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Processo de execução contra devedor solvente

Parte--se de um título extrajudicial. Existem 3 procedimentos distintos


considerando a natureza da obrigação. Existe uma aderência da obrigação ao
cumprimento executivo, que se dará em razão da especialidade da obrigação.

1°. Obrigação de pagar quantia certa (art. 824, 825, 826): A pretensão
executiva é de receber quantia. Envolve o estado de solvência do devedor, isso
quer dizer que o ativo é maior que o passivo, o devedor tem como pagar. A
solvência é regra e a insolvência é exceção. A situação de insolvência depende
de sentença transitada em julgado.

A técnica executiva em regra é a de:

- Sub-rogação: É a expropriação mediante penhora. Contudo, nem todos os bens


podem ser penhorados. Depois da expropriação há a transferência do bem para
o credor, que pode ser feita pela:

- Adjudicação (o bem fica intacto, não sendo transformado em dinheiro) ;

- Alienação (iniciativa do particular ou por meio de leilão, alienar significa a venda


do bem) ;

- Apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de


outros bens.

- Coercitivas (art. 139 IV): É possível também impor medidas coercitivas. O


magistrado faz uma coerção para o devedor pagar, podendo ser feita de ofício
tanto no cumprimento de sentença quanto no processo de execução. Pode ser
fixado ao réu astreintes para que o devedor pague.

O art. 826 diz que o devedor pode a todo tempo pagar ou consignar o valor que
entende devido e discutir.

a. Exato adimplemento: Todo o procedimento executivo se desenvolve a partir


de uma ordem de pagamento, isso quer dizer que admitida a execução, será
feito uma ordem de pagamento, sendo o devedor citado a pagar em 3 dias sob
pena de penhora. Toda a execução gira sob um eixo da ordem de pagamento.
Se o devedor pagar no prazo de 3 dias a execução é extinta por meio de uma
sentença com resolução do mérito. No entanto, os atos executivos prosseguirão
se dentro do prazo de 3 dias não houver pagamento. Prosseguir os atos
executivos, quer dizer que haverá a penhora, que pode recair sobre dinheiro e
então haverá o exato adimplemento e transfere--se o dinheiro. Se a penhora não
recair sobre o dinheiro, pelo mesmo fundamento do exato adimplemento,
transporta--se aquilo que foi penhorado em dinheiro.

b. Fases do procedimento executivo: O primeiro ato que inaugura o processo é


a petição inicial, isso porque não houve fase cognitiva anterior.

Na sequência haverá o juízo de admissibilidade, que poderá ocasionar:

 Despacho liminar positivo de recebimento: Nesse caso a execução foi


admitida (os requisitos de forma foram preenchidos), e por isso o juiz
determinará a citação do devedor para o pagamento em 3 dias. Nesse
caso, a citação não é para se defender, mas sim para pagar. Esse
despacho liminar positivo abre 2 prazos: O primeiro prazo para pagar a
obrigação em 3 dias, que é contado do recebimento da carta e também
será aberto o prazo para o oferecimento de embargos a execução, que
será contado em 15 dias a partir da juntada do AR. A citação no novo
CPC se realiza mediante carta. Esse despacho tem natureza de decisão
interlocutória, e por isso comporta agravo de instrumento, isso porque
gera prejuízos (art. 1015 §único). Além da ordem citatória haverá a
fixação de honorários sucumbenciais percentuais em 10%, se for pago a
obrigação dentro dos 3 dias, os honorários serão reduzidos à metade.

 Despacho liminar negativo: O magistrado só vai indeferir, se não


conseguir corrigir. Isso quer dizer que antes de indeferir o juiz tentará
aproveitar a petição inicial. Mesmo se for matéria de ordem pública o juiz
deverá abrir o contraditório, para assim evitar uma decisão surpresa (art.
9 e 10). É um despacho de inadmissibilidade. Tem natureza de sentença
e caberá apelação. É a extinção sem resolução do mérito.
 Despacho liminar corretivo: É também chamado de despacho neutro. È
aquele no qual, o magistrado possibilita o credor a corrigir vícios formais,
devendo motivar e demostrar aonde está o vício (art. 321). O prazo para
correção é de 15 dias. Se o vício não for corrigido, haverá o despacho
liminar negativo. Tem natureza interlocutória e comporta agravo de
instrumento, isso acontece pois há prejuízo.

Após o juízo de admissibilidade, sendo deferida a petição, haverá a citação que


agora em regra é via postal (art. 247), que tem caráter pessoal. Não se sabe se
esse prazo é material ou processual. Com a citação tem duas possibilidades:

- Pagamento: Extingue o processo de execução.

- Não pagamento em 3 dias: Penhora. A penhora é realizado e é nomeado um


depositário, que normalmente é o credor, ou devedor, ou ainda um terceiro.
Depois é nomeado um avaliador, para realização de penhora. Nesse caso, ou
haverá a adjudicação ou a alienação, dependendo o que o credor quiser.

c. Requisitos genéricos da petição inicial (art. 319, 320, 798)

 Endereçamento (art. 319I + 781 I): Em relação a competência, havendo


foro de eleição, a competência será o foro escolhido, mas se não tiver
será o domicílio do réu ou local onde encontram--se bens passíveis de
penhora. Competência relativa e territorial, sujeitas as regras de
prorrogação, não sendo passíveis de ser conhecidas de ofícios. Não
podem ser conhecidas de ofício, sendo que se não forem questionadas,
haverá a preclusão.

 Qualificação das partes (art. 319 II): Indicação das partes e sua
qualificação. Em regra, serão as pessoas que constam no título (credor e
devedor), mas podem ter sucessões, em caso de morte ou ato Inter vivos.
É necessário colocar os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência
de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; Se o credor não
tiver alguma dessas informações, ele colocará na petição que
desconhece, e pedirá que diligencie. No despacho liminar positivo, o juiz
receberá a petição e abrirá o contraditório.

 Causa de pedir: Genericamente: É um binômio entre fatos e fundamentos


jurídicos do pedido. Isso quer dizer que o autor deve narrar os fatos
constitutivos de seu direito, e na sequência o autor qualifica (enquadra,
encaixa) esses fatos no ordenamento jurídico de direito material.
Demonstrando então a importância no direito. O juiz sempre pôde alterar
a qualificação jurídica de direito material, ou seja, aquela apresentada
pelo autor. No novo CPC se o juiz durante a colheita da prova perceber
que o autor qualificou de um jeito e ele qualificará de outro, o juiz deve
OBRIGATORIAMENTE (art. 9 e 10) abrir o contraditório. A abertura deve
ser feita antes do saneamento (a lei não diz isso), pois é no saneamento
que o juiz fixa os pontos controvertidos e distribui o ônus da prova. No
processo de conhecimento vigora os fatos mais os fundamentos jurídicos,
baseando-se no princípio da substanciação (fatos + fundamento jurídico)

2º. Execução: Em relação a causa de pedir não há a necessidade da exposição


dos fatos, ou seja, os motivos pelo a qual foi feito algo, não vigorando a teoria da
substanciação (fatos + enquadramento jurídico). Nesse princípio vigora o
princípio da individualização, se esgotando na causa de pedir e no
inadimplemento, pois nesse caso, já se tem o título, pois se tem uma
probabilidade altíssima que o direito material é do exequente.

 Pedido ou pretensão executiva: Se a obrigação é de pagar quantia, a


pretensão é de receber quantia + juros, correção monetária e honorários
advocatícios de 10%).
 Requerimento para a citação: Citação significa o primeiro chamamento do
réu no processo, independente da natureza da ação. A função da citação
no processo de conhecimento é distinta do processo de execução. A
citação no processo de execução deixa de ser por oficial de justiça e
passa a ser postal, por correio (art. 247). Isso porque cai como regra geral.
O devedor ao receber a citação por carta, tem 3 dias para pagar, contados
do recebimento da carta. O art. 248, § 4 prevê que o porteiro pode receber
a citação e ela estará aperfeiçoada. Contudo o porteiro pode se recusar
mediante comprovação escrita que o devedor está ausente. Nesse caso
aplica--se o princípio da aparência. O prazo para embargo a execução
(defesa típica) é de 15 dias contados da devolução (da juntada) do AR
cumprido aos autos. Para apresentação de objeção e de exceção
(defesas atípicas) não há prazo. O requerimento para citação no novo
código deixa de ser um requisito essencial para a petição inicial, pois é
ato de ofício do juiz.

Após a citação o devedor poderá pagar, e se ele pagar haverá a extinção da


obrigação para a satisfação do crédito da execução. Nessa hipótese haverá a
redução dos honorários advocatícios será reduzido pela metade (art. 827 § 1), e
o magistrado proferirá uma sentença com resolução do mérito (art. 904 I).

O devedor pode parcelar o valor da execução, e então haverá o pagamento em


parcelas moratórias legais. É o pagamento em até 6 parcelas legais do valor em
execução. Para ter esse parcelamento, precisa ser preenchido requisitos:

a. O devedor reconhece o crédito.

b. Renúncia ao oferecimento de embargos.

c. Depósito de 30% do valor em execução atualizado acrescido de custas e


honorários.

d. Manifestação de vontade do devedor quanto ao pagamento do valor


remanescente em até 6 parcelas mensais e consecutivas corrigidas e acrescidas
de 1% de juros ao mês.

Preenchidos esses requisitos o juiz abrirá o contraditório para que o credor se


manifeste apenas para dizer se os requisitos legais estão presentes. Nesse caso,
não importa a vontade do credor, pois é um direito potestativo do devedor, em
que o devedor tem o direito a moratória legal nos termos do art. 916. Até o
magistrado receber os autos, haverá um lapso temporal, ou seja, ainda que o
magistrado não tenha autorizado a moratória, o devedor deve depositar em juízo.
Se uma das parcelas não forem pagas, haverá o vencimento antecipado de
todas as outras, e o acréscimo de multa de 10% sobre as parcelas não pagas e
agora exigíveis de uma só vez. Se o devedor quiser pagar em mais parcelas, o
credor precisará concordar, pois não há incidência de moratória legal, mas sim
convencional, que é a transação, em que o credor precisa aceitar. Nesse caso
se trata de direitos disponível (art. 826). No cumprimento de sentença não é
possível a aplicação de moratória legal do processo de execução (916 § 7). Por
essa previsão, se a moratória legal for aceita pelo juiz no cumprimento de
sentença caberá agravo de instrumento com fundamento no art. 1015 §único.

Após a citação poderá ter o pagamento em qualquer momento da execução até


o momento da expropriação (art. 826). Se houver pagamento há remissão, que
significa pagar a dívida. Esse pagamento deverá ser acrescido de multa,
honorários advocatícios, custas. Nesse caso é possível remir até a penhora, ou
seja, apenas antes da expropriação atos executivos que transformam a coisa
penhorada em dinheiro (adjudicação ou alienação). Poderá haver a subrrogação
do crédito no caso de terceiro pagar a dívida pelo devedor, podendo executar o
devedor.

 Memória discriminada do cálculo (art. 798 §único): É requisito específico


do processo de execução. Tem função de facilitar a execução; de facilitar
o controle do executado (transparência); diminuir os riscos de excesso de
execução. Se não for juntada, o credor apresentará os cálculos em 15
dias úteis, no despacho liminar corretivo.
 Indicação dos bens (art. 829 § 2): É um requisito específico. Faculta--se
ao credor, exequente, indicar na petição inicial bens do devedor passíveis
de penhora. É uma faculdade e é preciso que o credor tenha algum
conhecimento da realidade patrimonial do devedor. Se o devedor não
indicar, haverá a incidência de multa que não pode ultrapassar a 20% do
valor da causa. Tem incidência de multa, porque pode configurar um ato
de má-fé como um ato atentatório (art. 14). È possível a cumulação das
multas sem que se caracterize “bis in idem”. Muito embora se tenha uma
ofensa da administração da justiça, essas multas são revertidas ao credor
exequente.
 Valor da causa: Corresponde ao valor em execução
 Documentos indispensáveis: Exige--se que certos documentos sejam
apresentados em execução. São documentos relacionados a
admissibilidade da pretensão executiva. É preciso que haja a
comprovação do título, isto é, a juntada do título, junto com a procuração
ad judicia e do recolhimento das custas. Além do memorial dos valores
em execução. O título deve ser apresentado preferencialmente em
original, e se isso não for possível o credor exequente deve expor os
motivos.
 Certidão comprobatória da execução (art. 828): A partir do momento em
que a execução é proposta é possível pedir ao cartório a expedição da
certidão, para que o exequente averbe na matrícula do imóvel. O objetivo
é a averbação dessa certidão no registro do bem indicado a penhora,
averbação no Detran, para que haja publicidade a execução evitando
então fraude à execução (§ 4). Isso é para terceiros terem acesso que o
imóvel é litigioso, o que não gera a impossibilidade de alienação,
conferindo apenas publicidade. É a aplicação prática do princípio da
máxima utilidade da execução. A alienação do bem após a averbação só
haverá fraude quando a alienação da coisa litigiosa gerar uma situação
de insolvência do devedor. A fraude não acontece só no caso da
averbação, mas é um elemento facilitador, isso quer dizer que não é só
com a averbação que se tem fraude à execução. O reconhecimento da
fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou
da prova de má-fé do terceiro adquirente (súmula 375 STJ). Isso quer
dizer que se o credor exequente tiver a cautela de registrar a penhora ou
a averbação, qualquer alienação que gere insolvência é tida como fraude
à execução. É uma presunção de má-fé do terceiro adquirente. Nesse
caso não há proteção ao terceiro, pois ele estava de má-fé. No entanto,
se não houver a cautela do credor exequente na publicidade da penhora
ou da averbação é protegido o terceiro adquirente, salvo se provar--se a
má-fé do terceiro. Se a má-fé for provada ou presumida, no caso de o
exequente ser cauteloso, a alienação é tida como ineficaz e o terceiro
perde o bem adquirido.
CITAÇÂO

A regra da citação é a postal, todavia ela pode ser efetivada por oficial de justiça,
que pode não encontrar o devedor, mas sim bens que forem passíveis de
penhora. Nesse caso, o oficial fará a pré-penhora ou arresto executivo, que
significa um ato que ocorre antes da citação, por não ter sido o credor executado
encontrado. Essa pré-penhora automaticamente será convertida em penhora,
não dependendo de nenhum ato de ofício do magistrado e nenhum requerimento
do credor (art. 830).

Penhora

- Conceito: Ato de constrição (apropriação) que tem por objetivo individualizar os


bens do patrimônio do devedor que ficarão afetados (relacionados) ao
pagamento do débito e que serão excutidos (bens que são diversos de dinheiro
e que são transformados em dinheiro) oportunamente. (Professor Medina.)

- Alguns bens são impenhoráveis (art. 832). Para saber quais são os bens
passíveis de penhora é necessário.

- Bens impenhoráveis: Não podem sofrer restrição patrimonial em razão de uma


restrição legal de relevância a subsistência com dignidade do devedor (ex: bem
de família). Estão presentes em rol taxativo (art. 835).

- Bens inalienáveis: Não são passíveis de negociação (ex: bens do poder


público). Afetar é um ato administrativo pelo qual o poder público avoca um bem
para integrar o patrimônio do poder público. Os bens desapropriados são
afetados, ou seja, integrando ao poder público. Desafetar é um ato administrativo
que afasta o bem por não preencher o interesse público.

- Quando não for encontrado no patrimônio do devedor bens penhoráveis, mas


somente bens inalienáveis, pelo art. 834 será possível a penhora dos
rendimentos e frutos desse bem.

Ordem preferencial da penhora (art. 835): Liquidar é uma facilidade na


transformação em dinheiro.

- I ­ dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;


- II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com
cotação em mercado;
- III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
- IV ­ veículos de via terrestre;
- V ­ bens imóveis;
- VI ­ bens móveis em geral;
- VII ­ semoventes;
- VIII ­ navios e aeronaves;
- IX ­ ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
- X ­ percentual do faturamento de empresa devedora;
- XI ­ pedras e metais preciosos;
- XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de
alienação fiduciária em garantia;
- XIII - outros direitos.

- § 1o É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses,


alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso
concreto.

- § 2o Para fins de substituição da penhora, equiparam--se a dinheiro a fiança


bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do
débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.

- § 3o Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa


dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também
será intimado da penhora.

Penhora on-line é a regra do sistema e essa ordem preferencial não é absoluta


e deve atender ao interesse do credor em relação ao crédito e secundariamente
ao interesse do devedor no sentido da menor onerosidade. Pelo art. 805 §único,
o devedor poderá pedir a substituição de penhoras, pelo princípio da menor
onerosidade, explicando os motivos. Ao magistrado não permite--se ao
magistrado atuar de ofício, pois se trata de direito disponível, mudando a penhora
(art. 854).

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