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Sofrimento
Por que Deus o permite?
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CONTEÚDO
Prefácio 5
1. Por que a vida é tão injusta?
por Bill Crowder 7
PREFÁCIO
—Os editores
Ministérios RBC
5
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1
POR QUE A VIDA
É TÃO INJUSTA?
UM HOMEM DE FÉ ENTRISTECIDO
om o tempo, cheguei a compreender que uma das
C coisas mais benéficas que uma pessoa ferida pode
fazer é voltar-se para as páginas centrais da Bíblia. Ali,
num antigo livro de hinos chamado Salmos, encontra-
mos palavras que são tanto honestas quanto animadoras.
Os Salmos além de nos animarem o espírito e nos
renovarem a esperança, ajudam-nos a expressar a ira, o
temor e a frustração que são tão reais nos nossos momen-
tos difíceis.
Um dos autores desses cânticos foi um homem cha-
mado Asafe. Ele escreveu as palavras do Salmo 73 como
uma resposta à sua própria decepção e crise de fé.
Embora ele não revele os detalhes da sua experiência (tal-
vez para que seja mais fácil todos nós nos identificarmos
com a sua dor), ele nos conta a história dos seus próprios
pensamentos e emoções. E o quadro não é muito bonito.
A INTENSIDADE DO DESESPERO
Ao relatar sua experiência, Asafe começou a expor o seu
coração como se estivesse tirando as cascas de uma cebo-
la. Ele relembrou as suas reações à medida que começou
este episódio de desespero e perda. E estas reações foram
trágicas:
Quanto a mim, os meus pés quase tropeçaram; por pouco
não escorreguei (v.2).
A DESIGUALDADE NA VIDA
A causa das lutas no coração de Asafe era a injustiça que
ele observava ao seu redor. Aqueles que não tinham
tempo para Deus prosperavam, enquanto as pessoas de fé
sofriam. Pouca coisa mudou a esse respeito. Isto ainda é
a realidade de hoje, não é mesmo? Há alguns anos, quan-
do eu estava em Moscou, amigos russos me contaram que
a pobreza ali era tão grande que os professores eram
pagos com vodka (para usá-la em troca de alimentos nas
ruas) e que um cirurgião
[...] você é obrigado famoso de Moscou tinha que
a assistir enquanto plantar vegetais no seu quin-
outros parecem tal a fim de sustentar a famí-
se beneficiar de lia. Contrastando fortemente
seus atos errados. com isso, eu ouvi, numa esta-
ção de rádio, que o cidadão
mais rico de Moscou era proprietário de uma concessio-
nária Mercedes-Benz. Isto significava que ainda havia pes-
soas naquela cidade que tinham recursos suficientes para
automóveis de luxo. Se profissionais altamente treinados
como os professores e médicos estavam vivendo na pobre-
za, eu me perguntei de onde os proprietários de carros
luxuosos conseguiam dinheiro.
Asafe também viu injustiças aparentes. O que ele viu
despedaçou a sua alma. Ao descrever aqueles que pareciam
levar vantagem total e desmerecidamente, ele escreveu:
Eles não passam por sofrimento e têm o corpo saudável e
forte. Estão livres dos fardos de todos; não são atingidos por
O MAL MAIOR
Sem dúvida, o que mais incomodou a Asafe, a respeito dos
que prosperavam e dos rebeldes, era a atitude deles para
com Deus. Eles zombavam de Deus em tudo o que faziam.
Observe a que conclusões os levou a sua prosperidade:
Eles dizem: “Como saberá Deus? Terá conhecimento o
Altíssimo?” (v.11).
O comentarista da Bíblia Allen Ross escreve: “Eles
parecem não se importar e nem se preocupar com o aman-
hã. Para eles a vida é agora, e o agora parece ser eterno”.
Por quê? Eles achavam que estavam protegidos das dores
normais da vida (v.4-6), de forma que supunham que tam-
bém eram invulneráveis a qualquer resposta divina para
sua atitude, seu pecado e sua zombaria.
AS DÚVIDAS DE ASAFE
Asafe expressou a mesma preocupação no seu salmo: vale
a pena viver? Faz diferença eu tentar viver para Deus?
Encontramos poucos versos nos Salmos onde a coragem,
a honestidade e a emoção humana são vistas de forma tão
clara como no versículo 13:
Certamente foi-me inútil manter puro o coração e lavar as
mãos na inocência.
Essas são palavras fortes! “Inútil” é a palavra que
Salomão utilizou no livro de Eclesiastes, e mostra a essência
do desespero. Quando ele gritou “Que grande inutilidade!
Nada faz sentido!” (1:2), estava dizendo que a vida não tem
valor e não é digna de ser vivida. Ele estava concluindo que
tudo o que havia tentado tinha sido sem valor, inútil.