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LOCA TRECHO TEMÁTICA CONSIDERAÇÕES E REFERÊNCIAS

L DEVANEIOS
Alemo Talvez porque Respostas Este modo de operar
a o fazer/produzir rápidas percebido por quem
conhecimento – pouco tempo estava no campo de “ter
ali esteja de elaboração e que dar respostas” ter que
conectado a esse tipo discussão “resolver” talvez por isso
de movimento e a o encaminhar ou dar uma
este tipo de resposta qualquer mesmo
frequência. que não seja a que a
O trabalho e situação exige é melhor
m saúde, mesmo do que não responder.
necessitando de
momentos de
elaboração,
discussão e de
produção de
pensamento
conjunto acerca de
determinadas
situações, parece
operar na maior
parte do tempo com
a ação por meio de
respostas rápidas às
mais
“ tem médico que Tensões com o Este tensionamento
está querendo atender programa dos as disputas com a
mais
aos médicos não categoria e a própria
encaminhamentos reconhecimento reserva de mercado. Por
escrevem coisas dos outro lado, também revela
questionando a
conduta do médico encaminhament
dos médicos de um modoque não
gestão
do
programa” cubanos. tem
mecanismos
“ Tem um médico, Parece haver pela acompanhamento
ele é o único que equipe uma
atendeespecialidade,
nessa defesa dos dessas
EP e dequestões para
reorganização
que não quer atender médicos do do
trabalho.
os encaminhamentos. Programa pois
relatam situações
Daí, os pacientes Também expressa
exitodas
esperam sair por outro
a vaga, vão lá e ele lado
equipecertopautados
apoio da
não
atende. É um pelas
necessidades dos usuários
desrespeito com o
cidadão” Diário
20/10/2014

Um caso Rede de O encaminhamento


de serviços para um serviço e fica
adolescente que Caso já a questão
usar maconha já foiencaminhado e do quanto consegue ser
encaminhado para odúvidas sobre a abordado pela equipe – as
To ligado – atuação questões sociais – parecem
ser um indicativo que não
há muito a ser feito.
Há questionamentos de
como são acompanhadas as
situações pelo Tô ligado
mas parece haver pouco
contato e retorno disso.

Surge questões Não foi possível no relato


relacionadas a perceber se esta fala a
Acordam tudo tarde. préconcepções e equipe concordava ou
Tem algumas aí que a percepção que havia questionamentos.
nem arrumam as as políticas Aparece nesta fala um certo
crianças direito. públicas entendimento que as
Pegam os cabelos favorecem ter políticas públicas
assim óh

(faz o gesto). arrudia e filhos privilegiam a manutenção


pronto. Fazer filho das situações de vida, ter
desse jeito é fácil. Daí, muitos filhos, “não sair do
se você tem 2 você lugar”.
ganha um tanto, se
fizer quatro ganha o
dobro. Tudo dificulta o
Planejamento
Familiar. Tem o outro
lado também. Eles
dificultam de um jeito
e do outro este
ndem um tapete
vermelho pra gestante.
Pra gestante e pro
maternoinfantil tudo.
A gente até percebe
um movimento:
quando elas estão de
barriga, se arrumam
mais, dão uma
levantada sabe. Até a
criança nascer. Passou
uns meses a coisa
volta do jeito que era
antes... E tem aquelas
que vão mudando de
marido e fazendo filho
novo. Elas precisam
ter um filho de
cada um. Cada c
asamento um
filho

Dia de chuva Equipe e O destaque que os


com
alagamentos mas composição pacientes não perdem a
“os
pacientes não com
médicos e consulta parece indicar
perdem a consulta” dentistas – mais que valorizam o
dificil a atendimento ou faz falta
discussão
Encontro de perder.
pesquisa
apenas com A relação com a inclusão
a
coordenadora, de médicos sempre mais
enfermeira e difícil – outro mundo.
agentes
comunitarios Fiquei curiosa para saber
tranquilo do que do encontro em que
uma
reunião que osurgiu
problema com os mais
médicos, haviam médicos e que parecia ser
eodontologos valorizado quem falava o
administrativo quê – a perguntar para
Andre e Gelson que
estavam nos dois
enconros
Gente, na gravidez Dificuldades Se por um lado existem
da
menina ela um julgamentos morais
muito fazerqueria
a integrado com existe
também mobilizações
cirurgia.
A gente fez de arede de serviços para
que consiga fazer a
tudo.
Tentamos todas Protocolos laqueadura tanto
vias. as não consideram justificada
pelo quadro clínico (tem
coisas que não asingularidade sete fihos, teve
se
movimentam, das
situações convulsão)
quanto pela situação
sabe. Colocamos em –exigencia social
(sofre com o marido que
movimento vias que assinatura éusuário ou do trafico,
preferem ficar marido – sofre
com a sogra) mas não
quietinhas. Estava pedem
para que ela conseguem transpor o
tudo
certo para ela fazer a burle
isso não protocolo. “ ela conta que
tal da cirurgia. Ela dizendo se écasada”
iria
fazer lá, durante o mas ela
parto. Mas.. obedecenão

gente foi até lá, Quebrando as Como neste exemplo


conversamos com o regras – vão muitos são os exemplos
patrão do marido buscar ajuda de quebra por parte das
dela ou
– eles não rede com o equipes mobilizadas por
podem
saber, mas tem casos patrao
do marido questões diferentes dos
que a gente tem que masassina.
ele não protocolos e regras.
fazer isso, é o último Pedem que Acontece a todo
recurso. minta ela que emomento
isto é importante que
O patrão foi lá e é
casada mas seja
reconhecido e que tenha
falouele. Mas nem
com não aceitaela espaço para ser
assim a gente aconversado
respeito. O uso de
conseguiu. Ela protocolos como
também não ajuda. orientador
X de controle do
A
gente instrui trabalho.
direitinho, mas
chega
na hora ela acaba
dizendo que é
casada, daí eles
pedem
a assinatura dele.

Unidade Nova Cintra

Reunião de equipe – Relação da equipe \Nesta situação o diario


a
enfermeira inicia com
destaque aos destcaca que percebe que
sem
precisar apresentar Cominitários Agentes vai
sendo tomado pela ideia
pesquisadores. os parecem que
o fazer dessas profissionais
Na reunião vários conhecedores éde enorme importância na
casos
surgem e os moradores e de vida dos moradores: Como
conhecemagentes as pessoas muitas
informações que calcular o s
eaonde moram. ão trazem
e que alário daquelas ACSs,
sendo
expressos nomes, alteram
condutas/complementa levando em conta os efeitos
as
ACSs vão conectando m.
Questoes dessas tecnologias ativas
ecompartilhando descompasso da que
elas possuem? Não seriam
informações. importância e sua do elas, nas mais variadas
Sabem informações seu
reconhecimento salarial situações, determinantes
importantes de vários ede valorização na nos
processos de promoção de
moradores, mesmo equipe.
Também a questão saúde e prevenção de
estes
não sendo de suas de
que há uma alegria em morbidade?
micros de referência. se
verem valorizados Também por outro lado traz
Vão completando eatuarem assim. esse papel como certo
informações para as tradutor de necessidades e
ACS e para a que explicita a dificuldade
enfermeira. Observo de
outros profissionais de se
que
isto acaba modificando aproximarem do universo
condutas. Nessa do
usuário. Pode ter efeito de
articulação os produzir préconceitos ou
territórios,
as micros regiões de préconcepções.
referencias, misturam-
se.

Sentem a força e
autonomia dos
ACS.
Moradora de rua usária Questão de lidar com as Como considerar que seria
de droga normas do programa e a melhor que ela tivesse a
com tensão com os medicação do que obrigala a
tuberculose vem para a moradores de rua. vir tomar na unidade. O que
unidade e pede para é melhor?
levar a medicação para
casa mas a equipe nega
eObservação
ela some da Ilustra as
reunião
de equipe que os demandas inumeras
para dar
temas
passam com conta
que existem para
muita
rapidez – pacientes as
equipes.
com
tuberculose e assuntos,
morador
de rua, um paciente controles.
que
se enforcou, o
controle
do papanilau, o
registro
dos exames, o
trabalho
para atingir os
homens
no diagnóstico
de da
problemas
“Equipe que próstata.
muito” consegue
Maria ferida na perna e o tema do usuário No relato não aparece se os
mora sozinha e que tem
problemas vasculares e percorrendo diferentes profissionais buscam
dores, dificuldades de serviços e tentando contato com os demais
cuidar da ferida e frequenta construir sua rede por serviços. Seria interessante
a unidade quase
semanalmente. No relato e conta própria perguntar a respeito mas
na construção
surgem da rede
vários serviços parece
nos ser como
demais serviços com
que ela circula como: a
AMBESP da Zona Noroeste pouquissimos pontos de
(AMBESP
ZN); o Pronto Socorro da contato.
Zona Leste (PS ZL);
a
Policlínica da Nova
Cintra
(PC NC); a AMBESP
da
Ponta da Praia

. ACS de referência organização da rede Aqui surge de forma


da
família relata de
serviços básicos e seus estranha
que os agentes da Nova
que
territórios esta unidade Cintra acompanham as tres
acompanha as senhoras a
menos de um ano. Na
não é PSF mas tem senhoras mas não tinham
ocasião do ACS e mais médicos cadastro sendo apenas uma
cadastramento da família acompanhada em outra
apenas uma tinha unidade básica e pelo
CISAN
de Saúde edo era medico
de plantão da Nova Cintra.
Campo
Grande. Telma olha Fiquei me perguntando
o
prontuário de uma como
funciona o atendimento
das
irmãs e percebe que ela faz médico. São organizações por
acompanhamento com um plantões médicos???
dos médicos que faz
plantão na Policlínica.
Sobre uma senhora com Realizar atendimento Acho que este registro nos
dificuldades de chegar nadomiciliar pelo médico. remete para entender melhor
uinidade. "Mas hoje é Apenas os que são docomo ocorre a organização do
questão de vida ou de
morte, tem que trazer. Elas Mais médicos ou os queatendimento nessa unidade e
são de PSF?? mais especificamente do
não têm nenhum remédio”.
ACS . conta que havia um trabalho médico. Ao
médico do Programa Mais pensarmos que a AB como
Médicos que atendia as ordenadora do cuidado esssas
irmãs na residência. questões são importantes.
Valeria ser pauta de um
2. Nos coloca a questãoencontro com as
do território e suacoordenações da AB??? A
articulação com a equipecoordenadora diz que é
2. O caso revela que foida UBS possível pactuar com outros
uma vizinha que aciona a
médicos. Será???
unidade Nova cintra
percebendo que
precisavam de cuidado
fisico e mental. Há tres 3. aqui também ficam
profissionais (parecequestões como a
assistentes sociais) umaparticipação dos
delas da Santa Casa e encontros de equipe.
alunos da Unifesp que Quem participa:? Parece
acompanham o caso
ser mais os agentes e a
(estagiários???) 3. Surgem fragmentos mas
enfermeira?
dificil ter uma visão mais
3. Os relatos dos encontros
deixam passar questões como o ampla.
caso de um encontro com as
tecnicas e o retorno que é dado
para a gerente mas que não chega
até as tecnicas. A correria e a
pressa do dia a dia. Os casos que
não vão bem acompanhadas pelas
tecnicas e que não conseguem
entrar na agenda

Ainda nas conversas


inicias André pergunta
sobre uma estratégia que
elas haviam montado e que
fora motivo de elogio em
DO, recordase apenas que
estaria relacionada à
criação de um programa
que facilitaria o acesso à
informações de
determinados grupos de
usuários. As ACSs
explicam que “Nós
pensando, as 6 cabeças
junto, decidimos juntar as
planilhas da vigilância
numa só”. Relatam que tais
informações eram
colocadas na ficha B, na
qual monitoravam os casos
de tuberculose, diabetes,
hipertensão, “os insulinos”,
as gestantes e as crianças.
Explicam que fizeram uma
espécie de programa no
qual inserem dados
referentes a este grupo, o
que facilita o
monitoramento e o acesso
às informações.

5. Deste processo ainda


existem fragmentos para
dar conta, como por
exemplo, o que ocorre na
região onde as senhoras
residem. Relatam que este
microterritório é um dos
que tem mais dificuldades
de acesso e o maior
número de famílias.

6. Começam a relatar
processos de articulação de
rede que numa situação
funciona bem, porém, o
mesmo serviço numa outra
situação apresenta
problemas importantes.
Relatam algumas situações
e parecem ficar bastante
mobilizadas;

7. Falam de situações de
cuidado em que os
moradores acabam
falecendo esperando o
atendimento de alguns
serviços e, mesmo a equipe
tendo feito a solicitação ao
Ministério Público, após
meses não obtiveram
nenhuma resposta. Neste
momento, pela primeira
vez durante o processo de
pesquisa, elas se mostram
frustradas e/ou
incomodadas com alguns
processos do trabalho em
rede.

8.serviço, após fazer uma


avaliação da condições da
residência, sugeriu que a
senhora saísse da casa na
qual morou a vida toda e
fosse para casa de um dos
filhos. Somente com este
deslocamento o serviço
poderia atendêla já que, na
avaliação do serviço, dadas
às condições do ambiente,
mexer no ferimento
poderia causar uma
infecção generalizada. A
equipe, sobretudo uma das
profissionais, relata que
havia outras ações
possíveis, que não somente
“ tratar a senhora como um
cachorrinho, que você leva
de uma casa pra outra”.
Sendo aquela residência
importante para a senhora,
poderia ter sido trabalhado
com a família, por
exemplo, melhorias na
própria casa.
Unidade de Saúde da Família Areia Branca

LOCAL TRECHO TEMÁTICA CONSIDERAÇÕES E DEVANEIOS REFERÊNCIAS


Diário Lilian relata que antes de solicitar Gestão
25/8/14 p- que cumpram as demandas da
1 Secretaria compartilha essas
solicitações com a equipe para que
possam pensar juntos. Dessa forma
dois problemas acabam sendo
sanados: Não preciso dar conta
sozinha da solicitação e fica uma
construção coletiva, diferente de
algo que vem de cima para baixo,
pelo menos aqui na equipe.
28/8/14 p- Esperava encontrar uma unidade
1 maior e mais bem preservada....
Paredes com infiltração, mofo e Condições físicas
rachaduras. (fala de um pesquisador)
Pagina 2 ...uma conformação de rede em Processo de trabalho
processo: a médica que aceitou
realizar a consulta da segunda
criança mesmo não estando
agendada a enfermeira e a agente
que ao perceber e discutir a
necessidade do atendimento, criaram
a possibilidade da consulta...será que
a equipe entende esse conjunto
enquanto uma rede que produz
diferentes ações e direções? (fala de
um pesquisador.
Equipe aqui e o mais
Pagina 5 (Fala de um pesquisador Gelson). O médico
teor das palavras da enfermeira
Sandra sobre a dra Olga, bem como
as manifestações das agentes sobre
o trabalho por ela desempenhado
deixam evidente a relevância da sua
presença na equipe.
11/9/14 p 7 (Fala de pesquisador.) destaco o
surgimento de uma atmosfera de Relações da equipe
desconforto após o procedimento de
divisão em subgrupos. situação que
sugeriu a existência de conflito de
ordem pessoal entre algumas
trabalhadoras.
Pag 9 O grupo se envolveu bastante com
a atividade, porém, observa-se a
liderança na figura da enfermeira
que mesmo dizendo”Bom, é uma
sugestão apenas”. Sua fala parecia
direcionar as decisões do grupo.

17/11/ Acabamos por realizar nossa Espaço físico As precárias condições de espaço físico
Pag
14 12 conversa num dos espaços por provocar um atravessamento nas relações
acabam
administrativos, o que não nos da
equipe, pois há falta de privacidade interfere
ajudou muito, dada a grande negativamente na predisposição para a
circulação de pessoas. Fomos discussão, pois há dificuldade até de atenção,
interrompidos diversas vezes, além disso há um desperdício de tempo
sendo
que numa das vezes a ACS provocado pela falta de espaço privado para
ficou muito brava com a outra as discussões da equipe.
pela interrupção.
11/9/1 Pude perceber que as agentes X,
5 Y e também a enfermeira-chefe
eram mais participativas.
11/9/1 Na apresentação do caso escolhido Processo de Nesse relato é interessante que não aparece
5 por um dos grupos, no momento trabalho o processo de discussão do caso com os
Pág 10 da oficina inicial da pesquisa serviços que foram acionados. Então dá a
PERCEBE-SE o desenho do sensação de que na prática o comum é
processo de trabalho da equipe: atender e encaminhar....não há inovação,
“as ações iniciais da equipe após o mesmo na equipe de SF????
cadastramento foram:
agendamento de consulta para
todos os familiares na USF e os
seguintes encaminhamentos: Sr.
João: consulta com a medica e
encaminhamento ao SENAT e
Ambesp (vascular). Dona Maria:
consulta com a medica e
enfermeira , realização de
preventivo e encaminhamento
para NAPS e CRAS. Marta:
consulta e encaminhamento para o
secerpa.
Lucas, Mariana e Luiz: além
17/11/ da
A consulta a bucal,
ACS confessa quealém de
no inicio Atuação do ACS Será que a ACS verbalizava suas inseguranças
14 ficou e
pag 13 bastante apreensiva devido ao inquietações para a equipe? Como intervir
histórico da paciente, “eu não em situações violentas? Que preparo há para
sabia o que ia encontrar” Contudo que o ACS sinta-se tb apoiado no seu
ao iniciar as visitas na casa da processo de trabalho.
Vilma foi sentindo mais segurança
e confiança e aos poucos foi se
tornando um apoio para a
paciente. Observa que as visitas na
casa exigiam bastante dela
17/11/ A ACS relata que a Vilma recebe Relação entre Até que ponto isso é autonomia?
14 as medicações do NAPS, mas não ACS e usuário
pg 14 faz uso. No prontuário consta o
que foi prescrito pelo NAPS, mas
não menciona quantidade. A
usuária prefere a utilização de
chá. Mesmo a ACs tentando
negociar “toma ao menos o
diazepan”, mas ela diz que não
22/12/ precisa
Fala comtomar”.
a ACScomo se eu não Relação do ACS Nesse pequeno gesto a usuária demonstra a
14 estivesse presente, fala com voz com a usuária sua relação com a ACS, como alguém que é
Pag 16 de quem confidencia somente a amiga e que se pode confiar.
22/12/ ela.
Fala da usuária ao ser questionada Relação do ACS Parece-me que há um trabalho invisível no
15 com relação ao apoio que ela com a usuária trabalho da ACS...talvez sua escuta
considera mais importante. “não é qualificada seja reflexo de um processo de
só pq ela está na minha frente, não. formação profissional em serviço.
Mas é a ACS...ela é ótima sempre
me ajudou, sempre me ouviu na
hora de
agonia e de sufoco. Sempre me dá
orientação. Eu peço a deus que
todos os sonhos dela sejam
22/12/14 realizados.”
Vila observa a ACs, que acabara de Relação do ACS com Uma demonstração de que na relação entre
Pag. 19 lhe questiona-la acerca do seu uso de a usuária ACS e usuária há momentos em que os papeis
medicação e pergunta. “E vc está se são trocados. Isso demosntra uma relação de
cuidando? ACS relata que está aproximação e afinidade e confiança e também
querendo fazer exames, parece uma confusão de papeis.
preocupada...a usuária orienta a ACs
a se cuidar e diz que vai ensiná-la
como cuidar da saúde”
12/1/15 A casa que hoje a unidade está GestãoX estrutura Desde a implantação das equipes de saúde da
utilizando é muito pequena, tem física família os usuários são encaminhados para
pouca ventilação e apenas um alguns procedimentos nas unidades
banheiro para uso de todos...a vizinhas...isso faz com que haja uma sobrecarga
unidade organizou a sala de espera das ubs no atendimento de uma demanda que
no quintal da frente e para amenizar supostamente não está na sua área de
as intemperes do tempo improvisou abrangência. Isso afeta o processo de trabalho e
umas barracas de plástico para que há um atravessamento quanto a eficácia
sirvam de cobertura. Dois quartos se eficiência do modelo SF, na medida em qua a
transformaram em consultório e o população precisa continuar fazendo a romaria
outro em sala de enfermagem. Na para garantir sue atendimento de saúde.
lavanderia improvisou-se a
farmácia. Nesse novo espaço a
unidade não está realizando alguns
procedimentos de enfermagem. A
casa não permite a instalação de ar
condicionado e a capacidade de
instalação elétricasó permite que se
ligue uma coisa de cada vez. Nas
palavras da auxiliar de enfermagem
“senão a energia cai”Há pouca
privacidade nos consultórios. Um
deles fica com a janela onde
aguardam os usuários por
atendimento. Mesmo nessas
condições fomos muito bem
recebidos na unidade
Processo de trabalho A falta de registro o ACS no prontuário
Observou que não há registro do demonstra o que? Que o ACs detem um
acompanhamento da ACS para conhecimento que socializa qdo possível
a família no prontuário somente verbalmente...que o processo de
trabalho do ACS, mesmo na ESF segue os
moldes iniciais de utilização de fichas de
acompanhamento que ficam sob
responsabilidade do próprio ACS...
12/01/15 Continuamos nossa conversa com a gestãoXProcesso de A forma om que a gestão local compreende o
pag 25 gestora e acertamos a participação trabalho processo de produção de conhecimento interfere
dos profissionais numa oficina na diretamente para os avanços ou retrocessos.
Unifesp para o resgate da história de
criação da USF. A lilian disse não
haver problemas, que basta alguns
dias d antecedência para organizar a
liberação dos profissionais.
Combinamos tambémsobre a
participação da ACS nos encontros
com outros serviços da rede Processo de trabalho No transcorrer da pesquisa muitas vezes nos
22/1/15 Quando conversávamos sobre a deparamos com dificuldade de manter o contato
pag 27 visita agendada para dia 2/2 a ACS com a ACS por telefone. Ela não atendia nem
chegou à unidade. Depois que nos retornava a ligação. Comumente deixávamos
cumprimentamos Rosilda diz que recado na USF. Na sua forma de agir com o
ligou várias vezes para ela e que o telefone demonstra, para mim, uma estratégia de
telefone não atendeu. ACS diz que “descompromisso” com os pesquisadores.
está sempre com ele ligado e pega Para além disso destaco que em TODOS os
ele do bolso...trocamos novamente nossos encontros a ACS chegou atrasada...isso
os números e confirmamos nosso demonstra alguma coisa da forma de organizar o
contato. processo de trabalho?

22/1/15 A usuária se dirigindo à ACs Relação do ACS com Um relação íntima que me perturbou.
Pag 31 pergunta: “você está triste? Não está a usuária
com aquele sorriso bonito. Pq esse
semblante triste?
Mesma Vilma demonstra uma certa Uma evidência de que o processo de trabalho da
página insatisfação pelo fato de não receber Relação do ACS com ACS está pautado na perspectiva de criar junto
dinheiro pelo artesanato produzido a usuária com a usuária possibilidades práticas de
na SERP e a ACS procura apontar solucionar suas insatisfações e desejos.
possibilidades Dizendo: “Vc não
pode fazer em casa? Vilma justifica
que o alicate é caro. ACS fala vc não
poderia cortar as peças lá e montar
em casa?”
22/1/1 Acertamos a ida na SERP e Processo de
5 conversamos sobre o contato pesquisa e arranjos A ACS não conseguiu realizar o agendamento
pag 36 com o com a
NAPS. A CS disse não ter equipe no NAPS, nem tão pouco escrever algumas
conseguido fazer. falamos da linhas do caso. Que significado isso pode ter?
possibilidade da letícia ser uma Dificuldade na tarefa? Considerar que estava
interlocutora lá no serviço. trabalhando para nós e que isso não era seu
Simone disse que fará os papel?
contato. Com relação à oficina
sobre a história da unidade a
ACS isse que os profissionais
preferem que seja no bairro.
02/02/ O modo como a W guarda o protocolos Ao ser esclarecida de que a pesquisa está
15 documento de autorização da sendo realizada em parceria com a SMS e
pag 37 pesquisa cria a imagem que o que há profissionais do serviço compondo o
documento é bastante grupo de pesquisadores a profissional pega o
importante. documento como algo precioso. O que isso
demonstra para nós? A importancia de
trabalhar pautado em “permissões” ? Será?
idem Diagnóstico
W compartilhou com os presentes Na conversa os diagnósticos são
o prontuário da Vila e o deixa na atravessamentos importantes na narrativa do
mesa para que possamos olhar. caso e estão pautados na determinação
Chama atenção o papel que está orgânica do quadro. Como esse vetor está
na frente dos demais, mesmo em operando na forma de organizar o processo
seu reduzido tamanho, acaba por de trabalho?
operar a função de capa...Trata-se
dos CIDs e uma descrição breve
de cada CID. De algum modo a
conversa inicia-se por esses
descritores.
Idem W ressalta que está
pag 38 trabalhando numa frente com Projeto de Mesmo que fragilmente observa-se que o
a Vilma, um projeto de acompanhame acompanhamento da usuária na SERP está
trabalho, mas parece haver nto pautado num Projeto terapêutico e que vai
receios em relação a essa sendo alterado conforme as percepções sobre
idem escolha.
W comenta “que para a Vilma o caso.
trouxe a receita médica e nos Processo de Observada as contradições do relato dos
mostrou anexada ao prontuário. Lá trabalho em rede profissionais e da receita médica a
consta que a usuária está tomando profissional aciona a equipe para saber
só uma medicação. W. fala que sobre...mas o que representa isso no
consta no relatório da equipe do processo de trabalho do NAPS? Como
NAPS outras medicações” Disse acontece a discussão de caso? Que escolhas
que fez contato com a técnica do orientaram o médico a dispensar os demais
NAPS para ser esclarecida” remédios sem que a equipe compartilhasse
essa escolha?? Como é a comunicação da
Pag 40 A Vilam mostrava para a ACs os equipe???
extratos bancários. ACS disse Relação do ACS Novamente aparece aqui a forma peculiar de
“que não se envolvia nesses com a usuária processo e trabalho do ACS. A relação dele
problemas, mas era algo que com a usuária passa por diversos questões da
dava muita confusão na família” vida, pois todas estão relacionadas com a
condição de saúde.
idem W diz “que terá de fazer um Processo de Como se dá as relações do
contrato com a Vila, caso ela trabalho SERP profissionalXusuário...prevalece a
queira trabalhar: o contrato prevê autoridade ou isso é uma linha tênue de
que ela comece a fazer uso da cuidado???
medicação” Justifica que isso se
deve ao fato de que lá na praça o
trabalho se dá diretamente
com o público
idem A ACS observa que a usuária fica Relação do ACS As observações da ACS não demostraram
muito alterada com o uso do com a usuária afetar a percepção da profissional...parece que
diazepan e fala “ ela fica muito um dado como a condição que ela fica usando
grog usando o diazepan...ela se a medicação não cria outra possibilidade de
cuida bem do jeito dela” cuidar e de estabelecer os acordos coma
usuária...Como o processo de trabalho está
engessado nisso?
09/2/1 R conta que é técnica de Processo de Aqui é perceptível que há uma forma da
5 referência da Vilma a + ou – 2 trabalho NAPS equipe se organizar para operacionalizar as
pag 49 nos. explica que para que isso se ações de cuidado. As referências são
dê são necessárias avaliações de estabelecidas para favorecer o processo de
cada caso. Tem caso que a acompanhamento.
referência é imediata. Tem outros
que não. Depende do grau de
comprometimento do paciente”
Diz ainda que “no inicio foi difícil
estabelecer a referência da Vilma
pq ela era bastante próxima da
9/2/15 enfermeira E” acompanhou
R. ressalta que Processo de As ações profissionais procuram atender as
pag 45 pessoalmente os trâmites para trabalho NAPS necessidades de apoio e acompanhamento.
que Vilma obtivesse o BPC, Porém na dinâmica do processo de trabalho
dizendo muitas vezes há dificuldade de diversas
:”foi o único caso que eu ordens que prejudicam o estar junto com o
acompanhei pessoalmente. Fui ao usuário.
INSS. Eles não deixam entrar na
consulta da perícia, mas no caso
dela a médica pediu para eu entrar
idem Segundo as técnicas foram Processo de No processo de trabalho a equipe procura
realizados longos debates em trabalho NAPS garantir algumas discussões que vão pautar
torno da inserção da usuária no o estabelecimento das linha de cuidado,
projeto de renda. mesmo onde não há reunião.
13/2/1 E. nos informa que usaremos um Processo de O que representa a porta aberta no processo
5 consultório pq a sala dos técnicos trabalho NAPS de trabalho em saúde mental? Cuidado com
pag 48 está ocupada. E deixa a porta o profissional?
aberta. Ela senta atrás da
escrivaninha quase que
idem automaticamente.
Fala de maneira muito calma, Processo de A forma de se comunicar seria uma
pausadamente, escolhendo as trabalho NAPS representação de como ela se expressa no
palavras ao mesmo tempo que seu cotidiano de trabalho? Na sua forma de
apresenta um certo didatismo em processar o trabalho e o cuidado...esse tom
sua forma de expressar professoral representa o que? Clareza ou
autoritarismo técnico....será que é assim que
se comunica com os usuários?
13/2/1 E quando questionada se a Trabalho em rede Para a profissional o caso, apesar de bem
5 Vilma poderia ser acompanhada controlado e com quase nada de medicação é
pag 49 somente pela USF, dentro da entendido como uma competência do serviço
lógica de matriciamento da da mental? Pq isso acontece? descrença na
mental, “diz que não” capacidade de ordenação do cuidado a partir
do serviço de atenção básica? Dificuldade na
constituição de referencia e contra-referencia
e portanto em trabalhar em rede?
Idem Quando perguntamos se h´algum Processo de Lembrei aqui de uma fala do Cecilio de que
tipo de apoio institucional para a trabalho NAPS os processos precisam ser cuidados pela
equipe a E diz que “não há gestão...
nenhum
tipo de apoio da SMS para os
profissionais e que eles se
apoiam entre si
20/2/1 Falando sobre a demolição da casa gestão Uma imagem possível a partir desse
5 da usf as funcionárias comentam comentário das profissionais na conversa
Pg 50 que ainda não fizeram nadinha e informal é uma descrença na capacidade
diz” tanta pressa pra tirar a gente da gestão em oportunizar condições
de lá e até agora nada” Logo vcs dignas de trabalho.
estarão numa casa grande com ar e
elevador. Ouço da funcionária: “só
vai precisar funcionar”
20/2/1 Na narrativa da ACS sobre o Relação do ACS Os atravessamentos da relação do ACS com
5 encontro com a usuária na rua diz com a usuária os usuários movidos pela facilidade de acesso
pag 50 que a Vilma comentou que quase ao território existencial de ambas...parece que
foi até a casa dela para conversar. a usuária tem mais cla reza do que a própria
mas que ficou na pracinha vendo agente na necessidade de estabelecer o limite
se a ACS aparecia. A ACS diz do privado..
para a usuária pq não foi?

Pag 51 A ACS comenta da Processo de Descontinuidade do processo de


descontinuidade das ações do trabalho acompanhamento em decorrência da saída
PTS, depois da saída da T do de um profissional
04/3/1 CRAS
Com relação a ACS e a Vilma, Processo de Sempre me pergunto a linha tênue que há
5 como se dá essa relação, já que trabalho do ACS e entre autonomia da equipe e “descuido” com
Pag 60 várias comentaram de que em qq da gestão local o profissional e pouco apoio institucional....
desagrado a usuária se afasta do
profissional.
Como essa questão está sendo
trabalhada com a ACS. A gestora
disse que é uma linha tênue do
envolvimento da ACS no caso.
Diz que já foi conversado com S
sobre isso em outros momentos,
mas que faz tempo que não
discutem. Diz que a equipe é boa e
que sabem quando acioná-la. Que
a equipe tem autonomia. Diz que
em alguns casos é difícil separa o
envolvimento pessoal com a ação
de cuidado e que no caso a ACS
passou todos os dias na casa da
idem usuária.
Gestora diz “que em poucas vezes Processo de Nessa fala dá para perceber as
houve reunião com o NAPS, que trabalho em não descontinuidades dos processos de trabalho e
lá é um lugar complicado” A rede a inexistência de espaço de encontro entre os
gestora ainda diz que a cerca de serviços da rede de saúde.
uns 3 anos atrás a chefia do NAPS
chamou e apresentou uma listinha
de nomes ilustres. Diz que não
pode sair com a lista, dos
pacientes que estavam bem
compensados e bem adaptados aos
medicamentos, que ficariam sob
responsabilidade de cuidado da
USF no matriciamento da mental.
Depois disso nunca mais se
discutiu o matriciamento da
mental. Nunca mais fizeram uma
idem Fala da gestora” ficamos Processo de Os processos acabam por possibilitar
sempre atrelados a pessoas trabalho encontros felizes que somam para a
para dar continuidade ao resolução e definição do processo de
nosso trabalho” acompanhamento, mas parece não haver
garantia de continuidade com as mudanças
frequente s dos profissionais. Isso já havia
aparecido qdo mencionada a SEDUC..

05/03/ O processo de trabalho na oficina


15 terapêutica segue alguns passos Processo de
Pag 53 conforme fala a Vilma: “primeiro trabalho
pintam quadradinhos, apontando
para o usuário que está fazendo
essa fase inicial. Depois passam
para um paninho pequeno e
finalmente passam para o pano de
05/03/ prato”
Observo que enquanto o grupo Processo de A postura da profissional aponta, em
15 fica sentado alguns profissionais trabalho SERP certa medida, um trabalho pautada na
Pag 55 ficam em pe´de braços cruzados, constante vigilância policialesca.
de prontidão. W é a que mais me
chama atenção, já que é a mais
séria de todos.
09/03/ L. esclarece que em geral cada Processo de Aqui aparece a foram encontrada para a
15 profissional do CRAS acompanha trabalho CRAS equipe organizar o processo de trabalho, a
pag 57 de perto 45 famílias de grau de partir da organização de prontuários e por
vulnerabilidade alta. para ela a estabelecimento de um certo protocolo de
Vila está no topo da atendimento.
vulnerabilidade social. L esclarece
que no CRAS separam os
prontuários por cores similares ao
semáfaro. O vermelho é alto risco
o amarelo é alerta e o verde
prestes a receber alta. No estágio
vermelho o acompanhamento é
semanal, no amarelo é quinzenal
em média e o verde mensal até o
Idem desligamento.
L diz “que os casos que chegam Processo de A necessidade de articulação da rede é a base
pag 58 no CRAS tem muitas pontas...eu trabalho CRAS do trabalho do AS na SAS, mas isso só
procuro parceiros, isso devia ser acontece se o profissional entende que deve
automático mas não é. É lindo fazer.
cuidar de um indivíduo de forma
integral, mas na prática é difícil. A
dificuldade começa com a
pequena quantidade de
profissionais e a complexidade
dos casos, mas na prática não flui.
tem diferenças entre
idem profissionais”.
L comenta das perdas da SEAS Processo de Há uma tentativa de organização do processo
dizendo que em 1 ano sete trabalho CRAS de trabalho referendando caso/profissional,
profissionais exoneraram e que mas a sobrecarga de casos complexos com a
ela
está para exonerar também, pois inexistência de políticas sociais
solicitou redução de carga jornada públicas eficazes comprometem as
e a SEAS não está propensa a resposta...
atende- la. Comenta tb que “
quando um profissional sai do
CRAS ele procura passar os casos
de alta vulnerabilidade para outro
da equipe, mas que todos estão
com um número excessivo de
famílias o que complica o
idem acompanhamento.”
L diz que “ com a UBS Processo de A presença física faz diferença...
precisamos trabalhar mais trabalho CRASX
juntos, olho no olho, isso faz a REDE
Idem coisa
L falafluir melhor...”
que “No CRAS percebe-se Processo de A dificuldade enfrentada pelos profissionais
uma resistência com as pessoas trabalho CRASX para lidar com o sofrimento psíquico,
com que possuem problema REDE demonstra que há necessidade de
psiquiátrico. A loucura assusta”! investimentos na formação/capacitação dos
profissionais num processo de supervisão e
Idem L comenta da preocupação em educação
A formação empelo
serviço..
trabalho exige da gestão
deixar o CRAS e o caso pq um Processo de algumas delicadezas para garantir a
psicólogo ficará em seu lugar, TR CRAS qualidade da atenção...A prática no público
mas pensa que uma assistente se configura por outros parâmetros do que
social está mais preparada e fala: no privado.
o psicólogo veio de consultório,
ainda não tem experiência no
serviço do CRAS e na política de
29/4/1 assistência”
Do último diário não localizei
5 fala...
Local trecho Temática Consideraçõe referências
s e devaneios
Bom Retiro A UBS Bom Retiro está UBS em reforma e 3
sob um processo de espaços diferentes
reforma estrutural, sua para os atendimentos:
antiga unidade foi Jardim botânico, UBS
demolida e hoje se São Jorge e UBS
encontra com sua Radio Clube
equipe dividida em três
espaços, sendo um
deles localizado dentro
do parque Jardim
Botânico, e os outros
dois espaços (UBS
São Jorge e UBS
Radio Clube), apesar
de ambos estarem
localizados na
extensão
do mesmo canal,
estão distantes do
polo Jardim Botânico,
Cheiro de mata, Agradável atender em
atravessamos os um parque, convite a
portões do parque e diminuir a velocidade
lá está um lugar amplo do cotidiano.
e recheado de árvores,
plantas, caminhos e
rastros deuma reforma
com suas pesadas
máquinas ocupando o
lugar. Um clima que
convocava adiminuira
velocidade do
cotidiano,
suspendê-la
quiçá. Reunia-se em
uma praça um grupo
da universidade:
estagiários e
professores
encontravam-se com os
cidadãos locais pra
alguma atividade a ser
desenvolvida. Ao nosso
lado, uma construção
baixa, térrea e
alongada, com as
paredes verdes.
Nesta edificação de
muitos corredores e
passagens estava
sediada a Unidade
Básica de Saúde do
Gardênia está na Chefia que foi acs e
prefeitura já a alguns com desejo de sair da
anos (7 anos na chefia e fazer
atenção básica) e é a assistência (mas ela faz
atual chefia desta assistência, pois sabe
unidade, anteriormente muito dos casos)
já fora chefia de outra
unidade aqui em
Santos. Ela carrega
em sua história a
atuação como agente
comunitária de saúde
no Maranhão e hoje,
enfermeira, aguarda
as transformações da
UBS em PSF para
poder sair da chefia
e exercer seu
desejo se
tornarenfermeira da
saúde da família.
Conta-nos de como Profissionais pouco
está
funcionando a unidade, implicados tem
e dificuldades que
as agendas
muito reduzidas na
têm esta divisão da
sido reforma
equipe por conta das
reformas. Por um
lado
há a dificuldade de
deslocamento de
usuários, em especial
as
gestantes,para acessar
a
ginecologista e realizar
o
pré-natal que estão
localizados em uma
ponta
do canal, ou daqueles
que
precisam de um
atendimento
odontológico
e que não oacessam
pela
distância e pela
ausência de um
assistente para o
dentista.
Nesta dinâmica, muitos
profissionais têm
ficado com suas
agendas
subutilizadas,
atendendo
diariamente de 2 a 3
pessoas
quando estaria
previsto que
atendessem muito
mais (chegando a 20
atendimentos) –
estar com a equipe
separada teria feito
com que alguns
profissionais menos
implicados
promovessem essa
subutilização da
agenda
Háuma queixa da Problema; Santos já
chefia quanto a este tem alta mortalidade
caso, pois esta mulher materno infantil e uma
vivia em São Paulo e mulher faz prenatal
desceu no final em São Paulo, acaba
desemana para ver tendo o filho
sua mãe, o bebê acidentalmente em
passou mal em Santos Santos, o filho morre e
e veio a óbito, e o entra nas estatísticas
número foi registrado de santos.
emsua região,
aumento o índice de
mortalidade
infantil. Contam
rapidamente que há
uma psicóloga que
vem acompanhando as
gestantes na rede
pública, Roseni, que
trabalha com as
situações de pré-natal e
Gestante?) 22/10/2014
Ou seja, acontecem Acontecer muitas
muitas coisas ao ao mesmo tempo.
coisas
mesmo tempo Desafio: decisões tb
naquele
espaço-serviço.. eu já são
tomadas nessa
tinha mudado a velocidade e nesses
cadeira,
de lugar para que a espaços multifunção
pessoa responsável
pela
farmácia pegasse os
comprimidos..e a
reunião
acontece em meio a tudo
isto.. Como tomar
decisões neste
clima???
(7/1/15)

Fomos para uma sala Funcionário


dos prontuários, hiper administrativo
muito inteirado do seu
abafada e repleta de trabalho e do
documentos atendimento
aos usuários, é um
(40mil prontuários) bom
informante e
.antes disto , não valorizado
por isso.
sei se por solicitação
da
Gardênia, o Ze, um
outro
funcionário
(da administração)
sorridente vai
buscar o prontuário da
Vivian
(era o prontuário da
Dona
Iracema, mãe da Vivian

acho isso
importante porque de
alguma forma, ela é
conhecida
na UBS. Porque isso
acontece? Fiquei na
dúvida se a Vivian tem
prontuário lá? Se tiver,
est á no Jardim
Botânico ou na UBS
São Jorge
onde fica a
ginecologista
?)
e acha rapidamente.
Diz no corredor , no
passando
por nós, que
conhece todos
Somos interrompidos Interrupções
porque Gardênia constantes. Muitas
precisava definir uma demandas ao mesmo
questão sobre a tempo.
entrega de uma
formula infantil.
Quando retorna, se
justifica apontando
que a UBS reforça a
importância do
aleitamento materno.
Vivian fala queem
breve amamentará
novamente. Gardênia
engata no discurso
sobre planejamento
familiar, que tinha que
pensar um pouco,
cuidado e com cuidado
foi falando desta s
ua preocupação, mas
não sei se a Vivian de
fato lhe escutava. Em
meio a reunião
Gardênia é solicitada
várias vezes para
responder a
alguma outra
Vivian está com um UBS como espaço de
saquinho de remédios entrega de medicação.
na mão. Gardênia Medicação é uma
com
o prontuário da entidade.
Vivian (Iracema) diz se
dirigindo para as
pesquisadoras que ali
não
se dá medicação sem
olhar no prontuário e
sem
acompanhamento
do médico.. penso na
UBS com um lugar
também de
“entrega de
medicações”..
o mundo está medicado..
lembro ainda sobre o
texto
de Eliana Brum
O dopping dos pobres
quando ela fala que
ao
conversar com as
pessoas emsuas
casa,
a primeira coisa que
mostram para ela, são
os
seus remédios. È um
jeito de se cuidar?
Como a Unidade vai
lidando com isto?
Seguindo a conversa Chefia sempre muito
observo que a solicitada. Embora
Gardênia precisa a partilhe com a equipe
todo o momento sair muito do trabalho,
ou responder alguma porque sempre tem
questão da Unidade. que interromper o que
Percebo ainda o está fazendo para
Marcos, aproveitando responder às
a “deixa” da reunião demandas??
para
consultar a Vivian a
partir da medicação que
ela toma (como se
tivesse acontecendo
uma “consulta médica”
dentro daquela reunião
e ainda uma atividade
informativa (educação
permanente) da
Gardênia em relação ao
planejamento familiar e
tudo regado por um
comentário a meu
breve e forte da
Gardênia que talvez a
Vivian fosse
“rebaixada”. (penso:
mas é ela que
Chegamos vem e
na UBS Problemas de
Gardenia nos manutenção.
Seguimos para a ameaçar greve para ter
sala de espera da o ar condicionado
unidade, uma instalado.
pequena sala
apertada com
algumas cadeiras e
para nossa sorte, ar-
condicionado.
Gardenia nos relata que
considera a instalação
do aparelho uma
vitória após “muita luta”.
A unidade conta com 6
aparelhos de ar
condicionado novos e
outros antigos, mas até
então todos fora de uso
pois a prefeitura
alegava não possuir
mão de obra para a
instalação.Gardenia
relata que para a
instalação do aparelho
foi necessário entrar em
contato
com o
sindicado e
ameaçar greve
na unidade.
Mas que
no dia seguinte a
No meio Com a divisão do
desta serviço em 3 unidades
interrompidos por problemas na
uma funcionaria da distribuição de fraldas e
unidade que passa a unidade radio clube
por nós com alguns não deu conta
pacotes de fraldas. satisfatoriamente e
Gardenia aproveita o essa atividade retornou
fato para narrar que ao pessoal sediado no
devido a divisão da jardim botânico, mas há
unidade BR está falta de espaço.
enfrentando alguns
problemas com
insumos. Que
passaram a ser
direcionados a Unidade
Radio Clube, porém os
pacientes não estão
tendo o acesso
regular a estes
insumos. Para resolver
o problema ela resolveu
fazer um pedido para a
secretaria para que a
distribuição dos
insumos de pacientes
da unidade BR passe a
acontecer novamente
na unidade. O que
regularizou a
distribuição, mas gerou
um novo probl ema,
que é a falta de
espaço.
GardeniaFato
fala que
que já Problemas com a
DraEmilia irá subdivisão do serviço
lo e 3 locais diferentes.
comenta novamente a
dificuldade de
negociação com aUBS
Radio Clube, onde o
atendimento
de pediatria está
concentrado devido à
reforma que parece
não querer assumir a
responsabilidade do
caso e tampouco
deixar o prontuário no
espaço da UBS.
28/01/15
José, funcionário Funcionário
administrativo da administrativo conhece
UBS que está em os casos, é envolvido e
férias, mas presente vem trabalhar nas
na UBS férias.
nesta tarde para ‘um
trabalho de
frequencia’.
Ao co
nhecer a pesquisa
se disponibiliza a
contar sua
percepção sobre
Dona Iracema.
Senta conosco na
roda e conta que a
conhece desde
quando ingressou na
unidade (2007). Neste
Adriana, Gislene,
Vinicius e José.
28/01/15
Simone é outra Funcionária
funcionária adminostrativa que faz
administrativa que até VD. Envolvida na
está assistência.
há bastante tempo
na UBS e
conhece ‘todo
mundo’. Gardenia
conta que Simone
faz
até visita domiciliar,
que está fora do
Me impressiono com a Gerente é uma
facilidade que articuladora da
Gardenia tem emse equipe. Agrega e
disponibilizar e partilha as
“agenciar” informações.
estas conversas e
também com a
participação e envol
vimento de um número
cada vez maior de
profissionais da UBS.
Me parece um bom
resultado desta
investigação.
Falam sobre Serviço como um
ser realmente uma time engajado
‘unidade’, no contexto
que significa ‘todos
juntos’, inclusive as
funcionárias
da
limpeza.
Comentamos que Unidade tem uma
estamos em 11 do envolvimento.
cultura
unidades,
na pesquisa, Quem
não se implica acaba
e que temos querendo sair.
equipamentos de
‘muitos jeitos’.
Perguntamos porque a
UBS BR tem es
te perfil, esta cultura.
José fala que vem de
quem já estava lá.
Pessoas envolvidas
que
não fazem somente o
básico. Gardenia
comenta
que quem não tem
este
perfil “pede para sair”.
Gardenia disse que
ao chegar no Ilheu
Baixo
para a consulta ao
bebê,
muitas pessoas
abordaram na rua para
tirar dúvidas
28/01/15
Local Trecho temática Considerações e Referência
UBS Jardim Castelo Chegamos as 9 da Mudança de local de devaneios
Será que há alguma regra
manhã e a equipe reunião. Sala das do uso das salas na
começava a entrar na ACSstem muita unidade?
sala das ACSs para interrupção, pois as Era dia da equipe usar a
começar a reunião, que ACSs de todas as sala de reuniões mas
nesse dia não poderia equipes vêm buscar como tinha uma reunião
ser na sala de reuniões materiais de trabalho. com a chefia e
da unidade porque a profissionais de outras
chefia estava reunida Sempre muitas unidades, acabaram
com as especializandas interrupções na sala, seja “desalojando” a equipe.
do curso da UNIFESP pra chamar gente,
para realizarem a tarefa entregar papel, pegar
mensal de se reunirem material. Essas são
no território. As pessoas encaradas com
na sala estavam bastante naturalidade pelos
profissionais.
falantes e havia um
clima de intimidade e
cumplicidade, com risos
e brincadeiras,
com
conversas paralelas
neste momento

inicial.
Trouxeram

garrafa térmica com


café e bolachas que
foram servidos durante
a conversa e isso
algum afastamento de
quem estava ao lado. Por
estarem na sala das ACSs,
havia muitas entradas de
outras pessoas na sala para
que pegar pastas ou outros
objetos que estavam na
estante da sala, e as
pessoas não sabiam que a
sala estava sendo usada
para uma reunião, por isso
abriam a porta de modo
mais brusco. A cada
entrada era preciso um
certo deslocamento das
pessoas em suas cadeiras e
alguém que estivesse perto
dos objetos na estante o
repassava para o colega
que abria a porta. Durante
toda a reunião houve
muitas interrupções e
depois que alguém abriu a
porta de maneira brusca, a
porta foi trancada por
dentro e a partir daí as
pessoas batiam na porta
para solicitar a entrada.
Mesmo assim as
interrupções continuaram
e os motivos eram para
avisar a presença de
algum usuário que
queria conversar

e/ou
entregar/retirar algum
papel com a equipe (o
profissional

acabava saindo e
retornando). Acabamos
nos detendo em um dos
formulários que foi
entregue em uma
dessas
Essa falainterrupções,
abriu uma pois Usuários abordam as
conversa sobre o quanto ACSs fora de horário de
as ACSs são interpeladas trabalho, pois elas
pelos usuários fora de seu residem e circulam no
horário de trabalho, e território.
uma delas diz “eu não vou
nem mais na feira”. Uma
outra conta que estava
tranquilamente tomando
um sorvete em São
Vicente em horário de
folga, quando uma
usuária a avistou e já veio
se aproximando pra falar
alguma coisa de
tratamento e a ACS logo
trabalho!”(3/10/15)
Uma das ACSs fala que Relação tensa entre a
muitas vezes a relação atenção primária e as
com
o especialista está especialidades. Não há
permeada por uma canais de comunicação
“guerra
de vaidades” e essa estruturados na rede.
érelação
problemática. Viviane
pergunta: “E se houvesse Desconhecimento dos
relatórios especialistas do trabalho
ecompartilhados?”
a médica diz que nesse dos
profissionais do
caso vai fazer um programa
de saúde da família.
relatório
detalhado com as
patologias
que já descartou na sua
consulta e com exames.
Alguém comenta: será
que a levou os exames
usuária
econtou o que já foi
descartado? Ou ela
somente
esperou do médico que a
examinasse e a
diagnosticasse? É
obrigação
do usuário ou da equipe
fazer essa ponte? A
enfermeira diz que é
preciso
detalhar mais os relatos,
mas também precisa de
“uma maior
conscientização
do pessoal de fora”. Se a
gastroenterologista
conhecesse de fato o que
éa Saúde da Família já
saberia
que a gente só manda
depois de investigar doenças
básicas, e diz que não
também aprendeu sobre a
Estratégia de Saúde da
Família em sua formação
universitária, que foi
aprender no trabalho.
Falaram também, que a
relação atenção básica e
atenção especializada é
permeada por relações de
poder. Viviane pergunta: “E
não há reuniões entre
chefias dos serviços para
discutir esse fluxo?” Elas
dizem que as reuniões sãpo
somente entre as chefias da
atenção básica, e alguém
refere que não sabe nem
quem é o chefe do AMBESP.
Referem que o SEADOMI
(serviço de atendimento
domiciliar)da região não
atendem os usuários
servidos pela Estratégia de
Saúde da família. A
enfermeira relata que a
equipe deles atua aos
sábados e domingos e que o
PSF não cobre os finais de
semana. “No PSF a gente
tem que educar o
cuidador para fazer os
procedimentos de lidar
com sondas e curativos
aos finais de semana”.
“Na USF é para a gente Programa de saúde da
estender o tapete mulher tem muitas
vermelho para a contradições e a rede de
gestante mas na hora cuidado é falha. Culpam a
em que elas chegam na atenção primária por erros
maternidade eles em outros níveis de
estendem é um tapete atenção.
escorregadio para elas!”
Uma ACS teve uma
familiar que iria dar a
luz e nas capacitações
que fez foi informada
sobre o direito do pai
assistir ao parto.
Chegando lá a equipe da
maternidade não queria
autorizar, mas essa ACS
disse que recebeu
capacitação com uma
determinada gestora e
citou o nome dela, e daí
eles autorizaram a
entrada do pai, mas em
um clima de
atualmente a proposta
de um ginecologista vir
à USF dar apoio para
que esse tapete
vermelho seja estendido
à gestante. Mas a equipe
sente que eles vêm mais
pra ver o que a equipe
está fazendo de errado
com as gestantes do que
de fato para compor e
ajudar, pois o foco é na
estatística. Alguém
relata: “Tanto é que em
algumas reuniões onde
houve problema no
parto a primeira
pergunta que fazem é
“onde estava o ACS
nesse caso?” A
enfermeira informa que
já realizou muitos
relatórios de
acompanhamento de
pré-natal que eles
solicitam
Ao e nãonarecebe
chegarmos USF - Confusão no ambiente.
havia uma equipe de Equipes lavandoa área
profissionais fazendo a externa com esguichos
limpeza das janelas pela em hora de reunião de
área externa, e assim, nas equipe. Água respinga
barulho do esguicho e do reuniões. Esse é um
motor da máquina que bom horário para essa
dava pressão à água, que tarefa?
entrava pelas frestas dos -
vitrôs em alguns
momentos. A chefe da
unidade
estava
arrebanhando
pelos
corredores as pessoas da
equipe para uma breve
reunião para tratar do
assunto de um assalto que
havia acontecido no dia
anterior dentro do saguão
da Unidade. A chefe
relatou estar preocupada
com a repercussão
excessiva que o mesmo
teve pela imprensa, pois
mal ocorrera o assalto e
logo chegou à USF um
jornalista do jornal “A
Tribuna”

querendo depoimentos
de
funcionários e usuários
para saberem dos
Stella começa a ler o Confusão de informações
relato
escrito do primeiro sobre o assalto na
encontro do grupo e unidade e chefia reunindo
instantes depois a chefe pessoas às pressas para
da unidade adentra a sala dar uma “bronca” acerca
e relata o que acabara de de quem chamou ou deu
conversar na reunião com entrevista para a
os demais funcionários. imprensa. Chefia teme
Ela estava represália do nível
muito central.
preocupada com a rapidez
com que os jornalistas Sempre interrupções
adentraram a unidade e nas reuniões, essa
informa que não é parece ser uma
permitido aos atitude naturalizada
funcionários dar neste serviço.
depoimentos à imprensa e
nem mesmo fotografar ou
gravar dentro do serviço
sem autorização da
Secretaria de Saúde
(SMS). A chefe afirma que
alguém deu o telefone de
funcionários à imprensa e
estes foram procurados
para dar depoimento. E
essa era sua preocupação,
pois parecia temer
represálias de seus
superiores na SMS e
mesmo dos ladrões, que
poderiam vir se vingar dos
um senhor que
estava aguardando
na recepção, lhe
mostrou a arma e o
mesmo lhe entregou seus
objetos, e isso foi visto por
alguns que estavam na
sala. Porém a notícia
foi se espalhando e
sendo contada de forma
exagerada, como por
exemplo “que estava
encapuzado”, “que era
Viviane pergunta se há Há grupo de gestantes
algum trabalho específico mas este não vinga, é
da equipe com as esvaziado, pouco
gestantes. Enfermeira diz investido. Valorização dos
que há o grupo de atendimentos
gestantes, que é um grupo individuais??
que reúne as gestantes da
área de abrangência da
USF e não somente desta
equipe, mas que
atualmente não está
acontecendo.
Participavam do grupo os
estagiários da nutrição e
relatam que chegavam a
fazer brindes para atrair as
gestantes e mesmo assim
elas não compareciam.
possuem outros filhos
para cuidar e não
conseguem participar.
Viviane indaga para que
serviria um grupo de
gestantes. A enfermeira
diz que é um espaço de
trocas de experiências, de
informações, em que se
fazem visitas monitoradas
à maternidade. “Quando
tinha grupo apareciam
uma, duas, três. Teve
grupo que a gente
organizou onde apareceu
somente uma gestante.
Essa que veio ganhou um
monte de brinde e depois
Alguém fala de Questão do
questionárioum que acompanhamento das
gestantes devem as ACSgestantes por uma
às
eresponder
que as ACS devem imposição do programa e
aplicar
semanalmente, e para isso gera excesso de
isso
precisam visitar intervenção que
as
gestantes. Trata-se de incomoda e ACSs.
gestantes
um
instrumento que a
gestão
municipal criou para Necessidade de outro
poder
monitorar mais de perto processo de trabalho no
as
gestantes e prevenir riscos acompanhamento das
e
que vem incomodando gestantes.
as
ACSs.
Uma delas diz que a visita
semanal à gestante é
importante, mas somente
no final da gestação.
“Independente do
questionário, se elas passam
mal em geral nos chamam
pelo facebook ou pelo
celular. A gente sabe que
não pode usar esses
recursos, mas elas têm
nossos contatos. Nesse caso
eu não me sinto
incomodada em ser
chamada, pois esse vínculo é
legal. Mas isso de ir
semanalmente aplicar um
questionário acaba
atrapalhando o próprio
vínculo. Tem gestante que
está em casa e não atende a
campainha, fingindo não
estar. O questionário
semanal tem mais afastado
a gestante do serviço do que
aproximado.” Dizem que o
questionário foi implantado
pela gestão sem uma
discussão mais ampla com
as equipes, e agora a médica
e a enfermeira são cobradas
e criticadas quando
retornam questionários sem
resposta. E uma ACS diz que
as questões são as mesmas
e redundantes. Há também
gestantes cadastradas na
USF mas que fazem pré-
natal no convênio e também
devem responder ao
questionário. Caso haja 3
tentativas na casa e a
gestante não responder,
entra na estatística como
recusa. “Se a casa está
fechada pode aparecer na
planilha como casa não
visitada, mas de qualquer
forma houve a tentativa da
visita e isso não entra na
estatística. A enfermeira diz
que os índices de
mortalidade infantil
aumentaram e no anos de
2014 teve 64 casos. A
médica diz que é muito
difícil reduzir a mortalidade
infantil se as grávidas muitas
vezes trabalham até o final
da gestação. Vocês se
lembram de uma ACS
grávida de 9 meses e
trabalhando na rua? A
médica diz que não é
ginecologista mas médica
de família e que é
importante a articulação
de uma rede para apoiar a
mulher grávida, com
matriciamento de
ginecologistas. Se Santos
vai implantar 100% de
saúde da família é
importante ter um NASF,
pois um obstetra também
pode ajudar a melhorar a
qualidade do cuidado. “A
gestão quer o ACS toda a
semana na casa da
gestante, fazendo
perguntas subjetivas. Isso
não tem eficácia. Muitas
vezes a gestante olha pelo
olho mágico e nem
atende a porta(...) para
ajudar a gestão não vem,
A partir daí, Stella Como é feito o
questiona como planejamento familiar na
funcionam as unidade. Encaminham
atividades
de planejamento para
instituto da mulher.
(familiar)
na unidade. A.
responde
que elas ocorrem uma
vez
por mês e que há um
encaminhamento para o
Instituto da Mulher (IM).
Lá todos os métodos
contraceptivos disponíveis
são apresentados. Diz
também que parte das
mulheres está mesmo em
busca da cirurgia de
laqueadura, mas a lista de
espera data de 2013.
Existe um protocolo, uma
série de requisitos para
haver o encaminhamento,
diz Stella. Stella esclarece
também que na cidade de
SP a mulher deve ter 25
anos e o procedimento não
pode ocorrer durante o
parto. A. diz que aqui na
cidade é diferente: se caso
a autorização para o
procedimento já estiver
pronta, é possível fazer a
cirurgia durante o parto.
Viviane questiona se a
unidade faz o
procedimento de inserção
do DIU e A. esclarece que
não, o processo é
agendado no IM e
costuma ser bem mais rápido atender as procuras. Explica também que o procedimento de vasectomia também costuma ser rápido.
Entretanto, são poucos os homens que procuram a cirurgia (10/03/15)
Jabaquara Virginia Junqueira

LOCAL TRECHO TEMÁTICA CONSIDERAÇÕES REFERÊNCIAS


Jabaquara Percepções sobre o A equipe não se reunia de modo regular e as
funcionamento da datas de reuniões com os pesquisadores foram
equipe agendadas ad hoc pela chefe da Policlínica.

“ Relação com outros


níveis da SMS Santo Reuniões periódicas, mas muito espaçadas, com
A equipe agindo uma trabalhadora do Ambulatório de Tisiologia.
sozinha, sem auxílio Observou-se que, até a reunião que ocorreu
de outras com esta trabalhadora, a pedido dos
instituições. pesquisadores, todas as informações sobre o
caso de Luz, que passou a ser atendida naquele
Ambulatório, dependia do que ela própria trazia
para a equipe da UBS.
Luz participou desse encontro ouvindo
atentamente a exposição sobre o papel do
ambulatório e esclarecimentos sobre o seu caso
No acompanhamento do percurso de Luz não
houve participação de trabalhadores de outros
serviços municipais
.
Empobrecimento de
relações A rede formal de Luz se limitava a integrantes
da equipe da UBS que tinham relação próxima
com ela, pela necessidade do tratamento
No que concerne à rede informal de Luz, é
notável a estreiteza dos vínculos, que se
reduziam, aparentemente, ao pai, mãe, marido
e irmãos
“ Percepções sobre o Na maior parte dos encontros com a equipe, as
modo de fazer gestão - presenças mais frequentes foram a chefe da
modo hierarquizado e Policlínica, uma auxiliar de enfermagem e uma
centralizador parece das ACS
prevalecer

Decisões tomadas Uma fase inicial, marcada por um certo


afetando distanciamento entre Luz e a equipe da UBS,
aparentemente cedeu lugar a uma aproximação
no andamento da
crescente com as técnicas e auxiliares de
vida de Luz
enfermagem que passaram a aplicar, na
Policlínica, a medicação intravenosa. Tendo que
permanecer na unidade por volta de uma hora
recebendo o remédio por meio de soro, passou
a conversar mais com a equipe, e a confiança
nas ações de cuidado pareceram restauradas
. A equipe da unidade seguiu o protocolo de
tratamento supervisionado de TB, adotando a
regra para Luz, o que lhe limitava as chances de
conseguir um emprego, por exemplo, pelas
restrições que teria de horário. Tenta-se evitar o
abandono do tratamento, o que favoreceria os
microorganismos resistentes, mas com isso
deixa-se de se fazer uma avaliação caso a caso
da adesão do paciente. Tem-se o direito de
impor a ida diária à Policlínica para a ingestão
de fármacos via oral?
Morro da Penha – Érika C. S. Oliveira

LOCAL TRECHO TEMÁTICA CONSIDERAÇÕES E DEVANEIOS REFERÊNCIAS


Morro da Senti que, em meio à tentativas de Percepções sobre o Meritocracia. Cuidado voltado para um tipo de
Penha tentarem olhar este caso levando em funcionamento das “cidadã/cidadão”. Isso, muitas vezes, atravessa
consideração suas limitações, há equipes - equipes de modo exclusivo o modo da equipe organizar-
algumas vozes na equipe que se cuidam e se envolvem se, investir, apostar.
levantam de modo prescritivo e de maneiras diferentes.
normatizador. Antes de tentar
compreender o drama vivenciado Empobrecimento de
por E., tentam reintegrá-la explicações -
independente de sua história. A casa julgamentos morais e
de E. deve estar limpa, seus filhos pré-concepções
devem estar cuidados, ela deve
trabalhar (MP. 17-09-2014).

“Ela [a Agente Comunitária] se Processo de trabalho Controle sobre os corpos femininos. Saúde não
preocupa porque E. não toma amparado no ato de dialoga com perspectivas interseccionais (como
anticoncepcional, não usa vigilância. gênero). Ao invés de emancipar, conferir
preservativo” (12-11-2014) e “G. autonomia, prefere a vigilância. Coloca
[Agente Comunitária] pergunta-se: mulheres pobres em lugar infantilizado. Olhar
caso ela receba um diagnóstico da atento sobre as práticas reprodutivas, prontidão
psiquiatra ou mesmo para fazer uso em regulá-las, coagi-las.
do anticoncepcional: quem vai
vigiar?” (MP.12-11-2014) e “

“Comenta novamente que a questão Quebra de protocolos Olhar de modo complexo para a realidade
da limpeza a incomodava muito, mas social. Visão do processo, da continuidade.
que passou a filtrar melhor isso, Essencial para o trabalho.
parou de julgá-la” e “G. [Agente
Comunitária] responde: “Ela faz
possível para cuidar deles, dentro
dos seus limites” (MP.12-11-2014).
“É então que D. diz que o grupo de Percepções sobre o
atividades físicas poderia ser modo de fazer gestão -
interessante, mas aparentemente há modo hierarquizado e
uma dificuldade na oferta de tais centralizador parece
atividades pela unidade, pois a prevalecer
secretaria parece haver transferido o
profissional que promove tais
atividades para outra unidade; D.
reclama que a secretaria não possui
olhar para o território e suas
especificidades, e sim para os
números de atendimentos realizados,
transferindo profissionais segundo
demanda numérica. G. então diz que
a secretaria não conhece o território,
e portanto comete esse tipo de
decisão sem levar em conta os
aspectos da oferta de estrutura para a
prática de atividades físicas de cada
região. (MP.04-03-2014).
D. então diz que seria interessante Orientação de
orientar E. (usuária) sobre entrar em questões
contato com a SEDUC para tentar gerais/Decisões
resolver a situação da distância das tomadas
escolas, ou ao menos explicar para coletivamente para
E. que, fazendo as inscrições dos auxiliar no
filhos na SEDUC com antecedência andamento da vida
garantiria vaga para seus filhos em da usuária/A equipe
escolas mais próximas. D. também fazendo sozinha, sem
questiona se o CRAS não ajuda E. auxílio de outras
com questões da escola de seus filhos. instituições.
Fica combinado que as ACS vão
entrar em contato com o CRAS para
sanar tais dúvidas, e a equipe se
comprometeu a continuar
estimulando E. para participar das
sessões de terapia comunitária. G.
disse que convidará E. para
participar da atividade física
realizada na unidade. C. diz que
perguntou a E. se ela está entregando
seu curriculum, e a resposta foi
positiva, E. diz que entregou em
restaurantes (apesar de E. continuar
com a suposta “obsessão” por
trabalhar em shoppings). (04-03-
2015) e em outra reunião: “G afirma
que tentou contato com a SEDUC
resolver isso, mas sem sucesso. C e
A falam que o CRAS São Bento
poderia, junto com o Conselho
Tutelar, entrar em contato com a
SEDUC.” (MP.15-04-.2015).
A organização do processo de trabalho nas unidades – Érika C. S. Oliveira

LOCAL TRECHO TEMÁTICA CONSIDERAÇÕES E DEVANEIOS REFERÊNCIAS

Santa “Chegamos no local: uma igreja Falta de estrutura física


Maria evangélica (espaço cedido), pois a para o trabalho da
Unidade ainda não possui um espaço equipe
próprio e atende os usuários junto acontecer/Improvisação.
com a USF Vl Progresso. Inclusive
possuem a mesma chefe de seção –
C.A que esta deixando o cargo”
(SM. Diário do dia 08-08-2014)
“A Ass. Social, a médica e as ACSs Regularidade das
se reúnem neste mesmo local [igreja] reuniões.
todas as 4ª. feiras a partir das 14hs
até ter assunto, com um teto máximo
de termino para as 17hs”. (SM.
Diário 08-08-2014).

“ [...] a Érika e a Rosilda Hierarquização/Silencia


apresentaram a proposta da pesquisa -mento das agentes.
e as ACS disseram que era a C
[médica] quem iria escolher o caso e
que ela não tinha feito isso ainda. Aí
a Érika e a Rosilda disseram que o
caso poderia ser escolhido por elas
mesmas” (SM. Diário 08-08-2014)
“A médica disse das suas Protocolos/Burocratizaç
dificuldades em lidar com algumas ão/Impossibilidade de
situações, das dificuldades das tentar outros modos de
pessoas de se abrirem, falarem de si fazer e cuidar.
e falar do que esta realmente em
jogo numa consulta, pois muitas
vezes os profissionais são
consumidos pelo serviço, pelos
procedimentos, e que tem muita
coisa que não conseguem olhar,
escutar, pois muitas vezes tem
paciente esperando ser atendido.
Disse saber da importância da escuta
e não do procedimento. Muitas vezes
são as agentes que trazem
informações que não foram ditas na
consulta”. (SM. Diário 08-08-14)

“As ACSs disseram que sentem que Hierarquização/Gestão.


muitas vezes parece que o serviço
que elas fazem no território não
chega no nível central, não aparece.
Que tem usuárias de drogas que
precisam de laqueadura e não
conseguem que tem muita
dificuldade na rede”. (08-08-14)

“Conseguiram negociar que eles Equipe quebra


iriam ajudá-la a ficar com o bebê e protocolos.
que ela faria a laqueadura em
seguida. A mulher topou. A equipe
construiu uma rede e se uniram para
conseguir fazer valer a proposta.
Foram ao conselho tutelar defender a
situação, acionaram a casa da
gestante que atende gestante de
risco, conseguiram que ela ficasse
morando com seu companheiro que
parece se o pai da maioria dos seus
filhos e que tem um bar”. (08-08-14)
Equipe precisa atuar
“Ela fez a visita na casa suspeita e com outras instituições
que os moradores não deixaram para adentrar em certos
ninguém entrar, dizendo que não espaços.
tinha ninguém, mas que dava para
perceber que tinha, pois a TV estava
ligada. Acionaram o Conselho
tutelar que interviu junto com eles e
descobriram que a dona da casa
tinha ganhado uma criança de uma
pessoa de outra cidade”. (22-08-14)
Regularidade das
“A equipe tem discutido o caso dela reuniões.
toda semana”. (22-08-14)

Blair lembra que B.C.B fez apenas 2 Protocolo-


consultas de pré-natal e para burocratização.
conseguirem que ela seguisse o
tratamento recomendado para seu
caso foi muitíssimo difícil. Toda a
Unidade estava a par do caso da
B.C.B e estavam todos disponíveis
para fazer um encaixe e poderem
fazer o acompanhamento no caso
dela aparecer na Unidade.
"Deixamos a Unidade aberta para ela
o dia que ela quisesse", nos disse
Blair. Mas ela ficava muito agressiva
com a equipe, fazendo verdadeiros
escândalos para tomar as vacinas.
Tentaram várias estratégias para
tornar atrativa sua
colaboração/adesão ao tratamento,
ofereceram leite para o filho e outras
coisas. Quando chegou o último dia
para tomar a 3a. dose ficaram o dia
todo em estado de alerta para
conseguir dar esta dose. Montaram
um verdadeiro esquema, contando
com a parceria do C do CREAS.
(12-11-14).
Equipe persegue
Mel chama a atenção dizendo que protocolos e quer que
B.C.B não tem condições de ficar usuários também o
com os filhos, não é por ser pobre, façam-Perspectiva
mas pelo contexto, pelo meriocrática-
comportamento dela. E diz: Ela é Individualiza as
muito dissimulada. "Ela chantageia explicações.
todo mundo e usa a barriga para ter
atenção".
E o R? perguntei. Blair disse que ele
tem pais separados. O pai tem outra
família e é bem de vida. Aceita mais
nossas colocações chegando a
cumprir as vezes com os
combinados, mas ele é conivente
com B.C.B. (12-11-14)

Também tive a sensação de que, uma Protocolo-Simplificação


vez retiradas as crianças de B.C.B, o do problema.
interesse em torno dela se arrefeceu.
B.C.B era de interesse da equipe
enquanto tinha crianças que não
poderiam morrer, aumentando a tal
da “incidência” da mortalidade
infantil no município (28-01-2015)
Disse que o que elas temem é que Protocolo-Vigilância-
B.C.B volte e tenha um novo filho, Controle sobre os
pois não fez a laqueadura e não corpos-Regulação.
sabem se esta usando algum
contraceptivo. Ficou claro que a Simplificação do
preocupação do serviço é atender os problema. Falta de um
protocolos prescritos, sendo o foco olhar mais amplo para
as mulheres gestantes e o homem- compreender porque
pai não tem muito espaço nos está ocorrendo a
serviços (11-02-15). mortalidade infantil no
município. Focaliza e
culpabiliza as famílias.
Valongo Virginia Junqueira

LOCAL TRECHO TEMÁTICA CONSIDERAÇÕES REFERÊNCIAS


Valongo Um total de sete encontros foi Percepções sobre o
Destaque para a presença constante da
realizado com a equipe da funcionamento da equipe
ACS responsável pelo território que
Unidade. Os encontros abriga a residência da munícipe
contaram com a participação escolhida para direcionar a pesquisa,
de um número também seja nos encontros na Unidade ou
variável de trabalhadores: durante o acompanhamento no local.
ACS, técnicas em
enfermagem, enfermeiro da
unidade e a gerente, os quais
participaram ativamente da
maioria das reuniões
“ Processo de trabalho. Os trabalhadores mais envolvidos com a
situação da jovem parecem ter se
desdobrado em suas atribuições,
funcionando tal como funcionariam, por
exemplo, os agentes de uma instituição
escolar, com discursos de cobrança, de
avaliação, orientação, punição, etc.
A ACS responsável pelo território da casa
da jovem mãe decidiu visitá-la
diariamente, dada a sua falta de
experiência no manejo com a criança
Foi possível identificar que as Quebra de protocolos Questionou-se a possibilidade de haver,
redes encontravam-se convivendo com visão
no imaginário dos membros da unidade,
realmente muito fragilizadas. preconceituosa a percepção de que a jovem e a sua
Talvez, por este motivo, a família não são plenos detentores de
equipe tenha se mobilizado conhecimentos/informações para
tanto para poder auxiliar a decidirem e encaminharem aspectos
família como um todo, nos básicos de suas vidas. Num determinado
mais diferentes aspectos. momento, uma das enfermeiras,
O auxílio ultrapassava as respondendo por todas, afirma que o
questões relacionadas com a principal problema da família seria a
saúde. Desse modo, redes “falta de informação e de orientação”.
informais parecem ter sido O contato com a ACS permitiu a
acionadas no interior das identificação de uma relação de cuidado
redes formais permeada pelo afeto. A ACS parece
funcionar como um “elo de cidadania”,
comentou uma trabalhadora. Constatou-
se também que a irmã da ACS é vizinha
da jovem, fato que parece ter se
configurado como uma “conexão
informal” na rede de cuidados da garota,

“A equipe era composta pela Percepções sobre o modo


gerente da unidade, de fazer gestão - A situação eleita foi fortemente
enfermeiro, técnicas em influenciada pela gerente da unidade,
enfermagem e ACS. As assistente social de formação, a qual
interações entre os membros admitiu ter direcionado a escolha com a
da equipe também sugeriram justificativa de que se trata de uma
a existência de relações situação na qual “as redes estão muito
horizontais de trabalho. fragilizadas”.
Foi possivel acompanhar Orientação de questões Trata-se de um caso que mostra grande
alguns efeitos das ações da gerais/Decisões implicação da equipe na solução de
equipe, como o bom tomadas coletivamente
para auxiliar no problemas, não exclusivamente de
desenvolvimento do bebê e a andamento da vida da saúde, parecendo responder ao princípio
obtenção de documentos usuária/ da integralidade
pela mãe e pelo filho, fato No entanto, a vigilância da irmã da ACS,
que foi bastante moradora da casa em frente à da
comemorado. paciente, também sugere um ultrapassar
Observou-se como redes de limites da “atenção básica”.
informais, no cuidado em Várias visitas dos pesquisadores à casa
saúde, podem inserir-se no da jovem foram tentadas, mas todas
interior de redes formais, o foram frustradas.
que permitiu também o Provavelmente a mãe da jovem temia
levantamento de questões olhares de investigação e crítica para
quanto aos limites das ações além dos que já percebia.
de cuidado. Isto traz a reflexão acerca das fronteiras
que mereceriam ser respeitadas, posto
que mesmo a ação de cuidado pode ser
demasiada e invasiva.
L Trecho Tema Considerações e devaneios Referência
o
c
U “O encontro com a unidade já se iniciou no Organiza O tema aparece de maneira difusa, anterior à oficina Primeira página
B almoço... reflexões.” ção do propriamente dita, nos encontros entre pesquisadores e do Diário de
processo participantes, e durante a arrumação do espaço (sala Campo da UBS
S de multiuso). O tema volta-se para a organização do processo Embaré, datado de
E trabalho de trabalho da oficina de pesquisa na UBS Embaré. 15/10/14.
m (DCE, 15/10/14,
U “Fernando (pesquisador) pergunta a Cleusa (enfermeira) Organiza Neste trecho aparecem duas linhas de organização do (DCE, 15/10/14,
B sobre a presença de algum ACS na oficina do dia. Ela ção do processo de trabalho, uma no acompanhamento das p. 01)
diz não saber, pois ‘há duas e que estas acompanham processo gestantes pelas duas ACSs e outra no
S gestantes e um que fica de plantão para receber pessoas de plantão/recepção/’acolhimento’ realizado pelo ACS.
E
U “Lúcia (pesquisador) entra na... chamar o ACS Organiza Neste trecho (3º §) certamente haverá pistas sobre o tema (DCE, 15/10/14,
B Ronaldo.” ção do no aúdio. Observar contexto da conversa (que não p. 01)
processo aparece no DC) entre Cleusa (enfermeira) e Darci
S de (técnica de enfermagem).
E trabalho
U “Cleusa (enfermeira) estava com o prontuário do Sr. ... Organizaçã Neste trecho aparecem duas linhas do tema, uma na - (DCE, 15/10/14,
B
S no
AMBESP.” o
do preocupação da enfermeira com a pressão arterial e as taxas p.
01)
Em processo
de de
glicemia de J. D., o que reflete um embasamento
ab trabalho epidemiológico das políticas públicas afetando a
r organização
do processo de trabalho na UBS (noção de risco e -
programa e outra na marcação de consulta com o médico
HiperDia) g
cardiovascular no AMBESP, que aponta para uma certa ov.br/sistemas-e-
intersetorialidade pautada na relação entre as unidades de l
saúde de dois níveis de atenção: primária (UBS Embaré) e ogicos/hiperdia
secundária (AMBESP).

-
b
r/download/Cartil
ha
%20Sus%20e
%20os
%20Municipios.p
U “Fernando (pesquisador) fez a leitura do termo de Organizaçã Neste trecho o tema aparece novamente na preocupação de -df(DCE, 15/10/14,
B
S consentimento, iniciamos a gravação do áudio. o
do Darcy (técnica de enfermagem) sobre o uso dos espaços p.
02)
Em Darci de enfermagem) perguntou se as oficinas
(técnica processo
de da para a pesquisa e sobre a disponibilidade de tempo
UBS
ab seriam naquela sala ou se poderiam ser feitas em outros
sempre trabalho dos
funcionários para estar nas oficinas, Cleusa (enfermeira)
r locais. Conversamos que não haveria problema de fazer tranquilizou o questionamento levando em conta a
em local, contanto que nos servisse para a pesquisa e
outro autorização
da chefe de unidade (Regina), o que demonstra esforços
que
mantivéssemos o sigilo e os cuidados com o caso. dos
participantes e pesquisadores em integrar a pesquisa no
Houve a preocupação do tempo de horário de trabalho
também processo de trabalho da unidade levando em conta
e variáveis
1
Cleusa (enfermeira) assegurou que a chefe de concretas (local, tempo, espaço, viabilidade
unidade, Regina, estava sabendo e autorizou a administrativa).
participação destes nesses termos.”
U Entre as páginas 02-03 do Diário de Campo, o nosso tema Organizaçã Os pesquisadores e participantes da oficina organizam ali - (DCE, 15/10/14,
B
S aparece subjacente às inferências dos participantes da odo possibilidades de trabalho em saúde para lidar com as p.
02-03)
E oficina sobre o ‘caso J. D.’ processo
de supostas vulnerabilidades de J. D. , citam suas redes “de
m
aré trabalho direitos e de favores”, sua dificuldade de locomoção, sua
moradia, algo inominável que vem sendo produzido na
vida
dele, suas relações de vizinhança, seus poucos familiares
na
Baixada, seu trabalho informal e a hipótese de ele
necessitar
de apoio jurídico. Isso ganha materialidade com o início
da
feitura do mapa de sua rede. Assim, além do que seria
atender
às necessidades de saúde de J. D., o estudo de caso
funciona
como um catalizador das forças de trabalho dos presentes.
U “A início, apenas Darcy (técnica de enfermagem) Organizaçã Em mim este trecho remeteu à diversas ocasiões em que - (DCE, 15/10/14,
S
B desenhava, enquanto os presentes diziam a ela o que fazer, do
o diante de uma situação nova, os membros de uma equipe p.03-04)
E as poucos as estagiárias foram entrando no desenhar processo
de incitavam alguém a iniciar a ação ou havia alguém que a
m
aré das
relações de J. D.” trabalho iniciasse, então, os outros, em sua maioria, diziam àquele - Lourau.
que o que era para fazer, faziam suposições, criticavam,
age eImplicação
sobreimplicação
falavam que ‘assim não deveria ser feito’, pediam para (ver data)
interromper, pediam para retomar por outra partes, às
vezes
vários pediam este retomar ao agente simultaneamente, ou
seja, pessoas diferentes pediam partes diferentes de
questões
diferentes sobre um mesmo caso, ao mesmo tempo e a
uma
única pessoa ‘agente’.
U “Chegando à unidade, avisto Ronaldo (ACS) com Organizaçã A dificuldade de participação do ACS/da(s) ACS(s) na (DCE, 29/10/14,
B
S alguns se hoje ele estaria em nossa conversa... Ele
papéis... o
do oficina
diz das estreitas possibilidades de participação deste(s/as) p.
01)
E me
responde que estava no acolhimento da unidade, e não processo
de frente à necessidade de cumprir o papel de trabalhador na
m
ba poderia sair pois as outras agentes comunitárias trabalho unidade, em meio a arranjos de pessoal que permitam uma
ré estavam
indisponíveis naquele horário, e que precisaria ser liberado integração entre o pessoal dos vários níveis hierárquicos
pela enfermagem... Digo que perguntarei à Cleuza do
serviço, demandas da gestão e universidade.
(enfermeira) desta possibilidade e me depeço.”
U “é hoje?” Organizaçã A pergunta da técnica de enfermagem pela realização da (DCE, 29/10/14,
B
S o
do oficina permite perceber limites da incorporação de p.
01)
E processo
de tempo/espaço para atividades que não as da rotina
m
ba trabalho corriqueira
de trabalho.
ér
U Após aguardar a finalização de atendimento o pesquisador Organizaçã A rotina hierárquica de trabalho e suas consequentes (DCE, 29/10/14,
B
S encontra com a enfermeira: “... Digo à Cleuza da situação o
do responsabilidades já dadas constrange o desejo de p.
01)
E de
Ronaldo (ACS) e se seria possível sua participação no processo
de participar
de atividades diversificadas pelo embate entre fazer o
m
ba encontro... ”. Ela também “diz que já está ido para a sala, trabalho atribuído ao cargo e a possibilidade de experimentar outras
r
2
é está só terminando de passar algumas orientações à idosa formas de lidar com o trabalho, por ex. a participação
atendida, e me apresenta como psicólogo que estava na oficina.
fazendo um trabalho na unidade. Esta idosa me pergunta Este trecho também engata a insuficiente/inexitente
onde estaria meu consultório, pois queria levar seu neto a possibilidade de acompanhamento psicológico na atenção
uma consulta devido a problemas escolares... retorno à básica. E aponta para a necessidade de que sejam criados
sala multiuso.” arranjos de gestão intersetoriais - saúde/educação - para a
criação de estratégias de enfrentamento às ditas
dificuldades de aprendizagem.
U “A caminho da sala, o enfermeiro me diz que não será Organizaçã A persistência do ACS em participar da oficina parece (DCE, 29/10/14,
B
S possível liberar Ronaldo (ACS) de sua tarefa, pois não o
do aapontar
necessidade de uma rotina de trabalho que inclua p.
01)
E havia pessoa naquele momento para exercer o
outra processo
de momentos
de repensar o próprio trabalho. Momentos semanais de
m
ba acolhimento.
(...). Chega Ronaldo.” trabalho supervisão, apoio institucional, matriciamento ou afins se
ré fariam necessários na própria organização do processo de
trabalho.
U (DCE, 29/10/14, p. 01-03) Organizaçã Para além da propagação das metas de controle há (DCE, 29/10/14,
S
B do
o aos trabalhadores sobre as variadas formas que um
orientação 01-03)
p.
E “Haveria em Dino um desejo em aceitar os designios do processo
de adoecido
pode lidar com o adoecer ?
m
ba outro, independente do que seja demandado?” (DCE, trabalho
ér 29/10/14, p. 03)
U “Voltamos a trabalhar com o mapa, iniciado no último Organizaçã Em uma dada unidade de saúde há cultura de reapresentar (DCE, 29/10/14,
B
S encontro. Chega então Regina (chefe de unidade), e o
do a
discussão para situar na conversa colegas de trabalho (de p.
03)
E apassam
reapresentar a discussão para situá-la.” processo
de mesmo nível hierárquico) quando há sobreposição parcial
m
ba trabalho de
agendas e os encontros/reuniões são ‘pegos’ em curso por
ér aquele que chega depois?
U “Perguntamos à secretaria onde estaria C. (enfermeira), e Organizaçã Na expressão de C. o lugar de gestor/pesquisador de A. C. (DCE, 09/02/15,
B
S ela indica a sala... Batemos na porta, e pela fresta C. nos
nos o
do demonstra um borramento de bordas. Somos todos p.
01)
E cumprimenta... Quando a porta se abre, C. pareceu processo
de sobreimplicados? Se sim, como usar isso a favor de
m
ba arregalar
os olhos quando viu A. C. e em estado de prontidão diz trabalho arranjos
de pesquisa/extensão/gestão intrínsecos ao cuidado - Lourau.
ér que
chamará todos os envolvidos, inclusive a gestora da dispendido
aos trabalhadores/participantes? eImplicação
sobreimplicação
unidade.” (ver data)
U “Os pesquisadores... a única sala disponível para nosso Organizaçã A limitação de espaço físico aparece como um entrave na (DCE, 09/02/15,
B
S encontro seria a da ginecologia...” o
do incorporação do cuidar/pesquisar como agregação de forças p.
01)
E processo
de ao
processo de trabalho.
m
ba trabalho

U “... C. relembra o mapa feito, e pergunta se alguns dos Organizaçã Em que plano da organização do processo de trabalho (DCE, 09/02/15,
S
B trajetos desenhados como a articulação com o INSS e do
o estariam situadas as oficinas da pesquisa? 01)
p.
E outros eram do feitio da unidade ou dos pesquisadores.
recursos processo
de
m
ba F.
informa que enquanto pesquisadores não trabalho
ér desenvolveríamos
ações de cuidado, e que tal ponto levantado por C. sobre
os
trajetos do mapa não se compunham como um
planejamento 3
terapêutico, mas de um exercício de ampliar a noção de
rede de cuidados em torno de Sr. D.”
U “C. remonta que Sr. D. teve em suas primeiras semanas Organiza Aqui a troca de médico de referência aparece como uma (DCE, 09/02/15,
B de acompanhamento pela unidade como referência ção do estratégia dos trabalhadores para um cuidado do Sr. D. com p. 01)
médica o dr. M., porém equipe já mostrava-se receosa processo menores efeitos hiatrogênicos. Há opções protocolares para
S com tal acompanhamento devido histórico de dr. M., de os trabalhadores de variados níveis hierárquicos se
E porém equipe já mostrava-se receosa com tal trabalho ampararem em situações nas quais o cuidado não encontra
m acompanhamento devido histórico de dr. M., assim fora abertura junto ao médico de referência?
indicado como nova referência do cuidado do caso a dra.
U Obs.: fiz um apanhado temático do diário de campo... Organizaçã ... e o que saltou à minha atenção foi a importância de (DCE, 09/02/15,
B
S o
do arranjos
que potencializem o trânsito de documentos escritos p.
01-03)
E processo
de quando
uma intersetorialidade se faz necessária. No entanto, neste
m
ba trabalho caso (Sr. D.), o envolvimento dos participantes parece
ré ultrapassar a consistência das redes informais do Sr. D., dada
adiferença de valores observada no modo de vida
demonstrado
pelo Sr. D. e propagado no discurso dos trabalhadores que
dele cuidam em suas redes formais. Esse fator (se há
congruência ou não entre os valores do modo de vida do
atendido e dos trabalhadores em saúde) precisaria ser
levado
em conta em possíveis montagens protocolares
U “Estava previsto... no entanto uma ligação de Re. Na Organizaçã intersetoriais.
Pela convocação recebida para tratar do caso acredito que (DCE, 09/03?/15,
B
S semana convoca os pesquisadores à unidade para uma
anterior o
do a
pesquisa funcionou como “amálgama” do cuidado p.
01)
E reunião onde se apresentariam novidades do caso.” processo
de alterando
graus das latitudes dos participantes, o que indicaria que
m
ba trabalho uma
dimensão cartográfica da pesquisa esteja sendo atingida ao - Latitudes:
ér interferir na ‘organização’ do processo de trabalho. (DELEUZE e
GUATTARI, ver
data
e página),
U “... não poderia sair de seu acolhimento sem desfalcar o Organizaçã De novo a dificuldade de conciliação entre agenda (DCE, 09/03?/15,
B
S funcionamento da unidade.” o
do extraordinária e cotidiana. p.
01)
E processo
de
m
ba trabalho

U “Uma criatura teimosa, ou da educação de um homem... Organizaçã Quem demanda a demanda do adoecer de D.? (DCE, 09/03?/15,
B
S trabalho.” o
do p. + p. 01-03)
03,
E processo
de
m
ba trabalho

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