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Bacia da Foz do Amazonas

Jorge de Jesus Picanço de Figueiredo1, Pedro Victor Zalán2, Emilson Fernandes Soares1

Palavras-chave: Bacia da Foz do Amazonas l Estratigrafia l carta estratigráfica

Keywords: Foz do Amazonas Basin l Stratigraphy l stratigraphic chart

introdução aquisição sísmica 2D e 3D e de uma breve campa-


nha de perfuração de quatro poços exploratórios (três
em águas profundas, entre 2001 e 2004). Estes po-
A Bacia da Foz do Amazonas corresponde à ços visaram basicamente o Cone do Amazonas, a
mais extrema bacia ao norte da margem continental seção superior do Cenozóico (Neógeno e parte do
brasileira, situando-se em frente a todo o litoral do Paleógeno) da Bacia da Foz do Amazonas deposita-
Estado do Amapá e parte do litoral noroeste do Esta- da pelo Rio Amazonas nos últimos 11 Ma.
do do Pará. Sua área é de 268.000 km2 (Brandão e Apesar de mais de 60 poços perfurados
Feijó, 1994). Sua exploração processou-se basicamen- na bacia, apenas três estão localizados em águas
te durante as décadas de 70 e 80, em águas rasas. profundas, no Cone do Amazonas. As seções do
A retomada do processo exploratório na Foz do Neocretáceo (Fase Drifte, marinho franco) e parte
Amazonas no final dos anos 90 consistiu de extensa do Eocretáceo (Fase Rifte) só foram amostradas,

1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação da Margem Equatorial e Bacias Interiores/Interpretação
e-mail: picanco@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios/NNE

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 299-309, maio/nov. 2007 | 299


por poços, nas águas rasas da porção noroeste da A nomenclatura utilizada para a litoestratigra-
bacia. A Bacia da Foz do Amazonas, em particu- fia foi mantida semelhante à utilizada por Brandão e
lar, teve seu último poço em águas rasas perfura- Feijó (1994), até hoje a mais completa revisão da es-
do em 1987 (1-APS-53). Conseqüentemente, ne- tratigrafia da Bacia da Foz do Amazonas.
nhum dado estratigráfico novo relativo à seção pré-
eocênica advindo de poços foi incorporado ao co-
nhecimento geológico desta bacia da margem
equatorial desde a publicação pioneira da Petro-
bras sobre as cartas estratigráficas das bacias bra- embasamento
sileiras (Brandão e Feijó, 1994).
Os dados aqui apresentados para a Fase Os Grábens do Cassiporezinho e Externo da
Rifte da bacia são baseados predominantemente Bacia da Foz do Amazonas foram implantados so-
nos resultados de projetos diversos contratados bre a Faixa Móvel Rokelides, um cinturão de do-
pela Petrobras e, obviamente, em trabalhos pu- bramentos e cavalgamentos de idade neoprote-
blicados anteriormente. Para a Fase Drifte, os rozóica de direção NNO-SSE que se formou du-
resultados apresentados são fruto de cuidadosa rante a amalgamação do supercontinente Gondwa-
reinterpretação dos dados de poços existentes, na (Evento Orogenético Brasiliano). A Faixa
amarrados com as linhas sísmicas disponíveis, à Rokelides ocorre na área como resultado da jun-
luz dos conceitos mais modernos da estratigrafia ção entre a Faixa Araguaia e a Faixa Gurupi mais
de seqüências. Particularmente, os poços de águas a sul (ambas de idade brasiliana e situadas no
profundas permitiram uma reinterpretação deste entorno dos Crátons Amazônico e de São Luís).
banco de dados sob a luz dos avanços científicos O nome Rokelides provém da extensão desta faixa
das últimas duas décadas. móvel amalgamada na África. Por serem zonas
A Fase Rifte da Bacia da Foz do Amazo- lineares constituídas de fortes anisotropias late-
nas é constituída por três grábens principais, alon- rais, as faixas móveis são zonas preferenciais para
gados paralelamente à direção NNO-SSE. São de- a instalação de riftes durante o processo de
nominados, de oeste para leste, de: Cassiporé, quebramento continental e propagação de ruptu-
Cassiporezinho e Externo. Os dois primeiros são ras. Sua composição compreende rochas metas-
clássicos semi-grábens confinados entre altos do sedimentares e metavulcânicas de origem
embasamento, apresentando borda falhada a oes- infracrustal e supracrustal, com idades originais
te (maioria das falhas sintéticas, mergulhando variando do Arqueano ao Neoproterozóico.
para nordeste/leste) e borda flexural a leste. O O Gráben do Cassiporé, de direção NO-
Gráben Externo ocorre em porções mais distais e SE, implantou-se como um ramo isolado, diver-
sua continuação/extensão em direção às águas gente em relação aos outros dois, em meio ao
profundas não pode ser visualizada com clareza Cráton das Guianas, constituído pelo Complexo
nas linhas sísmicas. Guianense (gnaisses, granitóides, migmatitos, gra-
A Fase Drifte iniciou-se no final do Albia- nulitos e ortoanfibolitos). Nesse domínio apare-
no (circa 102 Ma) e transcorre até o tempo pre- cem também, as rochas plutônicas ácidas e as
sente. Três domínios litoestratigráficos são clara- supracrustais do Paleoproterozóico.
mente identificados nessa fase: entre o final do
Albiano e o Neopaleoceno (Selandiano) ocorre um
domínio de deposição siliciclástica. A partir de
Selandiano até o topo do Mesomioceno instalou-
se uma plataforma mista (carbonato-siliciclástica).
Superseqüência Pré-Rifte
Do Neomioceno (10,7 Ma) até o Presente desen-
volveu-se uma portentosa edificação sedimentar co- Arenitos castanho-avermelhados intercala-
nhecida como o “Cone do Amazonas”. A inter- dos com lavas basálticas ocorrem como uma se-
pretação da evolução cronoestratigráfica da seção qüência plano-paralela, refletiva, de espessura
Drifte permitiu a individualização de 11 seqüênci- constante, no assoalho dos três grábens. Em ter-
as de 2ª ordem de acordo com Mitchum e Van mos de litoestratigrafia corresponde à Formação
Wagoner (1991). Calçoene (Brandão e Feijó, 1994). Recentes

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datações dos basaltos pelo método Ar-Ar apon- lhante à da Formação Codó, de idade neo-aptiana,
tam idades entre 235 e 194 Ma, indicando assim bem caracterizada pela associação composta pre-
uma idade mesotriássica a eojurássica para a de- dominantemente por folhelhos e calcilutitos, bem
posição desta unidade. A espessura máxima esti- como pela sua assinatura elétrica, foi perfurada nos
mada para esta superseqüência é de 1.000 m Grábens de Cassiporé e Externo pelos poços APS-
(Brandão e Feijó, 1994). 18 e APS-49, respectivamente. A idade neo-aptiana
A extensão areal subjacente a todos os foi atestada apenas no último. Litologicamente, a
grábens, sua ocorrência em alto estrutural separan- fácies Codó é representada no APS-49 por folhe-
do os Grábens de Cassiporezinho e Externo, sua lhos cinza-escuros, calcíferos e carbonosos, e no
sismofácies de “trilhos”, a ausência de crescimentos APS-18 por intercalações de folhelhos, siltitos, are-
ou de variações bruscas de espessura e a presença nitos e calcilutitos. Em termos de caráter sísmico,
de rochas ígneas básicas apontam para uma seqüên- a litofácies Codó é caracterizada, a exemplo das
cia depositada em uma bacia do tipo sag Pré-Rifte, outras bacias estudadas, por refletores contínuos,
em condições intracratônicas desérticas. Este é o plano-paralelos, com altos contrastes de
paleoambiente deposicional esperado para o interi- impedância acústica. Sua ocorrência marca sem-
or do supercontinente Gondwana às vésperas de seu pre o topo das seqüências Rifte I e II e é restrita ao
quebramento e ruptura. interior dos grábens. Crescimentos visíveis em sua
sismofácies atestam seu caráter sinrifte no Gráben
do Cassiporezinho. Assim sendo, a litofácies Codó
marca a presença indubitável da Seqüência Rifte II
dentro destes grábens. Seu contato superior é uma
Superseqüência Rifte discordância sobre a qual repousam em onlap os
refletores da seqüência sobrejacente, e seu conta-
to inferior com a Seqüência Rifte I é concordante.
Seqüências K20-K40 e K50 Incorpora-se, neste trabalho, uma mudança
na coluna estratigráfica da bacia, em relação à
apresentada por Brandão e Feijó (1994). A Forma-
A pequena quantidade de poços que pe- ção Codó, pelas razões descritas acima, é introdu-
netraram nos sedimentos rifte, a falta de dados zida em meio à Formação Cassiporé na idade Neo-
bioestratigráficos mais precisos e o não-reconhe- aptiano. A Formação Cassiporé foi utilizada por
cimento de uma discordância significativa na sís- Brandão e Feijó (1994) para designar todas as ro-
mica não permitiram a separação das Seqüên- chas sedimentares da Seqüência Rifte, do
cias K20-K40 (Rifte I) e K50 (Rifte II) nos grábens Barremiano ao Albiano. Este uso é mantido neste
subjacentes da Bacia da Foz do Amazonas. Mes- trabalho, com a inserção da litofácies da Forma-
mo a ocorrência de uma fase de rifteamento neo- ção Codó (representante do Rifte II) no meio da
comiana-barremiana é inferida nesta bacia, ten- Formação Cassiporé (cujas litofácies representam
do em vista a sua localização entre o Rifte do os Riftes I e III).
Marajó (onde sedimentos rifte dessa idade são
comprovados em poços), a sul; e o Platô de De-
merara, a norte, onde sua ocorrência também é Seqüência K60
comprovada por poços. A idade máxima neoco-
miana para esta fase de rifteamento é também A propagação do rifteamento, do Aptiano para
inferida pela idade do rifte, imediatamente a o Albiano, parece ter sido em padrão backstepping,
norte, no Platô de Demerara. As maiores espes- isto é, o depocentro da Seqüência K60 (Rifte III) ocor-
suras dessas seqüências ocorrem nos Grábens do re deslocado em relação ao depocentro das Seqüên-
Cassiporezinho e Externo. cias Rifte I + II em direção à borda falhada, para
Em termos de litoestratigrafia, esta uni- oeste. Assim sendo, os máximos de espessura destas
dade corresponde à Formação Cassiporé, consti- diferentes fases sinrifte não se superpõem. A maior
tuída por intercalações de folhelhos cinza-escuros, espessura da Seqüência Rifte III ocorre no Gráben do
arenitos cinzentos muito finos a finos, seleção mo- Cassiporé, enquanto as maiores espessuras das Se-
derada e arenitos finos a médios, bem seleciona- qüências Rifte I e II ocorrem nos Grábens do Cassipo-
dos (Brandão e Feijó, 1994). Uma litofácies seme- rezinho e Externo. A Seqüência III é composta, pre-

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dominantemente, por arenitos intercalados com (1994) em nove seqüências, que foram interpreta-
folhelhos e siltitos, bem datados como neo-aptianos das como sendo de 3ª ordem, assim distribuídas:
a albianos. Os ambientes deposicionais são inter- quatro no Neocretáceo e cinco no Cenozóico. Neste
pretados como continental, transicional a marinho trabalho foram individualizadas onze seqüências
(recorrentes incursões marinhas). Em sísmica, seus deposicionais, sendo quatro até a base do Maas-
refletores são fracos e descontínuos. Entretanto, o trichtiano e sete deste ponto até o Recente. Da
crescimento de suas espessuras em direção às fa- mesma forma, como interpretado pelos autores
lhas de borda é notável. Em termos de litoestrati- acima citados, não foi identificada, no presente
grafia foram também englobados sob a denomina- trabalho, nenhuma discordância próxima ao limite
ção de Formação Cassiporé (Brandão e Feijó, 1994). Cretáceo-Paleógeno. Portanto, nenhum limite de
O topo desta seqüência é claramente seqüência foi reconhecido neste tempo. De outra
uma discordância angular entre seus estratos bas- forma, ao contrário de Brandão e Feijó (1994), as
culados, rotacionados e falhados, e os estratos seqüências individualizadas e apresentadas neste
de uma nítida seqüência do tipo sag Pós-Rifte, trabalho, com tempo de duração variando entre 5
com refletores de amplitude moderada a forte, Ma, a mais curta, e 18 milhões de anos, a mais
contínuos, subhorizontais e com espessamento longa, foram classificadas como de 2ª ordem
gradual em direção offshore. Seu contato infe- (Mitchum e Van Wagoner, 1991).
rior é igualmente discordante, repousando em
O padrão deposicional para a fase Drifte
onlap sobre as litofácies da Formação Codó (os
sugerido na carta de Brandão e Feijó (1994) é
estratos da Seqüência Rifte III encontram-se me-
de tendência geral transgressiva através do tem-
nos rotacionados do que os estratos das Seqüên-
po geológico. Também neste ponto diverge o pre-
cias Rifte I e II subjacentes).
sente trabalho, uma vez que foram interpreta-
Brandão e Feijó (1994) estimam para toda
dos três grandes momentos de afogamento da
a Fase Rifte (sua Formação Cassiporé) uma espes-
bacia intercalados por fases regressivas. O pri-
sura máxima de 7.000 m. De maneira mais preci-
meiro ocorreu logo após o término da fase rifte,
sa, seções sísmicas convertidas em profundidade
no final do Albiano e início do Cenomaniano. O
indicam para as Seqüências I e II da Bacia do Ma-
segundo se deu no Paleoceno, seguindo uma
rajó espessuras máximas de 6.000 m e para a Se-
tendência já presente deste o Campaniano, po-
qüência III 4.000 m.
rém, não suplantando a do Albiano. O terceiro,
e maior de todos, ocorreu no Eomioceno. Este
último perpetuou-se no registro geológico sob a
forma da Formação Pirabas (a Formação Pirabas
Superseqüência Drifte não é reconhecida na Bacia da Foz do Amazo-
nas; os calcáreos cronoequivalentes aos da For-
As interpretações mais recentes posicionam mação Pirabas estão contidos na porção miocê-
o final da fase Rifte na Bacia da Foz do Amazo- nica da Formação Amapá) encontrada, continen-
nas próxima do final do Albiano. A partir daí, ini- te adentro, a uma distância de aproximadamen-
ciou-se a sedimentação marinha franca com a de- te 200 km a partir da linha de costa atual (Ros-
posição de uma coluna sedimentar siliciclástica seti, 2001). Após esse máximo afogamento ini-
que se propagou por todo o Neocretáceo e só foi ciou-se uma fase de progradação com novo re-
interrompida no Neopaleoceno (Selandiano) com cuo da linha de costa durante o qual foram de-
a instalação de uma plataforma carbonático-sili- positados os sedimentos coevos aos da Forma-
ciclástica. Esta por sua vez atravessou todo o Pa- ção Barreiras, identificada no continente (Rosse-
leógeno (desde o Neopaleoceno) e parte do Neó- ti, 2001). Neste contexto, o Cone do Amazonas
geno até ser completamente obstruída pela che- é crono-correlato ao que este autor denominou
gada dos sedimentos terrígenos trazidos pelo Rio de “pós-Barreiras”.
Amazonas no Neomioceno (10,7 Ma, Tortoniano), Intercalando-se aos máximos de afoga-
que foram os responsáveis pela formação do Cone mentos ocorreram máximos regressivos durante
do Amazonas. os quais foram expostas as seqüências mais anti-
A fase Drifte, que engloba os três domínios gas. Entre o Albiano e o Paleoceno, a máxima
citados acima, foi dividida por Brandão e Feijó regressão, pela interpretação corrente, teria

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acontecido no Campaniano, por volta de 80 Ma luna geocronológica de Gradstein et al. (2004), é
(Gradstein et al. 2004) (todas as idades absolu- de aproximadamente 3 Ma.
tas referidas neste trabalho são baseadas em Gra- O registro geológico encontrado nos poços
dstein et al. 2004). Entre o Paleoceno e o Eo- que perfuraram essa seqüência revela a predomi-
mioceno, o evento erosivo de maior magnitude nância de folhelhos e siltitos em detrimentos de
teria ocorrido imediatamente após a máxima arenitos. Isso sugere que os sistemas alimentado-
transgressão, ou seja, ainda no Paleoceno, por res da bacia ou estavam distantes, em direção ao
volta de 59 Ma. continente, ou não possuíam as características ne-
As onze seqüências de 2ª ordem identifica- cessárias para entregar um forte aporte de sedi-
das neste trabalho enquadram-se, dessa forma, em mentos grosseiros à bacia.
um padrão de mais baixa freqüência de longas ten-
dências transgressivas e regressivas e permeiam os
três domínios litoestratigráficos relatados anteriormen- Seqüência K82-K86
te. A metodologia que permitiu a identificação das
seqüências de 2ª ordem baseou-se em interpreta- Começando na base do Cenomaniano, a Se-
ções bioestratigráficas através da técnica de correla- qüência K82-K86 sobrepõe-se à K70, porém, não
ção gráfica (Wescott et al. 1998; Neal et al. 1998; em toda a sua extensão, denotando o caráter re-
Aubry, 1995). Em uma segunda etapa, as interpre- gressivo da deposição após o afogamento do Albia-
tações foram cruzadas com dados sísmicos para se no. O limite superior desta seqüência é uma discor-
ratificar, ou não, os eventos de afogamento e ero- dância posicionada na porção intermediária do
são. Como resultado desse trabalho apresenta-se, a Turoniano, por volta de 91 Ma. Neste caso existe
seguir, uma descrição sucinta para as onze seqüên- uma excelente correlação entre o hiato deposicio-
cias identificadas. nal e uma forte queda no nível global dos mares
registrada na curva de Haq (1988) recalibrada para
Seqüência K70 Gradstein et al. (2004) naquela idade. Um outro
fator que poderia ser relacionado como causa ou,
pelo menos, como amplificador dessa discordância
Marca o início da deposição Drifte. Seu li- é um evento magmático ocorrido na bacia durante
mite inferior é determinado pela discordância do o Turoniano, registrado no poço PAS 24 e datado
break up (final da fase Rifte, ~102 Ma) e o supe- por Ar-Ar em 90 Ma. O tempo de duração sugerido
rior por uma discordância na base do Cenoma- para a Seqüência K82-K86, baseado em critérios
niano, em torno de 99 Ma. O posicionamento semelhantes aos utilizados para a Seqüência K70,
dessa discordância, como de outras descritas do- é em torno de 8 Ma.
ravante, foi feito cruzando-se as informações so- Análises paleoambientais em poços per-
bre hiatos deposicionais, obtidas nos crossplots furados nas porções de águas rasas da bacia atual
(tempo geológico versus profundidade) de dados indicam ambiente marinho raso para os sedimen-
bioestratigráficos, com a curva de Haq (1988), tos da Seqüência K82-K86. Todavia, a ocorrência
recalibrada para Gradstein et al. (2004). Nesse de siltitos e folhelhos, inclusive com característi-
caso (discordância do Cenomaniano) existe uma cas de deposição em ambientes anóxicos, ainda
boa correlação entre o hiato deposicional obser- supera os arenitos, sugerindo, como no caso an-
vado e uma queda no nível global dos mares re- terior, ou distância dos sistemas alimentadores ou
gistrada na curva referida. baixa energia dos mesmos.
A Seqüência K70 descrita neste trabalho é
caracterizada por um afogamento generalizado da
bacia. Após o Albiano, somente no Mioceno o mar Seqüência K88-K90
voltou a cobrir uma grande extensão da bacia. Tal
fato é constatado em alguns poços onde os sedi- A última seqüência da fase regressiva do
mentos do Mioceno repousam diretamente sobre Neocretáceo, com tempo de duração de, aproxi-
aqueles do Albiano. A duração estimada da Se- madamente, 11 Ma, é limitada em seu topo por
qüência K70, interpretada com base no posiciona- uma discordância na porção intermediária do Cam-
mento das discordâncias que a limitam sobre a co- paniano, em torno de 80 Ma.

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Também no caso da discordância do Cam-
paniano existe uma boa correlação entre o hiato
Seqüência K130-E20
observado no registro geológico e uma queda no
nível global dos mares registrada na curva de Haq Esta seqüência se inicia no Cretáceo (base
(1988), recalibrada para Gradstein et al. (2004). A do Maastrichtiano, ~70 Ma) e propaga-se até o
discordância em questão é de grande importância Neopaleoceno (meio do Thanetiano, ~58 Ma) com
na história geológica da bacia, pois além de mar- tempo de duração em torno de 12 Ma. Durante o
car um ponto de inflexão no padrão deposicional seu desenvolvimento ocorreu um dos máximos de
de regressivo para transgressivo, representa a má- afogamento da bacia, após o qual iniciou-se a pro-
xima regressão registrada no Neocretáceo. Além pagação dos carbonatos em um tempo próximo à
disso, ressalta-se o fato de que após essa passagem entre o Eopaleoceno e o Neopaleoceno.
discordância ocorreu uma drástica mudança no Cruzando-se os dados de hiatos deposicionais com
conteúdo litológico da região de águas rasas da a curva de Haq (1988) observa-se uma boa corre-
bacia, onde a deposição de sedimentos grossei- lação dos primeiros com uma acentuada queda no
ros (arenitos), diferentemente das seqüências an- nível dos mares no estágio Thanetiano (~58 Ma).
teriores, tornou-se preponderante sobrepujando Neste ponto foi posicionada a discordância do topo
a sedimentação de finos (folhelhos e siltitos). A da Seqüência K130-E20, que marca o máximo re-
Seqüência K88-K90 posicionada abaixo da dis- gressivo do Cenozóico. A partir daí, a deposição
cordância do Campaniano ainda possui um con- ocorreu continuamente com tendência transgres-
teúdo litológico semelhante ao da Seqüência K88- siva até o Mesomioceno.
K90, qual seja os folhelhos, siltitos e arenitos in-
tercalados. Onde amostrados por poços, os dois
primeiros sobrepõem-se ao terceiro.
Seqüência E30-E50
As Seqüências E30 a E50 foram agrupadas
Seqüência K100-K120 em uma única, que foi individualizada entre a dis-
cordância do Thanetiano e outra ocorrida no Eo-
Após o topo da Seqüência K88-K90, no ceno médio (Lutetiano, ~42 Ma). Com tempo de
Campaniano (~80 Ma), só foi identificada outra duração de aproximadamente 18 Ma, a Seqüên-
discordância próxima à base do Maastrichtiano cia E30-E50 experimentou certa complexidade de-
(~70 Ma). Como a primeira discordância marca, posicional uma vez que a chegada de sedimentos
caracteristicamente, o topo da Seqüência K88- siliciclásticos, ocorrida durante o Ypresiano, na
K90 e a segunda a base da Seqüência K130-E20 porção sudeste da bacia, interrompeu localmente
nas bacias da Margem Equatorial, optou-se, nes- o desenvolvimento dos carbonatos que se propa-
te trabalho, por se agrupar as Seqüências K100 a gavam desde o Neopaleoceno.
K120 em uma só com tempo de duração em tor- A deposição desses siliciclásticos ocorreu de
no de 10 Ma. forma intermitente aos carbonatos até o final do
A discordância do topo da Seqüência K100- Mesomioceno e provocou uma diferenciação de-
K120 não possui correlação com nenhuma queda no posicional ao longo do strike da bacia que resul-
nível global dos mares registrada na curva referida tou na construção de uma plataforma mista (car-
anteriormente, porém, recentes estudos anteriores bonático/siliciclástica) na metade sudeste, conco-
indicam um evento de soerguimento das áreas con- mitante ao desenvolvimento de uma plataforma
tinentais da Margem Equatorial exatamente em tor- tipicamente carbonática na metade noroeste. Na
no de 70 Ma. Este evento tectônico pode, dessa for- porção sudeste, a Seqüência E30-E50 começou
ma, estar relacionado à causa da discordância que sob o domínio de carbonatos. Logo após o início
marca o topo da Seqüência K100-K120. Essa seqüên- do Ypresiano, a deposição mudou para predomi-
cia também difere das anteriores por possuir um pa- nantemente siliciclástica e continuou assim até o
drão deposicional transgressivo e um conteúdo final desse estágio quando os carbonatos voltaram
litológico predominantemente arenoso, onde a ter a supremacia por aproximadamente 2/3 do
amostrado por poços. tempo total do estágio seguinte (Lutetiano). No
terço superior do Lutetiano, os siliciclásticos vol-
taram e permaneceram como majoritários até o

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final da Seqüência E30-E50. Para além da E30- mioceno e Mesomioceno (Burdigaliano, ~16,5 Ma).
E50, observa-se a continuação da dominação dos Evidências sobre a presença dessa discordância fo-
siliciclásticos até o Neo-oligoceno. Uma vez mais, ram encontradas tanto nas interpretações já relata-
a sedimentação carbonática sobrepujou os das anteriormente, quanto em informações obtidas
terrígenos. Desta feita até a chegada do Cone na bibliografia publicada. Rossetti (2001) em estudos
do Amazonas no Neomioceno. geológicos de superfície em área contígua à Bacia
da Foz do Amazonas interpretou grandes eventos
Seqüência E60 erosivos na região nos tempos: base do Chatiano;
topo do Burdigaliano e a base do Tortoniano.
A Seqüência E60 foi individualizada entre as Neste contexto, a Seqüência E80-N10 indivi-
discordâncias do Lutetiano (~42 Ma) e outra no limite dualizada neste trabalho tem base na discordância
entre o Bartoniano e o Priaboniano (~37 Ma). Essas do Chatiano (~28,5 Ma) e o topo na discordância do
duas discordâncias, como outras descritas anteriormen- Burdigaliano (~16,5 Ma) com uma duração de cerca
te, foram interpretadas com base no cruzamento de de 12 Ma. Ao contrário das duas anteriores, ela foi
dados de hiatos deposicionais com a curva de varia- depositada totalmente sob o domínio dos carbonatos
ção global do nível dos mares. Todavia, dados de poço (excetuando-se apenas a sua base). Durante a Se-
recentemente perfurado em águas profundas na Foz qüência E80-N10 ocorreu a máxima inundação da
do Amazonas corroboraram seu posicionamento e bacia. A Formação Pirabas está, temporalmente,
reforçaram a metodologia utilizada neste trabalho para contida na Seqüência E80-N10.
o posicionamento de discordâncias na coluna crono-
estratigráfica. A Seqüência E60 foi toda depositada
sob o domínio de siliciclásticos na porção SE da bacia,
Seqüência N20-N30
enquanto na porção NO a seção coeva é predomi-
nantemente carbonática. A discordância próxima da base do Torto-
niano (aqui se reposiciona a discordância para pró-
ximo da base e não exatamente nela) (~10,7 Ma)
Seqüência E70 que marca o topo da Seqüência N20-N30 é a dis-
cordância mais bem documentada na Foz do Ama-
Com limites entre a base do Priaboniano zonas. Imageada com bastante clareza em sísmi-
(~37 Ma) e a base do Chatiano (~28,5 Ma) a ampli- ca, é ratificada por dados de poços (águas rasas e
tude temporal da Seqüência E70 é bem superior a profundas) podendo ainda ser observada em su-
da Seqüência E60. O conteúdo litoestratigráfico, po- perfície (Rossetti, 2001). Circunscrita quase que
rém, é o mesmo da seqüência anterior. A predomi- totalmente ao Mesomioceno, durante o transcurso
nância de terrígenos no SE e carbonatos no NO, ana- da Seqüência N20-N30 ocorreu a progradação dos
lisando dados da seção sedimentar entre o Eoceno sistemas deposicionais costeiros após a máxima
médio e a base do Cone, depositada no talude infe-
inundação do Eomioceno, que são registrados nas
rior/bacia profunda da Foz do Amazonas, mostram
porções proximais da Margem Equatorial, hoje to-
que existe uma boa correlação entre os eventos geo-
talmente sobre o continente (Formação Barreiras)
lógicos (discordâncias, inundações máximas etc) pre-
(Rossetti, 2001). Todavia, ao mesmo tempo da
viamente interpretados, baseados unicamente em
deposição da Formação Barreiras, nas porções pro-
informações obtidas na plataforma, com aqueles
ximais, continuava a deposição de carbonatos nas
observados na seção coeva depositada em águas
porções distais, daí o porquê de na Foz do Amazo-
profundas da bacia. A interpretação do posiciona-
nas serem encontrados, predominantemente, car-
mento das discordâncias que limitam as Seqüências
bonatos no Mesomioceno.
E60, E70, E80-N10 e N20-N30, entre o Eoceno mé-
dio e a base do Cone, é assim reforçada.
Seqüência N40-N60
Seqüência E80-N10
A última seqüência da Bacia da Foz do Ama-
O topo da Seqüência E80-N10 é marcado pelo zonas iniciou-se circa 10,7 Ma (conforme explicado
evento discordante próximo ao limite entre o Eo- anteriormente) e continua até o Recente. Esta se-

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 299-309, maio/nov. 2007 | 305


qüência, apesar de representar apenas cerca de 10% importante para a evolução sedimentar na Foz
do tempo da fase Pós-Rifte da Bacia, contém o ter- do Amazonas foi o soerguimento ocorrido no
ceiro grande domínio litoestratigráfico (o Cone do Mesomioceno denominado Tectônica Quéchua II,
Amazonas), e sozinha é responsável por mais de 50% que alterou o padrão da drenagem na Amazônia
do volume de sedimentos depositados na bacia des- Ocidental resultando na formação do moderno Rio
de o final do Albiano. Como o principal foco da re- Amazonas (Hoorn et al. 1995) com a conseqüen-
cente fase exploratória na Foz do Amazonas incidiu te formação do Cone do Amazonas na Bacia da
sobre o “Cone”, a Seqüência de 2ª ordem N40-N60 Foz do Amazonas.
pode ser mais bem detalhada e subdividida em 11 Outro elemento tectônico importante para
seqüências de 3ª ordem (Pasley et al. 2004). a sedimentação em bacias costeiras é o soergui-
mento flexural da borda da bacia em função da
carga sedimentar. Este elemento foi particularmen-
te importante para a sedimentação Plio-Pleistocê-
nica na Foz do Amazonas.
tectonismo na Fase
Drifte
Após um evento de ruptura continental defi-
referências
nitiva, as bacias costeiras formadas nas margens dos
continentes ficam submetidas a um regime de esfor-
bibliográficas
ços intraplaca que é uma conseqüência da natureza
do tipo de margem sob a qual determinada bacia foi AUBRY, M. P. From chronology to stratigraphy:
instalada. A Foz do Amazonas, instalada sob uma interpreting the lower and middle Eocene
margem do tipo transformante, tem sido subme- stratigraphic record in the Atlantic Ocean:
tida, em sua fase Drifte, tanto às conseqüências geochronology time-scale and global stratigraphic
dos eventos tectônicos causados pelo processo de correlation. Tulsa: Society of Economic Paleontolo-
espalhamento do Oceano Atlântico, cujos princi- gists and Mineralogists, 1995. p. 213-274. (SEPM.
pais agentes são as ramificações das zonas de Special Publication, 54).
fraturas para o interior da bacia (Saint Paul, no
caso da Foz do Amazonas), quanto ao esforço BRANDÃO, J. A. S. L.; FEIJÓ, F. J. Bacia da Foz do
devido à compressão ocorrida na margem oeste Amazonas. Boletim de Geociências da Petro-
do continente sul-americano, causador do soer- bras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 91-99, jan./
guimento da Cordilheira dos Andes. Os primeiros mar. 1994.
eventos, ou seja, aqueles devidos ao espalhamen-
to oceânico possuem muito mais um caráter trans-
GRADSTEIN, F. M.; OGG, J. G.; SMITH, A. G. A
formador da configuração do conteúdo deposi-
geologic time. Cambridge: Cambridge University
cional da bacia do que propriamente um caráter
Press, 2004, 610 p.
motriz do processo deposicional. Os eventos epi-
sódicos de soerguimento na Cordilheira dos An-
des, de outra forma, por agirem diretamente so- HAQ, B. U.; HARDENBOL, J.; VAIL, P. R. Mesozoic
bre as áreas fontes que fornecem sedimentos para and Cenozoic chronostratigraphy and cycles of
a bacia, têm desempenhado um papel de suma sea-level change. IN WILGUES, C. K.; HASTINGS,
importância no processo de preenchimento sedi- B. S.; POSAMENTIER, H. W.; VAN WAGONER, J. C.;
mentar da Foz do Amazonas. ROSS, C. A.; KENDALL, C. G. S. G. (Ed.). Sea-level
Recentes estudos em Traços de Fissão em changes: an integrated approach. Houston: Society
Apatitas têm demonstrado uma boa correlação of Economic Paleontologists and Mineralogists, 1988.
entre eventos registrados em sedimentos e inter- p. 71-108. (SEPM. Special Publication, 42).
pretados como de soerguimentos das áreas fon-
tes e os principais picos de soerguimento dos HOORN, C.; GUERRERO, J.; SARMIENTO, G. A.;
Andes relatados na bibliografia. Destes, o mais LORENTE, M. A. Andean tectonics as a cause for

306 | Bacia da Foz do Amazonas - Figueiredo et al.


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B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 299-309, maio/nov. 2007 | 307


BACIA DA FOZ DO AMAZONAS

SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0

TUCUNARÉ
PLATAFORMA
REGRESSIVO

N40 - N60
GE
RUC
UDE

9000
EO ZAN C LE AN O

ORAN
M E S S I N I AN O

PIRA
NEÓGENO

TAL
F.
PRO
NEO
T O R T O N IA N O
10

N20-
S E R R AVAL IA N O

N30
MESO
LAN G H I AN O

B U R D I GAL IA N O

E80 - N10
20 EO
AQ U I TAN IA N O

TRAVOSAS
NEO C HAT T IAN O
TRANSGRESSIVO

PLATAFORMA

PROFUNDO
30
EO RUPELIANO

E70
TALUDE

AMAPÁ

4000
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G E NO

E60
BAR T O N I AN O

MARAJÓ
40
EOCENO

MESO
L UT E T I AN O

E30 - E50
50
EO Y P R E S I AN O
PALEOCENO

T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O

K100-K120 K130 - E20


TALUDE
TRANSGRESSIVO

PLATAFORMA

EO DAN I AN O

70
(S EN ON IAN O )

CAM PA N IAN O
LIMOEIRO

2500
80
NEO

K88-K90
PLATAFORMA
REGRESSIVO

SAN T O N I AN O

C O N I AC I AN O
90
TALUDE

T U R O N I AN O

K82-K86
C E N O MA N IA N O
CRETÁCEO

100
K70
4000
MARINHO
(GÁLICO)

AL B I AN O
PLATAFORMA CASSIPORÉ K60
110

CODÓ 500 K50


ALAGOAS
APTIANO
120
EO

CONTINENTAL

CASSIPORÉ
LACUSTRE/
DELTAICO/

FLUVIAL/

JIQUIÁ
ALUVIAL

K20-K40

BARRE- BURACICA
5500

MIANO
130
(NEOCOMIANO)

ARAT U
HAUTE-
RIVIANO
RIO
VALAN- DA
GINIANO SERRA
140
194
200
T-J

DESÉRTICO CALÇOENE 1000


235
542
EM BASAME NTO

308 | Bacia da Foz do Amazonas - Figueiredo et al.


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