planos. Com esse conhecimento crescerá o
estímulo para acelerar o processo evolutivo, pois o caminho fcará claro e todos
saberão o que conquistar. A técnica para adquirir o conhecimento do modo de atuação
nas matérias dos mundos sutis (astral, mental, búdico, átmico etc) consiste em
analisar-se profunda e exaustivamente as percepções dos cinco sentidos do corpo
físico, a propagação das informações via rede nervosa até o cérebro e o que ocorre
nesse, até chegar à conscientização, fazendo depois as devidas ilações para os corpos
sutis.

Vamos dar um exemplo. Na visão, os fótons (partículas de luz), após passarem pela
córnea, pupila, cristalino e humor aquoso, chegam à retina, incidindo sobre os cones e
bastonetes, onde são transformados em sinais elétricos, os quais seguem pela rede
nervosa e chegam ao centro cerebral da visão. Nesse são processados e
conscientizados, trazendo então mais informações, o que signifca mais conhecimento,
não interessa que tipo de conhecimento.

Na audição as ondas sonoras chegam à cóclea, após passarem pelos diversos


componentes do aparelho auditivo (tímpano, bigorna, martelo e estribo). Os cílios
vibráteis transformam as ondas sonoras em sinais elétricos, os quais são
transportados pelo nervos até o centro auditivo cerebral, onde ocorre a
conscientização da informação, o que signifca mais conhecimento.

230
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
De modo semelhante são processadas as informações dos demais sentidos.

Vamos fazer um esforço para explicar o que ocorre com o sentido da audição do corpo
astral. Assim como no mundo físico determinados estímulos provocam a formação de
ondas sonoras, que são classifcadas como ondas mecânicas pela física, embora a
origem seja etérica, da mesma forma certos estímulos na matéria astral geram ondas
ou oscilações das moléculas astrais. Essas oscilações, ao atingirem o corpo astral, por
ele se propagam, sem necessidade de um órgão específco, como o ouvido do corpo
físico. Ao chegarem no chacra responsável pelo processamento desse tipo de
oscilação, as informações contidas são extraídas e levadas à consciência astral. O
corpo astral não é rígido como o corpo denso, mas fuídico, sendo por isso que a
audição astral é mais efciente que a física.

No corpo astral a audição se dá por qualquer parte dele, como também a visão, o tato
(psicometria) e os demais sentidos. O que diferencia um sentido astral do outro é o tipo
de oscilação e o chacra responsável pelo processamento. Na realidade há muito mais
riqueza de informações e detalhes nos sentidos astrais do que nos físicos.

Aquele que consegue continuidade de consciência entre o astral e o físico e, é óbvio,


sabe utilizar ao máximo os sentidos astrais, possui uma grande capacidade de adquirir
conhecimentos.

Exemplifquemos o que foi dito acima. Na visão astral é possível reduzir a linha de visão
de tal forma que a área a ser examinada seja do tamanho de uma molécula, como se
fosse um microscópio. Assim é possível ver com detalhes o funcionamento de uma
molécula. Transferindo o que foi percebido pelo corpo astral para o cérebro físico,
muitas informações de imensa utilidade poderão ser aplicadas para o bem estar geral
dos encarnados. Mas para tal é necessário que a pessoa em consciência cerebral física
tenha muitos conhecimentos sobre o mundo astral. Na realidade a grande maioria das
pessoas que estão vivendo nesse mundo, após a morte física, não conhecem muito
sobre ele. A grande maioria dos encarnados que consegue acessar o mundo astral, é
por ruptura da tela etérica do chacra umbilical e não sabe empregar os sentidos
astrais, por falta de conhecimento, além da distorção na transferência das informações
para o cérebro físico.

Concluímos que quanto mais pudermos aprender sobre os mundos sutis, mais
liberdade de atuação adquiriremos.

Continuaremos com esse importante estudo a seguir.

231
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

232
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 051
Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - Audição (Continuação) (Páginas
176. 177 e 178 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Vamos estudar hoje o sentido da audição. O plano físico é o mais baixo e denso. Sua
construção e conformação é feita por vibrações (oscilações) dentro da gama de
frequências e formas de onda denominadas sonoras, que na Física são classifcadas
como ondas mecânicas. O som é regido pelo tattwa Akasha ou éter, cujo plano é o
átmico, que manifesta essencialmente o terceiro aspecto da Divindade, Inteligência
Ativa. Por isso seu efeito mais forte e sentido se dá no plano físico (sétimo plano) e nos
sétimos subplanos, os mais densos e concretos.

Em decorrência do acima exposto, a audição é o primeiro sentido que se manifesta. No


nosso atual período global, que está ocorrendo no planeta Terra, a primeira raça-raiz,
chamada adâmica, que era astral, só possuía o sentido da audição.

Será pela audição no plano físico que o homem conseguirá conhecer plenamente o
efeito produzido pela palavra sagrada, enquanto é pronunciada pelo Logos Solar.

À medida em que a energia do som da palavra sagrada repercute em todo o Sistema


Solar, as partículas (átomos e moléculas) são forçadas a ocuparem seus devidos
lugares, alcançando o grau mais forte de concreção.

A audição é a chave que o homem terá de girar, para descobrir:

a. seu próprio som ou nota individual;


b. o som ou nota de seu próximo;
c. o som ou nota de seu grupo;
d. o som ou nota do Logos Planetário com o qual está vinculado;
e. o som ou nota do Logos Solar, o que lhe dará amplo conhecimento sobre o
Sistema Solar e permitirá alcançar vislumbres da consciência do grande Homem
Celestial.
Esses sons ou notas o homem conseguirá da seguinte forma:

a. a sua nota, no plano físico;

b. a do seu irmão, no plano astral, pelo processo de semelhança de emoções, que o


levará a conhecer a identidade do seu próximo;

c. a do seu grupo, no plano mental, onde aprende a responder a essa nota grupal,
pelo sentido chamado resposta à vibração grupal;

233
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
d. no plano búdico, começa a perceber, identifcar e responder à nota do seu Logos
Planetário;

e. no plano átmico, sua consciência começa a responder à nota do Logos Solar,


quando inicia a participação mais intensa na vida do Logos.
Essas diferenças são apenas para maior esclarecimento. No processo evolutivo, em
virtude das sobreposições existentes na natureza, essas diferenças não são tão nítidas
e o raio do homem, seu grau de desenvolvimento, o trabalho que já realizou
anteriormente, suas limitações temporárias e cármicas e outras causas, provocam uma
aparente confusão. Todavia, sob uma visão superior do grande esquema divino, a
tarefa avança da forma descrita.

No plano astral a capacidade de ouvir os sons astrais é denominada clariaudiência


astral. Embora as ondas sonoras astrais estejam numa faixa de frequências bem mais
elevadas que os sons físicos, mesmo assim são frequências mais baixas em relação às
da luz astral. Dessa forma a relatividade de frequência permanece e podemos dizer
que os sons astrais são ondas mecânicas astrais, existindo um signifcado mais
profundo nessa afrmação, que não vamos elucidar no momento.

Como já explicamos em estudo anterior, a audição astral se dá em qualquer parte do


corpo astral, em virtude de sua constituição fuídica e mais dinâmica. A conscientização
sonora astral também é mais rápida, pois as ondas sonoras deslocam-se com maior
velocidade no corpo astral.

Outro aspecto importante e referente à audição física do homem é a limitação de


frequências que ele pode ouvir. Embora uma quantidade imensa de frequências esteja
presente no ar e chegando aos ouvidos humanos, contudo eles só respondem a uma
pequena faixa. A gama de frequências sonoras do ouvido humano normal é de 20Hz
(20 ciclos por segundo) a 20kHz (20.000 ciclos por segundo).

É fato sabido que os animais têm maior sensibilidade auditiva que o homem. Os cães
ouvem acima de 20kHz.

Um fato curioso é que os gatos possuem nos olhos um mecanismo pelo qual eles
podem ouvir.

O homem no momento não está preparado para todos os sons da natureza. Se ele
ouvisse a nota da natureza, a soma de todas as notas produzidas pelas formas físicas
densas, seu corpo físico desintegrar-se-ia.

Quando ele tiver desenvolvido plenamente a audição astral e mental, além da física (o

234
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tríplice ouvido interno), então ele poderá ouvir a nota da natureza sem perigo. Há uma
correlação entre o desenvolvimento dos chacras e dos sentidos. Na primeira iniciação
(o nascimento) os chacras estimulados são os do corpo físico. Na segunda (o batismo)
são os centros do corpo astral. Na terceira (a transfguração) são os do corpo mental.
Portanto só o Iniciado da terceira iniciação consegue ouvir plenamente no plano físico.

No plano mental a audição é análoga à física, ou seja, a capacidade de diferenciar as


ondas mecânicas mentais, o que quer dizer, compressões e rarefações de partículas
mentais, que atingem o corpo mental. Nada tem a ver com a telepatia (comunicação
direta, sem ondas sonoras, Ego a Ego) do corpo causal. A telepatia causal é a síntese
de todos os sentidos.

No plano búdico a audição (que já incorpora a telepatia causal) torna-se mais


aperfeiçoada, porque permite três coisas:

1. conhecimento e identifcação do som individual;


2. conhecimento e identifcação do som do grupo;
3. sua completa unifcação.
Por isso ela é chamada captação.

A culminação da audição búdica ocorre no fato de o homem começar a ouvir a nota do


seu Logos Planetário e assim entrar na sua consciência. Não devemos esquecer que o
corpo etérico do Logos está no plano búdico para cima. Este é o segredo do poder do
Mestre.

No plano átmico é análoga à do plano búdico, captação de sons da matéria átmica, os


quais, relativamente, podem ser considerados ondas mecânicas átmicas. Todavia, em
virtude da maior frequência da matéria átmica, as ondas sonoras átmicas possuem
uma gama imensa de informações (quanto maior a frequência, maior a capacidade de
conter informações). Como o plano átmico é onde o terceiro aspecto da Divindade,
Inteligência Ativa, expressa-se mais essencialmente para nós, a audição átmica atinge a
perfeição relativa, permitindo ao homem começar a ouvir a nota do Logos Solar (física
cósmica), o que trará à sua consciência informações valiosíssimas sobre a vida física
do Logos. Por isso a audição átmica é chamada de beatitude pelo Mestre Tibetano,
sendo então a base da existência, o método da evolução e o unifcador fnal. É no plano
átmico que o homem entenderá com clareza o signifcado da frase sagrada que o
Logos Solar está pronunciando, sendo o AUM apenas a abreviatura, pois na realidade
ela contém 21 letras. Muitas pessoas pronunciam o AUM sem ter a menor noção do
seu signifcado.

235
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Como é do conhecimento de todos os que estudaram acústica, na Física, o som produz
formas, o que foi comprovado experimentalmente em laboratório. Quando o homem
tiver visão etérica, verá essas formas. Os Devas vêm o som e ouvem a luz.

No processo de construção das diversas partes do universo manifestado, o som


gerado pelo Logos, dentro do seu planejamento, produz modelos que forçam as
partículas a se unirem de acordo com eles e assim surgem as diversas formas
cósmicas: nebulosas, galáxias, estrelas, planetas etc.

Também no microcosmos o som do Logos atua nas formas. Um dos caminhos que o
Iniciado da sexta iniciação vê diante de si leva-o a desvendar profundamente os
mistérios reais do som, em diversos planos. Este caminho é o terceiro, o de
treinamento para os Logos Planetários. São os Senhores da verdadeira ciência do
Mantram. Por aí podem perceber quão grande é a ignorância dessas pessoas que
vivem recitando mantrans, sem o menor conhecimento da mecânica do som, nos
planos físico, astral e mental.

É oportuno neste contexto citar um artigo da conceituada revista Scientifc American


Brasil, de março de 2004, página 48, sob o título Sinfonia Cósmica, pelos cosmólogos
Wayne Hu e Martin White, que descrevem a teoria da formação do universo por ondas
sonoras no plasma inicial constituído por partículas subatômicas (quarks,
glúons,fótons, elétrons etc). Esses cientistas fazem menção de uma sinfonia cósmica
produzida por músicos muito estranhos e acompanhada de coincidências ainda mais
estranhas. É a ciência humana aproximando-se da ciência sagrada, como previu o
Mestre Tibetano. É um artigo que vale a pena ser lido por aqueles que querem o
conhecimento profundo e real e não se contentam em fcar na superfície.

Ainda dentro do campo da ciência, existe uma arma desenvolvida por um país, a qual,
ao ser ativada perto de uma pessoa, emite ondas sonoras na frequência de
ressonância de um órgão, por exemplo, o baço, levando-o a oscilar com amplitude
crescente, até a ruptura completa, provocando a morte da pessoa.

Quando a visão etérica for conseguida, poderá ser construído um aparelho que gerará
ondas sonoras, que substituirão a cirurgia, na reconstrução de órgãos.

Todavia a meta do homem é não depender de aparelhos, mas gerar ondas usando
apenas sua capacidade de manipular os três fogos. Aí jaz o segredo. Há muito mais
informações sobre o som que serão passadas ao longo dos nossos estudos.

No próximo estudo iremos tratar do tato, tão importante no atual Sistema Solar.

236
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 052

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - O Tato (Páginas 178, 179, 180 e


181 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Vamos estudar o sentido do tato. Este sentido foi o segundo a se manifestar na raça
humana, o que ocorreu na segunda raça-raiz do nosso período global, a raça
hiperbórea, que era etérica. Este fato demonstra que existe um tato etérico, que será
reconquistado pelo homem num nível muito elevado, quando a humanidade se polarizar
no corpo etérico. Aqueles que querem seguir depressa, homens e mulheres, podem
consegui-lo bem antes, desde que adquiram o conhecimento necessário e saibam
aplicá-lo.

Já que falamos de raça-raiz, vamos rapidamente esclarecer um assunto muito do


momento, embora fora do tema do nosso estudo. Na Bíblia está escrito que a mulher
(Eva) foi feita por Deus de uma costela do homem (Adão), dando a entender que o
homem foi criado primeiro e é superior à mulher. Nada mais irracional e errado que
isso. Nas duas primeiras raças-raiz (adâmica e hiperbórea) e nas duas primeiras sub-
raças da raça lemuriana (a terceira), o ser humano era de um só tipo, não existindo
homem e mulher distintos. O processo de propagação da espécie era diferente do
atual. Foi na terceira sub-raça da raça lemuriana que ocorreu a separação dos sexos.
Portanto homem e mulher vieram de um mesmo ser e apareceram simultaneamente.
Não existe portanto a propalada superioridade do homem sobre a mulher.

As religiões que se baseiam unicamente na Bíblia, esquecendo que ela deve ser
interpretada, pois é um simbolismo, ensinam essa interpretação errada, de que a
mulher é proveniente da costela de Adão e contribuíram muito para essa discriminação
da mulher. Já na infância a criança aprende esse preconceito, induzindo o menino a se
considerar superior à menina e esta a se ver um ser passivo e subordinado. Este
ensinamento errado em muito atrasou a evolução da mulher, prejudicando o Plano
Divino, que prevê para a mulher o acesso ao conhecimento e às oportunidades tanto
quanto para o homem. Esquecem que a Alma encarna como mulher e como homem,
com o objetivo de adquirir qualidades. Prejudicando a mulher, na realidade estão
prejudicando a si mesmos.

Retornemos ao nosso assunto. O tato é um sentido de grande importância no atual

237
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sistema Solar, que é de consciência astral búdica. É a consciência básica do sistema,
porque o Logos Solar está desenvolvendo o segundo aspecto, Amor-Sabedoria, que em
seu corpo físico cósmico expressa-se no plano búdico e refete-se no plano astral
como emoção, sentimento e sensação, que devem se transmutar em intuição,
percepção espiritual e unidade, ou seja, a polarização da humanidade deve passar para
o búdico, após passar pelo mental.

Não devemos esquecer que os sentidos, conforme vão se desenvolvendo, começam a


se sintetizarem com os outros, tornando-se muito difícil separar um do outro.

O tato é o reconhecimento do contato estabelecido por Manas ou mente de três


modos:

• como conhecimento
• como memória
• como antecipação.
Como conhecimento, porque aprende algo novo sobre o não-eu. Como memória,
porque, uma vez gravado o que aprendeu, identifca e recorda num segundo contato.
Como antecipação, porque, com base no que está gravado (memória) e em novo
contato, pode prever.

Cada sentido, ao relacionar-se com a mente, desenvolve na consciência um conceito,


que personifca o passado, o presente e o futuro.

Em consequência, o homem muito evoluído, que já tem plenamente ativos os sentidos


dos corpos físico, astral e mental (o Iniciado com a terceira Iniciação, em preparação
para a quarta), pode observar os três planos inferiores do ponto de vista do "Eterno
Agora", ou seja, transcende o tempo (como é conhecido nos mundos inferiores). Isso
signifca que os sentidos foram substituídos pela plena consciência ativa, sabe e não
necessita mais dos sentidos para adquirir o conhecimento sobre os planos físico, astral
e mental, porque sua mente, amplamente desenvolvida e potente, pode captar
diretamente todas as vibrações dos três planos, interpretando-as com fdedignidade,
podendo assim ter uma visão do futuro nesses planos inferiores. Não necessita de
instrumentos, por mais sofsticados que sejam, para entender o funcionamento do
universo. Pela qualidade conquistada pela psicometria planetária (tato do corpo
mental) sabe a origem do universo físico, o mesmo ocorrendo com relação aos
universos astral e mental, que antecedem o físico. É de fato um ser completamente
livre dos três mundos inferiores. Sua atenção se volta para os mundos búdico e
superiores.

238
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Porém, no tempo e nos três mundos inferiores, cada sentido, em cada plano, fornece
ao homem (o Pensador) um aspecto ou faceta do não-eu e com a ajuda da mente ele
pode ajustar sua relação com esse aspecto.

Vejamos esses aspectos.

A audição dá noção de direção relativa e permite ao homem defnir sua posição e


localizar-se no esquema do qual faz parte. Essa localização não é apenas espacial. A
audição astral fornece detalhes de orientação, que permitem avaliação da direção
evolutiva do não-eu, havendo maior riqueza desses detalhes na audição mental. Assim
pode prestar melhor ajuda a seu irmão.

O tato dá noção de quantidade ou medida e permite ao homem fxar seu valor relativo
em relação aos outros corpos estranhos a si mesmo.

A visão dá noção de proporção e permite o ajuste do movimento ao dos demais. Como


cada sentido inclui os anteriores, na visão também existem as noções de direção e
quantidade, sendo portanto a visão um sentido sintetizador. Como o paladar e o olfato
são subsidiários do tato, a visão aperfeiçoada contém as noções propiciadas por esses
dois.

O paladar dá noção de valor e permite decidir o que parece melhor.

O olfato dá ideia de qualidade inata e permite achar o que o atrai, porque é da mesma
qualidade ou essência.

É muito importante que, em todas essas defnições, tenha-se em mente que a


fnalidade dos sentidos é revelar o não-eu e permitir ao Pensador (o Eu) diferenciar o
real e o irreal. Pelos mecanismos de percepção (Jnanindriyas) o Pensador colhe
informações do não-eu e reage a elas pelos mecanismos de ação (Carmindriyas), que
são seis:

1. boca, aparelho fonador-falar


2. mãos - aferrar
3. pernas - andar
4. ânus - evacuar, excreção
5. órgãos genitais-procriar.
A mente é o verdadeiro órgão dos sentidos, sendo a parte física apenas o coletor de
informações, na forma de vibrações ou oscilações. Por isso o Iniciado avançado
consegue prescindir dos órgãos físicos para captar as informações e obter o
conhecimento do não-eu. Daí a grande importância do conhecimento, inclusive no

239
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
serviço. Quanto maior a capacidade dos sentidos, maior a capacidade do curador para
detectar o que está errado no seu irmão e conseguir a harmonia (a cura).

Na evolução dos sentidos, é o ouvido que atrai a atenção do Eu, aparentemente cego,
para algo que ocorre fora dele, dando-lhe a noção de exterior e de direção da fonte de
som.

Esse sentido com o tempo provoca a formação de outro sentido. Pela Lei de Atração, o
Eu quer se aproxima daquilo que está gerando o som que lhe chega aos ouvidos e
sentir com mais detalhes esse algo. Surge então o tato, que fornece ao Pensador
incipiente mais informações: dimensão, contextura externa e tipo de superfície. Assim
a consciência se amplia, pode ouvir e apalpar, todavia ainda não tem subsídios para
correlacionar e defnir.

Quando consegue defnir e dar nomes às coisas, terá dado um grande passo avante.

Podemos aqui aplicar aos sentidos os antigos símbolos cósmicos.

O ponto no centro- a consciência do eu na etapa em que só pela audição consegue


perceber o não-eu.

O círculo dividido em dois - a consciência do eu percebendo o não-eu pela audição e


pelo tato.

Quando a fase do tato está consolidada (fnal da segunda raça-raiz, a hiperbórea),


nasce o terceiro sentido, a visão, iniciando a habilidade de estabelecer relações entre
os diversos não-eu e consigo mesmo. É a partir daí que a Mente começa realmente a
funcionar, através do raciocínio.

A visão surgiu na terceira raça-raiz, a lemuriana, a primeira densa. Na terceira sub-raça


lemuriana o ser humano, ainda sem sexo defnido, estava bastante treinado no uso da
vista e dos outros dois sentidos, ferramentas excelentes para o raciocínio. Foi então
que ocorreram dois fatos importantíssimos na história da humanidade: a divisão em
dois sexos, homem e mulher e a chegada dos Senhores da Chama, provenientes do
esquema de Vênus. Esses excelsos Seres são citados no Antigo Testamento como os
Filhos de Deus. Eles vieram para implantar no lemuriano a chispa da mente.

Foi aí que realmente iniciou-se o processo de individualização do ser humano. Esse


assunto é de imensa importância para a humanidade, pois envolve um Ser de
elevadíssima categoria, que voluntariamente se sacrifcou pelo homem, descendo do
plano búdico cósmico para o nosso plano causal, com o objetivo de construir o Loto
Egoico, sem o qual não teríamos autoconsciência. Esse Deva permanece velando pelo

240
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
homem até a quarta Iniciação, quando é liberado. Devemos cotidianamente prestar
gratidão ao nosso Anjo Solar, como é chamado pelo Mestre Tibetano. Todo o trabalho
do Anjo Solar está descrito com riqueza de detalhes no Tratado sobre Fogo Cósmico.
Chegaremos lá.

Com a autoconsciência defnitivamente implantada e o Loto Egoico em funcionamento,


embora nessa fase tinha o aspecto de um botão, com as pétalas totalmente fechadas,
houve um grande incremento no relacionamento entre o eu e o não-eu, os quais se
coordenaram imediatamente, havendo intensa troca de informações, tendo como
consequência uma aceleração da evolução.

Com essas informações, já podemos concluir quão importante é saber utilizar


corretamente os sentidos, aplicando intensamente a capacidade analítica da mente, no
processo evolutivo. Quanto mais conhecimentos pudermos adquirir através dos
sentidos, quanto mais pudermos utilizá-los, quanto mais pudermos expandi-los, mais
acelerada será a nossa evolução. Devemos também saber utilizar os sentidos astrais e
mentais. O pensar constante nos signifcados desses sentidos, irá desenvolvê-los.
Assim também o Loto Egoico irá abrir suas pétalas. No intervalo entre a morte e o
renascimento, quando a consciência é transferida para o plano causal, dá-se a
transferência da essência do conquistado na última encarnação para as devidas
pétalas do Loto Egoico, que assim entram em atividade e abrem-se. Pelo serviço
prestado ao próximo com amor desinteressado, as pétalas do Amor-Sabedoria se
dinamizam, sendo importante que esse serviço seja ligado ao conhecimento, para
ocorrer a transformação do conhecimento em sabedoria.

O Iniciado com a segunda Iniciação já tem condições de fazer a transferência para as


pétalas do Loto Egoico, bem como acelerar o movimento das partículas constituintes,
ainda encarnado, não necessitando esperar a morte. Por isso ele pode optar, com a
autorização de seu Mestre, por abdicar de ir ao plano mental, permanecendo curto
tempo no plano astral e retornando rapidamente a uma nova encarnação. Ele não pode
perder tempo, pois a Hierarquia necessita urgentemente que ele receba Iniciações mais
elevadas, para ocupar cargos importantes, liberando os Mestres para seguirem os
caminhos escolhidos. Como exemplos, temos o Senhor Buda e os Mestres Jesus e
Serápis Bey, que devem seguir para Sírius, mas que estão aguardando que novos
Iniciados sejam sagrados e ocupem os cargos vacantes.

Continuaremos o nosso estudo ainda dentro do mesmo tema.

241
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 053

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - (Continuação) (Páginas 181 e 182


do Tratado sobre Fogo Cósmico)

A continuação do estudo dos sentidos relacionados com os centros, vejamos suas


vinculações com os três aspectos do Logos Uno, chamados os três Logos. Essas
vinculações derivam dos aspectos abrangidos pelos sentidos.

Três sentidos são chamados maiores, audição, tato e visão, sendo os outros dois,
paladar e olfato, considerados menores, pois são derivados do tato. De fato, o paladar
e o olfato, exigem o contacto da molécula portadora de suas respectivas informações
com as células sensoras (gustativas e olfativas), para a conscientização.

Pela audição o homem consegue reconhecer a quádrupla palavra, a atividade da


matéria, o Terceiro Logos. A quádrupla palavra (quádruplo som) é responsável pelas
quatro leis que regem a matéria:

• lei de vibração
• lei de adaptação
• lei de repulsão
• lei de fricção.
Essas quatro leis são subsidiárias da Lei de Economia, que rege a matéria. Estudá-las-
emos mais tarde.

Pelo tato o homem reconhece o sétuplo Construtor de Formas, a construção das


formas, sua aproximação e inter-relacionamento, que constituem a atividade do
segundo Logos. De fato tato é aproximação e tende a unir (embora possa afastar). A
Lei de Atração começa a atuar pelo tato entre o eu e o não-eu.

Pela visão o homem reconhece a totalidade, a síntese dos muitos no UNO e a partição
do UNO nos muitos, a atuação da Lei de Síntese em todas as formas que o eu ocupa e
a unidade essencial de toda a manifestação. É tarefa do primeiro Logos, Vontade.

O tato, por estar relacionado com o segundo aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura, que
é a meta do nosso Logos Solar para este atual sistema, é o sentido mais importante e,
por isso, seu mecanismo, sua utilização, as informações que ele fornece e seus efeitos
devem ser estudados em profundidade, em todos os planos. Tal estudo levar-nos-á a
conclusões interessantes e muito úteis.

242
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Através do reconhecimento da superfície da forma, podemos identifcar a essência
nela oculta. Uma vez conseguida essa identifcação, é possível ao eu harmonizar-se
com o não-eu em qualquer etapa evolutiva e assim saber qual a ajuda correta e mais
adequada que deve dar, usando o processo de maior rendimento. Isso é servir
ativamente.

É Senhor de Compaixão aquele que, pelo tato, sente, capta plenamente e compreende a
maneira de corrigir o inadequado (o que está em desarmonia) no não-eu, assim
acelerando sua evolução.

Devemos também estudar o valor do tato na cura, embora aí seja um carmindriya (os
jnanindriyas e carmindriyas se relacionam). Todos os curadores da raça são exímios na
arte do tato. É a linha dos Bodhisattvas, de Amor-Sabedoria e ensino, a linha do
CRISTO, caminho esse que todos deverão percorrer com o tempo. Eles sabem
manipular a Lei de Atração e Repulsão. Não esquecer que atração e repulsão são polos
de uma mesma força.

Mestre Tibetano diz que a origem etimológica da palavra tato é um tanto obscura e que
provavelmente signifca "extrair com movimento rápido". Aí está todo o segredo do
nosso Sistema Solar objetivo, que demonstrará a aceleração do movimento pelo tato.

As qualidades essenciais do não-eu são: inércia (tamas), movimento (rajas) e ritmo


(sattva). O ritmo, o equilíbrio, a vibração estável, serão alcançados pelo tato.

Vejamos um exemplo. Quando o homem medita corretamente, pela concentração e


obediência às regras, ele consegue estabelecer contacto com matéria mais elevada e
refnada que a usual, a causal e, com o tempo, com a búdica, por breve período. Com
esse contacto a sua vibração rotineira se acelera, com os óbvios benefícios.

Aqui entramos novamente no tema principal do nosso estudo, os fogos. Na meditação,


o fogo por fricção atrai a si o fogo de manas, que lhe é superior. Eles se tocam,
reconhecem-se e fazem-se conscientes um do outro. O fogo de manas arde
continuamente e se nutre com o que dele se aproxima e por ele é rechaçado.

Quando ocorre o contacto entre os dois fogos, de manas e por fricção, inicia-se o
processo de fusão e incrementa-se intensamente a força estimulante, aumentando a
capacidade de estabelecer contacto, que dá origem a um ciclo de realimentação
(feedback) positiva. Desse aumento da capacidade atrativa, o fogo elétrico da Mônada
aproxima-se e entra em contacto com os outros dois fogos fundidos, iniciando-se a
segunda fusão, a tríplice.

243
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Isto está relacionado com o mistério do Cetro da Iniciação. Quando estudarmos os
centros e a Iniciação, veremos que o assunto envolve esse misterioso aspecto do tato,
faculdade do segundo Logos, que aplica a Lei de Atração.

No ato da Iniciação ocorre uma intensa manipulação de fogo elétrico (solar/elétrico),


armazenado no Cetro Iniciático, qualquer que seja, o do Sr. Maitreya, o do Senhor do
Mundo, o Diamante Flamígero ou o do Logos Solar, o Sétuplo Fogo Flamejante.

O Iniciando, por ter feito a sua parte, levar inicialmente seus fogos por fricção e solar a
um elevado nível de atividade e fusão e posteriormente fazer o mesmo com seu fogo
elétrico da Mônada, faz jus a uma carga extra de fogo elétrico de níveis cósmicos, o
que acelera tremendamente sua evolução, tornando-se com isso altamente útil ao
Plano Divino.

Por isso Mestre Tibetano diz que o homem é um fenômeno elétrico e que Manas é
eletricidade, no que Ele está certíssimo. Não tiro essa conclusão apenas porque é um
Mestre que está afrmando, mas porque vejo uma lógica perfeita na sua afrmação.
Quem conseguir entender com clareza e ver o processo iniciático e em consequência
compreender e ver a atividade que está reservada ao Iniciado nos planos superiores,
jamais esmorecerá em seu esforço evolutivo, porque sabe e não porque lhe falaram.

Voltemos à visão, ao paladar e ao olfato, para logo resumir as relações entre os centros
e os sentidos e suas interações. Uma vez isto concluído, restam apenas dois pontos
para o término da primeira parte.

Esses dois pontos são: os centros e a Iniciação e a Lei de Economia, que rege a matéria.

Terminados esses dois pontos, entraremos na parte mais importante do livro, a que
trata dos fogos de Manas, tanto coletivamente (os Logos Planetários), como
individualmente (os divinos Manasaputras). É a verdadeira evolução da Mônada e como
ela usa a fusão cósmica dos fogos da matéria e de Manas.

Manasaputras são os flhos da Mente, o princípio individual no homem, o Ego ou Alma,


às vezes chamado Anjo Solar, que não deve ser confundido com o Anjo Solar, o grande
Deva construtor do Loto Egoico. É bom aqui recordar a célebre frase de René
Descartes:" Cogito, ergo sum", que quer dizer: penso, logo existo.

Continuaremos o nosso estudo ainda dentro do mesmo tema.

244
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 054

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Continuação) (Páginas 183 e 184


do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Continuando nosso estudo dos sentidos, iremos analisar a visão, o paladar e o olfato,
em seus aspectos transcendentes e evolutivos, pois seu objetivo é fazer o homem
evoluir, em direção à sua meta: adquirir conhecimentos e dominar todos os planos
previstos pelo Plano Divino para esta cadeia.

A visão é o principal correlacionador do Sistema Solar.

Sob a ótica das leis regentes, pela Lei de Economia o homem ouve. O som penetra o
íntimo da matéria e provoca sua diferenciação ou heterogeneidade.

Ouvindo, o homem é levado a tocar a fonte do som que lhe chega aos ouvidos (Lei de
Atração). O toque provoca duas reações no que toca e no que é tocado: atração ou
repulsão, dependendo da sintonia.

Ao tocar, o homem percebe que as informações captadas não são sufcientes, ele quer
saber mais. Então seus olhos se abrem e ele vê. Pela Lei de Síntese ele reconhece sua
posição na ordem do mundo manifestado.

A audição expressa a unidade, porque o homem apenas ouve, mas não tem experiência
de algo concreto sem ser ele mesmo e assim sente-se só e um. Quando toca e sente
concretamente, sabe realmente que existe algo fora dele, o não-eu. É a dualidade.
Quando enxerga, ele pode relacionar, o que o leva à triplicidade: eu, não-eu e o
relacionamento entre o eu e o não-eu.

Todo o presente está contido nesses três sentidos. Evoluir é reconhecer, utilizar,
coordenar e dominar tudo, até que o Eu se torne plenamente consciente da existência
de todas as formas e de todas as vibrações oriundas do não-eu. Lembramos aqui que a
expressão não-eu não se refere somente ao outro homem, mas a toda a natureza,
inclusive os próprios veículos, numa etapa mais avançada.

Dessa forma o objetivo do Eu, utilizando-se do poder ordenador da mente, será achar a
verdade, ou seja, o ponto no círculo da manifestação que, para o Eu, é o ponto de
equilíbrio, onde a coordenação é perfeita. Isto é um estado interior, signifcando a
conquista de qualidades bem defnidas, através do conhecimento (estudo) e sua
aplicação não só em relação a si mesmo, como a seu próximo. Incluímos aqui como
próximo a natureza.

245
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Somente quando este ponto for conquistado, é que o Eu poderá dispensar todos os
véus, contactos e sentidos. Ele saberá por captação direta, não precisando de
mecanismos intermediários. É a etapa em que o homem recebe a quarta Iniciação,
quando se liberta dos três mundos inferiores, iniciando uma nova fase de conquistas.

Nos estágios do processo evolutivo nos mundos inferiores, ocorrem três tipos de
separação:

Involução. A separação ou diferenciação da matéria, quando o Uno se converte nos


muitos. Os sentidos se desenvolvem e o Eu os aperfeiçoa, para utilizar a matéria, sob o
comando da Lei de Economia.

Evolução, até chegar no caminho de Provação. O uso intensivo dos sentidos conduz a
uma identifcação progressiva do Eu com todas as formas, desde as mais densas até
as relativamente refnadas. Rege a Lei de Atração e o Espírito se funde com a matéria,
ou seja, o Espírito consegue melhorar a matéria para seu uso.

Evolução no Caminho. Outra separação, o Espírito se separa da matéria, passa a se


identifcar com o Uno e fnalmente repele a forma (terceira separação), porque não
mais dela necessita. Pela experiência vivida, os sentidos são sintetizados numa
faculdade adquirida e o Eu dispensa o não-eu. Funde-se com o Omni-Eu (Eu Total).
Rege a Lei de Síntese.

Nestas três etapas observa-se a atuação dos três aspectos do Logos. Na partição ou
diferenciação da matéria está agindo o Terceiro Logos, o Criador. Na repulsão da
matéria pelo Espírito comanda o Primeiro Logos, o Destruidor. Na evolução até o
caminho de Provação, o grande regente é o Segundo Logos, o Preservador.

Na realidade os três aspectos estão sempre presentes simultaneamente, as tarefas e


funções é que são exercidas separadamente. O mesmo acontece com o homem.

No aperfeiçoamento fnal da visão, que ocorre no corpo átmico, a palavra compreensão


é totalmente inadequada para defni-lo. Mais uma vez lembramos que a expressão
aperfeiçoamento fnal é relativa. Ela signifca a consecução da meta para a atual cadeia,
a quarta, que é a quinta Iniciação, a do Adepto, que implica no domínio do plano átmico.
O aperfeiçoamento continua.

Uns poucos ultrapassarão essa meta. Serão os dirigentes nas futuras rondas e cadeias.

Pela análise cuidadosa das informações que os sentidos captam nos cinco planos da
evolução humana (físico, astral, mental, búdico e átmico), em particular, comparando
entre o físico e o átmico e levando em conta o resumo feito pelo Mestre Tibetano na

246
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
página 184, podemos fazer ilações interessantíssimas, que muito nos auxiliarão a
adquirir uma compreensão nítida e lógica do modo de vida nos planos superiores.

Infelizmente a maioria da humanidade está profundamente identifcada com a vida


material, a ponto de achar que a vida no chamado paraíso, post-mortem, é continuação
da vida física, como ensinam algumas religiões.

No momento em que entenderem com clareza como é a vida em cada plano, concluirão
quão insanos foram. Esse entendimento só pode ser conseguido pelo estudo, pesquisa,
comparação, meditação e lógica, o que requer esforço e disciplina. A chamada
salvação é tarefa de cada um. O instrutor fornece as informações necessárias e ajuda
no raciocínio, mas o trabalho tem de ser de cada um. É muito cômodo pensar que
algum Mestre irá fazer o nosso trabalho por nós, salvando-nos. Esse modo de pensar é
irracional e férrea lógica, pois como iremos desenvolver qualidades sem praticá-las ?
Assim como a função faz o órgão, igualmente o exercício da qualidade a faz crescer.

Analisemos o resumo do Mestre, sentido a sentido.

Audição - Beatitude - Logra-se por meio do não-eu. O que é beatitude? É o estado mais
elevado de felicidade relativa. Como se refere à audição átmica, signifca que esse
estado, análogo ao samadi da ioga, é conseguido pela captação de vibrações
mecânicas átmicas, contendo informações de ordem muito elevada. Na audição átmica
começamos a ouvir a nota física cósmica do Logos Solar. Essa nota, que não é um som
único, mas um imenso conjunto de sons, fornece à consciência muitas informações e
detalhes da natureza da vida física do Logos. Além dessa conscientização, as partículas
do corpo átmico passam a vibrar em resposta à nota do Logos, assim como o som
físico afeta o nosso corpo e pode nos alegrar. É essa vibração do corpo átmico, aliada
à conscientização, que provoca a suprema euforia, que o Mestre chama beatitude. Isso
é conseguido por meio do não-eu e pelo constante exercício da audição em todos os
planos.

O som no plano átmico não gera formas como nos planos físico, astral e mental
inferior, porque o átmico é um plano arupa, que quer dizer sem forma. Todavia produz
fguras geométricas, que encerram conceitos matemáticos elevados e abstratos. Por
conceitos matemáticos elevados estamos nos referindo à matemática que descreve
relações e fenômenos nos planos superiores. Por exemplo, uma equação diferencial
relaciona variáveis, funções e suas derivadas e pode descrever um fenômeno físico ou
uma teoria física. De forma análoga uma equação diferencial transcendental pode
descrever a atuação de energias cósmicas extrassistêmicas, que darão subsídios à

247
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Hierarquia para auxiliar a humanidade. Na aplicação das energias superiores é
necessária a quantifcação, a dosagem dessas energias. Há Adeptos que se
especializam nesse ramo e são muito úteis, assessorando a Hierarquia na tomada de
decisões,o que comprova o velho aforismo: " Assim como é em cima, é em baixo", que
deve ser interpretado com as devidas diferenças.

Chamamos a atenção para uma observação muito importante. Mestre Tibetano fala por
diversas vezes que na etapa fnal o Eu rechaça o não-eu. Esse rechaçar o não-eu não
signifca o abandono do próximo. Nas etapas iniciais e intermediárias do processo
evolutivo, dentro do Planejamento para a nossa cadeia, o Eu necessita do não-eu para
adquirir experiência e se desenvolver. Nessa relação muitas vezes o Eu se identifca
com o não-eu, por exemplo, com o próprio corpo, pensando que ele é a sensação física,
a emoção e o pensamento, esquecendo que são fenômenos que estão ocorrendo em
seus veículos e que são muito úteis para o desenvolvimento da sua consciência, mas
efetivamente ele não é isso. Quando chega na etapa fnal, da evolução no Caminho (já
tendo passado pela primeira Iniciação), ele começa a perceber o Omni-Eu, o Uno, em
todos os não-eu e conclui que todas as formas de não-eu são ilusórias como partes
separadas, mas necessárias e importantes para o seu desenvolvimento. Então ele
abandona essa identifcação com as formas, que é o rechaço do não-eu. Como
conquistou as qualidades derivadas de todas as percepções, por ter usado muito os
sentidos na sua escala mais ampla, dispensa esses mecanismos, porque sabe
diretamente.

Então, por ter entendido por lógica o Omni-Eu presente em todos os não-eu, com Ele se
identifca e passa a ajudá-lo, ajudando todas as formas de não-eu, usando os poderes e
as qualidades conquistadas. Todavia nunca perde sua identidade. Não confundir essa
confusão de identifcação com a identifcação no sentido de entender os problemas do
próximo.

Quando começar a espiral mais elevada, a conquista dos planos monádico, adi e
superiores, terá de enfrentar uma nova batalha, porém em condições muitíssimo
diferentes. São pugnas que só trazem alegrias e felicidade de uma modalidade e
intensidade inimagináveis pelo homem comum. Procurem descobrir a luta no nível dos
Logos, porque ela existe.

No próximo estudo falaremos sobre o tato, dentro dessa mesma ótica do Mestre
Tibetano.

248
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 055

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - O tato (Continuação) Página 184


do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Neste estudo vamos analisar e pesquisar o tato, dentro do objetivo do Mestre Tibetano,
que façamos deduções, comparando a natureza das informações que esse sentido leva
à consciência, plano a plano, tentando dessa forma entender como é o modo de vida
nos planos. Tenhamos sempre em mente que o tato é o sentido mais importante no
atual Sistema Solar, porque está regido pelo segundo aspecto do Logos Solar, Amor-
Sabedoria-Razão Pura, sua meta e tem dois sentidos menores subsidiários: o paladar e
o olfato.

Vejamos quais informações o tato físico fornece à consciência física. São noções de
contextura, forma, suavidade ou aspereza, tamanho, quantidade e temperatura.

Fisiologicamente a pele, onde o tato está localizado, é a blindagem de defesa do corpo


humano. Existe um tipo de célula da pele, o melanocito, que possui características
muito interessantes e, quando se altera, transforma-se num câncer dos mais
agressivos, o melanoma. Fizemos essa citação, apenas porque existe uma conexão
profunda entre a pele e o tato, não somente porque o tato nela está.

As energias portadoras das informações acima descritas afetam o corpo denso,


seguindo o processo da transformação da pressão mecânica sobre a pele em sinais
elétricos, que são transportados pelos nervos para o cérebro, onde ocorre a
conscientização. Para a informação da temperatura, há duas energias que atuam: o
movimento das moléculas excitadas pelo calor (energia mecânica) e as ondas
eletromagnéticas na faixa do infravermelho; no caso do frio (temperatura externa
menor do que a da pele), a sensação é proveniente da retirada do calor da pele, que é
fogo por fricção. Na realidade sempre o fogo por fricção age no processo do tato, ou
seja, ocorre entrada ou retirada de fogo por fricção. Esse assunto é um pouco mais
complexo, todavia não vamos entrar em detalhes agora.

Existem também as informações que chegam à consciência por meio da aura etérica.
Essa aura estende-se mais ou menos por cinco centímetros além da superfície da pele
e é constituída de partículas do corpo etérico. Ela pode ser penetrada por energias
portando informações, que são conduzidas ao cérebro por condutores etéricos
chamados nadis. Na maioria das vezes a conscientização da informação não é clara,

249
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mas expressa-se como sensação agradável ou desagradável, dependendo da natureza
da energia. Quem está habituado a aplicar constantemente sua mente ao tato, pode
entender imediatamente e com clareza esse tipo de informação táctil. É questão de
treinamento e, é óbvio, depende do desenvolvimento dos centros etéricos, em
particular do cardíaco.

Informações sobre doenças podem ser captadas pelo tato bem treinado, sendo
necessário um mínimo de conhecimentos anatômicos e fsiológicos.

No corpo astral o tato chama-se psicometria, a faculdade de perceber não só as


informações análogas às do tato físico, como outras de fatos ocorridos em torno do
objeto com o qual o corpo astral está em contacto. Semelhantemente ao tato físico, a
psicometria está em toda a periferia do corpo astral.

Vemos nitidamente como o tato, ao passar para o corpo astral, torna-se mais
abrangente, com mais riqueza de detalhes e mais informações, dentro de sua área.
Essa expansão crescente ocorre sempre ao passar o sentido para um corpo mais sutil,
refnado e dinâmico, comprovando a afrmação de que, quanto maior a frequência
(número de ciclos da vibração por segundo), maior a capacidade de conter
informações. Isso pode ser entendido facilmente, se raciocinarmos da seguinte forma:
uma informação pode ser decomposta numa quantidade do que chamamos
tecnicamente unidade de informação, que fca armazenada num ciclo ou até num
semiciclo, então, quanto maior o número de ciclos por segundo (frequência), maior a
quantidade de unidades de informação contida num segundo da onda portadora.

No corpo mental o tato é a psicometria planetária. Qual a diferença entre essa


psicometria e a astral? Pelo princípio acima explicado, é a maior abrangência de
informações nessa área, por ser o corpo mental de maior frequência. Isso signifca que
no corpo mental a psicometria fornece informações de fatos ocorridos em torno do
objeto, numa profundidade que envolve a história do planeta.

No corpo búdico o tato chama-se cura. Embora a cura seja um carmindriya, pois é uma
ação, todavia se analisarmos com bastante atenção as funções do corpo búdico,
concluiremos que há uma associação direta entre o tato búdico (jnanindriya) e a cura
búdica (carmindriya), provando que o Mestre Tibetano está certo.

A matéria búdica é regida pelo quarto Raio, da harmonia pelo confito, o que signifca
que ela tende a conciliar o que está em confito ou desarmonia. O que é a doença? É o
resultado da falta de harmonia. Num corpo sadio todas as partes, todos os órgãos,
todas as células, trabalham em estreita colaboração, para o bem-estar do todo, o

250
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
corpo. Qualquer falta de cooperação provoca a doença. Num câncer, por exemplo, as
células cancerosas só trabalham para si mesmas, esquecendo o trabalho
compartilhado com outras células para o todo, não estando portanto em harmonia.
Logo, curar é restaurar a harmonia, onde quer que ela tenha se ausentado.

Sem entrar em detalhes sobre a fsiologia do corpo búdico, o tato nesse corpo capta
minúcias do processo de desarmonia e passa-as para a consciência atuando no corpo
búdico. Então sua capacidade harmonizadora entra em ação e, dependendo da
capacidade da Mônada de se comunicar com sua Alma e com o cérebro físico do corpo
que está ocupando, tanto a informação sobre o processo de desarmonia que está
provocando a doença, como as energias búdicas restauradoras podem chegar à
consciência cerebral física. Aí o conhecimento e as energias curadoras atuam pelo tato
físico e efetuam a cura. Lembremos que existe uma linha de comunicação entre o tato
búdico (como jnanindriya e carmindriya) e o tato físico.

É óbvio que quanto maior a capacidade de domínio da Mônada sobre todos os seus
veículos (incluindo a Alma), maior sua capacidade curadora, que irá se manifestar em
seu corpo físico.

Mestre Jesus, quando encarnado, tinha esse poder em alto grau. Como já tinha a
terceira Iniciação, da Transfguração, seu corpo búdico já estava bem organizado e
coordenado, como também sua Mônada já possuía um excelente contacto com o
cérebro físico. Sabemos que bastava tocar em seu corpo, para fcar curado. Assim,
com argumentação lógica e raciocínio, demonstramos que Mestre Tibetano está
correto, quando chama o tato do corpo búdico de cura.

No corpo átmico o tato é denominado pelo Mestre como serviço ativo. Sigamos a
mesma linha de raciocínio utilizada para o tato búdico. A matéria átmica é regida pelo
terceiro Raio, de Inteligência Ativa. Esse Raio é sintetizador dos quatro raios menores
de atributo. Essa síntese signifca que todas as faculdades do tato dos corpos
inferiores são absorvidas e acrescidas pelo tato átmico, que funciona ao mesmo tempo
como jnanindriya (ao captar informações) e como carmindriya (ao exercer ação).

O domínio do plano átmico é a meta da nossa cadeia para o homem e na quinta


Iniciação, da Revelação, o Adepto tem de desenvolver ao máximo seu corpo átmico.

Portanto, o despertar do tato átmico até sua plenitude signifca o alcance da perfeição
desse sentido (na captação e na ação), perfeição relativa, é claro, pois, como já
dissemos, a conquista de novas perfeições continua, a partir do plano monádico.

251
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Falemos um pouco das novas qualidades acrescidas ao tato átmico. No tato búdico
citamos o estabelecimento da harmonia, como a principal qualidade. No tato átmico
surge o estímulo para a correta evolução. O que é agir para a correta evolução? É
saber o nível de evolução da pessoa ajudada, sua posição no processo evolutivo, suas
qualidades e defciências, seus diversos raios, em particular os raios da Mônada e da
Alma e seu carma, antes de agir.

Todas essas informações são necessárias para a escolha da melhor ação de ajuda, que
será o melhor serviço. Portanto o sentido tato átmico opera juntamente com a ação,
sendo perfeitamente coerente a expressão serviço ativo, dado pelo Mestre a ele.

Em todos os veículos existe a aura, semelhante à etérica. O que iremos falar do corpo
átmico cabe aos demais corpos sutis, com as devidas diferenças, é óbvio. O corpo
átmico é constituído por um conjunto de partículas (átomos e moléculas) de matéria
átmica. Sua organização inicia-se pela dinamização do átomo átmico permanente pela
Mônada, quando chega o momento certo. Essa dinamização não é abrupta, mas
paulatina. Começa após a dinamização do átomo búdico permanente, estando o corpo
búdico com razoável grau de coordenação e atividade, o que ocorre a partir da
segunda Iniciação, uma vez que na quarta Iniciação o corpo búdico será a sede da
consciência e o plano búdico terá de ser plenamente experimentado e dominado, sendo
esse trabalho acompanhado pela coordenação do corpo átmico, que será utilizado na
quinta Iniciação e, segundo o Mestre Tibetano, atualmente a quinta Iniciação é
conferida logo após a quarta.

Existe toda uma fsiologia do corpo átmico em relação ao ambiente átmico, à


semelhança da fsiologia do corpo físico em relação ao ambiente físico. A palavra
fsiologia é aqui empregada no sentido de estudo das funções do corpo.

A aura do corpo átmico, que é muito maior que as dos inferiores, recebe informações
do meio exterior e nele atua pelo tato átmico, chamado serviço ativo.

Se essas informações forem meditadas, se refetirem bastante sobre elas, se


procurarem estabelecer comparações entre os mecanismos do tato nos diversos
corpos, com certeza obterão muitos vislumbres a respeito do modo de vida nos planos,
o que em muito irá clarear a visão desses planos. Mas o mais importante é que, com
isso, irão atrair a atenção e o interesse de suas Mônadas, com os imensos benefícios
resultantes, em particular, no caso do tato, o processo de cura.

Continuaremos a seguir quando falaremos sobre a visão.

252
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 056

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - A visão - (Continuação) (Página


184 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

O objetivo principal da visão é estabelecer a noção ou informação de proporção na


mente do Pensador (o Eu), que assim pode ajustar ou regular seu movimento ao dos
demais eu´s, que constituem seu não-eu. Lembramos que o vocábulo movimento, aqui,
tem um sentido mais amplo, não signifcando apenas movimento físico, mas o
movimento de evolução e o movimento ou ação de ajudar.

Proporção signifca grandeza relativa entre pelo menos duas coisas. Por meio dela o Eu
pode saber sua posição no conjunto de todos os eu´s e assim aprender de quem deve
receber ajuda e a quem ajudar. Reconhecer a sua situação verdadeira no processo
evolutivo é um dever de todos e não é vaidade. Aquele que se considera inferior a
todos e a tudo é falso humilde, podendo até padecer da vaidade de ser considerado
humilde por todos os seus pares.

A verdadeira humildade consiste em respeitar a todos e a tudo, mantendo


simultaneamente sua altivez e dignidade e reconhecendo seu verdadeiro valor e sua
importância no contexto geral, bem como de todos.

Como os sentidos maiores são três: audição, tato e visão, sendo o paladar e o olfato
derivados do tato, a visão é a coroação dos sentidos. Por isso a visão será o sentido
mais importante no próximo Sistema Solar, quando o Logos Solar irá aperfeiçoar-se,
desenvolvendo ao máximo seu primeiro aspecto, a Vontade, que também é chamada
Sacrifício, do latim sacer (sacra, sacrum: sagrado) e facere (fazer, tornar), signifcando
tornar sagrado ou divino. Essa palavra, pela sua etimologia, nada tem a ver com
sofrimento. Essa conceituação errada simplesmente derivou do péssimo costume de
agradar a Deus (melhor dizendo tentar comprar), através do sofrimento de alguém,
que podia ser um homem ou um animal.

Nesse novo sistema viveremos experiências impossíveis de imaginar atualmente. Só


aqueles que já passaram pelo portal da segunda Iniciação e, portanto, estão se
preparando para a terceira, da Transfguração, podem entender e aceitar esse futuro.
O Logos expressará todo o seu aspecto Vontade através do Amor-Sabedoria-Razão
Pura, assim como agora Ele está se esforçando para externar seu Amor por meio de

253
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Manas ou Mente, coisas que muitos não compreendem, porque erroneamente acham
que o amor nada tem a ver com a mente, esquecendo que o Iniciado que atua no plano
mental, usando somente seu corpo mental, também expressa Amor e num nível muito
mais elevado, porque a triplicidade existe em todos os planos e corpos e a autêntica
inteligência reconhece e entende o amor verdadeiro. O que acontece é que a maioria
da humanidade tem uma noção completamente errada do amor e vive apenas o amor
puramente emocional ou astral e egoísta, simplesmente porque lhe agrada e lhe dá
prazer.

A visão é um sentido sintetizador, o que é demonstrado pela sua capacidade de captar


a proporção e assim propiciar a percepção global e do UNO nos muitos.

Por isso a visão engloba os outros dois sentidos, audição e tato e, através do tato,
também engloba o paladar e o olfato, porque são derivados dele. Sabemos que é muito
difícil para o atual estágio evolutivo da humanidade entender e aceitar o que estamos
afrmando.

Por isso pedimos que raciocinem, analisando as características dos processos de cada
sentido. A audição exige as ondas sonoras, que são ondas mecânicas, portanto
grosseiras. O tato exige a pressão sobre a pele, por menor que seja, sendo também
força grosseira. O paladar requer o contacto direto com as papilas gustativas. O olfato
depende do contacto das células olfativas com as moléculas portadoras do odor.

A visão no entanto funciona com as ondas eletromagnéticas, uma energia muitíssimo


mais refnada, sutilizada e com maior capacidade de armazenar informações. É por
essa sua qualidade de responder a uma energia com maior poder de transportar
informações, que a visão é um sentido sintetizador. É óbvio que no período atual ainda
não acontece isso, mas é a meta.

As cores, com suas nuances e matizes, constituem a prova do enorme potencial


discriminador da visão. Por outro lado, a luz branca, como sintetizadora de todas as
cores, demonstra o poder de síntese da visão, uma vez que o olho humano responde às
cores e à luz branca. Por isso Mestre Tibetano diz que, pela visão, o homem pode ver o
UNO nos muitos (a luz branca) e os muitos no UNO (as cores).

No corpo astral a visão é análoga à física, porém com uma riqueza muito maior. As
cores e suas nuances e seus matizes são em quantidade inconcebível. As cores levam
informações e é por isso que o Mestre Tibetano diz que os Devas ouvem a luz, sendo
essa sua linguagem de comunicação. Portanto quem quiser se comunicar com os
Devas, tem de aprender seu código de cores e a gerá-las mentalmente. Não adianta

254
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nada fcar pronunciando palavras e sons, sem o devido acompanhamento de cores,
muito embora Eles possam entender uma pessoa pura de sentimento, que pede
socorro e atendê-la. Mas isso é uma emergência e não uma conversação clara.

A capacidade de síntese da visão astral é muito maior que a física, o que é óbvio,
porque todos os sentidos astrais possuem maior capacidade discriminadora, em
consequência das propriedades da matéria astral. Uma outra particularidade da visão
astral é que ela está em todo o corpo astral, não fcando restrita a um órgão único,
como acontece com o corpo físico. Um outro detalhe é que todos os lados de um
objeto são visíveis ao mesmo tempo, não sendo necessário mudá-lo de posição. É
impossível a qualquer pessoa no plano astral ocultar seus sentimentos a quem sabe
utilizar a visão astral, pois ela penetra no mais profundo da pessoa, tornando-a
transparente, pelas cores geradas.

No corpo mental a visão opera de forma análoga à astral, numa escala muito mais
elevada. Com a visão do corpo mental superior, o homem consegue ver a essência das
grandes massas de matéria mental que atuam sobre a humanidade e entender seu
envolvimento com a matéria astral e os efeitos no seu comportamento. Só assim
poderá realmente compreender os problemas da humanidade.

No plano búdico, o Mestre chama a visão de visão divina. Porque essa expressão?
Simplesmente porque a vida física efetiva do nosso Logos, portanto nosso DEUS,
manifesta-se realmente a partir do plano búdico, uma vez que os três planos inferiores
não constituem princípios para ELE.

Portanto com a visão do corpo búdico, o homem começa a ver a beleza do corpo físico
cósmico do Logos, DEUS, sendo realmente visão divina. Para tanto já deve ter recebido
a quarta Iniciação, da Renúncia. Quem já tem a segunda e começou a coordenar seu
corpo búdico, pelo uso sistemático da capacidade analítica da mente, como diz o
Mestre Tibetano, tem vislumbres dessa Vida e isso é sufciente para estimulá-lo a
prosseguir com mais ímpeto, acelerando assim sua evolução, uma vez que crê, porque
viu diretamente. As particularidades e os detalhes são indescritíveis por palavras, pois
faltam termos de comparação na linguagem humana.

O Mestre chama a visão no corpo átmico de realização e compreensão, defnindo


assim: "Reconhecimento da necessária triplicidade para a manifestação e a ação
refexa do eu e do não-eu". Com essas palavras Ele resume o que realmente é a visão
átmica, em termos de perfeição desse sentido, como sempre perfeição relativa, porque
há mais conquistas.

255
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É realização, porque, com a visão átmica plenamente desenvolvida, o homem consegue
realizar a meta. É compreensão, porque, pelo enorme poder de discriminação e síntese
da visão átmica, o homem simultaneamente vê as muitas diferenciações entre os eu´s,
gerando a multiplicidade de relações entre eles e sua ação recíproca, provocando a
existência do eu e do não-eu e a sequência de interações entre eles, que enriquece
cada eu de experiência. Com isso cada eu cresce em poder, sabedoria e inteligência,
passando a se ver nos outros eu´s, até que vê o UNO em todos e todos no UNO.

Dessa forma a visão átmica permite entender a necessidade da existência da


diferenciação (eu e não-eu) e de sua relação, constituindo a triplicidade, para que a
manifestação possa ocorrer.

Entende porque vê todo o processo em seus mínimos detalhes, uma vez que o plano
átmico é um plano de síntese.

Voltaremos a falar sobre esse sentido do corpo átmico, ainda dentro do tema Os
Centros e os Sentidos Normais e Supranormais. Pedimos a todos que refexionem,
meditem, utilizem-se bastante das analogias e tirem conclusões, pois só assim
conseguirão estimular os neurônios e construir linhas de comunicação com a mente
superior, obtendo inspiração (insight), que facilitará o entendimento. Fazendo isso,
estarão ao mesmo tempo estimulando os sentidos imaginação (paladar do corpo
astral), discriminação (paladar do corpo mental), idealismo emotivo (olfato do corpo
astral), discernimento espiritual (olfato do corpo mental) e intuição (paladar do corpo
búdico).

No próximo estudo falaremos do paladar e do olfato, ainda dentro do mesmo prisma


do Mestre Tibetano.

Estudo 057

O Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - paladar e olfato (Continuação)


(Páginas 184 e 185 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Iremos discorrer neste estudo sobre o paladar e o olfato, esses dois sentidos
derivados do tato e que interferem-se mutuamente com predomínio do olfato. São os
mais importantes no atual Sistema Solar, por serem expressões do objetivo do Logos
Solar para essa Sua encarnação: Amor-Sabedoria-Razão Pura.

256
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mestre Tibetano diz que o paladar dá ideia de valor, para se escolher o que é melhor.
Na realidade no corpo físico ele nos informa o que mais nos agrada e dá prazer, não só
na área dos alimentos, como com qualquer coisa que entre em contacto com a língua.

Assim o homem começa a discriminar materialmente, selecionando o que lhe parece de


mais valor. Pelo tato ele aprendeu a diferenciar quanto ao conceito de dimensão,
contextura, suavidade ou aspereza e temperatura. Pelo paladar a diferenciação refere-
se a outro conceito, o de agrado, que no corpo físico é o que ele considera de valor.

No corpo astral o paladar é chamado de imaginação pelo Mestre Tibetano. Se


analisarmos os sinônimos da palavra imaginação, fantasia e devaneio, perceberemos
claramente a analogia entre o sentido astral e o paladar físico. Pela imaginação o
homem encontra deleite, imaginando aquilo que mais lhe agrada e dá prazer. Assim ele
discrimina o que acha que tem mais valor e seleciona. Um desencarnado, vivendo no
plano astral, usando a imaginação, pode simular o paladar físico. No entanto como o
mecanismo astral é diferente do físico, a sensação astral será diferente.

A gama de diferenciação do paladar astral (imaginação) é muito maior, como também a


sensação.

No corpo mental o paladar é denominado discriminação pelo Mestre. Pelas


propriedades da matéria mental e dentro do conceito de valor, esse sentido do corpo
mental leva à consciência subsídios para que o melhor valor seja escolhido. Esse
melhor valor signifca aquilo que é mais correto, o mais adequado e o mais útil. É o que
é chamado na linguagem comum de bom senso, discernimento e viveka na linguagem
do ioga. Para isso é necessária grande capacidade de perceber detalhes, não apenas
físicos, mas em termos de consequências e efeitos. É a aproximação da Sabedoria,
somente aproximação, sendo um estágio para a intuição.

Na discriminação são percebidas as muitas diferenciações entre o eu e o não-eu,


dentro da dualidade, mas já é feita a abstração dos conceitos e das ideias.

No corpo búdico o paladar é a intuição, esse sentido que permite ver a unidade através
das diferenciações e cujo desenvolvimento confere a seu possuidor a capacidade de
realmente se unir com os outros eu´s, sendo bem distinta da faculdade de fazer
contacto com eles. De fato pode haver o contacto sem a união. Pela intuição é possível
entender um fenômeno qualquer da natureza, vendo simultaneamente cada parte
atuando e todas as suas ações recíprocas, como um todo. Não é como na análise
mental, em que cada parte só pode ser vista separadamente. Nada tem a ver com a
premonição, como muitos erroneamente pensam.

257
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Essa capacidade é muito rara hoje em dia, quando prevalece o intenso egocentrismo,
devido à identifcação com a forma, embora necessária, mas que deve ser rechaçada
posteriormente.

Pelo despertar do paladar búdico, a intuição, são feitas distinções cada vez mais sutis,
até se alcançar o âmago da nossa verdadeira natureza, por meio das formas.

No corpo átmico o paladar é chamado perfeição e o Mestre assim descreve: "Evolução


que se completa utilizando o não-eu e sua lograda sufciência".

Analisemos essas palavras. Por meio das interações e dos relacionamentos entre eu e
não-eu, o eu evolui na direção da meta, servindo-se dos sentidos dos diversos corpos,
do físico até o átmico, onde está a meta da cadeia. No plano átmico as diferenças são
muito mais sutis que no búdico, na área do paladar. Como cada eu é não-eu para os
outros eu´s, todos na realidade ajudam-se no processo evolutivo, mesmo não tendo
consciência disso nas fases iniciais. Assim, no plano átmico, aqueles que conseguem
alcançá-lo (quinta Iniciação, da Revelação), completam sua evolução (a programada),
com a ajuda do não-eu, que também consegue a sufciência, porque chega ao topo.
Todavia, mais uma vez repetimos, a caminhada prossegue para picos mais altos e
grandiosos. A prova é que a quinta Iniciação é chamada a Revelação, porque no ato são
revelados ao Iniciando os sete caminhos, dos quais Ele terá de escolher um na sexta
Iniciação, da Decisão. Esses caminhos nada mais são que cursos de treinamento, para o
desenvolvimento de qualidades e poderes, sobre os quais é muito cedo para falarmos.

Vejamos agora o olfato. Subsidiário também do tato, porque exige o contacto com a
molécula portadora do odor com as células olfativas. A ideia básica desse sentido é a
de qualidade inata, que permite saber o que é da mesma qualidade ou essência e assim
atrair, deixar-se atrair ou repelir.

O olfato físico é um sentido muito importante para o homem. Sua segurança depende
dele em grande escala. Por ele podemos perceber se um ambiente é mortífero, como
uma sala repleta de gás venenoso, como o de cozinha. Sabemos por ele de imediato se
um alimento está deteriorado, antes de levá-lo à boca e usar o paladar. Por isso é
regido pelo centro básico, que também rege o sistema imunológico.

O olfato interage com o paladar e na sensação do gosto ele tem papel predominante. É
por isso que quando a pessoa está resfriada e com olfato reduzido, perde o paladar. Na
maioria das pessoas a quantidade de sabores básicos percebidos é em média de cinco,
ao passo que os odores são em número de vinte mil em média.

258
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Pelo olfato sentimos prazer, quando o cheiro nos agrada. É fortemente utilizado nas
relações sexuais, sendo fator estimulante ou repelente. No reino animal também tem
suma importância.

Existe uma poderosa indústria que explora o olfato, a de perfumes.

Esse sentido, quando desperto e plenamente ativo no corpo átmico, conduz o homem à
sua fonte de origem, o plano arquetípico (o átmico), sua verdadeira morada. Pelo
hábito de perceber as diferenças, surge uma divina nostalgia, como diz o Mestre, no
coração do Peregrino (a Mônada enclausurada), pela saudade de seu local de origem.
Pelas comparações que faz, ao notar as diferenças pelo uso dos outros sentidos,
aprende a identifcar as vibrações, inclusive a do seu lar, usando-se aqui uma certa
fexibilidade de expressão. Essa capacidade é a equivalência espiritual do sentido que,
em alguns animais como o pombo correio, as aves, as tartarugas e outros, orienta-os
no retorno ao local de reprodução.

Resumindo, é a captação da vibração essencial do Eu e o rápido retorno por esse


instinto ao ponto de origem.

No corpo astral o olfato é chamado idealismo emotivo. O que quer dizer essa
expressão? A função do olfato é perceber diferenças nas qualidades, ora como toda
qualidade contém ideias, cuja soma a defne e caracteriza e essas ideias manifestam-se
no plano astral como vibrações específcas, o olfato astral é capaz de captar essas
vibrações e levá-las à consciência astral como ideias que dão a sensação de
qualidades.

Como acontece com o paladar astral (a imaginação), um homem desencarnado pode


ter a sensação de um odor físico, porque esse odor permanece em sua memória astral.
Mas não é esse o objetivo principal.

Também a gama de odores astrais (ideias) é muito maior que a de odores físicos, pois é
muito importante que a capacidade discriminatória aumente cada vez mais.

No corpo mental o olfato é discernimento espiritual. Discernimento espiritual é a


capacidade de captar diferenças dentro das qualidades, como vibrações, para que, ao
serem levadas à consciência mental e serem identifcadas, o Eu possa aperfeiçoar a
qualidade que ele quiser, uma vez que fca de posse dos detalhes necessários. Como é
fácil de observar, em duas pessoas com a mesma qualidade, encontraremos diferenças
nessa qualidade, por mais idênticas que sejam as pessoas. Essa análise baseia-se no
conceito de unidade de qualidade, ou seja, a qualidade é decomposta em partes.

259
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No corpo búdico o olfato é o idealismo. É análogo ao idealismo emotivo do corpo astral,
com a diferença de que as ideias componentes das qualidades são em número muito
maior e já está presente a percepção da unidade.

Não é difícil entender que no plano búdico a quantidade de ideias que formam
qualidades constitui um verdadeiro oceano, se considerarmos que é nesse plano que
começa o corpo físico cósmico do Logos Planetário.

No corpo átmico o Mestre chama o olfato de conhecimento perfeito e o defne com


estas palavras:" O princípio manas (mente) em sua atividade discriminadora,
aperfeiçoando a inter-relação entre o eu e o não-eu ". É no plano átmico que a mente
atinge sua máxima capacidade discriminadora, conseguindo detectar as mínimas
diferenças nas qualidades, utilizando esse sentido. Assim a mente consegue saber
todas as possibilidades de diferenciação das qualidades e, dessa forma, passa a
conhecer todas as essências, nos mínimos detalhes e conclui com toda clareza que por
dentro de toda essa variação jaz soberano o UNO. É o ápice e a otimização do olfato,
em seu signifcado mais elevado e profundo. Com o seu aperfeiçoamento o homem
atinge o alto da montanha, ou seja, a meta da nossa cadeia, que todos devemos
alcançar.

Vimos como é importante aplicar a mente aos sentidos, usando seu poder de análise,
cujo objetivo é desenvolvê-la ao máximo, para que, através da mente aperfeiçoada, o
Amor-Sabedoria-Razão Pura possa se expressar em toda a sua glória e excelsitude.

Continuaremos com esse estudo, a seguir, dando ênfase aos centros e aos fogos, em
sua relação com os sentidos.

Estudo 058

O Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Final) (Página 185 à 189 do Tratado


sobre Fogo Cósmico)

Antes de prosseguirmos com o nosso estudo, é muito oportuno e importante enfatizar


as recomendações e palavras do Mestre Tibetano, dentro do atual contexto, para o que
transcrevemos suas palavras, em português: "Ao considerar este tema, perceber-se-á a
vasta região abrangida pelas ideias envolvidas, pois signifca o completo
desenvolvimento evolutivo do ser humano. Todavia, tudo o que se pode fazer aqui ou

260
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em qualquer outra parte, é dar ideias para serem refetidas cuidadosamente e realçar
certos conceitos, que poderão servir como pensamentos fundamentais para a futura
atividade mental da geração imediata".

Analisemos atentamente essas palavras do Mestre, o que Ele tanto recomenda que
façamos. A utilização e o aperfeiçoamento dos sentidos de todos os corpos previstos
para a meta atual é a chave da evolução. Porque? Simplesmente porque pelos sentidos
adquirimos conhecimentos do universo manifestado e de nós mesmos, entendemos
nossos semelhantes e os reinos inferiores, pelo raciocínio aprendemos a servir, pois
entendemos claramente que, ajudando os outros, estamos ajudando a nós mesmos, já
que passamos a nos ver nos outros e, o que é muito precioso, estamos aliviando o
fardo da Hierarquia.

Quanto às palavras " ideias para serem refetidas..." , nós somos a geração imediata,
uma vez que o Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito por volta de 1925 e estamos em
2004. Logo é nosso dever refetir, meditar, comparar e tirar conclusões desses
excelsos ensinamentos do Mestre, aplicá-los e divulgá-los ao máximo. Esse é um
serviço útil à humanidade e à Hierarquia, porque só mudaremos a mentalidade reinante
pelo ensino e pelo raciocínio lógico. Esse é o verdadeiro amor: esclarecer as mentes e
libertá-las dos preconceitos, quaisquer que sejam, incluindo os religiosos que pregam a
separatividade e, às vezes, difcultam o progresso da ciência. Não é o amor piegas ou
cegamente devocional, que muitos apregoam. É o amor que, através do conhecimento,
desperta a dignidade e libera. Não basta a simples afrmação de que Deus está dentro
de nós. Só o autoconhecimento dá a certeza de que de fato Deus está dentro de nós.
Como o conhecimento dá a convicção serena, aqueles que gritam e berram afrmações
religiosas não têm certeza nenhuma.

Passemos ao estudo. Façamos inicialmente algumas considerações úteis:

a. Nessa parte do livro foram tratados os sentidos, porque eles se ligam à forma
material. Os cinco sentidos, tais como os conhecemos, são os meios de contacto
construídos pelo Pensador (polarizado em seu corpo etérico, quanto ao corpo físico).
Eles se manifestam pelas células sensitivas especializadas, pela rede nervosa (os
condutores da informação), neurônios, gânglios e plexos, reconhecidos pela ciência
exotérica.

b. Que tais sentidos, para os propósitos da atual manifestação, têm seu ponto focal
no plano astral e, consequentemente, são estimulados em grande parte pelo plexo

261
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
solar - esse grande ponto focal situado no centro do corpo, agente que estimula a
maioria da família humana na atualidade.

c. À medida que o triângulo superior entra em ação e a polarização se eleva aos


centros superiores, os sentidos do corpo mental entram em atividade e o homem
passa a ser consciente nesse plano e nele atuar com desembaraço, tão bem quanto
no físico e no astral. Quando a polarização é transferida da personalidade para o Ego
ou corpo causal, ou seja, do corpo mental inferior para o causal, que é constituído
pelos três subplanos superiores do mental, observamos um interessante refexo
dessa divisão no corpo físico.
De fato abaixo do diafragma estão os centros:

1. o básico
2. o baço
3. o sacro
4. o umbilical ou plexo solar.
Esses correspondem aos quatro subplanos inferiores do corpo mental, chamados em
conjunto de corpo mental inferior ou concreto.

Acima do diafragma temos:

1. o cardíaco
2. o laríngeo
3. o coronário.
Esses correspondem aos três subplanos superiores do mental e constituem o corpo
causal, mental superior ou abstrato.

Semelhantemente temos no microcosmo (o homem) a Tríade Superior separada do


quaternário inferior (corpos físico, astral, mental e personalidade).

Refitamos sobre essa analogia e assim elucidaremos a ação refexa entre os centros e
os sentidos, desde os diversos corpos, tendo em conta que, a medida que os centros
vão despertando, o processo será triplo:

Primeiro- o despertar no plano físico e a atividade crescente dos centros, até alcançar
o caminho de Provação. Isto ocorre em paralelo com o uso aumentado dos sentidos,
em particular a utilização constante para identifcar o Eu e seus corpos.

Segundo- o despertar no plano astral e o aumento gradual da atividade dos centros e


sentidos astrais, até alcançar a primeira Iniciação. Isso ocorre simultaneamente com o
uso extraordinariamente acentuado dos sentidos para discriminar o Eu e o não-eu.

262
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Terceiro- O despertar no plano mental e a consequente atividade acelerada dos
centros e sentidos mentais. O efeito em ambos os casos tende a identifcar o Eu com
sua essência em todos os grupos e a rechaçar os envoltórios e as formas.

Esse desenvolvimento é paralelo entre os corpos superiores (búdico e átmico) e


inferiores. Quando os centros e sentidos do corpo astral se tornam plenamente ativos,
os correspondentes centros e sentidos do corpo búdico vão despertando e entrando
em atividade, culminando com uma mútua interação vibratória e a força da Tríade
Superior (na realidade a força da Mônada atuando pelo átomo búdico permanente da
Tríade) começa a se expressar de forma clara pela personalidade, através do corpo
astral, ou seja, pelos sentimentos e pelas emoções, o aspecto amor. O modo dessa
manifestação depende das pétalas do Loto Egoico que estão abertas.

Igualmente quando os centros do corpo mental se tornam quadridimensionais e os


sentidos mentais plenamente atuantes, os centros e sentidos correspondentes do
corpo átmico despertam e o homem começa a ter consciência no plano átmico. Então o
aspecto Vontade da Mônada começa a se expressar, via átomo átmico permanente da
Tríade Superior, no corpo mental e na personalidade. O modo também depende das
pétalas do Loto Egoico que estão ativas.

Com isso uma maravilhosa atividade ígnea tem lugar nos três corpos inferiores. Sob o
ponto de vista do fogo, sem considerar no momento a aura e as suas cores, esses
fatos indicam de forma bem defnida uma etapa no processo evolutivo do homem:

a. A vivifcação do calor interno dos envoltórios ou corpos, ou do pequeno ponto de


fogo em cada átomo individual da matéria. Este processo ocorre nos três corpos
inferiores, no princípio lentamente, logo mais rápido e fnalmente de forma
simultânea e sintética.

b. O início da atividade latente dos sete centros de todos os corpos, começando do


físico para cima, o prosseguimento dessa atividade, corpo a corpo, com a
consequente ativação dos sentidos, até o corpo átmico, para culminar com a perfeita
coordenação e inter-relação centro a centro, de tal forma que no Adepto perfeito são
vistos trinta e cinco (7 centros X 5 corpos) vórtices de fogo, em uma interatividade
exatamente coordenada e com uma irradiação e fulgor exuberantes.

c. Os vórtices de fogo (centros) conectam-se entre si em grupos de três, formando


triângulos, em cada corpo, de tal forma que são vistas bolas ígneas ligadas por
tramas de fogo (os condutores das partículas portadoras dos fogos, os três canais

263
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fundidos). Cada bola de fogo ondula com movimentos multidimensionais, pois são em
número altíssimo as informações e qualidades processadas e não devemos esquecer
que os centros são responsáveis pelos sentidos e pela veiculação das energias da
Mônada. Por isso é verdadeira a afrmação de que os Filhos da Mente são Chamas.

d. Somente quando a Vontade, que de fato representa o Espírito, começa a atuar, é


que os centros se aceleram para a perfeição. É o fogo solar ou da mente que une os
centros, formando os triângulos unifcadores, enquanto o fogo por fricção ou da
matéria mantém a forma unida e coordenada. Então temos o fogo elétrico (da
Vontade) acelerando para a perfeição, o fogo solar formando os triângulos e o fogo
por fricção unindo a matéria para a forma, donde se conclui que Espírito, mente e
matéria se interdependem e o resultado é a sintonia exata dos três fogos.

e. O tema dos centros aplicado aos Homens Celestiais (Logos Planetários) nos conduz
a interessantes deduções, com base na Lei da Analogia. Eles também possuem
mecanismos de percepção ou sentidos, pelos quais captam informações de seu
ambiente cósmico e assim evoluem em direção a uma meta estabelecida. A natureza
dessas informações é muito complexa para o nosso atual entendimento. Mas os
Logos também têm suas defciências e lutam para eliminá-las. Como nós, possuem
mecanismos de ação, pelos quais se relacionam entre si. Os Logos Planetários
manifestam-se através de um esquema de sete cadeias, sendo cada cadeia uma
encarnação. Foi dada indevida importância ao planeta físico de uma cadeia, embora
nem todas as cadeias tenham planeta físico, o que tirou um pouco da importância da
cadeia como um todo, ou seja, todos os globos de uma cadeia são igualmente
importantes. Uma cadeia pode ser vista como um centro de um Homem Celestial.
Embora elas se sucedam no tempo para nós, contudo para Eles a visão das
sucessivas cadeias é bem diferente, elas se comportam como se estivessem sempre
presentes. Por exemplo, o nosso Logos Planetário, para nós, está na quarta cadeia.
Mas Ele vive os efeitos das três cadeias anteriores no seu contínuo presente e assim
podemos conceber uma cadeia como um centro. É também correta a concepção de
Egos formando centros de um Homem Celestial, todavia somente para os planos
búdico, átmico e monádico. Como vemos, a concepção dos centros dos Logos
Planetários é muito mais complexa e abrangente.
Chamamos a atenção para um fato importante: os sete Homens Celestiais estão
encarnados fsicamente, através de um planeta físico. No caso do nosso Logos é a
Terra e SANAT KUMARA é seu representante, melhor dizendo, a extensão na Terra da
sua Consciência.

264
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Da mesma forma com que o carma dos homens varia de um para outro, o carma dos
Logos também varia. O nosso Logos Planetário está com um carma muito pesado,
atualmente oculto no mistério da sua personalidade. Apenas como indício muito vago,
sabemos que a sua cadeia anterior, a lunar, não foi até o fm previsto, tendo sido
desintegrada por intervenção do próprio Logos Solar, devido a um erro do Logos, erro
esse sem possibilidade de correção.

Concluindo, a manifestação dos Logos Planetários difere, em função do grau de


atividade dos centros. Esse campo de estudo é extenso, complexo e de grande
interesse em relação ao Sistema Solar, porque os sete Logos Planetários constituem
centros no corpo do Logos Solar, fcando portanto evidente a importância do estudo,
em termos de se saber o nível de evolução do Logos Solar, entre muitas outras
informações de grande utilidade para a humanidade. Em se tratando do Sistema Solar,
achamos muito louvável o esforço dos cientistas em conhecer o sistema por meio de
naves e sondas espaciais, mas é muita presunção pretender colonizar planetas.

No próximo estudo entraremos no tema Os Centros e a Iniciação, de grande relevância.

Estudo 059

Os Centros e a Iniciação (Páginas 189, 190 e 191 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Após termos dissertado sobre a relação entre os centros e os sentidos, entraremos


agora nos efeitos da Iniciação sobre os centros. Informaremos ainda muita coisa sobre
os sentidos no decorrer dos nossos estudos, quando a relação se fzer presente e for
útil no dia a dia no mundo físico.

O que iremos explicar é da mais profunda importância e utilidade, em termos de


noções do processo iniciático, seu efeito nos centros e o que resulta na personalidade.
É ponto pacífco que quanto mais conhecimentos tivermos sobre as Iniciações, mais
estímulo teremos para a conquista da meta, pois veremos e entenderemos claramente
o que está à nossa frente e não agiremos mais às cegas.

Foi feita uma breve explanação sobre a função, organização e atividade gradativa dos
centros, desde a lentidão inicial até o máximo de movimento. A partir daí os múltiplos
movimentos da periferia, dos vórtices internos chamados pétalas e de todo o conjunto
produzem um efeito multidimensional. Isto é devido ao alinhamento entre os centros

265
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
etéricos e os sutis, na sequência: astral - mental - búdico - átmico.

Tal alinhamento é obtido oportunamente na Iniciação. Quando o homem, por esforço


próprio, pelo conhecimento e pela vontade de servir consciente e sabiamente, põe os
centros em atividade, então ele faz jus à primeira Iniciação.

Neste sagrado momento, os quatro centros inferiores (básico, baço, sacro e umbilical,
correspondentes à personalidade) iniciam a transferência dos fogos para o triângulo
superior. Como já vimos, nessa etapa evolutiva o triângulo que vai ser estimulado é o
constituído pelo cardíaco, laríngeo e os sete centros da cabeça. Na fase imediatamente
anterior (do homem intelectual, parcialmente regido pela Alma) o triângulo ativo era
cardíaco-laríngeo-os quatro centros menores da cabeça sintetizados pelo alta maior.

Deve fcar bem claro na mente de todos a diferença entre estar ativo e ter os
movimentos multidimensionais.

A dupla rotação dos centros inferiores é nitidamente visível (periferia e pétalas) e os


centros do triângulo superior iniciam essa dupla rotação

Quando o Cetro da Iniciação é aplicado ao Iniciado pelo Sr. Maitreya, ocorrem certos
efeitos nos centros, que assim descrevemos:

a. O fogo tríplice contido no básico e em circulação é transferido defnitivamente


para o centro que é objeto de atenção especial, o que varia conforme o raio ou o
trabalho especial a cargo do Iniciado. Por exemplo, se o Iniciado deve fazer um
trabalho na área da inteligência, então o centro estimulado será o laríngeo, se for na
área que requeira unicamente o amor, será o cardíaco, se houver predominância de
raios pares, será o cardíaco ou um centro da cabeça de número par, se prevalecerem
os raios impares, então será o laríngeo ou um centro da cabeça de número impar.
Essa transferência signifca que o centro escolhido é o estimulado primeiro, mas os
fogos fcam circulando pelos outros dois do triangulo, uma vez que todo o triângulo
tem de atingir o máximo de atividade.

b. Esse centro escolhido imediatamente intensifca sua atividade, aumentando com


isso sua taxa de evolução e entram em atividade determinadas pétalas ou vórtices
dele. Essas pétalas têm relação direta com certas espirilas dos átomos permanentes
e, em consequência, elas também entram em atividade crescente, acontecendo isso
nos átomos permanentes físico e astral e na unidade mental, porque o estímulo
ocorre nos centros dos três corpos inferiores. Após a terceira Iniciação, pelo
estímulo dos centros dos corpos búdico e átmico e sua consequente ação nas

266
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
espirilas dos átomos búdico e átmico, os corpos correspondentes passam a ser
coordenados e utilizados pela Mônada, intensifcando-se também os sentidos desses
corpos, com um grande incremento da intensidade de vida. A polarização então
passa a ser superior.

c. Pela aplicação do Cetro da Iniciação a afuência da força do Ego ou Alma à


personalidade é triplicada. A direção dessa força depende de qual seja a Iniciação. Se
for a primeira, são os centros etéricos, se a segunda, são os do corpo astral, que
infuenciam os correspondentes etéricos, se for a terceira, são os corpo mental.
Quando o Iniciador é o Instrutor do Mundo, o Sr. Maitreya, nas primeira e segunda
Iniciações, a força da Tríade Superior vivifca os centros cardíaco e laríngeo e é
extraordinariamente aumentada a capacidade de sintetizar a força dos centros
inferiores. Quando o Iniciador é o Senhor do Mundo, a partir da terceira Iniciação, a
afuência da força provém da Mônada e, embora os centros cardíaco e laríngeo
respondam a ela incrementando mais ainda sua atividade, a direção principal da
força é para os sete centros da cabeça. Finalmente, na liberação (quarta Iniciação) a
força da Mônada se dirige para o irradiante centro coronário, que sintetiza os sete
centros menores da cabeça.

d. Nas Iniciações o grande aumento do poder e da capacidade de vibração dos


centros provoca na vida física do Iniciado os seguintes efeitos:

Primeiro - Maior refnamento e sensibilidade dos corpos, o que no início gera


sofrimento, porém a capacidade de responder aos contactos anula esse sofrimento
incidental.

Segundo - O despertar e desenvolvimento das faculdades psíquicas, o que também


produz mal estar transitório, mas com o tempo leva ao reconhecimento do Eu Uno
em todos os eu´s, meta do esforço.

Terceiro - A fusão ou sintonia dos três fogos, elétrico, solar e por fricção e sua
correta progressão geométrica através da trama etérica. Isto permite adquirir
continuidade de consciência. Inicialmente essa consciência é entre a consciência
física e astral, mas com o tempo atinge o consciência mental. Então o Iniciado
passa a ter consciência simultânea nos três mundos e assim torna-se capaz de
utilizar o tempo como fator para os planos da evolução.

Quarto - A crescente compreensão da Lei de Vibração como um dos aspectos da


Lei básica de construção (uso do som como construtor e como destrutor). Em

267
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
decorrência o Iniciado aprende a construir conscientemente, a manipular a matéria
mental para aperfeiçoar os planos do Logos, a trabalhar com a essência elemental
mental e a aplicar a lei nos subplanos mentais, afetando o plano físico (o que
constitui um grande perigo, caso o mago das trevas pudesse ter acesso). O
movimento ou vibração (oscilação) origina-se nos subplanos mentais cósmicos,
seguindo a mesma ordem no microcosmo. Existe aqui uma informação velada muito
importante, que pode revelar muita coisa, se houver a devida meditação e refexão
sobre o assunto, com os devidos cruzamentos de informações. No exato momento
da aplicação do Cetro de Iniciação, o Iniciado entende conscientemente o
signifcado da Lei de Atração na construção de formas e na síntese dos três fogos.
O poder e o progresso do Iniciado dependerão de sua capacidade de reter essa
compreensão e de aplicar a lei. Essa capacidade de reter será grande se o Iniciado
estiver habituado a prestar atenção aos sentidos no dia a dia, a meditar
continuamente, mesmo no tumulto das multidões, a buscar continuamente
conhecimento, a cruzar informações e a tirar conclusões. É por isso que a
Hierarquia toma muito cuidado ao selecionar o candidato à Iniciação.

e. A aplicação do Cetro de Iniciação provoca um novo despertar nos três fogos da


matéria (reação nervosa, emanação prânica e calor corpóreo) e os sintoniza em maior
profundidade e guia em progressão ascendente. Há também a ação do fogo solar, da
mente, que tem de dominar e se sintonizar com os três da matéria, incrementados
pelo Cetro, que os dirige por certas rotas e triângulos. Existe uma razão esotérica
precisa, de acordo com as Leis da Eletricidade, atrás do fato bem conhecido de que
todo Iniciado que se apresenta ante o Iniciador vai acompanhado por dois Mestres,
um de cada lado. Os três juntos formam um triângulo que facilita o trabalho. Por
essas informações do Mestre concluímos que a Iniciação é um fenômeno que envolve
eletricidade, da qual a nossa eletricidade comum é uma expressão, sendo a
eletricidade atmosférica (a solar), que atua nas nuvens de trovoada (cúmulo-nimbo),
outra expressão, possuindo por sua vez um comportamento muito característico,
como já foi comprovado pelos grupos de cientistas que pesquisam o assunto, no
mundo inteiro. Essas nossas conclusões fnais, aparentemente sem conexão com um
tema tão elevado, como a Iniciação, têm sua razão de ser, pois é um estímulo para
que usem a Lei de Analogia, façam comparações e tirem conclusões, pois só assim é
que terão uma visão clara e nítida dos fenômenos ocultos e transcendentes.
Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Voltaremos continuando com o mesmo tema.

268
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 060

Os Centros e a Iniciação (Continuação) (Página 191 à 194 do Tratado sobre Fogo


Cósmico)

Continuemos nosso estudo sobre os centros e a Iniciação. Como o Cetro da Iniciação,


tanto do Sr. Maitreya, como do Senhor do Mundo, está carregado de eletricidade
cósmica, concordamos plenamente com a afrmação do Mestre Tibetano de que a
Iniciação é um fenômeno elétrico.

Os Iniciadores, que possuem o Poder, são hábeis no controle da carga elétrica aplicada
ao Iniciando. Essa carga é função dos raios e da Iniciação do Iniciando.

O Iniciando sozinho não suportaria a tremenda descarga elétrica e todos os seus


veículos sofreriam sérios danos. Não esqueçamos que o fogo elétrico é oriundo do
primeiro raio, que ao mesmo tempo constrói e destrói. Vemos isso no mundo físico. Na
medicina a eletroterapia cura, mas na cadeira elétrica a eletricidade mata. A
manipulação do DNA é por eletricidade.

Por isso no ato da Iniciação existe a formação triangular, os dois Mestres padrinhos e o
Iniciando constituem o triângulo. Os dois Mestres são os dois polos necessários para a
circulação da corrente elétrica. Um Mestre é o Chohan do raio do corpo em foco na
Iniciação. O outro é o Chohan do raio da personalidade. Por exemplo, na segunda
Iniciação de um discípulo de primeiro raio de personalidade e de sexto raio de corpo
astral (o corpo em foco na segunda Iniciação), os Padrinhos serão os Mestres Morya e
Jesus. Há que lembrar que a segunda Iniciação é regida pelo sexto raio e por isso o
Mestre Jesus sempre está envolvido nesta Iniciação.

Um discípulo de sexto raio de corpo astral, ao receber a segunda Iniciação sentirá em


grau altíssimo os efeitos dessa coincidência de raios: sexto raio de corpo astral e sexto
raio regente da segunda Iniciação. Mesmo que, devido ao trabalho a ser feito, seja o
laríngeo ou um da cabeça o centro visado, ele terá o cardíaco hiperativado e fcará em
estado de graça por vários dias, em consciência física.

Podemos conceber o triângulo iniciático, embora de forma grosseira, como a lâmpada


elétrica de flamento de tungstênio. O Iniciador é a origem da corrente, os dois
Padrinhos são os polos positivo e negativo e o Iniciando é o flamento que, ao receber a
corrente, incandesce e emite luz. Os dois polos também exercem a função de dosar a
voltagem ao valor que o Iniciando pode suportar.

269
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Falemos agora dos Cetros da Iniciação. Não devem imaginar os Cetros como coisas
físicas. No plano onde ocorre a Iniciação não existe a forma. O Cetro da Iniciação na
realidade é um aglomerado de energias muito especiais, à semelhança do depósito de
forças do Cristo no plano búdico. Eles são três:

Primeiro - O Cetro do Sr. Maitreya, utilizado nas primeira e segunda Iniciações. Ele é
carregado pelo Cetro do Senhor do Mundo, o Diamante Flamígero, carga que se repete
cada vez que um novo Instrutor do Mundo assume o cargo.

A cerimônia dessa carga é maravilhosa. O novo Instrutor do Mundo recebe seu Cetro
de Poder, o mesmo utilizado desde que se fundou a nossa Hierarquia Planetária e o
apresenta ao Senhor do Mundo, que o toca com seu potente Cetro, carregando-o de
eletricidade. Essa cerimônia ocorre em Shamballa.

A verdadeira história do Sr. Maitreya, o Cristo, é muito pouca conhecida pela


humanidade. Seu verdadeiro valor não é reconhecido, a não ser por aqueles que
tiveram a glória de fcar face a face com Ele por duas vezes. Então torna-se impossível
esquecê-lo e surge uma vontade inquebrantável de evoluir depressa como Ele. Para
terem uma ideia da grandiosidade do Sr. Maitreya, é sufciente saberem que Ele se
individualizou na raça lemuriana. Em todo o Sistema Solar foi o homem que mais
depressa evoluiu, ultrapassando muitos que já vieram individualizados da cadeia lunar.
Jamais foi superado por quem quer que seja nessa velocidade de evolução. Por isso
chamou a atenção do Logos Solar e do Logos de Sírius. Muito mais será dito a seu
respeito no decorrer dos nossos estudos.

Segundo - O Diamante Flamígero, o Cetro de Poder do Senhor do Mundo, utilizado a


partir da terceira Iniciação, da Transfguração. O Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, é
conhecido na Bíblia como o Ancião dos Dias. Este Cetro nas Iniciações fnais (sexta e
sétima) transmite força elétrica extrassistêmica, por conduto do próprio Logos Solar. É
o Cetro empregado na Terra. Está guardado no "Oriente", como diz o Mestre Tibetano e
retém o poder latente que irradia a Religião da Sabedoria. O próprio Sr. SANAT
KUMARA o trouxe ao tomar forma física na Terra há 18 milhões de anos. No início de
cada período mundial, quando um novo Senhor do Mundo assume o cargo, esse Cetro
é carregado pela ação direta do Logos Solar. O local onde fca guardado só é conhecido
pelo próprio Senhor do Mundo e pelos Chohans de Raio. Por ser o talismã da evolução
da Terra, o Chohan do segundo raio, Mestre Kutumi, é seu principal guardião, abaixo do
Senhor do Mundo, ajudado pela Deva Regente do plano monádico. Os Budas de
Atividade são também responsáveis pela sua custódia, juntamente com os Chohans de

270
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Raio, a Eles subordinados. Ele não é utilizado unicamente nas Iniciações, mas em certas
funções relacionadas com a ronda interna e com o triângulo formado pela Terra, Marte
e Mercúrio.

Terceiro - O Cetro de Iniciação do Logos Solar, denominado, entre outros nomes, como
o "Sétuplo Fogo Flamejante". Foi confado ao nosso Logos Solar pelo Logos de Sírius e
enviado ao nosso Sistema desde essa estrela binária. Uma de suas fnalidades é ser
utilizado em casos de urgência. Nunca foi empregado com esse propósito na atual
cadeia, embora tenha estado perto por duas vezes, uma na época atlante e outra no
terceiro ano da última guerra mundial. É também usado para Iniciação dos sete Logos
Planetários em níveis cósmicos e para Iniciação de grupos, algo ainda quase
incompreensível para a humanidade. Ele á aplicado aos centros dos Homens Celestiais,
de modo semelhante aos Cetros menores aplicados aos centros humanos, sendo
todavia o efeito numa escala muito maior. Na realidade este assunto tão complexo não
concerne ao homem. Mestre Tibetano entrou nele, porque fcaria incompleta a
enumeração dos Cetros. Mas serve para demonstrar a maravilhosa síntese do conjunto
e o lugar do nosso Sistema dentro de outro esquema maior. Em todas as coisas
cósmicas regem a lei e a ordem perfeitas. As ramifcações do Plano Divino são
percebidas em todos os planos e subplanos. Este Cetro, o maior de todos, está sob a
custódia do primeiro grande grupo de Senhores do Carma. A sua carga elétrica é de
níveis cósmicos muito elevados. Os outros dois Cetros menores são carregados com
eletricidade diferenciada. O Cetro Solar está guardado no Sol e é carregado somente
no início do período de cem anos de Brahma, ou seja, no início do Sistema Solar.

A razão de se tratar dos Cetros de Poder é que eles têm relação com os centros,
vórtices de força da matéria e(embora canais para a força espiritual ou centros em que
se expressa a "vontade de ser") se manifestam como atividade da matéria.

Eles são os centros da existência e assim como na manifestação os dois polos, Espírito
e matéria, não podem se separar, igualmente é impossível aplicar o Cetro na Iniciação
sem produzir efeitos defnidos entre ambos. Não podemos esquecer que o fogo
cósmico da matéria se divide em fogo da matéria/elétrico, fogo da matéria/solar e fogo
da matéria/da matéria.

Os Cetros são carregados com Fohat, que é fogo da matéria e também fogo elétrico,
daí seu efeito sobre a matéria e o Espírito. Há também o aspecto solar, que é o
relacionador.

Não é possível explicar este mistério com maiores detalhes, porque os segredos da

271
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iniciação não se podem revelar.

O que foi dito sobre esse tema signifca muito, nunca tendo sido tratado antes, embora
alguns já tenham ouvido falar dessas coisas.

Muito mais será dito sobre as Iniciações ao longo dos nossos estudos, inclusive sobre
os Cetros, uma vez que o objetivo é que, pela assimilação das informações aqui
passadas e devidamente aplicadas no dia a dia, o maior número possível de pessoas
adquira condições e se qualifque para atravessar o Portal Iniciático.

No próximo estudo entraremos na seção F da primeira parte do livro, a Lei de


Economia, que é bem curta. Após estaremos na parte mais importante, mais extensa e
mais complexa do livro, que trata do Fogo Solar, o fogo da mente. Lembramos que a
compreensão dessa segunda parte depende fundamentalmente da perfeita assimilação
do conteúdo da primeira parte.

Estudo 061

A Lei de Economia - Seus efeitos sobre a matéria (Da página 195 à 197 do Tratado
sobre Fogo Cósmico)

Entraremos agora num assunto que esclarecerá muito a execução e o desenvolvimento


da obra do Terceiro Logos, denominado Atividade Inteligente. O Logos Solar é um só,
mas na construção do seu corpo físico cósmico, que vai servir de mecanismo para que
expresse e desenvolva ao máximo sua qualidade Amor-Sabedoria-Razão Pura, Ele
utiliza sua Mente (Manas). Isso Ele faz estabelecendo e seguindo a Lei de Economia,
que consiste em obter o máximo de rendimento e aproveitamento, com um mínimo de
gasto ou custo, usando o material disponível.

Material disponível sim, porque Ele o recebe do Logos Cósmico ao qual está
subordinado.
Nessa tarefa Ele convoca Seres Cósmicos a Si ligados e sob seu comando, para
materializarem o projeto que Ele concebeu, desenvolveu e amadureceu.

Embora nessa tarefa prevaleça o aspecto Mente ou Manas, ela se divide em três
partes, que são: Inteligência Ativa, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Vontade. Então os
três Seres Cósmicos são responsáveis pelas seguintes funções:

272
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• Inteligência Ativa pura ou Manas puro,

• Inteligência Ativa/Amor-Sabedoria-Razão Pura

• Inteligência Ativa/Vontade.
Essa tríplice divisão é devida à triplicidade reinante em tudo.

A Entidade Cósmica responsável pela função Inteligência Ativa pura ou Manas puro é
chamada Terceiro Logos e é a mais importante na tarefa da parte material.

A outra Entidade responsável pela função Inteligência Ativa/Amor-Sabedoria-Razão


Pura é chamada Segundo Logos e chama-se Primeiro Logos Quem cuida da Inteligência
Ativa/Vontade.

Esses três Seres, ao executarem essas funções, adquirem experiência, aprendem e


assim evoluem. Eles convocam e utilizam uma equipe bem numerosa de outros seres
para os ajudarem nesse trabalho, que também adquirem experiência, aprendem e
evoluem. Acontece a mesma coisa, numa escala muito menor, com os seres menores
que trabalham nos nossos corpos, desde os minúsculos até os mais elevados, sendo
que para eles nós fazemos o papel de logos, corroborando a Lei de Analogia: "Assim
como em cima, é em baixo".

Todos os três Logos recebem as energias e a orientação do Logos Solar Único, que é
sua fonte de vida.

Resumidamente as três funções podem ser assim descritas:

Terceiro Logos - (Aspecto Brahma ou Inteligência Ativa) - Formação dos vórtices na


matéria virginal, que serão os átomos primordiais, sua diferenciação, distribuição
espacial, qualidade de cada tipo e seu consequente ritmo vibratório e o movimento
giratório, comum a todos os átomos. Rege a Lei de Economia, que faz com que a
matéria siga a linha de menor resistência, causa da tendência separatista dela.

Segundo Logos - (Aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão Pura, o Construtor) -


Atrair a matéria ao Espírito ou à Mônada e aproximá-los paulatina e progressivamente,
para que a matéria consiga expressar as qualidades da Mônada, o que signifca a fusão
dos dois pólos. Surge então a coesão, que leva à formação de conglomerados de
átomos, o que produz as diversas formas. Este poder atrativo é do Espírito e se
manifesta como:

1. Associação,

273
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2. Construção de formas,

3. Adaptação da forma à vibração imposta pela Mônada, ao expressar suas


qualidades,

4. Homogeneidade relativa da unidade grupal, ou seja, no homem o funcionamento


global como um ser individual e no Sistema Solar como um Sistema específco e
determinado,

5. Movimento cíclico em espiral.


Não segue a linha de menor resistência, mas a de Atração.

A causa da dor e do sofrimento do mundo está no confito entre o poder de atração da


Mônada e a adaptação da matéria às necessidades dela. Como a matéria segue a linha
de menor resistência, ela se opõe à atração da Mônada, que a força a se adequar ao
que Ela quer, o que signifca um esforço maior da matéria e isto gera sofrimento e dor.
Portanto sofrimento e dor só existem para a matéria. Mas isso é necessário, até que o
homem entenda esse mecanismo e passe a evoluir conscientemente, o que só se torna
possível pelo conhecimento, jamais pela fé cega, sendo por isso que o Senhor Buda
falou: " A falta de conhecimento é a causa do sofrimento do homem".

Primeiro Logos - (Aspecto Shiva ou Vontade) - A atividade das entidades subordinadas


a este Logos induz a unidade forçada e a homogeneidade essencial. É a Lei de Síntese,
a última a atuar, após a fusão do Espírito ou Mônada com a matéria e sua adequação
perfeita. É a síntese fnal do eu menor com o Eu maior (personalidade e Ego ou Alma) e
fnalmente com o Omni-Eu (a Mônada, em diversos níveis).

Em espiral mais elevada sintetiza a essência com a Essência, o que quer dizer, as
Mônadas individuais com a Mônada maior, a Solar, no nosso caso, sem perda de
identifcação. Há graus crescentes de sínteses. Por exemplo, a síntese das Mônadas
Solares com a Mônada Cósmica. É diferente da síntese matéria e Mônada.

A atividade do Primeiro Logos se manifesta como:

1. Abstração,

2. Liberação espiritual,

3. Destruição da forma ou corpo, ao retirar a vida da Mônada (o aspecto Destruidor),

4. Homogeneidade e unidade essencial absolutas, de um modo muito mais profundo


que no caso do Segundo Logos,

274
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
5. Movimento de avanço progressivo.
Nessa atividade conjunta, progressiva e coordenada das três Entidades (os três
Logos), gerando as três Leis (Economia, Atração e Síntese), percebemos claramente
uma maravilhosa síntese. Cada lei é a personifcação do modo de trabalhar de cada
Entidade.

Trataremos brevemente da Lei de Economia, fcando as outras duas para outra


oportunidade.

Esta lei é o fundamento do que erroneamente os religiosos chamam "a queda" ou a


"expulsão do paraíso". Na realidade ela defne o processo involutivo, considerado
cosmicamente. Produziu a sétupla diferenciação da matéria do sistema (os sete
planos), da mesma forma que a Lei de Atração gerou a sétupla diferenciação psíquica
dos Filhos da Mente, ou seja, a diferenciação dos Egos ou Almas segundo os sete raios.

Em todo esse processo percebemos uma interessante conexão entre:

• os sete planos ou sete graus de matéria,

• os sete Homens Celestiais (os sete Manasaputras Divinos ou Logos Planetários),


que espalham pelo sistema os sete sub-raios de Amor-Sabedoria-Razão Pura, uma
vez que Eles são os sete Senhores de Raio para o nosso sistema, portanto irradiam
os sete tipos de Amor.

• as sete qualidades da Sabedoria que as Entidades Cósmicas, os Kumaras,


introduziram com a ajuda do conhecimento adquirido por meio da matéria. Os
Kumaras aqui citados não são os Senhores da Chama provenientes do esquema de
Vênus, pois Esses atuaram e atuam apenas na Terra. São Seres que trabalham para
expressar as qualidades dos sete raios através da matéria. Como um exemplo disso
temos os elementos químicos da tabela periódica, classifcados segundo os sete
raios. Se analisarmos suas propriedades, perceberemos a veracidade dessa
classifcação.
A Lei de Economia tem várias leis subsidiárias, que regulam o efeito produzido sobre os
diferentes graus de matéria. A ação dessa lei se faz sentir pelos sons emitidos pelo
Logos Solar, que obviamente são oscilações ou vibrações impostas por Ele à matéria de
todos os planos, desde o adi até o físico.

Essas oscilações têm características de sequências de compressões e rarefações de


partículas, chamadas ondas mecânicas pela Física. É por isso que se diz que o som

275
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
construiu o universo. É um fato claro que, conforme o modo pelo qual essas
sequências de compressões e rarefações são realizadas, as partículas se aglutinam e
ocupam seu devido lugar no universo organizado.

Vamos parar por agora. No próximo estudo iremos esmiuçar esse assunto, de grande
fascínio, todavia muito mal entendido, que leva a atitudes cegas, ou seja, fcar
pronunciando sons, sem ter a mínima compreensão de como eles atuam nas partículas
das matérias dos planos, em particular nos três planos onde está a maioria da
humanidade, físico, astral e mental. É lógico que certos sons induzem bem estar nas
pessoas, mas o conhecimento do seu modo de operação dará muito mais poder e
efciência.

Antes de terminarmos, devemos esclarecer uma coisa. Assim como nós somos
responsáveis pelos nossos corpos e através deles experimentamos, aprendemos,
desenvolvemos qualidades, capacidades e poderes e assim evoluímos, embora
inúmeros seres trabalhem nesses corpos, da mesma forma o Logos Solar também é
responsável pelo seu sistema e através dele experimenta, aprende, desenvolve
qualidades, capacidades e poderes e assim evolui. Há que considerar ainda, o que é
muito mais importante, os relacionamentos do Logos com seus Pares, os demais Logos
e outros Seres Cósmicos, que não exercem funções de Logos, mas alguns no mesmo
nível evolutivo e outros em nível mais elevado. Nós igualmente evoluímos nos
relacionamentos com nossas famílias, amigos, chefes, subordinados, enfm, com toda a
humanidade e com a natureza.

Estudo 062

A Lei de Economia - Seus efeitos sobre a matéria (fnal) e suas Leis Subsidiárias (Da
página 197 à 200 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Conforme prometemos, vamos detalhar um pouco a ação do som (ondas sonoras) na


aplicação da Lei de Economia e na construção do sistema solar. É dito que a Palavra
Sagrada ou o Som emitido pelo Criador tem diferentes formas, embora na realidade
seja uma só palavra com várias sílabas. Juntas formam uma frase solar, separadas
constituem palavras de poder e provocam diferentes efeitos.

A grande Palavra ressoa e reverbera durante os cem anos de Brahma (duração do


Sistema Solar). Essa frase divina é simbolizada pelo som sagrado AUM. Essas três

276
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
letras representam as iniciais das três frases, que são pronunciadas no tempo e no
espaço, contendo cada frase vários sons.

A primeira letra, A, está seguida de quatro letras, totalizando cinco, representam as


cinco grandes ondas sonoras consecutivas que construíram o Sistema Solar e o
mantêm materializado, sem entrar no aspecto forma. É a nota de Brahma ou do
Terceiro Logos, Inteligência Ativa. Se analisarmos essas cinco ondas sonoras em
comparação com a divisão do terceiro raio, Inteligência Ativa ou Manas, nos quatro
raios de atributo, Harmonia pelo Confito, Conhecimento Concreto, Devoção e Idealismo
e Organização/Cerimonial, entenderemos com clareza a correlação entre a construção
do Sistema e os raios. Esse é o signifcado do Pentágono, a estrela de cinco pontas, o
quinto princípio da Mente. O Pentágono relaciona-se também com os cinco planos da
evolução humana: físico, astral, mental, búdico e átmico, como meta da atual cadeia,
embora os que querem ir mais depressa e fazem o esforço necessário, podem
ultrapassar essa meta, indo mais além e muito mais, como já o fez o nosso Amado
Senhor Maitreya, o Cristo.

A compreensão exata das ondas sonoras simbolizadas por essas cinco letras e das
tonalidades (conjunto de harmônicos, frequências abaixo da fundamental e de maior
comprimento de onda), fornecem a chave da natureza interna da matéria e do seu
controle (a desintegração e a construção, sendo a fusão nuclear a frio um dos efeitos).
Este controle é conseguido por aquele que aprende a correta interpretação da Lei de
Economia. Impera o fogo por fricção.

A segunda letra, U, vem seguida de seis letras, totalizando sete e representam as sete
grandes ondas sonoras consecutivas e simultâneas, pois ainda ressoam. Essa frase é
de Vishnu, o Segundo Logos, o Construtor de formas, Amor-Sabedoria-Razão Pura.
Cada grande onda sonora, expressando os propósitos de cada raio, é "pronunciada"
(está entre aspas porque é muito mais do que pronunciar) por cada um dos sete Logos
Planetários sagrados, entre os quais não estão incluído o nosso, o que nos leva a
concluir que a Terra e a sua humanidade estão sob a infuência de um outro Logos
Sagrado.

Essa segunda frase está regida pela Lei de Atração. A conformação dessas ondas
sonoras (sequências de compressões e rarefações de partículas), ou seja, como essas
sequências se movimentam (como ondulações de uma serpente), leva as partículas a
se unirem na infnidade de formas, incluindo nossos corpos até os planetas e globos
sutis. A correta entonação, total ou parcial, provocando a correta ou parcial

277
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
reverberação (a reverberação é consequência da ressonância ou resposta da matéria
ao som original), conduz à organização da forma e à sua adaptação às necessidades da
Mônada ou Espírito. Impera o fogo solar.

A terceira e última letra, M, vem seguida de oito letras, totalizando nove e formam a
última frase, a do Primeiro Logos, Shiva, Vontade e completam a grande sentença
Logoica que construiu seu corpo. Essa última frase é a última no tempo, mas no
momento está reverberando juntamente com as outras duas e vai ser a mais forte e
dominante no fnal dos tempos, ou seja, no fm dos cem anos de Brahma. No fnal de
cada ciclo menor, ela sempre atua com mais força e anula as demais, como na hora da
morte e no fm dos períodos globais,das rondas e das cadeias. Por falar em período
global, é bom lembrar que já estamos próximos do fm do período global da Terra.
Quem tem olhos de ver, que entendam e tomem as decisões necessárias.

Somando as letras de toda a sentença, temos 5 + 7 + 9 = 21, sendo portanto vinte e


um os tipos de ondas sonoras que atuam no Sistema Solar, desde o plano físico até o
adi. Como dissemos, essas ondas estão presentes simultaneamente, embora em alguns
momentos umas atuem com mais vigor que outras e prevaleçam. Essa última frase
está regida pela Lei de Síntese e é ela que vai imperar soberana no fnal, quando
ocorrerá a liberação total do Espírito da forma. Impera o fogo elétrico.

Quando comparamos acima os movimentos das ondas sonoras às ondulações de uma


serpente, tivemos a intenção de preparar as mentes de todos para uma informação
que o Mestre Tibetano dará, quando entrarmos na segunda parte do Tratado, o Fogo
Solar, sobre a ligação do Reino das Répteis com o nosso Logos Planetário e os Lipikas.

Existe uma forte correspondência entre essas nove ondas sonoras do Primeiro Logos e
as nove Iniciações, cada uma propiciando ao Iniciado uma união mais perfeita do Eu
com o Omni-Eu e uma maior liberação das ataduras da matéria. Embora cada Iniciação
seja regida por um raio, sempre em todas está também presente o primeiro raio como
libertador e sintetizador, por etapas.

Uma outra aparente coincidência é observada nos vinte e dois aminoácidos que
constituem os fundamentos de todas as proteínas e enzimas que atuam no nosso
organismo. Temos 21 + 1 = 22, ou seja, o número de aminoácidos é igual ao número de
ondas sonoras fundamentais mais a onda sintetizadora, que representa o UNO. Um
fato interessante com referência à união dos aminoácidos ao formarem a proteína, é
que, após se unirem eletricamente, eles constituem um flamento, que tem somente
uma dimensão, comprimento. Mas em seguida o flamento se retorce ao longo das

278
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ligações, de uma maneira misteriosa para a ciência, fazendo com que a proteína
resultante passe a ter três dimensões. Como os ângulos, nos quais há campos
elétricos, são diferentes, é conseguido um modo efciente para identifcação da
proteína pelo sistema imunológico, de modo semelhante a chave e fechadura.

Somente quando o homem tiver aperfeiçoado seu sentido de audição, é que ele saberá
a sentença completa. Isso ocorrerá na quinta Iniciação, em que a beatitude (a audição
do corpo átmico, quando o homem começa a ouvir a nota do Logos Solar) estará
plenamente ativa e ele entenderá corretamente a Lei de Economia. A medida que as
Iniciações forem sendo recebidas, o homem vai entendendo melhor esse mecanismo,
em particular, quando está sendo preparado para a terceira, o Iniciado já compreende
nitidamente a lógica desse processo, tem noções do seu mecanismo operacional e
vislumbra sua expressão matemática. Não podemos esquecer nunca que, para a
Mônada, todos os planos, desde o físico até o adi, constituem matéria e são objetivos e
todos nós somos Mônadas enclausuradas nos diversos corpos materiais, logo, nossas
consciências cerebrais são da Mônada ancorada no cérebro físico e se expressando
pela atividade elétrica dos neurônios. A atividade hormonal e dos neurotransmissores é
consequência, a etapa fnal, de um processo anterior com início na Mônada. Como
existe a reciprocidade, é óbvio que uma perturbação nessa atividade do cérebro,
induzida por meios externos, como substâncias químicas, pode alterar o estado da
consciência. Mas o Iniciado, que já percebeu e entendeu por lógica esse mecanismo,
não se deixa iludir e assume o comando.

De posse da audição aperfeiçoada e tendo entendido o verdadeiro som sagrado, o


Iniciado, agora o Conhecedor, prenunciá-lo-á em sua própria e autêntica chave,
efetuando a fusão de seu som com todas as vibrações, conseguindo assim
instantaneamente a compreensão de sua identidade essencial com Aqueles Seres que
emitem as palavras. A medida que os sons da matéria (os cinco primeiros sons) fazem
impacto em seus ouvidos aperfeiçoados e em todos os planos, verá que todas as
formas são ilusões e delas se libertará, sabendo que ele é onipresente.

Quando o som de Vishnu (os sete sons simbolizados pela letra U) ressoa dentro de si
mesmo sem distorção, ele sabe que é sabedoria perfeita e distingue a nota de seu ser
(ou a do Logos Planetário em cujo corpo se encontra) das notas grupais e se vê
onisciente. Quanto os nove sons fnais de Shiva, Mahadeva ou Primeiro Logos fazem
seus ouvidos vibrarem em perfeita consonância, o Iniciado se reconhece, sem nenhuma
margem de dúvida, como Espírito puro e na sintonização perfeita dos sons, seus e do
Primeiro Logos, dá-se a fusão dele com o Eu Maior ou a fonte da qual se originou.

279
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Então, para ele, passa a não existirem mais mente e matéria, restando somente ele
imerso no oceano do Eu Maior, sem, contudo, perder sua identidade.

Nas etapas de relativa realização, rege uma das leis, inicialmente a lei da matéria (Lei de
Economia), em seguida a lei dos grupos (Lei de Atração) e fnalmente a Lei do Espírito e
da liberação (Lei de Síntese), embora haja simultaneidade.

SUAS LEIS SUBSIDIÁRIAS

São quatro as leis subsidiárias da Lei de Economia e se relacionam com o quaternário


inferior:

1. A Lei de Vibração - rege a nota chave ou ritmo da matéria em cada plano. Através
do conhecimento dessa lei pode-se controlar a matéria de qualquer plano nas suas
sete divisões ou subplanos. Quem entender essa lei, saberá qual a frequência de
ressonância de qualquer tipo de matéria, bem como de qualquer agrupamento. Não
esquecer que som é vibração.

2. A Lei de Adaptação - rege o movimento giratório de qualquer átomo, em todos os


planos e subplanos. Por meio do conhecimento dessa lei e da anterior, o Iniciado
domina a ciência dos tattwas.

3. A Lei de Repulsão - rege as relações entre os átomos, evitando que se encostem e


permitindo que atuem livremente, mantendo-os girando a distâncias fxas da esfera
de polaridade oposta. Vemos sua ação, entre outras, no nosso Sistema Solar, em que
os planetas giram ao redor do Sol, em órbitas fxas e ordenadas.

4. A Lei de Fricção - rege o aspecto calor de qualquer átomo, sua radiação e seu
efeito sobre qualquer outro átomo. Isso é a transferência do fogo por fricção.
Essas quatro leis subsidiárias estão no campo de ação do fogo por fricção. O
conhecimento e o domínio dessas leis outorgam o domínio do fogo por fricção e torna
o Iniciado um curador no sentido exato da palavra.

Todo átomo de qualquer plano pode ser estudado sob quatro aspectos e está sob o
comando de alguma ou de todas as leis combinadas.

a. Todo átomo tem seu ritmo ou frequência e forma de movimento.

b. Tem velocidade de rotação.

c. Age e reage sobre os átomos a seu redor.

280
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
d. Contribui com sua cota de calor ao calor geral do sistema atômico, qualquer que
seja.
Essas leis gerais aplicam-se não somente aos átomos individuais, mas aos seus
agrupamentos: moléculas, células, órgãos, corpos, planetas, globos, o Sistema Solar, as
constelações, as galáxias, enfm, todos os conjuntos esféricos. Podemos ver um
sistema solar como um átomo cósmico. Todos evoluem sob a Lei de Economia, em
algum de seus quatro aspectos.

Concluindo, afrmamos que a Lei de Economia, com suas subsidiárias, é uma das leis
que o Iniciado deve dominar antes da liberação (quinta Iniciação). Tem de aprender a
manipular a matéria e a trabalhar com a sua energia ou força, aplicando essa lei. Esse
conhecimento e domínio são necessários para o Iniciado usar a matéria e a energia
com o objetivo de conseguir a libertação do Espírito e realizar os propósitos do Logos
no processo evolutivo.

Aqui terminamos o estudo da primeira parte do Tratado sobre Fogo Cósmico.


Entraremos na segunda parte, a mais importante, profunda, complexa, abrangente,
longa e aparentemente abstrata. Dissemos aparentemente abstrata, porque vai
depender de como nos posicionamos como consciência. Si a nossa visão é de Mônadas
olhando o mundo mental exterior através do mecanismo chamado corpo mental, então
o assunto não será abstrato, mas objetivo. O mesmo raciocínio vale para os planos
superiores, búdico, átmico, monádico etc.

Do nível de entendimento e assimilação da primeira parte dependerá a compreensão


da segunda. Portanto, rogamos a todos que se esforcem para adquirirem o máximo de
clareza. Estamos à disposição para sanar as dúvidas.

Estudo 063

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
(Da página 203 à205)

Entraremos hoje na parte mais importante do Tratado, com título genérico Fogo Solar.
Esse título expressa aquilo que gera as muitas diferenciações de atividade e processo,
no que concerne realmente à nossa evolução. Trata essencialmente do fogo da mente.
Na nossa quinta raça-raiz a meta é o desenvolvimento da mente, pois ela é regida pelo
quinto raio, da mente concreta. Daí o tremendo avanço da ciência e da tecnologia. Por

281
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
outro lado, temos o objetivo do nosso Logos Solar, expressar Budi (Amor-Sabedoria-
Razão Pura) através de Manas (Mente, Atividade Inteligente). No Sistema Solar ou sua
encarnação anterior, Ele desenvolveu ao máximo a qualidade ou aspecto Inteligência
Ativa. Agora Ele quer cultivar e fazer crescer ao máximo seu Amor, no verdadeiro
sentido e não como a maioria da humanidade pensa. A ferramenta que Ele usa para tal
é a mente ou inteligência ativa. É por essa razão que o Mestre Tibetano dedica a maior
parte do seu livro ao estudo detalhado e profundo do fogo solar ou da mente. Não
esqueçamos que o Tratado sobre Fogo Cósmico é o seu livro mais importante, segundo
suas próprias palavras.

Todas as raças-raiz têm seu nascimento, coexistindo com o fnal da raça-raiz anterior
durante um certo período, para a transferência, assimilação e desenvolvimento das
conquistas culturais da raça que se fnda (o que nem sempre é bem feito), vindo em
seguida seu amadurecimento, suas conquistas, seu auge, sua glória e o declínio. Como
estamos na quinta sub-raça da quinta raça-raiz, já passamos da metade da raça. A
sexta sub-raça, da qual já existem exemplares encarnados, irá aperfeiçoar mais ainda o
intelecto, aliado ao amor. Na sétima sub-raça ocorrerá a consolidação do conquistado e
sua transferência para a primeira sub-raça da sexta raça-raiz, da qual também já
existem Egos encarnados, na realidade já há Egos com mentalidade da sétima raça e
até da quinta ronda, pois é questão de mentalidade e não de corpo físico. Se a
transferência for harmoniosa, clara e efciente, não haverá na realidade um declínio de
civilização, pois será tão grande a harmonia e o entendimento, que haverá uma
continuidade para atingir uma elevação e uma glória maiores. Mas se não ocorrer essa
harmonia, será realmente um declínio. Atualmente temos membros das sétimas sub-
raças atlantiana (a quarta) e lemuriana (a terceira) coexistindo com a quinta raça-raiz.
A explicação para essa coexistência não é para o momento.

Essa segunda parte está dividida em seis seções, de A até F, que são longas.

Após esse preâmbulo, comecemos o assunto.

Mestre Tibetano inicia o tema, fazendo considerações de suma importância. Diz Ele que
o que vai ser estudado é profundamente misterioso, constitui a base de tudo o que
vemos e conhecemos, objetiva e subjetivamente. Acabamos de estudar parcialmente o
polo da manifestação chamado matéria. O que vamos estudar agora abrange uma
variedade de coisas que, em termos gerais, podemos denominar consciência e, em
termos específcos, engloba os seguintes tópicos, o que lhe dá uma importância
fundamental:

282
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. A ciência da objetividade.

b. A manifestação do Filho através do Sol e suas esferas subsidiárias, ou seja, o


Sistema Solar em sua totalidade.

c. O desenvolvimento evolutivo da consciência no tempo e espaço, logo a evolução do


Espírito e da matéria.
Analisemos sucintamente cada tópico. O que é ciência da objetividade? É o estudo de
tudo aquilo que é exterior à nossa consciência. Envolve a natureza e seus fenômenos e
muito mais, como as relações humanas, com sua imensa gama de diferenciações.
Dentro dessa conceituação, em todos os planos existe objetividade.

Mesmo no cérebro físico, temos de separar a atuação dos neurônios da consciência


cerebral. Essa consciência é subjetiva e interior, mas os neurônios são objetivos,
embora forneçam insumos para a consciência, na sua ação eletro-bioquímica.

No item b entendemos a expressão do Logos Solar, servindo-se do Sistema Solar, com


seus planetas visíveis e invisíveis, para adquirir experiência, aprender, evoluir e adquirir
qualidades e poderes, simultaneamente prestando serviço a seus Semelhantes e
recebendo ajuda, pois sabemos que nosso Logos orienta e dá instruções a outros
Seres Cósmicos, pois Ele está na linha do segundo Raio (o raio dos Instrutores) e
também recebe instruções, como por exemplo do Logos de Sírius.

O item c é bem claro, signifcando o aperfeiçoamento da relação do Espírito com a


matéria, em sua ação recíproca, o que produz o aprimoramento de ambos. O Filho (a
relação, a consciência) faz o Pai (Espírito) e a Mãe (matéria) evoluírem até alcançarem
a meta planejada.

Vemos nitidamente que esses três tópicos são muito vastos, o que nos limita a dar um
conceito claro e geral do longo processo e gradual desenvolvimento da consciência.

Para que possamos prosseguir com o tema de forma inteligente e racional, é


conveniente que estabeleçamos perguntas básicas, que (embora conhecidas e
sabidamente de valor) servirão para o estudante de arcabouço, sobre o qual poderá
ser erigida a correspondente estrutura do conhecimento.

Se aquele que estuda a Sabedoria for capaz de captar de forma geral a natureza do
tema, ele poderá ordenar com mais facilidade e exatidão a informação detalhada,
colocando as diversas partes em seus devidos lugares.

Das respostas às perguntas básicas, poderemos fazer ilações e deduções, que

283
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
constituirão um conjunto de informações explicativas do processo evolutivo da
consciência, da matéria e da Mônada. Este parece-nos o melhor método.

Baseamo-nos na suposição de que essas perguntas surgem ao estudante da Doutrina


Secreta, que já está no ponto de perceber o grande Plano Divino, todavia é iniciante na
técnica de captar os detalhes desse Plano.

Vamos às perguntas:

I. Que relação existe entre o Filho e o Sol?

II. O que é a evolução e como se desenrola?

III. Porque o Sistema Solar evolui como dualidade?

IV. O que é a consciência? Que lugar ela ocupa no atual esquema das coisas?

V. Existe uma analogia direta entre um sistema solar, um planeta, um homem e um


átomo?

VI. O que é o aspecto mente e porque o princípio manásico ou mental é de tanta


importância? Quem são os Manasaputras ou Filhos da Mente?

VII. Porque a evolução se desenvolve ciclicamente?

VIII. Porque consideramos ainda certos conhecimentos como esotéricos e em outros


aspectos como exotéricos?

IX. Que relação existe entre :

1. os dez esquemas planetários?


2. os sete planetas sagrados?
3. as sete cadeias de um esquema?
4. os sete globos de uma cadeia?
5. as sete rondas de uma cadeia ao passarem por cada globo?
6. as sete raças-raiz e suas sete sub-raças?
Quando tivermos respondido breve e resumidamente a essas nove perguntas e
identifcado pelas respostas o que está oculto e impulsiona a evolução da consciência
do Filho e de tudo o que inclui esta expressão, estaremos prontos para estudar o Plano
mais inteligentemente e entender com maior exatidão a etapa imediata que devemos
alcançar, partindo do nosso atual desenvolvimento.

284
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Enfatizamos que a investigação e um entendimento mais profundos do Plano do Logos
não têm importância para o homem, a menos que ele consiga correlacionar o presente
com aquilo que ele crê encerrado no futuro, esteja seguro de seu desenvolvimento
alcançado e compreenda em que consiste o trabalho imediato a realizar durante o
processo gradual de obter plena consciência.

I. Que relação existe entre o Filho e o Sol?


Primeiramente temos de esclarecer quem é o Filho e qual sua função. Todo sistema que
faz jus ao adjetivo flosófco, reconhece universalmente dois fatores, Espírito e matéria,
Purusha e prakriti.

Há uma tendência de confundir os termos "vida e forma", "consciência e veículo de


consciência", com as palavras "Espírito e matéria". Tais vocábulos relacionam-se, mas a
confusão desaparecerá, quando for compreendido que, antes do nascimento de um
sistema solar (manifestação), é mais correto empregar as palavras Espírito e matéria.
Antes da manifestação, durante o descanso entre dois sistemas solares (pralaya ou
abstração), não existem consciência e forma nem tão pouco a vida expressando-se
como princípio atuante. Existe unicamente Espírito-substância, em estado de total
neutralidade, sem polaridade, sem movimento, ou seja, prevalece a passividade.
Esclarecemos que no pralaya de um sistema solar não existe o corpo físico cósmico do
Logos, isto é, os sete planos, do físico ao adi, foram desintegrados. Todavia o Logos
continua a se manifestar através do seu corpo astral cósmico, que também se
desintegrará mais tarde, quando ocorrerá o pralaya astral.

Isto signifca que estamos estudando o que ocorre com a substância que deu origem à
matéria adi, da qual se originaram os demais seis planos.

Essa substância retorna à situação de não diferenciada, existente antes da


manifestação. É por isso que ela se torna neutra, não havendo a forma para que o
Espírito se expresse, embora Ele continue atuando através da matéria astral cósmica.

Quando chega o momento em que o Logos vai iniciar seu novo ciclo de manifestação,
dá-se a polarização (cessando a neutralidade), advém a aproximação entre Espírito e
matéria, com sua ação e reação, começam o movimento e a vibração (oscilação) sob
novos moldes e ambos se utilizam. Então surge a forma, que vai ser impregnada pelo
Espírito ou Mônada, do que resultam a vida e a consciência em veículos adequados.
Portanto vida é o resultado da atuação do Espírito nas formas ou na matéria. Quando
ocorre a abstração ou o pralaya, a vida cessa, porque o Espírito se ausenta da forma,

285
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mas a origem da vida, o Espírito, permanece. Quando um homem morre, sua vida física
cessa e seu corpo físico se desintegra, todavia a origem da sua vida, o Espírito (nesse
caso atuando através do Ego ou Alma), continua expressando a vida por meio do corpo
astral.

Concluímos então que o Sol (o Sistema Solar) é o Filho, resultado da aproximação ou


relação do Espírito (o Pai) com a matéria (a Mãe).

No próximo estudo daremos ao tema dessa pergunta o enfoque dos fogos.

Estudo 064

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- Que relação existe entre o Filho e o Sol? (Da página 205 à 208)

Continuemos com a análise da pergunta I - Que relação existe entre o Filho e o Sol?,
sob o prisma dos fogos, ou seja, como é a parte operacional ou como se manifesta.

Comecemos usando a lei de Analogia e façamos comparações com fatos científcos do


dia a dia. Vejamos a geração de luz pela lâmpada elétrica comum, de todos conhecida.
Ela é feita de um flamento de tungstênio dentro de um bulbo de vidro, dentro do qual
foi feito o vácuo, para impedir a oxidação do flamento e a sua queima. Ao se ligar o
interruptor, fechando os contactos, os elétrons fuem do polo negativo do gerador para
o positivo, passando pelo flamento. Nessa passagem, os elétrons colidem com os
átomos do flamento, transferindo energia (fogo por fricção/elétrico) para os elétrons
orbitais dos átomos do tungstênio. Esses elétrons fcam excitados e saltam para uma
órbita exterior, de maior nível. Mas são obrigados a retornar para a órbita original e
devolvem a energia recebida na forma de fótons (luz). É também gerado calor.

A luz e o calor são portanto resultados do contacto entre os polos positivo e negativo.
Simbolicamente é um casamento, uma vez que é uma união.

Já sabemos que a Mônada ou o Espírito é fogo elétrico por excelência, quando atua na
matéria, sendo o polo positivo do grande GERADOR, que é o UNO ABSOLUTO INFINITO,
já explicado no início dos nossos estudos, AQUELE que não é nem Espírito nem
matéria, mas que pode assumir os dois modos de ser.

A matéria, o polo negativo, é fogo por fricção por excelência. Para o contacto dos dois
(o Divino Matrimônio), é necessário o fogo solar (o flamento de tungstênio), que ao

286
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
servir de meio de comunicação entre os dois polos, é excitado pelas suas energias e
irradia luz e calor cósmicos.

O relâmpago, de todos conhecido, gera luz e calor, sendo que o calor produz ondas
sonoras, que são ondas mecânicas, sequências de compressões e rarefações de
partículas (matéria), o nosso conhecido trovão, que a muitos assusta.

O relâmpago é o resultado do contacto da carga elétrica positiva da nuvem (que,


embora a ciência não saiba, é eletricidade solar) com a carga negativa da Terra (que o
Mestre Tibetano chama de fuido elétrico).

O comportamento do relâmpago já foi pesquisado pela ciência e foi comprovado que


ele tem particularidades não observadas em outros tipos de descarga elétrica que
forma arco.

O deslocamento do chamado líder escalonado e das partículas portadoras de carga


elétrica que o seguem, quando a tensão de ruptura é alcançada, não produz luz nesse
trajeto. Somente quando eles e seus seguidores entram em contacto com o fuido
elétrico da Terra, já próximo do solo, é que surge a luz e o calor.

De forma muito análoga, o fogo elétrico do Espírito ou Mônada,em contacto com o


fogo por fricção da matéria, gera o fogo solar, que produz luz e calor, que dá origem ao
som cósmico, sequências de compressões e rarefações, em muitas planejadas e
diferenciadas formas de onda, que farão surgir o sistema solar objetivo total, que inclui
os sete planos.

A luz, juntamente com o som, é a responsável pelas formas, sendo que a luz tem como
escopo principal a consciência. Não esqueçamos que a luz física é onda
eletromagnética, uma sequência de campos elétricos e magnéticos, formando ângulos
de noventa graus entre si.

No caso da luz cósmica, ela é também uma sequência de campos elétricos e


magnéticos ortogonais (em ângulos de noventa graus), só que aqui o campo elétrico é
uma região onde atua o fogo elétrico e o campo magnético é outra região onde atua o
fogo solar.

Nós temos um exemplo disso na física. A todo elétron em movimento está associado
um campo magnético que o envolve, em noventa graus de ângulo. Há outras leis na
Física, que ajudam a entender o assunto, como a lei de Lenz (eL = - di/dt), ou seja, a
força elétrica gerada pelo colapso do campo magnético é diretamente proporcional à
velocidade de queda da corrente elétrica geradora do campo magnético, em outras

287
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
palavras, quanto mais rapidamente o campo magnético cair a zero, maior será a
voltagem produzida. A expressão matemática di/dt é a derivada da corrente em
relação ao tempo. O sinal - (menos) signifca que a voltagem induzida é invertida em
relação à original. Mas a explicação da correlação dessa lei com o esoterismo fca para
mais tarde.

A multiplicidade de formas com que esses campos de fogo elétrico e fogo solar se
unem e interagem, em todos os planos, é a responsável pela construção dos veículos,
pelos quais a consciência se estabelece e evolui. Um exemplo é o Loto Egoico, tão
importante segundo o Mestre Tibetano e tão desconhecido, muito embora o Mestre
tenha dado um oceano de informações claras no Tratado sobre Fogo Cósmico, as quais
iremos estudar. É muito lamentável esse desconhecimento, pois o Mestre nos deu
pérolas e a grande maioria da humanidade as desprezou, preferindo fcar escrava das
religiões, em vez de buscar o verdadeiro conhecimento que liberta.

É o fogo solar que o Logos Solar quer desenvolver ao máximo neste atual Sistema
Solar. No anterior foi o fogo por fricção a meta. No próximo será o fogo elétrico.

Como o fogo por fricção já está bastante aperfeiçoado, quanto maior e mais intensa a
interação entre ele e o fogo elétrico, mais crescerá o fogo solar.

Essa linguagem técnica e científca do Mestre Tibetano é muito coerente, pois ela
explica a expressão de qualidades, assim como a Física explica as propriedades da
matéria. Assim como numa televisão, pela manipulação do elétron por meio de
capacitores, indutores, resistores, cristais de quartzo, transistores e diodos
armazenados em circuitos integrados (CI ou Chip), transformadores e o cinescópio (a
tela da imagem, TRC ou de cristal líquido), são reproduzidas imagens e obtidas
belíssimas nuances, que são qualidades de cores, da mesma forma, manipulando
partículas por meio de campos de força (campos de fogo elétrico e fogo solar)
gerados pelo Espírito, este expressa qualidades, intensifca-as, modifca-as e sintetiza-
as, resultando em aumento de poder.

Vejamos a evolução da consciência do homem, o microcosmo, nos três mundos


inferiores, físico, astral e mental. Ele é o contacto (ainda imperfeito na imensa maioria)
dos dois polos: Espírito (o Pai, a Mônada no céu, via Alma ou Ego) e a matéria, o corpo
(a Mãe). Este contacto produz o Filho de Deus individualizado, a unidade do Eu divino e
a reprodução exata em miniatura no plano mais denso do Grande Filho de Deus ou
Omni-Eu, que constitui em si mesmo a totalidade dos flhos em miniatura, dos Eu´s
individualizados e de todos e de cada um dos entes.

288
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O microcosmo, sob o ponto de vista subjetivo, é um sol em miniatura, que se distingue
pelas qualidades de luz e calor, sendo a luz seu conhecimento e o calor seu amor e
vigor com que se empenha no serviço coerente com seu nível evolutivo.

Na atualidade essa luz está oculta, como dentro de um cristal opaco, que ainda não foi
trabalhado. À medida que for sendo burilado pela Alma, o cristal vai se tornando
transparente e translúcido, ao mesmo tempo em que a luz interna aumenta seu brilho e
intensidade, tornando-se então visível e radiante.

No momento o calor microcósmico é mínimo, ou seja, a radiação magnética entre os


entes microcósmicos é pouco sentida (segundo o signifcado oculto da palavra), porém
com o tempo irá aumentando, não só pela ação da chama interna, como pela
assimilação das radiações dos outros microcosmos e atingirá tal proporção, que a
interação entre os Eu´s individualizados resultará na perfeita fusão da chama e do
calor em cada um, o que signifca a sintonia exata entre os três fogos: elétrico, solar e
por fricção.

Isto prosseguirá até um nível de sintonia, em que haverá "uma só chama com
incontáveis chispas" e o calor será geral e equilibrado, o fogo por fricção será
harmonioso, sem nenhum ponto de confito ou dissonância.

Quando essa situação for atingida e cada Filho de Deus se torne um Sol perfeito,
caracterizado pela luz e pelo calor perfeitamente expressados e sintonizados, com o
máximo de vigor e todas as qualidades exigidas em total atividade e visíveis e sentidas
em todo o sistema, então o Sistema Solar, o Filho Maior de Deus, será um Sol perfeito.

A glória será tão grande, que será radiante e visível, resplandecendo em todo o espaço
do Logos Cósmico, ao qual nosso Logos Solar está subordinado, chamando a atenção
não só do próprio Logos Cósmico, que fcará jubiloso pelo seu Filho, como também dos
Logos irmãos, que serão benefciados pela radiação cósmica.

Nesse estado será estabelecida uma conexão consciente com seu centro cósmico, seu
Logos Cósmico. Isso signifcará a liberação do Filho e Seu retorno à longínqua fonte
que originou o impulso primordial.

Em consequência temos o seguinte:

1. O Filho é o resultado da união do Espírito com a matéria e pode ser considerado


como a totalidade do Sistema Solar: o Sol, os sete planetas sagrados e os cinco não
sagrados.

289
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2. O Filho se manifesta através de suas qualidades, que se expressam materialmente
como luz e calor, como é o Sol com suas propriedades.

3. O Filho é o produto da união elétrica do fogo elétrico com o fogo por fricção e é
também fogo solar, resultante desse contacto, que gera luz e calor, que se vê e se
sente. O fogo solar é pois o relacionador.
No próximo estudo concluiremos essa primeira pergunta, para ingressarmos na
segunda: O que é a evolução e como se desenvolve? , que é um assunto de extrema
importância, porque nos esclarecerá os motivos e objetivos pelos quais estamos neste
mundo material, passando por tudo isso, para onde iremos e nos fornece orientação
para a libertação.

Estudo 065

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- I - Que Relação existe entre o Filho e o Sol? (Final) - II - O que é a Evolução e como se
desenvolve? (Da página 208 à 210)

Continuemos nosso estudo sobre a relação existente entre o Filho e o Sol. Vimos três
conclusões decorrentes dessa pergunta, veremos agora a última, a mais abrangente e
sintética.

O Filho, visível e invisível, é por conseguinte a manifestação intermediária produzida,


ocultamente falando, tanto para o que está acima, como para o que está embaixo.
Dissemos visível e invisível, porque por Filho não estamos só nos referindo à matéria
física, acessível aos nossos sentidos, quer direta quer indiretamente, como as ondas
eletromagnéticas e partículas só detectáveis por aparelhos especiais e pelos efeitos:
raios cósmicos, infravermelhos, ultravioletas, elétrons, íons, neutrinos e outras
partículas. Incluímos também a invisível: as partes etérica, astral, mental e causal, que
constituem a invisível aos olhos físicos e aos instrumentos da ciência.

Assim, no caso do Logos Solar, o Filho, em seu próprio plano, o mental cósmico, é o
corpo egoico do Logos, melhor dizendo, seu Loto Egoico. Igualmente, no caso do
homem, o microcosmo, seu Loto Egoico, cujo envoltório ou campo de força gerado é o
corpo causal, é o resultado do contacto da Mônada do homem com a matéria mental,
sendo portanto o Filho.

290
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No homem o corpo egoico está apenas em processo de formação, na maioria da
humanidade, mas nos Iniciados já está em adiantada fase e, conforme a Iniciação, em
fase fnal. A partir da segunda, o adiantamento é enorme, na terceira ocorre a fusão
plena do Ego com a personalidade, signifcando a grande proximidade do
aperfeiçoamento (para esta etapa), que será alcançada na quarta, quando será
destruído, por não ser mais necessário, iniciando-se uma nova etapa, a partir do corpo
búdico.

Igualmente o Filho Maior, o corpo de expressão do Logos Solar, seu Corpo Egoico, está
também em processo de formação e aperfeiçoamento. Seus corpos inferiores
cósmicos, mental, astral e físico, ainda carecem de retoques. É aí que entra a nossa
tarefa para com Aquele que nos deu a Vida. O Logos Solar só atingirá a sua perfeição e
meta previstas, quando todas as células do seu corpo, que somos nós, tiverem
alcançado suas perfeições e metas previstas, que, embora num nível bem abaixo do
nível do Logos, não deixam de ser perfeições, relativas, é lógico.

Somente quando nós tenhamos conquistado, por esforço próprio e com plena
consciência, a Vida Plena estável, de que falou o Sr. Maitreya no Sermão da Montanha,
através do corpo físico do Mestre Jesus, é que nosso Pai Maior, o Logos Solar,
conseguirá seu lugar entre as constelações celestes (os Filhos de DEUS em sentido
cósmico), quando sua Luz, sua radiação e seu resplendor sejam vistos e sentidos
perfeitamente.

O Filho nos Céus não resplandecerá, até que cada uma das células de seu corpo seja
uma esfera de radiante glória ou, falando esotericamente, uma chama de fogo e luz e
uma fonte de radiação magnética ou calor.

Como sabemos, nosso Sol, sob o ponto de vista cósmico, é de quarta ordem e está no
plano cósmico inferior, o físico cósmico, que signifca que Ele está encarnado
fsicamente.

Quando o Logos tiver alcançado, através do seu corpo egoico, o Filho, plena e total
expressão por meio do seu Sistema Solar, o que signifca ter aperfeiçoado sua emissão
de luz e calor, é que brilhará em outro plano, o mental cósmico.

Temos a analogia disso no homem, o microcosmo. Quando a luz do homem (sua


Sabedoria e seu Amor) brilhe plenamente e sua radiação magnética e seu calor (sua
Sabedoria e seu Amor servindo e aquecendo a todos) tenham alcançado uma interação
viva ou atividade grupal, é que o homem terá logrado a plena autoexpressão e incluído
em sua esfera de infuência e controle o plano mental, ou seja, aprenderá a viver

291
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
correntemente com total domínio no plano mental, tão bem como vive no plano físico.

Então será considerado um Mestre, embora também de quarta ordem, um quaternário,


porque ainda dependerá de quatro componentes: corpos mental, astral e físico e
personalidade.

Fisicamente os subplanos etéricos são seu centro de vida, assim como o Sol e os
planetas existem em matéria etérica (em sentido cósmico, da matéria búdica para
cima).

Assim como é em cima, é em baixo. Logo a relação entre o Filho, o Pai e a Mãe, no que
diz ao Sol, é a mesma existente entre o homem e o veículo pelo qual atua. É Seu modo
de agir, Seu modo de expressão, Sua ferramenta de trabalho, que Ele anima com a Sua
vida para:

a. adquirir experiência,

b. fazer contactos,

c. desenvolver total conhecimento de Si mesmo,

d. alcançar total domínio e controle de Seus veículos,

e. chegar cosmicamente à "maturidade". O Cristo cósmico deve conquistar a estatura


do "homem plenamente maduro", como diz a Bíblia.

f. expandir Sua consciência.


Estas etapas serão alcançadas nos níveis cósmicos, exatamente como o homem
persegue ideais semelhantes no sistema, que são os planos cósmicos físico, astral e
mental. Por aí se vê o quanto a ciência ainda desconhece a respeito do Sistema Solar
como um Todo, quando são incluídos os corpos cósmicos inferiores do Logos Solar.

II. O que é a Evolução e como se desenvolve?

1. Ciclos de Vida.
Limitar-nos-emos a tratar brevemente do processo evolutivo e a indicar que o método
de evolução consiste em adequar o aspecto matéria ao aspecto Espírito, para que o
primeiro seja um instrumento perfeito de expressão para o segundo. Na realidade a
ação é recíproca. O Espírito age pela matéria, manifestando o que quer, ela reage e se
modifca; na ação o Espírito se exercita e melhora, exercendo uma atuação mais
avançada na matéria já um pouco melhor e assim o progresso segue num ritmo

292
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
crescente, até chegar à perfeição de ambos. É esse o verdadeiro signifcado da
expressão "redimir a matéria", da Bíblia.

O ciclo de vida do Filho (o Sistema Solar) é de cem anos de Brahma (trezentos e onze
trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres), referindo-se a uma encarnação do
Logos. Semelhantemente o ciclo de vida do homem, sua encarnação, é de um certo
número de anos, dependendo de seu Karma.

Em seu ciclo de vida, o homem expressa em sua etapa particular tudo o que adquiriu e
conquistou, desenvolvendo-o gradualmente desde o período pré-natal, em que o Ego
infui sobre o aspecto matéria (seus veículos em construção), com uma intensidade
muito variável, quase nula no homem primitivo e iniciante, um pouco maior no homem
mais avançado e com intensidade crescente a medida que se adianta no caminho.

Prossegue o desenvolvimento com mais ênfase, quando o Ego toma posse dos
veículos. Esse desenvolvimento varia conforme o nível evolutivo do Ego. Ele deve
desenvolver com mais plenitude a autoconsciência e, caso esteja progredindo
normalmente, expressar-se com mais propriedade através de seus veículos.

Em cada ciclo menor de vida, dentro do grande ciclo do Ego, completa-se cada vez
mais essa expressão, os corpos são mais controlados e o Ego passa a se realizar com
mais consciência, até que chega uma sucessão culminante de vidas, em que o Ego
domina rapidamente e assume total autoridade. A forma torna-se completamente
adequada, dá-se a plena fusão dos dois polos, Espírito e matéria e a luz (fogo solar) e o
calor (irradiação do fogo por fricção) são vistos e sentidos em todo o ambiente.

Durante o grande ciclo do Ego, há vários ciclos de maior e menor importância, ou seja,
ciclos de sucessão de encarnações em que o avanço é maior e ciclos em cujas
encarnações a velocidade ou taxa de evolução é menor.

Quando ocorre a fusão do Espírito com a matéria, melhor dizendo, quando ocorre a
fusão do Ego com a personalidade na terceira Iniciação, a adequação da forma às
necessidades do Ego é perfeita, todavia o Ego é a manifestação da Mônada (Espírito)
no plano causal, que é matéria, superior sim, mas matéria, para Ela. Isso quer dizer que
essa fusão Espírito/matéria nessa etapa é relativa, sendo necessária outra fusão em
nível mais elevado. Na Iniciação seguinte, a quarta, o Ego consegue a liberação da roda
de encarnações, fcando totalmente livre dos planos físico, astral e mental.

Aí a Mônada abandona a forma inferior ou a conserva, uma vez que Ela mantém a
Tríade Inferior, que é a base dos veículos inferiores, quando quer realizar um trabalho

293
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
específco consciente junto à humanidade encarnada.

Na quarta Iniciação os três fogos, elétrico, solar e por fricção sintonizam-se


perfeitamente e percebe-se com toda a clareza o esplendor e a glória do fogo solar.

Elevemos esses fatos desde o homem, como unidade individualizada de consciência,


até os grandes Homens Celestiais, os Logos Planetários, em um de cujos corpos o
homem é uma célula. O corpo de expressão de cada Logos Planetário sagrado é um
planeta sagrado. Eles perseguem o mesmo objetivo que o homem, só que num nível
bem mais elevado. Na realidade, os Logos Planetários não sagrados, como o nosso,
também perseguem o mesmo objetivo, nesse caso tornarem-se sagrados, o que implica
uma Iniciação cósmica maior. Em termos do nosso Logos Planetário e da nossa
humanidade, a meta para a atual cadeia, a quarta, é que pelos menos 2/3 da
humanidade total (encarnada e desencarnada) recebam a quinta Iniciação, a da
Revelação, na qual o homem será um Adepto. Nessa Iniciação são revelados ao Iniciado
os sete caminhos, dos quais terá de escolher um na sexta Iniciação, da Decisão. Ele tem
o tempo entre elas para decidir, mas esse tempo não é muito longo. É por esses sete
caminhos, que na realidade são cursos, que ele verá a glória e as responsabilidades
que lhe estão reservadas.

Todos Eles querem obter em seus altos níveis a plena e total expressão de suas
consciências aperfeiçoadas através de seus veículos, os planetas, incluindo tanto o
reino humano neles evoluindo como os demais. Quando tal acontecer, haverá também a
fusão dos três fogos em espiral elevadíssima, a luz de cada um será vista e o calor
sentido em todo o Sistema Solar, ocorrendo uma intensa interação entre todos Eles,
com forte atração e união. Cosmicamente serão vistos como uma imensa esfera de
fogo, de cores nunca vistas nem imaginadas.

Subamos mais ainda, até incluir o Filho Maior e todo seu Sistema Solar. A sua meta é
também expressar plenamente sua Consciência aperfeiçoada através de todo seu
Sistema, incluindo os sete planos. Sua Luz e seu Calor devem ultrapassar os limites de
Seu "circulo não se passa", atingindo Sistemas Solares vizinhos e Seu Polo Cósmico
oposto, essa constelação que é o oposto magnético do nosso Sistema Solar.

No próximo estudo iremos estudar o objetivo das Unidades de Consciência, o homem,


o Homem Celestial e o Homem Cósmico.

294
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 066

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
-II - O que é a Evolução e como se desenvolve? - 2 - Objetivo das Unidades de
Consciência - 3 - Unidades de Consciência em Manifestação(Da página 210 à 213)

Veremos agora o objetivo das Unidades de Consciência. O que são unidades de


consciência? São todas as Mônadas em estado de individualização, como os homens,
em qualquer esquema, Iniciados de qualquer nível, os Logos Planetários, o Logos Solar
e Maiores. Todos são centros de consciência, em seus respectivos campos de evolução.

2. Objetivo das Unidades de Consciência


Em todo o plano evolutivo está presente a ideia de fusão e união. Por isso todos Eles
têm por meta:

a. fazer seu calor ultrapassar seu "escudo não se passa"

b. resplandecer sob o ponto de vista esotérico, ou seja, pelo seu vigor interior e
demonstrando sua luz ou objetividade ígnea, o que signifca irradiar seus fogos
elétrico, solar e por fricção;

c. expandir-se até abranger o que está além de sua esfera imediata;

d. fundir e sintetizar os fogos elétrico e por fricção, para produzir o fogo solar com
perfeição;

e. aperfeiçoar o corpo, para que ele expresse com fdelidade o Espírito;

f. fundir ou sintonizar a essência de sua própria forma, qualifcada segundo a Ciência


Divina (o Plano Divino), com as essências de todas as formas - nas esferas humana,
planetária e cósmica;

g. conseguir a maturidade, como homem, como Logos Planetário e Logos Solar;

h. dominar os três planos inferiores, físico, astral e mental, no que respeita ao


homem;

i. dominar os cinco planos, do físico ao átmico, no que respeita ao Homem Celestial;

j. dominar os três planos cósmicos, físico, astral e mental, no que toca ao Filho Maior
ou o Logos Solar. Essas três áreas de domínio referem-se à situação de encarnado,
ou seja, o homem encarnado em seu corpo físico, o Homem Celestial encarnado num

295
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planeta físico, com sua consciência física no plano búdico e o Logos Solar encarnado
num Sistema Solar, com sua consciência física no plano adi.
Podemos resumir tudo o que foi dito acima na expressão : "crescer continuamente,
através da luta e do esforço".

3. Unidades de Consciência em Manifestação


Se analisarmos profundamente os objetivos explicados acima, concluiremos que cada
unidade de consciência ocupa seu lugar no Plano Divino e que a palavra evolução no
contexto signifca desenvolvimento gradual, em tempo e espaço, da capacidade
inerente de um ser humano, um Homem Celestial e do Grande Homem dos Céus.
Devem ser considerados o lugar e a posição que cada um ocupa, em relação aos
outros, pois ninguém pode evoluir sem os demais, o que signifca a ação refexa do eu e
do não-eu, já explicada anteriormente.

Logo nós temos:

a. O Filho, o Grande Homem dos Céus. Expressa-se por meio do Sol (o Sistema
Solar), com os sete Planetas Sagrados, cada um personifcando um de seus sete
princípios, da mesma forma que Ele, como um Todo, personifca um princípio do
Logos Cósmico (no caso o Amor-Sabedoria-Razão Pura cósmicos).

b. Um Homem Celestial. Expressa-se por meio de um planeta (na realidade por meio
de um esquema de sete globos), sendo responsável por um princípio do Logos
Solar. Desenvolve-se igualmente através de sete princípios, fonte de sua unidade
essencial com os demais Homens Celestiais. Como o Grande Homem Celestial, o
Logos Solar, está desenvolvendo o princípio Amor-Sabedoria-Razão Pura, cada
princípio do Homem Celestial é um subprincípio daquele.Temos então, quanto ao
Homem Celestial a seguinte situação: Ele desenvolve em primeiro plano um
princípio subsidiário do Amor-Sabedoria-Razão Pura do Logos Solar e em segundo
plano Ele cultiva mais seis princípios subsidiários. Em outras palavras, se o Logos
Planetário é responsável pela qualidade Vontade (primeiro raio), Ele manifesta
Amor voluntarioso, se for a Inteligência Ativa (terceiro raio), a manifestação será de
Amor Inteligente Ativo, se for Amor, então a manifestação será Amor Puro e assim
com os demais princípios. Sempre sobressairá o princípio do Logos Solar.

c. Um Ser Humano. Também se expressa por meio de uma forma, no plano físico,
possuindo sete princípios e se esforça para desenvolvê-los em cada ciclo de vida.
Tem sete chacras ou centros, que expressam os sete princípios, todavia tem uma

296
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vibração fundamental, que depende do princípio que seu Logos Planetário está
manifestando.
Assim temos:

O Logos Solar

Pai - Espírito (Mônada Solar) Mãe (Matéria)

Geram o Filho ou o Grande Homem dos Céus, o Ego Logoico autoconsciente, que evolui
por meio de:

O Sol e os sete Planetas Sagrados, cada um personifcando:

Um princípio cósmico, com seis diferenciações, pelo método de:

1. Expansão, estímulo vibratório, interação magnética ou a lei de atração e repulsão.

2. Progressão cíclica, repetição rotatória, simultaneamente com ascensão em espiral


e desenvolvendo:
a. a qualidade Amor-Sabedoria-Razão Pura, utilizando a forma por meio da
Inteligência Ativa (a Mente);
b. plena autoconsciência;
c. um perfeito Sistema Solar, adequado às necessidades da Mônada imanente.
A mesma metodologia classifcatória pode ser empregada para demonstrar a
semelhança do processo no caso do Homem Celestial e do ser humano.

Vejamos no caso do homem:

Mônad - matéria
--
a - causal
gera
m
Ego ou Alma (o Filho)
trabalha com
os três corpos inferiores, físico, astral e mental, cada um com sete chacras, cada um
personifcando um princípio e tendo seis diferenciações desse princípio, totalizando
sete. Trabalha da seguinte forma:

1. procurando expandir a consciência, buscando o conhecimento de tudo,


intensifcando conscientemente sua frequência vibratória e, relacionando-se com o

297
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
não-eu, exercita a Lei de atração e repulsão;

2. procurando sempre crescer e subir, vive a Lei de Progressão cíclica, pratica a


repetição rotatória, ou seja, repete experiências para consolidar as qualidades
resultantes e fortifcando-as, ascendendo assim em espiral de raio cada vez maior (as
encarnações). Ao fazer tudo isso, desenvolve:

a. o Amor-Sabedoria-Razão Pura, servindo-se da forma e empregando a Inteligência


Ativa, ou seja, age inteligentemente, buscando sempre entender e não às cegas;

b. a plena autoconsciência, pela sua expansão contínua, que passa a ser sua
característica, no esforço de tudo analisar para compreender, o que quer dizer, no
uso constante da mente analítica, no princípio usando a concreta, ideias com
formas, com o tempo, dependendo de sua velocidade de atividade mental (taxa
mental), utilizando apenas a mente abstrata, trabalhando somente com ideias e
conceitos sem formas e vendo as relações existentes entre os conceitos e ideias,
desse modo. Com isso aproxima-se rapidamente (novamente dependendo de sua
taxa mental) da ativação de seu corpo búdico, em particular da verdadeira intuição
(sentido do corpo búdico análogo ao paladar do corpo físico);

c. veículos perfeitos para as necessidades de manifestação e exteriorização da sua


Mônada.
Continuaremos a seguir, quando faremos uma análise dos esquemas planetários,
dentro desse tema e entraremos na pergunta III - Porque o Sistema Solar evolui como
dualidade?

Estudo 067

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- II - O que é a Evolução e como se desenvolve? - 3 - Unidades de Consciência em
Manifestação (fnal) - III - Porque o Sistema evolui como Dualidade? - 1 - O Problema da
Existência (início) (Da página 213 à 216)

No estudo anterior aplicamos ao homem a classifcação usada pelo Mestre Tibetano


para a manifestação das Unidades de Consciência, o que somos realmente.

Falemos agora um pouco dos Logos Planetários, dentro desse prisma. Todos as

298
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mônadas em evolução no atual Sistema Solar estão sob a tutela de um Logos
Planetário. No nosso caso, nosso Logos é o do esquema da Terra, que no momento está
se manifestando pelo planeta Terra, tendo mais seis globos de matéria sutil dentro do
seu esquema, na atual quarta cadeia.

O Mestre pergunta porque existem dez esquemas e em consequência, dez planetas,


sendo sete sagrados e três ocultos e diz que a resposta dada será que os sete planetas
sagrados oportunamente se fundem em três e fnalmente os três em um.

É evidente essa resposta tem analogia com os sete raios. Esses sete raios na
manifestação são distintos, porém com o tempo se sintetizam. Os quatro menores
fundem-se no terceiro e fnalmente os três maiores no sintético, o primeiro, que é um
sub-raio do segundo, Amor-Sabedoria-Razão Pura, chamado o Dragão de Sabedoria, a
serpente oculta mordendo sua cauda, como diz H.P. Blavatsky, sendo essa a meta do
nosso Logos Solar.

Temos pois três raios principais ou maiores, mas são vistos sete durante o processo
evolutivo.

Quanto aos Homens Celestiais que atuam por meio de planetas, temos portanto três
planetas sintetizadores e quatro, que oportunamente se fundem, até que os três
tenham absorvido a essência dos quatro. Finalmente um absorve a essência dos três,
completando-se assim o trabalho. Esse assunto de síntese será melhor explicado mais
tarde.

Alertamos para a necessidade de discernir entre os planetas e os trabalhos de síntese.


É muito importante ter bem clara na mente essa distinção, para que certos detalhes
sejam bem entendidos. Quando falamos em total de planetas, estamos contando os
corpos de manifestação dos Logos Planetários. Quando nos referimos ao processo de
síntese e efetuamos a contagem, obviamente o total será diferente.

Isto ocorrerá dentro de milhões de anos, durante o inevitável período de gradual


obscurecimento do nosso Sistema Solar.

Quatro dos Homens Celestiais Sagrados encontrarão Seus polos magnéticos opostos e
se fundirão. Chamamos a atenção para o fato de que essa fusão de dois em um não
signifca que Eles percam a identidade. O que acontece é semelhante ao matrimônio
humano. Quando um homem se une a uma mulher pelo casamento, inicia-se uma
família, mas os dois continuam indivíduos distintos, unidos pela afnidade e sintonia.
Inicialmente fa-lo-ão entre Si, fundindo-se os Raios negativo e positivo, transformando-

299
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
se os quatro em dois. Por positivo e negativo queremos dizer a polaridade do Logos
Planetário. Por exemplo o Logos de Vênus é de polaridade feminina, portanto negativa,
sendo seu polo positivo ou masculino o nosso Logos Planetário. Quando os Dois se
unirem no Divino Matrimônio, serão dois em um. Nesse processo, as qualidades de
ambos se intercambiam, porque um aprende com o outro, dando-se assim a síntese.
Portanto no fnal, quando todos os Logos estiverem unidos, teremos em manifestação
um só Raio dominante e glorioso, manifestando-se através de todos os Logos
Planetários, porque terão alcançado uma perfeita sintonia, pela síntese de dois em um,
quando quatro se manifestam como dois, depois esses dois sintetizados sintetizam-se
em um, esse um sintetiza-se no Raio maior de Inteligência Ativa - que na nossa
Hierarquia Planetária é representado pelo Mahachoan.

A fusão e síntese continuarão até ser conseguida a unidade do Sistema e o Filho tenha
realizado seu propósito, Amor-Sabedoria-Razão Pura perfeitos. Sua Luz resplandecerá
cosmicamente. Seu raio magnético tocará a periferia de seu Oposto Cósmico,
consumando-se o Matrimônio do Filho e as duas Unidades Cósmicas de Consciência se
unem e se fundem.

A Unidade Cósmica que é o Oposto Solar por ora é um enigma, embora seja insinuada
na Doutrina Secreta, em: vol. II, chamada, 342, 201,112, vol. IV, 323, 183, 339-340,
118-119, vol. III, 391, 415-416, 342 e em outros livros sagrados.

Uma insinuação velada encontra-se na relação existente entre as Plêiades e a Terra.


Quando a precessão dos equinócios avançar mais, ou seja, quando o Sol chegar a uma
certa posição em seu giro dentro do zodíaco, perceber-se-á claramente a exata relação
existente.

Esclareçamos um pouco o que foi dito sobre os dez esquemas. No livro Astrologia
Esotérica, Mestre Tibetano cita sete planetas sagrados e cinco não sagrados, sendo o
nosso não sagrado. totalizando doze, existindo consequentemente doze Logos
Planetários, cada um com seu esquema de sete globos. Na época em que o Tratado
sobre Fogo Cósmico foi escrito, 1925, o planeta Plutão ainda não havia sido
descoberto, portanto era oculto, sendo conhecidos pela ciência da época os seguintes:
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urânio e Netuno, num total de oito.
Vulcano era e ainda é desconhecido pela ciência, embora o astrônomo francês Urbain
Jean Joseph Leverrier tenha previsto a existência de Vulcano entre Mercúrio e o Sol,
de acordo com o que o Mestre Tibetano diz. Leverrier previu e existência de Netuno em
1846, através de cálculos baseados nas irregularidades da órbita de Urano. Existe uma

300
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
perturbação na órbita de Mercúrio, chamada precessão do periélio de Mercúrio, que
pode ser causada pela presença de Vulcano. Portanto não há nenhuma contradição nas
palavras do Mestre, quando levamos em consideração o que explanamos acima com
referência à distinção entre planetas e o trabalho de síntese.

Atualmente são nove planetas reconhecidos pela ciência. Com Vulcano, Sedna,
descoberto recentemente e Quíron, ainda não descoberto pela ciência, o total chega a
doze.

Esse trabalho de síntese dos raios em um só, cada Mônada encarnada, o homem,
deverá fazer também. O processo de nascer, em cada encarnação, sob um signo do
zodíaco, objetiva despertar as qualidades dos raios, para que o homem gradativamente
as vá assimilando, tornando-as propriedades suas e, no fnal, consiga sintetizá-las num
raio único. Mesmo havendo diferenciações entre as diversas unidades de consciência
humanas, no fnal todas deverão expressar com maior ênfase o raio sintético, primeiro
sub-raio do Amor-Sabedoria-Razão Pura. É lógico que algumas unidades terão êxito
rapidamente, muito antes da maioria, no atual período global, porém serão bem
poucas. Muitas fracassarão nesta quarta cadeia. Mas terão oportunidade na próxima,
embora com maiores exigências.

Aqui encerramos a pergunta II.

III - Porque o Sistema evolui como Dualidade?

1 - O Problema da Existência
Esta pergunta é uma das mais difíceis e complexas da metafísica e sua resposta
envolve todo o grande mistério da razão da existência e da objetividade.

"Por qual razão DEUS criou ou se transformou, sem deixar de ser ELE MESMO? Porque
nos impõe a existência?", são perguntas feitas em muitíssimas ocasiões pelos homens
de todas as escolas de pensamento, pelos religiosos e pelos cientistas em busca para
achar a verdade fnal e em seu esforço para descobrir e entender o motivo de todo o
mundo visível e obter a explicação da vida sensória; pelos flósofos, ao buscarem o que
anima a subjetividade. Essa pergunta também foi expressa por todas as civilizações e
todo o tipo de pessoa por meio das ciências morais e da ética; pelos biólogos, em seu
empenho persistente para descobrir a fonte da vida e em seu ansioso esforço para
explicar o princípio dela, que sempre escapa de suas investigações; pelos matemáticos
que, ao considerarem o aspecto forma da manifestação nas distintas áreas da
matemática, concluem que DEUS geometriza, que a lei e a medida regem todo o

301
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
universo e que o uno existe por meio dos muitos, sendo prova disso a busca incessante
dos cientistas da energia única que engloba todas as demais, porém, apesar de tudo,
são incapazes de resolver o problema com respeito a quem pode ser essa Entidade
geometrizadora.

O problema persiste e todos os caminhos de aproximação para achar uma solução


terminam no beco sem saída das hipóteses e no reconhecimento de algo último, tão
evasivo que os homens vêm-se forçados aparentemente a reconhecerem que existe
uma fonte de energia, de vida, de inteligência, à qual dão distintos nomes, de acordo
com a tendência de suas mentes, religiosas, cientistas ou flosófcas: Deus, Mente
Universal, Energia, Força, o Absoluto, o Desconhecido. Estes e muitos outros termos
são os pronunciados por aqueles que, por meio do aspecto forma, procuram o
Morador da forma que não puderam achar ainda.

Esse fracasso se deve às limitações do cérebro físico e à falta de desenvolvimento do


mecanismo pelo qual se pode conhecer o espiritual e oportunamente estabelecer
contacto com o Morador.

O problema da dualidade é o problema da existência mesma e não pode resolvê-lo


quem se negue a reconhecer a possibilidade de dois fatos esotéricos:

1 - Que o Sistema Solar personifca a consciência de uma Entidade, cuja origem está
fora do "círculo não se passa" solar.

2 - Que a manifestação é periódica e a lei de Renascimento o método evolutivo do


homem, do Logos Planetário e do Logos Solar. Daí a ênfase posta no prólogo da
Doutrina Secreta sobre os três seguintes fundamentos:

a - O Princípio Imutável e Ilimitado.


b - A Periodicidade do Universo.
c - A Identifcação de todas as Almas com a Superalma.
Assim que os cientistas reconheçam os dois fatos mencionados, suas explicações terão
um sentido diferente e a verdade, tal qual é, começará a iluminar sua razão. Poucos
homens estão preparados para receber a iluminação, que simplesmente é a luz da
intuição que derruba as barreiras erigidas pela faculdade de raciocinar. Com o tempo
reconhecer-se-á que a dualidade do Sistema Solar depende dos seguintes fatores:

a - Da própria existência.
b - Do tempo e do espaço.

302
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
c - Da qualidade desejo ou necessidade.
d - Da faculdade aquisitiva inerente à vida mesma. Essa faculdade, por meio do
movimento, reúne em si o material com que satisfaz seu desejo, construindo a
forma mediante a qual trata de se expressar, confnando-se ela mesma dentro da
prisão do envoltório, para adquirir experiência. Em resumo são as três Leis
fundamentais: da rotação, da espiral cíclica e da progressão.
É correta a suposição de que esta teoria admite uma poderosa Inteligência, que age de
acordo com um plano ordenado, conscientemente toma forma e encarna, com o
objetivo de cumprir seu próprio propósito específco. Esta hipótese constitui por si só
o fato fundamental que subjaz nos ensinamentos orientais e geralmente é aceito pelos
pensadores de todas as escolas de pensamento do mundo, embora o expressem e
percebam de diferentes maneiras. Tudo o que foi dito acima é apenas uma
apresentação parcial da Ideia real, porém, devido às limitações do homem na atual
etapa de evolução, é sufciente como base prática sobre a qual se pode erigir o templo
da verdade. Vemos que é necessária muita capacidade de pensamento abstrato e
conceitual, ou seja, mente abstrata.

Esta Entidade, denominada Logos Solar, em hipótese alguma é o Deus pessoal dos
cristãos, o qual é, nem mais nem menos que o próprio homem, que se expandiu até se
transformar num ser de enorme poder, sujeito às virtudes e vícios próprios dele. O
Logos Solar é muito mais que o homem, pois é a soma de todas as evoluções dentro do
Sistema Solar, incluindo a humana, que se encontra no ponto médio com referência às
demais evoluções.

De um lado alinham-se as hostes de seres que são mais que humanos, os quais em
kalpas (períodos) passados alcançaram e transpuseram a etapa em que se encontra
agora o homem. De outro lado encontram-se as hostes das evoluções sub-humanas, as
quais alcançarão em kalpas futuros a etapa da humanidade atual. O homem acha-se no
meio de ambas e no ponto de equilíbrio, residindo aí seu problema. Não participa
totalmente do aspecto material da evolução nem é a pressão total do Terceiro Logos, o
aspecto Brahma da Divindade, essa expressão da energia pura ou inteligência que
anima esse algo tênue denominado substância.

Mas o homem também não é totalmente Espírito, a expressão do Primeiro Logos, o


aspecto Mahadeva, uma expressão da vontade pura ou o necessário desejo que impele
à manifestação. Constitui a causa primordial e fundamental ou a grande vontade de
ser. É o produto da união de ambos e também o lugar de reunião da matéria ou
substância inteligente ativa com o Espírito ou vontade fundamental. É o flho nascido

303
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desse matrimônio ou união. Entra na objetividade para expressar aquilo que está
localizado entre os dois opostos, acrescido do resultado da fusão de ambos dentro de
si mesmo.

Com as explicações dadas anteriormente, torna-se fácil entender o que foi dito acima.
A evolução é um contínuo transformar-se para melhor e para mais alto. Para tal, mister
se faz viver intensamente. Mas esse viver intensamente não é o que maioria imagina,
mas sim buscar incessantemente o conhecimento, aplicando-o constantemente,
intensifcar as emoções sadias, usando a mente, ou seja, sabendo o que está sentindo,
para não se deixar dominar pelas más emoções, usar muito os sentidos, todos eles, em
particular o tato e seus derivados, o paladar e o olfato, mais esse. Não confundir usar o
paladar com ceder à gula. Usar o paladar é prestar atenção ao sabor dos alimentos e
do que é ingerido. Em suma, colocar a mente em todos os sentidos e de forma
constante no dia a dia. Usar a mente analítica em todos os momentos, procurando
conclusões e ilações. Extrair conceitos e ideias de tudo, esforçando-se para
correlacionar esses conceitos e ideias, evitando usar mentalmente palavras,
trabalhando somente com a parte abstrata. Procurar servir dentro do próprio alcance
e da própria capacidade, com desapego, sem visar recompensa. Quanto maior o
conhecimento e entendimento do funcionamento do universo, mais depressa irá a
evolução e mais cedo o Portal Iniciático será alcançado. O conhecimento do
funcionamento do universo abrirá os olhos para a importância do serviço, entre
muitíssimas outras coisas. Será realmente expressar budi através de manas. Que todos
ponham mãos a obra. Não pode ser esquecido que no prosseguimento do estudo do
Tratado sobre Fogo Cósmico uma avalanche de conhecimentos de magna utilidade será
passada.

Continuaremos a seguir quando entraremos na consideração da natureza e dualidade


do Sistema Solar.

Estudo 068

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- III - Porque o Sistema Solar evolui como Dualidade? - 2 - Sua Natureza e Dualidade
(Páginas 216 e 217)

Analisemos a conjunção que gerou o Filho, sob o prisma da qualidade. Vontade casada

304
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com Inteligência Ativa dá nascimento ao chamado "Filho da necessidade", como diz
Blavatsky. Esse Filho expressa a inteligência, a vontade, que muitas vezes é desejo e,
com a fusão e sintonia de ambos, o amor-sabedoria-razão pura.

Vejamos agora essa conjunção sob o ponto de vista de Fogo. O fogo por fricção, que
foi relativamente aperfeiçoado pelo Logos Solar no Sistema Solar anterior ao atual, sua
anterior encarnação, resultou da interação da Mônada Solar (o Logos Solar verdadeiro,
assim como o homem verdadeiro é a Mônada humana) com a matéria, com forte
ênfase em elevar a Inteligência ao máximo possível. Como se pode ver, houve também
uma interação da Mônada com a matéria, só que o resultado foi o aperfeiçoamento do
Fogo por Fricção, sem ser dada ênfase ao relacionamento entre os dois. O que estava
em foco era fazer crescer ao máximo possível a Inteligência Ativa. A matéria tinha de
ser ativa o máximo possível e de forma inteligente.

Em Sistemas Solares bem anteriores, nosso Logos expressou e desenvolveu as


qualidades do sétimo raio, organização, do sexto, devoção, do quinto, mente concreta e
do quarto, harmonia pelo confito. Tudo isso na matéria, pois os quatro raios menores
são derivados do terceiro, da matéria.

No último Sistema Ele dedicou-se a aperfeiçoar todas as qualidades anteriores


conjuntamente, buscando a perfeita sintonia e síntese delas, uma vez que o trabalho
tinha sido feito isoladamente, cada qualidade por vez. Portanto sempre houve a
interação entre a Mônada e a matéria, mas com objetivos e enfoques diferentes. O
homem passa pelo mesmo processo, ao encarnar sucessivamente sob os doze signos
do zodíaco, que são doze atualmente.

No atual Sistema, o fogo por fricção, já sintetizado no terceiro aspecto ou terceiro raio
e aperfeiçoado, é posto em atividade, após o pralaya intersistêmico e fulge com toda a
sua glória, para ser o instrumento de desenvolvimento e aperfeiçoamento de uma nova
qualidade, Amor-Sabedoria-Razão Pura, que, como o próprio nome diz, requer dois para
existir ou seja, a relação. O Logos cede ao seu desejo de perfeição e encarna. Esse
desejo tem uma origem exterior ao Logos.

O fogo por fricção produz calor irradiante, que afeta a Mônada (é lógico que há um
mecanismo para levar esse calor até Ela, ou seja, o mecanismo da irradiação) e Ela
reage, através de seu fogo elétrico. Isso é o raio atravessando a matéria,
simbolicamente falando, pois a ação do fogo elétrico é sempre para frente.

Essa ação recíproca, fogo por fricção afetando a Mônada e o fogo elétrico dessa
reagindo sobre a matéria e seu fogo por fricção, é que constitui o fogo solar, o Filho, o

305
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fruto do Divino Matrimônio, que se observa em toda a Natureza. Essa relação
recíproca, que se expressa pelo fogo solar, tem de crescer, aprofundar-se, aperfeiçoar-
se e alcançar a sintonia perfeita com os fogos elétrico e por fricção. Com isso os três
crescem, como o flho que numa família contribui para a evolução e amadurecimento
do pai e da mãe. O objetivo é que essa relação se transforme em Amor-Sabedoria-
Razão Pura perfeitos, em todos os níveis, no homem, nos Logos Planetários e no Logos
Solar. Outros Logos Solares podem ter outros objetivos, assim como o Nosso no
próximo Sistema objetivará fazer crescer ao máximo sua Vontade, o que signifca
crescer ao máximo a Mônada Solar, já então com o Amor-Sabedoria-Razão Pura e a
Inteligência Ativa agigantadas cosmicamente.

Termina aí a evolução? NÃO. Um objetivo foi conquistado (tudo é conquista, para


desagrado dos religiosos devotos, que vivem esperando serem salvos por alguém, se
se esforçarem). Um novo objetivo surge, com um novo desafo, num nível bem mais
elevado, para todos, homens e Logos.

O homem tende a ser um Logos Planetário ou a um cargo no mesmo nível, o Logos


Planetário tende a ser Logos Solar ou a cargo de mesmo nível, o Logos Solar tende a
ser Logos Cósmico ou a exercer uma função de mesmo nível, dentro da Economia e
Administração cósmicas. O Logos Cósmico terá de lutar e trabalhar para ser
Parabrahma Cósmico e assim prossegue ao INFINITO. Em resumo, a GLÓRIA a ser
conquistada é INFINITA.

Mestre Tibetano diz na página 217 do Tratado: "O Fogo elétrico ou Espírito, unido ao
fogo por fricção, calor, produz fogo solar ou luz." Em termos materiais vemos isso todo
dia, quando acendemos uma lâmpada: a corrente elétrica (fogo por fricção/elétrico), ao
atravessar o flamento de tungstênio (fogo por fricção/por fricção), produz a luz física
(fogo por fricção/solar), que é a sucessão de campos elétricos e magnéticos em ângulo
de noventa graus (pela Física), contendo portanto fogos elétrico e solar unidos. Nesse
processo físico uma parte do fogo por fricção/por fricção se irradia como calor. É a
Lei: assim como é em cima, é em baixo, com as devidas diferenciações, é óbvio.

Concluímos que pela observação atenta, cuidadosa e inteligente da Natureza e seus


fenômenos no dia a dia, podemos ver e entender toda a Sabedoria Oculta em operação
e desse conhecimento tirar partido, não só acelerando a própria evolução, como
adquirindo melhor saúde.

Esse acréscimo de uma nova qualidade, Amor-Sabedoria-Razão Pura, à conquistada


anteriormente, quando o Logos se encarna novamente, utilizando a Inteligência Ativa

306
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aperfeiçoada, expressa-se inicialmente como capacidade de entender e amar o
objetivo, o não-eu, para posteriormente utilizar a forma com sabedoria.

A vontade pura atualmente é mera abstração e só será levada a pleno desenvolvimento


no próximo Sistema Solar. As outras duas qualidades, amor-sabedoria-razão pura e
inteligência ativa não são abstrações, mas fatos reais, todavia a inteligência ativa é a
mais em evidência, estando a outra em desenvolvimento e só irá emparelhar com a
inteligência no fnal da atual encarnação do Logos, ou seja, pouco antes de sua "morte
física cósmica" e nós, Mônadas Humanas (as que atingirem as diversas metas), iremos
participar da glória dessa vitória do Logos. As Mônadas humanas fracassadas terão de
recuperar o tempo perdido no próximo Sistema, o que em termos práticos quer dizer o
seguinte: atualmente 35 bilhões de Mônadas humanas estão no segundo raio, portanto
em dia, 20 bilhões no terceiro raio, as fracassadas do sistema anterior e 5 bilhões no
primeiro raio, adiantadas. Pouco antes do desencarne do Logos, as Mônadas de
sucesso deverão estar no segundo raio aperfeiçoado, para no próximo renascimento
físico do Logos Elas iniciarem o trabalho evolutivo no primeiro raio. As Mônadas
atualmente no primeiro raio irão também evoluir no próximo Sistema, porque as
condições e experiências que terão de vivenciar serão bem diferentes das atuais,
considerando todos os planos cósmicos.

Tudo o que foi dito acima já era conhecido, todavia foi repetido para enfatizar e realçar
a necessidade de se olhar esse processo de evolução, que se traduz na prática como o
Plano Divino (um conjunto de metas para atingir o objetivo do Logos), sob o ponto de
vista das grandes Entidades e não apenas do homem.

"A evolução humana é essa evolução, em que o aspecto Filho tem de se expressar com
a máxima perfeição nesta atual encarnação física cósmica do Logos Solar." O homem
tem de unir, fundir e sintonizar os dois opostos, Mônada e matéria, fogo elétrico e fogo
por fricção, o que signifca que ele, por ser fogo solar por excelência, ao desenvolver
em si mesmo a fusão dos outros dois, será a expressão dos três. O homem será, no
fnal do grande ciclo do Logos, a manifestação perfeita, sincronizada e sintonizada dos
três fogos, elétrico, solar e por fricção, em outras palavras, a matéria capacitada para
ser o templo da Mônada.

No fnal deste item 2 Mestre Tibetano tece alguns comentários sobre o processo de
expressão da consciência do Logos Solar através dos Logos Planetários e das
humanidades evoluindo nos diversos esquemas. Esses comentários requerem
explicações mais detalhadas, para serem devidamente entendidos e visualizados.

307
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 069

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- III - Porque o Sistema Solar evolui como Dualidade? - 2- Sua Natureza e Dualidade
(Final) (Páginas 217 e 218)

Detalhemos um pouco o processo de expressão da autoconsciência do Logos Solar, o


Filho Cósmico, através da humanidade. O homem é a melhor expressão do princípio
manásico ou mente e, desde um ponto de vista muito especial, dirige a obra de Brahma
ou Inteligência Ativa, porque a humanidade faz parte da consciência do Logos
Planetário, que faz parte da consciência do Logos Solar. A humanidade como um todo
constitui o centro laríngeo do Logos Planetário. A autoconsciência do Logos Solar se
expressa pelas autoconsciências dos Logos Planetários. Cada ser humano, conforme
sua evolução, tem uma função no centro laríngeo do Logos Planetário. Os Iniciados
passam a atuar no centro cardíaco do Logos. Quando entram na Câmara do Concílio de
Shamballa atuam no centro coronário.

Na fgura abaixo procuramos visualizar essas linhas de consciências, ou seja, a difusão


da Autoconsciência do Logos Solar:

O Logos Solar

Autoconsciência do
Logos Solar
Os 7 Logos Planetários
Sagrados
Autoconsciência do
Logos

As humanidades

Os 5 Logos Planetários não


Sagrados

308
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Autoconsciência do Logos

As humanidades
SANAT KUMARA, o Senhor do Mundo para o atual período global, é a consciência
encarnada fsicamente na Terra do Logos Planetário. É dele que é dito que não cai uma
folha sem que o Pai saiba. Tudo o que ocorre na Terra está dentro de Sua Consciência.
Todavia Ele tem o direito do Divino Isolamento, ou seja, Ele toma conhecimento de tudo,
mas não é afetado. Ele foi escolhido há dezoito milhões de anos, quando o Logos
decidiu encarnar fsicamente. Como Ele não podia assumir forma física humana
pessoalmente, manifestou esse seu desejo e logo vários candidatos se apresentaram e
SANATKUMARA foi o escolhido. É proveniente do esquema de Vênus, o mais adiantado
e em vias de pralaya ou abstração. Por isso o homem faz parte da consciência do
Logos.

O homem é o aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão Pura em desenvolvimento por


meio da inteligência ativa, em seu nível, impulsionado pelo aspecto Vontade ou Shiva.

Daí o homem ser muito importante, porque é o ponto de união dos três aspectos,
todavia não o é, sob o ponto de vista maior do triângulo, ou seja, ele é o ponto médio
do triângulo, mas não o vértice mais elevado, o aspecto Espírito ou Pai, sendo apenas o
Filho, quando olhamos a Trindade:

Espírito-Pai
O Filho ou o
homem
Matéria-Mãe
Quando o homem, na quarta Iniciação, passa a viver, atuar e trabalhar com a matéria
búdica, ele participa ativamente do funcionamento dos chacras laríngeo e cardíaco do
Logos, porque sua consciência física está nas matérias búdica e acima. É por isso que
todos devem acelerar a própria evolução.

Para o Grande Ser maior que nosso Logos Solar, AQUELE DE QUEM NADA SE PODE
DIZER (o Logos Cósmico do Qual nosso Logos Solar com mais seis Sagrados são
centros), a evolução do nosso Logos Solar, o Grande Filho, o Cristo Cósmico (porque
Ele representa o Amor-Sabedoria-Razão Pura Cósmicos) é muito importante.

As Grandes Entidades Cósmicas, que se manifestam fsicamente pelas constelações e


estrelas ligadas, observam com muita atenção a evolução do nosso Logos.

Da mesma forma que a Terra é o campo de batalha entre o Espírito e a matéria dentro

309
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do Sistema Solar e por isso de grande importância, igualmente nosso Logos Solar, o
Divino Arjuna, luta para aperfeiçoar sua autoconsciência e tornar-se independente da
forma e do não-eu cósmicos, sendo por isso muito importante cosmicamente.

Na Terra o homem batalha para conseguir a mesma coisa, em escala menor. Nos Céus,
dizemos simbolicamente, Miguel e seus Anjos ou os divinos Homens Celestiais travam a
Divina Pugna para os mesmos objetivos, em escala muito mais elevada.

Concluindo e resumindo, a dualidade e a sua interação produzem:

a. a objetividade, o Filho ou o Sol manifestado;


b. a própria evolução;
c. o desenvolvimento da qualidade;
d. o tempo e o espaço, que surgem pelo referencial.
Essas perguntas contêm aspectos fundamentais da manifestação, quando ela é
contemplada do ponto de vista subjetivo ou psíquico.

Encerramos aqui a pergunta III. Iniciaremos a seguir o estudo da pergunta IV: O que é a
Consciência? Que lugar ocupa no atual esquema das coisas? - Esse assunto é de
fundamental importância, porque o homem é essencialmente um Pensador e a
consciência é o resultado da ação de pensar, portanto entendendo o que é a
consciência, todos adquirirão conhecimentos dos objetivos do processo evolutivo no
atual Sistema Solar e assim terão mais estímulo e motivação para acelerar esse
processo, na luta pela conquista da meta da nossa cadeia, a quinta Iniciação, da
Revelação. Com os conhecimentos que serão passados no decorrer do estudo do
Tratado (falta muita coisa), essa motivação crescerá exponencialmente, temos a
certeza, uma vez que, tendo a visão clara do processo evolutivo, não haverá nunca
mais hesitação, por não haver mais dúvida.

Estudo 070

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IV - O que é a Consciência? Que lugar ocupa no atual esquema das coisas? (Páginas
218, 219 e 220)

A consciência pode ser defnida como o resultado da captação. O homem tem cinco
mecanismos de percepção, os sentidos (jnanaindriyas) e cinco de ação (carmaindriyas).

310
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Pelos sentidos ele capta o que acontece em seu exterior, o não-eu. Pelos mecanismos
de ação ele atua no seu exterior. Mas ele também percebe o que está fazendo, quando
usa seus mecanismos de ação, melhor dizendo, ele capta o que está fazendo, embora
sem sempre tenha noção de sua ação, sob o ponto de vista do correto e justo. Quando
ele toma conhecimento de sua ação, está se relacionando com seus veículos, logo
esses constituem também o não-eu, uma vez que a consciência está além dos veículos,
apesar de depender do cérebro físico, que faz parte do corpo.

Portanto existe o Pensador e o pensado, o Conhecedor e o conhecido, o que sugere o


conceito de dualidade, o objetivo e o que está atrás do objetivo.

Quando se olha a consciência do ponto de vista da manifestação, conclui-se que ela é o


ponto médio desse processo. Não se fxa totalmente no Espírito, nem na matéria, mas
prende-se ao Espírito por uma metade e à matéria pela outra, sendo pois o elo entre os
dois, provocando uma interação entre ambos e, pela ação e reação dos dois, dá-se a
adaptação, que é a evolução.

Temos na eletrônica um fenômeno bem análogo a isso. E a realimentação, que pode ser
positiva ou negativa. A fgura abaixo visualiza esse fenômeno:

A energia de entrada é amplifcada no amplifcador e uma parte dela amplifcada na


saída é enviada à entrada, aumentando a energia amplifcada, quando está em fase, ou
seja, a polaridade é a mesma da energia de entrada, chamando-se isto realimentação
positiva. Com isso o circuito pode entrar em oscilação.

Muitos já devem per presenciado a chamada microfonia, em sistemas de som, quando


ocorre aquele ruído desagradável, se o microfone fcar direcionado para o alto-falante.
O microfone é a entrada e o alto-falante a saída do amplifcador. Se o microfone estiver
orientado para o alto-falante, ele vai receber sua própria energia amplifcada e enviá-la
para o amplifcador, o que vai num crescendo até entrar em oscilação, que provoca o
ruído chamado microfonia.

Se considerarmos a Mônada ou Espírito, em qualquer situação (como Alma no corpo

311
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
causal ou como cérebro físico no homem encarnado), como a energia de entrada, os
mecanismos de ação como a saída da energia amplifcada (a energia de vida que anima
o corpo é a eletricidade do amplifcador) e os sentidos como o elo de realimentação,
teremos uma visão analógica do processo de evolução e da consciência. É óbvio que
estamos fazendo uma analogia e por isso há diferenças entre os dois sistemas, o
amplifcador com sua realimentação e o homem. O amplifcador não se limita a
amplifcar o sinal ou a energia de entrada, ele também processa esse sinal, o mesmo
acontecendo com a consciência do homem, que processa, ou seja, modifca o que nela
entra.

Quando a energia da Mônada chega ao cérebro físico, ela é adequada para se


manifestar no mundo físico e isso equivale à amplifcação. Quando o homem percebe
algo do mundo exterior ou que está ocorrendo em seus corpos, essa percepção é
consequência da energia da mente que fuiu de seu cérebro para o exterior (a atenção),
equivalendo então à energia de saída. Ao captar algo fora e retornar ao cérebro
(consciência), esse algo provoca uma reação, que pode aumentar a energia inicial (se
está na mesma polaridade ou em fase) ou reduzir (se está na polaridade oposta ou em
contrafase). Com isso temos de um lado um aumento da energia, que podemos ver
como uma determinada qualidade ou um vício e de outro uma diminuição, que pode ser
também uma qualidade ou um vício.

Quando o homem atua e age, o raciocínio é o mesmo. Sua ação é consequência da


energia de entrada da Mônada no cérebro físico, que leva à ação. A reação a essa
ação, quer vindo de outros quer de si mesmo, chega à entrada pelos sentidos e retorna
para a amplifcação. Com isso, no caso de a energia de realimentação estar em fase,
ocorre a oscilação, que leva ao crescimento. Podemos até encarar o processo de
reencarnação como uma oscilação, em que uma encarnação é um ciclo e a seguinte um
outro, que pode ter uma amplitude maior.

Encaremos agora todo esse processo sob o ponto de vista esotérico:

Polo positivo
Amplifcador ou o Sistema
ou Energia Polo negativo ou de saída
no qual ocorre a interação
de entrada (input)
Primeiro Logos, Segundo Logos, Vishnu, Amor- Terceiro Logos, Brahma,
Mahadeva Sabedoria Inteligência-
Vontade Razão Pura Ativa
Espírito Consciência Matéria

312
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Pai Ego ou Alma Personalidade


o Eu A relação entre O Não-Eu
o Conhecedor O Conhecimento O Conhecido
Vida Realização Forma
Muitas outras comparações podem ser feitas, para demonstrar o processo da
consciência na manifestação.

O que deve ser enfatizado é que o Sistema Solar personifca, durante a objetividade
evolutiva, a relação logoica acima explicada, ou seja, os três aspectos do Logos único
interagem, como se fossem três separados, para que a autoconsciência-logoica
consiga plena realização, completo conhecimento ativo e o máximo de expansão.

Embora neste atual Sistema Solar o objetivo é desenvolver o Filho, quando olhamos o
Logos como um Todo, entendemos que Ele, Filho, é objetiva ou exteriormente o Sistema
Solar, em essência é Vontade ou Poder e subjetiva ou interiormente é Amor-Sabedoria-
Razão Pura, que está sendo desenvolvido pela utilização máxima da Inteligência Ativa,
que é o próprio Sistema Solar.

A manifestação tríplice do Logos Solar, através dos chamados Três Logos, que estão
no plano Adi e têm sob suas responsabilidades grandes equipes de Seres elevados,
procura alcançar completo desenvolvimento nos três aspectos, embora o
desenvolvimento maior é o do segundo.

Os três Logos se interdependem. O primeiro Logos, Mahadeva, a Vontade, com a ajuda


do terceiro Logos, a Inteligência de Brahma, procura desenvolver o segundo Logos,
Vishnu, Amor-Sabedoria-Razão Pura. Não podemos esquecer que cada Logos é tríplice
e cada um, quando procura desenvolver seu segundo aspecto, utiliza os outros dois,
embora dando ênfase ao segundo. Com isso o segundo Logos é o benefciado, pois
sendo Ele preferencialmente Amor-Sabedoria-Razão Pura, os trabalhos dos outros dois,
com ênfase no segundo aspecto, geram condições em todo o Sistema para seu êxito.
No próximo Sistema, o benefciado será Mahadeva, o primeiro Logos.

O microcosmo, o homem, refexo do tríplice Logos, usando seus três corpos, busca
alcançar o mesmo desenvolvimento em seu nível.

Nos planos superiores os Homens Celestiais, servindo-se de atma-budi-manas,


esforçam-se para conseguir progresso similar. Os Homens Celestiais, sagrados e não
sagrados, juntamente com os entes de seus corpos, compostos de Mônadas Dévicas e
humanas, constituem em conjunto o corpo do grande Homem Celestial, o Logos Solar.

313
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando o homem se realiza e obtém êxito em sua luta pela meta proposta, os Homens
Celestiais também se realizam e logram seus êxitos, alcançando total conhecimento e
desenvolvimento e plena autoconsciência em todos os planos. Então o Filho, o Logos
Solar, realiza-se e obtém sua vitória fnal, conseguindo completo conhecimento e
desenvolvimento e total autoconsciência nos planos cósmicos, como também seu
Sistema, que é seu corpo de manifestação, do físico ao adi, serviu ao seu propósito,
expressando as qualidades previstas.
Então, porque seu corpo cósmico não é mais necessário, ele é abandonado e o Sistema
Solar deixa de existir, tornando-se o Logos Solar um Homem Cósmico livre.

Entra num período de descanso, para preparar sua futura encarnação cósmica, o
próximo Sistema Solar.

Vejamos essa evolução tríplice do Logos Solar, através dos três Sistemas Solares, dos
quais o nosso é o ponto médio, em conjugação com a evolução tríplice do microcosmo,
o homem, nesses três Sistemas:

O Macrocosmo, o Logos Solar


O primeiro Sistema Solar expressou o princípio "Eu sou".
O segundo Sistema manifesta o princípio "Eu sou esse".
O terceiro Sistema externará o princípio "Eu sou esse eu sou".
O microcosmo, o homem

A primeira manifestação, a Personalidade, expressa o princípio "Eu sou".


A segunda manifestação, o Ego, personifca o princípio "Eu sou Esse".
A terceira manifestação, a Mônada, externa o princípio "Eu sou Esse eu sou".

Embora essas três fases do homem ocorram em cada Sistema Solar, todavia em cada
um é dada ênfase a um princípio. Expliquemos melhor.

No primeiro Sistema, o Logos viveu o princípio "Eu sou", então o homem viveu as três
fases assim:

Personalid
"Eu sou/Eu sou"
ade
Ego "Eu sou/Eu sou Esse"
"Eu sou/Eu sou Esse eu
Mônada
sou"
Os princípios vividos pelo homem eram subprincípios do princípio maior "Eu sou", do

314
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Logos.

No atual Sistema, quando o Logos está vivendo o princípio "Eu sou esse", o homem
vive:

Personalid
"Eu sou esse/Eu sou"
ade
"Eu sou esse/Eu sou Esse
Mônada
eu sou"
Ego "Eu sou esse/Eu sou Esse"

No próximo Sistema o homem viverá:

Personalid
"Eu sou esse eu sou / Eu sou"
ade
"Eu sou esse eu sou / Eu sou
Ego
Esse"
"Eu sou esse eu sou / Eu sou Esse
Mônada
eu sou"
Esclareçamos esses princípios. O princípio "Eu sou" signifca o intenso egocentrismo e
a vida material, quando o interesse pelos outros é apenas no que eles possam ser úteis.
O "Eu sou Esse" signifca que já há preocupação desinteressada com os outros e a
visão deles como refexos de si.

O "Eu sou Esse eu sou" quer dizer que o homem já se identifca com os outros em
essência, ou seja, ele reconhece com toda a clareza que todos têm a mesma essência
espiritual e divina que ele.

A nossa linha de raciocínio utilizada nessas deduções é baseada no fato de que no


Sistema Solar anterior, o Logos concentrou-se em desenvolver seu terceiro aspecto, a
Inteligência Ativa, logo ela está relacionada com o princípio "Eu sou". No atual Sistema o
objetivo é o segundo aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura, logo ele está relacionado
com o princípio "Eu sou esse". No próximo o propósito será o primeiro aspecto,
Vontade, o que leva à conclusão de que ela está relacionada com o princípio "Eu sou
esse eu sou". Portanto todos os princípios do homem são subsidiários do princípio
dominante do Logos nos diversos Sistemas.

É muito útil e interessante que apliquemos esses conceitos ao Logos Solar e tiremos
nossas conclusões, em termos de consciência.

315
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Concluímos pelo acima dito que os três aspectos são dependentes entre si e se
necessitam mutuamente, demonstrando a unidade do Logos. No homem acontece o
mesmo.

No próximo estudo analisaremos a V pergunta:"Existe uma analogia direta entre um


Sistema, um Planeta, um homem e um átomo ?" Veremos então como a
afrmação:"Assim como é em cima, é embaixo", é bem verdadeira e nos permite
entender o modo de vida dessas excelsas Entidades, as quais um dia seremos. Esse
entendimento irá clarear em muito nosso caminho, o que dará a todos força para
prosseguir com mais vigor.

Estudo 071

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- V - Existe uma analogia direta entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo?
(Páginas 220, 221 e 222)

Ao entrarmos na quinta pergunta, que envolve analogia, necessário se faz tornar bem
clara uma coisa: a analogia não é semelhança exata, mas apresenta semelhanças de
funções e conceitos. Por isso, para se entender analogia, é condição sine qua non (sem
a qual não) ter grande capacidade de raciocínio abstrato, para extrair a ideia ou o
conceito fundamental das partes comparadas e suas relações. Os detalhes
operacionais das ideias são diferentes em quantidade, nível, funções em ação e
complexidade.

Demos um exemplo. Quando afrmamos que existe uma analogia entre um homem e um
animal em vias de ingressar no reino humano, queremos dizer que o animal tem a
mesma trindade que o homem: Espírito, consciência e corpo de expressão, sendo três
funções análogas, porém não idênticas. O animal tem Espírito atuando através de uma
Tríade Inferior incipiente, com pouca capacidade de ação ou função, enquanto que no
homem a Tríade é muito mais ativa e operante e suas funções muito mais amplas e em
nível mais elevado. O animal tem consciência, mas não autoconsciência, o que por si só
expõe nitidamente a diferença. O animal possui um corpo físico, capaz de exercer
efeitos físicos, com sentidos e mecanismos de ação como o homem. Todavia o corpo
do animal tem detalhes anatômicos e fsiológicos diferentes dos do homem.

Um Logos Planetário também tem Mônada ou Espírito, autoconsciência e corpo físico,

316
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como o homem. Contudo o nível e a complexidade dessas ideias ou funções são bem
diferentes. Portanto para saber usar a analogia, é imprescindível ter a habilidade de
perceber diferenças dentro de semelhanças. Essa habilidade só pode ser desenvolvida
com o exercício de cruzar informações, procurando ver os pontos em comum.

Quando descrevemos um fenômeno por meio de uma equação matemática, estamos


quantifcando os conceitos regentes do fenômeno. Futuramente o esoterismo será
expresso por meio de equações matemáticas, como também a astrologia, que
trabalhará com modelos probabilísticos, do tipo: y = f (x1, x2, x3, x4, ......., xn) + ε ,
sendo ε o termo de erro, y o resultado de um determinado prognóstico e f (x1, x2, x3,
x4, ......, xn) a função de n variáveis ou fatores que concorrem para o prognóstico. Mas
ainda falta muito, porque atualmente pouquíssimos conseguem enxergar assim e a
imensa maioria não aceita que DEUS usa a matemática ao construir seus universos, em
todos os níveis.

Comecemos o estudo dessas analogias com o átomo.

O átomo

O átomo físico primordial é uma esfera, que contém dentro de si mesma um núcleo de
vida.

O átomo físico contém dentro de si átomos de outro nível e diferenciados, que por sua
vez contêm dentro de si átomos de nível mais elevado e diferenciados, que por sua vez
contêm dentro de si átomos de nível mais elevado e diferenciados e assim
prosseguindo, até o plano arquetípico, totalizando quatorze bilhões de átomos
arquetípicos. Todavia esses quatorze bilhões manifestam-se como uno.

O átomo se distingue pela atividade, expressando as qualidades de:


- movimento giratório,
- poder discriminador,
- capacidade de desenvolvimento.

É dito que o átomo possui três espiras maiores e sete menores, que estão em processo
de vitalização, não tendo ainda conseguido plena atividade. Na etapa atual apenas
quatro estão ativas, estando a quinta em fase de desenvolvimento.

O átomo está regido pela Lei de Economia, está sendo lentamente governado pela Lei
de Atração e, com o tempo, estará sob o domínio da Lei de Síntese.

O átomo tem seu lugar em todas as formas e o conjunto de átomos produz a forma, na
sequência de moléculas, células, órgãos, sistemas e a forma completa.

317
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Um átomo responde aos seguintes estímulos externos:

estímulo elétrico, que afeta sua forma objetiva ou exterior, por exemplo a valência e
campos elétricos;

estímulo magnético ou de atração, que atua sobre sua vida subjetiva ou interior.

O efeito combinado de ambos esses estímulos leva ao consequente crescimento e


desenvolvimento internos.

Assim o átomo caracteriza-se por:

Sua forma esférica. Seu " círculo não se passa " é preciso e nítido.

Sua disposição interna abrange a esfera de infuência de qualquer átomo, ou seja, eles
se comunicam e interagem.

Sua atividade vital ou vitalidade ( a medida com que a vida de seu centro o anima ),
muito pequena na atual etapa.

Sua sétupla economia interna em processo de evolução. Essa sétupla economia interna
é a atividade das sete espirilas. Na realidade, como são dez espiras, a economia é
constituída de dez funções, tendo em vista a síntese fnal.

Sua eventual síntese interna das sete espiras em três.

Sua relação grupal, por exemplo, quando formam moléculas.

O desenvolvimento de sua consciência ou capacidade de resposta, quando por


exemplo tornam-se radioativos.

Vejamos quais conceitos ou ideias podemos extrair desses sete itens. No primeiro
temos o conceito de forma ou corpo de expressão. No segundo percebemos o conceito
de relacionamento. No terceiro captamos o conceito de capacidade de atuação. No
quarto detectamos a ideia de organização interna para atingir um objetivo. No quinto
vemos a ideia de processo de aperfeiçoamento e síntese. No sexto é o conceito de
trabalho grupal, utilizando as relações entre si, para um objetivo comum ao grupo, que
muitas vezes serve a um grupo maior, constituído de vários grupos menores. No sétimo
é o conceito de consciência, resultado da interação com o meio, como no caso do
elemento U (urânio), que pela radioatividade altera outros elementos. A Química
apresenta muitos exemplos desses conceitos. Quando o químico moderno constrói as
grandes moléculas chamadas polímeros, com muitas propriedades planejadas, como
por exemplo os tecidos sintéticos, ele está manipulando esses conceitos.

318
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Seguindo essa mesma linha conceitual, iremos analisar o homem no próximo estudo.

Estudo 072

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- V -Existe uma analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? - O
homem (Páginas 222, 223 e 224)

Analisemos agora o homem segundo os mesmos conceitos utilizados para o átomo.

a. Um homem tem forma esférica. Pode ser visto com um "círculo não se passa"
esférico, uma esfera de matéria com um núcleo de vida no centro. Se considerarmos
o Ego no centro do corpo causal, de forma ovoide, teremos a esfera, com o núcleo de
vida no centro, sendo o ponto médio entre Espírito e matéria. O corpo astral com sua
aura também é ovoide, o mesmo acontecendo com o corpo etérico e sua aura.

b. Se o homem for olhado desde o plano búdico, será visto como quatro ovoides, o
mais sutil (o causal) envolvendo o mental inferior, esse envolvendo o astral, esse
envolvendo o etérico e dentro desse o corpo denso. Todos os ovoides são
constituídos de átomos diferenciados, que se unem formando unidades mais
complexas, com funções especializadas, como por exemplo os centros, até chegarem
a formar o corpo. A vida da Mônada está ligada a cada átomo, a cada conjunto de
átomos, ao corpo inteiro, vitalizando-os, conferindo a todos a vontade de viver e
fazendo com que vibrem a uma determinada frequência, de acordo com o grau de
evolução da Mônada e, em consequência dessa frequência, surge uma cor, que indica
sua posição e o ritmo de seu ciclo de vida.

c. O homem é caracterizado pela atividade e pelo dinamismo que consegue


desenvolver em um ou mais planos inferiores (físico, astral e mental)e manifesta as
seguintes qualidades:

1. Movimento de rotação, ou seja, cada encarnação sendo considerada um giro da


roda da vida, em torno de seu polo egoico.

2. Capacidade de discriminar ou seu poder de escolher, decidir e adquirir


experiência.

3. Capacidade de evoluir, com o objetivo de acelerar sua frequência e estabelecer

319
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
contactos cada vez mais elevados.

d. Contém em si mesmo os três princípios maiores: Vontade, Amor-Sabedoria-Razão


Pura e Inteligência Ativa ou adaptabilidade, sendo que esse último se divide nos
quatro menores, formando os sete no todo. Esses sete princípios são ativados e
vividos individualmente no início. Posteriormente os quatro menores são sintetizados
no terceiro, Inteligência Ativa, requerendo isso mais uma vivência. Em seguida vem a
sintetização do terceiro no segundo e fnalmente do segundo no primeiro. Com isso
somam-se dez vivências ou princípios, que irão constituir as dez manifestações
perfeitas. No momento apenas os quatro princípios menores estão ativos, fato
comprovado pelas quatro espirilas ativas do átomo físico permanente, o que
caracteriza o homem como o quaternário inferior. O quinto princípio, Inteligência
Ativa (o terceiro contando a partir da Vontade, o primeiro) está despertando, o que
leva ao despertar da quinta espirila. Portanto Manas está se desenvolvendo.

e. O homem está regido pela Lei de Atração, evolui segundo a Lei de Economia e
lentamente vem caindo sob o domínio da Lei de Síntese. A Lei de Economia comanda
o processo material, do qual o homem não é muito consciente. A Lei de Atração
regula suas ligações com outras unidades ou grupos. A Síntese é a lei de seu eu
interior, a vida que anima a forma, ou seja, a Mônada manifestada dando vida à
forma.

f. O homem ocupa um lugar dentro do grupo formado pelas formas. Os grupos


egoicos e os Homens Celestiais estão formados pelo conjunto de homens e Devas.

g. O homem responde ao estímulo externo:

1. Estímulo pelo fogo por fricção tríplice (elétrico, solar e por fricção), que afeta a
forma externa.

2. Estímulo pelo fogo solar (magnético), que age sobre sua vida subjetiva ou
interna. Esta sua vida interna provém de seu grupo egoico, ou seja, de sua Alma,
que pertence a um grupo de Almas. Mais tarde essa vida virá diretamente do
Homem Celestial, de cujo corpo é uma célula.

3. O efeito combinado dos dois estímulos conduz ao crescimento e


desenvolvimento contínuos, propiciando a chegada do fogo elétrico da Mônada.
Consequentemente o homem é caracterizado por:

320
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
I. Sua forma esférica, visível pela forma esférica de seus átomos, suas células, a
maioria de seus órgãos e a forma ovoide de seus corpos sutis. Seu "círculo não se
passa" é exato e perceptível.

II. Sua organização interna. Toda a sua esfera de infuência está em desenvolvimento.
Atualmente tal esfera é limitada e seu campo de atividade pequeno. À medida que
seu corpo egoico for se desenvolvendo, o núcleo de vida Monádica (a Alma), que se
encontra no seu centro, dilata seu raio de controle, até controlar e dominar todo o
conjunto de suas formas.

III. Sua atividade vital ou aquilo que ele pode expressar em determinados momentos
de autoconsciência ou o controle que exerce sobre sua tríplice natureza inferior, os
corpos físico, astral e mental.

IV. Sua sétupla economia interna, o desenvolvimento de seus sete princípios,


expressos pelas sete espirilas do seu átomo físico permanente e, fnalmente, sua
síntese nas três maiores.

V. Sua eventual síntese interna, sob a ação paulatina e progressiva das três leis, as
sete (pelo desmembramento da terceira em quatro) nas três e fnalmente as três em
uma, quando passa a ser Vontade, enriquecida com todas as qualidades adquiridas
ao longo de seu grande ciclo evolutivo. Então a Vontade transforma-se literalmente
em Sacrifício, com o sentido de tornar sagrado (do latim sacer, sacra, sacrum -
sagrado e facere - tornar).

VI. Suas relações com o grupo.

VII. Seu desenvolvimento de consciência, de resposta ao contacto, que implica no


aumento da capacidade de percepção, donde a suprema importância de usar todos
os sentidos, pondo neles a mente e do poder de análise do que é percebido,
conforme já foi explicado, quando estudamos os centros e os sentidos.
Ficou bem clara a analogia entre o átomo e o homem. Há semelhança de
características, funções e metas,porém no homem elas se expressam em áreas e
campos bem mais elevados e amplos, com muito maiores complexidades e relações.

Portanto vale a pena se esforçar para evoluir, pois a Glória espera os Valorosos que se
dispõem a lutar.

No próximo estudo demonstraremos as analogias com o Homem Celestial.

321
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 073

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- V - Existe uma Analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? - O
Homem Celestial (Páginas 224, 225 e 226)

Iremos aplicar agora a Lei de Analogia ao Homem Celestial ou Logos Planetário.

a. Seu corpo físico pode também ser visto como tendo forma esférica. Os globos
físico ( planeta) e de matéria sutil totalizando sete e constituindo um esquema, são
todos esféricos. O esquema todo é esférico, como também seu "círculo não se
passa". Esse esquema é seu corpo físico cósmico, análogo ao corpo físico do homem
e ao átomo físico. Cada esquema tem sete cadeias, ou seja, ele se renova sete vezes,
num processo de aperfeiçoamento do Homem Celestial que se expressa pelo
esquema. As sete cadeias de um esquema são sete fases ou ciclos menores de uma
encarnação do Logos Planetário, assim como o homem tem vários ciclos em uma
encarnação física. Vemos aí a semelhança de processo entre as encarnações do
Homem Celestial e do homem, com as diferenças de detalhes desse processo, ou
seja, vemos a analogia em seu real signifcado. Isso é assim, para que, ambos, Homem
Celestial e homem, vivam e adquiram experiências, para evoluírem. Para o Homem
Celestial, seu corpo físico cósmico abrange as matérias física, astral e mental, que
não constituem princípios para Ele, mais as matérias búdica, átmica, monádica e adi,
estando sua Consciência física focalizada na matéria búdica atualmente, com
ativação das matérias superiores, a medida que for evoluindo. Quando nós, homens,
nos tornarmos plenamente conscientes na matéria búdica, estaremos contribuindo
para a ativação da consciência física do Logos e para sua evolução.

b. Assim como o corpo físico do homem é constituído por células, que reunidas
formam órgãos, que por sua vez se organizam em sistemas, que juntos e integrados
são o corpo físico, igualmente o Logos Planetário possui células em seu corpo físico,
que são o conjunto de Devas e homens, que vibram ao ritmo de Sua nota chave e
respondem ao compasso de Sua vida, sendo ambas, nota chave e compasso de vida,
resultantes das Suas qualidades, principal e subsidiárias, Suas intensidades e Seu
nível evolutivo. Essa dependência em nada afeta ou restringe a nossa liberdade, pois
somos livres para evoluir depressa, caso queiramos e seguir para fora do esquema e
até do Sistema Solar, como veremos mais tarde, quando entrarmos no estudo dos

322
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sete caminhos, no fnal do Tratado. A Sua Vontade de ser é que mantém todo esse
conjunto de entes, Dévicos, humanos e os reinos inferiores, unidos como uma
unidade, assim como é a vontade de ser da Mônada via Alma, que mantém as células
do corpo físico coesas como uma unidade no homem. Quando se olha um esquema
de globos a partir do plano astral cósmico, ele é visto como uma esfera de vida de
uma beleza indescritível, vibrando maravilhosamente, segundo sua capacidade. Esse
ritmo vibratório depende da atividade do Ser cósmico (o Homem Celestial) que anima
o esquema. A visão do esquema de Vênus, o mais adiantado, é a mais bela do
Sistema Solar. Todo esquema planetário tem sua cor, resultado de sua frequência,
sua velocidade de órbita em torno do Sol, que é fxa durante um certo tempo,
conforme o ciclo de vida dentro do grande ciclo logoico solar ou mahamanvatara. De
fato sabemos pela Astronomia que os planetas orbitam em torno do Sol com
velocidades diferentes, segundo as leis de Keppler. Além disso a rotação em torno do
próprio eixo varia de planeta para planeta, como também o sentido da rotação e o
ângulo de giro em relação ao Sol. Vênus por exemplo gira em sentido oposto ao da
Terra e seu ângulo de giro em relação ao Sol é de 110 graus, enquanto a Terra tem
um ângulo de 23 graus (seu eixo norte-sul está orientado para a estrela Poláris, a alfa
da Ursa Menor).

c. Da mesma forma com que o homem se caracteriza pela atividade em um dos três
planos inferiores, físico, astral e mental, o Homem Celestial se caracteriza pela Sua
atividade em um dos três planos cósmicos inferiores, físico, astral e mental cósmicos.
Com a evolução o homem passa a ser plenamente autoconsciente nos três,
igualmente o Logos Planetário será plenamente autoconsciente fsicamente nos
planos átmico, monádico e adi, que para Ele são subplanos físicos (os subplanos
etéricos cósmicos). O homem também terá de desenvolver plena autoconsciência nos
subplanos físicos etéricos, o que deverá ocorrer num globo etérico do esquema. Um
aumento de atividade e vitalidade do conjunto de homens (a humanidade encarnada
e desencarnada) nos três planos inferiores, provoca um aumento de atividade nos
planos búdico e acima, afetando a consciência do Logos. Essa interação entre a Vida
que anima o Logos (a Mônada do Homem Celestial) e se expressa pelos seus
veículos, as vidas (as Mônadas humanas) que se expressam pelos homens e as vidas
que se expressam pelos átomos, é misteriosa e maravilhosa. O Homem Celestial, em
seus níveis correspondentes, manifesta analogamente as seguintes propriedades:

1. Movimento de rotação (não é movimento físico) cíclico ou atividade particular

323
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cíclica ao redor da roda da Sua Vida, um esquema planetário e portanto ao redor
do Seu polo egoico, considerando um esquema planetário com as sete cadeias uma
encarnação física cósmica.

2. Capacidade de discriminar ou poder de decidir e escolher, para adquirir


experiências. Os Homens Celestiais utilizam Manas ou faculdade de entender,
escolher e rechaçar (por isso Eles são chamados Divinos Manasaputras) e assim
adquirirem conhecimento e autoconsciência. Desenvolveram essa capacidade
(Manas) em kalpas ou sistemas solares anteriores. Agora se servem dessa
conquista para produzirem certos efeitos específcos e conseguir determinadas
metas.

3. Capacidade de evoluir, aumentar a frequência vibratória, adquirir conhecimento e


estabelecer contactos. Este aumento de frequência é progressivo e gradual, avança
de um centro a outro, como no caso do homem e das espirilas do átomo. Seu
objetivo é conseguir a estabilidade dos contactos entre si e sintetizar Suas
entidades em uma Entidade Una, conservando simultaneamente a plena
autoconsciência ou autocompreensão individualizada, ou seja, não perdem a noção
de individualidade.

d. O Homem Celestial contém em Si três princípios maiores - Vontade, Amor-


Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa - que se manifestam pelos sete princípios,
tão frequentemente tratados nos livros ocultistas, pelo desmembramento do terceiro
em quatro, para, na fase da perfeição fnal, sintetizar os quatro no terceiro, o terceiro
no segundo e este no primeiro, constituindo o dez da perfeição.
Cada Homem Celestial tem sua coloração primária ou princípio principal, pelo qual se
destaca, como o homem e o átomo. O homem tem como coloração primária ou
princípio mais em evidência a do Homem Celestial, de cujo corpo é uma unidade. Tem
também outros dois princípios maiores (igual ao Homem Celestial) e sua diferenciação
nos sete, já explicada. O átomo físico permanente tem como princípio e coloração
primária a do raio do Ego do homem em cujo corpo físico se encontra. Essa cor
manifesta-se como vibração, a qual estabelece o ritmo das três espirilas maiores e das
sete menores.

Nos Homens Celestiais somente quatro princípios manifestam-se em certa medida,


embora um dEles encontra-se mais avançado que os outros e seu quinto princípio
vibra adequadamente, outros estão em processo de aperfeiçoar o quarto. Esse mais
avançado é o Logos do esquema de Vênus. O Homem Celestial do nosso esquema, da

324
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Terra, vibra seu quinto princípio em certa medida, melhor dizendo, está em processo
de despertá-lo para a vida, resultado de sua forte relação com o Logos do esquema de
Vênus. Seu quarto princípio, nesta quarta ronda ou ciclo e neste quarto globo, a Terra,
está desperto, embora não funcione ainda como o fará na próxima ronda. Grande parte
das difculdades que existem hoje no planeta deve-se à entrada em atividade da quinta
vibração ou princípio, a mais elevada, a qual estará completa e transcenderá na
próxima ronda. Essas difculdades são devidas à luta entre o princípio devocional e o
mental. Os homens apenas devocionais, que insistem em viver unicamente emoções,
sem si quer usar um pouco a mente, resistem tenazmente ao advento da visão mental.
Aí está a explicação para o intenso crescimento das religiões hoje em dia. Eles não
querem aceitar que as religiões têm de ser científcas, que o sexto raio é tão
importante quanto o quinto. Podemos aqui aplicar também a analogia existente entre o
homem e o átomo, embora sem exatidão, ou seja, quando o homem começar a ativar
sua quinta espirila, sua capacidade mental crescerá visivelmente, tornando-se seu
átomo físico permanente intensamente radioativo, não tanto, é lógico, quando as sete
estiverem ativas. Nessa fase de transição surgirão problemas para o homem. Manas
atingirá seu ápice e sua glória na próxima ronda, para os homens que conseguirem
escapar do grande expurgo (o grande Dia do Juízo).

Aqui encerramos nosso estudo, continuando no próximo com a analogia com o Homem
Celestial.

Estudo 074

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- V - Existe uma analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? - O
Homem Celestial (Páginas 226,227 e 228)

Continuemos com o estudo da aplicação da Lei de Analogia ao Logos Planetário ou


Homem Celestial. Ele está regido pela Lei de Atração, já transcendeu a Lei de Economia
e está passando rapidamente para a infuência da Lei de Síntese. Para comprovar
essas afrmações temos o gradual e crescente controle, com base nos seguintes fatos:

Primeiro - A Lei de Economia é a lei primária do átomo. A Lei de Atração está


assumindo o controle do átomo, o que pode ser observado pela radioatividade, que é
resultante do aumento de partículas subatômicas no núcleo do átomo químico (o

325
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
átomo dos cientistas, para diferenciar do átomo físico primordial). Esse aumento de
partículas é consequência do aumento do poder de atração dos átomos físicos
primordiais, que são as partículas subatômicas, pela ação da Lei de Atração. A Lei de
Síntese só é sentida fracamente pela vida do átomo ou o minúsculo ente que se
expressa pelo átomo. Constitui a Lei da vida. Os efeitos práticos dessa lei no átomo só
serão percebidos pela Ciência no futuro. As novas propriedades conseguidas não só
pelos Químicos como pelos Físicos, como os polímeros e o transistor, são resultantes
da Lei de Síntese. No caso do transistor, a dopagem do germânio e do silício permite
que eles se tornem amplifcadores e controladores da corrente elétrica, permitindo o
estupendo avanço da tecnologia não só de telecomunicações como de informática,
com seu imenso leque de aplicações. No caso dos polímeros, temos o tecido
inteligente.

Segundo - A Lei de Atração é a lei primária do homem. A Lei de Economia é uma lei
secundária para ele; rege a matéria de seus corpos. A Lei de Síntese começa a atuar e
a fazer-se sentir paulatinamente. Que a Lei de Atração é a mais forte para o homem é
um fato óbvio, pois uma de suas manifestações mais em evidência, embora ainda em
nível inferior, é a intensa atividade sexual que impera hoje em dia. Mas já se observa a
elevação do nível nos movimentos de defesa do ser humano, como da natureza. Quanto
aos efeitos da Lei de Síntese, eles são percebidos pela utilização crescentemente
intensa da mente por uns poucos no momento. Cabe lembrar que a Vontade se
manifesta no corpo mental, para o homem.

Terceiro - A Lei de Síntese é a lei primária do Homem Celestial. A Lei de Atração o


domina totalmente e já transcendeu completamente a Lei de Economia. A comprovação
de que a Lei de Síntese é a lei primária está no fato de que os Homens Celestiais estão
saindo da polarização astral ou emocional, sob o ponto de vista cósmico, para
ingressarem na mental, onde a Vontade irá se impor e sintetizar as qualidades
adquiridas e ampliá-las. Quanto à Lei de Atração, é evidente seu domínio total, uma vez
que os Homens Celestiais geram grupos naturalmente, sendo a humanidade como um
todo um exemplo.

Como já sabemos, o corpo físico denso, constituído pelas matérias física, astral e
mental, não é um princípio para os Homens Celestiais, porque já transcenderam a Lei
de Economia. A Lei de Atração rege o processo material da construção de formas. A
Lei de Síntese constitui a lei de Seu Ser.

f. Cada Homem Celestial sabe seu lugar dentro dos grupos logoicos e procura

326
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
descobrir quais são suas posição e função entre os sete sagrados e, mediante a
realização de seu propósito, está prestes a constituir uma unidade, ou seja, realizar
plenamente a Lei de Síntese.

g. Responde ao estímulo externo, não só de seus pares dentro do Sistema Solar, seus
próximos, como de Entes Cósmicos de fora do Sistema, em particular as sete
Plêiades, na constelação de Touro (fcam no pescoço do touro, astronomicamente
falando). Da natureza dessas relações só os Iniciados têm noções, que logicamente
afetam a humanidade, tendo grande infuência na Astrologia, essa grande ciência,
muito embora a quase totalidade dos astrólogos atuais teimem em ignorar essas
relações, mantendo-se numa astrologia cristalizada. Essa resposta ao estímulo
externo refere-se:

• Ao estímulo elétrico, proveniente do Sol e simultaneamente dos planetas,


afetando a parte física, ou seja, as formas.

• Ao estímulo magnético, atuante em sua Vida subjetiva, ou seja, em sua Alma. Esta
irradiação emana de fontes que estão fora do Sistema, como as Plêiades e os sete
Rishis (Seres Cósmicos) das sete estrelas principais da Ursa Maior (as estrelas que
formam a cauda da Ursa: Dubhe, Merak, Phekda, Megrez, Alioth, Mizar e Benetnash,
respectivamente as alfa, beta, gama, delta, épsilon, dzeta e eta da Ursa Maior).
Podemos observar os seguintes fatos:

• O estímulo magnético do átomo físico permanente do homem emana do plano


astral e mais tarde do plano búdico.

• O estímulo magnético do homem emana do Homem Celestial no plano búdico (onde


está polarizada a consciência física cósmica do Homem Celestial) e posteriormente
no plano monádico.

• O estímulo magnético do Homem Celestial emana de regiões de fora do Sistema


Solar, o astral cósmico; o efeito unido de tais estímulos induz ao contínuo
desenvolvimento externo. Essas regiões de fora do Sistema estão dentro da região
maior que constitui o corpo do Logos Cósmico. É lógico que o nosso Logos Cósmico
recebe infuências de outros Logos (ou Logoi, se considerarmos que a palavra logos é
grega e no grego clássico o plural de logos é logoi, todavia continuaremos a escrever
esse plural como logos).

327
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Com referência ao homem, a elevação de nível das infuências, por exemplo, do plano
astral para o búdico, depende unicamente do esforço de cada um, podendo ser rápida
para aqueles que efetuam o esforço necessário, como muito lenta para os mais inertes.

O Homem Celestial é caracterizado por:

I. Sua forma esférica, como já demonstramos. Seu "círculo não passa" durante a
manifestação é preciso e perceptível.

II. Sua disposição interna e Sua esfera de infuência ou essa atividade animadora da
cadeia planetária. Isto signifca Sua capacidade de ação e atuação, resultante de Suas
qualidades e de Sua Vontade, infuenciando Seus Pares, os outros Homens Celestiais.

III. O controle que exerce sobre Sua vida espiritual em um período dado, poder
mediante o qual anima sua sétupla natureza. Esse controle nada mais é que o
domínio da Mônada Logoica sobre seus corpos inferiores, como acontece com a
Mônada humana, em nível mais baixo. A velocidade ou taxa de crescimento dessa
infuência é bem maior que a do homem sobre seus corpos inferiores.

IV. Sua eventual síntese fnal dos sete nos três e dos três em um, cujo processo já foi
explicado. Isto abarca o obscurecimento dos globos da cadeia e a fusão na unidade
dos sete princípios que cada globo está desenvolvendo. Como são sete cadeias,
deduzimos que ocorrem sete fusões, dando-se a última na sétima cadeia.

V. Sua evolução sob as Leis e o desenvolvimento consequente.

VI. Sua relação grupal, ou seja, seus relacionamentos entre si, agindo como grupo,
para atingir as metas e objetivos do Logos Solar, do Qual são Colaboradores.

VII. O desenvolvimento de Sua consciência e de Sua percepção. Aqui podemos fazer


uma observação muito importante. Assim como nós, seres humanos, temos os
mecanismos de percepção (os sentidos ou jnanaindriyas) e os de ação
(carmaindriyas), para enriquecermos a nossa consciência, os Homens Celestiais
também os possuem, análogos, porém muitíssimo diferentes. Nós temos de ampliar e
expandir esses mecanismos, para dominarmos o meio exterior (não no sentido de
domínio sobre os outros, mas domínio da matéria). Eles também têm de ampliar e
expandir seus mecanismos de percepção e ação, para ampliar e expandir Sua

328
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
consciência cósmica, para dominarem o meio exterior cósmico, dentro de sua esfera.
Posteriormente irão dominar esferas mais elevadas. Procurar entender como são
esses atos de perceber e agir desses Homens Celestiais, usando comparações com o
nosso dia a dia, é uma meditação muito útil para o nosso desenvolvimento e
expansão da nossa consciência. É lógico que teremos de fazer muitas modifcações
nas comparações e utilizar muito a capacidade de abstração. Embora difícil, mas não
impossível, a utilidade desse exercício é fagrante. Para tudo o que é difícil, basta o
primeiro passo, para que aos poucos o que é difícil se torne progressivamente fácil.
Finalizando essa parte referente aos Homens Celestiais, lembramos que
inevitavelmente as expressões "estímulo magnético e elétrico" conduzem aos fogos
solar e elétrico, que são as bases de toda a manifestação, tanto do homem como dos
Homens Celestiais.

Aqui encerramos nosso estudo do Homem Celestial. No próximo estudaremos a Lei de


Analogia aplicada ao Grande Homem Celestial, o Logos Solar. Há um universo de coisas
referentes aos Homens Celestiais a ser explicado, o que faremos ao longo dos nossos
estudos, dentro da sequência do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Estudo 075

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- V - Existe uma analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? - O
Logos Solar (Páginas228, 229, 230 e 231)

Estudemos agora o Logos Solar à luz da analogia.

a. Essa excelsa Vida, o Grande Homem dos Céus, possui também veículos de forma
esférica. Não é apenas pelas estrelas e seus planetas, através das quais Ele se
expressa e vive, para adquirir experiências em nível cósmico e evoluir na direção da
sua meta e para alcançar seus objetivos, em harmonia com o Grande Plano de seu
Logos Cósmico. Dissemos propositadamente pelas estrelas, porque Seu corpo físico
cósmico mais denso não é somente esse nosso Sol, Ele vai muito mais além. Esse
glorioso corpo é constituído por quatro estrelas, sendo duas principais, que giram
uma em torno da outra, formando um binário e mais duas estrelas, incluindo o nosso
Sol, que orbitam em torno do binário. Por isso podemos afrmar que o nosso Logos,
do qual somos centelhas, é muito mais portentoso do que possam imaginar. Todo

329
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esse conjunto tem forma esférica. Seu "círculo não se passa" abarca toda a periferia
desse conjunto. Na parte que nos toca, habitantes do Sistema Solar, o Sol ocupa uma
posição análoga à do núcleo de vida no centro do átomo. Na realidade Ele é o chacra
esplênico solar para a nossa área. Abarca os sete esquemas planetários, que com os
três sintetizadores compõem os dez da manifestação logoica. A vida central circula
por todos os esquemas, em todas as cadeias, da mesma forma que a vida do Logos
Planetário circula sete vezes pelo seu esquema, totalizando sete cadeias e em cada
cadeia circula sete vezes, constituindo as sete rondas e em cada ronda circula pelos
sete globos formadores da cadeia. Cada cadeia tem uma posição em relação ao
Sistema análoga à do globo em relação à cadeia. Eis aí a beleza da analogia, embora
não exista exatidão na semelhança de detalhes, sendo isso óbvio, uma vez que os
níveis são bem diferentes.

b. O Logos Solar contém em Si mesmo (como o átomo em seu corpo de expressão,


que contem partículas subatômicas) grupos de todos os tipos, desde a alma grupal,
que abrange os reinos inferiores e está no ciclo de descida para o mais denso, até os
grupos de Egos no plano causal. São centros animadores de seu corpo os sete
grupos maiores ou os sete Homens Celestiais, que transmitem suas energias para
toda a esfera logoica e se expressam por todas as vidas e os grupos menores, os
seres humanos e dévicos, células, átomos e moléculas. Visto de níveis cósmicos, por
exemplo, do plano astral cósmico, todo o conjunto tem a aparência de uma vibrante
bola ígnea de glória suprema, contendo dentro de seu círculo de infuência os globos
planetários, também como vibrantes esferas ígneas. O Grande Homem dos Céus
vibra a um ritmo constante e crescente. Esse ritmo gera uma certa cor, que matiza
todo o Sistema. É a cor consequente da vida do Logos, o Raio Uno Divino, Amor-
Sabedoria-Razão Pura. É o ritmo desse grande ciclo ou kalpa e ao redor de seu polo
solar central.

c. O Logos Solar caracteriza-se por Sua atividade em todos os planos do Sistema


Solar. Explicando melhor, Sua energia física cósmica tríplice, fogo por fricção/elétrico
(fohat), fogo por fricção/solar (prana) e fogo por fricção/por fricção (kundalini solar
ou akasha, como chama o Mestre Tibetano), alimenta a matéria desde a adi até a
física, na qual vivemos fsicamente. Assim como nosso estado interior afeta nosso
corpo físico, da mesma forma o estado interior Dele afeta as matérias desde a adi
até a física, atingindo-nos como também atinge os Logos Planetários. Em cada plano
o efeito é diferente. É assim que o Logos Solar imprime sua característica em seu

330
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
corpo físico cósmico. É um processo análogo ao do homem, porém muitíssimo
diferente em detalhes operacionais e fenomênicos. Desde o átomo físico até o mais
radiante e cósmico Dhyan Choan (Logos Planetário), todos sentem Suas infuências,
sendo portanto a soma de toda a manifestação dentro do Sistema. Esse sétuplo
ritmo vibratório (são sete tipos de matéria) é o ritmo do plano físico cósmico (o
inferior) e seu grau de vibração pode ser sentido e percebido no plano astral cósmico
conjuntamente, com uma débil resposta no mental cósmico (os planos se afetam de
cima para baixo como de baixo para cima). Dessa forma na vida da existência do
Logos Solar, nos níveis cósmicos, pode-se observar o paralelismo com a vida do
homem nos três mundos inferiores (físico, astral e mental).

Em seus próprios planos o Logos manifesta igualmente:

1. Movimento de rotação, que pode ser visto em vários signifcados. No signifcado


físico é o giro do Sistema completo, ou seja, as quatro estrelas constituintes, em
torno do centro da galáxia, pois sabemos pela Astronomia que o nosso Sistema
está localizado num braço da galáxia chamada Via Láctea. No signifcado mais
transcendente, temos as passagens cíclicas de um dia de Brahma, nas quais gira
em espiral em torno da Sua roda maior, os dez esquemas de um Sistema Solar, ou
seja, em cada cadeia de um esquema Ele vive experiências em uma volta sempre
mais elevada.

2. Capacidade de discriminar. Sua primeira escolha, como sabemos, consistiu em


selecionar a matéria de que necessitava para a construção de seu corpo físico
cósmico. Essa decisão foi controlada por:
• Seu carma cósmico,
• Sua capacidade vibratória,
• Sua qualidade de resposta ou sua cor,

Seus fatores numéricos implicados nas matemáticas cósmicas, ou seja, o número


de Suas oscilações na unidade de tempo (frequência fundamental), as frequências
dos harmônicos gerados por essa frequência principal, os valores das intensidades
das forças cósmicas externas atuantes em Seu mapa cósmico e que dependem de
seu carma cósmico e, no momento, a situação das forças cósmicas atuantes, seu
trânsito em níveis cósmicos.

331
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ele é a personifcação de Manas cósmico e, ao se utilizar dessa faculdade, procura -
mediante a forma animada, seu corpo, seu Sistema - desenvolver em seu corpo
causal cósmico a qualidade paralela de Amor-Sabedoria-Razão Pura.

3. Capacidade de progredir, melhor dizendo, Sua taxa ou velocidade de evolução, de


aumentar sua frequência vibratória e conseguir plena autoconsciência nos níveis
cósmicos superiores.

d. O Logos Solar contém dentro de Si mesmo os três princípios ou aspectos maiores


e sua diferenciação em sete princípios (conforme já descrevemos), que constituem
os dez da Sua perfeição fnal e se sintetizam, com o tempo, no princípio aperfeiçoado
de Amor-Sabedoria-Razão Pura. Esse princípio constitui Sua cor primária. Cada
princípio encontra-se personifcado em um dos esquemas e se desenvolve por meio
de um dos Homens Celestiais sagrados, com a colaboração dos Homens Celestiais
não sagrados ligados a esse Homem Celestial. Só quatro princípios se manifestam
atualmente em certa medida, porque a evolução do Logos depende da evolução dos
Homens Celestiais. Da mesma forma a evolução dos Homens Celestiais depende da
evolução das humanidades e do reino dévico que estão sob suas responsabilidades.
Daí e extrema importância da nossa evolução para o nosso Homem Celestial, o Logos
Planetário do esquema da Terra. Que tenhamos isso sempre em mente e façamos o
esforço necessário. Não o desiludamos.

e. O Logos Solar está regido pela Lei de Síntese. Mantém o todo em uma unidade
sintética ou homogeneidade. Sua vida subjetiva, ou Sua Alma, está regida pela Lei de
Atração e Sua forma material, seu Sistema, pela Lei de Economia, que no momento
começa a ser regida por outra lei cósmica, incompreensível atualmente pelo homem,
sendo revelada somente aos Iniciados mais elevados.

f. O Logos Solar está em processo de determinar Seu lugar dentro do Sistema maior
(o Sistema do Logos Cósmico), no qual ocupa um lugar análogo ao do Homem
Celestial no Sistema Solar. Primeiro, procura descobrir o segredo de Sua própria
existência e alcançar plena Autoconsciência; segundo, achar a posição e o lugar de
Seu Polo oposto; terceiro, fundir-se e mesclar-se com esse Seu Polo oposto,
consumando Seu Divino Matrimônio Cósmico.

332
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
g. O Logos Solar caracteriza-se pela Sua resposta ao estímulo externo, o qual
concerne:
Ao estímulo elétrico ou Sua resposta à força elétrica ou fohática, procedente de outros
centros estelares, que controlam, em grande parte, a ação do nosso Sistema e seus
movimentos no espaço, em relação com outras constelações. Em particular temos a
Ursa Maior e as sete estrelas boreais, que controlam o eixo da Terra, as quais são:
Poláris, alfa de Cefeu, alfa de Cisne (Deneb), alfa de Lira (Vega), alfa de Hércules, alfa e
beta de Dragão.

Ao estímulo magnético sobre sua Vida subjetiva, Sua Alma, procedente de certos
centros cósmicos, sugeridos na Doutrina Secreta e que têm sua fonte de origem nos
níveis búdicos cósmicos. Os centros cósmicos são as sete estrelas que constituem a
cauda da Ursa Maior, citadas em estudo anterior, nas quais estão os chamados sete
Rishis da Ursa Maior, que trabalham no plano búdico cósmico. Esses sete Rishis estão
ligados às as sete Plêiades (na constelação de Touro), em um nível mais baixo, talvez o
mental cósmico,as quais infuenciam os sete Logos Planetários do Sistema Solar. Seu
efeito conjunto induz o desenvolvimento constante.

O Logos Solar caracteriza-se por:

I. Sua existência esférica manifestada. Seu "círculo não se passa" é perceptível e


exato. Isso pode ser demonstrado unicamente pelo esforço realizado para determinar
a extensão do controle subjetivo (o controle da Alma do Logos), a medida que a
esfera solar de infuência ou a atração magnética do Sol exercida sobre outros
corpos menores, que são mantidos por Ele em movimento circulatório em torno de si
mesmo. Seria a força gravitacional que mantém os planetas orbitando em torno do
Sol. Logo ela é resultante dessa atração magnética (fogo solar).

II. A atividade da Vida que anima os dez esquemas.

III. A amplitude de Seu controle sobre seu Sistema, exercido em qualquer período
dado. Quanto a isso, devemos levar em conta o Sistema completo, ou seja,
constituído pelas quatro estrelas, sendo o Sol Central o grande Controlador. O
conhecimento exato e claro desse processo de controle, a partir do Sol Central, só é
adquirido a partir da quinta Iniciação, a do Adepto, que é a meta da nossa cadeia. Os
Iniciados com a segunda Iniciação e em preparação para a terceira, já recebem
vislumbres desse processo e sabem com convicção que ele existe. Devemos lembrar

333
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que entre as segunda e terceira Iniciações, ocorrem Iniciações intermediárias, nas
quais o Iniciado recebe instruções. A velocidade de recebimento dessas Iniciações
intermediárias depende exclusivamente do esforço do Iniciado. Nada é concedido
sem mérito.

IV. A síntese fnal dos sete esquemas nos três e dos três em um, processo já
explicado. Com isso ocorre o obscurecimento dos esquemas e a unifcação dos sete
princípios que eles personifcam. Lembramos que nessa síntese fnal, cada Homem
Celestial conserva sua identidade, jamais perdendo sua autoconsciência. Quando os
Homens Celestiais efetuam suas sínteses, o Logos Solar também efetua sua síntese.
Esclarecemos que nessa fase na realidade desenvolve-se o processo de fusão,
harmonização e sintonia, dando-se a síntese fnal na fase seguinte. É lógico que o
Logos Solar depende do que os Logos Planetários estão fazendo.

V. Sua sujeição à Lei de Seu Ser, ou seja, a síntese fnal. No caso do atual Sistema
Solar, essa Lei de Seu Ser, segundo a qual ocorrerá a síntese, é a Lei de Amor-
Sabedoria-Razão Pura.

VI. Sua relação grupal. Essa relação grupal envolve não só os grupos dentro do Logos
Solar, humanos, dévicos e os Logos Planetários, como também as relações do Logos
Solar com seus Pares dentro do corpo do Logos Cósmico, como sejam, os outros seis
Logos Solares e os outros Entes Cósmicos, que executam funções no mesmo nível de
Logos Solar. Da mesma forma, dentro do Sistema Solar, há Entidades no mesmo nível
de Logos Planetário e que exercem funções diferentes das de Logos Planetário.

VII. O desenvolvimento de Sua Consciência. O tempo necessário para esse


desenvolvimento depende da velocidade de desenvolvimento de todos os entes
conscientes de Seu corpo, o que inclui a todos nós.
Demonstramos muito brevemente algumas analogias existentes entre o Logos Solar, o
Logos Planetário, o homem e o átomo. As respostas foram superfciais, pois, se
fôssemos explicar com mais detalhes os diversos processos de funcionamento das
manifestações, iríamos nos alongar em demasia. Todavia, se esses pontos forem
estudados e meditados em certa profundidade, os estudantes conseguirão
desenvolver bastante sua capacidade de análise e expandir sua compreensão e visão
da beleza de todo o Sistema Solar.

334
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Aqui encerramos o estudo da quinta pergunta. No próximo entraremos na sexta
pergunta: O que é o aspecto Mente? Porque o princípio Manásico (mental) é tão
importante? Quem são os Manasaputras? Nas respostas a essa pergunta verão a
magna importância do desenvolvimento da mente, para através dela o Amor-
Sabedoria-Razão Pura poder se expressar em toda a sua glória.

335
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 076
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VI - O que é o aspecto Mente? Porque o princípio Manásico é tão importante? Quem
são os Manasaputras? (Páginas231, 232, 233 e 234)

Entraremos agora no mistério mais profundo de todo o Sistema Solar manifestado, o


mistério da Eletricidade, ao qual refere-se H. P. Blavatsky. Ele está intimamente
vinculado com a vida de Deus, tal como se manifesta por meio de seus sete Centros, os
sete Homens Celestiais, os divinos Manasaputras. É impossível explicar este mistério
exotericamente e muito pouca coisa pode ser revelada ao público, devido a três razões:

Primeiro - o grau de evolução alcançado pelo homem comum não permite entender
corretamente essas abstrações.

Segundo - grande parte do que pode ser revelado só é possível aos Iniciados que
passaram pela terceira Iniciação e, mesmo assim, de forma muito reservada.

Terceiro - a revelação do estreito vínculo existente entre a mente e fohat ou energia, ou


entre o poder do pensamento e o fenômeno elétrico - efeito do impulso fohático sobre
a matéria - encerra muitos perigos. O elo que falta (se é possível assim chamar) na
cadeia de raciocínio, partindo dos fenômenos ao impulso que os gera, só se pode
informar sem risco, quando já foi construída devidamente a ponte entre a mente
superior e a inferior, ou seja, o Antakarana. Quando o inferior está sendo construído
pelo superior, ou quando o quaternário está sendo fundido com a Tríade Superior, só
então pode-se confar ao homem os quatro fundamentos restantes. Três fundamentos
fá foram descritos no início da Doutrina Secreta e, conjuntamente com o conceito
evolutivo da psicologia, formam os três conceitos revelados e o quarto que está
aparecendo. Os outros três são esotéricos e assim fcarão, até que cada homem tenha
realizado por si mesmo seu desenvolvimento espiritual, construído o Antakarana,
preparado o santuário para a Luz de Deus no Templo de Salomão (seu corpo causal) e
dedicado suas atividades a colaborar sem interesse pessoal para os planos do Logos.

Quando essas qualidades tenham alcançado um bom nível de proeminência e o homem


tenha dedicado toda a sua vontade ao serviço, então será posta em suas mãos a chave
que lhe permitirá encontrar o método, mediante o qual o impulso elétrico,
manifestando-se como calor, luz e movimento, poderá ser dominado e utilizado;
descobrirá a fonte do impulso inicial, que provém de fontes de fora do Sistema e o
ritmo básico. Só então poderá ser um verdadeiro colaborador inteligente e (escapando
do controle da Lei que rege os três mundos inferiores) manejará ele mesmo essa lei.

336
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Analisemos um pouco essas palavras do Mestre Tibetano, no que for possível revelar
ao público, considerando os perigos oriundos, em particular no uso da energia nuclear,
a qual, com o pouco conhecimento obtido pelos cientistas, foi utilizada para destruir
vidas. De uma certa forma há bastante clareza nas palavras do Mestre, caso se consiga
enxergar em profundidade. Sabemos que a eletricidade no nível mais elevado do
homem é a qualidade essencial da Mônada. Eletricidade ou fohat são sinônimos. Mesmo
sendo o aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura, o segundo Raio, o objetivo do nosso
Logos nesse atual Sistema, a Mônada é em essência Vontade ou Eletricidade,
manifestando Amor agora. Seria como um choque elétrico amoroso, usando uma
linguagem simbólica com termos conhecidos e comuns. A vontade da Mônada sempre
se manifesta no plano mais elevado relativamente. No homem já liberado e com a
sétima Iniciação, ela atua com máxima capacidade diretamente no plano adi. Nos
Iniciados com a sexta Iniciação, o homem está batalhando para dominar
completamente o plano monádico e só recebe a sétima quando completar esse
trabalho. Cabe aqui lembrar que, embora a Mônada humana se relacione com a matéria
monádica desde o início do atual Sistema, essa relação é muito superfcial, sendo
necessário e imprescindível que Ela experimente e domine as matérias de todos os
planos inferiores ao monádico, para, só após isso,com seus poderes (Vontade e
Conhecimento) possa iniciar a conquista plena da matéria do plano monádico. É
necessário que Ela vença todas as tentações dos mundos inferiores.

Em relação aos planos inferiores, a Vontade da Mônada se manifesta na matéria do


plano mental superior (causal) através do Ego, para o homem ainda em evolução
nesses mundos. O segundo aspecto tem preferência pela matéria astral e o terceiro
atua melhor no físico. Por dedução lógica conclui-se que é na matéria mental inferior
que a Vontade da Mônada via Ego irá se manifestar. Como Vontade é Eletricidade, pela
natureza essencial elétrica da Mônada, a matéria mental inferior é eletricidade, quando
devidamente energizada pela Vontade da Mônada. Temos um vislumbre disso, quando
vemos que toda a atividade cerebral do homem é elétrica, uma vez que ocorrem nos
neurônios troca de íons com carga elétrica, até as vesículas sinápticas, onde são
liberados os neuro transmissores, moléculas que levam a informação de forma elétrica
para o outro neurônio. Há mais coisas sobre esse assunto, com referência à atuação
dos fogos, em particular o elétrico, no processo iniciático, cujos detalhes técnicos não
podem ser revelados. Apenas podemos resumir que o autocontrole total e completo irá
dinamizar a matéria mental, elevando a voltagem dela e, pela atuação dela nos átomos
inferiores, produzir fenômenos físicos e no mundo astral. Todavia lembramos que faz

337
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
parte desse autocontrole total e completo ter desenvolvido em alto grau a capacidade
de amar e servir com desinteresse. Portanto, através do serviço, da dedicação ao
estudo, para entender todo o mundo fenomênico e da disciplina, a Vontade irá
crescendo, até o ponto de atuar diretamente no fogo elétrico do átomo. Os fenômenos
elétricos da natureza ocorrem pela atuação do fogo elétrico da Mônada Solar,
atravessando todas as matérias dos planos cósmicos superiores, a partir do monádico
cósmico, sede da Mônada Solar. A chave está em entender com clareza esse processo
de transferência do fogo elétrico da Mônada Solar átomo a átomo, até chegar ao nosso
átomo físico. Quando o Mestre diz que a fonte está fora do Sistema Solar, Ele quis dizer
fora do Sistema visível, pois na realidade a Mônada Solar está muito além do Sistema
visível. Existem as infuências elétricas que vêm de outros Sistemas, mas
fundamentalmente é a Mônada Solar a principal origem, assim como no homem é sua
Mônada a fonte de sua energia de vida, embora precisemos dos fogos do sistema,
como os pranas solar e planetário, para mantermos nossos corpos vivos e atuantes.
Essas infuências de outros Sistemas são devidas aos inter-relacionamentos existentes
e necessários nos níveis cósmicos, assim como o homem se relaciona com outros
homens, num processo contínuo de troca de energias e infuências.

1. Há três perguntas importantes, que podem ser consideradas como uma, uma vez
elas se referem ao mesmo tema e referem-se à objetividade inteligente. Talvez se
modifcássemos essa tríplice pergunta e a reduzíssemos à objetividade
microcósmica, o problema não pareça tão complexo. Assim diríamos:
O que é o aspecto pensante do ser humano? Porque sua mente e seus processos
mentais são tão importantes? Quem é o Pensador?

O homem, em sua essência fundamental, é a Tríade Superior (através da qual a Mônada


se manifesta para se relacionar com as matérias inferiores à monádica) expressando-
se por meio de uma forma que evolui gradualmente, o corpo causal ou egoico e usa a
tríplice personalidade como instrumento de contacto com os três mundos inferiores.
Tudo isso tem por fnalidade o desenvolvimento da autoconsciência perfeita. Acima da
Tríade Superior está a Mônada ou o Pai no Céu - um ponto de abstração quando o
homem o contempla desde o plano físico, para quem a Mônada ocupa a posição do
Absoluto, no mesmo sentido em que o Logos indiferenciado se encontra com respeito
à Trindade, as três Pessoas da manifestação logoica. Esta analogia é exata. É óbvio que
quando o homem vai evoluindo e adquirindo mais conhecimentos e entendendo cada
vez com mais clareza todo esse processo e técnica do contacto da Mônada com os
mundos inferiores, ele se identifca cada vez mais com sua Mônada, até atingir um tal

338
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grau de certeza, convicção e compreensão, que se torna uma expressão quase exata
dela, quase exata porque as matérias inferiores sempre impõem limitações, devido à
sua limitação de capacidade de oscilar. Temos então:

1. A Mônada.

2. A Tríade Superior (átomos átmico, búdico e mental ligados entre si), vontade
espiritual, intuição e mente superior.

3. O corpo causal ou egoico (na realidade o Loto Egoico, como veremos mais tarde),
santuário do princípio búdico, uma vez que ele representa por excelência o segundo
aspecto, o relacionador entre a Mônada e a matéria inferior. Este corpo se constrói
com o poder da mente, sendo a manifestação dos três aspectos acima citados.

4. A tríplice natureza inferior, os pontos de objetividade mais densa.

5. A tríplice natureza inferior é, em essência, um quaternário: corpo etérico, vida


animante ou prana, kama-manas (o corpo astral) e o corpo mental inferior. Manas, o
quinto princípio, constitui o elo entre o superior e o inferior.
Temos, consequentemente, quatro inferiores e três superiores e a relação existente
entre eles, o princípio mente. Eis aqui os sete, formados pela união dos três e dos
quatro e outro fator (a relação, o princípio mente) totalizando oito. Os sete fnais serão
percebidos quando budi e manas se fundam, ou seja, quando o aspecto búdico (Amor-
Sabedoria-Razão Pura) aperfeiçoado consiga se expressar sem distorções e
cristalinamente pelo aspecto manas. Em alguns livros ocultistas são feitas muitas
insinuações com respeito à oitava esfera. O Mestre sugere que nesse fator vinculador,
mente inteligente, temos a chave do mistério. Quando a mente obtém um
desenvolvimento indevido, cessa de unir o superior com o inferior e cria uma esfera
própria. Este é o maior desastre que pode ocorrer ao homem. É literalmente o caso do
homem sem Alma, que tem duas formas de apresentação.

Temos portanto:

A Mônada, o Absoluto microcósmico


Espírito Puro
O uno e único
A Trindade Monádica
Primeiro aspecto - Atma ou Segundo aspecto - Budi ou Terceiro aspecto - Manas
vontade espiritual princípio crístico ou mente superior

339
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

O aspecto Filho na objetividade


O corpo egoico ou causal (o Loto Egoico)
O quaternário inferior
1- Corpo mental
2- Corpo astral ou emocional
3- Prana ou energia vital (na realidade os três fogos).
4- Corpo etérico.
O homem, o microcosmos, é a reprodução do Sistema Solar em miniatura. Isso refere-
se às formas objetivas, que correspondem ao Sol e aos sete planetas sagrados. Porém,
paralelamente à forma exotérica ou objetiva do Sistema Solar, é levado a cabo um
desenvolvimento psíquico (que ocorre na Alma ou Ego Logoico), denominado os sete
princípios. O homem também desenvolve sete princípios, que concernem ao seu Ego
(na realidade aplicam-se à Mônada, quem de fato evolui em última instância).

Aqui encerramos nosso estudo. Voltaremos quando explanaremos os princípios


microcósmicos, os do homem.

Estudo 077

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VI - O que é o Aspecto Mente? Porque o Princípio Manásico é tão importante? Quem
são os Manasaputras?1. Natureza da Manifestação - Princípios Microcósmicos (Páginas
234,235, 236 e 237)

Iremos estudar hoje os princípios microcósmicos, do homem. Inicialmente é importante


fxar de forma clara o que se entende por princípio. Analisando em profundidade o que
o Mestre Tibetano diz, princípio pode ser uma qualidade, um modo de ser ou uma
energia, que pode ser isolada ou inerente a um veículo. O modo de ser também pode
estar ligado a um veículo. Sempre o objetivo do princípio é desenvolver as qualidades e
os poderes da Mônada, que, em última instância, é quem evolui. Princípio, como a
palavra diz, é aquilo que dá origem a algo.

Dentro dessa linha de raciocínio, vejamos a inteligência ativa, classifcada pelo Mestre
como um princípio. É um estado de ser da Mônada, utilizando-se da matéria para se
realizar. Ao mesmo tempo pode ser vista como uma qualidade.

340
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Passemos para o prana, também classifcado pelo Mestre como um princípio. O que é o
prana? Conforme Ele próprio afrma no início de seu livro (assunto que já foi explicado
em estudos anteriores), o prana serve para energizar o corpo etérico e por ele o corpo
denso. Mas os corpos etérico e denso necessitam de três energias diferenciadas, que
são: fogo por fricção/elétrico (chamado fohat), fogo por fricção/solar (prana) e fogo
por fricção/por fricção (kundalini). Os corpos etérico e denso do homem precisam
dessas três energias para sobreviverem, provenientes de duas fontes: do Sol e da
Terra. Do Sol temos: eletricidade solar (de um só pólo), raios de luz de aspecto prânico
(prana solar) e akasha (kundalini solar). Da Terra temos: fuido elétrico, prana planetário
e substância produtiva (kundalini da Terra), sendo essas três energias resultantes da
absorção, assimilação e qualifcação pela Terra das três energias oriundas do Sol.

O corpo etérico do homem absorve, assimila e qualifca essas seis energias e as


transforma em: reação nervosa (a componente elétrica), emanação prânica e calor
corpóreo (kundalini do corpo). Sem essas energias o homem não sobrevive
fsicamente. Por isso essas três energias, que podemos chamar fogo por fricção
conjuntamente e o corpo etérico são princípios, pois realmente constituem origem para
a vida física do homem. O homem tem de sintonizar e dominar essas energias.

No decorrer da descrição dos princípios iremos dando mais detalhes.

Inicialmente o Mestre apresenta dois princípios superiores: Inteligência Ativa e Amor-


Sabedoria-Razão Pura, latentes e acrescenta que a natureza psíquica da Mônada é
dual. Mas como entender essa dualidade da Mônada, se Ela é tríplice? Simplesmente
porque o Mestre se refere à natureza psíquica da Mônada, o que signifca a natureza
da Mônada que atua na geração da Alma, pois o adjetivo psíquico vem de psique
(palavra de origem grega), que quer dizer Alma.

Conforme veremos futuramente no decorrer dos nossos estudos, Mestre Tibetano


descreve a construção da Alma pela Mônada como a manifestação de budi no plano
causal ou mental superior, utilizando três átomos mentais. Portanto, para o homem, os
princípios superiores são realmente dois: Inteligência Ativa (os três átomos mentais) e
Amor-Sabedoria-Razão Pura (budi), de fato os mais elevados para o homem, olhando
de baixo para cima.

Em seguida temos a Tríade Superior, composta de um átomo átmico (o princípio atma,


a natureza espiritual, a Vontade), um átomo búdico (o princípio budi, a natureza Amor-
Sabedoria-Razão Pura) e um átomo mental (o princípio manas, a natureza Inteligência,
atividade).

341
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Esses três princípios, expressos pela Tríade Superior, com os dois superiores
sintetizadores da Mônada somam cinco e são a chave da enumeração empregada por
H. P. Blavatsky em algumas partes.

Podemos fazer uma comparação analógica, sob o ponto de vista da realidade antes da
manifestação. No princípio só existia Aquele (o ABSOLUTO), que não é nem Espírito
nem matéria. Então ELE decidiu se manifestar como Espírito e matéria, conservando-se
ELE mesmo.

Temos pois analogicamente:

O
ABSOLUT a Mônada
O
Amor-Sabedoria-Razão Pura, Purusha,
Espírito
Vishnu
Inteligência Ativa, Prakriti, o Divino
Matéria
Manasaputra
Na objetividade espiritual temos a Tríade Superior
Portanto uma dualidade dentro da unidade.

Na manifestação do homem temos:

Primeiro o ovo monádico, esfera de manifestação


Princípio: da Mônada
Segundo
Atma, Vontade
Princípio:
Terceiro
Budi, Razão Pura, Sabedoria
Princípio:
Quarto
Manas Superior
Princípio:
Quinto
Manas inferior
Princípio:
Sexto Kama-manas, a mente inferior mesclada
Princípio: com emoção
Sétimo
emoção pura, kama separa de manas
Princípio:
Esta classifcação acima refere-se à vida subjetiva ou da Alma, esquecendo o conjunto
prana e corpo etérico.

342
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando consideramos a vida puramente espiritual, defnimos apenas cinco princípios,
faltando dois, os quais são: a Vida do Logos Planetário, em cujo corpo o homem se
encontra e a Vida do Logos Solar, em cujo corpo o Logos Planetário também tem o seu
lugar.

A medida que o homem vai evoluindo, os princípios espirituais vão se ativando. No


homem pouco evoluído na atualidade, os princípios são:

• corpo etérico,
• fogo por fricção tríplice,
• kama-manas, emoção mesclada com manas inferior,
• manas inferior,
• manas superior,
• budi,
• atma.
O Ego ou Alma se vê como o Absoluto em relação aos veículos inferiores e como
absoluta vontade de ser e para baixo vê os seguintes princípios:

• budi e manas - o binário (seus modos de ser)


• corpo causal ou mental superior (seu principal veículo de expressão)
• corpo mental inferior
• corpo astral
• fogo por fricção tríplice
• corpo etérico.
A classifcação para o Ego é a mesma que para o homem inferior, variando apenas a
ordem, sendo isso devido ao fato de que no homem primitivo os princípios superiores
estão semiadormecidos. O homem, com a evolução, também vive o corpo causal.

Concluindo, os princípios dependem do nível de evolução, sendo essa a explicação


para as diversas classifcações. A medida que as qualidades previstas no Grande Plano
Divino para o homem se desenvolvem, os princípios superiores passam a se impor,
enquanto os inferiores fcam subordinados.

Os três níveis de evolução, do homem comum (a puramente objetiva), do homem


voltado para a Alma (a subjetiva) e do Iniciado (a espiritual), caracterizam a defnição
dos princípios em atividade.

Assim como um atleta utiliza aparelhos e pesos, que impõem resistência, obrigando-o a
fazer força, para desenvolver os músculos, igualmente os princípios são os "aparelhos"

343
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para a Mônada desenvolver suas qualidades e poderes ("seus músculos"). Uma vez
desenvolvidas as qualidades e os poderes no nível desejado, os princípios são
abandonados, pois já serviram à sua fnalidade. Mas a evolução prossegue, na direção
de novas conquistas, quando novos princípios são ativados.

Por hoje encerramos nosso estudo. Voltaremos a seguir quando estudaremos o item 2.
Desenvolvimento objetivo, tanto das Entidades Cósmicas (Macrocosmos), como do
homem (microcosmos). É um assunto muito interessante, pois aumenta nossa
compreensão do belíssimo processo evolutivo reinante no Universo. Na realidade, toda
a segunda parte do Tratado sobre Fogo Cósmico do Mestre Tibetano é de um interesse
e deslumbramento crescentes, porque nos fornece muitas informações a respeito não
só do mundo fenomênico, como das vidas subjetivas.

Estudo 078

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VI - O que é o Aspecto Mente ? Porque o Princípio Manásico é tão importante? Quem
são os Manasaputras?2. Desenvolvimento Objetivo(Páginas237 e 238)

Iremos estudar agora resumidamente o desenvolvimento objetivo, ou seja, o processo


seguido na utilização das formas, para que a Mônada desperte e amplie seus poderes e
qualidades, em espiral mais elevada (não esquecer nunca que estamos num novo
Sistema Solar, uma nova encarnação do Logos Solar). Por formas, enfatizamos e
deixamos bem claro que um Sistema Solar é uma forma gigantesca para o Logos Solar,
assim como um esquema planetário é uma forma para o Logos Planetário e o corpo
físico (como os demais) o é para o homem. Todos Eles utilizam-nas para expandir cada
vez mais suas Mônadas, melhor dizendo, as Mônadas servem-se das formas para
conseguirem seus objetivos, abandonando-as quando eles são alcançados.

Esse processo é sétuplo (ocorre em sete etapas) durante o período maior, tornando-se
nônuplo (mais duas etapas) na fase de abstração ou obscurecimento, quando inicia-se
o afastamento das formas e décuplo (mais uma e última etapa) na destruição das
formas, por não serem mais necessárias e úteis.

Serão delineados os aspectos principais, sem descer a detalhes, que serão


considerados ao longo dos estudos, dentro da programação do Mestre Tibetano.

344
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Vejamos inicialmente o Macrocosmo, o Logos Solar, o Grande Homem Celestial.

• Seu corpo físico de expressão é constituído principalmente de:


• os sete planetas sagrados(os sete esquemas sagrados),
• entre esses sete dois sintetizadores, o que perfaz o total de nove, em termos de
funções (a função de sintetizar),
• o sintetizador fnal, o Sol, totalizando dez em termos de funções.
O Logos Solar tem portanto dez centros.

Não consideramos aqui os planetas não sagrados, que exercem suas funções, não só
quanto à própria evolução, mas também quanto à do Logos Solar.

Enfoquemos o Logos Planetário. Ele se expressa por meio de:

• as sete cadeias de um esquema,


• entre essas sete duas são sintetizadoras, totalizando nove, também em termos de
funções,
• a sétima e última cadeia é a sintetizadora fnal, totalizando dez.
Portanto um Logos Planetário também possui dez centros.

Vejamos o homem, o microcosmo. Na fase humana evolui através de sete corpos:

• átmico,
• búdico,
• causal ou egoico,
• mental inferior,
• astral ou emocional,
• etérico e
• físico denso.
Dois corpos são sintetizadores: o causal e o físico, fazendo nove.

O homem possui o sintetizador fnal: o envoltório monádico, também chamado ovo


monádico, o instrumento com que a Mônada se relaciona com a matéria monádica.
Assim o homem perfaz também o dez. Embora o homem utilize sete corpos para
evoluir na fase humana propriamente dita, todavia a Mônada, quem realmente evolui,
abstrai e sintetiza tudo o que for conquistado nos mundo abaixo do monádico, em seu
corpo monádico. Esse corpo só será plenamente ativado na sétima Iniciação planetária,
que é a quinta solar e a primeira cósmica.

345
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No corpo físico há sete centros, que correspondem aos sete corpos. Entre eles, dois
são sintetizadores: o cardíaco e o laríngeo. O grande e fnal sintetizador é o coronário.
Os centros estão situados no corpo etérico e daí infuenciam o denso, que não é um
princípio. O corpo físico é sintetizador, porque as qualidades da Mônada, via Ego e os
corpos causal, mental e astral, devem se expressar por ele (em particular o cérebro
físico).

O corpo causal, na realidade o Loto Egoico, é o depositário da essência de todas as


experiências vividas nas encarnações físicas, como nas passagens pelos planos astral
e mental, no intervalo entre encarnações.

O centro coronário corresponde ao corpo átmico e faz par com o básico, que é a
expressão mais forte do corpo físico, sendo responsável pelo instinto de sobrevivência,
ao mesmo tempo o corpo átmico refete-se no físico. O centro cardíaco corresponde
ao corpo búdico e faz par com o umbilical, que corresponde ao corpo astral, ao mesmo
tempo o corpo búdico refete-se no astral. O centro laríngeo corresponde ao corpo
mental e faz par com o sacro, responsável pela capacidade procriadora física.

Demonstramos que assim como é cima, é em baixo, no que toca às formas ou ao


processo de evoluir, ocorrendo a mais exata analogia de funções, todavia com
profundas diferenças na amplitude,intensidade, quantidade e complexidade de ações.
Obviamente o espaço e o tempo, que surgem na manifestação, são sentidos de modos
diferentes. Para o Logos Solar, como já vimos, uma vida física tem uma duração
equivalente a trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres
(311.040.000.000.000).

A sensação de espaço também é diferente. Ela existe para o homem e para o Logos
Solar, mas o que para o homem é uma imensidão, para o Logos é apenas seu corpo e
sua sensação de imensidão (o espaço onde o Logos atua e trabalha) soa ao homem
como o infnito, uma vez que ele não é capaz de medi-lo, embora possa calculá-lo
matematicamente.

Tudo isso refere-se apenas ao lado objetivo da manifestação, exteriorização e


mecanismos de exercitar e experimentar, para a aquisição de poderes e qualidades.

No próximo estudo analisaremos o desenvolvimento subjetivo, a relação entre os


corpos e as qualidades, em suas diversas etapas e fases. Trataremos da vida que se
expressa pelas formas, de suma importância para todos, pois irá clarear a visão dos
mundos chamados subjetivos e incrementar em muito a convicção e a certeza, pela
lógica bem explícita.

346
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 079

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VI - O que é o Aspecto Mente? Porque o Princípio Manásico é tão importante? Quem
são os Manasaputras? 3. Desenvolvimento Subjetivo (Páginas 238 e 239)

Estudemos agora a programação do desenvolvimento subjetivo ou do lado psíquico, de


forma comparativa, através da utilização dos diversos tipos de matéria (os chamados
planos), pelos quais dá-se a manifestação, com o objetivo de ativação de poderes e
qualidades.

Como era de se esperar, esse desenvolvimento também é sétuplo. Assim temos as


seguintes etapas:

1. astral ou emocional: desejo, emoção, sentimento puro,

2. kama-manásica: desejo mesclado com a mente, na maioria dos casos o desejo


dominando a mente,

3. manásico: mente inferior,

4. manásico superior: mente abstrata ou pura,

5. búdico: razão pura,

6. átmico: vontade pura (e não desejo), realização,

7. monádico: o conjunto, a síntese de: vontade, amor-sabedoria-razão pura e


inteligência.
As qualidades inerentes a cada etapa são desenvolvidas com a ajuda da mente, mesmo
quando ela é dominada pelo desejo, para a conquista do amor-sabedoria-razão pura o
mais perfeito possível, que é a meta do atual Sistema Solar.

Isso é realizado pelo Logos Solar, o Macrocosmo, utilizando-se em particular dos sete
Homens Celestiais, os Logoi (o plural da palavra Logos em grego é Logoi) Planetários
sagrados, mas também dos Logoi não sagrados como o nosso e outras Entidades
cósmicas que labutam e evoluem dentro dos esquemas e do Sistema. Assim como o
homem vive principalmente através de seus sete chacras ou centros principais e
secundários, mas também possui órgãos físicos de suprema importância, que exercem

347
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
funções muito bem defnidas dentro da economia do corpo físico, da mesma forma os
Logoi têm em seus corpos cósmicos físicos outros órgãos importantíssimos, com suas
funções também muito bem defnidas. Analisemos melhor isso. No nosso estômago há
enzimas que decompõem as moléculas dos alimentos, para que os nutrientes sejam
absorvidos, sem o que o homem não sobreviveria. No corpo de um Logos há órgãos
com funções de suma importância para a sua sobrevivência, sendo essas funções
muitíssimo complexas, totalmente diferentes das funções das enzimas do corpo físico
do homem. Quando olhamos para o céu, vemos de dia o Sol e possivelmente a Lua e de
noite as estrelas, os planetas e também a Lua. Mas só vemos isso, devido à limitação de
nossa visão física. Contudo se tivéssemos visão mais acurada, essa seria muitíssimo
diferente, pois veríamos esses órgãos ocultos e seus modos de operação. Os Iniciados
que já passaram pela quarta Iniciação adquirem os conhecimentos sobre esses
assuntos, como também são treinados (aulas práticas) para ajudar nessas atividades,
porque elas ocorrem na matéria búdica para cima. Mas em nível mais baixo, como na
matéria etérica, veríamos também o desenrolar de funções do corpo do Logos. Não é
sem razão que o Mestre Tibetano diz que o espaço é vivo.

No caso do Logos Planetário, Ele se desenvolve psiquicamente utilizando-se dos sete


grupos de entes humanos, que formam seus centros psíquicos. Esses grupos, em seu
próprio plano, desenvolvem a inteligência (manas), são essencialmente amor e podem
estabelecer contacto objetivamente com as sete cadeias do esquema. Tais grupos são
constituídos de Egos, no plano causal, onde cada grupo se encarrega de atividades em
seu respectivo centro. Trabalham com matéria mental superior, dentro das limitações
impostas pelo nível de evolução do Ego. É lógico que os Egos Iniciados (os que ainda
não receberam a quarta Iniciação) já operam na matéria búdica e acima, conforme seu
grau de evolução. O contacto objetivo com as sete cadeias requer uma explicação mais
detalhada. As cadeias existem no espaço e no tempo, ou seja, elas existem no espaço
através dos sete globos que as constituem e existem no tempo através das energias
que geraram, mesmo após a desintegração dos sete globos (as energias da extinta
cadeia lunar, anterior à atual, ainda persistem e infuenciam a humanidade). O citado
contacto objetivo é com essas energias. É contacto objetivo porque o Ego utiliza-se de
seu corpo causal (o Loto Egoico), portanto objetivo e exterior a Ele, para estabelecer o
contacto. Cabe ressaltar aqui que os Iniciados a partir da quarta Iniciação, a segunda
solar, não possuem mais Ego, atuando objetivamente através da Tríade Superior e dos
veículos do búdico para cima, sendo seu nível de trabalho nessas matérias.

No caso do homem vivendo unicamente em seus veículos inferiores, o desenvolvimento

348
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ocorre através de seus sete centros principais, o que constitui a chave da sua evolução
psíquica. Também está desenvolvendo a inteligência, é essencialmente amor, mesmo
com as distorções e é visto objetivamente por meio de qualquer de seus corpos
inferiores.

Devemos enfatizar que o desenvolvimento psíquico, da Alma ou Ego, como também a


evolução subjetiva, é o principal empreendimento do Logos Solar, dos Logoi Planetários
e do homem. O amor inteligente ativo, a ser despertado e desenvolvido pela aplicação
inteligente da mente, que trará á atividade o amor latente, será o fruto do processo
evolutivo no atual Sistema Solar. Como veem, a mente é importantíssima nesse
processo e sem ela jamais o objetivo será alcançado. É por isso que aqueles que
desdenham o uso da mente analítica e da busca do conhecimento, estão
completamente equivocados e poderão cair na lista dos que serão expurgados no
grande dia do juízo da quinta ronda, caso persistam nessa inércia mental, contentando-
se em permanecer no sexto raio, da devoção sem mente. Serão expurgados porque
não terão atingido a meta. Sabemos que o trabalho é lento para alguns, mas se não
houver um início, jamais sairão desse estado de inércia. Ficar só na linha devocional é
muitíssimo fácil, porque esse tipo de devoção está fortemente ligado à emoção e ao
corpo astral, que é a linha de menor resistência da grande maioria da humanidade.

É por isso que o desenvolvimento psíquico ou subjetivo é dual, porque é mente-amor,


como o é o desenvolvimento objetivo. A fusão mente-amor produz a consciência.
Somente o Espírito ou a Mônada é uma unidade indivisível. O desenvolvimento da
Mônada ou a obtenção dos frutos da evolução, somente será alcançado, quando a
dupla evolução da forma e da psique se tenha consumado. Então os resultados da
evolução serão colhidos pela Mônada, que reunirá em si as qualidades cultivadas
durante o processo de manifestação. Esses resultados serão: perfeito amor e perfeita
inteligência, expressando-se como amor-sabedoria-razão pura inteligente e ativo, ou
seja, produzindo efeitos.

Podemos agora dar a resposta às perguntas: o que é o aspecto mente e porque é tão
importante? A habilidade mental é na realidade a capacidade que o Logos tem de
pensar, agir, construir e evoluir, para desenvolver a faculdade de amor ativo e atuante.
Quando o Logos, que é inteligência ativa, tiver percorrido seu ciclo de vida (o Sistema
Solar), será também amor-sabedoria-razão pura em plena manifestação e atuante em
toda a natureza. Ele manifestará as duas qualidades, amor e inteligência,
simultaneamente e em perfeita harmonia, em todos os recônditos do Sistema Solar,
mesmo estando esse nessa época em obscurecimento material.

349
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O mesmo pode ser afrmado com referência aos Logoi Planetários em suas esferas e
ao homem em seu pequeno ciclo.

Aí está o motivo da suprema importância da mente ou manas. É o instrumento pelo


qual a evolução é possível, a compreensão pode ser alcançada e é possível ser ativo,
porque atividade sem inteligência somente destrói.

Vejamos essa pergunta sob o enfoque do Fogo:

OBJETIVAMENTE SUBJETIVAMENTE
1- o mar de fogo, o fogo do nosso Deus é um fogo Vontade
plano adi consumidor energizante
2- akasha, o fogo do plano
a Luz de Deus aspecto forma
monádico
3- éter, o fogo do plano aspecto
o calor da matéria
átmico atividade
4- ar, o fogo do plano búdico a iluminação pela intuição
5- fogo, o fogo do plano o fogo da mente, a
mental atividade mental
6- luz astral, o fogo do plano
o calor das emoções
astral
7- o mundo fenomênico o tríplice fogo por fricção, por trás do mundo
físico fenomênico.
ESPIRITUALMENTE

1. O mistério da eletricidade ou as leis que regulam a ação e o uso do fogo elétrico


nos diversos planos

2. O mistério das sete constelações que formam o corpo de expressão do nosso


Logos Cósmico

3. O mistério do UNO, o nosso Logos Cósmico, do qual nosso Logos Solar é o chacra
cardíaco.
Aqui encerramos nosso estudo de hoje. Voltaremos a seguir quando trataremos dos
Homens Celestiais, os Logoi Planetários e do homem, dentro da mesma ótica
comparativa ou analógica, para mais clara compreensão do processo evolutivo. Mais
uma vez enfatizamos a importância, que o Mestre Tibetano não se cansa de dar, do
desenvolvimento e da aplicação da mente, em particular da sua capacidade analítica,
para o forescimento da qualidade amor-sabedoria-razão pura. Para tal, é condição sem

350
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a qual não,adquirir conhecimento em diversas áreas, para através da conjugação
desses conhecimentos perceberem-se os pontos em comum e assim ser despertada e
desenvolvida a mente abstrata e, através dessa, a intuição. Com esse exercício
contínuo, os sentidos dos corpos superiores serão estimulados, ocorrendo um
belíssimo processo de realimentação (feedback) positiva: o exercício estimula os
sentidos superiores, esses permitem que novas informações cheguem ao cérebro
físico, clareando o entendimento, o que por sua vez realimenta o estímulo dos sentidos
superiores, os quais novamente respondem para o cérebro físico. Assim o processo
segue num ritmo crescente, acelerando em muito a evolução.

Estudo 080

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VI - O que é o aspecto Mente? Porque o princípio manásico é tão importante? Quem
são os Manasaputras? 4 - Os Homens Celestiais e o Homem (Páginas 239,240, 241 e
242)

Iremos agora responder à pergunta "Quem são os Manasaputras?" Com referência ao


nosso Logos Planetário, serão dadas informações mais detalhadas, quando for tratado
o assunto da chegada na Terra dos Senhores da Chama, provenientes do esquema de
Vênus, em meados da terceira sub-raça da raça lemuriana, há 18 milhões de anos.
Inicialmente assentaremos as bases para qualquer pensamento sobre o tema.

Os Divinos Manasaputras, com diversas denominações na Doutrina Secreta, podem ser


defnidos como os Filhos nascidos da mente de Brahma, o terceiro Aspecto, Inteligência
Ativa, pois Eles vêm à atividade neste Sistema Solar sob a infuência desse Aspecto,
que é executado no plano Adi (a parte atômica do corpo físico cósmico do Logos Solar)
por uma Entidade denominada terceiro Logos e que está numa posição acima dos
Logoi Planetários.

Esses Divinos Manasuputras são os sete Logoi Planetários, os Senhores dos Raios, os
sete Homens Celestiais. Eles desenvolveram o aspecto mente no Sistema Solar anterior,
quando a meta para aperfeiçoamento foi a Inteligência Ativa, a mente (Brahma na
linguagem oriental). A ênfase foi dada à existência objetiva, material. Esse
aperfeiçoamento foi conseguido. Atualmente o objetivo é desenvolver o segundo
aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura (Vishnu), sendo a soma total da existência atual.

351
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os Logoi Planetários não sagrados, como o nosso, também são Divinos Manasaputras e
exercem funções altamente relevantes no Sistema Solar. Brevemente, em sentido
cósmico, Ele tornar-se-á sagrado.

As evoluções humana e dévica, em seus respectivos esquemas, constituem as células


de seus corpos, assim como entes menores são as células dos corpos dos seres
humanos, obviamente numa espiral bem inferior. Estudando-se profundamente as
relações entre o homem e suas células, poderemos, utilizando os conceitos existentes
nessas relações, captar muitas ideias sobre as relações entre os homens como células
e os Logoi Planetários, nas funções de seus corpos físicos cósmicos. Muitos
esclarecimentos e entendimentos advirão com esse estudo. É lógico que requer
esforço e a busca de conhecimentos em várias áreas científcas, para o cruzamento de
informações e a consecução de ideias novas.

Há um fato importantíssimo, que nunca deve ser esquecido. Assim como o homem é a
Mônada fundamentalmente, a qual se expressa por meio de um corpo
semipermanente, o Loto Egoico e o corpo causal (semipermanente, porque é
desintegrado na quarta Iniciação) e de três outros corpos inferiores, o mental inferior e
o astral (que são princípios) e o físico, do qual apenas o corpo etérico é princípio, não o
sendo a parte densa, da mesma forma o Homem Celestial é fundamentalmente a
Mônada, que se expressa por meio de um corpo semipermanente, o Loto Egoico e o
corpo causal, no plano mental superior cósmico e de três corpos inferiores
(cosmicamente falando), mental inferior (de matéria mental inferior cósmica), astral (de
matéria astral cósmica), os quais constituem princípios. Ele possui também um corpo
físico cósmico, o qual é formado de matéria etérica cósmica (os nossos planos
monádico, átmico e búdico), de matéria mental superior, constituindo essas matérias
princípios e de matéria mental inferior, astral e física, as quais não são princípios.

O homem energiza seu corpo denso com os três fogos (reação nervosa, emanação
prânica e calor corpóreo), que permitem a utilização dos nutrientes da alimentação
para a manutenção da vida física. Assim o homem utiliza esse instrumento, seu corpo
denso, para suas atividades físicas, apenas isso, não o vendo como um princípio. De
forma semelhante, o Homem Celestial energiza com seus fogos as matérias mental
inferior, astral e física de seu corpo denso, mas também não as vê como princípios.

Somente quando o homem desenvolve a consciência egoica no plano causal é que ele
toma conhecimento claro da sua relação com seu Logos Planetário, como célula de seu
corpo. Isso é óbvio, porque o Logos é alheio aos planos inferiores ao causal.

352
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Podemos explicar isso de outra forma. O corpo causal do homem, como célula do
corpo físico do Homem Celestial, em sua totalidade, é a área mais densa pela qual o
Homem Celestial se manifesta. Igualmente o corpo etérico do homem é o ponto mais
denso no qual sua consciência se expressa. Esclareçamos um pouco essa atuação do
corpo etérico do homem. A consciência do homem encarnado manifesta-se no cérebro
físico, que é constituído de matéria densa. Mas atentemos para a atividade dos
neurônios. Essa é elétrica, pela troca de íons para dentro e fora da membrana do
axônio, sendo o íon o portador de carga elétrica, havendo uma modulação que porta a
informação. No fnal do axônio está a vesícula sináptica, que libera os
neurotransmissores, moléculas portadoras da informação para o outro neurônio. Essas
moléculas transportam carga elétrica. Ora essa atividade elétrica se dá no corpo
etérico, pois é o fogo chamado reação nervosa o responsável. Portanto a consciência
está no corpo etérico, utilizando-se da parte densa do cérebro apenas como suporte.
No futuro o homem dispensará o corpo denso, quando poderá viver fsicamente
apenas utilizando o corpo etérico.

Convém deixar bem claro que todas as Entidades em evolução têm seus planos e
projetos para essa evolução e, conforme o ciclo, necessitam se expressar em
determinadas matérias mais densas, com variação de níveis.

O homem, como já dissemos, é fundamentalmente Mônada, atuando no plano


monádico. Seu principal ponto de enfoque atualmente é o mental, o quinto plano.
Todavia procura obter pleno desenvolvimento consciente nos três planos inferiores:
mental, astral e físico.

O Homem Celestial é fundamentalmente Mônada, atuando no plano monádico cósmico,


portanto fora do Sistema Solar, como o homem como Mônada está fora dos três
mundos de seu esforço. Seu principal ponto de enfoque físico em termos cósmicos
está no segundo plano do sistema, o monádico (o mesmo do homem como Mônada),
porém se esforça para desenvolver plenamente sua consciência física cósmica por
meio das matérias dos planos das Tríades Superiores humanas, suas células, os planos
átmico, búdico e causal. Sua consciência física cósmica nos planos mental, astral e
físico, utilizando-se das Tríades Inferiores humanas, Ele a desenvolveu no Sistema Solar
anterior.

O homem repete até a quinta Iniciação o esforço do Homem Celestial no Sistema


anterior e assim conquistará o nível de consciência alcançado pelo Ele naquele Sistema.
Esse processo de conquista está sempre ligado às Iniciações.

353
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Logos Solar, o Grande Homem Celestial, é fundamentalmente Mônada atuando no
plano monádico cósmico, porém num subplano monádico mais elevado que o dos Logoi
Planetários. Seu principal ponto de enfoque está no plano causal cósmico, mas procura
se exercitar e evoluir por meio dos três planos cósmicos inferiores: mental inferior,
astral e físico, à semelhança do homem. Para Ele os sete planos, desde o adi até o
físico, constituem seu corpo físico-etérico, sendo os planos adi, monádico, átmico e
búdico os quatro éteres e o causal, a parte mais refnada do denso. A relação é a
mesma existente para o homem, quanto a seu corpo físico-etérico.

Portanto, com referência ao Grande Homem Celestial, podemos dizer que:

• Ele vitaliza seu corpo físico com os três fogos da matéria: elétrico, solar e por
fricção, em nível cósmico.
• Anima-os.
• É plenamente consciente através dele.
• O etérico (adi, monádico, átmico e búdico) é seu princípio mais denso, atualmente.
• A parte densa de seu corpo não é um princípio, logo não é levada em conta. Essa
parte densa é constituída pelas matérias mental inferior, astral e física. Donde se
conclui que o plano búdico é o quarto éter cósmico.
Embora repetindo, vamos consolidar:

Sete Homens Celestiais, os Sagrados, formam os sete centros principais do corpo


físico cósmico do Logos Solar. São esferas das quais saem os fogos que vitalizam e
animam esse corpo, expressando cada Um a força que o caracteriza, segundo sua
posição dentro do corpo.

Os seres humanos, como Egos, formam grupos no plano causal se estão conscientes
nesse plano, sendo que conjuntos desses grupos constituem centros no corpo do
Homem Celestial.

O Logos Solar, também repetindo para consolidar o conhecimento, forma um centro no


corpo de uma Entidade Cósmico ainda maior, o Logos Cósmico, AQUELE DE QUEM
NADA SE SABE.

Consequentemente os seres humanos, de qualquer esquema planetário, ocupam lugar


em um dos quarenta e nove centros (observar que um centro pode ser formado de
vários grupos egoicos, que atuam em diferentes partes ou pétalas do centro) dos sete
Homens Celestiais.

Existe um relacionamento muito íntimo entre os sete Homens Celestiais sagrados e os

354
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sete Rishis da constelação de Ursa Maior, relacionamento esse que passa pelas sete
Plêiades, o aglomerado estelar que se encontra no pescoço da constelação de Touro.
Essa relação entre os sete Homens Celestiais sagrados e os sete Rishis da Ursa Maior
tem a mesma distância energética que a existente entre a Mônada e o homem
encarnado. Isso não quer dizer que os sete Rishis sejam as Mônadas dos Homens
Celestiais, mas apenas dá uma ideia da distância energética.

Por meio dessas comparações, podemos vislumbrar como são esses grandes Seres
Cósmicos e seu dia a dia cósmico. Como um dia seremos também Seres Cósmicos, não
interessa de quantos eons necessitemos, esses conhecimentos que o Mestre Tibetano
nos propicia incrementam em nós a vontade para acelerarmos a nossa evolução.

No próximo estudo entraremos na VII pergunta: Porque a evolução se desenvolve


ciclicamente?

Estudo 081

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? (Páginas 242,243 e 244)

Mestre Tibetano diz que esta pergunta é desconcertante (difícil de explicar) e nos
obriga a pensar. Assim Ele fxa determinados conceitos, para que possa haver um claro
entendimento. Esses conceitos são explanados a seguir.

Repetição

No tempo: a atividade cíclica ou periódica compreende períodos de tempo de diferente


duração, havendo ciclos maiores e menores, ambos uniformes quanto à duração.
Assim como os dias humanos têm a mesma duração, vinte e quatro horas, variando
apenas quanto ao ciclo do Sol, ou seja, no solstício de inverno, o percurso do Sol ao
longo da eclíptica durante o dia é o menor do ano para a região onde está iniciando o
inverno, sendo o período diurno de menor duração, enquanto no solstício de verão é o
maior do ano, para a região onde está começando o verão, da mesma forma um Dia de
Brahma ou um Dia do Logos Solar sempre tem igual duração. O mesmo ocorre com um
mahamanvantara, uma encarnação do Logos Solar. O período de giro de um átomo em
torno do próprio eixo é constante, para todos os átomos em seus respectivos planos.
Obviamente há pequenas variações em torno de uma média. Portanto estamos

355
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tratando de valores médios.

De fatos: Cada grupo de átomos que constitui uma forma possui uma particular
frequência, ou seja, um número fxo de oscilações por segundo. Este conjunto de
átomos atuará no meio ambiente, gerando determinadas circunstâncias e procurará
manter a sua frequência (frequência natural ou de ressonância) e, quando um agente
externo atuar sobre ele nessa frequência, ele responderá com ênfase a ela, sendo sua
linha de menor resistência. Se esse agente externo repetir a sua atuação dentro de um
cronograma, sempre o conjunto de átomos constituintes da forma responderá a essa
frequência, atuando por sua vez no meio ambiente. Isso nada mais é que a interação
entre o Eu e o não-eu. É lógico que, pela constante infuência do agente externo, a
reação do Eu sobre sua forma vai lentamente (rapidamente quando o Ego está mais
desenvolvido) modifcando-a, alterando assim sua frequência de ressonância ou
natural, o que signifca evolução. Isso é análogo às oitavas de uma frequência
fundamental, pois podemos excitar um cristal em várias oitavas da mesma nota.

No espaço: esse conceito está profundamente ligado ao carma, essa grande Lei que
rege realmente a matéria do Sistema Solar e iniciou sua ação em sistemas anteriores.
Assim temos repetições ordenadas e ascendentes, formando simbolicamente uma
espiral ascendente, sob a regência de uma lei precisa.

Como fatos observados resultantes da aplicação desses conceitos, temos:

O Sistema Solar repete sua atividade- Repetição no Espaço

Uma cadeia planetária repete sua atividade - Repetição no Tempo, porque o sistema, o
espaço e o local são os mesmos.

A repetição consecutiva e constante da frequência de ressonância, também chamada


nota, de um plano, um subplano e de tudo que tal nota traz à objetividade - Planos de
Repetição

A tendência dos átomos constituintes de formas para manter sua frequência e gerar
circunstâncias ambientais e corpos semelhantes - Repetição da Forma.

Vemos claramente essa lei funcionar no ser humano: o ciclo da gravidez, o ciclo da
infância, o ciclo da adolescência, o ciclo da maturidade e o ciclo fnal da senilidade.
Esses ciclos repetem-se para todos, exceto, é óbvio, para os que morrem cedo. O
comportamento nos diversos ciclos varia, conforme o grau de evolução da Alma
encarnada. Também aqui estamos falando de valores médios, havendo futuações em
torno dessas médias.

356
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Se raciocinarmos em profundidade, concluiremos que esse processo de repetição
cíclica é o mais efciente para o aprendizado, o que é a evolução, um contínuo
aprendizado. Nas escolas e faculdades, temos esse método. O ciclo letivo de um ano,
no ano seguinte outro ciclo em que as matérias estudadas são aprofundadas e assim
prossegue até o término do primeiro grau. Depois vem o segundo grau, com repetição
dos ciclos anuais com novas matérias e mais aprofundamento das estudadas. Em
seguida, para alguns felizardos (o que deveria ser para todos, sem exceção), vem o
terceiro grau, atualmente com ciclos semestrais, com mais aprofundamento.
Consequentemente o homem segue felmente a lei dos ciclos.

Temos, em nível mais elevado e coletivo, o nascimento, ascensão, auge e queda das
civilizações. Temos também em nível planetário as grandes eras, a de Áries, já passada,
a de Peixes, que está no fnal e a de Aquário, que entrará em seguida. No fato de a era
de Peixes estar terminando e estar começando a de Aquário, temos a explicação para o
recrudescimento das religiões. Como a maioria da humanidade é fortemente pisciana,
ela resiste tenazmente às energias de Aquário, que são de índole mental e de liberdade.
Mas essa resistência é inútil, pois quem não se sintonizar com Aquário, será expurgado.
Essa sintonia com Aquário nada tem a ver com o signo do Sol ou do Ascendente, sendo
uma questão de nível evolutivo e de mentalidade. Uma informação que cabe ser
lembrada aqui, é que o nosso Logos Planetário vai receber uma Iniciação Cósmica
menor na atual ronda, Iniciação essa que antecede a quarta Cósmica que Ele irá
receber na próxima ronda. Ora, como a quarta Iniciação é a da renúncia, o que requer
desapego e liberdade, nada mais lógico que a humanidade, células em seu corpo, esteja
passando por provas de renúncia e desapego. Portanto está tudo dentro de uma lógica
e planejamento perfeitos. Cabe a nós entender isso e nos adequar a essa situação
consciente e inteligentemente. O que vamos dizer a seguir é uma conjugação lógica de
fatos e informações, que nos leva a uma conclusão e que se encaixa no assunto atual,
os ciclos.

O calendário maia só vai até o ano 2.012. Sabemos que o Senhor Maitreya, o Cristo, em
uma encarnação na Atlântida, esteve entre os Maias, onde fcou conhecido como
Quetzal-Coatl,a Serpente Emplumada, tendo sido um Rei muito sábio, que ensinou
muitas coisas àquele povo. Por outro lado, o eixo norte-sul da Terra está se alinhando
com a estrela Poláris, a alfa de Ursa Menor. Essa estrela é um fltro para duas estrelas
da Ursa Maior, Dhube e Merak, respectivamente a alfa e a beta, transmitindo Dhube
energias do primeiro raio e Merak do segundo. Portanto, via Poláris, a Terra está
recebendo energias dos primeiro e segundo raios. Portanto juntando esses fatos com a

357
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iniciação Cósmica menor que o nosso Logos vai receber na atual ronda, com o fato de
o nosso globo, a Terra, ser o único denso do esquema e o último da ronda e ainda com
a necessidade de a quarta Iniciação ter de ser recebida em encarnação física e o nosso
Logos estar encarnado fsicamente através de SANAT KUMARA, podemos deduzir que
essa Iniciação Cósmica menor do nosso Logos será recebida no ano 2.012.
Logicamente a Terra e a humanidade sentirão os efeitos dessa Iniciação.

Estendendo essas ideias para planos além do Sistema Solar, por exemplo o astral
cósmico, estaremos caminhando rumo ao infnito. Esclareçamos melhor o que
acabamos de dizer.

Sabemos que sete Sistemas Solares formam o corpo de expressão de um Logos


Cósmico. Para esse Logos, muito superior ao nosso, a Lei dos Ciclos também funciona
e ELE não pode dela escapar. A área de atuação dessa lei é muito mais complexa e
elevada que a do Logos Solar. Indo mais alto, encontramos o Logos Hipercósmico, o
Parabrahma cósmico, cujo corpo de expressão é formado por sete Logoi Cósmicos.
Também ELE obedece à Lei dos Ciclos. Podemos ter uma ideia aproximada, se
considerarmos os ciclos de nascimento, existência, ápice e extinção de uma galáxia, de
um aglomerado de galáxias e de um aglomerado de aglomerados de galáxias, já
detectados pelos modernos telescópios. Com base nessas diferenças de grandezas,
podemos inferi-las entre Logoi, ou seja, Logoi Solares, Cósmicos, Hipercósmicos e
acima. As matérias de atuação e vivência, nas quais esses Seres Cósmicos evoluem e
adquirem experiência, são de tal frequência e energia, que é muito difícil conceber sua
ordem de grandeza. Sabemos que existem e devemos nos dar por muito felizes em
saber isso e nos contentar em entender que a grande Lei dos Ciclos a ELES se aplica.

Sabemos que esse assunto é muito complexo, por isso vamos parar por hoje, para que
todos refitam e tirem suas próprias conclusões, pois só assim poderão expandir suas
mentes. No próximo estudo trataremos das leis que regem a repetição da atividade
cíclica.

Estudo 082

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 2 - A repetição da Atividade
Cíclica está regida por duas Leis (Páginas 244 e 245)

358
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudemos agora as leis que regem a atividade cíclica. Na realidade há apenas uma lei
maior, sendo a outra sua subsidiária. Com isso temos dois tipos de ciclos envolvidos na
natureza do Eu e do não-eu.A ação recíproca entre os dois, pelo uso da mente, produz
o meio ambiente ou o conjunto de circunstâncias, que leva o homem a evoluir.

A Lei maior é a de Atração e Repulsão, causa dos ciclos pelo seu modo de agir. Sua
subsidiária é a Lei de Periodicidade e Renascimento. A Vontade do Espírito ou da
Mônada juntamente com a atividade da matéria leva à evolução em ciclos. A Mônada
cria modelos (as formas) com a matéria ativa, sendo esses modelos necessários para
as experiências e aprendizado, ou seja, para evoluir. Por isso toda forma tem Vida. Há
uma tendência para toda vida se unir com a vida semelhante latente nas outras formas.
Quando a Mônada conseguir que a forma se sintonize perfeitamente com Ela, o que
signifca que a frequência ou nota emitida pela forma seja um submúltiplo exato, o mais
próximo possível, da nota da Mônada, cessará a evolução para aquela meta, iniciando-
se imediatamente um novo ciclo de evolução, em espiral mais elevada.

Quando a frequência ou a nota da forma é mais forte que a da Mônada, há atração


exercida pelas formas, que dominam. Quando a frequência emitida pela Mônada é mais
potente que a da matéria e forma, então a Mônada rechaça a forma. Esse é o campo de
luta da vida (a Mônada) e as suas incontáveis etapas intermediárias, o que pode ser
dito da seguinte maneira:

• O período em que prevalece a nota da forma (matéria), é o ciclo da involução.


• O período em que a Mônada rechaça a forma, é o ciclo da batalha nos três mundos
inferiores.
• O período em que uma Mônada atrai Outra, é o ciclo de abandono da forma e da
entrada no Caminho.
• O período em que se impõe a frequência ou nota da Mônada, é o ciclo da evolução
nos planos superiores ao mental.
O que ocorre nos ciclos mundiais (por exemplo na última guerra mundial) é
consequência da falta de sintonia entre as frequências emitidas. É assim que a
harmonia é alcançada: primeiro a matéria impõe sua frequência, que passa a ser a
fundamental; gradualmente a Mônada vai aumentando a potência da sua frequência em
cima da nota da forma e monopoliza a atenção, até que aos poucos a frequência da
Mônada é a dominante sobre as outras da matéria.

Todavia cabe lembrar que é a nota da Mônada que mantém unidas e coesas as
partículas constituintes da forma. A nota do Sol atrai os planetas do Sistema e os

359
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mantém em órbitas ordenadas, através da força gravitacional. Essa sintonia das
frequências prossegue num crescendo até ser obtida a sintonia exata ou harmonia,
entre os planetas, os esquemas, as humanidades evoluindo nos esquemas e os Logoi
responsáveis pelos esquemas, ao conseguirem expressar com perfeição o modelo
cósmico que o Logos Solar estabeleceu para esse Sistema Solar. Então advirá o ciclo de
abstração, o desinteresse pela forma e a consequente desintegração do Sistema.

O mesmo ocorre com o ser humano. Por meio da nota da Mônada ele mantém seus
corpos coesos e unidos (seu Fogo Solar). Para as pequenas vidas que se expressam
pelas partículas (átomos, moléculas, células etc) de seus corpos a Mônada faz o
mesmo papel do Sol em relação aos planetas.

Analisando em maior profundidade, concluímos que a Lei de Atração expressa os


poderes da Mônada e que a Lei de Repulsão, mesmo oriunda da Mônada, rege as
formas, melhor dizendo, a Mônada exerce a atração que mantém os elementos
constituintes da forma, que se repelem entre si, coesos para existir a forma, ao mesmo
tempo as formas repelem-se entre si. Expliquemos a ação dessa Lei maior de outro
modo.

A Mônada atrai a Mônada durante todo o ciclo maior. Nos ciclos menores, a Mônada
atrai temporariamente a matéria constituinte das formas. Prevalece sempre a
tendência de as Mônadas se unirem e se fundirem, o que é coerente com a natureza
essencial delas, uma vez que Elas são estados de ser da Grande Mônada Solar. Com a
repulsa das formas entre si, dá-se a separação. Essa separação é a causa da luta
travada pela Mônada para desenvolver seus poderes e qualidades, pelo domínio pleno
das formas. Quando a mente, o terceiro fator,começa efetivamente a atuar, a Mônada
passa a buscar o ponto de equilíbrio, quando inicia-se o estabelecimento da harmonia
entre as formas e entre ela e a Mônada. Mas para isso, as experiências em diversas
condições são imprescindíveis, o que implica em repetição ou ciclos ordenados e bem
planejados. Isto é válido para Sistemas Solares, esquemas planetários, o homem e o
átomo, como também para Sistemas maiores que os solares. Dessa forma, pela
repetição constante, a consciência é aperfeiçoada e é estimulada a capacidade de
resposta. Com o aumento dessa capacidade de resposta, ela se torna patrimônio muito
valioso da equipagem da Entidade (Logos e homem). Inicialmente isso ocorre na
equipagem física, ou seja, o corpo físico. Mas essa capacidade de resposta tem de
ocorrer também nos corpos astral e mental. Daí a necessidade imperiosa dos
renascimentos, para todos sem exceção.

360
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando essa faculdade autoconsciente, na captação de informações (jnanaindriyas) e
na resposta (carmaindriyas), estiver no nível ideal de aperfeiçoamento, tal que haja
uma coordenação perfeita (dentro da meta estabelecida pelo Logos Solar) e, em
consequência, todos os Entes dentro do Sistema Solar, em todos os planos desde o
físico até o adi (o físico cósmico no todo), exerçam suas funções em perfeita harmonia
e na mais perfeita sintonia e coordenação, tornando-se parte integrante da equipagem
do Logos, só então cessará a evolução cíclica para o físico cósmico. O movimento
oscilatório em todos os subplanos (nossos planos sistêmicos) do plano físico cósmico
será tão afnado e sincronizado, que provocará o início de idêntica ação no plano astral
cósmico, o imediato ao físico. É óbvio que nessa ocasião ocorrerá a desintegração do
físico cósmico.

Novamente vemos a grande importância da capacidade analítica da mente. É somente


por meio dela que é possível entender todo esse magno processo evolutivo e apreciar
sua imensa beleza.

Aqueles do reino humano que receberem a sexta Iniciação Planetária e obtiverem êxito
no caminho escolhido nessa Iniciação, saberão o que é trabalhar no plano astral
cósmico e até em planos cósmicos superiores. Na oitava Iniciação, a segunda Cósmica,
o felizardo Iniciado já começa a trabalhar com a matéria astral cósmica.

Concluindo, há uma lógica exata no processo pelo qual a evolução prossegue aos
ciclos. Ao mesmo tempo, mais uma vez percebemos a glória que aguarda o homem
que, usando sua Vontade e sua Inteligência Ativa, faz o esforço necessário para
desenvolver o Amor-Sabedoria-Razão Pura e adquirir conhecimentos (não esquecer
que o conhecimento liberta). A Sabedoria só é possível após a conquista do
conhecimento. Essa glória suprema (até um certo nível) consiste em poder viver e
atuar em matéria cósmica de altíssima energia, como é a matéria astral cósmica, sede
das emoções cósmicas do nosso Logos Solar. Dissemos suprema até um certo nível,
porque há níveis mais elevados de vivência para o homem, como a matéria mental
cósmica, a búdica cósmica e outras mais refnadas e de maior energia.

Encerramos aqui nosso estudo de hoje. Voltaremos com o item 3 - A Terceira Ideia
Implicada no Conceito dos Dois Tipos de Ciclos, quando, partindo dos movimentos,
chegaremos aos resultados desses movimentos, abrangendo desde o átomo até o
Logos Solar.

361
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 083

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 3 - A Terceira Ideia Implicada no
Conceito dos Dois Tipos de Ciclos (Páginas 245e 246)

Iremos estudar a seguir o signifcado dos movimentos, não apenas no sentido físico,
mas no de processo de evolução, ou seja, o signifcado simbólico, suas consequências,
implicações e resultados.

Rotação em torno do eixo

Este movimento ocorre fsicamente no átomo, nos planetas e no Sol. No caso dos
planetas, correlacionando esse movimento com os conhecimentos esotéricos relativos
aos Logoi que por eles se expressam, tiramos conclusões muito interessantes. Vejamos
Vênus. Ele gira em torno de seu eixo, formando um ângulo de 177,3 graus em relação à
eclíptica, apontando seu polo norte para um determinado ponto no espaço, que não é
difícil de descobrir, assim como o polo norte da Terra aponta para Poláris. O sentido de
rotação de Vênus é oposto ao da Terra e da maioria dos planetas, girando Vênus de
este para oeste e não de oeste para este. Esses dados astronômicos fornecem muitas
informações a respeito do nível evolutivo dos Logoi, para aqueles que têm olhos de ver.

Mestre Tibetano cita um movimento de rotação do Sol com todos os corpos celestes
que estão dentro do seu "círculo não se passa". Sabemos que o Sol gira em torno do
próprio eixo, mas para entendermos o que o Mestre quis dizer, temos de considerar a
ligação do Sol que nos aquece com uma estrela binária, em torno da qual o Sol gira
com seus planetas. H. P. Blavatsky conta a verdadeira história do nosso Sistema Solar,
que não é essa que a maioria pensa. Embora esse movimento possa parecer uma
órbita, não o é, se atentarmos para o Sistema Maior, que é o constituído pelo nosso Sol
e seus planetas, a estrela binária, onde está o Sol Central e verdadeiro e uma quarta
estrela também pertencente ao Sistema Maior. Essa estrela binária igualmente gira em
torno de um eixo, em um processo mais complexo que o do nosso Sol.

Em signifcado simbólico temos o seguinte:

• Quanto ao homem, temos o envio para a consciência central da Alma das


informações dos três corpos inferiores, físico, astral e mental inferior, durante uma
encarnação. Podemos considerar a consciência central como o eixo de rotação e as
diversas fases de desenvolvimento das capacidades de captação dos corpos como a
rotação.

362
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• Quanto ao Homem Celestial, temos o sucessivo enfoque da consciência do Logos
Planetário em cada globo da sua cadeia, que é uma encarnação, sendo essa sucessão
a rotação e a consciência do Logos o eixo. A título de exemplo, no período atual,
nosso Logos Planetário tem sua consciência enfocada na Terra.
• Com referência ao Grande Homem Celestial, o Logos Solar, considerando o Sol
Central (a estrela binária), o giro dele produz diversos estados de consciência para o
Logos.
Movimento de órbita em torno de um centro

Devemos ter em mente que as órbitas dos planetas são elípticas, estando o Sol num
dos focos da elipse, causa do periélio (aproximação máxima do Sol) e afélio
(afastamento máximo), não sendo isso a razão das estações do ano. Essas são
provocadas pela inclinação do eixo norte-sul da Terra em relação à eclíptica.

Considerando o signifcado simbólico, temos:

No homem é o ciclo completo de uma encarnação, desde a saída do plano causal, a


ativação da unidade mental, do átomo astral permanente e do átomo físico
permanente, a construção do corpo físico, em suas etapas etérica e densa, o
desenvolvimento dos corpos astral e mental inferior, a morte física, a passagem pelo
plano astral, a morte astral, a passagem pelo plano mental inferior, a morte mental e o
ingresso no plano mental superior ou causal, retornando. Todas essas etapas podem
ser consideradas como sendo uma órbita em torno da consciência central da Alma.

No Homem Celestial é o período de uma ronda, quando a consciência do Logos


Planetário passa pelos sete globos de uma cadeia, sendo essa passagem uma órbita
em torno da consciência central.

No Grande Homem Celestial, temos de considerar o Sol Central (a estrela binária), em


sua órbita em torno de seu Centro Cósmico (lembremo-nos de que o nosso Logos Solar
faz parte do corpo de um Logos Cósmico), levando consigo o nosso Sol e seus planetas
e a outra estrela pertencente ao Grande Sistema estelar. É óbvio que essa grande
órbita leva muitas informações cósmicas à consciência do Logos Solar, da mesma
forma que a órbita da Terra em torno do Sol, percorrendo os doze signos do Zodíaco,
afeta o comportamento humano, pelas infuências emanadas deles.

No que acima foi dito fcou bem explícito que sempre o polo central é a consciência.
Não se pode conceber tempo, espaço e atividade sem o Pensador, o ser consciente,
que se nutre, enriquece, expande-se e evolui com o que consegue colher nas diversas
etapas.

363
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Dessa conexão muito íntima do tempo e do espaço com a consciência e o Pensador,
podemos fazer muitas ilações de grande interesse e de suma importância para o nosso
entendimento de como esses dois conceitos são fortemente relativos e ilusórios, uma
vez que, usando uma linguagem matemática, podemos afrmar que tempo e espaço são
funções da consciência. Quanto mais ampla e veloz a consciência, mais tempo e espaço
tendem a zero. Por isso, o que para o homem gera a sensação de um milênio, para um
Ser Cósmico gera a sensação de um minuto, pelo fato de a consciência do Ser Cósmico
ser muito mais abarcante e rápida, com grande capacidade de viver eventos
simultâneos. Essa mudança de sensação já é percebida quando se trabalha com plena
consciência com a matéria dos planos sutis, ainda dentro da esfera humana, ou seja, os
planos astral e mental inferior. O mesmo acontece com a sensação de espaço. Para um
vírus o espaço dentro de uma célula do corpo humano é enorme. Para o homem o
espaço da Terra é muito grande, mas para o Logos Planetário é apenas uma parte de
seu corpo de expressão. Temos hoje um exemplo marcante dessa diferença em termos
de espaço. Como todos já devem saber, a nave Cassini-Huygens chegou em Saturno ( o
Senhor dos Anéis) no dia primeiro de julho corrente, tendo sido lançada da Terra há
sete anos. Essa distância, enorme para o homem, é uma proximidade para os Logoi
Planetários, pois suas consciências são muitíssimo mais abrangentes e velozes.

É um fato científco comprovado que, quanto maior a frequência de um oscilador,


maior a capacidade de conter e processar informações, como sua velocidade. Vemos
isso nos modernos computadores. Como seus processadores operam em frequências
da ordem de grandeza do Giga Hertz (um gigahertz signifca um bilhão de ciclos por
segundo), sua velocidade e capacidade são bem maiores que as dos computadores de
menor frequência.

Como nos planos astral e mental inferior os átomos oscilam em frequências mais
elevadas que as do plano físico, a sensação de tempo já é diferente. O ocultismo
chama essa faixa de frequências, dentro da qual os átomos podem oscilar, de tanmatra
do plano, sendo seus efeitos os tattwas. Com referência aos tattwas, cabe aqui uma
pequena observação, embora saindo um pouco do tema em pauta. Os ocultistas falam
muito em tattwas como energias, considerando apenas o desenho do movimento da
partícula, segundo esse ou aquele tattwa. Mas se considerarmos que para cada plano
existe uma faixa de frequências, também para cada subplano de um plano existe uma
faixa menor de frequências, sendo cada subplano regido por um tattwa secundário,
dentro do tattwa principal regente do plano. O plano físico é regido pelo tattwa Pritivi.
Os subplanos físicos têm as seguintes sub-regências:

364
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• subplano superetérico (o terceiro): tattwa akasha ou éter (som)
• subplano etérico (o quarto): tattwa vaiu (ar)
• subplano gasoso (o quinto): tattwa tejas ou agni (fogo, luz)
• subplano líquido (o sexto): tattwa apas (água)
• subplano sólido (o sétimo): tattwa pritivi (terra)
Não falamos propositadamente dos subplanos atômico (o primeiro) e subatômico (o
segundo), pois não constituem assunto para o momento.

O estudo das formas de onda (o desenho do movimento das partículas) e das


frequências de cada subplano físico, segundo os tattwas, será muito útil, em particular,
para a saúde humana, pois o corpo humano, em suas diversas partes, é regido por
tattwas diferentes, sob a regência maior do tattwa pritivi.

A inserção aqui desses comentários sobre os tattwas é justifcada, porque tattwa é


movimento e o assunto em pauta é movimento.

No próximo estudo teceremos considerações a respeito da interação entre a


consciência e as diversas etapas do tempo, dentro do movimento, seguindo a
programação do Mestre Tibetano.

Estudo 084

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? - A Terceira Ideia Implicada no
Conceito dos Dois Tipos de Ciclos - Continuação (Páginas 246, 247, 248 e 249)

Estudemos agora a interação entre a consciência e o tempo, dentro da ideia de


movimento. Relembremos que o tempo é a sucessão de estados de consciência, sendo
sentido portanto de forma diferente, não só quanto à expansão da consciência como à
matéria, em relação à qual a consciência atua, age e capta informações. Einstein já
afrmou que o deslocamento do tempo está intimamente ligado à velocidade. Ante isso
podemos admitir que, quanto mais ampla e dinâmica ou veloz a consciência, mais
rapidamente passa o tempo, até chegar à velocidade infnita para o ABSOLUTO
INFINITO, o que signifca o eterno agora. Todos nós, com a evolução, viveremos essas
experiências de aproximação contínua do ABSOLUTO INFINITO, sem nunca chegar a
ELE, muito embora cada vez mais perto.

365
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Comecemos pela consciência do átomo. Ele gira em torno de seu eixo, valendo isso
para todos os planos. Nesses giros penetra no campo de atividade de outros átomos,
atraindo-os para seu campo de atividade (formação de moléculas, visando suprir uma
necessidade, como a valência) ou repelindo-os, dando origem à separação. Na união
cada átomo conserva sua identidade (na água, H2O, os átomos de hidrogênio e
oxigênio mantêm suas identidades). Nessas combinações os átomos adquirem
experiências e expandem suas consciências. Os Químicos, quando atualmente
constroem gigantescas moléculas como os polímeros ou manipulam o silício com a
dopagem (inserção de impurezas), para transformá-lo em semicondutor e transistor
(de imensa utilidade hoje em dia, sem o qual não teríamos o estupendo avanço da
tecnologia em diversas áreas), estão decididamente contribuindo para a evolução do
reino mineral. Esse atrair e repelir é a chave dos outros estados de consciência.

As consciências mineral, vegetal e animal diferem da consciência humana em muitos


detalhes, em particular no fato de não saberem coordenar, deduzir nem reconhecer
uma outra entidade separada. É semelhante à consciência humana na capacidade de
responder aos múltiplos contactos, mesmo não possuindo autoconsciência.

O homem, durante seu ciclo de manifestação, em qualquer plano, gira em torno de seu
ponto central, sua Alma, manifestação da Mônada (o homem verdadeiro), fonte de sua
vida. Nesse movimento entra em contacto com outros homens (podemos considerá-los
como átomos humanos), o que o leva à cooperação e interação, podendo atrair,
formando grupos ou repelir. Também conserva sua identidade nos grupos, pois sabe
que é uma célula no grupo.

O Homem Celestial, quando se expressa por meio de uma cadeia planetária, gira
também em torno de seu eixo, ocorrendo com Ele a mesma interação com outros
esquemas planetários. Em suas órbitas em torno do Sol, os planetas interagem e se
infuenciam mutuamente. A Astrologia está aí para confrmar isso, muito embora a
visão da grande maioria dos astrólogos ainda é muito parca. Um planeta afasta outro
similar, em virtude da lei muito conhecida de que os semelhantes se repelem, embora
com o tempo as vibrações de ambos se intensifcam e se harmonizam, ocorrendo então
a atração. Um planeta positivo atrairá outro negativo (positivo e negativo no sentido de
polaridade). Esta é a manifestação do sexo, desde o átomo até as imensas cadeias
planetárias, alcançando também Sistemas Solares, sendo a base da atividade. Essa
interação entre sexos opostos é a atividade irradiante, que se observa entre os átomos,
entre homem e mulher, entre esquemas planetários e entre Sistemas Solares, quando
vibram entre si, buscando a complementação.

366
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Podemos concluir consequentemente que essa passagem do tempo é o desenvolver da
consciência, em que ela procura seu polo oposto e segue regida pela Lei de Atração. o
que a leva ao matrimônio atômico, humano, planetário, solar e cósmico. Esse processo
é facilmente inteligível no que concerne ao ser humano, o qual é conduzido pelas
simpatias e antipatias. Esses dois estados de ser são resultantes da percepção pela
consciência de que uma outra forma entrou em seu "círculo não se passa" ou seu
campo magnético, podendo ser atraída ou repelida, segundo a lei regente de seu ser.

Unicamente quando a Mônada dominou e transcendeu a forma, cessa a repulsão,


porque a Mônada passa a enxergar outra Mônada, de sua mesma essência divina,
servindo-se de outra forma para evoluir. Para o Logos Solar, quando for alcançada essa
etapa, será o início do pralaia solar ou a desintegração do Sistema Solar, o que é o
mesmo que dizer que cessa o tempo físico. Isso vale para o homem e para os Logoi
Planetários.

A consciência também está ligada ao espaço, ao utilizar a matéria, o que já foi


comprovado pelos Físicos, quando uniram o espaço e o tempo através da consciência
do observador. Para o Logos Solar espaço é a área onde se desenvolvem seus
propósitos, objetivos e atividades conscientes, seu "círculo não se passa" (o que sua
consciência alcança). Para um Logos Planetário espaço é a parte do Sistema Solar que
Ele pode utilizar, para cumprir seu propósito de vida, dentro das limitações de sua
consciência. O homem repete o mesmo processo, dentro de seu nível evolutivo, o qual
pode ser muito restrito, no caso de um homem pouco evoluído, ou bem mais amplo e
extenso, para um homem muito evoluído (um Iniciado), podendo até estabelecer
contacto conscientemente com a periferia do campo de ação de seu Logos Planetário,
do qual é uma célula consciente. Essa é a meta atual e todos devem se esforçar
conscientemente para alcançá-la e ir mais além, muito mais além.

Para o átomo fazendo parte do corpo de um homem, o espaço é o corpo desse homem,
no qual está a consciência maior, podendo ser atraído ou rechaçado: se atraído,
incorpora-se à atividade rotineira do corpo do homem, se rechaçado, fca impedido de
se locomover em algum ponto. Isso também ocorre com o homem, se muito evoluído
(um Iniciado), trabalha rotineiramente dentro do corpo de seu Logos Planetário, se não,
fca restrito a uma pequena área.

Concluímos, através dessa linha de raciocínio, que espaço e tempo são apenas ideias
ou conceitos que traduzem a atividade cíclica de uma entidade, em relação com a sua
consciência. O assunto é bastante complexo para a maioria da humanidade, em virtude

367
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de seu pequeno desenvolvimento intelectual, uma vez que ela está mais preocupada
com a manifestação material do que com a atração entre as Mônadas, sendo essa nada
mais que um mero conceito. Se mais seres humanos obtivessem contacto mais íntimo
com suas Almas ou Egos e assim procurassem se desapegar da matéria e da forma,
seria facilmente entendido o processo transmutador. Só então o tempo poderá ser
transcendido, conforme ele é sentido e medido nos três mundos inferiores, como
também descobrir-se-á que o espaço (os três planos inferiores ou os dezoito
subplanos) constitui uma barreira, que pode ser ultrapassada. Esses dezoito subplanos
são: os sete físicos, os sete astrais e os quatro mentais inferiores.

O mesmo ocorre com os Logoi Planetários, sagrados e não sagrados, os Logoi Solares
e Cósmicos, indo mais além. Para os reinos inferiores ao humano também dá-se o
mesmo, em sentido inverso, pois, quanto mais tende para o denso, maiores são a
inércia, a falta de resposta aos estímulos exteriores e a limitação da irradiação.

No próximo estudo faremos uma análise do quinto diagrama, que está na página 296
do Tratado, com vistas ao problema do Logos Solar, dentro do que é possível passar e
à exata analogia entre Ele e seu refexo, o homem.

Estudo 085

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 3 - A Terceira Ideia implicada no
conceito dos dois tipos de Ciclos - Continuação (Páginas 249,250 e 251)

Vejamos rapidamente o V diagrama, na página 296 do Tratado sobre Fuego Cosmico,


citado pelo Mestre Tibetano. Neste diagrama observamos claramente que a Mônada
Solar se encontra, como um centro (o cardíaco), no corpo do quarto Logos Cósmico,
que por sua vez é um centro no corpo do PARABRAHMA CÓSMICO, AQUELE QUE ESTÁ
ACIMA DOS LOGOI CÓSMICOS. O plano de residência é o Monádico cósmico, ou seja,
todo relacionamento da Mônada Solar é com a matéria monádica cósmica. Por aí temos
uma ideia do que está muito acima de nós e de como é a nossa maior aproximação de
DEUS.

No diagrama vemos no plano búdico cósmico sete triângulos, que simbolizam os sete
Rishis da Ursa Maior, como centros no corpo búdico cósmico do nosso Logos Solar.
São Eles os portadores das energias de Raios, cuja origem está numa constelação além

368
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Ursa Maior. Obviamente as energias de Raios chegam à Mônada Solar, provenientes
dessa misteriosa constelação, que é o centro coronário do Logos Cósmico. Os sete
Rishis da Ursa Maior trabalham essas energias dentro do corpo búdico cósmico do
Logos Solar. Daí elas prosseguem passando pelos corpos causal, mental inferior e
astral cósmicos do Logos, chegando aos sete Logoi Planetários do nosso Sistema. Há
muito mais coisa a ser dita sobre esse diagrama, mas o momento não é agora.

Busquemos as analogias entre o Logos Solar e o homem, seu refexo, em termos de


processo evolutivo e identifquemos onde se localiza o problema do Logos.

Primeiro - Ambos estão em encarnação física. O Logos Solar no plano físico cósmico,
através de seu Sistema Solar, o que nos mostra que esse Sistema vai muito mais além
dessa ínfma parte visível e que pode ser detectada e estudada pela Ciência humana. O
que está mais além só pode ser estudado e compreendido no decorrer das Iniciações,
quando o Iniciado conquista a capacidade e o direito de atuar conscientemente nessas
matérias de altíssima energia.

Segundo - Ambos estão na situação de maior densidade ou involução, pois o físico é o


mais denso. Isso não signifca que o Logos esteja num baixo nível evolutivo, uma vez
que Ele é um Logos Solar sagrado, mas apenas que está encarnado fsicamente.

Terceiro - Os dois estão limitados pela matéria física e estão desenvolvendo a


consciência egoica no plano físico, o homem no físico sistêmico e o Logos no cósmico.

Quarto - O homem deve se esforçar para que seu Deus interno (sua Mônada) adquira
total controle dos corpos inferiores e por eles possa expressar suas qualidades, com
plenitude de consciência, conseguindo assim manipular as diversas matérias e usá-las
como instrumentos. O Logos Solar desempenha o mesmo papel nos níveis cósmicos.
Ainda falta muito para os dois conseguirem realizar seus objetivos.

Quinto - A energia básica de trabalho para os dois é a eletricidade (que advém da


Vontade atuando na matéria). Por isso podemos dizer que eles estão nela e com ela
trabalham.

Sexto - Os dois estão subordinados às leis que regem a forma, ou seja, o carma, que
atua no tempo e no espaço. Portanto o carma é a Lei da forma. Essa lei faz com que a
qualidade se desenvolva, da mesma forma que a energia gera a vibração ou oscilação.

Sétimo - Ambos executam seus projetos por meio de formas compostas de:

a. Três tipos principais de formas: uma forma mental (o corpo mental inferior),

369
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
expressão da Vontade, primeiro aspecto, nos mundos inferiores, uma astral,
expressão do Amor-Sabedoria-Razão Pura, segundo aspecto e uma forma física,
manifestação da Inteligência Ativa, terceiro aspecto. A capacidade oscilatória do
corpo mental fxa a chave do ritmo e permite utilizar e coordenar adequadamente o
corpo físico, de acordo com a Vontade. Cuida da consciência e a conecta às três
formas inferiores, mantendo uma só direção. Pode também rechaçar e provocar
separação. A capacidade oscilatória do corpo astral é responsável pela qualidade e o
ritmo de atração. É o componente psíquico. O corpo físico é o mecanismo de
contacto da consciência com matéria densa. A forma material é o resultado da
sintonia das oscilações do corpo mental com as oscilações do corpo astral, ou seja,
da chave (frequência fundamental) com o tom (os harmônicos).

b. Sete centros de força, responsáveis pela manutenção dos três corpos inferiores
em um conjunto coerente, pela sua vitalização e coordenação. Relacionam também os
três corpos inferiores com o centro principal de consciência nos planos superiores, a
Alma no corpo causal, melhor dizendo, no Loto Egoico, seja do homem, seja do Logos
Planetário, seja do Logos Solar.

c. Milhões de células infnitesimais, personifcando cada uma uma vida menor,


encontram-se em constante atividade e rechaçam outras células, para manter sua
individualidade ou identidade. Todavia estão coesas entre si pela força central
atrativa, a Alma. Todas as formas em manifestação são assim constituídas, um
mineral, um cristal, um vegetal, um animal, um homem, um planeta, um sistema solar,
uma constelação, uma galáxia, um aglomerado de galáxias, um aglomerado de
aglomerados de galáxias, uma parede de galáxias etc.
Concluindo, os dois agem dentro de uma dualidade: atraem e repelem.

A atração exercida pela Mônada ou Espírito sobre a matéria, para construir seu corpo
de expressão, é consequência da eletricidade existente em todo o Universo (o fogo
elétrico), a qual, para cada caso, coloca as vidas ou esferas menores dentro do campo
de infuência da Mônada. Resulta na força magnética (fogo elétrico/solar) na fase de
atrair e manter coesão. O Logos Solar, como Mônada Solar, usa seu próprio fogo
elétrico/solar, juntamente com o fogo elétrico/solar que extrai do "círculo não se
passa" cósmico em que se encontra, para manter unido seu Sistema Solar. Um Logos
Planetário, igualmente como Mônada, usa seu fogo elétrico/solar, juntamente com o
fogo elétrico/solar que extrai do "círculo não se passa" solar, para manter coeso seu
esquema de globos. O homem, como Mônada, usa seu fogo elétrico/solar através do

370
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ego ou Alma, juntamente com o fogo por fricção/solar (prana) do esquema ou planeta
no qual vai encarnar, para manter unidos seus corpos inferiores. É óbvio que na
construção de corpos os três fogos são necessários, qualquer que seja a entidade
encarnante. O que é enfatizado aqui é que na atração de matéria para os corpos
prevalece o fogo solar. A principal observação a ser feita através dessas informações é
que, qualquer que seja o nível de evolução da entidade em manifestação, sempre vidas
menores circularão dentro de vidas maiores.

Na realidade, tempo e espaço só surgem dentro da consciência, quando a Mônada,


qualquer que seja seu nível evolutivo, está se relacionando com algum tipo de matéria,
para adquirir experiência. Nessa relação ocorrem ciclos de atração e repulsão, em
sucessão e simultaneamente. Quando a Mônada abandona a relação com um tipo de
matéria e a dirige para outro tipo, por exemplo, deixa a matéria física (a morte
comumente conhecida) e a enfoca na matéria astral, cessaram o tempo e o espaço
físicos, o que é óbvio, mas eles continuam, de outra forma, dentro da consciência
astral. Conclui-se então, de modo lógico e racional, que tempo e espaço são grandezas,
cujos valores dependem do grau de evolução da entidade geradora da consciência,
consciência essa que é resultante da interação Mônada/matéria, bem como da
natureza dessa matéria.

Podemos fazer uma comparação entre os dois movimentos básicos e os ciclos de


consciência. Para o movimento de rotação em torno do próprio eixo, pensemos, no
caso do homem, no ciclo de consciência de uma encarnação, durante o qual ele,
através das experiências e vivências, avança e expande um pouco sua consciência.
Esse seria um ciclo menor, no qual o homem efetuou um giro em torno de sua própria
consciência. Para um Logos Planetário, podemos interpretar esse movimento de várias
maneiras, dependendo do ponto de vista. Sob o ponto de vista de uma ronda, os
períodos globais seriam os giros em torno do próprio eixo. Já sob o ponto de vista de
uma cadeia, os giros seriam as rondas.

Para o movimento de translação ou órbita em torno de um centro, pensemos na


sucessão de ciclos menores de encarnação até a primeira Iniciação Planetária, quando
o homem se torna um Discípulo atuante. Esse período entre a individualização e a
primeira Iniciação pode ser interpretado como uma órbita completa em torno da
consciência central da Alma ou Ego, que se expandiu e cresceu enormemente. Esse
seria um ciclo maior, composto de vários ciclos menores, ou seja, em termos de
movimentos, uma órbita completa em torno do centro de consciência egoica, com
muitos giros em torno das consciências para cada encarnação. O mesmo raciocínio

371
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pode ser aplicado para o período mais curto entre as primeira e quarta Iniciações.

Há um terceiro tipo de ciclo, para o qual fca difícil estabelecer uma analogia com
algum tipo de movimento, segundo o Mestre Tibetano. O nosso Logos Solar possui seu
Oposto Cósmico, com o qual procura se relacionar. Nessa relação ocorrem infuências
mútuas, como as que ocorrem num casal. Quando isso atinge um certo nível de
intensidade, o Logos Cósmico, dentro de cuja consciência o nosso Logos Solar e seu
Oposto Cósmico se encontram, toma conhecimento, ou seja, é estabelecido um
contacto. A resposta do Logos Cósmico a esse contacto marca o início de um ciclo
para Ele e abarca os outros dois ciclos. É difcílimo ter uma ideia do que consiste essa
resposta, pois faltam palavras que expressem os conceitos envolvidos. É óbvio que,
quando o Logos Cósmico responde a esse contacto, os dois Logoi implicados recebem
um fuxo tremendo de energia, que acelera em uma quantidade inconcebível a evolução
dos Dois. Podemos ter uma ideia infnitesimal, se pensarmos no que ocorre na
consciência cerebral do homem, quando ele, pela primeira vez, fca face a face, como
Ego, com o Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, na terceira Iniciação, a primeira Solar e
estabelece o primeiro forte contacto com sua Mônada, melhor dizendo, o canal de
comunicação Mônada/cérebro é enormemente alargado. A inclusão dessa última
informação é muito útil e estimulante, porque esclarece nitidamente e com grande
lógica como o processo evolutivo avança, penetrando nos níveis cósmicos.

Voltaremos entrando na VIII Pergunta: Porque o conhecimento é a um tempo exotérico


e esotérico?

Estudo 086

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- VIII - Porque o Conhecimento é a uma vez exotérico e esotérico? (Páginas 251, 252,
253 e 254)

Analisemos agora a VIII pergunta, porque o conhecimento é ao mesmo tempo exotérico


e esotérico? Sabemos, por um raciocínio lógico, que o conhecimento esotérico refere-
se ao aspecto subjetivo, à vida, que é subjacente a toda a matéria e a todas as formas
por ela constituídas, o que é o mesmo que a energia ou força que anima a matéria e as
formas. O conhecimento exotérico abrange o aspecto objetivo, ou seja, a matéria e as
formas, em seu funcionamento e organização. Daí o grande perigo do conhecimento

372
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esotérico, pois, em mãos indevidas e não preparadas, resulta em destruição e não em
construção e evolução. Fica evidente que, enquanto a maioria da humanidade, em
particular a Ciência, não tiver desenvolvido mecanismos ou processos para comprovar
os conhecimentos subjetivos, uma grande parte deles fcará fora de seu alcance.
Somente alguns poucos entenderão esses conhecimentos.

Como já foi dito várias vezes, a meta da evolução para o homem é ele ser consciente
em relação a todos os tipos de matéria, desde a física até a átmica (quinto plano e
quinta Iniciação Planetária), sendo esta a meta da atual cadeia planetária, podendo,
quem quiser e fzer o esforço necessário, prosseguir para Iniciações maiores e ser
consciente em planos superiores ao átmico e dominá-los. Esse é o verdadeiro livre
arbítrio: saber fazer uso da vontade e não ser escravo dos desejos.

Devido ao pouco desenvolvimento da maioria da humanidade, no momento somente o


plano físico está sendo conscientemente controlado. A Ciência atual já possui muitos
conhecimentos a respeito dos cinco subplanos inferiores do plano físico. As leis que
regem os três estados mais densos, sólido, líquido e gasoso (os subplanos sétimo,
sexto e quinto), já são conhecidas, o que é demonstrado pela abundância de livros de
Física e Química e pelas habilidades dos Físicos e dos Químicos, bem como pela
sofsticação de seus aparelhos e laboratórios. No campo da medicina, todos estão
vendo seus avanços. Quanto aos subplanos quarto e terceiro (respectivamente os
subplanos etérico e superetérico), a Ciência já penetrou neles, pois já se fala em outros
estados da matéria. Nos aceleradores de partículas já foram descobertas muitas
partículas subatômicas, demonstrando o conhecimento desses subplanos. Portanto
podemos afrmar que esses conhecimentos são exotéricos. A humanidade já viveu os
terrores do mau uso desses conhecimentos, com as bombas atômicas que arrasaram
Hiroxima e Nagasaki. Vivemos ainda sob ameaça, com o aperfeiçoamento delas e a
produção de bombas de hidrogênio, muito mais poderosas e letais que a atômica.
Acresce que o homem ainda não detém todos os conhecimentos a respeito da energia
nuclear, ou seja, da vida que anima os átomos. Se com os poucos conhecimentos, o
homem foi capaz de tanta destruição, o que não faria, caso fosse detentor de mais
conhecimentos.

Nas próximas duas raças-raiz, sexta e sétima, o homem adquirirá conhecimentos sobre
os outros dois subplanos físicos, o subatômico (segundo) e o atômico (primeiro e mais
energético) e pelo conhecimento dominá-los-á. Então todo o conhecimento referente
aos sete subplanos físicos será exotérico e estará ao alcance de toda a humanidade, a
qual poderá fazer uso à vontade das energias animadoras da matéria e das formas. Os

373
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cinco sentidos físicos de percepção (jnanaindryias) estarão plenamente desenvolvidos
e o homem viverá uma era dourada e de vida física abundante. Temos uma pequena
ideia desse futuro, quando analisamos o imenso progresso da Ciência e da Tecnologia
hoje em dia.

Todavia os conhecimentos a respeito da vida que se manifesta através das formas


continuarão sendo, por longo tempo ainda, esotéricos. Igualmente as informações
sobre a matéria astral e mental, bem comoas leis regentes da vida nelas em
manifestação, continuarão esotéricas. Contudo, isso ocorrerá para o homem médio e
para as massas.

Todo o conhecimento exotérico e objetivo foi adquirido pelo homem, em grande parte,
na Aula do Aprendizado, por meio dos cinco sentidos e da experimentação (reprodução
do fenômeno). No decorrer do tempo e após muitas encarnações, a repetição e a
vivência das experimentações produzem o que é chamado experiência de vida, o que
leva ao instinto ou à reação natural, aliado a algum tipo particular de estado de
consciência, reação essa a certas circunstâncias ou conjunto de condições ambientais.
Também é chamado refexo ou condicionamento.

Isso pode ser observado nos reinos animal e humano. No reino animal, por não estar
ainda plenamente ativa a mente no cérebro e sendo sua memória instintiva, pois ele
emprega o plexo solar como mente instintiva, falta a capacidade de analisar e
discriminar, não podendo portanto fazer ilações e se benefciar conscientemente com
informações de fatos passados, isso de forma genérica, pois, hoje em dia, já se notam
animais com grande capacidade de avaliar situações, embora limitada. Já no homem, é
bem desenvolvida a habilidade de usar a mente concreta e racional. Por isso ele pode
fazer previsões com base em fatos passados e antecipar.

Tudo o que pode ser adquirido por meio da mente concreta atuando no cérebro físico
é denominado conhecimento exotérico. Mas as velocidades (taxas) e os níveis de
evolução dos homens diferem muito e, por isso, podemos defnir os seguintes
parâmetros regentes da capacidade de adquirir conhecimentos:

• A idade da Alma.
• A experiência e os conhecimentos adquiridos e aplicados.
• As condições do cérebro e do corpo físico.
• As circunstâncias e o meio ambiente.
Quando o homem atinge uma certa etapa em sua evolução, que podemos avaliar pelo

374
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
triângulo de centros que está ativo, a mente passa a se desenvolver com maior
velocidade, quando o homem inicia uma fase de captar relações entre diversos
aspectos e fatores a respeito do que experimenta e vive. Nessa fase ele se preocupa
com os conceitos e ideias que estão por baixo dos fatos observados e com as inter-
relações. É quando sua mente abstrata passa a atuar. Com o uso e avanço da mente
abstrata, a intuição, um sentido do corpo búdico análogo ao paladar do corpo físico,
começa a atuar através do cérebro físico, empregando-o como placa receptora. Isso
faz com que a atividade cerebral seja transferida dos neurônios para os centros da
cabeça existentes em matéria etérica, embora os neurônios continuem sendo
utilizados, mas não mais como os principais atuantes. Atualmente isso só ocorre com
poucos. A massa humana só chegará a essa condição nas próximas raças-raiz, mesmo
assim não todos, pois muitos serão expurgados, por não apresentarem qualifcações
para prosseguirem.

Situação idêntica ocorre com o reino animal, quando a atividade do plexo solar é
progressivamente transferida para o cérebro rudimentar, sob a infuência de manas
incipiente.

Vemos pois claramente que esses conhecimentos sobre os estados de consciência


ainda não são de domínio da massa da humanidade, embora alguns setores científcos
já principiaram a desconfar e pesquisar. Portanto são conhecimentos esotéricos.

Enfatizamos que, quando esses fatos forem plenamente compreendidos, fcará


evidente o verdadeiro signifcado do exotérico e do oculto ou esotérico. Então, aqueles
detentores do conhecimento real esforçar-se-ão em passar esse conhecimento para
aqueles que já estão preparados para semelhante expansão de consciência, pois terão
a devida capacidade de avaliar e selecionar, para não divulgar conhecimentos ocultos
para os não aptos, ou seja, para não atirar pérolas aos porcos, como ensinou o Mestre
Jesus.

A Hierarquia trabalha dessa forma. Ela atrai os homens em condições e lhes ensina
essas verdades sagradas. Aí está o processo iniciático, que não é apenas um ritual,
mas um curso intensivo para os que conseguem acompanhá-lo. Sempre haverá
oportunidade para os que decidem ir com maior rapidez e servir à humanidade, à
Hierarquia e ao Logos Planetário. Esses que estão aptos irão trabalhar em um
determinado centro do Homem Celestial, sob as instruções da Hierarquia.

Assim como os Mestres, nossos Irmãos Maiores,ajudam e estimulam os homens, da


mesma forma o homem ajuda seus irmãos do reino animal, estimulando neles a mente,

375
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para que a vida que neles evolui seja transferida para o reino humano, em época
futura.

É assim que o entrelaçamento (a fraternidade) e a responsabilidade se desenvolvem e


são distribuídas, dentro do Grande Plano Divino.

No próximo estudo começaremos a estudar a IX e última pergunta de introdução, que


trata de relações bastante complexas.

Estudo 087

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - 1. Partes Inter-relacionadas (Páginas 254 e 255)

Esta última pergunta é muito abrangente, envolvendo diversas áreas de conceitos


cósmicos e referentes ao homem, em seu processo evolutivo. Como são muito
subjetivos, pois tratam das vidas expressando-se pelas formas, de diversos tamanhos,
necessário se faz limitar o campo de análise em conceitos amplos e gerais, fcando os
aspectos secundários e detalhes para a continuidade dos estudos.

Tratemos inicialmente das partes que se relacionam. Para facilitar o estudo,


enfoquemo-nos unicamente no que se refere ao Homem Celestial e ao Grande Homem
Celestial, respectivamente o Logos Planetário e o Logos Solar. Assim, deixaremos de
lado a estrutura celular de seu Corpo, ou seja, as unidades separadas de consciência,
denominadas Devas e seres humanos. Será pois uma visão de grupo, não individual.

A parte do meio do Tratado sobre Fogo Cósmico explica o desenvolvimento da


consciência dos Homens Celestiais e do processo que Eles usam para, servindo-se da
mente ou manas, transformarem o conhecimento adquirido no Sistema Solar anterior
em sabedoria, através das ferramentas da objetividade e das formas, como também
consolidarem as faculdades adquiridas e as expandirem, para que se tornem Amor
aplicado e atuante.

É um trabalho semelhante ao dos seres humanos, suas células, que é desenvolver o


princípio mente. Quando os homens conseguirem realizar isso, através da vivência de
experiências nos três mundos inferiores (físico, astral e mental), poderão então
entender um pouco do conceito de grupo, após terem recebido as Iniciações fnais, ou
seja, terão plena consciência de seu lugar, suas funções e responsabilidades dentro do

376
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"círculo não se passa" de seu particular Logos Planetário, o que é o mesmo que dizer:
saberão trabalhar efcientemente como células no corpo de seu Logos Planetário.

Dentro dessa postura conceitual, iniciemos com as responsabilidades do homem para


com o Homem Celestial. Elas são tríplices e consistem em adquirir:

• Consciência do controle conseguido sobre seus próprios corpos. É o período


compreendido entre a individualização e a primeira Iniciação, que signifca a entrada
no reino espiritual. É o despertar da consciência nos três mundos inferiores.
• Consciência do centro particular do Logos Planetário, no qual os seres humanos
devem trabalhar. Essa fase leva à quinta Iniciação e é o despertar da consciência nos
cinco planos de evolução, ou seja, o homem consegue ser plenamente ativo nos
planos físico, astral, mental, búdico e átmico. Para a atual cadeia da Terra, é a
conquista da meta.
• Consciência do centro no corpo do Logos Solar, do qual todo Logos Planetário é a
soma total, melhor dizendo, a contribuição de cada Logos Planetário para que o
Logos Solar exerça com efciência sua função de centro cardíaco no corpo do Logos
Cósmico. Uma coisa é saber isso teoricamente, outra coisa bem diferente é ter
expandido a consciência a um nível tal, que possa trabalhar em uma pequena parte,
dentro desse centro maior. Esse estado supõe a sétima Iniciação, a primeira Cósmica,
com a consciência plenamente desperta nos sete planos do nosso Sistema Solar,
desde o físico até o adi, ou seja, no plano físico cósmico, uma vez que esse centro
cardíaco do corpo do Logos Cósmico é etérico cósmico.
Essas expansões de consciência são alcançadas com a ajuda da mente transmutada
em Amor-Sabedoria-Razão Pura, implicando, é lógico, conforme já foi dito, no domínio
plenamente consciente dos sete planos do Sistema Solar, o físico cósmico.

Refitamos profundamente sobre essas informações do Mestre Tibetano. Ele diz


claramente, sem margem de dúvida, que o processo consiste em fazer a metamorfose
da mente em Amor-Sabedoria-Razão Pura. Ora, isso implica em buscar o máximo de
conhecimentos, trabalhar esses conhecimentos, aplicá-los, vivenciá-los no serviço,
fazer ilações e conclusões, sempre procurando ir mais alto. Só assim a mente crescerá
na direção do Amor verdadeiro, que é o Amor Inteligente e efciente, efciente não só
no sentido humano, como também no ponto de vista do Logos Planetário e do Logos
Solar. Ficar somente no aspecto devocional, esperando que Deus faça tudo por nós, é
grande ignorância e egoísmo. Infelizmente a grande maioria da humanidade só sabe
pedir, eximindo-se do esforço para evoluir e ser útil a Deus, que é o verdadeiro servir a

377
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Deus, uma vez que o nosso Logos Planetário e o nosso Logos Solar são manifestações
do ABSOLUTO INFINITO, DEUS, ao nosso alcance imediato e inteligível, conforme já foi
demonstrado no início de nossos estudos, que tudo é o INFINITO ABSOLUTO, DEUS, em
infnitos estados de ser, numa hierarquia infnita, cada conjunto contendo muitos
conjuntos menores.

O grande Senhor Buda já havia dito que a falta de conhecimento é a causa dos
sofrimentos do homem. A busca de conhecimentos nunca vai cessar. Quando o homem
recebe a quinta Iniciação, da Revelação, imediatamente recebe novas instruções para
receber a sexta, da Decisão, quando tem de escolher um dentre sete caminhos, que na
realidade são cursos, nos quais receberá instruções e conhecimentos muito mais
grandiosos do que tudo o que recebeu antes. Mas o saber não termina aí. Quando
retornar dos cursos, ao aplicar os conhecimentos adquiridos, irá aprender mais coisas,
em nível cósmico. Não existe a chamada iluminação total defnitiva. Novas iluminações
sempre ocorrerão, em níveis cada vez mais altos. Sempre o empenho e a vontade de
aprender estarão presentes, seja um Adepto, o Bodisattwa, o Buda, o Senhor do
Mundo, um Logos Planetário, um Logos Solar, um Logos Cósmico, um Parabrahma
Cósmico.

É justamente nesse processo contínuo de expansão, no rumo do INFINITO, que está a


Glória da Vida mais Plena, de que o sr. CRISTO falou.

Portanto façamos a nossa parte, estudando, pesquisando, passando para os outros o


que for conquistado, servindo à humanidade no que estiver ao alcance, pois assim
receberemos cada vez mais através do esforço.

No próximo estudo entraremos na análise do trabalho dos Homens Celestiais, dentro


do mesmo ponto de vista.

Estudo 088

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - 1. Partes Inter-relacionadas - O Trabalho dos Homens Celestiais (Páginas 255 e
256)

Vamos estudar a atividade dos Homens Celestiais, os quais, como grupo, efetuam um
trabalho, cujo resultado dentro do corpo do Logos Solar, é equivalente ao dos sete

378
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
centros no corpo do homem. Se tivermos uma noção bem nítida e real das funções dos
nossos sete centros principais na fsiologia dos nossos corpos etérico e denso, como
receptores e distribuidores de energias especializadas, poderemos vislumbrar como o
Sistema Solar funciona, desde que saibamos fazer as devidas adequações.

Recordemos que os centros não têm apenas as funções físicas, mas também as
transcendentais, ao trazerem para o corpo energias do nível do Ego, que chegam à
consciência cerebral, produzindo também efeitos no corpo denso. Todavia não
podemos no momento nos aprofundar no assunto, por ser muito vasto e exigir muito
detalhamento.

Assim como o homem, ao fazer seu trabalho para evoluir, também trabalha para um
centro de seu Logos Planetário, mesmo de forma imperfeita, igualmente os Logoi
Planetários trabalham para os centros do seu Logos Solar, ao seguirem suas vidas
evolutivas.

Essa atividade dos Logoi Planetários também é tríplice e resulta em conquistar:

• Completa autoconsciência nos cinco planos cósmicos: físico, astral, mental, búdico
e átmico, tal qual o homem com referência aos planos de mesmos nomes dentro do
físico cósmico, do qual são subplanos. De início essa autoconsciência deve ser
reforçada nos subplanos mais densos do físico cósmico, como sejam búdico e
átmico, uma vez que os subplanos físico, astral e mental não constituem princípios,
sendo a parte densa do corpo físico cósmico do Logos Planetário. Isso é conseguido
nas três primeiras cadeias e rondas, no chamado ciclo involutivo, quando ocorre uma
recapitulação. Como estamos na quarta cadeia e quarta ronda, essa etapa já foi
superada e o nosso Logos Planetário está agora na fase de novas conquistas. Dentro
do seu "círculo não se passa", ou seja, o espaço de sua consciência e atuação, Ele
está se esforçando agora para adquirir a plena autoconsciência física nos subplanos
búdico, átmico, monádico e adi. Sabemos que numa ronda, a consciência do Logos
passa sucessivamente com enfoque maior pelos sete globos da sua cadeia, levando
toda a humanidade com ela. A nossa atual cadeia é constituída de dois globos de
matéria mental inferior e acima, dois de astral e acima, dois de etérica e acima e um,
a Terra, de matéria densa e acima. Em cada um, tanto Ele como sua humanidade
vivem novas experiências, cada um no seu próprio nível, desenvolvendo e
aprimorando diversas qualidades. Não devemos esquecer que simultaneamente o
Logos vive seus relacionamentos, que podemos chamar sociais (comparando com o
nosso modo de vida), com seus pares, os demais Logoi Planetários, como também

379
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com seus Instrutores, porque Eles, como nós, aprendem. Da mesma forma nós
cuidamos de nossos corpos e mantemos nossas relações.

• Consciência do Logos Solar, dentro de cujo corpo exercem funções e evoluem, na


atividade de seus centros. Como os centros estão conectados entre si, os Logoi
Planetários desenvolvem uma consciência grupal sétupla, o que signifca que Cada
um identifca e assimila a natureza da consciência dos outros seis Logoi. Em
linguagem científca, dizemos que Cada um capta as frequências vibratórias ou
oscilatórias dos outros seis. Podemos ainda nos expressar assim: Cada um vê as
cores e ouve as notas fundamentais dos outros seis, numa linguagem mais simples,
longe do rigor científco. Isso é muito importante e necessário, porque todos os
centros devem operar na mais perfeita harmonia, conservando sua própria
frequência. Com esse treinamento os Logoi adquirem a capacidade e habilidade de
controlar conscientemente os sete planos do Sistema Solar. Isso é conseguido, no
período de uma cadeia, nas quarta, quinta e sexta rondas. Devemos observar que o
Logos Solar faz a mesma coisa, num nível muito mais elevado, no corpo do Logos
Cósmico do qual Ele é um dos centros sagrados. Deduzimos que um Sistema Solar
para um Logos Solar deve ser o correspondente a uma cadeia para um Logos
Planetário, dedução essa que nos leva a uma outra dedução: sete Sistemas Solares
devem constituir um grande ciclo na vida de um Logos Solar. Muitas outras
conclusões podemos fazer nessa linha de raciocínio e usando a Lei de Analogia, com
referência ao nosso atual Sistema Solar. Todavia não é momento para expormos
essas ideias.

• Consciência mais plena e nítida do centro que o nosso Logos Solar expressa, dentro
do corpo do Logos Cósmico. Uma coisa é saber que o nosso Logos Solar é o centro
cardíaco do Logos Cósmico, o que todo mundo sabe, outra coisa é saber o que é isso
em termos de natureza, de Almas, de Reino Dévico, de Sistemas Solares, de
elementos químicos dentro desses sistemas, de constelações, de galáxias, de
relações entre elas e outros aspectos,não só considerando a matéria física, mas
levando em conta as demais do físico cósmico e as dos outros planos cósmicos.
Muito mais acima de tudo isso está ter consciência e identifcar a frequência
oscilatória fundamental desse centro cósmico e responder a ela. Mais acima ainda
está identifcar os harmônicos da fundamental e a eles responder. A consecução
dessa consciência dá-se no período da sétima ronda de uma cadeia adiantada,
geralmente a sétima, considerando que as rondas bem como as cadeias são

380
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conectadas entre si, ante o que podemos falar no Eterno Agora, saindo da esfera
limitadora do espaço e do tempo. O que queremos dizer com isso é que os resultados
das rondas e das cadeias são sempre presentes. Com o início dessa consciência o
Logos Planetário começa a desenvolver o controle de suas emoções cósmicas, ou
seja, de seu corpo astral cósmico. Os problemas da nossa humanidade,
consequências dessa defciência de controle emocional do nosso Logos Planetário,
estão começando a ser solucionados agora. A sua experiência das situações
cósmicas é ainda imperfeita. É lógico que essa imperfeição afeta o comportamento
da humanidade, suas células, assim como o descontrole emocional do homem afeta
seu corpo físico. A evolução dos Homens Celestiais não se processa de forma igual
para todos, à semelhança com os homens, que evoluem em velocidades ou taxas
diferentes, alguns velozmente, outros lentamente. O nosso Logos Planetário não
atingiu o mesmo grau de evolução do Logos do esquema de Vênus. Em cada ronda o
Logos conquista o controle de um subplano astral cósmico e, ao expandir sua
consciência, penetra no subplano mais elevado e sutil e inicia seu domínio. O Senhor
de Vênus já domina os cinco subplanos inferiores astrais cósmicos e já está
trabalhando no subatômico. Nosso Logos Planetário ainda está se esforçando para
concluir a sujeição plena do quarto subplano astral cósmico e começando a atuar
conscientemente no terceiro (estamos contando do mais sutil e energético, o atômico
para o mais denso, o sétimo). Como já dissemos, os resultados dos ciclos se ligam e
sobrepõem, por isso nosso Logos já esta quase completando seu domínio sobre o
quarto subplano astral cósmico, tendo iniciado a luta para o controle do terceiro
subplano, o que será efetivado plenamente na quinta ronda, a próxima. Já pressente
e responde à ração do segundo subplano (o subatômico), porém não é claramente
consciente dela.
Temos um refexo disso no homem. Na quarta raça-raiz, a atlanteana, o homem
desenvolveu a consciência astral, agora na quinta, a ariana, ele está aperfeiçoando o
controle dela e desenvolvendo o quinto princípio, a mente e presente o sexto, o búdico,
que deverá desenvolver na sexta raça-raiz. Refitamos sobre isso.

O sexto princípio é a intuição, que, embora seja um sentido do corpo búdico, análogo
ao paladar do corpo físico, conforme o Mestre Tibetano diz, podemos considerar aqui
em seu sentido mais abrangente, a consciência crística. Ora, para que ela possa se
expressar, é necessário um instrumento, sendo esse a mente abstrata. Mas para
desenvolver a mente abstrata, é preciso desenvolver ao máximo a mente concreta,
através do conhecimento e da análise. Em cima da estrutura de conhecimentos e pela

381
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
análise, serão percebidas as relações entre os diversos conhecimentos e extraídas as
essências e conceitos existentes, o que é trabalho da mente abstrata. Será sobre essa
mente abstrata que a intuição poderá ser desenvolvida, o que permitirá captar e
entender a verdade que rege os fenômenos dos três mundos inferiores, físico, astral e
mental. Não será a verdade absoluta, no sentido de explicar todo o Sistema Solar, pois
logo em seguida vem a conquista do sétimo princípio, atma, que deverá ocorrer na
sétima raça-raiz, numa dose coerente com a quarta ronda. Quem quiser ir mais
depressa, poderá fazer o esforço necessário e adquirir o conhecimento imprescindível,
para caminhar pela trilha das Iniciações, que é o caminho em linha reta.

No próximo estudo estudaremos o trabalho de um Logos Solar.

Estudo 089

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - 1. Partes Inter-relacionadas - O Trabalho de um Logos Solar (Páginas 256, 257,
259 e 260)

Estudemos o trabalho de um Logos Solar. O seu trabalho é análogo ao do Logos


Planetário e consiste nas tarefas e responsabilidades a seguir explanadas.

Ele deve expandir ao máximo sua consciência em todos os sete planos do Sistema
Solar, melhor dizendo, desenvolver ao máximo todos os seus sentidos físicos cósmicos
(jnanaindryias cósmicos) em relação a todas as matérias existentes no Sistema Solar,
desde a do físico nosso até a do adi, em seus mínimos detalhes e dominá-las
completamente, a ponto de conseguir expressar com a máxima perfeição o seu
Propósito, devendo também aperfeiçoar seus mecanismos de ação (carmaindryias
cósmicos). Isso signifca simbolicamente ter consciência de todo o seu "círculo não se
passa". Esta etapa abrange o período em que cinco dos Homens Celestiais, ou cinco de
seus centros sagrados, em outras palavras, cinco dos esquemas dentro de sua esfera
de ação, tenham alcançado a sensibilidade sufciente para responder com exatidão ao
contacto e ao estímulo emanados DELE.

Deve também adquirir consciência do Logos Cósmico, do qual é um centro sagrado.


Tem de descobrir, por experiência própria, seu devido lugar no grupo cósmico do qual
faz parte, assim como um Logos Planetário em relação ao seu grupo dentro do Sistema
Solar. Esse estado é alcançado quando todos os Homens Celestiais estejam

382
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
completamente despertos e ativos, plenamente cônscios de suas tarefas e
responsabilidades, vejam com clareza suas metas e propósitos, ajam livremente e se
relacionem harmoniosamente, segundo a Lei de Ação e Reação. Nesse nível de
evolução Ele conquista o controle não só do plano físico cósmico, mas também do
plano astral cósmico, o que signifca que Ele aprendeu a dominar suas emoções
cósmicas.

Sua principal tarefa e função dentro do corpo do Logos Cósmico (AQUELE DE QUEM
NADA SE PODE DIZER) tem de fcar bem clara e nítida em sua mente, ou seja, o que Ele
tem de fazer para que o centro cardíaco do Logos Cósmico funcione adequadamente e
esse Ser Maior consiga realizar seu Propósito Cósmico. Esse centro cardíaco, que é a
principal tarefa do nosso Logos Solar, é muito importante para o Logos Cósmico. O
nosso Logos Solar, ao mesmo tempo em que executa essas funções, avança
velozmente em sua escalada evolutiva cósmica, inclusive no Processo Iniciático
Cósmico, para futuramente ocupar funções mais grandiosas, sobre as quais não temos
agora a menor ideia, mas um dia teremos. Deixamos bem claro que essa discriminação
é feita com base no presente e sob o ponto de vista do nosso Logos Planetário, que
ainda se encontra sob uma certa limitação, em virtude de seu nível evolutivo e suas
condições peculiares no momento. Essa limitação afeta a inteligência e a capacidade de
entendimento de suas células, nós do reino humano. Consequentemente o que acima
foi dito é resultado da mente discriminadora e não da sintética. Quando chegar o
momento, dar-se-á uma absorção sintética com todos os Logos Planetários, à
semelhança do que ocorre com o homem. No caso DELES, o corpo causal ou do Ego,
melhor dizendo, o Loto Egoico Planetário, será o sintetizador das energias, informações
e qualidades do quaternário ou eu inferior (a personalidade planetária) e a envoltura
Monádica Planetária sintetizará em si os sete princípios, ocorrendo portanto a
sequência: três, sete e dez. Expliquemos melhor essa sequência. Inicialmente os três
raios maiores, em seguida a diferenciação do terceiro raio maior nos quatro de
atributo, gerando os sete raios e no fnal a síntese, culminando no dez.

Urge que evitemos o perigo da mente analítica incipiente humana de cair numa
concepção excessivamente materialista. Quando a mente analítica está sob o domínio
da mente abstrata, não ocorre esse perigo, porque ela trabalhará então vendo os
conceitos da vida interna e não das formas, ou seja, tratará das energias e qualidades,
os princípios, buscando sua síntese.

O homem encarnado tem como meta esforçar-se para desenvolver ou fazer vibrar ao
máximo um determinado princípio, através de um centro etérico, manifestando assim

383
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
uma qualidade de sua Alma. Um Logos Planetário, por meio de uma cadeia de seu
esquema, busca o mesmo. O Logos Solar faz o mesmo, servindo-se de um esquema
planetário, dentro de seu Sistema Solar. Sua meta é a síntese da qualidade em diversas
experiências e situações, em sua vibração e amplitude máximas, não lhe sendo de
muita importância a perfeição da forma. A resposta da forma dinamizada pelo Ego
(manifestação da Mônada) dependerá, é lógico, de acordo com a Lei, do vigor do Ego,
que é o demandante. Essa resposta é de importância secundária e não o objetivo
principal a alcançar. Isso deve ser considerado em termos de perfeição da forma. Em
resumo, deve fcar bem claro que o mais importante é a qualidade que a Mônada quer
desenvolver ao máximo, utilizando-se da forma, não se preocupando com a perfeição
absoluta dessa forma, tanto que, ao conseguir a vibração qualitativa máxima, a Mônada
se desliga da forma.

Sintetizando as explicações acima feitas, concluímos que o trabalho a ser feito é


tríplice, tanto no nível macrocósmico, como no microcósmico.

Temos inicialmente o desenvolvimento da consciência individual. A seguir vem a


consciência grupal. Por último segue a consciência divina. Por consciência divina
queremos signifcar a fonte espiritual mais elevada, sendo da mesma essência do Deus
residente em cada um, seja um homem, um Homem Celestial (Logos Planetário), um
Grande Homem Celestial (Logos Solar), um Grande Homem Celestial Cósmico (Logos
Cósmico).

Mestre Tibetano afrma que todos os pensadores deveriam meditar sobre esse
conceito e ressaltar a síntese que lhe é inerente. A célula relaciona-se com o grupo e
isso é de suma importância. O grupo relaciona-se com o conjunto de grupos, o que
também é importante. Finalmente, todos se relacionam com a Entidade residente, que
os mantém coesos e coerentes, em uma relação conjunta e sintética, por meio da Lei
de Atração e Repulsão.

As palavras célula e grupo e a expressão conjunto de grupos referem-se


exclusivamente à forma ou ao veículo e portanto à matéria.

O vocábulo Entidade, que conceitua aquilo que sintetiza os grupos e é a vida animadora
das células e ao mesmo tempo a vida coerente e una do conjunto de grupos, refere-se
à Mônada ou Espírito.

Ambos os conceitos conduzem a um terceiro, a consciência, que forçosamente deve


ser desenvolvida e expandida. O que é essa consciência? É o resultado do contacto
entre a Mônada e a matéria, que se organiza numa forma, para maior efciência como

384
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
instrumento da Mônada, o morador da forma. Ser consciente é reconhecer essa
relação, é saber detalhes e minúcias dessa relação, que se diferencia infnitamente,
saber esse que cresce a partir da célula, passando a incluir o grupo e conjunto de
grupos, donde a suprema importância do uso da mente na busca do conhecimento, em
diversas áreas, juntamente com a intensa atividade analítica e correlacionadora,
simultaneamente com a extração de conclusões e ilações. Isso se aplica a todos os
níveis: homem, Logos Planetário, Logos Solar e Logos Cósmico. Na realidade aplica-se
ao infnito.

Um homem, que tem a consciência coerente (coerente porque é integrada e unifcada)


inferior, sendo consciência no seu verdadeiro sentido: "aquele que sabe", é somente
uma célula, um átomo dentro do grupo, um componente.

Um Logos Planetário, como um todo, é um grupo coerente consciente. É a soma de


todos os homens, Devas e reinos em evolução dentro de seu esquema planetário.

Um Logos Solar, também como um todo, é um grupo coerente consciente, sendo a


soma de todos os Logoi Planetários (com tudo o que está dentro de seus esquemas),
mais as outras Entidades que não são Logoi Planetários, mas executam funções e
trabalham dentro de seu "círculo não se passa". A consciência de um Logos Solar é a
totalidade simultânea das consciências evoluindo dentro do seu grande corpo cósmico.
Para um Logos muito mais elevado (acima do Logos Cósmico), um Logos Solar está na
posição de um homem em relação ao Sistema Solar, sendo portanto uma célula.
Quando fcar bem clara e nítida na mente a posição que o Sistema Solar ocupa dentro
do esquema maior cósmico, juntamente com suas relações com outros sistemas
solares, só então poderá ser entendido que um Logos Solar é uma Inteligência, dentro
da Consciência Cósmica, tão relativamente inferior, como a do homem em relação à
consciência de um Logos Solar, ou seja, um Logos Solar é uma célula dentro do corpo
de AQUELE SOBRE QUEM NADA SE PODE DIZER. Um Logos Solar executa em relação a
esse GRANDE SER um trabalho análogo ao do homem dentro do Sistema Solar.

Assim como o homem tem de experimentar e dominar as matérias dos três planos
inferiores do sistema (físico, astral e mental), da mesma forma um Logos Solar tem de
experimentar e dominar as matérias dos três planos inferiores cósmicos (físico, astral
e mental cósmicos), para poder entender todo o seu meio ambiente.

A refexão profunda e a lúcida compreensão desses conceitos analógicos são de muita


importância e condição fundamental, para o entendimento do que será ensinado nessa
segunda parte do Tratado sobre Fogo Cósmico. Deve fcar bem claro que só será

385
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
adquirida uma visão realista do mundo fenomênico em que vivemos e da meta que
todos temos diante de nós, se for seguido esse processo de comportamento, pela
assimilação desses ensinamentos de supremo valor, ensinamentos esses que o Mestre
Tibetano se empenhou e se empenha até hoje,em passar para a humanidade, tão
necessitada de Luz. Não devemos esquecer que Luz signifca adquirir conhecimento.
Não podemos fcar sentados esperando que a Luz nos seja dada de mão beijada, é
necessário que busquemos o conhecimento pelo esforço individual.

Podemos adaptar esses ensinamentos do Mestre Tibetano aos conhecimentos da


moderna Astronomia. Pelas descobertas feitas por meio dos atuais telescópios de
altíssima sensibilidade e vastíssimo alcance, sabemos que existem galáxias com bilhões
de estrelas, aglomerados de galáxias e aglomerados de aglomerados de galáxias.
Usando a analogia ensinada pelo Mestre, podemos comparar a ENTIDADE que se
expressa por um aglomerado de aglomerados de galáxias como sendo um Logos Solar,
a ENTIDADE menor que se expressa por um aglomerado de galáxias como um Logos
Planetário e a ENTIDADE menor ainda que se expressa por uma galáxia como um
homem. Assim, o que o homem é para o Logos Planetário, a ENTIDADE de uma galáxia
é para a ENTIDADE de um aglomerado de galáxias. Por outro lado, o que um Logos
Planetário é para o Logos Solar, a ENTIDADE de um aglomerado de galáxias é para a
ENTIDADE de um aglomerado de aglomerados de galáxias. Percebemos nitidamente a
distância entre um Logos Solar, que se expressa por meio de uma estrela com seu
sistema, e a ENTIDADE que se expressa através de uma galáxia com bilhões de
estrelas. Podemos ir mais além na analogia, aplicando esse conceito de conjuntos
dentro de conjuntos maiores à ENTIDADE de um aglomerado de aglomerados de
galáxias e à ENTIDADE de uma parede de aglomerados de aglomerados de galáxias,
que já foram detectadas pela Astronomia. Esse é o raciocínio abstrato que o Mestre
Tibetano tanto nos recomenda, para entendermos o que realmente somos e o que é o
mundo que nos cerca.

Na analogia entre o plano físico do sistema (esse em que estamos encarnados) e o


físico cósmico (que devemos experimentar e dominar, o que conseguiremos
conquistando as condições iniciáticas), está o segredo do quádruplo mistério,
conforme descreve o Mestre Tibetano:

1. O mistério do Akasha.
2. O segredo da quinta ronda (a nosso próxima).
3. O signifcado esotérico de Saturno (em foco atualmente, pela sonda Cassini-

386
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Huygens, que já está nele), o terceiro planeta.
4. A natureza oculta do kundalini cósmico ou a força elétrica do Sistema Solar.
Sobre o quarto ponto, o Mestre diz que, quando for melhor entendida a interação
elétrica no sentido de polaridade (positivo e negativo) entre os planetas, então
saberemos quais estão conectados e quais estão se aproximando do ponto de
equilíbrio. Ele fornecerá brevemente algumas informações, sem se estender e sem ser
muito claro, competindo ao homem buscar mais conhecimento por si mesmo, quando
então essas informações irão se encaixar exatamente no esquema correto. As
conclusões oriundas serão muito iluminadoras e demonstrarão a lógica perfeita do
Plano Divino, permitindo prever o que irá acontecer, dentro de um procedimento
científco.

Com referência à quinta ronda, sabemos que nela ocorrerá o chamado Dia do Juízo, o
período em que haverá a grande seleção, quando só permanecerão no esquema da
Terra aqueles que tiverem condições de receber a quinta Iniciação Planetária, a terceira
solar, sendo expurgados os demais. Ocorrerá também a derrota fnal do mal, através
da grande batalha entre o plano causal e o mental inferior.

No próximo estudo faremos uma análise detalhada do diagrama da página 258 do


Tratado, titulado CLASSIFICACIÓN II - LA EVOLUCIÓN EN EL UNIVERSO, em português:
CLASSIFICAÇÃO II - A EVOLUÇÃO NO UNIVERSO.

Estudo 090

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - 1. Partes Inter-relacionadas - A Evolução no Universo (Página 258)

Analisemos o diagrama Classifcação II - A Evolução no Universo, na página 258 do


Tratado sobre Fogo Cósmico. É apenas uma página, mas contém informações que, se
bem aprofundadas, poderão conduzir a muitas conclusões esclarecedoras e muito
úteis, com referência ao universo manifestado.

Nesse diagrama temos dados sobre a Entidade em manifestação, seu corpo ou veículo
pelo qual manifesta e desenvolve a consciência, que Entidade utiliza para ser seu
centro de força a ser distribuída, porção do espaço em termos de planos cósmicos que
deve vivenciar e dominar, para expansão e enriquecimento de sua consciência e
consequente evolução da Mônada, que é a Entidade, bem como a conquista de poderes

387
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
por Ela, tudo isso no eterno caminho em direção ao ABSOLUTO INFINITO. São
apresentados também os ciclos principais para as Entidades.

Inicialmente vejamos a Entidade. São cinco níveis de entidade, o mais baixo, o homem e
o mais elevado (não no sentido absoluto), o Desconhecido (o Parabrahma).

Pelo veículo temos uma ideia da grandeza da Entidade. Comecemos pelo homem. Ele
tem sete centros ou chacras como mecanismos de expressão. Todavia sabemos
perfeitamente que o corpo de um homem é constituído de mais partes, que dependem
das energias emanadas pelos sete centros principais. De igual forma um Homem
Celestial ou Logos Planetário se serve de sete cadeias planetárias (que são na realidade
sete encarnações). Assim, o corpo de um Logos Planetário é composto de todo o
conjunto de globos (sete), que se renovam sete vezes (as cadeias), durante um Sistema
Solar, uma encarnação do Logos Solar. Essas cadeias podem ser vistas como centros
no tempo, como diz o Mestre Tibetano, embora para cada cadeia o Logos Planetário
disponha de centros específcos, como atualmente Shamballa é o centro coronário, a
Hierarquia o cardíaco e a humanidade o laríngeo, utilizando-se portanto o Logos de
grupos para seus centros ou chacras.

Um Logos Solar se serve de sete esquemas planetários para se expressar, tendo como
centro um Homem Celestial, com toda a sua equipagem.

Um Logos Cósmico utiliza sete sistemas solares para a sua manifestação e evolução,
tendo como centro um Logos Solar, também com toda a sua equipagem.

O Desconhecido (o Parabrahma) se expressa através de sete constelações, tendo como


centro um Logos Cósmico, da mesma forma com todos os seus sistemas solares.
Percebemos claramente que são conjuntos cada vez maiores, contendo vários
conjuntos.

Seguindo essa linha de raciocínio, perfeitamente lógica, concluímos que o processo


continua, existindo uma Entidade maior que o Parabrahma, cujo corpo é formado de
sete conjuntos, cada conjunto com sete constelações, totalizando quarenta e nove
constelações e trezentos e quarenta e três sistemas solares. Se considerarmos que
esses números referem-se apenas aos centros principais, os chamados sagrados e que
existem muitos outros órgãos dentro de um corpo, então deduzimos que a quantidade
de estrelas no corpo dessa Entidade maior que o Parabrahma é muito maior que
trezentas e quarenta e três. Daí podermos pensar na Entidade que se expressa através
de uma galáxia e até de aglomerado de galáxias, como já fzemos.

388
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudemos agora os planos de vivência e domínio. Para o homem é o plano físico
cósmico, que vai desde o nosso físico até o adi ou divino, embora aqueles que estão
em evolução acelerada possam conquistar planos mais elevados. Para um Logos
Planetário são dois planos cósmicos: físico e astral. Para um Logos Solar são três
planos cósmicos: físico, astral e mental. Para um Logos Cósmico são quatro planos
cósmicos: físico, astral, mental e búdico. Para um Parabrahma (o Desconhecido) são
cinco planos cósmicos: físico, astral, mental, búdico e átmico. Isso é válido para o atual
grande Ciclo. Em grandes Ciclos futuros (esse futuro signifcando para a nossa
limitação mental uma "eternidade") os planos serão outros mais elevados. Também
para Entidades mais elevadas, como uma se expressando por meio de uma galáxia, os
planos serão outros mais elevados. Essa dedução é óbvia e lógica, com base nessa lei
de formação ou processo evolutivo.

Chegamos agora ao tempo ou duração dos ciclos. Para o homem, é o período de um


esquema planetário. Como um esquema se renova sete vezes (em sete cadeias),
concluímos que o homem pode conseguir sua conquista numa única cadeia (os mais
velozes) ou em até sete cadeias. Quem não obtiver êxito, será um fracasso.

Para um Logos Planetário, é o período de um sistema solar, cuja duração média é de


trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres, segundo consta na
página 59 do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Para um Logos Solar, é o período de três sistemas solares, o que é igual a novecentos e
trinta e três trilhões e cento e vinte bilhões de anos terrestres. Isso signifca que um
Logos Solar faz a sua conquista em três encarnações. Para um Logos Cósmico e um
Parabrahma (o Desconhecido), o Mestre Tibetano não fornece indicações.

Dessas informações podemos fazer deduções interessantes. O homem leva de uma até
sete cadeias para conquistar um plano cósmico. Um Logos Planetário faz a conquista
de dois planos cósmicos em um sistema solar, o que signifca um plano cósmico por
meio sistema solar em média. Um Logos Solar domina três planos cósmicos em três
sistemas solares, o signifca um plano cósmico por sistema solar. Tabulando esses
resultados para melhor visualização, temos:

Plano
Entidade Média de Tempo
Cósmico
1 plano de uma a sete
Homem
cósmico cadeias
Logos 1 plano 1/2 sistema

389
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Planetário cósmico solar


1 plano
Logos Solar 1 sistema solar
cósmico
Vemos claramente que a medida que a Entidade se eleva, seu esforço para dominar 1
plano cósmico torna-se maior, porque demanda mais tempo, considerando nosso ponto
de vista de tempo. Isso é perfeitamente lógico, pois quanto mais elevada a Entidade,
maiores são suas funções, suas responsabilidades, sua área de abrangência, a
quantidade e o nível das entidades dentro de seu corpo e a energia da matéria a ser
dominada. Por isso quanto mais elevada a Entidade, maior seu Poder, que é
conquistado. Com base nessa tendência, podemos fazer inferências com referência ao
Logos Cósmico e ao Parabrahma, todavia isso não seria de grande utilidade para nós,
uma vez que mais nos importa a nossa conquista de 1 plano cósmico. Essas
conjecturas apenas seriam úteis para admirarmos essas Excelsas Entidades, que são
fontes de nossa Vidas e nos estimular no esforço para a vitória.

No próximo estudo analisaremos o trabalho dos Entes Atômicos.

Estudo 091

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - 2. O Trabalho dos Entes Atômicos (Páginas 260 e 261)

Estudaremos agora em maior profundidade e com mais detalhamento o trabalho e as


funções dos Logoi Planetários, os Homens Celestiais, dentro do corpo de expressão do
Logos Solar, o Sistema Solar, sendo considerados por isso análogos aos centros do
corpo físico do homem, com a diferença de que são pontos focais, através dos quais
fuem as energias da Mônada do Logos Solar, via sua Alma ou Ego, atuando no plano
causal cósmico. O claro entendimento da correspondência entre o plano físico cósmico
e o físico do sistema ajudará em muito a compreensão dessa analogia. Mestre Tibetano
chama os Logoi Planetários de Entes Atômicos, no sentido de que são elementos
constituintes dos centros do Logos Solar. Sabemos que os centros físicos do homem
são vórtices gerados por diversos movimentos de átomos físicos e moléculas
formadas por átomos físicos, o que esclarece perfeitamente a denominação utilizada
pelo Mestre, Entes Atômicos, considerando as funções dos Logoi Planetários como
centros. Não podemos esquecer que estamos tratando do corpo físico cósmico do

390
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Logos Solar, portanto, quando falamos que os Logoi Planetários são centros solares,
estamos nos referindo aos corpos físicos cósmicos dos Logoi Planetários. Deve fcar
bem claro que os Homens Celestiais exercem outras atividades e vivem outras
modalidades de vida, além das funções de centros solares. A analogia com os centros
do homem não pode ser levada ao pé da letra. O trabalho dos Homens Celestiais é
muito mais consciente do que o do homem.

Dentro da analogia com os centros do homem, vemos que três centros solares são
inferiores: básico, sacro e umbilical. Sob o ponto de vista do plano físico cósmico, é a
seguinte a correspondência desses centros inferiores:

básico plano físico do sistema subplano denso do físico cósmico


sacro plano astral do sistema subplano líquido do físico cósmico
umbili planos mental e búdico do subplanos gasoso e etérico (quarto éter) do
cal sistema físico cósmico
No momento esses centros estão sendo enfocados pelo fogo por fricção (kundalini)
logoico.

Como sabemos, o centro umbilical é o sintetizador dos outros dois inferiores e assim é
constituído o quaternário solar, pois temos: básico, sacro, umbilical ou plexo solar e
esse último na função de sintetizador, além da sua própria, o que totaliza quatro
funções. O centro umbilical ou plexo solar do Logos Solar ocupa dois planos do sistema
(mental e búdico) por causa de sua função sintetizadora.

O básico solar, correspondente ao centro humano situado na base da coluna vertebral,


sob o qual está a chamada bolsa de kundalini, é mais durável que os outros dois
inferiores.O Logos Planetário que é responsável por essa função e é fonte geradora de
calor para seus Irmãos pode perfeitamente ser descoberto pela Intuição, não bastando
a mente concreta isolada. Nessa pesquisa há que diferenciar entre o centro básico e a
bolsa de kundalini solares. Posteriormente voltaremos a esse assunto.

Pela tendência já observada, vemos que os centros superiores solares têm as


seguintes correspondências:

cardía subplano superetérico (terceiro éter) do


plano átmico
co físico cósmico
larínge plano subplano subatômico (segundo éter) do
o monádico físico cósmico
coroná plano adi ou subplano atômico (primeiro éter) do físico

391
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

rio divino cósmico


Fica faltando um centro, o frontal. Todavia esse centro faz parte do coronário, estando
portanto no plano adi.

Como o centro umbilical solar está muito atuante na atual quarta ronda da quarta
cadeia do esquema da Terra, o Logos Planetário responsável por ele (do esquema de
Netuno) trabalha intensamente nesse período, sendo de grande importância vital para
a evolução planetária.

Quanto ao nosso Logos Planetário, quando Ele conseguir vitalizar seu centro umbilical,
transferindo para ele o fogo por fricção dos centros inferiores, iniciando a síntese
necessária, começará um novo ciclo de sua vida cósmica e chegará ao fm uma grande
parte do atual sofrimento da humanidade. Contudo, Ele apenas está começando seu
trabalho nesse sentido. Serão necessários ainda dois ciclos e meio para a conclusão.
Quando tal acontecer, o efeito na humanidade será tríplice:

• O estímulo sexual atual será transformado em criação, nos planos físico, astral e
mental, manifestando-se em obras de arte e beleza e grande avanço na área
científca.
• Os crimes, originados em grande parte pela paixão sexual, chegarão a seu fm.
• Haverá uma redução de pelo menos setenta e cinco por cento na libertinagem, nas
orgias e nos horrores consequentes.
Pelas informações já passadas pelo Mestre Tibetano (que o nosso Logos Planetário irá
receber uma Iniciação maior relacionada com a renúncia na próxima ronda e uma
menor na atual), podemos deduzir que Ele já avançou um pouco na transferência do
fogo para o umbilical, uma vez que o Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito em 1925,
portanto há 79 anos. Como já dissemos anteriormente, talvez essa menor ocorra no
alinhamento do eixo norte-sul da Terra com a estrela Poláris, a alfa de Ursa Menor, que
está alinhada com Dubhe e Merak, respectivamente a alfa e a beta de Ursa Maior e
transmissoras das energias dos primeiro e segundo raios. Esse alinhamento está
previsto por alguns para 2.012. É razoável pois que tenhamos esperanças para a
melhoria das condições da humanidade, apesar do sofrimento inerente a essa Iniciação
menor, relacionada com a renúncia. Só nos resta estarmos preparados e atentos
continuamente, sem nenhum momento de vacilação.

392
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 092

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - 2. O Trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Páginas 261 e 262)

Continuemos o estudo do trabalho dos entes atômicos. Vimos duas consequências


para a humanidade, resultantes da vivifcação do plexo solar planetário e a síntese nele
dos dois centros inferiores, por parte do nosso Logos Planetário. A terceira será o
aperfeiçoamento da interação entre os três planetas físicos densos e o homem poderá
passar de um a outro à vontade. Quais são esses três planetas físicos densos? A Terra
está na quarta cadeia e é o quarto globo, conforme consta no VI diagrama da página
317 do Tratado, existindo portanto dois globos etéricos na atual cadeia do esquema da
Terra. Pelo mesmo diagrama o nosso esquema tem conexões com os esquemas de
Marte e Mercúrio. Pela proximidade de Marte e Mercúrio, que são físicos densos e
considerando as conexões, podemos deduzir que o Mestre está se referindo a esses
dois planetas, quando menciona a passagem pelo homem de um a outro. As sondas
enviadas pela NASA a esses planetas e as informações sobre eles já obtidas reforçam
nossa dedução. Aproveitamos a oportunidade para dizer que Mercúrio é o centro
básico do Sistema Solar. A sonda Messenger já está a caminho de Mercúrio, devendo lá
chegar em 2011.

O Mestre diz ser inadequada a denominação para os globos de uma cadeia, como
também os nomes dados a uma cadeia com base no nome do planeta, por provocar
confusões.

Na afrmação de que Vênus é o primário da Terra, existe uma pista para um


entendimento correto. Não é possível falar muito sobre o mistério de que Vênus é o
alter ego da Terra, nem é aconselhável, porém algumas ideias podem ser sugeridas, de
tal forma que a refexão sobre elas dará uma visão maior da beleza existente na síntese
da natureza e na maravilhosa correlação de tudo quanto evolui.

Talvez tenhamos uma noção mais clara sobre isso, se lembrarmos que, em sentido
oculto, Vênus é para a Terra o que o Eu superior é para o homem. Não devemos pensar
com isso que Vênusé literalmente o Eu superior do Logos Planetário da Terra, mas sim
que a distância evolutiva entre os dois Logoi é comparável à entre a Alma do homem e
sua personalidade.

A chegada à Terra dos Senhores da Chama (Sanat Kumara e os 107 Kumaras) há 18


milhões de anos não foi ao acaso, mas aconteceu em obediência à Lei, como uma
questão planetária, que tem uma analogia com o vínculo existente entre a unidade

393
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mental e o átomo mental permanente do homem. É um fato semelhante à construção
pelo homem do Antakarana, a conexão entre a unidade mental e o átomo mental
permanente. Igualmente a humanidade da Terra construirá um canal até Vênus, o
primário da Terra. A questão de ser Vênus o primário da Terra remonta a um
relacionamento muito antigo, de cadeias anteriores, entre os dois Logoi.

Vênus é um planeta sagrado, mas a Terra não o é. Os planetas representam princípios


para os Logoi Planetários, assim como os átomos permanentes para o homem. A
diferença entre essas representações para os Logoi é que para os sagrados a
representação persiste durante todo o Sistema Solar, mas para os não sagrados, ela é
temporária. Essas representações são com referência ao Logos Solar.

Três planetas sagrados são moradias dos três Raios maiores, as formas físicas pelas
quais se manifestam os três aspectos ou princípios maiores do Logos Solar. Os outros
quatro planetas sagrados expressam os quatro Raios menores ou de atributo.

O Mestre diz que, desde o ponto de vista atual (grifando essa expressão), podemos
considerar Vênus, Júpiter e Saturno, nesta época, como veículos dos três
superprincípios. Ora, por superprincípios, queremos entender os Raios maiores:
Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa. Mas sabemos que Vulcano
expressa o primeiro Raio, Júpiter o segundo e Saturno o terceiro, sendo Vênus o quinto
Raio. Como então explicar Vênus como um superprincípio, no caso o primeiro Raio? A
única explicação que achamos lógica e racional é que, no atual período do Sistema
Solar, por ser Vênus o esquema mais adiantado e ser o centro frontal, portanto da
cabeça e ligado ao coronário (expressão do primeiro Raio), é por Vênus que o Logos
Solar está expressando no momento seu aspecto Vontade.

Mercúrio, Terra e Marte estão estreitamente ligados a esses três. Mercúrio, por ser o
básico, tem conexão natural com o coronário, sendo as ligações da Terra e de Marte
por outros motivos, embora a vinculação de Mercúrio também possa ser com outro
objetivo, pois o Mestre afrma que essas conexões ocultam um mistério, sendo que a
evolução da ronda interna tem relação com esse mistério. Ronda interna é um
processo de evolução mais rápida para aqueles que possuem condições e disposição
para essa aceleração evolutiva. Um exemplo típico é o Senhor Maitreya. Pelas palavras
que o Mestre acrescenta a seguir, podemos deduzir que esse mistério está relacionado
com os reinos humano e Dévico, em evolução nesses três esquemas, Terra, Marte e
Mercúrio. Examinemos, pois, as palavras do Mestre. Assim como o Logos Solar tem
(nos planetas não sagrados) sua analogia com os átomos permanentes do homem,

394
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
assim também a evolução que está entre os dois (Deus como o Logos Solar e o
Homem) é constituída pelos Homens Celestiais, cujo corpo está formado por Mônadas
humanas e Dévicas, que igualmente possuem seus átomos permanentes. Assim temos
uma linha de dependência: O Logos Solar depende dos Homens Celestiais, os quais
dependem de nós, Mônadas humanas e dos Devas, Mônadas Dévicas. Mais uma vez
fca bem caracterizada a nossa responsabilidade em todo o processo evolutivo do
Sistema Solar. É relativamente fácil perceber-se a importância dos três princípios
superiores (os três Raios maiores), em relação aos quatro inferiores.

O assunto exposto nesse estudo requer muita meditação e refexão, não só quanto ao
nosso esforço para acelerar a evolução, mas em relação ao trabalho dos cientistas em
pesquisar os nossos vizinhos Marte e Mercúrio (no momento a atenção está voltada
para Saturno, pela sonda Cassini-Huygens).

No próximo estudo continuaremos com esse assunto, em particular em relação a


Vênus e sua ligação numérica com a Terra, em termos de cadeia, ronda e raça-raiz.

Estudo 093

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - O Trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Páginas 262 e 263)

Continuemos nosso estudo do trabalho dos Entes atômicos. A chave para


entendimento das ligações entre esquemas, cadeias e rondas está oculta no fato de
que entre o número que corresponde a um globo de uma cadeia e sua cadeia
correspondente existe um canal de comunicação e relacionamento, através do qual
infuências são trocadas. O mesmo acontece entre uma cadeia de globos e um
esquema que tenha o mesmo número da cadeia. Exemplifquemos. Dentro de uma
cadeia de globos (sabemos que um esquema se renova sete vezes durante um Sistema
Solar, sendo cada renovação uma cadeia, ou melhor dizendo, uma encarnação do Logos
Planetário), existem sete globos de matérias diferentes, conforme a cadeia. Esses
globos são denominados numericamente ou através de letras. C. W. Leadbeater usa
letras e o Mestre Tibetano utiliza números. Uma ronda é a passagem da atenção do
Logos Planetário do esquema por todos os sete globos da cadeia, sucessivamente. A
distribuição das matérias constituintes dos sete globos varia em função do número da
cadeia. Sabemos que no atual Sistema Solar a meta de conquista para as humanidades

395
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
é a matéria do plano átmico ou espiritual. Logo os globos são constituídos de matérias
variando da física até a átmica.

Apresentamos a seguir uma tabulação dessas matérias em função das cadeias:

Número
da Distribuição das matérias mais densas dos globos
cadeia
1ª e 7ª
globos 1 ou A e 7 ou G de matéria átmica, globos 2 ou B e 6 ou F de
cadeias
matéria búdica, globos 3 ou C e 5 ou E de matéria mental superior e globo
(n°. 1 e
4 ou D de matéria mental inferior
7)
2ª e 6ª globos 1 ou A e 7 ou G de matéria búdica, globos 2 ou B e 6 ou F de
cadeias matéria mental superior, globos 3 ou C e 5 ou E de matéria mental inferior
(n° 2 e 6) e globo 4 ou D de matéria astral
3ª e 5ª
globos 1 ou A e 7 ou G de matéria mental superior, globos 2 ou B e 6 ou F
cadeias
de matéria mental inferior, globos 3 ou C e 5 ou E de matéria astral e globo
(n°. 3 e
4 ou D de matéria física, podendo ser puramente etérica ou densa
5)
globos 1 ou A e 7 ou G de matéria mental inferior, globos 2 ou B e 6 ou F de
4ª cadeia
matéria astral e globos 3 ou C, 4 ou D e 5 ou E de matéria física, podendo
(n°. 4)
ser apenas etérica ou densa.
Percebemos que as cadeias vão se adensando até o máximo, na 4a. cadeia, para em
seguida perderem densidade. Embora se emparelhem duas a duas, exceto na quarta,
quanto às matérias, contudo a vivência das unidades de vida e a qualidade das
matérias diferem entre a descida para o mais denso e a subida, ou seja, entre a
primeira e a sétima cadeias, entre a segunda e a sexta e entre a terceira e a quinta.
Embora exista a matéria mais densa para cada globo, todavia eles são revestidos de
matéria mais elevada, até a adi ou divina. Exemplifcando: a Terra está na quarta cadeia
e é o quarto globo ou o D, então estamos imersos em matéria física (etérica e densa),
astral, mental inferior, mental superior, búdica, átmica, monádica e adi; os globos 1 ou A
e 7 ou G da cadeia terrestre (a nossa) são formados de matérias mental inferior, mental
superior, búdica, átmica, monádica e adi.

Assim percebemos claramente as imensas possibilidades para aqueles que decidem e


se esforçam para mais rápida evolução, pois podem viver experiências nas matérias
mais sutis e devidamente preparadas para tal, uma vez que já tenham conquistado o
controle pleno das matérias mais densas. Mestre Tibetano faz alusões a esse tipo de
experiência por parte de Egos avançados, com permanência em globos sutis, no

396
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
intervalo entre encarnações na Terra. Incluem-se nessas experiências as infuências por
energias de raios, quando o Iniciado as necessita. Esses globos atualmente existem e
estão localizados próximos da Terra, sendo os dois físicos puramente etéricos,
formando os três físicos juntamente com a Terra. É óbvio que é impossível aos
telescópios (e aos radiotelescópios) detectarem esses globos de matéria sutil.

A vinculação existente entre os esquemas da Terra e de Vênus está oculta nessa


relação numérica. O Mestre afrma que o magno acontecimento conhecido como a
chegada dos Senhores da Chama, provenientes do esquema de Vênus, ocorreu em um
momento de misterioso alinhamento entre um globo, sua cadeia correspondente e o
esquema de número similar. Esse importantíssimo evento foi realizado durante a
terceira raça-raiz da quarta ronda. Analisemos essas relações numéricas. A Terra é o
quarto globo da quarta cadeia terrestre e está dentro do quarto esquema do Sistema
Solar, sendo a ronda atual a quarta, donde o alinhamento numérico com base no
número quatro três vezes: globo-ronda, globo/ronda-cadeia e globo/ronda/cadeia-
esquema. Vemos no VII diagrama na página 327 do Tratado sobre Fogo Cósmico que a
Terra, o quarto globo, recebe infuência do segundo globo, que está regido por Vênus.
Como as energias geradas pelas cadeias e seus globos perduram no tempo e no
espaço, as energias geradas pelo quarto globo da quarta cadeia do esquema de Vênus
alinharam-se agora com o quarto globo (a Terra) da quarta ronda da quarta cadeia do
quarto esquema. Explicamos isso, porque atualmente o esquema de Vênus está na
quinta cadeia e o planeta Vênus é o quinto globo. Então, quando chegou esse momento
de altíssima importância para o nosso Logos Planetário, o momento de sua
"encarnação física", necessária para acelerar sua evolução cósmica, o que implicava na
implantação da autoconsciência na raça realmente terrestre, a raça primogênita
(devemos lembrar que a raça lemuriana, embora a terceira, foi a primeira densa e
realmente humana da cadeia terrestre e a atlante foi constituída em sua grande
maioria de Egos oriundos da cadeia lunar), chegaram os Senhores da Chama liderados
por SANAT KUMARA, juntamente com os ANJOS SOLARES no plano causal, para a
INDIVIDUALIZAÇÃO do homem lemuriano. O trabalho do ANJO SOLAR ao construir o
LOTO EGOICO no plano causal tinha de ser acompanhado pelo trabalho estimulador
dos Senhores da Chama (os KUMARAS) no plano físico, os quais implantaram a chispa
da mente naqueles cérebros rudimentares. Assim, com a chegada dos ANJOS
SOLARES, de SANAT KUMARA e seus KUMARAS e a individualização da terceira raça-
raiz, o nosso LOGOS PLANETÁRIO conseguiu "encarnar fsicamente". Lembramos que
os KUMARAS são citados no Antigo Testamento (Gênesis) sob o nome de Filhos de

397
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Deus.

Dentro do que foi explanado hoje há muito assunto para refexão e conclusões muito
úteis e com potencial acelerador da evolução. No próximo estudo passaremos mais
informações sobre o SENHOR DE VÊNUS, o Logos de Vênus, tão ligado ao nosso Logos
Planetário e consequentemente a todos nós, que constituímos a humanidade e ao reino
Dévico.

Estudo 094

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - O trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Páginas 263 e 264)

Continuemos nosso estudo dos Homens Celestiais e seu trabalho. A evolução desses
grandes Seres não se processa de forma igual nem com a mesma velocidade. Assim
como os homens, suas células, evoluem com taxas de evolução bem diferentes, Eles
igualmente diferem. Embora repetindo, temos no Senhor Maitreya um exemplo clássico
e inigualável de evolução ultrarápida, pois, tendo se individualizado na terceira sub-raça
lemuriana, alcançou em três raças-raiz a posição que atualmente ocupa, de Bodisattwa,
Instrutor de homens e Anjos (Devas) e de Iniciador nas primeira e segunda Iniciações
Planetárias, sem falar nas outras funções que exerce dentro do Sistema Solar, como a
de Portador das energias do Cavaleiro da Paz, um Ser Cósmico, com o qual teve
contacto direto.

Importante se faz enfatizar que Esses Homens Celestiais do nosso Sistema Solar
enfrentam problemas diferentes, o que nos impede de avaliar corretamente o trabalho
já realizado por Eles e sua posição na escalada evolutiva cósmica. É dito que o Logos
do esquema de Vênus é o que está mais adiantado, por estar na quinta cadeia e quinta
ronda. Todavia as coisas não são bem assim. Assim como na evolução humana
podemos observar três linhas maiores de evolução e quatro menores em processo de
fusão em uma das maiores, ou seja, as linhas dos raios de aspecto: Vontade, Amor-
Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa e as dos raios de atributo: harmonia pelo
confito, conhecimento/ciência, idealismo/devoção e organização/magia cerimonial, o
mesmo acontece com os Logoi Planetários. O Senhor de Vênus não está na linha dos
raios maiores, estando ainda num dos raios de atributo, onde também se encontra o
nosso Logos Planetário. Realmente sabemos que o Logos de Vênus exerce a função de

398
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
centro do quinto raio (centro frontal), estando pois no quaternário logoico.

A pergunta que está sob análise e estudo no momento refere-se a esquemas, cadeias,
rondas e raças-raiz. Cadeias, rondas e raças-raiz são para os Logoi o que as
encarnações são para o homem. Essa comparação facilita um pouco o entendimento
dos ciclos evolutivos dessas excelsas Entidades, sejam um Logos Cósmico, um Logos
Solar ou um Planetário. Helena P. Blavatsky já disse que na evolução de um Sistema
Solar há ciclos maiores e menores, podendo-se dizer o mesmo de um Logos Planetário,
um homem e um átomo. Com isso temos de fazer uma outra observação, de natureza
numérica:

Os ciclos evolutivos dos grandes Seres podem ser classifcados em três grupos
principais, cada grupo dividindo-se sete vezes, um sem número de vezes.

Para um Logos Solar temos:

• Cem anos de Brahma (311 trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres)


• Um ano de Brahma (3 trilhões cento e dez bilhões e quatrocentos milhões de anos
terrestres)
• Um dia de Brahma (8 bilhões e seiscentos e quarenta milhões de anos terrestre)
Esses períodos já foram calculados pelos pesquisadores indus, sendo a duração de um
Sistema Solar e se encontram na página 59 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

Em relação aos Logoi Planetários, temos os seguintes ciclos análogos:

• Um esquema planetário (dura um Sistema Solar)


• Uma cadeia planetária (uma encarnação), num total de sete
• Uma ronda planetária (uma mudança de enfoque do Logos numa encarnação,
também num total de sete para cada cadeia
Dentro de uma ronda temos ainda ciclos menores, que podemos ver como
encarnações do Logos, porém de uma forma totalmente diferente de uma encarnação
do homem. São os seguintes:

• Período em que um globo está plenamente ativo, quando o Logos enfoca sua
atenção nesse globo, como agora o nosso está enfocado na Terra
• Período de uma raça-raiz, ou seja, dentro de um globo, o Logos se preocupa com
uma especial qualidade da humanidade sob sua responsabilidade
• Período de uma sub-raça, quando, numa raça-raiz, o Logos cuida de desenvolver
um aspecto da qualidade da raça-raiz

399
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
•Período de uma ramifcação de uma sub-raça, em que o Logos quer aperfeiçoar sob
um determinado ângulo um aspecto da qualidade da raça-raiz.
Percebemos nitidamente e sem margem de dúvida o aprofundamento e a atitude
discriminadora (no sentido de dividir para melhor entender e aperfeiçoar) do Logos,
sendo óbvio que posteriormente Ele terá de sintetizar tudo o que conquistar. Temos um
exemplo claro e facílimo de entender nas nossas faculdades. Um curso superior
compõe-se de vários períodos de seis meses, sendo que em um o estudante se dedica
a determinados assuntos de uma matéria, para dominá-los e no seguinte utilizá-los em
uma etapa mais profunda da matéria e assim ele prossegue, até se tornar um
profssional no ramo que escolheu, quando terá de fazer uso de todos os
conhecimentos conquistados, na sua vida prática. De forma análoga, o Logos Planetário
efetua seu aprendizado cósmico, etapa por etapa, ou período por período, até concluir
seu curso e se diplomar no fnal do Sistema Solar. É lógico que devemos fazer as
devidas diferenças de amplitude e de natureza, nessa analogia com o processo de um
Logos.

Esse assunto é muito valioso para refexão e meditação, pois é muito útil para a
extração de conceitos abstratos, que, se devidamente trabalhados e inter-relacionados,
poderão conduzir a conclusões muito importantes na escalada evolutiva, uma vez que,
com a intensa utilização da mente abstrata (onde está localizado o Ego ou a Alma), a
intuição (sentido do corpo búdico) poderá ser ativada e informações de alto interesse
serão passadas para o cérebro físico.

No próximo estudo continuaremos nosso estudo, com informações mais ligadas ao


homem, dentro desse mesmo enfoque.

Estudo 095

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - O Trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Páginas 264, 265 e 266)

Procuraremos hoje explicar com fatos objetivos e de maior facilidade de entendimento


como é a manifestação de um Logos Planetário em suas diversas áreas de atuação,
através das quais Ele adquire experiência, exercita-se e evolui. Ao analisarmos o
comportamento do Logos por meio de uma raça-raiz, devemos lembrar que o conjunto
de seres humanos e Dévicos em um planeta constitui o corpo vital de um Logos

400
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Planetário, enquanto o conjunto de vidas menores de um planeta (que inclui os corpos
físicos dos homens e dos Devas e os outros reinos da Natureza) forma Seu corpo
físico denso, podendo ser dividido em dois grupos:

• as vidas que estão no arco evolutivo (de ascensão), como as do reino animal

• as vidas que estão no arco involutivo (de descida para o mais denso), como as
formas de matéria elemental, dentro da esfera de infuência do Logos, as quais, no
todo, conformam, como já foi dito, o corpo de expressão do espírito do planeta,
também chamado a entidade planetária. Sua posição evolutiva em relação ao Logos
Planetário é análoga à dos diversos seres elementais que constituem os corpos
físico, astral e mental do homem, sendo também, como todos os seres manifestados
em constante evolução, de natureza tríplice, embora em descida para o mais denso
(denominado ciclo involutivo). Em consequência, os homens e os Devas (não
considerando entre estes últimos os Construtores menores) constituem a ALMA do
Homem Celestial. Outras vidas tomam parte em seu CORPO, porém, levando em
conta a divisão do Tratado sobre Fogo Cósmico em duas partes, estamos
interessados no corpo e na Alma. O corpo expressa o fogo da matéria e a Alma o
fogo da mente. Os Devas são operadores dentro da ativa mente universal, em troca
os homens são considerados manásicos ou mentais num sentido diferente. Os
homens constituem a ponte ou ligação ou meio de comunicação com a essência e os
Devas fazem o mesmo com a matéria. Obviamente o Mestre Tibetano, quando usou a
palavra ALMA no atual contexto, foi nesse sentido de ligação, pois sabemos
perfeitamente que a ALMA ou EGO do Logos Planetário encontra-se no plano causal
cósmico, portanto muito distante em termos de matéria sutil da área de atuação do
homem, que ainda se encontra atuando no plano físico cósmico e em subplano bem
baixo. O homem atua no corpo físico etérico ou vital do Logos, sendo daí que as
experiências vividas são levadas, via corpos astral e mental cósmicos, à ALMA do
Logos Planetário, assim como as experiências vividas pelo homem em corpo físico
são levadas, via corpos etérico ou vital, astral e mental, à Alma humana. Concluindo,
podemos dizer que os homens e os Devas, como seres pensantes, são o corpo
etérico ou vital do Logos e a ponte para a ALMA Logoica, sendo os Devas a ponte
para matéria e os homens a ponte em sentido inverso. Os reinos elementais formam
a parte densa do corpo logoico, a qual não é um princípio. Não podemos esquecer
que a parte densa do corpo físico logoico é constituída pelas matérias dos planos
físico, astral e mental do nosso esquema. Portanto os homens são a ponte pela

401
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atuação nas matérias acima da búdica, sendo isso uma razão para acelerarmos a
nossa evolução no sentido de aprendermos a atuar com bastante desembaraço e
domínio nessas matérias sutis. Só assim seremos de mais utilidade para o Logos.
Se associarmos os ciclos dos Logoi Solar e Planetários com a Mônada humana, teremos
as seguintes correspondências:

• O Grande Ciclo da Mônada humana, correspondendo aos cem anos de Brahma (uma
encarnação do Logos Solar e sete encarnações dos Logoi Planetários)
• O ciclo do Ego ou Alma (subciclos da Mônada)
• ciclo da Personalidade (subciclos do ciclo do Ego).
Esses conceitos abrem um vastíssimo campo para pesquisa, refexão, estudo e
comparações, quando encaixamos esses ciclos do Ego e da Personalidade dentro dos
ciclos mais amplos do Logos Planetário, procurando descobrir o grau de evolução do
homem nas diversas raças-raiz, rondas e cadeias. Muitas conclusões valiosíssimas
poderão ser extraídas desses estudos, que em muito irão clarear a nossa visão do
universo em seu aspecto espiritual. Todo esforço nesse sentido será compensador. Há
conceitos fundamentais regendo o assunto, os quais devem ser considerados
detidamente.

Os ciclos da manifestação da personalidade humana se sucedem em grupos de quatro


e sete, obedecendo a sequência comum evolutiva:

• Diferenciação - o processo de descida ao mais denso ou involutivo, o Uno


convertendo-se nos muitos, o homogêneo transformando-se no heterogêneo.
• Equilíbrio - o processo de reajuste cármico.
• Síntese ou espiritualização - os muitos voltando a ser o Uno.
• Obscurecimento ou libertação - o fm do processo evolutivo ou a libertação do
Espírito ou Mônada dos grilhões da matéria.
Pelo acima dito percebe-se que nem todas as encarnações físicas têm a mesma
importância. Algumas, sob o ponto de vista do Ego, são insignifcantes e outras de
grande valor. Algumas encarnações físicas possuem, para a Mônada humana em
evolução, a mesma importância que uma encarnação em um globo ou raça-raiz tem
para um Logos Planetário. Para outras encarnações a importância é relativa e bem
menor, assim como o é para um Logos a encarnação em uma ramifcação de raça-raiz.

Por causa do pequeno e insufciente grau de evolução do homem médio, mui pouco são
consideradas as encarnações ou ciclos astrais (os períodos passados no plano astral,

402
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
não só entre mortes físicas, como também aqueles passados em globos astrais da
cadeia, quando o Logos neles enfoca sua atenção ou, em outras palavras, quando neles
encarna). Contudo não se pode abrir mão delas, pois, frequentemente, são mais
importantes que as físicas. Em seu devido tempo compreender-se-á melhor o
signifcado dos ciclos astrais e sua relação com os ciclos físicos. Quando for
compreendido com clareza e sem margem de dúvidas, que o corpo físico não é um
princípio, porém que o princípio kama-manásico (desejo-mente, que domina a grande
maioria da humanidade atualmente) é o mais vital para o homem atual, então o período
ou ciclo em que o homem atua no quinto subplano astral (fundamentalmente o
subplano kama-manásico), ou seja, quando prevalecerem seu corpo astral matéria do
quinto subplano, terá sua devida importância. Isso é óbvio, porque o quinto subplano
astral é onde manas começa a se separar de kama ou desejo, iniciando o homem a
transferência de polarização do plano astral para o mental, transferência essa que será
mais forte, quando prevalecer a matéria do quarto subplano astral, bastando para se
entender isso lembrar que o quarto subplano mental é o ponto de transferência da
polarização do mental inferior para o causal, onde reside o Ego. As ações nos planos se
interferem.

Como sempre irá ocorrer, devido ao aprofundamento do nosso estudo, os conceitos


acima expostos devem ser refetidos e meditados o máximo possível, uma vez que
constituem base para o que vem em seguida. No próximo estudo prosseguiremos com
os ciclos do Ego e da Mônada.

Estudo 096

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - O Trabalho dos Entes Atômicos- Continuação (Páginas 266 e 267)

Continuemos o estudo dos Entes Atômicos. A questão dos ciclos e das transferências
de polarização também ocorre nos planos mental inferior e causal. Os ciclos do Ego
abrangem todos os ciclos nos três mundos inferiores ou da personalidade e
correspondem a uma ronda completa nos ciclos de um Logos Planetário. São sete tais
ciclos, todavia o número de ciclos menores, incluindo os sete, é segredo de Iniciação.

A evolução do Ego, quando se torna mais explícita, sucede-se em grupos de sete e de


três e não de quatro e de sete, como os ciclos da personalidade. A mesma proporção

403
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
existe nos ciclos centrais dos Logoi Solar e Planetários.

Os ciclos da Mônada ocorrem em ciclos de um e de três, como os ciclos básicos das


grandes Entidades, das quais o homem é o refexo microcósmico. Se aplicarmos esses
conceitos gerais aos esquemas e a outras formas de manifestação e se analisarmos o
microcosmo como se fosse a chave de tudo, surgirão ideias na mente referentes ao
propósito que jaz velado em todas essas manifestações. Convém recordar que o
homem médio, em cada encarnação, alcança os três objetivos:

• desenvolver a consciência ou despertar e expandir a faculdade perceptiva,

• conquistar em certa medida a faculdade de permanecer ou o acréscimo defnido do


conteúdo do corpo causal, melhor dizendo, do Loto Egoico,

• gerar carma ou iniciar pela atividade causas, que produzirão efeitos inevitáveis.
Assim também um Logos Planetário faz o mesmo em uma etapa de Sua evolução. A
medida que o homem progride e entra no Caminho de Provação e no imediato Caminho
de Iniciação, consegue outros desenvolvimentos notáveis:

• Como aconteceu antes, a sua consciência se expande mais ainda, porém começa a
trabalhar e atuar inteligentemente desde cima e numa posição superior e não às
cegas nos planos inferiores.

• Conclui a construção do seu Loto Egoico e começa a destruir o que fez antes, a
derrubar o Templo que construiu tão cuidadosamente, pois descobre que ele limita e
obstaculiza sua ação.

• Deixa de gerar carma nos três mundos inferiores e inicia o esgotamento do já


criado, literalmente " inicia a ordenação de seus assuntos. "
Os Logoi Planetários fazem o mesmo em nível muito mais elevado, porque também têm
um Caminho Cósmico a percorrer, análogo ao dos homens ao aproximarem-se da meta
de seu esforço.

Esse conceito pode ser ampliado muito mais ainda, ao analisarmos que o Logos Solar
realiza um trabalho semelhante.

Vemos claramente, sem a menor margem de dúvidas, que essas comparações podem
ser esmiuçadas em grande profundidade e detalhes, auferindo nossas consciências

404
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grandes lucros, ou seja, iremos ter uma percepção muito mais inteligente e rica não só
do comportamento das grandes Entidades, como de seus problemas psicológicos.
Teremos ainda ideia de seu nível evolutivo e muito mais. O esforço intelectual será
altamente compensador, pois de posse dessas conclusões e informações, nossa
compreensão do Universo manifestado será muito mais clara, com excelentes efeitos
na aceleração de nossa evolução, agilizando assim o retorno do Sr. CRISTO.

Como estamos no fnal deste assunto, consideramos sumamente útil, antes de


prosseguirmos, refetir intensamente sobre essas comparações, homem, Logos
Planetário e Logos Solar, dentro dos conceitos de ciclos, ou seja, das sub-raças-raiz,
raças-raiz, períodos globais, rondas, cadeias e Sistemas Solares.

No próximo estudo exporemos nossas ideias sobre o assunto, solicitando que todos
meditem sobre o que foi dito.

Estudo 097

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - O Trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Página 267)

Faremos neste estudo uma análise correlativa entre alguns ciclos da humanidade
terrestre no atual período global, com o objetivo de inferir o que ocorre com o nosso
Logos Planetário, no seu campo psíquico, ou seja, como qualidades.

Comecemos pelo ciclo da raça lemuriana, a terceira raça-raiz. Na terceira sub-raça


dessa raça ocorreu um grande evento para a humanidade: a individualização, que foi
um processo pelo qual o homem obteve a autoconsciência. Anteriormente ele tinha
consciência, mas não autoconsciência, a noção de individualidade. Vieram do esquema
de Vênus os Kumaras, liderados por SANAT KUMARA. A história de SANAT KUMARA
remonta a cadeias anteriores e é consequência de relacionamentos antigos entre os
dois Logoi Planetários. Por outro lado vieram ao plano causal da Terra os Anjos Solares,
com a missão de construir o Loto Egoico (que será detalhadamente estudado mais
tarde), o verdadeiro corpo causal e chacra cardíaco da Mônada. O que chamam de
Alma ou Ego também foi defnitivamente estruturado pelo Anjo Solar. Esses excelsos
Devas, de elevadíssima categoria, saíram do plano búdico cósmico para esse trabalho
no plano causal, um subplano do físico cósmico. Daí fca bem visível o gigantesco
sacrifício desses Divinos Seres. O sacrifício torna-se maior ainda, ao considerarmos

405
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que Eles fcam retidos, velando pelo Loto Egoico, até que o homem receba a quarta
Iniciação Planetária, a segunda Solar, a da renúncia, quando são liberados. Portanto,
sua libertação só depende de nós e do nosso esforço e empenho, para conquistarmos
as condições para essa Iniciação.

Para o Logos Planetário da Terra, esse evento signifcou sua encarnação física. Ele
necessitava de um contacto mais intenso não só com os subplanos físicos cósmicos
superiores, como sejam, os nossos planos adi, monádico, átmico e búdico, os etéricos
cósmicos, como também com os subplanos densos, mental, astral e físico, que não
constituem princípio para Ele. SANAT KUMARA então foi a encarnação física do Logos,
sendo por isso que muitas vezes o Mestre Tibetano chama SANAT KUMARA de Logos
Planetário. Esse grande Ser é aquele do qual é dito na Bíblia: "Não cai uma folha de uma
árvore, sem que meu Pai saiba". A sua consciência abrange todo o planeta, incluindo
todos os reinos, estando tudo sob seu controle. Seu poder é inimaginável. É o grande
Iniciador nas Iniciações a partir da terceira. Sabemos que o nosso Logos irá receber
uma Iniciação menor na atual ronda e isso ocorrerá no atual período global. Essa
Iniciação menor antecede a quarta Iniciação cósmica, que Ele receberá na próxima
ronda. Como é a Iniciação da renúncia, a que Ele receberá agora está ligada também à
renúncia. Podemos concluir portanto que o nosso Logos está se desvencilhando do
apego às coisas materiais, no sentido cósmico. É lógico que isso nos afeta e nos dá
oportunidade para ingressarmos no Portal Iniciático, desde que saibamos aproveitar
essa oportunidade.

Vejamos agora a meta da raça lemuriana. Foi desenvolver e consolidar o corpo físico.
As duas raças anteriores, a adâmica, astral e a hiperbórea, etérica, não eram
defnidamente humanas, sendo a lemuriana realmente a primeira humana no sentido
exato da palavra, pois era densa. Através dela o nosso Logos adquiriu experiências via
SANAT KUMARA das vivências dos homens lemurianos, o que foi muito útil para Ele. A
Entidade denominada Espírito Planetário da Terra também se aproveitou das
experiências dessa raça. O nosso Logos evolui também através dessa Entidade, que
está no ciclo de descida para o mais denso, num sentido cósmico.

Na quarta raça-raiz, a atlante, a meta foi desenvolver o corpo astral. O homem dessa
raça tinha de viver intensamente as emoções, não havendo muita preocupação em
desenvolver a mente. O objetivo foi consolidar o corpo astral. Com essa raça, o nosso
Logos, também via SANAT KUMARA, adquiriu mais experiência nessa área, a área
emocional humana, o que Lhe foi muito útil em termos de sensação física cósmica, pois
não devemos esquecer que as emoções astrais signifcam para Ele sensações físicas,

406
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
no sentido cósmico.

Na atual raça-raiz, a quinta, a meta é desenvolver a mente e consolidar o corpo mental,


usando os corpos físico e astral. O que signifcam para o nosso Logos as experiências
oriundas da atividade mental da humanidade? Não estamos nos referindo aos Iniciados
que já trabalham nos planos búdico e superiores, uma vez que esses já estão acima da
humanidade comum. As experiências mentais da humanidade via SANAT KUMARA
representam para o nosso Logos sensações físicas cósmicas mais refnadas e
superiores, o que analogicamente equivale à fase em que o homem começa a purifcar
seu corpo físico denso, uma vez que o plano mental do sistema é o subplano gasoso no
corpo físico cósmico do nosso Logos. Assim, seguindo um raciocínio baseado na
equivalência entre os planos físicos do sistema e os subplanos do físico cósmico,
fzemos deduções com referência ao que ocorre no psiquismo do nosso Logos.

Na sexta raça-raiz, por vir, a meta será a mente abstrata. Através das experiências
dessa raça o Logos começará a vivenciar experiências físicas na matéria etérica de seu
corpo cósmico. Sabemos que o corpo mental abstrato ou causal é o suporte para o
desenvolvimento das propriedades do corpo búdico. Com referência ao corpo búdico
cabe aqui fazer uma rápida observação. Os que seguem exclusivamente a linha do
misticismo e da devoção, desdenhando a importância da mente, conseguem, desde que
consigam despertar a matéria atômica de seus corpos astrais, contacto direto com os
subplanos inferiores do búdico, no que chamam de êxtase ou samadi (na linguagem
oriental), sem passar pelo plano mental. Esse contacto lhes dá uma sensação superior
de imensa felicidade, que interpretam erroneamente como uma imersão no Infnito.
Todavia esquecem que o plano búdico é o plano do Amor-Sabedoria-Razão Pura. Nesse
contacto direto eles ativam apenas a componente Amor, que lhes confere a sensação
de imensa felicidade e gozo, mas esquecem as componentes Sabedoria-Razão Pura,
que só podem ser atingidas e ativadas, quando o contacto com o plano búdico é
estabelecido pelo caminho natural e correto, que é via corpos mental inferior e causal.
Lembremos que a Natureza não dá saltos. Assim, fca demonstrado por lógica qual é o
caminho certo e rápido, que o Senhor BUDA tanto recomendou e recomenda para a
humanidade, o caminho do verdadeiro conhecimento. Todos os místicos e devotos, que
só cuidaram desse lado, terão de voltar a encarnar para desenvolver a mente através
do cérebro físico.

Na sétima raça-raiz, a última do nosso período global, a humanidade irá desenvolver a


intuição e outros atributos do corpo búdico, através do cérebro físico. O nosso Logos
irá então vivenciar experiências por meio da humanidade através da matéria etérica do

407
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seu corpo físico cósmico, as quais signifcarão para Ele sensações físicas superiores e
o rompimento da separação entre seus corpos astral e físico cósmicos, à semelhança
do que ocorre com o homem, quando ele ativa a matéria etérica (quarto éter) de seu
corpo etérico.

Percebemos assim, com clareza e com lógica, através das equivalências, o quanto
podemos fazer pelo nosso Logos Planetário. É óbvio que, devido à realimentação
positiva existente nesse processo, a nossa evolução será enormemente acelerada.
Expliquemos melhor essa realimentação positiva. Pelo nosso esforço em evoluir,
seremos melhores e mais efcientes células no corpo do Logos, advindo então "melhor
saúde física" e disposição para Ele. Consequentemente Ele irá progredir mais depressa,
despertando mais energia e qualidades. Essa maior energia e esse acréscimo de
qualidades irão atuar em nós, dando-nos mais disposição para evoluir e assim esse
ciclo de realimentação prossegue, com benefícios para os dois, nós e o Logos.

Através dessa refexões, concluímos que os ciclos se interferem, tendo signifcados


diferentes para o microcosmo e o Macrocosmo, porém análogos. Assim, com mais
refexões, poderemos conseguir muito mais informações, profundas e
importantíssimas, para o nosso progresso

Iremos fnalizar esse assunto (o Trabalho dos Entes Atômicos) no próximo estudo.

Estudo 098

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução
- IX - O Trabalho dos Entes Atômicos - Final (Páginas 267 e 268)

Encerraremos nossas considerações sobre o trabalho dos Entes Atômicos, vistos como
componentes ou células de Entidades Maiores. Tudo o que acabamos de estudar e
analisar refere-se à área psíquica ou à Alma, no sentido de consciência e da paulatina
expansão do conhecimento dessa Alma, que constitui célula de um Homem Celestial. É
importante lembrar que a semelhança entre a atividade e a evolução do homem e dos
Logoi Planetários não pode ser interpretada ao pé da letra nem ser levada aos
extremos, muito embora todos esses Seres Cósmicos se refitam no homem. Temos de
considerar não só a diferença de amplitude, como também os processos empregados.
Um Logos Planetário utiliza os homens como células em seu organismo físico cósmico,
mas Ele tem a sua atividade emocional em nível cósmico, como a mental cósmica, as

408
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
quais não são alcançadas pela humanidade comum. Essas grandes diferenças devem
ser levadas em conta com muita atenção, sob o perigo de serem feitas conclusões
grosseiras e até ridículas. Nunca é demais enfatizar que a analogia existe entre funções
e não entre processos detalhados. Os problemas enfrentados pelos Homens Celestiais
não são os mesmos dos homens.

O homem luta para ser um perfeito flho da Mente ou Manasaputra perfeito, com todos
os poderes da Mente plenamente ativos e assim chegar a se parecer com Aquele que é
responsável pela sua evolução manásica. Não podemos esquecer que os homens são
Mônadas centelhas da Mônada Solar, entregues à guarda de um Logos Planetário. Um
Homem Celestial já desenvolveu Manas e cuida do problema de ser um Filho de
Sabedoria, não apenas em potencial, mas em total atividade, cosmicamente falando.
Um Logos Solar é à sua vez um Manasaputra divino e um Dragão de Sabedoria, sendo
seu problema desenvolver o princípio da Vontade Cósmica, que o converterá em um
"Leão de Vontade Cósmica".

Em todos esses diversos graus de manifestação divina a lei é aplicada, sempre o menor
incluído no maior. Por isso é muito importante que mantenhamos o sentido de
proporção, a relatividade do tempo na evolução e o posicionamento exato de cada
unidade dentro de sua esfera maior, na qual está contida. Essas considerações são
muito importantes e devem estar sempre presentes em nossas mentes.

Foi dito que as 777 encarnações encerram um mistério, o que provoca muitas
conjecturas. Esse número é a chave dos três ciclos maiores já mencionados, não sendo
um número exato de encarnações do homem. Em primeiro esse número se aplica ao
nosso Logos Planetário e seu esquema e não aos demais. Cada Logos Planetário tem o
seu número e o do Nosso está oculto nesses três dígitos, 777, da mesma forma que
nos números 666 e 888 acham-se ocultos os enigmas de outros dois Logoi Planetários.

O número 777 é também o número de transmutações para o nosso Logos, sendo


transmutar o trabalho fundamental de todos os Homens Celestiais, ou seja, Todos têm
de transmutar um determinado número de vezes, o que varia. O trabalho básico do
homem é adquirir e acumular, ou, em outras palavras, adquirir aquilo que deverá
transmutar mais tarde. A tarefa de transmutar ou o verdadeiro ciclo de 777 começa no
caminho de provação e é exatamente a atividade do nosso Homem Celestial, que está
sendo conhecida e obedecida pelas células do Seu corpo, nós. Somente quando Seu
corpo alcançar certo movimento vibratório, é que Ele poderá realmente infuir sobre
suas células individuais. A tarefa de transmutar a atividade celular começou neste

409
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planeta na última raça-raiz, a atlante, continuando todavia a divina alquimia. Ainda é
pouco o progresso obtido, contudo cada célula consciente transmutada aumenta a
velocidade e a exatidão do trabalho. Apenas é necessário tempo para chegar ao fm. A
respeito dessa questão nasceu a lenda da Pedra Filosofal, que signifca literalmente a
aplicação do Cetro da Iniciação.

De fato a aplicação do Cetro da Iniciação implica na confrmação de uma transmutação


feita pelo Iniciado, transmutação essa de suma importância. São sete os planos de
matéria do nosso Sistema Solar e sete as Iniciações Planetárias para a conquista de
todos eles, sendo a sétima a primeira solar, uma vez que com a Sétima planetária todo
o plano físico cósmico fca dominado.

Mais uma vez fca bem evidente e clara a tarefa que todos temos ante nós, a qual,
muito mais que tarefa, é a Glória e o verdadeiro Paraíso, de Vida mais plena, não aquele
tão ridiculamente distorcido pelos religiosos que não sabem usar a mente.

No próximo estudo entraremos em explanações mais profundas sobre Manas ou


Mente, de crucial relevância para a nossa evolução.

Estudo 099

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - A Natureza de
Manas ou Mente(Páginas 269, 270 e 271)

Entraremos agora numa área de suma importância para o entendimento do nosso


processo evolutivo, uma vez que iremos estudar o Fogo da Mente ou Solar, sob os
pontos de vista cósmico, sistêmico e humano. Até agora temos nos dedicado mais aos
fogos da matéria ou por fricção na sua esfera mais densa, explicando seu propósito,
origem e modo de ação. Embora de forma limitada, tratamos da consciência, quando
esclarecemos o trabalho de um Logos Solar, incluindo todas as vidas manifestadas em
seu corpo de expressão e chegamos à conclusão que o Seu grande trabalho é o
desenvolvimento de um controle consciente e a percepção psíquica, dentro de limites
defnidos estabelecidos. Tendo fxadas as ideias básicas iniciais, temos agora de
agrupar, para maior claridade, todo o material disponível sobre o fogo de manas, este
princípio animador da própria consciência. Primeiramente faremos uma ampla
exposição geral, para em seguida completar os detalhes.

410
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
As Três Manifestações de Manas

O fogo da mente analisado cosmicamente.


O fogo da mente analisado sistemicamente.
O fogo da mente analisado dentro do microcosmo ou o homem.

Com outras palavras, nosso objetivo é estudar a Mente de um Logos Solar, de um


Logos Planetário e do homem. O método de estudo dessas três partes de Manas
consistirá de quatro subdivisões menores, as quais podem ser expressas da seguinte
maneira:

A origem da mente do cosmo, do sistema e do homem.


O lugar que corresponde à mente, no processo evolutivo, nos três casos.
O atual grau de desenvolvimento da mente em cada caso.
O futuro da mente ou do desenvolvimento de manas.

Quando tivermos entendido com clareza esses três pontos, teremos uma idéia mais
nítida do propósito e lugar que cabe ao fogo da inteligência ou manas e poderemos
compreender com exatidão sua função sintética correlacionadora.

Todavia, antes de desenvolver essas ideias, é necessário que defnamos o que é o


princípio Manas e ver o que já entendemos por tal termo.

Algumas Defnições de Manas

MANAS, COMO SABEMOS, É O QUINTO PRINCÍPIO.

Vamos agora estudar certos fatores e analogias, o que será de grande valor para as
nossas análises atuais.

Este quinto princípio contém a vibração básica do quinto plano, seja do ponto de vista
cósmico, seja do sistema. Um determinado som da Palavra Logoica, ao chegar ao plano
mental, melhor dizendo, ao atingir a matéria mental do Sistema faz essa matéria (os
átomos mentais) vibrar ou oscilar de tal forma que impede sua tendência à dissipação,
fazendo com que tome uma forma esférica e se transforme, literalmente, em um corpo
cuja forma é mantida coerentemente por uma poderosa Entidade Dévica conhecida
pelo nome de Senhor Rajas do plano mental. Um procedimento exatamente igual
ocorreu na esfera cósmica, quando foi pronunciado um som ainda mais poderoso por
AQUELE SOBRE QUEM NADA SE PODE DIZER, cuja enunciação gerou uma vibração no
quinto plano cósmico. Então certas grandes Entidades entraram em atividade, incluindo
Seres relativamente pouco importantes como nosso Logos Solar e seu grupo.

411
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Este quinto princípio constitui a cor característica de um grupo particular de Logoi
Solares no plano causal cósmico, que é formado pelos três subplanos mais sutis do
mental cósmico. Além disso, é o fator animador de suas existências, a razão para que
se manifestem por meio de vários sistemas solares e a grande Vontade de ser que os
leva à objetividade ou manifestação.

Manas tem sido defnido como mente ou a faculdade de deduzir e raciocinar de forma
lógica e a atividade racional que distingue o homem do animal. Contudo, Manas é muito
mais do que isso, porque subjaz em toda a manifestação. Até a forma de uma ameba
ou a faculdade discriminadora de um átomo ou de uma célula no nível mais baixo de
evolução, é feita por um determinado tipo de mente. Somente quando se compreender
e reconhecer, dentro da sua esfera maior, o lugar que corresponde a esse átomo ou a
essa célula que discriminam, obter-se-á um conceito claro do que poderá ser essa
abarcadora, racional e coerente mente.

Temos que entender que daqui em diante estaremos tratando de fogo atuando na
matéria mental, quer seja cósmica, quer seja sistêmica. Vimos até agora, com mais
ênfase, a atuação dos fogos na matéria física, sendo menor a ênfase aplicada na sua
atuação nas matérias astral e mental do sistema. Sabemos perfeitamente que quando
pensamos, estando encarnados, servimo-nos do cérebro físico e seus neurônios, em
toda a sua atividade elétrica e bioquímica. Para tal atividade trabalhamos mais
intensamente com o fogo por fricção/elétrico (chamado reação nervosa), embora
também trabalhemos com fogo por fricção/solar (prana) e fogo por fricção/por fricção
(calor corpóreo). Quando desencarnados e no período de permanência na matéria
astral, servimo-nos também desse mesmo fogo tríplice, havendo, é claro, ênfase do
fogo por fricção/elétrico astral, na atividade de pensar. Quando chega o período de
permanência na matéria mental, após o término do período astral, trabalhamos com o
fogo por fricção/elétrico mental, mais intensamente que os demais fogos da matéria
mental. No caso da atividade mental estando a consciência centrada no plano mental
(após a morte física), há que diferenciar entre o fogo solar da Alma, gerado pela sua
atividade intrínseca de pensar (o aspecto Manas da Alma) e o fogo por fricção que
anima os átomos mentais e as moléculas por eles formadas. O que ocorre na realidade
é que o fogo solar da Alma age no fogo da matéria mental, passando a comandá-lo.
Mesmo quando encarnados fsicamente, essa ação do fogo solar da Alma continua
existindo e, pelo processo de penetração de átomos energizados dentro de átomos
mais densos, ocorre a transferência de energia plano a plano. É óbvio que essa atuação
do fogo solar da Alma sobre os fogos mais densos depende do nível de evolução da

412
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Alma. Exemplifcando, a Alma de um Iniciado com a terceira Iniciação tem muito mais
poder de atuação através de seu fogo solar, que a de um homem comum. A mesma
coisa ocorre quando o fogo elétrico tríplice da Mônada inicia sua atuação mais efetiva
sobre o fogo solar da Alma e daí sobre os fogos inferiores. Nesse caso o efeito é muito
maior e visível.

É muito importante que esses conceitos fquem bem claros na mente, para o
entendimento do que será explanado a seguir, em termos de eletricidade. No próximo
estudo será veremos que Manas é eletricidade.

Estudo 100

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Páginas 271, 272 e 273)

Entraremos num assunto muitíssimo importante, que o Mestre Tibetano não se cansa
de enfatizar. Pelo simples raciocínio de que um grande Mestre como Ele, um Cientista
real e efetivamente Sábio, Cientista atuando na área extrassistêmica, ter dedicado seu
precioso tempo a nos dar esses conhecimentos valiosíssimos, podemos deduzir com
plena certeza de que são de fato conhecimentos de suma importância, não só para o
nosso entendimento dos processos envolvidos em nossa evolução e ascensão, como,
pela aplicação deles, para acelerarmos essa evolução e, assim, podermos o mais rápido
possível (dependendo é claro de cada um) nos tornar trabalhadores realmente
efcientes no corpo do nosso amado Logos Planetário, contribuindo para a Sua
Evolução.

Antes de prosseguirmos, faremos uma breve exposição sobre um fato relacionado com
a polarização do UNO ABSOLUTO INFINITO. Como já foi dito no início de nossos
estudos, só existe realmente ELE, sendo tudo mais estados de ser ou ideias DELE.
Espírito e matéria são portanto ideias dentro DELE. Para efeito didático, conceituemos
a primeira diferenciação DELE em Mônada ou Espírito e Matéria. Pelos conhecimentos
que temos do processo de construção dos átomos de um plano pela associação de
átomos do plano imediatamente menos denso, por exemplo, os átomos físicos são
formados de átomos astrais, os astrais de átomos mentais e assim sucessivamente,
podemos deduzir que a primeira divisão do UNO ABSOLUTO INFINITO (sem perder Sua
unidade) constituiu-se de uma Mônada imensamente grande e de átomos de uma

413
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pequenez inimaginável. A medida que essa Mônada inicial ia se fragmentando em
Mônadas menores dentro de si, os átomos por Elas construídos eram formados pela
associação de átomos iniciais, fcando portanto com tamanho maior. Seguindo esse
raciocínio, concluímos que para as Mônadas mais elevadas e maiores, a matéria por Ela
utilizada é de tamanho cada vez menor e por isso menos densa e mais dinâmica. Com
isso vemos de forma bem clara o conceito do infnitamente pequeno em termos de
matéria ligado ao conceito do infnitamente grande em termos de Mônada ou Espírito.
Vemos também o conceito do infnitamente pequeno ligado ao conceito do
infnitamente dinâmico, o que é coerente e lógico com a conexão entre o infnitamente
dinâmico e a Mônada infnitamente grande. Na ciência humana lidamos com valores
muito pequenos, como, por exemplo, a constante de Planck (a energia mínima de um
fóton), cujo valor é: 6,63 x 10 elevado a -34 J.s, que é igual ao número: 0,000.....(trinta
zeros)663. Um outro exemplo: o número 3,34 x 10 elevado a -1000 seria igual a:

0,(999 zeros)334

Pelo conceito matemático do conjunto dos números reais, sabemos que ele vai de -
infnito a +infnito, existindo portanto comprimentos infnitamente pequenos e
infnitamente grandes. Esses conceitos abstratos são muito úteis para a compreensão
dos conceitos esotéricos expostos no livro do Mestre.

Após essa pequena digressão, passemos ao tema em pauta. O fogo da mente é


fundamentalmente eletricidade, manifestando-se em suas atividades superiores e não
uma força da matéria densa. Com essas palavras o Mestre deixa bem claro que a
principal força motriz do plano mental é a componente elétrica do fogo tríplice, embora
as outras duas componentes também atuem (fogo solar e fogo por fricção).

Em se tratando dos 7 planos do nosso Sistema Solar (em conjunto o corpo físico
cósmico do nosso Logos Solar), temos a seguinte manifestação da componente
elétrica:

No plano adi, logoico ou divino, a atuação é como Vontade de Ser, a principal


característica dessa força, a qual, no devido momento, gera a objetividade. Sob o
ponto de vista cósmico, é o resultado do fogo elétrico do corpo causal cósmico do
Logos Solar, pela atuação do fogo do Ego Solar (fogo solar tríplice em nível cósmico).
Pelo processo de penetração de átomo portando o fogo dentro de átomo
imediatamente mais denso, temos a seguinte trajetória: átomos mentais cósmicos
penetram em átomos astrais cósmicos, que por sua vez penetram em átomos físicos
cósmicos, que são os átomos adi. Assim é estabelecido o primeiro contacto do fogo

414
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mental cósmico com o subplano atômico do físico cósmico, o adi.

Quando esses átomos adi, portando fogo mental cósmico, penetram em átomos
monádicos, o efeito no meio monádico é a tendência à construção de formas. Os
átomos monádicos já estavam animados pelo fogo por fricção e ao serem penetrados
pelo fogo mental do Ego Solar, dá-se o contacto dos dois fogos: o mental,
caracteristicamente elétrico e o por fricção, isso ocorrendo na intimidade das espiras
do átomo monádico. Surge a tendência para a organização de formas, o que é lógico,
uma vez que o Ego Solar (o Ego da Mônada Solar) necessita de formas para viver
experiências na matéria física cósmica, ou seja, Ele tem o desejo de existir nesse
mundo. Por isso a Vontade ou determinação de existir do plano adi transforma-se em
Desejo de existir no plano monádico. Podemos dizer o mesmo com outras palavras: a
manifestação ou atuação dinâmica da vontade, que anima o fogo elétrico no plano adi,
transmuta-se de manifestação dinâmica elétrica em manifestação ardente elétrica no
plano monádico.

O mar de fogo elétrico (Vontade imperando) do plano adi passa a ser matéria etérica
ardente (o plano monádico é o segundo éter cósmico) ou Akasha. É o plano do Sol
famejante, assim como o adi é plano das névoas de fogo ou das nebulosas (não são
nebulosas no sentido da Astronomia).

No plano monádico ocorrem certos fatos, que devem ser compreendidos, embora só
teoricamente, porque não há comprovação material, no sentido da Ciência humana.

São os seguintes os fatos:

Pela primeira vez vê- se e sente-se o calor ou a irradiação famejante. Não esquecer
que existe um corpo de matéria monádica, como mecanismo de relacionamento entre a
unidade de consciência e o ambiente monádico.

Toma-se posse de uma forma e é iniciada a forma esférica de tudo o que existe. O
corpo monádico é esférico.

Ocorre pela primeira vez a interação entre polos opostos.

É percebida a primeira diferenciação, não só na já conhecida dualidade de todas as


coisas, como também no movimento e são reconhecidas duas vibrações.

Os movimentos vibratórios duais provocam nas partículas os seguintes efeitos: atração


(polos opostos), repulsão (polos iguais), repulsa discriminada, assimilação coerente,
manifestação de formas giratórias e caminhos em órbitas, começando a curiosa
atração para o mais denso, descendente por isso para a matéria, o que resulta na

415
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
própria evolução.

Adquirem expressão as 7 manifestações primárias da existência Logoica e os três


inicialmente e os quatro em seguida começam o seu trabalho. Esses são os três raios
de aspecto e os quatro de atributo, derivados do terceiro.

Inicia-se a atividade dos 7 chacras principais do corpo físico etérico cósmico do Logos
Solar, a parte mais densa da Sombra ou Refexo do Logos Solar, sendo essa Sombra ou
Refexo a Personalidade Logoica, que é o resultado da atuação conjunta dos seus
corpos cósmicos inferiores: mental inferior, astral e físico. É percebida então a
vitalidade desses chacras, o que fornece indícios a respeito do nível de evolução do
Logos Solar.

O Mestre diz que tudo o que está em manifestação no plano físico cósmico é
fundamentalmente eletricidade física, embora os fogos solar e por fricção também
atuem, pois é pela atividade dos três que se dá a manifestação Logoica, ocorrendo algo
análogo ao calor, à atividade e à irradiação vitais de um ser humano, que se
desenvolvem no plano físico solar, esse em que vivemos encarnados. Sabemos que
certos fenômenos elétricos caracterizam o homem, como a sua atividade cerebral e
nêurica, que é animada pelo fogo reação nervosa, que é a componente elétrica do fogo
por fricção da matéria.

No próximo estudo continuaremos esse assunto tão relevante.

416
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 101
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade(Continuação) (Páginas 273,274 e 275)

Prossigamos nosso estudo servindo-nos da Lei de Analogia, essa lei que, além de
expressar uma grande realidade imperante em toda a manifestação, facilita-nos muito
o entendimento de toda a fenomenologia existente em nós e fora de nós. Façamos isso,
seguindo os três aspectos do Logos Solar.

Primeiro temos a VITALIDADE reinante em todos os seres em manifestação,


responsável pela coerência de tudo e que mantém todos os átomos formadores de um
corpo, qualquer que seja seu tamanho e complexidade, girando em torno de uma
Unidade de Força, origem dessa VITALIDADE. É isso que faz com que os milhões de
átomos se comportem como uma UNIDADE. Devemos ter em mente que um Sistema
Solar é o corpo etérico e denso de um Logos. Essa VITALIDADE é o aspecto VONTADE.
Isso é Fogo elétrico/elétrico.

Em segundo lugar temos o MAGNETISMO irradiante, que caracteriza o homem e o faz


duplamente ativo em relação com:

• a matéria que compõe seus corpos;


• as unidades que compõem seus corpos, em outras palavras, a capacidade atrativa.
Isso é o resultado do segundo aspecto AMOR-SABEDORIA-RAZÃO PURA. Isso é Fogo
elétrico/solar.
Em terceiro lugar temos a ATIVIDADE, no plano físico, que traz como consequência a
devida atuação da VONTADE e do desejo da entidade imanente, que no homem é a
analogia do aspecto BRAHMA (INTELIGÊNCIA ATIVA). É a concretização no plano físico
do propósito da Mônada via Alma. Isso é Fogo elétrico/por fricção.

Analisemos detidamente as palavras seguintes do Mestre Tibetano, no início do último


parágrafo da página 273 do Tratado sobre Fogo Cósmico: "Pode-se observar a atuação
dessas três manifestações elétricas - vitalidade, magnetismo e impulso fohático -". Com
essas palavras o Mestre deixa bem claro que se trata dos três modos de atuar do Fogo
Elétrico, que é Vontade, o Pai, ao mesmo tempo o Criador, o Destruidor, o Conservador,
o Filho e a Mãe. Qualquer que seja o tipo de matéria em que o Fogo esteja atuando e
qualquer que seja o nome que a Ele se dê, sempre será Fogo Elétrico tríplice. Quando
atuando na matéria mais densa, a física, esse Fogo Elétrico recebe o nome de Fogo por
Fricção ou Fogo da Matéria, com os três modos de ser ou atuar: Fogo por
Fricção/elétrico (fohat ou vitalidade), Fogo por Fricção/solar (prana ou magnetismo) e

417
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Fogo por Fricção/por fricção (impulso fohático, a atividade de movimento da matéria,
portanto impulso derivado de fohat). É por isso que o Mestre usa a palavra
ELETRICIDADE, para se referir ao Fogo atuando em qualquer tipo de matéria,
aparentemente confundindo o leitor estudante, o que o Mestre faz de propósito, para
estimular o raciocínio do leitor. Os nomes dados aos Fogos, quando atuam nos diversos
tipos de matéria (divina ou adi, monádica, átmica, búdica, mental, astral e física) variam
em função da qualidade (Raio), à qual a matéria responde com maior intensidade,
porém sempre será Fogo Elétrico tríplice, ou seja, Vontade manifestando-se de três
maneiras. É muito importante que isso fque bem claro nas mentes de todos, para
evitar confusões no futuro. Assim fca bem comprovado e nítido que sempre será
VONTADE ou FOGO ELÉTRICO. Mesmo no homem astralino, ou seja, dominado pelos
seus desejos, quando ele cede a eles, é a sua vontade, dominada por agentes externos,
que atua, também de forma tríplice. A meta é a vontade passar a ser VONTADE, o que
signifca livrar-se do domínio dos agentes externos e tornar-se ELA PURA E
INDEPENDENTE.

Essas três manifestações elétricas ocorrem com o homem, com um Logos Planetário e
com um Logos Solar. São exteriorizações objetivas oriundas da Alma ou natureza
psíquica. Exemplifcando essas palavras, podemos chamá-las, quando se trata do
Logos Solar, de qualidades: Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa.
Com base no que acaba de ser dito, podemos concluir que os três planos superiores
(os três primeiros éteres cósmicos): adi ou divino ou logoico, monádico e átmico ou
espiritual, são de grande importância, porque deles derivam os quatro secundários, o
que, em outras palavras, signifca que os três primeiros planos personifcam
literalmente as três Entidades conhecidas como: Mahadeva (VONTADE), Vishnu (AMOR-
SABEDORIA-RAZÃO PURA) e Brahma (INTELIGÊNCIA ATIVA). Semelhantemente os três
encontram sua expressão mais densa nos três primeiros éteres físicos. Os quatro
inferiores (búdico, mental, astral e físico) manifestam-se no curso da evolução, porém
oportunamente sintetizam-se nos três superiores (como ocorre com o homem no
processo iniciático). Devemos ter sempre em mente que nos sete subplanos de um
plano solar, por exemplo o plano astral, ocorrem fenômenos e processos análogos aos
ocorridos nos planos superiores, em decorrência da ação do FOGO ELÉTRICO, ou seja,
desenvolvem-se fenômenos elétricos sob três modalidades, variando, é claro, segundo
a natureza da matéria do plano.

Pode-se perceber isso mais facilmente no plano mental, ao se analisar o processo do


homem no plano causal, melhor dizendo, do homem como Alma, vivendo em relação

418
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com a matéria do plano mental superior ou causal, que é constituído pelos três
subplanos superiores do plano mental. É aceito teoricamente que o corpo causal (o
Loto Egoico) absorve todas as faculdades e nele é interrompida toda a objetividade
obrigatória nos três mundos ou planos inferiores (mental, astral e física), quando se
encerra o período sintetizador. Nos outros planos isso não é tão evidente. No plano
búdico, os Construtores no arco evolutivo ou grande parte da Evolução Dévica estão
submetidos a uma síntese paralela. No plano físico ocorre uma misteriosa síntese com
o "Espírito da Terra" e os três éteres físicos superiores relacionam-se com ele de uma
forma ainda muito pouco compreendida.

Tudo o que acima foi dito pode ser resumido da seguinte maneira:

Primeiro - o equilíbrio dos fenômenos elétricos ou a consecução da síntese, quanto ao


homem, efetua-se no três subplanos superiores do plano mental, ou seja, o causal.

Segundo - algo similar, quanto ao Homem Celestial, desenvolve-se nos três subplanos
superiores do plano monádico. Num sentido mais amplo, podemos dizer que essa
síntese é do que foi conquistado nos planos mental, búdico e átmico, que são os três
éteres inferiores do corpo físico cósmico do Logos Planetário, da mesma forma que o
homem sintetiza no Loto Egoico (no plano causal) o que conquistou nos planos físico,
astral e mental. Atentem para uma diferença muito importante: o homem sintetiza
como Alma, portanto sua parte mais espiritual, enquanto o Logos sintetiza como corpo
físico, cósmico, mas corpo físico. Essa diferença mostra o desnível de amplitude entre
o homem e o Logos Planetário e também contribui para indicar a nossa posição em seu
Corpo físico.

Terceiro - para um Logos Solar (dentro do Sistema Solar e não considerando sua
síntese cósmica), a absorção ou síntese ou abstração (sinônimos) tem lugar nos três
subplanos superiores do plano logoico. O mesmo se dá com os três Logoi, aquelas
Entidades Cósmicas que personifcam os três aspectos do Logos Solar nos planos
logoico, monádico e átmico. Também para Eles, essa abstração é com referência a seus
corpos físicos cósmicos.

Deve estar sempre presente em nossas mentes que estamos tratando com matéria
elétrica, consequentemente com matéria etérica cósmica. A expressão matéria elétrica
quer dizer a matéria que é portadora dos fogos, pois, como sabemos, os fogos são
transportados por átomos (portanto matéria etérica), que associados formam as
moléculas mais densas, sendo por isso que o Mestre diz que toda a matéria no sistema
é necessariamente etérica. Consequentemente, como os sete planos do Sistema Solar,

419
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esses nos quais evoluímos, estando no momento no físico do sistema, constituem em
conjunto o plano físico cósmico, podemos afrmar que todos os fenômenos neles
ocorridos são físicos. Isto é mais uma prova de que aquilo que muitos pensam ser
subjetivo, na realidade sob o ponto de vista da Mônada é objetivo, material e físico,
quando encaramos as diversas matérias dos planos.

No tempo e no espaço lidamos com unidades de polaridade diferente, as quais, durante


o processo evolutivo, buscam a união, a igualdade, o equilíbrio ou síntese, até que
fnalmente o conseguem. Um exemplo dessa polaridade é a existência do elétron e do
positron, de mesma massa e polaridade oposta, sendo essa polaridade aceita pela
Física moderna, no conceito de matéria e antimatéria. Na chamada tomografa por
emissão de positron (PET), utilizada nas clínicas de imagem, temos a utilização prática
de conceitos da Física, que corroboram os ensinamentos da Ciência Sagrada. Esta
interação elétrica entre duas unidades portadoras de energia gera o que chamamos luz
(em seu sentido muito mais amplo) e como consequência a objetividade, manifestação
ou exteriorização. No decorrer da evolução isto se manifesta como calor e interação
magnética e é a fonte de todo crescimento vital. Quando a meta objetivada é
alcançada, a união ou unifcação, duas coisas ocorrem:

• Primeiro, a aproximação ou fusão dos dois polos ou um resplendor ou luz radiante.


• Segundo, o obscurecimento ou a desintegração fnal da matéria, devido ao intenso
calor.
Temos um exemplo disso no fenômeno físico do relâmpago ou raio. A forte luz emitida
ocorre quando a carga elétrica transportada pelas partículas que descem da nuvem
encontram-se com as partículas que sobem do solo. Sob o ponto de vista da Ciência
Sagrada, os átomos físicos positivos (ou masculinos) portadores de eletricidade solar
(de uma só polaridade) unem-se aos átomos físicos negativos (ou femininos, os
elétrons, também de uma só polaridade). Observa-se isso quanto ao homem, a um
Logos Planetário, a um Logos Solar e aos seus corpos de manifestação. Quando o
homem alcança esta união ocorrem os três tipos diferentes de fenômenos elétricos,
quando então a luz resplandece, irradiando sobre o corpo causal (Loto Egoico) e
iluminando o sutratma ou cordão (textualmente o Caminho), que conecta o corpo
causal com o cérebro físico. Em seguida produz-se a desintegração ou destruição, o
corpo causal se desvanece como uma labareda de fogo elétrico e o homem verdadeiro
ou eu é abstraído dos três corpos do mundo. O mesmo ocorre com o corpo de um
Homem Celestial, um esquema planetário, como também com o corpo do Logos Solar,
um sistema solar. Essa desintegração do Loto Egoico ocorre na quarta Iniciação

420
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Planetária, a segunda solar, a da Renúncia, que implica no domínio do corpo búdico e
da matéria búdica.

Temos muito material para refetir, conjugar com outras informações e tirar
conclusões, para aplicação no dia a dia. Só assim conseguiremos evoluir e sair da
escravidão da matéria, conseguindo a vida mais plena, anunciada pelo Sr. CRISTO.

Estudo 102

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Continuação) (Páginas 275, 276 e 277)

Anteriormente explicamos superfcialmente a atuação da eletricidade (fogo elétrico) na


matéria, provocando sua atividade. Agora, nessa segunda parte, estamos tratando da
atuação da eletricidade nas formas, como magnetismo, não exatamente o magnetismo
estudado na Física, o qual é um caso particular (fogo elétrico/por fricção/solar), mas
aquilo que mantém a coesão das partes componentes da forma, físicas, astrais,
mentais etc. Esses conceitos são difíceis de expor, pela falta de palavras apropriadas.
Por isso no momento trataremos apenas das ideias principais que envolvem o assunto.

Assim, temos:

1. Eletricidade na matéria: manifesta-se como atividade tríplice da matéria: fogo


elétrico/por fricção tríplice.
2. Eletricidade na forma: manifesta-se como magnetismo, que produz coesão: fogo
elétrico/solar tríplice.
3. Eletricidade na existência: manifesta-se como vitalidade: fogo elétrico/elétrico
tríplice.
Isso é literalmente, como diz Helena Petrovna Blavatsky, o fogo elétrico tríplice:

Fogo elétrico/por fricção: eletricidade animando os átomos da matéria ou a substância


do Sistema Solar e produz:

• A forma esférica de toda manifestação.


• O calor inato de todas as esferas.
• A diferenciação dos átomos entre si.
Fogo elétrico/solar: eletricidade animando as formas ou aglomerados de átomos,

421
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
resultando em:

• Os grupos coerentes.
• A irradiação de todos os grupos ou a interação magnética de tais grupos.
• A síntese da forma, ou seja, ser um organismo.
Fogo elétrico/elétrico: eletricidade manifestando-se como vitalidade ou vontade de ser
de alguma Entidade e se expressa como:

• Ser abstrato.
• Obscuridade, no sentido de desintegração, após ser cumprida a missão da forma.
• Unidade.
Vimos anteriormente que a manifestação elétrica no primeiro plano, adi ou divino ou
logoico, provocou a vibração inicial e, no segundo, o monádico, sua atividade produziu a
forma arquetípica de toda manifestação, desde um Deus até o homem e o átomo.

No terceiro plano, átmico ou espiritual, primordialmente o plano de Brahma (Atividade


Inteligente), esta força elétrica manifestou-se como propósito inteligente. A vontade de
ser e a forma desejada estão correlacionadas com o propósito inteligente que subjaz
em tudo. Esse propósito inteligente ou vontade ativa, servindo-se de um instrumento,
leva-nos ao mais difícil dos problemas metafísicos, a diferença entre vontade e desejo.
É impossível esclarecer esse tema tão delicado, exceto dizer que tanto na vontade
como no desejo, o fator fundamental é a inteligência ou manas e isso deve ser
reconhecido. O princípio compenetrante de manas - que colore os aspectos vontade e
desejo - gera grande confusão entre os estudantes. Obter-se-á um pensamento claro
somente quando se compreender que:

Primeiro, toda manifestação emana ou é eletrifcada desde o plano mental cósmico, o


que é óbvio, uma vez que o Logo Solar planeja seu Sistema Solar utilizando-se de seu
corpo Mental Cósmico, que é feito de matéria mental cósmica, assim como nós, seres
humanos, temos o modelo do nosso corpo físico em matéria mental do sistema.

Segundo, a Mente Universal ou o Pensador Divino é o Princípio Inteligente que se dá a


conhecer como "Vontade de Ser", Desejo ou "Amor de Ser" e esse propósito inteligente
ativo que anima o Sistema Solar.

Terceiro, Mahadeva ou Vontade Divina, Vishnu, o aspecto Sabedoria ou o manifestado


"Filho da necessidade" e Brahma ou propósito ativo, são a soma total da consciência
inteligente e (para a Entidade cósmica em manifestação) o que os corpos mental, astral
e físico são para o homem - o pensador nos três mundos - que atua no corpo causal.

422
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Isso signifca que existe um Ego ou Alma Solar, que expressa os três aspectos divinos
nos corpos cósmicos abaixo do causal cósmico, incluindo o físico cósmico, nossos sete
planos, do adi até o físico. São essas diferenças de manifestação devidas aos três
aspectos que devem ser consideradas, quando analisamos a fenomenologia existente
no universo ao nosso alcance. Não devemos esquecer que o corpo causal encerra a
Tríade inferior, composta da unidade mental permanente, do átomo astral permanente
e do átomo físico permanente, que personifcam o princípio inteligência (o aspecto
vontade para os planos inferiores), o desejo (o aspecto amor inferior) e a objetividade
física, respectivamente. Nunca é demais realçar a analogia existente entre o tríplice
Logos e o tríplice homem e, quando se medita sobre a semelhança existente entre
ambos, adquire-se nitidez de pensamento e de conceito. O homem é uma unidade que
funciona como tal no corpo causal e uma triplicidade que atua regida pelo aspecto
vontade, o corpo mental, onde a vontade se expressa para os corpos inferiores,
governada pelo aspecto desejo ou amor, o corpo astral, controlada pelo aspecto
atividade, o corpo físico. O Ego, no corpo causal, eletrifca ou vitaliza os três corpos ou
aspectos, unifcando-os em um e produzindo - por meio da inteligência que Ele é em
essência - coerência na ação, simultaneidade de propósito e esforço sintético.

Finalmente, é evidente que, estudado desde qualquer ponto de vista, o tríplice Logos
ou seu refexo, o homem, usando o princípio manásico, converte inteligentemente a
matéria em forma, quando reúne os átomos e moléculas para construir seus corpos e
utiliza-os para cumprir a vontade, o desejo e o propósito da existência imanente.
Poderemos observar que este princípio subjaz nos três aspectos.

É desnecessário citar aqui as distintas triplicidades que se podem formar sobre a ideia
básica de Espírito e matéria, ligados pela Inteligência. Já fzemos isso inúmeras vezes.
Estamos interessados agora em enfatizar que a INTELIGÊNCIA é a qualidade principal
do Logos. Manifesta-se como vontade, desejo sabedoria e atividade e a razão disso
está no trabalho realizado anteriormente pela Entidade Cósmica, abrangendo os ciclos
de um passado remoto, incluindo do ângulo do nosso Logos Solar (o Sistema Solar
anterior ao atual, quando Ele desenvolveu o aspecto INTELIGÊNCIA).

Manas (ou mente) desenvolvido constitui o propósito inteligente que está efetuando a
unifcação em cada plano do Sistema Solar, juntamente com os subplanos.
Oportunamente conseguirá a síntese de todos os planos, colocando o plano físico
cósmico, melhor dizendo, o corpo físico cósmico do Logos Solar, como um todo
unifcado, sob o controle total dessa Entidade cósmica (o Logos Solar), que cuida de
expressar-se por meio dessa tríplice manifestação chamada Sistema Solar ou corpo

423
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
físico logoico. Enfatizamos a diferença entre o plano físico cósmico e o corpo físico
cósmico do Logos Solar, porque existe realmente um plano físico cósmico fora do
corpo físico cósmico do Logos Solar, no qual Ele vive fsicamente. Da mesma forma
com que o homem tem seu corpo físico e vive num meio físico, o mesmo ocorre com o
Logos Solar. Para o homem, que vive dentro do corpo físico do Logos, esse corpo é
efetivamente seu plano físico cósmico, todavia os Iniciados de graus elevados
conseguem evadir-se desse corpo físico cósmico e movimentam-se livremente no
verdadeiro plano físico cósmico. É muito importante que essa diferença fque bem
nítida e clara nas mentes de todos. Refitam profundamente sobre isso, pois os
resultados serão muito benéfcos, no sentido de clarear bastante a visão do que temos
pela frente, em termos de conquistas, responsabilidades, atividades, plenitude de vida
e penetração na Consciência do Logos Solar.

No próximo estudo continuaremos com a exposição do que ocorre no terceiro plano do


sistema, o átmico ou espiritual, o plano de Brahma, Inteligência Ativa, o terceiro Logos,
em termos de atividade elétrica.

Estudo 103

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. - Manas é
eletricidade (Continuação) (Páginas 277, 278 e 279)

Continuemos nosso estudo sobre a atuação do terceiro aspecto do Logos Solar em seu
sistema, em seu plano específco, o terceiro, o átmico ou espiritual. Sua ação resulta
em atividade coerente. Essa atividade coerente está presente não só no sistema, mas
também no planeta e no campo de atuação da Mônada. Em outras palavras, o que o
Logos Solar faz, suas células (os Logoi Planetários em nível mais elevado e as Mônadas
em nível mais baixo) repetem. Como tudo é tríplice, temos em tudo isso a tríplice
vibração de espírito-matéria-inteligência, soando como a tríplice Palavra Sagrada, que
é eletricidade gerando som.

Em consequência temos uma interessante sequência ou inversão, segundo o ponto de


vista, envolvendo os planos como os conhecemos:

Eletricidade provocando impulso vibratório ou oscilatório. É a segregação ou


acumulação de matéria em um espaço defnido e limitado (os limites do corpo físico
cósmico do Logos Solar ou seu Sistema Físico Cósmico completo), para que ela entre

424
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em atividade de forma planejada dentro desse "círculo não se passa" solar. Isso ocorre
no plano adi. É a primeira letra da Palavra Sagrada.

Eletricidade gerando luz. É a objetividade das esferas, os átomos, inicialmente. Dá-se no


plano monádico, na primeira manifestação das formas, pois o monádico é o plano da
Lei de Coesão, sendo o nascimento do Filho. É a segunda letra da Palavra Sagrada.

Eletricidade como som. Ocorre no terceiro plano, o átmico. Sabemos que o som é uma
sucessão de concentrações ou condensações e dilatações ou rarefações. Nas fases de
concentrações ou condensações ocorre o aglutinamento de átomos e partículas,
formando aglomerados mais densos de moléculas. Existe atualmente uma teoria física
sobre a formação do universo, baseada nesse conceito. É a terceira letra da Palavra
Sagrada. Todavia essa terceira letra também é tríplice.

Parece que há uma contradição no que acabamos de expor, embora seja apenas
aparente. Na realidade, no plano adi é iniciada a Palavra Criadora. No monádico vem a
segunda letra ou fase, quando é estabelecido o processo de relacionamento entre as
formas, pela luz. De fato a luz relaciona.

No terceiro plano temos a terceira letra ou fase, que marca o início da concreção ou
densifcação, sendo o som propriamente dito, que para o físico é uma onda mecânica.

No quarto plano, o búdico, a ação elétrica, que provocou o som no átmico, pelo impulso
que obrigou os átomos a oscilarem segundo ondas análogas às mecânicas da física,
provoca o aparecimento de um atributo chamado cor.

Nesses quatro enunciados temos os quatro conceitos fundamentais de toda a


manifestação, ou seja, o quaternário logoico. Todos os quatro têm uma origem elétrica
(vontade). São na realidade uma diferenciação, provocada pela força que vem do plano
mental cósmico, onde está sediado o Ego Logoico, força essa que assume forma, com
um propósito inteligente, no plano físico cósmico.

O Ego humano (manifestação no plano mental do sistema do homem verdadeiro, a


Mônada) repete esse mesmo processo em uma escala muito minúscula, limitando-se
aos três planos (mental, astral e físico) e chegando à objetividade no físico do sistema
ou solar.

Isso será comprovado futuramente, quando a ciência compreender a verdade de que:

1. Todos os fenômenos físicos, conforme entendemos a expressão, têm uma origem


elétrica e uma vibração inicial no primeiro subplano físico do sistema, o atômico.

425
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2. A luz, no plano físico, está intimamente ligada ao segundo subplano, o segundo
éter (o subatômico) e utiliza-o como meio de propagação.
3. O som atua através do terceiro éter.
4. A cor (diferenciação da luz chamada branca), em um sentido peculiar, está ligada
ao quarto éter.
É oportuno aqui lembrar que o sentido da audição precedeu ao da visão, pois a
primeira raça-raiz (a Adâmica) só possuía a audição, tendo a visão surgido na terceira
raça-raiz (a Lemuriana), da mesma forma que o som antecedeu à cor.

Observamos aqui uma interessante analogia entre o quarto éter cósmico (o plano
búdico) e o quarto éter do físico solar. Ambos estão em via de se tornarem exotéricos,
um desde o ponto de vista do homem nos três mundos e o outro desde o ponto de
vista do Homem Celestial. Os cientistas já estão investigando o quarto éter e grande
parte do que postulam sobre o éter, o átomo, o rádio e as partículas subatômicas, tem
a ver com o quarto éter. Com o tempo encontrarão a sua fórmula científca ou a
equação que descreverá matematicamente o quarto éter. Algumas de suas
propriedades, o conhecimento referente a seu campo de infuência e sua utilização
prática serão do conhecimento do homem. Paralelamente a isso, o plano búdico, o
plano do princípio crístico, está sendo conhecido gradualmente por esses seres
avançados, que individualmente são capazes de reconhecer o lugar que lhes
corresponde no corpo de um Logos de um esquema planetário. Esses seres são os
Iniciados Planetários.

A infuência do plano búdico e a característica peculiar da força elétrica começam a se


fazerem sentir e sua energia começa também a produzir um efeito defnido no corpo
egoico do homem. O quarto éter do plano físico do sistema está assumindo
analogamente o lugar que lhe corresponde na mente dos homens e a força elétrica
desse subplano está sendo adaptada e utilizada pelo homem nas artes mecânicas, nos
meios de transporte, na iluminação e na cura.

Quando o livro Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito (1925), a ciência não estava tão
avançada como hoje. Atualmente estamos vendo como eram verdadeiras as palavras
do Mestre Tibetano. Ficaria muito extenso descrever todos os avanços científcos,
bastando citar um, a PET (tomografa por emissão de pósitron), de largo uso nas
clínicas de imagem, que se serve do pósitron, a partícula subatômica, par elétrico
positivo do elétron, para visualizar o interior do corpo humano. Esse é um exemplo
claro da penetração do homem no campo etérico.

426
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É muito oportuno lembrar nesse estudo da eletricidade como manas, que o fogo
elétrico é efeito da Vontade, melhor dizendo, é Vontade agindo sobre a matéria,
qualquer que seja. Como é no plano mental que a Vontade do Ego ou Alma se
manifesta, devemos ter a Vontade sempre atenta e pronta para agir e não permitir que
os corpos astral (emoções) e físico (sensações) assumam o comando.

Continuaremos no próximo estudo.

Estudo 104

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Continuação) (Páginas 279 e 280)

As quatro aplicações da eletricidade para uso mecânico, transporte, iluminação e cura


na matéria física são semelhantes à sua aplicação na matéria búdica.

Uma pergunta aqui é bem oportuna: porquê se diz que a cor é a manifestação búdica
da eletricidade? A palavra cor é aqui empregada em seu sentido básico e original,
como "aquilo que oculta". A cor oculta (é consequência) a sétupla diferenciação da
manifestação logoica e, desde o ponto de vista do homem nos três mundos inferiores,
pode ser entendida em seu pleno signifcado unicamente no plano búdico. É óbvio que
toda manifestação elétrica e ígnea contém as sete cores (sete frequências diferentes).
Há outra analogia entre o quarto éter cósmico (a matéria búdica) e o quarto éter físico,
no fato de que é em ambos que é realizado o trabalho principal dos Grandes
Construtores. Tenhamos em conta que Eles constroem em matéria etérica cósmica
(búdica) o corpo verdadeiro do Logos. O corpo denso (as matérias mental, astral e
física) não constitui o resultado do seu trabalho, sendo apenas a união das sete
correntes de força ou eletricidade, a qual produz a aparente congestão de matéria
denominada planos físicos densos (mental, astral e físico, os três planos inferiores).
Além de tudo isso, essa aparente congestão somente constitui a excessiva atividade
eletrônica ou a energia do conjunto de átomos negativos, que esperam o estímulo cujo
resultado será a aparição de certo número de átomos positivos. Isso deve ser levado
em conta.

O processo de evolução tem duas fases:

INVOLUÇÃO, na qual preponderam os elétrons (negativos) da matéria. O percentual

427
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desses elétrons (femininos) é um dos segredos da Iniciação, sendo tão grande nessa
fase de involução que é perfeitamente observável a escassez de átomos positivos,
tanto que esses apenas mantêm a coerência do conjunto.

EVOLUÇÃO, quando os átomos femininos (os elétrons), devido à ação de MANAS, são
estimulados e, ou desaparecem no depósito elétrico central, ou fundem-se com seu
polo oposto (os átomos positivos) e, consequentemente, desaparecem novamente.

Analisemos essas palavras do Mestre Tibetano à luz da Física moderna. Ele fala de
elétrons femininos e átomos positivos, com os quais os elétrons se fundem. Diz ainda
que na fase de involução os elétrons femininos são muito mais abundantes que os
átomos positivos, apenas mantendo a coerência do conjunto. Por outro lado a Física diz
que o elétron, de carga negativa, tem um companheiro chamado pósitron, de carga
positiva e mesma massa. Nos aceleradores lineares, já foi demonstrado nas câmaras
de bolhas o nascimento do par elétron/pósitron, com rotações inversas, partindo de
uma partícula única, como também seu desaparecimento. Temos atualmente, conforme
já falamos, a utilização do pósitron nas clínicas de imagem, na chamada PET
(tomografa por emissão de pósitron). Sabemos ainda pela Física que os elétrons são
abundantes na natureza terrestre, sendo a Terra considerada um grande depósito de
elétrons. Pelo comportamento elétrico peculiar dos raios atmosféricos, podemos
deduzir que a eletricidade deles é transportada por pósitrons, sendo ainda eletricidade
de origem solar (de uma só polaridade, positiva, conforme diz o Mestre). Conjugando
as informações do Mestre com as da Física, podemos concluir que os pósitrons são os
átomos físicos masculinos ou positivos e os elétrons são os átomos femininos ou
negativos.

Observamos ainda, pelas palavras do Mestre, que existe um depósito universal, no qual
fcam os elétrons, após a devida estimulação por MANAS e os pares elétron/pósitron.
Podemos também deduzir que nesse depósito universal fcam os pósitrons (átomos
físicos masculinos ou positivos). Uma outra conclusão que podemos tirar das
informações do Mestre é que o depósito universal é o Sol. Como conclusão fnal dessa
linha de raciocínio, podemos afrmar que o Mestre é perfeita e logicamente coerente
com a Física, tendo o mérito de se ter antecipado em muitos anos às descobertas dos
Físicos, uma vez que o Tratado sobre Fogo Cósmico foi trazido ao público em 1925.

Após essas importantes deduções, continuemos com o estudo. A fase de evolução


resulta em:

428
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Síntese e Homogeneidade

Sutileza, ao invés da densidade da matéria. O quarto éter cósmico, o búdico, é o plano


do ar e também o plano de absorção dos três mundos inferiores. Essa utilização da
matéria densa (tal como é atualmente conhecida por nós) quer dizer simplesmente que,
no término do processo evolutivo, ela terá sido transmutada e, desde nosso ponto de
vista, praticamente não existirá. Tudo o que sobrará serão os átomos positivos (os
pósitrons) ou certos vórtices de força que - tendo absorvido os átomos negativos (os
elétrons, formando os pares elétron/pósitron) - manifestar-se-ão como fenômenos
elétricos, de uma forma inconcebível para o homem, na sua atual etapa de
conhecimento. Esses vórtices caracterizam-se por:

Intensa atividade vibratória.


Predominância de certa cor ou frequência, segundo a qualidade da manifestação
etérica e sua origem.
Rechaço de todos os corpos que possuem um grau semelhante de vibração e
polaridade. Sua qualidade atrativa cessará ao fnalizar-se a evolução, porquê nada
restará para ser atraído.

Vejamos a seguir as palavras textuais do Mestre e procuremos em seguida esclarecê-


las.

Os vórtices de cada esquema planetário durante a evolução serão sete. Mais tarde,
durante o período de obscurecimento, três dos vórtices aproximar-se-ão de seu pólo
masculino e com o tempo somente fcará um. Um processo semelhante pode-se
observar no homem, em relação a seus sete centros, no processo de Iniciação. Primeiro
são sete centros, logo três absorvem os quatro inferiores por meio da interação
elétrica. Consideramos aqui o tema de acordo com o ponto de vista deste estudo.
Finalmente fca unicamente o centro coronário, por ser o polo positivo dos outros.

Esclareçamos essas palavras, de acordo com a nossa interpretação. Inicialmente temos


átomos, que são vórtices, masculinos ou positivos e femininos ou negativos, dos sete
raios, totalizando quatorze tipos de átomos. Com a evolução, ocorre a fusão dos
átomos masculinos e femininos, para cada raio, fcando sete tipos de vórtices neutros,
um para cada raio. Com a continuação do processo evolutivo, os vórtices do sétimo
raio são absorvidos (temos de mais tarde entender na prática como se dá essa
absorção) pelos vórtices do sexto raio, os quais serão absorvidos pelos vórtices do
quinto, que por sua vez serão absorvidos pelos vórtices do quarto raio, para em
seguida realizar-se a absorção deles pelos vórtices do terceiro raio, em seguida pelos

429
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do segundo raio e fnalmente, no período de obscurecimento, encerrar-se o processo
pela absorção pelos vórtices do primeiro raio, fcando apenas um tipo, sintetizador das
qualidades de todos os outros. Aplicamos aqui a lei de Analogia.

Por ser um assunto bastante complexo e abstrato, encerramos aqui nosso estudo de
hoje, para que todos possam refetir profundamente, esforçando-se para visualizar o
que ocorre, pois só assim chegaremos ao claro entendimento.

Estudo 105

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Comentários sobre alguns tópicos do estudo anterior)

Antes de prosseguirmos com o estudo do Tratado, vamos fazer algumas considerações


sobre o que Mestre diz sobre a utilização da força elétrica do quarto sub-plano físico, o
etérico, na mecânica, no transporte, na iluminação e na cura. Primeiramente, esse
avanço atual na tecnologia, em conseqüência das descobertas da Física e suas ciências
correlatas, resultou da intensifcação das atividades dos Iniciados que labutam na
matéria búdica, a matéria na qual a consciência vive a razão pura, percebendo
diretamente a verdade dos fenômenos que ocorrem na matéria física, como na astral e
mental. Além disso, conforme o Mestre relata no Tratado sobre Fogo Cósmico, fcou
decidido pelos Altos Dirigentes dos destinos da humanidade numa reunião ocorrida no
passado, que dar-se-ia uma aproximação mais íntima entre os Devas ligados ao quinto
raio e os cientistas. Estamos vivendo os efeitos dessas duas atividades, tudo dentro do
Planejamento Divino.

Vejamos inicialmente a parte mecânica. Enfoquemos nossa atenção, para não nos
alongarmos demais, na robótica e na nanotecnologia. Estamos presenciando a
construção de robôs cada vez mais sofsticados, efetuando tarefas impossíveis para o
homem, mas de grande benefício para ele. É só olhar para as sondas espaciais, como a
Cassini-Huygens, que está explorando o planeta Saturno. No campo da nanotecnologia,
estão sendo projetados nanorobôs, que irão poder trabalhar dentro do corpo humano.

Na área do transporte, os estudos para a utilização de fontes de combustível, que não


o petróleo, como o hidrogênio e o plasma, estão bem avançados. O plasma é
considerado pelos Físicos o quarto estado da matéria. Temos ainda as pesquisas sobre
um equipamento chamado tether, para fns espaciais, utilizando eletricidade gerada

430
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pelo campo magnético não só da Terra, como de outros planetas.

Na iluminação, temos as lâmpadas eletrônicas, de uso corriqueiro. O laser está sendo


altamente empregado não só nas pesquisas, na medição, nos sistemas de controle e
segurança, mas também na cirurgia. Podemos ainda enquadrar nesse campo da
iluminação a televisão e os aparelhos a ela ligados, como os VCR e DVD.

Na cura, as modernas técnicas de diagnóstico por aparelhos, como tomografa


computadorizada, PET, ressonância magnética e ultrassonografa, estão sendo
intensamente utilizadas, em benefício da saúde humana.

Há muito o que falar a respeito das aplicações da ciência em prol da humanidade, mas
podemos citar uma que está sendo largamente empregada por muitos e que contribui
para uma maior aproximação entre todos, vencendo as distâncias: a internet. É um
excelente dispositivo para incrementar a fraternidade planetária, além de ser utilíssimo
para e educação.

Por todas essas aplicações da ciência na tecnologia e as que estão por vir, pelo
emprego do fogo elétrico atuando na matéria etérica, o quarto éter, como efeitos da
dinamização da matéria búdica, podemos ter um vago vislumbre de como é a vida no
quarto éter cósmico. Felizes aqueles que já conquistaram o direito de viver seu dia a
dia nesse mundo sutil e de intensa vida, conhecendo realmente as causas dos
fenômenos dos mundos inferiores e como eles verdadeiramente ocorrem. O que
acabamos de afrmar é dedução lógica das palavras do Mestre, quando diz que a
matéria búdica é o plano de absorção nos três mundos inferiores.

A descoberta e a utilização do pósitron (o átomo físico masculino ou positivo) signifca


que já estamos na fase de evolução. De fato estamos na quinta raça-raiz, já surgindo
pessoas não só da sexta sub-raça da quinta, mas também da sexta raça, em termos de
mentalidade. Por isso estamos nos aproximando do fnal do período global da Terra. É
oportuno alertar para não se deixarem levar pela atitude protelatória, deixando para o
futuro ou a próxima encarnação a decisão de fazer o esforço necessário para o
processo iniciático. Lembramos que as quatro primeiras Iniciações só podem ser
recebidas, estando a pessoa encarnada fsicamente e quando terminar o atual período
global, a humanidade será transferida para um globo de matéria sutil, o que signifca
que somente na próxima ronda, a quinta, terão nova oportunidade e mesmo assim,
quando a onda de vida chegar na Terra novamente.

Analisemos a seguir as características dos vórtices (os átomos positivos e as fusões


deles com os átomos negativos, os elétrons) no término do processo evolutivo,

431
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conforme descritas pelo Mestre na página 280 do Tratado:

1. Intensa atividade vibratória - signifca que a frequência será de um valor tão alto,
que a maior freqüência do conhecimento do homem atual será insignifcante, o que
implicará numa intensidade de vida que o homem nunca imaginou.

2. Predomínio de certa cor, de acordo com a qualidade da manifestação etérica e sua


origem - como irá ocorrer a síntese na matéria búdica, surgirá uma cor que conterá
todas as cores desenvolvidas nas etapas anteriores e foram aperfeiçoadas para
poderem expressar as qualidades das Mônadas. Como estamos vivendo num Sistema
Solar de segundo raio, é lógico deduzir que a tonalidade principal será na faixa do
índigo, não o índigo identifcado pelos olhos físicos, mas uma harmônica muitíssimo
superior. Considerando que as Mônadas em evolução são de três raios, existirão
vários matizes. Lembramos que essa fusão na matéria búdica não é a etapa fnal,
porque faltam ainda outras fusões nas matérias átmica, monádica e adi.

3. Rechaço de todos os corpos que possuem um grau semelhante de vibração e


polaridade. Sua qualidade atrativa cessará ao fnalizar a evolução, devido a que nada
restará por ser atraído - Se raciocinarmos que, com a estimulação dos átomos
femininos (os elétrons) pela ação de Manas, conforme o Mestre diz, esses elétrons
estimulados procurarão os átomos masculinos (os pósitrons), com os quais fundir-se-
ão, tornando-se por assim dizer hermafroditas. Assim, de fato, nada restará por ser
atraído, porque todos os átomos terão conseguido sua complementação, realizando o
matrimônio. Mais uma vez lembramos que há etapas superiores a serem
conquistadas.
O que podemos concluir de tudo isso com referência ao homem com a consciência
atuando na matéria búdica nessa fase de síntese? Seus corpos búdicos serão
constituídos por esses vórtices, o que signifca que a quantidade de informações
captadas pelos sentidos do corpo búdico será astronômica, como também os
fenômenos ocorrendo na matéria búdica serão de natureza e grandeza inimagináveis
para a atual mente humana.

Os Iniciados que receberam a quarta Iniciação Planetária, a segunda Solar, vivem nesse
mundo búdico. Todavia como a matéria búdica ainda não conseguiu a fusão, embora
Eles tenham conseguido fundir os átomos constituintes de seus corpos búdicos, sua
experiência ainda não é completa. Algum dia Eles terão de completar essa experiência.
Existem meios para contornar isso, mas poucos o conseguiram. Do nosso

432
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conhecimento, somente dois conseguiram isso: os Senhores BUDA e MAITREYA (O
CRISTO).

O assunto é muito empolgante e, usando a refexão, a meditação, a lógica, a conjugação


dos conhecimentos científcos, a visualização e a imaginação sob controle racional, em
cima desses ensinamentos do Mestre Tibetano, poderemos captar um mundo de novos
conhecimentos, que irão aumentar a nossa convicção e nos dar mais força e ânimo
para prosseguir no caminho iniciático e assim melhor ajudar a humanidade.

Estudo 106

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Continuação) (Páginas 280, 281 e 282)

A questão da polarização elétrica e de como ela se manifesta não só com referência


aos centros, mas também no tocante a outras áreas, é bastante complexa, requerendo
muita refexão e pesquisa, pouco podendo ser dito. Mesmo assim, podemos afrmar,
sem risco algum, que o centro sacro e sua expressão, os órgãos genitais, são o polo
negativo do centro laríngeo, assim como o centro umbilical ou plexo solar é o polo
negativo do centro cardíaco. Esse assunto é muito amplo e complicado, por causa da
ordem de desenvolvimento dos centros, ao raio e à cor (frequência) juntamente pelo
fato de em certas etapas do processo evolutivo alguns centros, como por exemplo o
básico, são positivos, sendo um outro exemplo o umbilical, que inicialmente é positivo
para os centros inferiores abaixo dele, tornando-se um sintetizador para eles, quando
então passa a ser negativo para o cardíaco.

Semelhantemente alguns esquemas planetários são positivos e outros negativos. Três


esquemas são duais, positivos e negativos. O mesmo acontece com um sistema solar e
curiosamente com os planos.

O nosso esquema tem uma polaridade positiva temporária, ou seja, na atual


encarnação do nosso Logos Planetário na Terra; por isso é possível que no próximo
período global Ele mude de polaridade. Tanto os homens, como os Homens Celestiais,
encarnam em corpos masculinos e femininos, olhando-se o aspecto polaridade elétrica
e não o sexual sob o ângulo do corpo físico.

Vênus é de polaridade negativa e está intimamente relacionado com a Terra, que dele

433
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
recebe uma força. Aqui a questão do sexo poderá ajudar a entender o assunto. O
vínculo cósmico existente entre um Logos Planetário em encarnação positiva e outro
em encarnação negativa permitiu o resgate de uma dívida antiga e o estabelecimento
de uma aliança planetária, o que ocorreu na época lemuriana. Nessa raça a Luz brilhou
em vários dos grandes grupos humanos, porque o contacto elétrico entre os dois polos
foi estabelecido. Essa Luz signifcou o despertar de Manas (Mente) no homem
lemuriano ou a individualização, com a chegada de SANAT KUMARA e seus 107
Kumaras, provenientes do esquema de Vênus e dos Anjos Solares, que abandonaram o
plano mental cósmico para esse sacrifício. Era necessário o trabalho conjunto dos dois
Homens Celestiais no quarto subplano físico cósmico (o quarto éter cósmico, o búdico)
para que a Luz de Manas fosse acessa e brilhasse nesses grupos humanos, no quinto
subplano físico cósmico, o gasoso cósmico, o nosso plano mental. Lembramos que
anteriormente dissemos que a maioria da humanidade atua conscientemente no quinto
subplano dos três planos inferiores (mental, astral e físico). O quinto princípio, Manas,
começa a fcar ativo nela, mas apenas tem força sufciente para mantê-la em linha com
a força que provém do quarto subplano físico cósmico, o búdico, o quarto éter
cósmico, para o subplano físico cósmico imediato inferior, o nosso mental.

Lembramos que os subplanos de mesmo número possuem o mesmo tipo de força e,


portanto, a mesma polaridade. Atentemos para a expressão "o mesmo tipo de força"
nesse contexto. Como cada plano expressa uma determinada força, então a força
expressa pelo subplano será uma subforça da força do plano. Por exemplo, o terceiro
plano expressa a força da Inteligência Ativa e o quarto a força da Harmonia pelo
Confito (que produz a razão pura em nível mais baixo), então a força do terceiro
subplano do quarto plano é a Harmonia pelo Confito expressando-se pela Inteligência
Ativa.

Os planos búdico e astral estão também relacionados, como já é sabido, sendo o astral
negativo para com o búdico. Quando for claramente conhecida e entendida a
polaridade entre os planos e subplanos, a interação entre eles e os planos sistêmicos e
os planos cósmicos correspondentes (exemplo: entre o astral sistêmico e o astral
cósmico), então o homem libertar-se-á. Quando for conhecida a polaridade dos éteres
entre si e sua relação com o todo, estará concluída a evolução humana. Quando um
Mestre consegue resolver o problema dos fenômenos elétricos nos três mundos
(físico, astral e mental), então obtém sua liberação. Aqui a palavra liberação deve ser
explicada. Um Mestre é aquele que recebeu a quinta Iniciação Planetária, a terceira
Solar e, portanto, também a quarta Planetária, na qual se libertou da roda de Sanshara,

434
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a roda de encarnações. Logo, a palavra liberação nesse contexto signifca que após a
quarta Iniciação o Iniciado tem de resolver esse problema, o que fará sem precisar do
corpo físico. Daí podermos concluir, com uma base lógica, que o entendimento de
todos os enigmas da Ciência humana, em particular os referentes à Física, será
conseguido, quando a consciência puder atuar plenamente no plano búdico e acima.

Além disso, quando for captada a relação entre a forma negativa e o Espírito (a
Mônada) positivo e, em certa medida, a sua conexão conjunta com as Entidades
Cósmicas que habitam o inteiro Sistema Solar, aí será obtida a liberação grupal.

Talvez ajude a esclarecer o ponto de vista, ao analisar este tema tão complexo e
transcendental, se lembrarmos que o homem é essencialmente positivo em sua própria
natureza, porém seus veículos são negativos. Por isso ele é a unidade central da
eletricidade positiva, que atrai e mantém aferrados a si os átomos de polaridade
oposta. Quando conseguir unir e fundir os dois polos e produzir luz de certa magnitude
(fxada pelo Ego antes de encarnar) durante uma encarnação particular, ocorrerá o
obscurecimento. A manifestação elétrica queima e destrói o meio utilizado, então a luz
desaparece, sobrevém o que chamamos morte física, porque a corrente elétrica
queima aquilo que provoca a objetividade e o que resplandece.

Usemos a lei de Analogia e façamos uma comparação com a lâmpada elétrica. Usando
um dispositivo elétrico chamado reostato ou, modernamente, um dispositivo de estado
sólido, para controlar a corrente elétrica, vamos gradualmente aumentar essa corrente
passando pelo flamento (de tungstênio) da lâmpada. Escolhamos uma lâmpada para
110 volts e uma fonte de 220 volts. Inicialmente façamos passar uma corrente fraca,
tal que a luz emitida pela lâmpada seja bem tênue. De vagar aumentemos a corrente e
a luz irá fcando mais forte. Quando a corrente for exatamente aquela ideal para a
lâmpada (por exemplo: uma lâmpada de 60 watts), então ela atingirá o brilho máximo
previsto pelo fabricante, sem se queimar. Se continuarmos a aumentar a corrente bem
de vagar, o brilho irá aumentar cada vez mais, até alcançar um fulgor máximo, muito
acima do previsto pelo fabricante e queimar-se-á, pela fusão e derretimento do
flamento, interrompendo o circuito da corrente elétrica.

Analogamente, a corrente elétrica é a energia da Mônada via Ego, o flamento é o corpo


físico etérico, a luz é a manifestação pelo corpo físico das qualidades que o Ego
planejou desenvolver e expandir a um certo limite, naquela encarnação. Ao longo da
encarnação as energias do Ego (a corrente elétrica) vão sendo liberadas e aumentadas
(o que depende da habilidade do Ego nesse controle) e paulatinamente as qualidades

435
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planejadas vão se intensifcando, o que mexe com o corpo físico, pois não devemos
esquecer que a energia do Ego é fogo elétrico. Todavia o corpo físico foi estruturado
para suportar um determinado valor de fogo elétrico para aquela encarnação.

Quando for atingido o potencial de fogo elétrico previsto para o limite de resistência
normal do corpo físico, as qualidades expressar-se-ão com a magnitude prevista
(brilho ideal previsto pelo fabricante). Mas sempre há uma resistência de reserva para
o corpo físico, como há para a lâmpada. Então, o Ego, por querer avançar mais,
aumenta o fogo elétrico, que literalmente circula pelos flamentos do corpo etérico,
aumentando o brilho da luz (suas qualidades). Quando a resistência do corpo chega ao
limite e o fogo elétrico atinge o valor máximo, o flamento se queima e é interrompido,
cessando a circulação de fogo elétrico, ocorrendo então o fulgor intenso, signifcando
que houve um grande avanço. Na próxima encarnação o Ego iniciará a partir do ponto
de intenso fulgor da encarnação anterior.

Ampliemos esse conceito de polaridade e procuremos compreender que essas


unidades chamadas homens (positivos em relação a seus próprios corpos) são apenas
células negativas no corpo de um Homem Celestial e mantidas em sua esfera de
infuência pela força de Sua vida elétrica. Os Homens Celestiais, positivos em relação às
suas vidas menores, por sua vez são negativos para a Vida maior que os contém, o
Logos Solar.

Assim fca demonstrada a veracidade do que H. P. Blavatzky ensina:

Positi
Fogo Elétrico Espírito ou Mônada.
vo
Fogo por Negat
Matéria
Fricção ivo
Mônada e matéria fundem-se e produzem a
Fogo Solar Luz
chama objetiva
Assim consideramos a origem elétrica de toda a manifestação nos quatro subplanos
superiores do plano físico cósmico, melhor dizendo, do corpo físico cósmico do nosso
Logos Solar, os quais são de matéria etérica cósmica: adi - primeiro éter ou subplano
atômico, monádico - segundo éter ou subplano subatômico, átmico - terceiro éter ou
subplano superetérico e búdico - quarto éter ou subplano etérico. Semelhantemente,
os quatro éteres do nosso plano físico formam o corpo etérico do homem (muito
embora eles não estejam plenamente ativos na maioria da humanidade). Essas palavras
encerram uma verdade, cuja importância ainda não foi plenamente entendida e

436
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
assimilada pelo estudante comum de Ocultismo. Quando ela for devidamente aceita, irá
clarear maravilhosamente todo o tema da evolução planetária.

Chegamos agora aos três planos em que o homem (o homem comum) atua: mental -
subplano cósmico gasoso, astral - subplano cósmico líquido e físico - subplano cósmico
denso, os quais iremos considerar no próximo estudo.

Estudo 107

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Continuação) (Páginas 282 e 283)

Os mistérios que velam os fenômenos que ocorrem na matéria dos subplanos etéricos,
os quatro éteres, só serão desvelados e compreendidos, conforme a Ciência adquirir
mais conhecimentos sobre os demais estados da matéria, além dos já de seu
conhecimento. Quando conhecerem sua frequência, seu modo de oscilar, suas
estruturas moleculares (como conhecem as da Química), suas leis de reação e
propriedades, sua condutibilidade para a luz e outras energias e suas aplicações, tudo
isso em relação aos quatro éteres físicos, então, paralelamente, irão fazendo
descobertas sobre os correspondentes éteres cósmicos, ou seja, as matérias búdica,
átmica, monádica e adi.

Muita coisa sobre os éteres cósmicos já pode ser deduzida a partir dos conhecimentos
já existentes sobre os quatro éteres físicos. Exemplifquemos. O quarto éter (sobre o
qual podemos afrmar que está sendo descoberto) tem na atual etapa certas
características. Enumeremos muito brevemente algumas delas:

a. O raio violeta utiliza o éter como meio de propagação.

b. A maioria dos corpos etéricos humanos estão construídos com matéria do quarto
éter.

c. O quarto éter é, em grande parte, a principal esfera de infuência dos "Devas das
sombras" ou esses Devas violeta que estão internamente interessados na evolução
física do homem.

437
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
d. Dentro da esfera etérica as evoluções humana e dévica estabelecerão contacto
mais adiante.

e. Os corpos físicos densos são construídos na quarta esfera etérica.

f. É a esfera da individualização física. Somente quando o animal, ao individualizar-se,


era plenamente consciente nesse subplano físico, foi possível coordenar as esferas
correspondentes dos planos astral e mental e, mediante esta tríplice coordenação,
dar os passos necessários que permitirão ao quaternário inferior aproximar-se da
Tríade.

g. Este quarto éter, nesta quarta ronda e nesta quarta cadeia, tem de ser totalmente
dominado pela Hierarquia humana, a quarta Hierarquia criadora. Cada ente da família
humana deve conseguir este domínio antes de terminar esta ronda.

h. É a esfera onde ocorrem as iniciações do umbral e são empreendidas as cinco


iniciações no plano físico.
Analisemos detalhadamente essas oito afrmações do Mestre Tibetano.

a. O raio violeta é o sétimo raio, que é o regente do plano físico, o plano onde o
Espírito (a Mônada) e a matéria se enfrentam face a face, em outras palavras, é o
plano de maior concreção. É no quarto éter que se desenvolvem e atuam as energias
do sétimo raio, que tão fortemente agem sobre a matéria densa. No atual período, em
que o sétimo raio está entrando em plena atividade, no lugar do sexto raio, os
estudos e as pesquisas voltadas para este éter serão de imensa utilidade para o
homem, em diversas áreas.

b. Talvez por estarmos no quarto globo da quarta ronda da quarta cadeia, a maioria
dos corpos etéricos dos seres humanos seja de matéria do quarto éter, o mais denso
dos éteres. Isso propicia grandes possibilidades na área da cura.

c. A afrmação desse item talvez seja consequência do anterior, pois, se os Devas


violeta estão interessados internamente na evolução humana e eles vivem na matéria
etérica, será nessa matéria mais abundante nos corpos humanos que eles
descobrirão coisas sobre os homens.

438
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
d. Também é consequência do item b, por ser a matéria comum às duas evoluções,
sendo a mais usada pelo reino humano.

e. Signifca que os átomos e moléculas que irão constituir o corpo denso são
agrupados por energias emanadas pelo quarto éter, o que implica em duas coisas:

• o modelo cármico gravado no átomo físico permanente para a encarnação


comunica-se e atua através do quarto éter;
• em consequência, o quarto éter comanda o código genético.
Tudo isso nos leva a concluir que, quando a Ciência desvendar os mistérios do quarto
éter, decifrará realmente o genoma humano.

f. Para haver a aproximação entre as Tríades Inferior e Superior, com o objetivo de


individualização, ou seja, ser estabelecido um contacto mais direto entre a Mônada e
os corpos inferiores, sem passar pela Tríade Superior, pouco afeita às vibrações
(informações) inferiores, era necessário que três pontes (a tríplice coordenação)
estivessem prontas para transferir informações ou energias, as quais eram: a matéria
do quarto subplano mental (ponte entre o mental concreto e o superior, onde fcaria
o Ego ou Alma), a matéria do quarto subplano astral (ponte entre o mental e o astral,
em concordância com a lei de correspondência numérica entre os planos, sendo o
quarto o intermediário) e o quarto subplano físico, o quarto éter, totalizando as três
pontes. Assim foi possível o homem adquirir autoconsciência em cérebro físico, em
resposta à autoconsciência implantada no Loto Egoico pelo Anjo Solar.

g. Essa afrmação é bastante óbvia e lógica, pelo forte alinhamento do número quatro
em quatro áreas e também pelo fato já explicado acima, do contacto entre as
evoluções humana e Dévica no futuro.

h. Essa última característica é a mais complexa. Quanto às duas iniciações do umbral,


que antecedem a primeira Planetária, ela é evidente, porque elas agem sobre o
cérebro físico. Para as cinco Iniciações Planetárias, que constituem a meta da atual
quarta cadeia planetária, sabemos que até a quarta Iniciação, o Iniciando tem de
estar encarnado fsicamente, o que justifca a afrmação do Mestre. Resta a quinta, a
que torna o homem um Mestre. Nela ocorre a fusão ou sintonia exata entre as
Tríades Inferior e Superior, o que implica numa atuação no átomo físico permanente,
que se torna intensamente ativo e assim repercute no quarto éter. Por essa linha de

439
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
raciocínio, o Mestre Tibetano está completamente certo e correto.

Estudo 108

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Páginas 283,284 e 285)

Muito mais pode ser acrescido à listagem anterior de características do quarto éter,
explanadas anteriormente. pois só o fzemos com referência àquilo que pode ser
entendido facilmente e comparado com o que acontece na matéria do plano búdico, o
quarto éter físico cósmico. É bom recordar que a matéria do nosso plano físico tem em
seus subplanos a analogia com todo plano físico cósmico, conforme vemos a seguir:

PLANO FÍSICO CÓSMICO


Primeiro éter 1. Subplano Primeiro
1. Adi
cósmico atômico éter
2.
Segundo éter Segundo
Monádic 2. Subatômico
cósmico éter
o
3. Terceiro éter Terceiro
3. Superetérico
Átmico cósmico éter
Quarto éter Quarto
4. Búdico 4. Etérico
cósmico éter
5. Mental Gasoso cósmico 5. Gasoso
6. Astral Líquido cósmico 6. Líquido
7. Físico Denso Cósmico 7. Denso Físico
Se aplicarmos a analogia em relação aos planos superiores, podemos olhar o plano
físico da seguinte maneira:

PLANO FÍSICO SOLAR


Primeiro primeiro
atômico adi físico
subplano éter
Segundo subatôm segundo anupadaka ou
subplano ico éter monádico físico
Terceiro supereté terceiro
átmico fsico
subplano rico éter

440
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Quarto quarto
etérico búdico físico
subplano éter
Quinto
gasoso mental físico
subplano
Sexto
líquido astral físico
subplano
Sétimo
denso denso físico
subplano
Nos dois planos, físico cósmico e físico solar, o quarto, o búdico, sempre é o local de
unifcação ou onde a diversidade se encontra e ocorre sua fusão, não como unidade
fundamental, mas como grupo. Esse fato é devido a que o plano búdico é o que com
mais proeminência está relacionado com a evolução dos Homens Celestiais. Portanto,
tudo o que foi dito com referência ao quarto éter físico, pode ser afrmado para o
quarto éter cósmico e perceber-se a analogia no plano búdico, ou seja, as
características descritas para o quarto éter físico aplicam-se à matéria búdica, com as
devidas adequações, é óbvio. Por exemplo, o lugar ocupado pela cor violeta no
espectro é de primordial importância em relação com os ciclos maiores e marca o fm
de um ciclo e o princípio de um novo. O plano búdico é, de uma forma peculiar, o plano
da cor violeta, embora nele existam todas as cores. O Senhor do Raio de Magia
Cerimonial, o sétimo raio, da cor violeta, que trata de expressar as qualidades desse
raio para o Sistema Solar, relaciona-se especialmente com o plano búdico. Devemos
saber que cada Logos Planetário trabalha principalmente em um dos sete planos,
donde concluirmos que exerce sua infuência no plano onde encontra sua linha de
menor resistência, embora a exerça em todos.

Analisemos essas palavras do Mestre. Três informações importantes Ele nos dá:

1. O lugar ocupado pela cor violeta no espectro indica o término de um ciclo e o início
de um outro.

2. O plano búdico é o plano da cor violeta, num sentido especial.

3. O Senhor do Raio da Magia Cerimonial, o sétimo raio, da cor violeta, tem especial
atividade na matéria do plano búdico.
Conjuguemos essas três informações e façamos nossa conclusão. Estamos no fm do
ciclo de Peixes, do sexto raio, do Idealismo Devocional e entrando no ciclo de Aquário,
do sétimo raio, da Magia Cerimonial. Podemos então deduzir, com uma boa base lógica,

441
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que a matéria búdica será muito importante e utilizada, nesse novo período que se
inicia. O mesmo podemos dizer das matérias do quarto éter físico, como também dos
quartos subplanos astral, mental, búdico (nesse subplano, em particular, a ênfase será
muito maior, uma vez que é o quarto subplano do quarto plano) e dos demais planos.
Estamos, portanto, no limiar de uma era de ouro, no sentido de modalidades de vida
nunca sonhadas, em muitas áreas, como: nas relações humanas, na ciência, na saúde
pelo avanço da medicina, que será mais preventiva do que corretora, na tecnologia, nos
transportes, no lazer, na educação e na política. Tudo em consequência da dinamização
da matéria do plano búdico e sua repercussão. Cabe lembrar que não faremos
considerações sobre os efeitos nos quartos subplanos astral, mental, átmico, monádico
e adi, muito embora elas ocorrerão e exercerão suas ações infuentes nos planos que
lhes estão abaixo. Os Iniciados que já vivem nesses planos é que sentirão as benéfcas
consequências.

Aplicando a segunda característica do quarto éter, da sua composição nos corpos


humanos, aos Homens Celestiais, observamos que quatro dos Homens Celestiais
possuem seus corpos físicos cósmicos constituídos de matéria búdica. A identifcação
desses quatro Logoi Planetários trar-nos-á muitas informações com referência à
atuação das energias dos raios que Eles controlam, pois, sendo a matéria búdica a que
vai entrar em intensa atividade e sendo seus corpos físicos cósmicos formados de
matéria búdica, é evidente que sua ação será mais preponderante. Essas informações
serão muito úteis na previsão do futuro da humanidade como um todo, como também
em nível individual.

Além disso, é no plano búdico que as duas grandes evoluções, a humana e a Dévica,
encontram sua unidade grupal e partes de ambas hierarquias misturam-se e fundem-
se, com o objetivo de formar o corpo do Divino Hermafrodita, esse Ser Cósmico que
expressa em si os dois pares de opostos, pois a evolução humana segue a linha
positiva e a Dévica a negativa, o que leva a sua fusão a expressar os dois polos, o
masculino ou positivo e o feminino ou negativo. Antes disso, em certos pontos já
fxados, elas poderão se aproximar entre si momentaneamente.

No plano búdico pode-se observar uma aliança defnida e permanente. Nesse plano os
Devas das "sombras", dedicados a construir o esquema planetário, desenvolvem seu
trabalho paralelamente aos construtores menores, que realizam seu trabalho nos três
mundos inferiores e trabalham com o corpo etérico humano. Assim pode-se
estabelecer a analogia, pois em tudo rege a Lei de Semelhança ou Analogia, porém não
devemos nunca esquecer que a analogia é de caráter psíquico e se manifesta no

442
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
trabalho, na atividade e qualidade, mas não é uma cópia exata da forma. É muito
importante ter sempre isso em mente, quando a analogia for usada.

Pelo acima explanado, temos muito material para meditar e concluir, com grandes
benefícios, pela aplicação, para a nossa evolução e a concretização do Plano Divino, no
que a nós cabe realizar.

Continuaremos no próximo estudo.

Estudo 109

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Continuação) (Páginas 285 e 286)

Conforme o tempo vai passando e a evolução prossegue, dentro do grande Plano


Divino, as tarefas dos Homens Celestiais em seus corpos etéricos cósmicos
(constituídos por matéria dos subplanos superiores do físico cósmico (búdico, átmico,
monádico e adi) serão paulatinamente conhecidas, entendidas e ajudadas pelas
inteligências menores, os homens, conforme forem adquiridas pela ciência mais
informações sobre os éteres físicos, uma vez que neles está a chave para a
compreensão dos éteres cósmicos. Já estamos iniciando esse período, pois com a
entrada do sétimo raio e pelo fato de o Senhor desse Raio ter bastante ativada em seu
corpo físico cósmico a matéria búdica, as descobertas científcas na área do quarto
éter físico intensifcar-se-ão, em consequência da correspondência numérica quarto
éter cósmico - quarto éter físico. Os Iniciados planetários do esquema da Terra, a partir
da quarta Iniciação, já colaboram ativamente com o nosso Logos Planetário, sendo por
isso que o processo iniciático é tão importante para a humanidade. A Ciência é serva
da Sabedoria e abre a porta que conduz aos infnitos horizontes e às regiões cósmicas,
onde se encontram essas grandiosas Inteligências que manipulam a matéria dos planos
superiores e moldam-na na forma desejada, fazendo com que as vibrações iniciadas
sejam percebidas nos mais distantes confns do "círculo não se passa" solar. Assim,
todas as vidas menores e a matéria mais densa são impulsionadas e levadas até as
formas e canais necessários. O trabalho divino é assim realizado: vibração ou atividade
inicial - luz ou atividade que adquire forma e anima a forma - som, base da
diferenciação e origem do processo evolutivo - cor, a sétupla diferenciação. Temos
tratado esses quatro fatores em relação a um Logos Solar e também ao Homem

443
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Celestial, ao homem e à Mônada humana.

Os estudantes devem também atentar para outro ponto que comumente é esquecido,
que cada plano pode ser estudado e dividido de duas maneiras:

Os sete subplanos podem dividir-se em três superiores ou abstratos e quatro inferiores


ou concretos. Esta divisão é a melhor e mais estritamente metafísica, porque encerra
todo o conceito do Eu, do não-eu e da Inteligência, com sua síntese, que produz o
universo objetivo, seja um sistema solar, um esquema planetário ou uma encarnação
humana. Em relação ao Logos, Helena Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta, Tomo I,
elucida magistralmente e considera de forma iluminadora o trabalho do Pai e da Mãe
ao produzirem o Filho, mediante uma consciente e inteligente colaboração.

Com referência ao homem, é possível compreender o assunto mais facilmente, se ele


for considerado o corpo causal, nos níveis abstratos do plano mental, em relação com
os quatro níveis inferiores ou concretos, donde emana a manifestação.

Os sete subplanos também podem ser divididos igualmente em três superiores, porém
considerando o quarto subplano como o de reunião ou unifcação e os três inferiores
como regiões de esforço. Está divisão aplica-se particularmente ao homem.
Apliquemos esses conceitos ao homem nos três planos inferiores. No plano físico,
atualmente o homem está centrado no subplano gasoso, o quinto, uma vez que sua
consciência está no cérebro físico, que para todos os efeitos é considerado gasoso,
embora saibamos que é de matéria dos três estados. No plano astral, a imensa maioria
da humanidade está fortemente centrada no quinto subplano. No mental, também há
uma forte concentração no quinto subplano. O passo a ser dado é então dominar o
quarto subplano dos três planos e o período que se inicia é altamente propício para tal.
Isso sendo feito, os resultados serão altamente compensadores, uma vez que os
quartos subplanos são de síntese.

Ambas divisões, como será visto mais adiante, existem em cada plano do sistema e tem
origem na força elétrica, que se manifesta diversamente em cada plano, porém em
todos atua sob três leis: Atração e Repulsão, Economia e Síntese. Os três planos e
subplanos inferiores atuam principalmente sob a Lei de Economia, os quartos plano e o
subplano, da união, atuam sob um dos aspectos da Lei de Atração. Logicamente,
durante a evolução, paralelamente, essa lei tem seus opostos: Dispersão, Repulsão e
Diferenciação.

O que está relacionado com a manifestação elétrica do akasha deverá ser estudado em

444
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
suas três divisões principais. Por akasha entendemos o fogo por fricção na
manifestação por fricção, ou seja, manifestação pura, o chamado kundalini. Na página
75 do Tratado sobre Fogo Cósmico o Mestre defne akasha. As três divisões principais
são as ações das três leis, Economia, Atração e Repulsão e Síntese. Embora akasha
refra-se ao terceiro aspecto, regido pela Lei de Economia, todavia, considerando a
triplicidade de tudo, temos de levar em conta as outras duas leis, como secundárias
nesse caso. Temos também de olhar as divisões dos planos em: os três maiores ou
abstratos, os quatro menores ou concretos, não esquecendo a função do quarto como
intermediário, transferidor e sintetizador. Em seguida, olhamos os sete planos
individualmente com suas sete subdivisões, totalizando 49 fogos, no sentido dos
efeitos dos fogos nos diversos subplanos. Akasha também pode ser considerado como
os quatro éteres, mas o raciocínio é o mesmo, uma vez que akasha aqui é a matéria
etérica vivifcada pela eletricidade na forma de fogo por fricção.

Vemos que o assunto torna-se complexo e mais complexo ainda, pelo fator tempo, que
coloca esses quarenta e nove fogos, que estão em diferentes etapas, sob diversas
esferas de infuência e as três leis do cosmo. Em consequência, o mesmo fogo
manifestar-se-á como luz construtora, em alguns períodos e em outros produzirá a
combustão e obscurecimento eventual, como resultado da combustão.

Quanto à manifestação da eletricidade nos planos mental, astral e físico, iremos


elucidar o assunto no decorrer, o mais plenamente possível. Basta saber que a Lei rege
sempre e que tudo o que foi dito com referência aos Homens Celestiais em seus
próprios planos, aplica-se também ao homem nos quatro planos inferiores. Assim
temos:

UM LOGOS SOLAR
1 - Vibração
o plano logoico ou adi
elétrica
o plano monádico ou
2 - Luz elétrica
anupadaka
3 - Som
o plano atmico
elétrico
4 - Cor elétrica o plano búdico
UM HOMEM CELESTIAL
1 - Vibração
o plano monádico
elétrica

445
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

2 - Luz elétrica o plano átmico


3 - Som
o plano búdico
elétrico
4 - Cor elétrica o plano mental
UM HOMEM
1 - Vibração
o plano búdico
elétrica
2 - Luz elétrica o plano mental
3 - Som
o plano astral
elétrico
4 - Cor elétrica o plano físico
No próximo estudo faremos algumas considerações sobre o que acima foi dito, com o
objetivo de se enxergar como coisa prática, tal que possa ser utilizada no dia a dia e
assim ser possível uma melhor compreensão e aceleração da metodologia evolutiva.
Refitam sobre isso.

Estudo 110

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Comentários sobre o conteúdo da página 286)

Iremos esclarecer alguns aspectos do estudo anterior, em particular as manifestações


da eletricidade (fogo elétrico) nas quatro matérias dos quatro planos sistêmicos, com
referência ao Logos Solar, ao Logos Planetário e ao homem.

Inicialmente, a palavra akasha no atual contexto signifca o fogo por fricção, que é
realmente eletricidade, atuando nos diversos tipos de matéria, conforme o plano.

Vejamos a atuação de um Logos Solar. O fogo elétrico surge da ação da Mônada Solar,
o verdadeiro Logos Solar, na matéria monádica cósmica, onde Ela reside. Os átomos
monádicos cósmicos, excitados pela ação monádica (quando a Mônada altera seu
estado de ser, Ela age) e contendo as informações da Mônada Solar, penetram em
átomos átmicos cósmicos, que fcam também excitados e retêm a informação ou a
ideia da Mônada Solar. A frequência de oscilação ou vibração desses átomos átmicos é
mais baixa que a dos átomos monádicos, como é evidente, mas a modulação, ou seja, a

446
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
forma de oscilar, continua expressando a ideia ou informação da Mônada Solar. Os
átomos átmicos cósmicos, contendo dentro de si os átomos monádicos cósmicos,
penetram em átomos búdicos cósmicos, prosseguindo assim o processo de penetração
de átomos dentro de átomos, até chegar aos átomos adi ou logoicos do sistema solar,
que reproduzem a informação original da Mônada Solar. Ocorre então a vibração
elétrica na matéria adi. Não consideramos em detalhes o que ocorre na matéria do
corpo causal cósmico do Logos Solar, onde reside a Alma Logoica.

Antes de prosseguirmos, urge clarear muito bem que estamos considerando a


consciência física cósmica do Logos Solar, análoga à nossa consciência cerebral física.

Quando os átomos logoicos ou adi do sistema solar, com as informações da Mônada


Solar, penetram nos átomos monádicos do sistema, esses fcam também excitados e
pela alteração de frequência (menor) e pela natureza da matéria monádica sistêmica,
as oscilações ou vibrações produzem a consciência física cósmica do Logos Solar, ou
seja, o "cérebro físico cósmico" do Logos Solar está no plano monádico do sistema. O
efeito fenomênico é a luz.

Ao penetrarem os átomos monádicos do sistema nos átomos átmicos do sistema, a


oscilação com a mesma modulação (que encerra a informação original) transforma-se
numa onda análoga à nossa onda sonora, que é mecânica, ou seja, uma sucessão de
compressões e rarefações, sendo então som elétrico, fenomenicamente.

Quando os átomos átmicos sistêmicos penetram nos átomos búdicos sistêmicos, ainda
com a mesma modulação, esses passam a oscilar de uma forma análoga às nossas
ondas eletromagnéticas, com a modulação original e produzem as sete diferenciações
primárias, que se diferenciam um número astronômico de vezes, gerando sub-
harmônicas, sendo oscilações tais que constituem os modelos das formas que serão
construídas nos mundos abaixo do búdico, os chamados mundos "rupa" ou das formas.
Essas sete oscilações primárias manifestam-se fenomenicamente como cores elétricas.

Isto nos leva a concluir que na matéria búdica do nosso sistema solar estão os modelos
de todas as formas existentes e a existir nas matérias dos mundos mental, astral e
físico.

Um Homem Celestial segue o mesmo procedimento, só que a vibração elétrica ocorre


na matéria monádica do sistema e se manifesta como cor elétrica na matéria mental,
contendo os modelos que o Logos Planetário quer desenvolver e utilizar em seu
esquema planetário. O "cérebro físico cósmico" do Logos Planetário está na matéria
átmica, gerando a luz elétrica para Ele, sendo também sua consciência física cósmica,

447
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fcando seu som elétrico na matéria búdica. Essa queda de plano nas manifestações é
óbvia, uma vez que um Logos Planetário tem menos poder que o Logos Solar e está
subordinado a Ele.

Analisemos agora o que ocorre com a Mônada humana nesse processo.

A Mônada humana é residente inicialmente na matéria monádica do sistema. Ao atuar


nessa matéria, os átomos monádicos fcam excitados e passam a oscilar ou vibrar, de
acordo com a informação ou ideia da Mônada.

Esses átomos monádicos excitados penetram em átomos átmicos, que passam a


oscilar em frequência sub-harmônica com a mesma modulação original (a informação
ou ideia da Mônada). Os átomos átmicos excitados penetram em atomos búdicos, que
também passam a oscilar com a mesma modulação original, tendo essa oscilação um
modo especial, chamado vibração elétrica.

Quando esses átomos búdicos penetram em átomos mentais, esses fcam excitados,
reproduzindo a mesma modulação ou ideia da Mônada, todavia num outro modo de
oscilar, que leva a que a Alma ou Ego tenha consciência, o que fenomenicamente é luz
elétrica. De fato a consciência da Alma está no plano mental superior ou causal. Existe
uma estreita associação entre esse fato e o Loto Egoico. A pesquisa dessa associação
trará muito esclarecimento sobre o funcionamento do Loto Egoico, o que é dever
nosso, pois, da mesma forma que sabemos como funciona, por exemplo, uma televisão,
assim também devemos procurar saber como funciona esse instrumento da Mônada
chamado Loto Egoico. Cabe aqui lembrar que para a Mônada tudo o que Ela usa para
evoluir é objetivo e nós devemos nos ver como Mônadas, no momento em peregrinação
por esse mundo físico denso.

O detalhamento de como a ideia original da Mônada é transformada em oscilações de


átomos dos diversos planos, até chegar ao mundo físico, à semelhança de como uma
imagem captada pela câmera de televisão e o respectivo som captado pelo microfone
são transformados em oscilações (o chamado sinal na eletrônica) não cabe neste
estudo, mas a realidade é que as coisas são assim. Futuramente poderemos mostrar
isso. Apenas podemos sucintamente citar o funcionamento do pensamento por meio
da atividade dos neurônios. O cérebro físico está situado no quinto subplano físico o
gasoso; embora ele contenha matéria de diversos graus, todavia para efeito de
classifcação para fns de estudo esotérico, ele está no quinto subplano físico. Essa
ótica da manifestação dos fogos plano a plano pode ser aplicada aos quatro subplanos
físicos. Assim temos:

448
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. subplano atômico - primeiro éter: vibração elétrica
2. subplano subatômico - segundo éter: luz elétrica
3. subplano superetérico - terceiro éter: som elétrico
4. subplano etérico - quarto éter: cor elétrica.
Então, em termos de atividade mental do homem em cérebro físico, temos:

1. a primeira atividade: a vibração elétrica, que é a oscilação dos átomos físicos no


núcleo do neurônio, ocorrendo no primeiro éter;

2. a segunda atividade: a luz elétrica, que é a troca de íons ao longo do axônio até
chegar às vesículas sinápticas, ocorrendo no segundo éter;

3. a terceira atividade: o som elétrico, que é a liberação dos neurotransmissores,


levando a informação para o outro neurônio, ocorrendo no terceiro éter, embora as
moléculas sejam densas, todavia no interior delas é o terceiro éter que atua. Como
são moléculas, fca fácil ver essas oscilações como ondas mecânicas, ou seja, som,
elétrico porque é resultado do fogo elétrico.

4. a quarta atividade: a cor elétrica, que é o processamento das cores, que ocorre
inicialmente nos cones da retina através do quarto éter. Um estudo mais profundo do
funcionamento dos cones trará mais clareza ao nosso assunto.
Assim vimos uma das aplicações desses conceitos ensinados pelo Mestre Tibetano a
uma faceta da consciência do homem encarnado, em seu cérebro físico. É lógico que a
conjugação de tudo isso com o que ocorre no corpo astral e no corpo mental, até
chegar à consciência da Alma e a interação com as pétalas do Loto Egoico trarão muito
mais esclarecimentos sobre o processo total, mas isso fca para outra oportunidade. O
que o Mestre Tibetano quer tanto de nós é que façamos essas aplicações de seus
ensinamentos, conjugando-os com os da Ciência, para as devidas conclusões práticas,
sua utilização e a consequente aceleração do processo evolutivo e do domínio dos
corpos e da matéria.

Esses são os comentários e conclusões possíveis no momento. No decorrer dos nossos


estudos faremos outras ilações de caráter prático e útil ao processo evolutivo.

449
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 111

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é
Eletricidade (Final) (Página 287)

Ao fnalizar nosso estudo sobre o assunto em pauta, necessário se faz recordar que
anteriormente tratamos do Logos Solar e dos Logoi Planetários como partes
componentes do seu corpo de manifestação. Na classifcação anterior tratamos cada
um separadamente, ou seja, em suas manifestações individuais, como também fzemos
para o homem. Devemos chamar a atenção para o fato de que os grupos de corpos
causais no plano mental superior expressam a cor de um Homem Celestial e Seu ponto
mais baixo ou denso de objetividade, ou seja, é nesse plano que a cor primária do
Logos Planetário, seu raio, divide-se em sete, depois em sete e assim vai, até totalizar
os modelos para as formas em manifestação nos planos astral e físico. Percebemos
ainda aí que os Egos humanos realizam um trabalho de consciência (física no sentido
cósmico) no corpo do Logos Planetário, embora nem sempre isso chegue à consciência
cerebral física do homem. Podemos ainda dizer que no plano mental do sistema
encontra-se a parte mais densa da consciência do Logos Planetário. No homem o ponto
mais denso de objetividade é o quinto subplano do plano físico, uma vez que os
subplanos sólido ou denso e líquido não são considerados como princípios, como
também os subplanos denso e líquido cósmicos (os planos astral e físico do sistema)
não constituem um princípio para o Homem Celestial. Igualmente podemos dizer do
homem que no estado gasoso, o quinto subplano físico do sistema encontra-se a parte
mais densa da consciência do homem, pois é dessa matéria que é formado o cérebro
físico do homem.

Temos visto que Manas ou Mente, o quinto princípio, constitui a vibração básica do
plano mental cósmico, o quinto plano. Consequentemente o que levou o nosso Logos
Solar à manifestação foi um impulso originado nos níveis causais do plano mental
cósmico, onde está sediado o Ego Solar, da mesma maneira que a força que leva o
homem a encarnar emana de seu corpo causal no plano mental superior do sistema
solar, onde está o Ego humano. Além disso, temos visto que Manas é a faculdade
discriminadora que anima toda substância e constitui o fogo elétrico do sistema,
expressando-se como atração e repulsão e tudo o que implicam estas palavras. É essa
capacidade discriminadora que permite as sucessivas diferenciações das sete cores no
plano físico do sistema, dando origem às muitas formas de expressão, incluindo as do
homem.

450
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
As Leis de Economia e Síntese, em um sentido mais amplo da ideia, apenas são divisões
da mesma lei cósmica, da qual são também manifestações as Leis de Atração e
Repulsão. Esta lei cósmica, que se manifesta de tríplice maneira, poderia denominar-se,
na falta de melhor termo, a Lei do Ser e é tão incompreensível para a mente fnita do
homem, que somente poderá percebê-la parcialmente mediante as três manifestações
mencionadas. Temos então três leis derivadas de uma única: a Lei do Ser, da qual
surgem as Leis de Síntese, de Atração e Repulsão e de Economia. Podemos raciocinar
de uma forma lógica. Na manifestação ou exteriorização, as três leis estão em
atividade: de Síntese, de Atração e Repulsão e de Economia, preponderando ora uma,
ora outra das três. Quando a manifestação aproxima-se do fm, pela consecução do
propósito, prepondera a Lei de Síntese, que é Vontade ou Sacrifício (Sacrifício no
sentido de tornar sagrado). Ora existir ou ser é vontade. Portanto, podemos deduzir
que a Lei do Ser ou Existir é a Vontade Pura, que na manifestação age conjuntamente
com suas derivadas, as Leis de Síntese (que na realidade é a própria Vontade), de
Atração e Repulsão e de Economia. Logo há um outro modo de ser, fora da
manifestação, chamado Vontade Pura. De forma semelhante o Logos Solar manifesta-
se de três formas: Vontade (o Pai), Amor-Sabedoria-Razão Pura (o Filho, a consciência)
e Inteligência Ativa (a Mãe, a matéria), com as suas três leis, de Síntese, de Atração e
Repulsão e de Economia, mas como Unidade Ele é o Pai, a Vontade, contendo em si as
três qualidades. A Mônada humana igualmente é una e tríplice.

A refexão e meditação sobre esse modo de ser ou existir, fora da manifestação, como
Vontade Pura, trará muitas conclusões de grande utilidade prática, além de
incrementar em muito a mente abstrata, uma vez que teremos de procurar entender
um modo de vida com total ausência dos dois polos, Espírito e matéria e do
relacionador, a consciência. Com isso poderemos ter um vislumbre, mesmo fugaz,
DAQUELE QUE NÃO É NEM ESPÍRITO NEM MATÉRIA.

No próximo estudo entraremos no ítem 3, página 287 do Tratado sobre Fogo Cósmico,
Manas é Aquilo que Produz Coesão.

Estudo 112

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 3. Manas é Aquilo que
Produz Coesão (Páginas 287 e 288)

451
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iremos estudar agora a atuação de Manas ou Mente como gerador de coesão.
Utilizando a Mente, a Mônada, seja um Logos Solar, Planetário ou homem, consegue
realizar a sua vontade:

por meio de uma forma e assim existir, ou seja, exteriorizar-se ou manifestar-se,


expressando o que Ela é, embora Ela possa simplesmente SER, sem exteriorização, o
que acontece quando Ela sai da manifestação, em qualquer nível, ou seja, como
homem, Logos Planetário ou Solar. A própria etimologia do verbo existir deixa bem
clara a diferença entre existir e ser; a preposição latina "ex" do verbo existir dá a ideia
de "fora", ou seja, estar fora, no sentido de ser exteriormente durante algum tempo, o
que está de acordo com o que o Mestre Tibetano afrmou no fnal do estudo anterior
sobre a "Lei do Ser", a lei da não manifestação;

por meio do desenvolvimento progressivo ou evolução cíclica, o que prevê um plano;

em determinados planos, melhor dizendo, determinados tipos de matéria, como a


física, astral e mental para o homem, os quais são o campo de luta da vida e de
experiência, para a Mônada implicada;

seguindo o processo de manifestação, que consiste num crescimento gradual, desde a


alvorada, quando a luz começa a surgir, até que ela alcance paulatinamente o esplendor
e máxima luminosidade, transformando-se em uma labareda de deslumbrante glória,
para logo, em um gradual crepúsculo, chegar à obscuridade fnal. O amanhecer, o meio
dia, o entardecer, o crepúsculo e o anoitecer são a mesma ordem para os Logoi Solar e
Planetário e para o homem. Em outras palavras, o nascimento, a infância, a
adolescência, a idade adulta, a maturidade, a senilidade e a morte, são comuns aos
Logoi e aos homens. Todavia o SER está livre dessas limitações e conquistar esse
estado de SER, mesmo estando em manifestação ou encarnado, é o objetivo principal
dos ensinamentos do Mestre Tibetano. O Senhor BUDA, na encarnação no Egito como
Hermes Trimegisto, em seu livro Tábua das Esmeraldas, já havia ensinado que não
podemos parar as oscilações do pêndulo, mas podemos fcar por cima dele.

Se esses quatro pontos expostos forem estudados profunda e detidamente, concluir-


se-á que são muito amplos e que encerram os únicos quatro pontos à disposição do
homem nesta quarta ronda.

Analisemos estas últimas palavras do Mestre. Elas dão a entender que na próxima
ronda, a quinta, teremos mais pontos de que dispor. Em resumo, os quatro pontos à

452
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nossa disposição são: a forma, o progresso cíclico, as matérias e os ciclos do
nascimento à morte. Para a próxima ronda, há que considerarmos os seguintes
aspectos: a humanidade que não tiver atingido a meta da cadeia, a quinta Iniciação
Planetária, a terceira Solar, aqueles que o tiverem conseguido e o fato de que as
condições reinantes no esquema terrestre estarão num nível mais elevado, dentro do
planejamento do Logos Planetário. Tendo em vista estes aspectos, qual ou quais serão
os pontos a mais à nossa disposição?

Este questionamento nos leva a deduzir que, mesmo na atual ronda e no atual período
global, aqueles da nossa humanidade que já estão em vias de alcançar a meta e estão
evoluindo mais rapidamente que a maioria, já dispõem de mais pontos para utilizar.
Uma conjectura seria que, como já estão se liberando das formas e entrando no mundo
dos signifcados e das energias, esses em maior velocidade de evolução já podem
utilizar e manipular energias extrassistêmicas, em graus crescentes, como também a
oportunidade de viver períodos em outros esquemas planetários e em outros globos
sutis do nosso esquema, entre encarnações na Terra.

O homem considera-se a si mesmo como um conjunto sintético constituído pelos


corpos físico, astral e mental. Todavia ele sabe que é mais que esses três e vê-se como
aquele que utiliza a forma, a emoção e a mente, mantêm-nas coerentemente e faz de
todas uma unidade.

Um Logos Planetário faz o mesmo, com a diferença de que manas não constitui o meio
pelo qual Ele é um todo coerente. Levando em conta a sua etapa mais avançada de
evolução, a SABEDORIA é para Ele o fator dominante e de coesão.

Aqui devemos fazer algumas considerações, com base na tabela da página 286 do
Tratado, referente aos planos de manifestação da eletricidade. O homem manifesta a
luz elétrica (a consciência como Alma) no plano mental e tem a sua consciência mais
baixa no cérebro físico. Então estamos tratando de fator de coesão para os corpos
mental, astral e físico. Já um Logos Planetário manifesta a luz elétrica no plano átmico,
mas com referência à sua consciência física cósmica e não à da Alma. Então podemos
concluir que de fato um Logos Planetário se serve da SABEDORIA (luz elétrica no plano
átmico, acima do búdico e do mental) para manter a sua coesão física cósmica.

Um Logos Solar obtém, por meio da VONTADE, o que o Logos Planetário consegue por
meio da SABEDORIA ou BUDI (BUDI atuando na matéria átmica, uma vez que tudo é
tríplice) e o homem, em sua pequena escala, através de MANAS.

Um Logos Solar manifesta luz elétrica no plano monádico (consciência física cósmica) e

453
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
considerando que a sua vibração elétrica ocorre no plano adi ou divino, o plano da
VONTADE, fca evidente que a sua luz elétrica está fortemente modulada ou qualifcada
pela VONTADE, sendo portanto a VONTADE o fator de coesão do corpo físico cósmico
do Logos Solar.

Contudo, como o Logos Planetário e o homem fazem parte de um grande todo, o corpo
de expressão do Logos Solar, cada um em seu nível, o fogo elétrico do Logos Solar
(VONTADE) penetrará nos dois e em seus fogos e fundir-se-á com o fogo solar de budi,
estimulando e dinamizando o fogo da matéria.

Essas distinções e diferenciações só existem para o nosso ponto de vista e não para o
do Logos. Elas são estabelecidas somente em relação aos corpos menores (suas
células) situados no "círculo não se passa solar".

Temos muito material para refexão e deduções de caráter prático a respeito da nossa
verdadeira natureza divina e das possibilidades que temos pela frente, bastando que
busquemos o conhecimento e façamos o esforço necessário, para entrarmos no
verdadeiro Reino da Glória e da Vida mais Abundante.

Estudo 113

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 3. Manas é Aquilo que
Produz Coesão (Páginas 288 e 289)

Continuemos o estudo de Manas como fator de coesão. O homem é um ente coerente,


em manifestação objetiva, por períodos muito curtos, no plano físico, simplesmente
porque ainda trabalha por meio de manas e não da sabedoria. Por isso seus ciclos (as
encarnações) passam muito rapidamente, como um lampejo na noite. Os períodos de
um Logos Planetário, que trabalha utilizando manas aperfeiçoado, que é a sabedoria,
são maiores e, desde o ponto de vista do homem, duram eons, sendo Sua vida a base
da comparativa duração dos ciclos egoicos do homem. O ciclo de objetividade de um
Logos Solar persiste por um mahavantara maior ou ciclo solar (um sistema solar),
porque está baseado na Vontade, simultaneamente na sabedoria e em manas. Portanto
veremos que:

a. Manas ou inteligência é a base da manifestação separatista do homem.


b. Sabedoria ou Budi constitui a base da manifestação grupal de um Homem Celestial.

454
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
c. Vontade constitui a base da Vida Una, que sintetiza todos os grupos.
Portanto, repetimos, ao estudar o Fogo da Mente, devemos recordar que é aquilo que o
homem está desenvolvendo e por meio do qual está aprendendo a trabalhar, sendo
também o que o Homem Celestial desenvolveu em um sistema solar anterior. Para Este
o Fogo da Mente é tão automático em sua ação, como o é a atividade inconsciente dos
órgãos físicos do homem, sendo por isso que o corpo físico denso do homem não
constitui um princípio.

Façamos deduções desses ensinamentos do Mestre Tibetano. Podemos concluir,


dentro de um raciocínio lógico, que assim como o ciclo do Homem Celestial é a base do
ciclo egoico humano, o ciclo do Logos Solar, um sistema solar, é a base do ciclo da
Mônada humana. Podemos até ir mais além, estabelecendo conjecturas lógicas
relacionando o ciclo do Logos Cósmico com o ciclo do Logos Solar, todavia deixemos
isso para mais tarde, dada a sua complexidade, mas temos às mãos a chave, fornecida
pelo Mestre, bastando encaixá-la na fechadura e girar, para abrir mais uma porta do
conhecimento que conduzirá à Sabedoria.

Esmiucemos um pouco esse ciclo da Mônada humana. No sistema solar anterior ao


atual, que foi o primeiro maior, uma vez que os quatro anteriores foram ciclos dos
quatro atributos. O anterior ao atual, o quinto da sequência, foi o do terceiro Raio,
Inteligência Ativa, Manas. Nesse sistema solar anterior, o Logos teve como propósito
desenvolver ao máximo a Inteligência Ativa, Manas, o que norteou todo o processo de
evolução e experimentação de todas as Mônadas, humanas e dévicas, como também
dos Logoi Planetários ou Homens Celestiais. A ênfase foi dada à matéria. O aspecto
Amor não foi importante e muito menos o aspecto Vontade. Predominou fortemente a
utilização da matéria. Não é muito difícil visualizar o modo de vida dos seres humanos
naquele sistema solar nem o processo dos ciclos dos Logoi Planetários.

Há um fato muito importante e de grande utilidade para percebermos a grandiosidade


e benevolência do Plano Divino como uma sequência, ou seja, um Grande Plano que é
executado por etapas, sendo essas etapas os sistemas solares, para os Logoi Solares.
Sabemos, por informações do Mestre Tibetano, que no atual sistema solar existem 60
bilhões de Mônadas humanas assim distribuídas:

• 35 bilhões no segundo Raio, que estão em dia com o Plano.


• 20 bilhões no terceiro Raio, portanto atrasadas.
• 5 bilhões no primeiro Raio, portanto adiantadas.
Consequentemente, vemos claramente a benevolência do Logos Solar, pois as Mônadas

455
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do primeiro Raio adiantaram-se, porque souberam fazer uso de seu livre arbítrio,
esforçaram-se mais que as outras e fcaram na frente. Por outro lado, as Mônadas do
terceiro Raio, fcaram atrasadas, porque também fzeram uso de seu livre arbítrio
(embora de forma errada) e caminharam muito lentamente, prejudicando assim o Plano
Divino. No atual sistema solar, é também perfeitamente possível o adiantamento e as
Mônadas do primeiro Raio, incluindo aquelas que agora estão no segundo Raio e
queiram passar para o primeiro Raio pelo esforço individual, serão as cabeças ou
líderes no próximo sistema solar, o sistema do primeiro Raio, da Vontade. Há muito
mais coisas a serem ditas com referência a esse assunto, que iremos passando ao
longo dos estudos.

No próximo estudo entraremos no tema Manas é a Chave do Quinto Reino da Natureza.

Estudo 114

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 4. Manas é a Chave do
Quinto Reino da Natureza(Página 289)

Iremos estudar Manas como instrumento a ser utilizado intensamente, para a


passagem pelos Portais Iniciáticos, ou seja, podemos defnir Manas ou Mente como a
chave que abre a porta que permite o ingresso no quinto reino da natureza ou reino
espiritual, que inclui a Hierarquia Planetária. Para entrar em cada um dos reinos da
natureza, é necessária a ajuda de alguma chave. Para os reinos mineral e vegetal, o
processo de transferência da vida é tão complexo, que se torna inexplicável para o
homem no momento, em seu atual nível de inteligência, motivo pelo qual não
consideraremos esse assunto.

Com relação ao reino animal, a chave é o instinto, para o ingresso no reino humano. Os
animais chamados cabeças de raio (que irão entrar no reino humano), nas etapas fnais
de sua evolução e a medida que se desprendem da alma-grupo, o instinto é
transmutado em mente embrionária, latente no homem animal, que necessita somente
a vibração estimulante emanada do Primário da Terra (o esquema de Vênus, conforme
está descrito no estudo 106 e na página 281 do Tratado sobre Fogo Cósmico) para
elevar-se a algo defnidamente humano. Devemos ter sempre em conta que o método
de individualização empregado na Terra não foi seguido em outros planetas e que
muitas das atuais unidades avançadas da humanidade individualizaram-se

456
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
normalmente pela força impulsora da evolução mesma. Encontraram seu polo elétrico
oposto (para expressá-lo até onde é possível em termos de fogo), graças à atividade
do instinto animal e sua fusão produziu um ser humano - a união dos três fogos no
corpo causal. Expliquemos melhor o que acaba de ser dito. Quando o instinto animal
(fogo por fricção ou da matéria), em um momento de elevada tônica (um sentimento do
animal pelo seu dono, um esforço para entendê-lo, um esforço para salvá-lo
sacrifcando a própria vida, como temos visto recentemente na imprensa), estimula e
invoca o fogo elétrico da Mônada, esse contato produz o fogo solar, que em essência é
a Alma, ocorrendo tudo isso no plano causal.

O homem entra no quinto reino pela transmutação da faculdade discriminadora da


mente, que (como na individualização do animal) provoca, em certa etapa, a
individualização espiritual, que é a analogia nos níveis superiores do que ocorreu na
época lemuriana. Em consequência, temos:

Instinto .... A chave para passar do reino animal ao humano, ou do terceiro para o
quarto.

Manas ..... A chave para passar do reino humano ao espiritual, ou do quarto para o
quinto.

Não é necessário ir mais além, porque continuam as transmutações de manas e há


muita coisa a ser feita. Em outras palavras, quando o homem ingressa no quinto reino
na terceira Iniciação Planetária, a primeira Solar, ele inicia um novo ciclo de
transmutações, as demais iniciações. Quando recebe a sexta Iniciação, a da Decisão, ele
tem de escolher um dentre sete caminhos, que na realidade são cursos de treinamento,
que resultarão em quatro caminhos, os quais levarão o homem para esferas
elevadíssimas, que na realidade são altíssimas transmutações. Como veremos mais
tarde, manas se expressa em outros planos.

No próximo estudo estudaremos o tema Manas é a Vibração Sintética de Cinco Raios.

Estudo 115

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 5. Manas é a Vibração
Sintética de Cinco Raios(Páginas 290 e 291)

Há uma outra ótica para compreender Manas ou Mente, embora seja complexa e possa

457
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
provocar confusão no estudante.

"Manas é a faculdade combinada de quatro Homens Celestiais, sintetizada em um


quinto Homem Celestial no terceiro plano do sistema."

Esses cinco Homens Celestiais personifcaram o Logos Solar e levaram a vida manásica
à sua plenitude, no sistema solar anterior ao atual. Ao se falar de Brahma, Entidade
Cósmica, soma total da Inteligência Ativa do Logos Solar, queremos signifcar
principalmente a vida sintética desses cinco Homens Celestiais. Essa Entidade Cósmica
está expressa no V DIAGRAMA, EVOLUÇÃO DE UM LOGOS SOLAR, na página 296 do
Tratado sobre Fogo Cósmico, como o terceiro triângulo que aparece na linha do
primeiro subplano do VII plano cósmico, o subplano adi ou primeiro éter cósmico, como
os três Logos e ligados diretamente ao Corpo Causal do Logos Solar. Essa Entidade
está por cima dos cinco Homens Celestiais que atualmente expressam o terceiro
Aspecto, Inteligência Ativa, do Logos Solar, como instrumento para desenvolver o
segundo Aspecto do Logos Solar, Amor-Sabedoria-Razão Pura.

Na ausência de palavras adequadas, denominamo-los Senhores dos quatro Raios


menores, Cuja síntese é produzida por meio do terceiro Raio de Inteligência Ativa. Os
nomes desses quatro Senhores são:

1. O Senhor de Magia Cerimonial (sétimo Raio).


2. O Senhor de Idealismo Abstrato e Devoção (sexto Raio).
3. O Senhor de Ciência Concreta (quinto Raio).
4. O Senhor de Harmonia e Arte (quarto Raio).
Estes quatro atuam por meio do quarto éter cósmico e possuem veículos de matéria
búdica, em seu corpos físicos cósmicos. A fusão e sintetização deles na vida maior do
Senhor do terceiro Raio de Aspecto ocorre na matéria do terceiro plano, o átmico e os
quatro, juntamente com o Raio sintético, o terceiro, constituem a totalidade da vida
manásica. Eles são a vida energizante dos cinco planos inferiores, átmico, búdico,
mental, astral e físico. São também chamados os cinco Kumaras (não confundir com os
Kumaras que vieram do esquema de Vênus, por ocasião da raça lemuriana), os quais,
juntamente com os dois restantes (dos primeiro e segundo Raios), constituem os sete
Kumaras ou Construtores do Sistema Solar. Os cinco são também chamados os Cinco
Filhos de Brahma, nascidos da Mente. Consequentemente manas ou mente é o
resultado psíquico de seu trabalho grupal unido, que se expressa de diferentes
maneiras, conforme as unidades envolvidas e os planos implicados. Manas manifesta-
se, predominantemente, nos cinco subplanos inferiores de cada plano, fato que se

458
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
deve levar em conta, em relação com as Iniciações Maiores de Manas. Todavia, por ser
a soma do terceiro Aspecto de Brahma, sua principal esfera de infuência encontra-se
na terceira divisão, a inferior, do sistema manifestado, os planos mental, astral e físico.

É sugerida uma terceira divisão dos planos maiores do sistema, que será de grande
interesse para o verdadeiro estudante de ocultismo:

Primeiro Mahad Aspecto


Primeiro plano
Logos eva Vontade
Segundo Aspecto Segundo, terceiro e
Vishnu
Logos Sabedoria quarto planos
Terceiro Brahm Quinto, sexto e sétimo
Inteligência
Logos a planos
Essa terceira classifcação conduz a uma nova visão dos campos de atuação dos fogos:

Primeiro Mahad
Vontade Plano adi: fogo elétrico
Logos eva
Segundo Sabedor Planos monádico, átmico e búdico:
Vishnu
Logos ia fogo solar
Terceiro Brahm Inteligên Planos mental, astral e físico: fogo
Logos a cia por fricção
Aplicando essa visão aos sub-planos, fazendo uso da Lei de Correspondência, temos:

• Primeiro subplano, atômico, primeiro éter: fogo elétrico.


• Segundo, terceiro e quarto subplanos ou éteres: fogo solar.
• Quinto, sexto e sétimo subplanos: fogo por fricção.
Dentro dessa ótica, considerando as subdivisões dos três fogos, que chamaremos de
"subfogo". temos no nosso plano físico:

• "subfogo" elétrico do fogo por fricção: subplano atômico.


• "subfogo" solar do fogo por fricção: segundo, terceiro e quarto éteres.
• "subfogo" por fricção do fogo por fricção (fogo por fricção puro): subplanos
gasoso, líquido e denso.
Comparando essa classifcação com a por fenômeno elétrico, temos, para o nosso
plano físico:

• Subplano atômico: vibração elétrica..."subfogo" elétrico do fogo por fricção.


• Segundo éter: luz elétrica:..."subfogo" solar do fogo por fricção.

459
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• Terceiro éter: som elétrico..."subfogo" solar do fogo por fricção.
• Quarto éter: cor elétrica..."subfogo" solar do fogo por fricção.
Tudo o que ocorre nos subplanos gasoso, líquido e denso está sob a regência do fogo
por fricção puro. Vejamos exemplos de fenômenos nesses três subplanos inferiores.
Quando liquefazemos (fusão) um bloco de ferro pelo calor, estamos aplicando ao ferro
fogo por fricção puro. Quando um gás é liquefeito, ele é fortemente comprimido, o que
impede o movimento de suas moléculas, obrigando-as a liberarem seu fogo por fricção
puro e então o gás passa para o estado líquido.

No terceiro éter temos o som elétrico, que está sob a ação do "subfogo" solar do fogo
por fricção. O som tende a construir formas, o que é coerente com o objetivo do
"subfogo" solar: unir.

No quarto éter temos a cor elétrica, sob a ação do "subfogo" solar do fogo por fricção.
Ora, a cor diferencia, o que é necessário para prover formas adequadas à
multiplicidade de experiências que as Mônadas em evolução têm de vivenciar nos
mundos densos, mas numa única forma há diferenciação, facilmente observada no
corpo humano, com uma infnidade de células diferenciadas, sendo necessário um
agente de coesão, para mantê-las unidas e esse agente é o "subfogo" solar do fogo por
fricção. O fogo solar da Alma mantém os três corpos inferiores unidos em uma
unidade.

No primeiro éter temos o "subfogo" elétrico do fogo por fricção. Esse "subfogo"
elétrico do fogo por fricção manifesta-se como "subfogo" solar nos segundo, terceiro e
quarto éteres e como "subfogo" por fricção nos subplanos gasoso, líquido e denso.
Concluindo, o Mestre Tibetano está certíssimo, quando diz que Manas é eletricidade e
chama de elétricas a vibração, a luz, o som e a cor.

O Mestre termina esse item 5 dizendo que nas cinco defnições explicadas existem um
amplo campo para refexão e muitos indícios para aqueles que têm olhos para ver e
ouvidos para ouvir. Ele acrescenta que poderia dar muito mais explicações e diz
textualmente: "porém nosso propósito consiste em que os estudantes pensem por si
mesmos e procurem defnir estas ideias com suas próprias palavras".

No próximo estudo faremos uma análise comparativa das cinco defnições de Manas
dadas pelo Mestre.

460
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 116

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Um aprofundamento do


tema Manas é a Chave do Quinto Reino da Natureza

Estudemos em maior profundidade como podemos ingressar no Quinto Reino da


Natureza, ou seja, na Hierarquia Planetária, pelo desenvolvimento e utilização de Manas.

Sabemos que o ingresso na Hierarquia Planetária começa na terceira Iniciação


Planetária, a primeira Solar, a da Transfguração, quando o homem, pela primeira vez,
fca face a face com o BENDITO SENHOR DO MUNDO. Ela foi representada por Jesus,
que já a possuía, quando subiu ao monte Tabor, juntamente com João (o Evangelista),
Pedro e Tiago e lá se transfgurou, aparecendo aos seus lados Elias e Moisés, sendo a
cena agradável aos três apóstolos. O ingresso efetivo no Quinto Reino ocorre na quarta
Iniciação Planetária, a segunda Solar, quando o homem libera-se da roda de Sanshara,
de encarnações compulsórias.

Para o recebimento da terceira Iniciação, vários requisitos são necessários, sendo o


principal e mais importante o uso intenso e um bom domínio da mente ou manas. É
óbvio que um caráter sólido e uma forte disposição para servir à humanidade são
condições prévias.

Na terceira Iniciação a Alma funde-se plenamente com a personalidade. Ora, a Alma é


essencialmente mente. Ela é o resultado da ação da Mônada em três átomos mentais,
estando pois localizada no plano mental superior ou causal. Para ocorrer a fusão Alma-
personalidade, o que signifca o domínio da Alma sobre a personalidade, é necessária
uma grande capacidade de usar a mente em suas duas partes: a inferior ou concreta e
a superior ou abstrata, uma vez que, como já vimos, a Alma está situada no mental
abstrato.

Na primeira Iniciação, que requer o domínio do corpo físico e na segunda, que requer o
domínio do corpo emocional ou astral, o Iniciado ainda não ingressou na Hierarquia
Planetária, propriamente falando, uma vez que ainda pode haver desvio para a linha do
mal. Mas na terceira, sendo impossível esse desvio, o Iniciado consolida seu avanço
para a Hierarquia Planetária, passando a ser um auxiliar de grande utilidade para Ela.

Para a terceira Iniciação, o Iniciado já tem de ter transmutado o desejo em aspiração e


a aspiração em vontade, não sendo sufciente a devoção sozinha.

Além disso, o Antakarana, a ponte entre a Unidade Mental Permanente e o Átomo


Mental Permanente, já tem de estar em fase fnal de construção, faltando apenas os

461
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
retoques fnais, para o período entre as terceira e quarta Iniciações, sendo que esta
última normalmente é recebida na encarnação seguinte àquela em que recebeu a
terceira.

Ora, o Antakarana só pode ser construído pelo uso intenso da mente, pela visualização
e pelo conhecimento da técnica para tal, a partir do cérebro físico.

Para a terceira Iniciação, a vontade e autodomínio têm de estar consolidados. Ora, o


controle do corpo emocional só pode ser conseguido a partir do corpo mental.

Na terceira Iniciação, a Mônada já está fortemente aferrada à Alma e ao Loto Egoico,


que é feito de matéria mental superior e assim Ela já está enviando intensamente seu
fogo elétrico para a Alma e os veículos inferiores. Ora, fogo elétrico é vontade e a
vontade se expressa pela mente.

Vamos fazer aqui uma referência a um grande cientista que nasceu em 1548, em Nola,
Itália: Giordano Bruno. Por procurar entender o mundo fenomênico, ser amante da
verdade e passar seus conhecimentos, foi duramente perseguido pela inquisição, a
mancha negra da Igreja Católica Romana, sendo queimado vivo em praça pública, no
local denominado Campo dei Fiori, em Roma, onde atualmente está erigida uma estátua
desse grande homem, colocada por iniciativa da comunidade científca.

A citação de Giordano Bruno neste texto deve-se ao fato de existirem fortes indícios,
segundo a nossa opinião, de que Ele foi uma encarnação do Mestre Djwal Khul, também
chamado Mestre Tibetano, na qual Ele recebeu a quarta Iniciação Planetária.

A flosofa de Giordano Bruno estava baseada nos princípios do neoplatonismo de


Plotino e do hermetismo da Europa pré-cristã. A iluminação pessoal, com a conseguinte
salvação da Alma, segundo esta doutrina, depende do grau de conhecimento (gnose) e
maturidade que o homem consegue conquistar, em seu esforço para entender o
porquê da existência terrena, que antecede o mundo suprassensível. Ora, por salvação
da Alma, entendemos a liberação da roda de Sanshara, ou seja, a quarta Iniciação
Planetária. Portanto, o pensamento de Giordano Bruno é o mesmo do Mestre Tibetano,
uma vez que adquirir conhecimento sobre o mundo fenomênico e procurar
compreendê-lo é o mesmo que utilizar manas ou mente.

Concluindo, temos argumentos sufcientes para provar que o Mestre está certíssimo,
quando afrma que Manas é a Chave do Quinto Reino da Natureza.

No próximo estudaremos o item 6 do Tratado: Manas é a Vontade Inteligente ou o


Propósito de uma Existência.

462
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 117

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 6. Manas é a Vontade
Inteligente ou o Propósito de uma Existência (Páginas 291, 292 e 293)

Concluiremos esta série de defnições de Manas, como vontade inteligente e propósito


ordenado de todo ente autoconsciente. É necessário que tenhamos em conta certos
fatos fundamentais, que contribuirão para manter a mente clara e permitirão
compreender algo sobre o lugar que este fogo da mente ocupa no cosmo, no sistema
solar e também (embora desnecessário dizer) em nossas próprias vidas, refexos dos
outros dois.

Devemos recordar que Manas é um princípio do Logos e, necessariamente, faz-se


sentir em todas as evoluções, pois elas são partes da Sua natureza. Manas está
especialmente ligado aos centros laríngeo e coronário. É o fator inteligente ativo, que
permite a um Logos Solar, a um Logos Planetário ou Homem Celestial e a um ser
humano:

a. utilizar inteligentemente uma forma ou veículo;

b. desenvolver faculdades no corpo causal;

c. colher o benefício da experiência;

d. expandir a consciência;

e. avançar para uma meta específca;

f. discriminar entre dois polos;

g. escolher a direção para a qual orientará sua atividade;

h. aperfeiçoar a forma e utilizá-la;

i. controlar a substância ativa e canalizar suas forças para canais desejáveis;

463
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

j. coordenar os diferentes graus de matéria e sintetizar as formas utilizadas, até que


todas e cada uma mostrem uma linha unânime de ação e expressem,
simultaneamente, a vontade do Morador Interno.
Todas estas fnalidades são o resultado do desenvolvimento manásico. Talvez
possamos captar com maior claridade a ideia subjacente, se dermos conta de que:

a. O Espírito emprega manas em tudo que concerne à matéria, substância elétrica ou


akasha ativo;

b. O Espírito emprega budi em tudo que se relaciona com a psique e com a Alma do
mundo, do indivíduo ou de cada forma;

c. O Espírito emprega a vontade ou atma em tudo que se relaciona com a essência de


tudo, com a essência de si mesmo, considerando a essência e o Eu como Espírito
puro, distinto do espírito-matéria.
No primeiro caso, a qualidade característica de manas é discriminação, que permite ao
Espírito ou Mônada diferenciar:

1. O Eu e não-eu;

2. a Mônada e a matéria;

3. os planos e os subplanos;

4. os diferentes graus de matéria atômica do sistema;

5. as vibrações geradas pela vontade, ao atuar por meio do amor-sabedoria e


energizar a substância;

6. tudo aquilo que concerne a qualquer tipo de forma e existência essencial.


No segundo caso, o princípio búdico tem como qualidade característica o amor e
manifesta-se como sabedoria, que atua por meio do amor e produz:

1. Unidade entre todos os Eu´s;

464
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2. coerência grupal;

3. qualidades características que se encontram na linha que denominamos Amor;

4. trabalho efetivo, em relação com a evolução ou os fundamentos do trabalho


hierárquico.
No terceiro caso, a Mônada emprega o aspecto vontade ou atma (no homem), cuja
característica é essa força coerente, que mantém sempre à vista o propósito da
entidade e o desenvolve em forma substancial, por meio do amor.

Todas estas características foram assinaladas, porque servem para tornar bem claros
o alcance e as limitações do princípio mental ativo. Na Aula da Ignorância desenvolve-
se o aspecto acumulativo de manas e a habilidade de adquirir e acumular
conhecimento e informação. Por exemplo, um homem adquire conhecimento, estuda e
estabelece vibrações, que deve aplicar inteligentemente. Assim, põe-se de manifesto o
aspecto aquisitivo deste princípio. Na Aula do Aprendizado desenvolve-se o aspecto
discriminativo e o homem aprende, não só a escolher, como também a rechaçar e
começa a fundir inteligentemente os dois polos. Na Aula da Sabedoria também rechaça
e funde perfeitamente os dois polos, produzindo assim esse algo objetivo que
chamamos luz. Manifesta-se o aspecto iluminador de manas. O homem converte-se em
um criador inteligente e, quando tenha recebido as quatro Iniciações maiores:

1. terá desenvolvido à perfeição o aspecto Brahma, que, como já se indicou, atua


principalmente nos três mundos inferiores. É o aspecto ativo inteligente;

2. terá alcançado o grau de desenvolvimento, donde o Homem Celestial, o divino


Manasaputra, começou este círculo de manifestação, que chamamos sistema solar;

3. terá transmutado manas em sabedoria ou amor;

4. terá sintetizado os Raios de Atividade ou Inteligência e estará começando a fundir


estas sínteses com a superior: amor-sabedoria.
Encerremos aqui o atual estudo, para no próximo comentarmos estas últimas
informações do Mestre Tibetano, tentando compreendê-las de forma prática.

465
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 118

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o
item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência , nas páginas
291, 292 e 293.

Comentaremos o que o Mestre Djwal Khul nos ensinou no item 6 - Manas é a Vontade
Inteligente ou o Propósito de uma Existência, com o objetivo de extrairmos conclusões
práticas, as quais possamos utilizar para melhor entendermos o mundo fenomênico no
qual estamos inseridos, como também o que está muito mais além.

Sendo manas um princípio do Logos Solar, Seu terceiro aspecto, é evidente que se
manifesta também em seu corpo de expressão e nas células inteligentes que o
constituem, as Mônadas humanas e Dévicas, células menores e os Logoi Planetários,
células maiores. As ações exercidas por essas células inteligentes constituem a
atividade inteligente do Logos Solar, assim como as pequenas vidas celulares, que
executam as funções em nossos neurônios, executam a nossa atividade inteligente. É
óbvio que o homem comum executa a atividade inteligente do Logos Planetário na
parte densa de seu cérebro cósmico. Somente os Iniciados executam tarefas em níveis
etéricos cósmicos, de acordo com sua elevação iniciática.

Pelas atividades intelectuais mais elevadas dos homens, como um todo, temos uma
infnitesimal amostra da Inteligência do Logos Planetário. Entender o que é realmente a
atividade intelectual do Logos Planetário é uma tarefa muito complexa, por isso só
podemos fazer aproximações muito distantes da realidade, mas essas tentativas de
entender são muito úteis e lentamente nos conduzem para maiores proximidades e
assim nos fazem evoluir, uma vez que estaremos nos esforçando para entender Deus, o
que é a sua Vontade.

Essa capacidade intelectiva tem como centros coordenadores os chacras laríngeo (sob
a ação do terceiro raio) e coronário (que, embora sob a ação do primeiro raio, é o
sintetizador dos demais chacras).

Tentemos compreender o que o nosso Logos Solar pode fazer através de sua atividade
intelectual. Lembremos que Ele é o nosso Deus, num sentido mais amplo, uma vez que
somos Mônadas centelhas da Mônada Solar, entregues à guarda do nosso Logos
Planetário. Ele pode, através de manas:

a) Utilizar uma forma ou veículo. A sua forma física cósmica é o sistema solar,
considerando os sete planos, do físico ao adi. Limitando-nos apenas à parte de seu

466
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
corpo constituída pelo sol, nosso conhecido e os planetas que orbitam em torno dele,
temos uma parcial ideia do que seja utilizar inteligentemente uma forma.

A harmonia existente entre os planetas, suas órbitas bem coordenadas, obedecendo às


leis de Kepler, da mecânica celeste, a peculiaridade da órbita de Plutão, que ora é o
planeta mais distante, ora se interioriza, fcando mais próximo que Netuno, as órbitas
disciplinadas das luas dos planetas maiores, como Urano, com 21, Saturno, com 18 e
Júpiter, com 16, segundo informações da NASA, tudo isso é uma prova cabal da
Inteligência Divina e olhando apenas uma parcela da atividade física.

Uma outra prova é a tabela periódica dos elementos. Há muitas outras provas do uso
inteligente da forma pelo Logos Solar, sendo impossível enumerá-las todas, tal a sua
quantidade.

Esmiucemos um pouco a tabela periódica. Todos os seus elementos estão agrupados


segundo os sete raios, expressando propriedades desses raios. Citemos o germânio
(Ge) e o silício (Si), ambos semicondutores e sob a regência do quarto raio (Harmonia
pelo confito), que revolucionaram a eletrônica e deram um imenso avanço às
telecomunicações e à informática, que permitirão o estabelecimento da fraternidade
planetária, pela disseminação e divulgação do conhecimento aos quatro cantos da
Terra. Estamos apenas no começo e o Plano Divino, devagar, está sendo levado a cabo.
Sua aceleração depende somente da boa vontade dos homens e da sua habilidade de
usar a mente. Quando o homem entender, por via racional e não pelas religiões, que o
sofrimento, sob qualquer forma, pode e deve ser eliminado da face da Terra, não
podendo existir um único ser humano sofrendo, então o Plano Divino será acelerado e
Cristo, o Instrutor de homens e Devas, será visível entre nós.

Estudamos apenas uma das utilizações de manas por parte do nosso Logos Solar,
citada na letra "a" da lista do Mestre Tibetano. No próximo estudo estudaremos outras
utilizações inteligentes da forma, envolvendo as matérias mais sutis de seu corpo físico
cósmico, como a astral, mental, búdica etc.

Estudo 119

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o
item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência , nas páginas
291, 292 e 293 (Continuação)

467
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Continuemos os nossos comentários sobre o tema do título. Procuremos mais
demonstrações do uso inteligente da forma cósmica, que é o nosso sistema solar, por
parte do nosso Logos Solar.

Quando olhamos os sete planos, do físico ao adi, constituintes do seu corpo físico
cósmico e percebemos sua utilização pelo homem em seu processo evolutivo,
constatamos uma imensa beleza inteligente e somente em uma parte da utilização, uma
vez que o sistema solar tem muitos outros propósitos, além de servir de palco para a
evolução do homem.

Nos três planos ou mundos inferiores, físico, astral e mental, o homem executa a
primeira etapa de sua evolução. Quando ingressa no Caminho, após ter passado pela
câmara da ignorância e estar bem adiantado na câmara do aprendizado, vê-se pronto
para a primeira Iniciação Planetária, quando domina o corpo físico e o Cristo nasce na
caverna do coração, sendo por isso chamada o Nascimento.

Em seguida, após muitas batalhas, vem a segunda Iniciação, chamada o Batismo, pelas
águas, que simboliza o corpo astral (as emoções), que deve ser dominado, sendo as
emoções colocadas sob o jugo da mente.

A seguir vem a terceira Iniciação, a Transfguração, a primeira Solar, quando fca face a
face com o BENDITO SENHOR DO MUNDO. A meta aí é desenvolver e dominar o corpo
mental. Com ela os três mundos inferiores fcam controlados e dá-se a fusão plena da
Alma com a personalidade, tornando-se esta um instrumento fel da Alma. O período
entre as segunda e terceira Iniciações é o mais difícil, quando o homem passa pelas
provas de Escorpião, simbolizadas pela hidra de nove cabeças, nos trabalhos de
Hércules.

Vem em seguida a quarta Iniciação, a Renúncia, quando o homem, tendo dominado os


três mundos inferiores, consolida esse domínio, atinge a perfeição quanto aos veículos
inferiores e como Alma, em particular, o Loto Egoico e consegue extrair tudo o que os
três mundos inferiores podem lhe propiciar, para renunciar a tudo voluntariamente e
começar uma nova batalha em busca da conquista de um mundo superior e de muito
maior intensidade e riqueza de vida, o plano ou mundo átmico.

A conquista prossegue, até o total domínio do plano físico cósmico, na sétima Iniciação,
a Ressurreição, esse nome porque o Iniciado ressurge no plano astral cósmico, em seu
sétimo subplano, o mais denso, tendo surgido no plano físico, quando se individualizou.

Em todo esse processo iniciático, vimos uma mínima prova da Inteligência do Logos

468
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Solar, usando sua Mente. Não destacamos a utilização do sistema solar como um corpo
físico cósmico pelo Logos Solar, em sua vivência de experiências com o seu ambiente
cósmico exterior ao seu corpo, como também não vimos suas relações físicas, pelos
sentidos cósmicos de percepção (jnanaindriyas) e mecanismos cósmicos de ação
(carmaindriyas). Há que considerar também as relações do Logos Solar com Seus
Pares, no nível físico cósmico.

Se formos analisar a vivência do Logos, empregando Seu corpo astral cósmico e suas
emoções, a coisa complica-se muito, por falta de palavras que possam expressar os
conceitos e ideias.

Os mistérios do universo físico, muitos ainda velados para os cientistas, que serão
entendidos pelo Iniciado, a partir da quarta Iniciação, encerram a prova irrefutável da
grandiosidade da Mente do Logos Solar.

No próximo estudo iremos considerar o desenvolvimento de faculdades no corpo


causal, em relação ao homem, uma vez que, em relação ao Logos Solar, ainda não
temos ideias claras, apenas podemos fazer conjecturas, impossíveis de traduzir com
palavras.

Estudo 120

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o
Item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência , nas Páginas
291, 292 e 293 (Continuação)

Demonstraremos agora a utilização de manas ou mente para desenvolver faculdades


no corpo causal. Faremos o estudo em relação ao homem, mas, como tudo o que
acontece com o homem e em todo o sistema solar, foi planejado pela Mente do Logos
Solar, essa demonstração em relação ao homem comprova também o uso da Mente
por parte do Logos Solar, embora em nível bem pequeno.

O coração do corpo causal é o Loto Egoico. Embora ainda não tenhamos descrito a sua
história e organização, podemos antecipadamente resumi-lo de forma simples. Ele é
constituído de quatro fleiras de vórtices, cada fleira com três vórtices, denominados
pétalas, totalizando doze vórtices, gerados pelo movimento de moléculas mentais,
começando pelo terceiro subplano e chegando ao atômico, com o desenvolvimento da

469
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Alma. A primeira fleira, a externa, chama-se as pétalas do conhecimento, a segunda,
mais interior, pétalas do amor-sabedoria-razão pura, a terceira, mais interior ainda,
pétalas do sacrifício ou vontade e a última, a mais interior, pétalas que velam a Joia no
Loto. No centro está a Joia no Loto, a Alma, constituída por três átomos especializados,
através dos quais a Mônada manifesta-se no plano causal, quando ocorre a
individualização do homem.

A essência de tudo o que o homem faz, em seus três níveis inferiores, físico, astral e
mental, é armazenado nas respectivas pétalas do Loto Egoico. Tal armazenamento, na
grande maioria da humanidade, ou seja, no homem comum e muito distante do
caminho, dá-se no intervalo entre encarnações físicas, na fase em que o homem fca no
devakan superior ou plano causal, sendo isso feito com a ajuda do Anjo Solar. Quando
o homem já é um Iniciado com a segunda Iniciação Planetária, em preparação para a
terceira, com os conhecimentos que o Iniciado já tem do Loto Egoico, esse trabalho
passa a ser feito durante a encarnação, sem ter de aguardar a ida ao devakan superior,
uma vez que nessa fase da evolução, ele não vai mais ao devakan, retornando
rapidamente à encarnação após o desencarne, para cumprimento da etapa fnal da
roda de sanshara. O Anjo Solar, neste período, apenas vigia, efetuando todo o trabalho
a Mônada via Alma.

Falando de forma muito resumida, tudo o que se refere ao terceiro aspecto, em termos
de experiências do homem, é armazenado nas pétalas do conhecimento. Tudo o que
implica no segundo aspecto é gravado nas pétalas do amor-sabedoria-razão pura.
Finalmente, tudo o que se relaciona com o primeiro aspecto é arquivado nas pétalas do
sacrifício ou vontade. Na etapa fnal, o conteúdo de cada aspecto ativa as pétalas
centrais, ou seja, o conteúdo do conhecimento ativa a pétala central do conhecimento,
o conteúdo do amor-sabedoria-razão pura ativa a pétala central do amor-sabedoria-
razão pura e o conteúdo do sacrifício ativa a pétala central do sacrifício. Com a
ativação das pétalas centrais, que velam a Jóia no Loto, elas abrem-se e a Joia no Loto
é vista em toda a sua beleza e glória, marcando o fnal da roda de sanshara e a
libertação dos três mundos inferiores.

O processo de transferência das informações oriundas das experiências nos três


mundos inferiores, ou seja, experiências nos três aspectos através do cérebro físico, o
que signifca estar o homem encarnado fsicamente, até o Loto Egoico, não será
explicado no momento. O mesmo diga-se das experiências nas passagens pelo mundo
astral, após a morte física e pelo mundo mental, após a morte astral. Não podemos
esquecer as experiências adquiridas nas passagens por globos sutis da cadeia e em

470
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
outros esquemas, o que ocorre frequentemente com Iniciados, com o intuito de
acelerar a evolução, proporcionando oportunidades, o que só é possível com aqueles
que apresentam potencial para isso.

O que podemos explicar agora e que é sufciente para comprovar o uso da mente no
desenvolvimento de faculdades do corpo causal, é o processo de armazenamento ou
gravação das essências das experiências nas pétalas do Loto Egoico, coração do corpo
causal e chacra cardíaco da Mônada. Esse processo é regido pela Lei de Vibração. As
teorias científcas mais avançadas e recentes, envolvendo a termodinâmica e a
informática, chegaram à conclusão de que a matéria é um computador e que o próprio
buraco negro também o é, sendo a saída de dados através da radiação de Hawking.
Um quilo de matéria no volume de um litro pode gerar energia de um bilhão de graus
kelvins. Essa energia pode processar operações na velocidade de 10 elevado a 51 (o
número 1 seguido de 51 zeros) operações por segundo e com essa quantidade de
matéria é possível armazenar 10 elevado a 31 bits. A técnica utilizada para gravar bits
e processar dados aproveita a posição das moléculas e partículas, a velocidade e o
spin, pelo sentido de giro. Ora tudo isso é vibração, falando esotericamente. Podemos
perceber e entender isso com facilidade, mesmo sem descer a detalhes no domínio da
frequência de uma onda eletromagnética senoidal ou outra qualquer. Ora as pétalas do
Loto Egoico são vórtices de partículas, em altíssima velocidade, muitíssimo maior que a
da luz física. Nesses vórtices as partículas executam diversos movimentos simultâneos.
Se considerarmos o imenso número de partículas mentais do Loto Egoico, sua
elevadíssima velocidade e seus muitos movimentos simultâneos, perceberemos a
praticamente infnita capacidade de armazenar dados e de processá-los, mesmo sem
efetuar cálculos de análise combinatória e outros mais avançados.

Pelo troca de partículas mentais do terceiro subplano (existentes no início do processo


evolutivo como homem individualizado) por outras do segundo subplano, de muito
maior velocidade e, no fnal, por átomos mentais, de maior velocidade ainda e em maior
quantidade, vemos que não só a velocidade de processar dados ou de operações,
como a capacidade de armazenar dados cresce, quase infnitamente, quando
comparamos com nossos padrões físicos. É como se o computador inicial, na época da
individualização, fosse um Pentium 100 (processador), depois passasse para um
Pentium 1.2 Gigahertz e no fnal para um Pentium 10 Gigahertz (sabemos que ainda
não existe). Na realidade é isso que acontece, usando a Lei de Analogia, com as devidas
diferenças.

Assim como na Informática existe a codifcação, em linguagem binária (dígitos zero e

471
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
um, conforme a tensão no coletor do transistor PNP ou NPN e no dreno do FET,
transistor de efeito de campo, no corte, voltagem alta e na saturação ou conduzindo
fortemente, voltagem zero), usando dois estados, o que permite essa imensa
capacidade de armazenamento de dados e velocidade de processamento, assim
também existe um método de codifcação para as operações no Loto Egoico. No nosso
cérebro físico também existe uma codifcação, uma vez que a atividade de um neurônio
consiste de sequências de pulsos elétricos, pela troca de íons dentro dele, através da
membrana. Não iremos no momento pesquisar como é essa codifcação pelas
propriedades das partículas mentais formadoras das pétalas do Loto Egoico.

Embora tudo isso não seja de muito agrado para aqueles que são somente místicos e
devocionais e evitam o uso da mente analítica, todavia é essa a realidade e, mais cedo
ou mais tarde, todos os que estão unicamente na linha do misticismo e da devoção,
terão que ingressar na linha da mente. Não devemos esquecer que a devoção é do
sexto raio, um raio menor e que a mente, inicialmente passa pelo quinto raio, da mente
concreta, aquela que exige a comprovação material, também um raio menor e, depois
que foi sintetizada no quarto raio, de harmonia pelo confito, expressa-se , em toda a
sua glória, no terceiro raio, o raio que sintetiza os quatro raios menores, sendo pois um
raio maior.

As qualidades que um homem pode expressar no mundo físico dependem do estado


de seu Loto Egoico. A Hierarquia, quando quer avaliar o nível evolutivo de um homem,
analisa seu Loto Egoico. A abertura das pétalas é um dos parâmetros. Essa abertura
ocorre em decorrência do aumento de velocidade e de frequência das partículas
mentais constituintes. É por isso que o Loto Egoico de um homem primitivo é chamado
de loto botão, porque as suas pétalas estão totalmente fechadas, encobrindo
completamente a Joia no Loto e tendo a aparência de um botão.

Há muito mais coisas a serem ditas sobre o Loto Egoico, contudo o que já foi explicado
é sufciente para provar que é por meio de manas que o homem consegue desenvolver
as qualidades do corpo causal, conforme diz o Mestre Tibetano.

Podemos rapidamente fazer comparações, tentando entender e visualizar o Loto


Egoico do Logos Planetário, pois Ele o possui. Iniciados de elevadíssimo nível trabalham
e exercem funções nas suas pétalas, que estão no plano causal cósmico, numa
situação inferior, é claro, à do Loto Egoico do Logos Solar. Esses Altos Iniciados são
aqueles que concluíram seus cursos, realizados através de um dos quatro caminhos
escolhidos na sexta Iniciação, a quarta solar. Os caminhos são sete, mas três conduzem

472
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ao quatro, ou seja, o primeiro leva ao sexto, o segundo conduz ao sétimo e o terceiro
vai para o quinto, restando fnalmente quatro caminhos. É a única visão que podemos
ter do Loto Egoico de um Homem Celestial, uma vez que é muito difícil explicar as
propriedades da matéria mental cósmica, que envolve atividades mentais de Homens
Celestiais e de Grandes Homens Celestiais (os Logoi Solares).

Assim vimos como manas é de capital importância para o processo evolutivo, mesmo
sem serem explicados os detalhes técnicos de seu uso.

No próximo estudo analisaremos mais conquistas de manas, como ferramenta de um


Ente, homem (na realidade a Mônada encarnada), Logos Planetário, Logos Solar.

Estudo 121

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o
item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência - A Colheita
dos Benefícios da Experiência (c), A Expansão da Consciência (d) e o Avanço para uma
Meta Específca (e), nas Páginas 291, 292 e 293

Iremos agora estudar a colheita dos benefícios da experiência (c), a expansão da


consciência (d) e o avanço para uma meta específca (e), pelo uso da mente.
Comecemos pela colheita dos benefícios da experiência. Embora essa colheita esteja
relacionada com o desenvolvimento das faculdades do corpo causal, ela apresenta
aspectos, que se tornam outros resultados do uso da mente. Pelo uso das novas
faculdades do corpo causal, que se refetem no cérebro físico, o homem atua melhor
no mundo e obtém mais sucesso, mesmo de forma egoísta. A sua vida melhora cada
vez mais e com o tempo percebe que deve usar suas faculdades (benefícios da
experiência) a serviço de seus semelhantes e assim aproxima-se do Portal Iniciático, o
que é um outro benefício, não só para si mesmo, mas para a humanidade, pois cada ser
humano que atravessa o Portal passa a ser mais um trabalhador da Hierarquia, na
grande empreitada, dentre muitas, de conduzir a humanidade.

Com a aquisição de conhecimentos e experiências nos mundos inferiores e sua


assimilação e armazenamento no Loto Egoico, as pétalas deste dinamizam-se e abrem-
se, ocorrendo sua expansão. Consequentemente, por essa expansão e enriquecimento
do Loto, a consciência da Alma amplia-se e Ela passa a ter maior controle sobre os
corpos inferiores, transferindo sua visão mais ampliada para o cérebro físico e assim

473
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inicia-se um processo de realimentação (feedback) positiva: a Alma envia mais
informações para o cérebro físico, o homem encarnado busca mais informações e
experiências, que são remetidas para a Alma, que as processa, expande-se e envia
mais informações para o cérebro, de forma crescente. Tudo isso é operado pela mente,
pois a Alma, por estar no plano mental superior, é mente por excelência.

Ao usufruir de todos esses benefícios, o homem chega a um estágio de evolução, em


que pode estabelecer uma meta, porque a enxergou. Mas para chegar a essa meta, ele
necessita de um planejamento. Esse planejamento só pode ser feito pelo uso da mente,
que também tem de ser utilizada na execução do plano.

Assim vimos a demonstração dos três resultados do uso da mente, no âmbito do


homem.

Procuremos ver o mesmo na esfera do Logos Planetário. Suas experiências se dão em


dois níveis: o interno, dentro de seu "círculo não se passa planetário" e o externo, no
relacionamento com o seu ambiente exterior e seus pares. Ele também possui uma
personalidade e uma Mônada (o que Ele é realmente, assim como o homem), que atua
no plano mental cósmico através da sua Alma.

O que dissemos a respeito do homem, aplica-se ao Logos, é óbvio que em nível e


esfera muito maiores. Citemos um fato. Quando o homem lemuriano individualizou-se,
há dezoito milhões de anos, o nosso Logos Planetário estava tendo um relacionamento
muito forte e íntimo com o Logos de Vênus, de polaridade feminina. Isso provocou
forte comoção em seu corpo astral cósmico, que repercutiu na matéria búdica de seu
corpo físico cósmico e daí houve uma dinamização da matéria gasosa do seu corpo
físico, o nosso plano mental, ensejando a chegada de SANAT KUMARA, do esquema de
Vênus e seus companheiros, juntamente com os Anjos Solares, do plano mental
cósmico, os quais implantaram a chispa da mente no homem lemuriano. Ele também
recebeu nessa época uma Iniciação Cósmica. Com esses magnos eventos, Ele viveu
uma grande experiência, pois encarnou no nosso mundo, através de SANAT KUMARA.
Hoje Ele está colhendo os frutos dessa experiência, pois tudo foi armazenado em Seu
Loto Egoico e no momento está preste a receber uma Iniciação Cósmica menor. Tudo
isso pelo uso da Sua mente cósmica.

Ao mesmo tempo Sua consciência expandiu-se, pelo acréscimo de novos


conhecimentos e pela dilatação e dinamização de Seu Loto Egoico. Também houve um
avanço em direção à Sua meta, que por enquanto é a conquista de uma Iniciação.

Os mesmos resultados, em nível muitíssimo maior, são conseguidos pelo Logos Solar.

474
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No sistema solar anterior ao atual, o Logos Solar desenvolveu ao máximo seu terceiro
aspecto, a Inteligência Ativa ou mente. Agora Ele está utilizando essa mente para
atingir uma nova meta, o Amor-Sabedoria-Razão Pura perfeitos para Ele, em Seu nível.
Está portanto colhendo os benefícios da experiência anterior.

Pelo uso de Sua mente cósmica, expandiu Sua consciência cósmica, pelo acréscimo de
novos dados cósmicos ao Seu Loto Egoico. Atualmente, também pela mente, Ele está
avançando em direção à Sua nova meta.

Sua meta maior, da qual a atual é apenas uma etapa, é ser um Logos Cósmico.

É impossível ter no momento a mais pálida idéia do que seja Sua vida emocional
cósmica, pois, para que se tenha essa mínima ideia, é condição sem a qual não ter
experiência pelo menos do sétimo subplano astral cósmico, o que só é conseguido na
oitava Iniciação Planetária, a sexta solar e a segunda cósmica.

As únicas noções, muito rudimentares, possíveis de afuírem ao cérebro físico, são as


provenientes do corpo búdico para cima. Mas isso está ao alcance somente dos
Iniciados a partir da segunda Iniciação Planetária, em nível crescente com a conquista
de Iniciações mais elevadas. Quando a quarta é recebida e o homem fca livre do
cérebro físico, passando a viver relacionado com a matéria búdica, aumenta a clareza,
embora com as limitações decorrentes do fato de estar captando sensações físicas
cósmicas do Logos Solar. Mas isso é muitíssimo melhor do que a total ignorância do
homem comum sobre o assunto.

Por tudo isso vemos que é muito verdadeira a frase: "Quanto mais sei, mais vejo que
mais devo aprender". Essa frase, por nós modifcada, é um pouco diferente da
vulgarmente conhecida: "Quanto mais sei, mais sei que nada sei" , a qual não expressa a
realidade e é contraditória.

Continuaremos os comentários sobre o item 6 no próximo estudo.

Estudo 122

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o
item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência , nas Páginas
291, 292 e 293 - f - discriminar entre dois polos, g - escolher a direção para a qual tem
de orientar sua atividade e h - aperfeiçoar a forma e utilizá-la.

475
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudemos mais resultados que podem ser obtidos através de Manas, pelo homem, o
Logos Planetário e o Logos Solar. No caso do homem, poderemos nos aprofundar, o
mesmo não ocorrendo para os Logoi, para os quais teremos de fazer apenas
aproximações, pela Lei de Analogia.

Vejamos inicialmente a letra f - discriminar entre dois polos.

O homem

Sabemos que Manas é discriminador por excelência. É lógico que no começo essa
propriedade gera a separatividade, mas isso é necessário, para que mais tarde o
homem veja o UNO nos muitos, o que seria impossível, se não houvesse a
discriminação. O próprio Logos diferencia-se nos muitos com esse objetivo. Mestre
Tibetano defne o sentido equivalente ao olfato no corpo átmico com as seguintes
palavras:" Manas com a sua ação discriminadora aperfeiçoando o inter-relacionamento
eu não-eu".

Porque a separação dos sexos deu-se na terceira sub-raça lemuriana, justamente


quando a chispa da mente foi implantada no homem da cadeia terrestre, quando este
começou a pensar ? Exatamente para ele ter a primeira oportunidade de discriminar,
vendo o que estava diante de seus olhos: os sexos. Também não foi ao acaso que o
sentido da visão surgiu na raça lemuriana. É muito mais fácil perceber diferenças pela
visão do que pelos outros sentidos. Por isso a visão está fortemente relacionada com
Manas, embora os demais sentidos também estejam relacionados com a mente, sendo
suas janelas. No próximo sistema solar, que será do primeiro raio, a visão será o
sentido mais importante.

A percepção dos dois sexos foi a primeira discriminação entre dois polos feita pelo
homem, o que só foi possível, porque ele já possuía mente.

O Logos Planetário

Temos um exemplo muito claro do poder discriminador de Manas, com referência a


dois polos, no comportamento do nosso Logos Planetário na cadeia lunar, que
antecedeu a nossa. Ele percebeu e identifcou seu polo oposto, o Logos de Vênus e
empenhou-se fortemente na sua busca, tão fortemente que gerou um certo
desequilíbrio, cujas consequência estamos sentindo agora, na quarta cadeia.

Uma outra discriminação entre dois polos ocorreu também na cadeia lunar, quando o
nosso Logos identifcou a Entidade Planetária, um Ser Cósmico no ciclo involutivo,
sobre a qual falaremos futuramente. Essa Entidade, a Ele ligada, é uma espécie de seu

476
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
polo oposto, em certo sentido. Nosso Logos enfocou sua atenção nessa Entidade tão
intensamente, que a despertou de seu estado natural e com isso Ela afetou a
humanidade lunar de uma forma tão maléfca, que ela atingiu um ponto sem
possibilidade de recuperação naquela cadeia. Isso ocorreu no fnal da terceira cadeia e
fez com que o próprio Logos Solar determinasse a extinção de toda a cadeia, antes da
época planejada. Também estamos sentindo as implicações desse fato na nossa cadeia.

O Logos Solar

Nosso Logos Solar, pelo uso de Manas, está procurando seu polo oposto, com o qual
conseguirá aperfeiçoar seu Trabalho cósmico. Esse polo é um dos Logoi Solares, que
juntamente com Ele, fazem parte do corpo cósmico de um Logos Cósmico.

Há muito mais exemplos de discriminação entre dois polos, mas esses são sufcientes
para comprovar o poder discriminador de Manas, com referência à polaridade.

Passemos à letra g - escolher a direção para a qual tem de orientar sua atividade. Esse
poder de escolher é consequência da capacidade discriminadora de Manas. Para se
escolher é necessário que se saiba separar num conjunto de possibilidades.

O homem

Somente quando a Mônada, via Alma, consegue frmar seu contato com o cérebro
físico, é que se torna possível Ela escolher com plena consciência o tipo de atividade
numa dada encarnação. Até aí o planejamento da encarnação foi feito exclusivamente
pelos Senhores do Carma. Quando a Mônada, atuando como Alma no plano causal,
consegue ter uma visão mais ampla desse plano, pela assimilação das muitas
experiências nos planos inferiores, então sua visão desses planos inferiores alcança
um horizonte tão vasto, que seu domínio frma-se e cresce. É nesse momento, quando
o poder de discernimento de Manas está bem adiantado, que a Mônada pode escolher
com plenitude o caminho da encarnação.

O Logos Planetário

Temos a comprovação dessa utilização de Manas pelo Logos Planetário, na construção


planejada das cadeias, rondas, raças-raiz com suas sub-raças e ramifcações e no caso
do nosso e de mais dois esquemas, o processo de Iniciações. Quando analisamos as
qualidades das diversas raças, pelo estudo de suas civilizações, culturas e
contribuições para as demais, percebemos claramente a inteligência do planejamento
que as rege.

O Logos Solar

477
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Também percebemos a praticamente infnita inteligência presente na organização do
nosso sistema solar, sem ser necessário que desçamos aos detalhes.

Quanto à letra h - aperfeiçoar a forma e utilizá-la, não há muito o que falar, por ser um
assunto muito evidente.

O homem

O avanço científco e tecnológico alcançado pelo homem é uma prova bem visível
desse resultado do uso da mente. O homem está aprendendo a utilizar seu corpo de
uma forma cada vez melhor, em virtude dos conhecimentos adquiridos através da
inteligência. É desnecessário listar os avanços conquistados, uma vez que a imprensa,
em todas as suas áreas, encarrega-se de documentá-los.

O Logos Planetário

Vemos esse efeito por parte dos Logoi Planetários no aperfeiçoamento observado nas
cadeias e rondas dos diversos esquemas planetários. Não cabe aqui um estudo
detalhado das cadeias e rondas, porque há literatura orientada para esse objetivo. No
decorrer dos nossos estudos, iremos apresentando informações concernentes.

O Logos Solar

De modo semelhante aos Logoi Planetários, porém num nível muito maior, no espaço e
no tempo, o Logos Solar utiliza e aperfeiçoa sua forma, o sistema solar. No sistema
solar anterior, seu esforço concentrou-se no aperfeiçoamento da qualidade Inteligência
Ativa ou Manas, através da matéria, empreitada na qual Ele obteve êxito.

No atual sistema, Ele está empenhado em aperfeiçoar o Amor-Sabedoria-Razão Pura,


utilizando-o ao máximo e servindo-se de Manas, já aperfeiçoado.

Assim demonstramos mais três utilizações de Manas, pelo homem, pelo Logos
Planetário e pelo Logos Solar. Se fôssemos descrever as argumentações disponíveis
para essas demonstrações, o trabalho seria muito longo.

No próximo estudo analisaremos as duas últimas letras, i e j.

Estudo 123

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o
item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência , nas páginas

478
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
291, 292 e 293 - letras i e j - Final.

Encerrando essa série de comentários, estudaremos mais duas coisas que podem ser
conseguidas pelo uso de Manas: controlar a substância ativa, ou seja, os diversos tipos
de matéria e encaminhar suas forças para canais desejados - coordenar os diferentes
graus de matéria e sintetizar as forças utilizadas, até que todas e cada uma mostrem
uma linha unânime de ação e expressem, simultaneamente, a vontade do Morador
Interno, a Mônada.

Comecemos pela primeira. Controlar a substância ativa, ou seja, os diversos tipos de


matéria, signifca a experimentação e o domínio total das matérias física, astral e
mental, nas etapas iniciais, uma vez que esse domínio prossegue ao infnito, com a
conquista das matérias búdica, átmica, monádica, adi etc. Esse domínio é feito nos
próprios corpos. O homem tem de dominar todas as suas sensações, no sentido de
mantê-las sob o mais perfeito controle, sem bloqueá-las, mas jamais se deixando levar
e conduzir por elas. Na matéria astral, ele tem de exercer também um perfeito controle
das emoções, nunca permitindo se deixar conduzir por elas. Na matéria mental, há que
ter seus pensamentos sob o jugo da sua vontade, que não é desejo. É assim que o
homem irá subjugar seus mundos inferiores, que são constituídos por seus corpos
materiais. Somente depois que se tornou senhor de si mesmo, em todos os níveis, é
que o homem será senhor dos mundos exteriores.

Por esse controle, fca o homem em condições de canalizar as forças da matéria para
onde quiser. Melhor explicando, quando o homem decide manter apenas emoções
superiores, ele está simplesmente canalizando seus fogos por fricção tríplices para um
determinado tipo de matéria astral, do subplano coerente com a natureza da emoção
que quer cultivar. O mesmo ocorre com as sensações, que são físicas, sendo nesse
caso a canalização do fogo por fricção que atua na matéria física.

No seu corpo mental inferior, pela meditação e atenção constantes, a matéria mental
passa a ser controlada e o fogo por fricção atuante no corpo mental é canalizado para
o subplano coerente com a natureza do pensamento predominante no homem.

É óbvio que todo esse controle só pode ser efetuado por Manas ou mente. Para tal, o
homem tem de possuir o conhecimento necessário de seus veículos, uma vez que não
pode agir às cegas, como pregam as religiões, que infelizmente abdicaram ao uso da
mente, chegando ao ridículo de condenar seu uso, o que prevalece até hoje, felizmente
sem as atrocidades e brutalidades da idade média, como a inquisição, que tantos
malefícios trouxe para a humanidade.

479
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Somente após ser soberano de si mesmo, nas três esferas de atuação, sensações
(corpo físico), emoções (corpo astral) e pensamentos (corpo mental), é que o homem
pode canalizar e utilizar as energias dos três tipos de matéria em aplicações fora dos
seus corpos. Nessa fase, sua mente inferior já está plenamente unida e sintonizada
com a mente superior e ele se torna realmente uma Alma atuante nos mundos
inferiores, com plena e total consciência, melhor dizendo, uma Mônada plenamente
atuante nos mundos inferiores, através de sua Alma e de uma personalidade associada
a essa Alma. Quando esse estágio é conquistado, o homem passa a ser um Mago na
acepção verdadeira e elevada, a serviço da humanidade e da Hierarquia.

Vejamos agora o segundo resultado do uso de Manas. Coordenar os diferentes graus


de matéria e sintetizar as formas utilizadas, é uma consequência da etapa anterior. De
fato, com o controle vem a capacidade de fazer com que os diversos tipos e graus
(subplanos) de matéria trabalhem de forma harmoniosa ou coordenada, sem que uma
difculte a ação da outra, mas, pelo contrário, reforcem-se. Vamos dar um exemplo
dessa coordenação. Quando um homem decide exteriorizar o amor verdadeiro, não
esse egoísta e possessivo, da imensa maioria da humanidade, ele age mentalmente e
estimula conscientemente seu corpo astral para vibrar nesse tom de amor,
estabelecendo uma harmonia e coordenação perfeitas entre os dois corpos, o que irá
se refetir no corpo físico, é lógico, com benéfcos efeitos na saúde física. A
persistência nesse comportamento irá automaticamente produzir a síntese dos corpos
utilizados, o que signifca que eles irão alcançar um tal grau de sintonia, que irão atuar
como se fossem um único corpo, o que é realmente a síntese perfeita. Assim eles
expressarão, simultaneamente, como diz o Mestre Tibetano, a vontade do Morador
Interno, a Mônada, em outras palavras, o corpo físico, o corpo astral e o corpo mental
expressarão, ao mesmo tempo e de forma uníssona, o amor existente na Mônada. Em
todo esse processo Manas ou mente estará sempre presente, para a autoanálise
contínua e o aparo das arestas, quando necessário, como também para a expansão e a
elevação dos níveis de atuação.

Levemos esses conceitos para os Logoi Planetários, dentro de nossas limitações, é


claro. Conhecemos um pouco do nosso Logos Planetário, através da atuação do
Bendito Senhor SANAT KUMARA, o atual Senhor do Mundo e a encarnação física do
nosso Logos. Ele também está lutando para conseguir o controle e síntese de seus
veículos inferiores de expressão, nessa atual cadeia, uma encarnação Sua. Uma
encarnação de um Logos Planetário consiste de uma cadeia, sob seu ponto de vista.
Essa encarnação tem várias etapas, que são as rondas (sete) e os períodos globais

480
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(sete), ou seja, em cada ronda o Logos enfoca sua atenção (medita) em um dos sete
globos da sua cadeia. No momento Ele está enfocado na Terra, onde está sua
humanidade. Mas isso não signifca que os outros globos da cadeia não estejam em
atividade, apenas a atividade maior é na Terra.

Tendo em vista tudo o que foi explicado acima, o esforço de controle e coordenação do
Logos, objetivando a síntese e expressão simultânea de sua Vontade, desenvolve-se
sobre todos os sete globos (eles interagem entre si, como veremos mais tarde), sobre
a humanidade em evolução na Terra, como também sobre a pequena parte da
humanidade em evolução nos globos sutis e sobre todos os reinos, incluindo o reino
Dévico sob sua jurisdição. Não podemos considerar na análise a Vida emocional
cósmica nem a mental cósmica, uma vez que estas passam-se em seus corpos astral
cósmico e mental cósmico, ainda fora do nosso alcance intelectivo (é lógico que iremos
saber no futuro). Portanto, teremos de nos contentar com o que sabemos a respeito
dos planos búdico, átmico, monádico e adi, ou seja, teremos de fcar apenas em Seu
corpo físico cósmico.

Como já vimos, Sua consciência física cósmica (onde sua mente manifesta-se) ocorre
na matéria átmica. Somente os Iniciados com a quinta Iniciação Planetária, a terceira
Solar e acima, podem atuar e trabalhar com plena consciência e liberdade na matéria
átmica do nosso Logos. Os demais Iniciados, de graus mais baixos, trabalham nas
matérias búdica e mental. Então o Logos usa sua Mente Cósmica, refetida na matéria
átmica de seu corpo físico cósmico, para controlar e coordenar todas as funções
desse corpo, para conseguir uma sintonia e posteriormente uma síntese perfeitas
dessas funções. Mas Ele também se esforça para controlar e coordenar suas emoções
cósmicas e seus pensamentos cósmicos. Para conseguir tudo isso, Ele usa sua Vontade
com o objetivo de meditar e manter sua constante atenção sobre tudo o que ocorre em
seus corpos. Não podemos esquecer que, além do trabalho de atenção sobre seus
corpos, Ele tem de prestar atenção sobre o que ocorre no Seu ambiente exterior e
sobre suas relações com Seus Pares, os demais Logoi Planetários. Ele também tem a
tarefa importantíssima de prestar atenção ao que seu Pai, o Logos Solar, quer, para
que a sua Vontade seja feita.

Há inúmeras outras incumbências a serem executadas pelo nosso Logos Planetário,


como receber, identifcar, assimilar e irradiar as energias que chegam das sete
Plêiades, que portam energias dos sete raios. Embora Ele não seja um Logos Planetário
sagrado, mesmo assim Ele recebe energias de raio de um Logos Sagrado, que a recebe
diretamente.

481
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Resumindo, o nosso Logos Planetário executa um grande esforço, servindo-se de
Manas em altíssimo nível, para controlar e coordenar seu corpo físico, juntamente com
seus corpos astral e mental cósmicos, para que os três expressem, simultaneamente, a
Vontade da Mônada, que é o verdadeiro Logos Planetário.

Tentemos agora, com um esforço intelectivo maior, estender os conceitos acima ao


Logos Solar. Seu corpo físico cósmico de expressão é o sistema solar, com seus sete
planos de matérias, desde a nossa física até a adi. Em sua área de ação estão os sete
esquemas sagrados e os cinco não sagrados, sem contar os outros Seres cósmicos,
que também trabalham e estão no mesmo nível de Logos Planetário.

Sua mente cósmica manifesta-se na matéria do plano monádico, ou seja, é aí que está
seu "cérebro físico". Em Sua consciência física Ele tem de controlar e coordenar todas
as suas sensações físicas cósmicas. Ao mesmo tempo Ele deve dedicar sua atenção às
Suas emoções cósmicas (que ocorrem em seu corpo astral cósmico) e controlar Seus
pensamentos cósmicos (em seu corpo mental cósmico). Da mesma forma que os Logoi
Planetários, Ele se esforça para observar e analisar o que ocorre em Seu ambiente
cósmico e com seus Pares, os outros Logoi Solares, seus Irmãos. Há ainda o esforço de
receber, identifcar, assimilar e irradiar as energias de raio (em nível muitíssimo maior
que o dos Logoi Planetários), provenientes de Logoi Cósmicos, energias essas que
provocam reações em seus corpos cósmicos.

Em resumo, o nosso Logos Solar tem de efetuar um ingente trabalho de controle e


coordenação de seus três veículos cósmicos inferiores, para sintetizá-los e fazer com
que expressem, simultaneamente, a Vontade da Mônada Solar, o verdadeiro Logos
Solar, a Qual é, neste atual sistema solar, Amor-Sabedoria-Razão Pura, em nível
cósmico.

Tudo isso Ele realiza usando sua Mente Cósmica, assim como os Logoi Planetários e os
homens, cada um em seu nível. Muito mais podemos falar sobre essas tarefas, todavia,
para não alongar em demasia, o acima dito é sufciente para dar uma ideia de como
Manas ou Mente é de suma importância no processo evolutivo, em nível humano,
Planetário e Solar. Se estendermos um pouco a nossa visão, perceberemos que
também um Logos Cósmico serve-se de Manas para coordenar, controlar e sintetizar
seus corpos e expressar, simultaneamente, a Vontade da Mônada Cósmica, o
verdadeiro Logos Cósmico.

No processo iniciático, o homem vai adquirindo noções cada vez mais elevadas, mais
claras e mais profundas do modo de vida desses Excelsos Seres Cósmicos. É por isso

482
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que nenhum Iniciado sente atração pelos mundos inferiores, aqui vindo apenas por
necessidade de serviço para com a humanidade, a pedido da Hierarquia, que nunca
impõe, apenas pede.

Assim terminamos nossos comentários sobre esses temas tão fascinantes. No próximo
estudo iremos comentar os demais ensinamentos do Mestre Tibetano sobre o uso de
Manas, Budi e Atma, que estão no fnal da página 291 e nas páginas 292 e 293, com o
que encerraremos a seção A da segunda parte.

Estudo 124

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o
item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência , nas páginas
291, 292 e 293 - O uso de Manas, Budi e Atma - Encerramento da Seção A da Segunda
Parte.

Concluiremos a seção A da segunda parte com um estudo do emprego de Manas, Budi


e Atma pela Mônada, em sua luta para dominar as matérias dos planos inferiores.

Mestre Tibetano (Djwal Khul) apresenta algumas explicações, com o objetivo de tornar
mais claro o entendimento do processo de utilização de Manas por parte das Mônadas,
em sua luta para conquistar modos de vida cada vez mais elevados, explicações essas
que passamos a comentar.

a. O Espírito emprega Manas em tudo que concerne à matéria, substância elétrica ou


akasha ativo.

b. O Espírito emprega Budi em tudo que se relaciona com a psique e com a alma do
mundo, do indivíduo ou de cada forma.

c. O Espírito emprega a vontade ou Atma em tudo que se relaciona com a essência


de tudo e com a essência de si mesmo, considerando a essência e o Eu como Espírito
puro, distinto do espírito-matéria.
Iniciemos por a). Por Espírito entendemos a Mônada. Ora Ela é tríplice, sendo
simultaneamente Atma ou Vontade, Budi ou Amor-Sabedoria-Razão Pura e Manas ou
Inteligência Ativa, embora em alguns momentos prevaleça um aspecto. A Inteligência

483
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ativa expressa-se melhor por meio da matéria. Logo fca bem evidente e claro que a
Mônada, ao se relacionar com a matéria, qualquer que seja, mesmo a do plano
monádico, enfatiza em si Mesma, seu aspecto Manas ou Inteligência Ativa, sem
desativar, é óbvio, os outros dois aspectos, por exemplo, Ela usa a Vontade ou Atma
para manter a mente concentrada num assunto. As expressões substância elétrica e
akasha ativo signifcam simplesmente a matéria animada pelos fogos por fricção
tríplices, os quais, devido à sua origem monádica, são eletricidade, pela natureza
elétrica essencial da Mônada, sendo a palavra akasha usada pelo Mestre para o fogo
da matéria que vem do Sol, o kundalini do sistema.

Em b) temos a manipulação de Budi pela Mônada ao se relacionar com a psique e alma


de qualquer coisa. Ora Budi, por ser Amor-Sabedoria-Razão Pura, supõe a existência de
um par, para haver o relacionamento, impossível para um só. A própria palavra razão,
que vem do latim ratio, signifca na matemática o quociente, o resultado da divisão do
dividendo pelo divisor, o que é uma doação. Igualmente nesse estado a Mônada,
enfatizando o aspecto Budi, mantém ativos, em menor grau, a Vontade (Atma) e Manas.
Nessa situação o fogo empregado e estimulado é o solar, unifcador por excelência,
embora os outros dois fogos também sejam estimulados, em menor grau. O refexo do
fogo solar na matéria física é o prana. Dessa atuação simultânea dos três fogos é que
advém a sincronização e sintonia deles, o que é chamado pelo Mestre Tibetano de
fusão.

Em c) temos o emprego de Atma ou Vontade pela Mônada, em tudo o que se relaciona


com a essência de tudo e de si mesmo, sendo essência o Espírito puro, distinto de
espírito-matéria. Isso signifca a Mônada fora da manifestação, sem veículo algum.
Mesmo estando a Mônada em manifestação, como estamos agora, na atitude de usar
Atma, Ela não considera nenhum veículo. Vamos exemplifcar. Quando consciente e
realmente, com pleno conhecimento do assunto, empregamos a Vontade para nos
manter frmes num propósito, estamos nos vendo como Vontade Pura ou Atma Puro,
embora atuando através de um corpo material, qualquer que ele seja. Somente quando
esse conceito se tornar perfeitamente claro e nítido no cérebro, sem nenhuma margem
de dúvida e isso pelo entendimento exato, é que o homem saberá o que é na realidade
a Mônada, uma vez que Ela é Atma por excelência. A partir daí a área de atuação e
abrangência da Mônada crescerá em velocidade cada vez maior e a independência das
formas, de qualquer natureza, crescerá também em alta velocidade. A essência de tudo
é a Mônada ou Espírito.

Nas explicações seguintes sobre as características de cada aspecto, percebemos a

484
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grande clareza e lógica das deduções do Mestre Tibetano. Para o caso de Manas, a
característica é a capacidade de notar a diferença e identifcá-la, em todo o processo
de manifestação. Em todos os seis itens há diferenciação, em quantidade praticamente
infnita, o que é sumamente necessário para o exercício e aperfeiçoamento de Manas.

Nas explicações dos efeitos do uso de Budi, também impera a lógica. A característica é
a união e coesão. Também em todos os quatro itens está bem visível a unifcação,
sendo desnecessário descer a detalhes explicativos, o que seria perda de tempo, de
tão claras as elucidações do Mestre.

A mesma lógica perfeita ocorre nas explicações sobre o uso de Atma. Em todas as
aplicações sempre os três aspectos estão presentes, embora um prevalecendo.

O Mestre realça que Manas no início tem limitações, o que é evidente. No começo o
homem tem de adquirir e acumular conhecimentos e informações, para o que tem de
discriminar intensamente e com isso se vê separado do que observa, sendo a Aula da
Ignorância. Na segunda aula, a do Aprendizado, ele continua a discriminar, para adquirir
mais conhecimentos e informações, mas começa a selecionar, atraindo e rechaçando,
com o que aprende a sintonizar e sincronizar polos, com inteligência, o que signifca o
surgimento da luz, melhor dizendo, da iluminação.

Com o avanço da aula do Aprendizado, o homem ingressa na aula da Sabedoria,


quando aperfeiçoa a sintonia e sincronização dos polos, dentro de si e fora,
intensifcando a iluminação, pela aproximação íntima das mentes inferior e superior,
acompanhada pela construção consciente e utilização contínua do Antakarana, quando
o cérebro físico passa a receber informações diretamente da Mônada via Tríade
Superior. Então o homem torna-se um criador e capacita-se para receber as quatro
Iniciações maiores. Dos quatro frutos conquistados pelo homem nessa fase, um se
destaca, que é alcançar o grau evolutivo que o nosso Logos Planetário tinha no começo
do atual sistema solar, o que é muita coisa, praticamente atingir o pedestal de um Deus,
muito embora, quando isso acontecer, o Logos Planetário estará num nível
incomensuravelmente maior e distante. O Mestre resume isso com belíssimas palavras,
que signifcam que o homem terá conseguido sincronizar-se com a frequência
vibratória do Logos Planetário, mas isso em seu corpo físico cósmico, ou seja, o
homem pode atuar consciente e livremente na matéria búdica que constitui seu corpo
físico cósmico, prosseguindo daí para matérias mais sutis e elevadas, até transitar
livremente e com plena consciência em todo o plano físico cósmico.

Finalizando, o Mestre destaca o resultado dessa luta para o homem, o Logos Planetário

485
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e o Logos Solar, mostrando-nos o que todos temos pela frente.

Explicando de forma concisa, quando os fogos por fricção e solar (o da mente) são
sintonizados e sincronizados (o Mestre chama isso de fusão) perfeitamente, o Ente (o
homem, o Logos Planetário ou o Logos Solar) vence uma etapa e consegue uma
liberdade parcial. Quando o Ente consegue a sintonização e sincronização desses dois
com o fogo elétrico (o do Espírito ou Mônada), então a libertação é maior. Vejamos
cada caso separadamente.

Quando o homem unifca os fogos por fricção e solar, o que consegue na terceira
Iniciação, ele liberta-se dos mundos físico, astral e mental, embora efetivamente isso só
ocorra na quarta Iniciação. Então ele transita livremente e com plena e total
consciência por esses três mundos, começando a aprender a viver na matéria búdica.
Quando, após isso, o homem unifca esses dois fogos com o elétrico, o que consegue
na quinta Iniciação, então ele se liberta de mais dois planos inferiores, o búdico e o
átmico, passando a transitar livremente e com plena e total consciência nos cinco
planos inferiores e aprende a viver nas matérias monádica e adi. Aqui cabe uma
explicação com referência à quarta Iniciação. Nela a atuação do fogo elétrico nos dois
já unidos é tal que se dá uma sintonia parcial, sufciente para uma intensifcação que
desintegra o Loto Egoico. A conclusão da união dos três fogos ocorre na quinta
Iniciação, quando as Triades Superior e Inferior sintonizam-se, sincronizam-se e unem-
se. Essa interferência do fogo elétrico sem constituir uma fusão plena já aconteceu na
individualização, quando o fogo elétrico da Mônada entrou em contato com o fogo por
fricção, dando-se uma intensifcação, que redundou na ativação do fogo solar, ou seja,
o surgimento da Alma.

Quando o Logos Planetário unifca seus fogos solar e por fricção, Ele se liberta de seus
três planos de manifestação física, os planos búdico, átmico e monádico, passando a
atuar livremente no plano físico cósmico. Quando Ele unifca esses dois fogos com o
seu fogo elétrico, liberta-se de seu "círculo não se passa" planetário, ou seja, pode
atuar livremente no plano astral cósmico.

Quando o Logos Solar unifca seus fogos solar e por fricção, liberta-se de seu "círculo
não se passa" solar e passa a atuar livremente nos planos físico e astral cósmicos e
nos quatro subplanos inferiores do plano mental cósmico. Quando Ele unifca seu fogo
elétrico com os dois já unidos, consegue plena liberdade no plano causal cósmico, onde
reside como Alma e então se liberta dos três planos cósmicos inferiores, iniciando a
luta e o aprendizado para viver no plano búdico cósmico e acima.

486
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Assim vimos os resultados sob o ponto de vista dos três fogos, que são na realidade os
efeitos da atuação da Mônada na matéria.

Concluímos a seção A da segunda parte do Tratado. Iniciaremos a seção B, de mais


profundidade, mais amplitude e mais complexidade de ensinamentos, o que requer que
a base construída com as informações dadas até agora esteja bem consolidada e
frme, uma vez que os ensinamentos do Mestre Djwal Khul são concatenados.

Estudo 125

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Introdução

Estamos iniciando uma nova visão de Manas, em diversos níveis e em relação ao


tempo. É um estudo muito profundo e esclarecedor, que, para aquele que sabe ler
entre linhas e já possui bem desenvolvida sua mente abstrata, propicia uma quantidade
imensa de ensinamentos e informações, desvelando mistérios do mundo fenomênico,
em todos os subplanos físicos cósmicos, dando ainda indícios sobre as matérias dos
planos cósmicos mais elevados.

Devemos fazer um resumo do que iremos estudar nesta seção B. Pelo título da seção,
vemos que Manas será estudado como fator, cósmico, humano e do sistema. Ora, como
fator, entendemos aquilo que atua sobre alguma coisa, interfere em seu funcionamento
e conduz a resultados, que podem ser de diversas naturezas.

Inicialmente, na I Parte, teremos a origem de Manas. Dentro dessa origem, veremos


como Manas Cósmico atuou nos processos de individualização e iniciação.

Como Manas Planetário, veremos sua ação na consciência, na existência, na vontade e


no propósito ordenado.

Como Manas humano, veremos sua ação conjunta no homem e no Logos Planetário, em
particular no nosso Logos Planetário e na relação entre o Logos de Vênus e a cadeia
terrestre.

Na relação entre Manas e a cadeia terrestre, temos:

• a cadeia terrestre e as Mônadas encarnantes;


• o quarto reino (a humanidade) e a Hierarquia Planetária;
• uma profecia;

487
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• um resumo.
Na II Parte, veremos Manas e seu relacionamento com o carma e Manas com o
propósito cármico, dentro da posição de Manas.

Na III Parte, estudaremos a atual etapa de desenvolvimento de Manas nos planetas, no


sistema e na Terra.

Na IV Parte, analisaremos o futuro de Manas, em suas características: discriminação,


atividade ordenada e adaptabilidade. A seguir veremos o desenvolvimento futuro da
mente humana, considerando os efeitos dos raios, as relações dos raios com os
animais e os homens e os tipos de carma.

Finalmente, entraremos no tema Manas na rondas fnais da nossa cadeia, no processo


transmutador e na síntese.

Toda essa grande lista de assuntos sobre a mente é de grande fascínio, uma vez que
contém ensinamentos e informações, que irão esclarecer não só problemas de cunho
psicológico, como também sociológico e físico. Além disso fornece dados claros e
lógicos sobre a nossa origem e o nosso futuro, muito diferentes do que a maioria das
religiões ensinam, com o seu dogmatismo irracional e sem a menor base científca.

A assimilação e aplicação desses ensinamentos, após seu entendimento claro, irá


acelerar em muito a evolução daqueles que assim o fzerem, levando-os a alcançarem a
meta muito antes da maioria da humanidade, que se deixa conduzir, ao invés de se
conduzir, usando a mente. Mais uma vez vemos a Justiça Divina, que dá a cada um a
liberdade e o direito de evoluir mais depressa, permitindo que os grilhões sejam
quebrados pelo esforço individual. Nada mais belo e consolador que isso.

Portanto, consolidemos a assimilação do conteúdo do que foi ensinado desde o início e


avancemos com frmeza em direção à Vitória e à Felicidade Duradoura e sempre
Crescente.

Iniciaremos efetivamente o estudo desse novo tema a seguir.

488
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 126
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Cósmico (Páginas
295, 297 e 298)

Estudaremos nesta etapa o assunto Manas em maior profundidade, considerando seus


efeitos e suas aplicações, bem como suas fontes. O objetivo que nos leva a prosseguir
é que os conhecimentos transmitidos não só permitam um melhor entendimento de
nós mesmos, dos outros e do mundo fenomênico, mas também que sejam aplicados
para acelerar nossa evolução e obtenção mais rápida da liberação dos três mundos
inferiores e a entrada nos planos superiores, onde a evolução é muito mais acelerada e
a vida muitíssimo mais intensa e abundante, como falou o Sr. Maitreya, o Cristo.

Antes de continuarmos, vejamos uma situação cósmica comprovadora da importância


de Manas no atual sistema solar. A estrela binária Sírius, as sete Plêiades, das quais
Alcione é a mais importante, Saturno e Vênus, exercem forte infuência no nosso
sistema solar e na Terra. Sírius é o centro frontal no corpo do nosso Logos Cósmico,
sendo portanto do quinto raio e Manas. O Logos de Sírius, que é um Logos Maior
dentro do corpo do nosso Logos Cósmico, é o Instrutor do nosso Logos Solar, que é
menor, sendo portanto mental ou manásica essa relação, uma vez que o Logos de
Sírius é o quinto Raio, da Mente Concreta (em nível cósmico). Além disso a Loja Azul de
Sírius orienta a nossa Loja Branca, da Hierarquia Terrestre. As Plêiades são o centro
laríngeo do Logos Cósmico, sendo o centro laríngeo regido pelo terceiro raio, o raio de
Manas. Vênus é do quinto raio e está fortemente ligado ao nosso Logos Planetário,
tendo sido de capital importância no processo de despertar a mente no homem
lemuriano. Saturno, que também está ligado ao nosso Logos Planetário, é o centro
laríngeo do nosso Logos Solar, sendo também mental sua relação. Portanto, temos
quatro Entidades relacionando-se com a Terra na área de Manas. Não pode haver
dúvidas que Manas é de suma importância no atual sistema solar e na Terra. Mais uma
vez o Mestre Tibetano está certíssimo, quando enfatiza essa importância de Manas.
Além do mais, toda a argumentação do Mestre é de uma lógica impressionante.

De onde vem esse fogo que ilumina a escuridão da matéria e é responsável pela
atividade vibratória de todos os Seres concebíveis ? Podemos ver essa origem do fogo
manásico em dois processos cósmicos utilizados não só nos seres humanos, como nos
Logoi.

1. O processo da individualização

489
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A individualização é o processo de autorrealização inteligente que, de uma forma muito
notável, diferencia o homem do animal. No momento da individualização, dois polos se
aproximam e se tocam, gerando a luz, que ilumina a caverna da matéria e clarea o
caminho que o Peregrino tem de seguir, quando retorna à sua fonte de origem. Em
outras palavras, quando o fogo elétrico da Mônada entra em contato com o fogo por
fricção da matéria, no exato momento da individualização, surge o fogo solar ou
manásico, iniciando a mente sua atividade esclarecedora, iluminadora e orientadora.
René Descartes percebeu essa grande verdade, quando escreveu: "Cogito ergo sum",
penso, logo existo. Alguns autores modernos, os defensores da chamada inteligência
emocional, por mera falta de raciocínio mais profundo, criticam essa afrmação de
René Descartes, alegando que o homem existe porque tem emoções. É óbvio que as
emoções são importantes no processo da vida, como também o são as sensações
físicas, que estão relacionadas com as emoções. Mas é pela mente que o homem toma
conhecimento dessas sensações e emoções. O homem lemuriano, antes da
individualização e o surgimento da mente, tinha sensações e vivia emoções
rudimentares (sua meta era o corpo físico), mas não sabia identifcá-las com clareza,
pois carecia da autoconsciência e não tinha a noção nítida de que ele era uma unidade
separada. Logo não tinha condições de pronunciar com frmeza: eu existo. Foi com o
advento da mente, melhor dizendo, da autoconsciência, que o homem pode começar a
identifcar-se como um ser separado e perceber que existia no contexto da natureza.
Ora isso só ocorreu, porque ele pensou e percebeu todos os fenômenos que estavam
ocorrendo dentro e fora de si. É o raciocínio sobre o que ocorre em nós, em particular
as emoções, que leva à certeza da existência. É pelo observar e analisar a emoção, que
podemos melhorá-la e intensifcá-la, o que só pode ser feito pela mente. Quando o
homem está atuando apenas em seu corpo mental, ausente de seus corpos físico e
emocional, considerando a triplicidade reinante em todos os planos, ele não apenas
pensa, mas também decide e sente o que lhe agrada, o que é análogo à emoção. Isso
ocorre porque a Alma é Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa ou
Manas, sendo simultâneos os três aspectos, embora prevalecendo um em
determinados momentos, mas é manas que permite ter autoconsciência. Portanto René
Descartes estava certíssimo e os que o criticam foram muito infelizes.

No homem o nascimento da autoconsciência e de manas leva:

• à autorrealização, que é a evolução;


• ao propósito;
• à separação dos demais eu's individualizados ou esferas;

490
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• autoconsciência, acima de tudo;
• capacidade para evoluir;
• capacidade para "brilhar cada vez mais, até que o dia seja perfeito".
Tudo o que foi dito acima aplica-se também a um Logos Solar e Planetário, dentro de
suas áreas de evolução.

A individualização é, literalmente, a união (na obscuridade da abstração) de dois


fatores, Espírito ou Mônada e matéria, por meio de um terceiro fator, a vontade
inteligente, o propósito ou a ação de uma Entidade. Pela aproximação desses dois
pólos, a luz é produzida, surge uma chama e percebe-se uma esfera de glória radiante,
cuja intensidade de Luz, calor e irradiação aumentam gradualmente, até chegar à sua
máxima capacidade ou àquilo que chamamos perfeição. Devemos observar que luz,
calor e irradiação caracterizam todos os entes individualizados, desde os deuses até os
homens.

O homem já começou parcialmente a decifrar o mistério deste fenômeno, por meio de


sua capacidade de produzir a luz elétrica, usando seus conhecimentos científcos
(conseguidos pelo uso da mente), luz essa que utiliza para iluminar, aquecer e curar. A
medida que o homem for adquirindo mais conhecimentos sobre esse assunto, a luz,
surgirão mais esclarecimentos sobre a questão da existência e da atividade criadora.
Essa previsão do Mestre já é realidade nos dias de hoje. Qualquer pessoa que queira
acessar às informações do mundo científco (basta pegar o livro ou a revista
adequados ou pesquisar pela internet), comprovará a veracidade dessas palavras do
Mestre Tibetano. Estamos vendo a ciência colocando energia equivalente a milhares de
usinas hidroelétricas em uma célula, usando lasers de altíssima potência, já se fala em
computadores quânticos e em qubits (bits quânticos), utilizando as propriedades das
partículas subatômicas como estados representativos dos bits. A fotônica já está em
plena atividade produtiva e já está ocorrendo uma revolução na tecnologia de
informática, por meio de lasers de microcavidades, moduladores ópticos de silício e
pilares translúcidos de polímeros, pelo imenso aumento de velocidade de
processamento e intercomunicação entre as partes de um computador. Toda essa
revolução por meio da eletricidade e da luz foi prevista pelo Mestre Tibetano e muito
mais novidades virão ainda.

Podemos deduzir muito sobre a origem do fogo da mente, ao analisarmos os diversos


métodos de individualização. Com relação ao homem, os métodos conhecidos são três,
embora provavelmente haja outros, inconcebíveis para o entendimento fnito e limitado
do homem atual. Esses três são:

491
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. O que foi aplicado na cadeia lunar, a anterior à nossa, quando, por meio da força e
energia inatas, foi produzida a conjunção dos três fogos, elétrico, solar e por fricção,
o fogo por fricção entrou em contato com o fogo elétrico (da Mônada) por meio da
presença latente da pequena centelha do fogo da mente. Esta pequena centelha,
atuando pelo instinto, impeliu a forma material ou substância a uma tal atividade, que
foi possível ela elevar-se até entrar em contato com seu polo oposto. Nesse momento
o homem animal chegou a sentir aspiração, dando-se a resposta da Mônada. A
vibração do germe da mente atuou como levedura e compenetrou a substância.
Assim a autoconsciência foi despertada. Este foi o método empregado pelos Logoi
Planetários no sistema solar anterior ao atual, em suas individualizações e assim Eles
adquiriram autoconsciência em nível cósmico e passaram a dominar os três
subplanos inferiores do físico cósmico - os planos físico, astral e mental - os mesmos
que o homem deve conquistar no atual sistema solar. Esses Excelsos Seres Cósmicos
conseguiram se individualizar através do trabalho efetuado durante inconcebíveis
eons de esforço. O Logos Solar individualizou-se muito antes, não cabendo neste
contexto seu estudo, mas apenas fazemos a citação, para mostrar que a Lei de
Analogia é exata. O sistema solar atual será de menos duração que o anterior, porque
nele a força da matéria foi gerada pela progressão das épocas, durante as quais
ocorreu a vitalização das espirilas do átomo físico permanente do Logos Solar .
No atual método de individualização há que se realçar o fato de que o princípio manas
faz parte do caráter logoico e da Sua natureza. Logo tem origem em seu Ser ou Eu e
está contido em seu Corpo causal, compenetrando portanto toda a manifestação, que
se origina NEle, atingindo então a todos nós. Aqui está a veracidade da afrmação de
que manas que anima todo o sistema solar tem sua origem em manas cósmico, uma
vez que o Corpo causal do Logos Solar é constituído de matéria mental cósmica, que
Ele retirou do oceano de matéria mental cósmica contida no Corpo causal cósmico do
Logos Cósmico. Nunca devemos esquecer de que estamos dentro do Corpo desse
muito Excelso Ser, superior ao nosso Logos Solar.

No próximo estudo trataremos da origem de Manas, analisando o método de


individualização empregado na atual cadeia terrestre, pelo manipulação de energias de
fora do sistema solar e de outro esquema.

Estudo 127

492
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar -Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Cósmico -
Continuação - (Páginas 298, 299 e 300)

Continuemos a pesquisar a origem de Manas Cósmico, analisando os métodos de


individualização. Como a individualização se deu na atual cadeia terrestre ? O fogo da
mente tem sua origem em uma constelação na qual, até pouco tempo, a ciência
exotérica não percebia uma relação íntima com o nosso sistema solar, pela sua
distância. Essa constelação é Cão Maior, cuja estrela alfa é Sírius, um sistema estelar
binário, a 8,5 anos-luz da Terra. Essa estrela é a fonte de manas cósmico para o nosso
Logos Solar, assim como as Plêiades estão ligadas à evolução de manas dos sete Logoi
Planetários e Vênus foi o responsável pela implantação da mente na cadeia terrestre.
Cada um constituiu o primário do outro ou o agente que produziu o primeiro lampejo
de consciência nos determinados grupos implicados. Sempre o lento crescimento
evolutivo foi o método empregado, até que repentinamente resplandeceu a consciência
em virtude da interposição da força proveniente de uma fonte exterior:

Fonte:
Logos Sistema Solar
Sírius
Sete Logoi Esquema Fonte:
Planetários Planetário Plêiades
Nosso Logos Cadeia Fonte:
Planetário Terrestre Vênus
Portanto, o segundo método é realizado acelerando o processo evolutivo por meio de
infuências externas, que tendem a despertar a consciência e a unir os dois pólos. O
primeiro método, já mencionado, foi empregado no sistema solar anterior ao atual, bem
como na cadeia lunar. O método estudado agora caracteriza a este sistema solar e
persistirá até que se encerre o atual Mahamanvantara, ou seja, o atual sistema solar.

O fato de que na cadeia lunar, que antecedeu a nossa, o método de individualização


tenha sido o do sistema solar anterior, comprova a atuação da Lei de Repetição,
segundo a qual todo ciclo maior inclui, em suas primeiras etapas, todos os ciclos
menores, repetindo os processos anteriores. É devido a essa mesma lei que na
gestação do corpo humano, o feto recapitula todas as etapas e formas anteriores, até
à humana. Semelhantemente, como é sabido, a quarta ronda reproduz brevemente as
outras três, porém tem sua própria qualidade característica.

Acabamos de analisar a origem de Manas Cósmico em dois processos de

493
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
individualização, o lento (do sistema solar anterior) e o em que ocorre o estímulo
externo (do atual sistema solar). Em ambos o esforço individual é imprescindível,
apenas no atual é dado um pequeno empurrão. É lógico que existe uma razão para que
o Logos Solar assim se comporte, razão essa que desconhecemos, talvez Ele queira
ganhar tempo ou talvez Ele ache que suas células (nós como Mônadas) tenhamos
conquistado o merecimento a essa ajuda, pelo êxito demonstrado no sistema solar
anterior com base no nosso esforço exclusivo, sem estímulo. Mas fcou bem claro que
em ambos os processos o grande Fogo da Mente Cósmica está sempre presente,
esperando que a Mônada humana dele se aproprie sozinha (o processo da cadeia
lunar) ou, quando já está quase se apropriando, é dado o estímulo.

Vejamos agora a presença de Manas Cósmico em outra técnica utilizada pelo Logos
Solar para acelerar a evolução das Mônadas: a técnica da Iniciação. São utilizados os
"Cetros de Iniciação". Eles são quatro:

1. O Cósmico, empregado pelo Logos Cósmico nas Iniciações de um Logos Solar e


dos três Logoi Planetários maiores (de Urano, Netuno e Saturno, no nosso sistema
solar).

2. O do Sistema, utilizado pelo Logos Solar nas Iniciações dos Logoi Planetários
menores.

3. O Planetário, de que se serve o Logos Planetário para as Iniciações das Mônadas, a


partir da terceira.

4. O Hierárquico, empregado pela Hierarquia oculta para Iniciações menores (as


intermediárias) e as duas primeiras.
Esses Cetros são também empregados para outras fnalidades, que não apenas
Iniciação. Por exemplo, destruição, como já ocorreu na raça atlanteana. Na última
guerra, mais ou menos por volta de 1943, quando os cientistas alemães estavam
prestes a descobrir a fórmula da bomba atômica, o Senhor do Mundo, SANAT
KUMARA, quase empunhou o Cetro para destruir a civilização, só não o fazendo devido
à intervenção do Logos Solar, para resolver o problema. Tudo indica que na cadeia
lunar, o nosso Logos Planetário usou seu Cetro para desintegrar toda a cadeia lunar.

A individualização do homem na raça lemuriana (há mais ou menos 18 milhões de anos)


ocorreu, porque o Logos Solar aplicou seu Cetro Iniciático ao nosso Logos Planetário, o

494
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que pôs em atividade certos centros de Seu corpo com seus grupos correspondentes.
A aplicação do Cetro, ao despertar a consciência em algum plano, desperta
literalmente as vidas implicadas, para que participem inteligentemente do trabalho no
plano mental. O homem animal era consciente nos planos físico e astral. Pelo estímulo
recebido através do Cetro elétrico (o fogo contido no Cetro é elétrico), este homem
animal despertou sua consciência no plano mental. Assim os três corpos (físico, astral
e mental) coordenaram-se e o Pensador (a Mônada) pode atuar por meio deles e
prosseguir sua evolução com maior velocidade.

Todos os Cetros Iniciáticos produzem certos efeitos:

a. Estimulam os fogos latentes até convertê-los em chamas.

b. Sintetizam os fogos, por meio de uma atividade oculta, pondo cada um dentro do
raio de ação do outro.

c. Ativam a atividade radiante de algum centro, seja num homem, num Homem
Celestial ou em um Logos Solar.

d. Expandem todos os corpos, principalmente o causal - também nas três Entidades.


Esses resultados foram observados quando o nosso Logos Planetário recebeu uma
Iniciação há 18 milhões de anos. Tal Iniciação resultou, como já se disse, em virtude de
uma justaposição particular de cadeias, globos e esquemas, a qual estimulou de tal
maneira todas as unidades manásicas de Seu corpo, que possibilitou a descida de
manas puro, através do Antakarana planetário, procedente do átomo manásico
permanente planetário - este canal existe no que respeita ao Logos Planetário e terá de
ser construído pelo homem. Simultaneamente com a justaposição citada, ocorreu um
alinhamento semelhante com uma das Plêiades, permitindo o fuxo de manas desde
essa fonte. Talvez essa Plêiade tenha sido Alcione.

Vejamos agora sucintamente a técnica de individualização, que será empregada no


próximo sistema solar, o sistema de Vontade, técnica essa que será iniciada de forma
tênue no atual sistema solar. Não será baseada na atividade latente, como no primeiro
caso, nem na polaridade elétrica como no segundo caso, mas em um processo peculiar
de "abstração oculta" (tendo a palavra abstração o signifcado de "extrair" da essência).
Essa abstração oculta é produzida por um esforço de vontade, incompreensível
atualmente. O primeiro método de individualização corresponde ao terceiro aspecto ou

495
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atividade latente (terceiro Logos) e segue a linha de menor resistência sob a Lei de
Economia. O segundo método é puramente elétrico e atua sob a Lei de Atração
(segundo Logos). O terceiro método acha-se oculto na vontade dinâmica e é todavia
algo impossível e incompreensível atualmente, embora os que já estão na linha do
primeiro raio já tenham vislumbres desse método e percebam sua lógica (primeiro
Logos). Raciocinemos. O sistema solar anterior foi do terceiro raio, Inteligência Ativa. O
atual é do segundo raio, Amor-Sabedoria-Razão Pura. O próximo será do primeiro raio,
Vontade. Portanto é lógico que nele a tomada do Fogo da Mente Cósmica (a tomada do
Fogo do Olimpo por Prometeu, a Mônada) será pela Força. Não podemos esquecer que
até lá as Mônadas já terão vivido muitas experiências nos mundos de matéria, sob
circunstâncias muito diferenciadas. Vejamos. No primeiro sistema solar, que na
realidade foi o quinto, quando consideramos os quatro anteriores dos raios menores, a
matéria só estava qualifcada pelas qualidades dos sétimo, sexto, quinto e quarto raios.
Como o terceiro raio é um raio sintético, o esforço teve de ser maior, para sintetizar as
qualidades anteriores. No atual está ocorrendo o desenvolvimento das qualidades do
segundo raio, juntamente com a síntese do terceiro no segundo, daí o emprego
constante e intenso da mente. O trabalho é mais árduo, mas em compensação tornará
as Mônadas (as que obtiverem sucesso) mais rígidas e fortes, mesmo em se tratando
de sistema de Amor. Consequentemente, nada mais lógico que no próximo sistema, o
de Vontade, as Mônadas (as que passarem pelas provas) estejam altamente
credenciadas e preparadas para se utilizarem intensamente da Vontade para
aperfeiçoarem sua evolução, atingindo a meta idealizada pelo Logos Solar, que é
expressar ao máximo a Vontade através do Amor e da Inteligência.

No próximo estudo trataremos de Manas Planetário, considerando sua origem.

Estudo 128

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Planetário (Páginas
300,301 e 302)

Vimos a origem de Manas como fator cósmico no processo de individualização humana.


Ficou bem claro que a individualização humana é a compreensão consciente, por parte
do Eu (a consciência da Mônada atuando no cérebro físico), de sua relação com tudo o

496
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que constitui o não-eu, que se apresenta de três maneiras, das quais somente duas são
vagamente compreensíveis. Em cada caso este despertar da consciência é precedido
de um período de gradual desenvolvimento, sendo instantâneo no momento da
Autorrealização (a autoconsciência), quando realmente ingressa no reino humano de
forma consciente. Em seguida vem um outro período de gradual evolução. No fnal
deste período advém outra crise, denominada Iniciação. No primeiro caso o homem é
iniciado na existência consciente, no outro ele é iniciado na existência espiritual ou
identifcação grupal.

Para o Logos Solar, a individualização se deu em época muito anterior à triplicidade dos
sistemas solares, melhor dizendo, muito anterior aos seis sistemas solares, uma vez
que estamos no sexto sistema, sendo que o próximo será o sétimo, quando o nosso
Logos Solar irá desenvolver seu aspecto Vontade. Para Ele, esses sistemas constituem
o Eterno Agora, mas para nós, eles contêm o passado, o presente e o futuro, porque
para Ele o tempo se manifesta de forma diferente. Um Logos Planetário individualizou-
se em um sistema anterior. O homem individualiza-se no atual sistema. As entidades
planetárias, que se encontram agora no arco de involução, individualizar-se-ão no
sistema seguinte. No caso das Mônadas humanas, pelo que o Mestre Tibetano diz, tudo
leva a crer que houve uma individualização no sistema anterior, outra no atual sistema
e no próximo haverá uma outra, uma vez que as condições são bem diferentes de
sistema para sistema e as Mônadas humanas têm de vivenciar todas as experiências
em todas as condições possíveis. No caso das Entidades Cósmicas o processo de
individualização é totalmente diferente do humano, o que é evidente.

Analisemos agora a relação entre consciência e existência. Sob uma ótica mais ampla,
as palavras iniciação e individualização são sinônimas, ambas dando a ideia de
expansão de consciência ou a entrada em um novo reino da natureza. A faculdade de
adquirir conhecimentos deve ser interpretada como paralela ao desenvolvimento do
sentido da vista ou visão, como já foi dito. O fogo da mente brilhou e iluminou o homem
animal na época lemuriana, durante esse grande ciclo em que o sentido da vista abriu o
plano físico para a consciência. A relação existente entre vista e mente é muito íntima e
deve ser sempre lembrada. Na primeira ronda e em sua primeira raça-raiz
desenvolveu-se o sentido da audição. Na segunda ronda e na segunda raça-raiz foi o
sentido do tato. Na terceira ronda e na terceira raça-raiz o sentido da vista somou-se
aos outros dois. Há que lembrar aqui que as duas primeiras rondas são de
recapitulação do que já foi alcançado. Em cada ronda há sete raças-raiz, todavia os
sentidos vão sendo despertados paulatinamente. Somente na terceira ronda é que

497
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
começa a inovação. É por isso que somente agora, na quarta ronda da quarta cadeia, é
que os três sentidos, audição (primeira raça-raiz, a adâmica), tato (segunda raça-raiz, a
hiperbórea) e a visão (terceira raça-raiz, a lemuriana), foram ativados dentro do
planejamento para a quarta cadeia, devendo prosseguir seu desenvolvimento na
direção da meta estabelecida. Dessa forma, o eu que ouve e o não-eu que é tocado, são
postos em relação por meio da visão, sendo pois a visão uma analogia da inteligência
que vincula. Assim, é produzida a fusão ou sintonia dos três fogos e temos a
iluminação. Em outras palavras, a audição, por ser do terceiro raio, é consequência do
fogo por fricção, o tato, do segundo raio, é fogo solar (que une) e a visão, por ser
sintetizador é do primeiro raio, fogo elétrico, sendo gerada a luz pela união dos três.
Todavia, através de todo esse desenvolvimento evolutivo, o UNO que ouve, toca e vê,
persiste e interpreta de acordo com o grau de evolução que tenha alcançado o
princípio manásico nele. Esse UNO é a Mônada, qualquer que seja, podendo ser
humana, de um Logos Planetário, de um Logos Solar e de um Logos Cósmico. Sempre a
interpretação será de acordo com o grau de desenvolvimento de manas que a Mônada
possuir. A Mônada, esse interpretador do que ouve, toca e vê, não depende de uma
existência, que necessita sempre da forma. É da Mônada a vida que faz vibrar a
matéria, sendo pois fogo por fricção. Sua é a vida do Espírito puro (que é Ela mesma),
que quer ser e utiliza a forma, sendo portanto o impulso elétrico do plano físico
cósmico ou fogo elétrico. Sua é a vida que não só anima os átomos e eletrifca-os com
sua própria natureza, mas que também se vê como uno com tudo e, não obstante,
separado de tudo - esse algo que pensa, discrimina e é autoconsciente, chamado
MENTE ou Fogo Solar. Mente ou Manas universal compenetra tudo. É ainda essa
Entidade Individualizada, conhecedora de Si mesma, Cujo corpo contém nosso Logos
Solar e outros seis Logoi Solares (essa Entidade é o Logos Cósmico). Seu fogo, calor e
radiação abarcam outros sistemas solares e unifca-os com o nosso, de tal maneira que
um só corpo vital constitui a manifestação deste poderoso Ser cósmico. Vórtices de
força nos subplanos etéricos cósmicos (os plano búdico, átmico, monádico e adi)
formam a estrutura etérica dos sete sistemas solares do corpo do Logos Cósmico,
assim como os corpos dos sete Logoi Planetários sagrados constituem os centros
etéricos de um Logos Solar e os sete centros etéricos do homem são a fonte do
impulso elétrico animador de sua vida.

É impossível expressar a origem de manas como separado da manifestação de um


conglomerado de sistemas, de um sistema solar ou de um homem. Somente a medida
que se entenda o fato de que cada esquema planetário serve de corpo para um Logos

498
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Planetário ou Homem Celestial, o qual é a mente diretora desse esquema e o princípio
animador manásico ou a faculdade ativa discriminadora evidenciada em todo átomo
desse esquema; só quando se compreender que um Logos Solar é semelhantemente o
princípio manásico da totalidade desses grandes átomos que chamamos esquemas;
unicamente quando se entender que um Logos Cósmico é também a mente instigadora
de átomos ainda maiores, que denominamos sistemas solares; só quando se aceitar
que o homem é a faculdade discriminadora animadora das minúsculas esferas que
formam seu corpo de manifestação e, fnalmente, só quando se refetir sobre tudo isto
e se aceitar a verdade, então esta questão sobre a origem de manas assumirá um
caráter menos nebuloso e dissipar-se-á em parte a difculdade de entender esse
assunto.

Apresentamos a seguir um gráfco que representa a velocidade de expansão da


consciência da Mônada humana:

Neste segundo gráfco representamos a área de abrangência da consciência do


homem, a medida que evolui:

499
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Explicação do gráfco: em P1 a consciência do homem enxerga o círculo C1, que é o


que ele percebe do mundo fenomênico e luta para entender. Após o tempo T1 ele
consegue chegar no ponto P2 e entender todo o círculo C1, mas aí ele percebe o
círculo C2, muito maior e começa a luta para entendê-lo. Após o tempo T2, menor que
T1, ele chega em P3 e entende C2, mas aí percebe C3, uma campo de conhecimentos
muitíssimo maior que C2 e inicia a luta para entender C3 e após o tempo T3, menor
que T2, ele chega em P4 e entende C3, quando ele novamente percebe um campo de
conhecimentos muito maior que C3, que tem de entender e dominar, prosseguindo
assim a luta para adquirir mais conhecimentos indefnidamente. Em cada conquista de
conhecimentos, sua vida torna-se cada vez mais plena e abundante, o mesmo
acontecendo com sua felicidade, pois em cada conquista ele se aproxima do UNO
ABSOLUTO INFINITO, passando por todas as etapas de homem comum, Iniciado menor,
Iniciado maior, seguindo os caminhos (sete), Logos Planetário ou outra função de
mesmo nível, Logos Solar ou outra função de mesmo nível, Logos Cósmico ou outra
função de mesmo nível e muito mais.

Solicitamos a todos que refitam sobre a catástrofe ocorrida recentemente


(26/12/2004) no oceano Índico e que afetou vários países, provocando a morte de
milhares de pessoas (as últimas estimativas indicam 40.000). Há várias características
nessa catástrofe, que chamam a atenção do esoterista. A energia destruidora
propagou-se pela água (tsunami), que simboliza a matéria astral, sede das emoções. A
área abrangida foi grande. O nosso Logos Planetário está recebendo uma Iniciação
Cósmica menor, que antecede a quarta e portanto está ligada à renúncia. Essa quarta

500
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iniciação Ele receberá na próxima ronda, a quinta. Ele está saindo da polarização astral
ou emocional, para se polarizar na mente. O Fogo Elétrico do Cetro Iniciático do Logos
Solar está passando para Ele, o que intensifca a atividade do fogo por fricção tríplice
que anima o planeta Terra. Esse aumento da atividade do fogo por fricção da Terra
libera energia (aumento da atividade do magma), que afeta as placas tectônicas, cujo
choque libera energia que se propaga pela água, gerando as ondas gigantescas
(tsunami). Pode-se perceber claramente a correlação entre esta hecatombe e essa
Iniciação menor do nosso Logos Planetário. Meditem sobre isso e tirem suas
conclusões.

Estudo 129

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Planetário -
Continuação (Páginas 302, 303 e 304)

Continuemos nosso estudo da origem de Manas Planetário. O homem, o Pensador ou


Conhecedor, o princípio manásico que se encontra no centro das diversas esferas, que
formam seus corpos, manipula força elétrica em três setores ( seus corpos físico,
astral e mental), através de sete centros ou chacras, que são pontos focais de força e
a distribui inteligentemente a milhares de átomos menores, células de tais esferas,
dentro de seu pequeno sistema.

O Homem Celestial, que também é, em sentido mais amplo, o Pensador ou Conhecedor,


o princípio manásico ou mental, além do princípio búdico ou crístico, manipula força
elétrica por meio de três veículos ou globos principais em matéria átmica, búdica e
manásica e a distribui a milhares de células, que são os seres humanos e os Devas. Fica
bem claro que os princípios manásico e búdico do Homem Celestial provêm dos planos
mental e búdico cósmicos e se manifestam como fogo elétrico nas matérias átmica
(como fogo elétrico/elétrico), búdica (como fogo elétrico/solar) e mental (como fogo
elétrico/por fricção), matérias essas existentes em seus três globos principais, sendo
que alguns globos possuem todas as três matérias, outros só a partir da búdica e
outros só a partir da átmica, dependendo da cadeia em que se encontra o Homem
Celestial ou Logos Planetário. Esses fogos sofrem alteração, ao atuarem nas matérias
astral e física.

501
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Logos Solar, num sentido ainda mais amplo, é a Mente universal compenetrante, o
princípio manásico, além do princípio búdico e da Vontade (atma), que atua em três
esquemas maiores, por meio de sete centros de força e através de milhares de grupos,
que constituem as células de Seu corpo, assim como os seres humanos e os Devas são
as células do corpo de um Homem Celestial.

Os três esquemas maiores são os de Urano (atma), Netuno (budi) e Saturno (manas).
Os princípios atma, budi e manas do Logos Solar provêm dos planos cósmicos átmico,
búdico e manásico. O Fogo Elétrico tríplice, que é emanado da Mônada Solar no plano
monádico cósmico, passa pelas matérias cósmicas átmica, búdica e mental, sofrendo
alterações, para posteriormente se manifestar na matéria do plano adi, o subplano
atômico do físico cósmico e a partir daí, com novas alterações, atinge os planos
inferiores.

O Logos Cósmico em cujo corpo o nosso sistema solar está inserido, atua
semelhantemente por meio de três sistemas maiores (sendo um deles o de Sírius, mas
o nosso não é um deles), utilizando sete sistemas (o nosso é um deles), para distribuir
Sua força e tendo como células de Seu corpo milhares de grupos sétuplos.

Vontade e propósito ordenado

A descrição da origem de Manas pode ser resumida na atividade unifcada e inteligente


da Vontade ou do Propósito de algum grande Ser, que com a Sua Vida qualifca e
mantém todos os entes menores dentro de sua esfera de infuência em atividade
inteligente e coordenada, para a execução do Seu Propósito. Cada um de nós, por
exemplo, é a Entidade pensante e intencionada, que age como princípio manásico e a
mola mestra da ação de todas as unidades menores compreendidas em nossos três
corpos. Cada um de nós faz com que elas executem a nossa vontade. Atuamos e, ao
atuar, obrigamo-las a colaborarem como cremos conveniente. Se pensamos errado,
elas vão agir errado também, daí a importância do correto pensar. O Logos faz o
mesmo em escala muito maior. Esta ideia projeta luz sobre a questão do carma, do livre
arbítrio e da responsabilidade. Manas é, realmente, VONTADE atuando no plano físico.
A verdade disto será compreendida, quando nos dermos conta de que todos os nossos
planos, do físico ao adi, compõem o plano físico cósmico, donde uma Entidade -
inconcebivelmente maior que o nosso Logos Solar - por meio desse Logos, dos Logoi
Planetários, de todos nós, de todos os Devas e toda a matéria sutil incluída em sua
esfera de atividade, está desenvolvendo um Propósito já estabelecido e muito bem
defnido.

502
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Só alguns problemas de verdadeiro interesse apresentar-se-ão em nossa mente, que
servirão para desenvolver o pensamento abstrato e expandir a consciência, pois ainda
são insolúveis e continuarão sendo-o. Alguns poderão ser citados:

1. Quem é a Entidade cósmica, em Cujo Plano nosso Logos Solar desempenha Sua
pequena parte?

2. Qual é a natureza do grande Propósito que desenvolve?

3. Que centro de Seu corpo representa o nosso sistema solar? Para essa pergunta,
sabemos que o nosso sistema solar representa o centro cardíaco no corpo do Logos
Cósmico, só que esse sistema solar não é apenas esse da ciência, mas vai muito mais
além, sendo na realidade esse sistema solar da ciência, com seus planetas orbitando
em torno desse sol visível e que nos aquece, um satélite, que orbita em torno desse
Sol Central, um sistema binário, que mantém o nosso sistema e mais uma estrela em
sua órbita. Nosso Logos Solar é muitíssimo mais grandioso do que imaginam.

4. De que natureza é a encarnação na qual Ele se encontra agora?

5. Quais são os dez sistemas solares - os três maiores e os sete - dos quais nosso
sistema solar é um? Temos de buscar os três maiores entre os sete ou fora deles ?
Os três maiores estão entre os sete, sendo que esses três maiores exercem dupla
função, enquanto os demais quatro só exercem a função de centro. Um dos maiores
é o sistema de Sírius, que também exerce a função de centro frontal do Logos
Cósmico.

6. Qual a cor ou qualidade fundamental desta Entidade Cósmica?

7. Para que possa corresponder com o nosso quarto éter físico, é azul ou violeta a
cor do quarto éter cósmico (o plano búdico)? Porque se considera exotericamente
budi de cor amarela? Sabemos que o nosso corpo etérico é dourado e nele prevalece
matéria do quarto subplano, chamado quarto éter, como o plano búdico é o quarto
éter do plano físico cósmico, a cor exotérica do plano búdico é também amarela. Mas
a cor esotérica ou interna só pode ser azul, pois o plano búdico tem preferência para
expressar o princípio crístico.

503
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
8. Quais os três centros primários no corpo do nosso Logos Solar e quais os
secundários ? Os três principais são: Urano, Netuno e Saturno e os secundários são:
Vulcano, Mercúrio, Vênus e Júpiter. Os esquemas não sagrados, embora não sejam
centros, exercem funções importantes no corpo do Logos Solar.

9. Qual o carma dos diferentes esquemas?

10. Qual o carma desequilibrador do Logos Solar, que afeta os dez esquemas do Seu
sistema? Apenas sabemos que Ele está batalhando para sair da polarização astral
cósmica e ingressar na mental cósmica.
Todas estas perguntas e muitas mais surgirão na mente do estudante interessado,
porém elas apenas poderão ser formuladas e nada mais, embora na quinta ronda, a
próxima, os homens (os que conseguirem chegar até lá) entenderão a natureza cármica
do Logos da nossa cadeia. As palavras, como o Mestre tem dito inúmeras vezes, cegam
e confundem. Todavia, o fato de se fazer a indagação signifca que quem a faz já está
em vias de entender o modo de vida dessas Excelsas Entidades cósmicas. Por exemplo,
quando sabemos que o nosso Logos Planetário cometeu um "erro" na cadeia lunar, a
anterior à nossa, erro esse que o obrigou a encerrar a cadeia antes da época prevista,
podemos fazer muitas deduções dos fatos que estão ocorrendo na atual cadeia,
inclusive sobre a catástrofe do oceano Índico, que se manifestou pelas águas, que
simbolizam a matéria astral. O erro do nosso Logos Planetário foi de natureza
emocional ou astral.

Resumindo, a qualidade manásica será compreendida, até certo ponto, se o estudante


a enfocar como vontade inteligente, propósito ativo ou ideia fxa de alguma Entidade,
que produz a existência, utiliza a forma e desenvolve os efeitos das causas, por meio
da discriminação da matéria, separando-a e construindo-a em uma forma e impelindo
todos os entes dentro de sua esfera de infuência a cumprirem este propósito
estabelecido. Com respeito à matéria dos seus corpos, o homem é a fonte que origina a
mente e o impulso manásico latente nos mesmos. O mesmo acontece com o Homem
Celestial em Sua esfera maior de infuência e também com o Logos Solar. Cada um
discriminou e diferenciou a matéria, formando seu "círculo não se passa"; cada um
tinha um propósito determinado para cada encarnação; cada um continua ativamente e
trabalha inteligentemente para fns determinados e cada um é o originador de manas
em seu esquema; cada um é o fogo que anima a inteligência do seu sistema; cada um,
por meio do princípio manásico, individualiza-se e expande gradualmente esta

504
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
autorealização, até que inclua o "círculo não se passa" dessa Entidade, da qual lhe
chega o quinto princípio, o manásico; cada um alcança a Iniciação e, com o tempo,
escapa da forma. Concluindo, tudo é Vontade em ação, segundo um planejamento
inteligente, objetivando aproveitar ao máximo as oportunidades, para atingir a meta
estabelecida e realizar completamente o propósito frmado. Com o avançar da
expansão da consciência, o que só pode ser conseguido pela mente, ocorre uma
aceleração da evolução. Por isso o homem que se deixa conduzir pela emoção e não
pela mente, fca totalmente entregue ao carma e sua evolução é muito lenta. É a fase
em que ele é regido pelos astros, na qual está a grande maioria da humanidade. Mas
quando ele se polariza na mente, passa à situação de regente dos astros e deles tira o
melhor partido, sabendo o que quer e para onde vai. Portanto, depois de tanta
argumentação do Mestre Tibetano, argumentação perfeitamente lógica, os que ainda
estão dominados pelos desejos, enfoquem-se na mente e libertem-se dos grilhões dos
desejos e das emoções. Com o tempo, caso tenham tenacidade, descobrirão um mundo
de muito maior intensidade de vida e de muito maior liberdade, muitíssimo diferente
daquela miragem e dependência das sensações e das emoções descontroladas e
escravizantes. Quando conseguirem escapar do "círculo não se passa" planetário,
compreenderão por experiência pessoal o que é liberdade no verdadeiro sentido da
palavra e aí perceberão uma liberdade ainda maior, a ser alcançada quando
conseguirem escapar do "círculo não se passa" solar, o que ocorrerá quando seguirem
um dos quatro caminhos, a ser escolhido na sexta Iniciação Planetária, a quarta solar.
Embora sejam sete os caminhos a serem escolhidos, o primeiro leva ao sexto, o
segundo leva ao sétimo e o terceiro leva ao quinto, restando quatro, que dão ao feliz
Iniciado a liberdade de transitar pelo corpo do Logos Cósmico, com plena e total
consciência do ambiente, continuando a expansão de consciência em níveis
inconcebíveis para o homem comum.

No próximo estudo trataremos de Manas Humano.

Estudo 130

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Páginas
304, 305, 306 e 307)

505
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iremos estudar agora em particular o homem e seu princípio manásico, seu
desenvolvimento na quarta Hierarquia Criadora, as Mônadas humanas, na atual quarta
cadeia do nosso esquema.

Temos visto que manas, para todos os fns, é a vontade ativa de uma Entidade, que se
desenvolve e evolui por meio de todas as vidas menores contidas dentro de seu
"círculo não se passa" ou esfera de infuência da Existência imanente. Portanto, no que
concerne ao homem desta cadeia, só expressa o propósito e a vontade ativa do Logos
Planetário, de cujo corpo é uma célula ou vida menor.

Em consequência, apresentam-se à nossa consideração certos enigmas relacionados


com os ciclos de vida do Homem Celestial do nosso esquema e especialmente com a
Sua encarnação particular, o chamado ciclo de manifestação no globo físico denso, a
Terra. Utiliza o corpo planetário, assim como o homem emprega como veste o corpo
físico. Por meio desta forma objetiva desenvolve Seus propósitos no plano físico e por
meio da mente alcança certas metas. Incidentalmente as células do Seu corpo
adaptam-se à mente que atua sobre elas, da mesma maneira que no homem o princípio
inteligente da encarnação no plano físico faz com que os átomos do seu corpo
adaptem-se ao seu propósito e estimula cada vez mais as espirilas de tais átomos,
aplicando sobre eles a força da sua mente. O propósito que a Mônada defniu para uma
determinada encarnação tem de estar bem claro e nítido no cérebro físico e deve ser
seguido felmente. É óbvio que esta clareza no cérebro físico depende do grau de
desenvolvimento da Alma ou Ego e da personalidade utilizadas pela Mônada. Não
havendo um bom desenvolvimento ou alinhamento entre esses dois veículos especiais
da Mõnada, o propósito da Mônada chegará distorcido ao cérebro físico, quando
chegar alguma coisa. Daí a suprema importância do conhecimento de todo esse
mecanismo e da meta que a Mônada tem de alcançar. De posse desses conhecimentos
o processo para o alcance da meta torna-se claro e, pela aplicação constante e frme,
avança-se na direção certa, sem desvios, o que requer forte vontade e total
autodomínio.

Aqui apresenta-se a oportunidade de aclarar algo que frequentemente se perde de


vista na nebulosidade geral que cerca este tema. Os entes humanos e dévicos que se
encontram no arco ascendente, são as células do corpo do Homem Celestial, que
formam os centros e não o resto da substância vital celular de Seus veículos. O homem
tem um corpo de matéria aplicável a diversos usos, sem embargo constitui uma
unidade. Nessa matéria há zonas de maior importância que outras, desde o ponto de
vista da força energizante. Tais zonas podem ser consideradas e comparadas entre si

506
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
neste sentido, de acordo com a sua força, por exemplo, o coração com a panturrilha
(vulgarmente chamada batata da perna). O homem utiliza ambas, porém o coração é de
maior importância. O mesmo ocorre com o Homem Celestial: Ele tem em seu corpo de
expressão órgãos e regiões de maior importância que outros. As grandes Hierarquias,
dévica e humana, constituem centros de força no corpo do Logos Planetário. As outras
evoluções que estão no arco involutivo ou descendente, existentes no esquema e o
resto da substância ativa dos globos e tudo o que eles contêm, formam o conteúdo do
resto do Seu corpo. Embora a humanidade exerça funções nos centros ou chacras do
Logos Planetário, o nível dessa atividade não é o mesmo para todos. Os mais evoluídos
trabalham em centros mais importantes. Se considerarmos que os centros físicos do
Logos Planetário estão no quarto éter cósmico e acima e que esse quarto éter é o
plano búdico, concluímos facilmente que só os Iniciados que já têm plenamente ativos
seus corpos búdicos e superiores trabalham efetivamente nos centros do Logos
Planetário. Por conseguinte a contribuição atual da maioria da humanidade para com o
Logos Planetário é muito pequena e rudimentar.

O homem e o Logos Planetário

Nada temos que fazer com a evolução dévica. Procuro somente concentrar a atenção
sobre o homem, a medida que atua na Terra. Para que se torne mais clara a ideia de
manas e de sua relação com o ser humano, é necessário assinalar certas coisas,
relacionadas com o Homem Celestial, que devem estar sempre presentes na mente:

Primeiro, cada Homem Celestial ocupa o lugar de um centro no corpo do Logos Solar.
Por conseguinte, o Logos de um esquema personifcará alguma característica que se
destaca. Os dez esquemas constituem os sete e os três sintetizadores - não os sete e
os três inferiores. Os centros inferiores foram vitais no último sistema solar (desde o
ponto de vista esotérico) e não se contam no atual. Foram sintetizados e absorvidos
durante o processo de obscurecimento do Primeiro sistema, o anterior.

Segundo, cada Homem Celestial é, em consequência, a personifcação de um tipo


especial de força elétrica, que fui pelo seu esquema, como a força do homem fui
através de um dos seus centros etéricos do corpo. Cada esquema, assim como cada
centro humano:

a. vibrará a um certo tom;

b. terá sua própria cor;

507
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

c. assemelhar-se-á, visto dos planos superiores, a um imenso loto;

d. possuirá, segundo sua capacidade vibratória, um número determinado de pétalas;

e. estará conectado, em formação geométrica, com outros centros dos Homens


Celestiais, formando os triângulos do sistema e

f. estará caracterizado por diferentes etapas de atividade, de acordo com a Iniciação


que o Logos procura obter. Assim, em um dado período, um centro ou um Homem
Celestial, será objeto da atenção e do estímulo especial do Logos Solar e, em outro
período, um esquema totalmente distinto poderá ser objeto de vitalização. Já faz
tempo que o Logos Solar tem dirigido Sua atenção ao Esquema da Terra e ao de
Saturno, enquanto que o de Urano recebe estímulo. Desta forma algumas tendências
são acentuadas e, como consequência desta atenção divina (do Logos Solar), cresce
o desenvolvimento dentro do processo evolutivo.
Se estes fatos são levados em conta, observar-se-á que a interação e a complexidade
são de grandes proporções e o homem somente pode aceitá-las, deixando a explicação
para quando sua consciência tenha maior alcance. Todavia podemos usar a capacidade
discriminadora de manas para buscar a lógica desses ensinamentos do Mestre
Tibetano. Primeiramente vejamos as implicações do enfoque (já há um certo tempo) do
Logos Solar no nosso esquema e no de Saturno. Saturno, como sabemos, exerce a
função de centro laríngeo do Logos Solar, que expressa manas, o que signifca que o
Logos Solar está procurando desenvolver intensamente sua capacidade mental
criadora. Como o nosso esquema está ligado ao de Saturno, podemos concluir que o
nosso Logos Planetário está também buscando desenvolver sua capacidade mental
criadora. De fato a individualização na raça lemuriana comprova isto. O grande avanço
científco que se observa atualmente na Terra também comprova isto. A atenção
recente do Logos Solar no esquema de Urano (sétimo raio e sintetizador) trouxe para o
esquema da Terra um estímulo da química, com a descoberta da radioatividade (pelo
casal Marie e Pièrre Curie) e a chegada da era de Aquário (sétimo raio), cuja palavra
chave é desapego, que tem como corolário liberdade. Há mais interações, mas
analisando as triangulações que o Mestre vai apresentando, poderemos fazer ilações
altamente valiosas, úteis e práticas, no sentido de acelerar a evolução daqueles que
tiverem olhos de ver e disposição para agir e fazer. Talvez a atenção do Logos Solar no
esquema da Terra tenha sido motivada pelo que aconteceu na cadeia lunar, o chamado

508
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fracasso da cadeia, compensando com essa atenção o tempo perdido. Portanto, há
muita lógica nesses ensinamentos do Mestre Djwal Khul e, em face disso, devemos
aceitá-los, mas não podemos fcar parados, temos de usar a mente intensamente para,
por meio dos conhecimentos disponíveis, estabelecer a rede de interações e captar os
efeitos dessas interações, à semelhança do que é feito em Estatística, quando se
estuda rede neural.

Terceiro, um dos mistérios revelados na Iniciação é o do centro logoico que nosso


esquema representa e o tipo de fogo elétrico que fui através dele. Os "Sete Irmãos" ou
os sete tipos de força fohática, expressam-se por meio dos sete centros e Aquele que
anima o nosso esquema é revelado na terceira Iniciação. O nosso esquema não é
sagrado, mas está em vias de se tornar, devendo passar a exercer ativamente as
funções do centro alta maior (um centro da cabeça). Ora o centro alta maior tem
ligação com o centro laríngeo e o nosso esquema tem ligação com o de Saturno, que é
o centro laríngeo do Logos Solar.

Graças ao conhecimento da natureza e qualidade da força elétrica do nosso centro e à


compreensão do lugar que nosso centro ocupa no corpo logoico, a Hierarquia alcança
os objetivos da evolução, porque trabalha com as energias e os fogos apropriados. É
lógico que os fogos que agem nos esquemas serão diferentes, sendo qualifcados pelas
qualidades de seus respectivos Logoi Planetários. Evidencia-se que o Homem Celestial,
que representa o centro kundalínico, ou seja, o centro básico, por exemplo, trabalhará
de forma diferente e terá um propósito e um método distintos dos de Seu Irmão que
representa o centro cardíaco no corpo logoico ou dos do Homem Celestial que
personifca o plexo solar (centro umbilical) logoico. Em outras palavras, o Logos do
esquema de Mercúrio (centro básico) trabalha diferentemente do Logos do esquema
de Júpiter (centro cardíaco) e do Logos de Netuno (centro umbilical). Deduz-se disto
que:

a. o tipo de força elétrica,

b. a ação vibratória,

c. o propósito,

d. o desenvolvimento evolutivo e

509
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e. a dupla e triangular interação (dupla porque são dois esquemas trocando energias
entre si e triangular porque sempre há um terceiro esquema coordenando essa
relação dupla)
dos Homens Celestiais diferirão, assim como também as evoluções que formam as
células de Seus corpos. Pouco tem sido revelado a respeito dos tipos de evolução que
existem em outros esquemas do nosso sistema. Basta dizer que em algum globo de
cada esquema e em todos os esquemas existem seres humanos ou entes
autoconscientes. As condições de vida, o meio ambiente e a forma serão distintas,
porém a Hierarquia humana atua em todos os esquemas. É por isso que aqueles seres
humanos que estão evoluindo mais depressa que a média da humanidade podem
passar períodos em esquemas mais adiantados que o da Terra, aproveitando
condições para desenvolverem qualidades e capacidades, impossíveis de serem
desenvolvidas na Terra, pela falta total dessas condições. Temos conhecimento de
homens, como Platão e Confúcio, que em sua época já eram homens da quinta ronda.
Todos esses ensinamentos devem nos estimular para acelerarmos a nossa evolução,
para mais rápida liberação e a prestação de melhor serviço, não só para a humanidade,
mas, principalmente, para o nosso Logos Planetário. Não devemos esquecer nunca que
a evolução é a execução de um processo inteligente, ou seja, um Propósito muito bem
defnido, sendo realizado através de um plano de alta inteligência pelo uso consciente
da Vontade.

Apresentamos a seguir um gráfco que demonstra o conceito de tempo com base na


teoria dos intervalos contínuos da matemática:

O número UM representa o UNO ABSOLUTO INFINITO, o eterno AGORA, para o qual


não existe o tempo. Sabemos pela matemática que podemos dividir o número UM em
um intervalo contínuo que vai do zero (0,0) até o 1,0 , com dez subintervalos: (0,0 ,
0,1) , (0,1 , 0,2) , (0,2 , 0,3) , (0,3 , 0,4) , (0,4 , 0,5) , (0,5 , 0,6) , (0,6 , 0,7) , (0,7 0,8) ,

510
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(0,8 , 0,9) , (0,9 1,0). Cada subintervalo representa um período de tempo para as
consciências menores que estão dentro do UNO ABSOLUTO INFINITO, sendo que elas
terão a sensação de que as experiências vividas ocorreram em dez períodos, em
sucessão e não foram instantâneas.

Se tomarmos o intervalo (0,4 , 0,5) e o dividirmos em dez subintervalos de (0,40 , 0,41)


até (0,49 , 0,50), teremos dez períodos menores que os anteriores, mas que pela
diminuição da intensidade de vida darão às consciências menores que estão dentro da
consciência maior anterior a sensação de um tempo de maior duração.

Se novamente tomarmos o intervalo (0,44 , 0,45) e o dividirmos em dez subintervalos


de (0,440 , 0,441) até (0,449 , 0,450), teremos dez períodos menores que os
anteriores, mas que pela diminuição da intensidade de vida darão às consciências
menores que estão dentro da consciência maior anterior a sensação de um tempo de
maior duração.

Portanto o conceito e a sensação de tempo estão ligados à amplitude da consciência.


Quanto mais ampla e mais abrangente a consciência, maior será a intensidade de vida
e, pela maior capacidade de viver experiências simultaneamente, o tempo tenderá a
UM, ou seja, o ETERNO AGORA. Nesta visão matemática do tempo, temos dois
conceitos do número UM: o conceito numérico e o conceito de estado de ser ou de
consciência.

Estudo 131

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano
(Continuação) (Páginas 307 e 308)

Continuemos nosso estudo da origem de Manas humano. Da mesma forma que os sete
Homens Celestiais estão no corpo do Logos Solar e simultaneamente estão sob a
infuência dos seis Logoi Solares, que juntamente com o nosso constituem os sete
centros do Logos Cósmico (a palavra infuência no sentido astrológico), igualmente em
um esquema planetário com seus sete globos, cada globo está, astrologicamente, sob a
infuência dos sete Homens Celestiais. Um esquema não é mais que a réplica de um
sistema solar, em menor escala. Cada Homem Celestial emite sua radiação ou infuência
e estimula igualmente outro centro ou globo. Em outras palavras, Seu magnetismo é

511
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sentido por seus Irmãos, em grau maior ou menor, segundo a tarefa empreendida em
determinado período. Atualmente, nos Logoi Planetários que são centros de diferentes
graus de estimulação e não estão desenvolvidos equilibradamente nem psiquicamente
unifcados, esta interação magnética é muito pouco compreendida e a afuência
psíquica de um esquema para outro também é muito pouco utilizada e entendida. A
medida que passe o tempo, esta interação de forças far-se-á mais evidente e será
utilizada conscientemente. Quando os homens conhecerem, por exemplo:

• a qualidade da força que fui pelo seu esquema particular;

• o propósito e o nome do centro dentro do qual se encontram;

• o centro ou Homem Celestial com quem o Logos de seu esquema está vinculado;

• quais são os dois esquemas, que com o próprio formam um triângulo de força
logoica em determinada etapa de desenvolvimento evolutivo;

• o segredo dos ciclos ou os períodos de estímulo ou obscurecimento, então o corpo


logoico solar estará em vias de atingir seu propósito, o Logos Solar começará a
mesclar, fundir e coordenar todos os Seus veículos, fuirá a força por todos os
centros, sem entorpecimentos, a glória resplandecerá e cada célula de todo corpo:
logoico, planetário, dévico e humano, brilhará com esplendor perfeito, vibrará com
ajustada exatidão e receberá uma Iniciação Cósmica Maior.
Analisemos estas últimas palavras do Mestre Djwal Khul. Ele diz textualmente "quando
os homens conhecerem, ..... e receberá uma Iniciação Cósmica Maior.", referindo-se ao
Logos Solar. Conclui-se portanto que a palavra "homens" quer dizer todas as
humanidades evoluindo no Sistema Solar. Com referência ao nosso esquema, da Terra,
já temos algumas noções de alguns requisitos expostos pelo Mestre. A força que fui
pela Terra é de caráter manásico, com uma certa predominância do quinto raio, mente
concreta, todavia alguns homens já conseguiram unifcar as duas mentes: concreta e
abstrata, a concreta sob o domínio da abstrata e já estão desenvolvendo a capacidade
do corpo búdico. O centro que o nosso esquema representa é o alta maior, um centro
da cabeça. O nosso Logos Planetário está vinculado com os Logoi de Saturno e de
Vênus, no atual período. Há também uma forte vinculação com o Logos de Júpiter, que
é o centro cardíaco do Logos Solar. Esses homens que já têm esse conhecimento e
entendem claramente o signifcado das energias fuentes e o resultado de suas
interações, estão em fase mais adiantada, uma vez que sabem e podem utilizar essas
energias conscientemente, em si mesmos e no trabalho a ser realizado. Não estamos

512
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nos referindo aos Iniciados que já passaram da quarta Iniciação, pois, esses, é claro, já
conhecem todos os requisitos, mas referimo-nos aos Iniciados menores, que ainda
batalham pela libertação, a quarta Iniciação.

O Logos do esquema terrestre

O Logos do nosso esquema pode ser considerado de diversas maneiras. Conforme o


costume do Mestre, Ele classifcará simplesmente as afrmações feitas com respeito ao
Mesmo e, ao serem consideradas e estudadas extensamente pelo estudante individual,
deverão servir para que a REALIDADE da Personalidade essencial dessa grande
Entidade, o trabalho que trata de executar, as relações que tem e a Hierarquia humana,
sejam uma realidade maior. Ao estudar este tema, devemos ter presente que não é
possível revelar ao público detalhes referentes à Sua Identidade específca, a Seu
número e ao alcance de Seu desenvolvimento consciente. Tais mistérios, como já se
indicou, são reservados para serem revelados àqueles que se comprometeram a
guardar silêncio. Porém é possível transmitir uma ideia geral, antes de tratarmos
especifcamente da cadeia e da ronda atuais.

Aqui caberia perguntar: que utilidade e fnalidade tem esta informação nesta hora de
necessidade mundial? Aparte de que a transmissão cíclica da verdade é feita sob uma
lei e não pode ser negada, sugere-se que, quando um grande número de homens
conceba o propósito das manifestações específcas, quando compreenda que todas as
formas são modos de expressão de certas Entidades ou Seres, que as ocupam durante
ciclos de duração determinada, com o objetivo de obter o propósito de que cada vida,
grande ou pequena, sirva a seus próprios fns e, por sua vez, contribua para os fns
mais amplos do Ser de Cujo corpo é parte integrante, ter-se-á conseguido muito. Os
detalhes não podem ser revelados. É possível sugerir o delineamento geral, solar,
planetário e hierárquico e, graças a esta sugestão, por em ordem os pensamentos dos
homens ao contemplar o aparente caos atual. Não esqueçamos que, quando a ordem é
estabelecida e consegue-se também um pensamento unido no plano mental, então se
manifesta oportunamente a ordem no plano físico. Entendemos estas últimas palavras
do Mestre como signifcando que, quando o conhecimento é adquirido, perfeitamente
compreendido e assimilado, no que se refere à parte do plano divino que cabe à
humanidade realizar, a aplicação deste conhecimento estabelece a ordem no mundo
físico. Portanto, esforçar-se intensamente para entender a mente do nosso Logos
Planetário, no que estiver ao alcance de cada um, é um dever de todos. Mestre Djwal
Khul dá muitas informações sobre o nosso Logos no livro que estamos estudando e
analisando. As informações referentes a nós mesmos, por exemplo, o Loto Egoico, são

513
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de suma importância, uma vez que, se a mente do nosso Logos refete-se em todos nós
e Ele está fortemente interessado em desenvolver Sua mente cósmica, o
autoconhecimento está coerente com o interesse do Logos. O assunto Loto Egoico será
explicado mais tarde, na sequência do livro.

Uma coisa é bem clara. Somente quando a compreensão do mundo fenomênico,


exterior e interior, é clara, nítida, racional e lógica, dentro do que cabe à época, poderá
haver a certeza e convicção totais. Quando só existe a chamada fé cega, sem o mínimo
de mente, sempre haverá vacilação interior. Por isso as religiões dogmáticas e
impositivas, que condenam o uso da mente, estão falhando, apesar de seu número.

Mais a seguir, Mestre Djwal apresenta mais informações sobre o nosso Logos
Planetário. Antes de prosseguirmos, necessário se faz lembrar alguns detalhes
importantes. O nosso esquema não é sagrado, embora em vias de sê-lo, conforme já
dissemos. Representando ele o centro alta maior do Logos Solar, está ligado ao
esquema de Saturno, que representa o centro laríngeo, que expressa manas, como
sintetizador dos quatro raios de atributos de manas. Quando estudamos os níveis de
evolução do homem, em função dos centros, constatamos que no quarto nível, do
homem intelectualizado e parcialmente regido pela Alma, os centros ativos eram:
cardíaco, laríngeo e os quatro centros menores da cabeça, sintetizados no alta maior.
Fazendo uso da Lei de Analogia, podemos deduzir que o nosso Logos Planetário está
nessa fase, em espiral cósmica. Resta tentar descobrir quais são esses quatro centros
menores da cabeça do nosso Logos, para chegarmos a conclusões práticas e a um
melhor e mais claro entendimento do que está ocorrendo no planeta. Para tal, temos de
meditar muito, refetir muito e cruzar muitas informações, sem descurar nunca o
autoaprimoramento contínuo com os conhecimentos de que já dispomos.

Estudo 132

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano
(Continuação) (Páginas 308, 309 e 310)

Continuando nosso estudo de Manas Humano, estudaremos Manas na linha do nosso


Logos Planetário. Mestre Tibetano diz que o Logos do nosso esquema é um dos quatro
Logoi ou Senhores de Raios Menores e consequentemente ocupa-se em desenvolver

514
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
especialmente um dos atributos de Manas. Ora sabemos que o nosso esquema não é
sagrado, estando em vias de sê-lo e é o centro alta maior do Logos Solar. Portanto está
ligado ao centro laríngeo do Logos Solar, que é o esquema de Saturno. Como o centro
alta maior é um centro da cabeça, obviamente expressa um atributo de Manas. Em
consequência podemos concluir que o Mestre quis dizer que o nosso Logos Planetário,
por estar desenvolvendo um atributo de Manas, faz parte do contexto de atividades,
que tem os quatro Logoi ou Senhores de Raios menores como centro principais, ou
seja, o nosso esquema é um centro não sagrado ligado a um dos quatro.

Cada um dos quatro raios menores, como já sabemos, com o tempo sintetiza-se ou é
absorvido por esse Raio, que na Terra é representado pelo Mahachoan. É o Senhor do
terceiro Raio ou Aspecto maior e sintetiza os quatro menores e seus subsidiários, como
o nosso. Esses quatro Raios com seu Raio sintetizador constituem os cinco raios de
Manas ou Mente. Eles podem ser considerados como:

a. O quíntuplo Aspecto de Brahma.

b. Os cinco Raios de primordial importância no Sistema Solar anterior ao atual e os


cinco Homens Celestiais individualizados, chamados os Filhos nascidos da Mente de
Brahma. Pela individualização dos quatro naquele Sistema, produziu-se a
individualização da grande Entidade Cósmica denominada Brahma. Ao individualizar-
se, manteve os quatro em seu corpo.

c. Estão representados na Terra pelos cinco Kumaras (que vieram do esquema de


Vênus), os quais, em obediência à Lei, assumiram forma humana. Helena Petrovna
Blavatsky indica isso em vários parágrafos da Doutrina Secreta (D.S. II, 158).
Nosso esquema é considerado como o quarto e mais importante do Sistema Solar,
durante este atual ciclo particular, pelas seguintes razões:

Considerados nosso Sistema Solar como de quarta ordem e nosso esquema o quarto,
proporcionam por isso um momento de oportunidade especial ao nosso Logos
Planetário em virtude do alinhamento produzido. Isto resulta em que a atenção do fogo
de kundalini logoico solar dirija-se a este centro, nosso esquema, com os resultados
consequentes no processo de desenvolvimento.

A cadeia terrestre, quarta em ordem dentro do esquema, a que mais nos interessa e
temporariamente é de maior importância para o nosso Logos Planetário, produz assim
outro alinhamento de grande importância. Isto oferece uma oportunidade especial e

515
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
permite o ingresso de força vitalizadora elétrica proveniente de fora do sistema ou do
cosmo mesmo. Este sobre-estímulo resulta nos aparentes cataclismos e na tremenda
destruição de formas, sendo simplesmente a necessária consequência da vitalização da
vida na forma e o quebrantamento da forma limitadora, incapaz de suportar a ação
cósmica.

Assim também o globo, que dentro da cadeia recebe no presente polarização


planetária ou que na atualidade personifca em sentido especial a vida do Logos
Planetário, é a Terra, quarto globo na ordem. Com isto ocorre mais outro alinhamento.

Some-se aos fatos mencionados o conhecimento aceito de que esta é a quarta ronda e
temos um quinto alinhamento, o qual é de suma importância para todos nós. Não
obstante, esse alinhamento teve ainda maior signifcado e força na quarta raça-raiz e
produziu esse estupendo acontecimento psíquico, abrir a porta da Iniciação para a
Hierarquia humana.

Fatos tão importantes merecem a acurada atenção e consideração de todos os


estudantes ocultistas. Eles contêm a chave mediante a qual será possível obter alguma
compreensão com respeito a Manas e à evolução planetária. O que temos, portanto,
neste alinhamento especial cíclico?

1. Um Sistema Solar de quarta ordem.


2. O quarto esquema do Sistema.
3. A quarta cadeia do esquema.
4. O quarto globo da cadeia.
5. A quarta ronda.
Todos eles estão ativos num mesmo ciclo e consequentemente, trazem um alinhamento
simultâneo, cujo resultado será abrir um canal direto desde o coração do nosso
esquema, através de cada "círculo não se passa", até à analogia cósmica, que se
encontra fora da esfera solar. Procuremos descobrir qual é essa analogia cósmica fora
da esfera solar. Poderá ser um alinhamento com o quarto Sistema Solar, entre os sete
que formam os centros do Logos Cósmico. Se este quarto Sistema for Sírius, então a
nossa conexão com Ele será muito estimuladora, o que signifca muitas oportunidades
iniciáticas, uma vez que a Loja Azul, que orienta a Loja Branca (a Hierarquia Planetária
da Terra), está em Sírius. Uma outra oportunidade também possível neste caso é para
o quarto caminho, o caminho de Sírius, que, juntamente com mais seis, apresentam-se
ao Iniciado na sexta Iniciação, da Decisão.

516
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A quarta Hierarquia Criadora é, essencialmente, a Hierarquia de Manas. Isto não é um
jogo de palavras, mas uma afrmação de profundo signifcado oculto. Afrmou-se com
toda veracidade, que cinco das doze Hierarquias desapareceram e restam sete. Destas
sete, nossa Hierarquia humana é a quarta, o que faz com que ela seja a nona dentro
das doze. Convém fazer uma conexão entre o desaparecimento das cinco Hierarquias
Criadoras e o fato de que os cinco Kumaras ou Homens Celestiais, que defnidamente
personifcam o princípio manásico (ou os cinco raios presididos pela analogia do
Mahachoan na Terra), desenvolveram Manas no sistema anterior, desaparecendo na
onda de infuência manásica concernente à sua própria natureza. Isto signifca que as
cinco Hierarquias Criadoras já fzeram o que tinham de fazer no atual plano físico
cósmico, em Sua tarefa de recapitulação, em virtude de sua experiência no Sistema
anterior, o de Manas e agora estão trabalhando no plano astral cósmico.

Há que recordar também que nove é o número da Iniciação ou das Iniciações maiores
de Manas, donde o homem chega a ser um Nove perfeito ou o número de sua
Hierarquia Criadora.

Isto ocorre dentro do ponto de vista dos três Sistemas (são três Sistemas maiores),
embora o quatro poderia ser seu número atual no Sistema, quando não contamos as
cinco Hierarquias Criadoras que já saíram do plano físico cósmico e trabalham
atualmente no plano astral cósmico.

Pelos fatos acima expostos, não podemos ter nenhuma dúvida com referência à
oportunidade única que nós, humanidade do quarto esquema e da Terra, estamos
tendo no atual período, no sentido de acelerarmos a nossa evolução e mais
rapidamente nos livrarmos das limitações dos três mundos inferiores. As energias
entrantes estão aí disponíveis, bastando o esforço manásico para identifcar suas
naturezas (o que pode ser conseguido pelos ensinamentos que o Mestre Djwal Khul
colocou à nossa disposição), juntamente com o esforço de autoaplicação dessas
identifcações (conhecimento que concerne ao aprimoramento próprio e não é
aplicado, torna-se inútil). Aqueles que conseguem enxergar mais distante, além dos
véus de maia e da miragem, têm o dever de divulgar os conhecimentos adquiridos,
para que todos possam deles se benefciarem, com as devidas limitações, é claro, uma
vez que o Discípulo presta juramento para não divulgar determinados conhecimentos,
que seriam perigosos nas mãos de inescrupulosos e não preparados. Cabe aqui
lembrar a parábola do Mestre Jesus, quando na Palestina ensinava que a lamparina
deve fcar em local bem visível, para que possa iluminar a todos. Uma outra parábola
do Mestre Jesus, muito importante, é a dos talentos, que, em resumo, quer dizer que

517
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
devemos sempre avançar, ampliar e desenvolver cada vez mais nossas capacidades,
não apenas para benefício próprio, mas de todos.

Estudo 133

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano
(Continuação) (Páginas 310, 311, 312 e 313)

Continuemos nosso estudo de Manas humano, ainda dentro da ótica do nosso Logos
Planetário, em cuja consciência nos encontramos.

Há que se recordar também que nove é o número da Iniciação ou das Iniciações


maiores de Manas, por onde o homem chega a ser um Nove perfeito, ou seja, entre as
doze Hierarquias criadoras, a nossa, de Mônadas humanas, é a nona. Isto ocorre desde
o ponto de vista dos três sistemas solares, embora o quatro poderia ser seu número
atual no sistema. Expliquemos melhor estas últimas palavras do Mestre Tibetano.
Quando consideramos o sistema solar anterior ao atual (na realidade ele foi síntese dos
quatro sistemas mais anteriores, relacionados com os quatro atributos de Manas
individualmente), o atual e o próximo, temos os três sistemas.

Se deixarmos de lado as cinco Hierarquias criadoras, das quais quatro estão


trabalhando no plano astral cósmico e uma está em vias de liberação e considerarmos
apenas as sete (da sexta à décima segunda), que estão trabalhando atualmente no
plano físico cósmico, então, por sermos a quarta, seu número é o quatro.

Ao tratarmos dos vários fatos e qualidades referentes ao nosso esquema e seu


Regente, vimos que este Seu ciclo particular ou Sua encarnação, é de grande
importância não só para Ele, como também para todo o sistema solar. O nosso Logos
Planetário ocupa-se particularmente de um grupo particular de Mônadas que vibram
de acordo com a Sua nota, estão coloridas por Sua mesma cor, respondem ao mesmo
número e são conhecidas esotericamente por Seu mesmo nome. É importante realçar
aqui um ponto: todas as Mônadas, em distintos períodos, são infuenciadas pelos
diferentes Logoi Planetários e, em determinados momentos, todas passarão por cada
esquema. Isto não signifca que todos os seres humanos passem um período de
encarnação em cada esquema, mas que em algum globo de cada esquema haverá
entes humanos, seja antes de encarnar fsicamente, entre distintos ciclos egoicos e

518
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(coisa totalmente distinta dos períodos existentes entre as vidas físicas) diferentes
rondas ou manvantaras, seja entre diversas raças-raiz ou sub-raças. Conforme se
relata em vários livros ocultistas, a maioria da atual humanidade avançada se
individualizou na cadeia lunar e somente adquiriu corpo físico na cadeia terrestre
durante a quarta raça-raiz, a atlante, escapando assim da encarnação durante as três
primeiras rondas e as duas primeiras raças-raiz da quarta ronda. Enquanto isso
fcaram sob a infuência planetária de um Logos de outro esquema e durante um
imenso período ocuparam-se em vivifcar a chama manásica e desenvolver os atributos
de Manas. A raça-raiz atlante encontrou-os devidamente equipados para fazer frente
às condições de vida.

Esta participação na vida e na infuência dos diferentes esquemas é feita de quatro


maneiras distintas:

Primeiro, passando o intervalo intermediário entre ciclos egoicos de encarnação física


em um determinado globo do seu esquema, que numericamente coincide com o outro
esquema particular, cuja infuência se deseja, seja por decisão deliberada, seja por
necessidade cármica. Cada globo de uma cadeia está ocultamente vinculado com a
cadeia de seu mesmo número e com o esquema de número idêntico. Por exemplo:
globo 2, cadeia 2 e esquema 2, durante a ronda 2, estão vinculados e vitalizados
especialmente e são o ponto focal da atenção peculiar por parte do Logos deste
esquema. Semelhantemente (também como ilustração) o globo 2, a cadeia 2, durante a
ronda 2 de qualquer esquema, tal como o quinto, por exemplo, estão alinhados ou
conectados esotericamente com o segundo esquema. Isto oferece a oportunidade aos
entes do corpo do Logos de se colocarem sob a infuência de outros Logoi e dentro de
Sua radiação vibratória.

Segundo, mediante a transferência direta para algum globo de outro esquema dos
entes encarnados de qualquer esquema, no qual estarão submetidos (durante um
intervalo) ao estímulo e à vibração particulares desse esquema. Esta transferência
pode parecer misteriosamente impossível, a menos que o estudante procure dar-se
conta de que se trata da transferência das vidas individualizadas e não das formas ou
dos corpos que elas ocupam. Toda a questão é de Almas e se fundamenta na unidade
da Anima Mundi (Alma do Mundo). Isto só é possível durante esses períodos em que
dois Homens Celestiais unem-se sob a Lei de Atração, entrando assim cada um no
campo magnético do outro.

Terceiro, quando o Iniciado passa conscientemente a Iniciação, de um esquema para

519
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
outro. Isto acontece frequentemente. Diversos escritores e pensadores insinuaram
isso, embora alguns tenham confundido os globos de sua própria cadeia com o
esquema do mesmo número ou tenham confundido outra cadeia do esquema por outro
esquema.

Quarto, aplicando o método de transferir a consciência e colocar os entes sob o poder


focal de um Senhor de Raio, o que se consegue mediante o conhecimento de certos
mantrans e fórmulas. Não é possível passar informações sobre estes mantrans, porque
são esotéricos e seu emprego implica em muitos perigos para quem não é Iniciado.

A encarnação na Terra do nosso Logos Planetário é chamada "Primeiro Kumara", o


Único Iniciador e afrma-se que veio de Vênus a este planeta. Vênus é o "primário" da
Terra. É necessário dar alguma explicação sobre este assunto, embora só seja
permitido fazer muito poucas insinuações acerca da verdade. Este tema encerra o
maior mistério a respeito do desenvolvimento do nosso esquema e oculta o enigma
deste ciclo mundial. Não é fácil expressar a verdade, porque as palavras ocultam e
velam.

Talvez se possa dar um indício, se dissermos que existe uma analogia na entrada em
pleno auge do Ego e o domínio que exerce durante certos períodos na vida do homem.
É dito que aos sete anos e também na adolescência o Ego "se afrma" e aos vinte e um
anos este aferramento é cada vez maior. Analogamente, a medida que passam as vidas,
o Ego (em relação com um ser humano) aferra-se aos seus veículos e sujeita-os a seu
propósito de forma mais efcaz e plena. O mesmo procedimento pode ser observado
em relação ao Homem Celestial e Seu corpo de manifestação, um esquema. Há que
recordar que cada esquema tem sete cadeias, cada cadeia sete globos, totalizando
quarenta e nove globos, sendo cada globo ocupado pela vida do Logos por sete vezes,
denominadas rondas, em cada cadeia, o que totaliza trezentas e quarenta e três
encarnações ou novos impulsos para manifestar-se. Temos de somar a estas
manifestações maiores outras menores, como as raças-raiz, sub-raças e ramifcações
de sub-raça. Assim nos vemos em uma complexidade capaz de confundir o estudante
mediano. A roda planetária da vida faz girar, numa escala menor, a roda da vida do
pequeno peregrino chamado homem. A medida que gira, impele o Logos Planetário
evolucionante a novas formas e experiências, até que o fogo do Espírito (fogo elétrico)
queime todos os fogos menores e os absorva.

Como foi dito anteriormente, cada Homem Celestial está vinculado com um dos Seus
Irmãos, sob a Lei de Atração Mútua, a qual todavia se manifesta de forma muito

520
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
degradada no plano físico, por meio da vida do ente humano aprisionado na forma
física. Psiquicamente, o vínculo é de natureza distinta. Tal vínculo existe entre o Logos
Planetário do esquema de Vênus e o Logos do nosso esquema. Esta interação psíquica
tem seus fuxos e refuxos cíclicos, assim como fui e refui toda a força de vida.

Na época lemuriana houve um período de íntima interação, que produziu, no planeta


físico do esquema do nosso Logos, uma encarnação, o Guia da Hierarquia Planetária, o
Único Iniciador. Isto não teria ocorrido, se o Logos do esquema de Vênus não tivesse
estado em situação de vincular-se intimamente com o nosso.

Temos bastante matéria para refetir e meditar, com suas consequentes conclusões e
ilações de cunho prático, para serem aplicadas e, ao mesmo tempo, adquirirmos muitos
conhecimentos a respeito dessa Excelsa Vida, na qual vivemos, movemo-nos e temos o
nosso ser, o que nos permitirá melhor colaborar com Ela, em proveito nosso.

Estudo 134

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas Humano (Continuação) (Páginas 313,314
e 315)

Continuemos nosso estudo de Manas, analisando a atuação do Logos do esquema de


Vênus sobre o nosso, por ocasião da chegada dos Senhores da Chama no planeta
Terra, provenientes daquele esquema, na individualização da raça lemuriana, na
terceira sub-raça. Como já dissemos, este fato está profundamente ligado ao
relacionamento existente entre o nosso Logos Planetário e o do esquema de Vênus.

Enquanto não for permitido passar informação mais detalhada a respeito destas duas
grandes Entidades, pouco pode ser dito, a não ser enunciar algumas possibilidades e
assinalar certos fatores que os estudiosos deverão recordar. Afrmou-se que, por estar
na quinta ronda, a humanidade do esquema venusiano está mais adiantada do que a
nossa e pode ajudar-nos, como já o fez na época lemuriana. Este é um exemplo de uma
verdade exposta parcialmente e mal interpretada. O esquema de Vênus encontra-se
em sua quinta ronda (segundo é dito na Doutrina Secreta, I, 196 - III, 44 a 47 e IV, 158)
e, praticamente no fnal da quinta cadeia, considerando que as duas últimas rondas de
uma cadeia (sexta e sétima) se desenvolvem com maior rapidez, em especial quando a
humanidade do esquema está bem adiantada. Em certos aspectos a humanidade do

521
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esquema venusiano está muito mais avançada que a nossa, porém o importante
acontecimento ocorrido na raça lemuriana não foi devido a que certos seres humanos
estivessem mais evoluídos, mas às seguintes causas:

Primeiro, o esquema de Vênus, considerado como centro logoico, é muito mais ativo
que o nosso, o que faz com que seu magnetismo irradie-se de forma muito mais ampla.
A sua irradiação é de tal magnitude, que atraiu o nosso esquema para dentro de seu
raio magnético, no plano búdico, matéria predominante no nosso esquema. Assim, o
segundo globo do nosso esquema, que está sob a infuência do segundo esquema, que
é o de Vênus, foi fortemente magnetizado (magnetismo no sentido esotérico e não o
magnetismo da física) e, como os globos de um esquema relacionam-se, ele atuou
sobre a Terra, vitalizando-a, não só na parte densa, mas também nas partes astral,
mental e búdica.

Segundo, como ocorre com o homem, determinados triângulos de força encontram-se


em diferentes etapas de evolução ou (usando outras palavras) diferentes centros
ligam-se geometricamente, como por exemplo:

a. a base da coluna vertebral, o básico,


b. o plexo solar ou umbilical,
c. o cardíaco;
ou então:

a. o plexo solar,
b. o cardíaco,
c. o laríngeo;
da mesma forma, no Homem Celestial ou no Logos Solar ocorre um fato semelhante.
Tal acontecimento teve lugar nesta ronda em conexão com o centro personifcado por
nosso Logos Planetário (centro alta maior) . Este centro vinculou-se geometricamente
com outros dois centros, dos quais Vênus (centro frontal) foi um e o Kundalini logoico -
circulando com enorme força por este adequado triângulo - provocou a intensifcação
da vibração da família humana, tendo como resultado a individualização.
Enumeraremos agora os esquemas, como fundamento do nosso trabalho futuro:

Os sete planetas, centros ou esquemas

1. Vulcano (o Sol, considerado exotericamente).


2. Vênus.

522
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3. Marte.
4. Terra.
5. Mercúrio.
6. Júpiter.
7. Saturno.
Os três planetas sintetizadores

1. Urano.
2. Netuno.
3. Saturno.
O Único Resolvente

• O SOL.

Aqui cabe um esclarecimento. Sabemos que são sete os centros principais ou sagrados
do Logos Solar:

1. Vulcano - o coronário
2. Vênus - o frontal
3. Mercúrio - o básico
4. Júpiter - o cardíaco
5. Saturno - o laríngeo
6. Netuno - o umbilical ou plexo solar
7. Urano - o sacro
Comparando esta última listagem com a anterior, concluímos o seguinte: Marte (não
sagrado) deve estar sob a infuência de Netuno, a Terra (também não sagrado) sob a
infuência de Saturno e Plutão (também não sagrado), que deve estar sob a infuência
de Vulcano. Portando, Saturno, Netuno e Urano exercem duas funções: centros
sagrados e sintetizadores, como já dissemos.

Chamamos a atenção para o fato de ser o Sol o Único Resolvente e ao mesmo tempo o
centro esplênico. Isto coloca o Sol numa situação e no mesmo nível de planeta, no
sentido esotérico. Embora o Sol seja reconhecido pela ciência como uma estrela,
Helena Petrovna Blavatsky relata uma história um pouco diferente sobre o Sol. Nessa
linha de raciocínio, concluímos que o Sol central do nosso sistema não é esse bem
visível e que nos aquece e nutre, como já temos dito, mas a estrela alfa (um sistema
estelar de quatro estrelas) de uma constelação muito próxima de nós e bem visível (de
forma destacada) à noite na atual época do ano, acima do horizonte sul, formando um

523
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
par com a beta.

Devemos advertir que não se deve atribuir importância alguma à ordem consecutiva
em que foram enumerados estes sete esquemas, nem à sequência de seu
desenvolvimento ou importância, nem tão pouco ao lugar que ocupam entre si com
respeito ao planeta central, o Sol (observem que o Mestre Tibetano chama o Sol de
planeta central, corroborando nossa interpretação). Só dois devem ser considerados
como numericamente exatos nesta etapa e nesta ronda. Por exemplo, nossa Terra, o
quarto esquema e Vênus, o segundo. Vênus indistintamente é o segundo esquema e o
sexto, conforme seja contado em forma mística ou ocultista. Inversamente, Júpiter
seria o segundo ou sexto. Analisemos com atenção essas palavras do Mestre Tibetano.
Tomando como base a sequência numérica apresentada pelo Mestre e a ordem da
expressão "forma mística ou ocultista", observamos que Vênus é o segundo na forma
mística, que é a apresentada e Júpiter é o sexto (o Mestre diz textualmente
"inversamente"), também na forma mística. Agora, se passarmos a contar do sétimo
para o primeiro, vemos claramente que Vênus é o sexto e Júpiter é o segundo. Com
base nesse raciocínio, podemos deduzir a sequência ocultista:

1. Saturno
2. Júpiter
3. Mercúrio
4. Terra
5. Marte
6. Vênus
7. Vulcano.
É interessante que a Terra é o quarto, tanto na sequência mística como na ocultista.
Temos de entender o que o Mestre quer dizer com a expressão "forma mística ou
ocultista".

Estudo 135

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano
(Continuação) (Páginas 315 e 316)

Veremos agora a interpretação do que o Mestre Djwal Khul quer dizer com forma

524
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mística e ocultista. Sabemos que o místico segue o caminho da devoção, procurando
desenvolver ao máximo seu corpo astral, alguns em sua parte mais refnada, ou seja, a
matéria astral a partir do subplano terceiro, para cima, alguns conseguindo ativar a
matéria astral atômica em grande intensidade. Todavia eles não cuidam do corpo
mental, evitando usar a mente, embora alguns dediquem um pouco de atenção à
utilização da mente, no sentido de entender o mundo fenomênico, mas essa atenção é
pouca. Já o ocultista se dedica a entender o mundo fenomênico, não se limitando ao
aspecto devocional, cuidando intensamente de desenvolver seu corpo mental. Assim
como o místico pode cometer erros graves, como a história o comprova, pelas
perseguições religiosas, sendo a Inquisição a prova máxima e atualmente os atentados
terroristas, da mesma forma o ocultista desatento, que não desenvolveu nada do lado
devocional e místico, pode cometer erros gravíssimos, até mais graves que os do
místico, uma vez que o ocultista vê o poder e tem acesso a ele, podendo usá-lo só em
benefício próprio, trabalhando contra o Plano Divino. Como esse Plano prevê para a
parte do homem que todos os corpos sejam desenvolvidos e dominados e há uma
programação para isso, sendo a época atual, da quinta raça-raiz, destinada ao
desenvolvimento da manas ou mente, é necessário e importante que todos se
enquadrem nessa programação, por livre e espontânea vontade, sem o que serão
expurgados na próxima ronda, conforme veremos mais adiante.

Uma vez claros esses conceitos de místico e ocultista, levemo-los aos Logoi
Planetários. Esses excelsos Seres evoluem em velocidades diferentes, Todos buscando
a perfeição prevista para Eles, dentro do planejamento do Logos Solar. Assim sendo,
temos Logoi Planetários dando mais ênfase ao lado místico e Outros enfatizando o lado
ocultista, já tendo passado pelo lado devocional, no atual ciclo, pois no futuro
ocorrerão mudanças. Com base nesses conceitos, desenvolvemos as seguintes listas
dos esquemas, relacionados aos raios:

Comportamento místico do Logos, mais devocional que mental, em nível cósmico:

1. Vulcano - primeiro raio


2. Vênus - quinto raio
3. Marte - sob o sexto raio
4. Terra - sob o terceiro raio
5. Mercúrio - quarto raio
6. Júpiter - segundo raio
7. Saturno - terceiro raio

525
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sequência numérica partindo do mais intenso (1) para o menos intenso (7),
devocionalmente.

Comportamento ocultista do Logos, mais mental (mais cientista) que devocional, em


nível cósmico:

1. Saturno - terceiro raio


2. Júpiter - segundo raio
3. Mercúrio - quarto raio
4. Terra - sob o terceiro raio
5. Marte - sob o sexto raio
6. Vênus - quinto raio
7. Vulcano - primeiro raio.
Sequência numérica, partindo do mais intenso (1) para o menos intenso (7),
mentalmente ou cientifcamente. Note-se que a sequência ocultista é o contrário da
mística.

Quando analisamos esses comportamentos à luz dos raios, observa-se uma certa
coerência: os dois mais intensos na forma ocultista, Saturno e Júpiter, estão nos
terceiro e segundo raios; Marte, sob o sexto raio, é mais devocional.

A aparente incoerência observada em Vênus (quinto raio) e Vulcano (primeiro raio), é


explicada pelos seguintes fatos: Vênus já está expressando Budi através de Manas, o
que o coloca na situação devocional; Vulcano (primeiro raio), como coronário, está
expressando mais intensamente no momento a energia das pétalas centrais desse
chacra, ligadas ao cardíaco. Mercúrio (quarto raio) está transmutando Manas em
Intuição (Budi), ocupando uma posição intermediária. Quanto a Júpiter (segundo raio),
não podemos esquecer que o segundo raio é Sabedoria, o que supõe uma mente
científca, embora tendo a experiência devocional, não excessiva, não sendo o amor
interpretado erroneamente pela humanidade (desejo).

Após essas explicações, continuemos nosso estudo. Notemos o seguinte:

a. Os planetas Vênus e Júpiter estão intimamente ligados à Terra e formam,


oportunamente, um triângulo esotérico.

b. Saturno é o esquema que sintetiza os quatro esquemas que personifcam única e


exclusivamente Manas ou é o principal resolvente dos quatro menores e, com o
tempo, dos sete. Expliquemos esse item b.

526
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sob o ponto de vista dos raios (como chacras), sendo Saturno o chacra do terceiro
raio, Ele sintetiza os quatro raios (as energias) de atributo, ou seja, Urano (sétimo raio),
Netuno e Marte (sexto raio), Vênus (quinto raio) e Mercúrio (quarto raio). Mas existe
uma outra função sintetizadora, muito mais ampla que a anterior, dentro das atividades
do sistema solar. É a essa função que o Mestre Djwal Khul se referiu no item b, quando
disse: "e, com o tempo, dos sete.", conforme vimos na listagem do estudo anterior, a
qual repetimos na forma de uma estrela de seis pontas ou dois triângulos sobrepostos:

c- Mercúrio, a estrela (estrela no sentido simbólico) da Intuição ou Manas


transmutado, na atual etapa é considerado o quinto esquema.
Portanto, os Homens Celestiais de Vênus e Júpiter estão vinculados magneticamente
com o Homem Celestial do nosso esquema. A relação com o Logos de Júpiter e Sua
infuência não serão compreendidas nem sentidas até que a sexta ronda esteja em
todo o seu apogeu, todavia durante a sexta raça-raiz do atual período global, ou seja,
aqui na Terra, sua vibração será conhecida e sentida, pelos que conseguirem fcar, não
tão intensamente quanto na sexta ronda. Na metade da quinta ronda, portanto quando
a humanidade estiver novamente na Terra (os que escaparem do expurgo), o Logos de
Mercúrio, o Logos de Vênus e O da Terra formarão um triângulo temporário de força.
Temos aqui uma informação que até agora somente tem sido insinuada, porém, nesta
quinta raça-raiz e nesta quinta sub-raça e nesta quarta ronda, o mundo já está
preparado para recebê-la, pois nela encontra-se a solução do mistério desta ronda.
Analisemos estas palavras do Mestre. Qual a energia que deverá circular nesse
triângulo Vênus-Mercúrio-Terra ? Não é difícil descobrir, uma vez que Vênus já está
expressando Budi através de Manas e Mercúrio é a estrela da Intuição (sinônimo de
Budi, embora ao pé da letra a intuição é um sentido do corpo búdico análogo ao

527
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
paladar do corpo físico) ou Manas transmutado, logo a energia circulante nesse
triângulo será de Budi ou Crística. Ora, para que Budi possa se expressar plenamente,
será necessário que esteja disponível um instrumento bem preparado e esse
instrumento é Manas. Mercúrio e Vênus já aperfeiçoaram Manas e neles Manas está
apassivado, sendo um meio de expressão de Budi, o princípio Crístico. Logo, para que a
humanidade da Terra possa sentir os efeitos dessa energia circulante e aproveitá-la,
ela terá que desenvolver ao máximo Manas (tendo como objetivo Budi, é claro) e
aperfeiçoá-lo. Isto tem de ser feito agora, na Terra, pois envolve o uso do cérebro físico
e o tempo que resta de permanência da humanidade na Terra, segundo os cálculos de
um estudioso, é de mais ou menos quinhentos mil anos. Na metade da próxima ronda,
Manas será apassivado aqui na Terra, para ser apenas veículo de Budi, surgindo um
outro tipo de consciência. Aqueles que tiverem Manas superdesenvolvido, mas sem o
princípio Budi, como também os que tiverem Manas subdesenvolvido, serão
expurgados, uma vez que o ambiente não será condizente para eles. Cremos ser esta a
solução do mistério desta ronda.

Estudo 136

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano
(Continuação) (Páginas 316,317 e 318)

Continuemos nosso estudo sobre a origem de Manas humano, dentro do enfoque do


esquema de Vênus.

Terceiro - É verdade que o grande Kumara, o Único Iniciador, veio ao nosso planeta
desde Vênus, porque expressa o fato de sua chegada a este planeta denso (o quarto)
durante a quarta cadeia, desde essa cadeia de nosso esquema, denominada
"venusiana", que é a segunda. Veio por meio do segundo globo de nossa cadeia. A sua
vibração foi apenas percebida, no sentido esotérico, ou seja, ocultamente, na segunda
ronda. Porém somente na terceira raça-raiz da atual ronda, a quarta, surgiram
condições para que Ele encarnasse fsicamente e viesse como o Avatar. Podemos dizer
que as primeiras três rondas e as duas primeiras raças-raiz da atual ronda
correspondem ao período pré-natal. A sua chegada a esta quarta ronda, com o
consequente despertar de Manas nos entes humanos, tem sua analogia no despertar

528
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do princípio vida no nascituro, no quarto mês da gravidez. A analogia é exata, pois o
Homem Celestial atinge sua plena maturidade no fnal da sétima ronda, porém
necessita do processo fnal de formação e aperfeiçoamento, a ser alcançado durante
os períodos fnais:

a. de sintetização nos três períodos maiores e


b. de resolução no último,
constituindo novamente os nove ciclos que abarcam a gestação de um Homem
Celestial (equivalentes aos nove meses de gravidez do ser humano) e antecedem o Seu
nascimento em mundos ainda mais elevados, ou seja, Ele realiza o propósito da cadeia,
após sete rondas, a fase de três etapas maiores de sintetização gradativa e a fase fnal
de resolução, na qual é consolidado o propósito da cadeia, totalizando nove ciclos.
Após essa cadeia, não sendo a sétima (a última), Ele renasce para iniciar a conquista de
um propósito maior ainda, dentro do plano físico cósmico. Todavia Ele deve conquistar
o plano astral cósmico, posteriormente o mental cósmico e assim prossegue. Então, de
fato, após a conquista de um mundo, Ele nasce novamente em um mundo mais elevado.
O mesmo acontece com o homem. Aí há muito assunto para meditação e refexão,
sendo de grande importância para o estudante investigador. Que fque bem claro que
estamos falando unicamente do Logos do nosso próprio esquema e por isso é
fundamental que os ciclos dos outros Logoi sejam diferenciados cuidadosamente - algo
ainda impossível para nós. A medida que se estude o assunto, com muita refexão, a
maravilha e a beleza do Plano Divino tornar-se-ão manifestas.

Também teremos uma ideia do que será o Avatar fnal, o Logos Planetário, no término
de Seu grande ciclo. Muitas encarnações temporárias antecedem a encarnação
culminante, na qual o Homem Celestial, com toda a beleza consequente de ter
completado Seus sete ciclos e antes de fundir-se com a Sua meta sintetizadora,
manifestar-se-á como personifcação da qualidade ou aspecto logoico aperfeiçoado,
que Ele principalmente representa. Como centro no corpo do Logos Solar, será
vitalizado plenamente e o kundalini logoico terá estimulado e levado à perfeição o Loto
de Seu sistema (o centro). Durante um breve período resplandecerá radiante como o
Sol em Sua glória, logo o fogo kundalínico subirá em espirais progressivas e,
gradualmente, enfocar-se-á no correspondente centro coronário logoico solar, o
triângulo superior ou os três esquemas maiores. Aqui devemos refetir um pouco. O
Mestre já afrmou que o esquema de Vulcano é o centro coronário logoico solar.
Todavia aqui Ele dá uma outra versão para o centro coronário logoico solar. Assim,
podemos deduzir que, no caso do Logos Solar, a culminância dar-se-á com a atividade

529
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
máxima do triângulo formado pelos esquemas de Saturno, Netuno e Urano, os três
maiores, os quais, além das funções específcas de centros (laríngeo, umbilical e sacro,
respectivamente), exercem essa função bem mais elevada, de coroação e ápice, no
propósito do Logos Solar. Esse assunto encerra muitos mistérios, que o homem comum
nem pode perceber, mas o Iniciado da segunda Iniciação já vislumbra e extasia-se ante
tanta beleza, apenas com o vislumbre, partindo decididamente para o esforço de
entender com clareza. É esse o verdadeiro despertar de Budi, na parte Razão Pura,
pois Budi é Amor-Sabedoria-Razão Pura e Razão Pura supõe entender com clareza, o
que exige Manas bem desenvolvido, para poder servir de veículo e ferramenta para
Budi. Pela força de Budi, o Iniciado então enche-se de ânsia (ânsia no bom sentido)
para que todos participem de seu entendimento e sua felicidade, querendo que todos
participem da sua conquista. Mas ele sabe que infelizmente isso não é possível para
todos no momento. Mas mesmo assim, ele procura divulgar o máximo possível.

Aqui cabe um singelo esclarecimento sobre Budi. Muitos pensam que Budi é apenas
compaixão. Mas Budi é muito mais do que compaixão, sendo essa apenas um corolário
ou atributo de Budi. A palavra compaixão signifca ter piedade ou dó do sofrimento de
outrem, como a forma do vocábulo indica: com e paixão, ou seja, sofrer com outro.
Quando um pouco de Budi consegue se expressar pela matéria mais refnada do corpo
astral, surge a compaixão. Todavia é uma atividade astral, elevada sim, mas astral.
Quando budi se expressa pelo corpo búdico (o que supõe a Tríade Superior já em
atividade, o que ocorre a partir da segunda Iniciação), a compaixão já existia, é lógico,
mas ocorre uma transmutação, de Manas em Budi (ou intuição, como dizem, embora
especifcamente a intuição seja um sentido do corpo búdico, análogo ao paladar do
corpo físico,como diz o Mestre Djwal Khul). Aí o Iniciado não se contenta em se
preocupar apenas com os que sofrem, ele passa a se esforçar para que aqueles que se
consideram felizes, mas que estão num nível mais baixo, sob o ponto de vista do Plano
Divino (e sabemos que essa situação existe no atual mundo em grande escala),
percebam que há felicidade maior e vida muito mais plena do que a que vivem, devido
à falta de conhecimento. Mesmo isso ainda é um atributo de Budi, pois Budi é que
permitirá ao Iniciado entender muitos mistérios da natureza, de forma direta, global e
sintética, ou seja, ele verá diretamente o fenômeno operando, em todas as suas partes,
simultaneamente.

Podemos ilustrar tudo isso por meio do ser humano, o microcosmo. O homem alcança
o período de elevado desenvolvimento, quando são aperfeiçoados e vitalizados seus
centros cardíaco e laríngeo, os quais se transformam em radiantes vórtices de fogo,

530
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de ação quadridimensional (quatro movimentos simultâneos), ligados entre si e com
algum outro centro. Tornam-se objeto da atenção do kundalini humano (os fogos por
fricção/por fricção e por fricção/solar unidos, em fusão com o fogo por
fricção/elétrico e estimulados pelo fogo solar do Ego ou Alma). É um período de
grande atividade e utilidade magnética, ao qual segue outro, no qual os três centros da
cabeça sintetizam suas sete analogias menores e o conjunto de fogos acima citados
transfere-se para esses três centros da cabeça. Assim como é em cima, é em baixo.

Foram mencionados esses dois centros do microcosmo, porque estão estreitamente


relacionados (em escala bem mais ampla) com esses ciclos particulares pelos quais
nosso Logos Planetário está passando e porque representam os aspectos segundo e
terceiro.

Já temos bastante assunto para refexão, meditação, comparação, deduções,


conclusões e aplicação no nosso dia a dia, em nosso modo de pensar e em nosso
comportamento em relação ao próximo. Assim procedendo, iremos paulatinamente nos
tornando senhores de nós mesmos, ajudando a humanidade na fgura de nosso
próximo e galgando os degraus, pelos quais ver-nos-emos ante o Senhor Maitreya ou o
Senhor do Mundo, o Único Iniciador, conforme o nível evolutivo de cada um. Dessa
forma, iremos entrando em Vidas mais Plenas, sempre mais Plenas e Abundantes,
apossando-nos de tesouros valiosíssimos, que nem a ferrugem nem a traça poderão
corroer, conforme disse o Senhor Maitreya. É esse o verdadeiro paraíso, que inclui
muito trabalho e responsabilidade e não aquele apregoado pelas religiões de uma
forma tão irracional.

Estudo 137

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Final)
(Páginas 318, 319, 320 e 321)

Prosseguindo nosso estudo de Manas humano, é importante que saibamos diferenciar


os três modos de circulação do kundalini solar e dos Logoi Planetários através dos
centros.

Primeiramente, a vitalização dos centros do Logos Solar, quando o kundalini logoico


circula pelos sete esquemas, durante grandiosos ciclos. Nesse modo, estamos vendo

531
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
os sete esquemas sagrados sob o ponto de vista do Logos Solar.

Logo, a vitalização dos centros planetários ou o fuxo do kundalini planetário pelas sete
cadeias de um esquema. Aqui estamos vendo as sete cadeias de um esquema como
centros maiores de um Logos Planetário, no tempo.

Finalmente, a vitalização dos centros de um Logos Planetário, durante uma


determinada encarnação maior ou o fuxo do kundalini do Logos Planetário pelos sete
globos de uma cadeia. Aqui estamos vendo os sete globos de uma cadeia como
centros desse Logos Planetário.

Temos pois três modos de atuação dos centros, dependendo do ponto de vista.

Cabe uma explicação sobre o que é uma encarnação maior de um Logos Planetário. É
uma encarnação em que Ele recebe uma Iniciação. Ele pode passar e passa por muitas
encarnações, nas quais não recebe iniciação alguma, assim como o homem passa por
muitas encarnações sem receber iniciação alguma. Um fato interessante é que uma
Iniciação é concedida a um Logos Planetário, em uma encarnação em que Ele toma
posse de um corpo de matéria etérica, como acontece atualmente com o nosso Logos
Planetário.

O nosso Logos Planetário está se preparando para receber uma Iniciação. Isso explica
as terríveis provas e experiências incidentais na vida do nosso planeta, durante este
ciclo, sendo uma das provas disso a recente catástrofe (de 26/12/2004) que assolou
diversos países da Ásia.

Nosso Logos receberá uma Iniciação maior na metade da quinta ronda, todavia se
prepara agora para receber uma menor. Explicando melhor, Ele irá receber agora uma
Iniciação referente ao sexto subplano do quarto subplano astral cósmico, por isso é
menor, na próxima ronda Ele receberá uma referente ao sétimo subplano do quarto
subplano astral cósmico, consolidando assim o quarto subplano astral cósmico, sendo
por isso maior. Assim, Ele dará mais um passo na direção da conquista da segunda
Iniciação cósmica, pela qual Ele dominará o plano astral cósmico, constituído de sete
subplanos.

Sanat Kumara representa a encarnação física (em corpo etérico) do nosso Logos
Planetário, que não pode assumir pessoalmente um corpo físico do planeta, devido à
sua estatura cósmica. Portanto podemos dizer que o nosso Logos está encarnado
fsicamente na Terra, desde a metade da raça-raiz lemuriana (há dezoito milhões de
anos) e fcará conosco até o que é chamado "dia do juízo", na quinta ronda. Nesse

532
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ponto de Sua carreira, terá conseguido vitalizar devidamente o centro particular que
ocupa Sua atenção; terá "percebido o afã da Sua Alma" em relação com os entes da
Hierarquia humana que compõem tal centro; abandonará Sua forma atual, dirigindo
Sua atenção a um centro mais elevado e dará sua força a entes de índole distinta, que
serão oriundos de outro ramo da Hierarquia humana e responderão à vibração desse
centro.

É conveniente que esclareçamos um pouco mais a conexão existente entre os Logoi da


Terra e de Vênus, insinuada em alguns livros ocultistas e considerada brevemente
neste Tratado. Foi dito que a interação dos dois esquemas deve-se, em grande parte,
às suas polaridades positiva e negativa. Há também uma relação similar entre as
Plêiades e os sete esquemas do nosso sistema solar, como também entre Sírius e o
nosso sistema solar. Essas relações colocam em estreita interatividade a três grandes
sistemas:

1. O sistema de Sírius,

2. O sistema das Plêiades,

3. O sistema do qual nosso Sol é o ponto focal,


formando, como se pode observar, um triângulo cósmico. Dentro do nosso sistema
existem triângulos formados por esquemas, que variam conforme os períodos. De
acordo com a relação entre eles, a força diferenciada de distintos esquemas pode
passar de um a outro e, dessa forma, as unidades de vida que pertencem a distintos
raios ou correntes de força, misturam-se momentaneamente. Em tais triângulos
(cósmico, do sistema, planetário e humano), dois pontos do triângulo representam
polaridades diferentes e o terceiro é o ponto de equilíbrio, síntese ou fusão. Isso deve
ser levado em conta no estudo dos centros macro e microcósmicos, porque explica a
diversidade na manifestação, nas formas e na qualidade.

Há uma analogia que pode iluminar aqueles que tenham olhos para ver:

O esquema venusiano, por se encontrar na quinta ronda, desenvolveu e coordenou o


princípio Manas, através dos quatro aspectos manásicos menores (os quatro raios de
atributo), conseguindo com isso um instrumento que permitirá ao aspecto búdico
expressar-se por meio do quinto princípio aperfeiçoado. Nosso Homem celestial, na
quinta ronda, alcançará um ponto paralelo de evolução e o quinto princípio, como já foi
dito, não será mais objeto de Sua atenção no que concerne aos entes humanos.

533
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Cinco etapas de atividade marcam o desenvolvimento e utilização do princípio mente.
Três etapas são de aquisição e duas de utilização do adquirido. Esse cálculo é muito
complicado e somente pode fazê-lo um Iniciado, porque implica a capacidade de
estudar os ciclos do sistema solar anterior, porém, logicamente, (a julgar pelo
microcosmo do planeta Terra) isso era de supor-se. O homem desenvolveu Manas
nesta ronda durante as terceira, quarta e quinta raças-raiz e utilizá-lo-á para
desenvolver a intuição e a consciência superior durante as sexta e sétima. No
transcurso de uma encarnação de um Logos Planetário, em uma cadeia, durante uma
ronda, Ele manifesta Manas em três de seus sete centros ou globos, utilizando-o para
fns específcos nos dois fnais. Este constitui um ciclo menor que aquele no qual
observamos as sete cadeias como Seus sete centros. Estas palavras foram
selecionadas com cuidado, não estamos dizendo que "adquire Manas", mas somente
que produz o que é inerente. É necessário lembrar que, assim como os planos de um
sistema representam propósitos diferentes, vibram em uma chave diferente e servem
a seus próprios fns específcos, da mesma forma os globos preenchem uma função
análoga.

a. Globo 1, onde se produzem a origem e a abstração fnal e se inicia a manifestação.

b. Globo 2, é o primeiro envoltório com que o Homem celestial assume corpo.

c. Globos 3, 4 e 5, por meio dos quais Ele demonstra possuir o princípio manásico.

d. Globos 6 e 7, por meio dos quais Ele manifesta Budi, mediante formas construídas
valendo-se do princípio manásico.
O mesmo pode ser dito de uma cadeia, porém em maior escala.

O estudante avançado poderá desenvolver uma interessante analogia, de natureza


muito esotérica, com respeito aos sete esquemas. Dois destes podem ser considerados
principalmente arquetípicos, causais ou que implicam abstração, três onde se
manifesta Manas e dois onde Budi já está se manifestando manasicamente. Destes
dois, Vênus é um e o outro, achamos ser Mercúrio. Temos assim os três e os dois,
formando os cinco esquemas dos cinco Kumaras, que constituem Brahma, ou seja, os
cinco Logoi Planetários e não os Kumaras ligados ao Senhor do Mundo, Sanat Kumara.

Assim como Vênus é o polo negativo para o esquema da Terra, as sete estrelas das
Plêiades são os polos negativos para nossos sete esquemas.

534
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Cabe aqui formular uma pergunta muito inteligente. Se Vênus e as Plêiades são
negativas, como podem ser doadoras, uma vez que o negativo é receptor?
Efetivamente assim é, todavia a pergunta surge em nossa mente devido à falta de
informação e à consequente incompreensão. Vênus teve muito que ver com o estímulo
que deu por resultado grandes acontecimentos na Terra, por meio da cadeia venusiana
de nosso esquema,porém de forma misteriosa nosso esquema deu mais do que
recebeu, embora o que foi dado não foi da mesma natureza. A chegada da infuência
venusiana à nossa cadeia e ao nosso planeta e o consequente estímulo a certos grupos
da quarta Hierarquia criadora, a humana, produziu um acontecimento paralelo de
magnitude ainda maior no esquema venusiano, o qual afetou a sexta Hierarquia, uma
das Hierarquias dos Devas, que moram no esquema de Vênus. Este estímulo emanou
através de nossa sexta cadeia (ou a segunda, segundo o ponto de vista), afetando a
correspondente cadeia no esquema venusiano. A grandeza da diferença podemos ver
no fato de que no nosso caso, somente um globo foi afetado, enquanto que a infuência
do nosso esquema sobre o venusiano foi tal, que toda uma cadeia foi estimulada. Isto
aconteceu graças à polaridade positiva do Homem celestial do esquema da Terra.

Portanto, ampliando o conceito, podemos observar o fato de que nossos Homens


celestiais são os transmissores, por meio de Seus sete esquemas, para as sete estrelas
das Plêiades. Nosso sistema solar está polarizado negativamente em relação ao sol
Sírius, que infui psiquicamente sobre todo nosso sistema, através dos três esquemas
sintetizadores, Urano, Netuno e Saturno, sendo este último o ponto focal que transmite
Manas cósmico aos sete esquemas.

Aqui encerramos o estudo de Manas humano. No próximo estudo começaremos a


estudar Manas e a Cadeia terrestre.

Estudo 138

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre (Páginas 321, 322 e
323)

Iniciaremos agora o estudo de Manas em relação à cadeia terrestre. Quando tratamos


o tema da origem de Manas cósmico e do sistema, o estudo fcou bastante limitado em
alguns aspectos que concernem à nossa cadeia e fomos muito breves quanto ao

535
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aspecto essencial do tema. Inicialmente analisamos Manas cósmico no que respeita ao
nosso Logos Solar e aos Logoi Planetários do sistema. Em seguida nos ocupamos de
forma mais específca da relação de Manas com os Homens celestiais individualmente
e, por último, estudamos Manas no que mais nos atinge: Manas e o nosso Homem
Celestial, o Logos Planetário do esquema da Terra, onde estamos evoluindo e
desenvolvendo a mente. Tendo chegado a este ponto, consideramos o estímulo de
Manas em nossa cadeia e vimos que, em relação com a nossa Terra, Manas foi obtido:

• Por meio da cadeia venusiana do nosso esquema, a segunda, que esteve sob a
infuência do esquema de Vênus.

• Como resultado do estímulo originado no esquema de Vênus.

• Pelo fato de ter o kundalini do Logos Solar vitalizado um dos triângulos de força do
sistema, do qual Vênus e a Terra formavam dois pontos, temporariamente.
Isto produziu a individualização daqueles que formam (particularmente a Hierarquia
humana) um centro determinado no corpo do Logos Planetário do esquema da Terra.

Estudemos agora Manas de forma mais específca em relação a nós, Mônadas


humanas, a quarta Hierarquia criadora.

a. A cadeia terrestre e as Mônadas encarnantes.

É muito importante esclarecer que somente um grupo da quarta Hierarquia criadora foi
afetado pela implantação de Manas na terceira raça-raiz, o que nos leva a concluir que
as Mônadas que estão encarnando atualmente na Terra, constituem dois grupos: um
grupo recebeu o estímulo manásico no atual período mundial e o outro o recebeu na
cadeia anterior, a lunar, havendo portanto uma visível diferença de nível evolutivo. Os
membros mais adiantados trilharam o caminho de Provação e constituem os entes
avançados da raça, sendo considerados como notabilidades entre os homens. Cabe
aqui observar que nem todos os que vieram da cadeia lunar já individualizados
conseguiram passar pelo Portal da Iniciação. Alguns individualizados na raça lemuriana
já passaram pelo Portal, sendo o exemplo mais notável o Sr. CRISTO, também
conhecido como Sr. MAITREYA, que passou a frente de muitos da cadeia lunar,
distanciando-se muito deles.

Grande parte da atual intranquilidade reinante no planeta é devida a essa diferença no


processo de individualização. Tal diferença baseia-se em diversos fatores que, para

536
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
maior clareza, podemos classifcar da seguinte maneira:

• Cada grupo forma um centro distinto no corpo do Homem Celestial.

• Diferem os métodos utilizados na individualização.

• Diferem os graus de vibração dos centros.

• O Logos Planetário recebe em cada cadeia uma Iniciação distinta, que afeta
diferentes centros, trazendo à manifestação diversas entidades menores.
Quando o estudante considera essas coisas, deve contemplá-las desde diversos pontos
de vista - alguns dos quais constituem para nós possíveis linhas de aproximação,
enquanto outros somente podem ser pressentidos vagamente. A realidade oculta,
expressada pelo poeta inglês Pope, "de que para estudar devidamente a humanidade,
há que estudar o homem". encontra-se envolvida na investigação destes grandes
ciclos.

O ponto de vista cósmico. Implica o estudo do lugar que ocupa o Logos Solar dentro da
sua esfera maior, o corpo do Logos Cósmico, no qual é um centro sagrado, o estudo da
ultrapsicologia e da astronomia do sistema (no sentido mais profundo e esotérico,
abrangendo todas as variáveis, totalmente desconhecidas pela atual Ciência), mais a
consideração da relação existente entre nosso sistema e outras constelações e nosso
trânsito no vasto arco do frmamento. Tudo isso tem a ver com a relação existente
entre os diferentes sois, seus satélites circulantes (os planetas e luas constituintes de
seus sistemas solares) e os planetas entre si. Abrange o estudo de sua polarização
individual e sua interação com seus polos opostos. Isto conduzirá o estudante a regiões
de especulação logoica e ao estudo da eletricidade cósmica e da Lei universal de
atração, estando tudo isto muito além da compreensão dos estudantes mais
avançados, convertendo-se em uma ciência (reduzida a fórmulas e livros de texto, se é
possível expressar-se assim) no fnal da próxima ronda.

O ponto de vista do sistema. Trata-se do lugar que ocupam os Homens celestiais no


corpo logoico, Sua interação, Sua interdependência racional e dos ciclos em que cada
um , por turno ou em pares, recebe força logoica. Isto exige o estudo do sistema solar
como unidade e da relação astronômica e orbital entre o Sol e os planetas. Os
triângulos do sistema, com o tempo, serão tema de especulação popular, logo de
investigação e comprobação científcas e, fnalmente, serão conhecidos como um fato

537
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
demonstrado e comprovado, embora ainda não tenha chegado o momento. Serão
estudadas as diferentes polaridades dos esquemas e a informação que hoje é
ministrada unicamente aos Iniciados da terceira Iniciação, com o tempo será exotérica.
No transcurso do tempo, a informação acerca do sistema no que se refere a:

a. a vitalização dos esquemas,

b. a interação entre os esquemas,

c. os períodos de encarnação, no plano físico, de um Logos planetário e

d. a Iniciação do Logos planetário,


converter-se-ão em lei ou ordem. Por agora unicamente podem ser feitas vagas
conjecturas e indicações, que despertam interesse somente no homem espiritual e
intuitivo. No começo da próxima ronda este conhecimento será mais difundido e
haverá maior interesse sobre este tema.

Tudo o que foi dito acima pelo Mestre Djwal Khul é de uma profundidade e abrangência
muito grandes, o que exige uma explanação mais detalhada, para que a beleza, a
grandiosidade e a glória do Grande Plano Divino, tornem-se bem visíveis e claras e não
apenas ideias nebulosas. Enfatizamos que, com todo o nosso esforço nessa
explanação, a ser apresentada no próximo estudo, conseguiremos ver e entender
apenas uma parte muito pequena do esplendor do Plano Divino.

Estudo 139

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Comentários
sobre os pontos de vista cósmico e do sistema, na página 323.

Conforme prometemos, vamos explanar mais profundamente, dentro do assunto em


pauta, os pontos de vista cósmico e do sistema.

O PONTO DE VISTA CÓSMICO

Embora o Mestre Djwal Khul tenha dito que tal assunto só será convertido em uma
ciência (reduzida a fórmulas e livros de texto) bem no fnal da próxima ronda, mesmo

538
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
assim, seguindo recomendações dEle próprio em diversos trechos do livro, podemos e
devemos fazer especulações, seguindo uma linha lógica de raciocínio, conectando
informações existentes em diversas partes do livro.

A - Ultrapsicologia do sistema - O que signifca essa expressão dentro deste contexto?


Consideramos que seja o comportamento, interior e exterior, do nosso Logos Solar.
Nessa análise, temos de levar em conta diversos fatores, tais como:

1. A sua maturidade emocional, em nível cósmico, ou seja, seu controle de seu corpo
astral cósmico.

2. O seu grau de polarização mental e seus conhecimentos a respeito não só de seus


três corpos cósmicos inferiores, físico, astral e mental, como da realidade cósmica
exterior ou ambiental, ou seja, a estrutura e organização do corpo da Entidade Maior
(o Logos Cósmico), no qual Ele é um centro sagrado, o cardíaco. Pelo menos um bom
conhecimento do corpo físico cósmico de Seu Logos Cósmico, embora noções sobre
os corpos astral e mental dessa Entidade Maior sejam de grande utilidade para a Sua
evolução. Sobre os corpos cósmicos acima do mental, como o búdico, é muitíssimo
cedo para conjecturas.

3. Suas relações com Seus Pares, os demais Logoi Solares, sagrados e não sagrados,
que O infuenciam e devem também ser por Ele infuenciados, o que gera um elo de
realimentação (feedback), ou seja, quando Ele infuencia um outro Logos Solar e
provoca nEle uma modifcação, essa modifcação pode alterar o relacionamento entre
os Dois, levando a uma outra modifcação, em Um ou nos Dois.
Há outros fatores que afetam o comportamento do nosso Logos Solar, como por
exemplo, as infuências oriundas de Seres cósmicos superiores ao Logos Cósmico, à
semelhança das infuências astrológicas que afetam o homem encarnado, em outras
palavras, uma ASTROLOGIA HIPERCÓSMICA. Nessa analogia, não estamos nos
referindo a essa astrologia tão banalizada hoje em dia, mas à astrologia ensinada pelo
Mestre Djwal Khul. Mas, como é bem evidente, não podemos entrar nesse mérito,
sendo sufciente percebermos que esses fatores existem e que são lógicos e racionais
e que um dia (não importa quando) saberemos os segredos dessa CIÊNCIA
HIPERCÓSMICA. Fiquemos apenas com esses três fatores.

Quanto ao fator 1, grau de controle emocional, sabemos que o nosso Logos Solar tem,
para o Seu atual período, como objetivo nove Iniciações e como meta a terceira

539
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iniciação cósmica (página 326 do Tratado). Ora, podemos deduzir, dentro de uma boa
lógica, que a terceira Iniciação cósmica é o domínio do corpo mental cósmico (inferior e
superior).

Com base na informação da página 293 do Tratado sobre Fogo Cósmico, a respeito da
fusão dos fogos para o Logos Solar, segundo a qual o Logos Solar, quando consegue
fundir ou sintonizar os fogos por fricção e da mente, escapa de seu "círculo não se
passa" solar e pode atuar conscientemente nos planos cósmicos físico e astral e nos
quatro subplanos inferiores do plano mental cósmico, ou seja, Ele já domina
completamente seu corpo físico cósmico e tem domínio sobre seu corpo astral
cósmico, devendo aperfeiçoar esse domínio, o que dá a entender que Ele já recebeu as
primeira e segunda Iniciações cósmicas, o que é confrmado pelo que é dito na página
326.

Também é dito na página 293 que quando o Logos Solar fundir ou sintonizar os fogos
por fricção e da mente (já sintonizados) com o fogo elétrico, Ele poderá atuar
conscientemente nos três subplanos superiores do plano mental cósmico, que é o
plano causal cósmico e pode realizar o que o homem tem de realizar nos três mundos.
O que o homem tem de realizar nos três mundos, é a conquista dos planos físico, astral
e mental, o que implica na recepção da primeira Iniciação planetária (domínio do corpo
físico), da segunda (domínio do corpo astral) e da terceira (domínio do corpo mental).
Então o Logos Solar, nessa fusão dos três fogos, recebe a terceira Iniciação Cósmica, o
domínio do seu corpo mental cósmico, completando a conquista dos três mundos
cósmicos inferiores. Assim, podemos concluir, dentro de uma boa lógica, que o nosso
Logos Solar já tem a segunda Iniciação cósmica e está se preparando para receber a
terceira Iniciação cósmica, consolidando o domínio dos planos cósmicos físico, astral e
mental, quando então terá completado sua polarização mental. Até agora Ele ainda está
sujeito à interferência emocional, no sentido cósmico e, é óbvio, refetindo-se isso em
todo o seu corpo físico cósmico e chegando até nós, através dos efeitos provocados
no nosso Logos Planetário, como também nos demais Logoi Planetários do nosso
sistema solar.

Quanto ao fator 2, grau de polarização mental, em parte a explicação anterior já


elucidou. Quanto aos conhecimentos, sabemos que o nosso Logos Planetário é muito
ligado ao Logos de Sírius, para o qual Ele é negativo ou receptivo. Sendo o Logos de
Sírius mais adiantado que o nosso, sendo uma prova disso o fato de que a Loja Azul de
Sírius é a orientadora da nossa Loja Branca, da Hierarquia Planetária, podemos deduzir
que o nosso Logos Solar tem um excelente Mestre Cósmico, que deve estar passando

540
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a Ele conhecimentos profundos sobre a estrutura cósmica do Corpo do Logos
Cósmico, no qual estão inseridos.

A respeito das nove Iniciações que constituem objetivo do nosso Logos Solar para o
Seu atual período, daremos explicações mais detalhadas posteriormente.

Quanto ao fator 3, as relações com Seus Pares, podemos enxergar muita coisa por
meio das constelações e estrelas que se relacionam com o nosso sistema solar. Sírius,
Seu Mestre, é a fonte de Manas cósmico para Ele. Temos as sete estrelas principais da
Ursa Maior, Dhube (alfa), Merak (beta), Phekda (gama), Megres (delta), Alioth (epsilon),
Mizar (dzeta) e Benethnash (eta), cujos Rishis atuam nos sete centros do corpo búdico
do nosso Logos Solar (página 296 do Tratado), sendo que essas sete estrelas
constituem os sete centros da cabeça do Logos Cósmico, o que nos permite tirar
conclusões a respeito das qualidades das energias circulantes e os efeitos em nós.

Temos também as sete Plêiades, em particular a mais brilhante, Alcione, as quais


formam o centro laríngeo do Logos Cósmico. Ora, como o centro laríngeo está ligado
ao terceiro raio, o raio sintetizador de Manas, temos base para tirar conclusões sobre a
qualidade do relacionamento.

Nosso Logos Solar também se relaciona com a estrela Betelgeuse, a alfa da


constelação de Órion, que é o centro umbilical ou plexo solar do Logos Cósmico, sendo
portanto essa relação na área emocional cósmica.

Nosso Logos Solar também se relaciona com as seguintes estrelas e constelações, de


diversas maneiras:

Altair, a alfa de Águia - Capela, a alfa de Cocheiro (há um livro com o título Os Exilados
de Capela) - Poláris, a alfa de Ursa Menor (para a qual o eixo norte/sul da Terra está se
orientando) - Alfa de Cefeu - Deneb, alfa de Cisne - Vega, alfa de Lira - Alfa de Hércules
- Alfa e Beta de Dragão (Dragão é o centro básico do Logos Cósmico) - Arcturus, a alfa
de Boadeiro (que está sempre orientada para Benethnash, a eta de Ursa Maior.

Temos ainda as doze constelações do Zodíaco, que afetam o sistema solar e em


particular a Terra, sendo que Ofúco e Órion fazem parte do Zodíaco, mas atualmente
não afetam a humanidade comum.

Embora não seja nosso escopo pesquisar em mais profundidade a natureza desses
relacionamentos, com enfoque fnal sobre a humanidade atual, o que será possível no
futuro, passamos essas informações para que os que quiserem, possam raciocinar
(dentro da lógica ocultista) sobre o assunto e tirar suas próprias conclusões.

541
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É evidente que o giro do nosso sistema solar em torno do centro da nossa galáxia, a
Via-Láctea, altera as condições ambientais cósmicas, o que deve provocar alterações
no nosso Logos Solar. Como esse giro tem um período muito longo, não é possível
perceber ainda essas alterações. Existe também um giro do nosso sistema solar em
torno de uma estrela, acarretando mais uma alteração de condições ambientais
cósmicas, de período mais curto e de maior possibilidade de percepção. Por isso é
importante o conhecimento da astronomia do sistema, como diz o Mestre Djwal Khul.
Todavia a astronomia atual, alcançada pelo homem, apesar de todos os avanços e dos
instrumentos modernos, ainda está distante da realidade. Como diz o Mestre D. K. , só
logo no fnal da quinta ronda a realidade física do nosso universo estará ao alcance da
ciência humana e apenas os Iniciados de terceira Iniciação e atualmente aqueles com a
segunda Iniciação e em preparação para a terceira e que estejam na linha ocultista (a
linha do corpo mental e científca), estarão recebendo esses ensinamentos agora. É
óbvio que os Iniciados com a segunda Iniciação e em preparação para a terceira já
terão conseguido assegurar o princípio budi, o qual será desenvolvido ao máximo e
expresso por manas aperfeiçoado após a terceira. Eles fazem jus a essas informações,
porque conseguiram conquistar por esforço próprio as condições necessárias, muito
antes da grande maioria da humanidade, que insiste em permanecer na linha da
emoção, achando que viver emoções descontroladamente é o único modo de vida.

Usando a visão matemática, é perfeitamente possível idealizar os efeitos do


comportamento do Logos Solar não só nos Logoi planetários, como em nós, através
das chamadas funções ou aplicações. Uma função é um processo matemático, que
transforma valores de um determinado conjunto, chamado domínio, em valores de
outro conjunto, denominado contradomínio, por meio de critérios defnidos. Por
enquanto isso é apenas um sonho, pois reconhecemos que é muito difícil entender
como se pode aplicar matemática ao ocultismo, mas, quando o corpo búdico (sede da
razão pura) já está sendo coordenado, é perfeitamente possível perceber e entender
essa nossa ideia (que é uma função vetorial), a qual expusemos, apenas para estimular
a consciência intuitiva ou búdica (no sentido de razão pura) daqueles que já têm
condições.

Faremos mais considerações sobre esse tema no próximo estudo.

Estudo 140

542
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Comentários
sobre os pontos de vista cósmico e do sistema, na página 323 - Continuação

Analisaremos agora o ponto de vista do sistema, dentro da manifestação e atuação de


Manas no sistema solar, envolvendo os Logoi planetários nele em evolução, o que
obviamente nos afeta, a todos, uma vez que somos células em seus corpos de
expressão, considerando todas as humanidades de todos os esquemas do sistema.

Inicialmente o que signifca o lugar que ocupam os Homens celestiais no corpo do


Logos Solar? Esse lugar é indicado pelas funções que os Logoi executam dentro desse
corpo. Os sete sagrados, Vulcano, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno,
exercem as funções de centros sagrados, básico (Mercúrio), sacro (Urano), umbilical
(Netuno), cardíaco (Júpiter), laríngeo (Saturno), frontal (Vênus) e coronário (Vulcano).
Saturno, Netuno e Urano, além das funções de centros, trabalham como sintetizadores,
em diversas etapas, sendo Urano o sintetizador mais elevado dos três. Os outros Logoi,
não sagrados, operam como centros menores, assim como o homem possui centros
menores, além dos sete principais ou sagrados. Há também outros Seres elevados,
dentro do corpo do Logos solar, com responsabilidades outras, da mesma forma que
os seres humanos têm órgãos importantes para a sua sobrevivência, além dos centros.
Até aqui estamos apenas vendo a parte física cósmica. Podemos ter uma ideia da
nossa situação e atuação dentro do corpo do nosso Logos planetário, através do
seguinte raciocínio. A grande maioria da humanidade está centrada nas emoções e
portanto no corpo astral, trabalhando intensamente a matéria astral, em níveis não
muito elevados, ou seja, a matéria dos subplanos mais densos, sendo muito poucos os
que já ativaram a matéria astral mais refnada dos subplanos mais elevados, como
terceiro, segundo e primeiro, o atômico. Um número também muito pequeno está
polarizado mentalmente, atuando fortemente com a matéria mental, variando os níveis,
a maioria no mental concreto, sendo reduzido o número dos que atuam na matéria
mental superior, com pensamentos abstratos. Só os Iniciados já agem com a matéria
búdica, mesmo na fase de coordenação do corpo búdico. Para as matérias superiores à
búdica, só os Iniciados mais avançados. Ora, se considerarmos que as matérias física,
astral e mental constituem o corpo denso do Logos planetário e não constituem
princípio para Ele, sendo sede das sensações mais grosseiras do Logos, podemos
inferir com seguridade que a grande maioria da humanidade vive nas sensações mais
densas do Logos. Só os que já podem atuar na matéria búdica alcançam as sensações
mais refnadas do Logos, embora sensações físicas.

543
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Para ter uma noção, embora incompleta, de uma emoção do Logos planetário, é
necessário estar consciente na matéria do sétimo subplano astral cósmico, que
constitui parte do corpo astral cósmico do Logos. Isto exige o recebimento da oitava
Iniciação planetária. A medida que o Iniciado vai recebendo Iniciações acima da oitava,
ele vai adquirindo consciência das emoções mais elevadas e refnadas do Logos, ao
mesmo tempo que atua e trabalha em funções dentro do seu corpo astral cósmico. A
captação em cérebro físico de uma sensação refnada do Logos planetário,
manifestando-se na matéria átmica e percebida inicialmente no corpo átmico do
Iniciado, provoca uma euforia e sensação de vida impossíveis de descrever, à falta de
parâmetros para comparar. É por isso que o Mestre Djwal Khul denomina o sentido da
audição do corpo átmico como beatitude. Como serão então a sensação de vida e a
euforia, quando o homem captar uma emoção do Logos, mesmo em níveis astrais
cósmicos inferiores?

As relações emocionais em nível cósmico entre os Logoi planetários, em particular


entre o nosso e o de Vênus, muito ligados, afetam seus corpos emocionais e físicos,
atingindo e infuenciando as humanidades neles evoluindo, de acordo com o grau de
evolução dessas humanidades. A de Vênus, por estar muito mais adiantada que a
nossa, sente e vive mais intensamente os efeitos, com melhor identifcação e por isso
se benefcia muito mais. Todavia, aqueles da humanidade terrestre que já conseguiram
passar pelos Portais Iniciáticos, usufruem também desses benefícios, com consciência
cada vez mais crescente, em função do adiantamento. Na realidade, gozam os efeitos,
ao mesmo tempo que trabalham e são úteis ao Logos. É lógico que a mente ou manas
se desenvolve em ritmo acelerado, uma vez que, assim como o homem toma
conhecimento de suas emoções e sensações por meio de seu cérebro físico, sede da
mente no corpo físico, assim também o Logos toma conhecimento de suas emoções e
sensações cósmicas em seu cérebro físico cósmico, o que afeta todos os reinos
evoluindo em seu corpo, da mesma forma que as emoções do homem são somatizadas
e até podem provocar doenças, como a medicina já constatou.

Temos também a considerar a atuação e infuência da Entidade chamada Espírito


planetário da Terra, que não é o Logos planetário, mas um Ser cósmico em fase de
involução, estando o nosso em vias de individualização. Ele está sob a responsabilidade
evolutiva do nosso Logos planetário. Tem muito a ver com a natureza. É por isso que as
agressões feitas pelo homem contra a natureza provocam reações desse Espírito, além
das reações dos Seres maiores que se expressam pelos reinos. É lógico que todos Eles
estão sob a responsabilidade do Logos planetário, que é o supremo comandante do

544
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seu esquema.

Foi nossa intenção, através destes comentários, estimular em todos a capacidade de


entender o comportamento do nosso Logos planetário e sua psicologia. É necessário
que a mente e o raciocínio sejam muito utilizados nesse esforço de entender e, quanto
mais conhecimentos de diversas áreas puderem ser adquiridos, mais fácil, rápido e
crescente será o entendimento. É esse o Plano Divino, que o homem entenda esse
Estado de Ser do ABSOLUTO INFINITO chamado Logos planetário, entenda a unidade
imanente na diversidade, entenda a fraternidade de todos os homens e de todos os
reinos através de sua mente racional e não pela devoção e que esta, a devoção, surja
em decorrência do entendimento. Assim, a verdadeira PAZ, com DIGNIDADE, reinará
soberana no planeta Terra e a verdadeira FELICIDADE estará ao alcance de todos, em
contínuo crescimento, segundo a velocidade de evolução de cada um e o homem não
será mais escravo de falsos líderes, como vemos atualmente em consequência da
devoção religiosa cega.

No próximo estudo prosseguiremos com o tema o ponto de vista planetário.

Estudo 141

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - O Ponto de Vista
Planetário (Página 324)

Vejamos Manas na cadeia terrestre sob o ponto de vista planetário. Embora o Mestre
Djwal Khul diga neste trecho que é ainda impossível para o pensador comum entender
esse assunto, pois para tal é exigida uma grande expansão de consciência e uma forte
capacidade de atuar pela mente abstrata e já com uma boa coordenação do corpo
búdico, todavia, conforme Ele afrma, o esforço para esse entendimento serve para a
fxação de uma meta e ampliar os atuais conceitos. Mas para tal necessário se faz pelo
menos a aceitação dessas ideias para estudo, sendo impossível, caso se negue a priori.
Assim sendo, prossigamos.

Esse ponto de vista leva em conta a história do esquema, da consciência e evolução de


algum Homem celestial. Devemos visualizar o esquema inteiro como uma unidade,
assim como vemos o corpo humano como uma unidade, um corpo coletivo com seus
sete centros principais e muito mais outros, seus quarenta e nove globos e os

545
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
triângulos periódicos formados entre os esquemas. São quarenta e nove globos para
cada Homem celestial, porque sendo sete cadeias, cada uma com sete globos que se
renovam em cada cadeia, o total de globos é quarenta e nove.

Olhando as cadeias separadamente, elas podem ser:

• o objeto do estímulo do Logos planetário,


• a esfera de encarnação do Logos planetário,
• a vinda à manifestação do Logos planetário,
• gradualmente entrar em obscurecimento.
Analisando esses itens, podemos efetuar algumas considerações.

Dentro do planejamento do Logos, em consonância com o Plano do Logos Solar, uma


vez que os propósitos dos Dois Logoi têm de estar perfeitamente sintonizados, o Logos
planetário escolhe cada cadeia para um estímulo específco. Dentro das informações
que o Mestre já passou, sabemos que a primeira cadeia é a arquetípica, na qual tudo o
que é necessário realizar para a consecução do propósito fnal fca armazenado, é a
sede do plano diretor. Na segunda cadeia, o Logos se prepara para adquirir uma forma,
logo Ele adota medidas mais concretas para a construção do seu vasto corpo de
expressão. Não esqueçamos que aquilo que para nós parece altamente abstrato, para
um Logos é bem concreto e objetivo. Nessa segunda cadeia, Ele revisa rapidamente o
que quer, como também o que o Logos Solar quer dEle. Não deve haver falhas nem
esquecimentos. Os detalhes são revisados.

Nas terceira, quarta e quinta cadeias, o Logos planetário entra frmemente em ação
para desenvolver seu instrumento mental, Manas, em função de seu nível evolutivo,
que difere de Logos para Logos. Esse desenvolvimento é realizado em etapas, uma
para cada cadeia, havendo divisões dentro de uma cadeia, levando em conta as sete
rondas de uma cadeia e os sete períodos globais em cada ronda. Em cada etapa Ele
executa uma parte do Plano.

É óbvio que as Mônadas humanas e as Hierarquias Dévicas entregues à sua


responsabilidade colaboram na execução dos trabalhos.

Quando termina a quinta cadeia, o instrumento manásico do Logos deve ter atingido
um alto nível de desenvolvimento, que logicamente variará de um para outro, conforme
o empenho dedicado.

Nas sexta e sétima cadeias, o Logos irá se esforçar para expressar budi por meio do
seu mecanismo manásico aperfeiçoado. É aí que Ele vai desenvolver o princípio crístico

546
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cósmico (budi cósmico), dentro do Seu perfl psicológico. É claro e evidente que
alguém, seja quem for, só pode desenvolver uma qualidade, vendo e analisando a
qualidade em manifestação. É exatamente assim que o Logos planetário faz. Ele, de
posse de manas aperfeiçoado para que não ocorram distorções, expressa sua
qualidade búdica, vê os efeitos, corrige falhas e conclui o que tem de fazer para
melhorar seu desempenho, objetivando o aperfeiçoamento de budi. É evidente que
tudo isso é feito em níveis cósmicos, analogamente ao que nós, humanos, fazemos.
Usando uma linguagem humana, o Logos está sempre se autoinspecionando, como
analisando os efeitos que suas ações produzem nos outros Logoi, com os quais se
relaciona. Também tem de examinar continuamente o que ocorre com a humanidade
sob sua guarda. É por isso que em alguns momentos o Logos planetário tem de
encarnar fsicamente num globo físico, servindo-se de um humano altamente evoluído,
que atua como Seus sentidos nesse globo. É o que está ocorrendo agora com o nosso
Logos planetário, aqui na Terra, na qual SANAT KUMARA constitui os sentidos físicos
para que o Logos possa saber o se passa aqui. Por não ter encontrado nenhum
humano da Terra, nem entre os originários da cadeia lunar, com qualifcação para essa
função, Ele se viu obrigado a pedir um ao Seu Irmão muito ligado, o Logos de Vênus,
com uma humanidade bem mais adiantada que a nossa.

Também tem de olhar a situação e o progresso de todos os reinos sob sua guarda.

É evidente que no decorrer desse processo evolutivo, o Logos recebe ajuda e


orientação não só de seus Pares, como do Logos Solar, Seu Instrutor principal e
também de Seres extrassistêmicos, como os Logoi das sete Plêiades, com as quais os
Logoi planetários do sistema solar se relacionam, trocando energias, sendo que para as
Plêiades, os Logoi são positivos. O entendimento dessas relações e do seu conteúdo só
é conseguido gradativamente no processo iniciático. Nas Iniciações menores (primeira
e segunda) apenas se percebem essas relações e outras coisas de uma forma um
tanto quanto vaga, mas elas são aceitas como lógicas, mas a partir do preparo para a
terceira, estando o Iniciado na linha ocultista (a científca), por estar de posse de um
bom equipamento manásico, o que ocorre imediatamente após o recebimento da
segunda, ele passa a ter noções cada vez mais claras desses fatos, tendo todavia muita
difculdade para relatar esses conhecimentos para os outros, por dois motivos:
primeiro - embora em seu cérebro físico ele perceba bem, não encontra palavras em
uso na época para expressar o que percebe, só podendo fazer uso da analogia e
mesmo assim muito fracamente, sendo a matemática seu melhor instrumento, também
difcílima de ser entendida pelos outros - segundo - a grande maioria das pessoas ao

547
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seu redor simplesmente não se esforçam para entendê-lo e sem a menor hesitação
rejeitam seus ensinamentos.

Finalizando, quando chega o fnal da sétima cadeia, sendo que o processo de abstração
da matéria, de diversos níveis, o chamado pralaia ou obscurecimento, começa na sexta
cadeia, suavemente, o Logos deverá ter conquistado o grau de desenvolvimento
previsto e desejado, com a qualidade búdica ou crística altamente expandida e
qualifcada, com enorme capacidade de expressão, para produzir efeitos nos mundos
objetivos.

Assim, pudemos relatar nossas concepções sobre esse tema tão atraente e
deslumbrante, aberto a concepções mais elevadas e profundas.

Continuaremos a seguir com o tema "O ponto de vista da cadeia".

Estudo 142

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - O Ponto de Vista
da Cadeia (Páginas 324, 325 e 326)

Consideremos agora o ponto de vista da cadeia. Este enfoque nos conduz para o
campo das possibilidades, considerando o atual desenvolvimento mental da grande
maioria da humanidade, embora uns pouquíssimos conseguirão perceber a realidade. O
assunto foi considerado na Doutrina Secreta, de Helena P. Blavatsky, tomos III e IV. O
estudante deve contemplar os sete globos da cadeia, da qual é parte integrante,
embora microscópica. Tem de investigar os globos tais como são vistos no tempo e sua
interação, estudando também a função que cada globo desempenha no grande ciclo do
Homem Celestial. Exemplifcando, na presente cadeia terrestre, que nos interessa mais
de perto, o quarto globo, a Terra, é de suprema importância, porque é um veículo no
plano físico para o Homem celestial em encarnação objetiva densa. Contudo não
devemos esquecer que, embora em manifestação objetiva, personifca a totalidade da
cadeia e do esquema.

Usemos a seguinte analogia para tornar esses conceitos mais claros e inteligíveis:

• Um esquema, na sua totalidade (considerando as sete cadeias) corresponde ao ovo


áurico monádico (o veículo da Mônada na matéria do plano monádico), em conexão

548
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com o homem e seus quarenta e nove ciclos (sete cadeias x sete rondas por cadeia =
quarenta e nove ciclos).

• Uma cadeia, em sua totalidade, corresponde ao corpo egoico ou causal do homem,


com seus sete grandes ciclos, as sete rondas mencionadas nestas páginas e em
alguns livros ocultistas.

• Um globo, com suas sete raças-raiz, corresponde à série particular de encarnações


em conexão com o homem, encarnado ou desencarnado, porque nem todos os
globos são físicos.

• Um globo físico, em uma cadeia, corresponde a uma determinada encarnação do


homem. O Logos planetário toma forma física em Seu planeta, é a vida deste planeta
e leva avante Seus propósitos.

• Uma raça-raiz, é semelhante a uma das "sete partes" (conforme expressa


Shakespeare) desempenhadas pelo anão, o homem. Em uma raça-raiz o Homem
celestial vive simplesmente sua vida ao passar por certas experiências, na grande
tarefa de desenvolver budi, ação coletiva (porque budi é o principal unifcador de
grupos) e durante o processo de experimentação e desenvolvimento atrai para
dentro da Sua vibração todas as células do Seu corpo. No caso do ser humano as
células do seu corpo (as células físicas) são vidas involutivas, animadas pelo terceiro
Logos, em colaboração com o segundo Logos. No caso de um Logos planetário, as
células em evolução do Seu corpo (unidades dévicas e humanas), são animadas pela
vida do segundo Logos, em colaboração com o primeiro Logos, que utiliza as
atividades do terceiro Logos para fns da manifestação.
Sem considerar a vida emocional cósmica do Logos planetário, ou seja, esquecendo
momentaneamente a atividade do Seu corpo astral cósmico, olhando apenas Seu corpo
físico cósmico, de matéria física cósmica, não sendo princípio para Ele as matérias
física, astral e mental, vemos a Mônada Logos planetário, o Homem celestial
verdadeiro, servindo-se de um Ego em nível cósmico (plano causal cósmico), para
vivenciar experiências físicas cósmicas, através de um organismo composto de sete
globos de matéria diferenciada, que se modifca e renova sete vezes (as sete cadeias).

Assim como a Mônada humana, através do Ego, utiliza sucessivamente no tempo


corpos físicos e sutis para vivenciar experiências e evoluir, o Homem celestial serve-se

549
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
das cadeias para o mesmo fm. São sete cadeias, mas é o mesmo Homem celestial.

Assim, vendo as sete cadeias em conjunto, estamos vendo o mesmo Homem celestial
renovando-se sete vezes.

Em cada cadeia Ele se concentra (medita) sucessivamente em cada um dos sete


globos, por sete vezes (as rondas) ativando intensamente a vida no globo, fazendo com
que Suas células, pelas quais Ele se manifesta, avancem no processo evolutivo, ao
mesmo tempo que Ele põe em execução Suas qualidades, analisando-as. Dessa forma
Ele evolui e e se aperfeiçoa e nós também, pois somos Suas células.

Em cada globo, em cada raça-raiz, em cada sub-raça e em cada ramifcação de sub-


raça, o Homem celestial e Suas células, humanas, dévicas e de todos os reinos,
desenvolvem uma determinada qualidade, parcela do propósito maior, que deverá ser
alcançado no fnal da sétima cadeia.

Portanto, podemos encarar todo o conjunto de sete cadeias de um Logos planetário, no


transcurso de um sistema solar, como um grande aprendizado, para todos, em busca
de uma vida mais intensa, também para todos.

Podemos, por meio de uma análise profunda e detalhada das raças, ter idéias da
qualidade que o Logos está desenvolvendo.

Após esses esclarecimentos, o estudante poderá entender melhor a função que a


cadeia terrestre e o globo Terra desempenham, na evolução do nosso Logos planetário.

A roda gira e, em sua rotação, traz à objetividade um dos sete globos ou atrai à
manifestação, no plano físico, a grande Entidade, cuja vida anima todo o esquema.
Temos de ter em conta que, assim como o homem está entorpecido pelo seu corpo
físico (sua ação limitadora) e é incapaz de expressar, por meio dele, todo o conteúdo
de sua consciência egoica, assim também o Homem celestial, ao tomar um veículo
físico denso em qualquer cadeia particular, está igualmente entorpecido e incapacitado
de expressar perfeitamente no globo a plena beleza de Sua Vida ou o esplendor de Sua
Consciência em manifestação.

Podemos afrmar aqui, com respeito ao Logos planetário do nosso esquema, que:

a. Encontra-se em encarnação física.

b. Já percorreu a metade do caminho de Iniciação cósmica e, consequentemente,


deverá receber a quarta Iniciação nesta cadeia. Por isso, o globo Terra pode muito

550
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
bem ser considerado um globo de sofrimento e dor, pois nosso Logos planetário
experimenta nele o que o místico chama a "Crucifcação".

c. As células do Seu corpo, por meio das quais sente, percebe e experimenta, neste
período mundial estão dilaceradas pela dor e pelo sofrimento, porque a Consciência
do Logos encontra-se no centro do Corpo e elas têm a capacidade de sofrer, para
que, por meio delas mesmas, Ele possa aprender o signifcado do que é ser
desapaixonado do sistema, desligar-se de todas as formas e da substância material e,
na cruz da matéria, alcançar, com o tempo, a liberação e a liberdade do Espírito.
O mesmo pode ser dito de um Logos solar, tendo em conta a interessante correlação:

O Logos solar tem como objetivo nove Iniciações, sendo Sua meta a terceira Iniciação
cósmica.

Nosso Logos planetário tem como objetivo sete Iniciações, sendo Sua meta a segunda
Iniciação cósmica.

O homem tem como objetivo cinco Iniciações, sendo sua meta a primeira Iniciação
cósmica.

Se relacionarmos isto com o que foi dito anteriormente sobre a Iniciação e o Sol Sírius,
teremos um indício sobre o tríplice caminho cósmico.

No próximo estudo comentaremos essas últimas informações do Mestre Djwal Khul


sobre objetivos e metas do Logos Solar, do Logos planetário e do homem, por ser um
assunto de muita importância, relacionado com o atual momento vivido pela
humanidade.

Estudo 143

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Comentários
sobre os Objetivos e Metas do Logos Solar, do Logos Planetário e do Homem (Página
326)

Analisemos com uma certa profundidade, dentro de uma lógica e uma concatenação
de conceitos e ideias, os objetivos e metas do nosso Logos solar, do nosso Logos
planetário e de nós, seres humanos, para a atual cadeia planetária.

551
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Inicialmente, é importante ressaltar alguns conceitos que, embora já informados,
devem ser recapitulados, para que fquem bem consolidados e claros nas mentes de
todos, para o claro e total entendimento do que iremos expor.

Uma iniciação é uma operação em que o Fogo Elétrico armazenado no Cetro Iniciático
do Hierofante (o Iniciador) é transferido na quantidade certa para o corpo causal (o
Loto Egoico) do Iniciando, passando dali para os chacras objetivados na Iniciação,
havendo portanto uma repercussão nos corpos inferiores. Sempre estarão presentes
dois Mestres ligados ao Iniciando, para fazerem a devida triangulação do Fogo Elétrico
(o Hierofante e os dois Mestres), sendo o Iniciando o centro do triângulo, ocorrendo
assim a devida adequação do Fogo às condições do Iniciando.

Mestre Djwal Khul costuma dizer que o Iniciando já é Iniciado. Isso simplesmente
signifca que o Iniciando tem de conquistar o direito à Iniciação. Uma Iniciação implica
no domínio de um veículo, sendo o corpo físico na primeira, o corpo astral na segunda
e o corpo mental na terceira e assim prossegue. Antes da primeira, há iniciações
menores, relativas às etapas de conquista do corpo físico, antes do domínio mais
completo, sendo concedidos certos direitos em relação ao Ashram a que pertence o
Iniciando. Entre as primeira e segunda e entre as segunda e terceira, há também
Iniciações menores, igualmente referidas aos graus de conquista dos corpos astral e
mental respectivamente. Essas Iniciações menores são conferidas pelo Choan do Raio
da Alma do Iniciando.

As primeira e segunda Iniciações planetárias são conferidas pelo Senhor Maitreya,


sendo as demais pelo Bendito Senhor do Mundo, SANAT KUMARA.

É evidente que os corpos do homem são constituídos por campos de matérias física,
astral, mental etc, bem defnidos e limitados, nos quais pequenas vidas no ciclo de
involução (os chamados pitris lunares) procuram seguir sua linha evolutiva, servindo ao
mesmo tempo para o aprendizado da Mônada humana, através das experiências nos
diversos mundos, sendo seu objetivo dominar esses pitris, efetuando neles uma
transmutação.

No caso dos Logoi planetários, seus corpos de manifestação são muito mais amplos
que os do homem. Eles têm todo um esquema de sete globos como corpo físico
cósmico, abrangendo matérias desde o plano físico até o adi, logoico ou divino. Seu
corpo astral cósmico é formado de matéria do plano astral cósmico e Seu corpo mental
cósmico de matéria mental cósmica. Considerando apenas os sete globos constituintes
do corpo físico cósmico de um Logos planetário, temos todos os reinos em evolução

552
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
simultânea no esquema, em particular as evoluções dévica e humana. O Logos
planetário tem de vivenciar em Sua consciência, de forma coletiva, os resultados das
vivências de todas as vidas sob a sua responsabilidade, o que nos mostra claramente,
sem a menor dúvida, que a sua esfera de ação é muitíssimo mais ampla que a do
homem. Há ainda a Entidade planetária, chamada Espírito planetário, um Ser cósmico
no ciclo de involução, que se nutre das vibrações inferiores de todos os reinos e está
em busca de individualização em nível planetário. Essa Entidade planetária também
está dentro da consciência do Logos planetário. Portanto o nível de Iniciação de um
Logos planetário é bem diferente do nível de Iniciação do homem, uma vez que o corpo
a ser conquistado pelo Logos planetário é muito maior e complexo que o do homem.

O corpo astral do Logos planetário é mais amplo que o físico. A natureza das emoções
cósmicas do Logos planetário está muito distante do entendimento do homem comum.
Além das vidas dévicas que evoluem em seu corpo astral cósmico, à semelhança dos
pitris lunares do corpo astral do homem e que também seguem um ciclo involutivo,
temos os relacionamentos com Seus Semelhantes e uma gama imensa de energias
recebidas e emitidas, algumas originárias de dentro do sistema solar astral (no sentido
cósmico) e outras de fora. Assim como o homem vive imerso num oceano de formas e
energias emocionais, da mesma forma um Logos planetário vive imerso num oceano
muito mais amplo de energias emocionais cósmicas, que afetam seu estado emocional.
Dominar toda essa efervescência emocional cósmica é a meta de um Logos planetário.

O homem recebe Iniciações menores, correspondentes ao domínio da matéria dos


subplanos e a planetária, correspondente à conquista do plano. Mas temos de ter em
mente que os sete planos de evolução do homem constituem em conjunto o plano
físico cósmico, sendo portanto cada plano para nós um subplano para o Logos
planetário. Da mesma forma, o plano astral cósmico é constituído de sete subplanos
(que são vistos como planos por nós), sendo cada subplano dividido em sete
subplanos. Em consequência temos o plano astral cósmico, sete subplanos astrais
cósmicos e sete subplanos para cada subplano. Assim, o campo de conquista do Logos
planetário, na área emocional cósmica, tem a constituição descrita a seguir:

• Sete subplanos de subplano (sete para cada subplano do plano astral cósmico),
havendo uma Iniciação menor para cada subplano de subplano, resultando em sete
Iniciações menores para completar uma maior.

• Sete subplanos do plano astral cósmico, com uma Iniciação maior para cada

553
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
subplano do plano astral cósmico, o que exige sete Iniciações maiores para a
conquista de uma cósmica.
Logo, são necessárias quarenta e nove Iniciações menores e sete maiores para um
Logos planetário receber uma Iniciação cósmica, que signifca o domínio do plano
cósmico.

O mesmo raciocínio aplica-se aos demais planos cósmicos.

Para o Logos solar o processo iniciático segue as mesmas etapas, com a diferença de
que o campo de expressão a ser dominado é todo o sistema solar, com todos os Logoi
planetários e Seus esquemas, bem como outras Entidades cósmicas, que evoluem
simultaneamente dentro do sistema.

O nosso Logos planetário está no momento no fnal da conquista da matéria do quarto


subplano astral cósmico. Para tal já recebeu três Iniciações referentes aos três
subplanos astrais cósmicos inferiores (Mestre Djwal Khul chama essas Iniciações de
subplanos ora dizendo apenas iniciação, ora iniciação maior). Para essas três Iniciações
maiores, Ele recebeu vinte e uma Iniciações menores, sendo evidente que toda sétima
Iniciação menor de uma sequência de sete, é na realidade a Iniciação maior
correspondente a um subplano de plano astral cósmico, uma vez que ela signifca a
conquista total desse subplano, pois dominou os sete subplanos desse subplano. Além
dessas, Ele recebeu recentemente (considerando o passar do tempo de um Logos
planetário) mais cinco menores, correspondentes aos cinco subplanos inferiores do
quarto subplano astral cósmico. No atual período global, ou seja, com a onda de vida
aqui na Terra, Ele receberá brevemente a sexta menor e na metade da próxima ronda,
quando a onda de vida estiver na Terra novamente, Ele receberá a sétima menor, que é
a quarta maior, consolidando a conquista do quarto subplano astral cósmico. Ele
simultaneamente já está batalhando para dominar o subplano mais denso do quinto
subplano astral cósmico. No momento Ele apenas pressente a vibração do sexto
subplano astral cósmico, mas ainda não tem capacidade para identifcar essa vibração
e reproduzi-la à vontade. A Sua meta é receber a segunda Iniciação cósmica, para o
que ainda faltam mais três maiores, além da que vai receber na próxima ronda,
consolidando assim o domínio do seu corpo astral cósmico.

O nosso Logos solar está se esforçando para receber a terceira Iniciação cósmica de
seu nível, ou seja, o domínio do seu corpo mental cósmico. Também terá de receber
Iniciações menores e maiores, uma vez que a conquista é feita subplano a subplano.
Quando chegar esse grandioso momento, Ele se transfgurará, irradiando toda a Sua

554
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Luz e Glória, que será vista por todo o corpo do Logos cósmico, do Qual é um centro
sagrado. Será a fusão de Sua Alma com a Sua Personalidade cósmicas. Isso repercutirá
no sistema solar físico na forma de um grande aumento do brilho do nosso Sol central,
devendo provocar também um aumento do brilho do nosso Sol visível e com isso
marcando o início do pralaia do sistema.

Assim são percorridos os três caminhos cósmicos:

• O do homem, o qual, se fzer o esforço necessário, poderá alcançar planos


cósmicos.
• O do Logos planetário, que também, se fzer o esforço necessário, poderá alcançar
planos além dos cósmicos.
• O do Logos solar, também com possibilidades de alcançar planos além dos
cósmicos.
É lógico que para o homem, alcançar níveis cósmicos poderá ocorrer no atual sistema
solar. Mas para os Logoi solar e planetários, alcançar e conquistar planos além dos
cósmicos supõe outras encarnações do nosso Logos solar, ou seja, outros sistemas
solares. Para todo esse caminho tríplice, contamos com a ajuda, orientação e o AMOR
do Irmão Maior do nosso Logos Solar, o Logos de Sírius, que recebe em seus braços os
Filhos da Terra, que para lá vão desenvolver Manas cósmico. Não é por mera
casualidade que a estrela Sírius, a alfa de Cão maior, é a mais brilhante para nós, sendo
perfeitamente visível nesta época do ano, por volta das vinte e duas horas, no alto do
céu, um pouco para oeste, com a nossa visão voltada para o norte.

Temos aí muito para refetir e meditar, procurando tirar conclusões úteis para a vida
prática, utilizando os conhecimentos disponíveis para correlacionar e efetuar analogias,
instrumentos valiosíssimos para a obtenção de inspirações, quando é conseguida a
habilidade de manter a mente em branco, em expectativa, após a devida dinamização
do cérebro.

No próximo estudo analisaremos o assunto o quarto reino e a Hierarquia do planeta, da


página 326 do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Estudo 144

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como

555
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - O Quarto Reino e a
Hierarquia do Planeta (Páginas 326, 328 e 329)

Vamos estudar o quarto reino e a Hierarquia do planeta, dentro da ótica de Manas. O


estudante ocultista comum que tenha refetido detidamente sobre o que foi ensinado,
terá captado e compreendido certos fatos. Terá dado conta de que a conjunção
Espírito-matéria e mente ou manas foi efetivada durante a terceira raça-raiz e que a
família humana se fez presente defnitivamente na Terra desde essa época. Sabe que
isto se produziu pela chegada, em presença corpórea, de certas grandes Entidades;
aprendeu que Elas vieram da cadeia venusiana, que conseguiram a necessária
conjunção, tomaram a si o cargo do governo do planeta, fundaram a Hierarquia oculta
e, embora algumas permaneçam no planeta, as demais regressaram a sua fonte de
origem. Isto pode, em muitos sentidos, resumir todo o conhecimento atual. Vamos
ampliá-lo brevemente, corrigir certas interpretações errôneas e comprovar um ou dois
fatos novos.

Primeiramente, o estudante de ocultismo tem de ter presente:

a. Que este advento signifcou que o Logos planetário tomou um veículo físico e
literalmente constituiu a chegada de um Avatar.

b. Que dito advento foi consequência de um alinhamento defnido do sistema, que


envolveu:

• o esquema venusiano do sistema (o esquema de Vênus);


• a cadeia venusiana do esquema terrestre (a nossa segunda cadeia);
• o globo venusiano da cadeia terrestre (o nosso segundo globo).

c. Que o Logos planetário, melhor dizendo, SANAT KUMARA, não veio para a nossa
cadeia diretamente do esquema de Vênus, mas passou pela segunda cadeia do nosso
esquema, a chamada cadeia venusiana. Devido ao alinhamento do sistema o kundalini
logoico solar pode circular por um determinado triângulo, do qual Vênus e a Terra
foram dois de seus vértices. Isto fez acelerar a vibração e permitiu ao Homem
celestial do nosso esquema receber uma Iniciação menor (referente ao domínio do
quinto subplano do quarto subplano astral cósmico) e começar seus preparativos
para uma Iniciação maior (a referente ao domínio do quarto subplano astral cósmico),
que receberá na metade da próxima ronda.
Ao considerarmos esta matéria, devemos visualizá-la não só no que concerne ao nosso

556
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
globo e à sua humanidade atual, mas também desde o ponto de vista do cosmos e do
sistema e sua importância para um Logos planetário e um Logos solar, ou seja, este
evento envolveu todo o sistema solar.

Daí a verdade de que este acontecimento não só foi o resultado de que nosso Logos
terrestre recebera uma Iniciação menor, mas também de que o esquema de Vênus se
destacou, por ter o Logos de Vênus recebido uma Iniciação maior, em Sua quinta
cadeia. No que respeita ao Logos solar, o evento se deu depois de ser estimulado um
de Seus centros, o que se deveu à progressão geométrica do fogo, ao circular através
do triângulo já mencionado.

Foi afrmado que cento e quatro Kumaras vieram de Vênus à Terra; literalmente o
número é cento e cinco, se for considerada a Unidade sintetizadora, o Senhor do
Mundo, SANAT KUMARA. Permanecem ainda com Ele os três Budas de Atividade.
Necessário se faz chamar a atenção sobre o duplo signifcado dessa expressão "Budas
de Atividade", pois confrma a realidade de que as Entidades que se encontram em Seu
grau de evolução constituem amor-sabedoria ativo e personifcam em Si Mesmas os
dois aspectos: Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa. Os três Budas de
Atividade correspondem às três pessoas da Trindade, dentro dessa dualidade de
aspectos.

Tais Entidades estão divididas em três grupos de trinta e cinco, personifcando em Si


Mesmas os três centros maiores do Logos planetário, esses três grupos que
conhecemos como os "três departamentos", devendo-se realçar que cada
departamento constitui um centro:

a. O centro coronário O Departamento Regente.

b. O centro cardíaco O Departamento de Ensino.

c. O centro laríngeo O Departamento do Mahachoan. Este centro sintetiza os quatro


centros menores, assim como o terceiro Raio sintetiza os quatro raios menores.
Estes Kumaras (ou Seus substitutos atuais, oriundos da humanidade terrestre) podem
ser divididos também em sete grupos, correspondentes aos sete Raios e são, em Si
Mesmos, a vida do centro que representam. Consequentemente, quinze (outra vez o
dez e o cinco) destas Entidades formam um centro no corpo do Logos planetário,
conjuntamente com os três Kumaras, sobre os quais (são quíntuplos, somando quinze
no total) é dito que constituem as Vidas que convertem em um Ente esse centro

557
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
particular, implicado na próxima Iniciação do Homem celestial, ao qual pertencem hoje
os entes humano e o farão durante este grande ciclo.

Outro fato que deve ser observado, com respeito a estes grandes Seres, é que,
considerados em seus sete grupos, formam:

a. Pontos focais para a força ou infuência que emana de outros centros ou sistemas
solares.

b. As sete divisões da Hierarquia oculta.


Existem, como o Homem celestial mesmo, em matéria etérica e, literalmente, são
grandes Rodas ou Centros de Fogo vivente, fogo manásico e elétrico; vitalizam o corpo
do Homem celestial, mantendo-o unido como um todo objetivado. Formam um triângulo
planetário (constituído por três globos do esquema terrestre) dentro da cadeia e cada
um dEles vitaliza um globo.

Na atual etapa não é permitido dar informação exotérica sobre o seguinte:

• Que Raio ou emanação logoica personifca nosso Logos planetário.

• Qual o centro no sistema solar, cuja função é exercida pelo esquema da Terra.

• Qual esquema constitui nosso polo oposto e qual Homem celestial está mais
estreitamente vinculado ao nosso.

• Qual centro particular nosso Logos planetário procura vitalizar hoje.


Cremos que, com a expressão "não dar informação exotérica" sobre os assuntos acima
listados, o Mestre Djwal Khul quis dizer que não pode dar informações detalhadas
sobre eles, pois algumas dessas informações já sabemos.

Estes pontos, como se pode compreender, são demasiado perigosos para serem
conhecidos pelo público em geral e os estudantes, cuja intuição esteja sufcientemente
desenvolvida para obter tal informação, saberão por si mesmos a necessidade de
guardar silêncio.

Estudo 145

558
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Uma Profecia
(Páginas 329, 330, 331 e 332)

Antes de continuar com o tema, estudemos as diferentes cadeias do esquema


terrestre. Devemos realçar que são nomes aplicados às cadeias e aos globos,
simplesmente para facilitar a clareza. A medida que o assunto seja estudado com maior
amplitude, será inevitável designar as cadeias por seu número e abandonar os nomes
que agora são empregados:

1. Netuno
2. Vênus
3. Saturno
4. Terra
5. Mercúrio
6. Marte
7. Júpiter
É oportuno aqui dar algumas explicações aos estudantes sobre os diagramas inseridos
neste tratado.

Eles descrevem unicamente um ciclo da evolução logoica e abarcam somente o atual


período maior, que estamos empenhados em desenvolver. Podemos dizer em termos
gerais que o sistema abrange o período que começou para nós em meados da terceira
raça-raiz da atual ronda e continuará até o período denominado "o Juízo" na quinta
ronda vindoura. Quando chegar esse momento, nosso Logos planetário terá alcançado
essa Iniciação que constitui Sua meta atual, a quarta Iniciação maior, que signifca o
domínio do quarto subplano astral cósmico, ou seja, Ele terá mais controle emocional
em nível cósmico. Nessa ocasião o esquema de Vênus estará terminando sua quinta
ronda da quinta cadeia, começando assim a entrar em obscurecimento, previamente à
transferência de Sua vida ao planeta sintetizador com o qual está conectado.

Mercúrio estará atingindo a apoteose de sua realização e, com Marte e a Terra, formará
um triângulo no sistema. Falamos aqui de esquemas e não de cadeias.

Deve ser reconhecido outro triângulo dentro do esquema terrestre, o das cadeias
chamadas "terrestre", venusiana e mercuriana; porém esse triângulo concerne
totalmente aos centros do Logos planetário do nosso esquema. Existe uma formação
no sistema, de grande importância na próxima ronda, que será produzida por três

559
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esquemas:

• o da Terra,
• o de Marte e
• o de Mercúrio,
relacionados entre si de tal forma, que ocorrerá o seguinte resultado:

1. A formação de um triângulo no sistema.

2. A livre circulação do kundalini logoico solar através desses 3 pontos.

3. A vitalização de certos grandes centros logoicos solares. Então o kundalini logoico


solar transferirá sua atenção do atual triângulo em processo de formação - a Terra,
Vênus e um esquema cujo nome é conveniente reservar - ao seguinte.

4. Um grupo totalmente novo de seres humanos virá à encarnação em nosso


esquema terrestre. Três quintos da humanidade atual, que nessa época encontrar-se-
ão no caminho de Provação ou no de Iniciação, terão seu centro de consciência
defnitivamente no plano mental, enquanto os outros dois quintos seguirão enfocados
no astral. Esses dois quintos passarão a um pralaia temporário, antes de serem
transferidos para outro esquema, pois o terrestre já não será um lugar adequado
para nutri-los.

5. Virão Entidades de Marte ao esquema terrestre e encontrarão seu necessário


campo de esforço.

6. A vida em Mercúrio começará a sintetizar-se e a ser transferida a seu planeta


sintetizador, que não é Saturno, mas um dos dois centros maiores superiores (Netuno
ou Urano).

7. No "Dia do Juízo" na quinta ronda ou o ponto de realização do nosso Homem


celestial, será presenciado um período de luta planetária nos níveis mentais, que fará
com que nossa atual intranquilidade mundial pareça insignifcante. Como se indicou
anteriormente, a luta atual foi produzida para por em prova a capacidade dos entes
nas atuais formas humanas, para valorizar suas forças mentais e transcender, pelo
poder da MENTE, o sentimento ou a dor. A luta na quinta ronda dar-se-á entre a

560
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mente superior e a inferior e o campo de batalha será o corpo causal. A luta - que
agora ocorre no planeta, tem lugar entre uns poucos Egos (ou dirigentes de muitas
raças, que ocupam necessariamente seu lugar e posição em virtude de sua
polarização egoica) e muitas personalidades, as quais são atraídas ao vórtice
mediante a associação grupal - é necessariamente terrível e obriga a destruir a
forma. A luta na quinta ronda, que será levada a cabo em níveis mentais, será
desenvolvida entre Egos e grupos egoicos, trabalhando todos conscientemente e
com dedicação intelectual, a fm de lograr certos resultados grupais.
A luta terminará com o triunfo (triunfo fnal) do Espírito sobre a matéria, excluirá
certos grupos incapazes ainda de se desprenderem das ataduras da matéria e que
preferem o cativeiro, em lugar da vida do Espírito; marcará o princípio do
obscurecimento do nosso esquema e a entrada gradual no pralaia durante as duas
rondas e meia que restem de nossa quarta cadeia, continuando nas 3 cadeias fnais.

É um interessante fato esotérico que a nossa Terra deveria estar agora em sua quinta
ronda, igual ao esquema venusiano; porém na cadeia lunar do nosso esquema houve
uma demora momentânea no processo evolutivo do nosso Homem celestial,
provocando a temporária lentidão de Suas atividades, o que causou "perda de tempo",
se assim podemos nos expressar, com toda a reverência. Os Senhores da Face
Obscura ou as forças inerentes da matéria, triunfaram por um tempo e só na quinta
ronda da nossa cadeia veremos sua derrota fnal.

O esquema de Vênus teve também seu campo de batalha, porém o Logos de Vênus
soube vencer as forças antagônicas, triunfou sobre as formas materiais e, em
consequência, ao chegar o momento oportuno, esteve em condições de aplicar o
necessário estímulo ou uma crescente vibração ígnea a nosso esquema terrestre.
Devemos refetir sobre o fato de que tenha sido pedida ajuda externa durante a
terceira raça-raiz da atual ronda e de que a evolução de Manas tenha produzido a
individualização física do Avatar. O Manasaputra divino, o Senhor do Mundo, tomou
forma por meio do impulso de Manas, inerente à Sua natureza e, de forma misteriosa,
foi ajudado pelo Homem celestial de outro esquema, requerendo Sua colaboração.

No próximo estudo faremos alguns comentários sobre o que acabamos de expor.

Estudo 146

561
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre (Páginas 329, 330,
331 e 332) - Comentários

Vamos efetuar alguns comentários sobre o que foi dito no estudo anterior.

Os nomes dados às cadeias do esquema terrestre signifcam as infuências exercidas


neles por outros Logoi planetários. A primeira recebeu a infuência do Logos de Netuno
e seu esquema, que exerce a função de chacra umbilical do Logos solar e está sob a
ação do sexto raio, tendo sido essa a tônica dessa cadeia.

A segunda, a venusiana, foi infuenciada pelo Logos de Vênus e seu esquema (chacra
frontal do Logos solar), tendo sido de grande importância para o esquema terrestre,
pois foi nela que se iniciaram os preparativos para a encarnação do nosso Logos
planetário no quarto globo da quarta cadeia, na quarta ronda. O raio regente foi o
quinto.

A terceira cadeia, a lunar, foi infuenciada pelo esquema de Saturno, que é o chacra
laríngeo do Logos solar, regido pelo terceiro raio. Como o terceiro raio signifca
atividade inteligente e afeta fortemente a matéria (sendo que o laríngeo faz par com o
sacro), cremos que nesse fato reside alguma luz para o mistério do fracasso da cadeia
lunar.

Na atual quarta cadeia estamos ainda sob a infuência de Saturno, terceiro raio.

A quinta cadeia, a mercuriana, estará sob a infuência do esquema de Mercúrio, chacra


básico do Logos solar e regido pelo quarto raio.

A sexta cadeia, a de Marte, o qual está sob a infuência de Netuno e do sexto raio,
estará sob a atuação do esquema de Marte.

A sétima e última cadeia, a de Júpiter, será infuenciada pelo esquema de Júpiter,


chacra cardíaco do Logos solar e sob o segundo raio.

Olhando a sequência dos raios atuantes, temos:

6º - 5º - 3º - 3º - 4º - 6º - 2º.

Vemos que prevalecem os raios pares: 4 pares e 3 ímpares, estando ausentes os raios
1º e 7º, dois raios de força.

Todavia, mesmo com o predomínio dos raios pares, essa predominância não é muito
grande (4:3), donde podemos concluir que o nosso Logos planetário, neste atual

562
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sistema solar, está vivendo um grande ciclo dentro de um certo equilíbrio.

Olhando as cadeias no tempo, deduzimos que inicialmente Ele viveu experiências


devocionais e idealistas, no sentido cósmico (6º raio). A seguir viveu um período de
experiências mentais por 3 cadeias: 5º raio(cadeia de Vênus), 3º raio (cadeia de
Saturno) e 3º raio (a atual cadeia).

No período fnal de Sua vida física cósmica, Ele vivenciará intensamente o aspecto
búdico da Sua natureza, através do 4º raio (cadeia de Mercúrio, quando consolidará a
harmonia entre pares de opostos) e do 6º raio (cadeia de Marte, quando aperfeiçoará
Seu lado idealista), culminando com o 2º raio (cadeia de Júpiter), coroando Seu lado
búdico.

É evidente a perfeita coerência existente nesse planejamento de desenvolvimento de


qualidades do nosso Logos planetário, nessa sequência de 7 encarnações, dentro da
encarnação do nosso Logos solar, uma vez que Esse objetiva desenvolver ao máximo
Seu aspecto búdico no atual sistema solar.

Quanto ao triângulo interno dentro do esquema terrestre, formado pelas cadeias


terrestre, venusiana e mercuriana, atuando nos centros do nosso Logos planetário,
temos de raciocinar posicionando-nos no tempo. Há vários enfoques para centros ou
chacras. Cada cadeia pode ser considerada como um centro, no sentido de que nessa
cadeia, como um todo, um determinado centro foi o mais trabalhado, embora os
demais centros tenham sido trabalhados. Nesse caso, como os efeitos de uma cadeia
permanecem no tempo, uma vez que fcam gravados na Tríade inferior do Logos
planetário, é perfeitamente racional interpretar uma cadeia já realizada (a venusiana),
uma em realização (a atual) e uma a se realizar (a mercuriana, a 5ª), como uma
circulação de energia entre 3 centros, que se aperfeiçoam gradativamente.

No período de um sistema solar, o Logos planetário encara Suas 7 cadeias, entre


outras coisas, como 7 centros, no nível mais elevado, as 7 rondas de uma cadeia como
etapas menores nesse desenvolvimento e os 7 períodos globais de uma ronda como
passos menores da etapa da ronda.

Com referência ao triângulo Terra - Marte - Mercúrio para a próxima ronda,


observamos os seguintes fatos:

• Marte é o 3º esquema,
• a Terra é o 4º esquema,
• Mercúrio é o 5º esquema,

563
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• a ronda da Terra será a quinta,
• a Terra, Marte e Mercúrio estão na 4ª cadeia,
• A Terra e Marte são os quartos globos,
• Mercúrio é o 5º globo.
Então temos:

• uma sequência 3, 4 e 5, em termos de ordenação de esquemas,


• um alinhamento: Mercúrio, 5º esquema e 5º globo e Terra, 5ª ronda,
• um alinhamento de cadeias: a Terra, Marte e Mercúrio na 4ª cadeia.
Em consequência disso o intercâmbio Terra - Marte - Mercúrio será fortemente
facilitado e incrementado, com a vinda à Terra de seres humanos de Marte e Mercúrio,
bem como a ida de entidades humanas da Terra a Marte e Mercúrio, como entre Marte
e Mercúrio.

Devemos fnalmente considerar que o nosso Logos solar já recebeu as 1ª e 2ª


Iniciações cósmicas (domínio de seus corpos físico e astral cósmicos) e está se
preparando para receber a 3ª Iniciação cósmica (domínio do seu corpo mental
cósmico, inferior superior) e, por isso, Seu fogo solar ou da mente, oriundo do Seu Ego,
já está incrementando Seu fogo por fricção tríplice cósmico e sintonizando-o consigo.
Assim, esse duplo fogo, ao circular pelo triângulo Terra - Marte - Mercúrio, produzirá
um estímulo muito forte não só nos Logoi planetários envolvidos, como em suas
humanidades e reinos. Iremos ingressar num período de intensas vida e felicidade,
nunca vivenciadas, em níveis sempre mais elevados.

Em decorrências dessas conclusões, devemos nos esforçar para permanecermos no


esquema da Terra e não sermos expurgados no "Juízo" da 5ª ronda. Para tal
imprescindível se faz que usemos e aperfeiçoemos ao máximo a mente, sempre com o
objetivo de usá-la para expressar budi.

Estudo 147

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Comentários
sobre a Profecia (Continuação) (Páginas 329, 330, 331 e 332)

No estudo de hoje falaremos um pouco sobre o expurgo do chamado "Dia do Juízo",

564
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que ocorrerá na metade da próxima ronda, quando a humanidade estiver novamente
no planeta Terra.

Nessa ocasião será feita a grande e fnal seleção daqueles em condições de continuar o
aprendizado no esquema da Terra, aptos a assimilar e desenvolver em si mesmos os
ensinamentos superiores previstos na programação do nosso Logos planetário. Todos
os que não possuírem essas condições serão expulsos do esquema terrestre e irão
prosseguir seu aprendizado em esquemas adequados à sua recuperação.

Esses que serão expurgados constituem-se em duas classes principais:

1. Os que não se preocuparam em desenvolver a mente ou manas, contentando-se


apenas com o aspecto devocional,

2. Os que desenvolveram a mente, mas esqueceram o objetivo desse


desenvolvimento: a manifestação de budi.

O 1º grupo irá para um determinado esquema. Alguns terão oportunidade de


recuperação no nosso esquema, em rondas futuras. O segundo grupo obviamente
deverá ir para um esquema diferente daquele que receberá o primeiro, onde
encontrarão circunstâncias que os levarão a desenvolver um pouco do princípio
budi, por via do corpo astral, uma vez que não poderão ter muita oportunidade de
utilizar a mente ou manas, o que seria desastroso.
Essa seleção, que consistirá previamente numa guerra na matéria mental, envolvendo
os que insistirão em permanecer polarizados na mente inferior e apegados à matéria e
os que estarão polarizados na mente superior ou causal, preocupados em desenvolver
budi.

Será uma batalha terrível, porque, embora vá ocorrer na matéria mental, a humanidade
estará encarnada fsicamente na Terra e sofrerá fsicamente os efeitos dessa luta
mental, pois sabemos que a energização da matéria mental repercute na matéria física.

Assim podemos ter uma ideia do que será essa batalha na 5ª ronda. Por isso, mais do
que nunca, devemos ouvir e por em prática as palavras do Mestre Djwal Khul na página
331 do Tratado sobre Fogo Cósmico: " ...e transcender, pelo poder da MENTE, o
sentimento ou a dor."

Aqueles que acham que apenas pela devoção conseguirão escapar dessa situação,
estão totalmente enganados e vivendo uma grande miragem. O sofrimento será intenso
e só poderemos neutralizá-lo pelo desenvolvimento da mente e pelo conhecimento.

565
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No próximo estudo analisaremos o resumo do assunto.

Estudo 148

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como
Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Resumo (Páginas
332, 333 e 334)

No término da subseção I da seção B da segunda parte do tratado sobre fogo cósmico,


a origem de manas ou mente, faremos um resumo do que dito a respeito. Em todo o
decorrer do estudo, vimos claramente que manas constitui essencialmente a vontade
ativa e inteligentemente aplicada por uma Entidade. Vimos ainda que tal vontade ativa
e inteligente afeta todas as vidas menores que evoluem ciclicamente dentro do Corpo
dessa Existência particularmente ativa, inteligente e voluntária. Isto é verdade em todos
os Seres, do Logos para baixo. Resumindo, talvez possamos expressá-lo da seguinte
maneira:

A fonte da atividade manásica de um sistema solar é essa grande Entidade cósmica, de


cujo corpo o nosso Logos solar personifca um centro, juntamente com outros seis
Logoi solares, também Seus centros, totalizando sete centros.

A fonte da atividade manásica dos esquemas planetários é essa Entidade cósmica


denominada Logos solar. É a Inteligência diretora ativa, que atua com propósito
defnido por meio de Seus sete centros.

A fonte da atividade manásica de um esquema planetário é essa Entidade cósmica


menor chamada Logos planetário. Atua por meio de Suas sete cadeias, assim como o
faz o Logos solar por meio de Seus sete centros constituídos pelos sete esquemas.

É interessante observar que, quando o Logos solar é impelido manasicamente a


desenvolver algum propósito de Sua fonte superior (AQUELE SOBRE QUEM NADA SE
PODE DIZER), tal fato pode causar a vivifcação de um ou outro de Seus centros, de
acordo com o propósito fxado. Isto ocorreu quando se formou o triângulo, do qual a
Terra e Vênus foram dois de seus vértices e (afetando os Homens celestiais desses
dois esquemas) Os estimulou a receber a Iniciação, induzindo o Logos planetário do
nosso esquema a formar um triângulo menor, dentro de Sua esfera de atividade, o qual
resultou em Ele receber uma Iniciação menor e na impregnação manásica do homem

566
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
animal (da raça lemuriana). Assim, foi levado à atividade objetiva esse grupo de
Mônadas que entraram na composição de um centro determinado.

Semelhante e microcosmicamente, um ser humano constitui o incentivo manásico e a


origem da vontade inteligente e ativa de todas as células dentro de seu tríplice corpo -
mental, astral e físico. Sua é a inteligência diretora, sua é a fonte de toda ação e de
todo esforço dentro de sua periferia e, analogamente a como o fazem suas
correspondentes esferas superiores, o Logos solar e o Logos planetário, atua por meio
de seus sete centros.

Delineamos assim a origem de manas até onde é possível fazer na atualidade. O


mistério de manas está oculto na própria existência; guarda o enigma da vida e oculta e
vela essas Entidades, cuja qualidade e característica sobressalente é manas. Para a
vida desse diminuto ente que chamamos átomo no corpo físico do homem, o Pensador
no corpo causal ou sua inteligência superior diretora, é tão obscura e desconhecida,
como o é o Logos para o Pensador, o Homem. Não obstante, a analogia é exata. O
corpo físico do homem, por exemplo, considerado como um todo coletivo, composto
de muitas vidas menores, sofre ou prospera, segundo obre a Inteligência diretora com
amor-sabedoria ou contrariamente. O princípio manásico anima tudo o que ocorre
dentro da aura do homem e este sofre ou progride de acordo com o modo de
aplicação desse princípio.

Analogamente podemos dizer, com reverência, do corpo do Logos e de Seu sistema e


também do Logos planetário e Seu esquema.

Há um ditado popular que diz:"quando a mente erra, o corpo padece." Este ditado não
se aplica somente ao homem, mas a um Logos planetário e a um Logos solar.

Vemos esse ditado aplicado ao ser humano cotidianamente e de forma bem visível.
Quanto ao Logos planetário, os efeitos requerem maior capacidade de raciocínio, para
serem percebidos e entendidos, mas não é difícil.

Sabemos que a nossa humanidade está passando por uma grave crise existencial. O
sexo está desenfreado, tendo essa falta de freio dado origem à AIDS, que assola o
reino humano. Olhando o ser humano individualmente, sabemos que esse sofrimento
do corpo é causado pelo mau comportamento da mente, melhor dizendo, pela falta de
uso da mente. Mas sob a ótica coletiva como humanidade, sabemos que as causas
dessa orgia sexual se remontam à cadeia lunar, a anterior à nossa, quando o nosso
Logos planetário cometeu um deslize mental e infuenciou uma Entidade planetária, que
não devia ser perturbada, a qual afetou a humanidade lunar de tal forma, que ela se

567
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desviou do Plano estabelecido para a cadeia, chegando a uma situação sem
possibilidade de correção, obrigando a intervenção direta do Logos solar, o Qual
determinou a extinção da cadeia antes da época prevista. Como tudo isso fcou
gravado nos registros cármicos do nosso Logos planetário, Ele se vê obrigado a
resgatar esse carma na nossa cadeia e aí estão os efeitos.

Mas vejamos o lado positivo e benéfco do bom uso da mente por parte do nosso
Logos planetário. Empenhado em corrigir o carma gerado na cadeia lunar e em
compensar a perda de tempo resultante, Ele atualmente está caminhando depressa e
está mais atento mentalmente, para não cometer mais erros. Em decorrência desse
Seu esforço, Ele recebeu uma Iniciação menor por ocasião da raça lemuriana, trazendo
para ela a individualização, ou seja, a implantação da mente. No atual período, na nossa
5ª raça-raiz e 5ª sub-raça, Ele irá receber outra Iniciação menor, em preparação para
uma maior, na metade da próxima ronda, quando a humanidade (os que conseguirem
chegar até la) estiver novamente no planeta Terra. Haverá então a grande seleção,
fcando no esquema terrestre somente aqueles em condições de desenvolver e
expressar o princípio búdico. Será o início de um período de felicidade e intensidade de
vida nunca experimentadas, que prosseguirão num crescendo contínuo, pois Ele tem
como meta receber a 2ª Iniciação cósmica, que signifca o domínio pleno do Seu corpo
astral cósmico, quando Ele poderá experimentar e reproduzir à vontade as emoções
cósmicas mais sublimadas e elevadas e já estará com uma boa capacidade mental, uma
vez que, ao receber a 2ª Iniciação cósmica, Seu corpo mental cósmico já estará com
uma boa coordenação para iniciar imediatamente o preparo para a 3ª Iniciação
cósmica, o domínio do Seu corpo mental cósmico.

Essa vivência por Ele das emoções cósmicas elevadas irá provocar uma intensíssima
dinamização das matérias constituintes das subdivisões superiores (as matérias
etéricas) da matéria física cósmica, as quais são nossas matérias búdica, átmica,
monádica e adi. Inicialmente os efeitos benéfcos irão se manifestar na matéria búdica,
que tem ligação com a matéria astral cósmica. Para a humanidade vivendo no planeta
Terra nessa época, ainda na 4ª cadeia, em suas rondas fnais, a dinamização da matéria
búdica irá se expressar por meio de seus corpos astrais como emoções, geradas na
matéria atômica astral, nunca vivenciadas antes. A matéria astral irá se comportar
transparentemente, ou seja, reproduzirá, sem distorção, em uma oitava inferior, as
vibrações da matéria búdica de seus corpos búdicos.

Os que atualmente já estão evoluindo com uma velocidade maior que a maioria da
humanidade, viverão essas experiências muito antes, pois, pelo seu próprio esforço,

568
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
irão dominando as diversas subdivisões da matéria física cósmica e mais adiante
penetrarão na matéria astral cósmica.

Assim encerramos a subseção I. A seguir entraremos na subseção II, com o tema A


POSIÇÃO DE MANAS.

Estudo 149

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - II - A Posição
de Manas - 1. Manas e o Carma - 2. Manas e o Propósito Cármico (Páginas 334, 335,
336, 337 e 338)

Estudamos manas como o princípio inteligente de algum Ser, desenvolvendo-se como


objetividade ativa, gerando um mundo fenomênico. Vimos também a inter-relação
existente entre essas Entidades. Iremos agora visualizar, embora superfcial e
vagamente, a verdadeira posição do princípio manásico nos três casos. O mistério
deste princípio está oculto em duas coisas fundamentais:

O mistério da dissolução da estrela de seis pontas na de cinco pontas, isto é, uma


transformação.

O mistério dos Senhores do Carma, que são os únicos receptores dos propósitos
mentais dessa ENTIDADE cósmica, que abarca nosso Logos solar dentro de Sua
consciência.

Por tanto, uma vez estudado o aspecto esotérico da astrologia e geometria mística e
estabelecida uma aliança entre ambas ciências, será projetada muita luz sobre o tema
do princípio inteligente. Em outras palavras, conhecendo-se o que está gravado nos
registros cósmicos na forma de posições entre constelações e suas interações, dentro
de um ponto de vista geométrico, obteremos um entendimento maior do que é
realmente manas. Quando se compreender melhor a atuação interna da Lei de Causa e
Efeito (Lei pela qual os Senhores Lipikas governam todas suas atividades), só então os
flhos dos homens poderão estudar benefcamente o lugar ocupado por manas no
esquema evolutivo. Na atualidade, unicamente é possível assinalar o caminho a seguir,
antes de poder aclarar matéria tão difícil e indicar certas linhas de investigação que, se
seguidas cientifcamente e com empenho, poderão dar como recompensa um
conhecimento valioso ao estudante. Até que a intuição não esteja melhor desenvolvida

569
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
no homem comum, o princípio manas constitui por si mesmo uma barreira para ser
adequadamente entendido. Somente quando o homem comum tiver conquistado a
capacidade de pensar de forma abstrata e de se locomover mentalmente e com
inteligência na esfera dos conceitos e signifcados, o que é o mesmo que discernir as
naturezas das energias atuantes em todo o cosmos, só então manas será realmente
compreendido pela humanidade, sendo por isso que a sua grande maioria prefere o
caminho da devoção astralina, que não exige nenhum esforço mental, bastando a
passividade e a entrega cega e total a falsos líderes, onde vemos cegos guiando cegos.

2. Manas e o Propósito Cármico


Se o estudante compreender que manas e propósito inteligente são palavras
praticamente sinônimas, perceberá em seguida que o carma e as atividades dos
Senhores Lipikas estão implicadas na questão. Também compreenderá que a medida
que a mente inferior se transmuta em mente superior ou abstrata e esta em intuição,
poderá o homem entender o signifcado de manas. Talvez pergunte porque é assim.
Porque a mente abstrata é o agente, nos níveis cósmicos, por meio do qual a Entidade
implicada formula Seus planos e propósitos. Estes planos e propósitos (concebidos
pela mente abstrata) cristalizam-se em forma concreta por meio da mente inferior, no
curso da evolução.

O que chamamos o plano arquetípico, em relação ao Logos (o plano no qual formula


Seus ideais, Suas aspirações e Seus conceitos abstratos) é a analogia logoica, nos
níveis atômicos abstratos do plano mental, desde o qual se iniciam os impulsos e
propósitos do Espírito no homem - propósitos que oportuna e paralelamente serão
levados a uma forma objetiva, semelhantemente ao que o Logos faz.

Primeiramente o conceito abstrato, logo o meio para manifestar-se na forma,


fnalmente a forma mesma. Tal é o processo para os Deuses (os Seres cósmicos) e os
homens. Nisto está oculto o mistério da mente e seu lugar na evolução.

Para maior claridade estudaremos momentaneamente o microcosmo, o homem. Os


estudantes compreenderão que o homem é Espírito ou o Eu atuando através da
matéria ou o não-eu, por meio da inteligência ou manas. Por outro lado, devem
compreender que a afrmação deste fato (igualmente com respeito ao Logos solar, ao
Homem celestial e ao ser humano) implica aceitar certas conclusões baseadas na
manifestação mesma. Uma dessas conclusões consiste em construir a forma por meio
do princípio manásico. Em consequência, deve ser estudado todo o tema referente aos
Construtores ou Entidades que personifcam a Mente Universal e as vidas que animam

570
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a forma, que são os divinos Manasaputras em Sua total compreensão. Na compreensão
esotérica disso se encontra o segredo da estreita relação existente entre o homem e a
evolução dévica, sendo o homem depositário (mediante o Homem celestial, de cujo
corpo é parte) do propósito do Logos e os Devas, em seus graus superiores, o fator
atraente coesivo que manipula a matéria e a modela nas formas. São sócios
indispensáveis um do outro. Se não trabalhassem em estreita colaboração, este
sistema solar objetivo se desintegraria imediatamente, assim como os corpos denso e
etérico se desintegram, quando o Espírito se retira e os Construtores cessam seu
trabalho.

Três hierarquias ocupam-se particularmente da manifestação objetiva em matéria


etérica, a quarta ou hierarquia exclusivamente humana e as quinta e sexta hierarquias
dévicas. As outras hierarquias atendem a outras fnalidades vinculadas à vida do
Espírito nas formas superiores dos éteres cósmicos. Porém, em relação com o nosso
tema, estas três hierarquias atuam nos níveis inferiores do plano físico cósmico, cujos
subplanos denominamos planos mental, astral e físico. Quando o cinco e o quatro
estiverem perfeitamente unifcados e fundidos, teremos alcançado o nove de uma
Iniciação maior e quando se acrescentar o seis, teremos a dissolução em um dos
grupos personifcados por um Kumara, como já foi insinuado anteriormente. Isto
assinala a dissolução fnal da estrela de seis pontas na de cinco pontas. Este grande
mistério concerne principalmente ao Homem celestial de nosso esquema e só
incidentalmente aos grupos dentro de Seu corpo de manifestação etérica.

Segundo nossa interpretação, a fusão do cinco com o quatro refere-se à sintonia das
quinta e quarta hierarquias criadoras. A quinta hierarquia dévica trabalha na matéria
do plano mental e é responsável pela personalidade humana. A quarta hierarquia é de
Mônadas humanas, localizada na matéria do plano búdico. Quando ocorrer a sintonia
exata entre a Mônada e a personalidade, melhor dizendo, quando a Mônada conseguir
expressar com o máximo de efciência suas qualidades, utilizando a essência dévica da
quinta hierarquia dévica criadora, então será alcançado o nove de uma Iniciação maior.
A sexta hierarquia dévica criadora trabalha na matéria do plano astral e quando a
Mônada, já tendo conseguido se expressar plenamente pela essência dévica da quinta
hierarquia, conseguir se expressar, também plenamente, através da essência dévica da
sexta hierarquia, então será acrescentado o seis, o que resulta na dissolução em um
grupo, pela unifcação da Mônada com seus corpos mental e astral e, obviamente, o
físico, regido pela sétima hierarquia dévica criadora. Essa unifcação signifca o
domínio total por parte da Mônada sobre seus três veículos inferiores e a sua

571
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
capacidade para expressar suas qualidades por meio deles, ao máximo, dentro das
limitações inerentes à matéria.

É evidente que toda manifestação constitui portanto a incorporação na forma de um


conceito cósmico e seu desenvolvimento em forma concreta. Manas ou inteligência é o
fator fundamental de progresso e o meio pelo qual são vinculados o abstrato e o
concreto. Isto é aceito como verdade, tanto no que respeita ao homem, como às
Entidades cósmicas. A medida que o homem for penetrando no coração do mistério, irá
compreendendo que seu objetivo na evolução consiste em construir conscientemente
o canal, que vai desde os níveis que constituem para ele os planos do abstrato ou do
ideal, até os concretos, onde atua habitualmente. Este canal vinculador, denominado de
forma inadequada, é, literalmente "O CAMINHO".

Estudo 150

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - II - A Posição
de Manas - 2. Manas e o Propósito Cármico (Continuação) (Páginas 338 e 339)

Continuando nosso estudo, vejamos como o homem constrói seu caminho, ou seja,
como ele pode conquistar sua meta:

Por meio do princípio conscientemente aplicado.

Pelo processo de transcender as limitações cármicas dos 3 mundos inferiores (físico,


astral e mental).

Pelo método de dominar a matéria ou a personalidade, considerada como o não-eu.

Pela expansão gradual da consciência, até abarcar as matérias ou planos que almeja
alcançar, demonstrando assim que é verdadeira a afrmação: para trilhar o Caminho o
homem tem de ser converter no próprio Caminho. Também é exata a verdade
esotérica: o antakarana é, em si mesmo, uma ilusão. Refitam sobre isto, porque
iluminará aqueles que tenham olhos para ver.

No processo de trilhar o Caminho e alcançar a meta, o homem dissolve-se na estrela de


cinco pontas e, fnalmente, no triângulo do Espírito. Entre ambas etapas, existe uma
etapa esotérica misteriosa, em que se dissolve no quatro, porém esta vez, não no
quatro do quaternário inferior, mas em um quatro superior. O homem chega a ser parte
da consciência desse grupo oculto insinuado várias vezes como próximo dos três

572
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Logoi, os quatro grandes Maharajás, os dispensadores do carma, os depositários do
propósito cósmico, refetidos (somente refetidos) no quaternário logoico ou nos
quatro Homens celestiais, que personifcam (com seu terceiro sintetizador) manas
logoico. Os quatro e o sintetizador constituem em Si Mesmos a soma total de manas, o
aspecto Brahma ou Inteligência Ativa. O carma atua através de manas e só quando a
estrela de seis pontas (ou a soma total da mente concreta com suas diversas divisões)
se converte na estrela de cinco pontas, a síntese do inferior no abstrato superior,
torna-se possível a transmutação no três ou Tríade espiritual, por intermédio dos
quatro ou depositários amorfos do propósito cármico. Assim consegue-se a liberação,
o homem fca liberado e o microcosmo chega a SER, sem necessidade de tomar forma.
Poder-se-ia aqui insinuar algo sobre o microcosmo: quando o microcosmo tenha
transcendido os três mundos da matéria e se convertido na estrela de cinco pontas,
penetra na consciência da Mônada ou Espírito puro, através da quarta matéria ou
quarto plano, o búdico. A matéria búdica é para o homem o local da analogia cármica.
Em tal matéria penetra na esfera onde colabora conscientemente no esgotamento do
carma do Homem celestial, uma vez que tenha esgotado completamente seu carma
pessoal nas três esferas inferiores. O estudante sufcientemente intuitivo, pode deduzir
os planos ou matérias que correspondem à matéria búdica de um Homem celestial e de
um Logos solar. Isto poderá ser feito, se se estende a ideia até os níveis cósmicos, mais
além do sistema.

Em virtude das ideias aqui expostas, talvez o estudante perceba alguns aspectos do
lugar que manas ocupa na evolução cósmica. Isto requer possuir um ponto de vista
algo sintético e manter frme a ideia do PROPÓSITO em toda atividade, seja cósmica, do
sistema, planetária ou microcósmica. Este é o fogo do impulso divino, que impregna
todas as formas e as impulsiona a certa atividade e realização.

O fogo da matéria, do qual nos temos ocupado anteriormente, é o fogo dinâmico do


movimento, que mantém em atividade cada átomo de matéria. O fogo da mente é o
impulso e propósito coerentes, que impelem as formas (construídas de matéria ativa) a
irem em direção específca e segundo certos caminhos predeterminados. Por
conseguinte, o impulso cármico é causa origem e vontade ativa. Constitui
analogamente o resultado ou efeito desta ação no tempo e somente quando a Tríade
entra em atividade por meio dos quatro esotéricos, são consumidos os fogos da mente
e da matéria e é liberado o fogo do Espírito.

Analisemos alguns tópicos. Nos três processos para o homem construir seu caminho
ou conquistar sua meta (sendo que sempre surge uma meta mais elevada, quando uma

573
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
é conquistada), percebemos claramente que sempre a mente (manas) é a ferramenta
utilizada. Por isso é evidente que o homem é o próprio caminho, porque ele tem de
trabalhar a si mesmo e empregar a matéria de seus corpos, portanto ele trilha a si
mesmo.

Que o antakarana é, em si mesmo, uma ilusão, também não é difícil de entender. A


construção do antakarana é feita a partir do cérebro físico, em obediência a uma
sequência de etapas cientifcamente realizadas, estabelecendo uma linha de
comunicação entre a unidade mental permanente e o átomo mental permanente, por
fora da linha de comunicação normal, o fo da consciência. Ora, para tal é necessário
que já exista uma excelente comunicação Alma/cérebro físico, por dois motivos:

• para entender a importância dessa construção;

• para poder manipular matéria mental inferior e superior, pois a linha de


comunicação é feita com moléculas das 3ª e 2ª subdivisões da matéria mental, que
pertencem à matéria mental superior ou causal, sendo também necessária a
habilidade de atuar na unidade mental e no átomo mental permanentes, para fxar a
ligação.
Ora, se essa clareza de visão da realidade oculta já chegou ao cérebro físico, o fo da
consciência já está muito bem desenvolvido, donde se conclui que a construção do
antakarana é uma demonstração convincente de que a Alma já adquiriu um efciente
controle e domínio sobre seus veículos inferiores. O antakarana, após construído,
funde-se com o fo da consciência e o da vida, passando a serem uma linha única de
comunicação, por onde passam energias e informações, sem distorção. Daí poder-se
afrmar que o antakarana é, em si mesmo, uma ilusão, todavia sendo necessário realizar
essa ilusão, como consolidação de uma conquista.

A dissolução na estrela de cinco pontas signifca a etapa alcançada pelo homem,


quando ele, tendo assimilado as qualidades dos quatro atributos de manas, consegue
coordená-las a partir da síntese de manas, ou seja, do 3º raio, Inteligência Ativa, em
plena expressão, no nível humano.

A dissolução fnal no triângulo do Espírito signifca a etapa do desenvolvimento do


homem, em que ele, como Mônada, passa a se expressar com efciência através da
Tríade espiritual ou superior.

A etapa intermediária, entre a estrela de cinco pontas e o triângulo do Espírito, é

574
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aquela em que o homem passa a viver e atuar conscientemente na matéria búdica
(após a 4ª iniciação planetária) que é onde sintetiza três atributos de manas com o
quarto, trabalhando com 4 atributos, podendo então exercer uma efciente atividade na
matéria etérica do corpo físico cósmico do nosso Logos planetário, cooperando assim
com o carma do Logos.

A etapa em que a estrela de seis pontas se transforma na estrela de cinco pontas, é


aquela em que o homem, já com os quatro atributos de manas com razoável
desenvolvimento e atuando pelo 3º raio, ainda está ligado ao corpo astral, às emoções,
sendo dependente delas, constituindo assim uma estrela de seis pontas:

• corpo astral: 1 ponta;


• 4 atributos de manas: 4 pontas;
• 3º raio:1 ponta.
Total de pontas: 6

Quando o homem se libera das emoções, passando a controlá-las, polarizando-se na


mente, então torna-se uma estrela de cinco pontas.

A sequência do processo evolutivo do homem na direção de sua meta é a seguinte:

• na 3ª iniciação planetária sua Alma funde-se com a personalidade, passando a


dominar plenamente os 3 corpos inferiores, tornando-se de estrela de 6 pontas em
estrela de 5 pontas;

• na 4ª iniciação passa a viver e agir conscientemente na matéria búdica, tornando-se


um cooperador no carma do Logos planetário e fca liberto dos mundos das formas;

• na 5ª iniciação sua Tríade superior funde-se com a Tríade inferior, tornando-se uma
estrela de 6 pontas, mas numa espiral superior;

• na 7ª iniciação o homem, como Mônada, consegue se expressar plenamente pela


sua Tríade superior e escapa da matéria física cósmica, passando a viver na matéria
da 7ª subdivisão (a mais densa) da 7ª subdivisão astral cósmica, quando então passa
a colaborar nas emoções do Logos planetário.
É fácil de entender que para o Logos planetário a matéria que constitui o 4º éter do
Seu corpo físico cósmico é a matéria búdica dentro do Seu esquema. Para o Logos
solar, o 4º éter do Seu corpo físico cósmico é a matéria búdica que constitui o 4º éter

575
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dos corpos físicos cósmicos de todos os Logoi planetários (Seus esquemas
planetários), mais a matéria búdica fora desses esquemas, contida dentro do círculo
"não se passa" solar.

Não podemos confundir a matéria búdica (4º éter físico cósmico) do Logos solar,
dentro do seu corpo físico cósmico, com a matéria búdica fora do seu corpo e muito
menos com a matéria búdica cósmica, que é o 4º éter físico para o Parabrahma
cósmico, Aquele que está por cima dos Logoi cósmicos.

É na matéria búdica que se encontra refetido o carma do nosso Logos planetário e,


portanto, aqueles que já acessam essa matéria conscientemente, podem tomar
conhecimento desse carma.

A expressão "somente quando a Tríade entra em atividade por meio dos quatro
esotéricos, são consumidos os fogos da mente e da matéria e é liberado o fogo do
Espírito", tem o seguinte signifcado: os quatro esotéricos são as quatro matérias:
física, astral, mental e búdica, que devem ser dominadas na 4ª iniciação, quando o fogo
elétrico do Espírito ou da Mônada se funde com os fogos da matéria e da mente, já
fundidos na 3ª iniciação, consumindo-os e deixando livre o fogo elétrico e a Mônada
passa a viver sem necessidade de formas, ou seja, passa a SER, servindo-se apenas da
Tríade superior.

Essa visão das Entidades cósmicas e das diversas matérias constituintes do mundo
fenomênico como um todo, é de grande utilidade, não só para a nossa localização, mas
para nos mostrar, de forma bem clara, o caminho que temos pela frente e que
devemos percorrer. Caso hesitemos em avançar, como aqueles que se deixam dominar
por teologias irracionais, como essas pregadas pelas religiões, sofreremos as
decepções da perda de tempo e de fcar para trás, não usufruindo de modos de vida
de muito maior intensidade e de muito maior utilidade para os nossos Logoi. Não
devemos nos deixar dominar pela ilusão do nosso modo de contar a passagem do
tempo. Devemos pensar em nível de tempo cósmico, ou seja, procurar entender as
metas do nosso Logos planetário para as próximas rondas e cadeias e tudo fazer para
acompanhar Seus passos para a conquista dessa meta. Isso só é possível realizar, pelo
uso da MENTE OU MANAS.

No próximo estudo entraremos no assunto: a atual etapa do desenvolvimento manásico


nos três grupos: Logos solar, Logos planetário e humanidade.

576
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 151
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - III - A Atual
Etapa do Desenvolvimento de Manas nos Três Grupos (Páginas 339 e 340)

Se fôssemos expressar a atual etapa do desenvolvimento de manas nos 3 grupos,


poderíamos textualmente formulá-la em forma de pergunta com respeito ao ponto
alcançado no desenvolvimento ativo do propósito das grandes Entidades envolvidas na
manifestação do cosmos e do sistema; também poder-se-ia inquirir sobre se a vontade
inteligente do Logos cósmico, do Logos solar e (dentro do sistema) dos distintos Logoi
planetários, progrediu satisfatoriamente até alcançar a etapa em que pode ser
apreciada, sendo por sua vez em parte compreendida.

Estas ideias encontram-se contidas na consideração deste ponto e nos apresenta


muitas coisas de verdadeiro interesse. Queremos assinalar que o princípio manásico
(seja cósmico, do sistema ou humano) manifesta-se de cinco maneiras; transmuta-se
em sabedoria, após sua quíntupla manifestação e, com o tempo, converte-se em
vontade pura e poder. Analisemos estas últimas palavras do Mestre Djwal Khul.

Fica bem claro e evidente o processo de desenvolvimento, quando se olha o todo.


Primeiramente, temos o 7º Raio, de Magia Cerimonial/Organização, que rege a matéria
e o confronto mais forte entre Espírito (ou Mônada) e matéria. Aprende-se, em
qualquer nível: humano, dos Logoi planetários, do Logos solar e do Logos cósmico, a
organização, a por as coisas em ordem. Em seguida vem o 6º Raio, da
Devoção/Idealismo, quando se aprende a dedicação pela devoção e pelo idealismo e
vive-se a fase da religiosidade, bem patente e visível na atual humanidade, embora de
forma muito distorcida e distante da realidade. Após vem o 5º Raio, do Conhecimento
Concreto, quando aprende-se a encontrar o que é correto e exato, dentro do ponto de
vista material. A seguir vem o 4º Raio, da Harmonia pelo Confito, quando se desenvolve
a capacidade de equilibrar os pares de opostos, obtendo-se um denominador comum.
Finalmente, chegamos ao raio de Manas propriamente dito, o sintetizador dos 4 raios
anteriores, o raio da Inteligência Ativa, o terceiro, o qual consolida todas as qualidades
aprendidas nas experiências nos 4 raios de atributo, cujo aperfeiçoamento torna o
Ente um perito no uso da mente ou de manas. Vem em seguida a transformação de
manas com toda a sua riqueza em sabedoria, quando chegamos ao 2º Raio, de Amor-
Sabedoria-Razão Pura e passamos a desenvolver o princípio búdico ou crístico.
Finalmente toda essa imensidão de riquezas conquistadas passa para o domínio do 1º
Raio, da Vontade Pura ou Poder. Mas aí o Poder ou a Vontade dispõe de muitos
instrumentos para se expressar, não agindo às cegas, sendo a Vontade amorosa e

577
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inteligente. Como facilmente podemos perceber, essa sequência de execução do Plano
Divino, em qualquer esfera, é de uma inteligência e beleza indescritíveis, beleza sim,
porque no entendimento de um fenômeno da natureza existe beleza, muito maior do
que aquela oriunda da apreciação pura e simples do fenômeno sem entendê-lo, que
chamamos apreciação puramente emocional do fenômeno, que não deixa de ser uma
apreciação cega e conduz a muitos erros, como facilmente observamos no
comportamento da humanidade.

Voltemos agora às palavras do Mestre. Aqui há um indício. Nele está oculto todo o
desenvolvimento objetivo que vemos ao nosso redor, em relação aos Homens celestiais
e às células de Seus corpos, entre as quais nós, seres humanos, estamos incluídos. Aí
também reside o mistério dos cinco Kumaras, que esperam a dissolução fnal. Também
se oculta o conhecimento da alquimia divina, com base nos cinco elementos e tem a ver
com sua transformação no elemento primário, em uma etapa intermediária. Usemos
mais uma vez manas, para entendermos essa alquimia divina, citada pelo Mestre.

De início, procuremos entender porque o plano mental ou a matéria mental, é chamado


o plano do fogo ou sede do elemento fogo, se o fogo existe em todos os planos ou em
todas as matérias e não é prerrogativa da matéria mental. Olhemos a partir do nosso
mundo físico. O que vemos? Vemos as matérias astral e mental. Sabemos que essas
duas matérias estão mescladas, sendo na realidade kama-manas (kama é igual a
astral), sendo kama a dominadora de manas, na grande maioria da atual humanidade.
Sabemos da Física que o calor evapora a água. Ora o calor é oriundo do fogo. Para a
sublimação da matéria astral ou da emoção, temos de separar manas de kama, para
que manas assuma o domínio e passe a sublimar as emoções ou kama. Assim, essa
ação de manas equivale à ação do fogo em evaporar a água, mudando seu estado de
líquido para gasoso. Portando, a matéria mental é a sede do elemento fogo apenas em
relação à matéria astral e não sob o ponto de vista total.

Passemos agora para a alquimia divina. Já vimos que no processo evolutivo,


começamos pelo 7º Raio, a seguir desenvolvemos o 6º Raio, tendo como ferramenta de
trabalho o 7º Raio. Isto nada mais é do que uma transformação ou combinação, uma
vez que combinamos o 7º Raio com o 6º Raio, como numa combinação química. Após,
vem mais uma combinação química, a combinação dos 7º e 6º Raios, já combinados,
com o 5º Raio, ou seja, temos de desenvolver o 5º Raio, com as ferramentas já
unifcadas dos 7º e 6º Raios. Em seguida, vem a construção do 4º Raio, pela utilização
dos instrumentos combinados dos 7º, 6º e 5º Raios. Quando foi concluída a construção
do 3º Raio, através do manejo da ferramenta conjunta dos 7º, 6º, 5º e 4º Raios, efetua-

578
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
se a combinação dessas cinco ferramentas numa só, que será utilizada para a
construção do 2º Raio e fnalmente chega a etapa de construção do 1º Raio, seu
aperfeiçoamento, combinação com todos os raios anteriores e expressão da glória
conjunta e simultânea de todos eles, sendo a apoteose do processo evolutivo, que se
repete em espirais cada vez mais elevadas, ou seja, no homem, no Logos planetário, no
Logos solar, no Logos cósmico e assim prossegue. É essa a nossa visão da alquimia
divina.

É óbvio que sempre o 3º Raio está subjacente à manifestação dos 4 raios de atributo,
embora sem poder manifestar todo o seu poder e glória, o que só é possível após as
passagens pelos seus atributos.

Se aplicarmos esses conceitos à nossa matéria física, melhor dizendo, aos nossos
átomos químicos, dentro da visão esotérica, o que implica em concebê-los como
corpos de expressão de entidades vivas que buscam evoluir e possuidores de
entidades menores dentro de si, acrescentando a esses conceitos o grande trabalho
dos Devas na natureza, conjugando todos esses conceitos na forma correta,
conseguiremos entender a ação da alquimia divina dentro desse mundo material físico.
As leis da física e da química casam-se muito bem com a visão esotérica realista.

No próximo estudo estudaremos a atual etapa do desenvolvimento manásico nos


planetas do nosso sistema solar.

Estudo 152

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - III - A Atual
Etapa do Desenvolvimento Manásico nos três Grupos - 1. Nos Planetas (Páginas
340,341, 342 e 343)

Ao estudarmos estes temas, devemos levar muito em conta a diferença existente entre
a transmutação e a fnal dissolução, entre o processo esotericamente entendido de
transformar os cinco elementos e a fnal dissolução das essências, transmutadas em
suas correspondentes sínteses; esse processo esotérico signifca, em outras palavras,
o seguinte: as experiências e qualidades assimiladas na área do 7º raio,
Organização/Magia Cerimonial são sintetizadas e segue-se o período de
experimentação e aprendizado na área do 6º raio, Idealismo Devocional, usando-se
como ferramenta o adquirido anteriormente, dando-se uma fusão dos dois raios; em

579
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seguida vem o período de experimentação e aprendizado na área do 5º raio,
Conhecimento Concreto, tendo como ferramenta o assimilado anteriormente,
ocorrendo a fusão dos dois raios fundidos anteriores com o quinto; segue-se o período
do 4º raio, Harmonia pelo Confito, repetindo-se o processo de síntese e nova
experimentação, com a utilização do adquirido anteriormente, de forma simultânea;
fnalmente, vem a etapa fnal de fusão e experimentação na área do 3º raio, Inteligência
Ativa, a síntese derradeira no 3º raio. Tudo isto é transmutação e transformação. Ainda
não é a dissolução fnal, uma vez que ainda faltam os 2º e 1º raios, para aprendizado,
dentro dos limites previstos para o atual sistema solar. Isto tem uma infuência vital
sobre o nosso tema, porque a dissolução não é ainda possível e na maioria dos casos
somente agora está começando o processo. Ao estudar estes tópicos devemos
necessariamente nos limitar aos Homens celestiais, pois os entes humanos, como
células de Seus corpos, estão logicamente incluídos em tudo o que se diz sobre Eles e
até que não se saiba que Logos cósmico reconhece nosso Logos Solar como centro de
Seu corpo e quais são os outros seis sistemas solares que estão ligados ao nosso, não
poderemos elucidar a etapa de desenvolvimento manásico no sistema, o que é óbvio,
uma vez que, para avaliarmos o desenvolvimento manásico no sistema, temos de saber
a qualidade propósito do Logos cósmico e as qualidades propósitos dos outros seis
Logoi solares ligados ao nosso, já que Eles relacionam-se entre si, havendo
interferências mútuas, que certamente afetam o desenvolvimento manásico. Em
relação aos Homens celestiais, certos fatos são suscetíveis de serem captados
teoricamente, embora não possam ser comprovados pela mente científca, apenas
podemos perceber a lógica e coerência das afrmações. Como de costume,
classifcaremos nossas premissas, pois assim teremos os pontos que estamos
investigando e visualizá-los-emos com toda a clareza:

Primeiro. Pode-se dizer que o terceiro aspecto juntamente com o segundo, Brahma e
Vishnu unidos, forma a totalidade dos divinos Manasaputras, para poder existir o
Homem celestial completo. São a Vontade que utiliza a matéria ou substância
inteligente ativa, a fm de manifestar Amor-Sabedoria-Razão Pura. Tudo baseia-se num
propósito e tem como fundamento a causalidade, ou seja, a Lei de Causa e Efeito, a Lei
do Carma. Este aspecto Brahma é quíntuplo (o terceiro raio e os quatro raios de
atributo, atributos de manas) e, com o aspecto Vishnu (o segundo raio), forma o seis
ou o hexágono, tendo Mahadeva ou Vontade (o primeiro raio) no centro de toda
manifestação.

Segundo. Este quíntuplo aspecto de Brahma ou os cinco Kumaras, estão em plena

580
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
manifestação e, conjuntamente com o refexo dos outros dois aspectos, formam o sete
do nosso sistema manifestado.

Terceiro. Mercúrio e Vênus em processo de transmutação e o princípio manásico de


ambos esquemas, tendo alcançado uma elevada etapa de desenvolvimento, está se
transmutando em Amor-Sabedoria-Razão Pura (o princípio búdico ou cristíco). Quando
as três quintas partes dos entes (dévicos e humanos), que compõem os veículos de
qualquer dos Logoi planetários, entrem no Caminho, inicia-se o processo de
transmutação. Então, a faculdade MENTAL transforma-se em instrumento para criar,
não para "matar o real" nem para obstaculizar a vida livre do Espírito ou Mônada.

Devemos também observar que a Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Vulcano, estão
todavia desenvolvendo manas e a etapa que cada um já alcançou é distinta. Isto não
pode ser divulgado exotericamente. Os Homens celestiais de ditos esquemas ainda não
conseguiram que Seus corpos tenham alcançado a etapa, na qual é possível a
transmutação em grande escala. Estão se aproximando dessa etapa e quando
cheguem às três quintas partes necessárias, começará a transmutação em ampla
escala. No esquema terrestre, na atualidade, há uma quinta parte que já está em
processo de transferência para um dos globos e Vulcano tem quase duas quintas
partes.

Poder-se-ia dizer que, apesar de nos interessarmos principalmente por manas das
células humanas no corpo de um Logos planetário, sem embargo devemos ter em
conta que os entes dévicos predominam em alguns esquemas. Embora, desde o ponto
de vista de um ser humano, de nenhuma maneira se considere que os Devas, como
comumente se entende, estejam sendo infuenciados por manas, todavia desde outro
ponto de vista são o próprio manas, a força ativa criadora, as quinta e sexta
Hierarquias ( Makara e os Senhores Lunares ) em pleno auge. Devemos refetir sobre a
relação (necessariamente íntima) que existe entre a quinta Hierarquia dévica e o quinto
princípio logoico ( Makara trabalha na matéria do plano mental, na realidade é a própria
matéria mental ) e também ter em conta que - considerando todo o tema desde o
ponto de vista de um Homem celestial - os Devas formam parte integrante de Sua
natureza, sendo um Manasaputra, um Construtor criador e o quíntuplo aspecto de
Brahma. A soma total de manas é essência puramente dévica e somente ao realizar-se
a união entre este quíntuplo terceiro aspecto e os outros dois aspectos, vem a ser o
que consideramos o HOMEM, seja celestial ou humano. Os Devas estão unidos com
outros dois fatores, cujo resultado é:

581
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Um Logos solar.
Um Homem celestial.
Um ser humano.

Este é um grande mistério e está ligado ao da eletricidade (ou vida fohática), ao qual
refere-se Helena Petrovna Blavatsky (Dout. Secreta, I, 123). Os Mensageiros, os
Construtores, os Devas (todos Hierarquias dévicas trabalhando no atual sistema solar ),
são fogo famejante, matéria elétrica radiante (fogo elétrico tríplice, energizando as
diversas matérias do sistema). Somente em tempo e espaço, unicamente durante a
manifestação e exclusivamente através dos ciclos de objetividade, pode vir à existência
um ente como o homem ou um Homem celestial. Fora do "círculo não se passa" solar,
por exemplo e no que se refere à nossa evolução, temos substância elétrica radiante,
éter inteligente ativo, animado pela evolução dévica, somente. Os Devas trabalham
cegamente, regidos pelas leis da eletricidade cósmica. Temos de diferenciar
cuidadosamente entre a eletricidade cósmica e o akasha elétrico (fogo elétrico) do
sistema, que é substância elétrica confnada e submetida a outra série de leis, pela
ação de outro fator, o do Espírito puro, a Mônada do nosso Logos solar. Este "Espírito
puro" ou Ser consciente abstrato, em virtude do carma consciente, trata
periodicamente de manifestar-se e decide desenvolver um propósito sob as leis de Seu
Próprio Ser, sendo assim impelido pela qualidade atrativa de Seu polo oposto, a
substância inteligente, a fm de fundir-se com ela. A união destes dois polos e seu
ponto de fusão causa essa labareda no universo cósmico denominada sol, cujo
resultado é luz ou objetividade. Por conseguinte, dentro do "círculo não se passa" , o
fogo elétrico do Espírito puro somente pode se manifestar mediante a fusão ou união
com a substância elétrica; portanto, está limitado por ela durante e evolução e na maior
parte do processo. Efetivamente, por mais incompreensível que possa parecer, a
evolução dévica domina durante a maior parte da manifestação, até que se inicie o
processo de transmutação. Os Devas constroem incessantemente a forma que limita.

Quando os cinco Homens celestiais efetuam o processo de transmutação, então todo o


sistema alcança um grau muito elevado de evolução e, com os dois esquemas que
entrarão na etapa de obscurecimento (Mercúrio e Vênus), iniciar-se-á o processo de
dissolução (a síntese, o pralaia). O plano, considerado em conjunto, será o seguinte:

Os quatro esquemas que formam o Quaternário logoico fundir-se-ão com seu esquema
sintetizador, o de Saturno, enquanto Vênus e Mercúrio fundir-se-ão com Urano e
Netuno. Não se deve atribuir importância à ordem consecutiva destes nomes. É
necessário compreender o fator dual.

582
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Por conseguinte, Netuno, Urano e Saturno terão absorvido a essência da manifestação
e ( em conexão com o Logos solar ) serão as correspondências dos componentes da
Tríade inferior no corpo causal do homem. Dizemos "correspondências", porque a
analogia não é total. Urano e Netuno são o refexo do átomo astral permanente e da
unidade mental permanente do Logos solar. Saturno é, de fato, a analogia do átomo
físico permanente do Logos solar. Este é um mistério esotérico e não se deve separar
da verdade similar no esquema cósmico.

Considerando manas como a atividade vibratória de todos os átomos e limitando o


conceito ao nosso esquema, é interessante observar que podemos determinar algumas
analogias à medida que estudemos este quinto princípio durante a atual ronda, a
quarta. O princípio manásico é a base da vinda à atividade e do reconhecimento mental
de alguns fatos interessantes na natureza. Deixaremos a consideração destes fatos
para o próximo estudo.

Estudo 153

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - III - A Atual
Etapa do Desenvolvimento Manásico nos Três Grupos - 1. Nos Planetas (Final) (Páginas
343 e 344)

Procuremos entender a absorção da essência da atual manifestação do Logos solar


por parte de Saturno, Netuno e Urano e a equivalência deles aos 3 componentes da
Tríade inferior no corpo causal do homem, em relação ao Logos solar.

No ser humano a essência das experiências de uma encarnação são armazenadas nos
3 componentes da Tríade inferior, segundo a natureza das experiências. Serão
posteriormente copiadas para o Loto Egoico, cujas pétalas vão se abrindo com isso.

Esse armazenamento também ocorre para o Logos solar, mas tem de haver um
preparo prévio, com a devida síntese. Nessa síntese as humanidades e os Logoi
planetários são benefciados, porque ela constitui experiências enriquecedoras.

Urano faz o preparo para a Unidade Mental Permanente logoica e Netuno para o
Átomo Astral Permanente.

Saturno é a analogia exata do Átomo Físico Permanente logoico, porque, além da


síntese, é feito o armazenamento, não tão perfeito quanto no Átomo Físico Permanente

583
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
logoico.

Esse mesmo processo de síntese e de analogias se dá em relação à Tríade inferior do


Logos cósmico, existindo 3 sistemas solares para essas funções.

Podemos observar analogias interessantes, conforme formos estudando o princípio


manásico na atual ronda, considerando manas como a atividade vibratória de todos os
átomos e nos limitando ao nosso esquema.

Manas é a base da vinda à atividade e do reconhecimento mental dos seguintes fatos


da natureza.

A quinta espirila do átomo da matéria entrará em atividade. Esta espirila começa a


vibrar fracamente, enquanto a quarta, nesta 4ª ronda, está adquirindo uma vibração
que produzirá a intensa vitalização dos corpos e, com o tempo, provocará a
desintegração das formas e consequente saída do Espírito e sua entrada em uma
forma composta de matéria que responderá à vibração da 5ª espirila.

O 4º éter já está sendo reconhecido e com ele virá o conhecimento das vidas que
personifca. Eis aqui o êxito do esforço dos espiritistas, devido ao grande número de
entes comuns desencarnados, que desejam fazer contato com o mundo físico,
revestidos com matéria desse éter (o chamado ectoplasma, das materializações
espíritas). Os Devas desse éter também serão conhecidos, antes de se encerrar esta
ronda; será estabelecida assim uma aliança entre a 4ª hierarquia criadora dos homens
e os Devas do 4º éter.

O 4º plano, o búdico, será conhecido gradualmente com a ajuda de manas, ocorrendo


isto a medida que manas se transmute em sabedoria. Para uns poucos, nesta ronda, o
5º princípio será substituído pelo princípio búdico. Desde agora até a metade da
próxima ronda, ocorrerá uma sobreposição dos 4º e 5º princípios, budi e manas,
formando o nove ou homem perfeito, o Iniciado.

Além disso, podemos realçar que o controle exercido pelo 4º Kumara (o que cuida do
4º princípio, budi) colocar-se-á em evidência e será sentido cada vez mais. Não é
possível dar mais informações sobre isso, sendo sufciente mencioná-lo.

A consciência de toda a família humana passará gradualmente para o 4º subplano


mental e será regida cada vez mais pela mente concreta, a não ser que isto seja
acompanhado por uma constante afuência de Egos ao plano búdico, ativamente
conscientes, fcando assim, pura e simplesmente, fora do controle de manas, situação
grave, que deve ser manejada pela Hierarquia. Analisemos melhor esta última

584
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
informação. Sabemos que existe uma ligação forte entre a matéria astral e a búdica.
Pela intensifcação das subdivisões mais sutis da matéria astral (4ª, 3ª, 2ª e 1ª), é
possível fazer a consciência alcançar as subdivisões mais densas (7ª e 6ª) da matéria
búdica. Ora, esta espécie de atalho, ao largo do corpo mental (manas), fará com que as
informações captadas na matéria búdica cheguem à consciência astral e desta à
consciência cerebral fortemente distorcidas, provocando um desastre pela excessiva
devoção, levando a humanidade a uma total inércia mental, colocando em risco o Plano
Divino.

A tarefa dos 4 Maharajás, que distribuem o carma dentro do "círculo não se passa",
atingirá o apogeu na 4ª ronda. Na próxima ronda destacar-se-á o trabalho dos Lipikas,
que se ocupam de tudo o que se relaciona com nosso sistema, fora do "círculo não se
passa". É assim, porque os Senhores Lipikas aplicam a Lei àqueles que se tenham
fundido com seu princípio divino (budi) através de manas e já não estejam sujeitos às
formas materiais dos 3 mundos inferiores. Os Senhores do carma e os Maharajás
trabalham com os flhos dos homens nos 3 mundos inferiores e por meio do princípio
manásico.

No próximo estudo analisaremos o atual desenvolvimento de manas no sistema.

Estudo 154

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - III - A Atual
Etapa do Desenvolvimento Manásico nos Três Grupos - 2. No Sistema (Páginas 344,
345 e 346)

É evidente que a amplitude do tema e os grandes ciclos de tempo envolvidos fazem


com que esse assunto se torne obscuro e impedem seu esclarecimento. Só serão
observados os pontos mais importantes. O único que se pode fazer neste tratado é
expor conceitos amplos e gerais e apresentar fatos fundamentais, sem entrar em
maiores detalhes. Certas ideias parecem claras sobre um fundo obscuro de planos
complicados, ante a confusão aparente causada pela superposição de ciclos maiores e
menores e a acumulação de detalhes caóticos. Este caos e contradição aparentes
devem-se à nossa evolução imperfeita, à falta de perspectiva resultante do lugar que
ocupamos no esquema planetário e à limitação de nossa visão. Na nossa posição atual
o único que podemos apreciar são generalidades sobressalentes, que poderiam

585
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
resumir-se em 3 fatores: posição, relação, limitação.

Posição ou lugar que ocupa o sistema dentro do conjunto maior e a natureza coletiva
de toda manifestação. Isto envolve o conceito de:

Um sistema cósmico que encerra sistemas menores, os quais são mantidos unidos pelo
poder de uma vida unifcada.

Um sistema solar, parte desse sistema maior de manifestação, que também encerra
formas menores objetivas, as quais ele mantém semelhantemente unidas pelo poder de
sua própria vida.

Um esquema planetário ou subdivisão desse sistema solar. Subsiste também como


unidade em si mesmo, sem embargo não pode existir separado de outras unidades.

Grupos ou corpos unifcados dentro do esquema. Estes também se encontram


individualizados, não obstante, são ao mesmo tempo parte do conjunto maior.

Conglomerados ou agrupamentos de células, subdivididas em grupos, os quais devem


ser interpretados de forma similar.

Células ou unidades individuais dentro dos grupos. Cada uma é um ente consciente,
todavia nenhuma sobrevive separada de seu grupo.

Analisemos o que acima foi dito. No primeiro item temos o Logos Cósmico
manifestando-se através de 7 Logoi solares, Seus centros principais e de Logoi solares
e outras Entidades cósmicas, em funções outras. Temos ainda de considerar as
interações dessas Entidades entre si, dentro do sistema cósmico e as infuências
provenientes de fora, que afetam fortemente o desenvolvimento manásico de todas as
Entidades, maiores e menores, em evolução em todos os sistemas solares e nos
esquemas dentro dos sistemas solares. Em resumo, uma célula do corpo de um ser
humano está exposta a essas infuências. Se pudéssemos acompanhar a linha de
atuação de uma energia de fora do sistema cósmico, agindo sobre o nosso Logos
cósmico, provocando nEle uma alteração de consciência, essa alteração afetando o
nosso Logos solar, o que por sua vez afeta o nosso Logos planetário, o Qual, com a
modifcação de consciência decorrente, atinge todos nós, perceberíamos claramente
que o tema é complicado, mesmo sem levar em conta as interações dentro do nosso
sistema solar, uma vez que todos os Logoi planetários são afetados e reagem de forma

586
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
diferente, em virtude de Seus diferentes níveis evolutivos. Esse raciocínio aplica-se a
todos os grupos dos demais itens.

Cada uma das divisões mencionadas caracteriza-se por:

A Vida animadora, que - no que nos afeta - emana DAQUELE SOBRE QUEM NADA
PODE-SE DIZER e anima os 7 sistemas solares, descendo desde o Senhor de um
sistema solar, passando pelas Entidades cósmicas, até os chamados Homens celestiais
e as Entidades solares que animam os grupos e também pela peculiar manifestação
central, chamada ser humano, a pequena célula dentro do corpo desse ser humano e o
átomo que constitui a matéria fundamental, com a qual são construídas todas as
formas, em todos os reinos da natureza.

A Atividade inteligente, ou manifestação do propósito, ou manas, o 5º princípio em


todo tipo de manifestação. Como foi mencionado anteriormente, constitui o Plano
inteligente da Entidade implicada, que o está desenvolvendo em tempo e espaço.

O Poder para evoluir ou progredir. Constitui literalmente a capacidade característica da


vida animadora dentro da forma, o que permite a esta progredir inteligentemente,
desde as formas inferiores da manifestação até as superiores. Este é, antes de tudo, o
atributo peculiar e perfeito do 5º princípio. Isto signifca a habilidade de adaptação a
novas situações com êxito, abandonando formas inadequadas, em busca de outras que
melhor expressem as novas qualidades adquiridas pelo morador.

Capacidade de unir. Capacidade própria de todas as Vidas inteligentes e ativas para


ajustarem-se, durante a evolução, à Lei de Atração e Repulsão e assim formar parte
consciente e inteligente de uma Vida maior. Literalmente constitui a transmutação de
manas em sabedoria. Embora tudo o que É existe na forma, ainda é pouco o que já se
encontra submetido à fscalização inteligente do ente que mora dentro dela.
Unicamente os Homens celestiais e Suas superiores e abarcantes vidas atuam
consciente e inteligentemente através da forma, dominando-a, pois somente Eles são
manas perfeito. Debaixo dEles há muitos graus inferiores de consciência. O homem vai
alcançando gradualmente o controle consciente da matéria nos 3 mundos, controle
alcançado por seus Protótipos divinos, os Homens celestiais. Estes, por sua vez, estão
logrando um controle similar nos níveis superiores, como por exemplo, o nosso Logos
planetário, que irá receber a 4ª iniciação na próxima ronda, com o domínio da matéria
da 4ª divisão do Seu corpo astral cósmico. Há muitas vidas cegas e inconscientes,
inferiores à vida do homem, no conglomerado ou subdivisão da qual formam parte.
Portanto, podemos ver em linhas gerais o lugar que ocupa manas na atual etapa.

587
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Podemos deduzir destas palavras do Mestre que essa capacidade de unir refere-se ao
domínio das vidas menores que constituem a forma, mantendo-as unidas e
trabalhando corretamente para o propósito do morador.

Estudo 155

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - III - A Atual
Etapa do Desenvolvimento Manásico nos Três Grupos - 2. No Sistema (Continuação)
(Páginas 346 e 347)

Outra das características sobressalentes, como resultado do nosso estudo, é a


Relação. O entendimento dela conduzirá, nos anos futuros, ao estudo das distintas
polaridades nas diferentes esferas (desde um esquema planetário até um átomo)
dentro do "círculo não se passa" solar, assim como da relação existente entre:

Um esquema e os demais esquemas.


Um esquema e outro.
Uma cadeia e outra.
Um globo e outro.
Um grupo e outro.
Uma subdivisão e outra.
Uma unidade e outra. Unidade no sentido de tudo aquilo que tem certo grau de
autoconsciência ou individualidade, não se referindo a nada inferior ao reino humano.
Uma célula e outra.

Procuremos analisar as relações acima expostas.

Em "a" e "b" podemos ver o relacionamento do nosso esquema com todos os outros, da
mesma forma que numa família com muitos flhos, cada flho se relaciona de forma
especial com um irmão, diferentemente da forma com os demais irmãos em conjunto.
Sabemos que os Homens celestiais têm níveis de evolução diferentes, alguns mais
adiantados, outros um pouco menos. Além disso, Eles expressam diferentes energias
de raio, como também relacionam-se com as sete Plêiades, de forma diferente entre si,
o que gera comportamentos diferentes. Temos ainda de considerar as funções
diferentes que exercem no corpo do Logos solar. Na verdade esse assunto é
vastíssimo, muito empolgante e extremamente útil para todos nós. Defnir todas as
relações entre os Logoi planetários do sistema solar, de Um para Outro e de Um para

588
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Todos, com base nas informações que o Mestre nos dá em Seus livros, é um projeto de
imensa utilidade.

Em "c", a relação entre uma cadeia e outra de um esquema é facilmente perceptível, da


mesma forma que o resultado de uma encarnação do homem afeta a encarnação
seguinte, não só em relação ao carma gerado e que deve ser resgatado na encarnação
seguinte, como pelo fato de ter o homem desenvolvido capacitações e qualidades
numa encarnação e poder utilizá-las na seguinte. Da mesma forma, conhecendo-se o
que o Logos planetário desenvolveu numa cadeia, podemos avaliar o que Ele vai fazer
na seguinte. Por exemplo, pelo que houve na cadeia lunar, podemos entender o que
está ocorrendo na atual. Podemos ainda levar essas relações às rondas. Pelo que está
acontecendo na atual ronda, não é muito difícil deduzir o que acontecerá na próxima,
em especial porque temos muitas informações do Mestre sobre a 5ª ronda, a próxima e
pelo que estamos observando com referência ao comportamento da nossa
humanidade atual.

Também não apresenta muita difculdade deduzir a relação entre os globos da nossa
cadeia (letra "d"), pois o Mestre nos dá muitas informações. É questão de organizar
essas informações, identifcar as relações entre elas e fazer as ilações possíveis. É
possível ter uma ideia de como será a vida do homem, quando a humanidade passar
para o globo 5 (de matéria etérica) de nossa cadeia, usando o que temos disponível em
termos de conhecimentos sobre a matéria etérica e as energias que atuam no globo 5.
É também um projeto muito útil e importante.

Quanto às letras "e", " f ", "g" e "h", as relações são evidentes.

A inter-relação existente entre esses fatores e sua profunda interdependência é um


dos pontos mais importantes que devemos compreender, embora tal relação esteja
regida pela Lei de Atração e Repulsão e, consequentemente, encontre-se mais sujeita
ao que denominamos segundo aspecto (Amor-Sabedoria-Razão Pura). Sem embargo, a
autoconsciência é o resultado do princípio manásico e devemos ter em conta a estreita
colaboração entre os dois fatores, Mente e Amor-Sabedoria-Razão Pura, ou as leis de
Atração e Síntese. Isto signifca que, embora a autoconsciência seja o resultado do
princípio manásico, o princípio budi (Amor-Sabedoria-Razão Pura) tem de atuar com
fator sintetizador, mas nunca esquecendo que o sintetizador por excelência é o
princípio atma (Vontade ou Sacrifício, sendo a palavra sacrifício aqui empregada no
sentido de tornar sagrado, como diz sua origem latina: sacri → sacer, sacra, sacrum -
sagrado , fcio → facere, facio - fazer ).

589
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Limitação. Este é um fator primordial, que devemos ter sempre em mente ao
considerar um cosmos, um sistema, um esquema, uma cadeia ou qualquer esfera
limitadora, até o átomo físico do cientista. Este fator supõe:

a. Capacidade mais além da manifestada, uma vez que aquilo que está limitado pela
forma manifestante, tem de possuir uma capacidade não manifesta para poder vencer
a limitação. Por exemplo, no caso do homem, ele, pelo seu princípio manas, pode
vencer a limitação física e astral.

b. Dualidade, ou o que está limitado e a substância que limita.

c. Propósito, pois em todo esquema ordenado de existência a limitação continua


durante todo tempo requerido até alcançar certos fns. A isto segue a "abstração", de
acordo com o sentido literal e oculto. É evidente a necessidade da abstração ou o
abandono da forma, uma vez que esta apenas serviu para a entidade conseguir seu
propósito e, uma vez este alcançado, ela deve ser descartada, por ter sido vencida a
limitação.

Quando estes três fatores:

Posição,
Relação,
Limitação

sejam estudados no sistema, evidenciar-se-á a íntima conexão existente entre todos os


grupos dentro do conjunto e será manifesto o fato de que cada parte necessita das
demais partes.

Com respeito à posição, relação e limitação cósmicas, pouco pode ser dito, pois é algo
ainda obscuro, incluso para os Homens celestiais. Compreender-se-á que deve ser
logicamente assim, quando for conhecido o lugar que Lhes corresponda no esquema
das coisas e seja compreendido Sua relativa importância. Podemos e devemos
procurar entender nossa posição dentro do esquema, a do esquema dentro do sistema
solar e a do sistema solar dentro do sistema maior do Logos cósmico. Portanto,
somente podemos aceitar o fato da inconcebível magnitude da EXISTÊNCIA,
manifestada por meio de sete sistemas solares e da extensão deste conceito do Ser
que abarca toda a abóbada celeste. Resulta interessante recordar a este respeito que
tudo o que se vê, porque são formas objetivas ou Seres em manifestação através de
certas esferas de luz, que bem poderiam não ser a totalidade daquele que EXISTE.
Porém, atrás do todo o visível podem existir um vasto reino ou reinos de Existências. O

590
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cérebro humano vacila ao considerar tal conceito, não obstante, assim como há
dezenas de milhões de seres humanos desencarnados ou fora de manifestação
objetiva ou física nos planos sutis do sistema solar, assim também pode haver entes
cósmicos da mesma magnitude DAQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO, já que
analogamente estão desencarnados e se encontram em regiões mais sutis que aquelas
em que se manifesta a luz. Não é difícil compreender essas palavras do Mestre Djwal
Khul. Quando o nosso Logos solar resolver "desencarnar", ou seja, livrar-se do Seu
corpo físico cósmico, primeiramente Ele desintegrará o que é visível pelos nossos
olhos físicos: o sol e os planetas, incluso o nosso. Posteriormente Ele desintegrará a
matéria etérica do nosso mundo físico, detectável pelos instrumentos científcos, como
os radiotelescópios, os telescópios de raios infravermelhos, os detectores de raios
gama e outros. A seguir vem a desintegração do restante do Seu corpo denso, as
matérias líquida (nosso plano astral) e gasosa (nosso plano mental). Após, vem a
desintegração do Seu corpo etérico cósmico, as nossas matérias búdica, átmica,
monádica e adi. Aí sim que Ele terá "desencarnado" realmente. Mas continuará em
manifestação em matéria astral cósmica, servindo-se do Seu corpo astral cósmico. As
Mônadas humanas que tiverem desenvolvido pelo menos a consciência na matéria da
7ª subdivisão da 7ª divisão astral cósmica (2ª iniciação cósmica em nível de Mônada
humana), permanecerão conscientes e ativas, sabendo o que está acontecendo. Porém
aquelas que não o tiverem conseguido, entrarão num estado de adormecimento
gradativo, dependendo do nível de consciência alcançado durante a manifestação
física cósmica do Logos solar. As Mônadas humanas que não tiverem conquistado
nenhuma iniciação, entrarão em total adormecimento, aguardando o próximo sistema
solar. Da mesma forma, muitos Logoi cósmicos estão fora da manifestação física
cósmica, todavia plenamente conscientes na matéria astral cósmica, juntamente com
Seus Logoi solares. Cabe aqui observar que, quando um Logos cósmico "desencarna"
,no sentido físico cósmico, todos os Seus Logoi solares também o fazem, à semelhança
do ser humano, que, quando morre, tem todos os seus órgãos e chacras físicos
desintegrados. Mas, durante a vida física cósmica de um Logos cósmico, Seus Logoi
solares podem morrer diversas vezes, da mesma forma que, durante um sistema solar
(encarnação do Logos solar), os Logoi planetários podem morrer 7 vezes (as 7
cadeias), no processo de morrer e reencarnar.

Assim, fca bem claro que, quando olhamos para o céu, quer de dia, quer de noite, quer
a olho nu, quer através do mais possante telescópio, o que estamos conseguindo
enxergar é apenas uma infnitésima parte do que existe na realidade. Cultivemos o

591
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
hábito, altamente sadio, de olharmos para o céu e nos esforçarmos para vermos
mentalmente esses Magnífcos e Excelsos Seres, Fontes de Vida.

No próximo estudo veremos a atual etapa de manas na Terra.

Estudo 156

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - III - A Atual
Etapa do Desenvolvimento Manásico nos Três Grupos - 3. Na Terra (Páginas 347, 348 e
349)

Vejamos a situação de manas na Terra. Para tal, temos de considerar o trabalho dos
cinco Kumaras, que expressam a totalidade de manas na Terra. São cinco os Kumaras
relacionados com manas, porque temos os 4 atributos de manas, os 4 raios de atributo
e o 3º raio, de Inteligência Ativa, o sintetizador, totalizando cinco. Expliquemos a ação
dos Kumaras, associados ao SENHOR DO MUNDO, SANAT KUMARA, o 1º Kumara. Ele
representa o nosso Logos planetário, sendo sua encarnação física no planeta. Três
Kumaras, chamados "Budas de Atividade", são na Terra sub-regentes relacionados com
três Logoi planetários, que, com o nosso, formam o Quaternário logoico, sendo pois
suas encarnações na Terra. Associados a Eles estão os três Kumaras esotéricos,
mencionados na Doutrina Secreta, de Helena P. Blavatsky (D. S. II, 158), que
representam os outros três Logoi planetários e constituem pontos focais para todas as
forças logoicas dentro da nossa cadeia. Em cada cadeia encontram-se esses
representantes, seis pontos focais, que, abarcados pelo sétimo, SANAT KUMARA, a
encarnação do Logos da Terra, são mantidos por Ele dentro de Sua aura.

O trabalho dEles é tríplice:

Primeiro. São os centros do corpo do Logos planetário. Cada cadeia corresponde a um


centro. Os globos são somente rodas menores dentro de um centro determinado. A
vida do Logos, encarnado na Terra, fui através de 3 centros e começa a estimular um
quarto. Por isso estão envolvidos 4 globos e os 3 Kumaras (assim chamados por falta
de melhor vocábulo) estão vital e inteligentemente ativos. Três estão passivos e um
começa a atuar. Os globos correspondem às cadeias. Este quarto Kumara é ainda
praticamente desconhecido, porém, como já foi insinuado, Seu dia está a ponto de
amanhecer. Podemos fazer ilações destas palavras do Mestre Djwal Khul com base no
diagrama da página 327 do Tratado sobre Fogo Cósmico. Assim, podemos ver que no

592
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atual período global, o da Terra, há um quaternário formado pelos globos 1 (ligado a
Vulcano), 2 (ligado a Vênus), 4 (a Terra) e 6 (ligado a Júpiter). Como estamos no
período global da Terra, podemos deduzir que os 3 globos ativos para o fuxo da vida
do Logos planetário são: 1, 2 e 4, a Terra. O quarto que começa a ser estimulado deve
ser o globo 6, sob a infuência de Júpiter. Como Júpiter é o Senhor do 2º Raio, podemos
concluir que a energia entrante será a de budi, o que condiz com o fato de que as
raças-raiz fnais (6ª e 7ª) devem começar a desenvolver budi.

Segundo. Transmitem um tipo especial de força às unidades que compõem qualquer


centro. De fato, para a Mônada de qualquer raio em encarnação, em qualquer cadeia
particular e em qualquer globo determinado, constituem os agentes dos Senhores dos
Raios.

Terceiro. São os agentes de:

a. O Senhor de um Raio, como já foi mencionado.


b. Os quatro Maharajás.
c. O Logos planetário de Seu próprio esquema.
d. O grande Deva do planeta Terra.
Os Kumaras trabalham com a lei. Conhecem o propósito inteligente do Logos planetário
e Seus planos. Constituem a atividade vital do planeta e, sutilmente, não somente são
os representantes do Raio, como também o vínculo entre a cadeia e o esquema. Isto
signifca que Eles fazem a conexão da cadeia em manifestação, como sendo uma etapa
do processo evolutivo do Logos planetário, com o esquema como um todo, tendo em
vista as 7 cadeias.

Podemos dizer que o relativo fracasso ocorrido na cadeia lunar de nosso esquema
entorpeceu grandemente Seu trabalho. Foi necessário que Eles aplicassem medidas
drásticas, para neutralizar os efeitos de tal fracasso. Nisto temos outro indício da
perturbação mundial. Como Eles têm de fazer o encaixe das experiências vivenciadas
na cadeia lunar na atual cadeia, tendo em vista o esquema como um todo, foram
obrigados a um esforço muito grande para impedir que os efeitos maléfcos do
fracasso lunar prejudicassem em demasia os planos para a atual cadeia. Mesmo assim,
alguma coisa sobrou e está afetando visivelmente a nossa humanidade.

No próximo estudo, a ser colocado em 10/05/2005, falaremos sobre o que ocorreu na


cadeia lunar, que tanto nos afeta atualmente.

593
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 157

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - III - A Atual
Etapa do Desenvolvimento Manásico nos Três Grupos - 3. Na Terra - b. A Cadeia Luna r
(Páginas 349, 350 e 351)

Antes de entrarmos em outros temas convenientes se faz que nos ocupemos do tópico
muito difícil da cadeia lunar e responder algumas perguntas que podem ter surgido na
mente dos estudantes.

A enumeração das cadeias e dos esquemas, dada nos diagramas das páginas 317 e
327 do Tratado, corresponde à atualidade; abarca um período relativamente recente e
apresenta a história da evolução até meados da próxima ronda da nossa cadeia. Se
tivéssemos proporcionado diagramas, que começando na época pré-lemuriana, se
estendessem até o insondável passado, falando em sentido humano, teríamos visto
reproduzida a cadeia lunar e teria sido omitida a cadeia de Netuno do nosso esquema.
No diagrama apresentado faltam aparentemente duas cadeias, a da Lua e a de Urano.
As razões são muito complicadas. Seguindo uma linha de raciocínio lógico, podemos
deduzir que na época em que a cadeia lunar (a 3ª do nosso esquema) estava em
manifestação, a infuência exercida sobre a 1ª cadeia do nosso esquema era de Urano,
ocupando a lua o lugar de 4º globo, passando agora essa infuência para Netuno, sendo
isso consequência da Lei dos ciclos. Indiquemos o que é possível.

A cadeia lunar e a terrestre formaram duas unidades ou polaridades, negativa e


positiva. Foi alcançado o ponto de fusão e a cadeia terrestre absorveu e sintetizou a
cadeia lunar, ou seja, assimilou todo o seu conteúdo experimental e os princípios, à
semelhança da fusão ou sintetização de determinados esquemas, até que
aparentemente só restam três. Consequentemente a cadeia terrestre é de natureza
essencialmente dual, sendo a soma total de uma cadeia feminina e uma masculina. Este
é um mistério impossível de maior elucidação, tratado em alguns livros ocultistas e
insinuado por H. P. Blavatsky, D. S., II, 251 e I, 185-206.

No decorrer do tempo ocorrerá outra fusão no nosso esquema e então a cadeia de


Urano nesse esquema surgirá à objetividade. Recordem que os esquemas manifestam-
se como sete, dez e três. Desde o ponto de vista do Eterno Agora - o de um Homem

celestial - a manifestação pode ser descrita da seguinte maneira . Em tempo e


espaço, é possível dizer-se que a ordem é 7 - 3 - 10 e em outras etapas 10 - 7 - 3. A

594
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
medida que os opostos se fundem, o dez se converte em sete e em três. É durante este
processo que cadeias e globos inteiros e, com o tempo esquemas, desvanecer-se-ão
aparentemente da objetividade e serão perdidos de vista. Serão simplesmente
absorvidos. Durante o duplo processo da evolução, é possível ser demonstrado que:

Durante a involução, a ordem consecutiva é três, logo sete e fnalmente dez.

Durante a evolução, a ordem é dez, logo sete e fnalmente três.

A demonstração está nos raios. Na fase involutiva o UNO transforma-se nos três raios
maiores, primeiro, segundo e terceiro. Do terceiro surgem os 4 raios de atributo,
totalizando o sete, a seguir vem a dupla atividade dos 3 raios maiores como centros e
como sintetizadores, coexistindo o dez, quando se olha a atividade.

Quando começa a fase evolutiva, temos dez, então os 3 raios menores são sintetizados
no quarto, fcando sete, assim distribuídos:

o quarto e os 3 maiores como centros, perfazendo o quatro e mais os 3 maiores, como


sintetizadores, totalizando o sete.

A seguir, com a síntese do quarto no terceiro, fcam os três maiores, na função de


centros, sendo o três. Finalmente vem a síntese no UNO.

O processo involutivo está praticamente concluído e o evolutivo já chegou


aproximadamente na metade do caminho. Isto será demonstrado pelo
desaparecimento ou absorção de certas cadeias, a medida que encontrem seus
opostos polares e se produza simultaneamente o aparecimento de cadeias ou globos
mais sutis e a medida que o princípio manásico permita ao homem percebê-los. A
cadeia lunar está em processo de desaparecer. Resta somente um corpo em
decadência. A vida do primeiro e do segundo Logos retirou-se dela e unicamente retém
a vida latente na matéria mesma, a vida do terceiro Logos. Simultaneamente Netuno
apareceu no horizonte e ocupou seu lugar como uma das sete cadeias em
manifestação do nosso Logos planetário, a 1ª cadeia, sob a infuência de Netuno.
Embora estejamos atualmente na 4ª cadeia do esquema da Terra, todavia os efeitos da
1ª cadeia continuam a existir.

A cadeia lunar tem uma curiosa história oculta, que ainda não pode ser revelada. Isto a
diferencia das demais cadeias do esquema e de toda cadeia de qualquer esquema.
Uma situação análoga produzir-se-á em outro esquema planetário dentro do sistema
solar. Tudo está oculto na história de um dos sete sistemas solares que se encontra
unido ao nosso, dentro do "círculo não se passa" cósmico. Daí a impossibilidade de nos

595
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estendermos sobre esse assunto. Cada Homem celestial de um esquema é um ponto
focal para a força, o poder e a vida vibratória de sete estupendas Entidades (as sete
Plêiades), exatamente como os sete centros de um ser humano constituem os pontos
focais da infuência do correspondente Protótipo celestial. Portanto, nosso Homem
celestial está esotericamente aliado a um dos sete sistemas solares (através de uma
das Plêiades). Nessa misteriosa aliança está oculto o mistério da cadeia lunar.

É possível dar certas breves indicações, para que o estudante refita detidamente
sobre elas:

Na cadeia lunar era previsto um fracasso do sistema.

Tal fracasso está vinculado aos princípios inferiores que, segundo declarou H. P.
Blavatsky, foram agora substituídos.

A calamitosa sexualidade que impera no nosso planeta tem sua origem no fracasso
lunar.

A progressão evolutiva na Lua foi transtornada e interrompida subitamente pela


oportuna intervenção do Logos solar. O segredo do sofrimento que impera na cadeia
terrestre, que merece o nome de Esfera do Sofrimento e o mistério da prolongada e
dolorosa vigilância exercida pelo GUARDIÃO SILENCIOSO (SANAT KUMARA), têm sua
origem nos acontecimentos que levaram a cadeia lunar à sua terrível culminação. A
agonia e o desespero experimentados no nosso planeta não existem em nenhum outro
esquema.

O abuso do poder vibratório de um centro, o emprego perverso e deformado das


forças, para certos fns equívocos que não estão de acordo com a linha de evolução,
explica grande parte do mistério lunar.

Certos resultados, tais como encontrar seu polo oposto, foram indevidamente
acelerados na cadeia lunar; a consequência foi um desenvolvimento desigual e
desequilibrado e o atraso da evolução de um certo número de grupos dévicos e
humanos.

A origem do confito entre os Senhores da Face Obscura e os da Fraternidade da Luz,


que teve seu campo de ação na época atlante e durante a atual raça-raiz, remonta-se à
cadeia lunar.

O que acima foi dito é tudo o que pode ser dito na atualidade e muito não podia ser
publicado até agora. É necessário realçar novamente que não deve ser atribuída
importância aos nomes dados às cadeias e aos globos, nem à necessidade de enumerá-

596
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
las. Se o estudante decide enumerar as cadeias e os globos, tem de levar em muita
conta que a correlação dos números não se refere ao lugar ou ao tempo, nem tem
relação com eles, nem tão pouco com a ordem consecutiva de aparecimento ou de
manifestação.

No próximo estudo estudaremos o futuro de manas.

Estudo 158

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas (Páginas 351, 352 e 353)

Iremos agora estudar um assunto não só grandioso, mas de alta relevância e


sumamente importante para aqueles que têm olhos de ver. A área enfocada será
principalmente em relação ao homem, deixando que o estudante extraia e deduza por
si mesmo muito do que poderia ser dito, ampliando o conceito desde a unidade ao
grupo e do grupo à totalidade de grupos, dentro do sistema solar. Consideraremos
unicamente o desenvolvimento da mente do homem, insinuaremos outros prováveis
desenvolvimentos, demonstraremos que manas, a medida que evolui, conduz a certas
características distintivas, que o diferenciam de outros desenvolvimentos que puderem
ser percebidos. Por tanto estudaremos o tema sob os subtítulos seguintes:

Características de Manas.
Provável desenvolvimento da mente humana.
Manas nas rondas fnais.

Ao estudar estes pontos, fxar-nos-emos mais no futuro, não nos estendendo sobre o
que já foi elucidado.

As características de Manas.

As características principais de Manas podem ser resumidas em 3 títulos:

Discriminação.
Atividade ordenada.
Adaptabilidade.

Estudaremos estes 3 aspectos brevemente e observaremos como se desenvolverão


em dias e ciclos futuros.

597
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Discriminação. Esta parece ser uma afrmação muito empregada. Todo estudante
conhece a qualidade discriminadora da mente e sua capacidade seletiva, reconhece a
faculdade que permite ao homem distinguir inteligentemente entre o Eu e o não-eu.
Geralmente temos a tendência para esquecer que esta faculdade subsiste em todos os
planos ou matérias (e não apenas na matéria mental) e se manifesta de 3 maneiras
como:

Primeiro. A faculdade de discriminar entre o que é a consciência do Eu e aquilo que se


conhece como mundo externo. Constitui a capacidade de saber distinguir entre si
mesmo e as outras formas existentes. Está universalmente desenvolvida e já alcançou
um grau bem elevado de evolução.

Segundo. A faculdade de discriminar entre o Ego e a Personalidade. Isto restringe o


conceito à esfera da própria consciência do homem e lhe permite diferenciar entre seu
eu subjetivo ou alma e os corpos que a contêm. Tal faculdade de maneira alguma
encontra-se desenvolvida universalmente. A maioria dos homens não sabe distinguir
todavia com exatidão a diferença existente entre o homem, o PENSADOR que persiste
em tempo e espaço e o veículo de vida efêmera e transitória, mediante o qual pensa. O
reconhecimento real desta dualidade essencial e sua corroboração científca só se
manifesta no místico, nos pensadores avançados da raça, nos aspirantes conscientes e
naqueles que se acercam ao Portal da Iniciação.

Terceiro. A faculdade de discriminar entre a alma e o Espírito ou Mônada, ou seja, a


compreensão de que o homem não só pode dizer "Eu Sou", como também não fca só
no entendimento de "Eu Sou Esse" , mas pode ir muito mais além e compreender e
dizer "Eu Sou Esse Eu Sou".

Nessas expansões e corroborações utiliza-se a faculdade discriminadora de manas.

Portanto, podemos pressentir qual será o futuro desenvolvimento de manas e para


onde este desenvolvimento conduzirá a humanidade. O homem já se conhece como
unidade separada de consciência, sabe distinguir entre ele e outros seres
materializados, reconhece que é diferente de outras esferas ativas de matéria, desde o
Logos materializado, até a célula de seu próprio corpo físico e as células de todos os
corpos no plano físico. O instinto separatista e sua característica autocentralização
têm sido a cunha, donde o menino, o homem, vem se isolando até atingir sua plena
virilidade e poder participar assim no trabalho de seu grupo. O único de valor que se
percebe no homem quando se aproxima das etapas fnais do caminho de evolução é a
fusão voluntária dos interesses e objetivos, consequência de uma etapa anterior de

598
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
autoafrmação e intensa autorrealização. Encontramo-nos nesta etapa agora. Assinala
toda a manifestação e constitui a base mediante a qual é mantida a identidade.
Caracteriza:

O Logos Solar e todas as formas dentro de Seu corpo.

Os Logoi planetários e todas as formas dentro de Seus corpos.

O homem e todas as formas dentro de seu corpo.

No próximo estudo estudaremos os signifcados das expressões "Eu Sou", "Eu Sou
Esse" e "Eu Sou Esse Eu Sou".

Estudo 159

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas (Continuação) (Páginas 353 e 354)

Devemos enfatizar bastante o conceito, ainda muito pouco compreendido pelos


esotéricos, de que a afrmação " Eu sou " não só distingue o homem, mas é a palavra
mântrica que preserva a integridade de todos os grupos. Quando o homem pode
pronunciar "Eu sou Esse", começa a sentir-se uno com seu grupo. Quando os grupos
fazem uma afrmação semelhante, começam a darem-se conta de sua identidade com
todos os outros grupos. Isto supõe a sintonia exata e perfeita entre todos os membros
do grupo, grupo a grupo, formando tantas notas quantos são os grupos e a sintonia
fnal de todas as notas representativas dos grupos formando uma nota única, sem a
menor dissonância, produzindo uma divina sinfonia, dentre as muitas que ressonam em
todo o Universo. Quando um Logos planetário faz-se eco das palavras " Eu sou Esse ",
está se aproximando do momento de síntese ou absorção, o que signifca que atingiu
seu propósito, suas células conseguiram suas metas e Ele inicia seu obscurecimento,
sua desencarnação física, em âmbito cósmico. Quando um Logos solar pronuncia as
mesmas palavras, está se aproximando do término de um dia de Brahma e se acerca a
hora de Sua consciente fusão com Seu grupo maior, passando-se com Ele o mesmo
que ocorre com os Logoi planetários, porém num nível muito mais elevado, o que inclui
todos os Logoi planetários. Em termos gerais e em relação com o homem, pode-se
dizer que:

"Eu sou" refere-se à consciência da personalidade nos 3 planos inferiores (físico, astral

599
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e mental), ou a tudo quanto se considera inferior ao corpo causal. Relaciona-se com a
compreensão do homem com respeito ao lugar que ocupa no globo de uma cadeia. É a
fase da ênfase na vida material. A grande maioria da humanidade está nessa fase. Daí
o intenso egoísmo reinante e a consequente violência dominante em todo o planeta. O
homem fca restrito em sua locomoção como Ego ao globo que está no período global,
ou seja, como o período global no momento é o da Terra, ele fca limitado ao planeta
Terra. Sua liberdade é bem pequena, é realmente um prisioneiro da Terra.

"Eu sou Esse" refere-se à sua consciência egoica e aos planos ou matérias da Tríade
superior (matérias causal, búdica e átmica). Concerne à compreensão do homem com
respeito ao lugar que ocupa dentro da cadeia e à sua relação com o grupo do qual faz
parte, o Logos planetário. O homem nessa fase já começou a transferência de
polarização do átomo físico permanente para o átomo mental permanente e inicia a
conscientização cerebral de fatos da matéria causal, prosseguindo essa expansão de
consciência para as matérias búdica e átmica, com as transferências de polarização do
átomo astral permanente para o átomo búdico permanente e da unidade mental
permanente para o átomo átmico permanente, com as consequentes coordenações
dos corpos búdico e átmico e seus contatos com as matérias búdica e átmica. São
pouquíssimos os homens nessa fase, os que já passaram pelo primeiro Portal iniciático.
Já adquiriu, por direito de conquista, a liberdade de se locomover pelos globos da
cadeia, podendo "encarnar" em qualquer globo da cadeia, para acelerar sua evolução
por meio de experiências nesse globo, nos períodos entre encarnações no planeta
Terra. Por exemplo, ele pode " encarnar " no globo 5 da nossa cadeia, que é de matéria
etérica e regido por Mercúrio e está num padrão energético triangular, o qual será o
globo para onde irá a humanidade (os que escaparem do expurgo parcial que ocorrerá
em breve), quando se encerrar o período global da Terra, que já passou da metade.

"Eu sou Esse Eu sou" refere-se à consciência monádica do homem e à sua relação com
os planos ou matérias de abstração (matérias monádica e adi ou divina). Concerne ao
conhecimento que possui sobre sua posição no esquema. É a fase mais adiantada em
termos de meta da cadeia, quando a consciência do homem já entra em contato direto
com as matérias monádica e adi. Somente iniciados com a sexta Iniciação planetária já
estão nessa fase. Podem se locomover entre esquemas, dentro do sistema solar.

Quando o iniciado pode pronunciar essa poderosa frase mântrica "Eu sou Esse Eu
sou" , fca comprovado que já se fundiu com a sua essência divina (adquiriu
diretamente a consciência monádica) e se libertou totalmente da forma.

600
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A primeira frase mântrica " Eu sou" marca para o homem sua emancipação dos 3
reinos inferiores (mineral, vegetal e animal) e sua atuação consciente nos 3 mundos
(físico, astral e mental inferior), o que ocorreu ao individualizar-se por meio de manas.

A segunda, "Eu sou Esse", assinala a emancipação gradual do homem dos 3 mundos
inferiores e sua libertação dual da forma inferior, na 5ª iniciação. Isto signifca o seu
domínio pleno do corpo búdico (na 4ª iniciação) e do corpo átmico (na 5ª iniciação),
quando fnaliza a coordenação do corpo monádico e se prepara para pronunciar a
poderosíssima frase mântrica " Eu sou Esse Eu sou " e para receber a 6ª iniciação. Aí
então o iniciado não só distingue entre o Eu e todas as outras formas de manifestação,
entre sua própria identidade (como Mônada plenamente consciente de si mesma) e o
Ego (seu instrumento na matéria causal), o mesmo que a matéria na forma (o Ego é
constituído por 3 átomos mentais especiais atuando na matéria causal por meio do
Loto Egoico, sendo portanto literalmente matéria na forma), mas também pode
discriminar entre os três, Espírito ou Mônada (ele mesmo), Alma (ele atuando por meio
da Alma no mundo causal) ou Ego e Matéria. Quando tiver compreendido isto, libera-se
de sua manifestação durante este ciclo maior, a cadeia do esquema da Terra. Tal
faculdade discriminadora, inerente a manas, desenvolvida em espirais cada vez mais
elevadas e de raios maiores, conduz o homem:

à matéria e à forma,

através de todas as formas de matéria em todos os planos ou matérias e, fnalmente,


sua eventual abstração de toda forma e matéria, conjuntamente com a acumulação de
conhecimento transmutado (em sabedoria e amor), proporcionado pelo processo
evolutivo, o que deixa bem claro, sem a menor margem de dúvida, que nada se perde.
Tudo o que o homem aprendeu ao viver experiências e adquirir conhecimentos, pelo
estudo, entendimento claro e assimilação total, constitui a verdadeira riqueza e o
verdadeiro tesouro do homem, que nem a traça nem a ferrugem poderão destruir,
como já afrmaram o Senhor Maitreya e o Mestre Jesus, quando na Palestina. Tudo isso
ele leva consigo, para onde quer que vá, ao continuar sua evolução, seja no sistema
Sírius ( o 4º caminho ), seja Betelgeuse ou qualquer outro sistema solar, para onde terá
de ir, após sua escolha na 6ª iniciação. Quando retornar, para trabalhar nas matérias
cósmicas astral, mental e búdica, com novos, profundos e abarcantes conhecimentos
(inimagináveis para o homem comum e não iniciado e até para o mais brilhante
cientista detentor do conhecimento científco humano atual), o que o homem
conquistou em suas etapas humanas no esquema da Terra permanecerá em sua mente
e assim, ele sempre saberá e entenderá o comportamento do homem comum.

601
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Levemos esses sábios e elevadíssimos ensinamentos do Mestre Djwal Khul muito a
sério, apliquemo-los em nós mesmos e nos esforcemos para a aquisição do direito de
pronunciar, com total conhecimento e clareza, a grande frase mântrica "Eu sou Esse" e
mais tarde "Eu sou Esse Eu sou", com a consequente entrada no verdadeiro Reino da
Glória perene e crescente e não aquela paródia tão decantada pelos religiosos, cegos e
ignorantes do verdadeiro conhecimento e que, por essa ignorância, são levados a
guerras fratricidas, irracionais e antidivinas, embora achem que estão agradando a
Deus, como os torturadores da Inquisição católica, os quais, rezando, infigiam os
maiores sofrimentos em suas vítimas, só porque não concordavam com suas ideias
totalmente erradas, como o fzeram com o grande e corajoso cientista Giordano Bruno.

No próximo estudo estudaremos a atividade ordenada, um outro aspecto da atividade


de manas.

Estudo 160

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - O Futuro de
Manas - b. Atividade Ordenada (Páginas 354, 355 e 356)

Atividade Ordenada. Em atividade ordenada entra o conceito de propósito inteligente,


que persegue um plano fxo e estabelecido e desenvolve, em tempo e espaço, um ideal
preconcebido. O microcosmo vem à encarnação mediante um impulso baseado no
propósito inteligente que, em seu caso, originou-se no plano mental, o plano do
princípio manásico. Cabe aqui indicar um ponto interessante: o 5º plano, o mental, pode
ser considerado em ampla escala, no caso do Homem celestial, como mantendo uma
posição simbolicamente análoga à que mantêm os corpos causais dos entes que
pertencem a Seu Raio. Alguns corpos causais encontram-se no 3º subplano mental e
outros no segundo. Sua complexidade é grande e variada, produzindo formas
geométricas, em certo sentido semelhantes às descritas nos diagramas. Tudo é
atividade ordenada dos entes (cada um perseguindo um propósito autocentrado e
seguindo as inclinações do eu inferior, cujo lema é "Eu sou"). Isto gradualmente cederá
seu lugar à atividade ordenada dos grupos, nos quais os entes reconhecem a unidade
de seus próprios interesses e, consequentemente, trabalham ativa e inteligentemente e
com propósito consciente pelo bem do grupo coletivo. A vibração que ocultamente
acompanha as palavras "Eu sou Esse", pronunciadas pelos entes no plano físico,

602
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
começa a se fazer sentir, embora só muito fracamente. Muitos entes em distintos e
longínquos lugares expressam tais palavras através de suas vidas, difundindo assim a
vibração e pondo-a em movimento, para se opor ao signifcado rude e áspero das
palavras "Eu sou".

Durante a 6ª e a 7ª rondas, os grupos ativos e ordenados pronunciarão a frase


mântrica fnal, a qual não alcançará sua máxima vibração neste sistema solar. Neste
sistema dual o signifcado das palavras "Eu sou Esse" será consumado plenamente,
porque na 3ª iniciação o iniciado capta sua força mântrica. Não obstante, os iniciados
das 6ª e 7ª iniciações não terão preponderância neste sistema. Depois que, na 5ª
ronda, as duas quintas partes da família humana tenham passado para o
obscurecimento temporário, os entes restantes terão alcançado aproximadamente os
estados seguintes:

Um quinto (1/5) dos 3/5 que escaparam do expurgo pronunciará mantricamente as


palavras "Eu sou Esse Eu sou" , portanto receberão a 6ª iniciação. Esse grupo equivale
a 12% da humanidade.

Dois quintos (2/5) dos 3/5 alcançarão a 5ª iniciação e reconhecerão a si mesmos como
"Eu sou Esse". Também começarão a responder a uma nota mais elevada. Esse grupo
equivale a 24 % da humanidade.

Uma quinta e meia parte (1/5 + 1/10 = 3/10) dos 3/5 alcançará a 3ª iniciação e se
reconhecerá, com plena consciência, como "Eu sou Esse". Esse grupo equivale a 18%
da humanidade.

Os restantes, 1/10 dos 3/5 da humanidade, percorrerão o Caminho e começarão a


reconhecerem-se como grupo. Esse grupo restante equivale a 6% da humanidade.

Assim, temos: 12 % + 24 % + 18 % + 6 % = 60 % = 3/5. Vemos pois que somente 12 %


da humanidade ultrapassarão a meta da cadeia e prosseguirão para esferas mais
elevadas. Apenas 24 % conseguirão atingir a meta. A 3ª iniciação será conquistada por
somente 18 %.

Esses números são projeções, com base nas informações atuais. Todavia,
considerando o livre arbítrio humano, que pode e deve ser bem usado, aqueles que
souberem fazer uso de sua vontade poderão fazer parte desses grupos, dependendo
exclusivamente do grau de vontade e do empenho em adquirir conhecimentos, aplicá-
los e prestar serviço inteligente.

Em relação com o que foi dito acerca da segunda característica de manas, pode-se

603
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esperar um desenvolvimento muito interessante durante o próximo século. Trata-se da
intensifcação comercial e de submeter à lei e à ordem a vida de :

• A família e grupos de famílias,


• As cidades e grupos de cidades,
• As nações e grupos de nações,
até que a raça humana, em todos os aspecto de sua vida esotérica, ajuste-se à regra -
voluntariamente e com a compreensão manásica da necessidade do grupo. Todo o
esforço mental, durante as próximas sub-raças, será dirigido a sintetizar o esforço,
assegurando assim o bem do grupo coletivo implicado. Ocorrerão muitos
acontecimentos interessantes e serão necessários muitos experimentos. Uns terão
êxito, outros fracassarão antes que manas ou atividade intencionada, ordenada e
inteligente, controle a vida dos povos deste mundo. Não é possível nos ocuparmos
disso mais detalhadamente, pois o tema é muito extenso.

De fato, conforme previu o Mestre Djwal Khul (o Tratado sobre Fogo Cósmico foi
editado em 1925), a ciência humana desenvolveu-se muito e irá desenvolver-se mais
ainda. Alguns experimentos obtiveram êxito, muito embora necessitem
aperfeiçoamento. Entre os dois mais importantes temos a ONU, que carece de
melhoramento, como por exemplo, a igualdade de peso nos votos e não alguns países
terem poder de veto, o que contradiz o conceito de democracia. O outro experimento é
a União Europeia, em evolução. Todos eles foram inspirados pela Hierarquia, com o
objetivo de implantar na Terra a verdadeira fraternidade. Quando os homens forem
cônscios de suas Almas, em maioria, os dirigentes eleitos serão iniciados e não o que
tristemente se vê, dirigentes totalmente egoístas, que em nenhum momento pensam
no bem estar do povo, cuidando apenas dos próprios interesses.

Mas cada um é livre para escolher o próprio caminho, podendo optar por fcar preso a
esse modo de vida comum e escravizante, ou decidir pelo caminho da liberação total,
que nada tem a ver com as religiões, mas é o caminho indicado e ensinado pela
Hierarquia, através dos Seus membros.

No próximo estudo estudaremos a adaptabilidade, a 3ª característica de manas.

Estudo 161

604
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - c. Adaptabilidade (Página 356)

Como bem sabemos, a adaptabilidade é o primeiro atributo aplicado ao 3º Raio ou


aspecto Brahma. Por isto ela pode ser considerada, fundamentalmente, como o
atributo da inteligência que adapta o aspecto matéria ao aspecto Espírito e é a
característica inerente à matéria mesma. Atua de acordo com 2 leis, a de Economia e a
de Atração e Repulsão. A tarefa do Mahachoan desenvolve-se principalmente nesta
vida do 3º Raio. Consequentemente, os 4 Raios menores de atributo, sintetizados no 3º
Raio de Aspecto, Adaptabilidade ou Inteligência Ativa, estão implicados
fundamentalmente. Portanto, o futuro de Manas está envolvido na crescente infuência
destes 4 Raios:

1. Harmonia, Beleza, Arte ou Unidade.


2. Ciência ou Conhecimento Concreto.
3. Idealismo Abstrato.
4. Magia Cerimonial/Organização.
Analisemos atentamente essas últimas informações do Mestre Djwal Khul. Comecemos
pelo 4º atributo, Magia Cerimonial/Organização. Para haver adaptação da matéria ao
Espírito, é necessária inicialmente uma atividade ordenada, uma vez que na desordem
é impossível a adaptação. Estabelecer a ordem é organizar. Logo, as qualidades do 7º
Raio, Magia Cerimonial/Organização, são as primeiras a serem desenvolvidas, o que é
demonstrado pelo sequência do processo iniciático: a 1ª iniciação planetária está sob a
regência do 7º Raio.

Vejamos agora o 3º atributo, Idealismo Abstrato. Para haver adaptação, imprescindível


se faz uma ideia, em torno da qual vai ser efetuada a adaptação entre os componentes
do par: o que deve ser adaptado (o adaptando ou a matéria) e o Espírito, que utilizará o
adaptado. Por isso, o 6º Raio, Idealismo Abstrato, tem sua grande importância no
processo de adaptação. Contudo ele é uma etapa para desenvolvimento de qualidades,
que devem ser incorporadas, sendo um erro fcar estagnado nele, achando que é a
meta fnal. Os religiosos, que estão neste raio, fcam apegados a ele, porque agem
exclusivamente pela emoção, que se expressa pelo corpo astral, sede da miragem.
Essa forte tendência à emoção é explicada pela necessidade de fxação no ideal e nada
melhor que a emoção para isso, por ser a linha de menor resistência da grande maioria
da humanidade, a linha do desejo.

O 2º atributo, que é o 5º Raio, Ciência ou Conhecimento Concreto, é importantíssimo

605
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para a adaptação, porque, para que ela seja efciente, tem de ser abrangente e, para
tal, tem de existir detalhamento do ideal ou da ideia, o que é a discriminação, para se
entender claramente a ideia e a adaptação se tornar consciente e não cega, baseada
apenas na emoção. É aí que os puramente religiosos pecam, porque atuam cegamente.

O 1º atributo, o 4º Raio, Harmonia, Beleza, Arte ou Unidade, é a culminação dos outros


3 Raios menores. É ele que estabelece a sintonia exata entre os inúmeros modos de ser
da matéria, em todos os níveis e, uma vez todos esses modos de ser da matéria
sintonizados e adaptados entre si, eles passam a constituir uma unidade, para em
seguida ocorrer a adaptação dessa unidade multifacetada ao Espírito. É por isso que o
Mestre Djwal Khul, corretamente, também chama esse Raio de Unidade.

Quando essas 4 etapas são conquistadas e suas qualidades assimiladas, o homem


pode considerar-se um Vencedor no 3º Raio, porque conseguiu conquistar todos os
atributos de Manas.

É por isso que a sequência de recebimento das iniciações planetárias é essa:

1ª iniciação - o nascimento - 7º Raio.

2ª iniciação - o batismo - 6º Raio.

3ª iniciação - a transfguração - 5º Raio.

4º iniciação - a renúncia - 4º Raio.

A 4ª iniciação tem devidamente o nome renúncia, porque nela o homem, tendo


conseguido desenvolver e assimilar os atributos de Manas e transformá-los em uma
Unidade, renuncia as matérias física, astral, mental e búdica, que foram as matérias
primas para essa empreitada. A matéria búdica, regida pelo 4º Raio, é onde o homem
entende, real e profundamente, a Unidade reinante nos níveis inferiores: físico, astral e
mental. Quando o homem percebe, em cérebro físico, entendendo pela razão a Unidade
dominante, então ele já tem bem adiantada a transferência de polarização do seu
átomo astral permanente para o seu átomo búdico permanente, o qual já está bem
ativo, bem como seu corpo búdico já está bem coordenado e ativamente relacionado
com a matéria búdica, o que permite que informações do mundo búdico cheguem ao
seu cérebro físico, via corpo mental, sem a distorção do corpo astral, faltando apenas
os retoques fnais, a serem conquistados na 4ª iniciação. Passa então a viver na
matéria átmica, a matéria do 3º Raio por excelência, por ter se tornado um excelente e
efciente Adaptador. Aí culmina a adaptação da matéria ao Espírito, no grau previsto
para a 4ª cadeia, recebendo a 5ª iniciação, tornando-se um Adepto, a meta dessa

606
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cadeia.

Novas e mais avançadas adaptações serão necessárias, como das matérias monádica e
adi, todavia o homem já está capacitado para elas, porque foi diplomado na 5ª
iniciação. Fazendo uma analogia com a formação universitária, podemos chamar essas
adaptações mais avançadas de cursos de pós-graduação.

Através do raciocínio supra desenvolvido, concluímos, com toda convicção, sem


nenhuma margem para dúvida, a veracidade, a autenticidade e a lógica exata das
afrmações do Mestre Djwal Khul, reforçando mais ainda nossa imensa confança neste
Mestre iluminado. Quando analisamos seus ensinamentos à luz da razão, estamos
fazendo o que Ele e o Senhor BUDA tanto recomendam, que passemos tudo pelo crivo
da razão e não aceitemos cegamente por força do prestígio de quem quer que seja. É
por não seguir essa recomendação que as religiões estão repletas de fanáticos
pregando coisas irracionais. Os líderes religiosos são cegos guiando cegos.

No próximo estudo estudaremos o desenvolvimento da Mente Humana no futuro, com


base nas 4 energias que constituem Manas e acima explicadas.

Estudo 162

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana (Páginas 356,357, 358 e 359)

Havendo sido compreendidos, em certa medida, os resultados futuros produzidos


pelos 4 tipos de força mencionados anteriormente, ou seja, as energias da Harmonia,
da Ciência Concreta, do Idealismo Abstrato e da Magia Cerimonial/Organização e seja
estudada sua relação com a adaptação da matéria ao Espírito (através da construção
de formas), os estudiosos perceberão coisas de profundo signifcado. Ao prever os
desenvolvimentos mentais nas 4 direções indicadas e profetizar as realizações
defnidas, pode-se indicar o caminho que seguirá a ciência concreta. Vamos portanto
considerar estes 4 tipos de força ou estas 4 infuências planetárias, estudando-as
separadamente, tendo sempre em conta que:

a. Cada uma entrou em ação em ciclos mundiais anteriores.

b. Uma delas, por ser proveniente do nosso Logos planetário, está sempre conosco,

607
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sendo a infuência ou vibração mais importante do planeta.

c. O poder que exercem algumas destas infuências vai desaparecendo na atualidade,


enquanto outras estão adquirindo poder.

d. Estes 4 raios de atributo entrarão e sairão do poder incessantemente durante o


que resta desta ronda e de toda a 5ª ronda. Ao fnalizar a 5ª ronda predominará o 3º
Raio de Aspecto, Inteligência Ativa. Tendo iniciado seu trabalho sintetizador, sua
infuência será equiparada na 6ª ronda com a força gradualmente crescente do 2º
Raio de Aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura - os 2 tipos de infuência atuarão
conjuntamente e estarão sobrepostos. Durante a 7ª ronda prevalecerá a força do 2º
Raio, enquanto a infuência do 3º Raio será enfraquecida. O 1º Raio, de Vontade ou
Sacrifício (Sacrifício signifcando tornar sagrado), começará a fazer-se sentir. Este
Raio, ou seja, o do Mahadeva ou o Destruidor, iniciará seu segundo grande impulso
sobre nossa evolução planetária, mediante o obscurecimento de 2/5 da família
humana. A impressão que produzirá o 1º Raio sobre a família humana, neste globo,
pode ser considerada tríplice:
Primeiro. Durante a individualização humana em meados da 3ª raça-raiz. Foi produzida
por uma grande destruição das formas denominadas homem-animal e rara vez este
ponto foi apresentado nos ensinamentos. A chegada dos Senhores da Chama e a
tempestade elétrica, ocorrida durante a individualização, caracterizou-se pelos
desastres, o caos e a destruição de muitos seres de 3º reino da natureza. Foi
implantada a chispa da mente e a força de sua vibração e o efeito imediato de sua
presença causaram a morte da forma animal, produzindo assim a possibilidade
imediata de que os corpos causais, novamente vitalizados, vibrassem com tal
intensidade que tiveram de adotar novos veículos. Isto constitui a manifestação do
aspecto Vontade na 4ª ronda, em conexão com a família humana.

Segundo. Durante a 5ª ronda, no chamado Dia do Juízo. A atuação do 1º Raio


provocará a aparente destruição de 2/5 da família humana; será feita a transferência
dessas unidades de consciência para esferas que estarão mais de acordo com a sua
etapa evolutiva. Este acontecimento será considerado então uma catástrofe, porém os
Conhecedores verão e saberão e também 3/5 da família humana (os que escaparem
do expurgo) compreenderão a razão.

Terceiro. Durante a fnal reabsorção, das Mônadas aperfeiçoadas, na sua fonte de


origem, na 7ª ronda. Isto trará o obscurecimento e a destruição da forma. Praticamente

608
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
não existirá sofrimento, pois os entes humanos implicados terão chegado em uma
etapa em que poderão colaborar conscientemente no processo de abstração. Fica
evidente, portanto, no que respeita à família humana (os Manasaputras em
encarnação), que as quarta, quinta e sétima rondas ocultam a chave do 1º Aspecto. No
que respeita aos Devas, essa chave acha-se oculta nas primeira, segunda e sexta
rondas, sendo possível fazer ilações com base na natureza do 1º Raio e nos objetivos
dessas 3 rondas, mas para tal necessário se faz efetuar muita refexão e muito estudo.
Para a entidade em involução, que chamamos "Espírito do planeta", a chave do 1º
Aspecto está simplesmente na 3ª ronda.

O 3º Raio rege todo o tempo, pois o 2º Raio só entrou em atividade na 2ª ronda. O 3º


Raio regerá simultaneamente com o segundo até o fm da era; então começará a
obscurecer-se de forma gradual, a medida que o 1º Raio for exercendo infuência
novamente. Recordemos, sem embargo, que os 3 Raios encontram-se sempre
presentes. Simplesmente é questão de grau e evolução cíclica.

Podemos agora considerar os 4 Raios menores, que com o terceiro constituem a


totalidade de manas e também verifcar de onde poderá vir sua infuência. O tema é tão
estupendo que o único que podemos fazer é tocar certos pontos; tão pouco podemos
nos estender sobre o desenvolvimento mecânico das formas para utilizar as forças.
Tudo isto está oculto na ciência da eletricidade. A medida que a ciência exotérica
descubra:

• como utilizar o poder que se encontra no ar e como aplicar os fenômenos elétricos


para serem utilizados pelo homem,

• como construir formas e como criar máquinas para conter e distribuir as forças
elétricas da atmosfera,

• como canalizar a atividade da matéria e como dirigi-la para certos fns,

• como empregar a força elétrica que se encontra no ar para vitalizar, reconstruir e


curar o corpo físico,
então compreender-se-á o fenômeno dos Raios (não são os raios atmosféricos, mas
sim os 3 Raios maiores e os 4 de Atributo), atuando em ciclos e o homem aproveitará
imensas oportunidades para produzir efeitos específcos durante ciclos determinados.
Isto signifca que o homem poderá entender como os Raios atuam na matéria,

609
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
provocando os diversos comportamentos das partículas constituintes da matéria, que
geram as dúvidas no atual Modelo Padrão da Física, como a questão da massa, a
violação da simetria chamada inversão de carga-paridade e outras. Atualmente já
estamos nos benefciando de vários efeitos dos Raios, como por exemplo nos
processos de ressonância magnética funcional e tomografa computadorizada, os quais
permitem uma visualização do interior de órgãos do corpo humano, facilitando
enormemente o diagnóstico de doenças. Tudo isso é resultado do comportamento das
partículas subatômicas sob a ação dos Raios. É óbvio que os Raios agem na matéria
por meio dos fogos. Logo o conhecimento detalhado desses fogos irá clarear em muito
as mentes dos cientistas. Quando entenderem, mesmo que somente com um pouco de
clareza, a ação do 2º Raio no magnetismo e sua propagação a partir da matéria
monádica, fuindo para a matéria física com passagens pelas matérias búdica e astral,
bem como a ação da matéria astral na matéria física, aí então é que a Ciência avançará
celeremente.

Quando o homem ativa plenamente sua consciência búdica, ou seja, ele se torna
claramente consciente em relação à matéria búdica, então ele entende com total
lucidez os fenômenos da matéria física e vai mais além, compreendendo os mistérios
das matérias astral e mental. Essa consciência búdica é conquistada após a 3ª iniciação
planetária, quando o homem, tendo já dominado as matérias física (1ª iniciação), astral
(2ª iniciação) e mental (3ª iniciação), passa a viver na matéria búdica, consolidando sua
conquista ao receber a 4ª iniciação, quando se libera da roda de Sanshara (a roda de
encarnações), iniciando uma nova vida na matéria átmica, na qual poderá ouvir,
identifcar e responder à nota do Logos solar. Não é possível descrever a sensação de
vida na matéria átmica, pois faltam palavras para descrever os conceitos reinantes
nessa vida. Vemos assim, por via racional e lógica, que o homem que se esforça para
atingir a meta prevista no Plano Divino, adianta-se em relação à humanidade que insiste
em fcar escravizada pela matéria, alcançando nesse adiantamento uma felicidade
indescritível, sempre crescente.

No próximo estudo estudaremos os efeitos dos Raios.

Estudo 163

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro

610
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Página 359)

O Raio de Harmonia, Beleza e Arte, o 4º Raio na contagem geral dos Raios, mas o 2º
aspecto de manas, sendo a adaptabilidade realmente o aspecto principal de manas e
por isso seu 1º aspecto. Como um todo e sintetizador, temos o 3º Raio de Inteligência
Ativa. Vejamos a atuação deste 4º Raio no desenvolvimento da mente humana:

Desenvolver-se-á a intuição, graças ao conhecimento das vibrações do som (em seu


verdadeiro e autêntico signifcado) e das matemáticas superiores, o que já começou
exotericamente. Analisemos estas palavras do Mestre Djwal Khul. O homem
conscientiza o som em seu cérebro físico, após ele ter passado por todo o caminho
desde o tímpano, os 3 ossinhos: bigorna, estribo e martelo, a cóclea, onde as vibrações
mecânicas são transformadas em sinais elétricos (onde atua o fogo reação nervosa),
com as devidas modulações (variações do sinal elétrico) portadoras da informação, até
chegar na região do cérebro do processamento e conscientização da informação
contida no sinal sonoro. É óbvio que há um outro processo oculto, desconhecido pela
Ciência humana, pelo qual a informação, na forma de oscilações ou vibrações de
partículas sutis, passa pelos átomos físico, astral e pela unidade mental permanentes
(componentes da Tríade inferior) e chega à consciência do Ego ou Alma, que faz a sua
interpretação e envia essa interpretação para o cérebro físico, pelo mesmo caminho.
Isto é feito em altíssima velocidade. Isto torna evidente que, conforme o grau de
adiantamento do Ego, melhor e mais real será a interpretação do que é ouvido. Isso
aplica-se a todos os sentidos e não apenas à audição.

Mas o som, por ser constituído de oscilações ou vibrações mecânicas, ou seja, uma
sucessão de compressões e rarefações de partículas, conforme já vimos
anteriormente, não só gera formas geométricas, como conduz á formação de fguras,
sendo por isso apto a construir formas, desde que a sua "gramática" , as leis que
relacionam o som com as fguras e os fenômenos, seja claramente conhecida e
entendida. O operador do som (o emissor) também tem de ter o devido poder sobre as
Hierarquias dévicas que trabalham nessa área. É óbvio que o domínio dos fogos já
deve ter sido conseguido. É nessa gramática que as matemáticas superiores entram,
conforme o Mestre afrmou, uma vez que o estudo profundo e avançado das vibrações
ou oscilações utiliza as famosas decomposições em séries de uma onda senoidal, no
ramo chamado análise no domínio da frequência.

O Mestre diz que a música será reconhecida como meio para construir destruir e serão
estudadas as leis da levitação e o movimento rítmico de todas as formas, desde um

611
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
átomo até um sistema solar. Será praticada, nos dois planos inferiores (físico e astral),
a manipulação de todo tipo de matéria por meio do som e quando a síntese dos 4 raios
de atributo com o terceiro estiver em processo de realizar-se, manifestar-se-á um
conhecimento semelhante no plano mental. Aprofundemo-nos nestas informações do
Mestre Djwal Khul, altamente relevantes. Para tal, organizemo-las:

1. A música como meio para construir e destruir.

2. As leis da levitação.

3. O movimento rítmico de todas as formas, desde um átomo até um sistema solar.

4. Será praticada nos planos físico e astral a manipulação de todo tipo de matéria por
meio do som.

5. Quando a síntese dos 4 raios de atributo com o terceiro estiver em processo de


realizar-se, manifestar-se-á um conhecimento semelhante no plano mental.
Comecemos a análise pela 1ª informação. Sabemos pela observação do dia a dia e das
multidões, o efeito que a música popular, em seus diversos ramos, provoca nessas
multidões. É óbvio que elas agem automaticamente, deixando-se levar totalmente pelas
emoções e sensações provocadas, sem a mínima intervenção da mente, com o objetivo
de tentar analisar e entender o que ocorre com elas, pois as multidões são cem por
cento astralinas. Nessa atuação da música popular, percebemos claramente que as
oscilações mecânicas do som atuam duplamente: na matéria física e na astral. Isso
ocorre da forma a seguir explicada. As vibrações mecânicas sonoras atingem
simultaneamente os ouvidos e todo o corpo, gerando neles vibrações semelhantes mas
não idênticas, porque as ondas sonoras, ao mudar de meio de propagação (do ar para
o corpo), sofrem refração e distorção (além de outras alterações estudadas na
acústica). Com esse impacto a nota do corpo físico é estimulada e responde, sendo
agradável a resposta, se houver semelhança de notas e rejeição, se oposição. Há
também o impacto das componentes etéricas do som no corpo etérico da pessoa,
dentro do mesmo raciocínio de semelhança de notas.

Some-se a essa atuação no corpo físico denso/etérico, a conscientização da pessoa,


dentro dos padrões instalados em seu cérebro, assunto esse sobejamente estudado
pela psicologia humana.

612
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sabemos que todo som gerado na matéria física repercute na matéria astral, gerando
ondas mecânicas astrais, em harmônica mais elevada, portando as mesmas
informações (modulações) do som físico. Essas ondas astrais fazem impacto no corpo
astral da pessoa e por ele se propagam. Ora, a matéria astral, por ser menos densa que
a física e por isso mais fuídica, oferece um meio de maior velocidade de propagação
para as ondas sonoras astrais. No corpo astral o sentido da audição não está
localizado, mas está em todo o corpo. Dessa forma temos o impacto e a rápida
propagação da componente astral do som físico no corpo astral do ouvinte, com dois
resultados:

1. a resposta do corpo astral ao som, dependendo da nota desse corpo.


2. a conscientização astral, que também depende dos padrões armazenados na
consciência astral da pessoa.
Uma pessoa mais refnada, com senso estético mais aguçado na área do som, irá se
deliciar com uma música clássica, de muito mais elevado ritmo.

Vejamos agora como pode se processar o efeito construtor e destruidor do som. Todas
as formas têm a chamada freqüência de ressonância, que é a resultante de todas as
frequências das partes componentes dessas formas. Essa frequência de ressonância é
comumente chamada a nota da forma, que pode ser uma simples célula, um órgão, um
corpo de animal, humano, um planeta, um esquema, um sistema solar, um conjunto de
sistemas solares etc. Não vamos entrar no mérito de construção dessa nota ou
frequência de ressonância, por estar fora do escopo deste estudo, uma vez que o
assunto implica no conhecimento da ciência das vibrações e de como elas interagem
umas com as outras. Mas uma coisa é certa e comprovada experimentalmente: quando
um som, vibrando ou oscilando exatamente na frequência de ressonância de um corpo,
atinge-o, esse corpo responde prontamente a essa frequência e se o som for mantido
e possuir intensidade sufciente, as partes do corpo atingido oscilarão ou vibrarão em
amplitude crescente, até o ponto de amplitude em que a coesão das partes irá ser
destruída, ocorrendo a desintegração desse corpo. Temos conhecimento de uma nação
que possui uma arma sônica dessa natureza, projetada para fns bélicos, arma essa
que pode matar qualquer ser humano, simplesmente emitindo, ao cair perto da pessoa,
um som na frequência de ressonância de algum órgão, por exemplo o baço, fazendo
com que esse órgão passe a oscilar em amplitude crescente, até se romper, levando a
pessoa à morte. Estamos aqui interpretando a palavra música em seu sentido genérico
de som. No caso dessa arma sônica, seria a música da morte.

613
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ora, assim como o som pode desintegrar ou destruir desse modo, o oposto é
perfeitamente possível e lógico, ou seja, construir. Vejamos como isso é possível:

1. O som é uma sucessão de compressões e rarefações de partículas e assim


provoca deslocamentos dessas partículas.

2. Todo som produz uma fgura. Com o deslocamento das partículas, elas serão
levadas a se reunirem e a se aglutinarem segundo a fgura.

3. A energia que irá produzir a aglutinação das partículas e mantê-las coesas,


propiciando a estabilidade da forma, provém do 3º Raio, que é o Raio do som por
excelência, sendo portanto o fogo por fricção tríplice, qualquer que seja o plano de
atuação.
Assim fca demonstrado, por via racional, lógica e experimental, que o som constrói
como destrói. Temos exemplos bem visíveis e alguns bem recentes, do poder
destruidor do som. O afundamento da Atlântida foi produzido pelo som, emitido pelo
bendito Senhor do mundo, SANAT KUMARA, som esse que, com a sua idealização
exata, levou aquele continente para o fundo do mar. No dia 26 de dezembro de 2004,
as tsunamis no oceano Índico demonstraram o poder destruidor do som, pois na
realidade as tsunamis nada mais são que som propagando-se na água do mar. As
tsunamis funcionaram como música destruidora. Os terremotos também constituem
exemplos do poder destruidor do som, uma vez que são ondas mecânicas. Na medicina
temos o ultrassom como prova do uso do som não só para cura, como para visualizar o
interior do corpo humano.

Demonstramos a veracidade da informação nº 1 do Mestre Djwal Khul: a música como


meio para construir e destruir.

No próximo estudo analisaremos a informação nº 2: as leis da levitação e teceremos


comentários sobre a atuação da intuição nesse processo da mente humana.

Estudo 164

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Página 359)

614
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Continuando nosso estudo dos efeitos do 4º Raio sobre o desenvolvimento de manas
humano, analisemos inicialmente as palavras do Mestre Djwal Khul: " A intuição será
desenvolvida graças ao conhecimento das vibrações do som e das matemáticas
superiores. Isto já foi iniciado exotericamente. " Nesta afrmação do Mestre vemos de
forma claríssima que o estudo do som e das matemáticas superiores é fator
estimulador da intuição. Procuremos descobrir a correlação entre este fator
estimulador e a intuição. Sabemos que a intuição é um sentido do corpo búdico,
análogo ao paladar do corpo físico, o que já foi estudado anteriormente, sob o título
"Os Centros e os Sentidos". No corpo mental, o corpo imediatamente anterior ao
búdico, indo do mais denso para o mais sutil e dinâmico, o sentido análogo é a
discriminação, ou seja, a capacidade de analisar e descobrir detalhes relacionados, com
o objetivo de entender o todo em funcionamento como uma unidade. Ora, pelas
matemáticas superiores a análise torna-se muito mais fácil, pelo detalhamento, pois
fcamos de posse de ferramentas utilíssimas como as derivadas, o cálculo integral e as
transformadas, com a de Laplace. Como trabalhamos com conceitos abstratos nessas
ferramentas, a nossa mente abstrata é fortemente estimulada. A mente abstrata é o
elo de comunicação entre a mente concreta e o corpo búdico, não podendo existir
corpo búdico ativo, sem a ativação e o desenvolvimento anteriores das mentes
abstrata e concreta. Assim fca comprovada a veracidade da afrmação do Mestre em
relação às matemáticas superiores. Comprovemos a seguir que o estudo do som
conduz ao desenvolvimento da intuição. Todos nós estamos evoluindo dentro do corpo
físico cósmico de um Homem celestial, nosso Logos planetário. Para um Logos
planetário, um Homem celestial, o som elétrico surge na matéria búdica, conforme
consta na página 286 do Tratado, assunto que já vimos. Dessa forma fca estabelecida
a conexão lógica entre o estudo do som e a intuição como um sentido do corpo búdico.
Portanto torna-se bem evidente e explicito que o estudo detalhado e científco do som
leva à matéria búdica, despertando a intuição, qualidade dessa matéria. Assim, por
meio de um raciocínio lógico demonstramos a veracidade da afrmação do Mestre
Djwal Khul.

Dediquemos nossa atenção ao 2º tópico, as leis da levitação. Relacionemos o som com


a levitação. Primeiramente lembremos o funcionamento do avião, à luz da física. Um
avião de asas fxas (um helicóptero é uma aeronave de asas rotativas) decola (levanta
voo ou obtém sustentação), pelo formato de aerofólio das asas. A superfície superior
das asas, por ser mais curva em relação à superfície inferior, oferece um caminho
maior para as moléculas de ar que chegam ao chamado bordo de ataque das asas, que

615
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
é a parte frontal. Assim, as moléculas de ar, ao chegarem juntas ao bordo de ataque e
terem de chegar juntas ao bordo de fuga (a parte posterior das asas), são obrigadas a
desenvolver maior velocidade (com o avião em deslocamento, devido à propulsão dos
motores) na superfície superior das asas do que na superfície inferior. Dessa forma
cria-se uma queda de pressão na superfície superior em relação à inferior das asas,
fazendo com que a pressão maior sob as asas force-as para cima, dando a devida
sustentação à aeronave. O desenho abaixo esclarece essa explicação:

Com esses conceitos na mente, concluímos que se pudermos estabelecer na parte


superior de um objeto uma região de baixa pressão em relação à inferior, poderemos
fazer o objeto levitar. Sabemos que o som é uma sucessão de compressões e
rarefações de partículas. Portanto, por meio de sons correta e cientifcamente
escolhidos, torna-se possível gerar essas quedas de pressão, conseguindo-se a
levitação do objeto. Apresentamos um desenho esclarecedor:

A Ciência ainda tem de pesquisar muito para conseguir levitação por meio de ondas
sonoras. Há um relato em que funcionários de uma empresa britânica de engenharia
presenciaram, numa região do Tibete, a colocação de uma pedra bem pesada num
caverna no alto de um penhasco, fazendo a pedra levitar, por meio de sons produzidos
por instrumentos de percussão, sopro e corda, devidamente posicionados em relação à
pedra. Um monge atuava como maestro, dirigindo os operadores dos diversos
instrumentos, nos detalhes de ritmo, tonalidade e intensidade. Como se trata na
realidade de música e ela está ligada ao 4º Raio, podemos perceber a conexão entre
este raio e a levitação. É claro que há outros meios de levitação, como o magnetismo.

616
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No próximo estudo analisaremos os outros tópicos do assunto em pauta.

Estudo 165

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - Efeitos dos Raios - Comentários
sobre o som (Página 359)

Falamos que o som tem relação com a levitação e citamos um relato disso através de
um fato ocorrido no Tibete. Acrescentamos que as ondas sonoras atuam nas moléculas
do objeto a ser levitado, pois elas respondem à energia do som, efetuando oscilações
de acordo com as do som, chegando ao ponto de haver ruptura das ligações
moleculares, quando a frequência das ondas sonoras é a de ressonância do objeto.
Assim, além da queda de pressão na parte superior do objeto a ser levitado, ocorre
também uma perturbação na organização molecular do objeto, devendo essa
perturbação provocar outras perturbações, que podem perfeitamente conduzir a uma
alteração da atração gravitacional. Tal ideia deve ser pesquisada em maior
profundidade, mas ela é lógica.

Estudaremos agora o tópico nr. 3 - O movimento rítmico de todas as formas, desde um


átomo até um sistema solar. Esse assunto simplesmente signifca que a freqüência de
ressonância das formas deve ser descoberta. A teoria básica para tal pesquisa já
existe. Com a comprovação de que toda onda senoidal (que varia segundo a função
seno) pode ser decomposta na soma dos termos de uma série infnita de ondas
quadradas e com o avanço das séries matemáticas, como a de Fourier, fcou
estabelecida a diretriz para tal pesquisa. Com um bom osciloscópio (instrumento
eletrônico que visualiza uma oscilação), é perfeitamente possível analisar-se qualquer
tipo de onda. Em se tratando do som (para ser mais exato, as oscilações geradas) de
um objeto pequeno e simples, é óbvio que a defnição da sua frequência de
ressonância é relativamente fácil. Todavia, quando o objeto a ser analisado é complexo,
como um corpo humano vivo, a coisa se complica, uma vez que são inúmeros os
fatores geradores de oscilações, além dos puramente físicos, uma vez que no ser
humano os aspectos emocionais e mentais interagem com os físicos, ocorrendo um
processo de feedback (realimentação), que pode ser positiva ou negativa, ou seja,
aumentar a oscilação (atuação positiva) ou reduzi-la (atuação negativa). Dessa forma

617
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
as variáveis intervenientes crescem astronomicamente. Podemos garantir que, para o
ser humano, o modelo matemático que descreva essa frequência de ressonância
(comumente chamada a nota), será probabilístico, em particular, um modelo dito
estocástico, na linguagem da Estatística.

Contudo, se considerarmos que existem (tem de existir) outros caminhos para serem
entendidos os processos da natureza, que não os caminhos puramente físicos,
concluímos que pelo despertar da consciência do corpo búdico, poderemos
perfeitamente obter tal compreensão. Mas cabe enfatizar, com toda veemência, que
sem o desenvolvimento das mentes concreta e abstrata (corpos mental inferior e
mental superior ou abstrato), será impossível ativar o corpo búdico e obter esse
entendimento. Portanto, o esforço mental e da razão para se defnir a frequência de
ressonância ou a nota de um ser humano, utilizando toda a metodologia científca
disponível, incluindo a matemática, é condição sine qua non (sem a qual não), para
chegarmos ao entendimento pela consciência búdica. Isto torna-se evidente, pelo
simples raciocínio de que criamos canais de comunicação envolvendo os neurônios, os
corpos etérico, astral, mental inferior e mental abstrato e o átomo búdico permanente,
quando pensamos insistentemente de forma organizada num assunto que é da esfera
da consciência búdica. A chave ou o segredo do sucesso está em pensar (melhor
dizendo meditar) constantemente no assunto, sabendo-se exatamente o que se quer.
Sem essa clara visão do objetivo, torna-se impossível o êxito. Portanto temos de
adquirir a maior quantidade possível de conhecimentos sobre o assunto, o que supõe
organização, que é qualidade do 7º Raio, um dos atributos de manas. A matéria búdica
constitui o mundo da unidade por excelência, em relação aos mundos inferiores. Dessa
forma fca comprovado que a busca do conhecimento conduz ao desenvolvimento da
consciência búdica, mesmo havendo uso egoísta desse conhecimento, erro esse
facilmente corrigido pelos Senhores do carma.

Tudo o que foi dito acima com referência à frequência de ressonância de um ser
humano aplica-se também ao átomo, aos fenômenos da natureza (como o trovão e o
relâmpago), a um planeta e ao próprio sistema solar, havendo, é claro, uma hierarquia
de difculdade, ou seja, a defnição da nota de um planeta exige um esforço muitíssimo
maior do que a da nota de um homem, como a do sistema solar requer um esforço
bem mais intenso que a de um planeta.

Quando a freqüência de ressonância ou nota de um átomo químico for identifcada e


possível de ser reproduzida, estará consolidado efetivamente o domínio da matéria.
Felizmente falta muito ainda para esse domínio. Dissemos felizmente, porque a

618
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
humanidade não está preparada para tal, carecendo em muito do despertar do
princípio búdico ou crístico em seu aspecto emocional. A grande maioria da
humanidade é sentimentalista, apenas sentimentalista, não tendo ainda despertado o
princípio crístico autêntico, que o Senhor Maitreya tão bem soube expressar há 2.000
anos e que atualmente elevou ao nível de sistema solar.

Fica evidente que, com esse domínio da frequência de ressonância de uma forma e a
capacidade de reproduzir essa frequência, torna-se possível desintegrar uma forma e
reconstruí-la, tanto na matéria física, como na astral. Pelo que o Mestre dá a entender
com as suas palavras sobre esse assunto, deduz-se que esse conhecimento não é do
domínio dos que vivem permanentemente no chamado plano astral, ou seja, os
desencarnados, exceto para os iniciados. Muito embora a matéria astral seja mais
maleável do que a física, pelo fato de possuir menor densidade, todavia, por ser mais
dinâmica, ela exige um grande poder de concentração para ser dominada, o que
signifca dispor de uma vontade forte. Assim, além do conhecimento das leis do som,
mister se faz ser detentor de uma sólida vontade, para poder manipular a matéria
astral com maestria. Recordamos que estamos ainda dentro da linha do 4º Raio, uma
vez que ritmo é harmonia.

Mais uma vez conseguimos demonstrar a veracidade e a lógica das afrmações do


Mestre Djwal Khul. No próximo estudo analisaremos o que o Mestre diz com referência
ao conhecimento do som no plano mental, em outras palavras, na matéria mental.

Estudo 166

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios - Comentários
sobre o conhecimento do som na matéria mental (Página 359)

Estudaremos agora o conhecimento do som na matéria mental, em decorrência da


síntese dos quatro raios de manas no terceiro.

Pelas palavras do Mestre, deduzimos que à medida que a humanidade for


desenvolvendo e assimilando as qualidades dos raios de atributo (os raios de manas,
derivados do terceiro) e conquistando a habilidade de utilizá-las conjuntamente (esse o
verdadeiro signifcado da síntese), essa humanidade irá adquirindo conhecimentos das
leis do som na matéria mental. Conclui-se então que o ser humano que, através do

619
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
próprio esforço e dedicação em evoluir, para melhor servir ao Logos planetário e, nesse
serviço, ajudar a humanidade como uma de suas tarefas e não a única (o que deve
fcar bem claro), pode perfeitamente dominar esses conhecimentos do som na matéria
mental e prosseguir para a matéria búdica, átmica etc, não fcando dependente da
evolução da humanidade como um todo. É esse o verdadeiro livre arbítrio, pelo qual o
homem é realmente senhor do seu destino e não escravo das circunstâncias exteriores,
sendo isso realmente saber usar a vontade.

Essa manipulação do som está diretamente ligada à manipulação dos fogos, conforme
o Mestre diz na página 359: "Será permitida, gradualmente, a publicação exotérica das
leis do fogo. Existem 27 leis ocultas que, no estado atual da evolução, só são reveladas
depois da iniciação. Nelas resumem-se as leis básicas da cor, da música e do ritmo.
Quando a música produza calor ou estímulo e quando, por exemplo, nos quadros
resplandeça ou se revele o subjetivo que se encontra dentro do objetivo, então este
quarto Raio de Harmonia alcançará sua frutifcação." Analisemos cada informação
contida nestas palavras do Mestre, uma vez que elas encerram muito mais
informações, quando são buscados os conceitos abstratos nelas velados. Para tal
organizemo-nos.

1. "Quando a música produzir calor ou estímulo" - Sendo a música energia em


movimento e propagação, uma vez que é uma sucessão de compressões e
rarefações, como já vimos, é óbvio que o fogo por fricção ou da matéria tríplice está
presente. Conforme o tipo de música ou som, variará o tipo de fogo em ação. Se o
fogo predominante for o por fricção/por fricção (comumente chamado kundalini), o
efeito produzido será o calor. Se for o reação nervosa (por fricção/elétrico), o efeito
será a estimulação para o uso do intelecto ou da mente. Se for o por fricção/solar
(prana) juntamente com o por fricção/por fricção (kundalini ou calor corpóreo), a
saúde será estimulada. Se o som conseguir operar com os 3 fogos por fricção,
elétrico, solar e por fricção, conjuntamente, então o estímulo para a saúde será muito
maior, uma vez que ocorrerá a harmonia das funções do corpo físico, juntamente
com o estímulo da atividade mental, dando-se também o estímulo do corpo astral.

2. "e quando, por exemplo, nos quadros resplandecer ou se revelar o subjetivo que se
encontra dentro do objetivo, então este quarto Raio de Harmonia alcançará sua
frutifcação." - Expressar num quadro o subjetivo oculto no objetivo signifca possuir
uma mente abstrata bem desenvolvida, com capacidade de expressar conceitos
através da mente concreta. Essa habilidade também existe quando um conjunto de

620
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conceitos interligados é expresso através de uma equação matemática. Em ambos os
casos, a capacidade de captar a harmonia existente entre os diversos conceitos
demonstra o desenvolvimento do 4º Raio, já sintetizando os outros três que o
antecedem. O mesmo podemos dizer de conceitos flosófcos, que, reunidos racional
e harmoniosamente, constituem uma teoria. É evidente que nessa frutifcação do 4º
Raio, o verdadeiro conceito de fraternidade será alcançado e implantado em todo o
planeta, por via racional, inteligente e lógica e não por mero sentimentalismo,
astralismo ou religiosidade cega. Então tornar-se-ão realidade as palavras do poeta
romano Virgílio, em seu poema A idade de Ouro: "A primavera era eterna e os ventos
zéfros acariciavam placidamente as fores nascidas sem semente." No original em
latim: "Ver erat aeternum placidique mulcebant zephiri natos sine semine fores."

3. "Será permitida, gradualmente, a publicação exotérica das leis do fogo. Existem 27


leis ocultas que, no estado atual da evolução, só são reveladas depois da iniciação." -
Como todo fenômeno está ligado ao fogo, que produz a vibração inicial, nada mais
coerente que essa afrmação do Mestre. Na matéria física, o homem trabalha com 3
fogos tríplices, que são:

• - eletricidade de um só pólo (fohat do sol), raios de luz de aspecto prânico (prana


do sol) e akasha (kundalini do sol), todos provenientes do sol;
• - fuido elétrico (eletricidade da Terra), prana planetário e substância produtiva
(kundalini da Terra), todos provenientes da Terra;
• - reação nervosa (fohat do homem), emanação prânica (prana do homem) e calor
corpóreo (kundalini do homem), todos existentes no homem.
Temos portanto 9 fogos na matéria física. Na matéria astral existe também essa tríplice
triplicidade, resultando em 9 fogos atuando na matéria astral. O mesmo ocorre na
matéria mental, com 9 fogos. Assim totalizamos 9 x 3 = 27 fogos, que atuam nas
matérias física, astral e mental, os nossos 3 mundos inferiores. Cada tipo de fogo
possui sua lei de geração, controle, manipulação e sintonia ou fusão. Concluímos então
que existem de fato 27 leis ocultas dos fogos. O conhecedor dessas leis e possuidor do
seu controle é senhor das matérias física, astral e mental. É mais do que óbvio que tal
poder só pode estar nas mãos de um iniciado, na atual fase da evolução da
humanidade. Se o simples conhecimento, muito parcial, da lei do fogo regente do
átomo químico levou o homem ao holocausto de Hiroshima e Nagasaki, a que amplitude
de destruição o homem não irá, caso conheça as 9 leis dos fogos da matéria física. Por
enquanto, ele apenas pesquisa essas leis, nos aceleradores lineares de partículas,

621
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como o Grande Colisor de Hádrons, que está sendo construído na fronteira da França
com a Suíça, com inauguração prevista para 2007. É por isto que o Mestre diz, com
toda correção, que somente quando o 4º Raio, de Harmonia, frutifcar ou produzir
frutos na humanidade, será possível essa profundidade e abrangência de
conhecimentos dos fogos, de forma pública ou exotérica, pois então toda ciência será
utilizada unicamente para a felicidade e bem estar de todos, sem exceção. Até lá,
somente os iniciados conhecerão essas leis e mesmo assim de forma gradativa, ou
seja, os iniciados da 1ª iniciação saberão uma parte, os da segunda mais um pouco, os
em preparação para a terceira (já em vias de recebê-la) estarão próximos de perceber
a totalidade das leis, o que ocorrerá no ato dessa iniciação, mas só empregarão esse
conhecimento a serviço do grande Plano Divino.

Embora não tenhamos entrado no mérito da manipulação do som na matéria mental,


por ser um assunto perigoso, todavia demonstramos a lógica e coerência das
afrmações do Mestre Djwal Khul. Os iniciados que estão sendo preparados para o
segundo caminho (o do Trabalho Magnético) e irão para o sétimo (o da Absoluta
Filiação), empenham-se desde a 2ª iniciação em adquirir conhecimentos profundos
sobre o comportamento das matérias e dos fogos que as regem.

No próximo estudo continuaremos essa exposição sobre os efeitos do 4º Raio, de


Harmonia, Beleza e Arte, como sintetizador prévio para o 3º Raio.

Estudo 167

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios - Comentários
sobre o som (Página 359)

Analisemos um pouco a manipulação da matéria mental por meio do som. Como o


Mestre disse, somente quando a humanidade estiver em vias de sintetizar os 4 Raios
de atributo no terceiro é que será possível a ela manipular a matéria mental por meio
do som. A lógica dessa exigência já foi explicada, sob o ponto de vista de segurança,
ou seja, o homem não fazer mau uso desse conhecimento. Mas há também um outro
aspecto, em termos de qualifcação. Conforme já vimos, o 3º Raio, por ser o da
adaptabilidade por excelência, necessita ser preparado com as qualidades do sétimo
(organização), sexto (fxação em uma ideia), quinto (detalhamento) e quarto (harmonia).

622
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ora, é evidente que, ao ser treinado o homem nessas qualidades (o que ocorre, ao
nascer sistematicamente sob os signos do zodíaco), ele vai adquirindo domínio sobre
seus corpos inferiores e purifcando-os. Assim, quando a média da humanidade tiver
conquistado essa situação de síntese no 4º Raio e entrar na fase de sintetizar as
qualidades assimiladas no 3º Raio, os conhecimentos sobre o uso do som na matéria
mental poderão ser do domínio público, como diz o Mestre.

Procuremos entender como o som pode construir na matéria mental e produzir efeitos
nas matérias astral e física. Sabemos que o corpo mental do homem possui sentidos
análogos aos do corpo físico (os jnanaindriyas), como mecanismos de ação (os
carmaindriyas), por meio dos quais ele recebe informações do meio mental e age sobre
ele. O pensador residente nesse veículo adquire experiência e evolui, nesse processo
duplo, que podemos perfeitamente descrever como ação e reação. Expliquemos
melhor essa descrição. Quando o pensador recebe uma informação do exterior a ele,
por qualquer dos sentidos, reage executando uma ação nesse meio, que por sua vez
responde com uma nova informação. Dessa forma o processo se desenvolve, levando o
homem a evoluir, dentro do planejamento para o período.

Concluímos portanto que no corpo mental existe um mecanismo pelo qual o homem
pode produzir sons na matéria mental, assim como temos as cordas vocais para
produzir sons físicos. É óbvio que não há cordas vocais no corpo mental, sendo outro o
processo de geração de sons na matéria mental. Esse processo envolve a manipulação
do fogo por fricção tríplice, que atua na matéria mental. O homem comum, quando já
desencarnou das matérias física e astral, vivendo portanto na matéria mental inferior,
comunica-se com os demais habitantes desse mundo por meio de sons audíveis pela
audição mental. Contudo, uma coisa é falar e ouvir pela matéria mental para fns de
comunicação, outra bem diferente é produzir efeitos de construção, fazendo uso
científco do som. A mesma diferença se dá na matéria física. A comunicação verbal no
nosso mundo físico é facílima. Agora construir ou destruir através do som é algo
difcílimo. Essa capacidade requer o conhecimento profundo das leis da vibração e o
devido poder para operá-las. Somente aquele que tem esse conhecimento e esse poder
é capaz de criar e destruir pelo som. É evidente que as leis que regulam a geração e a
propagação do som na matéria mental são diferentes daquelas reguladoras nas
matérias física e astral, embora sejam análogas. O conhecedor profundo das leis da
vibração entende com clareza essas analogias. Como já dissemos, o discípulo que está
sendo preparado para o 2º caminho, que o levará ao sétimo, já está penetrando nesses
conhecimentos. Ele percebe nitidamente as analogias. Todavia está impedido de revelar

623
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tudo o que capta, embora faça uso às ocultas para ajudar, quando necessário. Uma
coisa é certa, somente aquele que possui o domínio da sua fala está em condições de
penetrar no mundo oculto do som.

O grande perigo está no fato de que uma vibração sonora gerada na matéria mental,
com a devida forma de onda coerente com o objetivo a ser alcançado e com a devida
quantidade de fogo por fricção tríplice da matéria mental, produzirá efeitos fortíssimos
na matéria astral e física, podendo construir e destruir. Nessa operação de gerar som
na matéria mental, o discípulo em treinamento aprende que tem de saber dosar as
quantidades de fogo por fricção elétrico, solar e por fricção, numa proporção certa,
para os fns desejados, inclusive levando em conta as condições reinantes nos mundos
astral e físico. A Hierarquia tem iniciados que estão no 2º caminho (o do trabalho
magnético), que controlam as grandes formas astromentais que atuam sobre a
humanidade, muitas delas geradas pela própria humanidade, sendo a ação desses
iniciados no sentido de impedir que essas formas adquiram uma tal intensidade que
comprometam o Plano Divino. Mais do que isso eles não podem fazer, uma vez que o
livre arbítrio da humanidade tem de ser respeitado, embora eles possuam poder para
destruir essas formas. Esse assunto das formas astromentais que envolvem a Terra é
de suma importância e explica porque a grande maioria da humanidade é conduzida
cegamente, ao invés de se conduzir. Mas não faz parte do nosso estudo.

Assim, mais uma vez fca sobejamente demonstrada a necessidade da síntese dos 4
Raios de atributo no terceiro, para que todo esse conhecimento sobre o som no mundo
mental esteja ao alcance da humanidade, como o Mestre Djwal Khul afrma.

Todavia aqueles que fazem o esforço necessário para evoluir com maior velocidade,
buscando o conhecimento, tendo a devida disciplina e procurando ajudar a
humanidade, conquistam as condições para receberem todas essas informações sobre
o som.

Estudo 168

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 359, 360 e 361)

No estudo dos efeitos dos raios de Manas, quando se analisa o futuro da mente

624
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
humana, é importante ter sempre em conta com clareza a numeração dos Raios. Na
tabela abaixo os números que precedem os nomes dos Raios relacionam-se com a
sétupla manifestação e os números que sucedem têm relação com a quíntupla
manifestação de Brahma ou Manas:

Raios de
1 - Vontade ou Poder
Aspecto
2 - Amor-Sabedoria-Razão
Pura
3 - Adaptabilidade ou MANA
1
Inteligência Ativa S
Raios de
4 - Harmonia, Beleza ou Arte 2 E
Atributo
5 - Conhecimento Concreto ou
3 SEUS
Ciência
6 - Idealismo Abstrato 4 RAIOS
7 - Magia
5
Cerimonial/Organização
Continuemos a consideração dos 4 tipos de força que emanam de certas grandes
Entidades e os futuros resultados do efeito produzido sobre o homem, lembrando
sempre que estas 4 infuências (com a sua síntese do 3º Raio de Aspecto) retêm em si
mesmas o 5º princípio logoico de Manas. São literalmente o efeito radiante dos
Manasaputras divinos. A nós interessam principalmente os resultados que serão
produzidos nos entes de Seus corpos.

A entrada no poder do 4º Raio (o que pode ser esperado para o fm deste ciclo menor,
que começou em 1924), provocará em qualquer momento a correspondente atividade
em conexão com o 4º subplano de cada plano, começando pelo 4º éter físico. Isto
acarretará os seguintes efeitos:

Primeiramente, os cientistas do mundo físico poderão falar com autoridade com


respeito ao 4º éter, embora não o reconheçam como o inferior dos 4 graus etéricos da
matéria física. Será compreendida sua esfera de infuência e sua utilização, bem como "
a força " será conhecida, da mesma forma que hoje (1925) é conhecido o hidrogênio
como um fator da matéria ou a manifestação elétrica de energia dentro de limites
precisos. Sua manifestação já se pode ver na descoberta dos raios X (em 1895, por
Wilhelm Roentgen) e da radioatividade do urânio (em 1896, por Henri Becquerel) e do
rádio e do polônio (em 1898, pelo casal Marie e Pierre Curie) e na demonstração do
elétron. A descoberta do silício (Si) em 1823 e do germânio (Ge) em 1886, dois

625
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
semicondutores, abriu caminho para a posterior revolução das comunicações e da
informática, quando suas propriedades de controle da corrente elétrica foram
identifcadas. O Mestre previu que esses conhecimentos na área do 4º éter, pela
infuência do 4º Raio, iriam revolucionar a vida do homem, pondo em suas mãos o que
os ocultistas chamam " poder de 4ª ordem ". De fato tudo isto aconteceu. Eis as
previsões feitas pelo Mestre em 1925 (ano da edição do Tratado sobre Fogo Cósmico):

1. Permitirá utilizar a energia elétrica para a regularização de sua vida diária em


forma incompreensível naquela época.

2. Produzirá novos métodos de iluminação e de aquecimento, de baixo custo e


praticamente sem gasto inicial.

3. Ficará estabelecida como realidade a existência do corpo etérico.

4. A cura do corpo físico denso através do corpo etérico, por meio da utilização da
força e da radiação solar, substituirá os métodos da época.

5. A cura então assumirá praticamente 2 aspectos:

I. Vitalização por meio de:


a eletricidade,
a radiação solar e planetária.

II. Processos curativos defnidos, graças ao conhecimento oculto de:


a. os centros de força (os chacras),
b. o trabalho dos Devas do 4º éter (Devas Violetas).
Os transportes por mar e terra serão em grande parte substituídos, utilizando-se rotas
aéreas e deslocamentos de grandes aparatos através do ar, mediante a instantânea
aplicação da força ou energia inerente ao próprio éter, que substituirá os sistemas da
época. Outras consequências da atuação do 4º Raio foram iniciadas naquele período e
continuam até hoje, como vemos claramente.

Os estudantes de religião estudarão a manifestação do que chamamos "aspecto vida",


assim como o cientista estuda o chamado "aspecto matéria". Ambos chegarão a
compreender a estreita relação existente entre estes 2 aspectos, com o que será

626
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
preenchido o antigo vazio e cessará temporariamente a luta entre a ciência e a religião.
Mestre Jesus está atualmente empenhado neste trabalho junto a Devas do plano astral,
com a colaboração de Adeptos e discípulos encarnados.

Serão postos em prática métodos precisos para demonstrar que a vida persiste após a
morte do corpo físico e a trama etérica será reconhecida como fator operante. Buscar-
se-á a conexão entre os diferentes planos e estudar-se-á a analogia entre a matéria do
4º subplano etérico e a búdica ( o 4º éter cósmico ), pois nos daremos conta de que a
vida dessas Entidades reconhecidas como os Logoi planetários fui através de nosso
esquema desde o 4º plano cósmico e, em sentido muito especial, através de todas as
analogias menores. O alinhamento será o seguinte:

a. O 4º plano cósmico, o búdico cósmico.


b. O 4º éter cósmico, o 4º plano do sistema, o búdico.
c. O 4º sub-plano, o etérico de nosso plano físico.
Há uma linha de menor resistência nos planos do cosmos, melhor dizendo, nas matérias
do cosmos, que tem uma atividade especial em conexão com os Homens celestiais,
manifestando-se em Seus próprios planos e, em consequência, em conexão com os
entes de Seus corpos em níveis inferiores. Será reconhecida a existência de linhas de
força que se estendem por todo nosso esquema desde fora do sistema, as quais serão
aceitas como um fato. Os cientistas interpretá-las-ão como fenômenos elétricos e os
religiosos como a vida - força vital de certas Entidades. Interpretemos estas últimas
palavras do Mestre.

Essa linha de menor resistência é uma forma de expressar o que em eletrônica é


chamado frequência de ressonância. Digamos isso de outra maneira. A matéria búdica
do sistema responde com muita facilidade às vibrações que se originam na matéria
búdica cósmica, reproduzindo com muita fdelidade e com o mínimo de distorção a
modulação da vibração original, ou seja, a informação ou qualidade original. É lógico
que a frequência na reprodução é uma harmônica menor, uma vez que cada plano ou
matéria tem sua capacidade de vibrar ou de frequência. Em nível mais denso, a matéria
do nosso 4º éter físico responde facilmente às vibrações oriundas da matéria búdica
do sistema, com excelente fdelidade de reprodução da informação ou qualidade
original, em harmônica mais baixa. Assim vemos claramente um canal de comunicação
ligando a matéria búdica cósmica com a matéria búdica do sistema e com a matéria do
4º éter físico. Ora, o nosso Logos planetário tem Seus centros de força físicos feitos de
matéria búdica do sistema e nós, seres humanos, temos os nossos de matéria do 4º

627
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
éter, em média. Dessa forma o que acontece na matéria búdica cósmica, em termos de
vibração contendo informações ou qualidades, é reproduzido na matéria búdica dos
centros do nosso Logos planetário, produzindo efeitos em seu corpo etérico cósmico.
Esses efeitos se reproduzem na matéria etérica dos centros do homem, como
vibrações contendo as mesmas informações ou qualidades, dentro das limitações da
matéria etérica, produzindo por sua vez efeitos no homem. Não é somente no homem
que os efeitos provocados no corpo etérico do Logos planetário acarretam alterações,
mas em toda a natureza do planeta e do esquema (não podemos esquecer que existem
mais 2 globos de matéria etérica no nosso esquema). É essa a explicação para a
astrologia, uma vastíssima rede de comunicação, conectando tudo entre si, desde
sistemas solares, constelações, planetas e globos, até o homem, chegando aos reinos
inferiores. É óbvio que essas relações têm de ser analisadas e interpretadas
corretamente e não como se vê comumente, um mundo de bobagens, sendo
pouquíssimos os verdadeiros astrólogos, que se comportam com seriedade e buscam
evoluir continuamente com novos conhecimentos. O verdadeiro astrólogo deve possuir
simultaneamente a visão do cientista e do religioso, ou seja, entender ao mesmo tempo
essas conexões como fenômenos elétricos e como força vital de certas Entidades.
Assim ele poderá enxergar:

1. Frequências.

2. Formas de onda.

3. Intensidade da energia.

4. Ângulo de fase (sendo o chamado aspecto na astrologia um exemplo, mas não o


único).

5. Interação entre o campo elétrico e o magnético da energia.

6. Alterações ocorridas em função do meio de propagação.

7. A modulação como qualidade.

8. As alterações nos diversos corpos (do Logos planetário, do homem, dos Devas,
enfm dos entes de todos os reinos), em resposta ao impacto da energia na matéria

628
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desses corpos.

9. As consequências dessas alterações nos diversos níveis, tanto individual como


coletivo, por exemplo, no homem, numa nação, no planeta, no reino animal etc.

10. A atuação dos 3 fogos em todo esse processo.


Quando tudo isso se tornar realidade, aí então é que a astrologia será realmente
reconhecida como a grande ciência, pois permitirá uma visão mais profunda das
inúmeras manifestações de DEUS e seus inter-relacionamentos. Todavia sempre haverá
uma astrologia mais avançada, uma vez que Fontes de energia mais elevadas (Seres
hipercósmicos) serão percebidos, obrigando a estudos muito mais complexos.

Estudo 169

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios - (Continuação)
(Página 361)

Continuando nosso estudo sobre o futuro da mente humana em decorrência da ação


do 4º Raio, temos a dizer que os estudiosos da flosofa procurarão simultaneamente
ligar as duas escolas de pensamento, cientistas e religiosos, realçando a inteligente
adaptação dos fenômenos elétricos denominados matéria - esse material ativo e
energizado que chamamos substância - ao propósito vital de um Ser cósmico. Portanto,
nos três campos do pensamento, científco, religioso e flosófco, temos o princípio da
formação consciente ou a construção do Antakarana, no grupo designado como a 5ª
raça-raiz, a atual. Analisemos estas palavras do Mestre Djwal Khul em maior
profundidade.

O Antakarana é a conexão construída conscientemente e com pleno conhecimento do


processo, entre a unidade mental permanente e o átomo mental permanente, ou seja,
entre a mente concreta e a mente abstrata, não sendo possível atualmente o
recebimento da 2ª iniciação planetária, sem que o iniciado de 1º grau tenha começado
esse processo. Tal assunto está claramente descrito no livro Los Rayos y las
Iniciaciones. Ora, sabemos perfeitamente que a mente abstrata é sintetizante, o que
signifca que, através dela, o homem consegue enxergar os fenômenos dos mundos

629
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inferiores, de forma global, vendo todos os fatores atuando simultaneamente e suas
inter-relações. Somente a partir daí é que ele vai despertar sua consciência búdica e
entender com clareza os mundos abaixo do búdico. Estendamos esse conceito de
Antakarana à humanidade da 5ª raça-raiz, servindo-nos da conjunção dos 3 campos do
pensamento, científco, religioso e flosófco. Pelo que o Mestre diz, os estudiosos de
flosofa, ao ligarem entre si os campos científco e religioso, permitirão essa visão
global e sintética. A flosofa é uma ciência essencialmente abstrata, uma vez que
trabalha com conceitos, observando e analisando fatos. Na realidade é a mãe das
ciências, pois sabemos que a física surgiu da flosofa. O primeiro grande físico foi
Demócrito, que era um flósofo e queria entender a natureza, saindo da visão
puramente religiosa.

A meta da 5ª raça-raiz é desenvolver a mente. Concluiu-se então que somente quando


a maioria da atual humanidade conseguir desenvolver sua visão flosófca ou abstrata,
será possível a essa raça construir seu Antakarana e acelerar sua evolução. Não é
difícil perceber que no atual estado, a humanidade está bem distante desse objetivo.
As religiões, que em sua grande maioria desprezam e condenam o uso da mente em
assuntos religiosos, pregando a fé cega e irracional, estão predominando, prejudicando
fortemente a evolução da humanidade. Embora aqueles que têm olhos de ver possam
se libertar dessa escravidão, pelo uso da mente e escapar dessa humanidade, todavia o
Plano do nosso Logos planetário fca comprometido com essa inércia mental, uma vez
que pelos menos 3/5 devem passar no grande Dia do Juízo da 5ª ronda. Não é sem
motivo que Mestre Jesus está empenhado num trabalho no plano astral para essa
união entre as linhas científca e religiosa, como vimos no estudo anterior.

Podemos pois concluir, com base racional e lógica, que, quanto mais for divulgada a
visão científca e flosófca de todas as religiões, abandonando o autoritarismo de seus
líderes, mais facilmente será possível ser alcançada a meta dos 3/5. É importante
também que a ciência seja menos materialista.

Estudo 170

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 361 e 362)

630
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Vejamos agora os efeitos do 4º Raio no desenvolvimento da mente humana, pela sua
atuação na matéria astral da Terra. A afuência de força dará origem a um estímulo
astral nos corpos de muitos membros da família humana que todavia se encontram nos
subplanos astrais e despertará o desejo de harmonia em forma nova. Isto acontecerá
devidamente na 6ª sub-raça da 5ª raça-raiz, que sucederá a atual sub-raça. Devemos
lembrar que muitos dos Atlantes (homens da 4ª raça-raiz) responderão ao estímulo e
encarnarão nessa época, porque o quatro e o seis estão intimamente aliados. Temos
outra analogia sugestiva no fato de que logo será reconhecida a utilidade dos Devas do
4º éter e que durante a 6ª sub-raça a evolução dévica será extraordinariamente
proeminente. O 4º subplano é o de unifcação para certos entes dévicos e humanos e
determinados grupos (a 4ª Hierarquia criadora e a 6ª Hierarquia dévica) têm que
esgotar juntas um grande carma. Procuremos entender melhor o que signifca esse
grande carma a ser esgotado pelas 2 Hierarquias juntas. A 6ª Hierarquia dévica é
denominada (página 30 do livro Astrologia Esotérica) Senhores lunares e Fogos do
sacrifício e atua na matéria astral, portanto nos corpos astrais humanos. Só por isso já
fca bem caracterizada a ligação entre ela e a 4ª Hierarquia criadora, de Mônadas
humanas, em relação ao carma. Podemos também associar o que ocorreu na cadeia
lunar, a qual teve de ser desintegrada antes da época prevista, por causa do grande
desvio da humanidade lunar em relação ao Plano Divino. Como a grande maioria das
Mônadas humanas em evolução na atual cadeia terrestre é oriunda da cadeia lunar e a
6ª Hierarquia dévica constitui a substância dos corpos astrais humanos, podemos
deduzir, dentro de um raciocínio lógico, que as duas Hierarquias têm de fato um carma
a ser esgotado conjuntamente.

Agora temos subsídios para entender a suprema importância da Hierarquia humana, a


quarta na ordem consecutiva de planos ou ideias, o que pode ser visualizado no
esquema a seguir:

631
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É evidente a beleza deste método de entrelaçamento, embora no momento seja difícil
entender onde se encontra a relação nesta complexidade de entidades. Devemos ter
em conta que sempre consideramos a força ou energia vital de tais entidades, a
medida que afui a e atua por meio de formas defnidas substanciais e materiais, ou
seja, temos sempre de procurar compreender as reações das matérias constituintes
das formas ou veículos, ante o impacto das diversas energias atuantes e provenientes
de níveis mais elevados. Quer seja um sistema solar (corpo físico cósmico de um Logos
solar), um esquema planetário (corpo físico de um Logos planetário ou Homem
celestial) ou um homem, sempre a Mônada (o morador interno em busca de
experiências e querendo aprender e evoluir) observará as reações e respostas de seus
corpos, ao serem penetrados pelas diversas energias (dentro de um planejamento
visando um propósito) e tomará (deverá tomar) a decisão correta para aproveitar ao
máximo as experiências resultantes. A análise desse entrelaçamento não é tão difícil
assim, mas requer um estudo mais avançado.

Na 4ª divisão da matéria mental (o 4º subplano do plano mental) ocorrerá no futuro


imediato um período de evolução intensifcada para os entes que saiam da 5ª raça-raiz
entrem em outra raça, globo, cadeia ou esquema. No 4º subplano do 5º plano (o
mental) está o centro de interesse e o dia da oportunidade para a atual raça. Aqui será
possível observar o despertar da consciência superior e o primeiro sintoma de que se
percebe o corpo causal e há uma resposta vibratória ao mesmo. A este respeito
devemos ter sempre presente que a periferia do corpo causal inclui os átomos
permanentes (a Tríade inferior), é o plano onde se levam a cabo as provas e as
iniciações maiores do Umbral e o campo de batalha do homem, que deverá assegurar
desde aí o direito de entrar no Caminho, procurando controlar seus corpos inferiores e
com isso tornar-se seu amo e não escravo.

Mais uma vez o Mestre Djwal Khul enfatiza a importância e a necessidade de o homem
se tornar mental, para conseguir o domínio de seus corpos inferiores e alcançar a meta
da cadeia, a 5ª iniciação planetária.

Analisemos mais detidamente as palavras do Mestre com referência ao futuro


imediato. As expressões entrar em outro globo, cadeia ou esquema, dá claramente a
entender que ao homem que se esforça realmente e com empenho para evoluir,
usando a mente, são oferecidas muitas oportunidades de viver novas e promissoras
experiências em locais adequados, sem fcar na dependência da velocidade de
evolução da maioria da humanidade. Aí é que está o autêntico e verdadeiro signifcado
do uso do livre arbítrio, que é o emprego sábio e consciente da vontade. Assim, quando

632
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
o homem acelera o próprio desenvolvimento e necessita de um novo campo para
exercitar e experimentar as qualidades conquistadas pelo seu esforço e não encontra
condições para tal aqui na Terra, ele é transferido para outro globo ou outro esquema,
que estejam de acordo com o seu novo perfl evolutivo. De fato a Justiça divina é
perfeita, dando oportunidades a todos, bastando que queiram (usem a vontade) de
fato.

Temos muito assunto para meditar, buscando tirar conclusões lógicas e práticas, com o
objetivo de enriquecer a mente e expandi-la, conquistando novas áreas de
conhecimento. Assim, aproximar-nos-emos do glorioso momento em que fcaremos
face a face com o Iniciador Único, com o que tornar-nos-emos mais úteis à Hierarquia e
à humanidade.

Estudo 171

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 362 e 363)

Continuando nosso estudo dos efeitos do 4º Raio, de Harmonia, no futuro da mente


humana, analisemos em maior profundidade as palavras do Mestre Djwal Khul com
referência à matéria da 4ª divisão do plano mental, o chamado 4º subplano mental.
Quando Ele diz que neste subplano mental haverá no futuro imediato (lembremos que o
livro foi editado em 1925 e por isso já estamos agora, 2005, neste futuro imediato) um
período de evolução intensifcada para os entes (humanos) que saiam da 5ª raça-raiz e
entrem em outra raça, globo, cadeia ou esquema e que reside o centro de interesse e o
dia da oportunidade para a raça atual, isto signifca que quem quiser aproveitar esta
oportunidade de maior evolução e de escapar da escravidão da matéria, deve utilizar e
desenvolver ao máximo sua capacidade de pensar de forma abstrata, ou seja, extrair
com todo empenho os conceitos e signifcados existentes em todos os fatos e eventos.
A matéria da 4ª divisão do plano mental é a ponte entre o mental inferior e o superior
ou abstrato. Por outro lado, sabemos que a Alma ou o Ego inicia sua jornada evolutiva
na 3ª divisão da matéria mental, através das experiências nos 3 mundos inferiores.
Portanto, pelo esforço em pensar de forma abstrata, é possível dar o salto da 4ª para a
3ª divisão da matéria mental e assim, passar a viver e atuar na matéria causal. É esse o

633
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
verdadeiro processo de estabelecer o contato com a Alma. Com o decorrer da
atividade da mente abstrata e a consequente intensifcação do dinamismo da matéria
causal ou mental superior e aumento da velocidade das partículas mentais, dá-se a
substituição delas por partículas da 2ª divisão e, fnalmente, só fcam no corpo causal
átomos mentais, ou seja, matéria da 1ª divisão ou divisão atômica da matéria mental, o
que é o aperfeiçoamento do corpo causal. Lembramos que estamos falando do Loto
Egoico, envolto por um campo de força, comumente chamado corpo causal.

As provas iniciáticas e as iniciações maiores do Umbral (as 3 primeiras) são realizadas


na matéria causal, ou seja, nela são feitas as provas iniciáticas e recebidas as iniciações
pela Alma. Embora nessas iniciações a Alma tenha de estar encarnada em corpo físico
e com a consciência enfocada no cérebro físico, todavia a comunicação Alma/cérebro
físico já está bem frme (condição para a iniciação) e os efeitos são sentidos no corpo
físico. A expressão iniciações do Umbral para essas 3 primeiras iniciações decorre do
fato de somente após a terceira é que o homem ingressa de fato na Hierarquia, quando
fca face a face com o Bendito Senhor do Mundo, SANAT KUMARA. Antes, ele é um
discípulo, ao receber a primeira. São maiores, para diferenciar das menores, que
ocorrem entre as maiores, pelas conquistas das diversas divisões das matérias física,
astral e mental.

Fica bem clara e evidente a importância do uso da mente no processo evolutivo e na


conquista da liberdade total dos mundos inferiores.

Este conceito pode muito bem ser ampliado e muitos livros podem ser escritos com os
assuntos decorrentes, com vistas ao que podemos esperar nos próximos séculos,
porém não faz sentido no momento nos estendermos nessa área. Em resumo, podemos
dizer que num futuro imediato as realizações consistirão em utilizar a força e a energia
elétricas para ajustar mais harmoniosamente a vida do homem, em consequência da
ação do 4º Raio.

Podemos dar mais uma ou duas sugestões sobre a infuência deste 4º Raio da mente.
Diremos primeiramente que foi dedicado mais tempo a considerar este Raio do que
será possível fazer com os outros, porque ele ocupa um lugar de suma importância
nesta 4ª cadeia do esquema terrestre e neste 4º globo, o nosso planeta Terra. Cada
Logos planetário envia sua infuência às diferentes rondas, planos, cadeias, globos,
raças e sub-raças, de acordo com a relação numérica que tem com o esquema do qual
Ele é a Vida vitalizadora. No momento, à medida que o ciclo avança, estas formas
fazem-se receptivas e negativas, respondendo assim à infuência positiva do Logos

634
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetário.

Algo mais poderia ser dito, porém somente poderemos insinuá-lo, porque é de natureza
esotérica e oculta. Na 4ª Iniciação a força do Logos do 4º Raio é um fator vital.
Mediante a aplicação do Cetro de Iniciação a energia de Sua Vida é aplicada ao Iniciado
ou a força elétrica que emana do Cetro circula geometricamente através de certos
centros, produzindo o estímulo necessário. Na 5ª Iniciação é sentida semelhantemente
a força do 3º Logos e na 6ª a força do 2º Logos, enquanto que na 7ª circula pelo corpo
do Choan o fogo dinâmico do 1º Logos. Tudo isso pode ser classifcado da seguinte
forma:

1. A força mágica do 7º Logos é sentida na 1ª Iniciação.


2. O fogo agressivo do 6º Logos é sentido na 2ª Iniciação.
3. A luz iluminadora do 5º Logos é sentida na 3ª Iniciação.
4. A vida harmonizadora do 4º Logos é sentida na 4ª Iniciação.
5. O poder fundente do 3º Logos é sentido na 5ª Iniciação.
6. O calor unifcador do 2º Logos é sentido na 6ª Iniciação.
7. A eletricidade dinâmica do 1º Logos é sentida na 7ª Iniciação.
Temos na classifcação acima todos os conceitos básicos a respeito das iniciações
planetárias. Na realidade são chaves, pelas quais podemos penetrar na natureza de
cada iniciação, inferir as qualidades necessárias a serem adquiridas pelo iniciado,
entender o propósito norteador de todo esse processo e, o mais importante, fazer o
esforço adequado para essas conquistas.

Estudo 172

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 363 e 364)

Procuremos entender o signifcado da classifcação anterior, referente às 7 iniciações


planetárias. Na primeira temos a força mágica do 7º Logos, o da Magia Cerimonial e
Organização. O 7º Raio rege a matéria e o corpo físico. A magia é sentida em mais
evidência na matéria física. Como ser mago supõe domínio, concluímos que a chave é o
domínio do corpo, no sentido de domínio dos apetites desse corpo.

635
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Na 2ª iniciação temos o fogo agressivo do 6º Logos, o do Idealismo Abstrato. É a força
do corpo astral. Ora, sabemos que a emoção é agressiva. Portanto nessa iniciação o
fogo agressivo do corpo emocional tem de ser dominado e colocado à disposição dos
interesses da Mônada via Alma.

Na 3ª iniciação temos a luz iluminadora do 5º Logos, do Conhecimento Concreto ou


Ciência. É o fogo da matéria do 5º plano, mental, o plano do fogo por excelência, o qual
se expressa no homem pelo corpo mental, devendo ser dominado, expandido e
utilizado pela Alma, para se transformar na luz iluminadora e norteadora.

Na 4ª iniciação temos a vida harmonizadora do 4º Logos, da Harmonia, Beleza ou Arte.


É por essa vida que as conquistas anteriores têm de ser sintonizadas ou harmonizadas,
para serem utilizadas pela Mônada via Tríade Superior (lembramos que na 4ª iniciação
o Ego ou Alma é desintegrado, passando a Mônada a se expressar pela sua Tríade
Superior exclusivamente).

Na 5ª iniciação temos o poder fundente do 3º Logos, da Adaptabilidade ou Inteligência


Ativa. É quando os 4 raios de atributo conquistados anteriormente são unifcados e
fundidos, dando-se a adaptação fnal da matéria ou forma aos interesses da Mônada,
dentro desse ciclo, uma vez que o processo de aperfeiçoamento prossegue, agora com
o mecanismo adaptador dotado de grande efciência, para as expressões mais
elevadas que virão.

Na 6ª iniciação temos o calor unifcador do 2º Logos, do Amor-Sabedoria-Razão Pura.


Como sabemos pela física, o calor é usado para a fusão, na obtenção de ligas. Dentro
dessa analogia, podemos ver o calor do 2º Raio em sua ação de produzir ligas, ligas
essas perfeitamente visíveis nos grupos que estão unidos e alicerçados pelo Amor.

Na 7ª iniciação temos a eletricidade dinâmica do 1º Logos, da Vontade ou Poder. No


nosso mundo físico a eletricidade é a fonte do nosso dinamismo industrial. Assim, é a
força elétrica da Vontade que permite o domínio completo da matéria do plano físico
cósmico e que a Mônada dela escape, ingressando na vida mais plena na matéria do
plano astral cósmico.

Dessa forma conseguimos demonstrar a lógica das afrmações do Mestre Djwal Khul.

Consideremos agora brevemente a infuência futura do 3º raio manásico de


"Conhecimento Concreto ou Ciência" (terceiro na contagem particular dos raios de
manas e quinto na contagem geral dos raios). Como já foi dito em outra parte, este raio
é quem constrói as formas, utiliza a matéria e dá corpo às ideias ou entidades, sejam

636
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cósmicas, do sistema, lunares ou sub-humanas. O Logos planetário deste 5º Raio do
sistema (o Logos do esquema de Vênus) ocupa uma posição peculiar no esquema das
coisas. Personifca o 5º princípio logoico de manas. Sintetiza os esquemas dos 5
Kumaras (os Logoi de Saturno, Mercúrio, Vênus, Netuno e Urano), os quais são Brahma,
se são considerados como a totalidade do 3º aspecto logoico. Sem embargo, este
Logos não é o fator sintetizador dos 7 esquemas, a total manifestação logoica,
considerada como a união dos 2º e 3º aspectos. Este ponto é de primordial importância
e deve ser lembrado. A infuência deste Logos permite à matéria adaptar-se
cientifcamente à forma. Sua vida unifca sempre o três e o cinco. Vejamos se por meio
de um exemplo podemos simplifcar a ideia. Como já sabemos, o 5º Raio personifca o
5º princípio. Portanto, Sua infuência far-se-á sentir sempre em Suas correspondências
numéricas, porque é o Senhor do 5º Raio do sistema e o Regente do 3º Raio manásico,
se consideramos unicamente o 3º aspecto. No momento da individualização ou na vinda
à encarnação dos entes autoconscientes, o 5º princípio vinculou os 3 superiores com
os 4 inferiores. Isto ocorreu na 3ª raça-raiz e produziu uma forma na qual habitou o
Espírito, no 3º subplano do 5º plano. Todas estas analogias merecem ser estudadas
detidamente, pois a relação numérica não é casual. O poder do Senhor do 5º Raio do
sistema atuou através de certos esquemas, cadeias e globos e produziu determinados
resultados nas células e conglomerados de células no corpo de nosso particular Logos
planetário. Este exemplo é dado a fm de elucidar e indicar a infuência relativamente
importante que tem um Logos planetário sobre outro, durante as diferentes etapas da
evolução.

Procuremos entender o que o Mestre Djwal Khul quer dizer com essa ação de síntese
do Logos do 5º esquema, com referência aos 5 esquemas que expressam a totalidade
do 3º aspecto. Quando confrontamos essa afrmação do Mestre com o que Ele diz na
página 314 do Tratado sobre Fogo Cósmico, onde apresenta Urano, Netuno e Saturno
como os 3 planetas sintetizadores, parece que há uma contradição, a qual na realidade
não existe, quando raciocinamos com mais atenção. As funções de sintetização de
Urano, Netuno e Saturno são realizadas no âmbito da união dos 3º e 2º aspectos,
enquanto essa função de síntese é realizada por Vênus (o esquema do 5º Raio) na área
dos 5 raios de Manas, de uma forma peculiar, como corretamente diz o Mestre. A
relação 3 e 5 é facilmente percebida, quando olhamos as posições numéricas: olhando
a totalidade dos 7 raios, o de Inteligência Ativa ou Adaptabilidade é o 3º e o de
Conhecimento Concreto ou Ciência é o 5º, mas quando olhamos os 5 raios de Manas, o
de Conhecimento Concreto ou Ciência é o 3º. Assim fca bem visível a relação 3 e 5 no

637
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
5º Raio. Como o 3º Raio, olhando-se a totalidade dos 7 raios, é o sintetizador dos 4
raios de atributo, o 5º Raio, pela sua posição de 3º no âmbito dos 5 raios de Manas,
pode perfeitamente exercer uma função peculiar de síntese. Se observarmos na vida
prática a ação do Raio de Conhecimento Concreto ou Ciência, concluiremos
corretamente que este Raio está presente em todas as ações dos demais raios de
Manas. Na atividade do 7º Raio, de Magia Cerimonial e Organização, sempre a mente
analisadora está atuando juntamente, sob risco de sair tudo errado. Na manifestação
do 6º Raio, de Idealismo Abstrato, sem a ajuda da mente analisadora, por menor que
seja, o ideal não pode se tornar realidade. Quando o 4º Raio, de Harmonia, Beleza ou
Arte, está em execução, se o 5º Raio não estiver agindo ao mesmo tempo, a
harmonização e a criação da obra de arte, qualquer que seja, não podem chegar a um
bom termo. Na expressão do 3º Raio, a adaptação e a síntese fnal têm de ser feitas
com a ajuda do 5º, o que é óbvio. Finalmente, o 5º Raio atua sobre si mesmo, no sentido
de aperfeiçoar o pensamento. Assim, com ajuda do 5º Raio, conseguimos demonstrar o
acerto, a correção e a exatidão das palavras do Mestre Djwal Khul.

Essa ação polivalente do 5º Raio também é observada no trabalho dos 5 Logoi que
expressam os raios de Manas. Temos o exemplo claro do que ocorreu na
individualização do homem lemuriano, na 3ª raça-raiz. Nas humanidades dos demais
esquemas, quando houve a individualização, a ação do Logos de Vênus esteve sempre
presente. Concluindo, sempre os Logoi ajudam-se mutuamente.

Estudo 173

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 364 e 365)

A infuência do 5º Raio tem crescido e diminuído desde a 3ª raça-raiz, desapareceu


durante a 4ª raça-raiz, cuja meta era desenvolver o corpo astral (regido pelo 6º Raio,
da mesma paridade do 4º Raio) e está aumentando constantemente durante a atual 5ª
raça, a Ária. A infuência do Logos planetário correspondente (o Logos de Vênus) ainda
não alcançou o ápice de seu poder em nossa raça. Durante o período imediato Sua
força elétrica energizadora afuirá a nosso planeta e trará novos descobrimentos
relacionados com a matéria e a forma, obtendo-se novas revelações concernentes à

638
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
energia da matéria.

Durante as sub-raças que virão o ciclo deste Logos começará a se desvanecer,


enquanto a infuência de Seu Irmão, o 4º Logos de Harmonia (o Logos de Mercúrio)
alcançará seu apogeu nesta ronda, pois não podemos esquecer que estamos na 4ª
cadeia e 4ª ronda. Durante a 5ª ronda o poder ou radiação elétrica do 5º Logos sentir-
se-á de novo fortemente, porque será Sua ronda e assim como Ele foi em grande parte
responsável pelo estímulo manásico dado ao homem-animal na 3ª raça-raiz, igualmente
na 5ª ronda será um dos fatores responsáveis que produzirá essa grande separação
denominada "Dia do Juízo". Recordemos com respeito a isso que tais Logoi, quando
exercem sua infuência através de um esquema ou qualquer septenário, operam por
meio de suas correspondências numéricas nas cadeias e globos. Durante a 5ª ronda,
por exemplo, ou na 5ª cadeia (um centro no corpo do Homem celestial), o Logos do 5º
Raio receberá este 5º tipo de força, transmiti-la-á e a fará circular através de outras
cadeias, por meio do 5º globo de tais cadeias. Enquanto a raça não tiver alcançado
maior nível de evolução, o mistério fcará velado e a incapacidade do homem para
descobrir a numeração dos esquemas, cadeias e globos ou para saber se são contados
de dentro para fora ou vice-versa, permitirá ocultar o que há de fcar incógnito.

A infuência deste 5º Logos far-se-á sentir agora de maneira muito considerável no 5º


subplano de todos os planos, especialmente nos 3 mundos do esforço humano e como
aqui nos ocupamos do homem, podemos contar de "baixo para cima" como
erroneamente se diz. Portanto a unidade mental dos homens nesta 5ª sub-raça
receberá um acrescentado estímulo, que permitirá ao homem vibrar no 5º subplano,
que literalmente é o 3º subplano do nível abstrato do plano mental (contando-se do
mais sutil e dinâmico para o mais denso, ou de cima para baixo), onde se encontra o
corpo causal. Em consequência a 5ª espirila entrará em atividade e a força elétrica ou
corrente fohática fuirá através dela, permitindo aos homens que tenham alcançado a
adequada etapa utilizar esta força para passar a 1ª iniciação. Estas últimas palavras do
Mestre Djwal Khul devem ser analisadas mais atentamente. As espirilas são ativadas do
mais denso para o mais sutil. Logo a ativação da 5ª espirila, sob a ação do 5º Raio, irá
intensifcar a atividade da matéria do 3º subplano mental, que é a mais densa do corpo
causal. Aquele que já conseguiu dar o salto, em termos de ação mental, do 4º para o 3º
subplano mental, estará em condições de iniciar uma intensa atividade de pensamento
abstrato, sob essa infuência do 5º Raio, prosseguindo rapidamente para a ativação das
matérias dos 2º e 1º subplanos mentais, pelo estímulo das iniciações. Também, como
consequência, será acelerada a transferência de polarização da unidade mental

639
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
permanente para o átomo átmico permanente, bem como dos outros 2 átomos
inferiores permanentes para seus respectivos pares superiores. É óbvio que nessa
estimulação da matéria do 3º subplano mental está presente a ação do 3º Raio, que
atua em conjunto com o 5º.

À medida que esta 5ª infuência se faça sentir cada vez mais, seus efeitos serão
percebidos no plano astral, como controle consciente e inteligente, baseado não tanto
no desejo de obter harmonia, mas de manipular, em forma científca e inteligente, a
matéria astral. Quando isto ocorrer, começará a se fazer sentir o psiquismo superior.
No plano físico presenciaremos grande número de interessantes fenômenos elétricos e
o Manu terá grandes oportunidades para separar raças, segregar tipos e submergir e
desprender continentes. Este é o raio da força separatista e o lugar que ocupa como
fator na construção e destruição de formas é muito interessante. Sabemos que o
controle do corpo astral pelo homem é obtido a partir do corpo mental. Logo, sob essa
infuência, esse controle torna-se mais efciente e efetivo. Assim, em consequência do
interesse em entender a matéria e o mundo astral, de forma científca e inteligente,
será possível ao homem, que assim proceder, transitar livremente pelo mundo astral,
totalmente livre da miragem, reinante nesse mundo e dominadora da maioria da
humanidade e dos psíquicos inferiores. Dessa forma ele poderá utilizar utilmente a
energia da matéria astral, em sua atuação sobre a matéria física, assunto que deve
permanecer velado, exceto para os iniciados da 2ª iniciação para cima, em virtude dos
perigos decorrentes do mau uso da energia nuclear, uma vez que essa interação dos
átomos astrais dentro das espiras dos átomos físicos e sua dinamização será
conhecida, bem como a intensifcação dos fogos diretamente na matéria astral, antes
do seu ingresso na matéria física. Ocorrerá também a habilidade de obter informações
e conhecimentos a partir do mundo astral, pela grande facilidade de locomoção nesse
mundo. Acresce a isso a capacidade de acesso aos arquivos armazenados na chamada
luz astral, o que está ao alcance do iniciado da 2ª iniciação, conforme o Mestre afrma
na página 593 do Tratado sobre Fogo Cósmico. É evidente que neste estágio haverá
continuidade de consciência entre os 2 mundos, pela eliminação segura da chamada
tela etérica, separadora dos 2 mundos em termos de consciência de vigília. Pelo que o
Mestre diz na página 593 citada, concluímos mais uma vez, dentro de uma base lógica,
que a todo homem assiste o direito de alcançar esses estágios sem ter de esperar a
ação dos raios, desde que ele faça o devido esforço e busque o devido conhecimento,
ou seja, saiba usar a mente. Os raios atuam ciclicamente com alvos direcionados,
objetivando coletividades, como uma humanidade, mas suas energias estão disponíveis

640
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para aqueles que sabem como se sintonizar com elas, sendo por isso que é dito na
astrologia que as energias dos astros governam o homem não evoluído, mas são
governadas pelo homem evoluído.

Vejamos agora o signifcado do poder separador do 5º Raio, citado pelo Mestre. A


qualidade mais importante do 5º Raio é seu poder discriminador e de análise. Essa
qualidade expressa-se no pensamento, mas também o faz em termos de força. Sendo
um raio de número impar, está fortemente ligado ao 1º Raio, de vontade e poder, que é
destruidor e construtor ao mesmo tempo. Ora, juntando as suas qualidades de força e
de discriminador, nada mais lógico do que sua ação de separar raças, segregar tipos e
desprender e submergir continentes, tudo isso dentro das qualifcações do 5º Raio.

Estudo 174

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 365 e 366)

Podemos interpretar tudo isto em termos de fogo, para conservar a solidez da forma
mental deste livro. Sempre que se empregam as palavras infuência, radiação ou poder
de um Raio, devemos inferir que tratamos de fenômenos elétricos ou energia de
alguma classe. Esta energia ou manifestação elétrica, este "mistério da eletricidade", ao
qual H. P. Blavatsky se refere (D. S. I, 128), é a base de toda manifestação e está atrás
de toda evolução. Produz uma luz que vai sendo cada vez mais brilhante, constrói e
modela a forma de acordo com as necessidades da entidade imanente, produz
coerência e atividade grupais, é o calor que produz todo crescimento e impulsiona não
só as manifestações dos reinos vegetal e animal, mas também induz a interação entre
os entes humanos e está atrás de todas as relações humanas. É magnetismo, radiação,
atração, repulsão, vida, morte e todas as coisas. É propósito consciente e vontade
essencial em manifestação objetiva e quem tenha descoberto o que está atrás dos
fenômenos elétricos, resolveu não só o segredo de seu próprio Ser, como também
conhece seu lugar dentro da esfera maior, o Logos planetário. É consciente da
identidade dessa Existência cósmica, que chamamos Logos solar e sabe mais ou menos
o lugar que ocupa nosso sistema e sua relação elétrica com as 7 constelações.

Estas últimas palavras do Mestre Djwal Khul são muito profundas e esclarecedoras,

641
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
merecendo toda a nossa refexão. Toda infuência de um ente sobre outro, quaisquer
que sejam estes entes, supõe forçosamente as seguintes etapas:

1. a energização (a energia do ente infuente, em ação),

2. o mecanismo de transporte dessa energia,

3. o impacto desse mecanismo de transporte da energia no corpo do ente


infuenciado,

4. a reação ou resposta desse corpo a esse impacto,

5. a conscientização dessa reação por parte do ente ocupante do corpo,


conscientização essa à qual, na grande maioria da humanidade, o ente ocupante (no
caso o homem) não dá muita atenção, agindo instintivamente,

6. a ação do ente infuenciado sobre seu corpo, provocando uma nova reação.
Analisemos cada item.

1. A Entidade infuente adquire um estado interior, pela ação de sua Vontade (que
pode se expressar de 3 modalidades fundamentais), manifestando-se essa Vontade
como dinamização das partículas constituintes do corpo de expressão da Entidade,
em outras palavras, a Vontade, que é Vida, vitaliza as partículas do corpo (em uma
das 3 modalidades), sendo essa vitalização das partículas eletricidade. Temos na
língua grega a palavra ηλέκτωρ, ορος, que signifca brilhante, com a mesma raiz
de eletricidade e vitalizar na realidade é tornar brilhante.

2. Essa vitalização ou energia elétrica, animando as partículas do corpo da Entidade


infuente, por um processo de penetração de partículas sutis em partículas
imediatamente mais densas (processo esse científco e perfeitamente descritível),
propaga-se até chegar ao corpo da entidade infuenciada. Assim temos explicado o
mecanismo de transporte da energia elétrica, embora sem descer a detalhes
técnicos.

3. Ao chegarem no corpo da entidade infuenciada, as partículas portadoras da


eletricidade (a Vontade da Entidade infuente) e vibrando numa modalidade que

642
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
expressa o propósito dessa Entidade infuente, transferem a energia elétrica para as
partículas do corpo da entidade infuenciada, conservando a informação do
propósito original.

4. Ao receberem a energia elétrica, as partículas do corpo da entidade infuenciada


passam a vibrar dinamicamente, todavia, devido à sua natureza intrínseca, elas
podem distorcer a ideia original do propósito, como podem conservar essa ideia,
variando conforme o nível evolutivo da entidade infuenciada.

5. O ente ocupante da forma sente a alteração do seu estado de ser e se


conscientiza, variando essa conscientização de muitíssimos graus, sempre em função
do nível evolutivo do ente. No caso do ente muito evoluído, um iniciado por exemplo,
a conscientização é bem forte e clara, assumindo ele o controle da situação e não se
deixando levar cegamente.

6. Finalmente, o ente infuenciado, se for evoluído, já no controle de si mesmo, pode


rechaçar a infuência, se ela for maléfca, como pode estimulá-la, se é benéfca.
Todavia, se o ente não for evoluído, a reação das partículas do corpo prossegue por
si mesma, podendo levar a outras reações instintivas, sem o menor controle do ente,
que apenas se conscientiza dessas reações, deixando-se levar.
Assim demonstramos racionalmente a veracidade das palavras do Mestre Djwal Khul,
de que o mundo fenomênico é o resultado da ação elétrica.

No próximo estudo analisaremos o signifcado das demais palavras do Mestre, com


referência ao nosso Logos planetário e ao nosso Logos solar, dentro deste contexto.

Estudo 175

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 366 e 367)

Tratemos agora da infuência de uma força que está decrescendo e perdendo seu
predomínio, a do 6º Raio, de Idealismo abstrato. Não será possível falar muito sobre
este raio, a não ser expor certas ideias gerais, que serão úteis para ser alcançada uma

643
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
perspectiva geral dos ciclos de raio.

Estas infuências de raio atuam, em todos os casos, através de seus pontos focais
(macro e microcósmicos), constituindo os centros etéricos. No que respeita a todos os
seres, tais centros são sete e estão formados de entes dévicos e humanos, que atuam
grupalmente, ou de vórtices de força que contêm em latência e mantêm em atividade
ordenada células, que têm a potencialidade de manifestar-se em forma humana, em se
tratando de Seres cósmicos, como os Logoi planetários. Não podemos esquecer a
verdade esotérica de que todas as formas de existência passam, em alguma etapa de
sua carreira, pelo reino humano.

Os Raios cósmicos, ou seja, as emanações qualifcadas pelos Raios, provenientes de


Seres de fora do sistema solar, fazem impacto sobre e através dos centros que se
encontram no 2º éter cósmico (matéria monádica), centros esses dos Entes cósmicos,
porém no atual estado de objetividade fazem-se visíveis, no sentido de serem
percebidos, no 4º éter cósmico, a matéria búdica.

Um dos Raios cósmicos permanentes é o do nosso Logos solar e os sub-raios dele


impregnam todo Seu sistema. Outros 6 Raios cósmicos, que animam outros sistemas,
exercem infuência sobre o nosso e refetem-se nos sub-raios do nosso Raio logoico.
Nossos Homens celestiais respondem a essas 6 infuências cósmicas, além da
infuência principal do nosso Logos solar. Absorvem tais infuências, uma vez que são
centros do corpo logoico, passam-nas através de Seus esquemas, fazem-nas circular
por Seus centros (cadeias) e transmitem-nas a outros esquemas, colorindo-as com Seu
matiz e qualifcando-as com Sua nota ou tom particular. Todo sistema de infuência de
raio ou calor irradiante, considerado tanto física como psiquicamente, constitui uma
interação e circulação intrincadas. A irradiação ou vibração passa, em ciclos
ordenados, de sua fonte original, ou seja, o Raio Uno ou o Logos do sistema, aos
diferentes centros de Seu corpo. Desde o ponto de vista físico, esta força de Raio é o
fator que energiza a matéria, desde o ponto de vista psíquico é a faculdade qualitativa.
Esta força ou qualidade passa e circula de um esquema a outro, de uma cadeia a outra,
de um globo a outro, agregando e, ao mesmo tempo, absorvendo e retornando a seu
ponto focal com 2 notáveis diferenças:

a. O calor que irradia se intensifca.


b. O caráter ou a cor qualitativa aumenta.
É igualmente notável o efeito que produz sobre a forma, pois o calor ou a qualidade de
um Raio afeta não só a psique do homem, do Logos planetário e do Logos solar, mas

644
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
também tem um efeito defnido sobre a substância material mesma.

Estes profundos ensinamentos do Mestre Djwal Khul merecem uma refexão intensa,
para que tenhamos uma visão global e sintética em alto nível, ou seja, vejamos a
complexa rede de energias cósmicas interagindo e chegando até nós, após as diversas
passagens pelo Seres maiores, aos quais estamos ligados e dos quais dependemos em
nossa evolução no rumo da Divindade.

Como sabemos, nosso Logos solar, com Seu sistema e outros 6 Logoi solares e Seus
sistemas, constituem os 7 centros sagrados no corpo de um Logos Maior, chamado
Logos Cósmico. É óbvio que este grande Ser, o Logos Cósmico, possui dentro de Seu
corpo outras Entidades cósmicas, no mesmo nível de Logos solar, exercendo funções
importantes, que não de centros sagrados. Mas iremos apenas tratar dos Logoi solares
sagrados, entre os quais está o nosso, como centro cardíaco. Uma coisa é clara. Esses
relacionamentos cósmicos, que chamamos Raios, são fuxos de energia, qualifcadas
pelas características dos centros das Entidades emissoras. Sem descer ainda a
detalhes das relações entre si e dos efeitos gerados, percebemos de imediato um
sistema de forças, que se realimentam, podendo essas realimentações (feedback, na
linguagem científca) ser positivas e negativas, conforme aumentam ou diminuem a
qualidade. Inicialmente iremos estudar essa rede de relações envolvendo os Logoi
solares. Mas apenas a título de curiosidade, é bom que lembremos a existência desses
relacionamentos entre os 7 Logoi cósmicos, que constituem os 7 centros sagrados no
corpo do chamado Parabrahma Cósmico. Mas esse assunto, por ser muito complexo,
fca para um futuro possível. Contentemo-nos no momento em tentar entender o que
ocorre em nossa casa, o sistema solar e com esse entendimento acelerar a nossa
evolução no rumo do mais alto.

645
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 176
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Página 367)

Dentro do assunto relações entre os Logoi solares que constituem centros sagrados no
corpo do Logos cósmico, há uma de suprema magnitude para nós, talvez a mais
importante. É a relação do nosso Logos solar com o Logos de Sirius. Essa estrela, a
mais brilhante do céu para nós, é binária, ou seja, são 2 estrelas, uma orbitando em
torno da outra, Sírius A e Sírius B. A separação entre as duas é de 7,6 segundos de
grau, de arco e o período para completar uma órbita entre si é de 49,94 anos
terrestres. Sua distância da Terra é de 8,63 anos-luz. Sírius B emite pouca
luminosidade, mas é tão quente quanto Sírius A e mais quente que o nosso Sol. Sírius B
já era conhecida dos Dógons muito antes de ser descoberta pelos astrônomos. Os
Dógons são um povo de costumes primitivos, de regime matriarcal, vivendo nos
altiplanos do Sudão.

O Logos de Sírius exerce a função de centro frontal no corpo do Logos cósmico,


enquanto o nosso é o chacra cardíaco. Sabemos que no ser humano o chacra frontal é
o regente da personalidade, sendo o sintetizador dos outros 5 inferiores a ele, antes do
coronário, que é o grande sintetizador. Diante de tais fatos, nada mais lógico que a
infuência orientadora do Logos de Sírius sobre o nosso Logos solar. É em Sírius que
está a Loja Azul, que orienta a nossa Loja Branca, a Hierarquia dos Mestres. O Senhor
Maitreya, o nosso Bodisattwa, o Grande Instrutor de Devas e homens, esteve em
contato direto com o Avatar da Paz, deSirius. É para Sirius que vão aqueles iniciados da
6ª Iniciação, que escolhem o 4º caminho, o caminho de Sirius, onde vão desenvolver
superiormente a mente e a inteligência, para se tornarem "Dragões de Mahat". Sirius é
a fonte de manas cósmico para o nosso sistema solar, chegando através das Plêiades,
que constituem o centro laríngeo do Logos cósmico.

Assim, vemos com toda clareza a rede relacionadora dentro do corpo do Logos
cósmico, colocando Seus centros em contato entre si e como os centros expressam
forças de Raios, o resultado é uma complexa interação de forças, cujo objetivo é
executar o propósito desse grande Ser, nosso Logos cósmico, para o que nosso Logos
solar contribui com o seu esforço e trabalho, ao mesmo tempo que evolui.

Há muitas outras relações entre os Logoi solares dentro do corpo do nosso Logos
cósmico, mas são muito complexas para o atual entendimento da humanidade.

646
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Passemos agora para a ação dos raios dentro do nosso esquema.

As infuências de Raio atuam igualmente sobre as Hierarquias dévica e humana, uma


vez que o fazem em um corpo planetário ou logoico. Podemos aclarar a idéia, se
tivermos presente que todas as formas são duais, tanto na evolução, como em sua
natureza essencial, produto do trabalho dos Construtores (forças dévicas) e da
inteligência ativa (entes humanos). Ambos são inseparáveis no divino Hermafrodita ou
Homem celestial, sendo estimulados em ambos aspectos de seu Ser pela infuência que
exerce o raio. Classifcaremos estas ideias da seguinte maneira:

Manifestaçã
Entidade Centros de Força Manifestação psíquica
o física
Homens celestiais
1. Logos Devas construtores. Trabalham Um sistema
Energizam e são vida
solar com matéria. Mantêm a vida. solar
ativa
2. Logos
Entes grupais humanos Devas construtores Um esquema
planetário
3. Um
7 centros etéricos Construtores elementais Os corpos
homem
Cada uma destas divisões pode ser estudada separadamente e, no transcurso do
tempo (quando for possível transmitir mais livremente e sem perigo a informação
sobre os Devas), ver-se-á que o Senhor Deva de um plano, por exemplo, atua através
de centros de força, manifesta-se objetivamente por meio da cor, que é Sua expressão
psíquica e anima a matéria de um plano, assim como um Homem celestial anima Seu
esquema. A ideia pode estender-se também às cadeias, globos, raças e rondas. Sempre
existe a dualidade - as manifestações humana e dévica são a soma total e sempre irão
em parceria a energia e a qualidade.

Analisemos essas informações do Mestre Djwal Khul.

Os Devas, em diversas Hierarquias e funções, são os construtores do universo


manifestado e sua substância. As Mônadas humanas (a 9ª ou 4ª Hierarquia criadora)
utilizam-se das formas construídas para adquirir experiência, aprender e evoluir,
havendo portanto uma reação entre as Mônadas humanas (os moradores das formas)
e a substância dessas formas, que são os Devas em muitas categorias.
Consequentemente, quando as forças dos Raios fazem impacto sobre o universo
manifestado, esse impacto ocorre nas formas (substância dévica) e nas Mônadas
humanas. Ora, as reações a esses impactos são diferentes, podendo surgir um confito
entre essas reações. Até que a Mônada domine plenamente seus corpos de expressão

647
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(suas formas), ocorrem muitas reações erradas, em total desacordo com o Plano
divino. Para corrigir essas reações indesejadas, os Senhores do carma estabelecem
condições de encarnação adequadas para difcultar essas reações. Esses confitos
entre os efeitos dos Raios nas evoluções dévica e humana, dão-se em nível individual e
em nível coletivo, como um povo, uma raça, um globo etc. Um Logos planetário está
sujeito a esses confitos, numa amplitude bem maior, como um próprio Logos solar.
Sabendo-se o Raio atuando num determinado período e o nível evolutivo do ente no
qual o Raio está fazendo impacto, é possível prever o efeito e a reação resultantes,
pois, pelo nível evolutivo do ente, pode-se calcular que forças serão intensifcadas e
enfraquecidas, achando-se a resultante desse sistema de forças, que é o ser dentro
desse torvelinho de forças.

Quem possuir grande conhecimento sobre a natureza, as qualidades, as funções e os


poderes das Hierarquias dévicas, juntamente com as informações completas a respeito
dos Raios (Raio principal entrando, raio principal em saída, sub-raios ainda atuando) e
o nível evolutivo imperante num período, será senhor de uma grande capacidade de
ação. É por isso que o Mestre Djwal Khul impõe a restrição na divulgação de
informações a respeito dos Devas. Se a liberação de conhecimentos na área do 4º éter,
que estamos presenciando nos avanços da ciência e da tecnologia na utilização prática
das ondas eletromagnéticas, está levando a humanidade ao aperfeiçoamento das artes
bélicas, imaginem o que acontecerá, se conhecimentos mais avançados (na área dos 3º
e 2º éteres) forem liberados. Há países desenvolvendo (já em fase adiantada) navios
invisíveis às ondas de radar, com alto potencial destruidor e dotados de enorme
maneabilidade, em decorrência do aperfeiçoamento da engenharia naval e mecânica.
Consequentemente, nada mais justo e prudente que essa atitude de reserva da
Hierarquia (em particular no campo do Mahachoan), na divulgação de informações.
Somente os iniciados têm condições de acessar a esses conhecimentos, porque eles
prestam o juramento de só utilizá-los para o bem do Plano divino.

Estudo 177

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 367, 368 e 369)

648
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando se desvanece a infuência de raio em uma raça, um planeta, um esquema ou
um sistema solar, não devemos supor que essa infuência se anula por completo,
simplesmente ela passa para mais além da periferia de qualquer círculo "não se passa",
que estava energizando e enfoca sua força em outra parte. O receptor original
converte-se em canal ou agente transmissor, deixando de ser recipiente ou absorvente.
Mais uma vez as palavras entorpecem e demonstram quão inadequadas são para
expressar uma ideia. O que o estudante deve reconhecer é que, durante o ciclo de
infuência de um raio, o objeto da atenção imediata do receptor é receber tal força e
absorvê-la, transmutando-a de acordo com sua necessidade; portanto, não sobra muita
força disponível para ser transmitida. Quando o ciclo se aproxima de seu término, a
infuência do raio ou magnetismo será sentida cada vez mais em outro lugar, até que,
praticamente, ela deixa de ser absorvida.

É exatamente isso o que começa a acontecer em relação com o 6º Raio, de Idealismo


Abstrato ou Devoção. Os Egos que se encontram nesse Raio tomarão forma em outros
globos e cadeias e não tanto em nosso planeta. No que diz respeito a nós, as vibrações
desse Raio aquietar-se-ão, aumentando sua atividade em outro lugar. Em outras
palavras, podemos dizer que nosso planeta e tudo o que ele contém converter-se-ão
em positivos e rechaçarão momentaneamente este tipo particular de força. Uma
manifestação psíquica disto pode ser observada no decrescente entusiasmo cristão.
Este raio, ao qual pertence o Choan Jesus, não derramará sua força, como o fez até
agora, sobre a forma que Ele construiu e, logicamente, desintegrar-se-á lenta porém
seguramente, após ter servido a seu propósito por cerca de 2.000 anos. Mais tarde
esta mesma força voltará a se fazer sentir e uma nova forma virá lentamente à
existência, porém mais adequada.

Consequentemente, torna-se evidente que o conhecimento destes ciclos e da força da


manifestação ou do obscurecimento de um Raio, conduzirá com o tempo à atuação
com a Lei e à colaboração inteligente com o plano da evolução. Podemos afrmar aqui
que os 7 Kumaras (os 4 exotéricos e os 3 esotéricos) colaboram com esta lei e atuam,
esotérica ou exotericamente, de acordo com o Raio que está assumindo o poder,
exceto o 1º Kumara, representante do Logos do nosso esquema, o qual, por ser o
ponto sintetizador de todos, permanece sempre em atividade objetiva. Aqui estamos
considerando os Kumaras, que vieram do esquema de Vênus e ainda trabalham na
Terra.

A atividade deste 6º Raio rege o obscurecimento ou a manifestação de um sistema e


de um esquema, com tudo aquilo em que infuem tais manifestações. Daí a ênfase que

649
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
todos os livros de ocultismo põem no estudo dos ciclos e na diferenciação dos 100
anos de Brahma em suas parte componentes. Este conhecimento encerra o mistério do
Ser, da força elétrica e da síntese fohática.

Não faremos maiores comentários sobre os efeitos futuros do Raio que está entrando
em um obscurecimento temporário, no que concerne a nós. Mais adiante trataremos,
com extensão maior do que a que foi dada aos outros Raios, o tema do 7º tipo de força
que está assumindo o poder, sendo portanto um fator vital na evolução imediata do
homem.

O 5º princípio de Manas já começa a se manifestar, principalmente, por meio do 7º tipo


de força (o 5º, se considerarmos unicamente o aspecto Brahma da manifestação).
Consequentemente, evidenciar-se-á de imediato que este Raio entrante encontra-se na
atualidade em uma situação peculiar e sua infuência manifestar-se-á sob condições
muito favoráveis. Está derramando sua força sobre o 7º plano, o físico, durante a 5ª
raça-raiz e a 5ª sub-raça; em consequência, a oportunidade é grande. Em tudo o que foi
dito com respeito aos Raios, é evidente que, desde o presente ponto de vista, dois
deles concernem predominantemente à evolução do homem: O Quarto Raio de
Harmonia, que é o Raio dominante do ciclo maior, incluindo a 4ª ronda e o 4º globo, e O
Sétimo Raio de Magia Cerimonial/Organização, uma das principais infuências, que está
relacionada com todas as manifestações objetivas. Estes 2 Raios ou a força destes 2
Logoi planetários são, em grande parte, o instrumento para produzir coerência em
nossa cadeia, a 4ª do 4º esquema e em nosso globo físico, a Terra. O quarto e o sétimo
atuam reciprocamente; um atua temporariamente como força negativa e o outro como
força positiva. Cremos que o 7º Raio, por estar entrando, atuará como positivo sobre o
4º, o qual, por estar recebendo, será negativo.

O 5º Kumara, o Senhor do 7º Raio, o Logos do esquema de Urano, (porque é necessário


ter em conta Sua posição dual como um dos vértices da estrela de 5 pontas de
Brahma, os 5 Raios de Manas e como um dos triângulos do sétuplo corpo logoico, os 7
subplanos do físico cósmico) ocupa a posição peculiar de "Regente dos Devas
Construtores" do plano físico, os Devas dos éteres, em colaboração com seu Senhor
Deva, quem guia e dirige a produção da forma, valendo-se de certas palavras
esotéricas. Ele trabalha por meio do corpo etérico de todas as formas e, graças à força
que fui dEle, podemos esperar um acrescentado estímulo na matéria do cérebro
etérico, a qual fará com que o cérebro físico possa receber a reveladora verdade
superior; isto porá em mãos dos cientistas os segredos dos 4º e 3º éteres. O
desenvolvimento da matéria do cérebro efetua-se paralelamente à de sua analogia

650
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atômica, ou seja, a contraparte etérica. Na vitalização da 5ª espirila do átomo físico
permanente e na conseqüente ação refexa da 7ª, será possível ver em que forma a
mente do homem alcança proporções e realizações inimagináveis, nunca sonhadas até
agora. Percebemos aí que o verdadeiro cérebro físico é o etérico, sendo sua
contraparte densa apenas um refexo. Quando a humanidade, no próximo período
global, viver num globo etérico, teremos como veículo de expressão física apenas o
corpo etérico, sem a parte densa.

No próximo estudo analisaremos o efeito desta força entrante em 3 direções.

Estudo 178

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 369, 370 e 371)

Estudemos agora as 3 direções que pode assumir a força entrante do 7º Raio, em seus
efeitos:

Primeiro - O tipo de força ou a qualidade logoica, com suas funções e objetivos.

Segundo - Seu trabalho em relação com:

a. o reino animal,
b. o reino humano,
c. o reino dévico.
Terceiro - Os resultados possíveis durante os séculos vindouros.

O tipo de força, ou seja, a natureza do Homem celestial do 7º Raio (o Logos de Urano),


é fundamentalmente construtivo. Será necessário que discorramos um pouco sobre
Seu caráter e o lugar que ocupa no planejamento do Logos solar, porém advertimos
sobre a necessidade de não personalizar e não materializar segundo o nosso mundo o
que vai ser dito, devendo ser considerada apenas a parte conceitual, uma vez que o
campo de vivência e ação de um Logos planetário é muitíssimo maior que o nosso, bem
como as matérias com as quais Ele se relaciona são de elevadíssima energia, ou seja,
as matérias física, astral e mental cósmicas. O Homem celestial do esquema que opera
o Raio de Magia Cerimonial (o 7º ) é um dos transmissores principais da radiação do
Sol para o sistema solar e tem estreita conexão com o kundalini logoico. Isto signifca

651
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que este Senhor do 7º Raio, por exercer também a função de centro sacro no corpo
físico cósmico do Logos solar, trabalha fortemente com o fogo por fricção/por fricção
(kundalini) cósmico, numa vasta amplitude, uma vez que esse fogo atua em vários
níveis etéricos cósmicos, como sejam os nossos planos búdico, átmico, monádico e adi,
cujas matérias entram na composição desse centro sacro do Logos solar. Além dessas
2 funções, Ele também é sintetizador. Há uma insinuação nessas informações. O Senhor
Raja dos níveis etéricos do nosso plano físico trabalha em estreita associação com
esse Logos planetário. Isto será compreendido, se levarmos em conta que o Senhor de
um plano constitui a atividade personifcada de tal plano. É a força energizante que se
expressa como identidade unifcada na matéria de um plano. Consequentemente,
teremos alguma ideia da coerência de Seu mútuo trabalho, se considerarmos que:

O Senhor Raja de um plano é a soma total da substância desse plano.

O Logos planetário, que está mais estreitamente vinculado com qualquer plano
determinado, constitui sua qualidade e cor.

Tudo se realiza graças à ação e trabalho coordenados de ambas Entidades - o Senhor


dos Construtores (o Senhor Raja do plano) constrói as formas que o Senhor da Vida (o
Logos planetário) utiliza para desenvolver Sua consciência interna.

A força ou vibração de qualquer Raio pode ser descrita como:

a. O propósito inteligente de uma Entidade, um Logos planetário.

b. Sua energia vital atuando em Seu corpo de manifestação por meio de e sobre Ele.

c. Sua radiação magnética ao afetar (embora em grau menor) Seus Irmãos em


manifestação.

d. Sua qualidade ou cor peculiar, Seu principal aspecto psicológico, manifestando-se


por meio de Suas próprias atividades, dentro de Seu próprio esquema.

e. O efeito dessa qualidade, segundo a infuência de Seus Irmãos, dentro do corpo


coletivo do Logos solar.

f. Sua força vital, ao ser irradiada para mais além de sua própria periferia como
energia ativa e atividade estimulante, por ser, literalmente, um dos aspectos de Fohat.

652
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O aspecto atividade de um Homem celestial é um aspecto de Fohat, assim como
Brahma é a soma total de Fohat. Em virtude de Sua manifestação física cósmica, os
Homens celestiais e Seus Irmãos são Fohat.
Se levarmos tudo isto em conta, veremos que cada Logos planetário, em conjunto com
um Logos solar e Seus refexos, os seres humanos, manifestam-se por meio de
aspectos.

Em sua totalidade, vemos a expressão ou exteriorização do Logos planetário


encarnante. De um lado Sua energia fohática constrói os reinos da natureza,
proporcionando-lhe um Corpo. De outro Lhe proporciona Sua qualidade psíquica e,
fnalmente, por meio de todos eles, manifesta-se como Existência ou Ser. Podemos
estabelecer classifcações semelhantes com respeito a um Homem celestial e a um ser
humano, fazendo ressaltar sempre o desenvolvimento do aspecto médio ou psíquico (a
consciência).

Estudo 179

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Comentário 1)
(Página 370)

Analisemos agora em profundidade os diversos tópicos expostos anteriormente.


Inicialmente vejamos a natureza da qualidade logoica do Senhor do 7º Raio, o Logos do
esquema de Urano. Este Ser cósmico está em evolução, tendo um Propósito individual,
o qual, é óbvio, enquadra-se no Propósito maior do Logos solar, do qual é um
Colaborador e Servidor. Ora, nosso Logos solar objetiva neste atual sistema
desenvolver ao máximo Seu lado sábio e amoroso, Seu 2º aspecto, Amor-Sabedoria-
Razão Pura. Neste esforço Ele está utilizando Seu 3º aspecto, seu lado Inteligência
Ativa, que Ele desenvolveu no sistema anterior ao atual. Portanto, Seu Amor será
inteligente, para que a Inteligência transforme-se em Sabedoria e Ele possa entender
em profundidade os mistérios e segredos cósmicos existentes dentro do corpo do
Logos cósmico (ao Qual Mestre Djwal Khul refere-se como AQUELE DE QUEM NADA
PODE SER DITO), do qual Ele, Logos solar, é também um Cooperador e Servidor. Esses
mistérios e segredos cósmicos são impossíveis de serem captados pelo cérebro do
homem. Somente os Iniciados de alto grau (da 7ª iniciação para cima) já têm alguns

653
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vislumbres de uns poucos mistérios mais simples, mesmo assim sem muita
profundidade. Nós podemos nos considerar muito satisfeitos e felizes, por termos
percebido que esses mistérios e segredos existem.

Voltando ao Logos do esquema de Urano, do 7º Raio, fca evidente que Ele está
executando essas funções de receptor das energias provenientes de fora do sistema,
cuja origem está na estrela η (eta) da constelação de Ursa maior, estrela essa
chamada Benetnash, situada a 108 anos-luz da Terra, ou seja, a 1.026 trilhões de
quilômetros, ao mesmo tempo que processa essas energias dentro de si (não podemos
esquecer que Ele tem corpos astral e mental cósmicos, além do físico), utiliza-se delas
para Suas necessidades e adapta-as para as necessidades dos outros Logoi
planetários dentro do sistema, sendo assim um foco irradiador de energias do 7º Raio.
Tudo isto é feito dentro da tônica principal do 2º Raio, Amor-Sabedoria-Razão Pura, o
Raio dominante do nosso Logos solar.

Considerando tudo o que foi dito acima, podemos ter uma muito vaga ideia da
humanidade que está sob a responsabilidade do Logos de Urano. Podemos falar em
humanidade evoluindo no esquema de Urano, com base na informação do Mestre Djwal
Khul, de que é um esquema sintetizador e que, nós, seres humanos do esquema da
Terra, em algum momento, passaremos por um dos esquemas sintetizadores, que são
três: Urano, o maior, Netuno e Saturno. A característica principal dessa humanidade
deve ser a do 7º Raio, é lógico. Todavia, não podemos fcar rígidos nessa característica,
devemos ser fexíveis, por vários motivos:

a. Os outros Logoi planetários regentes de Raios infuenciam o esquema de Urano,


com as variadas respostas dos reinos em evolução nele, o que requer uma análise
das interações possíveis entre esses raios.

b. Os conhecimentos disponíveis atualmente na Terra, mesmo nos meios esotéricos,


são muitíssimo escassos e, porque não dizer, rudimentares, uma vez que, se
começarmos a raciocinar sobre as energias de Raio em mútua interação, observando
o que acontece nos diversos reinos em evolução, descobriremos muita coisa nova.
Isso sem nos aventurarmos na área da quantifcação. Infelizmente o que vemos é
muito devaneio, sem nenhuma base científca, racional e lógica.
Consideremos agora o que o Mestre Djwal Khul diz na letra f da página 370, sobre a
força vital do Logos do 7º Raio. O Mestre afrma textualmente que o aspecto atividade
de um Homem celestial é um aspecto de Fohat. Quando encaramos essa situação do

654
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nosso ponto de vista, vemos o 3º aspecto, Inteligência Ativa, em ação. Em termos de
fogo, é o fogo por fricção agindo. Como todos os fogos são tríplices, temos:

1. fogo por fricção/elétrico,


2. fogo por fricção/solar,
3. fogo por fricção/por fricção.
São esses fogos que alimentam e sustentam todo o universo manifestado. No caso do
Logos do 7º Raio, o fogo tríplice irradiado por Ele, está modulado ou qualifcado pela
Sua qualidade dominante, a qualidade da Magia Cerimonial/Organização, que provoca
efeitos variados, dentro dessa tônica, conforme o reino onde atua. Quando esse fogo
faz impacto no reino humano, as reações dos veículos diferem, segundo as densidades
das matérias existentes neles. Exemplifquemos. Vejamos um homem com a seguinte
composição em seus corpos físico, astral e mental:

• corpo físico: matéria do 4º éter,


• corpo astral: matéria dos 7º e 6º subplanos,
• corpo mental: matéria dos 7º e 6º subplanos.
Como nesse homem predominam em seus corpos matérias de grande densidade e,
portanto, sem grande capacidade vibratória, o impacto das energias do fogo tríplice do
7º Raio não despertará nele grandes qualidades no campo desse raio, mas, pelo
contrário, tenderá a ativar as más qualidades.

Vejamos agora um homem com outra composição:

• corpo físico: matéria do 2º éter,


• corpo astral: matéria do 2º subplano,
• corpo mental: matéria do 4º subplano.
Para esse homem o impacto dessas energias provocará uma resposta muito benéfca e
construtora, pois seus veículos são de pouquíssima densidade e, por isso, de grande
capacidade vibratória, resultando em grande estímulo para as qualidades dentro da
área do 7º Raio.

Temos ainda, o que é muito importante, de levar em conta os raios que regem seus
corpos. O corpo regido pelo 7º Raio é o que mais prontamente responderá.

Com essas poucas ideias que apresentamos, é possível visualizar como será no futuro
a análise das pessoas, com base no conhecimento dos raios de seus corpos e da Alma,
e do grau de densidade das matérias desses corpos. Será até possível quantifcar as

655
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
diversas reações e a velocidade de resposta e evolução, ante as energias do raio. Tal
técnica será valiosíssima na educação e formação do caráter. Mas para tal será
necessária muita pesquisa, em particular na área da quantifcação.

Continuaremos nosso comentário sobre esse fascinante assunto, a seguir.

Estudo 180

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Comentário 2)
(Página 371)

Analisemos o segundo parágrafo da página 371. Os seres humanos, refexos do Logos


planetário encarnante, em sua totalidade, são a expressão desse Logos, sendo que, de
um lado a energia fohática do Logos constrói os reinos da natureza, proporcionando-
lhes um Corpo, de outro proporciona-lhes seu valor psíquico e, fnalmente, por meio de
todos eles, manifesta-se como Existência ou Ser. Deduzimos dessas palavras, com toda
a clareza, que a humanidade, juntamente com os demais reinos, é o Logos planetário
encarnante manifestando-se, expressando-se e vivendo experiências em diversos tipos
de matéria. Vejamos a humanidade. Como ela no atual ciclo está vivendo em relação às
matérias física, astral e mental (os 3 planos inferiores), o Logos planetário tem
sensações físicas densas através das vidas humanas, em seus diversos níveis, uma vez
que as matérias física, astral e mental não constituem princípios para o Logos, sendo
para Ele matéria densa. Os seres humanos que já possuem matérias astral e mental de
níveis mais sutis, como dos 2º e 1º subplanos astrais e do 4º subplano mental, em seus
corpos astral e mental, propiciam sensações mais refnadas para o Logos. Os iniciados,
que já atuam na matéria búdica, fornecem a Ele vivências na matéria etérica cósmica,
prosseguindo em graus mais elevados de refnamento pelos iniciados mais avançados,
chegando até aos Choans de Raio e a Shamballa. SANAT KUMARA, o Senhor do Mundo
no atual período, é o encarregado de levar essas sensações e vivências dos seres
humanos para a consciência do Logos planetário. Concluindo, podemos afrmar que na
realidade somos o Logos planetário em Seu nível mais baixo e denso.

Consequentemente, nós refetimos em nossos atos e comportamentos o que o Logos é


em Seu nível mais elevado. Exemplifcando, quando Ele vive uma emoção, por meio de
Seu corpo astral cósmico, nós, seres humanos, como células em Seu corpo denso,

656
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sentimos os efeitos, da mesma forma que a emoção de um homem afeta seu corpo
físico, por meio de seus hormônios e neurotransmissores. Inversamente, também o que
se passa conosco atinge o Logos, na forma de sensações densas. Assim percebemos
energias de diversas naturezas, como se fossem hormônios e neurotransmissores
logoicos, circulando por toda a esfera que é o corpo de manifestação do Logos. O
mesmo ocorre em relação aos reinos inferiores ao humano, em níveis mais densos.

Dessa forma percebemos nitidamente o relacionamento fundamental entre todos os


reinos em evolução na Terra. Não é difícil concluir que a agressão pelo homem a
qualquer reino na Terra, a ele retornará como malefício, pela circulação através dessa
intrincada rede de hormônios e neurotransmissores logoicos. Portanto, todos os reinos
devem ser respeitados pelo homem, uma vez que todos fazem parte do corpo físico do
Logos planetário.

O Raio que num dado período está atuando num Logos planetário e pelo qual Ele está
se manifestando e vivendo, caracterizará a humanidade e os demais reinos em
evolução no esquema desse Logos. O comportamento dos membros dessa humanidade
dependerá de seus níveis evolutivos, em resposta à atuação desse Raio.

Já sabemos que duas Entidades cósmicas atuam em todos os planos, sendo as


responsáveis pela sua manifestação e existência. Em se tratando do plano físico, temos
de um lado o Logos planetário do 7º Raio, o Logos do esquema de Urano, e de outro o
Deva regente do plano físico. Mas há ainda uma 3ª Entidade atuante, que é o Logos
planetário que utiliza a matéria física em Seu esquema, Seu corpo de expressão, numa
dada cadeia planetária. Portanto, são 3 as Entidades que atuam na matéria física de
qualquer esquema.

A matéria astral é regida por um Deva e pelo Logos planetário regente do 6º Raio, o
Logos do esquema de Netuno. Mas, como no caso anterior, existe também a atuação do
Logos planetário utilizando a matéria astral em seu esquema.

A matéria mental é regida por um Deva e pelo Logos planetário regente do 5º Raio, o
Logos do esquema de Vênus, juntamente com o Logos planetário do esquema.

Assim, temos 7 Entidades cósmicas atuando num esquema, na parte das matérias
física, astral e mental. Vejamos o caso do esquema da Terra. Sabemos que o esquema
da Terra, por estar na 4ª cadeia, possui 2 globos de matéria mental concreta, 2 de
matéria astral, 2 de matéria etérica e 1 de matéria física densa. Analisemos apenas a
Terra. Ela é constituída de matéria física densa, etérica, astral, mental e matérias
superiores. Considerando apenas as matérias física, astral e mental, áreas de evolução

657
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da maioria da humanidade no atual ciclo, temos os seguintes Seres atuando:

os 3 Devas regentes dos planos físico, astral e mental, o Logos de Urano, do 7º Raio
(físico), o de Netuno, do 6º Raio (astral) e o de Vênus, do 5º Raio (mental) e o nosso
Logos em manifestação. Como as diversas matérias interagem, percebemos que, para
se entender o resultado fnal dessas 7 interações, muitos cálculos têm de ser feitos.
Mas tais cálculos só podem ser feitos por Iniciados de alto nível e com profundos
conhecimentos.

Dentro dessa visão sétupla, podemos enxergar a ação dupla:

os 3 Devas regentes cuidam do aspecto matéria e forma (os fogos), os 3 Senhores de


Raio qualifcam a matéria e os fogos e o Logos em manifestação é o aspecto Vida, que
se serve da forma para expressar e desenvolver qualidades. Assim temos em síntese a
dualidade: Vida ou Espírito e matéria ou forma, resultando a consciência ou o aspecto
psíquico.

Estudo 181

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 371 e 373)

Prosseguindo nosso estudo sobre o futuro de Manas, quanto aos efeitos dos Raios,
podemos concluir que, por meio da análise profunda e atenta dos conceitos
apresentados na página 370, de "a" até "f", podemos entender com bastante clareza as
implicações da entrada e saída de um Raio, como o atual (o 7º, de Magia
cerimonial/Organização, irradiado para o sistema solar pelo Logos de Urano e dentro
da Terra pelo Mestre Rackosi). Neste caso temos a coincidência de ser o raio que entra
justamente o que está fortemente vinculado com o plano físico, o qual, neste ciclo
maior, é responsável pela própria existência do homem e é a fonte de sua esperança
futura.

Este 7º Raio (o 5º na contagem dos 5 raios de manas, apenas) manifesta-se sempre


durante o período de transição de um reino a outro, o que encerra o mistério do modo
particular pelo qual há de prestar serviço seu Logos planetário. Ele rege os processos
de:

658
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• Transmutação,
• Encarnação,
• Transferência.
Nestas 3 palavras está resumido Seu trabalho vital e expressada a natureza desta
grande Entidade que preside os processos de mesclar, fundir e adaptar. Dita Entidade,
mediante o conhecimento do Som cósmico, guia as forças de vida de certas entidades
solares e lunares de uma forma a outra e constitui o vínculo existente entre a alma que
espera encarnar e seu corpo de manifestação. Isto é verdade com respeito à
encarnação de um homem, um grupo, uma ideia ou de todas as entidades de grau
menor ao do Ser solar, que se manifesta através de um globo, ou o regente do globo
regido pelo Logos planetário, uma vez que Este rege toda a cadeia de 7 globos,
havendo um sub-Logos para cada globo. Todas as entidades de grau superior ao deste
grande Ser evolutivo vêm à encarnação mediante o trabalho vinculador de um Ser que
está fora do sistema. Em todos os períodos de transferência da vida de:

• um sistema a outro,
• um esquema a outro,
• uma cadeia a outra,
esta Divindade cósmica exerce Seu poder e infuência. Em todos os períodos de menor
transição da vida produzida de:

• um globo a outro,
• um plano a outro,
• um reino da natureza a outro,
• o Senhor do 7º Raio desempenha uma função semelhante.
Nisto está a razão pela qual Sua força afui na atualidade, pois é necessário um
profundo movimento de realização e está sendo feita uma transferência que demanda
Seu tipo de energia particular. Estão sendo transferidos certos grupos de Mônadas
humanas e dévicas, dos reinos humano e dévico equivalente, para o 5º ou espiritual.
Durante Seu ciclo, que durará mais ou menos 2.500 anos, um número específco de
homens entrará no Caminho de Iniciação e pelo menos receberá a 1ª iniciação,
transferindo assim seu centro de consciência do puramente humano para as primeiras
etapas do espiritual.

Durante este mesmo ciclo terá lugar uma transferência de unidades do reino animal
para o humano, na 5ª ronda, e desta para a outra, produzindo um período de atividade
ainda maior que a de nosso globo. Semelhantemente, podemos dizer (embora não seja

659
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
possível dar mais que um indício) que a força do Transferidor cósmico está entrando
em atividade, devido à transferência, durante este ciclo, de um grupo especial de entes
altamente avançados dos reinos humano e dévico (membros da Hierarquia oculta) a
outro esquema (não podemos esquecer, entre outras coisas, a síntese nos esquemas
sintetizadores, que são Urano, Netuno e Saturno). Também certos entes entre os
Senhores Lipika estão aproveitando esta infuência cósmica para transferir sua
atividade para outro sistema, cedendo lugar a outros, os Quais esgotarão o carma da
nova era. O poder destes agentes impregna todo o globo e se estende a todas as
cadeias e esquemas que se encontram em seu caminho. Afetará fundamentalmente o
reino vegetal, obscurecendo velhas espécies e trazendo novas, atuará no reino mineral
e dará um novo ímpeto aos processos químicos, liberando, incidentalmente, unidades
radioativas, com a resultante ampliação dos conhecimentos da ciência. Os reinos
elementais e as almas-grupo que neles se encontram, facilitarão a transferência de
átomos.

Os efeitos deste Raio são de grande alcance, tanto nos entes dévicos, como nos
humanos, em seus diferentes mundos, o que dará origem a novos meios ambientes
para utilizar os novos tipos e fará com que surjam características totalmente novas na
raça humana.

A transferência de entes humanos e dévicos da Hierarquia para outro esquema


provocará uma lacuna nos postos dela, exigindo que sejam ocupados, o que levará a
novas transferências, ou seja, iniciados de grau menor terão que assumir esses postos,
devendo portanto receber iniciações mais elevadas.

Os novos Senhores Lipika (que trabalham com a execução do carma) que substituirão
os transferidos para outro sistema, operarão o carma previsto para a nova era (a era
de Ouro). Pela própria natureza de suas funções na área do carma, é evidente que Seu
poder se estende por globos, rondas e cadeias dentro de seu campo de ação.

Pela intensifcação das Vidas elementais (12ª Hierarquia criadora). que evoluem no
interior dos átomos químicos (no núcleo), não só alguns elementos químicos tornar-se-
ão radioativos, como essas Vidas elementais ocuparão outros átomos químicos,
ocorrendo em consequência um grande incremento das atividades químicas. O que o
homem faz, de forma errada, trabalhando contra o Plano Divino, no processo de fusão
de átomos de hidrogênio em átomos de hélio, destruindo formas, será feito dentro do
Plano, pelo processo correto de dinamizar as Vidas no núcleo do átomo e transferi-las
para outros núcleos (outros corpos de expressão para essas pequenas, mas também

660
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
divinas Vidas).

Finalmente, com essa modifcação radical do meio ambiente (modifcação para muito
melhor), em particular com o aumento da radioatividade, é natural surgir um novo tipo
de corpo humano, adequado para tal ambiente e para as Almas muito mais evoluídas
que fcarão no esquema da Terra, mesmo ainda no atual período global, antes da 5ª
ronda.

Estudo 182

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 373, 374 e 375)

Os efeitos do 7º Raio na área da mente (não esquecer que este Raio é um atributo de
manas) são de grande alcance, tanto nos seres humanos, como nos dévicos, em seus
diferentes mundos de atuação e vivência, o que criará novos meios ambientes para
serem utilizados pelos novos tipos, fazendo com que surjam características totalmente
novas na raça humana.

Temos considerado, em certa medida, o tipo de força que se expressará por meio do 7º
Raio; temos visto que é o grande agente do Logos, que transmuta e transfere. Temos
visto também que exerce um poderoso efeito, tanto nos entes dévicos, como nos
humanos; temos demonstrado que a principal função do Logos do 7º Raio é, antes de
mais nada, a adaptação ou a modelagem da forma, para adequá-la às necessidades de
qualquer Entidade particular. Em todo trabalho construtivo de criar formas entram
certos fatores, que é necessário enumerar, porque concernem vitalmente a este
particular Homem celestial e ao plano físico, no qual estamos submetidos à
experiência, ou seja, o nosso Logos planetário. Estes fatores são:

Primeiro. A vontade ou propósito centralizado de alguma entidade.

Segundo. O material por meio do qual a vida propõe manifestar-se. Tal material, como
sabemos, encontra-se em 7 graus e 49 subgraus, dentro do "círculo não se passa".

Terceiro. Os Construtores, que são o veículo do propósito divino e modelam a matéria


de acordo com um plano determinado. Estes construtores desenvolvem as formas
utilizando sua própria natureza e substância.

661
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quarto. O plano, de acordo com o qual se desenvolve o trabalho, é transmitido aos
Construtores e está latente em sua consciência. Desenvolvem de dentro para fora a
forma do Grande Homem celestial (o Logos solar), dos Homens celestiais (os Logoi
planetários), dos seres humanos e de todas as formas, e produzem as Existências
autoidentifcadas, de maneira similar a como a mãe constrói e produz com matéria de
seu próprio corpo um Filho consciente, que evidenciará certas tendências raciais.
Todavia será independente, terá consciência e vontade próprias e manifestar-se-á de
forma tríplice. Devemos ter sempre em conta a similitude que existe entre a evolução
dévica e a essência que eles manipulam.

Finalmente. Certas palavras ou sons mântricos, os quais - emitidos por uma Vida maior
- sempre impelem as vidas menores a cumprir um propósito construtivo. Tais Palavras
são pronunciadas por:

Um Logos solar. A tríplice Palavra dá lugar a uma sétupla vibração.

Um Homem celestial, que, ao pronunciá-la, leva Seu esquema e todo o que ele contém à
objetividade evolutiva.

A Mônada, cuja tríplice palavra dá lugar a uma sétupla vibração.

O Ego, o qual, ao pronunciá-la de forma sonora, produz um ser humano nos 3 mundos
(físico, astral e mental inferior).

Procuremos analisar esses ensinamentos do Mestre Djwal Khul o mais detalhada e


profundamente possível, para que possamos perceber e entender com o máximo de
clareza, como todo esse mundo fenomênico, interior e exterior, é construído e operado.
Só assim conseguiremos acelerar, efcaz e fortemente, a nossa evolução, tornando-nos
operadores e trabalhadores mais competentes, efcientes e conscientes, na grande
seara do nosso Logos planetário.

Iniciemos pelo 1º item, a vontade ou o propósito da Entidade encarnante. Se o objetivo


da expressão por uma forma é desenvolver qualidades e isto é evoluir, fca evidente
que um planejamento para a consecução de um propósito tem de ser estabelecido
antes da construção da forma. Isto é válido para um Logos cósmico, um Logos solar,
um Logos planetário, um Deva que vai se expressar através de um reino e um homem.

No 2º item temos o material com o qual a forma será construída. No nosso sistema
solar, em se tratando do corpo físico cósmico do nosso Logos solar, a matéria
disponível está constituída de 7 divisões, que são as matérias adi, monádica, átmica,
búdica, mental, astral e física. Cada uma dessas 7 matérias possui 7 subdivisões, sendo

662
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a mais sutil a atômica, aumentando a densidade até a 7ª subdivisão. Quanto maior a
densidade, maior a quantidade de átomos de matéria formando a molécula, o que,
obviamente, limita não só a velocidade, como a capacidade de oscilar, ou seja, de vibrar.
Assim, as moléculas da 7ª subdivisão de uma dada matéria oscilam em frequências
muito mais baixas que as das 3ª, 2ª e 1ª subdivisões, sendo que nesta última só
existem átomos. Os átomos adi são os que conseguem oscilar na mais alta frequência,
dentro desse campo físico cósmico, enquanto os átomos físicos oscilam na frequência
mais baixa. O mesmo ocorre com as velocidades. A limitação de velocidade em 300.000
Km/s só é válida para a luz na matéria física. Nas matérias mais sutis a luz se propaga
em velocidades muitíssimo maiores, o que é óbvio. No corpo do Logos cósmico, no qual
está o material de que vão se utilizar os Logoi solares, como o nosso, persiste também
essa divisão em sete, com 7 subdivisões, totalizando portanto 49 tipos de matéria.
Dessa forma, quando a Entidade decide encarnar (manifestar-se), Ela escolherá os
tipos de matéria de acordo com o Seu propósito, que, é claro, depende do Seu nível
evolutivo. No homem, ocorre a mesma coisa. Quanto mais evoluído o homem, menos
matéria grosseira possuirá em seus corpos, o que é óbvio.

No 3º item temos um tema de altíssima importância e de imensa complexidade, os


Construtores, tema que envolve o reino dévico, melhor dizendo, as 12 Hierarquias
criadoras, em se tratando do corpo físico cósmico do Logos solar, entrando um pouco
em Seu corpo astral cósmico, não se tocando, nem de leve, em Seu corpo mental
cósmico. Esses grandes Seres, que no sistema solar anterior ao atual passaram pelo
reino humano e foram mais além, são responsáveis pela modelagem e construção de
todas as formas, em níveis macro e microcósmico. Na realidade, todas as formas são
Eles. O corpo humano é dévico, em todo o seu signifcado. Como os Devas são
organizados em muitíssimas categorias e Sua consciência é coletiva, ou seja, as
consciências dos Devas menores estão dentro da consciência de um Deva maior, que é
responsável por eles, a execução do Plano divino segue satisfatoriamente, no que a
Eles compete. Há Devas menores ainda sem autoconsciência, estando em busca dela.

O 4º item é uma consequência natural do 3º item. Se todas as formas são substância


dévica e os Devas possuem consciência coletiva, nada mais lógico que os Devas que
têm a função de dirigir conheçam com exatidão o Plano a ser executado, em seus
mínimos detalhes, para que as diversas fases desse Plano realizem-se dentro dos
prazos previstos pelo Utilizador. Todavia, embora toda a matéria das formas seja
substância dévica, o Utilizador dessas formas, seja um Logos solar, um Logos
planetário, um homem, terá plena e total independência, a própria consciência e

663
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vontade individual. Apenas sentirá os impulsos próprios dessas vidas dévicas, impulsos
esses que o Utilizador da forma deverá controlar, buscando impor a sua vontade.
Todavia com a grande maioria da humanidade não é isso que acontece, deixando-se ela
levar por essas vidas dévicas menores, denominadas "pitris lunares".

O último item, que seria o quinto, por se tratar de um assunto bastante científco e
técnico, o som e os mântrans, requerendo um explanação mais longa e detalhada a
respeito de energias se propagando como ondas, o que recairá nos fogos, sua
expressão tríplice, seus modos de condução e seus efeitos na matéria, usando-se
conhecimentos de física nessa explicação, fcará para o próximo estudo.

Estudo 183

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Página 375)

Estudemos agora o último item, "Certas palavras ou sons mântricos".

Inicialmente recapitulemos o que é o som no nosso mundo material, à luz da Física. Ele
é classifcado como onda mecânica, sendo uma sucessão de compressões e
rarefações, deslocando-se no espaço. Como é necessária uma certa energia para o
som ser produzido, ele é na realidade uma energia específca, possuidora de uma
freqüência (número de vibrações ou oscilações por segundo), que se propaga no
espaço, utilizando um meio para essa propagação.

Há 4 modos pelos quais uma onda mecânica pode variar:

1. Variando a frequência no tempo e no espaço.

2. Variando o modo segundo o qual as compressões e rarefações se formam, no


tempo e no espaço.

3. Variando a energia da onda, no tempo e no espaço.

4. Adicionando à onda principal ondas secundárias, em múltiplos da frequência dela


(harmônicos superiores) e em submúltiplos (sub-harmônicos ou harmônicos

664
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inferiores).
Dessa forma temos 4 recursos para colocar informações no som, nosso tema. Sob o
ponto de vista esotérico, colocar informações no som (linguagem técnica e científca)
signifca qualifcar o som, conferindo a ele um propósito.

Sem entrar nos detalhes técnicos e matemáticos e sem mais delongas, uma vez que, se
formos esmiuçar o assunto, chegaremos a um tratado, o que está fora do escopo
deste estudo, passemos imediatamente à descrição do impacto do som num receptor.

É evidente que o meio, pelo qual o som se propaga, tem importância capital na
manutenção da fdelidade da qualidade transportada pelo som.

Em se tratando de um ser humano, há 2 aspectos a serem considerados, na análise do


impacto do som nele.

Primeiramente temos a simples audição, com os efeitos e reações resultantes da


conscientização pelo cérebro, campo para grandes pesquisas, mas que não nos
concerne.

Em segundo lugar, há o impacto da energia sonora no corpo do ser humano,


considerando-se esse corpo como um todo e não apenas o ouvido. É esse aspecto que
mais nos interessa, uma vez que nos corpos sutis, como o astral e o mental, será o
mais atuante.

No corpo físico denso do homem, devido à sua grande densidade, o impacto sonoro
não terá muita infuência, em níveis normais de intensidade. Mas no corpo etérico sua
ação será bem infuente, embora a consciência normalmente não registre diretamente,
mas a alteração comportamental ocorrerá.

Antes de prosseguirmos, façamos uma breve recapitulação do que já foi explicado


sobre o som, em nossos estudos anteriores.

Qualquer fenômeno do mundo físico ocorre inicialmente na matéria atômica, o 1º éter,


como vibração elétrica. Isso signifca que, no nosso meio ambiente, o som primeiro
surge como uma vibração elétrica do átomo físico (que não é o átomo químico, o qual é
composto de átomos físicos, sendo portanto uma molécula, sob o ponto de vista
esotérico). Em seguida essa vibração elétrica, destinada a ser um som, passa para as
moléculas do 3º éter e da 5ª subdivisão da matéria física, o nosso estado gasoso,
propagando-se pelos 2 meios. Cabe observar que, embora o som também se propague
nos meios sólidos e líquidos, tais meios são considerados gasosos para este efeito.

Detalhes técnicos de como essa vibração elétrica passa para moléculas do 3º éter e do

665
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estado gasoso, não serão aqui explicados, apenas adiantamos que a energia atuante
nesse caso é o fogo elétrico/por fricção.

Podemos agora entender com clareza como o som pode afetar o corpo etérico de um
homem, sem passar pelos seus ouvidos. O corpo etérico é uma imensa trama,
constituída de fos de matéria etérica, que se interligam e se cruzam, penetrando nos
tecidos do corpo denso e levando os fogos nutridores das células. Quando a energia
sonora, propagando-se pelo 3º éter, faz impacto nessa trama etérica, ela vibra e oscila,
descrevendo movimentos em consonância com os 4 modos de variação descritos.
Assim a distribuição dos fogos no corpo pode ser afetada, com resultados benéfcos
ou maléfcos.

Pelas explicações acima fca bem nítido como o som pode provocar movimentos nas
partículas, deslocando-as e forçando-as para outras posições, o que nos leva a concluir
que o som, de fato, constrói como destrói formas, desde que manejado com
conhecimento e poder (capacidade de manipular os fogos).

Agora transframos todos esses conceitos do som para outro meio, a matéria astral.
Como ela é mais sutil e dinâmica que a matéria etérica, os efeitos serão muito mais
potentes e rápidos, o que faz com que na matéria astral o som se propague com muito
maior velocidade que na matéria etérica e gasosa. A distorção também é bem menor. A
audição no corpo astral é feita por todo ele e não apenas por um órgão localizado,
como o ouvido no corpo físico.

Para concluir essa brevíssima explanação sobre o som, podemos afrmar que em
qualquer tipo de matéria a vibração sonora está presente e por meio dela as formas
podem ser construídas e destruídas, dentro dos 4 modos descritos, sendo
imprescindível que aquele que produz o som seja detentor do conhecimento das
técnicas e do poder para manipular os fogos.

Prossigamos com a análise do que é dito sobre Aqueles que geram o som
(simbolicamente descrito como pronunciar a Palavra).

Um Logos solar, ao pronunciar a tríplice Palavra, dá lugar a uma sétupla vibração. Isto
signifca que o Logos solar produz 3 sons, dentro dos 4 modos, manipulando os fogos
emanados de Si mesmo, e a partir do 3º som, utilizando sub-harmônicos, gera 4 sons,
totalizando 7 sons, que dão origem aos 7 tipos de matéria do nosso sistema solar.

Um Homem celestial também produz Seu som, para construir Seu corpo de
manifestação, um esquema planetário. Cabe aqui ressaltar que o som emanado pelo

666
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Homem celestial, na realidade, é uma espécie de som secundário, dentro do som maior
do Logos solar.

A Mônada, por ser tríplice, (Vontade-Amor/Sabedoria/Razão Pura-Inteligência Ativa),


gera 3 sons, dos quais deriva mais 4 sons secundários, totalizando 7 sons, que
podemos chamar raios, considerando o que Ela tem de aprender, através das
experiências dos Seus instrumentos nos mundos inferiores.

Enfm temos o Ego ou Alma, que, compelido pela energia sonora da Mônada, gera um
ser humano nos mundos físico, astral e mental inferior. Aqui temos uma aplicação do
som, no sentido de compelir alguém a fazer alguma coisa. Não faremos agora a
explicação de como isso ocorre.

Estudo 184

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 375, 376 e 377)

No estudo anterior analisamos o som à luz da Física, como uma onda mecânica. Dentro
dessa visão, em todas as matérias (física, astral, mental etc), vimos como esse efeito
do fogo elétrico/por fricção constrói e destrói, sem nos aprofundarmos nem
entrarmos em detalhes, apenas objetivamos propiciar a conceituação fundamental.
Também foi explicitada a analogia existente entre o macrocosmos e o microcosmos, no
uso do som para construção de formas. Iremos agora expor algumas características
básicas com referência às Palavras criadoras. Algumas correspondem a diferentes
aspectos. As Palavras do 1º aspecto (Vontade) colocam em vibração a matéria que
evolui através dos 7 ciclos de sistemas solares. Sua relação com as Palavras do
presente sistema solar é análoga à que existe com a substância primordial, base da
nossa presente criação. As Palavras do 2º aspecto nos concernem muito intimamente,
embora as Palavras de Brahma estejam, na atual etapa, muito estreitamente
conectadas com nosso trabalho no plano físico. Tais Palavras, no que diz respeito aos 3
mundos (físico, astral e mental), constituem, em grande parte, um grupo de mântrans,
oculto na consciência dos Senhores dos 5º e 7º Raios. Pela emissão inteligente de tais
Palavras, o 3º aspecto (o aspecto Brahma ou manásico) põe-se em contato com o 1º
aspecto e produz o que chamamos o "Filho Consciente" ou Sol. No plano mental as

667
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Palavras são emitidas pelo Senhor do 5º Raio (o Logos de Vênus), gerando uma
vibração não só que poderíamos chamar "os níveis inferiores", como também produz
uma resposta no 1º plano (adi) ou arquetípico e igualmente no plano mental cósmico.

Teçamos alguns comentários sobre o que o Mestre Djwal Khul expôs acima. A
expressão "7 ciclos de sistemas solares" dá a entender claramente que já existiram 5
sistemas solares antes do nosso, que é o 6º (o 2º, se considerarmos o anterior como o
1º dos 3 maiores, uma vez que ele foi regido pelo 3º Raio, Atividade Inteligente e
sintetizador dos 4 menores, atributos de Manas). Assim, antes da construção do 1º
sistema solar (logicamente regido pelo 7º Raio), o Logos solar, pronunciou a Palavra do
1º Raio, ou seja, da Vontade, para todo o ciclo maior de 7 sistemas solares, pondo em
ação Seu Fogo Elétrico cósmico. Palavra essa na qual está contido o Seu Propósito
para todo esse ciclo, em diversas etapas, é óbvio. É portanto a Palavras arquetípica, da
mesma forma que a matéria primordial (a matéria do plano adi) contém os arquétipos
de todos os 7 planos do nosso sistema solar. É evidente que essa Palavra do 1º
aspecto está reverberando atualmente, na fase relacionada com o atual sistema solar.
Assim, temos uma boa visão da grandiosidade e importância dessa Palavras, como
ainda podemos perceber a inteligente ligação entre os sistemas solares. Com base
nessa conexão, é possível fazermos conjecturas lógicas e racionais, referentes ao
nosso futuro como Mônadas, no próximo sistema solar, de Vontade.

É fácil de entender que as Palavras de Brahma estejam atualmente conectadas com


grande intensidade ao nosso trabalho no plano físico, uma vez que Brahma é o 3º
aspecto, envolvido com a matéria. Também as Palavras do 2º aspecto (Amor-
Sabedoria-Razão Pura) estão atuando sobre nós, porque já estamos entrando na etapa
de começar a expressar e desenvolver Budi através de manas. Conforme já vimos em
estudos anteriores, o contato do 1º aspecto (Fogo elétrico cósmico) com o 3º (Fogo
por fricção cósmico), gerou o "Filho Consciente" ou Sol, ou seja, o sistema solar, da
mesma forma que a Mônada (Fogo elétrico microcósmico) em contato com a matéria
(Fogo por fricção microcósmico) gerou a Alma ou o Ego, o "Filho Consciente
microcósmico".

Em se tratando dos planos mental, astral e físico, mundos de evolução da atual


humanidade, as partes da grande Palavra do Logos solar (na realidade uma grande
sentença, que vai sendo pronunciada ao longo do tempo cósmico) formam um grupo
de sentenças menores, conhecidas pelos Logoi de Vênus (5º Raio) e de Urano (7º Raio).
Na parte do Logos de Vênus, que atua na matéria mental, nesse Seu trabalho, a
vibração que Ele gera nessa matéria, provoca resposta não só na matéria adi, na qual

668
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estão os arquétipos para esse plano na atual etapa, como também na matéria mental
cósmica, porque é nela que estão os arquétipos que expressam o Propósito do Logos
solar, sendo essas respostas necessárias, para que haja um perfeito entrosamento
entre o Propósito maior (do Logos solar) e o menor (do Logos planetário), fcando
assim explicada essa conexão. Tudo isso vale para todos os esquemas no sistema solar,
não apenas para o nosso.

Na parte do Logos de Urano (7º Raio), Seu trabalho, entre outras coisas, envolve o
plano físico, no qual as partes da Sentença maior, que Ele pronuncia, produzem os
seguintes resultados:

Primeiro - Introdução dos átomos permanentes das Tríades inferiores dentro de sua
alma grupal, o que é a união da matéria e da consciência, marcando o mergulho das
Mônadas humanas nos níveis mais densos, em seu longo processo evolutivo.

Segundo - Condução da corrente de vida a qualquer reino determinado, ou seja, a


fusão da forma e da consciência, como por exemplo, a transferência das Tríades
inferiores do reino mineral para o vegetal, do vegetal para o animal e deste para o
humano.

Terceiro - Transferência da vida consciente e sensível de uma forma a outra, de um


grupo a outro, de um reino a outro, dentro das hierarquias. Essa expressão "dentro das
hierarquias" é decorrente do fato de que todas as formas em manifestação são
constituídas de substância dévica, sob a execução das 12 Hierarquias criadoras,
ocupando as Mônadas humanas a posição da 9ª Hierarquia.

O 5º Raio teve de exercer sua infuência, em conexão com o reino humano, para
produzir a autoconsciência dentro da forma consciente. Isto signifca que na raça
lemuriana, antes da individualização, o homem era consciente, mas não autoconsciente.

Diante de tudo o que foi dito acima com referência ao som ou à palavra, podemos
concluir que quando o adepto treinado emite o som através da linha de força, não só
pode utilizar a atividade dévica para produzir certos resultados em conexão com o
aspecto forma da manifestção, mas também impelir a vida interna para que desenvolva
uma atividade defnida. Daí o enorme perigo, como já foi dito frequentemente, de dar a
conhecer estes mântrans, e a necessidade de evitar sua tergiversação e mal uso. O
poder que domina a forma e a força, acha-se nas mãos daqueles que já realizaram 3
coisas:

Primeiro - Desenvolveram a consciência do grupo do qual formam parte.

669
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segundo - Aprenderam o segredo das notas e dos tons, aos quais responde tal grupo.

Terceiro - Aprenderam certo conjunto de palavras e frases e o método adequado de


entoá-las e cantá-las.

Os 3 itens acima necessitam ser devidamente explicados, pela sua grande importância,
como também para demonstrar o que está reservado ao homem que se esforça para
se transformar num colaborador efciente do Logos planetário, fazendo jus às
Iniciações, pela disciplina, pela busca do conhecimento e pelo empenho em ajudar a
humanidade.

Tais explicações serão dadas no próximo estudo.

Estudo 185

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Página 377)

Expliquemos os 3 itens do fnal do estudo anterior.

Primeiro - Tenham desenvolvido a consciência do grupo do qual fazem parte. Isso


signifca que a consciência foi expandida e passou a abranger o que está na
consciência do Logos planetário. Assim, o iniciado sabe o que fazer e como fazê-lo, em
seu trabalho de realização do Plano do Logos planetário.

Segundo - Tenham aprendido o segredo das notas e os tons, aos quais responde tal
grupo. Como sabemos, os Iniciados trabalham nas matérias que constituem o corpo
físico cósmico do Logos planetário. Essas matérias pertencem aos planos búdico,
átmico, monádico e adi, em suas 7 subdivisões ou subplanos. Os corpos de
manifestação desses Iniciados são formados por essas matérias, de acordo com o seu
grau iniciático, para poderem interagir com o meio exterior. Assim, literalmente eles
estão dentro da consciência física cósmica do Logos planetário e podem reagir aos
detalhes do que se passa dentro dessa consciência maior, que, dentro dessa ótica, é
uma consciência de grupo. Ora, os átomos e moléculas dessas matérias vibram ou
oscilam de determinadas maneiras, existindo portanto frequências e intensidades de
ondas, com sub-harmônicos. Essas ondas podem ser chamadas notas e os sub-
harmônicos tons, à semelhança do nosso som físico.

670
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Terceiro - Tenham aprendido certo conjunto de palavras e frases e o modo adequado
de entoá-las e cantá-las. Isso signifca que esses Iniciados adotam comportamento
interior e agem, através de seus corpos, exatamente de acordo com o que se passa na
consciência física cósmica do Logos planetário. Na realidade, esses Iniciados são
executores das atividades do corpo etérico do Logos, em resposta aos Seus estados
de consciência física, ou seja, o conjunto de pensamentos ocorrendo em Seu cérebro.
Explicando de uma maneira simbólica, o conjunto de notas e tons formam frases, que
devem ser cantadas numa tonalidade correta, exatamente de acordo com o
pensamento do Logos.

Eles não podem obter resultados fora da periferia do grupo, de cuja consciência
participam. Por exemplo: um adepto (5ª iniciação) pode trabalhar com as formas e as
forças dentro do "círculo não se passa" de seu próprio Logos planetário, dentro dos 3
mundos (os planos inferiores, como um todo, o búdico e o átmico), dentro do "círculo
não se passa" do pólo oposto do seu Logos planetário ou do "círculo não se passa" dos
3 Logoi planetários que formam um triângulo no sistema solar. Tão pouco podem
exercer este poder nos planos superiores (monádico e adi), nem dentro das esferas
dos esquemas sintetizadores e neutrais (Urano, Netuno e Saturno). Em resumo, a
atuação é de acordo com o grau de iniciação, o que é lógico. Depois da 6ª iniciação, seu
poder atinge o plano monádico, o que equivale a dizer que ele pode agir na totalidade
das esferas do aspecto Brahma, ou seja, nos planos físico, astral, mental, búdico e
átmico, com toda a plenitude, pois, com a 6ª iniciação, ele ainda não tem plenitude de
ação sobre a matéria monádica. Ao receber a 7ª iniciação, ele passa a exercer poder
em todos os 7 planos (o plano físico cósmico) e em todos os esquemas, quando
anteriormente só podia agir nos esquemas relacionados com as matérias sob seu
domínio. Toma conhecimento de todas as Palavras sagradas e pode trabalhar com
matéria de todos os graus, emitir todas as notas e controlar todos os tipos de força,
dentro da área do físico cósmico, é óbvio. Está em condições de guiar a vida para
regiões fora da esfera solar de infuência. Só não pode atuar ainda na área do astral
cósmico.

No nosso plano físico trabalha principalmente com as palavras do 7º Logos (de Urano),
classifcadas em 5 grupos:

1. Mantrans que se referem à matéria etérica e controlam os Devas dos éteres.

2. Mantrans que se relacionam com a matéria física densa e controlam a evolução

671
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sub-humana, por meio de certos grupos de Devas. Matéria física densa, neste
contexto, signifca os estados sólido, líquido e gasoso.

3. Palavras especialmente vinculadas à Hierarquia humana, as quais estão muito


cuidadosamente resguardadas, para que o homem não as conheça.

4. Palavras concernentes à evolução dévica, as quais controlam e submetem


diferentes grupos de Devas à vontade de quem as emite. Estas são, em muitos
sentidos, as mais perigosas e todo conhecimento a respeito delas não é dado a
nenhum homem, cujo grau seja inferior ao de um iniciado de 3ª ordem.

5. Palavras que afetam o aspecto vida da manifestação e que introduzem a vida na


forma ou a extraem dela.
Se associarmos a esses 5 últimos itens o que foi explicado sobre o som à luz da física,
em estudo anterior, demonstrando a propriedade de movimentação de matéria através
de ondas sonoras, podemos enxergar, com bastante nitidez, os perigos inerentes a
esse poder. Em vista disso, faremos comentários no próximo estudo.

Estudo 186

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Comentários
sobre os itens 1 e 2 da página 377)

Comecemos a comentar os 5 itens da página 377.

No item 1 é dito que há mantrans que atuam na matéria etérica e controlam os Devas
que trabalham nos 4 éteres do nosso plano físico. Como veremos bem mais adiante, no
prosseguimento dos nossos estudos, os Devas desses 4 éteres têm seus corpos
etéricos constituídos de tal forma, que emitem a cor violeta, sendo por isso chamados
Devas violetas. Esses Devas são muito importantes para nós, encarnados fsicamente.
São de 4 variações da cor violeta, dentro da seguinte classifcação:

1. cor violeta muito tênue, na tonalidade lavanda, de uma luminosidade indescritível,


tal a sua intensidade e beleza, pois são mais refulgentes que o mais puro ouro.
Trabalham com a matéria física atômica, o 1º éter. São os mais elevados e dirigem.

672
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

2. cor violeta um pouco mais forte. Trabalham com a matéria do 2º éter.

3. cor violeta mais escura. Trabalham com a matéria do 3º éter.

4. cor violeta muito escura. Trabalham com a matéria do 4º éter. São os mais densos.
Como o nosso corpo etérico é o verdadeiro corpo físico, sendo a fonte energética para
a parte densa, que é a visível e, devido à ação de maia (a grande ilusão do plano físico,
resultante da limitação dos sentidos físicos), a humanidade acha que essa parte densa
é o único corpo físico e a única fonte de prazeres e felicidade. Somente aqueles que já
têm desenvolvida a visão interna e o sentido do corpo búdico chamado intuição
(análogo ao paladar do corpo físico) já em boa etapa de funcionamento e em
comunicação com o cérebro físico via antakarana (essa ponte entre o átomo mental
permanente, pertencente à Tríade superior, e a unidade mental permanente,
pertencente à Tríade inferior), podem enxergar, com os olhos da mente, essa rede de
condutores de matéria etérica (condutores esses denominados nadis em livros
ocultos), e por isso, porque sabem porque viram, estão de posse da convicção plena,
não havendo mais lugar para qualquer dúvida. A acupuntura é uma bem frágil
aproximação a essa trama. Os que sabem como fazê-lo, manipulam seus fogos internos
por essa rede de condutores e conseguem manter uma saúde forte.

A qualidade da matéria etérica existente na rede etérica depende do grau de evolução


do ser humano. Quanto mais refnado o corpo, mais sutil será a matéria etérica. A
alimentação é um dos fatores contribuintes para essa sutileza. Uma alimentação
equilibrada, livre de carnes e de alimentos de origem animal. sem bebidas de álcool de
qualquer espécie e sem a ingestão de drogas, é a primeira condição para o refnamento
do corpo etérico. Há outros fatores em jogo, que não mencionaremos aqui.

Como os Devas violetas relacionam-se com o corpo etérico humano (não é essa sua
única função, há muito mais outras) e Eles classifcam-se em 4 categorias, a qualidade
desses Devas em relação com um ser humano depende do grau de pureza de seu
corpo etérico, o qual, obviamente, está relacionado com o seu corpo denso. Podemos
deduzir, com base nessa linha de raciocínio, que, para haver domínio sobre esses
Devas, a condição, sem a qual não, é possuir um corpo etérico refnado e um corpo
denso livre de impurezas, pois só assim será possível entrar em contato com os Devas
que trabalham no 1º éter, os que comandam. Um ser humano nessas condições
logicamente será um iniciado e assim poderá saber as palavras (mantrans) que

673
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
colocam esses Devas sob seu domínio. A explicação para esse domínio deve-se ao fato
de que esses Devas têm uma freqüência oscilatória ou vibratória bem defnida, que se
expressa como ondas sonoras propagando-se na matéria etérica. Ora, quem souber
gerar essas ondas sonoras na matéria etérica, tendo-as portanto sob seu total
controle, forçosamente porá esses Devas sob seu domínio, levando-os a fazer o que
ele quiser. Por isso é um poder perigoso, só podendo ser concedido aos iniciados já
comprometidos frme e solidamente com o bem, sem o menor perigo de desvio para a
linha do mal. Para um mais claro entendimento do que acabamos de dizer, é necessário
lembrar o que já falamos a respeito, no estudo sob o título Segunda Parte do Tratado
sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 2.
Desenvolvimento de Manas - a. Efeitos dos Raios (Continuação) (Página 377).

No item 2 é dito que há mantrans que agem sobre a matéria física densa e controlam a
evolução sub-humana, por meio de certos grupos de Devas. Como evolução sub-
humana temos os reinos mineral, vegetal e animal. Assim, esses mantrans atuam
nesses reinos. Mas se raciocinarmos que no corpo denso do ser humano esses 3 reinos
sub-humanos estão presentes, o que é fácil de perceber pela biologia e pela bioquímica
(o próprio desenvolvimento do feto humano comprova isso, pelas fases pelas quais ele
passa), não é difícil de entender que quem souber esses sons, poderá controlar corpos
densos. É óbvio que os sons que controlam os grupos de Devas atuantes nos reinos
sub-humanos fora do corpo denso humano são diferentes dos sons controladores dos
grupos de Devas atuantes nos corpos densos humanos. A explicação para isso é que
toda e qualquer substância constituinte de qualquer forma é substância dévica. Nossos
corpos densos são substância dévica. O conhecimento das funções e atividades das 12
Hierarquias criadoras ajudará em muito o entendimento mais claro e nítido desse fato.
Em outra ocasião falaremos sobre esse assunto.

O assunto exposto no item 3, palavras especialmente vinculadas à Hierarquia humana,


fcará para o próximo estudo, pela sua complexidade, o que requer uma explanação
mais longa.

Estudo 187

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Comentários

674
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sobre os itens 3, 4 e 5 da página 377)

Continuemos nossos comentários sobre os itens da página 377 do Tratado sobre Fogo
Cósmico. Vejamos o item 3: Palavras especialmente vinculadas à Hierarquia humana,
que estão resguardadas muito cuidadosamente, para que o homem não as conheça.
Essas fórmulas sonoras (descrição das frequências e formas de ondas, na área do
som), atuando nos 3 mundos inferiores (físico, astral e mental inferior), em relação aos
corpos dos homens, poderão sujeitar qualquer pessoa à vontade do seu emissor
consciente, o que as torna altamente perigosas nas mãos dos não preparados. Daí a
extrema necessidade de seu resguardo. Realcemos mais esse perigo. Se alguém
souber a exata composição das matérias dos corpos etérico, astral e mental inferior de
uma pessoa encarnada e as frequências de ressonância sonora desses corpos, o que
não é difícil, com base no primeiro conhecimento (das matérias dos corpos), ao
pronunciar simultaneamente as "frases" relativas aos 3 corpos (essa pronúncia
simultânea é difícil mas não impossível), fará com que a pessoa entre em ressonância
vibratória com as "frases", o que signifca que os 3 corpos entrarão em alinhamento e
responderão a tudo o que o emissor quiser. A pessoa dominada fcará num estado de
grande euforia e bem estar, mas numa atitude de total passividade, abdicando de sua
vontade individual e colocando-se com todo prazer sob o jugo do dominador. A técnica
exige que o emissor do som saiba a frequência e a forma de onda exatas, para não só
fazer os 3 corpos oscilarem ou vibrarem ao máximo, mas, o que é mais importante,
estabelecer a sintonia exata entre os 3 corpos, impedindo que um corpo, oscilando ou
vibrando ao máximo, confite com outro. Algo parecido, mas ainda muitíssimo distante,
ocorre com as religiões cegas que mantêm seus seguidores numa total cegueira,
impedindo-os de enxergar um palmo diante do nariz, no que se refere à verdadeira e
real expressão de DEUS e difcultando o avanço da ciência, prejudicando assim a
humanidade, como tristemente fzeram na idade média. Por meio da oferta de uma
falsa salvação, ilógica e irracional, conquistam a simpatia de seus seguidores,
mantendo-os subjugados.

Na realidade esses sons atuam sobre as substâncias dévicas constituintes dos corpos
inferiores do homem.

O item 4 refere-se às Palavras concernentes à evolução dévica, as quais controlam e


submetem diferentes grupos de Devas à vontade de quem as emite. São sons, em
muitos sentidos, os mais perigosos e, por isso, todo conhecimento a respeito deles não
é dado a nenhum homem, cujo nível evolutivo seja inferior ao de um iniciado de terceira
ordem, ou seja, da 3ª iniciação planetária, a 1ª solar. Não é difícil entender essas

675
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
afrmações do Mestre Djwal Khul. Como sabemos os Devas estão na linha evolutiva da
passividade, ou seja, Eles são negativos em relação à evolução humana, que segue a
linha da resistência ou do esforço, sendo portanto positiva, ou seja, a evolução humana
é positiva para a evolução dévica. Assim, um ser humano, com o devido conhecimento
e poder (poder conquistado pelo mérito), pode colocar grupos de Devas sob seu
comando e obrigá-los a fazer o que ele quiser. Como nos casos anteriores, a técnica de
atuação é pelas oscilações ou vibrações de ondas sonoras (diferentes das oscilações
ou vibrações eletromagnéticas), que colocam a substância dévica em determinados
estados.

O item 5 trata de Palavras que afetam o aspecto vida da manifestação e introduzem a


vida na forma ou a extraem dela. Essa utilização do som também é de grande perigo
nas mãos dos não preparados e que ainda não adquiriram a frmeza defnitiva na linha
do BEM. Esclareçamos o signifcado disso. Por meio de certos sons é possível estimular
a vida interna elemental no interior de um átomo químico, tornando-o radioativo, a
ponto de liberar essa vida e os fogos que sustentam a estrutura do átomo, o que, em
outras palavras, signifca o domínio verdadeiro e completo da energia nuclear, sonho
dos cientistas, conquista para a qual a humanidade ainda não está preparada. Se essa
humanidade, como um todo, já fosse efetivamente uma fraternidade, sem ambição
desenfreada, sem egoísmo, plena de sabedoria e compaixão, aí sim esse conhecimento
do som para essa utilização seria uma ferramenta valiosíssima, no sentido de propiciar
uma fonte de energia a serviço de todos, sem exceção, levando bem estar, saúde e
felicidade a todos os recantos do planeta.

Aqui encerramos nossos comentários sobre os 5 itens da página 377 do Tratado sobre
Fogo Cósmico.

Estudo 188

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 377 e 378)

Continuemos nosso estudo sobre a classifcação das palavras do 7º Logos no plano


físico.

Há mais um grupo, o sexto, além dos 5 já descritos, intimamente ligado com a

676
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
manifestação elétrica, que começa a se manifestar nas fórmulas dos cientistas e dos
estudantes de radioatividade e de fenômenos elétricos. Porém, afortunadamente para
eles, são todavia fórmulas escritas e não estão revestidas de som.

Analisemos estas expressões do Mestre Djwal Khul: fórmulas escritas e fórmulas


revestidas de som, para entendermos seu signifcado. Vejamos inicialmente o modo de
trabalhar dos cientistas e para tal escolhamos um exemplo: experiências em
aceleradores de partículas, para estudo da estrutura do átomo químico. Na construção
do túnel circular subterrâneo, no qual a partícula será acelerada, o perímetro é
corretamente calculado, havendo uma fórmula escrita. Os osciladores e os grandes
imãs também são construídos e dispostos segundo fórmulas e circuitos escritos.
Enfm, para que a partícula adquira a velocidade necessária capaz de gerar a energia
cinética apta para romper o núcleo do átomo químico e liberar as partículas internas,
que deverão ser estudadas na câmara de bolha, todo um conjunto de processos está
escrito, o que é chamado fórmula escrita. Pela execução fel dessa fórmula, o que se
traduz em aparelhos, o fenômeno é realizado, ou seja, a desintegração do átomo
químico. Assim, sempre haverá a dependência do equipamento material.

Agora recordemos o que já foi dito a respeito das ondas sonoras (ondas mecânicas) e
sua capacidade de movimentar a matéria. Sabemos que o som existe em todas as
matérias: física, astral, mental, búdica etc. Em todas elas a vibração inicial é gerada na
1ª subdivisão, a atômica, sendo denominada vibração elétrica. Ao ser transferida para
a 3ª subdivisão, ela se manifesta como som. Isso ocorre em todas as matérias. Na
matéria mental a vibração inicial, que irá gerar o som, é produzida na subdivisão
atômica, ou seja, por átomos mentais livres. Quando esses átomos mentais livres
transferem sua energia para os átomos mentais constituintes das moléculas da 3ª
subdivisão, as vibrações ou oscilações dessas moléculas são o som na matéria mental.

Esse som possui os 4 parâmetros já explicados:

• Frequência.
• Forma de onda.
• Intensidade da energia.
• Harmônicos.
Toda forma e todo fenômeno possuem seu som, ou seja, o modo pelo qual suas
partículas constituintes oscilam ou vibram.

Ora, assim como no nosso mundo físico, uma informação (e uma fórmula é uma

677
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
informação) pode ser armazenada por meio de campos magnéticos, como no HD (hard
disk de computador), ou num CD, por meio de variação da taxa de refexão de luz,
seguindo-se uma codifcação adequada, da mesma forma o conjunto de oscilações ou
vibrações de uma forma ou de um fenômeno (seu som) pode perfeitamente ser
armazenado em átomos mentais. Assim temos a fórmula desse som (que é a fórmula
da forma ou do fenômeno) armazenada sonoramente e, portanto, temos uma fórmula
sonora.

O corpo mental tem mecanismos de percepção (jnanaindriyas) e de ação


(carmaindriyas), para interagir com o meio e assim a Mônada evoluir. Pelo
aperfeiçoamento do sentido da audição mental o iniciado pode ouvir a fórmula sonora
mental de uma forma, de um fenômeno ou de comando de um grupo de Devas. É
evidente que essas fórmulas sonoras têm de estar muito bem guardadas, pelas
implicações de sua utilização.

Quando essas fórmulas sonoras, armazenadas na matéria mental ou mais sutil, são
conscientizadas pelo iniciado e reproduzidas pelo seu mecanismo de ação sonora (o
análogo à nossa fala física), elas surgem na matéria física, pelo processo de
transferência de energia, como som físico e produzem seu efeito específco. É isso que
o Mestre Djwal Khul quis dizer com fórmulas sonoras.

Nesta breve elucidação do tema dos mantram's, podemos reconhecer que "ainda não
chegou o momento" para sua publicação. A divulgação das fórmulas mântricas não
teria nenhuma utilidade imediata. Inevitavelmente chegará o dia em que elas serão
conhecidas, porém, na atualidade, seu conhecimento não será benéfco em nada, pelas
seguintes razões:

• Não é sufciente conhecer as coisas ocultas para utilizá-las inteligentemente.

• É muito mais benéfco para o Ego desenvolver a intuição por meio da aspiração, do
esforço, do fracasso e do renovado esforço, para conseguir o triunfo, do que os
rápidos resultados obtidos mediante o emprego do som.

• As "Palavras" (o som) são empregadas para manipular a matéria e modelá-la na


forma, de acordo com a linha de evolução. Enquanto a faculdade interna de
clarividência não estiver desenvolvida em certa medida, o conhecimento dos
mantram's é praticamente inútil e até pode ser uma ameaça. Quando um homem vê
que é necessário corrigir ou reajustar o veículo de um irmão e é capaz de despertar

678
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nele o desejo de corrigir o incorreto, pode ajudá-lo inteligentemente, graças à visão e
ao som. Refitam sobre isso, porque explica o motivo para resguardar tais palavras. A
explicação é óbvia. Se algo está errado no corpo de um irmão, é porque ele está se
comportando de forma errada. Logo não adianta corrigir o que está errado no seu
corpo, sem ao mesmo tempo induzi-lo a corrigir seu comportamento, uma vez que, ao
manter o mesmo comportamento errado, o mal que estava afetando seu corpo (a
doença) voltará. Assim, o curador deverá também ter capacidade para convencer
seu irmão a mudar o comportamento.

• Antes que os sons possam ser comunicados, há de existir desinteresse, visão e


sinceridade de propósito. Algumas vezes há desinteresse e sinceridade, porém o uso
esotérico da visão interna é todavia muito raro.
Devemos recordar (ao estudar o tema do Raio entrante e os efeitos que podem ser
esperados de sua infuência) que só estamos considerando o aspecto mente das 3
evoluções: o reino espiritual (a Hierarquia, o 5º reino), a humanidade (o 4º reino) e o
reino animal (o 3º). Não temos a intenção de falar muito sobre o desenvolvimento
humano, além do que já foi indicado em páginas anteriores. Uma insinuação será
sufciente para o verdadeiro estudante. Contudo, podemos dar um amplo delineamento
dos desenvolvimentos futuros e classifcar os resultados que serão esperados. Só são
possíveis algumas sugestões.

No próximo estudo veremos essas sugestões.

Estudo 189

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 378 e 379)

Vejamos agora algumas sugestões sobre o desenvolvimento da mente humana, em


resposta ao 7º Raio, de Magia Cerimonial/Organização.

Como já é sabido, esse raio chega até nós através do Logos do esquema de Urano,
passando pelo 7º Kumara, em Shamballa, e em seguida pelo Mestre Rackosi. Em
virtude disso, nesse ciclo que está se iniciando, este Choan assume a orientação da
civilização na Terra, sob a supervisão do Mahachoan.

679
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A seguir o futuro da humanidade em relação à mente.

Desenvolvimento universal da visão etérica. Obedece a 2 causas:

Primeiro, ao reconhecimento científco de que existem níveis etéricos, o que libertará


as pessoas do temor da opinião pública adversa, permitindo-lhes revelar o que
individualmente sabiam há tempo. Na verdade a visão etérica é relativamente comum,
porém raramente se comenta, por medo de ser criticado e ridicularizado.

Segundo, à crescente atividade que desenvolvem os Devas dos éteres, os quais


aumentam a vibração ativa da matéria dos níveis etéricos, com resultante ação refexa
no olho do homem.

Acrescentada atividade mental e a difusão da educação (do tipo mental concreta). Isto
trará como resultado:

• O aumento da competência entre entes e grupos.

• A organização dos negócios em linhas até agora não sonhadas.

• A fundação de grupos e conglomerados de grupos, cujo único propósito será


sintetizar todas as linhas do esforço humano, a fm de unifcar os esforços e
economizar forças nos mundos científco, comercial, flosófco, educativo e religioso.

• A fundação de faculdades de medicina, de acordo com as novas linhas, cuja


fnalidade será estudar o corpo etérico, sua relação com o físico denso e suas
funções como receptor, acumulador e transmissor dos fuidos vitais do sistema (os 3
fogos).

• A fundação de uma igreja, a qual não terá sentido devocional ou idealista, mas que
será um retorno do antigo idealismo manifestando-se por meio de formas mentais,
basear-se-á no reconhecimento científco da existência dos mundos invisíveis e sua
devida compreensão e corroboração, por meio de um ajustado cerimonial científco.
Este cerimonial dessa nova igreja abrangente, por ter como alicerce a unidade mental
de todos os povos, não será como o conhecido atualmente, mas consistirá na
cuidadosa e dirigida utilização científca do som e da cor, para produzir certos fns
desejados, tais como:

• alinhar o Ego,

680
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• infuenciar os grupos,
• estabelecer contato com a Hierarquia oculta,
• colaborar com os Devas, com o objetivo de desenvolver os planos construtivos da
evolução
e muitas outras coisas que surgirão quando a ciência compreender a constituição do
homem, a natureza da vibração ou radioatividade e a comprovada realidade do que até
agora somente foram hipóteses metafísicas e dogmas religiosos, a respeito do mundo
invisível, do pensamento e da existência espiritual.

Teçamos alguns comentários sobre o que foi dito acima.

Com referência aos níveis etéricos, a ciência já aceita o estado de plasma como um
estado da matéria, como também os condensados Bose-Einstein e fermiônico, em
temperatura próxima do zero absoluto (- 273,15° C). Também as experiências nos
aceleradores lineares de partículas, como o que está sendo construído na região entre
a França e a Suíça e deverá ser inaugurado em 2007, levarão os cientistas à
descoberta dos subplanos etéricos.

Quanto ao aumento da sensibilidade do olho humano, despertando a visão etérica em


consequência do incremento da vibração da matéria etérica por parte dos Devas dos
éteres (Devas violetas), o fato não é de difícil compreensão. Sabemos que cada
subplano físico tem sua faixa vibratória, sendo mais elevada conforme a sutileza do
subplano. Ora, os cones e bastonetes da retina do olho só conseguem responder e
transformar em sinais elétricos as vibrações ou oscilações dos fótons (luz),
correspondentes à matéria densa dos objetos. Com o aumento da atividade vibratória,
melhor dizendo, da intensidade da vibração da matéria etérica, a contraparte etérica
dos cones e bastonetes será intensifcada e assim poderá responder às vibrações
oriundas das contrapartes etéricas dos objetos e transportadas pelos fótons, sendo
conscientizadas no cérebro.

Dentro de um raciocínio lógico, podemos prever que, no futuro, quando o cérebro


etérico estiver plenamente ativo, o trajeto da vibração luminosa será direto para o
cérebro.

O aumento da atividade mental virá da ação conjunta dos 7º e 5º Raios. A atual raça-
raiz (a 5ª) e a atual sub-raça (também a 5ª) estão sob a regência do 5º Raio. Assim
temos a ação organizadora do 7º Raio, estimulando a atividade do 5º Raio. Não
podemos esquecer a ação maior do 4º Raio, pois estamos na 4ª cadeia e na 4ª ronda,
sendo a Terra o 4º globo na contagem dos 7 globos do esquema terrestre. Portanto

681
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estaremos sob a infuência de 3 raios de Manas, sendo evidente o incremento da
atividade mental. Sendo o 7º Raio o que provoca a maior interação entre Espírito e
matéria (por isso ele é o último, o 7º, na numeração), nada mais lógico que a
intensifcação da atividade mental, para uma melhor adequação da matéria ao Espírito
(Mônada) e nada melhor que o corpo etérico para essa adequação, por ser ele o
energizador do corpo denso.

Com a extinção da infuência do 6º Raio e o incremento da atividade mental e da


capacidade de raciocinar, as religiões perderão terreno. No lugar de religiões cegas e
de fanáticos, surgirá uma com base científca e que conseguirá reunir a humanidade
como uma real e efetiva fraternidade, sem dogmatismo e sem autoritarismo, com uma
visão de DEUS totalmente diferente da adotada pelas atuais religiões. Devemos
lembrar ainda o trabalho que o Mestre Jesus está realizando no plano astral,
estimulando cientistas a se interessarem pelo lado espiritual e, ao mesmo tempo,
induzindo os religiosos a abdicarem do fanatismo e da passividade, passando a ouvir a
ciência e a usar a capacidade de raciocinar.

O cerimonial científco da nova religião, operando com o som e com as cores, atuará
sobre os corpos inferiores, por meio das vibrações, cientifcamente calculadas,
produzindo sintonias que facilitarão a ação do Ego. Isto não signifcará imposição ou
domínio, pois o livre arbítrio sempre será respeitado.

Podemos ter uma pequena ideia da ação do som e das cores sobre os corpos
inferiores do homem, ao observarmos as multidões, que são levadas ao delírio nos
festivais de música popular.

Estudo 190

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Páginas 379,380 e 381)

Uma outra consequência da entrada em ação do 7º Raio será o aumento da facilidade


para a aproximação ao caminho iniciático. Isto fundamenta-se no fato de que muitos
seres humanos possuirão um conhecimento pessoal dos poderes e das forças
regentes e, provavelmente, já estarão no caminho de Provação ou serão iniciados de 1º
grau. Assim, desvanecer-se-á o atual cepticismo. O perigo então virá de outra direção,

682
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
surgirá da própria infuência desse Raio. O perigo de cristalização na forma fará com
que o verdadeiro e fervoroso espiritualista torne-se algo raro, sendo substituído pelo
aspirante científco, ou seja, aquele que só visará a forma, esquecendo-se do aspecto
Espírito e de que a forma existe para expressar o Espírito, o que será um desastre. O
ocultista verdadeiro é científco e consagrado. Se os dois não se fundem, o místico e o
homem estão expostos ao perigo de praticar magia negra, pois fcam regidos
unicamente pelo intelecto e não pelo desinteresse pessoal. Em outras palavras, se o
homem tiver desenvolvido a ciência do ocultismo, sem ter cultivado budi e não tiver
sempre como meta que manas aperfeiçoado deve ser o instrumento de budi, então
expõe-se ao perigo de praticar o mal, valendo-se de seus conhecimentos, trabalhando
assim contra o Plano Divino. Por isso muito cuidado deverá ser tomado, para
neutralizar a tendência cristalizadora do 7º Raio. Haverá também perigos incidentais
derivados do contato com a evolução dévica e do conhecimento dos poderes e forças
disponíveis por intermédio dela.

Outra consequência é que virão à encarnação muitos antigos magos e ocultistas e, por
isso, haverá um grande aumento do que é conhecido como poderes psíquicos. Este
tipo de psiquismo, ao ser estimulado pela mente e por não ser uma qualidade
puramente astral, será muito mais perigoso que o da época atlante, porque, por detrás
dele, haverá certa medida de vontade, propósito consciente e compreensão intelectual.
Se não for acompanhado de uma crescente realização espiritual e um frme controle do
Ego sobre a personalidade, teremos um período muito perigoso. Daí que será
necessário advertir e entender a ameaça que paira e que se proclame a todos os
ventos a verdade da vida interna e a necessidade de servir à raça, como condições
essenciais para o progresso.

Juntamente com a chegada deste grupo de magos do 7º Raio (alguns vinculados à


Fraternidade, outros aos grupos estritamente manásicos, sem budi), foi proposta a
vinda de certos membros da Hierarquia (iniciados de grau inferior à 4ª iniciação) e
determinados discípulos e aspirantes em provação, pertencentes a este Raio, ademais
daqueles verdadeiros psíquicos, que almejam, por meio de seus esforços, dissipar a
ameaça e anular as vibrações maléfcas, oriundas da chegada do outro grupo (os sem
budi). Aplainar e preparar o caminho para eles, nos diferentes países, especialmente na
Europa e América do Norte, constitui a tarefa na atualidade dos Mestres Rackosi e
Hilarion.

Um grupo de cientistas encarnará no plano físico durante os próximos 75 anos,


servindo de meio para revelar as 3 próximas verdades, com respeito aos fenômenos

683
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
elétricos. No fnal do século 19 os iniciados regidos pelo 5º Raio prepararam uma
fórmula da verdade, concernente a este aspecto da manifestação (os fenômenos
elétricos), sendo parte da intenção da Hierarquia impulsionar o desenvolvimento
evolutivo, como costuma fazer ao término de cada período de 100 anos. Certas partes
da fórmula (2/5) já foram desenvolvidas, graças aos trabalhos realizados por homens
como Tomas Alva Edison, os que participam neste tipo de esforço e os que se
dedicaram a pesquisar o rádio e a radioatividade, como Marie Curie, juntamente com
Pierre Curie. Ainda faltam 3/5 da fórmula, para serem revelados, que abarcarão tudo o
que é possível ao homem conhecer sem risco algum, sobre a manifestação da
eletricidade no plano físico, durante a 5ª sub-raça.

Devemos observar que o Mestre Djwal Khul fez essas afrmações no entorno de 1925.
Ora, como estamos em 2005, diante dos avanços da ciência na área da eletricidade,
constatamos, sem a menor margem de dúvida, que o Mestre acertou em cheio em suas
previsões. Eis algumas descobertas da ciência para confrmar isso:

- Os trabalhos do físico escocês James Clerk Maxwell sobre as ondas eletromagnéticas


, do físico alemão Heinrich Hertz sobre a geração de ondas eletromagnéticas, do físico
italiano Guglielmo Marconi sobre o telégrafo sem fo, a descoberta da válvula triodo
pelo cientista Lee De Forest, anteriormente a 1925.

Todavia a descoberta que revolucionou as telecomunicações e propiciou um tremendo


avanço na área da informática, foi a do transistor em 1947, pelos engenheiros Bardeen
e Brattain, nos laboratórios da Beel Telephone. Lembramos que os elementos utilizados
na produção do transistor, o germânio e o silício (Ge, Si), são regidos pelo 4º Raio.

Temos o uso da energia nuclear, embora ainda sem o controle total. O laser foi outra
importante descoberta, que, embora na área da luz, está ligada à eletricidade, uma vez
que a luz é uma onda eletromagnética. As conquistas recentes da ciência estão aí
diante de todos, confrmando totalmente as previsões do Mestre Djwal Khul.

Estudo 191

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - a. Efeitos dos Raios (Continuação)
(Página 381)

684
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Tudo o que temos considerado aqui abrange o período até a chegada da nova sub-
raça, a sexta. Nossa sub-raça, a quinta, resumirá e concluirá temporariamente o
esforço manásico da 5ª raça-raiz para desenvolver a mente, trazendo resultados de
estupenda importância e grande maravilha, signifcando que, nessa 5ª sub-raça da 5ª
raça-raiz, a parte que cabe a ela do desenvolvimento de manas previsto para a 5ª raça-
raiz, será realizada, fcando o que falta, para as sub-raças fnais, 6ª e 7ª.

Durante a 6ª sub-raça da 5ª raça-raiz não haverá realce tanto no desenvolvimento da


mente, como nautilização da mente concreta e na faculdade adquirida para
desenvolver os poderes do pensamento abstrato. Talvez tenha sido atribuída excessiva
importância à afrmação de alguns escritores ocultistas de que a 6ª sub-raça será
intuitiva. A intuição estará em processo de despertar e será mais pronunciada que
agora, porém a característica destacada dos entes da 6ª sub-raça será a capacidade
de pensar em termos abstratos e utilizar a mente abstrata. A função desses entes será
aperfeiçoar (até onde corresponda nesta ronda) o antakarana grupal ou o elo entre os
planos mental e búdico (antakarana: ponte entre a unidade mental permanente e o
átomo mental permanente e pela conexão deste com o átomo búdico permanente é
estabelecida a conexão com o plano búdico). Esta ponte poderá ser utilizada durante a
6ª raça-raiz, na qual a intuição dará sinais reais e gerais de existência. Na atual raça-
raiz só alguns entes manifestam sinais de verdadeira intuição, por terem construído,
em seu ser individual, a ponte necessária, ou seja, o antakarana individual. Na 6ª raça-
raiz pequenos grupos serão intuitivos.

As informações acima do Mestre Djwal Khul têm uma imensa importância e grande
relevância para toda a humanidade, que está vivendo o atual ciclo. Por essas palavras,
estamos vendo com toda a clareza a imperiosa necessidade de desenvolver ao máximo
a mente concreta e começar a pensar abstratamente, procurando expressar
pensamentos abstratos através da mente concreta, ou seja, dando roupagem às ideias
abstratas. Na 6ª sub-raça o homem irá se servir da mente concreta para expressar a
mente abstrata, o que implica em que ele já tenha a mente concreta bem desenvolvida,
para ser o instrumento da mente abstrata. Como a mente abstrata está bem próxima
do princípio budi (latente ainda no átomo búdico permanente), alguma coisa (muito
pouco no início) pode passar para a mente abstrata e se manifestar pela mente
concreta, se esta estiver apta.

Não podemos esquecer que o objetivo da 5ª raça-raiz é desenvolver manas, dentro do


que está programado para a atual ronda, uma vez que a ronda específca de manas
será a próxima, a 5ª, pela sua relação numérica com o 5º Raio. Na 7ª sub-raça da 5ª

685
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
raça-raiz, dar-se-á a síntese do conquistado durante a 5ª raça, surgindo a 1ª sub-raça
da 6ª raça-raiz. O auge mesmo de manas, para o esquema da Terra, será na 5ª cadeia,
também pela sua relação numérica com o 5º Raio.

Todavia, os que estão se esforçando para evoluir depressa, através do conhecimento e


pelo uso da mente, alcançam as metas muito antes da massa da humanidade, que
segue numa velocidade muito baixa. Mais uma vez repetimos, aí está bem evidente a
Justiça Divina, que dá a cada um o direito de colher os frutos do seu esforço e
trabalho, sendo esses realmente os verdadeiros tesouros de que o sr. CRISTO falou na
Palestina.

Cabe lembrar que a intuição de que o Mestre fala não é essa comumente conhecida
pela maioria, mas a capacidade de enxergar e entender a verdade, em diversas áreas
do conhecimento, diretamente, o que implica em uma conexão bem forte entre o
cérebro físico e o corpo búdico, para o que é imprescindível, antes, ter construído a
conexão frme e clara entre cérebro físico, mente concreta, mente abstrata e átomo
búdico permanente, em outras palavras, haver construído conscientemente o
antakarana.

Não é necessário dizer mais nada a respeito da infuência exercida pelo 7º Raio sobre
os flhos dos homens. Mais adiante talvez poderão ser dadas maiores informações,
porém já foi passado muito, constituindo uma excelente estrutura de conhecimentos,
os quais, se especulados com dedicação, concentração e buscando os signifcados
subjacentes, serão de imensa utilidade para acelerar a evolução, como também para
toda a humanidade.

Terminamos aqui a parte relativa ao reino humano em si, dentro do assunto manas e os
efeitos dos Raios atuantes. No próximo estudo entraremos no estudo da ação dos
Raios atuantes sobre os reinos humano e animal, considerando as relações entre esses
2 reinos.

Estudo 192

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - b. Os Animais, os Homens e os
Raios (Continuação) (Páginas 381, 382,383 e 384)

686
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudaremos agora o efeito do Raio entrante, o 7º, sobre os reinos humano e animal,
relacionando os dois. É um assunto de profundo interesse para o estudioso do
ocultismo, por 2 motivos. Refere-se ao efeito que o 7º Raio produzirá, durante os
séculos vindouros, sobre o reino animal e a evolução dévica. O profundo interesse
baseia-se no fato de que, de um lado, lidamos com a evolução que se encontra
imediatamente atrás da humana e da qual o homem ainda não se emancipou
totalmente e do outro lado, com a evolução paralela, que é de imensa importância no
esquema das coisas (a evolução dévida). Trataremos primeiro do 7º Raio e seus efeitos
sobre o reino animal.

O homem praticamente conhece muito pouco a respeito deste reino da natureza,


exceto algumas poucas comprovações científcas referentes aos organismos físicos e
algumas afrmações ocultistas feitas em diferentes épocas. O desenvolvimento da
consciência animal e seu imediato futuro são ainda muito pouco compreendidos.

Os fatos ocultos mais importantes, com respeito ao 3º reino, em relação com este
tema, podem ser descritos da seguinte maneira:

1. O reino animal guarda, com respeito ao reino humano, a mesma relação que o
corpo físico denso com os 7 princípios; ademais encontra seu vínculo de conexão
com o homem graças à estreita analogia, que existe entre seus corpos objetivos. Isto
é um fato óbvio e evidente, já constatado pela ciência, na enorme semelhança entre o
DNA do homem e do chimpanzé.

2. O reino animal é o 3º reino (desde o ponto de vista esotérico e no que respeita à


sua relação com a humanidade e sequência no tempo, em termos de evolução) e o
aspecto "mãe", antes de ser impregnado pelo "Espírito Santo", o aspecto manas.
Refitam sobre esta semelhança e façam a analogia entre a mãe cósmica, a mãe do
sistema e o próprio aspecto mãe, conforme se observa no reino animal, como base
para a evolução do homem. Cada reino da natureza atua como mãe para o seguinte,
no processo evolutivo. Qualquer grupo que consideremos há de dar, no transcurso da
evolução, nascimento aos rebentos, os quais personifcarão o mesmo ideal e
receberão suas formas objetivas em algum plano do grupo anterior, ou seja, no plano
em que o grupo esteja se manifestando e tendo como meta o aperfeiçoamento e a
expansão de consciência, o ideal comum. Do 3º reino surge o 4º, do 4º surgirá o 5º (a
Hierarquia, o reino espiritual, o reino dos iniciados planetários), recebendo do
anterior:

687
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. proteção do embrião, como a mãe protege seu flho em seu útero,
b. a forma,
c. desenvolvimento gradual,
d. nutrição,

até que, em cada caso, o bebê humano ou o Cristo bebê é trazido ao nascimento na
1ª iniciação planetária, (a do Nascimento). Aí está uma verdade muito esotérica e,
embora tenha sido reconhecido e ensinado, em relação com os 4º e 5º reinos, a
tarefa que realiza o reino animal e o lugar que ocupa, ainda não receberam o devido
reconhecimento.

3. Durante a 3ª raça-raiz teve lugar a individualização animal e veio à existência a


unidade autoconsciente chamada Homem. Trataremos em outra parte, dentro de
certa medida, do tema da individualização e não nos estenderemos aqui. Apenas
quisemos assinalar a analogia que oculta a chave da individualização.

Nesta atual cadeia, a 4ª, teve lugar a individualização durante a 3ª raça-raiz, a


lemuriana, na 4ª ronda; referimo-nos a uma ronda de uma cadeia de globos (7) e não
à força vital de um Logos planetário que circula pelas 7 cadeias de um esquema. É de
peculiar interesse, na atualidade, o fato de que estejamos na 4ª ronda de uma cadeia
e na 4ª ronda com respeito ao esquema de 7 cadeias, ou seja, na 4ª cadeia do
esquema terrestre. Isto propiciou possibilidades evolutivas de grande importância.
Na cadeia lunar, anterior à nossa, a individualização ocorreu na 5ª raça-raiz da 3ª
ronda e na 3ª cadeia seguinte à nossa, ou seja, na 7ª, a individualização dar-se-á na 6ª
raça-raiz da 2ª ronda - em cada caso, refere-se à ronda planetária através de uma
cadeia de 7 globos. Observemos a lei de formação no processo de individualização.
Quanto mais cedo a ronda, mais tardia a raça-raiz e vice-versa. Na cadeia lunar, a
individualização deu-se na 3ª ronda, mas na 5ª raça-raiz, a antepenúltima; na 4ª
cadeia, deu-se na 4ª ronda e na 3ª raça-raiz, mais tarde em ronda e mais cedo em
raça; na 7ª cadeia, a última do esquema terrestre, ocorrerá na 2ª ronda e na 6ª raça-
raiz, adiantando na ronda, porém fcando para a penúltima raça. É óbvio que na 7ª
cadeia as condições serão totalmente diferentes, novas e mais aperfeiçoadas, pois
nela o nosso Logos planetário terá conquistado o que no momento é o afã de sua
ALMA, a 2ª Iniciação cósmica, que signifca o domínio de seu corpo astral cósmico,
com suas implicações inimagináveis pelo homem comum.

4. Na 4ª raça-raiz (a atlantiana) "a porta" (conforme é denominada) entre os 2 reinos

688
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
foi fechada e nenhum membro do reino animal passou para o humano. Seu ciclo
cessou temporariamente e, expressando-o em termos de fogo ou de fenômenos
elétricos, os reinos animal e humano tornaram-se positivos entre si, sobrevindo então
a repulsão em vez de atração. Tudo isto produziu-se por ter assumido o poder o 5º
Raio por um ciclo extremamente longo. Isto foi necessário, porque o homem tinha de
se desenvolver de forma mental ou manásica e trouxe como resultado um período de
repulsão das unidades animais, deixando que suas consciências fossem estimuladas
em sentido astral.
Nesta repulsão temos a explicação (e uma das menos fundamentais) para a guerra
destrutiva e o largo período de crueldade, que tem havido entre o homem e os animais.
A prova é encontrada no terror sentido pelos homens para com os animais selvagens,
nas selvas e nos desertos e o terrível holocausto de vidas humanas que tais animais
provocaram durante séculos. Isto não deve ser esquecido. Durante milhares de anos,
principalmente antes da existência de armas de fogo, os animais selvagens
exterminaram os homens indefesos. Se existissem estatísticas daqueles anos, o
número de seres humanos mortos alcançaria uma cifra extraordinária. Agora, na atual
era, tem lugar a compensação e está sendo conseguido o equilíbrio, mediante a
matança de animais. Não nos referimos às crueldades injustifcadas, praticadas em
nome da ciência, nem tão pouco a certas práticas, que, sob o disfarce religioso, são
realizadas em diferentes países.

A fonte de tais barbaridades deverá ser buscada em outra parte. Ela está oculta no
carma desse Ser, que em um período - durante a cadeia lunar - desempenhou o cargo
como Entidade animadora da Vida evolutiva do reino animal. Este ponto de vista requer
detida consideração.

Cada um dos reinos da natureza é a expressão de uma Vida ou Ser. O homem, por
exemplo, é a expressão de algum dos Homens celestiais. A soma total da humanidade
(a 4ª Hierarquia) constitui, conjuntamente com a evolução dévica, os centros do Logos
solar, quando olhamos todo o sistema solar. O reino animal é a expressão da Vida de
um Ser, que é parte do corpo do Logos ou do Logos planetário, porém não um centro
de energia consciente. Existe uma analogia no corpo humano, que possui 7 centros de
força ou energia e também outros órgãos, dos quais depende em menor grau a
manifestação objetiva. Tal entidade manifesta-se por meio do reino animal, do qual é a
Alma animadora, ocupando um lugar preciso no corpo planetário logoico. Isto é uma
insinuação que até agora não foi dada exotericamente e se recomenda aos estudantes
que a considerem cuidadosamente. Acrescentamos que algumas das tragédias que

689
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
acompanham atualmente a existência, incidem carmicamente sobre as relações
temporariamente defcientes entre uma Entidade que dominou durante um período da
3ª cadeia, a lunar, e a que ocupa uma posição análoga nesta 4ª cadeia, a terrestre. Esta
última é a soma total do princípio humano mais baixo, se considerarmos o corpo físico
denso ou animal do homem como um princípio. Neste desacordo está o indício das
crueldades que o homem pratica contra os animais.

Expusemos 6 afrmações esotéricas (4 numeradas mais 2 não numeradas) com


respeito ao reino animal, o 3º reino da natureza, que se relaciona com o passado.
Faremos outra afrmação, para logo considerar o presente e prever certas
eventualidades, que podem ser esperadas no futuro.

Estudo 193

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - b. Os Animais, os Homens e os
Raios (Continuação) (Páginas 384, 385 e 386)

Como já foi visto, foi dada uma oportunidade ao reino animal na 3ª raça-raiz do nosso
globo, a Terra, conquistando a individualização muitos de seus membros. Na 4ª raça-
raiz (a atlantiana) as portas para a individualização foram fechadas temporariamente e,
assim, ocorreu algo análogo ao que ocorrerá na 5ª ronda, em relação com o homem, no
denominado "Dia do Juízo". Na época atlante as vidas que compunham o reino animal
dividiam-se em 2 grupos:

• O grupo de vidas que "entraram" e, ao passar a onda de vida por elas, foi-lhes
permitido encarnar na Terra na forma animal e evoluir gradualmente.

• O grupo restante foi rechaçado, fcando temporariamente inativo e não se


manifestará fsicamente até a próxima ronda.
No 4º reino, o humano, terá lugar uma divisão similar durante a 5ª ronda e as vidas
deste reino serão submetidas a uma prova análoga: algumas entrarão e continuarão
sua evolução na Terra, enquanto outras serão rechaçadas e entrarão em um pralaia
momentâneo.

Depois que na 4ª raça-raiz foram rechaçados 3/4 das unidades animais, as restantes

690
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Tríades inferiores, ou seja, 1/4, continuaram seu caminho, com a promessa de que, em
seu devido tempo, todas teriam a oportunidade e a garantia de conquistar sua própria
realização na ronda seguinte, a 5ª. Assim como as Mônadas humanas que "entrarão" na
5ª ronda passarão ao 5º reino (a Hierarquia, o reino espiritual) ou responderão à sua
vibração, antes do fnal da 7ª ronda, de forma análoga as Mônadas animais (se for
permitido empregar tal termo) que entraram na 4ª ronda, alcançarão a individualização
durante a 5ª e ingressarão no 4º reino. Isto realizar-se-á graças ao forte impulso
manásico, que caracterizará todo o ciclo da 5ª ronda, o que permitirá a individualização
pelo devido crescimento evolutivo, não sendo necessário um estímulo elétrico
semelhante ao da época lemuriana.

Desde que se efetuou a grande divisão no reino animal, por ocasião da 4ª raça-raiz,
este reino tem se ocupado primordialmente em estimular e desenvolver o desejo,
kama. Este é o fundamento do esforço que realiza a Fraternidade (a
Hierarquia),ajudada pelo homem, para intensifcar o instinto emocional (o aspecto amor
embrionário), mediante a segregação dos animais domésticos e a resultante ação do
magnetismo ou energia radiante humana, sobre a 3ª espirila dos átomos das Tríades
inferiores nos animais. A totalidade dos animais domésticos - as unidades animais que
estão no mais íntimo contato com o homem - forma o centro cardíaco do corpo dessa
grande Entidade, que constitui a vida do reino animal. Do coração fuem todas as
infuências que, com o tempo, impregnarão todo o corpo. Tais unidades fnalmente
separar-se-ão da alma grupal, ao ser reaberta na próxima ronda a porta do reino
humano.

Agora consideraremos o presente imediato e a chegada do 7º Raio de Magia


Cerimonial. O efeito que produzirá no reino animal a força deste raio será muito menor
que no humano, porque não está todavia preparado para responder à vibração do
Logos planetário de Urano, Senhor do 7º Raio e não o estará até a 6ª ronda, quando
Sua infuência deverá produzir grandes acontecimentos. Não obstante, podem ser
observados certos efeitos.

Devido à crescente atividade da evolução dévica, especialmente a dos Devas dos


éteres (Devas violetas), os construtores menores serão estimulados para que
construam com maior facilidade corpos que respondam melhor, então os corpos
etéricos dos homens e dos animais e sua resposta à força ou prana (os fogos), serão
mais adequados. Durante a 6ª sub-raça as enfermidades conhecidas em ambos os
reinos diminuirão materialmente, devido à resposta prânica (aos fogos) dos corpos
etéricos. Isto também trará mudanças no corpo físico denso. Tanto o corpo dos

691
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
homens, como o dos animais, serão de menor tamanho, mais refnados, mais sutilmente
sintonizados à vibração e, em consequência, melhor adaptados para expressar o
propósito essencial. Para entender o que é esse propósito essencial, devemos lembrar
que a 6ª sub-raça da 5ª raça-raiz terá como propósito desenvolver a mente abstrata,
para, no futuro, ser o instrumento de budi. Para que isso possa ocorrer no cérebro
físico, necessário se faz que a contraparte etérica desse cérebro esteja bem ativa, para
poder transmitir as vibrações com fdelidade e estimular os neurônios.

Devido ao reconhecimento, por parte do homem, do valor dos mantram's (o som) e de


sua compreensão do verdadeiro cerimonial da evolução, juntamente com o emprego do
som e da cor, o reino animal será melhor compreendido, melhor treinado, utilizado e
tratado. Já temos indícios disso. Por exemplo, nas atuais revistas publicam-se
constantemente historietas que se relacionam com a psicologia dos animais e sua
atitude mental para com o homem. Por meio delas e graças à força do 7º Raio, o
homem pode (se quiser) sentir uma simpatia muito mais profunda por seus irmãos de
grau inferior. Dirigindo assim sua força mental sobre os animais, o homem estimulará a
mentalidade latente neles, que os conduzirá em seu devido tempo à crise da próxima
ronda. Os estudantes de ocultismo deveriam prestar maior atenção ao efeito que a
consciência de um grupo produz sobre outro e estudar como fazer para que progrida o
inferior, mediante o poder estimulador do superior.

Essa últimas informações do Mestre Djwal Khul são de tão relevante importância, que
merecem ser mais pesquisadas e consideradas, em especial quanto à sua atualização,
uma vez que o livro foi escrito no entorno de 1925 e estamos em 2005. Esse
desenvolvimento torna-se ainda mais necessário, porque o Mestre dará a seguir
informações valiosíssimas sobre a ajuda de um reino sobre outro inferior, no processo
evolutivo, informações essas que, comprovadamente, estimularão a nossa evolução.

Faremos isso no próximo estudo.

Estudo 194

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - b. Os Animais, os Homens e os
Raios (Páginas 384, 385 e 386) (Comentários)

Iremos agora efetuar considerações sobre o que foi informado anteriormente, com

692
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
referência à ação do 7º Raio sobre o homem e o reino animal. O Mestre Djwal Khul
afrmou que a tônica do desenvolvimento do reino animal em contato com o homem
será a emoção, o que signifca a dinamização do átomo astral permanente (em
particular sua 3ª espirila). Com essa dinamização, dar-se-á a coordenação e
organização do corpo astral do animal, no qual está instalada uma Tríade inferior
conectada a uma Mônada, planejada para ingressar no reino humano. Explicando
melhor, a matéria astral que envolve o corpo físico do animal inicia um processo de
aperfeiçoamento de sua organização, com vistas á formação dos centros de força
(chacras) e a uma expressão, cada vez melhor, dos sentimentos que o homem pode
induzir no animal. A unidade mental permanente da Tríade inferior instalada no animal
também recebe as infuências do homem, mas a ênfase é no corpo astral. É óbvio que a
intensifcação das emoções no animal provocará estímulos na unidade mental
permanente, uma vez que o surgimento do Ego ou Alma ocorrerá pela forte ação dessa
unidade. Uma vez nascido o Ego na atual ronda, ele prosseguirá sua evolução no
campo da mente, dentro do planejado pela Hierarquia e com a sua ajuda e a do homem,
para que, na próxima ronda, a 5ª, as condições do seu corpo causal incipiente
permitam a construção do Loto egoico pelos Anjos Solares, construção essa que será
ajudada, no plano físico, pelo reino humano na Terra na 5ª ronda. Isto signifca que o
reino humano fará o trabalho que os Kumaras, provenientes do esquema de Vênus,
fzeram com a raça lemuriana, em sua 3ª sub-raça, há 18 milhões de anos, por ocasião
da individualização na atual ronda. Com outras palavras, na 5ª ronda, o homem
estimulará a chispa da mente no homem animal, dentro da forte infuência manásica da
5ª ronda.

Podemos deduzir de tudo isso que o homem que estimular no animal a emoção e o
pensamento, estará fazendo um excelente trabalho para o reino animal, uma vez que
seu corpo astral irá se organizando, como também sua unidade mental permanente
fcará mais ativa, preparando-se para o grande evento, que é o nascimento do Ego. É
de fato um grande evento para a Mônada, a proprietária da Tríade inferior instalada no
animal. Temos aí a grande responsabilidade do reino humano para com o reino animal.
Mas não é somente nessa ajuda para a individualização que está a responsabilidade do
homem. Quando consideramos que o reino animal é o corpo de expressão nos mundos
densos de uma grande Entidade, que tem um propósito necessário para a Sua evolução
e uma função dentro do corpo do Logos planetário, percebemos, com toda clareza, que
o homem tem de respeitar todo o reino animal, vendo sempre nele, qualquer que seja o
animal, doméstico ou não, uma excelsa Entidade em evolução, em busca de uma meta,

693
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
assim como o homem. O ser humano tem de reconhecer que ele não é o dono dos
reinos da Natureza, mas um hóspede, que dela se serve para evoluir e atingir sua meta,
mas essa utilização tem de ser feita, e pode, mantendo todo o respeito e consideração
que os demais reinos merecem.

O homem não pode esquecer que existe uma entidade, chamada Espírito planetário,
que não é o Logos planetário, entidade essa que está no ciclo de descida para o mais
denso e que se nutre das vibrações densas geradas pelos reinos mineral, vegetal,
animal e humano, estando portanto ligada a esses reinos. Qualquer agressão a um
desses reinos por parte do homem, provoca nesse Espírito planetário uma reação, que
pode ser prejudicial ao homem. Portanto, que os homens abram os olhos e respeitem
todos os reinos da Natureza, inclusive o próprio reino humano.

Na 6ª sub-raça da nossa 5ª raça-raiz, sub-raça essa da qual já existem exemplares,


veremos os efeitos da ação conjunta dos 7º, 5º e 4º Raios, juntamente com a ação
menor do 6º. A intensa ação do 7º Raio far-se-á sentir na beleza e na resistência dos
corpos físicos, nos reinos animal e humano, pelo melhor trabalho dos Devas violetas
nos corpos etéricos.

Atualmente já temos provas da realização das previsões do Mestre Djwal Khul. Vemos
animais demonstrando sentimentos elevados, como o de cães expondo a própria vida
para salvar crianças e seus donos. Também sabemos de casos de animais, que
demonstram um grau de inteligência fora do comum. Veremos coisas mais estupendas,
quando avançarem mais os estudos dos efeitos do som e da cor sobre os animais.

Embora o Mestre não tenha dito alguma coisa sobre o reino vegetal, todavia fca
evidente, com base em Seus ensinamentos, que esse reino também será benefciado,
se fzermos as seguintes considerações:

• O 7º Raio é o raio de maior aproximação entre Espírito e matéria.

• O reino vegetal é o corpo de expressão na matéria de uma Entidade, o que é uma


aproximação entre Espírito e matéria.
Logo, esse reino também será afetado benefcamente pela ação do 7º Raio, o que nos
leva a concluir que também veremos formas mais belas e úteis no reino vegetal, o que
reforça a necessidade de o homem respeitar esse reino.

694
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 195

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - b. Os Animais, os Homens e os
Raios (Continuação) (Páginas 386,387 e 388)

Os seguintes fatos deverão ser conhecidos:

a. A poderosa vibração dos Senhores dos 3 Raios e Sua irradiação estimulam os 4


Homens celestiais e desenvolvem Sua compreensão, permitindo-lhes expandir Sua
consciência. Podemos interpretar essas palavras do Mestre Djwal Khul da seguinte
forma. Os Senhores dos 3 Raios maiores, Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e
Inteligência Ativa, estimulam os Senhores dos 4 Raios menores ou de atributo,
Harmonia, Beleza e Arte-Conhecimento Concreto-Idealismo Abstrato-Magia
Cerimonial/Organização.

b. A consciência estimulada dos Homens celestiais por sua vez estimula todas as
unidades de Seus corpos, porém desperta uma resposta especial naquelas que
trabalham ativa e inteligentemente para desenvolver a consciência grupal (a
Hierarquia ou o 5º reino ou reino espiritual). A vibração de um Logos planetário, por
exemplo, tem um efeito peculiar sobre todos os Choans, Iniciados e Adeptos e
imprime a vibração necessária nas espirilas maiores de seus átomos permanentes.
Esta tarefa começa quando a 6ª espirila (do grupo menor de 7) encontra-se ativa.
Lembramos aqui que os átomos possuem 3 espirilas chamadas grossas (maiores),
pelas quais fuem os fogos elétrico, solar e por fricção e 7 chamadas refnadas, as
quais respondem às energias de Raio.

c. A consciência do homem é estimulada e se desenvolve, quando, em certa etapa,


pode responder à vibração dos membros da Hierarquia oculta, aproximando-se assim
do portal do 5º reino. Isto coincide com a atividade vibratória da 5ª espirila.

d. De igual maneira, as unidades menos evoluídas da raça, essas que apenas são
animais, alcançam o necessário grau de vibração, graças à ação, sobre seus corpos
mentais, das vibrações combinadas desses homens, cuja 4ª espirila funciona
adequadamente. Nestes 2 últimos casos, estamos nos referindo às espirilas do átomo
mental permanente. Nos outros casos nos temos referido a mistérios ocultos,
encerrados na vivifcação dos átomos permanentes solares, não humanos.

695
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

e. A 4ª Hierarquia criadora (as Mônadas humanas), considerada como unidade ativa


neste planeta (sem considerar sua manifestação em outros esquemas), atua de
forma magnética; no reino animal exerce sua capacidade estimulante; a força da sua
vibração afui aos corpos astrais dos animais e produz resposta. Isto desperta uma
compreensão mais efetiva em todas as unidades do reino animal. Portanto, pode se
evidenciar quão íntimas são a interação e a interdependência e quão estreitamente
unidas estão estas vidas maiores e menores. O crescimento e o desenvolvimento de
uma parte do corpo logoico produz o progresso correspondente no todo; por
exemplo, nenhum homem pode fazer um progresso defnido e especializado sem que
seu irmão se benefcie. Este benefício resulta no:

• incremento da consciência total do grupo,


• estímulo para as unidades do grupo,
• magnetismo grupal que produz crescentes efeitos curadores e fundidores sobre
grupos afns.
Este conceito contém para o servidor de um Mestre o incentivo para seus esforços.
Todo aquele que se esforça para alcançar maestria, luta para realizar e trabalha para
expandir sua consciência, produz algum efeito, em espirais cada vez mais amplas,
sobre aqueles com os quais se põe em contato, sejam devas, homens ou animais. Pode
ser que não o saiba e que seja totalmente inconsciente das sutis emanações
estimulantes que surgem dele, porém apesar disso a lei atua.

O 3º efeito que produz a entrada deste raio (o 7º) talvez seja o de rechaço, causando
uma grande destruição no reino animal. Dentro de uns poucos séculos muitas das
velhas formas animais morrerão e se extinguirão. As enfermidades, as causas inatas e
as necessidades do homem provocarão uma grande mortandade no reino animal. Sem
embargo, deve ser recordado que uma força construtiva é igualmente destrutiva e que
já é reconhecida a necessidade de construir novas formas para e evolução animal. A
imensa matança que teve lugar nas Américas é parte do desenvolvimento do plano. A
vida interna ou fogo, que anima os grupos de animais e é a expressão da vida de uma
Entidade, será intensifcada sob esta 7ª infuência (o 7º Raio), consumirá o antigo e
deixará que a vida escape para formas novas e melhores.

O tema que devemos encarar agora se relaciona com a evolução dévica e o efeito que
produz o raio entrante sobre ela.

696
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 196

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - b. Os Animais, os Homens e os
Raios (Continuação) (Páginas 388, 389 e 390)

O que devemos observar em primeiro lugar é que esta infuência do 7º Raio afeta
principalmente, na atual época, os Devas do plano físico, os Devas dos éteres ou das
sombras, como às vezes são chamados, porém não com a mesma medida com que
afeta os Devas das matérias astral e mental. Cada raio afeta em grau maior ou menor o
plano ou subplano de sua equivalência numérica. O estudante deve ter isto em conta e
recordar que, para os fns de investigação na atualidade, o 7º Raio, de Magia
Cerimonial, terá poderosa infuência sobre:

• O 7º plano, o físico, considerado como unidade.


• O 7º subplano, o mais denso, dos planos físico, astral e mental.
• O 7º princípio humano inferior: o prana no corpo etérico.
• As Mônadas em encarnação pertencentes ao 7º Raio.
Um grupo particular de Devas, que são os agentes ou "mediadores" entre os magos
(brancos ou negros) e as forças elementais. Este grupo é conhecido esotericamente
como "O Sétimo Mediador" e é classifcado em 2 grupos:

a. Os que trabalham com as forças evolutivas.


b. Os que trabalham com forças involutivas.
Um destes grupos é o agente de propósito construtivo (os que trabalham com as
forças construtivas) e o outro de propósito destrutivo. Não é necessário dizer mais
acerca deste grupo, porque não é fácil, afortunadamente para o homem, pôr-se em
contato com ele, o que só pode ser conseguido mediante um particular ritual grupal
executado com precisão, algo ainda praticamente desconhecido. Os maçons serão,
oportunamente, um dos principais agentes de contato, porém como os homens não
estão totalmente preparados para utilizar o poder que será colocado em suas mãos, a
verdadeira maçonaria se desenvolverá muito lentamente. Não obstante, sob a força
magnética deste 7º Raio, é inevitavelmente certo o crescimento da Maçonaria.

Este Raio de Magia Cerimonial terá, em consequência, um profundo efeito sobre o


plano físico, pois não só este plano está entrando sob sua força cíclica, mas também,

697
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em todo momento, seu Logos planetário produz um efeito especial sobre ele;
ocultamente o Senhor Raja deste plano é denominado "Refexo na Água do Caos" do
Logos planetário. Daí que na matéria deste plano (o corpo do Senhor Raja) ocorram
certos acontecimentos defnidos que - embora invisíveis para o homem comum - são
evidentes aos olhos do homem espiritual ou adepto.

A matéria faz-se receptiva à força positiva, pois o aspecto feminino ou dévico, por ser
negativo, responde à energia positiva do Homem celestial. Esta energia, ao encontrar
sua linha de menor resistência, afui à substância do plano ou ao corpo substancial dos
Senhores dos Devas. Devido à condição receptiva deste corpo, a energia segue certas
linhas e produz, defnidamente, resultados construtivos.

Estes resultados manifestam-se na matéria etérica negativa do plano e nos 4


subplanos superiores (os 4 subplanos etéricos). Nos 3 planos inferiores produz-se um
efeito contrário; a energia do Homem celestial trará a destruição da forma,
previamente ao trabalho construtivo. A construção sempre tem sua origem em e
procede de níveis etéricos. Durante os próximos mil anos ocorrerão cataclismos de
extensão mundial; os continentes serão sacudidos; aparecerão e desaparecerão terras,
o que culminará em um grande desastre material, que sobrevirá até fns da 4ª raça-
raiz, a ramifcação de sua 6ª sub-raça, pois não devemos esquecer que ainda existem
remanescentes da raça atlantiana, a 4ª raça-raiz. Isto introduzirá a infantil 6ª raça-raiz.

Os Devas dos éteres, os que mais nos interessam, serão afetados de diversas maneiras
e serão produzidos nas outras evoluções resultados de vastas proporções. Devemos
recordar sempre que os Devas são qualidades e atributos da matéria, construtores
ativos que trabalham no plano, consciente ou inconscientemente. Devemos advertir
que todos os Devas, nos níveis superiores do plano mental, por exemplo, e os Devas
dos planos do sistema e dali ao central (o plano divino, o do Logos, chamado às vezes
Adi) colaboram conscientemente; são de elevada faixa no sistema; ocupam uma
posição equivalente a todas as faixas e graus da Hierarquia, ascendendo desde um
iniciado de 1º grau até, sem incluí-lo, o Senhor do Mundo. Debaixo destes níveis
superiores, ali onde se faz contato com o concreto, temos graus inferiores de Devas
que trabalham inconscientemente, excetuando as seguintes forças e entidades
conscientes de grau elevado:

a. O Senhor Raja de um plano.

b. Sete Devas que trabalham sob Sua direção, entes que animam a matéria dos 7

698
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
subplanos.

c. Quatorze representantes dos raios, que ciclicamente entram e saem de poder, de


acordo com o crescimento e decrescimento da força do raio.

d. Quatro Devas que representam em dito plano os 4 Maharajás (os Senhores do


Carma) e constituem os pontos focais da infuência cármica em relação com o
homem. Os 4 Maharajás adjudicam o carma aos Homens celestiais e logicamente às
células, centros e órgãos de Seus corpos; porém todo o sistema trabalha por meio de
representantes graduados; as mesmas leis regem para os agentes do carma de tal
plano, governam também o carma do sistema e do cosmos e, durante a manifestação
do plano, são os únicos entes que possuem forma e lhes é permitido ir mais além do
"círculo não se passa" do plano. Todas as demais unidades manifestadas num plano
têm de abandonar o veículo mediante o qual funcionam, antes de passar a níveis
mais sutis.

Estudo 197

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - c. Tipos de Carma (Páginas 390 e
391)

Entraremos agora no estudo dos tipos de carma, dentro do assunto em pauta.


Poderíamos enumerar os diferentes tipos de carma, embora não disponhamos de
tempo necessário para nos estendermos sobre o tema. Nem um livro volumoso poderia
conter tudo quanto possa ser dito sobre o carma. Devemos ter em conta que o carma
é imposto pela entidade animante, por meio da matéria ou a substância mesma
(colorida pela entidade) e que tal matéria ou substância é matéria inteligente composta
de essência dévica.

Carma cósmico. Imposto ao Logos solar, desde fora do sistema, ou seja, por Entidades
ligadas ao Logos cósmico.

Carma do sistema. O Logos leva a cabo os efeitos que pôs em ação em kalpas
anteriores (sistemas anteriores, ou seja, Suas encarnações anteriores) e infuencia o
tipo de Corpo que possui atualmente (o atual sistema solar).

699
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Carma planetário. O carma individual de um Homem celestial, tão diferente do de outro
Homem celestial, como o carma dos diferentes membros da família humana. Deve fcar
bem claro que esse tipo de carma é resultado das ações efetuadas pelo Logos
planetário no sistema solar anterior.

Carma de uma cadeia, ligado à experiência da vida da Entidade que anima uma cadeia,
sendo um centro no corpo de um Homem celestial, assim como o Homem celestial,
dentro de Seu esquema, é um centro no corpo do Logos solar.

Carma de um globo. Destino individual da Entidade, que é um centro no corpo da Vida


animante de uma cadeia. Por essa explicação do Mestre Djwal Khul, podemos deduzir
que existe uma Entidade menor (que anima o globo), subordinada à Entidade que anima
a cadeia, a qual é subordinada ao Logos planetário.

As 5 existências enumeradas aqui, sobre as quais atua o carma, são Senhores


cósmicos e solares de Luz, os quais adquiriram inteligência e passaram pelo reino
humano há muitos kalpas.

Carma do plano, acha-se inextricavelmente mesclado com o carma do Logos planetário


e com o do Senhor Raja e depende da interação que existe entre os 2 polos opostos, os
aspectos masculino e feminino do divino Hermafrodita.

O Carma de um subplano, ou o destino de certas entidades menores que se


manifestam por meio destes subplanos.

Nestes 2 últimos tipos de carma temos o que podemos denominar o "Carma das
Hierarquias", produzido desde a manifestação do sistema solar. É o resultado do
passado de nosso sistema e não precisamente o produto dos efeitos originados em
sistemas solares anteriores. Isto signifca que estes 2 carmas foram gerados no
período que se seguiu ao nascimento do atual sistema solar. Obviamente temos uma
sucessão de carmas encadeados.

Estudo 198

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - c. Tipos de Carma (Continuação)
(Páginas 391, 392 e 393)

Estudaremos agora o carma dos reinos da natureza. Fá-lo-emos tal como os

700
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conhecemos no nosso planeta:

a. O reino mineral.
b. O reino vegetal.
c. O reino animal.
Este carma, logicamente, corresponde aos diferentes Senhores lunares que animam
tais reinos e desenvolvem seus propósitos por meio deles. Observar-se-á que temos
mencionado o carma cósmico, o solar e o lunar. No último encontra-se oculto o grande
mistério da lua e seu lugar no esquema planetário.

O Carma da Herarquia humana com seus 7 grupos e o das Mônadas individuais. Isto
em si é um tema vasto e complicado e - durante o ciclo particular do globo terrestre
(chamado período global da Terra) - pode ser defnido como:

a. Carma mundial (as 7 raças-raiz).


b. Carma racial ou o destino e propósito de cada raça-raiz.
c. Carma sub-racial; cada sub-raça tem seu próprio destino a ser desenvolvido.
d. Carma nacional.
e. Carma familiar.
f. Carma individual.
Estes distintos tipos de carma estão mesclados entre si e ligados de forma
inconcebível e inextricável para o homem; nem sequer os adeptos podem desentranhar
o mistério que está mais além dos grupos aflhados a eles; enquanto que os Choans de
graus superiores trabalham com o carma de grupos mais numerosos (o conjunto de
grupos inferiores).

Todos os graus inferiores de Devas, "A Hoste da Voz" de cada plano, os construtores
menores e os milhares de elementais, trabalham inconscientemente guiados e dirigidos
por palavras e sons. Desta maneira os Construtores conscientes estabelecem
vibrações na essência dos planos.

Muito pouco pode ser acrescentado a esta altura, a respeito da evolução dévica. Muito
do que poderia ser dito é mantido forçosamente sob reserva, pelo perigo que oferece
o conhecimento superfcial, quando não está acompanhado pela sabedoria e pela visão
interna. Outros 3 pontos poderiam ser agregados aos 4 já dados, os quais concernem,
em primeiro lugar, à futura relação dos Devas com o homem e à sua aproximação a
este, graças ao novo tipo de força que está entrando (7º Raio). Esta aproximação,
embora inevitável, não terá resultados totalmente benéfcos para a Hierarquia humana

701
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e até que não seja compreendido o verdadeiro método de fazer contato e seja
empregada inteligentemente a associação consequente, muito sofrimento sobrevirá e
ocorrerão amargas experiências. Se lembrarmos que os Devas, em sua totalidade,
constituem o aspecto mãe, os grandes construtores da forma, e que nutrem aquilo que
é incapaz de valer-se por si mesmo, qualquer tentativa do homem para voltar a ser
dependente intimamente dos Devas, seria como se um homem maduro voltasse ao
cuidado de sua mãe, perdendo a confança em si mesmo em troca de um benefício
material. Os Devas são a mãe da forma; porém a unidade autoconsciente HOMEM
deveria compreender que é independente da forma e tem de seguir o Caminho da
autoexpressão. Todos devem refetir sobre isto, porque em dias vindouros (quando os
entes se ponham em contato com os Devas e inevitavelmente paguem a penalidade)
será útil que o homem compreenda a razão e se dê conta de que é necessário separar-
se destas Essências dos três mundos. A aproximação entre estas duas linhas de
evolução pode ser efetuada no plano búdico, porém unicamente constituirá a
aproximação entre duas essências e não entre o concreto e a essência. Enquanto o
homem funciona mediante formas substanciais e materiais nos 3 mundos, não pode
transpor a linha divisória entre as 2 evoluções. Unicamente, nos planos do fogo solar
ou nos níveis etéricos cósmicos, é possível fazer contato; porém nos planos densos do
plano físico cósmico (nossos planos mental, astral e físico) tal contato ocasionaria um
desastre. Temos nos ocupado disto, porque o perigo é muito real e está muito próximo.

Estudo 199

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 2. Desenvolvimento da Mente Humana - c. Tipos de Carma (Continuação)
(Páginas 393, 394 e 395)

Continuemos nosso estudo dos efeitos da ação do 7º Raio sobre a evolução dévica e os
resultados desses efeitos na evolução das formas humanas, uma vez que todas essas
formas são substância dévica. Sob a ação deste Raio os Devas que executam o
trabalho de transmissão de prana (fogo por fricção/solar) aos seres dos 3 reinos
superiores da natureza (vegetal, animal e humano), serão estimulados e passarão a
uma ação mais aperfeiçoada (não podemos esquecer que os Devas também evoluem,
dentro do grande Plano Divino). Nessa ação de transmitir o prana, a partir dos níveis
etéricos, dar-se-á simultaneamente a correspondente e simples transmissão de força

702
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
espiritual ou psíquica desde o 4º éter cósmico, o plano da matéria búdica. Observemos
a duplicidade de eventos correlacionados: no nível inferior a transmissão do fogo por
fricção/solar (prana) da matéria do 4º éter para a densa (os 3 estados densos: gasoso,
líquido e sólido); no nível mais elevado, o búdico, a transmissão (também sob a
operação dos Devas) do fogo solar/solar a partir da matéria búdica da 4ª subdivisão
para as subdivisões 5ª (equivalente à gasosa), 6ª (equivalente à líquida) e 7ª
(equivalente à sólida). Evidentemente essa transmissão mais elevada afetará
fortemente os Lotos Egoicos e os Egos residentes na matéria causal ou mental
superior, uma vez que a matéria búdica que envolve o ovoide em torno do Loto Egoico
afeta a matéria causal.

Tal transmissão prânica (nos 2 sentidos) trará como resultado corpos mais sãos para
os flhos dos homens. Não devemos esperar isto para a atualidade. Começará a ser
observado somente dentro de 300 anos (não esqueçamos que o livro Tratado sobre
Fogo Cósmico foi editado no entorno de 1925), quando os Egos que correspondem ao
7º Raio forem sufcientemente numerosos para serem reconhecidos como o tipo que
prevalecerá durante determinado período. Os corpos físicos de tais Egos, por estarem
construídos para a força do 7º Raio, responderão muito mais facilmente que outros,
embora os Egos dos 1º e 5º Raios benefciar-se-ão grandemente com esta infuência.
Os Devas etéricos construirão durante um período peculiarmente favorável; a
característica dos corpos físicos construídos será:

a. Elasticidade.
b. Grande magnetismo físico.
c. Capacidade para rechaçar o magnetismo falso.
d. Capacidade para absorver os raios solares.
e. Grande força e resistência.
f. Aparência delicada e refnada, desconhecida até agora.
Em níveis etéricos do plano físico haverá intensa e acrescentada atividade e, em forma
lenta porém segura, a medida que transcorram as décadas, o homem chegará a ser
consciente desses níveis etéricos e de seus moradores. O efeito imediato desta maior
energia etérica evidenciar-se-á pela existência de um grupo muito numeroso de
pessoas possuidoras de visão etérica e que poderão viver consciente, normal e
naturalmente nos níveis etéricos. A maioria dos homens só atua nos 3 níveis inferiores
do físico - gasoso, líquido e denso ou sólido - porém os níveis etéricos estão vedados
para essa maioria, como também estão vedados os níveis astrais. Nos séculos
vindouros o homem viverá em todas as subdivisões da matéria física, chegando até a

703
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2ª subdivisão ou subatômica, o 2º éter, todavia sem incluí-la. Os 4º e 3º éteres ser-lhe-
ão tão familiares como as paisagens físicas comuns às quais está acostumado.

A atenção dos estudantes de medicina e ciências será enfocada no corpo etérico e o


corpo físico denso será reconhecido como dependente do etérico. Isto mudará a
atitude da profssão médica e a cura magnética e o estímulo vibratório substituirão os
métodos atuais de cirurgia e assimilação de drogas. Como a visão do homem será
então normalmente etérica, ele será obrigado a reconhecer o que agora se chama
"mundo invisível" ou suprafísico. Será possível ver o corpo etérico do homem e
comunicar-se com ele, bem como reconhecer e estudar os Devas e os elementais dos
éteres. Quando isto acontecer, o verdadeiro emprego do ritual cerimonial, como
proteção e salvaguarda do homem assumirá o lugar que lhe corresponde.

Será reconhecido o trabalho dos Devas, em conexão com os reinos animal e vegetal;
muitas coisas que agora são feitas, por causa da ignorância, serão consideradas
impossíveis e antiquadas. Chegará o momento em que será mudada a atitude do
homem para com o reino animal e serão encerradas de vez a matança, o mal trato e a
crueldade denominada esporte.

O desenvolvimento da visão etérica e o consequente reconhecimento da evolução


dévica, darão lugar a uma mudança misteriosa na atitude dos homens e das mulheres
em relação à questão sexual, ao matrimônio e à procriação. Essa mudança será devida
à compreensão da verdadeira natureza da matéria ou aspecto mãe e o efeito que
produz o Sol sobre a substância. A unidade da vida será reconhecida como fato
científco e a vida na matéria deixará de ser uma teoria para converter-se em um
fundamento da ciência. Sobre isto não podemos dar informações aqui.

Vemos, com toda a clareza e sem a menor margem de dúvida, nestas informações do
Mestre Djwal Khul, que o futuro que está diante de nós é altamente promissor, de
progresso e de felicidade. O aspecto destruidor existe apenas para aqueles que estão
escravizados pela matéria e pelo passado e que não conseguem enxergar um palmo
diante do nariz, como acontece com a maioria dos religiosos e com muitos cientistas.
Mais uma vez enfatizamos a beleza e a grandiosidade da JUSTIÇA DIVINA, pelo fato de
que aqueles que se esforçarem para buscar o verdadeiro conhecimento e aplicá-lo,
interna e externamente, podem adquirir estes estados de ser muito antes da época
prevista para a humanidade (que conseguir fcar livre do expurgo). O homem, para
evoluir, não depende da velocidade de evolução das massas, mas unicamente do
próprio esforço. Ele deve ajudar as massas, mas se elas não quiserem lhe dar ouvidos,

704
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ele tem de seguir em frente, deixando-as entregues a si mesmas, ao sofrimento e ao
carma, observando-as dos planos mais elevados para os quais ele segue, para, quando
perceber que elas resolveram abrir os olhos e os ouvidos para a verdade, ele voltar
para elas e ajudá-las.

Estudo 200

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Páginas 395 e
396)

Entraremos agora num assunto altamente fascinante e empolgante, que é a mente nas
rondas fnais (5ª, 6ª e 7ª) da nossa atual 4ª cadeia. É também um assunto perigoso, nas
mãos dos irmãos das sombras, aqueles que seguem a linha do mal e por isso, não
poderemos divulgar tudo o que sabemos.

a. O processo transmutador. A transmutação é um tema que, desde as primeiras


épocas, tem ocupado a atenção dos estudiosos, os cientistas e os alquimistas. Como
bem é sabido, o poder de produzir mudanças aplicando o calor, é reconhecido
universalmente; porém a chave do mistério ou o segredo da fórmula do sistema está
deliberadamente resguardado de todos os investigadores e só é revelado
gradualmente depois da 2ª iniciação. O tema é tão formidável, que só é possível
indicar, em linhas gerais, em que forma podemos encará-lo. O público pensa,
logicamente, em transmutar os metais em ouro, para aliviar sua pobreza. A mente
científca busca o solvente universal que reduza a matéria à sua substância
primordial, libere a energia, revelando assim o processo da evolução que permitirá ao
pesquisador (utilizando a base primordial) construir para si mesmo as formas
desejadas. Falando na linguagem científca moderna, o homem luta para conseguir o
segredo da fusão nuclear a frio e da manipulação total e completa dos elementos
primordiais da matéria, como o demonstram os grandes aceleradores de partículas.
A mente do alquimista busca a Pedra flosofal, esse efcaz agente transmutador que
proporcionará a revelação e dará ao químico o poder de impor sua vontade sobre as
forças elementais que trabalham em, por e mediante a matéria. O homem religioso,
especialmente o cristão, reconhece a qualidade psíquica deste poder transmutador.
Frequentemente nos livros sagrados é dito que a Alma está submetida 7 vezes à

705
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
prova do fogo. Desde seu ponto de vista restrito e limitado todos esses estudiosos e
investigadores reconhecem uma grande verdade, porém a verdade total e completa
não está num nem no outro, mas sim no conjunto.
Em sentido oculto, poderíamos dizer que a transmutação consiste em passar de um
estado de ser a outro pela ação do fogo. Sua devida compreensão fundamenta-se em
certos postulados, principalmente em 4 deles. Tais postulados devem ser expressados
em termos do Antigo Comentário, cujas palavras estão dispostas de tal maneira que
revelarão o conhecimento àqueles que tenham olhos para ver, porém resultariam
enigmáticas para aqueles que não estão preparados ou utilizariam o conhecimento
adquirido com fns egoístas. Com estas palavras o Mestre Djwal Khul deixa bem claro o
motivo pelo qual o segredo só é revelado gradualmente aos iniciados que já receberam
a 2ª iniciação, pois atualmente a Hierarquia só concede esta iniciação àqueles que,
comprovadamente, não se desviarão para o lado das sombras, o que no passado não
acontecia, só existindo esta exigência para a 3ª iniciação.

As frases são as seguintes:

I. Quem transfere a vida do Pai aos 3 inferiores, busca o agente do fogo oculto no
coração da Mãe. Trabalha com os Agnichaitas que ocultam, queimam e produzem
assim a umidade necessária.

II. Quem transfere a vida extraindo-a dos 3 inferiores e levando-a ao 4º, busca o
agente do fogo oculto no coração de Brahma. Trabalha com a força dos Agnishvattas
que emanam, misturam e produzem o calor necessário.

III. Quem transfere a vida ao 5º que está em formação, busca o agente do fogo oculto
no coração de Vishnu. Trabalha com a força dos Agnisuryas que infamam, liberam a
essência e produzem assim o brilho necessário.

IV. Primeiro a umidade lenta e omnienvolvente; logo o calor que se acrescenta e arde
intensamente; depois a força que oprime, impele e concentra. Assim são produzidos
o brilho, a exsudação, a mutação, a mudança da forma. Finalmente é liberada e
escapa a essência volátil, retornando o resíduo à substância primordial.
Quem refetir sobre estas fórmulas e medite sobre os métodos e o processo que elas
sugerem, captará uma ideia geral do processo evolutivo de transmutação, que será
para ele de mais valor que as fórmulas pelas quais os Devas transmutam os diversos
minerais.

706
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

707
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 201
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Comentários
sobre as frases do estudo anterior) (Página 396)

Faremos alguns comentários sobre as frases do estudo anterior.

I. Os 3 inferiores citados nesta frase são os reinos mineral, vegetal e animal. O Pai é o
1º Logos, o aspecto Vontade, Mahadeva, que é a Vida (a Mônada). É necessário para
a manifestação dessa Vida o fogo por fricção, que é o fogo oculto no coração da
Mãe, a matéria. Os Devas que são esse fogo por fricção da matéria são chamados
Agnichaitas. A umidade produzida por eles é consequência do movimento, que gera o
calor, que eleva do estado sólido para o líquido, portanto menos denso.
Simbolicamente isto signifca o afastamento dos modos de vida mais densos, os mais
afastados do Espírito, para modos mais próximos dele.

II. A transferência da Vida dos 3 inferiores para o quarto signifca o ingresso da Vida
(a Mônada) no reino humano, o quarto. ou seja, o processo de individualização. Esse
trabalho é feito por meio do fogo da mente, oculto no coração de Brahma, o 3º
aspecto do Logos solar, Inteligência ativa, Manas. Os Devas manipulados nessa tarefa
são chamados Agnishvattas, os Devas da matéria mental. Realmente a
individualização é a aquisição da autoconsciência, com a implantação da chispa da
mente no homem animal. O calor gerado por esse fogo mistura o fogo por fricção
com o fogo da mente.

III. A transferência da Vida (as Mônadas) do 4º (o reino humano) para o 5º (o reino da


Hierarquia), que ainda está sendo formado pelos egressos do reino humano, é feita
com o fogo oculto no coração de Vishnu. Ora, Vishnu é o 2º aspecto do Logos solar,
Amor-Sabedoria-Razão Pura, portanto esse fogo oculto é o fogo solar, que é
expresso pelos Agnisuryas que trabalham na matéria búdica, os quais estimulam
(infamam), liberam a essência (liberam o homem das formas humanas) e produzem
assim o brilho necessário (produzem a luz fortíssima que o iniciado liberto produz
através de seu corpo búdico.

IV. Esta última frase é um resumo dos trabalhos anteriores. Inicialmente o calor do
fogo por fricção da matéria liquefaz e produz a umidade (estimula a atividade astral
ou emocional, simbolizada pela água); em seguida o calor aumenta (a ação do fogo

708
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
por fricção da matéria se intensifca), levando à transferência do reino mineral para o
vegetal e, após, para o animal; com a intromissão do fogo da mente, a pressão
aumenta por causa do calor, empurra para frente e concentra (sabemos que na
bomba nuclear de fusão, o fortíssimo calor liberado por uma bomba atômica
comprime os átomos de trítio e deutério, fundindo-os e transformando-os em hélio,
que é outra forma, liberando altíssima energia), levando à exsudação, o que produz
brilho, ou seja, a intensifcação da chama, sobrevindo a mudança de forma, o que é o
ingresso no reino humano e surgimento da Alma autoconsciente. Finalmente, com a
atuação do fogo solar da matéria búdica, através dos Agnishsuryas da matéria
búdica, a essência volátil (a vida monádica) liberta-se da forma aprisionante e escapa,
sendo a matéria não mais utilizada devolvida a seu estado original.
Fica assim bem claro que o processo de transmutação nada mais é que a própria
evolução. Se for bem entendida essa visão do processo evolutivo como transmutação
ou transferência da Vida animante de uma forma para outra, através do estímulo dessa
Vida, deixando a ela a tarefa de romper as próprias algemas e orientando a Vida liberta
para outra forma melhor, então o processo de transmutação no reino mineral será mais
facilmente dominado pelo homem.

Continuaremos com esse fascinante estudo a seguir.

Estudo 202

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Páginas 396,
397 e 398)

A transmutação aplica-se à vida do átomo e está oculta no conhecimento das leis que
governam a radioatividade. É interessante observar como na expressão científca
"radioatividade" temos o conceito oriental de Vishnu-Brahma ou os Raios de Luz
vibrando através da matéria. Daí que a interpretação comumente aceita do termo
"átomo" deve estender-se desde o átomo químico até incluir:

a. Todos os átomos ou esferas no plano físico ou matéria física.

b. Todos os átomos ou esferas nos planos ou matérias astral e mental.

709
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
c. Os seres humanos em encarnação.

d. O corpo causal do homem em seu próprio plano ou matéria.

e. Todos os planos ou todas as matérias como esferas "entifcadas".

f. Todos os planetas, cadeias e globos dentro do sistema solar.

g. Todas as Mônadas em sua própria matéria ou plano, sejam Mônadas humanas ou


Homens celestiais.

h. O "círculo não se passa" solar, conjunto de todos os átomos menores.


Em todos estes átomos imensos ou diminutos, micro ou macrocósmicos, a vida central
corresponde à carga positiva de força elétrica, afrmada pela ciência, seja a vida de
uma Entidade cósmica, tal como o Logos solar ou a vida minúscula elemental no átomo
físico. Estes átomos menores, que giram ao redor de seu centro positivo, os quais a
ciência chama agora elétrons, são o aspecto negativo e isto não só é verdade com
respeito ao átomo da matéria física, mas também aos átomos humanos, retidos por
seu ponto central de atração, a um Homem celestial ou às formas atômicas que em
conjunto formam o conhecido sistema solar. Todas as formas estão construídas de
maneira análoga; a única diferença consiste - segundo ensinam os livros de texto - na
disposição e no número de elétrons. Com o tempo será descoberto que o elétron é
uma minúscula vida elemental.

O segundo ponto que trataremos de explicar é: A irradiação é transmutação em


processo de realização. Sendo a transmutação o processo de liberar a essência para
buscar um novo centro, podemos reconhecer aqui o processo da radioatividade,
tecnicamente entendida e aplicada a todos os corpos atômicos sem exceção. Isto é um
fato completamente reconhecido pela ciência, no decaimento radioativo. Por exemplo,
uma amostra de 1 mg de urânio (U) contém 2,5 x 10 elevado a 18 átomos do
radionuclídeo de longa vida urânio de número de massa 238. Em 1 segundo, apenas 12
dos núcleos presentes na amostra se desintegram, emitindo uma partícula alfa, para se
transformarem em núcleos de tório (Th). A vida elemental presente na partícula alfa
escapou para outra forma de expressão melhor, deixando a forma anterior decaída
para tório, de menor número de massa. Na emissão de raios gama também temos o
escape de vidas elementais para formas melhores.

710
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Se a ciência apenas agora (lembramos que o livro foi editado em 1925) descobriu o
elemento rádio (exemplo do processo de transmutação), é culpa dela. Quando isto for
melhor compreendido, será visto que todas as irradiações, tais como o magnetismo e a
exalação psíquica, são somente o processo de transmutação, desenvolvendo-se em
grande escala. Será compreendido que quando o processo transmutador é efcaz,
constitui superfcialmente o resultado de fatores externos. Fundamentalmente é o
resultado produzido pelo núcleo positivo interno de força ou vida alcançando um grau
de vibração tão enorme, que com o tempo expele os elétrons ou pontos negativos que
compõem sua esfera de infuência, atirando-os a tal distância, que a Lei de Repulsão
domina. Então, já não são atraídos para seu centro original, mas procuram outro. A
esfera atômica (se assim podemos nos expressar) se dissipa; os elétrons caem sob a
Lei de Repulsão e a essência central escapa e busca, em sentido esotérico, uma nova
esfera.

Devemos recordar que tudo o que se encontra dentro do sistema solar é dual e que em
si mesmo é tão negativo como positivo; positivo com respeito à sua própria forma,
negativo com respeito à esfera maior. Portanto, todo átomo é por sua vez positivo e
negativo, ou seja, o elétron é negativo em relação ao núcleo do átomo químico, mas em
relação à sua forma é positivo.

Consequentemente, o processo de transmutação é duplo e requer uma etapa


preliminar de aplicação dos fatores externos que avivem, cuidem e desenvolvam o
núcleo positivo interno, um período sistemático de incubação ou de alimentação da
chama interna e uma elevação da voltagem. Em seguida há uma etapa secundária, onde
os fatores externos não são de grande importância e ao centro interno da energia do
átomo é permitido realizar seu próprio trabalho. Estes fatores podem aplicar-se
igualmente a todos os átomos, aos do mineral, que tem ocupado tanto a atenção dos
alquimistas, ao átomo chamado homem, que segue o mesmo procedimento geral, ao
estar regido pelas mesmas leis e a todos os átomos maiores, tais como um Homem
celestial ou um Logos solar.

No próximo estudo comentaremos o que acima foi dito.

Estudo 203

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Comentários
sobre o estudo anterior, referente às páginas 396, 397 e 398)

Partindo do conceito de transmutação aplicado ao átomo químico, podemos entender


perfeitamente esse conceito aplicado aos demais "átomos" em manifestação no
universo. Analisemos inicialmente a situação do átomo químico, quando ele se torna
radioativo.

A descoberta da transmutação pela química ocorreu em 1938, numa fase altamente


perigosa para a humanidade, na Alemanha nazista. Dois químicos alemães, Otto Hahn e
Fritz Strassmann, colocaram um pedaço de rádio junto com urânio235. Dias depois, ao
examinarem a amostra de urânio, descobriram fragmentos de bário e criptônio, que,
em hipótese alguma, estavam na amostra, que havia sido rigorosamente verifcada.
Assim foi comprovado experimentalmente que a matéria podia ser transmutada.
Analisemos o fenômeno à luz da química, para posteriormente efetuarmos nossas
ilações esotéricas.

O número atômico (quantidade de prótons no núcleo do átomo, que é igual à


quantidade de elétrons em órbita) e o número de massa (quantidade de prótons +
quantidade de nêutrons no núcleo do átomo) e o número de nêutrons dos átomos
químicos envolvidos nesse fenômeno são os seguintes:

Elemento Número Número de Quantidade de


Químico Atômico Massa Nêutrons
Rádio 88 226 138
Urânio235 92 235 143
Urânio238 92 238 146
Plutônio 94 244 150
Bário 56 137 81
Criptônio 36 83 47
Na experiência desenvolvida pelos 2 químicos alemães um nêutron emitido pelo átomo
de rádio atinge o núcleo do átomo de urânio235, partindo-o, o que o faz emitir:

• 2 fragmentos que se transformam em 1 átomo de bário, de número de massa 137


e em 1 átomo de criptônio, de número de massa 83. Somando esses 2 números de
massa, temos 220, menor que 235, número de massa do urânio235 emitente,
restando 15 nêutrons.

712
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• Desses 15 nêutrons, 4 podem ser capturados por um átomo de urânio238, que
também pode capturar 2 prótons emitidos por outro átomo de urânio235. Disso
resulta que o átomo de urânio238 fca assim acrescido:

• 92 prótons seus + 2 prótons capturados = 94 prótons


• 146 nêutrons seus + 4 nêutrons capturados = 150 nêutrons
Somando prótons e nêutrons, temos 244, número de massa do plutônio. Portanto o
urânio238 transformou-se em plutônio, elemento mais pesado.

• Os restantes nêutrons perdem-se no espaço ou atingem outro átomo de urânio235,


reiniciando o ciclo.
Sob o ponto de vista material, estamos vendo um átomo químico (urânio235), sob a
infuência de uma energia (nêutron) de outro átomo (rádio), se desintegrar e liberar
suas partículas (prótons e nêutrons), para formarem 2 outros átomos químicos
diferentes (bário e criptônio) e levarem um 3º átomo (urânio238) a se transformar em
outro mais forte (de maior massa), o plutônio.

Vejamos isto agora sob o ponto de vista esotérico, pelo qual estaremos tratando com
formas físicas de pequenas vidas elementais, estando umas contidas dentro de outras.
Essas pequenas vidas elementais possuem consciência limitada, mas não
autoconsciência. Cada elétron, cada próton e cada nêutron, são corpos de expressão
de vidas elementais. Essas vidas elementais, quando agrupadas, como no caso do
urãnio235, constituem o corpo de expressão de uma vida elemental maior. O mesmo
acontece com os demais átomos químicos.

Olhando a tabela periódica dos elementos, vemos que os núcleos dos átomos químicos
com número atômico maior que 83 são instáveis. Isto nos leva a concluir que o grande
dinamismo interno da vida elemental do átomo, por ter vivenciado um alto nível de
experiência na linha de evolução do reino mineral, "deseja" passar para experiências
mais avançadas e assim "morre" (desintegra-se), liberando as vidas menores para
também viverem novas experiências e "reencarna" (entra em nova forma).

Antes da desintegração, a vida elemental do átomo está tão dinâmica, que infuencia
seus irmãos vizinhos (os átomos próximos), por meio de sua energia (nêutrons e
prótons, radioatividade), estimulando-os em sua evolução e induzindo-os a se
transformarem.

Assim, dentro de um raciocínio lógico e racional e com base em fatos experimentais,


podemos confrmar a veracidade da afrmação do Mestre Djwal Khul, de que a

713
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
transmutação aplica-se à vida do átomo e está oculta no conhecimento das leis que
governam a radioatividade. Fica também bem clara a afrmação seguinte do Mestre de
que na expressão científca " radioatividade", temos o conceito oriental de Vishnu-
Brahma ou os Raios de Luz vibrando através da matéria. Expliquemos. Vishnu é o 2º
aspecto, o Filho, o que liga e, ligando, infuencia. Brahma é o 3º aspecto, matéria. Ora, o
que é a radioatividade ? É a energia (vida) fuindo por meio da matéria (prótons e
nêutrons), fazendo-a vibrar.

Uma vez assimilado, de forma clara e total, esse conceito de radioatividade, podemos
aplicá-lo a todos os "átomos", átomo no sentido de qualquer vida composta de vidas
menores, como são o átomo químico, um órgão no corpo de um homem, o homem, a
humanidade como um todo, a Hierarquia como um todo, um planeta, um Logos
planetário etc.

A condição básica para se tornar radioativo é conseguir uma determinada intensidade


de dinamismo interno, semelhantemente aos átomos químicos, que só se tornam
radioativos a partir do número atômico 84 (Z > 83).

Portanto, esforçar-se para evoluir inteligentemente (dentro do Plano Divino), é tornar-


se radioativo e por isso todo iniciado é radioativo (crescendo a intensidade da
radioatividade em função das iniciações que for recebendo).

Analisemos agora as palavras do Mestre, quando diz: "Consequentemente o processo


de transmutação é duplo e requer uma etapa preliminar de aplicação dos fatores
externos que avivem, cuidem e desenvolvam o núcleo positivo interno, um período
sistemático de incubação ou de alimentação da chama interna, uma elevação de
voltagem. Em seguida há uma etapa secundária, onde os fatores externos não são de
grande importância e ao centro interno de energia do átomo é permitido realizar seu
próprio trabalho." Vejamos o átomo chamado homem. Na etapa preliminar, por exemplo
o homem lemuriano, foi necessária a presença física dos Kumaras para estimular a
chama interna, a vida monádica expressando-se através daqueles cérebros
rudimentares. Depois que a autoconsciência do lemuriano conseguiu um determinado
grau de expansão e intensidade (uma voltagem mais elevada), foi possível à vida
monádica levar avante sua evolução tríplice nos 3 mundos inferiores por sua própria
iniciativa, passando os fatores externos a serem de menor importância.

No caminho iniciático também temos a mesma dualidade de etapas. Como aspirante em


prova, o homem é estimulado por um discípulo (iniciado com pelo menos a 1ª
iniciação), até receber a 1ª iniciação, quando já pode caminhar pela própria iniciativa,

714
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
não fcando muito dependente da ajuda externa.

Essa dualidade prossegue, com diferentes níveis e naturezas de dependência.

Estudo 204

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Continuação)
(Páginas 398, 399, 400 e 401)

O processo transmutador pode ser classifcado da seguinte forma:

1. A vida toma forma primitiva.

2. A forma é submetida ao calor externo.

3. O calor, atuando sobre a forma, produz exsudação e sobrevém o fator umidade.

4. A umidade e o calor desenvolvem sua ação em uníssono.

5. As vidas elementais cuidam das vidas menores.

6. Os Devas colaboram regidos por regras, ordens e sons.

7. O calor interno do átomo aumenta.

8. O calor do átomo aumenta rapidamente e ultrapassa o calor externo de seu meio


ambiente.

9. O átomo irradia.

10. A parede esferoidal do átomo é derrubada com o tempo.

11. Os elétrons ou entes negativos buscam um novo centro.

12. A vida central escapa para fundir-se com seu polo oposto, convertendo-se em

715
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pólo negativo que busca o positivo.

13. Isto, em sentido oculto, é obscurecimento, extinção temporária da luz, até


novamente emergir e resplandecer.
Não é possível nem recomendável dar maiores explicações.

Portanto, é evidente desde o ponto de vista de cada reino da natureza, que podemos
ajudar o processo de transmutação de todos os átomos menores. Isto ocorre, embora
não nos demos conta desta ocorrência. Somente quando chega ao reino humano, é
possível para uma entidade realizar, consciente e inteligentemente, duas coisas:

Primeiro: Ajudar a transmutar seu próprio centro atômico positivo, desde o humano ao
espiritual.

Segundo: Ajudar a transmutar:

a. As formas minerais inferiores em superiores.


b. As formas minerais em vegetais.
c. As formas vegetais em animais.
d. As formas animais em humanas ou produzir consciente e defnitivamente a
individualização.
Todavia isto não é feito pelo perigo que implica dar o conhecimento necessário. Os
Adeptos compreendem o processo transmutador nos 3 mundos e nos 4 reinos da
natureza, o que os converte temporariamente no TRÊS esotérico e no QUATRO
exotérico.

Oportunamente, o homem trabalhará com os 3 reinos, porém somente quando a


fraternidade for uma prática e não um mero conceito. Três pontos devem ser
considerados a este respeito:

• A manipulação consciente dos fogos.


• Os Devas e a transmutação.
• O som e a cor na transmutação.
É necessário advertir, como já se fez em outras questões, que só é possível expor
certos fatos. O trabalhodetalhado do processo não pode ser exposto, porque a raça
não é todavia capaz de atuar com altruísmo. Devido a isto reinou muita incompreensão
nos primeiros dias do esforço hierárquico, ao expor por escrito os fundamentos da
Sabedoria. Isto é tratado valentemente por H. P. B. (Blavatzky). O perigo persiste ainda
e entorpece grandemente o esforço dAqueles que, internamente, consideram que os

716
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pensamentos dos homens deveriam elevar-se desde as modalidades de existência
física até chegar a conceitos e visões mais amplos e a uma compreensão sintética. Só é
possível fazer indicações, pois não é permitido dar aqui as fórmulas transmutadoras
nem os mântrans para manipular a matéria do espaço. Só é possível indicar o caminho
àqueles que estão preparados ou que estão recuperando antigos conhecimentos
(adquiridos pela aproximação do caminho ou permanecem latentes devido a
experiências passadas na época atlante). Os sinais indicadores são sufcientes guias
que lhes permitirão penetrar mais profundamente nos arcanos do conhecimento. O
perigo subjaz no fato de que todo o tema da transmutação concerne à forma material
e à substância dévica. O homem, como todavia não domina a substância de seus
próprios envoltórios nem é capaz de controlar a vibração de seu 3º aspecto, encontra-
se em perigo, quando concentra sua atenção no não-eu. Unicamente pode fazê-lo sem
risco quando o mago conhece 5 coisas:

1. A natureza do átomo.

2. A nota chave dos planos.

3. O método para trabalhar desde níveis egoicos, mediante o controle consciente, o


conhecimento das fórmulas, os sons protetores e um esforço puramente altruísta.

4. A interação dos 3 fogos, as palavras lunares, as palavras solares e mais tarde uma
palavra cósmica.

5. O segredo da vibração elétrica, que só é compreendido em forma elementar,


quando o homem conhece a nota chave de seu próprio Logos planetário.
Todo este conhecimento, por estar relacionado aos 3 mundos inferiores, está em mãos
dos Mestres de Sabedoria, permitindo-lhes trabalhar com energias ou forças e não
com o que comumente se entende pela palavra "substância". Trabalham com a energia
elétrica, com a eletricidade positiva ou com a energia do núcleo positivo de força
dentro do átomo, seja o átomo químico ou o átomo humano. Ocupam-se das almas das
coisas.O mago negro trabalha com o aspecto negativo, com os elétrons (se assim é
possível denominá-los), com os envoltórios e não com a alma. Deve ser tida em conta
esta diferença. Contém a chave do motivo pelo qual toda a Fraternidade não intervém
em questões e assuntos materiais, concentrando-se no aspecto força, os centros de
energia. Chegam ao todo através de alguns centros da forma. Com este preâmbulo,

717
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
passaremos a considerar a manipulação consciente dos fogos, mas, antes, faremos
alguns comentários sobre o acima exposto.

Estudo 205

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Comentários
sobre o estudo anterior, referente às páginas 398, 399, 400 e 401)

Comentaremos a classifcação do processo transmutador exposta anteriormente.

1. A vida toma forma primitiva. Signifca o início da imersão do Espírito, em qualquer


nível, na matéria. No caso do reino mineral, é o ingresso nos elementos mais rudes.
Olhando a tabela periódica dos elementos e considerando que os elementos com
núcleo instável (porque já estão emitindo partículas) são aqueles com número
atômico (Z) maior que 83, talvez possamos deduzir que o início é o hidrogênio, de
número atômico 1. No caso do reino vegetal, é possível fazer deduções com base na
classifcação desse reino segundo algum critério que possa, de uma certa forma,
expressar seu grau de atividade radioativa. No caso do reino animal o mesmo
raciocínio aplicado ao reino vegetal pode ser utilizado. Quanto ao reino humano na
atual cadeia terrestre, é evidente que o início, ou seja, a imersão na forma primitiva,
ocorreu na raça lemuriana, a 3ª raça-raiz.

2. A forma é submetida ao calor externo. Calor externo signifca as forças e pressões


exercidas pelo meio exterior. No caso do reino mineral, são os fatores físicos
ambientais, como calor, pressão de pesos sobre o mineral, ações corrosivas de
outros elementos, variação de temperatura provocando dilatação e contração etc.
Modernamente, temos a ação altamente benéfca do homem manipulando moléculas,
como no caso dos polímeros, na indústria, processando os elementos, purifcando-os,
para extrair o elemento puro, dopando-os (adicionando impurezas de forma
altamente controlada), como no caso do germânio e do silício, que, quando recebem
arsenieto de gálio por exemplo, tornam-se semicondutores (transistor, de tanta
utilidade para o homem) e muitas outras manipulações pelo homem. Assim, o homem,
sem o saber, torna-se colaborador no processo evolutivo, auxiliando o reino dévico
nessa tarefa. Esse raciocínio pode ser aplicado também ao reino vegetal, com as

718
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
devidas diferenças, todavia quanto a esse reino, a ação do homem moderno não é
muito elogiável. Quanto ao reino animal, por ser mais elevado que os anteriores e ter
maior capacidade de resposta, o calor signifca a atenção e o calor sentimental que o
homem dedica aos animais domésticos, como o cão e o gato, estimulando nas Tríades
inferiores inseridas nesses animais a emoção e a inteligência. A proximidade física do
homem em relação a esses animais também atua, através da aura humana, havendo
transferência de energias para o animal, que se benefcia com isso. No caso do reino
humano, também o calor signifca a infuência exercida por um homem mais evoluído
sobre seus próximos. O iniciado exerce uma infuência muito maior e efciente,
mesmo sem saber. No topo temos a Hierarquia, a maior infuência evolutiva sobre o
reino humano.

3. O calor, atuando sobre a forma, produz exsudação e sobrevém o fator umidade.


Vejamos o signifcado da palavra umidade neste contexto. Pela Física, sabemos que o
calor, ao provocar aumento de temperatura, o que é o mesmo que aumentar o fogo
por fricção, faz com que a água existente em qualquer corpo se evapore, surgindo
então a umidade, o que é a exsudação. No sentido esotérico, essa umidade signifca a
ativação da matéria astral existente em todos os elementos.

4. A umidade e o calor desenvolvem sua ação em uníssono. Isto signifca que o fogo
por fricção (calor), estimulando as sensações, incrementa a atividade das partículas
astrais, o que é emoção (umidade). Portanto, os 2 fatores, fogo por fricção (calor) e
as partículas astrais (umidade), trabalham coordenadamente, levando a vida interna a
uma melhor expressão no mundo físico.

5. As vidas elementais cuidam das vidas menores. Esta parte aplica-se às vidas
atômicas. Vejamos o átomo químico da ciência. Para a Física, ele é composto de um
núcleo, no qual existem prótons e nêutrons, e da coroa constituída de elétrons
orbitando em torno do núcleo. Ainda para a Física, os prótons e nêutrons são
constituídos de partículas menores chamadas quarks. Para a ciência esotérica o
átomo químico é formado por partículas físicas primordiais, chamadas átomos
físicos primordiais, base de toda a matéria fsica. Cada átomo físico primordial é o
corpo de manifestação de um diminuta vida elemental, em processo de evolução,
como o ser humano. Assim, um átomo químico, sendo um conjunto de átomos físicos
primordiais, é o corpo de expressão de uma vida elemental maior. Então temos a
seguinte situação no átomo químico: uma vida elemental maior (a do átomo químico),

719
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que, ao se utilizar de várias vidas elementais menores (os átomos físicos primordiais)
para se manifestar fsicamente, tem de cuidar dessas vidas menores. O mesmo
raciocínio aplica-se a uma molécula, a uma célula de qualquer organismo maior, como
o de um animal, do homem, do reino vegetal etc.

6. Os Devas colaboram regidos por regras, ordens e sons. Isto signifca que, por ser
substância dévica tudo o que está em manifestação nas diversas matérias (física,
astral, mental etc), os Devas estão sempre trabalhando e construindo os modelos
necessários gravados na forma de vibrações (sons). Como cada ser em manifestação
requer um veículo adequado aos seus propósitos, o modelo tem de ser felmente
construído, o que signifca regras e ordens.

7. O calor interno do átomo aumenta. Isto signifca que a atividade interna do átomo
aumenta, em consequência dos estímulos externos e da resposta da vida interna. Os
2 fogos por fricção, fogo por fricção/por fricção e fogo por fricção/solar (prana),
unidos, geram maior energia, porque são mutuamente estimulados, produzindo o
aumento do calor interno, todavia calor de melhor qualidade.

8. O calor do átomo aumenta rapidamente e ultrapassa o calor externo de seu meio


ambiente. Temos aí uma fase muito importante no processo evolutivo, fase essa
prévia à etapa radioativa. Devido à ação conjunta dos fogos por fricção/por fricção e
por fricção/solar, que tendem a se fundirem ou a se sintonizarem perfeitamente, o 3º
fogo, o fogo por fricção/elétrico, o mais elevado por ser expressão do 1º aspecto,
Vontade, é estimulado e passa a colaborar com os outros 2 fogos sintonizados,
incrementando a atividade conjunta desses dois e ao mesmo tempo, incrementando a
própria atividade, buscando a sintonia com os outros dois. Com isso, o calor interno
aumenta e melhora imensamente sua qualidade, sendo esse aumento muito
acelerado. Com tudo isso, a atividade da vida interna torna-se muito grande e sua
capacidade de resposta também agiganta-se, levando a vida interna a sentir
necessidade de um mais adequado corpo de expressão, para poder continuar
exercendo sua intensa atividade.
Como esta etapa é muito importante, não só no processo evolutivo, mas também para
o entendimento desse processo, faremos comentários mais profundos.

720
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 206

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutado r (Continuação dos
Comentários sobre o estudo referente às páginas 398, 399, 400 e 401)

Continuemos nossos estudos sobre o item 8 - O calor do átomo aumenta rapidamente


e ultrapassa o calor externo de seu meio ambiente. Dissemos anteriormente, com
referência a este item, que o calor do átomo aumenta rapidamente, devido à ação
conjunta dos 3 fogos da matéria: fogo por fricção/elétrico, fogo por fricção/solar e
fogo por fricção/por fricção. Mas o que leva esses 3 fogos a aumentarem sua
atividade e se sintonizarem ? Tem de haver uma demanda para esse incremento. Essa
demanda provém da vida elemental interna que, ao longo de sua interação com o meio
exterior (o não-eu), exige continuamente mais e novas experiências. Esse impulso
crescente e ascendente tem sua origem no Ser Maior que se expressa pelo reino
mineral, estando Ele próprio em busca de novas e mais amplas experiências, também
impulsionado pelo Logos solar, ao qual está ligado. A totalidade das experiências do
reino mineral constitui sua vida física. Assim, cada vida menor ajuda uma vida maior a
evoluir. É esse aumento de demanda da vida elemental do átomo químico, que leva os
fogos a maior atividade. É como a caldeira das antigas locomotivas a vapor: quando o
maquinista precisava de maior velocidade, o foguista colocava mais lenha ou carvão na
fornalha, para produzir mais calor e mais vapor d'água, que iria movimentar o êmbolo
com maior velocidade, o qual faria as rodas girarem também com maior velocidade.

No caso do átomo homem, essa fase ocorre quando ele já está no caminho e começa a
agir como grupo. A sua vida interior torna-se intensa e as energias da Alma começam a
fuir para a personalidade. Com isso os fogos internos da matéria, já mesclados com os
fogos da mente oriundos da Alma, tornam-se muito dinâmicos e o calor interior
ultrapassa o calor do meio ambiente. Esse calor interior nada tem a ver com a
temperatura do corpo físico. É a força interior que cresce e o homem passa a irradiá-
la, infuenciando seus próximos. Nessa situação ele é denominado magnético, no
sentido de que é um foco de atração. Assim, o átomo, quer químico, quer humano,
atinge a etapa de irradiação ou radioatividade (item 9).

10. A parede esferoidal do átomo é derrubada com o tempo. Com o aumento do calor
interno e da atividade, a pressão interna cresce e força a parede (o "círculo não se
passa") do átomo, levando à sua destruição com o tempo. Quando o homem
conseguir estimular a vida elemental do átomo a ponto de rompimento da parede,

721
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
liberando essa vida, aí então terá conseguido resolver o problema da energia nuclear,
sem perigo. O método atual, pelo bombardeio através de partículas, é contrário aos
planos da Hierarquia. Há um método muito mais efciente e de menor custo diante do
homem e que está de acordo com os planos da Hierarquia. Todavia, talvez felizmente,
ele não consegue enxergar esse método.
No caso do homem, a trama etérica é derrubada e ele começa a ser continuamente
consciente em vários planos.

11. Os elétrons ou entes negativos buscam um novo centro. Temos no caso do


decaimento beta exemplos dessa situação. No decaimento beta menos um nêutron
do núcleo do átomo químico emite 1 elétron e 1 neutrino, transformando-se em
próton, uma vez que nêutron = próton + elétron + neutrino; no decaimento beta mais
um próton do núcleo emite 1 pósitron e 1 neutrino, transformando-se em nêutron,
pois o próton = nêutron + pósitron + neutrino. O elétron, o pósitron e o neutrino, que
para o núcleo (a vida maior para eles) são negativos, buscam outro átomo. O pósitron
é positivo em relação ao elétron, mas ambos são negativos em relação ao núcleo.

12. A vida central escapa para fundir-se com seu polo oposto, convertendo-se em
polo negativo que busca o positivo. Vemos um exemplo disso na fusão da
personalidade com o Ego ou Alma, na 3ª iniciação planetária. Quando a vida central
da personalidade, que é constituída por um grande número de vidas menores (vidas
do reino dévico) atinge um alto grau de dinamismo, no sentido do Plano Divino, ela,
que é positiva em relação às vidas menores, mas negativa em relação à Alma, escapa
das vidas menores e, tornando-se exclusivamente negativa, vai em busca da Alma,
seu polo oposto (o positivo), para fundir-se com ela.

13. Isto, em sentido oculto, é obscurecimento, extinção temporária da luz, até


novamente emergir e resplandecer. No exemplo anterior, da fusão da personalidade
com a Alma, realmente a personalidade se extingue, apagando-se sua luz, que nessa
fase é bem forte. Mas isso é temporário, pois a luz renasce muito mais forte e
deslumbrante do que antes, uma vez que, pela fusão dos fogos da personalidade
com os da Alma, surge um fogo muito mais intenso e glorioso. Mas o processo não
cessa aí, já que, imediatamente inicia-se um outro processo de atração, partindo da
Mônada, a vida maior em relação à Alma. Nessa nova situação, a Alma é positiva em
relação às vidas menores que constituem seus veículos, mas negativa em relação à
sua vida maior, a Mônada, que já está se expressando mais intensamente pela Tríade

722
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
superior. Na 4ª iniciação planetária ocorre uma liberação muito mais importante e
marcante para o Divino Peregrino. Essas transmutações e a busca de centros cada
vez maiores não cessarão nunca, o que demonstra a beleza do Plano Divino, no
sentido de que o futuro do homem é de glórias cada vez mais deslumbrantes e
esplendorosas, desde que o homem abra seus olhos, use a sua mente e busque o
conhecimento, aplicando-o continuamente.

Estudo 207

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Páginas 401 e 402)

Trataremos agora da manipulação consciente dos fogos. É evidente que todo o


processo de transmutação, tal como podemos encará-lo na atualidade, concerne aos
dois fogos, que alcançaram um elevado estado de perfeição no sistema solar anterior:

a. O fogo de um átomo em seu duplo aspecto, interno e irradiante.

b. Os fogos da mente.
Desde o ponto de vista humano a transmutação relaciona-se com esses fogos. O fogo
do Espírito (o fogo elétrico puro) não será considerado nesta etapa.

A manipulação consciente dos fogos é prerrogativa do homem, quando tenha


alcançado certo grau de evolução; o pressentimento disso conduziu logicamente o
alquimista a tentar a transmutação no reino mineral. Alguns dos antigos estudantes
têm compreendido, no transcurso das épocas, que o imenso esforço de transmutar os
metais comuns em ouro tem sido só preliminar e simbólico, um passo representativo,
alegórico e concreto. O trabalho da Hierarquia nos três departamentos deste planeta
abarca todo o tema da transmutação; se estudarmos este amplo ponto de vista
hierárquico, poderemos ter alguma ideia da amplitude do trabalho, obtendo com ele um
conceito da tarefa realizada, a fm de ajudar no processo evolutivo. Tal trabalho
consiste em transferir a vida de uma etapa de existência atômica a outra, o que implica
três passos distintos, que podem ser vistos e seguidos por meio da clarividência
superior e desde planos superiores. Tais passos ou etapas são os seguintes:

O estado ígneo, o período de misturar, fundir e queimar, pelo qual passam todos os

723
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
átomos durante a desintegração da forma. Com referência ao homem, vemos este
estado na etapa em que ele, pela interação com o não-eu, reage, é infuenciado, reage
ao estímulo exterior, infuenciando seu exterior, que reage, voltando a infuenciá-lo,
iniciando-se nova reação e, nessa sequência de ações e reações, o homem vai entrando
em harmonia dentro desses confitos, fcando cada vez mais consciente desse
processo e passando a atuar com consciência crescentemente ampla, quando começa
a colaborar com o Plano Divino, sabendo o que está fazendo e não mais às cegas e não
mais sendo conduzido. Na realidade é a etapa do fogo incandescente, em que os fogos
entram em fusão e sintonia, como resultado do trabalho e do esforço da vida residente
na forma, ou seja, da Mônada via Ego e via personalidade (os três veículos ou corpos
inferiores).

O estado solvente, no qual dissipa-se a forma e a substância mantém-se em solução,


dissolvendo-se o átomo em sua dualidade essencial. Ao atingir a situação em que foi
conseguido o máximo para aquela forma, a qual torna-se incapaz de responder de
forma mais elevada, ou seja, quando a temperatura atingiu o máximo possível para
essa forma (atingiu seu ponto de fusão), sobrevém obviamente o estado de dissolução,
à semelhança do ferro, que ao atingir seu ponto de fusão (1.536,5°C), passa para o
estado líquido, ou seja, ele se dissolve. É o estado pré-obscurecimento, quando, pelo
aumento de temperatura, é alcançado o estado de evaporação (3.000°C). No homem,
quando chega ao término seu ciclo encarnatório, ele entra no estado solvente,
sobrevindo a morte física (a decomposição ou dissolução da forma ou do corpo físico)
e dá-se a dualidade: forma e vida animante (a vida proveniente do Ego).

O estado volátil, o qual concerne principalmente à qualidade essencial do átomo e à


evasão dessa essência, para tomar, mais tarde, uma nova forma. É o estado de
evaporação, quando a essência (a vida interna) retira-se, levando consigo a experiência
vivida, as qualidades desenvolvidas e os poderes conquistados, aguardando o início de
um novo ciclo de experiências em uma nova forma, mais aperfeiçoada e mais
adequada às qualidades conquistadas pela vida animante. No homem, o Ego
desvencilha-se do corpo físico e passa para uma vida na matéria astral, aguardando
um novo retorno à vida física. Literalmente a vida animante volatiliza-se.

Talvez as palavras radioatividade, solução pralaica (no pralaia, a fase de


obscurecimento ou abstração) e volatilidade essencial, expressem a ideia. Em todo
processo de transmutação são seguidos, sem exceção, estes três passos. Ocultamente
expressados, no Antigo Comentário está escrito assim:

724
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• "As vidas ígneas ardem no seio da Mãe." O estado ígneo.

• "O centro ígneo estende-se até a periferia do círculo e sobrevém a dissipação e a


paz pralaica." O estado solvente.

• "O Filho retorna ao seio do Pai e a Mãe descansa tranquila." O estado volátil.
Os Mestres, ao uníssono com os grandes Devas, ocupam-se do processo de
transmutação. Podemos dizer que cada departamento ocupa-se de uma das três
etapas:

• O departamento do Mahachohan, em suas cinco divisões (o 3º Raio e os quatro


Raios de atributos ou Raios menores), ocupa-se de queimar as vidas ígneas (o estado
ígneo).

• O departamento do Manu ocupa-se da forma o do "círculo não se passa" que


encerra as vidas que se queimam (o estado solvente). Atua o 1º Raio, o destruidor.

• O departamento do Bodhisattva ocupa-se do retorno do Filho ao seio do Pai (o


estado volátil). Atua o 2º Raio.
Dentro do departamento do Mahachohan desenvolve-se uma divisão secundária, que
podemos delinear da seguinte maneira:

Os Raios 7º e 5º ocupam-se do retorno do flho ao Pai e estão ocupados, em grande


parte, em fazer fuir força energizadora, quando tem de ser transferida a vida do Filho
de uma forma velha a uma nova, de um reino da natureza a outro, no Caminho de
Retorno. Mesmo estando no estado ígneo, esses Raios, por serem raios de força,
preparam o Filho para a transferência, atuando mais na fase fnal do estado ígneo.

Os Raios 3º e 6º ocupam-se de queimar as vidas ígneas. Esses 2 Raios estimulam a vida


do Filho a uma atividade intensa, através do aumento do calor da matéria dos corpos,
dentro do estado ígneo.

O 4º Raio funde os dois fogos (da matéria e da mente) dentro da forma atômica. Um
detido estudo destas subdivisões evidenciará quão íntima é a colaboração existente
entre os diferentes grupos e quão inter-relacionadas são suas atividades. O trabalho da
Hierarquia pode ser interpretado sempre em termos de alquimia; suas atividades
relacionam-se com uma tríplice transmutação. Esta tarefa é
desenvolvidaconscientemente pela Hierarquia, produzindo-se em virtude de Sua

725
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
própria emanação. Assim como um iniciado encarnado, pela sua simples presença,
infuencia o grupo do qual faz parte, através de sua irradiação consciente, da mesma
forma a Hierarquia, atuando na matéria causal, age sobre a humanidade (respeitando
seu livre arbítrio, é claro) através dos Egos e também, por meio de formas astro-
mentais, infuencia os corpos mentais e astrais da humanidade, havendo repercussão
nos cérebros físicos.

Estudo 208

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Continuação) (Páginas 402,403 e 404)

Um Mestre transmuta nos 3 mundos e ocupa-se principalmente desse processo nos 18


subplanos, o grande campo da evolução humana e faz passar a vida por todo o corpo
físico denso do Logos. Esse campo da evolução humana é constituído pelas matérias
dos planos físico, astral e mental inferior. Como cada plano possui 7 subplanos, que
variam em função da densidade, temos 7+7=14 subplanos, para os planos físico e
astral, com mais os 4 subplanos que formam o plano mental inferior, temos os 18
subplanos da evolução humana. Um Mestre é aquele que recebeu a 5ª iniciação
planetária, a da Revelação, tornando-se um Adepto (a meta da nossa 4ª cadeia).
Portanto Ele domina perfeitamente os mundos inferiores e, por isso, está em condições
de instruir e orientar a humanidade nessa conquista. O trabalho de transmutação não
consiste apenas em instruir e orientar, mas requer habilidade e poder para manipular
os fogos desses 3 mundos inferiores, que têm comportamentos diferentes para cada
subplano. Como os corpos dos aspirantes e discípulos em processo de transmutação
são constituídos de diferentes densidades de matéria e em diversos graus, podemos
deduzir a complexidade do trabalho dos Mestres, acrescentando-se a isto as funções
dentro do corpo físico denso do Logos planetário, corpo denso esse que, embora não
sendo um princípio, tem funções importantes, da mesma forma que o corpo físico
denso do homem, mesmo não sendo princípio, tem funções importantes para o
homem, como os nosso órgãos.

Os Chohans da 6ª iniciação trabalham nos 4º e 5º éteres do corpo etérico logoico (os


planos búdico e átmico) e ocupam-se de fazer passar a vida do Espírito de uma forma

726
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a outra em tais mundos, tendo por objeto a transmutação dos entes do reino espiritual
ao monádico. Como esses Chohans já vivenciaram as matérias de todos os subplanos
dos planos budico e átmico e estão vivendo no plano monádico, conhecendo portanto
todas as minúcias desses 2 planos, Eles têm capacidade e habilidade para instruir e
estimular os iniciados que estão vivendo e experimentando esses planos, pois sabemos
que na 4ª iniciação o iniciado passa a viver no plano búdico e na 5ª iniciação no plano
átmico. Temos de ter sempre em mente que os centros físicos do nosso Logos
planetário são feitos com a matéria desses planos, circulando por eles fogos (energias)
de suma importância para a consciência física cósmica do Logos, como também para
determinadas funções em Seu corpo físico cósmico. Os que se encontram num nível
ainda superior (os Budas e Seus Confrades dos 1º e 3º Raios) ocupam-se de fazer
passar a vida aos planos subatômico e atômico do físico cósmico. Esses 2 subplanos
são monádico e adi. Os Budas estão no 2º Raio e seus confrades são os Kumaras. O
mesmo raciocínio aplicado para as transmutações anteriores vale para essa, sendo a
mais complexa, uma vez que, quanto mais elevado o plano, mais dinâmica é a matéria e
mais amplas as funções. Todavia há transmutações mais elevadas e complexas, como a
do plano adi (o atômico do físico cósmico) para o 7º subplano da 7ª divisão do plano
astral cósmico.

Tudo o que acima foi dito aplica-se a qualquer esforço hierárquico realizado em todos
os esquemas e globos, pois a unidade de esforço é universal. Em todos os casos o
domínio consciente autoinduzido ou a autoridade precede a capacidade de transmutar.
O Mestre Djwal Khul, com estas palavras, deixa bem claro e sem a menor margem de
dúvida, que a capacidade de transmutar é uma conquista. Os Iniciados, depois da 3ª
iniciação, aprendem a transmutar e a supervisionar o passo da vida do reino animal ao
humano; durante as primeiras etapas da iniciação são comunicadas as fórmulas que
controlam os Devas menores, dando por resultado a fusão dos reinos segundo e
terceiro. Trabalham salvaguardados e supervisionados. Essa fusão dos reinos segundo
e terceiro na transmutação do reino animal (o terceiro) para o humano (o quarto)
ocorre pelo seguinte fato. O corpo físico do homem é feito de matéria dos reinos
mineral (o primeiro), vegetal (o segundo) e animal (o terceiro). A fusão dos primeiro e
segundo deu-se no reino animal. Portanto, a fusão do segundo com o terceiro
realmente ocorreu na transmutação do reino animal para o reino humano. Vemos aí
que essa transmutação não é tão simples assim, como muitos podem pensar. O contato
do animal doméstico com o ser humano é muito útil, mas não é o sufciente.
Determinado trabalho técnico e científco tem de ser feito, o que implica na fusão de

727
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fogos. Isto, é óbvio, só pode ser feito por um iniciado, que já conquistou o domínio de
seus 3 corpos inferiores e, portanto, está apto e capacitado para controlar os devas
que trabalham com os 3 reinos inferiores.

O homem intelectual avançado deveria ser capaz de colaborar na síntese do trabalho e


ocupar-se da transmutação dos metais, porque seu desenvolvimento intelectual, com
respeito aos elementos minerais e os construtores que tem de controlar, é igual ao dos
casos e graus de consciência já mencionados, porém devido aos desastrosos
desenvolvimentos da época atlante e consequente embotamento da evolução
espiritual, por um tempo, até que o carma se reajuste, a arte está perdida, melhor
dizendo, o conhecimento foi resguardado até ter sido alcançado um período de
progresso racial em que o corpo físico adquira a sufciente pureza para suportar as
forças com as quais terá de se por em contato e saia do processo de transmutação
química, não só enriquecido em conhecimento e experiência, mas fortalecido em sua
fbra interna.

A medida que transcorra o tempo, o homem fará gradualmente 4 coisas:

1. Recuperará o conhecimento do passado e os poderes desenvolvidos na época


atlante.

2. Produzirá corpos que resistam aos elementais do fogo de ordem inferior, os quais
trabalham no reino mineral.

3. Compreenderá o signifcado interno da radioatividade ou a liberação do poder


inerente a todos os elementos, a todos os átomos da química e a todos os minerais
verdadeiros.

4. Reduzirá a SOM as fórmulas dos futuros químicos e cientistas e não simplesmente


formulará seus ensaios sobre o papel. Nesta afrmação encontra-se (para aqueles
que podem perceber) a insinuação mais iluminadora que foi possível dar até agora
sobre este tema.
Talvez pareça aos olhos do leitor que não foi dada muita informação a respeito da
consciente manipulação dos fogos. Isto se deve à incapacidade do estudante de ler o
transfundo esotérico do foi dado. A transmutação consciente só é possível quando o
homem tenha transmutado os elementos de seus próprios veículos; só então será
possível lhe confar os secretos da divina alquimia. Uma vez que, por meio dos fogos

728
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
latentes internos da matéria de seus próprios envoltórios, tenha transmutado os
átomos químico e mineral de ditos envoltórios, então sem perigo - em virtude da
afnidade de substância - poderá ajudar no trabalho de transmutação mineral de 1ª
ordem. Unicamente quando (por meio dos fogos irradiantes dos envoltórios) tenha
transmutado o que é análogo ao reino vegetal em seu próprio organismo, pode realizar
o trabalho de alquimia de 2ª ordem. Só quando os fogos da mente dominam, o homem
pode trabalhar no processo transmutador de 3ª ordem, o de transferir a vida a formas
animais. Só quando o Eu interno ou o Ego no corpo causal, controla sua tríplice
personalidade, é permitido ocultamente ao homem ser um alquimista de 4ª ordem e
trabalhar na transmutação da Mônada animal ao reino humano, conjuntamente com
todo o vasto conhecimento que isto inclui. Muito deve ser realizado todavia, porém a
compreensão da magna tarefa que temos por diante não deverá ser causa de
desalento, porque o inteligente delineamento do futuro e a cautelosa divulgação do
conhecimento a respeito das necessárias etapas a alcançar, induzirá muitos aspirantes
a desenvolver um tenaz esforço objetivo e durante o processo evolutivo virão aqueles
que são capazes de realizá-lo.

Estudo 209

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Futuras - a. O Processo Transmutador - A
Manipulação Consciente dos Fogos (Continuação) (Páginas 404, 405 e 406)

Falar claramente sobre o tema da transmutação é um autêntico problema, devido à sua


amplitude e ao fato de que neste processo o mago ou o alquimista trabalha com
essência dévica, controlado pelos Construtores menores, em colaboração com os
grandes Devas. Consequentemente, a fm de esclarecer o pensamento e dar
consistência às conjecturas a este respeito, desejamos principalmente apresentar
certos postulados que devem ser levados muito em conta, quando consideramos este
tópico. São 5 os postulados e concernem especifcamente ao campo no qual o
processo de transmutação se desenvolve. O estudante deve recordar aqui a diferença
estabelecida entre o trabalho do mago da escuridão ou das sombras (o mago que
trabalha na linha do mal) e o da luz (o que trabalha na linha do bem). Será útil, antes de
continuar, que consideremos estas diferenças no que se aplica ao tema:

729
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Primeiro. O Irmão da luz trabalha com energia elétrica positiva. O Irmão das sombras
trabalha com energia elétrica negativa.

Segundo. O Irmão da luz ocupa-se da alma das coisas. O mago da escuridão concentra
sua atenção na forma.

Terceiro. O Irmão da luz desenvolve a energia inerente à esfera implicada (humana,


animal, vegetal ou mineral) e obtém resultados por meio de atividades autoinduzidas da
vida central sub-humana, humana ou super-humana. O mago das sombras obtém
resultados valendo-se de forças externas à esfera implicada e produz a transmutação
utilizando resolventes (se assim podemos denominá-los) ou pelo método de redução da
forma, em vez da irradiação, como faz o mago da luz.

Devem ser considerados muito cuidadosamente estas diferenças de método e


visualizar sua reação com respeito aos diferentes elementos, átomos e formas.
Passemos aos 5 postulados supracitados, referentes à transmutação da substância, à
dissolução da vida ou à transferência da energia nas diferentes formas.

OS CINCO POSTULADOS

1º Postulado. Toda matéria é matéria vivente ou substância vital de entidades dévicas.


Por exemplo, um plano e todas as formas construídas com substância desse plano
particular, constituem a forma material ou o envoltório de um grande Deva, que é a
essência da manifestação e a alma do plano.

2º Postulado. Todas as formas, qualquer que seja a nota em que vibram, são
construídas pelos Devas construtores com a matéria de seus próprios corpos. Por isso
eles são denominados o grande aspecto Mãe, pois produzem a forma com sua própria
substância.

3º Postulado. Os Devas constituem a vida que produz a coesão da forma. São o 3º e o


2º aspectos fundidos e podem ser considerados como a vida de todas as formas sub-
humanas. O mago que pratica a transmutação no reino mineral trabalha praticamente
com essência dévica em sua forma mais primitiva, a qual se encontra no arco
ascendente da evolução; devem ser recordadas 3 coisas:

a. O efeito que produz a retroatração das vidas involutivas que se encontram detrás
do mineral ou sua herança, ou seja, o reino das essências elementais, que antecede o
mineral.

730
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
b. A sétupla natureza do particular grupo de Devas, que constitui seu ser em sentido
oculto, ou seja, os 7 grupos regidos, cada um, por um dos 7 Raios.

c. A seguinte etapa de transição ao reino vegetal ou o efeito esotérico do segundo


reino sobre o primeiro, o que quer dizer a infuência do reino vegetal sobre o reino
mineral, atraindo-o, assim como o reino humano atrai o reino animal.
4º Postulado. Todas as essências e todos os construtores dévicos do plano físico são
peculiarmente perigosos para o homem, porque trabalham em níveis etéricos e, como
já indiquei anteriormente, são os transmissores de prana ou a substância vital
animante; daí que descarreguem sobre o ignorante e o desprevenido essência ígnea
que queima e destrói.

5º Postulado. Os Devas não trabalham como unidades individualizadas conscientes,


com propósitos autoiniciados, como no homem, no Homem celestial ou no Logos solar
(considerados como Egos), mas trabalham em grupos, sujeitos a:

a. Impulso inerente ou inteligência ativa latente.


b. Ordens ditadas pelos Construtores maiores.
c. Rito ou compulsão, induzidos pela cor e pelo som.
Se estes fatos forem tidos em conta e considerados, será obtida alguma compreensão
do papel que os Devas desempenham no processo de transmutação. A posição que o
fogo ocupa no processo é de peculiar interesse aqui, porque defne claramente os
diferentes métodos aplicados por 2 escolas.

Estudo 210

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos - Os cinco Postulados(Comentários) (Página 405)

Façamos alguns comentários sobre o exposto no estudo anterior. Vejamos as


diferenças na ação dos 2 tipos de mago. O da luz trabalha sempre com a Vida que está
utilizando a forma para desenvolver alguma qualidade, dentro de um propósito, para
evoluir. Quando o mago da luz atua num átomo químico, para estimulá-lo em sua
evolução, ele manipula seus próprios fogos para estimular simultaneamente a matéria
constituinte do átomo e o ser elemental que tem o átomo químico como veículo de

731
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
expressão. Assim a vida interna do átomo reage ao duplo estímulo e, ela mesma, se
dinamiza internamente, levando seu veículo a uma maior e melhor atividade (melhora a
qualidade da atividade), chegando a um ponto em que começa a irradiar partículas, ou
seja, torna-se radioativa e começa a infuenciar outros átomos, o que é uma prestação
de serviço no reino mineral. Por fm o ser elemental, pela sua enorme atividade interna,
libera-se da forma, por ela deixar de ser apropriada para a sua capacidade e vai em
busca de uma forma mais adequada. O mago da luz também age nessa transferência,
empregando sempre fogos adequados ao reino mineral.

Da mesma forma o mago da luz procede, quando atua nas formas do reino vegetal, na
transferência das vidas desse reino para o animal. Nesse caso o trabalho é mais
complexo, uma vez que os fogos envolvidos são mais qualifcados, mesmo sendo os 3
essenciais (elétrico, solar e por fricção). O reino vegetal expressa mais qualidades que
o mineral. A complexidade é bem visível porque o reino vegetal contém elementos do
reino mineral em processo de fusão com esse reino, o que culminará no reino animal.
Assim o mago da luz trabalha com energia positiva.

Já o mago das sombras se comporta de modo diametralmente oposto. Ao invés de


estimular a vida interna, ele violenta a forma, com o objetivo de desintegrá-la e assim
obrigar a vida interna a ter de sair, por fcar sem seu veículo de expressão,
acontecendo isto sem a vida interna estar pronta para uma saída. Isto é trabalhar
contra o processo evolutivo e contra o Plano divino.

Em seu trabalho destruidor, o mago das sombras utiliza fogos transportados por
átomos negativos, com vibrações (oscilações) contrárias (fora de sintonia) às do
veículo da vida interna do átomo químico. Vejamos o processo usado na bomba nuclear
e no estudo das partículas nos gigantescos aceleradores lineares, como o que está
sendo construído no subsolo entre a França e a Suíça.

Na bomba de fusão, uma bomba de fssão (que é uma destruição do átomo de


urânio235) libera as vidas e as energias, que irão transformar átomos de lítio4 em
trítio, levando a uma fusão forçada de átomos de deutério com átomos de trítio,
nascendo átomos de hélio, havendo liberação de energia nesse processo, energia essa
que desintegra átomos de urânio238, de uma maneira forçada e obrigando as vidas
internas a se afastarem, pela destruição de seus veículos, o que é trabalhar contra o
Plano divino em larga escala.

No caso dos aceleradores lineares, pela aceleração de partículas subatômicas, através


de campos elétricos e magnéticos, elas atingem velocidades elevadíssimas, próximas

732
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da velocidade da luz e assim fcam dotadas de enorme energia cinética, quando então
são direcionadas para um local chamado câmara de bolha, onde colidem com átomos
químicos e partículas subatômicas, destruindo-os, para serem detectadas as partículas
constituintes. Também é um processo contrário ao Plano divino, embora científco.

Embora a ciência aprenda com isso, todavia um carma é gerado contra o reino mineral.
A seguinte pergunta pode ser feita: há outro método de se entender o funcionamento
interno do átomo químico? A resposta é sim e é um método muito mais seguro e de
acordo com o Plano divino. Esse método consiste em o homem despertar sua visão
interna e ver diretamente a vida interna do átomo químico em ação.

Assim ele poderá controlar e utilizar benefcamente essas vidas, ao mesmo tempo
auxiliando-as em sua evolução, o que é trabalhar para o Plano divino.

Dentro da concepção de vidas menores dentro de vidas maiores, sabemos que toda a
matéria é vida em manifestação, ou seja, é o reino dévico em manifestação. Por isso
todo mago que trabalha com qualquer reino, manipula essência dévica, a qual constitui
também o próprio corpo do mago. Daí a grande necessidade de conhecimento e
cuidado no trabalho de manipulação da essência dévica, a matéria, de qualquer
natureza: física, astral, mental, búdica, átmica etc.

Por isto a exigência mais importante para um mago é dominar completamente todas as
essências dévicas que constituem seus mecanismos de evolução, o que signifca o
controle pleno de todos os seus corpos.

Estudo 211

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Continuação) (Páginas 406, 407 e 408)

Estudemos os processos utilizados pelas duas escolas, a Fraternidade da Luz e a


oposta, a Fraternidade das Sombras.

No processo seguido pela Fraternidade da Luz é estimulado, nutrido e fortalecido o


fogo interno que anima o átomo, a forma ou o homem, até que (devido à sua própria
potência interna) queima seus envoltórios e escapa por radiação de seu "círculo não se
passa". Isto pode ser observado de forma notável no processo da 4ª iniciação, a fnal

733
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para o ciclo que prende o homem à Terra, quando o corpo causal e o Loto Egoico são
destruídos pelo fogo. Este fogo interno queima tudo, escapando-se o fogo elétrico. Por
conseguinte, o verdadeiro alquimista do futuro procurará, em todos os casos, estimular
a radioatividade do elemento ou átomo com o qual trabalha e centrará sua atenção no
núcleo positivo , pois, acrescentando a vibração, atividade e positividade de tal núcleo,
obterá o fm que deseja. Os Mestres fazem o mesmo em conexão com o Espírito
humano (a Mônada humana) e não se preocupam, por mínimo que seja, com seu
aspecto "dévico". A mesma regra básica aplica-se ao mineral como ao homem.

O processo seguido pela Fraternidade das Sombras é oposto ao anterior. A atenção é


centrada sobre a forma com o objetivo de desintegrar e dispersar a forma ou
combinação de átomos, a fm de que a vida elétrica central possa escapar. Seus
membros obtêm resultados valendo-se de agentes externos e aproveitando a natureza
destrutiva da substância (essência dévica). Queimam e destroem o envoltório material,
tratando de aprisionar a essência volátil que escapa a medida que se desintegra a
forma. Isto entorpece o plano evolutivo da vida implicada, atrasa sua consumação,
interfere no ordenado progresso de desenvolvimento e coloca todos os fatores que
intervêm em má posição. A vida (ou entidade) implicada sofre um retrocesso; os Devas
trabalham de forma destrutiva e sem participar dos fns do Plano e o mago se encontra
em perigo, devido à Lei do Carma e à materialização de sua própria substância
mediante sua afnidade com o 3º aspecto. Este tipo de magia do mal infltra-se em
todas as religiões, precisamente pela destruição da forma mediante agentes externos e
não pela liberação da vida através da preparação e do desenvolvimento interno. A isto
são devidos os males produzidos pela Hatha Ioga na Índia e pelos métodos similares
praticados por certas religiões e ordens ocultas do Ocidente. Ambos trabalham com
matéria de qualquer plano dos 3 mundos inferiores, praticando o mal para que resulte
o bem; controlam os Devas e buscam obter fns específcos, manipulando a matéria da
forma. A Hierarquia trabalho com a alma dentro da forma e produz resultados
inteligentes, autoinduzidos e permanentes. Quando a atenção é centrada na forma e
não no Espírito, existe a tendência para render culto aos devas, fazer contato com eles
e praticar magia do mal, porque a forma é feita de substância dévica em todos os
planos.

Isto deve ser tido muito em conta em relação com todas as formas, pois encerra a
chave de muitos mistérios.

Temos visto que nesta questão de transferir a vida de uma forma a outra, o trabalho se
realiza sob lei e ordem, efetuando-se mediante a colaboração dos devas no primeiro

734
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
caso (os magos das sombras), pela aplicação de agentes externos ao átomo ou à forma
envolvida e, no segundo caso (os magos da luz, a etapa mais importante e prolongada
do procedimento), mediante a consequente reação dentro do átomo mesmo,
produzindo-se a intensifcação do centro positivo ardente e o resultante escape (por
radioatividade) da essência volátil.

Nas diversas etapas os elementais do fogo desempenham sua parte ajudados pelos
devas do fogo, os agentes controladores. Isto ocorre em todos os planos que nos
concernem, principalmente nos 3 mundos inferiores - diferentes grupos de devas
entram em ação, de acordo com a natureza da forma implicada e com o plano no qual a
transmutação tem de ser levada a cabo. O fogo elétrico passa de um átomo a outro de
acordo com a lei e o "fogo por fricção", fogo latente do átomo ou seu aspecto negativo,
responde; o processo se desenvolve por meio do fogo solar. Aqui está o segredo da
transmutação e seu aspecto mais misterioso. O fogo por fricção, a eletricidade
negativa da substância, tem sido, durante algum tempo, o tema de atração da ciência
exotérica e a investigação da natureza da eletricidade positiva foi feita graças ao
descobrimento do elemento rádio.

Como H. P. Blavatsky insinuou (na D. S. , I, 182, 252-256), J. W. Keely tinha avançado


neste caminho e sabia mais ainda do que expôs; outros já se aproximaram ou estão se
aproximando do mesmo objetivo. O próximo passo que a ciência deve dar é nessa
direção e deveria ocupar-se da força potencial do átomo, enclausurando-a para uso do
homem. Isto liberará no mundo uma incalculável quantidade de energia. Somente
quando for compreendido o 3º fator e a ciência aceite a ação do fogo mental,
personifcado por certos grupos de devas, estará à disposição do homem a força da
tríplice energia e sem embargo uma, nos 3 mundos inferiores. Tudo isto acha-se muito
distante e só será possível no fnal desta atual ronda; estas potentes forças não serão
utilizadas plenamente nem serão conhecidas totalmente até meados da próxima ronda.
Então, estará disponível muita energia e serão eliminadas todas as obstruções. Em
relação com o homem, isto se efetivará durante a separação no Dia do Juízo e
produzirá também resultados em outros reinos da natureza. Uma parte do reino animal
entrará em obscurecimento temporário e liberará energia para que a utilize a parte
restante, produzindo resultados como os indicados pelo profeta de Israel ao referir-se
ao "lobo dormindo dom o cordeiro"; seu comentário " um menino os guiará" é, em
grande parte, a enunciação esotérica do fato de que 3/5 da humanidade encontrar-se-
á no Caminho; "menino" é a denominação dada aos que estão na etapa de provas e aos
discípulos. Nos reinos vegetal e mineral haverá uma demonstração similar, porém de

735
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
natureza demasiado confusa para nossa compreensão.

Estudo 212

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Continuação) (Páginas 408, 409 e 410)

O fator central do fogo solar, no trabalho de transmutação, será compreendido pelo


estudo dos Devas e elementais do fogo, os quais são fogo e, em si mesmos
(essencialmente e por ativa radiação magnética), o calor externo ou vibração, que
produz:

A força que atua sobre a parede esferoidal do átomo.

A resposta dentro do átomo, produzindo por sua vez a radiação ou o escape da


essência volátil.

Expressando-o em termos do cosmos e considerando o sistema solar como átomo


cósmico, dir-se-ia que:

• As abstrações ou entidades que moram na forma são "fogo elétrico".

• A substância material, encerrada dentro do "círculo não se passa", considerada


como um todo homogêneo, é "fogo por fricção".

• Os devas do fogo do plano mental cósmico (dos quais Agni e Indra são as
personifcações, junto com outro cujo nome não se dá) são os agentes externos que
levam adiante a transmutação cósmica.
Esta tríplice afrmação pode aplicar-se a um esquema, a uma cadeia e também a um
globo, tendo presente que, em relação com o homem, o fogo, que é seu 3º aspecto,
emana desde o plano mental do sistema.

Temos tratado de maneira ampla e geral esta questão da eletricidade e vimos que a
essência do fogo ou substância, dissolve-se mediante a atividade interna e o calor
externo, de tal modo que o fogo elétrico, no centro do átomo, libera-se e busca uma
nova forma. Esta é a fnalidade do processo transmutador; o fato de que os
alquimistas, trabalhando no reino mineral, não tenham conseguido seu objetivo, deve-

736
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
se a 3 coisas:

Primeiro. Incapacidade de estabelecer contato com a chispa elétrica central. Isto se


deve a que ignoram certas leis da eletricidade e, sobretudo, a fórmula estabelecida que
abarca a esfera de infuência elétrica de tal chispa.

Segundo. Incapacidade de criar o necessário canal ou "caminho" pelo qual a vida que
escapa pode entrar em sua nova forma. Muitos têm logrado destruir a forma
permitindo escapar a vida, porém não têm sabido canalizá-la nem guiá-la, portanto,
todo seu trabalho foi perdido.

Terceiro. Incapacidade de controlar os elementais do fogo, que são o fogo externo e


afetam a chispa central através do meio ambiente. Esta incapacidade é essencialmente
característica dos alquimistas da 5ª raça-raiz, praticamente incapazes de exercer tal
controle, por ter perdido as Palavras, as fórmulas e os sons. Isto é consequência do
injustifcado êxito alcançado na época atlante, quando os alquimistas dessa época, por
meio da cor e do som, conseguiram dominar de tal modo os elementais, que os
utilizaram para fns egoístas e empresas alheias a suas atividades legítimas. Este
conhecimento das fórmulas e sons pode ser adquirido com relativa facilidade, quando
o homem tiver desenvolvido o ouvido espiritual interno. Neste caso, sem embargo, o
processo de tipo mais grosseiro de transmutação (tal como o implicado na fabricação
de ouro puro) não lhe despertará o mínimo interesse; sua atenção concentrar-se-á nas
formas mais sutis de atividade, relacionadas com a transferência da vida de uma forma
a outra de grau superior.

Também podemos assinalar os seguintes fatos:

Primeiro. Cada reino da natureza tem sua nota ou tom, sendo dita nota a chave ou nota
fundamental dos sons mântricos, que concernem a qualquer processo transmutador
de um reino.

Segundo. A nota do reino mineral constitui a nota fundamental da substância mesma.


Em grande parte a pronunciação da nota ou das combinações, baseadas nesta chave,
trazem os grandes cataclismos mundiais causados pela ação vulcânica. Cada vulcão
emite tal nota; para aqueles que desenvolveram a visão, o som e a cor (entendidos
ocultamente) de um vulcão é algo verdadeiramente maravilhoso. Cada gradação dessa
nota encontra-se no reino mineral, o qual se acha dividido em 3 divisões principais:

a. Os metais comuns, tais como o chumbo e o ferro, com todos os metais afns.

737
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
b. Os metais patrões (os nobres), tais como o ouro e a prata, que desempenham uma
parte vital na vida da raça e são a manifestação mineral do 2º aspecto.

c. Os cristais e pedras preciosas, o 1º aspecto segundo atua no reino mineral - a


consumação do trabalho dos devas minerais e o produto de seus esforços
incansáveis.
Quando os cientistas souberem plenamente o que é que produz a diferença entre a
safra e o rubi, terão descoberto uma das etapas do processo transmutador; sem
embargo não o obterão até que tenha sido controlado o 4º éter e descoberto seu
segredo. A medida que transcorra o tempo, a transmutação, por exemplo, do carbono
em brilhantes, do chumbo em prata ou de certos metais em ouro, não terá atração
para o homem, porque será reconhecido que tal ação terá como consequência a
deterioração das normas de vida, trazendo pobreza em vez de riqueza; o homem
compreenderá oportunamente que a adaptação da energia atômica a suas
necessidades ou a indução da crescente radioatividade é, para ele, a senda para a
prosperidade e a riqueza. Em consequência, concentrará sua atenção nesta forma
superior de transferência da vida e mediante:

a. o conhecimento dos devas,


b. a pressão externa e a vibração,
c. o estímulo interno,
d. a cor aplicada como estímulo e vitalização e
e. os sons mântricos,
descobrirá o segredo da energia atômica, latente no reino mineral e utilizará tão
inconcebível poder e força na solução dos problemas da existência. Unicamente
quando for melhor compreendida a energia atômica e, em certa medida, o 4º éter,
alcançaremos o domínio do ar que, inevitavelmente, temos por diante.

Terceiro. Pelo descobrimento da nota característica do reino vegetal, por sua


conjunção com outras notas da natureza e por sua adequada emissão em distintas
chaves e combinações, virá a possibilidade de produzir maravilhosos resultados em
ditos reinos e estimular a atividade dos devas que trabalham com fores, frutos e ervas.

Continuaremos a seguir, com comentários sobre o acima exposto.

738
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 213

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Comentários sobre as páginas 408, 409 e 410)

Teçamos comentários sobre o que foi exposto imediatamente antes.Sabemos que em


todo processo transmutador 3 agentes estão sempre presentes: aquilo que vai ser
transmutado, a Vida (em qualquer nível), a qual, quando atua é fogo elétrico e daí ser
chamada fogo elétrico; o chamado, pelo Mestre Djwal Khul, fator central do fogo solar;
a força que atua sobre a parede esferoidal do átomo, o fogo por fricção.

Para haver transmutação, dentro dos padrões previstos no Plano Divino, é necessário o
estímulo sobre a Vida que está se expressando através de uma forma, de tal modo que
essa Vida reaja ao estímulo, tornando-se mais dinâmica, o que é feito por meio do seu
fogo elétrico, o qual atua nos seus fogos solar e por fricção. Sabemos que existe uma
interação entre os fogos por fricção e solar (também chamados kundalini e prana,
respectivamente), os quais devem fcar em sintonia (ou fundidos) e fnalmente,
sintonizarem-se (ou fundirem-se) com o fogo elétrico. Isto ocorre em todos os níveis,
tanto que na 4ª iniciação planetária, a da Renúncia, os 3 fogos: elétrico da Mônada,
solar da Alma e por fricção dos corpos inferiores, fundem-se (entram em sintonia
perfeita) e, pelo intenso calor gerado pela elevadíssima vibração ou oscilação,
desintegram o Loto Egoico, liberando as Vidas residentes nas partículas do Loto Egoico
e o Anjo Solar, ocorrendo a grande Transmutação buscada pela Mônada humana em
sua peregrinação pelos 3 mundos inferiores, dos quais Ela fca totalmente livre.

Nesse fenômeno elétrico, a iniciação, importantíssimo para o homem, percebemos


claramente os 3 agentes atuantes: o fogo elétrico da Mônada, o fogo solar da Alma e o
fogo por fricção dos 3 corpos inferiores.

Assim, deduzimos logicamente que todo aquele que quer ajudar no processo de
transmutação (não esquecer que uma iniciação é uma transmutação), tem de saber e
ter poder de manipular, com plena consciência, técnica e numa intensidade certa, os 3
fogos externos, de tal modo que os fogos internos tríplices dos corpos da Vida
ocupante sejam estimulados, o que levará a Vida ocupante a perceber esse estímulo e
Ela mesma passar a se autoestimular, até atingir o ponto de liberação pela sua própria
iniciativa. Portanto o trabalho do transmutador não é fazer o trabalho da Vida com a
qual ele está trabalhando, mas sim dar o estimulo inicial e acompanhar todo o processo
a ser desenvolvido pela Vida estimulada. É muito evidente que a Vida é que tem de agir;

739
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
se assim não fosse, como Ela iría aprender?

Há mais uma coisa a ser considerada: sempre teremos uma Vida mais evoluída
estimulando uma outra Vida menos evoluída. É esse o verdadeiro segredo de toda
transmutação.

Fica bem óbvio que todo transmutador (na realidade todo Mago) tem de ser o Senhor
supremo dos 3 fogos de seus corpos, o que, com outras palavras, é o domínio pleno
dos seus corpos. Daí a ênfase que o Mestre Djwal Khul dá ao estudo dos fogos,
constituindo eles o título de Seu mais importante e profundo livro, o Tratado sobre
Fogo Cósmico.

Quando enfocamos a transmutação, vemos:

• A Vida estimuladora, mais evoluída, polo positivo.


• A Vida a ser estimulada, menos evoluída, polo negativo.
Composição de ambas as Vidas:

• Vida central, expressando fogo elétrico por excelência, no caso do homem, a


Mônada.

• Vida intermediária, expressando fogo solar por excelência, no caso do homem, a


Alma ou Ego.

• Corpos de expressão, expressando fogo por fricção por excelência, no caso do


homem, a personalidade, quando enfocamos os 3 corpos inferiores em conjunto.
Temos pois uma dualidade: 2 polos, positivo e negativo e uma triplicidade: os 3 fogos,
sendo cada fogo tríplice.

Raciocinando em termos numéricos, temos 3 fogos tríplices, que, multiplicados (3 x 3),


produzem o Nove. Somando ao Nove o Um produzido pelos 2 polos que se unem pelo
contato (a Vida estimuladora e a Vida estimulada), temos o Dez da perfeição.

A expressão "fator central do fogo solar", usada pelo Mestre Djwal Khul, refere-se aos
Devas, que constituem a essência do fogo solar, como dos outros 2 fogos: elétrico e
por fricção. O fogo solar é destacado aqui, porque, por ser ele o agente de coesão ou
de ligação, exerce papel de grande importância no estímulo a ser dado à Vida a ser
estimulada, na sua ação sobre a parede esferoidal do átomo, em se tratando desse.
Todavia esse mesmo raciocínio aplica-se aos demais "átomos", como o humano, o que é

740
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fácil de entender, ao analisarmos a ação dos Kumaras sobre o homem lemuriano. Como
os Kumaras estavam convivendo fsicamente com os lemurianos, lado a lado, suas
auras interpenetravam as dos lemurianos (a parede esferoidal do "átomo", quando
olhamos o homem lemuriano como um átomo maior) e, assim, o fogo solar mais
elevado dos Kumaras era transferido para as auras dos lemurianos, os quais eram
intensamente estimulados.

Desse modo os lemurianos, estimulados, reagiram ao estímulo e intensifcaram suas


mentes, propiciando o processo de construção do Loto Egoico pelo Anjo Solar. Esse
trabalho dos Kumaras foi literalmente de transmutação.

Faremos mais comentários no próximo estudo.

Estudo 214

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Continuação dos Comentários sobre as páginas 408, 409 e
410)

Continuemos nossos comentários sobre o conteúdo das páginas 408, 409 e 410 do
Tratado sobre Fogo Cósmico. Analisemos as palavras do Mestre Djwal Khul, referentes
a Agni, Indra e um Terceiro, cujo nome não é dado, como personifcações dos Devas do
fogo do plano mental cósmico. Sabemos que Agni é o regente do plano mental do
nosso sistema e Indra do plano búdico. O Terceiro (cujo nome não é dado) deve ser o
regente do plano átmico. Temos portanto, de forma clara e óbvia, uma relação entre o
plano mental cósmico e os planos átmico, búdico e mental do sistema, em termos de
fogo. Ora, o plano átmico, sendo o terceiro, é regido pelo 3º Raio, Inteligência Ativa,
Manas, do qual se originam o 4º Raio, que rege o plano búdico e o 5º Raio, regente do
plano mental. Assim, podemos deduzir, dentro de um raciocínio lógico, que os nossos
planos átmico, búdico e mental são infuenciados pelo plano mental cósmico, dedução
essa que nos leva a maiores especulações, sempre numa linha de raciocínio lógico.

Quando o Mestre D. K. diz que a essência do fogo ou substância se dissolve mediante a


atividade interna e o calor externo, de tal modo que o fogo elétrico, no centro do
átomo, libera-se e busca uma nova forma, interpretamos a expressão "se dissolve"
como "impregna" e "calor externo" como "dinamização do movimento das partículas", o

741
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que torna a forma menos densa ou mais rarefeita, levando o fogo elétrico (a vida
interna) à liberdade, uma vez que ele passa a trabalhar com uma forma mais leve e
consequentemente com mais capacidade de movimento, ou seja, mais ágil. Assim,
concluímos que as palavras do Mestre D. K. são profundamente esclarecedoras,
racionais e científcas.

Vejamos agora a falta de êxito por parte dos alquimistas do reino mineral no processo
de transmutação. No item primeiro o Mestre D. K. cita a incapacidade de fazer contato
com a vida (chispa) elétrica central, por desconhecerem certas leis da eletricidade e,
principalmente, a fórmula estabelecida que abarca a esfera de infuência elétrica de tal
chispa. Na nossa interpretação os alquimistas não conseguiam "ver" a vida dentro do
átomo químico, a "chispa elétrica", agente gerador da atividade do átomo,
desconheciam a interação entre os 3 fogos, não tinham noção do processo de sintonia
(que o Mestre D. K. chama fusão) e não sabiam o propósito da vida central e por isso
também não sabiam a fórmula, que é o método de ação da vida central (a chispa
elétrica) para conseguir seu propósito. Devido a essa falta de conhecimento, os
alquimistas agiam apenas materialmente e não colocavam no processo a parte mais
importante, que não pode ser revelada publicamente. Todavia, deram origem à
organização da química como ciência.

No 2º item temos a incapacidade de criar o necessário canal pelo qual a vida que
escapa pode entrar em nova forma. Já que não conseguiam ver essa vida central no
átomo químico, não podiam conduzi-la a uma nova forma. Apenas podiam conseguir
destruir a forma, liberando a vida, sem poder realizar realmente a transmutação.

No 3º item temos a incapacidade de controlar os elementais do fogo, que são o fogo


externo e afetam a chispa central através do meio ambiente. Sabemos que para
controlar os devas, o homem deve primeiro controlar os pitris lunares de seus corpos,
sem o que torna-se altamente perigoso tentar controlar os devas por meio de cores e
sons, caso descubra essas cores e esses sons, uma vez que, ante qualquer descuido,
as consequências serão funestas para o alquimista, pois seus corpos são formados de
essência dévica.

O Mestre D. K. diz que esta incapacidade é essencialmente dos alquimistas da nossa 5ª


raça-raiz, por terem perdido as Palavras, as fórmulas e os sons, sendo isso
consequência do mau uso feito na raça atlante, quando, pelo uso da cor e do som,
conseguiam dominar os elementais e usá-los para fns egoístas e estranhos às suas
fnalidades.

742
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sabemos que os atlantes, por possuírem a visão e a audição astrais de nascença,
conseguiam ver e ouvir os devas operando na natureza e assim aprendiam as cores e
os sons (vibrações) provocados por eles na execução dos diversos fenômenos. Assim
podiam reproduzir essas cores e esses sons e direcionar as atividades dos devas para
os fns que os alquimistas atlantes queriam.

Os atlantes apenas sabiam reproduzir as cores e os sons, mas não entendiam o


processo, porque suas mentes ainda não estavam em plena atividade, uma vez que a
meta da raça atlante, a 4ª, foi desenvolver o corpo astral e não o mental. Mas o
comportamento dos alquimistas atlantes foi tão prejudicial ao Plano Divino, que a
Hierarquia se viu obrigada a desativar a visão e a audição astrais da raça humana,
desconectando o chacra alta maior da coluna vertebral etérica, fcando ele inativo. O
Mestre D. K. diz que esse conhecimento pode ser adquirido com relativa facilidade,
pelo desenvolvimento do ouvido espiritual interno. Este despertar do ouvido espiritual
interno está ligado ao processo evolutivo dentro dos padrões da Hierarquia e do Plano
Divino, ou seja, pelo uso da mente, pela busca do conhecimento, pela meditação
verdadeira (e não essas atitudes devocionais que erroneamente chamam meditação) e
pelo autocontrole completo, ou seja, dos 3 corpos inferiores: físico, astral e mental.
Assim, o chacra alta maior se conecta com a coluna vertebral etérica, despertando a
visão e a audição astrais (o chacra alta maior se conecta com o laríngeo). Nesse
processo consideramos também o salto do fogo por fricção tríplice do chacra entre as
omoplatas para o alta maior, o que supõe a fusão dos fogos por fricção/elétrico, /solar
e /por fricção.

Pela expressão "relativa facilidade", percebemos claramente que a recuperação desses


sons e cores não é tão fácil, pois requer vontade, esforço, busca do conhecimento e
sua aplicação em si mesmo e no serviço altruísta pela evolução da humanidade.

Finalizando, podemos afrmar que pelo estudo da Física e da Química modernas, com
enfoque esotérico, melhor dizendo, tendo na mente as informações do Mestre D. K. ,
podemos descortinar muita coisa do processo de transmutação, como, por exemplo, os
decaimentos alfa e beta.

Estudo 215

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro

743
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Comentários sobre o conteúdo das páginas 409 e 410)

Continuemos nossos comentários sobre o processo de transmutação. Enfoquemos


nossa atenção sobre a chamada "nota", neste processo. Primeiramente procuremos
entender o que é essa "nota". Para tal sigamos uma linha de raciocínio, com base em
uma lógica. A palavra nota, neste contexto, signifca som. Seria muita ingenuidade
pensar que seja apenas uma nota musical. Ela somente indicaria a frequência
fundamental e não seria unicamente uma nota, dentre as sete. Como tudo na natureza
vibra ou oscila e toda oscilação se repete um determinado número de vezes, temos o
conceito de frequência associado a toda oscilação ou vibração. Frequência é o número
de oscilações ou vibrações por segundo (simbolizado por hz, hertz, na eletrônica).

Sendo o som uma onda mecânica, diferente da onda eletromagnética, é a partícula que
oscila ou vibra. Ora, oscilação é um movimento que se repete. Todo movimento tem
uma trajetória, que pode ter muitas formas: retilínea, curva, parabólica, quadrada,
retangular, triangular, pentagonal, hexagonal, heptagonal, enfm, uma infnidade de
formas. Sendo uma onda alternada, o movimento ocorre inicialmente num sentido (uma
alternância ou um semiciclo) e depois no sentido oposto (a outra alternância ou o outro
semiciclo), perfazendo os 2 semiciclos um ciclo. Vemos aí a analogia da Lei dos ciclos.
A evolução se processa em 2 semiciclos: o semiciclo no sentido para o mais denso
(chamado involução) e o semiciclo inverso no sentido para o mais sutil (chamado
retorno). Na encarnação temos o movimento indo da matéria causal, quando o Ego
desloca sua atenção da matéria causal, indo no sentido para a matéria física e ocorre o
nascimento (quando termina um semiciclo). Logo após o nascimento, inicia-se o outro
semiciclo, no sentido para o mais sutil, que se encerra quando o Ego retorna sua
atenção para a matéria causal, após as 3 mortes (a física, a astral e a mental),
completando-se um ciclo completo na vida do Ego.

Temos no som uma outra característica a ser observada: sua força ou intensidade, que
possui grandeza. Podemos entender essa força, claramente, no movimento. No início
de um semiciclo, a partícula, saindo do estado de repouso (estado quiescente) para o
de movimento, sai da velocidade zero para uma velocidade maior do que zero, excitada
por uma energia que penetrou nessa partícula, sendo essa velocidade acelerada
gradualmente, de várias maneiras, por exemplo, dobrando a cada instante, como,
sendo v a velocidade inicial, passa para 2v no instante seguinte, 4v no seguinte, 8v no
seguinte, até atingir a velocidade máxima e começar a desacelerar, até recomeçar tudo
no sentido inverso. Sabemos da Física que toda partícula em movimento possui uma

744
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
energia cinética igual ao produto de sua massa pela sua velocidade, logo, quando ela
chega ao máximo de velocidade, está dotada de uma força.

Considerando a quantidade de partículas executando o mesmo movimento num som,


teremos o conceito de pressão do som, pois teremos várias unidades de força atuando
numa determinada área. Assim conseguimos demonstrar, por meio de um raciocínio
simples e lógico, que o som, realmente, pode construir e destruir, como diz o Mestre
Djwal Khul.

No reino mineral todos os átomos químicos são formados de elementos básicos,


chamados quarks pelos físicos e átomos físicos primordiais pelos ocultistas. Esses
elementos básicos executam movimentos cíclicos, gerando consequentemente ondas
mecânicas e sons. Como cada elemento químico tem seu átomo formado de uma
quantidade específca de elementos básicos, que varia de elemento para elemento,
concluímos que cada átomo químico tem seu próprio som, diferente do som do átomo
químico de outro elemento. Todavia, quando consideramos os isótopos, que são
elementos químicos, com átomos possuindo o mesmo número Z (quantidade de
prótons no núcleo) mas diferente número A (a soma de prótons e nêutrons no núcleo),
vemos que, para um mesmo elemento químico, ha variação do seu som ou da sua nota.
Por exemplo, o hidrogênio (H) tem 3 isótopos: o hidrogênio comum, com somente 1
próton no núcleo e 1 elétron na coroa, o deutério, com 1 elétron na coroa e, no núcleo,
1 próton e 1 nêutron, e fnalmente o trítio, com 1 elétron na coroa e, no núcleo, 1
próton e 2 nêutrons. Assim temos o hidrogênio de Z=1 e A=1, o deutério de Z=1 e A=2
e o trítio de Z=1 e A=3. Logo cada isótopo emite sons diferentes. Quando examinamos
o ouro (Au), com 32 isótopos, concluímos que ele emite 32 sons diferentes, embora em
todos os isótopos prevaleça um som ou nota fundamental, em virtude de ser o mesmo
o número Z=79.

Portanto conhecer a nota de um elemento químico, para poder fazer a transmutação,


implica em conhecer sua estrutura e os movimentos que as partículas constituintes
executam e as forças desses movimentos. Assim, concluímos, com base nessas
informações, que conhecer a nota de um elemento signifca saber esses detalhes do
elemento e não uma mera pronunciação de palavras, como muitos erroneamente e, às
vezes, de uma forma ridícula, pensam.

Quando consideramos o reino mineral como um todo, levando em conta todos os


estados em que se encontram os elementos químicos, uma vez que, obviamente, ao
mudar de estado, o som de um elemento se modifca, porque ocorre alteração nas

745
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ligações moleculares e isso afeta a coroa de elétrons, concluímos logicamente que
conhecer a nota ou o som de um reino é algo muito complicado, implicando ainda no
conhecimento da Vida maior que se expressa por todo o reino mineral e pela
interferência da Entidade planetária.

Com base nesse raciocínio e nessas conclusões, podemos deduzir que somente aquele
que já tem bem desenvolvida a consciência na matéria búdica, pela coordenação já
iniciada do seu corpo búdico em decorrência da ativação do seu átomo búdico
permanente, o que começa na 2ª iniciação planetária, possui qualifcação para efetuar
transmutação no reino mineral. Lembramos que é pelo sentido da audição (chamado
captação) do corpo búdico, que o homem pode ouvir a nota do seu Logos planetário. O
mundo da matéria búdica é onde o verdadeiro conhecimento é adquirido (pelo sentido
do corpo búdico chamado "intuição"), após o homem ter desenvolvido bastante sua
mente (manas) e sua capacidade de discriminar e analisar. Não é por via devocional
que esse conhecimento é adquirido.

Estudo 216

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Comentários sobre o conteúdo das páginas 409 e 410)

Analisemos o que o Mestre Djwal Khul diz a respeito da nota dos vulcões. Quando
estudamos um vulcão, identifcamos várias forças atuantes. Em primeiro lugar está o
fogo elétrico tríplice da Terra: fuido elétrico (fohat), prana planetário e substância
produtiva (kundalini), que se servem dos átomos físicos para seu transporte. Ora, a
penetração dessas energias nos átomos físicos provoca neles movimentos, que se
expressam como ondas mecânicas e, portanto, sons. Como cada vulcão possui suas
características particulares, como sejam: altitude, tamanho, composição mineral,
ventos atuantes e, o que é o mais importante, sua localização em relação ao
equivalente à coluna vertebral etérica da Terra e ao chacra da Terra, pelos quais
circulam os fogos por fricção terrestres, que energizam os vulcões. Assim temos vários
parâmetros que agem na geração das ondas sonoras de um vulcão. É óbvio que um
vulcão em repouso emite uma nota bem diferente da emitida quando está ativo. Temos
também que considerar os Devas que trabalham no vulcão, uma vez que cada grupo

746
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dévico exerce funções diferentes. Fica então evidente que para emitir esse conjunto de
ondas sonoras, é necessário um conhecimento muito amplo e, o mais importante, o
poder para que esse conjunto sonoro produza efeitos físicos. Somente o Divino Senhor
do Mundo, Sanat Kumara, possui esse poder e Ele só o utiliza em obediência aos Planos
do Logos Planetário, do qual Ele é a Consciência encarnada. Sanat Kumara é o maior
manipulador consciente de fogos da Terra. Quando o homem tiver desenvolvido seu
ouvido interno e puder captar esses sons, poderá prever com a devida antecedência
quando um vulcão entrará em atividade perigosa, protegendo assim as populações
próximas dos vulcões.

O Mestre D. K. classifca o reino mineral, sob o ponto de vista de evolução, em 3


classes:

a. os metais comuns, como o chumbo e o ferro, juntamente com os metais afns;


manifestação mineral do 3º aspecto

b. os metais "patrões", como o ouro e a prata, muito úteis à humanidade, sendo


manifestação mineral do 2º aspecto;

c. os cristais e pedras preciosas, a consumação do trabalho dos Devas minerais e o


produto de seus esforços incansáveis; manifestação mineral do 1º aspecto.
Com referência aos cristais, podemos citar como exemplos característicos o diamante
e a grafte. Ambos são formados por átomos de carbono (C), mas possuem
propriedades completamente diferentes. A grafte é deslizante, sendo por isso usada
como lubrifcante. Já o diamante é detentor de um elevadíssimo grau de dureza, sendo
a substância mais dura da Terra. Vejamos a conformação molecular dos dois. Na
grafte os átomos de carbono são ligados entre si numa estrutura hexagonal (6
átomos) bidimensional, ou seja, formando uma superfície, estrutura essa elementar
que se repete; já no diamante os mesmos átomos de carbono são ligados entre si numa
estrutura cúbica tridimensional, um átomo ligado a outros 4, em 3 dimensões, gerando
um cubo e um átomo do cubo ligado a um átomo de outro cubo, estabelecendo
conexão de 6 átomos de carbono. É essa diferença na organização dos átomos de
carbono em suas conexões entre si que produz essa enorme diferença de
propriedades para o mesmo elemento químico. Por isso o diamante e a grafte são
chamados polimorfos, porque, sendo quimicamente idênticos, têm simetria diferente.
Uma característica interessante é que o diamante, ao ser aquecido a 1900°C, tem sua
rede cristalina cúbica transformada rapidamente na rede cristalina hexagonal da

747
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grafte.

Vejamos o que podemos deduzir desse fato, sob o ponto de vista esotérico, ou seja, de
vidas elementais evoluindo nessas 2 formas. Como o diamante possui muito mais
qualidades que a grafte, é natural que deduzamos que a vida elemental que evolui na
grafte, com a sua vivência de experiências, passa a viver na forma do diamante, para
expressar mais elevadas qualidades.

Mestre D. K. diz que quando os cientistas souberem o que produz a diferença entre a
safra e o rubi, terão descoberto uma das etapas do processo transmutador, o que só
ocorrerá quando conseguirem controlar o 4º éter e tiverem descoberto seu segredo.

Continuaremos nossos comentários sobre o assunto no próximo Estudo.

Estudo 217

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Páginas 410 e 411)

Deixaremos os comentários sobre o reino mineral para mais tarde, pois muita coisa
falta falar sobre esse reino, como por exemplo, a composição do próton, o qual, com
massa igual a 1.852 vezes a massa de um elétron, é equilibrado eletricamente por um
único elétron.

Retomemos nosso estudo do Tratado sobre Fogo Cósmico pela página 410, quando o
Mestre D. K. explica a área em que o homem do futuro centrará suas pesquisas para a
transmutação, de uma forma superior e mediante:

a. o conhecimento dos Devas,


b. a pressão externa e a vibração,
c. o estímulo interno,
d. a cor aplicada como estímulo e vitalização e
e. os sons mântricos,
descobrirá o segredo da energia atômica latente no reino mineral e utilizará tão
inconcebível poder e força na solução dos problemas da existência. Somente quando
for melhor compreendida a energia atômica e, em certa medida, o 4º éter, será
alcançado o domínio do ar, que inevitavelmente temos adiante.

748
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Terceiro. Pelo descobrimento da nota característica do reino vegetal, por sua
conjunção com outras notas da natureza e por sua adequada emissão em distintas
chaves e combinações, virá a possibilidade de produzir maravilhosos resultados em
todo reino e estimular as atividades dos Devas que trabalham com fores, frutas,
árvores e ervas.

Cada raça-raiz tem seu próprio tipo particular de vegetação, quer dizer, certas formas
e desenhos básicos, que podem ser encontrados em todos os países onde a raça se
localiza. Estes resultados se produzem pela interação entre a nota fundamental do
reino vegetal e a nota característica da raça de homens que evoluem simultaneamente.

A união destas 2 notas produz a vegetação característica. Deve ser tido em conta que
quando a nota humana predomina excessivamente, pode expulsar a vida das formas
deste 2º reino (o vegetal). Os Devas que trabalham no reino vegetal constituem um
grupo especial e sua relação com ele é mais íntima e peculiar que a dos construtores e
devas de outros reinos. O processo transmutador no reino vegetal efetua-se com
maior facilidade que nos demais, devido principalmente ao fator mencionado (relação
mais íntima) e também ao incentivo dado a este 2º reino e a seu processo evolutivo
mediante a vinda dos Senhores da Chama (os Kumaras), do 2º globo ou Vênus - o
globo com o qual este reino tem destacadamente uma misteriosa conexão. Cabe aqui
alertar que este 2º globo não é o planeta Vênus. Para tal voltemos à página 327 do
Tratado, na qual temos o VII Diagrama, onde o 2º globo da nossa atual 4ª cadeia, a
terrestre, tem o nome de Vênus, por estar fortemente conectado com o esquema de
Vênus, que é o 2º esquema do sistema solar segundo determinados critérios.

Expressando isso com outras palavras, diremos que a Entidade cósmica, a vida do 2º
globo (da nossa cadeia, globo cuja matéria mais densa é astral) e seu princípio
animante (o sub-Logos planetário, subordinado ao nosso Logos planetário), tem íntima
conexão com a Entidade solar (não é o Logos solar), vida animante de todo o reino
vegetal.

Esta analogia pode ser aplicada aos outros reinos, globos e formas e explica, de certa
forma, o fato de que o nosso globo, o 4º globo da cadeia, é, acima de todos os demais,
o da evolução humana neste nosso esquema; dá-nos também a chave da Presença do
Grande Kumara Mesmo (Sanat Kumara) na Terra. Dentro desta linha de raciocínio,
vejamos os demais globos da nossa cadeia.

O 1º globo, também chamado globo A, cuja matéria mais densa é a mental concreta,
além de suas funções de arquétipo, é o da evolução do reino mineral por excelência e

749
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
está conectado com o esquema de Vulcano. O 3º globo, também chamado globo C,
além de ser o globo do início do desenvolvimento de manas dentro do nível planejado,
é o do reino animal por excelência, sendo sua matéria mais densa a etérica e está
conectado com o esquema de Saturno. O 5º globo, também chamado globo E, além de
suas funções normais, é o do 5º reino, o reino espiritual, por excelência; está conectado
com o esquema de Mercúrio e sua matéria mais densa é etérica, porém mais refnada
que a do globo 3 ou C. Por ser o globo do reino espiritual por excelência e sendo o
reino espiritual o da Hierarquia, podemos deduzir que, considerando o nível de
evolução exigido para aproveitar a oportunidade neste globo, somente aqueles do
reino humano com potencial para receber a 1ª iniciação passarão para esse globo,
quando for encerrado o período global da Terra. Os demais fcarão aguardando em
pralaia ou em outro local, o retorno da onda de vida do Logos planetário à Terra, na
próxima ronda, a 5ª. Por isto devemos usar e desenvolver ao máximo a mente, no
autoconhecimento e no serviço, jamais para o mal, para não haver perda de tempo na
espera em pralaia.

O 6º globo, também chamado globo F, além de suas funções normais, é o globo do


reino dévico por excelência, está conectado com o esquema de Marte, sua matéria
mais densa é astral, porém mais refnada que a do globo 2 ou B, com o qual também
está conectado, como mostra o VII Diagrama na página 327. Esta conexão entre os
globos 2 e 6 do reino dévico por excelência, comprova e existência do grupo especial
de Devas que trabalha com o reino vegetal, conforme o Mestre D. K. diz. Neste globo, o
6 ou F, a humanidade expressará o que tiver desenvolvido de budi, através da mente
ou manas.

O globo 7 ou G é o sintetizador, no qual tudo o que foi experimentado e adquirido nos 6


globos anteriores é consolidado e sintetizado. A sua matéria mais densa é a mental
concreta, porém mais refnada que a do globo 1 ou A. Está sob a infuência do esquema
de Júpiter.

Estas ideias merecem maior consideração. A nota do reino humano, emitida em


quádrupla intensidade neste globo, a Terra, tem produzido acontecimentos
portentosos. O Mestre D. K. sugere a todos os investigadores ocultistas o detido
estudo e escrutínio de determinadas manifestações no tempo e no espaço. Essa nota
do reino humano em quádrupla intensidade signifca as notas conjuntas e sintonizadas
dos reinos mineral, vegetal, animal e humano.

750
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 218

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação
Consciente dos Fogos (Páginas 411 e 412)

Vejamos as manifestações em tempo e espaço que o Mestre D. K. recomenda que


estudemos detalhada e demoradamente, dentro dos conceitos de vibração e sintonia,
sendo esse último conceito o mesmo que fusão, aliança e harmonia.

Assim temos as seguintes situações no tempo e no espaço, de grande interesse para a


humanidade evoluindo no nosso esquema:

1. A 4ª Hierarquia
A humana
criadora
2. O 4º esquema Nosso esquema terrestre
3. A 4ª cadeia A cadeia terrestre
4. O 4º globo Nosso planeta
5. O 4º reino O humano
6. A 4ª ronda A 1ª estritamente humana
Personifcam a
7. Os 4 Kumaras
humanidade
8. O 4º plano O búdico, a meta humana
A analogia física do plano
9. O 4º éter
búdico
Todos esses fatores respondem a um som fundamental, que constitui a nota (vibração)
causadora de todas essas manifestações e a base de seu ser. Se a busca dessa nota
tem êxito, será estabelecida uma estreita aliança entre todos esses fatores, até que se
fundam em uma grande unidade oculta, trazendo igualmente a colaboração de um
grupo de Devas, essências do 4º princípio humano.

Temos nesta listagem 9 manifestações que se caracterizam pelo número 4.

A 4ª Hierarquia criadora, de Mônadas humanas, está sob a infuência das energias do


Senhor da Constelação de Escorpião, do Senhor do 4º Raio de Harmonia pelo Confito,
sua área principal de atuação é no plano búdico, seu planeta regente é Mercúrio, sua
energia principal é Mantrikashakti, que signifca o Verbo feito carne, ou seja, a vibração

751
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tomando forma e é a 9ª Hierarquia criadora na contagem total das 12.

Por ser o 4º esquema, ocupando a posição do meio no conjunto de 7 esquemas, é o de


maior densidade, ou seja, o ponto em que Mônada e matéria estão na mais íntima
aproximação, iniciando-se o retorno da Mônada à sua fonte de origem. O mesmo pode
ser dito a respeito da 4ª cadeia, dentro do planejado para as cadeias do nosso
esquema e a respeito do 4º globo, a Terra, dentro do planejado para os globos.

O 4º reino, o humano, é o intermediário entre os 3 inferiores (mineral, vegetal e animal)


e os 3 superiores (da Hierarquia, dévico e das Mônadas).

A 4ª ronda da 4ª cadeia é onde as Mônadas humanas efetivamente conseguiram se


manifestar como seres humanos.

Os 4 Kumaras que personifcam a humanidade são os ligados aos 4º, 5º, 6º e 7º Raios,
cujas qualidades devem ser desenvolvidas pela atual humanidade, dentro do planejado
para o atual ciclo.

O 4º plano do sistema, o búdico, é onde está a principal área de atuação das Mônadas
humanas e, por isso, quando a consciência do homem encarnado conseguir atuar com
plena desenvoltura na matéria búdica, pela dinamização do átomo búdico permanente
e pela total organização do corpo búdico, uma das metas será alcançada, o que
ocorrerá na 4ª Iniciação Planetária, a da Renúncia, a 2ª Solar.

O 4º éter, por ser o subplano físico intermediário, quando for melhor conhecido e
vitalizado, permitirá ao homem, em cérebro físico, penetrar não só no vasto mundo
etérico, com seus seres e mistérios, como no mundo astral. Pela vitalização da matéria
do 4º subplano do seu corpo astral (subplano esse analogia do 4º éter), o homem
conseguirá ter consciência cerebral do mundo mental inferior.

O Mestre D. K. diz que cada um desses 9 fatores responde a uma nota fundamental.
Ora, por nota fundamental entendemos um conjunto de vibrações simultâneas, assim
como numa nota musical temos a frequência básica, a mais importante, e as
frequências harmônicas, submúltiplos inteiros da básica. Mas, vibrações, que são
movimentos, são efeitos de energias, causas da vibrações. As energias, por sua vez,
são resultantes de estados de ser do Ente atuante. Estes estados de ser dependem de
uma defnição e de uma visão bem claras, na mente do Ente atuante, de alguma ideia
ou conceito. Essa ideia ou esse conceito estão ligados a um propósito, o que supõe
uma Vontade.

Então temos a seguinte cadeia de agentes:

752
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. A Vontade.

2. O propósito da Vontade.

3. A ideia ou o conceito para conseguir o propósito.

4. A mente, na qual a ideia ou o conceito se manifestam, como vibrações, havendo


uma vibração ou frequência básica, expressão da ideia ou conceito básicos e os
harmônicos, expressões das ideias ou conceitos secundários (que podemos chamar
diferenciações da ideia ou do conceito básicos), que produzem a concretização do
propósito.

5. As vibrações geradas na mente do Ente atuante propagam-se para o meio exterior,


buscando a efetivação do propósito e afetando outros Entes.
Essa vibração básica (a frequência básica ou fundamental) é o que o Mestre D. K.
chama som fundamental.

Por essa linha de raciocínio conseguimos demonstrar que enunciar corretamente um


som, uma nota, um mantram ou uma combinação mântrica, exige uma condição sem a
qual não é possível, que consiste em saber clara e nitidamente o propósito e suas
ideias ou conceitos relacionados.

É por isso que pronunciar mantrans, sem saber o signifcado, apenas produz efeitos de
sugestão, não sendo realmente efetivo.

Assim para entender o som fundamental, citado pelo Mestre D. K., temos de entender
as ideias básicas referentes aos 9 fatores expostos pelo Mestre.

Com todas essas ideias claras e nítidas em nossa mente, poderemos, por um ato de
Vontade, assumir um estado interior, abrangendo os 3 corpos inferiores, os quais
passam a vibrar, gerando ondas sonoras, sem ser necessário utilizar as cordas vocais,
quando o homem (que aí se torna um mago) transforma-se na própria palavra, estando
silente, conforme o Mestre D. K. diz no livro Tratado de Magia Branca.

É por isso que é necessário vigiar continuamente, como disse o Mestre Jesus, quando
encarnado na Palestina, pois, mesmo calados, estamos emitindo vibrações (que são
ondas mecânicas e portanto sons, considerando o meio etérico), que transportam
nossos estados interiores e afetam o meio ambiente e os que estão próximos de nós,
como também somos afetados por esses.

753
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O grande segredo da potência de nossos sons silenciosos está na nossa Vontade, na
clareza de nossas mentes e no domínio total de nossos 3 corpos: físico, astral e mental,
referindo-nos ao homem encarnado.

Quando esse propósito oculto nesses 9 fatores e as ideias básicas veladas em cada um
deles forem compreendidas, assimiladas e sintonizadas, constituindo uma unidade,
então quem o conseguir atrairá a colaboração do grupo de Devas, essências do 4º
reino humano, como diz o Mestre D. K.

Feliz será a humanidade, quando isso for alcançado pela sua maior parte.

Estudo 219

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - b. Síntese (Páginas 412, 413 e 414)

Temos visto que podemos esperar um desenvolvimento bem defnido da mente nas
raças-raiz e sub-raças vindouras. É digno de observar que, particularmente no que
respeita à evolução da mente ou manas nesta atual ronda, a 4ª, pode-se esperar sua
elevada frutifcação durante os próximos 500 anos. A chegada das 2 raças-raiz fnais
(6ª e 7ª) marca o ponto de síntese e a utilização gradual do que foi conseguido
manasicamente; isto será alcançado mediante o desenvolvimento do pensamento
abstrato e o reconhecimento intuitivo. Em outras palavras, manas, durante as 3 raças-
raiz passadas: a lemuriana, a atlante e as 5 sub-raças da atual 5ª raça-raiz, foi utilizado
principalmente para compreender a existência objetiva e adaptar o Morador da forma
(a Mônada via Alma ou Ego) ao seu meio ambiente no plano físico. De agora em diante
sua atividade será dirigida a compreender o aspecto subjetivo ou interno da
manifestação e a psique da vida individual, divina, planetária ou humana. Na próxima
ronda, a 5ª, serão recapituladas as etapas anteriores e manas se manifestará de forma
ainda inconcebível para a consciência semidesperta do homem atual. Em tal ronda três
quintas partes (60%) da família humana serão plenamente conscientes e atuarão com
continuidade ininterrupta de memória nos planos físico, astral e mental inferior.
Durante a evolução manásica ou mental será feito empenho na consecução da
consciência causal, sede do Ego ou Alma, e na construção científca da ponte que unirá
o corpo causal e o átomo mental permanente nos níveis abstratos. Isto signifca o
desenvolvimento dos sentidos superiores do corpo causal (discernimento espiritual,

754
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
resposta à vibração grupal e telepatia espiritual), além da construção científca do
antakarana.

Durante as 6ª e 7ª rondas teremos novamente o processo sintetizador em ação, de


maneira análoga ao que ocorrerá nas 6ª e 7ª raças-raiz da atual ronda.

Para expressar todo o tema em termos mais amplos, diremos que: O Homem celestial
(o Logos planetário) alcançará a consciência de seu corpo causal em níveis cósmicos,
com a consequente reação, repolarização e alinhamento de Seu corpo de manifestação.
De acordo com a Lei, isto será desenvolvido como dualidade demonstrada e propósito
inteligente ordenado em todos os reinos da natureza e produzirá em tais reinos
resultados unifcadores de um tipo inexplicável para o homem em sua atual etapa de
desenvolvimento manásico. Portanto, esses fatos acima expostos não serão
considerados, porque a concepção mental do homem atual não está à altura da
magnitude do tema.

Resumindo o que escrevemos sobre a faculdade discriminadora, a atividade inteligente,


a natureza adaptadora e o poder transmutador da mente ou manas, queremos
destacar que ditos desenvolvimentos têm tal alcance, que cada setor da natureza,
tanto micro como macrocósmico, expressará estes aspectos, fazendo-o de 9 maneiras
distintas, antes de que seja conseguida a consumação e de que o homem encontre sua
liberação. Estas 9 maneiras distintas podem ser entendidas, se considerarmos que a
natureza se manifesta por meio de 7 planos, havendo 2 divisões para o plano físico (a
densa e a etérica) e 2 para o plano mental (a mental inferior e a causal), totalizando
assim as 9 maneiras.

Em consequência, consideraremos brevemente a manifestação microcósmica,


deixando que o estudante desenvolva, até onde seja possível, idéias análogas em
relação ao Homem celestial e ao Logos solar.

Características Manásicas e os Planos

I. No Plano Físico a qualidade se manifesta como:

a. Poder seletivo dos átomos do corpo.


b. Adaptabilidade da forma física ao seu meio ambiente e às circunstâncias.
c. Propósito ordenado da Vida animante, conforme afete a forma e os átomos
físicos.
d. Poder transmutador, inerente ao homem, poder este que o levou, embora ele não
reconheça isso, desde o homem animal ao atual estado de existência física.

755
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Concerne também à transferência da vida nos níveis manásicos.

II. No Plano Astral a qualidade se manifesta como:

a. Poder discriminador do homem para escolher entre os pares de opostos.


b. Adaptabilidade do homem às condições emocionais e seu poder para alcançar
oportunamente o equilíbrio.
c. Poder do homem, mediante o propósito consciente, para purifcar seu corpo
astral de toda matéria estranha e assegurar sua transparência.
d. Poder transmutador inerente, que transmuta ou transfere, com o tempo, a vida
às formas búdicas.

III. No Plano Mental a qualidade se manifesta como:

a. Poder seletivo do homem para escolher a forma, por meio da qual tem de se
manifestar.
b. Adaptabilidade do homem a correntes e vibrações mentais e sua utilização para
controlar as formas inferiores.
c. Desenvolvimento do propósito, por meio dos 2 corpos inferiores (astral e físico).
O impulso emana do plano mental.
d. Poder transmutador, que transforma todo o tríplice homem inferior em uma nova
forma, o corpo causal. O processo transmutador se desenvolve na série de
encarnações.

IV. Nos Níveis Abstratos do Plano Mental a qualidade se manifesta como:

a. Capacidade do Ego para discriminar sobre os fatores de tempo e espaço nos 3


mundos (físico, astral e mental).
b. Adaptação egoica da matéria e das circunstâncias de tempo e meio ambiente à
necessidade específca de acordo com a Lei do Karma.
c. "Propósito inteligente" que subjaz em toda objetividade física e se desenvolve em
toda vida.
d. Transmutação ou transferência da vida do Ego à Tríade superior, a medida que
atua no corpo causal. Isto tem como resultado a desvinculação da manifestação
nos 3 mundos inferiores. Para efetuar esta transmutação (algo que às vezes é
passado por alto), o Pensador, no corpo causal, deve fazer 3 coisas:
1. Construir e equipar o corpo causal.
2. Estabelecer a conexão ou o controle consciente da tríplice natureza inferior
por meio da Tríade inferior.

756
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3. Preencher o intervalo entre o corpo causal, em seu próprio nível, e o átomo

Estudo 220

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - b. Síntese (Páginas 414, 415 e 416)

Vejamos como as características manásicas se manifestam no corpo búdico, esse


corpo de grande importância para a evolução humana, pois o plano onde atua é o
intermediário entre os 3 inferiores e os 3 superiores, sendo também a região onde se
dá o verdadeiro entendimento do funcionamento dos 3 mundos inferiores.
Continuemos a nossa análise com base nas 4 qualidades de manas: poder
discriminador, poder adaptador, poder de síntese e poder de transmutação.

a. Poder discriminador, que se manifesta como capacidade para distinguir o abstrato


e o concreto e, independentemente do mecanismo comum - o corpo mental e o
cérebro físico - chegar a conclusões.

b. Poder adaptador, consistindo na adequação ao esforço hierárquico, feito por todo


Iniciado ou Mestre, como também na receptividade aos impulsos da vida e às
correntes espirituais procedentes do Logos planetário de Seu raio, algo que nesta
etapa é impossível fazer conscientemente.

c. Poder de síntese, que atua na elaboração de um propósito ordenado, que guia o


Mestre (na 6ª Iniciação planetária, a 4ª solar) na escolha de um dos 7 Caminhos de
esforço, baseando-se essa escolha no CONHECIMENTO e não no desejo.

d. Poder de transmutação, em transferir, com plena consciência, gradualmente Sua


própria vida e a de Seu grupo para o aspecto monádico refetido no búdico, durante
o trabalho da evolução.
Nos níveis Átmicos as qualidades manásicas manifestam-se como:

a. Poder discriminador, como trabalho selecionador do Adepto, em relação com a


manifestação planetária e orientando toda ação relacionada com Seu próprio planeta
e com os outros 2 relacionados com a Terra, os quais formam com ela um triângulo

757
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do sistema.

b. Poder adaptador, adequando os grupos (devas e humanos) a certas classes de


infuência e vibrações procedentes de fora do sistema, que, desde elevados níveis
cósmicos, atuam sobre esses grupos, fomentando determinados atributos para os
quais não temos ainda terminologia.

c. Poder de síntese, no aspecto Brahma, ao fundir os 4 raios menores no 3º maior.

d. Poder de transmutação, de cuja ação resulta o obscurecimento planetário em


conexão com 5 dos Homens celestiais e que - como aconteceu no trabalho anterior
de síntese - concerne à evolução microcósmica na qual participa o homem. Deve ser
chamada a atenção sobre um ponto importante: a medida que aumentam as
Mônadas (a medida que Elas se aperfeiçoam, ou seja, desenvolvem seus poderes
latentes), voltam novamente à sua fonte de origem, produzindo o gradual
obscurecimento do Homem celestial do qual são células. Embora isto possa parecer
para a percepção humana um período excessivamente prolongado, desde o ponte de
vista da consciência universal ou grupal, isto está ocorrendo AGORA. Por exemplo, o
obscurecimento do Logos do esquema terrestre já está em processo e começou na
época lemuriana.
Não é necessário que nos estendamos com respeito às qualidades de manas no corpo
monádico.

Estes conceitos e ideias só terão valor se conseguirem produzir no Pensador uma


apreciação mais inteligente da grandiosidade do Plano divino, a apropriação de energia
e força que lhe pertencem por direito, ao participar nos processos da manifestação e a
inteligente colaboração no progresso do plano evolutivo, naquilo que afeta a ele
individualmente e a seus grupos. Portanto, por meio desses valiosíssimos
conhecimentos que o Mestre Djwal Khul nos tem proporcionado, podemos entender
clara e nitidamente, sem a menor margem de dúvida, que na realidade todos somos
DEUS em manifestação, por via racional e lógica e não por dogmatismo irracional,
como fazem as religiões, impondo conceitos totalmente errados e sem o menor
fundamento lógico, proibindo o homem de usar a sua mente, que tem de ser usada e
expandida e não ser abafada como determinam essas religiões cegas.

Assim, mais do que nunca, devemos redobrar nossos esforços para a aquisição de
conhecimentos, entendendo-os perfeitamente e para a sua aplicação em nós mesmos e

758
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
no serviço para com nossos irmãos.

Estudo 221

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro
de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - b. Síntese (Comentários)

Estamos terminando a seção B do Tratado e entraremos na seção C, na qual


estudaremos o Raio do Ego e o Fogo Solar como tema fundamental, com 3 divisões:

I. A natureza do corpo egoico ou corpo causal.

II. A natureza dos átomos permanentes.

III. O loto egoico.


Cada divisão será desenvolvida em grande extensão, propiciando um caudaloso fuxo
de informações e conhecimentos, os quais alargarão imensamente a visão interna e
externa, com referência ao mundo fenomênico, aos veículos inferiores utilizados pela
Mônada em seu processo evolutivo, incluindo esse mecanismo denominado Alma ou
Ego.

Todavia devemos enfatizar que é muito importante o entendimento claro e nítido do


que foi explanado na seção B, uma vez que o aprendizado é um processo continuado,
no qual o aprendido e assimilado numa etapa constitui a base para a fxação do que
deve ser aprendido e assimilado na etapa seguinte.

No fnal da seção B o Mestre Djwal Khul detalhou as qualidades de manas ou mente nos
5 mundos ou planos de conquista da Mônada humana: físico, astral, mental, búdico e
átmico, esclarecendo seus efeitos no processo evolutivo e no desenvolvido do Plano
Divino.

Assim, esses ensinamentos devem estar bem claros na mente, para que possa existir a
devida continuidade, sem o menor empecilho no fuxo de informações.

Em assim sendo cabe aqui fazermos uma recapitulação sucinta dessa parte fnal da
seção B.

O 1° atributo de manas é o poder de discriminar. Através dele é possível discernir o


que é melhor (pelo menos há tentativa, nem sempre com sucesso), num conjunto de

759
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
várias opções. Também por esse atributo torna-se possível a análise, que conduz ao
entendimento.

O 2° atributo de manas é o poder de adaptação, imprescindível para a sobrevivência da


forma nos diversos mundos de matéria. Toda a teoria evolucionista está calcada neste
atributo. Novas formas, melhores e mais aperfeiçoadas, são conseguidas por meio
desse atributo.

O 3° atributo é o poder de sintetizar, que permite a fusão de vários fatores e forças


diferentes num todo coerente e em harmonia, tornando a ação do conjunto muito mais
efciente.

O 4° atributo é o poder de transmutar, que possibilita a transferência da vida de uma


forma para outra mais aperfeiçoada, satisfazendo assim um dos requisitos do
processo evolutivo.

Com esses conceitos claros na mente, podemos aplicá-los às matérias dos diversos
corpos do homem, a Mônada encarnada, percebendo e entendendo suas reações aos
diferentes estímulos e energias e assim compreendendo o processo evolutivo e o
desenvolvimento do Plano Divino em suas etapas, cada vez mais aperfeiçoadas, na
direção do UNO ABSOLUTO INFINITO.

Uma vez alcançada essa visão mental, torna-se mais fácil a aplicação em si mesmo,
resultando na aceleração da própria evolução, permitindo que sejam conquistadas
posições mais elevadas e maiores responsabilidades.

Que todos possam assimilar em profundidade todos os elevadíssimos conhecimentos


que o Mestre Djwal Khul irá nos proporcionar na seção C da 2a. parte, os quais abrirão
os olhos da mente para o verdadeiro mundo das Almas.

Estudo 222

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - I - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 417, 418 e
419)

A NATUREZA DO CORPO EGOICO OU CORPO CAUSAL

O tema do Raio egoico e sua relação com o segundo fogo (fogo solar) tem vital

760
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
importância para 3 tipos de pessoas: as que se interessam pela verdadeira psicologia
ou a evolução da psique; as que se encontram no Caminho ou se aproximam dele e
portanto estabelecem com maior frequência contato com seu próprio Ego, as quais
trabalham com as almas dos homens, sendo assim os servidores da raça.

O que acima foi dito tem importância quando se consegue compreender devidamente a
função que corresponde ao Ego no corpo causal, então se adquire a capacidade de
trabalhar de forma científca para resolver o problema da própria evolução, realizando
um trabalho elogiável, com o objetivo de ajudar nossos semelhantes a evoluírem.

1. A Manifestação Egoica se Produz pelo Contato de Dois Fogos.


Passaremos agora a considerar brevemente o tema do Raio egoico e o corpo causal,
desde o ponto de vista do microcosmos (o homem), deixando ao estudante que
estabeleça por si mesmo as analogias concernentes ao Logos, recomendando-lhe que
deve ter muito em conta que o ente humano só pode compreender a manifestação do
Logos solar no Seu corpo físico cósmico.

Como bem sabemos, em toda manifestação existe a dualidade que produz a


triplicidade. O Espírito ou Mônada estabelece contato com a matéria; o resultado desse
contato é o nascimento do Filho ou Ego, o aspecto consciência. Portanto, a
manifestação egoica constitui o aspecto intermédio, o lugar de unifcação e (depois dos
necessários ciclos evolutivos) o lugar de equilíbrio. Deve ser observado que não é
exata a analogia entre o Logos solar e o homem, porque este tem de passar por todo o
processo dentro da periferia solar, enquanto que o Logos (dentro dessa periferia)
atravessa uma etapa análoga à do homem quando sua envoltura astral se reveste, ao
encarnar, de matéria etérica; a isto nos referimos ao elucidar o tema "Fogo por
Fricção". Isto quer dizer que o homem tem toda a sua etapa evolutiva dentro do corpo
físico cósmico do Logos solar, durante um grande ciclo. Durante um grande ciclo,
porque após a 7ª Iniciação planetária, a 1ª cósmica para o homem, ele passa a evoluir
dentro do corpo astral cósmico do Logos solar. Já o Logos solar, em seu processo
evolutivo, está atuando simultaneamente através de seus corpos cósmicos físico, astral
e mental inferior, os quais, juntamente com a Tríade inferior logoica, constituem a
personalidade logoica. Essas diferenças devem ser consideradas, quando a analogia
for feita.

Portanto é evidente que ao considerar a manifestação do Ego, estamos tratando do


ponto central e essencial da tríplice manifestação do homem. Empenhar-nos-emos em
estudar essa parte de sua natureza que concerne ao processo de convertê-lo na

761
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
perfeita estrela de 6 pontas durante as etapas preliminares (a tríplice personalidade e
a tríplice tríade inferior se fundirem e mesclarem, produzindo em forma perfeita o
corpo causal através do ponto intermédio, a Alma ou Ego) e quando abandona o corpo
físico, transforma-o na estrela de 5 pontas , o manasaputra perfeito. Expliquemos
melhor isso. A estrela de 6 pontas fca quase pronta na 3ª Iniciação planetária, a 1ª
solar, quando o Ego ou Alma se funde com a personalidade, estando esta
perfeitamente integrada (os 3 corpos inferiores em perfeita sintonia com a Tríade
inferior), o triângulo formado pela tríplice Alma já está bem encaixado no triângulo
formado pela tríplice personalidade, constituindo um polígono de 6 vértices, ou seja, a
estrela de 6 pontas, na fase fnal de aperfeiçoamento. O Loto Egoico já está com suas
pétalas quase totalmente abertas e plenamente ativas e dinâmicas. Na 4ª Iniciação
planetária, a 2ª solar, quando o homem se libera dos 3 mundos inferiores, é atingida a
perfeição da estrela de 6 pontas e do Loto Egoico (o corpo causal) e o homem inicia a
transformação dessa estrela de 6 pontas na estrela de 5 pontas, para aperfeiçoá-la na
5ª iniciação planetária, a 3ª solar, quando se torna um Adepto, tendo conquistado
plenamente os 5 mundos de evolução: os mundos físico, astral, mental, búdico e
átmico. Daí prossegue para a conquista dos mundos mais elevados.

Exporemos o que acima foi dito em termos de fogo: O corpo causal é produzido por
meio da vida positiva ou fogo do Espírito (fogo elétrico) ao encontrar-se com o fogo
negativo da matéria ou "fogo por fricção", o que faz surgir o fogo solar. Este fogo
central consome, inevitavelmente e no seu devido tempo, o 3º fogo (o fogo por fricção)
ou absorve sua essência e oportunamente funde-se com o fogo do Espírito (o fogo
elétrico), fcando fora de toda demonstração objetiva. A absorção da essência do fogo
por fricção pelo fogo solar ocorre na 1ª Iniciação solar (a 3ª planetária) e a fusão do
fogo solar com o fogo elétrico da Mônada se dá na 2ª Iniciação solar (a 4ª planetária).

Iremos a seguir elucidar o tema do corpo causal (o Loto Egoico) de 2 maneiras


diferentes: uma de acordo com antigos ensinamentos, a outra estritamente de acordo
com os fenômenos elétricos ocultos, ou seja, de uma forma completamente científca.

Estudo 223

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 419, 420 e 421)

762
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2.A Manifestação do Ego se Produz Durante a Individualização.
O corpo causal é esse envoltório de substância mental produzido no momento da
individualização, quando os 2 fogos fazem contato (fogo elétrico da Mônada e fogo por
fricção dos corpos inferiores). A força ou energia que desce dos planos superiores (o
alento da Mônada se assim querem denominá-la) produz um vácuo ou algo semelhante
a uma bolha em suspensão, formando-se o envoltório do corpo causal, "círculo não se
passa" da Vida central. Dentro desse envoltório estão 3 átomos denominados: unidade
mental permanente, átomo astral permanente e átomo físico permanente;
individualmente correspondem ao 7o. princípio de cada uma das 3 pessoas da Tríade
microcósmica, refexo (nos 3 mundos do microcosmos) das 3 Pessoas da Tríade
logoica. Em relação com o Logos, Helena Petrovna Blavatsky sugere isso, quando diz
que o sol visível é o 7o. princípio do aspecto Brahma, átomo físico permanente do
Logos (D. S., V, 138 e II, 225).

II. A NATUREZA DOS ÁTOMOS PERMANENTES

1.Propósito dos Átomos Permanentes.


Os 3 átomos permanentes constituem em si mesmos centros de força ou esses
aspectos da personalidade que mantêm ocultos os fogos da substância ou da
objetividade; cabe aqui fazer a enfática observação quando ao considerar o tríplice
homem nos 3 mundos, nos referimos à substância (em relação com a manifestação
cósmica) considerada como o físico denso. O envoltório causal circunda estes 3
átomos (a Tríade inferior) e sua fnalidade é a seguinte:

Separar uma unidade de consciência egoica de outra, embora, sem embargo, constitui
cada uma por si mesma uma parte do corpo gasoso (5o. subplano físico cósmico) no
corpo físico do Logos planetário, vida central de um determinado grupo de Mônadas.
Muito pouco tem sido apreciado este fato e merece ser estudado cuidadosamente. Na
capacidade inerente de responder à vibração superior encontram-se ocultas
potencialidades espirituais; desde o momento da individualização, até ser descartada
durante a iniciação, a vida interna desenvolve constantemente tais potencialidades e
consegue certos resultados defnidos utilizando os 3 componentes da Tríade inferior.
Vivifca-os e desperta-os gradualmente, até que, nos 3 planos (físico, astral e mental
inferior), a vida central tenha estabelecido um ponto adequado de contato, capaz de
originar a vibração necessária na matéria desses planos.

Os átomos permanentes de cada plano têm uma quádrupla fnalidade com respeito à
vida central ou egoica:

763
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• Distribuir certo tipo de força.
• Conservar a faculdade ou capacidade de responder a uma vibração dada.
• Assimilar experiência e transmutá-la em qualidade. Resultado direto do trabalho do
Raio do Ego ao atuar sobre o átomo.
• Ocultar a memória da unidade de consciência. Quando vibram em toda sua
plenitude, constituem a razão de ser da continuidade de consciência do homem que
atua no corpo causal. Esta diferença deve ser cuidadosamente estabelecida.
Quando são estudados temas tão difíceis, devemos recordar sempre que nos
ocupamos do corpo físico denso logoico e que

• a unidade mental encontra-se na matéria gasosa logoica,


• o átomo astral permanente está na matéria líquida logoica,
• o átomol físico permanente está na matéria física densa,
portanto têm seu lugar na matéria dos 3 subplanos inferiores do corpo físico do Logos.
Consequentemente, durante o processo evolutivo e através da iniciação, quando o
homem alcança a consciência da Tríade espiritual ou superior e transfere sua
centralização para os 3 átomos permanentes da Tríade espiritual (átomos mental,
búdico e átmico), pode, com toda facilidade, atuar conscientemente no corpo etérico
de seu particular Logos planetário. Estabeleçam a analogia no desenvolvimento
microcósmico, ao observar que o homem, para atuar conscientemente em seu corpo
etérico individual, tem de abrir caminho queimando o que chamamos a trama etérica e
estudem como os fogos da iniciação fazem algo parecido no corpo etérico planetário e
oportunamente no etérico cósmico. Àmedida que cada unidade de consciência, por
meio do esforço autoinduzido, chega na meta e atravessa o "solo ardente", somente
uma porção microcósmica da trama etérica do corpo etérico planetário é consumida
pelo fogo; isto redunda em um defnido benefício para essa grande Entidade, o Logos
planetário, devido à liberação, sem importância aparentemente, da força de uma das
células de Seu corpo. Quando todas as unidades ou células de Seu corpo tenham
logrado a realização, também Ele se libera da manifestação densa e morre fsicamente.
A esta etapa de existência etérica segue outra comparativamente mais breve (que
abarca o período de obscurecimento planetário), então já não encarna mais.

Se observarmos este processo desde o ponto de vista do Logos solar, o aspecto


Brahma desaparece ou a vida se retira do átomo físico permanente, abandonando
outras etapas posteriores em níveis cósmicos, das quais não nos ocuparemos. Tais
etapas abarcam a retirada da vida logoica dos outros 2 aspectos. Num sistema solar, a
encarnação física do Logos, o aspecto Brahma é aparentemente o mais importante,

764
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pois constitui seu meio de expressão; sem embargo, tem maior importância o aspecto
subjetivo ou a vida de desejos do Logos; concerne ao que Ele realiza nesses níveis
superiores e planos cósmicos, mais além do conhecimento do Choan mais elevado.

Poderia ser de valor indicar-lhes que o Raio egoico do ente humano que nos preocupa,
se manifesta, com respeito a cada um dos raios, em forma similar á manifestação
logoica. Cada um dos 7 Raios, observados em conexão com o corpo causal do homem,
manifesta-se como unidade no 1o. subplano, como triplicidade no 2o. e como
setuplicidade no 3o., formando assim os 49 grupos que mais correspondem ao homem
em evolução. Segundo o ponto de vista esta enumeração dos grupos pode aumentar
ou diminuir, porém para estudar os aspectos da mente é sufciente a enumeração
anterior. Durante o transcurso de suas enumeráveis vidas septenárias e a medida que
os cíclicos sete passam sobre ele, o homem fca sob a infuência dos 7 sub-raios de seu
próprio Raio. Logo começa a sintetizar e a fundir os 7 nos 3 sub-raios maiores,
voltando assim à unidade de seu próprio Raio egoico.

Primeiro. A etapa septenária rege o lapso que transcorre entre a individualização e sua
entrada no caminho.

Segundo. A etapa ternária rege o lapso que transcorre até a 3a. Iniciação.

Terceiro. Logra a unidade de seu Raio na 5a. Iniciação, logo conscientemente forma
parte do corpo do Homem celestial.

A mesma ideia pode ser aplicada em conexão com o despertar das forças vitais dentro
dos átomos permanentes, considerando cada átomo como o 7o. princípio de cada um
dos 3 aspectos da personalidade.

Estudo 224

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - I - A Natureza
do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 422, 423 e 424)

2. O Lugar que Ocupam os Átomos Permanentes no Corpo Egoico

a. A importância que tem o átomo permanente.


Há um fato que se deve captar e recalcar em relação com o lugar que ocupa o átomo
permanente dentro da periferia causal e sua evolução: o átomo astral permanente

765
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
constitui neste sistema solar o receptor de certa infuência de força ou energia, sendo
estimulado ou energizado em maior grau que os outros constituintes da Tríade inferior,
o átomo físico permanente e a unidade mental permanente, o que se deve às seguintes
razões:

Primeiro. O centro de polarização do 4° reino ou humano encontra-se na consciência


astral, considerando este reino como uma unidade em expressão. Inevitavelmente, a
maioria dos homens dirige e controla o veículo físico desde o astral e através de sua
natureza de desejos. O corpo astral encontra-se em linha direta com a força que
provém dos níveis monádicos 2-4-6, através da matéria búdica. Os números 2-4-6
signifcam a sequência das matérias: matéria monádica-2, matéria búdica-4 e matéria
astral-6. Todavia, a energia monádica, ao entrar em contato com a matéria astral, não
consegue manifestar nela suas qualidades, em virtude da falta de preparo da matéria
astral, havendo consequentemente uma fortíssima distorção, o que é facilmente
observado no comportamento da humanidade não evoluída.

Segundo. A meta da humanidade consiste em chegar a ser Mestre de Sabedoria ou


entes conscientes dentro do Corpo do Dragão de Sabedoria ou de Amor, o nosso
Logos planetário. O homem consegue isso, quando pode atuar conscientemente em
corpo búdico ou quando o átomo astral permanentemente é substituído pelo átomo
búdico permanente. Na 2a. Iniciação planetária a polarização é transferida do átomo
astral permanente para o átomo búdico permanente, quando então o corpo búdico
inicia seu processo de coordenação e estruturação, que culmina na 4a. Iniciação
planetária, a 2a. solar.

Terceiro. O 2° aspecto do Logos (o amor ou manifestação da natureza amor do Logos


por intermédio do Filho) manifesta-se neste sistema, o qual:

a. é um flho da necessidade ou do desejo,


b. vibra na tônica do Raio cósmico de Amor,
c. constitui a forma através da qual este raio de Amor cósmico (observado na inter-
relação do Eu e o não-eu ou na dualidade) se expressa,
d. está regido pela Lei cósmica de Atração. As mônadas de amor constituem a
qualidade predominante. (A palavra "qualidade" foi escolhida especialmente.)
Quarto. O centro cardíaco está no corpo cósmico DAQUELE SOBRE QUEM NADA SE
PODE DIZER, e nosso Logos solar personifca Sua força. Aqui está uma das chaves do
mistério da eletricidade. Os planetas sagrados e certas esferas etéricas similares que
se encontram dentro do "círculo não se passa" solar formam parte do centro cardíaco

766
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e constituem as "pétalas" do Loto ou centro cardíaco dessa grande Existência ignota
que constitui para o Logos solar o que Ele por sua vez constitui para os Homens
celestiais e, especialmente, para Seu particular Homem celestial, que personifca a
força do centro cardíaco logoico ( o Logos do esquema de Júpiter).
Consequentemente, o estudante sério observará que toda força, energia e qualidade
de sua vida constituirá o que denominamos (somo obrigados a empregar uma palavra
imprópria e capciosa) AMOR. Isto explicará o fato de que a força que atua através
desse centro cardíaco cósmico chegará a ser a força predominante da manifestação
de um Logos solar e de um Homem celestial; similarmente produzirá sua analogia
microcósmica e suas reações refexas; daí a importância relativa do átomo astral
permanente dentro da periferia causal, o qual está em linha direta com a força ativa
que emana da existência cósmica, penetrando cada vez em menor grau por intermédio
do Logos planetário dentro de um esquema, o Dragão de Amor-Sabedoria.

Quando esta força está bem controlada e corretamente dirigida, constitui um grande
agente transmutador que oportunamente converterá o ente humano em um Mestre de
Sabedoria, um Senhor de Amor, um Dragão de Sabedoria de grau inferior.

Finalmente, este sistema solar, manifestação física objetiva do Logos, é compenetrado


por Seu corpo astral, como acontece com a manifestação humana. A medida que o
Logos se polariza no seu envoltório astral cósmico, e enquanto ainda não tenha
conseguido a polarização cósmica, Sua força ou natureza de desejo constitui o
principal objetivo de Sua vida ou das vidas subjetivas que subjazem na forma. Isto quer
dizer que o nosso Logos solar ainda não conseguiu completar a polarização mental,
sendo por isso que a sua meta para este sistema solar é a 3a. Iniciação cósmica, da
Transfguração cósmica, quando, usando uma analogia com o homem, fcará face a
face com um GRANDE SER CÓSMICO, O GRANDE INICIADOR CÓSMICO, assim como o
homem, na 3a. Iniciação planetária, a 1a. solar, fca face a face com o Iniciador único,
SANAT KUMARA. Podemos fazer muitas outras analogias com base no que acontece
com o homem ao receber a 3a. Iniciação, analogias essas que trariam muita luz e
esclarecimento sobre o sistema solar, no qual vivemos, nos movemos e temos o nosso
ser.

Se o estudante refete cuidadosamente sobre esses 5 fatos, obterá a chave do


problema da existência, tal como a compreendemos, a chave das causas que produzem
o calor no sistema solar, do método da Lei cósmica de Atração e Repulsão que rege
todas as formas atômicas e da questão do SEXO que se evidencia em todos os reinos
da natureza. Também lhe darão a chave da constituição do divino Hermafrodita.

767
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Portanto, não se pode esquecer a importância relativa que tem o átomo permanente do
2o. aspecto da personalidade (o átomo astral permanente), dentro da periferia causal;
também devemos recordar que a força que afui através desse átomo, força animadora
do corpo astral, segue a linha de menor resistência e pode considerar-se que exerce
uma infuência duas vezes mais forte sobre a manifestação física que a que nele chega
através das outras duas, as quais são as forças da Vontade e da Mente. Isto no homem
comum, não evoluído, o que constitui a maioria da humanidade. O Logos agora
expressa-se a Si Mesmo através do Raio divino, Seu 2o. aspecto e este Raio é a soma
total da radiação dos Senhores de Sabedoria, os Homens celestiais, os Dragões, a
Unidade e o Amor. Tal força fui através dEles, que por sua vez se revestem com a
forma ou,como o expressa Helena Petrovna Blavatsky, "O Raio primordial converte-se
no "vahan" (veículo) para o Raio divino". Suas vidas animam os átomos da substância
quando a forma é construída com eles, constituindo a soma total do magnetismo
logoico ou a grande natureza do desejo do Logos que vai em busca do não-eu,
produzindo assim o Matrimônio cósmico; é a manifestação cósmica da atração sexual,
a busca de Seu pólo oposto e sua união mística.

Este processo é repetido pelo microcosmos, seguindo a linha de seu ser e


analogamente leva-o à encarnação ou à união mística com a forma.

É fácil concluir dessas informações lógicas e racionais que o nosso Logos solar, como
também os Logoi planetários, que são partes do Logos solar, estão num afã de busca
do aperfeiçoamento, o que deve imitado pelo homem, o qual não deve fcar na
estagnação e na preguiça, sob total domínio da matéria, difcultando assim a evolução
do nosso Logos planetário, que depende de suas células, os seres humanos. Portanto,
que todos se ergam e efetuem um efetivo esforço no sentido de acelerar a evolução,
para o ingresso em processos de vida de muito maior intensidade e riqueza. Mas isto
só pode ser conseguido por meio do conhecimento, o verdadeiro conhecimento, que
destrói os véus de maia, da miragem e da ilusão. Para isso Mestre Djwal Khul está nos
propiciando todos esses conhecimentos valiosíssimos. Saibamos utilizá-los
corretamente, fazendo assim um bem para nós mesmos e para o nosso Logos
planetário.

Estudo 225

768
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - I - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 424 e 425)

b. O triângulo atômico.
Para o vidente o envoltório causal é uma esfera de substância vibrante e vivente;
dentro dela podem ser vistos 3 pontos ígneos, que são os 3 componentes da Tríade
inferior: o átomo físico permanente, o átomo astral permanente e a unidade mental
permanente. No coração da esfera há uma labareda de luz central que emite raios, que
é a Joia no Loto, A Alma ou o Ego; estes raios são 7 (os raios do Ego, sub-raios do Raio
monádico) e atuam sobre tais pontos e círculos (análogos aos elétrons dos átomos da
ciência) produzindo nesta etapa um grande efeito sobre o átomo astral permanente. O
átomo físico permanente está situado relativamente próximo do centro positivo (a Joia
no Loto); através dele atua a força que passa ao átomo astral permanente, formando 5
raios de luz semicolorida, sendo esses 5 raios os 4 raios de atributo mais o terceiro raio
sintetizador dos quatro, uma vez que o átomo físico permanente manifesta
essencialmente o 3o. aspecto. Esses 5 raios, ao mesclarem-se com o tom intenso e
vívido do átomo astral permanente, que expressa essencialmente o 2o. raio, aumenta
sua intensidade, até que a labareda fca tão forte, que os 2 pontos ou elétrons (o
átomo físico permanente e o átomo astral permanente) parecem fundir-se, produzindo
tal intensidade de luz, que aparentam dissolver-se. A unidade mental permanente (que
expressa essencialmente o 1o. raio), que ocupa dentro do corpo causal um lugar
análogo ao do planeta mais afastado do sol, começa a vibrar em forma similar e os
outros 2 pontos (considerados agora um) iniciam uma interação com a unidade mental
permanente, na qual origina-se e continua sendo aplicado um processo similar (a
estimulação pela ação dos raios e energias emanadas da Joia no Loto), até que os 2
pontos (os átomos físico e astral permanentes fundidos sendo um e a unidade mental
permanente) - circulando ao redor de seu centro positivo (a Joia no Loto) - também se
aproximam, mesclam-se, fundem-se e dissolvem-se. O centro positivo de vida reúne ou
sintetiza os 3 pontos, assim os 3 fogos da personalidade repetem em pequena escala o
procedimento microcósmico observado na síntese do fogo elétrico, do fogo solar e do
fogo por fricção (o que ocorre na 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar), restando
unicamente uma unidade famígera, a qual, por meio do calor combinado de seu ser,
consome o corpo causal e escapa e regressa aos planos de abstração (os átomos
mentais componentes do Loto Egoico). Desta maneira o homem é o próprio Caminho e
o peregrino no Caminho; assim se queima, constituindo também o solo ardente.

Esta analogia é aplicável ao caso do microcosmos, o homem, observado desde níveis

769
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
monádicos, quando se manifesta como Mônada, Ego e Personalidade; o mesmo
processo é levado a cabo no que concerne ao Homem celestial e também ao Logos
solar. Se o cérebro pudesse captar o conceito, perceberia que é o mesmo processo
utilizado nos níveis cósmicos com respeito a existências tão elevadas como os 7 Rishis
da Ursa Maior e esse Ser ainda mais elevado, AQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER
DITO (o Logos cósmico).

Esses aumentos intensos e repentinos do brilho de uma estrela, como aconteceu com a
estrela eta da constelação de Carina, são explicados esotericamente por essas fusões
de fogos, em amplitudes cósmicas, como consequência de avanço no processo
evolutivo (uma Iniciação cósmica) do Logos que se expressa por essa estrela.

770
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 226
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - I - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 425 e 426)

3. As Espirilas e o Raio do Ego

Trataremos agora do tema das espirilas, que se encontram dentro do átomo


permanente e observaremos em que forma são afetadas pelo raio egoico, recordando
sempre que considerá-las-emos como:

Primeiro. A economia interna do germe da vida nos 3 planos ou mundos concernentes


ao homem;

Segundo. Os 7 princípios de cada um dos 3 envoltórios;

Terceiro. O núcleo positivo da força que mantém unida a matéria dos 3 envoltórios.

Portanto estudaremos duas coisas:

• A composição do átomo permanente.


• A diferença que existe entre a unidade mental e os átomos permanentes astral e
físico.
Com o objetivo de esclarecer isto e de extrair algum conceito defnido destas obscuras
regiões da abstração, façamos a seguinte classifcação:

a. A composição do átomo permanente. O átomo permanente dos planos astral e


físico é uma esfera de substância astral e física, composta de matéria atômica e
caracterizada pelas seguintes qualidades:
Resposta. É o inerente poder de responder à vibração de qualquer dos Homens
celestiais e se transmite por meio do aspecto Brahma ou dévico de Sua tríplice
natureza. O átomo permanente encontra seu lugar dentro da esfera de infuência de
um dos grandes devas, os Senhores Rajas de um plano.

O poder de construir formas. Estes Devas pronunciam 2 letras da palavra


microcósmica e cada uma constitui (em seu próprio plano) o agente coerente que
reúne a substância, produz a forma e atrai matéria com o propósito de objetivá-la. O
som astral produz o microcósmico "Filho da necessidade" e quando reverbera no plano
físico produz a encarnação e o repentino aparecimento dos 7 centros ou chacras nos
níveis etéricos. A construção do físico denso é o resultado da consequente ação
automática da essência dévica, pois não deve ser esquecido que o homem é
essencialmente (com respeito ao plano físico) um ser etérico e que seu corpo físico

771
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
denso é considerado esotericamente como que se acha "debaixo do umbral" e não
constitui um princípio.

Permanência relativa. No 7o. princípio de todas as entidades que se manifestam vão


sendo acumuladas e desenvolvidas as faculdades, os dons e a memória atômica, em
outras palavras, aherança do pensador, desde do ponto de vista físico e emocional. Os
envoltórios não são permanentes; estão construídos em formas provisórias e são
desintegrados quando o Pensador (o Ego) tenha esgotado todas suas possibilidades,
porém o 7o. princípio de cada um dos envoltórios recolhe para si as qualidades
adquiridas e as acumula (sob a Lei do Carma), para serem desenvolvidas novamente,
expressando-as com impulso do plano em cada novo ciclo de manifestação.

Tal permanência também é relativa, pois quando o fogo interno do átomo arde com
maior força e os fogos externos do Ego ou fogo solar, fazem impacto sobre o átomo
com intensidade crescente, então o átomo no seu devido tempo é consumido e a
labareda interna chega a ser tão poderosa que destrói o muro que o encerra.

Antes de prosseguirmos teçamos algumas considerações sobre o acima exposto.


Inicialmente vejamos o que é dito no item Primeiro. As espirilas das quais os átomos
são feitos são de fato o germe da vida nos 3 mundos de evolução do homem, porque
por elas fuem energias dos mundos ou planos superiores, quer consideremos as 3
espiras chamadas grossas como as sete denominadas fnas. Todas essas espiras são
formadas por espiras de matéria imediatamente mais sutil, ou seja, as espiras dos
átomos físicos são feitas de átomos astrais, as espiras dos átomos astrais são feitas
de átomos mentais, as espiras dos átomos mentais são feitas de átomos búdicos e
assim prossegue. Assim, os átomos mentais que constituem as espiras dos átomos
astrais que formam as espiras dos átomos físicos, constituem a 1a. espirila do átomo
físico. Essa formação de espirilas prossegue até o mundo ou adi, indo mais além. Dessa
forma fca evidente e clara a conexão entre o átomo físico e os mundos ou planos mais
elevados. Daí a importância e a necessidade de despertá-las. Os raios da
personalidade, do Ego e da Mônada exercem funções nesse despertar.

No item Segundo falamos dos 7 princípios de cada um dos 3 envoltórios ou corpos.


Esses 7 princípios são as qualidades essenciais dos 7 planos ou matérias, que se
expressam através das espirilas, uma vez que por elas o átomo se conecta com essas
matérias, demonstrando assim a ligação existente em todo o universo, levando à união
de tudo.

No item Terceiro falamos do núcleo positivo da força que mantém unida a matéria dos

772
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3 corpos inferiores. Essa força, proveniente do Ego, fui a partir dos 3 componentes da
Tríade inferior: o átomo físico permanente, o átomo astral permanente e a unidade
mental permanente, passando pelos chacras ou centros.

No item a percebemos claramente que os chamados átomo físico permanente e átomo


astral permanente não são constituídos de um único átomo físico e de um único átomo
astral respectivamente, mas sim de aglomerado de átomos físicos e astrais, que não
são átomos comuns, mas, como veremos mais adiante, são átomos que fcaram
enormes períodos expostos á ação das energias da 2a. emanação do Logos Solar, a
emanação do 2o. aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura, para adquirirem as qualidades
e capacidades necessárias para as funções de átomos permanentes em uma Tríade
inferior, qualidades essas já descritas.

No item titulado O poder de construir formas vemos claramente a responsabilidade, a


ação e o trabalho das Hierarquias dévicas na área do 3o. aspecto, chamado Brahma ou
Inteligência Ativa, por meio de vibrações ou oscilações, comumente conhecidas como
som, embora seja muito mais que o som físico.

No item denominado Permanência relativa, constatamos, com toda clareza, que, uma
vez conseguido o objetivo, o instrumento é descartado, quer se trate de corpos físico,
astral e mental, ou átomos, incluindo o próprio Loto Egoico e o próprio Ego, o que
ocorre na 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar. Só a Mônada é perene, crescendo cada
vez mais com as experiências desenvolvidas nas diversas matérias ou planos através
de seus envoltórios ou instrumentos, e uma vez tendo conseguido a assimilação das
essências das experiências, transformando-as em qualidades, abandona os envoltórios
ou instrumentos, prosseguindo para novas conquistas em mundos mais elevados, não
cessando nunca esse avanço para o mais amplo, mais elevado, mais dinâmico e de
plenitude de vida, como falou o Cristo através de Jesus.

Estudo 227

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio Egoico e
o Fogo Solar - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 426 e 427)

Calor. Aqui se encontra a diferença existente entre os átomos permanentes de todos


os planos e a matéria atômica da qual formam parte. Não é fácil esclarecer esta
diferença, nem tão pouco é conveniente fazê-lo nesta época; os fatos reais constituem

773
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
um dos segredos da Iniciação, porém a diferença que existe entre o átomo permanente
e a matéria atômica poderia mais ou menos chegar a ser compreendida, se dizemos
que:

O átomo permanente é aquele do qual se apropriou uma das vidas que formam os
centros do corpo de umSenhor solar, enquanto a matéria atômica em si é empregada
para formar outras partes de Seu grande corpo de luz.

O átomo permanente é aquele que fcou sob o poder atrativo do 2o. aspecto, enquanto
a matéria atômica é vitalizada pela vida do 3o. aspecto.

O átomo permanente segue a linha de força de menor resistência e vai fcando fora do
controle do Senhor dos Devas e vai passando para o controle da vida positiva. Isto
concerne à evolução da consciência da substância.

O átomo permanente está sob o controle direto dos 3 grupos inferiores dos Senhores
Lipikas e constitui o agente através do qual Eles impõem o carma correspondente a um
ente determinado que poderia estar empregando-o. Trabalham diretamente com os
átomos permanentes dos homens e conseguem resultados mediante a forma, até
esgotar a capacidade vibratória de um átomo determinado; quando isto ocorre, o
átomo entra em sua etapa de obscurecimento, como o faz o 7o. princípio de qualquer
envoltório. Fica assim sob a infuência do 1o. aspecto que se manifesta como o
Destruidor.

Recordem que ao fazer estas afrmações nos referimos ao microcosmos e aos átomos
permanentes relacionados com o mesmo; com respeito ao Logos solar manifestado no
sistema, ocupamo-nos de um dos átomos permanentes, sendo Seu átomo físico
permanente. Resultará evidente que no átomo físico permanente do Logos solar está
oculta a faculdade de responder conscientemente às vibrações de todos os planos, o
segredo do propósito cármico de Sua encarnação e também o mistério de Sua
atividade funcional; porém não podemos desentranhar o segredo de Seus 3 átomos
permanentes inferiores ao funcionarem como uma unidade dentro de Seu veículo
causal. Enquanto não conseguirmos isto, é inútil fazer conjecturas com respeito a Seu
ser fundamental.

Analisemos o conteúdo acima exposto. Calor é o resultado da vibração ou oscilação.


Portanto estamos tratando neste item de capacidades vibratórias. Fica bem evidente e
claro que os átomos permanentes não são os átomos comuns, sendo pois átomos
especiais.

774
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No 1o. parágrafo o Mestre D. K. fala de Senhor solar. Sabemos que no sistema solar,
considerando todas as matérias que o constituem e não apenas essa física densa
visível pelos olhos físicos e pelos instrumentos da astrofísica, existem grandes
Entidades exercendo diversas funções necessárias á manifestação do Logos solar.
Assim temos os Logoi planetários, sagrados e não sagrados, os Devas regentes dos
planos, os Lipikas e muitas Outras, com funções até em nível de Logos planetário. Um
Senhor solar é uma dessas Entidades com funções que não as de Logos planetário. Ao
organizar Seus centros ou chacras, Elas empregam vidas menores, as quais utilizam os
átomos permanentes, enquanto as demais partes do Corpo do Senhor solar são
constituídas pelos átomos comuns.

No 2o. parágrafo o Mestre D. K. fala do poder atrativo do 2o. aspecto do Logos solar, o
fogo solar cósmico, que atua nos átomos permanentes, conferindo-lhes as capacidades
necessárias para suas funções. No caso dos átomos comuns, atua
preponderantemente o fogo por fricção.

No 3o. parágrafo vemos que os átomos permanentes saem do controle do Senhor dos
Devas e fcam sob o controle da vida positiva, que é a Alma ou o Ego, o que é lógico,
levando-se em conta que a Alma tem de dominar completamente seus veículos.

O que é dito no 4o. parágrafo é bem evidente, uma vez que, sendo cada corpo
construído em cada encarnação a partir de informações registradas nos átomos
permanentes, eles são os instrumentos ideais para o registro das informações que
levarão à concretização do carma previsto.

Assim, ao longo das sucessivas encarnações, o homem, levado pela ação corretora do
carma, consegue aumentar a capacidade vibratória (calor) dos átomos permanentes,
até o máximo dessa capacidade, quando então eles entram em obscurecimento.

Com referência ao átomo físico permanente do Logos solar, sabemos que a matéria do
plano adi exerce essa função, estando nela o segredo do carma do Logos solar para
esse atual sistema solar. Agora, entender como esse átomo físico permanente funciona
em conjunto com o átomo astral permanente e com a unidade mental permanente,
dentro da periferia do corpo causl do Logos solar, é um assunto muito abstrato e
complexo para o atual nível de entendimento da humanidade, estando só ao alcance no
processo iniciático.

775
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 228

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio Egoico e
o Fogo Solar - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 427 e 428)

A diferença que existe entre eles. A unidade mental permanente tem, com referência
ao homem, uma posição peculiar e única, a do Pensador no corpo causal. Estudaremos
isto logo, por enquanto somente direi que o mistério da unidade mental está oculto na
natureza dos Homens celestiais. A seguinte analogia contém a chave deste mistério,
porém apenas pode ser insinuado, deixando que o estudante descubra a verdade por
si mesmo. Nos 3 planos da manifestação logoica - os 3 superiores, os 3 éteres
cósmicos - manifestam-se os 3 aspectos, no átmico o aspecto Inteligência Ativa, no
monádico o aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura e no adi o aspecto Vontade; no plano
búdico, o 4o. éter cósmico, manifestam-se os centros logoicos etéricos, ou seja, esses
vórtices de força que animam os 3 planos inferiores da manifestação física densa. Em
conexão com os Homens celestiais temos também uma manifestação secundária e no
plano búdico acha-se Seu 3o. aspecto, deixando o plano cósmico gasoso ou manásico
para a expressão principal de Sua força, o que signifca que no plano búdico o 3o.
aspecto tríplice surge como fonte energizadora do plano mental (gasoso cósmico),
onde se expressa como força atuante, também de forma tríplice, embora tendo como
característica principal o 3o. aspecto; é óbvio que também surgem as manifestações
secundárias dos 4 raios de atributo; Eles constituem essencialmente os Pensadores
divinos, os Manasaputras. Portanto, em conexão com o microcosmos, considerado
como parte de um centro do corpo de um Homem celestial, há uma descida menor
dentro da manifestação gasosa ou ígnea de um Senhor solar (que, com referência ao
homem, é a Alma ou o Ego). Isto se aplica aos 3 subplanos mentais superiores (3o. , 2o.
e 1o.), que podem ser considerados como a manifestação dos 3 aspectos superiores
do Homem em matéria mental (3o. aspecto no 3o. subplano, 2o. aspecto no 2o.
subplano e 1o. aspecto no 1o. subplano), enquanto que no 4o. subplano mental temos
os centros mentais do homem dentro da periferia de seu corpo mental, do qual a
unidade mental constitui o fator unifcador. Assim evidencia-se que a unidade mental
permanente e seu envoltório, o corpo mental inferior, constituem o ponto onde a
Mônada via Alma ou Ego, manifesta o aspecto Vontade para os corpos inferiores e a
personalidade. Uma outra coisa a ser dita é que na unidade mental permanente está
gravado todo o histórico da Alma ao longo das sucessivas encarnações, bem como o
carma a ser cumprido na sua atual encarnação, com muito melhor clareza do que pelo
horóscopo. Conhecer a natureza e os processos detalhados de operação dessas

776
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
energias e dos seres dévicos que agem como operadores, é um dos resultados da
sistemática das Iniciações. Como já foi dito anteriormente, este é um profundo mistério
e não pode ser elucidado mais extensamente.

Estudo 229

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio Egoico e
o Fogo Solar - II - A Natureza dos átomos permanentes - 3 - As espirilas e o raio do ego
- b. Os planos e a energia ígnea (Páginas 428 e 429)

Os planos e a energia ígnea

Seria bom considerar aqui as analogias de cada plano, com seus 7 subplanos,
recordando ao estudante que estamos falando dos planos, não só do campo para o
desenvolvimento do homem, mas também do campo de evolução de um Logos solar.
No sistema solar temos:

Primeiro, os 3 planos superiores, adi, monádico e átmico, denominados os planos dos 3


aspectos (1o. aspecto, adi - 2o. aspecto, monádico - 3o. aspecto, átmico).

Segundo, o 7o. princípio logoico que se encontra no 1o. plano e pode ser considerado
como o impulso da matéria física que produziu Seu corpo objetivo.

No 2o. plano estão os 7 Homens celestiais, que constituem Seus centros principais de
força. Existem outros, porém dEles não nos ocuparemos, porque já lograram uma meta
determinada e personifcam os centros que agora estão em estado passivo ou fora de
manifestação, pois o kundalini logoico dirigiu sua atenção para outra parte. Segundo
outra classifcação constituíram os dez que correspondem à vida esotérica, podendo
também serem classifcados como doze, formando assim o Loto de 12 pétalas ou
centro cardíaco do Corpo dAQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO.

No 4o. éter cósmico, o plano búdico, estão os centros etéricos do Logos. Ali estão
também os planetas esotéricos e o Sol, considerados como o centro dos princípios
búdicos; desde ali o Logos anima Sua manifestação física densa.

Finalmente, nos 3 planos inferiores (mental, astral e físico) temos Seus corpos ou
envoltórios gasoso, líquido e denso, que peculiarmente formam em conjunto uma
unidade; constituem um todo coerente, assim como os 3 planos superiores formam
analogamente a tríplice expressão unifcada das 3 pessoas da Trindade.

777
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Existe uma analogia similar nos subplanos de cada plano do sistema e esta far-se-á
mais evidente a medida que o homem vá adquirindo uma visão mais clara e possa
conscientemente comprovar por si mesmo a verdade com respeito à vida subjetiva.
Ocupar-nos-emos destes planos e estudaremos a vida ou manifestação de força em
cada um, dando mais importância aos 4 inferiores, por serem os planos que concernem
mais proximamente ao homem. São os planos búdico, mental, astral e físico.

Nos planos físico, astral e mental inferior a maioria da humanidade está fortemente
polarizada no atual ciclo, sendo muito mais fortemente no plano astral, sendo o mental
inferior apenas um instrumento para o astral, quando devia ser o inverso, daí a
expressão kama-manas, ou seja, o mental dominado pelo astral. O plano mental
superior ou causal, sede da Alma ou Ego, pouco é utilizado pela maioria da atual
humanidade, uma vez que essas Almas ainda estão na fase do Loto Egoico quase que
totalmente fechado, sendo o trabalho nele necessário realizado quase totalmente pela
entidade chamada Anjo solar, que estimula a Alma a fazer este trabalho. O plano búdico
é a meta a ser conquistada, o que só ocorre na 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar. É
óbvio que os que já estão no caminho e receberam a 1a. Iniciação já estão ativos no
plano causal e inciando atividades no plano búdico.

Como o plano búdico é também um campo de evolução (física cósmica) para o Logos,
quando o iniciado passa a viver, atuar e trabalhar nesse plano, com plena e total
consciência e conhecimento, o Logos é benefciado, uma vez que células mais
efcientes estarão atuando em Seu corpo físico cósmico, ou seja, a Sua saúde física
torna-se melhor. Dentro desse raciocínio, fca bem clara e evidente a nossa
responsabilidade e necessidade de pôr em prática os ensinamentos que o Mestre Djwal
Khul nos está proporcionando. Portanto, MÃOS A OBRA.

Estudo 230

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio Egoico e
o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 3 - As Espirilas e o Raio do
Ego - b. Os Planos e a Energia Ígnea - (Páginas 429 e 430)

O Plano Logoico

Os subplanos 1º 2º e 3º do 1º éter cósmico (o plano adi ou logoico) respondem


especifcamente à vibração de um dos 3 aspectos ou a essas Entidades cósmicas cuja

778
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
infuência chega de regiões mais distantes do nosso sistema solar até a matéria dos
planos, ou seja, os 3 primeiros subplanos do plano adi ou logoico são energizados
respectivamente por 3 Entidades cósmicas que dentro do corpo físico do nosso Logos
solar personifcam Seus 3 aspectos maiores: Vontade(1º Raio), Amor-Sabedoria-Razão
Pura (2º Raio) e Atividade Inteligente (3º Raio), sob a infuência maior do1º Raio, que
rege o plano adi como um todo, existindo a infuência ainda maior do7º Raio, que rege
os 7 planos (do físico até o adi) como um todo constituindo o físico cósmico. Na
realidade temos a seguinte organização:1º, 2º e 3º sub-raios (para cada um dos 3
subplanos do plano adi) do 1º Raio (para o plano adi), o qual é um sub-raio do7º Raio
(para o plano físico cósmico).

No 4º subplano do plano adi é obtida uma mescla elemental das 3 Vidas ígneas, a qual
produz, em forma arquetípica, essa manifestação de força da eletricidade (fogo
elétrico ou fohat), que oportunamente faz surgir, no plano seguinte (o monádico), os
Filhos da Luz (As Mônadas humanas).

Nesta confguração elétrica temos os 3 planos superiores personifcando sempre o


tríplice aspecto Espírito; os 3 planos inferiores personifcando o tríplice aspecto
substância ou matéria e o plano de unifcação (o 4º), onde é conseguida uma
aproximação que, no Caminho de Retorno, assinala o momento da realização e do
triunfo. Por isso a4ª Iniciação planetária, a 2ª solar (na qual o homem é liberado da roda
das encarnações obrigatórias, a chamada roda de Sanshara), é quando a Mônada
humana passa a viver e dominar a matéria do plano búdico, o que realmente é um
triunfo.

A isto segue um período de obscurecimento. Daí que em todos os planos do sistema


solar exista um4º plano (o intermediário), no qual se realiza a luta por obter a
iluminação perfeita (há uma sucessão de perfeições), conseguindo-se em consequência
a liberação, sendo o campo de batalha, o Kurukshetra. Para o homem, o4º plano, o
búdico, é o lugar de triunfo e a meta de seus esforços, mas para o Homem celestial, o
Logos planetário, é o campo de batalha e para o Logos solar o solo ardente.

A diferenciação dos subplanos dos planos do sistema em 3 superiores, 3 inferiores e


um plano central de harmonia ocorre unicamente desde do ponto de vista do
fenômeno elétrico e não de Espírito puro ou substância pura, considerados
separadamente. Isto concerne ao mistério da eletricidade e à produção da luz. Os 3
planos superiores têm a ver com as Forças ou Vidas centrais, os 3 inferiores
concernem às Forças ou Vidas inferiores. Devemos nos lembrar sempre disso,

779
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
recordando que, para o ocultista, não existe tal coisa como substância, mas
unicamente Força em distintos graus, Energia de qualidade diferenciada, Vidas que
emanam de diferentes fontes, cada uma distinta e separada e Consciência que produz
um efeito inteligente por intermédio do espaço. Procuremos entender o signifcado de
espaço neste contexto. Como as matérias dos planos se interpenetram, fca evidente
que espaço aqui tem também o signifcado de tipo de matéria. Explicando melhor,
envolvendo o planeta Terra temos a matéria física em seus 3 estados inferiores (sólido,
líquido e gasoso) e nos 4 subplanos etéricos, mais a matéria astral em seus 7
subplanos, mais a matéria mental em seus 7 subplanos, prosseguindo para os outros
tipos de matéria. Dentro desse raciocínio, temos espaços dentro de espaço, ou seja,
espaço como tipo de matéria e espaço como localização. Assim, dentro do esquema do
nosso Logos planetário (o espaço relativamente maior, no sentido de localização) temos
Entidades animando as matérias (espaços), estando estas matérias na mesma
localização pelo fato de se interpenetrarem.

Dir-lhes-ei que no subplano atômico de cada plano o Senhor Agni manifesta Sua
ardente vida, fogo elétrico; expressa-se como fogo solar nos 2º , 3º e 4º subplanos e
como "fogo por fricção" nos 5º, 6º e7º subplanos. Do ponto de vista do microcosmos (o
homem), a Chispa na Chama, o Senhor Agni manifesta-se como fogo elétrico no2º
plano ou 2º éter cósmico (o plano monádico); como fogo solar no 3º (átmico), no 4º
(búdico) e nos subplanos 1º, 2º e 3º do plano mental (esses 3 subplanos formam em
conjunto o chamado plano causal ou mental superior); como fogo por fricção nos 4
subplanos inferiores do mental e nos planos astral e físico.

Assim, temos a seguinte situação em que vivemos como Mônadas em encarnação,


quando consideramos os 7 planos do nosso sistema solar como os 7 subplanos do
físico cósmico:

No plano monádico, temos o fogo solar de Agni no meio exterior e como Mônadas
emitimos fogo elétrico;

No plano átmico, temos o fogo solar de Agni e o fogo solar como Mônadas;

No plano búdico, temos o fogo solar de Agni e o fogo solar como Mônadas;

No plano causal, temos o fogo por fricção de Agni e o fogo solar como Mônadas;

No plano mental inferior, temos o fogo por fricção de Agni e o fogo por fricção como
Mônadas;

Nos planos astral e físico temos fogo por fricção de Agni e como Mônadas em

780
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
manifestação.

Há outras manifestações dos 3 fogos, sob outro ponto de vista, que veremos no
próximo estudo.

O entendimento claro e lúcido da atuação do fogos é fundamental para a compreensão


dos fenômenos que ocorrem ao nosso redor.

Estudo 231

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - b. Os Planos e a Energia
Ígnea - Um Esclarecimento sobre os Planos do sistema, que constituem o Plano Físico
Cósmico (Página 428)

Esclareçamos os 7 planos do nosso sistema solar, os quais, em conjunto, constituem o


plano físico cósmico, sendo cada plano, dentro dessa visão de físico cósmico, um
subplano.

1 - Os 7 planos do sistema são:


1. Divino ou Adi Logos 1o. éter cósmico
2. Monádico Mônada 2o. éter cósmico
3. Espiritual ou
- 3o. éter cósmico
Átmico
4. Intuicional ou
- 4o. éter cósmico
Búdico
Ego ou subplano gasoso
5. Mental
Alma cósmico
subplano líquido
6. Astral -
cósmico
subplano denso
7. Físico -
cósmico

2 - As 7 diferenciações em termos de energia ígnea


constituem:
a. Adi, o plano da vida divina Pai Mar de

781
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Fogo
b. Monádico, O plano da vida
Filho Akasa
monádica
Espírito
c. O plano átmico Éter
Santo
d. O plano búdico, intuição Central Ar
e. O plano da mente - Fogo
f. O plano do desejo - Luz astral
g. O plano físico - Éter
Pensamento - Formas Mentais - Materialização - Microcosmos - Macrocosmos

3 - Os planos de evolução os 7
logoica planos
Os planos de evolução do os 6
Filho planos
Os planos de evolução os 5
monádica planos
Os planos de evolução os 3
humana mundos

• Sete é o número de toda manifestação


• Três é o número da consciência
• Um é o número da Vida ou Espírito

4 - Fogo Fogo Fogo por


elétrico solar fricção
Espírito
Pai Filho
Santo
Consciê
Espírito Matéria
ncia
Analisemos algumas dessas divisões.

Na divisão 2 temos, em termos de fogo, o plano adi como plano da vida divina, porque
é nele que o nosso Logos solar manifesta Sua vontade de viver fsicamente, sendo o
plano no qual ocorre a 1a. vibração de tudo o que vai ocorrer nos planos abaixo, sendo
por isso que também é chamado o plano da vibração.

O plano monádico, da vida monádica, porque as Mônadas são residentes nele. É o plano

782
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do Filho porque é nele que surge a Luz, sendo a Luz a consciência.

O plano átmico, o plano do Espírito Santo, o plano do Verbo ou Palavra, porque o Som
surge nele.

O plano búdico ou da intuição, o Central ou intermediário, no qual surgem as cores


como 7 diferenciações da Luz ou consciência, sendo a consciência a intermediária
entre o Espírito e a matéria.

O plano mental, o plano de residência do Ego ou Alma.

Em termos de evolução temos os 7 planos como palco de evolução física do Logos, .

Os 6 planos, do monádico até o físico, como palco de evolução física do Filho,


signifcando Filho os Logoi planetários.

Os 5 planos, do físico até o átmico, o palco de evolução das Mônadas humanas, as


quais , embora residentes no plano monádico, têm de adquirir experiência nesses 5
planos. Todavia, após a 5a. Iniciação planetária, a 3a. solar, Elas passam a adquirir
experiência no plano monádico. É por que as Mônadas humanas começaram seu
processo evolutivo com 2 Tríades: a superior ou espiritual, composta de um átomo
átmico permanente, de um átomo búdico permanente e de um átomo mental
permanente e a inferior, composta de uma unidade mental permanente, de um átomo
astral permanente e de um átomo físico permanente.

Os 3 mundos ou planos, mental, astral e físico, de evolução humana, porque as


Mônadas humanas, manifestando-se como seres humanos, adquirem experiência
nesses 3 mundos. Quando o homem recebe a 3a. Iniciação planetária, a 1a. solar,
ingressa no 5o. reino, o reino espiritual, o reino da Hierarquia, passando a evoluir
dentro do campo evolutivo monádico, ou seja, deve conquistar os planos búdico e
átmico.

Sete é o número de toda manifestação porque, qualquer que seja a Entidade em


manifestação, as qualidades dos 7 Raios devem ser desenvolvidas.

Três é o número da consciência, porque para haver consciência, é necessário que


Espírito ou Mônada esteja em contato com a matéria, perfazendo assim o três: Espírito,
consciência e matéria, ou em termos de fogos: fogo elétrico, fogo solar e fogo por
fricção.

Um é o número da Vida ou Espírito, porque o Espírito sintetiza os 7 e os 3 em si.

783
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 232

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 3. As Espirilas e o Raio do
Ego - c. Os Planos e os Três Fogos (Páginas 430 e 431)

Os planos e os três fogos

Falando em forma relativa, em cada plano temos:

a. Fogo elétrico manifestando-se como o estado primitivo (o estado predominante)


dos 3 subplanos superiores.

b. Fogo por fricção como o fator mais signifcativo dos 3 subplanos inferiores.

c. Fogo solar que surge como labareda produzida pela união no subplano central.
O acima dito signifca que em cada plano, é o aspecto elétrico (vontade) do fogo que se
manifesta e atua nos subplanos atômico, sub-atômico e terceiro; nos subplanos 5º, 6º e
7º é o aspecto por fricção (aspecto inteligência ativa ou matéria) do fogo que se
manifesta e atua; no 4º subplano, intermediário, no qual se processa o contato e a
união do que está acima (fogo elétrico) com o que está abaixo (fogo por fricção), é o
fogo solar (aspecto amor-sabedoria-razão pura) que atua predominantemente, sendo a
labareda que surge pelo contato dos 2 polos, à semelhança do que ocorre quando um
circuito elétrico é fechado (ao se apertar o botão liga-desliga ou interruptor) e uma
lâmpada se acende ou um aparelho entra em funcionamento. Num circuito elétrico
temos o polo positivo e o polo negativo (ambos carregados de energia elétrica de
polaridades opostas), sem manifestação ou sem produzir algo visível e sem haver
circulação, mas quando a chave é fechada, a eletricidade pode circular e o que é
necessário se manifesta. O mesmo raciocínio aplica-se aos planos.

Assim, olhando os 7 planos como um todo, temos os planos adi, monádico e átmico, em
conjunto, como o polo positivo da eletricidade, os planos mental, astral e físico, em
conjunto, como o polo negativo da eletricidade, fcando o plano búdico, o central, como
o plano em que se manifesta o que é necessário para a manifestação.

Esse raciocínio é válido quando olhamos os 7 planos como um todo e sob o ponto de
vista dos 3 fogos, porque individualmente os planos são positivos e negativos entre si,
por exemplo, o plano adi é positivo em relação ao plano monádico e este por sua vez é

784
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
positivo em relação ao plano átmico e assim sucessivamente. Por isso, quando
analisamos os planos e subplanos em relação aos 3 fogos e à polaridade, sempre
teremos de ver sob que ótica estamos efetuando a análise. Só assim poderemos
entender o que realmente ocorre em cada plano.

Isto pode ser observado no sistema solar em conexão com um Homem celestial (um
Logos planetário) no plano búdico, onde tais fogos surgem como labaredas através de
Seus centros etéricos (etéricos cósmicos). Relacionada com o homem no plano mental,
existe uma condição similar: os 3 subplanos superiores (1º subplano ou atômico, 2º
subplano ou subatômico e 3º subplano) são utilizados pelo aspecto Espírito do corpo
causal (fogo elétrico) e os 3 inferiores (5º, 6º e 7º subplanos) aplicam-se
principalmente ao aspecto matéria ou fogo por fricção; no 4º subplano (o central)
encontram-se os centros de força do corpo mental. O mesmo acontece no plano físico
com respeito ao homem físico (encarnado) - seus centros acham-se localizados na
matéria do 4o. éter.

Cada uma das 3 Pessoas da Trindade manifesta-se similarmente ao homem: Espírito


(Mônada), Alma ou Ego e Substância (os 3 corpos inferiores). Relacionando isto com
Brahma (o 3º. aspecto do Logos solar), temos o aspecto Espírito ou 1º aspecto
animando os 3 subplanos superiores de cada plano. Seu aspecto Alma acha-se no 4º.
subplano de cada plano, subplano esse no qual estão situados os centros etéricos de
todos os entes manifestados. É nos 3 subplanos inferiores que Brahma primeiramente
faz contato com Seu aspecto substância. Daí o fato de existirem 49 fogos de matéria
ou os 7 fogos de cada plano; a união dos 3 superiores com os 3 inferiores produz essa
labareda que denominamos rodas de fogo ou centros (chacras), no 4o. subplano de
cada plano.

Vinculada ao 2º aspecto (Vishnu) existe uma condição semelhante. No 2º plano


(monádico) o fogo solar surge em seu aspecto elétrico, fazendo-o também nos 3º
(átmico) e 4º (búdico) planos, porém sua manifestação central efetua-se nos níveis
manásicos superiores (plano causal), brilhando através do corpo causal dos grupos
egoicos. Restam somente 2 planos e meio ( os 4 subplanos inferiores do plano mental e
os planos astral e físico), totalizando 4+7+7=18 subplanos, que são utilizados pelo 3º
aspecto da 2ª Pessoa da Trindade logoica. Assim temos sempre a divisão em 3 setores:
um (com 3 divisões superiores) para o fogo elétrico, outro (com 3 divisões inferiores)
para o fogo por fricção e um terceiro central (com 3 divisões) para o fogo solar.

Para o homem, o microcosmos, é possível estabelecer uma diferença semelhante; sua

785
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mônada e seu aspecto egoico podem ser estudados em suas tríplices essências e em
seus próprios planos; o aspecto Brahma do Ego está dentro dos átomos permanentes
(a Tríade inferior).

Estudo 233

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 3.As Espirilas e os Raios do
Ego - c. Os Planos e os Três Fogos (Páginas 431, 432 e 433)

Deve ser estudado cuidadosamente o seguinte:

1. Os Planos. Manifestação de Brahma, aspecto substância ou 3o. aspecto; deve ser


aplicada a esta Entidade a mesma constituição tríplice que se evidencia nas outras
duas. Devem ser estudados detidamente os planos do fogo elétrico, os de sua natureza
inferior e o ponto no qual surge como labareda ou, para Ele (Brahma), confagração, ou
seja, os centros etéricos. Brahma é a vida positiva da matéria, a revelação da
substância e a labareda (os centros etéricos) que se pode perceber.

2. A Vibração. Manifestação do 2o. aspecto. As vibrações da consciência constituem os


3 mundos maiores, soma total da vida egoica, os 3 menores que regem o 3o. aspecto
do Ego e o acorde de unifcação que emite seu som atualmente. Expliquemos estas
palavras. O 2o. aspecto do Logos solar (Amor-Sabedoria-Razão Pura), em termos
físicos cósmicos, manifesta-se no plano monádico (o 2o.) como fogo solar (unifcador)
em seu aspecto elétrico, produzindo vibração, que gera a consciência (lembremos que
o pensamento se expressa no cérebro humano como uma imensa atividade elétrica dos
neurônios, atividade essa que é vibração no sentido de oscilações de partículas, como
os íons de sódio, potássio e cloro), continuando elétrico nos planos átmico e búdico (os
3 maiores). No plano causal (os 3 subplanos superiores do mental), a consciência
logoica se manifesta através dos grupos egoicos (que estão no plano causal). Os 3
menores são os 4 subplanos inferiores do mental (mental inferior) e os planos astral e
físico (3o. aspecto do Ego) e onde o som unifcador (que mantém as formas coesas)
está sendo emitido atualmente.

Os 3 aspectos do Espírito (ou Mônada), tal como podem ser percebidos, só podem ser
expressados em nosso sistema solar em termos dos outros dois (2o. e 3o. aspectos) e
no que diz respeito à sua natureza, exterior ao sistema, nada pode ser dito que seja de

786
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
valor e utilidade nesta etapa do conhecimento. Isto se refere ao que o Logos solar faz
fora do seu corpo físico cósmico. Em outras palavras, assim como nós temos
atividades dentro do nosso corpo físico e também somos ativos fora do nosso corpo,
quando andamos, falamos e exercemos alguma ação, no relacionamento com nossos
semelhantes, da mesma forma o Logos solar executa ações em Seu meio ambiental,
com Seus Pares e outros Seres. Não devemos esquecer que vivemos, nos movemos e
temos o nosso ser dentro do Seu corpo físico cósmico, assim como pequenas vidas,
chamadas pitris lunares, vivem no interior de nossos corpos físicos.

As ideias anteriores com respeito aos planos e às 9 naturezas de tudo o que existe (os
3 subaspectos dos 3 aspectos produzem as 9 naturezas de tudo) conduzem-nos a
regiões que todavia encontram-se muito distantes da compreensão do homem. Sem
embargo o cientista aproximar-se-á da verdade e compreenderá a natureza dos
fenômenos elétricos só quando estudar a tríplice natureza do aspecto substância (a
vida, a consciência e a forma); somente então a eletricidade será dominada e utilizada
pelo homem como unidade, não só em um de seus aspectos como tem sido feito até
agora; o único que se tem conseguido extrair até hoje, para fns comerciais, é a
eletricidade negativa do planeta. Deve ser lembrado que aqui se emprega o termo
negativo em relação com a eletricidade solar. Quando o homem tiver descoberto a
forma de extrair e utilizar a eletricidade positiva combinada com a eletricidade
planetária negativa, será criada uma situação muito perigosa, constituindo um dos
fatores que oportunamente provocará a destruição, mediante o fogo, da 5a. raça-raiz,
a atual. Neste grandioso cataclismo "os céus passarão com grande estrondo e os
elementos ardendo serão desfeitos", como diz a Bíblia,Pedro, II, 3:10.

Lembramos que os cientistas estão pesquisando intensamente os raios e o


comportamento da eletricidade atmosférica e essa eletricidade atmosférica é oriunda
da eletricidade solar. Portanto o homem já está no caminho previsto pelo Mestre Djwal
Khul.

Isto acontecerá, embora em maior grau, na próxima ronda e mediante o fogo serão
destruídas as formas daqueles homens que fracassaram, o que liberará em grande
escala as vidas, fcando assim a Terra "purifcada" momentaneamente de elementos
que tendam a obstaculizar o processo evolutivo. A medida que passam os ciclos será
conseguido gradualmente o equilíbrio destas correntes ígneas, produzindo-se uma
condição planetária harmônica e uma qualidade esotérica que proporcionará um
ambiente ideal para o homem harmonioso.

787
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Só quando os psicólogos estudarem a tríplice natureza essencial do aspecto alma (a
Mônada atuando na Joia no Loto, a autoconsciência gerada pelo Anjo solar e o Loto
Egoico, respectivamente 1º, 2º e 3º aspectos) será revelado o mistério da consciência e
a natureza dos 3 grupos magnéticos, suas distintas subdivisões e a consequente
radiação efetiva converter-se-á em um fator da vida diária. Isto tem a ver com o
desenvolvimento defnitivo da psique de acordo com a lei, a expansão científca da
consciência, produzindo oportunamente essas condições em que o trabalho, preliminar
à 1a. iniciação, não formará parte de um processo esotérico, mas será estritamente
exotérico, ou seja, público. A seu devido tempo descobrir-se-á que os esforços
autoinduzidos pelos quais o homem prepara conscientemente seus centros para que
lhe seja aplicado o Cetro da Iniciação, na 1a. Iniciação, serão tratados nos livros e
conferências e formarão parte do pensamento comum das massas. Isto também
conduzirá a que se separem os 2 grupos em meados da 5a. ronda. Deve ser recordado
que dita separação formará parte de um processo natural e não será uma drástica
medida imposta contra a vontade dos povos. Os CONHECEDORES e os estudantes do
Conhecimento - impelidos pela consciência de grupo e atuando conscientemente -
reunidos em grupos, afastar-se-ão daqueles que não possuem conhecimento nem se
preocupam em adquiri-lo. Tal separação será autoinduzida e será um desenvolvimento
lógico da vida grupal; terá em si mesma um caráter temporário, porque o objetivo
fundamental consistirá em conseguir oportunamente uma fusão mais estreita; será
estabelecida primordialmente a linha de demarcação entre os 4 Raios inferiores e os 3
superiores, ou seja, entre os4º, 5º, 6º e 7º Raios (inferiores) e os 1º, 2º e 3º
(superiores). Este mistério também está oculto na relação existente entre os 4
Kumaras exotéricos e os 3 esotéricos e desde o ponto de vista do homem, separa
aqueles que estão desenvolvendo a consciência da Tríade superior, daqueles que ainda
vivem a vida do Quaternário. Envolve os que respondem aos Senhores solares (os que
fcarão), distinguindo-os dos que só reconhecem o controle dos Senhores lunares (os
que serão expurgados). Explicando em termos de Fogo: aqueles que são aquecidos
pelo fogo por fricção e não respondem ao fogo solar, permanecem dentro da caverna
e vivem na escuridão, enquanto que aqueles sobre cujo ser irradia o Sol da Sabedoria e
se expõem aos raios do calor solar, vivem na luz, gozam de uma liberdade cada vez
maior e levam uma existência vital.

Diante dessas poderosas palavras do Mestre Djwal Khul, devemos nos sentir
fortemente impelidos, por uma decisão plenamente autoconsciente, a adquirir sempre
mais conhecimentos, para aplicá-los na execução do Propósito do nosso Logos

788
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetário.

Estudo 234

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 3. As Espirilas e o Raio do
Ego - c. Os Planos e os Três Fogos (Página 433)

O verdadeiro signifcado dos 3 aspectos do Espírito começa recentemente a ser


percebido pelo iniciado de alto grau, não podendo ser expressado por palavras nem
captado pelo homem, enquanto não tiver passado do reino humano para o espiritual,
ou seja, enquanto não tiver recebido a 3a. Iniciação planetária, a 1a. solar, da
Transfguração. Atualmente, após ter recebido a 2a. Iniciação planetária, do Batismo, os
que entram rapidamente em preparação para a terceira já percebem e entendem
noções do verdadeiro signifcado dos 3 aspectos do Espírito, porque já estão
expandindo aceleradamente sua mente e sua consciência, pela interação com a matéria
búdica, em consequência da transferência da polarização do átomo astral permanente
para o átomo búdico permanente, o que provoca a coordenação do corpo búdico.

Em vista disto é desnecessário nos determos para elucidar este assunto mais
extensamente.

Poderemos resumir esta questão, que tão frequentemente citava Helena Petrovna
Blavatsky, nos termos do Antigo Comentário:

"Os Benditos Seres ocultam Sua tríplice natureza, porém revelam Sua tríplice essência
por meio dos 3 grandes grupos de átomos. Três são os átomos, tríplice sua radiação. O
núcleo interno de fogo oculta-se a si mesmo e só é conhecido através daquilo que
irradia. O fogo pode ser conhecido somente quando desaparece a chama e já não se
sente o calor."

Analisemos essas últimas palavras. Os 7 planos do nosso sistema solar constituem o


corpo físico cósmico do nosso Logos solar, com sua parte etérica (os planos adi,
monádico, átmico e búdico) e sua parte densa (os planos mental-matéria gasosa,
astral-matéria líquida e física-matéria sólida ou densa). Assim como o homem
encarnado manifesta seu tríplice aspecto por meio do seu corpo denso:

• 1º aspecto-Espírito por meio do seu cérebro;

789
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• 2º aspecto-emoção principalmente por meio do seu sistema glandular;

• 3º aspecto-sensação e atividades essencialmente físicas,


igualmente o Logos solar manifesta Seus 3 aspectos em Seu aspecto Brahma, uma vez
que Seu corpo físico cósmico é fundamentalmente manifestação de Seu 3o. aspecto
(Brahma).

Ora, 3 Entidades cósmicas (os Benditos Seres) são encarregadas de gerar as


condições para essa manifestação física dos 3 aspectos do Logos solar, da mesma
forma que no nosso corpo físico trabalham entidades menores.

Essas 3 Entidades cósmicas trabalham por meio de conjuntos de átomos: átomos do 1º


Raio para o fogo elétrico, átomos do 2º Raio para o fogo solar e átomos do 3º Raio
para o fogo por fricção, sendo evidente que todos os átomos, dentro do seu raio
principal, respondem aos 3 raios como raios secundários, ou seja, temos átomos
vibrando essencialmente na tônica do 1º Raio vibrando em sub-harmônicas dos 2º e 3º
Raios, acontecendo essa triplicidade com todos os 3 conjuntos maiores. Não devemos
esquecer que existem também os conjuntos menores de átomos referentes aos 4 raios
de atributo (4º, 5º, 6º e 7º Raios), igualmente com a mesma triplicidade. Mas deixemos
de lado por enquanto essa setuplicidade, para não atrapalhar o nosso raciocínio.

Essa 3 Entidades cósmicas são as Vidas maiores que animam, dentro de uma imensa
cadeia descendente, todas as vidas menores que constituem a força central no núcleo
de cada átomo, desde o adi até o físico.

A Física moderna possui bastante conhecimento a respeito dos átomos químicos, mas
dos átomos físicos constituintes deles o conhecimento ainda e muito pouco. Mas é
muito abundante o que é sabido sobre os efeitos ou o que é irradiado pelos átomos.

Na explosão de uma bomba nuclear os envoltórios dos átomos químicos de urânio 238
são destruídos, liberando os átomos físicos internos e a enorme quantidade de energia.
Todavia as pequenas vidas continuam presas dentro dos átomos físicos.

Somente quando o homem conseguir estimular a vida interna do átomo físico, a ponto
de ela própria romper o próprio envoltório, é que será conhecido realmente o fogo em
sua essência, quando cessa a chama e não se sente o calor.

Estudo 235

790
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - II - A Natureza dos
Átomos Permanentes - 3. As Espirilas e o Raio do Ego - c. Os Planos e os Três Fogo s
(Páginas 433 e 434)

Podemos agora retornar ao nosso estudo do mistério da unidade mental permanente e


observar em que difere dos demais átomos permanentes. Não devemos esquecer que
estamos tratando de componentes da Tríade inferior ligada às Mônadas humanas em
evolução no atual sistema solar, portanto não são átomos comuns.

Podemos então condensar brevemente o acumulado de informações esotéricas com


respeito aos átomos permanentes, o que será sufciente durante muitos anos como
base de investigação para os estudantes de ocultismo. Os átomos permanentes e sua
economia interna (sua real estrutura) continuarão sendo um mistério durante muito
tempo; somente serão dadas aqui umas poucas indicações gerais. Tal precaução do
Mestre Djwal Khul fundamenta-se na falta de preparo da humanidade para a utilização
desses conhecimentos, sendo por isso que aqueles que conseguem enxergar a real
organização do átomo não divulgam o que sabem.

A diferença fundamental existente entre a unidade mental permanente e os outros 2


átomos permanentes consiste em que a unidade mental contém somente 4 espirilas em
lugar de 7. Isto ocorre devido ao próprio fato da evolução, pois a unidade mental é o
1o. aspecto da Tríade inferior, da personalidade ou do homem, ao atuar no reino
humano nos 3 planos inferiores. Quando o homem passar para o reino espiritual (na 3a.
Iniciação planetária, a 1a. solar, da Transfguração), estes 3 aspectos - os corpos
mental inferior, astral e físico - sintetizam-se no superior mediante um processo dual:

1. Muda sua polarização, passando dos 3 átomos inferiores para os da Tríade


superior.

2. A força que estes átomos geram e personifcam mistura-se e funde-se com os


pontos superiores de força (a Tríade superior).
Procuremos analisar o fato de a unidade mental permanente ter apenas 4 espirilas e
não 7 como os outros átomos permanentes.

Primeiramente consideremos que a unidade mental é uma molécula do 4o. subplano


mental. Em assim sendo devemos entender claramente o signifcado da palavra
espirila. Sabemos que todo átomo, qualquer que seja o plano, tem 3 espiras maiores e
7 menores. Dentro dessas espiras estão as chamadas espirilas, que nada mais são que
as espiras dos átomos constituintes das espiras e pertencentes ao plano

791
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
imediatamente superior. Dessa forma, se estamos falando de molécula do 4o. subplano
mental, devemos deduzir, dentro de um raciocínio lógico, que neste contexto a palavra
espirila signifca espira que envolve a molécula mental. Ainda dentro do raciocínio
lógico, podemos ver nessas 4 espiras da unidade mental as 4 forças que mantêm
ligados e coesos como uma unidade os átomos mentais constituintes da molécula e ao
mesmo tempo forças que procuram expressão através da unidade mental e no
caminho descendente através do cérebro físico do homem encarnado.

Átomo permanente é o núcleo positivo ou substância germe do envoltório onde ele se


encontra. É aquilo que constitui a base para a construção de formas e, textualmente, é
um ponto vibrante de força que emana do 2o. aspecto da Mônada e acumula em si o
aspecto negativo ou terceiro, com o qual constrói a forma, em suma, é um
armazenador e emissor de forças do aspecto Budi da Mônada, com o objetivo de
construir os 3 corpos inferiores do homem. Deve ser lembrado que este 2o. aspecto da
Mônada é dual, sendo os átomos permanentes o aspecto feminino da 2a. Pessoa ou
aspecto da Mônada, em outras palavras, o aspecto Budi da Mônada (o Pai) fecunda a
mãe (os átomos permanentes), para que ela gere os flhos (os corpos inferiores), para
que o Pai se complete.

Consequentemente as espiras não são mais que correntes de força ou o 2o. aspecto
vital, que circula geometricamente dentro do muro que circunda a substância (o átomo
permanente), composto da força ou substância do 3o. aspecto. O que foi dito da
objetividade ou do átomo cósmico também pode ser dito do átomo permanente do
homem, o microcosmos.

"O raio primordial é o veículo do Raio divino (Doutrina Secreta, I, 126). A força negativa
constitui um receptáculo para a força positiva. Os átomos são centros de força e os
centros, tal como os conhecemos, o conjunto de pontos de força que alcançaram um
grau específco na evolução e respondem em certa medida ao 1o. grande aspecto ou
fogo elétrico."

Analisemos estas últimas palavras do Mestre Djwal Khul. O raio primordial é oriundo do
3o. aspecto, Atividade Inteligente (Brahma na linguagem oriental) e se expressa por
meio do fogo por fricção. O Raio divino provém do 2o. aspecto, Amor-Sabedoria-Razão
Pura (Vishnu na linguagem oriental) e se expressa através do fogo solar. Os átomos
que constituem os centros de força ou chacras (não são os átomos permanentes, mas
sua força provém deles), pelo grau de evolução alcançado, conseguem responder em
certa medida ao fogo elétrico, pelo qual se expressa o 1o. aspecto, Vontade (Shiva na

792
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
linguagem oriental).

Devemos refetir profundamente sobre este conceito, pois oculta muita informação
para o estudante e quando for captado devidamente, será derramada a luz do
conhecimento sobre o problema da manifestação. O lugar que ocupam e a parte que
desempenham os diferentes reinos da natureza dentro do corpo logoico, concernem ao
segredo da posição, pois tudo depende do tipo de força animadora, da interação dessa
força na substância, do aspecto dual, tríplice ou unifcado da força e da manifestação
septenária na construção de formas.

Cada átomo é um ponto focal de força, força da própria substância, vida ou vitalidade
do 3o. aspecto, a vida dessa Entidade cósmica que constitui para o Logos o aspecto
negativo da eletricidade.

Como base para a refexão, devemos partir da atual concepção da Física Quântica de
que o átomo químico é um núcleo de energia, sendo mera sensação a percepção do
concreto, tudo na natureza é energia em diversos estados e em diversas modalidades.

Estudo 236

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - II - A Natureza
dos Átomos Permanentes - 3. As Espirilas e o Raio do Ego - c. Os Planos e os Três
Fogos (Páginas 435 e 436)

Cada forma e conglomerado de átomos são simplesmente centros gerados pela ação
da força positiva e sua interação com a energia negativa. A vitalidade do 2º aspecto,
atuando conjuntamente com o 3º, produz - em tempo e espaço - essa ilusão ou maia
que surge momentaneamente e atrai a atenção, criando a impressão de que a matéria
é algo concreto. Na realidade não existe nada concreto; só existem distintas classes de
força e o efeito produzido na consciência mediante sua interação.

Nessas palavras entendemos claramente que é a força de coesão e aglutinação do 2º


aspecto (força positiva nesta ação) que produz todas as formas, em seus inumeráveis
níveis (de um átomo químico até um sistema solar e mais além), ao atuar sobre a força
do 3º aspecto (que é a força negativa, porque é receptora).

A limitação do mecanismo dos sentidos físicos e da consciência cerebral física é que


gera a sensação de concreto ou sólido. Na realidade quando tocamos em um objeto

793
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dito sólido, estamos captando a informação da aproximação de um campo de força
dual (nossa pele) a outro campo de força também dual (o objeto), sendo ambos os
campos de força resultantes da penetração da força do 2º aspecto (positiva aí) na
força do 3º aspecto (negativa aí).

Detrás de toda forma e substância (ainda pouco conhecidas e compreendidas)


encontra-se um 3º tipo de força que utiliza os outros 2 fatores para produzir harmonia
eventual e em seu próprio plano constitui a soma total do segundo aspecto. Em termos
de fogos temos a seguinte situação: o fogo por fricção (3º aspecto) animado pelo fogo
solar (2º aspecto) produz as formas (desde um átomo químico até um sistema solar,
prosseguindo). Todavia para que servem as formas? Elas são utilizadas por esse 3º tipo
de força (que na realidade é a 1ª força), para conseguir um propósito. A expressão do
Mestre "e em seu próprio plano constitui a soma total do segundo." pode ser
interpretada como signifcando que no plano adi (o plano do 1º aspecto) estão os
arquétipos de tudo o que o 2º aspecto manifestará.

Este 3º fator pode ser assim chamado:

a. Vida sintetizadora.
b. Fogo elétrico.
c. Ponto de equilíbrio.
d. Unidade ou harmonia.
e. Espírito puro.
f. Vontade dinâmica.
g. Existência.
Força que atua por meio da dupla manifestação da força diferenciada, mediante a
energia da matéria e a coerência das formas, por intermédio dos centros e dos pontos
de força, sendo a tríplice manifestação de FOHAT, do qual a última ou 3ª manifestação
é ainda desconhecida ou inconcebível.

Se raciocinarmos que a VONTADE em atuação é eletricidade ou FOHAT e que da


VONTADE surgem o 3º aspecto ou matéria inteligente e o 2º aspecto ou amor (aquilo
que une), concluímos com toda clareza que fogo é eletricidade ou FOHAT e assim
temos:

1. fogo por fricção: eletricidade ou VONTADE atuando na matéria;

2. fogo solar: eletricidade ou VONTADE atuando como força de coesão no fogo por

794
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fricção, para gerar as formas;

3. fogo elétrico: eletricidade ou VONTADE atuando como força dinâmica nas formas
ou no resultado da atuação do fogo solar no fogo por fricção, o que signifca que os
fogos solar e por fricção conjuntos são negativos para o fogo elétrico, que é então
positivo. É o fogo elétrico que dá o propósito à forma ou aos fogos solar e por
fricção juntos.
Quando o Mestre diz que a última ou 3ª manifestação de FOHAT é ainda desconhecida
ou inconcebível, Ele quer dizer que a manifestação da VONTADE pura ainda não
ocorreu no atual sistema solar. Até agora qualquer manifestação do fogo elétrico é
como manifestação elétrica do fogo por fricção ou do fogo solar.

Teremos indícios (apenas indícios) da VONTADE pura ou do fogo elétrico puro em


manifestação em cadeias futuras. Somente aqueles que já receberam a 2ª Iniciação
planetária e estão em preparação para a 3ª e na linha do 1º Raio podem captar e ter
vislumbres do que seja VONTADE pura ou fogo elétrico puro em manifestação e fora
da manifestação.

Somente no próximo sistema solar (a próxima encarnação do nosso Logos solar) é que
a VONTADE irá se manifestar em toda sua GLÓRIA E PLENITUDE, quando as atuais
Mônadas humanas deverão estar todas no 1º Raio. As que não conseguirem passar
para o 1º Raio estarão atrasadas. Neste sistema de VONTADE o nosso Logos solar
deverá receber a 4ª INICIAÇÃO CÓSMICA, da Renúncia cósmica, liberando-se de todo
apego às matérias cósmicas física, astral e mental, passando a viver na matéria búdica
cósmica, em busca de níveis mais elevados. Isto será a Sua libertação da roda de
Sanshara cósmica. Para as Mônadas humanas a Ele ligadas e que forem vitoriosas na
luta para conquistar o propósito monádico será a entrada em um modo de vida do qual
a mente humana mais avançada ou que possa surgir no futuro não conseguirá ter o
mais leve vislumbre.

Estudo 237

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 3. As Espiras e o Raio do
Ego - c. Os Planos e os Três Fogos (Páginas 436 e 437)

O que foi dito no último estudo nos leva a considerar o fato citado anteriormente de

795
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que a unidade mental permanente possui apenas 4 das correntes de força. Cada
corrente de força dos átomos permanentes vibra de acordo com a nota de um
determinado subplano e serve como meio para vitalizar a matéria do subplano com a
qual é construído qualquer corpo em torno de um átomo permanente. Constitui a força
do Homem celestial, quando anima as células de Sua forma e as mantém em coerência
como uma unidade. Como a unidade mental permanente é o ponto focal para o corpo
mental inferior e o mental inferior abrange os subplanos 4º, 5º, 6º e 7º, é lógico que a
unidade mental permanente só tenha 4 correntes de força, cada uma animando um
subplano mental; no caso do homem que tenha em seu corpo mental inferior matéria
mental somente do 7º subplano, a mais densa, obviamente somente a 4ª espira ou
corrente de força está ativa. A medida que ele for ativando a 3ª espira, a matéria do 6º
subplano mental entrará em atividade em seu corpo mental inferior; assim,
sucessivamente, as correntes de força vão se ativando; quando o homem atingir um
nível elevado em que seu corpo mental inferior contenha apenas matéria do 4º
subplano, por dedução lógica podemos afrmar que em sua unidade mental
permanente a 1ª espira ou corrente de força estará plenamente ativa e terá absorvido
e sintetizado as outras 3 correntes. O mesmo raciocínio é aplicável aos átomos astral e
físico permanentes, com referência às 7 espiras deles. Assim, aquele que com pleno
conhecimento eleva o padrão vibratório de seus 3 corpos inferiores, estará ativando as
espiras mais elevadas e dinâmicas.

Deve ser recordado, do ponto de vista do microcosmos, que o aspecto Espírito puro ou
Fogo elétrico permanece neste sistema solar como uma abstração. Um homem pode
conseguir consciência grupal, vibrar de acordo com a nota do Homem celestial de cujo
corpo é uma célula, manifestar com relativa perfeição os fogos por fricção e solar,
porém a um mahamavantara (sistema solar) posterior caberá a revelação da
verdadeira natureza do Espírito. Portanto, no que diz respeito ao homem que atua na
família humana, é evidente este fato e sua analogia. Enquanto não conseguir se libertar
dos 3 mundos inferiores e se converter em um Mestre de Sabedoria, a verdade sobre
estes 3 aspectos permanecerá oculta para ele. A unidade mental permanente não é
septenária, respondendo unicamente a 4 tipos de força e não a toda a gama de
vibrações. Aqui temos a razão da tolerância. Enquanto o homem não começar a ser
conscientemente controlado pelo Ego e a perceber a vibração do átomo mental
permanente, será inútil esperar que responda a certos ideais ou capte certos aspectos
da verdade.

A unidade mental permanente satisfaz suas necessidades e não existe a ponte entre

796
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ela e o átomo mental permanente (o Antakarana).

Apenas 2 planos e meio são dedicados à evolução de cada homem, os quais são: o
plano físico, o plano astral e os 4 subplanos inferiores do plano mental, totalizando
7+7+4=18 subplanos. Somente quem se aproxime do caminho iniciático e comece a
percorrê-lo, capacita-se para transcender esses planos inferiores. Desde o ângulo do
homem comum em encarnação física, a consciência egoica, dentro da periferia causal,
é tão abstrata como o é o Logos solar quando O vemos como o Morador dentro do
sistema solar.

Estes 2 planos e meio são de especial interesse para o Logos solar, porque
personifcam:

Aquilo que para Ele encontra-se debaixo do umbral da consciência.

Aqueles centros desde os quais o kundalini logoico retorna, ou seja, que já foram
abandonados pelo kundalini logoico.

Aquilo que não é considerado um princípio.

Aquilo que gradualmente entra em obscurecimento.

Não é possível dissertar mais sobre este mistério.

Estudo 238

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo (Páginas 437,
438 e 439)

Antes de prosseguirmos, seria conveniente resumir alguns dos fatos com respeito às
espiras e ao átomo permanente e logo entrar no tema do corpo causal e do homem, o
indivíduo.

1. As 4 espiras inferiores, as 1ª, 2ª, 3ª e 4ª, contando a partir do polo inferior do


átomo permanente, portanto a partir da mais densa em termos de frequência, estão
defnidamente infuenciadas pelo Raio da personalidade.

2. As espiras 5ª e 6ª estão mais especifcamente infuenciadas pelo Raio do Ego,


qualquer que seja esse Raio.

797
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3. A 5ª espira tem um valor peculiar, porque sintetiza as 4 inferiores, assim como o 3º
Raio sintetiza os 4º, 5º, 6º e 7º Raios. Contando a partir do polo superior do átomo
permanente, a 5ª espira é a 3ª. Ela vibra em 5 frequências, ou seja, de acordo com 5
tipos de força.

4. Textualmente as espiras são 10, 3 maiores e 7 menores, porém, considerando


todas elas como um todo, temos as 4 menores inferiores (1ª, 2ª, 3ª e 4ª) e as 3
maiores; as 3 menores superiores (5ª, 6ª e 7ª) são refexos diretos das 3 maiores e
portanto são contadas conjuntamente com as 3 maiores. Assim temos:

• as 4 espiras menores inferiores: 1ª, 2ª, 3ª e 4ª, contando a partir do polo inferior do
átomo permanente, ou 7ª, 6ª, 5ª e 4ª, contando a partir do polo superior do átomo
permanente.

• as 3 espiras maiores, 1ª, 2ª e 3ª, contando a partir do polo superior do átomo


permanente, juntamente com seus refexos, as 1ª, 2ª e 3ª menores, na mesma
contagem, como se fossem um conjunto de 3 espiras, totalizando assim 7 espiras.

5. Os átomos permanentes não possuem a forma de coração, conforme mostram


alguns livros. Uma quantidade de átomos tem essa forma, porém eles não constituem
átomos permanentes, os quais são mais defnidamente esféricos, ligeiramente
achatados nas partes superior e inferior, encontrando-se nisso a analogia da
depressão polar da Terra.

6. A ordem das espiras, dentro dos átomos permanentes, varia em cada plano e as
que com mais frequência são mencionadas são as espiras do átomo físico
permanente. A ordem destes minúsculos vórtices de força e sua economia interna
em cada plano constituem segredos da Iniciação e não podem ser revelados. Só é
possível fazer uma sugestão para guiar o estudante: o átomo astral permanente
possui correntes internas de força, ordenadas de tal modo que as espiras
assemelham-se à fgura do coração, porém sem terminar em ponta. O átomo búdico
permanente contém espiras ordenadas que formam aproximadamente o número 8,
com uma corrente central que secciona a dupla espiral. Como o átomo astral
permanente está ligado ao átomo búdico permanente, podemos tirar conclusões
dessas particularidades desses 2 átomos permanentes.

7. Quanto mais nos aproximarmos da realidade, mas simples acharemos o


ordenamento das espiras. Estas correntes de força evidenciam um ordenamento
septenário nos 2 átomos permanentes inferiores do homem (a unidade mental

798
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
permanente é uma molécula do 4º subplano mental e tem apenas 4 espiras),
enquanto que os 3 átomos permanentes superiores (mental, búdico e átmico) contém
somente 3 espiras - as 3 maiores.

8. Deve ser observado que existem unicamente 6 átomos permanentes vinculados à


evolução humana, enquanto que o Homem celestial possui 5 e um deles se encontra
no sistema solar (Ainda não foi revelado o mistério de um planeta e sua vida central,
que está vinculado a outra manifestação da qual nada sabemos.)

9. Deve ser recordado que estamos tratando da encarnação física destas grandes
Entidades e que Seus átomos permanentes, exceto o físico, estão fora do sistema
solar.

10. O corpo causal do Homem celestial encontra-se no 3º subplano mental cósmico,


enquanto que os do Logos solar e das 3 Pessoas da Trindade logoica estão no 1º
subplano mental cósmico.

11. Os átomos permanentes dos homens estão no subplano atômico de cada plano,
exceto a unidade mental permanente; os dos animais estão no 2º subplano; os dos
vegetais no 3º subplano e os dos minerais no 4º subplano. Existe, portanto, uma
estreita analogia entre estes pontos focais de força do grupo, seja ou não humano -
de uma cadeia, um globo, uma ronda - e essa analogia, devidamente entendida e
aplicada, leva ao esclarecimento. A soma total dos átomos permanentes de qualquer
reino determinado forma as correntes de fora ou espiras dos grandes átomos
permanentes que pertencem às entidades solares ou lunares, enquanto que a soma
total dos átomos permanentes do homem no reino espiritual (os 3 átomos da tríade
superior, atma-budi-manas) forma as correntes espirais de força dentro de certos
centros.

12. A medida que os átomos permanentes tornam-se radioativos, durante a evolução,


produzem dentro do centro um notável aumento da vibração.

13. Os átomos permanentes têm a ver com os entes solares quando se acham no ou
por cima do mental superior. Concernem aos entes lunares quando estão nos planos
mental inferior, astral e físico.

Estudo 239

799
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobreFogo Cósmico - Fogo Solar - II - A Natureza dos
Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários sobre os itens 1, 2, 3, 4 e 5 do
Resumo, página 437.

Façamos alguns comentários sobre os itens do Resumo, expostos no último estudo.

1. Se relacionarmos com os 7 raios as 7 espiras, contando as 3 maiores e as 4


menores - 1ª, 2ª, 3ª e 4ª - e considerando as outras 3 menores - 5ª, 6ª e 7ª - como
refexos das 3 maiores, poderemos deduzir, dentro de um raciocínio dedutivo lógico,
que elas são mecanismos de expressão das energias de raio geradas através do
átomo físico permanente pela Alma encarnada. Assim, a 1ª espira expressaria a
energia do 7º Raio, a 2ª a do 6º Raio, a 3ª a do 5º Raio e assim em diante. A
numeração usualmente feita para as espiras é pela consideração da entrada em
atividade delas, pois a primeira a entrar em atividade é a que expressa a energia mais
densa, a do 7º Raio. Então quando se diz que as 4 espiras inferiores são infuenciadas
pelo Raio da personalidade, o signifcado é que o Raio da personalidade, qualquer que
seja, manifesta-se através dos raios 7º (1ª espira), 6º (2ª espira), 5º (3ª espira) e 4º
(4ª espira), sendo essas manifestações, na realidade, sub-raios do raio da
personalidade.

2. As espiras 5ª (3º Raio) e 6ª (2º Raio), infuenciadas pelo raio do Ego, manifestam os
3º e 2º sub-raios do Raio do Ego.

3. O fato de a 5ª espira (3º Raio) sintetizar as 4 inferiores deve-se à função


sintetizadora do 3º Raio em relação aos 4 raios de atributo: 7º, 6º, 5º e 4º Deve ser
destacado que essa síntese no átomo físico permanente é executada pela Alma
através do seu raio. Por isso essa 5ª espira tem de estar apta a responder a 5 tipos
de força: dos 7º, 6º, 5º e 4º Raios e do 3º como sintetizador.

4. O fato de existirem 10 espiras: 3 maiores (referentes aos 1º, 2º e 3º Raios) e 7


menores, sendo as espiras menores referentes aos 1º, 2º e 3º Raios refexos das 3
espiras maiores, deve-se á necessidade de a grande potência das 3 espiras maiores
ser inicialmente experimentada e vivenciada no processo evolutivo de um modo
suave, o que obviamente só pode ser conseguido através dos 3 refexos,
necessariamente menos potentes que suas originais, as 3 espiras maiores. Devemos
também considerar que pelas 3 espiras maiores circulam os 3 fogos por fricção:
elétrico (fohat), solar (prana) e por fricção (kundalini), necessários à economia do
átomo e do corpo físico como um todo.

800
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
5. Neste item o Mestre Djwal Khul deixa bem claro que os átomos permanentes não
são átomos comuns, já tendo sido explicada sua origem em estudo anterior.

Estudo 240

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre o item 6 do Resumo, páginas 437 e 438.

6. Analisemos a questão da ordem das espiras nos átomos permanentes. As espiras


mais mencionadas são as do átomo físico permanente, porque o corpo físico é o
atuante, em termos de expressão, para a humanidade encarnada. Cada espira é uma
fonte emissora de energia vitalizante para a matéria de um subplano. No caso do
átomo físico permanente do corpo físico, temos 4 espiras ativas: 1ª (a mais densa),
2ª, 3ª e 4ª ou, em ordem inversa partindo da mais sutil: 7ª,6ª, 5ª e 4ª Isto é evidente,
uma vez que o homem encarnado tem em seu corpo físico matéria nos estados
sólido, líquido, gasoso e do 4º éter, as quais são infuenciadas pelo Raio de
personalidade. Quem já tem a 5ª espira ativa (a 3ª na ordem inversa), possui matéria
ativa do 3º éter em seu corpo físico e assim em diante: a 6ª (2ª) implica na atividade
da matéria do 2º éter,sendo estas 2 últimas espiras infuenciadas pelo Raio egoico. A
última espira, a 7ª (1ª), a mais refndada e potente, ativa a matéria física atômica (1º
éter) do corpo físico, a qual é matéria arquetípica para o corpo físico,sendo
infuenciada pelo Raio monádico. Por isto esta espira só começa a entrarem atividade
a partir da 2ª Iniciação planetária, quando o homem se prepara para receber a 3ª
Iniciação planetária, a 1ª solar, na qual ocorre a fusão plena da Alma com a
personalidade e o Raio monádico começa a atuar mais fortemente.
Assim, fca bem claro e evidente que o homem pode ativar as espiras pelo seu próprio
esforço, não fcando dependente das rondas.

O fato de a ordem e a economia interna (como funcionam) das espiras dos demais
átomos permanentes serem segredos da Iniciação, deve-se a que esse conhecimento
dá a seu possuidor o poder de ativar essas espiras, o que poderá ser altamente
prejudicial e perigoso, caso ele não esteja trilhando o caminho iniciático. Em outras
palavras, o homem poderá se tornar um escravo de seu corpo astral e não seu senhor,
no caso do átomo astral permanente.

801
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
As informações que o Mestre Djwal Khul dá com referência às espiras do átomo astral
permanente, conferindo a ele a forma de coração sem terminar em ponta, se
analisadas em profundidade, propiciarão muita luz sobre esse valioso instrumento da
Mônada em seu processo evolutivo.

Quanto ao átomo búdico permanente, que tem a forma aproximada de um 8, com uma
corrente central seccionando a dupla espiral, é fácil entender as palavras do Mestre
Djwal Khul, se considerarmos o seguinte:

1. O átomo búdico permanente possui apenas 3 espiras.

2. O número 8 é formado de 2 círculos, que representam 2 espiras.

3. A espiral central que secciona as outras 2 é a 3ª.

4. Temos assim a seguinte fgura para o átomo búdico permanente:

A 1ª espira deve vitalizar a matéria do 1o. subplano (a atômica) do corpo búdico. A 2ª


espira deve vitalizar a matéria do 2o. subplano do corpo búdico. Ela secciona as outras
2 porque é a intermediária. A 3ª espira deve vitalizar fundamentalmente a matéria do
3º subplano do corpo búdico e através dela as matérias dos 4º, 5º, 6º e 7º subplanos
do corpo búdico. Vemos aí a ação sintetizadora do 3º Raio em relação aos 4º, 5º, 6º e
7º Raios.

Podemos conjecturar, com base em informações já dadas pelo Mestre Djwal Khul, que
esses 3 vórtices (as espiras) executam, no decorrer da evolução da Mônada
proprietária do átomo búdico permanente, movimentos de rotação em torno dos
próprios eixos e,simultaneamente, mais um movimento de rotação do conjunto em
torno do próprio eixo. É óbvio que existem outros movimentos internos em cada espira,
os quais não descreveremos agora. Dessa forma, olhando o átomo búdico permanente,
veremos a seguinte fgura:

• 2 círculos (as 1ª e 3ª espiras) girando lateralmente em torno do eixo comum e


gerando 2 esferas;

• 1 círculo (a 2ª espira, seccionante) girando verticalmente em torno do próprio eixo

802
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e gerando também uma esfera, maior que as outras 2 e abarcando-as;

• 1 esfera girando lateralmente, contendo dentro de si 3 esferas que giram


individualmente. Na realidade este último movimento é produzido pela 2ª espira, a
seccionante, a qual, além da rotação vertical, gira lateralmente; as outras 2 espiras
também giram verticalmente, o que nos conduz à seguinte descrição um pouco mais
detalhada da fgura:
1 esfera girando lateral e verticalmente ao mesmo tempo, contendo dentro de si 2
outras esferas girando também lateral e verticalmente ao mesmo tempo. As rotações
das 3 esferas são individuais e fora de sincronismo no início, mas, com a evolução elas
vão se sincronizando e com a sintonia dos demais movimentos internos é conseguida a
sintonia total, o que signifca a vitória fnal da Mônada proprietária, em termos de
átomo búdico permanente. Com essa vitória, a Mônada recebe a 4ª Iniciação planetária,
a 2ª solar, liberando-se da roda de Sanshara (a roda das encarnações) e prossegue
para novas e mais elevadas vitórias.

Com essas descrições vemos como podemos extrair muitos conhecimentos novos a
partir de uma simples indicação do Mestre Djwal Khul, desde que saibamos usar a
mente racional iluminada pela mente abstrata conectada com budi.

Uma outra conclusão que podemos tirar é que esses movimentos do átomo búdico
permanente resultam da ação de energias de raio provenientes da Mônada e produzem
estados de consciência na Alma e no cérebro físico (quando o homeme stá encarnado).
Assim, comprovamos cabalmente, dentro de um raciocínio lógico,que a busca
incessante do conhecimento transcendental nos conduz a estados de consciência cada
vez mais elevados, ao mesmo tempo que entendemos como se processam em termos
de fenômenos elétricos.

Sabemos perfeitamente que a Mônada tem de expressar ou manifestar toda a sua


potencialidade através da matéria, qualquer que ela seja: física, astral, mental, búdica
etc, dentro, é óbvio, das limitações de cada matéria.

Analisemos tudo isso dentro de uma visão sintética. A Mônada, no início, através de
seu Raio, atua sobre a Alma e por meio do Raio da Alma atua sobre a personalidade e
faz o Raio da personalidade atuar. Nesse início é apersonalidade que comanda, sendo o
período da aula da ignorância. Todas as espiras envolvidas nessa aula (as 4 inferiores)
são ativadas pelo Raio da personalidade e dinamizadas. Nesta fase o homem está na
cruz móvel e as energias das 12 constelações do Zodíaco (os Signos) fazem seu papel
por meio dos planetas regentes, que agem soberanamente. As energias da Mônada,

803
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atuando fracamente sobre a Alma e esta atuando também fracamente sobre a
personalidade no comando, fuem dos átomos permanentes da Tríade inferior para os
corpos inferiores e vão lentamente estimulando esses corpos, cujas respostas ao
estímulo realimentam os átomos permanentes, melhorando-os, aumentando seu
dinamismo (das espiras) e levando subsídios para a Alma, o que a estimula, facilitando
a ação da Mônada, que também aprende com esses subsídios.

Assim temos as energias da Mônada, através do seu Raio, do Raio da Alma e do Raio
da personalidade, melhorando o desempenho dos átomos permanentes e,através
deles, dos corpos inferiores. É esse o verdadeiro signifcado da expressão "redenção
da matéria".

Mais tarde, quando o homem ingressa na aula do conhecimento e passa para a cruz
fxa, revertendo a roda do Zodíaco, a Mônada já tem maior poder sobre a Alma,
fazendo com que essa aumente o poder de seu Raio sobre a personalidade,atuando
mais fortemente sobre as 2ª e 3ª espiras (contando a partir da mais sutil e potente) do
átomo físico permanente, estimulando-as. Nesta etapa as infuências do Zodíaco se
modifcam, prevalecendo as infuências das constelações e as infuências dos planetas
passam a ser identifcadas e controladas, não mais dominando.

Finalmente vem a fase fnal, da cruz cardeal.

Estudo 241

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre os itens 7, 8 e 9 do Resumo

7. Neste item o Mestre Djwal Khul diz que quanto mais o homem penetrar na
estrutura dos átomos permanentes, mais facilmente ele entenderá a ordenação das
espiras. Há verdade nestas palavras do Mestre, um vez que o homem, ao entender a
estrutura interna dos átomos permanentes, perceberá a beleza da lógica
determinante da ordenação das espiras.
Prevalece a ordem septenária das espiras dos átomos inferiores, porque eles atuam
nas 3 matérias, nas quais a diferenciação tem de ser muito intensa, ou seja, os 3
mundos mais densos. Embora a unidade mental permanente só tenha 4 espiras, porque

804
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seu mundo de atuação, o mental inferior, só tem 4 subdivisões da matéria mental,
sendo uma espira para cada subdivisão, mesmo assim ela se enquadra na ordem
septenária, bastando, para entender este raciocínio, considerar que o mundo mental
como um todo tem 7 subdivisões: 3 superiores, onde atua o átomo mental permanente
com apenas 3 espiras e 4 inferiores, onde atua a unidade mental permanente com 4
espiras, totalizando 7 espiras.

Quanto ao fato de os 3 átomos permanentes superiores terem somente 3 espiras, a


explicação é que eles, por atuarem em matérias mais refnadas e dinâmicas, têm de
estimular a síntese, que ocorre na 3ª espira, e ainda porque, a partir do mundo búdico,
a matéria é etérica cósmica e constitui princípio para o Logos. Por isso são as 3
maiores.

8. Quanto a este item, entendemos que o Homem celestial, o Logos planetário, só tem
5 átomos permanentes: físico, astral, mental, búdico e átmico cósmicos, estando o
físico cósmico na matéria adi, porque para Ele a vitalização de todas as 7 subdivisões
da matéria mental cósmica de Seu corpo mental cósmico é feita por um único átomo,
não sendo necessária a separação em unidade mental para as 4 subdivisões
inferiores e átomo mental para as 3 superiores.
Cremos que a referência, dentro de parênteses, feita pelo Mestre, ao mistério de um
planeta, está relacionada ao nosso Logos planetário, cujo carma está intimamente
conectado aos carmas do nosso Logos solar e de outro Logos solar, conexão essa
estabelecida em um sistema solar anterior. Talvez o mistério da cadeia lunar, que não
convém lembrar, esteja ligado a este carma.

9. Este item é simples e claro, signifcando a expressão do Mestre: "estão fora do


sistema" que o sistema solar é apenas o corpo físico cósmico do Logos solar, que vai
até a matéria adi, estando neste corpo, é óbvio, Seu átomo físico cósmico
permanente.
Deixaremos o item 10 para o próximo estudo, porque o Mestre cita as 3 Pessoas da
Trindade logoica, sobre as Quais muitas considerações racionais poderemos fazer, com
base em informações do próprio Mestre.

Estudo 242

805
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre o item 10 do Resumo, página 438

10. Neste item o Mestre Djwal Khul dá informações a respeito do nível evolutivo do
Logos planetário, do Logos solar e de Logoi que estão numa posição abaixo do Logos
solar e acima dos Logoi planetários. Para comprovar isto analisemos o V diagrama, na
página 296 do Tratado sobre Fogo Cósmico.
Neste diagrama vemos os 3 Logoi no plano Adi, o subplano atômico do físico cósmico
ou o 1º éter cósmico e no subplano logo abaixo, o monádico, o 2º éter cósmico, os 7
Logoi planetários, que exercem as funções de centros no corpo físico cósmico do
Logos solar.

Os 3 Logoi que estão no plano Adi têm conexões (as linhas tracejadas) com o corpo
causal do Logos solar no plano mental cósmico, onde está o Ego ou a Alma do Logos
solar. Como o Ego do Logos solar é tríplice, tem 3 aspectos, os quais constituem as 3
Pessoas da Trindade logoica, as quais obviamente se expressam no plano Adi
(subplano atômico do físico cósmico) como os 3 Logoi, estando portanto acima dos
Logoi planetários.

Em consequência existem 3 Entidades cósmicas que exercem as funções referentes


aos 3 aspectos do Logos solar.

Evidentemente essas 3 Entidades possuem seus Egos, seus corpos causais e suas
Mônadas e estão subordinadas ao Logos solar.

O fato de os corpos causais do Logos solar e dos 3 Logoi que expressam os 3


aspectos do Logos solar no plano Adi serem feitos de matéria do 1º subplano mental
cósmico, o subplano atômico e o mais elevado, é prova cabal de que são muito
evoluídos e já estão em vias de receberem a 4ª Iniciação cósmica, a da libertação da
roda de encarnações cósmicas, cada um em seu nível de Iniciação, talvez num futuro
sistema solar.

Esses 3 Logoi que exercem as funções das 3 Pessoas da Trindade logoica no plano Adi
constituem um vasto e interessante campo de investigação, em particular com
referência a nós, Mônadas humanas, porque no V diagrama há uma citação da Mônada
humana, localizada num Logos planetário (simbolizado por um triângulo) diretamente
ligado a uma Pessoa da Trindade logoica. Será muito esclarecedor pesquisar como
essas 3 Pessoas da Trindade logoica manifestam-se como astros físicos, assim como

806
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
os Logoi planetários manifestam-se como planetas.

Estudo 243

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre o item 11, página 438

11. Neste item o Mestre Djwal Khul explica a posição dos átomos permanentes nos
diversos reinos e relaciona a totalidade deles com as Entidades maiores que por eles
se expressam, sempre mantendo o conceito de entidades menores dentro de
Entidades maiores. Em termos da Teoria dos Conjuntos, diríamos subconjuntos de
conjunto.
Os átomos permanentes do reino humano estão no subplano atômico de cada plano,
exceto a unidade mental permanente, que está no 4º subplano mental. Como podemos
entender essa permanência? Para tal, consideremos o corpo físico humano. Ele foi
construído a partir do átomo físico permanente. No processo de reencarnação, após as
ações iniciais no plano causal, no mental inferior e no astral, a chamada "fórmula
matemática" (pelo Mestre Djwal Khul) é gravada no átomo físico permanente. A partir
daí as energias constroem os 7 centros ou chacras principais, dos quais fuem as
energias que vão construir os chamados nadis, do corpo etérico, nadis esses que são
condutores (análogos aos condutores elétricos), que vão formar modelos
tridimensionais (moldes feitos de condutores), tendo a semelhança de moldes de
arame, como os utilizados em programas de desenho num computador. Uma vez
formado o molde tridimensional de nadis ou condutores etéricos, esses condutores
agem como pontos focais para atuarem no DNA, na construção da parte densa do
corpo humano. Assim o molde é enchido com matéria densa, formando-se os diversos
órgãos e as diversas partes do corpo físico humano.

Sabemos que as moléculas do 2º subplano físico ou 2º éter são formadas pela união de
átomos físicos, que compartilham as energias entre si, de um modo análogo ao
compartilhamento de elétrons pelos átomos químicos, quando estes se unem
formando moléculas químicas.

As moléculas do 3º subplano físico ou 3º éter são formadas pela união de moléculas do


2º éter, compartilhando energias; o 4º subplano físico ou 4º éter é produzido pela união

807
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de moléculas do3º éter, surgindo então as moléculas do 4º éter, ocorrendo também o
compartilhamento de energias entre as moléculas do 3º éter dentro das moléculas do
4º éter.

Da união das moléculas do 4º éter nascem os átomos químicos, compartilhando


energias. Quando ocorre uma explosão nuclear, pela fssão do núcleo do átomo químico
em consequência da penetração de nêutrons no núcleo, as moléculas do 4º éter
constituintes do átomo químico são desconectadas entre si, retornando ao seu
subplano e sendo liberada a energia que mantinha ligadas as moléculas do 4º éter.

Em todo esse processo de formação dos subplanos percebemos claramente uma


redução da liberdade de movimento e oscilação (ou vibração).

O átomo físico livre, no 1º subplano físico ou atômico ou 1º éter, goza de uma enorme
capacidade de movimento e oscilação, porque está livre. Unido a outros átomos físicos,
para formar a molécula do 2º éter, todos os átomos físicos constituintes dessa
molécula fcam dependentes entre si para efetuarem a oscilação da molécula. Em
outras palavras, a oscilação da molécula é a oscilação de um conjunto, ou seja, é o
resultado das oscilações dos átomos físicos constituintes da molécula. Se todos os
átomos físicos oscilarem dentro da molécula em perfeita sincronização (tecnicamente,
em fase), a oscilação da molécula será perfeita.

Podemos fazer uma comparação, um tanto quanto grosseira, com um grupo de


pessoas levantando um objeto pesado, por exemplo, o motor de um caminhão, preso
por um cabo de aço a um eixo, o qual é segurado pelas pessoas. Se as pessoas
estiverem corretamente distribuídas em relação ao eixo e fzerem o movimento para
cima exatamente no mesmo momento, as forças individuais estarão sincronizadas e o
motor será levantado com mais facilidade.

Um outro exemplo é o de remadores num barco, numa regata. Se os movimentos dos


remadores não estiverem sincronizados, a velocidade do barco será menor. Por isso a
fgura do chamado patrão (quem estabelece o ritmo dos remadores) é importante em
toda regata.

A fusão tão citada pelo Mestre Djwal Khul signifca essa sincronização na realização de
um trabalho conjunto.

Podemos então concluir que em cada subplano há um limite de velocidade e de


frequência, sendo frequência a quantidade de oscilações completas na unidade de
tempo (normalmente o segundo).

808
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É possível agora entender o signifcado da expressão utilizada pelo Mestre Djwal Khul:
"estar o átomo permanente num subplano".

Quando a Tríade inferior (ligada a uma Mônada) é mergulhada nos mundos densos,
começando pelo reino mineral, seus átomos permanentes não estão capacitados para
oscilar em resposta às oscilações que lhes chegam do mundo exterior, pois encontram-
se num estado de certa passividade, uma vez que os átomos permanentes são
especiais e diferentes dos átomos comuns.

Como o objetivo das Mônadas humanas é aprender vivenciando e dominar todas as


oscilações de todos os mundos, os átomos permanentes são importantíssimos para
que essas Mônadas identifquem e dominem essas oscilações, o que implica na
capacidade de memorizar e reproduzir as oscilações, sendo o mundo exterior, em seus
diversos planos e subplanos, a grande escola e o grande laboratório de aprendizado
das Mônadas humanas.

Assim, quando a Tríade inferior é submersa no reino mineral, obviamente é o átomo


físico permanente o primeiro a ser estimulado pelas oscilações do mundo exterior e
isso só é possível a partir das oscilações oriundas do 4º subplano ou 4º éter. Embora
as oscilações ou vibrações ocorram nos 3 estados da matéria física densa: gasoso,
líquido e sólido, todavia sua origem está no 4º éter, que leva as oscilações ao átomo
físico permanente.

É esse o signifcado da expressão "encontrar-se o átomo permanente dos minerais no


4º subplano", ou seja, embora sendo um átomo, só está habilitado para responder às
oscilações provenientes do 4º subplano físico ou 4º éter.

Quando chega ao fm o período de permanência da Tríade inferior (através de seu


átomo físico permanente) no reino mineral, ela passa para o reino vegetal. Nesse reino
o átomo físico permanente, já tendo aprendido a responder às oscilações do 4º éter,
inicia sua experiência no 3º éter. O átomo astral permanente, que foi fracamente
estimulado no reino mineral, começa a responder às oscilações oriundas dos 4º e 3º
subplanos astrais. A unidade mental permanente continua apassivada, com
fraquíssimos estímulos.

Findo o período no reino vegetal, a Tríade inferior é transferida para o reino animal. Aí
o átomo físico permanente inicia sua experiência com as oscilações oriundas do 2º
éter, ao mesmo tempo que aperfeiçoa as oriundas dos 4º e 3º éteres. Simultaneamente
o átomo astral permanente passa a responder às oscilações do2º subplano astral,
juntamente com as dos 4º e 3º subplanos astrais.

809
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A unidade mental permanente começa a responder mais vivamente às oscilações
provenientes dos 7º e 6º subplanos mentais, embora ela seja uma molécula do 4º
subplano mental, todavia é uma molécula especial, diferente das moléculas mentais
comuns. No fnal do período no reino animal, a unidade mental já está respondendo às
oscilações do 5º subplano mental e com razoável atividade em relação ao 4º subplano.

Quando a Tríade inferior ingressa no reino humano, temos a seguinte situação:

1. O átomo físico permanente com boa capacidade de resposta às oscilações dos 4º,
3º e 2º éteres.

2. O átomo astral permanente com uma razoável capacidade de resposta às


oscilações dos 4º, 3º e 2º subplanos astrais.

3. A unidade mental permanente com uma razoável capacidade de resposta às


oscilações dos 7º, 6º e 5º subplanos mentais e com razoável atividade em relação ao
4º subplano.
Na etapa humana o átomo físico permanente começa a responder às oscilações do1º
éter, simultaneamente às dos 4º, 3º e 2º éteres. O átomo astral permanente inicia sua
resposta às oscilações do1º sub-plano astral (o atômico), juntamente com as dos 4º, 3º
e 2º sub-planos astrais. A unidade mental permanente passa a responder às oscilações
do4º sub-plano mental, ao mesmo que aperfeiçoa as dos sub-planos inferiores.

Cabe informar que o átomo astral permanente realmente começa a ser estimulado no
reino mineral pelas oscilações dos 7º, 6º e 5º subplanos astrais.

Estudo 244

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre o item 11 do Resumo, página 438

11. (Continuação)
Continuando nossos comentários sobre o item 11, analisemos a analogia citada pelo
Mestre Djwal Khul entre os pontos focais de força do grupo (os subplanos) e um globo
e uma ronda, em relação aos átomos permanentes.

810
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sabemos que o reino mineral é o 1º reino e os átomos permanentes a ele ligados estão
focalizados no 4º subplano. O reino vegetal é o 2º reino e os átomos permanentes a ele
ligados estão no 3º subplano. O reino animal é o 3º e os átomos permanentes a ele
ligados estão focalizados no 2º subplano. O reino humano é o 4º e seus átomos
permanentes estão no 1º subplano. Se considerarmos conjuntamente a ordem de
ingresso dos átomos permanentes nos reinos e nos subplanos, veremos que:

• o reino mineral é o 1º e o 4º subplano é o 1º;


• o reino vegetal é o 2º e o 3º subplano é o 2º;
• o reino animal é o 3º e o 2º subplano é o 3º;
• o reino humano é o 4º e o 1º subplano é o 4º.
Assim estabelecemos uma relação direta entre os reinos e os subplanos, com base na
consideração da ordem de ingresso.

Para reforçar o nosso raciocínio, lembramos que os átomos permanentes das Tríades
inferiores ligadas às Mônadas humanas fazem seu 1º contato com o mundo denso
através do reino mineral, passando depois para o vegetal, em seguida para o animal e
fnalmente ingressam no reino humano.

Uma vez consolidado o nosso raciocínio, consideremos os reinos relacionados com as


rondas.

Quando a nossa atual 4ª cadeia terrestre acabara de ser construída, existiam Tríades
inferiores ligadas a Mônadas humanas, provenientes da cadeia lunar, estagiando nos
reinos mineral, vegetal e animal, sendo que neste último reino algumas já estavam bem
adiantadas e quase prontas para ingressarem no reino humano. As Mônadas humanas
que foram individualizadas na cadeia lunar só entraram na 4ª cadeia na raça
atlanteana, no 4º globo, a Terra, na 4ª ronda.

Pela ordem natural a 1ª ronda seria a ideal para o início da experiência das Tríades
inferiores em estágio no reino mineral. Passando por todos os globos da cadeia os
átomos permanentes expandiram sua capacidade vibratória, em contato com a matéria
da nova cadeia.

Quando começou a 2ª ronda, a matéria da 4ª cadeia já estava melhor qualifcada pela


passagem da Vida do Logos planetário por todos os globos. Consequentemente as
Tríades inferiores ligadas ao reino vegetal encontraram um ambiente ideal para elas e
então mergulharam para a nova experiência. Assim a 2ª ronda foi especial para o 2º
reino.

811
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando foi iniciada a 3ª ronda, a matéria estava mais qualifcada e pronta para o
ingresso das Tríades do reino animal.

Na 4ª ronda, a atual, foram alcançadas as condições ideais para o ingresso das Tríades
que estavam quase prontas para entrarem no reino humano, o que de fato aconteceu,
ocorrendo a individualização na 3ª sub-raça da raça lemuriana (a 3ª). Por isso é que a
4ª ronda está ligada ao 4º reino, o humano.

Ainda neste item, o Mestre Djwal Khul explica que os átomos permanentes de um reino,
em conjunto, constituem as correntes de força ou espiras do grande átomo
pertencente a uma entidade maior, a qual se utiliza deles para aprender as oscilações
ou vibrações geradas, de uma forma coletiva, o que faz parte do processo evolutivo
dessa entidade maior, para desenvolver a consciência grupal. Isto nos leva a concluir
que existe um mecanismo de conexão ligando todos os átomos permanentes em um
reino à consciência dessa entidade maior, um sutratma de maior amplitude. Essa
entidade maior pode ser lunar, caso se envolva com átomos permanentes inferiores e
solar, se o seu envolvimento é com átomos permanentes superiores.

Com referência ao reino humano, as Tríades superiores (os átomos átmico, búdico e
mental permanentes) formam, em conjunto, correntes de força (vórtices) em certos
centros do Logos planetário. É por isso que aqueles seres humanos que já têm suas
Tríades superiores ativas prestam um melhor serviço ao nosso Logos planetário, os
quais, infelizmente, ainda são muito poucos. SANAT KUMARA, nosso Senhor do Mundo
e encarnação física do nosso Logos planetário, executa um trabalho muito importante
na conexão dessas Tríades superiores à consciência física cósmica do Logos. Um
chacra etérico cósmico do nosso Logos planetário envolvido com as Tríades superiores
do reino humano é o laríngeo.

Aqui encerramos os comentários sobre o item 11 do Resumo, na página 438.

Estudo 245

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre os itens 12 e 13, páginas 438 e 439

12. Comentemos este item. Quando os átomos permanentes tornam-se radioativos,

812
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
no processo evolutivo, eles provocam dentro do centro do qual fazem parte um
notável aumento de vibração ou oscilação. Tornar-se radioativo signifca aumentar a
energia interna e emitir partículas, como acontece com o urânio, plutônio, rádio e
outros elementos radioativos, com os consequentes efeitos, alguns malignos para a
saúde, como o câncer.
Analisemos essa radioatividade dos átomos permanentes dentro do centro. Se eles se
tornam radioativos, é porque as Vidas maiores (no caso do homem a Mônada humana)
que se servem desses átomos para evoluirem, pelo seu esforço aumentam o
dinamismo, a frequência e a velocidade de rotação deles, com isso fazendo evoluir as
pequenas vidas internas dos átomos. Com esse aumento de frequência, velocidade e
energia, as partículas menores que constituem o átomo permanente (lembramos que
um átomo sempre é formado de átomos imediatamente mais sutis) adquirem energia
sufciente para escaparem do átomo e produzirem efeitos no centro do qual os átomos
fazem parte.

Podemos fazer uma analogia com o que ocorre numa bomba atômica. Os nêutrons
energizados que escapam dos núcleos de uma determinada quantidade de átomos de
urânio235 (quantidade essa chamada massa crítica) atingem os núcleos de outros
átomos de urânio235, conseguindo passar pela coroa de elétrons envolventes do
núcleo (na realidade o "círculo não se passa" do átomo químico) e pela imensa
dinamização das partículas do núcleo desintegram-no, liberando energia e
desintegrando mais núcleos. Na bomba atômica o processo uma vez iniciado escapa do
controle do homem, mas no caso dos átomos permanentes tudo fca sob controle.

Uma outra analogia é com o processo iniciático do homem. Quando ele recebe a 3a.
Iniciação planetária (a 1a. solar), a expansão de consciência e a dinamização dos
centros do iniciado são tais, que ele escapa do "círculo não se passa" planetário.

13. Os átomos permanentes da Tríade superior (átomos átmico, búdico e mental


permanentes) atuam nos centros de entidades solares, como o nosso Logos
planetário, já os da Tríade inferior (unidade mental e os átomos astral e físico
permanentes) atuam nos centros de entidades lunares, como aquelas cujos corpos
são formados por almas animais (almas-grupo do reino animal).

Estudo 246

813
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre o item 14, I e II, página 439

14. Neste item o Mestre Djwal Khul dá informações a respeito dos átomos
permanentes de diversas entidades em manifestação, em diversos níveis, desde o
Logos solar até o homem. O campo de manifestação dessas entidades é o corpo
físico cósmico do nosso Logos solar, ou seja, abrange os planos adi, monádico,
átmico, búdico, mental, astral e físico.
Como o átomo permanente é o ponto focal a partir do qual o corpo de manifestação é
construído, das informações fornecidas pelo Mestre podemos deduzir muitos
esclarecimentos referentes a essas entidades, o que nos dá uma visão mais ampla do
nosso sistema solar como um todo.

Pela quantidade de átomos permanentes sendo utilizados pela entidade em seu


trabalho, podemos saber sua posição na cadeia de subordinação, dentro da visão de
entidades menores dentro de entidades maiores.

Em todo este nosso estudo, devemos ter sempre em mente que estamos tratando
apenas do corpo físico cósmico do nosso Logos solar, corpo esse constituído da parte
densa, as matérias dos planos mental, astral e físico, (que não são princípios) e da
parte etérica cósmica, as matérias dos planos búdico, átmico, monádico e adi.

I. As seguintes entidades estão se manifestando no atual sistema solar através de 1


átomo permanente: o físico:

1. O Logos solar.

2. Os 3 Logoi que personifcam os 3 Raios maiores do Logos solar ou os 3 Senhores


de Aspecto.

3. Os 7 Homens celestiais ou Logoi planetários.

4. Os 49 Regentes das cadeias planetárias. Como são 7 esquemas sagrados, corpos


de manifestação dos 7 Logoi sagrados e cada esquema passa por 7 cadeias
(encarnações de um Logos planetário), resultam 49 cadeias planetárias ou 49
encarnações de Logoi planetários.
Consideremos o Logos solar. Como seu átomo físico permanente é o ponto focal para
os 7 planos, esse átomo tem de conter registros ou informações sobre todos esses 7

814
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planos. Consequentemente ele só pode estar localizado no subplano físico cósmico
mais elevado, o atômico ou adi, ou seja, ele é formado de matéria adi. Considerando
que todo átomo físico permanente contém os registros de todas as manifestações ou
encarnações de uma entidade, seja ela um homem ou um Logos solar, o átomo
permanente do Logos solar já existia antes da construção do atual sistema solar.

Os átomos físicos permanentes dos 3 Logoi dos Raios maiores também são de matéria
adi, porém atuam num nível mais baixo em relação ao do Logos solar, o mesmo
acontecendo com os átomos físicos permanentes dos Logoi planetários e dos
Regentes das cadeias planetárias.

No caso dos Regentes das cadeias, como eles estão subordinados a seus respectivos
Logoi planetários, o nível de atuação de seus átomos físicos permanentes é menor que
o dos Logoi.

II. As seguintes entidades estão se manifestando através de 2 átomos permanentes:


físico e astral:

1. Os 7 Senhores que pertencem aos globos de cada cadeia.

2. Os 49 Manus-Raiz.

3. Os 77 formadores das formas - grupos de Senhores solares que se dedicam a


construir formas, trabalhando principalmente no 1o. Raio.

4. Alguns Avatares escolhidos pelo Logos, para conterem certo tipo de força em
determinados intervalos e assim incrementar a evolução da psique (a Alma).
Procuremos entender o signifcado de átomos permanentes neste contexto. Sabemos
que as entidades citadas obedecem à lei universal dos ciclos e assim têm ciclos de
manifestação (encarnação) e pralaia (saída da manifestação). Como todas estão em
processo de evolução e aprendizado, elas têm de possuir seus instrumentos individuais
de armazenamento das informações referentes aos vários ciclos de manifestação,
instrumentos esses que só podem ser os átomos permanentes, um para cada plano, ou
seja, um átomo permanente físico, um astral, um mental, um búdico e um átmico, pelo
menos. Para comprovar o nosso raciocínio, vejamos o Manu-Raiz. Para ocupar o cargo
de um Manu de raça-raiz é necessário já ter recebido Iniciações superiores e estar
liberado do carma da Terra (4a. Iniciação planetária, a 2a. solar), pelo que a Tríade
superior (átomos permanentes mental, búdico e átmico) já está plenamente ativa, já
absorveu a Tríade inferior e já se fundiu com a Mônada, o que signifca que a Mônada

815
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
consegue se expressar plenamente por ela. Logo, o Manu-Raiz, que está muito acima
do Manu de raça-raiz, tem seus átomos permanentes muitíssimo mais evoluídos que o
Manu de raça-raiz. Diante deste raciocínio, como entender a utilização por essas
entidades de apenas 2 átomos permanentes, o físico e o astral, na sua manifestação,
se elas já têm as Tríades inferior e superior aperfeiçoadas (portanto 6 átomos
permanentes).

Façamos um outro raciocínio, considerando as funções que essas entidades exercem


no sistema solar. Um Manu-Raiz, por exemplo, transfere a carga de vidas em evolução
num esquema para a cadeia que está começando. Como Ele lida com grandes grupos
de vidas, está desenvolvendo sua consciência grupal. Como Ele é responsável pelas
raças-raiz, que se expressam através de corpos físicos prioritariamente, Ele tem de
atuar nos átomos físicos permanentes das vidas que irão evoluir na cadeia pela qual
Ele é responsável nessa função. Assim Ele tem de atuar nesses átomos físicos
permanentes através do seu átomo físico permanente, muito mais potente. Como para
haver um corpo físico é necessário também um corpo astral, o Manu-raiz também atua
por meio do seu átomo astral permanente nos átomos astrais permanentes das vidas
evoluindo na cadeia.

Dessa forma fca esclarecida a utilização de apenas 2 átomos permanentes, físico e


astral, por essas entidades no atual sistema solar.

Consideremos o 3º grupo de entidades, os 77 formadores das formas. Façamos a


decomposição do número 77 em fatores primos: 77 = 7 x 11. Mestre Djwal Khul diz no
livro Astrologia Esotérica, página 43, que existem 5 planetas não sagrados, que são:

1. Sol (velando um planeta)


2. Lua (velando um planeta)
3. Terra
4. Marte
5. Plutão
Esses 5 não sagrados com os 7 sagrados somam 12 planetas (que formam o loto de
12 pétalas do sistema solar). Portanto temos 12 esquemas. Se um esquema estiver em
pralaia (fora de manifestação), fcam 11 esquemas em manifestação. Como cada
esquema tem 7 cadeias, são 77 cadeias ao todo e sendo um formador das formas para
cada cadeia, são 77 formadores das formas ao todo. É essa a explicação que achamos
para esses 77 formadores das formas, que se manifestam por meio de 2 átomos
permanentes (físico e astral), uma vez que trabalham com as formas densas.

816
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quanto ao 4º grupo, os Avatares, sua função é em certas épocas exteriorizar um certo
tipo de força, com o objetivo de estimular a evolução da Alma, o que Eles fazem
atuando nos corpo inferiores das vidas em evolução, corpos esses pelos quais as
Almas se manifestam. Por isso também trabalham por meio dos átomos permanentes
físico e astral.

Quanto ao 1º grupo, os Senhores que pertencem aos globos de cada cadeia, pelo seu
trabalho fca óbvio que têm de usar os átomos permanentes físico e astral.

Estudo 247

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4.Resumo - Comentários
sobre o item 14, III, página 439.

III. São as seguintes as entidades que trabalham no atual sistema solar utilizando-se
de 3 átomos permanentes: físico, astral e mental:

1. Os Senhores do 3º reino, o animal. São 7 Entidades cujos corpos são formados por
almas-grupo animais. Assim como os Homens celestiais (os Logoi planetários)
personifcam para o homem o princípio búdico, analogamente estes Senhores
personifcam para o reino animal o princípio manásico, que constitui para tal reino a
meta do processo evolutivo.

2. Certas grandes Entidades que personifcam toda uma série de existências em 5


planetas, dos quais a Terra não forma parte, porém com o tempo será comprovado
que exercem um poderoso efeito sobre o homem na Terra, através dos 3 Budas de
Atividade. Um indício sobre esta infuência esotérica pode ser percebido pelo homem
no estreito vínculo existente entre a Terra e Mercúrio. Não é possível estender mais o
assunto por enquanto.

3. As entidades que são a soma total dessas almas-grupo que contêm Tríades
permanentes defnidas. Nove Tríades constituem o corpo de uma destas entidades.
Comentemos o subitem 1. São 7 Entidades, porque cada alma-grupo do reino animal é
regida por um Senhor de Raio e como são 7 Raios, automaticamente são 7 almas-
grupo.

817
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Em somente 7 espécies do reino animal existem Tríades inferiores, que ingressarão no
reino humano na próxima etapa. São Tríades inferiores ligadas a Mônadas humanas.
Essas espécies são: elefante, ovelha, gato, cavalo, macaco, cão e camelo.

As outras espécies do reino animal constituem corpos de expressão de outras


Entidades, uma vez que tudo na natureza, em conjunto, é veículo de manifestação de
uma Entidade maior, que está em processo de evolução e, portanto, aprendendo e
desenvolvendo qualidades e poderes, ao mesmo tempo que exerce uma função
específca no corpo de uma Entidade maior ainda, como um Logos planetário.

Essas 7 Entidades trabalham com 3 átomos permanentes, físico, astral e mental,


porque as Tríades inferiores reunidas em almas-grupo e sob a infuência dessas 7
Entidades, estão desenvolvendo a capacidade oscilatória ou vibratória dos átomos
físico e astral permanentes e da unidade mental permanente, para atingir a amplitude
de ingresso no reino humano. Por isso as 7 Entidades utilizam seus átomos
permanentes físico, astral e mental para atuarem respectivamente nos átomos
permanentes físicos e astrais e nas unidades mentais permanentes das Tríades
inferiores em evolução nas 7 espécies do reino animal.

Como para ingresso no reino humano o princípio manas ou mente tem de estar num
grau específco de atividade, o papel dessas 7 Entidades é estimular esse princípio,
assim como os Logoi planetários estimulam o princípio budi (o princípio crístico) nos
reinos humanos. No caso do nosso esquema, essa infuência do nosso Logos planetário
chega à humanidade através da nossa Hierarquia.

O subitem 2 trata de um conjunto de Vidas em evolução em 5 planetas, não sendo a


Terra um deles, porém o homem terrestre é poderosamente infuenciado por essas
Vidas.

Pelo fato de essa infuência chegar ao homem terrestre através dos 3 Budas de
Atividade, ter relação com o estreito vínculo entre a Terra e Mercúrio e serem
utilizados os átomos permanentes físico, astral e mental dessas Entidades, podemos
deduzir muita informação concernente a essas Entidades, bem como sobre a natureza
dessa infuência, por meio de um profundo estudo das atividades dos 3 Budas de
Atividade e da natureza da relação entre a Terra e Mercúrio.

Para entender o subitem 3 é necessário explicarmos como as almas-grupo vão se


organizando, a medida que as Tríades inferiores vão se caracterizando e se defnindo.
Numa alma-grupo em que as Tríades inferiores não estão ainda num razoável grau de
atividade vibratória e diferenciação, que caracterize a Tríade, a quantidade delas é

818
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
muito grande nessa alma-grupo. A medida que as Tríades vão evoluindo e se
caracterizando e portanto se defnindo, a quantidade delas numa alma-grupo vai
diminuindo, até chegar a existir apenas uma Tríade numa alma-grupo, condição
necessária para o ingresso no reino humano.

Assim, quando as almas-grupo fcam com quantidades pequenas de Tríades, porque


estas se tornaram bem defnidas e com características próprias, maiores atenção e
cuidado devem ser ministrados a elas por parte das Entidades que as vigiam, o que faz
com que essas almas-grupo se tornem os corpos de expressão de Entidades
específcas. O Mestre Djwal Khul cita o caso de uma alma-grupo com apenas 9 Tríades
como corpo de expressão de uma destas Entidades. É possível especular o assunto,
com base nesse número 9 de Tríades nessa alma-grupo.

Estudo 248

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre o item 14, IV, páginas 439 e 440.

IV. Manifestam-se e trabalham no atual sistema solar com 4 átomos permanentes:


físico, astral, mental e búdico, as seguintes Entidades:

1. Oito grupos de Entidades solares que constituem a vida subjetiva dos 7 centros no
corpo de Brahma, considerado como uma Entidade cósmica separada, dissociado de
Seus 2 irmãos. São os 7 Filhos de Fohat, incluindo o 8º Filho e a diferenciação fnal
dos 49 fogos, anteriores à Sua união com o fogo de Eros. Assim o expressa Helena
Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta, I, 155; 159-160.

2. Essa Entidade que atua por meio da FORMA de uma Hierarquia planetária oculta,
empregando-a como Seu corpo de manifestação e considerando-a como o centro por
intermédio do qual Sua força pode fuir. Deve ser recordado que tais grupos
constituem, em cada planeta, um veículo mediante o qual se expressa a vida de um
grande Indivíduo, quem dá a essa Hierarquia sua coloração característica e sua nota
chave particular.

3. Um número de Divindades solares que irradiam o magnetismo solar e constituem a

819
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vida da forma.

4. Um grupo de Seres conectados com certa constelação e o Dragão menor, os quais


têm sua morada em Netuno e trabalham com o 6o. princípio do sistema solar. Tomam
forma física, estão animados pelo desejo puro e controlados pela mente e ministram
amor-sabedoria em certas "Aulas de Sabedoria" nos diversos planetas. As palavras
"Aulas de Sabedoria" em seu signifcado esotérico não descrevem um lugar, mas uma
etapa de consciência.
Comentemos os subitens:

1. Brahma, como Entidade cósmica separada, dissociada de Seus 2 irmãos, é a


Entidade que exerce as atividades atinentes ao 3º aspecto do Logos solar, ou seja, o
Logos solar, em Seu 3o. aspecto, Inteligência Ativa, manifesta-se através dessa
Entidade, que está indicada no V DIAGRAMA, EVOLUÇÃO DE UM LOGOS SOLAR, na
página 296 do Tratado sobre Fogo Cósmico, situada no plano adi, sendo um dos 3
Logoi. Seu trabalho é realizado no plano físico cósmico, no que concerne ao corpo
físico do Logos solar. Eros é um outro nome de Brahma, o 3º aspecto do Logos,
citado por Blavatsky. Como o plano físico cósmico tem 7 subplanos (vistos como
planos por nós, o microcosmos), são 7 Filhos de Fohat, um para cada subplano físico
cósmico, que se dividem em 7, cada um, um para cada subplano de subplano,
totalizando 49 fogos. O 8º Filho, segundo Blavatsky, é Martanda, o 8º Filho de Aditi.
Aditi é o verdadeiro Sol, a Mãe, sendo Martanda esse nosso Sol visível, centro do
nosso sistema de planetas (12). Essas referências a Aditi e Martanda estão na
Doutrina Secreta, Volume I, Cosmogênese, parte 1, A Evolução Cósmica.
Essas Entidades trabalham com 4 átomos permanentes, físico, astral, mental e búdico,
porque sua atividade nos 7 centros do 3º Logos é realizada no atual ciclo na matéria
búdica (o 4º éter cósmico) e como a matéria búdica atua nas matérias mental, astral e
física, Elas necessitam somente desses 4 átomos como ferramentas para Suas
funções.

2. Toda Hierarquia planetária, em qualquer planeta, é corpo de expressão de uma


Entidade maior. Como uma Hierarquia exerce funções nos centros de um Logos
planetário e esses centros no atual ciclo estão localizados na matéria búdica, é
evidente que a Entidade maior que se serve da Hierarquia, tem de agir através dos
átomos permanentes búdico, mental, astral e físico no Seu trabalho.

3. Neste subitem temos Entidades que trabalham no sistema solar na função de

820
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
assimilar o fogo tríplice irradiado pelo Sol e adequá-lo ás necessidades das vidas que
evoluem nos diversos planetas, utilizando diversas modalidades de formas. Como seu
trabalho é vitalizar as formas, nas quais os centros focais são os átomos
permanentes físico, astral, mental e búdico, obviamente Elas também têm de utilizar
Seus átomos permanentes físico, astral, mental e búdico.

4. Este último grupo, residente em Netuno, cujo Logos planetário é o Senhor do 6º


Raio para o nosso sistema solar, por estarem encarregados de estimular o 6º
princípio no sistema, o princípio búdico, adquirem forma física e, consequentemente,
são animados pelo desejo puro (manifestação de budi na matéria astral) e são
controlados pela mente, uma vez que budi só pode se manifestar na matéria astral
sem distorção se o corpo astral estiver sob controle da mente. Como budi é o mesmo
que amor-sabedoria-razão pura, as Entidades desse grupo divulgam amor-sabedoria-
razão pura em "Aulas de Sabedoria" nos diversos planetas, tendo essa expressão
"Aulas de Sabedoria" o signifcado de etapa de consciência. Obviamente são
Instrutores. Evidentemente, por atuarem na área de budi e ensinarem seres humanos,
têm de trabalhar fundamentalmente com o átomo búdico permanente (o principal
foco irradiador de budi) e, para atingirem seus instruendos, com os átomos
permanentes abaixo do búdico, ou seja, mental, astral e físico.

Estudo 249

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - 4. Resumo - Comentários
sobre o item 14, V e VI, página 440.

V. Trabalham no atual sistema solar com 5 átomos permanentes: físico, astral, mental,
búdico e átmico, as seguintes Entidades:

1. Os Senhores de certos subplanos, que trabalham dirigidos pelo Senhor Raja de um


plano e constituem em si vibração e atividade.

2. Os Homens celestiais menores no nível búdico, que são refexos de Seus


protótipos superiores no 2° plano do sistema (o monádico).

3. As Entidades que constituem a soma total da consciência grupal em níveis egoicos;


deve ser recordado que estes grupos estão diferenciados, compostos e agrupados

821
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em 7, até formar 49 grupos de 7 veículos egoicos, formando por sua vez um grupo
que constitui o corpo desta Divindade solar menor. Existe uma multiplicidade destes
grupos de 49 unidades. Isto já foi mencionado anteriormente, quando foi dito que um
Mestre e seu conjunto particular de discípulos e iniciados formam um grupo ou
centro de força. Estes grupos têm seus átomos permanentes, como o têm todas as
vidas que procuram se expressar objetivamente.

4. As Entidades que constituem a soma total do reino vegetal em suas diversas


manifestações nos diferentes globos, cadeias e esquemas.
Comentemos o subitem 1. Sabemos que dentro do corpo físico cósmico do Logos
solar, os planos físico, astral, mental, búdico e átmico são de suma importância, porque
são a meta de conquista para as humanidades. Eles constituem para o Logos os sub-
planos sólido, líquido, gasoso, 4° éter e 3° éter, respectivamente. Consequentemente
existe uma conexão entre os planos e os sub-planos correspondentes:

plano físico -------------- 7° subplano


plano astral -------------- 6° subplano
plano mental ------------- 5° subplano
plano búdico ------------- 4° subplano
plano átmico ------------- 3° subplano.

Assim, para cada subplano, existe uma Entidade elevada com a função de controlar e
coordenar a vibração e a atividade da matéria desse subplano, em conexão com o
plano correspondente, sob a direção do Raja do plano.

Temos então para o plano físico as seguintes Entidades sob a direção do Senhor Raja
do plano físico:

• uma Entidade controlando toda a matéria no estado sólido, em coordenação com


todo o plano físico;

• uma Entidade controlando toda a matéria no estado líquido, em coordenação com o


plano astral;

• uma Entidade controlando toda a matéria no estado gasoso, em coordenação com o


plano mental;

• uma Entidade controlando toda a matéria do 4° éter, em coordenação com o plano


búdico;

822
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
• uma Entidade controlando toda a matéria do 3° éter, em coordenação com o plano
átmico.
Para o plano astral temos as seguintes Entidades sob a direção do Senhor Raja do
plano astral:

• controlando a matéria do 7° subplano, em coordenação com o plano físico;


• controlando a matéria do 6° subplano, em coordenação com o plano astral;
• controlando a matéria do 5° subplano, em coordenação com o plano mental;
• controlando a matéria do 4° subplano, em coordenação com o plano búdico;
• controlando a matéria do 3° subplano, em coordenação com o plano átmico.
O mesmo ocorre com os subplanos dos planos mental, búdico e átmico.

Fica portanto claro porque essas Entidades têm de trabalhar com átomos permanentes
físico, astral, mental, búdico e átmico.

Comentemos o subitem 2. Por Homens celestiais menores entendemos Entidades em


estágio para serem Logoi planetários, sendo por isso seus refexos. Trabalham no plano
búdico, onde estão os centros físicos dos Homens celestiais. Pela natureza de seu
treinamento e atividade, Elas têm de captar as informações oriundas dos átomos
permanentes das Tríades em evolução nos esquemas nos quais estão localizadas.
Consequentemente têm de dispor de seus próprios átomos permanentes físicos,
astrais, mentais, búdicos e átmicos, com o objetivo de armazenar as informações
provenientes das Tríades sob seu controle. Observamos que seus átomos permanentes
mentais armazenam as informações oriundas das unidades mentais permanentes e dos
átomos mentais permanentes das Tríades.

3. Aqui temos aquelas Entidades responsáveis pelo controle dos grupos egoicos em
evolução na matéria causal, nos diversos esquemas. Os egos passam pelas
experiências dos 7 Raios, para desenvolver as qualidades exigidas. Cada ego é
responsável por suas sucessivas personalidades, as quais também passam pelas
experiências dos 7 Raios. Assim temos para cada ego uma passagem por um Raio e
dentro desse Raio esse ego vive as experiências dos 7 Raios em suas personalidades,
o que gera, para cada raio egoico, 7 tipos de veículo. Esta sequência gera 49 grupos
egoicos, com 7 tipos de corpo causal, quando consideramos o total de egos. A
totalidade desses 49 grupos egoicos constitui o corpo de expressão de uma Entidade
solar, a Qual, para seu controle , necessita dos átomos permanentes físico, astral,
mental, búdico e átmico, sendo o átomo mental permanente o armazenador das

823
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
informações provenientes das unidades mentais e dos átomos mentais permanentes
dos grupos egoicos sob Sua responsabilidade.

4. As Entidades responsáveis pelo reino vegetal em evolução nos diversos esquemas,


cadeias e globos também necessitam trabalhar com essa quantidade de átomos
permanentes, uma vez que são obrigadas a armazenar todas as informaçãoes
geradas pelas Tríades no reino. Alertamos que embora no reino vegetal o átomo
astral permanente seja o mais visado, todos os componentes das Tríades são
infuenciados, uma vez que esses componentes relacionam-se entre si.

VI. Neste item não é preciso nenhum comentário, tendo em vista sua evidência, por
se tratar do homem, com suas 2 Tríades.

Estudo 250

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego
e o Fogo Solar - II - A Natureza dos Átomos Permanentes - Resumo, páginas 440 e 441

Tudo o que acima foi dito é uma ampliação das informações dadas sobre "A Hoste da
Voz", na Doutrina Secreta, I, 140, de H. P. Blavatsky, em um esforço para demonstrar
que muitas vidas distintas (personifcando todas as vidas menores ou que estão
personifcadas em vidas maiores) encontram-se nos diferentes esquemas. Apenas nos
ocupamos dessas vidas super-humanas ou humanas, as quais foram ou são HOMENS.
Não tratamos das vidas sub-humanas, os senhores lunares ou pitris menores, pois seu
dia ainda não chegou, progredindo inconsciente e não autoconscientemente, a medida
que avança o progresso evolutivo.

Já foram consideradas estas entidades e seus átomos permanentes em relação a sua


manifestação em um sistema solar. Não fomos mais além do "círculo não se passa
solar".

Todos os átomos permanentes relacionam-se com a matéria física e a manifestação. O


átomo permanente superior do homem, o átmico, é na realidade um átomo do 3° éter
cósmico e isto deve ser estudado e meditado. Também foram comentadas as distintas
personalidades (a palavra "personalidade" é aqui aplicada deliberadamente, pois o que
são Elas, senão personalidades ou Seres em encarnação física?), em primeiro lugar,
desde Seu ponto de força inferior. Foi considerado o átomo permanente como o ponto

824
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
donde se estabelece contato com a força de um plano, de uma cadeia, de um esquema
ou de um sistema. Isto deve estar sempre presente.

Há que ser tido em conta que grande parte do que acaba de ser dito poderá parecer
incompreensível, porém o que aqui é exposto será esclarecido quando os cientistas
conseguirem entender e regular a força; então será visto que temos tratado com a
força positiva de todas as formas negativas que se encontram acima do reino humano,
incluindo este.

Ao fnalizar o resumo, Mestre Djwal Khul deixa bem claro que em toda a manifestação
sempre teremos entidades menores sendo em conjunto corpos de expressão ou
veículos de evolução de entidades maiores, sendo estas por sua vez veículos de uma
outra entidade maior ainda. Assim temos os 7 Homens celestiais (dos esquemas de
Vulcano, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) como centros sagrados no
corpo do nosso Logos solar. Este por sua vez é o centro cardíaco do Logos cósmico, o
qual é um centro no corpo do Parabrahma cósmico e assim em diante, em relação a
entidades maiores ainda.

Os corpos inferiores (físico, astral e mental inferior) dos homens são constituídos de
entidades denominadas pitris lunares, em processo de evolução, cuja meta é serem
pitris solares, trabalhando no plano causal e acima.

Sempre o ponto focal para a entidade maior exercer seu controle sobre as entidades
menores de seu corpo de manifestação é o átomo permanente, por meio do qual ela
estabelece o contato com a matéria do plano de atuação. No caso do homem, o Ego
estabelece contato com o plano físico através do átomo físico permanente, com o
plano astral pelo átomo astral permanente e com o plano mental inferior pela unidade
mental permanente. Em etapas mais adiantadas a Mônada humana entra em contato
com o plano átmico por meio do átomo átmico permanente, construindo um corpo
apropriado.

Como acabamos de ver, as Entidades maiores adquirem experiência e evoluem,


aprendendo, utilizando as experiências de vidas menores, que constituem seus corpos
de expressão. Fazem isso servindo-se de átomos permanentes adequados. O
conhecimento profundo e detalhado da estrutura dos átomos permanentes é de uma
grande importância, não só para o autoconhecimento, como para o entendimento da
entidade maior da qual fazemos parte.

Conhecer o corpo de expressão do nosso Logos planetário faz parte da meta do nosso
processo evolutivo. Quanto mais conhecimento pudermos adquirir sobre esse corpo,

825
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mais efcientemente poderemos trabalhar nas funções dentro dele.

Entender em detalhes o processo de propagação e transferência das energias, não só


dentro dos nossos próprios corpos, como também nos corpos do nosso Logos
planetário e do nosso Logos solar, dar-nos-á uma visão mais clara da Astrologia
esotérica, uma vez que ela se baseia no impacto de energias provenientes de fora do
sistema solar na matéria do corpo físico cósmico do nosso Logos solar e depois no
corpo físico cósmico do nosso Logos planetário, até nos atingir, como indivíduos e
como coletividades.

Porêm para tal é necessário aprofundar os conhecimentos não só sobre os átomos


permanentes, mas também sobre os átomos comuns, constituintes dos corpos. O
processo detalhado das ligações dos átomos ao formarem moléculas é de muita
utilidade, pois irá esclarecer como a energia é transferida de um átomo para outro, de
uma molécula para outra, como ela é transportada, à semelhança do conhecimento da
Física sobre o fóton, o qual, ao penetrar num elétron, excita-o, ou seja, aumenta sua
energia, e sobre o elétron como transportador de carga elétrica, tão importante e
necessário para o nosso dia a dia material.

Chegará o momento em que as leis quantitativas referentes às matérias sutis serão


conhecidas cientifcamente. Quando isto ocorrer, uma das consequências dentre
muitas será o reconhecimento da Astrologia como ciência, exigindo uma grande
formação matemática do astrólogo.

826
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 251
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - III - O Loto Egoico -
Páginas 441 e 442.

Iremos tratar agora o tema do corpo causal em seu próprio plano, desde o ponto de
vista do fogo. Este assunto tem sido estudado brevemente desde o ângulo mais
comum e em sentido materialista, considerando-o como um veículo de substância
sutilizada que contém em si mesmo o 7° princípio de cada um dos envoltórios
inferiores do microcosmos e da unidade mental, o que signifca que esse veículo
contém em si mesmo, em uma forma sintetizada, a vibração essencial dos corpos
etérico, astral, mental inferior e da unidade mental permanente, pois ele será o
armazenador das essências das experiências vividas pelo homem em sua jornada pelos
mundos inferiores. Esta última, a unidade mental permanente, personifca o 1° aspecto
em manifestação e é análoga ao 1° aspecto logoico, Vontade - o qual, no atual sistema
solar, não chega a expressar-se plenamente e só o conseguirá no próximo sistema
solar. Isto quer dizer que é pelo corpo mental inferior que a vontade se manifesta no
homem, uma vez que esse corpo é construído a partir da unidade mental permanente.

Deve ser bem ressaltado que ao estudar o sistema solar, como a manifestação física de
um Logos solar, estamos investigando:

a. O átomo físico permanente de um Logos solar, contido dentro do corpo causal


logoico em seu próprio plano.
b. Os 7 tipos de força ou as 7 espiras logoicas dentro desse átomo permanente. Se
isso for compreendido, será obtida uma nova perspectiva com respeito ao tema da
vibração do plano.
c. A estreita analogia que existe entre os planos e as 7 espiras no átomo físico
permanente de um Logos solar.
Estas espiras foram consideradas muito brevemente, bem como suas funções, agora
estudaremos o tema do Raio do Ego e do fogo da mente, desde o ponto de vista
subjetivo ou em termos de fogo, ou seja, veremos como processos ou "fenômenos"
produzidos pela eletricidade (fogo tríplice) atuando nas matérias dos diversos planos,
podem resultar na evolução das Mônadas humanas, um dos objetivos do sistema solar.

Este assunto requer grande capacidade de pensar abstratamente, estando muito


distante desse mundo concreto e de formas, com o qual a grande maioria está
acostumada a lidar. Estaremos no mundo dos signifcados e das energias, o verdadeiro
e real mundo, no qual um dia viveremos continuamente, sempre em busca de mundos

827
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mais elevados e de muito maior intensidade de vida. Aqueles que são efetivamente
senhores de si mesmos, sabem buscar o conhecimento autêntico e são vontade em
atividade, caminharão aceleradamente por esses mundos, não se apegando a nenhum
deles, apesar da intensidade de vida, mas terão como propósito individual o Propósito
do Logos, ou seja, serão eles mesmos o Propósito logoico e por isso irão sempre em
ascensão.

Estudo 252

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção C - III - O Loto Egoico - 1.
Centros ou Rodas de Energia - Páginas 442 e 443.

a . CENTROS DE FORÇA. O assunto tornar-se-á mais claro e inteligível se for estudado


o tema do desenvolvimento monádico (uma das metas evolucionárias) desde o ponto
de vista do ente humano. Isto signifca desenvolver o trabalho analisando os
instrumentos inferiores utilizados pela Mônada, ou seja, o homem, composto pelos 3
corpos inferiores: físico, astral e mental inferior, e o corpo causal, na realidade o Loto
Egoico. Deve fcar sempre bem presente em nossas mentes que a Mônada está
continuamente conectada com seus veículos ou instrumentos e é uma unidade, apesar
de as aparências indicarem diferente, devido aos véus de maia (do corpo físico), da
miragem (do corpo astral) e da ilusão (do corpo mental inferior), sendo que a visão, em
cérebro físico, dessa unidade, que se torna muito mais que visão, tornando-se uma
convicção inteligente e frme, somente é adquirida por aqueles que já passaram pelo
Portal da 2ª. Iniciação planetária e estão sendo preparados celeremente para a 3ª. , a
da Transfguração. Todavia o esforço intelectual para entender essa unidade por
aqueles que ainda não o conseguiram, tem de ser feito e repetido continuamente, pois
assim ativarão neurônios adormecidos, o que ativará partículas dos chacras e do
sutratma, permitindo que informações existentes no Loto Egoico e assimiladas pela
Alma diretamente em seu mundo, o causal (a Alma adiantada recebe instruções
diretamente), cheguem ao cérebro físico, propiciando o entendimento de informações
ditas abstratas.

Em muitos livros de ocultismo é dito que o homem possui 7 centros principais de força,
chamados chacras, sendo que podem ser contados como 10, se considerarmos as
funções dos sintetizadores. Três deles são os principais e, eventualmente, sintetizam os

828
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
outros quatro ou absorvem sua força ou energia. Isto acarreta seu eventual
obscurecimento ou desaparecimento da manifestação, "morrendo" em sentido oculto.
Isto tem seu paralelo nos centros logoicos, os esquemas planetários, que em seu
devido tempo também entram em obscurecimento e transmitem sua energia aos 3
esquemas maiores. Os 3 centros principais do microcosmos, o homem, são o coronário,
o cardíaco e o laríngeo.
1. O centro coronário Mônada Vontade Espírito
2. O centro cardíaco Ego Amor Consciência
3. O centro laríngeo Personalidade Atividade Matéria

Portanto é evidente que assim como no homem estes centros se relacionam com o
tríplice homem espiritual em seu total desenvolvimento, da mesma maneira os 3 tipos
de centros - micro e macrocósmicos - gradualmente são vitalizados pelo poder de um
dos 3 aspectos do Logos. Tais centros são reconhecidos também como pontos focais
de força ativa e aparecem ante a visão do clarividente como rodas ígneas ou pétalas
famejantes de um loto. Na realidade são vórtices.

Estas considerações sobre os centros de força ou chacras foram feitas com o objetivo
de tornar mais fácil a compreensão do Loto Egoico, fazendo uso da lei de analogia.

O CORPO CAUSAL....CENTRO CARDÍACO MONÁDICO. Ao estudar o corpo egoico, deve


ser recordado que o corpo causal é a analogia na manifestação monádica do CENTRO
CARDÍACO, ou seja, para a Mônada o Loto Egoico (corpo causal ou egoico) executa as
funções de centro cardíaco.

É uma roda famejante de fogo dentro do ovo áurico monádico, o qual abarca os 5
corpos de manifestação monádica. Este ovo áurico monádico requer mais explicações.

A Mônada humana, em seu início evolutivo no atual sistema solar, só pode atuar
diretamente na matéria monádica, o subplano subatômico físico cósmico ou o 2° éter
cósmico. Mas para entrar em contato com as matérias dos 5 mundos dos quais Ela tem
de vivenciar experiências obrigatoriamente, os mundos ou planos átmico, búdico,
mental, astral e físico, Ela constrói uma forma ovoide com matéria monádica e dentro
desse ovoide fcarão retidos os átomos permanentes átmico, búdico e mental (Tríade
superior ou espiritual), unidade mental permanente e átomos astral e físico
permanentes (Tríade inferior), conectados pelo sutratma. Como todos os corpos são
construídos a partir dos respectivos átomos permanentes, todos eles fcam dentro
desse ovoide de matéria monádica, denominado ovo áurico monádico. Todos nós, sem
exceção, estamos envoltos por esse ovo áurico monádico. No momento não daremos

829
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mais detalhes desse ovo áurico monádico.

Por ter 12 vórtices ou pétalas, o Loto Egoico (o corpo causal ou egoico) é também
chamado o loto de 12 pétalas.

Destas 12 pétalas, as 3 internas ainda não se revelaram, ou seja, ainda estão no estado
embrionário, sendo por isso que frequentemente ele é considerado como um Loto de 9
pétalas ou uma roda de fogo com somente 9 raios ou pequenos vórtices. Isto é
verdade no que se refere ao processo evolutivo, porém quando o homem conseguiu
despertar ou desenvolver as 9 pétalas ou excitar o fogo dos 9 raios ou pequenos
vórtices (os quais alcançam sua consumação praticamente na 3ª. Iniciação planetária, a
1a. solar, tendo passado pelo acelerado despertar nas 1ª. e 2ª. Iniciações planetárias),
as 3 pétalas internas são reveladas.

Essas 3 pétalas internas respondem á vibração monádica, ao aspecto do Espírito puro.


O estímulo ou a revelação dessas 3 pétalas internas pelo Iniciador Uno nas 3ª. e 4ª.
Iniciações planetárias, respectivamente as 1ª. e 2ª. solares, produz a confagração fnal
e a ignição ou combustão do corpo causal, com a consequente liberação da Vida ou do
Fogo positivo central.

Esse assunto Loto Egoico continuará sendo explicado com muito mais detalhes, tendo
em vista sua tremenda importância no processo evolutivo do homem como Mônada em
manifestação.

Estudo 253

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - III - O Loto
Egoico - 2. O Loto Egoico de 12 Pétalas - Páginas 443 e 444.

2. O Loto Egoico de 12 Pétalas.

O Fogo solar é dual, sendo a fusão do fogo da matéria ou substância e do fogo da


mente. Isto converte o homem na Estrela de Luz de 6 pontas. O fogo da mente é
também dual em essência, dando lugar a outra triplicidade que forma assim os nove.

Expliquemos estas informações do Mestre. O Fogo solar neste contexto é o fogo do


Ego ou Alma. Antes do surgimento do Ego só existiam no animal já preparado para a
individualização ou ingresso no reino humano os seguintes fogos:

830
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. nas matérias física e astral mescladas os fogos por fricção/elétrico, por
fricção/solar e por fricção/por fricção específcos dessas matérias, totalizando 3.
2. na matéria mental inferior os fogos por fricção/elétrico, por fricção/solar e por
fricção/por fricção específcos dessa matéria, totalizando 3.
3. na matéria mental superior (a matéria causal), onde se localiza o Ego, os fogos por
fricção/elétrico, por fricção/solar e por fricção/por fricção específcos dessa
matéria, totalizando 3.
Portanto o Ego trabalha com um fogo de 9 tipos, daí existirem 9 pétalas no Loto
Egoico, embora existam mais 3 em torno da Joia no Loto, o Ego ou Alma, de outra
natureza. Esse é o fogo solar do Ego.

Quando o homem tenha despertado os 9 fogos, desenvolvido as 9 pétalas e recebido o


estímulo que é dado na iniciação - o que é levado a cabo mediante o contato
consciente com a chispa elétrica de seu próprio Homem celestial particular - , todos os
nove se mesclam e fundem. As 3 pétalas internas, que completam as 12 e concernem
às etapas fnais, essencialmente espirituais, de sua evolução (nos 3 mundos inferiores),
estão mais intimamente relacionadas com a evolução do Homem celestial e vinculadas
com o estímulo que Ele (Logos planetário) recebe ao entrar em contato com a chispa
elétrica logoica (do Logos solar), ou o aspecto Espírito puro do Logo solar, o que
evidencia o nosso íntimo relacionamento com o nosso Logos planetário.

Deve ser observado que esse nônuplo desenvolvimento é insinuado na Doutrina


Secreta, nas diversas partes nas quais H. P. Blavatzky trata dos Kumaras (D.S., III, 241)
ou os Homens celestiais, dos quais o microcosmos (o homem) é um refexo. Blavatsky
os denomina os Senhores do Conhecimento, os Senhores do Amor e os Senhores do
Sacrifício. Cada um dEles é um Loto de 9 pétalas no corpo logoico. Constituem as
Rodas famejantes e nos diversos nomes pelos quais são denominados na Doutrina
Secreta pode ser descoberta a chave deste mistério. Entendamos isto com toda
clareza com respeito ao homem e depois estendamos a ideia até os Homens celestiais.

Imaginemos o Loto Egoico de 9 pétalas, o centro cardíaco na consciência monádica,


desenvolvendo-se em grupos de 3, cada uma de suas pétalas nos 3 subplanos do
mental superior. Seu desenvolvimento é levado a cabo por meio do processo evolutivo,
nos 3 planos dos 3 mundos inferiores (físico, astral e mental) ou nas Aulas da
Ignorância, do Aprendizado e da Sabedoria.

831
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 254

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - III - O Loto
Egoico - 2. O Loto Egoico de 12 Pétalas - a. Primeiro Grupo de Pétalas - Pétalas de
Conhecimento - b. Segundo Grupo de Pétalas - Pétalas de Amor - c. Terceiro Grupo de
Pétalas - Pétalas de Sacrifício - Páginas 444, 445 e 446.

a. Primeiro Grupo de Pétalas - Pétalas de Conhecimento:

1. A Pétala de Conhecimento no plano físico. O sofrimento é o preço que se paga pela


ignorância ao violar a Lei, adquirindo-se assim o conhecimento. Este desenvolvimento
é levado a cabo mediante a experiência no plano físico.

2. A Pétala de Amor no plano físico. Ela se abre por meio das relações físicas e o
desenvolvimento gradual do amor, desde o amor ao eu até o amor aos demais.

3. A Pétala de Sacrifício no plano físico. Este desenvolvimento se realiza mediante a


força impulsora das circunstâncias e não pelo livre arbítrio. É o oferecimento do
corpo físico no altar do desejo - no princípio ao desejo inferior, porém no fnal,
embora continue sendo desejo, converte-se em aspiração. Nas primeiras etapas de
sua evolução o homem se polariza no físico, no geral o faz inconscientemente e sem
compreender o que está sendo consumado, porém seu resultado se vê como um
duplo acréscimo do calor ou da atividade no corpo causal:
O átomo físico permanente torna-se radioativo ou se converte num ponto radiante de
fogo.

As 3 pétalas inferiores (as externas) vibram e começam a abrir, até se desenvolvem


completamente.

b. Segundo Grupo de Pétalas - Pétalas de Amor:

1. A Pétala de Conhecimento no plano astral. Seu desenvolvimento se realiza pelo


equilíbrio consciente dos pares de opostos e o emprego gradual da Lei de atração e
Repulsão. O homem deixa a Aula da Ignorância, onde, desde o ponto de vista egoico,
trabalha cegamente, começa a apreciar os efeitos de sua vida no plano físico e pela
compreensão de sua dualidade essencial passa a dar-se conta das causas.

2. A Pétala de Amor no plano astral. É aberta pelo processo de transmutar


gradualmente o amor à natureza subjetiva ou Eu interno. Isto tem um efeito dual e se
desenvolve no plano físico durante muitas vidas de difculdades, esforços e

832
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fracassos, a medida que o homem luta por enfocar sua atenção no amor ao Real.

3. A Pétala do Sacrifício no plano astral. Ela se abre pela atitude do homem quando
se esforça conscientemente para abandonar seus próprios desejos pelo bem de seu
grupo. Seu móvil é ainda confuso e está colorido pelo desejo de recuperar o que ele
dá e o amor daqueles que trata de servir, porém é de ordem muito mais elevado que
o sacrifício cego ao qual se acha impelido o homem pelas circunstâncias, como no
caso do desenvolvimento anterior. A medida que prossegue esta tríplice iluminação
ou desenvolvimento, observa-se novamente um resultado dual:
O átomo astral permanente entra em plena atividade e brilho, isto é, 5 de suas espiras
e os 2 átomos, o do plano físico e o do astral, vibram em forma análoga.

As 3 pétalas do círculo central do Loto Egoico chegam também a seu pleno


desenvolvimento e o centro cardíaco da Mônada é percebido como uma roda de fogo,
com 6 de seus raios em pleno despregue de energia e girando velozmente.

c. Terceiro Grupo de Pétalas - Pétalas de Sacrifício:

1. A Pétala de Conhecimento no plano mental. Seu desenvolvimento marca o período


em que o homem emprega conscientemente tudo o que adquiriu ou está adquirindo
sob a lei, para o bem da humanidade.

Cada um dos grupos de pétalas caracteriza-se por um colorido predominante; a de


Conhecimento no plano físico caracteriza-se pelo colorido das outras duas
subsidiárias; a de Amor no plano astral, pela luz do sacrifício, de um tom mais
apagado que o das outras duas, apresentando-se com igual brilho. No plano mental,
a luz do sacrifício fulge plenamente e tudo o que se percebe está colorido por essa
luz.

2. APétala de Amor no plano mental se desenvolve pela constante aplicação


consciente de todos os poderes da Alma no serviço para a humanidade, sem esperar
nem desejar recompensa pelo imenso sacrifício implicado.

3. A Pétala de Sacrifício no plano mental demonstra-se como inclinação


predominante da Alma, observada na série de muitas vidas pelas quais passa o
iniciado antes de sua emancipação fnal. Ele se converte, em suja própria esfera, no
"Grande Sacrifício".
Quando o clarividente pode ver esta etapa em forma objetiva, observa que produz 2
efeitos:

833
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. A unidade mental permanente converte-se num ponto radiante de luz; suas 4
espiras transmitem força com grande velocidade.

b. As 3 pétalas superiores (as de Sacrifício) abrem-se e o loto de 9 pétalas é visto


perfeito.

Estudo 255

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - III - O Loto
Egoico - 2. O Loto Egoico de 12 Pétalas - c. Terceiro Grupo de Pétalas - Pétalas de
Sacrifício (Continuação) - Páginas 446 e 447.

Continuemos nosso estudo sobre as pétalas de sacrifício do Loto Egoico. Essas são as
pétalas de Vontade. A palavra sacrifício, neste contexto, tem o signifcado de "tornar
sagrado", com base nas palavras latinas sacer, sacra, sacrum (sagrado) e o verbo
facere (fazer, tornar).

Em decorrência do que anteriormente foi explicado, o corpo causal (o Loto Egoico),


quando expressado em termos de fogo, transforma-se num centro de calor famejante,
irradiando a seu grupo calor e vitalidade. Dentro da periferia da roda egoica podem ser
vistos os 9 raios girando com grande velocidade e - após a 3a. Iniciação planetária, a
1a. solar - tornam-se quadridimensionais ou as rodas "giram sobre si mesmas" (vide A
Bíblia, Ezequiel, I, 15, 21). Essa expressão quadridimensionais quer dizer que os
vórtices ou pétalas do Loto executam 4 movimentos diferentes ao mesmo tempo. Não
podemos esquecer que esses vórtices têm a função de armazenar informações,
constituindo para a Mônada um imenso arquivo, que pode ser analisado sob um grande
número de pontos de vista, tudo dentro da mais perfeita lógica, em perfeita
consonância com os conhecimentos que a Ciência possui a respeito de
telecomunicações e informática, segundo a Lei de Analogia.

No meio, formando certo triângulo geométrico (o qual difere de acordo com o raio da
Mônada), podem ser vistos 3 pontos de fogo, os átomos permanentes físico e astral e
a unidade mental permanente, em toda a sua glória. No centro é vista uma gloriosa
chama central aumentando sua intensidade a medida que as 3 pétalas internas
respondem ao estímulo.

Quando o fogo da matéria ou "fogo por fricção" é sufcientemente intenso; quando o


fogo da mente ou fogo solar (que vitaliza as 9 pétalas) chega a ser igualmente intenso

834
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e quando brilha e pode ser vista a chispa elétrica no centro mais recôndito, todo o
corpo causal se faz radioativo.

Então os fogos da substância (a vitalidade dos átomos permanentes) escapam das


esferas atômicas, somando sua cota à grande esfera que os contém; o fogo da mente
funde-se com sua fonte emanante e a vida central escapa. Isto constitui a grande
liberação. O homem, em termos de esforço humano, realizou seu objetivo. Passou pelas
3 Aulas e o que adquiriu nelas ele transferiu para o conteúdo de sua consciência; em
ordem correlativa desenvolveu e abriu as pétalas do Loto Egoico - fazendo-o primeiro
com as 3 exteriores (as de Conhecimento), o que implica um processo que abarca um
vasto período de tempo. Então as pétalas da segunda série (as de Amor-Sabedoria-
Razão Pura) abrem-se, durante o lapso que abrange a participação inteligente do
homem nos assuntos mundiais, até penetrar no reino espiritual na 1a. Iniciação e no
período fnal e mais breve em que as 3 pétalas superiores ou o círculo interno (as
pétalas de Sacrifício ou Vontade) desenvolvem-se e abrem.

Antes de concluir a elucidação deste tema do Raio do Ego e do fogo da mente,


pedimos aos estudantes que recordem o seguinte:

Primeiro. Que a ordem de desenvolvimento das pétalas e o estímulo dos fogos


dependem do Raio da Mônada e do sub-raio no qual se encontra o corpo causal. Este
conceito poderia ampliar-se e ser fonte frutífera de estudo para o investigador
ocultista.

Segundo. Que este desenvolvimento se realiza lentamente e somente se acelera a


medida que o homem dedica-se a ele conscientemente.

O Ego não se interessa ativamente por este desenvolvimento até que a 2a. pétala da
2a. série (a pétala de Amor do círculo de Amor-Sabedoria-Razão Pura, ou seja, a pétala
de Amor-Sabedoria-Razão Pura/ Amor-Sabedoria-Razão Pura) comece a se abrir. Antes
disso o trabalho se efetua de acordo com a lei de seu ser e por meio da vida inerente
do segundo Logos, a vida das pétalas do Loto. A vida do primeiro Logos que atua por
intermédio do EU (que mora numa forma construída pela vida ou energia do segundo
Logos, empregando a força-substância animada pela vida do terceiro Logos) só
responde à oportunidade quando a etapa mencionada tenha sido alcançada.

Por último: A cerimônia da iniciação só se realiza quando o corpo causal está em


condições de responder ao aspecto Vontade do Homem celestial (o 1o. aspecto),
fazendo-o por intermédio da gozosa colaboração do eu plenamente consciente.

835
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Por ora nada mais pode ser dito sobre isto, porém o que foi dado é sufciente para
abrir diversas linhas de investigação que, se são seguidas, conduzirão o estudante a
adquirir muito conhecimento que será de valor e de aplicação práticos.

Faremos a seguir comentários sobre o que acima foi dito.

Estudo 256

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - III - O Loto
Egoico - 2. O Loto Egoico de 12 Pétalas - Comentários - Páginas 446 e 447.

Analisemos o que foi dito no estudo anterior. Quando os vórtices ou pétalas de


Sacrifício do Loto Egoico se abrem e todos os nove tornam-se bem visíveis, a energia
gerada é irradiada para todos os demais Lotos do grupo, ou seja, o fogo solar
altamente dinâmico gerado é compartilhado por todo o grupo. Isto é feito de forma
consciente pela Alma (a Joia no Loto), havendo perfeito entendimento por parte das
Almas receptoras, que assim recebem ajuda em seu desenvolvimento. Lembramos que
no mundo causal, o mundo das Almas, existem os mecanismos de comunicação, assim
como no mundo físico.

O Mestre faz menção à Bíblia, citando Ezequiel, quando explica a transformação em


quadridimensionais ou rodas que "giram sobre si mesmas". De fato, em Ezequiel, I,
temos a descrição do carro divino. Em 5 Ezequiel cita 4 seres que aparentavam forma
humana, signifcando as 4 fleiras de vórtices do Loto Egoico. Em 13 o profeta descreve
no meio dos seres algo parecido com brasas incandescentes, como tochas que
circulavam entre eles e desse fogo, que projetava uma luz deslumbrante, saiam
relâmpagos e os seres ziguezagueavam como o raio. As tochas circulantes lembram os
átomos permanentes físico e astral e a unidade mental permanente, que circulam em
torno do Loto Egoico.

Em 15, 16, 17, Ezequiel descreve as 4 rodas, que pareciam construídas uma dentro da
outra e deslocavam-se em 4 direções, sem retornar em seus movimentos. As 4 rodas
são as 4 fleiras de vórtices. A construção das 4 rodas como se fossem uma dentro da
outra é felmente o Loto Egoico, o qual é constituído de um núcleo central (a Jóia no
Loto), do qual saem os 4 vórtices (cada vórtice sendo feito de 3 vórtices menores,
totalizando os 12 vórtices ou pétalas do Loto Egoico) dispostos de tal forma que os
mais interiores só são visíveis quando os mais exteriores se abrem. O deslocamento

836
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
das rodas em 4 direções, sem retornar em seus movimentos, é exatamente o
movimento quadridimensional ou de rodas que giram sobre si mesmas. Em 4 Ezequiel
diz que no centro, saído do meio do fogo, havia algo que possuía um brilho vermelho, o
que é a Joia no Loto, no centro do Loto Egoico. A expressão "carro divino" signifca
claramente o Loto Egoico como manifestação da Mônada, a Divindade, uma vez que a
Mônada é centelha da Mônada maior, o Logos solar. Se atentarmos profundamente
para a expressão "carro divino", percebemos claramente a autenticidade da expressão,
uma vez que o Loto Egoico é o mecanismo de evolução da Mônada em sua jornada
pelos mundos inferiores, sendo realmente o "carro" pelo qual a Mônada, a Divindade, se
movimenta.

Portanto Mestre Djwal Khul está certíssimo com essa citação de Ezequiel.

O triângulo geométrico no meio, formado pelos átomos permanentes físico e astral e


pela unidade mental permanente, depende em sua disposição do raio da Mônada,
porque conforme esse raio, terá mais força atuante e dominante um ou outro
componente da Tríade inferior. Esclareçamos isto. Se for o primeiro o raio monádico, a
unidade mental permanente será o componente mais atuante e ocupará a posição
dominante no triângulo. Se for o segundo o raio monádico, o átomo astral permanente
será o mais atuante e se for o terceiro o raio monádico, será o átomo físico
permanente o mais atuante.

O fato de a gloriosa chama central aumentar sua intensidade, a medida que os 3


vórtices ou pétalas respondem ao estímulo, signifca que a Alma, a Jóia no Loto (que
fca no centro, sendo a gloriosa chama central), evolui por meio do que os vórtices
assimilam dos 3 mundos inferiores, o que é bastante óbvio. Os vórtices do Loto Egoico
recebem uma alimentação energética dos fogos o sufciente para sua vida vegetativa,
mas para sua dinamização, abertura e plena atividade, é imprescindível o esforço da
Alma (a Mônada atuando através da Joia no Loto), agindo por meio dos 3 corpos
inferiores, físico, astral e mental inferior, na vivência de experiências e na captação de
conhecimentos, o que inclui os mecanismos de aquisição de conhecimentos
(jnanaindriyas) e de ação (carmaindriyas) nos 3 mundos inferiores. Tudo o que for
assimilado nos 3 mundos é transformado em informação que fca armazenada nas
respectivas pétalas ou vórtices do Loto Egoico. Tudo isto fca claro e evidente, quando
analisamos as seguintes palavras do Mestre Djwal Khul: "Quando o fogo da matéria ou
"fogo por fricção" é sufcientemente intenso; quando o fogo da mente ou fogo solar
(que vitaliza as 9 pétalas) chega a ser igualmente intenso e quando brilha e pode ser
vista a chispa elétrica no centro mais recôndito, todo o corpo causal se torna

837
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
radioativo." Ser sufcientemente intenso o fogo por fricção signifca uma intensa
atividade do homem na área do conhecimento no mundo físico, abrindo as pétalas mais
exteriores, as do conhecimento; ser sufcientemente intenso o fogo da mente ou fogo
solar, o qual, por ser o fogo da matéria mental, vitaliza as partículas constituintes das 9
pétalas ou vórtices do Loto Egoico, signifca uma intensa atividade do homem em seu
corpo mental, o que implica num adiantado grau de evolução da Alma, a qual já está
atuante e plenamente consciente em seu próprio mundo, o causal, captando
conhecimentos diretamente dele e enviando-os para a consciência cerebral; brilhar e
poder ser vista a chispa elétrica no centro mais recôndito do Loto signifca uma
intensifcação da Vontade da Mônada expressando-se fortemente pela Alma (a Joia no
Loto e, por meio dela, pelos 3 corpos inferiores, os quais, em conjunto, constituem a
chamada personalidade, o que tem como resultado a dinamização e abertura dos
vórtices mais internos (a 4a. fleira de vórtices), que velam a Joia no Loto (a chispa
elétrica no centro mais recôndito), vórtices estes que, quando plenamente ativos,
abrem-se, permitindo que a Joia no Loto seja completamente vista em toda a sua
glória.

O escapamento e a adição ao Loto Egoico dos fogos da unidade mental permanente e


dos átomos permanentes físico e astral, signifca que todo o conteúdo informativo
armazenado neles é transferido para os vórtices do Loto Egoico.

A fusão do fogo da mente com a sua fonte emanante signifca a fusão do fogo da
matéria mental (o fogo por fricção tríplice da matéria mental) com a Joia no Loto, que é
a própria Alma, sendo ela mesma um fogo, manifestação do fogo elétrico da Mônada, o
que também signifca que esse fogo elétrico da Mônada manifestando-se através da
Joia no Loto conseguiu se expressar plenamente por meio da matéria do Loto Egoico.

O escapamento da vida central em consequência de tudo isto signifca o recolhimento


para si mesma, por parte da Mônada, do seu fogo elétrico, que estava se manifestando
através da Jóia no Loto, sendo isto realmente a grande liberação. Esse recolhimento
pela Mônada de seu fogo elétrico signifca ainda que Ela assimila em si mesma tudo o
que foi vivenciado, experimentado e aprendido nos 3 mundos inferiores, incluindo a
etapa de vivência plenamente consciente no mundo causal, ou seja, a Mônada sai da
roda de Sanshara (o grande ciclo de encarnações obrigatórias no mundo físico)
conhecendo profunda e detalhadamente os 3 mundos inferiores e dominando-os
completamente.

838
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 257

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - III - O Loto
Egoico - 2. O Loto Egoico de 12 Pétalas - Comentários (Continuação) - Páginas 446 e
447.

Continuando nossos comentários sobre o que está escrito nas páginas 446 e 447 do
Tratado sobre Fogo Cósmico, a respeito do Loto Egoico, vemos que quando a Mônada
se libera da roda de Sanshara (o grande ciclo de encarnações obrigatórias), Ela passou
pelas 3 Aulas: da Ignorância, do Aprendizado e da Sabedoria e transfere para sua
consciência tudo o que foi adquirido, aprendido e assimilado, conseguindo portanto
"saber" em seu signifcado autêntico.

Na abertura dos 3 vórtices exteriores, os de Conhecimento, na Aula da Ignorância, o


que ocorre no início do processo evolutivo no reino humano, é grande o período de
tempo empregado.

Quando os vórtices de Conhecimento estão plenamente abertos, os vórtices de Amor-


Sabedoria-Razão Pura se abrem, durante o período de tempo em que o homem se
interessa pelos assuntos da humanidade como um todo, sem distinções, visando sua
evolução e melhoria. Não é necessário que o homem se torne uma celebridade. Às
vezes ele é reconhecido nacional e mundialmente, contudo muitas vezes ele atua e age
em prol da evolução da humanidade sem ser reconhecido publicamente.

Quando o homem consegue penetrar no reino espiritual, o reino da Hierarquia


planetária, ao conquistar a 1ª. Iniciação planetária, os vórtices de Sacrifício ou Vontade
se abrem, sendo de menor duração este período.

Quando o homem conquista a 2ª. Iniciação planetária e avança mais celeremente no


processo evolutivo, conquistando qualifcações para fazer jus à 3ª. Iniciação planetária,
a 1ª. solar, os vórtices mais internos (o 4º. círculo), que velam a Joia no Loto, a Alma,
iniciam seu desenvolvimento e abertura, tornando visível a Joia.

Ao receber a 1ª. Iniciação solar, o homem é recebido ofcialmente na Hierarquia


planetária, alçando-se à cruz cardeal, na linguagem astrológica.

Quanto ao fato de a ordem de desenvolvimento dos vórtices do Loto Egoico e do


estímulo dos fogos ser dependente do Raio da Mônada e do sub-raio no qual está o
corpo causal, não é difícil entender isto, bastando lembrar a associação dos fogos com

839
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
os 3 Raios maiores, uma vez que os Raios menores são derivados do terceiro. O fogo
elétrico manifesta-se na matéria, qualquer que ela seja, pela ação da Vontade, o 1o.
Raio; o fogo solar expressa-se na matéria, qualquer que ela seja, pela ação do Amor-
Sabedoria-Razão Pura, o 2º. Raio; o fogo por fricção atua na matéria, qualquer que ela
seja, pela ação da Inteligência Ativa, o 3º. Raio.

Assim, se o Raio da Mônada é o primeiro, os vórtices de Sacrifício ou Vontade tendem


a se abrir primeiro, com variações de acordo com o sub-raio do corpo causal.

Se o Raio da Mônada é o segundo, os vórtices de Amor-Sabedoria-Razão Pura tendem


a se abrir primeiro, com variações segundo o sub-raio do corpo causal.

Se o Raio da Mônada é o terceiro, os vórtices de Conhecimento tendem a se abrir


primeiro, com variações conforme o sub-raio do corpo causal.

São muitas as combinações possíveis nesse processo evolutivo e perfeitamente


calculáveis, se levarmos em conta os diversos sub-raios do Raio da Alma, os quais são
os raios da personalidade e dos 3 corpos inferiores, que variam em cada encarnação.

Com base nessas combinações podemos fazer uma análise em termos de qualidades e
comportamento. Quantifcando os efeitos decorrentes das combinações de raios e
sub-raios, o que é perfeitamente possível, teremos uma visão científca do
comportamento, com suas muitas implicações. Essa será a verdadeira psicologia e
astrologia científcas do futuro.

O desenvolvimento dos vórtices prossegue lentamente nas primeiras etapas,


acelerando-se somente a medida que o homem se empenha conscientemente neste
desenvolvimento, o que, evidentemente, requer que o homem possua, de forma clara e
sem dúvidas, o conhecimento profundo da constituição e do funcionamento do Loto
Egoico. Daí a imperiosa necessidade do estudo do Loto Egoico. Mestre Djwal Khul não
iria perder seu precioso tempo em passar todos esses conhecimentos para a
humanidade, através da sra. Alice Ann Bailey, se eles não fossem de imensa
importância para a realização do PROPÓSITO do nosso Logos planetário, por via da
humanidade.

Quanto ao fato de o Ego não se interessar ativamente neste desenvolvimento até que o
2º. vórtice do 2º. círculo comece a se abrir, a explicação é a seguinte. O 2º. círculo do
Loto Egoico é o de Amor-Sabedoria-Razão Pura, sendo o 2º. vórtice deste círculo o de
Amor-Sabedoria-Razão Pura; logo é o vórtice de Amor-Sabedoria-Razão Pura em toda a
sua pureza. Dessa forma, quando este vórtice começa a se abrir, o homem já está

840
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
adiantado em sua evolução, a caminho da conquista da Sabedoria, tendo plena
consciência da importância e da necessidade de conquistar a plena Sabedoria, da qual
resulta o verdadeiro Amor, o qual está intimamente associado à Razão Pura. Como o
Loto Egoico, como um todo, é o chacra cardíaco da Mônada, o despertar do vórtice de
Amor-Sabedoria-Razão Pura/ Amor-Sabedoria-Razão Pura indica o momento em que a
Mônada se interessa em dedicar sua atenção com mais ênfase à Joia no Loto (a Alma),
o que leva a Alma a se interessar, pelo seu lado, no despertar desse vórtice. Antes
desse momento, é a energia de vida inerente que anima os vórtices do Loto Egoico
(cujas partículas são animadas pela vida do3º. Logos, ou seja, pelo fogo por fricção) e é
responsável pela sua organização, que os leva naturalmente ao desenvolvimento. Essa
energia é oriunda do 2º. Logos, de Amor-Sabedoria-Razão Pura, fuindo naturalmente
através da Mônada, sendo assim, nessa fase, um processo mais ou menos inconsciente
por parte da Mônada. Isso é fogo solar.

Nessa etapa a vida do aspecto Sacrifício ou Vontade (o 1º. Logos) começa a atuar por
meio da Joia no Loto (a Alma ou o Ego), com resultados perfeitamente perceptíveis na
personalidade. Com o avanço dessa fase, o Loto Egoico começa a responder ao
aspecto Vontade ou Sacrifício do Homem celestial (o 1º. aspecto), de forma gozosa,
plenamente consciente e colaborante por parte do Ego. Isto leva o homem à cerimônia
da Iniciação. Isso é fogo elétrico.

Tudo o que acima foi dito reforça a imperiosa necessidade de adquirir o verdadeiro
conhecimento, que conduzirá à Sabedoria.

Estudo 258

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - III - O Loto
Egoico - 3. Resumo - Páginas 447, 448 e 449.

O próximo tema a ser estudado refere-se aos elementais do plano ou mundo mental, às
formas mentais que eles animam, considerando-os como centros de força capazes de
produzirem resultados - construtivos se são dirigidos corretamente, destrutivos se são
deixados para que sigam cegamente seu próprio curso. Sem embargo, antes de entrar
na matéria, vamos reunir certas linhas de pensamento em relação com o tema que
acabamos de tratar.

Se foram seguidos cuidadosamente os dados proporcionados acerca da manifestação

841
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
egoica em seu próprio plano ou mundo e dos fogos do corpo causal ou Loto Egoico,
terá sido observada a estreita semelhança entre o corpo egoico, considerado como um
centro de força, e certos aspectos da manifestação logoica.

Temos visto que o corpo causal é uma roda de fogo contendo dentro de sua periferia 3
pontos focais de energia, os átomos permanentes, sendo análogos, como foi assinalado
anteriormente, ao 7o. princípio de cada um dos 3 aspectos - Vontade ou Poder, Amor-
Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa.

Cada um destes pontos focais possui sua própria economia interna, tal como se vê nas
espiras, as quais são essencialmente correntes de força, que respondem ao estímulo e
à vibração produzidos dentro e fora de seu "círculo não se passa" limitador. A vida do
3o. aspecto é a vida interna do átomo permanente e o que anima e produz sua
atividade, e a vida do 2o. aspecto é a força que atua sobre e através dele. A medida
que prossegue a evolução, a intensidade das forças vitais procedentes do interior e
aquelas que o afetam desde o exterior, intensifcam-se cada vez mais. A luz dos átomos
permanentes aumenta, os vórtices ou as pétalas do Loto Egoico abrem-se e os raios do
fogo radiante entram em atividade. Tenham presente aqui que os átomos permanentes
concernem ao aspecto substância da Existência ou Vir a Ser, enquanto que os vórtices
do Loto ou os raios ígneos da roda têm a ver especifcamente com o aspecto psíquico
ou o desenvolvimento da consciência; o núcleo central ou os 3 vórtices internos
personifcam o aspecto do Espírito puro.

As 3 linhas da evolução procedem simultaneamente e têm uma ação refexa entre si;
isto é o que produz a consequente perfeição do desenvolvimento. Não é possível nem
desejável estudar por separado cada linha desta tríplice evolução nem considerá-las
como dissociadas entre si. A interação é demasiado exata e o estímulo mútuo muito
importante para ser ignorado por quem estuda a evolução egoica.

Como já foi dito em outra parte, é por intermédio dos átomos permanentes que o Ego
entra em relação com seu mundo objetivo; atua exitosa ou cegamente sobre e através
de seu meio ambiente, na medida em que pode energizar seus átomos permanentes e
levar as espiras do estado latente ao potencial. Isto é possível unicamente quando o
homem começa a abrir os vórtices do Loto. Deve ser recordado que os 3 vórtices
exteriores (os do Conhecimento), quando estão plenamente abertos, afetam por meio
de sua vitalidade as 3 espiras maiores do átomo físico permanente. A medida que se
abre gradualmente a 2a. fleira de vórtices, o átomo astral permanente passa por um
processo similar, que desperta totalmente as espiras dentro da unidade mental.

842
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Assinalamos aqui que existe uma ligeira diferença no caso da unidade mental, pois
suas 4 espiras entram em plena atividade, quando se abre o vórtice do conhecimento
das 3 últimas fleiras. A abertura dos 2 vórtices restantes revela a resplandecente
tríplice for, que se encontra no centro da manifestação egoica.

Seria conveniente fazer uma advertência com respeito a esta questão do


desenvolvimento egoico. O exposto só é a formulação do plano geral do
desenvolvimento egoico, interpretado em termos de consciência ou fogo. Estudando o
tema com a devida aplicação pessoal, o estudante deve ter presente os seguintes
fatos:

Primeiro, que os vórtices se abrem de acordo com o Raio da Mônada. Por exemplo, se o
Raio da Mônada é o segundo, o vórtice do conhecimento abrir-se-á primeiro, porém o
2o. vórtice de amor terá um desenvolvimento quase paralelo, sendo a linha de mais
fácil desenvolvimento para este tipo particular de Ego, para quem a difculdade residirá
na abertura do vórtice do conhecimento.

Segundo, que os efeitos da abertura de um círculo de vórtices serão sentidos dentro


do círculo seguinte em uma etapa anterior e causarão uma resposta vibratória; a isto é
devida a grande rapidez com que se sucedem as etapas posteriores de
desenvolvimento comparadas com a primeira.

Estudo 259

Continuemos nosso estudo sobre os aspectos importantes que todo estudioso do


desenvolvimento egoico deve ter sempre em mente.

Terceiro. Existem muitos casos de desenvolvimento desigual dos vórtices do Loto


Egoico. Com muita frequência encontramos pessoas que têm desenvolvidos 2 vórtices
do 1o. círculo, de Conhecimento e o outro está latente, enquanto que um vórtice do
círculo central ou segundo, de Amor-Sabedoria-Razão Pura, pode estar totalmente
desenvolvido. Isto explica frequentemente porque alguns possuem poder para servir
em certas linhas e se encontram em uma etapa inferior de desenvolvimento ou
consciência - falando em sentido egoico. Isto deve-se a diversas causas, como ao
karma da Mônada em seu plano ou mundo superior, o monádico, e à força do
aferramento monádico sobre o Ego; a muitas vidas dedicadas a desenvolver certa linha
de atividade particular, resultando no estabelecimento de uma forte vibração, tão forte

843
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que difculta o desenvolvimento da resposta às vibrações subsidiárias, ou seja, dos
outros aspectos; a certas condições peculiares ocultas na evolução de um determinado
Senhor de Raio e o efeito produzido por essa condição sobre um grupo particular de
células; ao karma grupal de um conjunto ou conglomerados de corpos causais e sua
interação mútua. Cada unidade egoica ou centro monádico de força tem um efeito
defnido sobre o grupo ou comunidade de Egos ao qual pertence e, a medida que
continua a interação, às vezes produzem-se resultados de caráter temporário e
inesperado.

Aquele que estuda a evolução egoica deve ter muito em conta isto. Todo o tema é
interessante porque constitui o próximo passo que há de dar o estudante de psicologia
esotérica. Oportunamente serão constatadas muitas coisas que projetarão nova luz
com respeito à possibilidade que tem o homem para trabalhar no plano ou mundo
físico. O segredo do êxito em qualquer esforço ou empresa baseia-se principalmente
em 2 coisas:

Primeiro, a capacidade do Ego para trabalhar por intermédio da personalidade,


empregando-a simplesmente como um meio de expressão.

Segundo, o carma do grupo egoico ao evidenciar-se no plano ou mundo físico. Até


agora muito se tem dito e ensinado sobre o karma individual. No futuro, o karma grupal
ocupará lentamente seu correto lugar no pensamento dos estudiosos, conduzindo-os a
uma colaboração mais inteligente, a uma compreensão mais harmônica com as
responsabilidades grupais e à uma solução mais adequada dos problemas grupais.

O estudo da psicologia esotérica implica uma verdadeira concepção da natureza do


Ego ou do seu despertar à plena atividade durante a manifestação; necessitará da
sólida formulação das leis do desenvolvimento egoico, dos métodos pelos quais cada
vórtice ou pétala do Loto Egoico pode ser levado à perfeição e à tríplice natureza de
sua evolução; trará uma oportuna captação do verdadeiro signifcado da força e da
energia em seu aspecto dual - vibração interna e radiação externa; fará com que os
estudiosos avançados enfoquem sua atenção sobre os centros - não os centros físicos
em níveis etéricos, mas os centros psíquicos, tais como o Ego no corpo causal e os
grupos egoicos. Mais adiante isto trará uma melhor compreensão com respeito ao
efeito que produz uma consciência sobre outra no plano físico e este conhecimento
será cientifcamente empregado para produzir resultados específcos na evolução
grupal, solucionando-se assim alguns dos problemas mundiais. Por último, serão
estudadas as leis do fogo; será investigada esotericamente a natureza do calor, da sua

844
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
irradiação e da chama e será compreendido como atua um fogo sobre outro e o
resultado da irradiação desde uma esfera de consciência para outra; gradualmente
será revelado o método de despertar a consciência nos diferentes planos ou mundos,
atuando e estimulando os fogos do corpo causal ou Loto Egoico.

Toda a questão começa a predominar lenta, muito lentamente, no pensamento humano


(embora ela seja pouco compreendida) mediante o estudo da educação vocacional, da
efciência comercial e do lugar que ocupa o ente humano em qualquer negócio ou
empresa. Os homens já são considerados como fatores potenciais de força e isto é um
passo dado na correta direção.

Encarando a mesma questão desde o ponto de vista da personalidade e não do Ego,


aproxima-se rapidamente o momento em que a educação ocupar-se-á, de forma
destacada, de ensinar à juventude o melhor modo de estabelecer contato com seu
próprio Ego ou energia superior, o melhor método que a conduza a extrair o
conhecimento e a adquirir a capacitação de seu Eu superior para ser empregado no
plano ou mundo físico; a melhor maneira de assegurar sua formação grupal, a fm de
trabalhar conjuntamente com seu grupo e ao uníssono, com toda a energia desse
grupo; a melhor forma de lograr que seu tríplice eu inferior - físico, astral e mental -
entre em alinhamento direto com seu centro superior de força, fazendo descer assim
um fuxo contínuo de energia para fortalecer os 3 veículos e sua inteligente
manipulação; o melhor sistema de despertar as distintas espiras e de liberar as
energias de suas células a fm de que entrem em atividade.

Tudo isto evoluirá gradualmente; como na formulação de suas possibilidades reside sua
eventual compreensão, foi delineada aqui a tendência do estudo futuro. Tal processo
deve necessariamente ser lento. Os poderes do Ego são enormes e se são liberados
agora por intermédio de uma personalidade ainda não preparada, levarão a um terrível
desastre. Porém o momento chegará; por enquanto, a devida compreensão da
capacidade inerente será benéfca para todos aqueles que intuitivamente podem
reconhecer a meta.

Continuaremos a seguir quando faremos comentários sobre tópicos importantes


dentro do que acima foi exposto.

Estudo 260

845
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - III - O Loto
Egoico - 3. Resumo - Comentários - Páginas 449, 450 e 451.

Teçamos alguns comentários sobre tópicos importantes dentro do que foi exposto no
último estudo.

Inicialmente vejamos os casos de desigual desenvolvimento dos vórtices do Loto


Egoico. É evidente que é um desequilíbrio, sendo bem perceptível no mundo físico,
embora algumas vezes um bom serviço ao grupo é prestado, apesar dos percalços.

Quando isto é motivado pelo karma da Mônada, como afrma o Mestre Djwal Khul, o
fato demonstra cabalmente que ela exerce uma ação em seu mundo, o plano monádico,
pois, para gerar karma, é necessário executar alguma ação, que irá provocar um efeito,
que será o karma subsequente.

Especular sobre como essa ação é desenvolvida no mundo monádico, em termos de


operação na matéria monádica, é um excelente e fascinante campo de pesquisa,
envolvendo tal pesquisa os efeitos que uma ação executada na matéria monádica pode
produzir nas matérias dos mundos ou planos abaixo do monádico.

Assim, temos a operação ocorrendo diretamente na matéria monádica pela atuação da


Mônada através dos seus aspectos, assim como no mundo físico a personalidade age
através de suas qualidades (às vezes através de seus defeitos), expressões dos 3
aspectos.

Podemos conjecturar, dentro de um raciocínio lógico, que a atuação de uma Mônada


pode infuenciar outras Mônadas diretamente, com os consequentes refexos em seus
respectivos Egos e personalidades. Isto pode acelerar ou difcultar o processo
evolutivo desse grupo de Mônadas, afetando o Plano Divino.

Para essa conjectura, temos de saber a priori várias coisas.

Primeiramente qual é o processo ou modus operandi, quando a Mônada toma uma


decisão e essa decisão produz modifcações no estado da matéria monádica ao alcance
dessa Mônada. Uma coisa já sabemos, que é pelos fogos que a Mônada atua na matéria
monádica. Esses fogos são três: fogo elétrico, fogo solar e fogo por fricção, conforme
o aspecto que está mais atuante no momento.

Quando consideramos os possíveis níveis de evolução das Mônadas e as possíveis


intensidades de seus 3 aspectos: Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência
Ativa, conjuntamente com a quantidade delas em nosso esquema (60 bilhões na atual
cadeia), por um simples raciocínio matemático deduzimos que é astronômica a

846
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
quantidade de diferenciações possíveis.

Todavia, apesar desse número absurdamente grande, é perfeitamente possível


chegarmos a um modelo descritivo do processo de atuação, não só diretamente na
matéria monádica, como também nas matérias dos mundos ou planos mais densos, os
mundos átmico, búdico, mental superior (sede dos Lotos Egoicos e dos Egos), mental
inferior, astral e físico (os três sede da personalidade).

Tudo irá cair dentro de um tema: vibração, uma vez que o Mestre nos dá essa pista,
quando afrma que a Lei de Vibração impera no plano ou mundo adi, o subplano
atômico físico cósmico. O Mestre Djwal Khul afrma categoricamente que qualquer
fenômeno nos mundos abaixo do adi primeiramente surge no adi como vibração
elétrica.

Ora, vibração é o mesmo que oscilação. Portanto quando a Mônada atua, ativando seus
3 aspectos, que se manifestam como fogos, surge a ação. Sempre teremos a dualidade
Espírito-matéria ou Mônada-matéria.

Podemos perceber claramente, sem a menor dúvida, que a questão de sair da


manifestação é muito relativa.

Quando uma pessoa morre ou desencarna, sua Alma simplesmente sai da manifestação
nesse mundo físico e passa a se manifestar no mundo astral, em sua manifestação
mais densa, continuando a se manifestar nos mundos mental inferior e mental superior
simultaneamente, embora muitas vezes não tenha consciência astral dessa
manifestação simultânea, da mesma forma que, quando encarnada fsicamente, não
tinha consciência cerebral da manifestação simultânea nos mundos físico, astral,
mental inferior e mental superior.

Em níveis mais elevados ocorre a mesma coisa. Quando um Iniciado abandona a


manifestação no mundo adi, Ele passa a se manifestar no subplano mais denso do
astral cósmico. Em se tratando de um Iniciado ligado ao nosso Logos planetário, Ele
passa a exercer ações na parte mais densa do corpo astral cósmico do Logos
planetário. Na realidade esse Iniciado passa a trabalhar nesse corpo astral cósmico,
com isso aprendendo e desenvolvendo seus poderes, numa ascensão contínua, sem
paradas.

A meditação nesses conceitos é de suma importância, para o entendimento do que o


Mestre Djwal Khul irá expor mais adiante, quando discorrer sobre o movimento no
plano mental.

847
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Verdades de gigantesca profundidade serão passadas pelo Mestre, verdades essas
que nos darão uma visão completamente diferente daquela imposta pela consciência
cerebral comum. Essa nova visão irá tirar aqueles que se esforçarem para entender,
dessa grande miragem que fascina e domina a humanidade, mantendo-a presa e
escravizada pela matéria e sujeita cegamente a falsos líderes religiosos, os quais são
cegos guiando cegos e não conseguem enxergar DEUS dentro de si mesmos, numa
concepção ridícula e irracional de um Deus fora da sua criação e repleto de vícios
humanos.

Somente comentamos uma pequena parte, pois resta muito mais a ser comentado.
Essa introdução pode ser considerada uma espécie de "brain storming", ou seja, um
tumultuar ou um aquecimento do cérebro, para facilitar a compreensão e assimilação
do que vem mais adiante.

Estudo 261

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - III - O Loto
Egoico - 3. Resumo - Continuação dos Comentários - Páginas 449, 450 e 451.

Continuemos nossos comentários a respeito dos ensinamentos do Mestre Djwal Khul


sobre a evolução da Mônada e seus refexos no Loto Egoico, no Ego e na
personalidade.

Algumas Mônadas aferram-se fortemente ao seu Loto Egoico, o que acarreta uma
aceleração no processo evolutivo de seus instrumentos, o Loto Egoico e a
personalidade (os 3 corpos inferiores). Em se tratando de forte aferramento, podemos
deduzir, dentro de um raciocínio lógico, por estar sendo usada a força, que são
Mônadas do 1o. Raio, de Vontade.

Sabemos que os Senhores de Raio do nosso sistema solar, os 7 Logoi planetários


sagrados, estão em níveis diferentes de evolução. Por exemplo, o Logos do esquema
de Vênus, Senhor do 5o. Raio, de Conhecimento Concreto, é o mais adiantado, tanto
que já iniciou seu processo de abstração.

Os 7 Senhores de Raio afetam não somente seus próprios esquemas, mas todos os
demais esquemas, sendo também afetados pelos Seus Irmãos sagrados. Na realidade o
nosso sistema solar, sob essa ótica de Raios, é uma vasta rede complexa de forças

848
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
interagindo, com emissões e recepções, produzindo efeitos em cada Logos planetário,
inclusive nos não sagrados, como o nosso, que está no atual ciclo sob a infuência
direta do Logos de Saturno, de 3o. Raio, mas recebendo infuências de outros Senhores
de Raio. O estudo detalhado e quantitativo dessas interações constitui uma grande
ciência, só acessível a Iniciados de elevadíssimo grau, como o Senhor Maitreya (o
CRISTO) e o Senhor BUDA. Tudo se enquadra no PROPÓSITO do nosso Logos solar, ao
mesmo tempo que se coaduna com a evolução de cada Logos planetário. A simples
percepção pela mente racional, em cérebro físico, da existência dessa ciência, como
um fato lógico, requer uma grande capacidade de atuação da mente abstrata, com
captação de informações do mundo búdico.

Os Lotos Egoicos e os Egos, no nosso esquema, estão organizados em 7 grupos, um


para cada Raio, recebendo infuência dos Senhores de Raio. Assim, se um determinado
Senhor de Raio decide intensifcar sua ação, não só por exigência do Seu processo
evolutivo, mas por questões atinentes ao Logos solar, em termos de circulação do
kundalini solar, Ele leva determinados grupos egoicos a intensifcar um determinado
vórtice do Loto Egoico, o que pode provocar um desequilíbrio, que, obviamente, terá de
ser compensado mais tarde. Obviamente nem todos os Lotos Egoicos do grupo sob a
infuência do Senhor de Raio serão afetados, uma vez que dentro do grupo os Lotos
Egoicos têm níveis evolutivos diferentes, ou seja, dentro da homogeneidade de Raio
existe a heterogeneidade de nível evolutivo e de expressão, bastando considerar que
para cada círculo de vórtices, os Raios atuam como sub-raios. Expliquemos com um
exemplo. Num grupo sob a regência do Senhor do 2o. Raio, poderão existir Lotos
Egoicos com o vórtice de Amor-Sabedoria-Razão Pura do 1o. círculo (de
Conhecimento) plenamente ativo e os demais do mesmo círculo fechados e outros
Lotos com o vórtice de Amor do 2o. círculo (de Amor) em plena atividade, com os
demais fechados. Todos estão respondendo às energias do Senhor do 2o. Raio, mas de
modos diferentes, originando a heterogeneidade dentro da homogeneidade.

Imaginemos o trabalho da Hierarquia planetária para essa compensação, atuando no


mundo dos signifcados e das energias. É um trabalho altamente complexo, que exige
um grande preparo e enorme conhecimento, inconcebível para o atual estágio da
mente humana, por mais avançada que esteja a ciência e a tecnologia. Ainda falta
muito para a ciência humana captar a existência desses mundos mais refnados e
dinâmicos, que coexistem e afetam o mundo físico.

De fato, como diz o Mestre Djwal Khul, os problemas mundiais, principalmente os de


origem econômica, serão solucionados, quando for entendido de forma científca o

849
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
efeito que uma consciência produz em outras. Tal entendimento só será possível,
quando a realidade do Loto Egoico for aceita pela ciência. Constatamos essa infuência,
de forma altamente negativa e prejudicial ao Plano Divino, na ação dos políticos e dos
falsos líderes religiosos, que enganam torpemente seus seguidores.

Na verdade, a psicologia tem muitíssimo a aprender e no momento apenas engatinha,


apesar de estar acelerando o engatinhar.

O Mestre Djwal Khul enfatiza a necessidade do conhecimento e entendimento do Loto


Egoico, quando diz que os estudiosos do comportamento psicológico humano
dedicarão sua atenção, não aos centros do corpo etérico, mas aos centros psíquicos,
tais como o Ego no corpo causal e aos grupos egoicos. Por centros psíquicos
entendemos os centros do corpo mental inferior e o Loto Egoico. O estudo dos grupos
egoicos é importantíssimo para o entendimento do comportamento humano, pois esse
estudo e a consequente compreensão permitirá o melhor entrosamento dos diversos
grupos humanos decorrentes dos respectivos grupos egoicos, uma vez que,
entendendo como se processam as relações entre os grupos egoicos no mundo causal,
sob a ação dos 7 Raios, será possível delinear os processos para as corretas relações
entre os grupos humanos, em termos de suas ligações aos grupos egoicos, pois é
óbvio que o comportamento humano é consequência da situação do Ego.

O estudo das leis do fogo (a energia oriunda do Espírito ou Mônada em sua ação sobre
a matéria, qualquer que seja) trará muita iluminação para a compreensão do
comportamento humano como fenômenos elétricos, como constantemente afrma o
Mestre Djwal Khul, alcançando esta compreensão os mundos superiores.

As afrmações do Mestre sobre o fato de serem utilizadas as energias e os


conhecimentos do Ego para incrementarem a efciência da personalidade, levam-nos a
concluir que o Ego, a partir do seu despertar completo no mundo causal, entra num
processo de aquisição de conhecimentos diretos, não só de seu próprio mundo, mas
dos mundos inferiores. Portanto, adquirir conhecimentos da estrutura do Loto Egoico
(o grande armazenador de informações e conhecimentos, um poderosíssimo Hd ou
disco rígido, na linguagem da computação) e do Ego é importantíssimo e de grande
valia e utilidade para todos os que estão encarnados, para maior rendimento da
encarnação, incluindo a área profssional no sentido puramente humano.

O Mestre tem toda razão quando diz que a manifestação prematura de todo o potencial
do Ego na personalidade, estando esta não preparada, acarretará um grande desastre,
pelos efeitos perniciosos, não só a si mesma, como ao grupo humano do qual a

850
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
personalidade faz parte. Isto mais uma vez comprova a conclusão de que o Ego evolui
em seu mundo paralelamente à evolução da sua personalidade. É por isto que é
extremamente necessário e importante que a personalidade esteja total e
completamente submissa ao Ego, cabendo a este fazer todos os esforços para adquirir
tal domínio. Dentro dessa ótica, é lógico e racional deduzir que existe o karma do Ego
em seu próprio mundo, o causal, como também da Mônada, também em seu próprio
mundo, o monádico, uma vez que cabe a Ela dominar e controlar seu Ego e seu Loto
Egoico.

As palavras fnais do Mestre neste resumo: "Porém o momento chegará; por enquanto,
a devida compreensão da capacidade inerente será benéfca para todos aqueles que
intuitivamente podem reconhecer a meta." , deixam bem claro o nível de evolução dos
que percebem, entendem, enfatizam e põem em prática esses elevadíssimos e
supervaliosíssimos conhecimentos, que esse grande Mestre, Djwal Khul, colocou à
disposição de todos, sem exceção, bastando adquirir a disposição e fazer o esforço
necessário para seu entendimento.

Aqui encerramos a seção C da segunda parte do livro Tratado sobre Fogo Cósmico.
Entraremos na seção D, onde estudaremos assuntos de enorme profundidade,
elevadíssimo nível, grande utilidade e poderosíssima aplicabilidade, no sentido de
acelerar tremendamente a evolução, permitindo alcançar rapidamente a meta da nossa
4a. cadeia planetária, a 5a. Iniciação planetária, a 3a. Iniciação solar, para alguns ainda
neste período global, ou seja, ainda na atual Terra, o que fará, para esses, com que
ultrapassem a meta, a 5a. Iniciação, indo para regiões de vida fora do alcance da
compreensão do homem comum, mesmo dos maiores cientistas humanos. O fato de
esses poucos, na atualidade, captarem e entenderem isto, considerando-o lógico e
perfeitamente racional, é um indicador de que estão nessa linha de evolução
superacelerada.

Estudo 262

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - Considerações Iniciais - Página 452

Entraremos agora num tema de altíssima importância e, ao mesmo tempo, de altíssima


periculosidade para aqueles que ainda não se frmaram na linha do BEM, ou seja, ainda

851
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
não se consolidaram na convicção plena, racional e consciente de que todo o
conhecimento adquirido e todo o poder conquistado só podem ser empregados para a
execução do PROPÓSITO do nosso Logos Planetário, estando dentro desse PROPÓSITO
ajudar a humanidade no processo evolutivo. Todo Iniciado transforma-se no próprio
PROPÓSITO, sendo esse um dos signifcados das palavras do sr. MAITREYA (o CRISTO):
"Eu sou o caminho, ninguém vai ao PAI senão por MIM." Sendo o PROPÓSITO o caminho,
ELE se transformou no caminho. O outro signifcado dessas palavras é que ELE é o
Ofciante das 2 primeiras Iniciações, as quais forçosamente antecedem a terceira, a
primeira solar, que é conferida pelo Divino Senhor do Mundo, SANAT KUMARA,
realmente nosso PAI. Portanto, para chegar ao PAI é necessário passar pelo sr.
MAITREYA.

Serão dadas muitas informações a respeito da construção de formas mentais, a base


da existência do nosso sistema solar, dos esquemas planetários e dos nossos corpos
de expressão.

É um assunto, simultaneamente, de altíssima ciência e de imensa beleza, pois propicia a


conquista (para aqueles que conseguirem entender e assimilar todos os conceitos) de
uma nova visão, verdadeiramente real, totalmente diferente da visão distorcida pelo
véu de maia, que é a que a humanidade tem desse mundo em que vivemos e, por isso,
completamente escrava da matéria e do sofrimento.

O assunto da seção D foi dividido pelo Mestre Djwal Khul nos seguintes tópicos:

- Formas mentais

Função:

resposta à vibração, servir como veículos para as idéias, executar um propósito


defnido.

As Leis que regulam o pensamento:

as 3 leis cósmicas, as 7 leis do sistema.

- Os Devas e os elementais da mente

O Regente do Fogo...Agni:

Agni e o Logos solar, Agni e o plano mental, Agni e os 3 Fogos.

Os Devas do Fogo...Os Grandes Construtores:

Observações de Introdução, As funções dos Devas, Os Devas e os planos.

852
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os Anjos Solares...Os Agnishvattas:

Observações de Introdução, o 5o. princípio, A individualização, A encarnação, A


construção do corpo causal.

Os Elementais do Fogo...Os Construtores Menores:

introdução, Elementais do plano físico, Elementais dos éteres, Os elementais e o


microcosmos.

- O Homem, Um Criador que emprega matéria mental

Criação de formas mentais, Construção de formas mentais.

- O Homem e os Espíritos do Fogo

O aspecto Vontade e a Criação:

A condição do mago, A construção de formas mentais, O signifcado oculto da palavra


falada.

A Natureza da Magia:

Magos brancos e magos negros, A origem da magia negra, Condições para a magia
branca.

Quinze regras para a Magia:

Seis regras para o plano mental, cinco regras para o plano astral, quatro regras para o
plano físico.

Será feito aqui um breve delineamento do estudo sobre este vasto e maravilhoso tema,
pois, como se relaciona de forma defnida com a evolução do homem e seu poder para
criar, convém oportunamente considerá-lo detalhadamente.

Nesta parte não existe a intenção de proporcionar informações interessantes a


respeito dos Devas. Somente será tratada a parte prática, para facilitar ao estudioso o
conhecimento necessário que lhe permitirá construir e controlar seu próprio sistema,
compreender o método da criação e captar algo referente às vidas menores e à
paralela evolução dévica, pela qual possa estar interessado.

Portanto, o estudo a seguir é de fato estupendo e maravilhoso, valendo qualquer


esforço, advindo o retorno do investimento feito na forma de aceleração da evolução,
melhor prestação de serviço, mais clara e nítida compreensão do mundo fenomênico e
muito maior dinamismo e intensidade de vida, pela penetração cada vez mais

853
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
consciente nos mundos superiores.

Estudo 263

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - I - Formas Mentais - 1.Sua Função - Páginas 453 e 454.

I. FORMAS MENTAIS

1. Sua Função

Observar-se-á que ao iniciar o estudo desta matéria, não começamos com o que é mais
evidente, a forma exotérica em matéria mental, mas com a vida interna ou a idéia
dentro da forma e com as Leis que regem o aspecto criador. A função de cada forma
mental é tríplice:

• Responder à vibração.
• Proporcionar um corpo para uma ideia.
• Levar a cabo um propósito específco.
Estudemos primeiro a forma mental logoica e logo dediquemos nossa atenção às
formas mentais construídas pelo Pensador (o Ego) com matéria mental nos planos ou
mundos mentais do sistema. Deve ser observado que o único sobre o qual podemos
fundamentar nossas conclusões com respeito ao Logos é: Sua manifestação física
cósmica, Sua qualidade, natureza psíquica, aroma, emanação ou magnetismo, tal como
os vemos atuar por meio da forma. Daí a nossa grande limitação. Isto signifca que, em
termos de conclusões, só conseguiremos resultados dentro dos mundos que
constituem o corpo físico cósmico do Logos, os quais são os planos ou mundos físico
(parte sólida), astral (parte líquida), mental (parte gasosa), búdico (parte do 4o. éter),
átmico (parte do 3o. éter), monádico (parte do 2o. éter) e adi (parte atômica). As
partes que poderão ser mais facilmente entendidas são as física, astral e mental. As
demais só serão compreendidas, em diversos graus de profundidade e clareza, por
aqueles que já possuem alguma consciência búdica, a qual só começa a ser adquirida
após a conquista da 2a. Iniciação planetária, quando a polarização é transferida do
átomo astral permanente para o átomo búdico permanente, levando este à atividade,
iniciando-se a coordenação do corpo búdico e seus sentidos de percepção
(jnanaindryias), permitindo assim a captação de informações do mundo búdico, as

854
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
quais são levadas ao cérebro físico, em plena consciência de vigília.

Expliquemos agora essas 3 funções da forma mental.

a. Responder à vibração. Os ocultistas sempre reconheceram que o objetivo da


evolução humana consiste em capacitar o Pensador (o Ego) para que responda plena e
conscientemente a cada contato e assim utilizar seu envoltório material ou envoltórios,
como transmissor adequado de contato. A forma mental humana que se pode estudar
com maior facilidade é a criada pelo Ego com o fm de atuar através dela. Constrói
seus envoltórios pelo poder do pensamento, sendo o corpo físico denso o melhor
envoltório que - em qualquer etapa particular de evolução - pode construir neste atual
período. O mesmo podemos dizer com respeito ao Logos solar. Pelo poder do
pensamento constrói um corpo capaz de responder a esse grupo de vibrações que se
relacionam com o plano físico cósmico (o único que podemos estudar). Este corpo
ainda não é adequado, nem expressa plenamente o Pensador logoico.

As vibrações às quais deve responder a forma mental são numerosas, porém para o
nosso propósito podemos enumerar as 7 principais:

1. As vibrações ou oscilações do plano físico cósmico, considerando-o como o que


constitui toda a matéria deste plano existente fora do "círculo não se passa" logoico.
Estamos nos referindo às vibrações ou oscilações contidas nas correntes e fuidos
prânicos e akáshicos. Expliquemos mais claramente estas palavras do Mestre Djwal
Khul, fazendo uso da Lei de Analogia.

Nós, seres humanos, temos o nosso corpo físico, composto da parte densa (matérias
sólida, líquida e gasosa) e da parte etérica. Na parte densa a pele é a parede que isola
todo o conteúdo interior do meio exterior, sendo portanto o "círculo não se passa"
denso do ser humano. Na parte etérica temos a rede etérica que ultrapassa a pele em
cerca de 5cm e é o limitador (o "círculo não se passa" etérico) do corpo etérico
humano. Várias forças fazem impacto na pele, como o vento, a luz solar e muitas
outras. A luz (ondas eletromagnéticas levando informações) faz impacto nos cones e
bastonetes do olho humano, fazendo o ser humano tomar consciência do que ocorre
no seu meio exterior, de forma incompleta e distorcida, em virtude da defciência do
mecanismo. As ondas sonoras são captadas pelo aparelho auditivo e também
conscientizadas de forma defciente, ou seja, uma vasta gama de oscilações sonoras
não são captadas pelo ouvido humano, por falta de capacidade de resposta. Outras
informações do meio exterior são captadas pelos demais sentidos do ser humano. Na
parte etérica temos a captação pelos chacras específcos dos 3 fogos por fricção do

855
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
meio exterior: elétrico, solar (prana) e por fricção (kundalini).

Assim fca bem claro e nítido que o ser humano possui seu corpo de expressão e o
meio exterior a ele, com o qual se relaciona, recebendo informações (pelos
jnanaindryias) e atuando, através dos carmaindryias.

Da mesma forma, porém em nível elevadíssimo e muitíssimo mais amplo e complexo, o


nosso Logos solar tem seu corpo físico cósmico, com as seguintes partes:

Densa, constituída pelas matérias física (sólida no sentido cósmico), astral (líquida no
sentido cósmico) e mental (gasosa no sentido cósmico).

Etérica, constituída pelas matérias búdica (4o. éter), átmica (3o. éter), monádica (2o.
éter) e adi (atômica ou 1o. éter).

O chamado "círculo não se passa" logoico é um envoltório em torno do sistema solar


como um todo e é análogo à pele e à rede etérica limitadoras do corpo físico humano.
Essa "pele" solar e essa rede etérica solar estão localizadas no espaço, não sendo, em
hipótese alguma, uma abstração, mas uma realidade. É óbvio que envolvem o
verdadeiro sistema solar, que não é apenas esse sistema baseado no Sol e nos planetas
nossos conhecidos, que orbitam em torno dele. Como já dissemos, nosso Logos solar,
em seu lado físico, é muitíssimo mais grandioso do que pensam os cientistas, ainda
envoltos pelo véu de maia, apesar de todo o avanço da ciência.

Os fogos cósmicos materiais, elétrico, solar (prana cósmico) e por fricção (que o
Mestre Djwal Khul chama de correntes akáshicas), são captados pelos centros
cósmicos específcos, para atender a economia do corpo físico cósmico do nosso
Logos solar, à semelhança da absorção dos fogos pelo corpo humano através do
denominado triângulo prânico.

É evidente que esses 3 fogos cósmicos fazem todo o sistema solar vibrar, melhor
dizendo, fazem com que as partículas constituintes dele oscilem, não fcando nenhum
ponto do sistema sem sentir os efeitos desses fogos, havendo, é claro, a devida
redução de frequência e intensidade de energia, conforme os fogos vão sendo
transferidos para os mundos mais densos.

É um estudo altamente fascinante analisar, de forma quantitativa e qualitativa, no


domínio da frequência, as modifcações desses fogos, desde o primeiro impacto na
matéria adi (matéria atômica) do nosso sistema, até atingir a matéria física, na qual
estamos imersos.

É muito interessante observar que, embora para o Logos solar os efeitos desses fogos

856
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sejam puramente materiais, para a consciência das Mônadas humanas residentes na
matéria monádica o efeito é espiritual.

Este assunto, se abordado com mais minúcias e profundidade, contém material para
um tratado volumoso, sem esgotar o assunto.

Estudo 264

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - Formas Mentais - 1. Sua Função - a. Responder à vibração -
Continuação - Página 454.

Continuemos nosso estudo sobre as vibrações principais (sete dentre muitas), às quais
nosso Logos solar, expressando-se por meio do Seu corpo físico cósmico, nosso
sistema solar, considerado como os 7 mundos ou planos: adi ou divino, monádico,
átmico ou espiritual, búdico, mental, astral e físico, os quais são subplanos para a
excelsa consciência física do nosso Logos solar.

Vejamos as vibrações de 2a. ordem, as oscilações astrais cósmicas atuando no corpo


astral cósmico do Logos e por ressonância afetando Seu corpo físico.

Isto envolve cosmicamente a ação exercida sobre nosso Logos solar pela qualidade
emocional de outras Entidades cósmicas e concerne ao efeito magnético que exercem
sobre Ele suas emanações psíquicas. Posto que Seu corpo físico denso não constitui
um princípio, tem uma natureza muito mais potente que a 1a. série de vibrações, como
sucede também na evolução do homem.

Expliquemos essas informações do Mestre Djwal Khul, fazendo uso da lei de analogia.

Sabemos perfeitamente que os seres humanos se afetam mutuamente na área


emocional, a predominante na imensa maioria da humanidade atual. Sabemos ainda que
os estados emocionais induzidos atuam no corpo físico. Um exemplo típico dessa
atuação é o chamado popularmente "mal de amor". Um outro exemplo é o da alegria
estimulando a saúde do corpo físico. A lista dessas atuações é vastíssima, sendo um
fato científco comprovado.

Nosso Logos solar tem Sua vida emocional, embora esteja se esforçando para se
polarizar mentalmente. Em Seus relacionamentos com Seus Irmãos e "Amigos "
cósmicos, Ele é afetado, de acordo com a qualidade emocional predominante nesses

857
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Seus Irmãos e "Amigos". Certamente Ele tem Suas preferências, como ocorre com os
seres humanos.

Nesses contatos cósmicos emocionais Seu corpo astral cósmico responde ao impacto
vibratório, entrando suas partículas em oscilação, com frequência e modo de oscilar
(tecnicamente forma de onda) de acordo com a qualidade da emoção induzida,
possuindo ainda a componente intensidade, ou seja, a quantidade de energia
transportada pelas oscilações.

Essas oscilações das partículas astrais cósmicas transferem energia para as partículas
físicas cósmicas, começando pela matéria adi ou divina e daí prosseguindo para as
matérias monádica, átmica, búdica, até chegar à matéria física. É lógico que nessas
transferências ocorrem redução de frequência, forma de onda e intensidade. ` Vastas
áreas do sistema solar são afetadas, variando os efeitos para os diversos Logoi
planetários e esquemas. Obviamente as humanidades evoluindo nesses esquemas
também são afetadas pelas variações emocionais ocorridas nos Logoi planetários.

Os efeitos dessas alterações emocionais do nosso Logos solar, ao afetar Seu corpo
físico cósmico, provoca efeitos bem diferenciados, não só nos Logoi planetários a Ele
ligados, mas em todos os reinos sob a responsabilidade dos Logoi planetários. Em
particular, considerando as Mônadas humanas em evolução no nosso esquema
planetário, aquelas que já estão vivendo no mundo adi ou divino (o atômico físico
cósmico) sentem e conscientizam-se com bastante grau de plenitude esses efeitos. As
que estão no monádico sentem de forma menos intensa e clara, porém muito mais
ampla que os que estão ainda presos aos grilhões da matéria, ou seja, a grande maioria
da humanidade. Os Iniciados que estão vivendo no mundo búdico (os que já
conquistaram a 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar) sentem os efeitos com bastante
intensidade e os que conquistaram a 2a. Iniciação planetária e estão em vias de
receber a 3a. (a 1a. solar), já sentem fortemente esses efeitos e deles conscientizam-
se, em nível menor, é claro, que os da 4a. Iniciação, mas já têm, por essa vivência, a
convicção plena e inabalável da veracidade das afrmações do Mestre Djwal Khul. Na
humanidade como um todo (excluindo os Iniciados que já se libertaram dos padrões da
humanidade comum), os efeitos são na massa, sendo esses efeitos de acordo com o
mecanismo de resposta dessa humanidade, havendo, é claro, muitíssimas
diferenciações, não só nas coletividades (os povos dentro das diversas nações), como
nos indivíduos), tudo em função dos graus de evolução. Enfm, sempre a resposta
dependerá dos mecanismos disponíveis pela Mônada.

858
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os Iniciados com Iniciações mais elevadas que a 1a. cósmica sentem esses estados
emocionais do nosso Logos solar de uma forma direta, uma vez que vivem diretamente
conectados com Seu corpo astral cósmico. Isto constitui, para esses Iniciados, um
estado de vida inconcebível para o homem comum. Somente os Iniciados que já
conquistaram a 2a. Iniciação planetária têm uma ideia do que seja esse estado de vida,
pois neles o átomo búdico permanente já foi ativado e o antakarana está bem
consolidado e, por isso, recebem em cérebro físico informações do mundo búdico. Por
essas informações chegadas à consciência de vigília eles podem ter uma ideia do modo
de vida desses altos Iniciados, que vivem no mundo do corpo astral cósmico do nosso
Logos solar.

É exatamente por essa convicção plena e total, oriunda da própria vivência e análise
dessa vivência por via mental, que esses Iniciados com a 2a. Iniciação planetária,
atualmente, prosseguem, frme, sem a menor hesitação e com velocidade, em busca de
conquistar a meta, para serem instrumentos mais aperfeiçoados no trabalho para o
nosso Logos planetário e o nosso Logos solar, que na realidade é o nosso DEUS e o
nosso PAI, embora saibamos que existe o UNO ABSOLUTO INFINITO.

Temos bastante material para refexão e meditação, com o objetivo de ativar neurônios
e especializá-los na conscientização cerebral física dessas informações dos modos de
vida e fenômenos que ocorrem nos mundos mais elevados e muito mais reais do que
esses 3 inferiores (físico, astral e mental inferior).

Estudo 265

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - Formas Mentais - 1. Suas Funções - a. Responder à vibração -
Continuação - Página 454.

Continuemos nosso estudo das formas mentais, no tocante à resposta às vibrações,


por parte do nosso Logos solar.

A grande forma mental chamada sistema solar, abrangendo os 7 mundos, desde o


nosso físico até o adi ou divino, deve se capacitar para responder ás oscilações ou
vibrações geradas por aquele que, dentro da consciência física logoica, é reconhecido
como o Eu superior logoico, ou seja, o Ego ou Alma logoica, residente no mundo mental
superior cósmico ou causal cósmico, expressão da Mônada logoica, o Logos solar

859
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
verdadeiro, fonte de toda a nossa vida.

Isto conduz a colocar o sistema solar dentro do raio de vibração de certas


constelações, que ocupam um lugar de profunda importância na evolução geral do
sistema.

Expliquemos essas palavras do Mestre Djwal Khul.

Assim como os Egos humanos são reunidos em grupos no mundo mental superior ou
causal e infuenciam-se mutuamente, os Egos dos Logoi solares formam grupos e
dentro desses grupos trocam relações entre si, um ajudando a evolução do outro.
Sabemos que o nosso Logos solar é o centro cardíaco no corpo do Logos cósmico,
havendo mais 6 Logoi solares nas funções dos demais centros sagrados do Logos
cósmico. É evidente que esses 7 Logoi solares constituem um grupo egoico cósmico.
Cada um trabalha com um Raio, sendo responsável pela disseminação das energias
desse Raio por todo o corpo do Logos cósmico.

Assim temos um sistema de forças interagindo entre si, a serviço do Logos cósmico.

Esses 7 Logoi solares expressam-se por constelações, manifestando-se o nosso, como


é sabido, pelo sistema solar, que na realidade é muito maior do que a ciência conhece,
constituindo realmente uma constelação, como afrma o Mestre Djwal Khul.

As infuências exercidas pelos outros Egos solares sobre o Ego do nosso Logos solar
afetam não só a Ele como Ego, mas também afetam Seu corpo causal ou Loto Egoico
cósmico, que responde a essas vibrações.

Essas vibrações ou oscilações da matéria causal cósmica constituinte dos vórtices


cósmicos do Loto Egoico solar são transferidas para Seu corpo astral cósmico,
produzindo efeitos nesse corpo e daí para o Seu corpo físico cósmico, nosso sistema
solar, que deve se capacitar para responder a essas elevadas vibrações, o que
demanda tempo.

Os efeitos são sentidos em todos os recantos do sistema e mundos, sendo esses


efeitos vivenciados de acordo com o nível de evolução de cada Ser dentro do sistema.

Os Logoi planetários respondem em alto grau, diferenciadamente, é claro, uma vez que
Seus graus de evolução diferem.

Obviamente as humanidades e os reinos sob a responsabilidade dos Logoi planetários


também são afetados.

As Mônadas humanas têm um tipo de resposta diferente do de seus Egos e muito mais

860
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
diferente do de suas personalidades.

Sempre haverá uma redução de frequência e intensidade, a medida que as energias


vão passando para os mundos mais densos.

Essas interações energéticas de fora do sistema constituem as bases da Astrologia


esotérica, uma vez que também atingem as humanidades e os reinos.

Existe um vasto sistema de transferência das energias, desde fora do sistema solar,
melhor dizendo, desde fora do corpo causal cósmico do nosso Logos solar, fazendo
impacto neste corpo, provocando resposta do Ego solar, a qual faz o corpo causal
vibrar de forma síncrona com a frequência entrante, mas modifcada com a qualidade
específca do nosso Logos solar (em termos técnicos modulada com a Sua qualidade).
Essa onda de energia é transferida para o Seu corpo astral cósmico e por fm chega ao
Seu corpo físico cósmico, nosso sistema solar como um todo. Aí a energia é distribuída
mundo a mundo, chegando até o físico, atingindo todos os reinos e seres viventes.

A resposta dos reinos e seres viventes depende do grau de evolução desses reinos e
seres. Uma coisa é a resposta do reino como um todo, outra é a resposta de cada
unidade do reino. As grandes ondas energéticas atuam com mais ênfase nos reinos
como um todo, provocando, é claro, resposta menor nas unidades do reino.

Os Logoi planetários são os que primeiro sentem o impacto e respondem, transferindo


a seguir para Seus reinos.

Temos pois uma vasta e complexa rede de energias fuindo, provocando respostas,
sendo transformadas, provocando novas respostas, sendo novamente transformadas,
ocorrendo isso numa sucessão incomensurável e incompreensível para o homem
comum. Os altos Iniciados trabalham com essas transformações e já entendem o
processo transformador. Os Iniciados menores têm certeza absoluta desse processo,
porém estão em fase de aprendizado dos processos, que são complexíssimos e exigem
conhecimento das matemáticas superiores (no sentido esotérico), uma vez que tudo
tem de ser quantifcado.

Resumindo, usando uma linguagem científca e técnica, vivemos num gigantesco


canteiro de obras e num imenso laboratório cósmico, em que potentíssimas energias
são manipuladas, integradas, decompostas, moduladas e rebaixadas, não fcando um
recanto sequer fora de seu alcance.

É realmente um oceano de fogo vivente, sempre em busca da perfeição. Quando uma


perfeição é conseguida, imediatamente surge uma outra perfeição mais elevada para

861
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ser conquistada.

Cada Mônada humana, dentre outros seres em evolução, tem a sua cota de
responsabilidade nesse aperfeiçoamento contínuo, não importa em que nível esteja.
Mesmo aqueles seres humanos que ainda estão em baixo nível evolutivo contribuem
com a sua ínfma parcela para esse processo.

Essa visão racional e lógica só é possível quando a luz clara e fria da consciência
búdica chegou ao cérebro físico, permitindo entender e viver o verdadeiro amor, que
não é emoção nem sentimentalismo, mas transcende-os em muito.

Temos mais um imenso volume de conhecimentos e informações, para refetir, meditar


e tirar conclusões de grande valia e utilidade para o nosso progresso evolutivo no rumo
do INFINITO.

Estudo 266

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - Formas Mentais - 1. Suas Funções - a. Responder à vibração -
Continuação - Página 454.

4. Estudemos agora as vibrações oriundas de Sirius, que chegam ao nosso sistema


solar (como um todo, abrangendo os 7 planos ou mundos) através do plano ou mundo
mental cósmico.

Vejamos inicialmente características astrofísicas de Sirius. A olho nu vemos apenas


uma estrela muito brilhante, mas na visão por meio de um telescópio veremos 2
estrelas, Sirius A e Sirius B, orbitando em torno de um centro de gravidade comum,
constituindo pois um sistema estelar binário.

Sirius A é uma estrela azul, mais quente que o nosso Sol, com brilho 21 vezes maior
que o do nosso Sol, com massa 2,14 vezes a massa do Sol e diâmetro 1,68 vezes o
diâmetro do Sol.

Sirius B é mais brilhante na banda de Raios X, é uma anã branca, pouco luminosa,
menor do que Júpiter.

As 2 estrelas estão separadas cerca de 20 vezes a distância Terra-Sol, 19,8 UA (UA:


unidade astronômica - 1 UA=150 milhões de km), aproximadamente a distância Urano-

862
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sol.

O tempo de órbita das 2 estrelas em torno do centro de gravidade comum é de 50,1


anos terrestres.

É o 5º. sistema estelar mais próximo do Sol, 8,6 anos-luz distante (1 ano-luz=9,5
trilhões de km), estando localizado na parte norte central celeste. Faz parte do vértice
inferior esquerdo do chamado "Triângulo de Inverno" de estrelas de 1ª magnitude,
sendo os outros vértices: Procyon (alfa de Cão Menor), parte superior esquerda -
Betelgeuse (alfa de Orion), centro à direita.

O sistema Sirius é o principal membro do grupo estelar em movimento (também


conhecido como superenxame Sirius ou corrente estelar Ursa Maior), que inclui as 5
estrelas da Ursa Maior bem como Gemma, movendo-se todas na direção do centro
galáctico.

Sirius A tem aproximadamente 300 milhões de anos, devendo esgotar seu hidrogênio
em mais ou menos 1 bilhão de anos, tornando-se uma gigante vermelha, antes de
expelir suas camadas exteriores para revelar seu núcleo remanescente, como uma anã
branca.

Sirius B deu matéria para sua irmã Sirius A.

Estrelas próximas de Sirius:

Próxima Centauri (alfa Centauri C), distante 9,3 anos-luz.

Alfa Centauri A e B, distantes 9,5 anos-luz.

Sirius é uma palavra de origem grega, signifcando "A cintilante ou Ardente".

Há suspeita da existência de uma 3ª companheira, Sirius C.

Essas características astrofísicas são importantes, porque fornecem informações


sobre o Logos solar que se expressa por esse sistema estelar.

Sabemos que envolvendo o sistema físico estelar Sirius existem os 6 planos de matéria
astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi, os quais, em conjunto com o sistema
físico, constituem o corpo físico cósmico do Logos de Sirius.

A proximidade física dos 2 sistemas estelares, o nosso e o de Sirius, é uma prova cabal
da veracidade das palavras do Mestre Djwal Khul a respeito da íntima relação entre os
2 Logoi solares.

Os seres humanos se relacionam simultaneamente através de seus corpos físicos,

863
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
astrais e mentais inferiores e, como Almas, por meio de seus Lotos Egoicos (corpos
causais) na matéria mental superior ou causal.

Da mesma forma os 2 Logoi solares se relacionam através de Seus corpos físicos


cósmicos, astrais cósmicos e mentais inferiores cósmicos e, como Almas cósmicas, por
meio de Seus Lotos Egoicos cósmicos na matéria causal cósmica.

Mas o relacionamento mais importante é o que ocorre a nível de matéria causal


cósmica, o qual induz vibrações no Loto Egoico cósmico do nosso Logos solar,
vibrações essas que repercutem em todos os corpos inferiores do nosso Logos solar,
chegando até o nosso mundo físico, afetando todas as vidas residentes nesse mundo
físico.

Mestre Djwal Khul diz que a consciência do nosso Logos solar, de uma forma bem
complexa, está imersa na consciência do Logos de Sirius. Daí a suprema importância
deste sistema estelar para todos nós.

A refexão e a meditação profundas e constantes sobre as características astrofísicas


do sistema estelar Sirius são um excelente processo para se captar informações a
respeito das Vidas que estão evoluindo nele.

Sabemos que a Loja Branca, a Hierarquia terrestre de Mestres, é orientada e


energizada pela Loja Azul de Sirius. Em assim sendo, existe lá uma Comunidade
Inteligente (que poderíamos chamar Humanidade de Sirius), em nível evolutivo
muitíssimo, muitíssimo mais elevado que o das humanidades do sistema solar.

Um dos caminhos de aperfeiçoamento que se abrem ao Iniciado da 6ª Iniciação


planetária (a 4ª solar), a Iniciação da Decisão, é o caminho de Sirius. O Iniciado que
escolher este caminho será lá recebido como aprendiz. O Senhor BUDA e os Mestres
Jesus e Serapis Bey escolheram este caminho, estando no momento aguardando que
as condições da humanidade melhorem, para Eles serem liberados e Seus
elevadíssimos cargos serem ocupados por Entes oriundos da nossa humanidade.

Analisar e entender como essas vibrações oriundas do sistema estelar Sirius, via
matéria mental cósmica, produzem efeitos em nossas consciências é de uma
importância incomensurável, pois é certíssimo que provocará uma superaceleração da
evolução, resultando em imenso benefício para o nosso Logos planetário, uma vez que
somos células em Seu corpo.

Assim tomamos conhecimento de mais uma vibração importante, que o nosso Logos
solar deve aprender a responder, servindo-se de Seu corpo físico cósmico e nós, como

864
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Suas centelhas, também devemos aprender a responder, dentro do nosso nível, é claro.

Estudo 267

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - Formas Mentais - 1. Suas Funções - a. Responder à vibração -
5. - Página 454.

5. Estudaremos agora as vibrações oriundas dos 7 Rishis da Ursa Maior, ao atingirem o


corpo físico cósmico do nosso Logos solar, nosso sistema solar com seus 7 mundos
(do físico ao Adi).

Inicialmente façamos alguns comentários elucidativos a respeito das 7 estrelas


principais da constelação de Ursa Maior, essa constelação boreal tão misteriosa e tão
importante não só para o sistema solar como um todo, mas em particular para o nosso
esquema e, no atual período, para a Terra, onde, no momento, estamos evoluindo.

As 7 estrelas principais da Ursa Maior são:

• Dubhe, a alfa - 1º. Raio.


• Merak, a beta - 2º. Raio.
• Phekda, a gama - 3º. Raio.
• Megres, a delta - 4º. Raio.
• Alioth, a épsilon - 5º. Raio.
• Mizar, a delta - 6º. Raio.
• Benetnash, a eta - 7º. Raio.
Dubhe e Merak estão relacionadas no atual período com a Terra e são chamadas
"ponteiros" pelo Mestre Djwal Khul, porque elas apontam para Poláris, a alfa da
constelação de Ursa Menor, estrela essa para qual o polo norte geográfco da Terra
está se alinhando, iniciando um grande ciclo. Com isso vemos que existem 2 tipos de
relacionamentos entre a Ursa Maior e o nosso sistema solar. Um, o mais importante, é o
direto, através dos 7 Rishis da Ursa Maior, atuando nos centros do corpo búdico
cósmico do Logos solar e o outro, secundário, é o de Dubhe e Merak (1º. e 2º. Raios),
atuando através de Poláris na Terra, pelo alinhamento do eixo norte-sul da Terra, eixo
esse no qual está a coluna vertebral etérica da Terra. Esse alinhamento da Terra é
cíclico, pois em outro ciclo o alinhamento será para outra estrela boreal.

865
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Duas vibrações são importantíssimas para o nosso Logos solar: as dos protótipos dos
Senhores dos 7º. e 5º. Raios. Isto é algo de suprema relevância e tem sua analogia
microcósmica no lugar que ocupa o7º. Raio na construção de uma forma mental e no
emprego do 5º. Raio no trabalho de concreção. Todos os magos que trabalham com
matéria e se ocupam de construir formas, consciente ou inconscientemente, recorrem
a estes 2 tipos de força ou energia.

Comentemos as palavras do Mestre Djwal Khul.

Essas 7 estrelas da Ursa Maior constituem os 7 centros da cabeça do nosso Logos


cósmico (não é o centro coronário).

Os 7 Rishis da Ursa Maior são Seres cósmicos ligados a esses Seres cósmicos Maiores
que se expressam por essas 7 estrelas, exercendo esses Rishis as funções de centros
de força (chacras) no corpo búdico cósmico do nosso Logos solar, corpo esse que
ainda está em fase de coordenação.

As energias oriundas da Ursa Maior são captadas pelos 7 centros búdicos cósmicos,
sendo devidamente dosadas e provocando resposta do átomo búdico cósmico
permanente do nosso Logos solar.

Daí elas prosseguem para os 7 centros do corpo mental cósmico do nosso Logos solar
e provocam resposta do Ego solar e do Seu corpo causal, atuando também no Seu
átomo mental cósmico permanente e na Sua unidade mental cósmica permanente.

Daí prosseguem para os 7 centros do Seu corpo astral cósmico, provocando resposta
do Seu átomo astral cósmico permanente e do Seu corpo astral cósmico.

Daí as energias prosseguem para os 7 centros do Seu corpo físico cósmico, os quais
são os 7 Logoi planetários sagrados:

• Vulcano - 1º. Raio.


• Júpiter - 2º. Raio.
• Saturno - 3º. Raio.
• Mercúrio - 4º. Raio.
• Vênus - 5º. Raio.
• Netuno - 6º. Raio.
• Urano - 7º. Raio.
Nesses 7 centros também são provocadas respostas, que devem ser conscientizadas
pelo nosso Logos solar, em Sua consciência física cósmica. Os Logoi planetários

866
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sagrados também devem tomar consciência dessas energias, o que, por sua vez, atua
nos reinos em evolução em Seus respectivos esquemas e nos esquemas não sagrados
a Eles subordinados, como é o caso do nosso esquema, não sagrado, subordinado ao
Logos de Saturno, 3º. Raio.

O Mestre Djwal Khul diz que 2 energias são de vital importância no atual ciclo solar: dos
5º. e 7º. Raios. Elas são essenciais para o trabalho de construção e fortifcação das
formas mentais. Ora, nosso sistema solar é uma forma mental construída pelo Grande
Pensador cósmico: o Ego do nosso Logos solar.

A energia do 7º. Raio permite a organização da forma mental e sua vitalização, uma vez
que o 7º. Raio é o grande aproximador do Espírito e da matéria entre si.

A energia do 5º. Raio permite a concreção da forma mental, para que ela se manifeste
nos mundos densos e atinja seus objetivos.

A descrição detalhada do trajeto dessas 7 energias de Raio, desde a chegada nos 7


centros do corpo búdico cósmico do nosso Logos solar (os 7 Rishis da Ursa Maior) até
atingir os 7 Logois planetários sagrados, é de uma beleza "infnita" e "infnitamente"
esclarecedora. Todavia devemos sentir "infnitas alegria e beatitude" por apenas
percebermos isso e vermos "lógica" nesse processo, pois somente os Iniciados da 6ª
Iniciação planetária, a 4ª solar, que escolhem o 6º. caminho, o do Logos solar, e que vão
trabalhar no corpo búdico cósmico DELE, têm condições de ver e entender, com
minúcias, esse processo, uma vez que vão operar nele.

Temos mais um universo de informações para refetir e meditar e, meditando,


conseguir "insights" estimuladores, que nos levarão para mais perto da meta.

Estudo 268

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - Formas Mentais - 1. Suas Funções - a. Responder à Vibração -
Continuação - 6 e 7 - Página 455.

6. Certas vibrações muito remotas, que ainda não são percebidas no Corpo logoico,
como não é a infuência monádica - no homem comum - , provenientes de AQUELE
SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO, essa Existência cósmica que se expressa por
intermédio de 7 centros de força, dos quais nosso sistema solar é um.

867
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Comentemos essas palavras do Mestre Djwal Khul. Expliquemos essa comparação
entre a resposta do homem comum à sua Mônada e a resposta do Logos solar
funcionando em corpo físico cósmico ao Seu Logos cósmico.

O homem comum encarnado fsicamente tem sua consciência enfocada em seu


cérebro físico e depende dele para manifestar qualquer vibração oriunda de níveis
superiores. Sabemos que entre a Mônada e o cérebro físico existe um complexo
mecanismo de comunicação:

• O sutratma.
• A Tríade superior.
• A Joia no Loto (a Alma) e o Loto Egoico (chacra cardíaco da Mônada).
• A Tríade inferior com seus corpos de expressão: mental inferior, astral e físico.
A vibração da Mônada, para poder se expressar pelo cérebro físico sem distorção,
depende do aperfeiçoamento desse mecanismo de comunicação.

Um elevado grau de aperfeiçoamento é conseguido na 3ª Iniciação planetária, a 1ª


solar, da Transfguração, quando o homem ouve em seu cérebro físico a "nota" da sua
Mônada e conhece o Raio dela.

A perfeição exigida para esse mecanismo de comunicação (Mônada - cérebro físico) só


é conseguida na 4ª Iniciação, a2ª solar, da Renúncia, quando a Mônada se libera dos
mundos mental, astral e físico, passando a evoluir a partir do mundo búdico.

O nosso Logos solar ainda não recebeu a 3ª Iniciação cósmica, da Transfguração


cósmica, estando em via de recebê-la neste atual sistema solar. Ora, a vibração oriunda
do Seu Logos cósmico, do qual é um centro sagrado, o chacra cardíaco, atinge a
Mônada solar (nosso Logos solar verdadeiro) e provoca uma resposta dELA. Mas essa
vibração, elevadíssima, só consegue provocar uma resposta muito débil na consciência
física cósmica do nosso Logos solar, quase não sendo percebida.

Quando Ele receber a 3ª Iniciação cósmica, da Transfguração cósmica, então Ele terá
uma consciência física mais nítida dessa vibração proveniente de Seu PAI, o Logos
cósmico. Nessa ocasião todas as Vidas (entre as quais nós) dentro do sistema solar
sentirão os efeitos altamente benéfcos dessa vibração, dependendo, é claro, o nível de
resposta e do benefício da capacidade de resposta de cada um.

Uma série de vibrações que far-se-ão mais potentes a medida que nosso Logos se
aproxime desse período que ocultamente é chamado "Divina Maturidade", vibrações
essas que emanam dessa constelação que personifca, no frmamento, Seu oposto

868
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
polar. Este é um profundo mistério e concerne ao matrimônio cósmico do Logos.

Como o Mestre diz, isto constitui um profundo mistério. Procuremos fazer algumas
deduções a partir da expressão que o Mestre usa: "Divina Maturidade".

Quando dizemos que uma pessoa tornou-se madura, queremos dizer que ela entrou
numa fase em que a sabedoria começa a ser conquistada.

Aplicando esse conceito ao nosso Logos solar, observando as devidas diferenças,


podemos deduzir que, a medida que Ele for descobrindo e aproximando-se dessa
constelação, pela qual se expressa esse Logos solar que é Seu complemento ou oposto
polar, nosso Logos solar tornar-se-á cosmicamente mais maduro. Como podemos
interpretar esse tornar-se cosmicamente mais maduro?

Existe a aproximação física, uma vez que as estrelas, com seus sistemas solares,
deslocam-se no espaço e sabemos que o nosso sol está indo na direção de um ponto
localizado na orientação da estrela Vega, a alfa da constelação de Lira. Mas há muitos
outros movimentos estelares ainda desconhecidos pelos astrônomos. Mas contentemo-
nos apenas em procurar entender maturidade cósmica.

Quando nosso Logos solar, que está encarnado fsicamente, em amplitude cósmica,
sente em Sua consciência física que necessita unir-se a um outro Ser cósmico, no
chamado matrimônio cósmico, é porque Ele já obteve uma boa avaliação de Si mesmo e
quer completar-se cosmicamente por meio de uma experiência conjunta a dois.

Assim Sua consciência física cósmica enriquecer-se-á com novos conhecimentos


através da vivência a dois, ocorrendo, é lógico, o mesmo enriquecimento para o polo
oposto.

Podemos avançar muito mais nessa área, porém o que já foi explanado é sufciente
para refexão e meditação, o que, se bem feito, irá comprovadamente provocar muitos
"insights", de grande valia para o conhecimento esotérico e aceleração da evolução.

Estudo 269

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 1. Formas Mentais - a. Responder à vibração - Continuação -
Páginas 455 e 456.

869
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Tendo em vista o que foi explanado anteriormente sobre os 7 tipos de vibração a que
responde o corpo físico cósmico do nosso Logos solar, ou seja, o que Sua consciência
física consegue responder, em variados graus de identifcação e capacidade de
resposta, concluímos quão pouco podemos afrmar sobre o futuro do sistema solar, até
que as vibrações das 6ªe 7ª ordens se façam mais potentes e, em consequência, seus
efeitos possam ser mais facilmente estudados. Só podemos fazer uma avaliação do
futuro do nosso sistema solar, sob o ponto de vista da Vida Maior (nosso Logos solar),
pesquisando e analisando os efeitos em nossas consciências e em toda a natureza,
incluindo todos os reinos. Em particular devemos considerar as relações entre os
diversos povos e nações, tema de imensa magnitude e importância, uma vez que a
consciência dos Seres cósmicos é grupal e, em assim sendo, tende a despertar e
desenvolver a consciência grupal entre Suas células, no nosso caso, a humanidade, o
que nos leva a concluir que o mais forte indicador, dentre muitos, dos efeitos do
adiantamento do nosso Logos solar, é essa consciência grupal imperando na
humanidade, o que será caracterizado pelas corretas relações entre nações e seres
humanos, incluindo as corretas relações com todos os reinos sub-humanos.

Por enquanto só é possível indicar os 7 tipos de vibração, às quais responderá,


consciente e plenamente, em seu devido tempo, nosso Logos solar (funcionando num
corpo material). Na atualidade, responde às vibrações de 1., 2ª, 3ª e 4ª ordens, porém
por ora (embora responda) não pode empregar tais tipos de energia plena e
conscientemente. A vibração de 5ª ordem (dos 7 Rishis da Ursa Maior, que são chacras
ou centros de força em Seu corpo búdico cósmico) é reconhecida por Ele, em especial
em 3 de seus chacras etéricos, porém não está sob Seu completo controle. As outras 2
(do Logos cósmico e e do Seu oposto polar) são pressentidas e sentidas tão
fracamente, que quase fcam fora do alcance de Sua consciência.

Ao utilizar estas ideias, no que se referem ao homem e às formas mentais que ele
constrói (por exemplo seu envoltório material), a analogia pode ser aplicada dentro do
sistema e desde o ângulo dos esquemas planetários, nos quais o homem ocupa seu
lugar. Mais adiante ocupar-nos-emos do trabalho que realiza o homem, quando constrói
e cria formas estranhas a ele, empregando matéria mental.

Os métodos pelos quais consegue-se uma resposta vibratória podem ser enumerados
da maneira seguinte:

Por intermédio do fator tempo durante a evolução.

Por intermédio do estímulo, fora do sistema, e do treinamento intenso, tanto para o

870
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Logos como para um homem.

Por intermédio do processo de Iniciação e da aplicação dos Cetros de Iniciação.

O fator evolução é reconhecido e estudado por muitas escolas de pensamento


esotéricas e exotéricas. O estímulo proveniente de fora do sistema envolve um grande
número de fatores, porém deve recordar-se que as 2 maneiras principais de aplicar
este estímulo são:

Por intermédio do grupo à unidade, por exemplo, a Hierarquia estimulando os


candidatos à Iniciação.

Por intermédio de um "Reino da natureza" mais evoluído a outro menos evoluído, por
exemplo a humanidade estimulando o reino animal.

Quanto ao fator Iniciação, devemos ter em conta que consideramos aqui as grandes
Iniciações e não as numerosas expansões de consciência que podem ser observadas
em todos os reinos e em todas as manifestações.

Relacionado com o que acabamos de considerar, referente à função principal de uma


forma mental (o poder de responder à vibração), insistimos em recordar que a
resposta deve ser feita pela Ideia personifcada internamente, que, mediante uma
complexa ação refexa, evocará logo uma resposta do envoltório material que a oculta.
A vibração é o resultado do impulso subjetivo e faz seu chamado à consciência
subjetiva por intermédio do impacto exercido sobre o que pode ser compreendido
como substância; este impacto é transmitido diretamente à vida interna, e no seu
devido tempo, é retransmitido à substância em forma de reconhecimento ou
compreensão. Um processo similar pode ser observado nas relações nervosas da
estrutura física e sua afnidade com a consciência cerebral.

Analisemos estas palavras do Mestre Djwal Khul. No caso da forma mental constituída
pelos 3 corpos do ser humano, a Ideia personifcada é a Alma ou Ego (instrumento da
Mônada). Quando uma energia do mundo físico, como por exemplo o fogo por
fricção/elétrico oriundo do Sol, faz impacto no triângulo que todos têm nas costas e é
absorvido por um dos 3 chacras e circula 3 vezes por eles, sendo fnalmente absorvido
pela esplênico, isto é uma vibração que faz impacto no corpo físico e é levada ao
conhecimento da Alma, provocando nela uma resposta. Só que nesse caso, tudo se
processa automaticamente, porque faz parte do processo incorporado no chamado
instinto, sem necessidade de atenção da consciência, muito embora alguns momentos
de dedicação concentrada e visualizada durante o dia aumenta em muito a absorção

871
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desse fogo tão útil, melhorando a saúde física e impedindo as doenças. Mas mesmo
esses fogos da matéria (são três) devem ser dominados e sintonizados, para que se
tornem um.

Existem outras energias circulando no nosso mundo físico, que fazem impacto no
nosso corpo etérico, mas que ainda não são devidamente conscientizadas pela maioria
da humanidade. Elas atingem o corpo etérico, provocam nele uma vibração, que é
levada à consciência da Alma pelo mecanismo ainda não aperfeiçoado, a qual responde
enviando ao cérebro a sua interpretação, nem sempre clara, e quando chega no
cérebro menos clara é a compreensão do que está se passando, ocorrendo apenas
uma sensação de algo, que muitas vezes altera o humor da pessoa e o seu estado
interior, sendo isto o resultado da resposta vibratória dos corpos.

Energias do mundo astral também impactam o corpo astral e seguem o mesmo


processo de conscientização.

O mesmo se dá no mundo mental, havendo o impacto vibratório no corpo mental e


quando o entendimento da Alma sobre essa vibração chega ao cérebro físico provoca
uma resposta vibratória do corpo, havendo também respostas vibratórias dos corpos
mental e astral, interagindo estas respostas entre si, surgindo uma resultante fnal.
Trata-se na realidade de um sistema de forças, que futuramente, bem futuramente,
será estudado cientifcamente como o fenômeno que é: um sistema de forças, sendo
consideradas suas frequências e intensidades.

Identifcar completamente todas essas energias vibratórias, dominá-las totalmente e


saber reproduzi-las à vontade, é o objetivo do processo evolutivo. Aquele que
conquistar esse verdadeiro PODER, com referência aos 3 mundos inferiores (mental,
astral e físico), estará deles liberto defnitivamente e continuará a conquista de mundos
mais elevados e de muito maior intensidade de vida, livre de qualquer sofrimento.

Por isso, manter a atenção contínua em tudo o que os nossos sentidos captam, com a
devida análise, bem como em tudo o que ocorre em nosso interior, também com a
devida análise, em suma, colocar a mente em tudo, procurando sempre entender o que
está se passando em nosso interior e nos esforçando para dominar, eis o processo ao
alcance de todos para atingir a meta e a libertação. Ser sempre o OBSERVADOR, sem
se confundir com os corpos.

Como será observado, o homem trabalhará como um criador nos 3 mundos da


atividade humana e seguirá um procedimento análogo. Suas formas mentais serão
construídas com matéria mental, selecionada especifcamente, pois deverá ter o

872
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mesmo grau de vibração da Ideia que trata de personifcar. Tais formas persistirão -
como o faz a forma mental logoica, o sistema solar - durante todo o tempo em que o
fator Vontade ou vitalidade dinâmica as mantenha continuamente unidas.

Estudo 270

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - Formas Mentais - 1. Suas Funções - b. Proporcionar um corpo
para a ideia - Páginas 456 e 457.

Iremos agora estudar a outra função de uma forma mental: proporcionar um corpo
para a ideia. Nesta enunciação temos latente o princípio básico da encarnação, da
atividade e incluso da existência mesma. Envolve a expansão de nossa ideia até incluir
o plano mental cósmico, ao considerar o Logos e, quando se estuda a faculdade
criadora do homem, introduzimo-nos no plano ou mundo mental do sistema solar; esta
diferença deve ser sempre mantida em nossa mente, ao meditarmos e refetirmos
sobre os 2 comportamentos, o do Logos e o da Mônada humana, quando cria suas
formas mentais (seus 3 corpos inferiores), através de sua Alma ou Ego; o Logos
emprega matéria mental cósmica e a Mônada humana emprega matéria mental do
sistema. Só nos esforçando por meio dessa meditação é que conseguiremos captar
inspirações dos 2 processos. Darei aqui um pensamento fundamental sobre o qual
devem refetir: Este impulso criador, esta tendência para a concreção do abstrato, esta
capacidade inata para "tomar forma" tem todavia plena expressão na matéria física. A
razão disto tem suas raízes no fato de que - para o homem - todas as substâncias com
as quais cria, todas as formas que ele constrói e todos os processos de concreção que
realiza, são criados, construídos e realizados dentro do corpo físico do Logos . Aqui
poderia ser achada a razão da ênfase que põe a natureza sobre o aspecto sexual e a
reprodução física; isto poderá ser observado em todos os reinos da natureza, exceto
no primeiro e no quinto. Isto é algo muito signifcativo; tais exceções deveriam ser
estudadas em sua mais ampla signifcação, pois encerram o mistério fundamental do
sexo nos caminhos involutivo e evolutivo. Eis aqui os 2 extremos. Observar-se-á que
uma vez compreendida a ideia de que o sistema solar é o veículo físico do Logos e Seu
corpo de manifestação, muitos problemas serão solucionados e, dois pontos acima de
tudo, serão aceitos paulatinamente pelo estudante que medita e estuda:

873
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Primeiro - No decorrer do tempo, a medida que o Logos se livre dos grilhões da matéria
física, todo o sistema objetivo (nosso sistema solar) será considerado como uma ideia
ou conceito, revestido com um véu ou envoltório de matéria mais sutil que a física; o
corpo logoico será visto como o produto da vontade e do desejo, não entrando em sua
composição a matéria física de nenhum grau; será simplesmente um corpo de desejo.
Isto produzira um estado de coisas, inconcebível para nós e somente captado pelo
homem que pode atuar no plano ou mundo búdico do sistema, o 4º. éter cósmico.
Tenham em conta que nosso plano ou mundo astral é somente o 6º. subplano do plano
físico cósmico e que não nos proporciona nenhuma base real para raciocinar com
respeito ao plano astral cósmico. Unicamente quando o plano astral constitua um
tranquilo receptor do impulso búdico ou um refetor líquido desse plano (o que não
acontecerá até o fnal do mahamanvantara, ou seja, do sistema solar), poderemos estar
em condições de formular ideias com respeito ao plano astral cósmico.

A questão do sexo citada pelo Mestre Djwal Khul é muito interessante e deve ser
estudada com afnco e profundidade. De fato o sexo só aparece nos reinos vegetal,
animal e humano, importante para o processo de reprodução. Mas não existe nos
reinos mineral e da Herarquia. Quando um membro da Herarquia, já liberado da
obrigação de encarnar fsicamente, portanto não possuindo mais Alma (que foi
desintegrada na 4ª Iniciação planetária), necessita encarnar fsicamente, sempre a
serviço, ele está isento do sexo, embora, caso seu trabalho precise da procriação pelo
processo atual, ele possa fazer uso, uma vez que conserva sua Tríade inferior.

O atual processo de procriação da humanidade é resultante do fato de o kundalini


solar ainda estar circulando no chacra sacro do Logos solar, o que se refete em sua
humanidade. Mas quando Ele começar a perder o interesse pelo Seu corpo material
(nosso sistema solar, como um todo, desde o nosso físico até o mundo adi), como
também pelas coisas do mundo físico cósmico que o rodeia, o nosso sistema solar
iniciará o processo de desintegração, passando a atenção e o interesse do nosso Logos
solar para assuntos mais elevados.

Após essa desintegração do Seu corpo físico cósmico, nosso Logos solar cuidará de
assuntos dentro do mundo astral cósmico que o rodeia, servindo-se do Seu corpo
astral cósmico para se relacionar com esse mundo astral cósmico. Então Ele atuará
dentro do corpo astral cósmico do Logos cósmico, em tarefas mais elevadas, sendo
agora detentor de experiência, conhecimento e sabedoria, que não possuía no inicio do
atual sistema solar. Em particular Seu Aspecto AMOR-SABEDORIA-RAZÃO PURA, em
nível cósmico, estará aperfeiçoado, e Ele expressará esse AMOR, muito mais

874
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
intensamente, no mundo astral cósmico, por meio do Seu corpo astral cósmico,
ocorrendo um maior aperfeiçoamento da Sua qualidade AMOR, pois sabemos que,
assim como o nosso mundo astral é o mundo onde impera a Lei de Amor, da mesma
forma o mundo astral cósmico é onde impera a Lei de Amor cósmico.

O Mestre afrma que somente aqueles que já possuem alguma vivência do mundo
búdico (o 4º. éter do sistema) podem ter alguma ideia do que seja a vida do Logos
nesse mundo astral cósmico. Isto só é possível quando o corpo astral já foi dominado,
o que ocorre atualmente na 2ª Iniciação planetária, quando a polarização é transferida
do átomo astral permanente para o átomo búdico permanente, o que dá início à
coordenação do corpo búdico, por causa da entrada em atividade do átomo búdico
permanente. Dessa forma, noções só existentes no mundo búdico podem chegar ao
cérebro físico, em estado de vigília, ou seja, o Iniciado de 2º. grau tem "insights"
(lampejos de conhecimento) sobre o mundo astral cósmico, em plena consciência de
vigília, o que o interessa intensamente e o atrai fortemente, todavia ele passa a não ser
compreendido pelos outros, que não possuem a mínima preparação para tal e não têm
o menor interesse pelo assunto, preferindo dedicar toda a sua atenção e esforços para
as coisas materiais.

Com isto fca completamente evidente que o ser humano não precisa esperar o fnal do
sistema solar para ter ideias do mundo astral cósmico, pois, fazendo o esforço
necessário para adquirir as condições e qualifcações necessárias para fazer jus à 2ª
Iniciação planetária, ele pode ter e entender essas ideias.

Isto é mais um estímulo para fazer o esforço, pois, conseguindo captar essas ideias do
mundo astral cósmico, será possível entender, em consciência de vigília, o verdadeiro
AMOR, que é esse AMOR que o nosso Logos irá expressar em sua vivência livre no
mundo astral cósmico. Esse AMOR é "infnitamente" diferente desse falso amor que a
grande maioria da humanidade sente.

Esse assunto é belíssimo e merece ser meditado. Envolve os relacionamentos do nosso


Logos com os outros Logoi a Ele ligados carmicamente, como por exemplo o Logos de
Sirius, entre outros, como Aquele que é o Seu polo oposto, cuja vibração Ele
atualmente só sente muito vagamente.

Estudo 271

875
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e
os Elementais do Fogo - Formas Mentais - 1. Suas Funções - b. Proporcionar um corpo
para a ideia - Segundo - Páginas 457, 458 e 459.

Segundo. Toda manifestação do aspecto sexual, tal como compreendemos nos


diversos reinos da natureza (vegetal, animal e humano), é uma expressão da energia do
Logos solar, quando fui através de e estimula esse centro do Seu corpo que
corresponde aos órgãos genitais. Todas as funções criadoras das famílias vegetal,
animal e humana, consideradas como um todo, são até agora, puramente físicas e
estão baseadas no desejo inferior. O desejo do Logos por encarnar fsicamente
constitui todavia a nota dominante. Mais tarde tal desejo não será tão intenso e
transmutar-se-á no desejo de criar unicamente em níveis mentais. Isto é o que põe em
atividade o aspecto Destruidor, que conduz ao obscurecimento eventual e à "morte"
física do sistema solar. O indício de que este aspecto está entrando no poder será
observado quando ocorram dois grandes acontecimentos:

a. A capacidade do homem para criar conscientemente em níveis mentais e a


consequente transmutação de seus impulsos sexuais inferiores em superiores.
b. A vitalização mental de outra grande parte do reino animal.
Quando ambas, a capacidade e a vitalização acima citadas, desenvolverem-se em
qualquer ronda, indicarão que está tendo lugar defnitivamente a polarização mental do
Logos; somente podemos chegar a conhecê-lo, estudando as partes componentes de
Seu corpo de manifestação.

O que aqui se afrma sobre a forma mental logoica solar, também pode ser dito de um
Homem celestial (Logos planetário) e de um esquema planetário. A medida que Sua
polarização cósmica faz-se mais mental e transmuta Sua natureza cósmica de desejo,
ver-se-á que a força que atua através de Seus centros muda de direção de acordo a
isto, extraindo forças de alguns de Seus globos e centros inferiores; já não interessará
a Ele encarnar fsicamente e, oportunamente, retirar-se-á para dentro de Si Mesmo.
Sua forma mental demonstrará uma diminuição gradual de vitalidade, o globo físico
denso morrerá, desaparecendo a objetividade, enquanto outros globos manterão
temporariamente Sua vida, embora não por muito tempo. Então todo o esquema será
obscurecido e funcionará unicamente em Seu corpo astral cósmico.

O mesmo acontece com uma cadeia e a Vida que lhe dá forma, considerando aquela
simplesmente como um centro no corpo do Logos planetário e possuindo, sem
embargo, seu próprio fator central. Isto pode ser observado na Lua, em forma

876
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
interessante. Seu Ocupante já não desejava manifestar-se fsicamente, portanto retirou
Sua vida. Resta unicamente o cascarão desvitalizado; os outros dois aspectos
desapareceram e só o terceiro, a vida inerente à matéria mesma, permanece, para
dissipar-se logo gradualmente a medida que transcorram os séculos. No que se refere
ao homem, é vista uma condição similar na desintegração do corpo físico após a morte;
os outros dois aspectos (primeiro e segundo) retiram-se e a forma se desintegra.

Quando estes fatos fundamentais forem compreendidos e o homem passe a se dar


conta de sua posição como Criador, o conceito relativo ao sexo também mudará, será
posta ênfase nas leis da criação mental e na formulação científca de formas mentais,
enquanto o aspecto físico denso da criação fcará em suspenso. Quando isto
acontecer, o homem tomará posse de seu direito divino e o reino humano cumprirá sua
legítima função. O aspecto sexual - tal como se expressa na atualidade - e todo o
processo da reprodução é compartilhado pelo homem com o reino animal e se
fundamenta em seus instintos animais e em sua natureza física densa, a qual não
constitui um princípio. Quando ele tenha se emancipado totalmente do reino animal e
os 3º. e 4º. reinos diferenciem-se entre si, a natureza sexual e os órgãos de reprodução
serão considerados pelo homem comum de forma muito diferente de como o faz na
atualidade. Com o tempo a criação será o resultado dos impulsos mentais e não dos
impulsos do desejo; então, o processo (quando tenha sido dado o impulso inicial no
plano mental) chegará a ser tão normal, tão seguro e tão inconsciente como o é agora
o ato de respirar. Quando isto acontecer (o momento está ainda muito distante), a
procriação física continuará, porém falar-se-á da forma física em termos de concreção
e de energia e dar-se-á importância àquilo que há de ser corporifcado. Chegar-se-á a
essa etapa, quando sejam captadas e compreendidas cientifcamente as funções do
corpo etérico e as leis do pensamento criador sejam de domínio público; coincidirá com
um período em que o reino animal estará novamente sob a impressão manásica
(mental), sendo-lhe permitida obter outra vez a individualização.

Nessa época será reconhecida de forma geral que Espírito-matéria são 2 aspectos da
Unidade e a atual terminologia de Espírito e substância material será substituída pelo
conceito mais amplo de energia positiva e negativa, como 2 aspectos da Energia una.
Então todos os fenômenos serão expressados em termos de força e a questão sexual
ou a união de macho e fêmea, positivo e negativo, no plano físico, será redimida e
purifcada.

Uma ideia corporifcada é literalmente um impulso positivo que emana de níveis


mentais e se reveste com um véu de substância negativa. A sua vez ambos fatores

877
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
serão considerados como emanações de um centro de força ainda maior que,
mediante os mesmos, expressa um propósito.

Uma forma mental, tal como a constrói o homem, é a união de uma emanação positiva
e outra negativa. Ambas são emanações de uma Unidade, o Pensador coerente.

Façamos alguns comentários sobre esses excelsos ensinamentos do Mestre Djwal Khul.

A ciência já admite como fato real que a matéria é energia, sendo a sensação de dureza
unicamente o resultado da interpretação pelo cérebro da informação a ele enviada pela
rede nervosa do contato entre 2 campos de força: a pele e o objeto tocado. Temos
também a constatação pela ciência da existência das chamadas matéria e energia
escuras, as quais constituem cerca de 95% da totalidade da matéria do universo, sendo
essa visível e detectável por instrumentos responsável apenas por 5%.

A eletricidade já está bastante dominada. O laser e a luz polarizada são provas de que o
homem também já domina em muito a luz, embora ainda falte bastante para o domínio
pleno. Experiências recentes pelas quais foi conseguida a levitação de uma rã por meio
de um forte campo magnético, comprovam que o homem já está no caminho de vencer
a gravidade por um processo mais sofsticado e limpo, que não pela utilização de
energia fóssil e dispositivo mecânico (o aerofólio).

Assim, vemos que o homem já está se aproximando daquela situação na qual poderá,
como humanidade, responder à polarização mental do Logos solar. Sabemos que ainda
falta muito, mas o homem está a caminho. Somente os religiosos teimam fanaticamente
em permanecer na cegueira total com referência à Divindade e ao Seu corpo de
expressão, conceituando um Deus com defeitos humanos e que se compraz com a
bajulação.

Sabemos que nosso Logos solar já tem a 2ª Iniciação cósmica e está se preparando
para receber a3ª, da Transfguração cósmica, ainda neste atual sistema solar, ou seja,
nesta Sua atual encarnação física cósmica. Como a 3ª Iniciação é a expansão e o
domínio do corpo mental, nosso Logos solar já iniciou há muito o processo de
polarização mental. Por isso aquelas Mônadas humanas que estão fazendo o esforço
para evoluírem depressa, já conquistaram todas as qualifcações citadas acima pelo
Mestre e se libertaram da roda de Sanshara (a roda das encarnações obrigatórias),
prosseguindo sua evolução em níveis e processos que o homem comum nem sequer
pode imaginar, como, por exemplo, ir para o sistema estelar binário Sírius (situado a 8,6
anos-luz da Terra, sendo um ano-luz igual a 9,5 trilhões de quilômetros), para
desenvolver a mente e a inteligência em nível cósmico e, após, trabalhar no mundo

878
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
astral cósmico.

Assim concluímos, por um raciocínio lógico e baseado em fatos observados, que todo
aquele que, através do uso da vontade inteligente e consciente, busca o verdadeiro
conhecimento e o aplica em si mesmo, simultaneamente prestando serviço à
humanidade, não como muitos erroneamente pensam, mas sempre dentro do
Propósito do nosso Logos planetário, adquire o direito inalienável de responder às
vibrações das energias emanadas pelo nosso Logos solar, resultantes de Seu esforço
para Se polarizar mentalmente, e respondendo a essas energias, capacitar-se também
para responder a outras energias extrassistêmicas, como as oriundas da Ursa Maior,
das Plêiades, de Sírius e de outros Sóis relacionados com o nosso Logos solar, como
Betelgeuse, a alfa de Órion e assim evoluir em velocidade exponencial. Temos aí uma
autêntica demonstração da JUSTIÇA DIVINA, que dá a todos o direito de evoluir e se
libertar dos grilhões da matéria na velocidade que quiser e alcançar os mundos de vida
mais abundante e plena, como afrmou o sr. CRISTO (sr. Maitreya) na Palestina, através
do corpo de Jesus.

Muito embora a fase áurea da humanidade só deva ocorrer na próxima ronda, a 5ª,
todavia todos têm o direito de antecipar a sua fase áurea e prosseguir muito mais
adiante. Por isto o Mestre Djwal Khul diversas vezes faz referência a homens que
encarnaram numa época, mas eram homens de rondas futuras, como foi o caso de
Platão e Confúcio, entre outros, que eram homens da 5ª ronda. Na atualidade já
existem encarnadas Almas da 5ª ronda, quando consideramos sua mentalidade e sua
visão do mundo fenomênico.

Portanto, aproveitemos esses elevadíssimos conhecimentos que o Mestre Djwal Khul


tão amorosamente nos colocou à disposição e apliquemo-los, para rapidamente nos
livrarmos da escravidão da matéria.

Estudo 272

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - Formas Mentais - 1. Suas Funções - c. Levar a cabo um
Propósito específco - Páginas 459, 460 e 461.

Estudaremos agora a 3ª função de uma forma mental.

879
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
c. Levar a cabo um propósito específco. Estudaremos aqui o elemento mais vital para a
construção de formas mentais. No 1º. ponto foi tratado o aspecto consciência ou
resposta à sensação ou sentimento, introduzindo-nos assim no estudo do processo de
construção, o 2º. aspecto logoico, o do Ego ou a realização da dualidade essencial. Essa
função é a resposta, o que supõe aquele que toma conhecimento da vibração e da
informação que ela transporta, sendo que no homem é o Ego, o Observador, quem
toma conhecimento. Portanto tratou-se do Filho, o 2º. aspecto, o intermediário entre o
Pai (1º. aspecto) e a Mãe, a matéria (3º. aspecto).

No 2º. ponto tratou-se mais detalhadamente o aspecto objetivo e nos ocupamos da


forma tangível, introduzindo assim o 3º. aspecto logoico, o da substância inteligente ou
aquilo por meio do qual a consciência trata de expressar-se.

Agora consideraremos o aspecto vontade ou propósito, introduzindo portanto o 1º.


aspecto logoico ou a "vontade de ser". Quando for feita uma meditação cuidadosa
sobre este 3º. ponto, será observado, como é esperado, que inclui os outros dois e os
sintetiza.

A decisão de se manifestar nasce no 1º. aspecto. Para tal, ele tem de saber o que quer
(propósito,1º. aspecto), como tomar conhecimento dos fatos para conseguir seu
propósito (resposta à vibração,2º. aspecto) e como construir o mecanismo para captar
as vibrações (veículo,3º. aspecto). Logo o 1º. aspecto (propósito, vontade) é de fato
sintetizador e inclui os outros dois.

Certos fatores devem ser tidos em conta, quando consideramos as palavras "propósito
específco". Mediante sua classifcação trataremos de esclarecer este tema complexo.
As ideias implicadas são:

O fator identidade. Propósito específco é a aplicação prática da vontade ou intenção


de uma Existência consciente e inteligente, quando se expressa como:

a. Sua fonte de origem, a Entidade manifesta-se a si mesma.

b. Sua missão, o serviço a ser prestado.

c. Seu método, o processo ou a técnica para executar o serviço e alcançar seu


objetivo.

d. Seu objetivo, conquistar um conhecimento e um poder.


Estes quatro variarão de acordo com a natureza da identidade emanante. Todas as
formas mentais - logoicas, planetárias e humanas - (pois nenhuma outra entidade de

880
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
menor grau trabalha como criadora mental) emanam de uma mente; são construídas
para efetuar algum trabalho ativo, manifestando-se por regras e leis fxas, tendo uma
meta defnida ou consumação inevitável.

O fator tempo. O Propósito específco do sistema solar consiste na evolução gradual de


um plano defnido que se origina na Mente do Logos e chega à sua consumação, lenta e
ciclicamente. Três vastos períodos de tempo transcorrem durante o processo:

O período de construção, no qual a forma é construída.

O período de utilização, no qual um Vida central ocupa, vitaliza e utiliza a forma.

O período de dissolução, no qual a forma é desvitalizada, destruída e dissipada.

Na 1ª etapa, o que concerne ao tangível e o que trata da objetividade são o que mais se
recalcam e têm suprema importância.

Na 2ª etapa, a vida ou a consciência subjetiva dentro da forma aparece gradualmente à


superfície e a qualidade ou psique da forma mental faz-se evidente.

Na etapa fnal, a forma mental (tendo cumprido sua missão) divide-se em sua dualidade
fundamental e a vontade ou energia (que permanece como unidade por detrás da
dualidade) cessa seu intento.

A vida objetiva (vida espiritual quando se trata de formas mentais cósmicas, as criadas
por um Logos), vidamanásica quando se trata de formas mentais solares, as criadas
pelos Iniciados que trabalham a partir do mundo búdico) e vida elemental quando se
trata de formas mentais humanas) retira-se e a forma se desvanece.

Essa vida objetiva consiste nos membros do reino dévico, em suas diversas hierarquias
e categorias, as quais, sob o comando do Ente construtor da forma mental, atuam
como energia dinamizadora e vitalizadora das matérias da forma mental.

Em todos estes casos é evidente que só estudando como se desenvolve a qualidade da


forma mental, será revelado seu propósito inerente; unicamente quando seus
processos imanentes sejam compreendidos, será reconhecida a natureza de sua
missão.

Isto é fundamentalmente certo para todas as formas, o que é facilmente comprovado


quando se trata de formas relativamente pouco importantes - como as que constrói o
homem atualmente - ; cada forma, por meio de:

sua cor (a sensação que a vibração produz na consciência),

881
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sua vibração (a oscilação em si mesma, sua frequência e forma de onda),

sua direção (o objetivo, em cuja direção está indo),

sua nota chave (a oscilação dominante, da qual todas as demais são harmônicos
secundários), revela ao clarividente treinado a natureza da vida interna, a qualidade da
vibração e a natureza de sua meta. A soma total de tais características revelará o
propósito mesmo.

Estudo 273

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 1. Suas Funções - c. Levar a cabo um propósito específco - O
Fator Carma - páginas 461, 462, 463 e 464.

Estudaremos agora o fator atuante no propósito específco de uma forma mental.

O fator carma. Em consequência do efeito que uma forma mental produz, ela fca
sujeita à Lei do Carma. Na etapa atual da história do sistema - esta vasta etapa de
transição entre a vida física densa e a existência no corpo etérico logoico - não é fácil
para nós saber diferenciar entre as formas mentais que constituem efeitos e as que
constituem causas. Deve recordar-se que somente os senhores cósmicos e os
senhores solares formulam pensamentos. O Ego humano é um senhor solar, embora a
vida animante de suas formas mentais seja vida elemental, pois elas são revestidas de
matéria mental inferior, astral e física etérica, onde atuam os pitris lunares.

Nenhum senhor lunar nem inteligências menores formulam pensamentos.


Consequentemente os 2 grupos já mencionados fcam sujeitos à lei cármica. São os
únicos autoconscientes e portanto responsáveis. Onde não existe autoconsciência, não
há responsabilidade. Por isso os animais não são considerados responsáveis e, embora
sofram no mundo físico e em seus veículos físicos, nos mundos mais sutis estão livres
de carma, pois carecem de memória e pressentimento; não possuem a faculdade de
correlacionar e, como a chispa da mente está ausente, não estão sujeitos à lei de
retribuição, exceto no que concerne ao corpo físico.

A razão do sofrimento no reino animal encontra-se oculta no pecado dos sem mente
nesse terrível período descrito na Doutrina Secreta, que deu por resultados abortos e
tergiversações de toda classe. Se esse período e esse tipo particular de "malogrado

882
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
propósito" não tivesse tido lugar, não teríamos a terrível relação cármica que existe
hoje entre os 3º. e 4º. reinos.

Esse pecado dos sem mente ocorreu logo após a separação dos sexos, na 3ª sub-raça
da raça lemuriana, a 3ª A mente dos homens dessa sub-raça, recém desperta, possuía
ainda muitas regiões obscuras. Alguns elementos do sexo masculino acasalaram-se
com fêmeas de animais e deram origem a um tipo de animal de pelo vermelho e que
andava de quatro, nada tendo a ver com os atuais símios. Este ato antinatural afetou
carmicamente os 2 reinos.

Quando o efeito da vida e duração de uma forma mental é maléfco e destrutivo, atua
como "mal carma" e se é benéfco atua como "bom carma" no grupo ao qual pertence o
criador da forma mental. Este é o signifcado quando se diz que uma ação boa e
altruísta não produz carma, isto é, não produz mal carma.

O fator dos construtores menores. Aqui é introduzido um fator muito importante sobre
o qual estender-nos-emos mais adiante, quando estudarmos os elementais. Este fator é
muito importante, uma vez que a segurança, a efciência e a potência de uma obra
dependem não só do conhecimento e da habilidade do engenheiro projetista, como
também do conhecimento que ele tem dos operários construtores e dos técnicos que
irão operar a obra e cuidar de sua manutenção e os elementais são os operários e
trabalhadores que, sob o comando do Ego (o engenheiro projetista), irão construir e
manter a forma mental (a obra).

O propósito específco de uma forma mental está muito estreitamente relacionado com
o tipo de essência dévica com a qual está construída e (em relação com o homem no
mundo mental) com o tipo de elemental que ele pode controlar e enviar como ocupante
ou agente vitalizador da forma mental.

Falando superfcialmente, um Logos solar atua unicamente por intermédio dos grandes
Construtores, os Manasaputras, em Seus distintos graus nos 2 planos superiores do
sistema solar, (os planos adi e monádico) e trabalha por meio dEles, enviando-os a
desempenharem a missão de construir e vitalizar com um propósito específco em
vista a forma mental do sistema. Os Logoi planetários trabalham prinipalmente por
intermédio dos Construtores dos 3 planos seguintes (átmico, búdico e mental), os quais
constroem e controlam o trabalho dos esquemas planetários.

Os homens trabalham por intermédio dos construtores dos planos mental inferior e
astral, porque as formas mentais humanas são kama-manásicas; os construtores do
plano físico entram automaticamente em ação por força de correntes e energias

883
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
iniciadas em matéria sutil pelos grandes Construtores, ou seja, são compelidos à
ação.Daí a suprema importância de o homem ser realmente Alma ou Ego vivente no
mundo físico, ter uma excelente ligação entre a consciência cerebral e a causal e,
melhor ainda, se já aprendeu a construir cientifcamente o Antakarana, essa
comunicação entre a unidade mental permanentemente e o átomo mental permanente
e, portanto, com a Tríade superior, facilitando a comunicação Mônada-cérebro.

Um requisito é fundamental: para controlar e dominar os elementais, o homem tem


primeiro de dominar a si mesmo (seus 3 corpos inferiores), uma vez que seus corpos
são constituídos de essência dévica.

A seguinte classifcação pode esclarecer o que acima foi dito:

IV CLASSIFICAÇÃO
ENTIDADES CONSTRUTORAS

Qualidad
Entidade Centro Personalidade Reino
e
Grande Homem
Atma Logos Cabeça(cérebro) Sétimo - Unidade
celestial
Budi- Logos Sexto e Quinto -
Coração e Garganta Homem celestial
Manas planetário Dualidade
Plexo solar,Base da Quarto -
Mental Homem Homem
coluna vertebral Triplicidade
Terceiro -
Astral Animal Órgãos de procriação
Dualidade
Segundo -
Etérico Vegetal Baço
Transitório
Denso Mineral Nenhum Primeiro - Unidade
Nesta tabela temos de distinguir entre a Entidade construtora (analogia do engenheiro
construtor e projetista) e os grandes Construtores (os trabalhadores), do reino dévico.

O Logos solar faz uso de sua qualidade atma (vontade) e o centro físico cósmico pelo
qual essa qualidade se manifesta (dentro da forma mental sistema solar) é o
equivalente ao cérebro, no plano adi. É 7º. reino (o mais elevado), onde impera a Lei de
Síntese, sendo por isso a unidade.

Os Logoi planetários fazem uso das qualidades budi (o princípio crístico) e manas (a
mente) e utilizam seus centros do coração (budi) e laríngeo (manas como poder
criador), empregando Construtores dos planos átmico, búdico e mental. Expressam-se

884
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pelos 6º. e 5º. reinos, sendo a dualidade budi-manas.

O homem faz uso da qualidade manas inferior e utiliza os centros plexo solar (umbilical,
formas kama-manásicas) e da base da coluna vertebral, empregando vida elemental.
Constitui o 4º. reino e expressa a triplicidade em sua forma mental: corpo mental
inferior-vontade, corpo astral-amor, corpo físico-inteligência ativa. Podemos também
interpretar essa triplicidade vendo no homem elementos dos 3 reinos inferiores, uma
vez que no corpo do homem temos componentes dos reinos mineral, vegetal e animal.

O reino animal, 3º. reino, é uma forma mental que dá ênfase à qualidade astral
(emoção), expressando-se como centro no corpo do Logos planetário como órgãos de
procriação. Representa a dualidade: emoção (amor) e atividade inteligente (matéria).
Podemos também interpretar a dualidade vendo nesse reino os 2 reinos inferiores:
mineral e vegetal.

O reino vegetal, o 2º. reino, é uma forma mental que dá mais ênfase à qualidade
etérica, na distribução de prana vitalizador, de suprema importância para as vidas em
encarnação, representando por isso o centro baço no corpo do logos planetário. É
transitório porque é ponto de transição do reino mineral para o animal.

O reino mineral, por ser a parte mais densa, não constitui princípio. É a unidade, porque
está começando e, por ser o mais concreto, é o ponto de retorno, ou seja, onde termina
a fase de involução e inicia-se a fase de evolução.

Mediante um estudo acurado ver-se-á que a primeira enumeração quíntupla refere-se


aos reinos mais importantes da natureza (no nosso esquema temos: Shamballa-7º., 2
na Hierarquia-6º. e 5º., humano e animal), enquanto as 2 últimas (vegetal e mineral) são
particularmente interessantes, porque o reino mineral em nenhum sentido pode ser
considerado um princípio, mas simplesmente um ponto mais denso de concreção do
abstrato; o reino vegetal ocupa um lugar peculiar na economia do sistema como
transmissor de fuido prânico vital, sendo defnitivamente uma ponte entre o
consciente e o inconsciente, empregando estas palavras em seu sentido mais amplo e
geral. Embora seja bem sabido que o reino mineral tem consciência própria, sem
embargo, a sensação é mais facilmente reconhecível no 2º. reino, o vegetal; a diferença
existente entre a consciência do mineral e a do animal é tão grande que suas
respectivas consciências são fundamentalmente dessemelhantes. Entre ambos
encontra-se o reino vegetal, que se aproxima pelo geral mais da consciência animal que
a do mineral, tendo maior relação esotérica com a evolução dévica.

Estes reinos da natureza constituem "formas mentais", possuem corpos, vitalidade,

885
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
qualidade e propósito; são enviadas para cumprirem uma missão específca, por uma
vida superior à delas; essas vidas são autoconscientes e uma mescla de espírito, mente
e forma objetiva. Unicamente os que são autoconscientes podem criar, ter propósito,
coordenar, dirigir e controlar.

Embora pareça que não foi dito o bastante, sem embargo, depois de considerar
devidamente os 4 pontos citados em relação com o "propósito" de uma forma mental, o
estudante pode elucidar muito por si mesmo.

Estudo 274

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 1. Suas Funções - c. Levar a cabo um propósito específco -
Continuação - Páginas 464 e 465.

Continuemos nosso estudo do propósito de uma forma mental.

Ampliando as ideias acima expostas até o Logos solar, surgirão provavelmente


interrogações sugestivas, que só serão benéfcas pela sua capacidade de expandir o
conceito e ampliar o horizonte do Pensador. O propósito logoico não é ainda
compreensível para o homem; de nada servirá meditar sobre ele, sem embargo, na
formulação de ideias e sua captação pelos pensadores, pode chegar gradualmente o
dia do reconhecimento e subsequente colaboração com esse propósito divino.
Enquanto isso formulemos algumas de tais interrogações, deixando que o futuro revele
a resposta:

1. Qual poderia ser o propósito da atual encarnação do Logos solar?

2. Qual é o propósito que quiçá atue em nosso próprio esquema planetário e o plano
fundamental de nosso Logos planetário?

3. Em que difere dos outros esquemas planetários?

4. Qual é o propósito que se encontra por detrás da relação existente entre a Terra e
Vênus?

5. Poderia investigar-se, de algu1ma maneira, qual é o propósito de todo o reino


animal?

886
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
6. Qual o propósito que se encontra por detrás da atual evolução da presente raça-
raiz ? Podemos compreendê-lo?

7. Qual o propósito que se encontra por detrás das distintas formas nacionais?
Reduzamos agora a ideia a uma base mais prática e formulemos perguntas sobre as
seguintes linhas:

1. Que tipo de matéria emprego geralmente para formular pensamentos?

2. Qual a qualidade psíquica de minhas formas mentais?

3. Com que propósito específco emprego a matéria mental?

4. Trabalho consciente ou inconscientemente com matéria mental?

5. Vitalizo minhas formas mentais com uma entidade de ordem elevada ou inferior?

6. Estudo as leis da construção?

7. Compreendo o poder da vontade para vitalizar?

8. Destruo as formas mentais por um ato de vontade consciente quando tenham


cumprido seu propósito ?

9. Construo formas que produzem efeitos cármicos ou que são para o bem do
grupo?
Muitas ideias surgirão como as anteriores e pelo estudo das mesmas o homem
aprende as leis da existência.

Tentemos responder as perguntas do primeiro questionário.

1. O propósito do atual sistema solar, a atual encarnação do nosso Logos solar, é o


desenvolvimento ao máximo possível do aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura, ou
seja, o Cristo cósmico. Também almeja receber a 3ª Iniciação cósmica, da
Transfguração cósmica. Isto Ele está fazendo baseado no que Ele aperfeiçou no
sistema solar anterior, a mente cósmica, o 3º. aspecto, Inteligência Ativa.

2. Em nosso esquema planetário ainda está atuando o 3º. aspecto, pela sua ligação
com o esquema sagrado de Saturno, do 3º.Raio. Em seu plano fundamental nosso
Logos planetário está se esforçando para dominar seu corpo astral cósmico, para
receber a 2ª Iniciação cósmica maior, já tendo recebido algumas Iniciações cósmicas
menores.

887
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3. Nosso esquema difere fundamentalmente dos outros esquemas planetários por
não ser sagrado, ou seja, não exercer as funções de centro sagrado (um dos 7
principais) no corpo do nosso Logos solar.

4. O nosso Logos planetário, de polaridade masculina, objetiva o divino "matrimônio"


cósmico com o Logos de Vênus, de polaridade feminina.

5. Como o reino animal representa os órgãos de procriação, o seu propósito deve ser
expressar as energias sexuais do Logos planetário na parte mais densa do Seu corpo
físico cósmico.

6. Como a nossa humanidade representa o chacra laríngeo do nosso Logos


planetário, chacra onde está o poder criador e é regido pelo 3º. Raio, de manas,
podemos deduzir que a atual 5ª raça-raiz, cuja meta é desenvolver a mente, tem
como propósito mais relevante intensifcar este chacra, por meio da atividade da
parte densa regida por ele, o que, automaticamente, força o chacra a trabalhar mais ,
exigindo mais fogo da matéria, extraindo-o do chacra sacro.

7. Ainda considerando a nossa humanidade como o chacra laríngeo do nosso Logos


planetário e sabendo que este chacra tem 16 pétalas ou vórtices, podemos deduzir
que as diversas formas mentais nacionais representam funções nessas pétalas, uma
vez que cada nação possui uma qualidade característica. Assim o propósito por
detrás é estimular os diversos vórtices desse chacra do Logos.
Deixamos bem claro que estas interpretações são nossas.

Estudo 275

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 3. As Leis do Pensamento - Páginas 465 e 466.

2. As Leis do Pensamento.

Existem 3 grandes leis que poderíamos considerar como as leis fundamentais do


cosmos, esse sistema maior (reconhecido por todos os astrônomos) do qual formamos
parte e as 7 leis inatas do sistema solar. Deveríamos considerá-las secundárias, embora
desde o ponto de vista da humanidade sejam as mais importantes. Os astrônomos
reconhecem o cosmos, todavia não reconhecem a divisão septenária desse cosmos,

888
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com sistemas maiores contendo sistemas menores, como o sistema maior do Logos
cósmico contendo dentro de si 7 sistemas solares como centros de força. A divisão
que os astrônomos admitem é de galáxias contendo estrelas.

a. Três leis cósmicas. A primeira delas é a Lei de Síntese. Para aqueles que não
desenvolveram a faculdade búdica é quase impossível compreender o alcance desta
lei. Demonstra que todas as coisas - abstratas e concretas - existem como uma só;
rege a forma mental desse Logos cósmico em cuja consciência nosso sistema e nosso
centro maior desempenham sua parte. Pressentimos que nosso sistema em evolução é
uma unidade de Seu pensamento que constitui em sua totalidade uma forma mental,
um todo concreto e não um processo diferenciado. É a soma total e o centro, a
periferia e o círculo de manifestação considerados como uma unidade. Em outras
palavras, a esfera de manifestação do Logos cósmico da qual nosso sistema solar faz
parte, é uma grande forma mental, constituindo-se em uma unidade pelo poder do
Logos cósmico. Digamos isto com outras palavras. Todo esse universo que constitui a
parte visível aos olhos humanos e aos telescópios mais possantes como o Hubble,
como ainda a detectável por instrumentos sofsticados, como os telescópios de raios
infravermelhos e os detectores de raios gama e outros aparelhos sensíveis a radiações
não captáveis pelo olho humano, incluindo as chamadas matéria e energia escuras,
constituintes de 95% das existentes no universo, são concreções do que existe
realizado e perfeitamente organizado na Mente do Logos cósmico, no nível do mundo
mental cósmico. O que o homem consegue ver e captar nada mais é que essa
concreção. Por isso, tudo, de fato, é uma unidade perfeita nessa grandiosa Mente,
sendo imperfeito para a visão limitada do homem. Todavia aquele que já possui um
vislumbre de vivência búdica (quem já passou pelo 2º. Portal iniciático) percebe essa
unidade e perfeição, embora o mundo em que vive só veja imperfeição, e seu esforço
consiste em buscar e entender cada vez mais a perfeição maior e acrescentar sua
própria perfeição individual à perfeição já existente, ao mesmo tempo que luta para
que todos saiam da cegueira e também participem da glória e da verdadeira alegria de
verem e entenderem essa perfeição crescente e poderem contribuir conscientemente.

A 2ª lei é a Lei de Atração e Repulsão. Esta lei descreve fundamentalmente a força


compulsiva de atração que mantém unido nosso sistema solar ao de Sírio, nossos
planetas girando ao redor de nossa unidade central, o Sol, os sistemas menores de
matéria atômica e molecular circulando ao redor de um centro no planeta, a matéria de
todos os corpos do plano físico e a dos corpos sutis coordenadas ao redor de seu
centro microcósmico.

889
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A terceira é a Lei de Economia, que ajusta todo o relativo à evolução material e
espiritual do cosmos para o melhor benefício e o menor desgaste de forças. Faz
perfeito cada átomo de tempo e período eterno e "leva a cabo" todas as coisas para
diante, para cima e à sua conclusão com o menor esforço possível, exato equilíbrio e
necessário grau de vibração. A disparidade de ritmo é realmente uma ilusão do tempo
e não existe no centro cósmico. Devemos meditar sobre isto, pois encerra o segredo da
paz; é necessário chegar a compreender o signifcado da palavra conclusão, pois
descreve a próxima expansão de consciência racial e tem um signifcado oculto.
Analisemos essas palavras aparentemente misteriosas do Mestre Djwal Khul. Usemos o
raciocínio dedutivo. Quando o Mestre diz a "próxima expansão de consciência racial",
Ele claramente está se referindo à consciência búdica, que será a meta da 6ª raça-raiz.
Ora ter consciência búdica é ter capacidade de ver todas as partes de um fenômeno
funcionando simultaneamente, e não separadamente, como a mente analítica faz. Um
médico, quando disseca um corpo para estudá-lo, apenas vê uma parte de cada vez.
Quando consegue ver um órgão funcionando através de um aparelho, como de
ultrassonografa e de ressonância magnética funcional ou outros, continua vendo uma
parte, não conseguindo ver o todo funcionando integrado, com todas as partes
interrelacionando-se. Os diversos efeitos das muitas realimentações energéticas
(feedback), operando simultaneamente e em tempo real, ele não consegue captar. Isto
falando apenas da parte puramente física, sem entrar no mérito dos corpos sutis. Pois
bem, com a consciência búdica em atividade, todas as partes são percebidas e
entendidas simultaneamente. Ora, isto é ver as coisas concluídas e não parcialmente,
sendo este o signifcado da palavra conclusão neste contexto.

A nomenclatura destas leis não explica tudo, pois é pouco menos que impossível
expressar abstrações mediante a linguagem, sem perder no processo o sentido
interno, por falta de palavras adequadas, o que obriga a fcar apenas numa descrição
muito parcial e incompleta. Daí que é muito importante fazer o esforço necessário para
desenvolver a mente búdica, uma vez que só assim será possível entender porque viu e
vivenciou, e não apenas porque alguém falou. Não estamos mais na época da fé cega e
baseada em autoridade inexistente. Só os cegos mentalmente agem assim.

Nestas leis temos novamente demonstrada a tríplice ideia, regendo a analogia, como é
de se esperar.

A Lei de O Aspecto 1º.


Síntese Vontade Aspecto

890
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

A Lei de O Aspecto 2º.


Atração Amor Aspecto
A Lei de O Aspecto 3º.
Economia Atividade Aspecto

891
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 276
SEGUNDA PARTE DO TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - SEÇÃO D - OS ELEMENTAIS
DA MENTE E OS ELEMENTAIS DO FOGO - 2. AS LEIS DO PENSAMENTO - B. SETE LEIS
DO SISTEMA - PÁGINAS 466 E 467.

b. Sete leis do sistema. Subsidiárias às 3 leis principais temos as 7 leis de nosso


sistema solar. Novamente achamos que a lei de analogia clareia e as três leis se
convertem em sete, como em qualquer parte do esquema logoico. Cada uma destas 7
leis tem uma correlação interessante com os 7 planos ou mundos, as quais são:

1. A Lei de Vibração, base da manifestação que começa no 1o. plano ou mundo, o adi
ou divino. É a lei atômica do sistema, assim como em cada um de nossos planos ou
mundos o 1o. subplano é atômico.

2. A Lei de Coesão. A coesão evidencia-se primeiramente no 2o. plano ou mundo, o


monádico; é o 1o. plano ou mundo molecular do sistema e o lar da Mônada,
manifestando-se ali coerência divina.
O mundo monádico é o primeiro molecular, pelo fato de os átomos monádicos serem
constituídos de átomos adi e assim, quando vistos a partir do mundo adi, são
realmente moléculas (aglomerados de átomos adi), embora sejam átomos para os
subplanos monádicos e os demais planos ou mundos. A expressão "coerência divina"
usada pelo Mestre Djwal Khul explica-se pelo fato de os átomos divinos coesos
formarem o átomo monádico.

3. A Lei de Desintegração. No 3o. plano ou mundo o quíntuplo super-homem chega a


desprender-se (quíntuplo, porque venceu e assimilou qualidades em 5 planos ou
mundos: físico, astral, mental, búdico e átmico), fnalmente, de todos os envoltórios.
Um Choan da 6a. Iniciação descarta os envoltórios de grau inferior ao veículo
monádico, desde o envoltório átmico até o físico.

4. A Lei de Controle Magnético mantém seu domínio predominante no plano ou


mundo búdico; quando vai sendo adquirido o controle desta lei, ocultamente a
Mônada adquire também o controle da personalidade por meio do corpo egoico.
Expliquemos estas palavras do Mestre. A Lei de Controle Magnético atua fortemente
no mundo búdico e tem intensa ligação com a Lei de Coesão, que impera no mundo
monádico, lar da Mônada. Quando o homem vai adquirindo o controle da Lei de
Controle Magnético, ele já está atuando na matéria búdica, ou seja, já tem alguma
consciência do mundo búdico, tendo obviamente recebido a 2a. Iniciação, na qual é

892
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
feita a transferência de polarização do átomo astral permanente para o átomo búdico
permanente, o que dá início à coordenação do corpo búdico. Tudo isto leva a Mônada
a se aferrar ao Loto Egoico (o corpo causal ou egoico) e como o Ego já está nessa
fase também fortemente aferrado à personalidade, controlando-a intensamente,
deduz-se logicamente que no fnal é a Mônada quem adquire o controle da
personalidade.

5. A Lei de Fixação demonstra-se principalmente no mundo mental e tem uma


estreita relação com manas (a mente), o 5o. princípio. A mente controla e estabiliza,
trazendo como resultado a coerência.
Aqui vemos nitidamente a manifestação num mundo mais denso, o mental, de uma
lei, a de coesão, que tem sua origem no mundo monádico, o que é necessário, pois
sem a lei de fxação, a coerência não seria mantida, pela tendência à dispersão da
matéria mental.

6. A Lei do Amor é a lei do mundo astral. Seu objetivo é transmutar a natureza do


desejo, vinculando-a com o magnetismo superior do aspecto amor no mundo búdico.
Encontramos aí mais uma lógica exata. No mundo monádico temos a lei de coesão,
que supõe atração; esta lei, ao manifestar-se no mundo búdico, gera a lei de controle
magnético, que também envolve atração e repulsão (o polo oposto da atração);
fnalmente a lei de controle magnético, manifestando-se no mundo astral, gera a lei
do amor, resultado natural do controle magnético, sendo o ódio o polo oposto do
amor, refexo exarcebado da repulsão.

7. A Lei de Sacrifício e Morte é o fator que controla no mundo físico. A destruição da


forma, a fm de que possa progredir a vida evoluinte, é um dos métodos
fundamentais da evolução.

Temos aqui um refexo da lei de desintegração, do mundo átmico ou espiritual. Para


que o Espírito ou a Mônada, mergulhada no mundo mais denso, possa evoluir, mister
se faz que periodicamente a forma seja destruída, para que a Mônada possa
continuar sua evolução por meio de uma forma mais aperfeiçoada e, num dado
momento, possa se libertar defnitivamente das formas dos mundos mais densos,
ocorrendo essa libertação na 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar.
A lógica dessas leis e das suas correlações é perfeita. Tudo surge no mundo adi ou
divino, pela Lei de Vibração, a grande lei, da qual as demais são derivações e
adequações às necessidades, estando todas estas adequações codifcadas no mundo
adi ou divino como vibração, para atuar no mundo ou plano certo como lei desse

893
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mundo. Temos no nosso mundo físico uma analogia grosseira desse processo
vibratório produzindo efeitos de adequação. Quando um cientista da NASA, no centro
de controle na Terra, consegue por meio de ondas eletromagnéticas que um robô
pousado em Marte colha amostras do solo marciano e as traga para a Terra, ele está
exatamente fazendo com que uma vibração se adeque à região na qual está atuando.
Na frequência e forma de oscilar ou vibrar dos campos elétricos e magnéticos
associados numa onda eletromagnética estão as instruções para que esta ou aquela
ação seja executada pelo robô.
Mais uma vez temos uma comprovação do antigo axioma: Assim como é em cima, é em
baixo.

O cientista conhece e sabe usar as leis da eletrônica e da mecânica e consegue


resultados práticos, mas depende de máquinas e aparelhos, sendo incapaz de atuar
diretamente, sem a intermediação dos aparelhos. Mas aquele que conhece real e
profundamente a grande Lei de Vibração, em seus 7 modos de vibrar, o original e os
outros seis, que produzem as 6 leis subsidiárias, como também as inúmeras variações
ou diferenciações, pelas quais todos os fenômenos ocorrem, e, ao mesmo tempo, se
conhece e é Senhor de si mesmo e, por ser Senhor de si mesmo, é detentor de forte
Vontade, já tendo transcendido o desejo e já enxergou o UNO nos muitos, ou seja, age
para a realização do PROPÓSITO DIVINO, pode atuar diretamente na matéria, não só a
física, como as demais, e vai num crescente dominar matérias.

Para tal é imprescindível o conhecimento, mas o conhecimento autêntico e verdadeiro,


que, por sucessivas e crescentes expansões de consciência e sua aplicação, permite
enxergar e entender mundos cada vez mais elevados e dinâmicos e dominá-los.

Toda esta Glória está ao alcance de todos, sem exceção, bastando que alguém que já
avançou mais clareie as mentes, como fez o nosso amado Mestre Djwal Khul (também
conhecido como Mestre Tibetano), através de Seus livros, em particular este que
estamos comentando, Seu livro mais importante e grandioso.

Estudo 277

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 2. As Leis do Pensamento - b. Sete Leis do Sistema -
Continuação - Páginas 467 e 468.

894
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A Lei intermediária do Carma. Existe também uma lei intermediária, lei sintética do
sistema de Sirius. Tal lei é denominada em termos genéricos Lei do Carma e, realmente,
descreve o efeito que o sistema de Sirius tem sobre nosso sistema solar. Cada um dos
dois sistemas, no que se refere à sua economia interna, é independente em tempo e
espaço, ou, em outras palavras, em sua manifestação. Praticamente não produzimos
nenhum efeito sobre nosso sistema paterno (o sistema de Sirius), sendo a ação refexa
tão tênue que é quase insignifcante, porém são sentidos efeitos muito defnidos em
nosso sistema por causas que surgem de Sirius. Tais causas, quando são
experimentadas como efeitos, denominamo-las a Lei do Carma, e iniciaram
originalmente o Carma do sistema que, uma vez que tenha entrado em efeito, constitui
o que se denomina Carma na literatura ocultista e oriental.

Cada um dos Senhores Lipikas e os Senhores do Carma do nosso sistema estão


regidos por um Senhor mais elevado do sistema de Sirius.

Temos por conseguinte:

1. As três leis cósmicas de Síntese, Atração e Economia.

2. A Lei de Sirius do Carma.

3. As sete leis do sistema solar.


Como já foi dito, nossas 7 vibrações principais são as do plano ou mundo cósmico
inferior; ali encontra-se nossa morada. Nosso Logos Mesmo, coração de Seu próprio
sistema, encontra-se no plano ou mundo astral cósmico, estando ali polarizado. Assim
como os entes da 4a. Hierarquia criadora, a humana, evoluem empregando corpos
físicos, embora estejam polarizados atualmente em seus veículos astrais, da mesma
maneira temos visto que o sistema solar objetivo forma o corpo físico do Logos, porém
Sua polaridade reside em Seu corpo astral. É signifcativo que neste manvantara maior,
o Logos (solar) está por receber a 4a. Iniciação cósmica. Um dado iluminador tem
raízes na analogia que existe entre este enunciado e o desenvolvimento da 4a. raça-
raíz e a atual 4a. ronda ou astral.

Observação - Na atual ronda, a quarta, o desejo ou resposta ao contato e à sensação é


levado à sua mais plena expressão. Na próxima ronda, a quinta, o 5o. princípio da
mente ou manas alcançará sua frutifcação.

O sistema do Logos de Sirius encontra-se no plano mental cósmico e, em forma sutil e


incompreensível para nós, nosso Logos, com Seu sistema, forma parte de um Logos

895
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ainda maior. Isto não implica em perda de identidade, embora a questão seja
demasiado complicada para poder ser expressada mais adequadamente. Nesta
analogia pode ser encontrada a ideia fundamental de todo o ensinamento dado sobre o
grande Homem celestial (o nosso Logos solar). Todo o conceito destas leis está ligado a
esta ideia. Temos as 3 leis dos planos superiores cósmicos, abarcando na beleza da
síntese os sistemas maior e menor (o sistema de Sirius e o nosso). Logo temos a
grande Lei de Sirius, a Lei de Carma, no 3o. subplano do plano mental cósmico, que
realmente controla nosso Logos solar e Suas ações, da mesma maneira que o Ego - no
transcurso da evolução - controla a personalidade humana.

Deveríamos recordar que de acordo com a Lei de Analogia ou correspondência,


teríamos no Cosmos uma relação similar à que existe no microcosmos entre o Ego e a
personalidade. Grande parte do conteúdo desta sugestão poderia ser considerado
benéfco. Sem embargo, não devemos levar a analogia demasiadamente longe, pois não
temos evoluído bastante para ter consciência planetária e muito menos do sistema,
portanto como ter a pretensão de chegar a conceber o abc da verdade cósmica?

Até agora só é possível fornecer dados superfciais, conceitos amplos e


generalizações. De uma coisa podemos estar seguros e é que a identidade sempre
permanece.

Expliquemos por meio de uma ilustração:

Cada um de nós, durante o processo de evolução, forma parte de um dos Homens


celestiais, os quais por sua vez formam os 7 centros nesse Homem celestial maior, o
Logos solar. Sem embargo, embora estejamos submergidos no todo, não perdemos
nossa identidade, mas permanecemos sempre como unidades separadas de
consciência, embora sejamos uno com tudo o que vive ou é. Da mesma maneira nosso
Logos solar não perde Sua identidade, embora forme parte da Consciência do Logos
de Sirius. Por sua vez, o Logos de Sirius é um dos 7 grandes Homens celestiais, centros
por sua vez no corpo de AQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO (o Logos
cósmico).

Analisemos a ação da Lei de Sirius do Carma. O Mestre diz que essa ação sobre o
nosso Logos solar é análoga à ação do Ego sobre a personalidade. Sabemos que o Ego
atua por meio do seu Loto Egoico, seu corpo de expressão. O Loto Egoico é construído
com matéria mental do 3o. subplano, sendo essa matéria substituída por matéria
mental mais sutil, conforme o Ego vai evoluindo. O Mestre diz que, conforme a situação
do Loto Egoico, será o comportamento da personalidade. Lotos Egoicos com os

896
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vórtices ou pétalas abertos e dinâmicos implicam em personalidades mais evoluídas.
Consequentemente existe uma relação de carma entre o Ego através de seu Loto
Egoico e sua personalidade. Por outro lado o Mestre diz que um Ego mais adiantado
pode infuenciar um outro Ego menos adiantado.

Dentro dessa ótica, interpretamos a Lei de Sirius do Carma sobre o nosso Logos solar
da seguinte maneira. Sendo o Ego do Logos de Sirius mais adiantado que o Ego do
nosso Logos solar e estando os Dois Egos fortemente ligados pelo fato de ser o Logos
de Sirius o centro frontal ou ajna no corpo do Logos cósmico e o nosso Logos solar o
centro cardíaco no mesmo corpo, estando ainda o Logos de Sirius polarizado no mental
cósmico, conforme afrma o Mestre, e o nosso Logos solar ainda em processo de
transferência de polarização do astral para o mental cósmicos, podemos concluir que o
Ego do Logos de Sirius infuencia o Ego do nosso Logos solar, afetando Seu Loto
Egoico, que atualmente é constituído de matéria mental do 3o. subplano cósmico. É por
isso que a Lei de Sirius do Carma afeta o nosso sistema no 3o. subplano mental
cósmico. Assim, a ação produzida pelo Ego do Logos de Sirius (causa), ao atuar sobre o
Loto Egoico do nosso Logos solar, com plena consciência do Seu Ego, produz efeitos
em Seu corpo físico cósmico, nosso sistema solar, o que na realidade é uma ação
cármica. É óbvio que o Ego do Logos de Sirius (o Homem celestial verdadeiro do
sistema de Sirius) objetiva o melhor para o nosso Logos solar. Para tal basta lembrar
que o Logos de Sirius exerce a função de centro ajna ou frontal, portanto um centro da
"cabeça" do Logos cósmico. Lembramos que o centro frontal ou ajna é o regente da
personalidade.

Dessa forma fca bem claro o que signifca uma consciência fazer parte de outra
consciência maior. Nós temos exemplos muito semelhantes, embora em nível bem
menor, nos casos da consciência de um discípulo dentro da consciência de seu Mestre.
O discípulo mantém sempre a sua identidade, apesar de saber que está sendo
infuenciado benefcamente pelo seu Mestre. Essa ação do Mestre sobre seu discípulo
se dá sobre o Ego do discípulo, sendo esse o responsável pelo controle da sua
personalidade. Logicamente o Mestre, por causa dessa infuência, está exercendo uma
ação cármica sobre seu discípulo, em perfeita analogia com a Lei de Sirius do Carma
sobre o nosso sistema solar. Assim como é em cima, é em baixo.

Estudo 278

897
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e
os Elementais do Fogo - 2. As Leis do Pensamento - As Leis e os Planos - Páginas 468,
469 e 470.

As Leis e os Planos. Enquanto estudamos as 7 leis do sistema solar, poderíamos fazê-lo


plano por plano, de 3 maneiras:

1. Estudar seus efeitos como se manifestam no caminho de involução.


2. A medida que se manifestam no caminho de evolução ou retorno.
3. Considerar as leis que afetam os organismos humano e dévico que evoluem por
seu intermédio.
Ao fazer isto, obteremos gradualmente uma ideia ampla e geral de como nosso sistema
(a forma mental do Logos) foi paulatinamente construído, controlado e mantido unido e
quão numerosas e intrincadas são as inter-relações. Presume-se que tenham sido
aceitas certas hipóteses fundamentais que constituem a base de tudo o que vou dizer.
Em primeiro lugar, imaginemos que um Construtor ou Mente criadora trabalha a fm de
produzir algo ordenado e expressá-lo por meio de um objetivo visível. O universo
objetivo é unicamente o produto de alguma mente subjetiva. Logo sigamos imaginando
que o material é o fruto de algum sistema anterior e é tudo o que restou de algo
consumado no passado. Em consequência temos o Construtor e o material, devemos
pois aceitar a proposição de que este Construtor continue com Sua construção, regido
por certas leis defnidas que guiam a seleção do material, controlam a forma que Ele
erige e Lhe indicam o procedimento a seguir para consumar Sua ideia. Não devemos
olvidar que, na mente do Logos, 3 grandes símbolos representam cada um de Seus 3
sistemas e que o todo existe para Ele como uma forma mental concreta, pois está
aprendendo a manipular a matéria do plano mental cósmico em níveis concretos, da
mesma maneira que o homem trabalha com as leis do pensamento e na construção de
formas mentais. O único que pode fazer-se é pressentir os símbolos dos sistemas
passado e presente. Talvez se pudermos visualizar uma suástica de cor verde brilhante
de 10 braços em ângulo reto, girando e emanando desde um radiante sol central,
poderíamos ter uma ideia da forma mental que constituiu a base do primeiro Sistema, o
sistema de atividade. A forma mental básica do segundo sistema personifca a suástica
verde da primeira manifestação, acrescentando-lhe círculos azuis concêntricos e
entrelaçados, em grupos de três, unidos por um grande círculo. Por suposto ambos
símbolos encontram-se em dimensões superiores. É desconhecido ainda o símbolo do
próximo sistema. Depois de captar e aceitar estas 3 ideias fundamentais, podemos

898
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
continuar com a atuação das leis do sistema nos 7 planos ou mundos, recordando que
as sete podem ser aplicadas no subplano que numericamente corresponde a cada
plano ou mundo.

Procuremos analisar esses símbolos descritos pelo Mestre Djwal Khul. O verde foi a cor
fundamental do sistema solar anterior, de atividade material inteligente, ou seja,
manásica. A suástica com os 10 braços em ângulo reto é a cruz (o Espírito mergulhado
na matéria é o eixo vertical e a matéria é o eixo horizontal), a qual inicialmente tem 4
braços retos gerados pelos 2 eixos que se cruzam, mas com a rotação se dobram em
ângulo reto, devido à fricção (o fogo da matéria chama-se fogo por fricção) como
também se desdobram em sete e depois em mais três, totalizando dez braços, ou seja,
as 7 funções principais juntamente com as 3 funções sintetizadoras.

O símbolo do atual sistema de Amor-Sabedoria-Razão Pura contém o símbolo do


sistema anterior, uma vez que o que foi aperfeiçoado neste último sistema, manas ou
mente, é utilizado para desenvolver e aperfeiçoar o Amor. Daí ser acrescido de círculos
azuis concêntricos e entrelaçados, em grupos de três, unidos por um grande círculo,
uma vez que o círculo representa a relação entre Espírito e matéria, a consciência: o
centro do círculo é o Espírito, a circunferência é a matéria e os raios do círculo
representam a consciência, ou seja, o que une, portanto o Amor. Os grupos de três
círculos concêntricos e entrelaçados representam a triplicidade reinante na
manifestação. O azul (índigo) é a cor do atual sistema.

Que me seja permitido ilustrar brevemente:

A 4a. lei de Controle Magnético por exemplo, domina o 4o. subplano de cada plano, na
4a. ronda e, especialmente, na 4a. raça-raiz. Teremos então a seguinte analogia:

4a. Lei Controle magnético.


4o. Raio Harmonia ou beleza.
4o.
O búdico.
Plano
4o.
Subplan Controle magnético búdico.
o
4a. Magnetismo físico denso que controla a manifestação sexual no plano ou
Ronda mundo físico, inspirado pelo desejo astral, refexo do búdico.
a. Raça-
A Atlante, na qual manifestaram-se as qualidades mencionadas.
raiz

899
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Por esta analogia do Mestre entendemos claramente porque o 4o. Raio de Harmonia
pelo confito impera nesta 4a. ronda desta 4a. cadeia planetária e neste 4o. globo do
esquema.

Estudo 279

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - As Leis do Pensamento - As Leis e os Planos - 1. A Lei de
Vibração - Páginas 470, 471 e 472.

1. A Lei de Vibração. É a lei do 1o. plano ou mundo e rege todos os sub-planos


atômicos de cada plano. Marca o começo do trabalho do Logos e o início original da
atividade de mulaprakriti, a matéria pré-genésica, ou seja, o conjunto de átomos adi ou
divinos que estão dentro do espaço escolhido e delimitado pelo nosso Logos solar e
pelos quais Ele construirá seu corpo físico cósmico, com 7 subdivisões ou planos de
densidade de matéria molecular.

A vibração do subplano atômico põe em movimento, em cada plano, a matéria desse


plano. É o ritmo chave. Podemos resumir o signifcado desta lei nas palavras "luz" e
"fogo". É a lei do fogo; rege a transmutação das distintas cores em sua síntese original.
Controla a divisão do Uno nos sete e sua reabsorção novamente no Uno. Na realidade é
a lei fundamental da evolução que necessita involuir. É análogo ao primeiro movimento
que fez o Logos para expressar-se a Si Mesmo por intermédio de nosso sistema solar.
Emitiu o Som, um Som triplo, um por cada um de Seus 3 sistemas solares e iniciou uma
ondulação no oceano do espaço. O som aumenta seu volume a medida que transcorre
o tempo e, uma vez alcançado seu pleno volume, quando tenha chegado na sua máxima
consumação, constitui uma das notas do grande acorde cósmico. Cada nota tem 6
subtons que, com a primeira, formam os sete; por conseguinte, a Lei de Vibração
compreende 18 vibrações menores e 3 maiores, formando as 21 de nossos 3 sistemas.
Dois multiplicado por nove (2 x 9) são 18, número chave de nosso sistema de amor. O
número 27 oculta o mistério do 3o. sistema, o próximo.

No caminho de involução, os 7 grandes Alentos ou Sons dirigem-se ao subplano


atômico de cada plano e ali a vibração básica repetiu, em seu pequeno mundo, o
método de vibração logoica, dando lugar a 6 alentos subsidiários. Temos aqui a mesma
analogia que na questão dos Raios, pois verifcaremos que as linhas de vibração são 1-

900
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2-4-6.

Isto sucede logicamente, porque a involução é negativa e receptiva e corresponde ao


polo feminino, assim como os raios abstratos eram 2-4-6. Esta verdade requer ser
meditada e pensada em forma abstrata; está vinculada ao fato de que o 2o. sistema é
receptivo e feminino; concerne à evolução da consciência da psique.

No caminho de evolução dita lei controla o aspecto positivo do processo. Tudo é ritmo
e movimento e quando tudo o que evolui em cada plano obtém a vibração do subplano
atômico é alcançada a meta.

Portanto, quando tenhamos obtido as primeiras vibrações mais importantes e


aperfeiçoado os veículos para todas as evoluções (não só a humana) da quíntupla
matéria do subplano atômico, então teremos completado a ronda evolutiva que
corresponde a este sistema. No sistema vindouro agregaremos as próximas 2
vibrações que completam a escala, então nosso Logos terá terminado Sua construção.

A 4a. Hierarquia criadora, a das Mônadas humanas, deve aprender a vibrar em forma
positiva, porém os Devas seguem a linha de menor resistência; permanecem negativos,
adotam a linha passiva, a de acatar a lei. Só as Mônadas humanas, nos 3 mundos
(físico, astral e mental), seguem a linha positiva e aprendem a lição da obediência
divina pela oposição, a luta, a pugna e a contenda.
Sem embargo, devido à acrescentada fricção por meio dessa luta, progridem
comparativamente com maior rapidez que os Devas. Precisam fazê-lo, pois têm perdido
muito terreno que devem recuperar.

A Lei de Vibração é a lei de progresso, movimento e rotação. No 7o. plano ou inferior (o


físico), a vibração é lenta, pesada e letargiada (em letargo), desde o ponto de vista do
primeiro (o adi) e quando aprendemos a vibrar ou a girar mais rapidamente, entramos
no caminho de retorno. Consequentemente, implica necessariamente construir os
veículos dévico e humano em matéria mais refnada.

Neste 2o. sistema, nos 5 planos da evolução humana, temos os 5 veículos - físico,
astral, mental, búdico e átmico - que devem ser purifcados, sutilizados, intensifcados e
refnados.

Nos 2 inferiores, o físico e o astral, só existe matéria dos 5 subplanos superiores de


seus respectivos planos, porque os 2 subplanos inferiores são demasiado baixos para
os corpos dévico e humano e foram dominados no 1o. sistema. O corpo mental é o
primeiro que contém matéria de todos os subplanos.

901
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O objetivo da evolução para nós é o amor dominado pela inteligência - ou a inteligência
dominada pelo amor - , pois a interação será total. A raça humana veio à existência
num ponto da cadeia, donde em forma natural adotou dos quintos subplanos astral e
físico; uma analogia pode ser observada na chegada de Egos muito avançados, à 4a.
raça-raiz, a atlante.

Continuaremos a seguir, quando comentaremos este estudo.

Estudo 280

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 2. As Leis do Pensamento - 1. A Lei de Vibração - Comentários
- Páginas 470, 471 e 472.

Como já deve ter sido percebido, a Lei de Vibração é a base para a construção de todo
o sistema solar, desde o plano adi até o físico, com os subplanos de todos.

O Logos solar, ao planejar, em Sua consciência causal cósmica (na realidade isto é
efetuado pela Mônada solar, o grande Homem celestial verdadeiro, sendo o Ego solar e
a Personalidade solar manifestações da Mônada solar, da mesma forma que o homem),
o Seu novo corpo físico cósmico (o sistema solar com seus 7 planos ou mundos), já
delineou, defniu e detalhou tudo o que Ele quer desenvolver e aperfeiçoar, usando a
matéria física cósmica em seus 7 graus de densidade (os 7 planos) como instrumento
de expressão.

Todo o planejamento é codifcado em oscilações ou vibrações dos átomos adi, à


semelhança das oscilações da modulação de uma onda eletromagnética portadora, a
qual, por essa modulação, transporta todas as informações necessárias para o objetivo
a ser alcançado, o qual pode ser apenas uma informação a ser visualizada, ou uma
ação a ser executada.

Consequentemente no subplano atômico do plano adi, ou seja, no modo de vibrar ou


oscilar dos átomos adi, estão todos os detalhes da construção dos subplanos adi e dos
demais planos e seus subplanos.

O detalhamento abrange 3 aspectos principais:

1 - as diversas densidades ou capacidades de vibrar ou oscilar;

902
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2 - os centros de força e os órgãos que serão construídos;
3 - as Entidades cósmicas que irão trabalhar dentro do sistema, como os Logoi
planetários.
Esses 3 aspectos dividem-se numa quantidade astronômica de diferenciações, quando
consideramos a evolução das Entidades que irão trabalhar e evoluir dentro do sistema
solar.
Podemos fazer uma comparação com o ser humano, sob o ponto de vista da Astrologia
(a verdadeira, a esotérica, e não essa bobagem que vemos por aí).

Assim como o homem recebe os estímulos das infuências zodiacais (no momento são
12 signos ou constelações atuando no homem, mas no futuro serão mais, como por
exemplo Ofuco e Orion), infuências essas que o estimulam na direção da conquista da
sua meta prevista, Da mesma forma o Logos solar, ao encarnar, fca sob a infuência de
Seres Cósmicos maiores do que Ele, os quais poderíamos chamar de Signos Cósmicos,
estimulando o nosso Logos solar a conquistar a Sua meta. Portanto, existe uma
Astrologia muito mais elevada do que a nossa Astrologia esotérica, Astrologia essa que
poderíamos chamar de Astrologia Cósmica.

Quanto aos números chaves dos sistemas, 2 x 9 = 18, para o atual sistema de amor e 3
x 9 = 27, para o próximo sistema de Vontade, temos o seguinte raciocínio, em termos
de fogos:

São 3 os fogos: fogo elétrico, fogo solar e fogo por fricção. Os 3 são tríplices, ou seja:

1 - fogo elétrico/elétrico;
2 - fogo elétrico/solar;
3 - fogo elétrico/por fricção;

4 - fogo solar/elétrico;
5 - fogo solar/solar;
6 - fogo solar/por fricção;

7 - fogo por fricção/elétrico;


8 - fogo por fricção/solar;
9 - fogo por fricção/por fricção.
Temos portanto o nove explicado, em termos de manifestação.

No 1o. sistema solar o Logos aperfeiçoou esses 9 fogos, sob a tônica principal do Seu

903
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3o. aspecto, Inteligência Ativa ou Manas; então o número chave foi o nove: 1 x 9 = 9.

No atual sistema, de amor, o Logos está aperfeiçoando Seu 2o. aspecto, Amor-
Sabedoria-Razão Pura, usando os 9 fogos aperfeiçoados no sistema anterior , gerando
os nove fogos na tônica do Amor-Sabedoria-Razão Pura e fundindo ou sintonizando
dois a dois os 18. Dai termos a equação 2 x 9 = 18.

No próximo sistema, de Vontade ou Poder, o Logos solar irá aperfeiçoar Seu 1o.
aspecto, Vontade, usando os 18 fogos aperfeiçoados e sintonizados dos 2 sistemas
anteriores, gerando os nove fogos na tônica da Vontade ou do Poder e fundindo ou
sintonizando três a três os 27, produzindo a equação 3 x 9 = 27.

Todos esses fogos produzem vibrações específcas que o nosso Logos solar quer
desenvolver e aperfeiçoar. Esses números chaves têm esse signifcado. É óbvio que
esses números chaves podem ser detalhados em termos de qualidades, eventos e
fenômenos, todavia esse assunto é muito complexo para a compreensão da atual
humanidade.

Quanto ao fato de a involução ser negativa, seguindo a linha 1-2-4-6, em analogia com
os Raios, podemos raciocinar com base nas leis. No plano 1, o adi, temos a Lei de
Vibração, o ponto de origem e de retorno. No plano monádico, o nr. 2, temos a Lei de
Coesão, sem a qual não pode existir agrupamento de átomos para formar moléculas, a
base dos futuros organismos e corpos. No plano búdico, de nr. 4, temos a Lei de
Controle Magnético, também básica para haver o futuro controle dos corpos através
da interação entre as partes. Não esqueçamos que estamos considerando a descida ou
involução. No plano astral, o nr. 6, temos a Lei de Amor, também fundamental para as
formas. É evidente que nessa fase, de involução, tem de prevalecer a negatividade ou
receptividade.

Consideremos a fase de evolução. Façamo-lo de baixo para cima. A linha é 1-3-5-7. No


plano 7, o físico, ocorre a maior interação ou contato entre o Espírito e a matéria.O
Espírito tem de se tornar positivo para dominar a matéria. Impera a Lei de Sacrifício e
de Morte, uma vez que as formas ou corpos devem ser trocados constantemente,
visando o aperfeiçoamento.

No plano 5, o mental, impera a Lei de Fixação, necessária para existir o uno dentro das
partes que constituem as formas.

No plano 3, o átmico, impera a Lei de Desintegração, a lei básica para o


aperfeiçoamento, uma vez que para tal é necessária uma contínua troca de formas e

904
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de ambiente, para a imprescindível diversifcação de experiências, sempre mais
elevadas, dinâmicas e de maior frequência e maior velocidade.

Por fm, o plano 1, o adi, ponto de origem e retorno. Assim, vemos claramente, sem
margem para dúvida, que no retorno ou na evolução, prevalece a positividade. Por isso
essas leis atuam também nos subplanos respectivos, de acordo com os números dos
subplanos.

Há uma advertência muitíssimo importante feita pelo Mestre Djwal Khul, quando diz
que os Devas seguem a linha negativa ou passiva e as Mônadas humanas seguem a
linha positiva ou da luta. Ele acrescenta que isto é necessário porque as Mônadas
humanas perderam muito terreno, ou seja, ocorreu um atraso, que deve ser
recuperado através da maior velocidade evolutiva pelo uso da Vontade.

Portanto, mais uma vez fca demonstrado e provado que estão total e completamente
errados aqueles que pensam que já estão salvos ou que podem ser salvos somente
pela devoção e por essa falsa religiosidade, sem buscar o conhecimento e sem usar a
vontade. Quando chegar o Dia do Juízo (na 5a. Ronda), acordarão para a realidade,
todavia será tarde demais, pois serão expurgados para um outro esquema, onde terão
de aprender a lição não aprendida, porque não poderão permanecer no esquema
terrestre, por não possuírem condições de acompanhar o intensíssimo ritmo mental
que marcará toda a 5a. ronda.

Estudo 281

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 2. As Leis do Pensamento - 2. A Lei de Coesão - Páginas 472,
473 e 474.

2. A Lei de Coesão. É uma das leis subsidiárias da Lei de Atração cósmica. É


interessante notar que esta lei se manifesta de modo tríplice no atual Sistema de Amor.

No plano da Mônada, manifesta-se como lei de coesão, lei de nascimento, se podemos


usar este termo, resultando a aparição das Mônadas em seus 7 grupos. O amor é a
fonte e a Mônada de amor o resultado.

No plano búdico manifesta-se como lei de controle magnético. Demonstra-se como o

905
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aspecto amor-sabedoria, que irradia do Ego e, oportunamente, reúne em si a essência
de toda a experiência adquirida por meio do Ego, através das vidas da personalidade e
controlada completamente desde o plano búdico. O magnetismo e a capacidade de
demonstrar amor são esotericamente expressões sinônimas.

No plano astral manifesta-se como amor demonstrado através da personalidade. Todas


as ramifcações da lei de atração que se manifestam neste sistema, demonstram-se
como força que une internamente, tende à coerência, dá por resultado a adesão e
conduz à absorção. Todos estes termos são necessários para dar uma idéia geral da
qualidade fundamental desta lei; é uma das mais importantes do sistema, se é
permitido estabelecer diferenças; poderíamos denominá-la a lei de coalizão.

No caminho de involução controla o primeiro acoplamento de matéria molecular que se


encontra por debaixo do subplano atômico. Constitui a base da qualidade de atração
que põe em movimento as moléculas e reúne-as em conglomerados necessários. É o
compasso dos subplanos. O subplano atômico estabelece o grau de vibração; o mesmo
pode ser dito com outras palavras, que a Lei de Coesão fxa a coloração de cada plano.
Deve ser recordado sempre, quando tratamos estes fundamentos abstratos, que as
palavras só obscurecem o signifcado, servem de sugestão e não como aclaração.

A Lei cósmica de Atração controla todas as leis subsidiárias na manifestação, assim


como a Lei de Síntese rege o pralaia e o obscurecimento; a Lei de Economia trata da
atuação geral, pela linha de menor resistência, do esquema logoico.

Durante a manifestação temos muito que fazer com a Lei de Atração, e ao estudá-la
encontraremos que cada lei subsidiária não é mais que uma diferenciação dessa Lei.

Esta segunda lei do sistema rege especialmente o segundo plano e o segundo subplano
de cada plano. Seria de interesse estudar isto e estabelecer a analogia subjacente,
recordando sempre que o único que pode ser feito é indicar certas coisas e linhas de
pensamento que, se são seguidas, poderão conduzir à iluminação.

O 2o. Raio e a 2a. Lei estão estreitamente aliados e resulta interessante compreender
que é no 2o. subplano do plano monádico onde a maioria das Mônadas têm sua
morada; existem umas poucas Mônadas de poder ou de vontade no subplano atômico,
porém não são numerosas, formam simplesmente um núcleo que se encontra em
preparação evolutiva para o 3o. sistema, o de poder. A maioria das Mônadas de amor
estão no 2o. subplano; no 3o. subplano pode ser encontrado certo número de Mônadas
de atividade, porém não numerosas como as Mônadas de amor. São as que
fracassaram no 1o. sistema.

906
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Como já é sabido, existe um canal direto entre os subplanos atômicos de cada plano.
Isto é mais ou menos aplicável a cada subplano e ao subplano superior que
numericamente lhe corresponde, portanto, há um canal direto e muito amplo entre o
2o. subplano de cada plano, capacitando as Mônadas de amor a vincular-se com
facilidade peculiar com todos seus veículos, quando estão compostos de matéria do
2o. subplano. Depois da Iniciação, o corpo causal encontra-se no 2o. subplano do plano
mental e então começa o controle monádico.

As Mônadas de amor regressam (depois de viver nos 3 mundos e de ter alcançado sua
meta) ao 2o. plano de onde originaram, sendo também a meta das Mônadas de
atividade que têm de desenvolver o aspecto amor. Nos 5 mundos da evolução humana
ambos grupos de Mônadas devem controlar a matéria atômica e a molecular, e isto é
realizado utilizando plenamente (o mais plenamente possível neste 2o. sistema) o
aspecto vontade ou poder.

O "Reino de Deus sofre a violência e o violento o toma pela força" ou pela Vontade ou
poder. Não é a Vontade como a conhecemos no último sistema, mas a Vontade como é
conhecida no atual sistema e deve ser utilizada ao máximo pela Mônada em evolução
na sua luta por controlar cada subplano atômico. As Mônadas de poder têm que lutar
mais denodadamente, daí o fato frequentemente evidente que as pessoas que
pertencem ao que denominamos Raio de poder, têm a miúdo tantas difculdades e
geralmente não são queridas. Devem construir nos 6 planos o aspecto amor, o qual não
é muito proeminente em seu desenvolvimento.

Foi nos dado um indício com respeito ao número aproximado de Mônadas que existem:

35 mil milhões de Mônadas de amor,


20 mil milhões de Mônadas de atividade,
5 mil milhões de Mônadas de poder,
perfazendo um total de 60 mil milhões de Mônadas humanas. As Mônadas de poder,
embora em manifestação, são até agora muito raras em encarnação. Vieram em
grande número no fnal da cadeia lunar e virão novamente em plena força numérica
nas 2 últimas rondas da presente cadeia.

Agora podemos estabelecer brevemente a analogia entre a 2a. ronda e a 2a. raça-raiz,
demonstrando como a Lei de Coesão esteve especialmente ativa nestes períodos. Uma
condição nebulosa pronunciadamente volátil caracterizou a 1a. ronda e a 1a. raça. Sua
qualidade característica foi o movimento, acompanhado de calor, em forma similar ao

907
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1o. sistema, porém na 2a. ronda e também na 2a. raça observa-se uma coesão
defnida, sendo mais claramente reconhecíveis os contornos da forma. Pode ser vista
ademais com clareza a coesão, como característica distintiva de nosso 2o. e atual
sistema.Todas as coisas tendem a unirem-se; aproximação, unifcação, atração
simultânea entre duas ou mais coisas serão vistas sempre como princípio governante,
seja que consideremos o problema sexual ou se demonstre na organização comercial,
no desenvolvimento científco, na indústria ou na política. Bem poderíamos dizer que a
Unifcação dos muitos separados é a nota chave de nosso sistema.

Outra sugestão pode ser dada. No caminho de involução, esta lei rege a união e a
segregação da matéria; no caminho de evolução, controla a construção de formas; foi
dito que a matéria do subplano superior constitui a base de um novo plano;
consequentemente, temos no subplano atômico um ponto em que tem lugar a fusão,
convertendo-se num plano de síntese, do mesmo modo que o 1o. plano ou logoico é o
plano de síntese para este sistema. Ali tem lugar a fusão da evolução em um estado
inconcebivelmente mais elevado.

Estudo 282

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 2. As Leis do Pensamento - Comentários sobre a Lei de
Coesão, nas páginas 472, 473 e 474.

Por levar os átomos monádicos a se agruparem formando moléculas dos 6 subplanos,


em particular dos 2o. e 3o. , a Lei de coesão funciona como lei de nascimento para as
Mônadas, uma vez que as Mônadas de Amor (no 2o. Raio, 35 bilhões) residem no 2o.
subplano monádico e as Mônadas de Atividade (no 3o. Raio, 20 bilhões) residem no 3o.
sub-plano monádico. As Mônadas de Poder (1o. Raio) e as de Atividade têm de
desenvolver o amor, dentro de seus respectivos raios. As Mônadas de Poder, mesmo
adiantadas, devem expressar o aspecto amor, uma vez que a matéria do atual sistema
solar é diferente da que existiu no sistema anterior.

A Lei de Coesão manifestada no plano ou mundo búdico como Lei de Controle


Magnético, expressa-se como amor-sabedoria, o qual é irradiado pelo Ego, que foi
construído pelo impulso búdico monádico, sendo por essa lei de controle magnético
que a essência de todas as vidas e experiências das inúmeras personalidades utilizadas

908
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pelo Ego é armazenada nos vórtices do Loto Egoico, como um vasto arquivo.

No mundo astral, essa lei de coesão manifesta-se como amor, desejo no início, em
sentido geral, e posteriormente como aspiração e dedicação desinteressada.
É a lei formadora de grupos.

No atual sistema solar, por ser um sistema de Amor-Sabedoria-Razão Pura, no qual


nosso Logos solar está empenhado em aperfeiçoar seu segundo aspecto, a lei de
coesão é de fato a mais importante, sendo a atuação das demais leis para servir a essa
lei e a esse propósito do Logos. Por exemplo, a Lei de Desintegração destrói as formas,
quando elas atingiram o ponto máximo de expressão numa dada encarnação e não
possuem mais condições de prosseguir, tornando-se assim inúteis para o
aperfeiçoamento do amor, devendo portanto ser destruídas, o que realmente acontece,
através do que é chamado morte, para dar lugar a uma forma melhor e mais efciente
no sentido de permitir que o amor avance e se expanda mais.

A lei de economia também cuida da adaptação com esse objetivo.

O fato de as Mônadas residirem ou estarem ligadas à matéria monádica de subplanos


de acordo com seus raios, indica claramente a infuência principal emanante de seus
corpos ou veículos. Como é sabido, existe o chamado ovo áurico monádico, constituído
de matéria monádica, envolvendo esse ovo todos os corpos utilizados pela Mônada.
Assim, uma Mônada de 1o. Raio terá em seu ovo áurico monádico átomos monádicos,
os quais imporão sua característica de poder, mesmo na tônica do amor (qualidade
principal da matéria monádica), o que irá se refetir nas matérias de todos os corpos
inferiores. Da mesma forma uma Mônada de atividade (3o. Raio) terá em seu ovo
áurico matéria do 3o. subplano monádico, cuja característica principal é a atividade, o
que irá se refetir em seus veículos.

Somente uma Mônada de amor (2o. Raio) poderá expressar puramente o amor-
sabedoria-razão pura neste atual sistema.

Uma observação lógica deve ser feita com referência às Mônadas de poder (1o. Raio).
Elas estão adiantadas, porque já passaram pelos 3o. e 2o. Raios no sistema solar
anterior, embora no atual sistema algumas Mônadas possam passar do 2o. Raio para o
1o. Essas Mônadas de poder, quando tiverem aperfeiçoado seus corpos, expressarão o
amor com mais intensidade que as demais Mônadas, em virtude do poder que elas
detém. Um exemplo característico é o Senhor Maitreya (o CRISTO), que está
expressando o amor como ninguém conseguiu.

909
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Uma informação importantíssima que o Mestre Djwal Khul nos dá é que todas as
Mônadas no atual sistema devem controlar todas as matérias dos 5 planos da evolução
humana (físico, astral, mental, búdico e átmico), usando o máximo possível a vontade
ou poder.

Com base nas informações que o Mestre nos dá na página 474, no tocante à falta de
coesão e à consistência volátil do 1o. sistema solar, o anterior, podemos estabelecer
uma ideia de como ele era, em termos de estrutura material, dentro das teorias atuais
da astrofísica, uma vez que nele prevalecia o movimento acompanhado de calor.

A informação do Mestre de que a lei de coesão no ciclo de involução rege a união e a


segregação da matéria e no ciclo de evolução rege a construção de formas, pode ser
interpretada da seguinte forma. Primeiramente temos a construção dos planos e
subplanos, o que signifca união de átomos formando moléculas e diferenciação
(segregação), formando os subplanos. Já no ciclo de evolução (o retorno) temos a
união de moléculas formando formas, necessárias para o desenvolvimento das Vidas,
pela utilização das formas (os corpos).

Com referência à fusão e à síntese no subplano atômico citadas pelo Mestre, a


explicação é a seguinte. Os planos são formados a partir do subplano atômico do plano
imediatamente mais sutil, por meio de um vórtice gerado na matéria do 7o. subplano (o
mais denso) desse plano imediatamente mais sutil, por meio de um conjunto de átomos
desse plano imediatamente mais sutil. Assim, em cada plano, temos o plano anterior
(em termos de maior sutileza) densifcado, ou seja, o plano monádico é a densifcação
devidamente organizada do plano adi, o átmico é a densifcação do plano monádico e
assim prossegue. Assim, as experiências e vibrações desenvolvidas nos subplanos mais
densos (ou nas matérias mais densas) são sintetizadas (ou fundidas) no subplano
atômico, quando este é dominado e controlado. Então, olhando os 7 planos ou tipos de
matéria como o físico cósmico, o plano adi é o plano de síntese para este sistema,
sendo o subplano atômico adi o sintetizador fnal.

Sabemos pela eletrônica que quanto maior a frequência de uma onda eletromagnética,
maior sua capacidade de conter informações. Assim, sendo a matéria atômica adi a
que possui a maior capacidade oscilatória (a maior frequência), em termos de físico
cósmico, nada mais natural e lógico que essa matéria seja o grande sintetizador.

910
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 283

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Elementais da Mente e


os Elementais do Fogo - 2. As Leis do Pensamento - 3. A Lei de Desintegração - Páginas
474, 475, 476 e 477.

Iremos estudar agora esta lei tão mal compreendida, mas fundamental para o processo
evolutivo.

3. A Lei de Desintegração.

É a lei que governa a destruição da forma, para que a vida imanente possa brilhar em
sua plenitude. Este é outro aspecto da Lei de Coesão - sua antítese (se assim pode ser
expressado) e constitui parte do plano divino como a lei de atração. Esta lei terminará
conjuntamente com o sistema solar, pois as grandes leis de atração, coesão e amor
regerão até que seja o que vem a ser. A Lei de Desintegração tem sua analogia na lei
cósmica, porém é quase incompreensível para nós. A Lei de Economia encerra a chave
desta lei. Quando a Mônada tenha circulado através de todas as formas desintegradas
e alcançado a 6a. Iniciação planetária, da Decisão, a 4a. solar, retorna à sua fonte
primordial monádica e os 5 envoltórios menores são destruídos. Logo, as Mônadas
mesmas não se desintegram, sintetizam-se. Esta lei controla somente o 3o. plano (o
átmico) e deixa de atuar desta maneira particular, quando tenha transcendido o 3o.
plano.

Para a raça é uma das leis mais difíceis de entender. Algumas de suas atuações podem
ser observadas no caminho de evolução, porém no caminho de involução ou de
construção a atuação da lei não é tão evidente para o observador superfcial.

No caminho de involução controla o processo da desintegração das almas grupais;


rege os períodos em que as tríades permanentes são transferidas de uma forma a
outra; atua em meio dos grandes cataclismos mundiais e é necessário recordar que
rege não só as catástrofes no plano físico (como as denominamos erroneamente), mas
os cataclismos correspondentes ao plano astral e aos níveis inferiores do plano mental.
Rege a destruição no plano físico, especialmente a que afeta o reino mineral; no plano
astral controla a desintegração das formas mentais; dissolve o veículo astral quando é
abandonado e também o mental; sua atuação dá por resultado a dissipação do duplo
etérico.

Podemos novamente correlacionar esta lei com a de Atração, pois ambas interatuam
entre si. Esta lei destrói as formas e a Lei de Atração atrai novamente á fonte de

911
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
origem a matéria dessas formas antes de começar sua reconstrução.

No caminho de evolução os efeitos desta lei são muito conhecidos, não só pela
destruição dos veículos abandonados, mencionados anteriormente, como também pela
destruição das formas que encerram grandes ideais - formas de controle político,
formas pelas quais a natureza mesma evolui, ademais dessas em que se manifesta a
consciência individual, as grandes formas mentais religiosas, os conceitos flantrópicos
e todas as formas que a ciência, a arte e a religião adotam em qualquer época
determinada. Oportunamente, tudo se destrói, devido à ação exercida por esta lei.
Sua atuação é mais evidente para a comum mentalidade humana em suas
manifestações atuais no plano físico. Podemos traçar a conexão existente entre o
plano átmico e o físico (que se demonstra no plano inferior como a lei de sacrifício e
morte), porém seu efeito pode ser observado nos 5 planos (planos físico, astral,
mental, búdico e átmico). É a lei que destrói o último envoltório que separa o Jiva
perfeito. Ainda não foi esclarecido plenamente (porque a lei de analogia não tem sido
bem estudada e em realidade não é muito evidente) que no 3o. subplano de cada plano
esta lei atua em forma especial, causando a defnitiva destruição do que tende à
separação. Como tudo o que atua no sistema, seu processo é lento; o trabalho de
desintegração começa no 3o. subplano e termina no 2o., quando a Lei de
Desintegração está infuenciada pela Lei de Coesão e a desintegração tenha efetuado
aquilo que faz possível a coesão. Temos a ilustração disto no plano mental. O corpo
causal do homem comum está no 3o. subplano mental e quando um homem capacita-
se para fundir-se com a Tríade, esse corpo causal tem de ser descartado e eliminado.
Sob a Lei de Sacrifício e Morte a desintegração começa no 3o. nível e é consumida no
2o., quando o homem funde-se com a Tríade, etapa preparatória de sua fusão fnal
com a Mônada.

Outra ilustração do mesmo pode ser encontrada no plano físico. Quando o homem
tenha alcançado o ponto em que pode sentir e ver o 4o. éter, está pronto para queimar
a trama etérica, localizada no ponto médio entre a matéria dos 3o. e 2o. subplanos que
compõem seu corpo físico. Quando se efetua esta desintegração o homem funde-se
com seu veículo astral, estabelecendo a consequente continuidade de consciência. Esta
analogia e desintegração podem ser estabelecidas em cada plano, até que fnalmente
no 3o. subplano do nível atômico (o plano ou mundo adi), chega a desintegração fnal,
dando por resultado a fusão com a consciência monádica.

O 3o. Raio, o de adaptabilidade ou atividade, tem uma estreita relação com esta lei.
Mediante a atividade (ou adaptação da matéria à necessidade) a forma chega a ser; é

912
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
empregada na atividade e, devido a essa adaptação, converte-se em uma forma
perfeita e no momento de alcançar a perfeição perde sua utilidade; cristaliza-se,
rompe-se e a vida em evolução escapa em busca de novas formas que possuam maior
capacidade e sejam mais adequadas. Isto acontece durante a vida do Ego
reencarnante, nas rondas e raças humanas, no sistema solar e em todos os processos
cósmicos.
Na 3a. cadeia, a cadeia lunar, temos um interessante fato relacionado com isto. Em tal
cadeia o grau de realização do indivíduo correspondia ao de Arhat ou 4a. Iniciação - a
iniciação que marca a separação fnal dos 3 mundos (físico, astral e mental) e a
desintegração do corpo egoico.

Ao fnalizar a 3a. raça-raiz foi produzido o primeiro dos grandes cataclismos, que
destruiu a forma da raça e inaugurou uma nova, a primeira raça defnidamente
humana, tal como a conhecemos. Concluir-se-á que a analogia é aplicável desde
qualquer ponto de vista dentro do qual seja estudado o tema. Na 3a. sub-raça também
pode ser observada a analogia, embora não seja ainda evidente para a limitada visão
que caracteriza a maioria de nós. A estreita proximidade de um efeito frequentemente
vela a causa.

Continuaremos, a seguir, com comentários sobre a Lei de Desintegração.

Estudo 284

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


3. A Lei de Desintegração- Páginas 474, 475, 476 e 477 - Comentários.

Faremos alguns comentários sobre a Lei de Desintegração.

A destruição da forma é imprescindível para que a vida (A Mônada ou o Espírito), em


qualquer nível, possa caminhar no rumo da "Perfeição" (perfeição em seu mais amplo
sentido), por meio de formas cada vez melhores e, assim, conquistar plenitudes
maiores. Como a meta do atual sistema é desenvolver e expressar, através da matéria,
o amor em sua máxima amplitude e máxima qualidade, e amor signifca coesão,
podemos concluir, dentro de um raciocínio lógico, que a Lei de Desintegração é um
instrumento da Lei de Coesão, ou, em outras palavras, como diz o Mestre Djwal Khul,
sua antítese ou seu polo oposto, pois sabemos claramente, pela ciência, que 2 polos
opostos da eletricidade (positivo e negativo), quando conectados, produzem a luz.

913
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É uma afrmação do Mestre perfeitamente compreensível que esta lei terminará com o
sistema solar, em seu duplo sentido, que desintegrará o sistema, quando a Mônada
logoica tiver conseguido desenvolver o amor cósmico no máximo possível e a forma (o
sistema) não for capaz de expressar qualquer acréscimo desse amor, tornando-se
portanto inútil (a analogia cósmica dessa lei, a Lei de Economia); em outro sentido,
temos o de essa lei deixar de existir no término do sistema, uma vez que, após esse
término, o Logos solar irá vivenciar o amor aperfeiçoado através do Seu corpo astral
cósmico, no qual impera a Lei de Amor. É óbvio que depois do período de vivência do
Logos no mundo astral cósmico, essa lei de desintegração irá atuar no Seu corpo astral
cósmico (outra forma mental), desintegrando-o, para que Ele inicie um novo ciclo, o
próximo sistema solar de Vontade e Poder.

De fato esta lei do nosso sistema só controla até o 3o. plano ou mundo sistêmico, o
átmico, uma vez que, quando as Mônadas adquirem plena consciência do mundo
imediatamente acima, o monádico, o 2o. , seu local de origem, elas iniciam um processo
de síntese ou fusão entre si, o que é a expressão máxima de coesão.

Quanto ao que o Mestre diz na página 476: "Sob a Lei de Sacrifício e Morte a
desintegração começa no 3o. nível e é consumada no 2o., quando o homem se funde
com a Tríade, etapa preparatória de sua fnal fusão com a Mônada.", interpretamos da
seguinte forma: o Loto Egoico começa no 3o. subplano mental (3o. nível), ou seja, ele é
construído de moléculas do 3o. subplano mental. Quando a Alma (a Joia no Loto) inicia
a dinamização dos vórtices (simbolicamente a abertura das pétalas), na realidade é
iniciada a desintegração do Loto Egoico, uma vez que pela atuação dos fogos, o
movimento e a oscilação das moléculas constituintes dos vórtices (as pétalas)
aumentam intensamente, o que, em outras palavras, é aumento do calor e calor é maior
separação entre as moléculas, provocando a substituição das moléculas do 3o.
subplano mental por outras do 2o. subplano mental. Portanto, temos a ação da Lei de
Desintegração já no início da individualização, lentamente no começo, mas
intensifcando-se paulatinamente, e aceleradamente conforme prossegue o processo
evolutivo. Então, quando entram nos vórtices do Loto Egoico as moléculas do 2o.
subplano mental, passa a atuar a Lei de Coesão (preparando para a fusão com a Tríade
superior), embora a Lei de Desintegração continue a atuar, uma vez que, com o
aumento da velocidade das moléculas do 2o. subplano mental sob a ação dos fogos
cada vez mais fortes, elas serão substituídas por átomos mentais, do 1o. subplano
mental, quando então ocorrerá a desintegração fnal do Loto Egoico, na 4a. Iniciação
planetária (a 2a. solar), pela fusão do fogo elétrico da Mônada com os fogos solar e por

914
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fricção. Vemos aí claramente a ação conjunta de 2 leis: de Desintegração e de Coesão.
Essa ação conjunta ocorre em todos os planos. No mundo físico a Lei de Sacrifício e de
Morte impera fortemente, embora as outras leis também estejam presentes, uma vez
que todos os planos ou mundos estão divididos em 7 subplanos ou submundos,
segundo o grau de densidade das matérias.

Outro ensinamento muitíssimo importante que o Mestre nos dá é referente à chamada


trama etérica, que separa a consciência cerebral da astral. Quando o homem consegue
dinamizar a matéria constituinte do seu corpo etérico, que inicialmente é do 4o. éter, a
ponto de conseguir enfocar sua consciência física nesse 4o. éter, possibilitando que ele
sinta e veja esse éter, o que signifca que ele possa captar as vibrações externas, que
agem sobre os sentidos físicos, diretamente pela matéria do 4o. éter do seu corpo
etérico, sem passar pelos mecanismos dos sentidos do corpo denso (os órgãos dos
sentidos e a rede nervosa), indo as informações diretamente para a sua consciência
física cerebral, quando tal acontece, o homem está preparado para desintegrar (a Lei
de Desintegração) a trama etérica feita de moléculas especiais, formadas pela união de
moléculas dos 3o. e 2o. éteres, em proporções iguais, 50% de cada, daí o Mestre dizer
que a trama está no ponto médio entre os 3o. e 2o. éteres. Esse processo é semelhante
ao utilizado pelos químicos, quando, juntando moléculas, constroem o material
chamado polímero, tão utilizado hoje em dia e conhecido também como material
sintético. Com a desintegração dessa trama ou tela, fca estabelecida a continuidade de
consciência entre os mundos físico e astral, ademais da consciência etérica, fcando o
homem independente dos órgãos densos dos sentidos. O segredo para essa queima
não pode ser revelado, porque ela é altamente perigosa, uma vez que pode levar a
pessoa à loucura ou torná-la um monstro de depravação, pelas forças que irão
penetrar em seu corpo físico, não sendo o homem pleno senhor desse corpo, o que só
ocorre após a 2a. Iniciação planetária, após a qual o iniciado começa a enxergar e
entender claramente o mecanismo, por via de seu cérebro e, já senhor de seus corpos
físico e astral e fortemente polarizado em seu corpo mental, pode transitar livremente
pelos mundos físico denso, etérico e astral, ver e enfrentar qualquer tipo de entidade
maléfca que possa encontrar no mundo astral, entidades essas que são multidões no
atual período.

Essa desintegração se dá nos terceiros subplanos de todos os corpos, permitindo a


continuidade de consciência entre 2 mundos ou planos contíguos, por exemplo, entre
as consciências búdica e átmica, para fnalmente no 3o. subplano do mundo adi dar-se
a fusão com a consciência monádica; explicando mais claramente, quando a Mônada,

915
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
após a 6a. Iniciação planetária, a 4a. solar, está vivendo no mundo adi e consegue
dominar a matéria do 3o. subplano adi e desintegrar a trama que separa a consciência
adi da consciência do 7o. subplano do mundo astral cósmico, ela consegue se fundir
com a Tríade superior, ou seja, expressar-se plenamente por ela.

Como raça a humanidade realmente nativa na Terra (a raça lemuriana), já vivenciou a


aplicação da Lei de Desintegração, quando a última sub-raça lemuriana (daqueles que
foram os primeiros a se individualizarem) foi extinta por um grande cataclisma, para
dar início à raça atlante. Os remanescentes que continuaram em corpos lemurianos
foram os Egos que se individualizaram mais tarde, uma vez que a porta de ingresso no
reino humano só foi fechada na metade do período atlante. O processo de
individualização foi realizado em várias etapas, um grupo por vez.

As formas da atual 5a. raça-raiz sentirão os efeitos da aplicação da Lei de


Desintegração, uma vez que ela será destruída pelo fogo e por atividades vulcânicas,
conforme diz o Mestre Djwal Khul nas páginas 432 e 718 do Tratado sobre Fogo
Cósmico. Porém as Mônadas interpretarão estas catástrofes apenas como
oportunidades para se apropriarem de corpos mais aperfeiçoados, pois surgirá a 6a.
raça-raiz.

Podemos interpretar o que o Mestre diz a respeito da aplicação da Lei de


Desintegração na 3a. sub-raça lemuriana, da seguinte forma. Nessa sub-raça
ocorreram 2 fatos muito importantes: a separação dos sexos e a individualização. Ora,
separação dos sexos é o mesmo que desintegração de um em dois e a individualização
foi a retirada das Tríades inferiores ligadas às Mônadas humanas do reino animal para
colocá-las no reino humano, ocorrendo também uma certa desintegração no reino
animal. Portanto vemos claramente que nos 2 casos a Lei de Desintegração foi
realmente aplicada, como diz o Mestre.

A refexão profunda e prolongada sobre esta lei trará às nossas mentes cerebrais
muita informação valiosa e esclarecedora, inclusive na área da energia atômica,
assunto sobre o qual pouco pode ser dito, melhor dizendo, nada deve ser dito, em
virtude dos perigos advindos do mau uso que os cientistas e os governantes podem
fazer.

Estudo 285

916
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -
4. A Lei de Controle Magnético - Páginas 477, 478 e 479.

4. A Lei de Controle Magnético.

Devemos observar a analogia que pode ser aplicada aqui. No 2o. mundo, o monádico,
temos a Lei de Coesão - amor. No 2o. mundo da Tríade superior (atma, budi e manas)
em manifestação, o mundo búdico, sendo o primeiro o átmico e o terceiro o mental,
temos a Lei de Controle Magnético - amor. Temos também mais abaixo, no 2o. mundo
da personalidade, o astral, a Lei de Amor. Realmente é muito interessante a exatidão
dessa analogia e deve incentivar a refexão em todos.

Esta lei é a fundamental que controla a Tríade espiritual ou superior. Por seu
intermédio, a força da evolução impele o Ego a progredir em seu ciclo de
reencarnações, até unir-se novamente com os de sua espécie.

Estas palavras do Mestre Djwal Khul dão claramente a entender que por ocasião da
individualização os Egos estão em grupos, certamente de acordo com os 7 raios. Por
meio da separação ele se encontra a si mesmo (pela autoconsciência) e logo - impelido
pelo princípio búdico ou crístico imanente - transcende-se a si mesmo e volta a se
encontrar com todos os eus. Isto signifca que ele tem de discriminar ao máximo, para
conseguir perceber o UNO nos muitos.

Esta lei mantém o eu inferior (a personalidade) evoluindo numa forma coerente.


Controla o Ego no corpo causal, da mesma maneira que o Logos planetário, por meio
da Lei de Coesão, controla a Mônada no 2o. mundo, o monádico.

Esta é a lei do mundo búdico; Mestre é Aquele que pode atuar nos níveis do mundo
búdico e exerce controle magnético nos 3 mundos inferiores (mental, astral e físico). O
de baixo sempre está controlado pelo de cima, destacando-se o efeito que os níveis
búdicos produzem sobre os 3 inferiores, embora, todavia, isto não seja aceito pelos
nossos pensadores. A Lei de Amor, nos 3 mundos, mantém tudo unido e atrai tudo para
cima. Isto é demonstrado na Tríade superior como Lei de Atração, que mantém os 3
átomos superiores, átmico, búdico e mental, unidos e constituindo uma unidade, a ser
utilizada pela Mônada.

No caminho de involução (a descida ao mais denso da matéria), esta lei atua com os
átomos permanentes da Tríade inferior no corpo causal. Como sabemos, a Tríade
inferior está localizada sob a Joia no Loto (a Alma ou Ego), dentro do campo de força
gerado pelo Loto Egoico. Esta lei constitui o princípio búdico e sua relação com o

917
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
átomo permanente inferior da Tríade superior, ou seja, o átomo mental permanente, é a
mola principal da vida do Ego.

No caminho de descida, tem muito a ver com a localização dos átomos permanentes da
Tríade inferior, porém esta questão é muito complexa e não chegou todavia o momento
para uma maior elucidação. Essa localização refere-se à passagem da Tríade inferior
nos reinos mineral, vegetal e animal, antes da individualização, uma vez que nessa
passagem os átomos fcam fortemente ligados aos componentes dos reinos,
respectivamente, com o objetivo de aprenderem a responder aos impactos vibratórios
que ocorrem nesses reinos, para que, quando conseguirem uma razoável capacidade
de resposta vibratória no reino animal, estejam prontos para o salto para o reino
humano. Isto obviamente requer a ação da Lei de Controle Magnético.

Na 3a. emanação (do 1o. aspecto, em que se formou o 4o. reino, o humano) esta Lei de
Controle Magnético efetuou a conjunção do homem astro-animal (astro porque já
apresentava emoções) e a Mônada descendente, empregando a chispa da mente como
meio de unifcação.

Novamente podemos observar como atua esta lei. Os mundos monádico, búdico e
astral, estão estreitamente aliados e neles encontramos a linha de menor resistência.

A isso se deve a facilidade com que o místico faz contato com o mundo búdico e ainda
com mundos mais elevados. Embora o místico aja pela linha devocional, todavia ele é
fortemente disciplinado, o que faz com que ele faça uso da vontade. Pela sua pureza e
pela sua férrea disciplina, ele passa a conter em seu corpo astral matéria atômica,
permitindo um contato direto com a matéria búdica. Nessa conexão direta está a
explicação científca para os fenômenos de levitação do corpo físico, observados em
santos como São José de Cupertino e Santa Teresa d`Ávila. Sem descer a detalhes de
explicação científca da transferência dos fogos da matéria búdica para a astral e
desta para a física, podemos resumir dizendo que havia um intenso e forte alinhamento
de todos os campos magnéticos dos átomos constituintes do corpo físico, o que de
uma certa forma reduzia a densidade corpórea, levando à levitação, ocorrendo ainda a
forte aspiração desses místicos à união com os Alvos de sua devoção (atuação da Lei
de Atração). A verdade é que a ciência ainda desconhece totalmente a exata natureza
do magnetismo e vai demorar muito para descobri-la.
Nos 3 sistemas do nosso Logos solar as linhas de menor resistência são:

1o. sistema (o anterior).....Físico - mental - átmico. O átmico foi o ponto mais elevado

918
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de realização nesse sistema.
2o. sistema (o atual)........Astral - búdico - monádico. O monádico será o ponto mais
elevado de realização.
3o. sistema (o próximo).....Mental - átmico - logoico ou adi. O logoico será o ponto
mais elevado de realização.
Esta questão de ponto mais elevado de realização refere-se à meta, todavia aqueles
que fzerem o devido esforço poderão ultrapassar essa meta, em muito. Tudo depende
do esforço de cada um. Aí está a beleza da Justiça divina.

Pelo acima exposto, observemos a analogia existente entre o 4o. reino e a atuação
desta 4a. lei. Ela é de vital importância nesta 4a. cadeia.

No que se refere à evolução humana, esta 4a. lei é de primordial importância na


atualidade. O objetivo do esforço humano é dual, consistindo em ser controlado por
esta lei e também em manejá-la para prestar serviço. Um dos aspectos desse serviço
torna-se bem visível, ao lembrarmos que o sentido do corpo búdico análogo ao tato do
corpo físico chama-se cura.

Devido a esta lei a expressão sexual, tal como a conhecemos, é transmutada e elevada;
o sexo é somente uma demonstração, no plano físico, da Lei de Atração e também a
atuação de dita lei no reino humano e em todos os reinos inferiores.

O amor para como tudo o que respira e a atração demonstrada como serviço é
semelhante ao expressado na Tríade superior. A expressão do sexo, dos que se unem,
transmuta-se quando os muitos unem-se para prestar serviço, engendrando novos
ideais e uma nova raça, a espiritual.

Aqui pode ser indicado um fato numérico que seria de interesse no que respeita à 4a.
hierarquia que, como se sabe, é a humana; sem embargo, se contamos as 5 hierarquias
que desapareceram, a hierarquia humana constitui em realidade a nona. Nove é o
número da iniciação, o do adepto e do homem que funciona em seu veículo búdico.

Quanto ao fato de o nove ser o número do homem que funciona em seu veículo búdico,
a explicação é relativamente fácil, uma vez que, para passar a viver na matéria búdica,
o homem tem de dominar e sintonizar (ou fundir) os 3 fogos tríplices do corpo físico,
do astral e do mental, e, 3 x 3 = 9.

O 4o. Raio opera também em estreita relação com a 4a. Lei, sendo o Raio de Harmonia
ou Beleza - Harmonia por meio do controle, esse controle que envolve o conhecimento
da sabedoria. É a harmonia do similar; o equilibrador de tudo por meio da compreensão

919
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
das leis do magnetismo que produz a coordenação do muito diverso no um
homogêneo; o magnetismo governa a síntese dos muitos aspectos na unidade.

Esta harmonia é conseguida por meio do 5o. plano ou mundo e o 5o. Raio de
Conhecimento Concreto atua como degrau para o quarto, pois muitos que trabalham
no 5o Raio passam eventualmente ao quarto.

Neste sistema o 5o. Raio é de suma importância no desenvolvimento de todos os Egos.


Todos devemos passar algum tempo nele, antes de permanecer defnitivamente em seu
Raio monádico correspondente.

Na maioria das encarnações passamos muito tempo no 5o. subplano de cada plano,
regidos principalmente pelo 5o. Raio. Logo todos passam ao 4o. subplano e ali são
governados pelo 4o. Raio e neste período particular da 4a. ronda na 4a. cadeia, os
Egos em evolução passam mais tempo no 4o. subplano que em qualquer outro. Muitos
encarnam diretamente neste subplano e é ali onde começam a pensar em forma
harmoniosa.

Essa questão de encarnar num subplano não tem o signifcado de localização espacial,
mas simplesmente quer dizer que nos corpos sutis predomina a matéria do subplano.
Assim, encarnar no 4o. subplano, para o homem em evolução, signifca que nos seus
corpos astral e mental predominam as matérias dos quartos subplanos astral e mental
respectivamente, para que o 4o. Raio possa infuenciar fortemente na aquisição de
qualidades, através das experiências. O mesmo raciocínio vale para o 5o. subplano.

No caso do corpo etérico, a explicação para a ação dos raios em função do subplano é
um pouco diferente.

Estudo 286

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


As Leis nos 3 Mundos - Página 479.

As Leis nos 3 Mundos

Estudaremos agora, em forma conjunta, as 3 leis sistêmicas, que regem os 3 mundos


inferiores, físico, astral e mental, nos quais está a grande maioria da humanidade, com
fortíssima ênfase nos mundos astral e físico, vivenciando as emoções baseadas nas
sensações do corpo denso, difcilmente conseguindo ter emoções puras, livres das

920
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sensações densas. Com referência ao mundo mental inferior, a utilização do corpo
mental inferior, ou seja, da mente concreta, é apenas para servir aos desejos do corpo
astral, sendo efetivamente kama-manas. Para essa humanidade, não é possível falar da
utilização da mente abstrata. Pouquíssimos já começaram a se servir dela.

Por isso essas 3 leis são as mais importantes para essa humanidade. Os iniciados, em
particular os que já passaram pela 2a. Iniciação planetária, estão aprendendo a
manipular a Lei de Controle Magnético, com vivências do mundo búdico.

São as leis:

1. A Lei de Fixação.
2. A Lei de Amor.
3. A Lei de Sacrifício e Morte.
Tais leis são dominadas e controladas oportunamente pelas 3 leis superiores do
sistema - Leis de Controle Magnético, de Desintegração e de Coesão, atuantes
respectivamente nos mundos búdico, átmico e monádico.

Há uma relação direta entre estas 7 leis e os 7 Raios ou Vibrações e se estudarmos sua
analogia, conheceremos o fato de que a 1a. lei, a de Vibração, controla as 6 que se
expressam por meio da 2a. lei, a de Coesão, assim como o Logos solar manifesta-se
atualmente por intermédio de Seu 2o. aspecto neste 2o. sistema solar.

O Mestre Djwal Khul usa a palavra vibrações como substituta da palavra Raios, na
expressão acima: "os 7 Raios ou Vibrações", e a partir daí Ele diz que a 1a. lei, a de
Vibração, controla as outras seis. Analisemos estas palavras e seus conceitos
inerentes, em profundidade, fazendo uso intenso da mente abstrata.

Podemos deduzir, dentro de uma lógica bem clara, que os chamados Raios são modos
de oscilar ou vibrar das muitas matérias que constituem o universo, ou seja, das
matérias cósmicas, sendo reproduzidos nos mundos do nosso sistema solar,
começando no adi ou logoico e chegando ao físico.

Esses modos de oscilar ou vibrar das matérias, denominados Raios, são gerados por
estados de consciência de grandes Seres cósmicos, melhor dizendo, de grandes
Mônadas cósmicas.

Sabemos que os Raios atuantes no nosso sistema solar são oriundos das 7 estrelas
principais da constelação de Ursa Maior, as quais são chamadas: Dhube, Merak,
Phekda, Megres, Alioth, Mizar e Benetnash, respectivamente as alfa, beta, gama, delta,

921
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
epsilon, dzeta e eta, pelas quais se expressam grandes Seres cósmicos. Esses 7
grandes Seres cósmicos constituem para o nosso Logos cósmico os análogos dos 7
centros da cabeça do homem. É óbvio que esses 7 centros cósmicos estão dentro da
infuência do centro coronário do Logos cósmico.

Os estados de consciência desses 7 Seres cósmicos produzem na matéria cósmica na


qual vivem (a matéria búdica cósmica) 7 modos diferentes de oscilar ou vibrar. Esses 7
modos de oscilar ou vibrar da matéria búdica cósmica atuam nas matérias cósmicas
mental, astral e física, chegando até o nosso mundo físico. É evidente que existe um
processo detalhado e muito bem defnido para o fuxo dessas energias, assim como
num aparelho eletrônico, qualquer que seja, há um caminho muito bem defnido para o
fuxo da corrente elétrica, caminho esse descrito pelo chamado diagrama ou esquema
elétrico do aparelho.

Ao longo desse fuxo dos Raios muitas transformações são efetuadas e nesse trabalho
as Hierarquias dévicas são altamente especializadas e ativas e sem Elas não existiria
universo manifestado.

Após esse raciocínio, baseado numa simples (simples aparentemente, mas muito bem
intencionada) palavra do Mestre Djwal Khul, concluímos com toda certeza que vivemos
num oceano de oscilações ou vibrações, sendo a nossa meta identifcar, entender
claramente, aprender a reproduzir e dominar todos os tipos de oscilações ou
vibrações, em todas as matérias.

Assim fca bem clara a veracidade da afrmação do Mestre de que a 1a. lei, a de
Vibração, controla as outras seis, que se expressam por meio da 2a. lei, a de Coesão.

Analisemos também isto. A 1a. lei, a de Vibração, atua na matéria adi ou logoica,
produzindo nela oscilações ou vibrações muito bem defnidas. As partículas da matéria
adi ou logoica, ao penetrarem nas partículas da matéria monádica, provocam nelas
oscilações ou vibrações que induzem a coesão, sendo a manifestação da Lei de
Coesão. Dentro das oscilações ou vibrações das partículas da matéria monádica estão
as informações específcas que irão provocar a manifestação das outras 5 leis da
seguinte forma:

- Ao penetrarem as partículas monádicas nas particulas da matéria átmica, farão


atuar a Lei de Desintegração.
- Ao penetrarem nas partículas da matéria búdica, farão atuar a Lei de Controle
Magnético.

922
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
- Ao penetrarem nas partículas da matéria mental, farão atuar a Lei de Fixação.
- Ao penetrarem nas partículas da matéria astral, farão atuar a Lei de Amor.
- Ao penetrarem nas partículas da matéria física, farão atuar a Lei de Sacrifício e
Morte.
Na realidade, é nas oscilações ou vibrações das partículas da matéria adi ou logoica
que estão todas as informações que irão defagrar em cada mundo suas respectivas
leis. Por isto o mundo adi ou logoico é chamado o mundo arquetípico.

Essa questão de oscilações ou vibrações conterem informações que irão acionar


mecanismos de atuação, conforme o tipo de matéria, pode ser claramente entendida à
luz do que, em eletrônica, chamamos modulação de uma onda portadora.

Mas tal explicação detalhada não é oportuna. Explicamos superfcialmente o processo,


apenas para provar que mais uma vez (como sempre) o Mestre Djwal Khul está
certíssimo e corretíssimo.

Estudo 287

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


As Leis nos 3 Mundos - Páginas 479, 480 e 481.

As leis nos 3 mundos

Continuemos nosso estudo sobre as leis nos 3 mundos.

O 1o. Raio de Vontade ou Poder é o 1o. aspecto omniabarcante do Todo e, na 3a.


emanação, desceu ao 5o. plano ou mundo (o mental), junto com as outras Mônadas.
Essa 3a. emanação, do 1o. aspecto (Vontade), atua ciclicamente. É ela que provoca a
individualização, atuando através da Mônada. Manifestou-se na raça lemuriana, quando
se deu o salto do reino animal para o humano, continuando a agir até o fechamento da
porta de ingresso no reino humano, na metade da raça atlante. Voltará a atuar na 5a.
ronda, quando a porta de ingresso no reino humano abrir-se novamente, na 4a. raça-
raiz.

Existe uma sutil analogia entre as Mônadas de Vontade no 5o. plano ou mundo mental,
a 5a. lei e o 5o. Raio. No 5o. mundo rege a Lei de Fixação e as Mônadas de Vontade ou
Poder, justamente por serem de Vontade, que dá a persistência, fxam-se facilmente,
sendo sua linha de menor resistência. O 5o. Raio é o raio da mente ou conhecimento

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
concreto, ora tudo o que é concreto, está fxado, pela sua própria natureza.

O 2o. Raio ou aspecto Amor-Sabedoria, controla os mundos quarto e sexto e domina as


Leis de Coesão e de Controle Magnético e também a Lei astral de Amor. Existe um
entrelaçamento direto entre os raios abstratos e as leis dos mundos onde elas
especialmente controlam. Isto é facilmente entendido, se considerarmos que a Lei de
Controle Magnético, atuante na matéria búdica, produz a coesão ou união por meio do
magnetismo, magnetismo este diferente do físico, mantendo ainda as partes de um
corpo como sendo uma unidade. No mundo astral, a coesão se manifesta através do
amor, o qual, mesmo na forma de desejo, gera a união. Como vemos, essas 2 leis são
realmente derivadas da Lei de Coesão. Tudo isto pode ser observado e analisado pela
pesquisa e estudo das vibrações das partículas dessas 2 matérias, a búdica e a astral,
em particular quando se analisa as formas de onda dos átomos búdico e astral, com
ênfase em suas espiras e espirilas. Os raios de aspecto (1o., 2o. e 3o.) são chamados
raios abstratos porque são sintetizadores, uma vez que tudo o que sintetiza, abstrai, no
sentido de extrair.

O 3o. Raio ou aspecto Atividade, controla as Leis de Desintegração e Morte nos


mundos terceiro (átmico) e sétimo (físico). Temos também aí uma lógica perfeita, pois
o que desintegra produz a morte e, levando em conta o nível de consciência da grande
maioria da humanidade, a morte gera sacrifício, no sentido de sofrimento, embora
nessa morte podemos ver o verdadeiro signifcado do vocábulo sacrifício. Para tal
vejamos primeiro o signifcado da palavra sacrifício, considerando sua origem latina.
Sacri é o genitivo de sacer (sagrado), portanto signifcando "do sagrado" e fcio vem de
fctio (formação, criação), portanto sacrifício signifca literalmente formação do
sagrado. Ora, o objetivo da morte, no mundo físico, é permitir que formas cada vez
mais aperfeiçoadas possam expressar o Espírito ou a Mônada cada vez mais
aperfeiçoada, o que é o mesmo que a formação do sagrado, ou seja, tornar a forma
sagrada.

Consequentemente será evidente para o consciencioso estudante da sabedoria que:

1. O Aspecto Poder, 1o. Raio, 1o. e 5o. planos ou mundos e as Leis de Vibração e
Fixação, formam um todo entrelaçado.
2. O Aspecto Amor, 2o. Raio, 2o., 4o. e 6o. planos ou mundos e as Leis de Coesão, de
Controle Magnético e de Amor formam outra unidade.
3. O Aspecto Atividade, 3o. Raio, 3o. e 7o. planos ou mundos e as Leis de
Desintegração e de Sacrifício e Morte formam mais um outro grupo.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Logicamente o 1o. Raio controla por enquanto os 2 mundos, pois o Aspecto Poder
espera a chegada de outro sistema solar, para demonstrar seu pleno desenvolvimento.
O 2o. Raio, Raio sintético do nosso sistema, controla os 3 mundos; tem preponderância,
porque constituímos principalmente Mônadas de Amor e Amor é nossa síntese.

O 3o. Raio, que predominou no sistema passado, Raio sintético de tal sistema, controla
2 mundos, sendo um deles pouco compreendido (o físico), pois assim como o corpo
físico não é considerado um princípio, há uma esfera de atividade que não está incluída
na nossa enumeração, pois já passou e desapareceu. As palavras esotéricas "A Oitava
Esfera" contêm alguma explicação a respeito. Pouco pode ser dito sobre este assunto,
porque nesta região estão informações, na forma de vibrações, que não podem ser
desviadas do seu local, para não se repetir o que aconteceu na cadeia lunar, a grande
catástrofe que desintegrou a cadeia antes do prazo previsto. Nem é bom meditar sobre
este assunto.

Os 4 Raios menores de Harmonia, Ciência Concreta, Devoção e Ordem Cerimonial,


controlam em forma graduada todos os mundos, porém na atualidade põem particular
ênfase sobre a evolução do Ego reencarnante nos 3 mundos. Estes 4 Raios controlam,
de forma sutil e peculiar, os 4 reinos da natureza - mineral, vegetal, animal e humano - e
ao fundirem-se nos 3 Raios de Aspecto, começando no 3o. (por ser o Raio de Atividade
do Mahachoan o sintetizador dos 4 inferiores em nosso esquema planetário), temos a
analogia da fusão do homem (o produto dos 3 reinos inferiores e o humano) no reino
espiritual, o reino do super-homem. O 4o. Raio e o 4o. Reino constituem um ponto de
harmonia para os 3 inferiores; logo os 4 passam para os 3 maiores ou superiores. Isto
é digno de um sério estudo e evidencia também a analogia que existe no 4o. plano ou
mundo.

O mundo búdico, o reino humano e o 4o. Raio de Harmonia, Beleza ou Síntese têm em
nosso sistema um ponto de analogia, assim como na 4a. raça-raiz (a atlante) é onde se
observa primeiro a síntese - a qual abre a porta para o 5o. reino do Espírito; a 4a. raça-
raiz desenvolveu também a capacidade astral que tornou possível o contato com o 4o
nível ou búdico.

Analisemos estas analogias.

O mundo búdico é onde as qualidades desenvolvidas nos 3 mundos inferiores são


sintetizadas e transformadas em qualidades superiores. O reino humano é onde as
qualidades desenvolvidas pela Tríade inferior, em sua passagem pelos reinos mineral,
vegetal e animal, são sintetizadas e transformadas em qualidades superiores. O 4o.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Raio, de Harmonia, é onde os Raios de Ciência Concreta, Devoção e Ordem Cerimonial
são sintetizados e aperfeiçoados conjuntamente, para desenvolvimento de qualidades
superiores.

A analogia existente na 4a. raça-raiz (a atlante) em termos de síntese é a seguinte.


Tudo o que foi desenvolvido nas 3 primeiras raças-raiz, adâmica, hiperbórea e
lemuriana, sendo que nessa última temos de realçar a grande conquista da
individualização, foi sintetizado e aperfeiçoado na raça atlante, aperfeiçoamento este
que se expressou pelo desenvolvimento da capacidade de sentir emoção e, através
dessa capacidade, estabelecer um contato com o mundo búdico, contato este que,
embora sem a efciência de ser pela capacidade manásica (que seria conquista da
raça-raiz seguinte, a atual), propiciou a penetração de uma energia superior, a qual
abriu o Portal da Iniciação para o reino humano, ou seja, o ingresso no reino da
Hierarquia ou do Espírito, o que é análogo à síntese dos 4 Raios menores ou de
atributo no 3o., de Atividade Inteligente.

Em forma sutil (emprego esta palavra na falta de outra que traduza melhor a afrmação
de que a realidade parece ser uma ilusão) também os 3 Raios menores, Ciência
Concreta, Devoção e Lei Cerimonial, estão vinculados aos 3 reinos da natureza,
inferiores ao humano, e às 3 leis dos 3 mundos inferiores. Estas palavras do Mestre
Djwal Khul signifcam o seguinte. O reino mineral é regido pela Lei de Sacrifício e Morte,
o que é evidente, uma vez que este reino é constantemente submetido ao processo de
desintegração e transformação em diversos tipos de material utilizado em nossas
indústrias e, recentemente, culminou com a "morte" através da bomba atômica, nas
suas 2 etapas, a de fssão e a de fusão (chamada bomba de hidrogênio).

O reino vegetal é regido pela Lei de Amor, o que também é evidente, pois não só este
reino alimenta os reinos animal e humano, como também inspira no homem
sentimentos emocionais elevados, pela sua beleza.

O reino animal é regido pela Lei de Fixação, o que pode ser percebido pela capacidade
do animal de demonstrar fortes indícios de atividade mental, o que signifca uma
fxação da matéria mental em seu corpo. É óbvio que este assunto pode ser muito mais
esmiuçado e aprofundado, porém o que foi dito é sufciente para comprovar a
veracidade das palavras do Mestre.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 288

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


As Leis nos 3 Mundos - Continuação - Páginas 481 e 482.

O Raio de Ordem Cerimonial tem um signifcado especial na atualidade; controla a vida


do mundo mineral e as etapas fnais da vida involutiva, no ponto onde é iniciado o
caminho ascendente da evolução. É o ponto de maior densidade, onde ocorre a
inversão de direção da vida, a partir do qual começa o caminho na direção do mais sutil
e mais dinâmico, através das muitas experiências nos mundos densos. A Mônada,
servindo-se da sua Tríade inferior, estabelece contato com esse mundo denso, o
mineral, para dominá-lo plenamente mais tarde, após ter vivenciado as vibrações
específcas desse reino, para conhecê-las.

Por meio da Ordem Cerimonial é obtido o controle dos construtores menores, das
forças elementais e do ponto de síntese do plano mais baixo de todos, o período de
transição. Este período de transição ocorre na inversão de direção da vida e é um
ponto de síntese, porque tudo o que foi aprendido pela vida na descida ao mais denso,
tem de ser consolidado e sintetizado, pois será de utilidade na etapa de ascensão para
o mais sutil.

Em tais períodos entra em manifestação (como acontece agora) o 7o. Raio - Raio de Lei
ou Ordem, de distribuição e formação exatas. É o refexo no plano físico dos Aspectos
Poder e Atividade atuando em forma sintética. Como sabemos, os Raios 1, 3 e 7 têm
uma interação. Vejamos essa interação à luz da distribuição percentual das 3
qualidades principais da Divindade na composição dos Raios 1, 3 e 7.

A qualidade vontade ou poder é representada pelo número 1, o amor pelo número 2 e


a atividade pelo número 3. O 1o. colocado na sequência é o que tem maior percentual
na composição, vindo o 2o. com percentual menor e o 3o. com o mínimo de percentual.
Assim temos:

1o. Raio = 1, 2, 3.
3o. Raio = 3, 1, 2.
7o. Raio = 1, 3, 2.
Vemos claramente que os 1o. e 7o. Raios possuem o maior percentual de vontade ou
poder e no 3o. Raio o poder vem em 2o. lugar. Isto explica a interação entre eles e
entre as leis.

Analisando a relação entre as leis, percebemos mais claramente a interação.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O poder máximo manifesta-se pela Lei de Vibração, sob a ação do 1o. Raio. Na Lei de
Fixação, sob a ação do 5o. Raio, também se manifesta o poder, em grau menor, porque
para fxar, tem de haver poder.

Na Lei de Desintegração, sob a ação do 3o. Raio, manifesta-se o poder, uma vez que,
para desintegrar ou destruir, tem de estar presente o poder.

Na Lei de Sacrifício ou Morte, sob a ação do 7o. Raio, evidentemente está presente o
poder, porque a morte advém pela desintegração. Ao mesmo tempo, o 7o. Raio, de
composição 1, 3, 2, deixa bem claro a atuação simultânea ou sintética do poder e da
atividade.

O 7o. Raio aparece em combinação com as forças da evolução. Constitui a


manifestação de Poder e Atividade no plano mais baixo (no sentido do mais denso) de
todos. Está aliado às leis dos planos 3o. e 7o., de Desintegração e Morte, o que já foi
evidenciado, pois todos os períodos de transição são períodos de destruição e
construção de formas e de quebra da antiga ordem, a fm de poder construir novos e
melhores cálices de vida.

Podemos resumir a ação do 7o. Raio no reino mineral, dizendo que ele mantém o
máximo de atividade no máximo de densidade, o que requer poder (1,3,2).

O Raio de Devoção tem uma relação defnida, embora pouco conhecida, com o reino
vegetal. Devemos recordar que está ligado a uma lei subsidiária da Lei cósmica de
Atração. No reino vegetal encontramos uma das primeiras e temporárias aproximações
entre a Mônada humana e a Mônada dévica em evolução. As 2 evoluções fazem
contato nesse reino em forma paralela; seguindo logo seus próprios caminhos,
encontram seu próximo ponto de contato no 4o. nível búdico e a fusão fnal no
segundo, o monádico.

Sabemos que o reino vegetal é o mais evoluído em termos de meta e já se tornou


radioativo (o perfume das fores) e pela sua capacidade de servir (entre muitos
serviços, destacamos alimentar os reinos animal e humano), explica-se o contato entre
as evoluções humana (através das Tríades inferiores no reino vegetal) e dévica, esta
dedicada a servir.

Os Raios concretos têm um efeito especial sobre a evolução negativa dos devas, os
quais formam parte do aspecto feminino do divino Homem hermafrodita, quando
trabalha sobre linhas de desenvolvimento mais positivo. Os Raios abstratos realizam
um trabalho similar sobre a hierarquia humana positiva, tendendo a lograr uma atitude

928
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mais receptiva. Esta hierarquia forma parte do aspecto masculino do divino
Hermafrodita.

Analisemos estas palavras do Mestre Djwal Khul.

Temos o divino Homem hermafrodita, trabalhando sobre linhas de desenvolvimento


mais positivo. Ora, sabemos que os Raios abstratos (abstratos porque abstraem ou
extraem), 1o., 2o. e 3o., são positivos em relação aos 4 Raios de atributo, chamados
concretos porque são derivados do 3o. Em assim sendo, o Logos, nesse trabalho, fca
fortemente sob a infuência dos Raios abstratos. Como a hierarquia humana forma
parte do aspecto masculino (positivo) do Logos, ela também fca sob uma forte
infuência dos Raios abstratos, o que poderia provocar um certo desequilíbrio. Para
contrabalançar tal situação, os Raios concretos intensifcam sua ação sobre a evolução
negativa dos devas, o que torna a hierarquia humana mais receptiva, uma vez que os
corpos da hierarquia humana são formados de substância dévica.

Porém, nos 3 pontos do caminho de evolução (reino vegetal, mundo búdico e mundo
monádico) , as Mônadas de Amor que atuam sobre as qualidades abstratas, entram em
contato com os devas de atividade que trabalham sobre as faculdades concretas. A
perfeição das 2 evoluções marca o ponto de realização do divino Homem celestial,
constitui o aperfeiçoamento dos 2 centros principais, a atividade criadora e o amor do
Logos.

Em seu aspecto inferior estes centros são conhecidos como os centros da procriação e
do plexo solar, porém a medida que prossegue a evolução, são transmutados para os
centros da garganta e do coração.

Logo, em síntese dual (cardíaco e laríngeo em perfeita sintonia ou fundidos ou


sintetizados), passarão ao 3o. sistema, no qual se desenvolverá o aspecto Poder, então
completar-se-ão os centros da cabeça. Esta realização marca o triunfo de nosso Logos,
que estará em condições de receber a 6a. Iniciação cósmica, assim como agora deve
estar em condições, neste sistema, de receber a quarta.

Evidentemente o Mestre, por falar em sistemas, deve estar se referindo ao nosso


Logos solar, como o divino Homem hermafrodita, uma vez que a evolução dévica atua
em todo o sistema solar. Os centros citados são constituídos pelos Logos planetários, o
que supõe o aperfeiçoamento desses excelsos Seres.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 289

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


As Leis nos 3 Mundos - Continuação - Página 482.

O Raio de Ciência Concreta tem uma relação peculiar com o reino animal, porque rege
a fusão desse reino com o humano. O planeta Vênus, durante sua 5a. ronda,
proporcionou o impulso que produziu a chispa mental no reino animal - fato muito
conhecido - Constitui o 5o. Raio e tem uma vinculação muito interessante com a 5a. Lei
de Fixação. Também seria conveniente estudar a analogia que existe entre estes
fatores e a 5a. raça-raiz, a qual tem desenvolvido forte e peculiarmente a mente
concreta. A Lei de Analogia é exata.

Analisemos estas palavras do Mestre Djwal Khul. O ingresso no reino humano das
Tríades inferiores que estavam no reino animal e prontas para tal, deu-se por meio da
mente, uma vez que o Ego está localizado no plano ou mundo mental e só pelo uso da
mente ele poderia se desenvolver.

A forte interferência do esquema de Vênus, o esquema do 5o. Raio, havendo ênfase


em sua ação pelo fato de estar na sua 5a. ronda, na qual a mente foi estimulada, tudo
isto originou na Terra a energia produtora da chispa da mente no homem animal.

A ligação entre o 5o. Raio, de mente concreta, e a Lei de Fixação, é mais ou menos
evidente, se considerarmos que aquilo que é concreto, forçosamente é fxo.

Quanto à nossa 5a. raça-raiz, a conexão entre ela e o 5o. Raio e a Lei de Fixação, é bem
visível, bastando ver o acelerado desenvolvimento da ciência nos últimos tempos.

Tendo isto como base, as 3 leis da personalidade adquirem plena vida e podem ser
resumidas nos termos bem conhecidos: "A Lei de Renascimento e Morte nos 3
mundos."

A 5a. Lei rege um ponto fxo da personalidade, o 5o. princípio.

A Lei de Amor no corpo astral tem também pontos que devem ser considerados. Existe
um vínculo direto entre o corpo astral (amor no que diz respeito à personalidade), o
veículo búdico (amor no que diz respeito à Tríade superior) e as Mônadas de Amor.
Mais adiante isto será melhor compreendido, pois constitui o canal principal para a lei
básica do sistema, o Amor. Estes 3 pontos marcam períodos de comunicação e
também pontos de partida para realizar um novo esforço durante a vida da Mônada em
evolução - da personalidade à Tríade superior, da Tríade superior à Mônada, da Mônada
de volta à sua fonte.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Analisemos o que acima foi dito. A Lei de Amor atuando no corpo astral do homem
comum, em suas diversas modalidades, desejo, atração pelo que lhe agrada, paixão
pelo ser amado etc, mesmo sendo expressão inferior, é manifestação da Lei de Coesão,
pois esse amor astralino tende a unir. Com a evolução, esse amor inferior transforma-
se em aspiração por algo mais elevado e isto leva a personalidade a se unir à Tríade
superior. Mais tarde, a Lei de Coesão atuando no mundo búdico como Lei de Controle
Magnético, conduz a Tríade superior a se unir à Mônada. Finalmente, a Lei de Coesão,
atuando em seu próprio mundo, o monádico, faz com que a Mônada domine esse
mundo e retorne, com plena e total consciência, à sua fonte, a consciência do Logos
planetário.

O resumo das 3 leis da personalidade na expressão "A Lei de Renascimento e Morte",


torna-se facilmente compreendido, ao considerarmos que o homem, até conquistar a
liberação total dos 3 mundos inferiores, renasce e morre diversas vezes nos mundos
físico, astral e morte.

Estudo 290

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


As Leis nos 3 Mundos - 5. A Lei de Fixação - Páginas 483 e 484.

5. A Lei de Fixação governa o plano ou mundo mental e tem sua principal analogia na
Lei do Karma nos níveis mentais cósmicos. "Como um homem pensa, assim é ele"; de
acordo com seus pensamentos, assim são seus desejos e ações e também seu futuro.
Fixa para si o karma resultante. A palavra "Fixação" foi escolhida por 2 razões: primeiro,
porque a palavra implica a capacidade do pensador para modelar seu próprio destino
e, segundo, porque implica uma ideia estabilizadora, pois a medida que a evolução
progride, o Ego desenvolve a faculdade de criar defnidas e concretas formas mentais
e, por meio destes produtos estáveis, de subjugar as futuações do corpo astral.

Analisemos estas palavras do Mestre Djwal Khul. Quando o homem se polariza


mentalmente, porque percebeu a necessidade de ter um comportamento emocional
estável, coerente e de acordo com sua própria vontade, dentro de um modelo
comportamental lógico e racional e não ao sabor das atrações externas, ou seja, dos
desejos, então a fxação da sua mente nesse modelo, que é realmente uma forma
mental, faz com que ele seja imposto ao corpo astral, tornando este último submisso ao

931
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
corpo mental, onde a vontade do Ego se manifesta para os corpos inferiores.

A lei do 5o. plano ou plano mental é uma das mais importantes que nos concerne em
qualquer época, manifestando-se mais plenamente na próxima 5a. ronda.

Nestas palavras do Mestre vemos nitidamente quão importante é a utilização e o


desenvolvimento da mente no processo evolutivo e para a conquista da meta na atual
4a. cadeia, a 5a. Iniciação planetária, a 3a. solar, na qual se dá a sintonia exata ou fusão
da Tríade inferior com a superior, tornando-se o homem de fato uma estrela de 6
pontas, se olharmos os 6 vértices das 2 Tríades unidas e entrelaçadas, o que é
chamado por alguns de Duplo Logos. Não podemos esquecer que manas é utilizado nos
corpos superiores ao mental, uma vez que é um aspecto da Mônada. Em relação com
esta 4a. ronda podem ser reunidos os seguintes fatos com respeito à atuação desta lei.

Devido a esta lei a personalidade em evolução constrói, durante o transcurso de muitas


vidas, o corpo causal; fxa a matéria inerente a esse corpo, colocada ali pelo homem e
cristalizada a medida que transcorrem as épocas. A cristalização se completa antes da
4a. Iniciação planetária, tendo lugar a inevitável desintegração, resultado da
cristalização de todas as formas, liberando-se a vida que as habita, a fm de que
progridam. Sem embargo, embora todas as formas, que fnalmente têm de
desaparecer, constituam obstáculos e limitações, são necessárias para o
desenvolvimento da raça. Oportunamente o corpo causal da raça se desintegra.

As palavras cristalizada e cristalização têm um signifcado especial neste contexto. Não


signifca rigidez, uma vez que a matéria mental que conforma os vórtices (chamados
pétalas) do Loto Egoico vão adquirindo diversos movimentos e formas de oscilar ou
vibrar, a medida que as informações oriundas dos 3 mundos inferiores alimentam e
dinamizam esses vórtices, nas experiências das diversas encarnações pelas quais
passa o homem ao longo da roda do Zodíaco, sob a infuência dos 12 Signos, nas 3
cruzes: a fxa, a móvel e a cardeal.

Todavia, mesmo com essa dinamização dos vórtices do Loto Egoico, ou seja, a sua
abertura, há uma limitação, no sentido de que a capacidade máxima de oscilar e de
armazenar informações é atingida, ocorrendo realmente uma cristalização. Fazendo
uma analogia (um tanto quanto grosseira) com o chamado disco rígido (hard disk, HD)
de um computador, podemos dizer que o HD está cheio, sendo recusada qualquer
informação a mais.

Dita lei governa a cristalização de todas as formas antes de sua destruição durante o
processo evolutivo.

932
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estabelece o momento do renascimento, pois é uma ramifcação subsidiária da Lei do
Karma. Cada uma das 7 leis subsidiárias está vinculada a uma das leis cósmicas ou à
Lei kármica de Sirius. Devemos recordar sempre que a meta logoica é alcançar a
consciência do plano mental cósmico e que o Logos de Sirius é para nosso Logos solar
o que o Ego humano é para a personalidade. A Lei do Karma ou de Fixação cósmica é a
lei do plano mental cósmico e controla a lei correspondente em nosso sistema.

A afrmação do Mestre de que cada uma das 7 leis subsidiárias está vinculada a uma
das Leis cósmicas ou à Lei Kármica de Sirius, é óbvia e evidente, uma vez que a Lei do
Karma existe para 2 objetivos:

1 - Corrigir os desvios do homem em relação ao caminho para a meta que deve


conquistar.

2 - Quando o homem não se desvia desse caminho, a Lei do Karma prepara as


condições e circunstâncias para a próxima etapa (a próxima reencarnação), para que
o homem conquiste a meta o mais rápido possível.
A analogia do Mestre comparando a relação entre o Logos de Sirius e o nosso Logos
solar com a relação entre o Ego do homem e sua personalidade, deve ser bem
entendida. Na relação entre o Ego do homem e sua personalidade, o Ego tem de
dominar a personalidade. Porém o relacionamento entre o Logos de Sírius e nosso
Logos solar consiste em o Logos de Sírius, por estar mais evoluído como Ego cósmico
e muito mais experiente no plano ou mundo mental cósmico, instruir e estimular o Ego
do nosso Logos solar que, embora também residente no mental cósmico, ainda não
tem muita experiência desse mundo.

Em vista disto, o Logos de Sirius planeja e põe em execução as condições do nosso


sistema solar, para que o nosso Logos solar, Seu Pupilo, passe a conhecer cada vez
mais profundamente o mundo mental cósmico e o domine totalmente, da mesma forma
que o Ego humano busca condições nos 3 mundos inferiores (através da lei do karma),
para conhecê-los e dominá-los e conseguir o mesmo com relação ao mundo mental
superior do nosso sistema, sua morada.

Na 5a. ronda esta lei atuará como divisória, cristalizando momentaneamente as


Mônadas humanas, separando-as em 2 grandes grupos, a medida que evoluem. Então
um grupo (que incluirá também aquelas que alcançarão a meta) já não estará regido
por dita lei, fcando sujeito à Lei de Controle Magnético. O outro permanecerá sob seu
governo em uma condição estática, até que em um período posterior apareça uma

933
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nova oportunidade; velhas formas se desintegrarão e no 5o. período de outro
mahamavantara virá o oportunidade esperada, quando novamente poderão entrar na
corrente evolutiva os espíritos aprisionados e ascender outra vez à sua fonte de
origem.

Estas últimas palavras do Mestre constituem uma advertência muito importante e


muito grave, pois trata-se do expurgo do "Dia do Juízo" da 5a. ronda. Aqueles que
teimarem em permanecer na linha do mal e do egoísmo fcarão sob o jugo da Lei de
Fixação, numa condição estática, ou seja, em pralaya, fora de manifestação nos
mundos objetivos, o que signifca uma parada no processo evolutivo. A oportunidade
para esses exilados só aparecerá no próximo sistema solar.

Em sentido oculto esta lei nos concerne muito intimamente. Desempenha uma parte
importante em mãos dos Senhores da Chama e é um de Seus principais fatores para
exercer controle nos 3 mundos. Observem aqui o fato interessante de que Vênus é o
6o. planeta (esotericamente é o 2o.), acha-se na 5a. ronda e, em consequência, está
mais avançado que nós em todo sentido.

De fato os Senhores da Chama fzeram intenso uso da Lei de Fixação, quando


implantaram e fxaram a chispa da mente no homem lemuriano, o que é facilmente
compreendido. Vênus é esotericamente o 2o. planeta, porque já está expressando budi
(2o. Raio) através de manas aperfeiçoado.

Esta lei manifesta a qualidade, momentaneamente estática, do amor; isto é logicamente


assim, quando é considerado desde o ponto de vista do tempo, o grande alucinador. No
caminho de involução dita lei volta a atuar com os átomos permanentes nos 3 mundos,
construindo o material ao redor desses átomos em conexão com os devas
construtores e os Egos reencarnantes. Os devas são o aspecto mãe, os construtores
do corpo e os Jivas (as Mônadas humanas) o aspecto flho; sem embargo, os dois não
são mais que um e o resultado é o divino homem hermafrodita.

O amor está no momento sujeito à Lei de Fixação, ou seja, mais ou menos estagnado
(apenas mais ou menos, ou seja, com um desenvolvimento muitíssimo lento), porque
ele depende do desenvolvimento de manas ou mente, para se expressar e desenvolver,
como está previsto.

A atuação da Lei de Fixação nos átomos permanentes da Tríade inferior é evidente,


porque eles constituem o ponto fxo em torno do qual o Ego pode armazenar
informações dos 3 mundos inferiores (a memória), por meio das quais pode sempre
avançar, alicerçado no material conquistado.

934
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Antes que as Mônadas humanas pudessem se apossar de corpos para iniciar a
evolução, os Devas vitalizaram a matéria virgem e construíram seus próprios corpos.
Só então foi possível às Mônadas humanas terem seus corpos, construídos pelos
Devas que cederam seus próprios corpos para a construção dos corpos humanos nos
diversos planos ou mundos, não apenas no físico. Isto se aplica a todos os reinos. Por
isto todos devem estar perfeitamente conscientes de que, como seres humanos, temos
nossos corpos feitos de substância dévica. O mesmo vale para toda a natureza.

Portanto, agredir a Natureza, é agredir o reino dévico e constitui o verdadeiro pecado


contra o Espírito Santo.

Como a evolução humana está na linha positiva ou masculina e a dévica na negativa ou


feminina e as duas evoluções estão intimamente unidas e mescladas, o resultado lógico
é o divino homem hermafrodita, como diz o Mestre.

A referência à página 69 do Tratado sobre Fogo Cósmico é para lembrar que esta
transformação no divino homem hermafrodita está relacionada com a fusão dos 3
fogos: elétrico (do Espírito), solar (do Ego) e por fricção (da matéria).

Estudo 291

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


6. A Lei do Amor - Páginas 484, 485 e 486.

6. A Lei do Amor. Neste breve resumo não é fácil encarar o tremendo problema que o
amor desempenha no esquema evolutivo das coisas tal como o compreende o homem
tridimensional. Poder-se-ia escrever um tratado sobre isto, sem esgotar o tema. Muita
luz será obtida se pudermos meditar profundamente sobre as 3 expressões do Amor: o
Amor expressado pela Personalidade, pelo Ego e pela Mônada. A Personalidade
desenvolve o amor gradualmente por meio das etapas do amor ao eu, pura, simples e
totalmente egoísta, o amor à família e aos amigos, aos homens e mulheres, até chegar
na etapa do amor à humanidade ou à consciência do amor grupal, característica
predominante do Ego. Um Mestre de Compaixão ama, sofre e permanece com os de
sua classe e seus achegados. O Ego desenvolve gradualmente o Amor à humanidade
até chegar ao amor universal - não expressa somente amor à humanidade, mas
também a todos os envoltórios dévicos e a todas as formas de manifestação divina. A

935
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
personalidade expressa o amor nos 3 mundos inferiores, o Ego expressa o amor no
sistema solar e todo seu conteúdo; enquanto que o amor expressado pela Mônada
demonstra em alguma medida o amor cósmico, abarcando muito o que se encontra
fora de todo o sistema solar.

Busquemos entender estas palavras do Mestre Djwal Khul em profundidade.

Suas palavras "o Ego expressa o amor no sistema solar e todo seu conteúdo" possuem
um signifcado muito mais abrangente do que parece. Elas signifcam que o Ego já bem
evoluído interessa-se em conhecer e saber, com o máximo de clareza e entendimento,
todos os Seres em evolução no nosso sistema solar, incluindo todos os reinos em todos
os esquemas planetários, como também o que está fora dos esquemas planetários,
com o objetivo de ajudar e cooperar com todos estes Seres, em todos os níveis de
evolução. Este é o verdadeiro Amor. Esta vontade torna-se fxa e constante. Quando
este estado é alcançado, o Ego realmente encontra-se numa elevada etapa evolutiva, já
prestes à grande transferência de todo o conquistado para a Tríade superior e à
própria desintegração, o que ocorre na 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar.

A outra expressão do Mestre: "o amor expressado pela Mônada demonstra em alguma
medida o amor cósmico, abarcando muito do que se encontra fora de todo o sistema
solar.", igualmente signifca o interesse em conhecer e saber, em profundidade e com
toda clareza, todos os Seres em evolução fora do sistema solar e que se relacionam
com os Seres dentro do sistema, ou seja, com o que ocorre dentro do Corpo do Logos
cósmico do qual nosso Logos solar faz parte. Este interesse também é com o intuito de
cooperar e ajudar. A conquista deste estado interior marca uma elevadíssima etapa de
desenvolvimento.

A conquista deste último estado começa na 2a. Iniciação planetária, expandindo-se


gradualmente, em ritmo acelerado, pois nesta Iniciação a Mônada já está fortemente
aferrada ao Ego e nele concentrada, transmitindo intensamente seu fogo elétrico, o
qual atua vigorosamente sobre os fogos solar (do Ego) e por fricção (da
personalidade), objetivando sua intensifcação e sintonia ou fusão.

O título "Lei do Amor" é, depois de tudo, uma expressão demasiado genérica para ser
aplicada a uma lei que rege um plano, porém bastará por agora, pois fornece o tipo de
ideia que é necessária para nossa mente. Em realidade, a Lei de Amor é só a Lei do
sistema que se expressa em cada plano. O amor foi o motivo impulsionador para a
manifestação e mantém tudo em sequencia ordenada; conduzindo-o até o caminho de
retorno ao seio do Pai e, oportunamente, aperfeiçoa tudo o que existe. Constrói as

936
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
formas que cunha momentaneamente a vida interna oculta, sendo a causa da
desintegração dessas formas e sua total destruição, a fm de que a vida possa seguir
progredindo.

O amor manifesta-se em cada plano ou mundo como a força que impulsiona a Mônada
em evolução para sua meta; é a chave do reino dévico e a razão da fusão eventual dos
2 reinos no divino Hermafrodita. Atua através dos raios concretos na construção do
sistema e na ereção da estrutura que alberga o Espírito, atuando por intermédio dos
raios abstratos para o desenvolvimento pleno e potente dessa divindade inerente.
Expressa, por meio dos raios concretos, os aspectos da divindade e constitui a pessoa
que oculta o Eu uno; o amor manifesta-se por intermédio dos raios abstratos
desenvolvendo os atributos da divindade, desenvolvendo plenamente o reino de Deus
interno. Nos raios concretos o amor conduz ao caminho do ocultismo; nos raios
abstratos conduz ao caminho do místico. Conforma os envoltórios e inspira a vida;
produz a vibração logoica que impulsiona para ir adiante, impelindo a seguir seu
caminho e levando tudo à manifestação perfeita.

Analisemos estas palavras do Mestre. O amor é a mola mestra do nosso atual sistema
solar. Mas amor em seu signifcado autêntico e verdadeiro, não esse falso amor tão
alardeado pela humanidade cega.

É a chave do reino dévico porque os Devas, por amor, apesar de sua imensa atividade
vitalizando a matéria (tudo o que existe é substância dévica), colocaram-se á
disposição de outra evolução como veículos (por isso apassivaram-se). Esse amor dos
Devas é a explicação da coesão das partículas dos diversos tipos de matéria na
construção dos corpos nos diversos planos ou mundos.

A atuação do amor através dos raios concretos (4o., 5o., 6o. e 7o., derivados do raio
maior que é o terceiro, o raio de manas) constrói as formas (a maior, o sistema e todas
as demais dentro do sistema), por meio das quais o Espírito ou a Mônada pode evoluir
expressando-se pelas formas , impelido pelo amor atuando pelos raios abstratos (1o.,
2o. e 3o.).

Pelos raios concretos os atributos da divindade através das formas constituem a


persona ou personalidade, que oculta o Eu uno. Pelos raios abstratos o Espírito ou a
Mônada aperfeiçoa o reino de Deus interno, exercitando os atributos divinos através da
manipulação das formas.

Nos raios concretos o amor leva ao caminho do ocultista (o místico cientista), porque o
ocultista quer conhecer e saber com exatidão como tudo funciona e não se contenta

937
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em fcar apenas na superfície, mas quer ir fundo. Já pelos raios abstratos, o amor
conduz à senda do místico, que se contenta apenas em "sentir", não se preocupando
em conhecer e saber como as coisas funcionam, sendo por isso incompleto.

A vibração logoica fundamental que impera na matéria adi ou divina tem como
modulação essencial o amor, apesar de a vontade e a atividade inteligente terem
também suas próprias modulações, todavia, na realidade, temos o seguinte, na matéria
adi ou divina, em termos de modulações:

A energia da onda portadora é a do amor, sendo essa portadora modulada pela


vontade e pela atividade inteligente; assim, quando a vontade logoica está vibrando ou
oscilando nessa matéria, essa modulação ocorre numa portadora de amor, o mesmo se
dando com referência à modulação atividade inteligente.

No 1o. sistema, a nota fundamental (a energia da onda portadora) foi Atividade, Desejo
de Expressão e Impulso de Mover-se. Esta atividade produziu certos resultados, certos
efeitos permanentes, formando o núcleo do sistema atual. A atividade ordenada e
organizada constitui a base deste sistema de Amor ordenado e organizado, que conduz
ao 3o. sistema, onde a Atividade ordenada e organizada, impulsionada pelo Amor
ordenado e organizado, dará por resultado o Poder amoroso ordenado e organizado.
No 3o. sistema, o próximo, a energia da onda portadora será a Vontade. Cabe aqui
esclarecer essa questão da energia da onda portadora. Sempre será a Vontade essa
energia. No 1o. sistema, de atividade, o anterior, a energia da onda portadora era a
Vontade, mas fortemente modulada pela frequência da Atividade Inteligente ou manas
ou 3o. Raio. No atual sistema, a energia da onda portadora é a Vontade fortemente
modulada na frequência do Amor-Sabedoria-Razão Pura ou 2o. Raio. No próximo
sistema, a energia da onda portadora será a Vontade com forte ênfase na Vontade ou
Poder ou 1o. Raio, ênfase essa que irá caracterizar as modulações nas frequências do
Amor-Sabedoria-Razão Pura e da Atividade Inteligente, numa tal equalização das 3
modulações, que irá se expressar ou manifestar como Vontade Amorosa, Sábia e
Inteligente, ou, em termos de fenômeno, como fogos elétrico, solar e por fricção, em
perfeita harmonia ou fusão. É impossível para o homem comum ter a menor ideia de
como será esse 3o. sistema, como também é impossível para esse homem comum ter a
mínima concepção em sua mente do Amor que o nosso Logos almeja para o atual
sistema. Só aqueles nos quais já foi iniciada a conexão consciente entre a Mônada e o
cérebro físico, por meio do fogo elétrico, o que ocorre na 2a. Iniciação planetária,
possuem vislumbres desse Amor-Sabedoria-Razão Pura.

938
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O 6o. Raio de devoção e a 6a. lei de amor têm uma estreita relação, produzindo-se no
6o. plano a atuação poderosa da Tríade inferior, a Personalidade ou Lei de Amor. No
plano ou mundo astral, o lar dos desejos, originam-se esses sentimentos que
chamamos amor pessoal, demonstrado como paixão animal no tipo mais baixo do ser
humano; a medida que a evolução prossegue, mostra-se como expansão gradual da
faculdade de amar, passando pelas etapas do amor ao companheiro, amor familiar, aos
achegados, até o amor pelo próprio meio ambiente; mais tarde o patriotismo é
substituído pelo amor à humanidade, ocorrendo que, a miúdo, esse amor é
personifcado como amor dedicado aos Grandes Seres. Um exemplo disto temos
atualmente, nesta fase de saída de manifestação do 6o. Raio, no amor dedicado ao
Mestre Jesus, mas de forma egoísta, pois esses que assim agem esperam
ardentemente que Jesus os salve, sem que eles façam o devido esforço individual, para
que cada um seja o próprio salvador, conforme determina a Lei Cósmica, que diz que
todos devem ajudar, mas cada um é responsável pela própria salvação. Há que
ressaltar que a grande maioria da humanidade não tem noção do que seja realmente
salvação, que realmente consiste em conquistar a meta da cadeia, ou seja, a 5a.
Iniciação planetária, a 3a. solar.

Na atualidade o mundo astral é o mais importante para nós, pois no desejo - não
aperfeiçoado nem transmutado - reside a diferença entre a consciência pessoal e a do
Ego.

Vejamos agora o observação colocada ao pé da página 486, sob o número 81,


relacionada ao tema em pauta.

Porque consideramos este tema dos devas do sistema intermediário (o atual, de Amor)
(assim como poderíamos considerar aqueles que estão vinculados com os atuais budi e
kama-manas), quando nos ocupamos das formas mentais (o assunto atual é Os
Elementais da Mente e do Fogo) ? Por duas razões: a primeira consiste em que tudo o
que está dentro do sistema solar só é substância energizada dos planos mental
cósmico e astral, que tem sido empregada para construir formas mediante o poder da
lei da eletricidade; tudo o que se percebe somente são formas animadas por ideias. A
outra reside em que conhecendo o processo criador do sistema, o homem
oportunamente aprende a converter-se em um criador. Poderíamos ilustrar isto
dizendo que uma das principais funções do movimento teosófco, em seus diferentes
ramos, consiste em construir uma forma que a seu devido tempo poderá ser animada
pela ideia de Fraternidade.
Voltemos ao 2o. parágrafo da página 486.

939
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Isto pode ser observado com maior claridade no 6o. esquema, o de Vênus, o esquema
do amor. Desde um ponto de vista o esquema venusiano é o segundo e desde outro, o
sexto. Depende de se o raciocínio se realiza da circunferência para o centro ou
inversamente. Isto é facilmente explicado, ao considerarmos o VI DIAGRAMA da página
317 do Tratado sobre Fogo Cósmico. Neste diagrama temos o esquema de Saturno no
centro da circunferência, sendo o sétimo, contando da circunferência para o centro e o
de Vênus é o segundo (no sentido anti-horário). Mas se contarmos do centro para a
circunferência (no sentido horário), o esquema de Vênus é o sexto. Tal esquema, o de
Vênus, constitui o lar do Logos planetário de 6o. Raio. Isto pode parecer contraditório,
porém em realidade não é assim; devem ser recordados o entrelaçamento, o
deslocamento e a mudança gradual que têm lugar a seu devido tempo em todos os
Raios. Da mesma maneira a cadeia terrestre desde um ângulo é a terceira e desde
outro a quinta. Isto é explicado ao analisarmos o VII DIAGRAMA da página 327 do
Tratado. Contando da circunferência para o centro no sentido anti-horário, iniciando a
contagem a partir da cadeia de Marte (a 6a. no tempo), no topo da circunferência, a
cadeia terrestre, a atual, é a terceira (a quarta no tempo), ; mas se contarmos a partir
do centro (onde estão as cadeias primeira, segunda e sétima no tempo) para a
circunferência (no sentido horário), passando pela 5a. cadeia no tempo, a de Mercúrio,
já na circunferência, a cadeia terrestre será a quinta. É lógico que essas contagens têm
um signifcado.

Na 6a. cadeia de cada esquema, esta 6a. lei (lei de amor) e o 6o. Raio têm um
signifcado muito importante, enquanto que a 7a. cadeia de cada esquema é sempre
sintética - Amor e Atividade em equilíbrio perfeito. O mesmo efeito pode ser
demonstrado na 6a. Ronda. Nela, na cadeia atual do esquema terrestre, a 6a. lei
manifestar-se-á com grande clareza e força como amor fraternal, amor transmutado
do astral ao búdico. Uma analogia similar pode ser observada na 6a. raça-raiz e na 6a.
sub-raça. Do resto da 5a. sub-raça da 5a. raça-raiz, construída sob o 5o. Raio de
Conhecimento Concreto e com a ajuda da 5a. Lei de Fixação, emergirá a 6a. sub-raça
de amor fraternal - amor demonstrado na compreensão da vida una, latente em cada
Filho de Deus.

A explicação para o sequenciamento das cadeias do esquema terrestre, contando da


circunferência para o centro e em sentido inverso deve ser buscada de outra maneira.

Os assuntos que neste estudo foram expostos constituem fontes potentíssimas e


riquíssimas, as quais, se for feita a devida meditação ocultista, poderão nos levar a
conclusões e percepções de altíssimo nível, com referência ao passado e futuro não só

940
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do ser humano, como também do Logos planetário.

Estudo 292

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


7. A Lei de Sacrifício e Morte - Páginas 486, 487, 488 e 489.

7. A Lei de Sacrifício e Morte. Esta lei se vincula com a terceira, a Lei de Desintegração,
seguindo a conexão que sempre existe entre o plano ou mundo átmico e o físico. A Lei
de Desintegração controla a quíntupla destruição de formas nos 5 mundos inferiores e
a Lei de Morte controla similarmente os 3 mundos inferiores (físico, astral e mental). É
subsidiária da terceira. Nos corpos sutis a Lei de Sacrifício é a Lei de Morte, similar ao
que chamamos morte do corpo físico. Esta lei rege a gradual desintegração das formas
concretas e seu sacrifício pela vida em evolução; sua manifestação está estreitamente
ligada ao 7o. Raio. Este controla amplamente, manipula, geometriza e domina o aspecto
forma, regendo as forças elementais da natureza. O mundo físico é a exemplifcação
mais concreta do aspecto forma; mantém a vida divina aprisionada ou enredada em
seu grau mais denso e hoje atua de acordo com a 7a. Lei. Em forma misteriosa dita lei é
oposta à primeira ou Lei de Vibração. Resulta por ora algo quase incompreensível para
nós outros a oposição de Vulcano e Netuno. Depois de tudo, a forma de expressão
mais densa no mundo físico só é uma espécie de síntese, assim como a forma mais
sutil de expressão no mundo mais elevado só é unidade ou síntese de tipo mais
refnado. Uma constitui a síntese da matéria, a outra a síntese da vida.

Comentemos o que acima foi dito.

O fato de a Lei de Sacrifício e Morte ser oposta á Lei de Vibração na realidade signifca
que a Lei de Sacrifício e Morte prepara tudo o que atingiu o estado mais denso, após
ter servido ao seu propósito, para que a Lei de Vibração possa atuar novamente, com o
objetivo de que nova forma seja construída, a fm de que a vida prossiga em seu
aperfeiçoamento, em ambos os lados, ou seja, a vida maior que utiliza a forma e as
vidas menores constituintes da forma utilizada.

A forma mais densa é a síntese da matéria, porque reúne em si vários aspectos da


matéria, com limitação de vibração, e a forma mais sutil também é a síntese da vida,
porque permite que a vida expresse simultaneamente várias qualidades, pelo fato de a

941
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
forma mais sutil poder vibrar em maior frequência.

Esta lei rege a 7a. cadeia de cada esquema; cada cadeia, quando logrou a máxima
expressão no esquema, é regida pela Lei da Morte, sobrevindo o obscurecimento e a
desintegração. Em sentido e analogia cósmicos, é a lei que governa a chegada do
pralaya ao fnalizar um sistema. Destrói a cruz do Cristo cósmico e deposita o Cristo na
tumba durante um período de tempo.

O princípio de mutação. Para fnalizar a precedente informação sobre as leis, é muito


necessário reconhecer o extremado perigo que signifca chegar a estabelecer dogmas
sobre estas questões e o risco que implica assentar regras rígidas e irremovíveis.
Grande parte deve fcar inexplicado e inabordado e muito só servirá para que surjam
interrogações em nossas mentes. Por agora, a captação é impossível. Enquanto não
possuirmos a visão quadridimensional, o único que podemos fazer é dar indicações,
obter uma visão passageira da complexidade e entrelaçamento do sistema e só será
possível aferrar-nos ao conceito mental de que os raios, esquemas, planetas, cadeias,
rondas e leis formam uma unidade; desde o ponto de vista humano é
inacreditavelmente confuso e a chave para sua solução parece tão oculta como inútil;
sem embargo, desde o ponto de vista logoico, o todo se move ao uníssono e é
geometricamente exato. A fm de dar uma ideia da complexidade do ordenamento,
quisera assinalar aqui que os mesmos Raios circulam e a Lei do Karma controla o
entrelaçamento. Por exemplo, o 1o. Raio pode circular ao redor de um esquema (se é o
Raio principal do esquema) com seu 1o. sub-raio manifestando-se em uma cadeia, o 2o.
em uma ronda, o 3o. em um período mundial, o 4o. em uma raça-raiz, o 5o. em uma
sub-raça e o 6o. em uma ramifcação da raça. Exponho isto como ilustração e não
como a afrmação de algo que está em manifestação atualmente. Isto nos dá uma ideia
da vastidão do processo e de sua maravilhosa beleza. Resulta impossível passar
através de algum Raio e visualizar ou conceber de alguma maneira sua beleza; sem
embargo, para aqueles que estão em níveis mais elevados e possuem uma visão mais
ampla, o esplendor do desenho é evidente.

Realmente o entrelaçamento e as interações geram um sistema de forças bastante


complexo. Usando a linguagem da matemática, é uma grande equação diferencial,
cujas variáveis são funções. Teoricamente é possível defnir uma grande equação
diferencial, melhor dizendo, um conjunto de equações diferenciais, que descreva e
quantifque todas as forças. Todavia isto é impossível com as informações disponíveis
atualmente. Cremos que isto só é possível com a visão do mundo búdico para cima.
Mas mesmo assim, sem poder montar o sistema de equações, só o fato de perceber

942
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nítida e logicamente essa possibilidade, permite-nos entender com toda clareza e
lógica que o sistema desenvolvido pela interação dessas forças, quando analisado
matematicamente, possui uma beleza e um esplendor de uma grandiosidade
difcilmente imaginada. Por isto, podemos afrmar que DEUS é um grande matemático.

Sua complexidade aumenta para nós outros, porque ainda não compreendemos o
princípio que rege esta mutação. Nem sequer é possível, mesmo para a mente humana
mais elevada nos 3 mundos, pressentir e aproximar-se desse princípio. Por mutação
quero signifcar o fato de que são feitas constantes modifcações e translados e
intermináveis entrelaçamentos e intervinculações e também um incessante fuxo e
refuxo na dramática interação das forças que representam a síntese dual do Espírito e
da matéria. Há uma constante rotação nos Raios e planos, de acordo com a sua relativa
importância desde o ponto de vista do tempo, o qual está mais intimamente associado
a nós outros. Porém podemos estar seguros de que há algum princípio fundamental
que dirige todas as atividades do Logos em Seu sistema e, por meio da luta para
descobrir o princípio fundamental sobre o qual descansam nossas vidas
microcósmicas, podemos descobrir aspectos deste princípio logoico inerente. Para
nossa consideração isto nos abre uma ampla perspectiva e embora ponha em relevo a
complexidade do tema, demonstra também a divina magnitude do esquema com sua
complicada magnifcência. A razão pela qual a 4a. ronda é a principal, deve-se a que
sucederam nela 2 coisas - foi implantada a chispa da mente e foi aberta a porta que
conduz do reino animal ao humano; mais tarde, abriu-se outra porta no Caminho que
conduz do reino humano ao espiritual - novamente uma razão dual. A quinta é uma
ronda maior, porque marca uma etapa da evolução onde estão nitidamente
diferenciados, em 2 grupos, os que terão alcançado a meta e os que não o farão; a 7a.
é uma ronda importante, porque marcará a fusão das 2 evoluções, a humana e a
dévica.

Nestas últimas palavras do Mestre Djwal Khul, vemos claramente o processo de


realimentação (refuxo), também chamado feedback na linguagem técnica, o qual
complica bastante a análise do sistema de forças, mas também o torna mais belo e
grandioso.

As raças-raiz principais são escolhidas de acordo com a Lei de Analogia ou


Correspondência. Durante a 3a. raça-raiz teve lugar a 3a. Emanação, a fusão e o ponto
de contato entre a Tríade espiritual e o quaternário inferior. A 5a. raça-raiz marca o
ponto onde manas superior e manas inferior se aproximam e a mente concreta,
alcançando o mais elevado desenvolvimento desta ronda, é substituída pela intuição,

943
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que provém de cima. Aqui também existem 2 razões. A 7a. raça-raiz novamente logra
uma dupla realização, a atividade do amor, base do 3o. sistema de Vontade ou Poder.

No próximo estudo teceremos comentários sobre o que acima foi exposto.

Estudo 293

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


7. A Lei de Sacrifício e Morte - O Princípio de Mutação - Páginas 486, 487, 488 e 489 -
Comentários.

Iremos neste estudo efetuar comentários sobre o exposto no estudo anterior. Foi dito
que a Lei de Desintegração controla a quíntupla destruição de formas nos 5 mundos
inferiores e a Lei de Morte controla similarmente os 3 mundos inferiores. Isto dá a
entender que existe uma sutil diferença entre desintegração e morte. Busquemos esta
diferença por meio do raciocínio. Nos 3 mundos inferiores (físico, astral e mental), as 2
leis agem conjuntamente: a Lei de Desintegração e a Lei de Morte, embora a Lei de
Sacrifício e Morte seja específca do mundo físico. Podemos interpretar essa ação
conjunta no mundo físico da seguinte forma.

Morte é desintegração, todavia no mundo físico, por ser o de maior concreção e


densidade, essa desintegração se processa com muita difculdade e complicação na
maioria das vezes, com sofrimento para a personalidade que perde seu veículo físico,
daí o nome morte. Quanto ao sacrifício, considerando a origem latina desta palavra:
sacri, de sacer-sacra-sacrum, que signifca sagrado, e fcio, de fctio, onis, que signifca
construção, portanto construção do sagrado, podemos interpretar que a morte, ao
destruir um corpo que serviu ao seu propósito, permite que um novo corpo, mais
aperfeiçoado, seja construído, portanto mais perto do corpo sagrado, no sentido de
que as vidas menores, os chamados pitris lunares, tornem-se melhores, ou seja,
evoluam, na direção da chamada redenção da matéria.

Assim, fca explicada a expressão Lei de Sacrifício e de Morte.

Aplicando o mesmo raciocínio à "morte" nos outros 2 mundos (astral e mental),


permanece válida a mesma explicação. No caso da "morte" no mundo causal (mental
superior), esta consiste na destruição do Loto Egoico e da Joia no Loto (a Alma ou
Ego), na realidade a mais dramática, uma vez que é nesse momento (4a. Iniciação

944
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetária, a 2a. solar) que o Loto Egoico atinge a sua perfeição, tornando-se
efetivamente "sagrado", para logo em seguida ser desintegrado, embora nada se perca,
quando se dá a redenção da matéria.

Para os corpos superiores, búdico e átmico, impera somente a Lei de Desintegração,


pois nesses corpos o processo ocorre com suavidade, sem sofrimento, realmente sem
"morte", uma vez que a personalidade já não existe mais.

A conexão entre esta Lei (de Sacrifício e Morte) e o 7o. Raio, é porque a morte se
processa pela ação das forças elementais da natureza, regidas pelo 7o. Raio.

Com referência à oposição entre Vulcano e Netuno, é porque Vulcano é o Senhor do


1o. Raio, portanto está relacionado com a Lei de Vibração, e Netuno, o Senhor do 6o.
Raio, portanto relacionado com a Lei de Sacrifício e Morte, sendo simultaneamente
regido pela Lei de Amor. A difculdade em entender esta oposição está no processo de
execução simultânea das 2 leis, atuando nas diversas matérias, ou seja, a Lei de
Vibração, do 1o. Raio, contém e impõe todos os arquétipos estabelecidos pelo Logos
solar e a Lei de Sacrifício e Morte desintegra, fazendo esta desintegração parte dos
arquétipos.

Todavia podemos nos aproximar do entendimento, se considerarmos que a vibração


(ou oscilação) constrói, mas também destrói.

Por visão quadridimensional entendemos a compreensão advinda da utilização plena


dos sentidos do corpo átmico, descritos pelo Mestre Djwal Khul nas páginas 172 a 185
do Tratado sobre Fogo Cósmico.

O controle da circulação dos Raios pela Lei do Karma é óbvio, porque os Raios
objetivam o desenvolvimento de qualidades e poderes por parte das Vidas (menores e
maiores) em evolução e nesse desenvolvimento tem de haver alguém para avaliar o
progresso e fazer as correções necessárias, para que o Propósito seja executado e
alcançado. Para isto ninguém melhor que os Senhores do Karma, por meio da Lei do
Karma.

A atual 4a. Ronda é a principal da cadeia, porque nela ocorreu uma grande mutação na
parte densa do corpo físico do Logos planetário: o ingresso no reino humano das
Tríades inferiores que estavam no reino animal, o que foi uma grande expansão de
consciência, uma vez que foi conquistada a autoconsciência. Mais tarde, com a
abertura do Portal Iniciático pelo Sr. Cristo (também conhecido como Sr. Maitreya), na
raça Atlante, foi permitido o ingresso do reino humano (4o. reino) no reino espiritual

945
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(5o. reino), o que caracterizou uma razão dual (envolveu 2 reinos), houve nova grande
mutação na parte densa do corpo físico do Logos planetário, novamente com uma
grande expansão de consciência, uma vez que houve ingresso, suave no princípio, por
parte dos iniciados, no mundo búdico, que faz parte do corpo etérico do Logos
planetário, onde estão Seus centros.

Mais uma vez o Mestre nos alerta sobre o expurgo da 5a. Ronda, que chama de Ronda
maior por isso, na qual serão constituídos 2 grupos: os que alcançarão a meta (a 5a.
Iniciação planetária, a 3a. solar) e permanecerão no esquema, e os que não o
conseguirão, dos quais muitos serão expulsos do esquema e do paraíso que ele será.

A 3a. Emanação, que ocorreu na 3a. raça-raiz, no processo de individualização, foi do


1o. aspecto, Vontade ou Poder (Atma) do Logos, que atuou através das Mônadas
humanas, levando-as a estabelecer o contato entre a Tríade superior e a inferior
expressando-se pelo chamado quaternário inferior: corpo etérico, prana, corpo astral e
corpo mental inferior.

A dupla realização da 7a. raça-raiz é explicada pelo fato de que nela Budi (Amor-
Sabedoria-Razão Pura) será expresso através de Manas, já então bem desenvolvido, o
que é o mesmo que atividade do amor, como o Mestre diz.

Estudo 294

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - 2. As Leis do Pensamento -


O Princípio de Mutação - Continuação - Página 489.

Os 3 Raios principais, por serem duais,explicam-se por si mesmos (cada Raio maior é
dual, porque é positivo e negativo). Atualmente constituem a forma de expressar os 3
aspectos e manifestam-se regidos por seus correspondentes Logos, que manipulam os
assuntos mundiais por intermédio dos 3 departamentos, regidos em nosso planeta pelo
Sr. Maitreya (o Cristo), 2º Raio, o Manu, 1º Raio e o Mahachoan, 3º Raio. Os 3 planos ou
mundos superiores, 2º, 5º e 7º (superiores ou maiores no atual período, para o nosso
esquema) facilmente mostram sua singular posição - no 2º plano ou mundo (monádico)
temos o lar das Mônadas de Amor, no 5º plano ou mundo (mental) moram seus
refexos, os Egos ou Almas reencarnantes e no plano físico (o 7º) veremos que se
alcança a maior densidade da vida do Espírito.

946
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Este princípio de mutação (esta mudança periódica, dentro do planejamento do Logos
planetário) rege cada departamento mediante a Lei de Analogia; certas coisas podem
ser enunciadas com respeito ao sistema e suas partes componentes serão
iluminadoras, se recordarmos que são realidades atuais, neste período. Que me seja
permitido ilustrar novamente: foi nos dito que os 3 Raios maiores, nesta época, são os
1º, 2º e 7º. Porém mais tarde os Raios atualmente maiores podem chegar a ser
subsidiários e outros ocuparem seus lugares, embora para este sistema solar o 2º Raio,
por ser o Raio sintético, será sempre um Raio maior. Talvez achemos aqui uma
insinuação sobre este grande princípio, embora devamos ter cuidado de não levá-la a
uma conclusão demasiado extrema. Para este sistema os Raios maiores serão sempre
duais - os Raios positivo-negativo, os Raios masculino-feminino - sendo este o sistema
dual. Os Raios maiores para o 3º sistema solar (o próximo) serão de tríplice
manifestação.

Quiçá a seguinte classifcação resultará interessante, se for considerada relativa,


quanto a conter informação para a época atual, assim como também quanto a estar
sujeita a evoluir e mudar:

7 Raios Maiores 1-2-7 ... 4 subsidiários que convergem no 5º.


3 Maiores ... Mônada, Ego e Personalidade, sintetizando em várias
7 Princípios
etapas os 4 subsidiários.
7 Cadeias Maiores 1-4-7.
7 Planos Maiores 2-5-7.
7 Manvantaras
Maiores 3-4-7.
(esquemas)
7 Rondas Maiores 4-5-7.
7 Raças-raiz Maiores 3-5-7.
7 Sub-raças Maiores 1-5-6.
Maiores 1-4-5, se visto sob o ângulo da realização humana, e 1-5-
7 Iniciações
7 se visto a partir de uma maior.
Podemos concluir, dessa classifcação, que nós, do esquema terrestre, estamos
passando por um período maior, portanto muito importante em termos de
oportunidades e de aceleração do processo evolutivo, porque:

- Estamos numa cadeia maior, a 4ª.


- Somos um esquema (manvantara) maior, o 4º.
- Estamos numa ronda maior, a 4ª.

947
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
- Estamos numa raça-raiz maior, a 5ª.
- Estamos entrando numa sub-raça maior, a 6ª.

Que saibamos aproveitar esta excelente oportunidade e aceleremos nossa chegada


ante o Portal Iniciático, quando fcaremos face a face com o Iniciador Único.

Estudo 295

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 1. O Regente do Fogo - Agni - a. Agni e o Logos Solar - Páginas 490, 491 e
492.

Até agora temos estudado a 1a. Parte deste tratado, que tem se ocupado
paralelamente dos fogos internos macro e microcósmico do sistema. Na 2a. parte
estudaremos o fogo da mente, que conjuntamente com as 9 perguntas de introdução
(página 204) constitui a parte principal da obra. Nela temos considerado a natureza e
função da mente e o raio egoico. Temos nos ocupado também do aspecto forma do
pensamento, de sua manifestação material e de sua substância.

De fato na 1a. parte o Mestre Djwal Khul descreveu e detalhou a manifestação do


chamado Raio primordial da matéria ativa inteligente, no macro e microcosmos. Esta
manifestação é o Fogo por Fricção, o fogo da matéria, que tem muitas diferenciações,
por ser tríplice e septenário; tríplice porque atua puro (fogo por fricção/por fricção),
como fogo por fricção/solar e como fogo por fricção/elétrico; septenário, porque em
cada plano e subplano tem um comportamento diferente, produzindo
consequentemente efeitos diferentes.

Este fogo foi aperfeiçoado no sistema solar anterior e agora, no atual sistema solar de
Amor-Sabedoria-Razão Pura (Budi), está sendo instrumento para o desenvolvimento e
aperfeiçoamento de Budi.
Aí temos o Fogo Solar, resultado da ação do Raio Divino de Amor-Sabedoria-Razão Pura
na matéria. Nesta ação o Fogo Solar irá se fundir com o Fogo por Fricção, em sua
apoteose, o que irá caracterizar o Pralaia do atual sistema solar.

Este Fogo Solar também é tríplice e septenário.

Passemos agora a considerar o Regente do Fogo, AGNI; a estudar a totalidade que


energiza e a Vida que anima; a analisar o Fogo que impulsiona e produz a atividade e

948
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
organização de todas as formas. A compreensão disto revelará o fato de que o que
estamos considerando é a "Vida e as vidas" (82) - denominado (83) na Doutrina
Secreta, Agni, o Senhor do Fogo, o Criador, o Conservador e o Destruidor e os 49 fogos
por meio dos quais se manifesta -, o fogo solar em si, a essência do pensamento, a vida
coerente de todas as formas, a consciência em seu aspecto em evolução ou Agni, a
totalidade dos Deuses. Ele é Vishnu e o Filho de Sua glória; o fogo da matéria e o fogo
da mente mesclados e fundidos; a inteligência que palpita em cada átomo e a Mente
que anima o sistema; o fogo da substância e a substância do fogo; Ele é a Chama e o
que a Chama destrói.

Iremos agora estudar a natureza e a ação deste grande Ser, chamado AGNI, ao operar
a matéria por meio dos Seus subordinados, para que ela expresse o Amor-Sabedoria-
Razão Pura do Logos solar, o que, em termos de forças do sistema solar, chamamos
Fogo Solar ou da mente. No fnal do sistema o Ego Solar, o grande Manasaputra solar, o
Logos solar, terá adquirido, em nível cósmico, a qualidade de Amor-Sabedoria-Razão
Pura, sendo essa qualidade, na realidade, incorporada ao patrimônio da Mônada Solar,
o Logos solar verdadeiro.

AGNI é o grande Ser que conquistou um enorme conhecimento, imensa experiência e


gigantesco poder sobre a matéria, no sistema solar anterior. Ele passou pela
experiência humana no sistema anterior, atingiu a meta humana e foi muito mais além,
especializando-se na ciência da manipulação da matéria para expressar consciência,
sendo Ele mesmo o Fogo Solar ou da Mente em essência e, atuando com o Fogo por
Fricção, permite que os 2 juntos, Fogo Solar e Fogo por Fricção, sejam utilizados pelas
Mõnadas, humanas, planetárias e solar, para terem consciência e autoconsciência nos
mundos materiais e desenvolverem Budi. Nessa incomensurável tarefa, Ele e Seus
subordinados apassivam-se, para que as Mônadas utilizem a matéria para conquistar
seus objetivos. É este o incalculável serviço e sacrifício que o Senhor AGNI e todos os
Devas executam pela Obra Divina e por todos nós, o que, infelizmente, não é
reconhecido pela grande maioria da humanidade, o que é cabalmente comprovado pelo
desrespeito para com a Natureza.

Cabe aqui lembrar que o grande Deva, que há 2.000 anos mais ou menos, ainda no
reino humano, encarnou na Terra como Maria, a mãe de Jesus, exerce uma função
importantíssima na Natureza, expressando o aspecto feminino da Divindade, e
qualquer agressão e ofensa à Natureza e a qualquer reino é também agressão e ofensa
a esse grande Deva.

949
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Vejamos as 2 observações citadas, (82) e (83):

- (82) - A Vida e as Vidas. H. P. B. (Blavatzky) diz na Doutrina Secreta:

"O ocultismo não aceita nada inorgânico no cosmos. A expressão empregada pela
ciência "substância inorgânica" signifca simplesmente que a vida latente que dormita
nas moléculas, da chamada "matéria inerte" é irreconhecível. Tudo é vida e cada
átomo, embora seja de pó mineral, é uma Vida que está mais além de nossa
compreensão e percepção.........Portanto, a Vida existe em todas as partes do
universo.......ali onde existe um átomo de matéria, uma partícula ou molécula, incluindo
em sua condição mais gasosa, existe vida, embora latente e inconsciente." D. S. I, 265,
274-275.

- (83) - A Vida e as Vidas.

1. Tudo vive e é consciente, porém toda vida e consciência não é similar à humana. D.
S. I, 105.

a. A Vida é a única forma de existência que se manifesta na matéria.


b. A matéria é o veículo para a manifestação da alma.
c. A alma é o veículo para a manifestação do Espírito.
Portanto, colaboram o 1o., o 2o. e o 3o. Logos.

Ilustração:

A Vida do 3o. Logos anima os átomos de matéria.


A Vida do 2o. Logos anima as formas ou conjunto de átomos.
A Vida do 1o. Logos anima as formas compostas.

2. A Vida Una sintetiza esta triplicidade.

Apliquemos isto ao Macro e ao Microcosmos. Fohat, Prana, Eletricidade, Fluido


Magnético, são termos empregados para designar esta vida vitalizadora.
O Microcosmos está animado e vitalizado pelo prana e suas atividades estão
controladas pelo Pensador imanente.
O Macrocosmos está animado e vitalizado por Fohat; suas atividades estão

950
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
controladas por essa Inteligência que lhe dá forma, denominada o Logos.
Aqueles que estudam a Doutrina Secreta de forma superfcial tendem a considerar
Agni somente como o Fogo da matéria, sem observar que constitui a totalidade - isto
é especialmente assim, quando damos consta de que Agni é o Senhor do plano ou
mundo mental. (84)
Agni é a vida que anima o sistema solar e essa vida é a vida de Deus, a energia do
Logos e a manifestação da radiação que vela o Sol central. Esse Sol central não é o
nosso Sol visível, centro do conjunto dos planetas nossos conhecidos, que orbitam em
torno dele, mas uma outra estrela muito próxima de nosso sol.

A citada manifestação da radiação (Agni) que vela o Sol central, é o fogo ou energia
responsável pela fusão nuclear do hidrogênio (que é transformado em hélio) no interior
do Sol, geradora do calor e outras radiações reconhecidas pelos astrofísicos, como os
raios gama.

Somente quando é conhecido como Fohat, a energia da matéria; como Sabedoria, a


natureza do Ego ou Alma e seus móbeis (o que impele o Ego para conquistar seus
objetivos) e como unidade essencial, é possível chegar a uma correta concepção de
Sua natureza ou Ser.

Agni não constitui o Logos solar no plano ou mundo mental cósmico, pois a consciência
egoica do Logos é algo mais que sua manifestação física, mas constitui a soma total
dessa parte do Ego logoico que se refete em Seu veículo físico e é a vida da
Personalidade logoica, com tudo o que inclui essa expressão.

Percebemos aqui claramente que Agni é o responsável pela energia ou fogo por
fricção (Fohat, a energia da matéria) e o fogo solar (como Sabedoria, a natureza do Ego
e seus móbeis), ou seja, é por meio desses 2 fogos juntos que o Ego desenvolve
Sabedoria. Fica também bem nítido que Agni atua somente no mundo ou plano físico
cósmico, melhor dizendo, no corpo físico cósmico do nosso Logos solar, no qual
vivemos, nos movemos e temos o nosso ser.

Nos corpos astral, mental inferior e mental superior do Logos solar, os responsáveis
pelos fogos são outros grandes Seres.

Agni é para o Logos solar, em Seu próprio plano, o plano causal (mental superior)
cósmico, ou seja, Seu corpo causal cósmico, o que a personalidade coerente de um ser
humano é para seu Ego no corpo causal. Este é um ponto muito importante que tem de
ser entendido, e se o estudante meditar sobre ele, conseguirá muita iluminação. A Vida
de Agni funde e mescla a tríplice natureza do Logos quando está em encarnação física;

951
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sua força coerente (porque Sua consciência é incomensuravelmente expandida e
consegue ver tudo simultaneamente) converte em uma unidade a tríplice
Personalidade logoica, porém o homem unicamente pode chegar a conhecer Sua
natureza essencial pelo estudo do veículo físico logoico - eis aqui a difculdade - ; só
pode chegar a compreendê-la, se considera Sua emanação psíquica tal como pode ser
pressentida e visualizada, dando uma mirada retrospectiva sobre a história das raças,
que expressam qualidades que o Logos planetário quer desenvolver, o que fornece
informações a respeito da Personalidade do Logos solar, se analisadas à luz da
consciência búdica, mas não pela simples mente racional.

A personalidade do homem revela sua natureza, a medida que transcorre sua vida; sua
qualidade psíquica se desenvolve a medida que passam os anos e, quando desencarna,
falam dele em termos de qualidade boa ou má, egoísta ou altruísta; o efeito de sua
"emanação" durante a vida é o que permanece nas mentes dos homens.

Só desta maneira pode expressar-se a Personalidade logoica; em consequência nosso


conhecimento de Sua natureza está limitado devido à perspectiva muito próxima e
difcultado pelo fato de que somos partícipes de Sua Vida e partes integrantes de Sua
manifestação, em outras palavras, porque vivemos, movemo-nos e temos o nosso ser
em Seu corpo físico cósmico.
Unicamente quando começamos a atuar no mundo búdico através do corpo búdico, e
aumenta nosso conhecimento da vida espiritual e passamos defnidamente pelo Portal
da Iniciação para o 5o. Reino, a Hierarquia, o Reino Espiritual, podemos "viver no
aspecto subjetivo" e apreciar a diferença que existe entre o corpo físico denso e o vital
do Logos.

A medida que nos polarizemos no corpo etérico cósmico do Logos (o mundo búdico) e
já não somos prisioneiros de um denso envoltório material (pois os 3 mundos inferiores
são somente o corpo denso do Logos), chegamos a compreender plenamente a
natureza psíquica do Logos, porque então nos encontramos no corpo que serve de
ponte entre os corpos físico denso e astral do Logos. Quando isto acontece,
compreendemos que a função do Senhor Agni constitui a vida vital do etérico cósmico,
a vitalidade dos Homens celestiais e a atividade de Seus corpos.

Com referência ao início da vivência no mundo ou plano búdico pelo ser humano, isto
se dá ao conquistar ele a 2a. Iniciação planetária, denominada do Batismo, após
dominar seu corpo astral. Nessa ocasião é feita a transferência de polarização do
átomo astral permanente para o átomo búdico permanente, que se energiza e passa a

952
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atrair matéria búdica, coordenando-a para a construção do corpo búdico e iniciando a
captação de informações do mundo búdico, passando-as para o cérebro físico do
iniciado via Antakarana, nessa fase já frmemente construído com pleno conhecimento
e não é essa miragem que muitos esotéricos erroneamente julgam.

Em consequência dessa polarização do átomo búdico permanente, o iniciado de 2o.


grau torna-se fortemente mental, sob a luz de Budi, e abandona defnitivamente
qualquer comportamento devocional astralino, permanecendo frme na "luz clara e
fria", que cresce e se intensifca cada vez mais, o que o impele energicamente a
entender tudo em profundidade, não se contentando em fcar na superfície do
conhecimento. Este seu esforço constante na busca do conhecimento é para ele se
tornar um trabalhador de máxima efcácia na execução do Propósito do Logos. Nessa
situação ele está simultaneamente na linha de Budi e Atma (Vontade ou Sacrifício),
fazendo uso de Manas.

Vejamos a observação (84):

(84) - ".......Agni é a origem de tudo aquilo que dá luz e calor. Existem diferentes
espécies de Agni (fogo); porém "qualquer outro fogo que possa existir, só é
ramifcação de Agni, o imortal" (Rig Veda, L. 59, I).

A divisão primária de Agni é tríplice. "Agni", é dito em Vishnu Purana, "tem 3 flhos,
Suchi, Pavamana e Pavaka" (I, x). Suchi signifca Saura ou fogo solar; Pavamana
signifca Nirmathana, fogo produzido por fricção, como são esfregados 2 pedaços de
madeira, e Pavaka signifca o vaidyuta ou fogo do frmamento, por exemplo o fogo de
raio (relâmpago) ou fogo elétrico.

Devo advertir-lhes que estes 3 fogos originam-se nas 3 deidades principais, as quais
são faladas no Veda, quer dizer, Surya, o Sol, que representa o fogo solar; Indra (e às
vezes Vayu), a deidade que produz a chuva e representa o fogo do frmamento e Agni
que representa o fogo terrestre, o fogo produzido pela fricção (Nirukta, VII, 4); há de
ser recordado que os 3 são meras ramifcações de um só Agni, o qual por sua vez é
uma emanação do Supremo Uno; como verá o leitor, pela descrição alegórica dada no
Vishnu Purana, Agni é um flho de Brahma nascido da boca.

Agora bem, cada uma das 3 formas de Agni tem numerosas subdivisões. O fogo
caracteriza-se por várias divisões de acordo com a natureza dos raios emitidos pela

953
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grande luminária." The Theosophist. T. VII, 196.

Estudo 296

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 1. O Regente do Fogo - Agni - b. Agni e o Plano Mental - Páginas 492, 493,
494 e 495.

Tratarei de elucidar aqui um ponto muito importante, ao acentuar a estreita relação


entre Agni, a soma total da força de vida da tríplice Personalidade logoica, quando atua
no plano ou mundo mental (que concerne intimamente ao homem) e essa força
impulsora ou vontade inteligente manifestante que emana do plano mental cósmico. Há
uma série de analogias muito interessantes que podem ser comparadas aqui, podendo
indicar brevemente as linhas que devem ser seguidas a este respeito por meio da
classifcação seguinte:

O 5o. plano cósmico Plano mental cósmico


O 5o. plano do sistema Plano mental
O 5o. subplano do físico Plano gasoso
O 5o. princípio Manas
A 5a. Lei Lei de Fixação ou Concreção
O 5o. Raio Conhecimento concreto
A 5a. ronda Ronda de realização manásica
A 5a. raça-raiz Ariana. Desenvolvimento mental
A 5a. sub-raça Teutônica e anglo-saxônica. Mente concreta
O 5o. grupo de Devas Devas do fogo do plano mental
Três quintas partes dos Manasaputras
O 5o. Manvantara (*)
realizam seu objetivo
O Senhor da ciência concreta (o esquema de
O 5o. esquema
Vênus)
O 5o. Mahamanvantara (ou O Logos solar recebe Sua 5a. Iniciação
sistema solar) principal
A 5a. cadeia Evolução principal - Devas do fogo
A 5a. Hierarquia Os Construtores maiores

954
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

As vibrações de 5a. ordem Manásicas

(*) Observação - A palavra Manvantara, neste contexto, deve signifcar a


manifestação de uma cadeia, portanto, a 5a. cadeia, dentro do raciocínio de que, se
um Mahamanvantara signifca a encarnação de um Logos solar, portanto um sistema
solar, um Manvantara deve signifcar uma encarnação de um Logos planetário, sendo
possível também interpretar um Manvantara como a encarnação de um Logos
planetário na totalidade de um Mahamanvantara, sendo constituída de 7 etapas, ou
seja, 7 cadeias. Todavia, no atual contexto, o mais lógico é interpretar como cadeia, a
5a. cadeia no caso, o que é reforçado pelo fato de ser a 5a. cadeia a cadeia de
Manas. Assim, um Manvantara seria uma espécie de subencarnação de um Logos
planetário.
Consequentemente fcará evidente que quando o sistema é considerado em ordem
inversa, contando o plano físico como o primeiro (como acontece sempre que ele é
considerado como o campo de evolução estritamente humana), o 3o. plano - o mental -
entra no mesmo grupo de analogias, portanto Agni deve ser considerado o fator
energizante do corpo físico denso do Logos ou o fogo de Sua manifestação mais
concreta, vitalizando, aquecendo e mantendo tudo unido, ou seja, pela concreção
máxima, é conseguida a unifcação.

Neste mahamanvantara existem 3 hierarquias de grande importância, a 4a. ou


Hierarquia criadora humana e as Hieraquias dévicas quinta e sexta.

A 4a. Hierarquia no esquema maior é literalmente a nona, pois 5 hierarquias já


desapareceram e são consideradas como puras abstrações, uma vez que trabalham no
plano astral cósmico. Neste sistema a concreção e fusão da forma e da energia num
todo coerente concerne a nós outros. Na nona, na décima e na décima primeira
Hierarquias reside a chave da natureza de Agni, o Senhor do fogo, a soma total da
vitalidade do sistema. Quem compreender o signifcado destes números e sua relação
recíproca com a tríplice divisão de uma unidade em tempo e espaço terá descoberto
uma das chaves que abrirá uma porta hermeticamente fechada até agora.

Os números da realização, o potencial levado a uma plena atividade e a capacidade


inata demonstram-se mediante uma frutifcação perfeita. Todo potencial reside no
poder vitalizador e energizador de Agni e em sua capacidade para estimular, pois Ele é
a vida mesma e a força impulsora da evolução, do desenvolvimento psíquico e da
consciência, o que está oculto nestes algarismos e não na evolução da substância, que

955
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
só é o resultado de causas psíquicas. Os 3 números constituem a base dos cálculos
cíclicos concernentes aos ciclos egoicos e aos ciclos de Vishnu, diferenciando-se dos
ciclos que têm que ver com o 3o. aspecto, Brahma. Os estudantes de ocultismo não
captaram sufcientemente o fato de que a objetividade é o resultado inevitável de uma
vida interna subjetiva e consciente. Quando isto for melhor compreendido, os corpos
no plano físico por exemplo, serão purifcados, desenvolvidos e embelezados por meio
de uma dedicação científca, a fm de desenvolver a psique, o Ego e estimular a
vibração egoica. Será tratada a causa e não o efeito; a isto se deve a crescente
tendência da família humana para dedicar-se ao estudo da psicologia e, embora
recentemente esteja sendo investigado o corpo kama-manásico, a consciência egoica
todavia ainda não foi alcançada.

Os Senhores lunares tiveram sua oportunidade (no sistema solar anterior); agora Agni,
como Senhor solar de vida e energia, assumirá Sua devida importância na vida humana.

Analisemos estes ensinamentos do Mestre Djwal Khul.

Raciocinemos com base no fato de que Agni é o grande impulsor do desenvolvimento


psíquico e da consciência, o que resulta na evolução da substância, e os fogos,
portanto, objetivam esse desenvolvimento.

As 3 hierarquias de grande importância neste atual mahamanvantara ou sistema solar


são as 9a., 10a. e 11a.

A 9a. é a Hierarquia das Mônadas humanas, no plano búdico, regida pelo 4o. Raio e
pelo Senhor de Escorpião. Representa o 1o. aspecto do Logos - Vontade. Sua meta é
fundir os 3 fogos tríplices: fogo elétrico, fogo solar e fogo por fricção, donde 3 + 3 + 3
= 9.

A 10a. é Makara - trabalha no plano mental - É responsável pelo Ego. Representa o 2o.
aspecto do Logos - Amor-Sabedoria-Razão Pura - Consciência. É ligada às 5
Hierarquias liberadas, trabalhando com as 5 energias oriundas delas, manipula sua
própria energia e é responsável pelos fogos vitalizadores das 4 fleiras de pétalas do
Loto Egoico humano. Assim temos: 5 + 1 + 4 = 10.

A 11a. trabalha com a matéria kama-manásica, constituída pela mistura de matéria


astral de 7 subplanos e matéria mental de 4 subplanos, donde 7 + 4 = 11.

Assim Agni impulsiona a evolução e o desenvolvimento psíquico e da consciência.

A seguinte classifcação dá uma visão das funções do Senhor Agni:

956
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
V. CLASSIFICAÇÃO

AGNI - SENHOR DO FOGO

Aspecto Fogo Resultado Manifestação Subjetiva


A Vida Una, Unidade,
1o. Aspecto: Fogo
Atividade do Espírito Espiritual, Dinâmica,
Vontade elétrico
Coerência, Síntese
2o. Aspecto: Atividade da consciência,
Fogo Os 7 Homens celestiais, os 7
Amor- egoísmo, vitalidade,
solar Raios, os 7 tipos de mente
Sabedoria magnetismo
3o. Aspecto: Fogo por Atividade da matéria,
Os 7 fogos, o akasha
Atividade fricção vitalidade atômica, energia

(continuação do quadro acima)

Origem da
Manifestação objetiva
Energia
Sol central
Sistema solar (etérico e denso)
espiritual
O Coração do Os 7 Raios manifestando-se através dos 7
Sol esquemas planetários
O Sol físico Os 7 planos

Estudo 297

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 1. O Regente do Fogo - Agni - c. Agni e os Três Fogos - Páginas 495 e 496.

Ao estudar a manifestação de Agni no sistema solar deve ser recordado que estamos
considerando sua natureza essencial como fogo ativo. Temos visto que constitui a
tríplice personalidade logoica, o tríplice Logos no sentido subjetivo, sendo o aspecto
forma somente subsidiário.

Cada um destes 3 aspectos do Fogo Uno, manifestados como Fogo Criador, Fogo
Preservador e Fogo Destruidor, deve ser estudado como fenômeno elétrico e sob os

957
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aspectos de chama, luz e calor; eletricidade, radiação e movimento; vontade, desejo e
ação. Unicamente desta maneira será alcançada a compreensão da verdadeira
natureza de Agni. Como Personalidade logoica a manifestação se dá através de 3
envoltórios (corpo mental inferior cósmico, corpo astral cósmico e corpo físico
cósmico), que formam uma unidade; só assim será percebido porque nesta etapa de
evolução o aspecto matéria é o mais importante.

O sistema solar (incluindo todos os planos, do adi ao nosso físico), constitui o


envoltório físico (o corpo físico cósmico, expressando basicamente o 3o. aspecto, que
é tríplice) do Logos solar e, portanto, o mais facilmente reconhecível, pois estando
ainda o Logos centrado em Seus envoltórios cósmicos, só pode revelar-se por seu
intermédio.

O homem só chegará a compreender este mistério da eletricidade, quando se estude a


si mesmo e saiba que é um tríplice fogo, que se manifesta em vários aspectos.

É muito importante que fque bem claro que a palavra eletricidade aqui tem o
signifcado de energia ou fogo em seus 3 aspectos: fogo elétrico, fogo solar e fogo por
fricção. Em outras palavras, eletricidade é o resultado da atuação de Agni,
expressando Seus 3 aspectos (Vontade, Amor-Sabedoria e Inteligência Ativa), sobre a
matéria.

Façamos alguns esclarecimentos importantes. O Logos solar verdadeiro e real é a


Mônada solar. Este Ser manifesta-se como Ego solar (sem falarmos da Tríade superior
logoica), por meio de 3 átomos mentais cósmicos especiais e servindo-se de um
sistema dinâmico de partículas mentais superiores cósmicas, chamado Loto Egoico
solar. Por meio do Ego e do Loto Egoico solares, a Mônada solar manipula a Tríade
inferior logoica, constituída de uma unidade mental cósmica permanente, de um átomo
astral cósmico permanente e de um átomo físico cósmico permanente.

A partir do átomo físico cósmico permanente, a Mônada solar constrói Seu corpo físico
cósmico, o sistema solar, composto das 7 matérias, que para nós são planos, mas para
a Mônada solar são apenas diferenciações da matéria atômica física cósmica, pelo
processo de unir átomos, formando 6 subplanos, chamados planos:

Monádi 2o. mais denso que o


co plano atômico
3o. mais denso que o
Átmico
plano 2o

958
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

4o. mais denso que o


Búdico
plano 3o
5o. mais denso que o
Mental
plano 4o
6o. mais denso que o
Astral
plano 5o
7o. mais denso que o
Físico
plano 6o
Com o atômico, chamado adi, o menos denso, são 7 subplanos ou subdivisões ou
diferenciações da matéria física cósmica constituinte do corpo físico cósmico do nosso
Logos solar. Essas 7 diferenciações são vistas por nós como planos, por causa da
limitação da nossa consciência.

Percebemos claramente que a diferença entre um subplano e outro consiste na


quantidade de átomos adi constituintes da molécula básica do subplano.

Essas moléculas, por sua vez, unem-se em aglomerados de moléculas, formando


grandes conjuntos de aglomerados, num total de 6 conjuntos. Estes conjuntos
diferenciam-se entre si pela quantidade de moléculas constituintes do aglomerado.
Quanto maior esta quantidade, maior a densidade da matéria do conjunto. No total
temos 7 conjuntos para cada plano: o atômico, constituído de átomos (ou moléculas
livres, sob o ponto de vista do Logos) e 6 conjuntos formados por aglomerados de
moléculas, em quantidade crescente de moléculas para cada aglomerado.

É assim, de forma bastante simplifcada, o corpo físico cósmico do nosso Logos solar.

A Personalidade do nosso Logos solar manifesta-se por meio de Seus corpos mental
inferior cósmico (1o. aspecto), astral cósmico (2o. aspecto) e físico cósmico (3o.
aspecto).

No físico cósmico, os 3 aspectos da Personalidade logoica também se manifestam, na


realidade, como os 3 aspectos do 3o. aspecto. Assim temos: o 1o. aspecto através da
atividade "cerebral" cósmica do Logos; o 2o. aspecto, pela atividade que poderíamos
chamar de hormonal, pela analogia com o ser humano; o 3o. aspecto, pelas sensações,
que envolvem a parte densa do corpo do

Logos solar (as matérias mental, astral e física, que não constituem princípios para o
Logos solar).

Para todas essas atividades da Personalidade logoica em Seu corpo físico cósmico, é

959
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
necessária uma energia ou fogo, que tem de ser tríplice, por causa da triplicidade da
Personalidade logoica.
Essa energia tríplice, que é fogo tríplice, é propiciada pelo Senhor Agni, que, por isso, é
fogo ativo em Sua natureza essencial, como afrma o Mestre Djwal Khul.

Não podemos esquecer que Agni é um grande Deva e uma Mônada, em nível cósmico,
sendo esta Mônada o Agni verdadeiro, assim como o Logos solar verdadeiro é a
Mônada solar e o homem verdadeiro é a Mônada humana.

Podemos então concluir que a Mônada Agni desenvolveu no sistema solar anterior a
imensa capacidade de gerar e manipular a energia ou fogo que vitaliza todos os
átomos, isolados e formando moléculas, constituintes do corpo físico cósmico do
Logos solar (a Mônada solar), permitindo a Ele expressar todos os poderes e
qualidades da Sua personalidade e assim evoluir e conquistar Seu propósito.

Quando refetimos sobre os poderes e qualidades que se manifestam através das


matérias do corpo físico cósmico do Logos solar, em seus diversos níveis, ou seja, dos
Logos planetários, dos reinos dévico, super-humano, humano, animal, vegetal e mineral,
é que entendemos realmente o trabalho e a natureza de Agni, o que nos leva ao
"estase", ante tanta beleza e grandiosidade.

A classifcação a seguir irá clarear um pouco mais a atividade de Agni, como grande
Propiciador da oportunidade evolutiva para o Macro e microcosmos, ou seja, todos nós.

O HOMEM, UM FOGO
Fogo O Sol central
Fogo monádico Vontade do Espírito
elétrico espiritual
Consciência, Amor-
Fogo egoico Fogo solar O Coração do Sol
Sabedoria
Fogo da Fogo por
Homem físico Sol físico
personalidade fricção

Cada um destes fogos pode ser estudado em forma tríplice e sob 3 aspectos.

A MÔNADA
Aspecto Fogo Cha Vontade
vontade elétrico ma espiritual
Amor-
Fogo solar Luz Amor espiritual
Sabedoria

960
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Inteligência Fogo por Calo Inteligência


ativa fricção r Espiritual

O EGO
Atm Fogo Vontade
Vontade A chispa-A Joia no Loto
a elétrico consciente
Amor- Os Raios-Loto de 12 Amor
Bud Fogo solar
Sabedoria pétalas consciente
Inteligência Man Fogo por Substância-Átomos Atividade
ativa as fricção permanentes consciente

A PERSONALIDADE
Vonta Corpo Fogo Mente Pensame
de mental elétrico inferior nto
Corpo
Amor Fogo solar Kama Desejo
astral
Ativid Corpo Fogo por Atividad
Prana
ade físico fricção e

Expliquemos alguns detalhes desta classifcação.

O fogo monádico, com referência ao homem, é o resultado da atuação da Mônada


humana sobre a matéria monádica energizada por Agni, sem o que a Mônada humana
não teria condições para essa atuação.

O mesmo ocorre com o fogo egoico do homem, sendo o resultado da atuação da


Mônada humana, via Ego humano, sobre a matéria mental superior energizada por
Agni, sem o que também seria impossível essa atuação.

Igualmente o fogo da personalidade humana é o resultado da atuação da Mônada


humana, via Ego humano e personalidade humana, sobre as matérias mental inferior,
astral e física energizadas por Agni, sem o que também seria impossível essa atuação.

A classifcação da Mônada em seus 3 aspectos como Chama (Vontade), Luz (Amor-


Sabedoria) e Calor (Atividade Inteligente), evidencia de forma bem clara as 3 funções.

A chama gera luz, que, por iluminar e tornar tudo visível, leva, no sentido interior, à
sabedoria e à união (o verdadeiro Amor).

961
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O calor irradiado pela chama produz o movimento, que no signifcado interior é
inteligência.

Podemos ver numa lâmpada a mesma simbologia da chama. O núcleo central emissor
de luz (o flamento de tungstênio na lâmpada elétrica comum, a incandescente e o gás
ionizado nas lâmpadas fuorescente e eletrônica) é a chama, que também irradia luz e
calor, como todos sabem. A eletricidade que faz a lâmpada acender e emitir luz e calor
é um exemplo da triplicidade do fogo uno, que produz efeitos diferentes conforme a
matéria em que atua.

Podemos ver a mesma trilogia chama-luz-calor no Ego tríplice. A Joia no Loto (o Ego ou
Alma) é a chama. O Loto Egoico de 12 vórtices ou pétalas é a luz, que ilumina a
personalidade. A Tríade inferior é o calor, que aquece e movimenta a personalidade.
Estudaremos mais tarde o Loto Egoico, esse instrumento importantíssimo da Mônada.
Também detalharemos mais tarde o Ego ou Alma, essa ferramenta valiosíssima da
Mônada.

A mesma trilogia aplica-se à personalidade. O corpo mental inferior é a chama. O corpo


astral é a luz, que ilumina e norteia o homem comum, centrado nos desejos e nas
emoções. O corpo físico é o calor, pelo qual o homem se movimenta, uma vez que o
metabolismo gera calor.

Podemos ver no corpo físico a manifestação dessa trilogia. O cérebro é a chama, pois
para ele converge tudo o que o corpo físico capta através dos sentidos. O sistema
endócrino é a luz, pois por ele manifestam-se as emoções, que regem o homem
comum. Os braços e as pernas, que permitem o movimento do homem, constituem o
calor.

No homem completo tríplice temos também a trilogia. A Mônada é a chama. O Ego é a


luz, que ilumina a personalidade. A personalidade é o calor, que gera o movimento nos
3 mundos inferiores.

Estudo 298

Segunda Parte doTratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais


da Mente - 1. O Regente do Fogo - Agni - c. Agni e os Três Planos - Continuação -
Páginas 496, 497 e 498.

962
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Continuemos nosso estudo sobre Agni e os 3 planos. Destacamos o fato de que nesta
tríplice manifestação existe um nônuplo desenvolvimento. Deve ser tido em conta
sempre que o número sete rege a evolução da substância e a construção da forma no
sistema solar e o nove o desenvolvimento da consciência da psique dentro dessa
forma.

Isto é visto no desdobramento sétuplo da vida logoica por intermédio dos esquemas
planetários e a natureza nônupla do desenvolvimento egoico.

Esclareçamos estas últimas palavras do Mestre Djwal Khul. Com relação à sétupla
evolução da matéria e das formas, que são instrumentos para o Espírito evoluir, temos
os seguintes fatos:

- 7 sistemas solares sagrados.


- 7 esquemas planetários sagrados.
- 7 cadeias planetárias.
- 7 rondas.
- 7 globos em cada esquema.
- 7 raças-raiz.
- 7 sub-raças para cada raça-raiz.
- 7 ramifcações de sub-raça.
- 7 planos.
- 7 subplanos para cada plano.
- 7 chacras principais para o ser humano.
Com relação à evolução da consciência, temos:

• Mônada, Ego e personalidade, que, por agirem de forma tríplice (Vontade, Amor-
Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa), totalizam o nove.

• O Loto Egoico, que, embora tendo 12 pétalas ou vórtices, 9 são coletores das
experiências nos 3 mundos inferiores, sendo os 3 centrais (que velam a Joia no Loto)
sintetizadores do coletado e portanto resumem o nove.

• A atuação tríplice dos 3 fogos, gerando o nove, os quais, embora ajam sobre a
matéria, objetivam o desenvolvimento da psique ou consciência, em todos os níveis.

• Sob o ponto de vista de desenvolver qualidades, temos os 7 esquemas: Vulcano,

963
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Vênus, Marte, Terra, Mercúrio, Júpiter e Saturno e os 2 sintetizadores: Netuno e
Urano, totalizando o nove (vide página 317, VI Diagrama, do Tratado sobre Fogo
Cósmico). Na realidade Saturno também é sintetizador, todavia o nove permanece.
Se o estudante substitui as palavras Mônada, Ego e personalidade pelos 3 aspectos do
Logos e recorda que tudo o que conhece até agora é o mais inferior das manifestações
logoicas - a personalidade - será evidente porque tantas coisas permanecem no
mistério até para os Iniciados de graus elevados, pois nem sequer o perfeito Dhyan
Chohan pode penetrar o enigma do Logos fora de Seu sistema. (85) Eles podem
conhecer muito com respeito a Agni, o Senhor do Fogo, porém, enquanto não se porem
em contato com Aquele do qual Agni constitui uma emanação, refexo ou raio, existe
um limite para o que pode ser conhecido.

Vejamos a nota (85 ):

H. P. Blavatsky, na Doutrina Secreta, refere-se a ".....a solução do enigma......ante o


qual mesmo o Dhyan Chohan mais elevado deve prostrar-se em silêncio e ignorância -
O Mistério inefável dAquele denominado pelo vedanta, Parabrahman". D. S. II,41.
Parabrahman é o Ser cósmico que contém dentro de Si 7 Logos cósmicos, portanto 49
Logos solares, uma vez que cada Logos cósmico contém 7 Logos solares.

O enigma do Logos solar fora do Seu sistema solar é como Ele vive através do Seu
corpo astral cósmico, em particular quando o sistema solar (total, do físico ao adi)
desaparecer. A coisa fca ainda mais complicada, quando se pensa na Mônada solar
vivendo apenas por meio do Seu Ego e do Seu Loto Egoico, assim como a Mônada
humana vive apenas por meio do seu Ego e do seu Loto Egoico, quando os corpos
físico, astral e mental inferior se desintegram.

Se já é difcílimo para o homem comum entender o modo de vida de um iniciado que


recebe a 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar, e passa a viver relacionado com a matéria
búdica, tendo como veículo o corpo búdico, construído em torno do átomo búdico
permanente, que faz parte da Tríade superior, o que não dizer do Logos solar vivendo
fora do Seu sistema.

Os Iniciados que já conquistaram a 8a. Iniciação, a 2a. cósmica e que vivem no corpo
astral cósmico do Logos solar, em sua parte mais densa, já têm noção da "atividade
emocional e de desejos" do Logos.

Agni é Fohat, a Tríplice Energia (emanada do Ego logoico), que gera o sistema solar, o
veículo físico do Logos e anima os átomos da substância. Constitui a base do processo

964
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
evolutivo ou a causa do desenvolvimento psíquico do Logos e é também essa vitalidade
que fnalmente produz a síntese divina, mediante a qual a forma aproxima-se do
requisito subjetivo e depois de ser conscientemente dirigida e manipulada, é fnalmente
descartada. Tal é a meta para o Logos como para o homem; assinala a liberação fnal
para um ser humano, um Homem celestial ou um Logos solar.

Esclareçamos estas palavras do Mestre. Quando Ele diz que Agni é Fohat, a Tríplice
Energia, e coloca entre parênteses que essa Energia é emanada do Ego logoico,
entendemos que Agni energiza toda a matéria do sistema solar, do plano adi ao físico, e
a Mônada solar ou logoica, através do Seu Ego, manipula essa matéria energizada por
Agni, para que forme o sistema solar dentro do modelo que Ela idealizou.

Podemos dividir o processo em 3 períodos:

• Primeiro. O período em que o fogo da matéria (o calor da mãe) oculta, nutre e dá


nascimento ao Ego infantil. Este é o período da vida puramente pessoal, quando o 3o.
aspecto domina e o homem forma parte do véu da ilusão.

• Segundo. O período em que o Ego ou vida subjetiva dentro da forma, passa por
certas etapas de desenvolvimento e adquire cada vez mais maior plenitude de
consciência. E o período de desenvolvimento egoico, produzido pela fusão e mescla
graduais dos 2 fogos (solar e por fricção). Constitui a vida de serviço e o caminho.

• Terceiro. O período em que a consciência egoica mesma é substituída pela


realização espiritual e o fogo do Espírito (fogo elétrico) funde-se com os outros dois.
A princípio a personalidade atua como mãe ou aspecto matéria, do gérmen da vida
interna. Logo o Ego manifesta sua vida dentro da vida pessoal e produz um fulgor que
"se acrescenta cada vez mais até o dia perfeito." (86) - Nesse perfeito dia de revelação
será visto o que o homem é em essência, e o Espírito (a Mônada) imanente revelar-se-á.
Isto poderia ser estudado desde o ponto de vista cristão; Paulo não fazia mais que
enunciar uma verdade oculta, quando falava de fatos referentes ao nascimento do
Cristo dentro do coração e ao crescimento da vida superior, às expensas da inferior.
Também poderia ser estudado em linhas ocultistas, não místicas, no reconhecimento
(por parte da ciência) da vitalização dos átomos permanentes (os centros de força dos
envoltórios ou substâncias), no desenvolvimento do Loto Egoico e o despertar de suas
pétalas ou vórtices e na revelação fnal da Jóia no Loto (a Alma ou Ego).

O Mestre deixa bem clara a diferença entre a linha ocultista e a mística. Na linha
mística apenas é olhado o sentimento ou a emoção (a parte devocional), mas na linha

965
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ocultista (a visão científca) busca-se entender nítida e profundamente como as coisas
funcionam, ou seja, como as partículas vibrando ou oscilando de determinadas
maneiras e interagindo entre si, produzem os sentimentos, pensamentos e a
consciência, da mesma forma pela qual atualmente há cientistas na área das
neurociências tentando entender como as interações elétricas e bioquímicas
(neurotransmissores) entre neurônios engendram a consciência. Esta pesquisa está
sendo desenvolvida por meio de softwares (programas de computador) e um
supercomputador com 8.000 processadores, no projeto denominado Blue Brain
(cérebro azul).

Tudo o que se pode dizer do homem, pode repetir-se também do Logos em uma escala
inconcebivelmente maior. A medida que o homem descobre as leis dos seus envoltórios
(seus corpos) materiais - as leis da substância - vai certifcando-se da natureza dos
fogos do homem interno ou Fohat, quando vitaliza o veículo logoico (o sistema solar);
os fogos de seus envoltórios como também os fogos da matéria são aspectos de Agni.
Quando se certifca da natureza da consciência e das leis do desenvolvimento psíquico,
estuda a natureza da vitalidade do homem subjetivo (o Ego) e as leis do ser consciente,
estudando assim a Agni quando se manifesta como Luz e Irradiação fria, brilhando
através do veículo. Mais tarde (pois o momento ainda não chegou), quando chegue a
compreender a natureza de sua Mônada, a vida espiritual ou essencial, que desenvolve
a consciência por meio dos seus envoltórios, descobrirá a natureza de Agni quando se
manifesta como eletricidade pura. Sem embargo, mesmo isto não sendo ainda possível,
o que foi dito com respeito às linhas de investigação que deverão ser seguidas e à
compreensão do que eventualmente terá de ser realizado, pode induzir os homens a
estudarem o real e o verdadeiro.

O projeto Blue Brain, que procura entender como a consciência funciona


eletronicamente, corrobora clara e indubitavelmente estas palavras fnais do Mestre. O
fogo que age no cérebro é fogo por fricção/elétrico (fohat), chamado reação nervosa
pelo Mestre; é também manifestação de Agni, através de Seus inúmeros servidores.

(86) - A Bíblia. Provérbios IV, 18.

Estudo 299

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os

966
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - Páginas 498,
499 e 500.

Dividi os grupos de devas e elementais em Construtores evolutivos e involutivos -


aqueles que em si mesmos são a força positiva e os que são força negativa, os
trabalhadores conscientes e os inconscientes. É absolutamente essencial que os
estudantes tenham em conta aqui que estamos estudando o mistério da eletricidade,
por conseguinte, devem recordar os seguintes fatos:

a. Observação de Introdução.

O mistério da eletricidade. Os Construtores maiores constituem o aspecto positivo da


substância ou dos fenômenos elétricos, enquanto que os menores o aspecto negativo.

Dois tipos de força estão representados nas atividades destes 2 grupos e sua
interação e intercâmbio produzem a Luz ou o sistema solar manifestado.

Em sua totalidade constituem toda substância, a forma ativa inteligente construída


com o propósito de proporcionar uma morada para a vida central subjetiva.

O Mestre Tibetano (Djwal Khul) está se referindo aqui ao sistema solar como um todo.
Este sistema solar na realidade não é apenas o sistema constituído por esse Sol visível,
com os planetas que orbitam em torno dele. É muito mais do que isto. Ele consiste de
uma estrela ternária (para os astrônomos), muito próxima da Terra (distante 4,35 anos-
luz (1 ano-luz = 9,5 trilhões de quilômetros), sendo a parte binária dessa estrela (são 2
estrelas na realidade, que orbitam uma em torno da outra, tendo um centro de
gravidade comum, completando uma órbita completa em cerca de 80 anos) o centro
do nosso sistema solar verdadeiro. Há uma outra estrela, menor, que faz parte do
conjunto, distante do nosso Sol 4,22 anos-luz e das 2 estrelas centrais 0,13 ano-luz, em
torno das quais orbita.

Nosso Sol com os planetas orbita em torno destas 2 estrelas centrais. Com base na
distância do nosso Sol até as 2 estrelas centrais (4,35 anos-luz), podemos deduzir que
o diâmetro da circunferência descrita pela órbita do nosso Sol é 8,7 anos-luz.

Este é o sistema solar verdadeiro, constituído de 4 estrelas, apenas na parte física.


Envolvendo e impregnando este sistema físico temos os 6 envoltórios de matéria
astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi, constituindo no todo o corpo físico
cósmico do nosso Logos solar, no qual vivemos, nos movemos e temos o nosso ser.

É esta a forma ativa inteligente construída pelo nosso Logos solar, com a substância
constituída pelos Grandes Construtores: os Maiores (força positiva) e os Menores

967
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(força negativa). É através da mente (intelecto), estruturada na Vontade, que o homem
vai conhecendo e entendendo essa grande forma ativa inteligente, em seus detalhes,
para dominar todos os níveis. Para a imensa maioria da humanidade a conquista desse
conhecimento e desse domínio será muitíssimo lenta, mas para pouquíssimos será
rápida, devido à Vontade de que estão empenhados e ao propósito de trabalharem
consciente e efcientemente para o Logos planetário e posteriormente para o Logos
solar.

Os Grandes Construtores são também a soma total dos Pitris (87) ou Pais do gênero
humano, considerado como raça mesma, o 4o. reino da natureza, o Homem celestial em
manifestação física, ou seja, o Logos planetário entra em contato com Seu corpo físico
denso (matérias ou planos mental, astral e físico) por meio da humanidade, em
particular, embora também o faça pelos outros reinos.
Isto é algo muito importante que se deve recalcar. Estas atividades dévicas em relação
com a autoconsciência (característica distintiva da humanidade, uma vez que só o
homem e seres superiores têm autoconsciência) podem ser melhor estudadas
considerando em forma geral os grupos, raças e vida do esquema, manifestação de um
dos Homens celestiais, que é o nosso. Ao comparar o trabalho dos Devas com sua vida
individual, o estudante pode chegar a confundir-se, por fazer uma ajustada
justaposição. Essa confusão é consequência de o homem (a Mônada manifestando-se
no mundo físico enfocada no cérebro) identifcar-se com seus corpos. Ora, sendo estes
construídos literalmente de substância dévica, a confusão é total, ou seja, a
justaposição é ajustada ou apertada demais. A atitude correta é ser o OBSERVADOR,
que PERCEBE e deve COMANDAR, jamais se confundindo com o observado.

Os Construtores Maiores são os Pitris solares, enquanto que os Construtores Menores


são os antepassados lunares. Explicarei aqui o signifcado oculto da palavra
"antepassados", tal como se emprega no esoterismo. Literalmente signifca o impulso
inicial da vida. Essa atividade subjetiva que produz objetividade e concerne a esses
impulsos emanantes que vêm de qualquer centro positivo de força e impelem o
aspecto negativo a entrar na linha dessa força, produzindo algum tipo de forma. A
palavra "antepassado" é empregada em conexão com ambos aspectos.

A expressão "antepassados lunares" é explicada pelo fato de a matéria da nossa atual


cadeia planetária, a quarta, ser proveniente da cadeia anterior, a terceira, chamada
cadeia lunar, na qual a Lua era o globo mais denso.

O Logos solar é o impulso inicial ou Pai do Filho em encarnação física, um sistema solar.

968
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É a soma total dos Pitris no processo de proporcionar uma forma, ou seja, o Logos
solar induz os Construtores Maiores, os Pitris solares, a energizarem a matéria, os
Construtores Menores, para a construção do sistema solar e o Logos solar,
manifestando-se por meio desse sistema solar, é o Filho.

A união do Pai (força positiva) e da Mãe (força negativa) produz essa labareda central
denominada forma, corpo de manifestação do Filho.

Um Homem celestial tem uma posição análoga em relação com um esquema planetário.
É o gérmen central de vida ou força positiva que, a seu devido tempo, manifesta-se
como um esquema planetário ou uma encarnação do Logos planetário. Do mesmo
modo, o homem constitui a vida ou energia positiva que, por meio da ação sobre a
força negativa, cria corpos de manifestação, mediante os quais pode brilhar ou irradiar.
(88, 89, 90)

Notas:

(87) "Os grandes Chohans pediram aos Senhores lunares, dos copos aéreos:
"Produzam Homens", homens de vossa natureza". Deem-lhes suas formas
internamente. Ela (Mãe Terra) construirá os envoltórios externos (corpos externos).
Serão machos e fêmeas, também Senhores da Chama....Cada um foi para a sua terra
assinalada: Sete deles, cada qual em sua parcela. Os Senhores da Chama fcaram
para trás. Não quiseram ir. Não quiseram criar." Estância III, 12 - 13; D. S. III, 85, 87.

(88) Os Pitris lunares criaram o homem físico. D S. I, 134, 204.


Existem em 3 grandes categorias:
1. Os mais evoluídos. Constituem na 1a. ronda a soma total dos 3 reinos e adquirem
uma forma humana. D. S. I, 209.
Nas 2a. e 3a. rondas constituem a soma total do que oportunamente será humano.
Na 4a. ronda, constituem, em seu começo, os corpos etéricos de nossa humanidade
terrestre.
2. Aqueles cujos corpos são ocupados pelos Anjos solares. D. S. I, 209.
3. Os 3 reinos conhecidos na atualidade.

(89) A Terra dá ao homem seu corpo; os Deuses lhe proporcionam seus 5 princípios
internos.....
O Espírito é uno. D. S. I, 247.
1. A Terra lhe outorga o físico denso.
2. Os Deuses lunares lhe proporcionam 3 princípios inferiores:

969
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. corpo etérico.
b. Prana.
c. Kama-manas.
3. Os Deuses solares lhe outorgam 2 princípios:
d. Mente inferior.
e. Mente superior.
4. A Mônada constitui os 2 princípios superiores unifcados:
f. Budi.
g. Atma.

(90) A totalidade da forma. Deus é "Uno, não obstante as inumeráveis formas que
estão nEle", assim é também o homem na Terra, o microcosmos do macrocosmos. D.
S. III,191; III, 281; IV, 214 - 215.
Tudo está compreendido no homem.
Ele unifca em si mesmo todas as formas.
O mistério do homem terreno é o mistério do Homem celestial.
A potencialidade de cada órgão útil à vida animal está encerrada no homem, o
microcosmos do macrocosmos. D. S. IV, 243.
Estas notas são todas da Doutrina Secreta, de Helena Petrovna Blavatsky.

Estudo 300

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - Continuação -
Páginas 500, 501 e 502.

Continuemos nosso estudo sobre os Devas Construtores. Os Construtores (91)


menores constituem o aspecto negativo e são lançados à ação em formação grupal,
devido a que a força positiva atua sobre eles ou pela ação das mentes conscientes do
sistema.

Na etapa atual de evolução - durante o período de Luz - é difícil para o ser humano (até
que tenha alcançado a consciência do Ego) distinguir os diversos tipos de força e
trabalhar conscientemente com estes aspectos duais. Um Adepto da Luz emprega
força para trabalhar na substância, considerada como aquilo que é negativo; portanto
deve mover-se esotericamente e pode fazê-lo porque realizou a unidade (nos 3 mundos

970
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de Seu esforço) ou alcançou o ponto de equilíbrio e, portanto, pode equilibrar forças e
tratar com energias positivas e negativas, segundo convenha para benefício do plano
evolutivo. Ter realizado a unidade nos 3 mundos de Seu esforço signifca ter dominado
os corpos físico, astral e mental inferior e ter plena consciência como Ego não só no
plano causal, como nos planos mental inferior, astral e físico, o que implica em poder
manipular conscientemente a força nesses planos. Não mais se identifca com os
corpos, mas é o OBSERVADOR e o SENHOR deles.

O Irmão da Escuridão, sabendo que é em essência uma força positiva, trabalha com
substância negativa ou com os Construtores menores, para levar a cabo seus próprios
objetivos, sendo incitado a isto por motivos egoístas. Os Irmãos da Luz colaboram com
o aspecto positivo de todas as formas - os Devas Construtores de tendência evolutiva -
a fm de realizar os propósitos do Homem celestial, summum (o máximo) da
manifestação física planetária.

O Irmão da escuridão adquire conhecimentos e autocontrole sobre seus corpos físico,


astral e mental inferior, mas não tem contato com o Ego ou Alma, ou seja, sua Alma não
é ainda plenamente consciente no mundo causal e por isto ele é ainda autocentrado e
quer tudo somente para si, não estando interessado em trabalhar para o plano divino.

Nota 91 - Pitris. Os antepassados ou criadores da humanidade são de 7 classes, 3 das


quais são incorpóreas e 4 corpóreas. Geralmente são denominadas Pitris lunares ou
antepassados e não deverão ser confundidos com os Pitris solares ou Anjos, que
outorgam a mente ao homem e criam o corpo mais ou menos permanente do Ego ou
Eu superior.

As 7 classes de Pitris citadas nesta nota são as 7 Hierarquias dévicas criadoras, das
quais 3 (que trabalham nos planos adi, monádico e átmico) são chamadas incorpóreas
e as outras 4 (que trabalham nos planos abaixo do átmico) corpóreas. Esta questão de
incorpóreas e corpóreas é sob o nosso ponto de vista nos planos inferiores, tendo mais
o signifcado de que para as 3 Hierarquias ditas incorpóreas, os 4 planos abaixo do
átmico são muito densos, embora para nós, vivendo no plano físico, os planos astral,
mental e búdico sejam sutis.

Por conseguinte evidencia-se quão necessário é compreender as funções dos devas de


todos os graus. Sem embargo é também importante que o homem se abstenha de
manipular estas forças da natureza, até que se "conheça" a si mesmo e seus próprios
poderes e tenha desenvolvido plenamente a consciência do Ego, ou seja, que o Ego
tenha conseguido se manifestar plenamente por meio do cérebro, esteja plenamente

971
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desperto em seu plano, o mundo causal e não esteja mais identifcado com os corpos
inferiores nem com o Loto Egoico, seu corpo de expressão no mundo causal e já
iniciando a etapa em que a Mônada se livra de qualquer identifcação com a Alma ou
Ego, vendo-o apenas como Seu instrumento ou veículo. Só então pode, sem risco e em
forma sábia e inteligente, colaborar com o plano. Por ora, para o homem médio e até
para o homem avançado, resulta perigoso tentá-lo e impossível de realizar.

O Mestre Djwal Khul, com estas palavras, torna bem claro o perigo a que muitos se
expõem ao invocarem forças da natureza, que são forças dévicas, sem estarem
prontos para tal, tornando-se escravos dessas forças e não seus senhores. As
consequências são terríveis.

A ignorância dos requisitos necessários para manipular forças dévicas é tão grande e
disseminada nos meios esotéricos, que em muitas organizações esotéricas é comum a
chamada concessão de "poder", através de um simples rito, por uma pessoa que se
julga herdeira de uma linhagem de poder (uma grande miragem), a outra qualquer, com
base apenas em simpatia. Não sabem que o poder verdadeiro é conquistado e o
requisito prévio é o poder sobre si mesmo, ou seja, o domínio pleno sobre seus 3
corpos inferiores.

Acrescentarei mais algumas informações sobre as quais o estudante pode meditar,


antes de passar a estudar especifcamente os 3 grupos principais de Devas
construtores que mais intimamente concernem ao homem nos 3 planos dos 3 mundos
(físico, astral e mental).

Os Devas construtores (92) sãos os Ah-hi ou Mente Universal.

Nota 92 - Devas. "......ele tinha (1) dividido os Devas em 2 classes - denominando-os -


os "Rupa-devas" e os "Arupa-devas" - a "forma" ou objetividade e o "amorfo" ou os
Dhyan Chohans subjetivos; (2) o mesmo havia feito para seu tipo de "homens", pois
há Cascarrões (cascões) e "Mara-rupas" ou seja corpos sujeitos à aniquilação. Eles
são:

1. "Rupa-devas" os Dhyan Chohans que têm formas.


2. "Arupa-devas" os Dhyan Chohans que não têm formas.
Estes 2 grupos ex-homens.
3. "Pisachas" (de 2 princípios) fantasmas.
4. "Mara-rupa". Sujeito à morte (de 3 princípios).
5. Asuras - Elementais - que têm forma humana.

972
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
6. Bestas - Elementais segundo tipo - elementais animais.
Os grupos 5 e 6 homens futuros.
7. Rakshasas - Demônios - Almas ou formas astrais de feiticeiros; homens que
alcançaram o ápice do conhecimento na arte proibida. Vivos ou Mortos têm
enganado a natureza por assim dizer, porém só temporariamente - até que nosso
planeta entre no obscurecimento (pralaia), depois do qual, queiram ou não, terão de
ser aniquilados.
Estes 7 grupos formam as divisões principais dos Moradores do mundo subjetivo
que nos circunda. "The Mahatma Letters to A. P. Sinnet, página 107. Esta obra é uma
compilação de cartas dos Mestres Moria, Kuthumi Lao Sing e Djwal Khul, para o
senhor A. P. Sinnet, quando estes Mestres estavam encarnados fsicamente no
Oriente e ainda não tinham assumido os cargos de Chohans dos 1o. Raio (Mestre
Moria) e 2o. Raio (Mestre Kuthumi Lao Sing).
Este assunto, da nota 92, será explicado oportunamente.

Os Devas construtores contêm em Sua consciência o plano logoico e possuem o poder


inerente para desenvolvê-lo em tempo e espaço, constituindo as forças conscientes da
evolução. Não somente personifcam o Pensamento divino, mas são também aquilo
através do qual se manifesta, sendo ainda Sua atividade atuante. Essencialmente são
movimento. Os Construtores menores são especialmente a forma material que foi
ativada e em sua legião constituem a substância da matéria (considerando substância
o que fundamenta a matéria).

Detalhemos estas últimas palavras do Mestre. Os Devas construtores maiores


conhecem o plano do Logos para o sistema solar, ou seja, o Logos solar pensa o que
quer construir e estes Devas captam este Pensamento logoico. Os Devas construtores
menores tomam a matéria existente para seus veículos, energizando-a e conferindo-lhe
determinados movimentos (por isto constituem o que fundamenta a matéria ou a
substância da matéria), deixando-a pronta para a ação dos Devas construtores
maiores, ação essa que consiste em executar o Pensamento do Logos solar (por isto
são a atividade atuante do Logos solar).

Em outras palavras, Os Devas construtores menores, após seu trabalho sobre a


matéria, passam a cumprir as ordens dos Devas construtores maiores. Produzem a
concreção e dão forma ao abstrato. Os termos dévicos "rupa" e "arupa" são relativos
(93), pois as vidas e os níveis amorfos existem unicamente desde o ponto de vista do
homem nos 3 mundos inferiores; as vidas amorfas funcionam no e através do corpo
etérico do Logos e estão formadas por matéria dos 4 planos superiores do sistema (os

973
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planos búdico, átmico, monádico e adi).

Desde este ponto de vista o plano mental nos proporciona uma consideração
interessante; seus 3 subplanos superiores (1o. - atômico, 2o. - subatômico e 3o,
chamados em conjunto plano causal ou abstrato) são positivos e centralizam a força
positiva do plano. Tal centralização afeta a substância negativa dos 4 subplanos
inferiores (4o., 5o., 6o. e 7o., denominados em conjunto plano mental inferior ou
concreto) e ademais dá lugar a:

a. A formação de centros de força nos níveis causais, sendo estes centros grupos
egoicos em suas diversas divisões.
b. A concreção da substância ou a construção do corpo físico denso do Logos solar.

Nota 93 - Rupa......com forma ou corpo.


Arupa.......amorfo ou sem corpo. Falando em geral, o termo rupa aplica-se a todas as
formas nos 3 mundos inferiores (físico, astral e mental inferior), enquanto o termo
arupa aplica-se a todas as formas por meio das quais as existências manifestam-se
nos 4 níveis superiores (búdico, átmico, monádico e adi) do sistema solar e nos níveis
abstratos (subplanos 1o., 2o. e 3o.) do plano mental.

974
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 301

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - Continuação -
Páginas 502 e 503.

Encontramos no plano físico do sistema solar um processo análogo à centralização da


energia dévica positiva no plano causal, em relação à energia dévica negativa no plano
mental inferior. Tal analogia tem lugar no corpo físico do homem ou sua manifestação
concreta. Nesse caso o 4o. subplano físico, ou seja, o 4o. éter, é o ponto focal de força
positiva. Nesse subplano estão situados os centros etéricos do homem, os quais têm
no processo evolutivo e no trabalho de dirigir a força, relação com seu corpo físico em
forma similar à dos grupos de Egos no plano causal com o corpo físico denso do Logos
planetário. Esta é uma profunda indicação esotérica.

Clarifquemos esta analogia com a seguinte classifcação:

CORPO FÍSICO DO LOGOS PLANETÁRIO

Plano causal - Os grupos egoicos constituindo chacras ou centros de força positiva,


que se dirige para:

Plano mental inferior - energizado pela força positiva e atuando como parte densa
(gasosa) do corpo físico do Logos planetário. Daí a força passa para os planos astral
(parte líquida) e física (parte sólida), energizando essas partes e permitindo que o
Logos planetário tenha sensações densas.
CORPO FÍSICO DO HOMEM

Quarto éter - Os chacras ou centros de força positiva, que se dirige para:

Parte densa (gasosa, líquida e sólida) do corpo físico do homem, energizada pela
força positiva e permitindo ao homem atuar no mundo físico.
Uns poucos chacras do homem são feitos de matéria superior ao 4o. éter e são:

- o laríngeo, de matéria do 3o. éter.


- o cardíaco, de matéria do 2o. éter.
- o coronário, de matéria atômica ou do 1o. éter.
Nas palavras "prana e corpo etérico" (ou força e forma vital) temos a chave do mistério
dos Pitris solares e lunares e um indício do lugar que ocupa o corpo físico no esquema
das coisas.

975
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Na palavra "prana" temos a força positiva que representa o Pitri solar. Essa força
positiva localiza-se no corpo etérico, o qual, por ser o receptor, representa a ação do
Pitri lunar.

O corpo etérico energizado pelo prana torna-se positivo em relação ao corpo denso, o
qual, por ser receptor, é negativo.

Temos então a seguinte situação. O corpo etérico, energizado pelo prana (energia
positiva) cumpre as ordens do prana e torna-se positivo em relação ao corpo denso, o
qual, ao servir de veículo para o corpo etérico, cumpre suas ordens. Vemos aí
claramente a relatividade das coisas. O que é positivo para alguém inferior, pode ser
negativo para outro superior.

Na realidade, não é só o prana que atua na matéria. Como vimos anteriormente, são 3
os fogos que animam a matéria: fogo por fricção/elétrico (chamado comumente fohat
ou eletricidade), fogo por fricção/solar (chamado comumente prana) e fogo por
fricção/por fricção (chamado comumente kundalini).

Na atual 5a. raça-raiz os fogos por fricção/solar e por fricção/por fricção já estão
fundidos ou sintonizados. Resta fundir ou sintonizar esses dois com o fogo por
fricção/elétrico. Entre esses 3 fogos também existe uma relatividade. O fogo por
fricção/elétrico é positivo em relação ao fogo por fricção/solar e este é positivo em
relação ao fogo por fricção/por fricção. Mas, sob outro ponto de vista, o fogo por
fricção/solar é o intermediário entre o fogo por fricção/elétrico e o fogo por
fricção/por fricção.

Assim, embora as matérias mental inferior, astral e física sejam chamadas Pitris
lunares e as matérias causal e superiores Pitris solares, sempre existirá a relação
positivo e negativo, ou seja, o que energiza com um propósito (positivo) e o que é
energizado (negativo) e cumpre o propósito do energizante, sendo que esse energizado
pode ser o energizador (positivo) de outro inferior e negativo.

Os Pitris e Devas solares, com tudo o que inclui o termo, expressam suas forças mais
adequadamente através do homem. São a origem de sua autoconsciência e sua ação
sobre o aspecto negativo produz o Ego humano (em grande escala, considerado em
sua totalidade como força cósmica); sua ação sobre o aspecto mãe ou negativo produz
nos níveis cósmicos essa Unidade Autoconsciente, um Logos solar, que atua por meio
de Seu veículo físico. Desde o ponto de vista cristão, os Grandes Construtores
constituem o Espírito Santo ou essa força superior que fecunda a matéria, enquanto
que os Construtores negativos ou inferiores correspondem à Virgem Maria.

976
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Analisemos estas palavras do Mestre Djwal Khul. A autoconsciência do homem, ou seja,
a construção do Ego ou Alma e do Loto Egoico é obtida por um trabalho feito pelo Anjo
solar sobre átomos mentais e moléculas do 3o. subplano mental. Antes da obra, as
moléculas mentais estavam livres e animadas apenas por pequenas vidas dévicas.
Quando o Anjo solar decidiu agir, induzido por uma força superior, Ele atuou, como
força positiva, sobre Vidas dévicas menores do que Ele, porém maiores que as
pequenas vidas que animavam as moléculas mentais. Então a sequencia de atuação e
ação ocorreu da seguinte forma. O Anjo solar, o Grande Construtor, plenamente
consciente do que tinha de ser feito, determinou aos Anjos que estavam sob Seu
controle imediato (Construtores menores) que iniciassem a ação sobre as pequenas
vidas que animavam as moléculas mentais. Assim o trabalho foi iniciado e concluído.
Em outras palavras, mais realistas, o Templo da Mônada humana foi construído, porque
é por meio dele que a Mônada humana olha externamente para os 3 mundos inferiores
(mental, astral e físico).

O Anjo solar (o Grande Construtor) e os Construtores menores permanecem no


trabalho de manutenção do Templo, mas apenas na manutenção, uma vez que compete
exclusivamente ao homem expandir e aperfeiçoar seu Templo, por meio da atividade
nos 3 mundos inferiores, para que ele, o homem, transforme-se num Grande
Construtor, liberando o Anjo solar e Seus Construtores menores.

Os Pitris lunares e construtores menores, desde o ponto de vista do sistema,


expressam-se plenamente no reino animal. Quando produziram o homem animal como
impulso inicial, desempenharam sua função primordial e (em escala menor e em
conexão com um só dos Homens celestiais, o nosso) assim como a Lua é um mundo
moribundo e decadente, também em escala comparável ao sistema e portanto
abarcando um vasto período de tempo, o trabalho dos Pitris lunares está chegando
lentamente a seu fm, a medida que o poder exercido pelo 3o. reino ou animal sobre o
humano está sendo substituído pelo poder espiritual; desaparecerá, em sentido
esotérico, a analogia que existe no sistema da atividade pítrica lunar. O Mestre nesta
analogia está se referindo ao sistema solar anterior. Este poder do reino animal sobre o
homem refere-se ao fato de a grande maioria da humanidade ainda ser escrava dos
baixos instintos ou instintos animais.

Estudo 302

977
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os
Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - Continuação -
Páginas 503, 504 e 505.

No fnal do estudo anterior o Mestre Djwal Khul fez uma analogia entre o trabalho dos
Pitris lunares no nosso esquema planetário juntamente com a situação da Lua como
mundo moribundo e o nosso atual sistema solar, ou seja, a analogia existente no
sistema solar da atividade pítrica lunar. Podemos deduzir dessas informações do
Mestre que, assim como existe um "cadáver" planetário chamado Lua, existe um
"cadáver" de sistema solar. Em outras palavras, os restos do sistema solar anterior
ainda estão se decompondo, numa localização próxima do atual sistema e afetando-o
de uma certa forma, através de determinadas entidades dévicas oriundas daquele
sistema em desintegração. Tudo o que existe e evolui no atual sistema sente essa
infuência. O próprio Logos solar está dela se desvencilhando. Este assunto é vasto e
propício a profundas investigações altamente esclarecedoras.

Os Pitris lunares (94), (95), os construtores dos corpos lunares dos homens e sua
analogia nos demais reinos da natureza, constituem a soma total do corpo físico denso
do Logos ou a substância dos planos mental, astral e físico (as partes gasosa, líquida e
densa ou sólida, que formam uma unidade: Seu veículo físico, considerado à parte do
etérico). É o produto de um sistema solar anterior, suas atividades datam de então. Dito
sistema representa para o atual o que a cadeia lunar representa para a nossa. Por isso
o corpo físico denso não é considerado um princípio (tanto para o homem como para
os Logos solar e planetário); daí que a natureza inferior é considerada maligna e que o
homem deve "destruir seu corpo lunar". (96) O mal é aquilo que, podendo ser dominado
e subjugado, lhe é permitido que reja. O positivo pode sempre manipular o negativo.

Quando é seguida a linha negativa, a de menor resistência, que conduz àquilo que não é
um princípio, então temos o mal.

No 1o. sistema solar foi aperfeiçoado o aspecto negativo da substância, o aspecto Mãe
ou matéria. Os Pitris inferiores dominavam. No atua sistema, a atividade da força reside
em mãos dos Pitris solares ou Devas maiores. Ao fnal do mahamavantara, eles terão
construído, de acordo com o plano, um envoltório ou veículo perfeito para que se
expresse o Pensamento divino, o qual será realizado manipulando a substância
negativa; utilizarão o calor da mãe para nutrir o gérmen do Pensamento divino e levá-lo
à frutifcação.

Quando o gérmen tenha alcançado a madureza, então o aspecto Mãe já não tem

978
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
objetivo e o Homem, esotericamente, fca livre ou se libera.

Esta idéia é levada a cabo em toda a manifestação; os reinos da natureza ou da forma


(qualquer que seja) nutrem o gérmen daquilo que constitui o próximo passo do
processo evolutivo, considerados como o aspecto Mãe. Este aspecto é eventualmente
descartado e substituído. Por exemplo, o 3o. reino ou reino animal, nas primeiras
etapas, nutre e preserva o gérmen do que algum dia será um homem; a personalidade
custodia aquilo que algum dia desenvolver-se-á como homem espiritual.

Estas palavras do Mestre são tão claras, que dispensam comentários. Explicam com
grande lucidez a necessidade da troca periódica de corpos, que o homem denomina
morte e que lhe provoca tanto medo, unicamente por causa da sua imensa ignorância,
ao desconhecer totalmente o processo evolutivo da Mônada.

Grande parte da humanidade está sob o domínio dos Pitris lunares e permite que eles
atuem completamente a seu sabor, ao invés de dominá-los e, como Alma, permitir a
plena atividade dos Pitris solares, para que a Mônada, controlando-os (o que inclui o
controle da Alma, que também é substância dévica, porém Pitri solar), manipule os
Pitris lunares e possa desenvolver e expressar os poderes e qualidades nos 3 mundos
inferiores, que devem ser totalmente dominados por Ela, para, posteriormente,
dominar os mundos superiores ao mental.

Desta maneira, será evidente para os estudantes que o Homem celestial, considerado
como uma Divindade solar, uma Entidade autoconsciente, atua com Seu aspecto
negativo, por intermédio da força positiva, desde os níveis etéricos logoicos sobre os 3
aspectos do físico denso logoico, levando assim à maturidade os átomos e células de
Seu corpo, nutrindo o germem da auto-consciência e ventilando a chama até que cada
ente se faça totalmente consciente do grupo e se dê conta do lugar que lhe
corresponde dentro do corpo coletivo.

Em outras palavras, o Logos planetário, a Mônada logoica planetária, o Homem celestial


verdadeiro, por meio dos Pitris solares (que estão no plano búdico e acima), a força
positiva, manipula os Pitris lunares (que estão nos planos mental, astral e físico), a
força negativa, expandindo e amadurecendo a consciência dos entes sob Sua
responsabilidade, até a autoconsciência e prosseguindo em Sua ação manipuladora no
sentido de que cada ente humano descubra, de forma clara e nítida, não só o seu
grupo egoico e o trabalho que tem de fazer dentro dessa coletividade de Egos, como
também em outras áreas do corpo físico cósmico logoico.

Cada ser humano, funcionando nos 3 mundos inferiores, exerce uma ação similar sobre

979
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
as células conscientes de seus corpos, até que cada átomo alcance eventualmente sua
meta. O Homem celestial atua necessariamente por intermédio de grupos egoicos,
derramando força positiva sobre eles, até que deixem de ser passivos e negativos e
passem a ser potentes e ativos. O homem atua analogamente sobre seus corpos,
através de seus centros e tem certa responsabilidade que, com respeito às vidas
inferiores, por lei cármica deverá carregar. Esta é a base do processo evolutivo

Nota 94 - Os Pitris lunares ou Barhishad têm a seguinte função (D. S. III,102):

1. São os Antecessores do Homem. D. S. III, 109.


2. São os Modeladores de sua forma.
3. Possuíram o fogo físico ou criador.
4. Revestiram unicamente as Mônadas humanas.
5. Não puderam fazer o homem à sua semelhança.
6. Não puderam proporcionar-lhe mente. D. S. III, 88.
7. Construíram sua forma externa.
8. Proporcionam o princípio inferior. D. S. III, 96.

Nota 95 - Temporariamente, são os Conquistadores do Espírito. D. S. III, 73.

a. O Espírito se submerge nas formas materiais.


b. As formas constituem o campo de batalha.
c. O Espírito matará oportunamente as formas. D. S. III, 75.
d. Observe-se a ordem esotérica. D. S. III, 93, 96, 103, 117.

Nota 96 - Na Voz do Silêncio é dito:

"Antes de entrar nesse Caminho, deves destruir teu corpo lunar, purifcar teu corpo
mental e limpar teu coração."

Estudo 303

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - b. As Funções
dos Devas - Páginas 505, 506 e 507.

Tendo enunciado certos fatos fundamentais com respeito aos Devas, considerados
como a própria substância e o supremo da energia da substância, chegamos aos

980
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
detalhes técnicos e a considerar em forma analítica estas forças construtivas a medida
que constroem a forma mental do Logos ou o Sistema solar. Desta consideração
desprender-se-á certo conhecimento prático

Primeiro. Conhecer como construir em material mental nos 3 mundos e como


empregar os Devas do subplano gasoso do físico cósmico.

Segundo. Compreender como combinar os pares de opostos e assim dar corpo e


forma ao conceito.

Terceiro. Materializar no plano físico a ideia corporifcada.


1. Manifestação dos aspectos logoicos. É lograda mediante uma concisa consideração
das leis do ser e do método seguido pelo Logos, quando dá forma a Seu conceito e leva
a cabo Seu propósito ou vontade por meio dessa forma. Nos 3 planos do esforço
humano estão refetidos os 3 aspectos do Logos que produzem a manifestação:

Plano mental...refexo do 1o. aspecto. O plano do conceito, da união do Pai-Espírito-


Vontade e Mãe-Matéria-Energia. Tal é o trabalho do Logos; esta união produz o Filho,
pois o Pensamento divino toma forma. O corpo do Ego encontra-se ali. Chamamos a
atenção para o fato de que o Mestre usa a palavra Vontade como sinônimo de
Espírito na expressão Pai-Espírito-Vontade. Portanto, podemos estar certos de que a
Mônada ou Espírito é Vontade, numa concepção muito elevada e de grande alcance, o
que deve levar todos a uma profunda refexão e maturação, o que fatalmente
conduzirá à visão de gloriosos horizontes, a serem conquistados.

Plano astral... refexo do 2o. aspecto, o Filho. A materialização prossegue por meio do
desejo; a forma cresce e evolui, chegando a ser mais adequada.

Plano físico...Manifestação. A forma mental (do homem ou do Logos) aparece em


atividade. O Filho nasceu no plano físico, a ideia do Pensador (humano ou divino)
converte-se em um ente separado de sua fonte originária, sem embargo, energizado
pela vitalidade que emana dele.
Tudo isto é possível - falando agora desde o ponto de vista humano - pela ação dos
Devas, que constituem aquilo que corporifca o pensamento e lhe proporciona sua
energia separada , distinta do propósito que se desenvolverá até chegar à frutifcação,
quando a forma seja adequada como meio de expressão.

2. Força dévica da substância. Ao considerar os Devas dos 7 planos do sistema solar e


especialmente os que trabalham nos 3 mundos (físico, astral e mental), devemos ter

981
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em conta os seguintes enunciados:

1o. Enunciado. - Existem Devas que constituem a força dual da substância do plano
cósmico inferior, o físico cósmico. No que se refere aos 3 mundos inferiores, existem a
força e a substância dévica (97), que compõem o corpo físico denso do Logos, por isso
o homem está limitado, quando atua nesses planos, a esses devas considerados
principalmente (desde níveis superiores) como que não formam parte integrante dos 7
princípios do Logos; aos que compõem a forma gasosa, líquida e concreta do Logos, os
devas do fogo concreto (do plano mental), da água e da terra em seu aspecto mais
denso; a esses devas construtores automáticos e subconscientes, que realizam o
trabalho do veículo físico denso do Logos, da mesma maneira que os construtores no
corpo do homem trabalham automática e inconscientemente, produzindo as células e
energizando as funções corporais. Daí o perigo que existe, quando o homem joga com
tais forças. Encontra-se demasiado perto delas de muitas maneiras; identifca-se com
as mesmas e enquanto não tiver alcançado a consciência do Ego e estabelecido, com
pleno conhecimento, sua identidade com o aspecto Espírito e não com a substância,
está propenso a ser arrastado pela força cega e converter-se em uma alma perdida,
quando ignorantemente e por curiosidade invade seus domínios.

Analisemos estas palavras do Mestre. Os Devas que trabalham nos planos mental
inferior, astral e físico, os subplanos gasoso, líquido e sólido ou concreto do plano
físico cósmico, ou seja, nas matérias gasosa, líquida e sólida do corpo físico cósmico
do Logos solar, atuam automaticamente e impelidos à ação por forças mais poderosas
que eles. Executam suas tarefas obedecendo a instruções que são colocadas em suas
consciências e que os levam a operar a matéria. Podemos estabelecer uma analogia
com o operador de aparelho de imageamento, como de ressonância magnética, muito
utilizado atualmente nas clínicas. Ele sabe manipular o aparelho e colocar o paciente na
posição certa. Faz isto corretamente, porque as instruções estão gravadas em seu
cérebro. Mas nada sabe sobre o processo e a técnica pelos quais a informação
referente ao órgão é captada, processada eletronicamente dentro do aparelho e
transformada em imagem na tela do monitor e gravada em um Cd.

Um exemplo bem esclarecedor, que está muito em voga atualmente é o processo de


construção de proteínas no corpo humano. Um ente denominado RNA mensageiro
(mRNA) lê as instruções (uma sequencia de códons) no DNA e transmite-as para outro
ente denominado RNA transportador (tRNA), que se encarrega de buscar o material
necessário para construir as enzimas, com as quais as proteínas são construídas.

982
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ambos os entes, nRNA e tRNA, conhecem bem suas funções, mas agem automática e
inconscientemente, nada sabendo a respeito do propósito do que fazem. São Pitris
lunares. Neles observamos a dualidade: a microscópica porção de matéria (o veículo) e
a pequena vida ocupando essa porção de matéria, constituindo os dois juntos o RNA.

Temos em nossos 3 corpos inferiores (físico, astral e mental inferior) esses Pitris
lunares, em imensa quantidade e em diversas graduações, exercendo muitas funções.
A todos, o morador desses corpos, a Mônada, deve dominar plena e completamente e,
assim, ajudá-los a evoluir.

O homem se relaciona também com esses devas que estão animados pela vida e pelo
propósito que caracterizaram a evolução do 1o. sistema solar. Essa é a vida de Deus,
sendo esse propósito a atuação de Sua vontade, maligna desde nosso ponto de vista
atual, pois, no que ao homem se refere, eles foram suplantados por um propósito e
uma meta diferentes. Portanto, a identifcação com o passado, a regressão e os
métodos antigos são para o homem um retrocesso no caminho da evolução
autoconsciente e conduzem oportunamente ao egotismo (exacerbação da
personalidade e do culto do eu pessoal) ou a perder o princípio egoico, princípio que
diferencia o homem, humano ou celestial, do resto da evolução. Isto acontece, porque
no sistema solar anterior a meta foi desenvolver o aspecto matéria, quando os Pitris
lunares dominavam e, assim, seguir os métodos daquele sistema é estimular o que já
foi estimulado no passado, esquecendo o que deve ser estimulado no atual sistema, o
aspecto consciência, Amor, usando a matéria ou manas como instrumento. Como o
Mestre adverte, o perigo é muito grande, havendo a possibilidade da perda da
oportunidade de um sistema solar, para a Mônada.

O plano mental cósmico. Para nós outros se manifesta nos 3 tipos de força que se
observam no plano mental do sistema. Estes tipos não têm sido sufcientemente
estudados e são:

a. A força que atua em todos os átomos permanentes manásicos e produz basicamente


essa manifestação que denominamos os 3 mundos.

b. A força que anima esses grupos de "lotos" denominados grupos ou centros egoicos -
conglomerados de corpos causais.

c. A força que vitaliza todas as unidades mentais e que, desde ali, é distribuída aos
outros átomos permanentes.

Estes 3 tipos de força têm que ver com o aspecto substância - átomos permanentes,

983
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
veículo causal e entes mentais - e, portanto, impressionam diretamente os Devas que
constroem estas formas empregando sua própria substância, desenvolvendo assim o
plano divino. Estes 3 tipos de força, com intenção psíquica, afetam a substância, sendo
eles mesmos impulsionados e ativados de acordo com o propósito divino desde níveis
concretos do plano mental cósmico (sendo, por conseguinte, a força que fui através
da unidade mental do Logos) e relacionam-se com o centro de força que está
localizado no corpo mental logoico. Constitui a força de Agni em Seu 1o. aspecto. Fogo
característico do plano mental cósmico, refetido no subplano gasoso cósmico - nosso
plano mental do sistema.

Analisemos essas informações do Mestre. Os 3 mundos inferiores em que vivemos


(mental inferior, astral e físico), a parte densa do corpo físico cósmico do Logos solar,
são produzidos pela ação sobre os devas da força que fui da unidade mental
permanente do Logos solar. Esta força também atua diretamente sobre os devas que
constroem os átomos permanentes, os lotos egoicos (os corpos ou veículos causais) e
os Egos ou Almas (entes mentais).

O centro do corpo mental inferior logoico ao qual se relaciona a força que fui pela
unidade mental logoica é o centro baço mental, que vitaliza todo o corpo mental
inferior logoico, o mesmo acontecendo com o homem, cujo mental inferior é vitalizado
pelo baço mental.

Nestes ensinamentos do Mestre fca bem claro que nós realmente não somos os
corpos, mas somente, como Mônadas, estamos conectados com eles, para
aprendermos e evoluirmos e, no momento certo (que depende do empenho de cada
um), deles nos descartarmos, para prosseguirmos nas conquistas em níveis mais
elevados e amorfos. A explicação para o que ocorre de errado com a humanidade é a
identifcação com os corpos. Desde o momento em que essa identifcação deixa de
existir, as coisas mudam radicalmente.

Nota 97 - Os Anjos solares são de natureza dual.

"Manas é dual - lunar na parte inferior, solar na superior." D. S. IV, 63.


a. O aspecto solar é atraído para budi.
b. O outro desce para o animal inferior, ou é atraído por este.
c. Os Anjos solares formam a "Alma" ou 2o. aspecto.
d. A "Alma" principal constitui Manas ou mente. D. S. IV, 64, 202.

984
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 304

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - b. As Funções
dos Devas - 2. Força Dévica da Substância - 2o. Enunciado - O Plano Astral Cósmico -
Páginas 507 e 508.

Continuemos o 2o. enunciado.

O plano astral cósmico. A força deste plano atua por meio de nosso plano astral do
sistema, o subplano físico líquido cósmico e está praticamente sujeita a 2
diferenciações, cada uma delas ocultamente representadas por 2 grandes grupos de
devas:

Primeiro. Os devas que constituem a substância ou força do plano astral, considerado


como a soma total do desejo, do sentimento e da sensação. Portanto constituem os
centros ou plexos nervosos do corpo físico logoico, pois o plano astral do sistema é
proporcionado pelo sistema nervoso do corpo físico logoico. É o corpo de mais intensa
vibração desde o ponto de vista físico e o veículo por meio do qual tudo é transmitido
a essa parte do corpo físico logoico que corresponde ao cérebro do homem. Não
posso dar maiores esclarecimentos sobre isto, porém as poucas palavras formuladas
aqui abrem um amplo campo de pensamento e dão a chave de grande parte do que
sucede a e afige tanto a evolução solar como a humana.

Temos aí nitidamente a atuação e o trabalho dos Pitris lunares no plano astral do


sistema, de cuja matéria são formados os corpos astrais da humanidade terrestre.
Raciocinemos um pouco dentro desse assunto, no tocante à nossa humanidade, pois
há 2 pontos de vista: um com relação à evolução solar, como diz o Mestre, e o outro
com relação à evolução humana. A parte referente à evolução solar é bem complexa,
uma vez que envolve Entes maiores e outros órgãos no corpo físico cósmico do Logos
solar ainda totalmente desconhecidos da humanidade e da grande maioria dos
esotéricos.

Resta-nos pesquisar a parte referente à nossa humanidade. Como todos sabem, a


nossa humanidade faz parte da parte densa do corpo físico cósmico do nosso Logos
planetário, o qual é afetado pelo comportamento emocional, em nível de corpo astral
cósmico, do nosso Logos planetário, o qual, por sua vez, é afetado pelo comportamento
emocional, também em nível de corpo astral cósmico, do nosso Logos solar. Portanto, a

985
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
energia que fui do plano astral cósmico e atua por meio do plano astral do sistema, na
realidade fui do corpo astral cósmico do nosso Logos solar, afeta o corpo astral
cósmico do nosso Logos planetário e daí atinge a matéria astral que envolve a Terra
(matéria esta que é a parte líquida do corpo físico denso do nosso Logos planetário),
agindo assim em todos os corpos astrais de todos os seres humanos e nos envoltórios
astrais dos reinos sub-humanos.

Assim, a humanidade terrestre (através de seus corpos astrais) faz parte da rede
nervosa do corpo físico cósmico do nosso Logos planetário, constituindo as emoções
dos seres humanos sensações físicas, que são enviadas por meio de uma complexa
rede de nervos ao "cérebro" físico cósmico do nosso Logos planetário, onde são
conscientizadas por Ele. Dessa maneira, o nosso Logos planetário experimenta uma
vastíssima gama de sensações densas, de forma coletiva.

Como Ele está em vias de receber uma Iniciação ligada à renúncia e ao desapego, não é
difícil entender porque a humanidade é tão afigida neste atual período.

Por outro lado, aqueles que já estão distanciados da média da humanidade ,


polarizados no mental e com a consciência já atuando no mundo búdico (estão na "luz
clara e fria", como diz o Mestre), o mundo da Razão Pura, fcam imunes a essa afição,
embora percebendo-a e tentando ajudar, disseminando o conhecimento, único meio
para o homem se livrar do sofrimento, como já afrmou o Senhor Buda. Esses mais
adiantados, embora encarnados, atuam mais intensamente na parte etérica do corpo
físico cósmico do nosso Logos planetário. Os que estão encarnados e atuam
conscientemente em cérebro físico dentro dessa área são em número muitíssimo
pequeno.

Por esses conhecimentos o homem pode saber sua real função dentro do processo
divino, melhor dizendo, dentro de DEUS, e se livrar da ignorância desses falsos líderes
religiosos, que só sabem subjugar e explorar seus seguidores, aproveitando-se da falta
de conhecimento deles.

Como o nosso mundo astral recebe energia do mundo astral cósmico, vemos aí a
interação entre 2 classes de Devas. Os que trabalham nos corpos astrais cósmicos do
Logos solar e do nosso Logos planetário, sendo portanto Pitris solares e força positiva
e os que trabalham na matéria astral terrestre, a parte líquida do corpo físico cósmico
do nosso Logos planetário, os Pitris lunares e força negativa.

Segundo. Os Devas que constituem a soma total da luz astral. São os agentes dos
Senhores Kármicos e eles mesmos são entidades dévicas de uma evolução

986
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inconcebivelmente mais avançada, os quais em sua própria substância

1. registram,
2. produzem os efeitos das causas,
3. dirigem a força.
Este grupo particular de Devas emana de um grande centro de força, a que, nós
outros, generalizando, damos o nome de sol Sirius. Sirius-kama-manas, plano astral
cósmico e plano astral do sistema, constituem uma cadeia estreitamente entrelaçada e
a linha de menor resistência para que possa afuir um tipo particular de força negativa.

Consideremos esta cadeia dévica estreitamente entrelaçada, como diz o Mestre. Temos
os Devas maiores, força positiva, que trabalham no corpo astral cósmico do Logos de
Sirius e que conhecem profunda e exatamente o Karma do nosso Logos solar. Estes
Devas enviam energias com todas as informações necessárias para os Devas que
trabalham no corpo astral cósmico do nosso Logos solar, os quais, por serem
receptores, são negativos em relação aos Devas de Sirius e executam o que deve ser
feito em termos de Karma do nosso Logos solar. Ao mesmo tempo esses Devas ligados
ao nosso Logos solar (atuando positivamente) enviam energias para os Devas que
trabalham no corpo astral cósmico do nosso Logos planetário, os quais são
encarregados de executar o Karma do nosso Logos planetário, karma esse ligado ao
Karma do nosso Logos solar e por isso são negativos em relação aos Devas ligados ao
nosso Logos solar.

Os Devas ligados ao corpo astral cósmico do nosso Logos planetário atuam


positivamente sobre os devas encarregados de executar o karma relativo à parte
líquida (nossa matéria astral) do corpo físico cósmico do nosso Logos planetário.

Estes últimos Devas conhecem tudo o que se refere ao karma dos membros de todos
os reinos em evolução no nosso esquema, estando essas informações gravadas em
seus próprios corpos dévicos. Por isto Eles constituem a chamada luz astral, ou seja, os
arquivos nos quais todos os karmas estão gravados.

Obviamente, como dirigem a força, Eles têm sob seu comando (atuam positivamente)
devas menores que trabalham no nosso mundo astral, incluindo os devas citados no
item anterior (o primeiro) e que constituem a soma total do desejo, do sentimento e da
sensação, na execução dos karmas individuais.

Não nos foi possível delinear toda a vasta cadeia dévica kármica, porque fcaria muito
complicado, mas cumpre-nos enfatizar que ela existe e é de uma lógica matemática

987
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
exata e justa, nada escapando a ela, manifestando-se por ela a JUSTIÇA DIVINA.

Este assunto é de uma beleza, precisão e elegância impressionantes.

Neste estudo não consideramos a infuência da matéria astral cósmica que se encontra
fora do corpo astral cósmico do Logos solar. Assim como o ser humano tem seu corpo
astral imerso na matéria astral que envolve o planeta Terra (que poderíamos chamar a
atmosfera astral da Terra), da mesma forma o corpo astral cósmico do Logos solar
está imerso na matéria astral cósmica, que constitui o corpo astral cósmico do Logos
cósmico, do qual o Logos solar é um centro sagrado, o cardíaco, mas centro no corpo
físico cósmico do Logos cósmico; nada sabemos a respeito da composição dos centros
sagrados do corpo astral cósmico do Logos cósmico, como também nada sabemos a
respeito da composição dos centros sagrados do corpo astral cósmico do nosso Logos
solar nem dos corpos astrais cósmicos dos Logos planetários. Apenas sabemos que
eles existem e exercem infuências, nada mais. A certeza que temos é que um dia
saberemos, mediante esforço, é claro.

O destino do homem é ser senhor de seu próprio karma e comandar (ser força
positiva) esses devas kármicos.

Estudo 305

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - b. As Funções
dos Devas - 2. Força Dévica da Substância - 2o. Enunciado - O Plano Físico Cósmico -
Páginas 508 e 509.

O Plano físico cósmico. É a força (externa e interna) do sistema solar mesmo e seu
espaço circundante. Deveria ser considerado como as forças prânicas que fuem
através do corpo etérico logoico, nossos 4 planos superiores, búdico, átmico, monádico
e adi, que são positivos para os 3 inferiores, físico, astral e mental (refexo na
substância ou no aspecto Brahma da união Pai-Mãe), impregnando-os e produzindo a
manifestação puramente concreta. Esta é a razão pela qual o veículo físico domina
tanto durante as largas etapas da evolução do homem, pois a força deste tipo de
energia, logicamente, sente-se mais fortemente que qualquer outra. Força dévica e
substância tão perto de nós que engana poderosamente. Encerra o mistério de maia e
há de se encontrar nela o segredo da ilusão. Aqui tem o homem a primeira grande

988
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
etapa da batalha para lograr a plena autoconsciência e identifcar-se com o aspecto
Deus e não com o aspecto matéria. Também ali reside a razão esotérica pela qual o
homem leva o sobrenome do pai e não o da mãe. Quando o homem tenha dominado as
essências dévicas do plano físico, controla logo as do astral e domina as essências
mentais. Tendo realizado isto em sua própria natureza, pode sem perigo converter-se
em um mago e entrar em contato, controlar e trabalhar com os Devas em conexão com
os planos do Homem celestial. Na compreensão dos 3 tipos de força, o homem achará
a chave do mistério de seus centros.

Aqui se encontra o segredo da nota musical correspondente aos centros coronário,


cardíaco e laríngeo e sua fusão com os centros inferiores, para que os superiores
emitam a nota e os inferiores produzam só harmônicos. Com respeito à nota da
natureza, o Logos tem de sobrepor uma nota mais elevada.

À nota natural do centro (que se descobre desenvolvendo o centro inferior, seu refexo
ou analogia) há de ser agregada a nota dominante do centro superior e, em harmonia
dual, o centro vibra em forma desejada.

A nota é o resultado da correta atividade. Por essa razão os centros inferiores do


homem são (nas primeiras etapas de sua carreira) o fator controlador. Há de aprender
qual é sua nota, e desde ela chegar até a chave da superior. Então a superior ocupa o
lugar proeminente e a inferior só serve ao propósito de proporcionar o que se
compreende por "profundidade" esotérica. Porque é assim? Porque mediante tais
notas é estabelecido o contato com esses grupos de devas que constituem a força e a
energia dos centros (centros de substância) e são controlados. Os envoltórios
materiais - físico, astral e mental - são construídos mediante sua atividade, dirigida por
intermédio dos centros.

Estas idéias com respeito à força e aos envoltórios constituem a base do ensinamento
astrológico, uma das chaves para compreender A Doutrina Secreta. (98)

Portanto, devemos ter presente que os Senhores Devas Agni, Varuna, Kshiti, (99)
representam no ensinamento exotérico o aspecto substância do corpo denso do Logos,
enquanto que o aspecto força que fui através do corpo etérico do Logos é
considerado sob vários nomes, tais como Shiva, Surya, Brahma. Sem embargo, os 2
aspectos não são mais que um.

(98) Faz-se referência à Chave Astrológica na D. S. III, 38.

(99) Agni, o Deus do Fogo no Veda, é o mais antigo e reverenciado dos Deuses na

989
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Índia. É o tríplice aspecto do Fogo e, portanto, a soma total da manifestação. Também
é considerado o Senhor do plano mental (o 5o. plano), cujo símbolo é o fogo.

Varuna, o Deus da Água, no sentido das águas do espaço ou as águas da matéria.


Também é considerado como Regente do plano astral (o 6o. plano), cujo símbolo é a
água.

Kshiti é o Deus da Terra, no sentido da substância densa e não de um corpo


planetário, o Deus do plano físico, o 7o. plano.
Analisemos estes ensinamentos do Mestre. Sendo o plano físico cósmico a força
externa e interna do sistema solar e seu espaço circundante, concluímos que ele
abrange a matéria interna do sistema e a do espaço que constitui o corpo físico
cósmico do Logos cósmico. Todavia, como estamos no interior do sistema, a força que
nos interessa é aquela que é qualifcada pelo Logos solar. É lógico que o Logos solar
sofre a infuência da força que vem do espaço circundante.

A expressão "forças prânicas" na realidade refere-se aos 3 fogos cósmicos por fricção
oriundos do Logos cósmico, os quais vitalizam todo o sistema, assim como nossos
corpos físicos são vitalizados pelos 3 fogos por fricção provenientes do Sol: elétrico
(fohat), solar (prana) e por fricção (kundalini). Assim, os 3 fogos cósmicos por fricção,
que vitalizam o sistema solar (corpo físico cósmico do Logos solar), são:

1 - fogo cósmico por fricção elétrico (fohat cósmico);


2 - fogo cósmico por fricção solar (prana cósmico);
3 - fogo cósmico por fricção por fricção (kundalini cósmico).
Uma parte de maia já foi eliminada pela ciência, quando comprovou que a matéria é
energia, através da fórmula E = mC ao quadrado. Portanto, a sensação de concreto e
sólido é apenas por causa do contato com energia fortemente condensada. A visão
etérica apresenta um panorama bem diferente. Os modernos exames de imageamento
(raios X, ressonância magnética, tomografa computadorizada, ultrassonografa) e as
imagens captadas pelos modernos telescópios de infravermelho e radiotelescópios
atestam o grande engano e limitação dos sentidos físicos.

O avanço tecnológico permitiu tudo isso. Esse avanço é resultado do maior


conhecimento adquirido pelo homem sobre a matéria (força dévica e substância).

A plena autoconsciência só vai ser adquirida pelo homem, quando ele deixar de se
identifcar com os corpos. Somente quando ele entender que é uma Mônada, atuando
através de vários instrumentos, para se relacionar com as matérias dos planos, é que

990
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
realmente se identifcará com seu aspecto Deus. É uma questão de conhecimento e
entendimento e não de devoção ou fé cega.

Compreender o mistério dos centros é compreender em profundidade a natureza e o


processo de operação dos 3 fogos nas matérias física, astral e mental, como
manifestação dévica.

A questão da nota musical dos centros signifca a frequência de oscilação das


partículas (substância dévica) constituintes deles. Pelo uso e análise dos
correspondentes inferiores descobre-se sua frequência natural (a frequência de
ressonância) e a partir daí, também pela observação atenta e análise constante, chega-
se à frequência de ressonância dos superiores. Uma vez identifcada, ela deve ser
intensifcada conscientemente, para que se imponha e faça o centro correspondente
inferior oscilar em frequência sub-harmônica exata, quando então dar-se-á a harmonia
perfeita entre os 2 centros. Esta sintonia envolve o conhecimento dos processos dos 3
fogos e sua ação sobre as partículas constituintes dos centros. Cientifcamente
falando, é um estudo no domínio da frequência.

Procuremos entender o signifcado da expressão "profundidade" esotérica. Sabemos


que os centros inferiores vitalizam a parte animal do homem, que deve ser domada.
Quando os centros superiores impõem sua frequência de ressonância (a chamada nota
musical), os centros inferiores correspondentes oscilam em frequência sub-harmônica
exata da fundamental superior, permitindo que as energias superiores provenientes do
Ego sejam transferidas convenientemente para os Pitris lunares que constituem a vida
animal do homem, mantendo-os sob controle e levando-os a um estágio mais elevado
de evolução, o que signifca trabalhar para a redenção da matéria, uma vez que a meta
dos Pitris lunares é ser Pitri solar.

A relação dessas ideias com a base do ensinamento astrológico é claramente explicada


pela ação dos Devas que constituem a soma total da luz astral, agentes dos senhores
kármicos. Como a confguração astrológica no momento do nascimento de uma pessoa
é realmente a confguração kármica dessa pessoa, esses Devas atuam na substância
dévica que é a matéria envolvendo a Terra, no sentido de que ocorram as
circunstâncias em torno da pessoa para que seu karma para aquela encarnação possa
se realizar.

Com referência à força que fui pelo corpo etérico do Logos, podemos deduzir, com
base num raciocínio lógico, que Shiva, por simbolizar o 1o. aspecto, é fogo elétrico
(fohat), Surya, por simbolizar o 2o. aspecto, é fogo solar (prana), e Brahma, por

991
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
simbolizar o 3o. aspecto, é fogo por fricção (kundalini).

Estudo 306

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - b. As Funções
dos Devas - 2. Força Dévica da Substância - 3º Enunciado - Páginas 509 e 510.

3º Enunciado. - O último que tratarei de esclarecer aqui, e isto dever ser recordado, é
que em relação com os 3 planos inferiores e seus muitos grupos de devas, seus
opostos polares hão de ser encontrados nos grandes Devas dos 3 planos mais
elevados.

Divino.....1º Éter Cósmico....Fogo primordial....Plano Mental....Fogo.


Monádico....2º Éter Cósmico.....Akasha.....Plano Astral....Luz Astral.
Espiritual ou Átmico....3º Éter Cósmico....Plano Físico....Éter.
Esta ligação de polos opostos é consequência da conexão entre as leis regentes dos
planos, numericamente expressada da seguinte forma:

1-5
2-6
3-7
A Lei de Vibração, que rege o 1º plano, o divino e está sob a infuencia do 1º Raio,
produz mais intensamente a Lei de Fixação, que rege o 5º plano, o mental e está sob a
infuência do 5º Raio.

A Lei de Coesão, que rege o 2º plano, o monádico e está sob a infuência do 2º Raio,
refete-se (após passar pelo 4º plano, o búdico) na Lei de Amor, que rege o 6º plano, o
astral, que está sob a infuência do 6º Raio.

A Lei de Desintegração, que rege o 3º plano, o espiritual ou átmico, e está sob a


infuência do 3º Raio, refete-se na Lei de Sacrifício e de Morte, que rege o 7º plano, o
físico, que está sob a infuência do 7º Raio.

Como os Devas são encarregados de executar o projeto divino para este sistema solar,
eles se relacionam aos pares, os positivos (que emitem a energia) e os negativos (que
recebem a energia, executando o trabalho codifcado na energia).

992
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Expliquemos as expressões utilizadas pelo Mestre para identifcar as essências dos
planos envolvidos. Para tal voltemos à página 58 do Tratado, na qual o Mestre diz
textualmente: "Primeiro, temos os fogos animadores do sistema solar, os fogos do raio
primordial da matéria ativa inteligente. Constituem a energia de Brahma, o 3º aspecto
do Logos." Portanto, o fogo primordial é o fogo por fricção cósmico, que é tríplice e
energiza a matéria adi ou divina. Este fogo refete-se, atuando na matéria mental.

Quanto ao Akasha, nome dado à matéria monádica, voltemos à página 61 do Tratado:


"No plano mais elevado, a combinação dos 3 fatores: fogo latente, fogo ativo e a
substância primordial ou a que ambos animam, é conhecida como o "mar de fogo", do
qual Akasha é a primeira diferenciação da matéria pregenésica. Akasha em
manifestação se expressa como Fohat ou Energia divina, e Fohat nos diferentes planos
é conhecido como éter, ar, fogo, água, eletricidade, prana e outros termos no estilo."

Nestas palavras do Mestre vemos claramente que o fogo por fricção cósmico atuando
na matéria adi produz uma atividade vibratória ou oscilatória tão intensa e de tal
magnitude (é o plano da Lei de Vibração), que realmente merece o nome de "mar de
fogo". Pelo processo de energização de um plano pela matéria do plano imediatamente
mais sutil, a matéria adi, obedecendo a uma técnica muito bem defnida e clara
(operada pelos Devas), mas que não cabe aqui detalhar, penetra na matéria monádica e
induz nela tudo o que está codifcado (por meio de oscilações ou vibrações) na matéria
adi, produzindo assim a primeira diferenciação da matéria pregenésica, ou seja, na
matéria adi tudo o que deve ser construído está codifcado ou gravado (como no disco
rígido - HD - de um computador) e começa a ser executado na matéria monádica, a
qual, por isso, passa a se chamar Akasha, e além da parte construtiva, contém
informações para o plano astral, sendo por isso que o plano astral tem uma
componente chamada luz astral, que é um arquivo.

Quanto ao éter, nome dado à matéria átmica ou espiritual, é porque é nesta matéria
que a vibração mais baixa, equivalente ao som no sentido cósmico, manifesta-se. É o
plano do Verbo ou Palavra. A vibração equivalente à luz manifesta-se no plano
monádico.

Podemos usar as defnições estabelecidas pela Física para a luz e o som, como analogia
para procurar entender as diferenças entre luz no plano monádico e som no plano
átmico, sob o ponto de vista do Logos solar. Segundo a Física a luz é uma onda
eletromagnética, ou seja, uma sucessão de campos elétricos e magnéticos, defasados
90 graus entre si. Já o som é uma onda mecânica, uma sucessão de condensações ou

993
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
compressões e rarefações.

O tipo particular de força diferenciada que os pares de planos (1º e 5º, 2º e 6º, 3º e 7º)
representam, quando são levados à união recíproca, constituem a causa da concreção
ou aparência, em tempo e espaço, do corpo físico denso cósmico do Logos solar. Isto
deveria ser cuidadosamente considerado, junto com o fato muito interessante de que
no 4º plano de nosso sistema (o 4º éter cósmico ou plano búdico) temos a esfera de
certos sucessos ocultos que só podem ser insinuados, porque seu verdadeiro
signifcado é um dos segredos da Iniciação. Constitui um aspecto do plano do Logos,
com o qual podem entrar em contato direto os que expandiram adequadamente sua
consciência.

No plano búdico ou 4º éter cósmico é onde:

a. Os planetas sagrados desempenham sua função.


b. O homem atuará quando oportunamente se libere do tríplice homem inferior.
c. O verdadeiro signifcado das palavras "divino Hermafrodita" chegará a ser
compreendido.
d. Predomina a força vital, sendo um dos planos da procriação.
e. O homem por primeira vez compreenderá e empregará sua relação com os Devas.
f. Verá a frutifcação do processo evolutivo dos 2 sistemas solares combinados.
g. Tem lugar a emanação de todos os Avatares planetários.
h. Os Homens celestiais recebem a 1ª Iniciação.
i. É compreendido o verdadeiro signifcado interno do "Sol".
Nada mais posso dizer, porém uma detida análise do que tenho exposto pode
proporcionar coisas de grande signifcado aos que estudam o macro e o microcosmos.

Analisemos 2 itens acima.

Item a. - Como sabemos, os planetas sagrados desempenham as funções de chacras


ou centros de força no corpo físico cósmico do Logos solar. Ora, esses centros são
feitos de matéria etérica, tanto no homem (o microcosmos), como no Logos (o
macrocosmos). Assim, no atual momento evolutivo do nosso Logos solar, os Logos
planetários sagrados trabalham nessa função com matéria búdica. É lógico que os
Logos planetários sagrados executam outras funções com a matéria búdica, em
particular na vitalização da parte densa de Seus corpos físicos cósmicos, as matérias
mental, astral e física (que na totalidade constituem a parte densa do corpo físico
cósmico do Logos solar), o que também ocorre com os outros Logos planetários não

994
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sagrados( Cujos corpos densos também se somam ao do Logos solar).

Item f. - Como sabemos, o propósito do nosso Logos solar no atual sistema é


desenvolver Budi através de Manas. Budi, em sentido mais amplo, expressa-se por
meio do corpo búdico. Em se tratando do Logos solar, Budi se expressa por meio de
Seu corpo búdico cósmico. Mas, para isto, o Logos tem, antes, de coordenar Seu corpo
búdico cósmico, o que Ele consegue, trabalhando com Seu corpo mental cósmico, ou
seja, procurando expressar conceitos búdicos por meio de formas mentais. Essa
atividade mental refete-se em Seu corpo físico cósmico, em particular no plano búdico,
o Seu 4º éter cósmico. Como no sistema solar anterior o Logos desenvolveu o aspecto
Manas e no atual está procurando desenvolver o aspecto Budi por meio de Manas, será
no plano búdico do sistema que o homem, plenamente consciente neste plano, verá o
desenvolvimento do processo evolutivo do Logos por meio de Manas e Budi
conjugados (Manas desenvolvido no sistema solar anterior e Budi a ser desenvolvido
no atual sistema solar), no que se refete no corpo físico cósmico do Logos solar.

Estudo 307

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - b. As Funções
dos Devas - 2. Força Dévica da Substância - 3º Enunciado - Comentários - Página 510.

Continuemos nossos comentários sobre o que ocorre no plano ou mundo búdico, esse
mundo de altíssima importância para a nossa evolução nos 3 mundos inferiores.

b. O homem atuará quando oportunamente se libere do tríplice homem inferior. Isto


signifca que quando ele receber a 4ª Iniciação planetária, a 2ª solar, ele passará a viver,
experimentar e aprender no mundo búdico, para dominá-lo plenamente e executar
trabalhos e funções de suma importância para o nosso Logos planetário e para todos
os reinos em evolução no nosso esquema, em particular a humanidade. O iniciado, a
partir da 2ª Iniciação planetária, já começa a captar informações desse mundo em
cérebro físico, o que, em muito, acelera a sua compreensão e entendimento dos 3
mundos inferiores.

c. O verdadeiro signifcado das palavras "divino Hermafrodita" chegará a ser


compreendido. Como o mundo búdico é o intermediário entre os 3 inferiores e os 3
superiores e é por excelência o mundo da harmonia e da conciliação entre opostos,

995
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nada mais lógico que ocorra nele a visão plena e clara da fusão das qualidades
femininas e masculinas do Logos planetário.

d. Predomina a força vital, sendo um dos planos da procriação. Assim como para o
homem o 4º éter de seu corpo etérico é onde os 3 fogos animadores do corpo denso
circulam, da mesma forma é no plano búdico, o 4º éter cósmico, que circulam os 3
fogos cósmicos que vitalizam a parte densa (os 3 mundos inferiores) do corpo físico
cósmico do Logos planetário.

e. O homem por primeira vez compreenderá e empregará sua relação com os Devas.
Mais uma vez, a função do plano búdico como gerador de harmonia é realçada,
permitindo que se dê um contato mais íntimo entre as 2 evoluções e ambas aprendam
mutuamente e passem a trabalhar conjuntamente na maior harmonia para o plano
divino.

g. Tem lugar a emanação de todos os Avatares planetários. Como sabemos, os


Avatares têm a função de acelerar a execução do plano divino. Dentro dessa
aceleração está a da humanidade, em particular. Portanto, os Avatares, mesmo
permanecendo somente no plano búdico, sem descer aos mundos inferiores, podem
emanar as energias búdicas, devidamente preparadas e qualifcadas com
determinados propósitos, que impregnarão as matérias dos 3 mundos inferiores,
produzindo efeitos em todos os reinos em evolução nesses mundos.

h. Os Homens celestiais recebem a primeira Iniciação. Como sabemos, a 1ª Iniciação


sempre atua no corpo físico. Ora, o corpo físico denso é energizado pelo 4º éter.
Assim, a força da 1ª Iniciação do Logos planetário é enfocada no plano búdico, ou seja,
na matéria búdica (o 4º éter cósmico, onde estão os centros) constituinte de Seu corpo
físico cósmico, para dali atuar na parte densa.

i. É compreendido o verdadeiro signifcado interno do "Sol". Como a ciência sabe, no


interior do nosso Sol visível ocorrem muitos fenômenos, sendo um deles a geração de
energia para todo o sistema solar. Todavia muita coisa ainda é mistério para a ciência,
sem falar do que ocorre em termos de matéria etérica (no sentido puramente físico) e
menos ainda na matéria búdica que se encontra no Sol.

Estudo 308

996
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os
Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e
os Planos - Páginas 510 e 511.

c. Os Devas e os Planos. Temos considerado em termos amplos e gerais os diversos


tipos de força que animam a substância dévica e sua origem. Agora podemos estudar
mais especifcamente os entes dévicos em seus distintos grupos, tendo já assentado
os fundamentos em relação com eles.

Nesta parte do Tratado os estudantes devem recordar que não estamos considerando
esses construtores de desenvolvimento involutivo que fguram na literatura teosófca e
ocultista como as essências elementais. Ocupamo-nos dos que estão no arco evolutivo,
agentes do fogo cósmico, enquanto que os construtores menores são especifcamente
agentes das forças solar e lunar. A força solar contém as variadas diferenciações da
tríplice força cósmica ao manifestar-se dentro do sistema solar. A força solar pode
também ser denominada (no que se refere à faculdade criadora e construtora do
homem) força planetária, pois cada ser humano (seja adepto ou homem comum)
constrói e cria suas formas mentais - conscientemente ou inconscientemente - dentro
das esferas planetárias nos 3 mundos.

Essa parte requer maiores esclarecimentos. As chamadas essências elementais são


formadas quando a onda de vida do 2° Logos (a 2a. Emanação), em sua descida para o
mais denso, penetra na matéria mental, gerando o 1o. Reino Elemental na matéria
causal (1o., 2o. e 3o. subplanos mentais), com 7 subdivisões. Em seguida a onda de
vida penetra na matéria mental inferior (4o., 5o., 6o. e 7o. subplanos mentais), criando
o 2o. Reino Elemental, com 7 subdivisões. Após a experimentação no plano mental
inferior, a onda de vida entra no plano astral e produz o 3o. Reino Elemental. Em
seguida chega aos subplanos etéricos do físico, para atingir os subplanos densos
(estados gasoso, líquido e sólido).

É na metade deste estágio mais denso, no reino mineral, que a onda de vida do 2°
Logos inicia seu retorno, cessando o desenvolvimento involutivo e começando o
evolutivo. Esse processo está delineado no Diagrama II, na página 104 do Tratado.

Como a evolução dévica atua como força transmissora e transmutadora em todo o


sistema (isto está escrito na página 105 do Tratado), há devas na fase involutiva e na
fase evolutiva.

Vejamos as expressões usadas pelo Mestre.

997
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"A força solar contém as variadas diferenciações da tríplice força cósmica ao
manifestar-se no sistema solar." Isto quer dizer que os construtores menores (agentes
da força solar) recebem dos Construtores maiores (agentes da força cósmica) a força
cósmica já diferenciada (segundo o plano do Logos solar), para a devida execução. Os
construtores menores também são agentes da força lunar. Portanto há 2 grandes
grupos de construtores menores: os que são agentes da força solar e os da força
lunar.

Ora, sabemos que a força solar opera do causal (inclusive) para cima e a força lunar no
mental inferior, astral e físico.

O 1o. Reino Elemental atua no plano causal, estando no arco de descida para o mais
denso, sendo portanto construtor menor no arco involutivo. O mesmo acontece com os
2o. e 3o. Reinos Elementais.

Na metade do reino mineral termina o arco involutivo e começa o arco evolutivo,


quando a onda de vida do 2° Logos (a 2a. Emanação) vai ao encontro da 3a. Emanação
(do 1° Logos), ocorrendo este encontro no causal, pois a 3a. Emanação só desce até o
7o. subplano do plano búdico e o encontro das 2 Emanações se dá através das
Mônadas, no processo de individualização.

Assim, em todo esse avanço da Vida divina temos grupos dévicos trabalhando nos
arcos involutivo e evolutivo, conjuntamente. Portanto existem grupos diferenciados de
Pitris lunares, sendo todos eles construtores menores.

Mestre Tibetano afrmou que a meta dos Pitris lunares é ser Pitri solar, o que portanto
supõe um processo evolutivo para eles, o que é lógico.

Segundo o Mestre, temos 2 classes de construtores menores: os Pitris solares, agentes


da força solar (a força cósmica diferenciada para o sistema solar) e os Pitris lunares,
agentes da força lunar (a força atuante dos planos mental inferior, astral e físico).

No plano causal temos devas atuando no 1o. Reino Elemental, portanto no arco
involutivo e outros devas trabalhando também no plano causal, mas no arco evolutivo,
o que nos faz concluir que também há grupos diferenciados de Pitris solares, sendo
todos eles construtores menores, com funções diferenciadas. Obviamente os Pitris
solares que trabalham no Loto Egoico do homem estão no arco evolutivo e são
controlados por um Construtor maior, que é o denominado Anjo solar.

Assim fca bem claro que o Mestre só está considerando os Construtores que estão no
arco evolutivo.

998
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Este assunto pode ser muito mais esmiuçado e pesquisado, como por exemplo, quando
se procura saber e entender a atividade dévica no globo A ou 1 do nosso esquema
planetário, que é um globo arquetípico. Neste globo estão os arquivos de todo o
planejamento para a cadeia. A medida que a evolução prossegue, globo a globo, ao
longo das rondas da cadeia, esses arquivos têm de ser atualizados. Sabemos que os
globos se comunicam entre si. Como o Mestre já disse, no plano ou mundo búdico o
homem entende os Devas, entra em contato direto com eles e passa a trabalhar com
eles para o Plano do Logos planetário. Portanto, quando a consciência do homem já
está penetrando no mundo búdico, ele começa a se interessar por esses assuntos,
como a técnica de gravar informações na matéria de um globo e atualizar os arquivos,
ao longo das modifcações decorrentes do processo evolutivo. A tarefa é ciclópica,
uma vez que são informações referentes ao conteúdo de 7 globos, mas é fortemente
estimulante.

Estudo 309

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e
os Planos - Continuação - Página 511.

Continuemos nosso estudo sobre os Devas e os planos.

"Agora deverá ser feito um considerável número de classifcações, pois só é possível e


conveniente expor certos fatos, nomes e delineamentos que podem ser demonstrados
unicamente por meio da Lei de Analogia ou Correspondência, lei que proporciona a
chave da compreensão. A diferenciação fundamental no sistema solar é a seguinte:

Agni...Fogo Elétrico...Espírito...O Sol...Energia.

Surya...Fogo Solar...Vishnu...O Sol central espiritual...Luz.

Brahma...Fogo por Fricção...O Sol físico (visível)...Fohat.

Como Fogo Elétrico o Logos é a manifestação dos 7 aspectos da Vontade, o


impulso ou propósito espiritual.

Como Fogo Solar é a manifestação dos 7 Raios ou Luz da Sabedoria, a Consciência


irradiando através da forma.

999
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Como Fogo por Fricção é a manifestação dos 7 Filhos de Fohat, os 7 grandes fogos
ou o calor ativo da substância inteligente.
Estes 3 aspectos do Deus de Fogo e do fogo de Deus constituem as 3 Entidades da
Trindade logoica, e por sua vez cada uma se manifesta por intermédio de outras 7
Entidades, formando Sua manifestação total."

Comentários.

Nestas informações do Mestre (informações de elevadíssima relevância, como aliás são


todas) precisamos distinguir com clareza o Logos solar, os Logos planetários, os Devas
e certas Entidades cósmicas subordinadas ao Logos solar, que exercem funções
importantes em Seu sistema solar, todas em processo de evolução. Para tal voltemos à
página 296 do Tratado, onde está o V DIAGRAMA, Evolução de um Logos solar. Neste
diagrama vemos o nosso Logos solar simbolizado por um triângulo dentro de um
círculo contendo outros 6 triângulos, os quais representam Logos solares, que são
centros do Logos cósmico. Cada círculo com 7 Logos solares simboliza um Logos
cósmico. Assim temos 7 Logos cósmicos, cada um com 7 Logos solares, situados no
plano monádico cósmico e constituindo esses 7 Logos cósmicos centros de força no
corpo de um Ser Maior, denominado Parabrahma Cósmico e situado no plano Adi
cósmico e simbolizado por um triângulo maior.

Esclarecemos que esses 7 planos cósmicos:

- Físico Cósmico,
- Astral Cósmico,
- Mental Cósmico,
- Búdico Cósmico,
- Átmico Cósmico,
- Monádico Cósmico e
- Adi Cósmico,
constituem em conjunto o plano físico hipercósmico, corpo físico hipercósmico dessa
Entidade Maior chamada Parabrahma Cósmico. No momento não podemos detalhar as
matérias desses planos cósmicos, mas é importante que todos saibam que estamos
neles inseridos.

No plano monádico cósmico está a Mônada que é o Logos solar verdadeiro, assim
como a Mônada humana é o homem verdadeiro e uma centelha da Mônada solar.

No diagrama, da Mônada solar saem 7 linhas contínuas ligadas a 7 triângulos no plano

1000
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
búdico cósmico, simbolizando os 7 Rishis da Ursa Maior, os quais constituem os 7
centros no corpo búdico cósmico do nosso Logos solar. Destes 7 centros do corpo
búdico cósmico partem 7 linhas tracejadas ligadas a 7 triângulos no plano monádico, o
qual é o 2o. éter cósmico do plano físico cósmico. Estes 7 triângulos simbolizam os 7
Logos planetários, centros no corpo físico cósmico do nosso Logos solar. Num destes
triângulos está a Mônada humana, indicando que ela está entregue à guarda do Logos
planetário. Nós, Mônadas humanas do esquema da Terra, estamos sob a guarda do
Logos planetário da Terra, que não é sagrado, mas está ligado ao Logos de Saturno,
que é sagrado.

Temos ainda neste diagrama uma linha contínua ligando o triângulo que simboliza a
Mônada solar a um triângulo no plano mental cósmico, triângulo este que representa o
Corpo Causal do Logos solar.

Desse triângulo (o Corpo Causal do Logos solar) partem 3 linhas tracejadas ligadas a 3
triângulos no plano adi, que é o 1o. éter cósmico, subplano atômico do plano físico
cósmico. Estes 3 triângulos simbolizam os 3 Logos. Esses 3 Logos são Entidades
cósmicas que executam as funções necessárias para a manifestação dos 3 aspectos
do Logos solar em Seu corpo físico cósmico. Em termos de manifestação física densa,
o nosso Logos solar manifesta-se através de um sistema estelar de 4 estrelas, sendo 3
principais, das quais uma está particularmente ligada ao nosso Sol visível. Esses 3 sóis
principais são corpos densos desses 3 Logos que estão no plano Adi, exercendo
respectivamente as funções de 1o., 2o. e 3o. Logos, ou seja, o aspecto Vontade, o
aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura e o aspecto Inteligência Ativa.

O Sol central espiritual (uma estrela do conjunto de 4) é o aspecto Vontade ou 1o.


Logos, uma vez que o Espírito é fogo elétrico. O Coração do Sol (outra estrela do
conjunto de 4) é o aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura ou 2o. Logos e o Sol físico (a
estrela associada ao nosso Sol visível) é o aspecto Inteligência Ativa ou 3o. Logos.

O nosso Logos solar está se manifestando no atual sistema solar (considerando todo o
Seu corpo físico cósmico), servindo-se de todas essas Entidades cósmicas, as quais,
por sua vez, servem-se de nós, Mônadas humanas, entre outros seres em evolução no
sistema.

Uma vez delineado superfcialmente o cenário de evolução do Logos solar na parte


física cósmica, procuremos entender as funções dos 3 grandes Devas citados na
classifcação acima.

Todos Eles atuam e preparam os diversos tipos de matéria com Seus fogos, para que

1001
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
as Entidades cósmicas ligadas ao Logos solar possam expressar Seus fogos pessoais
nessas matérias. O Logos solar, como o grande Regente dessa grande Orquestra,
conduz todos esses grandes Músicos na execução de Seus instrumentos musicais (as
diversas matérias), para que a Sua Sinfonia Cósmica atinja a perfeição e deleite o
Regente Maior, o Logos Cósmico.

Na execução dessa Sinfonia Cósmica o Logos solar expressa e aperfeiçoa Seus 3 fogos
cósmicos gerados por Ele como Mônada, fazendo entoar as inúmeras notas musicais
cósmicas (as inúmeras diferenciações do fogo cósmico tríplice), que vibram e ressoam
em todos os tipos de matéria de Seu corpo físico cósmico.

Agni, como já sabemos, é o encarregado do fogo elétrico para todo o corpo físico
cósmico do Logos solar e por representar o Espírito, Sua energia está relacionada com
o Sol central espiritual (cremos que houve um equívoco na edição dessa página do
livro, relacionando o Sol central espiritual com Surya e o fogo solar, do 2o. aspecto,
Amor-Sabedoria).

Surya é o encarregado do fogo solar e por representar o 2o. aspecto, está relacionado
com o Coração do Sol e é a Luz.

Brahma está encarregado do fogo por fricção e por representar o 3o. aspecto,
Inteligência Ativa, está relacionado com o Sol físico (visível) e é Fohat, palavra que
neste contexto é o fogo por fricção tríplice.

Como o Mestre afrma, os 3 Logos (1o., 2o. e 3o.) atuam respectivamente por meio dos
3 Devas citados (Agni, Surya e Brahma) e outras 7 Entidades cósmicas. Em outras
palavras, o Logos solar, em Seu 1o. aspecto, atua por meio de Agni (que prepara a
matéria) e do 1o. Logos, que se expressa por meio do Sol central espiritual e 7
Entidades cósmicas.

Em Seu 2o. aspecto o Logos solar atua por meio de Surya (que prepara a matéria) e do
2o. Logos, que se expressa por meio do Coração do Sol e dos 7 Logos planetários.

Em Seu 3o. aspecto o Logos solar atua por meio de Brahma (que prepara a matéria) e
do 3o. Logos, que se expressa por meio da 3a. estrela conectada com o nosso Sol
visível e pelos chamados 7 Filhos de Fohat.

O sistema portanto é uma imensa e complexa rede constituída de Entes Cósmcos


conectados, cada um com Suas funções e responsabilidades, Todos sob a direção do
Logos solar, o Maestro Cósmico, executando Seu Propósito e Todos evoluindo para
situações mais elevadas, dentro do UNO ABSOLUTO INFINITO.

1002
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 310

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e
os Planos - Continuação - Páginas 511 e 512.

"O sétuplo fogo elétrico. Os 7 tipos de existências espirituais ou os 7 Espíritos ante o


Trono em Sua fundamental essência, força ou vontade dinâmica que reside por trás de
toda manifestação. Constituem em Seu próprio plano, em sentido peculiar, "a Joia no
Loto" logoico, daí que nossa inteligência não possa concebê-los neste sistema solar,
pois não se revelam até que "o Filho seja feito perfeito" ou a consciência logoica tenha
despertado plenamente. Esotericamente são os "Espíritos da Obscuridade"."

Comentários.

Em se tratando de fogo elétrico, estamos no cenário do 1o. aspecto, Vontade. Nessa


área está Agni, como preparador da matéria para que ela possa expressar as
qualidades da Vontade. Ora, Agni trabalha em todo o corpo físico cósmico do Logos
solar, todavia a expressão da Vontade do Logos solar, no atual sistema solar, não é
muito intensa e perceptível, tendo em vista que Ele quer desenvolver e aperfeiçoar Seu
2o. aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura.

Temos 7 Entidades cósmicas, denominadas os 7 Espíritos ante o Trono, ou seja, ante a


Mônada solar expressando-se pela "Joia no Loto", o Ego solar.

Sabemos que a "Joia no Loto" solar é a manifestação do aspecto Vontade da Mônada


solar (que ao atuar na matéria é fogo elétrico). Ora, o aspecto Vontade (também
chamado Atma) expressa-se essencialmente na matéria átmica cósmica, através do
átomo átmico permanente cósmico da Tríade superior logoica.

Necessariamente, por questão de lógica, a Entidade chamada 1o. Logos, já tratada no


estudo anterior, tem algo a ver com esses 7 Espíritos ante o Trono, no que se aplica ao
corpo físico cósmico do Logos solar. Contudo essa relação ainda é muito velada. No
fnal do atual sistema solar é que essas excelsas Entidades serão mais percebidas. Em
consequência, o Trabalho dessas Entidades, expressando as 7 modalidades da Vontade
logoica, desenvolve-se, atualmente, mais fortemente no corpo causal cósmico do Logos
solar, por causa da íntima ligação dElas com a "Joia no Loto" solar.

1003
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Por trabalharem ocultamente, são chamadas esotericamente "Espíritos da
Obscuridade", nada tendo essa expressão com escuridão no signifcado de mal
cósmico.

"O sétuplo fogo solar. Os 7 Homens celestiais, a soma total da Luz, os 7 Raios de
manifestação do Sol espiritual. Em tempo e espaço estes 7 Raios de Luz convertem-se
em 9 (os 3 principais que com o 3o. representam o sete), constituindo esotericamente
as 9 pétalas do Ego logoico e, quando se manifestam em Seu veículo físico, os "Filhos
da Luz"."

Comentários.

Temos os 7 Homens celestiais, que são os 7 Logos planetários, constituindo os 7


centros de força principais e expressando as qualidades dos 7 Raios para o corpo
físico cósmico do Logos solar. Esses Raios emanam do chamado Sol espiritual, ou seja,
do aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura ou Budi da Mônada solar. Fisicamente esses
raios são provenientes da 2a. estrela do sistema estelar quaternário pelo qual o Logos
solar se manifesta fsicamente, estrela essa que representa o Coração do Sol, pois o
coração simboliza o Amor.

A expressão "em tempo e espaço" usada pelo Mestre signifca que os 7 Logos
planetários sagrados, no Seu trabalho de Raio junto às 9 pétalas do Loto Egoico solar
(instrumento do Ego logoico) aumentam Suas atividades para 9, ocorrendo isto no
decorrer do tempo e do espaço, porque as pétalas têm localização espacial, deslocam-
se e se modifcam ao longo do tempo, considerando a evolução do Logos solar. Esses 7
Logos planetários (7 Raios de Luz), ao trabalharem junto às 9 pétalas do Loto Egoico
solar (transformando-se em 9 por causa da atividade nônupla) e manifestando o
resultado desse contato com o Loto Egoico solar no corpo físico cósmico do Logos
solar, são chamados os "Filhos da Luz".

Para entender a expressão "os 3 principais que com o 3°. representam o sete", no
sentido de que 7 Homens celestiais executam funções em 9 pétalas do Loto Egoico
solar, só podemos conceber que dos 7 Homens celestiais 1 trabalha junto a 3 pétalas,
sendo assim a distribuição das atividades:

- 6 Homens celestiais com 1 pétala cada um, totalizando 6 pétalas,


- 1 Homem celestial com 3 pétalas,
o que resulta em 6 + 3 = 9.
Os 7 Homens celestiais trabalham no corpo físico cósmico logoico solar, utilizando o

1004
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fogo solar de Surya.

"O sétuplo fogo por fricção. Os 7 Irmãos de Fohat. As 7 manifestações da eletricidade


ou os fenômenos elétricos. São os 7 Senhores Raja ou Devas dos 7 planos; os 7 Fogos
ou estados de atividade pelos quais se expressa a consciência. Constituem os veículos
da consciência e as 7 vibrações. Esotericamente são os "Irmãos da Energia"."

Comentários.

Temos de ter sempre em mente, nestas palavras do Mestre, que se trata de fogo por
fricção, portanto fogo intrínseco da matéria, atuando de 7 modalidades, uma para cada
uma das 7 matérias ou planos, desde o Adi até o físico. É atuando sobre esses 7 fogos
por fricção que os outros 2 fogos (solar e elétrico) podem se expressar e se tornar
objetivos. Pela evolução os 3 têm de fcar em perfeita sintonia, estado que o Mestre
comumente chama fusão.

O grande Deva chamado Brahma é o regente desse fogo por fricção sétuplo, tendo os
7 Senhores Raja ou Devas dos 7 planos como sub-regentes, um para cada plano.

Os 7 tipos de fogo por fricção (um para cada plano) são 7 manifestações da
eletricidade ou dos fenômenos elétricos, porque todo fogo por fricção é tríplice:

- fogo por fricção/elétrico,


- fogo por fricção/solar,
- fogo por fricção/por fricção,
e como sempre estão juntos, embora em proporções diferentes, os fenômenos
resultantes são chamados fenômenos elétricos.

Como a consciência, para se expressar, necessita de uma forma, qualquer que seja, e
para haver forma, é necessária a aglutinação de partículas e para tal os 3 fogos por
fricção têm de atuar, esses 7 grandes Seres que geram os 7 tipos de fogo por fricção
constituem os veículos da consciência.

"Portanto, será evidente que a soma total da manifestação logoica tal como pode ser
observada existente em tempo e espaço é:

Sete Espíritos..sétupla vontade.


Sete Raios........sétupla qualidade ou psique.
Sete Senhores Devas...a fórmula sétupla.
Os últimos são literalmente as 7 espiras ou vibrações de força dentro do átomo físico
permanente logoico. É necessário recordar isto e meditar sobre isto. Os 7 Raios

1005
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
constituem a soma total da natureza psíquica do Logos, quando irradiam através de
Sua forma física - Suas 7 qualidades, o cúmulo de desejos que tem expressado a
natureza amor. Os 7 Espíritos constituem a soma total de Seu aspecto Vontade de ser,
a Vida sintética de Sua manifestação total, o que determina a duração da forma e sua
evolução durante todo o tempo que o Ego logoico trata de existir fsicamente."

Comentários.

Temos aí o resumo sintético das 3 setuplicidades constituintes do corpo físico cósmico


logoico. É interessante observar que 7 x 3 = 21 e 21 é o número de letras da grande
frase logoica para este sistema solar, frase essa abreviada na palavra AUM, sendo as
letras assim distribuídas"

5 + 7 + 9 = 21.

O fato de os 7 Senhores Devas regentes dos 7 planos serem literalmente as 7 espiras


ou vibrações de força dentro do átomo físico permanente logoico, este átomo logoico
ser formado de matéria física atômica cósmica e o plano Adi ser o subplano atômico
físico cósmico ou 1o. éter cósmico, leva-nos a concluir que esses 7 Regentes, ao
mesmo tempo que constituem os fogos por fricção tríplice para os 7 planos (um para
cada plano), trabalham simultaneamente com as matérias dos 7 subplanos Adi, um
para cada subplano, assim distribuídos:

Matéria do 1o. subplano do plano Adi...1a. espira do átomo físico permanente


logoico...Regente do plano Adi.
Matéria do 2o. subplano do plano Adi...2a. espira do átomo logoico...Regente do plano
Monádico.
Matéria do 3o. subplano do plano Adi...3a. espira...Regente do plano Átmico.
Matéria do 4o. subplano do plano Adi...4a. espira...Regente do plano Búdico.
Matéria do 5o. subplano do plano Adi...5a. espira...Regente do plano Mental.
Matéria do 6o. subplano do plano Adi...6a. espira...Regente do plano Astral.
Matéria do 7o. subplano do plano Adi...7a. espira...Regente do plano Físico.
Outro fato muito interessante e esclarecedor é que os 7 Raios em manifestação no
sistema são na realidade sub-raios do aspecto Amor, expressando-se por meio dos
desejos do Logos solar.

As 7 modalidades da Vontade logoica manifestam-se através dos 7 Espíritos ante o


Trono, o que no momento está muito velado, só passando a ser levemente percebido
no fnal do sistema. Em toda a sua grandeza e glória, este aspecto do Logos solar,

1006
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Vontade (Atma), só será desenvolvido e manifestado plenamente no próximo sistema
solar.

Estudo 311

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - ii - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas do Fogo - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e
os Planos - Continuação - Páginas 512 e 513.

"Para ampliar ainda mais a similitude ou analogia e ter presente a semelhança existente
entre os desenvolvimentos micro e macrocósmico, temos:

1. Os 7 Espíritos que encontram Seu incentivo originador

a. nos níveis mentais inferiores cósmicos,


b. na "Joia no Loto ", logoico,
c. no plano átmico cósmico.

2. Os 7 Homens celestiais estão na linha de força que provém

a. do plano astral cósmico,


b. do loto logoico de 9 pétalas,
c. do plano búdico cósmico (os 7 Rishis da Ursa Maior).

3. Os 7 Filhos de Fohat encontram sua força vital que emana

a. do plano físico cósmico,


b. dos átomos permanentes logoicos (dentro do corpo causal),
c. dos níveis mentais superiores cósmicos.
Sem embargo, estes três são só expressões da Existência Una, pois atrás do Logos, em
encarnação física, encontra-se a Mônada logoica, expressando-se por intermédio do
Ego logoico e seu refexo, a Personalidade logoica.

Todas estas Essências espirituais são Entidades autoconscientes individualizadas; as


"Vidas ardentes" são Existências vitais, reais e conscientes. Assim vemos o Logos que
se manifesta como Unidade, sem embargo é Três em Um; também vemos a tríplice
Unidade que se diferencia nas 7 grandes Vidas, contendo dentro de Si mesma todas as
vidas menores."

1007
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Comentários.

Os 7 Espíritos ante o Trono, por atuarem no aspecto Vontade (Atma) da Mônada


logoica solar, recebem Sua energia estimulante (fogo elétrico) da "Jóia no Loto" logoica,
que é estimulada pelo aspecto Atma da Mônada logoica solar, cuja energia fui pelo
átomo átmico permanente e, após estimular a "Jóia no Loto" logoica , manifesta-se no
corpo mental inferior cósmico logoico, onde é mais intensa a atividade dos 7 Espíritos
ante o Trono, maior do que no corpo físico cósmico logoico, atualmente.

Os 7 Homens celestiais (os 7 Logos planetários sagrados) são estimulados a partir do


corpo astral cósmico logoico, pelo fogo solar, fuindo do aspecto Budi da Mônada
logoica, passando pelo átomo búdico permanente logoico, sob cuja infuência estão os
7 Rishis da Ursa Maior e pelas 9 pétalas do Logo Egoico logoico.

Os 7 Filhos de Fohat recebem seu estímulo a partir do corpo físico cósmico logoico,
estímulo esse que é o fogo por fricção, o qual fui do aspecto Manas da Mônada
logoica, passando pelo átomo mental permanente logoico e pela Tríade inferior logoica,
dentro do corpo causal cósmico logoico.

Assim, temos 3 conjuntos sétuplos expressando a Mônada logoica no mundo físico


cósmico, a Qual se serve do Ego logoico no mundo causal cósmico e, por meio dos 3
conjuntos sétuplos, constrói a Personalidade logoica na Sua parte física cósmica. Por
estarem todos esses conjuntos de Vidas sob a energia e infuência da Mônada logoica,
através de todo esse mecanismo vivo, permanece soberana a Unidade ou Existência
Una.

Todas essas excelsas Vidas cósmicas:

Agni - fogo elétrico - os 7 Espíritos ante o Trono,


Surya - fogo solar - os 7 Logos planetários,
Brahma - fogo por fricção - os 7 Filhos de Fohat,
são Entidade individualizadas e autoconscientes em alto grau, Todas expressando a
Unidade.

Considerando a Unidade maior, temos a Mônada logoica manifestando-se por meio da


Trindade Agni - Surya - Brahma. Considerando essa Trindade, temos Agni expressando
-se por meio dos 7 Espíritos ante o Trono, Surya expressando-se através dos 7 Logos
planetários e Brahma expressando-se pelos 7 Filhos de Fohat.

Temos ainda as 3 Entidades chamadas os 3 Logos, que estão no plano Adi e trabalham

1008
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
coordenadamente com a Trindade acima descrita. A coordenação entre todas essas
Entidades aperfeiçoa-se cada vez mais e a meta é, no fnal do sistema solar (quando
ocorrer a "morte" física do Logos solar), a fusão perfeita de todas Elas. Dessa forma
Todas evoluem. O Logos solar, servindo-se de e estimulando as 3 Maiores, avança mais
uma etapa. As 3 Maiores, também servindo-se de e estimulando as respectivas sete,
sobem para uma posição superior, o mesmo acontecendo com as 21 utilizadas, que,
por sua vez, utilizam e estimulam entidades menores, resultando desse processo que
todos evoluem e aproximam-se continuamente do UNO ABSOLUTO INFINITO.

A Mônada humana, em nível muitíssimo mais baixo, segue o mesmo processo,


servindo-se de entidades dévicas na construção de seus diversos veículos e
instrumentos. O Loto Egoico humano é feito de entidades dévicas, o mesmo ocorrendo
com a Joia no Loto e os corpos mental inferior, astral e físico, comprovando a Lei de
Analogia, "Assim como é em cima, é em baixo"

Estudo 312

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Continuação - Páginas 513 e 514.

"Agora estudaremos outra ampla diferenciação:

a. Os 7 Fogos formam os 49 Fogos.


b. Os 7 Homens celestiais manifestam-se por intermédio de 49 Raios menores.
c. Os 7 Espíritos apresentam-se como 49 Existências.
Seria inútil levar este conceito mais adiante em conexão com o aspecto Espírito. Do
Espírito em si nada podemos conhecer, e só é possível mencionar os 49 (1) Manus
solares (cada um dos Homens celestiais se expressa no plano físico por intermédio de
7 Manus). Em consequência, ao considerar estes temas tão abstratos, unicamente
ocupar-nos-emos dos 7 Raios de Luz ou Homens celestiais e dos 7 Fogos.

Cada um dos 7 Raios de Luz divide-se em 7, convertendo-se em 49 aspectos da


natureza psíquica logoica, tal como se expressa no plano físico cósmico, e cada um dos
7 Fogos manifesta-se como 7 Fogos menores, constituindo os 49 Fogos aos quais
refere-se H. P. B. na Doutrina Secreta. (2) Cada um dos 7 Homens celestiais manifesta-

1009
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
se por intermédio de 7 Entidades menores que formam os centros psíquicos do vahan
ou veículo logoico. Cada um dos 7 Fogos ou Senhores Devas de um plano manifesta-se
por intermédio de 7 Devas menores que formam o fogo central e a consciência da
substância de um subplano. Agora referir-nos-emos à sua interação e ao trabalho
mútuos, quer dizer, estudaremos a matéria quando, sendo afetada, é construída com
ela uma forma por meio do Pensamento divino ou Vontade. "

Comentários.

Nesta nova diferenciação com base no número 7, procuremos entender os Manus


solares, diferenciação dos 7 Espíritos ante o Trono.

Inicialmente recordamos que os 7 Espíritos ante o Trono estão na linha direta da


Vontade logoica solar, portanto no 1o. Raio diretamente. Sabemos que os construtores
das raças-raiz são os Manus, que estão na linha do 1o. Raio, mas subordinados aos
seus Logos planetários (Homens celestiais), que estão na linha direta do aspecto Amor-
Sabedoria-Razão Pura (Budi) do Logos solar, o que coloca os Manus das raças-raiz
realmente na linha direta do 1o. sub-raio do Aspecto Budi do Logos solar.

Devemos agora analisar os Manus solares dentro do conceito "construtor de corpos


cósmicos", uma vez que o Mestre afrma que cada um dos Homens celestiais se
expressa no plano físico por intermédio dos 7 Manus.

Ora, sabemos que os Homens celestiais ou Logos planetários encarnam-se fsicamente


por intermédio de 7 cadeias. Usando a Lei de Analogia, podemos considerar as 7
cadeias como 7 raças-raiz em nível cósmico e as 7 rondas em cada cadeia como 7 sub-
raças, à semelhança das 7 raças-raiz e 7 sub-raças de cada raça-raiz para as
humanidades em cada período mundial.

Assim, os Manus solares constroem os 7 globos de cada cadeia planetária, usando


Fogo Elétrico cósmico, pois estão no aspecto Atma ou Vontade do Logos solar e
também utilizando Devas e sua substância. É lógico que nessas construções os Manus
solares atendem as necessidades evolutivas dos Homens celestiais.

A manifestação de cada um dos 7 Homens celestiais por meio de 7 Entidades menores


(que poderíamos chamar subLogos planetários), formando os 7 centros psíquicos do
corpo logoico, é mais fácil de entender. O Logos planetário, como um Todo, é um centro
no corpo maior do Logos solar, mas como Indivíduo necessita de 7 centros para
distribuir Suas energias qualifcadas pelo Seu corpo de expressão física, ou seja, os 7
globos que formam Sua cadeia.

1010
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A existência dos 49 Fogos, um para cada subplano (7) dos 7 planos do físico cósmico,
é fácil de entender, não necessitando maiores explicações, apenas que cada subplano
tem seu próprio comportamento e suas próprias propriedades, o que exige uma
adequação do fogo para ele, tarefa que é feita pelo Deva menor regente do subplano.

Voltemos ao texto do livro.

"Não tenho a intenção de considerar os Fogos superiores (os Senhores dos 4 planos
superiores), pois só é de valor para nós estudar o processo de construção de formas
mentais nos 3 mundos por meio das essências dévicas, as quais são vitalizadas e
manipuladas pelos Construtores, pelos Dhyan Chohans, pelos Homens celestiais,
mediante a força de suas Vidas, o conhecimento que possuem da Vontade ou
propósito logoico e o poder de Suas naturezas psíquicas. Desta maneira, estão
empenhados em construir o corpo físico logoico e em levar a cabo Seus planos nesse
corpo, cumprindo assim o propósito para o qual Ele encarnou. Seu trabalho é muito
mais importante, pois realizam-no principalmente nos níveis cósmicos, porém de algum
modo isto nos concerne e é tudo o que podemos captar. Nos 3 mundos do esforço
humano o homem realiza 2 trabalhos:

Primeiro. A construção de seu corpo de manifestação, um corpo tríplice.

Segundo. A construção de formas mentais com matéria mental, vitaliza-as com o


desejo e as mantém dentro de sua aura, construindo deste modo um pequeno sistema
próprio.

O homem e os Homens celestiais trabalham com substância dévica, colaboram com os


Devas, manifestam vontade, qualidade psíquica e atividade inteligente, quando realizam
seu trabalho, porém há uma diferença entre ambos, não só de grau, mas de
consciência. No geral o homem trabalha inconscientemente. Os Homens celestiais
trabalham conscientemente em níveis cósmicos a maior parte do tempo. Eis aqui uma
sugestão a respeito da etapa de evolução de nosso Logos."

Comentários.

Neste trecho temos várias pistas importantes para nos localizarmos dentro do cenário
dos nossos Logos solar e planetário e para sabermos o que devemos fazer no trabalho
coletivo, coletivo sob o ponto de vista de Egos ou Almas e não de personalidades.

O Mestre diz que só é de valor para nós estudar o processo de construção de formas
mentais nos 3 mundos (mental, astral e físico) por meio das essências dévicas, dando a
entender que, conhecendo esse processo, podemos construir formas mentais.

1011
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ao mesmo tempo Ele diz que essas essências dévicas são vitalizadas e manipuladas
pelos Construtores, pelos Dhyan Chohans e pelos Homens celestiais, mediante a força
de suas Vidas, o conhecimento que possuem da Vontade ou propósito logoico e o
poder de Suas naturezas psíquicas. Dessas palavras podemos deduzir duas coisas:

1. O grau de poder sobre as essências dévicas depende do conhecimento da Vontade


logoica e da força ou poder da Alma ou Ego.

2. Quando o homem manipula substância dévica, na realidade ele manipula


substância que já está sendo manipulada por Seres superiores, sendo portanto a
ação dos homens limitada.
Continuando o Mestre diz que esses Seres superiores estão empenhados em construir
o corpo físico logoico e em levar a termo Seus planos nesse corpo, cumprindo assim o
propósito para o qual Ele (Logos solar) encarnou. Daí podemos também deduzir que
esses Seres superiores trabalham para a "Empresa" do Logos solar, mas ao mesmo
tempo têm Seus próprios propósitos, à semelhança do funcionário que, ao trabalhar
numa empresa, desenvolve e aperfeiçoa suas habilidades e qualidades, ao mesmo
tempo que seu trabalho é útil para o dono da empresa, que tem seu próprio propósito.

Quando o Mestre diz que o homem geralmente trabalha inconscientemente, mas os


Homens celestiais trabalham conscientemente em níveis cósmicos a maior parte do
tempo, deixa bem claro que é necessário e importante adquirir o conhecimento e
colocar a mente em tudo, ou seja, ser continuamente consciente. Daí o imenso valor da
postura constante do Observador, não se identifcando nunca com os corpos.

O fato de os Homens celestiais trabalharem conscientemente em níveis cósmicos a


maior parte do tempo, demonstra que Eles já se posicionaram como Observadores do
que ocorre em Seus corpos cósmicos físico, astral e mental, ou seja, não estão
identifcados com Suas sensações físicas, Suas emoções e Seus pensamentos, a maior
parte do tempo, o que demonstra um elevado grau de evolução.

Observação (1) - "Os 49 Manus constituem os custódios e guardiães dos ciclos da


raça em um manvantara ou Dia de Brahma. Existem 7 raças em um período mundial e
7 períodos mundiais."

Observação (2) - Ver D. S. II, 220.

1012
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 313

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Continuação - Páginas 514 e 515.

"Isto é realmente difícil, porque o tema é muito abstruso e profundo. Deixaremos de


lado estas ideias fundamentais e nos empenharemos mais especifcamente no estudo
dos Devas, os quais nos concernem em forma mais imediata, ou com os 3 grupos que
tenho delineado - os Agnichaitas, os Agnisuryas e os Agnishvattas. Estes relacionam-se
principalmente com a evolução do corpo denso do Logos, os subplanos gasoso, líquido
e denso do físico cósmico, ou com os 3 mundos do esforço humano; com a radiação
magnética do Logos através de Seu veículo físico e com as emanações radiantes do
Homem celestial particular, que se expressa por meio de nosso planeta. Finalmente
relacionam-se com a evolução da consciência (3) nos 3 mundos e, particularmente,
com a individualização da unidade de consciência humana e a vitalização dos centros
no corpo do Homem celestial com o qual estamos peculiarmente relacionados."

Comentários.

De fato o tema do estudo anterior, as 3 Manifestações sétuplas da Mônada logoica, é


muito confuso e profundo. Para as mentes humanas manifestando-se por meio de
cérebros ainda não devidamente estruturados, com muitos neurônios totalmente
adormecidos e com a contraparte etérica do cérebro num estado bastante rudimentar
para assuntos não materiais densos ou não concretos, fca muitíssimo difícil explicar,
pela ausência de receptividade.

Devo lembrar que entre o cérebro e o chacra coronário etérico (de 960 vórtices ou
pétalas mais a coroa central de 12 pétalas), existe a contraparte etérica do cérebro,
constituída de flamentos ou condutores (chamados nadis) feitos de moléculas etéricas
ligadas entre si, à semelhança de um fo de cobre condutor de eletricidade. Esses
flamentos envolvem e interpenetram todas as partes do cérebro, por menores que
sejam e por isso, no todo, apresentam a forma do cérebro. Na realidade a contraparte
etérica do cérebro é um emaranhado de flamentos etéricos, em 3 dimensões, com a
forma do cérebro.

É por esses flamentos etéricos que os fogos oriundos do coronário e do chacra


esplênico chegam ao interior das células cerebrais, vitalizando-as e, em se tratando do
coronário, estimulam determinadas funções ainda desconhecidas das neurociências,
mas perfeitamente conhecidas por aqueles que já conseguiram levantar o véu de maia.

1013
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Outro ponto importantíssimo, que todos devem ter sempre em mente, é que a Mônada
humana só conhece e aprende a dominar os mundos inferiores, olhando de baixo para
cima, ou seja, a partir do cérebro físico.

Consequentemente deve ser feito esforço (uso da Vontade) para entender


conhecimentos abstratos, mas calmamente, sem nervosismo e desespero. Mesmo que
no início nada seja entendido, a dedicação da atenção a um assunto abstrato fará com
que neurônios adormecidos sejam tocados e iniciem uma fraca atividade elétrica, o que
fará com que os nadis da contraparte etérica captem aquela atividade elétrica,
levando-a ao chacra coronário e chegando ao conhecimento do Ego ou Alma no corpo
causal ou Loto Egoico. Isto ocorre juntamente com o maior afuxo de sangue à região
cerebral do pensamento. O Ego responde a essa atividade cerebral enviando seu fogo
solar (fogo da mente) ao cérebro físico, fogo esse que se junta ao e intensifca o fogo
por fricção/elétrico que atua no cérebro, aumentando a atividade dos neurônios,
simultaneamente aumentando as atividades do coronário astral, da matéria do corpo
astral na qual a consciência astral se processa (análogo ao cérebro físico), do
coronário etérico e da contraparte etérica do cérebro. Há também uma atuação no
corpo mental. A cada esforço nesse sentido, essas atividades são aumentadas,
permitindo que informações ligadas ao assunto sejam captadas simultaneamente pelos
corpos mental, astral e físico (este via corpo etérico).

Dessa forma advém o entendimento e a assimilação do assunto, que inicialmente era


difcílimo. A própria Alma fca mais desperta em seu próprio mundo, o causal,
acelerando sua evolução e passando a trabalhar simultaneamente nos mundos causal,
mental, astral e físico e ao mesmo tempo que capta conhecimentos do mundo físico
diretamente, pelo cérebro físico, envia para este conhecimentos correlatos que Ela
capta em seu próprio mundo, o causal, e nos mundos mental e astral.

Com o avanço dessa capacidade, a Alma entra em contato com o mundo búdico (acima
do causal), capta conhecimentos ali residentes e os envia para o cérebro físico, o que é
chamado "insight".

É lógico que isto requer que os 3 corpos inferiores estejam sob domínio total da Alma,
para que os conhecimentos sejam repassados para o cérebro físico sem distorções
oriundas de perturbações no caminho.

Portanto, embora o assunto seja muito abstrato e profundo (tão abstrato que parece
absurdo), o primeiro passo deve ser dado, serenamente mas com frmeza, na direção
do entendimento. Isto realmente é evoluir, dominar os 3 corpos inferiores e caminhar

1014
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para a liberação defnitiva desses 3 mundos inferiores.

Em decorrência da difculdade de entendimento, o Mestre irá se empenhar mais


especifcamente no estudo dos Devas que operam nos mundos ou planos mental, astral
e físico, cenário de evolução para a imensa maioria da humanidade, fortemente
enfocada no mundo astral e tendo, infelizmente, como única meta a vida puramente
emocional.

Esses 3 conjuntos de Devas trabalham com os fogos que produzem, para o Logos
planetário, sensações densas, à semelhança das sensações físicas do homem, como as
oriundas dos sentidos (externas) e as internas, oriundas de estados orgânicos
interiores, por exemplo sede e fome.

Em outras palavras, os pensamentos da humanidade constituem sensações mais


refnadas para o Logos (na matéria gasosa logoica), em diversos níveis, é claro. As
emoções humanas são sensações mais baixas (na matéria líquida logoica). As
sensações físicas humanas são tão densas e grosseiras para Ele, que mal devem ser
percebidas. Tudo isto deve ser considerado coletivamente, ou seja, é o conjunto todo
de pensamentos, emoções e sensações humanas atuando. Há que considerar também
a ação dos reinos sub-humanos.

Esta parte do corpo físico logoico (as partes gasoso-mental, líquido-astral e sólido-
físicos) não constitui princípio para o Logos, assim como o corpo humano físico denso
não constitui princípio para o homem.

O princípio mais baixo para o Logos começa na matéria búdica (o 4o. éter cósmico),
onde estão os chacras físicos logoicos. Somente os iniciados trabalham no corpo
etérico logoico, pois só eles são conscientes nos planos búdico e superiores.

É evidente que existe toda uma estrutura organizacional, incluindo linhas de


comunicação, que explica e descreve o corpo físico logoico, em suas partes densa e
etérica, como é visto e sentido por Ele, ou seja, a divina Anatomia.

Observação (3) - "Os Anjos lunares hão de alcançar o plano dos Anjos solares. D. S. I,
209.
Hão de conquistar a imortalidade. D. S. VI, 152-153.
A autoconsciência é sua meta. D. S. I, 211; IV, 154."

1015
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 314

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Continuação - Páginas 515 e 516.

"Agora consideraremos o tema referente aos devas do fogo do plano físico, esses
grandes devas construtores que realizam o propósito do Logos em Seu corpo físico
denso. Aclaremos nossas ideias sobre esta matéria o melhor possível e a categoria
destes devas aparecerá a simples vista na seguinte classifcação:

Plano do Rege
Nome Plano Cósmico Natureza
Sistema nte
Agnichai 7° subplano físico Concreção
Físico Kshiti
ta cósmico densa
Agnisur 6° subplano físico Varun
Astral Líquido
ya cósmico a
Agnishv 5° subplano físico
Mental Gasoso Agni
atta cósmico
Os Agnichaitas são devas que constroem e erigem com matéria do tipo mais denso em
relação com a manifestação logoica. Atuam no 7o. subplano do plano físico cósmico e
produzem a maior concreção. No corpo planetário do nosso Logos planetário
constituem os construtores da Terra, a forma mais densa do Logos e a soma total da
atividade e vibração de todo o sistema solar que se demonstra por meio do que
chamamos "substância sólida".

Portanto evidencia-se que, de acordo com a lei, produzirão um efeito peculiarmente


poderoso no subplano inferior do plano físico do sistema; daí sua denominação
esotérica de "Agnichaitas do calor interno ou central". Constituem a totalidade das
vibrações inferiores no veículo físico cósmico.

Os Agnisuryas são os construtores do 6o. subplano do plano físico cósmico, nosso


plano astral do sistema. Como já tenho assinalado representam o sistema nervoso
simpático do corpo físico logoico, exatamente como seus irmãos da 7a. vibração
representam a soma total do sistema circulatório ou sanguíneo. Um indício para o
estudante que se interesse em descobrir a chave fsiológica reside na relação que
existe entre os 2 grandes grupos de devas que erigem e constroem a parte mais
objetiva da manifestação logoica e os 2 grupos de corpúsculos que, em sua interação,
mantêm o corpo são; existe também uma analogia entre os devas do plano astral e os

1016
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nervos sensitivos e motores do corpo físico. Não me estenderei mais sobre este
conceito.

Estes devas têm a ver, em sentido muito esotérico, com os plexos nervosos do

a. sistema (Sol físico),


b. esquema planetário (planeta denso),
c. corpo físico humano (corpo denso),
e constituem, portando, um poderoso fator na vitalização eventual dos centros do
homem. Os centros etéricos ou pontos focais de força de um Homem celestial,
encontram-se no 4o. éter cósmico, o plano búdico. O plano astral está estreitamente
ligado ao búdico e quando os centros etéricos de nosso Homem celestial, por exemplo,
cheguem a sua plena atividade, a força é transmitida, por intermédio de sua analogia
astral, ao 4o. éter físico, no qual existem os 7 centros do homem.

Os Agnishvattas são os construtores no 5o. subplano ou gasoso e - desde o ponto de


vista humano - constituem os de maior importância, pois são os construtores do corpo
da consciência em si. Desde o ponto de vista psíquico da fsiologia oculta, têm uma
estreita relação com o cérebro físico, o assento ou império do pensador e, como nesta
etapa tudo o que podemos conhecer deve ser considerado em forma kama-manásica,
fcará evidenciado que entre o sistema nervoso simpático e o cérebro há uma interação
tão estreita que se converte em um todo organizado. Esta analogia microcósmica é
interessante, porém ao estudar agora estes grupos de devas, considerá-los-emos
principalmente em seu trabalho como construtores do sistema e planetários, deixando
que o estudante estabeleça por si mesmo a analogia humana, desta maneira
aprenderá. Tendo assinalado certas linhas de pensamento, tomaremos agora um por
um estes grupos e considerá-los-emos."

Comentários.

Com referência aos Agnichaitas, os devas construtores de tudo o que existe no plano
físico do sistema, no qual estamos encarnados, o Mestre Djwal Khul diz que eles

exercem uma infuência muito poderosa sobre a matéria física nos estados gasoso,
líquido e sólido, a parte mais densa do plano físico, embora eles também atuem na
matéria etérica. Portanto as vibrações mais grosseiras que o homem possa sentir estão
dentro do campo de atuação desses devas. No processo evolutivo eles devem ser
dominados e controlados, o que é necessário para o ingresso no caminho iniciático. Em
outras palavras, isto signifca o domínio do corpo físico, condição para a conquista da

1017
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1a. Iniciação planetária.

Com relação aos Agnisuryas, os devas do plano astral, sua atividade é muito
importante para o homem. O Mestre diz que eles exercem as funções de sistema
nervoso simpático no corpo físico cósmico do Logos. Em se tratando do esquema
terrestre, a matéria astral que envolve a Terra e a que existe em todo o esquema, uma
vez que existem globos cuja matéria mais densa é a astral, para onde iremos um dia, é
preciso esclarecer que esta matéria astral é líquida cósmica, mas é diferente da líquida
cósmica que está fora do corpo físico cósmico do nosso Logos solar, uma vez que Ele a
qualifcou e preparou conforme Seus propósitos. Há também mais uma outra
qualifcação dessa matéria pelo nosso Logos planetário. São portanto 2 qualifcações:
uma pelo nosso Logos solar e outra, secundária, pelo nosso Logos planetário. O mesmo
acontece com a matéria física.

Sabemos pela fsiologia humana que o sistema nervoso simpático interage com o
sistema sanguíneo. Dentro desta analogia, deduzimos que os Agnisuryas, que exercem
as funções de sistema nervoso simpático logoico, interagem com os Agnichaitas, que
exercem as funções de circulação sanguínea logoica. Para entender melhor esta
interação, temos de nos basear na interação existente entre os corpos etérico (que faz
circular a energia ou fogos) e denso do homem (vitalizado pelos fogos circulantes no
etérico). Temos ainda a analogia entre os Agnisuryas do plano astral, em sua função de
nervos logoicos, e os nervos sensitivos e motores do corpo humano. Ora, os nervos
sensitivos e motores do corpo humano permitem ao homem não só seus movimentos
físicos (a parte motora), mas a parte mais importante, que é levar informações do
mundo interior e exterior ao cérebro físico (sentidos), onde são conscientizadas. Assim,
levando essas funções humanas para o nível do Logos planetário, concluímos que a
matéria astral existente em nosso esquema planetário leva à consciência física logoica
informações do que está ocorrendo em Seu corpo físico denso. Não esqueçamos que,
embora os nervos logoicos sejam constituídos de matéria astral (Agnisuryas), existe
um profundo entrosamento kama-manásico, uma vez que a matéria mental
(Agnishvattas) constitui a matéria gasosa no corpo físico do Logos planetário, o que
nos leva a outras conclusões de suma importância na área da conscientização cerebral
logoica.

Percebemos claramente que as energias circulantes na matéria astral, administrada


pelos Agnisuryas e manipulada pela consciência do nosso Logos planetário, afetam
fortemente a matéria física, administrada pelos Agnichaitas, e assim nos atingem.

1018
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Finalizando, dentro da analogia entre o sistema nervoso simpático ligado à circulação
sanguínea do corpo físico humano e os respectivos sistemas logoicos (Agnisuryas-
astral-simpático e Agnichaitas-físico-sanguíneo), vemos que a circulação de energias
em nosso mundo físico depende do estado do mundo astral.

Por outro lado, como afetamos o mundo físico, através do nosso comportamento em
relação à natureza, na qual a humanidade está incluída, e sabemos que esse
comportamento no atual período é altamente comprometedor e incorreto, estamos
fazendo com que sejam enviadas à consciência cerebral do nosso Logos planetário
informações de que as coisas não estão ocorrendo de forma correta na parte mais
densa do Seu corpo físico cósmico, o que obviamente levá-lo-á a tomar decisões para
acertar a situação.

Com referência aos Agnishvattas, da parte gasosa física cósmica (o nosso plano
mental, em suas 2 partes, inferior ou concreta e superior ou abstrata), faremos
comentários detalhados, quando o Mestre Djwal Khul descrever os 3 grupos dévicos, o
que fará em prosseguimento.

Estudo 315

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Devas do Plano Físico - Páginas 516 e 517.

"Os Agnichaitas - Devas do Plano Físico

Estes devas são a soma total da substância do plano físico. Como sabemos, este plano
divide-se em 2 partes:

Os 4 éteres, 4 subplanos.

O concreto comprovável ou os 3 subplanos densos. Temos aqui uma subdivisão do 7o.


subplano do plano físico cósmico, o que faz com que o plano da manifestação inferior
se divida em 49 subplanos ou estados de atividade. Para os propósitos do trabalho
ativo, os devas do sistema dividem-se em 49 fogos. Os Agnichaitas por sua vez
dividem-se também em 49 grupos, refetindo desta maneira o todo."

Comentários.

1019
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre Djwal Khul começa aqui a descrever as atividades dos devas que constituem
literalmente o plano físico, em suas 7 divisões: os 4 subplanos etéricos (a 1a. parte, a
superior) e os 3 estados físicos inferiores, concretos ou densos: gasoso, líquido e
sólido (a 2a. parte, a inferior ou densa).

Quando o Mestre chama os subplanos de estados de atividade, Ele está dando uma
informação muito útil e importante, pois é através da experimentação desses estados
de atividade que os Agnichaitas aprendem e aperfeiçoam o conquistado no sistema
solar anterior, assim evoluindo e ao mesmo tempo as Mônadas humanas , por meio de
seus diversos veículos (todos constituídos de substância dévica) desenvolvem a
autoconsciência e aprendem a interpretar inteligentemente os acontecimentos da
natureza.

Como todos os 7 planos do físico cósmico dividem-se em 7 subplanos cada um, temos
ao todo 49 subplanos. Todavia o Mestre diz que os Agnichaitas devidem-se também em
49 grupos, refetindo o todo. Podemos então deduzir daí que os demais devas que
constituem os outros 6 planos (adi, monádico, átmico, búdico, mental e astral) também
se dividem em 49 grupos para cada plano. Assim temos: (6 x 49) + 49 = 7 x 49 = 343
grupos menores para todo o físico cósmico. Isto também signifca que existem 343
subplanos para o físico cósmico, sendo assim distribuídos: cada plano divide-se em 7
subplanos e cada subplano divide-se por sua vez em outros 7 subplanos, existindo um
grupo para cada subplano, dentro de uma cadeia de comando.

"1. O Senhor Raja, Kshiti. A vida do plano físico.

2. Três grupos de Agnichaitas ocupam-se de:

A. A força ou energia da substância física. Esse aspecto elétrico que produz


atividade.
B. A construção de formas. Produz a união da substância negativa e positiva,
trazendo assim à existência, em seu signifcado exotérico e comum, tudo o que se
pode ver e tocar.
C. O calor interno da substância que nutre e causa a reprodução. Os 3 grupos
constituem estritamente o aspecto mãe.
Estes 3 grupos também se subdividem em 7 grupos que formam a matéria de cada
subplano, considerando essa matéria como o corpo de manifestação de um dos 7
devas por meio do qual o Senhor Raja do plano se manifesta.

Estes 7 grupos dividem-se novamente em 7, formando 49."

1020
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Comentários.

O Mestre classifca aí os Agnichaitas segundo suas atividades em 3 grupos.

O grupo A, o mais importante, que trabalha essencialmente com o fogo elétrico da


matéria (fogo por fricção/elétrico), que é a energia fundamental da substância física e
gera a atividade da matéria.

O grupo B, construtor de formas, unindo o negativo com o positivo (que foi defnido
pela ação do grupo A), trazendo à manifestação tudo o que pode ser visto e tocado, ou
seja, o mundo concreto, em seus 3 estados, sólido, líquido e gasoso. Trabalham com
fogo por fricção/solar.

O grupo C, o mais baixo, responsável pelo calor interno da substância, trabalhando com
fogo por fricção/por fricção.

Como era de se esperar, estes 3 grupos são 3 em termos de atividade específca, mas
quando olhamos as matérias físicas nas quais eles trabalham, percebemos que são 7,
uma vez que são 7 subplanos e como cada subplano tem 7 subplanos, são 49 grupos
no total.

Assim temos 3 atividades distribuídas para 49 grupos. Isto signifca que as atividades
não são igualmente distribuídas, uma vez que 49 não é divisível por 3. Concluímos
então que as atividades estão assim distribuídas:

- a atividade A cabe a 7 grupos,


- a atividade B cabe a 21 grupos,
- a atividade C cabe a 21 grupos,
o que no total (7 + 21 + 21) dá 49 grupos. De fato é assim, como veremos mais
adiante.

"Os 3 grupos funcionam da seguinte maneira:

Grupo A. No 1o. subplano. Soma total da matéria atômica no plano físico.

Grupo B. Nos subplanos etéricos segundo, terceiro e quarto. Constituem a substância


desses planos, os transmissores de prana, por intermédio dos quais o prana fui para
os aspectos mais concretos do vahan ou veículo denso logoico.

Grupo C. Nos 3 subplanos inferiores; os devas que constituem a essência de todo o


tangível, visível e objetivo.

Os estudantes devem estabelecer uma verdadeira distinção entre os centros e o resto

1021
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do corpo quando analisam a construção do corpo do Logos solar ou de um Logos
planetário.

Os centros estão aliados ou relacionados com a consciência e estão compostos de


unidades autoconscientes - as Mônadas humanas. O resto do corpo está composto de
substância dévica e, sem embargo, ambas formam uma unidade. Portanto, as unidades
dévicas são numericamente superiores às humanas, sendo também feminina e
negativa a substância dévica, e masculina a Hierarquia humana. Por meio da atividade
positiva dos centros, a substância dévica negativa é infuenciada, construída e
energizada. Isto é verdade no que se refere a um Logos solar, a um Logos planetário e
a um ser humano."

Comentários.

Neste trecho o Mestre confrma o que acima dissemos em termos de grupos, uma vez
que o grupo A trabalha no 1o. subplano físico, o atômico, com 7 grupos. O grupo B
trabalha em 3 subplanos, com 21 grupos, 7 para cada subplano. O grupo C trabalha
com em 3 subplanos, os 3 estados físicos da matéria, com 21 grupos, 7 para cada
estado.

O Mestre enfatiza a diferença na composição dos centros logoicos, que estão


relacionados com a consciência, e as demais partes do corpo logoico, sendo os centros
compostos de unidades autoconscientes, as Mônadas humanas, e as outras partes do
corpo logoico de substância dévica, perfazendo tudo uma unidade por um agente
unifcador, a Mônada logoica. O conceito existente nessa diferença é o de polaridade, o
centro sendo positivo e o resto do corpo negativo, havendo assim a atração, para o
correto funcionamento do corpo como um todo. Com o ser humano acontece o mesmo.

Estudo 316

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Devas do Plano Físico - Continuação - Páginas 517 e 518.

"Por isso 3 tipos de força atuam sobre ou através destes devas:

a. A força que energiza os devas do 1o. subplano, o atômico. Esta emana diretamente
do 1o. aspecto de Brahma ou Agni, considerado como uma Entidade autoconsciente, a

1022
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3a. Pessoa da Trindade logoica e, consequentemente, o Espírito, a Alma e o Corpo
mesmo em Sua natureza essencial separada.

b. A força que energiza os devas construtores ou grupos que constroem formas; esta
provém do 2o. aspecto de Brahma, sendo o prana que surge do Sol físico e atua sob a
Lei de Atração.

c. A força que energiza os devas das 3 ordens inferiores que emanam de Brahma em
Seu 3o. aspecto. Assim, mediante a força dual ou os aspectos da matéria mesma,
atuando entre si, são produzidas as formas mais densas. Sem embargo, os 3 tipos de
força funcionam como um só."

Comentários.

Para entendermos esta parte devemos relembrar as relações dos 3 aspectos do Logos
solar em Suas manifestações.

Sabemos que o 3o. aspecto, Inteligência Ativa, tem também o nome de Brahma.
Brahma consequentemente engloba a matéria em todos os seus tipos. Mas como o
Logos quer manifestar Seus 3 aspectos por meio da matéria, Brahma tem de se dividir
em 3:

a. O aspecto Vontade manifesta-se na matéria através do fogo elétrico, sendo Agni a


Entidade cósmica encarregada de administrar esse fogo. Essa energia é oriunda do
Sol central espiritual. O plano Adi é o ponto central de sua atuação. Dali ela atua no
subplano físico atômico, onde trabalha o grupo A de Agnichaitas.

b. O aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura manifesta-se na matéria por meio do fogo


solar, sendo Surya a Entidade cósmica encarregada de administrar esse fogo. Essa
energia é oriunda do Coração do Sol. Os planos monádico, átmico e búdico
constituem sua região de atuação. Dali ela atua nos 2o., 3o. e 4o. éteres,onde
trabalham os Agnichaitas do grupo B. Quando o Mestre diz que prana (o nome pelo
qual o fogo solar atuando no mundo físico é mais conhecido) surge do Sol físico, é
porque esse Sol físico é o grande coletor dos 3 fogos e o distribuidor para toda essa
área que inclui os planetas nossos conhecidos orbitando em torno dele.
O aspecto Inteligência Ativa (ou Brahma) manifesta-se na matéria por meio do fogo por
fricção, sendo Brahma a Entidade cósmica encarregada de administrar esse fogo. Essa
energia é oriunda

c. O aspecto Inteligência Ativa manifesta-se na matéria por meio do fogo por fricção,

1023
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sendo Brahma a Entidade cósmica de administrar esse fogo. Cabe aqui diferenciar
essa Entidade chamada Brahma da palavra Brahma representativa do 3o. aspecto do
Logos. Essa energia é oriunda do Sol, a 3a. estrela do sistema estelar que é o corpo
físico do nosso Logos solar, ligada ao nosso Sol visível. Os planos mental, astral e
físico constituem sua região de atuação. Dali ela atua nos subplanos físicos 5o.
(gasoso), 6o. (líquido) e 7o. (sólido), onde trabalham os Agnichaitas do grupo C.
Lembramos ainda que cada um desses 3 fogos é tríplice em suas regiões de atuação.

Assim, por exemplo, na região dos Agnichaitas do grupo C, temos fogo por fricção por
excelência, mas matizado pelo fogo elétrico (donde a explicação para os fenômenos
elétricos físicos, embora originados pelos Agnichaitas dos grupos A e B) e pelo fogo
solar (comumente chamado prana), originados pelos Agnichaitas do grupo B.

Por esse processo de atuação de um grupo superior em outros inferiores, os 3 fogos


funcionam com sendo um, embora cada um seja mais específco por grupo, ocorrendo
assim uma integração que leva à unidade, embora essa integração deva ser
aperfeiçoada.

Estudo 317

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e os Elementais


da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos
- Os Agnichaitas - Os Devas do Plano Físico - Grupo C. Agnichaitas - Páginas 518 e 519.

"Grupo C. Agnichaitas. Ao considerar os grupos de Agnichaitas, devemos recordar que


se trata da manifestação do Logos, da qual já se ocupa a ciência exotérica; no que
respeita a este grupo, a ciência já está progredindo bastante e acumulando
conhecimento; resta agora à ciência reconhecer a natureza "entifcada" da substância
(4) (5) e assim explicar a vida que energiza a substância dos 3 subplanos inferiores
(estados gasoso, líquido e sólido). Este reconhecimento, por parte da ciência, de que
todas as formas estão construídas de vidas inteligentes, terá lugar quando a ciência da
magia esteja novamente em auge e as leis do ser sejam melhor compreendidas.

É magia quando uma vida maior maneja as vidas inferiores; quando o cientista comece
a trabalhar com a consciência que anima a substância (atômica ou eletrônica) e quando
controle conscientemente as formas construídas com tal substância, conhecerá
gradualmente o fato de que entes de todas graduações e distintas constituições são

1024
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
utilizados para construir o visível. Isto não acontecerá até que a ciência tenha admitido
defnitivamente a existência da matéria etérica tal como a compreende o ocultista e
estabelecido a hipótese de que o éter possui distintas vibrações.

Quando à contraparte etérica de tudo o que existe seja dado o lugar que lhe
corresponde e seja considerada de maior importância na escala do ser que o veículo
denso e que é essencialmente o corpo da vida ou vitalidade, a função do cientista e do
ocultista fundir-se-ão.

Helena Petrovna Blavatsky já disse (6) que o físico denso não é um princípio;
frequentemente se passa por alto este ponto no que se refere ao homem e ao Logos.
Sua importância não pode ser devidamente compreendida, pois seu efeito consiste em
transferir o ponto de centralização ou polarização para seu corpo etérico, composto,
no caso do homem, de matéria dos 4 subplanos superiores do plano físico do sistema
e, no caso do Logos, de matéria dos 4 sub-planos superiores do plano físico cósmico
(planos búdico, átmico, monádico e adi). O tema é de grande complexidade, pois
signifca que deve compreender-se, desde o ponto de vista do ocultista, que a vibração
inferior com a qual pode se relacionar é a etérica do sistema com suas 4 vibrações
menores afns (subplanos atômico ou 1o. éter, subatômico ou 2o. éter, 3o. éter e 4o.
éter); em forma análoga, macro cosmicamente, a vibração logoica inferior com a qual
se relacionam os adeptos avançados é a etérica cósmica (planos búdico, átmico,
monádico e adi).

As 3 vibrações inferiores do sistema e do cosmos são o resultado de:

Ação refexa de parte da substância negativa, pois os 3 planos inferiores são


negativos para os 4 superiores.

Vibração sincronizada, inerente à substância negativa, restos de um sistema anterior


que personifca okarma anterior do Logos e do homem.

Vibrações substituídas gradualmente pela imposição de uma nota mais elevada, e, em


conseqüência, tanto para o homem como para o Logos, formam ocultamente o
"corpo de morte"."
Comentários.

Logo de início o Mestre enfatiza que, ao descrever os Agnichaitas, está tratando da


manifestação do Logos, da qual a ciência exotérica (a dos homens) já está se
ocupando. Em particular ela está bem avançada em relação às atividades do grupo C, o

1025
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grupo de Agnichaitas que trabalham nos estados gasoso, líquido e sólido da matéria
física. Isto signifca que a ciência, ao descobrir as leis e os processos da natureza,
como as leis da eletricidade, do magnetismo, da química, da radioatividade, o
comportamento do átomo em seus diversos estados de excitação e em outras áreas,
está na realidade descobrindo atividades dévicas, de forma quantitativa.

Os avanços atuais na área da luz, como o laser, a luz polarizada, as experiências


recentes sobre a paralização da luz, através de átomos de sódio presos num campo
magnético e por meio de 2 feixes de laser, alterando os estados dos átomos, as novas
teorias sobre a luz dentro da eletrodinâmica quântica, demonstram conhecimentos
sobre esse grupo de Agnichaitas, embora entrando na área do grupo B, mesmo sem
que os cientistas saibam.

Temos no campo da Astronomia e da Astrofísica teorias modernas, descrevendo o


controle exercido pelas chamadas matéria e energia escuras sobre as galáxias e a ação
dos buracos negros sobre a geração de estrelas em aglomerados galácticos.

Com a utilização dos potentes telescópios, que foram mais além do espectro luminoso
e entraram nos campos do infravermelho, dos raios X e das ondas de rádio, como
também dos detectores de raios gama, a ciência está aprendendo cada vez mais sobre
o comportamento dos Agnichaitas, mesmo ignorando-os.

Na área micro temos as descobertas do código genético, que envolve também os


Agnichaitas.

A moderna eletrônica, com toda a tecnologia resultante, do conhecimento de todos,


como os computadores, os telefones celulares, a internet e muito mais coisas, sem
falar no que está em fase de pesquisa, também atesta o conhecimento adquirido pelo
homem sobre os Agnichaitas.

Tudo isto comprova o acerto do Mestre Djwal Khul, ao prever estes acontecimentos no
entorno de 1925, neste Tratado sobre Fogo Cósmico, época em que o livro foi editado.

Falta aos cientistas "enxergar" as múltiplas vidas que animam a matéria física em suas
inumeráveis associações e na produção dos incontáveis fenômenos da natureza. Em
outras palavras, falta aos cientistas reconhecer que a Natureza é viva e tem direito ao
respeito e à gratidão e não é propriedade do homem.

As 3 vibrações inferiores do sistema são as das matérias mental, astral e física,


resultando de 3 fatores:

Ação refexa, por serem receptivas (negativas) para com as matérias búdica, átmica,

1026
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
monádica e adi, ou seja, os modelos que estão gravados nas matérias superiores
impõem-se nas matérias inferiores.

Vibração sincronizada, ou seja, o modo de vibrar adquirido no sistema solar anterior e


que se repete no atual sistema.

Vibrações substituídas gradualmente pela imposição de uma nota mais elevada. Isto
signifca que tanto o Logos como o homem devem impor vibrações mais elevadas às
matérias de seus corpos (o Logos nas matérias superiores), o que é evolução. Como
isto é feito por etapas, ocultamente resulta no chamado "corpo de morte", porque,
quando numa dada encarnação uma vibração mais elevada foi imposta e estabilizada
no corpo, atingindo o limite de capacidade desse corpo, o morador do corpo (Logos ou
homem), para desenvolver uma vibração mais elevada, necessita de um novo corpo, em
melhores condições, o que, obviamente, exige que o morador abandone o velho corpo
e construa o novo, mais adequado.

Vemos então que tanto o homem como o Logos têm de trabalhar com e dominar 3
vibrações: uma intrínseca à matéria e herdada do sistema solar anterior, outra imposta
a partir de níveis superiores e uma terceira que eles devem impor para evoluírem. Isto
implica em contato com essas vibrações, consciência delas, identifcação delas,
domínio delas, capacidade de discriminação para distinguir aquelas que devem ser
substituídas e poder para impor e reproduzir as novas, quando cessem os estímulos
externos.

Estudo 318

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas do Plano Físico - Grupo C - Agnichaitas -
Continuação - Páginas 519, 520 e 521.

"Isto nos conduz ao tema que na realidade queremos elucidar com respeito a este 3o.
grupo de devas inferiores. No que se refere ao homem são muito destrutivos, pois
constituem a última e consequentemente a poderosa vibração do sistema anterior, a
atividade consciente da matéria densa. Daí que a afrmação de que o homem está a
"mercê dos elementos" encerra uma grande verdade. O fogo pode fsicamente queimar
o homem e destruí-lo; encontra-se inerme ante a ação vulcânica e não pode se

1027
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
proteger dos estragos do fogo, salvo nas etapas iniciais de tal esforço dévico. A
importância oculta da luta que o homem trava contra os devas do fogo por exemplo, é
muito real, como pode observar-se na luta que trava o corpo de bombeiros em
qualquer cidade. Embora ainda esteja distante, chegará com toda certeza o dia em que
o pessoal de ditos corpos será escolhido por sua capacidade para controlar os
Agnichaitas quando se manifestam destrutivamente e não será empregado o método
da água (quer dizer, chamar os devas da água para neutralizar os devas do fogo), mas
será utilizado o método de conjurar e possuirão o conhecimento dos sons com os quais
porão em ação forças que controlarão os elementos ígneos destrutivos.

O 3o. grupo destes devas está muito relacionado com o controle que exerce o
departamento do Manu e com os grandes devas associados a dito departamento neste
planeta. Devido à atividade que despregam durante certos ciclos, mudam toda a
superfície da Terra mediante a ação vulcânica; continentes surgem e submergem; os
vulcões estão ativos ou passivos e assim o mundo é purifcado pelo fogo. Em seu
correspondente setor estes Agnichaitas mantêm-se ativos, construindo formas
minerais por meio do fogo; são os alquimistas das regiões inferiores e mediante o
contato e o conhecimento de "palavras" pelas quais são controlados, os futuros
alquimistas cientistas (em contradição com os alquimistas idealistas do passado)
trabalharão com os minerais e com as vidas corporifcadas em todas as formas
minerais.

O segredo da transmutação dos metais comuns em ouro será revelado quando as


condições do mundo forem tais que o ouro não seja considerado o metal padrão e
portanto sua livre fabricação não conduza ao desastre e quando os cientistas
trabalhem com o aspecto vida ou com a vida elétrica positiva e não com o aspecto
substância ou forma.

Temos visto que o trabalho do grupo inferior de Agnichaitas consiste em construir


continentes por meio do fogo, purifcar por seu intermédio durante ciclos alternados e
fabricar os metais e os minerais. Relaciona-se também com o cuidado dos fogos do lar
ou esses fogos que aquecem, alegram e produzem condições habitáveis em um planeta
e incidentalmente no lar. Isto é de importância vital, pois signifca que estão vinculados
com os fogos básicos centrais das entranhas da Terra, com o fogo básico central que
nutre e aquece as formas físicas de todos os reinos da natureza e, em consequência,
com o fogo kundalínico na base da coluna vertebral do homem individual."

Comentários.

1028
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre classifca os devas do grupo C, que trabalham com a matéria física nos
estados gasoso, líquido e sólido, como muito destrutivos, porque a vibração dessa
matéria é bastante potente, por ter sido desenvolvida no sistema solar anterior, sendo
pois sua herança.

O Mestre cita a capacidade futura de o homem conseguir apagar incêndios, por meio
do controle dos Agnichaitas, através de "conjuros" e sons ou "palavras". Devemos
lembrar que o som, como onda mecânica, é um processo de transferência de energia.
Descobertas recentes no campo da Astronomia constataram que os buracos negros
exercem um controle sobre o aquecimento dos gases intergaláticos, no processo de
formação de estrelas, sendo a energia transportada em ondas sonoras, numa
frequência 57 oitavas abaixo do dó central, o qual vibra em 261,6 Hz (ciclos por
segundo). Essa frequência é equivalente a um si bemol.

As ondas sonoras, quando adequadamente geradas, dentro da frequência de


ressonância da classe de deva a ser controlada, coloca-a sob domínio do emitente do
som, mas é necessário que o emitente possua determinadas qualidades e poderes, sem
os quais não ocorrerá o resultado desejado. Essas qualidades e poderes são
conquistados pelo esforço e pela luta. É portanto um processo científco.

O Mestre deixa isso bem claro, quando confronta os futuros alquimistas cientistas com
os alquimistas idealistas do passado.

A ação do fogo no processo de transmutação de elementos é explicada pelo aumento


de movimento das partículas constituintes da forma mineral, diminuindo a coesão entre
elas e permitindo um novo agrupamento de acordo com a nova forma mineral, ao
mesmo tempo que estimula a vida interna para tomar posse da nova forma. Assim a
evolução é acelerada e não há destruição de formas, como acontece nas bombas
nucleares, em prejuízo das vidas internas habitantes das formas minerais. O processo
de pesquisar as partículas subatômicas nos aceleradores lineares de partículas, como
o LHC (large hadrons colider), a ser inaugurado brevemente, entre a França e a Suíça,
destrói formas, em prejuízo das vidas internas.

O Ser responsável pelas raças-raiz, o Manu, exerce forte controle sobre os Agnichaitas
manipuladores dos fogos que atuam nas placas tectônicas, atividade vulcânica,
terremotos e outras consequências da ação do fogo central da Terra, do qual o magma
é uma manifestação.

O Mestre alerta sobre o perigo de manipular o fogo chamado kundalini, que nada mais
é que o fogo por fricção, que atua no corpo etérico humano, sem haver a devida

1029
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
preparação, preparação essa que requer muito conhecimento e muito autocontrole.

O homem necessita urgentemente aprender e reconhecer que qualquer forma material


é constituída de matéria e vida, mesmo que as aparências (por causa do véu de maia)
não mostrem essa vida.

Tudo na natureza é de fato substância entifcada por devas, em um número muito


grande de classes, categorias e níveis.

Estudo 319

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas do Plano Físico - Grupo C - Agnichaitas -
Continuação - Páginas 521 e 522.

"Não é aconselhável nos estender mais sobre suas funções. Deve observar-se que há
menos que dizer em relação com o aspecto matéria que sobre a consciência e o
aspecto hilozoístico da manifestação. A razão consiste em que a ciência exotérica está
investigando, lenta porém frmemente, a natureza dos fenômenos e descobrindo por si
mesma o caráter da manifestação elétrica. Na lentidão do descobrimento reside a
segurança. Não é conveniente nem correto todavia que a verdadeira natureza destes
distintos poderes e forças seja completamente conhecida; portanto só podemos
indicar certas linhas amplas e gerais. Em seu devido tempo, quando a família humana
esteja centrada na natureza superior e não na inferior e quando a força dos planos
superiores possa se impor com maior facilidade sobre a inferior, os fatos relacionados
com estas Vidas e estes Construtores, seus métodos de trabalho e as leis de seu ser
serão conhecidos. Hoje o conhecimento produziria dois resultados: Primeiro, poria a
família humana sob o poder (ainda cego e destrutivo) de certos elementos de natureza
análoga à do corpo físico. Isto traria como consequência a destruição da forma ou
chegar-se-ia na paralisia e na demência em grande escala. Segundo, seria posto o
poder em mãos de certos Irmãos do Caminho esquerdo (7) e de um determinado
número de magos inconscientes (dos quais há muitos que o empregariam só para fns
egoístas, malignos e materialistas. Por isso não é conveniente dar mais informação
acerca desta substância física densa e dos que a corporifcam. Os Agnichaitas do 3o.
grupo são todavia para o homem uma ameaça e só podem ser manejados em forma

1030
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grupal e em ampla escala pelo guia do departamento do Manu mediante seus próprios
regentes - certos devas que possuem um desenvolvimento igual à 6a. Iniciação.

Observação (7) - O Caminho da Esquerda é o que percorre o Mago Negro e os Irmãos


das Sombras. Começa por empregar as forças da natureza para fns egoístas;
caracteriza-se pelo intenso egoísmo e separatividade, e termina em Avitchi, a 8a
esfera, o lugar das almas perdidas, ou esses cascões do homem inferior que se
separaram de seu princípio vital, egoico ou individual.
A Hierarquia oculta de nosso planeta dedica-se principalmente a desenvolver a
autoconsciência no homem e a interpretar inteligentemente os acontecimentos da
Natureza; a colaborar sabiamente com as Forças construtoras da natureza, sendo o
objeto de seu principal esforço a vitalização e a atividade dos centros no Homem
celestial de nosso planeta e nos entes individuais da família humana.

A Hierarquia oculta é um grande centro de força, pois os centros coronário, cardíaco e


laríngeo do Homem celestial, funcionam ao uníssono. Paralelamente às atividades que
desenvolve na linha da consciência (e principalmente com a consciência ou inteligência
quando se manifesta nos 3o. ou 4o. reinos) encontra-se uma grande hierarquia de
devas que se dedica a desenvolver essa parte do corpo de um Homem celestial que
inclui os centros ativos. Talvez alguma ideia do que trato de expor poderá ser extraído
de uma ilustração. A Hierarquia oculta ocupa-se em abrir o Loto de 9 pétalas no
Homem celestial e no homem (realizando-o por meio da ação refexa entre o físico
cósmico e o mental cósmico), enquanto que a grande Hierarquia dévica ocupa-se dos
átomos permanentes, do corpo egoico e do desenvolvimento das espirilas. Desta
maneira, o estudante inteligente perceberá e entenderá, macro e micro cosmicamente,
a função dos Agnichaitas das fogueiras. "

Comentários.

O Mestre Djwal Khul alerta sobre os perigos que ocorrerão com os seres humanos,
caso mais informações a respeito das atividades e funções dos Agnichaitas sejam
passadas para o público.

A Ciência humana (a chamada exotérica) está avançando bastante no conhecimento


dos fenômenos da natureza, de caráter elétrico, ou seja, resultado da ação do fogo por
fricção/elétrico, de ampla abrangência. Embora o avanço seja lento, todavia é seguro,
em virtude da ausência de preponderância das energias superiores sobre as inferiores,
em outras palavras, a humanidade ainda permanece centrada no corpo astral, apesar

1031
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do intenso uso da mente concreta por parte dos cientistas, mente concreta essa ainda
muito presa ao corpo astral, ou seja, é kama-manas, faltando o devido contato com a e
a devida atuação da mente superior ou abstrata, que irá iluminar a mente concreta,
separando-a de kama ou corpo astral, ensejando uma nova visão da matéria densa.
Essa separação pela atuação da mente abstrata irá abrir os olhos dos cientistas para a
visão hilozoística da Natureza, ou seja, que ela é um Ser vivo.

O uso de conhecimentos mais profundos e detalhados sobre os Agnichaitas do grupo


C só irá provocar graves desastres, como loucura em grande escala, sem falar em
outros. Temos ainda diante de nossos olhos a carnifcina de Hiroshima e Nagasaki pelas
2 bombas atômicas de fssão, obtidas através do conhecimento pelos cientistas de
processos dos Agnichaitas do grupo C, envolvendo alguns processos do grupo B.
Felizmente os conhecimentos são ainda bem escassos, pois falta o controle do
processo, pois, uma vez iniciada a reação em cadeia, quando é atingida a chamada
massa crítica, os nêutrons (pequenos Agnichaitas) executam seu trabalho de
desintegração até acabar a massa de átomos químicos, totalmente fora do controle do
homem, que não pode determinar a quantidade de energia a ser liberada. Por isso a
chamada fusão nuclear a frio (que já deu origem a escândalo na comunidade científca,
por falsidade) continua a ser o sonho dos cientistas, porque será o controle do
processo. Mas, felizmente, para o atual estado da humanidade, falta muito para tal
conquista. Mesmo com o processo da bomba de fusão, que se dá pela fusão de átomos
de hidrogênio formando um átomo de hélio, usando deutério e trítio (2 isótopos do
hidrogênio) e liberando energia, não existe o controle perfeito, porque, uma vez iniciado
o processo, ele prossegue até o fm, por conta própria, sem que o homem possa detê-
lo. Na realidade, são Agnichaitas que, pelo estabelecimento de condições propícias,
fazem o que querem fazer, totalmente fora do controle do homem.

Daí o grande perigo de serem passadas informações mais completas e profundas para
a humanidade sobre os Agnichaitas.

Somente aqueles iniciados que já passaram pela grande prova podem captar detalhes
sobre esses Agnichaitas, mas têm de manter sigilo. Essa grande prova era a 3a.
Iniciação planetária, há 300 anos, porque antes de receber essa Iniciação o iniciado
tinha de provar que jamais iria se desviar para a linha do mal. Todavia, como as
exigências para a iniciação foram modifcadas há 300 anos, as exigências para a
concessão da 3a. Iniciação planetária passaram a ser para a 2a. Isto signifca que o
iniciado que recebeu a 2a. Iniciação planetária atualmente, já passou por essa prova, ou
seja, já provou perante a Hierarquia que jamais se desviará para a linha do mal.

1032
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Outro tópico muito importante que o Mestre enfatiza é o trabalho principal da
Hierarquia em relação com o homem: estimulá-lo a desenvolver a autoconsciência e a
interpretar inteligentemente os acontecimentos da Natureza (os fenômenos) e a
colaborar sabiamente com as Forças construtoras da Natureza, sendo que neste último
caso o homem está fazendo o contrário, destruindo e agredindo a Natureza, pelo que
terá de arcar com as consequências. Expandir a autoconsciência signifca adquirir
conhecimentos em diversas áreas, aplicá-los em si mesmo e no serviço e aprender a
controlar os devas, para trabalhar harmoniosamente com eles, em prol do Plano divino.
Na expressão adquirir conhecimentos em diversas áreas há muito mais coisas que a
mera expressão indica.

É muito interessante essa hierarquia dévica que trabalha produzindo a inteligência ou


consciência nos reinos animal e humano, sendo óbvio que ela constitui a substância
cerebral nesses reinos, uma vez que é pelo cérebro que a inteligência e a consciência
se manifestam no mundo físico. Necessariamente trabalham conjugadas com os
Agnisuryas (do mundo astral) e os Agnishvattas (do mundo mental). Simultaneamente,
essa hierarquia, em suas muitas graduações, trabalha constituindo a substância dos
centros ativos de um Homem celestial. Neste processo percebemos nitidamente a
interligação, ou seja, o despertar dos centros do Homem celestial afeta fortemente o
desenvolvimento dos reinos que estão sob a infuência de um Homem celestial.

Na comparação que o Mestre faz, entre o trabalho da Hierarquia oculta com as 9


pétalas do Loto Egoico do Logos planetário (no mundo mental superior cósmico) e com
as pétalas do Loto Egoico humano (no mundo mental superior do sistema), usando a
conexão entre os mundos mental e físico cósmicos e o trabalho da Herarquia dévica
com os átomos permanentes e com as espirilas, vemos claramente que a Hierarquia
oculta (os Mestres) trabalha com a consciência e os devas com a substância, sendo
essa necessária para o desenvolvimento da consciência, uma vez que é pela substância
que a consciência se expressa, exercita-se e desenvolve-se.

Refetindo intensa e profundamente sobre esses assuntos, de forma comparativa e


conjunta, é perfeitamente possível entender as funções dos Agnichaitas das fogueiras,
como afrma o Mestre muito acertadamente.

Estudo 320

1033
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os
Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas e o Plano Físico - Grupo B - Agnichaitas -
Páginas 522, 523 e 524.

"Grupo B. Agnichaitas: Ao encarar o tema do Grupo B, o 2o. grupo de Agnichaitas,


ocupar-nos-emos desse importante grupo de devas denominados em alguns livros "os
devas das sombras". Sua função é principalmente quádrupla e constitui a base do
movimento ou atividade em todos os planos, atividade produzida pela interação dos
aspectos negativo e positivo de Brahma, o Deus manifestado.

Primeiro, são os que constroem o corpo etérico de todas as existências sensíveis e


principalmente o corpo etérico de todos os homens.

Segundo, são os que transmitem prana.

Terceiro, desempenham uma função muito defnida no processo evolutivo, a de vincular


os 4 reinos da natureza, sendo essencialmente os que transmutam e transmitem o
inferior ao superior. Constroem entre cada reino - mineral, vegetal, animal e humano - o
que, em cada caso, corresponde ao antakarana ou ponte que une manas superior com
o inferior, o canal que transmite a vida desde o reino humano inferior ao espiritual ou
superior. Será verifcado que entre cada uma das diferentes etapas de consciência
(desde a subconsciência passando pela autoconsciência até a superconsciência) há um
período em que se estabelece o vínculo e se constrói e se erige a ponte, levando-se a
cabo por intermédio de certos grupos de devas em todos os planos. Os 3 grupos têm
sua contraparte no plano físico, e seu trabalho se efetua paralelamente nos níveis
superiores. Deve ser recordado que o trabalho de estender a ponte de uma etapa a
outra ou de um reino a outro há de ser realizado sob as condições seguintes:

a. Como resultado de um impulso que emana do inferior, ou se origina no desejo ativo


do inferior por abarcar ou entrar em contato com o superior. Isto é de grande
importância, pois todo progresso deve ser autoinduzido, autoiniciado e o resultado de
uma atividade interna.

b. Como resultado da ação refexa da etapa ou reino superior, realizando-se mediante


a atividade do inferior e invocando resposta do superior. Deve ser recordar-se que
toda vibração é transmitida por ondas de substância vivente.

c. Como resultado de um estímulo de fora produzido pela atividade de certos

1034
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
poderes conscientes interessados no processo de desenvolvimento evolutivo.
Estas condições podem ser observadas durante o processo em que o homem recebe a
iniciação e passa do 4o. reino ao reino espiritual. Seus esforços devem ser
autoinduzidos e o resultado de seu empenho autoconsciente; tais esforços obterão
resposta de sua superconsciência, o aspecto átmico ou Espírito e mais adiante os
custódios dos Ritos de Iniciação ajudarão esta interação dual. Sem embargo, os 3
efeitos são sentidos em Espírito-matéria, sendo tudo regido pela lei de vibração, que
constitui textualmente a resposta da substância dévica à força que emana desde uma
fonte consciente ou inconsciente.

Quarto, estes "devas das sombras" realizam certas atividades interessantes e variadas,
porém tão diversas que é quase impossível enumerá-las. Poderíamos tratar
brevemente de descrever algumas destas funções, recordando que o que pode ser
dito acerca delas no plano físico, pode também ser atribuído a suas analogias em
todos os planos. Podemos deixar que o estudante o analise, recomendando-lhe ter
presente que aqui nos ocupamos dos devas do arco evolutivo, podendo ser
classifcado, entre muitos outros, nos seguintes tipos:

1o. tipo. Os agentes especiais que se ocupam da magia. São peculiarmente


susceptíveis às vibrações construtoras dos 7 raios.

2o. tipo. O grupo de Agnichaitas que se manifesta como eletricidade no plano físico.
Este grupo começa a ser controlado pelo homem, que o dominará cada vez mais.

3o. tipo. O grupo que constitui a aura da saúde, seja coletiva ou individual, nos 3 reinos
intermédios da natureza (vegetal, animal e humano). O homem entra em contato com
eles por meio da medicina e já começa mais ou menos a reconhecê-los. Um dos
grandes erros que tem cometido a família humana tem sido administrar ao homem
drogas minerais para propósitos medicinais. Isto tem dado por resultado uma
combinação de substâncias dévicas que não estavam destinadas a isso. A relação do
homem com os reinos inferiores, especialmente com o animal e o mineral, tem dado
lugar a uma condição peculiar no mundo dévico, tendente a complicar a evolução
dévica. O emprego de alimentos animais (e em menor grau a aplicação dos minerais
como medicina) tem produzido uma mistura de substância dévica e de vibrações que
não se sintonizam entre si. O reino vegetal está em uma situação totalmente diferente e
parte de seu karma consiste em prover alimentos ao homem; isto tem dado por
resultado uma necessária transmutação da vida desse reino à etapa superior (a animal
que é sua meta). A transmutação da vida vegetal ocorre necessariamente no plano

1035
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
físico. Daí sua disponibilidade como alimento. A transmutação da vida animal ao reino
humano tem lugar em níveis kama-manásicos. A isso é devido o fato de não estar
disponível, entendido esotericamente, o animal como alimento para o homem. Este é
um argumento em favor da vida vegetariana que é necessário considerar."

Comentários.

Nesta parte do Livro o Mestre Djwal Khul nos passa muitas informações valiosíssimas a
respeito da natureza e das funções de um grupo de devas, de grande interesse para o
homem e para a ciência, em todas as áreas, em particular na da saúde.

Quando o Mestre diz que a função desse grupo de devas é a base do movimento ou
atividade em todos os planos, atividade produzida pela interação dos aspectos
negativo e positivo de Brahma, o Deus manifestado, o signifcado é que em todos os
planos (em todas as matérias que constituem o corpo físico cósmico do Logos solar, do
adi ao físico) as funções desses "devas das sombras" são realizadas por outros devas
mais evoluídos, nas diversas matérias (como veremos mais adiante), pelo processo de
o mais evoluído (o positivo) energizar o menos evoluído (o negativo), sendo que o
negativo, por sua vez, pode atuar como positivo em relação a outro menos evoluído.
Consequentemente, pelo entendimento e clara visualização das funções desses devas,
podemos inferir o que acontece nos níveis superiores. Isto, é claro, requer um claro
entendimento das partículas constituintes das matérias ou planos do nosso sistema
solar como um todo, ou seja, abrangendo as matérias física (em suas 2 divisões: densa
e etérica), astral, mental (também em suas 2 divisões: inferior ou concreta e superior
ou abstrata), búdica, átmica, monádica e adi.

Brahma é o Deus manifestado signifca simplesmente que estamos tratando de


substância, ou seja, o nosso Logos solar (o nosso Deus, estado de ser do UNO
ABSOLUTO INFINITO) atuando em Seu 3o. aspecto ou modo de ser: Atividade
Inteligente ou Brahma ou Espírito Santo, expressões sinônimas.

Esses devas não transmitem apenas prana, mas as 3 modalidades do fogo irradiado
pela Terra (no nosso caso): fogo por fricção/elétrico (fohat), fogo por fricção/solar
(prana) e fogo por fricção/por fricção (kundalini).

Pela sua 3a. função, de vincular ou ligar os reinos mineral, vegetal, animal e humano,
através da natureza coletiva dos devas (sem entrar em detalhes sobre o processo
técnico dessa ligação), comprovamos sem a menor dúvida a união existente na
Natureza e a grande fraternidade que Ela é, e como o homem é insano ao agredir e
desrespeitar a Natureza, em qualquer de seus reinos, não percebendo que agride na

1036
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
realidade a si mesmo, tendo de sofrer as consequências de sua insanidade.

O Mestre cita o antakarana, como analogia do vínculo ou ponte entre um reino e outro,
sendo o antakarana a ponte ou linha de comunicação entre a unidade mental
permanente e o átomo mental permanente. Em Seu livro Os Raios e as Iniciações o
Mestre descreve detalhadamente todo o processo técnico e científco de construção
do antakarana.

Nesse trabalho de estender a ponte de uma etapa a outra ou de um reino a outro, o


Mestre descreve a triplicidade do processo, envolvendo o impulso autoinduzido, a
resposta do superior e a ação de um Ser superior que se utiliza do inferior para evoluir,
como o nosso Logos planetário utiliza-se de nós (e dos demais reinos) para
desenvolver determinadas qualidades e experiências de que necessita, ao mesmo
tempo nos infuenciando. O Mestre enfatiza o fato de que a transmissão de toda
vibração é feita por meio de ondas de substância vivente, ou seja, de ondas de matéria
que constitui o corpo de expressão de devas. Dentro deste contexto enquadramos a
corrente elétrica, as ondas eletromagnéticas, a luz e todos os fenômenos da natureza.

Com referência ao processo iniciático do homem, o Mestre deixa bem claro que o
impulso inicial tem de partir do homem, que, quando está pronto e adquire o mínimo de
conhecimento sobre sua essência divina, a Mônada, desenvolve a vontade de conhecer
melhor essa sua essência e entrar em contato com esse mundo superior. Vendo seus
ingentes esforços autoinduzidos, a Hierarquia (os custódios dos Ritos Iniciáticos) dá a
ajuda que é chamada Iniciação.

Por isto, enfatizamos a enorme importância do conhecimento científco e técnico da


constituição de todos os nosso corpos e das matérias das quais são formados, usando
os conhecimentos da ciência humana para as devidas analogias e comparações, com o
objetivo de ser obtida uma clara visualização do processo operacional, ou seja, como o
fenômeno ocorre, assim como o especialista em eletrônica sabe com detalhes todas as
etapas pelas quais a corrente elétrica (o elétron) passa, dentro de um televisor, desde o
sintonizador (que recebe o sinal, por via aérea ou cabo) até o cinescópio (a chamada
tela), onde a imagem é reproduzida, sendo o som reproduzido no alto-falante. O elétron
enfrenta dispositivos como capacitores, resistores, indutores, transformadores, diodos
e transistores (estes últimos atualmente dispostos dentro do chamado circuito
integrado, ci ou chip). Em cada dispositivo o elétron é obrigado a adotar um
determinado comportamento, tecnicamente chamado forma de onda.

Pois bem, o elétron é o corpo de expressão de um ente dévico. Nesse fenômeno

1037
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
trabalham os Agnichaitas do grupo B, 2o. tipo.

O homem deve se esforçar para adquirir esse mesmo grau de conhecimento detalhado,
sempre vendo devas trabalhando e em operação. Buscando entender ao mesmo tempo
Espírito ou Mônada e matéria (cada um em seu processo de operação), o homem
avançará, pois, sabendo em detalhes como as coisas se processam (assim como o
técnico sabe como a televisão funciona), ele saberá como atuar em si mesmo para
evoluir para níveis mais elevados de vida, isto de forma contínua. Devemos ter sempre
o cuidado de não materializar em demasia as analogias, ou seja, na comparação com o
técnico, manipulando o circuito elétrico, por exemplo no caso de nosso corpo astral,
temos de ver núcleos ou centros de força como seres vivos (substância dévica)
operando transformações nas energias entrantes, sendo o resultado levado à
consciência do morador da forma, a Mônada habitando o Ego ou Alma e esta habitando
o corpo astral.

Estudo 321

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas do Plano Físico - Grupo B - Os Agnichaitas -
Continuação dos comentários - Páginas 523 e 524

Continuemos os comentários sobre as informações que o Mestre Djwal Khul nos


apresentou nas páginas 523 e 524 do Tratado.

Os devas do 1o. tipo do grupo B trabalham na magia, sendo particularmente sensíveis


às vibrações construtoras dos 7 raios. Como sabemos, magia é construir formas
mentais, o que o Mestre deixa bem claro quando mais adiante no Tratado explica as 15
Regras para a Magia. Nessa operação o mago trabalha com as 3 matérias
correspondentes aos planos mental, astral e físico. Consequentemente ele tem de
atuar sobre os Agnichaitas (que são do plano físico), que no caso são os do 1o. tipo, na
etapa fnal do processo de construção da forma mental. Como no ato de magia (que é
um trabalho de construção) as energias dos 7 raios são envolvidas, de acordo com a
natureza do mago e da forma mental a ser construída, esses Agnichaitas do 1o. tipo do
grupo B têm de ser comandados pelo mago, e por isso eles têm de possuir uma boa
capacidade de resposta às energias dos 7 raios. Daí concluirmos que o mago (o

1038
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
verdadeiro mago e não esses arremedos de mago que vemos por aí) tem de ser
detentor de determinadas e bem defnidas qualidades, para poder comandar esses
Agnichaitas.

Os Agnichaitas do 2o. tipo do grupo B produzem os fenômenos elétricos, tão


necessários e úteis a todos nós. Todos os dispositivos de entretenimento, trabalho e
estudos, como rádio, televisão, computador, palmtop, de imageamento (como
ressonância magnética e tomografa computadorizada, usados na medicina) e muitos
outros, cuja listagem seria enorme, são o resultado da ação desses Agnichaitas, sob
controle do homem. Os enormes avanços que a ciência está efetuando, em campos
como a astronomia, física (um exemplo é a radiação sincrontron), química, genética e
medicina, devemos á atividade desses Agnichaitas. Maiores avanços advirão ainda.

Os Agnichaitas do 3o. tipo do grupo B executam um trabalho de profundo interesse


para o homem em particular. Eles conformam a aura de saúde dos membros dos reinos
vegetal, animal e humano, individual e coletivamente, sendo portanto responsáveis pelo
bom andamento da saúde de todos eles. Os conhecimentos que esses devas possuem
sobre o funcionamento do corpo humano estão sendo passados, ao longo do tempo,
para os que labutam no campo da medicina. Todavia não é só para esses últimos que
os Agnichaitas do 3o. tipo do grupo B passam informações, mas aqueles que se
esforçam para adquirir conhecimentos, com o único objetivo de curar, sem visar lucro,
também são receptores dos ensinamentos desses devas.

Na área desses devas o Mestre chama a atenção para dois erros cometidos pela
humanidade. Um é a administração de medicamentos de origem mineral, pois mistura,
dentro do corpo humano, substâncias dévicas que não se sintonizam: do reino mineral
e do reino humano. Uma das provas desse mal está nos efeitos colaterais provocados
pela maioria dos remédios, os quais, se por um lado amenizam os efeitos da doença,
por outro lado provocam perturbações no organismo. Hoje em dia já estão
comprovados os efeitos benéfcos da ftoterapia (tratamento com substâncias
oriundas do reino vegetal). Temos também atualmente a terapia foral, que atua no
corpo astral, repercutindo no corpo físico, uma vez que os dois corpos interagem. O
reino vegetal é o que está mais adiantado em termos de conquistar a meta, pois já se
tornou radioativo (o perfume). Em outras palavras, o grande Ser que se expressa pelo
reino vegetal como um todo já está bem adiantado em atingir o seu propósito.

O outro erro advertido pelo Mestre é a alimentação carnívora, de efeitos mais funestos
que a ingestão de medicamentos de origem mineral. É o reino vegetal que está

1039
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
destinado a propiciar o alimento para o reino humano, pois a transferência do reino
vegetal para o animal efetua-se no plano físico.

A transferência do reino animal para o humano não se efetua no plano físico, pelo
sacrifício (a morte para servir de alimento), mas sim nos níveis kama-manásicos, pelo
relacionamento mental e emocional dos homens com os animais.

Estudo 322

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os e os
Planos - Os Agnichaitas - Os Devas e o Plano Físico - Grupo B - Os Agnichaitas -
Continuação - Paginas 524 e 525.

"4o. tipo. Um tipo muito importante de devas etéricos (no que concerne ao homem)
constitui defnitivamente a substância de seu centro. Ocupam essa posição por razões
kármicas e são, desde muitos pontos de vista, alguns dos devas das sombras mais
altamente evoluídos. Caracterizam-se por sua capacidade de responder, de maneira
especial, a uma série particular de vibrações planetárias e, em sua essência
fundamental e em sua própria esfera peculiar, capacitam o homem para que reaja ao
estímulo de raio. Cada centro está infuenciado por um dos planetas. Nisto reside a
capacidade que possui o homem para eventualmente harmonizar-se - por meio de seus
centros - com a sétupla alma do mundo.

5o. tipo. Temos aqui um tipo muito importante de devas que estão peculiarmente ativos
e dominam esotericamente durante esta ronda; são os Agnichaitas que constituem o
centro, na base da coluna vertebral, que vibra ao ritmo de kundalini em suas variadas
formas e manifestações. Em tal centro atuam efcazmente as 2 polaridades, pois as
pétalas do centro, assento do kundalini e do fogo ou vitalidade que as anima, são
reciprocamente negativas e positivas. Este centro existe em uma ou outra forma em
todos os seres sensíveis, e dele depende em grande parte

a. a consciência, em uma de suas 7 etapas,


b. a continuidade da existência,
c. a perpetuação da espécie ou reprodução em qualquer dos outros planos.
Seria interessante observar aqui que este centro constitui literalmente uma quádrupla

1040
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
irradiação e a "Cruz do Espírito Santo", sendo seu símbolo a cruz de braços iguais. Este
loto de 4 pétalas é o resultado da evolução. No 1o. reino da natureza, o mineral, através
do qual se manifesta uma entidade específca, tal centro constitui uma unidade em
níveis etéricos, pois só pode ser vista uma pétala. No reino vegetal, considerado como
a expressão de uma grande Existência, 2 pétalas estão entrando em atividade. No 3o.
reino, o animal, será verifcado que o centro da base da coluna vertebral tem 3 pétalas,
enquanto que no homem o loto vibra em forma quádrupla. Em cada iniciação do grande
Ser, que se manifesta por intermédio de nosso planeta, uma dessas pétalas abre-se nos
níveis etéricos, de maneira que durante a individualização as quatro tornam-se ativas e
Sua atividade autoconsciente é levada ao plano físico. A analogia pode ser vista
exemplifcada em Sua grande Iniciação, que teve lugar na 4a. ronda e na 3a. raça-raiz; a
analogia entre o 3o. reino e o 4o. e seu produto, o sete esotérico, é uma das linhas de
estudo que há de seguir o ocultista.

Quando as pétalas dos centros etéricos vibram ou produz-se uma unifcação em


substância dévica, tem lugar uma aceleração nos níveis afns do corpo etérico cósmico
do Logos planetário e do Logos solar. Evidenciam-se certas analogias nas pétalas do
loto egoico dos diferentes entes da família humana e (em níveis cósmicos) nos corpos
egoicos solar e planetário."

Comentários.

No 4o. tipo dos Agnichaitas do grupo B temos aqueles que trabalham nos centros ou
chacras, excluindo o básico. Por essa atividade, de responderem ás vibrações de
energias provenientes de fontes elevadas, como os 7 Logos planetários Senhores de
Raio e do Ego ou Alma, eles são muito evoluídos e ocupam essa posição e exercem
essa função por conquista kármica, ou seja, no passado trabalharam intensamente
desenvolvendo a capacidade de resposta a vibrações de alto nível, o que ocorreu no
sistema solar anterior.

O estudo e a pesquisa dos chacras dentro dessa ótica de atividade dévica é de grande
importância e utilidade para o homem, pois dará a ele profundos e elevados
conhecimentos sobre seus corpos e si mesmo, como consciência em manifestação.

No 5o. tipo de Agnichaitas do grupo B temos aqueles que trabalham no chacra ou


centro básico, esse chacra de enorme importância para a sobrevivência do corpo
físico, pois ele é a fonte do instinto de sobrevivência em todos os reinos, expressando-
se, é claro, de forma diferente em cada reino. Temos no reino mineral a comprovação
da existência desse centro na autorreplicação de cristais. A sua importância é tão

1041
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grande e especializada que exigiu um subgrupo (tipo) especial de devas para essa
atividade.

Temos nesse 5o. tipo uma área de muito interesse para estudo e pesquisa, que é a
polaridade das pétalas (ou vórtices) entre si, não só no tocante ao movimento de
rotação do chacra, mas no processo de oscilação para armazenar informações e de
transferir energias e informações nos dois sentidos, ou seja, do Ego ou Alma para o
corpo físico e desse para o Ego.

Outro fato, que dará muitas informações a respeito dos reinos, quando devidamente
estudado e pesquisado, é a quantidade de pétalas ou vórtices do chacra básico do
reino, quando é enfocado como um todo, ou seja, quando se olha o Ser que se
expressa através do reino, pois é por esse chacra que o Ser maior transmite suas
energias que irão se manifestar como instinto de sobrevivência nos membros do reino.
A autoconsciência só foi possível quando o chacra básico passou a funcionar com 4
pétalas ou vórtices. Isto é um ponto muito esclarecedor para o verdadeiro
entendimento do que realmente seja a autoconsciência ou o princípio Ahamkara ou
Euismo, conferido pelo Anjo Solar no processo de individualização. Pelo cruzamento de
conhecimentos e informações conseguimos chegar ao verdadeiro e claro
entendimento.

Esse campo de estudo e pesquisa nos chacras, sob a ótica de substância dévica,
melhor dizendo, de atividade de devas, é muito vasto, fascinante e de enormes
utilidade e importância para toda a humanidade.

Outro tema que requer muita refexão, para o entendimento da estrutura logoica, é a
interação entre a entrada em determinada intensidade vibratória (intensidade e
frequência) dos chacras, o que é o mesmo que unifcação em substância dévica ou
sintonia exata, por parte da humanidade como um todo, e a aceleração nos níveis afns
(éteres cósmicos) do corpo etérico cósmico do Logos planetário e do Logos solar.
Entender claramente como ocorre essa interação em termos de oscilação de partículas
(átomos e moléculas) e das devidas conexões com as pétalas dos chacras logoicos,
melhor dizendo, como as pétalas individuais de cada ser humano formam uma grande
pétala coletiva e essa faz parte da pétala maior do chacra do Logos planetário,
proporcionará uma visão muito real desse nosso mundo fenomênico. Podemos afrmar
que só este estudo conterá material para um tratado.

Essa relação entre os centros básicos dos seres humanos e os dos Logos planetário e
solar, também existe entre os lotos egoicos dos seres humanos e os dos Logos

1042
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetário e solar, ou seja, os lotos egoicos dos seres humanos fazem parte dos lotos
egoicos dos Logos planetário e solar. Também é muito útil e esclarecedor desse nosso
mundo fenomênico entender como esse processo se realiza.

Quanto ao chamado sete esotérico, pelo Mestre, que constitui uma linha de estudo a
ser seguida pelo ocultista, podemos raciocinar que, por ser o produto ou resultado dos
3o. e 4o. reinos (3 + 4 = 7), o centro básico do corpo físico humano (que resultou do
reino animal) recebe o kundalini (fogo por fricção tríplice) que energiza o reino animal,
além do próprio fogo do reino humano. Isto ocorre na etapa humana kama-manásica
(na aula da ignorância), estando aí uma das explicações para a grande animalidade que
se observa em seres humanos. Esta infuência tem de ser vencida e eliminada, o que só
se consolida quando o homem atravessa o 3o. Portal Iniciático.

Estudo 323

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas e o Plano Físico - Grupo B - Os Agnichaitas -
Continuação - Páginas 525 e 526.

"Deve ser tido em conta também que tais centros básicos, nos quais se oculta o fogo
kundalínico, encontram-se nas Existências, a medida que atuam em corpos físicos, em:

1. Um Logos solar.
2. Um Logos planetário.
3. Essa Entidades que são a soma total da consciência quando esta se expressa
através dos diferentes reinos da natureza - manifestando-se por intermédio deles
como um homem se manifesta mediante seu corpo.
4. O Senhor de uma cadeia.
5. O Senhor de um globo.
6. Certos Seres que constituem a vida de grupos específcos. São esotéricos, e Sua
função é um dos segredos da iniciação.
7. O homem.
8. Os animais.
Aqui, deve ser observado que, na manifestação logoica, um dos esquemas planetários
forma o centro do corpo logoico que alberga o kundalini. Este esquema, cujo nome não

1043
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pode ser revelado todavia, está totalmente controlado pelos devas - ali encontram-se
reunidos os 2 grupos de devas, desempenham sua função de animar o corpo físico
denso do Logos, do mesmo modo que o kundalini, nesta etapa, anima no homem seu
veículo físico denso. Mais tarde, quando o 3o. esquema principal assimilar a atividade
vital dos 4 inferiores, o fogo kundalínico será retirado e transmutado na atividade do
centro laríngeo logoico.

Na manifestação planetária, uma das cadeias realiza um trabalho similar no processo


evolutivo do Logos planetário. O mesmo pode ser dito de um dos globos de uma
cadeia. Portanto, nesta 4a. ronda pode ser visto porque o fogo na base da coluna
vertebral (considerado em seu signifcado esotérico e em relação com o Logos e os
Logos, e não só com o homem) desempenha uma parte muito predominante ao
estimular o Quaternário logoico ou Seu eu inferior. Aqui reside o mistério do mal, a
origem do atual sofrimento e a base da experiência planetária. O fogo kundalínico no
corpo logoico realiza sua atividade culminante quando estimula Seu corpo físico -
nossos 3 planos inferiores do sistema - e as pétalas desse centro particular estão
entrando em plena atividade nesta 4a. ronda. Há de ser recordado que Ele constitui a
soma total de todos os centros em manifestação e o conglomerado dos fogos de
kundalini em cada setor da natureza. As difculdades e ao mesmo tempo a esperança
de nosso planeta residem neste fato. O centro etérico de nosso Logos planetário, por
estar constituído de matéria do 4o. éter cósmico (o plano búdico) estimula na
atualidade Seu quaternário inferior, os 3 mundos do esforço humano; ali se encontra a
direção que segue a força e na próxima ronda (quando as 3 quintas partes do reino
humano estiverem desenvolvendo o veículo búdico) o Logos alcançará Seu ponto de
equilíbrio e o fogo kundalínico será dirigido para cima.

Isto encerra a chave de muitas coisas. Outra chave que explica as penosas condições
imperantes no mundo (especialmente no aspecto sexual) reside no fato de que os
entes da família humana que contribuem para constituir este particular centro,
frequentemente se hipervitalizam; a vitalidade do veículo físico lhes indica a linha de
menor resistência. Em outras palavras: As forças dévicas que formam o centro e
também sua atividade, por ora dominam excessivamente, e o poder que adquiriram no
sistema solar anterior não tem sido transmutado todavia em poder espiritual."

Comentários.

O Mestre diz que na atual etapa do nosso Logos solar o fogo tríplice por fricção (citado
como kundalini), armazenado no centro básico logoico (um esquema planetário), está

1044
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vitalizando o corpo físico denso do Logos solar, o que signifca que está vitalizando
fortemente os 3 mundos inferiores (mental, astral e físico) em todo o sistema, ou seja,
todos os esquemas planetários estão sentindo os efeitos dessa situação. Podemos
concluir que, em termos de corpo físico cósmico logoico solar, ainda há muita atividade
no centro sacro, centro inferior, debaixo do diafragma, em analogia com o homem.

Mais tarde, quando o esquema de Saturno (centro laríngeo logoico solar) assimilar o
fogo por fricção do centro sacro, deverá haver uma diminuição na vitalização dos 3
mundos inferiores. Essa redução na vitalização dos 3 mundos inferiores deverá se
intensifcar mais ainda quando o esquema de Júpiter (centro cardíaco logoico solar)
assimilar o fogo por fricção do centro umbilical logoico (o esquema de Netuno). É uma
dedução lógica considerar que a intensa atividade dos centros logoicos inferiores
provoca uma hipervitalização dos 3 mundos inferiores, pois eles constituem a parte
densa do corpo físico cósmico logoico. Isto, é claro, afeta todos os reinos em evolução
nos esquemas planetários, entre eles o nosso.

Podemos ainda deduzir que, quando se der a transferência do fogo por fricção do
centro sacro logoico para o laríngeo logoico e a consequente redução de vitalização
dos 3 mundos inferiores, a vida será intensifcada no mundo búdico inicialmente, com
refexos altamente benéfcos para as humanidades. O efeito será mais forte quando
ocorrer a transferência do fogo do umbilical para o cardíaco logoicos solares.

Quando consideramos a evolução dos Logos planetários, o Mestre diz que uma das
cadeias em todos os esquemas planetários realiza um trabalho similar de centro básico,
ou seja, armazenar e distribuir o fogo por fricção tríplice para os centros inferiores.
Ora, sabemos que as cadeias existem no tempo e no espaço, ou seja, elas existem
localizadas no espaço, dentro do corpo físico cósmico logoico solar, e têm uma duração
temporal. Isto logicamente quer dizer que numa determinada cadeia de qualquer
esquema planetário há um forte enfoque na distribuição do fogo por fricção para os
centros inferiores, hipervitalizando os 3 mundos inferiores, mental, astral e físico.
Obviamente, essa cadeia tem de ser uma em que os globos são constituídos de
matérias mental, astral e física.

O mesmo acontece com um dos globos de uma cadeia, ou seja, há um globo em que as
matérias densas (sob o ponto de vista do Logos planetário) são altamente vitalizadas
pelo fogo por fricção. Evidentemente este globo tem de ser físico, contendo matérias
física, astral e mental. No caso do nosso esquema planetário, a Terra satisfaz essas
condições, uma vez que ela é feita de matéria física nos 3 estados: sólido, líquido e

1045
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
gasoso, mais matéria etérica, astral, mental e também superiores. Isto signifca que no
atual período mundial ou global o centro básico do nosso Logos planetário, embora
feito de matéria búdica, está vitalizando as matérias física, astral e mental da Terra.
Como em todos os centros, este centro é constituído de substância dévica.

Assim, atualmente, quem está sendo fortemente estimulado pelo fogo por fricção é o
Eu inferior logoico (o quaternário inferior). Isto explica as atuais condições da
humanidade terrestre, em particular na área do sexo, fortemente voltada para a
sensualidade, nas suas diversas modalidades. Como os centros logoicos são
constituídos de substância e vidas dévicas, as quais adquiriram muito poder no sistema
solar anterior, conservando-o ainda, e esse poder ainda não foi transmutado em poder
espiritual, encontramos aí a explicação para a atual situação da humanidade.

Mas compete ao homem fazer essa transmutação, controlando os devas que trabalham
em seus veículos, como o Mestre afrma na página 540, letra e, do Tratado sobre Fogo
Cósmico. A prova é que alguns seres humanos (bem poucos) conseguiram esse
domínio e se libertaram totalmente do domínio dos devas, percorrendo, por conquista
individual, os diversos Portais iniciáticos. Mais uma vez temos nesse fato uma
demonstração da Justiça divina, que permite que cada um, caso faça o devido esforço,
liberte-se da escravidão da matéria, alcançando regiões de vida mais plena e
abundante e de total liberdade de locomoção.

Na próxima ronda, a 5a., quando 3/5 da humanidade estiverem desenvolvendo o corpo


búdico, o fogo por fricção logoico será dirigido para os centros superiores, o que,
como já foi dito, provocará uma redução de vitalização das 3 matérias inferiores, física,
astral e mental, com hipervitalização da matéria búdica. Portanto, na próxima ronda,
que será uma ronda de manas (por ser a 5a., sendo por isso ligada ao 5o. Raio), toda a
atividade mental será expressa pelo corpo búdico (manas existe em todos os corpos),
mas será uma atividade mental completamente diferente da atividade mental atual, no
que concerne à humanidade. Mais uma vez lembramos que aqueles poucos que
atualmente estão se esforçando árdua e tenazmente para evoluir depressa já estão
conseguindo viver esses estados mentais da 5a. ronda, muito antes da maioria da
humanidade. Cabe aqui lembrar que está previsto que somente 3/5 da humanidade
conseguirão atingir a 5a. ronda e permanecer no esquema terrestre, sendo 2/5
expurgados, no chamado Dia do Juízo, tão mal interpretado pelas religiões cegas e
dogmáticas. Entre os expurgados estão aqueles que desdenham o conhecimento,
achando que só a devoção pode salvar.

1046
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 324

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas e o Plano Físico - Grupo B - Os Agnichaitas -
Continuação - Páginas 527 e 528.

"No que antecede têm sido considerados alguns dos devas dos éteres, porém,
logicamente, não foram mencionados muitos outros. Será evidenciada a vastidão do
tema, se for lembrado que, quando nos ocupamos dos devas, tratamos com aquilo que
constitui a substância básica da manifestação ou Espírito-matéria, o aspecto mãe ou
negativo da dualidade divina e a soma total de todo o que existe. Estamos tratando
com a forma tangível, empregando a palavra "tangível" como aquilo que pode ser
captado pela consciência em qualquer de seus muitos estados. Devemos compreender
a total impossibilidade de catalogar as formas e aspectos da substância dévica ou de
classifcar os milhares de grupos e tipos. Estes 3 grupos serão encontrados em todos
os planos e constituem os receptores de força. Uma analogia similar existe entre estes
3 grupos de devas, no plano físico do sistema, e suas analogias no plano físico
cósmico. Brevemente indicarei que existem:

Grupo A...No plano de Adi atômico do sistema...Evolução divina.


Grupo B...Os 3 mundos da Tríade-Etérico logoico...Evolução espiritual.
Grupo C...Os 3 mundos - Fisico denso logoico...Evolução humana.
Aqui há muitas coisas de interesse para o estudante, pois esclarece a analogia entre a
evolução da substância e a evolução do espírito.

Com respeito aos devas do Grupo B, pouco mais pode ser acrescentado. Só é
conveniente fazer algumas generalizações.

Estes devas, especialmente os do 4o. éter, estão tão estreitamente vinculados ao


homem, que um de seus desenvolvimentos mais imediatos consistirá em chegar a
conhecer sua existência e o consequente e gradual domínio dos mesmos. Este domínio
será produzido por vários motivos, porém só será total, quando o homem puder atuar
no 4o. éter cósmico, o plano búdico. Uma das coisas que a Hierarquia trata de realizar
nesta etapa é demorar o despertar da humanidade a esta compreensão, pois esse
acontecimento necessitará grandes reajustes e, no princípio, poderá produzir

1047
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aparentemente muitos efeitos maléfcos. O desenvolvimento do olho físico é levado a
cabo de acordo com a Lei, e inevitavelmente toda a raça humana logrará esse duplo
enfoque que permitirá ao homem ver as formas densas e as etéricas. Na etapa atual
sua incapacidade para fazê-lo reside maiormente na falta de vitalidade prânica. Tal
resultado é devido principalmente às más condições de vida e ao abuso dos alimentos.
A tendência geral que existe para lograr condições de vida corretas e puras, o retorno
aos costumes mais simples e sãos, a grande necessidade de higienizar-se, de ar puro,
de luz solar e o grande desejo por ingerir alimentos de frutos oleaginosos, darão por
resultado, inevitavelmente, uma rápida assimilação dos fuidos prânicos. Isto produzirá
certas mudanças e melhoras nos órgãos físicos e na vitalidade do corpo etérico.

Portanto, nós que percebemos algo do Plano somos instados a difundir o


conhecimento da Religião da Sabedoria e, sobretudo, a romper com os preconcebidos
dogmas da pré-guerra. Devemos notar aqui que a guerra foi um grande acontecimento
oculto e produziu uma mudança vital na maioria dos planos e arreglos (ajustes) da
Hierarquia. Tem sido necessário fazer modifcações e alguns sucessos terão que ser
demorados, enquanto outros serão acelerados. Onde a guerra produziu seus mais
vastos efeitos foi entre os devas das sombras e, principalmente, entre os de 4a. ordem.
A trama etérica que protegia certos grupos nos reinos humano e animal tem sido
rasgada em vários lugares e os resultados desse desastre devem ser compensados.
Outro efeito produzido sobre os devas, como resultado da guerra, pode ser visto entre
os do Grupo A, que são (em um sentido oculto) os átomos físicos permanentes de
todos os seres autoconscientes. A 4a. espira tem sido enormemente estimulada e sua
evolução tem sido acelerada em grau extraordinário, em tal forma, que em alguns dos
homens menos evoluídos, devido à tensão do perigo e da experiência, a espira foi
estimulada até mais além do que lhe corresponde para a humanidade comum. Mediante
o estímulo da 4a. espira nas unidades da 4a. Hierarquia criadora nesta 4a. ronda, no
4o. globo e neste 4o. esquema, tem sido efetuado um enorme impulso progressivo no
caminho evolutivo, logrando-se um dos grandes objetivos da guerra. Um estímulo ainda
mais tremendo ocorreu na 4a. raça-raiz durante a guerra desse período e o resultado
foi que entraram no Caminho de Iniciação muitos que nem sequer normalmente agora
o teriam trilhado. Um efeito similar pode ser esperado na atualidade; a Hierarquia está
se preparando para ter a seu cargo muitas coisas de natureza extraplanetária, devido à
quase imediata disponibilidade de um número comparativamente grande de flhos dos
homens. Não deve ser esquecido que o estímulo das espiras afeta o aspecto matéria
ou substância dévica. O homem é literalmente substância dévica e um Deus, sendo

1048
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desta maneira um verdadeiro refexo do Logos solar. (8) (9)"

Comentários.

No estudo anterior foi dito que nesta 4a. ronda do nosso esquema planetário, o fogo
por fricção está vitalizando fortemente a parte densa do corpo físico cósmico do nosso
Logos planetário. Ora, essa parte densa é constituída pelas matérias física, astral e
mental que envolvem a Terra, na qual a humanidade está evoluindo. Todos os demais
globos do esquema terrestre também são afetados por essa vitalização, mas de
formas diferentes. Os globos 3 ou C e 5 ou E são feitos de matérias etérica, astral,
mental e acima, portanto neles falta a matéria física densa (estados gasoso, líquido e
sólido) e por isso está ausente o agente estimulador das sensações mais grosseiras,
estando também ausentes os Agnichaitas do grupo C. Os globos 2 ou B e 6 ou F são
feitos de matérias astral, mental e acima, e assim os efeitos só são sentidos nessas
matérias, estando ausentes os Agnichaitas. Os globos 1 ou A e 7 ou G são feitos de
matérias mental e acima, sendo por isso os efeitos predominantemente construtivos,
uma vez que o globo 7 ou G destina-se ao desenvolvimento de Budi através de manas,
o que também ocorre com o globo 6 ou F. Nos globos 1 ou A e 7 ou G estão ausentes
os Agnichaitas e os Agnisuryas, estes os que trabalham na matéria astral, como
veremos mais adiante.

Aqui cabe uma pergunta. Porque o nosso Logos planetário, estando em vias de receber
uma Iniciação cósmica maior (a nível de Logos planetário), tem de dirigir Seu fogo por
fricção para os centros inferiores, estimulando fortemente a parte densa de Seu corpo
e os instintos mais baixos da humanidade que está funcionando abaixo do diafragma. A
resposta é porque o nosso Logos planetário está enfrentando Sua batalha de
kurushetra e para tal Ele tem de ativar ao máximo Sua parte densa, para que todos os
Seus "instintos" inferiores sejam vistos diretamente, enfrentados face a face e
dominados. Em outras palavras, é a grande guerra entre a Mônada logoica via Seu Ego
logoico e o morador do umbral logoico, expresso pelo chamado espírito planetário. O
homem também enfrenta essa guerra, antes de receber a 4a. iniciação planetária, a 2a.
solar, e esse enfrentamento começa a partir da 2a. Iniciação planetária, quando tem de
destruir a hidra de lerna de 9 cabeças, conforme é descrito nos 12 trabalhos de
Hércules, as chamadas provas de Escorpião.

Todavia, nessa etapa do Logos planetário, os iniciados com a 2a. Iniciação planetária,
embora sentindo os efeitos da hipervitalização dos centros inferiores e
consequentemente dos baixos instintos, percebem claramente essa situação e também

1049
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fazem o seu enfrentamento, dominando defnitivamente os baixos instintos,
transformando-os. Este domínio e esta transmutação são feitos pelo uso da mente
devidamente desenvolvida e controlada pelo Ego ou Alma. É lógico que a vontade já
atua soberana.

Como o Mestre Djwal Khul diz, a quantidade de Agnichaitas do Grupo B é enorme e


impossível de ser descrita no Tratado. Todavia, se considerarmos a imensidão de
fenômenos que ocorrem em sua área de ação, podemos ter uma ideia da vastidão do
seu campo de trabalho.

Olhando a Física e a Química, examinando a tabela periódica dos elementos, com seus
parâmetros (número atômico e número de massa) e suas propriedades, podemos ter
uma noção das funções desses Agnichaitas.

Quando estudamos a radioatividade, mais complexidade percebemos nas tarefas deles.

Na efetivação da luz, que se propaga no 2o. éter, mais trabalho complexo.

Na realização do som, que se propaga no 3o. éter, mais ação especializada deles.

Ao produzirem as cores, que se propagam no 4o. éter, os Agnichaitas do grupo B


empenham-se com seu elevadíssimo conhecimento da matéria.

Na área da saúde, considerando a diversidade das funções biológicas, o leque de


especialização deles cresce de uma forma incomensurável. Acresce a esse leque que
Eles também trabalham com o reino animal nessa área, pois os animais possuem
igualmente contraparte etérica.

O pouco que foi dito já é sufciente para podermos avaliar por baixo a enormidade das
atividades, especializações e funções dos Agnichaitas do Grupo B.

Esclareçamos a analogia existente entre os 3 grupos de Agnichaitas e os devas que


trabalham no nível do físico cósmico.

Grupo A...Plano ou matéria Adi subplano atômico físico cósmico...Campo de evolução


física do Logos.
Grupo B...Planos ou matérias monádica, átmica e búdica-2o., 3o e 4o. éteres
cósmicos- mundos da Tríade Superior... Campo de evolução espiritual ou monádica.
Grupo C...Planos ou matérias mental, astral e física- subplanos gasoso, líquido e
sólido cósmico-físicos denso logoico...Campo de evolução do homem.
Lembramos que os Agnichaitas do Grupo A, que trabalham no subplano físico atômico,
1o. éter, estão estreitamente ligados aos devas do Grupo A, no nível físico cósmico,

1050
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que trabalham no mundo Adi, 1o. éter cósmico, com a evolução física do Logos. Nessa
ligação podemos ver nitidamente que a Vida divina manifesta-se aqui no nosso mundo
físico, apesar da redução. É por isso que devemos aprimorar, pelo conhecimento e
aplicação desse conhecimento, o nosso corpo etérico, para podermos atuar
conscientemente com a matéria física atômica. Lembramos que quando terminar o
período global ou mundial da Terra, ou seja, quando acabar a permanência da
humanidade e dos reinos aqui na Terra, todos serão transferidos para o globo 5 ou E
do esquema terrestre, que está localizado perto da Terra, embora a Ciência não tenha
conhecimento dele. Este globo é feito de matéria etérica, astral, mental e acima. Lá
nosso corpo mais denso será o etérico e teremos de viver diretamente por meio dele,
sem corpo denso. Portanto, é muito bom e útil que desde já comecemos a aprender a
viver por meio dele, estando ainda em corpo denso. Para tal temos de buscar o máximo
de conhecimento desse corpo etérico e aplicar esse conhecimento para que a
consciência se focalize nele, mantendo ao mesmo tempo a habilidade de focalizar a
consciência no corpo denso. Assim, quando chegarmos ao globo 5 ou E (os que
conseguirem chegar lá), já estejamos familiarizados com esse mais elevado e mais
dinâmico modo de vida.

O segredo para despertar a consciência etérica está em despertar a consciência


búdica, uma vez que o 4o. éter tem forte ligação com o mundo búdico, que é o 4o. éter
cósmico. Uma vez desperta a consciência no 4o. éter, fca fácil ir despertando a
consciência nos 3o., 2o. e 1o. éteres. Concomitantemente a isto, é necessário melhorar
as condições de saúde física, pela mais efciente assimilação do fogo por fricção
tríplice e melhor alimentação.

A ruptura da trama etérica protetora de certos grupos dos reinos animal e humano, em
alguns pontos, pela guerra, foi prejudicial, porque provocou uma antecipação não
prevista. Essa proteção é explicada pelo fato de a trama etérica isolar o corpo físico de
certas intrusões do mundo astral, prejudiciais.

Os Agnichaitas do Grupo A foram afetados pelas explosões nucleares, uma vez que
eles trabalham no subplano físico atômico. Com isso eles, que atuam nas espiras dos
átomos físicos permanentes dos homens, aceleraram sua atividade e assim a 4a. espira
do átomo físico permanente aumentou sua atividade, com resultados que tiveram de
ser compensados pela Hierarquia, uma vez que a humanidade comum não estava
preparada para isso. No caso do homem evoluído, o efeito foi altamente benéfco,
acelerando a chegada ao Portal Iniciático.

1051
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre diz que a Hierarquia está se preparando para por em execução muitas coisas
de natureza extraplanetária, por causa da quase imediata disponibilidade de um
número comparativamente grande de flhos dos homens. Analisemos essas palavras do
Mestre à luz da razão.

Por coisas de natureza extraplanetária podemos interpretar como sendo energias


provenientes de algum esquema mais adiantado que o nosso e aceleradoras da
evolução dos entes humanos preparados para tal. Isto implica numa triangulação
planetária. Ao mesmo tempo signifca a vinda de seres desse esquema à Terra, aqui
encarnando fsicamente. Talvez esse esquema seja o de Mercúrio, pois na página 327
do Tratado, no VII DIAGRAMA, consta que o 5o. globo do esquema da Terra, o globo E,
de matéria etérica, está infuenciado por Mercúrio, como também a 5a. cadeia do nosso
esquema será a cadeia de Mercúrio. Na página 315 do Tratado o Mestre chama
Mercúrio a estrela da intuição ou manas transmutado, sendo óbvio que neste contexto
a palavra estrela é simbólica, uma vez que Mercúrio é um planeta.

Estudo 325

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas e o Plano Físico - Grupo B - Os Agnichaitas -
Observações (8) e (9) - Páginas 528, 529 e 530.

"(8) - "Desta maneira Deus mora em tudo,


Desde os princípios ínfmos da vida, até chegar fnalmente
Ao homem - a consumação deste esquema.
Do ser, a completação desta esfera
De vida: cujos atributos
Têm sido dispersados pelo mundo visível, antes de
Pedir ser integrados, tênues fragmentos destinados a
Unirem-se num todo maravilhoso,
Qualidades imperfeitas da criação,
Que sugerem a uma incriada criatura,
Algum ponto donde esses raios dispersos deveriam unir-se
Convergindo nas faculdades do homem...

1052
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando toda a raça seja perfeita como o é
O homem; tudo o que concerne à humanidade,
E ao que o homem tem produzido, tudo, até agora, tem seu fm:
Porém no homem integrado começa de novo
A tendência para Deus. Os profetas prognosticaram
O acercamento do homem; assim surge no eu do homem
Augustas antecipações, símbolos, fguras
De um tênue esplendor aparecem ante ele
Nesse eterno círculo que a vida persegue.
Pois os homens começam a passar os limites de sua natureza,
E encontram novas esperanças e cuidados que rapidamente suplantam
Suas próprias alegrias e penas; crescem demasiado grandes
Para os estreitos credos do mal e do bem que se desvanecem
Ante a incomensurável sede do bem; enquanto que a paz
Se eleva dentro deles cada vez mais.
Tais homens já estão sobre a terra,
Seremos entre a ronda de criaturas semiformadas."
Paracelso, por Roberto Browning. "

(9) - "1. O homem é um animal, mas um Deus vivente, dentro de seu cascão físico. D.
S. III, 90, 265.

a. O Homem constitui o Macrocosmos para o animal, portanto, contém tudo o que


se entende pelo termo animal. D. S. III, 173, 180.
b. A divina consciência é recebida do Deus vivente. D. S. III, 106.
c. O animal constitui a base e o contraste do divino. D. S. III, 103.
d. A luz do Logos se desperta no homem animal. D. S. III, 55.

2. O homem é o tabernáculo, o veículo unicamente para seu Deus. D. S. I, 235,275; III,


V, 73.

Compare-se D. S. III, 168-169. Leia-se Provérbios VIII.


Estude-se a descrição bíblica do Tabernáculo:

a. O átrio externo, o lugar de purifcação e sacrifício do animal.


b. O Santo lugar, o lugar de consagração e de serviço.
c. o Sancto Sanctorum.

O primeiro corresponde à vida da personalidade.

1053
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O segundo à do Ego ou Eu superior.
O último à da Mônada ou Eu divino.

3. O homem contém em si mesmo todos os elementos que se encontram no universo.


D. S. II, 263; V, 214.

a. Tudo na natureza tende a converter-se em Homem. D. S. III, 173.


b. Todos os impulsos da força dual, centrípeta e centrífuga, estão dirigidos para um
ponto - o Homem. D. S. III, 173.
c. O homem é o depósito... reúne em si mesmo todas as formas. D. S. III, 281.
d. A potencialidade de cada órgão útil para a vida animal está encerrada no
Homem. D. S. VI, 243.

4. O homem tende a converter-se em um Deus e logo em Deus, como todo átomo no


universo. D. S. I, 193.

Compare-se o átomo e o microcosmos, o homem. D. S. I,184.

Cada átomo tem 7 planos do ser. D. S. I, 211. Compare-se I, 207.

a. Cada átomo contém o germe do qual pode surgir a árvore do conhecimento. (Do
bem e do mal, sendo portanto a discriminação consciente.) D. S. IV, 154.
b. É a evolução espiritual do homem interno imortal que constitui o princípio
fundamental das ciências ocultas. D. S. II, 325.
c. Átomos e almas são termos sinônimos na linguagem dos iniciados. D. S. II, 264-
265.

5. Seres humanos...essas Inteligências que têm alcançado o equilíbrio apropriado


entre Espírito e matéria. D. S. I, 149-150.

Leia-se cuidadosamente também: D. S. I, 263; II, 120-121.

a. No arco descendente o espírito faz-se materialista. D. S. II, 326; III, 183.


b. Na volta intermediária da base, ambas unem-se no homem. D. S. I, 218, 266-267.
c. No arco ascendente o Espírito afrma-se às expensas da matéria.
d. Isto é verdade com respeito aos Deuses e aos homens. D. S. III, 92-93.
e. Por conseguinte o homem é um composto de Espírito e matéria. D. S. III, 55.
f. No homem, a inteligência vincula a ambos. D. S. III, 105-106.

Veja-se chamada D. S. III, 129. Compare-se D. S. II, 362. "


Comentários.

1054
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Em (8), na descrição de Paracelso, por Robert Browning, vemos claramente, de forma
resumida, o processo evolutivo, sem necessidade de esclarecimentos.

Em (9), temos várias referências à Doutrina Secreta, de Helena Petrovna Blavatsky,


confrmando as palavras do Mestre Djwal Khul. Também são desnecessários
esclarecimentos.

Estudo 326

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas e o Plano Físico - Grupo A - Os Agnichaitas -
Páginas 529, 530, 531, 532 e 533.

"Temos visto que, em todos os planos, os grupos de devas podem ser divididos em 3
grupos principais, embora usualmente estuda-se a capacidade dual de unidades de
forças involutiva e evolutiva. Falando em geral, estes grupos podem ser considerados
como:

a. Representando o aspecto positivo ou fenômenos elétricos positivos.


b. Representando o aspecto negativo.
c. Constituindo - em tempo e espaço - a união dos 2 aspectos e, durante a evolução,
manifestando o 3o. tipo de fenômeno elétrico.
Pode ser feita outra agrupação desta triplicidade que os alinhará na ordem de
manifestação, tal como tem sido exposto na antiga cosmogonia, seguida ao enumerar
os grupos dos Agnichaitas.

Grupo A. Corresponde às manifestações da existência como se observam no plano


superior, esse aspecto compreendido pelo termo Agni.

Grupo B. Corresponde ao aspecto Vishnu-Surya.

Grupo C. Corresponde ao aspecto Brahma ou Logo criador.


A recapitulação foi feita desta maneira, porque o conceito deve estar claramente
defnido.

Já temos considerado os 2 grupos inferiores de devas. Agora devemos tratar o Grupo


A, o mais importante do plano físico desde o ponto de vista da criação e da
objetividade, pois constitui a vida da matéria mesma e a inteligência que anima as
formas de tudo o que existe no plano físico do sistema, não constituindo uma

1055
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inteligência autoconsciente, apenas a consciência tal como a compreende o ocultista.

Cada um dos subplanos atômicos no sistema solar está estreitamente inter-relacionado


com os demais; os 7 subplanos atômicos de todos os planos formam uma unidade e
são essencialmente o plano físico cósmico, tal como se compreende esotericamente o
termo. Os subplanos dos quais este grupo é a fonte de origem, tem com eles a mesma
relação que o 6o. princípio com o 7o. Portanto, os Devas do Grupo A são a força
criadora concentrada dos subplanos, a origem do aspecto objetivo da manifestação
física e a fonte dos 7 Alentos do Logos criador no plano físico. Porém deve ser
recordado que, em cada esquema, Quem constitui o impulso ou vontade criadora é o
Logos planetário do esquema, que cria Seu corpo físico de manifestação de acordo
com a Lei (seu planeta físico denso), assim como o homem - regido pela mesma lei -
cria seu corpo físico, ou como o Logos solar (em outro extremo da escala) cria Seu
corpo, um sistema solar.

Isto exerce uma infuência defnida e esotérica sobre o tema em discussão, e as


diferenças essenciais, que existem entre os Homens celestiais que tratam de se
manifestar, serão apreciadas em Seus esquemas e, portanto, nos distintos tipos de
devas por meio dos quais atuam e com cuja essência está feita Sua forma.

Isto poderia expressar-se da seguinte maneira: Assim como cada homem tem um corpo
que, por sua forma e características principais, se parece com outros corpos, embora
sua qualidade e traços distintivos pessoais sejam únicos, do mesmo modo cada um dos
Homens celestiais constrói um corpo de substância dévica ou Espírito-matéria da
mesma natureza que o de Seus irmãos e, sem embargo, distinto, matizado por Seu
peculiar colorido, vibrando a seu ritmo particular e demonstrando Sua própria e
singular qualidade. Isto se produz por meio de um tipo peculiar de essência dévica que
Ele elege, ou (explicando-o com palavras quiçá mais ocultas) envolve a resposta de
certos grupos peculiares de devas à Sua própria nota. Contêm em si mesmos
exatamente as partes componentes que Ele necessita para construir Seu corpo ou
esquema. Portanto, será reconhecido que os devas do Grupo A, sendo o que
poderíamos chamar os devas-chave, são de primordial importância e, desde nosso
ponto de vista atual, devem permanecer abstratos e esotéricos. Se considerarmos isto
de acordo com a Lei de Analogia e estudarmos a natureza essencialmente esotérica do
plano do Logos (o 1o. plano, chamado Adi) fcará evidenciada a razão disto. Se os
homens evoluídos reconhecessem ou tão somente estabelecessem contato com os
devas do Grupo A, o estudo de sua natureza, coloração e tom revelaria à humanidade
desprevenida a cor e o tom de nosso particular Logos planetário. A raça não está

1056
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
todavia preparada para este conhecimento. Revelaria também, estudando a Lei de
Ação e Reação, quais dos Egos encarnantes pertencem ao raio deste Logos; as
deduções resultantes poderiam conduzir os homens a zonas perigosas e poriam o
poder em mãos dos que não estão ainda preparados para manejá-lo com inteligência.

Em consequência, o Grupo A de Agnichaitas deve permanecer sendo totalmente


esotérico, e sua verdadeira natureza pode ser revelada só ao Adepto da grande Lei.

É por isso que só se permite dar muito poucas indicações, as que tratam simplesmente
das relações do homem com ditas entidades; este vincula-se principalmente com elas
porque seu átomo físico permanente está diretamente energizado pelas mesmas, pois
é parte de sua natureza e ocupa um lugar em sua forma. Será evidente, para qualquer
estudante, que, se os átomos permanentes do homem encontram-se dentro da
periferia causal, os devas dos 3 mundos, nos subplanos atômicos, têm de trabalhar na
mais estreita colaboração, devendo existir unidade de propósito e de plano.

Os devas dos níveis atômicos de todos os planos de nosso esquema trabalham em


estreita associação:

a. Entre si, formando deste modo, 7 grupos, soma total do aspecto Brahma de nosso
Logos planetário.
b. Com os 7 grupos que constituem a matéria atômica do esquema, nosso polo
oposto.
c. Com o grupo particular desse esquema que constitui um dos vértices do triângulo
do sistema do qual nosso esquema, conjuntamente com o oposto, constituem os
outros 2 vértices.
d. Com os correspondentes grupos, em menor grau, em todos os esquemas do
sistema.
e. Com o esquema que corresponde ao 1o. aspecto ou plano de Adi.
f. Com esses devas que formam a substância-espírito da manifestação desse Rishi
particular da Ursa Maior, protótipo de nosso particular Logos planetário.
g. Com os devas que formam a substância de uma dessas existências esotéricas às
quais se refere A Doutrina Secreta (10) como "As esposas dos sete Rishis" ou as sete
irmãs, as Plêiades. Uma destas 7 irmãs tem uma estreita relação com nosso Homem
celestial e, portanto, temos a interessante interação cósmica seguinte:
1. Um dos 7 Rishis da Ursa Maior.
2. Uma das 7 Irmãs, uma Plêiade.
3. O Homem celestial de nosso esquema.

1057
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Dita interação será tríplice e, no que a nós concerne, justamente agora envolverá a
transmissão da força vital que circula na substância dévica através da matéria atômica
de nossos planos. Isto afetará materialmente alguns seres humanos mais que outros,
de acordo com seu raio e natureza, e este efeito demonstrar-se-á na vivifcação das
espiras dos átomos permanentes e dos centros."

"(10) - D. S. IV, 116-119."

Comentários.

O Mestre Djwal Khul trata agora do Grupo mais importante e poderoso dos
Agnichaitas, o que é óbvio, porque, como o Mestre já explicou anteriormente, todo
fenômeno tem origem no subplano atômico, propagando-se em seguida nos subplanos
mais densos, conforme a natureza do fenômeno. Em virtude disso, esses Agnichaitas
do Grupo A dão origem a todos os fenômenos que ocorrem no nosso mundo físico.

Sempre devemos manter em mente a atividade dual dos devas, ou seja, ação involutiva
(os que estão indo para o mais denso, o reino mineral), e ação evolutiva (os que já
iniciaram a ida para o mais sutil e dinâmico. Logicamente os que estão na linha
involutiva são receptores das energias dos que estão na linha evolutiva.

Uma outra forma de analisar a atividade dos devas é a seguinte:

a. os que constituem o aspecto positivo (os transmissores ou emissores) dos


fenômenos elétricos;
b. os que constituem o aspecto negativo (os receptores);
c. a ação resultante - em tempo e espaço - da união dos 2 aspectos, o que é, durante
a evolução, a manifestação do 3o. tipo de fenômeno elétrico.
Pelo item c percebemos claramente que existe um 3o. tipo de fenômeno elétrico, que
pode se manifestar em diversas áreas de expressão da Vida divina, macro e
microcósmica, ao longo do espaço e do tempo, ou seja, no desenrolar do processo
evolutivo.

Analisando os fenômenos elétricos, vemos fenômenos nos quais são os devas da linha
involutiva que se movimentam energizados pelos devas da linha evolutiva, ou seja, o
negativo acionado pelo positivo, não signifcando isso união ou sintonia.

Mas há fenômenos elétricos ocorrendo totalmente na linha evolutiva, ou seja, devas


evolutivos negativos sendo energizados por devas evolutivos positivos, não
constituindo também união ou sintonia.

1058
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Para tornar mais claro nosso pensamento, analisemos um fenômeno elétrico conhecido
de todos, a luz gerada numa lâmpada elétrica incandescente. Nessa lâmpada há um
flamento feito de tungstênio, que é ligado aos 2 polos da fonte de energia elétrica, o
positivo e o negativo. Embora a corrente elétrica da rede doméstica seja alternada, ou
seja, mude de polaridade 60 vezes por segundo (60 Hz), sempre a corrente fuirá do
polo negativo para o positivo, em outras palavras, os elétrons (de carga negativa) fuem
atraídos (energizados) pelos prótons (carga positiva), que estão no polo positivo do
gerador. No trajeto pelo flamento de tungstênio da lâmpada os elétrons energizados
interagem com os elétrons dos átomos de tungstênio, resultando luz e calor dessa
interação. Temos aí um fenômeno elétrico resultante da ação direta dos Agnichaitas
negativos, embora energizados pelos Agnichaitas positivos.

No fenômeno do raio atmosférico, resultante do fogo elétrico oriundo do Sol, fogo esse
constituído por Agnichaitas positivos, interagindo com os elétrons da Terra,
Agnichaitas negativos, há uma fase do fenômeno em que os Agnichaitas positivos (o
fogo elétrico do Sol) atuam na atmosfera sem os elétrons, quando se dá a descarga em
direção à Terra, em altitudes mais elevadas, ocorrendo o encontro com os elétrons da
Terra em altitude mais baixa, quando surge a luz do relâmpago. Esse fogo elétrico do
Sol (Agnichaitas positivos), na fase sem contato com os elétrons da Terra (Agnichaitas
negativos), devem energizar outros Agnichaitas negativos (que não os elétrons). Temos
aí um fenômeno elétrico em que é mais evidente a ação dos Agnichaitas positivos (o
fogo elétrico do Sol).

Pesquisas e estudos profundos estão sendo feitos por grupos de cientistas, no mundo
inteiro, no campo dos raios atmosféricos.

Esse 3o. tipo de fenômeno elétrico citado pelo Mestre, resultante da fusão ou sintonia
dos Agnichaitas positivos com os negativos, que deve ocorrer ao longo do tempo e do
espaço, é um vasto campo para refexão e pesquisa para o verdadeiro ocultista, que é
um cientista, como diz o Mestre.

Levando essa refexão para a área do fenômeno elétrico, que é o homem, por exemplo,
na área do Loto Egoico, poderemos inferir informações e ensinamentos valiosíssimos,
no sentido de como será o futuro do homem, em termos de vida mais plena, futuro
esse que pode ser antecipado, se o devido esforço e empenho forem feitos.

Na Física temos a fusão do elétron com o pósitron (partículas de cargas elétricas


opostas e de mesma massa), os quais desaparecem após a fusão. Na câmara de bolha
foi comprovado o aparecimento do par elétron-pósitron a partir de uma partícula

1059
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
única, como também a fusão e o conseqüente desaparecimento. A pergunta que
podemos fazer é a seguinte: que fenômeno essa partícula fusão do elétron com o
pósitron produz na natureza?

Quando o Mestre diz que em cada esquema o impulso ou vontade criadora vem do
Logos planetário do esquema, o Qual cria Seu próprio corpo físico de manifestação de
acordo com a Lei (Seu planeta físico denso), assim como o homem - regido pela mesma
Lei - cria seu corpo físico, o mesmo ocorrendo com o Logos solar em relação ao Seu
sistema solar, podemos claramente deduzir que a matéria energizada pelos devas,
nesse processo de negativo e positivo, tem de ser comandada pela vontade das
entidades criadoras, para o surgimento do mundo fenomênico, palco de evolução de
muitos Seres.

Quanto ao fato de o Mestre não dar muitas informações sobre os Agnichaitas do Grupo
A, por constituírem uma chave e essas informações levarem à descoberta do Raio do
nosso Logos planetário e dos Egos encarnados pertencentes a este raio, o que
resultaria em grande perigo, por colocar o poder em mãos dos que ainda não estão
preparados para tal, a explicação que vemos é que esses Egos do mesmo raio do
nosso Logos planetário teriam forte comando sobre os Agnichaitas constituintes da
natureza, porque teriam em seus corpos substância dévica idêntica à do Logos
planetário e não estando devidamente preparados iriam ser um desastre para o Plano
divino.

De fato é perfeitamente compreensível que os 3 constituintes da Tríade inferior


humana: a unidade mental permanente, o átomo astral permanente e o átomo físico
permanente, em torno dos quais são construídos os corpos mental inferior, astral e
físico, pelos quais a Mônada adquire experiência dos mundos densos, via Ego ou Alma,
e evolui, tenham a mais perfeita coordenação, para que o propósito e o plano divinos
se desenvolvam de forma equilibrada e uníssona, e para tal é necessário e
imprescindível que os componentes da Tríade inferior se comuniquem diretamente, o
que é conseguido através da comunicação direta entre os subplanos atômicos, e,
estando a Tríade inferior dentro do campo de força do Loto Egoico, os ditames da
Mônada são transmitidos a ela.

No macrocosmos, ou seja, na área do Logos solar, temos uma linha direta de


comunicação para que haja a mais perfeita coordenação, colaboração e unidade,
dentro do propósito e do plano do Logos solar. Tal linha está na comunicação direta
entre os subplanos atômicos:

1060
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
- do plano búdico cósmico, onde está o Rishi da Ursa Maior ligado ao nosso Logos
planetário,
- do plano mental cósmico, onde estão as 9 pétalas do Loto Egoico logoico solar e
que são infuenciadas pela Plêiade ligada ao nosso Logos planetário, em comunicação
direta com o Rishi que está no plano búdico cósmico,
- do plano astral cósmico.
A partir dessa linha o que deve ser feito chega à Tríade inferior logoica planetária,
composta da unidade mental permanente, de matéria mental cósmica, do átomo astral
permanente, de matéria astral cósmica e do átomo físico permanente, de matéria física
cósmica (matéria Adi). Assim o nosso Logos planetário trabalha, age e evolui de forma
coordenada com o Propósito do nosso Logos solar.

Tal circulação de energias afeta os subplanos atômicos dos nossos 7 planos e assim
afeta todos os seres humanos em evolução, atingindo os componentes das Tríades
inferiores humanas, produzindo efeitos nas espiras dos átomos permanentes e nos
centros, de acordo com o raio e a natureza de cada um, e também de acordo com o
nível de evolução de cada um.

Como vemos claramente, são inúmeras as energias que infuenciam o ser humano, pois,
além dessas citadas, temos as energias das 12 constelações do Zodíaco e dos
planetas, sem contar as provenientes de outros sistemas solares que só provocam
resposta naqueles que já estão no processo iniciático.

Mais uma vez constatamos a beleza da lógica do processo cósmico da manifestação da


nossa Divindade, o nosso Logos solar, processo no qual todos nós estamos inseridos e
que o Mestre Djwal Khul nos apresenta. A descrição da Divindade apresentada pelas
religiões é completamente sem lógica e irracional, pois passa uma visão de um Deus
cheio de defeitos humanos, como a ira e que necessita de eterna bajulação.

Estudo 327

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e os Elementais


da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos
- Agnisuryas - Devas do Plano Astral - Páginas 533, 534, 535 e 536.

"Iniciamos aqui o estudo desses grupos de devas que constituem a substância do plano
astral, os Agnisuryas. Poderiam ser considerados da seguinte maneira e, empregando

1061
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
termos sinônimos, obter-se uma ideia geral de sua função, antes de iniciar sua
diferenciação em grupos e estudar sua relação com:

1. As diversas entidades, a alma dos diversos reinos ou grupos, como sejam os reinos
animal e humano e esses superiores ao homem na escala da consciência - o Logos.
2. O homem mesmo.
3. O plano em sua totalidade.
Devemos considerar estes devas:

Primeiro, como substância do plano astral em seus 7 graus.

Segundo, como esse aspecto da manifestação logoica que corresponde ao subplano


líquido no plano físico do sistema.

Terceiro, como o veículo do senhor deva Varuna.

Quarto, como as vidas animadoras dessa matéria involutiva do plano astral que
chamamos essência elemental e como a vitalidade que energiza os elementais do
desejo que existe em todo o sensível. Considerados sob este aspecto, especialmente
em relação com o homem, constituem a analogia no plano astral dos "devas das
sombras", pois o corpo de desejo de todos os seres humanos está composto de
matéria dos segundo, terceiro e quarto subplanos do plano astral. Isto é algo que deve
ser cuidadosamente considerado e será iluminador estabelecer a analogia entre o
corpo etérico ou o veículo de prana, que vitaliza o físico denso e o corpo astral do
homem, ademais do método que se emprega para vitalizá-lo.

Quinto, desde o ponto de vista do plano físico, como soma total da atividade material
(embora subjetiva) que produz o tangível e o objetivo. Assim como o sistema solar é
um "Filho da necessidade" ou do desejo, assim o corpo físico de tudo o que existe é o
produto do desejo de uma entidade superior ou inferior, dentro do sistema.

Seria oportuno assinalar aqui as linhas através das quais a energia - seja manásica,
prânica ou astral - penetra no sistema e chega até um plano determinado, encontrando
assim seu caminho até todas as unidades de consciência, desde um átomo até um
Logos solar.

O plano físico denso está energizado por meio de

a. o plano etérico planetário,


b. o plano mental, ou o subplano gasoso cósmico,
c. o plano átmico, ou o 3o. éter cósmico,

1062
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
d. o plano adi, ou o 1o. éter cósmico,
e, como consequência (por meio do átomo permanente logoico), penetra uma
afuência similar de força desde os níveis cósmicos.
O plano astral é energizado por meio de

a. o plano búdico, o 4o. éter cósmico,


b. o plano monádico, o 2o. éter cósmico,
c. o plano astral cósmico, chegando assim ao Coração de todo Ser.
O plano mental é energizado por meio de

a. o plano átmico, o 3o. éter cósmico,


b. o plano adi, o 1o. éter cósmico,
c. o plano mental cósmico, sendo desnecessário para nós ir mais além deste.
O estudante cuidadoso observará que ditos planos poderiam ser considerados, no que
respeita aos 3 mundos, como que manifestam 2 tipos de força, primeiro, uma força
que tende para a diferenciação tal como no plano mental (o plano da inerente
separação); e no plano físico (o plano da verdadeira separação); segundo, uma força
que tende para a unidade, como acontece no plano astral e no plano da fundamental
harmonia, o búdico. Deve ser recordado que estamos considerando a força quando
afui através de ou compenetra a substância dévica. Uma sugestão da verdade reside
no fato de que, na atualidade, o corpo astral é positivo no que respeita ao plano físico,
negativo no que concerne ao mental e positivo com respeito ao plano búdico. A medida
que a evolução continua o corpo astral chegará a transformar-se em positivo com
respeito ao mental, demonstrando assim que é invulnerável às infuências das
correntes mentais e aos processos separatistas de dito plano; negativo com respeito
ao plano búdico ou receptivo às forças desse plano. Quando tiver sido conseguido o
equilíbrio e as forças estiverem equitativamente balanceadas, o corpo astral converter-
se-á em transmissor desde o plano búdico ou o 4o. éter cósmico, por intermédio do
gasoso, até o físico denso. Este conceito deve ser estudado em conexão com a
consumação por meio do fogo da trama etérica do planeta, assim poderá obter-se o
esclarecimento. No plano astral não existe textualmente uma divisão tal como a
encontramos nos planos mental ou físico. Ambos se dividem em dois; o mental se
dividiu em superior e inferior, rupa e arupa, concreto e abstrato, e o físico em níveis
etéricos e subplanos densos.

Por conseguinte existe uma analogia entre ambos. A razão de que exista uma aparente
divisão (considerando aparte a questão dos estados de consciência do ser humano)

1063
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
deve-se à etapa de desenvolvimento dos grandes devas que personifcam e animam o
plano, os quais se manifestam através deste como um homem se manifesta por meio
de seu corpo. Varuna, o Senhor do plano astral, tem realizado um controle consciente
mais unifcado que Seus irmãos dos planos mental e físico. Vem à manifestação
vinculado a um dos Homens celestiais, o Senhor de um Raio maior. Os outros dois estão
vinculados com os Senhores de um Raio menor. Esta informação contém um indício
sugestivo para os estudantes. Poderíamos justifcadamente perguntar se isto é assim,
porque aparentemente se manifesta em forma tão desastrosa com respeito ao
homem ? Há várias razões que o justifcam, uma delas fundamenta-se no fato de que a
força que fui através do veículo do grande deva, o plano, é mais forte que nos outros
dois casos, devido à Sua etapa mais avançada de desenvolvimento, e também a que o
Logos Mesmo está polarizado em Seu corpo astral. A outra razão consiste em que tem
um vínculo particular com o Regente do reino animal e, como o ser humano não se
dissociou de sua natureza animal nem aprendeu a controlá-la, também está
infuenciado por esta tremenda força. Há outras razões ocultas no karma de nosso
Homem celestial, porém bastam as mencionadas."

Comentários.

O Mestre Djwal Khul inicia agora o estudo dos devas mais profunda e intensamente
relacionados com a atual humanidade, fortemente centrada nas e dominada pelas
emoções. Para a grande maioria da atual humanidade viver signifca unicamente sentir
emoções, não interessa de que natureza. Pensar com isenção de emoção é uma tarefa
praticamente impossível, em outras palavras, o comportamento é de manas totalmente
dominado por kama, o desejo. Por isso nessa grande maioria a mente concreta pouco
se desenvolve, uma vez que para a mente concreta ou inferior se desenvolver
plenamente, ela necessita se desvencilhar de kama e passar a ser infuenciada pela
mente abstrata ou superior. Por isso, o atual estudo é de suma importância, não só
para o autoentendimento, como para entender o comportamento dessa humanidade,
em particular no tocante a essa religiosidade sem fundamentação racional. Se Deus
nos deu inteligência, é porque Ele quer que a usemos e desenvolvamos, inclusive no
que diz respeito a Ele mesmo, para que cada vez mais entendamos a Sua Gloria, Beleza
e Inteligência infnitas e assim nos aproximemos cada vez mais dEle, sendo assim que
Ele expressa Seu infnito Amor para com a humanidade, que na realidade é Ele, uma vez
que nada existe fora de Deus, por ser Ele Infnito.

O estudo será feito dentro da ótica das atividades desses devas como mecanismos e
processos de expressão de Seres que constituem no todo os reinos animal e humano,

1064
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ou seja, as totalidades dos animais e dos homens em conjunto, abrangendo a
manifestação do Logos planetário.

No tocante ao reino animal, há uma particularidade muito interessante no que diz


respeito ao comportamento social e sexual dos bonobos, comportamento esse que
envolve os devas do plano astral. Os bonobos compartilham em 98% do DNA humano e
têm uma contraparte astral bem ativa. Em conjunto os bonobos constituem o corpo de
expressão de uma Entidade ligada ao Regente do reino animal, a qual é fortemente
ligada ao Senhor Varuna, o grande Regente do plano astral, ou seja, o Senhor Varuna
se expressa através de toda a matéria astral do nosso esquema.

Conforme a ótica sob a qual analisamos esses devas, podemos tirar muitas conclusões
esclarecedoras desse mundo fenomênico no qual estamos inseridos.

Essas óticas são as seguintes:

1. Como substância vitalizada dos 7 subplanos do plano astral.


2. Como a parte líquida, no sentido cósmico, de toda a matéria física cósmica contida
no nosso sistema solar.
3. Como corpo de expressão do senhor Varuna.
4. Como vidas vitalizadoras da chamada essência elemental astral, que está no ciclo
de descida para o mais denso, ou seja, o reino mineral. Essa essência alimenta os
desejos, humanos e animais, estando em todos os corpos astrais, constituindo esses
próprios desejos.
Há também devas no ciclo de subida alimentando desejos. Eles também tornam
possível a sensibilidade.

Pela analogia entre os devas das sombras e os devas astrais que trabalham nos sub-
planos 2o., 3o. e 4o. astrais, podemos deduzir o processo de vitalização do corpo
astral.

Os devas das sombras são os Agnichaitas do Grupo B, trabalhando nos 2o., 3o. e 4o.
éteres, sendo, entre outras coisas, encarregados do processo de captação de prana e
da devida vitalização do corpo denso humano. Assim podemos deduzir que há devas
astrais (Agnisuryas) encarregados do processo de captação de prana astral e da
vitalização do corpo astral humano. Isto esclarece em muito o conhecimento do mundo
astral, sendo de grande utilidade a refexão e a pesquisa desse assunto, no tocante à
saúde do corpo astral, o qual energiza o corpo físico.

1065
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
5. Como causas de toda a atividade material física (o tangível e o objetivo), atuando
essas causas subjetivamente, ou seja, são desejos que necessitam de matéria física
para se expressarem. É lógico que esses desejos são resultantes de uma atividade
superior, ou seja, da Mônada (humana ou Logoica), que quer conhecer e adquirir
experiência de mundos inferiores àquele no qual se encontra.

Estudo 328

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Devas do Plano Astral - Comentários - Páginas 533, 534, 535 e 536.

Comentários.

Estudemos o fuxo das energias que energizam e vitalizam os nossos 3 mundos


inferiores, ou seja, os chamados planos físico, astral e mental, em outras palavras, o
processo de transferência dos fogos por ação dos devas, mas comandados pela
grande Mônada logoica solar, pois estamos tratando do nosso sistema solar, Seu corpo
de expressão física. Tais energias ou fogos chegam até todos nós, unidades de
consciência, dotados de autoconsciência, como também as demais unidades dotadas
apenas de consciência. Este estudo é de grande utilidade, pois nos dá uma excelente
visão do mecanismo que nos permite evoluir.

Comecemos pelo plano ou mundo físico. Sempre partiremos do mundo mais sutil para
o mais denso, permanecendo dentro dos corpos cósmicos do nosso Logos solar, não
tecendo comentários sobre as fontes energéticas fora deles.

Plano ou mundo físico denso:

1. Fonte primária: Átomo físico permanente cósmico logoico solar, energizador do


corpo físico cósmico do nosso Logos solar.
2. Plano adi, 1o. éter cósmico.
3. Plano átmico, 3o. éter cósmico.
4. Plano mental, subplano gasoso cósmico.
5. Corpo etérico planetário, os subplanos etéricos do físico.
6. Subplanos gasoso, líquido e sólido.

O átomo físico permanente cósmico logoico solar é energizado de níveis mais

1066
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
elevados.
Plano ou mundo astral:

1. Átomo astral permanente cósmico logoico solar, energizador do corpo astral


cósmico do nosso Logos solar, sendo energizado por sua vez de níveis mais elevados.
2. Plano monádico, 2o. éter cósmico.
3. Plano búdico, 4o. éter cósmico.
4. Plano astral, subplano líquido cósmico.
Plano ou mundo mental:

1. Unidade mental permanente cósmica logoica solar, energizadora do corpo mental


inferior cósmico do nosso Logos solar, sendo por sua vez energizada de níveis mais
elevados.
2. Plano adi, 1o. éter cósmico.
3. Plano átmico, 3o. éter cósmico.
4. Plano mental, subplano gasoso cósmico.
Como o Mestre diz, é desnecessário citar fontes sutis mais elevadas, como os átomos
cósmicos permanentes da Tríade superior do nosso Logos solar, bastando por
enquanto as informações dadas.

Em todos estes planos ou mundos trabalham os devas, no processo dual de


transmissores (positivos) e receptores (negativos), operando os átomos e as moléculas
constituintes dos planos, em todos os organismos existentes neles, e executam a
transferência dos fogos de um plano para outro até chegar aos nossos 3 mundos
inferiores. Essa ação dos devas permite às Mônadas adquirirem corpos de expressão,
para entrarem em contato com as diversas matérias e evoluírem, resultando desses
contatos conhecimento e força, pois as Mônadas têm de dominar todas as matérias,
advindo a força desse domínio. Dentro deste contexto evolutivo estão todos os reinos.

O Mestre diz que estas energias produzem nos 3 mundos inferiores 2 efeitos
fundamentais: diferenciação, que se manifesta como separação ou discriminação
(originada no plano mental e efetivada no plano físico) e coesão, que leva à unidade
(originada no plano búdico, o plano da harmonia por excelência, o plano do controle
magnético e surgindo no plano astral como desejo, que chamam de amor, mas tende
imperfeitamente à unidade).

No atual período, na grande maioria da humanidade, o corpo astral é transmissor para


o corpo físico, receptor para o corpo mental e transmissor (não receptivo) para o

1067
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
corpo búdico (em relação à sua qualidade fundamental, a harmonia) . Isto signifca que
o corpo astral recebe a discriminação ou separatividade do corpo mental, rejeita a
coesão ou harmonia do corpo búdico e aplica a discriminação no corpo físico, ou seja,
faz com que este corpo a manifeste.

Mais tarde, pelo processo evolutivo, o corpo astral tornar-se-á receptivo totalmente ao
corpo búdico e transmissor (não receptivo) para o corpo mental (em relação à
separação), começando a expressar o verdadeiro amor e a harmonia, transmitindo
essas 2 qualidades ao corpo físico e também expressando-as por meio dele.

Após a fase de ajustamento e equilíbrio, o corpo mental será completamente receptivo


ao corpo búdico, o corpo astral completamente receptivo aos corpos mental e búdico,
e transmissor para o corpo físico. O corpo mental torna-se receptivo ao corpo búdico,
quando a mente concreta ou inferior se funde com a mente abstrata ou superior. Isto já
acontece com aqueles que passaram pelo 2o. Portal Iniciático, ou seja, conquistaram a
2a. iniciação planetária e fcaram face a face com o Senhor Cristo por 2 vezes.

Como sabemos, o plano mental se divide em 2: mental concreto ou inferior, rupa e


mental abstrato ou superior, arupa. É a mente inferior que discrimina, enquanto a
mente superior tende à síntese e está mais conectada ao corpo búdico. Com o
despertar da mente abstrata e sua imposição sobre a mente concreta e a consequente
atuação do corpo búdico, a visão separatista desaparece, surgindo a visão do UNO nos
muitos, ou seja, o homem continua percebendo as diferenças, todavia vê sempre a
Divindade em todas as diferenças.

Quando a grande maioria da humanidade tiver conquistado este estado de ser, o fogo
tríplice do plano búdico irá atuar fortemente no fogo tríplice do plano físico, passando
pelos planos mental e astral. Isto levará o fogo do plano físico a uma tal atividade e
intensidade, que resultará em fortíssimas movimentação e vibração dos átomos e
moléculas do plano físico, gerando, na linguagem da Física, grande "calor", o que,
literalmente, queimará e consumirá a trama etérica do planeta, sendo então
estabelecida a comunicação direta entre os planos astral e físico.

Quando isto acontecer, a humanidade estará pronta para receber de volta Aquele que
esteve entre nós há mais ou menos 2.000 anos através do Mestre Jesus, o Senhor
Cristo. Seu grande Irmão, Senhor Buda, também surgirá entre nós, completando Seu
Trabalho. Aí então os 2 excelsos Seres estarão livres para seguirem Seus destinos: o
Senhor Buda para Sirius e o Senhor Cristo assumir o cargo de Buda. O Senhor Buda em
Sirius irá se preparar para ocupar um elevado cargo no plano astral cósmico.

1068
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Futuramente, o Senhor Cristo, após passar o cargo de Buda ao Mestre Kuthumi,
seguirá um dos 7 caminhos, que na realidade são treinamentos para cargos nos planos
cósmicos acima do físico cósmico.

O Mestre dá um grande esclarecimento sobre o enorme astralismo que domina a


grande maioria da humanidade, ao explicar que o Senhor Deva Varuna, regente do
plano astral, é mais avançado que os regentes dos planos mental e físico e conseguiu
um controle consciente mais unifcado do plano astral, tornando este plano mais
atuante e dinâmico. Além disso, o Senhor Varuna veio à manifestação ligado a um
Homem celestial Senhor de um Raio maior. Ora, sabemos que o plano astral é regido
pelo 6o. Raio, sendo o 6o. raio um raio menor; todavia sabemos que os 4 raios menores
(7o., 6o., 5o. e 4o.) são derivados do 3o., sendo este um raio maior e no qual os raios
menores irão se fundir. Assim deduzimos que esta ligação do Senhor Varuna é com o
Logos planetário de Saturno, Senhor do 3o. Raio, um raio maior.

Acresce a tudo isto o grande vínculo do Senhor Varuna com o Regente do reino animal,
e o fato de o homem, na grande maioria, ainda estar fortemente dominado pelos
instintos animais e, portanto, ligado ao reino animal. Temos ainda a polarização do
nosso Logos planetário em Seu corpo astral.

Tudo isto induz o homem a uma fortíssima polarização no corpo astral e explica o
comportamento predominante na grande maioria da humanidade, ainda muito distante
da polarização mental, que é a meta da nossa 5a. raça-raiz. Daí, entre outras coisas, o
forte fervor religioso, totalmente astralino, completamente afastado de qualquer
análise racional, como deveria ser, religião e ciência unidas. Cabe aqui lembrar que o
Mestre Jesus está trabalhando no plano astral simultaneamente com devas do 6o. Raio,
na área dos religiosos, inspirando-os a serem mais cientistas e menos devotos, e com
devas do 5o. Raio, na área dos cientistas, inspirando-os a serem menos céticos e
pesquisarem o comportamento religioso, com o objetivo de enxergarem Deus através
da ciência. Atualmente já podemos observar entre alguns cientistas sinais de conclusão
de que existe um Ser que governa toda a natureza, não sendo esta mera consequência
do acaso. Logicamente esse Ser não é esse Deus dos religiosos, com defeitos humanos
e que impede que o homem use o que Ele lhe deu, a inteligência para entendê-Lo. Só
assim a verdadeira religião universal, planejada pela Hierarquia, irá ser estabelecida na
Terra. O Senhor Cristo também está trabalhando neste sentido.

O Mestre cita ainda, para o atual astralismo da humanidade, razões ocultas no karma
do nosso Homem celestial. Cremos que essas razões remontam à catástrofe da cadeia

1069
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
lunar. Como o Mestre já explicou em páginas anteriores do Tratado (página 350), a
cadeia lunar não foi até o fm previsto, tendo sido desintegrada antes, por causa de
uma atitude do nosso Logos planetário, que afetou a entidade chamada Espírito
planetário (que está no ciclo anterior à individualização no nível cósmico) que provocou
o desvio de toda a humanidade lunar. Tal atitude do nosso Logos planetário está
relacionada com o Logos de um sistema solar ao qual está ligado, dentro do corpo do
nosso Logos cósmico. Como sabemos, os Logos que se expressam pelas 7 Plêiades
estão relacionados com os nossos Logos planetários e o nosso a um particular. A
humanidade que veio da cadeia lunar ingressou na Terra na raça atlante. A nossa atual
raça-raiz, a 5a., originou-se da 4a. Portanto, há muitos Egos originários da cadeia lunar
e dentro do karma gerado na catástrofe da cadeia lunar.

Estudo 329

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Devas do Plano Astral - 1. As Funções dos Agnisuryas - Páginas 536,
537, 538 e 539.

1. As Funções dos Agnisuryas. Os devas do plano astral estão especialmente


vinculados ao homem na atualidade devido à polarização astral e ao papel que
desempenha o desejo e o sentimento na evolução. A consciência se expande por meio
do contato e pela compreensão do que há de ser conseguido por meio de um contato
específco. Aquilo com que tem de ser feito contato depende da vibração recíproca e,
em consequência, o desejo (a busca de sensações) e o sentimento (o refexo desse
desejo) é de real importância, pondo constantemente o homem em contato - embora
ele não se dê conta - com a substância dévica de qualquer tipo. Embora o homem
tenha alcançado uma etapa evolutiva relativamente elevada, a expressão dessa etapa
de realização é observada no tipo de não-eu com o qual faz contato; unicamente
quando é um iniciado começa a chegar perto de e a conhecer o signifcado da unidade
essencial que reside no coração do Ser e a compreender a unidade da Alma Universal e
a Unidade dessa Vida subjetiva que se oculta detrás de cada forma. Deve ser
recordado que o aspecto matéria encotra-se em todos os planos; sem embargo, as
formas existirão até transcender o "círculo não se passa" solar e evadir o Logos Sua
atual limitação. Por isso os devas do plano astral assumem um lugar muito importante

1070
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nos 3 mundos.

Anteriormente os temos considerado num aspecto quíntuplo, dividindo-os em 5


grupos. A esta altura do estudo, limitar-nos-emos a considerar a relação que existe
entre os entes autoconscientes tais como o Homem e o Logos planetário e dita
substância dévica. Existe uma grande diferença entre o homem e seu protótipo, um
Homem celestial.

O plano astral desempenha uma parte muito real na evolução do homem, tendo uma
estreita relação com um de seus princípios. Matéria e vibração astral são um dos
fatores que controlam a vida da maioria da gente. Para o Homem celestial a matéria
astral corresponde à parte líquida do corpo físico do homem, portanto não constitui
para Ele um princípio.

O plano astral é para o homem o principal campo de batalha e a zona mais intensa de
seu campo de sensação - a sensação mental esotericamente compreendida, é por ora
só uma possibilidade. O corpo astral é o lugar da vibração mais violenta do homem e as
vibrações constituem a causa poderosa de sua atividade no plano físico. O homem
deveria compreender, na atualidade, que os devas do plano astral controlam quase
totalmente o que faz e diz, e que a meta de sua evolução, a meta imediata, consiste em
liberar-se de seu controle, a fm de que ele, o verdadeiro Ego ou Pensador, possa
converter-se em uma infuência predominante. Para ser mais explícito e a fm de
ilustrar isto, direi que as pequenas vidas elementais que formam o corpo emocional e a
vida positiva de qualquer deva evolutivo vinculado (devido a vibrações similares) a um
homem determinado lhe proporcionam um corpo astral de poder coerente e positivo,
que todavia controla praticamente a maioria. O homem geralmente faz o que seus
desejos e instintos lhe sugerem. Se este deva evolutivo é de ordem elevada e os
desejos e instintos, em consequência, bons e exotericamente corretos. Sem embargo,
se o homem se deixa controlar por eles, é porque permanece sob a infuência dévica e
deve liberar-se. Se a vida dévica é de ordem inferior, o homem demonstrará instintos
baixos e viciosos e desejos vis.

Se estas observações são corretamente interpretadas, compreender-se-á algo do que


se quer signifcar quando se fala da evolução dévica como "evolução paralela" à do
homem. Nos 3 mundos as 2 linhas de evolução são paralelas, porém conscientemente
não devem ser uma só. Nos planos da Tríade são conhecidas como unidade que produz
o divino Hermafrodita ou Homem celestial - os entes humanos autoconscientes
personifcam os 3 aspectos da divindade, enquanto que as unidades dévicas

1071
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conscientes personifcam os atributos divinos. Ambos, fundidos, formam o corpo de
manifestação, os centros e a substância do Homem celestial. Grande é o mistério, e
enquanto o homem não conhecer seu lugar dentro do todo consciente, deve reservar
sua opinião quanto a seu signifcado. Portanto será evidente que, em vista da relação
existente entre o plano astral, e seu trabalho unifcado, e o plano búdico, com a
consciente harmonia que ali se experimenta, o corpo astral do homem clama por um
estudo e compreensão mais estreitos. Por seu intermédio será encontrado um vínculo
com o plano búdico e será produzida uma atividade harmoniosa no plano físico. Com
respeito a isto, o estudante de ocultismo deverá estudar cuidadosamente:

a. O sol físico e sua relação com o prana e o corpo etérico.


b. O sol subjetivo e sua relação com o plano astral, com o princípio kama-manásico e
o corpo astral.
c. O sol central espiritual e sua relação com o Espírito ou atma do homem. (11)
d. O coração do sol e sua relação com os corpos mentais, inferior e superior, que
produzem essa manifestação peculiar denominada corpo causal. A este respeito há
de ser recordado que a força que fui desde o coração do sol atua através de um
triângulo formado pelo esquema venusiano, a Terra e o Sol. Era de se esperar, de
acordo com a lei, que se formasse outro triângulo envolvendo os 2 planetas; os
triângulos variam de acordo com o esquema implicado.
Cosmicamente, existe uma série muito interessante de triângulos que será descoberta
por quem estude a astronomia esotérica e os ciclos ocultos. Tais triângulos originam-se
no sol central de nosso grupo particular de sistemas solares, cuja série envolve as
Plêiades. Esta realidade não será conhecida até a última década do século atual nem a
reconhecerá a ciência até o momento em que certas linhas de conhecimento e
investigação levem os cientistas a uma compreensão de que existe um terceiro tipo de
eletricidade que sempre equilibra e forma o ápice do triângulo, porém o momento
ainda não chegou todavia.

Tudo o que se diz aqui está expressado em termos de grupos dévicos e forças dévicas
que formam (em seu conjunto) uma substância que responde a uma vibração análoga.
Certos nomes defnidos o expressam esotericamente. Portanto, é possível transmitir
sem nenhum perigo, informação de caráter incompreensível para o profano em uma
frase como a seguinte: "O triângulo de.......de......e do Grupo ......dos Agnisuryas formou-
se e no girar da Roda foi produzido o terceiro." Isto demanda à mente do ocultista o
conhecimento de que na afuência de força desde uma constelação particular,
completamente forânea a nosso sistema, por meio de um esquema planetário

1072
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
específco e através do corpo astral do Logos planetário, foi produzida certa condição
que trouxe o aparecimento do 3o. reino da natureza, o sensitivo e consciente reino
animal. Frases similares encerram também o signifcado da relação dévica que existe
com a individualização do homem, porém não é de nenhum valor revelá-las; o anterior
só é mencionado a fm de lograr 3 coisas:

1. Demonstrar parcialmente a natureza e extensão das forças que fuem através de


nosso sistema.
2. Mostrar o estreito vínculo que temos com a evolução dévica.
3. Destacar a natureza triangular e a inter-relação de tudo o que acontece.

Seria conveniente fazer ressaltar um ponto relacionado com os devas dos planos
inferiores (com os quais o homem está peculiarmente vinculado). Podem ser divididos
em certos grupos, que indicam o lugar que lhes corresponde na escala da consciência.
Quiçá seja perguntado porque nos ocupamos unicamente dos grupos de devas que se
encontram nos 3 mundos. Esotericamente compreendido, ditos devas (do tipo que
estamos considerando) encontram-se só no corpo físico denso do Logos - a substância
dos 3 subplanos inferiores do físico cósmico. O Antigo Comentário diz o seguinte a
esse respeito:

"As esferas de fogo tratam de se localizar nos 3 inferiores. Originam-se por meio da
quinta, sem embargo fundem-se nos planos da yoga. Quando as essências ígneas
compenetram tudo, então já não existem a quinta, a sexta nem a sétima, senão
unicamente as três que brilham por meio do quarto."

Portanto, para os propósitos deste estudo, os devas só se encontram nos 3 mundos.


Mais além destes 3 planos, temos os 3 aspectos dos 3 maiores que se manifestam por
intermédio do quarto e, em consequência, as esferas dos Logos planetários no plano
búdico. Sintetizam tudo o que foi se desenvolvendo por meio da manifestação densa.
Desde o ponto de vista da flosofa esotérica, o plano físico cósmico, no qual todo
nosso sistema tem seu lugar, deve ser estudado de 2 maneiras:

1. Desde o ponto de vista dos Homens celestiais que abarcam as evoluções dos 4
planos superiores, os níveis etéricos. Sobre estes praticamente nada podemos saber
até depois da iniciação, momento em que a consciência do ser humano é transferida
gradualmente aos planos etéricos cósmicos.

2. Desde o ponto de vista do ser humano nos 3 mundos. O homem constitui a


evolução culminante nos 3 mundos, assim como os Homens celestiais a constituem

1073
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nos 4 superiores."
(11) - D. S. III, 236.

Estudo 330

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Devas do Plano Astral - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários -
Páginas 536 e 537.

Comentários,

Neste trecho o Mestre explica os motivos pelos quais os Agnisuryas, os devas que
constituem a substância do plano ou mundo astral, exercem um papel muito
importante no atual período da humanidade.

O corpo astral dos homens é onde os desejos e as emoções são geradas. Esses
desejos e as necessidades de emoções conduzem o homem a estabelecer contato com
aquilo que satisfaz seus desejos e produz suas emoções. Nesse contato com o
chamado não-eu ele sempre aprende algo, que expande sua consciência, ou seja,
acrescenta algo à sua consciência. Essa expansão deve ocorrer pela apreciação
inteligente do objeto de contato e pelo entendimento do que foi conseguido por meio
deste contato.

Assim a forte polarização astral da atual humanidade exerce seu papel no processo
evolutivo.

O desejo é a busca de sensações e a emoção e o sentimento são o refexo ou resultado


desse desejo satisfeito. Isto sempre põe o homem em contato com substância dévica
de variados tipos, existente em seus corpos astral e físico, embora ele não dê conta
desse fato.

O grau de evolução do homem é revelado pela natureza do não-eu (o objeto do desejo)


como o qual faz contato, ou seja, pela qualidade dos desejos, porque ele sempre
procura vibrações recíprocas, coerentes com a substância dévica constituinte de seu
corpo astral.

Somente quando o homem já é um iniciado faz esses contatos com plena consciência e,
por estar se polarizando mentalmente e com a mente abstrata entrando em atividade e

1074
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em contato com átomo búdico permanente, percebe em todos os não-eus a unidade da
Alma Universal e a Unidade da Vida subjetiva ou oculta atrás de cada forma. Aqui cabe
lembrar que a matéria existe em todos os planos, sem embargo as formas materiais
existirão até ser transcendido o 'círculo não se passa" solar e o Logos livrar-se de Sua
atual limitação.

Quando o Mestre diz que os devas do plano astral assumem um lugar muito importante
nos 3 mundos, os mundos físico, astral e mental, é porque, embora eles atuem no
mundo astral, todavia produzem efeitos no mundo físico (levando o homem a agir
fsicamente, sendo a sensação física um efeito) e no mundo mental inferior pela
condução dos pensamentos relacionados com os objetos dos desejos. A humanidade
ainda é fortemente kama-manásica, ou seja, a mente dominada pelo desejo ou corpo
astral.

O contato do eu com o não-eu ocorre em todos os planos e níveis, para a expansão da


consciência. Ele existe nos mundos mental, búdico, átmico, monádico, adi e superiores.
Os Logos planetários, quando recebem o impacto de energias provenientes dos Logos
que se expressam pelas 7 Plêiades, estão tendo contato com o não-eu, sendo nesse
caso o não-eu as Plêiades. Os Logos planetários reagem a esses impactos, identifcam-
nos, adquirem conhecimento de algo novo e assim expandem Suas consciências. Por
sua vez o Logos solar, ao receber, por exemplo, o impacto das energias provenientes
do Logos de Sirius, está tendo também contato com o não-eu, sendo o Logo de Sirius o
não-eu neste caso. Da mesma forma, em Seu nível, o Logos solar reage a esse impacto,
identifca-o, adquire conhecimento novo e assim expande a Sua consciência.

No caso da atual humanidade, as experiências emocionais pelo corpo astral, como


resultado dos impulsos dos desejos, levam o homem a aprender alguma coisa. Todavia
o homem não deve continuar vivendo as emoções automaticamente, sendo impelido
pelas vidas dévicas de seu corpo astral, mas deve agir identifcando mentalmente
essas emoções, procurando extrair algum ensinamento dessas emoções e não se
identifcando com elas, mas postando-se como observador. Também deve se esforçar
para ter contato com substância dévica mais elevada, do plano mental, e da reação a
esse contato, sempre como observador, tirar conclusões. Isto na prática signifca
polarizar-se mentalmente e não permanecer só no mundo astral. Assim, com o tempo, o
homem passa a ter contato com a substância dévica do mundo mental abstrato e mais
tarde com a do mundo búdico. Quando isto ocorre, a ação harmonizadora do mundo
búdico irá se manifestar nos mundos mental, astral e físico.

1075
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre fala de sensação mental esotericamente compreendida (sensação análoga à
sensação física). Sabemos que o corpo mental possui sentidos (jnanaindryias), para
receber os impactos vibratórios do meio exterior mental, o não-eu, como também tem
mecanismos de ação (karmaindryias), para atuar no meio exterior mental.

Portanto o Mestre tem toda razão quando menciona a sensação mental. Existe também
sensação nos corpos búdico e átmico. Mas essas sensações superiores são sentidas e
entendidas somente por aqueles que já têm esses corpos organizados, o que implica na
plena atividade da Tríade superior. Isto obviamente só ocorre com os iniciados, em seus
diversos graus de iniciação.

A questão da liberação por parte do homem do controle dos devas, que o Mestre
enfatiza, é muito importante. Há pessoas que são boas, apenas porque os devas, nos 2
ciclos, os elementais e os evolutivos (os devas negativos e os positivos), são de boa
índole, agindo a pessoa impelida pelos devas, mas não pela vontade do Ego ou da Alma.
A meta imediata para o homem é liberar-se desse controle dévico e agir apenas pela
vontade consciente do Ego, ou seja, ser um Ego ou Alma agindo com plena consciência
nos mundos inferiores por iniciativa própria, manipulando completamente a substância
dévica de seus corpos inferiores e não sendo comandado por ela.

É muito importante o que o Mestre diz, quando afrma que nos 3 mundos inferiores,
mental, astral e físico, as 2 evoluções, humana e dévica, em termos de consciência,
devem estar separadas. Somente no mundo búdico elas podem prosseguir juntas,
personifcando os entes humanos autoconscientes os 3 aspectos divinos e as unidades
dévicas conscientes os atributos divinos.

Os adjetivos "autoconscientes" e "conscientes", empregados pelo Mestre neste trecho,


têm um signifcado especial, como veremos mais adiante.

É também muito importante a recomendação do Mestre para que o corpo astral do


homem seja estudado e compreendido mais profundamente, tendo em vista a relação
existente entre o trabalho unifcado do plano astral e a consciente harmonia existente
no plano búdico, o que levará à descoberta de um vínculo com o plano búdico e à
produção de uma atividade harmoniosa no mundo físico.

Estudo 331

1076
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os
Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - Os Devas do Plano Astral - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação
dos Comentários - Página 538.

Comentários (Continuação).

O Mestre sugere um cuidadoso estudo de algumas relações cósmicas, para a


percepção inteligente de um vínculo entre os mundos astral e búdico, com o objetivo
de ser produzida uma atividade harmoniosa no mundo físico. Inicialmente analisemos
essa atividade harmoniosa no mundo físico.

O entendimento dessa conexão energética entre os mundos astral e búdico e o pensar


constantemente nessa conexão, estando o processo dessa conexão claro e nítido na
mente, irão dinamizar o afuxo de energias do mundo búdico (via corpo búdico em
torno do átomo búdico permanente) para o mundo astral (via corpo astral em torno do
átomo astral permanente). Como a matéria búdica é harmonizadora por excelência (é
regida pelo 4o. Raio, de Harmonia), o resultado é o estabelecimento da harmonia no
corpo astral. Como o corpo astral domina o corpo físico, este também entra em
harmonia.

Com os corpos físicos de muitos em harmonia, esta será estabelecida no mundo físico.

Vejamos a 1a. relação cósmica citada pelo Mestre:

a. O sol físico e sua relação com o prana e o corpo etérico.

Sabemos que esse sol visível e que nos aquece é fonte irradiadora de 3 manifestações
de fogo por fricção (o fogo da matéria): fogo por fricção/elétrico ou fohat, fogo por
fricção/solar ou prana e fogo por fricção/por fricção ou kundalini.

Sabemos também que o prana está ligado ao 2o. aspecto e, portanto, seu objetivo é a
coesão e o funcionamento harmonioso das células entre si e o mesmo entre os órgãos
(é o conservador em ação). Assim, o conhecimento profundo do processo de absorção
de prana pelo corpo etérico e sua aplicação constante para manutenção da saúde
constituem um dos meios para o estabelecimento da harmonia no mundo físico.

Vejamos a 2a. relação cósmica:

b. O sol subjetivo e sua relação com o plano astral, com o princípio kama-manásico e o
corpo astral.

Esse sol subjetivo é a matéria astral que envolve o sol físico. Assim como todos os

1077
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetas físicos possuem um envoltório de matéria astral, o sol igualmente tem seu
envoltório de matéria astral. Esse envoltório de matéria astral do sol irradia, para todo
o sistema solar, fogo por fricção tríplice, semelhantemente ao sol físico e vitaliza a
matéria astral de todos os planetas.

Como sabemos, na matéria astral da Terra há seres vivos em evolução, como os seres
humanos desencarnados vivendo por meio de seus corpos astrais. Os seres humanos
encarnados também possuem corpos astrais, além dos físicos. Esses corpos astrais
necessitam de prana para a manutenção da coesão e da harmonia entre suas
partículas componentes. Esse prana astral provém do sol astral.

c. O sol central espiritual e sua relação com o Espírito ou atma do homem.

Esse sol central espiritual não é o nosso sol visível, mas uma das estrelas que
compõem o sistema estelar que é a alfa da constelação à qual nosso sol pertence. Essa
estrela é a expressão física do 1o. aspecto do nosso Logos solar, denominado 1o.
Logos pelo Mestre Djwal Khul.

Essa estrela tem seus envoltórios de matérias astral, mental, búdica, átmica, monádica
e adi. É a matéria átmica dessa estrela que irradia fogo alimentador dos átomos
átmicos permanentes ligados às Mônadas humanas, através dos quais elas expressam
sua vontade ou princípio atma.

d. O coração do sol e sua relação com os corpos mentais, inferior e superior, que
produzem essa manifestação peculiar denominada corpo causal.

Esse coração é a expressão do 2o. aspecto do nosso Logos solar, o aspecto Budi,
denominado 2o. Logos pelo Mestre. Esse aspecto manifesta-se fsicamente pela 2a.
estrela do sistema estelar que é a alfa da constelação à qual nosso sol pertence. Essa
estrela tem seus envoltórios de matérias astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi.
Pelo aspecto logoico que ela expressa, as matérias mais importantes são a monádica e
a búdica. Mas é a matéria búdica dessa estrela que mais atua na matéria búdica da
Terra, irradiando fogo específco, de controle magnético, característica do 2o. aspecto
do Logos solar, o aspecto Budi.

Como sabemos, o corpo causal (Loto Egoico) humano surgiu da interação entre as
matérias mental inferior e mental superior do homem, por ação da matéria búdica da
Terra, por ocasião da individualização. Esse ação persiste.

O Mestre diz que a energia do coração do sol chega à Terra através do triângulo Sol-
Vênus-Terra.

1078
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Temos portanto, provenientes do Sol, as seguintes energias:

- prana alimentador do corpo etérico;


- prana alimentador do corpo astral;
- prana alimentador do corpo búdico via átomo búdico permanente.

A energia que estimula Atma no homem, proveniente do sol central espiritual, deve
também passar por um triângulo do qual o Sol faz parte, totalizando assim 4 energias
emanadas a partir do Sol. Essa energia tem a componente prana, específca para o
corpo átmico via átomo átmico permanente.

Temos então no prana, fogo de coesão, um vínculo entre o corpo astral e o búdico, uma
vez que, sendo o corpo astral vitalizado pelo prana astral, naturalmente ele vai exigir
mais energia do corpo búdico via átomo búdico permanente, o que irá impor harmonia
no corpo astral.

O corpo etérico, por sua vez, sendo dinamizado pelo prana físico, irá exigir mais
energia do corpo astral, sendo então benefciado pela harmonia implantada no corpo
astral pelo prana búdico.

O átomo átmico permanente dinamizado pelo prana emanado do sol central espiritual
irá vitalizar o átomo búdico permanente, aumentando seu poder harmonizador.

Portanto, podemos concluir, dentro de um raciocínio lógico, que o prana é um agente


vinculador entre os corpos astral e búdico, estabelecendo uma atividade harmoniosa
no mundo físico, como afrma o Mestre.

Esse assunto requer mais aprofundamento, que deixaremos para mais adiante.

Estudo 332

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação dos Comentários - Páginas
538 e 539.

Continuemos o estudo dos ensinamentos do Mestre Djwal Khul nas páginas 538 e 539
do Tratado. Ele fala de triângulos cósmicos, astronomia esotérica e ciclos ocultos.

Por triângulo neste contexto entendemos aquele que é a fonte da qual emana

1079
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
determinada energia, aquele que recebe essa energia e a adapta para um terceiro que
deve recebê-la e utilizá-la.

Por astronomia esotérica entendemos o estudo da astronomia sob o ponto de vista de


corpos de expressão de Logos solares e cósmicos e as relações existentes entre eles.
Por exemplo, conhecer as constelações que são centros de força (chacras) no corpo
do Logos cósmico, do qual o nosso sistema solar é um centro.

Por ciclos ocultos entendemos os períodos de tempo durante os quais determinados


triângulos cósmicos se formam e perduram, para a realização de específcas atividades
no corpo do Logos receptor, com vistas a desenvolver defnida qualidade. Na realidade
a atividade ocorre nos 3 componentes do triângulo e no corpo do Logos cósmico.

Quanto à descoberta do 3o. tipo de eletricidade com funções de equilíbrio, por parte
da ciência, ela ainda não ocorreu. Todavia a ciência admite uma partícula no interior do
núcleo do átomo químico com função de evitar que prótons (de mesma carga elétrica,
positiva) se repilam, estando assim no caminho para a descoberta da eletricidade
equilibradora. Como em outras atividades grupos dévicos específcos trabalham nessa
área, respondendo a uma vibração específca.

O triângulo formado na individualização do homem, nesta 4a. ronda da 4a. cadeia do


nosso esquema, na nossa visão, é constituído pelo sistema Sirius (a fonte de Manas), o
esquema de Vênus (o equilibrador) e um grupo de Agnishvattas cósmicos constituindo
o corpo mental cósmico do nosso Logos planetário. Tal energia manifestou-se na
matéria búdica (equilibradora), que é o 4o. éter cósmico no corpo físico cósmico do
nosso Logos planetário. Daí a energia manifestou-se na matéria mental, que é a parte
gasosa no corpo físico denso cósmico do nosso Logos planetário. Nessa matéria
mental uma classe de Agnishvattas chamados Anjos solares efetuou o trabalho de
individualização do homem lemuriano, em meados da 3a. sub-raça lemuriana.

Analisemos agora a citação do Antigo Comentário.

"As esferas de fogo tratam de localizar-se nos 3 inferiores." Isto signifca que os
Agnishvattas começaram a fazer seu trabalho na matéria mental do nosso esquema, os
Agnisuryas na matéria astral e os Agnichaitas na matéria física.

"Originam-se por meio da quinta, sem embargo fundem-se nos planos da yoga." Isto
signifca que esses devas manifestam-se por meio da 5a. Hierarquia criadora (a 10a. na
contagem total) e sua fusão ocorre na matéria búdica (os planos da yoga ou união).

"Quando as essências ígneas compenetram tudo, então já não existe a quinta, a sexta

1080
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nem a sétima, mas unicamente as três que brilham por meio do quarto." Isto signifca
que quando os Agnishvattas, os Agnisuryas e os Agnichaitas tornarem homogêneas as
matérias mental, astral e física, eles deixarão de existir separadamente, mas
manifestar-se-ão unidos com grande brilho (grande dinamismo) por meio da matéria
búdica. Aqui é bom lembrar que a Hierarquia criadora que se manifesta no 4o. plano ou
mundo búdico é a das Mônadas humanas. Embora existam devas trabalhando no
mundo búdico, podemos perceber a importância das Mônadas humanas no trabalho de
fusão.

O Mestre deixa bem clara a função equilibradora do plano ou mundo búdico na


manifestação dos 3 mundos superiores (átmico, monádico e adi) para os 3 mundos
inferiores, bem como sua função sintetizadora ou de fusão do que foi conquistado nos
3 mundos inferiores. Isto se dá para o homem e para o Logos planetário. Por isto o
Mestre recomenda que o corpo físico cósmico do Logos seja estudado sob o ponto de
vista do Logos planetário e do homem, sendo que o ponto de vista do Logos só começa
a ser entendido pelo homem quando ele se torna um iniciado, quando sua consciência
passa a atuar gradualmente no mundo búdico e acima.

Estudo 333

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação - Páginas 539 e 540.

"Nos 3 mundos temos as evoluções paralelas, dévica e humana em sua grande


variedade de graus, logicamente que a humanidade nos concerne mais intimamente,
embora ambas evoluam mediante a interação. Nos 4 mundos superiores temos esta
dualidade considerada como unidade, considerando-se só o aspecto da evolução
sintética dos Homens celestiais. Seria de grande benefício para nós, se pudéssemos
compreender algo do ponto de vista dos grandes devas que colaboram
inteligentemente no plano evolutivo. Possuem seu próprio método de expressar estas
ideias, que consiste na cor que pode ser ouvida e no som que pode ser visto. O homem
inverte o processo, vê as cores e ouve os sons. Aqui há um indício sobre a necessidade
de empregar símbolos, porque expressam verdades e instruções cósmicas e podem
ser captadas pelos seres avançados de ambas evoluções. Deve ser tido em conta,

1081
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como já foi indicado anteriormente, que:

a. O homem manifesta os aspectos da divindade. Os devas manifestam os atributos


da divindade.

b. O homem está desenvolvendo a visão interna e deve aprender a ver. Os devas


estão desenvolvendo a audição interna e devem aprender a ouvir.

c. Ambos são todavia imperfeitos e o resultado é um mundo imperfeito.

d. O homem evolui por meio do contato e da experiência. Expande-se.

Os devas evoluem diminuindo o contato.

A limitação é a lei que os rege.

e. O homem aspira adquirir autocontrole.

Os devas se desenvolvem quando são controlados.

f. O homem é inerentemente Amor, Força que produz coerência. Os devas são


inerentemente inteligência, força que produz atividade.

g. O 3o. tipo de força, o da Vontade, o equilíbrio balanceador dos fenômenos


elétricos, há de atuar equitativamente em ambas evoluções e através delas, porém
em uma se demonstra como autoconsciência e na outra como vibração construtiva.
No Homem celestial estes 2 grandes aspectos da divindade estão equitativamente
mesclados e durante o mahamanvantara os Deuses imperfeitos fazem-se perfeitos.
Destacam-se estas diferenças amplas e gerais, porque lançam luz sobre a relação
entre o Homem e os devas."

Estudo 334

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre os ensinamentos das
páginas 539 e 540.

Analisemos os ensinamentos do Mestre Djwal Khul desde o último parágrafo da página


539 até o penúltimo parágrafo da página 540 do Tratado.

1082
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Inicialmente o Mestre diz que nos 3 mundos inferiores, físico, astral e mental, os 2
reinos, humano e dévico, seguem paralelos e separados em termos de consciência, mas
interagindo, ou seja, o humano afeta o dévico e este afeta o humano. Pelo visto
podemos deduzir, dentro de uma lógica, que os 2 reinos devem se integrar, através da
harmonização, o que é confrmado pelas palavras do Mestre logo em seguida, quando
Ele diz que nos 4 mundos superiores, búdico, átmico, monádico e adi, os 2 reinos serão
uma unidade, olhando-se os Homens celestiais em evolução sintética. Portanto, o reino
humano, que tem como meta controlar o reino dévico, deve, através do conhecimento e
da prática desse conhecimento, tudo fazer para entender o Plano divino e o Propósito
do Logos planetário, estabelecendo já a harmonia nos mundos inferiores, dentro desse
Propósito. Só assim o Cristo poderá reaparecer entre nós.

A consolidação da Vontade para o bem, produzindo a boa Vontade, em âmbito mundial,


com pleno conhecimento e plena consciência, livremente e não por imposição, trará o
Cristo para junto de nós, fsicamente, embora Ele, trabalhando nos mundos elevados,
nunca tenha se afastado de nós, como o atesta seu aparecimento no mundo astral
todos os anos no Festival de Wesak.

A seguir o Mestre fala da importância para nós do entendimento do modo de ser dos
devas, da sua vida interior, do seu comportamento, dos seus métodos de ação, da
estrutura dos seus corpos de expressão, enfm, conhecer os devas como o homem
conhece seus próprios corpos. Quando isto for possível, então haverá de fato
fraternidade entre devas e homens.

Uma informação muito importante e útil que o Mestre nos dá é sobre os sentidos da
visão e da audição dos devas. Ele diz que os devas ouvem as cores e veem os sons, ao
contrário do homem, que vê as cores e ouve os sons (página 540 do Tratado).

Vejamos defnições científcas do som, da luz e das cores.

Som - Sucessão de condensações e rarefações de partículas. Essa condensações e


rarefações de partículas seguem determinadas direções e assim formam fguras. A
física, em laboratórios de acústica, já comprovou este fato. Segundo o Mestre Djwal
Khul, na página 278 do Tratado, o som se propaga no 3o. éter e por repercussão se
manifesta nos estados gasoso, líquido e sólido. A física defne o som como onda
mecânica.

Luz - Podemos interpretar a luz como uma força que cresce a partir do zero até uma
intensidade máxima, num determinado sentido e em seguida decai até o zero, numa
certa velocidade; após, a força cresce em sentido oposto até o máximo, voltando a cair

1083
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
até o zero. Esses 2 crescimentos da força, em sentidos opostos, chamam-se ciclo, na
física. Esses crescimentos se sucedem em defnidas direções. A quantidade de ciclos
por segundo é denominada frequência.

Cada cor tem sua frequência. A síntese das 7 cores produz a luz branca. Segundo o
Mestre, na página 278 do Tratado, as cores, em sentido particular, estão vinculadas ao
4o. éter.

Voltemos ao tema do Tratado. Segundo o Mestre, na página 179 do Tratado, a visão dá


a ideia de proporção e permite ajustar os movimentos aos dos outros; a audição dá a
ideia de direção relativa e permite fxar a posição e localizar-se no esquema.

A ideia de proporção (visão) leva ao conhecimento daquilo do qual a proporção deve


ser sabida, ou seja, implica no conhecimento do plano e da parte que cabe, para que o
trabalho a realizar (os movimentos) se ajuste ao dos outros.

A ideia de direção e de posicionamento (audição) leva ao local onde o trabalho deve ser
realizado no esquema ou plano específco, implicando em manipulação de matéria.

Apliquemos esses conceitos de visão e audição ao fato de os devas verem os sons e


ouvirem as cores, ao contrário do homem, que vê as cores e ouve os sons.

Na página 181 do Tratado o Mestre diz que a audição conduz ao reconhecimento da


quádrupla palavra, à atividade da matéria, o 3o. Logos; a visão leva ao reconhecimento
da totalidade, à síntese de tudo, à consumação do Uno nos muitos, à Lei de Síntese
atuando em todas as formas que o eu ocupa e ao reconhecimento da unidade essencial
em toda a manifestação.

Na letra b da página 540 do Tratado o Mestre diz que o homem está desenvolvendo a
visão interna e deve aprender a ver; os devas estão desenvolvendo a audição interna e
devem aprender a ouvir. Isto signifca, quanto aos devas, que aperfeiçoar a audição
interna constitui para eles uma meta, sendo portanto seu processo principal. Juntando
a isto o fato de que a audição conduz à atividade da matéria (página 181 do Tratado) e
mais o que o Mestre diz na letra f da página 540: "Os devas são inerentemente
inteligência, força que produz atividade." , fca nitidamente comprovado que
aperfeiçoar a audição interna é meta para os devas, sendo sua principal ferramenta de
trabalho.

Vejamos agora como os devas executam seu trabalho de construção, ouvindo as cores
e vendo os sons.

O mecanismo de audição dos devas é de tal forma construído, que só responde às

1084
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sucessões de crescimento e decaimento de força, denominadas cores, levando à
consciência dévica informações que direcionam o deva e lhe indicam o lugar onde deve
fcar para a execução de seu trabalho construtor.

Sabemos que cada plano e subplano têm suas cores específcas, como também os
elementos químicos possuem suas próprias cores que os identifcam, o que é fato
comprovado pela química. Assim, a questão onde devo trabalhar é respondida.

Resta a questão o que devo fazer. O mecanismo de visão dos devas é preparado para
só responder às sucessões de condensações e rarefações de partículas denominadas
ondas sonoras, levando à consciência dévica informações de proporção referentes á
fgura gerada pelos sons ou palavra e que lhe indicam o que deve fazer, ou seja, ajustar
seus movimentos (seu trabalho) aos dos outros devas, no trabalho coletivo ou grupal.

Dentro do raciocínio acima exposto, podemos demonstrar a veracidade das palavras


do Mestre nas letras "d", "e" e "f" da página 540 do Tratado. Sendo o homem
inerentemente Amor, ele necessita do contato com o não-eu para expressar e
desenvolver esse amor. Já os devas, sendo inerentemente inteligência, têm de
abandonar o contato (nos moldes do homem), para se concentrarem na sua atividade
construtora.

Nessa atividade está a construção de corpos para o homem. Os devas evoluem sendo
controlados, porque por esse controle eles aumentam sua atividade e assim evoluem.

Em ambos os reinos, humano e dévico, a Vontade atua, no homem resultando em


autoconsciência e nos devas resultando em atividade ou vibração construtiva (Letra g
da página 540).

Como a partir do mundo búdico as 2 evoluções, humana e dévica, trabalham juntas e


em harmonia, na parte etérica cósmica do corpo físico cósmico do Homem celestial ou
Logos planetário, elas estão equitativamente mescladas.

Estudo 335

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e os Elementais


da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos
- a. As Funções dos Agnisuryas - Continuação - Páginas 540, 541, 542 e 543.

"Os devas do plano físico, embora estejam divididos nos grupos A, B e C,

1085
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
correspondem ao grupo dos "Devas de Sétima Ordem". A sétima ordem está
peculiarmente ligada aos devas de primeira ordem do primeiro plano. Refetem a mente
de Deus, da qual a primeira ordem constitui a expressão e a manifesta a medida que
vai sendo desenvolvida desde o plano arquetípico. Ditos devas estão diretamente
infuenciados pelo sétimo Raio e o Logos planetário desse Raio trabalha em estreita
colaboração com o Senhor-Raja do sétimo plano. Devido a que a meta de evolução dos
devas é desenvolver a audição interna, compreender-se-á porque os sons mântricos e
as modulações rítmicas constituem o método para entrar em contato com eles e
produzir os distintos fenômenos. Os trabalhadores do caminho da esquerda empregam
estes devas para praticar o vampirismo e a desvitalização de suas vítimas. Atuam
sobre os corpos etéricos de seus inimigos e, por meio do som, afetam a substância
dévica, produzindo assim os resultados desejados. O mago branco não atua no plano
físico com substância física, mas transfere Suas atividades para um nível superior e
dali manipula desejos e motivos, trabalhando por intermédio dos devas de sexta
ordem.

Os devas de sexta ordem correspondem ao plano astral e estão muito ligados com as
forças que produzem os fenômenos que chamamos amor, impulso sexual, instinto ou
anelo, e motivo impulsor que se manifesta logo no plano físico como uma atividade
determinada. A vibração positiva, iniciada no plano astral, produz resultados no plano
físico e é por isso que o Irmão Branco, se acaso trabalha com os devas, o faz só no
plano astral e com o aspecto positivo.

Como é de se esperar, estes devas de sexta ordem estão estreitamente vinculados com
os de segunda ordem no plano monádico e com o centro cardíaco de determinado
Homem celestial a cujo Raio pertençam. Estão ligados também às forças dévicas do
plano búdico; nestas 3 grandes ordens de devas temos um poderoso triângulo de força
elétrica - os 3 tipos de eletricidade descritos nos livros de ocultismo. Deve ser tido em
conta que o tipo de força equilibradora (embora desconhecido na atualidade) fui
desde o plano búdico, encontrando-se ali o ápice do triângulo.

Estas 3 ordens são (no atual sistema solar) as mais poderosas, especialmente na

1086
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
presente 4a. ronda. Infuenciam particularmente o 4o. reino da natureza e
fundamentam a busca do equilíbrio, a fm de lograr a harmonia, a união e o yoga, que
caracterizam o homem em todos os níveis; sua manifestação inferior constitui o
instinto sexual tal como o conhecemos e a superior o anelo de unir-se a Deus.

Os devas de sexta ordem estão infuenciados especialmente pelo Senhor de sexto Raio
de Idealismo Abstrato; este vínculo possibilita o desenvolvimento da ideia arquetípica
até chegar ao plano físico. A sexta Hierarquia criadora também está especialmente
relacionada com esta ordem particular de devas, e através desta infuência dual - um
tipo de força atua por intermédio da manifestação etérica e outro por intermédio do
físico denso.

Isto constitui ainda um mistério insolúvel para o estudante, porém muito poderá ser
descoberto no signifcado que encerram os números. Este ângulo do tema deve ser
estudado a fm de desentranhar o verdadeiro signifcado dos devas de sexta ordem,
cujo símbolo é a estrela de 6 pontas, disposta em um ângulo particular e em plena
manifestação. A estrela de 6 pontas é o sinal de que um "Filho da necessidade" (seja
um Deus ou um homem) desejou encarnar fsicamente. Os devas de sexta ordem, os
Agnisuryas, constituem o fator principal para lográ-lo. Na sexta ronda ditos devas
começarão a fazer sentir sua presença em forma mais poderosa, porém a força de sua
vibração será gradualmente dirigida para cima e não para baixo, ao plano físico. Isto
envolverá a transmutação do desejo em aspiração e produzirá, oportunamente, a
liberação do Logos planetário, pondo fm a um manvantara ou Seu ciclo de encarnação
física. Ao retirar-se a força do desejo também cessa a existência física do homem. O
Antigo Comentário expressa esta verdade nas seguintes palavras:

"Os de sexta ordem retiram-se dentro de si mesmos; dirigem-se aos de quinta ordem,
deixando sós os de sétima ordem."

Continuando o estudo sobre estas ordens dévicas, devemos assinalar que as 3 ordens
inferiores - a quinta, a sexta e a sétima - relacionam-se estreitamente com a lua. São os
agentes construtores que (trabalhando na matéria involutiva dos 3 mundos) constroem
os 3 corpos inferiores do homem encarnante. Constituem um ramo especial dos Pitris
lunares, porém deve ser recordado que funciona em nosso esquema particular e está
estreitamente ligado a nosso Logos planetário. Grupos de tais Pitris encontram-se em
todos os esquemas onde haja homens encarnados; em outros esquemas diferem algo
dos nossos, já que o "Mistério da Lua" está relacionado com uma condição esotérica
peculiar que concerne a nosso Logos planetário.

1087
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Onde o homem se encontre encarnado, encontrar-se-ão os Construtores de seus
corpos, os quais diferirão em:

a. Grau de vibração.
b. Etapa de desenvolvimento.
c. Nível de consciência.
d. Força fohática, magnética e dinâmica.

Ademais há de ser recordado que em cada ronda muda a substância ou evolução


dévica; eles também evoluem e, portanto, o tema dos devas, em seu aspecto dual,
como substância negativa e positiva que produz objetividade, deve ser estudado em
forma tríplice, se queremos chegar a ter um verdadeiro conceito. Por conseguinte, os
devas - soma total da substância - devem ser considerados desde o ponto de vista de:

A evolução da ronda.

Um Logos planetário, posto que forma Seu corpo de manifestação, um esquema;

O reino humano.

Si isto não for considerado desde ditos pontos de vista, será obtido um conceito
estreito e errôneo. No futuro, como poderá observar-se mediante o estudo da Doutrina
Secreta, (12) o Logos em Sua natureza setenária será visto como o Macrocosmos para
o Homem, enquanto que o Microcosmos, o Homem mesmo, será visto também como o
Macrocosmos para os 3 reinos inferiores. Esta é simplesmente uma maneira de
estudar a evolução da Entidade consciente - Deus, o Homem ou a vida interior - por
meio da substância dévica; envolve o estudo da interação positiva e negativa."

Estudo 336

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre os ensinamentos das
páginas 540 e 541.

Comentários

Neste trecho do Tratado o Mestre Djwal Khul estabelece o conceito de ordem em


relação aos devas, associando a palavra ordem ao plano ou matéria física cósmica;

1088
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
assim os devas fcam classifcados quanto à matéria na qual operam, da seguinte
forma:

- matéria adi ou divina - 1o. plano...devas de 1a. ordem;


- matéria monádica - 2o. plano...devas de 2a. ordem;
- matéria átmica ou espiritual - 3o. plano...devas de 3a. ordem;
- matéria búdica ou intuicional - 4o. plano...devas de 4a. ordem;
- matéria mental - 5o. plano...devas de 5a. ordem;
- matéria astral ou emocional - 6o. plano...devas de 6a. ordem;
- matéria física - 7o. plano...devas de 7a. ordem.
Existe uma particular ligação entre os devas de 1a. ordem e 7a. ordem, ou seja, os
Agnichaitas (de 7a. ordem) trabalham em associação com os devas do mundo adi ou
divino (devas de 1a. ordem). Esta associação é devida ao fato de que os devas de 1a.
ordem conhecem o Plano que o nosso Logos solar estabeleceu para Seu corpo físico
cósmico e os devas de 7a. ordem sabem o que deve ser feito para a maior efcácia do
contato entre o Espírito ou Mônada e a parte mais densa de Seu corpo físico cósmico,
dentro do Plano.

Obviamente o Senhor do 7o. Raio, o Logos de Urano, está vinculado ao Senhor Kshiti,
Raja do 7o. plano, o físico.

Quanto ao que o Mestre diz sobre o desenvolvimento da audição interna dos devas e o
método de contacto com eles por meio de sons mântricos e modulações rítmicas, para
produzir os diferentes fenômenos, é necessário um esclarecimento.

Na página 540 do Tratado o Mestre afrma que os devas ouvem as cores e veem os
sons. Como a audição dá a ideia de direção e localização, os devas orientam-se e
localizam-se pelas cores. Como a visão dá a ideia de proporção e ajuste ao movimento
dos outros, os devas ajustam-se ao trabalho a ser feito em conjunto pelos sons, sendo
que as modulações rítmicas indicam pequenas diferenciações dentro das partes do
trabalho, assim como nas telecomunicações a modulação da onda portadora contém
informações específcas.

Quando os irmãos do caminho do mal (da esquerda) utilizam os sons para atuar sobre
os corpos etéricos de seus inimigos, provocando a desvitalização deles, as vibrações
sonoras, que são ondas mecânicas, são vistas pelos devas que constituem a substância
dos corpos etéricos, e pela visão são induzidos a ajustarem sua ação de acordo com a
intenção do irmão do mal. Pelas cores (que são ouvidas pelos devas) o irmão do mal

1089
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conseguiu chamar a atenção dos devas, orientando-os para o local onde a ação deveria
ser feita. Os irmãos do mal trabalham com os devas de 7a. ordem, os Agnichaitas.

O Mestre informa que os irmãos do bem não atuam diretamente na matéria física, mas
o fazem a partir da matéria astral, resultando o efeito no mundo físico, ou seja,
trabalham com os Agnisuryas, os devas de 6a. ordem.

Estes devas de 6a. ordem, do mundo astral, operam os fenômenos que constituem o
que chamam amor (esse amor sob o ponto de vista humano), atividade sexual, anelo ou
o motivo que impele o homem comum à ação física. Assim vemos claramente uma
vibração positiva do mundo astral atuando na matéria física, negativa em relação à
matéria astral.

Os devas de 6a. ordem, os Agnisuryas, do mundo astral, estão fortemente ligados aos
devas de 2a. ordem, do mundo monádico e aos devas de 4a. ordem, do mundo búdico,
como também ao centro cardíaco do Logos planetário a cujo Raio pertençam, uma vez
que os devas são divididos em grupos, cada grupo regido por um Senhor de Raio.

Esta ligação entre os devas de 2a., 4a. e 6a. ordens é devida à conexão existente entre
as Leis de Coesão (do mundo monádico), de Controle Magnético (do mundo búdico) e
de Amor (do mundo astral), a conexão 2 - 4 - 6.

Nessa conexão, a energia ou o fogo emanado pela matéria dévica monádica (um
particular tipo de eletricidade ou fogo elétrico), de 2a. ordem, é adaptado e equilibrado
pelos devas de 4a. ordem, do mundo búdico (onde impera a Lei de Controle Magnético)
e enviado para os devas que constituem a matéria astral, de 6a. ordem, onde surge
como amor, dentro da concepção humana. Esta conexão constitui um poderoso e
importante triângulo, com ponto mais importante no mundo búdico. O amor mais
elevado (altruísta) se manifesta no mundo búdico e o mais elevado ainda, no mundo
monádico.

Como no atual sistema solar o nosso Logos solar está empenhado em desenvolver ao
máximo seu 2o. aspecto, Amor-Sabedoria, ou Budi, essas 3 ordens de devas são as
mais poderosas e atuantes, em particular na nossa atual 4a. ronda da nossa 4a. cadeia
planetária. O reino humano, o quarto, é o mais infuenciado por essas ordens dévicas,
com o objetivo de levar o home à busca do equilíbrio, da harmonia, da união, que
devem caracterizar o homem em todos os níveis. No nível inferior manifesta-se como
instinto sexual e amor egoísta, que busca unicamente satisfação e em nível superior
como aspiração de unir-se a Deus.

1090
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 337

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre os ensinamentos das
páginas 542 e 543.

O Mestre Djwal Khul diz que os devas de 6a. ordem, os Agnisuryas, estão
especialmente infuenciados pelo Senhor do 6o. Raio de Idealismo Abstrato, o Logos do
esquema de Netuno. A ideia que está registrada no mundo arquetípico, o mundo adi ou
divino, ou seja, na matéria adi, melhor dizendo, o que o Logos solar quer expressar e
desenvolver por meio do Seu corpo físico cósmico, pode ser desenvolvida no nosso
mundo físico, graças a esse vínculo com o 6o. Raio, que estimula no homem a
dedicação a um ideal. Nesse trabalho a 6a. Hierarquia criadora exerce uma especial
atividade.

Esta 6a. Hierarquia dévica criadora (a 11a. no cômputo total, considerando as 4 já


liberadas e 1 em vias de liberação, é a vida da contraparte etérica de todos os objetos
tangíveis e ao mesmo tempo atua nos Agnisuryas do mundo astral, levando-os a atuar
sobre a 7a. Hierarquia criadora (a 12a. no cômputo total), a qual é a vida positiva no
interior dos átomos, produzindo a manifestação física densa. É assim que o corpo
astral do homem o conduz à atividade física.

As energias do 6o. Raio (de Idealismo Abstrato) estimulam o homem a agir fsicamente
de forma a realizar a parcela do Propósito divino (arquivado no mundo adi) que chega
ao mundo físico. É óbvio que com a evolução do homem partes maiores do Propósito
divino chegam à sua consciência e então ele age com conhecimento cada vez mais
amplo e vai se tornando trabalhador e cooperador mais efciente e lúcido, expandindo
sua consciência em velocidade cada vez maior.

Quanto ao símbolo dos devas de 6a. ordem, a estrela de 6 pontas, disposta num ângulo
particular, podemos raciocinar da seguinte forma: as 6 pontas representam o 6o.
mundo ou plano, o astral, e o ângulo é tal que 2 pontas estão voltadas para cima, 2
para baixo e 1 ponta para cada lado, representando assim a força dual desses devas (a
deles e a da 6a. Hierarquia criadora), fuindo do astral para o físico.

É pela ação dos Agnisuryas que as Mônadas (logoicas e humanas) podem encarnar

1091
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fsicamente, na fase de Filhos da necessidade, sendo por isso que a estrela de 6 pontas
simboliza que um Filho da necessidade deseja encarnar fsicamente.

Na 6a. ronda (vejam a relação numérica) esses devas começarão a intensifcar sua
ação, porém fá-lo-ão gradualmente para cima e não para baixo, ou seja, para o mundo
mental. A posição da estrela de 6 pontas obviamente deverá ser modifcada. Com isto
o desejo será transmutado em aspiração, o que iniciará o processo de liberação do
Logos planetário, terminando um Seu ciclo de encarnação física, ou seja, o término da
4a. cadeia. Isto signifca o início da transmutação de Manas em Budi e a manifestação
de Budi por meio de Manas aperfeiçoado.

Cessando o desejo, cessa a existência física. As palavras do Antigo Comentário


signifcam o seguinte:

Os de 6a. ordem (os Agnisuryas, do mundo astral) desligam-se do mundo físico (os
devas de 7a. ordem) e vinculam-se com os devas de 5a. ordem, do mundo mental. Com
isso os devas de 7a. ordem fcam sem a energia positiva e em consequência retiram-se,
ocorrendo a morte física. Mas o ciclo de encarnações físicas não se encerra aí, porque
em seguida vem um ciclo de encarnações nas quais os devas de 5a. ordem (mundo
mental) tornam-se receptivos aos devas de 4a. ordem (mundo búdico), os de 6a. ordem
(mundo astral) receptivos aos de 5a. ordem e os de 7a. ordem (mundo físico) aos de
6a. ordem, estabelecendo-se assim uma conexão perfeita e livre entre os corpos
búdico, mental, astral e físico, possibilitando a manifestação de Budi através do
cérebro físico.

Nessa etapa o homem encarnado fsicamente visa apenas executar a parte do


Propósito divino que lhe compete, cessando o apego às coisas materiais e honrarias
que muitos tanto almejam.

A ligação dos agentes construtores dos corpos mental, astral e físico do homem com a
lua é porque eles operam com a matéria involutiva, os devas negativos, e que são
oriundos da cadeia lunar. Mas isso acontece somente no nosso esquema. Com outros
esquemas, nos quais haja evolução humana, os agentes construtores dos corpos
inferiores do homem trabalham com matéria involutiva diferente e eles mesmos têm
natureza distinta da dos nossos, condizente com a natureza do Logos planetário do
esquema.

Especifcando os parâmetros pelos quais podemos distinguir as diferenças entre esses


construtores, temos:

1092
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. Grau de vibração ou a nota básica.
b. Etapa de desenvolvimento.
c. Nível de consciência.
d. Intensidade e grau de fusão dos fogos elétrico, solar e por fricção.
Como tudo evolui, é óbvio que em cada ronda muda a substância ou evolução dévica (a
matéria). Em vista disto o estudo dos devas deve se basear em:

- O ponto evolutivo da ronda.


- O Logos planetário do esquema, pois o esquema é o Seu corpo de manifestação.
- O reino humano, se houver.
Sem essas considerações qualquer conceito será estreito e errado.

No futuro, com o avanço do conhecimento humano sobre a verdadeira realidade e não


essa distorcida por maia, na qual se inclui a atual visão religiosa, o Logos planetário na
Sua natureza setenária será olhado como o Macrocosmos (o modelo maior e
abrangente) para o homem, enquanto este será visto como o Macrocosmos para os 3
reinos inferiores: animal, vegetal e mineral.

Este modo de ver é simplesmente um modo de estudar a evolução da Entidade


consciente - Deus (o Logos), o Homem ou as vidas inferiores - por meio da substância
dévica e da interação positivo - negativo (a polaridade).

Estudo 338

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação - Páginas 543, 544 e 545.

"Novamente, como diz o Antigo Comentário:

"Quando o Pai se acerca à Mãe, aquele que há de ser toma forma. A união de ambos
oculta o verdadeiro mistério do Ser.

Quando os grandes devas se buscam, encontram-se e fundem-se, cumpre-se a


promessa da vida.

Quando aquele que vê e conhece permanece entre seus progenitores, então pode ver-
se a frutifcação do conhecimento e se conhece tudo o que existe nos planos da

1093
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
consciência.

Quando se vê que Anu, o infnitesimal, contém Ishvara sem Seu poder, quando as
esferas e ciclos inferiores se expandem no círculo dos céus, então a Unidade essencial
será conhecida e plenamente manifestada.

Quando o Uno que contém a vida se transforma no três, atrás do qual oculta-se essa
vida; quando o três por rotação converte-se no sete e no dez; quando os trezentos
bilhões de vidas dévicas repetem a rotação; quando é alcançado o ponto central e este
revela o três, o nove e a JOIA radiante interna, então o círculo de manifestação terá
sido consumado e o Uno converte-se novamente no dez, no sete, no três e no ponto."

Aqui reside a chave do matrimônio místico; o estudo destes pares de opostos revelará
muito ao estudante de ocultismo - revelar-lhe-á o processo em tempo e espaço,
mediante o qual esta união e seu fruto são consumados, observando a criação
resultante do divino Hermafrodita em Seu elevado plano.

Devemos recordar sempre com claridade que nesta parte do tratado estamos
considerando os devas evolutivos, Vida positiva que anima a matéria involutiva ou
substância dévica. Portanto, a analogia do matrimônio místico, Espírito e matéria, pode
ser vista atuando na substância dévica, por meio da interação das vidas dévicas
positivas e negativas. A substância mesma representa uma dualidade essencial; as
formas repetem a mesma dualidade e, quando chegamos ao homem, temos ali uma
dualidade mais um terceiro fator. Estas 3 ordens de substância dévica - os quinto,
sexto e sétimo inferiores - constituem um grupo muito misterioso no que se refere ao
homem. (13) Raras vezes menciona-se na literatura ocultista, porém contém em si o
segredo de nossa individualização planetária. Este grupo teve muito que ver com o
"pecado dos sem mente" e está muito estreitamente associado com o homem animal.
Ao poder e ao controle que exerciam estes pitris pode ser atribuída grande parte dos
primeiros acontecimentos desastrosos aos quais se refere a Doutrina Secreta, como o
"pecado" mencionado, e também os "fracassos" iniciais ao tentar a construção de
veículos apropriados para os Espíritos que desejavam encarnar. Também pode ser
encontrada aqui a origem desse enigmático antagonismo denominado "os caminhos da
esquerda e direita", cujas condições (dentro do corpo logoico, sendo portanto parte da
consciência divina) originaram-se no remoto "espaço de tempo" em que os flhos de
Deus buscavam uma forma. Também se relaciona com uma condição especial existente
no corpo astral de nosso Logos planetário e com Sua história, oculta na luz astral.

Isto concerne àquilo que o Logos planetário tem de superar e à maioria dos problemas

1094
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que enfrenta o ocultista, incluso o "pecado dos sem mente", o fracasso da época
atlante, e também este misterioso fracasso de Buda (que tem um signifcado
planetário, insinuado na Doutrina Secreta) (14) podem ser atribuídos à condição da
substância dévica da qual estão construídos o corpo astral de nosso planeta e os
corpos astrais de todas as formas. É um dos Senhores mencionados como senhor de
menor grau e mais "apaixonado" que os 3 superiores. Nem sequer completou Seu
trabalho, pois ainda não controlou plenamente a substância dévica em seus distintos
graus de vida. A evolução dévica tem muito que fazer todavia.

Se este conceito é ampliado até abarcar o sistema solar, será evidenciado que os
veículos astrais dos diferentes Logos planetários diferem. Dita diferença depende
necessariamente de Sua vida astral cósmica que afeta diretamente o astral do sistema,
subplano físico líquido do físico cósmico. Isto é algo muito pouco compreendido. Como
já sabemos, o corpo físico denso do Logos planetário tem uma tríplice condição -
densa, líquida e gasosa - e o plano cósmico correspondente atua diretamente sobre
cada uma. Algum dia saber-se-á que as condições dos distintos planetas físicos
dependem deste fato.

Quando a natureza psíquica do Logos planetário for compreendida (conhecimento que


se adquire depois da iniciação, pois é parte da Sabedoria) encontrar-se-á que a
natureza dos diferentes esquemas, no que se refere a seu aspecto aquoso, por
exemplo, está conectada a um estado astral particular. A medida que o iniciado
progride em sabedoria, compreende intuitivamente a natureza essencial dos 7 grupos
ou do Setenário logoico, o qual se refere à sua cor ou qualidade, o que depende da
natureza psíquica de um Logos planetário determinado, podendo estudar o iniciado em
certa medida Sua natureza emocional ou de desejo. Isto conduzirá oportunamente a
uma consideração científca do efeito que tal natureza produz sobre Seu corpo físico
denso e, especialmente, sobre essa parte chamada plano astral, subplano líquido do
plano físico cósmico. Um refexo dele (ou um desenvolvimento posterior, se for
preferido este termo) encontra-se nas partes líquidas do planeta físico. "

(13) - "Sankaracharya e Buda. O grande sábio Sankaracharya é conhecido por todos


como guia principal do movimento adváitico, iniciado depois da época do grande sábio
conhecido como Gautama Buda, guia da doutrina de budi ou budismo. Ambos são
grandes Mestres de Compaixão e podem ser concebidos como os dois hemisférios do
ardente globo de luz localizado na montanha mental central a fm de distribuir luz a
Oriente e Ocidente. Se escutarmos Helena Petrovna Blavatski, estes 2 grandes Mestres
estão misticamente vinculados; compreender a natureza destes 2 seres é compreender

1095
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que a natureza de todo o cosmos é divisível em 2 hemisférios, sendo um a terra donde
sai o sol do eterno pensamento, e o outro "o Pilar que se encontra para o Ocidente
sobre cuja face o sol nascente do eterno pensamento impele suas ondas mais
gloriosas". Para nós (pobres flhos do pó da terra) representam os 2 grandes poderes
conhecidos nos Puranas como Shiva e Vishnu, o semeador e o colhedor universais que,
por sua interação, é dito, mantém o universo do progresso. Some Thougts on the Gita,
paginas 92-93. "

(14) - "As Estâncias da Doutrina Secreta, põem de manifesto estes fracassos. D. S. III,
186-187; IV, 242, 248.

O fracasso de Buda. D. S. VI, 28, 218, 219.

A Doutrina Secreta refere-se aos Deuses imperfeitos em I, 218; II, 121; III, 211; V, 192."

Estudo 339

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre as palavras do Antigo
Comentário na página 543.

Comentários.

Analisemos as palavras do Antigo Comentário sobre o assunto.

"Quando o Pai se acerca à Mãe, aquele que há de ser toma forma. A união de ambos
oculta o verdadeiro mistério do Ser." Sob a ótica de manifestação, o Pai é o Logos solar
e a Mãe é a matéria física cósmica, da qual o Logos solar se apropria para construir o
sistema solar (abrangendo as 7 matérias), Seu corpo físico cósmico, o Filho. Entender o
comportamento do sistema solar, o Filho, em decorrência da atuação do Pai, o Logos
solar, é descobrir o mistério do Ser, ou seja, o Logos sendo o que é através do seu
sistema solar. Podemos ver também no Pai a Alma logoica.

"Quando os 2 grandes devas buscam-se, encontram-se e fundem-se, cumpre-se a


promessa da vida." A promessa da vida neste contexto é o domínio da Alma sobre a
personalidade, o que é conseguido quando o fogo da mente funde-se com o fogo da
matéria. Então os 2 grandes devas, em relação ao Logos solar, são: o regente do fogo
físico cósmico, o Senhor Agni e o regente do fogo mental cósmico, que deve ser um

1096
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Senhor Agni maior.

"Quando aquele que vê e conhece permanece entre seus progenitores, então pode ver-
se a frutifcação do conhecimento e se conhece tudo o que existe nos planos da
consciência." Aquele que vê e conhece é a Alma logoica atuando através do sistema
solar e, portanto, permanecendo entre a matéria, a Mãe e a Mônada logoica, o Pai, vai
aprendendo por meio das experiências vivenciadas com seu corpo físico cósmico, o
sistema solar, expandindo assim sua consciência.

"Quando se vê que Anu, o infnitesimal, contém Ishvara em Seu poder, quando as


esferas e ciclos inferiores se expandem no círculo dos Céus, então a Unidade essencial
será conhecida e plenamente manifestada." Anu é o átomo, a ínfma partícula de
matéria e a base de todos os mundos. Entender e descobrir o imenso poder existente
no átomo (o que já aconteceu com referência ao átomo químico, comprovado pelas
bombas nucleares), é o mesmo que ver o 1o. aspecto, Ishvara, no átomo, o que é o
início da visão da Unidade essencial, o Uno manifestado no infnitesimal. A expansão
das esferas e ciclos inferiores no círculo dos céus signifca todo o processo evolutivo
do Logos solar, ou seja, a sucessão das cadeias dos Logos planetários, pelas quais Eles,
como centros do Logos solar, evoluem e aperfeiçoam-se, o que resulta no
aperfeiçoamento dos centros do Logos solar e Sua consequente evolução e Seu
aperfeiçoamento, tendo como conclusão a fusão da Alma logoica com a personalidade
logoica, manifestando-se assim plenamente a Unidade essencial.

"Quando o Uno que contém a vida se transforma no três, atrás do qual oculta-se essa
vida; quando o três por rotação converte-se no sete e no dez; quando os trezentos
bilhões de vidas dévicas repetem a rotação; quando é alcançado o ponto central e este
revela o três, o nove e a JOIA radiante interna, então o círculo de manifestação terá
sido consumado e o Uno converte-se novamente no dez, no sete, no três e no ponto." O
Uno que contém a vida é a Mônada logoica, que se manifesta através de Seus 3
aspectos, transformando-se no três; do 3o. aspecto surgem os 4 atributos, totalizando
o sete; os 3 fogos resultantes da ação dos 3 aspectos sobre a matéria, sendo esses 3
fogos tríplices, produzem o nove, que juntamente com a manifestação conjunta totaliza
o dez. Os trezentos bilhões de vidas dévicas repetem esse processo, porque são eles
os agentes executores do Propósito do Logos solar; o ponto central refere-se à JÓIA
no Loto Egoico solar, cercada pelas 3 pétalas centrais (o três), as quais são cercadas
pelas outras 9 pétalas ( 3 da Vontade, 3 da Sabedoria e 3 do Conhecimento), o nove;
quando as pétalas do Loto Egoico solar se abrirem totalmente, revelando a JÓIA no
centro do Loto Egoico, então o Logos solar terá se libertado dos 3 mundos inferiores,

1097
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
os mundos cósmicos físico, astral e mental, terminando Seu período de manifestação
física obrigatória e tendo sintetizado o dez, (por fusão e síntese dos 3 fogos: elétrico,
solar e por fricção cósmicos), o sete (por fusão e síntese dos 4 atributos no 3o.
aspecto), o três (por fusão e síntese dos 3o. e 2o. aspectos no 1o.), resultando no fnal
o ponto ou Uno.

Estudo 340

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação dos comentários sobre os
ensinamentos das páginas 543, 544 e 545.

Comentários.

O Mestre fala do matrimônio místico. Esse matrimônio se refere ao casamento entre o


Espírito ou Mônada e a matéria. Ora, a matéria é a substância dévica, ou seja, a matéria
vivifcada pelos devas, para poder ser manipulada pela Mônada em seu processo
evolutivo. Estudando-se o trabalho e o modo de operar dos devas ao produzirem a
natureza, entenderemos como a evolução se desenvolve no tempo e no espaço. No
tempo, no decorrer dos ciclos, maiores e menores. No espaço, nos diversos esquemas
existentes no nosso sistema solar. Veremos também que o resultado ou fruto de todo
esse processo é a transformação do nosso Logos solar no divino Hermafrodita, com as
qualidades masculinas e femininas, pela atuação sobre a matéria (substância dévica), o
lado feminino, e seu completo domínio, consumando-se assim o divino casamento: A
Mônada logoica, o esposo, fundindo-se com a esposa, a matéria dévica, sendo dois em
um.

O casamento repete-se na própria substância dévica. Temos os devas evolutivos, que


constituem o aspecto esposo, e a matéria animada pelos devas involutivos, que resulta
na chamada substância dévica, a qual é a esposa, que, fecundada pelos devas
evolutivos, produz uma segunda esposa, que é fecundada pela Mônada, num segundo
casamento.

No homem, constituído pela forma, os corpos, e a Mônada (o Espírito), temos


claramente a dualidade e um terceiro fator, a Alma ou o Ego (a consciência), que é o
flho do matrimônio da Mônada com a forma.

1098
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os devas que são as substâncias dévicas dos mundos mental, astral e físico,
constituem um grupo muito misterioso, no que se refere ao homem. Este assunto raras
vezes é mencionado na literatura ocultista, porém encerra o segredo de nossa
individualização planetária e está relacionado com o chamado pecado dos sem mente,
que Helena Petrovna Blavatsky comenta no volume III - Antropogênese - da Doutrina
Secreta, citando a Estância VII, sloka 24. Isto ocorreu no decorrer na raça lemuriana, a
terceira da nossa atual 4a. ronda, devido a uma falha no processo de individualização,
na construção dos corpos para a encarnação. Estes devas ligados aos 3 mundos
inferiores da Terra (mental, astral e físico) tinham um grande poder e perturbaram o
processo. São chamados pitris lunares porque são provenientes da cadeia lunar,
anterior à nossa. Na cadeia lunar ocorreu uma grande catástrofe, provocada por um
desvio tão grande do Plano divino, que o nosso Logos planetário foi obrigado a destruir
toda a cadeia antes da época prevista, por determinação do Logos solar. Os pitris que
atuaram no período lemuriano ainda continham resquícios da cadeia lunar e por isso
provocaram os efeitos perniciosos acima citados.

A separação entre o caminho do bem e o caminho do mal, que ocorreu na raça atlante,
também foi devida a esses pitris.

O misterioso fracasso de Buda, que consistiu em Ele ter ensinado mais do que devia e
seus seguidores terem distorcido seus ensinamentos, foi também motivado por esse
pitris lunares.

Mas os pitris que participaram mais fortemente nesses eventos foram os do mundo
astral da Terra, os Agnisuryas.

Seu regente, mencionado como Senhor de menor grau e o mais "apaixonado", ainda
não concluiu Seu trabalho, pois não conseguiu controlar plenamente a substância
dévica astral em seus diferentes graus de vida. Como os corpos astrais dos homens da
Terra são feitos da matéria astral do planeta, a humanidade se ressente das
consequências.

Todavia algumas Mônadas conseguem superar essa situação e se livrar do domínio


desses devas, conquistando as Iniciações.

O fato de a água constituir cerca de 70 % da Terra, estando a água no estado líquido e


a matéria astral ser o subplano líquido cósmico, comprova a natureza emocional do
nosso Logos planetário. Todavia Ele já tem consciência disso e está se esforçando para
dominar Seu corpo astral cósmico e polarizar-se mentalmente. Quando isto acontecer, a
estrutura da Terra será diferente.

1099
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Pelo conhecimento da natureza aquosa dos planetas é possível ao iniciado fazer ilações
sobre a natureza emocional do Logos que se expressa pelo planeta. A partir daí o
iniciado pode adquirir informações a respeito da humanidade sob a guarda desse
Logos.

Estudo 341

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação - Páginas 545 e 546

"O 7o. subplano do plano físico cósmico pode ser subdividido em 7, constituindo
nossos 7 subplanos físicos. A posse deste conhecimento permite que o mago realize
seu trabalho. Dado certo fenômeno físico - o peso da água em um planeta por exemplo
-, um iniciado de grau superior pode fazer deduções, baseando-se nele, sobre a
qualidade da excelsa Vida manifestada por intermédio de um plano. Chega a tal
conclusão através de um raciocínio que abarca o subplano líquido (o sexto) do plano
físico do sistema, dentro da seguinte linha:

a. Subplano líquido do físico cósmico, nosso plano astral do sistema.


b. 4o. éter cósmico, o plano búdico.
c. O 2o. éter cósmico, o plano monádico ou o plano dos 7 Homens celestiais.
d. O plano astral cósmico, entrando assim em contato com a natureza de desejos de
Deus.

Logicamente, o método exige um vasto conhecimento da substância dévica e uma


compreensão intuitiva de suas ordens e grupos - as notas chaves dessas ordens e dos
planos - e também da tríplice natureza da substância e ademais saber como trabalhar
com o 3o. tipo de força elétrica, o tipo de energia que põe o homem em contato com os
fenômenos forâneos ao sistema. Daí que tal força siga sendo desconhecida e, por ora,
só os iniciados superiores podem fazer contato com ela.

Novamente ver-se-á porque os Agnisuryas são de tão suprema importância;


personifcam uma força que é uma emanação direta do plano astral cósmico, que
revela - quando está triplamente fundida - a natureza de desejo de nosso Homem
celestial e de qualquer Logos planetário particular. Nos opostos, denominados pelos
teólogos "Céu e Inferno", temos 2 destes tipos de força, e neste conceito temos

1100
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ademais uma das chaves para o plano astral."

Estudo 342

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre os Ensinamentos das
páginas 545 e 546.

Comentários.

O Mestre diz que o mago (aquele que sabe operar com as forças vivas da Natureza e
tem o poder para tal) utiliza-se do conhecimento da estrutura da matéria dos 7
subplanos do plano físico, para realizar seu trabalho. Conhecendo o grau de densidade
da água em um planeta, um iniciado de nível superior pode fazer deduções, com base
nessa densidade, a respeito da excelsa Vida em manifestação através de um plano.

Ele consegue chegar a essa conclusão, baseado no fato de que a água, matéria física
no estado líquido, o 6o. subplano do plano físico, é refexo do 6o. subplano do plano
físico cósmico, o plano astral. Prosseguindo seu raciocínio dedutivo nessa linha de
refexos:

a. subplano líquido do físico cósmico, nosso plano astral,


b. 4o. éter cósmico, nosso plano búdico, onde estão os centros de força dos Homens
celestiais,
c. 2o. éter cósmico, nosso plano monádico, onde estão os Homens celestiais, em
consciência física cósmica,
d. o plano astral cósmico, onde ocorrem os desejos dos Homens celestiais,

o iniciado entra em contato com a natureza de desejos do Homem celestial e obtém


informações sobre a Vida que se expressa pelo plano.

Exemplifquemos. Conhecendo as propriedades e a estrutura da água na Terra, o


iniciado deduz informações a respeito do nosso Logos planetário quanto às Suas
emoções cósmicas e também a respeito de Varuna, que se expressa por meio da
matéria astral do nosso esquema.

É óbvio que o iniciado tem de saber de que forma as emoções cósmicas do Logos
planetário produzem as propriedades e a estrutura da matéria do subplano líquido no

1101
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planeta físico pertencente ao esquema desse Logos planetário.

Como matéria é substância dévica, o iniciado deve ter um profundo conhecimento e


muita compreensão intuitiva sobre os devas que operam essa matéria no subplano
líquido, os grupos e ordens em que se subdividem e suas respectivas notas chave, bem
como sobre a natureza dos 3 fogos que atuam na matéria.

Além disso, tem de saber como operar com o 3o. tipo de força elétrica, a eletricidade
que atua na matéria astral cósmica, a qual coloca o homem em contato com os
fenômenos que ocorrem fora do plano físico cósmico.

É muito evidente que tal força é completamente desconhecida da humanidade e, por


enquanto, somente os iniciados superiores conseguem fazer contato com ela.

Mais uma vez torna-se clara a suprema importância dos Agnisuryas. Eles personifcam
uma força que é emanação direta do plano ou mundo astral cósmico, força essa que
revela, quando seus 3 fogos estão fundidos ou sintonizados, a natureza dos desejos do
nosso Logos planetário ou qualquer outro Logos planetário particular.

O Mestre diz que nos opostos (estados de consciência), denominados "Céu e Inferno"
pelos teólogos, encontram-se 2 destes tipos de força e nesse conceito está uma das
chaves para o plano astral. Como sabemos, esses 2 opostos, céu e inferno, são apenas
2 estados de consciência produzidos pela falta de conhecimento dos religiosos, ao se
deixarem induzir pelos seus orientadores (também sem conhecimento), dentro da
errônea noção de um Deus recompensador para com aqueles que o bajulam e
castigador para com aqueles que não o bajulam. Esses estados interiores põem em
ação os Agnisuryas ligados ao corpo astral do religioso, os quais produzem o cenário
sentido pelo religioso. No caso do céu, são Agnisuryas do 3o. subplano astral, portanto
Agnisuryas de 3a. ordem. No caso do inferno, são Agnisuryas do 7o. subplano astral,
portanto Agnisuryas de 7a. ordem.

Assim temos dois dos sete tipos da força expressa pelos Agnisuryas, que constituem
efetivamente o plano ou mundo astral, força essa emanada diretamente do plano ou
mundo astral cósmico.

Sabendo as notas chave desses tipos de força, é possível controlar esses devas, desde
que de posse do devido poder. Essas notas chave podem ser analisadas em termos de
freqüências, ou seja, no domínio da frequência, na linguagem científca.

O iniciado de nível superior conhece as frequências (notas chave) das substâncias


dévicas constituintes das matérias astral, búdica e monádica do nosso esquema, da

1102
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
matéria astral do sistema solar e da matéria astral cósmica constituinte do corpo astral
cósmico do nosso Logos planetário. De posse desses conhecimentos ele pode fazer
deduções em termos de qualidades e natureza, a partir das propriedades e fenômenos
dessas matérias e chegar ao conhecimento da natureza dos desejos do nosso Logos
planetário. Pode também fazer deduções sobre os devas que personifcam essas
substâncias, como Varuna, regente da matéria astral do nosso esquema, o Varuna
maior, regente da matéria astral do sistema solar e o Varuna maior ainda, regente da
matéria astral cósmica constituinte do corpo astral cósmico do nosso Logos planetário.

Estudo 343

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 2. Resumo - Páginas 546, 547 e 548.

2. Resumo. Antes de começar a considerar esses devas que se ocupam da construção


do corpo causal do homem e são o grupo de enlace entre a Tríade e o Quaternário,
tanto no homem como no Logos, enumeraremos brevemente os grupos principais de
Agnisuryas que se encontram no plano astral do sistema, pois formam, em sua
totalidade, o corpo de manifestação do grande deva ou Senhor Raja do plano
correspondente.

Primeiro. O Senhor Raja, grande deva Varuna, Vida central da substância do plano
astral do nosso esquema planetário, que por sua vez é a avançada da consciência
desse Deva maior que personifca a substância do plano astral solar, o 6o. subplano do
plano físico cósmico, quem, por Sua vez, refete também Seu protótipo, essa grande
Entidade cósmica que anima o plano astral cósmico.

Segundo. Os sete grandes devas, força positiva de cada um dos 7 subplanos do plano
astral do sistema.

Terceiro. Vários grupos de devas, que realizam diferentes funções, levam a cabo
diversas atividades e produzem resultados construtivos. Podem ser enumerados, tendo
presente que só tratamos com alguns dos muitos grupos existentes, havendo um sem
número deles cujos nomes são absolutamente desconhecidos para o homem e, se
fossem mencionados, seriam ininteligíveis:

1103
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. Aqueles devas que formam a substância atômica permanente de todas as mônadas,
seja4 em encarnação física ou fora dela. Dividem-se em 7 grupos de acordo com o
Raio da Mônada.

2. Aqueles devas que formam o aspecto "líquido" do corpo físico dos Logos planetários
e solar. Constituem miríades, e incluem as existências desde as que animam o plano
astral e as correntes astrais de natureza religiosa e aspiração devocional superior, até
os pequenos espíritos da água, refexos de tais entidades astrais precipitados na
matéria física aquosa.

3. Um grupo de devas que constituem o corpo de desejos dessa grande entidade que
anima o reino animal. São a total manifestação kâmica (divorciada da mentalidade) do
desejo animal em seu aspecto impulsor e incentivador.

4. Certos devas que - por ser de 3a. ordem - constituem o Céu do cristão ou crente
ortodoxo comum de qualquer credo. Outro grupo - de 7a. ordem - constitui o inferno
para o mesmo tipo de pensador.

5. Aqueles devas que constituem a vida astral de qualquer forma mental. Ocupar-nos-
emos deles mais adiante quando estudarmos a construção de formas mentais.

6. Um misterioso grupo de devas intimamente relacionados na atualidade com a


expressão sexual da família humana no plano físico. Grupo que nesta oportunidade
tem sido impelido à existência, e personifca o fogo da expressão sexual tal como o
compreendemos, impulso ou instinto que se encontra por detrás do desejo sexual
físico. Dominou na 4a. raça-raiz, época em que as condições sexuais alcançaram uma
etapa de incrível horror desde nosso ponto de vista. Tais devas estão sendo
controlados gradualmente e, quando o último lemuriano tiver passado para a 5a. raça-
raiz, este grupo, lenta e totalmente, terá desaparecido do sistema solar. Está
relacionado com o "fogo" passional do Logos solar e com um de Seus centros em
particular; tal centro está paulatinamente entrando no obscurecimento e seu fogo será
transferido a um centro mais elevado."

Estudo 344

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas

1104
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e os Planos - 2. Resumo - Continuação - Páginas 548 e 549.

7. Há também um grupo de devas vinculados à Loja de Mestres, cujo trabalho consiste


em construir as distintas formas de aspiração, que pode conseguir o homem comum.
Classifcam-se em 3 grupos, vinculados com a ciência, a religião e a flosofa, e por
intermédio dos grupos de substância dévica, os que dirigem estes 3 setores chegam
até os homens. Constituem um de Seus canais para trabalhar. O Mestre Jesus
encontra-se especialmente ativo nesta linha, trabalhando na linha científca em
colaboração com certos adeptos, que - mediante a desejada união entre a ciência e a
religião - tratam de destruir por uma parte o materialismo ocidental e por outra parte a
devoção sentimental da maioria dos devotos de todos os credos. Isto é possível agora
devido a que está saindo o 6o. Raio e entrando o 7o. Os estudantes devem ter
presente, quando estudam os planos - a substância e energia dos planos - , que estes
mudam continuamente, pois encontram-se condicionados pelo fuxo e refuxo. A
matéria de todos os planos circula e, ciclicamente, certas partes estão mais
energizadas que outras; deste modo acha-se submetida a uma tríplice infuência ou -
empregando outras palavras - a substância dévica está sujeita a um estímulo cíclico
triplo:

1. O estímulo de raio, depende do raio que se encontre no poder. É intersistêmico e


planetário.
2. O estímulo zodiacal, proveniente de fora do sistema, sendo também cósmico e
cíclico.
3. O estímulo solar, impacto de força ou energia que provém diretamente do sol
sobre a substância de um plano; emana do "coração do Sol" e é particularmente
potente.
Todos os planos encontram-se sujeitos a esta tripla infuência, porém, no caso dos
planos búdico e astral, a força deste 3o. estímulo é enorme. Os adeptos - trabalhando
juntos com os grandes devas - utilizam a oportunidade cíclica para lograr resultados
defnidamente construtivos.

8. Um grupo de devas estreitamente conectado com os mistérios da iniciação.


Constituem o que se chama esotericamente o "Caminho do Coração" e são a ponte
entre os planos astral e búdico. De nenhuma maneira estão vinculados com os átomos
permanentes do corpo causal, porém estão totalmente associados com a fleira central
de pétalas do loto egoico ou com as "pétalas de amor". Por uma parte a força interage
entre as 3 pétalas, e por outra sobre os devas que formam o "Caminho do Coração", os

1105
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
quais são a ponte de matéria astral-búdica pela qual os iniciados de certo tipo místico
realizam o "grande acercamento".

9. Devas de todo grau e capacidade vibratória, os quais constituem todos os tipos de


desejo.

10. Os devas de força transmutadora. Constituem um grupo peculiar de devas que


personifcam os "fogos de transmutação" e têm vários nomes, como por exemplo:

As fogueiras de purifcação.
Os elementos fundidores.
Os deuses do incenso.
Por ora resulta impossível e igualmente inútil enumerar outros: foi considerado
conveniente levar ao conhecimento dos estudantes estes inumeráveis tipos de
substância dévica, devido à importância primordial que tem o corpo astral nos 3
mundos. Dominando estas vidas dévicas, "transmutando o desejo" em aspiração e por
meio dos fogos purifcadores do plano astral, o homem oportunamente adquirirá
consciência búdica.

O reconhecimento do poder purifcador dos fuidos ocultos - água e sangue - fez com
que os cristãos (embora erroneamente interpretado) deem tanta importância a ambos."

Estudo 345

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 2. Resumo - Páginas 546, 547, 548 e 549 - Comentários.

Comentários.

Neste resumo o Mestre Djwal Khul, de uma forma bastante sumária, descreve os
principais grupos de Agnisuryas que constituem o corpo de manifestação do grande
deva, o Senhor Raja do plano astral do nosso sistema solar, que na realidade é a parte
líquida do corpo físico cósmico do nosso Logos solar, num sentido amplo.

Percebemos claramente que alguns trechos referem-se aos Agnisuryas que trabalham
na matéria astral do nosso esquema planetário, em particular a que envolve a Terra.

No item primeiro o Mestre mostra as subordinações e conexões existentes entre as

1106
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
matérias astrais pelas quais o nosso Logos solar manifesta Seus desejos e emoções.

Inicialmente temos a matéria astral do nosso esquema planetário, sob a regência do


Senhor Varuna. Essa matéria astral envolve a Terra, os 2 globos de matéria etérica do
nosso esquema (globos 3 e 5) e constitui a matéria mais densa dos globos 2 e 6 do
nosso esquema. Todas essas matérias astrais do nosso esquema fazem parte da
matéria astral de todo o nosso sistema solar, que é a parte líquida do corpo físico
cósmico do nosso Logos solar. Essa matéria astral do nosso sistema está sob a
regência de um Deva mais elevado, ao qual o Senhor Varuna está subordinado e de
cuja consciência faz parte, adequando a realização dos desejos e emoções do nosso
Logos solar no âmbito do nosso esquema planetário.

Acima do Deva regente da matéria astral do nosso sistema solar está um Deva mais
elevado ainda, regente da matéria astral cósmica, que constitui o corpo astral cósmico
do nosso Logos solar. É nesse corpo astral cósmico que se desenvolvem os desejos e
emoções do nosso Logos solar, repercutindo esses desejos e emoções cósmicas na
parte líquida do Seu corpo físico cósmico como sensações densas.

A consciência do Deva regente da matéria astral do nosso sistema solar está dentro da
consciência maior desse grande Deva regente da matéria astral do corpo astral
cósmico do nosso Logos solar.

Temos assim a seguinte linha de subordinação:

Deva Varuna, regente da matéria astral do nosso esquema planetário - Deva regente da
matéria astral do sistema solar - Deva em nível cósmico regente da matéria astral do
corpo astral cósmico do nosso Logos solar.

Dentro dessa linha de comunicação os desejos e emoções do nosso Logos solar


conseguem sua realização densa, ou seja, realizam-se como sensações físicas.

De forma análoga o homem tem desejos e emoções em seu corpo astral, os quais
repercutem em seu corpo físico, em particular na parte líquida, como sensações
físicas.

A matéria astral do nosso sistema solar é constituída de partículas em 7 graus de


densidade, graus esses chamados subplanos. Não são subplanos como se fossem
prateleiras, mas se interpenetram e coexistem no mesmo espaço, havendo, é claro,
uma distribuição espacial dessas partículas, ou seja, há regiões nas quais predominam
partículas de determinada densidade. Em outras palavras, falar em subplano é o
mesmo que falar em grau de densidade.

1107
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O que diferencia um subplano de outro ou um grau de densidade de outro é a
quantidade de átomos astrais formadores da molécula astral.

Assim temos a seguinte constituição dos subplanos astrais:

1o. : os átomos astrais livres;


2o. : moléculas astrais formadas por uma determinada quantidade de átomos astrais;
3o. : moléculas astrais formadas por uma maior quantidade de átomos astrais, maior
que a anterior;
4o. : moléculas astrais formadas por uma quantidade de átomos astrais, maior que a
anterior;
5o. : moléculas astrais formadas por uma quantidade de átomos astrais, maior que a
anterior;
6o. : moléculas astrais formadas por uma quantidade de átomos astrais, maior que a
anterior;
7o. : moléculas astrais formadas por uma quantidade de átomos astrais, maior que a
anterior.
A quantidade de moléculas astrais que constituem os subplanos diminui conforme
aumenta a densidade. Em consequência, há maior quantidade de átomos astrais livres
(1o. subplano) que de moléculas do 2o. subplano e assim sucessivamente.

Cada subplano astral é regido por uma lei, dentro da lei maior que rege o plano ou
mundo astral como um todo, a Lei de Amor. Por exemplo, o 1o. subplano, o atômico, é
regido pela Lei de Vibração, dentro da Lei maior de Amor.

Lembramos ainda que o 6o. Raio, de Idealismo abstrato e Devoção (devoção no sentido
de devotar-se ou dedicar-se e não de louvação) rege o plano ou mundo astral.

Os subplanos podem ser vistos como estados de consciência. Em outras palavras, a


consciência do ser humano atuando no plano ou mundo astral depende da capacidade
de resposta do seu corpo astral à matéria do subplano astral. Isto implica no
aperfeiçoamento dos mecanismos de captação de vibrações ou informações do meio
exterior astral (os jnanaindriyas astrais).

Cada subplano astral ou cada conjunto de átomos e moléculas astrais é regido por um
grande deva, existindo, portanto, 7 regentes, um para cada subplano, todos
subordinados ao deva maior regente de todo o plano astral.

Assim como no nosso plano ou mundo físico existe um ramo da ciência, chamado
química, que estuda as leis que regulam as combinações de átomos e moléculas

1108
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
físicas, formando compostos, bem como as reações entre as diversas substâncias
físicas, da mesma forma existe o que podemos chamar a química astral, que estuda as
diversas associações e interações entre os átomos e moléculas astrais e as reações
entre elas.

Essas combinações e reações podem ser interpretadas, entre outras coisas, como
emoções e sentimentos, em se tratando da consciência humana. É óbvio que há muitos
fenômenos provocados por essas reações astrais.

Futuramente o lado emocional humano e muitos fenômenos físicos (incluindo as


doenças) serão estudados e analisados à luz dessa química astral.

Estudo 346

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 2. Resumo - Páginas 546, 547, 548 e 549 - Comentários sobre o item
Terceiro e os subitens 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Comentários.

No item Terceiro o Mestre Djwal Khul descreve alguns grupos de Agnisuryas e suas
funções, grupos esses de mais interesse para a atual humanidade. As atividades
diferenciadas dos Agnisuryas são tantas, que sua totalidade não seria compreendida
pelo homem comum, dada a complexidade não só de suas funções, como de seus
nomes, melhor dizendo, a vibração que expressa sua natureza e atividade.

Sabemos que a matéria astral é positiva em relação à matéria física, ou seja, a matéria
astral estimula e energiza a matéria física, dentro do processo de o superior energizar
e estimular o inferior. Daí podemos perceber claramente a importância e necessidade
de compreender e dominar o corpo astral, o que em muito irá acelerar a nossa
evolução.

Os ensinamentos que o Mestre nos dá neste Tratado sobre os devas do mundo astral,
os Agnisuryas, são muitíssimo valiosos e úteis para essa compreensão e a partir da
compreensão chegarmos ao domínio.

Subitem 1.

1109
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Há um grupo de Agnisuryas que constituem os átomos astrais permanentes de todas
as Tríades inferiores conectadas às Mônadas humanas, encarnadas e desencarnadas,
uma vez que a Tríade inferior é levada após a morte física. Expliquemos melhor o
processo de morte física. Com a desintegração do corpo físico-etérico, a Alma (a
Mônada expressando-se na matéria mental superior ou causal) carrega consigo a
Tríade inferior, composta dos átomos permanentes físico e astral e da unidade mental
permanente, passando a viver com a sua consciência relacionada com a matéria astral,
embora possa saber o que ocorre no mundo físico. É simplesmente uma etapa do
processo evolutivo, que obedece um plano. Essa etapa de vida no mundo astral tem
uma duração determinada, chegando a um fm, quando se dá a morte astral,
desfazendo-se o corpo astral e a Alma leva consigo a Tríade inferior, com os átomos
permanentes físico e astral desativados e passa a viver no mundo mental inferior, com
a unidade mental permanente ativada. Todo o conteúdo arquivado nos átomos
permanentes físico e astral, com a memória das passagens pelos mundos físico e
astral, é conservado, nada se perdendo.

Subitem 2.

Neste grupo temos os Agnisuryas que constituem o chamado aspecto líquido dos
Logos solar e planetários. Para essas Entidades cósmicas esse grupo formando o
aspecto líquido é análogo a toda a parte líquida dos nossos corpos físicos. Assim como
essa parte líquida dos nossos corpos físicos exerce funções fsiológicas úteis e
necessárias para a nossa vida física, de forma análoga esse grupo dévico executa,
numa amplitude bem mais elevada e maior, funções fsiológicas (no sentido cósmico)
úteis e necessárias para as vidas físicas cósmicas dos Logos solar e planetários.

Esses devas animam a matéria astral que gera nas pessoas os impulsos religiosos e a
aspiração devocional superior. Os de polaridade positiva organizam grandes formas
astrais, que envolvem países, regiões, grupos religiosos e templos religiosos,
energizando os devas astrais de polaridade negativa ou receptivos, levando as pessoas
sob o domínio desses devas a uma atividade religiosa de forma cega, sem a supervisão
da mente, o que conduz aos extremismos fanáticos. Isto difculta o Plano divino.

Os devas positivos desse grupo têm seus refexos nos pequenos espíritos das águas,
na matéria aquosa em todo o sistema solar, sendo muito conhecidos em nosso planeta.
Esta relação, quando analisada cientifcamente e não de forma religiosa e devocional,
como é vista pela grande maioria da humanidade, propicia um imenso campo para a
verdadeira compreensão da natureza e dos meios para com ela cooperar e não

1110
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
destruí-la, como muitos estão fazendo irresponsavelmente.

Subitem 3.

Nesse grupo de Agnisuryas temos os devas que constituem o corpo astral dessa
grande Entidade que se manifesta e evolui através de todo o reino animal em nosso
esquema.

Nesse corpo astral os desejos e emoções dessa Entidade expressam-se, impulsionando


e incentivando, sem o aspecto mente, a atividade física, pela qual esses desejos e
emoções materializam-se. Constituem assim a manifestação kámica (separada da
mentalidade) do desejo animal em seu aspecto impulsor e incentivador.

Subitem 4.

Há 2 grupos de Agnisuryas que executam atividades muito interessantes. Um grupo


que trabalha com a matéria astral do 3o. subplano, ou seja, matéria do 3o. grau de
densidade, portanto não muito densa. Esses devas se encarregam de construir o céu
dos cristãos ou crentes religiosos comuns de qualquer credo, que só atuam motivados
pela emoção devocional e se recusam terminantemente a usar a mente para entender
a manifestação de DEUS, ou seja, recusam-se a usar e desenvolver um dom que DEUS
deu a todos, a inteligência, para entendê-Lo e dEle se aproximar. Esses devas, com a
sua própria substância, constroem simplesmente o que o religioso concebeu de céu
durante sua vida física, passando a viver no mundo astral a miragem criada.

O outro grupo trabalha com a matéria astral do 7o. subplano, o mais denso,
construindo o inferno desses religiosos, sempre dentro da concepção de inferno que
alimentaram em suas vidas físicas. Após a morte física esses religiosos passam a viver
a miragem que criaram, quando encarnados.

Ante esses ensinamentos do Mestre Djwal Khul todos devem se esforçar ao máximo
para entender a verdadeira realidade do mundo astral e não se deixar dominar por
essas miragens pregadas e disseminadas por essas religiões, miragens essas que não
passam pelo crivo da razão.

O mundo astral deve ser entendido, dominado e transcendido, começando pelo


domínio do próprio corpo astral, ou seja, das próprias emoções e não se deixando
escravizar pelos desejos.

Subitem 5.

Há um grupo de Agnisuryas encarregados de operar e constituir a componente astral

1111
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de qualquer forma mental. Este assunto refere-se à construção de formas mentais, o
que faz parte da magia. Será estudado no seu devido tempo.

Subitem 6.

Este grupo é muito peculiar na atualidade e está intimamente relacionado com a


sexualidade imperante na humanidade neste período, sendo o fogo alimentador desta
sexualidade. Este grupo foi impelido à atividade astral neste ciclo, sendo o instinto que
se encontra por detrás da atividade sexual atual reinante na humanidade. Ele dominou
na 4a. raça-raiz, a atlante, quando as condições sexuais da humanidade foram
incrivelmente horrorosas sob o ponto de vista da Hierarquia.

Lentamente esses devas estão sendo controlados e quando a Alma do último lemuriano
tiver passado para a 5a. raça-raiz, eles desaparecerão totalmente do sistema solar.

Este grupo dévico está relacionado com os fogos cósmicos que geram a atividade
logoica análoga à atividade que gera as paixões humanas. Está também ligado com o
centro logoico sacro, centro esse que está paulatinamente entrando em passividade e
seu fogo sendo transferido para o laríngeo logoico.

A resposta da humanidade aos fogos originados dos fogos que energizam o centro
sacro logoico é explicada pelas condições dos corpos inferiores da grande maioria da
atual humanidade, pois uns poucos seres humanos não respondem da mesma forma
que a maioria, porque já transferiram os fogos de seus centros inferiores para os
superiores.

Estudo 347

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas
e os Planos - 2. Resumo - Páginas 456, 457, 458 e 459 - Comentários sobre os subitens
7, 8, 9 e 10 do item Terceiro.

7. Temos um grupo especializado de Agnisuryas com os quais os Mestres trabalham,


construindo com a substância dévica defnidas formas astrais, que infuenciam os
homens comuns que se encontram na etapa de transmutação do desejo em aspiração,
etapa muito longa, exigindo muitas encarnações e muitas voltas na roda do zodíaco, na
cruz móvel, antes de passar para a cruz fxa.

1112
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estas formas astrais envolvem a Terra, tendo localizações em determinadas regiões,
levando em conta o nível astralino das pessoas. Dentro dessa regionalidade, há
variações dentro de uma mesma forma astral localizada numa determinada região,
considerando as diferenças de nível evolutivo das pessoas vivendo na mesma região. É
um trabalho altamente técnico e científco executado pelos Mestres, ajudados por
adeptos especializados, uma vez que implica no conhecimento profundo e real das
qualifcações dos 3 corpos inferiores e da situação de abertura e atividade das pétalas
do Loto Egoico de cada um.

Esses Agnisuryas estão divididos em 3 grupos: da ciência, da religião e da flosofa.

Quem está especialmente ativo nessa tarefa é o Mestre Jesus, Choan do 6o. Raio, de
idealismo abstrato e devoção (devoção no sentido de devotar-se).

Juntamente com os adeptos colaboradores, Mestre Jesus empenha-se em infuenciar


as pessoas que estão no campo da ciência e da flosofa para dedicarem-se ao estudo e
entendimento do processo religioso e assim libertarem-se do materialismo ocidental.
Nesta parte do trabalho o Mestre Jesus está tendo resultados visíveis hoje em dia,
bastando acompanhar os documentários na televisão sobre o assunto e as revistas
científcas. As formas astrais nessa área têm forte tônica do 5o. Raio, de ciência
concreta, para poderem provocar resposta nos corpos dos cientistas. Há também uma
tônica, de menor intensidade, do 6o. Raio, para provocar a união dos 2 lados, ciência e
religião, individualmente e levar à pesquisa.

Como estamos vendo, é um trabalho de elevadíssimo nível científco e técnico. É


científco, porque exige um grande conhecimento das leis reguladoras do mundo astral.
É técnico, porque requer uma grande habilidade de transformar conhecimento
científco em aplicação prática, similarmente ao que ocorre nas nossas ciência e
tecnologia.

De outro lado o Mestre Jesus, também usando formas astrais na área das religiões,
juntamente com a colaboração de adeptos especializados, trabalha através de formas
astrais, infuenciando os religiosos devocionais sentimentais, a se interessarem pela
aplicação da ciência nas religiões, procurando entender Deus cientifcamente e não
cega e fanaticamente e hostilizando a ciência, como é observado praticamente em todo
o planeta.

Se Deus dotou o homem de inteligência e autoconsciência, é porque Ele quer que o


homem O entenda cientifca e inteligentemente.

1113
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
As formas astrais dessa área têm forte tônica do 6o. Raio, para provocarem resposta
nos corpos das pessoas religiosas, com uma tônica de menor intensidade do 5o. Raio,
para despertar a curiosidade científca nos religiosos e libertarem-nos desse fanatismo
cego, que em alguns casos torna-se destruidor.

Este trabalho do Mestre Jesus enquadra-se na grande Lei dos Ciclos, pois o 6o. Raio
está saindo de atividade, pelo término do seu período de 2.160 anos e a entrada do Sol
em Aquário, quando as energias desse Excelso Senhor de Aquário irão atuar sobre a
humanidade.

Por isto o Mestre Jesus tem de fazer este trabalho desintegrador da grande forma
astro-mental de 6o. Raio, que dominou em Seu ciclo e preparar o terreno para que o
Mestre Rackosi construa a Sua forma astro-mental de 7o. Raio, que dominará durante
o ciclo de Aquário.

Fica evidente que a substância dévica e as energias dos planos variam ciclicamente,
sendo estimuladas determinadas qualidades e características, necessárias ao processo
evolutivo da humanidade e de todas as vidas do planeta. Assim certos planos fcam
mais estimulados que outros ciclicamente, em se tratando da humanidade e das vidas
do planeta como um todo.

Essas energias são de 3 naturezas:

- Provenientes de algum raio, dependendo do raio que se encontre no poder. São


energias que provêm de fora do sistema solar e dos planetas.
- Provenientes dos Senhores das constelações do zodíaco, também cósmicas.
- Provenientes do chamado Coração do Sol, que expressa fortemente o 2o. aspecto
logoico, Amor-Sabedoria.
Esta últimas, provenientes do Coração do Sol, estimulam fortemente as matérias
búdica e astral, fazendo com que os adeptos, juntos com os grandes devas, aproveitem
a oportunidade para conseguir resultados efetiva e defnidamente construtivos.

8. Existe um grupo de devas, altamente especializados, que trabalham no processo de


iniciação, constituindo esotericamente o "Caminho do Coração" e são a ponte entre as
matérias astral e búdica.

Não estão de modo algum ligados ao átomo astral permanente da Tríade inferior, que
se localiza na área do corpo causal. Mas estão totalmente associados à fleira central,
as pétalas de Amor-Sabedoria, do Loto Egoico.

1114
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
De um lado a força atua entre as 3 pétalas dessa fleira e de outro lado sobre esses
devas que formam o "Caminho do Coração", sendo eles a ponte feita de matérias astral
e búdica conectadas, pela qual os iniciados de certo tipo místico realizam o "grande
acercamento", ou seja, conquistam a iniciação.

Há que realçar no processo do "Caminho do Coração" uma característica muito


importante, que diferencia estes místicos da grande maioria dos místicos não
enquadrados neste caminho.

Estes místicos especiais, motivados pelo grande devotamento (a verdadeira devoção)


ao seu Mestre, praticavam uma férrea disciplina sobre seus corpos, assim purifcando-
os e conquistando as condições para responderem às infuências dos Mestres através
desse grupo de devas.

Esses místicos não enquadrados neste tipo especial apenas se limitam a venerar e
bajular os Mestres, não fazendo o menor esforço para se disciplinarem e conquistarem
as condições necessárias para a iniciação. Esperam que os Mestres façam o trabalho
que é deles.

Para os místicos do "Caminho do Coração", a complementação da parte de manas é


feita de outra forma. Eles deverão ir para o sistema Sirius, quando, na 6a. iniciação
planetária, a 4a. solar, tiverem de escolher um dentre 7 caminhos. Em Sirius eles irão
aperfeiçoar manas, pois Sirius é a fonte de manas cósmico para o nosso sistema solar.
Esses iniciados que fzeram o grande acercamento por via astral constituem o grupo
denominado pelo Mestre Djwal Khul Mestres de Compaixão, diferentemente do grupo
denominado Mestres de Sabedoria, constituído pelos que seguem o caminho de manas.
Isto não signifca que os Mestres de Sabedoria não tenham compaixão. Os Mestres de
Sabedoria desenvolvem e aperfeiçoam a compaixão diretamente por manas ou mente,
percebendo e entendendo a grande fraternidade universal por via da razão pura (budi),
que alcançam após o desenvolvimento da mente abstrata. sendo este o caminho
normal.

Atualmente o grande acercamento deve ser feito por via de manas, na sequencia:
mente concreta, mente abstrata, budi ou razão pura. Assim virá a sabedoria e com ela
a compaixão inteligente.

9. Neste grupo temos uma imensa variedade de Agnisuryas, em diversos níveis, para
constituírem a grande multiplicidade de desejos e emoções dos seres humanos.

10. Temos neste grupo os Agnisuryas encarregados de alimentar a transmutação dos

1115
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desejos em aspiração no homem, quando este assim o decide e faz o devido esforço,
usando real e efetivamente a vontade.

Seus diversos nomes defnem claramente suas atividades e funções:

As fogueiras de purifcação.

Os elementos fundidores.

Os deuses do incenso.

O Mestre Djwal Khul listou os grupos de Agnisuryas de maior relevância e importância


para a atual humanidade. É óbvio que ainda existem muitos outros grupos.

Devemos dar a máxima importância à recomendação do Mestre e levá-la muito a sério,


para dominar estas vidas dévicas, transmutar o desejo em aspiração e, por meio dos
fogos purifcadores, essencialmente esses Agnisuryas chamados as fogueiras de
purifcação, adquirir consciência búdica. É óbvio que o homem tem de buscar o
conhecimento para conseguir tudo isto.

Como a matéria astral constitui a parte líquida do corpo físico cósmico do Logos solar
e ela tem fundamental importância na evolução do homem, no sentido de ser dominada
e ser elemento purifcador, os cristãos, embora interpretando erroneamente, deram
tanta importância à água e ao sangue.

Estudo 348

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução -
Páginas 549, 550, 551 e 552.

Observações de Introdução.

"Iniciamos aqui o estudo dos Agnishvattas ou devas do Fogo no plano mental,


introduzindo-nos assim no maravilhoso tema relacionado com nossa evolução
planetária; contém um dos signifcados mais esotéricos para o homem, pois tais Anjos
(15) solares concernem à própria natureza essencial do sol e constituem o poder
criador mediante o qual trabalha. Isto é de máximo interesse e importância para todo
propósito prático e para elucidar a evolução espiritual do homem, e mereceria ser uma
das partes do tratado mais amplamente estudada. O homem sempre se interessa

1116
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
profundamente por si mesmo e, antes de chegar a desenvolver-se devidamente, deve
compreender cientifcamente as leis de sua própria natureza e a constituição de sua
própria "maneira de expressar-se". Também tem de compreender algo da inter-relação
dos 3 fogos, a fm de poder "resplandecer" no futuro.

A questão destes Dhyans do Fogo e sua relação com o homem é um mistério muito
profundo, e todo o tema está tão entremeado de lendas intricadas, que torna
desesperador para os estudantes lograr a desejada e necessária claridade mental. Não
será possível todavia dissipar completamente as nuvens que velam o mistério central,
porém, talvez por meio da apropriada classifcação e síntese e uma precavida
amplifcação dos dados fornecidos, as ideias do estudante consciente possam ser
menos confusas.

Há 2 enunciações na Doutrina Secreta que o leitor ocasional passa por alto, porém se
meditarmos devidamente sobre elas, encerram muita informação. Observemos as 2
enunciações:

1. Requerem-se 2 princípios vinculadores. Para isto é necessário o Fogo espiritual


vivente do princípio médio proveniente dos estados quinto e terceiro do Pleroma.
Dito fogo é propriedade dos Triângulos.

2. Estes Seres são Nirvanas de um Mahamanvantara anterior.


Temos considerado algo com respeito aos devas de tendência evolutiva
grosseiramente agrupados e também sobre os Pitris lunares.(16) Estes dividem-se em
4 grupos e ocupam-se da construção do corpo físico dual do homem, de seus corpos
astral e mental inferior, energizados pela força dos Pitris através dos átomos
permanentes. Porém para os propósitos da natureza subjetiva do homem, devem ser
estudados os 3 grupos - etérico, astral e mental inferior. O trabalho dos Agnishvattas
(os princípios autoconscientes, os Construtores ou eretores do corpo egoico nos níveis
mentais superiores) consiste em unifcar os 3 princípios superiores - atma, budi, manas
- e os 3 inferiores, e assim chegar a ser em realidade o princípio médio do homem. Eles
mesmos têm sua origem no princípio médio logoico. (17) Desta maneira completa-se o
Sete esotérico. Como sabemos o corpo físico em sua mais densa manifestação,
considerado esotericamente, não é um princípio.

Os devas dos níveis mentais inferiores, no que respeita ao homem, trabalham por
intermédio da unidade mental e, generalizando, estão divididos em 4 grupos, sendo, em
efeito, a condensação do triplo corpo inferior do homem. Formam parte de seu corpo

1117
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
lunar. Encontram-se diretamente vinculados com as essências espirituais mais elevadas
e representam a manifestação de força mais baixa que emana do plano mental
cósmico, vinculando-se com a Hierarquia humana por meio das unidades mentais.
Constituem os devas gasosos do corpo físico logoico. Não nos ocuparemos deles muito
detalhadamente aqui, pois a medida que estudemos o tema do 5o. princípio irão se
aclarando certos pontos; serão obtidos mais dados do trabalho que realizam, em
conexão com o homem, a medida que prosseguimos. Maior informação somente traria
complicações.

Compreendamos com toda clareza o que é que estamos tratando: Vamos considerar:

1. Este quinto estado de consciência chamado plano mental.


2. A substância desse plano tal como existe em seu aspecto dual, rupa e arupa. (18)
3. As vidas que animam a matéria, especialmente em sua relação com o homem.
4. Os Egos ou entes autoconscientes que constituem o ponto médio na manifestação.
5. A construção do corpo causal, a abertura do Loto egoico e a construção desses
grupos que chamamos egoicos.
6. A individualidade dessas Existências denominadas

a. Agnishvattas,
b. Manasadevas,
c. Dhyans do Fogo,
d. Anjos solares ou Pitris solares,
e. Asuras,
e muitos outros nomes com que são mencionados nos livros ocultistas."

Observações:

(15) "Portanto, os anjos solares são entidades de ordem espiritual elevada - com uma
consciência refnada correspondente à matéria com a qual estão revestidos. A fm de
relacionar isto com o já dito, pode-se considerar que os anjos solares formam
coletivamente o Senhor Brahma da ilha do loto. São denominados com distintos nomes,
espíritos planetários, Asuras, etc., porém a fm de ter uma ideia adequada com respeito
à sua natureza, pode-se dizer que a relação que têm com o mundo espiritualmente
regenerado e liberado dos Brahmines mundiais ou Nirmanakayas, é a mesma que
existe entre eles e a humanidade comum: os anjos foram esses Brahmines, que em
Mahamanvantaras anteriores passaram períodos excessivamente extensos,
trabalhando e sofrendo com o fm de fomentar a sabedoria no mundo; dali surgiram

1118
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como anjos da matriz infnita de Aditi sob seu impulso kármico após um período de
Mahapralaya. Some Thougts on the Gita, pag. 137."

(16) "Todos os Pitris lunares são Espíritos da Natureza. D. S. III, 109 - 110.

1. Possuem ou contêm o fogo do terceiro aspecto. D. S. III, 87.

2. Seu trabalho precede o dos Anjos solares. D. S. I, 263.

3. Dividem-se em 7 classes, igualmente que os Anjos solares. D. S. III, 99.

a. Três incorpóreas que constituem os 3 reinos elementais da natureza e proporcionam


ao homem seus corpos etérico, astral e mental.

b. Quatro corpóreas que constituem as formas dos 4 reinos da natureza. D. S. III, 97.

c. D. S. III, 220 - 221."

(17) D. S. III, 88 - 89.

(18) Para defnições de rupa e arupa ver pag. 502.

Estudo 349

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e Elementais da


Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução -
Continuação - Páginas 552 e 553.

"Existe uma grande confusão na mente dos estudantes a respeito da diferença


existente entre os Agnishvattas que encarnaram no homem e aqueles que
simplesmente foram responsáveis pela implantação da chispa manásica ou mental no
homem animal. Isto nos introduz no tema da individualização e da encarnação de certas
existências espirituais, as quais - quando possuem corpo - são denominadas Avatares,
Buda de Atividade ou manifestações do Logos. Todo o mistério está oculto na relação
que existe entre as Mônadas individuais que formam os diversos centros no corpo de
um Logos planetário e a Entidade autoconsciente desse Logos planetário. O estudante
deve recordar o fato de que o plano mental é o primeiro aspecto do corpo físico denso
do Logos planetário, sendo o plano búdico um plano etérico cósmico e onde se
encontram os centros etéricos de um Homem celestial.

Desde o plano búdico (em sentido planetário ou solar) provêm a vitalidade e o impulso

1119
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que energizam o veículo físico denso, a fm de realizar uma atividade coerente e
intencionada; por conseguinte, no plano mental é onde primeiro se sente este impulso e
se estabelece o contato entre ambos. Há aqui um indício que servirá a um propósito, se
a meditação é feita sobre ele. O estudante deve estudar o lugar e o propósito do plano
mental e sua relação com o Logos planetário e o Logos solar. A medida que investiga
mais estreitamente a natureza de seu próprio corpo etérico, deve ampliar este
conhecimento até os níveis superiores, esforçando-se para compreender a
constituição da esfera maior da qual é uma parte. Quando a natureza de seus centros e
ação efetiva sobre seu próprio corpo físico denso forem melhor captadas, chegará a
compreender mais plenamente o correspondente efeito produzido no corpo do Logos.

No plano mental (refexo nos 3 mundos dos estados terceiro e quinto do Pleroma) é
sentida toda a força da vitalidade etérica. Um indício a respeito de seu signifcado
poderá ser achado no fato de que o corpo etérico do homem recebe prana e o
transmite diretamente ao corpo físico; a vitalidade da estrutura física há de ser medida
em grande parte pela condição e ação do coração. O coração faz circular a vitalidade
até as miríades de células que constituem o corpo físico denso; observa-se algo
análogo no fato de que estes devas do fogo são "o Coração do corpo Dhyan
chohánico", (19) porque sua energia procede do sol espiritual, assim como a energia
dos devas prânicos do corpo etérico vem do sol físico. Esta energia dos Agnishvattas
manifesta-se no plano mental, o subplano gasoso do físico cósmico, assim como a
energia dos centros etéricos do 4o. subplano etérico manifesta-se primeiro e
potentemente na matéria gasosa do corpo físico. A isto se deve que os Filhos da
Sabedoria, que personifcam o princípio búdico, a força da vida ou o aspecto amor,
sejam conhecidos no 5o. plano como princípios autoconscientes; budi emprega manas
como veículo; os escritores esotéricos frequentemente falam em termos de veículo. O
Ego ou a Entidade autoconsciente é em essência e em verdade Amor-Sabedoria, porém
manifesta-se principalmente como consciência inteligente.

Devemos estudar cuidadosamente a afrmação concernente a kama-manas que trata


das condições que produzem a individualização, permitindo vir a Ser
autoconscientemente a essas Mônadas que procuram expressar-se plenamente. A
afrmação é a seguinte:

Só quando o centro cardíaco de um Homem celestial (cada um em seu corresponde


ciclo e cada um ciclicamente diferente) se vitaliza e alcança certa capacidade
vibratória, é possível que as Mônadas, de acordo com a lei, individualizem-se.

1120
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Repito, só quando o tríplice corpo físico denso de um Logos planetário (tal como o
expressam nossos 3 mundos, os planos mental, astral e físico denso) tenha alcançado
a vibração correspondente e repetido o desenvolvimento cíclico do mahamanvantara
anterior, produz-se esse contato vibratório que faz com que os grupos egoicos no
plano mental resplandeçam. Isto dá lugar à manifestação dos impulsos do coração do
Homem celestial e desta maneira impele à objetividade essas Mônadas (energizadas
pela vida do Coração) que formam diversos centros. No Antigo Comentário é dito:

"Quando o Coração do Corpo palpita com energia espiritual e quando seu conteúdo
sétuplo vibra pelo impulso espiritual, a corrente se estende e circula, e a divina
manifestação converte-se em Realidade; o Homem divino encarna."

No plano físico a analogia está no estímulo da vida que é sentida entre o terceiro e
quarto mês do período pré-natal, quando o coração da criança vibra com vida e a
existência individual converte-se em possibilidade."

(19) "Este nome é dado em D. S. III, 100."

Estudo 350

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. Os ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução -
Considerações sobre o conteúdo das páginas 549 e 550.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul, ao entrar no tema dos Anjos Solares, os Agnishvattas, realça a
enorme importância do assunto. De fato Eles trabalham na matéria mental, o plano
mental, que constitui a matéria gasosa do corpo físico cósmico do nosso Logos solar.
Essa matéria mental, neste atual sistema solar, é a base sobre a qual o aspecto budi
(Amor-Sabedoria-Razão Pura) será desenvolvido e manifestado, em toda a sua glória.
Esta é a meta do atual sistema.

Daí a grande importância desses Agnishvattas. Eles são os construtores do corpo


egoico, chamado Loto Egoico, por meio do qual a Mônada humana consegue se
relacionar autoconscientemente com os 3 mundos inferiores, mental, astral e físico.
Nesse relacionamento, nas muitas encarnações, a Mônada vai expandindo sua
consciência e, lentamente, num processo de tentativa e erro, vai entendendo e

1121
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
adquirindo domínio sobre a substância dévica.

Esses Anjos Solares têm conexão direta com Devas mais elevados que trabalham no
corpo mental cósmico do nosso Logos solar e, por isso, concernem à própria natureza
essencial do sol e constituem o poder criador mediante o qual trabalha. Expliquemos a
expressão "constituem o poder criador mediante o qual trabalha".

O Ego humano constrói seus 3 corpos inferiores, mental inferior, astral e físico,
manipulando substância dévica pelo poder essencial da matéria mental superior,
chamada também matéria causal ou plano causal.

Similarmente a Mônada logoica solar, através de Seu Ego, na matéria mental superior
cósmica, constrói Seus 3 corpos cósmicos inferiores, mental inferior, astral e físico.

Todo o potencial do homem está em seu Loto Egoico, construído pelos Anjos Solares.
Por isso, conhecer a natureza e o trabalho desses devas é sumamente importante para
o homem, pois assim ele conhecerá cientifcamente as leis da sua própria natureza e a
constituição de sua própria "maneira de expressar-se", ou seja, seu comportamento.

Compreendendo a construção, a estrutura e o modo de operar do Loto Egoico, fcará


mais fácil entender a inter-relação dos 3 fogos, elétrico, solar e por fricção, e, mediante
este entendimento e o consequente domínio deles, evoluir com autoconsciência
crescente e "resplandecer" no futuro.

O Mestre é categórico quando diz que estes Anjos Solares e sua relação com o homem
constituem um mistério muito profundo, agravado pelo fato de o assunto estar muito
entremeado de lendas complicadas. Isto de fato desespera o estudioso do assunto,
porque ele tem de separar as lendas, muitas infundadas, e fcar só com o que é real e
científco, aceitável por um raciocínio lógico.

O Mestre promete fazer uma classifcação apropriada, uma síntese e uma prudente
ampliação das informações fornecidas, o que, para o estudioso consciente, tornará o
assunto menos nebuloso.

Inicialmente o Mestre cita 2 enunciados da Doutrina Secreta, os quais, se analisados


profundamente, fornecem muita informação.

O 1o. enunciado diz que são necessários 2 princípios vinculadores, para ocorrer a
autoconsciência da Mônada humana no mundo causal ou mental superior. Para isto é
necessário o fogo elétrico vivente do princípio médio proveniente dos estados quinto e
terceiro do Pleroma. Tal fogo é propriedade dos Triângulos.

1122
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Pleroma é a manifestação da Mônada logoica solar. Esta manifestação compõe-se da
Tríade superior logoica, formada pelos átomos logoicos átmico, búdico e mental, e pela
Tríade inferior logoica, constituída pela unidade mental logoica, pelo átomo astral
logoico e pelo átomo físico logoico. Estas 2 Tríades são os estados terceiro e quinto do
Pleroma. O princípio médio citado é o Ego logoico, pelo qual a Tríade superior logoica
(um triângulo) é conectada à Tríade inferior logoica (outro triângulo), o que permite à
Mônada logoica evoluir nos 3 mundos cósmicos inferiores: mental inferior, astral e
físico.

Portanto, o Fogo espiritual citado é o fogo solar cósmico, emanado pelo Ego logoico.

O 2o. enunciado diz que estes Seres são Nirvanas de um Mahamanvantara anterior. Isto
signifca que os Anjos Solares que trabalham com o Loto Egoico humano são
provenientes do sistema solar anterior e estão conectados com os Anjos Solares mais
elevados que trabalham no Loto Egoico solar.

Assim fca bem claro que os Egos humanos estão conectados com o grande Ego solar,
muito embora esta conexão não seja clara no cérebro físico. Mesmo no nível do mundo
causal, o mundo do Ego humano, esta conexão só se torna clara, quando o Ego atinge
um estado avançado de consciência em seu mundo. Quando tal acontece, o Ego
manifesta esta consciência em seu cérebro físico, quando encarnado. Mas isto só
acontece, quando o homem já é um iniciado, estando na chamada cruz fxa.

Temos aí excelente e valioso material para meditação e refexão profunda, o que, em


muito, irá reforçar a conexão do Ego com o cérebro físico.

1123
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 351

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução -
Considerações sobre o conteúdo das páginas 550, 551 e 552.

Considerações.

Até agora o Mestre Djwal Khul deu alguns esclarecimentos sobre os devas que estão
na linha evolutiva, agrupando-os de uma forma um tanto rudimentar. Discorreu
também sobre os Pitris lunares, os Agnichaitas (da matéria física) e os Agnisuryas (da
matéria astral).

Os Pitris lunares dividem-se em 4 grupos: os Agnichaitas da matéria física nos estados


sólido, líquido e gasoso, os Agnichaitas da matéria etérica, os Agnisuryas da matéria
astral e os Agnishvattas da matéria mental inferior. Eles constroem os corpos
inferiores do homem: físico denso, físico etérico, astral e mental inferior. A energia dos
Pitris lunares fui para esses corpos inferiores através dos componentes da Tríade
inferior, ou seja, pela unidade mental permanente para o corpo mental inferior, pelo
átomo astral permanente para o corpo astral e pelo átomo físico permanente para os
corpos físicos etérico e denso.

Como o corpo físico denso não constitui princípio, para efeito de estudo da natureza
subjetiva do homem, os grupos dévicos a serem estudados são 3: os Agnichaitas que
trabalham com o corpo etérico, os Agnisuryas que trabalham com o corpo astral e os
Agnishvattas que trabalham com o corpo mental inferior.
Os Agnishvattas que trabalham com a matéria mental superior (também chamada
causal e mental abstrata) e são denominados Pitris ou Anjos solares, conferem ao
homem a auto-consciência e são os construtores do corpo egoico (o Loto Egoico), com
a matéria mental superior.

A sua função é unir os 3 princípios superiores do homem: atma, budi e manas, com os
3 princípios inferiores do homem: kama, prana e o corpo etérico. Na realidade manas
como princípio superior é manas superior, ou seja, a mente abstrata. Manas ou mente
inferior (o corpo mental inferior), por estar fortemente presa a kama (o corpo astral ou
corpo de desejos), formando o conjunto kama-manásico, é um princípio inferior.

No decorrer do processo evolutivo o homem tem de separar manas inferior (o corpo


mental inferior) de kama (o corpo astral), dominando este último por meio do primeiro
(o corpo mental inferior).

1124
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Assim os Anjos solares, ao construir o Loto Egoico do homem, constituem o princípio
médio do homem, ligando os 3 superiores com os 3 inferiores. Portanto, o Ego ou Alma
(cujo corpo é o Loto Egoico) é o princípio médio do homem.

Os Anjos solares construtores do Loto Egoico do homem têm sua origem no princípio
médio logoico, o Ego logoico, no mundo mental superior cósmico.
Dessa forma o Sete esotérico é completado. Esse Sete esotérico é constituído pelos 3
princípios superiores (atma, budi e manas), os 3 inferiores (kama-manas, prana e corpo
etérico) e o médio (o Ego).

Os Agnishvattas que trabalham com o corpo mental inferior do homem (são Pitris
lunares) estão divididos em 4 grupos, pois a matéria mental inferior tem 4 divisões, de
acordo com a densidade, sendo o 4o. subplano mental o menos denso do mental
inferior e o 7o. o mais denso.

Recordamos que os subplanos primeiro, segundo e terceiro do mental constituem o


mental superior ou abstrato (também chamado plano causal).

Na realidade o corpo mental inferior do homem é a primeira condensação que ocorre


no tríplice corpo inferior do homem.

Esses Agnishvattas do corpo mental inferior do homem estão diretamente ligados aos
Anjos solares, que trabalham no Loto Egoico do homem, os quais estão ligados às
essências espirituais mais elevadas, os Devas que trabalham no Loto Egoico solar.

Assim, esses Agnishvattas do corpo mental inferior do homem são a manifestação


mais baixa de força emanada do plano mental cósmico e conectam-se com a
Hierarquia humana por meio das unidades mentais permanentes.

Eles são os devas gasosos do corpo físico do Logos solar.

No prosseguimento do estudo, o Mestre irá detalhar os seguintes assuntos:

1. o estado de consciência do homem no mundo mental.


2. A matéria do mundo mental, em suas 2 divisões: arupa (sem forma), o mental
superior e rupa (com forma), o mental inferior.
3. Os Agnishvattas que animam a matéria mental, especialmente em sua relação com
o homem.
4. Os Egos humanos, em seu ponto médio de manifestação.
5. O processo de construção do Loto Egoico do homem, a abertura e dinamização
dos vórtices ou pétalas do Loto Egoico e a formação dos grupos egoicos.

1125
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
6. A individualidade dos Anjos ou Pitris solares, que possuem diversas denominações
nos livros ocultistas.

Estudo 352

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução -
Considerações sobre o conteúdo da página 552.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul chama a atenção para a diferença existente entre os Anjos solares
que construiram o Loto egoico do homem, que o Mestre cita como os Agnishvattas que
encarnam no homem, e os Senhores da Chama, provenientes do esquema de Vênus,
com SANAT KUMARA, que o Mestre cita como aqueles que simplesmente foram
responsáveis pela implantação da chispa manásica ou mental no homem animal. Isto é
a individualização.

A explicação para todo este mistério está no fato de que as Mônadas humanas formam
centros de força no corpo físico do Logos planetário, fuindo por esses centros as
energias do Ego logoico para vitalizar a parte densa de Seu corpo físico, os planos
mental, astral e físico.

Ora, os centros do corpo físico cósmico do Logos planetário são feitos de matéria
búdica e as Mônadas humanas iniciam sua fase de autoconsciência no plano mental,
onde se manifesta o 1o. aspecto (Vontade) logoico em Seu corpo físico denso. Assim,
alguém tem de fazer o trabalho concernente aos centros logoicos na matéria búdica,
quanto à parte que cabe às Mônadas humanas, uma vez que elas só mais tarde
adquirem plena consciência da matéria búdica, iniciando essa consciência a partir da
2a. iniciação planetária.

Esse trabalho é executado pelos Anjos solares. Na 4a. iniciação planetária, a 2a. solar,
os Anjos solares são liberados, fcando o trabalho totalmente entregue à Mônada
humana.

O Mestre recomenda que usemos inteligentemente o famoso princípio de Hermes


Trimegisto (uma encarnação do Senhor Buda): "Assim como é em cima, é em baixo."

1126
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Isto signifca que estudando profundamente a nossa constituição, chegaremos a
entender a constituição do Logos planetário e do Logos solar, considerando as devidas
diferenças funcionais e materiais.

Estudando profunda e detalhadamente a constituição e o funcionamento dos centros


de força (chacras) do corpo etérico do homem, será possível fazer inferências a
respeito dos centros logoicos, que são feitos de matéria búdica.

Sabemos que as chamadas pétalas dos chacras são na realidade vórtices, ou seja,
partículas etéricas em movimento de rotação mais ou menos elíptica, partindo de um
centro chamado pedúnculo. Esse pedúnculo fca localizado nos 3 nadis principais,
sushuma, ida e pingala. Partindo do pedúnculo saem condutores chamados nadis, que
distribuem as energias do chacra para vitalizar as diversas partes do corpo denso,
assim como o aparelho circulatório leva oxigênio e nutrientes para as células do corpo
denso. Este aparelho circulatório leva também energia de vida a todo o corpo denso.

As pétalas dos chacras são positivas e negativas entre si, sendo por isso que o número
de pétalas dos chacras sempre é par.

Entendendo claramente como funciona essa polaridade das pétalas e como as energias
são geradas e transportadas através dos nadis para as células do corpo denso,
podemos levar esse entendimento para os chacras logoicos e tirar conclusões a
respeito do que ocorre no planeta, em termos de natureza.

Além das funções referentes à vitalização do corpo denso, os chacras têm funções
transcendentes, que consistem em manifestar qualidades que o Ego ou Alma quer
desenvolver através do corpo, dentro do aspecto consciência. Os chacras têm também
a função de transferir para a consciência cerebral o que o corpo astral capta
diretamente do ambiente astral, quando estão devidamente preparados.

Essas funções transcendentes dos chacras logoicos atuam sobre todos os reinos em
evolução no planeta, dentro do aspecto consciência. A humanidade é fortemente
afetada por elas.

Estudo 353

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução -

1127
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações sobre o conteúdo das páginas 552 e 553.

Considerações.

Neste último parágrafo da página 552 o Mestre Djwal Khul faz uma comparação muito
esclarecedora e útil entre o plano mental (onde se refetem os estados terceiro e
quinto do Pleroma, ou seja, a Alma logoica) e a matéria gasosa do corpo físico humano.

Ele diz que a vitalidade física logoica (o prana logoico) da matéria búdica constituinte
do 4o. éter do corpo físico logoico manifesta-se intensamente na matéria mental
constituinte da parte gasosa do corpo físico logoico. Igualmente, no corpo físico
humano a vitalidade prânica do 4o. éter manifesta-se fortemente na matéria gasosa do
corpo físico humano.

Esta informação é de grande utilidade para todos nós, uma vez que sabemos
claramente qual é a matéria gasosa do nosso corpo. Ela é o ar que respiramos e com o
qual enchemos nossos pulmões. Nos pulmões a vitalidade prânica existente na matéria
do 4o. éter do corpo etérico é transferida intensamente para esse ar e distribuída pelo
coração por meio do sangue a todas as células do corpo denso.

Daí a grande importância da respiração correta e do imenso valor que a ciência da ioga
dá à respiração.

Por isso os Agnishvattas constituem "o Coração do corpo Dhyan chohánico",


procedendo sua energia do sol espiritual, através da matéria búdica.

É perfeitamente compreensível que os Egos humanos (os Filhos da Sabedoria)


personifquem o princípio búdico na matéria mental, sendo por isso conhecidos como
princípios auto-conscientes, o que signifca que budi emprega manas como veículo.

A explicação para a conexão kama-manas (desejo-mente) é que somente quando o


centro cardíaco de um Logos planetário (Homem celestial) está devidamente vitalizado
e alcançou certa capacidade vibratória, é possível a individualização das Mônadas
humanas. Sabemos que o centro cardíaco está ligado ao centro plexo solar ou
umbilical, o qual é a principal sede das emoções.

Isto implica para o Homem celestial a repetição do desenvolvimento do sistema solar


anterior, o que provoca a vitalização do Coração logoico, o qual por sua vez vitaliza a
parte densa do corpo físico logoico, em particular a matéria gasosa (a mental),
impelindo as Mônadas humanas à objetividade, uma vez que elas são energizadas pela
vitalidade do Coração logoico.

1128
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Esta analogia repete-se no ser humano, quando no período pré-natal, entre os 3o. e 4o.
meses, o coração da criança vibra com força.

Estudo 354

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução -
Continuação - Páginas 553, 554 e 555.

"Esta vibração de vida emana da alma da mãe (analogia do Pleroma ou alma universal)
e coincide com o despertar da 3a. espira do átomo físico permanente da criança.
Devemos ter presente que assim como em cada ronda as etapas precedentes são
rapidamente recapituladas e, no período pré-natal, durante o processo formativo, o
feto recapitula a história dos reinos precedentes, do mesmo modo podemos ver um
procedimento similar no sistema solar. Quando certo ponto é alcançado e os 3 planos
inferiores vibram ou são energizados, a encarnação cósmica converte-se numa
possibilidade; o "Coração" desperta ocultamente e nasce o "Filho de Deus", a expressão
do desejo e do amor do Logos. (20) (21) A encarnação cósmica de certos excelsos
Seres chega à consumação e um de seus indícios é o aparecimento de grupos egoicos
em níveis mentais e a individualização resultante. O método e o tempo podem variar de
acordo com a natureza de qualquer Logos planetário particular, porém para todos e
cada um o "Coração do Corpo" tem de vibrar com a vida que desperta, antes que a
resposta venha desde o inferior. Os Pitris lunares também têm de levar a cabo seu
trabalho em nosso esquema e sistema antes que os anjos solares, vibrando ante a
expectativa, tomem posse das formas preparadas por seu esforço e as estimulem para
adquirir vida autoconsciente e existência separada. Assim os 4 grandes esquemas no
sistema solar, os veículos para 4 dos Logos planetários (que constituem o Quaternário
logoico), têm de alcançar certa etapa de capacidade vibratória e consciência antes de
que um acontecimento similar possa ocorrer em toda sua magnitude no sistema solar,
sintetizando os 4 inferiores e os 3 superiores. O coração logoico vibra e a resposta
chega de todos os esquemas, devido a que 3 espiras vibram em cada um deles, porém
o Filho de Deus não é todavia plena e cosmicamente autoconsciente. Quando chega a
resposta, os centros despertam. Um centro logoico responde plenamente ao estímulo
do coração e e Vênus, que está passando pela última ronda.

1129
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O estudante comete um erro se dissocia nosso sistema solar do anterior e considera
que o pralaya, ao fnalizar este mahamanvantara, será a última e total consumação de
todas as coisas. No sistema precedente, o plano físico cósmico alcançou certa
capacidade vibratória e os devas das fogueiras internas chegaram (relativamente
falando) a obter um alto grau de evolução; então resplandeceram os "fogos da
matéria". Certas Existências alcançaram a autoconsciência no sistema anterior, são os
"nirvanas" dos quais fala H. P. B. (23) Como é de ser esperado, estão caracterizados
pela inteligência ativa, realizada e desenvolvida por meio da evolução materialista
durante um mahamanvantara anterior. São os Manasadevas e, em sua totalidade, os
veículos da Mente divina, as forças dhyan-chohánicas, o conjunto dos Ah-hi. Certas
eventualidades são possíveis devido a que no atual sistema solar está predominando a
vibração do plano astral cósmico, a qual chega por meio do 4o. éter cósmico (onde se
encontram, como anteriormente foi indicado, os centros etéricos dos Logos
planetários) e de nosso plano astral do sistema. Os "Filhos do desejo", logoicos ou
humanos, podem aprender certas lições, passar certas experiências e agregar a
faculdade de amor-sabedoria à inteligência previamente adquirida."

"(20) Compare-se D. S. I, 209; III, 110, 122, 260.


(21) Estes 3 planos são as analogias das 3 espiras inferiores no átomo físico
permanente do Logos solar e do Logos planetário.
(22) D. S. III, 88-89,229."

Estudo 355

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Considerações sobre o
conteúdo das páginas 553 e 554.

Considerações.

É muito interessante a informação do Mestre Djwal Khul de que a vibração de vida que
estimula o coração do feto entre os 3o. e 4o. meses de gravidez e coincide com o
despertar da 3a. espira do átomo físico permanente dele, é proveniente da alma da
mãe. Isto comprova a forte relação existente entre as 2 almas: a da genitora e a que
está encarnando.

No sistema solar, o corpo físico cósmico do nosso Logos solar, essa infuência do

1130
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
coração também existe, de uma forma diferente da do ser humano, é lógico.

Sabemos que quando as partes etéricas cósmicas do sistema solar, as matérias adi,
monádica, átmica e búdica, estão organizadas e ativas, é necessário que haja uma
triangulação energética dinamizadora das matérias mental, astral e física, para que a
parte densa do corpo do Logos solar se organize. Tal triangulação é proveniente de
Sirius, 2 Plêiades (das quais uma é Alcione) e uma constelação pequena, que cremos
ser Águia, cuja estrela alfa é Altair.
Mas é necessário que essa parte densa adquira um determinado grau de vibração. Isto
implica na atividade do Quaternário logoico, o qual é constituído por 4 esquemas, 2 dos
quais são o terrestre e o de Vênus.

Quando chega o momento exato, o Coração do Corpo logoico, constituído por um


esquema sagrado, de Júpiter, é estimulado pela Alma logoica. Então a energia desse
Coração logoico estimula o Quaternário logoico, que responde ao estímulo, juntamente
com os demais esquemas planetários.

Com essa resposta dos esquemas ao estímulo do Coração logoico, os centros logoicos
na matéria búdica despertam.

Surge então a oportunidade para a individualização das Mônadas humanas, que ocorre
na matéria mental superior.

Quando isto se dá, o Filho de Deus (o sistema solar como um todo) encarna
efetivamente, embora ainda não seja plena e cosmicamente autoconsciente, melhor
dizendo, a Alma logoica não é plena e cosmicamente autoconsciente no mundo físico
cósmico.

O esquema de Vênus, que é o centro frontal do Logos solar, responde plenamente ao


estímulo do Coração logoico. É por este motivo que o esquema de Vênus já está
expressando budi através de manas, porque, sendo o centro frontal (portanto 5o. Raio)
do Logos solar, começou expressando e desenvolvendo manas, mas como respondeu
fortemente ao estímulo do Coração logoico (budi na sua função transcendente),
desenvolveu intensamente budi, conseguindo expressar budi através de manas
aperfeiçoado, que é a meta do atual sistema solar.

Assim vemos que para haver individualização ou nascimento dos Egos, é necessário
que a matéria mental vibre num determinado grau de intensidade.
Isto também ocorre com a entrada em atividade da 3a. espira dos átomos físicos
permanentes dos Logos planetários.

1131
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 356

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico – Seção D – II – Os Devas e Elementais


da Mente – 3. OS ANJOS SOLARES – OS AGNISHVATTAS – Observações de Introdução –
Considerações sobre o conteúdo das páginas 554 e 555.

Considerações.

Neste trecho, que abrange o parágrafo que se inicia no fnal da página 554 e termina
no início da página 555, o Mestre Djwal Khul dá informações muito valiosas sobre a
ligação do atual sistema solar com o anterior. É totalmente impossível entender o atual
sistema solar sem saber como se desenvolveu o sistema solar anterior, como também
sem ter alguma informação sobre como vai ser o próximo sistema.

Fazendo uma analogia com o ser humano, ao analisarmos a atual encarnação de um


homem, se tivermos informações sobre a sua última encarnação e sobre o propósito
de sua Alma para a próxima, a análise e compreensão da atual será bastante completa
e profunda.

A meta do nosso Logos solar no sistema anterior (Sua encarnação anterior) foi
desenvolver ao máximo o 3º aspecto, manas, que se manifesta preponderantemente
através da matéria. O fogo por fricção foi o mais utilizado e aperfeiçoado. Os devas
que trabalharam com esse fogo evoluíram muito. Assim muitos Seres conquistaram a
autoconsciência naquele sistema, sendo os “nirvanas” citados por Helena Petrovna
Blavatsky.

Logicamente sua característica é a inteligência ativa, porque naquele sistema


desenvolveram e aperfeiçoaram manas ou mente.

Esses devas altamente evoluídos são os Manasadevas, nome explicitamente indicador


da sua qualidade principal. São, por direito de conquista, os veículos da Mente divina,
as forças chamadas dhyan- choânicas, os Ah-hi. As atividades e os fenômenos da
matéria mental, em resposta às energias provenientes de mundos superiores, ocorrem
pela ação deles.

Na Sua atual encarnação, o atual sistema solar, nosso Logos solar decidiu desenvolver
e aperfeiçoar Seu 2º aspecto, budi ou amor-sabedoria-razão pura, utilizando a
qualidade desenvolvida na encarnação anterior, o anterior sistema solar, ou seja, manas

1132
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ou mente.

Por isto a vibração ou energia mais forte provém do Seu corpo astral cósmico, uma vez
que o desejo tem forte ligação com o amor e é no corpo astral que o desejo se
manifesta.

Assim, a energia do desejo cósmico do nosso Logos solar, manifestando-se em Seu


corpo astral cósmico, atua fortemente na matéria búdica do nosso sistema solar, que é
o 4º éter em Seu corpo físico cósmico e onde estão os centros ou chacras dos Logos
planetários. Dali essa energia atua na matéria mental do sistema (a matéria gasosa do
corpo físico cósmico logoico), levando esses Manasadevas a uma intensa atividade,
sendo uma muito importante a individualização das Mônadas humanas.

A energia do desejo logoico também atua na nossa matéria astral, a matéria líquida do
corpo físico cósmico do Logos solar. O desejo tem papel importante no
desenvolvimento do amor superior, uma vez que o homem começa pelo desejo egoísta,
o qual, com o processo evolutivo, conduz ao amor superior e desinteressado, e mais
tarde à razão pura (budi), com a utilização de manas ou mente.

Dessa forma as Mônadas humanas acrescentam à mente desenvolvida a qualidade do


amor desenvolvido.

Estudo 357

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico – Seção D – II – Os Devas e Elementais


da Mente – 3. OS ANJOS SOLARES – OS AGNISHVATTAS – Observações de Introdução –
Considerações sobre o conteúdo da página 555.

Considerações.

Tanto o nosso Logos solar como os Logos planetários a Ele ligados, na atual etapa
evolutiva, estão polarizados em Seus corpos astrais cósmicos, ou seja, são ainda
emotivos e vivenciam grandes emoções em nível cósmico. Essas emoções cósmicas
não são como nossas emoções, baseadas no desejo material físico. Elas baseiam-se no
desejo pelas coisas físicas cósmicas e expressam-se como sensações nos Seus corpos
físicos cósmicos, cuja parte densa é constituída pelas matérias física, astral e mental
do sistema.

Portanto são emoções de natureza totalmente diferente. Somente os Iniciados que já

1133
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estão vivendo e atuando na matéria astral cósmica (Aqueles que já passaram da 8ª
iniciação, a 2ª cósmica) possuem uma ideia dessas cósmicas emoções.

Como há uma forte ligação entre a matéria astral cósmica e a astral do sistema, via
matéria búdica, a energia emanante das emoções cósmicas, ao atingir a matéria astral
do sistema, infuencia intensamente a humanidade. Essa infuência varia dela acordo
com o nível evolutivo dos Logos planetários. No nosso caso, a humanidade do esquema
terrestre vivendo atualmente no planeta Terra, o nível evolutivo do nosso Logos
planetário leva a humanidade, em sua grande maioria, a vivenciar fortemente o aspecto
sexual e as paixões. É lógico que a resposta à energia do astral cósmico depende do
grau de evolução do ser humano. Os iniciados usam essa energia para desenvolver o
aspecto búdico, despertando o átomo búdico permanente e coordenando o corpo
búdico, uma vez que a energia astral cósmica passa pela matéria búdica. Neste caso,
dos iniciados, o corpo astral só responde às vibrações elevadas do plano búdico,
expressando-as em emoções elevadíssimas, nas quais predomina a qualidade búdica
ou crística.

Quando o atual sistema solar de Amor chegar ao seu fm, o que signifca a “morte”
física do nosso Logos solar, os chamados nirvanas (os Anjos solares) estarão
preparados, pela experiência vivenciada, para atuar e trabalhar no próximo sistema
solar, o terceiro (a próxima encarnação física do nosso Logos solar) e serão
essencialmente “amor inteligente ativo”, ou seja, terão acrescido à qualidade
inteligência ativa a qualidade amor. Todavia só poderão iniciar seu trabalho depois que
as matérias física, astral, mental, búdica e átmica do novo sistema tenham adquirido
determinado de vibração, para que os Logos possam efetivamente se apossar de Seus
corpos físicos cósmicos como unidades coesas, no que cabe à parte densa, uma vez
que neste próximo sistema as matérias física, astral, mental, búdica e átmica não
constituirão princípio.

No atual sistema solar, em nosso esquema terrestre, só ocorreu a chegada dos Egos na
3ª raça-raiz da 3ª ronda da 3ª cadeia, chamada cadeia lunar, porque só neste momento
as matérias física, astral e mental constituintes da parte densa do corpo físico cósmico
do nosso Logos planetário alcançaram a vibração necessária para que Ele pudesse
efetivamente tomar posse de Seu corpo físico. Foi necessário que a vibração fosse tal
(a do 3º estado do Pleroma), que o “Coração” entrasse em atividade potente para
distribuir efcientemente a energia de vida.

1134
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 358

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Continuação - Páginas 555 e
556.

"Se considerarmos este tema de baixo para cima o animal do 3o. reino é que deveria
individualizar-se. Vendo-o de cima para baixo é o 5o. reino, o espiritual, que anima o
terceiro e produz o 4o. ou reino humano autoconsciente. Esta enumeração deveria ser
estudada, porque encerra um mistério e embora o verdadeiro signifcado oculto não
será revelado até a 3a. Iniciação maior, nem totalmente compreendido até a quinta, sem
embargo, sempre pode afuir a luz sobre tema tão difícil. Do mesmo modo, no próximo
sistema solar, a individualização (termo inadequado para ser aplicado a um estado de
consciência inconcebível ainda para um iniciado de 3a. Iniciação) não será possível até
a 2a. ou 6a. etapa do Pleroma. Então, a consciência resplandecerá no plano monádico,
que constituirá o plano da individualização. Todos os estados de consciência inferiores
a esse nível elevado serão para o Logos o que é para Ele agora a consciência dos 3
mundos. Assim como o corpo físico do homem não é um princípio na atualidade, todos
os planos inferiores ao 4o. éter cósmico tão pouco são considerados um princípio para
o Logos.

Nossos Anjos solares ou devas do fogo atuais, ocuparão então uma posição análoga à
dos Pitris lunares na atualidade, pois todos formarão parte da consciência divina e,
sem embargo, serão esotericamente considerados como que se encontram "por
debaixo do umbral" da consciência. O homem tem que aprender a controlar , guiar e
utilizar as substâncias dévicas das quais estão compostos seus corpos inferiores; esta
meta implica o desenvolvimento da plena autoconsciência, lograda por intermédio dos
anjos solares ou construtores e vitalizadores do corpo egoico; mediante estes a
autoconsciência converte-se em uma realidade. No próximo sistema solar, tão pouco
representarão o tipo de consciência a que aspira o homem, pois terá que aspirar a
maiores realizações e, novamente em sentido oculto, "apoiando seus pés sobre elas" as
logrará ainda maiores. No atual sistema solar, deve ascender apoiando seus pés sobre
a serpente da matéria. Dominando a matéria se eleva e se converte em uma serpente
de sabedoria. No próximo sistema solar, ascenderá por meio da "serpente de
sabedoria", e dominando e controlando os Agnishvattas logrará algo que nem ainda a
mente iluminada do mais elevado Dhyan Chohan pode conceber."

1135
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 359

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Considerações sobre o último
parágrafo da página 555 e o primeiro da página 556.

Considerações.

Quando consideramos o processo de individualização a partir do mais baixo dos reinos,


concluímos que a iniciativa partiu do 3° reino, o animal, para dar nascimento ao 4°
reino, o humano. Todavia quando consideramos o processo com mais acuidade,
buscando os fatores reais e efetivos, concluímos que foi a atuação do 5° reino, o
espiritual ou dos homens libertos do jugo dos 3 mundos inferiores, sobre o 3°, o animal,
que levou os membros já prontos deste último a se transformarem em homens com
autoconsciência incipiente.

Uma das deduções que podemos tirar dessa atuação, olhando-a sob a visão numérica,
é que sempre o que está mais evoluído ajuda o menos evoluído a dar um grande passo
a frente na escalada evolutiva.

No próximo sistema solar, ou seja, na próxima encarnação física do nosso Logos solar,
a individualização ocorrerá no plano monádico. Para tal será necessário que a matéria
deste plano tenha adquirido o devido grau de vibração, como no atual sistema solar foi
necessário que a matéria mental do sistema adquirisse o devido grau de vibração,
estimulada pelas energias cósmicas oriundas do triângulo Sirius, 2 Plêiades (das quais
uma é Alcione) e uma constelação, que achamos ser Águia, cuja estrela alfa é Altair,
constelação essa que achamos ser o chacra sacro no corpo do Logos cósmico.
Para que a matéria monádica esteja com o devido grau de vibração, um outro triângulo
cósmico ocorrerá. Sabemos que em tal ocasião o Pleroma (a manifestação do Ego
logoico) terá atingido a segunda ou sexta etapa, ou seja, o princípio búdico esteja
devidamente atuante.

De fato, como diz o Mestre Djwal Khul, é muito difícil explicar o estado de consciência
adquirido nessa futura individualização. Na realidade a palavra individualização não
consegue expressar esse estado de consciência.

Na atual individualização, que ocorre no plano ou matéria mental, o 5° princípio, manas,

1136
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
é ativado no homem, estabelecendo uma conexão maior com os mundos inferiores,
para que a Mônada, através do Ego recém gerado, possa adquirir uma visão desses
mundos inferiores.

Mas no próximo sistema solar, não será o 5° princípio que será ativado no homem que
vai dar o grande salto, salto de um reino para outro superior. O princípio a ser ativado
será o sexto, budi. Para tal, manas, o 5° princípio, deverá estar bem ativo, assim como
no atual sistema solar, o instinto (semente de manas) do animal estava bem avançado,
para permitir sua ligação e transformação em manas.

O ser a ser "individualizado" no próximo sistema solar deverá ter seus corpos físico,
astral, mental, búdico e átmico com um bom grau de atividade, para permitir o salto
para a consciência monádica. É muito importante esclarecer um fato. No próximo
sistema solar a matéria monádica, como todas as outras, estará com a vibração básica
do aspecto Atma, vontade, porque a meta do nosso Logos solar para Sua próxima
encarnação é desenvolver Seu aspecto Atma, vontade. Isto dará a todas as matérias
uma coloração ou vibração muito diferente da atual.

Podemos concluir que na chamada individualização do próximo sistema solar, a


consciência adquirida terá forte conotação de budi, através de manas. Isto signifca
que o ser a ser "individualizado" deverá ter bem avançado algo da natureza de budi,
análogo ao instinto atual do animal.

Para o homem desse futuro sistema solar os planos físico, astral e mental não
constituirão princípio. Para o Logos os planos físico, astral, mental, búdico e átmico não
constituirão princípio.

Em vista disto, os Anjos solares atuais exercerão as funções dos atuais Pitris lunares.
Obviamente outra classe de Anjos solares, de posição bem mais elevada, ou seja, com
grande capacidade, experiência, conhecimento e domínio da matéria monádica,
exercerá as funções necessárias para a "individualização" nesse futuro sistema solar.

A meta atual do homem é desenvolver ao máximo a autoconsciência, o que ele


consegue dominando, controlando, guiando e utilizando as substâncias dévicas
constituintes de seus 3 corpos inferiores. Isto signifca que o homem tem de dominar,
controlar e utilizar conscientemente suas emoções e seus pensamentos, ou seja, seus
corpos físico, astral e mental. O homem, no atual sistema solar, tem de se transformar
numa serpente de Sabedoria, apoiando seus pés em manas, o que implica em adquirir o
conhecimento, juntamente com o controle total da mente.

1137
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Para o próximo sistema solar a meta será outra. Apoiando-se em budi aperfeiçoado,
juntamente com manas aperfeiçoado, o homem, servindo-se de Atma, vontade, deverá
se tornar um gigante de Atma, o que conseguirá dominando, controlando e utilizando
os Agnishvattas, que exercerão as funções dos atuais Pitris lunares. Todavia esses
Agnishvattas estarão muito mais evoluídos e potentes que atualmente, pois Eles
também evoluem.

O máximo que podemos conceber atualmente a respeito desse futuro estado de


consciência do homem vencedor é uma Vontade dinâmica e poderosa, expressando
simultaneamente o Poder, a Sabedoria e a Inteligência, em perfeita harmonia e fusão.
Pela meditação sobre esse conceito, podemos conseguir mais inspirações, que nos
estimularão para o esforço constante em direção à meta da nossa 4a. cadeia
planetária, a 5a. Iniciação planetária, a 3a. solar, a do Adepto, e prosseguir para
maiores conquistas, preparando-nos para as conquistas muitíssimo maiores do
próximo sistema solar.

Estudo 360

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - a. O Quinto Princípio - Páginas
556, 557 e 558.

"Os Anjos solares são os Pitris, os Agnishvattas, os grandes devas da Mente, os


construtores do corpo do Ego e produtores da individualização ou logro da
consciência.

Algumas afrmações amplas e gerais foram expostas a fm de assimilarmos esta


matéria estupenda e prática, num esforço para vincular com o passado e o futuro o
atual sistema solar em seu aspecto manásico fundamental.

A parte que agora abordaremos concerne ao desenvolvimento dos divinos


Manasaputras, considerados como um todo coletivo contendo a Mente divina e
também à Mônada individual que responde a Sua vida e forma parte do corpo destes
Dhyan Budas:

a. Considerados cosmicamente. Aqui cabe uma frase oculta. Encerra a chave do


mistério dos quíntuplos Dhyans:

1138
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"Os Três superiores ciclicamente ao uníssono trataram de conhecer e serem
conhecidos. Os Três inferiores (sem contar o oitavo) nada sabiam nem viam, só
ouviram e tocaram. O quarto não tinha lugar. O Quinto (que é também o quarto) formou
no ponto médio uma TAU cósmica, que foi refetida sobre o Sétimo cósmico."

Helena Petrovna Blavatsky afrma (23 e 24) que quando a Mônada se individualiza tem
mais consciência espiritual qua a mesma em seu próprio plano, o segundo. Deve ser
recordado aqui que os Logos planetários encarnam só fsicamente em nosso sistema;
seus corpos de individualização encontram-se no plano mental cósmico, por
conseguinte, resulta-lhes impossível expressar-se plenamente durante a manifestação.
Portanto,durante a manifestação, o homem é apenas capaz de expressar-se a si
mesmo plenamente quando adquire a "consciência dos lugares elevados". Antes de
estudar este quinto princípio devemos assinalar que os Manasaputras divinos, em seu
próprio plano, devem ser considerados desde o ponto de vista da encarnação física,
enquanto que o homem pode ser considerado desde o que para ele constitui um
aspecto espiritual. (25)

A individualização humana ou a aparição dos entes autoconscientes no plano mental,


envolve um desenvolvimento maior, porque se sincroniza com a apropriação, pelo
Logos planetário, de um corpo físico denso; este corpo está composto de matéria de
nossos três planos inferiores. Quando os centros etéricos dos Manasaputras no quarto
plano etérico cósmico vitalizam-se, produzem uma acrescentada atividade no plano
mental do sistema, o gasoso cósmico, e a consciência do Homem celestial e Sua
energia vital começam a se fazer sentir. Simultaneamente, de acordo com a Lei, a força
mental ou energia manásica afui desde o quinto plano cósmico, o mental cósmico. Esta
energia dual, ao entrar em contato com aquilo que é inerente ao corpo físico denso do
Logos, produz analogias nos centros desse plano e aparecem os grupos egoicos.
Contêm fundidos em potência os três tipos de eletricidade, constituindo eles mesmos
fenômenos elétricos. Estão compostos desses átomos ou tipos de vidas que formam
parte da quarta Hierarquia criadora, o conjunto de Mônadas puramente humanas.
Similarmente, esta tríplice força, produzida pela apropriação consciente do Homem
celestial, anima a substância dévica, e o corpo físico denso do Logos planetário
manifesta-se objetivamente. Isto é o que quer signifcar na enunciação de que os devas
encontram-se unicamente nos três mundos. Afrmação análoga àquela onde se
expressa que a humanidade encontra-se só nos três mundos, sem embargo, as
mônadas humanas, em seus sete tipos, encontram-se no plano do espírito - o plano da
dualidade - assim como também as mônadas dévicas."

1139
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(23) D. S. I, 206-208.

(24) Ver D. S. I, 207-208; III, 237-238.

(25)

1
2
3
4
Reino ----------------
Princípio
5
6
7
8
"Isto tem dois signifcados, um cósmico e outro do sistema; para lançar luz sobre esse
acontecimento que concerne a nosso próprio esquema, devem ser estudadas as
estâncias que se referem à chegada dos Senhores da Chama."

Estudo 361

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - a. O Quinto Princípio -
Considerações sobre o parágrafo "a. O Quinto Princípio", na página 556, até "...para ele
constitui um aspecto espiritual.", na página 557.

Considerações.

Dentro do assunto O Quinto Princípio, mente ou manas ou inteligência ativa, o Mestre


Djwal Khul diz que Ele fez explanações amplas e gerais, com o objetivo de ligar o atual
sistema solar (o atual corpo físico cósmico do nosso Logos solar) com os sistemas
anterior e futuro, também corpos físicos cósmicos do nosso Logos solar, no aspecto
mente ou manas.

Nessa linha de pensamento o Mestre dissertou sobre o trabalho dos Agnishvattas, os


grandes devas da Mente, de grande e fundamental importância no processo de
individualização e de aquisição de autoconsciência por parte das Mônadas humanas.

1140
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Agora o Mestre vai tratar do desenvolvimento evolutivo dos divinos Manasaputras, ou
seja, os Logos planetários, também chamados Homens celestiais e Dhyan Budas. Para
tal o Mestre considerá-Los-á de forma coletiva, contendo todos os Agnishvattas e as
Mônadas humanas, alimentadas pela Vida dos Homens celestiais e fazendo parte de
Seus corpos de manifestação.

Ao considerá-los sob o ponto de vista cósmico, o Mestre cita a frase oculta sobre esse
mistério. Sabemos que existem 7 princípios cósmicos, como existem 7 princípios
referentes às Mônadas humanas. Esses princípios ou qualidades, que devem ser
desenvolvidas por meio de corpos ou veículos, são: corpo etérico, prana, kama ou
desejo (astral), manas inferior ou kama, manas superior, budi e atma. Se considerarmos
que o corpo físico é dividido em 2 partes: denso e etérico, sendo que o denso não é
princípio, temos o denso como o oitavo citado na frase oculta.

Assim, os Três superiores são atma, budi e manas superior. Os Três inferiores são
corpo etérico, prana e kama. O quarto que não tinha lugar, ou seja, não estava ativado,
é manas inferior. O Quinto, que também é o quarto, é manas superior, uma vez que
manas é dividido em manas superior, o Quinto, e manas inferior, o quarto, se contarmos
a partir do corpo etérico.

O trecho: "Os Três inferiores (sem contar o oitavo) nada sabiam nem viam, só ouviram e
tocaram." , refere-se aos devas construtores, que são classifcados em 3 grandes
grupos:

- devas que veem, mas não tocam nem manejam;


- devas que tocam, mas não veem;
- devas que ouvem, mas não tocam nem veem.
A Tau cósmica formada no ponto médio pelo Quinto, refetida sobre o Sétimo cósmico,
signifca a imersão do nosso Logos solar, como Alma cósmica atuando no mundo
mental cósmico (o Quinto), em Seu corpo físico cósmico (representado pela expressão
"Sétimo cósmico"), ou seja, a encarnação do nosso Logos solar.

O refexo no Sétimo cósmico signifca a efetivação da encarnação física cósmica do


nosso Logos solar, pela apropriação da parte densa do Seu corpo físico cósmico (os
mundos mental, astral e físico do nosso sistema), o que propiciou a individualização
das Mônadas humanas.

É lógico que essa foi a primeira individualização ocorrida em nosso sistema solar.

O fato de a Mônada adquirir mais consciência espiritual, quando se individualiza, do

1141
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que a que tem em seu próprio mundo, o monádico, signifca que Ela só irá ter
consciência plena do mundo monádico muito mais tarde, quando ela receber a 6a.
Iniciação, a 4a. solar. Quando a Mônada se individualiza, pela aquisição da
autoconsciência no mundo mental superior ou causal, Ela é estimulada para os
assuntos espirituais, iniciando a longa jornada de retorno aos mundos superiores, por
meio da conquista dos 5 mundos inferiores.

O Mestre Djwal Khul chama a atenção para um fato muito importante que todos devem
considerar e aplicar. Os Logos planetários têm Seus corpos causais no mundo mental
superior cósmico, sendo os nossos 7 mundos, desde o adi até o nosso físico, Seus
corpos físicos cósmicos, onde estão encarnados. Assim, para Eles os nossos mundos
superiores são mundos materiais, sendo impossível para Eles expressarem-se
plenamente como Almas cósmicas nesses nossos mundos.

Mas para o homem, esses mundos, do causal até o adi, são considerados espirituais,
embora esse conceito de espiritual expanda-se continuamente.
Só quando o homem adquire "consciência dos lugares elevados" é que ele pode
expressar a si mesmo plenamente como Alma. Mas para tal, o homem tem de
conquistar o conhecimento desses lugares elevados e é justamente este conhecimento
que o Mestre Djwal Khul procura passar para todos nos, desde que façamos o devido
esforço para entender e aplicar Seus elevadíssimos ensinamentos.

Diante de tudo isso, fca bem claro, evidente e lógico, que aquilo que para nos é para
ser conquistado, para os excelsos Seres cósmicos é para dele se libertarem.

Num futuro muito distante estaremos nesta mesma situação, ou seja, esforçando-nos
para nos libertarmos do que conquistamos. O tempo necessário para alcançarmos esta
situação depende exclusivamente da Vontade de cada um, em outras palavras, a
velocidade de evolução depende somente da Vontade de cada um.

Portanto, podemos concluir racionalmente e reconhecendo a verdadeira realidade, que


a meta de todos, homens e Seres cósmicos, é conquistar continuamente estados de
consciência mais elevados.

Fica evidente que só podemos ter apego a estados de consciência mais elevados,
servindo-nos dos atuais estados de consciência provenientes dos jnanaindryias e
carmaindryias referentes aos mundos nos quais estamos situados momentaneamente.

Consequentemente é irracional e ilógico ter apego a qualquer mundo.

1142
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 362

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - a. O Quinto Princípio -
Considerações sobre o parágrafo "A individualização humana ou o aparecimento dos
entes autoconscientes...", na página 557, até "... - assim como também as mônadas
dévicas.", na página 558.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul enfatiza a dependência do processo de individualização das


Mônadas humanas da apropriação pelo Logos planetário da parte densa do Seu corpo
físico cósmico, ou seja, quando Ele adquire consciência dessa parte densa, nossos
mundos mental, astral e físico.

Dando mais detalhes, o Mestre explica que a vitalização dos centros de força ou
chacras etéricos, de matéria búdica (o 4o. éter cósmico), energiza de tal forma a parte
densa do corpo físico cósmico do Logos planetário, em particular o mental (o gasoso
cósmico), que Ele toma consciência dessa parte densa e Sua vitalidade física começa a
se fazer sentir. Em outras palavras, o Logos planetário começa a ter sensações físicas
densas.

Da mesma forma a parte densa (as matérias gasosa, líquida e sólida) do corpo físico
do homem é energizada pelos chacras do corpo etérico, permitindo ao homem ter
sensações físicas. Se o corpo etérico for afastado do corpo denso, o homem morre.

Temos aí em ação a Lei de Analogia: "Assim como é em cima, é em baixo."

Simultaneamente com a ativação dos chacras etéricos do Logos planetário, fui uma
energia do Seu corpo mental cósmico para a parte gasosa do Seu corpo físico
cósmico, a nossa matéria mental, e isto provoca nesta matéria analogias dos chacras
ou centros de força, que no caso são os grupos egoicos.

Estes grupos egoicos são na realidade fenômenos elétricos, com 3 tipos de


eletricidade, os fogos elétrico, solar e por fricção, juntos.

Estes grupos são constituídos pelos átomos ou vidas utilizadas pela 4a. Hierarquia
criadora, de Mônadas humanas, em sua manifestação.

Ora, estes átomos ou vidas são substância dévica, vitalizada pela energia do Logos
planetário, os quais, com o restante da substância dévica constituinte da matéria

1143
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mental, fcam energizados pela tríplice força: a energia emanada pelos chacras
logoicos no Seu corpo etérico (o 4o. éter cósmico, a matéria búdica), a energia
emanada pelo Seu corpo mental cósmico e a energia da 4a. Hierarquia criadora, de
Mônadas humanas, através dos grupos egoicos. Em consequência o Logos planetário
manifesta-se objetivamente por meio do Seu corpo físico denso.

É por isso que se diz que os devas encontram-se somente nos 3 mundos: mental, astral
e físico. O mesmo é dito sobre a humanidade. Todavia, tanto as Mônadas humanas
como as Mônadas dévicas, encontram-se no mundo monádico. O que acontece é que
as Mônadas, embora residentes no mundo monádico, mas que ainda estão nas etapas
preliminares do processo evolutivo, só conseguem ter consciência objetiva nos 3
mundos inferiores: mental, astral e físico. Com o decorrer da evolução, elas vão
adquirindo consciência dos mundos superiores, até chegar ao monádico e prosseguem
para mundos mais elevados.

Estudo 363

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS AGNISHVATTAS - OS ANJOS SOLARES - a. O Quinto Princípio -
Continuação - Do parágrafo "Os estudantes deveriam recordar que ..." , na página 558,
até "...para que entrasse em atividade autoconsciente.", na página 559.

"Os estudantes deveriam recordar que estes temas esotéricos podem ser expressados
de dupla maneira:

Em termos dos 3 mundos, ou desde o ponto de vista do corpo físico denso logoico.
Em termos de força ou energia, ou desde o ponto de vista do corpo logoico prânico
ou de vitalidade, os 4 éteres cósmicos.
O que compreendemos por quinto princípio só é a expressão no plano causal dessa
força ou energia que emana do corpo causal logoico no quinto plano cósmico, por
intermédio da analogia logoica da unidade mental. (Ditas analogias implicam um
conceito muito mais avançado que o que pode ter um iniciado na atualidade.) Na quinta
ronda, o signifcado interno será mais evidente para o discípulo. A medida que a
vontade logoica se transmuta gradualmente em desejo, produzindo-se assim a
encarnação física, tem lugar uma enorme descida de força vitalizadora desde o quinto
plano cósmico até chegar a nosso quinto plano, o mental. Esta força é a que, no exato

1144
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
momento cíclico, em tempo e espaço e nos três mundos, produz certos
acontecimentos, Seu corpo físico denso. O primeiro é a apropriação, pelo Logos, desse
veículo físico denso e o surgimento à manifestação do Sol físico e dos planetas físicos.
Embora desde nosso ângulo isto abarca um período de tempo inconcebivelmente
vasto, para o Logos é só o breve período de gestação que sofrem todos os corpos.
Outro acontecimento importante constitui a apropriação, pelos distintos Prajapatis (26)
ou Homens celestiais, de seus corpos físicos - também em distintas épocas de acordo
com a sua etapa evolutiva. Isto pelo geral sucede primeiro aos três, logo aos sete. Uma
ideia do signifcado desta diferença poderá ser vislumbrada quando seja estudado o
processo da encarnação do ego.

Portanto, que encontramos ? Ante todo, o impulso ou a vontade de ser que emana do
plano mental; logo, desejo que emana do plano astral, produzindo a manifestação no
físico denso.

Esta ideia deve estender-se aos três Logos ou Aspectos logoicos, então temos a chave
do mistério dos nove Sephiroth, a Tríplice Trimurti.

Pode ademais ser observado o outro acontecimento - a apropriação, pelas Mônadas


individuais, de seus corpos de manifestação, num período ainda posterior em tempo e
espaço.

A afuência desta força de energia, que emana do quinto Princípio logoico, dá lugar a
duas coisas:

A apropriação, pelo sétuplo Logos, de Seu corpo físico denso.


A aparição dos corpos causais das Mônadas humanas, no quinto plano do sistema.
Ou a:

A encarnação para a Vida maior.


A individualização para as vidas menores.
Devemos refetir sobre isto.

Será evidente para todos os pensadores porque o quinto princípio fez vibrar o terceiro
aspecto para que entrasse em atividade autoconsciente."
(26) "Prajapatis. Os Progenitores, os que dão vida a tudo o que existe na terra. São os
sete e os dez que correspondem aos sete e aos dez Sephiroth. No cosmos são os sete
Rishis da Ursa Maior, no sistema são os sete Logos planetários e, desde o ponto de
vista de nosso planeta, são os sete Kumaras. D. S. I, 130, 141; II, 130, 298-299; III, 44,

1145
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
48, 86 (chamada 10)."

Estudo 364

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - a. O Quinto Princípio -
Considerações sobre o parágrafo "Os estudantes deveriam recordar ...", na página 558,
até "...para que entrasse em atividade autoconsciente.", na página 559.

Considerações.

Nesta parte o Mestre Djwal Khul expõe o tema da individualização das Mônadas
humanas ou a aquisição da autoconsciência dentro do processo de encarnação do
Logos planetário, a qual envolve Seu corpo etérico cósmico, o qual é composto pelas
matérias búdica, átmica, monádica e adi e a parte densa, composta pelas matérias
mental, astral e física. Essas matérias em conjunto constituem o corpo físico cósmico
do Logos planetário, quanto aos esquemas planetários e, na sua totalidade no sistema
solar, o corpo físico cósmico do nosso Logos solar.

Portanto, temos 2 enfoques, sob os quais podemos estudar, analisar e entender o


processo de encarnação do Logos e, como consequência dessa encarnação, na parte
densa, a individualização das Mônadas humanas.

No homem o corpo físico denso é energizado e vitalizado pelas energias que fuem pelo
seu corpo etérico, por isso chamado corpo prânico ou de vitalidade. Da mesma forma a
parte densa do corpo físico logoico é vitalizada pela parte etérica, ou seja, pelo prana
cósmico que fui por ela e penetra em todas as partes do corpo denso logoico.

Aqui uma refexão importante e útil pode ser feita. A matéria búdica é o 4º éter
cósmico, embora para nos, de baixo para cima, seja o 4º plano. O prana cósmico, ao
fuir do 4º éter cósmico, faz seu primeiro impacto na matéria gasosa cósmica, nosso
plano ou mundo mental, sendo muito potente sua ação aí, o que explica em parte o
fenômeno da individualização. Dissemos em parte, porque outros conceitos devem ser
considerados.

Sob o ponto de vista do Logos, o processo de encarnação tem início quando Ele, como
Ego cósmico (a Mônada logoica, o homem solar verdadeiro, manifestando-se como
Ego) sente a Vontade de Ser e decide encarnar para vivenciar experiências e aprender

1146
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nos mundos inferiores cósmicos. Ora essa Vontade de Ser manifesta-se em Seu corpo
mental superior ou causal cósmico, onde está o 5º Princípio, manas superior, em nível
cósmico.

Na sequencia normal de atuação das energias, o 5º Princípio, na Vontade de Ser, atua


através da Unidade mental logoica. Em seguida essa energia, Vontade de Ser, atua no
corpo astral cósmico logoico, através do átomo astral permanente logoico, onde a
Vontade de Ser gradualmente transforma-se em desejo de manifestação física. Daí
vem a organização da parte etérica logoica, constituída pelas matérias adi, monádica,
átmica e búdica, por meio do átomo físico permanente logoico.

Uma vez organizado o corpo etérico logoico, fca faltando a organização da parte densa
(os nossos mundos mental, astral e físico). Esta última parte tem de aguardar
determinadas condições cósmicas: o triângulo de forças cósmicas, formado por Sirius,
2 Plêiades (das quais uma é Alcione) e uma pequena constelação que achamos ser
Águia.

Quando o triângulo está formado, temos a seguinte situação energética na matéria


búdica do sistema (o 4º éter cósmico do corpo etérico logoico):
a energia do Triângulo cósmico, de natureza essencialmente mental (em nível cósmico,
mas com a devida redução devido à menor capacidade vibratória da matéria búdica) e
dentro do desejo de ser do Logos solar, o 5º Princípio pronto para se manifestar na
matéria gasosa cósmica, o nosso mundo mental.

Quando chega o momento exato em que essa energia múltipla começa a atuar na
matéria mental (a gasosa cósmica) e daí na matéria astral (a líquida cósmica) e na
física (a sólida cósmica), o Logos solar apropria-se do Seu corpo denso.

É nessa ocasião que Aqueles Seres cósmicos que irão trabalhar e evoluir sob a
orientação do nosso Logos solar, começam também a se apropriar de Seus corpos
densos particulares.

Os 3 Seres maiores, que irão manifestar os 3 aspectos logoicos, chamados os 3 Logos,


fazer surgir os 3 sois físicos. Em seguida os 7 Logos planetários sagrados e Seus
Logos planetários associados também fazem surgir Seus planetas físicos. Isto ocorre
em épocas diferentes, segundo a etapa evolutiva de cada um.

É então chegado o momento em que as Mônadas humanas podem se individualizar,


dependendo, é claro, da apropriação do nosso Logos planetário de Seu corpo denso, o
mesmo ocorrendo nos demais esquemas planetários.

1147
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Como os 3 Logos que expressam os 3 aspectos do Logos solar são tríplices, temos
(3X3) 9 manifestações menores, que constituem os 9 Sephiroth (a tríplice Trimurti).

Portanto, a encarnação da Vida maior propicia a individualização das vidas menores (as
Mônadas humanas), sendo resultado da manifestação na matéria mental do 5º
Princípio logoico, o que explica a individualização como a implantação do 5º princípio
no homem, de forma autoconsciente.

Como o 5º Princípio necessita da matéria para ser expressado e aperfeiçoado, fca


evidente que é ele que leva o 3º aspecto, Atividade Inteligente, aentrar em atividade
autoconsciente e formar a matéria.

Com referência à observação (26) sobre os chamados Prajapatis, os Progenitores, por


Blavatzky, Eles são os 7 Logos planetários e os 9 Sephiroth, que com o conjunto
formam os Dez. Isto dentro do sistema solar. Sob o ponto de vista cósmico, do Logos
cósmico, os Prajapatis são os 7 Rishis da Ursa Maior, cujas estrelas são as 7 que
formam a cauda da ursa: Dubhe, Merak, Phekda, Megres, Alioth, Mizar e Benethnash.

No nosso planeta são os 7 Kumaras.

No homem o processo de encarnação se dá de forma análoga ao do Logos.


Inicialmente a Mônada emite a palavra de poder, que é transformada pelo Anjo solar
em frase mântrica no Loto egoico. Em seguida essa frase mântrica é transformada em
fórmula matemática e gravada na unidade mental. A partir daí vem o trabalho dos
construtores na construção dos corpos inferiores do homem, atuando na unidade
mental e nos átomos permanentes astral e físico.

Estudo 365

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. Considerados
hilozoisticamente - Páginas 559, 560 e 561.

"b. Considerados hilozoisticamente. (27) Continuando nossa consideração do quinto


Princípio logoico, analisá-lo-emos em seu aspecto hilozoísta. Temos visto que pode ser,
considerado como a força, a energia ou a qualidade que emana da unidade mental
logoica no plano mental cósmico; necessariamente isto tem um efeito defnido no
quinto plano do sistema e no quinto subplano do plano físico, o gasoso. Antes de tratar

1148
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em detalhe o tema dos Agnishvattas, três pontos devem ser tidos em conta.

Primeiro, deve ser recordado que todos os planos de nosso sistema, considerados
como substância dévica, formam as espiras no átomo físico permanente do Logos
solar. Isto tem sido assinalado antes, porém é necessário que voltemos a insistir sobre
este ponto. Toda consciência, toda memória e toda faculdade estão depositadas nos
átomos permanentes. Aqui estamos tratando dessa consciência; sem embargo, o
estudante deve ter em conta que nos subplanos atômicos centraliza-se a consciência
logoica (por muito distante que esteja da Realidade). Este átomo permanente do
sistema solar, que tem a mesma relação com o corpo físico logoico que o átomo
permanente humano com o do homem, é um receptor de força e, portanto, recebe
emanações de força de outra fonte exterior ao sistema. Uma ideia da natureza ilusória
da manifestação, tanto humana como logoica, pode ser extraída da relação que existe
entre os átomos permanentes e o resto da estrutura. O corpo físico humano não pode
existir separado do átomo permanente.

Igualmente as formas e os reinos diferem de acordo com a natureza da força que fui
através deles. No reino animal o que corresponde ao átomo permanente, responde à
força de caráter involutivo que emana de um grupo determinado. O átomo permanente
humano responde à força que emana de um grupo no arco evolutivo e do Raio de um
Logos planetário particular, em Cujo corpo a Mônada humana tem um lugar defnido.

Segundo, pelo que antecede, será evidente que neste período de afuência e
desenvolvimento manásicos nos concerne a aquisição da plena vitalidade e a entrada
em atividade da quinta espira logoica; esta vitalização manifesta-se na intensa atividade
do plano mental e na tríplice natureza dos fenômenos elétricos que nele se observa.

a. O subplano atômico...átomos manásicos permanentes...Positivo.


b. O quarto subplano...unidades mentais...Negativo.
c. Os grupos egoicos...corpos causais...Neutro ou equilíbrio.
Isto encontra-se em processo de manifestação durante o transcurso da evolução.
Tratamos aqui do aspecto substância e consideramos a energia em suas diversas
manifestações. A resposta da substância dévica à afuência de força no plano mental
tem um tríplice efeito em conexão com o Logos ou o Septenário:

1. Produz uma atividade muito acrescentada, nos centros logoicos, no quarto éter
cósmico, devido à ação refexa que se sente acima ou abaixo do plano de atividade.

2. Estimula os esforços das espécies mais desenvolvidas do terceiro reino, produzindo-

1149
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
se com isto um efeito dual, pois aparece o quarto reino da natureza no plano físico e as
Tríades refetem-se nos corpos causais que se encontram no plano mental.

3. Como já foi dito, o físico denso está ligado e coordenado com os corpos etéricos dos
Logos solar e planetário. Em consequência os três planos inferiores sintetizam-se com
os quatro superiores, e os devas de um mahamanvantara anterior ou ciclo solar,
entram em conjunção com aqueles que pertencem a uma nova ordem e esperavam as
condições adequadas. A encarnação física do Logos se completa. Os três reinos
inferiores, que são negativos à força superior, a atração mútua de ambos e sua
interação, trazem à existência o quarto reino ou humano. Os três fogos: da mente, do
Espírito e da matéria unem-se, iniciando-se o trabalho da plena autoconsciência."

(27) Hilozoísmo: Do grego "ule", matéria; "zoon", animal e "ismo". Ismo é um sufxo que
representa a doutrina ou ideia abstrata do substantivo ao qual se adere. Hilozoísmo é a
doutrina que sustenta que toda matéria está dotada de vida.

"Quando tenha sido compreendido o conceito hilozoísta de um universo material


vivente, será solucionado o mistério da natureza." Dicionário Standard.

Estudo 366

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Considerações sobre o
parágrafo "b. Considerados hilozoisticamente...", na página 559, até "3. Como já foi
dito...iniciando-se o trabalho da plena autoconsciência.", na página 561.

Considerações.

Nesta parte o Mestre Djwal Khul analisa o quinto Princípio logoico, considerando o
sistema solar e os esquemas planetários, em seu aspecto objetivo ou material, como
seres vivos, ou seja, a natureza, como um todo, é um ser vivo.

Dentro dessa visão, o quinto Princípio logoico é uma energia que expressa e transmite
uma qualidade logoica (manas), partindo da unidade mental logoica, que é o núcleo em
torno do qual o corpo mental inferior logoico está construído, com matéria mental
cósmica das 4 divisões mais densas (os 4º, 5º, 6º e 7º subplanos) do plano ou mundo
mental cósmico.

Em virtude da relações entre as divisões e subdivisões (os planos e subplanos) da

1150
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
matéria, o 5º plano do sistema (o mental ou gasoso cósmico) e o 5º subplano do plano
ou mundo físico (o gasoso) são infuenciados por essa energia do quinto Princípio
logoico

As 7 espiras do átomo físico permanente do Logos solar são formadas por matéria ou
substância dévica dos 7 planos ou mundos do nosso sistema solar, do adi ao físico.

A consciência, a memória e as faculdades são possíveis por meio dos átomos


permanentes, uma vez que eles são os núcleos em torno dos quais os corpos são
construídos e são arquivos para as experiências vivenciadas. A consciência logoica
está centralizada na matéria atômica das espiras do Seu átomo permanente.

A relação existente entre o átomo físico permanente do homem e seu corpo físico
(etérico e denso) é a mesma existente entre o átomo físico permanente do Logos solar
e Seu corpo físico cósmico, o sistema solar. Assim, o átomo físico permanente logoico
recebe energias de fonte exterior ao sistema.

Assim como o corpo físico humano não pode existir sem o átomo físico permanente,
igualmente o sistema solar não pode existir sem o átomo físico permanente logoico, o
que mostra a natureza ilusória da manifestação.

A força que fui através dos reinos e suas formas é a causadora das diferenças entre
essas formas e esses reinos.

No reino animal a força que atua no que corresponde ao átomo físico permanente é de
caráter involutivo (que está na direção do mais denso) e provém de um grupo
determinado. Já o átomo permanente humano é atuado pela força emanada de um
grupo no arco evolutivo e do Raio do Logos planetário em Cujo corpo a Mônada
humana se encontra.

Em vista do que acima foi dito, fca evidente que no atual período de afuência e
desenvolvimento manásicos, são muito importantes para nos a aquisição de plena
vitalidade e a entrada em atividade da quinta espira logoica.

Esta vitalização se expressa na intensa atividade do mundo ou plano mental e na


tríplice natureza dos fenômenos elétricos observados nele.

Na subdivisão atômica mental estão os átomos mentais permanentes, constituindo o


pólo positivo. Na 4ª subdivisão mental (ou o 4º subplano mental) estão as unidades
mentais, o pólo negativo. Como o neutro ou o equilíbrio, estão os corpos causais.

Tudo isto está em manifestação atualmente. Estamos tratando de matéria como

1151
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
substância dévica ou corpos de devas. Esta substância dévica, ao responder à força
que chega à matéria mental, produz um tríplice efeito no corpo do Logos:

1. Aumenta muito a atividade dos centros logoicos na matéria búdica, porque a


atividade de um plano ou mundo infuencia tanto o mundo imediatamente mais denso,
como o imediatamente menos denso.

2. As espécies mais desenvolvidas do reino animal são estimuladas, o que conduz ao


aparecimento do 4º reino, o humano, no mundo físico e a refexo das Tríades
superiores nos corpos causais, no mundo mental superior ou causal, dando-se assim
um efeito duplo.

3. Sabemos que os 3 mundos inferiores (físico, astral e mental), que constituem a


parte física densa dos corpos físicos cósmicos dos Logos solar e planetários, estão
conectados e coordenados com os 4 mundos superiores (búdico, átmico, monádico e
adi), que constituem os corpos etéricos dos Logos. Devido a esta conexão, os devas
do sistema solar anterior (o de manas) entram em contato com os devas de uma
nova ordem, os ANJOS SOLARES, que aguardavam a oportunidade.
Pela coordenação entre os corpos etéricos e densos logoicos, o corpo físico cósmico
logoico efetiva-se como uma unidade funcionante e a encarnação logoica torna-se uma
realidade. Essa interação e a receptividade (negatividade) da parte densa à parte
etérica (uma atração mútua) gera o 4º reino, o humano, pelo processo de
individualização.

Dessa forma os 3 fogos, o elétrico, do Espírito ou Mônada, o solar, da mente, e o por


fricção, da matéria, unem-se, propiciando o trabalho de desenvolvimento da
autoconsciência e da aquisição de sua plenitude.

Estudo 367

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. Considerados
hilosoisticamente - Continuação - Páginas 561, 562 e 563.

"Por último, o estudante deveria refetir muito cuidadosamente sobre o signifcado dos
números três, quatro e cinco na evolução da consciência. Até agora, a numerologia tem
sido estudada principal e corretamente desde o aspecto substância, porém não desde

1152
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do ponto de vista da energia consciente. Os estudantes, por exemplo, consideram
geralmente a Tríade como o triângulo formado pelos átomos permanentes manásico,
búdico e átmico; o cubo representa o homem material inferior e a estrela de cinco
pontas frequentemente se interpreta em forma materialista. Todos estes pontos de
vistas são necessários e devem preceder o estudo do aspecto subjetivo, porém a
ênfase se põe mais bem sobre o material; sem embargo, o tema deve ser estudado
psicologicamente. Os números citados neste sistema solar são os mais importantes
desde o ponto de vista da evolução da consciência. No sistema anterior, os números
seis e sete encerravam o mistério. No próximo sistema, serão o dois e o um. Isto se
refere ao desenvolvimento psíquico. Que me seja permitido ilustrar: A estrela de cinco
pontas no plano mental signifca (entre outras coisas) a evolução por meio dos cinco
sentidos, nos três mundos - factíveis também de uma quíntupla diferenciação - do
quinto princípio, a aquisição da autoconsciência e o desenvolvimento da quinta espira.

No plano búdico,quando este número resplandece na iniciação, signifca o pleno


desenvolvimento do quinto princípio ou qualidade - o ciclo completo do Ego nos cinco
Raios regidos pelo Mahachohan - a assimilação de tudo o que há de ser aprendido com
respeito a eles e a obtenção não só da plena autoconsciência, mas também da
consciência do grupo ao qual pertence o indivíduo. Implica também o pleno
desenvolvimento de cinco pétalas egoicas, restando duas, as quais abrir-se-ão antes da
iniciação fnal.

Durante as iniciações que se levam a cabo no plano mental a estrela de cinco pontas
aparece resplandecente sobre a cabeça do iniciado. Signifca que as três primeiras
iniciações são recebidas por intermédio do veículo causal. Tem sido dito que as duas
primeiras são levadas a cabo no plano astral, o que é correto, porém tem dado lugar a
uma má interpretação. São sentidas grandemente nos corpos físico, astral e mental
inferior, controlando-os. Devido a que se sente o efeito principal nesses corpos, o
iniciado pode interpretá-lo como que teve lugar nos planos correspondentes, pois o
efeito é muito vívido e estimula amplamente o corpo astral. Deve ser recordado
sempre que as iniciações principais são recebidas no corpo causal ou - quando estão
desvinculadas desse corpo - no plano búdico. Nas duas iniciações fnais, que liberam o
homem dos três mundos e o capacitam para atuar no corpo vital logoico e a manejar a
força que anima esse veículo, o iniciado converte-se na estrela de cinco pontas, que
desce sobre ele, funde-se com ele e ele é visto no centro da mesma. Esta descida é
produzida pela atividade do Iniciador, que maneja o Cetro de Poder, pondo o homem
em contato com esse centro no Corpo do Logos planetário do qual é uma parte, isto se

1153
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
efetua conscientemente. As duas iniciações chamadas sexta e sétima têm lugar no
plano átmico; a estrela de cinco pontas "resplandece desde dentro de si mesma",
segundo uma expressão esotérica, e se converte na estrela de sete pontas, a qual
desce sobre o homem, então ele penetra na Chama.

A iniciação e o mistério dos números concernem principalmente à consciência, porém


não fundamentalmente à "capacidade de atuar no plano" nem tão pouco à energia da
matéria, como poderia deduzir-se do que expressam tantos livros ocultistas. Ocupam-
se da vida subjetiva, a vida como parte da consciência e autorrealização de um Logos
planetário ou Senhor de um Raio, e não da vida na matéria tal como a compreendemos.
O Homem celestial funciona em Seu veículo prânico, encontrando-se ali Sua
consciência no que a nos corresponde neste sistema; trabalha conscientemente por
intermédio de Seus centros.

Resumindo:

Há uma etapa na evolução da consciência em que o três, o quatro e o cinco se mesclam


e fundem-se perfeitamente. Disto surge uma confusão devido a duas causas, sendo
ambas o ponto de realização individual do estudante. Interpretamos e matizamos as
afrmações de acordo com o estado de nossa consciência interna. H. P. Blavatsky
menciona isto (28) quando trata dos princípios; também a interpretação destes
números varia de acordo com a chave empregada. A entrada no reino espiritual ou
quinto ocorre quando as unidades do quarto reino tenham conseguido vitalizar a quinta
espira em todos os átomos do tríplice homem inferior; quando tenham desenvolvido
três das pétalas egoicas e estão em processo de desenvolver a quarta e a quinta e
quando vão adquirindo consciência da força prânica do Homem celestial."

Estudo 368

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. Considerado
hilozoisticamente - Considerações sobre o parágrafo "Por último, o estudante
deveria...", página 561, até "...as quais abrir-se-ão antes da iniciação fnal.", na página
562.

Considerações.

1154
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Nesse trecho o Mestre Djwal Khul recomenda refexão muito cuidadosa sobre o
signifcado dos números três, quatro e cinco na evolução da consciência. A
numerologia (o estudo dos números) tem tido realmente um enfoque materialista, não
cuidando sob a ótica de energia consciente.
No atual sistema solar os números mais importantes para a consciência são o três, o
quatro e o cinco. Estes 3 números signifcam o pleno desenvolvimento e o máximo
aperfeiçoamento das qualidades dos Raios terceiro, quarto e quinto, que são raios da
esfera do Mahachohan, sendo os quarto e quinto atributos de manas, o terceiro. De
fato no atual sistema solar a meta é aperfeiçoar ao máximo manas, para ser
instrumento perfeito, por meio do qual Budi possa se desenvolver e alcançar o máximo
de perfeição.

No próximo sistema solar os números mais importantes serão o um e o dois, porque,


após o aperfeiçoamento de Budi, Amor-Sabedoria (número dois), Atma, Vontade-Poder
(número um), deverá se desenvolver e alcançar a máxima perfeição, servindo-se de
Budi.

Um outro signifcado do número cinco, na estrela de 5 pontas, é o desenvolvimento e a


expansão da consciência por meio dos 5 sentidos (jnanaindriyas), os mecanismos de
captação de conhecimentos, alimentadores da mente, por isso chamada o grande
sentido, uma vez que tudo o que é captado pelos sentidos é levado a ela. Todos os
corpos possuem 5 sentidos, exceto o mental que tem sete.

Quando o número cinco resplandece na matéria búdica, na 4ª Iniciação, a da liberação


dos 3 mundos inferiores e quando o Loto Egoico é desintegrado e o Ego desaparece,
esse número signifca que o Ego completou seu ciclo de assimilação de tudo o que
tinha de aprender com respeito aos 5 Raios regidos pelo Mahachohan, e a obtenção da
plena autoconsciência e da consciência do grupo ao qual pertence o indivíduo.

O número cinco também signifca o pleno desenvolvimento de 5 pétalas do Loto


Egoico, restando 4 (embora no livro conste a expressão "restando duas", no início da
página 562, achamos que foi um erro de datilografa), que abrir-se-ão na 4ª Iniciação,
totalizando as nove, e como as três centrais que cobrem a Joia no Loto abrem-se
concomitantemente com os 3 círculos de pétalas, as 12 pétalas se abrem antes da
desintegração fnal do Loto Egoico.

1155
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 369

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. Considerados
hilozoisticamente - Considerações sobre o parágrafo "Durante as iniciações que se
levam a cabo...", na página562, até "...da força prânica do Homem celestial.", na
página563.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá valiosas explicações sobre o processo iniciático. A
estrela de 5 pontas que surge sobre a cabeça do iniciado no momento da iniciação (as
3 primeiras) signifca, pelo número cinco, que o iniciado recebe a iniciação em seu
corpo causal, melhor dizendo, em seu Loto Egoico. Quanto à impressão pelo iniciado de
que ela é conferida ao seu corpo astral, é porque o estímulo maior decorrente da
iniciação é no corpo astral, embora cada uma tenha em vista um corpo: na primeira o
alvo é o corpo físico, na segunda é o corpo astral e na terceira é o corpo mental.
Nas 2 iniciações que o Mestre chama de fnais, a quarta e a quinta, elas são recebidas
no corpo búdico. São fnais, porque na quarta o homem é liberado dos 3 mundos
inferiores, quando o Loto Egoico é desintegrado e o Ego desaparece, por não serem
mais necessários, na quinta o homem alcança a meta da atual cadeia e se libera dos 5
mundos inferiores. Por isto o iniciado, no momento da iniciação, é visto no centro da
estrela de 5 pontas, que se funde com ele. Então ele passa a atuar com a força vital do
corpo etérico do Logos planetário e é colocado em contato com o centro logoico
planetário do qual é uma parte.

As sexta e sétima iniciações são recebidas pelo iniciado em seu corpo átmico. A estrela
de 5 pontas resplandece desde o centro de si mesma e se converte numa estrela de 7
pontas, descendo sobre o iniciado. A transformação de estrela de 5 pontas em estrela
de 7 pontas signifca que o iniciado, tendo aperfeiçoado 5 princípios, conseguiu
aperfeiçoar os sexto e sétimo princípios (BUDI E ATMA), por meio do quinto princípio,
MANAS. Penetrar na chama signifca que na sétima iniciação o iniciado adquire plena
autoconsciência monádica e penetra na consciência do Logos planetário.
O Mestre deixa bem claro que a iniciação e o mistério dos números têm a ver com a
consciência e não fundamentalmente com a "capacidade de atuar num plano", nem
com a energia da matéria. Isto signifca que a iniciação estimula a consciência do
iniciado para um plano, mas não lhe dá o poder de atuar no plano. Exemplifcando, na
terceira iniciação, após o iniciado ter dominado seu corpo mental, sua consciência é

1156
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estimulada para o plano ou mundo búdico, e então ele inicia a conquista desse mundo,
pelo aperfeiçoamento do seu corpo búdico, no qual receberá a quarta iniciação,
quando tiver dominado e aperfeiçoado esse corpo, quando dispensa os 3 corpos
inferiores, o Loto Egoico e a Alma ou Ego, sendo sua consciência estimulada para o
mundo átmico, que ele deverá conquistar pelo próprio esforço, aplicando sua
consciência a esse mundo.

A mistura e a fusão dos números três, quatro e cinco, têm signifcados conforme o
nível evolutivo do interpretador e a chave empregada. Podem signifcar que os
membros do quarto reino, o humano, ingressam no quinto reino, o espiritual, o dos
iniciados, quando conseguem vitalizar plenamente a quinta espira dos 3 componentes
da Tríade inferior.

Também signifcam que vão adquirindo consciência da força prânica do Logos


planetário, ou seja, do Seu corpo etérico, quando conseguem desenvolver 3 pétalas do
Loto Egoico e estão em vias de desenvolver as quarta e quinta pétalas, ingressando
assim no reino espiritual.
Vemos portanto que a interpretação dos números signifca formas de conquistas no
processo evolutivo.

Estudo 370

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Páginas 563, 564 e 565.

"c. Os Anjos solares e o quinto princípio. Podemos estudar agora as Entidades


relacionadas com esse quinto princípio e o efeito que produz sobre a evolução da
consciência.

No que ao homem se refere, os Anjos solares ou Agnishvattas, produzem a união da


Tríade espiritual ou Eu divino, com o quaternário ou eu inferior. No que se refere ao
Logos solar ou planetário, produzem condições pelas quais o etérico e o físico denso
se convertem em uma unidade.

Representam um tipo peculiar de força elétrica; seu trabalho consiste em mesclar e


fundir e, sobretudo, são os "fogos transmutadores" do sistema e esses agentes através

1157
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de cujos corpos famígeros passa a vida de Deus quando desce do superior ao inferior
e quando sobe do inferior ao superior. Os grupos mais avançados estão relacionados
com essa parte do centro logoico que corresponde ao coração, e aqui reside a chave
do mistério de kama-manas. Os anjos kámicos são vitalizados desde o centro
"cardíaco" e os anjos manásicos desde o centro logoico coronário, por intermédio do
ponto, dentro desse centro, conectado com o coração. Estes dois grupos
predominantes são a soma total de kama-manas em todas suas manifestações. Os
anjos solares formam três grupos que se relacionam com o aspecto autoconsciência e
estão energizados e relacionados com a quinta espira do átomo permanente logoico,
funcionando como uma unidade.

Um grupo, o mais elevado, está vinculado com o centro logoico coronário seja solar ou
planetário. Atua com os átomos permanentes manásicos e representa a vontade de ser
na encarnação física densa. Seu poder se sente no sub-plano atômico, e no segundo
subplano constitui a vida e substância de dito subplano. Outro grupo está
defnidamente relacionado com os corpos causais de todos os egos e é de principal
importância neste sistema solar. Vem desde o centro do coração e expressa essa
força. O terceiro grupo, que corresponde ao centro laríngeo, demonstra seu poder no
quarto subplano por intermédio das unidades mentais. É a soma total do poder do Ego
para ver, ouvir e falar (ou emitir som) em sentido estritamente esotérico.

Aqui se dará uma indicação para aqueles que têm o poder de ver. Estas constelações
se relacionam com o quinto princípio logoico em sua tríplice manifestação: Sirius, duas
das Plêiades e uma pequena constelação que deve ser reconhecida pela intuição do
estudante. As três regem a apropriação pelo Logos de Seu corpo denso. Quando o
último pralaya fnalizou e o corpo etérico se tinha coordenado, formou-se nos céus, de
acordo com a lei, um triângulo que permitiu a afuência de força produzindo vibração
no quinto plano do sistema. Esse triângulo persiste ainda e é a causa da contínua
afuência de força manásica; está vinculado com as espiras da unidade mental logoica,
e enquanto persista a vontade de ser, a energia continuará afuindo. Na quinta ronda se
fará sentir sua máxima potencialidade.

Considerando as Entidades (29) que deram o princípio manásico ao homem, devemos


recordar que são os seres que em manvantaras anteriores lograram a realização e -
nesta ronda - esperaram o momento exato para entrar, a fm de continuar seu trabalho.
Um caso similar pode ver-se na entrada - durante a época atlante - de Egos
provenientes da cadeia lunar. A similitude não é exata, já que uma condição particular
prevalecia na lua, e um propósito particular os trouxe todos nessa época.

1158
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Há de ser recordado aqui que na Lua, o quinto princípio de manas incubou
normalmente e se desenvolveu gradualmente o instinto até fundir-se
imperceptivelmente com manas, que é de natureza similar; na ronda atual devido a uma
condição peculiar foi necessário um estímulo forâneo ao planeta e este grupo especial
de Pitris efetuou uma transição do inferior ao superior mediante uma descida de
energia, por conduto do Primário da Terra, proveniente de um centro fora do sistema.

As três rondas centrais, tanto nos planos como nos princípios, são as mais importantes
para e evolução dos entes autoconscientes deste sistema, e este afã por lograr a
perfeição do três, do quatro e do cinco, assinala, tanto para o Logos planetário como
para o homem, o ciclo de madureza. Os ciclos anterior e posterior indicam o progresso
para a madureza e a coleta dos frutos de anteriores experiências. As três Aulas
poderiam ser consideradas desde este ângulo e localizar o período central na Aula do
Aprendizado.

Em todos os planetas ditos manasadevas trabalham sempre em três grupos, porém


variando os métodos empregados de acordo com a etapa de evolução do planeta em
questão e o karma de seu Senhor planetário. Seu método de trabalho na Terra pode
ser estudado na Doutrina Secreta e tem um interesse muito signifcativo para os
homens na atualidade. (30) Os três grupos devem ser cuidadosamente considerados
desde o ponto de vista de seu trabalho oculto, e são insinuados nas frases seguintes:

a. Aqueles que recusaram encarnar.


b. Aqueles que implantaram a chispa de manas.
c. Aqueles que tomaram corpo e modelaram o tipo.
O segundo grupo, o intermédio, pode subdividir-se em dois grupos menores:
a. Aqueles que implantam a chispa de manas,
b. Aqueles que avivam e nutrem a chama latente nos melhores tipos do homem
animal,
formando assim novamente cinco. Estas afrmações têm sido aceitas em seu valor
intrínseco, porém se presta pouca atenção a seu verdadeiro signifcado. Muito se
aproveitaria se o leitor estudasse o tema desde o ponto de vista da energia e da
interação magnética. Os que recusaram encarnar ou energizar com sua vida as formas
já preparadas, atuavam de acordo com a Lei e sua oposição a encarnar nestas formas
se fundava narepulsão magnética. Não podiam energizar as formas proporcionadas
porque implicava opor-se àquilo queesotericamente é similar. A vida menor não era
negativa à Vida maior. Ali onde foi implantada a Chispa temos a receptividade do

1159
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aspecto negativo à força positiva e portanto o progresso do trabalho. Em todos os
casos, temos substância dévica de uma polaridade energizada por outra polaridade
com o objeto de produzir - por mútua interação um equilíbrio de forças e obter um
terceiro tipo de fenômeno elétrico."

(29) Uma pergunta muito lógica poderia formular-se aqui. Porque consideramos a
matéria dos devas do sistema intermédio (como poderiam denominar-se os que estão
vinculados a nosso sistema e com budi e kama-manas) quando elucidamos as formas
mentais ? Por duas razões: Uma, que tudo o que está no sistema solar não é mais que
substância energizada desde os planos mental e astral cósmicos, com ela se constrói a
forma pelo poder da Lei elétrica; tudo o que é possível conhecer são formas animadas
por ideias. A outra, que pelo conhecimento dos processos criadores do sistema, o
homem aprende com o tempo por si mesmo a converter-se em um criador. Poderíamos
ilustrá-lo dizendo que uma das principais funções do movimento teosófco em todos os
seus ramos consiste em construir uma forma que possa ser animada, a seu devido
tempo, pela ideia da Fraternidade.

(30) Veja-se a primeira parte do T. III da Doutrina Secreta.

Estudo 371

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o parágrafo "c. Os Anjos solares e o quinto princípio...",
na página 563, até "...na quinta ronda se fará sentir sua máxima potencialidade.", na
página 564.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul agora dará explicações sobre as Entidades que trabalham com o
quinto princípio, Manas, e o efeito produzido na evolução da consciência.

No homem os Anjos solares efetuam a união da Tríade espiritual (composta dos


átomos permanentes átmico, búdico e mental) ou Eu divino com o quaternário ou eu
inferior (os corpos mental inferior, astral e físico, e a personalidade). No que se refere
aos Logos solar e planetários os Anjos solares geram condições que permitem que as
partes etérica (matérias adi, monádica, átmica e búdica) e densa (matérias mental,

1160
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
astral e física) do corpo físico cósmico logoico funcionem como uma unidade.

Os Anjos solares constituem um tipo especial de força elétrica. Sua atividade consiste
em misturar e fundir matérias e propriedades diferentes (superiores e inferiores),
permitindo que qualidades do Espírito, que se manifestam nas matérias superiores,
possam se expressar por meio das matérias inferiores, e assim essas qualidades se
desenvolvam e se aperfeiçoem, com a consequente expansão da consciência e do
Espírito ou Mônada, com o incremento do seu poder. Por isso são fogos
transformadores. A energia da vida logoica (derivada do aspecto Manas) energiza seus
corpos ígneos, transformando-os num tipo especial de eletricidade, fogo solar ou da
mente, que adapta a energia da vida logoica nas matérias superiores para que se
manifeste e se expresse nas matérias inferiores, criando assim condições para que as
Mônadas humanas e dévicas possam evoluir por meio de experiências nos mundos
inferiores.

Os Anjos solares são organizados em 3 grupos. Um grupo, o mais elevado, chamado


manásico, é energizado pela região central (chamada cardíaco do coronário, por estar
conectada diretamente ao centro cardíaco) do coronário logoico solar e planetário.
Atua nos átomos permanentes mentais ou manásicos e é a fonte da vontade de ser em
encarnação física densa. Seu poder é sentido na matéria atômica mental e é a fonte de
energia para a matéria mental subatômica.

Outro grupo, chamado kâmico, é energizado pelo centro cardíaco logoico solar ou
planetário. Atua defnidamente nos corpos causais de todos os Egos e é de principal
importância no atual sistema solar.

Esses 2 grupos são a explicação para a união kama-manas, ou seja, a interação entre o
desejo e a mente, com predomínio do desejo nas etapas iniciais da evolução humana.
Isto é decorrente da conexão entre o cardíaco do coronário e o cardíaco.

O terceiro grupo é energizado pelo centro laríngeo logoico solar ou planetário e


manifesta sua energia na matéria do quarto subplano mental, atuando nas unidades
mentais humanas. Confere ao Ego a capacidade de ver, ouvir e falar (emitir sons) em
sentido estritamente esotérico.

Esses 3 grupos de Anjos solares relacionados com a autoconsciência são energizados


pela quinta espira do átomo físico permanente logoico solar ou planetário e funcionam
como uma unidade em perfeitas sintonia e coordenação.

O Mestre dá informações muito esclarecedoras a respeito da apropriação pelo Logos

1161
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
solar de Seu corpo denso, as matérias mental, astral e física. Estas informações, se
meditadas profundamente, abrirão caminho para percepções avançadas sobre esses
mundos nos quais realizamos a nossa evolução, percepções essas que certamente irão
acelerá-la, adiantando o momento da liberação dos 3 mundos inferiores.

Existem 3 constelações (conjuntos de estrelas ou sóis) que emitem energias que, em


conjunto e sintonizadas, dinamizam as matérias mental, astral e física do sistema solar,
permitindo ao Logos solar tomar posse conscientemente da parte densa do Seu corpo
físico cósmico. São elas:

1. Sirius (sistema estelar binário);


2. Duas Plêiades, sendo uma Alcione;
3. Uma pequena constelação, que achamos ser Águia, cuja estrela alfa é Altair.
Quando o nosso Logos solar encerrou o intervalo ou pralaya após Sua última
encarnação (o sistema solar anterior) e decidiu encarnar novamente, levado pela
Vontade de ser por meio de experiências, que se manifestou em Seu corpo causal,
vontade essa que se manifestou em Seu corpo astral como desejo de experiências, Ele
organizou e coordenou Seu corpo etérico, de matérias adi, monádica, átmica e búdica.
Aguardou então que uma tríplice energia cósmica (o Triângulo de constelações acima
mencionado) entrasse em atividade e estimulasse a matéria mental do Seu corpo
denso, por meio das espiras da Sua unidade mental. Quando ocorreu este estímulo na
matéria mental, esta atuou na matéria astral e esta na matéria física, permitindo ao
Logos solar se apropriar conscientemente do Seu corpo denso. Este estímulo é que
permitiu e permite até hoje o processo de individualização.

Enquanto o Logos solar mantiver a Vontade de ser, essa tríplice energia continuará
fuindo pela matéria mental do sistema solar. Seu máximo poder será sentido na quinta
ronda, a próxima, da nossa atual cadeia, a quarta, no que cabe ao nosso esquema. Será
a ronda de Manas.

Sabemos que a individualização é a aquisição da autoconsciência, que se dá por meio


da matéria mental. As constelações acima citadas estão relacionadas com Manas.
Sirius é o centro frontal do Logos cósmico e Senhor do quinto Raio, em nível cósmico e
fonte de Manas para o nosso sistema solar; as Plêiades são o centro laríngeo do Logos
cósmico e Senhor do terceiro Raio, de Manas, em nível cósmico; Águia é o centro sacro
do Logos cósmico e Senhor do sétimo Raio, em nível cósmico, sendo este raio um
atributo de Manas. As 3 constelações estão portanto ligadas ao processo criador
mental.

1162
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 372

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o parágrafo "Considerando as Entidades 29...", na
página 564, até "...e obter um terceiro tipo de fenômeno elétrico.", na página 565.

Considerações.

Neste trecho, o Mestre Djwal Khul explica que os Anjos solares, os quais deram o
princípio manásico ao homem, conseguiram a realização no sistema solar anterior ao
atual, ou seja, são Mônadas que naquele sistema passaram pela etapa humana, foram
seres humanos, alcançaram a meta estabelecida para o reino humano e foram mais
além. Cabe lembrar que no sistema solar anterior a meta do Logos solar foi
desenvolver ao máximo Manas, sendo esta também a meta das Mônadas. Portanto, os
Anjos solares são conhecedores profundos, por experiência própria, do processo
mental e da autoconsciência, em relação ao ser humano. Por isto decidiram entrar na
evolução dévica e se ofereceram para trabalhar no Plano divino com as Mônadas
humanas na aquisição da autoconsciência. Podemos dizer que eles são especialistas
(experts) na manipulação da matéria mental.

Devido ao seu adiantamento, eles tiveram de esperar o momento certo nesta quarta
ronda para prosseguirem seu trabalho de suma importância. Os Egos provenientes da
cadeia lunar semelhantemente tiveram de aguardar o momento propício para
encarnarem, o que se deu na quarta raça-raiz, a atlante. Há apenas uma semelhança,
pois a espera dos Egos lunares foi motivada por causas kármicas, devidas a condições
particulares prevalecentes na cadeia lunar, que levaram à destruição dessa cadeia
antes da época prevista. Enquanto os Anjos solares tiveram de aguardar por causa do
seu grande adiantamento.

Na cadeia lunar a individualização ou a aquisição da autoconsciência se processou


normalmente. O princípio Manas fcou incubado, sendo desenvolvido o instinto animal
até transformar-se imperceptivelmente em Manas, que é de natureza similar à do
instinto.

Na atual cadeia, considerando o que houve na cadeia lunar, foi necessário um


apressamento do processo de individualização, que resultou no trabalho dos Anjos

1163
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
solares, manipulando a energia proveniente do Triângulo formado por Sirius, duas
Plêiades (sendo uma Alcione) e a constelação de Águia, passando essa energia por
Vênus, o primário da Terra.

As 3 rondas centrais, as terceira, quarta e quinta, são as mais importantes para a


evolução dos entes autoconscientes do atual sistema, tanto no que cabe aos planos,
quanto aos princípios. Assim, o afã por conseguir a perfeição do três, do quatro e do
cinco, indica o ciclo de maturidade tanto para o Logos planetário, como para o homem.

As rondas primeira e segunda indicam quanto foi o progresso em ciclos anteriores e a


colheita dos frutos adquiridos. As 3 aulas, Ignorância, Aprendizado e Sabedoria, podem
ser consideradas desde este ângulo, sendo localizada a Aula do Aprendizado no
período central.
Em todos os esquemas os Anjos solares trabalham sempre em 3 grupos, variando os
métodos empregados, de acordo com a etapa de evolução do esquema em questão e
do karma do Logos planetário do esquema.

A classifcação dos 3 grupos, a, b e c, deve ser vista sob o ponto de vista de energia e
interação magnética. Assim, aqueles que recusaram encarnar ou energizar com sua
vida as formas já preparadas, agiram de acordo com a Lei. Sua recusa foi baseada na
repulsão magnética, porque as formas eram esotericamente similares, em outras
palavras, não eram receptivas, porque não estavam prontas para receber a chispa de
Manas.

A classifcação estabelecida pelo Mestre nos permite perceber que o processo de


individualização foi variado, de acordo com o nível de evolução do individualizado. No
próximo estudo faremos considerações sobre este assunto.

Em todos os casos, a substância dévica positiva (fogo elétrico) em contato com a


substância dévica negativa (fogo por fricção), produziu o fogo solar (o terceiro tipo de
fenômeno elétrico). Em outras palavras, o fogo elétrico da Mônada, em contato com o
fogo por fricção do quaternário inferior, gerou o fogo solar, do Ego.

Estudo 373

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto

1164
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
princípio - Continuação - Páginas 566 e 567.

"O tema da chegada dos Senhores da Chama será elucidado de agora em diante com o
título de "Individualização". Aqui tratamos unicamente do trabalho que realizam estas
forças chohânicas desde o ângulo do sistema e do cosmos. Estas entidades solares,
sendo Essências inteligentes liberadas, estiveram num pralaya de natureza secundária
quando chegou seu momento de reaparecer na manifestação. Quando foi emitida a
PALAVRA que produziu na Tríade o desejo por auto-expressar-se e quando o som da
manifestação inferior tinha se mesclado com ela e elevado aos Céus, como o
expressam os livros esotéricos, produziu-se um efeito que evocou uma resposta de
certas constelações afns; estas liberaram energia que se introduziu no sistema solar,
trazendo consigo aqueles anjos solares que "descansavam no Coração de Deus até que
o momento fosse chegado". Sua aparição no plano mental causou a união do Espírito
com a matéria e desta união nasceu uma Entidade autoconsciente, o Ego. Em níveis
cósmicos tem lugar um processo análogo em relação com estas maravilhosas
Entidades, como sejam o Logos solar e as Vidas septenárias.

Quando a energia de um ser humano que trata de encarnar desce desde o plano de
intenso propósito, o plano mental, ao veículo físico no quinto subplano ou gasoso, um
estímulo algo análogo tem lugar no corpo logoico. Um processo parecido também se
efetua em relação com esta energia do corpo humano ao estimular a vida de uma
célula individual; isto provoca a relativa colaboração inteligente no trabalho grupal e a
capacidade de ocupar seu lugar no corpo coletivo. O mesmo acontece com as mônadas
humanas, as células do corpo logoico. Quando a ciência reconhecer este fato (o que
demorará todavia algum tempo), porá sua atenção sobre as essências voláteis do
corpo, principalmente no centro cardíaco e sua relação com estes elementos gasosos.
Descobrir-se-á que o coração não só é a máquina que faz circular os fuidos da vida,
mas que também gera certo tipo de essência inteligente, fator positivo na vida da
célula.

Disto pode obter-se alguma ideia com respeito ao processo microcósmico, porque a
individualização dos entes se realiza por um acontecimento macrocósmico que produz
efeitos no microcosmos.

É necessário insistir aqui sobre um último ponto. Esotericamente compreendido, os


cinco Kumaras ou cinco Filhos de Brahma, nascidos da Mente, são os que personifcam
esta força manásica no nosso planeta; porém só refetem (na Hierarquia de nosso
planeta) a função dos cinco Kumaras ou Rishis, Senhores dos cinco Raios que se

1165
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
manifestam por intermédio dos quatro planetas menores e o planeta sintetizador.

Estes cinco Kumaras constituem os canais para esta força, e um dEles, o Senhor do
planeta Vênus, personifca em Si Mesmo a função da quinta Hierarquia. Isto explica a
atividade de Vênus no momento da individualização nesta ronda. Na próxima ronda,
esta quinta Hierarquia utilizará do mesmo modo o nosso esquema terrestre, então
veremos manas, em plena frutifcação, atuando sobre a família humana. Esta quinta
Hierarquia de Agnishvattas, em seus muitos graus, personifca o "princípio Eu", produz
a autoconsciência e constrói o corpo de realização do homem. Em tempo e espaço e,
no plano mental, constitui o Homem em sua fundamental essência, capacitando-o para
construir seu próprio corpo de causas, desenvolver seu próprio loto egoico e liberar-se
gradualmente das limitações da forma que construiu, e assim entrar - a seu devido
tempo - na linha búdica de energia. Em outras palavras, por meio de seu trabalho o
homem pode chegar a ser consciente sem necessidade de utilizar o veículo manásico,
pois manas só é a forma pela qual se dá a conhecer um princípio superior. A vida de
Deus é infuenciada ciclicamente por diferentes Hierarquias ou forças, as quais
constroem temporariamente seu veículo, passam-na através de sua substância, dão-
lhe desta maneira certa qualidade ou coloração e, por este meio, acrescentam sua
capacidade vibratória, até que, oportunamente, a vida se libera das limitações
hierárquicas. Então regressa novamente a sua Fonte eterna com o que adquiriu
durante suas experiências, mais a energia acrescentada, resultado de suas diversas
transições.

Tenhamos cuidadosamente presente que os Raios são o aspecto positivo em


manifestação e descem à matéria negativa, a substância dévica ou hierárquica,
causando assim certos indícios de atividade. As Hierarquias constituem o aspecto
negativo com respeito aos Raios e respondem ao impulso dos mesmos. Porém, dentro
de cada Raio e de cada Hierarquia, no atual sistema, existe também uma força dual. Os
Filhos de Deus são bissexuais. A substância dévica, por exemplo, também é dual, pois
os devas evolutivos são a energia positiva do átomo, da célula ou da forma sub-
humana, enquanto que os elétrons ou vidas menores dentro da forma são negativos.

Nisto e na função da quinta Hierarquia acha-se oculto o enigma dos Manasaputras:


nada mais pode revelar-se acerca disto. O segredo de budi, o sexto princípio ou
crístico, que concerne a estes Filhos de Deus, e o segredo da quinta Hierarquia, veículo
receptor de budi, não podem ser mencionados fora dos círculos iniciáticos. Um oculta
a possibilidade de desenvolvimento do Ego e o outro o karma dos Homens celestiais, os
cinco Kumaras."

1166
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 374

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o parágrafo "O tema da chegada dos Senhores da
Chama...", na página 566, até "...que se manifesta por intermédio dos quatro planetas
menores e o planeta sintetizador.", no fnal da página 566.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul informa que o assunto a respeito da chegada dos
Senhores da Chama (como são chamados os Kumaras que, com SANAT KUMARA,
vieram do esquema de Vênus para cuidar da individualização dos lemurianos aqui na
Terra, há 18 milhões de anos) será tratado sob o título "Individualização".

No momento o Mestre tratará apenas das Entidades maiores, os Anjos solares e mais
elevadas, no processo de individualização, sob o ponto de vista do sistema e do
cosmos.

Quando foi emitida a vibração (a PALAVRA) pela Mônada logoica solar, ela provocou no
Ego logoico solar a vontade de se manifestar, vontade essa que produziu no corpo
astral logoico solar o desejo de manifestação. Este desejo provocou na matéria gasosa
cósmica (mental) do corpo físico logoico solar uma vibração, ocorrendo uma mistura
das 2 vibrações, do desejo e da matéria mental (gasosa cósmica), que repercutiu nas
matérias superiores (os Céus) e se irradiou para fora do corpo logoico solar, atingindo
outros Seres cósmicos ligados ao nosso Logos solar.

Esses Seres cósmicos se expressam por meio de constelações e responderam a essa


vibração, que continha um desejo. Assim, emitiram uma tríplice energia, porque eram 3
Seres: Sirius, 2 Plêiades (sendo uma Alcione) e Águia (obviamente os Logos que se
expressam por essas estrelas). Essa tríplice energia, em perfeita sintonia, atuando
como uma unidade, dirigiu-se para a matéria mental (gasosa cósmica) do sistema solar,
agindo sobre ela e impondo uma nova vibração.

Essa nova vibração atuou sobre os Anjos solares, que estavam aguardando esse
momento cósmico, numa espera chamada pralaya de natureza secundária. Eles tiveram
que esperar, porque eram Essências inteligentes, liberadas e portanto muito adiantadas

1167
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e por isto não podiam trabalhar, enquanto as condições do sistema não alcançassem o
ponto ideal para o início do seu altamente especializado trabalho.

Quando Eles começaram a atuar na matéria mental (gasosa cósmica), a Mônada foi
induzida a se unir à matéria, o que resultou no surgimento da Entidade autoconsciente,
o Ego.

Quando o Mestre diz que em níveis cósmicos tem lugar um processo análogo em
relação com estas maravilhosas Entidades, como sejam, o Logos solar e as Vidas
septenárias (os Logos planetários), Ele está se referindo à individualização dessas
excelsas Entidades, ou seja, o nascimento do Ego logoico. Mas isto ocorreu num tempo
tão passado, que é praticamente impossível defnir este tempo. Atualmente o que
ocorre, como já sabemos, é a apropriação consciente do corpo denso por parte do
Logos. No homem a analogia desse processo ocorre quando a energia do Ego, ao
querer encarnar, atua na matéria física gasosa (o quinto subplano físico, analogia do
plano mental, o quinto).

O Mestre deixa bem claros os efeitos e dá valiosa informação a ser utilizada por
aqueles que têm olhos de ver, com respeito à saúde do corpo físico. É essa energia do
Ego que, ao chegar na matéria gasosa, é transferida para as células do corpo denso,
conferindo-lhes a capacidade de trabalhar e colaborar inteligentemente como o todo
orgânico, ou seja, estimula o trabalho grupal, assim como as Mônadas são estimuladas
a trabalhar e colaborar inteligentemente com o todo orgânico logoico, quando o Logos
se apropria de Seu corpo denso.

Se esse processo for pesquisado pela ciência e bem entendido, excelentes resultados
serão obtidos em benefício da saúde.

Mas aqueles que já conhecem isso, sabem utilizar corretamente o chacra cardíaco e
seu órgão físico subordinado, o coração, estimulando a energia egoica no ar respirado
(elemento gasoso) e fazendo-a chegar ao sangue e ao sistema linfático (elementos
líquidos).

Os 5 Kumaras, citados pelo Mestre como personifcadores da força manásica na Terra,


são aqueles oriundos do esquema de Vênus e que permanecem em Shamballa,
juntamente com SANAT KUMARA. Eles recebem as energias dos Senhores dos 5 Raios,
os 5 Logos planetários, e as distribuem para a Hierarquia. Os 5 Logos planetários, por
sua vez, recebem essas energias dos Seus protótipos, os 5 Logos que se expressam
por 5 Plêiades. Estas, por sua vez, recebem as 5 energias de 5 Rishis ligados a 5
estrelas da Ursa Maior, que são centros da cabeça no corpo do Logos cósmico.

1168
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 375

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o parágrafo "Estes cinco Kumaras constituem...", no
início da página 567, até "...dos Homens celestiais, os cinco Kumaras.", no fnal da
página 567.

Neste trecho os cinco Kumaras são os Logos planetários regentes dos 5 Raios de
Manas, os 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Raios, os quais são canais dessas energias. Um deles, o
Logos do esquema de Vênus, do 5º Raio, executa a função da quinta Hierarquia
criadora (chamada Makara e os Crocodilos, no livro Astrologia Esotérica, do Mestre
Djwal Khul, pela senhora Alice Ann Bailey), que trabalha no plano mental. Por isto Vênus
foi fortemente ativo no processo de individualização nesta quarta ronda da cadeia
terrestre.

Na próxima ronda, a quinta, esta quinta Hierarquia criadora estará intensamente ativa
sobre a humanidade, no seu auge, o que resultará na plena frutifcação de manas ou
mente. São esses Agnishvattas ou Anjos solares em seus diversos graus, que, por
conhecerem profundamente e por experiência própria o princípio "Eu", conferem ao
homem a autoconsciência e constroem seu corpo de realização, o Loto Egoico.

Em tempo, ou seja, ao longo da evolução nas sucessivas encarnações e em espaço, ou


seja, nas diversas regiões do planeta nas quais o homem encarna, e considerando
ainda as passagens pelos 7 globos do esquema, Eles constituem o homem em sua
fundamental essência; em outras palavras, Eles são o veículo pelo qual a Mônada
humana consegue viver experiências e aprender nos 3 mundos inferiores (mental,
astral e físico), e assim o homem se capacita para desenvolver e aperfeiçoar seu
próprio Loto Egoico, seu corpo causal.

Gradualmente o homem liberta-se das limitações das formas e das matérias inferiores
e passa a viver no campo da energia búdica, o que ocorre na 4ª Iniciação, da Renúncia,
na qual o Loto Egoico, o Ego e o corpo mental são desintegrados. Isto signifca que o
homem passa a ser autoconsciente sem necessidade de manas, pois manas é apenas o
instrumento pelo qual ele pode conhecer um princípio superior, budi.

A vida de Deus, e a Mônada humana é uma vida de Deus, é infuenciada ciclicamente

1169
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
por diferentes hierarquias dévicas, que podemos chamar de energias. Estas
hierarquias dévicas constroem seus veículos com as matérias, vivifcam-nos, dando-
lhes determinadas qualidades ou cores, aumentando sua capacidade vibratória. Esses
veículos dévicos são utilizados pelas Mônadas humanas em seu processo evolutivo.

Com o tempo, pelo autoesforço, as Mônadas humanas libertam-se das limitações das
hierarquias dévicas, sendo essa a meta humana. Retornam então a sua Fonte eterna, o
Logos, com o que conquistaram através das experiências, acrescido da energia
resultante das diversas transições, entre as quais os reinos.

Deve ser enfatizado que os Raios são o aspecto positivo da manifestação e atuam na
matéria negativa, a substância dévica ou hierárquica, provocando nela determinadas
linhas de atividade.

As hierarquias dévicas vitalizam a matéria, dando-lhe determinadas características


necessárias para que se desenvolva o processo evolutivo das Mônadas, quer solar,
quer planetárias, quer humanas. Na realidade os Devas expressam o Espírito Santo que
fecunda a matéria, a Mãe, a Virgem.
Os Raios expressam a vontade de Mônadas cósmicas, sendo o fator positivo, que atua
nas hierarquias dévicas, fator negativo ou receptor, sendo obrigadas a executar a
vontade ou os Raios.

Nos Raios existe a dualidade, pois há Senhores de Raio que atuam positivamente em
relação a outros Senhores de Raio, como por exemplo, os 7 Rishis da Ursa Maior são
Senhores de Raio positivos em relação às 7 Plêiades, que são negativas ou receptivas
para com os Rishis da Ursa Maior.
Por sua vez, as 7 Plêiades são positivas em relação aos 7 Logos planetários Senhores
de Raio dentro do sistema solar.

Nas hierarquias dévicas também existe a dualidade, pois há hierarquias dévicas


positivas ou emissoras e hierarquias dévicas negativas ou receptoras em relação às
positivas.

Essa dualidade na substância dévica ocorre em todos os níveis, até nos menores, como
no átomo químico, no qual o núcleo ou vida positiva atua nos elétrons em órbita em
torno do núcleo e a ele presos, constituindo as vidas negativas ou receptoras.

O segredo dos 5 Kumaras, os divinos Manasaputras, os 5 Logos planetários regentes


dos 5 Raios de Manas (3º, 4º, 5º, 6º e 7º ), encontra-se no entendimento verdadeiro de
budi, o 6º princípio, o princípio crístico, no que concerne ao karma desses 5 Kumaras,

1170
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como também na função e modo de operar da 5ª Hierarquia dévica criadora, que
trabalha com a matéria mental.

O karma dos Logos planetários está relacionado com budi, porque Eles são
energizados a partir do corpo búdico cósmico do Logos solar, estando em budi a
função dEles. Em outras palavras, Eles expressam o segundo aspecto do Logos solar
neste atual sistema solar, com as diferenciações dos 7 Raios. Isto signifca que na
realidade Eles expressam os sete sub-raios do segundo Raio, budi.

Nessa 5ª Hierarquia criadora está toda possibilidade de desenvolvimento dos Egos,


sendo Ela mesma veículo para a recepção e expressão de budi.

Estudo 376
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Continuação - Páginas 568, 569 e 570.

"O quinto princípio de manas está personifcado nos cinco Kumaras e, se o estudante
analisa o signifcado das primeiras cinco pétalas que se abrem no loto egoico, pode se
considerar próximo do mistério. O quinto Raio, o Raio do quinto Kumara, responde
poderosamente à energia que fui através da quinta Hierarquia. Como o estudante de
ocultismo já sabe, o Senhor do quinto Raio mantém esse lugar na enumeração
septenária, porém de acordo com a quíntupla classifcação ocupa o terceiro lugar ou o
do meio.

1. O Senhor cósmico de Vontade ou Poder


2. O Senhor cósmico de Amor-Sabedoria
3. O Senhor cósmico de Inteligência Ativa..................................1
4. O Senhor cósmico de Harmonia.............................................2
5. O Senhor cósmico de Conhecimento Concreto.........................3
6. O Senhor cósmico de Idealismo Abstrato................................4
7. O Senhor cósmico de Magia Cerimonial...................................5
Deve meditar-se sobre isto e ter presente Sua estreita vinculação como transmissor de
força dentro da cadeia lunar, a terceira cadeia, em relação com o terceiro reino ou
reino animal, e a terceira ronda. Um dos símbolos que pode se encontrar nos registros
arcaicos em lugar de Seu nome ou descrição é uma estrela de cinco pontas invertida,
com o Triângulo luminoso no centro. Observar-se-á que os pontos envolvidos neste
símbolos somam oito - representam esse estado peculiar de consciência que se produz
quando a mente é o matador do Real. Aqui se oculta o segredo do avitchi (31)

1171
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetário, assim como o terceiro esquema principal pode ser considerado como o
avitchi do sistema; num tempo a Lua mantinha uma posição análoga em relação com
nosso esquema. Isto dever ser interpretado em termos de consciência e não de lugar.

Certas coisas acontecerão no ponto médio da quinta ronda.

A quinta Hierarquia ascenderá a seu pleno poder. Isto precederá o Dia do Juízo e
marcará uma etapa de tremenda luta, pois o veículo manásico "manas" (que eles
personifcam) lutará contra o translado da vida interna (budi). Portanto, desenvolver-
se-á numa escala racial, envolvendo milhões de seres simultaneamente, repetição da
mesma luta travada pelo homem que trata de transcender a mente e viver a vida do
Espírito. Este será o Armagedon fnal, o Kurukshetra planetário, seguido pelo Dia do
Juízo no qual serão expulsos os Filhos de Manas e regerão os Dragões de Sabedoria.
Isto só signifca que aqueles que possuem um princípio manásico seja superpoderoso
ou subdesenvolvido, serão considerados fracassados e terão que esperar um período
mais conveniente para evoluir, enquanto aqueles que vivem a vida búdica, a qual
acrescenta sua força - homens espirituais, aspirantes, discípulos de diversos graus,
iniciados e adeptos - lhes será permitido seguir o curso natural da evolução no
esquema atual.

O mistério de Capricórnio está oculto nestes cinco e nas palavras bíblicas "os cordeiros
e as cabras". (32) O cristão se refere a isto quando diz que o Cristo reinará na terra mil
anos, durante os quais será aprisionada a serpente. O princípio crístico triunfará pelo
resto do manvantara e a natureza material inferior e a mente entrarão na passividade
até a próxima ronda em que se apresentará uma nova oportunidade para alguns dos
grupos descartados, embora a maioria será mantida em suspenso até outro sistema.
Algo similar voltará a ter lugar na quinta cadeia, porém, como isto se relaciona com um
centro do Logos planetário do que sabemos muito pouco, não é necessário
estendermos sobre isto.

As cadeias planetárias personifcam os centros e, a medida que estes vão despertando


e são estimulados, permitem vir à encarnação física certos tipos de manasaputras. O
tipo regido pela energia da quinta cadeia é pouco conhecido, pois está todavia
evoluindo no quinto esquema, de maneira que considerá-lo seria perder tempo.
Relaciona-se com o desenvolvimento da quinta pétala egoica de um Logos planetário
em Seu próprio plano e, por conseguinte, com a atividade da quinta espira. Quando
chegar a hora, estas unidades de energia, provenientes de outro esquema, "entrarão"
numa corrente de energia cósmica que passará através dum triângulo particular do

1172
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sistema, na mesma forma que os egos entraram nesta ronda.

Deveria observar-se aqui que os anjos solares, relacionados com a quinta Hierarquia,
são naturalmente um fator potente na evolução do quinto reino ou espiritual;
possibilitam isto porque não só tendem uma ponte sobre a separação que existe entre
o quarto e o terceiro reinos, como também o fazem entre o quarto e o quinto."

(31) Avitchi. É um estado de consciência que não se logra necessariamente depois da


morte ou entre os nascimentos, mas que pode lograr-se também na terra. Literalmente
signifca "inferno ininterrupto". Nos é dito que o último dos oito infernos é onde "os
culpados morrem e nascem ininterruptamente - porém com a esperança de obter a
redenção fnal." D. S. VI, 146, 154, 161 - 162.

(32) A Bíblia. Rev., XX, 6 - 7. Mat, XXV, 32.

Estudo 377

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "O quinto princípio de
manas...", na página 568, até "Isto deve ser interpretado em termos de consciência e
não de lugar.", na página 568.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz que quem conseguir entender o signifcado das cinco primeiras
pétalas do Loto egoico (as 3 do círculo do conhecimento e 2 do círculo do amor-
sabedoria) está na porta do mistério dos cinco Kumaras, os cinco Logos planetários
regentes dos 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Raios, que personifcam o quinto princípio, manas. Em
consequência pode também compreender o trabalho dos cinco Kumaras que
trabalham sob a direção de SANAT KUMARA, os quais recebem e irradiam para a Terra
as energias desses 5 Raios.

As 3 pétalas ou vórtices (os vórtices do Loto egoico são chamados pétalas, porque têm
a aparência de pétalas, mas na realidade são campos de força e armazenadores de
informações) do círculo do conhecimento estão na área de manas. Portanto quando o
homem está na etapa de despertar, ativar e dinamizar essas pétalas (o que provoca
uma espécie de abertura), ele fca sob a infuência dos raios de manas.

1173
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
As 2 pétalas do círculo de amor-sabedoria: amor-conhecimento e amor-amor, embora
estejam no campo de Amor-Sabedoria, que é segundo Raio, têm relação com manas. A
pétala de amor-conhecimento, pelo fato de ser amor com conhecimento, tem uma
conotação de manas. Já a pétala de amor-amor, devido à ligação 2 - 4 - 6, ou seja, o
idealismo abstrato, 6º Raio, e a harmonia, 4º Raio, estão associados ao 2º Raio, está
também ligada à área de manas, uma vez que os 4º e 6º Raios são raios de manas.

Analisando e entendendo o modo de operar das matérias mental, astral e física (que
são substâncias dévicas), sob a ação dos 5 raios de manas, ao estimular o homem para
despertar e dinamizar essas 5 pétalas do Loto egoico, podemos entender o modo de
agir e atuar dos 5 Kumaras. Sabemos que os 5 Kumaras (os Logos planetários
regentes dos 5 raios de manas) foram seres humanos em alguma época e portanto
conhecem o comportamento humano na etapa de despertar essas 5 pétalas. Para
serem os receptores e irradiadores das energias dos 5 raios de manas, Eles têm de
vivenciar dentro de Seus corpos cósmicos essas energias, antes de irradiá-las para o
sistema solar. Isto signifca que Eles possuem um comportamento bem defnido, em
nível cósmico, tendo cada um Sua própria capacidade de resposta às energias de raio.

Consequentemente, se analisarmos profundamente o comportamento humano na


etapa de despertar as 5 pétalas, considerando os conceitos essenciais desse
comportamento, ou seja, a parte abstrata, podemos começar a entender o
comportamento dos 5 Kumaras, fazendo, é lógico, a devida transposição do raciocínio
para o nível cósmico em que Eles se encontram e trabalham. Poderemos perceber nas
propriedades e qualidades dos diversos reinos, em particular o humano, os efeitos
desse comportamento.

É claro que é um estudo bastante complexo, mas perfeitamente exequível.

Como a quinta Hierarquia trabalha com manas, em particular em relação com o reino
humano, é evidente que o quinto Kumara responde fortemente às energias do quinto
Raio, o raio de Conhecimento Concreto, uma manifestação de manas.

É interessante a classifcação quíntupla apresentada pelo Mestre, com referência aos


raios de manas, na qual o quinto Raio ocupa a terceira posição, central. Em virtude
dessa posição no número três, o Senhor cósmico de Conhecimento Concreto (o Logos
de Vênus) atuou poderosamente na cadeia lunar, a terceira, que antecedeu a atual
terrestre. Essa ação foi para com o reino animal, o terceiro e na terceira ronda daquela
cadeia.

A mente concreta, embora necessária, quando separada da mente abstrata, é o

1174
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
matador do real, em virtude da grande discriminação, sem a visão da unidade
subjacente na diferenciação. Por isto, por essa ação que impede de ver o real, um de
seus símbolos é a estrela de 5 pontas invertida, com um triângulo luminoso no centro.
Analisando a posição invertida da estrela, deduzimos logicamente que ela representa
um processo que momentaneamente afasta da realidade, embora necessário. Todavia
o triângulo luminoso no centro signifca que a mente abstrata está pronta para iluminar
a mente concreta e conduzir o homem a enxergar a realidade.

Somando as 5 pontas da estrela com os 3 vértices do triângulo, temos o número oito.


Este número representa o chamado avitchi, que é um estado de consciência em que
predomina a separatividade.

No nosso esquema, a cadeia lunar ocupou a posição de avitchi em tal extremo que
levou o nosso Logos planetário a desintegrar a cadeia antes do prazo previsto, por
determinação do próprio Logos solar. Essa foi a catástrofe da cadeia lunar. Essa
condição de avitchi atingiu a humanidade da cadeia lunar, na 7ª ronda, gerando uma
situação impossível de ser corrigida, sendo a única solução destruir tudo, para
reconstruir uma nova cadeia, a atual. Por isto só foi possível a humanidade recomeçar
na 4ª ronda da atual cadeia.

Estudo 378

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Certas coisas acontecerão
no ponto médio da quinta ronda...", na página 568, até "...seguir o curso natural da
evolução no esquema atual.", na página 569.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul menciona o tão falado Dia do Juízo, tão mal
interpretado pelas religiões, que apresentam uma concepção enormemente irracional e
ilógica. A descrição apresentada pelo Mestre é profundamente racional e lógica,
passando totalmente pelo crivo da razão.
Esse Dia do Juízo é a separação necessária das Mônadas humanas do esquema
terrestre, para que o planejamento do nosso Logos planetário na execução de Seu
propósito possa prosseguir sem obstáculos e atrasos.

1175
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Na quinta ronda o quinto princípio, manas, deverá alcançar um elevado grau de
desenvolvimento pelas Mônadas humanas, mas com o objetivo de ser instrumento fel e
efcaz pare o desenvolvimento e manifestação do sexto princípio, budi. Isto signifca
que todo o enfoque logoico será neste sexto princípio, budi, o princípio crístico. Haverá
então uma transferência da vida interna, quando o mundo ou plano búdico será o mais
importante, servindo-se do mundo ou plano mental.

Consequentemente aqueles que têm a mente (o quinto princípio) muito potente, porém
sem budi em razoável intensidade, serão separados e expurgados do esquema
terrestre, pois não poderão permanecer na Terra, uma vez que neles budi não poderá
se desenvolver, porque estará totalmente sufocado e amortecido por manas,
predominando a separatividade e não havendo lugar para a inclusão e a união,
características principais de budi, entre outras.

A quinta Hierarquia criadora, Makara ou os Crocodilos, estará no auge de atividade e


expressão, pois ela personifca o quinto princípio. As Mônadas humanas deverão
dominar completamente esta Hierarquia, servindo-se dela para desenvolver budi, o
sexto princípio.

Obviamente haverá resistência das mentes superpoderosas, mas sem budi, que lutarão
para manter a hegemonia. Isto provocará uma tremenda luta entre essas Mônadas
humanas de mente de grande potência, mas sem budi, e as Mônadas humanas de
mente também potente, possuidoras de budi.

A vitória será das Mônadas humanas de mente potente e detentoras de budi, o que
provocará a expulsão das Mônadas humanas sem budi.

Aqueles de mente fraca e subdesenvolvida (que desdenham a mente e se satisfazem


só com o lado devocional) também serão expulsos, porque não possuem o instrumento
adequado para desenvolver budi.

É lógico que aqueles de mente potente, mas sem budi, irão para situações diferentes
daquelas para onde irão os de mente fraca e subdesenvolvida.

Essa guerra ocorrerá no mundo ou plano mental e será terrível.

É importante aqui recapitular as palavras textuais do Mestre na página 331 do Tratado:

"7. No "Dia do Juízo" na quinta ronda ou ponto de realização de nosso Homem celestial,
será presenciado um período de luta planetária nos níveis mentais, que fará com que
nossa atual intranquilidade mundial pareça insignifcante. Como se indicou
anteriormente, a luta atual foi produzida para por a prova a capacidade dos entes nas

1176
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atuais formas humanas, valorizar suas forças mentais e transcender, pelo poder da
MENTE, o sentimento ou dor. A luta na quinta ronda travar-se-á entre a mente superior
e a inferior, e o campo de batalha será o corpo causal. A luta - que agora se trava no
planeta, tem lugar entre uns poucos Egos (ou dirigentes de muitas raças, que ocupam
necessariamente seu lugar e posição em virtude de sua polarização egoica) e muitas
personalidades, as quais são atraídas ao vórtice mediante a associação grupal - é
necessariamente terrível e obriga a destruir a forma. A luta na quinta ronda, que será
levada a cabo em níveis mentais, desenvolver-se-á entre Egos e grupos egoicos,
trabalhando todos conscientemente e com dedicação intelectual, a fm de lograr certos
resultados grupais. A luta terminará com o triunfo (triunfo fnal) do Espírito sobre a
matéria, excluirá certos grupos incapazes ainda de se desprenderem das ataduras da
matéria e que preferem o cativeiro à vida do Espírito; marcará o princípio do
obscurecimento de nosso esquema e a entrada gradual no pralaya durante as duas
rondas e meia que restem de nossas sete cadeias. É um interessante fato esotérico
que nossa Terra deveria estar agora em sua quinta ronda, similarmente ao esquema
venusiano; porém na cadeia lunar de nosso esquema houve uma demora momentânea
no processo evolutivo de nosso Homem celestial, trazendo a temporária lentidão de
Suas atividades, o que causou "perda de tempo", se reverentemente pode expressar-se
assim. Os Senhores da Face Escura ou as forças inerentes da matéria, triunfaram por
um tempo e só na quinta ronda de nossa cadeia ver-se-á sua derrota fnal. O esquema
venusiano teve também seu campo de batalha, porém o Logos planetário de dito
esquema venceu as forças antagônicas, triunfou sobre as formas materiais e, em
consequência, ao chegar o momento oportuno, esteve em condições de aplicar o
necessário estímulo ou uma crescente vibração ígnea a nosso esquema terrestre. "

Na página 385 do Tratado o Mestre faz mais uma referência ao expurgo da quinta
ronda:

"No quarto reino terá lugar uma divisão similar durante a quinta ronda, e as vidas de
dito reino serão submetidas a uma prova análoga; algumas entrarão e continuarão sua
evolução neste planeta, enquanto que outras serão rechaçadas e entrarão em um
pralaya momentâneo."

Observação. A luta travada no planeta, à qual o Mestre se refere, foi a guerra que
começou em 1914, e que continuou com a guerra iniciada pela Alemanha sob o
domínio de Hitler, uma vez que, para a Hierarquia planetária, as duas guerras
constituíram uma única guerra.

1177
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre deixa bem clara a condição necessária para permanecer na Terra e usufruir
do paraíso que ela será, após a derrota fnal do mal: viver a vida búdica, ou seja,
homens espirituais, aspirantes, discípulos de diversos graus, iniciados e adeptos.

Estudo 379

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "O mistério de Capricórnio
está oculto nestes cinco e...não é necessário nos estendermos sobre ele.", na página
569.

Considerações.

O Senhor da constelação de Capricórnio rege e energiza a quinta Hierarquia criadora,


chamada Makara ou os Crocodilos, que trabalha com a matéria mental do esquema da
Terra e tem especial importância para com o reino humano. Os Anjos solares operam
com esta hierarquia. Compreendendo claramente o modo de operar desta hierarquia e
dos Senhores dos cinco raios de manas, os cinco Kumaras (regentes dos 3º, 4º, 5º, 6º e
7º Raios), será possível ter um vislumbre da natureza real do Senhor de Capricórnio e
de Seu mistério. O próprio nome desta hierarquia, crocodilos, mostra a ligação dela
com o reino dos répteis, utilizado por um Lipika (um dos executores do Karma em nível
cósmico), muito ligado ao nosso Logos planetário, para desenvolver seu plano de ação.
Entender como uma atividade relacionada com a execução de um karma de um Logos
planetário necessitou da manifestação física do reino dos répteis, propiciará muita
iluminação sobre o karma do nosso Logos planetário. Aí está o mistério do Senhor de
Capricórnio.

O que consta na Bíblia sobre o aprisionamento da serpente e o reinado do Cristo por


mil anos, simplesmente signifca que a mente inferior e a vida material inferior fcarão
passivas pelo resto da quinta ronda e budi (o princípio crístico) dominará e manifestar-
se-á intensamente, usando manas como instrumento. A Terra será efetivamente um
paraíso, onde os lobos conviverão com os cordeiros.

Na 6ª ronda haverá uma oportunidade de recuperação para alguns dos expurgados.


Todavia a maioria dos expurgados no Dia do Juízo da quinta ronda terá de aguardar o
próximo sistema solar, o que é terrível para uma Mônada.

1178
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Na quinta cadeia ocorrerá um outro expurgo, logicamente em nível mais elevado,
separando aquelas Mônadas que não forem capazes de acompanhar a velocidade de
evolução prevista no Plano do nosso Logos planetário. Como na quinta cadeia o nosso
Logos planetário estará enfocado em outro centro de Seu corpo, a natureza do
expurgo será diferente, uma vez que outras qualidades e capacitações dos seres
humanos serão exigidas, o que torna muito difícil especular, uma vez que é
praticamente impossível tentar descrever o perfl do homem da quinta cadeia, ante a
total ignorância da imensa maioria da atual humanidade com referência ao Propósito
do nosso Logos planetário. Se já é difícil descrever o homem da quinta ronda, imagine
descrever o homem da quinta cadeia. Não precisamos ir muito longe, bastando citar
que pouquíssimos têm alguma ideia de como é viver num globo de matéria etérica, sem
o corpo denso, para onde irá a humanidade quando se encerrar o atual período global
da Terra. Este globo de matéria etérica é o globo E ou cinco, pertencente ao esquema
terrestre.

Podemos concluir, com base nessas informações do Mestre Djwal Khul, que devemos
fazer todo esforço possível para adquirir todo conhecimento necessário para uma
excelente consolidação de manas, mas sempre com vistas ao desenvolvimento de budi.
Para tal mister se faz entender real e efetivamente o que é budi. Um dos requisitos
para desenvolver budi é buscar o conhecimento e aperfeiçoar manas para servir ao
nosso Logos planetário, e não apenas para satisfação e deleite pessoais.

Estudo 380

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "As cadeias planetárias
personifcam os centros e,... mas o fazem também entre o quarto e o quinto.", na
página 569.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá informações importantes sobre os centros ou


chacras dos Logos planetários. Em cada cadeia Eles se concentram em desenvolver um
centro, o que faz com que nesta cadeia as qualidades expressas pelo centro
manifestem-se fortemente nas rondas e globos da cadeia e, consequentemente, nos

1179
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
reinos em evolução no esquema em questão. Em relação ao reino humano, isto faz com
que determinados tipos de Mônadas encarnem nos globos da cadeia, Mônadas aptas
para desenvolverem o princípio (as qualidades) do centro visado. As Mônadas que não
tiverem as condições mínimas para este desenvolvimento, não poderão encarnar.

Obviamente as mais aptas e avançadas com referência a este princípio encarnam


primeiro, para estabelecerem as bases iniciais para que outras Mônadas possam
prosseguir com seus próprios desenvolvimentos deste princípio.

No momento cósmico atual o tipo de Mônada regido pelo quinto princípio e com
potencial para responder às energias provenientes da quinta pétala do Loto egoico do
Logos planetário implicado (que Ele estimula na quinta cadeia) está evoluindo no quinto
esquema do nosso sistema solar.

Pela classifcação numérica que se encontra na página 330 e no VI DIAGRAMA da


página 317 do Tratado sobre Fogo Cósmico, o esquema de Mercúrio é o quinto, o que
nos leva a concluir que é neste esquema que está evoluindo o tipo de manasaputra
(Mônada individualizada pertencente ao reino humano) regido pela energia da quinta
cadeia (proveniente da quinta pétala do Loto egoico planetário). Na página 315 do
Tratado o Mestre chama Mercúrio de estrela da intuição ou manas transmutado, o que
comprova a nossa conclusão.

Embora o Mestre diga que seria perda de tempo considerar o tipo regido pela energia
da quinta cadeia, contudo podemos especular este tipo com base no que o Mestre nos
fornece ao longo do Tratado sobre as características de manas em nível abstrato (o
mundo causal ou mental superior), já iluminado por budi, o princípio da razão pura.

Conjecturando com mente lógica em cima das conquistas da atual ciência e da atual
tecnologia e expandindo esses conhecimentos e conectando-os com os conhecimentos
esotéricos a respeito do nosso Logos planetário, procurando fazer uma grande síntese
de todas as informações resultantes, podemos ter uma ideia do homem da quinta
cadeia terrestre.

Não é muito difícil ter uma idéia do homem da quinta ronda da nossa atual cadeia, o
qual será uma amostra do homem da quinta cadeia. A chave para esse entendimento é
conceituar manas em tal grau de aperfeiçoamento e desenvolvimento, que já começa a
ser usado por budi para sua expressão e desenvolvimento.

Quando chegar o momento da nossa quinta cadeia, será formado no nosso sistema
solar um triângulo constituído pelos esquemas da Terra, de Mercúrio e um outro,

1180
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
triângulo esse que será o canal para uma energia cósmica, através da qual as Mônadas
humanas evoluindo no esquema de Mercúrio poderão encarnar no esquema da Terra,
para estabelecerem as bases para que o homem da Terra possa se transformar no tipo
regido pela chamada energia da quinta cadeia.

Conforme o Mestre diz na página 330 do Tratado, na nossa próxima ronda, a quinta,
teremos um triângulo formado pelos esquemas da Terra, Marte e Mercúrio,
propiciando a encarnação na Terra de homens dos esquemas de Marte e Mercúrio.

O trabalho dos Anjos solares, ligados à quinta Hierarquia criadora, na evolução do


quinto reino ou espiritual, o reino dos iniciados a partir da terceira iniciação, é
facilmente comprovado pelo fato de que Eles inicialmente efetuam a transição das
Mônadas humanas do reino animal (o terceiro) para o humano (o quarto), mas
continuam estimulando o homem para o processo iniciático, propiciando o ingresso no
quinto reino.

Estudo 381

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Os Anjos solares e o quinto
princípio - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "É necessário que sigamos
considerando esta questão do quinto princípio por duas razões:...", no fnal da página
569, até "...fcando justifcado seu trabalho.", na página 570.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul continuará a considerar o assunto quinto princípio (manas ou


mente) por duas razões. Primeiramente porque já deu muitas explicações sobre manas
nesta segunda parte do Tratado, cujo título é "O Fogo da Mente - Fogo Solar", e
segundo porque não pode ainda dar informações de forma completa sobre manas
cósmico e sobre as entidades que se manifestam com a infuência de manas cósmico.

Juntando tudo o que o Mestre já deu sobre o assunto com o que Helena Petrovna
Blavatsky deu na Doutrina Secreta, os investigadores da próxima geração poderão
descobrir muito do que é necessário e útil. Lembramos que esses investigadores
citados pelo Mestre são os atuais pesquisadores e estudiosos do assunto, uma vez que
o Tratado foi editado em 1925, período em que a atuação geração estava nascendo.

1181
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre diz que em cada geração surgirão aqueles com capacidade de comprovar por
si mesmos algum fato subjetivo; utilizarão a ciência exotérica (a ciência ofcial) como
degraus na busca do conhecimento perfeito, o esotérico verdadeiro e abrangente.

Eles conquistarão e divulgarão suas descobertas e conclusões, porém só mais tarde


(em média 50 anos depois, como diz o Mestre), muitos reconhecerão a verdade
revelada por esses poucos. Todavia uns poucos, muito poucos, darão ouvidos aos seus
ensinamentos na época da divulgação.

Esses estão preparados para esse entendimento.


Isto ocorreu com Blavatsky, cujos ensinamentos só estão sendo reconhecidos agora,
fcando assim justifcado seu trabalho.

Estudo 382

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização - Páginas
570, 571 e 572.

" a. O trabalho dos Anjos solares. Consideraremos brevemente a construção geral do


corpo do Ego enumerando suas partes componentes e tendo presente que a forma
está devidamente preparada antes de ser ocupada. Pelo estudo deste corpo podemos
obter alguma ideia e certa iluminação com respeito à individualização macrocósmica.

O corpo causal, chamada às vezes (inadequadamente) "karana sarira", está localizado


no terceiro subplano do plano mental, o plano abstrato inferior, donde o Raio do
terceiro Logos proporciona a necessária "luz para a construção". (Isto se deve a que
cada sub-plano está especialmente infuenciado por seu Número, Nome ou Senhor).
Quando chega o momento de coordenar os veículos de budi, certos grandes Seres, os
Senhores da Chama ou Manasadevas, por meio de uma força externa impulsora,
entram em conjunção com a matéria desse subplano e o vitalizam com Sua própria
energia. Constituem um impulso novo e positivo que coordena a matéria do plano,
produzindo um temporário equilíbrio de forças. Eis aqui o signifcado da condição
"branca" ou transparente, do novo corpo causal. Permanece com o ego recém nascido,
primeiramente para romper o equilíbrio e logo para recuperá-lo no fnal do processo,
produzindo uma radiante forma de cores primárias.

1182
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando chegam os Manasadevas para produzir a autoconsciência e levar a cabo a
encarnação dos Egos divinos, quatro coisas têm lugar nesse plano. Se a estas o
estudante agrega o que já citei em diversos livros ocultistas, referente ao efeito da
individualização no homem animal e sua aparição como identidade autoconsciente no
plano físico, lhe proporcionará uma hipótese ativa mediante a qual o homem pode
compreender cientifcamente seu próprio desenvolvimento. A continuação serão
mencionados de acordo com sua aparição em tempo e espaço:

Primeiro. Iniciam-se no terceiro subplano do plano mental certos impulsos vibratórios -


nove em total - que correspondem à quíntupla vibração destes Manasadevas em
conjunção com a quádrupla vibração iniciada desde abaixo, inerente à matéria deste
subplano, o quinto desde o ponto de vista inferior. Isto produz "o loto egoico nônuplo",
que nesta etapa está muito fechado, com as nove pétalas dobradas uma sobre a outra,
sendo "luz" vibrante e centelhante, porém não de brilho excessivo. Estes "botões de
loto" agrupam-se de acordo com a infuência particular dos quíntuplos Dhyans, os que
atuam sobre eles, construindo-os com Sua própria substância e colorindo-os
debilmente com o "fogo de manas".

Segundo. Aparece um triângulo no plano mental produzido pela atividade manásica;


este triângulo de fogo começa a circular lentamente entre o átomo manásico
permanente e um ponto no centro do loto egoico e desde ali à unidade mental que
apareceu no quarto subplano por meio do instinto inato, a qual se assemelha à
mentalidade. Este triângulo de fogo, formado por força manásica, puramente elétrica,
acrescenta seu brilho para lograr uma resposta vibratória tanto do inferior como do
superior. Este triângulo é o núcleo do antakarana. O trabalho do homem altamente
desenvolvido consiste em reduzir este triângulo a uma unidade e, por meio de sua
aspiração elevada (que é simplesmente desejo transmutado, o qual afeta a matéria
mental), dirige-o ao Caminho, reproduzindo assim, em forma sintética e mais elevada, o
"caminho" anterior pelo qual desceu o Espírito para tomar posse de seu veículo, o
corpo causal, chegando desde ali ao Eu pessoal inferior.

Terceiro. Em certa etapa de atividade vibratória, o trabalho realizado pelos Senhores da


Chama, ao produzir o corpo ou forma e uma vibração que exige resposta, praticamente
dá lugar a um acontecimento simultâneo.

Na linha do triângulo manásico tem lugar uma afuência que desce desde budi até
alcançar um ponto no centro mesmo do loto. Ali, pelo poder de sua própria vibração,
origina-se uma mudança na aparência do loto. No coração mesmo do loto aparecem

1183
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
três pétalas mais que se fecham sobre a chama central, cobrindo-a totalmente e
permanecendo coberta até que tenha chegado o momento de revelar a "Joia no Loto".
Como vemos, o loto egoico está composto de doze pétalas, nove das quais aparecem
nesta etapa em forma de botão, estando três totalmente ocultas e secretas."

Estudo 383

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização -
Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "a. O Trabalho dos Anjos solares.
Consideraremos...", até ,...produzindo uma radiante forma de cores primárias.", na
página 570.

Considerações.

Neste trecho, de título "A Individualização", o Mestre Djwal Khul entra numa área de
fundamental importância e enorme aplicação para o ser humano, o qual nada mais é
que a Mônada aprisionada nos corpos inferiores. A importância deste assunto está no
fato de que através desses excelsos e científcos ensinamentos do Mestre, a Mônada,
atuando por meio do cérebro físico, pode perceber e entender o que existe realmente
por baixo do véu de maia, essa vasta e potente ilusão que leva a Mônada a se
identifcar (via Ego, seu instrumento, que é temporário) com os corpos inferiores,
particularmente com o corpo físico denso e, nessa identifcação, conclui erroneamente
que Ela, o ser divino, é esse corpo físico denso (altamente transitório), e se contenta
em executar os desejos oriundos do corpo astral, permanecendo por isso presa à roda
do sofrimento, a qual dá muitíssimas voltas, mas sempre presa no eixo do sofrimento.

Refetindo intensa, profunda e constantemente sobre os ensinamentos que o Mestre


deu à humanidade, em particular o Tratado sobre Fogo Cósmico, Seu livro mais
profundo, transcendental, completo e abrangente, o homem (a Mônada atuando pelo
cérebro físico) pode, pelo próprio esforço (e só assim é possível conquistar a meta
prevista e exigida para as Mônadas humanas), enxergar e entender claramente que ele
não é o corpo físico nem o corpo astral nem o mental, mas Espírito servindo-se de
corpos materiais inferiores, para entendê-los e dominá-los, expandindo sua
consciência, para em seguida passar a viver por meio de corpos feitos de matérias
superiores, matérias sutis de muito maior frequência vibratória, também para entendê-

1184
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
los e dominá-los, num contínuo entender e dominar matérias mais elevadas, ao mesmo
tempo em que executa importantes tarefas e trabalhos para Seres superiores, como o
nosso Logos planetário.

Obviamente quando é feita a construção do corpo causal ou Loto egoico, como é


chamado o corpo do Ego ou Alma, a forma constituída pelos corpos físico, astral e
mental inferior já está devidamente consolidada para ser utilizada como mecanismo de
expressão do Ego via corpo causal. Isto signifca a manifestação da autoconsciência.

Entendendo claramente esse processo e seu funcionamento por meio da matéria


mental superior, é possível fazer ilações a respeito da individualização de Seres
superiores, como os Logos planetários e do próprio Logos solar.

O corpo causal ou Loto egoico (chamado às vezes "karana sarira", expressão oriental e
inadequada, conforme diz o Mestre) é construído com matéria do terceiro subplano
mental, que é a matéria mais densa do plano causal ou mental superior, uma vez que
este plano é constituído pelas matérias dos primeiro (atômico), segundo e terceiro
subplanos do plano mental, quando visto como um todo.

Este subplano, por ser o terceiro, é energizado pelo terceiro Logos (que expressa o
terceiro aspecto logoico, Inteligência Ativa), em obediência à Lei dos Números, pela
qual cada subplano é particularmente infuenciado pelo aspecto correspondente a seu
número. Essa energia do terceiro aspecto propicia as condições para a construção do
Loto egoico, uma vez que ele destina-se à expressão da autoconsciência, que se serve
de manas ou mente.
O Mestre deixa bem claro que o Loto egoico ou corpo causal é o instrumento ou
veículo de budi, ou seja, do aspecto crístico ou Amor-Sabedoria-Razão Pura.

No momento certo, quando determinadas energias exteriores à matéria mental atuam


fortemente sobre esta matéria, conferindo-lhe condições oscilatórias ou vibratórias
específcas e adequadas à implantação da autoconsciência para a Mônada humana em
evolução, os Anjos solares (na linha da quinta Hierarquia criadora), também chamados
Senhores da Chama (chama aqui signifca a chispa da mente), são compelidos pelas
energias acima citadas a impregnarem a matéria do terceiro subplano mental e assim
vitalizam-na.

Ao construírem o Loto egoico os Anjos solares deixam a matéria mental dele num
estado de equilíbrio harmonioso, no qual as partículas mentais não se opõem entre si,
cessando qualquer resistência à atuação (diríamos impedância zero, na linguagem da
eletrônica). Esotericamente este estado é chamado condição branca ou transparente.

1185
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mas esta condição dura pouco tempo, porque o Anjo solar rapidamente rompe o
equilíbrio, para que a Mônada humana atue sobre o Loto egoico via Ego e restabeleça o
equilíbrio numa condição bem mais elevada, o que só é possível pelo esforço
monádico, ou seja, pelo uso da vontade consciente e inteligente. O Anjo solar
permanece com o Ego, mas apenas estimulando-o, para que ele se esforce e
aperfeiçoe o Loto egoico, dentro do modelo previsto no Plano divino. O Mestre
descreve esta condição futura com as palavras "radiante forma de cores primárias".

Lembramos que o Ego nada mais é que o instrumento usado pela Mônada para
conhecer, atuar e dominar os 3 mundos inferiores: mental, astral e físico.

Estudo 384

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização -
Considerações sobre o conteúdo do parágrafo " Quando chegam os Manasadevas para
produzir a autoconsciência...", na página 570, até " ...colorindo-os debilmente com o
"fogo de manas.", na página 571.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul diz que pelo entendimento dos quatro eventos que
ocorrem na matéria mental do terceiro subplano, pela ação dos Anjos solares (os
Manasadevas), juntamente com o entendimento do que Ele já ensinou a respeito do
efeito da individualização no homem animal, efeito esse que foi esse homem animal se
tornar autoconsciente no plano ou mundo físico, ingressando efetivamente no quarto
reino, o homem pode realizar cientifcamente seu próprio desenvolvimento. Isto é óbvio,
porque, conhecendo o processo e os detalhes de operação pelos quais a Mônada entra
em contato com os três mundos inferiores (mental, astral e físico) e efetua seu
desenvolvimento, fca bem mais fácil controlar, intensifcar e acelerar esse
desenvolvimento, seguindo o modelo do Plano divino. Lembramos que o homem é a
Mônada olhando externamente os três mundos inferiores através do Ego, o qual olha
internamente para esses mundos inferiores por meio do cérebro físico e mais tarde
pelo terceiro olho.

O Mestre a seguir detalha os quatro eventos, que ocorrem em tempo e espaço. Em


tempo, porque eles são consecutivos, e em espaço, porque eles têm localização, uma

1186
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vez que o Loto egoico é um sistema organizado.

O primeiro evento na construção do Loto egoico é a geração de específcas oscilações


ou vibrações (na realidade vórtices constituídos de partículas do terceiro subplano
mental) pelos Anjos solares, que trabalham em 3 grupos, como já vimos.

Essas vibrações organizam-se em nove vórtices (que possuem a aparência de pétalas),


formando 3 círculos, cada círculo com 3 vórtices, assim discriminados:

círculo do conhecimento,

círculo do amor-sabedoria-razão pura (budi),

círculo do sacrifício (atma ou vontatde).


Esses 3 círculos, totalizando 9 vórtices ou pétalas, são produzidos da seguinte forma.
Os Anjos solares, pela sua própria natureza, geram 5 frequências vibratórias,
relacionadas com as energias dos 5 raios de manas: 7º, 6º, 5º, 4º e 3º ,
respectivamente Organização/Magia Cerimonial, Idealismo Abstrato, Mente Concreta,
Harmonia e Inteligência Ativa.

Essas vibrações conjugam-se com as 4 vibrações geradas pelo quaternário inferior (o


homem em seus 3 corpos inferiores mais a personalidade) e dessa conjugação surgem
os 9 vórtices em seus 3 círculos. O processo que ocorre na matéria do 3º subplano
mental destinada a cada Loto egoico é o seguinte .

As vibrações dos Anjos solares referentes ao Raio terceiro (sintetizador) produzem o


círculo do Sacrifício (atma ou vontade), as quais em conjugação com as vibrações do
homem produzem os seguintes vórtices desse círculo:

vibrações do homem referentes aos Raios quinto e sétimo produzem o vórtice de


Sacrifício/Conhecimento;

vibrações do homem referentes ao sexto Raio produzem o vórtice de


Sacrifício/Amor-Sabedoria-Razão Pura;

vibrações do homem referentes ao quarto Raio produzem o vórtice de


Sacrifício/Sacrifício.
As vibrações dos Anjos solares referentes aos Raios quarto e sexto, em conjugação
com as vibrações do homem referentes aos Raios quinto/sétimo, sexto e quarto,

1187
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
produzem respectivamente os seguintes vórtices:

Amor-Sabedoria-Razão Pura/Conhecimento;

Amor-Sabedoria-Razão Pura/Amor-Sabedoria-Razão Pura;

Amor-Sabedoria-Razão Pura/Sacrifício.
As vibrações dos Anjos solares referentes ao Raios quinto e sétimo, em conjugação
com as vibrações do homem referentes aos Raios quinto/sétimo, sexto e quarto,
produzem respectivamente os seguintes vórtices:

Conhecimento/Conhecimento;

Conhecimento/Amor-Sabedoria-Razão Pura;

Conhecimento/Sacrifício.
Inicialmente os círculos de vórtices (com a aparência de pétalas) estão fechados uns
sobre os outros, com o aspecto de botão. O brilho é muito pequeno, sendo fracamente
colorido com o fogo da mente ou manas pelos Anjos solares, cuja substância constitui
a matéria do Loto.

Como os Anjos solares, além de serem constituídos em 3 grupos, são diferenciados em


outros diversos grupos (cada grupo com seus 3 subgrupos), conferindo-lhes naturezas
diferentes, os Lotos são organizados de acordo com os grupos de Anjos solares.

Compete à Mônada humana efetuar o trabalho de enriquecer, dinamizar, energizar e


expandir os vórtices do Loto egoico, servindo-se das experiências vivenciadas e dos
conhecimentos conquistados nos 3 mundos inferiores (físico, astral e mental inferior e
superior), transformando o Loto egoico de tal forma que ele adquira uma beleza
indescritível, a par de uma imensa riqueza de informações, que será aproveitada pela
Mônada em sua expansão de consciência.

Existe todo um processo científco pelo qual as informações oriundas dos mundos
inferiores nas diversas vivências e encarnações são armazenadas ou gravadas pelas
oscilações das partículas do Loto egoico, em seus respectivos vórtices ou pétalas.
Podemos ter uma ideia desse processo na modulação da onda eletromagnética, ao
transportar a informação, como ocorre nas telecomunicações, que inclui a conhecida
telefonia celular e a televisão.

1188
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 385

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização -
Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Segundo. Aparece um triângulo no
plano mental, produzido...", na página 571, até "...nesta etapa em forma de botão,
estando três totalmente ocultas e secretas.", na página 572.

Considerações.

O segundo evento, o segundo fenômeno elétrico resultante da ação do Anjo solar, é o


movimento de um triângulo formado por 3 átomos mentais que constituem a Jóia no
Loto, a Alma ou Ego, e são manifestações dos 3 aspectos da Mônada na matéria
mental. O Anjo solar estimula esse triângulo, o que provoca o aparecimento do
respectivo triângulo de fogo, o qual se desloca lentamente entre o átomo mental
permanente e a unidade mental, a qual se encontra no 4º subplano mental, uma vez
que ela é uma molécula do 4º subplano mental e tem sua localização sob o Loto egoico,
juntamente
com os átomos permanentes astral e físico. Essa comunicação entre o átomo mental
permanente e a unidade mental, passando pelo centro do Loto egoico, onde se
localizará a Joia no Loto, é o núcleo do antakarana, que terá de ser construído pelo
homem a partir do cérebro físico.

Esse triângulo de fogo aumenta sua vibração (o que aumenta seu brilho), para
provocar uma resposta tanto do superior (o átomo mental permanente), como do
inferior (a unidade mental). Tudo isso é um processo de transferência de energia ou
fogo, no caso fogo elétrico.

O homem, quando atinge uma etapa bem adiantada em sua evolução, ao entrar no
caminho, começa a transformar esse triângulo numa unidade, ao aspirar (pelo uso da
vontade consciente e inteligente) vida espiritual, perdendo o interesse pela vida
material, cessando o desejo. Essa vontade consciente e inteligente atua na matéria
mental.

Essa transformação do triângulo numa unidade é a fusão dos 3 aspectos do Ego, ou


seja, o desenvolvimento e aperfeiçoamento e sua manipulação simultânea e em
perfeita sintonia, o que é uma síntese. Isto tem de ser feito estando o homem

1189
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
encarnado.

Nessa tarefa o homem reproduz de forma sintética o caminho anterior, no qual a


Mônada ou Espírito tomou posse do corpo causal (o Loto egoico), na individualização,
para estabelecer contato com o Eu pessoal inferior. De fato, quando o homem,
conscientemente, procura a vida espiritual, ele está realmente fazendo com que a
Mônada estabeleça um contato mais forte e consciente com o eu inferior, para dominá-
lo totalmente e por ele se expressar.

O terceiro evento é a construção dos 3 vórtices ou pétalas centrais (de atma, budi e
manas), que será o 4º círculo e encobrirá a Joia no Loto. Essa construção é feita pela
própria Joia no Loto, o Ego ou Alma, estimulada pelo Anjo solar, o qual faz essa
estimulação através da Tríade superior, atuando no átomo búdico permanente e
excitando os 3 aspectos, atma, budi e manas, chegando o efeito dessa estimulação à
Joia no Loto. A energia gerada no átomo búdico permanente pela ação do Anjo solar é
transferida para a Joia no Loto, através do sutratma, o condutor que liga a Mônada à
Tríade superior, à Joia no Loto e à Tríade inferior. Essa energia é tríplice, com 3
frequências: a primeira relativa a atma (vontade), a segunda a budi (amor-sabedoria-
razão pura) e a terceira a manas (inteligência ativa).

Sob a ação dessa energia tríplice, a Joia no Loto (o Ego ou Alma) produz na matéria
mental do 3º subplano (matéria já separada e preparada pelo Anjo solar) 3 vórtices,
cada um com a sua própria frequência, que serão as 3 pétalas centrais. Essas 3 pétalas
fecham-se sobre a Joia no Loto, ocultando-a e aguardando o momento em que ela
revelar-se-á em toda a sua glória e beleza, quando então essas 3 pétalas abrem-se
totalmente.
Assim, as pétalas do Loto egoico (Conhecimento - Amor - Sacrifício ou Vontade) fcam
com a aparência de um botão, porque estão fechadas, e três (as centrais) fcam
completamente ocultas pelas nove.

Estudo 386

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização -
Continuação a partir da página 572 até a página 575.

" Ao mesmo tempo os três átomos permanentes estão encerrados dentro do loto e o

1190
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
clarividente os vê como três pontos de luz na parte inferior do botão, debaixo da parte
central. Nesta etapa formam um triângulo que arde fracamente. O corpo causal, ainda
em estado embrionário, porém completo em sua tríplice natureza, está preparado para
entrar em plena atividade a medida que transcorrem os eons. O aspecto matéria, que
concerne à forma material do homem nos três mundos, ou a seu Eu pessoal inteligente
ativo, pode ser desenvolvido e controlado por intermédio da unidade mental, do átomo
astral permanente e do átomo físico permanente. O aspecto Espírito se acha oculto no
coração do loto, para ser revelado a seu devido tempo, quando os manasadevas
tenham realizado seu trabalho. A vontade perdurável está ali eternamente. O aspecto
consciência que personifca o amor sabedoria do Ego divino, ao revelar-se por
intermédio da mente, encontra-se predominantemente ali, e nas nove pétalas e em sua
capacidade vibratória residem ocultas toda oportunidade, capacidade inata para
progredir e habilidade para funcionar como uma unidade autoconsciente, essa
entidade denominada Homem. (83) - Mahadeva reside no coração, Surya ou Vishnu o
revela em Sua essência como a Sabedoria do Amor e o Amor da Sabedoria, e Brahma,
o Logos Criador, faz possível esta revelação. O Pai nos Céus será revelado pelo Cristo,
o Filho, mediante o método da encarnação, sendo possível pelo trabalho do Espírito
Santo. Tudo isto é levado a cabo pelo sacrifício e pela meditação de certas entidades
cósmicas que "Se oferecem Elas Mesmas" a fm de que o Homem possa ser. Dão de sua
mesma essência aquilo que é necessário para produzir o princípio individualizador e o
que chamamos "autoconsciência", a fm de que o Espírito divino adquira uma vida mais
plena dentro das limitações que proporciona a forma, mediante as lições aprendidas
durante a larga peregrinação e a "assimilação lograda em múltiplas existências".

Quarto. Quando tenham ocorrido estes três acontecimentos a luz e o fogo que circulam
ao redor do triângulo manásico se retiram para o centro do loto, e este "protótipo" do
futuro antakarana, se pode expressar-se assim, desaparece. A tríplice energia das
pétalas, os átomos e a "joia" se centralizam, porque há de ser gerado o impulso que
fará descer energia desde o novo veículo causal até os três mundos do esforço
humano.

Temos tratado o método da individualização mediante a introdução dos Senhores da


Chama, pois é o método mais importante neste sistema solar; qualquer método que se
siga nos diversos esquemas e cadeias, a individualização - durante a etapa intermédia -
constitui a lei universal. Devido a que as condições kármicas têm que ver com um
Logos planetário, poderão efetuar-se modifcações e porem-se em ação manasadevas
cuja atividade pode não ser exatamente igual, porém os resultados são sempre

1191
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
similares, pois os Egos divinos em seus corpos causais possuem instrumentos análogos
para trabalhar.

O último ponto de grande signifcado é que os Agnishvattas constroem as pétalas


empregando Sua própria substância - substância energizada pelo princípio do "Eu
ismo" ou ahamkara. Estes energizam os átomos permanentes com Sua própria força
positiva, para levar, oportunamente, a sua máxima atividade e utilidade a quinta espira.
Toda possibilidade e esperança, todo otimismo e todo êxito futuro se acham ocultos
nisto.

Como temos visto, o trabalho dos Agnishvattas no plano mental deu por resultado uma
descida de força ou energia desde a Mônada (ou espírito) e, em conjunção com a
energia do quaternário inferior, produziu-se o aparecimento do corpo do Ego no plano
mental. Na luz elétrica comum temos uma vaga ilustração do pensamento que estou
tratando de expressar. A luz é criada pela aproximação dos dois polos. Mediante um
tipo análogo de fenômeno elétrico brilha a luz da Mônada, porém temos que estender a
ideia aos planos mais sutis e tratar com sete tipos de força ou energia em conexão
com um polo e com quatro com respeito ao outro . Para o processo da individualização
existe uma fórmula científca que explica este contato dual, com seus diferentes tipos
de energia, mediante um só símbolo e algarismo, porém não pode ser revelado aqui.

Os Manasadevas estão energizados pela força proveniente do plano mental cósmico -


força que tem estado sempre em atividade desde que se individualizou o Logos solar
em kalpas muito remotos. Personifcam em Sua natureza coletiva a vontade ou
propósito do Logos, e são os "protótipos" cósmicos de nossos Anjos solares. Os anjos
solares do plano mental do sistema personifcam essa medida de vontade e propósito
que o Logos pode manifestar durante uma só encarnação e que Eles, em grupos,
podem desenvolver. Por conseguinte, trabalham por intermédio de grupos egoicos e
principalmente, depois da individualização, sobre as unidades mentais dos entes
separados que compõem os grupos. Este é Seu trabalho secundário, o qual pode ser
descrito parcialmente da maneira seguinte:

Primeiro, realizam a união do Ego divino com o Eu pessoal inferior. Isto já o temos
tratado.

Segundo, trabalham por intermédio dos entes mentais, plasmando sobre o átomo, por
microscópica que seja, essa parte do propósito logoico que o indivíduo pode realizar no
plano físico. No princípio sua infuência é assimilada inconscientemente e o homem
responde ao plano cega e ignorantemente. Logo, a medida que prossegue a evolução,

1192
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seu trabalho é reconhecido pelo homem ao colaborar conscientemente com o plano da
evolução. (84) Depois da terceira iniciação predomina o aspecto vontade ou propósito.

Deve assinalar-se aqui que a força positiva dos Manasadevas produz a iniciação. Sua
função está representada pelo Hierofante. Este, vendo ante Si o veículo de budi, passa
a voltagem desde os planos superiores através de Seu corpo e, por meio do Cetro
(carregado com força manásica positiva), transmite ao iniciado esta energia manásica
superior a fm de que possa conhecer conscientemente e reconhecer o plano
correspondente ao chakra ou centro, que forma esse grupo por meio de um estímulo
grandemente acrescentado. Esta força, por conduto do antakarana, desce desde o
átomo manásico permanente e vai dirigida a qualquer centro que o Hierofante - de
acordo com a Lei - vê que há de ser estimulado. Estabiliza a força e regula sua
afuência quando circula através do Loto egoico para que, ao realizar-se o trabalho de
desenvolvimento, possa revelar-se o sexto princípio no Coração do Loto. Depois de
cada iniciação o Loto se abre algo mais e a luz central começa a resplandecer - luz ou
fogo que queima as três pétalas do relicário, permitindo que a plena glória interna seja
vista e se manifeste o fogo elétrico do espírito. Como isto se realiza no segundo
subplano do plano mental (sobre o qual está agora situado o loto egoico) tem lugar um
estímulo na substância densa que forma as pétalas ou rodas dos níveis astral e
etérico."

(83) - O Senhor solar, o Ego divino. As duas correntes de desenvolvimento da alma às


quais se refere H. P. B., em seu livro "A Voz do Silêncio", como o caminho de "Dhyana" e
"Dharma" ou os "Paramitas"; Ramayana se baseia sobre este último. Os "Sete Portais",
aos quais se faz referência em dito livro, provavelmente correspondem aos sete cantos
deste poema sagrado. Só tenho lido o primeiro canto e darei seu sentido até onde o
tenho captado. Excluindo o prefácio do poema, o primeiro que aparece nesse primeiro
canto é a descrição das circunstâncias peculiares que acompanharam o nascimento de
Rama na família Dasaratha. Como todos sabem, Dasaratha é um descendente dos reis
solares que começaram a governar sobre a terra desde o tempo do Manu Vyvaswatha.
Como seu nome o implica, é um rei cujo carro pode viajar em dez direções; em sentido
esotérico microcósmico, é o rei do corpo humano que possui dez sentidos de ação e
percepção que o conecta com as dez direções. Estamos perfeitamente familiarizados
com a descrição que nossos antigos flósofos costumavam fazer do corpo como uma
cidade com nove portas. Como bem se sabe, as nove portas são os nove orifícios do
corpo humano. Se a estes se agrega o orifício conhecido como o Brahma-rundra ou a
porta de Brahma, temos dez portas que correspondem às dez direções. A palavra

1193
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"Dasaratha" indica a consciência relacionada com nossos sentidos, a qual é inferior à
consciência que denominamos mente. The Theosophist, T. XIII, pag. 340.

(84) - O Sacrifcado ou Yajamana. Yajamana é a pessoa que se tem sacrifcado pelo


bem do mundo e que tem empreendido a tarefa de moldar os assuntos do mesmo em
obediência à lei. Se é tomado o corpo humano como o campo do sacrifício, seu manas
é o yajamana. Todos os atos do homem durante sua vida, desde o nascimento à morte,
constituem um grande processo yájnico, levado a cabo pela verdadeira entidade
humana chamada Manas. Quem tem a vontade de sacrifcar seu corpo, sua palavra e
seu pensamento para o bem do mundo, é um verdadeiro yajnika e todos os planos ou
lokas superiores lhe estão reservados. A nota chave central da vida do yajnika é fazer
bem a todos, sem ter em conta casta ou credo, assim como o sol brilha para todos.
Some Thoughts of the Gita, pag. 90.

Estudo 387

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização -
Continuação - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Ao mesmo tempo os
três átomos permanentes estão encerrados...", na página 572, até "...a larga
peregrinação e a "assimilação lograda em múltiplas existências".", na página 573.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul descreve a localização da Tríade inferior: a unidade
mental e os átomos permanentes astral e físico, debaixo do ponto central do Loto
egoico, ou seja, debaixo da Joia no Loto, a Alma ou Ego, o que é coerente, uma vez que
o Ego tem de controlar a Tríade inferior e por ela se expressar nos 3 mundos
inferiores: mental concreto, astral e físico.

Nessa fase inicial, logo após a construção do Loto egoico, ou seja, logo após a
individualização, o início da vida como ser humano, a Tríade inferior tem muito pouco
brilho.

O Eu pessoal inteligente ativo, a personalidade, resultante da ação conjunta dos 3


corpos inferiores, construídos a partir dos 3 componentes da Tríade inferior, é o
aspecto matéria e pode ser desenvolvido e controlado pelo Ego por meio da Tríade

1194
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inferior.

No interior da Joia no Loto, o Ego ou Alma, encontra-se o aspecto Espírito (Atma), que
será despertado e manifestar-se-á plenamente em toda sua glória e poder, quando os
Anjos solares tiverem concluído o seu trabalho de estímulo, o que ocorrerá na 4ª
Iniciação planetária, a 2ª solar, sendo que logo após a 3ª Iniciação planetária, a 1ª solar,
Atma ou Vontade já estará bem evidente.

O amor sabedoria do Ego divino é expresso pelo aspecto consciência, que utiliza a
mente para se revelar.
Na capacidade de vibrar dos9 vórtices ou pétalas do Loto egoico está o poder para o
homem progredir e desenvolver a habilidade de funcionar como entidade
autoconsciente nos 3 mundos inferiores.

Mahadeva é o aspecto Atma e está no coração da Joia no Loto, Surya ou Vishnu é o


aspecto Budi e está na consciência e Brahma é o aspecto Inteligência Ativa, o aspecto
matéria, que, ao construir o Loto egoico, (que é matéria mental), possibilita a revelação
de Atma e Budi.
O Pai nos Céus é Atma ou Espírito, que será revelado pelo Cristo, o Filho, a consciência,
pelo processo de encarnação, o qual é possível pelo trabalho do Espírito Santo,
trabalho este realizado pelos Devas, sem seus diversos níveis.

Os Devas, desde os níveis cósmicos, oferecem-se Eles próprios para que tudo isto
possa ocorrer, ou seja, para que o Homem possa existir. Eles se sacrifcam e meditam
continuamente; impregnando a matéria mental com a Sua própria essência, Eles
conferem à essa matéria mental qualidades vibratórias específcas que permitem que o
Ego adquira autoconsciência e assim a Mônada possa ter uma vida mais plena, apesar
das limitações da forma, através das experiências vivenciadas durante o longo período
nos 3 mundos inferiores.

Estudo 388

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização -
Continuação - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Quarto. Quando
ocorreram estes três acontecimentos a luz e o fogo...", na página 573, até "...Este é Seu
trabalho secundário, o qual pode ser descrito parcialmente da maneira seguinte:", na

1195
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
página 574.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul continua a explicação da construção do Loto egoico pelos Anjos
solares. Após a construção dos nove vórtices ou pétalas, o deslocamento do triângulo
de fogo estabelecendo o contato inicial entre a unidade mental e o átomo mental
permanente (sendo este contato o protótipo do antakarana) e a formação dos três
vórtices ou pétalas centrais pela Jóia no Loto, mediante um estímulo búdico, dá-se
praticamente o encerramento da construção desse magnífco e importantíssimo
sistema a ser utilizado pela Mônada. O movimento do triângulo manásico entre a
unidade mental e o átomo mental permanente cessa, localizando-se o triângulo (a Joia
no Loto) no centro do loto, juntamente com as doze pétalas: os três círculos de três
vórtices cada um e o círculo central (também de três vórtices), que oculta a Joia no
Loto.

A partir daí começa o trabalho de descida de força para os corpos inferiores, com o
objetivo de adquirir experiência nos três mundos inferiores: mental inferior, astral e
físico, através das sucessivas encarnações e, por esse processo de imersão nas
matérias mais densas, os vórtices ou pétalas do Loto egoico se desenvolverem e
dinamizarem-se ao máximo.

O Mestre tem explicado o método de individualização introduzindo a ação dos


Senhores da Chama, sendo o método mais importante neste atual sistema solar. Cabe
lembrar que os Senhores da Chama são os 108 Kumaras que vieram do esquema de
Vênus, sob a direção de SANAT KUMARA, dos quais apenas SANAT KUMARA e mais 6
Kumaras permanecem na Terra, tendo os demais retornado a seu esquema de origem.
Todavia os Anjos solares também são senhores da chama, pois a palavra agnishvatta
indica isto. A intervenção dos Kumaras ocorreu somente aqui na Terra, na
individualização da raça lemuriana, há 18 milhões de anos, na quarta ronda da quarta
cadeia do esquema terrestre.

O que o Mestre quis dizer é que o método de construção do Loto egoico pelos Anjos
solares é o mais importante no atual sistema solar, sendo uma lei universal neste
sistema. Em outros esquemas podem ocorrer modifcações, porém mantendo a linha
geral e básica. Essas modifcações são devidas ao karma do Logos planetário do
esquema implicado, porque as ações a serem executadas no processo de
individualização das Mônadas sob a guarda do Logos planetário têm de ser coerentes
com as ações exigidas pelo karma do Logos. Em outras palavras existe uma correlação

1196
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
direta entre o karma de um Logos planetário e o processo de individualização. Em
todos os esquemas nos quais há Mônadas na linha de evolução humana tem de existir
Egos para que as Mônadas se manifestem e evoluam nos mundos inferiores.

Um ponto de grande signifcado e importância é que os Anjos solares constroem o


Loto egoico com a matéria dos seus próprios corpos, ou seja, os Lotos egoicos são
constituídos de corpos de Agnishvattas, em diversos grupos, sendo utilizados pelas
Mônadas humanas individualizadas. A matéria mental constituinte dos corpos dos
Anjos solares adquire uma nova propriedade não existente na matéria mental comum.
Essa propriedade é transmitida à matéria mental pela ação do Anjo solar. Sem essa
qualidade a Mônada jamais iria ter autoconsciência no mundo causal, o que implicaria
na impossibilidade de autoconsciência para o homem encarnado no mundo físico. Essa
propriedade conferida à matéria mental pelos Anjos solares é denominada ahamkara
ou Eu ismo. Os Anjos solares, pela grande experiência adquirida no sistema solar
anterior, desenvolveram essa qualidade e agora se sacrifcam em benefício do homem,
dentro do Plano divino. Cabe lembrar que Eles utilizam os conhecimentos que possuem
a respeito do nosso Logos planetário na energização e qualifcação da matéria mental
com a qual constroem os Lotos egoicos. Isto é óbvio, porque as Mônadas humanas são
células no corpo físico do nosso Logos solar e assim têm de expressar a vida interior
do Logos.

Como decorrência da ação dos Anjos solares, os átomos permanentes da Tríade


inferior são vitalizados na linha do quinto princípio (manas), no qual os Anjos solares
são especializados, o que leva a quinta espira à atividade máxima.

Sendo a individualização o contato da energia da Mônada com a energia do quaternário


inferior, gerando o Ego, portanto o contato entre dois polos, O Mestre compara o
processo de individualização com o fenômeno físico da luz elétrica nossa conhecida.
Nessa luz, quando o interruptor é ligado, um circuito ligando o polo positivo com o polo
negativo da fonte de energia elétrica, passando pelo flamento de tungstênio da
lâmpada incandescente, faz com que o tungstênio emita fótons (luz). O polo positivo
seria a Mônada, o polo negativo o quaternário inferior e a luz o Ego.

O Mestre alerta para que levemos em consideração nessa analogia que a energia
oriunda da Mônada (o polo positivo) é de sete tipos e a energia oriunda do quaternário
inferior (o polo negativo) é de quatro tipos. Na analogia com a lâmpada elétrica, temos
no flamento o elemento resistência, e assim podemos ver no Ego essa propriedade de
resistência.

1197
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quanto à fórmula científca citada pelo Mestre, temos uma analogia na famosa Lei de
Ohm, que rege os fenômenos elétricos:

I=E/R

onde I é a corrente elétrica em ampéres, E é a voltagem (a força eletromotriz) e R é a


resistência em ohms. Com base nessa lei podemos fazer ilações com referência à
fórmula científca citada pelo Mestre.

Assim como existem os Anjos solares que trabalham na matéria mental (a gasosa
cósmica) do nosso sistema solar e constroem e energizam os Lotos egoicos humanos,
também existem os Anjos solares cósmicos que trabalham na matéria mental cósmica
e construíram (em época muitíssimo remota) e energizam (atualmente) o Loto egoico
do nosso Logos solar. Eles personifcam em sua totalidade o propósito do Logos solar e
são os protótipos dos nossos Anjos solares do sistema, na matéria mental (a gasosa
cósmica). Portanto os Anjos solares cósmicos energizam os Anjos solares do sistema.
Assim uma parte do propósito do Ego logoico solar (a parte que o Logos solar quer
desenvolver numa só encarnação) é passada para os Anjos solares do sistema, os
quais procuram executar essa parte que lhes cabe através dos Egos em grupos, pelos
quais são responsáveis, atuando sobre as unidades mentais desses Egos.

Estudo 389

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização -
Continuação - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Este é Seu trabalho
secundário, o qual pode ser descrito parcialmente da maneira seguinte:", na página
574, até "...um estímulo na substância densa que forma as pétalas ou rodas dos níveis
astral e etérico.", na página 575.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul descreve parcialmente o trabalho secundário dos
Anjos solares sobre as unidades mentais das Tríades inferiores dos grupos egoicos
que eles vitalizam.

A união do Ego divino com o eu pessoal inferior já foi devidamente tratada.

Complementando o trabalho, os Anjos solares atuam nos entes mentais, o homem nos

1198
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
3 mundos inferiores, registrando na unidade mental, por menor que seja, a parte do
propósito logoico que o homem pode realizar no plano físico. Inicialmente essa
infuência é assimilada inconscientemente e o homem responde ao plano cega e sem
conhecimento. Logo, a medida que ele vai evoluindo nas sucessivas encarnações e
ajustado dentro do plano pelos agentes do karma, o homem passa a colaborar
conscientemente com o plano da evolução, o que demonstra o reconhecimento do
trabalho dos Anjos solares. Quando a terceira Iniciação é conquistada pelo homem, o
aspecto vontade ou propósito passa a predominar no comportamento dele, o que
signifca que ele se dedica forte e decididamente à execução do propósito logoico que
lhe cabe, concentrando-se nele e empregando todo o potencial e capacidade de sua
vida física para o êxito do propósito do nosso Logos planetário.

Uma consequência do trabalho dos Anjos solares é a iniciação, que advém como
resultado da ação da força positiva deles. Os Anjos solares passaram pelo processo
iniciático no sistema solar anterior e portanto possuem experiência do assunto.
Sabendo que a meta do homem para a nossa atual quarta cadeia planetária é a quinta
iniciação planetária, a terceira solar, Eles estimulam o homem para essa meta. O Mestre
diz que Sua função está representada pelo Hierofante (o Iniciador), o qual, vendo ante
Si o veículo de budi (o Loto egoico do iniciado), passa a voltagem desde os planos
superiores (a energia do plano mental cósmico) através de Seu corpo e a transfere
para o Cetro de Iniciação, o qual está carregado com força manásica positiva, e a partir
do Cetro transmite a força elétrica para o iniciado. Nessas transferências, até chegar
ao iniciado, a força elétrica superior é devidamente adequada e dosada para que o
iniciado possa suportar o impacto. Esta transferência de força objetiva fazer com que
o iniciado conheça conscientemente o plano correspondente ao chacra ou centro do
Logos planetário, formado pelo grupo ao qual o iniciado pertence. Este reconhecimento
é resultante do intenso estímulo propiciado pela energia do Cetro. Esta força passa do
Loto egoico do iniciado para o átomo mental permanente, daí para a unidade mental
por conduto do antakarana, sendo dirigida para o chacra que o Hierofante vê que
necessita de estímulo. Esta força, ao circular pelos vórtices ou pétalas do Loto egoico,
é estabilizada, sendo seu fuxo devidamente regulado, com o objetivo de, ao ser
realizado o trabalho de desenvolvimento, o sexto princípio, budi, possa ser revelado no
Coração do Loto, onde está a Joia no Loto, o Ego ou Alma. Após cada iniciação, os
vórtices ou pétalas do Loto egoico abrem-se algo mais, fazendo com que a luz central,
da Joia no Loto, resplandeça e se torne visível. Esta luz, oriunda do fogo central, irá
fnalmente queimar os três vórtices ou pétalas centrais, na quarta iniciação, a segunda

1199
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
solar, o que fará com que a plena glória interna seja vista e se manifeste em toda a sua
plenitude e potência o fogo elétrico da Mônada. Nesta etapa já avançada, os vórtices
do Loto egoico estão constituídos de moléculas do segundo subplano mental e a ação
neles desenvolvida provoca um estímulo nos vórtices dos chacras dos corpos astral e
etérico, pois existe uma conexão entre os vórtices do Loto egoico e os chacras. Este
estímulo nos chacras afeta intensa e benefcamente os corpos astral e físico do
iniciado, fazendo as energias provenientes da Mônada e do Ego circularem livremente
por esses corpos, o que, com outras palavras, signifca a manifestação da Mônada e do
Ego por meio dos corpos inferiores. Logicamente o corpo mental inferior também é
afetado benefcamente, pois os chacras deste corpo também estão conectados com os
vórtices do Loto egoico.

Estudo 390

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização e as
raças - Páginas 575, 576 e 577.

"b. A individualização e as raças. Se este tratado não serve a outro propósito que
chamar a atenção dos que estudam ciência e flosofa para que estudem a força ou a
energia no homem e nos grupos, e interpretem o homem e a família humana em termos
de fenômenos elétricos, muito bem ter-se-á logrado. A polaridade de um homem, de um
grupo e de um conjunto de grupos; a polaridade dos planetas e sua relação entre si e
com o Sol; a polaridade do sistema solar e sua relação com outros sistemas; a
polaridade que tem um plano com outro e um princípio com outro; a polaridade dos
veículos mais sutis e a aplicação científca das leis da eletricidade a todo o existente no
plano físico, trará uma revolução neste planeta só comparável à efetuada no momento
da individualização. Assinalaria aqui certo fato signifcativo que os estudantes deveriam
considerar cuidadosamente.

Na terceira raça-raiz (35) teve lugar a individualização. Acontecimento que se fez


possível devido a certas condições e relações de polaridade e porque as leis científcas
foram compreendidas e os Conhecedores aproveitaram uma condição elétrica
particular para apressar a evolução da raça. Foi um estupendo tipo de fenômeno
elétrico que produziu as "luzes que sempre ardem", resultado do conhecimento da lei

1200
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
natural e sua adaptação à oportunidade.

Na quarta raça-raiz a adaptação da força iniciou-se de outra maneira. Ali também


aproveitaram-se o momento e a oportunidade para abrir a porta para o quinto reino,
aplicando o método de iniciação forçada. Um terceiro tipo de eletricidade
desempenhou sua parte para produzir este acontecimento, e o efeito que produziu
este fenômeno elétrico sobre os entes (sendo eles mesmos centros de energia) -
cientifcamente considerados - indica que o homem já está preparado para a cerimônia
da iniciação e disposto para transmitir energia espiritual ao mundo. Tecnicamente cada
iniciado é um transmissor de força, portanto seu trabalho é tríplice e consiste em:

1. Proporcionar um tríplice veículo capaz de oferecer a necessária resistência à


força, recebê-la e também retê-la.
2. Transmiti-la como energia ao mundo ao qual serve.
3. Armazenar certa quantidade da mesma para um duplo propósito:

a. Proporcionar uma reserva de força para casos de emergência e trabalho especial


que possam requerer os Grandes Seres.
b. Atuar como dínamos para esse grupo imediato que toda alma avançada,
discípulo e iniciado reúne a seu redor em qualquer dos planos nos três mundos.
Na quinta raça-raiz poderá ser esperado outro transcendente acontecimento, que
sucederá num futuro imediato, e se iniciou conjuntamente com a energia que culminou
oportunamente na guerra mundial. O primeiro efeito produzido ao aparecer um novo
estímulo elétrico, proveniente de centros que se encontram fora do sistema, consiste
em causar primeiramente uma destruição que conduz à revelação. O que está
aprisionado deve ser liberado. Assim acontecerá na atual raça-raiz, a quinta. Certas
forças cósmicas já estão atuando e ainda não se evidencia o pleno efeito de sua
energia. A Hierarquia aproveitará esta força entrante a fm de impelir os planos
planetários. Em todos os casos o efeito produzido pelo fenômeno é sentido em
qualquer dos reinos ademais do humano. Durante o período de individualização é
evidente que teve lugar um grandioso estímulo no reino animal, estímulo que tem
persistido e conduzido a esse fenômeno denominado "animais domésticos" e sua etapa
de inteligência relativamente elevada comparada com a dos animais selvagens. Nos
dias atlantes, a abertura da porta que conduz ao quinto reino, ou etapa de consciência
búdica, produziu um profundo efeito no reino vegetal. Dito efeito pode ser observado
nos resultados obtidos por Burbank, sendo da mesma natureza que o processo
iniciático no homem e envolvendo a rápida aquisição de uma perfeição relativa.

1201
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No transcendental e iminente acontecimento, a grande revelação que se aproxima, a
Hierarquia aproveitará novamente o momento e a energia para produzir certos
acontecimentos que terão lugar principalmente no reino humano, porém também será
observado como regeneração de força para o reino mineral. Quando a energia foi
sentida por primeira vez no reino humano, produziu essas condições causadoras da
tremenda atividade que desembocou na guerra e também da atual tensão mundial; no
reino mineral afetou alguns minerais e elementos, e apareceram as substâncias
radioativas. Esta característica (ou radioatividade) dapechblenda e demais unidades
envolvidas, constitui comparativamente um novo desenvolvimento de acordo com a lei
evolutiva e, embora latente, somente necessitou da extração do tipo de energia que já
começa a afuir na terra. Esta força começou a afuir em fns do século dezoito e não se
sente ainda seu pleno efeito, pois passarão centenas de anos antes de que desapareça.
Por seu intermédio será possível fazer certos descobrimentos, e durante sua vigência
virá a nova ordem. Os Grandes Seres que conhecem o tempo e o momento, farão que
sejam produzidos em nossa raça-raiz esses acontecimentos que se sucederam nas
terceira e quarta raças."

Estudo 391

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A Individualização e as
raças - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "b. A individualização e as raças.
Se este tratado não serve a outro propósito que...", na página 575, até "...resultado do
conhecimento da lei natural e sua adaptação à oportunidade.", no início da página 576.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul enfatiza a importância e necessidade de que aqueles
que estudam ciência e flosofa interpretem e analisem o homem e a humanidade como
fenômenos elétricos, ou seja, como efeitos da interação de energias de duas
polaridades, surgindo um terceiro elemento. Já temos na ciência uma comprovação da
veracidade dessa afrmação do Mestre, no fato de toda a atividade do cérebro ser
elétrica, na base de troca de íons no axônio, e a comunicação entre os neurônios ser
pelos neurotransmissores. Como sabemos, para a ciência a consciência se manifesta
no cérebro. Pesquisas recentes estão tentando desvendar como a consciência resulta

1202
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da ação elétrica simultânea de uma imensa quantidade de neurônios que se comunicam
entre si.

Sabemos claramente que toda combinação química é elétrica, envolvendo duas


polaridades, uma vez que os átomos se unem pelo compartilhamento de elétrons da
órbita de valência. Ora, os elétrons são de polaridade negativa, sendo os prótons do
núcleo do átomo de polaridade positiva, resultando dessa interação de polaridades a
molécula. Sabemos também que há 3 tipos de partículas portadoras de carga elétrica:

- elétron, carga elétrica negativa,


- próton, carga elétrica positiva,
- nêutron, carga elétrica neutra, ou seja, reunião de um próton com um elétron.
Quando a ciência descobrir que todos os fenômenos da natureza se enquadram nessa
interação de energias nas 3 situações de polaridades, haverá uma revolução na Terra
somente comparável à que houve na individualização, na raça lemuriana, quando foi
implantada a chispa da mente no homem, o qual saiu do estado de simples consciência
para o de autoconsciência, com a capacidade de discriminar, analisar, perceber
diferenças e raciocinar.

Este processo de analisar por meio da interação de polaridades deve ser aplicado não
somente ao homem, mas às relações entre grupos, entre planetas, entre sistemas
solares e mais além. Pelas naturezas das polaridades das energias que interagem entre
si, as quais muitas vezes são em número de três, podemos deduzir a natureza do
fenômeno resultante, o qual pode ser o comportamento de um indivíduo, de uma
nação, de uma humanidade, de um planeta, de um conjunto de planetas, até do próprio
sistema solar como um todo.

Quando a raça-raiz lemuriana, a terceira, individualizou-se, a matéria mental envolvendo


a Terra estava num tal estado elétrico, que afetou as matérias astral e física da Terra, o
que foi aproveitado e devidamente manipulado pela Hierarquia planetária da época
para implantar no homem a autoconsciência e ativar o quinto princípio, manas. Este
estado elétrico da matéria mental envolvendo a Terra foi induzido por energias
provenientes de fora do esquema terrestre, energias essas de diversas polaridades.
Essa situação elétrica provocou na matéria mental envolvendo a Terra uma tal forma
de onda que foi possível a autoconsciência no homem lemuriano. Forma de onda é uma
expressão científca que descreve como uma energia cresce do zero até um valor
máximo (pico) no sentido positivo, decai até o valor zero e em seguida cresce até um
valor máximo no sentido oposto, o negativo, e depois volta novamente ao valor zero,

1203
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
repetindo esse comportamento várias vezes por segundo, número esse que é
denominado frequência da onda de energia. A Lei de Vibração, que impera na matéria
adi, é entendida dessa forma.

Esse modo de analisar é aplicável a todos os planos ou tipos de matérias do nosso


sistema solar, ou seja, as matérias física, astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi.
Dessa forma podemos analisar a ação da Mônada sobre a Jóia no Loto (a Alma ou Ego)
através da Tríade superior. Nessa ação vemos claramente a dupla polaridade: a
Mônada (o Espírito), com sua energia de polaridade positiva e a Jóia no Loto (matéria
mental superior) de polaridade negativa (receptora). A Joia no Loto por sua vez é de
polaridade positiva para a personalidade, de polaridade negativa em relação à Joia no
Loto.

Quando dissemos acima que a Hierarquia planetária da Terra na época da


individualização manipulou o estado elétrico da matéria mental da Terra para essa
individualização, essa manipulação pode ser descrita como modulação da forma de
onda da matéria mental, ou seja, da forma pela qual a energia elétrica se desenvolvia
ao longo do tempo.

Aproveitamos para listar as sete raças-raiz do período global da Terra, ou seja, do


período em que a humanidade irá permanecer no planeta Terra:

1. 1ª raça-
Adâmica de matéria astral.
raiz
2. 2ª raça-
Hiperbórea de matéria etérica.
raiz
3. 3ª raça-
Lemuriana de matéria física densa.
raiz
4. 4ª raça-
Atlante viveu na Atlântida.
raiz
5. 5ª raça- a atual, em sua 5ª sub-raça, em vias da chegada
Ária
raiz da 6ª sub-raça.
6. 6ª raça-
por vir.
raiz
7. 7ª raça- a última, sintetizadora,
raiz por vir.
Quando acabar o período global da Terra, a humanidade (os que escaparem do
expurgo menor que antecede o grande expurgo da 5ª ronda) será transferida para o
globo cinco ou E do esquema terrestre, globo este de matéria etérica. Neste globo a

1204
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
humanidade viverá fsicamente apenas com o corpo etérico, não existindo o corpo
denso de matéria nos estados gasoso, líquido e sólido.

Estudo 392

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização e as
raças - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Na quarta raça-raiz a
adaptação da força...", no início da página 576, até "...esses acontecimentos que se
sucederam nas terceira e quarta raças.", na página 577.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul descreve a ação da força elétrica que atuou na
quarta raça-raiz, a atlante. Nesta raça a eletricidade, que o Mestre classifca de terceiro
tipo, provocou a abertura do Portal da Iniciação para a humanidade, ou seja, o ingresso
de membros do quarto reino no quinto reino, o reino espiritual, por meio de um
estímulo externo.

A eletricidade anterior, que atuou na terceira raça-raiz e produziu a individualização,


manifestou-se na matéria mental superior, permitindo a construção do Loto egoico.
Podemos deduzir então que a eletricidade do terceiro tipo, que se manifestou na raça
atlante, atuou por meio da matéria búdica, que está imediatamente acima da mental em
termos de maior sutileza e vibração. De fato, quando o homem ingressa no reino
espiritual (por ter conquistado as qualifcações necessárias), seu átomo búdico
permanente, na Tríade espiritual, já entrou na fase de atividade, respondendo então ao
estímulo dessa eletricidade do terceiro tipo e provocando resposta do Ego. Isto
também signifca uma maior atenção da Mônada no Ego. Como a lei que rege a matéria
búdica é de Controle Magnético, concluímos que esta eletricidade tem um forte poder
magnético.

Ao conquistar a iniciação, o homem tem de desenvolver em seus 3 corpos inferiores


(físico, astral e mental) a capacidade de oferecer certa resistência a essa eletricidade
búdica, para poder recebê-la e retê-la, com o objetivo de transmitir essa energia ao
mundo ao qual serve, ser reserva de força para trabalhos especiais dos Grandes Seres
e ser um centro motor para o grupo imediato que se forma a seu redor (pela sua
própria atração magnética), em qualquer dos 3 mundos (físico, astral e mental). Esta

1205
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
força ainda atua, uma vez que as Portas da iniciação ainda estão abertas para os
capacitados.

Para a atual raça-raiz, a quinta, um outro tipo de força elétrica, proveniente de um


centro fora do sistema solar, já começou a atuar. Seu primeiro efeito foi destruir o que
impede a revelação do que está oculto e assim culminou na última guerra mundial. Essa
força ainda não atingiu sua potência máxima. Ela começou em fns do século XVIII e,
além de ter provocado a última guerra mundial, estimulou fortemente o reino mineral,
fazendo aparecerem as substâncias radioativas e dando origem ao uso da energia
atômica.

Mas o acontecimento maior em relação à humanidade ainda está por ocorrer. Por
dedução, como a eletricidade da raça atlante, a quarta, atuou pela matéria búdica, essa
eletricidade da quinta raça-raiz deverá atuar pela matéria átmica, imediatamente acima
da búdica. A lei que rege a matéria átmica é a de Desintegração, que está fortemente
vinculada com à matéria física, regida pela Lei de Sacrifício e de Morte. Assim,
podemos concluir que o grande evento por vir terá caráter de destruição, para que
possa surgir o novo e melhor. A Hierarquia planetária está atenta, para agir no
momento certo.

Essa forças elétricas não atuam somente no reino humano, mas em qualquer outro
reino. Na terceira raça-raiz, a lemuriana, o reino animal foi estimulado, dando origem
aos animais domésticos, com inteligência relativamente maior que a dos animais
selvagens.

Na quarta raça-raiz, a atlante, o reino vegetal também foi estimulado, resultando na


rápida aquisição de uma perfeição relativa, o que equivaleu a uma iniciação para o
reino humano. Conforme o Mestre diz, isto pode ser observado pelos resultados
obtidos por Burbank.

Estudo 393

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Métodos de
individualização - Páginas 577, 578 e 579.

"c. Métodos de individualizção. Temos visto já que o método característico de

1206
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
individualização neste sistema solar é o resultado da força que emana do plano mental
cósmico, impelindo à atividade esses entes cuja função consiste em formar o corpo
egoico, construindo-o com sua própria substância vivente no plano mental e, por meio
de suas próprias qualidade e natureza, dotam os entes humanos do plano físico com a
faculdade de autoconsciência, produzindo assim o Homem. Seu trabalho consiste em
energizar as unidades mentais dos homens, em coordená-las por meio da força que
elas personifcam e em energizar os corpos do tríplice homem inferior para que no seu
devido tempo possam expressar inteligentemente a vontade e o propósito do Pensador
imanente. Levando a cabo esta função, no caso da família humana, são produzidas
certas condições nos planetas e no sistema.

Os corpos denso e etérico do Logos e dos Logos planetários fundem-se,


proporcionando assim um coerente veículo de expressão para ditas Entidades
cósmicas.

Quando o ser humano obtém a autoconsciência chega a sua consumação a plena


consciência do Logos envolvido. É o momento da frutifcação e (desde certo ponto de
vista esotérico) marca a realização do Septenário perfeito. Os três reinos involutivos ou
elementais, e os três subhumanos acham seu sétimo princípio no quarto reino da
natureza 3 + 4 = 7. Quando a vida de Deus tenha circulado através dos sete reinos, é
adquirida a plena autoconsciência, desde um ponto de vista relativo, e o Filho está por
alcançar a realização. Então esta perfeição relativa deve ser lograda também em outras
etapas, nas quais a autoconsciência separada das Entidades implicadas (humanas ou
planetárias) deve eventualmente fundir-se com a consciência universal.

Também são estimulados certos centros nos corpos logoico e planetário e os Raios (se
é possível expressar-se assim) se fazem radioativos. Esta radiação trará
oportunamente à atividade grupal consciente que leva à interação planetária que, de
acordo com a Lei de Atração e Repulsão, trará uma eventual síntese.

Em níveis cósmicos ou fora do sistema, o processo de individualização produz a


atividade correspondente no corpo egoico do Logos, por isso se acrescenta a vibração
nesse centro do corpo dAQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO, e que nosso
Logos representa. Produz também uma reação ou "reconhecimento oculto" no
protótipo do Septenário, os sete Rishis da Ursa Maior, e esta reação em círculos
cósmicos persistirá até o fm do Mahamanvantara, quando o Logos se libere (embora
momentaneamente) da existência no plano físico.

Isto também produz uma liberação cíclica de força desde o plano mental cósmico. Na

1207
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atual ronda, a quarta, a força máxima deste ciclo foi sentida na terceira raça-raiz. Na
próxima ronda e na quarta raça-raiz, durante um período muito breve, um novo ciclo
alcançará seu zênite e voltará a se abrir a porta da individualização a fm de permitir a
entrada de certos Egos muito avançados que tratarão de encarnar para realizar um
trabalho especial. Esta ronda não proporcionará corpos adequados à sua necessidade.
A próxima poderá fazê-lo se os planos forem levados a cabo como foram projetados.
Neste caso, os Manasadevas correspondentes não individualizarão homens animais
com na ronda anterior, mas estimularão o germe mental nesses membros da atual
família humana, que como diz H. P. B., embora aparentemente sejam homens, não
possuem a chispa da mente. (36) Nos próximos setecentos anos, estas raças
aborígenes inferiores praticamente morrerão e - nesta ronda - não reencarnarão,
sendo por isso rechaçadas. Na ronda seguinte a oportunidade voltará a se apresentar
e os Manasadevas reiniciarão o trabalho de formar núcleos individualistas para o
desenvolvimento da autoconsciência. Os Egos que esperam a oportunidade
logicamente não entrarão até que o tipo humano dessa era esteja sufcientemente
refnado para seu propósito. Sua tarefa consiste em desenvolver a sexta pétala do Loto
egoico logoico, sendo de tal natureza que apenas podemos imaginá-la. Encontram-se
na linha dos Budas de Atividade, os quais se liberaram para o atual mahamanvantara,
enquanto que os Egos já mencionados têm todavia algo que evoluir. Poderão "entrar"
só em meados da quinta ronda e constituem um grupo de iniciados que detiveram sua
própria evolução (falando tecnicamente) a fm de realizar um trabalho especial no
planeta Vulcano; portanto deverão voltar para continuar e terminar aquilo que fcou
sem realizar. Dados os resultados de sua experiência em Vulcano, o veículo físico
deverá ser de tal qualidade que nestes momentos e na atual ronda produziriam um
desastre se encarnassem."

(36) Estes são os Vedas do Ceilão (atual Sri Lanka), os Bosquimanos da Austrália e
alguns exemplares das raças africanas mais inferiores. D. S. III, 196 - 197, 279, 402 -
403.

Estudo 394

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Métodos de
individualização - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "c. Métodos de

1208
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
individualização . Temos visto já...", na página 577, até " ...deve eventualmente fundir-se
com a consciência universal.", na página 578.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul deixa bem clara a infuência da energia que é
emanada da matéria mental cósmica constituinte do Loto egoico do nosso Logos solar,
por ação de uma energia proveniente da Mônada logoica, a qual, por sua vez, é
infuenciada por energias provenientes de Seres cósmicos ligados ao nosso Logos
solar, dentro do corpo do nosso Logos cósmico, AQUELE DO QUAL NADA PODE SER
DITO e do QUAL nosso Logos solar é um centro, o centro cardíaco.

Essa energia proveniente da matéria mental cósmica, trabalhada pelas energias acima
citadas, impele os Anjos solares para sua atividade na matéria mental (a gasosa
cósmica), construindo com seus próprios corpos de matéria mental os Lotos egoicos
dos seres humanos, lotos egoicos esses que permitem que o homem encarnado em
corpo físico tenha autoconsciência em seu cérebro físico. Essa aquisição de
autoconsciência por parte dos seres humanos encarnados é consequência das
propriedades da matéria mental dos corpos dos Anjos solares, com os quais Eles
constroem os Lotos egoicos. Essas propriedades são específcas da matéria mental
dos corpos mentais dos Anjos solares, propriedades essas impostas pelas Mônadas
dos Anjos solares, pois Eles estão mais adiantados que as Mônadas humanas, tendo
conquistado esse avanço no sistema solar anterior.

Os Anjos solares são em três grupos, sendo que um grupo atua sobre as unidades
mentais dos seres humanos e a partir daí energizam os três corpos inferiores dos
seres humanos: mental inferior, astral e físico.

Nessa tarefa de infuenciar os três corpos inferiores humanos, sob a orientação do


grupo mais elevado de Anjos solares, esses três corpos são trabalhados para que
expressem em algum momento a vontade e o propósito do Pensador imanente, o Ego
(a Jóia no loto), expressão do verdadeiro Pensador imanente, a Mônada. Nessa tarefa o
próprio Ego também é trabalhado nesse sentido, para que ele possa aprender a lidar e
dominar as matérias inferiores.

Essa capacidade de os Egos expressarem sua vontade e seu propósito por meio de
seus três corpos inferiores, quando consideramos toda a família humana, ou seja, todo
o conjunto de Egos humanos, produz condições especiais na matéria mental do nosso
esquema planetário, que permitem com que o nosso Logos planetário adquira plena
consciência de seu corpo denso (constituído pelas matérias mental, astral e física) do

1209
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nosso esquema. É quando efetivamente o Logos planetário toma posse de Seu corpo
denso, pelo funcionamento conjunto dos Seus corpos etérico (de matéria búdica) e
denso (de matérias mental, astral e física). O mesmo acontece com o Logos solar,
quando consideramos todas as Mônadas humanas individualizadas dentro do sistema
solar.

É a realização do Septenário perfeito, como diz o Mestre, uma vez que o reino humano
é a síntese dos outros seis reinos: os três elementais ou involutivos e os três sub-
humanos (mineral, vegetal e animal), os quais formam com o reino humano o
Septenário, sendo no reino humano que esses reinos inferiores encontram seu sétimo
princípio, atma, pois o homem é o encontro da Mônada (atma) com a matéria.

Sabemos que as Tríades inferiores das Mônadas humanas passaram pelos três reinos
elementais (nas matérias mental superior, mental inferior e astral) e pelos reinos
mineral, vegetal e animal, antes da individualização

.A aquisição da plena autoconsciência por qualquer entidade, seja homem, seja um


Logos planetário, seja um Logos solar, signifca conquistar a realização, a qual, todavia
é relativa, porque uma realização mais elevada tem de ser realizada, pela qual a
autoconsciência individual funde-se com uma autoconsciência maior; no caso do
homem é a fusão com a autoconsciência do Logos planetário, no caso do Logos
planetário é a fusão com a autoconsciência do Logos solar e no caso do Logos solar é a
fusão com a autoconsciência do Logos cósmico.

Portanto, as realizações são etapas e conquistas cada vez mais elevadas e maiores.

Estudo 395

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Métodos de
individualização - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Também são
estimulados certos centros nos corpos logoico e planetário...", na página 578, até "...
(embora momentaneamente) da existência no plano físico.", na página 578.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz neste trecho que quando Mônadas adquirem autoconsciência
nos planos ou mundos inferiores (físico, astral e mental), no processo de

1210
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
individualização, ocorre estimulação de alguns centros (chacras) nos corpos físicos do
Logos solar e dos Logos planetários, chacras esses feitos de matéria búdica (quarto
éter cósmico). Com esse estímulo os chacras aumentam sua ação exterior, emitindo
mais energias, ou seja, tornam-se radioativos, afetando todo o sistema solar e o
próprio esquema planetário particularmente, uma vez que cada Logos planetário
sagrado (que é um chacra sagrado no corpo físico cósmico do Logos solar) atua em
todas as vidas em evolução em seu esquema planetário, que é Seu corpo físico
cósmico. Embora nosso Logos planetário não seja um Logos sagrado, todavia Ele está
vinculado ao centro laríngeo do nosso Logos solar, centro esse que é o Logos do
esquema de Saturno. Assim todos os esquemas são benefciados por essa ação
radioativa.

Esta ação radioativa é de tal natureza que incentiva a união que leva à atividade grupal.
Esta união se dá em nível individual, entre as Mônadas e reinos em evolução no
esquema planetário, como também entre os esquemas planetários (conjuntos de
Mônadas). Assim desenvolve-se dentro do sistema solar uma mais forte atividade
grupal, quando consideramos o conjunto de esquemas e de Logos planetários. Isto na
realidade é um início de síntese, que conduz à perfeição. Tudo isto porque a meta do
nosso Logos solar para este atual sistema solar é desenvolver e aperfeiçoar ao máximo
o Amor-Sabedoria-Razão Pura (Budi), que é regido pela Lei de Atração e Repulsão. A
síntese maior é conseguida pela ação da Vontade (Atma).

Essa estimulação dos centros ou chacras do nosso Logos planetário resultante do


processo de individualização de Mônadas, ao produzir uma mais forte atividade grupal
dentro do sistema solar como um todo, resulta em uma estimulação do corpo físico
cósmico (o sistema solar como um todo) como centro ou chacra cardíaco dentro do
corpo cósmico do Logos cósmico, AQUELE DO QUAL NADA PODE SER DITO, tornando-
se também radioativo esse centro e afetando outros centros dentro do corpo cósmico
do Logos cósmico.

Essa radioatividade desse centro cardíaco atua nos sete Rishis da Ursa Maior (cujos
corpos físicos são as estrelas Dhube, Merak, Phekda, Megres, Alioth, Mizar e
Benetnash, respectivamente as estrelas alfa, beta, gama, delta, épsilon, dzeta e eta da
Ursa Maior), Rishis esses que constituem os sete centros da cabeça no corpo do Logos
cósmico e vinculados com os Logos planetários sagrados do nosso Logos solar, através
das sete Plêiades, chamadas as sete esposas. Esses sete Rishis são denominados o
protótipo do Septenário, porque são sete.

1211
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Esses sete Rishis sentem essa infuência ou vibração e reagem a ela, enviando uma
resposta que por sua vez atinge o nosso Logos solar, provocando nEle uma nova
reação, que estimula a Sua evolução, reação essa que afeta todos os Logos planetários
do nosso sistema solar, chegando a todas as vidas em evolução em Seus esquemas
planetários, inclusive chegando até nós, Mônadas humanas. A resposta e
conscientização a essa reação proveniente do nosso Logos solar por via do nosso
Logos planetário depende de dois fatores: o nível evolutivo do nosso Logos planetário
e de cada ser humano. Uns poucos, muito poucos, seres humanos captarão essa
energia, terão plena consciência dela e acelerarão intensamente sua evolução
aproveitando essa energia.

Essa atuação dos sete Rishis da Ursa Maior persistirá até o fm do nosso sistema solar,
o fm do atual Mahamanvantara, quando ocorrerá o desenlace cósmico, a morte física
cósmica, do nosso Logos solar, para um intervalo, um pralaia cósmico, devendo voltar a
encarnar fsicamente, ou seja, a construir um novo sistema solar, para prosseguir Sua
evolução cósmica, quando desenvolverá e aperfeiçoará Sua Vontade e Seu Poder
(Atma).

Por tudo o que foi dito acima, percebemos claramente que tudo o que ocorre num
esquema planetário afeta todo o sistema solar e o corpo do Logos cósmico. Podemos
ter uma idéia do que acontecerá de grandioso, quando todas as Mônadas do nosso
esquema planetário estiverem perfeitamente unidas, no processo de fusão que
ocorrerá futuramente no plano ou mundo monádico. Teremos uma vaga ideia da Glória
e da Vida muitíssimo mais elevada e intensa, que é penetrar autoconscientemente na
Autoconsciência do nosso Logos planetário e do nosso Logos solar.

Estudo 396

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Métodos de
individualização - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Isto também produz
uma liberação cíclica de força...", na página 578, até "...na atual ronda produziriam um
desastre se encarnassem.", na página 579.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul diz que a individualização, ou seja, a aquisição de

1212
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
autoconsciência nos três mundos inferiores (físico, astral e mental) pelas Mônadas
humanas produz uma liberação cíclica de força desde o plano ou mundo mental. Isto
tem a mais perfeita lógica, quando analisamos o fenômeno elétrico da individualização.

Se a aquisição de autoconsciência pelas Mônadas humanas nos três mundos inferiores


aumenta a autoconsciência do nosso Logos solar em Seu corpo mental cósmico, o Loto
Egoico solar, elevando o Seu dinamismo e ao mesmo tempo provoca reações em outros
Seres cósmicos, como vimos no estudo anterior (os sete Rishis da Ursa Maior), é
natural e evidente que essa intensifcação energética na matéria mental cósmica no
Loto Egoico solar afete os Seus corpos cósmicos astral e físico, que estão conectados
com o Loto Egoico solar por meio do similar ao nosso sutratma.

A nossa matéria mental (o nosso plano mental) é o gasoso cósmico. Assim como
nossos estados interiores como Egos ou Almas afetam nossos corpos físicos, além de
afetar nossos corpos mentais inferiores e astrais, da mesma forma uma alteração
ocorrida no Loto Egoico solar, como é a expansão da autoconsciência do nosso Logos
solar, provoca emissão de energias tendentes a estimular a expansão de
autoconsciência nos Egos humanos, residentes no nosso plano mental superior ou
causal. Esta emissão de energia afeta todos os reinos e não apenas o humano. De fato,
considerando que os reinos mineral, vegetal e animal possuem Tríades inferiores
ligadas a Mônadas humanas, as quais, embora ainda não individualizadas, estão a
caminho da individualização e exercem uma atividade, embora pequena, no plano
mental ou matéria mental, é natural e lógico que esses reinos sejam também afetados
por essa energização da matéria mental proveniente do Loto Egoico solar por via das
Tríades inferiores.

Essa liberação de energia é cíclica porque o nosso Logos solar tem de levar em
consideração a evolução dos Logos planetários, para o que Ele tem um planejamento.
Os Logos planetários também levam em consideração a evolução das Mônadas
humanas sob Sua guarda. A energia emanada pelo Loto Egoico solar chega até as
Mônadas humanas por via dos respectivos Logos planetários.

Por isso, o efeito da atuação dessa energia do Logos solar no nosso planeta varia para
cada raça-raiz. Assim, na terceira raça-raiz da atual ronda (a quarta) do nosso esquema
planetário, o terrestre, o efeito foi a individualização do homem lemuriano, o que deu
início efetivo à família humana no nosso planeta. Na raça atlante o efeito foi abrir as
postas da Iniciação para o reino humano, o que foi feito pelo Senhor Cristo (o Senhor
Maitreya), o primeiro ser humano efetivamente da Terra a conquistar a Iniciação (a

1213
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
primeira planetária). Lembramos que o Senhor Cristo se individualizou na raça
lemuriana, diferentemente dos Egos provenientes da cadeia lunar, que só ingressaram
no planeta na raça atlante. Por isto o Senhor Cristo ou Maitreya é considerado um
fenômeno de velocidade de evolução, não existindo ninguém que o tenha superado
nessa velocidade de evolução em todo o sistema solar. Por isso Ele chamou a atenção
do próprio Logos solar e conquistou o direito de entrar em contato com um Ser
cósmico de Sirius, chamado Avatar da Paz e atualmente está em contato com outro
Avatar cósmico, o Avatar da Síntese, na linha do primeiro Raio, o raio da Vontade ou
Atma.

O Efeito dessa energia do Logos solar na nossa quinta raça-raiz será diferente, mas
uma coisa é certa, esse efeito terá uma parte de destruição, uma vez que é necessário
destruir para que o novo seja revelado, porque atualmente o que está em vigor na atual
humanidade encarnada impede que o novo se manifeste, o que se comprova pelo
fanatismo e pela cegueira imperante na concepção que a grande maioria da
humanidade tem de Deus.

Na próxima ronda, a quinta (a ronda de Manas), quando a humanidade estiver


novamente no planeta Terra, após uma rápida passagem pelos globos 1 ou A, 2 ou B e
3 ou C, essa energia agirá na quarta raça-raiz permitindo a individualização de
Mônadas humanas, porém num nível bem mais elevado do que o da raça lemuriana. O
processo de individualização será diferente.

Conforme o Mestre diz, as Mônadas dessas etnias que estão sendo extintas
naturalmente na atualidade não mais encarnarão nesta ronda, mas somente na próxima
ronda voltarão a encarnar e serão as primeiras, passando pelas três primeiras raças-
raiz e se individualizarão na quarta raça-raiz, abrindo as portas para os demais
membros da humanidade, cujos Egos fcarão aguardando a oportunidade de corpos
mais refnados.
A técnica de individualização será por estímulo do germe da mente até ser conquistada
a autoconsciência, sendo dada ênfase à Vontade. Será um ensaio da técnica que será
empregada no próximo sistema solar, o sistema da Vontade ou Atma.

A expressão usada pelo Mestre: "rechaçados", signifca que eles serão separados da
atual humanidade para sua própria proteção, para não serem prejudicados em sua
evolução por essa humanidade que tanto mal lhes tem feito, ao mesmo tempo que o
que está previsto para as sexta e sétima raças-raiz não será útil para eles, dado o
elevado nível planejado (desenvolver Budi através de Manas).

1214
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É muito interessante a citação pelo Mestre de um grupo de Egos muito avançados
(iniciados), os quais deverão encarnar na próxima ronda para executar um trabalho
especial, que, pelas palavras do Mestre, deduz-se que está relacionado com o
desenvolvimento de Budi junto à humanidade que encarnará aqui na Terra na próxima
ronda, uma vez que esses Egos avançados trabalham atualmente na sexta pétala do
Loto egoico logoico, pétala de Budi.

O trabalho que eles realizaram no planeta Vulcano fez com que eles avançassem muito.
Como o esquema de Vulcano é o chacra coronário no corpo do nosso Logos solar,
sendo portanto o Logos de Vulcano o regente do primeiro Raio, conclui-se que eles
estão na linha do primeiro Raio de Vontade. De fato eles pararam um pouco sua
evolução em relação à Terra, pertencente a seu esquema de evolução normal, para
realizarem esse trabalho no planeta Vulcano.

Pela natureza de seu trabalho eles estão na linha dos Budas de Atividade, mas devem
continuar sua evolução aqui na Terra, porque ainda lhes falta o que desenvolver.

Considerando seu elevado nível de evolução, o trabalho que realizam na sexta pétala
do Loto egoico logoico e e qualifcação adquirida no trabalho efetuado por eles no
planeta Vulcano, qualifcação essa que deve ter estimulado fortemente neles o primeiro
Raio de Vontade e Poder, pois Vulcano é o regente do primeiro Raio de Vontade e
Poder, eles não podem encarnar agora, por três motivos.

Primeiro - Não está disponível na atual humanidade corpos físicos para que eles
encarnem, dado o elevado grau de refnamento que eles exigem.

Segundo - Não seriam entendidos pela atual humanidade, muito distante deles em
termos de evolução. Uns poucos, muito poucos (em quantidade desprezível)
compreendê-los-iam, mas, pela quantidade, não seria compensadora a encarnação
deles no momento.

Terceiro - Considerando a qualidade dos corpos físicos disponíveis atualmente, o


nível evolutivo da atual humanidade e a característica de primeiro Raio de Vontade e
Poder desses Egos avançados, o efeito da encarnação deles no momento seria um
desastre, dado o alto poder destruidor do primeiro Raio, quando não encontra corpo
adequado e preparado, como também um meio apropriado para atuar.
Já na próxima ronda, após o refnamento conseguido ao longo das sub-raças da quarta
raça-raiz, talvez na quinta raça-raiz, eles encontrarão corpos físicos refnados para
encarnarem e realizarem o trabalho especial que está sendo aguardado, prosseguirem

1215
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sua evolução e obterem a liberação.

As Mônadas, cujas etnias estão sendo extintas atualmente no fnal da quinta raça-raiz,
estão encarregadas de dar início na próxima ronda ao processo de geração de corpos
físicos, que irão atender não só a eles próprios, como também a esses Egos avançados
e aos atuais Egos da família humana, considerando família humana não só a atual
humanidade encarnada como a desencarnada, todavia devemos levar em conta que da
atual família humana muitos serão expurgados no atual período da Terra e não
chegarão na quinta ronda. O expurgo maior e fnal será na metade da quinta ronda, no
chamado Dia do Juízo.

Estudo 397

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - c. Métodos de individualização - Continuação - páginas 579 e 580.

"Na individualização da próxima ronda serão observados indícios do terceiro método -


o do próximo sistema. Tal método tem sido descrito como de "abstração oculta".
Relacionar-se-á com a extração da vitalidade latente no tipo mais inferior dos seres
humanos que existam nessa época (mediante o conhecimento da constituição etérica
do corpo) e temporariamente será aplicado neles o fogo latente a fm de acrescentar a
atividade do germe ou chispa mental, efetuando-se pela ação dinâmica da vontade.
Esta fraseologia parecerá incompreensível e quase sem sentido se for considerada em
termos de consciência e de espiritualidade, porém quando o estudante analisa o
fenômeno em termos do plano físico cósmico e desde o ponto de vista dos subplanos
gasoso e etérico, então verá que em todos estes fogos septenários existe sempre em
realidade o fogo da matéria e que essas diversifcações sétuplas dos fenômenos
elétricos podem afetar-se reciprocamente.

Durante o mahamanvantara podem ser observados os três métodos de


individualização empregados em nosso esquema planetário em:

a.A cadeia lunar, foi empregado o método da evolução gradual da autoconsciência


por lei natural.
b. A cadeia terrestre, é empregado o método de lograr a autoconsciência com a
ajuda de agentes externos. Método característico deste sistema.

1216
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
c.As próximas ronda e cadeia, serão empregados em forma embrionária o método de
abstração pelo poder da vontade.
Tenho considerado-os desde o ponto de vista de nosso próprio esquema. Em todos os
esquemas em que se encontra o homem, num período ou outro, haverá contato com
estes três métodos, os quais assinalam o controle gradual que exerce o Logos nos
níveis cósmicos de Sua tríplice natureza inferior. No primeiro, a analogia reside na
consciência latente da matéria e atua pela Lei de Economia. Tem a ver principalmente
com a Autoconsciência do Logos em Seu corpo físico denso e Sua polarização dentro
do mesmo. Igualmente pode ser dito do Homem celestial; o mistério do mal reside
parcialmente na disposição de certas entidades cósmicas (particularmente nosso
Logos planetário na cadeia lunar) para continuar polarizadas no corpo físico etérico
depois de ter dominado, por suposto, o aspecto matéria ou obtido o controle do
terceiro Fogo num sistema anterior. Eis aqui outro indício para o estudante inteligente
com respeito ao mal atual neste planeta.

A segunda analogia concerne à latente "consciência de desejo" e atua sob a Lei de


Atração, lei deste sistema que se refere à capacidade do Logos para "amar
sabiamente", no sentido oculto do termo; tem relação com a polarização do Logos em
Seu corpo astral e produz o fenômeno chamado "atividade sexual" em todos os planos
do sistema. No sistema anterior a emancipação se efetuou por meio da faculdade de
discriminação, embora esta palavra, tal como é empregada hoje, só explica vagamente
o processo operado no sistema naqueles dias. A força engendrada durante dito
processo iniciou essa vibração que persiste hoje na matéria. Evidencia-o o átomo da
substância por sua inteligência ativa e seletiva capacidade discriminadora. Em nosso
sistema, a emancipação terá lugar por meio da cessação da paixão no sentido
esotérico; isto deixará também sua impressão na matéria, colorindo-a de tal maneira
que no terceiro sistema a substância primordial possuirá uma segunda qualidade. No
próximo sistema o método do desapego por meio da abstração será o que mais se
assemelhará ao processo de liberação, porém é inútil que o homem especule sobre ele,
pois sua mente não pode concebê-lo."

Estudo 398

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Métodos de

1217
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
individualização - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Na individualização
da próxima ronda serão observados indícios...", até "...dos fenômenos elétricos podem
afetar-se reciprocamente.", na página 579.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá valiosas informações sobre o processo de


individualização no próximo sistema solar e na próxima ronda. Analisemos
cuidadosamente as palavras do Mestre.

Percebemos de imediato cinco expressões chaves:

1. abstração oculta;
2. extração da vitalidade latente;
3. aplicará o fogo latente para aumentar a atividade da chispa da mente;
4. pela ação dinâmica da vontade;
5. o fogo elétrico de um plano afeta o do plano contíguo reciprocamente.

1. Abstração oculta - Esta expressão é bem clara, signifcando extrair algo de


dentro de alguma coisa ocultamente, no nosso caso o homem de mais baixo nível
evolutivo.

2. Extração da vitalidade latente - Em se tratando do homem, extrair a vitalidade


latente não signifca tirar a sua vitalidade oculta, o que seria desvitalizá-lo, mas
fazer com que a sua vitalidade escondida se torne ativa e visível, o que irá
aumentar a atividade do corpo físico. Ora, sabemos que o corpo físico é refexo do
corpo mental, bastando atentar para o fato de o corpo causal ter matéria de três
subplanos mentais (atômico, subatômico e o terceiro), que se refetem no corpo
denso nos estados físicos sólido, líquido e gasoso; já o corpo mental inferior, com
matéria de quatro subplanos mentais (quarto, quinto, sexto e sétimo) se refetem
no corpo etérico nos éteres quarto, terceiro, segundo e primeiro. Assim as
atividades desses quatro corpos se infuenciam reciprocamente.

3. Aplicará o fogo latente para aumentar a atividade da chispa da mente - Neste


caso o fogo latente aplicado é o fogo elétrico, uma vez que o fogo da matéria
utilizado na atividade cerebral é o fogo elétrico. Sabemos que o instinto animal é
uma mente rudimentar, portanto a chispa da mente. Assim o fogo elétrico aplicado
temporariamente, além de incrementar a atividade cerebral, irá aumentar a

1218
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atividade do fogo ativo, o que contribuirá para aumentar a atividade cerebral e
portanto da mente.

4. Pela ação dinâmica da vontade - Signifca que quem for trabalhar com o homem
primitivo estimulando-o para a individualização, atuará sobre a vitalidade latente
dele e aplicará o fogo elétrico usando o poder da própria vontade. Quando cessar a
aplicação do fogo elétrico, a vontade estimulada do homem a ser individualizado
continuará o processo de dinamização.

5. O fogo elétrico de um plano afeta o do plano contíguo reciprocamente - Vimos


que o estímulo do fogo elétrico do corpo físico incrementa a atividade cerebral,
elevando o instinto animal ao nível da mente. Por outro lado, sabemos que o corpo
físico é refexo do corpo mental e os dois se interferem reciprocamente. Assim o
aumento da atividade cerebral provoca um aumento de atividade na matéria causal
contida no entorno do átomo mental permanente e também estimula este átomo;
simultaneamente o corpo etérico estimulado provoca um aumento de atividade no
corpo mental inferior e na unidade mental.
Toda essa atividade da matéria mental pertencente ao homem a ser individualizado
interfere na matéria búdica no entorno do átomo búdico permanente dele, embora a
quantidade dela seja muito pequena. Essa interferência, quando atinge um grau de
intensidade bem defnido (o que varia segundo o nível de evolução da Mônada) chama
a atenção da Mônada, a qual dedica a sua atenção para a unidade mental da sua Tríade
inferior. Nessa ocasião a segunda Hierarquia dévica criadora (os Construtores divinos -
conferem a Alma - ardentes flhos do desejo - trabalham no plano monádico está
estimulando a Mônada para o contato mais íntimo com a matéria dos mundos
inferiores.

Aí então o fogo elétrico da Mônada faz contato com o fogo elétrico da unidade mental,
fogo esse de polaridade negativa em relação ao da Mônada e é fogo da matéria. Desse
contato surge a Luz, o Ego, o fogo solar.

O homem então está pronto para o trabalho de construção do Logo Egoico pelos Anjos
solares.

A avaliação do nível de evolução do homem a ser individualizado é feita pela análise do


seu corpo etérico.

1219
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 399

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. Métodos de
individualização - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo " Durante o
mahamanvantara podem ser observados...", na página 579, até "...que o homem
especule sobre ele pois sua mente não pode concebê-lo.", na página 580.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul tece comentários sobre os três métodos de
individualização das Mônadas humanas (a aquisição de autoconsciência nos três
mundos inferiores: mental, astral e físico) no nosso esquema planetário, durante o
atual sistema solar, a encarnação física cósmica do nosso Logos solar.

A individualização ocorre em todos os esquemas planetários do nosso sistema solar


onde se encontre o homem, obedecendo a um dos três métodos, conforme seja o
controle gradual exercido pelo Logos planetário nos níveis cósmicos de Sua tríplice
natureza inferior, ou seja, o controle do Ego logoico sobre Seus corpos cósmicos
mental inferior, astral e físico, os quais constituem em conjunto Sua Personalidade.

O método utilizado no sistema solar anterior e que também foi empregado na cadeia
lunar, a anterior, do nosso esquema planetário, foi o de evolução gradual da
consciência até se transformar em autoconsciência, seguindo a Lei de Economia,a lei
da matéria.

Este método está relacionado principalmente com o grau de Autoconsciência do Logos


solar em Seu corpo físico denso (as partes constituídas pelas matérias mental (gasosa
cósmica), astral (líquida cósmica) e física (sólida cósmica) e Sua polarização dentro do
mesmo, ou seja, a intensidade com que vive Sua vida física densa, o que indica Seu
apego às coisas materiais cósmicas. O mesmo pode ser dito do Logos planetário. O
Mestre aí dá uma forte indicação sobre o mal atual no nosso planeta, aTerra.

A explicação para o mal planetário está parcialmente na disposição do Logos planetário


em continuar polarizado em Seu corpo físico etérico (em particular a matéria búdica, o
quarto éter cósmico), depois de ter dominado o aspecto matéria e obtido o controle do
terceiro Fogo (o Fogo por fricção) num sistema solar anterior. Em particular isto
aconteceu com o nosso Logos planetário na cadeia lunar, a anterior à atual, quando
ocorreu a catástrofe da cadeia lunar, na qual o nosso Logos planetário Se viu obrigado

1220
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a destruir a cadeia antes do prazo previsto, na sétima ronda.

Estamos passando pelas consequências do que aconteceu no fnal da cadeia lunar,


quando o nosso Logos planetário apiedou-se pela Entidade planetária a Ele ligada e que
estava no ciclo de descida para o mais denso. Indevidamente dedicou Sua atenção a
esta entidade e isto fez com que Ela se enfocasse na humanidade lunar. Como esta
entidade estava vivenciando as vibrações mais grosseiras dos reinos inferiores ao
humano, Ela estimulou na humanidade lunar o que de mais baixo existia nela, levando-a
a um grau de depravação impossível de ser corrigido pelos meios normais, só restando
destruir toda a cadeia, para construir uma nova. O próprio Logos solar teve de intervir
diretamente no caso. Estes fatos estão registrados nos arquivos akáshicos.

O Mestre informou esses fatos para a atual humanidade e se Ele fez isto, é porque
objetivou que o maior número possível de pessoas lesse o que Ele relata no Tratado
sobre Fogo Cósmico, procurasse entender e se esforçasse para adquirir o
conhecimento autêntico (o verdadeiramente esotérico), a fm de escapar das
infuências negativas oriundas da catástrofe da cadeia lunar e assim colaborar com o
Propósito do nosso Logos planetário para a atual quarta cadeia. Isto requer o uso e
desenvolvimento intensos da mente (no quinto raio), a meta da atual quinta raça-raiz,
para posteriormente ser desenvolvido Budi, o princípio crístico, através de uma mente
aperfeiçoada.

Neste primeiro método, utilizado no sistema solar anterior e na cadeia lunar, a


faculdade empregada foi a de discriminação, embora existam outros detalhes que este
vocábulo como é empregado atualmente não consegue explicitar. Essas palavras do
Mestre sugerem que a meditação em entender a palavra discriminação esotericamente
e em toda a sua profundidade e abrangência, produzirá muitos esclarecimentos a
respeito do processo empregado no sistema solar anterior, o sistema de Manas. A
vibração da energia provocadora da discriminação do sistema solar anterior persiste
atualmente na matéria, o que é comprovado pela inteligência ativa e pela capacidade
seletiva discriminadora do átomo, o que é expresso cientifcamente pela afnidade
química dos elementos químicos.

O segundo método, característico do atual sistema solar, é o de conseguir a


autoconsciência com a ajuda de fora. Como o nosso Logos solar atualmente está
polarizado em Seu corpo astral cósmico, esse segundo método baseia-se na latente
"consciência do desejo", sob a Lei de Atração, que se expressa na capacidade do Logos
para "amar sabiamente", no sentido oculto da palavra, ou seja, o verdadeiro amor. Isto

1221
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
produz a chamada "atividade sexual" em todos os planos ou matérias, ou seja, a
atração entre polos opostos. A atividade sexual física não pode ser tomada ao pé da
letra no esforço para entender o fenômeno "atividade sexual" nos mundos elevados.

No atual sistema solar a emancipação (a individualização ou a emancipação do reino


animal) ocorrerá por meio da cessação da paixão no sentido esotérico. Isto signifca a
transformação do desejo em pensamento. Este processo deixará também sua marca
na matéria, qualifcando-a de tal maneira que no próximo sistema solar a substância
primordial (a matéria adi) possuirá uma segunda qualidade, além da discriminação.

O terceiro método, a ser empregado no próximo sistema solar, será o de abstração por
meio da vontade. Será utilizado nas próximas ronda e cadeia terrestres, de forma
embrionária. Embora o Mestre diga que é inútil que o homem especule sobre ele,
todavia Ele está se referindo ao homem comum, mas aqueles que já estão na linha da
Vontade podem refetir e meditar sobre este método, usando a mente bem
desenvolvida.

Estudo 400

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, Sua natureza e trabalho - Páginas 580, 581 e 582.

"d. Os Avatares. Sua natureza e trabalho. Na exposição precedente temos vinculado o


fenômeno da individualização com a apropriação, por parte do Logos ou um Logos
planetário, de Seu veículo físico e de Sua existência autoconsciente por intermédio do
corpo físico. Aqui poderíamos elucidar um tema muito difícil e misterioso - o dos
AVATARES, e embora não poderemos tratá-lo em toda sua magnitude, porque é um dos
mistérios mais ocultos e secretos, talvez possamos arrojar alguma luz sobre ele.

Com o fm de obter claridade e elucidar um tópico extremamente difícil sobretudo para


a mente ocidental (tendo em conta o fato de que não chegou todavia a compreender
racionalmente a reencarnação) seria conveniente dividir em cinco grupos os diferentes
tipos de avatares, tendo em conta que cada avatar é um Raio emanado de uma fonte
puramente espiritual, e só uma entidade autoconsciente adquire o direito para
trabalhar nesta forma particular por ter logrado a realização durante uma série de
vidas anteriores.

1222
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. Avatares cósmicos.
2. Avatares solares.
3. Avatares interplanetários.
4. Avatares planetários.
5. Avatares humanos.
Como acabo de dizer, um avatar é um Raio de glória refulgente e perfeita que se
reveste de matéria com o propósito de servir. No sentido estrito da palavra todos os
avatares são almas liberadas, com a diferença de que os avatares cósmicos e solares
liberaram-se dos dois planos inferiores dos planos cósmicos, enquanto que os avatares
planetários e interplanetários só se emanciparam do plano físico cósmico, os planos de
nosso sistema; o avatar humano logrou liberar-se dos cinco planos do esforço humano.
Em sentido estritamente técnico e inferior, um Mestre encarnado fsicamente constitui
um tipo de avatar, porque é uma "alma liberada" que escolheu encarnar com um
propósito específco, porém deste não nos ocuparemos. Podemos subdividir estes
grupos a fm de aclarar mais nossas ideias.

1. Avatares cósmicos: representam a força personifcada proveniente, entre outros,


dos seguintes centros cósmicos:

a. Sirius.
b. Uma das sete estrelas da Ursa Maior, animada pelo arquetípico Senhor de nosso
terceiro Raio principal.
c. Nosso centro cósmico.
Representam entidades tão distantes da consciência do Homem como o homem o está
da consciência do átomo de substância. Milhares desses grandes ciclos denominados
"cem anos de Brahma" têm passado desde que Eles se aproximaram da etapa humana,
personifcando a força e a consciência que se ocupa da coordenação inteligente dos
Céus estelares.

Realizaram tudo o que o homem pode conceber, tal como transcender a vontade, o
amor e a inteligência, e a esta tríplice síntese agregaram qualidades e vibrações, para
as quais não temos palavras para expressar, nem sequer podem ser visualizadas por
nossos adeptos mais elevados. Muito raramente aparecem em um sistema solar e só
são reconhecidos nos dois planos superiores. Sem embargo, dada a natureza material
de nosso sistema solar, Sua chegada constitui literalmente o aparecimento, em forma
física, de um Ser espiritual plenamente consciente.

Tais Entidades, provenientes de Sirius, aparecem quando o Logos solar recebe uma

1223
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
iniciação, e estão vinculadas peculiarmente com os cinco Kumaras e por meio deles
(utilizados como pontos focais de força) com o departamento do Mahachohan em
todas as Hierarquias ocultas do sistema. Só uma vez, em relação com o aparecimento
em tempo e espaço dos cinco Filhos de Brahma nascidos da mente, um Ser dessa
natureza visitou nosso sistema. O efeito que produz a visita de um Avatar como o de
Sirius, é considerado que é a culminação da civilização e da cultura, desde o ponto de
vista de todo o sistema, num relâmpago de tempo.

Quando se acerque o pralaya e produza no corpo do Logos o que chamamos "Morte",


então aparecerá um avatar desde o centro cósmico. É o Segador cósmico e (para
reduzir o dito em palavras compreensíveis) pertence a um grupo que representa a
energia abstrativa do cosmos, da qual existe uma tênue analogia no trabalho do
aspecto "destruidor" do Logos e nas forças que produzem a morte física e a
desintegração do corpo físico do homem. Não é possível dizer mais sobre estes
assuntos fundamentalmente esotéricos, e o valor do que se tem dito reside
principalmente em levar à mente do estudante a realidade de nossa inter-relação
cósmica."

Estudo 401
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho. Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "d.
Os Avatares, sua natureza e trabalho. Na exposição precedente...", na página 580, até
"...Podemos subdividir estes grupos a fm de clarear mais nossas ideias.", na página
581.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul entra num tema de crucial importância para o
entendimento do processo de evolução do nosso Logos solar e dos Logos planetários
(dentro do nível de entendimento de cada um), como também do ser humano, uma vez
que a evolução dos Logos solar e planetários infuencia a evolução dos seres humanos.

O entendimento da evolução dos Logos solar e planetários varia em função do nível de


evolução do homem. Se já é um iniciado que já passou pelo 2º Portal (da 2ª iniciação
planetária) e portanto está intensamente enfocado no mundo mental superior ou
abstrato, com penetrações no mundo búdico, seu entendimento do processo de
evolução dos Logos é muito mais claro que o do iniciado da 1ª iniciação e o deste mais
claro que o do aspirante.

1224
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre enfatiza a vinculação do fenômeno da individualização das Mônadas humanas
com a apropriação pelos Logos solar e planetários de Seus corpos físicos densos e a
aquisição de autoconsciência através desses corpos. Assim fca bem evidente, sem a
menor dúvida, que nos, Mônadas humanas encarnadas, somos importantes para os
Logos. A conscientização dessa evidência é altamente relevante para todos, pois ela
nos convence racionalmente da nossa divindade.

Como diz o Mestre, o assunto Avatar é bastante complexo. Mas pelo entendimento do
processo de evolução dos Logos e pelas informações que o Mestre nos dá sobre os
Avatares, é perfeitamente possível entender cada vez com mais clareza o trabalho e a
natureza dos Avatares, sendo necessário, é óbvio, o devido esforço intelectual.

Sobre o processo de evolução dos Logos o Mestre, ao longo do Tratado sobre Fogo
Cósmico, nos dá valiosíssimas informações, as quais, uma vez reunidas e
correlacionadas, formam um sistema no qual percebemos o processo de evolução dos
Logos, percepção essa que se expande cada vez mais, quando há o devido empenho
em aprender.

Outro tópico importante que o Mestre enfatiza é que o ocidental ainda não
compreendeu racionalmente a reencarnação, o que é verdade.

Como um Avatar é uma Mônada altamente evoluída manifestando a energia de outra


Mônada de evolução incomensuravelmente mais elevada, portanto uma fonte
puramente espiritual, um avatar pode ser considerado um Raio emanado dessa fonte.

Essa expressão usada pelo Mestre: "fonte puramente espiritual", para a fonte do
avatar, signifca que a Mônada ou Espírito que é fonte de energia do avatar está muito
acima do plano ou mundo físico cósmico, portanto distante da matéria ao nosso
alcance, distância essa que depende da categoria do avatar. Daí a explicação para a
expressão "fonte puramente espiritual".

O grau de autoconsciência do avatar tem de ser muito elevado e pode exercer essa
função porque conseguiu realizar o que era necessário para conquistar várias metas
numa série de vidas anteriores.

Os Avatares são classifcados em 5 categorias:

1. Avatares cósmicos.
2. Avatares solares.
3. Avatares interplanetários.

1225
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
4. Avatares planetários.
5. Avatares humanos.
Para executar seu trabalho e servir, a Mônada Avatar se reveste de matéria, para poder
manifestar a energia da sua Fonte. Essa matéria depende da categoria do avatar e do
seu trabalho.

Todos os avatares sâo Mônadas liberadas, com graus diferentes de liberação:

1. Os Avatares cósmicos e solares liberaram-se dos 2 planos ou mundos cósmicos


inferiores: astral e físico.
2. Os Avatares interplanetários e planetários liberaram-se do plano ou mundo físico
cósmico.
3. Os Avatares humanos liberaram-se dos planos ou mundos átmico, búdico, mental,
astral e físico, que constituem os mundos do esforço humano.
Um Mestre encarnado fsicamente é um Avatar, um Avatar humano, uma Mônada
liberada dos 5 planos ou mundos inferiores, uma vez que para ser um Mestre tem de
ser um Adepto, por ter conquistado a 5ª iniciação planetária, a 3ª solar, e decide
encarnar com um propósito específco.O Mestre Djwal Khul não se ocupará deste.

Estudo 402

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "1.
Avatares cósmicos: representam a força personifcada proveniente, entre outros,...", na
página 581, até "...em levar à mente do estudante a realidade de nossa inter-relação
cósmica.", na página 582.

Considerações.

Os Avatares cósmicos personifcam a força proveniente dos três centros cósmicos


seguintes, embora existam outros:

a. Sirius.

b. Uma das sete estrelas da Ursa Maior (Dubhe, Merak, Phekda, Megres, Alioth, Mizar
e Benethnash, respectivamente as alfa, beta, gama, delta, epsilon, dzeta e eta, as

1226
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
quais formam a chamada cauda da Ursa). Elas constituem os sete centros da cabeça
no corpo do Logos Cósmico e portanto estão ligadas ao Seu chacra Coronário. O
Rishi envolvido é animado pelo Senhor arquetípico de nosso terceiro Raio principal, o
Raio da Inteligência Ativa.

c. Nosso centro cósmico.


Essas elevadíssimas Entidades está tão distantes da consciência do Homem, como o
homem está distante da consciência do átomo da matéria. Elas passaram pela etapa
humana há milhares dos grandes ciclos logoicos chamados "cem anos de Brahma".
"Cem anos de Brahma", uma duração de um sistema solar, ou seja, a duração de uma
encarnação física cósmica de um Logos solar, são equivalentes a 311.040.000.000.000
(trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões) de anos terrestres. Isto signifca que
essas Entidades foram seres humanos há milhares de sistemas solares anteriores.
Após esse inimaginável tempo Elas aprenderam tudo o que era necessário, dentro de
sistemas solares e fora deles, para exercer atualmente essa função no corpo físico
cósmico de um Logos solar, expressando a energia e o propósito de um Ser superior ao
Logos solar, com o objetivo de ajudar o Logos solar em Sua evolução. Realizaram tudo
o que o homem pode conceber e realizar, como transcender a vontade, o amor e a
inteligência, ou seja, os três aspectos logoicos que o homem pode expressar, e
acrescentaram a esta tríplice síntese qualidades e vibrações impossíveis de serem
descritas por nos, uma vez que nem os nossos adeptos mais elevados (que já
passaram da quinta iniciação planetária, a terceira solar e portanto conquistaram a
meta humana) podem visualizá-las.

Aparecem raramente num sistema solar e só são identifcados nos dois planos ou
mundos superiores, o adi e o monádico. Todavia, considerando que as matérias adi e
monádica constituem respectivamente os éteres cósmicos primeiro e segundo e
portanto são matéria, o aparecimento de um Avatar cósmico constitui literalmente o
aparecimento em forma física de um Ser espiritual com plena consciência.

Os Avatares cósmicos provenientes de Sirius aparecem quando o Logos solar recebe


uma iniciação. Estão vinculados particularmente com os cinco Kumaras, que são os
Senhores dos Raios terceiro, quarto, quinto, sexto e sétimo, dentro do sistema solar,
respectivamente os Logos planetários de Saturno, Mercúrio, Vênus, Netuno e Urano.
Por meio deles, como pontos focais de força, vinculam-se com o departamento do
Mahachohan (o Senhor da Civilização) em todas as Hierarquias ocultas nos esquemas
planetários.

1227
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Somente uma vez, durante a existência em nosso sistema solar dos cinco Filhos de
Brahma nascidos da mente (os cinco Senhores de Raio citados acima), um Ser dessa
magnitude visitou nosso sistema solar. A visita de um Avatar como o de Sirius produz
um efeito que consiste na culminação da civilização e da cultura, do ponto de vista de
todo o sistema, num lampejo de tempo.

Quando chegar o momento da "morte" física do Logos solar, ou seja, o pralaya solar,
aparecerá um avatar desde o nosso centro cósmico. É o segador cósmico, pertencente
ao grupo que personifca a energia abstrativa do cosmos, existindo uma fraca analogia
entre a ação desse segador cósmico e as forças que provocam a morte física e a
desintegração do corpo físico do homem. Há mais detalhes sobre esse assunto, os
quais podem ser pesquisados por meio da refexão, mas o objetivo do Mestre é
estimular na mente do estudante a realidade da nossa inter-relação cósmica, ou seja,
que somos infuenciados em âmbito cósmico e da mesma forma pela qual tudo o que
existe dentro do nosso sistema solar constitui uma unidade por meio do inter-
relacionamento entre todas as partes, igualmente o inter-relacionamento entre as
partes cósmicas de um todo cósmico maior produz uma unidade num nível cósmico
mais elevado..

Estudo 403

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "2.
Avatares solares: São de três tipos, embora em realidade existam muitos mais.", na
página 582, até "..., e lograr resultados antecipados.", na página 583 .

Considerações.

O assunto tratado pelo Mestre Djwal Khul neste trecho é sumamente importante e
esclarecedor para que possamos entender o comportamento atual das forças vivas da
natureza, afetando intensamente a humanidade. O Mestre deixa bem claro que não
estamos sozinhos dentro do sistema solar. Há Seres cósmicos provenientes de regiões
fora do nosso sistema solar, com conhecimentos e poderes para vigiar qualquer
esquema planetário e nele atuar.

Os avatares solares são de três tipos principais, embora existam em número bem

1228
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
maior. Eles vêm de regiões cósmicas fora do nosso sistema solar, portando energias
qualifcadas de Seres cósmicos superiores ao nosso Logos solar.

O Seu trabalho é executar determinados processos dentro do sistema solar, sendo um


deles a aplicação da Lei de causa e efeito, a Lei de Karma. Conhecem o karma gerado
em encarnações passadas pelo nosso Logos solar e se incumbem de dar o impulso
inicial nos processos de ajuste, expiação e reconhecimento no atual sistema como um
todo.

Uma Entidade deste porte, o "Avatar Kármico", entrou no nosso sistema solar, o corpo
físico cósmico do nosso Logos solar, quando o Logos produziu a segunda vibração, o
segundo Alento logoico, que energizou a matéria monádica (o 2º éter cósmico) do
corpo logoico, sendo impelido por essa energia.

Permanecerá no sistema, vigiando todos os Logos planetários, além do próprio Logos


solar, no cumprimento do karma logoico, até que todos os esquemas planetários
tenham entrado em sua 5ª ronda e estejam próximos de seu "Dia do Juízo". Quando
esse "Dia" ocorrer, o Avatar Kármico poderá se retirar, deixando que os Logos
planetários cumpram Seus próprios karmas sem serem vigiados. O princípio búdico
estará então, após o "Dia do Juízo", tão frmemente estabelecido, com tamanha
intensidade e com uma compreensão tão conscientemente vívida por todos, que nada
poderá deter a marcha dos acontecimentos planejados.

O Avatar Kármico comanda um determinado número de entidades cósmicas que


podem transpor o "círculo não se passa solar", ou seja, sair a vontade do sistema solar
e nele entrar. Mas essas entidades não são avatares (são os lipikas), pois Elas mesmas
evoluem e aprendem aplicando a Lei do Karma. Um Avatar nada aprende no lugar onde
aparece, consistindo seu trabalho em aplicar certo tipo de eletricidade à matéria em
qualquer de seus graus e obter resultados antecipados.

Relacionemos a ação desse Avatar solar com o que está acontecendo atualmente na
Terra. Nos, do esquema terrestre, estamos na 4ª ronda da 4ª cadeia, na 5ª raça-raiz. A
próxima ronda será a quinta, na qual ocorrerá o "Dia do Juízo" para o nosso Logos
planetário. O "Dia do Juízo" signifca a separação das Mônadas humanas que irão
permanecer no esquema das que serão expulsas para outro esquema planetário, por
não estarem capacitadas para aqui fcarem, em virtude das novas condições que serão
implantadas no esquema terrestre.

Ora, isto faz parte da execução do karma do nosso Logos planetário. Logo, o Avatar
Kármico está atualmente atento à Terra na aplicação do karma, que prevê separação.

1229
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Portanto a energia elétrica que o Avatar Kármico está aplicando às matérias que
envolvem a Terra está provocando os fenômenos naturais que estão produzindo
desencarnes coletivos, que são separações.

Estamos realmente passando por uma prévia do "Dia do Juízo", o que é justifcado pelo
fato de que o nosso Logos planetário irá receber uma Iniciação brevemente, nesta
atual ronda.

As condições interiores fundamentais para escapar do expurgo são:

- saber usar a mente;


- ser bom inteligentemente na prestação do serviço;
- praticar corretas relações humanas;
- buscar o conhecimento, como recomendou o Senhor BUDA;
- desenvolver o CRISTO interno, ou seja, o princípio búdico, que não é
sentimentalismo nem essa atitude devocional tão em voga atualmente.
Portanto preparemo-nos para os eventos que irão ocorrer.

Estudo 404

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo
"Outro tipo de Avatar solar que aparece nos esquemas...", na página 583, até "Produz a
fusão das cores e a síntese das unidades de seus grupos.", na página 583.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul descreve o trabalho de dois Avatares solares, com
informações muitíssimo importantes e esclarecedoras sobre o processo evolutivo dos
Logos planetários e consequentemente sobre o nosso também, após a devida
adequação ao nosso nível evolutivo e esfera de ação, ou seja, os cinco mundos do
esforço humano: físico, astral, mental, búdico e átmico.

Um deles atua no centro cardíaco de um Logos planetário. Esse Avatar surge nos
mundos superiores (nunca abaixo do búdico), quando a atividade do centro cardíaco
do Logos planetário começa a ser sentida, ou seja, a produzir efeitos em Seu corpo
físico cósmico, o que afeta os reinos em evolução sob a guarda do Logos planetário,

1230
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em particular o reino humano.

Os efeitos principais são os seguintes, no nível dos Logos planetários:

a. Expansão de consciência.
b. Aumento da luz e do brilho espirituais.
c. Radioatividade planetária.
Os Logos planetários estão em processo de evolução em nível cósmico, já tendo
passado pela etapa humana em épocas tão remotas que a consciência do homem
comum não tem a menor capacidade de concepção, como o Mestre costuma dizer, em
kalpas muito remotos. Eles têm de sair do Seu "círculo não se passa planetário" e atuar
conscientemente no plano astral cósmico, o que signifca expansão de consciência.
O Ego logoico planetário tem de se manifestar sempre com maiores intensidade e
plenitude por meio do Seu corpo físico cósmico, o que signifca aumento da luz e do
brilho espirituais. Isto se refete em todos os reinos em evolução em Seu esquema
planetário, que é Seu corpo físico cósmico; em particular se refete no reino humano.

Esse aumento da luz e do brilho espirituais, consequente da intensifcação da vida


interior, leva ao estado radioativo do esquema planetário, como acontece com a
radioatividade dos elementos pesados da tabela periódica dos elementos, como o
rádio, urânio, plutônio e outros.

Essa radioatividade planetária faz com que um esquema infuencie outros com maior
intensidade. Nas conhecidas triangulações planetárias essa radioatividade intensifca a
infuência do esquema radioativo.

Nos seres humanos esses efeitos também ocorrem, em seu devido nível e processos
apropriados. É óbvio que a resposta a essas energias desse Avatar solar depende do
nível de evolução e dos conhecimentos do homem sobre o assunto. Uma das
consequências da ação dessas energias é estimular o homem para, por esforço
próprio, chegar ao Portal da Iniciação.

Esses Avatares não trabalham vinculados com uma Hierarquia específca, mas com o
sistema solar como um todo. Como diz o Mestre, Eles produzem a fusão das cores e a
síntese das unidades de seus grupos. Em se tratando de grupos de Egos, temos a
seguinte explicação. Cada Ego, como unidade, tem sua própria frequência que se
manifesta como uma cor específca. Assim, observando-se um grupo de Egos (os Egos
são organizados em grupos egoicos), são percebidas várias cores. Os Egos têm de ser
sintonizados (o que é fusão), signifcando que suas frequências individuais (suas cores

1231
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
individuais) têm de fcar exatamente em fase, resultando uma frequência contendo
todas as frequências individuais, a qual será a frequência do grupo egoico, sua cor.
Finalmente as frequências (cores) dos diversos grupos egoicos têm de ser
sintonizadas, para surgir uma frequência única (uma cor única) no sistema solar,
contendo as frequências de todos os grupos egoicos do sistema solar.

Assim esse Avatar solar, trabalhando nas matérias que constituem o corpo físico
cósmico do nosso Logos solar, produz a fusão dos grupos egoicos dentro do sistema
solar, entre muitas outras coisas. Ocorre também a fusão ou sintonia das Mônadas nos
mundos ou planos búdico, átmico, monádico e adi, sob a ação desse Avatar solar.

Estudo 405

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho - Continuação a partir de "Quando um Logos
planetário recebe a iniciação...", na página 583, até "....em corpo denso, de um Logos
planetário e de um Logos solar.", na página 586.

"Quando um Logos planetário recebe a iniciação pode aparecer um avatar, no sétimo


globo de Seu esquema, proveniente dessa estrela ou centro cósmico animado pelo
Rishi particular que (na constelação da Ursa Maior) é Seu protótipo cósmico. Para a
Entidade implicada isto signifca tomar uma forma física, pois nossos planos superiores
somente constituem matéria desde Seu ponto de vista. Temos insistido
frequentemente sobre isto pois seu signifcado ainda não foi captado sufcientemente.
Devido à aparição desse avatar, no sétimo globo, o Logos planetário pode manter a
continuidade de consciência cósmica, embora se encontre em encarnação física; o
avatar solar desempenha a mesma função para o Logos planetário que o Guru para
Seu discípulo. Possibilita certos acontecimentos por meio do estímulo e a proteção de
Sua aura, e atua como transmissor de energia elétrica desde o centro cósmico.
Devemos ter cuidado de não ajustarmos demasiado a analogia, pois o verdadeiro
trabalho que realiza não pode ser compreendido pelo homem. Dito avatar tem
logicamente um efeito direto sobre os centros do Homem celestial, em consequência,
embora só indiretamente, sobre os entes ou mônadas humanas e sobre a Mônada em
seu próprio plano. Tal infuência obtém pouca resposta da Mônada até depois da

1232
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
terceira Iniciação, quando sua vida consciente se faz tão forte que se aferra
novamente a sua expressão egoica em uma só direção, despertando à realização
planetária em outra. Este tipo de avatar aparece só no momento da iniciação de um
Logos planetário. Este recebe no atual sistema de duas a quatro iniciações.

3.Avatares interplanetários. Temos aqui um grupo interessante de avatares. Ocupam-


se principalmente de três coisas: primeiro, de supervisionar a transferência de
unidades de força ou grupos egoicos de um esquema a outro (não de entes individuais
de uma cadeia a outra). Aparecem geralmente duas vezes na história de um esquema e
embora não possam tomar corpos físicos de matéria mais grosseira que a das
substâncias átmica e búdica, trabalham com os impulsos efetuados sobre a matéria
mental, realizando estas transferências grupais. Subdividem-se em três grupos:

a. Aqueles que efetuam a transferência dos esquemas menores ou manifestações de


Raio, no terceiro Raio; ocupando-se dos resultados obtidos pela fusão dos polos
opostos dos quatro esquemas menores, até que só reste um, transferindo logo a vida
e a qualidade do que resta, ao terceiro Raio.
b. Aqueles que se ocupam da transferência e interação das forças vitais entre os três
Raios maiores.
c. Aqueles que produzem a última transferência do sistema ao fnalizar a era.
Segundo, certos avatares provenientes da quarta Hierarquia criadora, por razões
esotéricas inexplicáveis, abandonam Sua própria Hierarquia e aparecem em uma das
Hierarquias dévicas. Isto só acontece uma vez na história de cada esquema; ocorre no
momento em que é mais densa a aparência física e tem relação com a transferência do
impulso dévico de um esquema a outro, vinculando-se assim com a aparição dos entes
autoconscientes, pois são a primordial personifcação da latente autoconsciência do
átomo da substância dévica e estabelecem o tipo de devas em qualquer esquema
determinado.

Terceiro, só uma vez na história de cada esquema aparece em níveis mentais um avatar
da constelação de Capricórnio. Este é o nível mais baixo no qual se exteriorizam ditas
divindades interplanetárias. Nada mais pode ser dito sobre esta questão. Aqui reside
oculto "o mistério da cabra". Este avatar faz sua aparição na terceira ronda da terceira
cadeia e desaparece na quinta ronda da quarta cadeia.

Ditos avatares interplanetários vêm como resultado de kalpas muito remotos, quando
as condições do sistema estão sufcientemente refnadas como para permitir sua
aparição. São os nirmanakayas de um ciclo solar anterior que agora aproveitam a

1233
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
oportunidade para efetuar (ativamente e por meio da manifestação física) certo
trabalho inconcluso.

4. Avatares planetários. Emanam do Logos planetário central de um esquema e


personifcam Sua vontade e propósito. São de dois tipos. O primeiro constitui uma
manifestação, em níveis físicos etéricos, do Logos planetário mesmo durante um lapso
específco. Signifca que um dos Kumaras toma defnitivamente um corpo físico. Pode
dizer-se que Sanat Kumara é um destes avatares que, com os outros três Kumaras,
personifca os quatro princípios quaternários planetários. Em um sentido muito real
Sanat Kumara é a encarnação do Senhor do Raio Mesmo; é o Observador Silencioso, o
grande Sacrifício para a humanidade. (38)

Em segundo lugar, como indiquei no parágrafo anterior, temos três Entidades que
personifcam os princípios planetários. São (falando desde o ponto de vista atual) a
energia dinâmica que mantém unidos cada um dos três reinos inferiores, considerados
como unidades e não como diferenciações. Estas unidades estão estreitamente
relacionadas com o aspecto energia das três cadeias anteriores e só foi necessário o
trabalho de um avatar interplanetário que lhes permitiria (quando se formou o
triângulo que deu por resultado o período de individualização nos dias lemurianos)
tomar corpos etéricos e encarnar entre os homens. Atuam como pontos focais para a
energia do Logos Planetário em Seu próprio plano. Em sentido misterioso, o primeiro
Kumara é a energia que produz a autoconsciência na família humana. Os outros três
Kumaras ou os três Budas de Atividade, atuam como pontos focais similares para a
energia que anima os três reinos inferiores e produz seus diferentes graus de
consciência. Não é possível expressar este grande mistério com mais claridade, porém
se o estudante agrega estas poucas insinuações às dadas anteriormente na Doutrina
Secreta, o mistério dos "Quatro Santifcados" pode ser parcialmente esclarecido desde
o ponto de vista da energia e da evolução.

As épocas e momentos de sua aparição variam de acordo com o karma particular do


Senhor de Raio e o que está vinculado a estes grandes ciclos e períodos de encarnação
não pode ser revelado a profanos e neóftos.

5. Avatares humanos. Já foram considerados totalmente por H. P. B. e nada mais pode


ser acrescentado a sua informação, pois o momento não é propício. (39) O mencionado
tem cabimento aqui, porque concerne ao mistério da força e da consciência; detrás do
efeito e aparição destes distintos avatares encontra-se oculta a máxima manifestação,
em corpo físico denso, de um Logos planetário e de um Logos solar."

1234
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(38) D. S. II, 58-59, 113-114, 308-309.
(39) D. S. VI, Seção XLI; V, 308.

Estudo 406

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo
"Quando um Logos planetário recebe a iniciação...", na página 583, até "Este recebe no
atual sistema de duas a quatro iniciações.", na página 584.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul, continuando Sua explanação sobre o trabalho dos
Avatares, dá informações sobre um Avatar solar que no atual período está atuando
fortemente sobre o corpo físico do nosso Logos planetário e consequentemente sobre
a Terra e os reinos nela em evolução.

Estas informações são de relevantes valor e importância para o entendimento do


processo de evolução do nosso Logos planetário e da humanidade, como parte do
corpo do Logos, como também ajuda a esclarecer o que atualmente está acontecendo
na natureza do nosso planeta.

O nosso Logos planetário está prestes a receber uma Iniciação menor, preparatória
para uma Iniciação maior na próxima ronda, a quinta ronda, quando ocorrerá o "Dia do
Juízo".

Nessa ocasião manifesta-se um Avatar solar no sétimo globo do esquema do Logos


planetário. No esquema do nosso Logos planetário o sétimo globo, também chamado
globo G, tem como matéria mais densa a mental inferior, não possuindo matérias astral
e física, sendo portanto o globo mais elevado, por ser o sétimo e por ser feito de
matéria mental inferior como a mais densa. Nesse sétimo globo o Avatar solar assume
uma forma, cuja matéria mais densa é a búdica. É dessa matéria búdica que Ele atua
sobre todos os globos do esquema, em particular sobre a Terra.

Esse Avatar solar vem de uma estrela da constelação de Ursa Maior, dentre as sete que
formam a chamada cauda da Ursa, as quais são: Dubhe (a alfa), Merak (a beta), Phekda
(a gama), Megres (a delta), Alioth (a épsilon), Mizar (a dzeta) e Benethnash (a eta).

1235
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Essas sete estrelas são corpos de expressão de sete Rishis (Seres cósmicos) que
executam no corpo do Logos cósmico as funções análogas aos sete centros da cabeça
do homem. O Rishi da estrela da qual esse Avatar solar vem é o protótipo do Logos
planetário sagrado ao qual nosso Logos planetário está ligado, pois Ele não é sagrado,
sendo esse Logos planetário sagrado o do esquema de Saturno.

Para o Avatar solar, assumir uma forma de matéria búdica é encarnar fsicamente, uma
vez que a matéria búdica é o quarto éter cósmico, portanto matéria física cósmica. Isto
deve fcar bem claro.

Esse Avatar é portador de um tipo de eletricidade cósmica que Ele injeta no esquema
planetário onde atua. Essa eletricidade cósmica estimula e protege a aura do esquema,
que é o corpo do Logos planetário, produzindo efeitos em todo o esquema e seu
conteúdo.

O principal efeito é nos centros do Logos planetário, em particular no centro a ser


estimulado na Iniciação. Nessa atuação nos centros logoicos, uma das consequências é
fazer com que o Logos planetário mantenha continuidade de consciência cósmica,
embora esteja encarnado fsicamente. Ter continuidade de consciência cósmica
signifca ter consciência física, embora limitada, dos mundos cósmicos astral e mental.

Esse Avatar solar se comporta como Guru ou Instrutor para o nosso Logos planetário,
na preparação para a Iniciação.

A atuação nos centros logoicos atinge as Mônadas humanas, em seu próprio plano, o
monádico, e repercute em seus corpos inferiores, os entes humanos. Todavia a
resposta a essa atuação é muito fraca, a não ser após a terceira iniciação planetária (a
primeira solar), quando a Mônada, pela ação da terceira iniciação, torna-se tão
fortemente consciente que se aferra ao seu ego, estabelecendo uma só direção, e pela
ação da infuência do Avatar orienta seu ego para a realização planetária, ou seja,
esforça-se intensamente para ser um trabalhador de grande efciência no corpo do
Logos planetário, o que se manifesta no mundo físico como caminhar numa única
direção, ou seja, quando a Mônada está encarnada, seu comportamento é totalmente
dedicado a aprender e entender ao máximo os mundos da manifestação, para dominá-
los e cooperar inteligentemente para o Propósito do Logos planetário.

A ação desse Avatar solar provoca efeitos na natureza, pois, estando nosso Logos
planetário em preparação para uma Iniciação, Ele tem de purifcar Seu corpo de
expressão, Seu esquema, e a Terra faz parte desse esquema.

1236
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 407

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "3.
Avatares interplanetários. Temos aqui um grupo interessante de avatares.", na página
584, até " ....para efetuar (ativamente e por meio da manifestação física) certo trabalho
inconcluso.", na página 585.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho descreve o trabalho dos Avatares interplanetários.
Ele considera esses avatares interessantes.
Eles aparecem geralmente duas vezes na história de um esquema. A matéria mais
densa que Eles empregam para construir Seus corpos para trabalhar é a búdica, na
qual produzem impulsos energéticos que atuam na matéria mental e assim executam
Seu trabalho, que é feito na matéria mental.

Dividem-se em três grupos principais:

a. Os que transferem os grupos egoicos (não egos individualmente) dos esquemas


menores ou manifestações de Raio para o terceiro Raio. Os grupos egoicos que
formam pares de opostos nos esquemas dos Raios quarto, quinto, sexto e sétimo se
fundem. Em seguida ocorrem novas fusões até que fque apenas um grupo, que é
então transferido para o esquema de terceiro Raio, que é o de Saturno.

b. Os que fazem a interação e a transferência dos grupos egoicos entre os Raios


terceiro e segundo, resultando um grupo no segundo Raio, cujo esquema é o de
Júpiter e em seguida para o primeiro Raio, cujo esquema é o de Vulcano.

c. Finalmente os que executam a última transferência, ao fnalizar o sistema,


envolvendo o esquema de Saturno e o Sol como o único Resolvente.
Há também uma outra classe de avatares interplanetários que executam um trabalho
muito especial e são provenientes da quarta Hierarquia criadora de um esquema, a
Hierarquia de Mônadas humanas.

1237
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Para serem avatares interplanetários esses Entes egressos da quarta Hierarquia têm
de estar liberados do plano físico cósmico. Eles ingressam em uma Hierarquia dévica
de algum esquema, quando o esquema está na sua manifestação mais densa, o que
acontece na quarta cadeia. Isto só acontece uma vez na história do esquema. Eles
efetuam a transferência do impulso dévico de um esquema para outro e estão ligados
ao aparecimento dos entes autoconscientes no esquema, uma vez que personifcam
primordialmente a latente autoconsciência do átomo de substância dévica e
estabelecem o tipo de devas em qualquer esquema. Em virtude de estarem ligados ao
aparecimento dos entes autoconscientes e individualização é a aquisição da
autoconsciência, o trabalho desses avatares está relacionado com o trabalho dos Anjos
solares.

Há um outro Avatar interplanetário que só aparece uma vez na história de cada


esquema em níveis mentais e é proveniente da constelação de Capricórnio. O plano
mental é o mais baixo no qual Ele pode se manifestar. Ele aparece na terceira ronda da
terceira cadeia de um esquema e vai embora na quinta ronda da quarta cadeia do
esquema.

O Mestre diz que neste avatar está oculto "o mistério da cabra". Lembrando que o
Mestre diz no livro Astrologia Esotérica que a quinta Hierarquia criadora trabalha no
plano mental e é responsável pela personalidade humana, sendo regida pelo signo de
Capricórnio através de Vênus (quinto Raio) e sua energia é Ichchhashakti, vontade de
manifestar-se, podemos concluir que este Avatar estimula fortemente a mente humana.
Um outro detalhe muito importante é que o nosso esquema está na quarta ronda da
quarta cadeia, antecedendo a quinta ronda da quarta cadeia, quando ocorrerá o "Dia
do Juízo" do nosso Logos planetário. Portanto Ele está aqui no nosso esquema atuando
fortemente sobre a quinta Hierarquia criadora, também chamada Makara, os
Crocodilos e o mistério, pelo Mestre. Portanto, podemos concluir que a Sua atuação é
muito forte no processo de seleção para o "Dia do Juízo" e que a salvação do expurgo
está no uso correto da mente.

A ação desses avatares interplanetários é resultante de causas originadas em épocas


muito remotas e é possível agora, porque as condições do sistema estão
sufcientemente refnadas para permitir seu aparecimento. São os nirmanakayas de um
ciclo solar anterior, os quais aproveitam a oportunidade para realizar certo trabalho
não concluído, de uma forma ativa e pela manifestação física.

1238
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 408

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "4.
Avatares planetários. Emanam do Logos planetário central de um esquema e
personifcam....", na página 585, até "....e períodos de encarnação não podem ser
revelados a profanos e neóftos.", na página 585.

Considerações.

Ao descrever o trabalho dos Avatares planetários o Mestre Djwal Khul, em relação ao


nosso esquema planetário, descreve o glorioso e grandioso trabalho do nosso Senhor
do Mundo, SANAT KUMARA, e dos três Kumaras a Ele ligados nesse trabalho.

A expressão usada pelo Mestre: "Logos planetário central de um esquema" dá a


entender, por causa do adjetivo "central", que existem Logos subsidiários num
esquema. De fato há Entes cósmicos cuidando dos sete globos do esquema, os quais
são considerados Logos planetários menores. Assim o Logos planetário central de um
esquema é o verdadeiro Homem celestial, Aquele que se expressa através de todos os
sete globos do esquema e de Seus sete Logos menores.

Os Avatares planetários são de dois tipos e ambos são emanados do Logos planetário
central do esquema, ou seja, são portadores da energia do Logos planetário e
constituem Sua vontade e propósito, sendo seus executores.

O primeiro tipo é uma manifestação em matéria física atômica, o primeiro éter, do


próprio Logos planetário, durante um período determinado. Portanto esse Avatar
planetário, no nosso caso SANAT KUMARA, tomou defnitivamente um corpo físico.

Realmente o nosso Senhor do Mundo é a encarnação do nosso Logos planetário e por


ser Este a expressão de um Senhor de Raio (uma vez que o nosso esquema não é
sagrado), podemos dizer que SANAT KUMARA é a encarnação do Senhor do próprio
Raio. É também chamado o Observador Silencioso e o grande Sacrifício para a
humanidade. Helena Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta, volume II, páginas 58-59,
113-114 e 308-309, dá valiosas informações a respeito dos Kumaras.

O segundo tipo de Avatar planetário manifesta e constitui para o nosso planeta Terra
os outros três princípios logoicos, os quais, juntamente com o manifestado por SANAT

1239
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
KUMARA, formam os quatro princípios quaternários logoicos inferiores.

Falando desde o ponto de vista atual, Eles (os três Kumaras), pela Sua energia
dinâmica, mantêm unidos os membros de cada um dos três reinos inferiores (mineral,
vegetal e animal), constituindo unidades e não diferenciações, resultando três
unidades.

Estas três unidades (portanto os três reinos inferiores) estão estreitamente


relacionadas com o aspecto energia das três cadeias anteriores do nosso esquema,
respectivamente a cadeia regida por Netuno (a primeira), a regida por Vênus (a
segunda) e a regida por Saturno (a terceira).

Quando se formou o triângulo Terra, Vênus e um outro esquema, foi possível a


individualização na raça lemuriana e com o trabalho de um Avatar interplanetário, estes
quatro Kumaras, na função de Avatares planetários, puderam tomar corpos etéricos e
encarnar entre os homens.

Os demais Kumaras que vieram juntamente com SANAT KUMARA (num total de 108)
também assumiram corpos etéricos nessa época, para trabalhar no processo de
individualização do homem lemuriano.

É bem claro que os quatro Kumaras acima citados como energizadores dos três reinos
inferiores para que funcionassem como unidades, fzeram um duplo trabalho:

1. A individualização do homem lemuriano.


2. A ação sobre os três reinos inferiores para que funcionassem como unidades.
Era necessário para o nosso Logos planetário que os três reinos inferiores
funcionassem como unidades.

É evidente que nesse trabalho há um relacionamento com as Entidades que se


manifestam através dos três reinos inferiores.

Pela energia de SANAT KUMARA, o primeiro Kumara, foi possível a autoconsciência na


família humana.

Os outros três Kumaras, chamados os três Budas de Atividade, constituem pontos


focais para a energia que anima os três reinos inferiores e produz os diferentes graus
de consciência desses reinos.

Juntando estas informações com as de Blavatsky é possível entender parcialmente o


mistério dos "Quatro Santifcados" (outro nome dos quatro Kumaras) sob o ponto de
vista de energia e evolução.

1240
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
As épocas e momentos de aparição dos Avatares planetários dependem do karma
particular do Logos planetário implicado, sendo segredo iniciático.

Estudo 409

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d)
Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo " 5.
Avatares humanos. Já foram considerados totalmente por H. P. B. .....", na página 586,
até ".....em corpo físico denso, de um Logos planetário e de um Logos solar." , na página
586.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz que os Avatares humanos já foram totalmente considerados
por Helena Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta, VI, Seção XLI e V, 308. Ele não
pode acrescentar nada mais ao informado por Blavatsky, porque o momento não é
propício.

O que o Mestre informou sobre os Avatares humanos é justifcado pelo fato de que
serve para explicar o mistério da força e da consciência. Por detrás do efeito e
aparecimento dos diversos avatares encontra-se oculta a máxima manifestação, em
corpo físico denso, de um Logos planetário e de um Logos solar.

Procuremos esclarecer essa correlação entre o trabalho dos avatares e a máxima


manifestação da autoconsciência logoica nas matérias mental, astral e física, as quais
constituem a parte densa do corpo físico cósmico logoico, respectivamente as
matérias cósmicas gasosa (mental), líquida (astral) e sólida (física).

Analisemos os Avatares humanos. Para ser um Avatar humano o homem tem de ter
conquistado a 5ª Iniciação planetária, a 3ª solar, e assim se libertou dos 5 mundos da
evolução humana: físico, astral, mental, búdico e átmico.

Pode portanto trabalhar ativa e conscientemente nos centros físicos cósmicos do


Logos planetário. Esse Iniciado liberto expandiu imensamente sua autoconsciência, por
ter dominado os 5 mundos inferiores e deles ter se libertado. Como sua consciência já
está conectada com a do Logos planetário, Este adquire mais consciência de Seu corpo
denso através desse Iniciado, quando Ele atua nos 3 mundos inferiores no trabalho de

1241
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
avatar humano, em contato com a humanidade encarnada, a que está nos mundos
físico, astral e mental inferior e os Egos que estão no mundo mental superior. É como
se o Iniciado liberto, como Avatar humano, fosse neurônios (em analogia com o
homem), pelos quais o Logos planetário manifestasse autoconsciência densa em
cérebro físico.

Como a ação de todos os Avatares, os cósmicos, solares, interplanetários e planetários,


através da matéria física cósmica com a qual se revestem para realizar Seu trabalho,
repercute nas matérias cósmicas gasosa (mental, onde estão os Egos), líquida (astral) e
sólida (física, onde está a humanidade encarnada), sempre a consciência dos Logos é
intensifcada em relação à parte densa de Seus corpos físicos cósmicos.

Um dos efeitos do trabalho de um Avatar interplanetário é estimular o homem para


conquistar a iniciação e iniciação é expansão de autoconsciência, o que aumenta a
consciência do Logos planetário implicado em relação ao Seu corpo denso.

Quando consideramos a consciência como força elétrica atuando na matéria, fca assim
bem clara e comprovada a correlação estabelecida pelo Mestre entre o trabalho dos
Avatares e a máxima manifestação em corpo físico denso de um Logos planetário e de
um Logos solar.

Estudo 410 - 411

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - (e) A individualização, uma
forma de Iniciação - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "e. A
individualização, uma forma de Iniciação. Pouco é o que se pode agregar atualmente
com respeito à individualização....", na página 586, até "c. Terceiro ciclo......o Caminho
que abarca as quarta e quinta Iniciações." , na página 587.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul esclarece o processo evolutivo humano sob o ponto
de vista de expressão dos três aspectos do Logos: Vontade (Shiva), Amor-Sabedoria
(Vishnu) e Inteligência Ativa (Brahma) e seus três fogos resultantes: fogo elétrico, fogo
solar e fogo por fricção. Isto nos dá melhores e mais amplas visão e compreensão do
homem em suas etapas de evolução, ao mesmo tempo que permite entender a enorme

1242
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
diferenciação entre os membros da família humana.

Inicialmente o Mestre diz que pouco há que acrescentar ao já informado sobre a


individualização e o exposto não é mais que uma tentativa para expressar fatos
profundos e signifcativos, em termos de pensamento humano, sobre a existência e a
manifestação, fazendo uso da linguagem que restringe. Isto signifca que devemos
fazer um grande esforço para conseguir perceber e captar o que realmente acontece
como energia operando na substância ou matéria, o que requer uma grande
capacidade de mente abstrata, dominando e iluminando a mente concreta.

Não podemos fcar presos à mente concreta. Temos de usar e desenvolver ao máximo
a mente concreta, mas sempre extraindo a essência, o signifcado, os conceitos e as
ideias ocultas no conhecimento concreto. Trabalhando esses conceitos e ideias,
correlacionando-os e expandindo-os, por meio da mente abstrata, penetraremos na
consciência búdica, uma vez que a mente abstrata é ponte para a consciência búdica.

Sabemos que o antakarana é a comunicação direta entre a unidade mental e o átomo


mental permanente, sem passar pela Joia no loto (o Ego ou Alma), a qual tem de
construir essa comunicação direta a partir do cérebro físico. Com o tempo e pelo
constante e intenso uso, o antakarana funde-se com os três fos que constituem o
sutratma: fo da vida, fo da consciência e fo criador, passando a existir um único fo,
muito mais potente e amplo, permitindo a chegada ao cérebro físico de muitos
conhecimentos adquiridos diretamente pela consciência búdica, ou seja, a consciência
atuando diretamente no mundo búdico por meio do átomo búdico permanente, pois o
átomo mental permanente está conectado com o átomo búdico permanente e este com
o átomo átmico permanente.

Dessa forma conseguiremos enxergar muito mais coisas sobre a existência e a


manifestação, acrescentando por nos mesmos mais informações com respeito à
individualização. O objetivo do Mestre é que façamos isto.

Considerando que o Homem é Mônada ou Espírito servindo-se de instrumentos e


corpos (Tríades superior e inferior, Loto egoico e corpos mental inferior, astral e físico),
todos feitos de matéria energizada por vidas dévicas, podemos realmente afrmar que
o Homem é um deva, reunindo em si os três aspectos da divindade: o eu, o não-eu e o
vínculo inteligente num sentido muito vital.

No eu podemos ver a Vontade de Deus, Shiva, a força elétrica positiva, o fogo elétrico,
o Fogo.

1243
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No não-eu podemos ver a Mente de Deus, Brahma, a força elétrica negativa, o fogo por
fricção, a chama.

No vínculo inteligente podemos ver o Amor de Deus, Vishnu, o meio equilibrador, o fogo
solar, a Chispa.

Devemos enfatizar que o homem, em tempo (ao longo do processo evolutivo) e em


espaço (nos diversos esquemas planetários), manifesta simultaneamente os três
aspectos com grande força e intensidade somente no fnal do processo de evolução.

Assim como o Logos solar, o Macrocosmos, evidencia primeiramente atividade pela


matéria (Brahma), em seguida Ele realça o aspecto intermédio (Vishnu) e fnalmente Ele
destaca o aspecto vontade (Shiva), igualmente o homem, o microcosmos, segue esse
comportamento.

Assim temos no homem o aspecto Brahma predominando através do não-eu


materialista, ou seja, a atividade da matéria. Isto ocorre nas etapas subumanas (no
período pré-individualização) e nos primeiros ciclos da Vida da Personalidade:

a. Primeiro
estado selvagem.
ciclo
b. Segundo
homem médio.
ciclo
c. Terceiro o triunfante homem
ciclo intelectual.
Em seguida começa a se destacar e a predominar gradualmente o aspecto Vishnu,
amor-sabedoria, servindo-se do aspecto Brahma, manas ou mente. Abrange as etapas
fnais da vida da personalidade humana e o período de crescimento egoico que inclui
as duas Iniciações fnais:

a. Primeiro o Caminho de Provação (aspirante e


ciclo discípulo em prova).
b. Segundo o Caminho de Iniciação (até a terceira
ciclo Iniciação).
c. Terceiro o Caminho que abrange as quarta e quinta
ciclo Iniciações.
Vemos claramente que cada um desses dois ciclos maiores está dividido em três ciclos
menores como aspectos secundários, dando a entender que o primeiro ciclo menor
refere-se a Brahma , o segundo ciclo menor a Vishnu e o terceiro ciclo menor a Shiva.
Assim temos:

1244
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. Aspecto Brahma:

a. Primeiro
estado selvagem - Brahma/Brahma: atividade pura.
ciclo
b. Segundo
homem médio - Brahma/Vishnu: atividade/amor(desejo).
ciclo
c. Terceiro o triunfante homem intelectual - Brahma/Vishnu/Shiva: atividade/amor
ciclo (desejo)/vontade conduzida pelo desejo.
2. Aspecto Vishnu:

a.
Primeiro o Caminho de Provação - Vishnu através de Brahma: amor/atividade.
ciclo
b.
o Caminho de Iniciação (até a terceira Iniciação) - Vishnu mais forte
Segundo
através de Brahma: amor mais forte/atividade.
ciclo
c. o Caminho que abrange as quarta e quinta Iniciações - Vishnu mais forte
Terceiro através de Brahma/Shiva: amor mais forte através de manas e vontade
ciclo começando a se destacar.

Estudo 412

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - (e) A individualização, uma
forma de Iniciação - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Esta constitui uma
consumação momentânea porém, assim como no reino animal está latente e em estado
instintivo a mente humana....", na página 587, até "Podem ter vislumbres e uma ideia do
plano geral, porém os detalhes são todavia irreconhecíveis.", na página 588.

Considerações.

Continuando Sua análise do processo evolutivo da Mônada humana sob a ótica dos
três aspectos do Logos: Brahma (terceiro aspecto, Inteligência Ativa, Manas), Vishnu
(segundo aspecto, Amor-Sabedoria, Budi) e Shiva (primeira aspecto, Vontade, Atma), o
Mestre Djwal Khul considera agora o aspecto Vontade (Shiva, Atma).

As duas etapas anteriores, de Brahma e Vishnu, abrangendo desde o homem no estado


selvagem até o iniciado da quinta Iniciação planetária (o Adepto), são realizações

1245
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
momentâneas, ou seja, são sucessivas. Assim a terceira etapa tem de ser realizada. Os
três aspectos sempre estão presentes, contudo sempre prevalece um aspecto, o que é
perfeitamente demonstrado pelas três subdivisões de cada etapa.

Sabemos que no reino animal está latente e embrionária a mente humana e no reino
humano o aspecto Budi encontra-se também latente e embrionário. Igualmente o
aspecto mais elevado da Mônada, Atma (Vontade), acha-se latente e embrionário na
fase fnal do esforço humano, na fase da quinta Iniciação planetária, quando começa a
se manifestar efetivamente, exigindo desenvolvimento e expansão.

A manifestação intensa desses três aspectos é explicada pelo Mestre à luz dos três
fogos: por fricção, solar e elétrico. Isto tem a ver com o aperfeiçoamento das formas e
sua adequação e capacitação para expressar as qualidades da Mônada ou Espírito.

Quando na etapa de Brahma o fogo por fricção tríplice, o tríplice fogo da matéria: fogo
por fricção/por fricção, fogo por fricção/solar e fogo por fricção/elétrico, estão em
perfeita sintonia (fundidos) e em intensa atividade, signifcando que a forma já adquiriu
um bom grau de aperfeiçoamento, então o fogo solar (também tríplice) ou fogo da
mente, emanado pelo Ego, pode se manifestar e exteriorizar, utilizando-se do fogo da
matéria e intensifcando-o mais ainda. Até aí o fogo da mente ou solar estava latente na
matéria, aguardando sua oportunidade. Esta é a etapa de Vishnu.

Quando na fase fnal da etapa de Vishnu, a quinta Iniciação planetária, o fogo solar
tríplice já está em intensa atividade e em sintonia com o fogo da matéria, produzindo
calor e luz, o que signifca forte radioatividade, é aí que o fogo elétrico tríplice da
Mônada pode atuar com crescente poder, tornando perceptíveis suas qualidades em
graus cada vez mais elevados, demonstrando toda sua glória.
Começa então a etapa de Shiva, Atma. O fogo elétrico da Mônada estimula e intensifca
os fogos solar e por fricção, ao mesmo tempo que aumenta e incrementa sua atividade
e seu poder, forçando a sintonia (fusão) dos três fogos. Neste crescente aumento de
poder, chega um momento em que o fogo solar ou da mente, ao estimular o fogo por
fricção, faz com que a vibração da matéria atinja um tal grau de amplitude e
frequência, que a coesão da forma não pode mais ser mantida. Aí então a matéria da
forma é dispersada, desaparecendo o fogo por fricção por não existir mais a matéria
da forma. Mas as qualidades desenvolvidas por meio do fogo por fricção são
assimiladas pelo fogo solar.

Durante algum tempo fcam juntos o fogo elétrico e o fogo solar, que assimilou o
conteúdo do fogo por fricção. Todavia o fogo solar é o elemento de união entre o fogo

1246
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
elétrico e o fogo por fricção e, por isto, não existindo mais o fogo por fricção, cessa a
utilidade do fogo solar. O fogo elétrico então assimila as qualidades desenvolvidas pelo
fogo solar, o qual já contém as qualidades desenvolvidas pelo fogo por fricção. Quando
o fogo elétrico conseguiu assimilar todo o conteúdo do fogo solar, ele, fogo elétrico
puro, brilha com toda a sua glória, todo o seu poder e toda a sua radioatividade,
marcando o fnal de um ciclo, mas não sendo o último ciclo, pois um ciclo mais elevado
e mais amplo começará.

Tudo o que foi dito acima em termos de fogos deve ser interpretado como o trabalho e
o esforço da Mônada, a geradora dos fogos, embora utilizando-se dos fogos inerentes
à matéria.

Na quarta Iniciação o Loto Egoico é desintegrado, pela ação estimulante do fogo


elétrico da Mônada sobre os fogos já sintonizados solar e por fricção, quando então o
fogo por fricção é dispensado, sendo seu conteúdo absorvido pelo fogo solar.

Esta questão de absorção do conteúdo de um fogo por outro fogo mais elevado deve
ser esclarecida. O Mestre dá uma ideia deste processo de absorção, quando diz que o
fogo do Espírito puro (aumentado e intensifcado pela essência gasosa do fogo da
matéria ou "fogo por fricção, colorido e feito irradiante" pelo fogo da mente)
resplandece em perfeita glória, de maneira que o único que se vê é uma chama
vibrante.

Analisemos estas palavras do Mestre. "Fogo por fricção, colorido e feito irradiante pelo
fogo da mente" signifca que o fogo da mente ou solar atua sobre o fogo por fricção
elevando a sua frequência vibratória (feito irradiante) e conferindo-lhe novas
qualidades (colorido).

"Aumentado e intensifcado pela essência gasosa do fogo da matéria" signifca que o


fogo da mente ou solar, por ser de maior frequência, abstrai e assimila todas as
informações e qualidades do fogo por fricção ou da matéria (essência gasosa).

Assim o fogo do Espírito puro, o fogo elétrico da Mônada, por ser de maior frequência
vibratória e de maior energia, sendo o fogo arquetípico para os outros dois fogos,
estimula nesses dois fogos (solar e por fricção) as qualidades e informações
arquetípicas, faz com que o fogo solar assimile as qualidades e informações do fogo
por fricção, o que constitui a essência gasosa do fogo por fricção e fnalmente assimila
todo o conteúdo de qualidades e informações do fogo solar, tornando-se o único fogo
dominante, em toda a sua glória e poder, sintetizador dos outros dois fogos. Passa a
ser uma única chama vibrante, como diz o Mestre.

1247
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Sabemos pela eletrônica que as ondas eletromagnéticas contêm uma infnidade de
informações e todos nos convivemos com essas ondas eletromagnéticas no nosso
trato diário com celulares, televisão, rádio, internet etc.

Não vamos entrar em detalhes técnicos a respeito do processo pelo qual a onda
eletromagnética armazena informações. É sufciente saber que a chave é a vibração ou
oscilação da partícula. É por isso que a Lei de Vibração impera na matéria adi, a divisão
arquetípica do físico cósmico.

Por esse processo evolutivo de atuar sobre a matéria por meio dos fogos, a Mônada
experimenta, aprende e desenvolve e expande seus poderes, capacitando-se para
capacitações mais elevadas.

O Mestre destaca três passos importantes no processo evolutivo das Mônadas, em


função dos fogos.

A individualização é o passo de intensifcação do fogo por fricção (Manas), ligado a


Brahma ou Atividade Inteligente. É o passo da autoconsciência.

A Iniciação é o passo da intensifcação do fogo solar (Budi), ligado a Vishnu ou Amor-


Sabedoria. É o passo que leva da autoconsciência para a consciência grupal ou
coletiva.

A Identifcação é o passo de intensifcação do fogo elétrico (Atma), ligado a Shiva ou


Vontade. É o passo que conduz da consciência grupal ou coletiva para a consciência
total de todos os grupos no cumprimento da Vontade do Logos solar. É um tipo de
realização completamente inconcebível para o homem comum. É concebível, embora
não praticável ainda, para os Mestres da Hierarquia que se encontram agora na Terra,
os quais trabalham conscientemente cumprindo a Vontade do Logos planetário na
Terra. Todavia ainda estão muito distantes de compreender plenamente a Vontade e o
Propósito do Logos solar a medida que atua através do sistema. Eles têm vislumbres e
uma ideia do plano geral, porém os detalhes são irreconhecíveis. O iniciado que na
atualidade está em preparação para a terceira iniciação planetária, a primeira solar,
aceita plenamente essas informações do Mestre Djwal Khul sobre a Identifcação,
reconhecendo-as como lógicas e perfeitamente de acordo com o processo evolutivo e,
por aceitá-las racionalmente, ou seja, por ter passado pelo crivo da sua razão (razão no
sentido de Budi), concentra-se no esforço e intensifca-o cada vez mais para captar e
entender claramente a parte do Propósito do Logos solar que cabe ao nosso Logos
planetário e ir mais além, no âmbito do Sistema Solar, para executar a sua pequena
parcela. Embora seja uma tarefa gigantesca, isto não o esmorece, pelo contrário

1248
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estimula-o.

Obviamente esta última etapa, da Identifcação, é conquistada nas iniciações superiores


à quinta.

Estudo 413

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (a).
Encarnação cósmica, planetária e humana. Páginas 588 e 589.

"c. A Encarnação.

a. Cósmica, planetária e humana. Tendo considerado a autoconsciência, a medida que


se logra por intermédio de um tipo determinado de substância dévica proporcionada
pelos Agnishvattas para o corpo do Ego, entraremos agora no estudo da encarnação
cósmica, planetária e humana. Um indício a respeito da constituição dos Pitris e
Manasadevas solares pode chegar ao estudante que refita sobre o lugar que ocupa o
ente egoico no corpo do Logos planetário e no centro particular do qual é parte
componente. Os Manasadevas e os Dhyan Chohans que produzem a autoconsciência
no homem, constituem em realidade a energia e a substância do Homem celestial
cósmico.

A palavra "encarnação" em seu acepção radical signifca expressar a verdade


fundamental que implica tomar um corpo físico denso, e tecnicamente deveria ser
aplicada somente a esse período de manifestação que concerne aos três subplanos
inferiores do

a. plano físico cósmico, em relação com um Logos solar e um Logos planetário;


b. plano físico do sistema, em relação com o homem.
Foi conservado seu signifcado com respeito às entidades cósmicas, porém quando se
considera o homem, o termo se aplica à unifcação do duplo etérico com o corpo físico
denso, ou à apropriação, por parte do homem, do veículo composto da substância do
subplano superior do plano físico cósmico em seus aspectos mais inferiores. Esta
diferença tem certo signifcado e deve ser recordada. Dita apropriação está regida
pelas mesmas leis que governaram a apropriação, por parte do Logos, de Seu veículo
físico. A fm de ter uma ideia do que é este procedimento, seria de valor considerar os

1249
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
distintos tipos de pralaya e meditar sobre os períodos que transcorrem entre as
diferentes encarnações. Desde o ponto de vista de qualquer ente implicado, um pralaya
é um período de passividade, de cessação de toda atividade, que envolve objetividade,
porém desde o ponto de vista do grande todo, com o qual o ente pode estar implicado,
um pralaya poderia ser considerado simplesmente como uma transferência de força
de uma parte a outra. Embora o ente possa estar temporariamente desvitalizado no
que se refere a sua forma, sem embargo, a Entidade maior persiste e segue ativa.
Consideraremos o tema primeiramente desde o ponto de vista humano e estudaremos
o pralaya no que afeta à Mônada em encarnação. (40) Temos cinco tipos de pralaya
dos quais podemos muito nos ocupar. Primeiro devemos observar o fato de que esta
condição refere-se principalmente às relações entre Espírito e matéria, donde se
produz uma condição na substância pela ação do fator energizante, o Espírito.
Portanto, tem a ver com a relação existente entre os devas maiores e os devas
menores que representam a substância vivente quando realizam a construção da
forma regidos pela Lei proveniente da Vontade de Deus. Será evidente para o
estudante, que se refere à relação do Espírito Santo com a Mãe. Se as ideias
formuladas neste tratado têm sido cuidadosamente seguidas, é óbvio que ao estudar a
questão do pralaya estamos estudando a relação que existe (em tempo e espaço) entre
a energia positiva do Logos solar, do Logos planetário e do Homem com a substância,
única substância pela qual lhe é possível manifestar-se. Devido a esta relação produz-
se a existência nos planos objetivos."

(40) "Fundamentalmente existem três classes de Pralaya. D. S. II, 78-79-80.


1. Pralaya solar. Ocorre ao fnalizar cem anos de Brahma. Marca a reabsorção dentro
da unidade; o fm da manifestação do sistema solar. Concerne ao Logos solar.
2. Pralaya incidental. É posterior aos dias de Brahma. Marca períodos entre
manvantaras. A forma temporal cessa porém a dualidade permanece. Concerne a um
Logos planetário.
3. Pralaya individual. Logrado por um homem na quinta iniciação. Marca o logro da
perfeição. Concerne à Mônada.
Existe também o pralaya vinculado com a evolução humana que chamamos
devashânica. Concerne à personalidade."

Estudo 414

1250
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (a).
Cósmica, planetária e humana - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "c. A
Encarnação. a. Cósmica, planetária e humana. Tendo considerado a autoconsciência, a
medida que se logra....", na página 588, até "Devido a esta relação produz-se a
existência nos planos objetivos.", na página 589.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul irá agora entrar no estudo da encarnação, nos níveis cósmico,
planetário e humano, após ter explanado profunda e amplamente o processo da
autoconsciência, a qual é proporcionada pelos Agnishvattas (Anjos solares), que se
doam com Sua substância na construção do Loto egoico, o corpo de expressão do Ego
(veículo da Mônada). Pela refexão sobre o lugar ocupado e a função exercida pelo Ego
no corpo e no centro particular do Logos planetário do qual é parte componente, é
possível obter indícios sobre a constituição dos Anjos solares.

Quando o Mestre diz que os Manasadevas e os Dhyan Chohans que produzem a


autoconsciência no homem (portanto os Anjos solares), constituem em realidade a
energia e a substância do Homem celestial cósmico (o Logos solar), Ele está se
referindo à totalidade dos Anjos solares nesse trabalho de autoconsciência nos seres
humanos, em todos os esquemas planetários do sistema solar, na parte densa do corpo
físico cósmico do Logos solar, a qual é composta pelas matérias mental (gasosa
cósmica), astral (líquida cósmica) e física (sólida cósmica). Recordamos que o Logos
solar toma plena posse de Seu corpo denso, quando as Mônadas humanas se
individualizam.

O Mestre destaca que a palavra "encarnação" só deveria ser aplicada à posse de um


corpo físico denso, que é o período de manifestação nos três subplanos inferiores do:

a. plano físico cósmico (mental, astral e físico), para o Logos solar e os Logos
planetários;
b. físico do sistema, para o homem.
Todavia com referência às entidades cósmicas a palavra "encarnação" signifca a
manifestação através de um corpo físico cósmico, constituído pelas matérias adi,
monádica, átmica, búdica, mental, astral e física.

Cabe destacar que, com referência ao homem, o vocábulo "encarnação" aplica-se à


unifcação do corpo etérico com o corpo denso. Analisemos as palavras do Mestre

1251
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
neste trecho: "veículo composto de substância do subplano superior do plano físico
cósmico em seus aspectos mais inferiores."; o subplano superior do plano físico
cósmico é o plano adi, o plano arquetípico para todos os planos inferiores, sendo o
plano físico do sistema constituído pelos quatro éteres e pelos três estados da
matéria: gasoso, líquido e sólido, a manifestação mais inferior (a mais densa) do plano
adi. Recordamos que os átomos de todos os planos do sistema são formados a partir
de átomos adi. Assim fcam esclarecidas as palavras do Mestre.
Esta diferença entre a encarnação de uma entidade cósmica e a do homem tem certo
signifcado e deve ser lembrada. A apropriação pelo homem de um veículo físico está
regida pelas mesmas leis que regem a apropriação pelo Logos de Seu veículo físico.

O Mestre diz que para termos uma ideia deste procedimento, será muito útil considerar
os distintos tipos de pralaya e meditar sobre os períodos entre as diferentes
encarnações.
Para qualquer ente um pralaya é um período de cessação de toda atividade objetiva
em relação a um tipo de matéria ou plano. Para o grande todo, o Ente maior, com o qual
o ente menor possa estar implicado, um pralaya do ente menor é apenas uma
transferência de força de uma parte a outra.

Embora o ente menor possa estar temporariamente desvitalizado no que se refere a


sua forma, contudo a Entidade maior persiste e segue ativa. Exemplifquemos. Quando
um homem morre, cessa a sua encarnação, ou seja, sua manifestação objetiva no
mundo físico, passando esse homem à manifestação objetiva somente no mundo
astral, embora ele conserve seu corpo mental inferior (sem considerar o corpo causal).
Para o Logos planetário implicado houve somente uma transferência de um núcleo de
força da parte sólida para a parte líquida de Seu corpo denso.

Inicialmente será estudado o tema pralaya do ponto de vista humano e no que afeta à
Mônada em encarnação. Existem cinco tipos de pralaya que podem muito bem ser
estudados.

Primeiramente deve ser observado o fato de que o pralaya está ligado principalmente
com as relações entre Espírito (Mônada) e matéria, resultando dessa relação uma
condição na substância (matéria) pela ação do fator energizante, a Mônada. Em
conseqüência tem a ver com a relação entre os devas maiores e os devas menores que
são a substância viva, quando realizam a construção da forma regidos pela Lei
proveniente da Vontade de Deus, nosso Logos solar no nosso caso.

Isto, em outras palavras, é a relação do Espírito Santo (os devas) com a Mãe (a matéria

1252
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
não fecundada), produzindo o Filho (a forma) e então a relação do Filho (a forma
ocupada pela Mônada) com a Mãe (a matéria fecundada pelos devas).

Assim fca evidente que ao estudarmos o assunto pralaya, estamos estudando a


relação existente (em tempo ao longo dos ciclos de encarnação e em espaço nos
diversos esquemas planetários) entre a energia positiva do Logos solar, do Logos
planetário e do homem, com a substância dévica, única substância pela qual lhes é
possível manifestar-se. Por esta relação é produzida a existência nos mundos objetivos.

Temos portanto em manifestação objetiva nos níveis cósmico, planetário e humano,


matéria ou substância energizada pelos devas energizada por Mônadas logoicas e
humanas. É uma dupla energização, devendo prevalecer a energização monádica.

Isto deve fcar bem claro no estudo dos pralayas e da encarnação.

Estudo 415

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya e 1. O período de pralaya entre duas encarnações - Páginas 589,
590, 591 e 592.

"b. A natureza do pralaya. Podemos considerar o pralaya como o trabalho de


"abstração" e o método que põe a forma sob o aspecto Destruidor do Espírito, atuando
sempre sob a Lei de Atração, da qual a Lei de Síntese é subsidiária. A lei básica do
sistema rege a relação de todos os átomos com o conglomerado de átomos, e do eu
com o não-eu. Desde o ponto de vista ocultista é a mais poderosa demonstração de
força no sistema e se, de forma inconcebível, a lei cessasse de atuar, instantaneamente
o sistema e todas suas formas planetárias, humanas e não humanas deixariam de ser.
Por um ato de vontade o sistema É; por um ato de vontade egoica o homem aparece.
Quando a Vontade do Logos, do Homem celestial e do Ego divino humano se dedicam a
outros fns, a substância de Seus veículos é afetada e sobrevém a desintegração. Os
cinco tipos de pralaya que concernem ao ser humano são os seguintes:

1.O período de pralaya entre duas encarnações. É de natureza tríplice e afeta a


substância dos três veículos: físico, astral e mental, reduzindo a forma a sua
substância primitiva e dissipando sua estrutura atômica. A energia do segundo aspecto

1253
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(o construtor da forma) retira-se por vontade do Ego, e os átomos que compõem a
forma dissociam-se entre si, retornando à fonte de reserva donde voltarão a ser
retirados quando chegue o momento. Isto é produzido gradualmente por meio das
etapas que já conhecemos:

A primeira etapa consiste em retirar a força vital do veículo etérico do tríplice corpo
físico (denso, líquido e gasoso) e a conseguinte "corrupção", sendo "dispersado nos
elementos". O homem objetivo desaparece e o olho físico já não o vê embora se ache
em seu corpo etérico. Quando a visão etérica estiver desenvolvida, a ideia da morte
assumirá proporções muito diferentes. Quando a maioria da raça puder ver um homem
atuar em seu corpo físico etérico, o abandono do corpo denso será considerado como
uma "liberação".

A seguinte etapa consiste em retirar a força vital do corpo etérico e em desvitalizá-lo.


O etérico só é uma extensão de um aspecto do sutratma ou fo, e este fo é tecido pelo
Ego dentro do corpo causal em forma similar a como uma aranha tece sua teia. Pode
ser encurtado ou esticado a vontade, e quando já foi decidida a duração do período de
pralaya, este fo de luz ou de fogo solar (observem a palavra solar) se retira e volta ao
subplano atômico onde seguirá vitalizando o átomo permanente, mantendo-se
conectado dentro do corpo causal. Então os impulsos de vida, no que se refere ao
plano físico, centralizam-se dentro da esfera atômica.

A terceira etapa consiste em retirar a força vital da forma astral para que se
desintegre em forma similar e a vida se centralize dentro do átomo astral permanente.
Adquiriu uma acrescentada vitalidade por meio da existência no plano físico, e lhe deu
cor por meio da experiência astral.

A etapa fnal para o átomo humano consiste em ser retirado do veículo mental. As
forças vitais, depois desta abstração quádrupla, centralizam-se totalmente dentro da
esfera egoica; o contato com os três planos inferiores segue sendo possível por meio
dos átomos permanentes, centros de força dos três aspectos da personalidade.

Em cada encarnação as forças vitais adquirem, por meio do emprego dos veículos,

a. uma atividade acrescentada, armazenada no átomo físico permanente,


b. uma coloração, armazenada no átomo astral permanente,
c. uma qualidade de força ou propósito ativo, armazenada na unidade mental,
atuando como faculdade no Devachan.

O Devachan (41, 42) é um estado de consciência que refete a vida da Personalidade,

1254
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esse estado elevado que chamamos consciência nirvânica, logrado pela ação egoica,
refetido tenuemente nos entes separados (e, por conseguinte, matizados pelo prazer
egoísta e separatista) que se encontram grupalmente em dito estado. Nesse estado
elevado de consciência cada ente separado, por meio da autorrealização, participa da
realização grupal, residindo ali sua felicidade, não sentindo já a separação senão
unicamente união e unidade essenciais. Portanto, como pode naturalmente deduzir-se,
não existe devachan para o selvagem ou o homem pouco evoluído, pois não lhes
corresponde nem têm mentalidade para compreendê-lo; a isto se deve a rapidez com
voltam a encarnar e a brevidade do período do pralaya. Em tais casos o Ego, em seu
próprio plano, tem muito pouco que assimilar no resto das encarnações, daí que o
princípio vida se retira rapidamente da forma mental, impelindo o Ego a reencarnar
quase imediatamente.

Quando a vida da personalidade tem sido plena e rica, porém não tem alcançado a
etapa em que o eu pessoal pode colaborar conscientemente com o Ego, a
personalidade atravessa períodos nirvânicos cuja duração depende do interesse na
vida e da capacidade do homem para refetir sobre suas experiências. Mais tarde,
quando o Ego domina a vida da personalidade, o homem se interessa por coisas mais
elevadas, e o nirvana da alma converte-se em sua meta. Já não lhe interessa o
devachan. Todavia, aqueles que estão no Caminho (seja de provação ou de Iniciação)
por regra geral não vão ao devachan, senão que encarnam imediatamente ao girar a
roda da vida, o que agora sucede pela colaboração consciente entre o eu pessoal e o
Eu divino ou Ego."

(41) "Deva-Chan." (3) Quem vai ao Deva-Chan ? Logicamente o Ego pessoal, porém
beatifcado, purifcado e santifcado. Cada Ego - a combinação dos sexto e sétimo
princípios que depois do período de gestação voltou inconscientemente a nascer no
Deva-Chan, é necessariamente tão inocente e puro como uma criatura recém
nascida. Por ter voltado a nascer demonstra-se simplesmente a preponderância do
bem sobre o mal em sua antiga personalidade. Enquanto o Karma (do mal) afasta-se
momentaneamente a fm de segui-lo em sua futura reencarnação terrena; não leva
consigo mais que o Karma de suas boas ações, palavras e pensamentos ao Deva-
Chan. "Mal" é um termo relativo para nós - como tem sido dito mais de uma vez - ; a
Lei de Retribuição é a única que nunca falha. Por isso, todos os que não tem caído na
lama do pecado e da bestialidade irredimíveis vão ao Deva-Chan. Mais adiante, terão
que pagar pelos pecados cometidos voluntária ou involuntariamente. Durante tanto
são recompensados, recebem os efeitos das causasproduzidas por eles.

1255
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

"Logicamente, é um estado por assim dizer, de intenso egoísmo durante o qual um


Ego colhe a recompensa de seu altruísmo na terra. Acha-se totalmente absorvido na
felicidade produzida por todos seus afetos pessoais terrenos, preferências e
pensamentos, recolhendo o fruto de suas ações meritórias. Nenhuma dor, afição,
nem sequer uma sombra de pena obscurece o luminoso horizonte de sua felicidade
absoluta, é um estado de "Maya" perpétuo... Considerando que a percepção
consciente da personalidade de um indivíduo sobre a terra só é um sonho que se
desvanece, essa sensação será também um sonho no Deva-Chan - só que cem vezes
intensifcado."
......................................
" "Bardo" é o período entre a morte e o renascimento - e pode durar desde alguns
anos até um kalpa. Está dividido em três subperíodos; (1) quando o Ego liberado de
seu mortal envoltório penetra no Kama-Loka (a residência dos Elementais); (2)
quando entra em "Estado de Gestação" (3) quando volta a nascer no Rupa-Loka do
Deva-Chan. O primeiro subperíodo pode durar desde alguns minutos até certo
número de anos - se são empregadas as palavras "poucos anos" sem uma explicação
anterior confundem e resultam inúteis; o segundo subperíodo é "muito largo", talvez
mais largo do que podem imaginar, sem embargo está de acordo com o vigor
espiritual do Ego; o terceiro subperíodo dura em proporção ao bom karma, depois do
qual amônada volta a reencarnar."
......................................
".....Cada efeito deve estar em proporção com a causa. Assim como a extensão do
período da existência encarnada do homem proporcionalmente é pequena,
comparado com os períodos de existência entre nascimentos no ciclo manvantárico,
assim os bons pensamentos, palavras e ações de qualquer destas "vidas" num globo,
causam efeitos cujo desenvolvimento requer mais tempo que a evolução das causas."

De The Mahatma Letters to A. P. Sinnett, pags. 100-108.

(42) Devachan. Um estado intermédio entre duas vidas terrenas no qual entra o Ego
depois de ter se separado de seus aspectos ou envoltórios inferiores.

Estudo 416A

1256
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 1. O período de pralaya entre duas encarnações - Considerações
sobre o conteúdo do parágrafo " É de natureza tríplice e afeta a substância dos três
veículos: físico, astral e mental, reduzindo a forma....", na página 590, até "....atuando
como faculdade no Devachan.", na página 591.

Considerações.

Neste trecho Mestre Djwal Khul explica as experiências do homem nos períodos entre
as três "mortes", ou seja, os três pralayas, referentes aos três mundos inferiores:
físico, astral e mental inferior. Essas mortes ocorrem pela retirada, por vontade do Ego,
da energia construtora de formas do segundo aspecto: Amor-Sabedoria-Razão Pura,
levando os átomos que constituem os veículos a se separarem, retornando ao depósito
de reserva, para posterior utilização no momento oportuno.

Na primeira morte, a física, primeiramente o corpo etérico é retirado do corpo denso


(partes sólida, líquida e gasosa) e por falta do agente vitalizador (o corpo etérico), as
partículas do corpo denso perdem a capacidade de atuarem em conjunto, como uma
unidade e iniciam uma atividade individual e independente. Conservam apenas os fogos
intrínsecos à matéria (o fogo por fricção inerente aos átomos), mas sem os fogos
vitalizadores oriundos da Mônada via Ego e assim começa o processo de corrupção ou
putrefação do cadáver. É a dispersão nos elementos.

Todavia o homem apenas desaparece aos olhos físicos, saindo da objetividade do


mundo físico denso, pois continua vivo e objetivo em relação ao mundo etérico,
separado do mundo físico denso. Quando a visão etérica estiver ao alcance de todos, a
morte perderá a imagem que tem atualmente, passando a ser uma simples
transferência de um veículo para outro, mais sutil e mais dinâmico e de maior
liberdade.

Na fase seguinte a força de vida é extraída do corpo etérico por vontade do Ego,
fcando as partículas desse corpo apenas com os fogos inerentes à matéria etérica,
sem a força de coesão do Ego.

O corpo etérico, com toda a sua trama, é uma extensão do sutratma em seu aspecto
coesão, ou seja, do fogo solar, que mantém unidas as partículas etéricas, formando os
fos da trama, melhor dizendo, os fos condutores da trama, como um fo de cobre
conduz a corrente elétrica em nossas casas. É por isto que o Mestre chama o sutratma
de fo de luz ou de fogo solar e pede que observemos a palavra solar.

1257
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O sutratma pode ser encurtado e alongado a vontade e a prova disso está no fato de o
homem poder se ausentar do corpo físico (denso e etérico) em seu corpo astral
durante o sono, retornando ao corpo físico quando termina a viagem astral, fcando o
sutratma sempre ligado ao corpo físico, pois, se houver o rompimento do sutratma,
ocorrerá a morte física.

A retirada do corpo etérico consiste em recolher essa extensão do sutratma até que
ela fque totalmente contida no átomo físico permanente, o qual fca sob o centro do
Loto egoico, logo abaixo da Joia no loto, dentro da periferia do corpo causal,
juntamente com o átomo astral permanente e a unidade mental. Toda a energia de vida
emanada pela Mônada via Ego, no que se aplica ao mundo físico, fca centralizada no
átomo físico permanente.

A terceira fase é o recolhimento da energia de vida da Mônada do corpo astral, energia


que fui também pelo sutratma, passando pelo átomo astral permanente e, após o
recolhimento, essa energia fca centralizada no átomo astral permanente, o qual
continua sendo o ponto de contato com o mundo astral.

Pela falta do agente de coesão emanado pela Mônada via sutratma os átomos e
moléculas do corpo astral se dispersam, retornando ao depósito central para posterior
utilização.

Após essa morte astral o átomo astral permanente fca enriquecido com maior
vitalidade, devido às experiências no mundo físico e com maior capacidade vibratória
(maior capacidade de gerar cores), devido às experiências no mundo astral.
Lembramos que o átomo astral permanente está em permanente comunicação com o
átomo físico permanente.

A última etapa é o recolhimento da energia de vida monádica do corpo mental inferior,


energia essa que também fui pelo sutratma, passando pela unidade mental. Com esse
recolhimento acontece o mesmo que ocorreu com os corpos denso, etérico e astral: a
desintegração do corpo mental inferior, com o retorno das moléculas mentais para o
depósito central. A energia de vida monádica fca centralizada na unidade mental, a
qual é o ponto de contato com o mundo mental inferior.

Resumindo os resultados adquiridos pelas experiências nos mundos físico, astral e


mental inferior, após as três mortes, temos o seguinte:

a. O átomo físico permanente aumentou sua capacidade de atividade, fcando em


condições de produzir um corpo físico com propriedades e características mais

1258
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
elevadas e refnadas, na próxima encarnação, para a expressão física de novas
qualidades.

b. O átomo astral permanente aumentou sua capacidade de vibrar, podendo gerar


frequências mais elevadas e com maior amplitude, o que permitirá que o corpo astral
na próxima encarnação seja construído com moléculas astrais mais sutis, de
subplanos mais elevados, o que ensejará a expressão de emoções mais nobres e
elevadas. Em termos de cores, podemos dizer que o corpo astral fcará mais colorido.

c. A unidade mental aumentou seu poder, pela maior dinamização da espira que
expressa o quinto princípio, manas, o que fará com que na próxima encarnação o
novo corpo mental inferior seja construído com moléculas mentais mais refnadas,
tendendo a moléculas do quarto subplano mental, o mais elevado do mental inferior.
Isto signifca que um propósito ativo de maior qualidade pode ser executado na
encarnação seguinte.
Todas essas expansões nos três componentes da Tríade inferior são analisadas pelo
Ego (quando o Ego já está bem desperto no mundo causal ou mental superior) e
transformadas em faculdade, no chamado Devachan, o mundo causal, sede dos Egos
ou Almas.

Estudo 417

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 1. O período de pralaya entre duas encarnações - Considerações
sobre o conteúdo do parágrafo "O Devachan 41, 42 é um estado de consciência que
refete a vida.....", na página 591, até "....pela colaboração consciente entre o eu pessoal
e o Eu divino ou Ego.", na página 592.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá valiosos ensinamentos a respeito do chamado


Devachan, que ocorre no mundo causal ou mental superior. Como sabemos o Ego ou
Alma é a manifestação da Mônada através da Joia no loto, dentro do Loto egoico. O
Loto egoico é feito de matéria mental superior ou causal, inicialmente do terceiro

1259
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
subplano, sendo substituída por matéria mental dos segundo e primeiro subplanos, a
medida que prossegue o processo evolutivo da Mônada. Essa matéria mental do Loto
egoico é vitalizada pelo Anjo solar, sendo seu veículo e é o Anjo solar que possibilita ao
Ego ter autoconsciência nos mundos mental, astral e físico.

Analisemos profundamente as palavras do Mestre à luz dos ensinamentos que Ele


passa ao longo do Seu valioso livro, sobre o Ego e o mundo mental.

Inicialmente vejamos Suas palavras: "O Devachan é um estado de consciência que


refete a vida da Personalidade". Refetir a vida da Personalidade signifca que nessa
etapa em que os três corpos inferiores: físico, astral e mental inferior, foram
desintegrados e a consciência do Ego está centralizada no corpo causal e no Loto
egoico, o Ego recapitula a experiência vivenciada na última encarnação. Sabemos que o
corpo causal possui sentidos de percepção (jnanaindriyas) e mecanismos de ação
(karmaindriyas), pelos quais o Ego interage com o meio exterior do mundo causal. Ora
os Lotos egoicos e os Egos têm graus diferentes de desenvolvimento, assim como o
homem ao encarnar tem várias etapas de crescimento:bebê, criança, adolescente,
adulto, maturidade etc. Assim existem Egos nos quais os sentidos do corpo causal
ainda não estão plenamente desenvolvidos e ativos. Os Egos primitivos (dos selvagens),
que estão fortemente identifcados com o corpo físico, não alcançam o Devachan,
porque não têm ainda capacidade de relacionamento com o mundo causal, por causa
da precariedade dos jnanaindriyas (os sentidos de percepção), que propiciam
informações para a mente, estando pois sonolenta sua consciência nesse mundo.

Os Egos com o corpo causal mais desenvolvido, mas ainda fortemente identifcados
com a personalidade, quando chegam a essa etapa de consciência causal, apenas
revivem mentalmente a última vida da personalidade. Na realidade vivem um sonho
nesse mundo causal, considerando que a matéria mental superior ou causal é sem
forma (arupa), no sentido em que vemos as formas nos mundos físico, astral e mental
inferior.

Já quando o Ego encarnado percebe a dualidade, ou seja, que Ele, Ego, não é a
personalidade, então Ele começa realmente a viver no mundo causal nessa etapa após
a morte física e vai gradualmente passando de simples recapitulação da última vida da
personalidade para a análise dessa vida, fazendo planos para a próxima encarnação e
começa a se interessar pelo mundo causal e a observá-lo, procurando entendê-lo. Aí os
sentidos de percepção (jnanaindriyas) e os mecanismos de ação (karmaindriyas) vão
se desenvolvendo e o Ego cresce e expande sua consciência.

1260
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando o Ego já domina sua personalidade, o que signifca que já está no caminho
iniciático, Ele efetivamente vive o elevado estado que o Mestre denomina "consciência
nirvânica", realmente conquistado pela ação egoica, como diz o Mestre. É aí que o Ego
consegue produzir refexos de seu estado de felicidade nos outros Egos de seu grupo.
A intensidade desse refexo depende do grau de evolução dos Egos que recebem o
refexo. Quanto mais sintonizado estiver o Ego que recebe o refexo com o Ego refetor,
maior será a intensidade do refexo. É óbvio que o Ego que recebe o refexo sente um
prazer egoísta e separatista, se for um Ego que ainda não percebeu e identifcou a
unidade que deve reinar nos grupos egoicos e entre os grupos egoicos. O Ego de um
iniciado, que já está bastante avançado na conquista da autorrealização, sente
felicidade em contribuir com a sua autorrealização para a realização do grupo, sendo
esta a razão da sua felicidade.

Quando o Ego avançado (iniciado) já conhece plenamente o mundo causal e os três


inferiores (mental inferior, astral e físico) e domina totalmente a personalidade, Ele
passa a se interessar pelo mundo búdico e dedica fortemente seus esforços para
conhecer plenamente esse mundo mais elevado. Por isso Ele perde totalmente o
interesse na etapa do Devachan e procura encarnar rapidamente, pois está decidido a
se livrar da roda de encarnações, ou seja, a conquistar a quarta iniciação planetária, a
segunda solar.

A questão de encarnar com a colaboração consciente entre o eu pessoal e o Eu divino


ou Ego é o resultado do domínio total do Ego sobre sua Tríade inferior, da qual é
gerada a personalidade.

Estudo 418

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 2. O período entre ciclos egoicos - Páginas 592 e 593.

"2. O período entre ciclos egoicos. Aqui se oculta o mistério das 777 encarnações que
concerne ao vínculo que existe entre a unidade e seu grupo no plano egoico, antes de
se desenvolver a quinta pétala. Corresponde ao período do homem compreendido
entre a etapa do selvagem e a do discípulo, quando é um homem comum, mas que
todavia se encontra nas duas Aulas. Aqui reside o mistério de todas as raças-raiz; os

1261
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ciclos egoicos coincidem com a construção das formas e civilizações raciais. Um
homem encarnará repetidas vezes nas diferentes sub-raças de uma raça-raiz até ter
atravessado determinado ciclo, logo tem de passar por um período pralayaco, até que
em uma raça-raiz posterior (e às vezes muito posterior) responderá a seu chamado
vibratório, que lhe fará sentir novamente o impulso egoico por encarnar. Como
exemplo disso devemos recordar que a atual humanidade mais avançada não encarnou
até a quarta raça-raiz. Estes ciclos constituem um dos mistérios da iniciação, embora
um dos primitivos que se revelam na segunda iniciação, e permitem ao iniciado
compreender sua posição, perceber algo da natureza dos impulsos karmicos e ler seu
próprio arquivo à luz astral.

Estes devem ser considerados como os dois períodos pralayacos menores e


concernem principalmente à vida nos três mundos."

Estudo 419

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - Considerações sobre o parágrafo "2. O período entre ciclos
egoicos.", na página 592, até "....e concernem principalmente à vida nos três mundos.",
na página 593.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho dá explicações sobre os ciclos egoicos pelos quais
passa o Ego ou Alma nos três mundos inferiores: físico, astral e mental. São períodos
de pralaya de menor duração, quando comparados com os pralayas de maior duração,
mesmo considerando as 777 encarnações (777 é uma média). Estes ciclos estão
ligados ao vínculo existente entre o Ego e seu grupo egoico no mundo causal, antes de
desenvolver-se a quinta pétala do Logo egoico, a pétala de Amor/Amor, que é a
segunda pétala do segundo círculo de pétalas, o círculo de Amor, o qual é composto
das seguintes pétalas: Amor/Conhecimento, Amor/Amor e Amor/Vontade ou Sacrifício.

Em termos de evolução este período abrange a etapa do selvagem, o homem recém


individualizado e a do discípulo, quando é um homem comum, porém encontrando-se
simultaneamente nas duas Aulas: da Ignorância e do Aprendizado, quando o círculo de
Amor do Loto egoico já começou a se abrir.

1262
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estes ciclos egoicos se expressam através das raças-raiz e sub-raças. Em cada raça-
raiz e nas sub-raças específcas qualidades são desenvolvidas pelo Ego, com a
concomitante abertura de pétalas do Loto egoico. As diversas civilizações têm muito a
ver com esse processo. O Ego encarna várias vezes em diferentes sub-raças de uma
raça-raiz durante determinado ciclo. Tudo é devidamente planejado. Quando concluiu
um ciclo, ou seja, conseguiu desenvolver determinadas qualidades relacionadas com as
pétalas do Loto egoico, o Ego passa por um período de pralaya, até que em uma raça
posterior, e às vezes muito posterior, ele volta a encarnar. Quando o Ego avança muito
rapidamente, ele se adianta em relação à humanidade, e aí então tem de esperar até
que a humanidade apresente condições para ele encarnar e desenvolver novas
qualidades, prosseguindo sua evolução nos mundos inferiores. Um Ego só pode
encarnar quando a humanidade encarnada ofereça a ele condições para ele aprender e
expressar suas qualidades conquistadas. Temos um exemplo disso nos Egos
provenientes da cadeia lunar, que tiveram de aguardar até o advento da quarta raça-
raiz, a atlante, depois da raça lemuriana, na qual esses Egos não poderiam encarnar,
dada a rudeza dos corpos. Eles não iriam aprender nada, nem seriam úteis ao homem
lemuriano. Como sempre, impera a Lei de Economia, ou seja, o máximo de
aproveitamento das oportunidades.

Aos Egos que evoluem muito rapidamente, muito acima da taxa de evolução da
humanidade, é dada a oportunidade de prosseguir na sua evolução acelerada através
da ronda interna. Eles passam a encarnar nos globos sutis do esquema, nos globos
cinco ou E, de matéria etérica, seis ou F, de matéria astral e sete ou G, de matéria
mental. Nesses globos esses Egos avançados encontram as condições para prosseguir
no desenvolvimento das qualidades que propiciarão a abertura das pétalas do Loto
egoico. Assim é a Justiça divina, dando oportunidades àqueles que se esforçam para
evoluir rapidamente, não fcando na dependência da lerdeza da humanidade. Em casos
mais raros, de muito maior velocidade de evolução, o Ego encarna em esquemas mais
adiantados.

Estes ciclos egoicos são um dos mistérios revelados na iniciação, embora um dos
primeiros revelados na segunda iniciação, e por isso o iniciado que conquistou a
segunda iniciação pode saber sua posição evolutiva, captar informações sobre seus
impulsos kármicos e ler seu próprio arquivo à luz astral, ou seja, conhecer seu passado.

Este tema é muito interessante e propicia muita luz a respeito do processo evolutivo, o
que permite em muito acelerar esse processo, tendo em vista os conhecimentos e
informações adquiridos e aplicados.

1263
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 420

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 3. Depois vem o período em que adquire a liberação. Página 593.

"3. Depois vem o período em que adquire a liberação. Nesta etapa, o homem, a alma
liberada, logrou de acordo com a lei, "abstrair-se" da matéria dos três mundos.
Empregou substância dévica, trabalhou com ela e estabeleceu todos os contatos
vibratórios possíveis, adquirindo todos os "conhecimentos" e "revelações" que lhe
correspondem; os devas já não podem mantê-lo prisioneiro. É livre até que, consciente
e voluntariamente, possa regressar, em outra ronda, como membro de uma Hierarquia,
a fm de continuar Seu trabalho de serviço para a humanidade pouco evoluída dessa
época distante. Como isto se refere aos sete caminhos de oportunidade que se
apresentam ao Mestre, não nos ocuparemos dele. (43) Este é o grande pralaya
humano."

(43) "Os sete Caminhos por um dos quais todos devemos passar:
Primeiro Caminho O Caminho de Serviço na Terra.
Segundo Caminho O Caminho do Trabalho Magnético.
Terceiro Caminho O Caminho dos Logos Planetários.
Quarto Caminho O Caminho para Sirius.
Quinto Caminho O Caminho de Raio.
Sexto Caminho O Caminho dos Logos Solares.
Sétimo Caminho O Caminho da Filiação Absoluta."

Estudo 421

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - Considerações sobre o parágrafo "3. Depois vem o período em
que adquire a liberação.", na página 593.

Considerações.

1264
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Neste parágrafo o Mestre Djwal Khul dá informações muito preciosas e valiosas, as
quais podem ser muito expandidas e inspirar novas informações e concepções sobre o
nosso processo evolutivo, se refetirmos e meditarmos profunda e demoradamente
sobre elas. É exatamente isto que o Mestre quer que façamos, o que nos levará ao
despertar da mente abstrata e em seguida de budi.

Este período começa quando o homem conquista a quinta Iniciação planetária, a


terceira solar, a meta da nossa quarta cadeia, fcando assim liberado efetivamente dos
cinco mundos do esforço humano: os mundos físico, astral, mental (liberação
conquistada na quarta Iniciação planetária), búdico e átmico.

Analisemos as palavras do Mestre.

"Abstrair-se" da matéria dos três mundos." - Signifca que experimentou todas as


vibrações dos mundos físico, astral e mental; com outras palavras, experimentou todas
as sensações físicas (boas e más), o sufciente para conhecê-las, entendê-las e dominá-
las e por meio delas conhecer o mundo físico e suas leis; experimentou as emoções e
sentimentos (bons e maus), o sufciente para entendê-los, conhecê-los e dominá-los,
para conhecer o mundo astral e suas leis; experimentou o mundo da mente, o mental,
em suas duas partes, o concreto e o abstrato, pensamentos concretos e pensamentos
abstratos, usou e aperfeiçoou os sentidos de percepção (jnanaindriyas) e os
mecanismos de ação (karmaindriyas) do corpo mental, vivenciou o que podemos
chamar as "sensações" do corpo mental, em ambos os lados, bom e mau, conseguiu
dominar o corpo mental e conhecer o mundo mental e suas leis. Por ter conhecido e
entendido esses três mundos inferiores, através da própria experiência e ter percebido
mundos superiores de muito mais intensidade de vida, desliga-se (abstrai-se) desses
mundos inferiores e dedica-se a viver nos mundos superiores: búdico e átmico.

Experimenta tudo o que é possível nesses dois mundos superiores, adquirindo mais
conhecimentos, expandindo muito mais sua consciência e seu poder, sente a intensa
vida desses mundos , para no fnal desse ciclo (na quinta Iniciação) abandonar esses
mundos, para viver no mundo monádico, onde irá aprender muito mais.

Todas essas vitórias da Mônada humana são domínios sobre os devas que constituem
a substância dos veículos dela e dos mundos nos quais Ela evolui. Por isso o Mestre diz
que os devas já não podem mantê-lo (o homem ou Mônada humana) prisioneiro.

O aprendizado que a Mônada humana liberada dos cinco mundos inferiores tem pela
frente está descrito nos sete caminhos que Ela tem de escolher na sexta Iniciação (da
Decisão), os quais são:

1265
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. O Caminho de Serviço na Terra.
2. O Caminho do Trabalho Magnético.
3. O Caminho dos Logos Planetários.
4. O Caminho para Sirius.
5. O Caminho de Raio.
6. O Caminho dos Logos Solares.
7. O Caminho da Filiação Absoluta.
Posteriormente, em outra ronda, poderá voltar, consciente e voluntariamente, como
membro de uma Hierarquia, para continuar seu serviço para a humanidade pouco
evoluída dessas época distante.

Se considerarmos a atual humanidade ainda muito distante da meta e aquelas Mônadas


humanas cujas Tríades inferiores ainda estão no reino animal (os animais domésticos),
como também aquelas Tríades inferiores que ainda aguardam o ingresso no reino
animal, podemos ter uma ideia da humanidade com a qual esses Iniciados liberados
terão de lidar, quando continuarem o Seu serviço. Este período entre a sexta Iniciação e
o regresso para este serviço é o grande pralaya humano. Na realidade é pralaya sob
nosso ponto de vista, mas sob o ponto de vista desses Iniciados é um período de
intensa atividade, pois inclui aprendizado e treinamento num tipo de matéria
inconcebível para o homem comum, as matérias cósmicas astral, mental e búdica.

Estudo 422

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 4. Pralaya planetário. Páginas 593 e 594.

"4.Pralaya planetário.

O homem, depois destes acontecimentos cíclicos, forma parte consciente de seu grupo
e é um ponto vibrante num centro do corpo de um Homem celestial, percebendo
conscientemente o lugar que lhe corresponde no grande todo. Isto signifca que há de
saber de que centro é um ponto de energia, deve conhecer que tipo de força há de
transmitir e manipular desde níveis cósmicos e há de estar em relação consciente com
os outros seis centros da Vida planetária à qual está associado.

Este período de atividade consciente em substância etérica (da qual está formado o

1266
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
corpo planetário) persiste de acordo com o karma do Senhor planetário, pois o ente
está agora conscientemente associado ao karma planetário e ajuda a cumprir a
vontade e propósito do Senhor de seu Raio. Nos planos superiores do sistema esta
etapa persiste durante a vida de um esquema, à qual segue um período de pralaya que
começa antes de fnalizar a sétima ronda de qualquer esquema, ou da quinta ronda se
a Lei de Persistência de um esquema atua em ciclos quíntuplos. Aqui estou falando em
termos amplos e gerais; o karma dos entes difere, e um homem - de acordo com o
caminho que elege depois da quinta iniciação - permanece em, e trabalha dentro de seu
próprio esquema, porém podem ocorrer alterações ocasionadas pelos seguintes
fatores:

a. O karma planetário.
b. A vontade do Senhor de seu Raio.
c. As ordens que emanam do Logos solar e lhe são dadas depois da liberação, via o
Logos planetário e por intermédio do Chohan de seu Raio.
Então é "abstraído", de acordo com uma misteriosa lei planetária que só se aplica em
níveis etéricos cósmicos, e transferido a seu destino. Se interpretamos o que antecede
em termos de energia e de radioatividade, evitando os perigos de fazê-lo em forma
material, o signifcado se esclarecerá."

Estudo 423

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 4. Pralaya planetário - Considerações - Páginas 593 e 594.

Considerações sobre o Pralaya planetário.

Quando a Mônada humana recebe a quarta Iniciação, da Renúncia, libera-se dos três
mundos inferiores (físico, astral e mental) e passa a se relacionar com o meio exterior
através da Tríade superior, composta pelos átomos permanentes mental, búdico e
átmico. Sua vida e atividade se desenvolvem nas matérias búdica, átmica, monádica e
adi, a medida que conquista as iniciações superiores: quinta, sexta, sétima, oitava e
nona.

Nessa etapa já tem plena consciência do grupo a que pertence, sendo um membro

1267
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ativo e atuante num centro (chacra) do corpo de um Homem celestial, sabendo
claramente o lugar que deve ocupar no grande Todo (o Logos planetário) e os detalhes
e a natureza do centro logoico no qual agora é um trabalhador ativo e plenamente
consciente. Deve conhecer a natureza da força cósmica com a qual irá operar e saber
se relacionar consciente e efcientemente com os outros seis centros do Logos
planetário ao Qual está ligada, pois sabemos que os centros logoicos se comunicam,
igualmente aos centros humanos.

A duração deste período de atividade consciente da Mônada humana na matéria


etérica cósmica do corpo físico cósmico do Logos planetário depende do karma do
Logos, uma vez que agora o Iniciado está conscientemente associado ao karma do
Logos e O ajuda a cumprir Sua vontade e propósito.

Este trabalho nas matérias superiores do corpo físico logoico persiste por toda a vida
de um esquema, sendo seguido por um pralaya, que começa antes do fnal da sétima
ronda de qualquer esquema ou da quinta, se, de acordo com a Lei de Persistência, as
cadeias são executadas em cinco rondas.

É assim de forma geral. Os karmas dos entes são diferentes e o homem, de acordo
com o caminho que escolheu após a quinta Iniciação, permanece trabalhando dentro
do esquema ao qual pertence, mas podem ocorrer mudanças, provocadas pelos
seguintes fatores:

1. O karma do Logos planetário.


2. A vontade do Senhor de seu Raio.
3. As ordens ditadas pelo Logos solar, que lhe chegam ao conhecimento através de
seu Logos planetário e do Chohan de seu Raio.
Quando tal acontece, o iniciado é retirado ("abstraído"), segundo uma misteriosa lei
planetária que só se aplica nos níveis etéricos cósmicos, sendo transferido para o seu
destino.

Tudo o que acima foi dito deve ser interpretado dentro dos conceitos de energia,
evitando os perigos da interpretação materialista. O Iniciado é um operador, que
manipula e transforma energias, adequando-as para fns específcos.

Quando o Iniciado escolhe um caminho, na sexta Iniciação, ele aprende e é treinado


para manipular e controlar energias defnidas com objetivos cósmicos. Quando ele é
transferido, é deslocado como uma unidade de energia ativa consciente para uma
região central onde imperam as energias nas quais ele se especializou. Citando um

1268
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
exemplo, temos o caso de um iniciado que se especializou na matéria mental cósmica
em suas sete diferenciações. Quando ele é transferido, é deslocado para um centro
dentro do corpo de um Senhor cósmico, em cujo centro predomina a matéria mental,
em cuja diferenciação ele é especialista.

Estudo 424

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 5. O grande pralaya - Páginas 594, 595 e 596.

"5. O grande pralaya. Este intervalo ocorre ao fnalizar cada cem anos de Brahma, e
destrói qualquer tipo de formas - sutis e densas - em todo o sistema. É um período
análogo ao que nos ocupamos de elucidar, a retirada do homem de seu veículo etérico
e de sua capacidade de atuar no plano astral, dissociado de sua forma física dual.
Poderá observar-se que dentro do sistema o homem passa por um processo similar
quando retira o corpo etérico do veículo físico denso, ao fnalizar o mahamanvantara.
Abarcará o período em que os quatro Raios menores se fundem e mesclam, a fm de
achar a dualidade e seus polos opostos. Oportunamente os quatro se convertem em
dois, sintetizando-se todos no terceiro Raio maior. Porém ainda não chegou o momento,
pois faltam incontáveis eons. Ele constitui a primeira aparição do aspecto destruidor
vinculado aos esquemas planetários e marca o princípio do período em que "o
efervescente calor derreterá" os "Céus" e o Sol se transformará em sete sois. (44)

A analogia microcósmica pode observar-se no processo seguinte. O átomo físico


permanente absorve toda a força vital do corpo físico, daí que aumenta seu calor e luz
congênitos, até que na quarta iniciação as sete espiras estão completamente
vitalizadas e vibrantes. O calor interno do átomo mais o calor externo do corpo egoico,
onde o átomo está localizado, produzem aquilo que destrói o átomo permanente.
Momentaneamente, e logo antes da destruição, transforma-se num minúsculo sétuplo
sol devido à irradiação e à atividade das espiras. O mesmo acontece com o sol físico do
sistema; em forma similar se transformará em sete sois quando tenha absorvido a
essência vital dos planos totalmente evoluídos e dos esquemas planetários-- que neles
existem. A confagração que se segue é o trabalho fnal do aspecto Destruidor, o qual
assinala o momento do desenvolvimento-- mais elevado da substância dévica no

1269
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sistema, a consumação do trabalho de Agni e de seus anjos de fogo e a iniciação de
Brahma. Então a substância atômica se individualizará (o que, como já sabemos, é a
meta para o átomo), e depois do grande pralaya, o próximo sistema solar começará a
manifestar-se com o tríplice Espírito, através da substância essencialmente
caracterizada pelo amor ativo inteligente. Isto logicamente resulta incompreensível
para nossas mentes de quarta ronda.

Temos considerado assim os diversos tipos de pralaya, no que afetam ao ente humano;
cada ente encontra oportunamente seu caminho para um dos centros astrais cósmicos
dessa determinada Entidade cósmica, o Senhor que corresponde a seu Raio; portanto,
durante o grande pralaya, esses entes humanos, que tenham obtido a realização e não
passaram a outros centros cósmicos distantes, encontrarão ali seu lugar.

Antes de ocupar-nos dos pralayas planetário e cósmico, poderíamos considerar as


relações existentes entre os Agnishvattas (que causaram a individualização do homem
animal neste planeta) e outros ciclos anteriores de evolução, e a razão pela qual só os
temos tratado desde o ponto de vista de um mahamanvantara e de um kalpa. Não
temos considerado especifcamente o grupo de Agnishvattas, Kumaras e Rudras
relacionados com a Terra, porque temos tratado o tema desde o ponto de vista
planetário e não em relação com a família humana. O estudante que procura obter uma
informação detalhada com respeito aos Agnishvattas da cadeia terrestre, não tem mais
que estudar A Doutrina Secreta. Temos procurado levar o pensamento do estudante
mais além de sua pequena esfera própria, até considerar o trabalho dos Manasadevas
no sistema solar. Em cada esquema têm Seu lugar, porém em alguns - como no
esquema de Júpiter - recentemente estão começando Seu trabalho e em outros - como
os esquemas de Vulcano e Vênus - quase O têm terminado. Vênus passa por sua última
ronda e quase desenvolveu à perfeição seu quarto reino, ou até onde lhe é possível
lográ-lo no sistema. No esquema terrestre estão em pleno trabalho, só na próxima
ronda demonstrarão a culminação de Sua atividade. Passam ciclicamente através dos
esquemas de acordo com a Lei - Lei do Karma para o Logos planetário, pois ocupam-se
essencialmente de Sua vida a medida que ativam Seus centros. Chegam a um esquema
numa onda de energia manásica, proveniente do centro coronário do Logos, e ao
passar através de seu centro cardíaco ocorrem três coisas:

1. Dividem-se em sete grupos.


2. Dirigem-se como correntes de energia a algum esquema particular.
3. Seu contato com um esquema produz a manifestação da quarta Hierarquia

1270
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
criadora e leva as Mônadas a adquirir forma nos três mundos.
As entidades que Se sacrifcam pela Hierarquia humana (devemos observar aqui a
veracidade do fato de que emanam do centro coronário logoico ou aspecto vontade),
são os verdadeiros Salvadores que oferecem Suas vidas pelo bem da raça. Constituem
para a totalidade dos esquemas o que a Hierarquia oculta de qualquer planeta em
particular é para o homem do planeta implicado. Durante o pralaya retiram-se (como
todos os demais) da manifestação e regressam a um centro cósmico do qual o centro
coronário logoico não é mais que um tênue refexo, retornando enriquecidos pela
experiência recolhida.

O Antigo Comentário diz:

"O deva brilha com maior luz quando nele penetrou a virtude da Vontade. Colhe cor,
como o segador recolhe o trigo e o armazena para nutrir a multidão. A mística Cabra
reina sobre as hostes dévicas. Makara é e não é, sem embargo o vínculo persiste."

As rondas aparecem e desaparecem (exceto desde o ponto de vista de um planeta


determinado), os Manasadevas estão sempre presentes, embora sua infuência não se
faça sentir sempre."

(44) D. S. IV, 264 - 265 - 266.

Estudo 425

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 5. O grande pralaya - Considerações sobre o parágrafo "5. O
grande pralaya. Este intervalo ocorre ao fnalizar cada cem anos de Brahma, e destrói
qualquer tipo de formas - ......", até "Isto logicamente resulta incompreensível para
nossas mentes de quarta ronda.", nas páginas 594 e 595.

Considerações.

O grande pralaya é iniciado quando ocorre a morte física cósmica do Logos solar. Uma
encarnação física cósmica do Logos solar (os chamados cem anos de Brahma) tem
uma duração média de 311 trilhões e 40 bilhões de anos terrestres. Este pralaya é
análogo ao pralaya humano , quando o homem abandona seu corpo físico (a morte) e
passa a viver no mundo astral servindo-se de seu corpo astral. Igualmente o Logos

1271
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
solar abandona e desintegra Seu sistema solar, começando pelas partes física, astral e
mental, respectivamente as partes cósmicas sólida, líquida e gasosa, retirando-se para
Seu corpo etérico cósmico, as partes búdica, átmica, monádica e adi, para posterior
abandono e desintegração dessas partes etéricas cósmicas. Ele passa então a viver no
mundo astral cósmico, por meio do Seu corpo astral cósmico.

Antes os quatro Raios menores, quarto, quinto, sexto e sétimo, fundem-se e mesclam-
se, para achar a dualidade e seus polos opostos. Os quatro convertem em dois:
quarto/sexto e quinto/sétimo, fnalizando na síntese no terceiro Raio maior. Mas falta
muito ainda para isto ocorrer.

Quando chegar o momento de o Logos solar exalar Seu "último suspiro" (o grande
pralaya), o Sol (esse nosso Sol visível) absorverá as energias vitais (os fogos) das sete
matérias totalmente evoluídas (física, astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi) e
dos esquemas planetários, transformando-se em "sete sois" , por causa das sete
matérias, quando se diz que "o efervescente calor derreterá" os "Céus". Para a
astrofísica é o momento em que o Sol entrará na fase de expansão, que antecede o
colapso fnal.

É a consumação do Trabalho do Senhor Agni, signifcando o ápice da evolução dévica


para o atual sistema. É a iniciação de Brahma, o terceiro aspecto.

Ocorrerá então a "individualização", em seu nível, da substância atômica, a qual será


utilizada no próximo sistema solar como substância cuja essência será o amor ativo
inteligente, pelo acréscimo do amor no atual sistema, para a manifestação do tríplice
Espírito, prevalecendo o aspecto Vontade.

Tudo isto ocorrerá pela conjunção dos fogos atuantes em todas as matérias do físico
cósmico.

Estudo 426
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 5. O grande pralaya - Considerações sobre o parágrafo "Temos
considerado assim os diversos tipos de pralaya, no que afetam o ente humano......", na
página 595, até ".......3. Seu contato com um esquema produz a manifestação da quarta
Hierarquia criadora e leva as Mônadas a adquirir forma nos três mundos.", na página
596.

Considerações.

1272
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre Djwal Khul deixa bem claro o trabalho glorioso que está reservado para
aqueles que conquistam a meta da nossa cadeia, a quinta Iniciação planetária, a
terceira solar, e prosseguem nas conquistas maiores. Quando ingressam no caminho
escolhido na sexta Iniciação, da Decisão, após liberados do seu trabalho ligado à
Hierarquia planetária, são treinados e aprendem uma elevadíssima atividade cósmica e
quando concluem o aprendizado e são "diplomados", vão trabalhar num chacra do
corpo astral cósmico da Entidade cósmica que é Senhor do Raio do Iniciado.

Para ter uma ideia rudimentar desse tipo de vida e trabalho na matéria astral cósmica
dentro de um chacra de uma Entidade cósmica Senhor de um Raio é imprescindível ter
consciência iniciática, como diz o Mestre. Ter consciência iniciática é entender o que é
viver e atuar no mundo das energias, totalmente livre de qualquer forma dos três
mundos inferiores, inclusive a Alma ou Ego, é ter noção da vida da Tríade superior, o
que só é possível por meio do antakarana, que estabelece o contato direto da unidade
mental com o átomo mental permanente da Tríade superior. Só assim é possível
entender, mesmo estando encarnado, o que é viver e atuar nos mundos amorfos (sem
forma), o que o Senhor CRISTO expressou pelas palavras "Vida mais plena" e "Tesouros
do reino de meu Pai", sendo "meu Pai" a Mônada.

Essa vida mais plena se expande e se eleva cada vez mais, a medida que o Iniciado
prossegue na conquista de iniciações mais elevadas.

O Mestre realça Seu objetivo de estimular a pesquisa do estudante para a esfera do


sistema solar, para que ele não fque restrito a seu pequeno mundo, a Terra. O trabalho
dos Agnishvattas ou Manasadevas é de fundamental importância em todos os
esquemas do nosso sistema solar. O nível de atividade desses excelsos Seres é um
indicador do nível evolutivo de um esquema planetário.

No esquema de Júpiter ainda estão no começo do Seu trabalho, mas nos esquemas de
Vulcano e Vênus estão quase no fm. A humanidade do esquema de Vênus está bem
próxima do ápice da perfeição para este sistema solar, a perfeição de Budi. Por isto
Vênus está passando por sua última ronda.

No nosso esquema Eles estão em pleno trabalho, mas só na próxima ronda, a quinta,
atingirão o cume de Sua atividade. Nessa quinta ronda ocorrerá o "Dia do Juízo" do
nosso Logos planetário, quando o "joio será separado do trigo", como diz a Bíblia, ou
seja, serão expulsos aqueles que não apresentarem condições de conquistar a quinta
Iniciação planetária nesta cadeia. Por isto é muito importante o desenvolvimento da
mente (manas) ao máximo, com o objetivo de expressar budi, para se enquadrarem no

1273
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"trigo", na próxima ronda e não serem expulsos do esquema, o qual entrará num
período de aceleração para a conquista da perfeição prevista, após a batalha que será
travada no mundo mental entre as forças do mal e as do bem, com a vitória das forças
do bem, as quais reinarão soberanas no esquema, sendo expulsas defnitivamente as
forças do mal. Esta batalha no mundo mental repercutirá fortemente na Terra, pois o
"Dia do Juízo" ocorrerá na metade da quinta ronda, quando a onda de Vida logoica
estiver na Terra.

Os Manasadevas chegam em um esquema numa onda de energia manásica emanada


pelo chacra coronário do Logos solar e quando passam pelo Seu chacra cardíaco Eles
se dividem em sete grupos, um para cada Raio, cada grupo se dirige para um esquema
determinado como uma corrente de energia e chegando ao esquema levam as
Mônadas humanas a adquirirem forma nos três mundos inferiores: mental, astral e
físico.

Estudo 427

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 5. O grande pralaya - Considerações sobre o parágrafo "As
entidades que se sacrifcam pela Hierarquia humana (devemos observar aqui a
veracidade do fato de que emanam do centro coronário logoico ou aspecto vontade),
são os verdadeiros Salvadores.....", na página 596, até "......O pralaya é o resultado da
radioatividade levada a seu fm.", na página 597.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul afrma que os Anjos solares são real e efetivamente os Salvadores
da humanidade. Ao entregarem-se totalmente para que as Mônadas humanas utilizem
Seus corpos para terem autoconsciência nos três mundos inferiores e dominarem
estes mundos, os Anjos solares verdadeiramente provam que sabem responder com
toda efciência às energias do centro coronário do Logos solar, o centro onde a
Vontade logoica se manifesta e a Vontade está ligada ao Sacrifício, tendo a palavra
sacrifício o signifcado de tornar sagrado, pois esta palavra provém da expressão latina
"sacer fctio", onde sacer, sacra, sacrum, signifca sagrado e fctio, fctionis, signifca
criação, formação. Portanto os Anjos solares verdadeiramente tornam o homem

1274
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sagrado. A Sua grandeza é tanta que quando ocorre o grande pralaya Eles retornam
para um centro cósmico do qual o centro coronário logoico é um tênue refexo. Mas
retornam mais enriquecidos pela experiência adquirida no trabalho com as Mônadas
humanas nos esquemas planetários do nosso sistema solar.

As palavras do Antigo Comentário são bem esclarecedoras, embora simbólicas, ao


enfatizar o aspecto Vontade. A expressão "A mística cabra" signifca o Senhor da
Constelação de Capricórnio, que rege a quinta Hierarquia criadora, que tem o nome de
Makara, os Crocodilos.

Os Anjos solares ou Manasadevas estão sempre presentes durante as rondas, embora


nem sempre Sua infuência se faça sentir.

Quando termina o período em que o Logos planetário enfoca Sua atenção num globo
de Sua cadeia e a transfere para outro globo, ocorre um pralaya de menor duração.
Nesse pralaya o Manu das Sementes recolhe para Sua aura todas as forças vitais e as
entidades em evolução e as prepara para a vida no globo seguinte. Para cada globo o
Logos planetário tem um planejamento objetivando um propósito. Esse pralaya entre
dois globos tem duração variável, sendo a média dada pelo cálculo:

Um dia de Brahma é a duração de uma ronda - uma ronda é constituída pela passagem
pelos sete globos - logo, dividindo um dia de Brahma por sete temos 0,14 dia de
Brahma aproximadamente, mas nesse valor estão incluídos o período no globo e o
pralaya entre globos - como esse pralaya deve ter duração um pouco menor que o
período no globo, podemos formular como hipótese racional o valor 0,06 dia de
Brahma para o pralaya entre globos - usando a tabela da página 59 do Tratado,
achamos: 4.320.000.000 anos terrestres (um dia de Brahma) x 0,06 = 259.200.000
anos terrestres, como duração estimada do pralaya entre globos.

Cálculo semelhante pode ser feito para o pralaya entre duas cadeias e duas rondas.

Quanto ao dez da perfeição que o Mestre cita, sabemos que o Logos solar executa o
dez da perfeição (página 317, VI Diagrama, no Tratado) através de sete esquemas:
Vulcano, Vênus, Marte, Terra, Mercúrio, Júpiter e Saturno (sintetizador) e mais dois
sintetizadores: Netuno e Urano e o Sol como o único Resolvente.

Os Logos planetário alcançam Suas metas em sete cadeias, mas necessitam de mais
três períodos para a síntese e o aperfeiçoamento do conquistado, sendo o último
período de resolução fnal. Eles aparecem no sistema solar (nascem) em épocas
diferentes. A duração das cadeias difere. Normalmente são sete rondas para uma

1275
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cadeia, todavia dois Logos planetários, Vulcano e Vênus, estão indo depressa e
executam o trabalho de uma cadeia em cinco rondas. Mas há um Logos planetário que
é campeão de velocidade de evolução, executando uma cadeia em apenas três rondas.
Todavia permanece a exigência de execução de nove ciclos para alcançar o propósito.

Há pralayas bem menores, referentes às vidas que se expressam pelos reinos sub-
humanos. Temos um exemplo disso no reino mineral, nos elementos radioativos, no
decaimento Alfa, quando um núcleo transforma-se em um núcleo diferente emitindo
uma partícula alfa (ou seja, um núcleo de hélio). Assim, por exemplo, quando o isótopo
do urânio 238U sofre um decaimento alfa, transforma-se em 234Th, um isótopo do
tório, através da reação:

238U 234Th + 4He.


Nesse processo há transferência de vida e um pequeno pralaya.

Há também um pralaya quando a vida é transferida de um reino para outro, por


exemplo do reino mineral para o reino vegetal.

Os Iniciados que trabalham no processo de transferência de vidas de um reino para


outro conhecem perfeitamente esses pralayas.

Estudo 428

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os


Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação -
(b) A natureza do pralaya - Do parágrafo "Ao considerar o pralaya planetário
poderíamos enumerar brevemente os seguintes períodos......", na página 596, até ".....O
pralaya é o resultado da radioatividade levada a seu fm.", na página 597.

"Ao considerar o pralaya planetário poderíamos enumerar brevemente os seguintes


períodos de passividade que têm lugar entre:

Dois Globos de uma Cadeia. Abarca o período em que é abstraída a semente de toda
vida e transferida de uma esfera a outra. O Manu das Sementes de um globo recolhe
para Si todas as forças vitais como o faz o Logos no fnal de um sistema; o mesmo
ocorre também ao fnalizar uma cadeia e as mantém passivas em Sua aura. Isto
compreende o período de um manvantara ou um dia de Brahma.

1276
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Duas Cadeias. Abarca o período de um mahamanvantara ou um ano de Brahma.

Há muitas maneiras de chegar a conhecer os ciclos maiores, porém é desnecessário


provocar confusão citando algarismos complicados. Os Dez Prajapatis ou Rishis ou os
Dez Logos planetários se manifestam por intermédio de Seus dez esquemas, em tempo
e espaço, diferindo a hora de Sua aparição. Cada um se manifesta como o faz o Logos
por meio de um setenário e uma tríade, somando o dez da perfeição.

Dois Sistemas Solares. Abarca o período de cem anos de Brahma; estudando os ciclos
planetários poderemos chegar a compreender estes ciclos maiores. Sem embargo, a
confusão do estudante se deve a que dois dos esquemas cobrem seus períodos
cíclicos em cinco rondas, enquanto que outros o fazem em sete; um esquema contém
nada mais que três rondas, e aqui se oculta um mistério: durante a ronda interna um
planeta tem que recorrer nove ciclos antes que se cumpra o propósito de seu Senhor.

Certos períodos menores de pralaya não se relacionam com o homem, concernem ao


átomo de matéria quando se libera de qualquer tipo de forma nos reinos sub-humanos.
O pralaya é o resultado da radioatividade levada a seu fm."

Estudo 429

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Os


Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação -
(c) - Tipos de renascimento humano - Páginas 597, 598 e 599.

"c. Tipos de renascimento humano. Quando estudamos a maneira de construir formas


mentais e os agentes para construí-las, consideramos:

1. A substância dévica com a qual se constroem.


2. A energia que as anima e sua fonte de origem.
3. Seu aparecimento em tempo e espaço, ou encarnação.
4. Seu desaparecimento ou pralaya.
5. As entidades construtoras que produzem estas formas, de maneira tríplice,
utilizam

a. A meditação, ato preliminar à construção.


b. A força dinâmica, ou a energia positiva que se apodera de seu polo oposto

1277
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(substância negativa) e a utiliza.
c. O método para dar cor ou qualidade que modela o que foi preparado.
d. A vitalização secundária que põe independentemente em movimento a forma
mental assim criada.
Consideraremos agora o mistério do renascimento ou a encarnação dessas vidas que
existem em matéria sutil e que, sem embargo, tratam de adquirir forma de acordo com
a lei; nos referiremos a seu propósito específco nos níveis físicos densos. Podemos
considerar isto em relação com as entidades cósmicas que tratam de existir no plano
físico do cosmos, nossos planos do sistema solar, ou com os jivas reencarnantes
impelidos pela Lei para a manifestação terrena, a fm de adquirir (por meio da vida
sensória) plena consciência e maiores faculdades e poder.

H. P. B. expressou que os renascimentos podem dividir-se em três tipos: (45)

a. Os dos Avatares.
b. Os dos Adeptos.
c. Os dos jivas que tratam de evoluir.
Àqueles que se esforçam por captar algo do mistério do renascimento, suas leis e
propósito, e se confundem quando consideram o mistério de Buda e o propósito
secreto dessa enigmática Entidade, o Observador Silencioso, e àqueles que encontram
quase insuperável o problema de compreender a posição dos Kumaras e Sua relação
com o Logos planetário, seria conveniente dizer-lhes que estudem e meditem sobre a
diferença que existe entre os princípios inferiores e os três superiores, o lugar e a
posição que estes princípios inferiores têm no corpo do Logos planetário e também
que refitam a respeito das analogias que existem entre:

a. O devachan do jiva reencarnante.


b. O nirvana do Adepto.
c. O pralaya de uma Entidade cósmica, tal com o Senhor de uma cadeia, o Senhor de
um esquema e o Senhor de um Raio.
Refro-me à analogia em seu sentido esotérico, unicamente em propósito e experiência,
e não à analogia detalhada. Pode-se dizer que os três estados constituem períodos de
desenvolvimento, largos ciclos de meditação e intervalos entre etapas de atividade. Daí
a ênfase posta sobre a prática da meditação no Oriente e em todas as escolas
ocultistas, porque constitui o meio que outorga ao ente, em treinamento, a capacidade
de adquirir o poder de:

1278
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. Abstrair-se ou liberar-se da forma.
b. Criar.
c. Dirigir a energia por um ato de vontade.
d. Atuar construtivamente no futuro.
Pela meditação um homem pode livrar-se da ilusão dos sentidos e de sua atração
vibratória; encontra seu próprio centro de energia positiva e é conscientemente capaz
de utilizá-lo; portanto se dá conta que seu verdadeiro Eu atua livre e conscientemente
mais além dos planos sensórios; penetra nos planos dessa Entidade maior dentro de
Cuja capacidade irradiante tem seu lugar; então pode levar a cabo conscientemente
esses planos, a medida que chega a captá-los nas diversas etapas de realização e a ser
consciente da unidade essencial. Porém quando um homem chega a liberar-se dos
objetos sensórios nos três mundos, também se dá conta da necessidade de continuar
meditando; esta forma de meditar - inconcebível para o homem nos três mundos -
absorve a atenção do Adepto e durante duas grandes etapas, precedendo cada uma as
duas Iniciações fnais, a sexta e a sétima. Não me refro aqui unicamente aos Adeptos
que "fazem o sacrifício" e escolhem renascer para servir no planeta, mas a todos os
adeptos. A liberdade de atuar em qualquer Caminho deve ser obtida pela meditação
ocultista; a liberdade de sair do "círculo não se passa" também é obtida desta maneira,
e o mesmo acontece durante essa curiosa etapa de passividade lograda por Aqueles
que se oferecem para servir como Hierarquia oculta na próxima ronda. NEles serão
acumuladas as sementes psíquicas do conhecimento, disponíveis na quinta ronda; isto
Lhes exige manter uma atitude receptiva para os acontecimentos que se produzem no
fnal de cada raça-raiz, quando tem lugar, em níveis mais sutis, um aprovisionamento de
forças psíquicas, que acumularão Aqueles que estão preparados para recebê-las. Seu
trabalho é análogo ao do Manu da Semente, que trabalha por meio de um setenário,
assim como o fazem esses aprovisionadores de forças vitais psíquicas.

Também para ditas Entidades cósmicas, como os Logos planetários, transcorrem


períodos de meditação, levados a cabo nos planos cósmicos e só são sentidos seus
efeitos em nosso plano. Meditam por meio de Seus cérebros físicos, portanto,
empregam substância como o faz o homem, porém o processo se efetua no cérebro
etérico. Deve refetir-se sobre isto, porque oculta um mistério. Também devemos ter
muito presente o fato de que alguns destes Senhores de Raio são mais efcientes na
meditação que outros, e os resultados obtidos em Seus esquemas são distintos."

(45) D. S. VI, 17 - 18 - 19 - 20.

1279
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 430

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (c) Tipos de
renascimento humano - Considerações sobre o parágrafo "c. Tipos de renascimento
humano. Quando estudamos a maneira de construir formas mentais e os agentes para
construí-las, ........", na página 597, até "......plena consciência e maiores faculdades e
poder.", na página 598.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul recapitula sucintamente o que explicou a respeito da
construção de formas mentais, os corpos de manifestação, e os que as constroem.

Os tópicos tratados foram os seguintes:

1. a matéria, substância animada por vidas dévicas, utilizada na construção das formas
mentais, incluindo os corpos de manifestação das Mônadas humanas, entre os quais
está incluído o Loto egoico.

2. A energia animadora, que são os Agnishvattas ou Anjos solares, cuja fonte


energética são os centros logoicos coronário (o cardíaco do coronário), cardíaco e
laríngeo.

3. A época do aparecimento, ou seja, da encarnação.

4. O pralaya ou saída da manifestação.

5. O método ou processo pelo qual os agentes construtores agem, que consiste em:

a. meditação, preliminar a qualquer construção,


b. a dualidade: a força positiva (dinâmica) apoderando-se do pólo oposto (a força
negativa) e a utilizando,
c. a técnica para colorir ou qualifcar na modelagem do que foi construído,
d. fnalmente a vitalização que libera a forma mental para sua atividade independente
na execução do propósito.
Nos trechos a seguir o Mestre dará explicações sobre a encarnação ou renascimento
(a manifestação densa) das Entidades que existem em matéria sutil, mas que
necessitam adquirir forma densa, de acordo com a lei, com o propósito de, através da
forma densa e da atividade sensória (utilização dos sentidos - jnanaindriyas e dos

1280
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mecanismos de ação - carmaindriyas), conseguir plena consciência, maiores faculdades
e mais poder. Tais Entidades são os Logos solar e planetários (Entidades cósmicas),
que encarnam no mundo ou plano físico cósmico (constituído pelos nossos sete planos
ou mundos, do nosso físico até o adi, que são subplanos do físico cósmico) e as
Mônadas humanas, que encarnam no nosso mundo físico, tendo também corpos
mental inferior e astral, cujas matérias constituem as matérias gasosa e líquida
cósmicas.

O Mestre enfatiza o propósito da encarnação de todas as Entidades: conseguir plena


consciência, maiores faculdades e mais poder. No caso das Mônadas humanas é
conhecer plenamente e dominar totalmente os 3 mundos inferiores, físico, astral e
mental, e posteriormente os mundos búdico e átmico, o que está expresso na meta da
atual cadeia planetária, a quarta: a 5ª Iniciação planetária, A Revelação, a 3ª solar.

No caso das Entidades cósmicas o propósito de conhecimento e domínio se aplica aos


mundos cósmicos físico, astral e mental.

Nesse processo um fato importante deve ser evidenciado: as Entidades cósmicas, ao


efetuarem suas conquistas, levam as Entidades menores, como as Mônadas humanas,
a efetuarem também suas conquistas nos mundos inferiores. Portanto sempre o mais
elevado, ao evoluir, leva o menos elevado a evoluir, cada um em seu respectivo nível.
Isto é uma Lei universal. O ser humano, em sua evolução, faz com que evoluam as
pequenas vidas que constituem seus veículos.

Estudo 431

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (c) Tipos de
renascimento humano - Considerações sobre o parágrafo "H. P. B. expressou que os
nascimentos podem dividir-se em três tipos: 45", na página 598, até ".......d. Atuar
construtivamente no futuro.", na página 599.

Considerações.

H. P. Blavatsky tratou do assunto renascimento ou reencarnação e o classifcou em


relação a três categorias de entidades: os Avatares, os Adeptos e os seres humanos.
Sabemos que reencarnar é adquirir uma forma física. Logicamente as condições da

1281
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
consciência da entidade que reencarna variam fortemente em função do nível
evolutivo. Os Avatares e os Adeptos, quando encarnam, o que fazem somente em
serviço para o Plano do Logos planetário, conservam a continuidade de consciência
que Eles conquistaram, continuidade de consciência que é meta do homem, por meio
do processo iniciático. Continuidade de consciência é manter plena e simultaneamente
a consciência nos mundos já conquistados, quando a entidade está encarnada
fsicamente, ou seja, adquiriu uma forma física.

O Mestre Djwal Khul recomenda o estudo e a retirada de conclusões da diferença


existente entre os princípios inferiores e os três superiores e da posição dos inferiores
no corpo do Logos planetário, para aqueles que querem captar alguma coisa do
mistério do renascimento, suas leis e propósito e fcam confusos ao considerarem o
mistério do Senhor Buda e o propósito secreto do Senhor do Mundo, SANAT KUMARA,
como também a posição dos Kumaras e Sua relação com o Logos planetário.
Recomenda também que estudem as analogias existentes entre três categorias de
entidades, que estão em três níveis evolutivos bem distanciados:

a. O devachan do jiva reencarnante, o ser humano.


b. O nirvana do Adepto, aquele que conquistou a 5ª Iniciação planetária, a 3ª solar e
está totalmente liberto da roda de encarnações físicas.
c. O pralaya de uma Entidade cósmica, como o Senhor de uma cadeia, o Senhor de
um esquema e o Senhor de um Raio.
O Mestre, ao falar de analogia, refere-se unicamente ao sentido esotérico, quanto ao
propósito e experiência, deixando de lado os detalhes da analogia. Em outras palavras,
Ele recomenda que sejam considerados somente os signifcados e a manipulação de
energias. De fato em toda analogia somente os signifcados e conceitos podem ser
considerados, jamais levando a analogia ao pé da letra.

Ao falar de meditação o Mestre enfatiza a sua importância e valor no processo


evolutivo, explicitando claramente os resultados.

Estudo 432

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (c) Tipos de
renascimento humano - Considerações sobre o parágrafo "Pela meditação um homem

1282
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pode liberar-se da ilusão......", na página 599, até ".....assim como o fazem esses
aprovisionadores de forças psíquicas.", na página 599.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul enfatiza mais uma vez o valor e a importância da meditação no
processo evolutivo e no trabalho e na atividade da Hierarquia, na execução do
Propósito do Logos planetário.

A libertação da ilusão dos sentidos e da sua atração vibratória é conseguida por meio
da meditação verdadeira e corretamente executada (a chamada meditação ocultista).
Isto signifca vencer o maia e a sensualidade. Portanto é imprescindível saber usar a
mente.

Pela meditação o homem encarnado encontra sua própria Alma (seu centro de energia
positiva) e pode utilizá-lo conscientemente pelo cérebro físico. Adquire a certeza de
que a Alma, seu verdadeiro Eu, atua e age livre e conscientemente em seu próprio
mundo, o mundo ou plano causal (o mental superior ou abstrato), além dos 3 mundos
dos sentidos, os 3 mundos inferiores, embora nos mundos causal, búdico e átmico
também existam sentidos, mas muito mais refnados e mais confáveis.

Toma conhecimento dos planos do Logos planetário, dentro de Cujo campo de


irradiação ele, homem, está situado. Assim o homem pode executar conscientemente
esses planos, a medida que capta e entende as suas diversas etapas e se torna
consciente da unidade essencial, pela visão de conjunto.

Mas quando o homem se liberta da atração dos sentidos dos 3 mundos inferiores, o
que ocorre quando ele conquista a 4ª Iniciação planetária, a 2ª solar, da Renúncia,
descobre que tem de continuar meditando, mas de uma forma completamente nova,
inconcebível para o homem preso aos 3 mundos inferiores, pois o Iniciado passa a
viver relacionando-se diretamente com a matéria búdica em suas 7 divisões, com
propriedades totalmente diferentes das propriedades das matérias mental, astral e
física. Acresce que ele passa a trabalhar no corpo etérico cósmico do Logos planetário
e em Seus chacras. Esta atividade, que requer meditação, prossegue até a 7ª Iniciação
planetária, a 5ª solar e a 1ª cósmica. Isto se aplica a todos os Adeptos.

A capacidade para atuar em qualquer um dos 7 Caminhos que se apresentam ao


Iniciado na 6ª Iniciação é conseguida pela meditação ocultista, como também a
liberdade para sair do "círculo não se passa".

Também devem continuar meditando aqueles Iniciados que se oferecem para servir

1283
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como Hierarquia oculta na próxima ronda. Eles serão os guardadores dos
conhecimentos que só estarão disponíveis na 5ª ronda. Eles terão de fcar receptivos
aos acontecimentos que ocorrem no fnal de cada raça-raiz, quando se dá o
aprovisionamento nos níveis mais sutis de forças psíquicas, acessíveis Àqueles que
estejam preparados para recebê-las. Essas forças referem-se ao que está previsto
para a raça-raiz entrante.

Eles executam um trabalho análogo ao do Manu da Semente, que trabalha por meio de
um septenário (são 7 raças-raiz).

Tudo isto é conseguido por meio da meditação. Portanto é muito importante o


adestramento na arte e na ciência da meditação desde agora.

Estudo 433

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (c) Tipos de
renascimento humano - Considerações sobre o último parágrafo da página 599.

Considerações.

Continuando a discorrer sobre a importância da meditação, o Mestre Djwal Khul nesse


trecho refere-se às Entidades cósmicas, como os Logos planetários. Eles também
praticam a meditação. O homem encarnado pratica a meditação em seu cérebro físico,
com repercussão em seu corpo mental. Os Logos planetários encarnados fsicamente,
em nível cósmico, fazem o mesmo, porém com a diferença gigantesca de que Seus
cérebros físicos cósmicos são formados de matéria búdica, na qual se processam as
Suas meditações, com as devidas repercussões em Seus corpos mentais cósmicos. Os
chacras ou centros físicos cósmicos dos Logos planetários são constituídos de matéria
búdica, que é o 4º éter cósmico. Sabemos que no ser humano a meditação exerce ação
sobre os fogos, o que afeta os centros, ativando-os, o que tem um duplo efeito:
melhora a comunicação da Alma com o cérebro e melhora o funcionamento do corpo
físico, devido à ação dos chacras sobre esse corpo e seus órgãos.

O mesmo ocorre com um Logos planetário, em Seu elevado nível, com as imensas
diferenças de energias circulantes.

No caso do nosso Logos planetário, a dinamização da matéria búdica, em consequência

1284
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Sua meditação, a ativação dos Seus chacras pela intensifcação dos fogos, o fuxo
de energias superiores oriundas da Sua Alma, no mundo mental superior cósmico,
carregando qualidades elevadas, tudo isto ocorrendo na matéria búdica constituinte do
corpo etérico cósmico do nosso Logos planetário, atua nas matérias mental, astral e
física constituintes da Terra, na qual estamos como Almas (mundo mental abstrato ou
superior) e personalidades (mundos mental inferior, astral e físico), afetando
benefcamente todos nos e todos os reinos em evolução na Terra, como também afeta
toda a Natureza, que faz parte do corpo físico cósmico do nosso Logos planetário.

A resposta de cada ser humano a essas energias superiores resultantes da Meditação


logoica depende do nível evolutivo do ser humano e da sua conscientização desses
fatos. Quanto maior o conhecimento sobre eles, do que resultará a conscientização e
quanto maior o empenho ou vontade individual em evoluir para servir ao Propósito
logoico, maior será a resposta individual, maior expansão da autoconsciência com a
saída do "círculo não se passa" individual e aceleração do momento do escape da roda
de encarnações, ou seja, a liberação dos 3 mundos inferiores.

Tudo isto é conseguido pela meditação esotérica ou ocultista, não essas falsas
meditações que mantêm o homem preso às formas.

Quanto maior for a quantidade de seres humanos praticando a meditação ocultista,


melhor será para o planeta e para a humanidade como um todo.

A qualidade dos efeitos da meditação logoica depende da natureza da Sua meditação e


do tema dela. Os Logos planetários têm muito em que meditar, como o Propósito do
nosso Logos solar e as energias provenientes das Plêiades, sem falar de mistérios
cósmicos.

É óbvio que os Logos planetários diferem na habilidade de meditar, assim como os


seres humanos.

Portanto, dediquemo-nos intensamente à busca dos conhecimentos a respeito do


nosso Logos planetário e meditemos profunda e constantemente neles e veremos que
uma avalanche de mais conhecimentos fuirá ao cérebro físico.

Mãos a obra.

Estudo 434

1285
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. O futuro advento do
Avatar, na página 600, até "Aqui há um indício que pode ser de utilidade.", na página
602.

"d. O futuro advento do Avatar.

O AVATAR QUE VEM

"Desde o zênite até o nadir, desde a aurora até o crepúsculo, desde o surgimento ao
ser de todo o que é e será, até entrar na paz de todo o realizado, brilha o orbe azul e
o fogo radiante interno.

Desde os áureos portais até os abismos da terra, desde o fogo famejante até a
esfera das trevas, cavalga o Avatar secreto levando a perfurante espada.

Nada pode temer sua aproximação, nem nada pode dizer-lhe que não se aproxime.
Cavalga Ele só até a escuridão de nossa esfera, e aquele que trata de se lhe opor vê
em Sua aproximação um desastre e o caos extremos.

Os Asuras ocultam seus rostos, e o abismo de maya se estremece até seus alicerces.
As estrelas dos eternos Lhas vibram a esse som - a PALAVRA pronunciada com
sétupla intensidade.

Grande é o caos; o centro maior com as sete esferas vibratórias se estremecem aos
ecos da desintegração. Os vapores que emanam da completa escuridão ascendem e
se dissipam. O ruído discordante dos elementos combatentes dá a boa vinda Àquele
que vem, porém não O detém. A luta e as exclamações da quarta grande Hierarquia,
mesclando-se com a nota suave dos Construtores das quinta e sexta Hierarquias, vão
ao Seu encontro. Sem embargo, segue Seu caminho, atravessando o círculo das
esferas e emitindo a PALAVRA.
*****

Desde o nadir até o zênite, desde a véspera até o Dia seja conosco, desde o círculo
da manifestação até o centro da paz do pralaya, se vê o azul que todo cobre, perdido
na chama da realização.

1286
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ascendendo desde o abismo de maya, regressando aos áureos portais das trevas e
da escuridão, retornando ao esplendor do dia, cavalga o Uno Manifestado, o Avatar,
levando a Cruz destruída.

Nada pode deter Seu retorno, nada pode obstruir Seu Caminho, pois vem pelo
caminho elevado, conduzindo a Seu povo. Chega o fm do sofrimento, o fm da luta, a
fusão das esferas e a união das hierarquias. Então tudo é reabsorvido dentro do
orbe, o círculo de manifestação. As formas de maya e a chama que tudo devora são
açambarcadas por Aquele que cavalga nos Céus e entra no eterno Eon."

(Extraído dos Arquivos da Loja.)


Temos considerado o tema dos Avatares e as diferentes classes em que podem ser
divididos. Agora nos estenderemos algo mais a respeito dos métodos pelos quais
certas Existências cósmicas e Entidades altamente evoluídas aparecem entre os
homens para realizar uma tarefa específca; poderiam ser inadequada e brevemente
resumidos da maneira seguinte:

O método de exercer infuência.


O método de personifcar algum princípio.
O método que se observa no mistério do Bodhisattva ou Cristo.
O método de encarnar diretamente.
As palavras limitam grandemente e as frases citadas apenas insinuam seu verdadeiro
signifcado. Nisto reside a segurança para o estudante, pois seu signifcado real lhe
seria incompreensível e o desviaria, levando-o a uma errônea interpretação. Enquanto
um homem não for um iniciado aceito não pode compreender o tema. O método mais
comum é o primeiro. Os métodos de manifestação empregados quiçá os compreenda
melhor o estudante se são interpretados em termos de força e energia e se observa
que tênues refexos e imperceptíveis analogias dos mesmos processos podem achar-se
entre os jivas que reencarnam. Quando um homem alcançou certo grau de
desenvolvimento e pode prestar serviço ao mundo, ocorre às vezes que é infuenciado
por um grande adepto ou - como no caso de H. P. B. - por um Ser mais elevado que um
adepto. Um chela pode ser um centro através do qual um Mestre pode fazer fuir Suas
energias e forças para ajudar o mundo; durante certas crises importantes, os homens
têm sido infuenciados por mais de um dos Grandes Seres. (46) O que sucede nos
planos inferiores é só um refexo de processos superiores, e neste conceito pode
achar-se a iluminação. O Homem é um centro de força, seja para seu Ego quando

1287
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
evoluiu sufcientemente ou por, conduto deste, para sua força grupal; quando está
muito evoluído pode ser conscientemente infuenciado por um expoente de distinto
tipo de força, que se funde com sua força grupal ou de Raio, e produz resultados
signifcativos em sua vida terrena.

Se um Ego é muito evoluído pode escolher, em determinada encarnação, trabalhar


principalmente por meio de um dos quatro princípios inferiores; quando isto acontece,
a vida do homem na terra constitui, em forma signifcativa, um princípio personifcado.
Parece pulsar uma nota e emitir um tom. Observar-se-á que realiza seu trabalho
exclusivamente em uma linha. É um fanático de alto grau, porém realiza grandes coisas
para sua sub-raça, embora o cérebro físico não seja consciente do impulso egoico.
Este processo tem uma curiosa relação com o obscurecimento ou o desaparecimento
da personalidade, pois o princípio particular personifcado atua por meio do
correspondente átomo permanente, desenvolvendo em formas ultrarrápida suas
espiras, daí que o fm de seu período de serviço chega a seu fm. Sem embargo, este é
um fato que se aproveita quando um super-homem ou grande adepto se converte na
personifcação (durante uma raça-raiz) de um princípio; as vestiduras ou envoltórios,
das quais o átomo permanente é o núcleo (por meio da força inata das espiras
desenvolvidas), são conservadas por meio de fórmulas mântricas. A vibração se
perpetua durante esse lapso determinado em que necessita a vestidura ou envoltório.
Aqui há um indício que pode ser de utilidade."

46 "Discipulado ou estado de Chela... Os antigos mistérios só foram uma escola para


o treinamento espiritual e o aperfeiçoamento para adquirir a verdadeira sabedoria; a
purifcação do coração de todas as paixões sensuais e falsos preconceitos era um
dos requisitos preliminares, embora o Mestre pudesse guiar o neófto através da
perigosa etapa em que, como o menino, não podia andar só; nas etapas superiores
devia aprender a orientar-se e a cuidar-se como o homem adulto deve fazer na vida
comum; a meta fnal era a expansão do eu até a existência e potencialidades infnitas;
sem embargo, embora as formas e cerimônias iniciais pudessem diferir em
aparência, tinham idêntico objetivo. The Theosophist, T. IX, pag. 246.

Só o coração puro e a mente limpa permitem obter a salvação. Esta era sua doutrina.
Do mesmo modo o ensina o Mahabharata Aria (Seção CXCIX Vana Parva) onde diz:

"Essas pessoas de alma elevada que não cometem pecados de palavra, de fato, de
coração nem de alma, se diz que praticam austeridades ascéticas, porém não se diz

1288
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que seus corpos se debilitam pelos jejuns e as penitências. Aquele que não é
bondoso com seus parentes não pode estar livre de pecado, embora seu corpo seja
puro. Esta dureza de coração é o inimigo de seu ascetismo. O ascetismo não signifca
abster-se dos prazeres do mundo. Aquele que é puro e cheio de virtudes, aquele que
pratica a bondade em sua vida, é um Muni, embora leve uma vida doméstica." The
Theosophist, T. XIII, pag. 259."

Estudo 435

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e Elementais da


Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d). O futuro
advento do Avatar - Considerações sobre "O AVATAR QUE VEM", na página 600.

Considerações.

Neste extrato dos Arquivos da Loja são fornecidos, de forma simbólica, algumas
informações sobre o trabalho do Avatar.

Como já foi dito os Avatares são de cinco classes: cósmicos, solares, interplanetários,
planetários e humanos.

Os Avatares cósmicos e solares têm de estar liberados dos planos ou mundos


cósmicos físico e astral, os interplanetários e planetários do mundo físico cósmico e os
humanos dos mundos átmico, búdico, mental, astral e físico, respectivamente os éteres
cósmicos terceiro e quarto, e os estados cósmicos gasoso, líquido e sólido, dentro do
físico cósmico.

Os Avatares nada têm a aprender nos mundos onde trabalham, Eles simplesmente
executam Seu trabalho para uma Entidade cósmica e geralmente emanam de uma
Entidade mais elevada que Aquela para a Qual trabalham.

As palavras iniciais "Desde o zênite até o nadir ... e o fogo radiante interno." signifcam
que os Avatares atuam desde o início do sistema - "desde o surgimento" - até o fnal" -
"ao ser de tudo o que é e será", "até entrar na paz de tudo realizado" - Atuam em todo o
sistema, espacialmente falando - "brilha o orbe azul e o fogo radiante interno." - Nosso
sistema solar é azul (segundo aspecto: Amor-Sabedoria), o fogo radiante interno é a
energia que anima a matéria.

"Desde os áureos portais" - "desde o fogo famejante": os planos mais elevados:adi e

1289
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
monádico. "até os abismos da terra" - "até a esfera das trevas" : os planos ou mundos
inferiores: mental, astral e físico. Estas palavras signifcam que o Avatar age em todas
as áreas do sistema solar.

Perfurante espada signifca a energia cósmica que o Avatar manipula na execução do


Seu trabalho.

O mal que se opõe ao Avatar sabe que está próximo de um desastre, que é sua derrota
fnal.

O Avatar percorre o sistema sozinho.

"o abismo de maya se estremece até seus alicerces.": a grande ilusão da matéria será
dissipada.

"As estrelas dos eternos Lhas vibram a esse som - a PALAVRA pronunciada com
sétupla intensidade" : são os sete Rishis da constelação de Ursa Maior, as quais
constituem os sete centros da cabeça no corpo do Logos cósmico e que têm forte
relação com o nosso Logos solar.

"Grande é o caos; ... dá as boas vindas a Aquele que vem, porém não O detém." : em
Seu trabalho o Avatar tem de destruir, para implantar o novo.

"A luta e as exclamações da quarta grande Hierarquia, mesclando-se ... vão a Seu
encontro.": a quarta grande Hierarquia é constituída pelas Mônadas humanas, a quinta
Hierarquia é dévica e forma o corpo mental para o homem, a sexta Hierarquia também
é dévica e forma o corpo astral para o homem, por isto Elas estão mescladas e
recebem o Avatar no aceleramento do processo evolutivo e na derrota do mal.

"levando a cruz destruída.": a cruz signifca o Espírito ou Mônada (braço vertical da


cruz) mergulhado na matéria (braço horizontal da cruz), portanto a Cruz destruída
signifca o Espírito liberto da matéria, que é o objetivo do Avatar.

"vem pelo caminho elevado,": Ele atua através da matéria dos mundos elevados: adi e
monádico.

"Seu povo" signifca todos os reinos em evolução no sistema solar.

As palavras fnais signifcam claramente o fnal do sistema solar, depois que o Logos
solar conseguiu seu Propósito e a grande síntese e decidiu entrar no grande pralaya.

1290
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 436

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - AGNISHVATTAS - d. O futuro advento do Avatar -
Considerações sobre o parágrafo "Temos considerado o tema dos Avatares e as
diferentes classes em que podem ser divididos.", na página 600, até "....e produz
resultados signifcativos em sua vida terrena.", na página 602.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul explica os processos utilizados por Elevadas
Entidades nos trabalhos que devem ser executados junto à humanidade, com o
objetivo de realizar o Plano divino (do Logos planetário) e acelerar a evolução dos
homens, com respostas diferentes da parte destes, em função do seu nível evolutivo.

O Mestre resumiu brevemente em quatro os processos:

- Exercer infuência.
- Personifcar algum princípio.
- O processo utilizado pelo Senhor Cristo, o Bodhisattva.
- Encarnar diretamente.
O Mestre diz que nessas defnições apenas são insinuados os verdadeiros signifcados,
pois os signifcados reais seriam incompreensíveis para o homem que não fosse um
iniciado aceito e levariam a uma interpretação errônea; o Mestre recomenda que a
interpretação seja feita com base em força e energia, e usando a analogia desses
processos na encarnação das Almas, embora tenuemente, requerendo grande
capacidade de percepção. É óbvio que um iniciado aceito, com a sua qualifcação para
navegar no mundo dos conceitos, das ideias e dos signifcados, entenderá rápida e
facilmente o assunto.

O primeiro processo, exercer infuência, é o mais comum, sendo utilizado pelas


Entidades superiores com discípulos de certo grau de desenvolvimento (tem de ser
iniciado aceito) e que pode prestar serviço ao mundo. Helena Petrovna Blavatsky
(iniciado aceito) foi infuenciada por um Ser mais elevado que um adepto. Adepto é
quem conquistou a 5ª Iniciação planetária, a 3ª solar.

Um chela (discípulo aceito) pode ser utilizado pelo seu Mestre para fazer fuir Suas
energias através dele, a fm de ajudar a humanidade. Em certas grandes crises os
homens têm sido infuenciados por mais de um dos Grandes Seres.

1291
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Quando o Mestre diz que o que acontece nos mundos inferiores é só o refexo de
processos superiores, Ele deixa bem clara a atuação dos Seres Superiores no mundo
causal (o mundo das Almas) sobre discípulos aceitos, os quais irradiam para a
humanidade as energias e os conhecimentos transmitidos pelos Seres Superiores.

De fato este modo de ver as coisas traz iluminação, ou seja, faz entender o processo
com toda clareza.

Quando o Ego já conquistou um bom grau de controle sobre a sua personalidade e está
sufcientemente evoluído, ele a usa como centro de força e Ele mesmo passa a ser um
canal para a força de seu grupo egoico através da personalidade, a qual se torna
efetivamente um centro de força.

Quando o Ego é muito evoluído, pode ser infuenciado, com plena consciência, por uma
Entidade Superior de Raio diferente do Raio do grupo egoico a que pertence o Ego.
Então os dois Raios se fundem nesse Ego, o qual irradia essa fusão de Raios com
resultados muito signifcativos na sua vida terrena. Tal Ego tem de possuir uma grande
capacidade de controle das duas forças de Raio, para mantê-las operando em
perfeitas harmonia, sintonia e sincronização.

Estudo 437

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d). O
futuro advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "Se um Ego é muito
evoluído pode escolher, em determinada encarnação, trabalhar principalmente por
meio de um dos quatro princípios inferiores;", na página 602, até "Aqui há um indício
que pode ser de utilidade.", fnal do parágrafo, na página 602.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz que quando um Ego é muito evoluído pode escolher, em
alguma encarnação, concentrar todo o seu trabalho dando enfoque a um dos quatro
princípios inferiores, por meio do qual ele expressa o seu trabalho no mundo físico. Ele
se torna o princípio personifcado, de forma bem evidente, e assim ele é a própria
vibração única desse princípio, seguindo uma linha exclusiva. Ele é um fanático, no bom
sentido, devido à sua total dedicação a um princípio, que procura expressar com

1292
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grande força. Mas é um fanático muito útil para sua sub-raça, porque realiza grandes
obras para ela. Em cérebro físico ele pode não ser consciente de que a força que o
mantém naquela linha provém do Ego.

Os princípios se exteriorizam por meio das espiras dos átomos permanentes, que são
os núcleos para a formação dos corpos, ou seja, as matérias dos corpos se organizam
em torno dos átomos permanentes. Uma das metas da evolução é desenvolver e ativar
ao máximo todas as espiras. Essa dedicação muito intensa e forte a um princípio faz
com que a espira correspondente se dinamize enormemente e acelere muito sua
velocidade de rotação, o que repercute nas demais espiras inferiores, provocando
também sua dinamização e aceleração. Isto faz com que o período de serviço do
iniciado chegue a seu fm, o que signifca o desencarne e o obscurecimento ou
desaparecimento da personalidade.

Como o serviço deste Ego muito evoluído, obviamente um iniciado, é muito importante
e útil para a raça, seus corpos são mantidos além do tempo natural pela injeção de
energias extras por meio de fórmulas mântricas, que na realidade são fogos atuando
em específcas e bem defnidas frequências adequadas aos corpos do iniciado,
prolongando sua vida física o tempo necessário para que ele conclua seu trabalho para
com a raça.

Quando o Mestre diz que há um indício que pode ser de utilidade, Ele deixa bem claro
que esta Sua informação pode ser analisada, pesquisada e aprofundada, dentro do que
Ele já passou em termos de fogos, para o restabelecimento da saúde dos corpos físico,
astral e mental inferior.

Nós temos um exemplo desse prolongamento da vida física de um iniciado que está
expressando um princípio com grande intensidade em Helena Petrovna Blavatsky, que
teve sua vida física dilatada pela ação dos Mestres Moria, Kutumi e Djwal Khul, usando
esta técnica.

Estudo 438A

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Do parágrafo "Quando um homem converteu-se em discípulo
pode, se quiser,....", na página 602, até "....- Seu pensamento sobre o Iniciado

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"chamando-o por Seu Nome.", na página 603.

"Quando um homem converteu-se em discípulo pode, se quiser, permanecer no plano


astral, seguir trabalhando ali e - quando o deseje e de acordo com o reajuste realizado
em seu karma por seu Guru - reencarnar fsicamente de imediato. Nestes dois
pensamentos há uma sugestão sobre o mistério do Bodhisattva, sempre que o
estudante transfra o conceito aos níveis etéricos do plano físico cósmico e recorde
que, em ditos níveis, o adepto trabalho totalmente como parte de um grupo e não
como Entidade separada, como o faz o ego nos três mundos. Portanto, a energia que
fui através dEle pode provir de:

a. Um determinado centro que se encontra na plenitude de sua força no corpo do


Logos planetário.

b. Uma série particular de vibrações dentro desse centro, ou uma parte de sua força
vibratória.

c. A energia de um princípio particular, seja um de Seus próprios princípios


superiores com o qual tratar de infuenciar na terra e encarnar para esse propósito
específco, ou a energia de um dos princípios logoicos planetários, quando fui
através dEle por uma espira ou corrente de vida particular no átomo permanente do
Logos planetário.
Quando estes tipos de força se centralizam em algum Adepto e Este expressa nada
mais que essa força estranha, o efeito se observa no plano físico pela aparição de um
avatar. Um avatar é, mas um adepto se faz, embora frequentemente a força, a energia,
o propósito ou a vontade de uma Entidade cósmica utilizará os veículos de um adepto a
fm de entrar em contato com os planos físicos. Este método, por meio do qual certas
Existências cósmicas fazem sentir Seu poder, pode ser visto atuando em todos os
planos do plano físico cósmico. Um exemplo evidente pode ser observado no caso dos
Kumaras que, impelidos por certas forças planetárias e formando um triângulo do
sistema, deram um impulso ao terceiro reino quando, ao pô-lo em conjunção com o
quinto, produziu o quarto. Estes Kumaras, Sanat Kumara e Seus três discípulos, tendo
realizado a iniciação mais elevada possível no último grande ciclo, embora todavia
(desde Seu ponto de vista) tenham que dar outro passo, Se ofereceram ao Logos
planetário de Seu Raio como "pontos focais" de Sua força, de maneira que por este
meio pudesse acelerar e aperfeiçoar Seus planos sobre a Terra dentro do ciclo de
manifestação. Aplicaram três dos quatro métodos. Estão infuenciados pelo Logos

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetário, que trabalha diretamente como o Iniciador - no que ao homem concerne -
por intermédio de Sanat Kumara e com os três reinos da natureza por intermédio dos
três Budas de Atividade - Sanat Kumara se relaciona assim diretamente com o Ego no
plano mental, e Seus três Discípulos se ocupam dos outros três tipos de consciência,
dos quais o homem é a síntese. No momento da iniciação (depois da segunda Iniciação)
Sanat Kumara se converte no porta-voz e agente direto do Logos planetário. Essa
grande Entidade fala por Seu intermédio e durante um segundo (se tal termo pode
aplicar-se a um plano em que o tempo, tal como o compreendemos, não existe) o Logos
planetário do Raio a que pertence o homem dirige conscientemente - via Seu cérebro
etérico - Seu pensamento sobre o Iniciado "chamando-o por Seu Nome"."

Estudo 439

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "Quando um homem converteu-
se em discípulo pode, se quiser, ......", na página 602, até ".....vida particular no átomo
permanente do Logos planetário.", na página 603.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz que um discípulo (quem já conquistou a primeira ou a segunda
iniciações, conferidas pelo Cristo, também chamado Senhor Maitreya) pode, se assim
decidir, permanecer no mundo astral após o desencarne, conseguindo de seu Mestre
um reajuste do seu karma para encarnar imediatamente, e fcar trabalhando nesse
mundo astral, abstendo-se de ir ao devachan ou mundo mental, tanto o inferior como o
superior ou causal. Assim ele ganha tempo na libertação dos 3 mundos inferiores e ao
mesmo tempo presta serviço à Hierarquia.

O Mestre apresenta uma sugestão sobre o mistério do Bodhisattva nesses dois fatos:
permanecer no mundo astral, transferindo essa permanência para o mundo búdico, o
éter cósmico e encarnar fsicamente. No caso do Bodhisattva não há reajuste de
karma, porque o Bodhisattvva já está totalmente livre de karma relacionado com os 3
mundos inferiores.

No mundo búdico o adepto (para ser Bodhisattva tem de ser adepto) sempre trabalha
como membro de um grupo e não individualmente, como faz o ego nos 3 mundos

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inferiores.

Quando encarna, a energia que fui através do adepto pode ser proveniente de 3
fontes:

a. Um centro ou chacra logoico que está em grande atividade.

b. Uma determinada pétala desse centro logoico.

c. Um princípio superior do adepto, pelo qual procura infuenciar na Terra ou a


energia de um princípio do Logos planetário, que fui através do adepto, partindo de
uma espira do átomo permanente logoico.
Em todos os casos o reino humano e os 3 reinos inferiores são benefciados pelas
energias irradiadas pelo Adepto encarnado, o Qual executa este trabalho dentro do
Propósito do Logos planetário. Por isto o Adepto permanece no mundo búdico durante
um bom período de tempo aguardando o momento propício para encarnar, para que
haja o máximo de aproveitamento. Sempre impera a Lei de Economia, ou seja, o
máximo de ganho com o mínimo de consumo de energia. O Bodhisattva é o Instrutor do
Mundo. Atualmente este cargo está sendo exercido pelo Senhor Maitreya, o Cristo.
Futuramente Ele ocupará o cargo de Buda.

Um Adepto encarnado irradia energias aceleradoras da evolução em 3 mundos:

- Mundo físico, através da matéria etérica.


- Mundo astral.
- Mundo mental.
Ele executa este trabalho nos 3 mundos inferiores e ao mesmo tempo continua Seu
trabalho nos mundos superiores. O Adepto desenvolveu a capacidade de atividade
simultânea em diversos mundos, pela expansão da Sua consciência, capacidade que
todos os homens terão de conquistar, pois faz parte do processo evolutivo, não
importando quanto tempo leve para tal.

A energia proveniente da espira do átomo físico permanente do Logos planetário, que


expressa o princípio logoico que deve atuar na Terra, é enfocada no Adepto e em Seus
veículos e Ele tem plena consciência dessa energia, a qual Ele processa e a adéqua
para ser aproveitada pelos 4 reinos da melhor maneira possível. Como vemos é um
trabalho que requer uma imensa capacitação, capacitação essa que é conquistada pelo
Adepto. Todos os Iniciados que ingressam no caminho das Iniciações superiores

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desenvolvem capacitações tão elevadas que a grande maioria da atual humanidade não
tem a menor condição de ter a mínima ideia dessas capacitações. Só quem já tem
consciência iniciática pode conceber algo dessas capacitações. Elas são necessárias
por causa do trabalho a ser executado pelo Iniciado nos mundos cósmicos astral e
mental.

Mesmo considerando que o trabalho do Adepto encarnado é no mundo físico, Ele tem
de estar qualifcado para manipular energias provenientes dos corpos cósmicos mental
e astral do Logos planetário, uma vez que as decisões do Logos planetário são tomadas
em Seu corpo cósmico mental e passam pelo Seu corpo cósmico astral antes de
chegar ao Seu corpo cósmico físico, onde são conscientizadas em Seu cérebro físico
cósmico, o qual é feito de matéria búdica.

Estudo 440

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da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "Quando estes tipos de força
centralizam-se em algum Adepto e Este expressa nada mais que essa força
estranha,.....", na página 603, até "......Seu pensamento sobre o Iniciado "chamando-o por
Seu Nome.", na página 603.

Considerações.

A concentração das forças de Entidades superiores num Adepto encarnado (aquele


que já passou pela 5ª Iniciação planetária, a 3ª solar, e já se libertou dos 5 mundos do
esforço humano, para o atual período: físico, astral, mental, búdico e átmico), resulta
no aparecimento de um avatar no mundo físico, com um propósito bem defnido.

Quando o Mestre diz que "um avatar é, um adepto se faz", Ele deixa bem claro que a
conquista do grau de adepto é fruto do esforço pessoal, grau esse acessível a todos,
desde que busquem o conhecimento necessário e o apliquem a si mesmos, ou seja, ele
se faz, já a situação de avatar é escolha da Entidade superior. Nessa utilização de um
Adepto, a Entidade superior se serve dos corpos do Adepto para entrar em contato
com o mundo físico e irradiar Sua força e Propósito.

Este método pode ser visto, por aqueles que têm olhos para ver, atuando em todos os

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
subplanos do plano físico cósmico, os quais são planos para nos.

Um exemplo óbvio e evidente é o caso dos Kumaras, provenientes do esquema de


Vênus para ajudar nosso Logos planetário em Seu processo evolutivo, dentro da forte
ligação entre o nosso Logos planetário e o Logos de Vênus, o qual é o "alter ego" do
nosso Logos planetário. Os Kumaras, impelidos por certas forças planetárias tríplices,
deram um impulso evolutivo ao terceiro reino (animal) e, colocando-o em contato com o
quinto reino (o reino espiritual), surgiu o quarto reino (o humano).

Naquela época (há mais ou menos 18 milhões de anos) o quinto reino aqui na Terra era
constituído pelos Kumaras, porque não havia ainda homens nativos da Terra com
qualifcações para formar o quinto reino.

Os Kumaras, SANAT KUMARA e Seus três Discípulos, tinham conquistado a Iniciação


mais elevada naquela época, embora tivessem de conquistar iniciações mais elevadas
ainda. Ofereceram-se, em virtude de Suas qualifcações, como pontos focais para o
nosso Logos planetário, para que Ele, por esse meio, pudesse acelerar e aperfeiçoar
Seus planos na Terra, em Seu ciclo de manifestação ou encarnação física densa.
Lembramos que na cadeia anterior, a terceira, chamada lunar, houve um atraso no
processo evolutivo do nosso Logos planetário, por causa da "catástrofe da cadeia
lunar". Portanto era importante uma aceleração do processo evolutivo na atual cadeia.

Foram utilizados três dos quatro métodos de transmissão de energia de uma Entidade
superior, na função de Avatar, ou seja, os três primeiros expostos anteriormente.

Os Kumaras estão infuenciados pelo Logos planetário, o Qual atua diretamente no


homem, como o Iniciador por intermédio de SANAT KUMARA e nos três reinos
inferiores por intermédio dos três Budas de Atividade (os três Kumaras).

Assim SANAT KUMARA relaciona-se diretamente com o Ego no mundo causal ou


mental superior na iniciação a partir da terceira. Seus três Discípulos ocupam-se dos
outros três tipos de consciência, dos três reinos inferiores. O homem é a síntese dos
três reinos inferiores.

Portanto SANAT KUMARA, no momento da iniciação, a partir da terceira, a primeira


solar, é o Porta-voz ou Agente direto do nosso Logos planetário, ou seja, esta grande
Entidade fala por Seu intermédio com o Iniciado.

No ato da iniciação, a partir da terceira, o Logos planetário regente do Raio a que


pertence o Ego do iniciado dirige conscientemente, por meio de Seu cérebro etérico
(de matéria búdica), Seu pensamento para o Iniciado, chamando-o pelo Seu Nome

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
como Ego. O Loto egoico e o corpo causal do Iniciado, nesse momento, recebem dois
potentíssimos fuxos de energia emanados diretamente do nosso Logos planetário e do
Logos planetário regente do Raio egoico do Iniciado, via SANAT KUMARA. A vibração
induzida no Loto egoico e no corpo causal do Iniciado é tão elevada e intensa que o
Iniciado alcança um estado que só pode ser descrito, de forma inexata, pela expressão
"estado de graça ou êxtase", repercutindo nos três corpos inferiores e chegando ao
cérebro físico, colocando real e efetivamente o Iniciado encarnado em "estado de
graça" durante vários dias.

Se analisarmos essa atuação do Logos planetário sobre o Iniciado através de SANAT


KUMARA e o processo de propagação das energias logoicas pelo cérebro físico de
matéria búdica do Logos planetário, uma vez que Ele nesse momento está pensando no
Iniciado, podemos ter uma ideia do que ocorre com a matéria búdica que envolve a
Terra, na qual ocorre a iniciação. De fato a matéria búdica que envolve a Terra é
fortemente energizada com uma qualidade específca do Logos planetário e de acordo
com a iniciação conquistada. Os efeitos dessa energização repercutem na matéria
mental superior que envolve a Terra e podem ser captados por aqueles que conhecem
profundamente esse mecanismo de propagação de energias superiores e as
qualidades das iniciações. Portanto todo Iniciado, ao conquistar uma iniciação, nunca se
benefcia sozinho, pois, pelo seu esforço, ao chamar a atenção do Logos planetário,
torna disponíveis para toda a humanidade as energias logoicas que ele invocou.

Estudo 441

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Do parágrafo "Também os Kumaras constituem princípios
personifcados, porém a este respeito devemos recordar que a força.....", na página
603, até "......métodos anteriormente mencionados, que se aplicarão para Sua
chegada.", na página 604.

"Também os Kumaras constituem princípios personifcados, porém a este respeito


devemos recordar que a força e a energia de um dos princípios do Logos fuem
através dEles por meio do que corresponde à Mônada no que se refere aos Kumaras.
Por seu intermédio, durante Seu período de encarnação e sacrifício voluntários, o

1299
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grande Protótipo do Logos planetário começa a fazer sentir Sua presença e a força da
constelação da Ursa Maior vibra debilmente sobre a Terra. Durante a iniciação o
homem se dá conta conscientemente da presença do Logos planetário mediante o
contato autoinduzido com seu próprio Espírito divino. Na quinta Iniciação é percebida a
amplitude desta infuência grupal planetária e a parte que deve desempenhar no
grande todo. Nas sexta e sétima Iniciações sente a infuência do Protótipo planetário
que lhe chega por conduto do Logos planetário atuando por intermédio do Iniciador.

Este método de encarnação direta era aplicado anteriormente quando os Kumaras


possuíam forma física. Isto somente pode se dizer de alguns dEles; SANAT KUMARA e
Seus Discípulos têm forma física, porém não tomaram corpos físicos densos.
Trabalham nos níveis etéricos vitais e moram em corpos etéricos. Shamballa, onde Eles
moram, existe em matéria física igual à dos Kumaras, porém é matéria dos éteres
superiores do plano físico, e só quando o homem tenha desenvolvido a visão etérica,
desvelará o mistério que existe por detrás dos Himalayas. Portanto, embora Sanat
Kumara seja o Logos planetário, sem embargo, não o é. Um refexo deste método de
encarnação direta pode observar-se quando um discípulo abandona seu corpo e
permite que seu Guru ou um chela mais avançado o utilize.

O mistério dos Bodhisattvas (47) foi tratado por H. P. B. , e até que os estudantes
tenham assimilado e estudado o que ela disse, nada mais pode ser agregado. Captar a
verdade é um fator que sempre merece uma nova revelação.

Um período muito interessante terá lugar em meados do ano 1966, e persistirá até o
fm do século; para esse momento os Grandes Seres já estão se preparando. Concerne
ao esforço que realizam a cada cem anos a Loja e os Personagens que pertencem a
ela. Em cada século a Loja faz um esforço numa linha determinada de força, a fm de
levar adiante os objetivos da evolução; o esforço que realizarão no século vinte será de
maior envergadura que o efetuado durante muito tempo e abarcará um número de
Grandes Seres. H. P. B. e um sem número de chelas intervieram num esforço similar
durante o século dezenove; o que há de ser realizado num futuro imediato envolverá
vários dos Grandes Seres e o próprio Mestre dos Mestres; agora poderíamos nos
referir a três dos distintos métodos anteriormente mencionados, que se aplicarão para
Sua chegada."

(47) D. S. I, 107-108.

1300
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 442

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "Também os Kumaras
constituem princípios personifcados, porém.....", na página 603, até "......métodos
anteriormente mencionados, que se aplicarão para Sua chegada.", na página 604.

Considerações.

A força e a energia do Logos num de Seus princípios, ou seja, numa Sua qualidade
específca, quando fui por um Kumara, que a personifca, o faz via a Mônada do
Kumara, em outras palavras, a energia logoica fui diretamente para a Mônada do
Kumara. Da Mônada a energia passa para os veículos do Kumara e é irradiada para o
ambiente no qual se encontra o Kumara encarnado, produzindo os efeitos planejados
pelo Logos planetário.

Todos os Logos planetários possuem Seus Protótipos, que são os sete Rishis da
constelação de Ursa Maior, as sete estrelas principais dessa constelação, que
constituem a chamada cauda da Ursa; elas são: Dubhe (a alfa), Merak (a beta), Phecda
(a gama), Megrez (a delta), Alioth (a épsilon), Mizar (a dzeta) e Benetnash (a eta). Essas
sete estrelas constituem os análogos dos sete centros da cabeça do nosso Logos
cósmico, AQUELE do qual o nosso Logos solar é o centro do coração.

As energias dessas sete estrelas passam pelas sete Plêiades, um aglomerado estelar
que fca na região da constelação de Touro chamada pescoço do touro. Essas sete
Plêiades são: Alcione, Merope, Taygeta, Maia, Asterope, Celaeno e Electra. Delas a
energia fui para os sete Logos planetários sagrados do nosso sistema solar. As
Plêiades constituem o centro laríngeo do nosso Logos cósmico. Sob o ponto de vista
dos centros do nosso Logos cósmico as energias cósmicas que vitalizam os nossos
sete Logos planetários sagrados seguem o seguinte trajeto dentro do corpo físico do
nosso Logos cósmico: os sete centros da cabeça - o centro laríngeo - o centro cardíaco
(nosso Logos solar) - os sete Logos planetários sagrados (centros no corpo do nosso
Logos solar). Os sete centros da cabeça do Logos cósmico estão conectados com o
Seu centro coronário. O Mestre Djwal Khul diz que as doze constelações que
constituem o zodíaco (Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião,
Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) formam a coroa central do centro coronário

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do Logos cósmico (coroa essa chamada cardíaco do coronário). Por esse trajeto
podemos ter uma idéia da natureza das energias que vitalizam os nossos Logos
planetários sagrados. O nosso Logos planetário não é sagrado, mas pela Sua
vinculação com o Logos do esquema de Saturno, regente do 3º Raio, podemos deduzir
que a energia que o vitaliza provém do protótipo do Logos de Saturno, que deve ser o
Rishi da estrela Phecda, a gama da Ursa Maior. Essa energia vibra debilmente sobre a
Terra através dos Kumaras.

No ato da iniciação o iniciado (a partir da 3ª Iniciação, quando o iniciado fca face a face
com SANAT KUMARA) sente conscientemente a Presença do Logos planetário pelo
contato autoinduzido pela sua própria Mônada. Na 5ª Iniciação, da Revelação e 3ª solar,
o iniciado percebe a amplitude desta infuência grupal planetária (a consciência do
Logos planetário abarca todas as consciências em evolução em Seu esquema
planetário, por isso ela é grupal planetária) e a parte que lhe cabe desempenhar no
grande trabalho grupal. Nas sexta e sétima Iniciações o iniciado sente a infuência do
Protótipo planetário que lhe chega através do Logos planetário atuando por meio de
SANAT KUMARA.

Este método de encarnação direta era aplicado antigamente quando os Kumaras


possuíam forma física. Atualmente só SANAT KUMARA e Seus Discípulos (a maioria já
retornou ao esquema de Vênus) têm forma física apenas de matéria etérica dos níveis
vitais (os níveis atômico e subatômico), não tendo corpo físico denso.

Shamballa, a cidadela onde Eles moram (no deserto de Gobi), também só existe em
matéria etérica desses níveis. Por isso Shamballa somente poderá ser vista pelo
homem, quando ele conseguir desenvolver a visão etérica dos níveis elevados. Aí então
o mistério que se oculta atrás dos Himalayas será revelado. Portanto SANAT KUMARA
ao mesmo tempo é e não é o Logos planetário. Ele mais do que representa o Logos
planetário. Ele é o enfoque direto do Logos planetário. A consciência de SANAT
KUMARA está intimamente ligada à consciência do Logos planetário, o que não
acontece com um simples representante. Assim, o iniciado que fca frente a frente com
SANAT KUMARA efetivamente está frente a frente com o Logos planetário.

Quando um discípulo encarnado cede conscientemente seu corpo para que seu Mestre
(Guru) ou um discípulo mais avançado o utilize para algum trabalho no mundo físico,
está sendo praticado um refexo desse método de encarnação direta, o utilizado pelo
Logos planetário com SANAT KUMARA.

Quando o Mestre Djwal Khul diz que captar a verdade é um fator que sempre merece

1302
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
uma nova revelação, ao afrmar que o mistério dos Bodhisattvas já foi tratado por
Blavatsky, Ele deixa bem claro que a busca da verdade tem de ser contínua, não
podendo o pesquisador da verdade se dar ao luxo do esmorecimento. Tudo tem de
passar pelo crivo da razão (razão abstrata), como recomendam todos os Mestres,
começando pelo grande Senhor Buda.

O Mestre diz que cerca do ano 1966 começaria um período muito interessante para a
humanidade, persistindo até o fnal do século, para o que os Grandes Seres já estavam
se preparando, pois o Tratado sobre Fogo Cósmico foi editado no entorno de 1925. Tal
período é consequência do esforço realizado pela Hierarquia, após a reunião da Loja e
Seus Membros a cada cem anos, quando a situação evolutiva da humanidade é
analisada. O empenho da Hierarquia é numa determinada linha de força, para avançar
na direção dos objetivos da evolução, dentro do grande Plano do Logos planetário.
Segundo o Mestre o esforço para o século vinte seria de maior envergadura do que o
feito durante muito tempo e envolveria um bom número de Grandes Seres, incluindo o
próprio Senhor Maitreya, o Cristo, o atual Bodhisattva, o Instrutor do Mundo.

De fato na segunda parte do século passado a ciência e a tecnologia (ciência aplicada)


avançaram muito. Só na área da eletrônica, com o desenvolvimento e aperfeiçoamento
dos transistores (feitos de germânio e silício, elementos do 4º Raio), houve um
tremendo avanço nas telecomunicações e na informática, com a disseminação dos
microcomputadores e o advento do PC (personal computer), do notebook (computador
portátil), a implantação da internet, facilitando o relacionamento humano e o acesso às
fontes de informação, tudo com o objetivo de unir a humanidade, embora muitos usem
esses recursos para fns ilícitos.

No campo da medicina tivemos a implantação de uma nova tecnologia de diagnóstico


por meio de imagens, como a ressonância magnética, a tomografa computadorizada,
por emissão de pósitrons e outras técnicas, quando antes só existia a técnica dos raios
X. Conseguimos um grande avanço na decifração do genoma humano, embora muita
coisa ainda falta descobrir.

Na astronomia e na área das viagens espaciais o avanço também foi espetacular.


Tivemos o telescópio Hubble, que permitiu a descoberta de novas galáxias. O homem
conseguiu tirar fotos de planetas distantes, como Saturno, Urano, Mercúrio, Marte,
Vênus e outros. Nunca o sistema solar foi tão conhecido como agora.

No campo da política tivemos a queda do bolchevismo, graças à ação de um Iniciado,


Gorbachov. Na África do Sul tivemos o esforço para a sua libertação de outro Iniciado:

1303
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Nelson Mandela.

Tudo isto como resultado do esforço da Hierarquia.

Sabemos perfeitamente que a ciência faz parte dos projetos da Hierarquia, estando
sob a supervisão do Mahachoan. Os três Grandes: o Manu, o Bodhisattva (o Senhor
Maitreya, o Cristo) e o Mahachoan, trabalham em totais sintonia e coordenação,
sempre objetivando a evolução. É por isso que o Mestre diz que o que tinha de ser
realizado envolveria os Grandes Seres e o próprio Mestre dos Mestres (o Cristo).

A ciência é tão divina como o esoterismo, constituindo as duas uma única coisa. O
Mestre Djwal Khul sempre recomendou que o que Ele ensina em Seus livros fosse
estudado comparando com a ciência.

Todavia, para o atual século vinte e um, há muito a ser divulgado na área da Vida
Superior, como o Mestre diz em Seu livro Os Raios e as Iniciações, na página 214:

"Recordem que o ensino dado por mim é de caráter intermédio; assim como o
proporcionado por H. P. B. , sob minhas instruções, foi preparatório. O ensino
programado pela Hierarquia para que preceda e condicione a nova era de Aquário, é
de três categorias:

1. Preparatório, dado em 1875-1890............escrito por H. P. B.


2. Intermédio, dado em 1919-1949..............escrito por A. A. B.
3. Reveladora, surgirá depois de 1975..........será dado em ampla escala através do
rádio.
Em princípios do próximo século aparecerá um iniciado que continuará este ensino.
Ensino que provirá da mesma fonte de "Impressão", pois minha tarefa não terminou, e
esta série de tratados, vinculadores do conhecimento materialista do homem e da
ciência dos iniciados, todavia deve recorrer outra fase. O que resta do século atual,
como já tenho dito em outra parte (O Destino das Nações), deve ser dedicado à
reedifcação do santuário em que vive o homem, à reconstrução da forma em que vive
a humanidade, à reconstrução da nova civilização sobre os alicerces da antiga, e à
reorganização das estruturas do pensamento e da política mundiais, mais a
redistribuição dos recursos do mundo de acordo com o propósito divino. Só então será
possível ampliar a revelação."

Lembramos que o livro Os Raios e as Iniciações foi editado no século passado.

1304
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 443

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Do parágrafo "No aparecimento do próprio Bodhisattva, será
evidenciado o mistério do Bodhisattva em seu mais pleno signifcado,....", na página
604, até "Têm vindo para preparar o caminho que têm de recorrer Seus Pés.", na
página 606.

"No aparecimento do Próprio Bodhisattva, será evidenciado o mistério do Bodhisattva


em seu mais pleno signifcado, e não nos corresponde nos estendermos aqui sobre ele.
Basta dizer que serão utilizadas as vestiduras do GRANDE SER, porém o tempo
demonstrará se o Senhor que vem as revestirá com um veículo físico nesse evento
particular, ou se o plano astral será o campo de Sua atividade. Se o estudante refetir
sobre as consequências que implica apropriar-se delas, será arrojada muita luz sobre
os prováveis acontecimentos. As vestiduras atuam com capacidade dual:

a. Por estarem excessivamente magnetizadas, têm, portanto, um efeito profundo e de


grande alcance.
b. Por atuarem como ponto focal para a força do Senhor Buda e estabelecer um
vínculo com o Senhor que vem, Lhe permitirá acrescentar Seus próprios e
maravilhosos recursos, extraindo-os de centros de força, ainda superiores, por
conduto do Senhor Buda.

Esta força se expressará no plano astral, produzindo vastos resultados de natureza


tranquilizadora, trazendo, por ação refexa, paz na terra. A transmutação do desejo em
aspiração e a transformação do desejo inferior em superior constituirão alguns dos
efeitos, enquanto que o resultado da força que afui produzirá grandes reações nos
habitantes dévicos desse plano. Mediante a vibração assim iniciada muitos terão
oportunidade (que não teriam tido de outro modo) de receber a primeira Iniciação.
Logo, em fnais do ciclo maior, o Avatar que vem voltará a empregar as vestiduras e
tudo o que isto implica, e tomará um corpo físico, demonstrando assim no plano físico
a força do Logos ao aplicar a Lei. Quando Ele vier no fnal deste século e fzer sentir
Seu poder, o fará como Instrutor do Amor e da Unidade, e Sua tônica será regenerar
por meio do amor. Devido a que atuará principalmente no plano astral, Seu trabalho se
manifestará no plano físico, estabelecendo grupos ativos em toda cidade, grande ou
pequena, e em todo país, que trabalharão agressivamente para lograr a unidade, a

1305
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
colaboração e a fraternidade em todos os setores da vida - econômico, religioso, social
e científco.

Ditos grupos obterão resultados impossíveis de logra agora, devido à retenção da


força búdica, porém mais tarde esta força será liberada sobre a terra por intermédio
do Grande Senhor, que atuará como um aspecto do Logos e um ponto focal para
consciência e a energia do Buda.

Esta é a possibilidade iminente que se tem em conta ao celebrar anualmente, durante


um século, o Festival de Wesak. Seria conveniente que os estudantes apoiassem os fns
da Hierarquia oculta concentrando-se em forma similar, no período do festival,
iniciando assim correntes mentais de grande atração, no sentido oculto deste termo.

Um indício da proximidade deste acontecimento constituirá a reação que se iniciará


durante os próximos vinte e cinco anos contra a delinquência, o sovietismo e o
radicalismo extremos, que na atualidade estão sendo empregados por certas
potestades para lograr objetivos contrários aos planos do Senhor. Será inaugurada a
era da paz, agrupando na terra as forças que patrocinam a construção e o progresso,
e reunindo consciente e deliberadamente os grupos que personifcam em cada país
(até onde pode ser visualizado) o princípio da Fraternidade. Estejam atentos aos sinais
dos tempos, e não se desanimem pelo futuro imediato. A aparição do Grande Senhor
no plano astral (seguida ou não por Sua encarnação física) terá lugar ao celebrar-se
determinado Festival de Wesak, nele Buda pronunciará um mantram (conhecido só por
aqueles que estão por receber a sétima Iniciação), liberando essa força que permitirá a
Seu grande Irmão cumprir Sua missão. Por isso seria conveniente que no Ocidente, em
forma gradual, se faça conhecer o Festival de Wesak e seu verdadeiro signifcado,
oferecendo-se assim a oportunidade a todos aqueles que estão dispostos a se
situarem na linha desta força, a fm de serem vitalizados por ela e preparados para
servir. A reação mencionada se produzirá também devido à pressão que exercem as
crianças de hoje, muitas delas são chelas e algumas iniciados. Têm vindo para preparar
o caminho que têm de recorrer Seus Pés."

Estudo 444

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro

1306
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
advento do Avatar - Do parágrafo "Quando chegue o momento (cinco anos antes da
data de Sua descida) serão encontrados cumprindo plenamente seu serviço e sabendo
qual é seu trabalho, embora ignorem o que o futuro lhes depara." , na página 606, até
"Muito poucos estarão a Sua disposição porque a força que Ele possui requer um
instrumento particularmente fexível, porém já está sendo feita a devida preparação.",
na página 607.

"Quando chegue o momento (cinco anos antes da data de Sua descida) serão
encontrados cumprindo plenamente seu serviço e sabendo qual é seu trabalho, embora
ignorem o que o futuro lhes depara.

Quando chegue o momento haverá casos (embora já tem havido alguns) em que será
observada a atuação desta infuência, manifestando-se de três maneiras. Em todas as
nações de Oriente e Ocidente haverá discípulos preparados e homens e mulheres
muito evoluídos desempenhando sua tarefa em linhas assinaladas, ocuparão postos
destacados, que lhes permitirá chegar até os muitos; possuirão também corpos
sufcientemente puros para exercer infuência. Isto só será possível naqueles que se
tenham consagrado desde a infância ou tenham servido à raça durante todas suas
vidas ou, pelo karma gerado em vidas anteriores, tenham adquirido esse direito. Esta
tríplice maneira de exercer infuências se manifestará:

Primeiro. Plasmando no cérebro físico do homem as ideias, projetos de trabalho,


ideais e intenções que (embora emanem do Avatar) serão consideradas sem
embargo como próprias, o qual os executará ajudado inconscientemente pela força
que afui. Isto constitui literalmente uma forma de telepatia mental superior, atuando
em níveis físicos.

Segundo. Infuenciando o chela enquanto desempenha seu trabalho (por meio de


conferências, escritos ou ensinamentos), e iluminando-o para que preste serviço.
Será consciente disso embora incapaz de explicá-lo; inspirado por Seu Senhor tratará
de estar cada vez mais disposto a servir, oferecendo-se com total desinteresse. Isto
será efetuado por meio do Ego do chela, a força que fui através de seu átomo astral
permanente, sendo só possível realizá-lo quando a quinta pétala esteja aberta.

Terceiro. Colaborando conscientemente neste terceiro método de infuenciar, o chela


se oferecerá a si mesmo (com pleno conhecimento das leis de seu ser e de sua
natureza), e abandonará e entregará seu corpo físico ao Grande Senhor ou a um de

1307
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Seus Mestres. Isto só é possível quando o chela tenha alinhado seus corpos
inferiores, embora todavia deve desenvolver a sexta pétala. Por um ato de vontade
consciente entrega seu corpo e se mantém apartado durante determinado tempo.
Estes métodos de exercer infuência serão empregados principalmente pelo Grande
Senhor e Seus Mestres ao fnalizar o século e, por esta razão, em todos os países
encarnarão discípulos que têm a oportunidade de responder à necessidade da
humanidade. Daí a urgência de treinar homens e mulheres a fm de que reconheçam
cientifcamente o psiquismo superior, a verdadeira inspiração e a mediunidade. Dentro
de cinquenta anos será muito grande a necessidade de verdadeiros psíquicos e
médiuns conscientes (como H. P. B. por exemplo), se forem levados à frutifcação os
planos do Mestre e for iniciado o movimento de preparação para o advento de Aquele
Que todas as nações esperam. Muitos devem desempenhar sua parte nesta tarefa
sempre que possuam a perseverança necessária.

Logicamente, o primeiro grupo será o mais numeroso pois não necessita possuir muito
conhecimento, porém implica maior perigo que os outros dois - perigo de que
tergiverse os planos e aconteça um desastre ao ente implicado. O segundo grupo será
menos numeroso, e o último consistirá em só um punhado ou dois ou três em certos
países. Neste caso, resultará verídico que, pelo sacrifício, o Filho do homem novamente
recorrerá os caminhos dos homens, e Sua encarnação física será um fato. Muito
poucos estarão a Sua disposição porque a força que Ele possui requer um instrumento
particularmente fexível, porém já sendo feita a devida preparação."

Estudo 445

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "No aparecimento do Próprio
Bodhisattva, será evidenciado o mistério do Bodhisattva em seu mais pleno
signifcado,.....", na página 604, até "......-econômico, religioso, social e científco.", na
página 605.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz que o Senhor Cristo, em Seu retorno à Terra, usará as
vestiduras do GRANDE SER: o Senhor Buda. Isto signifca que a Mônada Senhor Cristo

1308
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
utilizará a Tríade inferior do Senhor Buda para se manifestar nos mundos inferiores em
Seu retorno. Mas o Senhor Cristo ainda não decidiu se chegará ao mundo astral
somente, construindo um corpo astral em torno do átomo astral permanente da Tríade
inferior do Senhor Buda, para trabalhar na matéria astral que envolve a Terra e a partir
daí atuar sobre o nosso mundo físico, ou se construirá um corpo físico em torno do
átomo físico permanente da mesma Tríade inferior do Senhor Buda, para trabalhar
diretamente no nosso mundo físico. Só o tempo revelará isto, embora o Mestre dê a
entender que no fnal do ciclo maior, portanto bem mais tarde, o Senhor Cristo
manifestar-se-á em corpo físico, demonstrando a força do nosso Logos planetário no
nosso mundo físico, pela execução da Lei.

Analisando a utilização pelo Senhor Cristo da Tríade inferior do Senhor Buda para a
construção de Seus corpos, constatamos o seguinte:

- Duas poderosíssimas fontes irradiadoras de elevadíssimas energias para a Terra:

-A Tríade inferior do Senhor Buda, fortemente magnetizada por Ele e portanto com
longo alcance de captação de energias de fontes superiores e grande capacidade
de irradiação.

-Os corpos construídos pelo Senhor Cristo em torno da Tríade inferior do Senhor
Buda, corpos esses também com grande capacidade de captação e irradiação de
energias.
Assim, temos o Senhor Cristo (a Mônada Cristo) administrando esses corpos, captando
energias de fontes acima do físico cósmico, pela Sua experiência e também através do
Senhor Buda, adequando essas energias para o nível da humanidade e dos reinos
inferiores e irradiando-as.

Mesmo atuando diretamente só na matéria astral da Terra, os efeitos dessas energias


do Senhor Cristo serão tão fortes na matéria astral que repercutirão intensamente da
Terra física.

Os Agnisuryas (os devas do mundo astral) reagirão fortemente a essas energias, sendo
a transmutação do desejo em aspiração e do desejo inferior em superior apenas um
dos efeitos. A paz será estabelecida na Terra, pois Ele virá como Instrutor do Amor e
da Sabedoria, como diz o Mestre, e fará a regeneração da humanidade por meio do
Amor e da Sabedoria. Pelo fato de Sua ação principal ser no mundo astral, no mundo
físico da Terra os resultados serão a criação de grupos ativos em todas as cidades,

1309
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grandes e pequenas, em todos os países, trabalhando fortemente para a unidade, a
colaboração e a fraternidade, nas áreas econômica (melhor distribuição do dinheiro e
dos recursos naturais), religiosa (mais tolerância e entendimento real da Divindade),
social (eliminação da discriminação, de qualquer natureza) e científca (percepção
científca de DEUS e do divino). Muitos terão oportunidade de receber a primeira
iniciação planetária.

Como o Mestre diz textualmente: "Quando Ele venha ao fnal deste século" e isto foi
dito no século passado, podemos deduzir que o Senhor Cristo atualmente já está
enfocado na matéria astral que envolve a Terra e esperando a resposta da
humanidade, para prosseguir.

Sabedoria supõe conhecimento, pois na sequência de abertura das pétalas do Loto


egoico o primeiro círculo a ser aberto é o do Conhecimento, para em seguida o círculo
do Amor-Sabedoria se abrir. Portanto a humanidade deve utilizar toda essa imensidão
de conhecimentos que foram colocados a sua disposição para desenvolver a Sabedoria
e o Amor, porque só assim o Senhor Cristo encontrará condições para se manifestar
entre nos.

Estudo 446

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "Ditos grupos obterão
resultados impossíveis de lograr agora, devido à retenção da força búdica,.....", na
página 605, até "Têm vindo para preparar o caminho que têm de percorrer Seus Pés.",
na página 606.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz que o Senhor Cristo atuará principalmente no plano ou mundo
astral constituído pela matéria astral que envolve e interpenetra a Terra, quando vier
no fnal do século passado, século XX, pois o Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito
no século passado.

O Mestre diz também que naquela época, quando o Tratado foi escrito, era impossível
obter resultados ligados à preparação do ambiente para o retorno do Cristo, porque a

1310
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
força búdica estava retida, porém esta força seria liberada mais tarde sobre a Terra
pelo Grande Senhor, o Senhor Cristo, que atuaria como um aspecto do Logos (o
segundo aspecto: Amor-Sabedoria) e ponto focal para a consciência e a energia do
Buda, que também atua na linha do segundo aspecto do Logos, em nível mais elevado.

Mais adiante o Mestre diz que num determinado Festival de Wesak (que se realiza no
Plenilúnio de Touro) o Senhor Buda pronunciará um mantra (conhecido só por aqueles
que já estão prontos para receber a sétima Iniciação, a primeira cósmica, o Senhor
Cristo já conquistou esta iniciação), mantra este que liberará a força que permitirá ao
Senhor Cristo (o Grande Irmão do Senhor Buda) cumprir Sua missão e manifestar-se no
mundo astral, seguido ou não pela Sua encarnação física.

Analisemos estas informações do Mestre. Temos duas etapas para o retorno do Cristo.
A liberação da força búdica pelo Senhor Cristo e a liberação da força pelo Senhor
Buda.

A liberação da força búdica pelo Senhor Cristo consistirá na atuação da Mônada


Senhor Cristo pelo Seu aspecto Vontade intensifcando Seu aspecto Amor-Sabedoria
na matéria búdica que envolve a Terra. Sabemos que o Senhor Cristo construiu um
depósito de força de matéria búdica, chamado o Depósito de força do Cristo. Este
depósito está ligado à Eucaristia e dele provém a força que produz a
transubstanciação da hóstia. O Senhor Cristo construiu este depósito com o objetivo
de estimular e acelerar a evolução da humanidade. A energia injetada na hóstia é de tal
natureza que estimula o aspecto Amor-Sabedoria no comungante. É óbvio que a
resposta a esta energia depende do nível evolutivo do comungante. Infelizmente o
verdadeiro signifcado da eucaristia é distorcido pela religião. Todo sacerdote tem
ligação com este depósito, dependendo do nível evolutivo do sacerdote a capacidade
para ser canal para a força do depósito.

Um iniciado que já passou pela primeira Iniciação e foi sagrado pelo próprio Cristo, pois
Ele é o Ofciante das duas primeiras iniciações, mesmo não tendo sido sagrado por
nenhum homem é um canal mais potente para a força do depósito do Cristo do
qualquer sacerdote sagrado apenas por homem.

Ao intensifcar a força búdica o Senhor Cristo qualifcará a matéria búdica de tal forma
que ela estimulará o esforço para a conquista da meta da nossa cadeia planetária, a
quinta Iniciação planetária, a terceira solar, ou seja, o ingresso no caminho iniciático.
Esta conquista é que é realmente a salvação do homem e não o que as religiões
pregam.

1311
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
É um fato óbvio e lógico que o Senhor Cristo hoje está muitíssimo mais evoluído do que
há dois mil anos, quando se utilizou de Jesus para entrar em contato com a
humanidade. Ele já conquistou a meta da cadeia e já foi muito além. Ele quer que toda a
humanidade conquiste a Felicidade que Ele conquistou. Para tal Ele está esperando até
hoje, quando já podia ter seguido Seu destino, fora do sistema solar. Ele fez a
promessa de só se retirar quando todas as ovelhas (a humanidade) estivessem seguras
e salvas no redil, ou seja, no caminho iniciático.

A matéria búdica que envolve a Terra dinamizada pela ação direta do Senhor Cristo
atuará fortemente na matéria astral que envolve a Terra, levando as Vidas dévicas que
constituem a matéria astral (os Agnisuryas) a uma atividade mais enérgica para a
realização do Seu objetivo junto à humanidade.
Assim o mundo astral da Terra será preparado para o Seu aparecimento. Tanto a
humanidade encarnada como a humanidade desencarnada sentirão os efeitos dessa
nova situação do mundo astral. O Amor-Sabedoria será fortemente estimulado e a
verdadeira fraternidade poderá ser frmemente estabelecida na Terra.

O êxito dependerá exclusivamente da resposta da humanidade a este estímulo.


Somente quando esta resposta for uma realidade, o terreno estará pronto para o
aparecimento do Senhor Cristo. Aí então o Senhor Buda poderá emitir o mantra que
permitirá que Sua Tríade inferior seja utilizada pelo Senhor Cristo para se manifestar
no mundo astral.

Estudo 447

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "Quando chegue o momento
(cinco anos antes da data de Sua descida)......", na página 606, até "Por um ato de
vontade consciente entrega seu corpo e se mantém à parte durante determinado
tempo.", na página 609.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul diz que cinco anos antes da data do aparecimento do
Senhor Cristo, no mundo astral ou no mundo físico, as crianças nascidas no entorno de
1925 (quando foi escrito o Tratado sobre Fogo Cósmico), das quais muitas são chelas

1312
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(discípulos) e outras iniciados, estarão executando plenamente seu trabalho com pleno
conhecimento desse trabalho, embora ignorando o que o futuro lhes reserva. Talvez
estejamos já nesse momento, apesar da situação mundial. A ação do Senhor Cristo,
juntamente com a do Mestre Jesus, no mundo astral, provoca muitas reações no nosso
mundo físico. Uma delas é a defnição das pessoas. Quem é bom torna-se melhor e
quem é mal torna-se pior. Não podemos esquecer que a população do planeta no
momento (mais ou menos 7 bilhões) é apenas uma pequena fração da totalidade da
humanidade. Sabemos que a quantidade de Mônadas humanas entregues à guarda do
nosso Logos planetário é 60 bilhões. Como estamos na quarta ronda da quarta cadeia,
portanto no meio da cadeia e no meio das sete cadeias, podemos deduzir que pelo
menos a metade do total de Mônadas entregues à guarda do nosso Logos planetário,
30 bilhões, é de Mônadas individualizadas, constituindo portanto a humanidade total.
Assim a humanidade encarnada atualmente é apenas 23% da humanidade total. A
humanidade está distribuída entre a Terra (a humanidade encarnada) e os mundos
astral e mental. Pouquíssimas Mônadas humanas já conseguiram se liberar dos 3
mundos inferiores.

Assim só podemos ter ideia do nível evolutivo da humanidade do esquema terrestre


sabendo detalhes das Mônadas individualizadas, mais ou menos em torno de 30
bilhões, segundo nossos cálculos. Somente quando a maior parte desse total estiver
nas condições exigidas para o retorno do Cristo, Ele retornará.

Concluindo, não podemos avaliar as condições exigidas para o retorno do Cristo


apenas nos baseando nessa humanidade encarnada atualmente.
Já observamos algumas pessoas interessadas sinceramente em ajudar a humanidade.

Um dos processos de exercer infuência utilizados pelos Seres Avançados consiste em


atuar no cérebro físico do discípulo encarnado gravando nele as ideias necessárias
para acelerar a evolução da humanidade, embora o discípulo as considere como suas.
De fato é uma forma de telepatia superior em nível físico.

Outro processo consiste em inspirar o discípulo quando ele faz conferências e


palestras, quando ensina e quando escreve. Terá consciência dessa inspiração, embora
algumas vezes não saiba explicar. Um efeito é o discípulo dedicar-se cada vez mais a
servir com total desinteresse, o que ocorrerá pela atuação do Ego via átomo astral
permanente, o que só é possível quando a quinta pétala do Loto egoico está aberta, a
pétala de Amor-Sabedoria/Amor-Sabedoria.

Um terceiro processo consiste em o discípulo encarnado oferecer seu corpo físico,

1313
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com total consciência e total conhecimento da técnica necessária, ao Seu Mestre, para
por Ele ser utilizado no trabalho de comunicação com a humanidade. Isto só é possível
quando os três corpos inferiores do discípulo já se encontram sintonizados e alinhados,
faltando desenvolver a sexta pétala do Loto egoico, a pétala do Amor-
Sabedoria/Sacrifício. Quando o Mestre estiver usando o corpo do discípulo, o Ego do
discípulo mantém-se afastado desse corpo durante certo tempo, o que é feito por um
ato de vontade consciente do discípulo.

Estudo 448

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d). O
futuro advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "Estes métodos de
exercer infuência serão empregados principalmente pelo Grande Senhor e Seus
Mestres....", até "....., porém já está sendo feita a devida preparação.", na página 607.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz claramente que esses métodos de infuenciar, ou seja, passar
ensinamentos para a humanidade e ao mesmo tempo transmitir energias via discípulo
encarnado, serão utilizados pelo Grande Senhor (o Senhor Cristo, também conhecido
como Senhor Maitreya) e pelos Mestres a Ele ligados na obra, ao fnalizar o século
passado, pois o Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito no século passado. Portanto,
como estamos no século seguinte, século XXI, embora no início, fnal do ano 2008, a
informação do Mestre de que encarnam em todos os países discípulos que terão a
oportunidade de responder à necessidade da humanidade, pode ser comprovada
atualmente. Os que se enquadram nessa afrmação do Mestre e que nasceram naquela
época já são maduros atualmente e já estão em plena atividade na divulgação dos
conhecimentos necessários para o advento do Cristo.

O Mestre dá uma noção de tempo quando diz que dentro de cinquenta anos haverá
grande necessidade de homens e mulheres devidamente preparados e que
reconheçam cientifcamente o psiquismo superior, a verdadeira inspiração e a
mediunidade consciente (a verdadeira, no sentido de telepatia), como foi Helena
Petrovna Blavatsky. Isto caso os planos da Hierarquia frutifquem devidamente e seja
iniciado o movimento em todas as nações para a preparação de todos para a chegada

1314
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de Aquele a Quem todas as nações esperam. O conhecimento verdadeiro, a
perseverança, a tenacidade e a força de Vontade são as características dos que devem
desempenhar sua parte nesta tarefa. O verdadeiro conhecimento da realidade interior
de cada um e do mundo fenomênico que nos cerca e o entendimento científco de que
real e efetivamente todos os homens são Mônadas centelhas do nosso Logos solar
(que é para nos o Deus), em manifestação nos três mundos inferiores, em diversos e
diferenciados níveis de evolução, mas todas as Mônadas em busca da evolução e da
liberação dos três mundos inferiores, embora muitas permaneçam desorientadas e
fortemente apegadas à matéria e aos seus atrativos, competindo aos que enxergam
melhor passar a elas os devidos conhecimentos, para que saiam dessa cegueira total
em que se encontram, a fm de que todos possamos caminhar juntos.

Mestre Djwal Khul está fazendo a Sua parte, dentro do planejamento da Hierarquia,
quando nos passou todos esses valiosíssimos e riquíssimos conhecimentos em Seus
diversos livros, em particular no Tratado sobre Fogo Cósmico, Os Raios e as Iniciações
e Astrologia Esotérica.

O Mestre diz que o primeiro grupo, que consiste em plasmar no cérebro físico do
homem as ideias, projetos de trabalho, ideais e intenções que, embora emanem do
Avatar, serão considerados como próprios, será o mais numeroso, todavia o que
implica maior perigo que os outros dois, porque, ao não necessitar que o homem
possua muito conhecimento, pode levar à tergiversação e ocorrer um desastre para o
homem implicado.

O segundo grupo, que consiste em infuenciar o discípulo enquanto ele desempenha


seu trabalho, por meio de conferências, escritos e ensinamentos, e iluminando-o para
que preste serviço, será menos numeroso, porque exige muito conhecimento por parte
do discípulo encarnado e uma mentalidade científca, no sentido mais amplo de visão
esotérica ou ocultista e não mística ou devocional. Não pode haver intervenção do
corpo astral e, portanto, este tem de estar sob total controle da mente superior.

O terceiro grupo, que consiste em o discípulo oferecer seu corpo para o Mestre, será o
menor, com apenas um punhado ou dois ou três em certos países, pois a força que o
Cristo possui requer um discípulo com os três corpos muito bem preparados e com
grande fexibilidade, para ser um instrumento adequado para Ele.

A devida preparação já está sendo feita pela Hierarquia e muitos fatos que estão
ocorrendo atualmente em diversas áreas são sinais dessa atuação da Hierarquia, a qual
age nos mundos astral e mental, com efeitos aqui no mundo físico. É lógico que as

1315
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Hierarquias dévicas estão intensamente empenhadas nessa atividade. Quem tem olhos
para ver (no sentido oculto) percebe isto com toda a clareza.

Estudo 449

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Do parágrafo " Também alguns Mestres e iniciados empregarão o
método de encarnação direta pelo processo de:.....", na página 607, até "c. o
desenvolvimento da visão etérica.", na página 608.

"Também alguns Mestres e iniciados empregarão o método de encarnação direta pelo


processo de:

a. O nascimento físico.
b. A apropriação de um veículo ou corpo adequado.
c. A criação direta por um ato de vontade. Este será muito raro.
O segundo método, ou intermédio, será o mais frequentemente empregado. Seis
Mestres, cujos nomes são completamente desconhecidos para o estudante ocultista
corrente, têm encarnado fsicamente - um na Índia, outro na Inglaterra, dois na América
do Norte e um na Europa central, enquanto que outro fez um grande sacrifício e tomou
um corpo russo no desejo de atuar como centro de paz nesse desviado país. Certos
iniciados da terceira Iniciação têm tomado corpos femininos - um na Índia, que a seu
devido tempo fará muito para emancipar as mulheres da Índia, enquanto que outro tem
um trabalho peculiar vinculado ao reino animal, e igualmente está esperando o dia de
Sua aparição.

O Mestre Jesus tomará um veículo físico e, com alguns de Seus chelas, levará a efeito
a reespiritualização da igreja católica, derrubando a barreira que separa as igrejas
Episcopal e Grega da Romana. Se os planos progridem, como é de esperar, isto poderá
acontecer ao redor do ano 1980. O Mestre Hilarion também virá e se converterá num
ponto focal de energia búdica no vasto movimento espiritista, enquanto que outro
Mestre está trabalhando no movimento da Ciência Cristã (Christian Science) a fm de
induzi-la a adotar linhas mais sólidas. É interessante observar que ditos movimentos
têm posto uma forte ênfase sobre o coração ou aspecto amor, portanto, poderão
responder com mais rapidez à força que afuirá durante o advento, que os demais

1316
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
movimentos considerados muito avançados.

A "mente pode matar" o reconhecimento do Real, pois o ódio entre irmãos afasta a
corrente da força de amor. Os três Mestres , estreitamente vinculados com o
movimento teosófco, já estão fazendo Seus preparativos e atuarão também entre os
homens, reconhecidos por Seus seguidores e pelos que têm olhos para ver. A esses
chelas que estão submetidos à necessária disciplina lhes será oferecida a oportunidade
de trabalhar no plano astral e, se eles assim o escolhem, de encarnar imediatamente,
sempre que tenham logrado a continuidade de consciência. O Mestre conhecido por D.
K. tem projetado restaurar - por meio de Seus estudantes - alguns dos antigos e
ocultos métodos de curar, e também assinalar:

a. o lugar que ocupa o corpo etérico,


b. o efeito que produz a força prânica,
c. o desenvolvimento da visão etérica."

Estudo 450

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar - Considerações sobre o parágrafo "Também alguns Mestres e
iniciados empregarão o método de encarnação direta pelo processo de:.....", na página
607, até "c. o desenvolvimento da visão etérica.", na página 608.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho informa os três métodos utilizados por alguns
Mestres e iniciados para ajudar a humanidade em seu processo evolutivo. Um método
consiste na encarnação física comum, ou seja, numa gravidez e o consequente parto. É
o mais trabalhoso e demanda grande perda de tempo, inclusive na escolha do casal
adequado e preparado para tal missão.

Outro método é a tomada de posse de um corpo devidamente adequado. Logicamente


um outro Ego iniciado, de grau menor, incumbe-se da encarnação física, sendo seu
corpo gestado dentro das leis naturais. No momento certo ele cede seu corpo para o
Mestre utilizá-lo o tempo todo, ou seja, até a morte. É diferente do método pelo qual o
discípulo cede seu corpo temporariamente, retomando-o quando o Mestre o abandona,

1317
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
até a próxima utilização pelo Mestre, como foi com o Mestre Jesus e o Senhor Cristo,
que se servia do corpo do Mestre Jesus quando necessário e o abandonava ao término
do trabalho. Para o Ego iniciado que cede seu corpo para o Mestre defnitivamente, o
ato da entrega do corpo ao Mestre signifca a morte, embora o corpo físico continue
vivo, vitalizado pela energia do Mestre. É o desconectar do sutratma do Ego iniciado
seguido da conexão do sutratma do Mestre, em relação ao corpo físico. É evidente que
tem de haver uma perfeita sintonia entre o cedente do corpo e Aquele que o assume.

Um método muito raro é a construção de um corpo físico pela vontade do Mestre.


Sabemos que na terceira Iniciação, a primeira solar, da Transfguração, o iniciado
aprende a construir o chamado maiavirupa, ou seja, o corpo ilusório. Nessa construção
o iniciado constrói um corpo etérico de matéria atômica, reveste-o com matéria gasosa
e dá a essa matéria gasosa todos os detalhes físicos que ele quer. Sri Yukitesswar, o
Mestre de Iogananda, fundador da self realization fellowship, após sua morte por
cólera, apareceu a Seu discípulo com um maiavirupa, mandando que o tocasse para ter
certeza de que era de fato um corpo físico e não uma imaginação.

O Mestre diz que o segundo método, a tomada de posse de um corpo devidamente


adequado, será o mais frequentemente utilizado.

O Mestre dá algumas informações sobre Mestres que encarnaram recentemente. O


encarnado na Índia só pode ser Sathya Sai Baba. O encarnado na Rússia também só
pode ser Mikhail Gorbachov. Nos Estados Unidos tivemos dois Iniciados: Woodrow
Wilson, que deu início à Liga das Nações, semente da ONU, e Franklin Delano Roosevelt,
que enfrentou o nazismo. Na Inglaterra tivemos o Iniciado Winston Churchill, que
também enfrentou o nazismo. Na Índia tivemos Indira Gandhi, uma Iniciada que lutou
pela emancipação da mulher.

Quanto ao Mestre Jesus, infelizmente os planos da Hierarquia não progrediram


conforme o esperado, pois o Mestre Djwal Khul alertou sobre essa possibilidade. Não
há sinais do aparecimento do Mestre Hilarion, Chohan do quinto Raio, de Ciência e
Conhecimento Concreto, dentro da área do espiritismo.

O Mestre diz que os movimentos que deram muita ênfase ao aspecto amor
responderão com mais rapidez à força que afuirá durante o advento do Cristo, do que
os movimentos considerados muito avançados. Analisemos estas palavras. Há
movimentos que dão forte ênfase ao amor, porém ao amor astralino e não aquele
realmente búdico. É natural que esses movimentos respondam rapidamente à força do
Cristo apenas em seu aspecto amor, deixando de lado o aspecto sabedoria. Os

1318
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
participantes desses movimentos terão de aprender e assimilar o aspecto sabedoria da
força do Cristo.

Outros movimentos, considerados avançados no aspecto mente, porém não na mente


abstrata, e portanto não percebendo pela mente abstrata a natureza amor inteligente
do Propósito do nosso Logos solar para este atual sistema solar, responderão à força
do Cristo com menos rapidez.

Todavia os movimentos realmente mais avançados, ou seja, os que desenvolveram a


mente abstrata e conseguiram captar, entender e assimilar Budi em seus dois
aspectos: amor e sabedoria, estes responderão com muito mais rapidez e efciência à
força do Cristo, do que os movimentos que deram ênfase apenas ao aspecto amor
astralino, sem valorizar a mente abstrata e o conhecimento, para chegar à sabedoria.

É muito importante que interpretemos as palavras do Mestre dentro deste raciocínio,


para não sermos enganados pela miragem astralina.

Quando o Mestre diz que a "mente pode matar" o reconhecimento do Real, Ele está se
referindo à mente discriminativa em sua parte mais baixa e concreta, que aplica a
discriminação aos seres humanos e, por carecer do contato com a mente abstrata, não
consegue perceber a unidade de todos os seres humanos como centelhas do Logos
solar como Mônadas e portanto constituindo uma grande unidade, apesar das imensas
diferenciações de formas pelas quais as Mônadas humanas se manifestam para evoluir.
É disso que pode surgir o ódio, afastando a corrente da força do amor.

Os discípulos possuidores da necessária disciplina poderão trabalhar no mundo astral,


abdicando de ir ao devachan, após a morte física. Mas, se quiserem, poderão encarnar
imediatamente, desde que tenham conquistado a continuidade de consciência, ou seja,
consigam manter simultaneamente a consciência nos mundos físico e astral, o que
mostra quão importante e útil é conquistar essa continuidade de consciência, o que só
pode ser conseguido em encarnação física.

O Mestre afrma que Ele próprio, D. K. (a sigla de Djwal Khul), projetou restaurar - por
meio de Seus estudantes - alguns dos antigos e ocultos métodos de curar e assinalar:

a. o lugar que ocupa o corpo etérico,


b. o efeito que produz a força prânica,
c. o desenvolvimento da visão etérica.
Com estas palavras o Mestre deixa bem claro que Seus discípulos encarnados
pertencentes ao Seu Ashram têm a incumbência de ensinar e explicar isto que Ele

1319
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
projetou para a época atual, sob a Sua inspiração, é claro.

Estudo 451
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (d) O futuro
advento do Avatar e (e) Impulso e encarnação - Do parágrafo "Nada mais pode ser dito
sobre os planos dos Grandes Seres.", na página 608, até "....., adquire conhecimento e
se faz analogamente consciente em níveis mais excelsos.", na página 610.

"Nada mais pode ser dito sobre os planos dos Grandes Seres. Sua aparição não será
simultânea, pois os povos não poderiam resistir à enormemente acrescentada afuência
de força; o reconhecimento dos Mestres e de Seus métodos dependerá da intuição e
do treinamento dos sentidos internos. Não os anunciará nenhum arauto, e só Suas
obras os proclamarão.

e. Impulso e encarnação. Quiçá poder-se-ia arrojar alguma luz sobre a tão difícil
questão dos jivas, adeptos e avatares encarnantes se o estudante recorda que:

1. Um homem comum manifesta o terceiro aspecto de atividade inteligente na vida


de sua personalidade e está desenvolvendo conscientemente o segundo aspecto ou a
manifestação egoica, no plano físico.

2. Um adepto manifesta plenamente os segundo e terceiro aspectos, e em sua


própria vida interna está em processo de desenvolver o primeiro aspecto ou de
esforçar-se para levar a vida monádica a uma atividade consciente no plano búdico.

3. Um avatar manifesta de acordo com seu karma particular uma das duas coisas:

a. A luz pura da Mônada, trazida ao plano físico por intermédio do Ego e da


personalidade aperfeiçoados. A linha de força se estende diretamente dos níveis
monádicos ao físico.

b. A luz do Logos em um de seus aspectos, sendo consciente e diretamente


transmitida ao plano físico por meio da Mônada desde o Logos planetário, ou
também desde o Logos solar.
Nos dois primeiros casos, o desejo de levar uma existência sensória, ou de servir à
humanidade, são os fatores que produzem a manifestação física (um pela força da
evolução mesma, o outro por um ato consciente da vontade). O desejo de levar uma

1320
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vida sensória é só o segundo aspecto latente que trata de expressar-se por meio do
não-eu; no outro caso, o segundo aspecto manifestado emprega conscientemente a
forma como meio para lograr um fm. No caso de todos os avatares atua o aspecto
vontade e produz a aparição - seja a vontade do adepto perfeito como o Buda Mesmo
ou (como no caso do verdadeiro Avatar, que já o é, porém não tem podido realizá-lo) a
vontade do Logos planetário ou do Logos solar, toma forma para um propósito
específco. Signifca uma manifestação da faculdade criadora mais elevada que a
manifestada pelo Adepto ao criar Seu corpo de manifestação, o Mayavirupa (48) As
frases "apropriação de um corpo físico" e "criação de um corpo físico" devem ser
ampliadas para incluir não só nosso plano físico, o sétimo subplano do físico cósmico,
mas todos os planos do sistema solar.

As causas conjuntas que produzem a encarnação são três:

1. O impulso egoico.
2. A atividade dos Anjos solares e lunares.
3. O karma ou o papel que a atuação anterior desempenha na manifestação.
Difcilmente podemos dissociá-las, ao considerar nosso tema, dada a constituição inata
do corpo egoico mesmo e o papel que a consciência imanente desempenha ao
produzir-se a aparição por meio de um ato de vontade. Portanto, reconsideremos
brevemente o que temos aprendido acerca do corpo egoico e sua constituição, e logo
vejamos os passos dados pelo Ego ao obter resultados nos três mundos.

Temos visto que no terceiro nível do plano mental se encontra o loto egoico, portanto,
o estudante deveria imaginá-lo da maneira seguinte:

Oculto no mesmo centro ou coração do loto há um ponto brilhante de fogo elétrico de


um tom branco azulado (a joia no loto), circundado e completamente oculto por três
pétalas hermeticamente cerradas. Ao redor deste núcleo central ou chama interna,
estão dispostas as nove pétalas em círculos de três pétalas cada um, formando em
total três círculos. Ditas pétalas, igual que as três centrais, estão formadas pela
substância dos anjos solares - substância que não só é sensória como a que compõe as
formas dos três mundos e os corpos lunares, mas que tem uma qualidade adicional de
"euismo" ou autoconsciência, que permite ao ente espiritual, situado no centro, adquirir
por seu intermédio, conhecimento, percepção e autorrealização. As nove pétalas têm
uma cor predominantemente alaranjada, embora as outras seis cores existam como
secundárias em distintos tons. As três pétalas internas são de cor amarela limão. Na
base das pétalas do loto estão os três pontos de luz que marcam o lugar dos átomos

1321
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
permanentes, o meio de comunicação entre os Anjos solares e os pitris lunares. O Ego,
por intermédio destes átomos permanentes, de acordo com seu grau de evolução,
pode construir seus corpos lunares, adquirir experiência e conhecimento nos três
planos inferiores e chegar a ser consciente. Numa volta mais alta da espiral da Mônada,
por intermédio das pétalas egoicas e com a ajuda dos Anjos solares, adquire
conhecimento e se faz analogamente consciente em níveis mais excelsos."

48 "O Mayavirupa é, literalmente, a forma ilusória; é o corpo de manifestação


temporal que o Adepto cria ocasionalmente pelo poder da vontade e no qual atua a
fm de estabelecer certos contatos no plano físico e empreender certo trabalho para
a raça."

Estudo 452

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Nada mais pode ser dito sobre os
planos dos Grandes Seres.....", na página 608, até "2. Um adepto.................de esforçar-se
para levar a vida monádica a uma atividade consciente no plano búdico.", na página
609.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá importantes e úteis informações a respeito do


impulso que leva as Mônadas humanas à encarnação, no processo evolutivo, em
termos de manifestação e desenvolvimento dos três aspectos da Mônada.

O Mestre classifca as Mônadas em três níveis evolutivos: homem comum, adepto e


avatar.

Um homem comum manifesta o terceiro aspecto, atividade inteligente ou manas, em


muitíssimos níveis, na vida da personalidade e é levado a desenvolver conscientemente
o segundo aspecto monádico, amor-sabedoria, que nessa etapa é a manifestação do
Ego no mundo físico. É óbvio que essa manifestação do Ego no mundo físico é feita
dentro de uma vastíssima linha de aprimoramento e aperfeiçoamento, existindo
portanto uma enorme quantidade de níveis que expressam o avanço da Mônada no
domínio dos seus instrumentos, os quais são: o Ego, o Loto egoico e os três corpos

1322
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inferiores. É evidente que também devem ser consideradas as duas Tríades, a superior
e a inferior, sendo a inferior o núcleo de força responsável pela construção dos três
corpos inferiores.

Um adepto expressa plenamente os segundo e terceiro aspectos monádicos, amor-


sabedoria e atividade inteligente, quando encarnado e interiormente procura
desenvolver conscientemente o primeiro aspecto monádico, atma ou vontade, o que
signifca esforçar-se para, como Mônada, atuar com plena consciência no mundo
búdico através da matéria búdica, o que exige que o átomo búdico permanente esteja
com suas espiras em plena atividade, uma vez que o corpo búdico é construído a partir
do átomo búdico permanente. É lógico que a plena manifestação do primeiro aspecto
monádico se dá através do átomo átmico permanente. A atividade consciente no
mundo búdico se manifesta no mundo físico, quando o adepto está encarnado.

É um fato óbvio que entre o homem comum e o adepto existe a larga faixa que contém
os níveis evolutivos referentes ao homem intelectualizado, o aspirante, o discípulo em
prova, o discípulo aceito e o iniciado das iniciações primeira, segunda, terceira e
quarta. Nessas diversas etapas evolutivas os três aspectos monádicos vão se
desenvolvendo paulatinamente, numa velocidade que depende exclusivamente do raio
monádico. As Mônadas de primeiro raio são as que evoluem mais rapidamente.

Estudo 453

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo " 3. Um avatar manifesta de acordo
com seu karma particular uma das duas coisas:", até "b........., ou também desde o Logos
solar.", na página 609.
Considerações.

Uma Mônada em nível de avatar, ao encarnar, manifesta no mundo físico uma de duas
coisas, conforme seu karma particular. Por ser um avatar humano, terá de ser um
Adepto, ou seja, ter conquistado a quinta Iniciação planetária, a terceira solar, de
Revelação, e portanto já está liberado dos cinco mundos ou planos do esforço humano:
físico, astral, mental, búdico e átmico e plenamente consciente no mundo ou plano
monádico.

1323
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
As duas coisas que Ela manifesta no mundo físico são:

a. A luz pura da Mônada, trazida ao mundo físico por intermédio do Ego e da


personalidade aperfeiçoados, diretamente do mundo monádico ao físico.
b. A luz do Logos num de seus aspectos, consciente e diretamente transmitida ao
mundo físico por meio da Mônada desde o Logos planetário ou também desde o
Logos solar.
Analisemos o item a. Por ser um adepto, a Mônada não possui mais Ego, que
desaparece na quarta Iniciação, a segunda solar, da Renúncia. Como então interpretar
as palavras do Mestre a respeito de a luz pura da Mônada ser trazida ao mundo físico
por intermédio do Ego e da personalidade aperfeiçoados ? Todo o conteúdo das
personalidades experimentadas pelo Ego fca armazenado na Tríade inferior e todo o
conteúdo das experiências do Ego fca armazenado no Loto egoico. Na quarta Iniciação
planetária, antes da desintegração do Ego e do Loto egoico, todo o conteúdo deste é
transferido para a Tríade superior, fcando então a Mônada com a Tríade inferior, que
contém o registro de todas as experiências das personalidades, e com a Tríade
superior, que contém o registro de todas as experiências do Ego, passando a Mônada a
se manifestar por meio da Tríade superior nos mundos búdico e superiores.

Na quinta Iniciação planetária ocorre a fusão da Tríade inferior com a Tríade superior.
Assim a Mônada conserva o registro da personalidade e do Ego aperfeiçoados, e pode,
a qualquer momento em que precisar, ativar os dois, como personalidade e Ego
virtuais, usando a linguagem técnica moderna.
Ficam então esclarecidas as palavras do Mestre a respeito de trazer ao mundo físico a
luz pura da Mônada por intermédio do Ego e da personalidade aperfeiçoados.

Pelo mesmo processo uma Mônada encarnada, no trabalho de avatar, em nível mais
elevado, pode transmitir a luz do Logos planetário ou do Logos solar, consciente e
diretamente ao mundo físico.

Estudo 454

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Nos dois primeiros casos, o desejo
de levar uma existência sensória ou de servir à humanidade, .......", na página 609, até

1324
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
" ....., e se faz analogamente consciente em níveis mais excelsos.", na página 610.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul explica sucintamente os motivos que levam a Mônada humana, em
seus diversos níveis, à encarnação, ampliando o conceito de encarnação como
apropriação de um corpo físico e criação de um corpo físico, para incluir o plano ou
mundo físico cósmico e não apenas o físico do sistema. Assim quando um elevado Ser
assume um corpo feito de matéria adi, monádica, átmica, búdica ou qualquer outra
mais sutil que a matéria física, esse elevado Ser está encarnando fsicamente no
sentido cósmico.

No caso do homem comum, o motivo que o leva à encarnação física densa é o desejo
de levar uma existência sensória, ou seja, entrar em contato com as vibrações da
matéria densa. Embora o impulso parta da Mônada, Ela está ainda no nível mais baixo,
necessitando de experiências densas, para fazer evoluir e aprimorar Sua Tríade
inferior, enriquecer Seu Ego com os frutos das experiências nos mundos inferiores e
assim o Ego despertar no mundo causal (o mundo do Ego) e uma vez desperto em seu
mundo, adquirir experiência nesse mundo e evoluir, com o que o Ego passa a evoluir
através das experiências nos mundos inferiores e no seu próprio mundo, o causal. A
Mônada evolui através das experiências do Ego, uma vez que o Ego nada mais é que a
manifestação da Mônada no mundo causal. A partir da terceira Iniciação planetária, a
primeira solar, da Transfguração, a Mônada se aferra ao Ego e passa a viver mais
diretamente no mundo causal.

Este desejo de levar uma existência sensória é na realidade o segundo aspecto, Amor-
Sabedoria, latente, que procura expressar-se e aperfeiçoar-se por meio da relação com
o não-eu, uma vez que Amor supõe uma relação entre dois: o eu e o não-eu. Sabemos
que no atual sistema solar a meta do nosso Logos solar é levar o segundo aspecto à
perfeição, utilizando a mente ou manas como instrumento, que foi aperfeiçoado no
sistema solar anterior.

No caso do Adepto o segundo aspecto manifestado e mais evoluído e já liberto dos


cinco mundos do esforço humano (físico, astral, mental, búdico e átmico) utiliza-se
conscientemente de uma forma física densa para alcançar um objetivo.

No caso de todos os avatares atua o aspecto vontade, o primeiro aspecto, e a vontade


do adepto perfeito, como o próprio Buda ou, como no caso do verdadeiro Avatar, o
qual já o é, porém ainda não pôde realizar este trabalho de avatar, porque a
humanidade ainda não oferece condições para tal (o Mestre está se referindo ao

1325
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Senhor Cristo ou Maitreya), a vontade do Logos planetário ou do Logos solar toma
forma com um propósito bem específco, através da Mônada do Avatar. Isto signifca a
utilização de uma faculdade criadora mais elevada que a manifestada pelo Adepto, ao
criar Seu corpo de manifestação, o Mayavirupa.

No processo de encarnação três agentes atuam em conjunto:

1. O impulso do Ego.
2. A atividade dos Anjos solares (que constroem o Loto egoico) e dos Anjos lunares
(que constroem os três corpos inferiores).
3. O karma ou o papel (os efeitos) que a atuação da encarnação anterior
desempenha na manifestação.
É muito difícil dissociar estes três agentes no processo de encarnação do Ego, quando
consideramos a constituição inata do próprio Loto egoico (o corpo causal) e o papel
que a consciência imanente desempenha ao produzir-se a aparição por um ato de
vontade.

O Mestre recapitula o que já ensinou a respeito do Loto egoico (o corpo egoico) e sua
constituição, para que entendamos os passos dados pelo Ego ao obter resultados nos
três mundos (físico, astral e mental), ou seja, evoluir.

O Loto egoico é construído com matéria do terceiro subplano mental ou da terceira


divisão da matéria mental, que é a mais densa da matéria mental superior ou causal,
sendo analogia do terceiro éter para a matéria mental. Podemos imaginar o Loto egoico
da seguinte forma:

Um loto com doze pétalas, tendo no centro um ponto brilhante de fogo elétrico de um
tom branco azulado ( a Joia no loto, o Ego ou a Alma), circundado e completamente
ocultado por três pétalas hermeticamente cerradas. Ao redor deste núcleo central ou
chama interna, estão dispostos três círculos, cada um com três pétalas, totalizando
nove pétalas. Tais pétalas, como as três centrais, estão formadas pela substância dos
Anjos solares, substância que é sensória, ou seja, capta vibrações, como a que compõe
os três corpos inferiores ou corpos lunares (físico, astral e mental inferior). A
substância constituinte das pétalas do Loto egoico possui uma qualidade adicional e
muito importante, chamada "euismo" ou autoconsciência, que propicia ao ente
espiritual, o Ego, situado no centro, adquirir por seu intermédio conhecimento,
percepção e autorealização. As três pétalas internas são de cor amarela limão e as
outras nove pétalas têm uma cor predominantemente alaranjada, embora as outras

1326
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seis cores existam como secundárias em distintos tons. Na base das pétalas do Loto
egoico estão três pontos de luz que indicam o lugar dos átomos permanentes, que
constituem a Tríade inferior (constituída pela unidade mental e pelos átomos
permanentes astral e físico), que é o meio de comunicação entre os Anjos solares e os
pitris lunares. O Ego, dependendo do seu grau de evolução, pode construir seus corpos
lunares, adquirir experiência e conhecimento nos três mundos inferiores e chegar a ser
consciente. Numa volta mais elevada da espiral a Mônada, por intermédio das pétalas
do Loto egoico e com a ajuda dos Anjos solares, adquire conhecimento e se faz
analogamente consciente em níveis mais excelsos. Isto ocorre quando o homem já está
trilhando o caminho iniciático. Na terceira Iniciação a Mônada se aferra ao Ego e aí Ela
já está com a Sua Tríade superior (constituída pelos átomos permanentes mental,
búdico e átmico) em atividade, o que permite a Ela ser consciente dos mundos búdico e
átmico, consciência que se expande cada vez mais na sequência do processo iniciático.

Estudo 455

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Do parágrafo "A luz interna que se encontra nos átomos permanentes
tem um fulgor vermelho apagado;......", na página 610, até ".....e de atividade radiante
que produz um equilíbrio de forças, há uma larga série de vidas.", na página 612.

"A luz interna que se encontra nos átomos permanentes tem um fulgor vermelho
apagado; portanto temos os três fogos manifestando-se no corpo causal - fogo
elétrico no centro, fogo solar circundando-o como a chama circunda o núcleo central
ou essência na chama de uma vela e fogo por fricção, que se assemelha ao pavio
avermelhado que se encontra na base da chama superior.

Estes três tipos de fogo no plano mental - que se unem e unifcam no corpo egoico -
produzem com o tempo irradiação ou calor, que afui por todas partes do loto
produzindo essa forma esferoidal que observam os investigadores. Quanto mais
evoluído seja o Ego e estejam mais abertas as pétalas, maior será a beleza da esfera
circundante e mais imaculadas suas cores.

Nas primeiras etapas, depois da individualização, o corpo egoico tem a aparência de


um botão. O fogo elétrico do centro não se percebe e as nove pétalas estão cerradas

1327
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sobre as três internas; a cor alaranjada tem um aspecto apagado, e os três pontos de
luz na base só são pontos e nada mais; também se percebe o triângulo que se vê logo
conectando ditos pontos. A esfera circundante é incolor e só é observada como
vibrações ondulantes (como as ondas no ar ou o éter) chegando escassamente mais
além da linha de pétalas.

No momento em que é recebida a terceira Iniciação tem lugar uma transformação


maravilhosa. A esfera externa, de amplo raio, fulgura com as cores do arco-íris; as
correntes de energia elétrica que circulam nela são tão poderosas que escapam fora
da periferia do círculo, assemelhando-se aos raios do sol. As nove pétalas estão
totalmente abertas, formando um gracioso engranzamento para a jóia central, e seu
matiz alaranjado é agora de uma primorosa transparência, salpicada de muitas cores,
predominando a do raio egoico. O triângulo que se encontra na base é vívido e
faiscante e os três pontos são pequenos fogos fulgurantes, aparecendo ante a vista do
clarividente como sétuplas espirais de luz, que fazem circular sua luz entre os pontos
de um triângulo que se move rapidamente.

No momento de receber a quarta Iniciação a atividade deste triângulo é tão grande que
se parece com uma roda girando rapidamente. Tem um aspecto quadridimensional. As
três pétalas no centro estão se abrindo, revelando a "joia radiante". Nesta iniciação,
pela ação do Hierofante que maneja o Cetro de Poder elétrico, os três fogos são
estimulados repentinamente por uma descida de força elétrica ou positiva, desde a
Mônada e, em resposta, seu fulgor produz essa fusão que destrói toda a esfera,
desintegra toda aparência de forma e estabelece um momento de equilíbrio ou
suspensão, em que os "elementos são consumidos pelo ardente calor". Então se
conhece o momento de radiação mais intensa. Logo - pela pronunciação de certa
Palavra de Poder - os grandes Anjos solares absorvem em si mesmos o fogo solar,
produzindo assim a desintegração fnal da forma e, por conseguinte, a vida se separa
da mesma; o fogo da matéria retorna ao depósito geral, e já não existem os átomos
permanentes nem o corpo causal. O fogo elétrico central se centraliza em atma budi. O
Pensador ou a entidade espiritual se libera dos três mundos, funcionando
conscientemente no plano búdico. Entre as etapas de inércia passiva (embora
autoconsciente) e de atividade radiante que produz um equilíbrio de forças, há uma
larga série de vidas."

1328
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 456

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "A luz interna que se encontra nos
átomos permanentes tem um fulgor vermelho apagado,.......", na página 610, até ".......,
maior será a beleza da esfera circundante e mais imaculadas suas cores.", na página
611.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul faz neste trecho uma interessante analogia do Loto egoico com
uma vela acesa. A Tríade inferior (a unidade mental e os átomos permanentes astral e
físico, unidos) é equivalente ao pavio da vela. Essa Tríade é vitalizada pelo fogo por
fricção, o fogo da matéria, respectivamente para a unidade mental (fogo por fricção
atuando na matéria mental), para o átomo astral permanente (fogo por fricção atuando
na matéria astral) e para o átomo físico permanente (fogo por fricção atuando na
matéria física), e emite uma cor vermelha em conjunto, sendo fraca no início do
processo evolutivo, tornando-se cada vez mais forte, no decorrer do processo
evolutivo, sob a ação do fogo solar e do fogo elétrico.

As pétalas do Loto egoico equivalem à chama periférica, vitalizadas pelo fogo solar, de
cor alaranjada.

A Joia no loto, no centro, equivale ao núcleo central, vitalizada pelo fogo elétrico, de cor
branca azulada.

A Tríade inferior está localizada sob o centro do Loto egoico, estando portanto dentro
do corpo causal.

Assim temos no corpo egoico, o corpo causal, os três fogos da manifestação, emitidos
pelas diversas partes do Loto egoico. Esses três fogos se mesclam e unem, entrando
em sintonia ou fusão, e se irradiam, produzindo a forma esferoidal do corpo causal.

A medida que o Ego evolui, as pétalas do Loto egoico se abrem e aumentam seu
movimento e frequência, com o que as cores emitidas tornam-se mais fortes, belas e
imaculadas, caracterizando a cor do Raio do Ego e dando indícios da cor do Raio da
Mônada.

1329
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 457

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Nas primeiras etapas, depois da
individualização, o corpo egoico tem a aparência de um botão.", na página 611, até ".....,
que fazem circular sua luz entre os pontos de um triângulo que se move rapidamente.",
na página 611.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz neste trecho que o Loto egoico, logo após sua construção pelo
Anjo Solar no processo de individualização, tem a aparência de um botão. Isto é devido
ao fato de que as pétalas do Loto egoico, que são na realidade vórtices gerados pelo
movimento de moléculas do terceiro subplano do plano mental, ou seja, da terceira
divisão da matéria mental (a matéria mental é dividida em sete estados de densidade,
denominados subplanos, sendo a mais sutil e dinâmica a primeira divisão, chamada
atômica). O Loto egoico é construído com moléculas dessa terceira divisão, cabendo à
Mônada responsável pelo Ego fazer com que este Ego substitua essas moléculas por
moléculas das divisões mais sutis, até chegar à atômica, ao longo do processo
evolutivo nos três mundos inferiores (físico, astral e mental).

O pouco movimento e o pequeno dinamismo dessas moléculas da terceira divisão


fazem com que os vórtices ou pétalas dos três círculos externos fquem fechados
sobre o círculo central que encobre a Joia no loto, produzindo essa aparência de um
botão.

Assim o fogo elétrico do centro, ou seja, da Joia no loto, não é visível ainda. A cor
laranja dos vórtices das três círculos externos, cor resultante do fogo solar, é fraca.

A Tríade inferior (os três pontos de luz na base do Loto egoico), de cor vermelha muito
fraca, é percebida apenas como três pontos, não sendo percebido o triângulo formado
pela energia que conecta os três componentes da Tríade inferior (a unidade mental e
os átomos permanentes astral e físico).

A esfera que circunda o Loto egoico é incolor e apenas são percebidas as ondulações
que chegam escassamente mais além da linha dos vórtices ou pétalas.

No momento em que o Iniciado recebe a terceira Iniciação planetária, a primeira solar,


quando pela primeira vez fca face a face com o Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, a
encarnação do nosso Logos planetário, ocorre no Loto egoico uma transformação

1330
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
maravilhosa. Pela ação do fogo elétrico emitido pelo Cetro de Poder do Iniciador,
SANAT KUMARA, fogo esse de origem cósmica, a esfera que circunda o Loto egoico,
agora com todos os nove vórtices ou pétalas dos três círculos externos totalmente
ativos e portanto abertos, e com seu raio bem aumentado, fulgura com as cores do
arco-íris.

As correntes de fogo elétrico que circulam pelas partículas da esfera são tão
poderosas que escapam da periferia dela, dando a aparência de um sol, pelos raios que
escapam.

Os nove vórtices ou pétalas dos três círculos externos, completamente abertos,


adquirem o aspecto de um engranzamento na Joia no loto e o seu matiz alaranjado é
agora de uma estupenda transparência, cheia de pontinhos de muitas cores,
predominando a do Raio egoico.

O triângulo que está na base do Loto egoico, formado pelos três componentes da
Tríade inferior, é vívido e faiscante e os três componentes da Tríade inferior aparecem
como pequenos fogos fulgurantes, e para a visão clarividente mental são visíveis os
sete pequenos vórtices que constituem as sete espiras dos átomos permanentes,
sendo que para a unidade mental são apenas quatro vórtices, e a luz emitida por esses
vórtices de cada componente da Tríade inferior circula entre os componentes,
formando um triângulo que se move rapidamente, por causa da velocidade de
circulação das luzes emitidas pelos vórtices ou espiras.

Estudo 458

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGINISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "No momento de receber a quarta
Iniciação a atividade deste triângulo é tão grande.......", na página 611, até ".....e de
atividade radiante que produz um equilíbrio de forças, há uma larga série de vidas.", na
página 612.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho diz que quando a Mônada conquista as condições
para receber a quarta Iniciação planetária, a segunda solar, da Renúncia, o triângulo de

1331
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
luz formado pelas energias que circulam entre os três componentes da Tríade inferior,
que fca sob o centro do Loto egoico, circula tão velozmente que adquire a aparência
de uma roda girando em alta velocidade, o que é devido à intensifcação das energias
dos três componentes da Tríade inferior, com as suas espiras completamente
despertas e na máxima atividade. Acontece que a Tríade inferior também fca
orbitando em torno da Jóia no loto, o que lhe dá um aspecto quadridimensional, pois
são efetuados quatro movimentos simultâneos.

Nesta etapa os três vórtices ou pétalas que ocultam a Jóia no loto (o Ego) já estão
abertos, revelando toda a beleza e glória da Jóia no loto.
Aí o Cetro de Poder do Hierofante, SANAT KUMARA, emite fogo elétrico cósmico que
estimula o aspecto Vontade (Atma) da Mônada, a qual lança Seu fogo elétrico que
estimula os fogos solar e por fricção e pela ação conjunta desses três fogos as
partículas de matéria mental constituintes do Loto egoico são tão fortemente
energizadas, que o resultado se assemelha à ação do calor de grande intensidade, que
faz as partículas adquirirem um novo tipo de movimento, o que é como se fosse um
momento de equilíbrio. Finalmente tudo é consumido e desintegrado, o que produz
uma intensa radiação.

Então, pela enunciação de certa Palavra de Poder, os grandes Anjos solares que
constituem as nove pétalas com a Sua substância absorvem o fogo solar das pétalas,
com o que as pétalas são desintegradas e os Anjos solares (as Vidas) se separam da
matéria.

O fogo por fricção que energiza os componentes da Tríade inferior retorna ao depósito
geral, desaparecendo a Tríade inferior e o corpo causal.
A Mônada absorve o fogo elétrico com o qual vitalizava a Joia no loto e então Ela (o
Pensador ou a entidade espiritual) se libera defnitivamente dos três mundos inferiores
(mental, astral e físico), passando a viver e funcionar conscientemente no mundo
búdico, prosseguindo Seu processo evolutivo na etapa superior.

Até chegar a esse glorioso momento a Mônada passou por uma vasta série de
encarnações, desde a etapa de inércia passiva (embora autoconsciente) do homem
primitivo e animalizado, até a fase de atividade radiante.

Estudo 459

1332
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II Os Devas e Elementais da
Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso e
encarnação - Do parágrafo "Ao estudar o tema dos jivas reencarnantes, temos tocado
três tópicos:", na página 612, até ".....por interpretar mentalmente estes processos em
termos de energia e de força.", na página 612.

"Ao estudar o tema dos jivas reencarnantes, temos tocado três tópicos:

a. Os avatares, a fm de esclarecer a confusão que existe nas mentes dos estudantes


a respeito de certos tipos de aparições. Aqui só nos ocuparemos dos procedimentos
aplicados pelo homem comum.

b. Os pralayas, a fm de despertar na mente do estudante a ideia dos intervalos de


passividade dependentes dos períodos intermitentes de atividade.

c. A aparição do corpo egoico e sua composição geral, a fm de que o estudante


compreenda que a evolução afeta também esse corpo e não só as formas do homem
nos três mundos. Os efeitos do processo são interdependentes e, a medida que o eu
inferior se desenvolve ou que a personalidade se faz mais ativa e inteligente, obtêm-
se resultados no corpo superior. Devido a que estes efeitos são acumulativos e não
efêmeros, os resultados inferiores, o corpo egoico similarmente se faz mais ativo e a
manifestação de sua energia aumenta. Ao fnalizar o período evolutivo nos três
mundos se vê um constante intercâmbio de energia; a luz irradia sobre as formas
inferiores, que refetem a irradiação superior; o corpo egoico é o Sol do sistema
inferior, e seus corpos refetem seus raios assim como a lua refete a luz do sol solar.
Similarmente, o Sol egoico - por meio da interação - brilha com maior intensidade e
glória. Nos níveis superiores tem lugar uma interação similar, durante um curto
período de tempo, entre a Mônada e seu refexo, o Ego, porém só no próximo sistema
solar esta interação será levada a uma lógica conclusão.
Havendo considerado, portanto, muito brevemente estes três tópicos, podemos agora
seguir estudando o processo seguido pelo Ego quando trata de manifestar-se nos três
mundos. Esforcemo-nos por interpretar mentalmente estes processos em termos de
energia e de força."

1333
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 460

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) -
Impulso e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Ao estudar o tema os jivas
reencarnantes, temos tocado três tópicos:", na página 612, até ".....por interpretar
mentalmente estes processos em termos de energia e de força.", na página 612.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul explica os motivos que O levaram a explicar três
tópicos referentes ao processo de reencarnação dos jivas, as Mônadas.

O tópico Avatares foi explicado para eliminar a confusão reinante nas mentes dos
estudantes sobre certos tipos de manifestação de Entidades avançadas. Dentro desse
assunto, ou seja, a encarnação, o Mestre irá se ocupar apenas dos procedimentos
utilizados pelo homem comum.

O tópico pralayas foi explanado com o objetivo de despertar nas mentes dos
estudantes o conceito dos intervalos de passividade, que dependem dos períodos
intermitentes de atividade. No caso do homem temos o período entre uma morte física
e a encarnação seguinte.

O tópico Loto egoico e sua composição geral foi detalhado para que o estudante
entendesse que a evolução afeta também esse corpo da Mônada e não apenas as
formas do homem nos três mundos, ou seja, os corpos mental inferior, astral e físico. O
Mestre deixa bem claro que há realimentação (feedback) no processo evolutivo. A
medida que os três corpos inferiores (que constituem em conjunto a personalidade)
evoluem, fazendo com que a personalidade se torne mais ativa e inteligente, o Ego, que
se manifesta e aprende através da personalidade e com o que ela capta e assimila dos
três mundos inferiores, evolui e aperfeiçoa seu corpo, o Loto egoico.

As conquistas de uma encarnação são armazenadas na Tríade inferior para posterior


utilização na encarnação seguinte. Portanto os resultados são acumulativos.

Com isto o Ego torna-se mais ativo em seu mundo e passa a controlar melhor sua
personalidade, irradiando com mais vigor suas energias e recebendo de volta os
resultados.

Podemos estabelecer neste processo uma analogia com o Sol, o Ego, irradiando sua luz
para seu satélite, a personalidade, que refete para o Sol (o Ego) a luz recebida,
aumentando a luz do Ego. Assim o Ego aumenta sua luz e sua glória cada vez mais e

1334
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nas etapas fnais nos três mundos inferiores o intercâmbio torna-se constante e
intenso.

Nos mundos superiores ocorre uma interação semelhante entre a Mônada e Seu corpo
de expressão, o Ego (a Joia no loto), por um curto período de tempo, nas etapas fnais
do processo evolutivo nos três mundos inferiores, após o homem ter ingressado no
caminho iniciático. Mas só no próximo sistema solar esta interação entre a Mônada e o
Ego será realizada com as máximas intensidade e efciência, dentro de uma concepção
lógica, porque o próximo sistema solar será o de Vontade ou Poder (Atma) e o aspecto
mais elevado da Mônada (Atma) poderá se manifestar em toda a sua plenitude e glória.

O Mestre recomenda que interpretemos mentalmente em termos de energia e de força


tudo o que Ele continuará a explicar sobre o processo utilizado pelo Ego quando quer
se manifestar nos três mundos inferiores (mental inferior, astral e físico), ou seja,
encarnar. Isto signifca que teremos de raciocinar somente analisando energias
atuando entre si, abstraindo qualquer visão de forma; como por exemplo uma carga
elétrica positiva encontrando-se com uma carga elétrica negativa, ou um feixe de luz
infravermelha incidindo num fotodiodo. É lógico que teremos de raciocinar para
descobrir qual o fenômeno elétrico que irá resultar da interação de energias diferentes
e o estado de consciência consequência deste fenômeno elétrico. Quando o Ego
consegue emitir seu fogo solar para o chacra coronário, há uma alteração no estado
quiescente (o estado normal) desse chacra, ou seja, os vórtices do chacra são
dinamizados, aumentando sua velocidade de rotação e sua frequência de oscilação,
com o que o estado de consciência do homem encarnado é alterado, o que se
manifesta normalmente como surgimento de novas qualidades e às vezes como
ampliação da capacidade de percepção de algum sentido. Há muito mais a ser dito
sobre isto.

Estudo 461

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e Elementais da


Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso e
encarnação - Do parágrafo "O Antigo Comentário diz: ", na página 613, até ".....e
também os Logos planetários estão no caminho de iniciação cósmica.", na página 614.

"O Antigo Comentário diz:

1335
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"Quando a Chispa toca os quatro pavios, e quando o Fogo espiritual em sua tríplice
essência se encontra com aquele que é combustível, surge a Chama. Fulgurando
tenuemente no princípio parece se achegar à morte, porém os pavios ardem e
fulguram retendo o calor. Este é o primeiro ciclo, e se denomina a roda fulgurante.

O fulgor se acrescenta em uma pequena chama, e os quatro pavios ardem porém não
se consomem, pois o calor não é sufciente. A luz destes três fogos é tão tênue que
não ilumina a caverna. Sem embargo, Aquele que se acerca e vigia, sente a chama e o
calor essenciais. Este é o segundo ciclo, e se denomina a roda que dá calor.

A pequena chama se converte em uma lâmpada acesa. O fogo arde, e o fumo


prevalece porque os pavios ardem intensamente e o calor é sufciente para destruí-
los rapidamente. A lâmpada localizada em meio da escuridão, faz com que se
manifeste a densa escuridão; a luz e o calor se percebem. Este terceiro ciclo se
denomina a roda iluminada.

Os quatro pavios e a chama parecem ser um; desvaneceu-se quase todo o fumo
porque o que mais se vê é a chama. A caverna se ilumina, embora a lâmpada todavia
seja aparente. O quarto ciclo se denomina a hora da roda ígnea.

O ciclo fnal chega quando a lâmpada mesma tenha sido consumida, destruída pela
intensidade do calor. Aquele que vigia, vendo realizado o trabalho, ventila o ponto
central de fogo, produzindo-se uma repentina labareda. Os pavios nada são - a
chama é tudo. A Ciência Sagrada diz que este se denomina o ciclo da
rodaconsumida."
Neste simbologia arcana está oculto (em termos de energia e de atividade radiante)
todo o segredo da energia egoica e do impulso que faz sentir sua presença na
substância dos planos inferiores; o estudante deveria interpretar as frases que
antecedem tanto macro cósmica como micro cosmicamente. Em toda manifestação o
impulso originador vem do primeiro aspecto que se acha oculto no coração do loto
egoico, porém dita Entidade atua de acordo com a lei; nas primeiras etapas (os
primeiros três ciclos) o processo tem lugar sob a Lei de Economia, lei da substância
mesma; nos dois ciclos fnais esta lei se funde (embora não seja substituída, pois ainda
é muito poderosa) com a Lei de Atração, a lei fundamental do Eu divino. A
incompreensão disto tem dado lugar à confusão que existe nas mentes de muitos
metafísicos com respeito ao que se manifestou primeiro, se o desejo ou a vontade, e a

1336
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
diferença que existe entre eles, e também entre impulso e propósito, instinto e
intenção. Nas primeiras etapas o homem reencarna regido pela Lei de Economia; sem
embargo, embora o aspecto vontade esteja detrás do processo, durante um largo
período de tempo a atração da sensação e seu refexo na consciência, o desejo, produz
o renascimento. Sendo a sensação uma qualidade da matéria ou substância, o Eu no
princípio se identifca com a sensação. Logo, quando o Eu começa a identifcar-se
consigo mesmo e a reconhecer a natureza do não-eu, a Lei de Atração e de Repulsão
se faz mais ativa, soltando-se a vontade e o propósito conscientes. Deve ser recordado
aqui que existe uma grande diferença, em tempo e espaço, entre o Logos ou
Macrocosmos e o Homem ou Microcosmos. O homem corrente vem à encarnação por
meio do impulso egoico, baseado no desejo e na relação entre o segundo e o terceiro
ou o Eu e o não-eu. O homem trará oportunamente (por meio da evolução) a revelação
do primeiro aspecto, e o impulso egoico (baseado na compreensão mental consciente
do propósito em consideração) será o fator dominante, demonstrando-se por meio de
uma defnida vontade de atuar. Em relação ao Logos, a primeira etapa foi deixada muito
atrás; a manifestação logoica baseia-se na vontade e no propósito e também na
atividade consciente inteligente. A razão disto consiste em que o Logos e também os
Logos planetários estão no caminho de iniciação cósmica."

Estudo 462

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A
natureza do pralaya - 5. O grande pralaya - Considerações sobre o parágrafo "Temos
considerado assim os diversos tipos de pralaya, no que afetam o ente humano......", na
página 595, até ".......3. Seu contato com um esquema produz a manifestação da quarta
Hierarquia criadora e leva as Mônadas a adquirir forma nos três mundos.", na página
596.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul deixa bem claro o trabalho glorioso que está reservado para
aqueles que conquistam a meta da nossa cadeia, a quinta Iniciação planetária, a
terceira solar, e prosseguem nas conquistas maiores. Quando ingressam no caminho
escolhido na sexta Iniciação, da Decisão, após liberados do seu trabalho ligado à

1337
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Hierarquia planetária, são treinados e aprendem uma elevadíssima atividade cósmica e
quando concluem o aprendizado e são "diplomados", vão trabalhar num chacra do
corpo astral cósmico da Entidade cósmica que é Senhor do Raio do Iniciado.

Para ter uma ideia rudimentar desse tipo de vida e trabalho na matéria astral cósmica
dentro de um chacra de uma Entidade cósmica Senhor de um Raio é imprescindível ter
consciência iniciática, como diz o Mestre. Ter consciência iniciática é entender o que é
viver e atuar no mundo das energias, totalmente livre de qualquer forma dos três
mundos inferiores, inclusive a Alma ou Ego, é ter noção da vida da Tríade superior, o
que só é possível por meio do antakarana, que estabelece o contato direto da unidade
mental com o átomo mental permanente da Tríade superior. Só assim é possível
entender, mesmo estando encarnado, o que é viver e atuar nos mundos amorfos (sem
forma), o que o Senhor CRISTO expressou pelas palavras "Vida mais plena" e "Tesouros
do reino de meu Pai", sendo "meu Pai" a Mônada.

Essa vida mais plena se expande e se eleva cada vez mais, a medida que o Iniciado
prossegue na conquista de iniciações mais elevadas.

O Mestre realça Seu objetivo de estimular a pesquisa do estudante para a esfera do


sistema solar, para que ele não fque restrito a seu pequeno mundo, a Terra. O trabalho
dos Agnishvattas ou Manasadevas é de fundamental importância em todos os
esquemas do nosso sistema solar. O nível de atividade desses excelsos Seres é um
indicador do nível evolutivo de um esquema planetário.

No esquema de Júpiter ainda estão no começo do Seu trabalho, mas nos esquemas de
Vulcano e Vênus estão quase no fm. A humanidade do esquema de Vênus está bem
próxima do ápice da perfeição para este sistema solar, a perfeição de Budi. Por isto
Vênus está passando por sua última ronda.

No nosso esquema Eles estão em pleno trabalho, mas só na próxima ronda, a quinta,
atingirão o cume de Sua atividade. Nessa quinta ronda ocorrerá o "Dia do Juízo" do
nosso Logos planetário, quando o "joio será separado do trigo", como diz a Bíblia, ou
seja, serão expulsos aqueles que não apresentarem condições de conquistar a quinta
Iniciação planetária nesta cadeia. Por isto é muito importante o desenvolvimento da
mente (manas) ao máximo, com o objetivo de expressar budi, para se enquadrarem no
"trigo", na próxima ronda e não serem expulsos do esquema, o qual entrará num
período de aceleração para a conquista da perfeição prevista, após a batalha que será
travada no mundo mental entre as forças do mal e as do bem, com a vitória das forças
do bem, as quais reinarão soberanas no esquema, sendo expulsas defnitivamente as

1338
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
forças do mal. Esta batalha no mundo mental repercutirá fortemente na Terra, pois o
"Dia do Juízo" ocorrerá na metade da quinta ronda, quando a onda de Vida logoica
estiver na Terra.

Os Manasadevas chegam em um esquema numa onda de energia manásica emanada


pelo chacra coronário do Logos solar e quando passam pelo Seu chacra cardíaco Eles
se dividem em sete grupos, um para cada Raio, cada grupo se dirige para um esquema
determinado como uma corrente de energia e chegando ao esquema levam as
Mônadas humanas a adquirirem forma nos três mundos inferiores: mental, astral e
físico.

Estudo 463

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo " Nesta simbologia arcana está oculto
(em termos de energia e de atividade radiante)", na página 613, até "......e também os
Logos planetários estão no caminho de iniciação cósmica.", na página 614.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul descreve claramente a escalada evolutiva do Ego ou
Alma (a Joia no loto) em sua manifestação e expressão nos três mundos inferiores, em
particular no físico. Ele recomenda que procuremos entender as palavras simbólicas
do Antigo Comentário em termos de energia, não só quanto ao homem mas também
quanto ao Logos, planetário e solar.

De fato é a revelação do mistério (o segredo) da energia egoica e do impulso que leva o


Ego (expressão da Mônada no mundo causal) a se revelar no mundo físico, ou seja, a
encarnar.

O Mestre afrma que o aspecto Atma (Vontade) da Mônada está fortemente focalizado
na Joia no loto (o Ego ou Alma) e é este aspecto que leva o Ego a encarnar. Mas o Ego
tem de seguir a lei, que determina que inicialmente o aspecto matéria seja o mais
valorizado, o que o obriga a fcar sob a Lei de Economia, a lei que rege a matéria, o que
é lógico e racional, pois só por meio de um corpo físico bem consolidado será possível
ao Ego adquirir experiência e conhecimento do mundo físico e dos outros dois a ele

1339
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ligados, astral e mental inferior. Nos três primeiros ciclos (das rodas fulgurante, que dá
calor e iluminada) a Lei de Economia prevalece, entrando em fusão com a Lei de
Atração nos dois ciclos fnais (das rodas ígnea e consumida), continuando a atuar e
passando a fcar paulatinamente sob o comando da Lei de Atração, a lei do segundo
aspecto (Budi).

Assim o Ego em sua infância encarna movido pelo desejo de experimentar sensações
físicas, embora o impulso parta do aspecto Atma da Mônada. A ausência desse
conhecimento provocou a confusão existente nas mentes de muitos metafísicos com
referência ao que se manifestou primeiro, se o desejo ou a vontade, como também
com referência à diferença existente entre desejo e vontade, entre impulso e propósito
e entre instinto e intenção.

Como a sensação é uma propriedade da matéria, o Ego inicia sua evolução


identifcando-se e confundindo-se com a matéria, e é movido pelo desejo, uma vez que
o desejo é o refexo da sensação na consciência. É este o motivo pelo qual os seres
humanos distantes do caminho iniciático são totalmente dominados pelo apego às
coisas materiais e às sensações grosseiras. O Ego, nesta fase, sempre está presente na
encarnação, mas como está totalmente identifcado com a matéria, considera-se como
se fosse o corpo físico (as sensações), o corpo astral (as emoções) e o corpo mental
inferior (os pensamentos concretos), o qual fca totalmente dominado pelo corpo
astral.

Quando o Ego se aproxima do caminho iniciático, Ele começa a identifcar-se consigo


mesmo e a reconhecer a natureza do não-eu, no qual estão incluídos os três corpos
inferiores e seus produtos, a sensação, a emoção e o pensamento concreto. Aí então
começa a se tornar mais ativa a Lei de Atração e de Repulsão, embora a Lei de
Economia continue a atuar, e a vontade e o propósito consciente passem a se
manifestar com intensidade crescente.

Com o avanço e a progressão do processo evolutivo, dentro do caminho da Iniciação, o


homem revelará o primeiro aspecto na encarnação, ou seja, o Ego encarnará sob o
impulso da vontade (Atma) com plena consciência do propósito da encarnação:
conhecer totalmente e dominar plenamente os três mundos inferiores e deles se liberar
o mais rápido possível, para prosseguir sua evolução nos mundos superiores, do
búdico para cima. A vontade será o fator dominante.

O Logos solar e os Logos planetários abandonaram a etapa de encarnar cosmicamente


sob o impulso do desejo há eons, ou seja, há muito tempo atrás. Observem que esta

1340
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
expressão "muito tempo atrás" é muito diferente da concepção que o homem comum
tem do tempo. Para termos uma ideia do tempo cósmico, basta lembrar que o período
médio de vida física logoica, os chamados cem anos de Brahma, tem uma duração de
trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres. Esses Seres cósmicos
encarnam sempre sob o impulso da vontade e tendo um propósito bem defnido,
porque Eles estão no caminho de Iniciação cósmica.

Estudo 464

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "O Antigo Comentário diz:", na página
613, até "A Ciência Sagrada diz que este se denomina o ciclo da roda consumida.", na
página 613.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul recomenda que interpretemos as frases do Antigo Comentário


tanto macro como microcosmicamente. Interpretemos agora em relação ao
macrocosmos, ou seja, ao Logos solar e aos Logos planetários.

No ciclo da roda fulgurante estes excelsos Seres cósmicos estavam na aula que
corresponde à da ignorância para as Mônadas humanas. Eles têm de aprender tudo
sobre os mundos que constituem o chamado plano físico cósmico, servindo-se de Seus
corpos físicos cósmicos e dominá-los completamente. Sabemos que o plano físico
cósmico é constituído pelas matérias adi (atômico cósmico), monádica (2º éter
cósmico), átmica (3º éter cósmico), búdica (4º éter cósmico), mental (gasosa cósmica),
astral (líquida cósmica) e física (sólida cósmica).

Nesta etapa Eles, como Egos cósmicos, identifcaram-se com o corpo físico cósmico,
como também com os corpos cósmicos astral e mental inferior, à semelhança da
Mônada humana.

Nesta concepção cósmica vejamos como funciona a consciência logoica por meio do
que podemos chamar cérebro físico cósmico, de matéria etérica cósmica, ou seja,
matérias búdica, átmica, monádica e adi.

Para se relacionar com o meio exterior físico cósmico os Logos possuem mecanismos

1341
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
análogos aos nossos sentidos (jnanaindriyas) e aos mecanismos de ação
(karmaindriyas). As vibrações captadas do meio exterior cósmico (portanto energias)
são direcionadas para a consciência cerebral cósmica desses Seres cósmicos, onde
são conscientizadas, provocando resposta e ação no meio exterior.

Visualizemos essa situação cósmica do Logos solar. Esse sistema solar visível,
constituído pelo Sol e pelos planetas orbitando em torno dele e limitado pelo cinturão
de Kuipper e pela nuvem de Oort é apenas uma parte no corpo físico do nosso Logos
solar, na parte densa. Na realidade a parte densa do corpo físico cósmico do nosso
Logos solar é formada pela estrela alfa Centauri, a qual é uma estrela ternária
reconhecida astronomicamente pelas estrelas alfa Centauri A, alfa Centauri B, que
orbitam em torno de um centro de gravidade comum, e pela alfa Centauri C, chamada
Próxima, que orbita em torno das duas anteriores.

Esse sistema estelar ternário está distante da Terra 4,35 anos-luz, que é igual a 4,35 x
9,5 trilhões de quilômetros, ou seja, 41,3 trilhões de quilômetros.
O nosso sistema solar faz parte do sistema estelar alfa Centauri e orbita em torno das
das alfa Centauri A e B, dentro da constelação do Centauro.

Assim a parte mais densa (de matéria física nos estados sólido, líquido, gasoso e
etéricos) do corpo físico cósmico do nosso Logos solar está contida dentro de uma
região esférica com centro nas estrelas alfa Centauri A e B e tendo na periferia o
nosso sistema solar.

Envolvendo e interpenetrando essa região esférica estão os envoltórios de matérias


astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi, estendendo-se para além da periferia
física densa.

Dentro desse conjunto de matérias constituintes do corpo físico cósmico do nosso


Logos solar estão os mecanismos dos jnanaindriyas e karmaindriyas, os quais só
podem ser concebidos e analisados como energias de diversas naturezas e
frequências, as quais são controladas e processadas pelas energias (fogos) que
emanam do Ego logoico.

O Logos solar e os Logos planetários já deixaram esta etapa do ciclo da roda


fulgurante há muito tempo cósmico, pois atualmente Eles já estão no caminho de
Iniciação cósmica.

Há muito mais a ser dito sobre esse assunto, colocando-nos em posição muito melhor
para entendermos a manifestação do nosso Logos solar.

1342
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 465

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Do parágrafo "Em consequência, embora o impulso originador venha do
ponto central, no princípio não se evidencia.", na página 614, até "....., tal como é na
atualidade, é possível lançar alguma luz sobre este difícil tema.", na página 615.

"Em consequência, embora o impulso venha do ponto central, no princípio não se


evidencia. No momento da individualização, o delineamento confuso de uma forma tal
como a descrita anteriormente faz sua aparição em níveis mentais, e (embora não
tenha sido reconhecido pelos estudantes) se faz evidente que nos níveis mentais tem
transcorrido um período destinado a se preparar para o iminente acontecimento.
Devido à atividade dos Anjos solares, as doze pétalas têm tomado forma gradualmente,
já que o ponto de fogo elétrico no coração começou a se fazer sentir, embora não se
tenha localizado. Então, as três primeiras pétalas se confguram e se cerram sobre o
ponto vibrante ou "joia", regido pelo poder da Lei de Atração. Uma por uma outras nove
pétalas tomam forma a medida que as vibrações começam a afetar a substância solar,
sendo cada um dos três tipos de pétalas infuenciado por um dos Raios maiores; estes
por sua vez o são pela força proveniente de centros cósmicos.

Como já foi mencionado, ditas pétalas formam um botão, estando cada uma
hermeticamente cerrada. Unicamente podem ser observadas tênues vibrações que
palpitam no botão, apenas perceptíveis como para testemunhar que é um organismo
vivo. Pode ser visto sombrio e confuso o "círculo não se passa", o limite que há de
circunscrever a atividade da Consciência incipiente. É um ovoide ou esfera, muito
pequeno todavia. O processo de formação do loto egoico vem sendo desenvolvido
silenciosamente desde o momento em que o homem animal inferior ou os quatro
princípios inferiores alcançaram um ponto em que a energia (gerada por ele) começou
a se fazer sentir em níveis mentais. Quando o fogo (tríplice fogo da própria substância)
das envolturas inferiores, já preparadas, torna-se radioativo, a aparição nebulosa do
terceiro subplano do plano mental começa a se organizar como resultado da atração
descendente que exerce o inferior sobre o superior e da resposta do aspecto Espírito
à irradiação ou atração da matéria. Porém a individualização, tal como a entendemos,
todavia não foi efetuada. Este processo de radioatividade do superior abarca um largo

1343
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
período em que os Anjos solares atuam em Seu próprio plano e os Pitris inferiores
também nos Seus; um grupo produz o núcleo do corpo egoico, e o outro o receptáculo
para a vida de Deus ou a Mônada nos três mundos.

Logo chega um momento preestabelecido na vida do Logos planetário em que Seus


centros se ativam em forma particular, o qual coincide com a encarnação das Mônadas
e sua descida nos três mundos. Forma-se um triângulo no sistema (pois os três sempre
produzem os sete); mediante a liberação da tríplice energia se coordena o trabalho dos
Pitris solares e lunares, e o jiva correspondente se apropria dos três átomos
permanentes que aparecem na base do loto egoico. A individualização teve lugar e o
trabalho de unifcação foi completado; o quarto reino da natureza é um fato
consumado; a Mônada se revestiu de corpos materiais, aparecendo o ente
autoconsciente no plano físico. Se lermos o que expõe H. P. B. sobre as três primeiras
rondas de nosso esquema terrestre, considerando que se refere ao período de
condensação do corpo causal no nível mental e abarca o período de tempo que conduz
à aparição do homem na quarta ronda, tal como é na atualidade, é possível lançar
alguma luz sobre este difícil tema."

Estudo 466

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso e
encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Em consequência, embora o impulso
originador venha do ponto central, no princípio não se evidencia.", na página 614, até
";estes por sua vez o são pela força proveniente de centros cósmicos.", na página 614.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá mais detalhes a respeito do desenvolvimento do


Loto egoico ao longo do processo evolutivo da Mônada humana. O Mestre continua
tratando do assunto impulso para a encarnação, ou seja, a manifestação da Mônada
nos três mundos inferiores: mental inferior, astral e físico. O impulso original sempre
parte da Mônada através de Sua manifestação no mundo mental superior: a Joia no
loto ou Alma ou Ego. Todavia, como o Loto egoico leva algum tempo para se confgurar
defnitivamente, após sua construção inicial pelos Anjos solares, não fca evidente que
o impulso para a encarnação tenha sua origem na Mônada por meio do Seu ponto

1344
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
central, a Joia no loto.

Para o aparecimento do Loto egoico na matéria do terceiro subplano mental é


necessário que esta matéria tenha antes sido preparada devidamente, com o objetivo
de adaptar-se às condições e qualifcações da quarta cadeira planetária, uma vez que
sendo esta nova cadeia uma nova encarnação do nosso Logos planetário, as vibrações
intrínsecas das diversas matérias são novas, diferentes das existentes na cadeia
anterior, a terceira, a lunar. Esta necessidade de adaptação torna-se mais evidente
quando consideramos que a cadeia lunar foi desintegrada de forma catastrófca, antes
da época prevista, por causa da ação exercida sobre a humanidade lunar pela Entidade
denominada Espírito planetário, que estava no ciclo de descida para o mais denso,
dentro do nível cósmico. A humanidade lunar se desviou tanto do Plano divino que o
próprio Logos solar determinou que o nosso Logos planetário desintegrasse a cadeia.
Portanto todas as vibrações anteriores foram eliminadas das matérias constituintes da
nova cadeia e as Tríades inferiores das Mônadas que tinham de se individualizar na
cadeia terrestre também tinham de ser limpas o máximo possível dos resquícios das
vibrações armazenadas na cadeia lunar. Daí a imensa importância da adaptação prévia
às novas condições da matéria mental da cadeia terrestre, antes da individualização.

Por ocasião da individualização o Loto egoico aparece na matéria do terceiro subplano


mental de forma confusa, não muito bem delineada. Quando o fogo elétrico da Joia no
loto, o coração do loto, passou a atuar, embora não de forma localizada e forte, as doze
pétalas tomaram forma gradualmente, quando então as três pétalas centrais (ligadas
diretamente à Joia no loto) se confguraram e se fecharam sobre a Joia, o ponto
vibrante (o motor), ocultando-a, sob a regência do poder da Lei de Atração.

À medida que as vibrações geradas pelo fogo elétrico da Joia no loto passaram a atuar
sobre a matéria mental, as outras nove pétalas, uma a uma, foram tomando forma.
Essa matéria mental (do terceiro subplano mental) é denominada substância solar,
porque ela é literalmente o instrumento de manifestação dos Anjos solares, ou seja,
constitui Seus corpos de manifestação.

Cada círculo de pétalas é infuenciado e energizado por um Raio. O círculo das pétalas
de Conhecimento (Manas), as exteriores, é energizado pelo terceiro Raio, de Atividade
Inteligente (Manas). O segundo círculo (contando do exterior para o centro), das
pétalas de Amor-Sabedoria, é energizado pelo segundo Raio, de Amor-Sabedoria (Budi).
O terceiro círculo, das pétalas de Sacrifício, é energizado pelo primeiro Raio, de
Vontade-Poder (Atma). Esses três Raios são os Raios maiores.

1345
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Por sua vez os Raios maiores são energizados a partir de centros cósmicos. Estes
centros cósmicos são três estrelas da constelação de Ursa Maior: Dubhe, a alfa, para o
primeiro Raio, Merak, a beta, para o segundo Raio, e Phekda, a gama, para o terceiro
Raio. Estas três estrelas, juntamente com as outras quatro que formam a chamada
cauda da Ursa (delta, épsilon, dzeta e eta), constituem os sete centros da cabeça (em
analogia com o ser humano) no corpo físico cósmico do Logos cósmico, do qual o
nosso Logos solar, com Seu sistema solar, é o centro cardíaco.

Assim fca evidente e nítida a integração do ser humano com o Universo. É lógico que
as energias de Raio provenientes das estrelas da constelação de Ursa Maior passam
por um processo de redução de força, antes de chegarem ao ser humano. Das estrelas
da Ursa Maior elas passam pelas sete Plêiades, que fcam na constelação de Touro, na
região chamada o pescoço do Touro, daí elas são recebidas pelos sete Logos
planetários sagrados, respectivamente os Logos dos esquemas de Vulcano, Júpiter,
Saturno, Mercúrio, Vênus, Netuno e Urano.

Estudo 467

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Como já foi mencionado, ditas
pétalas formam um botão, estando cada uma hermeticamente cerrada.", na página
614, até "...., e o outro o receptáculo para a vida de Deus ou a Mônada nos três
mundos.", na página 615.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul continua explicando a construção do Loto egoico. Inicialmente as


pétalas (na realidade vórtices que pelo movimento de rotação apresentam a aparência
de pétalas) parecem um botão ou capulho (o invólucro da for), por estarem fechadas,
o que é devido à fraca energia com que as partículas (inicialmente moléculas do
terceiro subplano mental) se movimentam, do núcleo ou centro à periferia e retorno ao
núcleo, sendo também muito pequeno o raio desse movimento, ou seja, a distância do
núcleo à periferia.

Somente é possível observar fracas vibrações ou oscilações dentro do capulho, como


leves ondulações, para demonstrar que é um organismo vivo. A periferia não é muito

1346
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nítida, sendo um tanto confusa. Essa periferia é o "círculo não se passa" da
Consciência incipiente, ou seja, seu limite de atividade. É um ovoide muito pequeno.

A individualização não foi um fenômeno repentino ou abrupto, mas levou bastante


tempo para se realizar e consolidar. Inicialmente o homem animal primitivo, constituído
pelos quatro princípios inferiores: corpo etérico, prana, corpo astral e corpo mental
inferior, foi se energizando, chegando ao ponto em que o corpo mental inferior
(construído em torno da unidade mental) conseguiu uma tal atividade (perfeitamente
mensurável, não por instrumentos materiais, mas por técnicas que só os Iniciados
conhecem) que atingiu a matéria mental superior (do terceiro nível mental, chamado
terceiro subplano mental), o que podemos chamar radioatividade, porque o tríplice
fogo (elétrico, solar e por fricção) do corpo mental inferior atingiu uma tal intensidade
que passou a entrar em contato com a matéria mental superior. Sabemos que
radioatividade é a propriedade pela qual certos elementos químicos (como o rádio, o
urânio e o plutônio) emitem partículas alfa, beta e gama (pedaços do átomo) que
afetam outros elementos, chegando ao ponto de provocar a fssão do núcleo do átomo
pela emissão de nêutrons (a bomba atômica). Semelhantemente as moléculas do corpo
mental inferior do homem animal fcaram tão energizadas que passaram a emitir
partículas que atingiram a matéria mental superior, o que foi percebido pela Mônada,
através do átomo mental permanente, um componente da Tríade superior ou espiritual,
instrumento da Mônada, a Qual respondeu emitindo Seu fogo elétrico, que ao entrar
em conjunção com o fogo tríplice que estava na matéria mental superior e emitido pelo
corpo mental inferior do homem animal, provocou a ação dos Anjos solares, que
estavam aguardando este momento, e então iniciaram Seu trabalho de construção do
Loto egoico, juntamente com os Pitris lunares responsáveis pela energização do corpo
mental inferior, sob o impulso do homem animal.

Mas isto foi apenas o começo, pois uma outra energia atuante na matéria mental
superior era necessária para que a Mônada pudesse tomar posse do Loto egoico e dos
corpos inferiores, ou seja, encarnar. Tal energia foi proveniente do Logos planetário
através dos Seus centros.

Estudo 468

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais

1347
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Logo chega um momento
preestabelecido na vida do Logos planetário em que Seus centros se ativam em forma
particular,", na página 615, até "....., é possível lançar alguma luz sobre este difícil
tema.", na página 615.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul continua sua explanação sobre o processo inicial da encarnação
das Mônadas humanas no nosso esquema planetário. Ele deixa bem claro, sem margem
para a menor dúvida, que no processo de individualização houve a intervenção de
energias cósmicas, as quais estimularam os centros físicos cósmicos (de matéria
búdica) do nosso Logos planetário, levando-os a uma atividade mais intensa. Essas
energias são provenientes do triângulo, descrito na página 564 do Tratado, formado
por Sirius, duas Plêiades, das quais uma é Alcione e a constelação de Águia, cuja
estrela alfa é Altair, sendo esta constelação o centro sacro no corpo físico cósmico do
nosso Logos cósmico. Essas três energias são aquelas às quais o Mestre se refere
quando diz que se forma um triângulo no sistema e mediante a liberação da tríplice
energia se coordena o trabalho dos Pitris solares (os Anjos solares) e lunares e o jiva (a
Mônada) correspondente se apropria dos três átomos permanentes (a Tríade inferior)
que aparecem na base do Loto egoico.

As palavras do Mestre:"(pois os três sempre produzem os sete)" signifcam que os


quatro Raios de atributo: quarto, quinto, sexto e sétimo, são derivados do terceiro, que
é um Raio maior. Por isto todos terão de sintetizar, ao longo do processo evolutivo, os
quatro Raios de atributo no terceiro maior, depois este tem de ser sintetizado no
segundo e fnalmente o segundo tem de ser sintetizado no primeiro, de Vontade e
Poder. Relembrando, Sirius é o centro frontal no corpo físico cósmico do nosso Logos
cósmico, as Plêiades são o laríngeo e Águia o sacro, todos ligados à atividade criadora,
e a individualização, que leva à encarnação, é um processo criador.

A apropriação pela Mônada da Tríade inferior (na base do Loto egoico) é a etapa de
encarnação, pois o corpo mental inferior é construído a partir da unidade mental, o
astral a partir do átomo astral permanente e o físico a partir do átomo físico
permanente.

A referência feita pelo Mestre ao que Helena Petrovna Blavatsky (H. P. B.) expõe na
Doutrina Secreta sobre as três primeiras rondas da nossa atual cadeia, a quarta, é
devida ao fato de que era necessária uma adaptação e alguma purifcação da matéria

1348
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
causal ou mental superior para que a individualização se processasse devida e
corretamente, dentro do Propósito do nosso Logos planetário para a atual cadeia, Sua
nova encarnação física cósmica.

Para cada cadeia planetária o Logos planetário planeja tudo o que Ele quer desenvolver
nela, estabelecendo etapas para cada ronda, pois cada cadeia é executada em sete
rondas, existindo contudo alguns Logos planetários mais velozes na evolução que
executam Suas cadeias em apenas cinco rondas e Um que faz o mesmo em apenas
três rondas. Os Logos planetários que executam Suas cadeias em cinco rondas são os
Logos de Vênus, Mercúrio e Vulcano.

Nosso Logos planetário faz o trabalho de uma cadeia em sete rondas, estando
atrasado uma cadeia, pois devíamos estar agora na quinta cadeia. Devido ao fracasso
da cadeia lunar, que foi a terceira, na qual a individualização se processou de forma
natural, pela transformação do instinto em mente, o nosso Logos planetário dedicou as
três primeiras rondas da atual cadeia a uma cuidadosa, atenta e dinâmica preparação
da matéria mental, superior (causal) e inferior, antes de tomar posse de Seu corpo
denso (constituído pelas matérias mental, astral e física), com o objetivo de eliminar o
máximo possível os resquícios funestos da catástrofe da cadeia lunar e possibilitar
uma correta individualização das Mônadas humanas que vieram da cadeia lunar não
individualizadas e cujas Tríades inferiores estavam impregnadas pelas vibrações
fortemente negativas e perniciosas produzidas pela catástrofe lunar. Por isso a
individualização na atual cadeia só pode se realizar na quarta ronda. Aí então o nosso
Logos planetário pode tomar posse de Seu corpo denso e para tal foi necessário que
as Mônadas humanas encarnassem.

Estudo 469

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Do parágrafo "Poderá ser observado que os lotos egoicos estão
agrupados, e cada um forma parte de um grupo.", na página 615, até "....., portanto, é
incapaz de pensar em termos grupais.", na página 616.

"Poderá ser observado que os lotos egoicos estão agrupados, e cada um forma parte
de um grupo. Por sua vez estes grupos formam parte de um loto mais vasto que

1349
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
personifca a consciência de uma Entidade maior, cuja "joia" pode se encontrar no
segundo subplano. Por sua vez todos podem ser divididos em sete grupos
fundamentais. Estes sete grupos ou conjuntos de lotos egoicos, formam os sete tipos
de consciência dessas Entidades que são os sete centros de força de nosso Logos
planetário. Estes sete, por sua vez também se sintetizarão em níveis superiores, em
três centros superiores, até que toda a energia e força que eles representam é reunida
e absorvida pelo centro que corresponde ao centro mais elevado da cabeça do Logos
planetário. Cada Logos personifca um tipo de energia cósmica. Cada um de Seus
centros personifca uma de suas sete diferenciações desse tipo de energia. Cada uma
destas sete novamente se manifesta por meio de grupos egoicos, os quais também
estão compostos por esses pontos de energia que chamamos Egos.

Tais inumeráveis grupos egoicos formam um todo radiante e entrelaçado, embora


sejam diversos e diferentes no que respeita a seu grau de desenvolvimento e cor
secundária. Assim como as pétalas do loto egoico dos jivas encarnantes se abrem com
distintas cores e em diferentes períodos, assim também os grupos egoicos se
desenvolvem diversamente quanto a tempo e sequência. Isto lhe dá uma aparência
maravilhosa. Assim como o Mestre pode (estudando o grupo ou o loto maior do qual
forma parte) assegurar-se da condição em que se encontram os entes humanos que
constituem o grupo, da mesma maneira o Logos planetário pode fazê-lo por meio da
identifcação consciente (observem os termos) da condição dos diversos grupos por
cujo intermédio Seu trabalho pode ser realizado.

Será evidente assim para o estudante que a aparição dos jivas encarnantes no plano
físico será regida:

Primeiro, pelo impulso baseado na vontade-propósito da Vida que anima o conjunto


de grupos pertencentes a qualquer sub-raio ou a um dos sete grupos maiores.

Segundo, pelo impulso baseado na vontade, colorida pelo desejo, da Vida que anima
o grupo egoico de um homem.

Terceiro, pelo impulso baseado no desejo do Ego por manifestar-se no plano físico.
Àmedida que amadurece a identifcação de um homem com seu grupo, o impulso do
desejo se modifca, até que oportunamente é substituído pela vontade grupal. Se se
medita sobre isto se evidenciará que os Egos não vêm à encarnação um por vez, mas
de acordo com o impulso grupal e portanto em forma coletiva. Esta é a base do karma

1350
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
coletivo e do karma familiar. O impulso individual que logicamente é uma reação ao
impulso grupal, é o resultado do karma individual. Embora se tenha lançado alguma luz
sobre o tema da reencarnação, talvez se tenha dito demasiado para acrescentar sua
magnitude e complexidade. O homem comum está limitado a empregar o cérebro físico
e, portanto, é incapaz de pensar em termos grupais."

Estudo 470

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Poderá ser observado que os lotos
egoicos estão agrupados, e cada um forma parte de um grupo.", na página 615, até
"....., os quais também estão compostos por esses pontos de energia que chamamos
Egos.", na página 616.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul nos dá, neste parágrafo, uma muitíssimo profunda, real, efetiva,
lógica e maravilhosa conceituação de todos nos, seres humanos, como Egos em
manifestação e evolução nos três mundos inferiores. Ele nos mostra, de forma clara e
nítida, a nossa posição e a nossa função dentro do corpo físico cósmico do nosso
Logos planetário, o Qual é o nosso Deus imediato, embora saibamos que Ele é uma
manifestação superior do UNO ABSOLUTO INFINITO, sendo o nosso Logos solar uma
manifestação mais elevada, o Logos cósmico outra mais elevada ainda, sendo o
Parabrahma cósmico uma manifestação que abrange o Logos cósmico, os Logos
solares e os Logos planetários, com tudo o que está incluído nestes Seres cósmicos.

A conceituação básica e fundamental é a participação dos Lotos egoicos humanos nos


Lotos egoicos de Entidades elevadas, que exercem a função de centros de força ou
chacras no corpo físico cósmico do nosso Logos planetário.

O Loto egoico é o mecanismo pelo qual a Mônada, qualquer que seja Seu nível,
expressa a autoconsciência no mundo causal, ou seja, na matéria mental superior,
refetindo-se esta autoconsciência nos mundos mental inferior, astral e físico.

Sabemos que os Lotos egoicos humanos estão em diferentes níveis evolutivos.


Basicamente eles são feitos de moléculas do terceiro subplano mental, o mais denso do

1351
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
causal, o que acontece no início de sua construção. Posteriormente, com o processo
evolutivo, que efetivamente é responsabilidade da Mônada, as moléculas são
substituídas por moléculas do segundo subplano mental e fnalmente por átomos
mentais, já perto da conquista da quarta Iniciação planetária, a segunda solar, da
Renúncia, na qual o Loto egoico é desintegrado. Há outros parâmetros para a avaliação
do nível evolutivo do Loto egoico e do Ego.

Ora, se os Lotos egoicos humanos estão agrupados e fazem parte de um Loto egoico
mais vasto, pelo qual uma Entidade maior expressa Sua autoconsciência, isto signifca
que esta Entidade maior utiliza os Lotos egoicos humanos de forma análoga à nossa
utilização dos neurônios para expressão de nossa autoconsciência e mente pelo
cérebro físico. Assim somos "neurônios" para essa Entidade maior.

Essas Entidades maiores exercem a função de centros de força ou chacras no corpo


físico cósmico do nosso Logos planetário. Ora, sabemos que esses chacras são feitos
de matéria búdica, o que nos leva a concluir que essas Entidades maiores trabalham
com a matéria búdica.

Assim temos de analisar como Elas se utilizam dos Lotos egoicos humanos, feitos de
matéria mental superior, constituindo Seus Lotos egoicos maiores, trabalhando com a
matéria búdica, que é mais elevada e de maior frequência (mais sutil) do que a matéria
mental, uma vez que Elas são operadoras dos chacras do Logos planetário, os quais
são feitos de matéria búdica.

Este assunto é um pouco complexo e exige muito raciocínio abstrato. Estudá-lo-emos


no próximo estudo.

Uma coisa está bem clara. Como Egos todos estamos unidos em grupos e esses
grupos por sua vez estão também unidos, formando grupos maiores. Estamos também
imersos numa consciência de uma Entidade maior, que nos utiliza para expressar Sua
autoconsciência mais elevada.

Portanto a separatividade é uma grande ilusão, só existindo em aparência aqui no


mundo físico denso. Na realidade não existe separatividade.

Estudo 471

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais

1352
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Continuação do estudo anterior e considerações sobre o parágrafo
"Tais inumeráveis grupos egoicos formam um todo radiante e entrelaçado,.....", na
página 616, até ".....da condição dos diversos grupos por cujo intermédio Seu trabalho
pode ser realizado.", na página 616.

Considerações.

A visão panorâmica superior dos entes humanos em evolução sob a responsabilidade


do nosso Logos planetário e ainda presos à roda das encarnações, ou seja, sem terem
conquistado a quarta Iniciação planetária, a segunda solar, da Renúncia, é a seguinte.
Um grupo de lotos egoicos, mais ou menos sete bilhões encarnados no planeta Terra,
grupos menores evoluindo nos globos 5 ou E, 6 ou F e 7 ou G, do nosso esquema
terrestre. Lembramos que o nosso Logos planetário se manifesta fsicamente, em nível
cósmico, por meio de sete globos, sendo a Terra o globo mais denso. Temos os lotos
egoicos desencarnados no mundo astral presos ao corpo astral, no mundo mental
inferior presos ao corpo mental inferior e os lotos egoicos já liberados dos três corpos
inferiores no mundo causal, aguardando nova encarnação. Todavia todos os lotos
egoicos, encarnados e desencarnados, residem no mundo causal.

No mundo causal os lotos egoicos são constituídos por moléculas do terceiro subplano
mental, o mais denso do causal; outro grupo mais adiantado constituído por moléculas
do segundo subplano mental; um terceiro grupo, o mais adiantado e superior,
constituído por átomos mentais, o primeiro subplano mental. Assim temos três
características para os Egos e seus lotos egoicos se agruparem. Uma outra
característica para agrupamento é o raio egoico, sendo sete raios. A quantidade de
pétalas do loto egoico abertas e a intensidade de sua atividade constituem outra
característica para agrupamento. Assim existem várias formas para os lotos egoicos
se agruparem.

As Entidades maiores que executam o trabalho de chacras ou centros de força do


corpo físico cósmico do nosso Logos planetário (centros feitos de matéria búdica)
expressam Suas consciências por meio de Lotos egoicos maiores constituídos de
matéria mental superior ou causal, num dos três níveis de densidade (subplanos):
terceiro, o mais denso, segundo e primeiro (o mais sutil e dinâmico, atômico). Dentro de
Suas consciências, portanto dentro de Seus Lotos egoicos, está o conhecimento de
como atuar e agir para que as funções dos chacras logoicos sejam realizadas, ou seja,
como manipular a matéria búdica para este objetivo. Embora os Lotos egoicos dessas

1353
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Entidades sejam feitos de matéria mental superior, inferior à búdica, mesmo assim Elas
podem atuar sobre a matéria búdica. Um exemplo disto temos no processo da quarta
Iniciação planetária do ser humano. O Mestre Djwal Khul diz que as quarta e quinta
Iniciações planetárias são conferidas ao Iniciado em corpo búdico, portanto com sua
consciência neste corpo. Ora, ao receber a quarta Iniciação planetária, o Iniciado ainda
está de posse de seu loto egoico. Portanto o loto egoico pode se comunicar com a
matéria búdica, o que se torna evidente por dois motivos: um porque as pétalas de
Amor-Sabedoria do loto estão conectadas com o átomo búdico permanente da Tríade
superior e outro é pelo Antakarana, que conecta diretamente a unidade mental com o
átomo mental permanente da Tríade superior, o qual está conectado com o átomo
búdico permanente. É questão de Vontade e Conhecimento ativar essas conexões.
Portanto é perfeitamente possível ter a consciência expressando-se pelo loto egoico,
de matéria mental, e atuar e agir na matéria búdica.

As sete Entidades maiores principais que executam o trabalho dos sete chacras
logoicos principais têm Seus Lotos egoicos constituídos de Lotos egoicos pertencentes
a Entidades menores, cujos Lotos egoicos são constituídos de agrupamentos de lotos
egoicos humanos. Assim, usando a linguagem matemática, temos os sete conjuntos
maiores de lotos egoicos humanos constituindo os sete Lotos egoicos das sete
Entidades maiores. Dentro de cada conjunto maior das Entidades maiores os lotos
egoicos humanos estão organizados em subconjuntos constituindo os Lotos egoicos de
Entidades maiores, os quais são maiores que os lotos egoicos humanos, porém
menores que os das sete Entidades maiores. Por sua vez os subconjuntos constituídos
pelos Lotos egoicos das Entidades maiores que os seres humanos, porém menores que
as sete Entidades, estão constituídos por subconjuntos de lotos egoicos humanos. Por
sua vez estes subconjuntos de lotos egoicos humanos estão organizados em
subconjuntos menores de lotos egoicos humanos, de acordo com seus níveis
evolutivos, suas qualidades e suas características, em particular seus raios egoicos. A
constituição dos subconjuntos em grupos menores de lotos egoicos humanos é muito
variada e diferenciada, o que faz com que a quantidade deles seja imensa. Para se ter
uma idéia basta lembrar que o nosso Logos planetário tem sob Sua guarda sessenta
bilhões de Mônadas humanas.

Dentro de cada grupo os lotos egoicos e os Egos estão conectados entre si, havendo
pequenas variações nessas conexões. Os grupos egoicos são conectados entre si. Os
grupos egoicos maiores constituídos por grupos egoicos menores também são
conectados entre si. Assim resulta uma vastíssima rede formada pelas conexões entre

1354
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
os grupos de lotos egoicos e dentro de cada grupo pelas conexões entre os lotos
egoicos.

Os Lotos egoicos (constituídos por lotos egoicos humanos) das Entidades maiores e
formadores dos Lotos egoicos mais vastos das sete Entidades maiores que são os
chacras logoicos também são conectados entre si.

Dessa forma Vidas menores evoluem dentro de Vidas maiores ou consciências


menores dentro de consciências maiores.

Todo ser humano tem o direito divino de acelerar sua evolução por meio da Vontade
(Atma) e do Conhecimento (Manas), transferindo-se de um grupo egoico para outro
maior e mais elevado.

Quando o Ego consegue entender a totalidade do grupo em que está, Ele pode se
sintonizar com a conexão de seu grupo com outros grupos de mesmo nível e com o
grupo maior do qual esses grupos fazem parte. Isto é expansão de consciência.

Quando o discípulo já conquistou a segunda Iniciação planetária e está bem adiantado


na preparação consciente em cérebro físico para a terceira Iniciação (a primeira solar)
e está racionalmente convicto de que pode acelerar sua evolução por meio da sua
Vontade consciente e inteligente, ele pode se sintonizar com a Entidade maior que
trabalha o centro logoico e em Cuja consciência está imerso e captar informações a
respeito do processo de operação do centro logoico e sentir alguma vibração oriunda
desse centro logoico, vibração essa que expressa energia emanada pelo Logos
planetário.

O discípulo então se esforça para identifcar essa vibração e sua natureza, para poder
reproduzi-la quando quiser e for necessário para o bem do seu grupo egoico.

Um Mestre pode avaliar coletivamente os níveis evolutivos dos Egos constituintes de


um grupo egoico pelas cores emitidas pelo grupo, uma vez que as cores são
resultantes das vibrações produzidas pelos Egos na matéria mental superior, as quais
expressam qualidades dos Egos.

O Mestre pode também avaliar o nível de sintonia entre os Egos do grupo analisando
as conexões entre eles. Analisando também as conexões entre grupos egoicos, o
Mestre pode avaliar o nível de sintonia entre estes grupos. A análise das conexões
requer uma grande capacidade dos mecanismos de percepção (jnanaindryias) dos
corpos causal, búdico e átmico.

Essa tarefa de analisar Lotos egoicos, grupos egoicos e conexões, é muito maravilhosa,

1355
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pois é muito útil para o Logos planetário, porque o Mestre, pela avaliação, pode agir e
exercer infuência sobre os Egos, respeitando o livre arbítrio de cada Ego, tendo em
vista o Propósito logoico.

O Logos planetário avalia as condições dos Seus centros, identifcando-se


conscientemente com eles, ou seja, Ele se concentra e medita neles, para captar as
vibrações geradas neles.

Estudo 472

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Será evidente assim para o
estudante que a aparição.....", na página 616, até ".....é incapaz de pensar em termos
grupais.", na página 616.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá alguns esclarecimentos sobre o impulso que leva
os Egos à encarnação, ou seja, à prisão do mundo físico. Ele estabelece três classes de
impulso, de acordo com o nível evolutivo do Ego.

Na primeira classe, o Ego já responde à vibração da Entidade maior que utiliza os Lotos
egoicos humanos para formar Seu Loto egoico mais vasto, através do qual Ela
manifesta Sua autoconsciência e assim pode realizar Seu trabalho no centro de força
ou chacra do Logos planetário. É o mais elevado nível para o Ego, estando na etapa
fnal de evolução nos três mundos inferiores, tendo pelo menos passado pela segunda
Iniciação planetária e em adiantada preparação para a terceira Iniciação planetária, a
primeira solar, da Transfguração, quando fcará face a face com o Senhor do Mundo,
SANAT KUMARA, a encarnação de DEUS (nosso Logos planetário). Ele já entendeu
claramente todo o processo de conexão entre os Lotos egoicos, entre os grupos de
Lotos egoicos e entre os grupos maiores formados por grupos menores de Lotos
egoicos, podendo se sintonizar com essas conexões e ter vivência de experiências
coletivas e sentir conscientemente em cérebro físico o que se passa na Consciência
mais elevada da Entidade maior que atua no chacra logoico. Isto é real e efetivamente
VIVER a VIDA MAIS PLENA, à QUAL o Senhor MAITRYIA (o CRISTO) se referiu quando
utilizou o corpo de JESUS na Palestina para se por em contato com a humanidade. É

1356
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
uma MARAVILHA PRECIOSÍSSIMA, ante a qual a maior riqueza do mundo é reduzida a
algo sem nenhum poder atrativo. Impera ATMA, a VONTADE consciente e inteligente do
PROPÓSITO LOGOICO.

Na segunda classe o Ego responde apenas à Vida que se expressa pelo grupo de Lotos
egoicos ao qual o Ego pertence. É uma experiência de incipiente consciência coletiva,
existindo o impulso da Vontade, todavia o desejo de experiência física ainda persiste, o
que indica apego ao mundo físico. Cabe ao Ego anular consciente e inteligentemente
esse apego e isto estando encarnado.

Na terceira classe estão os Egos ainda totalmente apegados ao mundo físico,


encarnando unicamente pelo desejo. Estes Egos têm muito que lutar para se libertarem
da roda das encarnações compulsórias.

Quando o Ego adquire o autoconhecimento e conhece e entende claramente a


estrutura do Loto egoico e de suas conexões grupais, conforme o Mestre Djwal Khul
explica, ele perde o desejo e passa a se conduzir pela vontade grupal, sendo vontade
grupal o que a Entidade maior que se expressa pelo grupo egoico transmite a esse Ego.
Assim fca bem claro que vontade grupal nada tem a ver com o que o grupo
encarnado, ou seja, o grupo de personalidades encarnadas conjuntamente e
pertencentes aos Egos do grupo de Lotos egoicos. Muitas vezes o grupo encarnado se
distancia muito do propósito do grupo egoico e quando um Ego avançado encarnado,
pertencente ao grupo egoico e plenamente consciente do propósito do grupo egoico,
alerta o grupo encarnado sobre o desvio e procura orientá-lo para o propósito, muitas
vezes ele não é compreendido pelo grupo, que o rejeita, chegando a caluniá-lo com
mentiras. O grupo assim gera mau karma, pois está trabalhando contra a Herarquia.

Quando o Ego está nas segunda e terceira classes, ele, ao responder ao impulso para
encarnar oriundo da vontade grupal, é conduzido à encarnação pelo seu karma
individual e assim encarna na família e no país de acordo com esse karma.

O Mestre termina dizendo que, embora tenha lançado alguma luz sobre o tema da
reencarnação, todavia aumentou a magnitude e complexidade do assunto. De fato é
assim, com maior intensidade para aqueles com pouca ou nenhuma capacidade de
mente abstrata. Na análise da reencarnação temos de considerar o karma do Ego, suas
ligações kármicas (a família), o grau de controle do Ego sobre seus três corpos
inferiores e sua capacidade para se expressar pelo cérebro físico e seu raio.

1357
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 473

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Do parágrafo "O impulso egoico, em qualquer grupo ou unidade grupal,
faz-se sentir por uma palpitação ou acesso de energia que emana do ponto central.", na
página 616, até "Desta maneira a Palavra é a base do mantra e o mantra é a base da
fórmula.", na página 617.

"O impulso egoico, em qualquer grupo ou unidade grupal, faz-se sentir por uma
palpitação ou acesso de energia que emana do ponto central. Esta atividade central é
produzida pela atividade do Logos planetário que atua por intermédio dos grupos que
se encontram em Seus centros e, de acordo com o centro estimulado, assim serão
afetados os grupos correspondentes. Não podemos nos estender mais sobre isto, pois
o tema é estupendo e se acha mais além da compreensão do homem; só é necessário
que compreenda que nesta questão ele depende do Logos planetário.

Em consequência, do centro grupal surge o anelo de empreender uma renovada


atividade, e esta se propaga por todo o loto grupal até que os entes que respondem à
vibração desse raio particular "despertem" em sentido oculto. Durante todo o tempo
(no que se refere aos jivas) este tem sido o primeiro aspecto de força, passando desde
um ponto central a outros pontos centrais. Em cada caso os núcleos positivos são
afetados pelo surgimento do fogo elétrico ou energia. Cada ponto implicado responde
com uma contração primária, seguida por um desprendimento de energia que vai para
fora ou que se expande. Cada Entidade envolvida pronuncia uma PALAVRA. Este som
se expande até se converter em um mantra e os Anjos solares vibram em resposta.
Aqui devem tomar nota de um ponto muito interessante.

a. O primeiro aspecto atua por meio da Palavra de Poder.


b. O segundo aspecto atua por meio de combinações mântricas.
c. O terceiro aspecto atua por meio de fórmulas matemáticas.
Tendo pronunciado a Palavra o primeiro aspecto, representado pelo fogo elétrico no
centro do loto, se submerge numa passividade e se converte em uma abstração, no
que respeita ao ente autoconsciente. O trabalho começou, a vibração necessária foi
iniciada e todo o processo prossegue então de acordo com a lei. Os Anjos solares
empreendem sua atividade e enquanto seu trabalho não tiver alcançado uma etapa

1358
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
muito elevada, o aspecto Espírito deve, no corpo causal, converter-se na analogia do
Observador Silencioso. A medida que os Anjos solares continuam pronunciando o
mantra, base de seu trabalho, os Pitris lunares respondem a certos sons desse mantra
(não a todos no princípio), extraindo desses sons a fórmula sob a qual seu trabalho
deve prosseguir. Desta maneira a Palavra é a base do mantra e o mantra é a base da
fórmula."

Estudo 475.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Aqui devem tomar nota de um ponto
muito interessante.", na página 617, até "Desta maneira a Palavra é a base do mantra e
o mantra é a base da fórmula.", na página 617.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul destaca três importantes e interessantes modos de
operar no processo de encarnação, modos esses que se estendem aos três aspectos e
podem ser aplicados em outras áreas deles, após a devida refexão, pesquisa e
experimentação pela visualização. É um campo de estudo muito prático e que pode nos
dar uma visão e um entendimento mais profundos do mundo fenomênico no qual todos
estamos inseridos como Mônadas em evolução.

A atuação do primeiro aspecto por meio da Palavra de Poder signifca que a Vontade,
quando aplicada corretamente, gera uma vibração contendo informações e que se
impõe na matéria.

A atuação do segundo aspecto por meio de combinações mântricas signifca que esse
segundo aspecto, Amor-Sabedoria, unifcador, quando aplicado corretamente,
decompõe a vibração sintética do primeiro aspecto (a Palavra de Poder) em vários
sons interligados (combinações mântricas), numa espécie de decodifcação das
informações comprimidas na Palavra de Poder.

A atuação do terceiro aspecto por meio de fórmulas matemáticas signifca que esse
terceiro aspecto, Inteligência Ativa, quando aplicado corretamente, retira informações
quantitativas das combinações mântricas, para que os Pitris lunares possam recolher

1359
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
as matérias mental inferior, astral e física de acordo com a encarnação a ser realizada,
para a construção dos corpos mental inferior, astral e físico. É evidente que para essa
construção os Pitris lunares precisam de valores numéricos, como a quantidade de
matéria a ser empregada em cada corpo, a densidade dela (subplano), o raio, a
vibração básica oriunda da última encarnação e a vibração kármica (conjunto de
vibrações que contêm as informações do karma a ser cumprido na encarnação).

Quando consideramos o modo de trabalhar dos Devas: vêm o som e ouvem a luz,
concluímos que o que o Mestre diz tem perfeita lógica.

Quem emite a Palavra de Poder é a Mônada, sob o impulso emitido pelo Logos
planetário. Essa Palavra de Poder é transportada para a Joia no loto (o Ego) pelo fogo
elétrico. Feito isto a Mônada entra num estado de passividade com referência ao Ego.
Os Anjos solares executam o Seu trabalho, decodifcando a Palavra de Poder em
combinação mântrica nas pétalas do Loto egoico, permitindo que os Pitris lunares
retirem a fórmula matemática, com valores numéricos, para a execução do Seu
trabalho. Eles, no início, não respondem a todos os sons. Enquanto o trabalho dos
Anjos solares não tiver alcançado uma etapa muito avançada, ou seja, enquanto o
homem estiver fora do caminho iniciático, a Mônada, em Sua expressão na Joia no loto,
o Ego, comporta-se como Observador Silencioso.

Estudo 476.09
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Do parágrafo "Em cada encarnação necessitam-se formas mais
refnadas;", na página 617, até "Começam a desenvolver suas fórmulas para o tipo
particular de veículo requerido.", na página 618.

"Em cada encarnação necessitam-se formas mais refnadas; portanto, as fórmulas são
mais complicadas e os sons, sobre os quais estão baseadas, mais numerosos. Com o
tempo as fórmulas se completam e os Pitris lunares não respondem já aos sons ou
mantra entoados no plano mental. Isto indica a etapa de perfeição e demonstra que os
três mundos já não exercem uma atração descendente para o jiva implicado. O desejo
de manifestar-se e obter experiências inferiores já não infui, fcando só o propósito
consciente. Só então pode ser construído o verdadeiro Mayavirupa; então o Mestre
pronuncia o mantra para Si Mesmo, e constrói sem fórmulas nos três mundos. No
momento em que o homem começa a trilhar o Caminho de Provação, os mantras dos
Anjos solares começam a desvanecer-se, e lentamente (a medida que se abrem as

1360
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pétalas do círculo interno) surge a verdadeira Palavra, até que as três pétalas que
formam o santuário se abrem e a chispa central é revelada. Então a Palavra é
plenamente conhecida, e de nada servem os mantras e fórmulas. Assim se revela a
beleza do esquema. Ao tratar-se do Logos planetário, a Palavra emitida em níveis
cósmicos se converte em mantra nos planos etéricos cósmicos, pois Ele está em
situação de criar conscientemente nesses níveis; sem embargo, atua por meio de
fórmulas nos planos físicos densos de Seu esquema, nossos três mundos de esforço.

Retomando o tema dos jivas reencarnantes: quando é dado o impulso inicial a vibração
palpita através das pétalas, e a atividade se inicia naquela que responde à nota dessa
Palavra. Os Anjos solares dirigem a vibração e se origina o mantra para esse tipo
particular de Ego. Finalmente, a vibração chega até a unidade mental na base do botão
do loto, e os Pitris lunares entram em atividade. Começam a desenvolver suas fórmulas
para o tipo particular de veículo requerido."

Estudo 477.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (e) Impulso
e encarnação - Considerações sobre o parágrafo "Em cada encarnação necessitam-se
formas mais refnadas;", na página 617, até "Começam a desenvolver suas fórmulas
para o tipo particular de veículo requerido.", na página 618.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul continua explanando o processo de reencarnação


das Mônadas humanas e o trabalho dos Devas nesse processo.

Dentro do processo evolutivo as formas ou corpos, para cada reencarnação, têm de


ser mais aperfeiçoados ou refnados, para que possam expressar as novas qualidades
conquistadas pelo Ego na encarnação anterior. Em decorrência disso as informações
armazenadas na Palavra de Poder e nos sons ou mantra fcam mais numerosas, o que
leva a uma fórmula maior e mais complicada, com maior número de variáveis.

Com o avanço da evolução e a aproximação da meta evolutiva as fórmulas fcam


completas, o que faz com que os Pitris lunares deixem de responder aos sons
produzidos na matéria mental, porque as vibrações oriundas do desejo de viver

1361
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
experiências nos três mundos inferiores já não existem mais e são elas que geram
especifcamente o fogo por fricção, ao qual os Pitris lunares respondem prontamente.
Nessa etapa prevalece o fogo elétrico, gerado pela vontade. O Ego já não é mais
atraído pelas matérias dos três mundos inferiores, reencarnando apenas para executar
um propósito plenamente consciente nos três mundos inferiores.

Quando o homem começa a trilhar o caminho de provação, preparatório para as


iniciações, o mantra dos Anjos solares começa a se desvanecer, porque o Ego, já bem
desperto em seu mundo, o causal, começa a se impor, passando a assumir o comando
do processo de reencarnação.

À medida que as pétalas do círculo interno do Loto egoico, que cobrem a Joia no loto,
vão se abrindo e a Joia começa a se revelar, a Palavra de Poder começa a surgir com
mais clareza e liberdade, sem o obstáculo das pétalas fechadas que aprisionam a Joia
no loto, da qual surge a Palavra de Poder emitida pela Mônada.

Quando o homem conquista a terceira Iniciação planetária, a primeira solar, da


Transfguração e a primeira maior, as três pétalas do círculo interno do Loto egoico já
estão abertas, deixando a Joia no loto, a chispa, bem visível e livre, permitindo que a
vibração da Palavra de Poder que surge na Joia no loto se propague livremente e em
toda a sua clareza pelas pétalas já abertas do Loto egoico, dispensando totalmente o
mantra e as fórmulas.

As pétalas do círculo central que, quando fechadas, cobrem a Joia no loto, na realidade
são campos de força envolvendo a Joia no loto e difcultam a propagação da vibração
da Palavra de Poder, constituindo uma resistência. Por isto é necessária a construção
do mantra pelos Anjos solares e das fórmulas pelos Pitris lunares. Quando as pétalas
do círculo interno se abrem, ou seja, os campos de força modifcam a sua forma,
deixando de encobrir a Joia no loto, cessa a resistência à propagação da vibração da
Palavra de Poder, não havendo mais necessidade do mantra dos Anjos solares nem das
fórmulas dos Pitris lunares. Aí então o Iniciado pode, Ele próprio, emitir o mantra para
Si Mesmo e construir sem fórmulas os três corpos inferiores. O Mestre Djwal Khul diz
que, a partir da terceira Iniciação planetária, o Iniciado aprende a construir o
Mayavirupa, quando a Mônada se aferra fortemente à Joia no loto e as três pétalas do
círculo interno já estão totalmente abertas, expondo a Joia no loto em todo o seu
esplendor e plenitude. De fato isto é uma demonstração da beleza do processo divino,
como diz o Mestre.

A Palavra de Poder emitida pelo Logos planetário em Seu corpo causal cósmico se

1362
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
transforma em mantra nos níveis de matéria etérica cósmica, para a construção do
Seu esquema planetário, Seu corpo físico cósmico, pois Ele já é capaz de criar
conscientemente nesses níveis. Mas para a construção da parte densa do Seu corpo
físico, constituída pelas matérias mental, astral e física (nossos três mundos de
esforço) Ele atua por meio de fórmulas.

Com os Egos comuns, cujas pétalas do círculo interno estão ainda fechadas, quando a
Palavra de Poder da Mônada se manifesta na Joia no loto, a vibração dessa Palavra
passa pelas pétalas fechadas, apesar da resistência delas, e se propaga pelas demais
pétalas. Quando essa vibração chega na pétala sintonizada com a nota da Palavra, é
iniciada a atividade, quando os Anjos solares assumem a direção da vibração,
construindo o mantra para o tipo particular de Ego. A seguir o mantra é levado para a
unidade mental, que fca sob o ponto central do Loto egoico, quando então os Pitris
lunares começam a preparar Suas fórmulas para o tipo particular de corpo mental
inferior requerido, ocorrendo o mesmo para os corpos astral (através do átomo astral
permanente) e físico (através do átomo físico permanente).

Estudo 478.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Do parágrafo "f. Atividade dos Pirtris. A atividade conjunta dos
Pitris solares e lunares 49 no processo seguido pelo Ego reencarnante,", na página 618,
até "A medida que progride a evolução seu correspondente trabalho se faz mais
complexo, pois as pétalas vão se abrindo e o triângulo gira mais rapidamente.", na
página 621.

"f. Atividade dos Pitris. A atividade conjunta dos Pitris solares e lunares (49) no
processo seguido pelo Ego reencarnante, é o próximo tópico que consideraremos. O
Ego, impulsionado pelo desejo de obter experiência física, faz o movimento inicial, e
uma vibração emanada desde o centro do casulo do loto chega até as pétalas do loto,
em consequência vibra com substância dévica ou matéria vitalizada pelos Agnishvattas.
Devido a que são energizados para que entrem em atividade (de acordo com o grupo
afetado), a vibração aumenta e se emite um som dual. Dito som constitui a base do
mantra sobre o qual se funda o ciclo de encarnação do Ego. A vibração que pulsa

1363
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
através do círculo externo de pétalas (pois os dois círculos internos e as três pétalas
centrais não respondem todavia) chega ao triângulo formado pelos três átomos
permanentes, vivifca as três espiras inferiores e causa uma ligeira resposta na quarta,
deixando as três superiores em letargo. Em cada ronda tem sido "criada" uma das
espiras, e na presente quarta ronda (pela criação da quarta espira), pode vir à
existência o quarto reino ou reino humano. A palavra "criação" deve ser compreendida
esotericamente e signifca a aparição em manifestação ativa de alguma forma de
energia. Só na próxima ronda a quinta será um ente ativo funcionante, num sentido
incompreensível até agora.

Os estudantes devem recordar que isto se aplica principalmente à humanidade


individualizada neste globo, sendo também aplicável à cadeia anterior; sem embargo,
os entes que vêm desde a anterior à quarta cadeia ou cadeia terrestre, são muito mais
evoluídos que a humanidade da terra, e sua quinta espira está se despertando para
empreender uma atividade organizada na atual ronda. Na Natureza tudo se superpõe.

Portanto, quando esta vibração proveniente da Vontade central, chega no triângulo


atômico, indica que todo o loto está dirigindo sua força para baixo, e durante o período
de manifestação a afuência de energia egoica se dirige ao inferior e em consequência
se aparta do superior. Nesta etapa muito pouca energia egoica se dirige à Mônada, pois
não tem gerado ainda sufciente força nem é todavia radioativa no que concerne ao
aspecto Espírito. Suas atividades, durante a maior parte do tempo, são principalmente
internas e autocentradas, ou estão dedicadas a despertar os átomos permanentes e
não a abrir as pétalas. Isto deve ter-se muito em conta.

O trabalho dos Anjos solares é tríplice, consiste em:

1. Dirigir a vibração para o triângulo atômico. Aqui deve ser recordado um fato muito
interessante. Os três átomos permanentes ou os três pontos do triângulo, não mantêm
sempre a mesma posição com respeito ao centro do loto, mas que de acordo com o
grau de desenvolvimento assim será a posição dos átomos e a captação da força que
afui. Nas primeiras etapas, o átomo físico permanente é o primeiro a receber dita
afuência, fazendo-a passar através de seu sistema ao átomo astral permanente e à
unidade mental. A força circula quatro vezes ao redor do triângulo (nossa ronda é a
quarta) até que faz contato novamente com a unidade mental e a energia se centraliza
na quarta espira da unidade mental. Só então começam seu trabalho os Pitris lunares e
se estabelece a coordenação da substância que formará o envoltório mental, atuando
logo com o corpo astral e, fnalmente, com o corpo etérico.

1364
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Numa etapa posterior da evolução do homem (naquela em que se encontra hoje o
homem comum) primeiramente é feito contato com o átomo astral permanente, e ao
circular a energia através dele, chega aos outros dois. Na etapa do homem intelectual
avançado, a unidade mental ocupa o principal lugar. Neste caso existe a possibilidade
de alinhar os três corpos, o que mais tarde será um fato consumado. A quinta espira
nos dois átomos inferiores aumenta sua vibração. Como já se sabe, há unicamente
quatro espiras na unidade mental, e no momento em que está plenamente ativa é
possível a coordenação do antakarana. Então produzem-se mudanças no loto egoico e
abrem-se as pétalas, dependendo parcialmente da vibração e do despertar das espiras.

O estudante deve recordar que tão pronto a unidade mental se converte no ápice do
triângulo atômico, produz-se uma condição onde a força penetrará simultaneamente
pelos três átomos através das três pétalas abertas do círculo externo, então o homem
terá alcançado uma etapa bem defnida na evolução. Dirigir e aplicar a força aos
átomos é a tarefa dos Pitris solares. A medida que progride a evolução seu
correspondente trabalho mais complexo, pois as pétalas vão se abrindo e o triângulo
gira mais rapidamente."

49 A atividade conjunta dos Pitris solares e lunares. D. S. III. 242-243.

1. "A chispa pende da chama pelo fo mais fno de Fohat.

a. A chama de três línguas que nunca morre....Tríade.


b. Os quatro pavios...................................................Quaternário.
c. O fo de Fohat.......................................................Fio de Vida.

2. Recorre os sete mundos de maya.

Macro cosmicamente.............................Os sete esquemas planetários.


Planetariamente....................................As sete cadeias de um esquema.
Micro cosmicamente..............................Os sete globos de uma cadeia.

Tomem nota e meditem agora:

".......o divino Septenário que pende da Tríade, formando assim a Década e suas
permutações. Sete, cinco e três."

3. Detém-se no primeiro e é um metal e uma pedra; passa ao segundo e eis aqui


uma planta; a planta gira através de sete formas e se transforma em um animal
sagrado." Compare-se D. S. I, 262-263.

1365
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Observe-se o aforismo cabalístico: "Uma pedra se transforma em uma planta,
uma planta em uma besta, uma besta em um homem, um homem em um espírito
e o espírito em Deus. D. S. I, 264.

4. Combinando estes atributos se forma Manu, o Pensador. D. S. III, 173, 180.

5. Quem o forma ? As sete vidas e a Vida Una. D. S. III, 251.

Os sete grupos de vidas que formam os três corpos inferiores.


Os Pitris lunares ou pais das formas materiais.

6. Quem o completa ? O Quíntuplo Lha.

Quem une a Tríade espiritual superior e o eu inferior ?

a. Os Deuses quíntuplos da inteligência.


b. O quinto princípio da mente.

7. Quem aperfeiçoa o último corpo ? O peixe, o pecado e o soma.

a. Peixe, pecado e soma compõem coletivamente os três símbolos do ser imortal.


b. Peixe - símbolo do princípio búdico, a vida manifestada sobre a terra.
Observem o avatar Vishnu. O signo de Peixes, o peixe. Jesus o pescador de
homens.
c. Pecado - a caída do homem, a involução do Espírito.
d. Soma - Lua. O trabalho dos Pitris lunares que provêm os corpos. Leia-se D. S. I,
Estância VII, 278.

Estudo 479.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "f.Atividade dos Pitris. A
atividade conjunta dos Pitris solares e lunares no processo seguido pelo Ego
reencarnante,", na página 618, até "Só na próxima ronda a quinta espira será um ente
ativo funcionante, num sentido incompreensível até agora.", na página 619.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul considera o trabalho conjunto dos Anjos ou Pitris

1366
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
solares e lunares no processo seguido pelo Ego ao reencarnar.
O Ego, levado pelo desejo de experiência física, faz o movimento inicial, o que produz
uma vibração na Joia no loto, que fca no centro do casulo do Loto egoico, propagando-
se esta vibração até as pétalas do círculo externo, o círculo do conhecimento. O desejo
de experiência física é característico dos Egos individualizados no globo Terra, na atual
quarta cadeia, como também o foi na cadeia lunar, a anterior. Essa vibração se propaga
em substância dévica, ou seja, matéria vitalizada pelos Agnishvattas, os Quais, por
serem energizados para entrarem em atividade, de acordo com o grupo afetado,
produzem Sua própria vibração, surgindo assim uma vibração dual: a original, emanada
pela Joia no loto, e a dos Agnishvattas. Este som dual é a base do mantra sobre o qual
se fundamenta o ciclo de encarnação do Ego. Neste som dual devem constar as
informações referentes ao karma a ser resgatado na encarnação.

A vibração dual se estabelece nas pétalas do círculo externo, o círculo do


conhecimento, pois os dois círculos internos e as pétalas centrais (que cobrem a Joia
no loto) ainda não respondem à vibração. Do círculo externo a vibração chega na
Tríade inferior, vivifca as três espiras inferiores dos componentes da Tríade e produz
uma ligeira resposta na quarta espira, deixando as três superiores em letargo, ou seja,
apassivadas.

Em cada ronda uma espira, que é uma forma de energia, entra em manifestação, ou
seja, torna-se ativa. Na atual quarta ronda, pela ativação da quarta espira, o reino
humano pode vir à existência.

Na próxima ronda, a quinta, a quinta espira entrará em atividade, funcionando


ativamente e produzindo os devidos efeitos nos corpos, efeitos estes incompreensíveis
até agora, exceto para os Iniciados.

Estudo 480.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "Os estudantes devem recordar
que isto se aplica principalmente à humanidade individualizada neste globo,", na página
619, até "Isto deve ser tido muito em conta.", na página 620.

Considerações.

1367
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre Djwal Khul esclarece que o processo de reencarnação descrito no estudo
anterior se aplica principalmente aos Egos cujos lotos egoicos foram construídos na
Terra, na atual quarta ronda, tendo sido também o processo utilizado na cadeia lunar, a
terceira do esquema terrestre, a chamada cadeia de Saturno. Mas os Egos que vieram
da cadeia lunar já individualizados e que só encarnaram na raça atlante são muito mais
evoluídos que os individualizados na raça lemuriana. Para esses Egos mais evoluídos a
quinta espira já está despertando para realizar uma atividade organizada na atual
quarta ronda. Na Natureza sempre ocorre superposição.

Continuando a explicação do processo de reencarnação dos Egos individualizados na


Terra, quando a vibração proveniente da Joia no loto chega ao triângulo atômico, a
Tríade inferior, pela ação dos Anjos solares, todo o loto dirige sua força para baixo, ou
seja, para os três corpos inferiores, mental inferior, astral e físico. Nesta etapa a força
do Ego se concentra no inferior e se afasta do superior, ou seja, da Tríade superior.
Pouquíssima energia do Ego se dirige à Mônada, porque ainda não conseguiu gerar
sufciente força nem é radioativo no que concerne ao aspecto Espírito, ou seja, o Ego
não está interessado na Mônada, mesmo sendo expressão dela.

Neste período evolutivo as atividades do Ego são principalmente internas e


autocentradas, estando dedicadas a despertar os componentes da Tríade inferior, o
átomo físico permanente, o átomo astral permanente e a unidade mental, não estando
o Ego interessado em abrir as pétalas do loto egoico, o que deve ser tido muito conta,
para o entendimento do comportamento do homem nesta etapa.

Estudo 481.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "O trabalho dos Anjos solares é
triplo, consiste em:", na página 620, até ", fnalmente, com o corpo etérico.", na página
620.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwal Khul começa a descrever o trabalho dos Anjos solares
no processo de reencarnação do Ego, quanto à parte de dirigir a vibração oriunda da
Mônada, que atinge a Joia no loto, a partir daí. O Mestre enfatiza um fato muito

1368
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
interessante, que é a posição ocupada pelos componentes da Tríade inferior em
relação à Joia no loto, que fca no centro do Loto egoico. Essa posição varia em função
do desenvolvimento do Ego e determina como será captada a força que irá levar à
construção dos três corpos inferiores pelos Pitris lunares.

Logo após a individualização, ou seja, no início da experiência da Mônada no reino


humano, é o átomo físico permanente que ocupa a posição bem abaixo da Joia no loto
e é ele o primeiro a receber a força que irá produzir a reencarnação. A força passa
pela estrutura desse átomo e em seguida vai para o átomo astral permanente e depois
para a unidade mental. Circula quatro vezes nesse trajeto, para fnalmente se
centralizar na unidade mental em sua quarta espira, pois o corpo mental inferior é o
primeiro a ser construído. Essas quatro circulações da força são devidas ao fato de
estarmos na quarta ronda. Essas quatro circulações são explicadas pelo fato de em
cada ronda um tipo especial de força vitalizar os componentes da Tríade inferior, que o
Mestre denomina como Triângulo atômico, força essa emanada pelo Logos planetário.
Assim, em cada reencarnação, essas forças têm de ser ativadas.

Só depois que a força se centralizou na unidade mental é que os Pitris lunares do


mundo mental inferior iniciam seu trabalho de coordenar a matéria mental inferior
específca que será utilizada na construção do corpo mental inferior do Ego implicado.
É óbvio que nessa coordenação o karma do Ego será considerado. Em seguida a força
se fxa no átomo astral permanente e então os Pitris lunares do mundo astral iniciam
seu trabalho de coordenar a matéria astral específca para a construção do corpo
astral do Ego implicado. Finalmente a força se fxa no átomo físico permanente, quando
os Pitris lunares do mundo físico começam sua atividade de coordenar a matéria física
etérica específca para a construção do corpo etérico do Ego, corpo etérico que será o
molde que irá atuar no DNA para a construção do corpo denso, sendo que nessa
construção do corpo denso serão utilizados os DNA do pai e da mãe do nascituro, pois
o óvulo da mãe é fecundado pelo espermatozoide do pai. A seleção das informações
dos DNA que irão ser utilizadas fca registrada no corpo etérico, o qual é construído
antes da fecundação, e assim os Pitris lunares que irão construir o corpo denso
simplesmente executam as informações constantes nessa seleção. É óbvio que existe
todo um processo pelo qual as informações do corpo etérico, como energias, atuam no
DNA, ativando os genes específcos e necessários para a execução do karma físico do
Ego implicado, processo esse que pode ser descrito pelo bioquímica. Mas essa atuação
do corpo etérico ainda não foi reconhecida pela genética, nem sequer vislumbrada.

Uma coisa é bem evidente e óbvia. O fato de a força inicial emanada do Loto egoico

1369
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
passar primeiramente por um componente da Tríade inferior tem muito a ver com a
qualidade da reencarnação, pois a medida que o Ego evolui a posição dos componentes
da Tríade inferior varia, como veremos mais adiante.

Estudo 482.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "Numa etapa posterior da
evolução do homem.....", na página 620, até "....., pois as pétalas vão se abrindo e o
triângulo gira mais rapidamente.", na página 621.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá informações muito valiosas sobre a relação entre
as pétalas ou vórtices do Loto egoico e as espiras dos componentes da Tríade inferior.
Sabemos que as espiras dos átomos permanentes da Tríade superior e dos
componentes da Tríade inferior são correntes de força com forte atuação sobre os
corpos. Normalmente em cada ronda da cadeia planetária uma espira é ativada. Como
estamos na quarta cadeia, quatro espiras estão ativadas normalmente. Todavia isto é
válido para os Egos individualizados na atual quarta ronda, ou seja, na raça lemuriana e
na primeira metade da raça atlante, quando as portas para a individualização foram
fechadas. Mas para os Egos que já vieram individualizados da cadeia lunar a quinta
espira já está ativada. Contudo o homem detentor do devido conhecimento pode ativar
antecipadamente as sexta e sétima espiras, de budi e atma.

Na etapa em que se encontra atualmente o homem comum, fortemente polarizado no


corpo astral, o átomo astral permanente ocupa a posição sob a Joia no loto, sendo o
primeiro a receber a força, a qual circula quatro vezes por todos os componentes da
Tríade inferior, para fnalmente se localizar na unidade mental, pois o corpo mental
inferior é o primeiro a ser construído pelos Pitris lunares. Fica bem evidente que o fato
de o átomo astral permanente ser o primeiro a receber a força faz com que ele deixe a
sua marca característica nos três corpos, ou seja, o homem fca polarizado no corpo
astral.

Quando o homem chega na etapa do intelectual avançado é a unidade mental que


ocupa a posição sob a Joia no loto e é ela que recebe o primeiro impacto da força,

1370
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
deixando sua marca característica nos três corpos, após a quádrupla circulação, o que
faz com que o homem fque polarizado no corpo mental inferior. Nessa situação a
quinta espira dos átomos permanentes astral e físico aumenta sua vibração. A unidade
mental tem apenas quatro espiras, todavia a sua quarta espira possui uma capacidade
sintetizadora, pela qual ela pode produzir os efeitos da ativação da quinta espira.
Quando a quarta espira da unidade mental está plenamente ativa e produzindo os
efeitos da quinta espira, é possível a construção do antakarana, a ponte entre o átomo
mental permanente e a unidade mental, que vai permitir a conexão entre a Tríade
superior e a inferior, quando então a Mônada poderá se comunicar com mais facilidade
com o Ego e a personalidade. Com isto o Loto egoico é energizado, abrindo suas
pétalas, abertura que depende em parte do grau de vibração ou da energia das
espiras. Assim percebemos que as pétalas do Loto egoico são energizadas por duas
fontes: as espiras e o antakarana, pelo qual fui a energia da Mônada.

Um outro efeito, muito importante, resultante da posição da unidade mental sob a Joia
no loto e da construção do antakarana, é a penetração simultânea da força no
processo de reencarnação através das três pétalas do círculo de conhecimento, o
círculo externo, do Loto egoico. Pela pétala de conhecimento/sacrifício ou vontade fui
a força para a unidade mental, pela pétala de conhecimento/amor-sabedoria fui a
força para o átomo astral permanente e pela pétala de conhecimento/conhecimento
fui a força para o átomo físico permanente. Com isto as características de manas ou
mente fcam potencializadas nos três corpos, tornando o homem encarnado
efetivamente um intelectual avançado. Esta etapa é bem defnida na evolução do
homem, como o Mestre diz, estando já bem próximo de entrar no caminho iniciático.
Com a abertura e dinamização das pétalas do Loto egoico e o aumento da velocidade
de rotação da Tríade inferior, rotação não só dos componentes em torno de seus
próprios eixos, mas de todo o conjunto em torno do Loto egoico, o trabalho dos Pitris
solares se torna mais complexo, pois são Eles que dirigem e aplicam a força aos
componentes da Tríade inferior.

Estudo 483.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Do parágrafo "2. Pronunciar o mantram que tornará possíveis as

1371
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
777 encarnações.", na página 621, até "; os estudantes devem recordar que os
fundamentos expostos aqui não se referem especifcamente a nosso esquema.", na
página 622.

"2. Pronunciar o mantram que tornará possíveis as 777 encarnações.

Cada cifra desta triplicidade representa:

a. Um ciclo de manifestação egoica.


b. Um som particular que permitirá ao Ego expressar algum subraio do raio egoico.
c. Os três círculos de pétalas que se abrem como resultado das encarnações.
d. O grupo particular de manasadevas que formam o corpo causal do Ego envolvido.
Por conseguinte, os sons mântricos se baseiam em algarismos e por meio do mantram
(que aumenta em volume, profundidade e quantidade de sons envolvidos a medida que
passa o tempo) a força é dirigida, as correspondentes pétalas são impulsionadas à
atividade e os Pitris lunares se fazem conscientes da tarefa de preparação para
qualquer encarnação.

3. Construir o que faz falta para completar o corpo causal.

Nas primeiras etapas este trabalho é comparativamente insignifcante, porém quando é


alcançada a terceira etapa de desenvolvimento e o homem manifesta caráter e
capacidade, seu trabalho aumenta rapidamente, ocupando-se de aperfeiçoar o corpo
egoico, ou de expandir a consciência egoica se são preferidos termos metafísicos. Isto
é levado a cabo pelo material que proporciona o eu inferior. Quando a Personalidade
inferior vai se tornando gradualmente radioativa, ditas irradiações são atraídas pelo
ego positivo e absorvidas em sua natureza pela atividade dos Anjos solares.

Estas três atividades constituem o trabalho principal dos Pitris solares no que
concerne ao homem. Quando envolve o grupo e não o indivíduo, seu trabalho reside em
ajustar as unidades egoicas a seus grupos e fazê-las conscientes do mesmo, porém
isto só é possível nas etapas fnais da evolução quando o trabalho do grupo mais
elevado dos Agnishvattas tem sido bem realizado. O grupo médio, que forma as nove
pétalas, é sempre o mais ativo. Os Pitris trabalham vinculados com o grupo inferior, que
transmite a energia diretamente ao triângulo atômico, que por sua vez a recebe do
grupo médio. Não é possível dar mais detalhes sobre isto pois o trabalho dos
Agnishvattas é grande e complicado e, em certos detalhes, difere nos distintos
esquemas. Os que trabalham nos esquemas de Urano, Netuno e Saturno o fazem em
forma algo distinta daqueles que atuam nos esquemas de Vênus, Vulcano, Marte,

1372
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mercúrio, Júpiter, a Terra e o esquema exotérico de Saturno, fazendo o mesmo os
Manasadevas da ronda interna. Será observado que temos novamente uma triplicidade
de grupos que representa uma triplicidade de força, e aqui há uma insinuação. Na lista
central de esquemas, o grupo médio e o inferior de Agnishvattas estão ativos. Nos
outros, o grupo superior e o do meio são os que dominam, porque estes planetas, os
mais esotéricos e sagrados da manifestação, ocupam-se só dos egos que se acham no
Caminho e, portanto, estão grupalmente ativos. Isto poderia esperar-se de Urano,
Netuno e Saturno, pois constituem os esquemas planetários sintetizadores e
proporcionam condições aptas unicamente para as etapas muito avançadas. São os
planetas "colhedores".

Com respeito a estes Egos existe muita confusão nas mentes dos estudantes devido a
que não têm compreendido (como o assinala H. P. B.) 50 que a Doutrina Secreta se
ocupa principalmente do esquema planetário de nossa Terra; tem muito pouco que
fornecer com respeito aos demais esquemas e aos métodos para desenvolver a
autoconsciência. O procedimento geral nos níveis mentais é o mesmo, porém como
cada esquema personifca um tipo de força particular, a peculiaridade dessa força
colorirá toda sua evolução e os Agnishvattas farão o trabalho que lhes corresponde.
Não é possível estabelecer qual é a coloração particular do Raio que personifca nosso
esquema, pois é um dos mais recônditos mistérios que se revela na iniciação; os
estudantes devem recordar que os fundamentos expostos aqui não se referem
especifcamente a nosso esquema."

Estudo 484.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "2.Pronunciar o mantra que
tornará possíveis as 777 encarnações.", na página 621, até "........se fazem conscientes
da tarefa de preparação para qualquer encarnação.", na página 621.

Considerações.

Este número, 777, é mais simbólico do que exato, pois, como veremos mais adiante,
está dividido em três parcelas: 700, 70 e 7, cada parcela representando um ciclo na
evolução do Ego. A parcela 700 representa o ciclo maior de encarnações em que o Ego

1373
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
passa pela Aula de Ignorância, na qual domina a matéria. A parcela 70 representa o
ciclo médio de encarnações em que o Ego passa pela Aula de Aprendizado. A parcela 7
representa o ciclo fnal de encarnações em que o Ego passa pela Aula de Sabedoria.

No ciclo de 700 encarnações são abertas as pétalas de Conhecimento, o círculo


externo, do Loto egoico. No ciclo de 70 encarnações são abertas as pétalas de Amor, o
círculo médio, do Loto egoico. No ciclo de 7 encarnações são abertas as pétalas de
Sacrifício, o círculo interior, do Loto egoico, como também as pétalas do círculo
interno, que ocultam a Joia no loto. Estes números de encarnações são valores médios,
variando para mais e para menos, em função da Mônada em evolução, tendo muito a
ver com o raio monádico.

Estes números representam o som específco que permitirá ao Ego manifestar algum
subraio do raio egoico. Sabemos que todo som tem uma frequência principal, com
várias frequências harmônicas, múltiplas e submúltiplas da frequência principal.
Também têm relação com o grupo especial de Agnishvattas constituintes do Loto
egoico do Ego envolvido, os quais também possuem suas frequências próprias.

As frequências que formam o som mântrico para cada encarnação aumentam em valor,
quantidade, volume e profundidade, a medida que a evolução vai progredindo, e assim
é feito o direcionamento da força, levando à atividade as pétalas programadas do Loto
egoico e os Pitris lunares tomam conhecimento do trabalho que devem empreender na
construção dos três corpos inferiores para a encarnação.

Estudo 485.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "3.Construir o que falta para
completar o corpo causal.", na página 621, até "São os planetas "colhedores". , na
página 622.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul deixa bem claro que a construção do loto egoico é
progressiva, em várias etapas, exigindo que os Anjos solares permaneçam vinculados
com as Mônadas humanas até a liberação fnal na quarta Iniciação planetária, da

1374
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Renúncia, a segunda solar e a segunda maior, quando a Mônada, o homem verdadeiro,
se liberta dos três mundos inferiores, físico, astral e mental, e o loto egoico e o Ego,
instrumentos da Mônada, são desintegrados, continuando a Mônada sua evolução nos
mundos superiores, o búdico e os acima.

Nas primeiras etapas, logo após a individualização, a etapa do homem primitivo, na Aula
da Ignorância, o trabalho é relativamente simples, sendo equivalente, falando
grosseiramente, ao trabalho dos pedreiros no assentamento dos tijolos, construção
das colunas e vigas etc.

Quando o homem egressa da Aula da Ignorância e ingressa na Aula do Aprendizado, o


trabalho dos Anjos solares começa a se tornar complexo e mais difícil, pois os corpos
inferiores, por meio dos quais o eu inferior se manifesta e evolui, passa a enviar
material, na forma de conhecimentos, vibrações e qualidades, que têm de ser
armazenados no loto egoico e absorvidos pela natureza do Ego, o qual atrai
positivamente esse material, e assim o Ego é despertado mais plenamente em seu
mundo, o causal, e vai expandindo mais a sua consciência, sendo tudo isso resultado da
atividade e do trabalho dos Anjos solares.

À medida que o homem vai desenvolvendo seu caráter e capacidade, e a Personalidade


vai se tornando radioativa e infuente, aproximando-se do ingresso na Aula da
Sabedoria, o trabalho dos Anjos solares fca mais intenso e complexo, pois o loto
egoico tem de ser aperfeiçoado, o que compete simultaneamente aos Anjos solares e à
Mônada através do Ego.

Estas três atividades dos Anjos solares: dirigir a vibração para a Tríade inferior (o
triângulo atômico), pronunciar o mantra que tornará possíveis as 777 encarnações e
construir o que falta para completar o corpo causal, constituem o trabalho principal no
que concerne ao homem. No que concerne ao grupo e não ao indivíduo, o trabalho dos
Anjos solares consiste em ajustar os Egos a seus grupos e a se tornarem conscientes
desses grupos, para que possa ocorrer a síntese grupal e o grupo possa ser realmente
uma unidade. Mas isto só é possível nas etapas fnais da evolução humana, quando o
homem ingressa na Aula da Sabedoria e o trabalho do grupo mais elevado dos Anjos
solares, os que trabalham com a Joia no loto e o círculo interno e com fogo elétrico,
tem sido bem realizado.

O grupo médio dos Anjos solares, os que trabalham nas nove pétalas que constituem
os círculos de Conhecimento, Amor-Sabedoria e Sacrifício do loto egoico, é sempre o
mais ativo, o que é óbvio, uma vez que estes três círculos têm de armazenar tudo o que

1375
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
é adquirido ao longo de todas as encarnações. Este grupo médio trabalha ligado com o
grupo inferior de Anjos solares, encarregados de transmitir a energia diretamente à
Tríade inferior, os quais recebem essa energia do grupo médio.

Embora o Mestre diga que não é possível dar mais detalhes sobre o trabalho dos Anjos
solares, porque é grande e complicado, contudo é possível ao estudioso pesquisador e
com a mente abstrata bastante desenvolvida perceber mais detalhes da atividade dos
Anjos solares, a partir das informações dadas pelo Mestre. Na realidade o Mestre dá
mais informações sobre esse assunto, quando fala das diferenças de trabalho nos
diversos esquemas.

O Mestre classifca a atividade dos Anjos ou Pitris solares em três categorias:

1. Os que trabalham nos esquemas de Urano, Netuno e Saturno, nos quais os grupos
superior e médio dominam. Isto é lógico, porque estes esquemas são os
sintetizadores e "colhedores", e proporcionam condições apropriadas unicamente
para as etapas muito avançadas, são os esquemas mais esotéricos e sagrados da
manifestação e recebem somente os Egos que já se encontram no Caminho e,
consequentemente, estão grupalmente ativos.

2. Os que trabalham na ronda interna, dominando os grupos superior e médio. Na


ronda interna também só entram os Egos no Caminho e grupalmente ativos.

3. Os que trabalham nos esquemas de Vulcano, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter
e no esquema exotérico de Saturno, nos quais os grupos médio e inferior são os mais
ativos.
Temos novamente uma triplicidade de grupos e consequentemente uma triplicidade de
forças, pois cada grupo é energizado por uma força específca. O grupo superior é
energizado por força proveniente do cardíaco do coronário logoico solar, o grupo
médio por força proveniente do cardíaco logoico solar e o grupo inferior por força
proveniente do laríngeo logoico solar.

Os Agnishvattas que pertencem à primeira categoria trabalham com Egos avançados,


no Caminho, sendo por isto Seu trabalho mais complexo. O grupo inferior trabalha
menos, porque esses Egos já estão exercendo gradativamente controle sobre seus
processos de reencarnação.

Os Agnishvattas que pertencem à segunda categoria também trabalham com Egos

1376
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
avançados, no Caminho, todavia esses Egos que estão na ronda interna comportam-se
de forma diferente da dos Egos da primeira categoria, o que torna diferente a força
energizante.

Quanto aos Agnishvattas pertencentes à terceira categoria, o trabalho do grupo


superior é menor em quantidade de Anjos solares trabalhando com Egos avançados,
no Caminho, embora existindo no esquema de Vênus uma grande quantidade de Egos
avançados, no Caminho, já tendo este esquema iniciado o pralaya.

O esquema exotérico de Saturno, citado pelo Mestre, e pertencente à terceira


categoria, merece nossa investigação. Analisando as informações científcas a respeito
do planeta Saturno, o fato de ele possuir 35 luas, nos leva a concluir que algumas
dessas luas constituem o esquema exotérico de Saturno, sendo Titan, a maior lua de
Saturno, a mais indicada.

Quanto aos esquemas sintetizadores e "colhedores", neles é feita a síntese ou fusão


fnal das Mônadas humanas, como também a coleta fnal dos frutos das experiências
nos esquemas da terceira categoria, que são: Vulcano, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte,
Júpiter e o esquema exotérico de Saturno.

Estudo 486.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f).
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "Com respeito a estes Egos
existe muita confusão.....", até ".....não se referem especifcamente a nosso esquema.",
na página 622.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwal Khul esclarece que tudo o que Ele disse até aqui sobre
o processo de construção do loto egoico e do Ego, sobre o que ocorre no loto egoico
no processo de reencarnação e de morte e sobre as atividades dos Pitris ou Anjos
solares e lunares no loto egoico e no triângulo atômico (a Tríade inferior), é aplicado em
todos os esquemas planetários do nosso sistema solar, não especifcamente ao nosso
esquema planetário. Como antes da publicação do Tratado sobre Fogo Cósmico a
Doutrina Secreta, de Helena Petrovna Blavatsky, era a única fonte de informação sobre

1377
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
o Ego e dentro desse assunto aplicava-se somente para o nosso esquema, muita
confusão foi gerada nas mentes dos estudantes.

O Mestre deixou bem claro que, embora o procedimento geral seja o mesmo, há
diferenças, conforme o esquema planetário no qual o procedimento de implantação da
autoconsciência, seu aperfeiçoamento e utilização do loto egoico são desenvolvidos.
Isto é lógico, porque, como as Vidas Maiores, os Logos planetários, que animam e
vitalizam os esquemas planetários, Seus corpos de expressão, estão em níveis
diferentes de evolução, Suas naturezas e qualidades diferem e Seus karmas também
diferem, as energias e forças atuantes sobre a matéria mental de cada esquema
planetário são específcas, uma vez que essas energias provêm do Ego do Logos
planetário, o Qual também capta energias provenientes do Logos solar.

Assim, os Anjos solares que trabalham nessa tarefa são energizados por forças
específcas e utilizam matéria mental diferenciada. A característica que mais diferencia
nesses processos é o Raio do Logos planetário, Raio esse, que como sabemos, varia
para cada Logos planetário.

É possível detalhar as principais diferenças entre os Logos planetários, com base nos
Seus Raios e nos Seus níveis evolutivos, para ter uma ideia das energias atuantes
nesses processos.

A cor particular do Raio que personifca o nosso esquema planetário constitui um dos
mais secretos mistérios, só revelado na iniciação.

Podemos concluir também, considerando essas diferenciações entre os Logos


planetários, que o processo iniciático varia para cada esquema planetário. É óbvio que
as exigências iniciáticas para os Egos do esquema de Vênus são mais severas do que
para os Egos do nosso esquema.

Estudo 487.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f).
Atividade dos Pitris - Do parágrafo "Na literatura ocultista moderna se expõe muito
acerca do processo seguido para lograr a perfeição dos Egos......", na página 622, até "
Personifcam a energia da substância tal como se manifesta num sistema, um esquema

1378
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e um ciclo humano.", na página 624.

"Na literatura ocultista moderna se expõe muito acerca do processo seguido para
lograr a perfeição dos Egos que escolheram permanecer com a Hierarquia de nosso
planeta e seguir seus métodos de desenvolvimento (desde o chela até o adepto).
Porém praticamente nada tem sido dito sobre os muitos egos que alcançam certa
etapa elevada de evolução em nosso esquema e logo são transferidos a um dos três
esquemas sintetizadores, passando primeiro a esse esquema que é o polo oposto do
nosso, e dali ao esquema sintetizador.Numericamente são mais do que os que
permanecem dentro do esquema da Terra. Qualquer que seja o esquema sintetizador
que os atraia, indica o começo de seu percurso para um dos três caminhos cósmicos. O
trabalho dos Manasadevas se leva a cabo em todo o sistema, tendo lugar uma
constante circulação e transmissão de energia e de unidades de força que
personifcam essa energia. Esta transmissão se torna possível em qualquer esquema
quando o quarto reino ou humano chega a ser radioativo; realmente isto marca o
princípio do período de obscurecimento. Vênus é um exemplo. Metafsicamente
assinala o ponto em que os Logos começam a desprender-se de Seus corpos físicos
densos ou dos três mundos do esforço humano.

Como temos visto, os três grupos de Agnishvattas vinculados com a evolução do


homem no nível mental, têm cada um uma função específca, e o grupo mais inferior se
ocupa principalmente de transmitir a força ou energia aos três átomos permanentes.
Quando este emite duas vezes o som do mantra egoico se produzem mudanças e os
Pitris lunares (que se ocupam dos três veículos inferiores) iniciam seu trabalho,
facilitando-lhes a chave dos Anjos solares.

Os Pitris lunares personifcam a substância dos corpos inferiores do homem, assim


como os Pitris solares se sacrifcam para dar-lhe seu corpo egoico e sua consciência
(51, 52, 53) constituindo a substância em seu aspecto dual. Os Pitris lunares em seus
graus superiores são a energia positiva da substância atômica e nos inferiores o
aspecto negativo da mesma. Em relação com o homem pode considerar-se que são de
três categorias:

a. O grupo superior, recebe a energia proveniente de níveis superiores e anima as


espiras dos três átomos permanentes.
b. O grupo médio, por ser a energia positiva atraente, constrói e forma o corpo do
homem nos três planos.
c. O grupo inferior, é o aspecto negativo da substância energizada e a matéria das

1379
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
três envolturas.
Em conexão com o sistema solar personifcam o aspecto Brahma, e são o produto de
ciclos anteriores onde se realizou a atividade consciente, porém só adquiriram
autoconsciência certas entidades cósmicas que passaram pela substância consciente e
lhe deram essa potencialidade que permitirá à substância atômica - depois de muitos
kalpas - desenvolver a autoconsciência. Em relação com um planeta, são denominados
com um nome misterioso que não pode ser revelado, pois encerra o mistério do
esquema que precedeu o nosso e do qual o nosso é uma cópia. Há Pitris que trabalham
em relação com um planeta e com um sistema solar, assim como existem aqueles que
trabalham em conexão com o reino humano. Personifcam a energia da substância tal
como se manifesta num sistema, um esquema e um ciclo humano."

51 O Ego está descrito na Doutrina Secreta da maneira seguinte: "Cada um é um


pilar de Luz. Tendo escolhido seu veículo se expandiu, envolvendo com uma aura
akáshica o animal humano, o Princípio divino se estabeleceu dentro da forma
humana." D. S. VI, 131-132.
"São os Dhyans do Fogo e emanam do Coração do Sol." D. S. III, 100.
Leia-se o comentário em D. S. III, 100.
São os Filhos do Fogo e conformam o homem interno. D. S. III, 115.

52 Os Anjos solares (Filhos da Sabedoria) são entidades que tratam de obter


consciência mais plena. D. S. III, 170-171; IV, 173-174.

a. Adquiriram o intelecto devido ao contato previamente estabelecido com a


matéria.
b. Encarnaram regidos pela Lei do Karma. D. S. VI, 151-152.
c. Tiveram de converter-se em conhecedores.

Leia-se cuidadosamente D. S. III, chamada 20.

d. Estes Anjos solares são inteligências elevadas. D. S. III, 243-244.


e. São os Nirmanakayas. 53 D. S. III, 266.
f. São os iogues celestiais. D. S. III, 241-242.

53 "Nirmanakayas" é um nome formado por duas palavras e signifca "que não tem
corpo", não se refere às qualidades morais. É um estado de consciência. Os grandes
Instrutores das esferas nirvânicas são denominados assim."

1380
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 488.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f).
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "Na literatura ocultista moderna
se expõe muito acerca......", na página 622, até "........ou dos três mundos do esforço
humano.", na página 623.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá uma informação de altíssima relevância e de


grande potência estimuladora para aqueles que já vislumbraram a verdadeira Vida,
aquela da qual o Senhor Cristo falou na Palestina através de Jesus, vida totalmente
diferente dessa que vivemos aqui na Terra, presos ao corpo físico e por ele limitados,
embora possamos ter ideias dessa vida superior, desde que saibamos acessar a
consciência búdica em cérebro físico.

Conforme o Mestre diz, praticamente nada é dito a respeito da transferência de Egos


para esquemas sintetizadores, que são Urano, Netuno e Saturno. A própria expressão
"esquemas sintetizadores" nos dá uma excelente ideia do modo de vida nestes
esquemas. A palavra síntese está associada a Atma, Vontade, primeiro Raio, pelo qual
todos os raios podem ser sintetizados. Sintetizar signifca viver simultaneamente e com
perfeita sintonia todas as qualidades dos raios. A Vontade tem de atuar para
estabelecer a coordenação e o equilíbrio perfeitos das qualidades dos raios.

É o paraíso verdadeiro este em que o ambiente permite o exercício de todas as


qualidades para ser feita a síntese e depois prosseguir para ambientes cósmicos mais
elevados, ou seja, para paraísos superiores. Nenhum modo de vida na Terra, por mais
elevado que seja e que propicie uma falsa felicidade, pode chegar perto da Beatitude
(Beatitude não no sentido devocional e astralino, mas dentro da concepção da Mônada
em Seu plano ou mundo, o monádico) do modo de vida nos esquemas sintetizadores.

A própria passagem inicial para o esquema de Vênus, o polo oposto do nosso, nos dá
uma visão desse modo de vida superior. Sabemos que o Logos de Vênus já está na
etapa fnal e já iniciou o pralaya, porque já atingiu a Sua meta para este sistema solar.
Ele realiza a tarefa de uma cadeia planetária em apenas cinco rondas e não mais em
sete, como é o normal.

1381
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A chave para se ter uma ideia da vida superior é se imaginar totalmente sem o corpo
físico, mas plenamente vivo e lúcido. É lógico que quanto mais conhecimentos tivermos
dos mundos superiores, mais clara se torna nossa visão da vida nesses mundos
superiores.

O Mestre diz que a quantidade dos que escolhem a transferência para os esquemas
sintetizadores é maior do que a dos que permanecem no esquema da Terra. É óbvio
que as necessidades do nosso Logos planetário têm de ser consideradas na decisão.
Todavia o aperfeiçoamento nos esquemas sintetizadores pode muito bem tornar o Ego
altamente capacitado para retornar ao esquema da Terra para realizar um excelente
trabalho para o nosso Logos planetário. Sabemos que a atual humanidade não oferece
condições para que determinadas qualidades superiores possam ser desenvolvidas
pelos Egos avançados.

A exigência para poder fazer esta escolha, transferência para um esquema


sintetizador, é ter atingido uma certa etapa avançada de evolução. Pelo que o Mestre
diz, esta etapa avançada é anterior à quarta Iniciação planetária, uma vez que nesta
iniciação o Ego é desintegrado. Todavia a transferência pode ser feita após a quarta
Iniciação, quando a Mônada trabalha somente com a Tríade superior.

O Mestre esclarece plenamente que os Anjos solares ou Manasadevas trabalham em


todo o sistema solar, havendo uma contínua circulação de energia e de agentes dessa
energia entre todos os esquemas planetários. A transferência só é possível quando a
humanidade se torna radioativa, o que caracteriza o início do desprendimento do
Logos planetário de Seu corpo físico denso, constituído pelas matérias mental, astral e
física, os três mundos do esforço humano.

Contudo um Ego que se tornou radioativo, mesmo que a humanidade à qual ele esteja
ligado não tenha se tornado radioativa, pode obter a transferência para um esquema
sintetizador.

A título de ilustração, informamos a quantidade de luas dos três planetas pertencentes


aos três esquemas sintetizadores:

Urano: 21 luas, sendo as duas maiores Titânia e Oberon.


Netuno: 8 luas, sendo a maior Tritão.
Saturno: 35 luas, sendo a maior Titan.

1382
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 489.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f).
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "Como temos visto os três
grupos de Agnishvattas.......", na página 623, até "Personifcam a energia da substância
tal como se manifesta num sistema, um esquema e um ciclo humano.", na página 624.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul completa a descrição do trabalho dos Pitris solares,
detalhando a atividade do grupo inferior e trata do trabalho dos Pitris lunares,
encarregados da construção dos corpos inferiores: mental inferior, astral e físico.

O grupo inferior dos Pitris ou Anjos solares recebe do grupo médio o mantra egoico
resultante da Palavra de Poder emitida pela Mônada para a Joia no loto e transmitida
pelo grupo superior para o grupo médio, que a transforma em frase mântrica e a
transmite para o grupo inferior.

O grupo inferior emite por duas vezes o mantra egoico e ocorre a transformação num
tipo de vibração da matéria mental, vibração esta denominada fórmula matemática, ou
seja, contém informações numéricas referentes às matérias a serem atraídas para a
construção dos três corpos inferiores: grau de densidade ou subplano, raio e
quantidade. Estas informações numéricas existem na forma de oscilações das
partículas mentais, semelhantemente ao processo pelo qual uma onda eletromagnética
contém informações que após o devido processamento eletrônico são transformadas
em sinais de vídeo (imagem) e áudio (som) no aparelho receptor, um televisor ou um
rádio.

No caso da fórmula matemática acima citada as informações são gravadas na unidade


mental na parte referente ao corpo mental inferior, no átomo astral permanente na
parte referente ao corpo astral e no átomo físico permanente na parte referente ao
corpo físico. Em todo este processo existe uma tecnologia científca pela qual
informações na forma de oscilações de partículas mentais são gravadas na unidade
mental e nos átomos permanentes astral e físico.

Após a gravação das informações na Tríade inferior os Pitris lunares iniciam o Seu
trabalho, sequencialmente, ou seja, primeiro é construído o corpo mental inferior, em
seguida o corpo astral e por último o corpo físico em suas duas partes: o etérico (o
primeiro) e o denso (após a concepção ou fecundação do óvulo materno pelo

1383
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
espermatozoide paterno).

Os Pitris lunares constituem a substância dos corpos inferiores do homem, assim como
os Pitris ou Anjos solares constituem o corpo causal (o Loto egoico) do homem e
propiciam-lhe a autoconsciência. A substância sempre é dual, ou seja, aspectos
transmissor ou positivo e receptor ou negativo.

Os Pitris lunares, em Seus graus superiores, são a energia positiva que energiza a
substância atômica e, em Seus graus inferiores, são o aspecto negativo ou receptor da
substância.

Em relação com o homem os Pitris lunares podem ser classifcados em três categorias:

1- O grupo superior, que recebe a energia proveniente de níveis superiores, e anima


as espiras dos três componentes da Tríade inferior.
2- O grupo médio, que é a energia positiva atraente e constrói o corpo do homem nos
três mundos: mental inferior, astral e físico.
3- O grupo inferior, que é o aspecto negativo da substância energizada e a matéria
das três envolturas ou corpos do homem.
Em relação com o sistema solar os Pitris lunares constituem o aspecto Brahma e são o
produto de sistemas solares anteriores, nos quais foi realizada a atividade consciente.

No sistema solar anterior ao atual ocorreu a síntese dos sistemas anteriores e foi
intensifcada e aperfeiçoada a atividade consciente da matéria.

Todavia só adquiriram auto consciência determinadas entidades cósmicas que se


utilizaram da substância ou matéria consciente e lhe conferiram essa potencialidade
que permitirá à substância atômica consciente, após muitos kalpas ou ciclos,
desenvolver a autoconsciência.

Em relação com um planeta, essas entidades cósmicas são denominadas com um nome
misterioso que não pode ser revelado, pois contém o mistério do esquema que
precedeu o nosso e do qual o nosso é uma cópia. Supondo que pela expressão
"esquema que precedeu o nosso e do qual o nosso é uma cópia" o Mestre esteja se
referindo à cadeia anterior do nosso esquema, denominada cadeia lunar, também
chamada cadeia de Saturno, então o nome da entidade cósmica (atualmente um Pitri
lunar em nível cósmico) nessas condições ligada atualmente ao planeta Terra revela o
mistério da catástrofe da cadeia lunar, pois essa entidade também foi ligada ao planeta
físico da cadeia lunar, o qual atualmente é a nossa lua, estando em desintegração.

1384
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Como sabemos a cadeia lunar foi desintegrada na sétima ronda antes do prazo
previsto, devido a um erro do nosso Logos planetário, que interferiu indevidamente
com a chamada Entidade planetária, entidade cósmica no ciclo de involução e ligada
aos Pitris lunares da época.

Os Pitris que trabalham atualmente com as matérias mental inferior, astral e física e no
sistema solar anterior evoluíram utilizando a matéria e adquiriram autoconsciência, o
fazem na amplitude do sistema solar, dos esquemas planetários e dos ciclos de
reencarnação dos seres humanos. Eles são o aspecto positivo da energia, que energiza
a matéria, que em si é o aspecto negativo da energia.

Estudo 490.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f).
Atividade dos Pitris - Do parágrafo "A nosso particular esquema terrestre estão
também vinculados esses Pitris lunares.......", na página 624, até "....., encontram seu
caminho para os veículos dos homens.", na página 626.

"A nosso particular esquema terrestre estão também vinculados esses Pitris lunares
que alcançaram na cadeia lunar sua atual etapa de atividade. São grupos dévicos que
não têm passado (como os Agnishvattas) pela etapa humana, porém devem fazê-lo;
sua atual experiência em relação com a Hierarquia humana tem essa fnalidade. Há de
ser recordado que a lei fundamental que rege o desenvolvimento exotérico estabelece
que nenhuma vida pode dar mais do que tem possuído, e a possessão dos distintos
atributos de consciência, desde o átomo até um Logos solar, é o resultado de largos
ciclos de aquisições. Por conseguinte, os Pitris solares podem dar ao homem sua
consciência e os Pitris lunares a consciência instintiva de seus veículos. Conjuntamente
em todos os reinos da natureza, neste planeta ou em qualquer outra parte,
proporcionam aos Logos planetário e solar a soma total do aspecto consciência de
Seus respectivos corpos. Isto sucede em cada esquema do sistema, porém na cadeia
terrestre tem sido criado um estado particular de coisas devido ao fracasso planetário
coincidente com a cadeia lunar, sendo a causa de que atualmente estejam se
equilibrando as forças nesta cadeia. Na quarta cadeia de cada esquema iniciou-se o
trabalho dos Pitris solares em conexão com o homem. Também entraram em atividade

1385
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
os Pitris de seus corpos devido ao impulso proporcionado pelos Anjos solares. A
matéria dessas envolturas tem passado por três cadeias e três rondas e vibra com
uma nota sintonizada ao...... Para expressá-lo em outras palavras, a terceira pode
emitir-se com claridade e logicamente lhe segue a quinta ou dominante. A pronunciação
simultânea da terceira e da quinta, baseada na nota chave planetária, produz o efeito
de um tríplice acorde ou um quarto tom, um som complexo. Refro-me ao acorde da
hierarquia humana como um todo. Dentro da hierarquia existe uma diversidade de
notas baseadas no acorde hierárquico, o qual produz os numerosos acordes e as notas
egoicas, que por sua vez produzem a manifestação objetiva.

Agora podemos delinear a progressão da energia egoica quando desce dos níveis
abstratos aos átomos permanentes. Em cada plano o trabalho é tríplice, e pode ser
classifcado da maneira seguinte:

1. A resposta, dentro do átomo permanente, à vibração iniciada pelos Pitris solares


ou expressado em outras palavras, a resposta do grupo superior dos Pitris lunares
ao acorde do Ego. Isto afeta defnitivamente, de acordo com a etapa de evolução do
Ego envolvido, as espiras do átomo.

2. A resposta da substância à vibração atômica sobre o plano particular envolvido.


Isto concerne ao segundo grupo de Pitris cuja função consiste em reunir, ao redor do
átomo permanente, a substância sintonizada com qualquer nota particular.
Atuam de acordo com a Lei de Atração magnética e constituem a energia atrativa do
átomo permanente. Em menor escala cada átomo permanente ocupa (com respeito à
substância das envolturas do homem) uma posição relativa à que ocupa o sol físico
com respeito à substância do sistema, constituindo o núcleo de força atrativa.

3. A resposta à substância negativa implicada e sua modelagem na forma desejada


por meio da energia dual dos dois grupos superiores de Pitris.
Alguma ideia tem sido proporcionada com respeito à unidade deste tríplice trabalho ao
diferenciar a substância de qualquer plano em:

a. substância atômica,
b. substância molecular, e
c. essência elemental.
Tal diferenciação não é totalmente exata e poder-se-ia chegar a uma ideia mais fel do
conceito subjacente se forem substituídas as palavras "substância e essência" por

1386
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"energia". O termo Pitris aplicado ao terceiro grupo não é correto. Os verdadeiros Pitris
lunares são os do primeiro grupo superior, porque personifcam um aspecto da
vontade inteligente de Brahma ou Deus na substância. O terceiro grupo é literalmente o
dos Construtores menores, sendo forças cegas e incoerentes sujeitas à energia que
emana dos dois grupos superiores. Esotericamente estes três grupos dividem-se em:

a. Pitris que vêm, porém não tocam nem manejam.


b. Pitris que tocam, porém não vêm.
c. Pitris que ouvem, porém não vêm nem tocam.
Como todos têm o dom de ouvir ocultamente, são conhecidos como os "Pitris que
possuem o ouvido aberto"; trabalham infuenciados totalmente pelo mantra egoico. Se
são estudadas estas diferenciações muito poderá ser extraído acerca de um grupo
muito importante de trabalhadores dévicos que só vêm à manifestação na quarta
ronda como uma triplicidade coordenada, a fm de proporcionar veículos para o
homem; a razão disto se acha oculta no karma dos sete Logos, pois energizam as
quarta, quinta e sexta Hierarquias. Na primeira ronda de cada esquema estes três
grupos obtêm certa etapa de necessário crescimento, e personifcam a evolução mais
elevada do aspecto substância. Só os átomos de substância, mais elevados e perfeitos,
aqueles que têm sido partes integrantes das formas evolutivas superiores, encontram
seu caminho para os veículos dos homens."

Estudo 491.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f).
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "A nosso particular esquema
terrestre estão também vinculados esses Pitris lunares que......", na página 624, até "......,
que por sua vez produzem a manifestação objetiva.", na página 625.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho diz que os Pitris lunares que atualmente trabalham as
matérias inferiores da nossa quarta ronda da quarta cadeia do nosso esquema,
atuaram na cadeia lunar, na qual alcançaram seu atual nível de atividade. Eles não
passaram ainda pela etapa humana, como os Anjos solares, devendo fazê-lo. Os Pitris
lunares que trabalham atualmente com a Hierarquia humana têm como objetivo

1387
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conseguir essa experiência.

A lei fundamental que rege o desenvolvimento exotérico (o desenvolvimento nos três


mundos inferiores) estabelece que nenhuma vida pode dar mais do que possui. A
conquista dos atributos de consciência é o resultado de largos ciclos de aquisições,
desde um átomo até um Logos solar. Assim os Pitris solares podem dar ao homem a
consciência instintiva de seus corpos, atributo que eles já desenvolveram e possuem.
Considerando a totalidade de todos os reinos da natureza, na Terra ou em qualquer
outra parte, eles proporcionam aos Logos planetário e solar a totalidade da consciência
instintiva de Seus respectivos corpos. Isto acontece em cada esquema do sistema
solar. Porém na nossa quarta cadeia planetária ocorre uma situação especial por causa
do fracasso da cadeia lunar, uma vez que os Pitris lunares da nossa cadeia são os
mesmos da cadeia lunar e trouxeram a vibração produzida pelas energias que levaram
à desintegração da cadeia lunar antes do prazo previsto.

É por isto que atualmente ainda estão se equilibrando as forças atuantes.

A afrmação do Mestre de que na quarta cadeia de cada esquema se inicia o trabalho


dos Pitris solares em conexão com o homem nos leva a concluir que na cadeia lunar a
individualização se processou sem o trabalho dos Anjos solares.

Assim os Egos provenientes da cadeia lunar e que só encarnaram na Terra na quarta


raça-raiz, atlante, só entraram em contato com os Anjos solares aqui na Terra.

Aqui na Terra os Pitris lunares dos corpos inferiores do homem entraram em atividade
pelo impulso proporcionado pelos Anjos solares, diferentemente da cadeia lunar.

A matéria desses corpos do homem, ou seja, a substância energizada pelos Pitris


lunares, já passaram por três cadeias e por três rondas da atual cadeia, pois estamos
na quarta ronda, e assim a nota dessa matéria está sintonizada com a vibração
resultante das forças dessas três cadeias e três rondas e recebendo a força da quarta
ronda, que deve ser a dominante.

A vibração conjunta da vibração resultante das vibrações anteriores juntamente com a


vibração da quarta ronda, fundamentada na vibração chave do planeta, produz o efeito
de um tríplice acorde ou um quarto tom, um som complexo, ou seja, o acorde da
hierarquia humana como um todo. Dentro da hierarquia humana existe uma
diversidade de notas baseadas no acorde da hierarquia humana, o que produz os
numerosos acordes e as notas egoicas, que levam à manifestação objetiva, a
encarnação.

1388
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 492.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f).
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "Agora podemos delinear a
progressão da energia egoica quando desce dos níveis abstratos aos átomos
permanentes.", na página 625, até "......dos dois grupos superiores.", na página 626.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul descreve o processo pelo qual a energia egoica
chega aos componentes da Tríade inferior, depois que foi transformada em fórmula
matemática pelos Anjos solares do terceiro grupo, o inferior, levando à ação os Pitris
lunares.

O trabalho dos Pitris lunares é tríplice nas três matérias, mental inferior, astral e física:

1. A resposta do grupo superior de Pitris lunares à fórmula matemática, resposta que


afeta de forma defnitiva as espiras do componente da Tríade inferior, de acordo com o
nível evolutivo do Ego implicado. As espiras são correntes de energia que atuam no
meio ambiente.

2. A resposta da matéria do meio ambiente à vibração induzida no componente da


Tríade inferior. Este trabalho é feito pelos Pitris lunares do segundo grupo, que reúnem
ao redor do componente da Tríade a matéria sintonizada com qualquer frequência
particular. Eles atuam de acordo com a Lei de Atração magnética e constituem a
energia atrativa do componente da Tríade. Em menor escala cada componente da
Tríade inferior ocupa com respeito à matéria das envolturas do homem uma posição
análoga à que ocupa o sol físico com respeito à matéria do sistema solar, sendo o
núcleo de força atrativa.

3. A resposta imposta à matéria negativa implicada e sua modelagem na forma


desejada por meio da energia dual dos dois grupos superiores de Pitris lunares.

Podemos ter uma ideia da unidade deste tríplice trabalho se diferenciarmos a matéria
de qualquer plano em:

a. atômica,

1389
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
b. molecular e
c. essência elemental.
Podemos chegar a uma ideia mais fel do conceito subjacente, substituindo as palavras
matéria e essência por energia. Na realidade os verdadeiros Pitris lunares são os do
primeiro grupo superior, porque personifcam um aspecto da vontade inteligente do
terceiro aspecto do Logos, Brahma, ou seja, Deus na matéria ou substância. São Eles
que efetivamente comandam os outros dois grupos.

O terceiro grupo é literalmente o dos Construtores menores, sendo forças cegas e


incoerentes sujeitas à energia que emana dos dois grupos superiores. Estes
Construtores menores constituem efetivamente a matéria comandada e a essência
elemental.

Estudo 493.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f)
Atividade dos Pitris - Considerações sobre o parágrafo "Esotericamente estes três
grupos se dividem em:", na página 626, até "......encontram seu caminho para os
veículos dos homens.", na página 626.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá informações detalhadas sobre o trabalho dos três
grupos de Pitris lunares na construção dos veículos do homem.
Inicialmente lembramos que os Devas vêm o som e ouvem as cores, conforme o Mestre
diz. O primeiro grupo, os que vêm, porém não tocam nem manejam, são os do grupo
superior, os que respondem ao acorde do Ego e afetam as espiras dos componentes
da Tríade inferior.

O segundo grupo, os que tocam, porém não vêm, são os do grupo médio, cuja função é
reunir ao redor do componente da Tríade a matéria sintonizada com qualquer nota
particular, constituindo assim a energia atrativa do componente da Tríade.

O terceiro grupo, os que ouvem, porém não vêm nem tocam, são os do grupo inferior,
que constituem a substância negativa, os Construtores menores, as vidas cegas
sujeitas à energia emanada pelos dois grupos superiores.

1390
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre diz que todos têm o dom de ouvir ocultamente, sendo conhecidos como os
"Pitris que possuem o ouvido aberto"; assim, os que vêm, porém não tocam nem
manejam, também ouvem, os que tocam, mas não vêm, também ouvem, mas os do
último grupo somente ouvem, mas não vêm nem tocam, o que explica seu nome: vidas
cegas, ou seja, eles executam cegamente as instruções contidas nas energias dos
grupos superiores. Como os Devas ouvem as cores, deduz-se que as instruções para
essas vidas cegas estão contidas em cores, cujas vibrações elas ouvem e são impelidas
à ação de modelar os corpos do homem de acordo com a orientação das instruções
dos grupos superiores, ou seja, elas se transformam nos corpos do homem.

É muito interessante o estudo do processo pelo qual os Pitris do grupo superior


transformam o mantra egoico, que é som e Eles vêm, em fórmula matemática, na
forma de cores, que são tocadas pelos Pitris do segundo grupo, que tocam mas não
vêm, mas fazem a substância vibrar como cores, que as vidas cegas ouvem e
executam.

Estudo 494.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (f).
Atividade dos Pitris - Continuação das considerações sobre o parágrafo
"Esotericamente estes três grupos se dividem em:", até "......encontram seu caminho
para os veículos dos homens.", na página 626.

Considerações.

Quando o terceiro grupo de Agnishvattas (o inferior) emite o mantra egoico por duas
vezes, os Pitris lunares do primeiro grupo, os que vêm, mas não tocam nem manejam e
trabalham na matéria mental inferior, vêm o som do mantra egoico e, sob a orientação
dos Agnishvattas que emitem o mantra egoico, transformam-no em cores que
expressam a fórmula matemática com todas as informações para a construção dos 3
corpos inferiores do homem e gravam estas cores nos componentes da Tríade inferior,
pois Eles atuam nestes 3 componentes.

O segundo grupo de Pitris lunares, os que tocam mas não vêm, ouvem as cores que
expressam a fórmula matemática (todos os Pitris têm o dom de ouvir ocultamente),
cores essas emanadas pelas espiras dos componentes da Tríade inferior, e movidos

1391
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pelas informações da fórmula tocam, ou seja, ligam-se ao Pitris lunares do terceiro
grupo, as vidas cegas, que ouvem, mas não vêm nem tocam; essas vidas cegas ouvem
as cores emanadas pelos Pitris lunares do segundo grupo e se movimentam de acordo
com as vibrações dessas cores, em torno do respectivo componente da Tríade inferior
e se organizam para formar os corpos inferiores do homem. Isto acontece para o
corpo mental inferior em torno da unidade mental, para o corpo astral em torno do
átomo astral permanente e para o corpo físico em torno do átomo físico permanente.

O segundo grupo de Pitris lunares se subdivide em 3 grupos, um para cada corpo.


Assim o primeiro grupo de Pitris lunares se comunica por meio dos componentes da
Tríade inferior com todos os 3 grupos de Pitris lunares que constituem o segundo
grupo.

As vibrações das cores, além de conterem as informações para a construção dos


corpos, defnem a natureza das vidas cegas constituintes do terceiro grupo. Essas
vidas cegas são a substância dos 3 corpos inferiores e entre si estão em muitíssimos
níveis, ou seja, tomando o coração como exemplo, temos as que são as células do
coração e a que é o coração como um órgão.

Esses Pitris lunares só se manifestam na quarta ronda, organizados em 3 grupos,


estando os segundo e terceiro grupos subdivididos em 3 subgrupos, um para cada
matéria, mental inferior, astral e física, para fornecer veículos para o homem. A
explicação para isto está no karma dos 7 Logos sagrados, que energizam as quarta,
quinta e sexta Hierarquias criadoras, respectivamente de Mônadas humanas (no
mundo búdico), Personalidade humana (Makara, no mundo mental) e Senhores lunares
(Fogos de Sacrifício, no mundo astral). Na primeira ronda de cada esquema esses Pitris
lunares adquirem o necessário desenvolvimento e constituem a evolução mais elevada
da substância, sendo partes de formas evolutivas superiores, o que lhes confere a
condição de átomos mais elevados e perfeitos, podendo assim constituir veículos para
os homens. O aperfeiçoamento ocorre nas segunda e terceira rondas, pois Eles só
veem à manifestação como veículos dos homens na quarta ronda de cada esquema.

Estudo 495.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O

1392
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
trabalho de construir formas - Do parágrafo "g. O trabalho de construir formas. Este
trabalho se efetua sob leis defnidas,", na página 626, até ", e só o grau de evolução
alcançado pela entidade envolvida revelará seu relativo signifcado.", na página 628.

"g.O trabalho de construir formas. Este trabalho se efetua sob leis defnidas, as da
substância mesma; produz um efeito similar nos veículos humano, planetário e solar. As
diferentes etapas podem ser enumeradas da maneira seguinte:

1. A Nebulosa. Etapa em que a matéria do futuro corpo começa a separar-se


gradualmente do conjunto de substância do plano e a assumir um aspecto nebuloso ou
leitoso. Isto corresponde à etapa da "névoa ígnea" na formação de um sistema solar ou
de um planeta. "Os Pitris da Névoa" entram em atividade como um dos numerosos
grupos subsidiários dos três grupos principais.

2. A Rudimentar. A condensação começou, porém ainda tudo se acha em estado


rudimentar e em condição caótica; não existe uma forma defnida. Dominam "Os Pitris
do Caos" caracterizando-se pela energia excessiva e a atividade violenta; quanto maior
for a condensação antes da coordenação, tanto maiores serão os efeitos da atividade.
Isto é verdade com respeito aos Deuses, homens e átomos.

3. A Ígnea. A energia interna dos átomos que se reúnem rapidamente e seu efeito
recíproco, produz um aumento de calor e a consequente manifestação da forma
esferoidal, de maneira que o veículo de todos os entes se vê fundamentalmente como
uma esfera, girando sobre si mesma e atraindo e rechaçando outras esferas. "Os Pitris
das Esferas Ígneas" agregam seu trabalho ao das duas anteriores, alcançando-se uma
etapa muito defnida. Os Pitris lunares, em cada esquema e através do sistema, são
literalmente os agentes ativos na construção do corpo físico denso do Logos;
energizam a substância dos três planos mental, astral e físico denso do sistema nos
três mundos. Isto merece uma cuidadosa refexão.

4. A Aquosa. A bola ou esfera de essência ígnea gasosa se condensa ou liquefaz cada


vez mais; começa a solidifcar-se em sua superfície externa, defnindo-se com mais
nitidez o "círculo não se passa" de cada corpo. O calor da esfera aumenta,
centralizando-se no núcleo ou coração da esfera donde produz essa pulsação no
centro que caracteriza o sol, o planeta e os diversos veículos de todas as entidades
encarnantes. É uma etapa análoga à do despertar da vida no feto durante a etapa
prenatal; esta analogia pode observar-se na construção de formas levada a cabo em
todos os planos. Esta etapa marca a coordenação do trabalho dos dois grupos
superiores de Pitris lunares, então os "Pitris do Duplo Calor" colaboram

1393
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inteligentemente. Vinculam-se o coração e o cérebro da substância que compõe a
forma, a qual se desenvolve lentamente. O estudante achará interessante estabelecer a
analogia que existe entre essa etapa aquosa e o lugar que o plano astral ocupa nos
corpos do planeta e do sistema, e a afnidade que existe entre mente e coração, oculta
no termo "kama-manas". Um dos mais profundos mistérios ocultos será revelado à
consciência do homem quando tenha descoberto o segredo da construção de seu
veículo astral e a formação do vínculo que existe entre esse corpo e a totalidade da luz
astral no plano astral.

5. A Etérica. Esta etapa não se limita unicamente a construir a parte etérica do corpo
físico, porque sua contraparte se encontra em todos os planos que concernem ao
homem nos três mundos. A condensação e a solidifcação dos materiais têm
continuado, até que agora os três grupos de Pitris formam uma unidade no trabalho. O
ritmo está estabelecido e está sincronizado o trabalho. Os construtores menores
trabalham sistematicamente e a Lei do Karma se demonstra ativamente, porém deve
recordar-se que a reação seletiva à nota egoica é inerente ao karma, resposta
vibratória que colore a substância mesma. Só essa substância que (pelo uso anterior)
tem sido sintonizada a certa nota e vibração responderá ao mantra e à conseguinte
vibração que emana do átomo permanente. Esta etapa é muito importante, pois
assinala a circulação vital, por todo o veículo, de um determinado tipo de força
particular. Isto pode observar-se no veículo etérico que faz circular a força vital ou
prana do sol. Pode observar-se um vínculo similar com a força envolvida nos planos
astral e mental. "Os Pitris do Tríplice Calor" trabalham agora sinteticamente,
coordenando-se o cérebro, o coração e os centros inferiores. Vinculam-se o superior e
o inferior e os canais se esvaziam permitindo a circulação da tríplice energia. Isto é
verdade com respeito à construção de formas de todos os entes, macro e
microcósmicos. Isso se põe de manifesto pela colaboração ativa de outro grupo de
Pitris denominado "Pitris da Vitalidade" em relação com os demais. Colaboram grupo
atrás de grupo, porque os três principais estão distribuídos entre os grupos menores.

6. A Sólida. Isto marca a etapa fnal na construção da forma e assinala o momento em


que foi realizado o trabalho de reunir e dar forma à substância. A maior parte do
trabalho dos Pitris lunares já está cumprida. A palavra "sólido" não se refere
unicamente à manifestação inferior objetiva, pois uma forma sólida também pode ser
etérea, e só o grau de evolução alcançado pela entidade envolvida revelará seu relativo
signifcado."

1394
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 496.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3 - OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Considerações sobre o parágrafo "g. O trabalho de
construir formas. Este trabalho se efetua sob leis defnidas,", na página 626, até "Isto
merece uma cuidadosa refexão.", na página 627.

Considerações.

Neste item o Mestre Djwal Khul dá detalhes sobre o processo de construir formas, o
qual é regido por leis defnidas, que são as leis da própria substância ou matéria. Estes
detalhes se aplicam aos veículos humano, planetário e solar, com as devidas
diferenças, é claro, considerando as matérias envolvidas e a amplitude e elevação dos
veículos.

A primeira etapa é a nebulosa, quando a matéria do futuro corpo começa a ser


separada gradualmente da totalidade da matéria do mundo no qual a entidade irá viver
experiências para evoluir. Se o corpo a ser construído é o mental inferior cósmico de
um Logos solar, a matéria necessária é retirada da matéria mental inferior cósmica que
constitui o corpo mental inferior cósmico do Logos cósmico em Cujo corpo o Logos
solar exerce uma função e ao Qual está ligado. Se é o corpo mental inferior cósmico de
um Logos planetário, a matéria é retirada da matéria mental inferior cósmica
constituinte do corpo mental inferior cósmico do Logos solar no qual o Logos
planetário exerce uma função e ao Qual está ligado. Se é o corpo mental inferior de
uma Mônada humana, a matéria é retirada da matéria mental inferior (a gasosa
cósmica) constituinte da parte densa do corpo físico cósmico do Logos planetário a
Cuja guarda a Mônada está entregue.

Os três grupos principais de Pitris lunares descritos pelo Mestre existem em diversos
níveis. A expressão Pitris lunares só é válida para os que constroem os corpos
humanos, mental inferior, astral e físico, no esquema da Terra. Eles têm este nome
porque vieram da cadeia lunar, que foi a terceira do nosso esquema, quando a Lua era
o planeta físico denso. Assim para outros esquemas os Pitris que fazem este trabalho
não são chamados Pitris lunares. Os que trabalham para os Logos poderão ser
chamados Pitris cósmicos dos mundos inferiores.

Nesta etapa inicial o aspecto da matéria é leitoso, como é a matéria de uma galáxia ou

1395
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estrela em sua formação inicial. Os Pitris que trabalham nessa etapa são denominados
Pitris da Névoa.

Na segunda etapa, a chamada rudimentar, é iniciada a condensação da matéria,


havendo aumento da energia, o que provoca choques entre as partículas de matéria,
dando a aparência de caos, sendo por isto denominados Pitris do Caos os que atuam
nesta etapa. Quanto maior for a condensação antes da coordenação, maior será a
energia, provocando atividade violenta. Isto é válido para os Logos, homens e átomos, o
que, quando analisado e estudado profundamente, abrirá vastos horizontes para o
conhecimento humano.

Na terceira etapa, a ígnea, os átomos passam a se reunir rapidamente, após a fase de


choque e repulsão, quando são regidos pela Lei de Atração. Isto provoca um aumento
do calor e confere a forma esferoidal, que gira em torno do próprio eixo, continuando a
atrair e rechaçar outras esferas.

Esta nova classe de Pitris são chamados Pitris das Esferas Ígneas e Eles acrescentam
Seu trabalho aos das duas classes anteriores, sendo portanto um trabalho de grupo.

Quando o Mestre chama esses Pitris cósmicos de Pitris lunares, Ele está fazendo uma
analogia, pois os trabalhos são análogos, uma vez que todos trabalham na construção
dos três corpos inferiores, cada conjunto de corpos em seu devido nível:

1- Para os Logos, no nível dos mundos cósmicos mental inferior, astral e físico.

2- Para as Mônadas humanas pertencentes aos esquemas que não o da Terra, no


nível dos mundos mental inferior (gasoso cósmico), astral (líquido cósmico) e físico
(sólido cósmico).

3- Para as Mônadas humanas pertencentes ao nosso esquema, o terrestre, no nível


dos mundos mental inferior (gasoso cósmico), astral (líquido cósmico) e físico (sólido
cósmico), sendo os Pitris literalmente lunares, por terem vindo da cadeia lunar.
O Mestre recomenda uma cuidadosa refexão sobre este trabalho dos Pitris, em todos
os níveis. De fato esta refexão detalhada alargará em muito os horizontes do
conhecimento dos mundos nos quais estamos evoluindo, não só na etapa inferior (os
mundos físico, astral e mental inferior), com na etapa superior que abarca os mundos
mental superior (causal), búdico e átmico. Isto é lógico, porque, conhecendo os
detalhes da construção dos mundos, eles se tornam melhor conhecidos e entendidos, e

1396
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
assim é possível acelerar a evolução através desses mundos, desde que a devida
Vontade seja ativada para tal, com isto sendo conquistada a liberação o mais rápido
possível.

Estudo 497.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Considerações conceituais sobre as seis etapas no
trabalho de construir formas, na página 626.

Considerações.

Pelas seguintes palavras do Mestre Djwal Khul:

"5. A Etérica. Esta etapa não se limita unicamente a construir a parte etérica do corpo
físico, porque sua contraparte se encontra em todos os planos que concernem ao
homem nos três mundos." , na página 627;

"6. A Sólida. .........A palavra "sólido" não se refere unicamente à manifestação inferior
objetiva, pois uma forma sólida também pode ser etérea, e só o grau de evolução
alcançado pela entidade envolvida revelará seu relativo signifcado.", juntamente com o
DIAGRAMA I, na página 73 do Tratado sobre Fogo Cósmico, no qual está bem claro que
a matéria atômica de cada plano é construída a partir da matéria mais densa do plano
imediatamente mais sutil, podemos concluir que estas etapas se aplicam ao conjunto
dos três planos: mental, astral e físico, como também a cada plano separadamente.

Assim, aplicando aos três planos ou mundos do esforço humano: mental, astral e físico,
as três primeiras etapas: nebulosa, rudimentar e ígnea, aplicam-se à construção do
corpo mental; a etapa aquosa aplica-se à construção do corpo astral e as etapas
etérica e sólida aplicam-se à construção do corpo físico.

Aplicando estas etapas a cada corpo ou mundo separadamente (lembramos que as


matérias mental, astral e física constituintes da parte física densa do corpo físico
cósmico do nosso Logos solar constituem os nossos mundos mental, astral e físico),
temos a seguinte distribuição para estes três mundos:

1. As etapas nebulosa, rudimentar e ígnea aplicam-se à construção dos subplanos


primeiro ou atômico, segundo, terceiro, quarto e quinto;

1397
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2. A etapa aquosa aplica-se à construção do sexto subplano , que é o equivalente à
parte líquida do mundo;

3. As etapas etérica e sólida aplicam-se à construção do sétimo subplano , que é o


equivalente à parte sólida do mundo.

Esclareçamos estas aplicações das etapas ao nosso mundo físico. Ele está dividido em
duas partes: a etérica, constituída pelos quatro primeiros subplanos, e a densa
constituída pelos subplanos ou matérias gasosa, líquida e sólida. Todavia quando
analisamos as três primeiras etapas para o nosso mundo físico, confrontando com os
conhecimentos da nossa ciência humana referentes à formação de uma galáxia e de
uma estrela, partindo do chamado caldo de partículas físicas, concluímos que as três
primeiras etapas, nebulosa, rudimentar e ígnea, aplicam-se à formação dos quatro
subplanos chamados etéricos e do gasoso. A etapa aquosa aplica-se à formação da
matéria líquida, ou seja, a liquefação da bola ou esfera de essência ígnea gasosa, como
diz o Mestre. Assim, as etapas etérica e sólida aplicam-se à formação da matéria em
estado sólido.

Procuremos entender esta passagem da etapa etérica para a etapa sólida. Quando o
mundo físico em formação chegou à etapa aquosa, os átomos físicos constituintes das
moléculas líquidas têm de ser remanejados para que as moléculas sólidas resultantes
permaneçam no estado sólido nas condições naturais. Este estado intermediário deve
ser a etapa etérica, na qual a quantidade de fogo por fricção dos átomos é reduzida.

Estudo 498.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Considerações sobre o parágrafo "4. A Aquosa. A bola
ou esfera de essência ígnea gasosa se condensa ou liquefaz cada vez mais;". até ".....e a
totalidade da luz astral no plano astral.", na página 627.

Considerações.

Dentro da visão ampla da parte densa do corpo físico do Logos solar, esta etapa é a
construção da parte líquida cósmica (a matéria astral) desse corpo, pois a parte
gasosa cósmica (a matéria mental) já foi concluída e pela condensação (liquefação) de

1398
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
parte da matéria gasosa é formada a matéria astral (líquida cósmica).

A condensação começa na superfície externa da esfera, defnindo os limites ou "círculo


não se passa" do sistema solar.

O calor da esfera aumenta, mas se centraliza no centro da esfera. Este calor deve ser
interpretado como energia, pois um gás quando é liquefeito normalmente perde calor,
porém a esfera necessita de bastante energia, porque ainda falta construir a parte
sólida cósmica (a matéria física).

A energia centralizada no núcleo da esfera, ao ser distribuída, faz este núcleo pulsar, à
semelhança do coração.

De fato podemos dizer que cérebro e coração se vinculam, pois a parte gasosa
(matéria mental) representa o cérebro, e a parte líquida (matéria astral) representa o
coração, símbolo da emoção.

Eis a explicação da conexão kama-manas, conexão entre os corpos astral e mental


inferior, uma vez que fcou bem claro que a parte astral originou-se da condensação ou
liquefação da parte gasosa.

São Pitris lunares do Duplo Calor, porque o calor ou energia está nas duas partes,
porque ambas necessitam de energia para existirem objetivamente. Para haver esta
coordenação entre as duas partes, os dois grupos superiores de Pitris lunares têm de
trabalhar em perfeita coordenação.

O corpo astral do homem é construído com matéria astral retirada do esquema


planetário ao qual pertence, matéria astral esta que foi retirada da matéria astral do
sistema solar. Daí o vínculo entre o corpo astral do homem e a totalidade da luz astral
do mundo astral. Por isto é possível a quem sabe como fazer ter acesso aos arquivos
dessa luz astral.

Estudo 499.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O trabalho
de construir formas - Considerações sobre o parágrafo "5. A Etérica. Esta etapa não se
limita unicamente a construir a parte etérica do corpo físico,", na página 627, até ".....,
porque os três principais estão distribuídos entre os grupos menores.", na página 628.

1399
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul esclarece que a contraparte etérica se encontra em
todos os planos que concernem ao homem nos três mundos. Os três mundos que
concernem ao homem são os mundos físico, astral e mental. Então no mundo astral a
contraparte etérica é constituída pelos subplanos astrais primeiro ou atômico,
segundo, terceiro e quarto, sendo o quarto o intermediário para a parte densa do
corpo astral, os subplanos astrais quinto, sexto e sétimo. No corpo mental a parte
etérica é constituída pelos subplanos mentais abstratos, o primeiro ou atômico, o
segundo e o terceiro, pertencendo o quarto ao corpo mental inferior ou concreto,
sendo este quarto subplano mental o intermediário para o mental abstrato ou superior.

Continua a condensação e solidifcação dos materiais. Quando se consideram os


mundos mental, astral e físico, esta etapa é a construção do corpo físico, em sua parte
etérica, a inicial.

Com o início da construção do corpo físico, os três grupos de Pitris e os subsidiários


trabalham com excelente coordenação, formando realmente uma unidade de trabalho,
dentro de um ritmo defnido e todos bem sincronizados. A Lei do Karma é demonstrada
ativamente, pois é o momento em que ela tem de ser imposta ao novo corpo, quando
os construtores menores estão trabalhando sistematicamente, uma vez que é na parte
física, em particular na densa, que o karma se expressa com bastante objetividade.

Na aplicação do karma individual, a nota egoica é a fonte de informação kármica. Na


seleção da matéria ou substância coerente com o karma egoico, é utilizada matéria que
já foi utilizada anteriormente na execução de karma semelhante. Sabemos que quando
um corpo físico é desintegrado na morte, as pequenas vidas que constituíram este
corpo são recolhidas a um depósito universal, onde fcam aguardando uma nova
oportunidade de utilização. Só este tipo de matéria poderá responder à vibração
emitida pelo átomo físico permanente, vibração que é resultante do mantra egoico.

É uma etapa muito importante, porque nela é iniciada a circulação de energia por todo
o corpo de um determinado tipo de força particular. Isto evidencia-se no corpo etérico,
o qual faz circular o prana ou fogo por fricção/solar emanado pelo Sol. Isto também
ocorre nos corpos astral e mental inferior. Sabemos que os corpos astral e mental
inferior possuem seus próprios órgãos análogos ao baço físico.

Nesta etapa são coordenados o cérebro, o coração e os centros inferiores e os Pitris


do Tríplice Calor trabalham sinteticamente. Isto signifca a vinculação entre o superior e
o inferior e os canais se esvaziam para permitir a circulação da tríplice energia, que

1400
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
alimenta o cérebro, o coração e os centros inferiores. Isto acontece com o ser humano,
os Logos planetários e o Logos solar. São os Pitris da Vitalidade que executam o
trabalho que permite circular esta energia da vitalidade, Pitris estes que acrescentam
seu trabalho aos dos demais grupos.

Portanto, no trabalho de construir formas, colaboram grupo atrás de grupo.

Estudo 500.09

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Considerações sobre o parágrafo "6. A Sólida. Isto
marca a etapa fnal na construção da forma e assinala.....", na página 628, até ".....entre
o eu pessoal inferior e o superior é tão estreita que quase são inseparáveis.", na página
629.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul esclarece que a palavra sólido tem um signifcado
relativo, de acordo com o grau de evolução da entidade implicada. Assim para uma
entidade humana que estiver vivendo no globo 5 ou E do nosso esquema, globo cuja
matéria mais densa é a etérica, se seu corpo etérico contiver matéria do quarto
subplano, esta matéria constituirá a etapa sólida desse corpo. O mesmo acontecerá
com uma entidade humana que estiver vivendo no globo 6 ou F do nosso esquema,
globo cuja matéria mais densa é a astral, se seu corpo astral contiver matéria do
sétimo subplano, esta matéria constituirá a etapa sólida desse corpo.

O Mestre diz que quando o homem fala, gera uma energia que põe em atividade uma
multidão de pequenas vidas (Pitris lunares) que procedem a construir uma forma para
o pensamento que o homem expressou pelas palavras da sua fala, embora faça isto
inconscientemente, porque o homem ignora as leis do som e seus efeitos.

Futuramente, quando o homem conhecer as leis do som e tiver autocontrole, ele falará
menos, saberá mais e construirá formas mais exatas, que produzirão poderosos efeitos
no mundo físico. Isto signifca que o homem pensará profundamente antes de falar e
assim gerará mais energia que porá em atividade Pitris lunares mais qualifcados.

Num futuro distante, quando a maior parte da humanidade (três quintos) souber usar a

1401
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
palavra esotericamente e com perfeito conhecimento das leis do som, com objetivos
benéfcos, uma grande forma astral e mental benéfca será construída no planeta, e
então o mundo se salvará e não apenas um aqui ou ali. A expressão "se salvará"
signifca entrar no caminho e conquistar as iniciações, pois a meta da nossa quarta
cadeia é a quinta Iniciação, da Revelação, a terceira solar, do Adepto.

O Mestre mais uma vez estimula a investigação profunda com base nos ensinamentos
que Ele dá.

O Mestre também chama a atenção para a refexão sobre a atuação do Ego no trabalho
de construir formas, ou seja, no processo de encarnação.

1402
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 501
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Do parágrafo "Tudo o que aqui tem sido exposto acerca
das etapas progressivas na construção das formas....", página 628, até ".......força
compulsiva da Lei de Atração que atua no subplano físico cósmico mais inferior.", na
página 631.

"Tudo o que aqui tem sido exposto acerca das etapas progressivas na construção das
formas em todos os planos é aplicável às formas de todos os sistemas e esquemas e
também à construção de formas mentais. O homem constrói continuamente formas
mentais e aplica inconscientemente o método que segue o Ego para construir seus
corpos, o mesmo que emprega o Logos para construir Seu sistema e o que utiliza um
Logos planetário para construir Seu esquema.

Quando o homem fala emite um mantra muito diversifcado. A energia assim gerada
põe em atividade uma multidão de pequenas vidas que procedem a construir uma
forma para seu pensamento, seguindo etapas análogas às que acabamos de delinear.
Na atualidade o homem inicia inconscientemente estas vibrações mântricas ignorando
as leis do som e seu efeito. O trabalho esotérico que está levando a cabo é
desconhecido para ele. Mais tarde falará menos, saberá mais e construirá formas mais
exatas, que produzirão poderosos efeitos nos níveis físicos. Assim, em ciclos distantes,
oportunamente, se "salvará" o mundo, e não só um ente aqui ou ali.

Vinculados à construção dos corpos do homem ocorrem na manifestação certas coisas


interessantes que poderíamos elucidar agora, deixando que o estudante estabeleça as
analogias relacionadas com o sistema e o planeta; unicamente será possível dar-lhe
indicações gerais que serão de utilidade para chegar às suas próprias conclusões.

Em todo o trabalho de construir formas sucedem certas coisas muito importantes que
concernem ao Ego mais que às envolturas, embora a ação refexa entre o eu pessoal
inferior e o superior é tão estreita que quase são inseparáveis.

O momento em que o Ego se apropria da forma. Isto tem lugar unicamente depois que
a quarta espira tenha começado a vibrar, variando o período de acordo com o poder
que exerce o ego sobre o eu inferior. Idêntica analogia, em conexão com o veículo
físico denso, pode observar-se quando o Ego cessa seu trabalho de infuenciar e, em
algum período, entre o quarto e o sétimo anos, faz contato com o cérebro físico da
criança. Um sucesso similar ocorre com os veículos etérico, astral e mental.

1403
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O momento em que a energia do Ego se transmite de uma forma inferior a outra.
Sempre se passa por alto o fato de que o caminho de encarnação não se percorre
rapidamente, mas que o Ego desce muito lentamente e toma gradual de seus veículos;
quanto menos evoluído é o homem, mais lento é o processo. Consideramos aqui o
período que transcorre depois que o Ego tenha dado o primeiro passo para a descida e
não o tempo transcorrido entre duas encarnações. Esta tarefa de passar a um plano,
com o propósito de encarnar, assinala uma crise defnida que se caracteriza pelo
sacrifício voluntário, a amorosa apropriação da substância e a energização desta para
que entre em atividade.

O momento em que o tipo particular de força se apropria e energiza qualquer forma


determinada. Isto faz com que o corpo implicado seja infuenciado por:

a. O raio egoico.
b. Um sub-raio particular do raio egoico.
c. E devido a ele é infuenciado por sua vez por:

Infuências astrológicas,
Irradiações planetárias,
Correntes de força emanadas de determinadas constelações.
Estes três acontecimentos têm uma analogia muito interessante em relação com o
trabalho do Logos na construção de Seu corpo físico, o sistema solar; também existem
certas analogias vinculadas às três primeiras Iniciações.

Desde o ponto de vista do eu inferior, os dois momentos mais importantes da


encarnação do Ego são: esse em que a unidade mental é reenergizada para entrar em
atividade cíclica e aquele em que o corpo etérico é vitalizado. Concerne àquilo que
vincula o centro na base da coluna vertebral com certo ponto dentro do cérebro físico
por conduto do baço. Aqui tratamos estritamente com a chave fsiológica.

Poderíamos elucidar agora um ponto muito interessante relacionado com o corpo


físico denso, se nos ocupamos portanto com aquilo que não se considera um princípio,
seja no macro ou no microcosmos. Como se sabe, o homem é essencialmente um
homem mental e um homem astral, e ambos se apropriam de um corpo etérico com o
propósito de realizar um trabalho objetivo. Os dois se encontram no corpo etérico e
constituem o verdadeiro homem inferior. Porém posteriormente - a fm de adquirir
conhecimento também no plano mais inferior de todos - o homem se reveste com uma
envoltura de pele, como o expressa a Bíblia, colocando-a sobre seu corpo etérico, essa

1404
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
forma ilusória externa que muito bem conhecemos. Este é o nível mais inferior da
objetividade e constitui seu "aprisionamento" direto. A apropriação da envoltura densa,
pelo Ego, está sujeita a uma parte especial do karma, vinculado com os quatro
Kumaras ou Homens celestiais, que formam o Quaternário logoico. Nos esquemas que
se relacionam com a Tríade logoica (ou esses três Raios maiores ou Homens celestiais),
a encarnação física densa não constitui o objetivo destinado, e o homem atua com
matéria etérica em sua manifestação inferior.

A apropriação do corpo inferior é muito distinta da dos outros corpos. Por uma parte
não há átomo permanente para vitalizar. O plano físico é um refexo completo do
mental; os três subplanos inferiores são o refexo dos subplanos abstratos e os quatro
subplanos etéricos dos quatro subplanos mentais concretos. A manifestação do Ego no
plano mental (ou corpo causal) não é o resultado da energia que emana dos átomos
permanentes como núcleo de força, mas o resultado de diferentes forças e
principalmente da força grupal. Assinala-o predominantemente o ato realizado por uma
força externa, que se perde na incógnita do karma planetário. Isto também é verdade
com respeito às manifestações inferiores do homem, sendo o resultado de uma ação
refexa, e se fundamenta na força do grupo composto de centros etéricos por meio
dos quais o homem (como um conjunto de vidas) funciona. A atividade de ditos centros
inicia uma vibração em resposta aos três subplanos inferiores do plano físico e sua
interação faz com que se adiram o corpo etérico ou se reúnam a seu redor partículas
do que erroneamente denominamos "substância densa". Este tipo de substância
energizada é arrastada para um vórtice, do qual não pode escapar, de correntes de
força que emanam dos centros. Portanto, ditas unidades se vão empilhando de acordo
com a direção que leva a energia ao redor e dentro do corpo etérico até cobri-lo e
ocultá-lo, embora seja interpenetrante. Isto é produzido por uma lei inexorável, a lei da
matéria mesma, e só podem se subtrair do efeito da vitalidade de seus próprios
centros os que são "Senhores da Ioga" e podem - pela vontade consciente de seu
próprio ser - subtrair-se da força compulsiva da Lei de Atração que atua no subplano
físico cósmico mais inferior."

Estudo 502

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O

1405
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
trabalho de construir formas - Considerações sobre o parágrafo " O momento em que o
Ego se apropria da forma." , na página 629, até "Aqui tratamos estritamente com a
chave fsiológica.", na página 630.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá valiosíssimos e utilíssimos ensinamentos sobre as


etapas do processo de encarnação do Ego ou Alma.

O Ego se apropria da forma ou corpo inferior somente depois que a quarta espira do
componente da Tríade inferior começou a vibrar, após a conclusão da construção dos
três corpos inferiores pelos Pitris lunares. Até aí o Ego apenas infuencia, juntamente
com o trabalho dos Pitris lunares, variando essa infuência de acordo com o grau de
evolução do Ego e o consequente poder sobre o eu inferior.

Sabemos que os Pitris lunares do grupo superior animam as espiras dos componentes
da Tríade inferior com energias que Eles recebem dos níveis superiores. A quarta
espira irradia energias do quarto princípio, manas inferior. Como o Ego reside no
mundo mental, é lógico que Ele só pode tomar posse de Seus corpos inferiores, depois
que esta espira estiver vibrando nos componentes da Tríade inferior.

Quanto ao corpo físico denso, somente depois que a quarta espira do átomo físico
permanente (que energiza o corpo etérico e este o corpo denso) começou a vibrar
adequadamente, é que o Ego termina Seu trabalho de infuenciar e faz contato com o
cérebro físico da criança, entre os quarto e sétimo anos.

Isto é muito importante, porque pode dar informações valiosas sobre a natureza e o
nível evolutivo do Ego que está encarnando ao observador atento e possuidor de
conhecimentos esotéricos autênticos.

Igualmente o Ego estabelece contato com os corpos etérico, astral e mental inferior.

Outro momento importante é quando a energia do Ego é transmitida de um corpo


inferior a outro, na tarefa de tomar posse do corpo.

A sequência de construção dos três corpos inferiores é diferente da sequência de


tomada de posse pelo Ego. Na construção a sequência é:

1- Corpo mental inferior,


2- Corpo astral,
3- Corpo físico etérico,
4- Corpo físico denso.

1406
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Na tomada de posse pelo Ego a sequência varia de acordo com o grau de evolução do
Ego e de Sua natureza ou Raio.

Quanto menos evoluído o Ego e consequentemente o homem, mais lenta é a


apropriação dos corpos inferiores pelo Ego.

Para os Egos mais evoluídos e com bom contato com a Mônada, a apropriação é muito
mais rápida.

O Mestre deixa bem caracterizado que a tarefa de encarnar é para o Ego uma crise
defnida e um sacrifício voluntário, pois exige a amorosa apropriação da matéria ou
substância (os corpos) e sua energização para que entre em atividade. É de fato um
sacrifício, porque o Ego tem de sair da Sua liberdade no mundo causal para a prisão
dos corpos inferiores, em particular o físico denso.

Outro momento importante é quando o tipo particular de força se apropria de e


energiza os corpos inferiores. Isto faz com que o corpo implicado seja infuenciado pelo
raio egoico e por um sub-raio particular do raio egoico. Isto traz como consequência
que o corpo implicado seja infuenciado pelas infuências astrológicas, por irradiações
planetárias e por correntes de força emanadas de determinadas constelações, ou seja,
que o horóscopo ou mapa astrológico dele comece a funcionar.

Podem ser estabelecidas analogias destes três momentos para o Logos solar e para as
três primeiras Iniciações.

O Mestre diz que para o eu inferior os dois momentos mais importantes da encarnação
do Ego, na tomada de posse dos corpos inferiores, são: quando a unidade mental é
reenergizada para entrar em atividade cíclica e quando o corpo etérico é vitalizado, o
que provoca a vinculação (a construção de um condutor) do centro básico (da base da
coluna vertebral) com um ponto dentro do cérebro físico por conduto do baço. Há uma
lógica fsiológica nesse processo, porque a unidade mental vitaliza o corpo mental
inferior, sede da mente inferior e da inteligência, as quais têm de se expressar no corpo
físico denso por meio do cérebro físico, o qual, para tal, tem de ser vitalizado, o que
ocorre pelo fogo por fricção/por fricção (kundalini) que fui do centro básico e pelo
fogo por fricção/solar (prana) que fui do baço, ambos os fogos fuindo para o cérebro
físico por esse condutor que conecta o centro básico e o baço com esse ponto dentro
do cérebro físico.

Uma investigação profunda, com base nos ensinamentos do Mestre Djwal Khul e nos
conhecimentos da neuroanatomia e da neurofsiologia, pode levar à descoberta desse

1407
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ponto dentro do cérebro físico onde é fxado esse condutor que vem do centro básico
passando pelo baço.

Estudo 503

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Considerações sobre o parágrafo "Poderíamos elucidar
agora um ponto interessante relacionado com o corpo físico denso," , na página 630,
até ", e o homem atua com matéria etérica em sua manifestação inferior.", na página
630.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul enfatiza que o corpo denso não é um princípio, tanto
para o homem como para o Logos. No caso do Logos, o corpo denso é constituído
pelas matérias mental, astral e física, respectivamente as matérias cósmicas gasosa,
líquida e sólida.

Os corpos mental inferior e astral do homem se manifestam por meio do corpo etérico
no mundo físico, para realizar um trabalho e essa manifestação conjunta dos dois
corpos através do corpo etérico constitui o verdadeiro homem inferior. Mas o homem
precisa adquirir conhecimento no mundo mais denso de todos, o mundo físico
constituído pelas matérias gasosa, líquida e sólida. Para tal ele reveste o corpo etérico
com uma envoltura de pele, como diz a Bíblia, essa forma ilusória exterior, para se
relacionar com esse mundo mais denso.

Essa forma mais densa, o corpo físico denso, é na realidade uma prisão direta para o
Ego. A apropriação do corpo físico denso pelo Ego é regulada por uma ação específca
do karma, vinculado com os quatro Logos planetários regentes dos quatro Raios
menores, os quarto, quinto, sexto e sétimo Raios, que se manifestam pelos esquemas
de Mercúrio, Vênus, Netuno e Urano, os quais constituem o Quaternário logoico.

Nos esquemas que se relacionam com a Tríade superior logoica, os esquemas de


Vulcano, primeiro Raio, Júpiter, segundo Raio e Saturno, terceiro Raio, a encarnação
física densa não constitui o objetivo e o homem atua só com a matéria etérica em sua
manifestação inferior, ou seja, seu corpo mais denso é o etérico.

1408
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 504

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Considerações sobre o parágrafo "A apropriação do
corpo inferior é muito diferente da dos outros corpos.", na página 630, até "- subtrair-
se da força compulsiva da Lei de Atração que atua no subplano físico cósmico mais
inferior.", na página 631.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá ensinamentos a respeito da apropriação dos


corpos inferiores pelo Ego ou Alma. É lógico que a apropriação do corpo físico denso é
diferente da dos outros corpos, porque o corpo físico denso não constitui princípio,
como são os outros corpos. A distância vibratória entre o mundo causal, sede do Ego, e
o mundo físico denso é muito grande, e realmente o Ego se encerra numa prisão,
quando toma posse do corpo físico denso. A grande maioria da atual humanidade
encarnada não tem a menor noção do que seja a vida no mundo causal. Recordamos
que esta humanidade atualmente encarnada (mais ou menos sete bilhões) é apenas
uma parcela da totalidade da humanidade individualizada, pois a maioria se encontra
em pralaya, ou seja, nos mundos astral, mental inferior e causal.

O átomo físico permanente, quando é ativado para a encarnação, é utilizado na


construção e vitalização do corpo etérico. A partir do corpo etérico é construído o
corpo físico denso.

O Mestre diz que o plano físico é um refexo completo do mental. Analisemos estas
palavras do Mestre com base no processo do refexo. Não podemos fazer essa análise
considerando apenas o fenômeno físico da refexão. Vemos um objeto, porque a luz
incidente no objeto é refetida e atinge os nossos olhos trazendo os detalhes do objeto
e por isso o objeto em nosso cérebro é invertido, ou seja, o seu lado direito fca a nossa
esquerda e o seu lado esquerdo fca a nossa direita. Todavia as partículas que
constituem as matérias dos sete subplanos mentais não estão dispostas numa
superfície, mas se interpenetram. Por isso temos de fazer a análise considerando o
transporte dos detalhes. Podemos então considerar o mundo físico como o resultado
da projeção de informações que estão armazenadas em arquivos nas matérias dos

1409
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sete subplanos mentais. Esses arquivos têm sua técnica de construção. Assim, os
arquivos existentes na matéria mental atômica (primeiro subplano mental) são
projetados para o nosso mundo físico e formam o nosso mundo físico sólido. Os
arquivos existentes na matéria do segundo subplano mental são projetados para o
nosso mundo físico e formam o nosso mundo físico líquido. Os arquivos existentes na
matéria do terceiro subplano mental são projetados para o nosso mundo físico e
formam o nosso mundo gasoso. Os arquivos existentes na matéria do quarto subplano
mental são projetados para o nosso mundo físico e formam o nosso quarto éter. Aqui
temos uma coincidência, quarto e quarto, demonstrando que o quarto subplano é o
intermediário. Os arquivos existentes na matéria do quinto subplano mental são
projetados para o nosso mundo físico e formam o nosso terceiro éter. Os arquivos
existentes na matéria do sexto subplano mental são projetados para o nosso mundo
físico e formam o nosso segundo éter. Os arquivos existentes na matéria do sétimo
subplano mental são projetados para o nosso mundo físico e formam o nosso primeiro
éter ou físico atômico. Nesse processo de projeção ou refexo há segredos muito
poderosos.

Uma das razões para a manifestação do Ego no mundo causal ou mental superior é
para o Logos tomar posse de Seu corpo físico cósmico denso, não sendo o resultado
da energia que emana dos átomos permanentes como núcleo de força. Nesse processo
atua o karma planetário.

A construção do corpo denso também é resultado de uma ação refexa, a força do


grupo formado pelos centros etéricos, força essa que produz uma vibração em
resposta aos subplanos físicos sólido, líquido e gasoso, cujas partículas são reunidas
ao redor do corpo etérico, as quais o Mestre diz que são erroneamente denominadas
substância densa. Há explicação científca para o Mestre afrmar isto. A técnica da
ação dos centros é a geração de vórtices que atraem a substância energizada. As
partículas vão se empilhando segundo a direção da energia ao redor e dentro do corpo
etérico, até cobri-lo e ocultá-lo, embora o corpo etérico seja interpenetrante. Isto é
resultado da Lei de Atração e só podem escapar da força de seus próprios centros os
chamados "Senhores da Yoga", os quais podem - pela vontade consciente - subtrair-se
da Lei de Atração, que atua no nosso mundo físico, o mais denso do físico cósmico.
Senhores da Yoga são aqueles que já dominaram completamente os três corpos
inferiores, os que já conquistaram a terceira Iniciação planetária, da Transfguração, a
primeira solar.

1410
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 505

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Do Parágrafo "Quando nos níveis mentais se constrói o
Antakarana entre a unidade mental e o átomo manásico permanente", na página 631,
até ".....de ajudar a evolução da substância, constituindo ele mesmo um manasaputra.",
na página 632.

"Quando nos níveis mentais se constrói o Antakarana entre a unidade mental e o átomo
manásico permanente (mediante o qual se percorre o Caminho de Liberação e se libera
o homem), produz-se uma interessante analogia (exata em linhas gerais, embora não
em detalhe) com a abertura do canal que se acha entre o centro localizado na base da
coluna vertebral e o cérebro, e dali ao centro coronário. Por este último canal o homem
abandona o corpo físico denso e logra a continuidade de consciência (entre os planos
astral e físico). No primeiro caso, mediante a correta direção da força, a trama etérica
já não constitui uma barreira, pois é destruída e o homem é plenamente consciente, em
cérebro físico, do que sucede no plano astral. No outro caso, o corpo causal também é
oportunamente destruído pela correta direção da força. Não nos ocuparemos do
trabalho específco de construir a forma física densa sobre a estrutura do corpo
etérico. Isto tem sido tratado extensamente em outros livros. Nos deteremos somente
sobre os pontos que são de interesse ao considerar o trabalho que realizam os Pitris
lunares quando constroem o corpo do homem.

Com respeito à construção do corpo denso, poderia ser dito que aparece como uma
forma humana, muito semelhante a uma cruz dentro do ovoide de outras esferas. É
primordialmente de natureza quíntupla:

Cabeça.
Dois braços.
Duas pernas.
De acordo com a posição que assume o homem, é visto como o símbolo da cruz, então
é quádruplo, se são consideradas as duas pernas como um só membro inferior, ou
quíntuplo, se estão separadas, sendo considerado como o símbolo da estrela de cinco
pontas. A natureza quíntupla do corpo físico denso é produzida porque só cinco
centros se encontram realmente ativos no homem comum, e isto até receber a terceira

1411
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iniciação; possui todos os centros e todos estão vitalizados, porém unicamente cinco
predominam durante esta evolução quíntupla normal. Por conseguinte, a força que
emana deles impele a substância densa a uma sólida aglomeração. Devido a que dois
centros não funcionam em forma tão ativa como os outros cinco, não formam um
ovoide como no caso dos corpos etéricos, astral e mental. A fgura quíntupla do
homem físico é o resultado da direção quíntupla das correntes de força dos cinco
centros.

Seria interessante também indicar que a interação da energia dos Pitris solares e
lunares produz um efeito muito defnido sobre o grupo inferior de Pitris lunares, sendo
um dos meios pelos quais alcançarão oportunamente o nível em que se encontram os
Pitris solares. Isto fará que o homem (se o compreende plenamente) controle
cuidadosamente seus corpos e ponha a devida atenção sobre a direção que leva sua
força ou energia. Ele é responsável da tarefa de ajudar a evolução da substância,
constituindo ele mesmo um manasaputra."

Estudo 506

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (g). O
trabalho de construir formas - Considerações sobre o parágrafo " Quando nos níveis
mentais se constrói o Antakarana entre a unidade mental e o átomo manásico
permanente", na página 631, até " ......de ajudar a evolução da substância, constituindo
ele mesmo um manasaputra.", na página 632.

Considerações.

Mestre Djwal Khul neste trecho estabelece uma analogia entre o Antakarana e o canal
que liga o centro básico ao centro coronário, passando pelo cérebro. Neste canal estão
localizados os sete centros principais, separados pela trama etérica. Pela ativação e
elevação dos fogos do básico (a correta direção da força), as diversas tramas
separadoras são desintegradas (queimadas), até desintegrar a trama etérica
separadora do centro coronário etérico do centro coronário astral, permitindo a
comunicação direta entre os dois corpos, o que dá ao homem encarnado a
continuidade de consciência entre os mundos físico e astral, permitindo que ele tome
conhecimento em cérebro físico do que ocorre no mundo astral e que saia

1412
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
conscientemente do corpo físico quando queira, trazendo para o cérebro físico a
recordação do que percebeu no mundo astral, qualquer que seja o local do mundo
astral para onde tenha ido. Isto requer a fusão dos fogos da matéria com os fogos de
manas.

No caso do Antakarana, o canal que liga a unidade mental com o átomo mental
permanente, o homem consegue atrair conscientemente por meio deste canal o fogo
elétrico da Mônada (a correta direção da força), o qual produz a labareda que
desintegra o Loto egoico e o Ego, liberando o homem da roda de encarnações, o que
ocorre na quarta Iniciação planetária, da Renúncia, a segunda solar. É por isto que o
Mestre diz que pelo Antakarana o homem percorre o Caminho da Liberação e se libera.

O corpo físico denso do homem apresenta a forma de cruz, quádrupla, quando


consideramos as pernas como um membro só, ou como uma estrela de cinco pontas,
quíntupla, quando consideramos as duas pernas separadas. É uma forma diferente da
forma ovoide dos corpos etérico, astral e mental.
Esta forma não ovoide do corpo físico denso do homem é consequência de que
somente cinco centros estão realmente ativos e predominam no homem comum, até
receber a terceira Iniciação planetária, da Transfguração, a primeira solar, embora
todos os sete sejam vitalizados.

Estes cinco centros são:

- básico, responsável pelas duas pernas, entre outras coisas;


- sacro e umbilical ou plexo solar, responsáveis pela região abaixo do diafragma;
- cardíaco, responsável pelo tronco e pelos dois braços (karmaindriyas);
- laríngeo, responsável pela cabeça.
O corpo físico denso é construído pela aglomeração de matéria segundo a direção das
forças emanadas por estes cinco centros, portanto cinco direções, sendo que dois
centros, o ajna ou frontal e o coronário, não funcionam tão ativamente nessa função, o
que impede a forma ovoide. Já nos demais corpos os sete centros funcionam
ativamente nessa função de construção, o que confere a forma ovoide.

O Mestre chama a atenção para uma responsabilidade importante que o homem tem,
que é ajudar a evolução da substância, sendo ele próprio um manasaputra. Isto o
homem consegue, quando controla cuidadosamente seus corpos, colocando a devida
atenção na direção que leva sua força ou energia. Este comportamento do homem de
autocontrole total intensifca a interação entre as energias dos Anjos solares e do

1413
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grupo inferior de Pitris lunares, sendo um dos meios pelos quais estes Pitris lunares
alcançarão oportunamente o nível dos Anjos solares. Isto é a redenção da matéria.

Estudo 507

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e Elementais da


Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - h. Encarnação e karma. Do
parágrafo " h. Encarnação e karma. Resumindo nossa consideração referente ao
processo seguido pelo Ego reencarnante,", na página 632, até "....., porém seu
signifcado há de ser oportunamente interpretado em termos de energia e em níveis
etéricos.", na página 634.

"h. Encarnação e karma. Resumindo nossa consideração referente ao processo seguido


pelo Ego reencarnante, é necessário observar que todo o tema concerne radicalmente
à energia, e de acordo com o grau de evolução alcançado pela unidade da força
envolvida assim será a brevidade ou extensão do processo. Nas primeiras etapas o
impulso inicial é pesado e lento e a matéria requerida para os corpos é
correspondentemente "de grau inferior", quer dizer de baixa capacidade vibratória,
sendo extenso o tempo transcorrido entre a primeira vibração externa, no plano
mental, e sua coordenação com o corpo físico denso. Mais tarde a vibração se faz mais
poderosa, portanto, os efeitos se sentem mais rapidamente. Ao fnalizar a evolução,
quando o ente humano se acha no Caminho, controla conscientemente seu destino e
esgota seu karma, os intervalos entre duas encarnações serão mais ou menos breves,
segundo a eleição que faça o homem em benefício do trabalho a realizar e de acordo
com sua intenção de liberar-se da forma. Deve recordar-se também que a medida que
prossegue o processo evolutivo, a atividade egoica invoca resposta não só da
substância nos três mundos mas também dos níveis amorfos do sistema. Finalmente, a
resposta será sentida em níveis monádicos. Então, depois de um momento de
equilíbrio, o efeito do ritmo se fará sentir totalmente nos planos superiores e
abandonará os inferiores.

A palavra "momento" está empregada aqui em seu signifcado oculto para especifcar
certo período de tempo, período relativo a um dia ou a um ano de Brahma. Um dos
segredos da iniciação se relaciona com a compreensão dos ciclos e sua duração;
devem ser tidos em conta os termos seguintes, conhecer e analisar devidamente sua

1414
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
duração e sua antítese (um pralaya intermédio) antes de que um homem seja
considerado verdadeiro ocultista.

a. 100 anos de
Um século esotérico. O período que dura um sistema solar.
Brahma
b. Um ano de O período de duração de sete cadeias, no que concerne a sete
Brahma esquemas planetários.
c. Uma semana de O período que duram as sete rondas de um esquema. Signifca
Brahma uma cadeia.
d. Um dia de
O período esotérico que dura uma ronda.
Brahma
e. Uma hora de
Concerne às questões intercadenárias.
Brahma
f. Um minuto Concerne aos centros planetários e portanto aos grupos
brâhmico egoicos.
g. Um momento
Concerne a um grupo egoico e sua relação com o todo.
brâhmico
Estes são os períodos de tempo mais extensos, e quando seja compreendido seu
signifcado muitas coisas que agora permanecem confusas serão esclarecidas.
Unicamente aos iniciados são reveladas as verdadeiras cifras, as quais aparecem na
Doutrina Secreta como que 100 anos de Brahma assinalam o média geral, porém deve
recordar-se que quando se consideram os números com respeito a um esquema por
exemplo, há de ser tido em conta o karma planetário individual e sua idiossincrasia.

Os pontos seguintes são dignos de consideração e tratam alguns fatores interessantes


deste tema.

Nem todos os Rishis planetários possuem "larga vida" no sentido oculto do termo; os
sete Logos planetários dos sete planetas sagrados se acham em distintas etapas de
evolução, por isso Sua resposta vibratória difere, produzindo diferentes efeitos no
tempo.

Os três esquemas planetários principais (Urano, Netuno e Saturno) não têm sido
todavia estimulados plenamente nem o serão até ser-lhes transferida "energia dos sete
sagrados". Em consequência, os algarismos com respeito a sua duração e persistência,
não são corretos.

As cifras correspondentes aos planetas implicados na "ronda inferior" diferem quanto


a duração de tempo, porém não dos outros planetas, com respeito ao lugar que

1415
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ocupam no espaço.

Os verdadeiros algarismos em conexão com qualquer esquema planetário e sua


atividade oculta não podem ser comprovados pelo homem, a quem não se pode confar
o signifcado de outros corpos planetários (muito numerosos) dentro do "círculo não se
passa" solar. Toda a esfera solar transborda destes corpos, caracterizados pelos
mesmos lineamentos dos sete e dos dez, produzindo cada um deles em certa medida
um efeito sobre o todo. Os números não podem ser considerados exatos até que se
conheça o efeito produzido pelos corpos planetários menores sobre seus vizinhos mais
próximos e tenha sido medida a extensão de sua irradiação planetária. Existem mais de
115 corpos que devem ser tidos em conta e todos se acham em diferentes etapas de
impulso vibratório. Percorrem determinadas órbitas, giram sobre seus eixos, extraem
sua "vida" e substância do sol, porém, dada sua relativa insignifcância, não têm sido
considerados todavia fatores importantes. Esta atitude mental mudará quando a visão
etérica seja um fato e os cientistas reconheçam a realidade de que todo o manifestado
possui seu duplo etérico. Este fato será demonstrado ao fnalizar o século; durante a
primeira parte do próximo haverá uma revolução nos círculos astronômicos que trará
como resultado o estudo dos "planetas etéricos". Devido a que estes corpos são órgãos
de energia que compenetram a forma densa, o estudo da interação da energia solar e
o oculto "dar e tomar" dos corpos planetários assumirão um novo signifcado. Certos
corpos planetários (maiores e menores) são "absorventes", e outros são "irradiantes",
enquanto que outros se acham na etapa de manifestar uma atividade dual e estão em
processo de serem "transmutados". Todas estas circunstâncias necessitam ser
consideradas pelo iniciado que se ocupa dos ciclos.

Também serão computados os algarismos quando se conheça o efeito que produzem,


sobre os planetas, os denominados "asteroides". Isto é algo maior do que o que até
agora tem aceitado a ciência exotérica, porém seu signifcado há de ser oportunamente
interpretado em termos de energia e em níveis etéricos."

Estudo 508

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma. - Considerações sobre o parágrafo "h. Encarnação e karma.

1416
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Resumindo nossa consideração referente ao processo seguido pelo Ego
reencarnante,", na página 632, até ".....e abandonará os inferiores.", na página 632.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho dá muitas informações e insinuações a respeito do


tempo decorrido para que o Ego tome posse plenamente de seus três corpos
inferiores e consiga provocar neles resposta ao que Ele faz no mundo causal, como
também quanto ao intervalo entre encarnações. Para entendermos este assunto temos
de raciocinar unicamente dentro do campo da energia, qualquer que seja o nível, quer
nos três mundos densos, físico, astral e mental, quer nos superiores e amorfos. Assim,
a matéria física densa, nos três estados: sólido, líquido e gasoso, deve ser considerada
apenas como núcleos de energia, como já o comprovou a física e não se deixar
enganar por maia.

No início do processo evolutivo como ser humano, ou seja, logo após a individualização,
o impulso inicial emanado pelo Ego é pesado e de baixa frequência vibratória, e por isto
a matéria utilizada na construção dos três corpos inferiores é de grau inferior e
bastante grosseira, o que faz que a resposta destes corpos à vibração gerada
externamente no mundo causal e que faz impacto no corpo causal demore muito a
ocorrer, e quando ocorre, é muito distorcida.

Com o avanço do processo evolutivo dos corpos inferiores, do Ego e de seu corpo
causal, a resposta do corpo causal às vibrações externas do mundo causal e as
geradas pelo próprio Ego em seu corpo causal tornam-se mais potentes, provocando
resposta mais rápida dos corpos inferiores.

Quando o homem entra no caminho da Iniciação, no fnal do ciclo evolutivo nos três
mundos inferiores, passa a controlar conscientemente seu destino e seu processo de
encarnação e esgota seu karma, os intervalos entre encarnações tornam-se mais ou
menos curtos, conforme a escolha que o homem (o Ego) faça em benefício do trabalho
a realizar e sua vontade de liberar-se dos mundos inferiores.

Deve ser enfatizado que a medida que o Ego evolui em seu mundo causal, expande sua
autoconsciência e se torna mais poderoso, sua atividade provoca resposta não só nos
três corpos inferiores, com também nos mundos amorfos, búdico e átmico; fnalmente
a resposta será percebida no mundo monádico. Quando ocorrer a resposta no mundo
monádico, virá em seguida um período de equilíbrio, no mundo búdico, e então o efeito
da atividade será sentido totalmente nos mundos superiores e não mais nos três
mundos inferiores, o que indica a conquista da quarta Iniciação planetária, da Renúncia,

1417
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a segunda solar.

Estudo 509

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "A palavra "momento" está
empregada aqui em seu signifcado oculto para especifcar.....", na página 632, até ", há
de ser tido em conta o karma planetário individual e sua idiossincrasia.", na página 633.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul nos dá ensinamentos esclarecedores sobre o


conceito de tempo para os grandes Seres, demonstrando como o tempo passa com
diferentes velocidades de acordo com o grau de expansão da consciência da entidade,
ou seja, a sua capacidade de viver eventos simultaneamente. Assim, para um Logos
solar, Cuja consciência é enormemente expandida e contém uma quantidade imensa de
consciências menores, a sensação da passagem de milhões de anos terrestres
(duração da órbita da Terra em torno do Sol) é igual à nossa sensação da passagem de
um minuto.

O Mestre diz que o entendimento dos ciclos dos grandes Seres é um dos segredos da
iniciação. Ele recomenda que as equivalências de tempo de Brahma (do Logos) que Ele
apresenta sejam analisadas devidamente, para que um homem seja considerado
verdadeiro ocultista.

Na tabela da página 59 do Tratado consta que 100 anos de Brahma equivalem a 311
trilhões e 40 bilhões de anos terrestres. Com base neste valor, temos as seguintes
equivalências a anos terrestres:

PERÍODOS DE BRAHMA ANOS TERRESTRES


a. 100 anos de Brahma 311 trilhões e 40 bilhões.
b. Um ano de Brahma (ano de 360 dias de 3 trilhões 110 bilhões e 400
Brahma) milhões.
c. Uma semana de Brahma 60 bilhões e 480 milhões.
d. Um dia de Brahma 8 bilhões e 640 milhões.
e. Uma hora de Brahma 360 milhões.

1418
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

f. Um minuto de Brahma 6 milhões.


g. Um momento (na sequência um
100 mil.
segundo) de Brahma
Analisando estes ciclos de um Logos solar apresentados pelo Mestre, verifcamos que
as sete cadeias, as sete encarnações de um Logos planetário, têm uma duração média
de um ano de Brahma, equivalente a 3 trilhões 110 bilhões e 400 milhões de anos
terrestres. Ora, um ano de Brahma é um centésimo da duração de um sistema solar,
uma encarnação do Logos solar, o que nos leva a deduzir que as encarnações (as
cadeias) dos Logos planetários não ocorrem nas mesmas épocas, ou seja, há períodos
em que alguns Logos estão se manifestando através de Suas cadeias e Outros estão
em pralaya, sem cadeias manifestadas.

Quando analisamos a duração de uma cadeia (sete rondas), uma semana de Brahma,
deduzimos que as sete cadeias de um Logos planetário duram em média sete semanas
de Brahma, 49 dias de Brahma, valor muito menor que os 360 dias de um ano de
Brahma, o que nos leva a concluir que os intervalos entre cadeias de um Logos
planetário podem variar muito. De fato o Mestre confrma isto, quando diz que quando
são considerados os números com respeito a um esquema, há de ser tido em conta o
karma planetário individual e sua idiossincrasia. Cada Logos planetário tem Suas
particularidades, Seu grau de evolução e Seu karma individual, o que afeta a duração
da Sua encarnação (Sua cadeia) e o intervalo entre as Suas cadeias (o pralaya), assim
como para o ser humano a duração das encarnações e o intervalo entre elas variam
muito, de acordo com o grau de evolução e o karma individual.

O Mestre diz que um momento brâhmico (um segundo brâhmico), que tem a duração
equivalente a 100 mil anos terrestres, concerne a um grupo egoico e sua relação com o
todo. Sabemos que os grupos egoicos atuam nas pétalas dos lotos egoicos das
Entidades que atuam nos centros do Logos planetário, os quais são feitos de matéria
búdica. Por relação com o todo podemos entender o trabalho efetuado pelos grupos
egoicos dentro dos lotos egoicos dessas Entidades maiores e através delas com o
Logos planetário. Assim este segundo ou momento brâhmico é a duração de um
trabalho efetuado por um grupo egoico para o Logos planetário.

Muito mais podemos deduzir dessa tabela de tempo de Brahma apresentada pelo
Mestre.

Com relação a essa diferença na passagem do tempo podemos nos basear num
raciocínio matemático para entendê-la.

1419
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Imaginemos o intervalo de tempo de um minuto de Brahma: 0 - 1. Matematicamente
podemos decompor este intervalo 0 - 1 em 10 subintervalos menores:

0 - 0,1 ; 0,1 - 0,2 ; 0,2 - 0,3 ; 0,3 - 0,4 ; 0,4 - 0,5 ; 0,5 - 0,6 ; 0,6 - 0,7 ; 0,7 - 0,8 ; 0,8 - 0,9 ;
0,9 - 1 . Cada subintervalo menor é um minuto para uma Entidade menor dentro da
consciência da Entidade maior. Assim, 1 minuto de Brahma equivale a 10 minutos para
a Entidade menor. Trabalhamos aqui com décimos de minuto de Brahma.

Podemos ainda decompor o subintervalo 0 - 0,1 em 10 subintervalos ainda menores:

0 - 0,01 ; 0,01 - 0,02 ; 0,02 - 0,03 ; 0,03 - 0,04 ; 0,04 - 0,05 ; 0,05 - 0,06 ; 0,06 - 0,07 ;
0,07 - 0,08 ; 0,08 - 0,09 ; 0,09 - 0,1. Assim, 1 minuto para a Entidade menor equivale a
10 minutos para uma Entidade menor ainda. Trabalhamos aqui com centésimos de
minuto de Brahma.

Podemos ainda decompor o subintervalo 0 - 0,01 em 10 subintervalos menores:

0 - 0,001 ; 0,001 - 0,002 ; 0,002 - 0,003 ; 0,003 - 0,004 ; 0,004 - 0,005 ; 0,005 - 0,006 ;
0,006 - 0,007 ; 0,007 - 0,008 ; 0,008 - 0,009 ; 0,009 - 0,01. Trabalhamos aqui com
milésimos de minuto de Brahma.

Podemos estender este raciocínio matemático de decomposição ao infnito. Assim,


para nos seres humanos da Terra 1 ano é igual a 1 centésimo de milésimo de 1
segundo de Brahma.

Estudo 510

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Os pontos seguintes são
dignos de consideração e tratam........", na página 633, até "........interpretado em termos
de energia e em níveis etéricos.", na página 634.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho dá informações que, embora esotéricas, têm muito a
ver com as características exotéricas dos planetas conhecidos pela ciência.

A expressão do Mestre "larga vida" pode ser interpretada de duas maneiras. Como
tempo de duração das sete cadeias, ou seja, a duração da encarnação de um Logos

1420
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
planetário, e como potencial de atuação e infuência sobre outros Logos planetários e
Seus esquemas.

Os esquemas planetários de Saturno, Netuno e Urano são sintetizadores, por isto são
principais. Por não terem sido estimulados plenamente, em virtude de ainda não lhes
ter sido feita a transferência de energia dos sete esquemas planetários sagrados, pois
por serem sintetizadores, têm de receber energias dos demais, o que inclui Mônadas
em evolução, os dados científcos referentes aos seus tempos de existência não são
corretos.

Por ronda inferior, expressão usada pelo Mestre, entendemos a etapa que corresponde
à material do ser humano, em que o Ego se identifca com os corpos inferiores. Os
algarismos referentes aos tempos dos planetas cujos Logos estão nesta etapa são
diferentes. Quanto aos outros planetas cujos Logos já saíram da ronda inferior não há
diferença com respeito à localização no espaço.

Os cientistas humanos ainda não estão preparados para receberem da Hierarquia o


signifcado de outros planetas, muito numerosos, dentro do sistema solar, e por isto os
verdadeiros algarismos relativos a qualquer esquema planetário e à sua atividade
oculta não podem ser comprovados pela ciência humana.

Todos os planetas dentro do sistema solar, conhecidos e desconhecidos pela ciência


humana, estão caracterizados dentro dos processos que defnem os sete sagrados e
os dez, e cada um produz a sua cota de atuação sobre o todo.

Para serem conhecidos os valores numéricos exatos referentes aos planetas, é


necessário saber a natureza dos efeitos da atuação deles nos planetas vizinhos mais
próximos, como o alcance das irradiações planetárias.

Segundo o Mestre existem cerca de 115 corpos planetários, quando é considerada a


matéria etérica, mas que ainda não foram considerados de importância por causa dos
seus reduzidos tamanhos. Eles têm movimento de rotação em torno dos próprios eixos
e de translação em torno do Sol, como extraem energia e substância do Sol. Somente
quando a visão etérica for um fato, e os cientistas reconhecerem que todo corpo
denso possui duplo etérico, é que mudará a atitude mental científca.

O Mestre diz que ao fnalizar o século passado (Tratado sobre Fogo Cósmico foi
editado no século passado) a ciência constatará sinais da matéria etérica. De fato a
ciência atual já admite as radiações térmicas e a existência da chamada matéria escura
responsável por cerca de 95 % da energia do universo é um fato científco. Isto levará

1421
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
os cientistas a pesquisarem os planetas etéricos. Como os corpos etéricos são órgãos
de energia que interpenetram a forma densa, o estudo da interação da energia solar e
das trocas de energia (o oculto "dar e tomar") entre os corpos planetários assumirá um
novo signifcado.

Alguns planetas, maiores e menores, são absorventes e outros são irradiantes,


enquanto outros são absorventes e irradiantes, estando na etapa de transmutação.

Tudo isto tem de ser considerado pelo iniciado que se ocupa dos ciclos.

Os efeitos dos denominados asteroides sobre os planetas têm de ser considerados,


para que os números da astronomia e da astrofísica sejam exatos. Tudo isto é algo
maior do que o aceitado até agora pela ciência exotérica, mas seu signifcado será
interpretado oportunamente em termos de energia e levando em conta a matéria
etérica.

Estudo 511

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Do parágrafo "Outro fator na computação, que deve ser também
considerado,", na página 634, até "....e pelo estímulo recebido durante a iniciação.", na
página 636.

"Outro fator na computação, que deve ser também considerado, é o efeito das
diferentes luas sobre qualquer esquema planetário, e o verdadeiro signifcado da
oitava esfera em conexão com a substância densa. Cada lua é esotericamente um
"ponto de corrupção", ou aquilo que lança gases nocivos. A transformação da forma
tem continuado em cada caso até alcançar um grau em que tudo o que representa
energia vital ou energia solar tenha desaparecido, não fcando vestígios de energia
prânica; o que se vê é simplesmente a decomposição do corpo físico - a decomposição
de uma lua produz um efeito muito maligno sobre tudo aquilo que entra em contato
com ela, assim como um corpo em decomposição na terra afeta seu meio circundante.
Esotericamente é "ofensiva". Isto será melhor compreendido quando se estude o duplo
etérico de nossa lua. A medida que a lua vá se reduzindo pelo processo de
desintegração, seu efeito sobre a terra será correspondentemente diminuído;
conjuntamente com esta etapa os flhos dos homens obterão uma maior liberação dos

1422
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
impulsos do mal. Acima de tudo, outro dos resultados será melhores condições entre
os animais, desaparecendo tudo o que é nocivo no reino animal. Quando chegue a
sétima ronda, o que reste da lua já não produzirá maus efeitos, pois praticamente terá
desaparecido. Durante a quinta ronda, os homens descobrirão como neutralizar o
remanescente de qualquer efeito por meio da realização científca e do conhecimento
dos sons e os mantras necessários, contrapondo-se assim a grande parte do mal. Nisto
está incluída a lua etérica. O maior efeito das condições lunares pode observar-se no
terror predominante e na atual situação angustiante do reino animal. (54)

Outro fator na computação cíclica reside no efeito que produzem as seguintes estrelas
e constelações sobre nosso sistema e qualquer esquema particular dentro do sistema:

a. A Ursa Maior.
b. A Ursa Menor.
c. A estrela Polar, especialmente no que se refere a nosso planeta.
d. As Plêiades.
e. A constelação de Capricórnio.
f. Dragão.
g. Sirius.
h. As diversas constelações e estrelas do zodíaco.
O mistério acha-se oculto na astrologia esotérica, e quando se compreenda melhor a
energia que atua através do corpo etérico, a radioatividade e a transmutação de todos
os corpos de um estado inferior a outro superior, será revelado o verdadeiro mistério
da "infuência" que exercem entre si estes distintos corpos. Se ainda se desconhece o
efeito irradiante de um ser humano ou o que exerce entre si um grupo de seres
humanos desde o ponto de vista da ciência prática, também se desconhece o efeito
oculto que reciprocamente produzem ditas formas maiores. A ciência reconhece certos
efeitos que conduzem e tendem a produzir a coerência geral do universo, da mesma
maneira que o homem reconhece teoricamente as leis gerais de ordem social; porém a
ciência sabe muito pouco acerca das irradiações de energia que emanam dos corpos
etéricos dos sois e grupos de sois, dos planetas e grupos de planetas. Conhece sua
atividade atômica, porém compreende muito pouco a parte de seu ser que
corresponde ao "magnetismo animal"; tão pouco tem calculado nem aceitado o fator
ainda mais potente da irradiação magnética de seus corpos astrais. Tudo deve ter-se
em conta quando são considerados o fator tempo e os ciclos. O verdadeiro
conhecimento esotérico não se adquirirá estudando os números com a mente inferior.
Virá como resultado da intuição e pelo estímulo recebido durante a iniciação."

1423
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(54) A Bíblia, Romanos, VIII, 22.

Estudo 512

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Outro fator na computação,
que deve ser também considerado, é o efeito das diferentes luas.....", na página 634,
até o parágrafo "....e na atual situação angustiosas do reino animal.", na página 635.

Considerações.

Neste trecho nosso amado Mestre Djwal Khul trata dos efeitos que as luas exercem
sobre os planetas aos quais estão ligadas.

Nosso sistema solar existem muitas luas ou satélites naturais.

Urano tem 21 luas, das quais Titânia é a maior.

Saturno tem 18 luas, das quais Titan é a maior.

Júpiter tem 16 luas, das quais Ganimedes é a maior.

Netuno tem 13 luas, das quais Tritão é a maior.

Marte tem 2 luas, sendo Phebos a maior.

A Terra com a nossa conhecida lua.

Talvez nem todos os satélites naturais sejam como a nossa lua, um ponto de corrupção
e, no caso da nossa lua, a situação é mais grave por ela ser resíduo de uma catástrofe,
como aconteceu na cadeia lunar.

Contudo todos os satélites naturais exercem sobre seus planetas muito mais ações do
que as puramente físicas. Além das ações etéricas, há as ações das partes astral,
mental e superiores. Estas ações também são exercidas sobre outros planetas,
produzindo efeitos no todo.

A ação nociva das luas em decomposição só cessará quando se esgotar totalmente a


energia prânica captada do Sol pelas luas.

A perturbação que a nossa lua provoca na Terra só será bem compreendida, quando
for estudada e entendida a parte etérica dela, como também sua parte astral.

1424
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Com o prosseguimento da desintegração da parte densa e da dispersão das partes
etérica e astral da lua, seu efeito pernicioso sobre a humanidade irá diminuindo até
cessar, liberando os homens dos impulsos do mal e o reino animal também será
benefciado, adquirindo melhores condições.

Na sétima ronda da atual cadeia terrestre o que restar da lua não produzirá mais maus
efeitos sobre a Terra.

Na próxima ronda, a quinta, os homens que conseguirem permanecer no esquema


terrestre descobrirão cientifcamente esses efeitos nocivos remanescentes da lua por
meio da energia sonora, eliminando grande parte do mal, o que inclui a ação da parte
etérica da lua.

A situação de terror e angústia que predomina no reino animal é uma prova dessa ação
maléfca da lua. Podemos também perceber essa ação maléfca da lua no atual
comportamento de muitos seres humanos que estão na linha do mal.

Estudo 513

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Outro fator na computação
cíclica reside no efeito que produzem as seguintes estrelas.....", na página 635, até "Virá
como resultado da intuição e pelo estímulo recebido durante a iniciação.", na página
636.

Considerações.

Dentro do assunto encarnação e karma o nosso amado Mestre Djwal Khul, ao explicar o
processo de calcular os ciclos de manifestação (encarnação) e pralaya (morte) do
nosso sistema solar e dos esquemas planetários dentro dele (as cadeias planetárias e
as rondas), diz que devem ser consideradas as infuências exercidas pelas seguintes
estrelas e constelações:

a. Ursa Maior.
b. Ursa Menor.
c. Polaris, a alfa da Ursa Menor, particularmente com referência à Terra.
d. As Plêiades.

1425
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e. Capricórnio.
f. Dragão.
g. Sirius.
h. As constelações e estrelas do zodíaco.
Estas infuências não são gravitacionais, mas resultantes das energias emanadas
desses astros a partir de suas partes etéricas, astrais, mentais e búdicas.

O nosso Logos solar está ligado por karma aos Logos que se manifestam por esses
astros, daí a explicação para essas infuências e seus efeitos, os quais abrangem os
esquemas planetários, pois os karmas dos Logos planetários estão ligados ao karma do
nosso Logos solar.

É bastante conhecido o relacionamento entre o Logos de Sirius e o nosso, sendo uma


das resultantes desse relacionamento o fato de a nossa Hierarquia planetária,
denominada Loja Branca, receber orientação da Loja Azul de Sirius. Outra resultante é
o quarto Caminho, o Caminho de Sirius, escolhido pelo Senhor BUDA e pelos Mestres
Jesus e Serapis Bey.

É um fato da astronomia que o eixo norte-sul da Terra está alinhado com a estrela
Polaris, a Estrela Polar, a alfa da Ursa Menor, sendo este um efeito físico provocado
pelas forças gravitacionais do Sol e da Lua sobre a Terra, mas nesse alinhamento
ocorrem infuências provocadas por energias de natureza superior, não físicas.

O Mestre diz que o mistério está oculto na astrologia esotérica, mas para que esta
ciência, a astrologia esotérica, seja real e efetivamente entendida em seu modo de
operar, ou seja, o processo pelo qual as energias fuem dos astros e produzem efeitos
em diversos campos, é necessário que sejam conhecidas e entendidas a matéria
etérica e a propagação das energias através dela, como também sejam conhecidos o
verdadeiro mistério e signifcado da radioatividade e da transmutação dos corpos de
um estado inferior a outro superior e não apenas os decaimentos alfa e beta. A ciência
conhece apenas a atividade atômica dos elementos e as relações entre campos
elétricos e magnéticos. Quanto à interação entre astros, a ciência conhece apenas a
gravitacional e a devida à emissão de partículas carregadas eletricamente, como o
vento solar, os raios ultravioletas (ondas eletromagnéticas) e os GRB (gama rays burst),
partículas com alta energia. Mas nada sabe a respeito das interações devidas às
energias etéricas, astrais e mentais, o que ocorre entre grupos de seres humanos e
entre astros.

São reconhecidos pela ciência certos fenômenos que tendem a produzir a coerência

1426
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
geral do universo, como também teoricamente as leis gerais de ordem social. Mas a
ciência pouco sabe sobre o "magnetismo animal", a emanação prânica, e nada sobre o
magnetismo do corpo astral humano.

Todos estes fatores, físicos e ocultos, devem ser considerados, quando se pretende
calcular a duração dos ciclos dos astros.

O conhecimento dos fatores ocultos não será adquirido estudando os números


astrofísicos somente com a mente inferior ou concreta. É necessário desenvolver e
utilizar a mente abstrata, que despertará a intuição, como também receber o estímulo
durante a iniciação, o que requer o preparo consciente do homem para merecê-la.

Estudo 514

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Do parágrafo "Tudo o que tem sido exposto pode ser aplicado
(embora em forma muito limitada) ao ego e seus ciclos;", na página 636, até
".....desaparecendo gradualmente por meio do conhecimento.", na página 637.

"Tudo o que tem sido exposto pode ser aplicado (embora em forma muito limitada) ao
ego e seus ciclos; também entrarão em seus períodos de tempo outras considerações
que não serão as estritamente "pessoais". A infuência exercida por outros grupos e
entes e o efeito produzido pela radiação proveniente de outros raios e de certos tipos
de força, ainda não revelados, pelo qual não os consideramos, concernem à sua
aparição, à duração de sua manifestação, ao conseguinte obscurecimento e ao grande
intervalo pralayco fnal. Assim como o Ego atravessa períodos de tempo que
correspondem a "100 anos" de Brahma, e suas "777 encarnações" têm uma analogia
solar, também os grupos de Egos diferem no que diz respeito ao fator tempo,
analogamente como os esquemas planetários possuem uma evolução similar porém
diferem no que concerne a seus períodos. A Lei de Periodicidade é una, porém como
está baseada no impulso inicial e sobre a palpitação rítmica do "Coração central" ou do
"sol central" de qualquer organismo (sistema solar, esquema ou cadeia planetários,
grupo ou vida individual egoicos) a verdadeira natureza ou "família" de qualquer de
ditos organismos deve ser comprovada antes de fazer nenhum pronunciamento cíclico,
com a esperança de que seja aproximadamente exata. Por isso H. P. B. tratou de

1427
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
realçar a necessidade de estudar a "família astral" e a herança esotérica de qualquer
pessoa, porque no astral se acha a chave da "família ou grupo egoico". Com esta chave,
o estudante poderá então comprovar as características de seu grupo em níveis
egoicos, o lugar que lhe corresponde entre outros grupos egoicos e, oportunamente,
seu raio ou centro grupal. Com o tempo se iniciará o estudo da herança e da
transmissão esotérica e toda a estrutura mental estará erigida ao redor de expressões
modernas tais como:

a. Consanguinidade ou laços de sangue.


b. Herança física.
c. Atavismo.
d. Intermatrimônios consanguíneos ou inter-raciais.
e. Relações familiares.
f. Unidade familiar.
g. Almas gêmeas.
h. Divórcio e muitos outros termos que

serão deslocados a planos superiores e reconhecidos e empregados em conexão


com as relações da alma. Até agora só constituem, no plano físico, uma mínima
compreensão de certas relações internas que tratam de obter uma resposta interna.
Quando este cúmulo de ideias seja interpretado em termos de força e energia,
atração e repulsão ou resposta vibratória dos entes entre si e do conjunto de entes
com outros grupos, irão se clareando muitos problemas e se simplifcará a vida. Os
homens serão feis a suas afliações grupais, e as atuais errôneas agrupações e os
matrimônios incompatíveis desaparecerão gradualmente por meio do conhecimento."

Estudo 515

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Tudo o que tem sido exposto
pode ser aplicado (embora em forma muito limitada) ao ego e seus ciclos.", na página
636, até ".....e toda a estrutura mental estará erigida ao redor de expressões modernas
tais como:", na página 636.

1428
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

Neste trecho nosso amado Mestre Djwal Khul dá ensinamentos sobre a aplicação ao
ego dos fatores relacionados aos ciclos de manifestação dos Logos. Tal aplicação é
muito limitada, em virtude da falta de conhecimento sobre muitos fatores.

Esta aplicação consiste em saber computar os períodos e as durações das


encarnações dos egos humanos, não sendo baseadas apenas em informações
personalísticas.

Entre tais fatores estão:

- a infuência entre egos de um grupo egoico;


- a infuência entre grupos egoicos;
- a ação exercida pelas energias de outros raios;
- certos tipos de força ainda não revelados, mas podemos perceber entre eles a
força resultante de determinados triângulos planetários envolvendo o nosso
esquema planetário.
Os Egos e os grupos de Egos diferem quanto ao fator tempo, não só em velocidade de
evolução (a taxa de evolução), como em ciclos de encarnação e em duração de pralaya,
ou seja, o período entre encarnações, similarmente ao que acontece com os Logos
planetários.

A Lei de Periodicidade ou Lei dos Ciclos é única, todavia está baseada no impulso inicial
e no ritmo do "Coração central", a Mônada responsável por qualquer organismo:
sistema solar, esquema planetário e suas cadeias e rondas, ego. Por isto a verdadeira
natureza da Vida e do conjunto de Vidas (a "família") de qualquer de tais organismos
deve ser comprovada antes de ser feito algum pronunciamento referente ao ciclo de
manifestação , com a esperança de que seja aproximadamente exato.

Helena Petrovna Blavatsky, considerando isto, recomendou que fosse estudada a


"família astral" (os laços astrais) e a herança esotérica (os laços egoicos) de qualquer
pessoa, porque no mundo astral está a chave da "família ou grupo egoico", pois a
maioria da humanidade está polarizada no corpo astral.

Por meio desta chave ou pesquisa no mundo astral o estudante poderá comprovar as
características de seu grupo em níveis egoicos, o lugar que lhe corresponde entre
outros grupos egoicos e, oportunamente, seu raio ou centro grupal. Tal fato se deve a
que a atividade egoica no mundo causal se refete no mundo astral no processo de
encarnação.

1429
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Futuramente, com a aquisição pela humanidade de maiores conhecimentos sobre este
assunto, ou seja, a herança e a transmissão esotérica, toda a estrutura de defnições
desse campo será construída ao redor de expressões modernas.

Estudo 516

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "a. Consanguinidade ou laços
de sangue - b. Herança física.", na página 636, até ".....desaparecerão gradualmente por
meio do conhecimento.", na página 637.

Considerações.

Neste trecho nosso amado Mestre Djwal Khul dá uma ideia de como as relações
familiares serão entendidas no futuro, quando a ciência humana tiver acesso aos
conhecimentos ocultos sobre a fonte da personalidade, o Ego ou Alma, e suas relações
e agrupamentos no mundo causal, que se refetem nos mundos físico e astral.

Isto acontecerá quando as relações familiares forem interpretadas como forças e


energias, que interagem, atraem e repelem, como sintonia e falta de sintonia, e como
conjuntos ou grupos e indivíduos dentro de grupos.

Com isto os problemas individuais e familiares serão entendidos e a vida se tornará


mais simples.

Haverá real e sincera fdelidade às afliações grupais e os atuais agrupamentos


errôneos e os casamentos incompatíveis irão desaparecer gradualmente, pois as
ligações serão baseadas no real conhecimento dos laços egoicos.

Aí então as expressões modernas que descrevem o que acontece nesse campo, tais
como:

a. Consanguinidade ou laços de sangue.


b. Herança física.
c. Atavismo.
d. Matrimônios consanguíneos ou inter-raciais.
e. Relações familiares.

1430
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
f. Unidade familiar.
g. Almas gêmeas.
h. Divórcio e muitos outros termos, serão interpretados com base nos mundos
superiores, como o causal, e nas relações da Alma.
Os conhecimentos científcos sobre o DNA serão ampliados e a ação puramente
bioquímica no DNA será interpretada em conexão com as energias provenientes do
átomo físico permanente, no qual está gravado o karma do corpo físico.

Atualmente são muito limitados e parcos os conhecimentos sobre certas relações


internas que buscam resposta externa.

Estudo 517

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Do parágrafo "Poderemos agora nos dedicar ao estudo da
relação que existe entre o karma e a reencarnação.", na página 637, até ".....procurando
demonstrar as origens das "infuências" que atuam sobre todas as vidas atômicas.", na
página 638.

"Poderemos agora nos dedicar ao estudo da relação que existe entre o karma e a
reencarnação. Como sabemos, a Lei do Karma é a mais estupenda do sistema,
impossível de ser compreendida pelo homem médio, porque se é considerada
retrospectivamente para sua raiz central e suas numerosas ramifcações,
oportunamente serão enfrentadas causas anteriores ao sistema solar; só um iniciado
muito avançado pode compreender em forma prática este ponto de vista.

Esta grande lei em realidade concerne às ou tem seu fundamento nas causas inerentes
à constituição da matéria mesma e à interação entre unidades atômicas, se
empregamos esta expressão em relação com um átomo de substância, um ser humano,
um átomo planetário ou um átomo solar.

Também poderíamos explicá-lo dizendo que o aspecto vontade ou impulso inicial é o


que origina a causa e é a causa mesma. Deveria ser recordado que essa causa envolve
a ideia de dualidade, quer dizer a iniciação da causa e seu efeito simultâneo. As duas
ideias são inseparáveis, sem embargo, a segunda, em seu mais abstrato signifcado,
não deve ser considerada literalmente como um efeito; o verdadeiro efeito envolve

1431
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
uma terceira ideia. A compreensão do problema poderá ser obtida considerando o
fenômeno que sempre encerra esta dupla causa inicial e seu efeito objetivo.

a. Espírito-matéria em atividade dual produzem o universo objetivo.


b. Fogo elétrico e fogo por fricção, ao entrar em contato, produzem o fogo solar;
surgem da escuridão, porém uma escuridão carregada de energia.
c. Vontade-desejo é a causa da encarnação; a vontade de ser reage sobre a
substância (cuja qualidade principal é desejo ou resposta à sensação) e produz as
formas pelas quais a Vida ou Existência central trata de se expressar.
d. Ideias e matéria mental unidas, produzem formas mentais.
Se o estudante considera estes pontos, é evidente que só poderá estudar os efeitos
produzidos pela justaposição dos pares de opostos; não pode dissociá-los
mentalmente nem considerar o Espírito ou a matéria por si mesmos; tão pouco pode
dissociar-se do corpo físico do homem o átomo de substância desse corpo e
considerar-se livre das infuências da forma. Todos os átomos estão sempre
controlados pelos mesmos fatores, assim como um homem no corpo de um Logos
planetário e um Logos planetário dentro de Seu todo maior são igualmente controlados
pelos seguintes princípios básicos:

A infuência e a qualidade do órgão ou unidade, na qual encontra seu lugar. No átomo


humano isto signifca sua força ou infuência grupal.

A infuência vital de todo o corpo físico do qual qualquer átomo é parte integrante. No
átomo humano isto signifca a infuência do centro particular no qual seu grupo egoico
tem um lugar e o tipo de energia que personifca.

A infuência vital do desejo ou do corpo astral, o agente kármico mais forte que deve
ter-se em conta. No átomo humano isto envolve a infuência que exercem os três
centros que formam qualquer "triângulo específco de força" no corpo do Homem
celestial, infuindo grandemente para os grupos de Egos se liberem da manifestação.

As infuências vitais do corpo mental ou desse princípio que introduz no átomo a


qualidade ativa da forma, rege a reação do mesmo a sua vida grupal e permite que se
manifeste a qualidade de sua vida. No átomo humano concerne a essas causas
incidentais ao Raio de um homem, ou constitui literalmente a infuência que exerce a
vida do Logos planetário quando atua como Vida autoconsciente em Seu próprio plano,
a medida que desenvolve Seus próprios projetos e, em consequência, impele à
atividade as células de Seu corpo, como mero incidente, no que a Ele (vida central

1432
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
básica) concerne.

O impulso vital do Pensador que atua no corpo causal, quem - quer se refra à vida
celular, a uma grande abstração ou ao Absoluto - é sem embargo um poderoso e ativo
fator na implantação do ritmo sobre o átomo de cada corpo . No átomo humano atrai a
infuência da vida do Logos solar, pois essa Vida impõe o ritmo sobre cada átomo
humano no sistema, fazendo-o por intermédio da substância e sua qualidade inerente,
a sensação.

Com estes conceitos só temos estudado o karma desde um novo ângulo, procurando
demonstrar as origens das "infuências" que atuam sobre todas as vidas atômicas."

Estudo 518

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Poderemos agora nos dedicar
ao estudo da relação que existe entre o karma e a reencarnação.", na página 637, até
"......considerando o fenômeno que sempre encerra esta dupla causa inicial e seu efeito
objetivo.", na página 637.

Considerações.

Neste trecho nosso amado Mestre Djwhal Khul inicia efetivamente o estudo da relação
entre o karma e a reencarnação. Até aqui Ele fez apenas uma introdução ao assunto.

O Mestre diz que a Lei do Karma é a mais admirável do sistema solar, justifcando isto
pelas inúmeras ramifcações desta lei quando é buscada a causa primária ou inicial,
uma vez que cada causa é efeito de outra causa anterior e assim é enorme a
quantidade de causas que são efeitos ao mesmo tempo, ou seja, um efeito se torna
causa para um outro efeito, pois um efeito provoca ação do ser regido pelo karma e
esta ação gera um karma. Prosseguindo na busca da causa inicial chegaremos a
causas geradas no sistema solar anterior. Por isto só um iniciado muito avançado pode
entender em forma prática essa busca da causa inicial, pois ele tem acesso consciente
aos arquivos existentes na matéria adi do nosso sistema solar.

Esta grande lei na realidade está fundamentada nas causas inerentes à constituição da
matéria mesma e à interação entre as unidades, as quais são os átomos de matéria, um

1433
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ser humano, o qual tem seus veículos de manifestação construídos com átomos de
matéria, um Logos planetário, Cujo veículo de manifestação (Seu esquema planetário) é
construído com átomos de matéria, e inclui seres humanos, um Logos solar, Cujo
veículo de manifestação (Seu sistema solar) é construído com átomos de matéria e
inclui esquemas planetários. Assim fca bem clara a complexidade do tema em relação
ao ser humano, e quanto aos Logos solar e planetários apenas podemos ter uma ideia
da grandiosidade da complexidade do tema, mas com a conquista das iniciações
iremos tendo vislumbres cada vez mais amplos e claros da atuação da Lei do Karma
sobre esses Seres cósmicos.

A vontade gera a ação, a ação gera um efeito, fcando assim defnido o karma. Portanto
a vontade é realmente a causa mesma, como diz o Mestre. A vontade como causa
apresenta claramente uma dualidade: a ação resultante da vontade e o efeito
simultâneo da ação. A ação é efeito da vontade, mas literalmente, sob o ponto de vista
direto da Lei do Karma, a ação não é efeito, em seu signifcado mais abstrato,
conforme diz o Mestre. Para ser entendido o verdadeiro efeito, sob o ponto de vista da
Lei do Karma, é necessária uma terceira ideia, a qual poderá ser obtida ao ser
considerado o fenômeno que implica esta dupla causa inicial: vontade e ação, e seu
efeito objetivo.

Estudo 519

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "a. Espírito-matéria em
atividade dual produzem o universo objetivo.", na página 637, até "; tão pouco pode ser
dissociado do corpo físico do homem o átomo de substância desse corpo e ser
considerado livre das infuências da forma.", na página 638.

Considerações.

Neste trecho nosso amado Mestre Djwhal Khul apresenta ideias e conceitos que
facilitarão o entendimento da terceira ideia citada anteriormente a respeito do karma.

Espírito e matéria, ou Mônada e matéria, em atividade dual produzem o universo


objetivo. Mônada ou Espírito e matéria em atividade dual signifca Mônada em
encarnação, pois para haver a atividade dual os dois têm de estar unidos, ou seja,

1434
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
encarnação da Mônada. No caso do ser humano, a Mônada encarnada, pela atividade
dual, atividade da Mônada via Ego e atividade do corpo físico, produz o Seu universo
objetivo, ou seja, o Seu mundo de relações com o meio exterior físico, constituído pelo
não-eu, o que implica na consciência física, existindo resposta do meio à ação do corpo
físico e da personalidade e resposta do corpo físico e da personalidade à ação do
meio. Isto é uma terceira ideia, juntamente com a Mônada e a matéria.

Quando o fogo elétrico (o fogo da Vontade) entra em contato com o fogo por fricção (o
fogo da Inteligência Ativa), surge o fogo solar (o fogo do Amor-Sabedoria); a escuridão
da qual surgem os fogos elétrico e por fricção é de fato escuridão carregada de
energia, pois estes dois fogos são energias qualifcadas e a luz é produzida pelo
contato destes dois polos de energia.

A junção da Vontade com o desejo é a causa da encarnação. Quando a vontade de ser


atinge a matéria, gera nela o desejo ou resposta à sensação, qualidade principal da
matéria, o que leva à produção das formas ou corpos por meio das quais a Mônada ou
Vida ou Existência central empenha-se em se expressar.

Quando as ideias unem-se à matéria mental são produzidas as formas mentais.

Assim fca bem claro que ao ser estudado e analisado o karma, os pares de opostos:
Mônada e matéria, têm de ser considerados juntos e não separadamente, por causa da
terceira ideia. Os átomos físicos que constituem o corpo físico do homem não podem
ser dissociados deste corpo nem ser considerados livres das infuências deste corpo,
ou seja, o corpo físico como um todo infuencia os átomos físicos constituintes.

Estudo 520

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Todos os átomos estão
sempre controlados pelos mesmos fatores,", na página 638, até "....., procurando
demonstrar as origens das "infuências" que atuam sobre todas as vidas atômicas.", na
página 638.

Considerações.

Neste trecho nosso amado Mestre Djwhal Khul dá muitos esclarecimentos a respeito

1435
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
das infuências que afetam o karma das unidades de energia e força dentro do todo
maior no qual as unidades estão contidas e do qual fazem parte, aplicando-se isto a
todos os átomos, desde o átomo humano, o homem, o Logos planetário dentro do
corpo do Logos solar e o Logos solar dentro do corpo do Logos cósmico. O conceito
dominante é que o Todo sempre infuencia o contido.

Temos a infuência do órgão sobre os átomos constituintes do órgão, por exemplo o


estômago como um todo infuencia as suas células. No caso do homem há a infuência
do grupo do qual o homem faz parte, grupo que pode ser a cidade onde mora, como
também a nação a que pertence.

A infuência vital de todo o corpo físico do qual qualquer átomo é parte integrante.
Aplicando este conceito ao grupo egoico ao qual pertence o Ego do homem encarnado,
temos a infuência do centro no qual o grupo egoico está inserido e da energia com a
qual o centro trabalha, dentro do corpo físico cósmico do Logos planetário. Esta
energia afeta o karma do homem encarnado, porque provoca resposta e reações no
Ego, o que por sua vez provoca resposta e reações na personalidade, gerando assim
karma.

A infuência vital do desejo ou do corpo astral, o agente kármico mais forte que deve
ser tido em conta, pois o nosso Logos solar tem como meta no atual sistema solar
desenvolver e aperfeiçoar Seu aspecto Amor-Sabedoria, o que repercute fortemente
no corpo astral, embora com distorções, levando a atual humanidade a se polarizar
intensamente no corpo astral. O Mestre diz que esta infuência envolve as energias dos
três centros do triângulo específco de força no corpo do Logos planetário, energias
estas que estimulam com grande potência os grupos egoicos a se liberarem da
manifestação, ou seja, à conquista da quarta iniciação, da Renúncia, a iniciação da
liberação dos três mundos inferiores. Evidentemente estes três centros do Logos
planetário são centros superiores. O homem encarnado tem de aprender a responder
conscientemente a estas energias para conseguir a liberação. Até conseguir isto o
homem comete erros que o karma vai corrigindo e direcionando o homem para o
caminho certo.

As infuências vitais do corpo mental ou desse princípio que introduz no átomo a


qualidade ativa da forma, regem a reação do mesmo à sua vida grupal e permitem que
se manifeste a qualidade de sua vida. A vontade egoica se manifesta no corpo mental
inferior do homem e está ligada diretamente ao Raio egoico, o que provoca reações no
corpo mental inferior, as quais geram causas. Estas infuências são resultantes

1436
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
literalmente das forças geradas na matéria búdica que envolve a Terra, as quais são
consequências da vida do Logos planetário, quando atua com autoconsciência em
cérebro físico cósmico por meio da matéria búdica, ao desenvolver Seus próprios
projetos. Estas forças geradas na matéria búdica repercutem na matéria mental, onde
estão os Egos humanos, impelindo-os à atividade, os quais impelem suas
personalidades à atividade. Ao mesmo tempo as forças geradas na matéria búdica pelo
Logos planetário repercutem também na matéria astral e na matéria física, provocando
efeitos físicos na natureza, como os que estamos presenciando atualmente, havendo a
devida ligação kármica. É a vida central básica, a vida do Logos planetário, atuando nas
células do Seu corpo físico, as quais incluem os seres humanos e a natureza, sendo
tudo isto um mero incidente, ou seja, uma consequência natural.

O impulso vital do Pensador, que atua no corpo causal, quem - quer se refra à vida
celular, a uma grande abstração ou ao Absoluto - é sem embargo um poderoso e ativo
fator na implantação do ritmo sobre o átomo de cada corpo. O Pensador no corpo
causal ou loto egoico é o Ego, que pode ser humano, do Logos planetário, do Logos
solar, do Logos cósmico, do Parabrahma cósmico ou de Entidade muito acima. No caso
do átomo humano, a Mônada humana, é atraída a infuência da vida do Logos solar, que
estabelece o ritmo do átomo humano no sistema solar por meio da matéria e sua
qualidade inerente, a sensação, a capacidade de vibrar que exige resposta, o desejo.

Com estes conceitos só estudamos o karma sob um novo ângulo, demonstrando as


origens das infuências atuantes sobre todas as vidas atômicas, atômicas com o
signifcado de unidades dentro de um todo maior. Fica assim bem claro e evidente que
a análise e quantifcação do karma, ou seja, a defnição e o dimensionamento das
forças atuantes, a defnição e o dimensionamento das ações e dos seus efeitos, e a
defnição e o dimensionamento das forças corretoras, é um trabalho muitíssimo
complexo, exigindo uma capacidade inimaginável.

Estudo 521

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h)
Encarnação e karma - Do parágrafo "O átomo está similarmente controlado por seu
próprio "ser" 55 ou por sua própria natureza inerente ou vibração,", na página 639, até

1437
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"; unidos produzem o fogo solar e, portanto, o cinco esotérico.", na página 640.

"O átomo está similarmente controlado por seu próprio "ser" (55) ou por sua própria
natureza inerente ou vibração, a qualidade da matéria mesma antes de ser agregada a
um sistema solar; também constituiu a atividade vibratória produzida pela vida rítmica
de um sistema solar anterior. O mesmo pode ser dito de todos os tipos de átomos;
porém unicamente é possível, em conexão com o átomo da substância e em certa
medida com o átomo humano, conhecer em alguma forma as causas que predispõem a
isto. Enquanto o mistério da Ursa Maior não seja desvelado e conhecido tal como é, não
seja compreendida a infuência que exercem as Plêiades nem seja revelado o
verdadeiro signifcado do triângulo cósmico formado por

a. os sete Rishis da Ursa Maior,


b. os sete Logos planetários de nosso sistema solar,
c. as sete Plêiades ou Irmãs,
o karma dos sete planetas sagrados permanecerá desconhecido. Tudo o que podemos
ver é sua atuação no sistema solar. A complexidade do tema será evidente se é tido em
conta que não só estes três grupos formam um triângulo cósmico, mas que dentro
desse triângulo têm de ser estudados muitos triângulos menores. Qualquer dos sete
Rishis, conjuntamente com um de nossos Logos planetários e uma das sete Irmãs,
pode formar um triângulo subsidiário e devem ser estudados neste sentido.

Quanto ao karma do Logos solar, o tema é ainda mais abstrato e incompreensível. Não
se acha oculto nas sete constelações, mas nas três constelações vinculadas aos três
corpos de Sua personalidade, os quais não são mais do que manifestações de uma
VIDA central fora de nosso conceito e conhecimento. Concerne à manifestação em
tempo e espaço de AQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO, Cuja relação com o
Logos solar tem uma débil analogia com a do Logos planetário e um homem, o ente
humano. Não tem objetivo elucidar em forma mais extensa este tema.

Unicamente temos a intenção de por em relevo o fato da interdependência dos átomos


e das formas, e insistir com respeito à existência das diversas infuências que atuam
sobre tudo o que se acha em manifestação, e chamar a atenção sobre o fato do karma
dos passados eons, os kalpas e esse período ignoto em que se originaram os impulsos
iniciais que ainda persistem, e que Deus, o homem e os átomos seguem emitindo e
esgotando. As infuências ou vibrações que evocam resposta, atuam sobre cada forma
e átomo do sistema solar, e o único que pode ser dito delas é que tendem a
desenvolver algum tipo de consciência, impor certos ritmos de acordo com essa

1438
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
resposta consciente e produzir uma atividade conjunta ou grupal.

Liberar-se do karma, tão superfcialmente mencionado pelos pseudo estudantes de


ocultismo, depois de tudo é liberar o átomo de seu próprio problema pessoal (o
problema de responder à sensação unitária) e aceitar conscientemente a resposta e o
trabalho grupais. Consiste em dissociar o átomo humano do ritmo imposto pelas
"infuências" inferiores que lhe chegam através de seus veículos ou corpos lunares, e
seu conseguinte e voluntário reconhecimento do impulso volitivo proveniente de seu
todo maior ou a vida do grupo egoico - um centro do corpo planetário. Não só signifca
ser controlado atomicamente, mas submeter-se conscientemente ao karma do Homem
celestial. O homem já não está escravizado pelo ritmo da matéria em si, mas a controla
nos três mundos de seu esforço; sem embargo, ainda está controlado pelo karma
grupal do centro planetário, por sua infuência, sua vida e impulso vibratório. O mesmo
pode afrmar-se com respeito a um Homem celestial ou a um Logos solar.

Para fnalizar, poderíamos expressar o mesmo conceito em termos de fogo,


recordando que as palavras limitam e restringem o pensamento e que a principal razão
de expressá-lo nesses termos consiste em por ante o homem, em forma gráfca, alguns
aspectos da ideia central.

"Fogo elétrico ou impulso volitivo" conjuntamente com "fogo por fricção" produz luz ou
"fogo solar". Fogo elétrico é força ou algum tipo de energia e, portanto, constitui
fundamentalmente em si mesmo uma emanação. "Fogo por fricção" é substância que
tem como característica principal a qualidade de calor, calor latente ou sensação. Em
consequência, ambos conceitos dão a ideia de dualidade. Toda sensação deve ter sua
fonte de origem, e o calor é unicamente resultado da fricção, sendo necessariamente
dual. Ambas afrmações envolvem fatos que datam de muito antes do sistema solar e
se acham ocultos na Mente Universal. Tudo o que podemos comprovar cientifcamente,
devido a sua aproximação, é a natureza do que produz o fogo solar ou a luz. Estas
ideias podem aclarar parcialmente o signifcado do número cinco, considerado
esotericamente. Sendo o fogo elétrico uma emanação, ele é conceituado
essencialmente dual, como assim também o fogo por fricção; unidos produzem o fogo
solar e, portanto, o cinco esotérico. "

55 D. S. III, chamada 5.

1439
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 522

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "O átomo está similarmente
controlado por seu próprio "ser" 55 ou por sua própria natureza inerente ou vibração,",
na página 639, até ".....e uma das sete Irmãs, podem formar um triângulo subsidiário e
devem ser estudados neste sentido.", na página 639.

Considerações.

Neste trecho o nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul nos dá ensinamentos
de uma elevação inimaginável a respeito de Entidades cósmicas que têm muito a ver
com o karma dos nossos Logos planetários. É necessária muita capacidade de mente
abstrata e de acesso à consciência búdica para entender em cérebro físico a realidade
da atuação das Entidades cósmicas citadas pelo Mestre.

Inicialmente o Mestre diz que o átomo está controlado pela sua própria vibração básica
e inerente, que é a qualidade que ele tinha antes de ser selecionado por um Logos solar
para fazer parte do Seu sistema solar, Seu corpo físico de manifestação. A matéria adi,
que constitui a divisão atômica da matéria física cósmica, antes da construção de um
sistema solar, já existia dentro do corpo físico cósmico do Logos cósmico, do Qual um
Logos solar é um centro. Ao decidir se manifestar fsicamente, ou seja, encarnar, o
Logos se apropria de uma determinada quantidade de átomos dessa matéria adi,
qualifca-a com as vibrações registradas em Seu átomo físico cósmico permanente e
utiliza-a na construção do Seu sistema solar, Seu corpo físico cósmico de manifestação.
Assim temos duas vibrações incorporadas nos átomos adi: a já existente antes da
apropriação pelo Logos solar e a acrescentada depois da apropriação, sendo esta
última a vibração que caracterizou o sistema solar anterior. No nosso sistema solar
atual temos nos átomos adi a vibração do Logos cósmico e a agregada pelo nosso
Logos solar, que estava gravada no Seu átomo físico cósmico permanente e que foi
utilizada no Seu sistema solar anterior (de Inteligência Ativa), Sua última encarnação.
Além dessas duas vibrações uma outra foi acrescentada pelo nosso Logos solar, que
representa o Propósito que Ele estabeleceu para o atual sistema solar: a vibração do
Seu segundo aspecto Amor-Sabedoria. Na realidade são três as vibrações inerentes ao
átomo adi dentro do nosso sistema solar atual: a vibração do Logos cósmico, a de
Inteligência Ativa e a do Amor-Sabedoria do nosso Logos solar. Estas três vibrações
têm de existir juntas e de produzir seus efeitos na mais perfeita harmonia e sintonia,

1440
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para que a vibração de Amor-Sabedoria se sobressaia e prevaleça, pois é a meta do
nosso Logos solar para este atual sistema solar, durante o qual Ele quer desenvolver e
aperfeiçoar ao máximo Seu aspecto Amor-Sabedoria, servindo-se do Seu terceiro
aspecto, Inteligência Ativa, que Ele desenvolveu e aperfeiçoou no sistema solar
anterior. É óbvio que Ele também utiliza a vibração do Logos cósmico.

Estas três vibrações fundamentais manifestam-se em todos os aglomerados de átomos


adi que constituem as matérias de todos os outros seis planos ou mundos, os quais
são: monádico, átmico, búdico, mental, astral e físico, que juntamente com o adi
formam o plano ou mundo físico cósmico dentro do nosso sistema solar. Fica evidente
que estas três vibrações são fatores a serem considerados na análise do karma do
nosso sistema solar. Esta análise está completamente fora da capacidade do ser
humano, porque ele não dispõe de instrumento para medir a força destas vibrações,
como também não conhece a interação entre elas e não entende as vibrações. Só
quem já está no caminho e já tem acesso à consciência búdica é capaz de perceber
isto em consciência cerebral, embora sem poder ainda quantifcar, ou seja, medir as
vibrações. Todavia pode sentir o impacto destas vibrações em seus corpos, desde que
já tenha adquirido o devido conhecimento e o devido entendimento delas,
conhecimento este que o nosso amado Mestre Djwhal Khul colocou à disposição de
todos em Seu mais elevado livro: Tratado sobre Fogo Cósmico.

O karma dos sete Logos planetários sagrados do nosso sistema solar permanecerá
desconhecido, porque para entender tal karma é imprescindível conhecer e entender
as energias dos chamados sete Rishis da Ursa Maior que atuam no corpo búdico
cósmico do nosso Logos solar, os Quais estão ligados às sete estrelas principais da
Ursa Maior, as quais são Dubhe (a alfa), Merak (a beta), Phecda (a gama), Megrez (a
delta), Alioth (a épsilon), Mizar (a dzeta) e Benetnash (a eta), na realidade aos Logos
solares que se manifestam através destas estrelas. Estes sete Logos solares executam
funções no corpo do Logos cósmico análogas às dos sete centros da cabeça do ser
humano. Isto signifca que há uma ligação com o centro coronário do Logos cósmico.

Estes sete Rishis da Ursa Maior estão conectados com os Logos solares que se
manifestam através das sete estrelas do aglomerado das Plêiades na constelação de
Touro, as quais sâo: Alcyone (eta Tauri), Merope (a 23 Tauri), Taygete (a 19 Tauri), Maia
(a 20 Tauri), Astérope (a 21 Tauri), Kelaine (a 16 Tauri) e Electra (a 17 Tauri).

Os Logos solares das sete Plêiades estão conectados com os sete Logos planetários
sagrados do nosso sistema solar.

1441
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Temos assim um triângulo cósmico, em relação ao sistema solar como um todo,
formado pelos três conjuntos: os sete Rishis da Ursa Maior, as sete Plêiades e os sete
Logos planetários sagrados, envolvendo o nosso Logos solar.

Dentro deste triângulo cósmico há vários triângulos menores formados por um Rishi da
Ursa Maior, uma Plêiade e um Logos planetário.

Estas estrelas estão situadas a anos-luz da Terra, por exemplo, Mizar está a 78 anos-luz
da Terra, Dubhe a cerca de 150 anos-luz e as Plêiades a 400 anos-luz. Como entender
que Logos solares com corpos de manifestação situados tão distantes dos planetas
através dos quais os Logos planetários sagrados se manifestam possam infuenciar
estes Logos planetários e o nosso sistema solar. Um ano-luz é a distância percorrida
pela luz em um ano, sendo igual a 9,5 trilhões de quilômetros.

A única maneira de começar a entender estas infuências é raciocinando que as


energias emanadas por estes Logos solares são energias elevadas que se propagam
através de matérias elevadas como a adi e até superiores como a matéria astral
cósmica, nas quais a velocidade de propagação das energias é muitíssimo maior que a
da luz na matéria etérica que é 300.000 quilômetros por segundo.

Dessa forma a atuação é praticamente instantânea.

Dissemos começar a entender porque há muito mais a ser entendido.

Estudo 523

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Quanto ao karma do Logos
solar, o tema é ainda mais abstrato e incompreensível.", na página 639, até ".....e
produzir uma atividade conjunta ou grupal.", na página 640.

Considerações.

Neste trecho o nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul, ao se referir ao


karma do nosso Logos solar, diz que o assunto é mais abstrato e incompreensível, o
que é a mais pura realidade, ao considerarmos os parâmetros citados anteriormente
pelo Mestre, em particular o impulso vital do Pensador logoico, ou seja, o Ego logoico
solar residente no mundo mental cósmico. O Mestre apenas diz que o karma do nosso

1442
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Logos solar está oculto nas três constelações vinculadas aos três corpos da
Personalidade logoica solar, as quais são centros do Logos cósmico, ao Qual o Mestre
se refere como AQUELE SOBRE QUEM NADA PODE DIZER-SE.

A relação do Logos cósmico com o nosso Logos solar é debilmente análoga à relação
entre o Logos planetário e o ser humano. Como o nosso Logos solar exerce a função
de centro cardíaco no corpo do Logos cósmico, podemos ver na relação entre o nosso
Logos solar e os Logos planetários sagrados, que exercem as funções de centros do
Logos solar, uma analogia da relação entre o Logos cósmico e o nosso Logos solar.

Como o Logos de Sirius está fortemente ligado ao nosso Logos solar, cremos que uma
das três constelações nas quais está oculto o karma do nosso Logos solar é Cão Maior,
cuja estrela alfa é Sirius, e a outra é o aglomerado das Plêiades.

A única intenção do Mestre quanto ao tema karma é destacar que os átomos e as


formas interagem entre si e insistir na existência de várias infuências que atuam sobre
tudo o que se encontra em manifestação. Ele também chama a atenção sobre o karma
gerado nos ciclos passados e o período desconhecido no qual se originaram os
impulsos iniciais, que ainda persistem e que todos, o macrocosmos e o microcosmos,
continuam emitindo e esgotando. Com referência ao nosso Logos solar, um impulso
inicial foi emitido pela Mônada logoica solar antes da construção do sistema solar,
impulso esse referente ao atual sistema, todavia outros impulsos foram gerados
depois, no decorrer do atual sistema, os quais provocaram os diversos ciclos ou kalpas.
Na realidade é uma sucessão de impulsos iniciais, ou seja, a emissão de um impulso, a
produção do efeito e o seu esgotamento, para ser emitido um novo impulso.

Como o objetivo do karma é orientar o ente, Logos solar, Logos planetário, ser humano,
átomo, para um determinado propósito, as infuências ou vibrações kármicas, ao
evocar resposta, buscam desenvolver algum tipo de consciência, impor certos ritmos
de acordo com a resposta consciente, o que gera um comportamento determinado, e
produzir uma atividade conjunta ou grupal, como o ser humano cujo, corpo físico é o
resultado da atividade conjunta dos Pitris lunares que constituem este corpo, o Logos
planetário, Cujo corpo de manifestação, Seu esquema planetário, é o resultado da
atividade conjunta de inúmeras vidas e o Logos solar, cujo sistema solar é o resultado
da atividade conjunta de incalculável número de vidas, pequenas e grandes. Assim a
consciência é desenvolvida, expandida e qualidades são desenvolvidas e aperfeiçoadas.

1443
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 524

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Liberar-se do karma, tão
superfcialmente mencionado pelos pseudo estudantes de ocultismo,", na página 640,
até "O mesmo pode afrmar-se com respeito a um Homem celestial e a um Logos solar.",
na página 640.

Considerações.

O assunto karma é muito importante e deve ser estudado em profundidade, todavia é


mencionado tão superfcialmente pelos pseudo estudantes de ocultismo, como diz o
Mestre, mas o verdadeiro e autêntico pesquisador do ocultismo se interessa muito por
este tema, embora complexo.

Liberar-se do karma, de acordo com as palavras do Mestre, é conseguir responder com


plena consciência à vibração grupal, ou seja, participar conscientemente do trabalho e
da atividade grupais, não se limitando à sua própria vibração individual ou unitária, em
outras palavras, não se ver como um ser isolado e separado, mas como uma parte de
um todo maior, para com o qual tem responsabilidades, sendo apenas simbolicamente
um átomo dentro deste todo maior.

Isto signifca para o homem controlar totalmente os pitris lunares que constituem seus
três corpos inferiores: físico, astral e mental inferior, impondo-lhes a frequência
vibratória da vida do grupo egoico ao qual pertence, vida esta que é um centro do
corpo do Logos planetário. Isto o homem tem de fazer através da própria vontade, pois
a vida do grupo egoico atua por meio de impulsos volitivos.
Fazendo isto o homem se submete conscientemente ao karma do Logos planetário.

O homem já não está escravizado pela frequência vibratória da matéria em si, mas já
pode controlá-la nos três mundos do seu esforço, os três inferiores. Mas ainda está
sob o domínio do karma grupal do centro planetário, sendo controlado pela sua
infuência, pela sua vida e pelo seu impulso vibratório.

O mesmo acontece com um Logos planetário e com um Logos solar. No caso de um


Logos planetário, Ele está submetido ao karma do Seu Logos solar e no caso de um
Logos solar, Ele está submetido ao karma do Seu Logos cósmico. No caso de um Logos
cósmico, Ele está submetido ao karma do Seu Parabrahma cósmico.

Se o karma da vida do centro planetário à qual o grupo egoico está ligado é bastante

1444
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
complexo, muitíssimo mais complexo é o karma de um Logos planetário, mais ainda o
de um Logos solar. É incomensurável a quantidade de variáveis envolvendo estes
karmas e, no nível da humanidade comum, nem sequer é possível ter noção dessas
variáveis. Todavia, um estudo profundo e detalhado, com base nos conhecimentos que
o nosso amado Mestre Djwhal Khul nos dá, é possível ao verdadeiro estudante de
ocultismo ter noções dessas variáveis.

Estudo 525

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Para fnalizar, poderíamos
expressar o mesmo conceito em termos de fogo,", na página 640, até ";unidos
produzem o fogo solar e, portanto, o cinco esotérico.", na página 640.

Considerações.

Neste trecho nosso amado Mestre Djwhal Khul expressa os conceitos de karma em
termos de fogo, com o objetivo de descrever alguns aspectos desses conceitos em
forma gráfca, para facilitar o entendimento da atuação das energias e forças ao
imporem o karma.

Na expressão utilizada pelo Mestre "Fogo elétrico ou impulso volitivo" está bem claro
que o fogo elétrico é gerado pela Vontade, o primeiro aspecto, sendo a irradiação da
Vontade. Para haver irradiação tem de haver meio propagador, como a luz e qualquer
energia eletromagnética se propagam pelo meio etérico. Portanto fogo elétrico é
Vontade como fonte e irradiação ou emanação, que é a Vontade propagando-se por
meio de partículas específcas de matéria, partículas bem defnidas e conhecidas pelos
que já refetiram profundamente sobre este assunto. Torna-se então bem evidente a
dualidade do fogo elétrico, conforme afrma o Mestre.

O fogo por fricção é produzido pelo terceiro aspecto, Atividade Inteligente ou


Inteligência Ativa, a qual atua sobre a matéria e produz nela o movimento de rotação e
a forma esférica, o que provoca a fricção quando em contato com outras partículas.
Também temos aí uma dualidade, como diz o Mestre: a fonte, Atividade Inteligente, e a
sua propagação por meio da matéria. A sensação induzida na matéria pelo fogo por
fricção é a tendência a responder às vibrações que fazem impacto na matéria, o que

1445
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
caracteriza transferência de energia.

O Mestre diz que o fogo elétrico e o fogo por fricção juntos, ou seja, em contato,
produzem o fogo solar ou luz. Ora, sabemos, por ensinamos anteriores do Mestre, que
o fogo solar é manifestação do segundo aspecto, Amor - Sabedoria - Razão Pura.
Portanto quando o fogo elétrico e o fogo por fricção se juntam, são estabelecidas
condições materiais para que o segundo aspecto se manifeste.

De fato, como diz o Mestre, é produzido o cinco esotérico, explicado da seguinte forma:
Vontade e sua propagação (fogo elétrico), Atividade Inteligente e sua propagação (fogo
por fricção) e condição para a manifestação do Amor - Sabedoria - Razão Pura (fogo
solar).

Se considerarmos nessa contagem o segundo aspecto manifestando-se por meio


dessa condição estabelecida pelos fogos elétrico e por fricção juntos, podemos
descobrir o seis esotérico.

Quando o Mestre diz que ambas afrmações envolvem fatos que datam de muito antes
do sistema solar e se acham ocultos na Mente Universal, Ele está se referindo ao fato
de o atual fogo por fricção (manifestação do terceiro aspecto, Atividade Inteligente) ter
sido aperfeiçoado no sistema solar anterior ao atual e conservar a vibração
fundamental aperfeiçoada e também ao fato de o Ego logoico solar, que se encontra na
matéria mental superior cósmica, ter imposto à atual matéria um propósito bem
defnido, que é desenvolver e aperfeiçoar ao máximo o aspecto Amor - Sabedoria -
Razão Pura, o que será conseguido por meio do fogo solar. Assim fca bem nítido e
compreensível o seis esotérico na consecução do Propósito do Logos solar neste atual
sistema solar, o que envolve todos nos, Mônadas humanas em manifestação nestes
três mundos inferiores.

Quando o Mestre diz que tudo o que podemos comprovar cientifcamente, devido a sua
aproximação, é a natureza do que produz o fogo solar ou a luz, Ele está se referindo à
semelhança (aproximação) entre a geração da luz pela passagem da corrente elétrica
pelo flamento de tungstênio nas lâmpadas incandescentes e pelo gás no interior das
lâmpadas fuorescentes e eletrônicas, e a manifestação do segundo aspecto, Amor -
Sabedoria - Razão Pura, luz, por meio dos fogos elétrico e por fricção. Para entender a
semelhança, é só comparar o fogo elétrico com a corrente elétrica, o fogo por fricção
com o flamento de tungstênio e o gás e o fogo solar com a luz.

A relação de tudo isso que foi fto acima com o karma é bem lógica e evidente, porque
o karma é aplicado e executado por meio da matéria, em qualquer nível, e os três

1446
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aspectos se manifestam e se relacionam por meio da matéria, em qualquer nível. A
questão é analisar o karma sob o ponto de vista dos três aspectos.

Estudo 526
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Do parágrafo "Evidencia-se que quando o homem fala de
karma,", na página 640, até ",produzindo efeitos defnidos sobre os corpos inferior e
superior.", na página 641.

"Evidencia-se que quando o homem fala de karma, refere-se a algo muito mais vasto
que a interação da causa e o efeito dentro da esfera de sua rotina individual. Todas
suas coisas estão regidas por: as causas originadas no conjunto de vidas que
compõem seu grupo egoico, o conglomerado de grupos que forma uma pétala
correspondente a um centro de um Homem celestial, a força ou propósito que circula
através de um triângulo de centros e a energia vital ou propósito volitivo do Logos
planetário. Finalmente, rege-o a vontade do Logos solar quando se manifesta como
atividade inicial. Não é conveniente ir mais além disto, pois já se tem dito bastante
como para demonstrar que cada átomo humano está dominado por forças fora de sua
própria consciência, que impulsionam ele e seus semelhantes para situações
incompreensíveis e iniludíveis.

Nunca houve um exemplo tão exato como o da última guerra e as atuais condições do
mundo, sendo o efeito produzido por causas originadas na renovada atividade de certo
triângulo planetário e na vibração iniciada por nosso Logos planetário na cadeia lunar,
que teve um débil princípio num sistema solar anterior. Esta vibração fez impacto
principalmente sobre certos átomos e grupos de átomos de Seu corpo, principalmente
os que compõem os reinos humano e animal, e produziram os resultados
aparentemente desastrosos dos quais temos sido testemunhas. Tão grande foi o efeito
de Sua energia que o reino vegetal se viu afetado parcialmente e o reino mineral o
sentiu em forma muito desconcertante, muito mais que o reino vegetal e quase tanto
quanto o animal. Temos aqui um conjunto de circunstâncias que estão fora do controle
humano e grupal, o que põe de manifesto o desamparo em que se encontra o homem
sob certas condições que servem para atrair fatores aparentemente distintos à
vibração individual do quarto reino.

Sem embargo, dentro de certos limites, o homem defnidamente "controla seu destino",
e pode iniciar uma atividade cujos efeitos ele reconhecerá como dependentes da

1447
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atividade que desenvolve em determinada linha. Repete em minúscula escala o
procedimento que aplica o Logos em vasta escala, sendo desta maneira o árbitro de
seu próprio destino, o empresário de seu próprio drama, o arquiteto de sua própria
casa e o iniciador de seus próprios problemas. Embora constitua o ponto de reunião de
forças, fora de seu controle, sem embargo pode empregar a força, a circunstância e o
meio ambiente e, se o deseja, aplicá-los para seus próprios fns.

A atuação da lei kármica, na vida de um homem, poderia ser dividida em três amplas
seções; em cada uma se expressa um tipo diferente de energia, produzindo efeitos
defnidos sobre os corpos inferior e superior."

Estudo 527

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Evidencia-se que quando o
homem fala de karma, refere-se a algo muito mais vasto", na página 640, até ", que
impulsionam ele e seus semelhantes para situações incompreensíveis e iniludíveis.", na
página 641.

Considerações.

Neste trecho o nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul nos demonstra como
o karma do homem é altamente complexo, envolvendo forças completamente
desconhecidas pelo homem comum, mas identifcadas pelos que já estão no caminho e
em preparação para a terceira iniciação planetária, da Transfguração, a primeira solar
e reconhecida realmente como iniciação pela Hierarquia, pois através dela o iniciado
passa efetivamente a fazer parte da Hierarquia, após ter fcado face a face com o
divino Senhor do Mundo, a encarnação do nosso Logos planetário. Após essa iniciação
a Hierarquia adquire a certeza absoluta de que o iniciado não se desviará para a linha
do mal.

O Mestre cita as seguintes causas que regem o karma do homem e que são geradas
em:

1. O conjunto de vidas que compõem seu grupo egoico.


2. O conglomerado de grupos que forma uma pétala correspondente a um centro de

1448
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
um Homem celestial.
3. A força ou propósito que circula através de um triângulo de centros.
4. A energia vital ou propósito volitivo do Logos planetário.
Analisemos estas forças dentro do alcance da nossa capacidade de entendimento e
assimilação dos mundos superiores, capacidade resultante dos elevadíssimos
ensinamentos que o nosso amado Mestre nos dá em Seus livros Tratado sobre Fogo
Cósmico e Os Raios e As Iniciações.

1. Todos os Egos, encarnados e desencarnados, são reunidos em grupos no mundo


causal, de acordo com o raio e o nível evolutivo. Esses grupos por sua vez formam
parte de um loto mais vasto que personifca a consciência de uma Entidade maior, cuja
"joia" pode encontrar-se no segundo subplano mental. Assim temos os seguintes
fatores geradores de karma: o comportamento individual do Ego no mundo causal, o
mundo do Ego, o comportamento do Ego quanto ao seu controle sobre sua
personalidade encarnada gerando causas no mundo físico, o comportamento do grupo
egoico como um todo, o que depende do grau de síntese do grupo e do nível de
evolução dos Egos componentes do grupo e fnalmente o comportamento da Entidade
maior de cujo loto os grupos egoicos formam parte.

2. Todos os grupos egoicos, reunidos como acima está descrito, constituem pétalas
num centro do nosso Logos planetário. centro do Seu corpo etérico cósmico. Temos
então a força geradora de karma resultante da energia que circula no centro etérico
cósmico do Logos planetário, energia puramente física cósmica, ou seja, fogo por
fricção cósmico que vitaliza o corpo etérico cósmico do Logos planetário e que
energiza a parte densa do Seu corpo físico, as matérias mental, astral e física, nas
quais estão evoluindo todos os seres humanos que ainda não se liberaram dos três
mundos inferiores. Há ainda a energia superior, o fogo solar cósmico emanado do Ego
logoico planetário e que chega ao Seu centro etérico cósmico, assim como no homem o
fogo solar do Ego chega ao centro etérico via centro coronário. Esse fogo solar
cósmico também chega à parte densa do corpo físico cósmico do Logos planetário,
afetando os seres humanos encarnados e desencarnados.

3. No caso da força ou propósito que circula através de um triângulo de centros


etéricos do Logos planetário, há que considerar os três centros constituintes do
triângulo, o grau de sintonia desses três centros e o nível de expressão do Ego logoico
planetário através do Seu corpo físico cósmico. Essa força também atinge os seres
humanos em evolução nos mundos inferiores.

1449
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
4. Quanto à energia vital ou propósito volitivo do Logos planetário, temos que
considerar dois aspectos. A vontade ou desejo de existência do Logos planetário
abrangendo a parte densa do Seu corpo físico cósmico, o que implica na execução do
karma logoico referente a essa parte, para o que temos de considerar o que aconteceu
na cadeia lunar, o que nos leva a etapas anteriores. Segundo, o Propósito estabelecido
pelo Logos planetário para desenvolver determinadas qualidades nesta atual cadeia
planetária, uma Sua encarnação.

Todas estas forças atuam no karma individual de todo ser humano, assim como o
karma do homem atua nas células do seu corpo físico denso. A questão é saber
dimensionar as forças atuantes, ou seja, saber as matérias cósmicas e suas divisões
(subplanos) nas quais as forças se manifestam, a natureza e a intensidade (voltagem)
dessas forças, como elas operam e interagem (feedback) e os efeitos produzidos nos
três mundos inferiores da evolução humana, o que exige o conhecimento profundo e
verdadeiro do nível evolutivo da humanidade, o que signifca saber a composição dos
três corpos inferiores dos seres humanos constituintes da humanidade, como também
o grau de abertura das pétalas dos seus Lotos egoicos e a frequência e velocidade das
partículas constituintes dessas pétalas. Isto é o mesmo que saber a natureza exata dos
Anjos solares, em seus três grupos, que são efetivamente os Lotos egoicos, assim
como os três corpos inferiores do homem são Pitris lunares em manifestação.

Dominando todas essas forças está a vontade do nosso Logos solar atuando como
atividade inicial. Quanto a essa vontade logoica é necessário saber qual a parcela dela
que cabe ao nosso Logos planetário executar no atual sistema solar, o que é um
assunto de altíssima complexidade e abstração, uma vez que envolve conhecimentos
do modo de operar das matérias cósmicas mental e astral que constituem o Loto
egoico logoico solar e Seus corpos cósmicos mental inferior e astral, exigindo muito
mais conhecimentos cósmicos além desses.

Tudo isto comprova a veracidade racional e científca desses ensinamentos do Mestre


e da Sua afrmação na página 641 do Tratado sobre Fogo Cósmico de que cada átomo
humano está dominado por forças fora de sua própria consciência, que impulsionam
ele e seus semelhantes para situações incompreensíveis e iniludíveis.

Estudo 528

1450
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Nunca houve um exemplo tão
exato como o da última guerra e as atuais condições do mundo,", na página 641, até
".....para atrair fatores aparentemente distintos à vibração individual do quarto reino.",
na página 641.

Considerações.

Neste trecho nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul cita dois fatos reais
ocorridos, testemunhados pela humanidade e que ainda estão na memória de muitos
de nos: a última guerra e as condições do mundo na época em que o Tratado sobre
Fogo Cósmico foi escrito, às quais podemos acrescentar as atuais condições do mundo
e da humanidade, como um exemplo exato e claro de efeitos produzidos por energias e
forças cósmicas, as quais são: a continuada atividade de determinado triângulo de
planetas e as energias geradas pelo nosso Logos planetário na cadeia lunar, a anterior
à atual, o Qual, ao gerar essas energias e vibrações na matéria, estava num estado
interior de evolução que foi iniciado no sistema solar anterior ao atual, estado interior
cuja vibração gerada foi um débil começo da vibração gerada que provocou a
catástrofe da cadeia lunar e sua desintegração antes do prazo previsto para a sétima
ronda, quando a humanidade lunar entrou num tal estado de depravação que só a
desintegração foi a solução. Nessa catástrofe a Entidade planetária no ciclo involutivo
esteve envolvida. A humanidade lunar só ingressou na atual cadeia planetária, a quarta,
na quarta ronda, na raça atlante.

Essa energias e vibrações resultantes, fzeram impacto sobre algumas células (átomos
e grupos de átomos) componentes do corpo físico cósmico do nosso Logos planetário,
em particular as que constituem os reinos humano e animal, provocando resultados
aparentemente desastrosos, como diz o Mestre. Ao usar a expressão "aparentemente
desastrosos", o Mestre dá a entender que atrás da aparência de desastre houve um
benefício construtivo em termos de aceleração da evolução e de queima de karma. De
fato um dos benefícios foi o grande avanço da ciência e da tecnologia.

O reino vegetal foi afetado parcialmente, o que se tornou evidente pela destruição de
forestas. O reino mineral sentiu os efeitos de forma muito desconcertante, por causa
das destruições materiais, das explosões das bombas e em particular por causa da
bomba atômica, na qual a desintegração do núcleo do átomo químico por nêutrons
signifcou a morte no reino mineral, a liberação das vidas elementais que estavam no

1451
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
interior do átomo químico.

A resposta às vibrações geradas pelas energias cósmicas depende da natureza e


qualidade dos veículos e corpos utilizados pelos entes em evolução, cujos níveis
evolutivos defnem a natureza e qualidade dos seus veículos e corpos.

Quando o nível evolutivo da entidade é elevado, a resposta é sempre construtiva,


embora algumas vezes oculta sob a aparência de destruição, ou seja, destruir para
construir um corpo melhor.

Atualmente há outras energias e forças atuando sobre o planeta Terra e os quatro


reinos nele em evolução, provocando respostas, que são bem evidentes quanto à
natureza e ao reino humano. Na natureza temos as modifcações atmosféricas como as
climáticas, e os terremotos e tsunamis. No reino humano temos de um lado o
recrudescimento da violência. Numa parcela muito pequena da humanidade está
ocorrendo uma resposta positiva e construtiva no sentido de acelerar a evolução. A
ciência está avançando e expandindo seus horizontes.

Essas energias são provenientes diretamente do nosso Logos planetário, o Qual está se
preparando para uma Iniciação Cósmica e procura recuperar o atraso provocado pela
catástrofe da cadeia lunar. Os verdadeiros esotéricos, que têm consciência clara e
inteligente em cérebro físico dessa decisão do nosso Logos planetário de acelerar a
Sua evolução, procuram fazer o mesmo individualmente e também estimular os outros,
dentro do possível, para isto.

Estas explicações do Mestre demonstram que há um conjunto de circunstâncias que


estão fora do controle humano e grupal, o qual evidencia o desamparo em que se
encontra o homem sob certas condições que atraem fatores aparentemente distintos à
vibração individual do quarto reino. Por fatores aparentemente distintos o Mestre dá a
entender que as diferenças entre estes fatores são apenas aparentes, havendo
realmente uma semelhança entre eles e um processo de unifcação e síntese. Todavia a
Mônada humana, atuando através do Ego e da personalidade encarnada, tem potencial
para superar estes fatores.

Estudo 529

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais

1452
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Sem embargo, dentro de
certos limites, o homem defnidamente "controla seu destino", ", na página 641, até ",
produzindo efeitos defnidos sobre os corpos inferior e superior.", na página 641.

Considerações.

Neste trecho nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul afrma que a Mônada
humana, atuando através do Ego e da personalidade, pode defnidamente controlar seu
karma, ou seja, seu destino, dentro de certos limites, ao iniciar uma atividade que
produzirá efeitos que serão reconhecidos pelo homem encarnado como dependentes
da atividade que ele desenvolve em determinada linha. Assim ele descobre que pode
controlar seu karma e seu destino, desde que saiba escolher a atividade.

Isto exige do homem encarnado capacidade de autoanálise e autocontrole, o que


requer que ele esteja polarizado na mente e não nas emoções. Assim, pela análise do
que ocorre com ele, ao desenvolver determinada atividade, percebe que as ocorrências
são resultantes da atividade desenvolvida, estabelecendo a relação de causa e efeito.

É como uma função matemática do tipo y = f (x1, x2, x3, x4,............xn), n podendo ter
vários valores, tendo a função sua regra bem defnida. Y é o karma resultante da
atividade desenvolvida que movimenta forças que são quantifcáveis, os valores de x.
Por esta analogia matemática entendemos porque no processo de encarnação, como
diz o Mestre no Tratado sobre Fogo Cósmico, o terceiro grupo de Anjos solares
transforma a frase mântrica oriunda da Palavra de Poder emitida pela Mônada à Joia
no loto (o Ego) em fórmula matemática, a qual é captada pelo primeiro grupo de Pitris
lunares, que dão início à construção dos três corpos inferiores.

Assim fca bem claro que o homem, mesmo estando sujeito a forças fora de seu
controle, pode se utilizar de suas próprias forças e das forças das circunstâncias e do
meio ambiente e, se quiser, aplicá-las para seus próprios objetivos. Se estes objetivos
estiverem enquadrados dentro do Plano divino, o Plano do nosso Logos planetário, o
homem gerará bom karma, caso contrário, gerará mau karma. Portanto o homem
encarnado tem de fazer todo esforço para entender claramente em cérebro físico o
Plano do nosso Logos planetário. O nosso amado Mestre Djwhal Khul já colocou à
disposição de todos os ensinamentos necessários para o entendimento claro desse
Plano divino, ensinamentos que estão em Seus livros, em particular no Tratado sobre
Fogo Cósmico e em Os Raios e As Iniciações. Mas é necessário que haja Vontade, para
estudar esses livros valiosíssimos, refetir sobre seus ensinamentos e aplicá-los no dia

1453
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a dia, tornando-os qualidades individuais e mantendo a consciência cerebral física
continuamente sintonizada com as altas esferas e isto com clareza e entendimento.

O homem repete em microcósmica escala o procedimento aplicado pelo Logos em


macrocósmica escala, sendo o árbitro de seu próprio destino.

O Mestre classifca a atuação da lei kármica, na vida do homem, em três amplas


seções, em cada uma expressando-se um tipo diferente de energia, que produz efeitos
defnidos sobre os corpos inferior e superior, assunto que será tratado a seguir.

Estudo 530

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Do parágrafo "Nas primeiras etapas, quando o homem é algo
mais que um animal, a atividade vibratória dos átomos de seus três corpos", na página
642, até "; emancipou-se dos três reinos e do quarto.", na página 643.

"Nas primeiras etapas, quando o homem é algo mais que um animal, a atividade
vibratória de seus três corpos (e principalmente o mais inferior) rege todos seus atos.
É a vítima da atividade vibratória da substância física, e muito do que lhe sucede é a
consequência da interação entre o Ego e sua manifestação inferior, o corpo físico. Seu
centro de atenção é o corpo físico, e só muito debilmente lhe respondem os dois
corpos mais sutis. O impulso egoico é lento e pesado, e a vibração faz que haja
resposta entre a consciência egoica e os átomos do corpo físico. O átomo físico
permanente é mais ativo que os outros dois. O aspecto "fogo por fricção" é ventilado
pelo alento egoico, com um tríplice objetivo:

a. Coordenar o corpo físico.


b. Acrescentar a resistência da trama etérica, tarefa que foi levada ao ponto
culminante só em meados da raça raiz Atlante.
c. Levar alguns dos centros inferiores a uma etapa necessária de expressão.
O calor dos átomos nos corpos aumenta durante esta etapa e se coordena sua vida
atômica, enquanto que o triângulo entre os três átomos permanentes se converte num
fato comprovado e não numa débil insinuação.

Durante a segunda etapa, a Lei do Karma ou a infuência kármica (por meio da ação

1454
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
refexa inevitavelmente produz a crescente atividade dos corpos) se dedica a cumprir o
desejo e transmutá-lo em aspiração superior. O Pensador, por meio da experiência,
reconhece os pares de opostos, e já não é vítima dos impulsos vibratórios de seu
corpo físico, evidenciando-se o resultado da escolha inteligente. O homem começa a
discriminar entre os pares de opostos, escolhendo sempre, em suas primeiras etapas,
o que mais atrai a sua natureza inferior e o que crê que lhe produzirá prazer. O Ego
centra sua atenção no corpo astral, e se coordena tão estreitamente com o corpo
físico que ambos formam uma expressão unida de desejo. O corpo mental permanece
comparativamente inativo nesta etapa. A natureza amor do Ego está em processo de
desenvolver-se, sendo esta etapa a mais larga das três. Trata da evolução das pétalas
do loto egoico e da mescla do fogo solar e do fogo por fricção. A ação refexa entre o
inferior e o superior, durante este período intermédio, produz três efeitos que, se são
cuidadosamente estudados, propiciarão muita informação sobre a atuação da lei do
karma; eles são:

1. O desenvolvimento do átomo astral permanente com o correspondente estímulo


do átomo físico permanente, produzindo assim o crescimento e a evolução dos dois
corpos envolvidos.

2. A coordenação do tríplice homem por meio da vitalidade inata do corpo astral e


seus efeitos sobre o mental e o físico. Este é o período kama-manásico, e devido a
que o corpo astral é a única esfera completa do tríplice homem inferior, é
inerentemente o mais poderoso, pois personifca (como o faz o sistema solar) o
aspecto coração ou a natureza amor embrionária que a evolução macro e
microcósmica tem por objetivo.

3. Finalmente, o desenvolvimento das nove pétalas egoicas em três etapas.


Portanto, na atuação da lei devemos observar que o homem é, antes de tudo, vítima
dos impulsos da substância densa ou aspecto Brahma, repetindo assim rapidamente
o processo evolutivo do sistema solar precedente; na segunda etapa é vítima do
desejo ou de sua própria natureza amor.
Na terceira etapa a Lei do Karma atua por intermédio da natureza mental do homem,
despertando nele o reconhecimento da lei e a compreensão intelectual de causa e
efeito. Esta é a etapa mais curta, porém é também a mais poderosa; concerne à
evolução das três pétalas internas que protegem a "joia", e sua capacidade para
descobrir, no momento oportuno, o que se acha oculto. Compreende o período

1455
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
evolutivo do homem avançado e do homem no Caminho. Em relação com a família
humana abarca a primeira metade da próxima ronda, antes de produzir-se a grande
separação. O fogo elétrico começa a fazer sentir suas irradiações, e a vontade e o
propósito do Ego se cumprem conscientemente no plano físico. Os três átomos
permanentes formam um triângulo de luz e as pétalas do loto se abrem rapidamente.
Quando a consciência incipiente do cérebro físico do homem compreende a vontade e
o propósito do Ego, então se neutraliza a Lei do Karma nos três mundos e o homem se
acha por um triz da liberação. Esgotou a vibração inicial e seus corpos não respondem
à tríplice vibração dos três mundos; emancipou-se dos três reinos e do quarto."

Estudo 531

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Nas primeiras etapas, quando
o homem é algo mais que um animal,", na página 642, até ".......se converte num fato
comprovado e não numa débil insinuação.", na página 642.

Considerações.

Neste trecho nosso amado Mestre Djwhal Khul descreve a primeira etapa da atuação
da lei kármica na vida do ser humano. Logo após a individualização, quando o homem
saiu do reino animal e ingressou no reino humano, mas ainda está fortemente
infuenciado pelos instintos do reino animal, instintos que ele tem de dominar e
controlar, a atividade vibratória dos componentes da Tríade inferior, principalmente do
átomo físico permanente, rege todos os seus atos e seu comportamento. Ele sofre as
consequências das vibrações da matéria física, a qual é ativada pela energia
proveniente do Ego residente na matéria mental superior ou causal, ativação resultante
da interação entre o Ego e o corpo físico, o mais inferior.

O centro de atenção do Ego é o seu corpo físico e seus corpos astral e mental inferior
lhe respondem muito fracamente. A energia egoica é lenta e pesada, ou seja, de baixa
frequência, a qual faz que haja resposta entre a consciência egoica e os átomos do
corpo físico. O Ego, em consciência cerebral física, identifca-se totalmente com o
corpo físico.

O átomo físico permanente é mais ativo que os outros dois, astral permanente e

1456
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
unidade mental. O fogo por fricção é incrementado pelo alento egoico, com um tríplice
objetivo:

a. coordenar o corpo físico, o que é muito importante, para poder funcionar


corretamente e futuramente se tornar um perfeito instrumento para a manifestação
do Ego.

b. Acrescentar a resistência da trama etérica, tarefa que foi levada ao ponto


culminante só em meados da raça raiz Atlante. Isto signifca que na raça lemuriana o
homem encarnado possuía visão astral.

c. Levar alguns dos centros inferiores a uma etapa necessária de expressão, ou seja,
a uma atividade com intensidade sufciente para que o corpo físico funcionasse bem
e respondesse corretamente ao processo de aperfeiçoamento a ser desenvolvido nas
diversas subraças. Os centros são distribuidores de energia, no caso o fogo por
fricção.
O fogo por fricção produz calor e assim o calor (que produz movimento) dos átomos
dos corpos aumenta durante esta etapa. Este fogo por fricção atua também nos
corpos astral e mental inferior, embora não com a intensidade com que atua no corpo
físico. Como este fogo por fricção passa pelos componentes da Tríade inferior, os
átomos permanentes físico e astral e a unidade mental, de um para o outro, esta
comunicação entre eles faz que eles realcem sua organização triangular, tornando este
triângulo um fato comprovado e não uma débil insinuação, como diz o Mestre.

Tudo funciona dentro da mais perfeita lógica, tendo em vista o objetivo da encarnação,
o contato da Mônada com a matéria, objetivo que é a Mônada experimentar, conhecer e
dominar plenamente os três mundos inferiores e deles se liberar.

Estudo 532

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Durante a segunda etapa, a
Lei do Karma ou a infuência kármica (por meio da ação refexa inevitavelmente produz
a crescente atividade dos corpos)", na página 642, até "; na segunda etapa é vítima do

1457
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desejo ou de sua própria natureza amor.", na página 643.

Considerações.

Neste trecho nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul explica a ação da Lei do
Karma sobre o ser humano que se encontra na segunda etapa, etapa da grande
maioria da humanidade atualmente encarnada. Nesta etapa a Lei do Karma atua de tal
modo que inevitavelmente os corpos aumentam a atividade, o que logicamente é
necessário, para que aumentem as experiências nos mundos inferiores e pelas
experiências vivenciadas cresça a assimilação da essência das experiências pelo Loto
egoico e aumentem a atividade, o movimento e a frequência vibratória de suas pétalas
ou vórtices, provocando a abertura das pétalas. O desejo é estimulado e incrementado
ao máximo, para ser transmutado em aspiração superior.

O Pensador, o Ego, através das experiências, reconhece os pares de opostos, e deixa


de ser vítima cega dos impulsos vibratórios de seu corpo físico e passa a escolher
usando a inteligência, embora conduzido pelo desejo e pelo prazer, ou seja, utiliza a
inteligência para selecionar o que lhe pode proporcionar maior prazer emocional,
dentro da sua natureza inferior.

O Ego centra sua atenção no corpo astral, coordenando este corpo tão estreitamente
com o corpo físico que os dois formam uma expressão unida do desejo e prazer.

Nesta etapa o corpo mental inferior permanece comparativamente inativo, sendo


usado apenas para escolher o que dá maior prazer e satisfaz as exigências do desejo o
mais completamente possível. O corpo mental inferior não é utilizado para coisas
elevadas e superiores, como a busca do verdadeiro conhecimento.

O Ego procura desenvolver sua natureza amor, o que se manifesta nos mundos
inferiores como desejo, ou seja, o Ego em sua consciência cerebral física se identifca
com o desejo e com as emoções.

Esta etapa é a mais longa das três. É a etapa da fusão do fogo solar com o fogo por
fricção.

A interação entre os três corpos inferiores na vivência das experiências nos três
mundos inferiores e a assimilação da essência das experiências pelas pétalas do Loto
egoico produzem neste período intermédio três efeitos que, sendo cuidadosa e
profundamente estudados, proporcionarão muita informação sobre a atuação da Lei
do Karma, os quais são:

1458
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
1. Os átomos permanentes astral e físico são estimulados e se desenvolvem, com a
ativação das suas espiras, provocando o crescimento e a evolução dos corpos astral
e físico, uma vez que os dois corpos são muito utilizados e se interagem.

2. A vitalidade inata do corpo astral, por ser o mais utilizado e ponto focal, ao atuar
sobre os corpos físico e mental inferior, produz a coordenação do tríplice homem. É o
período kama-manásico e devido a que o corpo astral ou emocional é a única esfera
completa do tríplice homem inferior, este corpo é inerentemente o mais poderoso,
pois personifca, como o faz o atual sistema solar, o aspecto coração ou a natureza
amor embrionária, objetivo das evoluções macrocósmica e microcósmica.

3. O último efeito é o desenvolvimento das nove pétalas do Loto egoico em três


etapas, ou seja, os três círculos: de Conhecimento, de Amor-Sabedoria e de
Sacrifício.
Analisando a atuação da Lei do Karma, percebemos claramente que o homem é
inicialmente vítima dos impulsos vibratórios da substância densa ou aspecto Brahma,
recapitulando rapidamente o processo evolutivo do sistema solar anterior na primeira
etapa; na segunda etapa é vítima do desejo ou de sua própria natureza amor.

Esta segunda etapa é a mais longa para a maioria dos Egos, todavia a sua duração
pode ser bastante reduzida, o que depende da Mônada que se expressa por meio do
Ego. Temos um exemplo clássico, glorioso, estimulante e empolgante, único em todo o
sistema solar, o Senhor CRISTO, que se individualizou na raça lemuriana e rapidamente
cumpriu as três etapas, conquistando a liberação dos três mundos inferiores como
KRISHNA, quando recebeu a quarta Iniciação planetária, a segunda solar, a Renúncia, e
atualmente é o BODHISATTVA, o Instrutor do Mundo.

Estudo 533

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (h).
Encarnação e karma - Considerações sobre o parágrafo "Na terceira etapa a Lei do
Karma atua atua por intermédio da natureza mental do homem, ", na página 643, até ";
emancipou-se dos três reinos e do quarto.", na página 643.

1459
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

Neste trecho o nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul descreve a etapa mais
importante da atuação da Lei do Karma sobre o ser humano. O Mestre deixa bem claro
que quem já conseguiu por esforço próprio chegar na última etapa do processo de
liberação dos três mundos inferiores é profundamente mental e intensamente
pesquisador e estudioso da Lei do Karma, entendendo com toda nitidez o processo
causa e efeito em suas diversas áreas de atuação. Não age mais às cegas, como quem
está na segunda etapa de atuação da Lei do Karma, escravo totalmente do desejo, que
é o seu único guia e comandante. É bem evidente e óbvio que a grande maioria da atual
humanidade encarnada se encontra na segunda etapa.

Se é a etapa mais curta, é porque é a etapa em que o Ego tornou-se o Comandante


supremo dos três corpos inferiores (a personalidade) e prossegue com o máximo de
velocidade evolutiva e com pleno e total conhecimento do processo evolutivo,
entendendo-o com toda clareza, isento de qualquer dúvida, pois o antakarana já está
consolidado e é utilizado no dia a dia, com um constante fuxo de informações do
mundo búdico para o cérebro físico, em consciência de vigília. É a etapa mais
poderosa, como diz o Mestre, e por ser a etapa mais poderosa, portanto de maior
poder e força, acelera a velocidade, e, como diz a física, acelerar é acrescentar mais
força ao movimento e de modo constante. Temos aí duas fontes de poder e força: a Lei
do Karma e a Mônada via Ego sabendo responder corretamente à Lei do Karma. É
muito lindo o entendimento claro e nítido deste processo.

Quem já está nesta etapa entende em profundidade o Loto egoico e isto no mundo dos
signifcados e das energias, já tendo abandonado completamente qualquer apego ao
mundo material, limitando-se unicamente a utilizá-lo simplesmente porque ainda está
encarnado e quer ajudar seus irmãos encarnados para que cheguem rapidamente na
terceira e última etapa de atuação da Lei do Karma e consigam escapar do expurgo da
quinta ronda. É efetivamente movido pelo verdadeiro Amor, que se expressa
plenamente pela matéria astral cósmica dentro do corpo astral cósmico do nosso
Logos planetário. Realmente, como diz o Mestre, já está no Caminho e se esforça para
que seus irmãos encarnados também ingressem rapidamente no Caminho.

Está bem claro, sem a menor dúvida, que quem não conseguir entrar nesta última
etapa de atuação da Lei do Karma, ou seja, ingressar no Caminho e passar pelos
Portais da Iniciação, será expurgado do nosso esquema planetário.

A Mônada, já dominando o Ego, Seu instrumento de manifestação via Tríade superior,

1460
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
utiliza intensamente Seu aspecto Vontade, o que se expressa pelo fogo elétrico
irradiante, resultando na manifestação e no cumprimento conscientes em cérebro
físico do propósito do Ego no mundo físico.

Os três componentes da Tríade inferior tornam-se efetivamente um triângulo de luz e


as pétalas do Loto egoico abrem-se rapidamente.

Quando o cérebro físico começa a ter consciência da vontade e do propósito do Ego e


a compreendê-los, então a Lei do Karma é neutralizada nos três mundos inferiores e o
homem se acha a um triz da sua liberação desses três mundos, porque esgotou a
vibração inicial, a vibração da matéria, e seus corpos inferiores não respondem mais à
tríplice vibração dos três mundos inferiores, ou seja, seus corpos mental inferior, astral
e físico já estão sob total domínio da Mônada via Ego e só respondem às vibrações
superiores emanadas pela Mônada. Isto signifca que real e efetivamente o homem, a
Mônada expressando-se plenamente pelos três corpos inferiores, conseguiu se
emancipar completamente dos três reinos: mineral, vegetal e animal, e do quarto, o
reino humano. O reino humano é a síntese dos reinos mineral, vegetal e animal.

Estudo 534

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Do parágrafo " Entramos agora na parte prática mais importante deste
Tratado sobre o Fogo,", na página 643, até " .....(desde o começo deste século) em duas
grandes ciências:", na página 644.

" d. A Construção do Corpo Causal.

Entramos agora na parte prática mais importante deste Tratado sobre o Fogo, a que
trata da construção do corpo causal ou corpo de manifestação do Ego. Concerne ao
trabalho dos Anjos solares ou a verdadeira Entidade autoconsciente, o homem. Se o
estudante tem captado a tendência geral do exposto nas páginas precedentes, estará
numa condição mental que lhe permitirá interpretar tudo o que se diga em termos de
energia, ou essa atividade vibratória produzida pelas três fases principais dos
fenômenos elétricos, a união que produz essa divina manifestação chamada Homem,
ou quando se considera o conjunto de entes, o reino humano.

1461
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. Notas de introdução. Temos estudado algo da constituição dos Triângulos ou Pitris,
os quais, por meio do autossacrifício, proporcionam ao homem a autoconsciência e
constroem seu veículo egoico empregando Sua própria essência. Temos nos ocupado
brevemente dos Pitris lunares que proporcionam ao homem os corpos e princípios
inferiores por intermédio dos quais pode sentir-se a energia dos Senhores solares;
agora bem, procederemos a estudar três coisas:

Primeiro, o efeito da energia superior sobre os corpos inferiores, a medida que se faz
sentir gradualmente durante o processo evolutivo e simultaneamente "redime" o
homem, em sentido oculto, e também "eleva" os Pitris lunares.

Segundo, o efeito de dita energia sobre o plano mental, no desenvolvimento e


abertura do loto egoico.

Terceiro, o impulso à atividade da Vida central dentro do loto, a qual se manifesta de


duas maneiras:

a. Pela compreensão do homem, mediante seu cérebro físico, de que possui no


plano físico uma natureza divina, dando por resultado a conseguinte demonstração
da divindade na terra, previamente à liberação.

b. Pela atividade consciente do Ego individual no plano mental em colaboração com


seu grupo ou grupos.
No primeiro caso temos o efeito da vida egoica sobre seus corpos e seu conseguinte
controle; no segundo temos o despertar da unidade egoica em seu próprio plano, e no
terceiro a compreensão grupal ou a penetração do ente na consciência do Homem
celestial.

Só é possível explicar o desenvolvimento em forma ampla e geral. O tema da evolução


egoica não pode ser plenamente compreendido, até depois de ter recebido a iniciação,
porém os Instrutores internos se dão conta de que seria conveniente expor os
princípios essenciais em vista de que se produzirão acontecimentos inesperados
(desde o começo deste século) em duas grandes ciências:"

Estudo 535

1462
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Considerações sobre o parágrafo "Entramos agora na parte prática mais
importante deste Tratado sobre o Fogo,", na página 643, até ", ou quando se considera
o conjunto de entes, o reino humano.", na página 644.

Considerações.

O nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul considera o conhecimento


detalhado do corpo causal, o corpo de manifestação do Ego, de suma importância para
o homem, pois ao entrar na construção deste corpo, Ele diz que está entrando na parte
prática mais importante do Tratado. De fato este conhecimento em cérebro físico é um
forte estimulador para despertar o Ego em seu mundo causal e se aferrar à
personalidade, para dominá-la totalmente.

O Loto egoico, que é o corpo de expressão do Ego, é construído pelos Anjos solares, os
quais empregam Suas próprias substância e essência nesta construção.

O Mestre recomenda que este assunto seja interpretado sob o ponto de vista de
energia.

A atividade vibratória produzida pelas três fases principais dos fenômenos elétricos é
o resultado da ação dos fogos elétrico, solar e por fricção. No processo de
individualização os três fogos se fazem presentes e ativos. O fogo elétrico da Mônada
entra em contato com o fogo por fricção dos corpos inferiores do homem animal e
desse contato surge o fogo solar, o Ego, o Filho. A individualização é portanto um
fenômeno elétrico, como diz o Mestre.

No decorrer do processo evolutivo do Ego, ele é estimulado pelos Anjos solares a


utilizar os fogos para desenvolver e aperfeiçoar os corpos inferiores com o objetivo de
se expressar plenamente através deles.

Os Anjos solares se submetem voluntaria e conscientemente ao autossacrifício, porque


Eles permanecem numa situação passiva, executando Seu trabalho técnico de conferir
autoconsciência ao Ego e estimulando-o para o processo evolutivo e serem por ele
controlados. O sacrifício fnal é na quarta Iniciação, quando são liberados após a
combustão da matéria mental pela qual Eles se expressam, combustão produzida pelo
fogo elétrico da Mônada. Neste trabalho os Anjos solares se deslocam de Sua região
superior para trabalharem com a matéria mental superior, propiciando condições para
que a Mônada possa adquirir experiência e conhecimento nos três mundos inferiores

1463
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
por meio do Ego, dominar estes três mundos inferiores e deles se liberar, na quarta
Iniciação, prosseguindo Sua evolução nos mundos superiores, do búdico para cima.

Temos uma grande dívida de gratidão para com nossos amados Anjos solares, sem os
Quais não poderíamos evoluir.

Estudo 536

Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS


ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo Causal -
Considerações sobre o parágrafo "a. Notas de introdução. Temos estudado algo da
constituição dos Triângulos ou Pitris, os quais, por meio do autossacrifício,
proporcionam ao homem a autoconsciência e constroem seu veículo egoico
empregando Sua própria essência.", na página 644, até "......(desde o começo deste
século) em duas grandes ciências:", na página 644.

Considerações.

Neste trecho nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul deixa bem claro que
compete ao Ego aprender e se capacitar para controlar e operar a energia da matéria
mental constituinte dos corpos dos Anjos solares, corpos que são a Sua própria
essência. Assim o Ego tem como seu corpo de expressão um conjunto de corpos de
Anjos solares e tem de operar as energias destes corpos para que elas atuem nos
corpos dos Pitris lunares que constituem seus corpos inferiores. Com isto o homem é
redimido e os Pitris lunares aprendendo a responder a estas energias superiores são
elevados, ou seja, evoluem para Anjos solares. Tudo isto tem de ser feito pelo Ego.

Simultaneamente com o controle dos corpos inferiores, o Ego tem de despertar em seu
próprio mundo, o causal, e aprender e se capacitar para dinamizar, desenvolver e abrir
as pétalas do Loto egoico, servindo-se das energias disponíveis no mundo causal e
aproveitando os frutos das experiências nos mundos inferiores no decorrer das
encarnações. O processo é bem lógico. Assim fca bem evidente e claro que o Ego tem
de executar um trabalho duplo: dominar, desenvolver e aperfeiçoar seus corpos
inferiores e ao mesmo tempo, no mundo causal, dominar, desenvolver e aperfeiçoar
seu corpo, o Loto egoico.

A Vida central dentro do loto é a Mônada, que está conectada diretamente à Joia no

1464
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
loto, como mostra claramente o DIAGRAMA VIII, na página 651 do Tratado sobre Fogo
Cósmico. O impulso à atividade desta Vida central vem da 2ª Hierarquia dévica
criadora, Construtores divinos, que trabalha no mundo monádico. Como diz o Mestre,
esta Hierarquia confere a alma, o que signifca que Ela atua no processo de
individualização diretamente sobre a Mônada e é a fonte da Vida monádica, porém não
é a Mônada, estando muito acima dela. Pela infuência desta Hierarquia a Joia no loto
consegue que em cérebro físico o homem reconheça e identifque sua natureza divina
antes da liberação na quarta Iniciação, o que signifca que a Mônada se aferrou ao Ego
e este à personalidade. Também pela infuência desta Hierarquia o Ego entra em
atividade consciente no mundo causal e colabora com seu grupo egoico ou grupos
egoicos, o signifca a compreensão grupal ou a penetração na consciência do Logos
planetário. Este reconhecimento chega ao cérebro físico em plena consciência de
vigília.

Isto ocorre atualmente após a segunda Iniciação, que caracteriza a total polarização
mental.

O Mestre diz que o tema da evolução egoica não pode ser plenamente compreendido,
até depois de ter recebido a iniciação, porém os Instrutores internos se dão conta de
que seria conveniente expor os princípios essenciais em vista de que se produzirão
acontecimentos inesperados (desde o começo deste século) em duas grandes ciências.
Alguns destes acontecimentos já ocorreram, pois houve um grande avanço nas
ciências da eletricidade e da psicologia. Portanto, os que já possuem a verdadeira visão
esotérica e já estão efetivamente se expressando como Alma em cérebro físico,
compreendem perfeitamente os princípios essenciais que o Mestre nos expõe.

Estudo 537

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Do parágrafo "A Ciência da Eletricidade. As investigações dos cientistas têm
sido grandemente estimuladas pelo descobrimento do rádio,", na página 644, até " , o
qual fará que se produzam três mudanças nas ideias da época:", na página 646.

"A Ciência da Eletricidade. As investigações dos cientistas têm sido grandemente


estimuladas pelo descobrimento do rádio, fenômeno elétrico de determinado tipo, e

1465
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pelo conhecimento que trouxe dito descobrimento com respeito às substâncias
radioativas, prestando grande ajuda ao desenvolvimento dos inumeráveis métodos
para empregar a eletricidade. Esta ciência tem levado o homem ao umbral do
descobrimento que revolucionará o pensamento mundial referente a estas questões e
solucionará oportunamente uma grande parte do problema econômico, permitindo
assim que um maior número de pessoas fque livre para o desenvolvimento e o
trabalho mentais. Este acrescentado conhecimento pode esperar-se antes de que
tenham transcorridos cento e cinquenta anos.

A Ciência da Psicologia. As teorias psicoanalistas que (embora indicadoras de


progresso) tendem todavia para uma direção equívoca, podem resultar desastrosas
para o desenvolvimento superior da raça, salvo que se desentranhe a verdadeira
natureza da "psique". Quando a mente pública capte, embora ligeiramente, os seguintes
fatos brevemente enunciados, a tendência da educação popular, a fnalidade da ciência
política e a meta do esforço econômico e social tomarão uma nova e melhor direção.
Estes fatos podem ser resumidos nos seguintes postulados:

I. O homem é divino em essência. (56) Sempre tem sido enunciado isto no transcurso
das épocas, porém até agora segue sendo uma bela teoria ou crença e não constitui
um fato científco comprovado nem aceito universalmente.

II. O homem é um fragmento da Mente Universal ou alma mundial (57) e, como


fragmento, participa dos instintos e da qualidade dessa alma, tal como se manifesta
por meio da família humana. Portanto, a unidade é só possível no plano da mente. Se
isto é verdade, tenderá a desenvolver no cérebro físico a compreensão consciente
das afliações grupais no plano mental, o reconhecimento consciente das relações,
ideais e metas grupais, e a manifestação consciente dessa continuidade de
consciência que atualmente é o objetivo da evolução. Logo transferirá a consciência
da raça do plano físico ao mental, e tenderá à conseguinte solução de todos os
problemas atuais por meio do " conhecimento, amor e sacrifício ". Isto nos
emancipará da desordem atual no plano físico. Conduzirá a educar o público com
respeito à natureza do homem e ao desenvolvimento dos poderes latentes nele -
poderes que o liberarão de suas limitações atuais e produzirá na família humana um
repúdio coletivo às condições atuais. Quando todos os homens se conheçam a si
mesmos e conheçam os demais como entes autoconscientes divinos que funcionam
principalmente no corpo causal utilizando os três veículos inferiores, só como meio
para fazer contato com os três planos inferiores, teremos governo, política, economia

1466
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e ordem social erigidos sobre bases sólidas, saudáveis e divinas.

III. A natureza inferior e os três veículos do homem são um aglomerado de vidas


menores, e a natureza grupal, o tipo de atividade e a resposta coletiva de ditas vidas
dependem dele, as quais - por meio da energia ou atividade do Senhor solar - serão
desenvolvidas e elevadas posteriormente à categoria humana.
Quando estes três fatos sejam bem compreendidos, só então teremos um
conhecimento correto e exato da natureza do homem, o qual fará que se produzam
três mudanças nas ideias da época:"

56 Cada ser humano é uma encarnação de Deus. D. S. VI, 91. Compare-se IV, 82; D. S.
VI, 114, e as palavras bíblicas: "Tenho dito, sois Deuses." "Não sabeis que sois o Templo
do Espírito Santo?"

Nenhum Ser pode transformar-se em um Deus sem passar pelos ciclos humanos. D. S.
IV, 331.

Portanto, o homem é igual a Deus no sentido que representa os pares de opostos, bem
e mal, luz e escuridão, macho e fêmea, etc. É uma dualidade.

Representa também Deus porque é uma triplicidade, sendo três em um e um em três.


D. S. IV, 93-94.

Por homem se entende a divina Mônada. D. S. IV, 187-188.

57 D. S. I, 79-80-81.

Estudo 538

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Considerações sobre o parágrafo "A Ciência da Eletricidade. As investigações
dos cientistas têm sido grandemente estimuladas.....", na página 644, até ", o qual fará
que se produzam três mudanças nas ideias da época:", na página 646.

1467
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

Neste trecho nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul disserta sobre os
efeitos da descoberta do elemento químico rádio e da radioatividade no
desenvolvimento dos processos de geração de energia elétrica e no seu emprego.
Atualmente temos o uso da radioatividade nas técnicas de imagem, para diagnósticos
na área da medicina.

Quando a ciência conseguir realizar a fusão nuclear a frio, a extração de energia do


núcleo do átomo químico, de forma controlada e com baixo custo, teremos uma grande
redução do custo de vida, o que afetará benefcamente o setor trabalhista, desde que a
ganância de lucros também seja reduzida, melhorando as condições de trabalho e pelo
processo de automação diminuindo as horas de trabalho, o que permitirá que um maior
número de pessoas disponha de tempo para se dedicar ao desenvolvimento e trabalho
mentais.

Muitas outras descobertas ocorrerão no campo da ciência em decorrência da


descoberta da transformação de um elemento químico em outro, o decaimento alfa,
como no caso do urânio U238 que se transforma em tório Th234. Esta transformação
trouxe uma nova luz sobre a alquimia.

Aqueles que já conquistaram a visão esotérica da alquimia através dos ensinamentos


do Mestre Djwhal Khul no Tratado sobre Fogo Cósmico vêm no decaimento alfa uma
comprovação científca destes ensinamentos do Mestre.

O Mestre alerta sobre a direção equívoca das teorias da psicanálise, que produzem
conduzir a resultados desastrosos para o desenvolvimento superior da raça humana, a
menos que seja reconhecida a verdadeira natureza da "psique", o Ego e o Loto egoico.

Para haver uma mudança radical na educação popular, na política e na economia, para
que elas se enquadrem no Plano Divino e executem o Propósito Divino, a mente pública
tem de captar, embora ligeiramente, os postulados do Mestre.

O primeiro postulado é que o homem é divino em essência. Isto tem sido enunciado no
decorrer das épocas, mas como uma bela teoria ou crença, todavia nunca foi um fato
científco comprovado nem aceito universalmente e nunca houve uma tentativa da
ciência para tal.

O segundo postulado é que o homem é um fragmento da Mente Universal ou Alma


Mundial. O homem na realidade é uma Mônada em manifestação no mundo físico. Ora
as Mônadas humanas são centelhas da Grande Chama, a Mônada logoica solar. A

1468
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mônada logoica solar se manifesta no mundo mental cósmico como Ego ou Alma e as
Mônadas humanas fazem o mesmo no mundo mental superior do sistema, mundo que
é constituído pela matéria gasosa cósmica. Assim, logicamente, as Almas humanas são
fragmentos da Alma logoica solar, a Mente Universal para o nosso sistema solar. Como
as Almas humanas se manifestam no mundo físico como homens, logicamente os
homens são fragmentos da Mente Universal, como diz o Mestre. Como a Mente
Universal é una, logicamente a humanidade (fragmentos da Mente Universal) constitui
uma unidade dentro da unidade maior. Mas esta unidade da humanidade só existe no
mundo da mente, como Almas humanas.

Quando isto é percebido e entendido em cérebro físico, o homem tenderá a


compreender em cérebro físico conscientemente que os Egos ou Almas humanos
estão organizados em grupos no mundo mental superior ou causal, a reconhecer
conscientemente as relações, os ideais e as metas grupais, e à manifestação
consciente dessa continuidade de consciência que é atualmente o objetivo da evolução.

De imediato a consciência da raça humana será transferida do mundo físico para o


mental (polarização mental) e tenderá em consequência à solução de todos os
problemas atuais, por meio do "conhecimento, amor e sacrifício". Nestas três palavras
percebemos claramente a execução de uma estrofe da Grande Invocação: Que a Luz, o
Amor e o Poder, restabeleçam o Plano na Terra."

Com isto a humanidade sairá da atual desordem. O público aprenderá a natureza do


homem e desenvolver os poderes latentes nele, que o libertarão das atuais limitações e
em consequência será produzido na família humana um repúdio coletivo às atuais
condições.

A condição para que governo, política, economia e ordem social se transformem e se


adequem ao Propósito divino é que todos os homens se conheçam a si mesmos e
todos os demais com Egos ou Almas, entes autoconscientes divinos, funcionando
principalmente no mundo causal por meio do Loto egoico, e utilizando os três corpos
inferiores, mental inferior, astral e físico, apenas como instrumentos para fazer contato
com os três mundos inferiores. Isto deixa bem claro que o mundo físico deve ser visto
unicamente para o Ego se desenvolver e evoluir no mundo causal por meio das
experiências vividas no mundo físico, o conhecimento desse mundo e o total domínio
do corpo físico. O mundo físico deve ser utilizado pelo homem apenas para evoluir
como Ego ou Alma, deixando de ser escravo dele.

O terceiro postulado é que o homem deve controlar as vidas menores (Pitris lunares)

1469
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que constituem seus três corpos inferiores, conhecendo a estrutura e natureza do Loto
egoico e operando suas energias para que elas se expressem através dos Pitris lunares
dos seus três corpos inferiores. Com isto os Pitris lunares desenvolvidos e elevados
posteriormente à categoria humana, ou seja, passarão pelo reino humano, para em
seguida serem Anjos solares.

A humanidade só terá um conhecimento correto e exato da natureza do homem,


quando estes três postulados forem compreendidos e aceitos pela humanidade e se
tornarem reais e fatos comprovados para ela. Quando isto acontecer, ocorrerão três
mudanças nas ideias da época, mudança que serão descritas a seguir.

Estudo 539

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Do parágrafo "1. Um reajuste no conhecimento que possui o homem com
respeito à medicina,", na página 646, até "......e constantemente em todos os setores da
vida.", na página 648.

"1. Um reajuste do conhecimento que possui o homem com respeito à medicina , trará
por resultado um verdadeiro conhecimento do corpo físico, um melhoramento em seu
tratamento e proteção, obtendo-se assim um conhecimento mais exato das leis da
saúde. O objetivo do médico consistirá então em averiguar que é o que impede, na vida
do homem, a energia egoica chegar a todas as partes de seu ser; descobrir os
pensamentos que o embargam e ocasionam a inércia do aspecto vontade que o conduz
a obrar mal; comprovar o que há no corpo emocional que afeta o sistema nervoso e
obstrui a afuência de energia proveniente das pétalas de amor do loto egoico (via o
átomo astral permanente) ao corpo astral, e deste ao sistema nervoso; descobrir que
obstáculo há no corpo etérico que impede a correta afuência de prana ou vitalidade
solar, a todas as partes do corpo.

É essencial que no futuro os médicos compreendam que a enfermidade do corpo físico


deriva de condições internas errôneas. Isto é tido em conta em parte, porém (embora
seja indiscutível em vista das realizações dos cientistas mentais e das inumeráveis
pessoas que curam pela fé) não será mais que uma bela teoria até que a verdadeira
natureza do ego, sua constituição, seus poderes e seu campo de infuência sejam

1470
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
devidamente compreendidos.

Dita revelação virá quando os médicos aceitem este ensinamento como uma hipótese
aplicável, e logo comecem a observar, por exemplo, o poder de resistência
demonstrado na terra pelas grandes almas e sua capacidade para trabalhar a alta
pressão, permanecendo praticamente imunes às enfermidades, até que (ao fnalizar
uma útil e larga vida) o Ego elege premeditadamente "retirar-se" da existência física.
Isto sucederá quando a profssão médica se dedique à ação preventiva, substituindo o
atual regime de drogas e operações cirúrgicas pela luz do sol, a dieta vegetariana e a
aplicação das leis de vibração e vitalidade magnéticas. Então chegará a época em que
se manifestarão na terra seres humanos melhores e mais perfeitos. Quando os
médicos estudarem também a natureza do corpo etérico e o trabalho que efetua o
baço como ponto focal para as emanações prânicas, serão introduzidos sólidos
princípios e métodos que eliminarão enfermidades tais como a tuberculose, anemia,
desnutrição e enfermidades do sangue e dos rins. Quando os médicos compreenderem
o efeito que produzem as emoções sobre o sistema nervoso, porão sua atenção no
melhoramento das condições ambientais e estudarão os efeitos das correntes
emocionais sobre os fuidos do corpo e principalmente sobre os grandes centros
nervosos e a coluna vertebral. Quando a relação entre o físico denso e os corpos mais
sutis for um fato reconhecido nos círculos médicos, então será sabido qual é o correto
tratamento a aplicar nos casos de demência, obsessões e errôneas condições mentais,
e os resultados serão mais exitosos; fnalmente, quando se estudar a natureza da força
egoica ou da energia e se compreender melhor a função do cérebro físico como
transmissor da intenção egoica, então será estudada, no homem, a coordenação de
todo seu ser, será determinada com exatidão a causa que produz as doenças, a anemia
e as enfermidades e será tratada a causa, não simplesmente o efeito.

2. Os pensamentos do mundo social estarão dedicados a compreender a natureza


emotiva da humanidade, as relações grupais envolvidas e a interação entre os
indivíduos e os grupos. Ditas relações serão interpretadas sabia e amplamente, e será
assinalada ao homem sua responsabilidade para com as vidas menores que ele anima.
Isto fará que a força individual seja dirigida corretamente e utilizada para equilibrar,
desenvolver e refnar a substância dos distintos veículos. Também será indicada a ele a
responsabilidade que tem, de acordo com a lei, com sua própria família. Isto dará lugar
à proteção da unidade familiar e seu desenvolvimento científco; eliminará as
difculdades matrimoniais e abolirá os abusos de diversa índole, que tanto prevalecem
hoje em muitos círculos familiares.

1471
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ademais será feita ênfase sobre a responsabilidade do homem para com a
comunidade. Será ensinado a ele o verdadeiro signifcado esotérico da cidadania -
baseada nas relações grupais egoicas, a lei do renascimento e o verdadeiro signifcado
da lei de karma. Será inculcada a ele sua responsabilidade para com a nação, e o lugar
que lhe corresponde na comunidade dentro da nação e o da nação dentro da
comunidade de nações. Também, será ensinada a ele sua responsabilidade para com o
reino animal. Isto será logrado por meio de:

1. Uma melhor compreensão de sua própria natureza animal.


2. A compreensão das leis da individualização, e o efeito que produz a infuência do
quarto reino ou humano, sobre o terceiro ou reino animal.
3. O trabalho que realiza um Avatar de menor categoria, Quem virá a princípios do
próximo século para revelar ao homem sua relação com o terceiro reino. Seu
caminho está sendo preparado por aqueles que atualmente se ocupam de despertar
o interesse do público por meio de sociedades benefcentes e protetoras de animais
e através de relatos publicados em livros e periódicos.
H. P. B. expressou que o sentido de responsabilidade é um dos primeiros indícios do
controle exercido pelo ego; a medida que a humanidade esteja regida por dita
infuência as condições serão melhoradas lenta e constantemente em todos os setores
da vida."

Estudo 540

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Considerações sobre o parágrafo "1. Um reajuste no conhecimento que possui
o homem com respeito à medicina,", na página 646, até "......., seus poderes e seu
campo de infuência sejam devidamente compreendidos.", na página 647.

Considerações.

Neste trecho nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul inicia a descrição das
três mudanças que ocorrerão nas ideias da época quando a humanidade em sua
maioria entender claramente que o homem é na realidade uma Mônada manifestando-
se principalmente no mundo causal ou mental superior como Ego ou Alma através do
Loto egoico, e secundariamente nos mundos mental inferior, astral e físico, através dos

1472
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
corpos mental inferior, astral e físico, unicamente para adquirir experiência,
conhecimento e domínio desses três mundos inferiores e fnalmente deles se liberar, na
quarta Iniciação planetária, da Renúncia, a segunda solar, e prosseguir Sua evolução
nos mundos superiores.

A primeira mudança descrita pelo Mestre ocorrerá no campo da medicina, a qual fará
que o homem conheça realmente o corpo físico, em suas duas partes, densa e etérica,
o que trará uma grande melhora no tratamento e proteção dele e um conhecimento
mais exato das leis da saúde.

Como consequência do reconhecimento de que o homem é uma Mônada manifestando-


se no mundo físico através do Ego, o médico terá como objetivo averiguar o que
impede que a energia do Ego chegue a todas as partes do seu corpo físico. Procurará
descobrir os pensamentos que impedem a manifestação da energia do Ego e
provocam a inércia da Vontade no homem, o que o conduz a se comportar
erroneamente e a praticar o mal. Comprovará a conexão entre o corpo astral ou
emocional e o sistema nervoso e o que há nesse corpo emocional que afeta o sistema
nervoso e obstaculiza o fuxo da energia proveniente das pétalas de amor do Loto
egoico através do átomo astral permanente ao corpo astral e deste ao sistema
nervoso. Procurará também descobrir qual o obstáculo no corpo etérico que impede a
correta circulação de prana ou vitalidade solar, os três fogos, para todas as partes do
corpo físico.

É fundamental que os médicos no futuro compreendam que as doenças do corpo


físico são resultantes de condições internas erradas. Isto é sabido em parte, uma vez
que é fato comprovado pelas realizações dos cientistas mentais e das inumeráveis
pessoas que curam pela fé, todavia não é mais que uma bela teoria, até que a
verdadeira natureza do ego, sua constituição: o Loto egoico, seus poderes e seu campo
de infuência sejam devidamente entendidos, pois só assim o verdadeiro e real
processo de manifestação das doenças tornar-se-á claro, evidente e cientifcamente
comprovado, uma vez que todo o fuxo das energias e os efeitos gerados por elas
serão comprovados e entendidos cientifcamente. Na realidade serão entendidos os
comportamentos dos Pitris lunares constituintes dos corpos inferiores do homem e
suas reações às diversas energias e à falta de determinadas energias.
Estes poucos esclarecimentos iniciais são sufcientes para demonstrar a enorme
importância da compreensão e aceitação dos elevadíssimos ensinamentos do Mestre
pelos cientistas e pela humanidade.

1473
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 541

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Considerações sobre o parágrafo "Dita revelação virá quando os médicos
aceitem este ensinamento como uma hipótese aplicável,", na página 647, até "...... e se
tratará a causa, não simplesmente o efeito.", na página 647.

Considerações.

Neste trecho nosso amado e sapientíssimo Mestre Djwhal Khul continua Seus
esclarecimentos sobre os avanços da medicina quando os três postulados por Ele
expostos forem aceitos pela humanidade e se tornarem comportamento diário para
todos e não apenas uma bela teoria.

O primeiro passo consiste em os médicos aceitarem os postulados e os ensinamentos


do Mestre como hipótese aplicável e realizável. De imediato à aceitação devem
começar a observar e analisar o poder de resistência dos homens altamente evoluídos
e espiritualizados e sua capacidade para trabalhar sob alta pressão, imunes ao
estresse e às enfermidades, ocorrendo a morte quando o Ego conscientemente decide
retirar-se da existência física.

Isto será uma realidade quando os médicos se dedicarem à ação preventiva,


abandonando os remédios químicos e as cirurgias e adotando no tratamento a luz do
sol, a dieta vegetariana e a aplicação das leis de vibração e vitalidade magnéticas, ou
seja, as leis que regem os fogos: por fricção, solar e elétrico.

Quando isto acontecer aparecerão na Terra seres humanos melhores e mais perfeitos.

Quando a medicina conhecer e entender o corpo etérico, o energizador do corpo


denso, e a função do baço como captador e distribuidor de prana, fogo por
fricção/solar, serão aplicados métodos que eliminarão doenças como a tuberculose,
anemia, desnutrição, do sangue e dos rins.

Quando for compreendida pelos médicos a ação do corpo astral (as emoções) sobre os
sistemas nervoso e endócrino e a coluna vertebral, será posta atenção na melhoria das
condições ambientais.

Quando os médicos conhecerem as relações entre o corpo físico denso e os corpos

1474
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
etérico, astral e mental inferior, saberão o tratamento correto para os casos de
demência, obsessões e condições mentais erradas, com resultados de maior êxito.

A culminação ocorrerá quando for conhecida pelos médicos a natureza da força do


Ego e compreendida melhor a função do cérebro físico como transmissor da intenção
do Ego, quando então será estudada no homem a coordenação de todo seu ser, será
determinada com exatidão a causa que produz as doenças e a anemia e será tratada a
causa e não simplesmente o efeito, como ocorre atualmente.

Quem já entendeu racionalmente e com clareza o conteúdo dos postulados do Mestre e


vive este conteúdo no dia a dia não precisa esperar o avanço da medicina para ter
saúde, pois a força do Ego já está atuando através do cérebro físico com plena
consciência.

Estudo 542

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Considerações sobre o parágrafo "2. Os pensamentos do mundo social", na
página 647, até ", que tanto prevalecem hoje em muitos círculos familiares.", na página
648.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul detalha os efeitos que ocorrerão na área social da
humanidade encarnada, quando os três postulados que Ele descreveu forem bem
compreendidos e se tornarem fatos reais no dia a dia de todos os seres humanos,
governantes e governados.

Todo o lado emocional dos seres humanos será profundamente pesquisado e


realmente entendido, ocorrendo o mesmo com as relações grupais, a interação entre
os indivíduos, entre os grupos e entre as nações.

Estas relações serão interpretadas ampla e cientifcamente, com sabedoria. Com a


divulgação e aceitação da verdade de que os corpos dos seres humanos são
constituídos de vidas menores, os Pitris lunares, em diversos níveis, será assinalada e
enfatizada a responsabilidade de todos para com estas vidas menores, ou seja, todo
homem tem o dever de ajudar a evolução destas vidas menores.

1475
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Isto fará que a força individual seja corretamente dirigida e utilizada para equilibrar,
desenvolver e refnar a substância dos três corpos inferiores.

Dentro das relações grupais também será devidamente assinalada a responsabilidade


do homem com a sua própria família, de acordo com a lei. Com isto a unidade familiar
será protegida e desenvolvida cientifcamente. Os problemas matrimoniais serão
eliminados, pela acertada escolha no matrimônio. Serão abolidos os abusos de diversas
índoles que ocorrem hoje com muita frequência em muitas famílias.

Tudo isto ocorrerá como consequência natural da compreensão e aceitação como coisa
lógica e comprovada interiormente por todos de que todo ser humano, crianças e
adultos, é expressão no mundo físico de uma Mônada, residente no mundo monádico,
utilizando-se de uma Tríade superior para se manifestar no mundo mental superior ou
causal por meio de uma estrutura chamada Loto egoico, cuja fonte energética chama-
se Joia no loto e que é a Alma ou Ego, o qual por sua vez é energizado pela Mônada
através da Tríade superior. Este Ego utiliza três corpos: mental inferior, astral e físico,
para se manifestar nos mundos mental inferior, astral e físico, com o único objetivo de
adquirir experiência, conhecer e dominar. Quando este objetivo for plenamente
conquistado, a Mônada torna-se apta para receber a quarta Iniciação planetária, a
Renúncia, a segunda solar, liberando-se dos três mundos inferiores e continuando Sua
evolução do mundo búdico para cima. Antes de receber a quarta Iniciação o Ego tem
de se capacitar para receber as iniciações primeira, o Nascimento, segunda, o Batismo,
e terceira, a Transfguração.

Estas quatro iniciações são conferidas com o Ego encarnado no mundo físico.

Quando a humanidade encarnada estiver nesta situação de evolução, situação em que


todo ser humano será visto efetivamente como um ser divino, através do conhecimento
verdadeiro e da inteligência superior, ou seja, através da mente superior ou abstrata, as
condições serão propícias para o retorno do CRISTO, o QUAL poderá então concluir
Sua missão e assumir o cargo de BUDA, liberando o atual Senhor Buda para prosseguir
Seu caminho para Sirius.

Assim fca bem claro e evidente que o retorno do CRISTO só será possível quando a
humanidade tiver conquistado esta situação evolutiva.

Estudo 543

1476
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Considerações sobre o parágrafo "Ademais será feita ênfase sobre a
responsabilidade do homem para com a comunidade.", na página 648, até "....lenta e
constantemente em todos os setores da vida.", na página 648.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul continua a relatar o que acontecerá com a
humanidade no futuro quando os três postulados por Ele descritos, referentes ao total
entendimento e assimilação da verdadeira realidade interna do ser humano, como
expressão no mundo físico da Mônada, a centelha divina, forem praticados por todos, e
a atual visão materialista for totalmente banida.

Haverá forte insistência, lógica e racional, sobre a responsabilidade do homem para


com a sua comunidade. O conceito de cidadania será completamente baseado no
verdadeiro e autêntico esoterismo, que o Mestre tão sabiamente apresenta em Seus
livros, especialmente no Tratado sobre Fogo Cósmico. A base será constituída pelas
relações entre os grupos egoicos, pela lei do renascimento ou reencarnação e pelo
verdadeiro signifcado da Lei do Karma.

Será enfatizada a responsabilidade de cada um para com a nação e seu lugar dentro
da comunidade para com a nação. Será também enfatizado o lugar que corresponde à
nação dentro da comunidade de nações.

A responsabilidade do homem para com o reino animal será ensinada a todos, o que
será conseguido por meio de:

1. Uma compreensão mais clara e mais profunda da própria natureza do homem.

2. O entendimento racional, lógico e científco do processo e das leis da


individualização e do efeito da infuência exercida pelo quarto reino, o humano, sobre
o terceiro reino, o animal.

3. Um Avatar de menor categoria, que deverá vir a princípios do atual século, para
revelar ao homem sua relação com o terceiro reino. O caminho deste Avatar já está
sendo preparado pelos que atualmente se dedicam a despertar o interesse do
público pelo reino animal por meio das organizações benefcentes e protetoras de
animais e pelos relatos publicados em livros e periódicos.

1477
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Helena Petrovna Blavatsky afrmou que o sentido de responsabilidade é um dos
primeiros indícios do controle exercido pelo Ego. A medida que a humanidade for
regida por tal infuência as condições serão melhoradas lenta e constantemente em
todos os setores da vida, o que é uma conclusão lógica, pois havendo senso de
responsabilidade de todos para com todos os seres humanos e para com os reinos
animal e vegetal, com base nos verdadeiros e autênticos ensinamentos esotéricos, o
Plano divino será efetivamente restabelecido na Terra.

Estudo 544

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Do parágrafo "3. No mundo da educação a compreensão da verdadeira
natureza do homem", na página 648, até ", pois a meta consiste em esclarecer a razão
do processo.", na página 650.

"3. No mundo da educação a compreensão da verdadeira natureza do homem trará


uma mudança fundamental nos métodos de ensino. Procurar-se-á especialmente
ensinar ao homem a realidade da existência do Ego em seu próprio plano, a natureza
dos corpos lunares e o método para alinhar os corpos inferiores, a fm de que o Ego
possa comunicar-se diretamente com o cérebro físico, controlar a natureza inferior e
realizar seus propósitos. Por meio da concentração e da meditação ensinar-se-á aos
homens como podem adquirir conhecimento por si mesmos, desenvolver a intuição e
extrair os recursos do Ego. Assim se ensinará ao homem a pensar, a assumir o controle
do corpo mental e a desenvolver seus poderes latentes.

Nas poucas frases anteriores se indicam, breve e inadequadamente, os resultados que


podem ser esperados da verdadeira compreensão da natureza essencial do homem.
Foram escritas em vista de que atualmente existe a necessidade de algo que confrme
a existência do homem real ou interno e das leis do reino de Deus. Sempre se soube
que existe esse homem interno, e invariavelmente proclamou-se o "reino interno", até
que veio H. P. B. e enunciou as mesmas antigas verdades desde um novo ângulo, dando
um giro esotérico ao pensamento místico. Agora o homem tem a oportunidade de
compreender as leis de seu próprio ser e, por esse conhecimento, os que estão por um
triz da captação intuitiva do conhecimento e aqueles de tendência científca dispostos

1478
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a aceitar estas verdades como hipótese ativa para ser aplicada como base
experimental, até comprovar sua inexatidão, terão a oportunidade de resolver os
problemas mundiais desde o aspecto interno. Desta maneira se manifestará o princípio
crístico sobre a terra e se demonstrará que a natureza crística é uma realidade na
natureza mesma.

Para o pensamento público é de grande valor a verdadeira explicação a respeito da


evolução do Ego, sendo muito grande o desenvolvimento gradual de seu poder na
terra. O homem pode considerar esta questão de duas formas, ambas proporcionarão
tema para a meditação e merecem ser consideradas seriamente. Têm sido tratadas
pelos pensadores de muitas escolas de pensamento e, por conseguinte, não
necessitam uma extensa elucidação. Pode considerar-se que o problema exige do ente
humano (atuando no corpo físico) elevar sua consciência interna até os níveis
superiores do plano mental, portanto implica elevar ou expandir sua consciência
incipiente até chegar a ser consciente dessa vida superior. Tal é o caminho da
aproximação mística; muitos exemplos desta realização podem ser estudados na vida
dos místicos de todas as épocas. Por meio da devoção pura, da dedicação intensa e de
uma severa disciplina do corpo físico, o místico penetra no centro cardíaco de seu
pequeno sistema e os raios de seu próprio sol central irradiam sobre sua vida a luz
divina egoica. Também poderia dizer-se que o problema reside em que o homem
concentra seu esforço em fazer descer à consciência do cérebro físico - por
conseguinte ao plano físico - a vida, o poder e a energia do centro interno, o Ego. Isto
signifca necessariamente compreender em forma científca as leis do ser e reconhecer
a natureza dual do Eu. Implica dedicar-se à tarefa de dominar os senhores lunares por
meio do radiante controle do Senhor solar. Tal é o método esotérico, pelo qual se
estuda a constituição dessas entidades que formam a quádrupla natureza interna, a
personalidade, e se investigam profundamente essas Essências divinas que constroem
o corpo do Ego ou Eu superior. A isto deve agregar-se também a severa aplicação das
leis da natureza ao problema individual.

O propósito deste tratado consiste em aplicar o último método mencionado, pois a


meta consiste em esclarecer a razão do processo."

Estudo 545

1479
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Considerações sobre o parágrafo "3. No mundo da educação a compreensão
da verdadeira natureza do homem", na página 648, até ".....e se demonstrará que a
natureza crística é uma realidade na natureza mesma.", na página 649.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá informações de altíssima relevância, magna


importância e grande aplicabilidade a respeito do que acontecerá no campo da
educação, quando os três postulados por Ele apresentados se tornarem realidade em
toda a humanidade, quando todo ser humano será visto como Mônada manifestando-
se no mundo físico através de um Loto egoico e uma Alma (a Joia no loto), a qual se
expressa por meio de uma personalidade constituída pelos corpos mental inferior,
astral e físico, e a vida no mundo físico será considerada secundária, sendo a mais
importante a vida do Ego ou Alma no mundo causal ou mental superior.

A metodologia de ensino será fundamentalmente alterada. Nas escolas será ensinado


que existe no mundo causal ou mental superior o Ego, expressão da Mônada, o qual
tem a sua disposição para evoluir três corpos, mental inferior, astral e físico, os quais
são Pitris lunares, também em evolução. A natureza e o objetivo destes Pitris lunares
farão parte do ensino, como também o método para sintonizar estes três corpos para
que o Ego possa se comunicar diretamente com o cérebro físico, controlar a natureza
inferior e realizar seus propósitos. Ficará bem claro que há uma diferença fundamental
entre a consciência do Ego em seu mundo, o causal, e a consciência do Ego
manifestando-se através do cérebro físico. No cérebro físico a consciência do Ego fca
totalmente distorcida pela ação dos Pitris lunares que constituem os corpos inferiores.

Pela concentração e meditação nas informações sobre a constituição e natureza do


Loto egoico, a Joia no loto, a Tríade inferior e os três corpos inferiores (informações
que o Mestre nos dá), será possível ao homem entrar em contato com o Ego, melhor
dizendo, fazer que o Ego possa manifestar em cérebro físico sua consciência no
mundo causal, pois as informações do Mestre, quando aplicadas, produzem a
transformação dos canais de comunicação entre a consciência no mundo causal e o
cérebro físico, pelo processo de sintonia, assim como, analogamente, o sintonizador de
uma televisão consegue receber e deixar passar a frequência de um canal de televisão
(o sinal), cujas informações de vídeo, croma e áudio, após o processamento nos
circuitos internos da televisão, são reproduzidas na tela e no alto-falante do aparelho,

1480
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
reconstruindo a imagem e o som captados pela câmera de televisão.

Assim será possível ao homem (o Ego manifestando-se pelo cérebro físico) adquirir
conhecimento por si mesmo, desenvolver a intuição (o conhecimento direto e total e
não parcelado) e extrair os recursos do Ego, melhor dizendo, o Ego conseguir utilizar
seus recursos no mundo físico. Desta forma o homem (o Ego manifestando-se pelo
cérebro físico) aprenderá a pensar (o verdadeiro pensar), a assumir o controle do
corpo mental e a desenvolver seus poderes latentes.

O Mestre deixa bem clara a necessidade atual de algo que confrme a existência do
homem real ou interno e as leis do reino de Deus, as leis que regem o nosso sistema
solar. Sempre foi proclamada a existência do homem interno e do reino interno. Helena
Petrovna Blavatsky apresentou ao mundo ocidental as mesmas antigas verdades sob
um novo ângulo, o que provocou uma virada esotérica no pensamento místico.
Atualmente o homem tem a oportunidade de compreender as leis de seu próprio ser
(por meio dos altíssimos conhecimentos que o Mestre nos dá no Tratado sobre Fogo
Cósmico) e, por meio destes conhecimentos, os que estão já prontos para a captação
intuitiva do conhecimento e os de tendência científca dispostos a aceitar estas
verdades como hipótese ativa para ser aplicada como base experimental, até
comprovar sua exatidão ou inexatidão, terão a oportunidade de resolver os problemas
mundiais desde o aspecto interno. Estes que já estão prontos são os que já
conseguiram desenvolver intensamente a mente abstrata, por meio da qual podem ter
acesso à consciência búdica e transferir conhecimentos para o cérebro físico.

Esta oportunidade é muito importante e lógica, pois estamos no fnal da quinta raça-
raiz, a raça que tem como meta desenvolver e aperfeiçoar manas, em particular a
mente abstrata, e preparar o terreno para o advento da sexta raça-raiz, que tem como
meta desenvolver e aperfeiçoar a mente abstrata e o princípio Budi, que utilizará a
mente abstrata. Assim o princípio crístico manifestar-se-á sobre a terra e será
comprovado que a natureza crística é uma realidade na própria natureza.

Estudo 546

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - Considerações sobre o parágrafo "Para o pensamento público é de grande

1481
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
valor a verdadeira explicação a respeito da evolução do Ego,", na página 649, até "....,
pois a meta consiste em esclarecer a razão do processo.", na página 650.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul conclui a descrição da terceira mudança que
ocorrerá nas ideias da humanidade quando os três postulados expostos pelo Mestre
forem bem compreendidos e se tornarem realidade. Esta mudança ocorrerá na área da
educação.

Para o pensamento público será de imenso valor a explicação real e verdadeira da


evolução do Ego. Com esta mudança o Ego passará gradualmente a ter um grande
poder no mundo físico. Esta questão poderá ser considerada pelo homem encarnado
de duas formas e ambas constituirão tema para a meditação e merecem ser
consideradas seriamente.

Este assunto tem sido tratado pelos pensadores de muitas escolas de pensamento e,
por isto, o Mestre dispensa uma extensa elucidação. O problema exige do homem
encarnado elevar sua consciência cerebral interna até os níveis superiores do mundo
mental, onde está o Ego com seu Loto egoico, seu corpo de expressão, o que implica
expandir sua consciência incipiente sobre o assunto até chegar a ser consciente da
vida superior do seu Ego.

Este é o caminho da aproximação mística. Nas vidas dos místicos de todas as épocas
podem ser estudados muitos exemplos desta realização. Estes místicos tinham uma
devoção ou dedicação pura e intensa, o que provocava neles uma severa disciplina do
corpo físico. Assim eles conseguiam ativar seu centro cardíaco, o que atuava no centro
coronário, através da conexão do centro cardíaco com o cardíaco do coronário,
chamando assim a atenção do Ego no mundo causal.

Podemos descrever este problema dizendo que ele consiste em o homem encarnado se
esforçar para fazer descer ao cérebro físico a vida, o poder e a energia do Ego.
Obviamente isto requer que o homem encarnado conheça e entenda clara e
cientifcamente as leis do seu ser e a natureza dual do Eu, os Anjos solares
constituintes do Loto egoico e os Pitris lunares constituintes de seus três corpos
inferiores, devendo estes últimos ser dominados pelo Ego ou Senhor solar.

Logicamente para esta realização o homem encarnado tem de conhecer e entender


claramente a constituição do Loto egoico e o mecanismo de comunicação do Ego com
os corpos inferiores, como também a quádrupla constituição destes corpos inferiores,

1482
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ou seja, os corpos físico denso, físico etérico, astral e mental inferior, os quais em
conjunto formam a personalidade.

Este último método é o método esotérico, ao qual deve ser acrescentada a severa
aplicação das leis da natureza.
O Mestre conclui dizendo que o propósito do Tratado sobre Fogo Cósmico consiste em
ensinar o método esotérico, pois a meta consiste em esclarecer a razão do processo.

Estudo 547

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "b. A evolução das pétalas. A
construção do corpo causal é o resultado da energia dual,", na página 650, até " ,
porém esta vez com o adquirido durante a existência física, ademais do amor-
sabedoria desenvolvido.", na página 653.

"b. A evolução das pétalas. A construção do corpo causal é o resultado da energia dual,
a energia do eu inferior com sua ação refexa sobre a unidade superior e a natural
energia do eu quando impressiona diretamente a substância do loto egoico. Deveria
recordar-se aqui que, por sutil que seja o material, o loto egoico é em realidade
substância que possui uma vibração particular como a do corpo físico, só que (devido
a sua tenuidade) o homem físico o considera praticamente como insubstancial. Em
efeito, como já foi indicado, é o resultado da vibração dual dos Dhyans quíntuplos ou
Deuses em conjunção com o Quaternário quádruplo ou os Pitris dos veículos inferiores.
Mediante o esforço consciente dos Logos planetários os Dhyans e os Pitris inferiores
entram em estreita relação. Isto produz (no terceiro subplano do plano mental) uma
vibração nônupla ou uma espiral na matéria gasosa do plano - subplano gasoso
cósmico - que, depois de certo período de persistência, assume a forma de um loto de
nove pétalas. Dito loto está cerrado em forma de capulho sobre o ponto central ou
coração do loto - essa chispa de fogo elétrico que por sua ação ou vitalidade inata,
atuando sobre a substância do loto, atrai para si a sufciente quantidade de substância
para formar três pétalas internas e proteger a chispa central, sendo sem embargo da
mesma substância ou essência que as outras nove pétalas. O estudante deve cuidar de
não materializar demasiadamente seu conceito; portanto seria conveniente que

1483
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
considere este tema desde outros ângulos e empregue outros termos para expressar a
mesma ideia. Por exemplo, o corpo egoico poderia ser visto das quatro maneiras
seguintes:

Como nove vibrações, emanando de um ponto central, cujas pulsações ou radiações


produzem três vibrações principais de grande força que circulam ao redor do centro;
as nove vibrações recorrem um caminho em diagonal até que chegam à periferia da
esfera egoica de infuência. Ali dão a volta, formando desta maneira a já conhecida
forma esferoidal do corpo causal.

Como nove pétalas de um loto, irradiando desde um centro comum e ocultando dentro
de si três pétalas centrais, que por sua vez ocultam um ponto de fogo central. As
irradiações que surgem da ponta de cada pétala produzem a ilusão de uma forma
esferoidal.

Como nove raios de uma roda, que convergem até um eixo central, que em si é tríplice
e oculta a energia central ou dínamo de força - geradora de toda atividade.

Como nove tipos de energia que produzem emanações defnidas provenientes de uma
unidade tríplice, a qual por sua vez sai de uma unidade central de força.

Para nosso propósito, a segunda defnição será a mais útil no intento de imaginarmos a
constituição, a natureza, o método de desenvolvimento e a verdadeira evolução do Ego,
atuando no corpo causal.

Em termos de fogo, as mesmas verdades podem ser expressadas do modo seguinte, o


qual deveria ser refexionado detidamente pelos que estudam este tratado:

1. Fogo Aspecto
Espírito A Joia no loto.
elétrico vontade
Consciê Aspecto
2. Fogo solar As nove pétalas.
ncia amor
3. Fogo por Substân Aspecto Os três átomos
fricção cia atividade permanentes.
No fogo elétrico, a Mônada está representada em sua tríplice natureza e signifca esse
tipo de manifestação que será desenvolvido em sua mais elevada etapa no próximo
sistema solar.

No fogo solar, estes Pitris solares em sua formação nônupla representam e


possibilitam o desenvolvimento da consciência da Mônada, por intermédio do Ego nos
três mundos da evolução humana.

1484
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No fogo por fricção, os Pitris lunares estão representados por, e constituem, o eu
inferior, a personalidade, ou esses veículos mediante os quais o Ego por sua vez
adquire experiência nos planos inferiores.

Sem embargo, dentro do ovo áurico egoico os três são um em manifestação,


continuando constantemente o intercâmbio de energia e vitalidade. O Espírito emprega
a Alma ou Ego como veículo de iluminação, e o Ego emprega o Quaternário inferior
como meio de expressão. Portanto, a evolução do Espírito pode dividir-se em três
etapas:

Na primeira atuam principalmente os Pitris lunares e preparam os corpos inferiores


para que sejam ocupados. As vibrações inferiores controlam e o "fogo por fricção"
acalenta e nutre, excluindo todo o demais.

Na segunda os Pitris solares predominam gradualmente, desenvolvendo-se a


consciência egoica. Os corpos são ocupados pelo Pensador, controla-os e submete
gradualmente a sua vontade e propósito e os descarta oportunamente. As vibrações
intermédias controlam e o fogo solar irradia, iluminando no curso da evolução os
corpos inferiores; gradualmente aumenta seu calor, e com o tempo ajuda a destruir as
formas.

Na terceira é revelado o fogo elétrico e pela intensidade de sua chama apaga os outros
fogos. Os Pitris lunares cumpriram seu cometido, os Pitris solares desenvolveram o
ente autoconsciente, o homem, a a Mônada (tendo utilizado ambos) os descarta e se
retrai em si mesma, porém esta vez com o adquirido durante a existência física,
ademais do amor-sabedoria desenvolvido."

Estudo 548

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "b. A evolução
das pétalas. A construção do corpo causal é o resultado da energia dual, a energia do
eu inferior com sua ação refexa sobre a unidade superior e a natural energia do eu,
quando impressiona diretamente a substância do loto egoico.", na página 650, até "......e
empregue outros termos para expressar a mesma ideia.", na página 650.

1485
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul começa a descrever detalhadamente o loto egoico e
seu processo de desenvolvimento.

O loto egoico ou corpo causal se desenvolve por meio da energia proveniente dos três
corpos inferiores constituintes da personalidade, energia que atinge o loto egoico e o
Ego (a unidade superior) e por meio da energia do Ego quando atua diretamente na
matéria do loto egoico.

O loto egoico é construído com matéria do terceiro subplano mental, o subplano mais
denso do plano ou mundo mental superior ou abstrato. Esta matéria tem uma vibração
particular, assim como o corpo físico tem a sua própria. Por ser muito sutil a matéria
do loto egoico e sua frequência vibratória ser muito alta em relação à do corpo físico, o
homem físico considera o loto egoico imaterial.

Como já foi explicado, o loto egoico é o resultado da conjunção entre os Anjos solares
(Dhyans quíntuplos) e os Pitris lunares (Quaternário quádruplo) dos corpos inferiores.
São ao todo nove vibrações, cinco dos Anjos solares e quatro dos Pitris lunares.

Pelo esforço consciente dos Logos planetários os Anjos solares e os Pitris lunares
entram em estreita relação e isto produz no terceiro subplano do plano mental uma
vibração nônupla, resultante da junção das cinco vibrações dos Anjos solares com as
quatro vibrações dos Pitris lunares. Esta vibração nônupla assume inicialmente a forma
de uma espiral na matéria gasosa cósmica (terceiro subplano do plano mental),
assumindo após certo período a forma de um loto de nove pétalas. Tal loto fca
fechado em forma de capulho sobre o ponto central ou coração do loto. Este coração
do loto é uma chispa de fogo elétrico, constituído de átomos mentais especiais,
denominada joia no loto. A Joia no loto é energizada diretamente pelo fogo elétrico da
Mônada e é o Ego ou Alma.

A Joia no loto, pelo seu fogo elétrico, atua sobre a matéria do loto egoico e atrai uma
quantidade sufciente de matéria mental para formar três pétalas internas que se
fecham sobre a Joia no loto, protegendo-a. Estas três pétalas internas são constituídas
de moléculas mentais do primeiro raio, a pétala do Sacrifício ou Vontade, moléculas
mentais do segundo raio, a pétala do Amor-Sabedoria, e moléculas mentais do terceiro
raio, a pétala do Conhecimento.

O raio de uma molécula é o raio dos átomos formadores da molécula.

A concepção do loto egoico não deve ser materializada em demasia. O ideal é a

1486
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
concepção ser baseada em energias, o que é a realidade, pois a matéria é energia. Por
causa disto o Mestre apresenta a seguir quatro maneiras diferentes para descrever o
loto egoico ou corpo egoico.

Estudo 549

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b.A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Por exemplo, o
corpo egoico poderia ser visto das quatro maneiras seguintes:", na página 650, até ", e
o Ego emprega o Quaternário inferior como meio de expressão.", na página 652.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul nos apresenta quatro modos de visualizar o loto
egoico, fcando bem claro todavia que são apenas ajudas para se captar o processo
energético, que é o que o Mestre espera de todos, uma vez que o loto egoico é um
conjunto de energias atuando em moléculas do terceiro subplano mental, energias que
fazem que as moléculas executem diversos movimentos e oscilações, movimentos e
oscilações que contêm e expressam informações e qualidades, assim como uma onda
eletromagnética contém informações em suas oscilações. Existe um processo científco
pelo qual as informações e qualidades são transformadas em movimentos e oscilações,
assim como numa onda eletromagnética de um canal de televisão as informações de
vídeo, croma (cor), sincronismo horizontal e vertical, e áudio, são transformadas em
oscilações dos campos elétricos e magnéticos da onda eletromagnética, recebendo o
nome técnico de modulação da onda eletromagnética, a qual recebe o nome técnico de
portadora. A diferença fundamental é que as oscilações da onda eletromagnética são
de partículas etéricas, que pertencem ao mundo físico, enquanto as oscilações do loto
egoico são de moléculas da matéria mental, na qual a frequência oscilatória é
muitíssimo maior que a da matéria física. Para ter uma ideia da diferença de frequência
entre as duas matérias, a frequência dos raios gama, no mundo físico, chega a 10
elevado a 24 hertz (ciclos por segundo), o que é igual a 1 setilhão de hertz, 1 seguido
de 24 zeros, no mundo mental, admitindo que a frequência triplica, temos 10 elevado a
72, 1 seguido de 72 zeros. Em comprimento de onda, o espaço percorrido pela onda
em um ciclo, temos para a frequência de 10 elevado a 24 hertz o comprimento de 3 x

1487
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
10 elevado a - 16 metro, ou seja, 0, ...(15 zeros) 3. Para a frequência de 10 elevado a
72, temos o comprimento de onda da ordem de grandeza de 10 elevado a - 64 metro,
um valor aproximado, uma vez que no mundo mental a velocidade da onda é maior do
que a da luz do mundo físico.

Esses valores demonstram que no mundo mental a capacidade de armazenar


informações é muitíssimo maior que no mundo físico. Esses cálculos foram
apresentados para enfatizar e estimular a concepção das palavras do Mestre em
termos de energias que movimentam partículas, não se deixando prender pela
concepção puramente materialista. O entendimento do modo de vida nos mundos
superiores tem de ser baseado em qualidades, signifcados e ideias que movimentam
partículas.

Inicialmente o Mestre descreve o loto egoico como um gerador no centro do loto,


gerando três frequências principais de maior potência, as quais circulam em torno do
gerador. Cada frequência principal por sua vez gera três frequências secundárias,
totalizando nove frequências, as quais se propagam num trajeto diagonal até o limite
da esfera de atuação do gerador central, o Ego, retornando a seguir para o centro,
produzindo assim a forma esferoidal do loto egoico ou corpo causal. Com outras
palavras, temos três ondas principais de maior potência saindo do gerador central, o
Ego ou Joia no loto, as quais dão a volta em torno do gerador central. De cada onda
principal saem três ondas secundárias, de menor potência, as quais prosseguem em
diagonal até o limite da esfera de atuação do gerador central , voltando a seguir para a
sua onda principal geradora, totalizando nove ondas secundárias. Todas estas ondas
oscilam.

O Mestre apresenta a segunda descrição do loto egoico como nove pétalas de um loto,
as quais saem de um centro comum, o qual oculta dentro de si três pétalas centrais, as
quais por sua vez ocultam um ponto de fogo central. As irradiações que surgem da
ponta de cada pétala produzem a ilusão de uma forma esferoidal. É fácil conceber a
primeira descrição desta forma. As nove pétalas são as nove frequências secundárias
geradas pelas três frequências principais, as quais são as três pétalas centrais. O
ponto de fogo central é o gerador no centro do loto. O Mestre diz que esta segunda
descrição é a mais útil para o Seu objetivo de imaginar a constituição, a natureza, o
método de desenvolvimento e a verdadeira evolução do Ego, atuando no corpo causal.
Na realidade, como as duas descrições se enquadram perfeitamente, a primeira é mais
real e prática para alcançar o objetivo do Mestre, uma vez que ela está baseada em
energias operando.

1488
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A terceira descrição do loto egoico apresentada pelo Mestre é de uma roda com nove
raios saindo de um eixo central, o qual é tríplice e oculta o dínamo central de força,
gerador de toda atividade. Também é fácil enquadrar a primeira descrição nesta. Os
nove raios saindo de um eixo central são as nove frequências secundárias, o eixo
central tríplice é constituído pelas três frequências principais, e o dínamo central de
força é o gerador no centro do loto, a Joia no loto.

A quarta e última descrição do loto egoico apresentada pelo Mestre é de nove tipos de
energia que produzem emanações defnidas provenientes de uma unidade tríplice, a
qual por sua vez sai de uma unidade central de força. A primeira descrição, a
energética ondulatória, também se enquadra nesta última. Os nove tipos de energia são
as nove frequências secundárias, a unidade tríplice é constituída pelas três
frequências principais, e a unidade central de força é o gerador no centro do loto, a
Joia no loto.

A seguir o Mestre descreve o loto egoico em termos de fogo, recomendando que esta
descrição seja estudada detidamente, pois de fato é a mais profunda e a que expressa
a realidade subjacente.

O gerador no centro do loto ( primeira descrição), o ponto de fogo central ( segunda


descrição), o dínamo central de força (terceira descrição) e a unidade central de força
( quarta descrição), expressam o Fogo elétrico, gerado pelo Espírito ou Mônada, sendo
o aspecto vontade e está na Joia no loto. As três frequências principais ( primeira
descrição), as três pétalas centrais (segunda descrição ), o eixo central ( terceira
descrição ) e a unidade tríplice (quarta descrição ) também expressam o Fogo elétrico.

As nove frequências secundárias ( primeira descrição ), as nove pétalas de um loto


( segunda descrição ), os nove raios de uma roda ( terceira descrição ) e os nove tipos
de energia ( quarta descrição ), expressam o Fogo solar, sendo a Consciência e o
aspecto amor.

O Mestre descreveu o loto egoico em termos de Fogo elétrico e Fogo solar. Mas o
Mestre cita o Fogo por fricção, que se manifesta através dos três átomos permanentes
constituintes da Tríade inferior: a unidade mental, o átomo astral permanente e o
átomo físico permanente. Isto signifca que a Tríade inferior está conectada com o loto
egoico, constituindo de fato parte dele, pois a Tríade inferior está localizada sob o
centro do loto egoico e em determinada fase adiantada do processo evolutivo ela
circula por cima e por baixo do loto egoico. Este Fogo por fricção se manifesta na
Substância, sendo o aspecto atividade.

1489
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
No Fogo elétrico a Mônada se manifesta em Sua tríplice natureza: Vontade, Amor -
Sabedoria e Atividade Inteligente, mas na realidade o Fogo elétrico da Mônada é
expressão da Vontade, o primeiro aspecto, o qual só será desenvolvido em sua mais
elevada etapa no próximo sistema solar, o sistema de Vontade ou Poder. Isto signifca
claramente que a Mônada é Vontade.

No Fogo solar os Pitris ou Anjos solares, em sua constituição nônupla, possibilitam o


desenvolvimento da consciência da Mônada, por intermédio do Ego nos três mundos
da evolução humana, mental, astral e físico.

No Fogo por fricção os Pitris lunares constituem o eu inferior, a personalidade ou os


corpos ( mental inferior, astral e físico ) por meio dos quais o Ego por sua vez adquire
experiência nos três mundos inferiores.

Estes três fogos em manifestação são uma unidade dentro do ovo áurico egoico,
mantendo constantemente o intercâmbio de energia e vitalidade. A Mônada ou Espírito
emprega a Alma ou Ego como veículo de iluminação, e o Ego emprega o Quaternário
inferior, a personalidade, como meio de expressão. O ovo áurico egoico envolve os três
corpos inferiores.

Estas descrições do loto egoico feitas pelo Mestre nos dão uma visão bem clara, nítida,
racional e lógica do que realmente somos e nos libertam de toda miragem e ilusão,
desde que de fato refitamos, raciocinemos, meditemos e decidamos agir
coerentemente com estes elevadíssimos ensinamentos do Mestre.

Estudo 550

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Portanto, a
evolução do Espírito pode ser dividida em três etapas:", na página 652, até ", ademais
do amor-sabedoria desenvolvido.", na página 653.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul descreve as três etapas de evolução do Espírito ou
Mônada em sua passagem pelos três mundos inferiores: físico, astral e mental, ao
relacionar-se com os Pitris lunares, que constituem os corpos inferiores: físico, astral e

1490
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mental inferior, e com os Anjos solares, que constituem o loto egoico, corpo de
expressão do Ego ou Alma, que é o instrumento de expressão da Mônada.

A Mônada em Seu processo evolutivo utiliza dois instrumentos centrais: a Tríade


superior ou espiritual e a Tríade inferior. Os três corpos inferiores são construídos em
cada encarnação a partir dos componentes da Tríade inferior, o Ego e o loto egoico são
construídos na individualização a partir do átomo mental permanente, componente da
Tríade superior, em contato com a unidade mental, componente da Tríade inferior, pela
ação dos Anjos solares, e perduram por todo o grande ciclo das encarnações, sendo
desintegrados na quarta Iniciação planetária, a segunda solar, a Renúncia.

Na primeira etapa os Pitris lunares predominam e preparam os corpos inferiores para


serem ocupados pela Mônada. Nesta etapa o fogo por fricção domina e controla,
aquecendo e nutrindo, prevalecendo as vibrações inferiores. É a etapa em que o Ego se
identifca com a personalidade, expressão dos três corpos inferiores.

Na segunda etapa os Anjos solares começam a predominar gradualmente,


desenvolvendo-se a consciência egoica e o Ego passa a ocupar efetivamente os corpos
inferiores, deixando de se identifcar com eles e vendo-os apenas como seus
instrumentos de evolução. O Ego ou Pensador vai controlando os corpos inferiores e
impondo a sua vontade e o seu propósito e os descarta oportunamente, ou seja, na
morte. O fogo solar, resultante da ação do Ego ou Pensador, passa a predominar e as
vibrações intermediárias passam a prevalecer. O fogo solar passa a irradiar e iluminar
os corpos inferiores; aumenta gradualmente sua energia e com o tempo ajuda a
destruir os corpos inferiores. O fogo solar energiza o fogo por fricção tríplice e eleva
as vibrações produzidas e com isto ajuda a destruir os corpos inferiores, quando
deixam de ser úteis para o Ego.

Na terceira etapa o fogo elétrico da Mônada começa a atuar e por ser o mais potente
apaga os outros dois. Os Pitris lunares cumpriram a sua missão e os Anjos solares
desenvolveram o ente autoconsciente, o homem, o Ego manifestando-se
conscientemente através do cérebro físico. A Mônada utilizou os Pitris lunares e os
Anjos solares em Seu processo evolutivo e ao encerrar esta etapa descarta ambos, o
que ocorre na quarta Iniciação planetária, retraindo-se em si mesma com o adquirido
durante a existência física (o ciclo de encarnações) e com o amor-sabedoria
desenvolvido. Todo o conteúdo do loto egoico e do ego é transferido para a Tríade
superior, o do círculo do Conhecimento para o átomo mental permanente, o do círculo
do Amor-Sabedoria para o átomo búdico permanente e o do círculo do Sacrifício

1491
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
(Vontade) para o átomo átmico permanente. Com isto a Mônada desenvolve qualidades
e poderes e passa a evoluir nos mundos superiores, búdico, átmico, monádico e adi,
utilizando a Tríade superior. É lógico que há um processo pelo qual a Mônada
desenvolve qualidades e poderes, contudo tal processo nada tem a ver com qualquer
processo material, pois envolve Espírito puro. Para ter uma ideia deste processo é
necessário ter uma ideia de AQUILO que o Mestre Djwhal Khul diz que não é nem
Espírito nem matéria.

Estudo 551
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "O Antigo Comentário expressa esta
verdade da maneira seguinte:", na página 653, até ", e cada um exerce também uma
infuência especial sobre a pétala particular que pertence a seu especial grau de
vibração.", na página 654.

"O Antigo Comentário expressa esta verdade da maneira seguinte:

"O Senhor da Vida Mesma está sentado no coração e vigia. Os Senhores do fogo solar
prosseguem sua tarefa e se sacrifcam pelos Senhores lunares dos planos inferiores.
Morrem, porém ressuscitam. Retiram-se, e voltam novamente. Sem embargo, o Senhor
da Vida permanece sentado.

Os Senhores lunares começam a morrer; seu poder começa a declinar sucessivamente


em cada ciclo. Os Senhores solares brilham triunfalmente, e arrojam os quádruplos ao
fogo - o fogo que consome e dissipa a forma.

A tarefa se repete muitas vezes; os ciclos crescem e declinam até o dia triunfante em
que o Senhor solar se proclame a Si mesmo e se reconheça como regente.

Então o Senhor da Vida se dá volta e se ergue em todo Seu poder. Consome os


Senhores solares, que perecem ao igual que os Senhores lunares. Pronuncia uma
Palavra; o fogo desce. A chama surge. o fogo inferior desapareceu através da chama
do calor solar e o fogo intermédio desapareceu pela intensidade do fogo dos Céus.

Nada resta, salvo uma tríplice chama de cor violeta, índigo e amarela. Esta desaparece.
Então reina a escuridão. Sem embargo, o Senhor da Vida persiste, embora invisível."

Como sabemos, o loto egoico está formado por três fleiras - cada fleira composta de
três pétalas e todas protegem o capulho interno, onde se oculta a joia. Tratamos aqui a
evolução, formação, vitalização, nutrição e eventual desenvolvimento das pétalas. Será

1492
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
útil para o estudante, nesta etapa, recordar que nos referimos principalmente ao
desenvolvimento do segundo aspecto do homem, o aspecto amor-sabedoria,
considerando só em forma secundária o terceiro aspecto ou a atividade, que tem seus
centros de energia nos três átomos permanentes.

Estas três fleiras de pétalas são denominadas em terminologia esotérica:

1. A tríade do "conhecimento externo" ou os senhores da sabedoria ativa.


2. A tríade da fleira do "amor" ou os senhores do amor ativo.
3. A tríade interna do "sacrifício" ou os senhores da vontade ativa.
A primeira constitui o resumo da experiência e do desenvolvimento de consciência
alcançado, a segunda a aplicação desse conhecimento, em forma de amor e serviço, ou
a expressão do Eu e o não-eu vibrando reciprocamente, e a terceira, a plena expressão
do conhecimento e do amor dedicados a sacrifcar tudo, conscientemente, para levar a
cabo os planos do Logos planetário e realizar Seus propósitos grupalmente. Cada um
destes três grupos de pétalas estão guiados pelos três grupos de Agnishvattas e
formados com sua própria substância que, em essência,constituem o tríplice Ego
durante a manifestação. Através deles fui a força e a energia coerente dessas
misteriosas Entidades, as quais (quando se considera a família humana como um todo)
denominamos:

a. Os Budas ou Senhores de Atividade.


b. Os Budas ou Senhores de Amor Compassivo.
c. Os Budas de Sacrifício, dos Quais o Senhor do Mundo é, para o homem, o expoente
mais conhecido.
Através destes três grupos fui essa tríplice energia que encontra sua expressão no
plano mental e em relação com o reino humano nos três grupos de

Agnishvattas ou Pitris solares mencionados anteriormente. Estes grupos formam a


substância das três fleiras de pétalas, e cada um exerce também uma infuência
especial sobre a pétala particular que pertence a seu especial grau de vibração."

Estudo 552

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo

1493
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo " O Antigo
Comentário expressa esta verdade da maneira seguinte:", na página 653, até "Sem
embargo, o Senhor da Vida persiste, embora invisível.", na página 653.

Considerações.

O Senhor da Vida Mesma é a Mônada, que está com a atenção voltada para o processo
evolutivo através do loto egoico e dos corpos inferiores, para conhecer os mundos
inferiores.

Os Senhores do fogo solar são os Anjos solares, construtores do loto egoico com a
própria substância de Seus corpos. Os Anjos solares se sacrifcam pelos Senhores
lunares, porque Eles voluntariamente se deixam aprisionar no loto egoico, para que os
Pitris lunares, que constituem os corpos inferiores do homem, evoluam e se tornem
Anjos solares.

Morrem, porém ressuscitam, se retiram e voltam novamente, signifca o processo de


reencarnação do homem, mas a Mônada, o Senhor da Vida, permanece na Sua posição.

Com o avanço do processo evolutivo os Pitris lunares, os Senhores lunares, vão


perdendo Seu poder na sucessão das encarnações, os ciclos.

Os Anjos solares vão intensifcando Sua ação junto ao Ego, o Senhor solar, e o fogo
solar vai dominando o fogo por fricção dos Pitris lunares, os Quais constituem o
quaternário inferior, os quádruplos, e com isto as formas vão sendo consumidas e
trocadas por formas melhores.

Isto se repete muitas vezes, ao longo das encarnações, até que o Ego, o Senhor solar,
quando aprende a realizar sozinho o trabalho dos Anjos solares, reconheça-se como
regente e se proclame como regente. Então a Mônada, o Senhor da Vida, dá a volta,
aferra-se ao Ego, pronuncia uma Palavra, emite Seu fogo elétrico para o Ego, a joia no
loto, o fogo desce. A chama surge, a ação do fogo elétrico da Mônada sobre os fogos
solar e por fricção fundidos produz a combustão do loto egoico e do Ego. O fogo
inferior desapareceu através da chama do calor solar, o fogo por fricção foi consumido
pelo fogo solar na fusão; o fogo intermédio desapareceu pela intensidade do fogo dos
Céus, o fogo solar foi consumido pelo fogo elétrico da Mônada.

O loto egoico e o Ego são consumidos e desaparecem, os Anjos solares são liberados,
permanecendo a Tríade superior, que desaparece e sai da manifestação em relação aos
três mundos inferiores, reinando a escuridão para os mundos inferiores. Sem embargo
o Senhor da Vida permanece, embora invisível, a Mônada permanece evoluindo nos

1494
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mundos superiores, do búdico para cima, utilizando a Tríade superior como
instrumento, fcando invisível para os mundos inferiores.

Estudo 553

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Como sabemos,
o loto egoico está formado por três fleiras", na página 653, até ", em essência,
constituem o tríplice Ego durante sua manifestação.", na página 654.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul prossegue na descrição do loto egoico, da sua
atividade e do seu modo de operar, como veículo de autoconsciência para a Mônada
nos três mundos inferiores. Com esta descrição do Mestre fca bem claro e evidente
que todo ser humano é a Mônada ou Espírito se expressando no mundo físico através
do loto egoico e dos corpos mental inferior, astral e físico. Quando o ser humano
morre, a Mônada passa a se expressar no mundo astral por meio do corpo astral.
Quando ocorre a segunda morte, a do corpo astral, a Mônada passa a se expressar no
mundo mental inferior por meio do corpo mental inferior. Quando ocorre a terceira
morte, a do corpo mental inferior, a Mônada passa a se expressar unicamente por meio
do loto egoico no mundo causal ou mental superior. Isto deve induzir todos a verem
todos os demais seres humanos como seus autênticos irmãos, sem qualquer
discriminação, e como Mônadas se expressando no mundo físico. A ajuda dada em
qualquer campo construtivo para a evolução do Ego é um exercício para a fusão mais
plena das Mônadas em Seu mundo original, o monádico. A ajuda mais construtiva e
importante é aquela em que o ser humano é ensinado a se ver como Mônada se
expressando no mundo físico, apenas para adquirir experiência e dominar totalmente
os Pitris lunares que constituem seus corpos inferiores, e é isto que o Mestre Djwhal
Khul está fazendo através dos Seus elevadíssimos ensinamentos. O Mestre vai muito
mais além ao ensinar como é a vida nos mundos superiores, complementando
detalhadamente as palavras do Senhor CRISTO na Palestina por meio do Mestre JESUS
sobre a vida mais abundante e mais plena do Reino do PAI (a Mônada).

O loto egoico está constituído por três círculos exteriores, cada círculo com três

1495
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vórtices, denominados pétalas, porque têm a aparência de pétalas de uma for, todos
os três círculos protegendo e ocultando o casulo ou capulho central, no qual está a
joia, velada pelo círculo interno e central. A joia, denominada joia no loto, é a Alma ou
Ego, manifestação da Mônada no mundo causal ou mental superior.

O Mestre deixa bem claro que Ele trata aqui a evolução, formação, vitalização, nutrição
e eventual desenvolvimento das pétalas. O Mestre lembra que nesta etapa Ele se refere
principalmente ao desenvolvimento do segundo aspecto do homem, o aspecto amor-
sabedoria, que é o que o loto egoico expressa essencialmente. O terceiro aspecto,
inteligência ativa, é considerado só em forma secundária, tendo seus centros de
energia nos componentes da Tríade inferior.

Os três círculos de vórtices ou pétalas são denominados na terminologia esotérica:

1. A tríade do "conhecimento externo" ou os senhores da sabedoria ativa. É o círculo


exterior, na periferia.
2. A tríade do "amor" ou os senhores do amor ativo. É o círculo do meio.
3. A tríade do "sacrifício" ou os senhores da vontade ativa. É o círculo mais interno.
A tríade do "conhecimento externo" constitui o resumo da experiência e do
desenvolvimento de consciência alcançado.

A tríade do "amor" constitui a aplicação do conhecimento em forma de amor e serviço


ou a expressão do Eu e do não-eu vibrando reciprocamente.

A tríade do "sacrifício" constitui a plena expressão do conhecimento e do amor


dedicados a sacrifcar tudo, conscientemente, para levar a cabo os planos do Logos
planetário e realizar Seus propósitos grupalmente ou em conjunto.

Cada círculo é guiado por um grupo de Agnishvattas, totalizando três grupos. Cada
grupo é composto de três grupos menores, um para cada vórtice ou pétala do círculo,
totalizando nove grupos menores. Os corpos de expressão dos Agnishvattas, sua
substância, constituem os vórtices ou pétalas do loto egoico, sendo em essência o
tríplice Ego durante sua manifestação, assim como a personalidade humana é em
essência corpos de expressão dos Pitris lunares.

Estudo 554

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais

1496
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Através deles
fui a força e a energia coerente dessas misteriosas Entidades, as quais (quando se
considera a família humana como um todo) denominamos:", na página 654, até "....uma
infuência especial sobre a pétala particular que pertence a seu especial grau de
vibração.", na página 654.

Considerações.

O loto egoico, o instrumento por meio do qual a Mônada se manifesta na matéria causal
ou mental superior (plano ou mundo causal ou mental superior), é uma estrutura viva e
por isto não podemos analisá-lo e estudá-lo somente sob o ponto de vista mecânico, ou
seja, vendo apenas a matéria mental em movimento.

A matéria mental superior dos três círculos externos do loto egoico constitui corpo de
expressão para três grupos de Agnishvattas. O grupo do círculo mais externo, a tríade
do conhecimento externo, é constituído pelos senhores da sabedoria ativa,
Agnishvattas vinculados ao terceiro Raio, de Inteligência Ativa. Este grupo é dividido
em três grupos menores, um que constitui o vórtice ou pétala do
conhecimento/conhecimento, outro que constitui o vórtice ou pétala do
conhecimento/amor, e o outro que constitui o vórtice ou pétala do
conhecimento/sacrifício.

O grupo do círculo médio, a tríade do amor, é constituído pelos senhores do amor


ativo, Agnishvattas vinculados ao segundo Raio, de Amor-Sabedoria. Este grupo
também é dividido em três grupos menores, um do vórtice do amor/conhecimento,
outro do vórtice do amor/amor, e o outro do vórtice do amor/sacrifício.

O grupo do terceiro círculo, mais interiorizado, é constituído pelos senhores da


vontade ativa, Agnishvattas vinculados ao primeiro Raio, de Vontade ou Poder. Este
grupo também é dividido em três grupos menores, um do vórtice do
sacrifício/conhecimento, outro do vórtice do sacrifício/amor, e o outro do vórtice do
sacrifício/sacrifício.

Cada grupo de Agnishvattas é instrumento de manifestação de um aspecto do tríplice


Ego. O grupo da tríade do conhecimento externo é instrumento do aspecto Inteligência
Ativa do Ego, o grupo da tríade do amor do aspecto Amor-Sabedoria do Ego e o grupo
da tríade do sacrifício do aspecto Vontade do Ego.

Assim como o Ego tem de controlar e dominar os Pitris lunares da tríplice

1497
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
personalidade, a Mônada igualmente tem de controlar e dominar os Agnishvattas do
loto egoico, através do Ego.

Existem misteriosas Entidades através das Quais fui uma energia coerente proveniente
da matéria mental cósmica. Estas Entidades estão organizadas em três grupos e
quando se considera a família humana como um todo, são denominadas:

a. Budas ou Senhores de Atividade.


b. Budas ou Senhores de Amor Compassivo.
c. Budas de Sacrifício, dos Quais o Senhor do Mundo é o expoente mais conhecido.
A energia que por Eles fui se expressa na matéria mental superior ou causal e, em
relação com o reino humano, nos Agnishvattas ou Pitris solares constituintes dos lotos
egoicos do reino humano.

Os Budas ou Senhores de Atividade estão vinculados ao terceiro Raio, de Inteligência


Ativa. Os Budas ou Senhores de Amor Compassivo estão vinculados ao segundo Raio,
de Amor-Sabedoria. Os Budas de Sacrifício estão vinculados ao primeiro Raio, de
Vontade ou Poder.

Cada grupo de Agnishvattas exerce uma infuência especial sobre o vórtice ou pétala
particular pertencente a seu especial grau de vibração, o que é lógico, ou seja, o
Agnishvatta exerce uma atividade na qual é especialista, tendo desenvolvido e
aperfeiçoado as qualidades que o tornaram qualifcado para tal.

Com referência aos vórtices ou pétalas do círculo interno que vela a joia no loto (o
Ego), o grupo de Agnishvattas é outro, é o mais elevado e evoluído, está vinculado ao
primeiro Raio, de Vontade ou Poder, e manipula fogo elétrico.

Há muito que refetir e meditar sobre a energia proveniente da matéria mental cósmica
que fui através dos Budas de Atividade, de Amor Compassivo e de Sacrifício e se
expressa na matéria mental superior ou causal e nos Agnishvattas dos lotos egoicos
dos seres humanos. O entendimento claro e lúcido dessa energia em cérebro físico
acelerará muito a evolução da Mônada, do Ego e do homem, como uma unidade, com a
consequente libertação dos três mundos inferiores, da roda de encarnações.

Estudo 555

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais

1498
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "Para maior claridade podemos
classifcar as distintas pétalas a fm de que o estudante possa obter uma melhor
compreensão", na página 654, até "com base na natureza setenária da mônada em
manifestação.", na página 657.

"Para maior claridade podemos classifcar as distintas pétalas a fm de que o estudante


possa obter uma melhor compreensão da conformação de seu próprio veículo causal e
uma ideia das diferentes relações triangulares:

I. A tríade externa de "conhecimento":

a. 1ª pétala.................... Conhecimento no plano físico.

Cores: laranja, verde e violeta.

b. 2ª pétala.................... Amor no plano físico.

Cores: laranja, rosa e azul.

c. 3ª pétala.................... Sacrifício no plano físico.

Cores: laranja, amarelo e índigo.


Estas três pétalas são organizadas e vitalizadas na Aula da Ignorância, porém
permanecem fechadas e só começam a se abrirem quando está organizado o segundo
círculo.

II. A tríade intermédia de "amor":

a. 1ª pétala................... Conhecimento superior aplicado por meio do amor nos planos


físico e astral.

Cores: rosa e as três originais.

b. 2ª pétala................... Amor inteligente superior nos planos físico e astral.

Cores: rosa e as três originais.

c. 3ª pétala................... Sacrifício inteligente amoroso nos planos físico e astral.

Cores: rosa e as três originais.


As três pétalas conservam a cor laranja fundamental, porém acrescentam o rosado em
cada pétala, de maneira que já se vêm quatro cores. Ditas pétalas são organizadas e

1499
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
vitalizadas na Aula do Aprendizado, porém permanecem fechadas. A fleira externa de
pétalas se abre simultaneamente até fcar completamente aberta, revelando a segunda
fleira; a terceira permanece protegida.

III. A tríade interna de "sacrifício":

a. 1ª pétala.......................... A Vontade de sacrifcar-se por meio do conhecimento no


plano mental e assim dominar inteligentemente o tríplice homem inferior.

Cores: amarelo mais laranja, verde, violeta e rosa.

b. 2ª pétala............................ A vontade de sacrifcar-se por meio do amor no plano


mental, a fm de prestar serviço.

Cores: amarelo mais laranja, violeta, rosa e azul.

c. 3ª pétala............................ O sumo e eterno sacrifício de tudo o que existe.

Cores: amarelo, laranja, rosa, azul e índigo.


Oculto no mistério das cores subsidiárias e do gradual fulgor dentro do loto de cinco
cores, em qualquer pétala por vez, encontra-se o mistério dos cinco Kumaras. (59) O
estudante que busca o signifcado do predomínio das cores laranja e rosa está se
aproximando do segredo dos dois Kumaras caídos. Sobre isto não é possível dizer
mais, porém as cores contêm a chave esotérica deste grande acontecimento. O círculo
interno de pétalas é organizado e vitalizado na Aula da Sabedoria, abrindo-se
simultaneamente a fleira intermédia, de maneira que duas fleiras de pétalas
encontram-se devidamente abertas e só a terceira permanece fechada. A abertura
fnal se efetua durante o período em que é percorrido o Caminho de Iniciação, e na
ronda atual é acelerado mediante os ritos da iniciação e os ingentes e anormais
esforços que faz o homem ajudado pelo trabalho elétrico do Iniciador, quem maneja o
Cetro de Poder.

Embora tenhamos classifcado desta maneira as distintas etapas de desenvolvimento,


só temos tratado o promédio geral, extraindo estes dados dos registros aos quais
temos acesso, estando classifcados em relação com este tema, em três grupos
vinculados a

a. as Mônadas de poder,
b. as Mônadas de amor,
c. as Mônadas de atividade.

1500
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O estudante deve ter em conta que as pétalas tendem a se abrirem de acordo com
estas classifcações. Por exemplo, por serem Mônadas de Amor, na maioria dos
homens as pétalas de amor abrem-se com mais facilidade, pois a natureza da
manifestação atual é amor; sendo em qualquer direção (inferior, elevada ou espiritual) a
linha de menor resistência para a maioria. Sem embargo, as Mônadas de atividade são
numerosas e infuentes, e a primeira pétala de cada fleira é a que se abre mais
facilmente. Para ambos grupos a pétala do "conhecimento" é a primeira a abrir-se, dada
a natureza inerente dos mesmos Manasadevas e sua vibração fundamental. Para a
generalidade, a pétala do sacrifício é a mais difícil, pois sempre envolve os dois fatores
de inteligência e amor - conhecimento inteligente e amor para aquilo que deve ser salvo
pelo sacrifício.

Nas três fleiras de pétalas oculta-se outra chave do mistério das 777 encarnações. As
cifras não indicam o número exato de anos, só são representativas e simbólicas, e têm
por objeto dar a ideia de três ciclos de duração variável, com base na natureza
setenária da mônada em manifestação."

59 D. S. II, 158.

Estudo 556

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo Causal
- b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Para maior claridade
podemos classifcar as distintas pétalas a fm de que o estudante possa obter uma
melhor compreensão", na página 654, até "c. 3ª pétala...... Sacrifício no plano físico.
Cores: laranja, amarelo e índigo.", na página 654.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica detalhadamente a estrutura do loto egoico,
o corpo de expressão do Ego, sendo a totalidade do loto egoico, incluindo a joia no loto
(o Ego ou Alma), o instrumento de expressão da Mônada no mundo causal ou mental
superior.

O objetivo do Mestre é que tenhamos uma compreensão clara e nítida do nosso corpo
causal e de que como se processam cientifcamente as funções dos três círculos de

1501
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pétalas ou vórtices como relações triangulares, pois cada círculo é constituído de três
pétalas ou vórtices, totalizando três triângulos.

Pela análise e pelo estudo profundos das explicações do Mestre e a consequente e


constante meditação, buscando captar mais detalhes dos movimentos das partículas
constituintes do loto egoico e do fuxo das energias e informações, expandiremos
nosso campo de conhecimento desse assunto e a nossa visão interior, o que nos
tornará cada vez mais claro e lúcido o caminho a percorrer para a conquista da grande
libertação e para nos tornarmos trabalhadores cada vez mais efcientes para o nosso
Logos planetário e posteriormente para o nosso Logos solar.

As energias e informações que fuem pelo loto egoico não atuam somente nas pétalas
ou vórtices do loto egoico, mas penetram e atuam nos corpos mental inferior, astral e
físico, chegando no cérebro físico, onde são conscientizadas e produzem seus devidos
efeitos no comportamento do indivíduo e no funcionamento do corpo físico.

Os argumentos acima expostos corroboram a grande importância destes


ensinamentos do Mestre como potentes aceleradores do processo evolutivo do ser
humano.

Comecemos analisando profundamente o círculo externo, a tríade externa do


conhecimento, os senhores da sabedoria ativa.

De imediato percebemos nitidamente que este círculo se desenvolve pelas experiências


no mundo físico. Como um todo esta tríade consiste na conquista do conhecimento, só
se abrindo totalmente e entrando em plena atividade quando o verdadeiro
conhecimento é conquistado pelo Ego em encarnação física. Mas esta conquista do
verdadeiro conhecimento se divide em três áreas: do puro conhecimento, do amor e da
vontade (sacrifício). Nesta tríplice área percebemos claramente que o verdadeiro amor
deve ser inteligente, ou seja, deve ser desenvolvido por meio do conhecimento, e que a
verdadeira vontade também deve ser inteligente, ou seja, dever ser desenvolvida por
meio do conhecimento. Só assim o homem se tornará senhor da sabedoria ativa.

A primeira pétala ou vórtice é do conhecimento no mundo físico, com as cores laranja,


verde e violeta, sendo laranja a cor dominante nesta tríade. A explicação racional para
três cores num único vórtice ou pétala é que as cores se sucedem a medida que o
vórtice evolui, sendo dinamizado e se abrindo em consequência da dinamização.
Inicialmente a cor é somente laranja. Com o aumento da dinamização surge a cor verde
e na etapa fnal, de plena atividade, total abertura e máxima dinamização, manifesta-se
a cor violeta. Esta explicação racional encontra respaldo na física. As cores aumentam

1502
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a frequência oscilatória e a energia na seguinte sequência: vermelho, laranja, rosa,
amarelo, verde, azul, índigo e violeta. O vermelho é a cor de mais baixa frequência
oscilatória e menor energia e o violeta é a cor de maior frequência oscilatória e maior
energia. Os raios ultravioleta (acima do violeta) são tão potentes que provocam câncer
de pele (melanoma).

A segunda pétala ou vórtice é do amor no mundo físico, com as cores laranja, rosa e
azul. Inicialmente este vórtice é laranja, surgindo o rosa e fnalmente o azul, a medida
que a energia vai aumentando.

A terceira pétala ou vórtice é do sacrifício (vontade) no mundo físico, com as cores


laranja, amarelo e índigo. Inicialmente este vórtice é laranja, surgindo o amarelo e
fnalmente o índigo, a medida que a energia vai aumentando.

Todo este processo de surgimento de cores nas pétalas ou vórtices está perfeitamente
de acordo com a física, em termos de energia, sendo os vórtices movimentos
oscilatórios de partículas, oscilações que geram cores. Essas oscilações de partículas
gerando cores ocorrem na matéria mental superior, em harmônicas superiores,
frequências muitíssimo superiores às das cores geradas na matéria física. Estas cores
geradas na matéria mental superior são diferentes das cores geradas no mundo físico
e percebidas pelos olhos físicos.

A tríade externa do conhecimento se desenvolve através das experiências no mundo


físico e a cor predominante é o laranja. Esta cor laranja permanece quando surgem as
cores superiores nesta tríade: verde e violeta para a pétala ou vórtice do
conhecimento, rosa e azul para o vórtice do amor e amarelo e índigo para o vórtice do
sacrifício. Isto signifca que a frequência da cor laranja é a fundamental, sendo as
demais cores secundárias. Comparando com o que acontece no mundo físico nas
ondas eletromagnéticas moduladas e portadoras de informações, a frequência da cor
laranja nesta tríade é a da onda portadora, sendo as demais cores modulações desta
onda portadora. Todas estas cores estão presentes simultaneamente embora
predominando a cor laranja, porque as cores secundárias são resultantes de
modulações da frequência fundamental, a onda portadora. A cor laranja no mundo
mental superior é a cor característica deste tipo de oscilação ou vibração.

Estudo 557

1503
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - II - Seção D - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo " Estas três
pétalas são organizadas e vitalizadas na Aula da Ignorância ," , na página 654, até "A
fleira externa de pétalas se abre simultaneamente até fcar completamente aberta,
revelando a segunda fleira; a terceira permanece protegida.", na página 656.

Considerações.

Estudaremos agora a tríade intermédia de amor, mantendo a mesma linha de raciocínio


das considerações anteriores sobre a tríade externa de conhecimento, mas antes
faremos algumas considerações sobre a organização e vitalização das pétalas da tríade
externa de conhecimento.

As pétalas da tríade externa de conhecimento são organizadas e vitalizadas na Aula da


Ignorância, todavia fcam fechadas e só começam a se abrir quando está organizada a
tríade intermédia de amor, o que é realizado na Aula do Aprendizado, quando o homem,
a Mônada encarnada, ingressa no Caminho. Esta dependência nos leva a concluir que a
tríade intermédia de amor atua na tríade externa de conhecimento. Esta nossa
conclusão está baseada no fato de que todas as quatro tríades (incluindo a que vela a
joia no loto) são geradas no núcleo do loto egoico, onde está a joia no loto, o Ego ou
Alma. Neste núcleo, dentro do processo de geração das pétalas ou vórtices, o que
implica movimentos de partículas de matéria mental superior, o setor do núcleo onde
são gerados os vórtices ou pétalas da tríade intermédia de amor pode atuar no setor
onde são gerados os vórtices da tríade externa de conhecimento. Há também a
atuação do campo de força da tríade intermédia de amor sobre a tríade externa de
conhecimento. As pétalas ou vórtices da tríade externa de conhecimento cobrem e
velam os vórtices da tríade intermédia de amor. Só quando os vórtices da tríade
intermédia de amor são organizados e vitalizados na Aula do Aprendizado é que os
vórtices da tríade externa de conhecimento se abrem até a plena abertura, revelando a
tríade intermédia de amor. A tríade intermédia de amor é organizada e vitalizada
encoberta pela tríade externa de conhecimento, do que deduzimos que a organização e
vitalização da tríade intermédia de amor atua na tríade externa de conhecimento,
fazendo que os seus vórtices se abram. Percebemos claramente que todo o processo
consiste em atuação de energias (fogos), cuja fonte inicial é o fogo elétrico emanado
pela Mônada diretamente para a joia no loto. Este fogo elétrico emanado pela Mônada
provém do Seu aspecto Atma ou Vontade.

1504
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A Aula da Ignorância é o período do homem primitivo e do homem que está afastado
do Caminho e que só aceita como vida a vida no mundo físico através do corpo físico,
sendo fortíssimo e dominante o apego às coisas materiais densas.

A tríade intermédia de amor se desenvolve pelas experiências simultâneas nos mundos


físico e astral. Como um todo esta tríade consiste na conquista do amor, só se abrindo
totalmente e entrando em plena atividade quando o verdadeiro amor (amor-sabedoria)
é conquistado e aperfeiçoado pelo Ego em encarnação física, na realidade a Mônada
encarnada fsicamente. Quando o Ego está fora do mundo físico, após a morte física,
vivendo no mundo astral, Ele pode desenvolver conscientemente o amor-sabedoria,
desde que saiba como fazê-lo. Tudo o que o Ego conquistar no mundo astral fca
registrado em seu átomo astral permanente e na seguinte encarnação física o que foi
registrado no átomo astral permanente atuará sobre o átomo físico permanente, pois
os componentes da Tríade inferior estão conectados entre si, e induzirá o homem a
aproveitar o conquistado no período no mundo astral, expressando-o no mundo físico
e expandindo mais ainda o amor-sabedoria.

Como na tríade externa de conhecimento, a tríade de amor se divide em três áreas: a


do conhecimento, do puro amor e da vontade (sacrifício).

A cor laranja permanece como cor fundamental na tríade intermédia de amor, sendo
acrescentada a cor rosa. Isto signifca que o que foi adquirido pela tríade externa de
conhecimento é assimilado pela tríade intermédia de amor, sendo acrescentada a
qualidade de amor, a característica principal desta tríade, por meio da frequência
oscilatória de partículas que gera a cor rosa no mundo mental superior. São portanto
duas frequências e cores fundamentais: laranja e rosa. As cores específcas dos três
vórtices permanecem. O verde e o violeta para o vórtice de amor/conhecimento, o azul
(o rosa nesta tríade é cor fundamental, estando em todos os vórtices desta tríade)
para o vórtice de amor/amor e o amarelo e o índigo para o vórtice de amor/sacrifício.
Estas cores secundárias dos vórtices surgem a medida que eles se desenvolvem e se
expandem.

A primeira pétala ou vórtice é do conhecimento aplicado e utilizado com base no amor,


nos mundos físico e astral. A segunda pétala ou vórtice é do amor inteligente superior
nos mundos físico e astral. Neste amor inteligente superior o átomo búdico
permanente já começa a infuenciar. A terceira pétala ou vórtice é do sacrifício
inteligente amoroso nos mundos físico e astral. O emprego pelo Mestre do adjetivo
inteligente para os segundo e terceiro vórtices e da palavra conhecimento para o

1505
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
primeiro vórtice comprova a assimilação do adquirido pela tríade externa de
conhecimento pela tríade intermédia de amor.

Os matizes das cores da tríade intermédia de amor são diferentes, porque as


frequências oscilatórias são outras, mais elevadas.

Estudo 558

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "III. A tríade
interna de "sacrifício", na página 656, até "e os ingentes e anormais esforços que faz o
homem ajudado pelo trabalho elétrico do Iniciador, quem maneja o Cetro de Poder.", na
página 656.

Considerações.

Estudaremos agora a tríade interna de sacrifício, dentro da mesma linha de raciocínio


das considerações anteriores.

O Mestre Djwhal Khul diz que a primeira pétala desta tríade é a Vontade de sacrifcar-
se por meio do conhecimento no plano mental e assim dominar inteligentemente o
tríplice homem inferior. Estas palavras do Mestre deixam bem claro que esta tríade se
desenvolve por meio da intensa polarização do homem na mente para dominar
inteligente e plenamente os três corpos inferiores: físico, astral e mental inferior, o que
signifca a utilização ampla da mente abstrata ou superior, o que implica a conexão
direta do Ego ou Alma (a Joia no loto) com o cérebro físico e a construção avançada do
antakarana e sua utilização constante no dia a dia. Portanto esta tríade se desenvolve
pelas experiências simultâneas nos mundos físico, astral e mental, sob total controle do
Ego operando no mundo mental superior ou causal através do loto egoico. No período
após as mortes física e astral, quando o Ego vive somente no mundo mental inferior, o
homem, o Ego em manifestação consciente ou a Mônada em manifestação, pode
evoluir e adquirir conhecimentos no mundo mental, conhecimentos que fcarão
registrados na unidade mental, os quais serão de grande utilidade na encarnação
seguinte, o que é aproveitar ao máximo o tempo para a conquista dos três mundos
inferiores, reduzindo o tempo para a grande libertação destes mundos inferiores, pela
conquista da quarta Iniciação, da Renúncia, a segunda solar.

1506
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Esta conquista do mundo mental é o requisito para a recepção da terceira Iniciação
planetária, da Transfguração, a primeira solar.

Esta tríade conserva o conquistado e adquirido pela tríade externa de conhecimento e


pela intermédia de amor, mantendo as vibrações ou oscilações fundamentais que
geram as cores laranja e rosa, sendo acrescentada a vibração ou oscilação
fundamental do sacrifício ou vontade, oscilação que gera a cor amarela. Os matizes
destas cores são diferentes dos anteriores, porque as frequências oscilatórias são
mais elevadas.

A primeira pétala ou vórtice é do sacrifício/conhecimento, a vontade de sacrifcar-se


por meio do conhecimento no mundo mental e assim dominar inteligentemente o
tríplice homem inferior. As cores são: amarelo predominando, laranja, rosa, verde e
violeta. As cores verde e violeta surgem a medida que o vórtice se desenvolve, porque
são geradas por frequências oscilatórias maiores.

A segunda pétala ou vórtice é do sacrifício/amor, a vontade de sacrifcar-se por meio


do amor no mundo mental, para prestar serviço. As cores são: amarelo predominando,
laranja, rosa, azul e violeta. Um detalhe importante e esclarecedor é que nesta pétala
surge a cor violeta, que não é citada para a segunda pétala da tríade externa de
conhecimento. Como a frequência da cor violeta é a mais elevada no espectro das
cores, concluímos que nesta tríade é alcançada uma frequência oscilatória bem mais
elevada que nas anteriores.

A terceira pétala ou vórtice é do sacrifício/sacrifício, o sumo e eterno sacrifício de


tudo o que existe. As cores são: amarelo predominando, laranja, rosa, azul e índigo.
Para esta pétala não é citada a cor violeta, sendo a cor mais próxima o índigo. Quando
consideramos a frequência oscilatória e a energia das cores, o violeta é a cor de maior
frequência oscilatória e de maior energia, fcando o índigo imediatamente abaixo do
violeta. A explicação que achamos para a pétala do sacrifício/amor (budi) alcançar a
frequência oscilatória e a energia mais elevadas, juntamente com a pétala do
sacrifício/conhecimento (manas) é que no atual sistema solar a meta é aperfeiçoar
budi (amor-sabedoria) por meio de manas. O desenvolvimento máximo e o
aperfeiçoamento máximo da vontade (Atma) serão no próximo sistema solar.

O Mestre diz que oculto no mistério das cores subsidiárias e do gradual fulgor dentro
do loto de cinco cores, em qualquer pétala por vez, encontra-se o mistério dos cinco
Kumaras e que o estudante que busca o signifcado do predomínio das cores laranja e
rosa está se aproximando do segredo dos dois Kumaras caídos. No Antigo Testamento,

1507
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
no Gênese, está escrito que os flhos de Deus mantiveram relações sexuais com as
flhas dos homens. Os flhos de Deus eram os Kumaras provenientes do esquema de
Vênus que vieram para a Terra liderados por SANAT KUMARA com o objetivo de ajudar
a raça humana no processo de individualização e implantação da chispa da mente. As
flhas dos homens eram as lemurianas. Os dois Kumaras caíram porque mantiveram
relações sexuais com lemurianas. A cor laranja é a cor fundamental da matéria, na qual
está o sexo, e a cor rosa é a cor fundamental do amor, portanto o predomínio das
cores laranja e rosa signifca o sexo como manifestação material do amor.

A tríade interna de sacrifício é organizada e vitalizada na Aula da Sabedoria, quando se


abre simultaneamente a tríade intermédia de amor, fcando abertas duas tríades, a
externa de conhecimento e a intermédia de amor, permanecendo fechada a interna de
sacrifício. Na realidade também permanece fechada a quarta tríade, a mais interna, a
que vela e oculta a joia no loto. O Mestre diz que a abertura fnal é efetuada durante o
período em que o homem, a Mônada encarnada, percorre o Caminho de Iniciação,
sendo acelerado este percurso em virtude do ingente estímulo que o iniciado, por
mérito próprio, recebe, quando no rito da iniciação o fogo elétrico do Cetro de Poder
do Iniciador é injetado no loto egoico do iniciado.

Concluímos que no decorrer do processo de iniciação a tríade mais interna que vela e
oculta a joia no loto é organizada e vitalizada pelo fogo elétrico da joia no loto, o que
faz que a tríade interna de sacrifício se abra. Posteriormente, também pela atividade
elétrica da joia no loto, a tríade mais interna se abre, revelando a glória da Joia no loto,
quando então o fogo elétrico do Cetro de Poder do Iniciador, na quarta Iniciação, da
Renúncia, a segunda solar, estimula a Mônada para emitir Seu fogo elétrico para a Joia
no loto e para o loto egoico, efetuando-se a fusão fnal dos três fogos: por fricção,
solar e elétrico, e desintegrando completamente o loto egoico e a Joia no loto,
liberando os Anjos solares. É a labareda fnal, a vitória fnal, na qual o homem, a
Mônada encarnada, é libertado dos três mundos inferiores, prosseguindo sua evolução
nos mundos superiores.

Estudo 559

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo

1508
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Embora
tenhamos classifcado desta maneira as distintas etapas de desenvolvimento,", na
página 656, até "- conhecimento inteligente e amor para aquilo que deve ser salvo pelo
sacrifício.", na página 657.

Considerações.

A abertura das pétalas ou vórtices da tríade interna de sacrifício como também da


tríade mais interna que vela e oculta a Joia no loto é acelerada em consequência dos
ritos de iniciação, nos quais o fogo elétrico trabalhado pelo Iniciador, quem maneja o
Cetro de Poder, leva o iniciado a fazer grandes e anormais esforços, aumentando a
energização e a atividade do Loto egoico e a velocidade de abertura das pétalas e
tornando mais rápida a revelação da Joia no loto em toda a sua glória.

O Mestre Djwhal Khul deixa bem claro que as informações e os dados sobre este tema
que Ele apresenta em Seu livro foram extraídos de registros aos quais Ele tem acesso.
É muitíssimo interessante saber onde estão estes registros e como eles são. Uma
possibilidade é eles estarem na matéria mental ou na matéria astral nos chamados
registros ou arquivos akáshicos. Eles também podem estar nas matérias superiores. É
óbvio que quem quer ter acesso a estes registros tem de estar devidamente
preparado.

Os dados relacionados com este tema estão classifcados de acordo com os raios da
Mônadas:

a. Mônadas de poder, 1º Raio, aproximadamente 5 bilhões.


b. Mônadas de amor, 2º Raio, aproximadamente 35 bilhões.
c. Mônadas de atividade, 3º Raio, aproximadamente 20 bilhões.
As pétalas ou vórtices tendem a abrir-se de acordo com o raio da Mônada. Como a
maioria das Mônadas humanas é do 2º Raio, de Amor, as pétalas de amor são as que se
abrem com mais facilidade, pois a natureza da atual manifestação é amor, sendo a linha
de menor resistência para a maioria, quer na parte inferior quer na elevada ou
espiritual. Para as Mônadas do 3º Raio, de Atividade, as quais são também numerosas e
infuentes, a primeira pétala (de conhecimento) de cada tríade é a que se abre mais
facilmente.

Para ambos grupos a pétala do conhecimento é a primeira a abrir-se, por causa da


natureza inerente dos Manasadevas e da sua vibração fundamental, que é de Manas.

Para a generalidade a pétala do sacrifício é a mais difícil, pois sempre envolve os dois

1509
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
fatores: inteligência e amor; conhecimento inteligente e amor para aquilo que deve ser
salvo pelo sacrifício. Para as Mônadas de 1º Raio, de Poder, as quais são poucas em
relação às demais, a pétala de sacrifício é fácil, o que é óbvio.

Estudo 560

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Nas três fleiras
de pétalas oculta-se outra chave do mistério das 777 encarnações.", até ", com base na
natureza setenária da mônada em manifestação.", na página 657. Do parágrafo
"Primeiro. As 700 encarnações. Refere-se à abertura da fleira externa. Constitui o
período mais largo.", na página 657, até "Cada ciclo (novamente em forma fgurada)
vitaliza uma das pétalas mais que outra, tendo um efeito defnido sobre cada uma.", na
página 658.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul elucida o mistério das 777 encarnações. Ele afrma
que não são números exatos de anos, sendo apenas representativos e simbólicos, pois
de fato as encarnações podem variar muito em duração, portanto os números se
referem às quantidades de encarnações e não às durações em anos das encarnações.
A quantidade de encarnações varia, dependendo da capacidade e do nível da Mônada.
Algumas Mônadas, pouquíssimas, passam pelas três etapas em grande velocidade,
enquanto outras demoram mais tempo nas três etapas. Um exemplo de altíssima
velocidade foi o Senhor Maitreiya, o CRISTO, que se individualizou na raça lemuriana e
como Krishna, na Índia, encerrou o período de encarnações. Foi único em todo o
sistema solar e chegou a chamar a atenção do próprio Logos solar.

A natureza setenária da Mônada é explicada pela ação dos sete raios, pois Ela tem de
assimilar as qualidades dos sete raios e sintetizá-las. Mesmo sendo apenas três os
raios das Mônadas humanas entregues à guarda do nosso Logos planetário no atual
sistema solar, todavia Elas têm de viver as experiências geradas pelos sete raios no
atual sistema solar, o sistema de Amor-Sabedoria, com novas situações e condições,
diferentes das situações e condições do sistema solar anterior.

"Primeiro. As 700 encarnações. Refere-se à abertura da fleira externa. Constitui o

1510
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
período mais largo. A vibração inicial é lenta e pesada e têm de transcorrer milhões de
vidas antes que o intercâmbio de energia entre o Ego e seu refexo, o eu pessoal (o
tríplice homem inferior), seja tal que a consciência do homem "desperte"
esotericamente na "Aula do Aprendizado". No que respeita ao homem evoluído da
atualidade, estas encarnações tiveram lugar na cadeia lunar e, em alguns casos, em
certos planetas vinculados à ronda interna. Esta circunstância fez necessária sua
"vinda" durante a raça-raiz Atlante.Os homens deste tipo se negaram a encarnar antes
porque os corpos eram demasiado grosseiros, repetindo-se ciclicamente (no plano
mais inferior) a negação das Mônadas a encarnar nos albores da oportunidade
manvantárica. No se cometeu nenhum "pecado" real; seu privilégio foi a discriminação;
essa negação tem infuído sobre as condições que existem na terra, base das grandes
diferenças de classe que - em todos os países - têm sido fonte de difculdades e o
fundamento esotérico do sistema de "castas", do que tanto se abusa hoje na Índia. O
problema do capital e do trabalho tem suas raízes na diferença subjetiva que existe
entre os Egos "capazes e incapazes", entre os entes da família humana egressos da
Aula da Ignorância e aqueles que ainda percorrem às cegas seus obscuros e sombrios
corredores, e entre esses Egos que só são "capulhos" e aqueles que organizaram a
fleira externa de pétalas, as quais já estão prontas e em condições de abrir-se.

Deve-se refetir cuidadosamente sobre a ideia de um setenário de séculos e, como


sempre em todo tema ocultista, também tem de ser tida em conta a ideia da
triplicidade, conjuntamente com um período sintetizador, resumo da tríplice
coordenação:

3 períodos de 3
90 anos.
dezenas
1 período
10 anos.
sintetizador
100 anos -
Repetido sete 7
vezes
Cada ciclo (novamente em forma fgurada) vitaliza uma das
700 anos
pétalas mais que outra, tendo um efeito defnido sobre cada uma."

Estudo 561

1511
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo " Primeiro. As
700 encarnações. Refere-se à abertura da fleira externa.", na página 657, até "Cada
ciclo (novamente em forma fgurada) vitaliza uma das pétalas mais que outra, tendo um
efeito defnido sobre cada uma.", na página 658.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul descreve a etapa das 700 encarnações, expressão
simbólica, pois o Mestre diz que têm de transcorrer milhões de vidas antes que o
intercâmbio de energia entre o Ego e seu refexo, o eu pessoal (o tríplice homem
inferior), seja tal que a consciência do homem desperte esotericamente na Aula do
Aprendizado, e vidas aqui signifcam encarnações. A expressão milhões de vidas aqui
também deve ser simbólica, podendo a quantidade de encarnações ser muito maior
que 700 ou muito menor que 700, dependendo do nível da Mônada. O número 700
expressa o processo setenário de evolução das Mônadas humanas, que são de
natureza setenária, pois o UNO se manifesta através de 7 modalidades, os 7 Raios.

Nesta etapa, a etapa da inércia, a vibração inicial é lenta e pesada, ou seja, a frequência
oscilatória é baixíssima. Com o aumento da frequência oscilatória dos 3 corpos
inferiores a troca de energia entre o Ego e seus 3 corpos inferiores vai se
intensifcando, o que faz que a consciência cerebral desperte para o Ego, crescendo
este despertar a medida que o fuxo de energias entre o Ego e seus 3 corpos inferiores
aumenta, elevando a frequência oscilatória dos 3 corpos inferiores, o que aumenta o
fuxo de energias do Ego para seus 3 corpos inferiores, ocorrendo portanto um
processo de realimentação (feedback, na linguagem da ciência eletrônica) positiva.

Passo a passo a Mônada encarnada vai se aproximando da Aula do Aprendizado, na


qual a tríade intermédia de amor é organizada e vitalizada, fazendo que a tríade
externa de conhecimento, que é organizada e vitalizada nesta etapa das 700
encarnações. se abra e a revele.

As Mônadas que constituem os atuais homens evoluídos viveram esta etapa das 700
encarnações na cadeia lunar, a anterior à atual, e em alguns casos especiais em certos
planetas vinculados à ronda interna. A ronda interna é um processo de evolução muito
acelerada pelo qual as Mônadas humanas capacitadas para tal vivem experiências mais
adiantadas em globos de esquemas mais adiantados que o nosso e em globos sutis do
nosso esquema. Assim Elas se adiantam em relação à época do esquema ao qual

1512
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pertencem e em alguns casos recuperam o atraso.

Esta diferença de nível evolutivo das Mônadas humanas do nosso esquema explica
porque as Mônadas que viveram a etapa das 700 encarnações na cadeia lunar e
organizaram e vitalizaram a tríade externa de conhecimento na cadeia lunar se
recusaram a encarnar na raça Lemuriana, nos albores da oportunidade manvantárica, a
atual quarta cadeia planetária, porque os corpos não eram adequados para Elas
expressarem as qualidades desenvolvidas e conquistadas, e só encarnaram na raça
Atlante, na qual os corpos eram mais evoluídos e adequados para Elas, por meio dos
quais Elas podiam organizar e vitalizar a tríade intermédia de amor. Os corpos da raça
Atlante foram preparados pelos membros da raça Lemuriana sob a orientação dos
Kumaras, os Senhores da Chama, provenientes do esquema de Vênus, cujo Logos
planetário é o Alter Ego do nosso Logos planetário. A repetição cíclica da negação para
encarnar no plano mais inferior signifca que a negação persistiu no decorrer das sub-
raças da raça Lemuriana.

Essas Mônadas que se negaram a encarnar na raça Lemuriana não cometeram pecado
real, como diz o Mestre, simplesmente usaram a capacidade conquistada de
discriminação, que permite distinguir entre o adequado e o inadequado. Esta
capacidade de discriminar é desenvolvida na organização e vitalização da tríade
externa de conhecimento.

Essa negação para encarnar na raça Lemuriana infuiu sobre as condições existentes
na Terra de grandes diferenças de classes, que, em todos os países, têm sido fonte de
difculdades na área trabalhista e do capital, sendo também o fundamento esotérico do
sistema de castas, de que tanto se abusa hoje na Índia como diz o Mestre.

A individualização das Mônadas humanas prosseguiu por toda a raça Lemuriana, até a
metade da raça Atlante, quando foram fechadas as portas de ingresso no reino
humano.

As difculdades e os problemas na área trabalhista e do capital têm suas raízes nestas


diferenças de nível evolutivo das Mônadas humanas encarnadas, diferenças que se
expressam pela quantidade de pétalas do Loto egoico ativas e abertas, quantidade que
depende da época em que foi feita a individualização.

Atualmente existem na Terra Mônadas humanas que:

a. foram individualizadas na cadeia lunar e encarnaram na raça Atlante, com a tríade


externa de conhecimento organizada e vitalizada e portanto saindo da Aula da

1513
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ignorância e ingressando na Aula do Aprendizado, iniciando a organização e
vitalização da tríade intermédia de amor e consequente abertura das pétalas da
tríade externa de conhecimento e prosseguiram com diferentes velocidades, estando
portanto em diferentes níveis de evolução atualmente, algumas organizando e
vitalizando a tríade interna de sacrifício e iniciando a abertura da tríade intermédia
de amor, outras organizando e vitalizando a tríade mais interna, a central, que oculta
a Joia no loto, e iniciando a abertura da tríade interna de sacrifício, pouquíssimas
conseguiram a revelação da Joia no loto e a desintegração dela e do Loto egoico na
quarta Iniciação planetária, da Renúncia, a segunda solar;

b. foram individualizadas na raça Lemuriana em diferentes etapas e sub-raças,


estando algumas atualmente ainda na Aula da Ignorância, organizando e vitalizando a
tríade externa de conhecimento e percorrendo às cegas os escuros e sombrios
corredores da Aula da Ignorância como diz o Mestre.
A expressão Egos capulhos signifca Lotos egoicos com todas as pétalas totalmente
fechadas, nos quais mal começaram a organização e vitalização da tríade externa de
conhecimento, o que dá a aparência de um casulo fechado ocultando a for. Tal Loto
egoico se manifesta no mundo físico como homem primitivo, ou seja, a Mônada, a
centelha divina, na etapa inicial no reino humano, e como tal deve visto, compreendido
e ajudado.

Dentro da ideia de um setenário de séculos (7x100=700), como recomenda o Mestre,


devemos enquadrar a ideia da triplicidade com um período sintetizador, resumo da
tríplice coordenação. A triplicidade se refere às 3 pétalas da tríade, 3 ciclos de 3
dezenas (3x3x10=90), e um período de 1 dezena para a devida coordenação das 3
pétalas. Cada ciclo de 30 vitaliza mais uma determinada pétala, vitalizando menos as
outras 2 pétalas, produzindo um efeito bem defnido sobre cada uma. Novamente a
palavra anos é simbólica ou fgurada. O número 10 signifca a perfeição relativa. A
repetição por 7 vezes do ciclo maior de 100 (7x100=700) é por causa da natureza
setenária da Mônada, natureza que se refete no Loto egoico.

Estudo 562

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "Segundo. As 70 encarnações.
Refere-se à abertura da fleira média.", na página 658, até "; a fleira externa de pétalas
se abre enquanto a fleira central está por abrir-se.", na página 659.

"Segundo. As 70 encarnações. Refere-se à abertura da fleira média. Muito poderá ser


aprendido se se trata de compreender o que ocultamente signifca que algum iniciado
(como o Cristo) enviara seus seguidores em grupos de setenta, de dois em dois. Estas
setenta encarnações ocupam-se principalmente de desenvolver o amor na vida
pessoal, a evolução da natureza astral, baseando-se no reconhecimento dos pares de
opostos, e o equilíbrio de ambos pelo amor e o serviço.

Este ciclo abarca o período que passa o homem na Aula do Aprendizado e tem sua
analogia na raça-raiz Atlante e no confito que existiu então entre os Senhores da Face
Escura e a Fraternidade da Luz. Na vida de cada indivíduo tem lugar, durante dito
período, um confito similar que fnalmente termina no kurukshetra ou campo de
batalha que outorga ao homem o direito de trilhar o Caminho de Provação e
oportunamente o privilégio de permanecer ante o Portal da Iniciação. Também tem de
ser estudado o signifcado numérico dos algarismos; estes encontram-se ocultos no
número dez, ou três ciclos de três períodos menores, formando cada um nove, e um
período sintetizador, produzindo a consumação de um período dentro do ciclo maior;
isto está representado pelo dez da perfeição (60, 61) relativa. A interação entre o
impulso kármico e a energia manásica produz a compreensão, na consciência do Ego,
do que aprendeu nas duas Aulas; a fleira externa de pétalas se abre enquanto a fleira
central está por abrir-se."

60 O Número 10. D. S. I, 143 - 145.

1. Os três, incluídos dentro do círculo, são os sagrados Quatro.

a. Adi-Sanat, o Número, Unidade. O Logos ou o Uno em encarnação física. Deus e o


homem funcionam como unidades em seus respectivos planos físicos.
b. A Voz da Palavra, os números, pois Ele é um e nove. O segundo aspecto. A Ideia
personifcada. Consciência.
c. O Quadrado amorfo, o aspecto matéria, substância e forma. Limitação.
Comparem-se estes em relação com:

a. Um Logos solar, que dá forma a um sistema solar.


b. Um Logos planetário, que dá forma a um esquema planetário.
c. Um homem que dá forma a seus corpos de manifestação.

1515
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2. Os dez constituem o universo arupa.

Aqui se faz insistência sobre as Vidas subjetivas, ou a Consciência Inteligência dentro


das formas.

Estes dez poderiam ser denominados:

I. O primeiro
Shiva Pai Vontade.
Logos
II. O segundo Vishn Amor-
Filho
Logos u Sabedoria.
III. O terceiro Brah Espírito
Inteligência,
Logo ma Santo
infuenciando a Matéria, Mãe.

1. O Senhor da Vontade Primeiro


Cósmica Raio.
Segundo
2. O Senhor do Amor Cósmico
Raio.
3. O Senhor da Inteligência Terceiro
Cósmica Raio.
4. O Senhor da Harmonia Quarto
Cósmica Raio.
5. O Senhor do Conhecimento Quinto
Cósmico Raio.
6. O Senhor da Devoção
Sexto Raio.
Cósmica
7. O Senhor do Cerimonial Sétimo
Cósmico Raio.
Eles são a consciência subjetiva, a causa da manifestação.

61 D. S. III, 407 - 408 - 409.

Estudo 563

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo " Segundo. As 70

1516
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
encarnações. Refere-se à abertura da fleira média.", na página 658, até "e a energia
manásica produz a compreensão, na consciência do Ego, do que aprendeu nas duas
Aulas; a fleira externa de pétalas se abre enquanto a fleira central está por abrir-se.",
na página 659.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica o segundo grande ciclo da Mônada humana
encarnada, o homem, o ciclo em que a tríade intermédia de amor é organizada e
vitalizada, permitindo a abertura das pétalas ou vórtices da tríade externa de
conhecimento, organizada e vitalizada no ciclo anterior maior das 700 encarnações.

Este segundo ciclo é denominado o ciclo das 70 encarnações, número também


simbólico, podendo sua duração ser maior ou menor que 70 encarnações, dependendo
do nível e do raio da Mônada.

Este número 70 é o produto de 10 vezes 7, ou seja, 7 repetições de ciclos menores de


10 encarnações. Novamente temos o número 10 simbolizando o número da perfeição
relativa e o número 7 relacionado com os 7 raios e a natureza setenária da Mônada. O
número 10 é explicado pelos 3 ciclos de 3 períodos menores, totalizando 9, e o período
sintetizador, totalizando 10. O número 3 é explicado pelas 3 pétalas desta tríade
intermédia de amor. No período sintetizador as três pétalas são coordenadas, ou seja,
elas são tratadas para atuarem em perfeita sintonia.

Neste ciclo a Mônada encarnada ingressa na Aula do Aprendizado, saindo da Aula da


Ignorância. É o ciclo do Amor, no qual o que foi aprendido na Aula da Ignorância é
utilizado para desenvolver o Amor, daí o nome da tríade a ser organizada e vitalizada
neste ciclo: tríade intermédia de amor. É feita a evolução da natureza astral, através do
reconhecimento inteligente dos pares de opostos e seu equilíbrio pelo amor e pelo
serviço.

O Mestre diz que o Senhor CRISTO enviou Seus seguidores em grupos de setenta, de
dois em dois. O Senhor CRISTO organizou Seus discípulos em grupos de setenta,
considerando a Aula do Aprendizado, porque Seu objetivo era ensinar e disseminar
pela Terra o amor, Sua qualidade primordial, sendo Ele o representante na Terra do
Amor cósmico, daí a expressão princípio crístico.

A analogia deste ciclo com a raça-raiz Atlante é explicada por ter sido desenvolvida
nesta raça a natureza astral da Mônada encarnada, o homem, e pelo confito ocorrido
nesta raça entre o par de opostos: os Senhores da Face Escura e a Fraternidade da

1517
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Luz.

Todo ser humano, a Mônada encarnada, neste grande ciclo, enfrenta um confito similar
ao ocorrido na raça Atlante, entre o bem e o mal, que culmina na batalha denominada
kurukshetra, cuja vitória lhe dá o direito de trilhar o Caminho de Provação, e
oportunamente o privilégio de se colocar ante o Portal da Iniciação.

Neste ciclo a energia do karma atua sobre manas ou mente de tal forma que o Ego
compreende o que aprendeu nas Aulas da Ignorância e do Aprendizado e assim
consegue assimilar tudo. Isto signifca que as condições kármicas são tais que esta
compreensão por parte do Ego é conseguida.

Estudo 564

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "Terceiro. As 7 encarnações. São as
que se passam no Caminho de Provação.", na página 659, até "e empregar eons para
efetuar o que alguns preferiram realizar num período mais breve, por meio de um
processo forçado e autoeleito.", na página 660.

"Terceiro. As 7 encarnações. São as que se passam no Caminho de Provação. É um


período interessante em que têm lugar certas coisas que poderiam ser descritas da
maneira seguinte:

As duas fleiras externas de pétalas são estimuladas num sentido novo e especial por
meio do ato consciente do discípulo em prova. Até agora, grande parte do trabalho tem
sido realizado de acordo com as leis comuns da evolução e tem sido efetuado em
forma inconsciente. Porém tudo muda quando o corpo mental entra em atividade e
duas das pétalas de vontade se coordenam e a outra "ativa" a vitalidade e se abre.

O fogo ou energia destas duas fleiras começa a circular pelo triângulo atômico, e
quando isto sucede, marca uma época muito importante; culminou o trabalho dual
tanto na vida pessoal inferior como na egoica:

a. As quatro espiras inferiores dos átomos permanentes estão completamente ativas


(dois grupos de duas espiras cada um) e a quinta se encontra em processo de iniciar
uma atividade similar. O triângulo desenvolve uma atividade circular, porém ainda não

1518
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
logrou seu pleno brilho nem sua rotação ou revolução quadridimensional.
b. As duas fleiras de pétalas estão "ativas", uma plenamente aberta e a outra por
abrir-se.
Desta maneira dois aspectos da vida divina vão se evidenciando na vida do discípulo
em prova, e embora todavia reste muito por fazer, sem embargo, quando a fleira
interna de pétalas está "ativa" - ajudada pelo curioso e anormal processo da iniciação -
o outro aspecto adquirirá uma importância similar e produzirá o homem perfeito nos
três mundos. Assim culmina o trabalho dos Pitris solares.

Aqui deve-se insistir sobre a anormalidade do processo da iniciação.

A iniciação constitui um grande experimento que nosso Logos planetário leva a cabo
durante esta ronda. Nas rondas anteriores e quiçá nas posteriores, o processo seguirá
a lei natural. Na ronda e na cadeia atuais, nosso Logos planetário em Seu elevado nível
pratica o que em termos esotéricos se denomina yoga e está passando por certos
processos de treinamento a fm de estimular Seus centros. Isto é aproveitado na Terra
pela Hierarquia para produzir mediante Sua guia certos resultados nas raças. Este
processo é optativo e o homem pode - se assim elege - seguir o processo normal e
empregar eons para efetuar o que alguns preferiram realizar num período mais breve,
por meio de um processo forçado e autoeleito."

Estudo 565

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Terceiro. As 7
encarnações. São as que se passam no Caminho de Provação.",na página 659, até " e
empregar eons para efetuar o que alguns preferiram realizar num período mais breve,
por meio de um processo forçado e auto eleito.", na página 660.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul descreve a terceira etapa das 777 encarnações, na
qual a Mônada encarnada, o ser humano, ingressa na Aula da Sabedoria, iniciando a
organização e a vitalização dos vórtices (pétalas) da tríade interna de sacrifício, o que
provoca a abertura dos vórtices da tríade intermédia de amor, revelando a tríade de
sacrifício, a mais potente das três.

1519
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ao chegar nesta etapa a Mônada encarnada, o ser humano, ingressa no Caminho de
Provação, no qual ocorrem coisas muito interessantes e importantes no processo
evolutivo.

Até esta etapa o trabalho de organização, vitalização e expansão dos vórtices do Loto
egoico foi executado em grande parte de acordo com as leis comuns da evolução,
entre elas a Lei do Karma, inconscientemente.

Nesta etapa o corpo mental entra em elevada atividade e como a vontade se manifesta
através do corpo mental, os vórtices de conhecimento e amor da tríade interna de
sacrifício se coordenam e se sintonizam e o vórtice de sacrifício desta tríade ativa a
vitalidade, ou seja, é vitalizado e se abre, e as tríades externa de conhecimento e
intermédia de amor são estimuladas num sentido novo e especial pela ação da vontade,
por meio do ato consciente do discípulo em prova, o que é fortemente intensifcado
pela utilização dos elevadíssimos ensinamentos sobre o Loto egoico no Tratado sobre
Fogo Cósmico, esta preciosíssima e valiosíssima contribuição do Mestre Djwhal Khul
para acelerar a evolução da humanidade.

A ativação da tríade interna de sacrifício atua nas duas tríades ativadas, externa de
conhecimento e intermédia de amor, fazendo que o fogo que por elas circula passe a
circular pelos componentes do triângulo atômico, a Tríade inferior: unidade mental,
átomo astral permanente e átomo físico permanente. Este fogo, energizado pelo fogo
da vontade, energiza os componentes da Tríade inferior, iniciando a atividade da espira
de manas superior, a quinta espira, e fazendo que as quatro espiras inferiores fquem
completamente ativas, organizadas em dois grupos de duas espiras. A Tríade inferior,
como uma esfera ígnea, tem seu fogo por fricção fortemente estimulado e inicia um
movimento circular em torno da Joia no loto e aumenta a velocidade de rotação
quadridimensional para atingir a máxima rotação e o máximo brilho. Isto, juntamente
com a ativação das tríades externa de conhecimento e intermédia de amor, a plena
abertura da tríade externa de conhecimento e a preparação da tríade intermédia de
amor para a abertura, é a culminação do trabalho dual tanto na vida da personalidade
como na egoica.

Assim os dois aspectos da vida divina: Inteligência Ativa e Amor - Sabedoria,


evidenciam-se na vida do discípulo em prova, havendo ainda muito que fazer. Contudo,
quando a tríade interna de sacrifício está ativa, com a ajuda do curioso e anormal
processo de iniciação, o aspecto Vontade adquirirá uma importância similar e produzirá
o homem perfeito nos três mundos inferiores, culminando assim o trabalho dos Pitris

1520
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ou Anjos solares.

O Mestre enfatiza a anormalidade do processo da iniciação.

A iniciação é uma grande experiência que nosso Logos planetário está realizando
durante a atual ronda, a quarta. Nas rondas anteriores da cadeia lunar e talvez nas
posteriores o processo evolutivo seguirá a lei natural, com base no esforço individual.
Na atual ronda e na atual cadeia nosso Logos planetário em Seu elevado nível, que
inclui os subplanos superiores do físico cósmico: átmico, monádico e adi, pratica o que
em termos esotéricos é denominado yoga e está passando por certos processos de
treinamento a fm de estimular Seus centros, dos quais os físicos são de matéria
búdica.

Esta energização destes centros energiza toda a matéria búdica que envolve a Terra, o
que é aproveitado pela Hierarquia para produzir certos resultados na humanidade, ou
seja, acelerar a sua evolução, mediante Seu guia, o Senhor CRISTO, o BODHISATTVA.

Este processo, da iniciação, é optativo, tendo o homem o direito de recusá-lo e seguir o


processo normal e levar muito mais tempo (eons) para realizar o que alguns preferiram
realizar em menos tempo, por meio de um processo forçado e escolhido livremente, o
da iniciação.

Como houve atraso na cadeia lunar, é perfeitamente compreensível esta oportunidade


(o processo da iniciação) de acelerar a evolução para recuperar o atraso. Como
sabemos, a cadeia lunar foi desfeita antes do prazo previsto, devido a um erro.

Uma coisa é certa e clara. O iniciando para receber a iniciação (a ajuda) tem de
conquistar e merecer esta ajuda pelo seu próprio esforço, não sendo portanto a
iniciação uma doação gratuita.

Estudo 566

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "Ao fnalizar as 777 encarnações, o
homem atravessa o portal da iniciação e entra em um breve processo sintetizador", na
página 660, até "Isto, em termos do Ego e sua experiência vital, dá lugar a três etapas:",
na página 662.

1521
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"Ao fnalizar as 777 encarnações, o homem atravessa o portal da iniciação e entra em
um breve processo sintetizador ou período fnal no qual colhe os frutos da experiência
adquirida nas duas primeiras aulas, transmuta o conhecimento em sabedoria,
transforma a sombra das coisas vistas na energia daquilo que é e fnalmente logra
liberar-se de todas as formas inferiores que tratam de mantê-lo prisioneiro. Este
período de iniciação está dividido em sete etapas, porém só cinco concernem à
evolução do Ego, assim como os cinco Kumaras concernem principalmente à evolução
da Humanidade neste sistema e neste planeta. Também temos os quatro Kumaras
exotéricos, dos quais dois caíram, e os três esotéricos dos quais Um reúne as forças
vitais dos quatro exotéricos, formando com Eles os cinco já mencionados. O estudante
deve analisar isto desde o ponto de vista da energia ou força vital, considerando-a
desde o ângulo da polaridade e do matrimônio místico, da compreensão do verdadeiro
signifcado da relação sexual, do encontro e da fusão dos pares de opostos e do
trabalho que realiza o que sintetiza todos os tipos de energia. Por exemplo:

a. O Ego sintetiza ou reúne em si as forças vitais do quádruplo homem inferior.


b. O Raio do Mahachoan na terra sintetiza as forças vitais dos quatro inferiores,
sendo o terceiro sub-raio de nosso Raio planetário.
c. O terceiro Raio maior do sistema solar se funde com os quatro menores.
d. O quinto Kumara funde e une em Si Mesmo o trabalho dos quatro inferiores.
O refexo de tudo isto no microcosmos pode ser estudado pelo homem que
compreende que o corpo físico é o veículo de todos os princípios.

Quando se recebe a terceira Iniciação, abre-se a fleira interna de pétalas, e o loto pode
ser visto em pleno funcionamento e em toda sua beleza. Na quarta Iniciação o capulho
interno se abre pelo efeito da força elétrica do Cetro que atrai o poder do raio sintético
do sistema solar mesmo; assim é revelada a joia interna. O trabalho foi realizado; a
energia que reside nos átomos permanentes vitalizou todas as espiras, enquanto que a
força aperfeiçoada do loto e a vontade dinâmica da chispa central entram em plena e
unida atividade, dando lugar a um tríplice desdobramento de força vital que provoca a
desintegração da forma e os seguintes resultados:

a. Os átomos permanentes se fazem radioativos e, por conseguinte, seu "círculo não


se passa" já não é uma barreira para as unidades menores que se encontram dentro;
então os distintos grupos de vidas eletrônicas saem e voltam ao depósito eterno.
Formam uma substância de ordem muito elevada e produzirão as formas dessas
existências que ocuparão veículos em outro ciclo.

1522
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

b. As pétalas são destruídas pela ação do fogo, e a multiplicidade de vidas dévicas


que as compõem e lhes proporcionam coerência e qualidade é recolhida novamente
no Coração do Sol pelos Pitris solares de ordem muito elevada; em outro sistema
solar voltarão a exteriorizar-se.
A substância atômica será empregada em outro manvantara, porém aos Pitris solares
não se pedirá novamente que se sacrifquem até o próximo sistema solar, em que virão
como Raios planetários, repetindo assim em dito sistema, em níveis monádicos, o que
fzeram neste. Então serão Logos planetários.

c. A Vida central elétrica retorna a sua fonte, escapando da prisão e funcionando


como um centro de energia nos planos cósmicos de energia etérica.
Com o ante dito temos tratado de dar uma idéia geral do processo evolutivo em
relação com o Ego e seu progresso, regido pelas leis kármica e cíclica. Se o estudante
medita sobre estas duas leis, lhe será evidente que ambas poderiam ser resumidas no
termo genérico de Lei do Ritmo. Toda manifestação é o resultado do efeito produzido
por certa energia em atividade; o emprego de energia em determinada direção
necessitará um consumo similar na direção contrária. Isto, em termos do Ego e sua
experiência vital, dá lugar a três etapas:"

Estudo 567

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Ao fnalizar as
777 encarnações, o homem atravessa o portal da iniciação e entra em um breve
processo sintetizador", na página 660, até "Isto, em termos de Ego e sua experiência
vital, dá lugar a três etapas:", na página 662.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá detalhes a respeito da fase que antecede a
liberação dos três mundos inferiores, que ocorre na quarta Iniciação planetária, a
segunda solar, a Renúncia, prosseguindo a fase.

O ingresso nesta fase fnal relativamente aos três mundos inferiores é realizado ao

1523
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
terminar o período de provação, o ciclo das 7 encarnações, quando o homem recebe a
primeira Iniciação, o Nascimento, atravessando o portal da iniciação. Inicia então uma
rápida sintetização do que conquistou nas aulas da Ignorância e do Aprendizado,
colhendo os frutos das experiências vividas nestas duas aulas. Ingressa na aula da
Sabedoria, transmutando o conhecimento conquistado em sabedoria. Transforma tudo
que percebeu e captou em conceitos, signifcados e energia, penetrando
profundamente neste magno mundo, conseguindo fnalmente liberar-se de todas as
formas inferiores que procuram mantê-lo prisioneiro.

Esta fase, de iniciação, está dividida em sete etapas, com apenas cinco concernindo à
evolução do Ego.

Se considerarmos que para a conquista do mundo físico cósmico são necessárias sete
iniciações, então podemos entender as sete etapas.

A meta da nossa cadeia é a quinta Iniciação planetária, a Revelação, a terceira solar, e


para a conquista desta iniciação o Ego tem de ser desenvolvido plenamente, sendo
desintegrado na quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar. Isto nos
permite entender as cinco etapas concernentes à evolução do Ego. Como analogia
destas cinco etapas os cinco Kumaras que trabalham em Shamballa cuidam da
evolução da humanidade da Terra.

Os Kumaras são quatro exotéricos, tendo caído dois, e três esotéricos, dos quais Um é
o sintetizador das forças vitais dos quatro exotéricos, constituindo os cinco que
cuidam da evolução da humanidade.

Tudo isto deve ser analisado sob o ponto de vista da energia ou força vital e da
polaridade, ou seja, o positivo e o negativo, o que dá e o que recebe, o que energiza e o
que é energizado, o que constitui o matrimônio místico e permite a compreensão do
verdadeiro signifcado da relação sexual, a fusão dos pares de opostos.

É importante entender o trabalho que realiza aquele que sintetiza todos os tipos de
energia.

Como exemplos temos:

a. O Ego sintetiza ou reúne em si as forças vitais do quádruplo homem inferior: os


corpos físico denso, físico etérico, astral e mental inferior.

b. O Raio do Mahachoan na Terra sintetiza as forças vitais dos quatro raios inferiores:

1524
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sétimo, sexto, quinto e quarto, sendo o terceiro sub-raio do nosso Raio planetário.

c. O terceiro Raio maior do sistema solar se funde com os quatro menores: sétimo,
sexto, quinto e quarto.

d. O quinto Kumara funde e une em Si Mesmo o trabalho dos quatro inferiores ou


exotéricos.
A analogia de tudo isto no homem pode ser estudada, se compreender que o corpo
físico é o veículo de todos os princípios, pois para ser o veículo de todos os princípios,
tem de sintetizar todos os princípios.

Na terceira Iniciação, a Transfguração, a primeira solar, a tríade interna de sacrifício é


aberta e o Loto egoico é visto em pleno forescimento e em toda sua beleza. Na quarta
Iniciação os três vórtices ou pétalas (o capulho interno) que ocultam a Joia no loto
abrem-se pela dinamização resultante da força elétrica do Cetro que atrai o poder do
raio sintético do sistema solar, o segundo Raio, revelando a Joia. O trabalho então foi
realizado. A energia existente nos componentes da Tríade inferior vitalizou todas as
espiras, e a força aperfeiçoada do loto e a vontade dinâmica (fogo elétrico) da chispa
central (a Joia no loto) entram em plena e unida atividade, em perfeito sincronismo,
provocando uma tríplice emanação de força vital que produz a desintegração da forma
e os seguintes resultados:

a. Os componentes da Tríade inferior tornam-se radioativos e seu "círculo não se


passa" deixa de ser uma barreira para as unidades menores que estão dentro, e
então os distintos grupos de vidas eletrônicas saem e voltam ao depósito eterno.
Estas vidas eletrônicas são os Pitris lunares que são os átomos constituintes da
unidade mental, do átomo astral permanente e do átomo físico permanente. Passam
a ser uma substância de ordem muito elevada e produzirão as formas (os corpos)
das existências que ocuparão veículos em outro ciclo. Isto signifca a desintegração
da Tríade inferior, todavia todo o conteúdo de informações nela armazenadas é
transferido para a Tríade superior, na seguinte ordem: do átomo físico permanente
para o átomo mental permanente, do átomo astral permanente para o átomo búdico
permanente e da unidade mental para o átomo átmico permanente.

b. As pétalas ou vórtices do Loto egoico são destruídas pela ação do fogo, e a


multiplicidade de vidas dévicas (Anjos solares) que as compõem e lhes dão coerência
e qualidade é recolhida novamente no Coração do Sol pelos Pitris solares de ordem

1525
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
muito elevada. Em outro sistema solar voltarão a exteriorizarem-se.
A substância atômica será empregada em outra cadeia, porém aos Pitris solares não
será pedido novamente que se sacrifquem até o próximo sistema solar, no qual virão
como Raios planetários, repetindo em dito sistema, em níveis monádicos, o que fzeram
no atual sistema. Então serão Logos planetários. Isto signifca que no próximo sistema
solar a individualização das Mônadas humanas será na matéria monádica e não na
matéria mental superior como ocorre no atual sistema.

c. A Vida central elétrica retorna a sua fonte, escapando da prisão e funcionando


como um centro de energia nos planos cósmicos de energia etérica. Esta Vida central
elétrica é o Anjo solar que constitui a Joia no loto, o Ego ou Alma, por meio do Qual a
Mônada se expressa no mundo mental superior ou causal. Este Anjo solar passa a
trabalhar como centro de energia nas matérias búdica, átmica, monádica e adi, que
são os éteres cósmicos. De fato este Anjo solar, ao permanecer vitalizando a matéria
mental atômica constituinte da Joia no loto para que a Mônada possa se expressar,
fca retido numa prisão, voluntariamente. Este Anjo solar passou pelo reino humano
no sistema solar anterior e alcançou a meta estabelecida naquele sistema para o
reino humano e então ingressou na evolução dévica. Portanto Ele conhece
profundamente a natureza humana. No atual sistema Ele, como Anjo solar vitalizador
do instrumento da Mônada no mundo causal, o Ego ou Joia no loto, aprende o
comportamento da personalidade humana (o conjunto dos três corpos inferiores:
mental inferior, astral e físico) em resposta à vibração do atual sistema solar, como
também o comportamento da Mônada humana em relação ao Ego. Ele se apassiva,
pois quem tem de evoluir é a Mônada humana, adquirindo o controle total do Ego e
dos corpos inferiores, dentro do Plano e do Propósito do Logos planetário. Devemos
sentir e expressar a máxima gratidão para com esses grandes Seres divinos que se
sacrifcam para que a Mônada humana possa ter autoconsciência (ahamkara),
faculdade que Eles conferem, e evoluir para se liberar dos três mundos inferiores,
quando então Eles são também liberados da prisão, e prosseguir a evolução nos
mundos superiores.
O Mestre diz que com o que Ele acaba de dizer nos dá uma ideia geral do processo
evolutivo em relação com o Ego e seu progresso, sob a regência das leis kármica e
cíclica. Analisando profundamente estas duas leis percebemos claramente que ambas
têm ritmo e portanto podem ser sintetizadas no nome genérico Lei do Ritmo.

Toda manifestação resulta do efeito produzido por determinada energia em atividade, a


qual, ao ser empregada em determinada direção, exige o emprego similar de outra

1526
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
energia na direção oposta, o que é a Lei da Ação e da Reação.

Isto, tratando-se do Ego e da sua experiência vital, dá lugar a três etapas.

Estudo 568

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "Naprimeira a energia manifestada
atua externamente.", na página 662, até "......, porém o efeito constitui um todo
unifcado no que diz respeito à grande Unidade na qual se manifestam.", na página 663.

"Na primeira a energia manifestada atua externamente. O Eu se identifca com seus


corpos. Esta etapa é estritamente pessoal.

Na segunda procura-se fazer um ajuste de acordo com a lei, e o Eu não se identifca


totalmente com seus corpos nem Consigo Mesmo. Está aprendendo a escolher entre
os pares de opostos. Neste período a luta é terrível e predomina a desordem, sendo o
campo de batalha onde têm de ser conseguidos o reajuste e o laboratório onde o
discípulo gere sufciente força transmutadora que o conduza ao outro extremo da
etapa anterior - essa etapa onde a energia se manifestará dentro e não fora.

Na terceira a energia do Ego está centrada no coração do círculo e não na periferia,


dedicando-se ali ao serviço grupal por meio do esforço consciente do Ego. A natureza
inferior é substituída pela atração que exerce aquele que é superior ao Ego. Então deve
se repetir o processo anterior numa volta mais alta da espiral e a energia monádica
começa a atuar sobre o Ego, assim como a egoica atuou sobre a personalidade. A
Mônada, que tem se identifcado com o Ego (sua manifestação externa), também
começa a buscar seu próprio e verdadeiro centro "dentro do Coração"; pode observar-
se novamente nos níveis superiores os resultados que afetam a distribuição e
conservação da energia.

Deve-se por em destaque este procedimento porque é importante que todos os


ocultistas aprendam a pensar em termos de energia e força, interpretando-os como
algo diferente dos corpos ou instrumentos empregados. O místico tem reconhecido
este fator "força", porém tem trabalhado unicamente com o aspecto positivo da
mesma. O ocultista deve reconhecer e trabalhar com três tipos de força ou energia;

1527
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
aqui reside a diferença entre seu trabalho e o do místico. O ocultista reconhece:

1. A força
Aquilo que energiza.
positiva
2. A força Aquilo que é receptor de energia; o que atua ou toma forma sob o
negativa impacto da força positiva.
Aquilo que se produz pela união de ambos, dando por
3. A luz ou força resultadoenergia irradiante, sendo o resultado do equilíbrio de
harmônica ambos.

Estes três aspectos da energia têm sido denominados, como frequentemente se tem
dito:

a. Fogo energia
Pai.
elétrico positiva
b. Fogo por energia
Mãe.
fricção negativa
energia Sol ou
c. Fogo solar
radiante Filho.
Cada um destes dois últimos aspectos são em si mesmos duais, porém o efeito
constitui um todo unifcado no que diz respeito à grande Unidade na qual se
manifestam."

Estudo 569

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo Causal
- b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Na primeira a energia
manifestada atua externamente.", na página 662, até ", porém o efeito constitui um
todo unifcado no que diz respeito à grande Unidade na qual se manifestam.", na página
663.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul faz um resumo do processo evolutivo e do


progresso do Ego, a manifestação da Mônada ou Espírito no mundo mental superior ou
causal e do refexo nos três mundos inferiores, mental inferior, astral e físico, em

1528
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
termos de energia ou força.

Na primeira etapa a energia da Mônada, a energia manifestada, atua externamente,


sobre os três mundos inferiores através dos três corpos inferiores, mental inferior,
astral ou emocional e físico. Nesta etapa o Ego se identifca, confunde-se, com seus
corpos inferiores, não tendo muita consciência do seu próprio mundo, o mundo causal
ou mental superior. É a etapa primitiva, a estritamente pessoal, a etapa da Aula da
Ignorância, quando a matéria domina totalmente e só predomina a Lei do Karma.

Na segunda etapa o objetivo é fazer um reajuste, através da Lei do Karma, para que o
Ego deixe de se identifcar e se confundir totalmente com seus corpos inferiores nem
Consigo Mesmo. Ele começa a perceber os pares de opostos, incluindo Ele Mesmo e o
não-eu, seus corpos inferiores, o meio ambiente em que se encontra, e começa a ter
consciência do seu próprio mundo, o causal ou mental superior.

Nesta etapa a luta é de fato terrível, como diz o Mestre, e predomina a desordem,
constituindo o campo de batalha no qual têm de ser conseguidos o reajuste e o
laboratório no qual o discípulo gere sufciente força transmutadora que o conduza ao
outro extremo da primeira etapa, ou seja, a situação em que a energia atue
internamente e não fora, o que signifca que o Ego inicia o controle e domínio dos seus
três corpos inferiores. É a etapa em que o homem ingressa na Aula do Aprendizado.

Na terceira etapa a energia do Ego está centrada no coração do círculo e não na


periferia, dedicando-se ali ao serviço grupal por meio do esforço autoconsciente do
Ego. O Ego percebe e entende inteligentemente em cérebro físico que a vida no mundo
causal é a mais importante e que todos os Egos estão reunidos em grupos, estando
portanto todos ligados, constituindo uma grande Família, a serviço do Logos planetário.
Percebe e entende também, em cérebro físico, que a separação nos mundos inferiores
é uma grande ilusão e uma grande miragem, terminando o separatismo. Entende
claramente em cérebro físico a necessidade e a importância da não continuidade dos
corpos inferiores. Vê-se como Ego manifestando-se nos mundos inferiores através dos
corpos inferiores.

A simbologia "a energia do Ego está centrada no coração do círculo e não na periferia"
signifca que o Ego centraliza sua energia no seu coração e não no seu aspecto
exterior. O coração é o símbolo da união e da coesão, ou seja, do amor.

O Ego deixa de ser atraído pela natureza inferior, a dos três corpos inferiores, e passa
a ser atraído por Quem é superior a ele, a Mônada ou Espírito, da Qual ele é o
instrumento. Então é repetido o processo anterior numa espiral mais alta, a energia da

1529
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Mônada começando a atuar sobre o Ego, assim como a energia do Ego atuou sobre a
personalidade, o conjunto dos três corpos inferiores.

A Mônada, que tem se identifcado com o Ego, Sua expressão externa, começa a
procurar Seu próprio e verdadeiro centro "dentro do Coração", ou seja, Sua posição
dentro da Consciência do Logos planetário ao qual está subordinada e do Qual é uma
célula. Assim como pode-se entender claramente a distribuição e a conservação da
energia e os resultados a partir do Ego para os corpos inferiores, pode-se também
entender claramente a distribuição e a conservação da energia e os resultados a partir
da Mônada para o Ego e a partir do Logos planetário para a Mônada. É a etapa em que
o homem ingressa na Aula da Sabedoria.

É muito importante e de grande utilidade refetir e meditar sobre estes processos,


porque contribui muito para acelerar a evolução e a liberação dos mundos inferiores.

O Mestre enfatiza a necessidade e a importância de todos os ocultistas aprenderem a


pensar em termos de energia e força, interpretando a energia e a força como algo
diferente dos corpos ou instrumentos empregados, aplicando esta interpretação a
todos os corpos ou instrumentos, desde o corpo físico até a Tríade superior e as
envolturas utilizadas após a quarta Iniciação planetária, da Renúncia, a segunda solar,
quando a Mônada se libera dos três mundos inferiores.

O Mestre diz que o místico reconhece este fator "força", porém trabalha unicamente
com o aspecto positivo da força, ou seja, o místico se contenta com a devoção
emocional. O ocultista deve reconhecer e trabalhar com três tipos de força ou energia,
residindo aí a diferença entre seu trabalho e o do místico. Os três tipos de energia ou
força que devem ser reconhecidos e entendidos pelo ocultista são:

1. A força
Aquilo que energiza.
positiva
2. A força Aquilo que é receptor de energia; o que atua ou toma forma sob o
negativa impacto da força positiva.
3. A luz ou força Aquilo que é produzido pela união de ambos, dando por resultado
harmônica energia irradiante, sendo o resultado do equilíbrio de ambos.
1. O que energiza, fogo elétrico, Pai.
2. O que recebe a energia, é energizado e executa o que a energia determina, fogo por
fricção, Mãe.
3. O resultado desta união, a energia que é irradiada, fogo solar, Sol ou Filho.

Os fogos por fricção e solar são duais, ou seja, ambos são transmissores e receptores,

1530
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
todavia o efeito é um todo unifcado para a grande Unidade na qual eles se
manifestam.

Estudo 570

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "O problema dos devas pode ser
melhor compreendido se se recorda que personifcam em si os dois tipos de energia.",
na página 663, até "A meta de um Pitri solar é, como já se disse, chegar a ser um Raio
logoico, na página 666.

"O problema dos devas pode ser melhor compreendido se se recorda que personifcam
em si os dois tipos de energia. Por exemplo, os Pitris solares constituem a substância
dos corpos e grupos egoicos e o meio de expressão para o aspecto Espírito, pois Este
se manifesta por meio da alma. Os Pitris lunares que formam o eu inferior pessoal, por
constituir um agregado de corpos inferiores, são energizados e utilizados pelos
Senhores solares. Ditos Anjos solares formam parte de muitos grupos e expressam
uma energia dual, positiva e negativa. Temos a vida positiva do loto egoico que
coordena, conserva e ativa as pétalas e também a energia da substância da pétala
mesma, ou o aspecto negativo impulsionado pela força positiva dos Senhores solares
maiores para as rodas ou verticilos viventes que denominamos simbolicamente
"pétalas". Vinculada ao Logos planetário e ao Logos solar existe uma estreita analogia
entre o prana, força vital que anima o corpo etérico do homem, a qual dá coerência ao
corpo físico denso, e essa força vital sintetizadora do Logos que anima cada átomo em
todos os planos do sistema. Se se refexiona sobre isto e se compreende que os planos
que nos concernem são a manifestação etérica e densa do Logos solar, então se
elucidará em parte o papel que desempenham os Anjos solares, e pode esclarecer-se
parcialmente sua relação com o Logos planetário e o Logos solar. Não só devemos
estudá-los em conexão conosco mesmos e nosso esforço para nos identifcarmos com
os Senhores solares e os Pitris lunares, mas devemos reconhecer:

a. Os Anjos solares de um esquema planetário.


b. Os Anjos solares de um sistema solar.
c. Os senhores lunares do esquema e do sistema.

1531
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A palavra "lunar" é aqui um anacronismo e não é tecnicamente exata. A lua ou as luas
de qualquer esquema são efeitos e não causas do sistema. Em certas relações
planetárias são consideradas causas, porém em relação com nosso sistema solar não o
são. Com respeito a um sistema, existem também cosmicamente certos corpos no
espaço que têm um efeito tão defnido sobre o sistema como o da lua sobre a terra.
Isto é todavia algo desconhecido e incompreensível para os metafísicos, cientistas e
astrônomos. A guerra é travada todavia cosmicamente entre os senhores "lunares" do
sistema e essas Entidades análogas aos Senhores solares em níveis cósmicos.
Enquanto os estudantes não ampliarem o conceito até incluir em seus cálculos os
corpos astral e mental logoicos a medida que o Logos trata de expressar a emoção e a
mente no plano físico (por meio do Seu corpo físico, um sistema solar) não penetrarão
muito no núcleo do mistério solar. Enquanto não for descoberta a força dos Senhores
lunares cósmicos, o fato de existir detrás de nosso sistema solar constelações inteiras
em processo de desintegração, em tempo e espaço, em forma similar à desintegração
da lua, não serão conhecidos nem poderão ser comprovados seus efeitos.
Oportunamente, nosso sistema solar passará a um estado similar. Aqui reside o
verdadeiro mistério do mal (62) e ali há de ser buscada a veracidade da “Guerra nos
Céus”. Também há de ser recordado que os esquemas planetários passam ao
obscurecimento e “morrem” em todos os casos devido a que lhes foram retirados a
vida e a energia positiva e o fogo elétrico, princípio animador de cada sistema,
esquema, globo, reino da natureza e ente humano. Isto também produz em cada caso a
morte da “irradiação solar”, luz produzida pela fusão das energias positiva e negativa.
Tudo o que resta em cada caso é a energia comum da substância, sobre e através da
qual a energia positiva teve um efeito tão notável. Este tipo de força negativa se
dissipa ou dispersa gradualmente indo em busca do depósito central de energia. Desta
maneira se desintegra a forma esférica. A atuação disto pode ser vista no caso da Lua,
e a mesma regra rege para todos os corpos. Poderíamos enuncia-lo de outra maneira:
Os Devas solares (ou a energia irradiante) regressam ao Coração central ou à fonte
que os exalou. Isto faz que a substância dévica menor dependa de seu próprio calor
interno, pois envolve retirar aquilo que erigiu a substância em uma forma. Existem
muitas classes de substância dévica; quiçá seja melhor compreendido o conseguinte
procedimento, se dizemos que quando a forma se desintegra os construtores e devas
menores voltam a sua alma grupal. Alguns deles, os que formam os corpos do quarto
reino da natureza, e são portanto de um tipo superior de substância por meio da qual a
consciência pode se manifestar nos três mundos, acham-se em caminho de
individualizarem-se – estão mais próximos da etapa humana que a substância dos

1532
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
outros três reinos. Ocupam um lugar na evolução dévica, análogo ao que o homem, que
está se aproximando do Caminho, ocupa no reino humano (observem que digo reino,
não evolução). A meta de um deva (de categoria inferior à dos Pitris solares) é a
individualização, e seu objetivo consiste em chegar a serem homens num ciclo futuro. A
meta de um homem é a iniciação, ou chegar a ser um Dhyan Chohan consciente e, num
distante ciclo, fazer pela humanidade dessa época o que os Pitris solares fzeram por
ele, possibilitando assim sua expressão autoconsciente. A meta de um Pitri solar é,
como já foi dito, chegar a ser um Raio logoico. (63)

(62) Problema do Mal.

O seguinte foi extraído de um escrito mediúnico, pela Dra. Anna Kingsford:

“Vocês têm consultado sobre a origem do mal. Este é um tema importante que não se
tinha tocado, porém parece que é necessário faze-lo. Compreendam que o mal é o
resultado da projeção do Espírito na matéria, e com esta projeção veio o primeiro
germe do mal. Saibam que não existe tal coisa como mal puramente espiritual, mas que
o mal é o resultado da materialização do Espírito. Se analisam cuidadosamente tudo o
que temos dito com respeito às distintas formas de mal, verão que cada uma é o
resultado do poder limitado de perceber todo o Universo nada mais que como o Eu
superior..... Então é verdade que Deus criou o mal; também é verdade que Deus é
Espírito e sendo Espírito é incapaz de fazer mal. Portanto o mal é estrita e somente o
resultado da materialização de Deus. Isto é um grande mistério. Porém podemos dizer
esta noite..... Deus é a percepção mesma. É percepção universal, o que vê e o visto. Se
pudéssemos ver tudo, ouvir tudo, tocar tudo, etc, não existiria o mal, pois o mal vem da
limitação da percepção. Tal limitação foi necessária para que Deus produzisse nada
mais que Deus. Só Deus pode ser menos que Deus. Portanto sem o mal Deus teria
permanecido só. Todas as coisas são Deus de acordo com a medida do Espírito que
existe nelas.”

É dizer, uma humanidade perfeita será o veículo perfeito do Espírito divino (veja-se a
Merkaba de Ezequiel, I capítulo). Grande é nossa dívida com os videntes que emitem
resplendores de luz na escuridão e com o mistério da vida humana; ali onde o Espírito,
lutador interno, frequentemente submerso nas profundezas deste misterioso caos, faz
visível a escuridão, com o fm de nos permitir ver alguns passos adiante no Caminho,
alentando-nos para seguir adiante com a renovada segurança de que se dispersarão as

1533
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
névoas e nuvens e que, a seu devido tempo, entraremos na plenitude da Presença
divina. The Theosophist, T. XXIX, pag. 50.

(63) A Meta para os Pitris:

Os Pitris lunares estão no mesmo nível que os princípios inferiores. D. S. III, 88

a. Criam nossos princípios inferiores D. S. III, 96.


b. Possuem fogo criador porém não D. S. III, 87-
fogo divino 88.
c. Fazem evoluir a forma humana D. S. I, 209.
d. Eventualmente se converterão em
D. S. I, 209.
homens
Compare-se, D. S. III, 102.

Os princípios superiores estão latentes nos animais. D. S. III, 249, 260.

a. Os Pitris solares personifcam o quinto princípio D. S. I, 242.


b. Proporcionam consciência ao homem D. S. I, 210.
c. Provêem o veículo para a Mônada encarnante, D. S. I, 238-
formando o corpo egoico 239.
D. S. III, 229-
d. Desenvolvem o tipo humano
231.
Compare-se, D. S. III, 99.”

Estudo 571

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico – Seção D – II – Os Devas e Elementais


da Mente – 3. OS ANJOS SOLARES – OS AGNISHVATTAS – d. A Construção do Corpo
Causal – b. A evolução das pétalas – Considerações sobre o parágrafo “O problema dos
devas pode ser melhor compreendido”, na página 663, até “Oportunamente, nosso
sistema solar passará a um estado similar.”, na página 664.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul neste trecho explica os devas sob o ponto de vista dos dois tipos
de energia: energia que energiza (positiva) e energia que recebe o estímulo de outra
energia (negativa), para melhor entendimento dos devas. O Espírito ou a Mônada utiliza

1534
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a Alma e o Loto egoico para se expressar e se manifestar, sendo a energia positiva e os
Pitris solares que constituem a substância da Alma e do Loto egoico são a energia
negativa para a energia positiva da Mônada. Os Pitris lunares que constituem os corpos
mental inferior, astral e físico, os quais em conjunto são o eu inferior pessoal, são
energizados e utilizados pelos Senhores ou Pitris solares, sendo portanto a energia
negativa para a energia positiva dos Pitris solares.

Assim temos a Mônada como energia positiva para os Pitris solares da Alma e do Loto
egoico como energia negativa, e estes como energia positiva para os Pitris lunares dos
corpos inferiores como energia negativa.

Os Anjos ou Pitris solares estão organizados em muitos grupos e atuam como energia
positiva e energia negativa, ou seja, energizam e são energizados.

No Loto egoico o Anjo solar maior na Joia no loto, diretamente ligado à Mônada, atua
como energia positiva para os Anjos solares menores que são a substância da Joia no
loto e dos vórtices (denominados simbolicamente pétalas), os quais são coordenados,
conservados e ativados pelo Anjo solar maior. Estes Anjos solares menores funcionam
como energia negativa para a energia positiva do Anjo solar maior.

Nos vórtices do Loto egoico os Anjos solares menores estão organizados em 3 grupos
principais: o grupo da tríade interna de sacrifício, o grupo da tríade intermédia de
amor e o grupo da tríade externa de conhecimento. O grupo da tríade interna de
sacrifício atua como energia positiva para os outros 2 grupos e o grupo da tríade
intermédia de amor atua como energia positiva para o grupo da tríade externa de
conhecimento. Assim fca bem clara a atuação dual como energia dos Anjos solares.

Ao refetirmos sobre a analogia citada pelo Mestre, vinculada ao Logos planetário e ao


Logos solar, entre o prana que anima o corpo etérico do homem e dá coerência ao seu
corpo físico denso e a força vital sintetizadora do Logos que anima cada átomo em
todos os planos do sistema, percebemos claramente que a analogia está na
propriedade de conferir coerência à parte densa do corpo físico cósmico do Logos.

Sabemos que o prana que anima o corpo etérico do homem é o fogo solar, resultado do
contato do fogo elétrico com o fogo por fricção.

Para o Logos os planos (ou matérias) adi, monádico, átmico e búdico, são a parte
etérica do Seu corpo físico cósmico, e os planos mental, astral e físico são a parte
densa do Seu corpo físico cósmico, na qual vivemos, tendo como meta passar a viver
na parte etérica cósmica e posteriormente no corpo astral cósmico do Logos. Assim a

1535
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
força sintetizadora (sintetizadora porque confere coerência) do Logos é o fogo solar
cósmico (prana cósmico) do Logos, fogo que anima toda a parte etérica do Seu corpo
físico cósmico e ao penetrar na parte densa lhe confere coerência.

Assim os 3 planos que constituem a parte densa do corpo físico cósmico do Logos,
mental, astral e físico, são mantidos como uma unidade coerente por esse fogo solar.

A transferência do fogo solar cósmico (prana cósmico) da parte etérica do corpo físico
cósmico do Logos para a parte densa é feita no plano (ou matéria) búdico, o quarto
éter cósmico, para o plano mental, gasoso cósmico. Como os Anjos solares trabalham
na matéria mental superior, Eles são os responsáveis pela recepção deste fogo solar
cósmico e pela sua transferência para o plano mental inferior e os planos astral e
físico.

Assim fca bem claro que os Anjos solares, além do trabalho de individualização das
Mônadas humanas, executam o trabalho de conferir coerência por meio do fogo solar
cósmico aos 3 planos inferiores (a parte densa do corpo físico cósmico do Logos), para
que funcionem como uma unidade coerente, juntamente com os 4 planos superiores (a
parte etérica do corpo físico cósmico do Logos), para que as 2 partes juntas e unidas
funcionem como um todo unifcado.

Portanto os Anjos solares devem trabalhar também nos 4 éteres cósmicos


constituintes da parte etérica do corpo físico cósmico do Logos.

Como o Logos solar tem Seu próprio corpo físico cósmico, que inclui o sistema solar, e
os Logos planetários têm Seus próprios corpos físicos cósmicos, que incluem Seus
esquemas planetários, existem Anjos solares ligados ao Logos solar e trabalhando no
sistema solar e Anjos solares ligados aos Logos planetários e trabalhando em Seus
esquemas planetários, todos na parte etérica cósmica.

Existem também Pitris ou Senhores lunares ligados ao Logos solar e trabalhando na


parte densa cósmica do Seu corpo físico cósmico e do sistema solar, e Pitris ou
Senhores lunares ligados aos Logos planetários e trabalhando na parte densa cósmica
de Seus corpos físicos cósmicos e de Seus esquemas planetários. São classes mais
elevadas de Pitris lunares, superiores aos Pitris lunares que trabalham nos corpos
inferiores das Mônadas humanas.

De fato, como o Mestre diz, a palavra lunar não é tecnicamente exata para defnir esses
Pitris que trabalham na parte densa cósmica, as matérias mental inferior (gasosa
cósmica), astral (líquida cósmica) e física (sólida cósmica). A lua ou as luas de qualquer

1536
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esquema planetário (os satélites dos planetas) são efeitos e não causas do sistema. Em
determinadas relações planetárias, como na relação da nossa lua com a Terra, as luas
são consideradas causas, porém com relação ao nosso sistema solar não o são.

Com respeito aos sistemas solares existem corpos no espaço, como constelações em
desintegração, que exercem cosmicamente infuência e produzem efeitos sobre um
sistema solar, efeitos tão defnidos como o da Lua sobre a Terra. Mas isto é
desconhecido e incompreensível para os metafísicos, cientistas e astrônomos, como
diz o Mestre.

Assim como no homem é travada uma guerra entre os Pitris lunares e os Anjos solares,
guerra que a Mônada humana tem de vencer, similarmente em níveis cósmicos é
travada uma guerra entre as entidades cósmicas de uma sistema solar análogas aos
Pitris lunares e as entidades cósmicas do mesmo sistema solar análogas aos Pitris
solares, guerra que também a Mônada do Logos solar do sistema solar tem de vencer.

Tendo em vista isto o Mestre realça a importância e a necessidade de o ocultista


estudar os corpos cósmicos mental e astral do Logos solar e o processo pelo qual o
Logos solar expressa Seus pensamentos e Suas emoções por meio do Seu corpo físico
cósmico, o sistema solar. Sem este estudo e o resultante entendimento do processo o
ocultista não conseguirá se aprofundar muito no núcleo do mistério solar. Os Senhores
lunares cósmicos trabalham nos corpos cósmicos mental inferior e astral do Logos
solar como também em Seu corpo físico cósmico. Os Senhores solares cósmicos
trabalham no corpo cósmico mental superior ou causal do Logos solar. É bem evidente
que esta guerra do Logos solar é bem diferente da guerra do ser humano. É necessário
ter a mínima noção do que seja uma emoção inferior e um mau pensamento do Logos
solar.

O Mestre Djwhal Khul, em Seu precioso livro Tratado sobre Fogo Cósmico, dá valiosos e
elevados ensinamentos a respeito do nosso Logos solar, ensinamentos que, se bem
entendidos e assimilados, possibilitam ter noção dos pensamentos cósmicos e das
emoções cósmicas do nosso Logos solar e ter uma ideia de seus efeitos no sistema
solar e no nosso esquema planetário.

É necessário conhecer a força dos Senhores lunares cósmicos, para descobrir as


constelações inteiras em processo de desintegração, semelhante ao da nossa lua,
detrás do nosso sistema solar, a localização delas e quando foi iniciada a desintegração
delas e os efeitos da desintegração delas. É evidente que a força dos Senhores lunares
cósmicos responsáveis pela parte densa do corpo físico cósmico das Entidades

1537
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cósmicas que se manifestam através das constelações tem a ver com o período de
existência destas constelações.

Nosso sistema solar passará por este processo de desintegração em seu devido
momento, quando o Logos solar decidir entrar em pralaya, fazendo o Avatar cósmico
de abstração entrar em ação.

Estudo 572

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico – Seção D – II – Os Devas e Elementais


da Mente – 3. OS ANJOS SOLARES – OS AGNISHVATTAS – d. A Construção do Corpo
Causal – b. A evolução das pétalas – Considerações sobre o parágrafo “Aqui reside o
verdadeiro mistério do mal 62”, na página 664, até “A meta de um Pitri solar é, como já
foi dito, chegar a ser um Raio logoico. 63”, na página 666.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul continua a explicar os devas sob o ponto de vista
dos 2 tipos de energia, melhorando muito o nosso entendimento dos devas, da
natureza, dos 4 reinos e dos corpos utilizados pela Mônada para se expressar como ser
humano. Refetindo e meditando profundamente sobre estes e os demais
ensinamentos do Mestre, fazendo as devidas conexões e associações, utilizando a
mente abstrata, base para a consciência búdica, temos noções da vida nos mundos
superiores e da atividade e do trabalho dos Mestres nestes mundos. O entendimento e
a assimilação destas noções estimulam intensamente a vontade para a luta da
libertação dos 3 mundos inferiores e o ingresso nos mundos superiores.

Entendendo verdadeiramente a origem do mal e seus efeitos no planeta, na


humanidade e nos 3 reinos inferiores, fca mais fácil a defesa contra estes efeitos,
evitando o atraso na evolução. Os corpos celestes em desintegração constituem fontes
do mal, assim como um cadáver é fonte de contaminação. É a explicação para a
chamada guerra nos céus.

Os esquemas planetários, quando a cadeia é encerrada, passam ao obscurecimento, a


desintegração dos globos da cadeia, e morrem cosmicamente. Esta morte é decidida
pelo Ego cósmico do Logos planetário, o Logos planetário verdadeiro, a manifestação
da Mônada logoica na matéria cósmica mental superior ou causal. Com esta decisão

1538
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
monádica é retirado o fogo elétrico , a vida e a energia positiva, princípio animador de
cada sistema solar, esquema planetário, globo, reino da natureza e ente humano. Esta
retirada do fogo elétrico monádico provoca em cada caso a morte da irradiação solar, a
luz produzida pela fusão das energias positiva e negativa, os fogos elétrico e por
fricção. Tudo o que resta em cada caso é a energia comum da substância (a matéria), o
fogo por fricção, sobre a qual e através da qual a energia positiva, o fogo elétrico, teve
um efeito tão notável, como diz o Mestre.

Este fogo por fricção maior, manipulado pelos Pitris lunares maiores, dissipa-se
gradualmente, sendo levado para o depósito central de energia, fazendo a forma
esférica se desintegrar, tanto no caso de um sol e de um globo como no de um ser
humano. Os Devas solares (que constituem a energia irradiante), ao ser retirado o fogo
elétrico monádico, regressam ao Coração central, a fonte que os exalou. Então a
substância dévica menor fca dependendo de seu próprio calor interno, o calor latente,
o fogo por fricção interno, pois ao ser retirado o fogo elétrico, foi retirado o fogo solar
(manipulado pelos Devas solares), que erigiu a substância (a matéria) numa forma e é o
produto do contato do fogo elétrico com o fogo por fricção.

Existem muitas classes de substância dévica, ou seja, de Pitris lunares. Quando a forma
se desintegra, os construtores e devas menores retornam a sua alma grupal, o Ser que
os controla. Esta informação pode contribuir para um melhor entendimento do
procedimento resultante das muitas classes de substância dévica, ou seja, de Pitris
lunares.

Os construtores e devas menores que constroem os corpos do reino humano são de


um tipo superior de substância, por meio da qual a consciência humana pode se
manifestar nos 3 mundos inferiores. Eles encontram-se no caminho de individualizar-se
e estão mais próximos da etapa humana que os devas menores dos outros 3 reinos,
animal, vegetal e mineral. A sequência de experiência destes devas ou Pitris lunares
menores é: reino mineral, reino vegetal, reino animal e reino humano. Os Pitris lunares
que constituem os 3 corpos inferiores do homem e estão no caminho de individualizar-
se ocupam uma posição na evolução dévica análoga à que ocupa no reino humano o
homem que está se aproximando do Caminho.

O Mestre recomenda que observemos que Ele diz neste trecho reino e não evolução.
Isto signifca que o ingresso do homem no Caminho é uma situação específca do reino
humano e que as Mônadas dévicas e humanas passam em situações diferentes por
todos os reinos: mineral, vegetal, animal, humano e o 5º reino (das Mônadas humanas

1539
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
após a 4ª Iniciação planetária, a Renúncia, a 2ª solar).

A meta de um Pitri lunar, deva de categoria inferior à dos Pitris solares, é a


individualização e chegar a ser homens num ciclo futuro. A meta de um homem é a
iniciação ou chegar a ser um Dhyan Chohan consciente e, num distante ciclo, fazer pela
humanidade dessa época o que os Pitris solares fzeram por ele, possibilitando assim
sua expressão autoconsciente.

Com base nestes ensinamentos do Mestre podemos descrever a evolução dos Pitris
lunares. Quando Eles se tornam Pitris lunares do plano ou da matéria mental inferior e
entram em contato direto com os Pitris solares, Eles, para se individualizarem e se
tornarem homens, iniciam o processo das Mônadas humanas. Através da Tríade
inferior, inicialmente a passagem pelo reino mineral, em seguida pelo reino vegetal, em
seguida pelo reino animal, para em seguida ocorrer a individualização, o ingresso no
reino humano.

Como Pitris lunares Eles passaram pelos reinos mineral, vegetal, animal e humano,
como substância, como Mônadas humanas Eles passam novamente por estes reinos
em situações diferentes. Quando ingressam no 5º reino, como o Mestre diz que a meta
de um homem é a iniciação ou chegar a ser um Dhyan Chohan consciente e, num
distante ciclo, fazer pela humanidade dessa época o que os Pitris solares fzeram por
ele, possibilitando assim sua expressão autoconsciente, podemos concluir que estes
ex-Pitris lunares poderão ser Pitris solares.

A meta de um Pitri solar, como já foi dito, é ser um Raio logoico, para depois ser um
Logos planetário. A palavra raio signifca transmissor de energia, como um raio de luz é
transmissor da energia luminosa. Um Raio logoico é um transmissor da energia do
Logos. Um Pitri solar, ao ser um Raio logoico, um transmissor da energia do Logos
planetário, assimila o que o Logos planetário sabe e se prepara para ser um Logos
planetário.

Mais adiante o Mestre explica o trabalho das Hierarquias dévicas criadoras (assunto
também tratado no livro Astrologia Esotérica, também do Mestre pela Senhora Alice
Ann Bailey), clareando bastante este assunto.

Estudo 573

1540
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "Voltando ao tema em consideração:
Assim como a Lua constitui uma força nociva ou maléfca," , na página 666, até ",
empregando-o livremente os Logos planetários em Seus esquemas e o Logos solar no
sistema. ", na página 667.

"Voltando ao tema em consideração: Assim como a Lua constitui uma força nociva ou
maléfca, no que se refere à Terra e exerce más "infuências", do mesmo todos esse
corpos em decomposição são igualmente destrutivos. Ditos corpos existem dentro do
"círculo não se passa" solar (64) e ainda não são reconhecidos, havendo constelações
em desintegração (inumeráveis no universo, desconhecidas e não reconhecidas pelos
cientistas) que produzem um efeito analogamente maléfco sobre nosso sistema e tudo
o que entra em sua esfera de infuência.

Existe uma constelação similar situada entre a Ursa menor e nosso sistema e há outra
inter-relacionada com as Plêiades e nosso sistema, que ainda produzem um marcado
efeito sobre o corpo físico do Logos solar.

O parágrafo que antecede está especialmente escrito assim porque os efeitos se


fazem sentir no corpo mais inferior de todos, sendo responsáveis pela maior parte do
que ignorantemente é denominado "magia negra". Ambas constelações terminaram
seus ciclos e estão se "dissolvendo". Parte de sua força vital e energia foram
transferidas para o nosso sistema solar, analogamente como a força vital lunar foi
transferida para nossa terra, sendo a causa da maioria do mal cíclico. O processo de
decomposição e as emanações maléfcas que todavia são produzidas têm poder para
infuenciar as formas que respondem ao que constituiu para elas uma vibração
anterior. A substância destas formas está magneticamente vinculada ao corpo em
decomposição, assim como o duplo etérico está conectado com seu corpo denso,
sendo ali onde se manifestam os efeitos. O fogo purifcador é a única cura para esta
corrupção magnética, empregando-o livremente os Logos planetários em Seus
esquemas e o Logos solar no sistema."

(64) "Planetas invisíveis: "Nem todos os planetas Intramercuriais, nem sequer aqueles
na órbita de Netuno, foram descobertos todavia, embora seja suspeitada sua
existência. Sabemos que existem e onde estão; eles dizem que há inumeráveis planetas
"queimados" - nos dizemos que estão em obscurecimento - ou planetas em formação e
não possuem luminosidade todavia, etc."

1541
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

"Quando estiver assim adaptado o "tásmetro" oferecerá a possibilidade não só de


medir o calor das mais remotas estrelas visíveis, mas também de detectar, por suas
invisíveis radiações, estrelas invisíveis e indetectáveis, por conseguinte também
planetas. O descobridor, um M. S. T. , muito protegido por M., pensa que se em
qualquer lugar do espaço vazio dos céus - um espaço que parece vazio incluso quando
é visto com o telescópio mais poderoso - o tásmetro indica invariavelmente um
aumento de temperatura, o qual constituirá uma prova contundente de que o
instrumento está em linha com um corpo estelar não luminoso ou tão distante que se
encontra fora do alcance da visão telescópica. Seu tásmetro, diz, "é afetado por uma
variedade mais ampla de ondulações etéricas que a que o olho pode perceber". A
ciência ouvirá sons provenientes de certos planetas antes de terem sido vistos. Isto é
uma profecia. The Mahatma Letters to A. P. Sinnett, pag. 169."

Estudo 574

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Voltando ao
tema em consideração: Assim como a Lua constitui uma força nociva ou maléfca", na
página 666, até ", empregando-o livremente os Logos planetários em Seus esquemas e
o Logos solar no sistema.", na página 667.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul prossegue na explanação dos efeitos maléfcos de
corpos celestes em desintegração. O Mestre diz que dentro do "círculo não se passa"
solar, portanto dentro do nosso sistema solar, existem muitos desses corpos celestes
em decomposição, assim como a Lua. Analisando estas palavras do Mestre concluímos
que estes corpos em desintegração são corpos que constituíram os globos de cadeias
planetárias anteriores dos esquemas planetários, assim como a Lua foi um globo da 3ª
cadeia do nosso esquema planetário, que atualmente está na 4ª cadeia. O Mestre na
página 317 no VI DIAGRAMA dá a situação atual dos esquemas planetários:

A Terra: quarta cadeia - Marte: quarta cadeia - quarto


quarto globo, globo.

1542
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Júpiter: terceira cadeia - Vulcano: terceira cadeia -


quarto globo, quarto globo.
Saturno: terceira cadeia - Vênus: quinta cadeia - quinto
quarto globo, globo.
Mercúrio: quarta cadeia - quinto globo.
Portanto há muitos globos em decomposição dentro do nosso sistema solar. Para que
os efeitos destes globos em decomposição na Terra sejam efetivamente identifcados e
quantifcados, é necessário saber a localização deles, o que se torna muito difícil,
porque eles podem ser de matéria etérica.

O Mestre diz que há uma constelação em decomposição localizada entre a Ursa menor
e nosso sistema solar e outra inter-relacionada com as Plêiades e o nosso sistema, as
quais ainda produzem um marcado efeito sobre o corpo físico cósmico do nosso Logos
solar. Os efeitos se fazem sentir na parte mais densa, a mais inferior, do corpo, e são
responsáveis pela maior parte da magia negra, assim denominada ignorantemente. As
duas constelações terminaram seus ciclos e estão se dissolvendo, como diz o Mestre, e
parte de sua força vital e energia foi transferida para o nosso sistema solar,
analogamente como a força vital lunar foi transferida para a nossa terra, sendo a
causa da maioria do mal cíclico. O Mestre explica que o processo de decomposição e
as emanações maléfcas que todavia se produzem têm poder para infuenciar as
formas que respondem ao que constituiu para elas uma vibração anterior. A substância
destas formas está magneticamente vinculada ao corpo em decomposição, assim
como o duplo etérico está conectado com seu corpo denso, sendo ali onde se
manifestam os efeitos. Estas explicações do Mestre nos induzem a deduzir que uma
destas duas constelações em decomposição vinculadas ao nosso sistema solar é resto
de um sistema solar que foi corpo de manifestação do nosso Logos solar. O Mestre cita
muito o sistema solar anterior, o qual ainda infuencia muito o atual sistema.

O Logos solar e os Logos planetários fazem uso do fogo purifcador para curar esta
corrupção magnética.

Estudo 575

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo

1543
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Causal - b. A evolução das pétalas - Do parágrafo "Fogo Purifcador", na página 667,
até "Extraído dos Arquivos da Loja.", na página 669.

"O fogo ardia debilmente. Um fulgor vermelho opaco dormitava dentro do coração da
Mãe. Seu calor apenas se sentia. As duas primeiras linhas internas vibravam ao
queimar-se, porém as restantes estavam frias.

Os Filhos de Deus olharam abaixo desde o centro mais interno. Logo desviaram Seus
olhares e pensamentos para outras esferas. Todavia não havia chegado Sua hora. Os
fogos elementais não tinham preparado o altar para os Senhores. O fogo do sacrifício
esperava em seu lugar elevado e aumentava o constante fulgor que estava debaixo.

O fogo ardeu com mais intensidade, e lentamente se incendiaram o primeiro e o


segundo.

Seu fulgor se converteu numa linha de brilhante fogo, sem embargo os cinco
permaneceram intocados. Os Filhos de Deus olharam novamente para baixo. Durante
um breve segundo pensaram na Mãe, e a medida que pensavam se incendiou o terceiro
fogo. Rapidamente desviaram Seu olhar, porque a forma ainda não Os havia chamado.
O calor estava latente, e nenhum calor externo subia até Seu lugar.

Passaram os eons. O fulgor aumentou. As Esferas tomaram forma, porém se


dissiparam rapidamente por faltar-lhes força coerente. Desapareceram. Reapareceram.
Incessante ação, ruído, fogo e calor latente caracterizavam Seus ciclos. Porém os Lhas
em Seu céu elevado desprezaram este trabalho elemental e olharam dentro de Si
Mesmos. Meditavam.

O fulgor se converteu num fogo constante e foram vistas diminutas chamas. A


primeira, a segunda e a terceira se converteram em três linhas de fogo, e um triângulo
foi consumado. Sem embargo, os quatro permanecem passivos e não respondem ao
calor. Desta maneira os ciclos e as vidas elementais passam e voltam a passar e seu
trabalho continua.

As formas se solidifcam, porém sua duração é breve. Permanecem imóveis, sem


embargo passam. Chegou o momento do grande despertar e já não descem mas
ascendem.

Este é o intervalo que os Lhas esperaram em Seu elevado lugar. Ainda não podem
entrar nas formas preparadas, porém sentem que Sua hora se aproxima. Meditam
novamente e durante um minuto contemplam os milhares de tríplices fogos, até que
responde o quarto.

1544
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os sessenta segundos empregados em dinâmica concentração produzem formas de
tríplice natureza, três jogos de formas e milhares nas três. O Coração da Mãe se
contrai, e se expande com estes sessenta alentos ígneos. Unem-se as linhas, formando
cubos, que protegem o fogo interno. O altar está preparado e permanece em forma
quádrupla. Fulgura, vermelho no centro e cálido externamente.

O altar fameja. Ascende Seu calor, sem embargo não queima nem se consome. Seu
calor, sem chama, chega a uma esfera superior; os Filhos de Deus durante um breve
período Se aquecem nele, porém não se aproximam até que tenha passado outro ciclo.
Esperam o momento, o momento do sacrifício.

Os Senhores solares, tomando a palavra tal como é emitida pelos Filhos de Deus,
erguem-Se na implacabilidade da vida solar e se aproximam do altar. As quatro linhas
fulguram e ardem. O sol aplica um raio; os Senhores solares o fazem passar através de
Sua substância, e novamente se aproximam do altar. A quinta linha desperta e se
converte num ponto fulgurante, logo outra linha de cor vermelha opaca mede a
distância que medeia entre o altar e Aquele que vigia.

O quíntuplo fogo dinâmico começa a piscar e a arder. Todavia não ilumina o externo,
simplesmente fulgura. Os eons passam, os ciclos vêm e vão.

Continuamente os Senhores solares se sacrifcam; constituem o fogo sobre o altar. O


quarto provê o combustível.

Os Filhos de Deus ainda vigiam. O trabalho se aproxima de sua consumação fnal. Os


Eternos Lhas em Seu lugar elevado chamam-se entre si e quatro repetem o chamado:
"O fogo arde. É sufciente o calor ? "

Dois respondem mutuamente: "O fogo arde; o altar está quase destruído. Que sucede
logo ? Agreguem combustível ao fogo dos céus. Soprem o fogo e ventilem sua chama
até que arda com grande intensidade".

Assim emite o mandato Aquele que durante incontáveis eons tem vigiado e
permanecido silencioso. Os Lhas exalam. Algo impede que o alento passe. Pedem ajuda.
Aparece Aquele que ainda não tinha sido visto.

Levanta Sua mão. O uno, o dois, o três, o quatro e o cinco se fundem em um e se


mesclam com o sexto. A chama ascende, respondendo ao alento. O desaparecimento
fnal do cubo é necessário, e logo o trabalho fca terminado."

Extraído dos Arquivos da Loja.

1545
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 576
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - b. A evolução das pétalas - Considerações sobre o parágrafo "Fogo
Purifcador", na página 667, até "Extraído dos Arquivos da Loja.", na página 669.

Considerações.

Este trecho, de título Fogo Purifcador, extraído dos Arquivos da Loja, foi colocado pelo
Mestre Djwhal Khul para nos dar uma ideia de como os Logos planetários em Seus
esquemas e o Logos solar no sistema conseguem eliminar a corrupção magnética
produzida pelas constelações e corpos celestes em desintegração, que podemos
chamar de "cadáveres cósmicos".

Este trecho dos Arquivos da Loja descreve de forma simbólica o processo de


preparação da matéria para a individualização das Mônadas, ou seja, a formação do
quarto reino, o humano, sua evolução, o ingresso no Caminho de Iniciação e fnalmente
a liberação fnal na quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar, sob a
regência do quarto Raio, de Harmonia.

No primeiro parágrafo: "O fogo ardia debilmente. Um fulgor vermelho opaco dormitava
dentro do Coração da Mãe .......... porém as restantes estavam frias.", o que está escrito
signifca que no início do sistema solar o fogo por fricção, o fogo da matéria, era fraco
e as duas primeiras espiras do átomo físico, as duas primeiras linhas internas,
vibravam sob a ação do fogo por fricção, mas as outras espiras estavam paradas,
frias.

No segundo parágrafo: "Os Filhos de Deus olharam para baixo desde o centro interno.
Logo desviaram Seus olhares e pensamentos .......... O fogo do sacrifício esperava em
seu lugar elevado e aumentava o constante fulgor que estava embaixo." , percebemos
que as Mônadas, os Filhos de Deus, dirigiram Sua atenção para os mundos inferiores
para iniciar as experiências neles, mas viram que ainda não havia chegado o momento,
pois os Pitris lunares não tinham ainda preparado os corpos, o altar, para que os Pitris
solares pudessem trabalhar. O fogo do sacrifício, o fogo elétrico, estava ainda
aguardando e simplesmente estimulava o fogo por fricção, o constante fulgor, que
atuava embaixo, na matéria. Então as Mônadas voltaram Sua atenção para outros
planos.

O fogo por fricção começou a arder com mais intensidade e então lentamente foram
ativadas as primeira e segunda espiras dos átomos, como linhas de brilhante fogo,

1546
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
todavia permanecendo inativas as demais cinco espiras.

Novamente as Mônadas voltaram Sua atenção para os mundos inferiores e


rapidamente pensaram na matéria, a Mãe e a medida que pensavam a terceira espira
foi despertada. Como a forma ainda não As havia chamado, Elas rapidamente
desviaram Sua atenção. O fogo por fricção estava latente e nenhum fogo externo subia
até o lugar das Mônadas.

O longo tempo foi passando, o fulgor gerado pelo fogo por fricção aumentou, os
átomos conseguiram se unir produzindo formas, mas como faltava o fogo solar
(coesão), essas formas entraram num ciclo de desaparecer e reaparecer, ou seja,
serem desintegradas e reconstruídas. O trabalho dos Pitris lunares (as vidas
elementais) continua. Mais uma espira é ativada, a terceira, totalizando três espiras
ativas, formando um triângulo, contudo as outras quatro espiras continuam inativas.

As formas se solidifcam, porém com breve duração. Neste período as Tríades


inferiores conectadas às Mônadas iniciam sua passagem pelos três reinos inferiores,
mineral, vegetal e animal.

Com o tempo o fogo por fricção começa a subir, quando as Tríades inferiores se
encontram no reino animal. É o momento esperado pelas Mônadas em Seu elevado
nível, porém sabem que ainda não podem entrar nas formas preparadas, mas
reconhecem que Seu momento se aproxima. As Mônadas entram novamente em
meditação e contemplam os tríplices fogos, as três espiras ativas, até que a quarta
entra em atividade.

A dinâmica contemplação das Mônadas produz formas de tríplice natureza, física,


astral e mental inferior, no reino animal. O Coração da Mãe se contrai e se expande, ou
seja, é estimulada a atividade emocional. As quatro espiras se unem formando cubos,
que protegem o fogo interno. O altar, a forma, está pronto e permanece em forma
quádrupla.

O altar, a forma, fameja, ou seja, os sentimentos e os instintos se intensifcam e


chegam ao nível de percepção das Mônadas, as Quais todavia esperam outro ciclo. o
momento do sacrifício, ou seja, o momento da individualização e o ingresso no reino
humano.

Chega então o momento em que as Mônadas emitem a Palavra de Poder, ou seja, uma
vibração energizada pelo fogo elétrico, a Qual é captada pelos Pitris ou Senhores
solares. É a etapa em que os Lotos egoicos são construídos pelos Pitris solares. A

1547
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
quinta espira, a do quinto princípio, manas superior, é despertada. Um estímulo de Budi
é emitido pela Mônada.

É iniciada a etapa de evolução como ser humano, permanecendo os Pitris solares no


Seu sacrifício, constituindo o fogo sobre o altar, ou seja, o fogo superior sobre os três
corpos inferiores. O quarto princípio, manas inferior, provê o combustível para a
evolução.

As Mônadas, os Filhos de Deus, fcam vigiando, prosseguindo a ativação e fusão dos


três fogos: por fricção, solar e elétrico. Com este processo de fusão dos três fogos
chega o momento de ingressar no Caminho da Iniciação, quando emite o mandato (o
estímulo) Aquele que durante eons (longo tempo) fcou vigiando em silêncio, O
SENHOR DO MUNDO, SANAT KUMARA, o GRANDE INICIADOR. Chega então o momento
de pedir ajuda para acelerar a evolução, por causa de algo que impede que o alento
passe, o que tem a ver com a catástrofe da cadeia lunar.

O GRANDE INICIADOR levanta o SEU CETRO DE PODER sobre o iniciando, provocando a


fusão das cinco espiras e a sua mescla com a sexta, de Budi. Os três fogos se
intensifcam, fundem-se e sobem respondendo ao estímulo da Iniciação, até chegar o
momento da quarta Iniciação planetária, da Renúncia, a segunda solar, quando ocorre o
desaparecimento fnal do cubo, ou seja, a desintegração do Loto egoico, o qual é
constituído de quatro tríades: a externa de conhecimento, a intermédia de amor, a
interna de sacrifício e o capulho interno que vela a Joia no loto, totalizando doze
vórtices ou pétalas, sendo por isto chamado de cubo, que tem doze linhas: quatro
ligando os vértices da parte de cima, quatro ligando os vértices da parte de baixo e
quatro ligando os vértices de cima com os vértices de baixo. Aí então o trabalho é
terminado.

O Mestre diz no Tratado sobre Fogo Cósmico que para o Logos solar tomar plena
posse do Seu corpo físico denso cósmico, constituído pelas matérias mental (gasosa
cósmica), astral (líquida cósmica) e física (sólida cósmica), unindo, Seu corpo físico
etérico cósmico, constituído pelas matérias adi, monádica, átmica e búdica, com a
parte densa, para que funcionem como uma unidade, Ele necessita da individualização
das Mônadas, além de outras energias, ou seja, as do Triângulo cósmico formado por
Sirius, duas Plêiades e uma pequena constelação, que deve ser a de Águia, cuja estrela
alfa é Altair. Portanto podemos concluir que o fogo purifcador para o Logos curar a
corrupção magnética produzida pelas constelações em decomposição consiste na
manipulação dos fogos do Seu corpo físico cósmico na parte densa. Podemos também

1548
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
concluir que o ingresso do ser humano no Caminho da Iniciação ajuda muito na cura
dessa corrupção magnética. Portanto temos de fazer a nossa parte e não permanecer
ociosos, escravos da matéria.

Estudo 577

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Do parágrafo "c.Nomes dos lotos egoicos.
Poderíamos considerar brevemente a tarefa de formar o loto egoico em seu próprio
plano;", na página 669, até "Para eles a evolução da raça humana só é um método.", na
página 671.

"c. Nomes dos lotos egoicos. Poderíamos considerar brevemente a tarefa de formar o
loto egoico em seu próprio plano; isto é parecido com o resultado que produz o
trabalho dos Agnishvattas, depois de sua segregação no espaço e a formação de seu
"círculo não se passa". Nos temos nos ocupado das etapas mais remotas e primitivas.
Porém todavia não temos feito insistência sobre algo que é de interesse para o
estudante sensato, o que consiste na diferença existente nos corpos egoicos, devido a
suas diferentes etapas de desenvolvimento. Até a metade da raça-raiz atlante (65), por
exemplo (quando foi fechada a porta da individualização), havia Egos em distintas
etapas de desenvolvimento, desde os "capulhos" de ciente organização, que
representavam homens recém individualizados, até os corpos causais altamente
desenvolvidos dos diversos iniciados ou discípulos, que supervisavam a evolução da
raça. Os corpos egoicos poderiam ser agrupados, desde o ponto de vista evolutivo, da
maneira seguinte:

No terceiro subplano do plano mental:

Egos capulhos. Porque nosso esquema planetário está na metade de sua evolução, não
existem, estritamente falando, "capulhos" fechados. Todos os lotos egoicos têm pelo
menos uma pétala aberta e estão organizados; porém existe uma grande diferença
entre os que estão pouco desenvolvidos, o que se demonstra no brilho dos átomos
permanentes, e os que se encontram na etapa em que as pétalas começam a se abrir.

Lotos bráhmicos, aqueles nos quais foi aberta totalmente a primeira ou a pétala de
conhecimento. São assim denominados porque representam, no plano físico, o ente

1549
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inteligente plenamente ativo, o homem de pouco desenvolvimento mental, o tipo mais
inferior de trabalhadores, agricultores e camponeses de todos os continentes. São
também denominados "criadores de terceira classe", pois se expressam só por meio da
criação física no plano físico, e sua função consiste mais bem em prover veículos aos
de seu próprio grupo.

Os Lotos de Brahma, nos quais a segunda pétala dá sinais de abrir-se, e o segundo


aspecto, em sua manifestação mais inferior, começa a se expressar. Estes lotos
representam alguns grupos de Egos provenientes de certos esquemas planetários,
especialmente de Júpiter e de Vênus, os quais são de categoria superior à dos já
mencionados, porém ainda têm que recorrer um largo caminho; estes são
denominados "criadores de segunda classe", pois embora apareçam no plano físico no
ato da criação física, estão sem embargo mais infuenciados pelo amor que pelo
instinto animal como os do primeiro caso. Encarnam na atualidade no Oriente,
particularmente na Índia e nos países latinos e ultimamente na América do Norte.

Lotos primordiais. Este é um grupo especialmente importante que veio infuenciado


pelo Senhor do Quinto Raio, portanto está fundamentalmente vinculado com a energia
de manas que constitui uma manifestação especial no atual sistema, sendo a base de
toda realização. Dito grupo se encontrava em estado passivo durante a raça-raiz
Atlante, entrando em atividade durante as quarta e quinta sub-raças da atual raça-raiz.
Formam um grupo mais avançado que os anteriores, porém necessitam adquirir muita
experiência para desenvolver a segunda pétala. As pétalas primeira e terceira da
primeira fleira estão se abrindo, porém a pétala do meio está todavia fechada. A fleira
média tão pouco demonstra sinais de vitalidade. Devido às condições existentes no
planeta donde emanaram, seu desenvolvimento tem sido unilateral, e por isso
encarnam neste esquema impelidos por uma onda de energia a fm de "capacitarem-
se", como comumente se diz. Podem ser vistos no tipo intelectual científco muito
egoísta, responsável em grande parte do progresso da ciência mecânica, de sua
aplicação às necessidades dos homens e da introdução de certo tipo de máquinas; seu
trabalho está vinculado maiormente com a energia do reino mineral. Disto se deduz que
os Senhores solares, que eles personifcam, estão ligados a um grupo de Senhores
lunares que respondem magneticamente aos devas do reino mineral. O trabalho que
realizam para a raça tem na atualidade um efeito deletério, porém quando se abrir a
segunda pétala, então as maravilhas que realizarão em serviço amoroso dentro de sua
especialidade serão0 um dos fatores que regenerará o quarto reino. Na quinta ronda
levarão a cabo sua emancipação, passando as quatro quintas partes para o Caminho e

1550
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a quinta parte restante esperará o outro ciclo.

Lotos de paixão ou de desejo. São denominados assim porque sua natureza


fundamental é o amor personifcado em uma ou outra forma. A grande maioria das
Mônadas de Amor pertence a este grande grupo, constituindo as pessoas de boa
posição econômica e benévolas do mundo. Estão subdivididos em cinco grupos, três
deles se individualizaram neste planeta, fazendo-o na cadeia lunar os dois últimos.
Desenvolveram duas pétalas, e na atualidade seu objetivo é desenvolver a terceira.
Muitos poderão desenvolvê-la antes da chegada da sétima raça-raiz desta ronda,
porém a maioria o fará na segunda raça-raiz da ronda seguinte e, tendo desenvolvido
uma fleira de pétalas e organizado a segunda antes de fnalizar a ronda, estarão já
preparados para entrar no caminho de prova. Os lotos da primeira fleira se dividem em
grupos entre os quais continua a interação; a energia de qualquer centro produz um
refexo em outro. Deve recordar-se que na época atlante, quando se fechou a porta ao
reino animal e cessou temporariamente a formação de "capulhos de lotos", o efeito foi
dual, porém não nos reinos animal e humano. Deu por resultado a decisão interna, por
parte do Logos planetário, de não criar no plano mental do sistema mas de dedicar-se
ao trabalho de evolução progressiva. Isto fez que cessassem certos tipos de atividade,
produzindo-se a passividade de alguns de Seus centros e a crescente atividade de
outros. Teve também um efeito sobre os Anjos solares e em consequência sobre o
Coração do sistema solar do qual são extraídos. Enchentes de energia ou correntes de
força provenientes do coração do sol (o Sol subjetivo) foram detidas e dirigidas para
outro lugar, enquanto que os Pitris já ativos começaram a dedicar-se ao trabalho
iniciado, e momentaneamente não se empreendeu nenhum outro. Não deve olvidar-se
que, desde seu ponto de vista, o trabalho dos Pitris solares não constitui
principalmente a evolução do homem, mas que é o processo de seu próprio
desenvolvimento dentro do plano do Logos solar. Para eles a evolução da raça humana
só é um método."

65 D. S. I, 203.

Estudo 578

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo

1551
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o parágrafo "c. Nomes dos
lotos egoicos. Poderíamos considerar brevemente a tarefa de formar o loto egoico em
seu próprio plano;", na página 669, até ", e sua função consiste mais bem em prover
veículos aos de seu próprio grupo.", na página 669.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica como os lotos egoicos diferem entre si no
desenvolvimento e os efeitos provocados na personalidade, ou seja, no ser humano
funcionando no mundo físico.

São muito esclarecedores estes ensinamentos do Mestre, pois nos permitem ter uma
visão do nível de evolução dos lotos egoicos e dos Egos. Também nos ajudam muito no
nosso processo de evolução e como acelerá-lo.

Quando o Mestre diz: "isto é parecido com o resultado que produz o trabalho dos
Agnishvattas, depois de sua segregação no espaço e a formação de seu "círculo não se
passa", Ele deixa bem claro que os Anjos solares são retirados de sua região no espaço
e fcam limitados, o que é um sacrifício, voluntário.

De fato, como o Mestre diz, é de interesse para o estudante sensato saber a diferença
entre os corpos egoicos em decorrência das diferentes etapas de desenvolvimento.

Até a metade da raça Atlante, quando foram fechadas as portas da individualização,


havia Egos desde os "capulhos", fechados, organizados recentemente, que se
manifestavam como homens recém individualizados, até os corpos egoicos altamente
desenvolvidos dos iniciados e discípulos que supervisavam a evolução da raça.

Sob o ponto de vista da evolução os lotos egoicos ou corpos egoicos podem ser
agrupados, no terceiro subplano do plano mental, onde são construídos, como Egos
capulhos, embora não existam lotos egoicos totalmente cerrados, no sentido estrito,
uma vez que o nosso esquema planetário está na metade de sua evolução, na quarta
ronda da quarta cadeia de um total de sete cadeias. Todos os lotos egoicos têm pelo
menos uma pétala aberta e estão organizados, mas existe uma grande diferença entre
os que estão pouco desenvolvidos, o que é demonstrado pelo brilho da Tríade inferior,
e os que já se encontram na etapa em que as demais pétalas começam a se abrir. De
fato a diferença é bem grande e claramente perceptível no mundo físico através do
comportamento dos seres humanos. Temos um outro grupo, denominado Lotos
bráhmicos, aqueles nos quais já está totalmente aberta a primeira pétala, a pétala de
conhecimento da tríade externa de conhecimento. São assim denominados, bráhmicos,

1552
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
com referência a Brahma, o terceiro aspecto, porque na manifestação como ser
humano no mundo físico é o ser humano inteligente plenamente ativo, de pouco
desenvolvimento mental, o tipo de nível intelectual mais baixo de trabalhadores,
agricultores e camponeses de todos os continentes, como diz o Mestre, os quais
devem ser ajudados. O Mestre também os denomina criadores de terceira classe,
porque se expressam apenas por meio da criação física no mundo físico. Sua função é
mais bem prover veículos para os de seu próprio grupo, como diz o Mestre, o que
podemos interpretar como a atividade sexual para gerar corpos físicos.

Estudo 579

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c.Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o parágrafo "Os Lotos de
Brahman, nos quais a segunda pétala dá sinais de abrir-se,", na página 670, até "e nos
países latinos e ultimamente na América do Norte.", na página 670.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul descreve Os Lotos de Brahman.

Os Lotos de Brahman, como o Mestre denomina, são aqueles nos quais a segunda
pétala (o segundo vórtice de energia) dá sinais de abrir-se. A segunda pétala é a de
Amor e pertence à Tríade externa de conhecimento, portanto é a pétala de
conhecimento/amor, ou seja, amor expressando-se através do conhecimento, amor no
mundo físico; suas cores são: laranja, rosa e azul.

O Mestre diz que este grupo de lotos egoicos representam alguns grupos de Egos
provenientes de certos esquemas planetários, especialmente de Júpiter e de Vênus.
Isto signifca que neste grupo de lotos egoicos, além dos Egos do esquema terrestre,
estão alguns Egos que vieram de outros esquemas planetários, especialmente dos
esquemas de Júpiter e Vênus, nos quais o segundo aspecto, Amor - Sabedoria, está
bastante adiantado e em intensa manifestação. Todavia estes Egos ainda têm de
percorrer um largo caminho, como diz o Mestre, ou seja, Eles têm ainda muito que
aprender, o que podem fazer aqui no nosso esquema. Como o esquema de Vênus está
bem mais adiantado que o da Terra, a explicação para a vinda destes Egos para o
nosso esquema é que determinadas qualidades já foram superadas no esquema de

1553
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Vênus e assim estes Egos só podem encontrar condições para adquirir estas
qualidades aqui no nosso esquema, que está ainda numa etapa inferior à do esquema
de Vênus. O mesmo deve ocorrer com os Egos provenientes do esquema de Júpiter.
Devem ser Mônadas que se individualizaram no fnal do ciclo de individualização destes
dois esquemas mais adiantados que o nosso. Como o Mestre diz, estes Egos
provenientes dos esquemas de Júpiter e Vênus são de categoria superior à dos dois
grupos já descritos: Egos capulhos e Lotos bráhmicos. Devem ser também superiores
aos Egos terrestres pertencentes a este grupo de Lotos de Brahman.

Devemos atentar para o fato de o TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO ter sido editado
em 1925. Portanto devemos considerar esta situação nessa época, pois estamos em
2010.

O Mestre denomina este grupo "criadores de segunda classe", pois ainda aparecem no
mundo físico no ato da criação física, mas estão sem embargo mais infuenciados pelo
amor que pelo instinto animal como os do primeiro caso. Isto signifca que eles
procriam pelo ato sexual mais pelo amor que pelo instinto animal.

O Mestre diz que estes Egos encarnam na atualidade (no entorno de 1925) no Oriente,
particularmente na Índia e nos países latinos e ultimamente na América do Norte.
Podemos tirar conclusões a respeito desta afrmação do Mestre analisando as
populações destes países nessa época. Esta análise proporcionará informações de
grande utilidade no entendimento do comportamento humano.

Estudo 580

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o parágrafo " Lotos
primordiais. Este é um grupo especialmente importante que veio infuenciado pelo
Senhor do Quinto Raio,", na página 670, até "e a quinta parte restante esperará o outro
ciclo.", na página 670.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul diz que os Lotos primordiais são um grupo de especial
importância, porque vieram de outro planeta sob a infuência do Senhor do Quinto Raio,

1554
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
o Logos de Vênus, estando portanto vinculados fundamentalmente com a energia de
manas, a qual é a base sobre a qual Budi será desenvolvido e aperfeiçoado no atual
sistema solar, sendo a meta.

Este grupo esteve passivo durante a raça-raiz Atlante e só entrou em atividade durante
as quarta e quinta sub-raças da quinta raça-raiz, a atual. Estes lotos formam um grupo
mais avançado que os anteriores, por causa do uso de manas, porém precisam adquirir
muita experiência para desenvolver a segunda pétala. As pétalas primeira e terceira da
tríade externa de conhecimento, de conhecimento/conhecimento e
conhecimento/sacrifício, estão se abrindo, mas a pétala do meio, conhecimento/amor,
está fechada. A tríade intermédia de amor não dá ainda sinais de vitalidade e abertura.

Devido às condições existentes no planeta donde vieram, seu desenvolvimento tem


sido unilateral, ou seja, no aspecto manas, e por isto encarnam no nosso esquema
impelidos por uma onda de energia a fm de se tornarem capazes, como se diz
comumente.

Eles podem ser percebidos no tipo intelectual científco muito egoísta, contribuindo em
grande parte para o progresso da ciência mecânica, da sua aplicação às necessidades
da humanidade e da introdução de certo tipo de máquinas. O seu forte é a mecânica. O
trabalho deles está vinculado na maior parte com o reino mineral, o que nos leva a
deduzir que os Senhores solares por eles personifcados estão ligados a um grupo de
Senhores lunares magneticamente ligados aos devas do reino mineral.

O Mestre diz que o trabalho que realizam atualmente para a humanidade tem um efeito
deletério, como por exemplo as armas utilizadas na guerra, todavia quando a pétala de
conhecimento/amor se abrir, então eles realizarão maravilhas em amoroso serviço para
a humanidade dentro da sua especialidade, o que será um dos fatores que regenerarão
a humanidade, o quarto reino.

Na próxima ronda, a quinta, eles concluirão a sua emancipação, ingressando quatro


quintos no Caminho de Iniciação e um quinto esperará o outro ciclo.

Estudo 582

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Do parágrafo "Homens perfeitos encontram-se
nos concílios do raio particular do Logos planetário;", na página 671, até "encerrada em
seu antro e confnada dentro de certos limites até que o amanhecer de um novo
sistema lhe ofereça uma oportunidade.", na página 674.

"Homens perfeitos encontram-se nos concílios do raio particular do Logos planetário;


os Pitris solares encontram-se no concílio do Logos solar. (66)

Seria conveniente que abandonássemos momentaneamente a consideração dos


grupos egoicos e classifcássemos brevemente as evoluções, recordando que nesta
classifcação fguram unicamente os planos de diferenciação; no plano do não
manifestado ou do subjetivo, só se conhece a unidade. Novamente deve recordar-se
que o termo "não manifestado" tem só importância relativa e se refere à captação que
possui o homem de tudo o que existe. Para o Logos solar os planos do não manifestado
são objetivos. O homem não desenvolveu todavia a visão etérica e os subplanos
etéricos são para ele não manifestados. O Logos solar desenvolveu plenamente a visão
etérica cósmica e, devido a que se encontra no Caminho cósmico, conhece e lhe foi
revelado tudo o que existe dentro do sistema solar.

Deve observar-se aqui que a Entidade planetária constitui a soma total de todas as
vidas elementais dos Construtores menores que funcionam ou formam a substância de
qualquer globo particular em objetividade física. O enigma do tema oculta-se em três
coisas:

Primeiro, que nossos três planos, físico, astral e mental, formam o corpo denso do
Logos solar e, por conseguinte, não são considerados como um princípio.

Segundo, que as "vidas" menores ou essência elemental são o "resíduo" de um


sistema anterior e reagem tão poderosamente a impulsos inerentes que só foi
possível controlá-las mediante a vontade dinâmica do Logos, conscientemente
aplicada. A interpretação da palavra "resíduo" tem sua analogia na interpretação da
frase: o homem recolhe para si, em cada nova encarnação, matéria para formar seu
corpo físico denso, a qual estará colorida pelas anteriores vibrações de encarnações
precedentes. Estas "vidas" têm sido atraídas gradualmente durante todo o
mahamanvatara, a medida que não implicavam perigo e era possível controlá-las e
submetê-las à vontade dos grandes Construtores. Grande parte da primitiva energia-
substância empregada na construção do sistema passou a essa força-matéria que
denominamos Pitris lunares, e foi substituída gradualmente por esse tipo de energia

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
extraída da esfera maior, onde nosso Logos tem seu lugar. Depois de tudo, as doze
evoluções só são os doze tipos de energia que se manifestam sempre como três
grupos de forças, e como um só grupo quando se sintetizam durante o processo de
manifestação. São quádruplas quando interatuam, tendo no sistema um fuxo e
refuxo do qual pouco se sabe.

Terceiro, que a chegada à encarnação da "vida" que dá forma a esta substância de


grau inferior, entidade proveniente de um lugar nos Céus que não pode ser
mencionado: Personifca infuências de natureza manásica, porém manas em sua
vibração mais inferior. Quiçá possa obter-se uma ideia disto se se diz que existe uma
semelhança entre esta vibração, ou vida energizante, e a vibração básica do sistema
solar que precedeu ao nosso. Devemos recordar que nossa vibração fundamental é o
resultado do processo evolutivo de todo o sistema anterior. Esta entidade tem uma
relação análoga com a evolução dévica similar à das misteriosas "pontes" que
desconcertam os cientistas e se encontram entre os reinos animal e vegetal, vegetal
e mineral, não sendo nenhum nem outro. Em ampla escala esta "vida" ou a entidade
que dá forma à vida inferior do plano físico do sistema solar não é um pleno
expoente da vida subconsciente do sistema anterior, nem da vida elemental do nosso;
unicamente no próximo sistema se manifestará uma forma de consciência de um tipo
atualmente inconcebível para o homem. Diz-se esotericamente que "não possui vista
nem ouvido"; essencialmente não é dévica nem humana. Esotericamente é "cega",
totalmente inconsciente; somente é capaz de mover-se e se assemelha ao feto na
matriz; o que virá à existência se revelará no próximo grande ciclo. O mistério da lua
(67) ou do "divino lunático" tem certo vínculo (devido à compaixão prematura de
nosso Logos planetário) com a revelação da vida desta natureza que dá forma ao
globo denso da cadeia lunar. Desde Seu elevado nível, despertou a piedade no
coração do Logos planetário, para certas existências involutivas dentro da cadeia
lunar (como o Buda em escala menor e em data muito posterior), e a intensa
compaixão trouxe os resultados kármicos que ainda nos concernem. A "besta" deve
ser encurralada em sua guarida, para seu próprio bem, a fm de que percorra seu
ciclo, encerrada em seu antro e confnada dentro de certos limites até que o
amanhecer de um novo sistema lhe ofereça uma oportunidade."
66 Todos se transformarão em Logos solares de distintas categorias.
67 D. S. I, 183, chamada 16.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 583

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Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o parágrafo "Homens
perfeitos encontram-se nos concílios do raio particular do Logos planetário;", na página
671, até "São quádruplas quando interatuam, tendo no sistema um fuxo e refuxo do
qual pouco se sabe.", na página 673.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul diz que homens perfeitos encontram-se nos concílios do raio
particular do Logos planetário. Como sabemos, sete Logos planetários são Senhores de
Raio. Eles recebem a energia de raio do Senhor de uma Plêiade, o Qual recebe do Rishi
de uma estrela da Ursa Maior, da alfa (Dubhe) até a eta (Benethnash). Esta energia de
raio, no trajeto entre os Rishis da Ursa Maior e os Logos planetários, é processada
pelos Senhores das doze constelações do Zodíaco e pelo Logos solar e pelas doze
Hierarquias dévicas criadoras. Esta energia de raio é trabalhada e processada pelo
Logos planetário antes de ser transmitida para todo o sistema solar. Este trabalho de
processamento é executado no concílio do raio do Logos planetário, no qual trabalham
Mônadas humanas altamente evoluídas e capacitadas para este trabalho de grande
complexidade. Por isto estas Mônadas humanas funcionando como seres humanos já
conquistaram a perfeição relativa aos seres humanos, embora tenham de evoluir mais
para conquistar perfeições mais elevadas, como por exemplo os Pitris solares, que se
encontram no concílio do Logos solar, serão Logos solares de distintas categorias,
como diz o Mestre. Os Logos planetários que não são Senhores de Raio também têm
Seus concílios de raio, pois respondem a um raio particular.

Momentaneamente o Mestre abandona a consideração dos lotos egoicos e classifca


brevemente as evoluções, lembrando que esta classifcação ocorre unicamente nos
planos ou matérias de diferenciação, as matérias física, astral e mental, pertencentes
ao mundo físico cósmico. Nas matérias ou planos do não manifestado ou subjetivo só
existe a unidade. A expressão não manifestado tem só importância relativa e se refere
à captação pelo homem de tudo o que existe.

O homem ainda não desenvolveu a visão física etérica e para ele os mundos físico
etérico, astral, mental e os etéricos cósmicos: búdico, átmico, monádico e adi, são não
manifestados ou subjetivos.

O Logos solar já desenvolveu plenamente a visão etérica cósmica e, por estar no

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Caminho cósmico, conhece e Lhe foi revelado tudo o que existe dentro do sistema
solar.

A Entidade planetária citada pelo Mestre é um Ser cósmico no ciclo de involução sob a
responsabilidade do Logos planetário. Ela se manifesta através de todas as vidas
elementais dos Construtores menores que formam a substância de qualquer globo
particular em objetividade física, por exemplo a terra. O Mestre diz que o mistério do
tema oculta-se em três coisas.

Primeiro, que nossas três matérias: física, astral e mental, constituem o corpo físico
denso do Logos solar e, por conseguinte, não são consideradas como um princípio.

Segundo, que as vidas menores ou essência elemental são o resíduo do sistema solar
anterior e reagem tão poderosamente a impulsos inerentes ao antigo sistema que só
puderam ser controladas pela vontade dinâmica do Logos conscientemente aplicada.
Podemos entender a palavra resíduo neste trecho considerando o processo pelo qual
o homem recolhe para si em cada nova encarnação matéria para formar seu corpo
físico denso, a qual estará colorida pelas anteriores vibrações de encarnações
precedentes, pois elas fcam armazenadas no átomo físico permanente da Tríade
inferior, núcleo em torno do qual o corpo físico é construído.
Estas vidas menores foram atraídas gradualmente durante todo o mahamanvantara, a
medida que não apresentavam perigo e podiam ser controladas e submetidas à
vontade dos grandes Construtores. Grande parte da primitiva energia-substância
(energia-matéria) empregada na construção do sistema passou para essa força-
matéria denominada Pitris lunares e foi substituída gradualmente por esse tipo de
energia extraída da esfera maior, onde nosso Logos tem Seu lugar, a matéria mental
superior cósmica.

As doze evoluções, as doze Hierarquias criadoras, são os doze tipos de energia que se
manifestam sempre como três grupos de forças, e como um só grupo quando se
sintetizam durante o processo de manifestação. São quádruplas quando interatuam,
tendo no sistema fuxo e refuxo, ou seja, atividade e interrupção da atividade, atividade
cíclica. Pouco se sabe desta atividade cíclica.

Ao executarem seu trabalho elas se relacionam, sendo relações entre quatro, conforme
a tarefa, o que resulta em três grupos de quatro. Os três grupos, cada grupo como
uma unidade, relacionam-se para a síntese, resultando na unidade.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 584

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o parágrafo "Terceiro, que a
chegada à encarnação da "vida" que dá forma a esta substância de grau inferior,", na
página 673, até ", encerrada em seu antro e confnada dentro de certos limites até que
o amanhecer de um novo sistema lhe ofereça uma oportunidade.", na página 674.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá importantes informações sobre a entidade


denominada Entidade planetária, a mesma que provocou a catástrofe da cadeia lunar,
levando-a à extinção antes do prazo previsto.

Esta entidade, quando encarna, proveniente de um lugar nos Céus que não pode ser
mencionado, como diz o Mestre, lugar que tem relação com o nosso Logos planetário,
pois ela está sob a Sua responsabilidade no processo evolutivo, expressa infuências de
natureza manásica ou mentais em sua vibração mais inferior, ou seja, as energias
mentais geradas por ela são de frequências oscilatórias tais que estimulam os
aspectos mais baixos dentro do processo evolutivo, ou seja, as chamadas qualidades
inferiores porque estão fortemente vinculadas com a matéria densa. Isto é explicado
pelo fato de esta entidade estar no ciclo de descida para o mais denso, dentro da
experiência coletiva, pois ela é uma entidade cósmica. Seu objetivo é em outro ciclo
adquirir autoconsciência cósmica, ou seja, individualizar-se cosmicamente.

A semelhança entre a vibração desta entidade e a vibração básica do sistema solar


anterior é explicada pelo fato de ela ser proveniente deste sistema, sendo que no atual
sistema ela como Mônada prossegue sua evolução, utilizando suas experiências no
sistema anterior como base para realizar novas experiências dentro da vibração do
atual sistema. Nossa vibração fundamental é o resultado do processo evolutivo de todo
o sistema anterior, todavia o nosso Logos solar está impondo uma vibração mais
elevada, a do segundo aspecto, Amor-Sabedoria.

A situação evolutiva desta entidade dentro da evolução dévica é análoga à existente


nas misteriosas pontes que desconcertam os cientistas, entre os reinos mineral e
vegetal e entre o vegetal e o animal, não sendo nenhum nem outro.

1560
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Em ampla escala esta entidade não é um pleno expoente da vida subconsciente do
sistema anterior, nem da vida elemental do atual; somente no próximo sistema se
manifestará nesta área uma forma de consciência de um tipo atualmente inconcebível
para o homem. É dito esotericamente que esta entidade não possui vista nem ouvido.

O Mestre diz que esta entidade essencialmente não é dévica nem humana,
esotericamente cega, totalmente inconsciente, somente capaz de se mover,
assemelhando-se ao feto no útero da mãe. Desta informação do Mestre podemos
deduzir que existe uma evolução que em essência está abaixo da evolução dévica. No
próximo sistema solar ela será revelada.

O Mestre confrma o vínculo desta entidade com a cadeia lunar, quando diz que o
nosso Logos planetário, levado por compaixão prematura, quando tomou
conhecimento desta entidade que deu forma ao globo denso da cadeia lunar, nossa
atual Lua, apiedou-se em Seu elevado nível por esta entidade e Sua intensa compaixão
provocou resultados que ainda nos afetam dentro da Lei do Karma. O Mestre diz que a
besta, referindo-se a esta entidade, deve ser mantida isolada e limitada, ao percorrer
seu ciclo de evolução, até que o próximo sistema solar lhe proporcione uma
oportunidade. Este assunto requer muita refexão e meditação, porque explica muitos
males que estão afetando a humanidade.

Estudo 585

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Do parágrafo "Mais não pode ser dito. Deve ser
recordado que os mistérios da existência são pouco conhecidos pelo homem.", na
página 674, até ".....e grupos quando obtêm a consciência do plano mental (a
consciência causal) e conhecem as diversas "chaves", tons e cores grupais.", na página
676.

"Mais não pode ser dito. Deve ser recordado que os mistérios da existência são pouco
conhecidos pelo homem. O homem ignora totalmente os mistérios profundos que
existem em certos casos e ali onde em vez de mistério há revelação para aquele que
tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, com frequência permanece cego e surdo.
Quando o homem tiver desvelado os segredos que se encontram detrás dos reinos

1561
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inferiores da natureza, solucionado o problema da constituição interna da Terra e
percorrido retrospectivamente o caminho para o conhecimento de como atuam o
cominho de involução e as vidas que o trilham, só então começará a compreender o
extraordinário enigma que está mais além de sua compreensão.

Farei outra insinuação que arrojará um feixe de luz sobre o problema, para aqueles que
já estão preparados, porém aumentará a confusão dos que não são intuitivos: desde o
ponto de vista de AQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO, nosso sistema solar
não é mais que um centro - sendo dito centro uma das três verdades reveladas na
sétima Iniciação.

a. 1º Sistema ........... caracterizou-se pela organização de um centro, a vida misteriosa,


à qual já nos temos referido, produziu-se

pela vibração "mais baixa do centro".

b. 2º Sistema ............ caracteriza-se pela atividade tridimensional de dito centro e pela


evolução de três tipos de consciência,
dévica, humana e sub-humana, em suas inumeráveis categorias e hierarquias. Neste
período equilibram-se

forças do centro.

c. 3º Sistema ............caracterizar-se-á pela atividade tetradimensional do centro, e os


doze tipos de evolução transformar-se-ão

em quatro tipos de força.


Resultará quase impossível ao homem compreender isto e lhe parecerá inexplicável,
porém esta indicação foi feita a fm de que se dê conta da interdependência existente
entre os vários sistemas e o lugar que ocupam num esquema maior; não é intenção
apresentar ao estudante fatos sem correlação nem utilidade aparente para ele.
Desconhecendo nossa posição dentro de um esquema mais vasto, as deduções do
homem serão sempre inexatas.

Continuaremos enumerando os grupos de Egos de acordo com suas características,


porém seria conveniente tratar primeiro um problema que pode apresentar-se, e ver se
é susceptível de ser resolvido. Dois problemas surgem ao estudante analítico; um com

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
respeito à posição (em conexão com qualquer esquema planetário particular) que
ocupam esses vastos grupos de Egos, associados com qualquer dos esquemas e
personifcados por Vidas que emanam de qualquer dos sete raios. O outro trata do
efeito que produz a "entrada" no plano mental de Egos que não são "Egos capulhos",
mas que, como discípulos e iniciados, possivelmente estão muito desenvolvidos.

Estes conceitos podem ser aclarados se forem dadas certas explicações com respeito
ao plano mental, e servirão para indicar onde se acha a solução de ditos problemas.

Como o assinalou H. P. B., o plano mental é o mais vasto de todos os planos que nos
concernem, sendo o plano chave do sistema solar o pivô sobre o qual gira a grande
Roda, o lugar de encontro das três linhas de evolução e, por esta razão, tem sido
esotericamente denominado "a Câmara de Concílio das Três Divindades". Neste plano
as três Pessoas da Trindade logoica trabalham em forma unida. No plano de baixo duas
Pessoas trabalham associadas; no plano de cima atua outra dualidade; porém só neste
plano estão unifcadas as Três.

Todos os Logos dos distintos esquemas se expressam neste plano. Existem certos
esquemas no sistema que têm sua manifestação inferior neste plano e não possuem
corpo físico como a Terra e os demais planetas densos. Existem graças à matéria
gasosa, e suas esferas de manifestação estão simplesmente compostas dos quatro
éteres cósmicos e do gasoso cósmico. Porém todas as grandes Vidas do sistema solar
possuem corpos construídos de matéria mental de nosso sistema, daí que todas essas
Entidades possam comunicar-se nesse plano. Este fato constitui o fundamento da
compreensão esotérica e a verdadeira base da unifcação. Os veículos destas grandes
Existências estão compostos de matéria dos níveis abstratos do plano mental, e por
meio dessa substância energizada podem se por em contato entre si, sem ter em conta
Sua meta de realização individual. Portanto, os corpos de ditas unidades podem
similarmente se por em contato com os demais Egos e grupos quando obtêm a
consciência do plano mental (a consciência causal) e conhecem as diversas "chaves",
tons e cores grupais."

Estudo 586

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção - II - Os Devas e Elementais da


Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo Causal

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
- c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o parágrafo "Mais não pode ser
dito. Deve ser recordado que os mistérios da existência são pouco conhecidos pelo
homem.", na página 674, até "- sendo dito centro uma das três verdades reveladas na
sétima Iniciação.", na página 674.

Considerações.

O Mestre encerra os ensinamentos a respeito da Entidade planetária, porque não pode


se estender mais. Ele lembra que o homem conhece pouco a respeito dos mistérios da
existência e ignora totalmente os mistérios profundos existentes em certos casos e
onde há revelação para aquele que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, ou seja,
dotados de intuição e com a consciência cerebral em contato com o mundo búdico,
frequentemente permanece cego e surdo, ou seja, não capta nada.

Para que o homem comece a compreender os mistérios e enigmas da Natureza e do


planeta, ele tem antes que descobrir e entender os segredos dos reinos inferiores da
Natureza, a constituição interna da Terra e como é o caminho da involução e como
atuam as vidas que o trilham, ou seja, qual é o processo pelo qual o Espírito ou a
Mônada, em qualquer nível, chega ao mais inferior, para em seguida retornar ao
superior.

O Mestre dá uma informação a respeito do nosso sistema solar, afrmando que esta
informação arrojará luz sobre os mistérios da Natureza para aqueles que já estão
preparados, ou seja, são intuitivos. Esta informação é que o nosso sistema solar, sob o
ponto de vista do nosso Logos cósmico, AQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO,
não é mais que um centro - sendo dito centro uma das três verdades reveladas na
sétima Iniciação. Ora, sabemos que o nosso sistema solar é o centro cardíaco no corpo
físico cósmico do nosso Logos cósmico, pois a meta do nosso Logos solar é
desenvolver e aperfeiçoar o segundo aspecto, Amor - Sabedoria, BUDI, exercendo
então uma intensa atividade cardíaca, pois o Amor se expressa pelo centro cardíaco.
Assim, a vibração principal e mais forte do nosso sistema solar é cardíaca (BUDI), daí a
nossa dedução de que é o centro cardíaco do Logos cósmico.

Com referência à afrmação do Mestre de que dito centro é uma das três verdades
reveladas na sétima Iniciação, a nossa interpretação desta afrmação do Mestre é que
na sétima Iniciação são revelados ao Iniciado detalhes cósmicos deste centro e seus
efeitos em outras partes do corpo físico cósmico do nosso Logos cósmico e em outros
sistemas solares dentro da nossa galáxia, a Via Láctea, a qual é o corpo físico cósmico
do nosso Logos cósmico.

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Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 587

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "a. 1º Sistema........
caracterizou-se pela organização de um centro, a vida misteriosa, à qual já nos
referimos, produziu-se pela vibração "mais baixa do centro". ", na página 674, até
"Desconhecendo nossa posição dentro de um esquema mais vasto, as deduções do
homem serão sempre inexatas.", na página 675.

Considerações.

No sistema solar anterior ao atual, o 1º Sistema como diz o Mestre, o nosso Logos solar
teve como propósito desenvolver e aperfeiçoar Manas, Seu 3º aspecto. Manas está
associado ao centro laríngeo, pelo qual se manifesta. O centro está vinculado com o
centro sacro. Portanto o centro que foi organizado neste 1º Sistema foi o laríngeo e
como a energia do centro sacro é transferida para ele ao entrar ele em atividade,
logicamente a vibração inicial dele é baixa. Como o Mestre diz que a "vida" que dá
forma à substância de grau inferior personifca infuências de natureza manásica,
porém manas em sua vibração mais inferior, concluímos que esta "vida" é a vida
misteriosa citada pelo Mestre neste trecho e ela conseguiu se manifestar por meio da
vibração mais baixa do centro laríngeo logoico. O centro laríngeo físico cósmico do
Logos solar era feito de matéria búdica, o 4º éter cósmico, e infuenciava a matéria
mental do sistema, a gasosa cósmica, na qual a vida misteriosa se manifestou e afetou
as matérias astral do sistema, líquida cósmica, e a física do sistema, a sólida cósmica,
em sua vibração mais baixa.

O atual sistema solar, o segundo, caracteriza-se pela evolução de três tipos de


consciência: dévica, humana e sub-humana. Como cada tipo de consciência requer
energia de frequência oscilatória específca, o centro laríngeo logoico caracteriza-se
pela geração de energias de três frequências oscilatórias, uma para cada tipo de
consciência: dévica, humana e sub-humana. Nos centros há vórtices de energia,
conhecidos como pétalas, logo três vórtices do centro laríngeo logoico geram estas
três energias, exercendo portanto atividade tridimensional. No atual sistema solar o
centro cardíaco está em atividade, pois o propósito do nosso Logos solar é

1565
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desenvolver e aperfeiçoar Seu segundo aspecto: Amor - Sabedoria, Budi, utilizando
Manas e as formas criadas por Manas. Portanto os dois centros se coordenam e as
forças do centro laríngeo se equilibram.

No próximo sistema solar, o terceiro, o nosso Logos solar terá como propósito
desenvolver e aperfeiçoar Seu primeiro aspecto: Vontade, Atma, servindo-se de Seus
dois aspectos aperfeiçoados e fundidos: Manas e Amor - Sabedoria, Budi. O centro
coronário logoico, pelo qual a Vontade, Atma, se manifesta, estará em atividade,
coordenando-se os quatro centros logoicos: coronário, ajna, laríngeo e cardíaco, sob o
controle do coronário, o grande sintetizador. Assim o próximo sistema solar se
caracterizará, como diz o Mestre, pela atividade tetradimensional do centro laríngeo, ou
seja, pela geração de quatro energias, cada uma com sua própria frequência
oscilatória, para transformarem os doze tipos de evolução em quatro tipos de força. O
centro laríngeo do ser humano tem dezesseis vórtices ou pétalas. Podemos deduzir
que no próximo sistema solar o centro laríngeo logoico será organizado em quatro
grandes vórtices ou pétalas, cada grande vórtice resultado da fusão de quatro vórtices
menores, pela ação do centro coronário logoico.

O Mestre diz que é quase impossível ao homem compreender isto e lhe parecerá
inexplicável, porém Ele dá esta indicação para que seja considerada a interdependência
entre os vários sistemas solares e o lugar que ocupam num esquema maior. Este
esquema maior signifca o planejamento do Logos solar para conseguir Seu propósito
maior. O Propósito maior do nosso Logos solar é conseguir a libertação dos três
mundos cósmicos inferiores: físico, astral e mental, o equivalente à libertação do
homem dos três mundos inferiores do sistema: físico, astral e mental, o que é
conseguido na quarta Iniciação planetária, a segunda solar, a Renúncia. A partir desta
libertação cósmica o nosso Logos solar passará a viver e evoluir no mundo búdico
cósmico, totalmente livre de forma física cósmica, ou seja, não precisando mais
encarnar fsicamente. Portanto os sistemas solares se relacionam e são
interdependentes. Entender claramente isto nos ajuda muito em nossos esforços no
caminho da evolução, pois todos somos células no corpo físico cósmico do nosso
Logos solar e estamos inseridos em Seu Propósito maior.

É totalmente verdadeira a afrmação do Mestre de que não é Sua intenção apresentar


ao estudante fatos sem correlação e sem utilidade aparente para ele. De fato tudo o
que o Mestre nos apresenta é de enorme utilidade para entendermos com clareza e
lucidez este mundo fenomênico no qual todos estamos inseridos e fazermos deduções
exatas.

1566
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 588

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Continuaremos
enumerando os grupos de Egos de acordo com suas características,", na página 675,
até "No plano de baixo duas Pessoas trabalham associadas; no plano de cima atua
outra dualidade; porém só neste plano estão unifcadas as Três.", na página 675.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul continua a classifcação dos grupos de Egos de acordo com suas
características, porém por questão de conveniência Ele antes trata de um problema
que pode surgir e ver se é possível de ser resolvido. Dois problemas surgem ao
estudante analítico: um com respeito à posição, em conexão com qualquer esquema
planetário particular, que ocupam os grandes grupos de Egos, associados com
qualquer dos esquemas, ou seja, pertencentes a qualquer esquema, e personifcados
por Vidas que emanam de qualquer dos sete raios, Vidas que se expressam por estes
grupos e são pertencentes a qualquer Raio.Temos a seguinte interpretação: grupos de
Egos evoluindo num esquema planetário, expressando uma Vida pertencente a um Raio
e se relacionando com um outro esquema planetário. O outro problema é o efeito
produzido no plano ou mundo mental pela entrada de Egos que não são Egos capulhos
(Egos na fase inicial), mas que são discípulos e iniciados e possivelmente estão muito
desenvolvidos. É óbvio que estes Egos avançados exercem uma infuência muito forte
sobre Seu próprio grupo e sobre os demais grupos, o que repercute na matéria mental.

Para ajudar no entendimento destes conceitos o Mestre dá certas explicações com


respeito ao plano ou mundo mental, explicações que servirão para indicar onde
encontrar a solução destes problemas.

Como assinalou H. P. Blavatsky, o plano ou mundo mental é o mais vasto de todos os


planos ou mundos que nos concernem, sendo o plano chave do sistema solar, o pivô ou
eixo sobre o qual gira a grande Roda, a roda da evolução, o lugar de encontro das três
linhas de evolução, expressas pelos três aspectos da Divindade: a Primeira Pessoa,
Vontade (Atma), a Segunda Pessoa, Amor - Sabedoria (Budi), e a Terceira Pessoa,
Atividade Inteligente (Manas). Por isto o plano ou mundo mental foi denominado

1567
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esotericamente "a Câmara de Concílio das Três Divindades".

No plano ou mundo mental as três Pessoas da Trindade logoica trabalham em forma


unida. No plano de baixo, o astral, duas Pessoas trabalham associadas, as quais devem
ser a Segunda (Amor - Sabedoria, Budi) e a Terceira (Atividade Inteligente, Manas), pois
o plano ou mundo astral é denominado kama - manas, o que signifca a união do
emocional com o mental. No plano ou mundo de cima, o búdico, atua outra dualidade,
que deve ser constituída pelas Primeira Pessoa (Vontade, Atma) e Segunda Pessoa
(Amor - Sabedoria, Budi).

Mas só no plano ou mundo mental as três Pessoas estão unifcadas; talvez isto explique
a divisão do plano ou mundo mental em mental superior ou causal e mental inferior ou
concreto. O Ego reside no mental superior ou causal e o corpo mental inferior (a
expressão mais elevada da personalidade) é feito de matéria mental inferior. O plano
mental superior é constituído pelos subplanos mentais primeiro (atômico), segundo e
terceiro, constituindo os demais quatro subplanos o mental inferior.

Estudo 589

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Todos os Logos
dos distintos esquemas se expressam neste plano.", na página 675, até "....e grupos
quando obtêm a consciência do plano mental (a consciência causal) e conhecem as
diversas "chaves", tons e cores grupais.", na página 676.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que todos os Logos planetários se expressam no
plano mental. Há esquemas planetários no nosso sistema solar nos quais a
manifestação inferior é no plano mental, ou seja, os globos inferiores são feitos de
matéria mental, superior ou inferior, o que depende da cadeia planetária, e os Logos
planetários destes esquemas não possuem matéria física (sólida cósmica) nem astral
(líquida cósmica) em Seus corpos físicos cósmicos, tendo apenas a mental (gasosa
cósmica) e a etérica cósmica: búdica, átmica, monádica e adi.

A composição dos globos dos esquemas planetários do nosso sistema solar é a

1568
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seguinte:

Primeira e sétima cadeias planetárias :......globos 1 e 7 de matéria átmica, globos 2 e 6


de matéria búdica, globos 3 e 5 de matéria mental superior e globo 4 de matéria
mental inferior.

Segunda e sexta cadeias planetárias :.......globos 1 e 7 de matéria búdica, globos 2 e 6


de matéria mental superior, globos 3 e 5 de matéria mental inferior e globo 4 de
matéria astral.

Terceira e quinta cadeias planetárias :......globos 1 e 7 de matéria mental superior,


globos 2 e 6 de matéria mental inferior, globos 3 e 5 de matéria astral e globo 4 de
matéria física.

Quarta cadeia planetária:......globos 1 e 7 de matéria mental inferior, globos 2 e 6 de


matéria astral e globos 3, 4 e 5 de matéria física, sendo os globos 3 e 5 de matéria
física etérica e o globo 4 de matéria física densa.
Os esquemas que estão na sexta cadeia planetária não possuem globo físico, e
portanto Seus Logos planetários não possuem matéria física em Seus corpos físicos
cósmicos. O mesmo acontece quando o esquema estiver na sétima cadeia planetária.
Como diz o Mestre estes esquemas existem graças à matéria gasosa cósmica, a
mental, e os globos destes esquemas estão simplesmente compostos dos quatro
éteres cósmicos: as matérias búdica, átmica, monádica e adi, e do gasoso cósmico.
Todas os Logos planetários do nosso sistema solar possuem corpos construídos de
matéria mental de nosso sistema solar, ou seja, Seus esquemas planetários possuem
globos de matéria mental e através desta matéria mental todos Eles podem se
comunicar.

O Mestre diz que este fato constitui o fundamento da compreensão esotérica e a


verdadeira base da unifcação. Os esquemas planetários possuem matéria mental
abstrata (mental superior ou causal) e por meio desta matéria energizada os Logos
planetários podem se por em contato entre Si, sem ter em conta Sua meta de
realização individual. Portanto, os Egos que estão evoluindo num esquema planetário
podem entrar em contato com os demais Egos e grupos egoicos de outros esquemas,
desde que tenham obtido a consciência do mundo mental superior (a consciência
causal) e o conhecimento das diversas chaves, tons e cores grupais, para poderem
estabelecer o contato e a comunicação, pois é necessária a identifcação, o que só é

1569
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
possível por meio do conhecimento da vibração essencial e fundamental gerada pelos
Egos do grupo na matéria mental superior, o que constitui a chave, o tom e a cor
grupal, pois só assim é que os Egos são reconhecidos no mundo mental superior, o qual
é um mundo arupa, ou seja, sem forma. O que o Mestre diz tem perfeitas lógica e
coerência, pois para estabelecer contato e comunicação conscientes, o comunicante
tem de identifcar aquele com o qual quer se comunicar.

De fato estas explicações do Mestre referentes ao mundo mental são muito úteis para
a solução dos problemas apresentados relacionados com os Egos e os grupos egoicos,
como diz o Mestre.

Estudo 590

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Do parágrafo "Será evidente para o estudante
atento, que aqui reside a verdadeira relação entre os distintos grupos de Egos,", na
página 676, até ", e cujas "rodas" estão controladas por forças cósmicas e não por
forças do sistema exclusivamente.", na página 677.

"Será evidente para o estudante atento, que aqui reside a verdadeira relação entre os
distintos grupos de Egos, sem ter em conta seu grau de evolução, raio ou esquema em
que possam se encontrar. A verdade fundamental envolvida poderá ser captada
melhor estudando as seguintes frases esotéricas:

"Na Aula da Ignorância rege kama-manas. O homem encurvado por numerosos maus
desejos busca o objetivo que seu coração anela nas aulas sombrias do maya mais
denso. Encontra-o, porém morre antes de ter recolhido os frutos apetecidos. É
mordido pela serpente, e a anelada alegria fca fora de seu alcance. Todos aqueles que
buscam os frutos egoistas do karma devem depreciar-se reciprocamente; portanto luta
e cobiça, má vontade e ódio, morte e retribuição, invocação kármica e vingadora
centelha, caracterizam esta aula.

Na Aula do Aprendizado rege o intelecto e trata de guiar. Um desejo mais elevado, o


fruto de manas e seu emprego, substituem o desejo kármico inferior. O homem pesa e
determina o valor, e no ocaso das Aulas do Intelecto busca o fruto do conhecimento.
Acha-o, porém se dá conta de que o conhecimento não é tudo; morre no campo aberto

1570
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do conhecimento, escutando o grito que ressoa em seus ouvidos moribundos: "Sabe
que o conhecedor é maior que o conhecimento; Aquele que busca é maior que o
buscado".

Na Aula da Sabedoria rege o Espírito; o Uno dentro dos menores assume o controle
supremo. A morte não é conhecida nestas aulas, porque podem ser atravessados seus
dois grandes portais. A discórdia e a luta desaparecem, e só reina harmonia. Os
conhecedores se vêm como Uno; reconhecem o campo donde o conhecimento surge
como dissonância e diferenciação bráhmicas. O conhecimento é conhecido como
método, um instrumento do propósito empregado por todos, e como simples germe de
reconhecimento eventual. Dentro desta aula, a mútua união, a mescla de um com todos
e a unidade de ação, de meta e capacidade, marcam todo esforço superior."

Se se medita sobre estas palavras, compreender-se-á que a verdadeira união reside na


compreensão de que a vida maior sempre inclui a menor, e que cada expansão de
consciência aproxima mais o homem dessa Unicidade.

Portanto, se pudéssemos nos aventurar a expressar a abstração e o estado de


consciência em termos de tempo e espaço, valendo-nos da limitação da linguagem,
poderíamos dizer que em níveis egoicos ou nos três subplanos superiores do plano
mental, existe um canal de comunicação entre cada um dos esquemas planetários,
dentro do "círculo não se passa" solar, baseado na similitude de vibrações e unidade de
esforço. Só aqui (com respeito aos três mundos e ao reino humano) é possível
estabelecer relações egoicas e transmitir substância mental entre

a. entes e grupos egoicos,


b. grupos,
c. grupos maiores e grupos menores,
d. egos de um esquema planetário com os de outros esquemas.
Os Ah-hi, os Construtores maiores, (68) os Senhores que realizam a vontade do Logos
solar, empregam principalmente dois planos para comunicar-se entre eles e Suas
legiões:

Primeiro, o segundo plano, donde se comunicam por meio de um método espiritual


incompreensível para o homem na atualidade.

Segundo, o plano mental, donde se comunicam com todas as vidas menores por meio
de certo tipo de telepatia mental.

A "entrada" em outros esquemas planetários ou esferas mais sutis de Egos avançados,

1571
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
provenientes da ronda interna, onde permaneceram em pralaya esperando a
oportunidade, é produzida em forma tríplice, como resultado de uma tríplice atividade,
causada por um acordo entre o Logos planetário de um esquema e outro Logos
planetário, dando lugar a um intercâmbio. O estudante deve pensar aqui em termos de
força e energia, interação magnética e transmissão consciente de energia desde o
corpo do Logos planetário, via um centro ou centros, até o corpo de outro Logos
planetário. Aqui a causa é vontade ou propósito, o objetivo é sensação e o método é
transferência de força. Os mesmos fatores encontram-se detrás da vinda de egos
desde a ronda interna, só que neste caso a energia é enviada por certas existências
(atuando com qualquer Logos planetário), as quais são os "custódios do círculo
interno". Isto constitui um mistério e concerne à chegada de Egos superiores, Avatares,
Budas, instrutores, iniciados, discípulos e todos os que têm de esperar um impulso não
individual mas grupal a fm de cumprir o karma cíclico em ampla escala, e cujas "rodas"
estão controladas por forças cósmicas e não por forças do sistema exclusivamente."

68 De uma palavra sensar que signifca "serpentes". São os Dragões de Sabedoria. D. S.


I, 89, 97.

Estudo 591

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Será evidente
para o estudante atento que aqui reside a verdadeira relação entre os distintos grupos
de Egos,", na página 676, até ", e que cada expansão de consciência aproxima mais o
homem dessa Unicidade.", na página 676.

Considerações

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul fornece muitas informações detalhadas para serem
utilizadas pelo estudante atento que percebeu e entendeu claramente que é pela
matéria mental superior que os Egos e grupos de Egos podem se relacionar e se
comunicar, independente do grau de evolução, do raio e do esquema em que se
encontram. Os Egos estão situados no mundo mental superior e como a matéria mental
superior é comum a todos os esquemas planetários, é através desta matéria mental
superior que as relações e as comunicações entre Egos e grupos de Egos são

1572
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
realizadas, assim como no mundo físico as relações e as comunicações entre
personalidades são realizadas através da matéria física, utilizando principalmente os
mecanismos da audição e da fala por meio das ondas sonoras e no caso de grandes
distâncias utilizando os aparelhos eletrônicos, como os telefones celulares, por meio de
ondas eletromagnéticas, que se propagam pela matéria física etérica.

O corpo causal, o corpo do Ego, possui mecanismos de audição e de geração de


vibrações ou oscilações análogas às ondas sonoras físicas, que permitem a
comunicação e o relacionamento entre Egos. O corpo causal possui um mecanismo
denominado pelo Mestre resposta à vibração grupal, que também permite a
comunicação entre Egos e grupos de Egos. Há também o mecanismo de comunicação
mais elevado, a telepatia espiritual, que permite a comunicação direta entre os Egos,
utilizando oscilações de altíssima frequência, muito superior às oscilações geradas pelo
mecanismo gerador de vibrações análogas às ondas sonoras físicas, existente no
corpo causal. Estas oscilações de altíssima frequência da telepatia espiritual são
análogas às ondas eletromagnéticas do mundo físico.

Portanto o que o Mestre diz a respeito das relações e comunicações entre Egos e
grupos de Egos através da matéria mental superior ou causal é perfeitamente lógico e
científco e é uma realidade. É evidente que a comunicação entre Egos e grupos de
Egos de esquemas diferentes requer potência transmissora muito grande, assim como
no mundo físico quanto maior a distância maior tem de ser a potência da estação
transmissora.

Este tema da comunicação entre Egos e grupos de Egos no mundo mental superior ou
causal é muito vasto, pois há muitos detalhes a serem elucidados.

As frases esotéricas apresentadas pelo Mestre para serem estudadas, quando


analisadas profundamente, deixam bem claro que a expansão de consciência através
da aquisição do verdadeiro conhecimento e da sua aplicação no dia a dia aproxima
cada vez mais o homem da Unicidade, além de contribuir fortemente para o claro
entendimento do que o Mestre diz a respeito da comunicação e da relação entre Egos e
grupos de Egos no mundo mental superior ou causal.

As três aulas, da Ignorância, do Aprendizado e da Sabedoria, pelas quais o homem, a


Mônada encarnada, tem de passar, deixam bem claro que é a polarização mental que
conduz o homem mais rapidamente para a Aula da Sabedoria. Na aula da Ignorância o
homem é prisioneiro do maya e da miragem, e é fortemente regido pela Lei do Karma,
estando sob o aspecto desta lei denominado Lei da dívida kármica. Na Aula do

1573
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Aprendizado o homem passa a ser regido pelo intelecto, iniciando a polarização mental,
e busca o conhecimento, para no fnal entender que o conhecedor é maior que o
conhecimento. Então se aproxima da Aula da Sabedoria. Quando ingressa na Aula da
Sabedoria a Mônada ou o Espírito assume a regência e o controle supremo. Nesta aula
a morte não é conhecida porque o homem adquire continuidade de consciência e pode
passar conscientemente pelos mundos astral e mental inferior, os dois grandes portais
da morte. Reconhece o mundo ou plano adi, donde surge a diferenciação bráhmica (da
matéria), fonte do conhecimento, pois é necessário conhecer e entender esta
diferenciação bráhmica, que inclui todos os fenômenos que ocorrem nos mundos ou
planos abaixo do adi. Então entende que o conhecimento é um método, um instrumento
do propósito, empregado por todos, e uma simples fonte de reconhecimento eventual.
A unicidade é perfeitamente entendida e todo esforço superior é caracterizado pela
mútua união e pela unidade de ação, de meta e capacidade. A harmonia reina absoluta.

Estudo 592

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho "Portanto, se
pudéssemos nos aventurar a expressar a abstração e o estado de consciência em
termos de tempo e espaço, valendo-nos da limitação da linguagem, poderíamos dizer
que em níveis egoicos", na página 676, até ", e cujas rodas estão controladas por
forças cósmicas e não por forças do sistema exclusivamente.", na página 677.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul prossegue com Seus elevados ensinamentos sobre
os processos de comunicação entre Egos e grupos egoicos através da matéria mental
superior ou causal. O Mestre também dá informações a respeito do processo de
comunicação dos Construtores maiores, os Ah-hi, palavra derivada do sensar e cujo
signifcado é serpentes, sendo os Dragões de Sabedoria, como diz Blavatsky na
Doutrina Secreta, tomo I, páginas 89, 97. O Mestre se expressa em termos de tempo e
espaço.

Os lotos egoicos e os Egos residem nas matérias das divisões terceira, segunda e
primeira (atômica), os subplanos terceiro, segundo e primeiro, da matéria mental, os

1574
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
subplanos superiores, também denominados plano ou mundo causal. A localização na
divisão depende do nível de evolução do Ego, começando pela terceira divisão,
passando para as divisões mais elevadas a medida que o Ego vai evoluindo. Nestas
divisões superiores da matéria mental existem canais de comunicação entre cada um
dos esquemas planetários, dentro do "círculo não se passa" solar, ou seja, dentro do
sistema solar. Estes canais de comunicação estão baseados na sintonia de frequência
ou similitude de vibrações e na unidade de esforço, ou seja, no nível evolutivo dos
Egos.

Conforme o Mestre diz, através destes canais são estabelecidas relações e é


transmitida substância mental entre:

a. entes e grupos egoicos, ou seja, Egos e grupos egoicos,


b. grupos egoicos,
c. grupos egoicos maiores e grupos egoicos menores,
d. Egos de um esquema planetário e Egos de outros esquemas planetários.
Os Construtores maiores, os Ah-hi, os Senhores que executam a Vontade do Logos
solar, utilizam duas matérias ou planos para se comunicarem entre Si e Suas legiões:

Primeiro, a matéria monádica, o segundo plano ou a segunda divisão da matéria física


cósmica, ou o segundo éter cósmico, por meio de um método espiritual
incompreensível para o homem na atualidade.

Segundo, a matéria mental, através da qual se comunicam com todas as vidas menores
por meio de certo tipo de telepatia mental, sendo óbvio que a matéria mental utilizada é
a das três divisões superiores: terceira, segunda e primeira.

O Mestre também dá informações a respeito da entrada em outros esquemas


planetários ou esferas mais sutis de Egos avançados, provenientes da ronda interna,
onde permaneceram em pralaya esperando a oportunidade. Os Egos que participam da
ronda interna são Aqueles que estão evoluindo conscientemente em grande velocidade
e não encontram condições para manter a velocidade de evolução junto à humanidade
comum do esquema e necessitam de condições mais avançadas e mais sutis. Esta
transferência de Egos avançados resulta de uma tríplice atividade, causada por um
acordo entre os dois Logos planetários: O do esquema transferidor e O do esquema
receptor. A causa é tríplice: vontade ou propósito, sensação e transferência de força.
Sensação se refere aos Logos e aos Egos. Os Egos transferidos experimentarão
sensações novas em Seus corpos causais através das condições mais elevadas

1575
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
encontradas no esquema mais elevado para o qual foram transferidos. As vibrações
geradas pelos Egos avançados atuam nas sensações físicas cósmicas do Logos
planetário, pois a matéria mental faz parte do corpo físico denso do Logos planetário.

O Mestre diz que os mesmos fatores se encontram atrás da vinda de Egos desde a
ronda interna, só que neste caso a energia é enviada por certas existências (atuando
com qualquer Logos planetário), as quais são os "custódios do círculo interno".
Interpretamos esta vinda de Egos desde a ronda interna como o retorno de Egos
avançados à humanidade da qual saíram para a ronda interna. A energia é enviada
pelos Avatares planetários vinculados ao nosso Logos planetário e residentes em
Shamballa. O Mestre diz que isto constitui um mistério e concerne à chegada de Egos
superiores, Avatares, Budas, instrutores, iniciados, discípulos e todos os que têm de
esperar um impulso não individual mas grupal a fm de cumprir o karma cíclico em
ampla escala, e cujas rodas estão controladas por forças cósmicas e não por forças do
sistema exclusivamente. Interpretamos os Avatares como Avatares humanos, os Quais
já se libertaram dos mundos físico, astral, mental, búdico e átmico, estando portanto na
condição de Adepto e acima. O impulso não é individual mas grupal, porque a atividade
executada tem relação com o karma do Logos planetário, karma cíclico, o qual é
controlado por forças cósmicas e não por forças do sistema exclusivamente, pois o
que atua no Logos planetário atua também no Logos solar e consequentemente resulta
também de forças cósmicas, as quais infuenciam grupos.

Estudo 593

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Do parágrafo "Poderia ser
dito que constituem outro fator os resultados kármicos das sementes semeadas num
passado remoto, ocultas nos mistérios de um anterior sistema,", na página 678, até
"e. ............., voltando com o tempo a suas próprias esferas para alcançar as etapas fnais
de liberação.", na página 679.

"Poderia ser dito que constituem outro fator os resultados kármicos das sementes
semeadas num passado remoto, ocultas nos mistérios de um anterior sistema,
esquema ou cadeia, segundo o caso. Estes três grupos de manifestação seguem o
impulso kármico, o qual controla o tempo, o período e o método de aparição em

1576
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
qualquer grupo de egos planetários, capulhos ou lotos recém nascidos, ou lotos dos
quais se diz que foram "transplantados" misticamente. Estes últimos provavelmente
têm um alto grau de desenvolvimento. Isto é possível tanto nos indivíduos como nos
grupos.

Um terceiro fator tem a ver com a transferência de Egos ou lotos desde uma esfera de
atividade a outra, produzindo necessariamente condições que exigem a aparição de
centros similares para serem substituídos. A energia transmitida tem de ser
subministrada de outra parte, sendo outro fator que predispõe a aparição de lotos
egoicos em qualquer esquema. A lei de conservação da força é aplicável a qualquer
plano.

Toda a questão de transferência de lotos egoicos de um esquema a outro, de uma


cadeia a outra, no plano mental, é verdadeiramente muito complicada e não pode ser
explicada ao discípulo não juramentado. Só é possível dar estas indicações gerais.

Em relação com nosso planeta também deve ser recordado que os Egos aparecem
nesses grupos cujos lotos não são produzidos como resultado da Lei de Atração
quando atua entre o reino animal do globo e as Tríades superiores, mas que são Egos
que se individualizaram em outra parte, vindo, portanto, com suas pétalas já formadas
e quiçá com várias pétalas abertas. Logicamente, isto tem um profundo efeito sobre os
grupos nos quais aparecem e sobre o tipo de homem que encarnará, em consequência,
no plano físico. Em A Doutrina Secreta é feita alusão a isto quando se refere ao tema
dos antigos instrutores e reis divinos que ocuparam os toscos corpos da primitiva
humanidade. (69, 70)

Continuando com nossa consideração dos grupos egoicos, poderia ser dito
brevemente que estes, em conexão com nosso planeta, podem ser agrupados de
maneira geral segundo a etapa de formação do loto:

a. Os egos que apareceram pelo processo de individualização nos dias lemurianos.


Constituem a verdadeira humanidade da Terra, junto com o segundo grupo.
b. Os egos que se individualizaram durante a raça raiz Atlante, até que se fechou a
porta.
c. Os egos que "vieram" da cadeia lunar e estão muito mais evoluídos que a
humanidade terrestre.
d. Os egos que foram trazidos desde a época atlante para ocupar o lugar desses
Egos que se liberaram, cujos corpos causais desapareceram e seus lotos "morreram",

1577
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
deixando um vazio, na essência da força, que deve ser enchido e provido. Pelo geral
vieram desde um dos dois esquemas seguintes:

1. Do esquema personifcado pelo polo oposto de nosso Logos planetário.


2. Do esquema aliado a ambos, formando o triângulo do sistema.

Estes casos são necessariamente raros na atualidade, porém serão cada vez mais
frequentes a medida que um maior número de seres humanos receba a quarta
Iniciação.

e. Certos raros Egos ou lotos provenientes de esquemas não mencionados na


triplicidade anterior. Pelo geral são trazidos com o único fm de que possam
aperfeiçoar certas qualidades de sua própria natureza, para levar a cabo um trabalho
experimental em conexão com o reino dévico, ou para produzir certos resultados
grupais desejados pelo Logos planetário. Com frequência não descem à encarnação
física densa, mas trabalham principalmente em níveis mentais e astrais, voltando com
o tempo a suas próprias esferas para alcançar as etapas fnais de liberação."
69 Veja-se o começo do T. III de A Doutrina Secreta.

70 C. W. Leadbeater tinha uma vaga compreensão desta ideia quando se referia a


esses carregamentos de egos provenientes da cadeia lunar. Por suposto, materializou a
ideia em forma exagerada; se a mesma ideia fundamental é expressada em termos de
força e de aparição de centros de força dentro da cadeia terrestre, centros que são o
resultado da energia que emana de uma cadeia anterior e produz remoinhos no éter ou
substância do plano mental, então captará mais facilmente o verdadeiro signifcado.

Estudo 594

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Poderá ser dito
que constituem outro fator os resultados kármicos das sementes semeadas num
passado remoto, ocultas nos mistérios de um anterior sistema,", na página 678, até:
"....... e reis divinos que ocuparam os toscos corpos da primitiva humanidade. 69, 70 ",
na página 678.

1578
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul continua elucidando o processo de transferência de


Egos e grupos de Egos de uma situação para outra, dentro do processo evolutivo.

Os resultados kármicos das ações realizadas num sistema solar anterior, num esquema
planetário ou numa cadeia planetária, constituem outro fator atuante no processo de
transferência. Isto é lógico porque a Lei do Karma orienta o ente para a evolução. Boas
ações sempre conduzem o Ego para uma situação melhor e mais elevada. Os três
grupos de manifestação: um sistema solar, um esquema planetário e uma cadeia
planetária, seguem o impulso kármico e são realizados de acordo com o planejamento
kármico, o qual controla o tempo, o período e o método de aparição em qualquer grupo
de egos planetários, capulhos (lotos fechados) ou lotos recém nascidos, ou lotos dos
quais se diz que foram transplantados misticamente, estando estes últimos
provavelmente desenvolvidos em alto grau. Isto é possível tanto nos indivíduos como
nos grupos.

Quando Egos ou lotos egoicos são transferidos de uma esfera de atividade para outra,
surge uma lacuna na esfera de atividade da qual foram transferidos, lacuna que tem
que ser preenchida por Egos ou lotos egoicos similares que substituirão os
transferidos. Isto constitui um terceiro fator de transferência e a energia transmitida
tem de ser subministrada de outra parte. A lei da conservação da força ou da energia é
aplicável a qualquer plano ou mundo. A energia transmitida nestes casos é outro fator
de aparecimento de lotos egoicos em qualquer esquema.

O Mestre diz que a questão de transferência de lotos egoicos de um esquema


planetário para outro e de uma cadeia planetária para outra, no plano ou mundo
mental, é verdadeiramente muito complicada e não pode ser explicada ao discípulo não
juramentado, sendo só possível dar estas indicações gerais. Podemos pesquisar esta
complicação analisando a operação de transferência. No caso de uma cadeia planetária
para outra os lotos egoicos transferidos permanecerão sob a responsabilidade do
mesmo Logos planetário e terão de aguardar em pralaya a construção da nova cadeia
e a ronda na qual poderão encarnar. Haverá uma seleção dos lotos egoicos capacitados
para prosseguir a evolução na nova cadeia, pois para cada nova cadeia o Logos
planetário estabelece condições específcas de acordo com Seu planejamento kármico
e Seu propósito e os Egos terão que estar preparados para tal.

No caso de um esquema planetário para outro, haverá um acordo entre os dois Logos
planetários e os Egos terão que ser devidamente preparados para as condições do

1579
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
esquema para o qual serão transferidos. Esta preparação poderá ser feita fora do
esquema de transferência antes da encarnação no esquema para o qual será feita a
transferência. Neste caso terão que ser levados em conta o raio e o nível evolutivo do
Logos planetário do esquema para o qual será feita a transferência, como também o
nível evolutivo dos Egos e a organização dos grupos egoicos deste esquema. No nosso
esquema será feita uma transferência de Egos na próxima ronda, a quinta, no Dia do
Juízo, quando serão transferidos para um esquema mais atrasado os Egos sem
condições de permanecerem no nosso esquema, os quais eliminarão o atraso evolutivo
e ajudarão a evolução dos Egos deste esquema mais atrasado.

O Mestre recorda que no nosso esquema planetário em alguns grupos egoicos, cujos
lotos foram produzidos como resultado da Lei de Atração atuando entre o reino animal
do globo e as Tríades superiores, às vezes aparecem Egos com as pétalas já formadas
e alguns com várias pétalas abertas, mas estes Egos foram individualizados em outra
parte, como numa cadeia anterior, dentro da Lei de Atração. É lógico que estes Egos
exercem um profundo efeito sobre os grupos nos quais aparecem e sobre o tipo de
homem ao encarnarem no mundo físico. Na Doutrina Secreta é feita alusão a este fato,
quando é relatado o aparecimento dos antigos instrutores e reis divinos que ocuparam
os toscos corpos da primitiva humanidade. Quanto aos lotos já formados provenientes
da cadeia lunar, se forem interpretados como núcleos de força resultantes da energia
emanada da cadeia anterior (a cadeia lunar) aparecendo na cadeia terrestre e
produzindo remoinhos ou vórtices na matéria mental da Terra, fcará mais fácil
entender o verdadeiro signifcado, ou seja, os vórtices na matéria mental estimulam os
lotos formados na cadeia terrestre, em outras palavras, os Egos provenientes da
cadeia lunar ajudam a evolução dos Egos nascidos na cadeia terrestre.

Estudo 595

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Continuando com
nossa consideração dos grupos egoicos, poderia ser dito brevemente que estes,", na
página 678, até "e. ........., voltando com o tempo a suas próprias esferas para alcançar
as etapas fnais de liberação.", na página 679.

1580
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

O Mestre Djwhal Khul neste trecho classifca os grupos egoicos em conexão com o
nosso planeta, de maneira geral, de acordo com a etapa de formação do loto.

Uma classifcação abrange os egos que se individualizaram na raça raiz Lemuriana, até
o surgimento da raça Atlante.

Outra classifcação abrange os egos que se individualizaram na raça raiz Atlante, até o
fechamento da porta para a individualização, o que ocorreu na metade da raça Atlante.

Estas duas classifcações constituem a verdadeira humanidade da Terra, ou seja, os


Egos nascidos na Terra.

Outra classifcação inclui os egos que vieram da cadeia lunar e encarnaram na raça
Atlante e estão muito mais evoluídos que os Egos nascidos na Terra.

Temos a classifcação constituída pelos egos que foram trazidos para a Terra desde a
época atlante para ocupar o lugar dos Egos que se liberaram ao conquistarem a quarta
Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar, quando seus corpos causais foram
desintegrados e seus lotos morreram, deixando um vazio na essência da força no
mundo causal, vazio que tem que ser preenchido e provido. Geralmente vieram de um
dos seguintes esquemas planetários:

1. O esquema personifcado pelo polo oposto do nosso Logos planetário, o esquema


de Vênus.
2. O esquema aliado ao nosso e ao de Vênus, formando o triângulo planetário do
sistema solar.
Estas vindas de Egos avançados para preencherem as vagas deixadas pelos Egos
liberados são necessariamente raras na atualidade, porém serão cada vez mais
frequentes a medida que um maior número de seres humanos conquiste a quarta
Iniciação. Estes Egos que vêm para preencherem as vagas têm que ser avançados,
porque os Egos liberados são avançados, porque conquistaram a quarta Iniciação.

A última classifcação é de raros Egos ou lotos provenientes de esquemas planetários


não pertencentes ao triângulo planetário citado anteriormente. Geralmente são trazidos
para o nosso esquema com a única fnalidade de aperfeiçoarem certas qualidades de
sua própria natureza, para levarem a cabo um trabalho experimental em conexão com
o reino dévico, ou para produzirem certos resultados grupais desejados pelo Logos
planetário.

1581
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Com frequência não encarnam fsicamente, mas trabalham principalmente em níveis
mentais e astrais, retornando com o tempo a seus próprios esquemas planetários para
realizarem as etapas fnais de liberação.

Estas classifcações estabelecidas pelo Mestre nos ajudam muito no entendimento da


atual humanidade encarnada.

Estudo 596

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Do parágrafo "Estes lotos em suas miríades de
diferenciações produzem reciprocamente efeitos específcos ainda incompreensíveis
para o homem em níveis mentais.", na página 679, até "As páginas são mudadas e
corrigidas a cada sete anos e são precipitadas em matéria astral devido ao esforço de
vontade realizado pelo Chohan responsável pelo grupo envolvido.", na página 681.

"Estes lotos em suas miríades de diferenciações produzem reciprocamente efeitos


específcos ainda incompreensíveis para o homem em níveis mentais. Sem embargo,
constituem a base da verdadeira psicologia e de toda verdadeira atividade. O
estudante faria bem em ponderar sobre o efeito que provavelmente produziria
qualquer Ego avançado sobre:

a. Outros Egos de seu grupo.


b. Os Pitris solares que são a substância do grupo.
c. Os Pitris lunares que estão vinculados aos Pitris solares por meio dos átomos
permanentes.
Anteriormente mencionamos certas classifcações de grupos de Egos que se
encontram nos níveis causais do plano mental, a fm de dar ao estudante alguma idéia
da vastidão do tema e da complexidade do problema. Deve ser recordado que no
terceiro subplano do plano mental não há separação individual tal como existe na
manifestação física, sem embargo, é evidente a separação grupal. Estes grupos são
muito numerosos para detalhá-los. Delineamos e nomeamos cinco dos grupos maiores
tal como estão enumerados na parte inferior da classifcação de um esquema na Aula
dos Registros. Existem outros métodos, e até na enumeração que utilizamos aqui, estes
cinco grupos se subdividem cada um em dez grupos, os quais por sua vez se dividem

1582
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
em unidades menores, representadas e conhecidas por certos símbolos.

Quando chegamos ao segundo subplano do plano mental (o subplano no qual se


encontram os corpos egoicos da humanidade avançada, dos discípulos e dos iniciados)
o método de agrupá-los estará de acordo com o:

a. Raio.
b. Sub-raio.
c. Departamento (regido pelo Manu, o Mahachohan ou o Bodhisattva de nosso
esquema terrestre ou suas analogias em outros esquemas).
Estes lotos egoicos estão conformados e têm um número de pétalas sem abrir,
enquanto que outros se encontram nas etapas fnais de desenvolvimento.

Foram também agrupados sob os três encabeçamentos seguintes:

Lotos de revelação. Aqueles nos quais a "joia" está a ponto de ser revelada.

Lotos perfumados. Aqueles cujo "perfume" ou aroma oculto compenetra seu ambiente.
São os Egos que todavia não abriram totalmente a última fleira de pétalas, porém cujas
vidas têm força magnética nos três mundos e suas atividades se distinguem pelo
serviço altruísta.

Lotos irradiantes. Aqueles cuja luz começa a brilhar na escuridão.

Estão agrupados também de acordo com a cor primária, a coloração secundária, a


chave ou tom, sendo uma das classifcações totalmente numérica. Poderia ser de
interesse para o estudante se assinalássemos que na Aula dos Registros, em conexão
com os Egos humanos, existem certos registros cuja terminologia simbólica detalha
minuciosamente os seguintes fatos com respeito a cada ente:

O registro lunar. Ocupa-se de todos os veículos e formas inferiores empregados pelas


Mônadas humanas, registrando:

a. Seu grau de vibração.


b. Seu tipo.
c. Seu número chave.
d. O grupo particular de Senhores lunares que se relacionam com esses corpos.
e. A história detalhada das vidas elementais que constituem os corpos.
Esta informação é utilizada pelo agente kármico responsável pela construção de uma
nova série de veículos em cada encarnação a fm de ajudar a esgotar o karma. A
história dos corpos lunares está reproduzida nos átomos permanentes.

1583
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O registro solar. Ocupa-se do veículo egoico permanente, registrando:

a. O grau de vibração.
b. A história da abertura das pétalas.
c. A história de qualquer grupo determinado de Anjos solares ocupados da formação
do loto.
d. A atividade da substância dévica com a qual o loto é construído.
e. As relações grupais.
Esta informação é utilizada pelo Mestre que se fez responsável pelo estímulo e
crescimento de uma série particular de Egos e também por esses Egos avançados que
trabalham conscientemente com seu grupo.

O registro da consciência. Concerne à resposta a seu meio ambiente da Entidade


imanente. Registra o emprego do conhecimento por parte do conhecedor, sendo, por
muitas causas, o mais complicado e extenso dos registros.

Ditos registros são utilizados frequentemente pelo Senhor do Mundo e Seus discípulos
a fm de obter informação relativa aos centros planetários. Têm tal disposição que o
registro de qualquer grupo, embora vasto e extenso, está descrito em sete páginas,
contendo cada uma quarenta e nove símbolos. As páginas são mudadas e corrigidas a
cada sete anos e são precipitadas em matéria astral devido ao esforço de vontade
realizado pelo Chohan responsável pelo grupo particular envolvido."

Estudo 597

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Estes lotos em
suas miríades de diferenciações produzem reciprocamente efeitos específcos ainda
incompreensíveis para o homem em níveis mentais.", na página 679, até " c. Os Pitris
lunares que estão vinculados aos Pitris solares por meio dos átomos permanentes.", na
página 679.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica os relacionamentos dos lotos egoicos entre
si e os efeitos desses relacionamentos, em outras palavras, as relações entre os Egos

1584
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
no mundo causal e o que essas relações produzem. Como essas relações ocorrem no
mundo causal, sede dos lotos egoicos e dos Egos, os efeitos dessas relações ainda são
incompreensíveis para o homem, como também as relações. Essas relações e seus
efeitos são a base da verdadeira psicologia e de toda verdadeira atividade nos mundos
inferiores, como diz o Mestre. Por isto o Mestre recomenda que o estudante estude e
pesquise o efeito que provavelmente produziria qualquer Ego avançado sobre outros
Egos de seu grupo, sobre os Pitris solares que são a substância do grupo e sobre os
Pitris lunares que estão vinculados aos Pitris solares por meio dos átomos
permanentes. Para tal estudo é necessário entender como se processa o
relacionamento entre os lotos egoicos, para poder identifcar como um loto egoico
infuencia outro e o efeito produzido.

Na página 175 do Tratado sobre Fogo Cósmico o Mestre explica os três sentidos
(jnanindriyas) do corpo causal: discernimento espiritual, resposta à vibração grupal e
telepatia espiritual. Os Egos se comunicam através destes sentidos.

Dentro de um grupo egoico um Ego avançado infuencia outros Egos de diversas


maneiras: ensinando e através das vibrações das pétalas do seu loto egoico, vibrações
que se propagam pela matéria causal e atingem outros lotos egoicos, e assim Ele
estimula e acelera a evolução dos Egos infuenciados.

O Ego avançado, ao controlar e dinamizar seu próprio loto egoico, estimula e acelera a
evolução dos Pitris solares que constituem seu próprio loto egoico e através das
vibrações emitidas os Pitris solares que constituem os outros lotos egoicos do grupo
são também estimulados e sua evolução é acelerada.

Os Pitris lunares que constituem os três corpos inferiores: mental inferior, astral e
físico, estão conectados com os Pitris solares do loto egoico através dos componentes
da Tríade inferior: unidade mental, átomo astral permanente e átomo físico
permanente, os quais são os núcleos formadores dos três corpos inferiores. Portanto,
o Ego avançado, ao estimular os Pitris solares de seu próprio loto egoico e dos demais
lotos egoicos do grupo egoico, também estimula e acelera a evolução dos Pitris lunares
constituintes dos três corpos inferiores.

Este relacionamento é bastante lógico, racional e lúcido, pois o mais evoluído ajuda a
evolução do menos evoluído. Isto acontece em todo o sistema solar.

Este tema é muito interessante e esclarecedor, pois inclui o processo científco da


propagação das energias geradoras das vibrações ou oscilações através das matérias
mental, astral e física, oscilações que contêm informações que dão origem a

1585
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
qualidades.

Estudo 598

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes do lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Anteriormente
mencionamos certas classifcações dos Egos que se encontram nos níveis causais do
plano mental, a fm de dar ao estudante alguma ideia da vastidão do tema e da
complexidade do problema.", na página 679, até "Estes lotos egoicos estão
conformados e........nas etapas fnais de desenvolvimento.", na página 680.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que as classifcações que Ele apresentou de
grupos de Egos que estão no mundo causal ou mental superior foram para dar ao
estudante alguma ideia da vastidão do tema e da complexidade do problema, donde
podemos concluir que a identifcação do nível de evolução do Ego envolve muitíssimos
aspectos e graus de qualidade e de poderes, tornando o campo da pesquisa muito
amplo e exigindo do pesquisador grande capacidade de discernimento nos mundos
mental superior e búdico, pois este discernimento é espiritual e abrange os efeitos nos
três mundos inferiores: mental inferior, astral e físico.

O Mestre chama a atenção para o fato de que no terceiro subplano do mundo mental, o
mais denso do mental superior, não existe separação individual entre os Egos tal como
existe no mundo físico entre as personalidades, manifestações dos Egos, existindo
apenas entre os grupos de Egos, o que é evidente. Consequentemente os grupos de
Egos são muito numerosos para detalhá-los, como diz o Mestre.

O Mestre delineou e nomeou cinco dos grupos maiores, conforme estão classifcados
na parte inferior da classifcação de um esquema de tabulação na Aula dos Registros, à
qual o Mestre teve acesso.

Há outros métodos de classifcação e os cinco grupos citados pelo Mestre estão


subdivididos cada um em dez grupos menores e cada um destes está subdividido em
unidades menores, as quais são representadas e conhecidas por certos símbolos.

O Mestre diz que quando os lotos egoicos humanos se tornam constituídos de

1586
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
moléculas do segundo subplano ou segunda divisão da matéria mental, os quais são os
lotos egoicos da humanidade avançada, dos discípulos e dos iniciados, a classifcação
dos grupos egoicos passa a ser de acordo com:

a. O raio.
b. O sub-raio.
c. O Departamento. No nosso esquema planetário são três departamentos: um regido
pelo Manu, outro regido pelo Bodhisattva e outro regido pelo Mahachohan. Em outros
esquemas planetários é de acordo com as analogias dos departamentos do nosso
esquema planetário.
Há também a classifcação destes lotos egoicos constituídos de moléculas da segunda
divisão da matéria mental de acordo com o Mestre responsável pelo grupo.

Estes lotos egoicos estão já conformados e com várias pétalas ainda fechadas, porém
com outras já nas etapas fnais de desenvolvimento, ou seja, abertas.

Ficou bem claro que as Mônadas humanas têm que substituir a matéria mental inicial
constituinte dos Seus lotos egoicos por matéria mental mais sutil, de maior frequência
oscilatória e de maior potência. Com o avanço da evolução do loto egoico as moléculas
da terceira divisão da matéria mental constituintes do loto egoico são substituídas por
moléculas da segunda divisão e fnalmente por átomos mentais. Isto é feito pela
Vontade e pelo esforço da Mônada, pois o Ego ou Alma é manifestação da Mônada no
mundo causal ou mental superior e a personalidade humana é manifestação do Ego ou
Alma nos três mundos inferiores, portanto também manifestação da Mônada, o que
bem lógico.

Esta substituição de matéria mental superior do loto egoico por matéria mental
superior mais refnada e mais elevada signifca que os Pitris solares dos lotos egoicos
evoluem com a ajuda das Mônadas humanas.

A classifcação dos lotos egoicos constituídos de átomos mentais talvez seja de acordo
com critérios diferentes, pois nesta etapa o raio monádico impera e a Mônada já está
prestes a se libertar dos três mundos inferiores.

Estudo 599

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais

1587
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Foram também
agrupados sob os três encabeçamentos seguintes:", na página 680, até " Lotos
irradiantes. Aqueles cuja luz começa a brilhar na escuridão.", na página 680.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul prossegue Sua explicação dos agrupamentos dos
lotos egoicos. Os três encabeçamentos sob os quais os lotos são agrupados são
baseados no grau de evolução dos lotos e nas propriedades e qualidades
desenvolvidas.

Os lotos de revelação são aqueles com a joia a ponto de ser revelada. Nestes lotos as
tríades externa de conhecimento, intermédia de amor e interna de sacrifício já estão
com as pétalas abertas, e a tríade interna que vela a joia já está começando a se abrir,
tornando visível a joia. A abertura das pétalas de uma tríade estimula a abertura da
tríade seguinte, na direção da joia, que fca no centro do loto egoico. Recordamos que
todas as tríades são energizadas pela joia no loto, por conseguinte a quantidade de
tríades com as pétalas abertas indica o nível de evolução da joia (o Ego ou Alma), a
qual é energizada pela Mônada através da Tríade superior, donde podemos deduzir que
esta quantidade também indica o nível de evolução da Mônada e Seu grau de controle
sobre o Ego (a joia) e o resultante grau de controle do Ego sobre a personalidade, em
outras palavras, o grau de controle da Mônada sobre a personalidade através do Ego.
Assim fca bem clara e lúcida a dualidade Mônada ou Espírito e matéria.

Os lotos perfumados são aqueles cujo perfume ou aroma oculto compenetra seu
ambiente. São os Egos que todavia não abriram totalmente a última fleira de pétalas,
porém cujas vidas têm força magnética nos três mundos e suas atividades se
distinguem pelo serviço altruísta. Analisemos estas palavras do Mestre. O que
podemos entender da palavra perfume ou aroma ? Perfume é o odor agradável
emitido. Por conseguinte podemos interpretar como a emissão pelo loto egoico de
vibrações da matéria mental superior, vibrações que se propagam através da matéria
mental superior assim como o odor do perfume se propaga por meio de partículas até
as narinas onde é captado pelo epitélio nasal, donde é levado à consciência cerebral.
As vibrações ou oscilações das partículas (substância dos Pitris solares) constituintes
das pétalas do loto egoico são de tal intensidade que são passadas para a matéria
mental superior que constitui o ambiente do loto egoico e se propagam até atingir
outros lotos egoicos do grupo, sendo captadas por eles. Embora a última fleira de

1588
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pétalas, a tríade interna que vela a joia, não esteja plenamente aberta, todavia as
outras tríades já estão abertas e a tônica vibratória ou oscilatória é de natureza
atrativa e da linha do segundo aspecto, Amor - Sabedoria (Budi) e estas oscilações ou
vibrações são transferidas para os mundos mental inferior, astral e físico, gerando
atividades caracterizadas pelo serviço altruísta da personalidade vitalizada e
controlada pelo Ego cujo loto é perfumado.

Os lotos irradiantes são aqueles cuja luz começa a brilhar na escuridão. Este
agrupamento é o mais evoluído, pois para a luz do loto começar a brilhar iluminando a
escuridão, é imprescindível que a joia esteja bem exposta e visível, com as pétalas da
tríade interna bem abertas, para irradiar toda a sua energia (fogo elétrico) na forma de
luz. Luz aqui signifca conhecimento e iluminação, que são as características da
personalidade vitalizada e controlada pelo Ego cujo loto é irradiante. O amor e a
sabedoria também são características desta personalidade, a qual presta um excelente
e elevado serviço nos três mundos inferiores. Podemos deduzir que estes Egos
irradiantes já estão bem próximos da libertação total dos três mundos inferiores, ou
seja, já estão bem próximos de receberem a quarta Iniciação planetária, a segunda
solar, a Renúncia.

A análise profunda e detalhada das oscilações ou vibrações geradas por estes três
agrupamentos é um imenso campo de pesquisa e estudo, que clareará intensamente o
modo de vida no mundo causal ou mental superior, o mundo do Ego e do loto egoico.
Esta análise também propiciará muitas informações a respeito da atividade dos Anjos
solares, os Quais são a substância do loto egoico, o que é um excelente acelerador do
processo evolutivo, pois o conhecimento profundo e detalhado dos processos
utilizados pela Mônada humana para conquistar Sua total liberação dos três mundos
inferiores e despertar e desenvolver plenamente Sua autoconsciência em Seu mundo
original, o mundo monádico, ao ser adquirido em cérebro físico, estimula muito
fortemente a personalidade (a Mônada em manifestação nos mundos inferiores por
meio do Ego) a se esforçar ao máximo para a vida mais plena e abundante do mundo
monádico, sabendo que a elevação prossegue para mundos mais elevados e de maior
intensidade de vida, como os mundos adi e astral cósmico.

Este assunto que o Mestre tão graciosamente nos proporcionou é de uma relevância
incalculável. Seria tão bom que toda a humanidade entendesse isto, aceitasse e
passasse a viver desta forma. É isto que a Hierarquia espera tão amorosamente da
humanidade, para o retorno do CRISTO.

1589
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 600

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "Estão agrupados
também de acordo com a cor primária, a coloração secundária, a chave ou tom, sendo
uma das classifcações totalmente numérica.", na página 680, até "d. O grupo particular
de Senhores lunares que se relacionam com esses corpos.", na página 681.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul prossegue com a Sua detalhada e profunda
explicação dos critérios de classifcação dos lotos egoicos, propiciando-nos
valiosíssimos e utilíssimos ensinamentos a respeito dos lotos egoicos e dos processos
de registro do histórico da evolução das Mônadas humanas, histórico de grande
validade para o entendimento do processo evolutivo e da natureza de Deus e para
acelerar a evolução para aqueles que entenderem com clareza estes ensinamentos do
Mestre.

Procuremos entender o agrupamento dos lotos egoicos de acordo com a cor primária,
a coloração secundária, a chave ou tom. Cor primária signifca a frequência
fundamental, pois a cor resulta da oscilação e a coloração secundária resulta da
modulação da frequência fundamental. A chave ou tom signifca som, que também
resulta da modulação da frequência fundamental, através de seus harmônicos
inferiores. É por isto que esta classifcação é totalmente numérica, como diz o Mestre,
pois a frequência é o número de ciclos na unidade de tempo, o segundo.

É muito interessante e muito esclarecedor o que o Mestre ensina a respeito da Aula


dos Registros. É um campo de vasta e profunda pesquisa, como o processo de
gravação das informações e a matéria na qual elas são gravadas.

As informações referentes às Mônadas humanas na fase evolutiva no reino humano


são detalhadas minuciosamente em três conjuntos denominados: registro lunar,
registro solar e registro da consciência, abrangendo os três setores da manifestação
das Mônadas humanas nos três mundos inferiores: mental, astral e físico.

O registro lunar contém as informações referentes aos três corpos inferiores utilizados

1590
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pelas Mônadas humanas: mental inferior, astral e físico. Estas informações são as
seguintes:

a. Grau de vibração.
b. Tipo.
c. Número chave.
d. O grupo particular de Senhores lunares que se relacionam com os corpos.
e. A história detalhada das vidas elementais que constituem os corpos.
Analisemos cada informação.

a. Grau de vibração. Esta informação indica a frequência oscilatória geral e a sua


intensidade de cada corpo inferior, sendo portanto três graus. Dá uma noção da
energia (os fogos) que faz oscilarem as partículas constituintes dos corpos
inferiores.

b. Tipo. Dá uma noção das qualidades e dos poderes da Mônada via Ego que os três
corpos inferiores podem expressar.

c. Número chave. É a frequência do som resultante da modulação da frequência


fundamental que constitui a cor primária do loto egoico, que os corpos inferiores
podem expressar.

d. O grupo particular de Senhores lunares que se relacionam com os corpos. É a


categoria de Pitris lunares que construíram e constituem os três corpos inferiores.
São três categorias. Por exemplo, para o corpo astral é a ordem dos Agnisuryas
constituem este corpo. Se forem Agnisuryas de quinta ordem, a matéria do corpo
astral será do quinto subplano ou da quinta divisão da matéria astral, sendo
portanto um corpo astral de nível bem baixo. Para o corpo mental inferior é o nível
dos Agnishvattas que constituem as quatro divisões inferiores da matéria mental,
as quarta, quinta, sexta e sétima. Se forem Agnishvattas da quarta divisão, o corpo
mental inferior será de elevado nível. O mesmo raciocínio é aplicado ao corpo físico
em suas duas partes: etérica e densa.
Estudo 601
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "e. A história

1591
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
detalhada das vidas elementais que constituem os corpos.", na página 681, até ".....e
também por esses Egos avançados que trabalham conscientemente com seu grupo.",
na página 681.

Considerações.

A história detalhada das vidas elementais que se relacionam com esses corpos,
constante no registro lunar de cada Mônada humana em evolução nos três mundos
inferiores, é uma informação muito importante e muito útil, sendo utilizada pelo agente
kármico responsável pela construção duma série de corpos em cada encarnação, a fm
de ajudar a esgotar o karma, o que tem como objetivo acelerar a evolução da Mônada
humana.

Estas vidas elementais são citadas na página 39 do livro Astrologia Esotérica, do


Mestre Djwhal Khul, como a 7ª Hierarquia Criadora, trabalhando no mundo físico,
denominadas Vidas elementais, Os cestos de alimentos, As vidas cegas. Na página 942
do Tratado sobre Fogo Cósmico o Mestre também descreve estas vidas elementais.

Há vidas elementais nas partículas constituintes do corpo físico denso. Estas vidas
estão em diversos níveis de evolução. A história detalhada destas vidas é fator
indicador da evolução da Mônada no mundo físico, pois a medida que Ela evolui, o
corpo físico denso é constituído de vidas elementais em nível mais elevado.

O histórico destas vidas elementais é de fato muitíssimo interessante e esclarecedor,


pois esclarece o processo de evolução seguido pela Mônada humana.

Todas as informações constantes no registro lunar, referentes aos corpos lunares (os
corpos mental inferior, astral e físico) são reproduzidas na Tríade inferior: unidade
mental, átomo astral permanente e átomo físico permanente. Portanto quem tem
acesso ao conteúdo da Tríade inferior tem acesso a estas informações.

O registro solar contém as informações referentes ao loto egoico.

O grau de vibração indica a frequência oscilatória e a sua intensidade do loto egoico,


sendo resultante das oscilações das tríades constituintes do loto egoico.

A história da abertura das pétalas é a descrição da organização e dinamização das


pétalas, o que provoca a sua abertura.

A história de qualquer grupo determinado de Anjos solares ocupados da formação do


loto é a descrição da atividade e da evolução destes Anjos solares em Seu trabalho na
construção e vitalização do loto egoico.

1592
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
A atividade da substância dévica com a qual o loto é construído é como a matéria
mental superior constituinte do loto egoico atua no processo de desenvolvimento e
evolução dele. Nesta atividade há substituições de matéria mental superior, pois o loto
egoico é construído inicialmente com matéria da terceira divisão da matéria mental (o
terceiro subplano do plano mental), o mais denso do mental superior.

As relações grupais descrevem os relacionamentos entre os diversos grupos de Egos,


com suas repercussões nos lotos egoicos e nos corpos inferiores.

O Mestre que assumiu voluntariamente o trabalho de estimular a evolução de um grupo


particular de Egos utiliza este registro, o solar, para auxiliá-lo neste trabalho. Os Egos
avançados, de Iniciados, também utilizam este registro, em Seu trabalho consciente
com Seu grupo. Isto é lógico, pois toda ajuda tem de ser inteligente.

Estudo 602

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - c. Nomes dos lotos egoicos - Considerações sobre o trecho: "O registro da
consciência. Concerne à resposta a seu meio ambiente da Entidade imanente.", na
página 681, até ".....e são precipitadas na matéria astral devido ao esforço de vontade
realizado pelo Chohan responsável pelo grupo particular envolvido.", na página 681.

Considerações.

O registro da consciência é o arquivo das respostas às vibrações ou oscilações do seu


meio ambiente da Entidade que utiliza os diversos corpos, o Ego e do uso do
conhecimento adquirido.

Para o Ego evoluindo em Seu próprio mundo, o causal, e nos 3 mundos inferiores:
mental inferior, astral e físico, os meios ambientes são de 4 naturezas.

O mundo físico que atua no cérebro físico, onde se manifesta a consciência do Ego no
mundo físico. O mundo astral que atua no corpo astral, onde se manifesta a
consciência do Ego no mundo astral, em particular quando o Ego passa pela morte
física. O mundo mental inferior, que atua no corpo mental inferior, onde se manifesta a
consciência do Ego no mundo mental inferior, em particular quando o Ego passa pela
morte do corpo astral. Finalmente o mundo mental superior ou causal, que atua no loto

1593
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
egoico, através do qual se manifesta a consciência do Ego em Seu próprio mundo, em
particular quando o Ego passa pela morte do corpo mental inferior.

Todas as reações do Ego através dos Seus 4 corpos e Seus comportamentos


resultantes do contato com os 4 meios ambientes, as 4 matérias, são arquivados neste
registro da consciência.

É evidente que este registro é o mais complicado e extenso, como diz o Mestre. As
informações deste registro são compactadas por meio de símbolos, assim como na
informática os arquivos são compactados pelo software Zip, diminuindo o tamanho do
arquivo. Esta compactação esotérica faz que o registro de qualquer grupo seja
armazenado em 7 páginas, cada página contendo 49 símbolos, o que dá um total de
343 símbolos.

As páginas são mudadas e corrigidas a cada 7 anos, ou seja, são atualizadas, de acordo
com a evolução dos Egos do grupo. Estas atualizações são gravadas em matéria astral
pelo Chohan responsável pelo grupo de Egos, o Qual emprega Sua vontade
conscientemente para tal. Tais registros fazem parte dos registros Akáshicos.

Com base nas informações do Mestre podemos deduzir que há registros da


consciência nas matérias astral e mental. Os processos pelos quais estas gravações
são feitas devem ser muito interessantes. Temos aí uma analogia em nível superior do
computador, com uma diferença, o acesso às informações dos arquivos é feito
diretamente pela consciência do pesquisador através do seu envoltório, sem precisar
de qualquer instrumento, como ocorre com o computador.

O processo pelo qual o computador armazena e processa as informações pode dar


uma ideia do processo pelo qual as informações dos registros lunar, solar e da
consciência são armazenadas nas matérias sutis. No computador a linguagem é binária,
os dígitos 0 e 1. Estes 2 dígitos numa sequência de 8 proporcionam 256 = 2 elevado a
8 permutações para representar os caracteres das informações. O dígito é
denominado bit (binary digit) e um conjunto de 8 bits forma um byte.

Nas matérias sutis temos as oscilações das partículas para formar os símbolos que
representam as informações. Os processos de gravação no disco rígido (HD) do
computador e no CD (compact disk) também dão ideia do processo de gravação nas
matérias sutis.
Este assunto é estimulante da pesquisa para entender o processo nas matérias sutis.
Esta pesquisa é mental e ocorre exclusivamente no mundo das energias e dos
signifcados.

1594
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, e Seus discípulos utilizam com frequência estes
arquivos para obter informações relativas aos centros planetários, pois a raça humana
faz parte dos centros planetários.

Estudo 603

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Do parágrafo: "d. As pétalas e os centros
etéricos.", na página 681, até "......e a energia que emana delas afeta os centros etéricos
e produz o verdadeiro tipo de energia psíquica.", na página 682.

"d. As pétalas e os centros etéricos. Só falta assinalar a estreita relação que existe
entre o desenvolvimento das pétalas dos lotos egoicos e os centros etéricos do
homem. Através dos centros fui a energia psíquica. Os estudantes deveriam ter
cuidadosamente presente os dois fatos seguintes:

Primeiro, como já sabemos, o prana vitaliza o corpo etérico. A energia prânica estimula
a atividade animal e o desenvolvimento do plano físico, e afeta principalmente os
átomos do corpo físico tendo um tríplice efeito sobre a substância do mesmo:

a. Conserva a saúde animal do corpo.

b. Constrói e erige no corpo, por meio de sua energia e suas correntes de força, o que
se necessita para compensar o desgaste e a deterioração diária.

c. É o meio pelo qual o homem entra em contato físico com seus semelhantes. O
magnetismo físico depende amplamente, embora não totalmente, do prana.

Os centros etéricos são os vórtices de força formados de matéria etérica devido ao


impulso astral transmitido por conduto dos centros astrais. Ditos centros por sua vez
transmitem uma energia ainda superior e, desta maneira, a afrmação de que os
centros etéricos são a fonte da energia psíquica do homem é tecnicamente verídica,
sendo portanto afetados pelo desenvolvimento das pétalas. Por sua vez cada pétala é
uma espécie de centro de força, e a energia que emana delas afeta os centros etéricos
e produz o verdadeiro tipo de energia psíquica."

1595
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 604

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d.As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o trecho: "d. As
pétalas e os centros etéricos.", na página 681, até "....e a energia que emana delas afeta
os centros etéricos e produz o verdadeiro tipo de energia psíquica.", na página 682.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica a energização dos centros ou chakras do
corpo etérico pelas pétalas do loto egoico. No diagrama VIII na página 651 do Tratado
sobre Fogo Cósmico o Mestre mostra as conexões entre as pétalas do loto egoico e os
centros dos 3 corpos inferiores: mental inferior, astral e físico. O Mestre diz que cada
pétala é uma espécie de centro de força, o que dá a entender que as pétalas do loto
egoico são os centros superiores do corpo causal. Das conexões do diagrama VIII
podemos deduzir que a tríade interna de sacrifício é o centro coronário do corpo
causal, por estar conectada com o centro básico mental (denominado BC, básico da
coluna vertebral, no diagrama VIII), a tríade intermédia de amor é o centro cardíaco do
corpo causal, por estar conectada com o centro plexo solar mental (denominado PS, no
diagrama VIII), e a tríade externa de conhecimento é o centro laríngeo mental, por
estar conectada com o centro sacro mental (denominado OG, órgãos genitais, no
diagrama VIII).

No corpo etérico humano há 3 pares formados pelos centros principais:

1. Coronário e básico.
2. Cardíaco e plexo solar.
3. Laríngeo e sacro.
No corpo astral há também estes 3 pares de centros.

Analisando o diagrama VIII na página 651, deduzimos o seguinte:

1. O loto egoico abrange a Alma e o corpo causal, sendo feito de matéria mental
superior ou causal.

2. O centro denominado CABEÇA (CA) é o coronário, CORAÇÃO (CO) é o cardíaco,


GARGANTA (G) é o laríngeo, BASE DA COLUNA VERTEBRAL (BC) é o básico, e

1596
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ÓRGÃOS GENITAIS (OG) é o sacro.

3. Os centros mentais sacro (OG), básico (BC), plexo solar (PS) e baço (B), pelas suas
posições no diagrama VIII, estão no corpo mental inferior, feitos de matéria mental do
4º subplano, pois estão na mesma linha da unidade mental, a qual é feita de matéria
mental do 4º subplano.

4. Pelas conexões entre os centros mentais coronário e básico, cardíaco e plexo


solar, laríngeo e sacro, os corpos mental superior ou causal (loto egoico) e mental
inferior estão conectados e a meta é fundir os dois, fundir a mente superior abstrata
e a mente inferior concreta.
O diagrama IX na página 655 confrma esta localização dos centros mentais básico,
plexo solar, sacro e baço no corpo mental inferior, feitos de matéria mental do 4º
subplano e a conexão destes centros com os centros astrais coronário, cardíaco,
laríngeo e baço.

O diagrama VIII também dá a entender que o centro astral coronário é feito de matéria
astral atômica, o cardíaco astral de matéria astral do 2º subplano, o laríngeo astral de
matéria astral do 3º subplano e os centros astrais básico, sacro, plexo solar e baço de
matéria astral do 4º subplano. O diagrama VIII também dá a entender que o centro
físico coronário é feito de matéria física atômica (1º éter), o cardíaco físico de matéria
física do 2º subplano (2º éter), o laríngeo físico de matéria física do 3º subplano (3º
éter) e os centros físicos básico, sacro, plexo solar e baço de matéria física do 4º
subplano (4º éter).

O Mestre diz que a energia psíquica, a energia do Ego ou Alma, fui para os centros
físicos etéricos seguindo o trajeto centros do corpo mental inferior e do corpo astral.

O Mestre enfatiza a importância do entendimento da diferença entre o prana e a


energia psíquica, a energia do Ego. A energia do Ego é fogo solar atuando na matéria
mental. Este entendimento exige que seja entendido claramente o que é o prana e o
que ele faz. O prana físico é o aspecto fogo solar do fogo tríplice da matéria física. Ele
vitaliza o corpo etérico e através dele estimula a atividade animal, que se manifesta
através do corpo físico denso, cujos átomos são afetados principalmente pelo prana.

O desenvolvimento da matéria física é estimulado pelo prana.

O prana tem um tríplice efeito sobre a substância do corpo físico:

1597
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. Conserva o bom funcionamento do corpo, a saúde animal.

b. Constrói e erige no corpo, por meio de sua energia e suas correntes de força, o
que é necessário para substituir o que foi desgastado e deteriorado diariamente.

c. É a energia pela qual o homem entra em contato físico com seus semelhantes e
exerce uma ampla atuação sobre o magnetismo físico, embora este não dependa
totalmente dela. Esta atuação do prana sobre o magnetismo físico pode ser
pesquisada e detalhada em sua profundidade, para um claro entendimento do
processo.
Os centros etéricos (os chakras do corpo etérico) são vórtices de força de matéria
etérica gerados pela energia astral proveniente dos centros astrais, os quais por sua
vez transmitem uma energia ainda superior, a energia emanada pelas pétalas do loto
egoico, através das conexões acima explicadas, a energia do Ego, a qual chega assim
nos centros etéricos.

Portanto é uma verdade técnica que os centros do corpo etérico são fontes de energia
psíquica, a energia do Ego, para o homem.

Assim fca bem claro e lúcido que os centros do corpo etérico do homem são afetados
pelo desenvolvimento das pétalas do loto egoico, infuência que pode ser detalhada por
meio da análise das conexões acima explicadas.

Os centros dos corpos mental inferior e astral também são afetados pela energia
psíquica, a energia do Ego, emanada pelas pétalas do loto egoico, sendo produzidos
benéfcos resultados nestes corpos pela estimulação do seu desenvolvimento.

Portanto os centros do corpo etérico do homem não exercem apenas a função


orgânica, vitalizar o corpo físico, mas também exercem a função transcendental,
transmitir a energia do Ego, para Ele se manifestar por meio do corpo físico e acelerar
a Sua evolução, o que resulta na evolução da

Mônada, pois o Ego é a manifestação da Mônada no mundo causal ou mental superior.

Entender com toda lucidez este processo de transmissão de energia das pétalas do
loto egoico para os centros dos 3 corpos inferiores e meditar continuamente neste
processo contribuem fortemente para a abertura das pétalas do loto egoico, o que é
bem evidente e claro, quando o loto egoico e seu funcionamento são profundamente
conhecidos e entendidos.

1598
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 605

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Do parágrafo: "A energia que fui desde o
Ego é sentida muito pouco nas primitivas etapas de desenvolvimento.", na página 682,
até "....e logo os exala sobre o sujeito a ser curado, por um ato de cura compassiva.", na
página 683.

"A energia que fui desde o Ego é sentida muito pouco nas primitivas etapas de
desenvolvimento. O homem segue seu caminho por meio do instinto animal e racial, e
pode receber sem perigo o estímulo que emana de seus centros grupais e a força
impulsora comum inerente à forma e às primitivas ondas de vida anteriores. Só quando
alcançou uma etapa relativamente avançada (em comparação com a do homem animal)
essa força egoica ou psíquica fui através de seus centros de tal maneira que produz
resultados na consciência - os quais oportunamente ele perceberá em seu cérebro
físico. Não me refro aqui ao psiquismo animal corrente desprendido pelos animais
superiores e por alguns membros das raças após as lemurianas. Este tipo de
consciência é inerente aos átomos e parte constituinte da "alma do mundo", sendo
inconsciente e incontrolado, e não tem cabimento neste ensinamento. Aqui me refro ao
psiquismo consciente desprendido pela humanidade avançada, discípulos e iniciados
de todas as categorias, resultante da afuência de energia egoica através dos centros
etéricos (principalmente através de cinco deles), de tal maneira que a consciência do
cérebro físico se dá conta dela e também de:

a. seu propósito,
b. sua técnica,
c. os efeitos produzidos no eu inferior do homem, em si mesmo, e também no de
outros,
d. sua capacidade para aplicá-la ou não, segundo o deseje, estando controlada pelo
homem. Como já sabemos, os centros com os quais o estudante está relacionado,

a. o coronário,
b. o cardíaco,
c. o laríngeo,

1599
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
d. a base da coluna vertebral,
são os únicos que deveriam ser considerados. O trabalho que se tem de realizar
consiste em transferir a força ou energia dos centros inferiores - o da coluna vertebral
e o do plexo solar - para os três centros superiores. Presume-se que já transferiu ou
está em processo de transferir a energia dos órgãos genitais para o centro do desejo,
o plexo solar, a fm de ajudá-la a ascender para o centro laríngeo. O centro do baço,
por ser o veículo do prana, está especialmente desenvolvido de acordo com a lei
evolutiva e sua energia não é transferida para outro centro, mas é distribuída
conscientemente. Quando se desperta a analogia que se encontra no centro coronário,
este se converte em órgão de cura esotérica, por seu intermédio o curador (por um ato
de vontade) absorve prana e vitalidade dos éteres e logo os exala sobre o sujeito a ser
curado, por um ato de cura compassiva."

Estudo 606

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o trecho: "A energia
que fui desde o Ego é sentida muito pouco nas primitivas etapas de desenvolvimento.",
na página 682, até ".....e logo as exala sobre o sujeito que vai ser curado, por um ato de
cura compassiva.", na página 683.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá alguns detalhes a respeito da energia psíquica, a
energia do Ego, que fui para o cérebro físico. O Mestre diz que nas primitivas etapas
de desenvolvimento, logo após a individualização, esta energia é muito pouco sentida,
ou seja, não é captada pelo cérebro físico, porque os centros ainda não estão
sufcientemente ativos para transmiti-la, dentro do trajeto a partir das pétalas ou
vórtices do loto egoico, trajeto explicado em estudo anterior. Estas primitivas etapas
são aquelas da aula de ignorância, nas quais o Ego se identifca com os corpos
inferiores, ou seja, com a personalidade, e é muito passivo em Seu mundo, o mundo
causal ou mental superior. Nestas etapas a energia do Ego apenas vitaliza os 3 corpos
inferiores e os Pitris lunares destes 3 corpos dominam totalmente. A evolução do
homem prossegue por meio do instinto animal e racial, resultante da ação dos Pitris

1600
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
lunares, podendo receber sem perigo o estímulo emanado pelos seus centros grupais
(os grupos humanos aos quais pertence) e a força impulsora comum inerente à forma,
ou seja, a força dos Pitris lunares dos 3 corpos inferiores, Pitris lunares que
respondem às primitivas ondas de vida anteriores, do sistema solar anterior.

Só quando alcançou uma etapa relativamente avançada, comparada com a do homem


animal, a energia do Ego ou psíquica fui através de Seus centros conseguindo produzir
resultados na consciência cerebral, resultados que oportunamente o homem perceberá
em seu cérebro físico, oportunamente porque os neurônios terão que estar
preparados para esta percepção.

Nesta etapa relativamente avançada o Ego já está desperto e ativo em Seu mundo
causal, e o homem inicia o ingresso na aula de aprendizagem.
Estes fatos deixam bem claro que a evolução da Mônada humana é dual e paralela: o
Ego (manifestação da Mônada no mundo causal) evolui no mundo causal por meio das
energias que circulam neste mundo e por meio dos resultados das experiências da Sua
personalidade (os 3 corpos inferiores) nos 3 mundos inferiores: mental inferior, astral e
físico, experiências que fazem a forma evoluir.

O Mestre diz que não se refere ao psiquismo animal corrente manifestado pelos
animais superiores e por alguns membros das raças posteriores à lemuriana e que este
tipo de consciência é inerente aos átomos e é parte constituinte da "alma do mundo",
sendo inconsciente e incontrolado, e não tem cabimento neste ensinamento. Estes
átomos são as Vidas elementais, as vidas cegas e os cestos de alimentos, que
constituem a 7ª Hierarquia dévica criadora, assunto que está no livro Astrologia
Esotérica, do Mestre através da Senhora Alice Ann Bailey e na página 942 do Tratado
sobre Fogo Cósmico.

O Mestre diz que o psiquismo ao qual se refere é o psiquismo consciente manifestado


pela humanidade avançada, discípulos e iniciados de todas as categorias, resultante da
afuência de energia egoica através dos centros etéricos, principalmente cinco deles,
os quais devem ser o coronário, o cardíaco, o laríngeo, o básico e o ajna ou frontal, o
qual está conectado com o coronário e é o regente da personalidade. Esta energia
egoica atua no cérebro físico fazendo que a consciência cerebral física a identifque e
também identifque seu propósito, sua técnica (como ela age), os efeitos produzidos no
eu inferior do homem e também no de outros homens e sua capacidade para aplicá-la
ou não, segundo o deseje, sendo controlada pelo homem.

Esta capacidade para aplicar a energia egoica é a capacidade do homem para

1601
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
manipulá-la conscientemente e utilizá-la na dinamização dos centros etéricos e do
corpo etérico e através deste o corpo físico denso e na manifestação das qualidades
do Ego. Neste nível de evolução o Ego já não está identifcado com a personalidade e
aumenta Seu controle sobre ela, até conseguir o controle total.

O Mestre diz que os centros coronário, cardíaco, laríngeo e básico são os únicos que
deveriam ser considerados. Os centros coronário, cardíaco e laríngeo estão acima do
diafragma e são portanto centros superiores. O básico é importante porque é o
distribuidor de kundalini e forma um par com o centro coronário.

Nesta etapa o homem tem que transferir o fogo (a energia) dos centros inferiores
(abaixo do diafragma), básico e plexo solar, para os 3 centros superiores (acima do
diafragma), supondo-se que o fogo do centro sacro já tenha sido transferido para o
plexo solar, a fm de ser ajudado na transferência para o laríngeo. Esta transferência
do fogo do sacro para o plexo solar exige que o homem controle sua atividade sexual,
controle que tem que ser total para a transferência do plexo solar para o laríngeo.

O fogo específco do plexo solar (sem o fogo transferido do sacro), o fogo do desejo,
tem que ser transferido para o cardíaco. O do básico tem que ser transferido para o
coronário.

O centro do baço, o esplênico, por ser o veículo do prana, de acordo com a lei de
evolução está especialmente desenvolvido e sua energia não é transferida para outro
centro, como diz o Mestre, mas é distribuída conscientemente para o corpo.

O Mestre diz que quando se desperta a analogia que se encontra no centro coronário,
este se converte em órgão de cura esotérica. Esta analogia signifca a transferência do
fogo do básico para o coronário, e então o curador, por um ato de vontade, absorve
prana e vitalidade dos éteres e irradia estes fogos para a pessoa a ser curada, por um
ato de cura compassiva. O coronário é o centro de manifestação da vontade (Atma) do
Ego e quando ele está plenamente desperto a vontade se manifesta em sua máxima
potência.

Estudo 607

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo

1602
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Do parágrafo: "Em conexão com os
centros etéricos, deveríamos assinalar o fato de que o centro superior da cabeça é de
estrutura dual", na página 683, até "......que denominamos "centros planetários", os
quais por sua vez são os centros de força do Logos.", na página 684.

"Em conexão com os centros etéricos, deveríamos assinalar o fato de que o centro
superior da cabeça é de estrutura dual e constitui um loto de noventa e seis pétalas
localizado entre as sobrancelhas e um e um loto de doze pétalas localizado em cima da
cabeça, com um vórtice secundário de noventa e seis pétalas. O signifcado do número
de pétalas é muito profundo. Em todos os casos temos o número doze, o qual
demonstra uma relação defnida com os lotos psíquicos básicos nos níveis egoicos.
Doze multiplicado por oito representa as doze pétalas de cada caso, enquanto que no
número oito se encontra oculta a ideia de dualidade em:

a. o quatro do quaternário,
b. o quatro do ovo áurico egoico (os três aspectos e o "círculo não se passa").
Devemos observar também que o doze está vinculado a três centros:

a. o coronário superior,
b. o coronário secundário e
c. o cardíaco.
Se o estudante analisa isto e vincula as três fleiras de pétalas do loto de doze pétalas,
pode encontrar iluminação. Não é possível dar mais indicações nesta etapa.

Só quando os centros etéricos - os dois centros da cabeça e o centro do coração -


estão plenamente ativos com suas doze pétalas completamente abertas, então a fleira
central de pétalas do loto egoico (a quarta ou fleira interna) se abre. O signifcado das
quatro fleiras no loto egoico e das oito fleiras de doze pétalas nos lotos etéricos no
plano mental é de grande importância.

Os centros com os quais o homem tem que ver são necessariamente cinco nesta etapa,
devido aos seguintes fatos, os quais devem ser estudados se o homem quer despertar
seus centros de acordo com o plano e seguir sem perigo a linha do verdadeiro
desenvolvimento psíquico:

A energia parte do quinto plano, o mental, no que se refere ao homem.

Por intermédio do quinto princípio o homem pode trabalhar conscientemente para seu
próprio desenvolvimento.

1603
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O caminho de evolução é quíntuplo para o homem, abarcando os cinco planos do
desenvolvimento humano, estando dividido em cinco etapas no que respeita ao Ego.

Embora o atual é o segundo sistema solar, ou Seu segundo ciclo egoico principal, desde
o ponto de vista dos ciclos egoicos do Logos, sem embargo é o quinto visto desde
outro ângulo, o dos ciclos menores. Corresponde ao quinto período da evolução
humana, no qual o homem percorre o Caminho. O Logos está percorrendo agora o
Caminho cósmico.

A quinta espira está em processo de despertar. Isto há de ser efetuado antes que a
interação de energia entre o loto egoico e os centros etéricos seja tão poderosa que
desperte o cérebro físico do homem e o faça consciente das correntes internas. Isto
tem lugar geralmente quando a quinta pétala já está formada.

O precedente pode encarar-se em forma mais ampla desde o ponto de vista dos cinco
Kumaras. Deve ser recordado que o conjunto de centros etéricos de qualquer grupo de
homens forma os centros de força ou diminutas "unidade de energia" nas pétalas
maiores de seu centro grupal. Também forma as pétalas de qualquer centro planetário
determinado, e o conjunto de ditas pétalas forma esses centros maiores de energia
que denominamos "centros planetários", os quais por sua vez são os centros de força
do Logos."

Estudo 608

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o trecho: "Em
conexão com os centros etéricos, deveríamos assinalar o fato de que o centro superior
da cabeça é de estrutura dual.....", na página 683, até "c. o cardíaco.", no fnal da página
683.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul assinala que o centro etérico coronário é de
estrutura dual: o centro ajna ou frontal, entre as sobrancelhas, de noventa e seis
pétalas, e no alto da cabeça o centro constituído de noventa e seis pétalas no centro,
denominado cardíaco do coronário e conectado com o centro cardíaco, e oitenta

1604
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
círculos de doze pétalas ao redor do cardíaco do coronário, conforme o Mestre diz em
outra parte do livro. Temos então noventa e seis pétalas no ajna e novecentas e setenta
e duas pétalas no alto da cabeça, totalizando mil sessenta e oito pétalas. As noventa e
seis pétalas no ajna estão conectadas com as novecentas e sessenta pétalas no alto da
cabeça; temos nestas conexões a seguinte situação matemática: 96 + (96 x 10) =
1.056. No total: 1.056 + 12 = 1.068.

Portanto o centro coronário é constituído pelas pétalas entre as sobrancelhas e no alto


da cabeça.

O número doze é o número base, pois 12 x 8 = 96 e 12 x 8 x 10 = 960.

É bem clara a relação defnida entre as pétalas do centro etérico coronário e as doze
pétalas do loto egoico.

O número oito (2 x 4) está ligado à dualidade em:

a. o quatro do quaternário,
b. o quatro do ovo áurico egoico (os três aspectos e o "círculo não se passa").
Podemos interpretar a dualidade do quaternário da seguinte forma: os corpos físico,
astral e mental inferior e a personalidade, e seus dois aspectos: recepção
(jnanaindriyas) e ação (karmaindriyas).

A dualidade do quatro do ovo áurico egoico também podemos interpretar como


recepção e emissão.

A vinculação do doze aos centros coronário superior (o cardíaco do coronário, de doze


pétalas), coronário secundário (de novecentas e sessenta pétalas: 12 x 8 x 10) e
cardíaco, de doze pétalas, é bem clara. Estas três vinculações do doze estão dentro da
relação defnida com as doze pétalas do loto egoico. Pelas conexões que o Mestre já
explicou entre as três tríades do loto egoico (externa de conhecimento, intermédia de
amor e interna de sacrifício) e os centros dos três corpos inferiores, fca bem clara a
relação defnida com as doze pétalas do loto egoico, pois a tríade interna que vela a
joia no loto é o núcleo que energiza as outras três tríades, totalizando assim o doze do
loto egoico.

Esta relação defnida pode ser explicada em termos de qualidades e energias, o que
faremos em outro estudo.

1605
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 609

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos -Continuação das considerações sobre o
trecho: "Em conexão com os centros etéricos, deveríamos assinalar o fato de que o
centro superior da cabeça é de estrutura dual......", na página 683, até "c. o cardíaco.",
no fnal da página 683.

Considerações.

Continuamos nossas considerações sobre este trecho em que o Mestre Djwhal Khul
relaciona numericamente os centros etéricos com o loto egoico. O Mestre nas palavras
"lotos psíquicos básicos nos níveis egoicos" dá a entender claramente que estes lotos
psíquicos básicos são o loto egoico. Já demonstramos que as três tríades do loto
egoico são os centros mentais coronário (a tríade interna de sacrifício), cardíaco (a
tríade intermédia de amor) e laríngeo (a tríade externa de conhecimento).

Estas relações numéricas signifcam processos de manifestação de energias e


qualidades. As três pétalas da tríade externa de conhecimento são manifestações do
terceiro aspecto: Manas, em três subaspectos: Manas sob a denominação
conhecimento, Amor-Sabedoria (Budi) e Vontade sob a denominação sacrifício (Atma).

As três pétalas da tríade intermédia de amor são manifestações do segundo aspecto:


Amor-Sabedoria (Budi), em três subaspectos.

As três pétalas da tríade interna de sacrifício são manifestações do primeiro aspecto:


Vontade (Atma), em três subaspectos.

As três pétalas da tríade central que velam a Joia no loto são manifestações sintéticas
dos três aspectos: Manas, Budi e Atma.

Portanto no loto egoico estão os números três (as três pétalas de cada tríade), quatro
(as quatro tríades) e doze (o total de doze pétalas).

Nas novecentas e sessenta pétalas do vórtice secundário do centro no alto da cabeça


(o coronário) estão os seguintes números: 2 x 4 x 10 x 12 = 960.

O número dois signifca a dualidade: recepção e emissão. O número quatro signifca o


quaternário, que pode ter várias interpretações, sendo uma delas os quatro atributos
derivados do terceiro aspecto Manas: harmonia, conhecimento concreto, idealismo
abstrato e ordem cerimonial.

1606
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Podemos interpretar o número dez como representativo da Década no VI Diagrama da
página 317 do Tratado sobre Fogo Cósmico:

1 - Esquema de Vulcano.
2 - Esquema de Vênus.
3 - Esquema de Marte.
4 - Esquema da Terra.
5 - Esquema de Mercúrio.
6 - Esquema de Júpiter.
7 - Esquema de Saturno, Sintetizador.
8 - Esquema de Netuno, Sintetizador.
9 - Esquema de Urano, Sintetizador.
10 - O Sol, o único Resolvente.
As palavras do Mestre para descrever o vórtice secundário do centro no alto da
cabeça (o coronário) nos dão uma ideia da estrutura dos centros como vórtices com
vórtices menores (as pétalas) na periferia. O loto egoico é constituído de vórtices ou
turbilhões ou redemoinhos de matéria mental superior ou causal e da joia no loto.

Estudo 610

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Do parágrafo "Se o estudante analisa isto
e vincula as três fleiras de pétalas do loto de doze pétalas, pode encontrar
iluminação.", na página 684, até ", os quais por sua vez são os centros de força do
Logos.", no fnal da página 684.

"Se o estudante analisa isto e vincula as três fleiras de pétalas do loto de doze pétalas,
pode encontrar iluminação. Não é possível dar mais indicações nesta etapa.

Só quando os centros etéricos - os dois centros da cabeça e o centro do coração -


estão plenamente ativos com suas doze pétalas completamente abertas, então a fleira
central de pétalas do loto egoico (a quarta ou fleira interna) se abre. O signifcado das
quatro fleiras no loto egoico e das oito fleiras de doze pétalas nos lotos etéricos no
plano mental é de grande importância.

1607
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os centros com os quais o homem tem a ver são necessariamente cinco nesta etapa,
devido aos seguintes fatos, os quais devem ser estudados se o homem quer despertar
seus centros de acordo com o plano e seguir sem perigo a linha do verdadeiro
desenvolvimento psíquico:

A energia parte do quinto plano, o mental, no que se refere ao homem.

Por intermédio do quinto princípio o homem pode trabalhar conscientemente para seu
próprio desenvolvimento.

O caminho de evolução é quíntuplo para o homem, abarcando os cinco planos do


desenvolvimento humano, estando dividido em cinco etapas no diz respeito ao Ego.

Embora o atual seja o segundo sistema solar, ou Seu segundo ciclo egoico principal,
desde o ponto de vista dos ciclos egoicos do Logos, sem embargo é o quinto visto
desde outro ângulo, o dos ciclos menores. Corresponde ao quinto período da evolução
humana, no qual o homem percorre o Caminho. O Logos está trilhando agora o
Caminho cósmico.

A quinta espira está em processo de despertar. Isto há de efetuar-se antes que a


interação de energia entre o loto egoico e os centros etéricos seja tão poderosa que
desperte o cérebro físico do homem e o faça consciente das correntes internas. Isto
tem lugar geralmente quando a quinta pétala já está formada.

O precedente pode ser encarado de forma mais ampla desde o ponto de vista dos
cinco Kumaras. Deve ser recordado que o conjunto de centros etéricos de qualquer
grupo de homens forma os centros de força ou diminutas "unidades de energia" nas
pétalas maiores de seu centro grupal. Também forma as pétalas de qualquer centro
planetário determinado, e o conjunto de ditas pétalas forma esses centros maiores de
energia que denominamos "centros planetários", os quais por sua vez são os centros
de força do Logos."

Estudo 611

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o trecho: "Se o
estudante analisa isto e vincula as três fleiras de pétalas do loto de doze pétalas, pode

1608
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
encontrar iluminação.", na página 684, até " ...... e das oito fleiras de doze pétalas dos
lotos etéricos do plano mental é de grande importância.", na página 684.

Considerações.

O loto de doze pétalas é o loto egoico, que tem quatro fleiras de três pétalas, a externa
de conhecimento, a intermédia de amor, a interna de sacrifício e a mais interna, a
central, que vela a Joia no loto, o Ego ou Alma, totalizando doze pétalas ou vórtices.

Cada fleira ou tríade é vinculada com uma pétala da fleira ou tríade central. A fleira
externa de conhecimento é vinculada com a pétala de conhecimento da fleira central, a
fleira intermédia de amor com a pétala de amor da central e a fleira interna de
sacrifício com a pétala de sacrifício da central. A fleira central é a que energiza as
outras três e é a sintetizadora, sendo a síntese feita pela Joia no loto.

Por ocasião da quarta Iniciação, a Renúncia, a segunda solar, quando o loto egoico é
desintegrado, todo o conteúdo do loto egoico é transferido para a Tríade Espiritual ou
Superior. Nesta transferência o conteúdo da pétala central de conhecimento é
transferido para o átomo manásico ou mental permanente, o da pétala central de amor
para o átomo búdico permanente e o da pétala central de sacrifício para o átomo
átmico permanente.
Portanto nada é perdido por ocasião da morte do Cristo, como diz o Mestre Djwhal
Khul simbolicamente, pois a Joia no loto, o Ego ou Alma, simboliza o Cristo.

Esta síntese e esta transferência começam a ser executadas quando a tríade central
começa a se abrir revelando a Joia no loto, o que ocorre atualmente quando o homem
conquista a segunda Iniciação, o Batismo, e imediatamente começa a se preparar
conscientemente para a conquista da terceira Iniciação, a Transfguração, a primeira
solar. Esta preparação consciente é possível atualmente porque o Mestre Djwhal Khul
já colocou os conhecimentos necessários à disposição de todos em Seus livros,
principalmente o Tratado sobre Fogo Cósmico e Os Raios e As Iniciações, porém
unicamente os que já se capacitaram podem entendê-los, assimilá-los e pô-los em
prática, o que ocorre a partir da segunda Iniciação.

O entendimento racional, claro e lúcido, dessa síntese e dessa transferência é muito


importante e útil para acelerar o processo evolutivo e a liberação dos três mundos
inferiores, físico, astral e mental, liberação que culmina na quarta Iniciação, quando a
Mônada, o homem verdadeiro, ingressa no Caminho da evolução superior, os mundos
acima do mental: búdico, átmico, monádico, adi e em seguida as divisões do astral
cósmico.

1609
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os elevadíssimos ensinamentos do Mestre dão uma excelente e inteligente visão
desses mundos superiores, desde que o discípulo se dedique profunda e intensamente
ao estudo desses ensinamentos e os coloque em prática no dia a dia, não perdendo
tempo com coisas inúteis. Isto é uma forte fonte de um estado interior de BEATITUDE,
a verdadeira e autêntica felicidade, totalmente desvinculada de qualquer motivação
material e emocional ou astral. É um estado interior em que predomina a RAZÃO PURA.

O Mestre diz neste trecho que somente quando os dois centros etéricos da cabeça, o
coronário e o ajna ou frontal, e o cardíaco estão plenamente ativos com suas doze
pétalas completamente abertas, então a tríade central do loto egoico se abre, o que
acontece a partir da segunda Iniciação. O centro coronário tem oitenta (8 x 10) círculos
de doze pétalas e um central de doze pétalas, denominado cardíaco do coronário, o
ajna ou frontal tem dois lóbulos como se fossem duas asas, cada lóbulo com quarenta
e oito ( 4 x 12) pétalas, totalizando noventa e seis ( 8 x 12) pétalas.

A relação entre a abertura das três pétalas da tríade central do loto egoico e a
abertura das pétalas dos centros etéricos coronário, ajna e cardíaco, está baseada no
número doze. O número doze é o produto de três vezes quatro, o loto egoico tem
quatro fleiras de três pétalas, totalizando doze pétalas, e a fleira central é a
sintetizadora das outras três. Esta análise numérica facilita a percepção e o
entendimento das relações energéticas entre as doze pétalas do loto egoico e as doze
pétalas dos centros etéricos coronário, ajna e cardíaco. Embora os centros etéricos
coronário, ajna ou frontal e cardíaco tenham respectivamente novecentas e setenta e
duas (novecentas e sessenta periféricas e doze centrais), noventa e seis e doze
pétalas, todavia a base da estrutura é o número doze, pois: 972 = 12 x 81, 96 = 12 x 8.

Essas multiplicações do número doze demonstram nitidamente as diferenciações das


energias. O número doze é o produto de três vezes quatro e três são os fogos (elétrico,
solar e por fricção) que energizam os centros e nesta relação está a chave para o
entendimento das diferenciações de energia, pois os fogos são energias.

O Mestre diz que é de grande importância o signifcado das quatro fleiras no loto
egoico e das oito fleiras de doze pétalas nos lotos etéricos do plano mental.
Analisemos estas palavras do Mestre. A tríade externa de conhecimento está
conectada com o centro sacro mental, a tríade intermédia de amor com o centro plexo
solar mental e a tríade interna de sacrifício com o centro básico mental. Estes três
centros mentais são feitos de matéria mental do quarto subplano. Como são quatro os
subplanos etéricos, podemos considerar o quarto subplano mental como o quarto

1610
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
subplano etérico mental.

Podemos então deduzir que os três centros inferiores mentais, básico, sacro e plexo
solar, têm noventa e seis pétalas ( 8 x 12 = 96). Podemos então ter uma ideia de como
os fogos do loto egoico são diferenciados no relacionamento com centros mentais
inferiores.

Estudo 612

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o trecho: "Os
centros com os quais o homem tem a ver.....", na página 684, até " Isto tem lugar
geralmente quando a quinta pétala já está formada.", na página 684.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica os fatos que o homem deve estudar se quer
despertar os cinco centros necessários nesta etapa, de acordo com o plano e seguir
sem perigo a linha do verdadeiro desenvolvimento psíquico, ou seja, o desenvolvimento
do Ego.

Os fatos explicados pelo Mestre deixam bem claro que é pelo uso da mente ou manas
que os cinco centros são despertados. Estes cinco centros, com base no que o Mestre
diz na página 683, são:

1. coronário,
2. ajna,
3. cardíaco,
4. laríngeo,
5. básico.
A seguir os fatos que devem ser estudados.

A energia parte do quinto plano, o mental, no que se refere ao homem. O loto egoico e
o Ego estão no plano ou mundo mental, portanto é a energia do Ego que despertará os
centros.

Por intermédio do quinto princípio o homem pode trabalhar conscientemente para seu

1611
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
próprio desenvolvimento. O quinto princípio é manas ou mente, que atua mais
fortemente através da mente superior ou abstrata, pois o loto egoico e o Ego são feitos
de matéria mental superior ou causal. Portanto em cérebro físico a mente abstrata tem
que estar bastante desenvolvida e ativa, para que o homem encarnado possa trabalhar
conscientemente para seu próprio desenvolvimento.

O caminho de evolução é quíntuplo para o homem, abarcando os cinco planos do


desenvolvimento humano, estando dividido em cinco etapas no que diz respeito ao Ego.
Estes cinco planos ou mundos são: físico, astral, mental, búdico e átmico. A Mônada
humana, em Seu processo evolutivo nestes cinco mundos, domina-os no Caminho da
Iniciação.

Embora o atual sistema solar seja o segundo, ou o segundo ciclo egoico principal do
Logos solar, desde o ponto de vista dos Seus ciclos egoicos, todavia é o quinto visto
desde outro ângulo, o dos ciclos menores. Corresponde ao quinto período da evolução
humana, no qual o homem percorre o Caminho. O Logos solar está trilhando agora o
Caminho cósmico. No atual sistema solar o nosso Logos solar está desenvolvendo Budi
através de Manas, portanto está utilizando intensamente Manas, o que demonstra a
lógica do que o Mestre diz, que é o quinto visto desde outro ângulo, o dos ciclos
menores.

A quinta espira está em processo de despertar. Isto há de efetuar-se antes que a


interação de energia entre o loto egoico e os centros etéricos seja tão poderosa que
desperte o cérebro físico do homem e o faça consciente das correntes internas. Isto
tem lugar geralmente quando a quinta pétala já está formada. Portanto quando o
homem já está fortemente polarizado na mente e domina totalmente seu corpo astral,
não se deixando afetar pelas emoções e pelas miragens do mundo astral, então a
interação energética entre o loto egoico e os centros etéricos se torna potente e
desperta o seu cérebro físico, tornando-o consciente das correntes internas, ou seja,
ele percebe e entende o fuxo das energias do loto egoico que penetram em seus
centros etéricos, identifcando cada energia. Ele também capta a passagem das
energias do loto egoico pelos centros do corpo astral. Isto vai se intensifcando cada
vez mais, expandindo a consciência em cérebro físico e fazendo com que o homem se
desapegue cada vez mais do mundo físico e se apegue ao mundo espiritual, o mundo
do Ego, o mental superior ou causal e o búdico. Ele pode continuar trabalhando e
servindo no mundo físico, porém totalmente sem apego a ele e às coisas materiais, e
sem esperar qualquer recompensa pelo serviço prestado conscientemente.

1612
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O seu serviço é direcionado para o lado espiritual, ou seja, ele procura despertar nos
seres humanos o reconhecimento de que são Mônadas manifestando-se no mundo
físico, utilizando o loto egoico e o Ego no mundo causal ou mental superior, o corpo
mental inferior no mundo mental inferior, o corpo astral no mundo astral e o corpo
físico (em sua dualidade: etérico e denso) no mundo físico, com o objetivo de se
libertar totalmente destes três mundos inferiores e passar a evoluir nos mundos
superiores, os mundos acima do mental: búdico, átmico, monádico, adi e as divisões do
mundo astral cósmico. Ele faz isto com plena consciência e plena convicção, convicção
não baseada na fé cega, mas no total entendimento, lógico e racional (razão pura), dos
elevados ensinamentos do Mestre Djwhal Khul, ensinamentos que efcazmente
conduzem para a verdadeira e autêntica vida espiritual. Nesta etapa ele já está no
Caminho da Iniciação.

A quinta pétala citada pelo Mestre é a de amor - amor, ou seja, a pétala de amor da
tríade intermédia de amor. A contagem é a seguinte: as três primeiras pétalas são as
da tríade externa de conhecimento, sendo a primeira pétala a de conhecimento, a
segunda a de amor e a terceira a de sacrifício, as três pétalas seguintes são as da
tríade intermédia de amor, sendo a quarta a de conhecimento, a quinta a de amor e a
sexta a de sacrifício. Portanto o homem que já está nesta etapa já tem formadas as
pétalas da tríade externa de conhecimento, já saiu da aula de ignorância, ingressou na
aula de aprendizagem, e começa a se preparar para ingressar na aula de sabedoria, a
formação das pétalas da tríade interna de sacrifício.

O Mestre está certíssimo quando recomenda que o homem estude esses fatos, se quer
despertar seus centros de acordo com o plano e seguir sem perigo a linha do
verdadeiro desenvolvimento psíquico.

Estudo 613

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o parágrafo: "O
precedente pode ser encarado em forma mais ampla desde o ponto de vista dos cinco
Kumaras. Deve ser recordado que o conjunto..............., os quais por sua vez são os
centros de força do Logos.", na página 684.

1613
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

Neste parágrafo o precedente elucidado pelo Mestre Djwhal Khul foi a relação
energética entre os vórtices de energia (as pétalas) do loto de doze vórtices (o loto
egoico) e os centros dos três corpos inferiores, mental inferior, astral e físico. O Mestre
diz que esta relação energética pode ser encarada em maior amplitude desde o ponto
de vista dos cinco Kumaras. Estes cinco Kumaras, que trabalham com SANAT KUMARA
em Shamballa, são potentíssimos núcleos de energia do nosso Logos planetário. Sob
este ponto de vista o conjunto de centros etéricos de qualquer grupo de seres
humanos constitui diminutas unidades de energia nos vórtices (pétalas) maiores do
centro do grupo e também os vórtices de qualquer centro planetário determinado. O
conjunto destes vórtices constitui os centros maiores de energia denominados centros
planetários, os quais são os centros de força do Logos planetário.

Os centros planetários recebem energia do Logos planetário, que é irradiada para todo
o planeta. Os centros etéricos dos seres humanos estão conectados com os centros
planetários, num processo muito complexo. Inicialmente formam minúsculos núcleos de
força nos vórtices, a seguir conjuntos maiores formam núcleos maiores de força,
prosseguindo o processo de expansão.

Seres maiores administram e controlam este processo de conexão e expansão. Entre


estes Seres maiores estão os membros da Hierarquia planetária e de Shamballa.

Este processo de conexão e expansão é perfeitamente lógico e racional, assim como os


corpos dos seres humanos são constituídos por pequenas vidas conectadas numa
escala cada vez mais ampla, constituindo instrumentos de manifestação de vidas
maiores, até a constituição do corpo inteiro, instrumento de manifestação do ser
humano, melhor dizendo, da Mônada através do Ego, Seu instrumento de manifestação
no mundo causal ou mental superior, o que é a realidade do ser humano e é a prova da
sua origem divina.

Portanto o que o Mestre diz tem lógica e coerência e é um potente estímulo para
acelerar a jornada evolutiva, desde que claramente entendido, assimilado e posto em
prática no dia a dia.

Estudo 614

1614
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Do parágrafo : "Em relação com isto o
mistério é tão profundo que se o estudante não evita formular-se um conceito
demasiado matemático e materialista, ", na página 685, até "Chega aos corações dos
homens de uma maneira ou outra, convertendo-se num auxiliar e servidor de sua
raça.", na página 688.

"Em relação com isto o mistério é tão profundo que se o estudante não evita formular-
se um conceito demasiado matemático e materialista, se desorientará. Os centros
etéricos do homem não se encontram localizados no mesmo plano que os centros
etéricos de um Logos planetário. o plano do quarto éter cósmico, o plano búdico do
sistema, e só quando o homem tenha recebido a iniciação fnal sua energia se
incorpora a esse centro planetário em seu próprio plano. Os centros etéricos do Logos
planetário são transmissores e transmutadores de força, e têm com Ele a mesma
relação que os centros físicos com um ser humano. Os centros físicos densos, por
exemplo, a boca, são transmissores de algum tipo de energia que surge do cérebro ou
vontade humana.

É um segredo do conhecimento ocultista a compreensão da força, sua transmissão e


os efeitos que produz a força liberada sobre os planos superiores. A força ou energia
afui desde o Ego. Atua por intermédio dos centros etéricos e produz resultados nos
três planos, variando de acordo com a idade da alma. Até agora, por falta de
alinhamento, a força egoica não chega ao cérebro físico tão plenamente como o fará
mais adiante, porém sim aos centros astrais, sendo frequentemente a causa da
incontrolada emotividade que se observa em todas partes. A substância astral está
ainda insufcientemente organizada, e quando é despertada pela energia egoica atua
violentamente. Duas correntes contrárias de força atuam sobre a substância astral:
primeiro, a egoica e, segundo, essa vibração iniciada durante incontáveis épocas no
plano físico, latente na substância mesma, resultado de um sistema solar anterior. Isto
produz as ações e reações violentas que se observam em cada vida.

Não é possível dar mais dados sobre o desenvolvimento das pétalas e sua conexão
com os centros etéricos. Sem embargo, podem ser feitas três indicações de
importância prática com respeito a este estupendo tema, e se se refexiona
devidamente sobre elas, podem levar à iluminação os que estão preparados.

A primeira é que os centros etéricos se fazem ativos num sentido tetradimensional (ou

1615
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
se transformam em rodas que giram sobre si mesmas) quando o aspirante tenha
cumprido certos requisitos, quem deve então dedicar-se a desenvolver as quinta e
sexta pétalas, ou as duas fnais da segunda fleira, e esforçar-se em levar a cabo duas
coisas em relação com sua tríplice natureza inferior:

a. Alinhar seus três corpos de maneira a formar um canal direto de contato entre o
Ego e o cérebro físico.
b. Esforçar-se em estabilizar o corpo astral e a mente, e procurar obter esse
equilíbrio emocional que se produz pelo consciente "equilíbrio de forças".
Deve estudar as leis de transmutação e a alquimia divina, que o fará conhecer o
processo de transmutar a força inferior em superior, transferir sua consciência aos
veículos superiores e manipular correntes de energia a fm de que sua própria
natureza se transforme. Então se converterá num canal pelo qual fuirá a luz do Ego e
descerá a iluminação de budi para salvar a raça e iluminar aqueles que vão dando
tombos na obscuridade. Deve demonstrar no plano físico as leis da radioatividade em
sua própria vida, a qual há de começar a irradiar e a afetar magneticamente os demais.
Quero signifcar com isto que começará a infuenciar aquilo que está aprisionado em
outros, porque chegará - por meio de suas poderosas vibrações - ao centro oculto de
cada um. Não me refro aqui ao efeito físico ou magnético que muitas almas, pouco
evoluídas, têm sobre outras, mas a essa irradiação espiritual à qual só respondem e
compreendem os que estão adquirindo consciência do centro espiritual dentro do
coração. Nesta etapa, o homem é reconhecido como o que fala ocultamente de
"coração a coração". Converte-se num estimulador do centro cardíaco do semelhante,
e desperta e impulsiona os homens para que atuem em bem dos demais.

A segunda indicação é que quando o aspirante chega a ser progressivamente


radioativo e a energia do Deus interno se demonstra acrescentadamente por meio da
personalidade inferior, as "irradiações de calor" se fazem tão poderosas que se obtêm
resultados muito defnidos de natureza pessoal e ambiental. Alguns destes resultados
podem ser enumerados da maneira seguinte:

A trama etérica que separa do plano astral a consciência física inferior do cérebro,
inicia um largo processo de destruição, produzindo-se as primeiras "rupturas" na
trama. Através destas o estudante percebe os planos internos, faz-se consciente no
cérebro físico dos acontecimentos internos e pode (se é um discípulo) fazer contato
com seu Ego (e por meio do Ego) com seu Guru. (71) Isto marca um desenvolvimento
muito importante.

1616
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O centro superior da cabeça acrescenta sua atividade e pode receber fulgores de
iluminação desde os planos superiores. No princípio isto sucede só ocasionalmente, e
logo com maior frequência a medida que passam os anos e as "rupturas" são mais
numerosas.

Os diferentes triângulos se vivifcam e acrescentam sua atividade em devida


progressão geométrica, enquanto que o centro entre as omoplatas, o ponto para onde
convergem certos fogos, entra em atividade. Isto marca uma etapa defnida no
processo de transferir os fogos a centros superiores. Generalizando, este período de
transferir o calor ou energia dos centros inferiores aos superiores pode ser dividido
em duas partes: primeiro, quando a energia dos centros unifcados na parte inferior do
corpo (debaixo do diafragma) é transferida aos centros localizados na parte superior
do torso. Ditos centros são três, o coração, a garganta e o centro entre as omoplatas.
Devemos assinalar aqui que o centro laríngeo está situado na parte inferior da
garganta e pertence ao torso e não à cabeça. Deve ser mencionado também que o
centro entre as omoplatas não é um centro "sagrado", mas que é de natureza
provisional, e o cria o aspirante mesmo durante o processo de transferência.

Segundo, quando a energia os seis centros inferiores,

a. o laríngeo,
b. o cardíaco,
c. o plexo solar,
d. o baço,
e. os órgãos genitais e
f. a base da coluna vertebral,
são - em devida ordem, de acordo com o raio e sub-raio do homem - transferidos às
analogias dentro do centro da cabeça. Os sete centros da cabeça são o refexo no
microcosmos dessas "mansões preparadas nos Céus" que recebem a sétupla energia
da Mônada. Constituem as câmaras que foram preparadas pela energia inferior, as
quais têm de ser recipientes da "alma ou energia psíquica superior".
Terceiro, poderia ser resumido isto dizendo que, a medida que o aspirante progride,
(72) não só equilibra os pares de opostos mas que lhe é revelado o segredo que oculta
o coração de seu irmão.

Chega assim a ser uma força reconhecida no mundo, em quem pode-se confar que se
dedicará a servir. Os homens se dirigem a ele para assistência e ajuda ao longo de sua
reconhecida linha, e ele começa a emitir sua nota a fm de que não só escutem os seres

1617
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
humanos mas também os devas. Esta etapa a realiza por meio da literatura, as
conferências e o ensinamento, e também por meio da música, a pintura e a arte. Chega
aos corações dos homens de uma maneira ou outra, convertendo-se num auxiliar e
servidor de sua raça."

(71) "Um Guru é um instrutor espiritual."

(72) "Aspirante. "As práticas que regem a união com a alma são: fervente aspiração,
leitura espiritual e total obediência ao Mestre."

"As palavras "fervente aspiração" que empreguei signifcam principalmente "fogo"; no


ensinamento oriental signifcam o fogo que dá vida e luz e, ao mesmo tempo, o fogo
que purifca. Portanto, temos como primeira prática ou método de progresso espiritual,
essa qualidade ígnea da vontade que acende e ilumina, e ao mesmo tempo essa
constante prática da purifcação, a eliminação pelo fogo das impurezas conhecidas."

"Sua meta é trazer a visão da alma e descartar os obstáculos."

"As regras são as seguintes: pureza, serenidade, fervente aspiração, leitura espiritual e
total obediência ao Mestre."

"A perfeição dos poderes da vestidura corpórea se obtém pela eliminação das
impurezas e a fervente aspiração." Aforismos Yoga de Patanjali, LIvro II, 1, 2, 32, 43
(Edição C. Johnston)"

Estudo 615

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o trecho: "Em
relação com isto o mistério é tão profundo que se o estudante não evita formular-se
um conceito demasiado matemático e materialista,", na página 685, até "Isto produz as
ações e reações violentas que se observam em cada vida.", na página 685.

Considerações.

1618
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que o relacionamento entre os vórtices de força
do loto egoico e os centros ou chakras dos três corpos inferiores é mistério tão
profundo que o estudante deve evitar estabelecer um conceito demasiado matemático
e materialista, para não se desorientar.

A análise numérica deste relacionamento é útil e necessária unicamente para mostrar


que ele consiste em troca de energias que expressam qualidades e informações, que
são diferenciadas, através de frequências ou vibrações diferentes. Essas frequências
ou vibrações são movimentos de partículas, mas o signifcado e o aspecto qualidade
devem ser o objetivo da análise numérica, nos quais o estudante deve concentrar a sua
atenção para entender o processo e os efeitos do processo. O estudante nunca pode
esquecer que os vórtices ou pétalas do loto egoico são veículos de manifestação de
Anjos ou Pitris solares. Esta visão interior impede qualquer desorientação e leva à
inspiração, resultando no claro entendimento do processo em cérebro físico,
contribuindo muito para acelerar a evolução.

Os centros etéricos de um Logos planetário são feitos de matéria búdica do sistema


solar, o quarto éter cósmico, e os dos seres humanos de matéria física etérica.

O homem, a Mônada humana, só incorpora sua energia no centro planetário em seu


próprio plano ou em sua própria matéria, quando recebe a iniciação fnal, a quarta
planetária, a Renúncia, a segunda solar, e se libera dos três mundos inferiores, físico,
astral e mental, passando a viver no mundo búdico e a trabalhar diretamente para o
Logos planetário.

Os centros físicos de um ser humano são transmutadores e transmissores de energia.


Eles recebem energia da Mônada humana via Ego, transmutam-na e a transmitem para
o corpo físico denso. Similarmente os centros etéricos do Logos planetário recebem
energia da Mônada logoica via Ego logoico, transmutam-na e a transmitem para o
corpo físico denso logoico, feito de matérias mental, astral e física, no qual estão os
reinos mineral, vegetal, animal e humano, os quais recebem essa energia. A distribuição
da energia dos centros etéricos do Logos planetário e a atuação dela é uma ciência
oculta.

O Mestre diz que é um segredo do conhecimento ocultista entender a força, a


transmissão dela e os efeitos que produz a força liberada sobre os planos superiores.
O Mestre em Seu livro Tratado sobre Fogo Cósmico dá ensinamentos por meio dos
quais o discípulo estudante, se conseguir entendê-los claramente e assimilá-los,
entende lucidamente a energia ou força, o processo de transmissão dela e os efeitos

1619
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
produzidos.

A energia afui desde o Ego e do loto egoico, manifestação da Mônada no mundo


causal ou mental superior, e atua por intermédio dos centros de força que existem nos
corpos mental inferior, astral e físico. O Diagrama VIII na página 651 do Tratado sobre
Fogo Cósmico mostra a localização destes centros mentais, astrais e físicos. A atuação
da energia do Ego e os efeitos produzidos por esta energia nos três corpos inferiores
dependem do nível de evolução do Ego.

O Mestre diz que até agora, por falta de alinhamento, a força egoica não chega ao
cérebro físico tão plenamente como o fará mais adiante, porém sim aos centros
astrais. Agora se refere à época em que o livro foi transmitido telepaticamente à
Senhora Alice Ann Bailey. O Tratado sobre Fogo Cósmico foi publicado em inglês em
1925. Esta falta de alinhamento era na maioria da humanidade, mas os Egos
avançados, que eram poucos, já tinham conseguido alinhar ou sintonizar os três corpos
inferiores. A chegada da energia egoica aos centros astrais com plenitude maior do
que a que chega ao cérebro físico provoca frequentemente a incontrolada emotividade
na maioria da atual humanidade, como afrma o Mestre. A matéria astral dos corpos
astrais está ainda insufcientemente organizada e quando é despertada pela energia
egoica atua violentamente. A vibração iniciada durante incontáveis épocas na matéria
física, na qual fca latente, sendo resultado de um sistema solar anterior, atua sobre a
matéria dos corpos astrais, e quando a energia egoica chega aos centros astrais com
bastante intensidade, os corpos astrais vibram de acordo com essa vibração inferior e
o resultado é a emotividade descontrolada e violenta, predominando.

Só quando a energia egoica chega com forte intensidade aos centros mentais e o
homem se polariza fortemente na mente, então é feito o alinhamento ou sintonia entre
os três corpos inferiores, pelo total domínio do corpo astral pela mente, e a energia
egoica chega com grande plenitude ao cérebro físico.

Os ensinamentos do Mestre Djwhal Khul, principalmente os do Tratado sobre Fogo


Cósmico, se bem entendidos, assimilados e postos em prática no dia a dia, aceleram
muito a conquista deste estado interior de sintonia entre os três corpos inferiores e de
plena energia egoica no cérebro físico via centro coronário, colocando o homem no
caminho do discipulado e da iniciação e acelerando o momento da grande libertação, a
quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar.

1620
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 616

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o trecho: "Não é
possível dar mais dados sobre o desenvolvimento das pétalas e sua conexão com os
centros etéricos. Sem embargo,......................b. Esforçar-se em estabilizar o corpo astral e
a mente, e procurar obter esse equilíbrio emocional que se produz pelo consciente
"equilíbrio de forças".", na página 685.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que não é possível dar mais dados sobre o
desenvolvimento dos vórtices (as pétalas) do loto egoico e sua conexão com os centros
ou chakras. Contudo Ele dá três indicações de importância prática com respeito a este
estupendo tema (o relacionamento entre os vórtices do loto egoico e os centros dos
corpos inferiores. Se o estudante refetir devidamente sobre essas três indicações,
procurando entendê-las claramente, conseguirá defnir os processos para torná-las
realidade em seus três corpos inferiores e nos três mundos inferiores, mental inferior,
astral e físico, obtendo a iluminação, se estiver preparado. O conhecimento claro e
lúcido do loto egoico e do antakarana é uma condição fundamental para esta
preparação.

É essencial e fundamental conhecer com toda clareza e com todo entendimento a


própria estrutura, real, verdadeira e autêntica, em cérebro físico, totalmente afastado
das miragens emocionais do corpo astral e da ilusão de que a vida através do corpo
físico é a única possível. A vida mais intensa e mais abundante, como disse o Senhor
CRISTO no Sermão da Montanha através do corpo do Mestre JESUS, é a dos mundos
amorfos ou arupa, os quais começam no mundo causal ou mental superior, o mundo do
loto egoico e do Ego ou Alma, e prosseguem nos mundos búdico, átmico, monádico e
adi, a última etapa no mundo físico cósmico, para em seguida continuar a vida no
mundo astral cósmico, com uma intensidade incalculável aqui no mundo físico.

O aumento da intensidade de vida na transferência da Mônada de um mundo amorfo


para outro superior pode ser avaliado pelo discípulo encarnado que se interessa
profundamente pelas obras do Mestre Djwhal Khul, em particular pelo Tratado sobre
Fogo Cósmico, estudando constantemente com intensa refexão e máxima inteligência
esta mais importante obra do Mestre, e colocando em prática diária todo o assimilado.
É possível calcular matematicamente este aumento da intensidade de vida, com base

1621
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nos conhecimentos esotéricos autênticos e na frequência oscilatória das partículas das
matérias dos diversos mundos amorfos. Sabemos claramente que a frequência
oscilatória da matéria búdica é maior do que a da matéria mental. Os termos técnicos
para a medição de frequência oscilatória, como terahertz (10¹² ciclos por segundo),
não são adequados para esta medição de frequência das matérias dos mundos
amorfos, pois as frequências são muito maiores do que terahertz.

Quando o aspirante cumpriu certos requisitos os centros etéricos se tornam ativos em


quatro dimensões, ou, como diz o Mestre, transformam-se em rodas que giram sobre si
mesmas. Nesta etapa podemos perceber quatro movimentos das partículas
constituintes dos centros:

1. rotação das partículas em torno do seu eixo,


2. oscilação das partículas,
3. movimento das partículas do centro para a periferia e retorno para o centro,
formando o vórtice,
4. movimento do conjunto em torno do seu eixo, como roda que gira sobre si mesma.
Estes quatro movimentos resultam da ação dos fogos e expressam informações ou
qualidades.

Nesta etapa o aspirante deve se dedicar a desenvolver os quinto e sexto vórtices


(pétalas) do loto egoico, os vórtices de amor e sacrifício da tríade intermédia de amor,
fazendo isto com plena consciência em cérebro físico. Deve também realizar duas
coisas relacionadas com sua tríplice natureza inferior:

a. sintonizar seus corpos mental inferior, astral e físico, formando um canal direto de
comunicação entre o Ego e o cérebro físico,
b. estabilizar os corpos astral e mental inferior e obter o equilíbrio emocional
resultante do consciente equilíbrio de forças. O loto egoico atua fortemente nesta
realização. O antakarana também contribui muito.

Estudo 617

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o parágrafo: "Deve

1622
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estudar as leis de transmutação e a alquimia divina, que lhe fará conhecer o processo
de transmutar a força inferior em superior,...............................Converte-se num
estimulador do centro cardíaco do semelhante, e desperta e impulsiona os homens
para que atuem em bem dos demais.", na página 686.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwhal Khul prossegue na explicação da primeira indicação


de importância prática com respeito ao estupendo tema do relacionamento dos
vórtices (pétalas) do loto egoico e os centros dos corpos inferiores, a qual poderá levar
à iluminação os que estão preparados, se refetirem devidamente sobre ela.

O Mestre diz que o estudante preparado deve estudar as leis de transmutação e a


alquimia divina, deslocar a energia de um plano para outro, de uma matéria para outra,
e transformar a matéria. Entendendo isto com clareza ele aprende a transmutar a força
inferior em superior, elevar a frequência oscilatória das partículas energizadas pela
força superior, transferir sua consciência aos veículos superiores e manipular
correntes de energia para transformar sua própria natureza, substituindo os Pitris
lunares de seus corpos inferiores por Pitris lunares mais elevados.

O Mestre, em Seu elevado livro Tratado sobre Fogo Cósmico, dá muitos ensinamentos
de grande importância que levam ao conhecimento e ao entendimento dessas leis,
capacitando o estudante esforçado e preparado para realizar essas ações, acelerando
muito o processo evolutivo e a chegada do grande momento da libertação fnal e total
dos três mundos inferiores, a quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar.
Para tal é imprescindível despertar e utilizar Atma (Vontade) inteligentemente, na
própria disciplina e no controle total dos três corpos inferiores, para poder manipular
correntes de energia. A chave está em Atma, no conhecimento e na capacidade de
visualização.

Agindo assim o estudante se transforma conscientemente num canal para o Ego (a


Joia no loto), o Qual fará Sua luz fuir por este canal, descendo a iluminação de Budi até
o cérebro físico para contribuir para a salvação da humanidade e iluminar os que estão
dando tombos na escuridão, ou seja, os que estão se esforçando para sair da
ignorância e conhecer e entender claramente a verdadeira vida.

O ser humano que conquista este nível evolutivo deve demonstrar no mundo físico as
leis da radioatividade em sua própria vida, a qual tem de começar a irradiar e a afetar
magneticamente os outros. Isto signifca que ele começará a infuenciar aquilo que está
aprisionado em outros seres humanos, porque suas poderosas vibrações ou oscilações

1623
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
atingirão o centro oculto de cada um. O Mestre diz que esta infuência não é o efeito
físico ou magnético que muitos seres humanos de Egos pouco evoluídos exercem
sobre outros, mas é essa irradiação espiritual à qual só respondem e compreendem os
que estão adquirindo consciência em cérebro físico do centro espiritual dentro do
coração. Este centro espiritual dentro do coração é a ativação dentro do centro
cardíaco da conexão direta entre o círculo central de doze vórtices do centro coronário
(círculo denominado cardíaco do coronário) e o centro cardíaco. Esta ativação da
conexão direta introduz no centro cardíaco a energia de Atma, fogo elétrico,
característica do centro coronário, fcando o centro cardíaco com as energias de Atma
e Budi, sendo Budi a característica do centro cardíaco, Budi em diversos níveis, de
acordo com o nível de evolução, ou seja, o domínio que o Ego tem sobre a
personalidade e o domínio que a Mônada tem sobre o Ego.

É esta energia de Atma que torna o ser humano radioativo, ou seja, emissor de
energias de Atma e Budi que atingem o centro cardíaco de seus semelhantes,
infuenciando-os benefcamente. Nesta etapa evolutiva ele se converte num
estimulador do centro cardíaco de seus semelhantes e os desperta e os impulsiona
para que atuem em benefício dos outros. Nesta atividade estimuladora ele estimula
seus semelhantes para que acelerem o próprio processo evolutivo e executem o
Propósito divino. Como diz o Mestre, ele é reconhecido como o que fala ocultamente de
"coração a coração".

Estudo 618

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico – Seção D – II – Os Devas e Elementais


da Mente – 3. OS ANJOS SOLARES – OS AGNISHVATTAS – d. A Construção do Corpo
Causal – d. As pétalas e os centros etéricos – Considerações sobre o trecho: “A
segunda indicação é que quando o aspirante chega a ser progressivamente radioativo
e a energia do Deus interno.......”, na página 686, até “Deve ser mencionado também
que o centro entre as omoplatas não é um centro sagrado, mas que é de natureza
provisional, e o cria o aspirante mesmo durante o processo de transferência.”, na
página 687.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica a segunda indicação de grande importância

1624
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
prática para levar à iluminação os que estão preparados (estão no Caminho) e refetem
devidamente e meditam sobre ela.

Quando a energia do Deus interno (a Mônada) se manifesta acrescentadamente por


meio da personalidade inferior (o corpo físico), o aspirante se torna progressivamente
radioativo e as irradiações de calor (energia e vibrações) se fazem tão potentes que
são obtidos resultados muito defnidos de natureza pessoal e ambiental (no meio
ambiente). Nesta etapa evolutiva a Mônada está enfocada na Joia no loto (o Ego) e
utiliza o antakarana para a comunicação direta com a personalidade, pois nesta etapa a
Joia no loto, atuando através do cérebro físico, já construiu o antakarana. Portanto a
energia da Mônada, fogo elétrico, chega no corpo físico com intensidade progressiva,
eleva a vibração (frequência oscilatória) e é irradiada, atuando sobre o ambiente do
aspirante e sobre os que estão próximos dele.

O fogo elétrico da Mônada começa a destruir a trama etérica que isola a consciência
física inferior do cérebro do mundo astral, sendo produzidas as primeiras rupturas da
trama. Através destas rupturas o aspirante percebe os mundos internos, faz-se
consciente em cérebro físico dos acontecimentos internos e, se é um discípulo, a
consciência da Joia no loto (o Ego) se torna bem nítida e clara em cérebro físico e o
discípulo pode entrar em contato com seu Instrutor espiritual, seu Guru. Este fato
marca um desenvolvimento muito importante na evolução do discípulo e da Mônada
atuando através do discípulo.

O centro superior da cabeça, o coronário, aumenta sua atividade e pode receber jatos
de iluminação desde os mundos superiores, como o búdico. No princípio isto acontece
só ocasionalmente, e logo com maior frequência a medida que passam os anos e as
rupturas fcam mais numerosas, o que pode ser acelerado pelo esforço consciente e
inteligente do discípulo, executando os elevados ensinamentos do Mestre.

Os diferentes triângulos são vivifcados e aumentam sua atividade em devida


progressão geométrica. Esses triângulos são de centros e são defnidos na página 160
do Tratado sobre Fogo Cósmico. Nessa etapa os triângulos que são vivifcados e
aumentam sua atividade em devida progressão geométrica são os seguintes:

1. O triângulo prânico:

a. o centro entre as omoplatas,


b. o centro baço,
c. o centro logo acima do diafragma.

1625
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
2. O homem parcialmente regido pelo Ego, o homem avançado:

a. o centro cardíaco,
b. o centro laríngeo,
c. os quatro centros menores da cabeça, e sua síntese o alta maior.
3. O homem espiritual até a terceira Iniciação:

a. o centro cardíaco,
b. o centro laríngeo,
c. os sete centros da cabeça.
4. O homem espiritual até a quinta Iniciação:

a. o centro cardíaco,
b. os sete centros da cabeça,
c. os dois lotos de múltiplas pétalas.
O Mestre diz que o centro entre as omoplatas não é um centro sagrado, mas é de
natureza provisional e é construído pelo próprio aspirante durante o processo de
transferência, uma vez que é um centro armazenador (natureza provisional).

O Mestre diz que este centro entre as omoplatas tem de ser ativado pelo aspirante na
etapa de transferência dos fogos dos centros localizados abaixo do diafragma, básico,
sacro, baço e plexo solar, para os centros superiores.

O Mestre diz, generalizando, que este período de transferência dos fogos dos centros
inferiores para os superiores pode ser dividido em duas partes: na primeira os fogos
dos centros unifcados na parte inferior do corpo (abaixo do diafragma) são
transferidos para os centros localizados na parte superior do torso, os quais são três:
o cardíaco, o laríngeo e o centro entre as omoplatas; o laríngeo pertence ao torso e
não à cabeça, pois está situado na parte inferior da garganta.

O Mestre, ao dizer centros unifcados na parte inferior do corpo, dá a entender que


esses centros inferiores devem ser unifcados, o que exige um processo de unifcação,
que deve ser estudado e entendido pelo aspirante, o que é muito importante e útil,
porque leva ao conhecimento do funcionamento dos centros e ao seu controle.

Com referência ao centro entre as omoplatas, o Mestre, na página 106 do Tratado ao


explicar o corpo etérico com receptor de prana, diz que o centro entre as omoplatas é
o principal receptor de prana. Com base nessa afrmação do Mestre na página 106 do
Tratado e na afrmação do Mestre na página 687 do Tratado de que o próprio aspirante

1626
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
cria este entro entre as omoplatas durante o processo de transferência, deduzimos
que o aspirante cria esta nova função do centro, de armazenar os fogos dos centros
inferiores para a transferência aos sete centros da cabeça. Neste armazenamento os
fogos retirados dos centros inferiores são processados antes da transferência aos
centros da cabeça. Os centros da cabeça têm de ser preparados para receberem os
fogos transferidos do centro entre as omoplatas. Este tema é vasto e profundo e exige
muito estudo, muita pesquisa, muita refexão e muita meditação, para o claro
entendimento, a fm de que o aspirante possa manipular correta e efcientemente os
fogos.

Mais uma vez fca comprovada a grande habilidade do Mestre Djwhal Khul em estimular
o uso da mente, principalmente a mente abstrata, através da qual é estabelecido o
contato com o átomo búdico permanente e através deste com o mundo búdico, fonte
da verdadeira felicidade e da sabedoria. O antakarana é um dos resultados deste
estímulo da mente abstrata, pois ele só pode ser compreendido quando o discípulo se
polariza total e continuamente na mente abstrata no dia a dia.

Estudo 619

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o trecho: "Segundo,
quando a energia dos seis centros inferiores,", na página 687, até "Chega aos corações
dos homens de uma maneira ou outra, convertendo-se num auxiliar e servidor de sua
raça.", na página 688.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul conclui a explicação da segunda indicação e explica
a terceira.

A segunda parte do período de transferência dos fogos (a energia) dos centros


inferiores aos superiores é quando a energia dos seis centros inferiores:

1. laríngeo,
2. cardíaco,
3. plexo solar,

1627
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
4. baço (esplênico),
5. sacro (os órgãos genitais) e
6. básico,

é transferida às analogias dentro do centro da cabeça.

O Mestre, ao dizer analogias dentro do centro da cabeça, dá a entender que as


analogias são centros dentro da infuência do centro da cabeça, o centro coronário.
Esses centros são sete, sendo quatro menores, sintetizados pelo alta maior, o corpo
pituitário e a pineal. O corpo pituitário (a glândula pituitária) está conectado com o
centro ajna (frontal) através da contraparte etérica. A glândula pineal está conectada
com o centro coronário através da contraparte etérica. Os quatro centros menores da
cabeça são feitos de matéria etérica e estão localizados em determinadas regiões do
cérebro.

O Mestre diz que a transferência de energia é dos seis centros inferiores para as
analogias dentro do centro da cabeça. Sendo sete os centros da cabeça e a
transferência de energia é feita de seis centros, deduzimos que o centro da pineal é
sintetizador e transferidor para o centro coronário, o grande sintetizador.

O Mestre diz que esses sete centros da cabeça são o refexo no microcosmos das
mansões preparadas nos Céus que recebem a sétupla energia da Mônada. Neste texto
o microcosmos é o homem, portanto essas mansões são do Macrocosmos, o Logos
planetário, os Céus são o mundo adi (o atômico físico cósmico, o primeiro éter
cósmico) e as mansões são as analogias cósmicas dos sete centros da cabeça do
microcosmos, o homem.

Esses sete centros do Logos planetário são feitos de matéria adi (a física atômica
cósmica, o primeiro éter cósmico), tendo em vista que o centro coronário do homem é
feito de matéria física atômica.

A energia (fogo elétrico) da Mônada do Logos planetário, ao energizar esses sete


centros, manifesta-se como sete energias, a sétupla energia da Mônada, como diz o
Mestre.

Há muito mais detalhes de grande profundidade referentes ao fuxo da energia (fogo


elétrico) da Mônada do Logos planetário para Seus sete centros analogias superiores
dos sete centros da cabeça do homem.

São câmaras preparadas pela energia inferior, porque, sendo recipientes da energia
psíquica superior, a energia da Alma, energia que provém do mundo mental superior no

1628
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
caso do ser humano e do mundo mental superior cósmico no caso do Logos planetário,
essas câmaras são preparadas pela energia da matéria etérica, que é inferior à da
matéria mental. A energia da matéria adi, o primeiro éter cósmico, é inferior à energia
da matéria mental superior cósmica.

O Mestre explica a terceira indicação como resumo do que Ele explicou sobre as duas
indicações anteriores. Ele diz que, a medida que o aspirante progride, não só equilibra
os pares de opostos em si mesmo, mas lhe é revelado o segredo oculto no coração de
seu irmão, expandindo grandemente a capacidade de compreender os seres humanos.

Chega então a ser uma força reconhecida no mundo, em quem pode-se confar que se
dedicará a servir. Os homens se dirigem a ele em busca de ajuda e apoio dentro de sua
linha de atividade e começa a emitir a sua nota (sua vibração) a fm de que não só a
escutem os seres humanos, mas também os devas. O aspirante realiza esta etapa por
meio da literatura, das conferências e do ensino e também da música, da pintura e da
arte, procurando dentro dos limites do seu nível evolutivo servir à humanidade, o que é
percebido pelo conteúdo de suas obras. Atinge os corações dos homens de uma
maneira ou outra e se transforma num auxiliar e servidor da humanidade, se contribuir
para estimular e acelerar a evolução dos seres humanos dentro do Propósito divino, o
Propósito do Logos planetário, não se limitando a estimular apenas o lado emocional
dos seres humanos, contribuindo para que permaneçam subjugados pelos Pitris
lunares do corpo astral (os Agnisuryas) e apegados ao mundo material e dominados
pela matéria.

Será de fato um servidor da humanidade se estimular os seres humanos a buscarem a


verdadeira e autêntica vida espiritual, a vida da Mônada.

Estudo 620

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Do parágrafo: "Devem ser enumeradas
aqui mais duas características desta etapa.", na página 688, até ", permitindo-lhe levar
adiante os planos deste Logos para a evolução.", na página 689.

"Devem ser enumeradas aqui mais duas características desta etapa.

1629
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O aspirante conhece o valor oculto do dinheiro quando se dedica a servir. Não busca
nada para si mesmo, salvo aquilo que pode prepará-lo para o trabalho a realizar;
considera o dinheiro e o que com este pode ser adquirido como algo que deve ser
empregado para os demais e um meio para levar a cabo os planos do Mestre tal como
ele os percebe. O signifcado oculto do dinheiro é pouco compreendido, sem embargo
constitui uma das maiores provas através das quais deve passar o homem, e defne o
lugar que ocupa no caminho de provação, pois concerne a sua atitude e à forma de
manejar aquilo que todos os homens buscam para gratifcar seus desejos. Só quem
não deseja nada para si mesmo pode ser o receptor do esplendor fnanceiro e o
dispensador das riquezas do universo. Nos casos em que a riqueza aumenta, só traz
penas, difculdades, descontentamento e abuso.

Nesta etapa a vida do aspirante se converte também em "um instrumento de


destruição", no sentido oculto do termo. Onde quer que vá, a força que fui através
dele, proveniente dos planos superiores e de seu próprio Deus interno, produz às vezes
resultados peculiares em seu ambiente. Atua como estimulante tanto do bem como do
mal, estimulando analogamente os pitris lunares que formam os corpos de seus
semelhantes e seu próprio, os quais acrescentam sua atividade e adquirem excessivo
poder. Este fator é utilizado por Aqueles que atuam internamente para realizar certos
fns desejados. Isto a miúdo causa momentaneamente a queda de almas avançadas, as
quais não podem resistir à força que fui a elas, ou sobre as mesmas, desviando-se pela
hiperestimulação temporária de seus centros e veículos. Isto pode ser observado tanto
nos grupos como nos indivíduos. Porém quando os Senhores lunares do eu inferior
foram previamente subjugados e controlados sucede o contrário, então o efeito da
força e da energia, com as quais entram em contato, consistirá em estimular a
resposta da consciência do cérebro físico e dos centros da cabeça ao contato egoico.
Então esta força que de outra maneira seria destrutiva se converte em um fator
estimulante, bom e útil, que podem utilizar Aqueles que sabem fazê-lo, a fm de
conduzir o homem a uma maior iluminação.

Estas etapas têm de ter lugar nos três planos inferiores e nos três corpos de acordo
com o Raio e sub-raio particulares. Desta maneira o discípulo continua realizando seu
trabalho, e também leva a cabo as provas e o treinamento a que está submetido, até
que as duas fleiras de pétalas se abrem e a terceira começa a formar-se; dirigindo
corretamente a energia e manipulando inteligentemente as correntes de força, o
discípulo é conduzido ao Portal da Iniciação, saindo da Aula da Aprendizagem (73) e
ingressando na Aula da Sabedoria - onde gradualmente se faz "consciente" das forças

1630
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e poderes que estão latentes em seu próprio Ego e seu grupo egoico. Ali adquire o
direito de utilizar a força do grupo egoico, porque já se pode confar que a empregará
unicamente para ajudar a humanidade. Depois da quarta Iniciação lhe pode ser
confada parte de energia do Logos planetário e participar dela, permitindo-lhe levar
adiante os planos deste Logos para a evolução."

(73) "As três Aulas através das quais a alma do homem deve progredir estão expostas
em A Voz do Silêncio, páginas 18, 19.
1ª Aula ... Aula da Ignorância ... humanidade infantil .. plano físico.
2ª Aula ... Aula da Aprendizagem ... homem médio .... plano astral.
3ª Aula ... Aula da Sabedoria ... homem espiritual ...... plano mental.

Onde permanecemos mais tempo é na Aula da Ignorância. O período seguinte na Aula


da Aprendizagem é chamado Caminho de Provação. Na Aula da Sabedoria o iniciado se
acerca ao mistério central do Ser."

Estudo 621

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o parágrafo: "Devem
ser enumeradas aqui mais duas características desta etapa.

O aspirante conhece o valor oculto do dinheiro...........................Nos casos em que a


riqueza aumenta, só traz penas, difculdades, descontentamento e abuso.", na página
688.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwhal Khul explica mais duas características manifestadas
nesta etapa evolutiva do aspirante.

Quando o aspirante no mundo físico se dedica a servir à humanidade, ele já conhece o


valor oculto do dinheiro. Somente quer para si mesmo o que pode sustentá-lo
fsicamente e deixá-lo em condições de realizar o trabalho para a humanidade sob
inspiração da Hierarquia. Está totalmente liberto do luxo e da vaidade. Ele considera
que o dinheiro e o que pode ser adquirido por meio do dinheiro devem ser empregados

1631
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para os outros seres humanos e para realizar os planos do Mestre, conforme ele os
percebe.

O Mestre diz que o signifcado oculto do dinheiro é pouco compreendido, o que é um


fato, todavia é uma das maiores provas pelas quais o homem deve passar, e defne o
lugar ocupado no caminho de provação, pois este lugar é dependente do
comportamento do homem e da forma pela qual ele manipula aquilo que todos os
homens buscam para satisfazer seus desejos.

Só quem não deseja nada para si mesmo, exceto o estritamente necessário para a
sobrevivência física, e está liberto da ambição, pode ser o receptor do esplendor
fnanceiro e o dispensador das riquezas do universo, como diz o Mestre.

Quando a riqueza se torna abundante e domina o possuidor, ela só provoca penas,


difculdades, descontentamento e abuso.

O Mestre Djwhal Khul deixa bem claro que a riqueza deve ser distribuída para toda a
humanidade.

Estudo 622

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o parágrafo: "Nesta
etapa a vida do aspirante se converte também em "um instrumento de
destruição".................. Aqueles que sabem fazê-lo, a fm de conduzir o homem a uma
maior iluminação.", nas páginas 688 e 689.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwhal Khul explica detalhadamente mais uma característica
do aspirante que está nesta etapa evolutiva em que a Mônada, seu Deus interno, envia
energia para os corpos inferiores.

Esta característica é uma qualidade muito importante pelo seu aspecto irradiador.

Qualquer que seja seu ambiente, o discípulo, o tríplice instrumento da Mônada


constituído pelos corpos mental inferior, astral e físico, infuencia o ambiente e os que
estão neste ambiente, pela sua capacidade radioativa ou irradiante.

1632
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Essa irradiação de energia produz efeitos bons e maus, assim como a radioatividade do
átomo químico pode curar e matar.

O discípulo pode se converter também em um instrumento de destruição, no sentido


oculto do termo, como diz o Mestre.

Esse sentido oculto da expressão instrumento de destruição é que a energia que fui
através do discípulo, proveniente dos mundos ou planos superiores e da Mônada (o
Deus interno do discípulo) estimula tanto o bem como o mal, pois estimula os Pitris
lunares constituintes dos corpos inferiores do discípulo e de seus semelhantes, e estes
Pitris aumentam sua atividade e adquirem excessivo poder, porque a energia atua
como fogo elétrico e então é como se a voltagem fosse aumentada, aumentando a
potência.

O Mestre deixa bem claro que é da máxima importância que o primeiro passo que o
estudante do verdadeiro ocultismo deve dar é controlar e dominar totalmente por meio
do seu aspecto Atma ou Vontade seus três corpos inferiores, os Pitris lunares que os
constituem, para que eles só executem o que ele quer, ou seja, que a atividade deles só
expresse pensamentos elevados, emoções elevadas (como a do verdadeiro amor:
querer o bem de seus semelhantes) e sensações elevadas. Simultaneamente com esse
seu controle e domínio dos seus três corpos o estudante deve ir adquirindo
conhecimentos sobre a estrutura verdadeira dos três corpos inferiores, do loto egoico
e da Joia no loto (o Ego ou Alma), através da Qual a Mônada se manifesta como fogo
elétrico.

De fato é imprudente e perigoso estimular os centros etéricos e atrair energias


superiores sem controlar e dominar totalmente os Pitris lunares dos corpos inferiores,
obrigando-os a executarem o melhor para o Ego ou Alma, o que produz efeitos
benéfcos para a evolução deles.

Quando a energia superior penetra nos Pitris lunares dos corpos inferiores,
diretamente ou por irradiação, sem que o homem os tenha controlado e dominado
totalmente e obrigado a executarem o melhor para o Ego ou Alma, eles simplesmente
intensifcam a sua vibração intrínseca, a do sistema solar anterior, e os efeitos são
maléfcos.

Quando o homem controla e domina totalmente os Pitris lunares de seus corpos


inferiores, a energia superior, ao penetrar neles, estimula-os para produzirem efeitos
benéfcos, fazendo surgir no cérebro físico neurônios capacitados para responderem à
energia do Ego e ativando os centros da cabeça para esta resposta. Então esta força,

1633
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
que de outra maneira seria destrutiva, converte-se em um fator estimulante, bom e útil,
que podem utilizar

Aqueles que sabem fazê-lo, a fm de conduzir o homem a uma maior iluminação, como
diz o Mestre.

Saber utilizar este fator estimulante signifca utilizar a energia superior e os


conhecimentos inspirados que chegam no cérebro físico para acelerar a própria
evolução, a fm de ser mais útil para a Hierarquia e o Logos planetário, e também para
acelerar a evolução dos semelhantes com o mesmo propósito. Esta é a demonstração
do verdadeiro amor.

O Mestre diz que este fator estimulante é utilizado por Aqueles que atuam
internamente para realizar certos fns desejados. Interpretamos Aqueles como os
Mestres da Hierarquia que estimulam Mônadas e Egos encarnados para transmitirem
energia superior para os corpos inferiores a fm de realizar determinados objetivos no
mundo físico úteis para acelerar a evolução da humanidade.

Estudo 623

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - d. As pétalas e os centros etéricos - Considerações sobre o parágrafo: "Estas
etapas têm de ter lugar nos três planos inferiores e nos três corpos de acordo com o
Raio e sub-raio particulares................... Depois da quarta Iniciação lhe pode ser confada
parte de energia do Logos planetário e participar dela, permitindo-lhe levar adiante os
planos deste Logos para a evolução.", na página 689.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwhal Khul dá preciosas, importantes e úteis informações


sobre o processo de preparação do discípulo para o Portal da Iniciação, sobre a
organização, ativação e abertura das tríades ou fleiras de pétalas ou vórtices de força
do loto egoico e sobre a passagem pelas três Aulas que caracterizam as etapas
evolutivas da Mônada encarnada, o homem.

Estas etapas evolutivas são realizadas pela Mônada humana encarnada nos três
mundos inferiores, mental inferior, astral e físico, utilizando os três corpos inferiores,

1634
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mental inferior, astral e físico, de acordo com o Raio e sub-raio particulares, ou seja, o
Raio da Mônada e o Raio egoico, o qual é um sub-raio do Raio da Mônada. Nesta
realização as tríades ou fleiras de pétalas ou vórtices do loto egoico são organizadas,
desenvolvidas, ativadas e abertas, por meio das experiências vivenciadas nos mundos
físico, astral e mental inferior. A atividade do Ego no mundo causal ou mental superior
também contribui para o desenvolvimento do loto egoico, pois o loto egoico é o corpo
do Ego. O Raio da Mônada e seu sub-raio, o Raio do Ego, são responsáveis pela
velocidade e pela sequência de desenvolvimento das tríades do loto egoico. Temos no
nosso esquema planetário um exemplo clássico (que serve de padrão modelar) e único
no nosso sistema solar de altíssima velocidade de evolução, o da Mônada que se
manifestou na Terra como o Senhor Maitreya (o CRISTO) e atualmente é o Bodhisattva,
o INSTRUTOR do Mundo. Ele se individualizou na raça lemuriana e na raça atlante abriu
as Portas da Iniciação para a humanidade terrestre através da conquista da primeira
Iniciação planetária, pois foi o primeiro ser humano nativo da nossa cadeia, a quarta,
nativo porque se individualizou nela, a conquistar a primeira Iniciação planetária,
cumprindo a Lei cósmica que exige que as Portas da Iniciação numa cadeia planetária
só podem ser abertas por um ser humano nativo da cadeia planetária que tenha
conquistado as condições para receber a primeira Iniciação planetária. Como Krishna
Ele conquistou a quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar, e se libertou
dos três mundos inferiores. Quando o Mestre Jesus recebeu a quarta Iniciação
planetária na Cruz, Ele recebeu as quinta e sexta Iniciações planetárias, a Revelação e a
Decisão, as terceira e quarta solares.

Esta Mônada, que atualmente é o Bodhisattva, o INSTRUTOR do Mundo, é do primeiro


Raio.

Percorrendo estas etapas o discípulo vai realizando seu trabalho e levando a cabo as
provas e o treinamento a que está submetido, o que deixa bem claro que o Mestre está
atento ao discípulo encarnado, atenção que persiste quando o discípulo encerra seu
ciclo menor no mundo físico (quando morre) e prossegue nos mundos astral, mental
inferior e causal, até a encarnação seguinte.

Quando o discípulo abre as tríades externa de conhecimento e intermédia de amor e


inicia a organização da tríade interna de sacrifício, ao aprender a dirigir e manipular
conscientemente, inteligentemente e corretamente a energia (os fogos) e as correntes
de força do loto egoico, ele é conduzido ao Portal da Iniciação, saindo da Aula da
Aprendizagem e ingressando na Aula da Sabedoria, onde gradualmente se faz
consciente das forças e poderes que estão latentes em seu próprio Ego e seu grupo

1635
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
egoico e adquire o direito de utilizar a força do grupo egoico, porque já se pode confar
que a empregará unicamente para ajudar a humanidade a evoluir dentro do Plano
divino.

Depois da quarta Iniciação, a Renúncia, a segunda solar, lhe pode ser confada parte da
energia do Logos planetário e participar dela, permitindo-lhe levar adiante os planos do
Logos planetário para a evolução. Ao conquistar a quarta Iniciação o iniciado passa a
viver e trabalhar no mundo búdico, atuando na matéria búdica, através da sua
envoltura de matéria búdica, seu corpo búdico. Como a matéria búdica faz parte da
parte etérica e dos centros do corpo físico cósmico do Logos planetário, o iniciado da
quarta Iniciação pode atuar conscientemente nas energias destes centros logoicos no
seu relacionamento com os reinos que estão evoluindo sob a responsabilidade do
Logos planetário.

É uma atividade de imenso dinamismo e que confere ao iniciado uma vida de grande
plenitude, a vida mais plena como disse o Senhor CRISTO através do Mestre Jesus no
Sermão da Montanha.

É muito estimulador e incentivador este conhecimento dado pelo Mestre Djwhal Khul,
entendê-lo claramente e pensar nele continuamente em cérebro físico, para acelerar a
evolução e a libertação dos três mundos inferiores.

Estudo 624

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "e. A iniciação e as pétalas. Pouca
informação é permitido dar na atualidade ao público em geral a respeito da relação que
existe entre as pétalas e seu desenvolvimento por meio da iniciação.", na página 689,
até "f. Ao estudante não é repartida muita informação..................A razão disto concerne
à energia, sua aplicação, uso e abuso da mesma.", na página 690.

"e. A iniciação e as pétalas. Pouca informação é permitido dar na atualidade ao público


em geral a respeito da relação que existe entre as pétalas e seu desenvolvimento por
meio da iniciação. Somente é possível repartir certos enunciados que contêm:

a. insinuações para dirigir corretamente a energia,

1636
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
b. sugestões sobre os mistérios fundamentais que o homem tem de resolver,
c. advertências sobre certas analogias,
d. indicações práticas para pensar construtivamente.
Os estudantes devem recordar que o objetivo de todo instrutor, verdadeiramente
ocultista, não consiste em dar informação, mas em ensinar os aspirantes a empregar
energia mental. Portanto será evidenciado porque é empregado invariavelmente este
método de instrução. Leva implícita uma indicação dada pelo Instrutor, quiçá a
correlação de certas analogias conjuntamente com sugestões acerca das origens da
luz. Isto signifca que o discípulo tem de reconhecer que:

a. Vale a pena seguir a insinuação.


b. A meditação é o caminho que conduz à fonte de luz; a insinuação aludida constitui
a "semente" para a meditação.
c. Os fatos díspares e sem correlação em vez de prestar ajuda constituem uma
ameaça para o conhecimento.
d. Cada aspecto da verdade, progressivamente aplicado, tem de ser assimilado e
agregado à experiência do estudante.
e. A não ser que as analogias estejam de acordo em sentido atômico, pessoal,
planetário e cósmico, deve-se desconfar delas.
f. Ao estudante não é repartida muita informação até que se tenha convertido em
discípulo, e menos ainda até depois de ser um iniciado juramentado. A razão disto
concerne à energia, sua aplicação, uso e abuso da mesma."

Estudo 625

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "e. A iniciação e as
pétalas. Pouca informação é permitido dar na atualidade ao público em geral a respeito
da relação que existe entre as pétalas e seu desenvolvimento por meio da iniciação. ",
na página 689, até "Leva implícita uma indicação dada pelo Instrutor, quiçá a correlação
de certas analogias conjuntamente com sugestões acerca das origens da luz.", nas
páginas 689 e 690.

Considerações.

1637
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá informações permitidas a respeito dos efeitos
produzidos nas pétalas (os vórtices de força) do loto egoico pelo Fogo (Energia)
superior, emitido do Cetro de Poder do Iniciador na iniciação, estimulando o
desenvolvimento delas e infuenciando a personalidade do iniciado encarnado. Estas
informações são poucas, como diz o Mestre, por causa do possível mau uso delas.

O Mestre resume as informações permitidas da seguinte forma:

a. insinuações para dirigir corretamente a energia, ou seja, a energia ou o fogo dos


vórtices do loto egoico entre si e para os centros dos corpos inferiores, pois os
vórtices são energizados pelo Fogo do Cetro de Poder do Iniciador e ocorre uma
transferência de fogo para os centros ligados aos vórtices,

b. sugestões sobre os mistérios fundamentais que o homem tem de resolver, como


os mistérios da eletricidade e da luz, cujos entendimentos são de grande utilidade
para a humanidade,

c. advertências sobre certas analogias, as quais, quando erradas ou sem correlação,


impedem o verdadeiro entendimento,

d. indicações práticas para o pensamento construtivo, ou seja, usar a mente, em seus


dois aspectos, inferior ou concreta, e superior ou abstrata, para construir.
O Mestre diz que os estudantes devem recordar ou ter sempre em mente que o
objetivo de todo instrutor, verdadeiramente ocultista, não consiste somente em dar
informação, mas em treinar seus alunos no uso da energia da mente e do pensamento.
Portanto será evidente porque este método de instrução é um invariavelmente usado.
É o método que envolve o escoamento de uma insinuação por parte do Instrutor, talvez
a correlação de certas correspondências, conjuntamente com uma sugestão como
acerca das origens da luz. O conhecimento e o entendimento das origens da luz são
muito importantes, principalmente quando a luz é interpretada como conhecimento e
sabedoria e iluminação espiritual.

Estudo 626
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Isto signifca que o
discípulo tem de reconhecer que:", até "f. Ao estudante não é repartida muita

1638
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
informação..................A razão disto concerne à energia, sua aplicação, uso e abuso da
mesma.", na página 690.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul esclarece a Sua afrmação que o objetivo de todo
instrutor, verdadeiramente ocultista, não consiste em dar informação, mas em treinar
seus alunos no uso da energia da mente e do pensamento. O Mestre diz que o
discípulo, neste treinamento do uso da energia da mente e do pensamento, tem de
reconhecer que:

a. Vale a pena estudar e analisar a insinuação.

b. A meditação é o processo pelo qual se adquire a luz, o conhecimento, a sabedoria,


sendo a insinuação dada a semente para a meditação.

c. Os fatos desiguais e sem correlação não podem ser utilizados como analogia,
porque são uma ameaça para a aquisição do verdadeiro conhecimento e seu
entendimento, podendo levar a conclusões erradas.

d. Cada aspecto da verdade, progressivamente aplicado, tem que ser assimilado e


acrescentado à experiência do estudante, tornando-se parte do seu dia a dia.

e. Só se pode confar nas analogias e utilizá-las, se estiverem de acordo em sentido


atômico, pessoal, planetário e cósmico.

f. Muita informação é retida até que o estudante seja um discípulo e mais ainda até
que ele seja um iniciado juramentado. O motivo desta retenção de informação é a má
aplicação, mau uso e abuso da energia decorrente da informação.
Estes ensinamentos do Mestre são muito importantes, úteis e lógicos.

Estudo 627

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "Continuaremos agora com nosso

1639
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estudo acerca das pétalas da iniciação.", na página 690, até "Oportunamente (depois da
segunda Iniciação) o Senhor do Mundo virá como fator - o Senhor do poder mundial -
que se expressará plenamente como amor.", na página 691.

"Continuaremos agora com nosso estudo acerca das pétalas da iniciação.

Cada uma das três fleiras de pétalas de loto está estreitamente relacionada com uma
das três Aulas. A isto nos temos referido anteriormente. Grande parte do trabalho
relacionado com a primeira fleira de pétalas é parte da experiência na Aula da
Ignorância. A etapa mais importante consiste na organização e preparação para o
desenvolvimento, sendo o que mais incumbe ao homem. O ato da abertura das pétalas
é mais breve, é produzido pela afuência de calor ou fogo solar, dando lugar assim a um
novo acesso de energia, que tem lugar em nosso esquema terrestre por meio da
colaboração do Mahachohan, do Chohan do grupo egoico de um homem e do Ego
particular envolvido.

Pode ser de utilidade a classifcação seguinte:

I. Pétalas de Conhecimento. Primeira fleira.

a. Formadas na Aula da Ignorância.


b. Guiadas pela força e pela energia do Mahachohan.
c. Afetam o terceiro grupo de Pitris solares.
II - Pétalas de Amor. Segunda fleira.

a. Formadas na Aula do Aprendizado.


b. Guiadas pela força do Bodhisattva.
c. Afetam o segundo grupo de Senhores solares.
III - Pétalas de Vontade ou Sacrifício. Terceira fleira.

a. Formadas na Aula da Sabedoria.


b. Guiadas pela força e pela energia do Manu.
c. Afetam o primeiro grupo de Anjos solares.
Na etapa que estamos considerando (de formação e desenvolvimento da primeira
fleira de pétalas) a infuência egoica sentida a princípio é pequena, porém quando as
três pétalas, mediante a energia acumulada e armazenada no ego durante as atividades
da vida pessoal, encontram-se sufcientemente ativas e vivas, tem lugar então uma
forma de iniciação que é um refexo (num plano inferior) das grandes iniciações
manásicas. A energia da fleira externa de pétalas permite que se separe da fleira

1640
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seguinte e se abra. Esta tríplice energia se faz interativa, alcançando assim uma etapa
muito signifcativa. Esta série de iniciações raras vezes é percebida na consciência do
cérebro físico, devido à etapa relativamente incipiente em que se encontram os corpos
e à falta de resposta da matéria cerebral. Sem embargo, são iniciações de caráter
defnido, embora de menor importância, e envolvem principalmente a demonstração
(dentro da vida pessoal do homem) de um inteligente reconhecimento de suas relações
grupais na terra. Dito reconhecimento frequentemente é de caráter egoísta como, por
exemplo, o que demonstra o trabalhador sindicalizado, porém indica a interação grupal.

Um processo similar tem lugar quando já se formou a segunda fleira de pétalas e está
por abrir-se. Então colaboram o Instrutor do Mundo, o Mestre e o Ego implicado, pois
ditas iniciações menores estão relacionadas com a natureza amor, a organização astral
ou emocional, e o reconhecimento (pelo homem em sua vida pessoal) de algum tipo de
amor altruísta, amor por algo, pessoa ou ideal, que conduz a realizar um esforço
altruísta e a negar o eu inferior.

Isto nos conduz ao terceiro grupo de pétalas, as pétalas da vontade ou do sacrifício, e


a seu desenvolvimento baseado no propósito inteligente e no amor puro. A força deste
grupo recorre a um fator diferente, o fator Manu, como também à força do
Bodhisattva, e o efeito desejado é logrado por meio da plena colaboração do Ego
totalmente desperto, ajudado por seu próprio Mestre (se está evoluído num ciclo onde
o esforço hierárquico para a humanidade adota a forma que tem atualmente) e pelo
Manu. Oportunamente (depois da segunda Iniciação) o Senhor do Mundo virá como
fator - o Senhor do poder mundial - que se expressará plenamente como amor."

Estudo 628

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Continuaremos
agora com nosso estudo acerca das pétalas da iniciação.", na página 690, até "c.
Afetam o primeiro grupo de Anjos solares.", na página 690.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá continuação ao Seu estudo sobre as pétalas ou
vórtices do loto egoico, que são afetados pelo fogo irradiado do Cetro de Poder do

1641
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Iniciador na iniciação, estimulando seu desenvolvimento.

Cada uma das três fleiras ou tríades de pétalas ou vórtices do loto egoico está
intimamente relacionada com uma das três Aulas, as três etapas principais da evolução
da Mônada humana nos três mundos inferiores, físico, astral e mental. O Mestre já deu
informações a respeito destas três Aulas nas páginas 654, 656, 657, 658, 659 e 676
do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Grande parte do trabalho de desenvolvimento da primeira fleira de pétalas ou vórtices,


a tríade externa de Conhecimento, é parte da experiência iniciada na Aula da
Ignorância, sob a guia da força e da energia do Mahachohan. Os Pitris solares do
terceiro grupo, menos evoluídos que os dos outros dois grupos, são afetados
benefcamente.

A etapa mais importante do trabalho consiste em organizar e preparar os vórtices ou


pétalas para o desenvolvimento, sendo o que mais incumbe ao homem, a Mônada
encarnada.

A ação da abertura dos vórtices da Tríade externa de Conhecimento é mais rápida,


sendo realizada pela afuência de fogo solar, o que dá lugar a um novo acesso de
energia, que ocorre no nosso esquema terrestre por meio da colaboração do
Mahachohan, do Chohan do grupo egoico ao qual pertence o Ego particular envolvido e
deste próprio Ego. Analisando profundamente estas palavras do Mestre no campo da
energia e através da mente abstrata, deduzimos que quando o homem, a Mônada
encarnada, consegue abrir os vórtices da tríade externa de Conhecimento por meio do
fogo solar emitido pela Joia no loto, tem lugar um novo fuxo de energia superior no
nosso esquema terrestre por meio da ação conjunta do Mahachohan, o Senhor da
Civilização, do Chohan do grupo egoico ao qual pertence o Ego que realiza a abertura
dos vórtices e do próprio Ego. Neste fuxo de energia o grupo egoico inteiro é
benefciado e também os Pitris solares do terceiro grupo, os Quais constituem a
substância dos vórtices da tríade externa de Conhecimento, a primeira fleira do loto
egoico. Portanto este trabalho individual de um Ego sempre benefcia os outros Egos
pertencentes ao grupo.

Analisemos agora a classifcação feita pelo Mestre das três tríades do loto egoico. Três
aspectos foram considerados pelo Mestre:

a. o período de formação da tríade,


b. a energia ou força que guia a formação,

1642
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
c. o grupo de Pitris solares benefciados, pois a afetação sempre é benéfca.
A primeira tríade, a de Conhecimento, é formada na Aula da Ignorância, sob a guia da
energia ou força do Mahachohan, o Senhor da Civilização, o Qual trabalha no aspecto
Inteligência. É a formação mais prolongada, baseada no mundo ou plano físico. Os
Pitris solares do terceiro grupo, que constituem a substância dos vórtices dessa tríade,
são benefciados pela organização, pelo desenvolvimento e pela abertura desses
vórtices, pois ao operarem na organização, no desenvolvimento e na abertura dos
vórtices, adquirem mais experiência e evoluem para posteriormente trabalharem no
segundo grupo de Pitris solares, que constituem a segunda fleira, a tríade intermédia
de Amor.

A segunda tríade, a de Amor, é formada na Aula da Aprendizagem, sob a guia da força


do Bodhisattva, o Instrutor do Mundo, o Qual trabalha no aspecto Amor, utilizando a
tríade de Conhecimento já aberta e em bastante atividade, baseado no mundo ou plano
astral. Os Pitris solares do segundo grupo, que constituem a substância dos vórtices
dessa tríade, são também benefciados pela organização, pelo desenvolvimento e pela
abertura dos vórtices, pois ao operarem nestas tarefas adquirem mais experiência e
evoluem, para posteriormente trabalharem no primeiro grupo de Pitris solares, que
constituem a terceira fleira, a tríade interna de Sacrifício ou Vontade. Esta formação é
mais rápida que a anterior.

A terceira tríade, a de Sacrifício ou Vontade, é formada na Aula da Sabedoria, sob a


guia da força e da energia do Manu, o Qual trabalha no aspecto Vontade, utilizando as
tríades de Conhecimento e de Amor, já abertas e em bastante atividade, baseado no
mundo ou plano mental. Os Pitris solares do primeiro grupo, os mais evoluídos dos três
grupos, são também benefciados, pois ao operarem nestas tarefas adquirem mais
experiência e evoluem, para posteriormente trabalharem no grupo de Pitris solares que
constituem a tríade central, que vela a Joia no loto. Esta formação é mais rápida, pois
ocorre quando o homem, a Mônada encarnada, já está no Caminho da Iniciação.

Há muito mais informações e conhecimentos a serem deduzidos do estudo dos


vórtices do loto egoico e da meditação constante neles e no loto egoico como um todo.

Estudo 629

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais

1643
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o parágrafo: "Na etapa que
estamos considerando (de formação e desenvolvimento da primeira fleira de pétalas)
a infuência egoica sentida a princípio é pequena, ............................. Dito reconhecimento
frequentemente é de caráter egoista como, por exemplo, o que demonstra o
trabalhador sindicalizado, porém indica a interação grupal.", na página 691.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwhal Khul dá informações a respeito do que ocorre na


formação e desenvolvimento da primeira fleira de pétalas, a tríade externa de
Conhecimento, na Aula da Ignorância.

No início a infuência egoica sentida é pequena, o que signifca que o processo é


realizado pela ação dos Agentes do Karma, os Quais estabelecem condições para
vitalizar as pétalas ou vórtices dessa tríade, sob a infuência da força e da energia do
Mahachohan, o Senhor da Civilização. Com o tempo a energia vai sendo acumulada e
armazenada no Ego (a Joia no loto) através das atividades da vida pessoal. Chega
então um momento em que a energia acumulada no Ego é de tal intensidade que os
vórtices ou pétalas fcam sufcientemente ativos e vivos, separam-se da fleira seguinte,
a tríade intermédia de Amor, e se abrem. Tem lugar então uma forma de iniciação, que
é um refexo num plano inferior das grandes iniciações manásicas, aquelas que são
aplicadas à Joia no loto e ao loto egoico, no plano mental superior, denominadas
iniciações planetárias. A energia dos vórtices da tríade externa de Conhecimento é
tríplice, pois são três vórtices: Conhecimento/Conhecimento, Conhecimento/Amor e
Conhecimento/Sacrifício ou Vontade. Esta tríplice energia é interativa, pois os vórtices
se comunicam e estão ligados aos centros dos corpos inferiores, sendo alcançada
assim uma etapa muito signifcativa, porque repercute bastante na personalidade. Os
efeitos provocados na personalidade pela abertura dos vórtices ou pétalas são
equivalentes a uma série de iniciações, como diz o Mestre. Interpretamos esta série de
iniciações como inícios de comportamentos da personalidade que a aproximam do
Propósito divino. Estas iniciações raramente são percebidas na consciência do cérebro
físico, devido à etapa relativamente incipiente em que se encontram os corpos e à falta
de resposta da matéria cerebral, ou seja, à falta de neurônios adequados. Todavia são
iniciações de caráter defnido, embora de menor importância, e se manifestam na
personalidade através de um inteligente reconhecimento de suas relações grupais na
terra. Este reconhecimento frequentemente é de caráter egoísta, como, por exemplo, o
que demonstra o trabalhador sindicalizado, como diz o Mestre, porque só reconhece

1644
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
seu grupo sindicalizado, todavia é uma interação grupal, pois não pensa só em si, mas
se preocupa com seus irmãos do grupo.

Estudo 630

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Um processo
similar tem lugar quando já se formou a segunda fleira de pétalas e está por abrir-se.",
na página 691, até "Oportunamente (depois da segunda Iniciação) o Senhor do Mundo
virá como fator - o Senhor do poder mundial - que se expressará plenamente como
amor.", na página 691.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá informações a respeito da segunda tríade do


loto egoico, a tríade intermédia de Amor, e da terceira, a tríade interna de Sacrifício.
São informações muito importantes e úteis, e de grande aplicação, e facilitam muito o
claro entendimento do funcionamento das pétalas ou vórtices destas tríades e das
suas conexões com a tríade central e a Joia no loto, a fonte das energias delas. A
energia da Joia no loto é o fogo elétrico emanado pela Mônada e nas pétalas das
tríades é o fogo solar. A Joia no loto é o instrumento da Mônada para a Sua
manifestação no mundo causal ou mental superior. As pétalas do loto egoico são os
instrumentos da Joia no loto para a Sua manifestação nos mundos causal, mental
inferior, astral e físico, juntamente com os três corpos inferiores. Portanto, a Joia no
loto é o instrumento da Mônada para a Sua manifestação nos três mundos inferiores. O
Mestre diz na página 884 do Tratado Sobre Fogo Cósmico que a Joia no loto é a janela
através da qual a Mônada ou Espírito olha externamente para os três mundos, mental,
astral e físico, o que comprova que a Joia no loto é de fato o instrumento da Mônada
para a Sua manifestação nos três mundos inferiores. Consequentemente a evolução da
Joia no loto, o Ego ou Alma, contribui para a evolução da Mônada.

Quando a segunda tríade, a intermédia de Amor, já se formou e está por abrir-se, na


Aula da Aprendizagem, colaboram o Instrutor do Mundo (o Bodhisattva, o Cristo, o
Senhor Maitreya), o Mestre e o Ego implicado, pois as iniciações menores resultantes
de estarem sufcientemente ativos e vivos os três vórtices ou pétalas desta tríade

1645
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estão relacionadas com a natureza amor, como diz o Mestre. Nesta etapa o corpo astral
ou emocional é organizado efcientemente e através dele o homem, a Mônada
encarnada, em sua vida pessoal, reconhece e passa a exercer algum tipo de amor
altruísta, amor por algo, pessoa ou ideal, que o conduz a realizar um esforço altruísta e
a se desvencilhar do eu inferior, passando a não cuidar somente dele.

Quando os vórtices ou pétalas da tríade intermédia de Amor estão sufcientemente


ativos e vivos e se abrem plenamente, então os vórtices ou pétalas da tríade interna de
Sacrifício ou Vontade se organizam, desenvolvem-se e se preparam para abrir, com
base no propósito inteligente e no amor puro, resultantes da abertura dos vórtices ou
pétalas das tríades anteriores, de Conhecimento e de Amor. Os Pitris solares que
trabalham nesta tríade de Sacrifício e constituem o primeiro grupo recorrem a um
fator diferente, o fator Manu, simultaneamente à força do Bodhisattva. O efeito
desejado é logrado por meio da plena colaboração do Ego totalmente desperto,
ajudado por seu próprio Mestre (se está evoluído num ciclo onde o esforço hierárquico
para a humanidade adota a forma que tem atualmente) e pelo Manu. Deduzimos que as
energias atuantes na dinamização e abertura dos vórtices da tríade interna de
Sacrifício ou Vontade, na Aula da Sabedoria, são as da Mônada implicada através do
Seu instrumento, o Ego (a Joia no loto) com a ajuda do Seu Mestre, do Manu (na linha
do primeiro Raio), do Bodhisattva (na linha do segundo Raio, a qual atuou na abertura
dos vórtices da tríade intermédia de Amor) e do Mahachohan (na linha do terceiro Raio,
a qual atuou na abertura dos vórtices da tríade externa de Conhecimento). Deduzimos
também que as três tríades interagem entre si. As três tríades estão conectadas com o
núcleo central do loto egoico, onde fca a Joia no loto. O Mestre deixa bem claro que o
Ego passa por etapas de despertar, até fcar totalmente desperto. O Mestre também
deixa bem claro que a Hierarquia adota diversas formas de ajudar a humanidade.
Nesta etapa de desenvolvimento e abertura dos vórtices da tríade interna de Sacrifício
ou Vontade, quando o homem, a Mônada encarnada, já se encontra no Caminho da
Iniciação, após a segunda Iniciação, o Batismo, o Senhor do Mundo, o Senhor do poder
mundial, SANAT KUMARA, virá como fator, expressando-se plenamente como amor,
estimulando o iniciado para que desenvolva conscientemente o verdadeiro amor. É uma
etapa de grande importância na evolução do homem, a Mônada encarnada, pois está se
aproximando da libertação total dos três mundos inferiores, a qual ocorrerá na quarta
Iniciação, a Renúncia, a segunda solar.

Este tema tratado pelo Mestre Djwhal Khul é de grande utilidade quando meditado
profundamente por meio da mente abstrata, no mundo dos signifcados, dos conceitos

1646
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e das energias, totalmente fora do mundo das formas, pois os efeitos desta meditação
aceleram muito o processo evolutivo, conduzindo para a vida superior.

Estudo 631

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "Portanto, falando em termos gerais,
pode-se dizer que os grupos egoicos nos quais estão se formando e se desenvolvendo
as pétalas de conhecimento fcam sob a infuência primária do Mahachohan;", na
página 691, até "O dínamo do sistema solar é mostrado a ele, se isto assim pode ser
expressado , e as complexidades de seu mecanismo são reveladas.", na página 693.

"Portanto, falando em termos gerais, pode-se dizer que os grupos egoicos nos quais
estão se formando e se desenvolvendo as pétalas de conhecimento fcam sob a
infuência primária do Mahachohan; aqueles nos quais o aspecto amor ou a segunda
fleira de pétalas está se abrindo, fcam sob a infuência primária do Bodhisattva,
desenvolvendo-se as pétalas de conhecimento, paralelamente ao trabalho que realizam;
enquanto que aqueles cuja terceira fleira está se abrindo são dirigidos pela energia do
Manu, coordenando-se os outros dois tipos de força. Será evidente para o leitor atento
que aqui se encontra oculto o segredo pelo qual o Mahachohan mantém seu cargo
durante mais tempo que Seus dois Irmãos, desempenhando-o durante um período
mundial completo. A chave para estes ciclos está oculta nos seguintes conceitos: O
Bodhisattva e o Manu mudam com maior frequência de cargo e passam a outro
trabalho, devido ao fato de que cada um dEles personifca um tipo de força tríplice,
enquanto que o Mahachohan é o ponto focal de cinco tipos de energia, sendo por sua
vez cada uma de natureza tríplice.

Em cada caso de desenvolvimento de pétalas, certos tipos de força são gerados,


tratados, assimilados e usados, primeiramente inconscientemente e fnalmente com
plena inteligência.

Na Aula da Ignorância a força da energia de Brahma (a atividade e a inteligência da


substância) é a mais tratada, e o homem tem de aprender o signifcado da atividade
baseada em:

1647
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. energia inerente,
b. energia absorvida,
c. energia grupal,
d. energia material ou aquilo que está oculto na matéria do plano físico.
Na Aula da Aprendizagem o discípulo se torna consciente de, e emprega a energia do
segundo aspecto na construção da forma, nas relações sociais, na família e em outras
afliações grupais. Ele vem para o verdadeiro reconhecimento do sexo e suas relações,
porém ainda considera esta força como algo a ser controlado e não como algo a ser
consciente e construtivamente utilizado.

Na Aula da Sabedoria o iniciado vem para o conhecimento do primeiro grande aspecto


da energia, o uso dinâmico da vontade no sacrifício, e a ele é então confada a chave
para o tríplice mistério da energia. Desta energia em seu tríplice aspecto ele se tornou
consciente nas outras duas aulas. Nas terceira, quarta e quinta Iniciações as três
chaves para os três mistérios são dadas a ele.

A chave para o mistério sentido na primeira Aula, o mistério de Brahma, é entregue a


ele e então ele pode liberar as energias ocultas na substância atômica. A chave para o
mistério do sexo, ou dos pares de opostos, é enfada dentro de suas mãos, e ele pode
então liberar as forças ocultas dentro de todas as formas. A chave para o mistério do
sacrifício e para o segredo dos Observadores Silenciosos no cosmos é revelada a ele, e
ele aprende a liberar as energias ocultas do aspecto vontade. O dínamo do sistema
solar é mostrado a ele, se isto assim pode ser expressado , e as complexidades de seu
mecanismo são reveladas."

Estudo 632

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Portanto, falando
em termos gerais, pode-se dizer que os grupos egoicos nos quais estão se formando e
se desenvolvendo as pétalas de conhecimento fcam sob a infuência primária do
Mahachohan;", na página 691, até "d. a energia material, ou a que está oculta na
matéria do plano físico.", na página 692.

Considerações.

1648
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Neste trecho o Mestre Djwhal Khul faz um resumo do que já falou a respeito das três
tríades ou fleiras de pétalas ou vórtices do loto egoico e das três Aulas, e dá mais
ensinamentos de grande importância e valiosa aplicação na aceleração da evolução do
homem, a Mônada encarnada, e da liberação dos três mundos inferiores, físico, astral e
mental.

Inicialmente o Mestre diz que os grupos egoicos em cujos lotos egoicos as pétalas ou
vórtices da tríade externa de Conhecimento estão sendo organizadas e desenvolvidas
fcam sob a infuência primária do Mahachohan, o Senhor da Civilização, aqueles nos
quais o aspecto Amor ou a segunda fleira de pétalas, a tríade intermédia de Amor, está
se abrindo, fcam sob a infuência primária do Bodhisattva, o Instrutor do Mundo, com o
desenvolvimento do conhecimento paralelamente ao trabalho; devemos recordar que
os três aspectos são desenvolvidos sob a infuência primária e forte de um aspecto,
pois as três pétalas de cada fleira expressam os três aspectos sob a infuência do
aspecto da tríade como um todo; assim, na tríade de Amor, temos a pétala de
Amor/Conhecimento, a de Amor/Amor e a de Amor/Sacrifício ou Vontade. Portanto o
Mestre deixa bem claro que quando a segunda fleira de pétalas, a tríade intermédia de
Amor, está se abrindo, o conhecimento é reforçado e expandido através da atividade
da pétala Amor/Conhecimento, sob a infuência primária do Bodhisattva,
permanecendo a infuência secundária do Mahachohan.

Enquanto a terceira fleira, a tríade interna de Sacrifício ou Vontade, está se abrindo, os


grupos egoicos, em cujos lotos egoicos está ocorrendo esta abertura, fcam sob a
direção da energia do Manu, com os outros dois tipos de força coordenados, as forças
do Mahachohan e do Bodhisattva. O Conhecimento e o Amor são coordenados e são
utilizados unidos para o bem da humanidade.

É evidente que na abertura da tríade interna de Sacrifício ou Vontade, sob a direção da


energia do Manu, atuam secundariamente a energia do Mahachohan, através da pétala
de Sacrifício/Conhecimento, e a do Bodhisattva, através da pétala de Sacrifício/Amor.

As três tríades se comunicam. Quando a tríade externa de Conhecimento está


plenamente aberta e ativa, a energia dela, guiada pela força ou energia do
Mahachohan, colabora na coordenação e no desenvolvimento e na abertura da tríade
intermédia de Amor, sob a guia da energia do Bodhisattva.

Quando as tríades externa de Conhecimento e a intermédia de Amor estão plenamente


ativas e abertas, as energias delas, guiadas pelas energias do Mahachohan e do
Bodhisattva respectivamente, colaboram na coordenação, no desenvolvimento e na

1649
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
abertura da tríade interna de Sacrifício ou Vontade, sob a guia da energia do Manu.

Os três Guias Departamentais, o Mahachohan, o Senhor da Civilização, no Aspecto


Inteligência, o Bodhisattva, o Cristo, o Instrutor do Mundo, no Aspecto Amor-Sabedoria,
e o Manu, no Aspecto Vontade, nessa tarefa de guiar o desenvolvimento e a abertura
das três tríades dos lotos egoicos das Mônadas humanas, trabalham em exata
coordenação.

É evidente para o leitor atento, como diz o Mestre, que nesse trabalho conjunto se
encontra oculto o segredo de porque o Mahachohan mantém cargo mais longamente
que qualquer de Seus dois Irmãos, mantendo-o enquanto Ele atua por um período
mundial inteiro. A chave para estes ciclos está oculta nos seguintes conceitos: o
Bodhisattva e o Manu mudam mais frequentemente e passam adiante a outro trabalho
devido ao fato de que Cada um deles personifca um tipo de tríplice força, enquanto
que o Mahachohan é o ponto focal para cinco tipos de energia, cada um em seu tríplice
giro em natureza, ou seja, de natureza tríplice.

Em cada caso de desenvolvimento de pétala, certos tipos de força são gerados,


tratados juntos, assimilados e usados, primeiramente inconscientemente e fnalmente
com plena inteligência.

Na Aula da Ignorância a força da energia de Brahma (a atividade e a inteligência da


substância) é a que é mais tratada, e o homem, a Mônada encarnada, tem de aprender
o signifcado da atividade baseada em:

a. energia inerente, inata, não nascida, a que já está no interior da substância quando
ela é utilizada para algum objetivo, por exemplo, construir uma forma,

b. energia absorvida, a energia que entra em contato com a substância e penetra


nela, por exemplo, o prana, que é absorvido pelo chacra esplênico ou do baço e é
distribuído por ele para as células do corpo físico denso, outro exemplo, uma onda
eletromagnética ao atingir uma antena gera corrente elétrica nela,

c. energia grupal, a energia irradiada pelo grupo, por exemplo, no mundo mental
superior ou causal os grupos egoicos irradiam energias que afetam outros grupos
egoicos,

d. energia material, ou a que está oculta na matéria do plano físico, a do interior do

1650
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
átomo físico, por exemplo, o fogo por fricção; a energia liberada pela bomba atômica
e pela bomba de fusão, a energia nuclear, é esta energia material.

Estudo 633

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o parágrafo: "Na Aula da
Aprendizagem o discípulo é consciente de, e emprega a energia do segundo aspecto
na construção da forma,...................e não como algo a ser consciente e construtivamente
utilizado.", na página 692.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul inicialmente ensina o que é feito pelo discípulo na
Aula da Aprendizagem, sob a infuência da energia do Bodhisattva, a energia primária, e
da energia do Mahachohan, a energia secundária, que atuou na abertura da Tríade
externa de Conhecimento, a primeira fleira, continuando a colaboração do Mestre e do
Ego implicado. Esta aula é denominada Senda de Provação e nela o corpo astral ou
emocional é muito utilizado.

O discípulo se torna consciente da energia do segundo aspecto, Amor, e a utiliza na


construção da forma (os corpos são formas), nos relacionamentos sociais e familiares
e em outras afliações grupais. Ele adquire o verdadeiro conhecimento do sexo e das
suas relações, ou seja, o conhecimento dos objetivos do sexo dentro do processo
evolutivo do Ego utilizando o corpo físico para o desenvolvimento do segundo aspecto.
Todavia ainda considera esta força (que se manifesta através do sexo) como algo a ser
controlado e não como algo a ser utilizado com plena consciência e construtivamente.
Quando o discípulo consegue considerar que deve utilizar esta energia do segundo
aspecto com plena consciência e para construir e passa a se esforçar para tal, ele
começa a aprender o processo de atuação desta energia e a manipulá-la
experimentalmente. Com este novo comportamento o discípulo adquire muitos
conhecimentos e desenvolve novas qualidades, contribuindo mais intensamente para a
coordenação e abertura das pétalas ou vórtices da Tríade intermédia de Amor e
preparando-se para o ingresso na Aula da Sabedoria, na qual as pétalas ou vórtices da
Tríade interna de Sacrifício são organizadas, desenvolvidas, coordenadas e abertas,

1651
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dentro da Senda da Iniciação, aproximando-se da Grande Libertação, a libertação dos
três mundos inferiores, a quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar, a
partir da qual passa a evoluir como Mônada liberada nos mundos superiores,
começando pelo mundo ou plano búdico.

Estudo 634

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES E OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Na Aula da
Sabedoria o iniciado vem para o conhecimento do primeiro grande aspecto da
energia,", na página 692, até ", e as complexidades de seu mecanismo são reveladas.",
na página 693.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá valiosos ensinamentos sobre os conhecimentos


adquiridos pelo iniciado na Aula da Sabedoria, a abertura dos vórtices ou pétalas da
Tríade interna de Sacrifício, o maior desenvolvimento da Vontade e sua sábia utilização.

O Mestre deixa bem claro que ao ingressar na Aula da Sabedoria o discípulo já se


tornou um iniciado, portanto para ingressar nesta Aula o discípulo tem que se preparar
para receber a iniciação.

O iniciado aprende o emprego dinâmico da Vontade no sacrifício, o primeiro grande


aspecto da energia. A energia tem três aspectos: Vontade (Atma, primeiro aspecto),
Amor-Sabedoria (Budi, segundo aspecto) e Atividade Inteligente (Manas, terceiro
aspecto). Ao concluir a Aula da Aprendizagem o discípulo conseguiu transmutar o
conhecimento em sabedoria e então pode expandir a sabedoria na Aula da Sabedoria.

É confada a ele a chave do tríplice mistério da energia, como diz o Mestre, ou seja, lhe
é ensinado o processo de descobrir e entender a tríplice manifestação da energia, por
meio do qual ele aprende como a energia atua através de três modalidades no corpo
físico cósmico do Logos solar, o sistema solar como um todo, ou seja, incluindo os sete
planos: físico (sólido cósmico), astral (líquido cósmico), mental (gasoso cósmico),
búdico (quarto éter cósmico), átmico (terceiro éter cósmico), monádico (segundo éter
cósmico) e adi (primeiro éter cósmico ou atômico físico cósmico). Esta atuação tríplice

1652
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da energia é a atuação dos três fogos: elétrico, solar e por fricção. Estas três chaves
são proporcionadas ao iniciado nas Iniciações terceira, quarta e quinta, como diz o
Mestre. Entendemos que na terceira Iniciação, a Transfguração, a primeira solar, é
proporcionada ao iniciado a chave do mistério do terceiro aspecto, na quarta Iniciação,
a Renúncia, a segunda solar, é proporcionada a chave do mistério do segundo aspecto,
e na quinta Iniciação, a Revelação, a terceira solar, é proporcionada a chave do mistério
do primeiro aspecto.

O Mestre diz que nas aulas anteriores, da Ignorância e da Aprendizagem, o iniciado era
consciente desta energia em seu tríplice aspecto. Na Aula da Ignorância ele se tornou
consciente do aspecto Atividade Inteligente (Manas) da energia nos seus três
subaspectos através da atividade das pétalas de Conhecimento/Conhecimento,
Conhecimento/Amor e Conhecimento/Sacrifício. Na Aula da Aprendizagem ele se
tornou consciente do aspecto Amor-Sabedoria (Budi) da energia nos seus três
subaspectos através da atividade das pétalas de Amor/Conhecimento, Amor/Amor e
Amor/Sacrifício.

Há uma perfeita lógica na afrmação do Mestre de que nas terceira, quarta e quinta
Iniciações serão proporcionadas ao iniciado as chaves dos três mistérios. Na terceira
Iniciação o iniciado está focalizado na mente e experimentou intensamente o mundo
mental ou manásico, o gasoso cósmico, e efetuou a fusão do fogo solar com o fogo por
fricção, e portanto pode conhecer o segredo do fogo da matéria, o mistério de Brahma,
o segredo do terceiro aspecto. Na quarta Iniciação o iniciado está focalizado em sua
consciência búdica e experimentou intensamente o mundo búdico, o quarto éter
cósmico e sede por excelência do fogo solar, e portanto pode conhecer o segredo
deste fogo, o segredo do segundo aspecto. Na quinta Iniciação o iniciado está
focalizado em sua consciência átmica e experimentou intensamente o mundo átmico, o
terceiro éter cósmico e sede por excelência do fogo elétrico, e portanto pode conhecer
o segredo deste fogo, o segredo do primeiro aspecto. O mundo átmico é o mundo de
Atma, Vontade.

Ao receber a terceira Iniciação o iniciado pode liberar as energias ocultas na


substância atômica. Entendemos que esta liberação pelo iniciado das energias ocultas
na substância atômica é feita pelo uso da mente, sem precisar de aparelhos físicos. Ao
receber a quarta Iniciação o iniciado, ao descobrir o mistério do sexo, o segredo do
segundo aspecto, pode liberar as forças ocultas em todas as formas, as forças
geradas pelo fogo solar. Ao receber a quinta Iniciação o iniciado, ao descobrir o
mistério do sacrifício e o segredo dos Observadores Silenciosos do cosmos, pode

1653
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
liberar as energias ocultas do aspecto vontade. Entendemos que os Observadores
Silenciosos do cosmos são Entidades que trabalham com as energias do aspecto
vontade, por exemplo o Avatar solar kármico. Ao aprender o funcionamento do dínamo
do sistema solar, como diz o Mestre, e as complexidades de seu mecanismo, o iniciado
descobre muitos mistérios científcos no campo da astrofísica, como os existentes no
centro da galáxia, e a real estrutura do nosso Sol, e entende o funcionamento dos
centros de energia do Logos cósmico, os quais são expressões de Entidades cósmicas
que trabalham para o Logos cósmico. O que o iniciado da quinta Iniciação aprende é
um cabedal incalculável e imenso de conhecimentos.

Estudo 635

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "Os três mistérios fundamentais do
sistema solar são os seguintes:", na página 693, até "O mistério da eletricidade
concerne à "vestidura" de Deus, assim como o mistério da polaridade concerne a Sua
"forma". ", na página 694.

"Os três mistérios fundamentais do sistema solar são os seguintes:

1. O mistério da eletricidade. O de Brahma. O segredo do terceiro aspecto. Latente no


sol físico.

2. O mistério da polaridade, o do impulso sexual universal. O segredo do segundo


aspecto. Latente no Coração do Sol, quer dizer, no Sol subjetivo.

3. O mistério do fogo mesmo, ou a força dinâmica central do sistema. O segredo do


primeiro aspecto. Latente no Sol central espiritual.

Os três mistérios mencionados, num sentido particular, estão sob a jurisdição de certos
grandes Senhores ou Existências, os quais têm a seu cargo revelar o mistério aos
iniciados que já estão preparados e que se encontram sob Sua infuência durante as
etapas fnais do Caminho.

Existem três chaves para desentranhar o mistério da eletricidade; cada uma delas está
na posse de um dos Budas de Atividade, os quais têm a prerrogativa de controlar as
forças elétricas do plano físico e o direito de dirigir as três correntes principais deste

1654
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tipo de força em conexão com nosso globo atual. Estas três correntes concernem à
substância atômica, com a qual estão construídas todas as formas. Em relação com
nossa cadeia, existem três Entidades misteriosas (das quais nossos três Pratyeka
Buddhas constituem unicamente os refexos na terra) que desempenham uma função
similar em relação com as forças elétricas da cadeia. No esquema existem três
Existências que colaboram com o Logos planetário, as quais sintetizam Seu terceiro
Aspecto e em consequência realizam uma tarefa similar à realizada no sistema solar
pelos três aspectos de Brahma. O mistério deste tríplice tipo de eletricidade tem
grande vinculação com os Construtores menores e com a essência elemental num
aspecto particular - o mais inferior e o mais recôndito para a compreensão do homem,
pois encerra o segredo do que "subjaz" ou "se acha detrás" de todo o objetivo.
Secundariamente concerne às forças contidas nos éteres, as quais energizam e
produzem a atividade que desdobram os átomos. Outro tipo concerne ao fenômeno
elétrico que encontra sua expressão na luz, controlada de certa maneira pelo homem
nos fenômenos tais como as tormentas elétricas e os relâmpagos, na aurora boreal e
nos terremotos e em toda atividade vulcânica. Todas estas manifestações se baseiam
sobre algum tipo de atividade elétrica e têm a ver com a "alma das coisas" ou com a
essência da matéria. O Antigo Comentário diz:

"A vestidura de Deus se abre pela energia de Seus movimentos revelando o verdadeiro
Homem; sem embargo fca oculto para aquele que conhece o segredo do homem tal
como existe em seu próprio autorreconhecimento."

O mistério da eletricidade concerne à "vestidura" de Deus, assim como o mistério da


polaridade concerne a Sua "forma".

Estudo 636

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Os três mistérios
fundamentais do sistema solar são os seguintes:", na página 693, até: "e que se
encontram sob Sua infuência durante as etapas fnais do Caminho.", na página 693.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul, ao tratar dos três mistérios fundamentais do

1655
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sistema solar, propicia muitos ensinamentos de grande utilidade para o entendimento
dos fenômenos que ocorrem no planeta e também nas estrelas, se assimilados através
da mente abstrata dentro do mundo dos signifcados, como recomenda o Mestre.

O mistério da Eletricidade é o de Brahma, o terceiro aspecto. O Mestre diz que este


segredo está latente no sol físico, o que deixa bem claro que o conhecimento da real
estrutura total do sol é de grande importância, a estrutura física densa e etérica, pois a
energia provém da parte etérica do sol e é distribuída para todo o sistema solar. O
Mestre, na página 75 do Tratado, dá muitos ensinamentos a respeito da energia do Sol,
ensinamentos de grande utilidade para o entendimento do mistério da Eletricidade,
devendo ser correlacionados com os ensinamentos que o Mestre dá neste trecho
sobre o mistério da eletricidade.

O mistério da Polaridade é o do impulso sexual universal, do segundo aspecto, e está


latente no Coração do Sol, o Sol subjetivo. Entendemos este Sol subjetivo como a
matéria astral cósmica do corpo astral cósmico do Logos solar, a qual envolve o Sol,
pois o segundo aspecto do Logos solar se manifesta intensamente através do Seu
corpo astral cósmico.

O mistério do Fogo mesmo é o da força dinâmica central do sistema, do primeiro


aspecto, e está latente no Sol central espiritual. Entendemos este Sol central espiritual
como a matéria mental cósmica do corpo mental cósmico do Logos solar, a qual
envolve o Sol, pois o primeiro aspecto do Logos solar se manifesta intensamente
através do Seu corpo mental cósmico.

O Mestre diz que estes três mistérios estão num sentido particular sob a jurisdição de
certos grandes Senhores ou Existências, os quais têm a seu cargo revelar o mistério
aos iniciados que já estão preparados e que se encontram sob Sua infuência durante
as etapas fnais do Caminho. Entendemos que estes grandes Senhores ou Existências
trabalham com estas energias para o Logos solar e portanto conhecem a natureza e o
processo de atuação destas energias, dentro do Propósito do Logos solar. Eles revelam
os mistérios aos iniciados preparados, aos quais são proporcionadas as chaves dos
três mistérios nas terceira, quarta e quinta Iniciações, como diz o Mestre na página 692
do Tratado. Entendemos que os mistérios são revelados a estes iniciados, para que eles
trabalhem com estas energias, para o Logos planetário. É bem evidente que este
trabalho é imensamente gratifcante, pois trabalhar para o Logos planetário,
manipulando com plena consciência energias superiores, faz vibrarem em alta
frequência as envolturas utilizadas pelos iniciados para se relacionarem com as

1656
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
matérias por meio das quais as energias fuem, o que é a vivência da vida muito mais
plena e muito mais elevada.

Estudo 637

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Existem três
chaves para desentranhar o mistério da eletricidade;", na página 693, até "que
desempenham uma função similar em relação com as forças elétricas da cadeia.", na
página 693.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá muitos ensinamentos de grandes importância e


utilidade sobre o mistério da eletricidade, o segredo do terceiro aspecto, latente no sol
físico. O Mestre diz que os três Budas de Atividade, os Budas Pratyeka, são os
detentores das três chaves deste mistério, e têm a prerrogativa de controlar as forças
elétricas do plano físico e o direito de dirigir as três correntes principais deste tipo de
força em conexão com nosso globo atual, a Terra. O Mestre diz em outro livro Seu que
os três Budas de Atividade, os Budas Pratyeka, são encarregados de receber as
energias dos Triângulos planetários e irradiá-las para a Hierarquia planetária e para o
planeta. Entendemos que nestas atividades destes Budas há uma conexão. Eles
trabalham em Shamballa sob a direção de SANAT KUMARA, o Senhor do Mundo, o Qual
constitui a encarnação do nosso Logos planetário, e portanto é encarregado de
executar o Propósito do Logos planetário. Consequentemente os Budas de Atividade,
em Sua atividade com as forças elétricas, também executam o Propósito do Logos
planetário.

O Mestre diz que estas três correntes concernem à substância atômica, com a qual são
construídas todas as formas, incluindo os corpos humanos, o que nos faz deduzir que
há um forte relacionamento entre estes Budas e os Pitris lunares constituintes dos
corpos humanos, em diversos níveis.

O Mestre diz que estes três Budas Pratyeka constituem unicamente os refexos na
Terra de três Entidades misteriosas que desempenham uma função similar em relação
com as forças elétricas da cadeia. Portanto estes Budas estão ligados a estas

1657
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Entidades misteriosas, Cujo trabalho é aplicado a toda a cadeia. Como a cadeia tem
sete rondas, há um trabalho específco destas Entidades na atual ronda, a quarta,
trabalho específco que faz parte do Planejamento do Logos planetário para a atual
cadeia, a quarta. Portanto a atividade destes três Budas Pratyeka com as forças
elétricas do plano físico e com as três correntes principais deste tipo de força em
conexão com a Terra está enquadrada no trabalho específco das Entidades
misteriosas na atual ronda.

O estudo profundo da atividade destes três Budas Pratyeka através da mente abstrata
com base nos elevados ensinamentos do Mestre abre a nossa mente para o
entendimento dos fenômenos elétricos que ocorrem na Terra, os quais são muitos.

Estudo 638

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "No esquema
existem três Existências que colaboram com o Logos planetário, as quais sintetizam
Seu terceiro Aspecto e em consequência realizam uma tarefa similar à realizada no
sistema solar pelos três aspectos de Brahma.", na página 693, até ", na aurora boreal e
nos terremotos e em toda atividade vulcânica.", na página 693.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que no esquema, nosso esquema planetário, o
da Terra, três Entidades colaboram com o nosso Logos planetário e sintetizam Seu
terceiro Aspecto, Atividade Inteligente, e em consequência realizam uma tarefa similar
à realizada no sistema solar pelos três aspectos de Brahma. Brahma é o terceiro
Aspecto do Logos solar, portanto três aspectos de Brahma signifcam três subaspectos
do terceiro Aspecto do Logos solar.

As três Entidades que colaboram com o Logos planetário e sintetizam Seu terceiro
Aspecto, sintetizam os três subaspectos do terceiro Aspecto do Logos e trabalham
com o tríplice tipo de eletricidade.

O Mestre na página 34 do Tratado Sobre Fogo Cósmico diz o seguinte:

"Este tríplice sistema solar pode ser descrito em termos de três aspectos, ou (segundo

1658
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
o denomina a teologia cristã) de três pessoas.

FOGO ELÉTRICO OU ESPÍRITO

1ª Pessoa......Padre. Vida. Vontade. Propósito. Energia positiva.

FOGO SOLAR OU ALMA

2ª Pessoa......Filho. Consciência. Amor-sabedoria. Energia equilibrada.

FOGO POR FRICÇÃO OU CORPO OU MATÉRIA

3ª Pessoa......Espírito Santo. Forma. Inteligência ativa. Energia negativa.


Cada um destes três se manifesta também em forma tríplice, totalizando

a. as nove Potestades ou Emanações,


b. os nove Sephiroth,
c. as nove causas da Iniciação."
Na Página 430 do Tratado Sobre Fogo Cósmico o Mestre diz o seguinte:

"c. Os planos e os três fogos. Falando em forma relativa, em cada plano temos:

a. Fogo elétrico manifestando-se como o estado primitivo dos três superiores.


b. Fogo por fricção como o fator mais signifcativo dos três inferiores.
c. Fogo solar que surge como labareda produzida pela união no plano central."
Com base nestes ensinamentos do Mestre nas páginas 34 e 430 do Tratado Sobre
Fogo Cósmico, entendemos o tríplice tipo de eletricidade como o tríplice fogo da
matéria, o fogo por fricção.

Este tríplice fogo por fricção é:

1. fogo por fricção/elétrico, vinculado com o subaspecto Vontade do terceiro Aspecto,


2. fogo por fricção/solar, vinculado com o subaspecto Amor-sabedoria do terceiro
Aspecto,
3. fogo por fricção/por fricção, vinculado com o subaspecto Atividade Inteligente ou
Inteligência ativa do terceiro Aspecto.

Interpretamos subaspecto de um aspecto como um aspecto se manifestando através


de e sob a direção de outro aspecto, por exemplo, o subaspecto Atividade Inteligente
do aspecto Vontade é o aspecto Atividade Inteligente se manifestando através de e
sob a direção do aspecto Vontade, em outras palavras, o aspecto Vontade utilizando e

1659
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dirigindo o aspecto Atividade Inteligente, a Vontade comandando Manas.

Quando o aspecto se manifesta e atua sozinho, seu subaspecto é ele próprio, por
exemplo, o subaspecto Vontade do aspecto Vontade é a Vontade se manifestando e
atuando sozinha, a manifestação exclusiva do Poder.

O Mestre diz que o mistério do tríplice tipo de eletricidade tem grande vinculação com
os Construtores menores e com a essência elemental num aspecto particular, o mais
inferior e o mais recôndito para a compreensão do homem, pois encerra o segredo do
que subjaz em todo o objetivo.

Os Construtores menores são aqueles que aplicam na essência elemental a energia


recebida dos Construtores maiores, que transmitem a vontade de Deus, o Logos. A
essência elemental é a soma total da substância viva do plano. Entendemos que o
Mestre está se referindo à matéria física, a mais inferior, ao dizer que num aspecto
particular, o mais inferior, o mistério do tríplice tipo de eletricidade tem grande
vinculação com os Construtores menores e a essência elemental. Este aspecto
particular também é o mais recôndito para a compreensão do homem, porque encerra
a explicação (o segredo) da construção dos Construtores menores utilizando a
essência elemental.

Entendendo claramente através da mente abstrata como atua o tríplice fogo da


matéria, o fogo por fricção e como agem os Construtores maiores e menores e a
aplicação da energia nas vidas menores que constituem a essência elemental, fca mais
fácil entender o mistério da tríplice eletricidade.

O entendimento da triplicidade do átomo químico, explicada pelo Mestre na página 34


do Tratado Sobre Fogo Cósmico, também ajuda no entendimento do mistério da tríplice
eletricidade no mundo físico. Esta triplicidade do átomo químico é uma manifestação
dos três aspectos do Todo, como diz o Mestre. O átomo químico é composto de um
núcleo positivo, elétrons negativos orbitando em torno do núcleo e toda a manifestação
externa, resultado da relação existente entre o núcleo e os elétrons.

Como os Construtores menores são encarregados da construção das formas, achamos


que o aspecto particular, o mais inferior e o mais recôndito para a compreensão do
homem, é o do tipo da eletricidade relacionada com o fogo por fricção/por fricção.

O Mestre diz que o tríplice tipo de eletricidade secundariamente concerne às forças


contidas nos éteres, os quais energizam e produzem a atividade desenvolvida pelos
átomos. Como os átomos químicos se unem formando as moléculas e os compostos

1660
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
químicos, achamos que este tipo de eletricidade está relacionado com o fogo por
fricção/solar.

O Mestre diz que outro tipo de eletricidade concerne ao fenômeno elétrico que
encontra sua expressão na luz, controlada em certa maneira pelo homem, nos
fenômenos tais como as tormentas elétricas e os relâmpagos, na aurora boreal e nos
terremotos e em toda atividade vulcânica. Achamos que este tipo de eletricidade está
relacionado com o fogo por fricção/elétrico.

A luz está bem controlada pelo homem, pois os cientistas desenvolveram tecnologia
para a construção das lâmpadas fuorescentes e eletrônicas. Os cientistas já sabem
como os relâmpagos são produzidos. Na nuvem cumulonimbus é produzida uma carga
elétrica de alta voltagem, a qual produz o relâmpago quando os elétrons se deslocam.
Os vulcões ativos também podem provocar relâmpagos.

Estudo 639

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Todas estas
manifestações são baseadas sobre algum tipo de atividade elétrica...", nas páginas 693
e 694, até: "O mistério da eletricidade concerne à "vestidura" de Deus, assim como o
mistério da polaridade concerne a Sua "forma".", na página 694.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul resume este tema sobre o mistério do tríplice tipo
de eletricidade, ou seja, Ele faz a síntese. O Mestre diz que todas as manifestações
citadas são baseadas sobre algum tipo de eletricidade e têm a ver com a "alma das
coisas" ou com a essência da matéria.

As manifestações citadas são:

1. O trabalho dos Construtores menores e a essência elemental.


2. A atividade dos átomos.
3. Luz, tormentas elétricas, relâmpagos, aurora boreal, terremotos e atividade
vulcânica.

Na página 498 do Tratado Sobre Fogo Cósmico o Mestre dá ensinamentos sobre o

1661
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
mistério da eletricidade, os Construtores maiores e os Construtores menores, dando a
entender que na atividade destes Construtores está o mistério da eletricidade. São
ensinamentos muito importantes e úteis.

Na página 33 do Tratado Sobre Fogo Cósmico, em POSTULADOS DE INTRODUÇÃO, o


Mestre diz o seguinte:

"A totalidade deste Universo manifestado compreende três aspectos:


1. O Primeiro Logos Cósmico, impessoal e não manifestado, o precursor do
Manifestado.
2. O Segundo Logos Cósmico, Espírito-Matéria, Vida, o Espírito do Universo.
3. O Terceiro Logos Cósmico, Ideação Cósmica, a Alma Universal do Mundo.

Destes princípios criadores fundamentais surgem correlativamente, em sucessivas


graduações, inumeráveis universos que encerram incontáveis estrelas e sistemas
solares em manifestação.

Cada sistema solar é a manifestação da energia e da vida de uma grande Existência


cósmica a quem denominamos, por falta de melhor termo, Logos solar."

Estas palavras do Mestre deixam bem claro que a "alma das coisas" ou a essência da
matéria é constituída pelas energias dos segundo e terceiro aspectos do nosso Logos
solar, em nosso sistema solar, sendo essas energias manipuladas pelos devas
Construtores maiores e menores e energizam as pequenas vidas dévicas que
constituem a substância, a matéria.

Analisando as palavras do Antigo Comentário deduzimos que a vestidura de Deus,


nosso Logos solar, é a matéria através da qual Ele se manifesta, e a energia que produz
os movimentos dela, a medida que é intensifcada e elevada em frequência oscilatória,
refnando a matéria, revela o verdadeiro Homem, a Mônada encarnada, todavia
permanecendo oculta esta revelação para quem conhece o segredo do homem, sua
natureza, apenas como existe no reconhecimento de si mesmo, ou seja, reconhecendo-
se apenas na parte material.

Conforme o Mestre diz, o mistério da eletricidade concerne à vestidura de Deus, nosso


Logos solar, a qual é a matéria através da qual Ele se manifesta, assim como o mistério
da polaridade concerne a Sua forma, pois para existir a forma tem que existir
polaridade, para que as diversas partes de matéria se unam constituindo a forma.

1662
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 640

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "No mistério da Polaridade se
manifestam três tipos de força,", na página 694, até: "Este método de interpretação é
aplicável ademais a todas as existências que se manifestam em qualquer plano do
sistema e do cosmos.", na página 694.

"No mistério da Polaridade se manifestam três tipos de força, sendo evidente que os
dois mistérios têm a ver com as seis forças. Estes três tipos de força são manipulados
pelos Budas de Amor, os quais por meio de Seu sacrifício ocupam-se do problema do
sexo ou da "aproximação magnética" em todos os planos. O Buda a quem nos
referimos e que entra em contato com Seu povo durante a Lua cheia de Wesak, é um
dos três que estão relacionados com nosso globo, tendo ocupado o lugar de Aquele
que passou a realizar um trabalho superior em conexão com a cadeia, pois existe a
mesma graduação hierárquica como a vinculada aos Budas de Ação. Um grupo poderia
ser considerado como os divinos Carpinteiros do sistema planetário, o outro como os
divinos Armadores de suas partes, sendo Os que unem a diversidade e constroem com
ela a forma devido à infuência magnética que manejam.

As atuais ideias referentes ao Sexo devem ser transmutadas e elevadas de seu atual
signifcado inferior a sua verdadeira signifcação. O Sexo - nos três mundos - tem a ver
com o trabalho dos Pitris lunares e dos Senhores solares. Signifca essencialmente o
trabalho de construir formas com substância e sua energização pelo aspecto espiritual,
e também a elevação do aspecto matéria pela infuência do espírito, pois ambos
desempenham sua legítima função colaborando e produzindo - mediante sua união e
fusão - o Filho em toda Sua glória. Este método de interpretação é aplicável ademais a
todas as existências que se manifestam em qualquer plano do sistema e do cosmos."

Estudo 641

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: " No mistério da
Polaridade se manifestam três tipos de força,", na página 694, até ", sendo Os que

1663
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
unem a diversidade e constroem com ela a forma devido à infuência magnética que
manejam.", na página 694.

Considerações.

Neste trecho o Mestre dá informações sobre o mistério da Polaridade, dentro do


segundo aspecto, Amor-Sabedoria, relacionado com o Coração do Sol.

O Mestre diz que neste mistério se manifestam três tipos de força. A polaridade é
expressão do segundo aspecto, porque para haver amor tem que haver dualidade de
polos, para haver atração.

Cada aspecto se manifesta de forma tríplice, e um exemplo disto é o loto egoico com
suas três tríades tríplices: a tríade externa de Conhecimento (terceiro aspecto) com
três pétalas ou vórtices, a intermédia de Amor (segundo aspecto) com três pétalas e a
interna de Sacrifício (primeiro aspecto) com três pétalas. Cada pétala de uma tríade é
expressão de um aspecto da tríade.

Portanto os três tipos de energia ou força citados pelo Mestre que se manifestam no
mistério da Polaridade estão relacionados com os três aspectos. Assim os três tipos de
energia da polaridade são:

1. Polaridade atuando através da Vontade.


2. Polaridade atuando através do Amor, polaridade pura.
3. Polaridade atuando através da Atividade Inteligente (Manas).

Interpretamos esses três tipos de energia da polaridade como manifestações dos três
tipos de fogo solar: fogo solar/elétrico, fogo solar/solar e fogo solar/por fricção. O
fogo solar é manifestação do segundo aspecto, Amor-Sabedoria.

O Mestre diz que os três Budas de Amor, de Shamballa, são os manipuladores dessas
energias da polaridade. Eles através de Seu sacrifício ocupam-se do problema do sexo
ou da "aproximação magnética" em todos os planos, como diz o Mestre.

O Mestre, ao comparar sexo com aproximação magnética, dá a entender que sexo é


uma forma de aproximação magnética.

O Mestre, ao dizer que os três Budas de Amor por meio de Seu sacrifício ocupam-se do
problema do sexo ou da "aproximação magnética" em todos os planos, deixa bem claro
que Eles trabalham nas três matérias que envolvem a Terra, as matérias física (sólida
ou densa cósmica), astral (líquida cósmica) e mental (gasosa cósmica), pois Eles são
Auxiliares do Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, o Representante do Logos planetário

1664
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do esquema planetário da Terra. Este trabalho de fato é sacrifício para Eles, como diz o
Mestre, pois Eles podiam estar em Seu esquema planetário de origem, o esquema
planetário de Vênus. A palavra sacrifício tem sua origem nas palavras latinas sacer,
sacra, sacrum, que signifcam sagrado, e fctio, fctionis, que signifca criação,
formação. Portanto sacrifício pela sua origem latina signifca tornar sagrado.
Realmente os Budas de Amor realizam um trabalho sagrado, pois trabalham para o
nosso Logos planetário.

O Mestre diz que o Senhor Buda, Aquele que foi Sidarta Gautama, passou a realizar um
trabalho superior em conexão com a cadeia. Ele realiza este trabalho superior na atual
cadeia do esquema da Terra, a quarta cadeia planetária, dentro da meta dela,
mantendo o cargo de Buda, atividade na área do segundo aspecto, Amor-Sabedoria.
Portanto a Sua atividade se expandiu e se elevou.

Interpretamos os divinos Carpinteiros como os Budas de Ação, que trabalham na área


do terceiro aspecto, Atividade Inteligente, preparando a matéria nos dois polos, e os
divinos Armadores como os Budas de Amor, que trabalham na área do segundo
aspecto, Amor-Sabedoria, unindo as matérias dos dois polos e construindo as formas,
por meio da energia magnética que manejam. Este tema é muito útil e importante para
meditação, porque esta meditação propiciará muitos esclarecimentos a respeito das
formas nos três mundos inferiores, físico, astral e mental inferior.

Estudo 642

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "As atuais ideias
referentes ao Sexo devem ser transmutadas e elevadas de seu atual signifcado
inferior a sua verdadeira signifcação.", na página 694, até "Este método de
interpretação é aplicável ademais a todas as existências que se manifestam em
qualquer plano do sistema e do cosmos.", na página 694.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá elevados ensinamentos sobre o Sexo, de grande
utilidade para acelerar a evolução do ser humano. Ele diz que as atuais ideias
referentes ao Sexo devem ser transmutadas e elevadas de seu atual signifcado

1665
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
inferior a sua verdadeira signifcação, o que dá a entender que o Sexo não se limita à
parte física, mas tem uma signifcação muito elevada, dentro do ponto de vista
esotérico e espiritual, pois o Mestre diz que o Sexo, nos três mundos, tem a ver com o
trabalho dos Pitris lunares e dos Senhores solares, existindo portanto Sexo nos
mundos astral e mental, além do mundo físico, dentro do trabalho dos Pitris lunares e
dos Senhores solares, que são os construtores das formas.

O Mestre diz que o Sexo signifca essencialmente o trabalho de construir formas com
substância e sua energização pelo aspecto espiritual, para que o aspecto espiritual
possa se manifestar, elevando o aspecto matéria pela infuência do espírito, a Mônada,
pois ambos desempenham sua legítima função colaborando e produzindo, mediante
sua união e fusão, o Filho em toda Sua glória, o Ego em toda Sua glória.

O Mestre diz que este método de interpretação é aplicável ademais a todas as


existências que se manifestam em qualquer plano do sistema e do cosmos. Portanto
podemos aplicar esses elevados conceitos do Mestre aos Logos, o que requer muita
capacidade de mente abstrata e grande habilidade de atuar no mundo dos signifcados
e das energias, fora do mundo físico.

Se aplicarmos esses elevados conceitos do Mestre ao relacionamento entre o nosso


Logos planetário e o do esquema de Vênus, não podemos fcar restritos à parte física,
sendo imprescindível considerarmos as partes superiores e sutis, ou seja, as matérias
astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi. Em nível mais elevado temos também
que considerar a matéria astral cósmica, pois os Logos planetários têm Seus corpos
astrais cósmicos, nos quais ocorrem Suas emoções cósmicas.

Estudo 643

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - De: "No conceito do Sexo encontram-se encerrados
certos fatores que poderiam ser enumerados da maneira seguinte:", na página 694, até
"e perpetuar aquilo que é necessário para o sustento da geração cósmica.", no fnal da
página 695.

"No conceito do Sexo encontram-se encerrados certos fatores que poderiam ser
enumerados da maneira seguinte:

1666
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. Atração mútua.
b. Adaptabilidade complementária.
c. Atração instintiva.
d. Aproximação e colaboração reconhecida.
e. União.
f. A próxima etapa é onde adquire importância momentânea o aspecto matéria ou
Mãe, o aspecto feminino.
g. O retraimento do Pai a um retiro temporário.
h. O trabalho de criar o Filho.
i. A evolução e o crescimento do Filho, tanto na matéria como na consciência.
j. O Filho se emancipa da Mãe, ou a alma madura se libera da matéria.
k. O Filho é reconhecido pelo Pai, retornando ao Pai.
O resultado fnal destas sucessivas etapas consiste em que os três aspectos
desempenharam sua função (seu darma) no plano físico e os três expressaram certo
tipo de energia.

O aspecto Pai se manifesta quando é dado o impulso inicial, a expressão elétrica


positiva, o germe do Filho criado, cuja Vida está personifcada no Filho. Muito pouco
tem sido compreendido o signifcado oculto das palavras "O que Me viu, viu o Pai, pois,
Eu e Meu Pai somos Um", (74) pronunciadas pelo Cristo ao responder à demanda
"Senhor mostra-nos o Pai".

A Mãe, o aspecto negativo, constrói e nutre, cuida e quer o Filho por meio das etapas
pré-natal e infantil, e permanece a seu redor durante as etapas posteriores,
proporcionando-lhe a energia de seu próprio corpo e atividade de acordo com Sua
necessidade.

O Filho, a energia combinada do Pai e da Mãe, personifca ambos aspectos e toda a


série dual de qualidades, porém possui seu caráter próprio, uma essência que constitui
Sua natureza peculiar e uma energia que O impele ao cumprimento de Seus próprios
fns e projetos e que, oportunamente, fará que repita os processos de

1. a concepção,
2. a criação,
3. o crescimento consciente,
tal como o fez Seu Pai.
Quando nos ocupamos do mistério do Fogo, nos enfrentamos com essa misteriosa
energia que provém de fora do sistema, base da atividade da Mãe e da Vida do Filho. O

1667
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Filho em todos seus atos "se converte no esposo de Sua mãe", como dizem as antigas
Escrituras. Esta é uma frase enigmática, a menos que seja interpretada como uma
combinação de energias. Só quando o Filho chegou à maturidade e sabe que é
essencialmente o mesmo que o Pai, pode desempenhar conscientemente a função de
Seu Pai e produzir e perpetuar aquilo que é necessário para o sustento da geração
cósmica."

(74) A Bíblia. João XIV, 8.

Estudo 644

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "No conceito do
Sexo encontram-se encerrados certos fatores que poderiam ser enumerados da
maneira seguinte:", na página 694, até "O resultado fnal destas sucessivas etapas
consiste em que os três aspectos desempenharam sua função (seu dharma) no plano
físico e os três expressaram certo tipo de energia.", na página 695.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul expõe certos fatores que estão no conceito do Sexo
e se manifestam. Esses fatores que estão no conceito do Sexo devem ser entendidos
não apenas sob o ponto de vista biológico, mas de acordo com o que o Mestre diz a
respeito do Sexo: "O Sexo - nos três mundos - tem a ver com o trabalho dos Pitris
lunares e dos Senhores solares. Signifca essencialmente o trabalho de construir
formas com substância e sua energização pelo aspecto espiritual, e também a elevação
do aspecto matéria pela infuência do espírito, pois ambos desempenham sua legítima
função colaborando e produzindo - mediante sua união e fusão - o Filho em toda Sua
glória." A exposição do Mestre é a seguinte:

a. "Atração mútua", o que é bem evidente.


b. "Adaptabilidade complementária", o que também é bem evidente, pois os dois que se
atraem se adaptam mutuamente e se complementam.
c. "Atração instintiva", o que é um fato, dentro do campo da biologia, da fsiologia e da
psicologia.
d. "Aproximação e colaboração reconhecida", o que é bem evidente.

1668
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
e. "União", o que é lógico.

Essas interpretações são apenas sob o ponto de vista biológico e psicológico, mas
podemos interpretar esses fatores sob o ponto de vista do conceito do Mestre.

f. "A próxima etapa é onde adquire importância momentânea o aspecto matéria ou


Mãe, o aspecto feminino." Neste item o Mestre deixa bem claro que os fatores ou
etapas seguintes se aplicam ao relacionamento da Mônada ou Espírito com a matéria, o
casamento da Mônada, o aspecto masculino, com a matéria, a Mãe, o aspecto feminino,
como Ele diz. Nesse casamento espiritual o Filho é o Ego ou Alma, o Pai é a Mônada, e a
Mãe é constituída pelos corpos, o loto egoico (o corpo causal), o corpo mental inferior,
o corpo astral e o corpo físico, incluindo a Tríade superior ou espiritual e a Tríade
inferior.

g. "O retraimento do Pai a um retiro temporário." Ao iniciar a etapa em que a matéria, a


Mãe, adquire importância momentânea, e os corpos inferiores, principalmente o físico,
fcam sob o controle dos Pitris lunares, a Mônada apenas energiza os corpos inferiores,
mas não se preocupa com eles, também apenas energiza o Ego ou Alma, a Joia no loto,
mas não se preocupa com Ele, fcando o loto egoico sob o controle dos Anjos solares.

h. "O trabalho de criar o Filho." Nessa etapa é iniciado o trabalho de criar o Ego, ou seja,
a Sua educação, sendo a fase primária da educação, a Aula da Ignorância, descrita pelo
Mestre.

i. "A evolução e crescimento do Filho, tanto na matéria como na consciência." É a etapa


em que o Ego evolui e cresce, obtendo corpos melhores e mais adequados e
expandindo a consciência, devendo ser a fase fnal da Aula da Ignorância, para
ingresso na Aula da Aprendizagem, descrita pelo Mestre.

j. "O Filho se emancipa da Mãe, ou a alma madura se libera da matéria." É a etapa em


que o Ego, bem evoluído e com a consciência bem expandida, deixa de se identifcar
com os corpos, vê neles apenas instrumentos para evoluir, e assume o controle deles,
devendo ser a fase fnal da Aula da Aprendizagem, para ingresso na Aula da Sabedoria,
descrita pelo Mestre.

k. "O Filho é reconhecido pelo Pai, retornando ao Pai." É a etapa em que a Mônada
reconhece o Ego, a Joia no loto, e concentra a Sua atenção nele e se manifesta
conscientemente através dele, o que é o retorno ao Pai; é a Aula da Sabedoria.
O Mestre diz que o resultado fnal destas sucessivas etapas consiste em que os três
aspectos desempenharam suas funções (seu dharma) no plano físico e os três

1669
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
expressaram certo tipo de energia. Esse resultado fnal tem a ver com a organização, o
desenvolvimento e a abertura das pétalas das três tríades do loto egoico.

As pétalas das três tríades do loto egoico são organizadas, desenvolvidas e abertas
sob as seguintes guias: as da tríade externa de Conhecimento na Aula da Ignorância,
sob a guia da força e da energia do Mahachohan, representante do terceiro aspecto,
Atividade Inteligente (Manas), as da tríade intermédia de Amor, na Aula da
Aprendizagem, sob a guia da força do Bodhisattva, representante do segundo aspecto,
Amor-Sabedoria (Budi), e as da tríade interna de Vontade ou Sacrifício, na Aula da
Sabedoria, sob a guia da força e da energia do Manu, representante do primeiro
aspecto, Vontade (Atma).

Estudo 645

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "O aspecto Pai se
manifesta quando é dado o impulso inicial, a expressão elétrica positiva,", na página
695, até ",proporcionando-lhe a energia de seu próprio corpo e atividade de acordo
com Sua necessidade.", na página 695.

Considerações.

Neste trecho o aspecto Pai é a Mônada, e a Sua manifestação quando é dado o impulso
inicial, a expressão elétrica positiva, fogo elétrico, o germe do Filho criado, é a
individualização, estando a Vida da Mônada personifcada no Filho, pois o fogo elétrico
da Mônada vitaliza a Joia no loto, o que o Mestre Djwhal Khul deixa bem claro na página
652 do Tratado Sobre Fogo Cósmico através das palavras:

"Em termos de fogo, as mesmas verdades podem ser expressadas do modo seguinte, o
qual deveria ser refexionado detidamente por aqueles que estudam este tratado:

1. Fogo elétrico..........Espírito..............Aspecto vontade.......A Joia no loto.


2. Fogo solar..............Consciência.......Aspecto amor............As nove pétalas.
3. Fogo por fricção.....Substância.........Aspecto atividade......Os três átomos permanentes.

No fogo elétrico, a Mônada está representada em sua tríplice natureza e signifca esse
tipo de manifestação que será desenvolvido em sua mais elevada etapa no próximo

1670
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sistema solar."

A Joia no loto é a manifestação da Mônada no mundo mental superior, sendo portanto


o Filho, o Ego.

O Mestre deixa claro que as palavras do Cristo: "O que me viu, viu o Pai, pois Eu e Meu
Pai somos Um" (A Bíblia. João XIV, 8), ao responder à demanda "Senhor mostra-nos o
Pai", signifcam que o Cristo já tinha realizado a fusão do Ego ou Alma com a
personalidade, pois esta fusão é realizada na terceira Iniciação, a Transfguração, e o
Cristo já tinha nascido com esta Iniciação, e conquistou a quarta Iniciação, a Renúncia,
naquela encarnação. Nessa fusão do Ego com a personalidade, a Mônada, o Pai,
concentra-se no Ego e se manifesta através da personalidade, realizando a unifcação,
o que fcou bem claro nas palavras do Cristo.

Sendo a Mãe constituída pelos corpos, o loto egoico (o corpo causal), o corpo mental
inferior, o corpo astral e o corpo físico, incluindo a Tríade superior ou espiritual e a
Tríade inferior, realmente, como diz o Mestre neste trecho, Ela constrói e nutre, cuida e
quer o Filho, o Ego, pois o Ego evolui e cresce por meio dos corpos, e os Pitris lunares e
solares que constituem os corpos também evoluem por meio da atividade nos corpos,
o que Os faz cuidarem do Filho, o Ego, e O quererem. A etapa pré-natal é a
imediatamente antes da individualização, a infantil é a inicial, e os Pitris lunares e
solares permanecem ao redor do Filho, o Ego, nas etapas posteriores, as três Aulas: da
Ignorância, da Aprendizagem e da Sabedoria, proporcionando ao Filho a energia e
atividade de acordo com a Sua necessidade, ou seja, o karma.

Estudo 646

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "O Filho, a energia
combinada do Pai e da Mãe, personifca ambos aspectos e toda a série dual de
qualidades,", na página 695, até "e produzir e perpetuar aquilo que é necessário para o
sustento da geração cósmica.", na página 695.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul neste trecho dá muitos e elevados ensinamentos a respeito do

1671
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Ego, o Filho, ensinamentos que podem ser expandidos, se forem relacionados com
outros ensinamentos que o Mestre já deu em outras partes do Tratado Sobre Fogo
Cósmico e tratados dentro do campo das energias e dos fogos, como o Mestre
recomenda.

O Filho, o Ego, como energia combinada do Pai e da Mãe, é a combinação da energia da


Mônada, Seu fogo elétrico, com a energia da matéria, o fogo por fricção, o que está
bem claro na página 652 do Tratado Sobre Fogo Cósmico, onde o Mestre relaciona
Fogo elétrico - Espírito com a Joia no loto e Fogo por fricção - Substância com os três
átomos permanentes. Espírito é a Mônada e a Joia no loto é o Ego, Substância é a
matéria e os três átomos permanentes são os componentes da Tríade inferior, a
unidade mental, o átomo astral permanente e o átomo físico permanente, os quais são
os núcleos de força dos três corpos inferiores, os quais constituem a Mãe.

Na página 418 do Tratado Sobre Fogo Cósmico, em "1. A Manifestação Egoica é


Produzida pelo Contato de Dois Fogos.", o Mestre diz:

"O Espírito estabelece contato com a matéria; o resultado desse contato é o


nascimento do Filho ou Ego, o aspecto consciência."

"Exporei o antedito em termos de fogo: O corpo causal é produzido por meio da vida
positiva ou fogo do Espírito (fogo elétrico) ao encontrar-se com o fogo negativo da
matéria ou "fogo por fricção", o que faz surgir o fogo solar."

Estas palavras do Mestre também confrmam a combinação da energia da Mônada com


a energia da matéria, resultando no nascimento do Filho ou Ego.

O Filho, o Ego, personifca ambos aspectos, Pai, a Mônada, primeiro aspecto, e a Mãe, a
matéria, terceiro aspecto, e toda a série dual de qualidades, a série da Mônada e a série
da matéria, todavia possui Seu caráter próprio, uma essência que constitui Sua
natureza peculiar e uma energia que O impele ao cumprimento de Seus próprios fns e
projetos, o que tem a ver com o fogo solar, resultado do contato do fogo elétrico com o
fogo por fricção. Esse caráter próprio do Filho, o Ego, oportunamente fará que Ele
repita os processos da concepção, da criação e do crescimento consciente, tal como o
fez Seu Pai, a Mônada. De fato o Filho, o Ego, executa a concepção e a criação, ao
conceber e criar os corpos inferiores nas sucessivas encarnações, ao conceber e criar
ideias, materializando-as no mundo físico, e através dessa atividade inteligente Ele
cresce conscientemente, ao adquirir conhecimentos cada vez mais elevados e amplos e
aplicá-los. Uma etapa muitíssimo elevada desse crescimento consciente é quando Ele
adquire conhecimento de Si mesmo e da Sua estrutura total através do cérebro físico.

1672
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Essas etapas avançadas do Filho são realizadas pela ação do Fogo, que constitui um
mistério, como diz o Mestre. Esse Fogo é essa misteriosa energia que provém de fora
do sistema, e é a base da atividade da Mãe, a matéria, e da Vida do Filho, como diz o
Mestre. Esse Fogo cósmico provém da Mônada do Logos solar, residente no mundo
monádico cósmico, Fogo elétrico cósmico que vitaliza o Ego do Logos solar, residente
no mundo mental superior cósmico. O Ego do Logos solar irradia Sua energia, fogo
cósmico, para o Seu corpo físico cósmico, através do Seu corpo astral cósmico,
penetrando essa energia na matéria mental do sistema, onde estão os Filhos, os Egos, e
nas matérias astral e física do sistema, onde está a Mãe.

Assim como o corpo físico humano é vitalizado pelo fogo proveniente da Mônada
humana através do Ego e pelos fogos provenientes do Sol e do planeta, similarmente o
corpo físico cósmico do Logos solar é vitalizado pelo fogo cósmico proveniente da
Mônada do Logos solar através do Ego do Logos solar e pelos fogos cósmicos
provenientes do corpo físico cósmico do Logos cósmico, corpo cuja parte física densa
é a galáxia Via Láctea, a qual tem envolturas de matérias astral, mental, búdica, átmica,
monádica e adi, diferentes das matérias do corpo físico cósmico do Logos solar.

A frase das antigas Escrituras, citada pelo Mestre: "O Filho em todos seus atos se
converte em esposo de Sua Mãe", signifca que o Filho, o Ego, a medida que vai
evoluindo e se aproxima da maturidade, vai modifcando as matérias de Seus corpos,
Sua Mãe, substituindo-as por matérias mais refnadas e sutis de subplanos superiores,
fazendo os Pitris lunares evoluírem. Quando atinge a maturidade o Filho, o Ego, acelera
a fusão do fogo da mente, Seu fogo solar, com o fogo da matéria, o fogo por fricção, e
quando essa fusão se torna plena, Ele se libera dos três mundos inferiores, como diz o
Mestre na página 293 do Tratado Sobre Fogo Cósmico. Nessa etapa Ele reconhece que
é essencialmente o mesmo que Seu Pai, a Mônada, e pode desempenhar
conscientemente a função de Seu Pai, a Mônada, e produzir e perpetuar aquilo que é
necessário para o sustento da geração cósmica, como diz o Mestre. O Mestre na
página 884 do Tratado Sobre Fogo Cósmico diz que a Joia ou o diamante oculto no loto
egoico é a janela da Mônada ou Espírito desde onde olha externamente para os três
mundos e o terceiro olho é a janela do Ego ou Alma, funcionando no plano físico, desde
onde olha internamente para os três mundos.

Portanto nessa etapa a Mônada está fortemente enfocada no Ego e através dele está
consciente do mundo causal ou mental superior e através do terceiro olho está
consciente dos três mundos. A manifestação consciente da Mônada através do Ego faz
que o Filho reconheça que é essencialmente o mesmo que Seu Pai e pode

1673
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
desempenhar conscientemente a função de Seu Pai e produzir e perpetuar aquilo que é
necessário para o sustento da geração cósmica, trabalhar nos centros de força do
Logos planetário, trabalho que tem uma dimensão muito difícil de ser calculada, porque
exige muito conhecimento do mundo búdico, o quarto éter cósmico.

Estudo 647

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "A eletricidade cósmica da
substância, a da forma e a da Vida mesma devem fundir-se e mesclar-se antes de que
o Homem verdadeiro (Logos ou ser humano) se conheça a si mesmo como criador.", na
página 696, até "Amor é a faculdade inata no presente, sendo a energia oculta do
Logos planetário da qual pode dispor, enfocá-la e aplicá-la por meio de seu centro
cardíaco.", na página 696.

"A eletricidade cósmica da substância, a da forma e a da Vida mesma devem fundir-se


e mesclar-se antes de que o Homem verdadeiro (Logos ou ser humano) se conheça a si
mesmo como criador. Nesta etapa o homem conhece algo da eletricidade da substância
e está adquirindo algum conhecimento da eletricidade da forma (embora todavia a
denomina magnetismo), porém nada sabe da realidade elétrica da vida mesma. Só
quando a "joia no Loto" está por revelar-se, ou a terceira fleira de pétalas está por
abrir-se, o iniciado começa a compreender o verdadeiro signifcado da palavra "vida" ou
espírito. Deve desenvolver plenamente a consciência antes de que possa compreender
esse grande algo energizador, do qual os outros tipos de energia constituem nada mais
que sua expressão.

Restam só mais dois pontos para tratar, vinculados às pétalas e à iniciação.

Primeiro, deveria ser observado que os termos "conhecimento, amor e sacrifício"


signifcam ocultamente muito mais que seu signifcado aparente. Cada fleira de pétalas
representa uma destas três e também personifca os três aspectos da existência em
maior ou menor grau. Estas três palavras explicam a maneira com que se expressam
as três grandes qualidades que (desde o ponto de vista do passado, presente e futuro)
caracterizam a natureza de todas as entidades que se manifestam - Deuses, homens e
devas. Desde o ponto de vista do fator central da manifestação - o homem - deveria

1674
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ser compreendido que o conhecimento era inerente ao sistema solar anterior, sendo a
faculdade da qual tem que se valer, pois está disponível para seu uso. Constitui a
energia oculta do Logos planetário que deve aprender a enfocar e aplicar por
intermédio de seu cérebro físico.

Amor é a faculdade inata no presente, sendo a energia oculta do Logos planetário da


qual pode dispor, enfocá-la e aplicá-la por meio de seu centro cardíaco."

Estudo 648

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o parágrafo: "A eletricidade
cósmica da substância, a da forma e a da Vida mesma devem fundir-se e mesclar-se
antes de que o Homem verdadeiro (Logos ou ser humano) se conheça a si mesmo
como criador.........................., do qual os outros tipos de energia constituem nada mais
que sua expressão.", na página 696.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwhal Khul enfatiza a necessidade da fusão dos três fogos:
elétrico, solar e por fricção. Eletricidade cósmica da substância é o fogo por fricção, da
forma é o fogo solar e da Vida mesma é o fogo elétrico do Espírito ou Mônada.

Fundir-se e mesclar-se implicam em sintonia, porque se não houver sintonia entre os


ciclos da oscilação ou vibração das partículas energizadas pelos fogos, haverá
alteração e anulação de ciclos. Quando o fogo elétrico do Espírito ou Mônada é imposto
com um propósito sobre os fogos solar e por fricção, ele os domina e coloca as
oscilações em sintonia exata, reproduzindo o propósito. Isto é muito importante, o que
o Mestre deixa bem claro.

O Homem verdadeiro (Logos ou ser humano) é a Mônada.

No caso da Mônada humana, Ela deve assumir o controle, através do Ego, dos corpos
mental inferior, astral e físico. Quando este controle é plenamente assumido, os fogos
se fundem e se sintonizam. Quando a Mônada começa assumir o controle do Ego com
vigor, o fogo elétrico inicia a etapa para a plena fusão e sintonia com os fogos solar e
por fricção.

1675
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre, na página 293 do Tratado Sobre Fogo Cósmico, explica os efeitos da fusão
dos fogos no ser humano, no Logos planetário e no Logos solar.

Quando o ser humano entende claramente em cérebro físico o processo de fusão dos
três fogos e sua importância e começa executá-lo, entra na etapa de se reconhecer
como criador. O processo de fusão dos três fogos está nos ensinamentos do Mestre no
Tratado Sobre Fogo Cósmico.

Na época atual a ciência humana tem muito conhecimento da eletricidade da


substância, o que está comprovado pelo avanço da eletrônica.

A ciência humana atualmente tem algum conhecimento da eletricidade da forma, o que


está comprovado pela tecnologia do magnetismo.

Mas a realidade elétrica da vida mesma, o fogo elétrico do Espírito ou Mônada, ainda é
desconhecida, como diz o Mestre. Só quando a tríade interna de Sacrifício ou Vontade,
a terceira fleira de pétalas do loto egoico, está em processo de abertura, revelando a
Joia no loto, o iniciado começa entender o verdadeiro signifcado da palavra "vida" ou
espírito. A consciência do ser humano deve ser plenamente desenvolvida para poder
compreender esse grande algo energizador, o Espírito ou Mônada, o gerador do fogo
elétrico, sendo os outros dois tipos de energia, os fogos solar e por fricção, apenas
expressão desse grande algo energizador.

Estudo 649

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES E OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Restam só dois
pontos para tratar, vinculados às pétalas e à iniciação.", na página 696, até "Amor é a
faculdade ingênita no presente, sendo a energia oculta do Logos planetário, da qual
pode dispor, enfocá-la e aplicá-la por meio de seu centro cardíaco.", na página 696.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que restam apenas dois pontos para tratar,
vinculados às pétalas e à iniciação.

Ele explica primeiro o signifcado oculto das palavras conhecimento, amor e sacrifício,
signifcado muito maior que o signifcado aparente.

1676
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Cada fleira de pétalas, cada tríade do loto egoico, representa uma destas três palavras
e também personifca os três aspectos da existência em maior ou menor grau, porque
cada tríade tem três pétalas: de Conhecimento, de Amor e de Vontade ou Sacrifício. A
pétala de Conhecimento/Conhecimento personifca o aspecto Conhecimento em maior
grau e as de Conhecimento/Amor e Conhecimento/Sacrifício personifcam os aspectos
Amor e Sacrifício em menor grau. A pétala de Amor/Amor personifca o aspecto Amor
em maior grau e a de Sacrifício/Sacrifício personifca o aspecto Sacrifício em maior
grau. Em cada tríade a pétala que não é do aspecto da tríade personifca o aspecto em
menor grau.

O Mestre diz que estas três palavras explicam a maneira com a qual se expressam as
três grandes qualidades que, desde o ponto de vista do passado, do presente e do
futuro, caracterizam a natureza de todas as entidades que se manifestam: Deuses (os
Logos), homens e devas. Estas três grandes qualidades são dos três aspectos:
Conhecimento é da Atividade Inteligente, o terceiro, Amor é do Amor-Sabedoria, o
segundo, e Sacrifício é da Vontade, o primeiro. No sistema solar anterior a natureza das
entidades manifestadas foi caracterizada pelo conhecimento, no atual sistema solar ela
está sendo caracterizada pelo amor, no próximo sistema solar ela será caracterizada
pelo sacrifício ou vontade.

O Mestre diz que o ser humano, a Mônada encarnada, o fator central da manifestação,
deve compreender que o conhecimento era inerente ao sistema solar anterior, no qual
a meta do Logos solar foi desenvolver e aperfeiçoar ao máximo o terceiro aspecto,
Atividade Inteligente, e é a faculdade da qual deve se valer, pois está disponível para
seu uso. É evidente que o conhecimento é um grande instrumento para a evolução do
ser humano, a Mônada encarnada. O conhecimento é a energia oculta do Logos
planetário, como diz o Mestre, e o ser humano deve aprender a enfocá-la e aplicá-la
por intermédio de seu cérebro físico.

O Mestre diz que amor é a faculdade ingênita no presente, o atual sistema solar, sendo
a energia oculta do Logos planetário, da qual o ser humano pode dispor, enfocá-la e
aplicá-la por meio de seu centro cardíaco. É evidente que o ser humano, a Mônada
encarnada, deve desenvolver e aperfeiçoar ao máximo o verdadeiro amor, o amor
explicado pelo Mestre, porque a meta do nosso Logos solar no atual sistema solar é
desenvolver e aperfeiçoar ao máximo Seu segundo aspecto, Amor-Sabedoria.

1677
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 650

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "Sacrifício é a faculdade que lhe
corresponderá no futuro, e enfocará e aplicará inteligentemente por meio do centro
mais elevado da cabeça.", na página 696, até "Por agora isto será praticamente um
mistério insolúvel para o homem.", na página 697.

"Sacrifício é a faculdade que lhe corresponderá no futuro, e enfocará e aplicará


inteligentemente por meio do centro mais elevado da cabeça. Isto depende do
desenvolvimento da consciência e, portanto, do reconhecimento do propósito esotérico
de seu grupo e das existências planetárias. Como isto envolve o que se denomina "um
ato solar e lunar de abnegação", signifca também compreender corretamente a
energia solar e lunar, levando ambos grupos a uma etapa de atividade colaboradora.
Por conseguinte, refere-se à natureza da Joia no loto; só quando as três pétalas de
sacrifício das três fleiras estão abertas, se libera este tipo particular de energia. Os
Senhores lunares dos três corpos foram controlados e sua vibração sincronizada, a fm
de estarem preparados para o grande ato de sacrifício no processo fnal da renúncia.
Os senhores solares, em seus três grupos principais, também estão preparados para o
sacrifício fnal que implica o que se chama a "ruptura entre o sol e a lua". Isto dá por
resultado a ruptura do vínculo magnético entre o verdadeiro homem e a substância
vibratória sensível com a qual estão formados seus três corpos. Já não é sentida a
necessidade de encarnar, rompem-se as cadeias do karma e o homem fca liberado. Os
"Senhores lunares voltam a seu próprio lugar" ou - como o expressa o cristão - "Satã é
atado por mil anos"; (75) isto signifca unicamente que a paz praláyica é o destino de
ditas entidades até voltar a oportunidade manvantárica.

O sacrifício fnal compreende também o desaparecimento do triângulo inferior ou a


ruptura do vínculo entre os três átomos permanentes na parte inferior do corpo causal
ou loto egoico, e a unidade central de energia. A energia destes átomos se libera
mediante o intenso calor produzido pela união dos três fogos, sendo reabsorvida no
depósito geral do espaço interplanetário. O triângulo ardente se perde de vista na
chama geral e as essências dévicas, que temporariamente o formavam, cessam sua
atividade.

Também os Anjos solares completam seu sacrifício inicial com outro sacrifício fnal,
oferecendo-se a si mesmos no altar ardente. O corpo causal é destruído

1678
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
completamente. Os quatro grupos inferiores de Pitris solares retornam ao coração do
sol subjetivo ou a esse recôndito centro do sistema donde provieram, enquanto os três
grupos superiores são levados (pela força e pela energia geradas na fogueira ardente
e na chama, e mediante o estímulo produzido pela labareda da joia central) diretamente
ao sol central espiritual, para permanecer ali até outro kalpa em que se lhes peça Seu
sacrifício, esta vez como Logos planetários. O estudante deve recordar que quando
pensa nos Pitris deve fazê-lo sempre em termos de grupo. Os Pitris que formaram o
corpo egoico de um ser humano não formam, sós ou isolados, os Logos planetários.
Constituem os quarenta e nove grupos de fogos solares mencionados que se
relacionam com o grande trabalho e se convertem em quarenta e nove Logos
planetários em conexão com os sete sistemas solares. Neles se encontra oculto o
mistério dos três que se transformam nos dezesseis - unidos ou sintetizados pelo
décimo sétimo - o qual é a analogia, em níveis cósmicos, das esferas sétima e oitava.
Por agora isto será praticamente um mistério insolúvel para o homem."

(75) A Bíblia. Rev. XX, 2.

Estudo 651
Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: " Sacrifício é a
faculdade que lhe corresponderá no futuro, e enfocará e aplicará inteligentemente por
meio do centro mais elevado da cabeça.", na página 696, até ", isto signifca unicamente
que a paz praláyica é o destino de ditas entidades até voltar a oportunidade
manvantárica.", na página 697.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica o signifcado da palavra sacrifício. Ele diz
que Sacrifício é a faculdade que lhe corresponderá no futuro e aplicará
inteligentemente por meio do centro mais elevado da cabeça. Corresponder no futuro
signifca que é a faculdade que o ser humano, a Mônada encarnada, desenvolverá
plenamente na última aula, a Aula da Sabedoria, quando a Tríade interna de Sacrifício
ou Vontade entra em atividade e a Vontade é utilizada inteligentemente por meio da
mente e do centro coronário, o mais elevado da cabeça. Na Aula da Sabedoria o corpo
mental inferior é plenamente desenvolvido e se funde com o corpo causal ou mental
superior. Para conseguir isto a consciência tem que ser bem desenvolvida e, portanto,
tem que ser reconhecido o propósito esotérico (subjetivo) de seu grupo egoico e das

1679
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
existências planetárias, as Entidades que estão evoluindo no nosso esquema planetário,
o corpo de expressão do nosso Logos planetário. Os Devas Pitris solares e lunares
estão entre estas Entidades. Como este reconhecimento envolve o que é denominado
um ato solar e lunar de abnegação, signifca também compreender corretamente a
energia solar e lunar, levando ambos grupos a uma etapa de atividade colaboradora, os
Pitris solares e lunares. Por conseguinte isto se refere à natureza da Joia no loto, pois
os Pitris solares trabalham na Joia no loto. Este tipo particular de energia, a energia do
Sacrifício ou Vontade, o fogo elétrico, é liberado, só quando as três pétalas de
Sacrifício das três Tríades, as pétalas de Conhecimento/Sacrifício, Amor/Sacrifício e
Sacrifício/Sacrifício, estão abertas. Nesta etapa os Senhores (Pitris) lunares dos três
corpos: físico, astral e mental inferior, foram controlados e sua vibração sincronizada, a
fm de fcarem preparados para o grande ato de sacrifício no processo fnal de
renúncia, na quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar. Os Senhores
(Pitris) solares, em seus três grupos principais, os que trabalham com a Joia no loto,
também estão preparados para o sacrifício fnal que implica o que é chamado a
"ruptura entre o sol e a lua", expressão que claramente signifca o desligamento entre
os Pitris solares da Joia no loto (o sol) e os Pitris lunares (a lua) que constituem a
substância vibratória sensível dos três corpos inferiores do ser humano, o que faz o
verdadeiro homem, como diz o Mestre, o Ego, a manifestação da Mônada no mundo
causal, romper o vínculo magnético com a substância sensível com a qual estão
formados seus três corpos inferiores, físico, astral e mental inferior, cessando a
necessidade de encarnar, por ter conquistado a meta, o domínio dos três corpos
inferiores, sendo rompidas as cadeias do karma e conquistada a liberação dos três
mundos inferiores, passando a Mônada humana a evoluir no mundo búdico,
prosseguindo nos mundos superiores. Os Senhores lunares retornam a seu próprio
lugar ou como está expresso na Bíblia. Rev. XX, 2 : Satã é atado por mil anos". Isto
signifca unicamente, como diz o Mestre, que a paz praláyica é o destino destas
entidades até voltar a oportunidade manvantárica, dentro do planejamento do Logos
planetário e do Logos solar.

A ruptura do vínculo magnético entre o verdadeiro homem, como diz o Mestre, o Ego, a
manifestação da Mônada no mundo causal, é resultado do esforço da Mônada humana
através do Ego, a Joia no loto.

1680
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 652

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "O sacrifício fnal
compreende também o desaparecimento do triângulo inferior ou a ruptura do vínculo
entre os três átomos permanentes na parte inferior do corpo causal ou loto egoico," na
página 697, até "Também os Anjos solares completam seu sacrifício inicial com outro
sacrifício fnal, oferecendo-se a si mesmos no altar ardente.", na página 697.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica o que acontece com a Tríade inferior por
ocasião do sacrifício fnal, na quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar. É
rompido o vínculo, que faz parte do sutratma, entre a unidade mental, o átomo astral
permanente e o átomo físico permanente, os quais estão sob a Joia no loto, a unidade
central de energia, desaparecendo a Tríade inferior. A energia destes três
componentes da Tríade inferior é liberada pelo intenso calor produzido pela união dos
três fogos, fogo elétrico, fogo solar e fogo por fricção, sendo reabsorvida no depósito
geral do espaço interplanetário. O Mestre ao dizer que o triângulo ardente se perde de
vista na chama geral, dá a entender que a Tríade inferior, ao se aproximar a quarta
Iniciação, é uma esfera ígnea. As essência dévicas, os Pitris lunares, que
temporariamente constituíam os componentes da Tríade inferior, encerram sua
atividade e seu trabalho, retornando ao seu centro de origem, onde fcam aguardando
uma nova oportunidade.

O Mestre diz que os Anjos solares, que constituíam o loto egoico, completam seu
sacrifício inicial com outro sacrifício fnal, oferecendo-se a si mesmos no altar ardente.
O sacrifício inicial dos Anjos solares foi feito por ocasião da individualização das
Mônadas humanas, quando o loto egoico foi construído. O sacrifício fnal no altar
ardente signifca a queima no grande incêndio no loto egoico, produzido pela fusão dos
três fogos da Mônada humana, fogo elétrico, fogo solar e fogo por fricção, sendo
destruído completamente o corpo causal ou loto egoico.

O Mestre ao usar a expressão "oferecendo-se a si mesmos no altar ardente" dá a


entender que os Anjos solares estão dispostos para um novo sacrifício.

Devemos agradecer a Eles, porque o mais importante instrumento utilizado pela


Mônada humana na Sua evolução nos três mundos inferiores é o loto egoico, o qual é
construído por Eles e Eles voluntariamente se deixam aprisionar nele, o que o Mestre

1681
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
chama o sacrifício inicial. O melhor modo de demonstrar agradecimento a Eles é
acelerar a evolução, porque é na quarta Iniciação planetária, a Renúncia, que Eles
encerram Seu trabalho e são libertados, retornando ao Seu elevado local de origem.

Estudo 653

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "O corpo causal se
destrói completamente.", na página 697, até "Por agora isto será praticamente um
mistério insolúvel para o homem.", na página 697.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul continua a explicação do que acontece com a
destruição completa do corpo causal ou loto egoico. Os quatro grupos inferiores de
Pitris solares, os que constituem as pétalas do loto egoico, retornam ao Coração do Sol
subjetivo, o escondido centro do sistema donde vieram, enquanto os três grupos
superiores, os que trabalham com a parte superior do loto egoico, são levados
diretamente ao Sol Central Espiritual pela força e pela energia geradas na fogueira
ardente e na chama, e mediante o estímulo produzido pela labareda da Joia central. No
Coração do Sol predomina o aspecto Amor do Logos solar e no Sol Central Espiritual
predomina o aspecto Vontade ou Poder do Logos solar.

Os Pitris solares superiores permanecem no Sol Central Espiritual até outro kalpa,
outro sistema solar, no qual lhes seja pedido Seu sacrifício, desta vez como Logos
planetários. O Mestre na página 661 do Tratado Sobre Fogo Cósmico diz que os Pitris
solares recolhidos ao Coração do Sol na destruição do loto egoico voltarão a
exteriorizarem-se em outro sistema solar, no qual virão como Raios planetários,
repetindo nele, em níveis monádicos, o que fzeram no atual sistema, então serão Logos
planetários. No próximo sistema solar, no qual a meta do Logos solar será o primeiro
aspecto, Vontade, o sistema de Poder, a individualização das Mônadas humanas será no
plano monádico.

Os Pitris solares que retornam ao Coração do Sol e ao Sol Central Espiritual certamente
exercem uma outra atividade relacionada com o Logos solar e continuam evoluindo.

1682
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O Mestre diz que os Pitris sempre atuam em grupos. Os Pitris solares que constituíram
o loto egoico de um ser humano não formam sozinhos ou isolados os Logos
planetários. Constituem os quarenta e nove grupos de fogos solares mencionados que
se relacionam com o grande trabalho e se convertem em quarenta e nove Logos
planetários em conexão com os sete sistemas solares. Cada sistema solar tem sete
Logos planetários que são os centros do corpo cósmico do Logos solar.

Nesta transformação dos Pitris solares em quarenta e nove Logos planetários está
oculto o mistério dos três que se transformam nos dezesseis, unidos ou sintetizados
pelo décimo sétimo, o que dá a entender que os Pitris solares nesta transformação são
regidos por um Ser cósmico. O Mestre diz que este décimo sétimo é a analogia em
níveis cósmicos das esferas sétima e oitava. Estas esferas sétima e oitava devem ser
centros de força dentro do sistema solar. O Mestre diz que por agora isto será
praticamente um mistério insolúvel para o ser humano.

Estudo 654

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "Os quatro grupos que encontraram
seu caminho para o Coração do sistema reaparecerão como os quatro Logos
planetários que constituem os vinte e oito, possibilitando o logro do dez da perfeição
em outras manifestações dos sistemas.", na página 697, até "Conhecimento é: correta
direção das correntes de força, primeiro nos três mundos do esforço humano e logo
no sistema solar.", na página 700.

"Os quatro grupos que encontraram seu caminho para o Coração do sistema
reaparecerão como os quatro Logos planetários que constituem os vinte e oito,
possibilitando o logro do dez da perfeição em outras manifestações dos sistemas.

Os sete tipos de energia solar encontram o "caminho de retorno" à fonte central donde
emanaram; o grande sacrifício culmina quando se rompe o vínculo entre eles e os
senhores lunares (dos quais se fala esotericamente como que estão "mortos ou
morrendo" no campo de batalha), fcando liberados a fm de retornarem vitoriosos.

O signifcado esotérico destas palavras em conexão com a energia que se encontra


detrás, e atuando através de toda aparência poderia expressar-se da maneira seguinte:

1683
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Conhecimento (76) é correta compreensão das leis da energia, da conservação da
força, das fontes de energia, suas qualidades, tipos e vibrações. Signifca
compreender:

a. As diferentes chaves da vibração.


b. Os centros pelos quais penetra a força.
c. Os canais através dos quais esta circula.
d. Os triângulos e outras fguras geométricas que se formam durante a evolução
e. Os ciclos e o fuxo e refuxo da energia em relação com os diferentes tipos de
manifestação planetária, incluindo todos os reinos da natureza.
f. O verdadeiro signifcado desses aspectos de força denominados "períodos de
pralaya" e aqueles que chamamos "períodos de manifestação". Implica também uma
correta compreensão das leis do escurecimento.
O homem foi aprendendo tudo isto nas diversas aulas por meio da experiência prática,
abrangendo o prazer e a dor, fazendo-o compreender nas iniciações fnais não só a
existência de ditas forças mas também como manejá-las e manipulá-las. Conhecimento
é: correta direção das correntes de força, primeiro nos três mundos do esforço
humano e logo no sistema solar."

_____________

(76)

"1. Existem sete ramos do conhecimento, mencionados nos Puranas. D. S. I, 200.

2. A Gnose ou o Conhecimento oculto, é o sétimo Princípio; as seis escolas da flosofa


hindu constituem os seis princípios. D. S. I, 290.

Estas seis escolas são:

a. A escola da Lógica.... Prova de correta percepção.


b. A escola atômica....... Sistema detalhado. Elementos. Alquimia e química.
c. A escola Sankya........ Sistema de números. A escola materialista. A teoria dos sete
estados da matéria ou prakriti.
d. A escola de Yoga...... União. A regra do diário viver. Misticismo.
e. A Escola da Religião
Cerimonial.................. Ritual. Culto aos devas ou Deuses.

1684
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
f. A escola Vedanta...... Tem a ver com a não-dualidade. Trata da relação de Atman, no
homem, com o Logos.
3. Existem quatro ramos do conhecimento aos quais se refere especialmente H. P. B. , D.
S. I, 200.

Estes quatro são provavelmente aqueles que mais tem tratado o homem nesta quarta
ronda e quarta cadeia.

Compare-se D. S. I, 97, 119, 128, 230.

As quatro Nobres Verdades. Os quatro Vedas. Os quatro Evangelhos. As quatro


admissões básicas. Os quatro Elementos preparados. Os quatro graus da Iniciação.

a. Yajna Vidya .............. A execução de ritos religiosos a fm de produzir certos


resultados. Magia cerimonial concerne ao Som, por conseguinte, o Akasha ou éter do
espaço. O "yajna" é a Deidade invisível que compenetra o espaço.
Não se referirá isto ao plano físico?

b. Mahavidya.................. O grande conhecimento mágico. Tem degenerado no culto


Tantrika. Trata do aspecto feminino ou do aspecto matéria (mãe). A base da magia
negra. O verdadeiro mahayoga tem a ver com a forma (segundo aspecto) e sua
adaptação ao Espírito e suas necessidades.
Não se referirá isto ao plano astral?

c. Guyha vidya............... A ciência dos mantrans. O conhecimento secreto dos mantrans


místicos. A potência oculta do som ou a Palavra.
Não se referirá isto ao plano astral?

d. Atma vidya.................. Verdadeira sabedoria espiritual.


4. O conhecimento da verdade é um patrimônio comum. D. S. III, 56, 21.

5. O conhecimento é uma coisa relativa e varia de acordo com o grau alcançado.

a. Campos de maior conhecimento se abrem ante um Logos planetário. D. S. IV, 259.


b. O homem pode chegar a obter as quatro verdades sem ser ajudado. D. S. V, 66.
6. Finalmente o conhecimento é uma arma perigosa:

1685
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Isto é devido ao Egoísmo pessoal.
Não é perigoso quando:

a. É entregue a ele em corpo, alma e espírito. D. S. V, 69 - 70.


b. Crê frmemente na própria divindade. D. S. V, 69 - 70.
c. Reconhece seu Princípio imortal.
d. Conhece-se a si mesmo. D. S. VI, 79 - 80.
e. São praticadas todas as virtudes. D. S. V, 238.
f. Tem experiência. D. S. VI, 130.
g. Compreende que o conhecimento é unicamente fruto do Espírito. D. S. VI, 96.
h. O conhecimento é adquirido por meio da mente superior. D. S. VI, 96."

Estudo 655

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o parágrafo: "Os quatro
grupos que encontraram seu caminho para o Coração do sistema reaparecerão como
os quatro Logos planetários que constituem os vinte e oito,"na página 697, até
"possibilitando o logro do dez da perfeição em outras manifestações dos sistemas.", na
página 698.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwhal Khul diz que os Anjos solares que retornaram ao
Coração do Sol reaparecerão como os quatro Logos planetários. Esses Anjos solares
são os que estavam organizados como os quatro grupos inferiores que constituíam as
quatro tríades do loto egoico. Na quarta Iniciação planetária, a Renúncia, Eles são
liberados, na desintegração do loto egoico pela ação dos fogos, e retornam a Sua fonte
de origem, o Coração do Sol.

Consideramos que para se transformarem em Logos planetários em outros sistemas


Eles serão preparados.

Consideramos que Eles constituem os vinte e oito através das sete manifestações do
Logos solar, as sete encarnações do Logos solar, os sete sistemas solares. Sendo
quatro Logos planetários manifestando-se em sete sistemas solares, Eles constituem

1686
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
os vinte e oito, 4x7 = 28.

Os Anjos solares dos três grupos superiores retornam ao Sol Central Espiritual, quando
o loto egoico é desintegrado. Eles reaparecerão como os três Logos planetários.
Consideramos que serão os Logos planetários dos primeiro, segundo e terceiro Raios e
os Anjos solares dos quatro grupos inferiores serão os Logos planetários dos quarto,
quinto, sexto e sétimo Raios.

No VI DIAGRAMA, na página 317 do Tratado Sobre Fogo Cósmico, está o divino


Septenário, formando a Década, constituída pelos nove planetas: Vulcano, Vênus,
Marte, Terra, Mercúrio, Júpiter, Saturno, Netuno e Urano, e pelo Sol. Com base neste
diagrama consideramos que os sete grupos de Anjos solares que se transformarão em
sete Logos planetários possibilitarão o logro do dez da perfeição (a Década) com mais
dois Logos planetários, cada um com Seu planeta, totalizando nove planetas, e com um
Sol constituirão a Década, o dez da perfeição.

A transformação em Logos planetários de grupos de Anjos solares após terem


constituído o loto egoico de Mônada humana é um tema muito complexo,
principalmente quando levamos em conta a quantidade de Mônadas humanas. Na
página 474 do Tratado Sobre Fogo Cósmico a quantidade de Mônadas humanas do
nosso esquema planetário é sessenta bilhões.

As Mônadas humanas se manifestam no mundo causal ou mental superior por meio


dos Seus lotos egoicos, os quais são constituídos pelos Anjos solares. Analogamente as
Mônadas dos Logos planetários se manifestam no mundo causal cósmico ou mental
superior cósmico por meio de Seus lotos egoicos cósmicos, os quais são constituídos
pelos Anjos solares cósmicos.

Estudo 656

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Os sete tipos de
energia encontram o "caminho de retorno" à fonte central donde emanaram;", na
página 698, até "f. ................. Implica também uma correta compreensão das leis do
escurecimento.", na página 699.

1687
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que os sete tipos de energia encontram o
caminho de retorno à fonte central donde emanaram; estes sete tipos de energia são
os sete grupos de Anjos solares, os quatro grupos inferiores que constituem a
substância das pétalas do loto egoico, e os três grupos superiores que são a energia
do loto egoico. O grande sacrifício deles chega ao ponto mais alto e termina quando é
rompido o vínculo entre eles e os Pitris lunares, dos quais se fala esotericamente como
que estão mortos ou morrendo no campo de batalha, fcando liberados a fm de
retornarem vitoriosos. Os Pitris lunares constituem os três corpos inferiores das
Mônadas humanas. Na quarta Iniciação, a Renúncia, quando o loto egoico é
desintegrado pelos fogos, os Pitris solares são liberados, como se estivessem mortos,
perdendo seus corpos de manifestação, continuando vivos como Mônadas. O mesmo
acontece com os Pitris lunares, pelo rompimento do vínculo entre eles e os Pitris
solares.

O Mestre a seguir explica o signifcado esotérico das Suas palavras em conexão com a
energia que se encontra detrás e atuando através de toda aparência, ou seja, das
formas, pois todas as formas são manifestações de energias.

Conhecimento é correta compreensão das leis da energia, da conservação da força,


das fontes de energia, suas qualidades, tipos e vibrações (oscilações), o que signifca
compreender:

a. As diferentes chaves da vibração, as frequências oscilatórias produzidas pela


energia e sua fonte.

b. Os centros pelos quais a força penetra.

c. A circulação da força, os condutores pelos quais ela circula para produzir diversos
efeitos.

d. Os triângulos e outras fguras geométricas formados pela movimentação da


energia nas diversas etapas da evolução.

e. Os ciclos e o fuxo e refuxo da energia relacionada com os diversos tipos de


manifestação planetária, incluindo todos os reinos da natureza, o que signifca a
emissão da energia e a sua retirada.

1688
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

f. O verdadeiro signifcado dos períodos de manifestação e de pralaya, os quais são


períodos de atuação da energia e de sua retirada, o que inclui a correta compreensão
das leis do escurecimento. Estes períodos ocorrem com entidades de diferentes
níveis, por exemplo, o sistema solar, manifestação do Logos solar, e o seu
desaparecimento, pralaya do Logos solar, a cadeia planetária, manifestação do Logos
planetário, e o seu desaparecimento, pralaya do Logos planetário. O escurecimento
começa quando a entidade em manifestação inicia sua preparação para o pralaya. As
Mônadas humanas também passam por esses períodos.

Estudo 657

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "O homem foi
aprendendo tudo isto nas diversas aulas por meio da experiência prática,", na página
699, até ", primeiro nos três mundos do esforço humano e logo no sistema solar.", na
página 700.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que o ser humano, a Mônada encarnada, nas
diversas aulas por meio da experiência prática, foi aprendendo os seis itens anteriores,
referentes à correta compreensão das leis da energia, da conservação da força, das
fontes de energia, suas qualidades, tipos e vibrações, compreensão que é o
conhecimento, como diz o Mestre.

Estas diversas aulas são: a Aula da Ignorância, na qual a tríade externa de


Conhecimento é organizada e vitalizada, a Aula da Aprendizagem, na qual a tríade
intermédia de Amor é organizada e vitalizada, e a Aula da Sabedoria, na qual a tríade
interna de Sacrifício é organizada e vitalizada.

Esta experiência prática abrange o prazer e a dor, a alegria e o sofrimento, fazendo que
o ser humano compreenda nas iniciações fnais não só a existência destas forças, mas
também como manejá-las e manipulá-las.

Considerando as iniciações fnais do ser humano, a Mônada encarnada, como as


iniciações terceira, a Transfguração, e a quarta, a Renúncia, é nelas que o iniciado

1689
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
compreende como manejar e manipular as forças citadas.

O Mestre completa o signifcado do conhecimento, dizendo que conhecimento é


correta direção das correntes de força, primeiro nos três mundos do esforço humano
e logo no sistema solar. Na terceira Iniciação, a Transfguração, o iniciado já dominou
seus corpos físico, astral e mental inferior, consequentemente já aprendeu bastante o
manejo e a manipulação das forças nestes três mundos e a correta direção das
correntes de força neles. Na quarta Iniciação, a Renúncia, o iniciado, após ter
desenvolvido plenamente seu loto egoico, livrando-se dele e se libertando dos três
mundos inferiores, físico, astral e mental, passando a viver e aprender no mundo
búdico, entendeu plenamente o manejo e a manipulação das forças nos mundos físico,
astral e mental e a correta direção das correntes de força neles, e começa a manejar e
manipular forças no sistema solar, porque passa a trabalhar nos centros ou chacras do
Logos planetário, feitos de matéria búdica, o quarto éter cósmico, e portanto maneja e
manipula forças no sistema solar, entendendo a correta direção das correntes de força
nele.

Após a quarta Iniciação, a Renúncia, o iniciado começa a se preparar para receber a


quinta Iniciação, a Revelação, e para tal tem que construir e organizar uma envoltura de
matéria átmica, para por meio dela se relacionar com o mundo átmico, conhecê-lo
profundamente e dominá-lo, principalmente a matéria atômica átmica. Nesta etapa o
iniciado conhece e entende mais energias e forças, as quais ele aprende a manejar e
manipular e dirigir corretamente as correntes destas forças. Muitos mistérios do
sistema solar são revelados a ele, os quais ele entende claramente. Continua atuando
no sistema solar, através da matéria átmica, o terceiro éter cósmico.

Estudo 658

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "Amor é correta compreensão do
uso e propósito da forma e das energias implicadas na construção e utilização da
mesma e de sua eventual desintegração ao ser substituída.", na página 700, até
"...........num período distante e individualizar-se graças ao sacrifício de seu próprio
princípio médio plenamente consciente." , na página 700.

1690
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
"Amor é correta compreensão do uso e propósito da forma e das energias implicadas
na construção e utilização da mesma e de sua eventual desintegração ao ser
substituída. Envolve a compreensão das Leis de Atração e de Repulsão, da interação
magnética entre todas as formas, grandes e pequenas, das relações grupais, do poder
energizante da vida unifcadora e do poder de atração que exerce uma unidade sobre
outra, seja um átomo, homem ou sistema solar. Signifca que se tem de conhecer todas
as formas, os propósitos e relações das mesmas; concerne aos processos de
construção no homem mesmo e no sistema solar, para o qual é necessário desenvolver
esses poderes que converterão o homem num Construtor consciente, um Pitri solar no
próximo ciclo. Uma das grandes revelações na iniciação é: revelar ao iniciado o centro
cósmico particular donde emana o tipo de força ou energia com o qual ele - o iniciado -
estará relacionado quando se converta, em seu devido tempo, num Pitri solar ou divino
manasaputra, para uma humanidade futura. Portanto, deve possuir não só
conhecimento mas também a energia do amor que lhe permitirá vincular os três
superiores e os quatro inferiores de uma futura raça de homens num período distante
e individualizar-se graças ao sacrifício de seu próprio princípio médio plenamente
consciente."

Estudo 659

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: " Amor é correta
compreensão do uso e propósito da forma e das energias implicadas na construção e
utilização da mesma e de sua eventual desintegração ao ser substituída.", na página
700, até ".......ao sacrifício de seu próprio princípio médio plenamente consciente. " , na
página 700.

Considerações.

Nestes trechos do Tratado Sobre Fogo Cósmico nos quais o Mestre Djwhal Khul ensina
detalhadamente o signifcado esotérico de Conhecimento e Amor, Ele emprega "correta
compreensão" como chave, sendo o objetivo deste ensinamento tornar bem claro o
signifcado esotérico das palavras que o Mestre empregou ao explicar o signifcado
ocultamente muito maior que o aparente dos vocábulos conhecimento, amor e

1691
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sacrifício, em conexão com a energia vinculada.

Deduzimos destas palavras do Mestre que a mente abstrata é o instrumento mais


importante e mais potente para o desenvolvimento destas três grandes qualidades:
conhecimento, amor e sacrifício, porque é pela mente abstrata funcionando por meio
do cérebro físico que é conseguida a correta compreensão, tratando-se de energia.

O Mestre diz que amor é correta compreensão do uso e propósito da forma e das
energias implicadas na construção e utilização dela e de sua eventual desintegração ao
ser substituída. No caso do ser humano a forma é tríplice, pois abrange os três
mundos inferiores, constituindo esta triplicidade o corpo mental inferior, o corpo astral
e o corpo físico. Como o ser humano é a Mônada encarnada utilizando o Ego ou Alma,
cada uma destas três formas tem seus próprios uso e propósito específcos vinculados
com a Mônada, que tem que evoluir por meio dos três mundos inferiores. Neste item e
de A Construção do Corpo Causal, A iniciação e as pétalas, o Mestre trata do
desenvolvimento das pétalas do loto egoico, em cujo centro está a Joia no loto, por
meio da qual a Mônada se manifesta no plano ou mundo mental superior ou causal; a
Joia no loto é o Ego ou Alma, e nas pétalas funciona sua consciência (autoconsciência);
o loto egoico é o corpo causal, o corpo do Ego. O Ego utiliza o corpo causal e os três
corpos inferiores para evoluir.

O Mestre nas páginas 884 e 885 do Tratado Sobre Fogo Cósmico diz que a Joia no loto
é a janela da Mônada desde onde olha externamente para os três mundos e o terceiro
olho é a janela do Ego ou Alma, funcionando no plano físico desde onde olha
internamente para os três mundos; portanto a Mônada olha externamente para os três
mundos através da Joia no loto, o Ego ou Alma, e do terceiro olho, o qual funciona no
corpo etérico, entre os dois olhos, e utiliza o cérebro físico. Por meio da Joia no loto e
do loto egoico a Mônada olha para o mundo causal ou mental superior, por meio da
unidade mental para o mundo mental inferior e por meio do átomo astral permanente
para o mundo astral, pois quando está desencarnada Ela não dispõe do corpo físico.

O corpo físico é utilizado para o desenvolvimento das pétalas da tríade externa de


Conhecimento, pétalas do loto egoico, na Aula da Ignorância, sob a infuência da força
e da energia do Mahachohan, o corpo astral é utilizado para o desenvolvimento das
pétalas da tríade intermédia de Amor, na Aula da Aprendizagem, sob a infuência da
força do Bodhisattva, e o corpo mental é utilizado para o desenvolvimento das pétalas
da tríade interna de Sacrifício, na Aula da Sabedoria, sob a infuência da força e da
energia do Manu.

1692
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Na utilização da forma é feito uso dos três fogos: elétrico, solar e por fricção.

A eventual desintegração da forma ao ser substituída é a morte, que é tríplice, a


desintegração do corpo físico, a do corpo astral e a do corpo mental inferior.

O Amor inclui a correta compreensão das Leis de Atração e de Repulsão, que atuam na
construção das formas, da interação magnética entre todas as formas, grandes e
pequenas, das relações entre grupos e da organização deles, do poder energizante da
vida unifcadora, a Mônada ou Espírito, e do poder de atração exercido por uma
unidade sobre outra, átomo, ser humano ou sistema solar, em que é claramente
percebida a atração do Sol sobre os planetas. Numa galáxia também é claramente
percebida, pela astrofísica, a atração do centro da galáxia sobre as estrelas nela. Há
processos de atração muito maiores envolvendo os aglomerados de galáxias. O Amor
está sempre se manifestando nos níveis microcósmico e macrocósmico.

O conhecimento e a correta compreensão de todos estes processos, dos propósitos e


das relações estão relacionados com os processos de construção no próprio homem e
no sistema solar, para cuja realização é necessário desenvolver os poderes que
transformarão o ser humano num Construtor consciente, que o Mestre denomina Pitri
solar, no próximo ciclo, para uma humanidade futura. Na iniciação é revelado ao
iniciado o centro cósmico particular do qual emana o tipo de força ou energia com o
qual ele estará relacionado quando se converter num Pitri solar em seu devido tempo,
quando possuindo não apenas conhecimento mas também a energia do amor poderá
vincular os três princípios superiores e os quatro inferiores de uma futura raça de
seres humanos num período distante e ser realizada a individualização de Mônadas
humanas manifestadas nessa raça, para o que o Pitri solar sacrifca seu próprio
princípio médio plenamente consciente, o princípio Budi, o segundo, sendo o primeiro
Atma e o terceiro Manas.

O Mestre Djwhal Khul neste trecho dá ensinamentos de magna potência esclarecedora


e estimuladora, ensinamentos que mostram claramente a vida divina futura reservada
ao ser humano realmente interessado em conhecer e corretamente compreender a
vida divina.

Estudo 660

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais

1693
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "Sacrifício signifca algo mais do já
indicado. Implica os fatores seguintes:", na página 700, até "Através deles circula o
tremendo poder, o "fogo dos Céus", que é descido desde a tríade superior por meio do
Cetro elétrico.", na página 702.

"Sacrifício signifca algo mais do já indicado. Implica os fatores seguintes:

a. Conhecimento dos propósitos e intenções do Logos planetário.

b. Compreensão do tipo particular e peculiar de energia e da qualidade de seu


próprio Senhor de Raio.

c. Compreensão dos diferentes grupos de existências que participam na evolução


planetária e na manifestação solar.

d. Revelação de certas empresas cósmicas nas quais nosso Logos planetário atua
como colaborador inteligente. Desta maneira é introduzido o fator força que provém
de fora do sistema.
Quando são considerados estes e outros fatores, é evidente que a energia liberada, em
sacrifício a ditos planos e intenções, abarca um campo tão vasto de sabedoria que
jamais poderá imaginá-lo o homem comum. Trata dos propósitos e planos dos
Observadores Silenciosos nos três planos - os cinco e os sete - e a força dinâmica dos
grandes Anjos destruidores em todos os planos que eventualmente - mediante a
manipulação das três formas de energia - darão fm a tudo o que existe. Estes anjos
constituem um grupo misterioso de Vidas foháticas, que fazem soar as trombetas da
destruição e, mediante as notas emitidas, produzem essa desintegração que liberará a
energia encerrada nas formas.

O segundo ponto é muito breve. Refere-se à fleira interna de pétalas, ou a esse


conjunto de três pétalas ou correntes de energia giratória que rodeiam imediatamente
a "joia no loto". Cada uma destas três pétalas está relacionada com uma das três
fleiras e vai se formando a medida que cada uma delas se abre. Constituem portanto a
síntese do conhecimento, do amor e do sacrifício e se vinculam estreitamente, por
meio do tipo de força que fui através delas, com um dos três centros superiores do
Logos planetário do raio particular a que pertence um homem. Esta unidade central de
tríplice força deve ser enfrentada de maneira especial, na iniciação.

1694
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Nas primeira, segunda e terceira Iniciações, uma das três pétalas se abre, permitindo
que se desprenda cada vez mais o ponto central elétrico. Na quarta Iniciação, a joia
(tendo se revelado completamente) devido a sua famejante luz, intenso calor irradiante
e tremenda emissão de força, produz a desintegração da forma que a circunda, a
desintegração do corpo causal, a destruição do Templo de Salomão e a dissolução da
for de loto. O trabalho do Iniciador, com respeito a isto, é muito interessante. Por meio
do Cetro de Iniciação e de certas Palavras de Poder, produz resultados de natureza
coordenadora, transmutadora e liberadora.

Por meio da ação do Cetro, tal como tem sido manejado nas duas primeiras Iniciações,
as duas fleiras externas se abrem, a energia de ambas se libera e os dois conjuntos de
força personifcados nas seis pétalas se coordenam e interatuam. Esta etapa de
reajuste de pétalas sucede à denominada anteriormente "desenvolvimento"e tem a ver
com a ação simultânea das duas fleiras de pétalas. A interação entre ambas é total e a
circulação das correntes vai aperfeiçoando-se. O Cetro é aplicado ao que poderia
chamar-se a pétala "chave", de acordo com o raio e sub-raio a que pertença um
homem. Logicamente isto difere em relação á unidade de força implicada. É
interessante observar aqui que assim como a substância da pétala é substância dévica
e a energia das pétalas é a energia de certos manasadevas (uma das três categorias
superiores de Agnishvattas), o iniciado é infuenciado (esta palavra não é totalmente
apropriada para explicar satisfatoriamente o tipo de serviço dévico que aqui se
necessita) por um grande deva que representa o equilíbrio da vibração substancial
produzida pelos esforços do iniciado, ajudado pelos adeptos que o apresentam, os
quais representam um dos dois polos de força, a qual é temporariamente estabilizada
pelo Iniciador. Estes três fatores,

1. o deva representante,
2. os dois adeptos e
3. o iniciador,
formam, durante um breve segundo, um triângulo de força com o iniciado no centro.
Através deles circula o tremendo poder, o "fogo dos Céus", que é descido desde a
tríade superior por meio do Cetro elétrico."

Estudo 661

1695
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Sacrifício signifca
algo mais do já indicado. Implica os fatores seguintes:", na página 700, até ", d.
Revelação......................Desta maneira é introduzido o fator força que provém de fora do
sistema.", na página 700.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul explica detalhadamente o signifcado de Sacrifício, a


Vontade, o aspecto que sintetiza os outros dois aspectos, Amor-Sabedoria e
Inteligência Ativa, e os quatro atributos, derivados do terceiro aspecto, Inteligência
Ativa.

O Mestre diz que Sacrifício signifca algo mais do já indicado, pois Ele já deu muitos
ensinamentos a respeito de Sacrifício, e neste trecho Ele expande Seus ensinamentos.

Os fatores implicados em Sacrifício são:

a. Conhecimento dos propósitos e intenções do Logos planetário, conhecimento que


exige muito estudo de muita profundidade e correta compreensão dos elevados
ensinamentos do Mestre em Seu livro Tratado Sobre Fogo Cósmico.

b. Compreensão do tipo particular e peculiar de energia e da qualidade de seu


próprio Senhor de Raio. Sob o ponto de vista do raio do discípulo, ele tem que saber
o seu Raio monádico, seu Raio egoico, o qual é um sub-raio do Raio monádico e
compreender corretamente a energia e a qualidade do Senhor do seu Raio, o que tem
vários níveis, o nível do Chohan do seu Raio e o do Logos planetário regente do seu
Raio; sob o ponto de vista do Raio do Logos planetário, é necessário saber o Raio
regente do nosso Logos planetário e compreender corretamente a energia e a
qualidade do Senhor do Seu Raio. No V DIAGRAMA na página 296 do Tratado Sobre
Fogo Cósmico os sete Logos planetários estão conectados com os sete Rishis da
Ursa Maior, os quais constituem os sete centros do Logos solar em Seu corpo búdico
cósmico. As sete estrelas principais da constelação Ursa Maior, Dubhe (a alfa), Merak
(a beta), Phecda (a gama), Megrez (a delta), Alioth (a épsilon), Mizar (a dzeta) e
Benetnash (a eta), constituem os sete centros da cabeça do Logos cósmico e os sete
Raios. Portanto os sete Rishis da Ursa Maior são portadores das energias dos sete
Raios e os sete Logos planetários sagrados conectados com Eles recebem estas

1696
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
energias. O nosso Logos planetário, não sendo ainda um Logos sagrado, está sob a
infuência de um Logos sagrado. Os Logos sagrados constituem os sete centros
principais do Logos solar.

c. Compreensão dos diferentes grupos de existências que participam na evolução


planetária e na manifestação solar. Na evolução do nosso Logos planetário estão
evoluindo Entidades por meio dos reinos mineral, vegetal e animal. Na manifestação
solar estão evoluindo os Logos planetários, os Quais são em número maior que o
conhecido, pois o Mestre diz na página 634 do Tratado Sobre Fogo Cósmico que
existem mais de 115 corpos, que são planetas dentro do nosso sistema solar.

d. Revelação de certas empresas cósmicas nas quais nosso Logos planetário atua
como colaborador inteligente. Desta maneira é introduzido o fator força que provém
de fora do sistema. Sendo revelação, estas empresas cósmicas são reveladas ao
iniciado na iniciação e talvez na preparação para a iniciação seguinte. Estas empresas
cósmicas implicam o manejo de energias cósmicas de fora do corpo físico cósmico
do Logos solar com o Qual o Logos planetário colaborador está evoluindo e envolvem
vários Logos solares e relacionamentos de energias entre Eles. Portanto quando o
nosso Logos planetário colabora inteligentemente nestas empresas cósmicas,
energia de fora do sistema solar penetra no nosso esquema planetário e no planeta
Terra e produz seus efeitos.

Estudo 662

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Quando são
considerados estes e outros fatores, é evidente que a energia liberada,", na página 700,
até "e, mediante as notas emitidas, produzem essa desintegração que liberará a
energia encerrada nas formas.", na página 701.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que quando os quatro e outros fatores
implicados em Sacrifício (Vontade) são considerados, é evidente que a energia
liberada, em sacrifício (Vontade) aos planos e intenções citados, abrange um campo

1697
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tão vasto de sabedoria que jamais poderá imaginá-lo o homem comum, do que
deduzimos que somente quem está no Caminho da Iniciação compreende esta energia.
Esta energia é utilizada pelos Observadores Silenciosos nos três planos ou mundos na
execução dos Seus propósitos e planos. Consideramos que estes três mundos dos
Observadores Silenciosos são os físico, astral e mental, os cinco Observadores
observam os reinos mineral, vegetal, animal, humano e da Hierarquia planetária, e os
sete observam os sete globos do esquema da Terra.

Consideramos que os propósitos e planos destes Observadores Silenciosos estão


dentro dos Propósitos e Planos do Logos solar e do nosso Logos planetário.

Esta energia também é utilizada pelos grandes Anjos destruidores em todos os planos,
físico, astral, mental, búdico, átmico, monádico e adi, os Quais eventualmente, nos
momentos defnidos, darão fm a tudo o que existe, o período do pralaya, mediante a
manipulação das três formas de energia, fogo elétrico, fogo solar e fogo por fricção.
Estes anjos constituem um grupo misterioso de Vidas foháticas. O Mestre Djwhal Khul
na página 61 do Tratado Sobre Fogo Cósmico diz que Akasha é a primeira
diferenciação da matéria pregenésica, a matéria adi, sendo Akasha a matéria
monádica, e Akasha em manifestação se expressa como Fohat ou Energia divina nos
diferentes planos com diversos nomes. O Mestre deixa bem claro o processo de
transmissão da energia da matéria adi, o "mar de fogo", para as matérias dos outros
seis planos ou mundos constituintes do físico cósmico, monádico, átmico, búdico,
mental, astral e físico.

O Mestre diz que estes anjos, Vidas foháticas, fazem soar as trombetas da destruição
e, mediante as notas emitidas, produzem essa desintegração que liberará a energia
encerrada nas formas. A simbologia utilizada pelo Mestre, "fazem soar as trombetas da
destruição", signifca que estes anjos produzem vibrações ou oscilações das partículas
por meio da manipulação das três formas de energia, oscilações de grande potência,
as quais sintonizadas com as frequências oscilatórias das formas as desintegram e
liberam a energia encerrada nelas.

Estudo 663

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo

1698
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "O segundo ponto é
muito breve. Refere-se à fleira interna de pétalas,", na página 701, até ", produz
resultados de natureza coordenadora, transmutadora e liberadora.", na página 701.

Considerações.

Neste trecho, ainda dentro do assunto Sacrifício, o Mestre Djwhal Khul diz que é muito
breve o segundo ponto, que trata da fleira central de pétalas, a mais interna, o
conjunto de três pétalas ou correntes de energia giratória que rodeiam imediatamente
a Joia no loto, o Ego ou Alma. São as pétalas que velam a Joia no loto.

Na página 571 do Tratado Sobre Fogo Cósmico o Mestre explica a construção desta
tríade central do loto egoico. Estas três pétalas aparecem no coração mesmo do loto
egoico, o centro do loto, pela afuência de energia proveniente da matéria búdica pela
ação da Mônada em Seus aspectos Budi e Atma, as quais se fecham sobre a chama
central, cobrindo-a totalmente e permanecendo fechadas até chegar o momento de
revelar a Joia no loto. O Mestre deixa bem claro que estas pétalas são correntes de
energia que giram e rodeiam a Joia no loto, muito próximas dela. Cada uma destas
pétalas centrais está relacionada com uma das três fleiras, a pétala de Conhecimento
está relacionada com a Tríade externa de Conhecimento, a de Amor com a Tríade
intermédia de Amor e a de Sacrifício com a Tríade interna de Sacrifício. Estas três
pétalas centrais energizam as pétalas das três tríades, de Conhecimento, de Amor e de
Sacrifício. A medida que as pétalas de cada tríade vão sendo desenvolvidas e
organizadas, a pétala central relacionada vai sendo organizada. Portanto as três
pétalas centrais, as três correntes centrais de energia giratória, constituem a síntese
do conhecimento, do amor e do sacrifício. Elas se vinculam estreitamente, por meio do
tipo de força que fui através delas, com um dos três centros superiores do Logos
planetário do raio particular a que pertence o ser humano. Consideramos que estes
três centros superiores do Logos planetário são os laríngeo, cardíaco e coronário e
que a pétala central de Conhecimento se vincula com o centro laríngeo do Logos
planetário, a de Amor com o centro cardíaco do Logos planetário e a de Sacrifício com
o centro coronário do Logos planetário. Esta vinculação com os centros superiores do
Logos planetário do raio particular a que pertence o ser humano é muito importante
para a evolução da Mônada humana. Na iniciação a atuação é especial em cada pétala
central.

O Mestre diz que na primeira, na segunda e na terceira Iniciações, uma das três pétalas
centrais é aberta, permitindo que se exponha cada vez mais o ponto central elétrico, a

1699
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Joia no loto. Consideramos que na primeira Iniciação, o Nascimento, as pétalas da
Tríade externa de Conhecimento e a central de Conhecimento são abertas, tendo o
iniciado se esforçado para desenvolver e organizar as pétalas da Tríade externa de
Conhecimento, após a primeira Iniciação o iniciado se esforça para desenvolver e
organizar a Tríade intermédia de Amor, e ao receber a segunda Iniciação, o Batismo, as
pétalas desta tríade e a central de Amor são abertas, após a segunda Iniciação o
iniciado se esforça para desenvolver e organizar as pétalas da Tríade interna de
Sacrifício, polarizando-se na mente e fazendo intenso e correto uso da Vontade, e ao
receber a terceira Iniciação, a Transfguração, a primeira solar, as pétalas desta tríade e
a central de Sacrifício são abertas. Assim, após a terceira Iniciação, a Joia no loto fca
totalmente exposta, o que signifca que o Ego assumiu completamente o controle da
Personalidade e dos três corpos inferiores. Na quarta Iniciação, a Renúncia, a segunda
solar, a Joia no loto, completamente revelada, por meio de sua famejante luz, fogo
solar, intenso calor irradiante, fogo por fricção, e tremenda emissão de força, fogo
elétrico, produz a desintegração da forma que a circunda, as doze pétalas, a
desintegração do corpo causal, a destruição do Templo de Salomão, como diz o Mestre,
e a dissolução da for de loto, Ela própria. O Mestre diz que o trabalho do Iniciador, com
respeito a isto, é muito interessante. Por meio do Cetro de Iniciação e de certas
Palavras de Poder (Vibrações de Poder), produz resultados de natureza coordenadora,
transmutadora e liberadora; coordenadora porque todo o conteúdo do loto egoico é
coordenado, transmutadora porque o conteúdo é transmutado para a Tríade superior,
e liberadora porque a Mônada é liberada dos três mundos inferiores, passando a
evoluir no mundo búdico.

Estes elevados ensinamentos do Mestre Djwhal Khul são muito esclarecedores,


estimulantes e aceleradores do processo evolutivo, permitindo que a liberação seja
alcançada com maior rapidez.

Estudo 664

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Por meio da ação
do Cetro, tal como foi manejado nas duas primeiras Iniciações, as duas fleiras externas
se abrem, a energia de ambas é liberada e os dois conjuntos de força personifcados

1700
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
nas seis pétalas se coordenam e interatuam.", na página 701, até "Através deles circula
o tremendo poder, o "fogo dos Céus", que é descido desde a tríade superior por meio
do Cetro elétrico.", na página 702.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá ensinamentos detalhados a respeito das pétalas
do loto egoico, vórtices de força, e dos efeitos da iniciação sobre elas.

As duas fleiras externas se abrem, a Tríade externa de Conhecimento e a Tríade


intermédia de Amor, por meio da energia do Cetro de Iniciação. Na primeira Iniciação
planetária, o Nascimento, é aberta a Tríade externa de Conhecimento, e na segunda
Iniciação planetária, o Batismo, é aberta a Tríade intermédia de Amor. Ao serem abertas
as duas tríades, as energias de ambas são liberadas. Estas energias são constituídas
por dois conjuntos de força. Na Tríade externa de Conhecimento a pétala de
Conhecimento é energizada por força do terceiro aspecto puro, a pétala de Amor por
força do terceiro aspecto em seu subaspecto Amor e a pétala de Sacrifício por força
do terceiro aspecto em seu subaspecto Sacrifício ou Vontade. Na Tríade intermédia de
Amor a pétala de Conhecimento é energizada por força do segundo aspecto em seu
subaspecto Conhecimento, a pétala de Amor por força do segundo aspecto puro e a
pétala de Sacrifício por força do segundo aspecto em seu subaspecto Sacrifício ou
Vontade. Estes dois conjuntos de força se coordenam e interatuam. O fogo destas
duas tríades é fogo solar, portanto estes dois conjuntos de força são de fogo solar em
suas seis divisões. A coordenação destes dois conjuntos de força tem a ver com a ação
simultânea das duas tríades e a interação entre as duas é total e a circulação das
correntes de força aperfeiçoa-se e produz a unidade. Esta etapa de reajustamento das
pétalas vem após a denominada anteriormente desenvolvimento.

Em cada iniciado há uma pétala chave, na qual é aplicado o fogo do Cetro de Iniciação,
pétala que depende do raio e do sub-raio a que pertença o iniciado, sendo o raio da
Mônada do iniciado e o sub-raio o raio do Ego.

O Mestre diz que é interessante observar que, assim como a substância da pétala é
substância dévica e a energia das pétalas é a energia de uma das três categorias
superiores de Agnishvattas, os Quais expressam a energia dos três aspectos, o iniciado
é infuenciado por um grande deva que representa o equilíbrio da vibração substancial
produzida pelos esforços do iniciado, ajudado pelos adeptos que o apresentam, os
quais representam um dos dois polos de força, a qual é temporariamente estabilizada
pelo Iniciador. A palavra infuenciado não explica satisfatoriamente o trabalho dévico

1701
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
necessitado na iniciação, sendo portanto um trabalho muito elevado, técnico e
científco, irradiando energia específca, um transmissor.

Vibração substancial é vibração, oscilações, dos três corpos inferiores, gerada pelos
esforços do iniciado ao percorrer o Caminho da Iniciação, algumas vezes com plena
consciência, quando o iniciado é plenamente consciente em seu cérebro físico dos
processos e metas das iniciações; a tônica é elevada.

O iniciado é apresentado ao Iniciador pelos dois adeptos, os dois Mestres, os Quais


constituem um dos dois polos da força da Iniciação. Estes dois Mestres
apresentadores são como se fossem os Padrinhos do iniciado. A força circulante na
iniciação, força aplicada no iniciado pelo Iniciador, é o tremendo poder, o fogo dos
Céus, como denomina o Mestre. Esta força circula durante um breve segundo por um
triângulo constituído pelo deva representante, os dois adeptos e o Iniciador, com o
iniciado no centro. Esta força, de tremenda potência, é descida desde a tríade superior
do iniciado por meio do Cetro elétrico, o que deixa bem claro que pelo Cetro do
Iniciador circula fogo elétrico cósmico.

Estudo 665

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Do parágrafo: "Esta aplicação de força extraegoica
é em si mesma de tríplice natureza;", na página 702, até ", para logo enfocá-los no
centro mais elevado, antes da liberação fnal.", na página 703.

"Esta aplicação de força extraegoica é em si mesma de tríplice natureza; está


simbolizada pelos três agentes protetores e a tríplice natureza do Cetro mesmo.
Emana, em sentido primordial, do Logos planetário do raio a que pertence um homem e
procede de um dos centros planetários correspondentes ao centro coronário, ao
cardíaco ou ao laríngeo de um ente humano. Dita energia é aplicada à fleira
correspondente de pétalas e à pétala correspondente da fleira de acordo com a
iniciação recebida e os raios primário e secundário. Poderá ser observada aqui uma
estreita relação entre as pétalas e os centros do nível etérico do plano físico e será
visto (quando foi realizado o trabalho necessário) como é possível obter uma
transmissão direta de força desde os planos superiores aos inferiores, na seguinte

1702
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ordem:

a. Desde o centro logoico, o Logos planetário, à Mônada em seu próprio plano.

b. Desde essa Mônada, a uma das três fleiras de pétalas, de acordo com o aspecto
ou raio correspondente.

c. Desde a fleira de pétalas, considerada como uma unidade, a uma das pétalas da
fleira, segundo a qualidade e tipo de força, empregando a pétala como agente
transmissor.

d. Desde a pétala particular na qual está centrada momentaneamente a força, a um


dos átomos permanentes, também de acordo com o raio e tipo de força.

e. Desde o átomo permanente via o triângulo atômico e os centros mental e astral, a


um dos centros superiores do corpo etérico particularmente implicado.

f. Desde o centro etérico ao cérebro físico.


Expusemos aqui brevemente o processo de transmissão de força desde a Mônada ao
homem no plano físico e, portanto, será evidente a ênfase posta continuamente sobre
a necessidade de lograr pureza corpórea (nos três corpos) e sobre o alinhamento
desses corpos, a fm de que a força possa afuir ininterruptamente. Os efeitos desta
descida de força podem ser considerados de duas maneiras, material ou
psiquicamente.

O efeito material, ou o resultado deste estímulo sobre as formas e os átomos das


formas, consiste em fazê-las radioativas ou liberar a energia aprisionada dentro da
forma, e se relaciona com o aspecto Brahma e a evolução da matéria mesma. Afeta os
corpos lunares e, portanto, está vinculado com os Pitris ou Senhores lunares, o que
debilita seu aferro sobre os construtores menores, submetendo-os cada vez mais às
correntes de força provenientes dos Anjos solares, produzindo uma situação que
oportunamente fará regressar os Pitris lunares de qualquer categoria ao ponto central
da substância de força. Em sentido psíquico o resultado da afuência constitui a
estimulação da consciência e a aquisição (por meio desse estímulo) dos poderes
psíquicos latentes no homem. Seus três centros físicos superiores, a glândula pineal, o
corpo pituitário e o centro alta maior são afetados e o homem se faz psiquicamente
consciente no cérebro físico das infuências, acontecimentos e poderes superiores.

1703
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Segundo o raio envolvido assim será o centro afetado. Será substituída a força dos
Senhores lunares, que logrou manter em estado passivo estes três órgãos, pela energia
que verterão os Anjos solares.

Tudo isto está também estreitamente relacionado com a tríplice energia do corpo
físico, que produz efeitos na coluna vertebral, elevando de sua base o fogo kundalínico,
fazendo-o ascender pelo tríplice canal da coluna, também de acordo com o raio e
aspectos implicados. Nada mais pode ser dito sobre isto, pois os perigos de um
conhecimento prematuro sobre esta linha são muito maiores que os perigos da
ignorância. Basta assinalar que os fogos dos centros inferiores - os debaixo do
diafragma - no momento de alcançar a segunda iniciação, geralmente ascenderam ao
centro entre as omoplatas; no transcurso da segunda iniciação se elevam até a cabeça,
então entram em atividade todos os fogos do torso. Só resta para ser efetuada sua
centralização, a fm de estabelecer a necessária interação geométrica entre os sete
centros da cabeça, para logo enfocá-los no centro mais elevado, antes da liberação
fnal."

Estudo 666

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Esta aplicação de
força extraegoica é em si mesma de tríplice natureza;", na página 702, até "f. Desde o
centro etérico ao cérebro físico.", na página 702.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá preciosíssimos e importantíssimos ensinamentos


a respeito da energia cósmica ou fogo cósmico proveniente do Logos planetário do
raio a que pertence a Mônada do iniciado e do trajeto desta energia até a Mônada dele
e dela até o seu cérebro físico. É a energia que o Mestre diz ser o tremendo poder, o
fogo dos Céus, e que é descido desde a tríade superior por meio do Cetro elétrico do
Iniciador. Este fogo é elétrico, porque o Iniciador o manipula por meio do Seu Cetro que
é elétrico e é um fogo que faz o iniciado avançar e progredir. Esta força extraegoica,
emanada do Logos planetário do raio a que pertence a Mônada do iniciado através de
um dos Seus centros superiores correspondentes aos centros coronário, cardíaco e

1704
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
laríngeo do ser humano, chega na Mônada do iniciado, e o Iniciador em comunicação
com Ela A estimula para emitir esta força para a Sua Tríade superior (átomos
permanentes átmico, búdico e mental ou manásico), e Ele (o Iniciador) manipula esta
força por meio do Seu Cetro elétrico para fazê-la circular durante um breve segundo
pelo triângulo formado pelo Deva representante, pelos dois Adeptos que apresentam o
iniciado e pelo Iniciador, com o iniciado (seu loto egoico) no centro. Estes Componentes
do triângulo da Iniciação são de fato agentes protetores, porque adéquam a força para
o loto egoico do iniciado.

Consideramos que a força é adequada pelo Deva representante para o aspecto


Conhecimento, pelos dois Adeptos para o aspecto Amor e pelo Iniciador para o aspecto
Sacrifício ou Vontade, no loto egoico do iniciado.

Esta força extraegoica é emanada primordialmente da Mônada do Logos planetário do


raio a que pertence o iniciado, pois é Ela que vitaliza a Sua Tríade superior cósmica e
Seu Loto egoico cósmico e por meio deles Seus centros etéricos cósmicos. Portanto
esta força extraegoica em seu trajeto passa pela matéria mental superior cósmica, da
qual é feito o Loto egoico do Logos planetário, pela matéria astral cósmica do corpo
astral cósmico do Logos planetário e pela matéria etérica cósmica (as divisões ou
subplanos superiores do físico cósmico) dos Seus centros etéricos cósmicos e chega
na Mônada do iniciado e dela no seu loto egoico ao ser manipulada pelo Iniciador por
meio do Seu Cetro elétrico. Esta circulação do fogo elétrico cósmico do Logos
planetário até o cérebro físico do iniciado é muito impressionante, muito maravilhosa e
muito estimuladora do processo evolutivo do ser humano, a Mônada encarnada.
Portanto nosso amado Mestre Djwhal Khul, ao dar estes elevadíssimos ensinamentos à
humanidade, contribuiu potentissimamente para acelerar a evolução dela e fazê-la
alcançar a glória da verdadeira Espiritualidade, a consciência monádica e o contato
direto com o Logos planetário.

Na iniciação o fogo elétrico cósmico do Logos planetário do raio da Mônada do iniciado


é emanado de um dos três centros etéricos cósmicos superiores logoicos, o laríngeo
na primeira Iniciação, o cardíaco na segunda Iniciação e o coronário na terceira
Iniciação, para a Mônada do iniciado, e dela via Sua tríade superior é conduzido pelo
Iniciador por meio do Seu Cetro elétrico para o triângulo formado pela Deva
representante, pelos dois Adeptos e pelo Iniciador, e deste triângulo, após circular
rapidamente, para a Tríade externa de Conhecimento na primeira Iniciação, para a
Tríade intermédia de Amor na segunda Iniciação e para a Tríade interna de Sacrifício
na terceira Iniciação. Após circular na tríade, considerada uma unidade, o fogo é

1705
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
focalizado momentaneamente na pétala chave, a de Sacrifício se o raio do iniciado é o
primeiro, a de Amor se o raio do iniciado é o segundo, e a de Conhecimento se o raio
do iniciado é o terceiro. Em seguida a pétala chave como transmissor irradia o fogo
para um componente da Tríade inferior, o átomo físico permanente na primeira
Iniciação, o átomo astral permanente na segunda Iniciação e a unidade mental na
terceira Iniciação. Em seguida o fogo vai via a Tríade inferior para um centro superior
dos corpos mental, astral e etérico, o laríngeo na primeira Iniciação, o cardíaco na
segunda Iniciação e o coronário na terceira Iniciação, e do centro etérico para o
cérebro físico.

Esta transmissão de força desde a Mônada até o cérebro físico estimula os três corpos
inferiores, embora um deles seja o mais estimulado, de acordo com a iniciação, porque
o fogo circula por toda a Tríade inferior e pelos centros superiores dos três corpos
inferiores, um centro superior em cada iniciação. Logicamente um centro superior ao
ser estimulado infuencia os outros dois centros superiores do mesmo corpo.

A meditação constante neste processo de transmissão de força desde a Mônada até o


cérebro físico, com claro entendimento da técnica de transmissão, técnica explicada
pelo nosso querido Mestre Djwhal Khul, acelera fortemente a evolução, aproximando
quem assim medita da liberação fnal, pelo emprego plenamente consciente da Vontade
inteligente.

Estudo 667

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o trecho: "Expusemos aqui
brevemente o processo de transmissão de força desde a Mônada ao homem no plano
físico e,", na página 703, até ", que logrou manter em estado passivo estes três órgãos,
pela energia que verterão os Anjos solares.", na página 703.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que a exposição feita por Ele do processo de
transmissão de força desde a Mônada ao homem no plano físico torna evidente a
ênfase posta continuamente sobre a necessidade de obter pureza nos três corpos,
físico, astral e mental inferior, e sobre o alinhamento deles (a sintonia entre eles), a fm

1706
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de que a força possa afuir sem interrupção, o que é lógico, porque para haver
transmissão de força sem interrupção entre os corpos eles têm que estar sintonizados.

Esta descida de força produz efeitos que podem ser considerados material e
psiquicamente.

O efeito material, o resultado do estímulo sobre as formas e os átomos das formas, é


fazê-las radioativas, liberando a energia da substância, assim como o elemento urânio
(U) é radioativo. É a liberação da energia aprisionada dentro da forma e está
relacionado com o aspecto Brahma (o terceiro aspecto) e a evolução da própria
matéria. Afeta os corpos lunares, os corpos físico, astral e mental inferior e, portanto,
está vinculado com os Pitris ou Senhores lunares, o que debilita seu aferro (domínio)
sobre os construtores menores, os quais constituem a substância dos corpos lunares e
são submetidos cada vez mais às correntes de força provenientes dos Anjos solares,
tornando-se cada vez mais receptivos a estas correntes de força, às quais respondem
cada vez melhor. Isto produz uma situação que oportunamente fará os Pitris lunares de
qualquer categoria regressarem ao ponto central da substância de força, o local donde
vieram, por se tornarem inativos para os corpos inferiores. Estes Pitris lunares
manifestam os impulsos do sistema solar anterior, no qual o objetivo foi o
desenvolvimento do terceiro aspecto. Portanto esta força acelera a evolução para a
liberação dos três mundos inferiores, a recepção da quarta Iniciação planetária, a
Renúncia, a segunda solar.

O efeito psíquico, o resultado da afuência da força, é a estimulação da consciência e a


aquisição, por meio deste estímulo, dos poderes psíquicos latentes no ser humano. A
força, o fogo, atua nos três centros físicos superiores do ser humano, a glândula
pineal, o corpo pituitário e o centro alta maior. A glândula pineal é ligada ao chakra
coronário e é por meio dela que este chakra se comunica com o cérebro físico. O corpo
pituitário é ligado ao chakra frontal ou ajna e é por meio dele que este chakra se
comunica com o cérebro físico. O centro alta maior é ligado ao seu órgão denso e ao
chakra laríngeo, e é por meio do seu órgão denso que o centro alta maior se comunica
com o cérebro físico, e o chakra laríngeo, por meio da sua ligação com o centro alta
maior, comunica-se com o cérebro físico. A liberação destes três centros físicos
superiores do domínio dos Pitris ou Senhores lunares, fazendo estes três centros
responderem cada vez melhor às correntes de força provenientes dos Anjos solares,
capacita cada vez mais o cérebro físico para receber as energias provenientes da
Mônada e as informações provenientes dos corpos superiores, fazendo o ser humano,
a Mônada encarnada, psiquicamente consciente no cérebro físico das infuências,

1707
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
acontecimentos e poderes superiores, o que signifca a continuidade de consciência, a
meta do reino humano. As energias e as informações do loto egoico chegam cada vez
com maior plenitude ao cérebro físico.

O Mestre diz que o centro afetado é segundo o raio envolvido. Na primeira Iniciação o
centro afetado é o laríngeo, na segunda é o cardíaco e na terceira é o coronário.
Portanto na primeira Iniciação o centro superior afetado é o alta maior, na segunda o
corpo pituitário, ligado ao frontal ou ajna, o qual consideramos conectado com o
cardíaco, e na terceira a pineal. Se o raio do iniciado é o primeiro a pétala chave do seu
loto egoico é a de Sacrifício, portanto a glândula pineal sempre é afetada, se o raio do
iniciado é o segundo a pétala chave do seu loto egoico é a de Amor, portanto o corpo
pituitário sempre é afetado, e se o raio do iniciado é o terceiro a pétala chave do seu
loto egoico é a de Conhecimento, portanto o centro alta maior sempre é afetado.

A força dos Senhores lunares que manteve passivos estes três órgãos superiores é
substituída pela energia proveniente dos Anjos solares, do loto egoico, a qual estimula
e ativa plenamente estes três órgãos superiores e expande a consciência cerebral
física.

Estudo 668

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - d. A Construção do Corpo
Causal - e. A iniciação e as pétalas - Considerações sobre o parágrafo: "Tudo isto está
também estreitamente relacionado com a tríplice energia do corpo físico,", até ", para
logo enfocá-los no centro mais elevado, antes da liberação fnal.", na página 703.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul neste parágrafo diz que tudo o que Ele explicou sobre os efeitos
material e psíquico da descida de força desde a Mônada ao ser humano no plano físico
está também estreitamente relacionado com a tríplice energia do corpo físico, o fogo
elétrico (reação nervosa), o fogo solar (emanação prânica) e o fogo por fricção (calor
corpóreo), os quais produzem efeitos na coluna vertebral, e esta força descida desde a
Mônada eleva o fogo kundalínico da base da coluna vertebral, onde está o chakra ou
centro básico. O fogo kundalínico é tríplice, composto pelos fogos: reação nervosa,
emanação prânica e calor corpóreo. Os três canais da coluna vertebral são: pingala, no

1708
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
lado esquerdo da coluna, sushuma, no centro da coluna, e ida, no lado direito da
coluna. Esta ascensão do fogo kundalínico tríplice pelo tríplice canal da coluna
vertebral é de acordo com o raio e aspectos implicados. O terceiro raio ou aspecto faz
ascender o fogo por fricção, calor corpóreo, o segundo raio ou aspecto faz ascender o
fogo solar, emanação prânica, e o primeiro raio ou aspecto faz ascender o fogo
elétrico, reação nervosa. O Mestre diz que nada mais pode ser dito sobre isto, porque
os perigos de um conhecimento prematuro sobre esta linha são muito maiores que os
perigos da ignorância. No ser humano comum a intensidade destes três fogos é
sufciente para manter o corpo físico denso funcionando normalmente. Quando o ser
humano está no Caminho da Iniciação, seu autocontrole, seu autoconhecimento, a
pureza e a sintonia de seus três corpos inferiores, fazem os três fogos ascenderem
construtivamente, sem perigo algum, porque nesta etapa evolutiva a Mônada humana
está muito bem conectada com Seus instrumentos de manifestação e de evolução.

O Mestre diz que basta assinalar que os fogos dos centros inferiores, os abaixo do
diafragma, o básico, o sacro e o plexo solar, no momento de alcançar a segunda
iniciação, geralmente ascenderam ao centro entre as omoplatas, e no transcurso da
segunda iniciação são elevados até a cabeça, e então entram em atividade todos os
fogos do torso, somente restando para ser efetuada sua centralização, a fm de
estabelecer a necessária interação geométrica entre os sete centros da cabeça, para
logo enfocá-los no centro mais elevado, a pineal, expressão densa do chakra coronário,
antes da liberação fnal, na quarta Iniciação, a Renúncia.

Esta ascensão dos fogos dos centros abaixo do diafragma para o centro entre as
omoplatas resulta do uso da mente, porque o iniciado após receber a primeira Iniciação
utiliza a mente para controlar seu corpo astral, e após receber a segunda Iniciação ele
se concentra na utilização da mente para desenvolver e controlar plenamente seu
corpo mental em suas duas partes, mental inferior e mental superior ou causal, mente
inferior ou concreta e mente superior ou abstrata, empregando fortemente a Vontade,
que se manifesta por meio da mente.

Estes ensinamentos que o Mestre assinala complementam os ensinamentos que Ele dá


no parágrafo anterior sobre os três centros físicos superiores, a glândula pineal, o
corpo pituitário e o centro alta maior, centros da cabeça, os quais são afetados na
descida de força desde a Mônada ao ser humano no plano físico, e o ser humano (a
Mônada encarnada) se faz psiquicamente consciente no cérebro físico das infuências,
acontecimentos e poderes superiores.

1709
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Aqui é encerrado o último subitem, e, A iniciação e as pétalas, do item d, A Construção
do Corpo Causal, o último do subcapítulo 3, Os Anjos solares... os Agnishvattas, do
capítulo II, Os Devas e os Elementais da Mente, da seção D, Os Elementais da Mente e
os Elementais do Fogo, da segunda parte do livro. O próximo subcapítulo é o 4, OS
ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES, do capítulo II.

Estudo 669

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES - a. Introdução
- Do parágrafo: "Será evidente que, quando consideramos os Construtores dévicos,
grandes e pequenos, do sistema solar," , na página 704, até "Isto tem sido
sufcientemente tratado em páginas anteriores.", na página 704.

"a. Introdução.
Será evidente que, quando consideramos os Construtores dévicos, grandes e
pequenos, do sistema solar, praticamente nos limitamos àqueles que são agentes
ativos nos três mundos do esforço humano. Temos considerado brevemente os
Construtores que se encontram no arco evolutivo, as entidades maiores que já
passaram pelo reino humano e, por conseguinte, deixaram atrás essa etapa de
evolução de ciclos anteriores, sendo na atualidade os "agentes solares" da
manifestação humana. Ditas formas de expressão divina representam - em seu próprio
lugar - aspectos de força positiva. Vamos agora considerar os construtores menores
nos três mundos, aqueles que representam o aspecto negativo da força e se
encontram no arco involutivo, portanto, são os receptores de energias e infuências.
Sobre eles atua a energia, e pela atividade dos Construtores maiores são obrigados a
seguirem diferentes direções no espaço, sendo construídas com eles as diferentes
formas. A energia que atua sobre eles, como bem se sabe, emana do segundo aspecto
e, em sua totalidade, compõem a grande Mãe.

Chamarei a atenção dos estudantes para o fato de que ditos construtores menores
constituem literalmente um "mar de fogo" sobre o qual tem efeito o grande alento ou
AUM. Cada chispa de fogo ou átomo se vitaliza (pela ação da Palavra) com uma nova
vida e se impregna de diferente tipo de energia. Ao unir-se a vida da substância
atômica com a vida que causa a coesão dos átomos e forma qualquer classe de

1710
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
veículo, pode ser vista a manifestação do "Filho de Deus". Aqui reside a dualidade
essencial de toda manifestação; dita dualidade é logo suplementada pela vida de
Aquele que emite a Palavra. Desta maneira tem lugar a encarnação cósmica tomando
parte os três fatores. Isto tem sido sufcientemente tratado em páginas anteriores."

Estudo 670

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES - a. Introdução
- Considerações sobre o trecho: "Será evidente que, quando consideramos os
Construtores dévicos, grandes e pequenos, do sistema solar,", na página 704, até "e,
em sua totalidade, compõem a grande Mãe.", na página 704.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que quando considerou os Construtores dévicos,
grandes e pequenos, do sistema solar, praticamente se limitou àqueles devas que são
agentes ativos nos três mundos do esforço humano, os que trabalham ativamente nas
matérias mental (gasosa cósmica), astral (líquida cósmica) e física (densa ou sólida
cósmica) do físico cósmico do sistema solar. Considerou brevemente os Construtores
que se encontram na etapa evolutiva ou arco evolutivo do processo evolutivo, os Quais
são as entidades maiores que já passaram pelo reino humano e, consequentemente,
deixaram para trás essa etapa de evolução de ciclos anteriores, sendo na atualidade os
agentes solares da manifestação humana. Estes Construtores são Mônadas que no
sistema solar anterior manifestaram-se como seres humanos e alcançaram
vitoriosamente a meta estabelecida para o reino humano e então ingressaram no reino
dévico. No sistema solar anterior, a anterior encarnação do Logos solar, a meta
estabelecida por Ele foi o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do Seu terceiro
aspecto, Inteligência ativa. Portanto, no atual sistema solar, no qual a meta estabelecida
pelo Logos solar é o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do Seu segundo aspecto,
Amor - Sabedoria, utilizando o terceiro aspecto desenvolvido e aperfeiçoado no
sistema solar anterior, este aspecto, ao ser utilizado para o desenvolvimento e o
aperfeiçoamento do segundo aspecto solar, é também aperfeiçoado num nível mais
elevado. Portanto Eles deixaram para trás essa etapa de evolução do sistema solar
anterior e são agora os agentes solares da manifestação humana e trabalham para a

1711
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
evolução das Mônadas humanas utilizando a matéria em seus diversos níveis, dentro
da meta do Logos solar, o segundo aspecto, Amor - Sabedoria. Portanto Eles possuem
bastante conhecimento e experiência para ajudar as Mônadas humanas, porque já
passaram pela etapa humana no sistema solar anterior. Eles constituem em Seu próprio
lugar aspectos de força positiva.

O Mestre vai começar a considerar agora os construtores menores nos três mundos,
mental, astral e físico, construtores que constituem o aspecto negativo da força e se
encontram na etapa involutiva ou arco involutivo, sendo portanto os receptores de
energias e infuências. A energia atua sobre eles e os Construtores maiores, por meio
da Sua atividade, os obrigam a seguir diferentes direções no espaço e as diferentes
formas são construídas com eles, ou seja, diferentes formas no espaço. A energia
utilizada sobre eles pelos Construtores maiores emana do segundo aspecto, Amor -
Sabedoria, como é bem sabido, e em sua totalidade eles compõem a grande Mãe.

Estudo 671

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES - a. Introdução
- Considerações sobre o trecho: "Chamarei a atenção dos estudantes para o fato de
que ditos construtores menores constituem literalmente um "mar de fogo" sobre o qual
tem efeito o grande alento ou AUM.", na página 704, até: "Isto foi sufcientemente
tratado em páginas anteriores.", na página 704.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul chama a atenção para o fato de que os
construtores menores constituem literalmente um mar de fogo sobre o qual tem efeito
o grande alento ou AUM. O Mestre também diz na página 61 do Tratado Sobre Fogo
Cósmico que a matéria adi, do primeiro plano, é um mar de fogo. A matéria adi é a mais
potente do físico cósmico e é vitalizada pelo primeiro alento, simbolizado pela letra A. O
segundo alento, simbolizado pela letra U, vitaliza a matéria monádica, do segundo
plano. O terceiro alento, simbolizado pela letra M, vitaliza a matéria átmica, do terceiro
plano. Os construtores menores, que estão nos três mundos, mental, astral e físico, são
infuenciados pelo grande alento, porque a matéria adi energiza as matérias dos outros
seis planos, conforme o Mestre explica na página 61 do Tratado Sobre Fogo Cósmico.

1712
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Os construtores menores, nas matérias mental, astral e física, constituem de fato um
mar de fogo, porque nestas matérias o fogo por fricção é o fator mais signifcativo,
conforme o Mestre diz na página 430 do Tratado Sobre Fogo Cósmico.

Conforme o Mestre diz, cada átomo ou chispa de fogo se vitaliza, pela ação da Palavra,
com uma nova vida e se impregna com diferente tipo de energia. A Palavra é a
vibração ou oscilação gerada pela energia da Vontade, e esta vibração faz que o átomo
se vitalize com uma nova vida e se impregne com diferente tipo de energia, energia da
vibração.

Ao unir-se a vida que está dentro do átomo com a vida (a energia) que causa a coesão
dos átomos, formando moléculas e qualquer classe de veículo, pode-se ver a
manifestação do Filho de Deus, o resultado da união da Vida divina com a Vida da
matéria, a união do Pai com a Mãe.

Neste processo está a dualidade essencial de toda manifestação, dualidade que


consiste na transmissão (o positivo) e na recepção (o negativo). É por meio desta
dualidade essencial que a Entidade cósmica, que emite a Palavra, encarna
cosmicamente, suplementando a dualidade essencial e fazendo atuar os três fatores,
os três aspectos, Vontade, Amor - Sabedoria e Inteligência Ativa. O Mestre diz que isto
foi sufcientemente tratado em páginas anteriores, nas quais Ele explicou
detalhadamente o processo de construção das diferentes classes e dos diferentes
tipos de formas e também a manifestação das Entidades por meio das formas.

Estudo 672

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES - a. Introdução
- Do parágrafo: "Muito do que se diga será exposto adotando um sistema de
classifcação,", na página 704, até: "O que o homem constrói pode ser uma criação
benéfca ou maléfca de acordo com o desejo, causa ou propósito subjacentes.", na
página 705.

"Muito do que se diga será exposto adotando um sistema de classifcação, e a única


forma pela qual os estudantes poderão controlar a exatidão aproximada do distribuído
consistirá em meditar cuidadosamente sobre:

1713
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
a. A Lei de Correspondência ou Analogia.
b. As probabilidades realizáveis.
c. As indicações de natureza corroborante dadas na literatura ocultista.
Os estudantes devem recordar que tratamos com substância involutiva ou matéria
atômica. Dita matéria é substância vivente, sendo cada átomo uma pequena vida que
palpita com a vitalidade do terceiro Logos. Estas vidas, por serem energia negativa,
respondem a seu polo oposto e (de acordo com a Lei de Atração e Repulsão) com elas
podem ser construídas formas que expressam o segundo aspecto. Oportunamente, as
mesmas formas se fazem por sua vez negativas e respondem a outro tipo de força,
convertendo-se em receptoras da vida do primeiro Logos quando chegaram no quarto
reino ou humano.

Este tratado intenciona comprovar que no quarto reino se unem os três fogos:

a. O Fogo por fricção, ou o Aspecto negativo Brahma, o terceiro Aspecto.


b. O Fogo solar, ou o Aspecto negativo positivo Vishnu, o segundo Aspecto.
c. O Fogo elétrico, ou o Aspecto positivo Shiva, o primeiro Aspecto.
O homem nos três mundos, consciente ou inconscientemente, recapitula o processo
logoico e se converte em criador, trabalhando na substância por meio de sua energia
positiva. Quer, pensa, fala, produzindo formas mentais. A substância atômica é atraída
pelo que fala. As pequenas vidas que compõem essa substância estão obrigadas (pela
energia do pensador) a adotar formas que em si mesmas são ativas, vitais e
poderosas. O que o homem constrói pode ser uma criação benéfca ou maléfca de
acordo com o desejo, causa ou propósito subjacentes."

Estudo 673

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES - a. Introdução
- Considerações sobre o trecho: "Muito do que se diga será exposto adotando um
sistema de classifcação,", na página 704, até: "O que o homem constrói pode ser uma
criação benéfca ou maléfca de acordo com o desejo, causa ou propósito
subjacentes.", na página 705.

Considerações.

1714
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que muito do que Ele dirá exporá adotando um
sistema de classifcação, e que a única forma pela qual os estudantes poderão
controlar a exatidão aproximada do distribuído consistirá em meditar cuidadosamente
sobre:

a. A Lei de Correspondência ou Analogia.


b. As probabilidades realizáveis.
c. As indicações de natureza corroborante dadas na literatura ocultista.
O sistema de classifcação facilita a comparação e permite o claro entendimento do
que é ensinado. Portanto o Mestre, ao adotar o sistema de classifcação, ajuda muito a
Humanidade, da qual Ele é um elevado Servidor (um elevado Instrutor) dentro do
planejamento da Hierarquia planetária.

De fato a meditação cuidadosa sobre a Lei de Correspondência ou Analogia, as


probabilidades realizáveis e as indicações de natureza corroborante dadas na literatura
ocultista, é a única forma pela qual os estudantes poderão controlar a exatidão
aproximada do distribuído como ensinamento e informação.

O Mestre lembra que trata com substância involutiva ou matéria atômica. Ao dizer que
esta matéria é substância vivente, sendo cada átomo uma pequena vida que palpita
com a vitalidade do terceiro Logos, deixa bem claro que podemos perceber a vida
divina em toda a Natureza e em todo o planeta. Nas reações químicas percebemos
claramente a vida divina em atividade. Nas estrelas e nos planetas percebemos
também claramente a vida divina em atividade, em manifestação objetiva. As estrelas e
os planetas são veículos de manifestação de Entidades cósmicas, as estrelas de Logos
solares e os planetas de Logos planetários. Esta visão do espaço celestial é muito
esclarecedora, muito animadora e muito aceleradora do processo evolutivo, porque faz
que tenhamos uma noção muito mais ampla, muito mais correta e muito mais real de
DEUS.

Estas pequenas vidas atômicas, sendo energia negativa, respondem a seu polo oposto,
a energia positiva, a energia dos Construtores maiores, e de acordo com a Lei de
Atração e Repulsão, do segundo aspecto, com elas podem ser construídas formas que
expressam o segundo aspecto, Amor-Sabedoria.

Esta construção de formas é bem evidente na união dos átomos formando moléculas,
das moléculas formando células, das células formando órgãos e dos órgãos formando
o corpo físico denso nos reinos animal e humano. Quando estas formas passam do

1715
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
terceiro reino, o animal, para o quarto reino, o humano, elas se fazem negativas e
respondem a outro tipo de força, convertendo-se em receptoras da vida do primeiro
Logos, o primeiro aspecto, Vontade, o que ocorre na individualização das Mônadas
humanas. O Mestre deixa bem claro que na individualização a energia mais atuante é a
do primeiro aspecto do Logos solar, Vontade, energia que ao atuar sobre a matéria é
fogo elétrico. Este excelso ensinamento do Mestre faz que entendamos plenamente a
grande importância e necessidade de utilizarmos inteligentemente a vontade na
evolução, utilização inteligente da vontade que consiste em ser plenamente consciente
do Propósito do nosso Logos planetário e do Logos solar e executá-lo plenamente. O
Mestre Djwhal Khul em Seu livro Tratado Sobre Fogo Cósmico dá muitos ensinamentos
que fazem que seja adquirida a plena consciência deste Propósito.

O Mestre neste tratado intenciona comprovar que no reino humano se unem os três
fogos:

a. O Fogo por fricção, ou o Aspecto negativo Brahma, o terceiro Aspecto.


b. O Fogo solar, ou o Aspecto negativo positivo Vishnu, o segundo Aspecto.
c. O Fogo elétrico, ou o Aspecto positivo Shiva, o primeiro Aspecto.
O Mestre diz neste trecho que o homem nos três mundos, consciente ou
inconscientemente, recapitula o processo logoico e se converte em criador,
trabalhando na substância por meio de sua energia positiva.

O ser humano, a Mônada encarnada, nesta recapitulação do processo logoico, une e


funde os três fogos. O Fogo por fricção, a manifestação e a atuação do terceiro
Aspecto, Brahma na linguagem oriental, é negativo, receptor. O Fogo solar, a
manifestação e a atuação do segundo Aspecto, Vishnu na linguagem oriental, é
negativo, receptor, e positivo, transmissor, simultaneamente, e produz a coesão, pela
Lei de Atração e Repulsão, atuando a repulsão quando não é para haver coesão. O
Fogo elétrico, a manifestação e a atuação do primeiro Aspecto, Shiva na linguagem
oriental, é positivo, transmissor. O ser humano, a Mônada encarnada, no seu processo
evolutivo, utiliza os três fogos. A Mônada se manifesta como fogo elétrico na matéria
monádica (plano monádico), como fogo solar nas matérias átmica (plano átmico),
búdica (plano búdico) e mental superior ou causal (plano mental superior ou causal), e
como fogo por fricção nas matérias mental inferior (plano mental inferior), astral
(plano astral), e física (plano físico). Portanto em seu processo evolutivo Ela utiliza os
três fogos e nesta utilização, que é simultânea, Ela os une e funde.

Nas três etapas da evolução humana nos três mundos inferiores, relacionadas com as

1716
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pétalas do loto egoico, Aula da Ignorância, Aula da Aprendizagem e Aula da Sabedoria,
os três fogos são utilizados, e se unem e se fundem.

A energia positiva do ser humano é a da Vontade, seu primeiro aspecto. Esta energia,
ao atuar sobre a matéria, é fogo elétrico. O ser humano, a Mônada encarnada,
converte-se em criador, trabalhando na substância, a matéria, por meio da sua
Vontade, sua energia positiva, como diz o Mestre. Quer, pensa, fala, produzindo formas
mentais, como diz o Mestre. O Mestre coloca a Vontade (querer) em primeiro lugar, em
seguida o pensamento (pensar), e por último a fala (falar), na produção de formas
mentais, deixando bem claro que primeiro surge a ideia dentro da Vontade, em seguida
a ideia é processada pelo pensamento sob o controle da Vontade para a manifestação,
e por último a fala por meio das palavras, que são vibrações da matéria, tudo sob o
controle da Vontade plenamente consciente. As pequenas vidas dévicas, que são os
átomos, são atraídas por aquele que fala e são obrigadas pela energia da Vontade do
pensador a adotarem formas que em si mesmas são ativas, vitais e poderosas. O que o
ser humano constrói pode ser uma criação benéfca ou maléfca, de acordo com o
desejo, causa ou propósito subjacentes, do criador.

Estudo 674

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - a.
Introdução - Do parágrafo: "É essencial esforçar-se para levar à prática o que aqui se
distribui, sendo inútil que o homem estude os grupos dos construtores menores,", na
página 705, até: ", de atuar de acordo com a lei do amor e de não ser impelido a
realizar o ato criador pelo desejo egoísta e pela atividade incontrolada.", na página 705.

"É essencial esforçar-se para levar à prática o que aqui se distribui, sendo inútil que o
homem estude os grupos dos construtores menores, suas funções e denominações se
não compreende que está intimamente relacionado com muitos deles, pois ele mesmo
é um dos grandes construtores e um criador dentro do esquema planetário. Os
homens deveriam recordar que por meio do poder do pensamento e da palavra falada,
produzem efeitos sobre outros seres humanos que atuam nos três planos da evolução
humana, e também sobre o inteiro reino animal. Os pensamentos separatistas e
maléfcos do homem são em grande parte responsáveis pela selvageria dos animais

1717
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ferozes e pela qualidade destrutiva de alguns processos na natureza, inclusos certos
fenômenos tais como as pragas e a fome.

Não tem valor para o homem conhecer o nome dos que formam a "hoste da voz", a não
ser que compreenda sua relação com dita hoste e se dê conta de que tem a
responsabilidade de converter-se num criador benfeitor, de atuar de acordo com a lei
do amor e de não ser impelido a realizar o ato criador pelo desejo egoísta e pela
atividade incontrolada."

Estudo 675

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - a.
Introdução - Considerações sobre o trecho: "É essencial esforçar-se para levar à
prática o que aqui se distribui, sendo inútil que o homem estude os grupos dos
construtores menores,", na página 705, até: ", de atuar de acordo com a lei do amor e
de não ser impelido a realizar o ato criador pelo desejo egoísta e pela atividade
incontrolada.", na página 705.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul diz que é essencial praticar o que Ele ensina neste local do Seu
livro, devendo o ser humano compreender que ele está intimamente relacionado com
muitos construtores menores, pois ele mesmo é um dos grandes construtores e um
criador dentro do esquema planetário, sendo inútil estudar os grupos dos construtores
menores, suas funções e suas denominações sem esta compreensão. Os seres
humanos, as Mônadas encarnadas, devem recordar que por meio do poder do
pensamento e da palavra falada produzem efeitos sobre outros seres humanos que
atuam nos três mundos da evolução humana, os mundos físico, astral e mental, e
também sobre o inteiro reino animal. Este ensinamento do Mestre é muito importante e
esclarecedor, e é uma séria advertência para que todos os seres humanos vigiem o que
pensam e o que falam, para não produzirem efeitos maléfcos sobre outros seres
humanos e o reino animal.

A Mônada encarna, o ser humano, é criadora de Seus três corpos inferiores juntamente
com os Devas, ao encarnar, sendo portanto o ser humano um criador dentro do
esquema planetário, como diz o Mestre. Há outros processos nos quais a Mônada

1718
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
humana é criadora.

O Mestre diz que os pensamentos separatistas e maléfcos do homem são em grande


parte responsáveis pela selvageria dos animais ferozes e pela qualidade destruidora de
alguns processos na natureza, inclusos certos fenômenos tais como as pragas e a
fome. Os terremotos, as tsunamis, os furacões, os tornados, as inundações e os
deslizamentos de terra são processos na natureza, nos quais às vezes há destruição. O
Mestre por meio deste Seu ensinamento alerta a Humanidade para que todos os seres
humanos vigiem e controlem todos os seus pensamentos, evitando os pensamentos
separatistas e maléfcos, para não serem afetados pela destruição destes processos na
natureza. As pragas, as epidemias, e a fome também podem ser evitadas por meio do
controle do pensamento.

A meditação profunda e cuidadosa sobre estes ensinamentos do Mestre é muito


importante e útil para ser claramente entendido o processo pelo qual os pensamentos
dos seres humanos atuam nesses processos na natureza, meditação que deve incluir
os Devas, principalmente os Agnichaitas.

O Mestre deixa bem claro que é muito importante para o ser humano reconhecer que
tem a responsabilidade, o dever, de se converter num criador benfeitor, de atuar de
acordo com a lei do amor e de não ser impelido a realizar o ato criador pelo desejo
egoísta e pela atividade incontrolada, e que entenda sua relação com a hoste da voz, os
Devas que trabalham com as vibrações ou oscilações das partículas, e que sem estas
qualifcações não tem valor conhecer o nome dos que formam a hoste da voz.

Estudo 676
Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais
da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "O segredo do reino dos
répteis é um dos mistérios da segunda ronda,", na página 708, até: ", será melhor
compreendida esta relação e a história da segunda ronda terá mais importância.", na
página 708.

Considerações.

O entendimento dos ensinamentos do Mestre Djwhal Khul neste trecho sobre o reino
dos répteis é facilitado pelo estudo e pelo entendimento das sete leis do sistema,
ensinamentos do Mestre na página 466 do Tratado Sobre Fogo Cósmico.

O Mestre diz que o segredo do reino dos répteis é um dos mistérios da segunda ronda,

1719
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
tendo um profundo signifcado relacionado com a expressão as serpentes de
sabedoria, aplicada a todos os dedicados à boa lei. Há um relacionamento numérico
com as sete leis. Portanto a segunda ronda está relacionada com a Lei de Coesão, uma
das leis subsidiárias da Lei de Atração cósmica. A Lei de Coesão é do plano da Mônada.
A Lei de Atração cósmica se manifesta como Lei de Controle Magnético no plano
búdico, o quarto subplano do plano físico cósmico. O plano monádico está relacionado
com o plano búdico. Na primeira ronda a energia emitida pelo nosso Logos planetário, a
qual foi a primeira onda de vida, é regida pela Lei de Vibração, e quando entrou em
conjunção com a energia da segunda ronda, a segunda onda de vida, foi iniciada a
atividade denominada energia evolutiva, que produziu um gradual desenvolvimento ou
revelação da forma divina.

Um dos planejamentos nesta vibração da matéria monádica, dentro da Lei de Coesão,


foi a construção do reino dos répteis, que começou a ser construído quando a energia
monádica atuou na matéria búdica e fnalmente na matéria física etérica, produzindo o
aparecimento do reino dos répteis no quarto globo, a Terra, do esquema planetário.

O lugar interessante ocupado pelo reino dos répteis em todas as mitologias é devido ao
seu relacionamento com a Lei de Coesão, manifestação da Lei de Atração cósmica, que
rege o segundo aspecto, Amor - Sabedoria. Este relacionamento está dentro do Karma
do nosso Logos planetário.

A vibração para a construção do reino dos répteis foi específca e produziu as


ondulações na matéria etérica e o aparecimento das serpentes.

As serpentes têm atributos especiais, sendo de fato o reino dos répteis em certos
aspectos o mais importante do reino animal, como diz o Mestre. A ciência já constatou
que algumas serpentes têm receptores infravermelhos sensíveis que lhes permitem
sentir o calor emitido pelos corpos. A audição delas está imensamente desenvolvida. A
maioria das serpentes por meio dos dois ramos da língua colhe partículas de cheiro e
adquire conhecimento da direção dele.

O vínculo não sendo estritamente físico, mas também psíquico, deixa bem claro que a
energia envolvida está relacionada com a evolução da Mônada humana encarnada. O
Mestre demonstra esta relação ao dizer que quando a verdadeira natureza e o método
kundalínico ou fogo serpentino sejam conhecidos, será melhor compreendida esta
relação e a história da segunda ronda terá mais importância.

1720
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 677

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - II - Seção D - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "O segredo da vida - não a
vida do Espírito mas a vida da alma, que será revelado quando verdadeiramente seja
encarada e estudada a "serpente da luz astral" -", na página 708, até: "Um grupo
especial de devas (vinculados a determinado som aberto da Palavra planetária)
trabalha com a evolução dos répteis.", na página 709.Fogos68412

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá ensinamentos muito importantes e úteis sobre a
vida da alma. Ele diz que o segredo da vida da alma encontra-se oculto na etapa da
serpente e que um dos quatro Senhores Lipika, que se encontra mais próximo de
nosso Logos planetário, é chamado "A Serpente Vivente" e Seu emblema é uma
serpente azul com um só olho formado por um rubi. Podemos então deduzir que este
Senhor Lipika atuou na etapa da serpente, a segunda ronda ou ronda da serpente,
como diz o Mestre neste trecho, na qual ocorreram certos acontecimentos à Serpente
celestial, Que consideramos como este Senhor Lipika, acontecimentos que tornaram
possível para o ser humano todo o processo físico psíquico, vivifcação kundalínica,
pela circulação do tríplice fogo do chakra básico pelos três canais etéricos, pingala,
sushumna e ida, até o topo destes três canais, onde está a glândula pineal, a qual,
quando vivifcada, causa a abertura do terceiro olho e revela as luzes dos planos mais
elevados e sutis, astral e mental. A glândula pineal está conectada com o chakra
coronário, o do alto da cabeça. O chakra básico está na base dos três canais etéricos.

Consideramos esta segunda ronda ou ronda da serpente como a segunda ronda da


atual quarta cadeia do esquema planetário do nosso Logos planetário, esquema do
qual a Terra é o quarto globo.

O Mestre diz que o segredo da vida da alma será revelado quando verdadeiramente
seja encarada e estudada a "serpente da luz astral". Estas palavras do Mestre deixam
bem claro que o cuidadoso estudo do mundo astral conduz ao claro entendimento da
energia da vida da alma. O estudo e o claro entendimento da lei que rege o mundo
astral, a Lei do Amor, e do seu entrelaçamento com a lei que rege o mundo búdico, a
Lei de Coesão, e do seu entrelaçamento com a lei que rege o mundo monádico, a Lei de

1721
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Coesão, fazem parte do cuidadoso estudo do mundo astral.

O Mestre diz na página 474 deste Tratado que na segunda ronda a Lei de Coesão
esteve especialmente ativa. Portanto o Senhor Lipika, a Serpente Vivente, a Serpente
celestial, na ronda da serpente, a segunda ronda da atual quarta cadeia, atuou
infuenciado pela Lei de Coesão. Portanto temos que entender estes excelsos
ensinamentos do Mestre dentro do ponto de vista da energia do segundo Raio, de
Amor - Sabedoria, pois a Lei de Coesão é regida pelo segundo Raio e é subsidiária da
Lei cósmica de Atração, que rego a Alma, o segundo aspecto.

A Lei de Coesão atua na construção das formas, as quais são necessárias para a
evolução da Alma, a qual é um veículo da Mônada, que evolui por meio dela, o que é
bem evidente e claro, quando o que ocorre na quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a
segunda solar, é claramente entendido. Na quarta Iniciação planetária o loto egoico e a
Alma são desintegrados e a Mônada continua sua evolução no mundo búdico por meio
de uma envoltura de matéria búdica, envoltura que Ela constrói conscientemente. A
Mônada tem como meta conquistar os mundos átmico, monádico e adi, que estão
acima do búdico, para se tornar um trabalhador de grande capacidade para o Logos
planetário. Posteriormente a Mônada pode se tornar um trabalhador também de
grande capacidade para o Logos solar, se escolher o sexto Caminho, o Caminho do
Logos Solar.

O Mestre diz que tudo é fotografado na luz astral. Portanto tudo o que ocorre nos
mundos físico e astral é gravado na matéria astral. Os arquivos akáshicos estão na
matéria astral. Arquivos e músicas são gravados em computador e cd e a gravação é
uma técnica científca moderna, por exemplo no cd a gravação é por raio laser e a
leitura é também por raio laser. Similarmente na matéria astral os arquivos e as
informações são gravados por um processo técnico. O Mestre neste Tratado Sobre
Fogo Cósmico denomina psicometria o sentido do corpo astral análogo ao sentido tato
do corpo físico, o que deixa bem claro que a psicometria fornece informações sobre a
matéria astral.

Para a ocorrência dos acontecimentos que se apresentaram à Serpente celestial, o


Senhor Lipika, na segunda ronda ou ronda da serpente, foram necessárias a formação
e a evolução do reino dos répteis.

O Mestre diz que estas formas de vida divina, o reino dos répteis, estão muito
intimamente relacionadas com o segundo esquema planetário, respondem à energia
que emana desse esquema e chegam à terra por conduto do segundo globo da

1722
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
segunda cadeia.

Na página 314 do Tratado Sobre Fogo Cósmico o segundo esquema planetário é o de


Vênus e na página 327, no VII DIAGRAMA, a segunda cadeia do esquema planetário da
Terra é denominada "2ª Cadeia (Vênus)", e o segundo globo da quarta cadeia do
esquema da Terra é denominado Vênus. Na página 326 o Mestre diz que houve um
alinhamento defnido do sistema que envolveu o esquema venusiano do sistema, a
cadeia venusiana do esquema terrestre e o globo venusiano da cadeia terrestre. O
esquema venusiano do sistema é o esquema planetário de Vênus, a cadeia venusiana
do esquema terrestre é a segunda cadeia do esquema planetário da Terra, e o globo
venusiano da cadeia terrestre é o segundo globo da atual quarta cadeia do esquema
planetário da Terra. No VII DIAGRAMA na página 327 o globo 2 (o segundo globo) da 4ª
Cadeia (Terra) está conectado com o globo 4 Terra e também com o globo 6 da 2ª
Cadeia (Vênus), o qual está conectado com o globo 2 da mesma cadeia.

Destas conexões neste VII DIAGRAMA e dos ensinamentos do Mestre a respeito do


reino dos répteis e do Senhor Lipika, a Serpente celestial, deduzimos que o reino dos
répteis foi formado no globo 2 da segunda cadeia do esquema terrestre, a cadeia
venusiana, que recebeu energia do esquema de Vênus, energia que foi utilizada pela
Entidade cósmica na formação do reino dos répteis. Nesta segunda cadeia a matéria
mais densa do globo 2 era mental superior e o reino dos répteis foi formado nesta
matéria, similarmente à construção na matéria mental superior do loto egoico das
Mônadas humanas que se individualizaram na quarta ronda da quarta cadeia do
esquema terrestre, no globo 4, o planeta Terra, na terceira raça-raiz, a Lemuriana. Após
a formação o reino dos répteis passou pelos globos e pelas rondas da segunda cadeia,
para evoluir. Quando a segunda cadeia foi encerrada, o reino dos répteis em seu grau
de evolução entrou em pralaya e aguardou o advento da quarta cadeia para continuar
a evolução, sob a direção da Entidade cósmica. Na segunda ronda da quarta cadeia o
reino dos répteis se manifestou no globo 2, denominado Vênus no VII DIAGRAMA,
portanto fortemente infuenciado pela energia do esquema de Vênus e esta energia de
Vênus estimulou este reino e acelerou sua evolução. A matéria mais densa do globo 2
da quarta cadeia do esquema terrestre é astral. O reino dos répteis passou pelo globo
4, a Terra, e então ocorreram os acontecimentos que se apresentaram à Serpente
celestial, o Senhor Lipika, e por causa dos quais a ronda foi chamada ronda da
serpente. O Senhor Lipika, a Serpente celestial, a Serpente Vivente, utilizou as energias
geradas por estes acontecimentos para idealizar o processo de individualização das
Mônadas humanas na terceira raça-raiz, a Lemuriana, quando nasceram as Almas para

1723
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
estas Mônadas, e também idealizar a construção dos três corpos inferiores das
Mônadas humanas individualizadas, incluindo todo o processo físico psíquico da
vivifcação kundalínica e da abertura do terceiro olho. O Senhor Lipika trabalhou para o
nosso Logos planetário. O Mestre diz que um grupo especial de devas, vinculados a
determinado som aberto da Palavra planetária, trabalha com a evolução dos répteis.
Este som aberto é uma vibração ativa, parte da vibração maior produzida pelo nosso
Logos planetário, dentro da Lei de Vibração.

Há muito mais a ser deduzido destes excelsos ensinamentos do Mestre.

Estudo 678

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - II - Seção D - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. Considerações sobre o parágrafo: "Deveria ser observado
que esta evolução nos planos etéricos afeta mais o homem que o plano físico.", até: "e
seus centros com a natureza psíquica.", na página 709.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwhal Khul diz que a evolução dos répteis nos planos
etéricos afeta mais o homem que o plano físico. Deduzimos destas palavras do Mestre
que a energia que vitaliza os répteis por meio da matéria etérica é irradiada através da
matéria etérica da Terra e atua nos corpos etéricos dos seres humanos produzindo os
efeitos na coluna vertebral etérica, o tríplice canal, pelo qual circulam os três fogos,
que produzem a vivifcação kundalínica e vivifcam a glândula pineal, que quando está
vivifcada causa a abertura do terceiro olho.

Esta energia que vitaliza os répteis é emanada da Entidade que se manifesta pelos
répteis e é manipulada pelo Senhor Lipika, a Serpente celestial, para que sejam
produzidos os efeitos nos corpos etéricos dos seres humanos, efeitos que têm de ser
claramente entendidos.

Se o estudante considera estes fatos, investiga as traduções mitológicas e escrituras


sobre a serpente de todos os países e vincula todo este conhecimento ao relacionado
com as constelações celestiais que têm o apelativo de serpente (tais como o Dragão)
poderá obter muita iluminação, como diz o Mestre.

1724
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O dragão de Komodo, na Indonésia, é um réptil cujo comportamento, sendo estudado e
devidamente entendido sob o ponto de vista esotérico, contribui para o esclarecimento
da relação do reino dos répteis com o reino humano.

O Mestre na página 973 do Tratado Sobre Fogo Cósmico diz que os Adeptos que
escolhem o primeiro Caminho, o Caminho do Serviço na Terra, são chamados
esotericamente os "dragões benéfcos", e a energia com a qual trabalham e a corrente
de força vital à qual pertencem emanam da constelação do Dragão, atuando por meio
do signo zodiacal Libra. O estudo profundo dos ensinamentos do Mestre na página 972
do Tratado Sobre Fogo Cósmico sobre o primeiro Caminho, o Caminho do Serviço na
Terra, contribui intensamente para o entendimento do conhecimento relacionado com
as constelações celestiais que têm o apelativo de serpente.

O Mestre diz que a quem tem sufciente intuição, o sentido do corpo búdico, poder-se-á
distribuir conhecimento que esclarecerá a relação que existe entre o corpo físico e
seus centros com a natureza psíquica. Portanto é muito útil e importante construir o
antakarana, estabelecendo a conexão entre a Tríade inferior e a Tríade superior ou
espiritual, por meio da conexão da unidade mental com o átomo mental permanente.

Estudo 679

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Do parágrafo: "O reino das aves está especifcamente
aliado à evolução dévica.", na página 709, até: "O estudo da mitologia revelará certas
etapas e relações que clarearão mais este tema.", na página 710.

"O reino das aves está especifcamente aliado à evolução dévica. Serve de ponte entre
a evolução puramente dévica e outras duas manifestações de vida.

Primeiro. Alguns grupos de devas que desejam passar para o reino humano, tendo
desenvolvido certas faculdades, podem fazê-lo por meio de dito reino; certos devas
que desejam entrar em comunicação com seres humanos podem fazê-lo por meio do
reino das aves. Esta verdade é insinuada na Bíblia cristã; a religião cristã representa os
anjos ou devas frequentemente como que têm asas. Estes casos não são numerosos
porque o método geralmente empregado pelos devas consiste em trabalhar para
lograr gradualmente a individualização pela expansão do sentimento, porém quando

1725
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
ocorre como nos casos anteriores, ditos devas passam vários ciclos construindo, no
reino das aves, em resposta a uma vibração que fnalmente os levará à família humana.
Desta maneira habituam-se a empregar uma forma grosseira sem as limitações e
impurezas que engendra o reino animal.

Segundo. Muitos devas saem do grupo de vidas passivas no esforço de chegar a serem
vidas manipuladoras por meio do reino das aves e, antes de converterem-se em fadas,
silfos, gnomos ou outros duendes, passam certo número de ciclos em dito reino.

Não será evidente para o leitor casual porque sucedem os dois acontecimentos
mencionados, nem os estudantes ocultistas poderão compreender com exatidão a
verdadeira conexão que existe entre as aves e os devas, a não ser que se dediquem ao
estudo de "a ave ou cisne fora de tempo e espaço", e o papel que as aves
desempenham nos mistérios. Aqui o estudante tem a chave. Também deve recordar
que todo tipo de vida desde um Deus até o mais insignifcante dos devas menores ou
construtores, deve passar pela família humana num momento ou outro.

Como Helena Petrovna Blavatsky assinalou, 77 aves e serpentes estão estreitamente


relacionadas com a sabedoria, em consequência, com a natureza psíquica de Deus, dos
homens e dos devas. O estudo da mitologia revelará certas etapas e relações que
clarearão mais este tema."

Estudo 680

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO – Seção D – II – Os Devas e


Elementais da Mente – 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. –
b. Elementais do plano físico. – Considerações sobre o trecho: “O reino das aves está
especifcamente aliado à evolução dévica.”, na página 709, até: “O estudo da mitologia
revelará certas etapas e relações que clarearão mais este tema.”, na página 710.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul neste trecho dá ensinamentos muito importantes e valiosos a


respeito do reino das aves em seu relacionamento com o reino dévico.

O reino das aves serve como ponte entre a evolução puramente dévica e outras duas
manifestações de vida: o reino humano e o grupo de devas manipuladores. Os Devas
manipuladores, conforme o Mestre diz na página 706 do TRATADO SOBRE FOGO

1726
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
CÓSMICO, são os que manipulam a energia iniciada, empregam a força e transmitem o
impulso à essência elemental. São os Construtores menores, que se encontram no arco
evolutivo, como os Construtores maiores.

No reino dévico há dois grupos que utilizam o reino das aves para conseguirem o que
desejam. Um grupo é constituído por devas que desejam passar para o reino humano e
por devas que desejam entrar em comunicação com seres humanos. Durante vários
ciclos eles constroem no reino das aves, em resposta a uma vibração que fnalmente os
levará para a família humana. Desta maneira se habituam a empregar uma forma
grosseira sem as limitações e impurezas que gera o reino animal. Estes casos não são
numerosos porque o método geralmente empregado pelos devas consiste em
trabalhar para conseguir gradualmente a individualização pela expansão do sentimento.

Os devas que, tendo desenvolvido certas faculdades, desejam passar para o reino
humano, por meio do reino das aves, também têm que conseguir a individualização. Na
individualização é construído o loto egoico, o instrumento utilizado pela Mônada dévica
para se manifestar como Ego ou Alma no mundo mental superior ou causal, e como
personalidade nos mundos mental inferior, astral e físico por meio da Tríade inferior, no
reino humano. Antes da individualização a Mônada humana tem que desenvolver Sua
Tríade inferior (a unidade mental, o átomo astral permanente e o átomo físico
permanente), passando o átomo físico permanente pelo reino mineral, os átomos físico
e astral permanentes pelo reino vegetal e toda a Tríade inferior pelo reino animal. A
substância dos reinos mineral, vegetal e animal é a substância dévica ou essência
elemental que é energizada pelos Devas manipuladores, os Construtores menores, os
Quais recebem energia dos Devas construtores maiores e a manipulam.

Portanto o que a Mônada humana consegue passando Sua Tríade inferior pelos reinos
mineral, vegetal e animal, a Mônada dévica também consegue por meio deste
relacionamento com os reinos mineral, vegetal e animal. A Mônada dévica, ao utilizar
por meio de Sua manifestação o reino das aves para passar para o reino humano,
intensifca e acelera esta consecução, porque o reino das aves, embora faça parte do
reino animal, é mais aprimorado que as outras partes.

A vibração a que respondem os devas que querem passar para o reino humano,
construindo durante vários ciclos no reino das aves, é emitida pelos Construtores
maiores, que transmitem a vontade de Deus, a vontade do Logos planetário e do Logos
solar, vibração que fnalmente levará os devas para o reino humano.

Os devas geralmente conseguem gradualmente a individualização pela expansão do

1727
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
sentimento. A expansão do sentimento está na etapa de kama-manas, etapa em que
kama, a emoção, e manas, a mente, estão unidas; por meio da mente o sentimento é
expandido e elevado; a mente, sendo utilizada, também é expandida e elevada, e
gradualmente são conseguidas as condições para a individualização.

No reino dévico um outro grupo é constituído por devas que recebem a força, soma
total da substância vivente de um plano, conforme o Mestre diz na página 706 do
TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO, os quais se esforçam para saírem deste grupo de
vidas passivas e por meio do reino das aves se tornarem vidas manipuladoras, os
devas que manipulam a energia iniciada, os Construtores menores. Antes de se
transformarem em fadas, silfos, gnomos ou outros duendes, eles passam certo número
de ciclos no reino das aves, conforme o Mestre diz, o que deixa bem claro que as
fadas, os silfos, os gnomos e os outros duendes são Construtores menores, e
esclarece bastante o trabalho destes devas, para quem medita profundamente sobre
este trabalho.

Os dois acontecimentos mencionados pelo Mestre acontecem porque os devas têm


que passar pelo reino humano, porque o Mestre diz que todo tipo de vida desde um
Deus até o mais insignifcante dos devas menores ou construtores, deve passar pela
família humana num momento ou outro; os Logos planetários e o Logos solar são
Deuses; a transformação dos devas que são vidas passivas em Construtores menores
tem que acontecer porque os devas têm que evoluir. Portanto é evidente para quem
medita nos ensinamentos do Mestre a causa dos dois acontecimentos mencionados.

O estudo da ave ou cisne fora de tempo e espaço, e do papel que as aves


desempenham nos mistérios faz que o estudante ocultista entenda com exatidão a
verdadeira conexão que existe entre as aves e os devas, o que é um fato.

A meditação profunda nos ensinamentos do Mestre na página 706 do TRATADO SOBRE


FOGO CÓSMICO: "b. Elementais do plano físico.", contribui fortemente para este
entendimento. O estudo profundo de "O segredo do reino dos répteis", na página 708
do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO, leva à dedução de que as aves constituem
células do corpo físico de uma Entidade cósmica que está em evolução e
desenvolvendo a sabedoria, o que faz que as aves manifestem aspectos de sabedoria
em seu comportamento, o que é bem evidente quando as aves são observadas e
estudadas.

O Senhor Lipika, que se encontra mais perto de nosso Logos planetário e é chamado "A
Serpente Vivente", está conectado com o reino dos répteis, o que contribui fortemente

1728
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
para a dedução de que as aves constituem células do corpo físico de uma Entidade
cósmica.

Estudo 681

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - D - II - Os Devas e Elementais da


Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b. Elementais
do plano físico. - Do parágrafo: "Os elementais e os devas menores da matéria líquida.",
na página 710, até: ", levando-se a cabo em seu interior muitas coisas que afetam as
evoluções externas.", na página 711.

"Os elementais e os devas menores da matéria líquida. Um exemplo muito interessante


da interpretação de toda a matéria vivente da criação pode ser vista na atmosfera que
envolve nosso planeta, a qual contém:

a. Umidade, ou essas essências viventes que são os elementais líquidos.

b. Substância gasosa, ou essas vidas que estão vinculadas a todas as essências ígneas
e voláteis, resultado do calor.

c. Matéria etérica, ou as categorias mais inferiores dos devas dos éteres.

A conjunção desta importante triplicidade produz o que respiramos e aquilo em que


vivemos, nos movemos e temos nosso ser. Para o estudante refexivo o ar está cheio de
símbolos, pois constitui uma síntese e a ponte entre os estratos superiores e inferiores
da manifestação.

Primeiro devemos centrar nossa atenção sobre essas vidas que constituem através de
toda a manifestação a soma total de todo o aquoso e líquido e, ao considerá-lo,
devemos recordar que estamos realizando uma das investigações mais esotéricas e
ocupando-nos de questões que estão muito estreitamente vinculadas com a evolução
do homem.

Os inumeráveis grupos de devas da água que pertencem ao tipo manipulador têm sido
grosseiramente classifcados por escritores mitológicos sob os termos de ondinas,
sereias e outras expressões, porém sua diversidade é enorme; isto logicamente será
observado se for recordado que toda a água sobre a terra (oceanos, mares, rios, lagos
e arroios) excede a parte seca ou terra e cada gota de umidade é em si mesma uma
pequena vida, cumprindo sua função e percorrendo seu ciclo. As formas míticas

1729
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
referidas, só são essas miríades de vidas construídas numa forma por meio da qual um
deva em evolução trata de expressar-se.

A extrema importância deste tema pode ser expressada em certas afrmações que
darão ao estudante uma ideia da cuidadosa atenção que deve ser posta, e
oportunamente será posta, sobre o tema das vidas dévicas da manifestação aquosa.
Como já foi dito, o conjunto destas vidas é maior que o daquelas que formam a soma
total da terra sólida, tal como entendemos o termo, embora não excedem o número de
vidas que formam a parte gasosa da manifestação; dita parte gasosa se encontra na
atmosfera interpenetrando a matéria densa e enchendo em grande parte as cavernas
interiores do planeta. O parecido microcósmico com a Grande Vida do planeta é
evidenciado no fato de que ambas formas só são envolturas ou armações externas que
protegem uma "abóbada" interna; ambas são ocas, têm seus extremos positivo e
negativo, seus polos por assim dizê-lo, levando-se a cabo em seu interior muitas coisas
que afetam as evoluções externas."

Estudo 682

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Do parágrafo: "Um dos planetas mais esotéricos,
Netuno, rege os "devas das águas";", na página 711, até: ", ou seja o sexto raio,
produzindo sobre eles um profundo efeito.", na página 712.

"Um dos planetas mais esotéricos, Netuno, rege os "devas das águas"; o Senhor deva
que o rege é Varuna, o Raja do plano astral, sendo uma emanação desse planeta. Os
estudantes acharão de profundo interesse estudar a estreita relação que existe entre:

1. O sexto plano, o plano astral, e o sexto subplano do plano físico, o subplano


líquido.

2. O sexto subplano de cada plano no sistema solar e sua relação recíproca.


Eis aqui uma das razões pela qual os homens que possuem um tipo de corpo físico
relativamente inferior, com um corpo astral que contém algo de matéria do sexto
subplano, respondem a coisas elevadas e têm aspirações espirituais. A infuência que
emana do sexto subplano do plano búdico evoca uma resposta recíproca da matéria

1730
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do sexto subplano em outros corpos, e o sexto princípio de budi, de acordo com a Lei
de Analogia, intensifca essa vibração.

Netuno é um dos nomes que se dá em nosso planeta ao Logos planetário de um dos


três esquemas principais. Algumas de Suas infuências e energias afetam em forma
proeminente a essência dévica da matéria deste sexto subplano, e lhes chegam por
conduto do Senhor Raja Varuna. Este conhecimento é, astrologicamente, de valor
prático porque permitirá ao homem compreender a natureza de seu próprio corpo
físico, e sobretudo de seu corpo astral. Esotericamente o tipo de matéria astral no
corpo de um homem decide a qualidade da substância aquosa de seu corpo físico. Em
ocultismo, não ha dissociação das naturezas físico-psíquicas, pois a segunda determina
a primeira. Em consequência o planeta Netuno tem uma estreita relação, de acordo
com a Lei de Analogia com o sexto plano ou astral - o plano da parte líquida do corpo
físico logoico -, com o sexto subplano do plano físico, a parte líquida do corpo físico
humano e do físico planetário, e também com o sexto tipo de energia ou força, ou seja
o sexto raio, produzindo sobre eles um profundo efeito."

Estudo 683

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "Os elementais e os
devas menores da matéria líquida.", na página 710, até: ", levando-se a cabo em seu
interior muitas coisas que afetam as evoluções externas.", na página 711.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul dá ensinamentos muito esclarecedores a respeito


do que acontece no planeta Terra. Ele utiliza a atmosfera que envolve nosso planeta
como interpretação muito interessante de toda a matéria vivente da criação, matéria
constituída por devas. O Mestre diz que a atmosfera contém:

a. Umidade, o que é bem evidente como nuvem e chuva, as essências viventes, os


elementais líquidos, os devas aquosos.

b. Substância gasosa, o ar, vidas vinculadas a todas as essências ígneas e voláteis,


resultado do calor, fogo por fricção, os devas gasosos.

1731
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
c. Matéria etérica, as categorias mais inferiores dos devas dos éteres, os devas do
quarto éter são a categoria mais inferior dos devas dos éteres.

Estes três importantes produzem conjuntamente o que respiramos e aquilo em que


vivemos, nos movemos e temos nosso ser, nosso corpo, o que é bem evidente, pois o
oxigênio do ar é essencial para nossa vida física. Como o Mestre diz, o estudante
refexivo vê o ar cheio de símbolos, constituindo uma síntese e a ponte entre as
camadas superiores e inferiores da manifestação, entre as matérias física, astral,
mental e superiores, o que é bem claro para o estudante que entende claramente os
ensinamentos do Mestre Djwhal Khul, principalmente os do TRATADO SOBRE FOGO
CÓSMICO.

O Mestre recomenda que concentremos nossa atenção nessas vidas que constituem
através de toda a manifestação a soma total de todo o aquoso e líquido, os devas
aquosos e que, ao considerar isto, recordemos que estamos realizando uma das
investigações mais esotéricas e ocupando-nos de questões que estão muito
estreitamente vinculadas com a evolução do ser humano, o que é bem evidente, pois os
devas contribuem intensamente para a evolução do ser humano, a Mônada encarnada,
e contribuem também para a evolução dos reinos mineral, vegetal e animal.

O Mestre diz que é enorme a diversidade dos inumeráveis grupos de devas da água
que pertencem ao tipo manipulador, e que foram grosseiramente classifcados por
escritores mitológicos sob os termos ondinas, sereias e outras expressões; isto é bem
lógico, pois na Terra a área coberta pela água, oceanos, mares, rios, lagos e arroios, é
maior que a seca, continental, e cada gota de umidade é em si mesma uma pequena
vida, uma vida dévica, cumprindo sua função e percorrendo seu ciclo, em evolução. Os
inumeráveis grupos de devas da água que são manipuladores, os Construtores
menores, só são essas miríades de vidas construídas numa forma por meio da qual um
deva evolucionante trata de expressar-se, o que dá a entender que as ondinas, as
sereias e outras expressões dévicas da água são devas em evolução expressando-se
por meio de forma construída com pequenas vidas dévicas da água.

O Mestre diz que a extrema importância deste tema pode ser expressada em certas
afrmações que darão ao estudante uma ideia da cuidadosa atenção que deve ser
posta e oportunamente será posta sobre o tema das vidas dévicas da manifestação
aquosa.

O Mestre faz as afrmações. O conjunto de vidas dévicas da manifestação aquosa da


Terra é maior que o de vidas dévicas que formam a parte sólida da Terra, mas não é

1732
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
maior que o das vidas dévicas que formam a parte gasosa da Terra, a atmosfera, a
qual interpenetra a matéria densa e enche em grande parte as cavernas interiores do
planeta.

Estudo 684

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D- II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Do parágrafo: "O esquema maior que rege Netuno
forma um triângulo no sistema com o sexto esquema e outro mais,", na página 712, até:
"O Filho chega assim à perfeição e fnaliza a encarnação cósmica.", na página 713.

"O esquema maior que rege Netuno forma um triângulo no sistema com o sexto
esquema e outro mais, algo de muito interesse para os astrólogos esotéricos. Está
simbolizado pelo tridente que sustenta o deus Netuno; cada dente simboliza os
triângulos conectados entre si por três linhas de força.

Este planeta tem também uma relação vital com o sexto princípio logoico ou budi e, por
conseguinte, com o sexto princípio do homem. Nenhum homem começa a coordenar os
veículos búdicos até encontrar-se sob a infuência netuniana numa vida ou outra.
Quando isto sucede, o horóscopo da personalidade demonstrará que a infuência
netuniana predomina em alguma parte.

O esquema netuniano rege um dos três caminhos de retorno, e reúne em si


oportunamente todos esses Egos que lograram a realização, manipulando
principalmente o sexto tipo de energia que geralmente se denomina devoção. Também
a infuência netuniana preside e faz possível a segunda Iniciação, onde o iniciado
produz resultados no corpo astral, sendo seus centros astrais objeto da atenção do
Hierofante. Este tipo particular de energia fui através de três centros:

a. Esse particular centro da cabeça vinculado ao centro do coração.


b, O centro cardíaco.
c. O plexo solar.
O planeta Netuno, o mesmo que o Logos planetário do sexto raio, controla os centros
astrais do homem. Esta afrmação tem muito signifcado esotérico macrocósmico.
Quando se recorde que todos os centros - humanos e divinos - estão compostos de

1733
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
essência dévica, imediatamente se evidenciará a relação que existe entre esta
infuência e os devas, e seu efeito refetido sobre o homem.

Quando se descubra o mistério do mar e o enigma de sua "dissecação" ou absorção


esotérica, revelar-se-á oportunamente o signifcado que subjaz em:

a. O impulso sexual, interpretado macrocósmica e microcosmicamente.


b. A cessação do desejo.
c. A orientação do fogo ao centro laríngeo em lugar dos órgãos genitais.
d. O pralaya e o escurecimento.
e. O signifcado das palavras "já não haverá mar" que se encontram em A Bíblia
cristã.
Quando o estudante medite sobre estes pensamentos, deverá ter presente que Netuno
é um dos planetas principais ou sintetizadores, é dizer um planeta "absorvente" ou
"abstrativo", e que está vinculado com o processo mediante o qual se obtém com o
tempo a perfeição. O Filho chega assim à perfeição e fnaliza a encarnação cósmica."

Estudo 685

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Do parágrafo: "Existe ademais um vínculo esotérico
muito estreito entre o fato que subjaz detrás das palavras bíblicas", na página 713, até:
", o veículo mais apropriado para a expressão micro e macrocósmica.", na página 714.

"Existe ademais um vínculo esotérico muito estreito entre o fato que subjaz detrás das
palavras bíblicas "o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (78) e a
atividade legítima e ordenada da grande Mãe quando constrói os corpos sob o impulso
do desejo. A verdadeira relação que existe entre o plano astral e o plano físico será
evidente só quando os estudantes tenham presente que o plano astral do sistema solar
é o sexto subplano do plano físico cósmico e constitui a soma total da substância
líquida do corpo físico logoico. Quando isto é compreendido, é iniciado o trabalho da
essência dévica, evidenciando-se o fator desejo ou movimento astral e sua ação refexa
sobre o corpo físico através do sexto subplano; será observada a grande Mãe
empenhada ativamente, infuenciada pelo desejo, no trabalho de construir, nutrir e
produzir o calor e a umidade que farão possível a manifestação. A Mãe é o maior dos

1734
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
devas e está muito vinculada aos devas das águas, pois a umidade é essencial para
toda vida.

Por conseguinte, o sexto princípio ou o aspecto amor (princípio crístico) e o sexto


plano estão relacionados; existe uma interação de energia entre o quarto éter cósmico
ou energia búdica e o sexto plano ou energia astral. Os devas de ambos planos
pertencem essencialmente a grupos regidos pela infuência netuniana, por isso o plano
astral pode, e eventualmente poderá, refetir diretamente o búdico.

Os devas construtores maiores que se encontram no segundo plano do sistema solar, o


plano monádico ou o segundo éter cósmico, dirigem as energias dos devas
manipuladores do quarto éter cósmico, o plano búdico.

Os devas manipuladores do quarto éter cósmico, no transcurso da evolução,


desenvolvem o plano em perfeita objetividade, por meio da substância vivente dos
devas menores do plano líquido ou astral. Quando o tenham realizado obterão dois
resultados: primeiro, o plano astral refetirá perfeitamente o plano búdico e, segundo, o
plano físico produzirá, por meio da força da água ou desejo, o veículo mais apropriado
para a expressão micro e macrocósmica."

78 A Bíblia. Gen. I: 2.

Estudo 686

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "O esquema maior que
rege Netuno forma um triângulo no sistema com o sexto esquema e outro mais,", na
página 712, até: "c. O plexo solar.", no fnal da página 712.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul diz que o esquema maior que Netuno rege forma um triângulo no
sistema com o sexto esquema e outro mais, algo de muito interesse para os astrólogos
esotéricos. Na página 314 do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO o sexto esquema é
Júpiter; o Logos de Netuno é o regente do sexto Raio, o Logos de Júpiter é o regente
do segundo Raio e o Logos de Mercúrio é o regente do quarto Raio; consideramos que
estes três esquemas formam o triângulo citado pelo Mestre. Este triângulo planetário é

1735
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
de fato algo de muito interesse para os astrólogos esotéricos, como diz o Mestre,
porque a tríplice energia deste triângulo planetário atua nos planetas do sistema solar
e esta atuação é constatada pela astrologia esotérica no horóscopo, e o astrólogo
esotérico não considera só os planetas, considera os Logos que se manifestam pelos
planetas e a evolução dos Logos, consideração muito lógica, porque na astrologia
todas as energias atuantes devem ser consideradas.

O esquema de Netuno tem uma relação vital com o sexto principio logoico, budi, sendo
seu Logos o regente do sexto Raio, e por conseguinte tem relação vital com o sexto
princípio do ser humano, a Mônada encarnada, budi, Amor - Sabedoria. O ser humano
só começa a coordenar os veículos búdicos quando está sob a infuência de Netuno
numa encarnação ou outra. Como a matéria búdica está relacionada com a matéria
astral, consideramos os veículos búdicos como a envoltura de matéria búdica e o corpo
astral, mas primeiro tem de ser coordenado o corpo astral, porque a envoltura de
matéria búdica está relacionada com a quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a
segunda solar. Após a terceira Iniciação planetária, a Transfguração, a primeira solar, a
envoltura de matéria búdica começa a ser coordenada, porque ao receber a quarta
Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar, o loto egoico é desintegrado, e a
Mônada passa a viver e evoluir na matéria búdica. Quando o ser humano está sob a
infuência de Netuno, o horóscopo da personalidade demonstrará que Netuno
predomina em alguma parte.

O esquema de Netuno rege um dos três caminhos de retorno, as Iniciações planetárias


primeira, segunda e terceira, e reúne em si oportunamente todos esses Egos que
lograram a realização, manipulando principalmente o sexto tipo de energia que
geralmente é denominada devoção. Consideramos realização o recebimento da
segunda Iniciação planetária, o Batismo, o sexto tipo de energia a do sexto Raio, pois a
infuência de Netuno preside e faz possível a segunda Iniciação, na qual o iniciado
produz resultados no corpo astral, aperfeiçoando e dominando o corpo astral, e os
centros de seu corpo astral são objeto da atenção do Hierofante, o Iniciador, o
Bodhisattva, o Senhor Maitreya, o Instrutor do Mundo, nesta Iniciação. Este tipo
particular de energia fui através de três centros:

a. Esse particular centro da cabeça vinculado ao centro do coração, o círculo de doze


pétalas, vórtices de força, no centro do coronário, denominado cardíaco do
coronário.

1736
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
b. O centro cardíaco.

c. O plexo solar.
A energia da Iniciação é aplicada no loto egoico, e dele fui para os centros do corpo
astral e deles para os centros do corpo etérico.

Estudo 687

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "O planeta Netuno, o
mesmo que o Logos planetário do sexto raio,", na página 713, até: "O Filho chega assim
à perfeição e fnaliza a encarnação cósmica.", na página 713.

Considerações.

O Logos planetário do sexto raio é o Logos que se manifesta por meio do planeta
Netuno, e controla os centros, os chakras, do corpo astral do ser humano, o que tem
muito signifcado esotérico macrocósmico, por meio da Lei de Analogia. Recordando
que todos os centros, humanos e divinos, estão compostos de essência dévica,
imediatamente é evidenciada a relação existente entre esta infuência de Netuno e os
devas e seu efeito refetido sobre o ser humano. A energia emanada de Netuno, cujo
Logos planetário é o regente do sexto raio, infuencia os centros do corpo astral do ser
humano, os quais estão compostos de essência dévica, substância dévica, e portanto
esta energia de Netuno infuencia os devas relacionados com a essência dévica,
infuência cujo efeito é refetido sobre o ser humano. Os devas relacionados com a
essência dévica são os construtores maiores e os manipuladores. A afrmação do
Mestre Djwhal Khul que o planeta Netuno, o mesmo que o Logos planetário do sexto
raio, controla os centros astrais do ser humano, tem signifcado esotérico
macrocósmico que os centros dos Logos, os centros divinos, por estarem compostos
de essência dévica, do plano búdico, são infuenciados por Netuno, o que é muito
esclarecedor a respeito dos centros dos Logos.

O mar é resultante da manifestação dos devas aquosos, o mistério, e a dissecação ou


absorção esotérica do mar é resultante da transmutação evolutiva dos devas aquosos
em devas gasosos.

1737
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
O impulso sexual é para a união de opostos polares, microcosmicamente é a união de
opostos polares humanos, macrocosmicamente é a união de opostos polares de Logos,
oposto polar que o Mestre diz na página 455 do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO ser
um profundo mistério e concerne ao matrimônio cósmico do Logos.

A cessação do desejo é resultante da transmutação evolutiva dos devas das águas em


devas do plano mental. O Mestre diz na página 715 do TRATADO SOBRE FOGO
CÓSMICO que os devas das águas do plano físico chegam por meio do serviço ao
subplano gasoso e logo ao cósmico gasoso, o plano mental, transformando-se em
devas do plano mental e isto constitui literal e esotericamente a transmutação do
desejo em pensamento.

A orientação do fogo ao centro laríngeo em lugar dos órgãos genitais é resultante da


transmutação do desejo em pensamento e faz parte do processo evolutivo, quando o
discípulo transfere o fogo do chakra dos órgãos genitais para o laríngeo.

Pralaya é um período de cessação de toda atividade que envolve objetividade. O


pralaya físico do ser humano é o desligamento total do Ego do corpo físico, e continua
ativo no plano astral por meio do corpo astral. O pralaya solar é o desligamento total
do Ego do Logos solar do Seu corpo físico cósmico, o sistema solar, que é desintegrado
e Ele continua ativo no plano astral cósmico por meio do Seu corpo astral cósmico.

Escurecimento é o apagamento da luz. Escurecimento esotérico é o apagamento da luz


na parte do corpo da qual o Ego em manifestação quer se desligar, portanto é o
desapego desta parte e é a preparação para o pralaya. O Mestre diz na página 415 do
TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO que o escurecimento na manifestação do Logos do
esquema terrestre já está em processo e começou na época lemuriana.

A dissecação ou absorção esotérica do mar, resultante da transformação evolutiva, por


meio do serviço, dos devas das águas, os quais são o mar da Terra, em devas gasosos
e em seguida em devas do plano mental, faz parte do processo evolutivo mediante o
qual é obtida a perfeição relativa à encarnação cósmica. Portanto quando ocorrer a
dissecação ou absorção esotérica do mar da Terra o Logos do esquema terrestre
estará adiantado no processo de escurecimento na parte mais densa do Seu corpo
físico cósmico e na preparação para o pralaya físico. É este o signifcado das palavras
"já não haverá mar" que se encontram na Bíblia cristã.

Netuno é um dos planetas principais ou sintetizadores, um planeta absorvente ou


abstrativo, porque iniciados de outros esquemas planetários vão para Netuno para
efetuarem a grande síntese, o grande aperfeiçoamento. O Logos de Netuno é o regente

1738
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
do sexto raio e estimula a devoção ao processo evolutivo mediante o qual é obtida com
o tempo a perfeição. O Mestre Jesus é o Chohan do sexto raio na Hierarquia planetária
da Terra e portanto trabalha com a energia emanada de Netuno e contribui muito para
a evolução dos seres humanos, as Mônadas encarnadas, e das Mônadas liberadas dos
três mundos inferiores na quarta Iniciação planetária, a Renúncia, a segunda solar. Este
elevadíssimo serviço do Mestre Jesus deve ser claramente entendido pela humanidade.

O Filho chega assim à perfeição e fnaliza a encarnação cósmica; o Filho que fnaliza a
encarnação cósmica é o Ego do Logos planetário e é o Ego do Logos solar; a Joia no
loto, o Ego, por meio do qual a Mônada humana se manifesta encarnando, também é o
Filho que ao chegar assim à perfeição relativa fnaliza a encarnação. Cada encarnação
da Mônada tem a sua própria etapa de perfeição.

Estudo 688

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. Considerações sobre o trecho: "Existe ademais um
vínculo esotérico muito estreito entre o fato que subjaz detrás das palavras bíblicas "o
Espírito de Deus se movia sobre a face das águas", na página 713, até: ", pois a
umidade é essencial para toda vida.", na página 713.

Considerações.

Quando as palavras bíblicas, "o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" são
estudadas profundamente e entendidas dentro dos ensinamentos do Mestre Djwhal
Khul, palavras que estão no Gênesis, a parte da Bíblia que trata da construção da Terra,
o Espírito de Deus que se movia sobre a face das águas era o Deva manipulador que
trabalhava na matéria búdica dirigido pelo Deva construtor maior que trabalhava na
matéria monádica executando a Vontade do Logos planetário, a manifestação de Deus,
e o Deva manipulador atuava sobre os devas menores do plano líquido ou astral, a
matéria astral do esquema planetário terrestre, matéria astral a face das águas, e por
meio da sexta divisão (o sexto subplano) desta matéria astral o Deva manipulador
atuava sobre os devas menores da sexta divisão (o sexto subplano) da matéria física
da Terra, as águas, para construir a parte densa (a sólida) da Terra. Portanto é bem
evidente o vínculo esotérico muito estreito que o Mestre diz que existe entre o fato que

1739
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
subjaz detrás das palavras bíblicas "o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas" e a atividade legítima e ordenada da grande Mãe.

A atividade da grande Mãe é legítima e ordenada como diz o Mestre, porque a grande
Mãe é o Deva manipulador que trabalha na matéria búdica (o plano búdico)
legitimamente dirigido pelo Deva construtor maior que trabalha na matéria monádica (o
plano monádico) executando a Vontade do Logos planetário. A grande Mãe constrói os
corpos sob o impulso do desejo, porque ao atuar sobre os devas menores da matéria
astral (o plano astral) surge o fator desejo.

A matéria astral do sistema solar é o sexto subplano do plano físico cósmico e constitui
a soma total da substância líquida do corpo físico cósmico do Logos solar, corpo que é
o sistema solar, o qual é constituído pelas sete matérias, adi (1º éter cósmico, atômica
cósmica), monádica (2º éter cósmico), átmica (3º éter cósmico), búdica (4º éter
cósmico), mental (gasosa cósmica), astral (líquida cósmica), física (sólida cósmica). A
matéria astral se relaciona com a matéria física por meio do sexto subplano. Quando
isto é compreendido, é iniciado o trabalho da essência dévica, essência dévica do corpo
astral, e é evidenciado o fator desejo ou movimento astral, oscilação das partículas do
corpo astral, oscilação transmitida por meio da matéria do sexto subplano do corpo
astral à matéria do sexto subplano do corpo físico, a matéria líquida do corpo físico,
manifestando-se o desejo no corpo físico; será observada a grande Mãe empenhada
ativamente, infuenciada pelo desejo, no trabalho de construir, nutrir e produzir o calor
e a umidade que farão possível a manifestação, o calor (fogo por fricção) para
evaporar a água, pois o vapor d'água é necessário; a evaporação da água pelo calor,
sob o ponto de vista dévico é a passagem dos devas aquosos ao estado gasoso pela
ação dos devas do fogo, os devas da parte gasosa; a evaporação da água na
atmosfera, a condensação formando a nuvem e a chuva constituem o serviço dos
devas aquosos e gasosos para a Natureza, o que é bem evidente, e é o treinamento dos
devas aquosos no seu processo evolutivo para se transformarem em devas gasosos,
como diz o Mestre.

A Mãe é o maior dos devas, devas manipuladores, e está muito vinculada aos devas das
águas, pois a umidade é essencial para toda vida, como diz o Mestre, vinculação porque
no Seu trabalho Ela utiliza os devas das águas.

1740
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudo 689

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "Por conseguinte, o sexto
princípio ou o aspecto amor (princípio crístico) e o sexto plano estão relacionados;", na
página 714, até: ", o veículo mais apropriado para a expressão micro e macrocósmica.",
na página 714.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul após ter dado ensinamentos elevados e divinos a respeito do
planeta Netuno, cujo Logos planetário, o Homem celestial, é o regente do sexto raio no
sistema solar e a respeito dos devas das águas, do mistério do mar e da grande Mãe,
diz: "Por conseguinte, o sexto princípio ou o aspecto amor (princípio crístico) e o sexto
plano estão relacionados;", a expressão "Por conseguinte" evidencia que esta afrmação
é deduzida dos ensinamentos que Ele deu antes, o que é bem lógico porque o sexto
raio, Raio de Devoção ou Idealismo Abstrato, como o Mestre diz na página 35 do
TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO, expressa o aspecto amor, pois a Devoção,
dedicação, manifesta amor, e Idealismo Abstrato também manifesta amor; o princípio
crístico é o Aspecto Amor - Sabedoria, o segundo Aspecto, do qual o Bodhisattva (O
Cristo, o Instrutor do Mundo) é o Guia Departamental, o que está em "EXPLICAÇÃO DO
DIAGRAMA DAS HIERARQUIAS SOLAR E PLANETÁRIA", na página 969 do TRATADO
SOBRE FOGO CÓSMICO.

Existe uma interação de energia entre o quarto éter cósmico ou energia búdica e o
sexto plano ou energia astral. Na página 472 deste TRATADO o Mestre diz que a Lei de
Atração cósmica se manifesta de modo tríplice no atual Sistema de Amor no plano da
Mônada como lei de coesão, no plano búdico como lei de controle magnético, e no
plano astral como amor demonstrado através da personalidade. Na página 467 do
TRATADO a Lei do Amor é a lei do plano astral e seu objetivo é transmutar a natureza
do desejo, vinculando-a com o magnetismo superior do aspecto amor no plano búdico.
Estes ensinamentos do Mestre fazem entender claramente a interação de energia entre
a energia búdica e a energia astral. Os devas dos planos búdico e astral pertencem
essencialmente a grupos regidos pela infuência de Netuno, cujo Logos planetário é o
regente do sexto raio, o Raio de Devoção ou Idealismo Abstrato, portanto são devas
regidos pelo sexto raio. Esta regência pelo mesmo raio faz que as matérias búdica e
astral se sintonizem e eventualmente a matéria astral poderá refetir diretamente a

1741
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
matéria búdica, e então a matéria búdica aperfeiçoada aperfeiçoará a matéria astral, e
o que for executado na matéria búdica poderá ser executado na matéria astral com a
diferença vibratória.

As energias dos devas manipuladores do quarto plano, o plano búdico, a matéria


búdica, o quarto éter cósmico, são dirigidas pelos devas construtores maiores que se
encontram no segundo plano do sistema solar, o plano monádico, a matéria monádica,
o segundo éter cósmico.

Os devas manipuladores do plano búdico, no transcurso da evolução, desenvolvem o


plano do Logos solar em perfeita objetividade, por meio da matéria astral, a substância
vivente dos devas menores do plano líquido ou astral. Quando tiverem realizado o
plano do Logos solar obterão dois resultados: primeiro, o plano astral refetirá
perfeitamente o plano búdico e, segundo, o plano físico produzirá, por meio da força
da água ou desejo, o veículo mais apropriado para a expressão micro e macrocósmica.
A matéria astral refetirá com exatidão a matéria búdica porque as duas matérias
estarão sintonizadas, e a atuação da matéria astral por meio do sexto subplano sobre a
matéria do sexto subplano físico, a matéria líquida, a força do desejo, fará que seja
construído melhor corpo físico, mais apropriado, do ser humano e do Logos, resultado
da interação entre as matérias búdica, astral e física, e da atuação do Logos planetário
de Netuno, o Logos regente do sexto raio, o Raio de Devoção ou Idealismo Abstrato,
sobre os devas das matérias búdica e astral.

Estudo 690

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Do parágrafo: "A simbologia do sistema circulatório do
homem revela tudo isto ao esoterista.", na página 714, até: "Isto constitui literal e
esotericamente a transmutação do desejo em pensamento.", na página 715.

"A simbologia do sistema circulatório do homem revela tudo isto ao esoterista. Quando
o sistema sanguíneo, com seus dois tipos de canais (artérias e veias) e seus dois tipos
de construtores (glóbulos vermelhos e brancos), seja estudado desde o ponto de vista
esotérico, serão verifcadas muitas coisas de natureza revolucionária. As leis do
caminho de saída e do caminho de retorno, com os dois grupos de vidas dévicas

1742
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
concernentes, serão compreendidas pelo homem. Aqui pode ser feita outra indicação.
No corpo físico do homem, em relação com o sistema circulatório, encontramos nos
três fatores, coração, artérias e veias, a chave que revela os três tipos de devas, o
triângulo do sistema que eles representam e as três formas em que se expressa a
divindade. Existe uma circulação no sistema e também planetária, e é levada a cabo em
todas partes por meio da substância dévica, tanto macro como microcosmicamente.

Os devas do sexto subplano físico podem ser divididos em três grupos e estes em sete
e em quarenta e nove, correspondendo assim a todos os grupos do sistema solar. Ditos
grupos (em sua natureza essencial) respondem melhor a "o que está acima que a o que
está abaixo", o qual é uma forma ocultista de expressar a íntima relação que existe
entre os devas do fogo e os da água e também de negar a relação que existe entre os
devas da água e os da terra. Expressado esotericamente, os devas da água se liberam
pela ação dos devas do fogo.

Os devas da água por si mesmos encontram a forma de prestar serviço realizando o


grande trabalho de nutrir a vida animal e vegetal do planeta; sua meta consiste em
pertencer a esse grupo superior de devas denominados gasosos ou devas do fogo.
Estes, ao por em ação seu fogo sobre as águas, produzem a sequência seguinte,
evaporação, condensação e a eventual precipitação que - por sua constante atividade -
nutre toda vida sobre a terra. Pode ser observado como atuam as leis psíquicas do
amor no reino dévico e no humano; primeiro, a retirada do grupo ou segregação da
unidade (o que é denominado individualização no reino humano e evaporação no reino
aquático). Logo a condensação ou amalgamação do ente num grupo novo ou superior,
isto chamamos condensação para os devas das águas e iniciação para o homem;
fnalmente, o sacrifício do grupo de átomos humanos ou dévicos para bem do todo.
Desta maneira regem as leis de serviço e de sacrifício no segundo aspecto divino em
todos seus setores grandes ou pequenos. Tal é a lei. Embora no reino humano, o amor
signifca cumprir a lei, se chega a isto pelo caminho do sofrimento e da dor, e todo
aquele que verdadeiramente ama e serve à humanidade é estendido na cruz até que
predomine o sexto princípio, e o sexto tipo de matéria de seus corpos esteja
completamente submetido à energia superior. (79) No caso dos devas, amar é cumprir
a lei sem dor ou sofrimento. Constitui para eles a linha de menor resistência porque
são o aspecto mãe, o fator feminino da manifestação; o caminho fácil para eles é dar,
nutrir e cuidar. Portanto, os devas das águas se dedicam totalmente a servir aos reinos
animal e vegetal e, mediante os fogos transmutadores, será eliminado tudo aquilo que
sujeita ao sexto subplano; por meio da "destilação e evaporação" esotéricas, estes

1743
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
devas formarão oportunamente parte do grupo gasoso ígneo e se converterão nesses
fogos que são a base da divina alquimia.

Falando em forma geral, tem de ser recordado que os devas terrestres de matéria
densa se transformam, no transcurso da evolução, em devas da água, e
oportunamente encontram seu caminho ao plano astral ou líquido cósmico; os devas
das águas do plano físico chegam por meio do serviço ao subplano gasoso e logo ao
cósmico gasoso, transformando-se em devas do plano mental. Isto constitui literal e
esotericamente a transmutação do desejo em pensamento."

(79) "Mede tua vida em vez das aquisições.


Não pelo vinho bebido, mas pelo vinho encanceado,
Pois a força do Amor está no sacrifício do Amor;
E quem mais sofre mais tem para dar."
The Disciples por Hamilton King.

Estudo 691

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO - Seção D - II - Os Devas e


Elementais da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. -
b. Elementais do plano físico. - Do parágrafo: "Os devas gasosos se convertem com o
tempo em devas do quarto éter e,", na página 716, até: ", será revelada a realidade da
existência dos Agnichaitas.", na página 716.

"Os devas gasosos se convertem com o tempo em devas do quarto éter e, depois de
largos eões, chegam ao quarto éter cósmico ou plano búdico. Portanto, estes três
grupos estão cosmicamente relacionados com:

1. O plano astral cósmico e a constelação onde se origina a energia emocional e de


desejo.
2. O plano mental cósmico e a constelação de Sirius.
3. O plano búdico cósmico e a constelação das Plêiades.
Desta maneira, todo o processo pode desenvolver-se se o homem estuda
cuidadosamente sua própria natureza e a lei de analogia.

Os devas do sub-plano gasoso. Quando se trata dos elementais ou devas menores,


regidos pelos devas manipuladores deste extenso grupo, tratamos dos devas do fogo e

1744
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
das essências ígneas de natureza substancial, que podem ser vistas na manifestação
de miríades de formas. Algumas das subdivisões deste grupo são conhecidas pelo
estudante como:

As Salamandras, ou as vidas ígneas que podem ser vistas pelos clarividentes saltando
sobre as chamas de uma fogueira ou de um vulcão; este grupo pode, de acordo com a
cor, ser subdividido em quatro: vermelho, alaranjado, amarelo e violeta, o último dos
quais se aproxima muito estreitamente dos devas do quarto éter.

Os Agnichaitas, termo aplicado às vidas ígneas, soma total do plano da substância,


como foi visto na primeira parte deste tratado, e também às minúsculas essências que
compõem os fogos da manifestação. Quando se compreenda e estude a natureza da
eletricidade do plano físico e sua verdadeira condição, será revelada a realidade da
existência dos Agnichaitas."

Estudo 692

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO – Seção D – II – Os Devas e


Elementais da Mente – 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. –
b. Elementais do plano físico. – Do parágrafo: “Portanto, certos grupos da atual quinta
raça-raiz estão entrando em contato com a quinta divisão de essências dévicas do
terceiro subplano;”, na página 717, até: “, os três canais da coluna vertebral e a
glândula pineal.”, na página 718.

“Portanto, certos grupos da atual quinta raça-raiz estão entrando em contato com a
quinta divisão de essências dévicas do terceiro subplano; o resultado de dito contato
pode ser observado no estímulo da resposta vibratória manifestada ao descobrir-se a
comunicação sem fo e o rádio.

Paralelamente poderá perceber-se uma vibração acrescentada das espirilas humanas,


o que fará que, antes de fnalizar esta ronda, entre em plena atividade a quinta espirila
do átomo físico permanente humano.

Por conseguinte, o trabalho que na atualidade tem de realizar o Mahachohan em


relação com o sétimo raio (que momentaneamente atua como síntese dos cinco tipos
de energia regidos por Ele) pode resumir-se da maneira seguinte:

Primeiro. Emprega o sétimo tipo de energia a fm de que o ente humano acrescente o

1745
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
reconhecimento da substância mais sutil do plano físico. O sétimo raio é um fator
importante para produzir a objetividade. A energia do Logos planetário do sétimo
esquema predomina no sétimo plano; é o raio onde a substância dévica e o Espírito
podem encontrar-se e adaptar-se mutuamente com mais facilidade que em qualquer
outro raio, com exceção do terceiro.

Na atualidade, por meio de qualquer de seus sentidos, o homem tem plena consciência
nos três subplanos inferiores; está predestinado a lograr igual consciência nos quatro
superiores. Deve levar isto a cabo estimulando a substância dévica que compõe seus
corpos. Isto se realizará mediante a vontade dinâmica dos devas transmissores quando
energizam os devas manipuladores, afetando assim as miríades de vidas menores que
compõem o corpo do homem, e também pela acrescentada resposta do homem
imanente ou pensador, ao estabelecerem elas contato com seu corpo. Esta
acrescentada percepção será lograda pelo despertar da quinta espirila, pelo
desenvolvimento da quinta pétala do loto egoico e pela abertura gradual do terceiro
olho, iniciando-se a atividade uniforme de cinco fatores: o centro na base da coluna
vertebral, os três canais da coluna vertebral e a glândula pineal.”

Estudo 693

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "Tem de ser recordado que
os devas que temos considerado são os que originam e manipulam a energia em seu
próprio grau e plano.", na página 706, até: "3............ Ditas vidas são maleáveis em mãos
dos construtores de categoria superior.", na página 706.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que os devas que Ele tem considerado são os
que originam o impulso e manipulam a energia em seu próprio grau e plano. Portanto
estes devas manipulam a energia em vários planos ou matérias e com vários graus,
intensidades e frequências oscilatórias, pois eles atuam em todos os planos ou
matérias. Consequentemente estão vinculados a eles os que recebem a força deles, a
multidão de vidas de natureza elemental que formam a soma total da matéria de um
plano, a substância dévica de um plano. Para o claro entendimento da substância

1746
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
dévica é necessário ter algum entendimento do que o Mestre diz na página 972 do
Tratado Sobre Fogo Cósmico sobre aquilo que não é nem Espírito nem matéria.

Estas vidas dévicas de natureza elemental que constituem a substância dévica dos
planos são levadas pelas ondas de energia devido ao impulso do Alento, como
resultado da ação vibratória, a oscilação das partículas, para todas as formas
conhecidas do plano físico, para a construção delas.

O Mestre classifca os devas em conexão com a manifestação no plano físico em três


grupos:

1. Os que transmitem a vontade de Deus, o propósito do Logos planetário e o do


Logos solar. Eles fazem a substância dévica entrar em atividade e são os
construtores maiores em seus distintos grupos.

2. Os que manipulam a energia iniciada. São os milhares de trabalhadores que


empregam a força gerada pelos que transmitem a vontade de Deus. Estes
manipuladores da energia iniciada transmitem o impulso à essência elemental, a
substância dévica. Eles são os construtores de categoria inferior que se encontram
no arco evolutivo, igual aos do primeiro grupo, os que transmitem a vontade de Deus.

3. Os que recebem a força, os quais são a soma total da substância vivente de um


plano, a substância dévica. Estas vidas dévicas são maleáveis em mãos dos
construtores de categoria superior, os que manipulam a energia iniciada, o que
permite a construção das formas.

Estudo 694

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "Os três grupos a
considerar são:", na página 706, até: ", enquanto que a unidade penetra tudo.", na
página 706.

Considerações.

1747
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Neste trecho o Mestre Djwhal Khul diz que ao estudar estes três grupos dévicos deve
ser tido em conta que Ele não se ocupa dos transmissores, os que transmitem a
vontade de Deus, mas dos manipuladores, os que manipulam a energia iniciada, e dos
receptores de energia, os que recebem a força, os que constituem a substância dévica,
a substância vivente de um plano.

Quando é claramente entendido o que o Mestre diz no início do item b, "Elementais do


plano físico.", do subcapítulo 4, na página 706 do Tratado Sobre Fogo Cósmico, então
também é claramente entendido o que Ele diz que deve ser tido em conta ao estudar
estes três grupos dévicos. Estes ensinamentos do Mestre são importantíssimos,
valiosíssimos e utilíssimos para o claro entendimento em cérebro físico da Natureza.

Os elementais a serem considerados são os da matéria mais densa (a sólida), os da


matéria líquida e os da matéria gasosa.

O Mestre primeiramente trata os elementais da matéria densa, a mais densa (a sólida).


Eles são trabalhadores e construtores que se ocupam da parte tangível e objetiva da
manifestação, os que manipulam a energia iniciada pelos construtores maiores e
transmitem o impulso à essência elemental, a substância dévica vivente, e em sua
totalidade constroem literalmente, como diz o Mestre, aquilo que o ser humano pode
tocar, ver e em que estabelecer contato fsicamente.

Estes elementais da matéria densa são Mônadas dévicas, das Quais cada uma tem Sua
própria envoltura de matéria física etérica e por meio dela atua sobre a essência
elemental.

O Mestre diz que ao considerar estes temas, sobre os elementais do plano físico, nunca
devemos dissociar em nossas mentes os diferentes grupos em sentido
demasiadamente literal, pois todos se interpenetram e mesclam, da mesma maneira
que o corpo físico de um ser humano está composto de matéria densa, líquida, gasosa
e etérica. Os gases se dissolvem nos líquidos e os líquidos penetram os sólidos.

A diversidade na unidade pode ser vista em qualquer parte. Quando o estudante


ocultista analisa as formas sub-humanas, dos reinos animal, vegetal e mineral, deve
recordar sempre este fato, que a unidade persiste na diferenciação. Em todas as
classifcações há um perigo muito evidente, porque elas tendem a formar divisões
rígidas e imóveis, enquanto que a unidade penetra tudo, ou seja, as classes são rígidas
e estacionárias, embora a unidade esteja em todas.

1748
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Estudo 695

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. - Do parágrafo: "Entre os devas manipuladores dos níveis
mais inferiores do plano físico denso,", na página 707, até: ", segundo, a conexão
específca que tem a evolução das aves com o reino dévico.", na página 708.

"Entre os devas manipuladores dos níveis mais inferiores do plano físico denso,
encontram-se certas formas subterrâneas de existência, mencionadas nos livros
antigos e ocultistas. Nas entranhas da terra habita uma evolução de natureza peculiar
muito semelhante à humana. Têm corpos peculiarmente grosseiros que poderiam ser
considerados quase físicos, segundo entendemos dito termo. Moram em colônias ou
grupos nas grutas centrais, muitos quilômetros debaixo da superfície da terra, regidos
por um governo apropriado a suas necessidades. Seu trabalho está estreitamente
relacionado com o reino mineral, e controla os "agnichaitas" dos fogos centrais. Seus
corpos estão constituídos de tal maneira que podem resistir a muita pressão, e não
precisam da livre circulação de ar como o homem, nem se ressentem do grande calor
que há no interior da terra. Pouco pode ser dito sobre estas existências, pois estão
relacionadas com as partes menos vitais do corpo físico do Logos planetário,
encontrando sua analogia microcósmica nos pés e nas pernas do homem. Constituem
um dos fatores que possibilitam a atividade progressiva revolucionária de um planeta.

Aliados a eles há vários grupos de entidades de tipo inferior, e o lugar que ocupam no
esquema das coisas só pode ser descrito como relacionado às funções planetárias
mais grosseiras. De nada serviria estendermos sobre estas vidas e seu trabalho; não é
possível ao homem entrar em contato com eles de nenhuma maneira nem tão pouco
seria desejável. Quando tenham cumprido seu ciclo evolutivo, num ciclo posterior
ocuparão seu lugar nas flas de certos corpos dévicos, relacionados com o reino
animal.

Comumente se supõe que todas as fadas, gnomos, silfos e espíritos de natureza similar
se encontram unicamente em matéria etérica, porém não é assim. Possuem também
corpos de substância gasosa e líquida; o erro tem surgido devido a que o único que se
pode observar objetivamente é a estrutura etérica, e estas pequenas e atarefadas
vidas frequentemente protegem suas atividades físico-densas por meio da miragem,
estendendo um véu sobre sua manifestação objetiva. Quando prevalece a visão etérica

1749
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
então poderão ser vistos, pois a miragem, tal como a entendemos, é só um véu que
cobre o tangível.

Nesta oportunidade, os estudantes devem recordar que todas as formas físico-densas,


seja uma árvore, um animal, um mineral, uma gota d'água ou uma pedra preciosa, são
em si mesmas vidas elementais construídas de substância vivente com a ajuda de
manipuladores viventes, que atuam dirigidos por arquitetos inteligentes. Em
consequência será evidente porque não é possível estabelecer divisões em conexão
com este particular grupo inferior.

Um formoso diamante, uma majestosa árvore ou um peixe na água, depois de tudo, só


são devas. O reconhecimento desta vivência essencial constitui o fato básico de toda
investigação ocultista e o segredo de toda magia benfeitora. Em consequência não
tenho o propósito de ocupar-me mais especifcamente destas formas inferiores de vida
divina exceto comunicar dois fatos a fm de solucionar dois problemas que têm
preocupado amiúde o estudante médio: primeiro, o concernente ao propósito da vida
dos répteis e, segundo, a conexão específca que tem a evolução das aves com o reino
dévico."

Estudo 696

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "Entre os devas
manipuladores dos níveis mais inferiores do plano físico denso,", na página 707, até:
"Constituem um dos fatores que possibilitam a atividade progressiva revolucionária de
um planeta.", na página 707.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul neste trecho dá ensinamentos muito interessantes, importantes e


úteis sobre os devas manipuladores dos níveis mais inferiores do plano físico denso,
devas que trabalham no interior da Terra, nas cavernas centrais, situadas a muitos
quilômetros sob a superfície da Terra. Estes devas são mencionados nos livros antigos
e ocultistas. O Mestre diz que estes devas são de natureza peculiar muito semelhante à
humana e têm corpos peculiarmente grosseiros que poderiam ser considerados quase
físicos, segundo entendemos este termo, o que dá a entender que seus corpos são

1750
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
diferentes dos corpos físicos humanos, o que é bem claro ao dizer o Mestre que os
corpos destes devas estão constituídos de tal maneira que podem resistir a muita
pressão, não precisam da livre circulação de ar como o homem e não são afetados pelo
grande calor que há no interior da Terra. O governo que rege estes devas é apropriado
às necessidades deles e é exercido por Entidade em nível evolutivo mais elevado e
devidamente capacitada para esta função, pois o trabalho deles está estreitamente
relacionado com o reino mineral e controla os devas agnichaitas dos fogos centrais.
Portanto eles são os trabalhadores dévicos encarregados da formação dos minerais da
Terra e sabem a tabela periódica dos elementos. Eles são os manipuladores dos
átomos físicos e das moléculas etéricas na formação dos átomos químicos da tabela
periódica dos elementos. Ao dizer que eles constituem um dos fatores que possibilitam
a atividade progressiva revolucionária de um planeta, o Mestre dá a entender que eles
também atuam nos fenômenos que ocorrem na Terra, como a atividade vulcânica e os
terremotos, os quais estão relacionados com os agnichaitas dos fogos centrais,
agnichaitas controlados pelo trabalho deles. Estes fenômenos são de fato atividade
progressiva revolucionária da Terra, pois são alterações revolucionárias do corpo físico
denso do Logos planetário, alterações resultantes do Seu processo evolutivo. O Mestre
diz que pouco pode ser dito sobre estes devas, pois estão relacionados com as partes
menos vitais do corpo físico do Logos planetário, as quais têm sua analogia
microcósmica nos pés e nas pernas do ser humano.

Estudo 697

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. - Considerações sobre o trecho: "Aliados a eles há vários
grupos de entidades de tipo inferior,", na página 707, até: ", segundo a conexão
específca que tem a evolução das aves com o reino dévico.", na página 708.

Considerações.

Neste trecho os ensinamentos do nosso amado Mestre Djwhal Khul, também conhecido
como Mestre Tibetano, são muitíssimo preciosos e altamente esclarecedores da
realidade do planeta e dos reinos em evolução nele. Quando estes ensinamentos são
corretamente entendidos e assimilados, é adquirida a visão interior real do planeta e

1751
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
das vidas em evolução. Para este entendimento é necessário entender todos os outros
ensinamentos do Mestre em Seu valiosíssimo livro Tratado Sobre Fogo Cósmico, livro
riquíssimo espiritualmente, pois contém ensinamentos que fazem quem corretamente
os entende ver a realidade espiritual e aprender o processo evolutivo espiritual por
meio da manifestação através da matéria, e receber a quarta Iniciação planetária, a
Renúncia, a segunda solar, a liberação dos três mundos inferiores, prosseguindo a
evolução espiritual nos mundos superiores, búdico, átmico, monádico, adi e acima.

O Mestre diz que aliados a esses devas manipuladores dos níveis mais inferiores do
plano físico denso que trabalham nas entranhas da Terra há vários grupos dévicos de
tipo inferior e o lugar que ocupam no esquema das coisas só pode ser descrito como
relacionado às funções planetárias mais grosseiras. Consideramos que entre estes
devas de tipo inferior estão devas cujo trabalho está relacionado com o reino vegetal.

O Mestre diz que de nada serviria expandir Seus ensinamentos sobre estes devas e seu
trabalho, pois não é possível ao ser humano entrar em contato com eles de nenhuma
maneira nem tão pouco seria desejável este contato, do que deduzimos que este
contato seria prejudicial. Quando eles tiverem cumprido seu ciclo evolutivo, num ciclo
posterior terão corpos dévicos relacionados com o reino animal, conforme o Mestre
diz, seu trabalho estará relacionado com o reino animal.

É suposição comum que os corpos de todos os gnomos, silfos, fadas e espíritos de


natureza similar são somente de matéria etérica, porém não é assim, contêm também
matéria gasosa e líquida; a causa dessa suposição errada é que somente a estrutura
etérica pode ser observada objetivamente e estas pequenas e atarefadas vidas
protegem suas atividades na matéria física densa por meio da miragem, estendendo
um véu sobre sua manifestação objetiva. Quando a visão etérica prevalecer, então
estes devas poderão ser vistos, pois a miragem, tal como é entendida, é somente um
véu que cobre o tangível.

Nesta oportunidade, conhecer os elementais da matéria física densa, os estudantes


devem recordar que todas as formas físicas densas, seja uma árvore, um animal, um
mineral, uma gota d'água ou uma pedra preciosa, são em si mesmas vidas elementais
construídas de substância vivente com a ajuda de manipuladores viventes, que atuam
dirigidos por arquitetos inteligentes, os quais são os construtores maiores, os que
transmitem a vontade de Deus. O Mestre diz que em consequência será evidente
porque não é possível estabelecer divisões em conexão com este particular grupo
inferior, o que deixa bem clara a unidade essencial, pois são vidas elementais

1752
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
construídas de substância vivente, que é constituída de átomos físicos.

Um formoso diamante, uma majestosa árvore ou um peixe na água, depois de tudo,


somente são devas, palavras do Mestre com as quais Ele corrobora os Seus
ensinamentos neste trecho. Ele diz que o reconhecimento desta vivência essencial
constitui o fato básico de toda investigação ocultista e o segredo de toda magia
benfeitora, o que é lógico, porque entendendo claramente esta vivência essencial da
matéria muitas descobertas podem ser feitas e também podem ser descobertos o
segredo da magia benfeitora e o seu processo, magia cujo único objetivo é o bem e
acelerar a evolução. O Mestre diz que em consequência não é Seu propósito ocupar-se
mais especifcamente destas formas inferiores de vida divina, exceto comunicar dois
fatos a fm de solucionar dois problemas que têm preocupado muitas vezes o
estudante médio: primeiro, o concernente ao propósito da vida dos répteis e, segundo,
a conexão específca que tem a evolução das aves com o reino dévico.

Estudo 698

Segunda Parte do Tratado Sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais


da Mente - 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. - b.
Elementais do plano físico. - Do parágrafo: "O segredo do reino dos répteis é um dos
mistérios da segunda ronda,", na página 708, até: "Se tem sufciente intuição poder-se-
á lhe distribuir conhecimento que esclarecerá a relação que existe entre o corpo físico
e seus centros com a natureza psíquica.", na página 709.

"O segredo do reino dos répteis é um dos mistérios da segunda ronda, havendo um
profundo signifcado relacionado com a expressão "as serpentes de sabedoria",
aplicada a todos os dedicados à boa lei. O reino dos répteis ocupa, não por uma razão
arbitrária, um lugar interessante em todas as mitologias e nas formas antigas de
comunicar a verdade. É impossível nos estendermos sobre a verdade que subjaz oculta
na história kármica de nosso Logos planetário e revelada aos iniciados de segundo
grau como parte do ensinamento distribuído.

O segundo grande impulso ou onda de vida, iniciado por nosso Logos planetário
quando entrou em conjunção com a primeira onda, constituiu a base dessa atividade
que denominamos energia evolutiva, dando por resultado um gradual desenvolvimento
ou revelação, da forma divina. A serpente celestial, nascida do ovo, manifestou-se e

1753
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
iniciou suas ondulações adquirindo fortaleza e majestade, procriando, por sua imensa
fecundidade, milhões de "serpentes". O reino dos répteis em certos aspectos é o mais
importante do reino animal, se pode ser feita uma afrmação aparentemente tão
contraditória, pois toda vida animal passa por ele durante a etapa pré-natal, ou volta a
ele quando a forma está em avançado estado de decomposição. O vínculo não é
estritamente físico mas também psíquico. Quando a verdadeira natureza e o método
kundalínico ou fogo serpentino, sejam conhecidos, será melhor compreendida esta
relação e a história da segunda ronda terá mais importância.

O segredo da vida - não a vida do Espírito mas a vida da alma, que será revelado
quando verdadeiramente seja encarada e estudada a "serpente da luz astral" -
encontra-se oculto na etapa da serpente. Um dos quatro Senhores Lipika, que se
encontra mais próximo de nosso Logos planetário é chamado "A Serpente Vivente", e
Seu emblema é uma serpente azul com um só olho formado por um rubi. Os estudantes
que desejam ampliar um pouco mais a simbologia podem vincular esta ideia com o
"olho de Shiva" que vê, conhece e registra tudo, como o faz o olho humano em menor
grau; tudo é fotografado na luz astral, assim como o olho humano recebe as
impressões em sua retina. Este mesmo conceito é divulgado frequentemente pela
Bíblia cristã, quando se refere ao reconhecimento hebreu cristão do olho de Deus que
vê tudo. Se é estudado o tema do terceiro olho e sua relação com a coluna vertebral e
são investigadas as correntes que circulam por ela, serão evidentes a praticabilidade e
o valor das indicações dadas. O terceiro olho constitui um dos objetivos da vivifcação
kundalínica, encontrando-se na zona da coluna vertebral, primeiramente o centro na
base da mesma, o lugar do fogo dormente, logo, o triplo canal através do qual correrá
esse fogo no transcurso da evolução e, fnalmente, na cúspide da coluna, e encima de
tudo isso o pequeno órgão chamado glândula pineal, que quando está vivifcado causa
a abertura do terceiro olho e revela as belezas dos planos mais elevados e sutis. Todo
este processo físico psíquico é possível para o homem devido a certos acontecimentos
que se apresentaram à Serpente celestial na segunda ronda ou ronda da serpente.
Para que se produzissem ditos acontecimentos foi necessária a formação e evolução
dessa família peculiar e misteriosa que denominamos répteis. Estas formas de vida
divina estão muito intimamente relacionadas com o segundo esquema planetário,
respondem à energia que emana desse esquema e chegam à terra por conduto do
segundo globo da segunda cadeia. Um grupo especial de devas (vinculados a
determinado som aberto da Palavra planetária) trabalha com a evolução dos répteis.

Deveria ser observado que esta evolução nos planos etéricos afeta mais o homem que

1754
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
o plano físico. Se o estudante se dedica à consideração destes fatos, à investigação
das traduções mitológicas e escrituras sobre a serpente de todos os países, e se
vincula todo este conhecimento ao relacionado com essas constelações celestiais que
têm o apelativo de serpente (tais como o Dragão) poderá obter muita iluminação. Se
tem sufciente intuição poder-se-á lhe distribuir conhecimento que esclarecerá a
relação que existe entre o corpo físico e seus centros com a natureza psíquica."

Estudo 699

Segunda Parte do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO – Seção D – II – Os Devas e


Elementais da Mente – 4. OS ELEMENTAIS DO FOGO, OS CONSTRUTORES MENORES. –
b. Elementais do plano físico. – Considerações sobre o trecho: “A simbologia do sistema
circulatório do homem revela tudo isto ao esoterista.”, na página 714, até: “Existe uma
circulação no sistema e também planetária, e é levada a cabo em todas partes por meio
da substância dévica, tanto macro como microcosmicamente.”, na página 714.

Considerações.

O Mestre Djwhal Khul diz que a simbologia do sistema circulatório do ser humano
revela tudo isto ao esoterista. Isto é o que o Mestre diz nos dois parágrafos anteriores:

“Os devas construtores maiores que se encontram no segundo plano do sistema solar,
o plano monádico ou o segundo éter cósmico, dirigem as energias dos devas
manipuladores do quarto éter cósmico, o plano búdico.

Os devas manipuladores do quarto éter cósmico, no transcurso da evolução,


desenvolvem o plano em perfeita objetividade, por meio da substância vivente dos
devas menores do plano líquido ou astral. Quando o tenham realizado obterão dois
resultados: primeiro, o plano astral refetirá perfeitamente o plano búdico e, segundo, o
plano físico produzirá, por meio da força da água ou desejo, o veículo mais apropriado
para a expressão micro e macrocósmica.”

No sistema sanguíneo as artérias são utilizadas para distribuir o sangue com o oxigênio
vitalizante por meio dos glóbulos vermelhos, e levar por meio dos glóbulos vermelhos o
gás carbônico, resultado da combinação do oxigênio com o carbono, para os pulmões,
para retirar o gás carbônico. As veias são utilizadas para recolher o gás carbônico por
meio dos glóbulos vermelhos e os levar para o coração, para serem levados para os

1755
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
pulmões para a retirada do gás carbônico. O coração é o órgão que dirige o sangue
com os glóbulos vermelhos e brancos. Os glóbulos brancos executam a função de
proteger o corpo físico.

O Mestre diz que quando o sistema sanguíneo, com seus dois tipos de canais (artérias
e veias) e seus dois tipos de construtores (glóbulos vermelhos e brancos), seja
estudado desde o ponto de vista esotérico, serão verifcadas muitas coisas de natureza
revolucionária, e as leis do caminho de saída e do caminho de retorno, com os dois
grupos de vidas dévicas concernentes, serão compreendidas pelo ser humano.

A lei do caminho de saída é a lei das artérias, porque o coração envia o sangue por
meio das artérias.

A lei do caminho de retorno é a lei das veias, porque o sangue é trazido pelas veias
para o coração.

A função principal das artérias é vitalizar, levar por meio dos glóbulos vermelhos do
sangue oxigênio e alimento às células.

A função principal das veias é limpar, levar por meio dos glóbulos vermelhos do sangue
gás carbônico para ser eliminado pelos pulmões e o que deve ser fltrado pelos rins.

Os glóbulos brancos do sangue executam a função de proteger o corpo físico, são do


sistema imunológico.

Os glóbulos vermelhos são vidas dévicas que executam o trabalho de vitalizar, levar
oxigênio e alimento às células, e o trabalho de limpar, levar gás carbônico para ser
eliminado pelos pulmões.

Os glóbulos brancos são vidas dévicas que executam o trabalho de proteger o corpo
físico.

Quando os três fatores do sistema circulatório do corpo físico do ser humano são
estudados desde o ponto de vista esotérico, é compreendido que os devas
construtores maiores que se encontram no segundo plano do sistema solar, o plano
monádico ou o segundo éter cósmico, e dirigem as energias dos devas manipuladores
do quarto éter cósmico, o plano búdico, são a analogia do coração, os devas
manipuladores do quarto éter cósmico, o plano búdico, que no transcurso da evolução
desenvolvem o plano em perfeita objetividade, por meio da substância vivente dos
devas menores do plano líquido ou astral, são a analogia das artérias, o caminho de
saída, os devas menores do plano líquido ou astral são a analogia das veias, o caminho
de retorno, pois por meio da sua substância vivente os devas manipuladores do plano

1756
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
búdico desenvolvem o plano em perfeita objetividade.

Estes tipos de devas representam o triângulo do sistema. O Logos solar se expressa


em três formas.

Dois resultados serão obtidos pelos devas manipuladores quando tiverem realizado o
desenvolvimento do plano em perfeita objetividade: primeiro, o plano astral refetirá
perfeitamente o plano búdico e, segundo, o plano físico produzirá, por meio da força
da água ou desejo, o veículo mais apropriado para a expressão micro e macrocósmica.

O plano búdico atua sobre o plano astral, portanto quando o plano búdico é
aperfeiçoado, o plano astral também é aperfeiçoado e refete perfeitamente o plano
búdico.

O plano astral atua sobre o plano físico, portanto quando o plano astral é aperfeiçoado
e refete perfeitamente o plano búdico, o plano físico também é aperfeiçoado, e então
é construído, por meio da força da água ou desejo, o veículo de matéria física mais
apropriado para a expressão micro e macrocósmica, a manifestação dos reinos dévico,
humano, animal, vegetal e mineral, e a manifestação do Logos solar e dos Logos
planetários.

No sistema solar e nos esquemas planetários existe circulação de energias, analogia do


sistema circulatório do corpo físico do ser humano; existem canais de saída de energia
vitalizante e de nutritivos, analogia das artérias, e canais de retorno, analogia das veias.

Esta circulação macrocósmica é realizada em todas partes por meio da substância


dévica, como é a circulação microcósmica, o sistema circulatório do corpo físico do ser
humano.

Quando estes divinos ensinamentos do Mestre são claramente entendidos, ao olhar


para o céu e para a atmosfera, o pensamento nesta circulação macrocósmica, nos
canais de energias, surge imediatamente no cérebro físico.

O Mestre na página 706 do TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO dá ensinamentos muito


esclarecedores sobre os devas:

“1. Os que transmitem a vontade de Deus. Originam a atividade na substância dévica.

2. Os que manipulam a energia iniciada. São os milhares de trabalhadores que


empregam a força, os quais por sua vez transmitem o impulso à essência Elemental,
os construtores de categoria inferior que se encontram, igual que os do primeiro

1757
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
grupo, no arco evolutivo.

3. Os que recebem a força, soma total da substância vivente de um plano. Ditas vidas
são maleáveis em mãos dos construtores de categoria superior.”
Realmente estes ensinamentos do Mestre são muito esclarecedores, pois deixam bem
claro o processo de construção nos diversos planos.

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em
espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

É livre a divulgação dos artigos e estudos, desde que seja mencionada a sua fonte e
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