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SANTO
Revelador da Verdade,
Distribuidor dos Dons
e Produtor dos Frutos.
“Em verdade, em verdade te digo,
quem não renascer da Água e do Espírito
não poderá entrar no Reino de Deus” (João 3,5)
Ofereço este trabalho a VOCÊ
que recebeu o Batismo na Água e no Espírito Santo,
ama a Igreja, o Povo de Deus, e vive o Senhorio de Cristo.
Pe. Cláudio Weronig OMV – Cel: 041-9986-6408
E-mail: weronigclaudio@gmail.com
Paróquia São Paulo Apóstolo – Curitiba
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ÍNDICE DOS ARTIGOS
01. Capa e Índice 31. O E. Santo representante de Cristo no mundo.
02. Como ser cheio do Espírito Santo. 33. Qual é o papel do Espírito Santo em nossa vida?
04. É necessário nascer da Água e do Espírito. 34. Vida cheia do Espírito Santo.
05. Batismo no Espírito. 35. O Espírito Santo e seus Frutos.
09. A descoberta da vida cheia do Espírito. 37. Os 7 Dons do Espírito Santo.
13. A vida no Espírito Santo. 39. O Espírito Santo atuando nos seus servos.
15. Ações poderosas do E. S. na vida cristã. 41. A Pessoa do Espírito Santo.
17. Entristecimento e exinção do E. Santo. 44. Seminário de vida no Espírito.
20. O Espírito Santo na Missão da Igreja. 45. O Espírito Santo.
21. O relacionamento com o Espírito Santo. 47. O Espírito Santo nas Palavras da Bíblia.
23. O Dom do Espírito Santo. 48. Ensinamentos de Paulo sobre o Espírito Santo.
25. A força do Espírito Santo. 49. Vidas frutíferas no Espírito.
27. O Espírito nos fortalece. 50. Andando com o Espírito.
28. O Espírito Santo nas vida cristã.
COMO SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO?
Aprender como ser cheio, isto é: viver sob o controle e o poder do Espírito Santo, é a descoberta
mais importante da vida cristã. Você pode experimentar a vida abundante que Jesus prometeu e depois
levar outros a Cristo.
Jesus prometeu que nós faríamos obras maiores do que ele fez (João 14,12-14). Evidentemente
que não podemos realizar essas obras maiores por nossa própria capacidade. Elas serão o resultado da
atuação de Jesus Cristo, que veio buscar e salvar o perdido, através de nós.
Nossa responsabilidade é seguir a Cristo; a responsabilidade d’Ele é fazer-nos pescadores de
homens (Mateus 4,19).
O mesmo poder que os discípulos receberam no Pentecostes, quando foram cheios do Espírito
Santo, que os capacitou a mudar o curso da História, está a nossa disposição.
Lamentavelmente, muitos cristãos não sabem como ser cheios do Espírito Santo.
QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
O Espírito Santo é Deus, com todos os atributos da divindade. É a terceira pessoa da Trindade, co-
igual com Deus o Pai, e Deus o Filho. Há um só Deus, mas Ele se manifesta em três pessoas.
POR QUE O ESPÍRITO SANTO VEIO?
O Espírito Santo veio à terra para glorificar a Cristo e guiar-nos a toda a verdade. Na véspera de
sua crucificação o Senhor Jesus disse ao seus discípulos: "Quando vier, porém, o Espírito da verdade,
ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido,
e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e
vo-lo há de anunciar" (João 16,13-14)
É impossível conhecer a Cristo sem o Espírito Santo (João 3,5).
Ele também nos guia em nossa vida de oração e nos dá poder para testemunhar (Atos 1,8).
QUE SIGNIFICA SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO?
Ser cheio do Espírito Santo é ser cheio de Cristo e permanecer n’Ele (João 15,1-18). Ser cheio do
Espírito tem uma dupla significação:
1. Daremos fruto espiritual. Cristo que "veio salvar o perdido", pelo poder do Espírito Santo, produzirá
através de nós o resultado de almas ganhas para o Senhor (João 15,16; Mateus 4,19).
À medida que o Espírito nos controla, amadurecemos em Cristo e o fruto do Espírito se tornará
cada vez mais evidente em nossa vida (Gl 5,22,23)
2. A Palavra de Deus se tornará mais significativa para nós. Ela é a base do nosso crescimento espiri-
tual (Col 3,16). O Espírito Santo, no entanto, é quem ilumina e aplica a Palavra em nossas vidas.
POR QUE MUITOS CRISTÃOS NÃO SÃO CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO?
1. O cristão em geral vive no fracasso e não é cheio do Espírito Santo porque lhe falta conhecimento:
a. Se ele soubesse quanto Deus o ama e o poder que está à sua disposição para viver a vida
abundante, o cristão não desejaria permanecer na "carne". (Efésios 4,17).
b. Ele não compreende que, desde o momento do nascimento espiritual, Deus tornou seu poder
acessível afim de capacitar o cristão a continuar crescendo com vista à maturidade em Cristo.
c. O cristão, não sabendo como ser cheio do Espírito pela fé, vive uma vida infeliz, derrotada e
cheia de altos e baixos (Romanos 7,15-25).
d. Muitos cristãos não estão conscientes da sua herança espiritual.
2. O cristão em geral não é cheio do Espírito Santo por causa da incredulidade:
a. Muitas pessoas têm medo de Deus. Não confiam nele (Hebreus 3,19; 1João 4,18).
b. Muitos acham que Deus irá exigir deles o impossível; duvidam da extensão do amor de Deus
(Mateus 7,11).
c. Muitos julgam que Deus vai privá-los de alegrias; não compreendem a grandeza do seu plano
para suas vidas (Mt 6,33).
“Em verdade, em verdade te digo, quem não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus” (João 3,3).
É necessário que o leigo, o sacerdote, o religioso, a freira, o bispo... todos, enfim, nasçam de novo!
“É necessário renascer!” Quem nos diz isso é Jesus.
Você, como Nicodemos, pode também estar perguntando: “Como pode um homem renascer, sendo
velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer uma segunda vez?” (João 3,4).
Jesus respondeu a Nicodemos, responde a mim, a você e a todo mundo: “Em verdade, em verdade te
digo, quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no reino de Deus” (João 3,5).
É necessário renascer da água, é necessário renascer do fogo do Espírito Santo de Deus!
Se você quiser ter uma vida de alegria e em plenitude, se quiser ter Jesus vivo no coração, como seu único
Deus, Senhor, Salvador e Intercessor, se quiser ter Vida Nova e cheia de paz, não irá consegui-la pela sabedoria e
conhecimento humano, nem através das coisas materiais, nem pelas filosofias orientais e ocidentais, nem tão pouco
por qualquer poder humano, mas sim, e unicamente, pelo poder de Deus, renascendo da Água e do Espírito.
Esta é a mensagem é para mim, para você, para os homens que encontramos na vida, para nossas famílias
e para todo mundo; e queremos falar bem alto e de novo, com Cristo: “Em verdade, em verdade te digo, quem não
renascer da água e do Espírito não poderá entrar no reino de Deus” (João 3,5).
A Palavra de Deus é viva e Jesus está proclamando agora para você que vive se lamentando porque está
doente, fraco, abatido, solitário, com problemas materiais, familiares, etc., e não vê mais sentido na vida.
Sua vida terá sentido se você assumir a fé do seu Batismo e renascer do Espírito, abrindo-se ao poder, ao
dom de Deus, renunciando ao pecado, renascendo na alegria da salvação, sendo lavado no Sangue de Jesus.
“Envia Senhor, seu Espírito, enche-me com o seu Amor, me dê Força e Poder, como Jesus prometeu”!
“...descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém,
em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (Atos 1,8).
O Espírito Santo levantará os mortos pelo pecado, “porque o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23),
e nos dará vida em plenitude, vida de filhos amados de Deus Pai, para que possamos, fortalecidos e rebustecidos
pelo poder, força e dons do Espírito Santo, ser testemunhas de que Jesus vive, reina e é o Senhor!
É preciso renascer! É preciso que tudo se faça novo. O importante é que a nossa vida se faça NOVA!
“Eis que eu renovo todas as coisas” (Apocalipse 21,5ª). “Todo aquele que está em Cristo, é uma nova
criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” (2Coríntios 5,17).
E Jesus faz novas todas as coisas, através do Espírito Santo, atuando poderosamente em nós.
Abra-se ao poder de Deus para que você possa ter sabedoria, discernimento, alegia, paz e vida, vida em
plenitude, vida de Filho e Filha amada de Deus Pai!
VAMOS FAZER ISTO AGORA!
São Pedro, no dia de Pentecostes, cheio de poder e sabedoria de Deus, foi interrogado pelos judeus que se
admiravam do poder com que ele, um simples pescador, testemunhava a Morte e a Ressurreição de Jesus, provando
ser Jesus o Messias esperado: “Que devemoss fazer irmãos? Pedro lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada
um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom
dos Espírito Santo!” (Atos 1,37b-38).
Vamos fazer isto agora! Há que nascer da água (do Batismo)! Há que nascer e ser cheios do Espírito!
Há que nos reconhecermos pecadores, assumir e viver pra valer a graça recebida no Sacramento do Batismo.
Em um coração cheio de trevas, de pecados, Jesus não pode entrar, porque Jesus é Luz! Se você não quiser
que as trevas saiam do seu coração a Luz não vem. A única coisa que Deus não faz em você é romper com a sua
vontade. Mas, se você quiser nascer de novo, agora, eu tenho certeza que isso acontecerá.
Vamos orar, vamos pedir que o Espírito Santo, que é a Verdade e conhece todas as coisas, revele aos
nossos corações aquilo que devemos confessar como pecado, que devemos renunciar e pedir perdão a Deus, em
nome de Jesus!?
Vamos nos colocar agora, meus irmãos, na presença de Deus Vivo, que nos ama tanto... que nos aceita
como somos... Você sabe por que é tão importante o reconhecer, o confessar, o pedir perdão, e o arrepender-se dos
nossos pecados? Porque assim Jesus pode nos perdoar, pode nos lavar no seu Sangue Redentor e nos encher com
o Espírito Santo! Por isso, não tenhamos medo, mas com toda a confiança, seja quais forem os nossos pecados,
coloquemo-nos na presença do Senhor e peçamos perdão!
ORAÇÃO PARA RECEBER O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
“Perdão, Senhor, pelos meus pecados! Abro-me à tua Graça e invoco o teu Espírito Santo, neste
momento, para que Ele me dê o conhecimento profundo dos meus pecados... das minhas faltas! Perdão,
Senhor, por todas as minhas omissões no amor a Deus e no amor ao próximo! Perdão, Senhor, por todas as
omissões em fazer o bem! Pelo bem que tínha condição e que deixei de fazer!”
Batismo no Espirito Santo
Este artigo pretente provar que o que aconteceu em Pentecostes está acontecendo hoje na Igreja e
acontecerá de forma mais abundante no futuro: o derramamento da Graça do Batismo no Espirito Santo.
Para provar isso, vamos considerar 3 aspectos:
O Batismo no Espírito (no Antigo Testamento):
No 1° derramamento do E. Santo, houve vários antecedentes bíblicos. Apenas algumas pessoas, que teriam
missões específicas como reis, sacerdotes e juízes recebiam o Batismo no Espírito Santo quando eram ungidos.
Jz 3,9-10 Os israelitas clamaram ao Senhor, que lhes suscitou um libertador para salvá-los: Otoniel, filho de
Cenez, irmão mais novo de Caleb. O Espírito do Senhor desceu sobre ele: ele julgou Israel e saiu para a guerra. O
Senhor entregou-lhe Cusã-Rasataim, rei da Mesopotâmia, e sua mão triunfou sobre ele.
Jz 6,34 O Espírito do Senhor apoderou-se de Gedeão, o qual, tocando a trombeta, convocou os filhos de
Abieser para que o seguissem.
Jz 14,6 O Espírito do Senhor apossou-se de Sansão, e ele despedaçou o leão como se fosse um cabrito,
sem ter coisa alguma na mão;
Jz 15,14 Apoderou-se, porém, de Sansão o Espírito do Senhor, e as duas cordas que ligavam seus braços
tornaram-se como fios de linho queimado, caindo de suas mãos as amarraduras.
1Sam 10,6 O Espírito do Senhor virá também sobre ti, profetizarás com eles e tornar-te-ás um outro homem.
1Sam 16,13 Samuel tomou o corno de óleo e ungiu-o no meio dos seus irmãos. E, a partir daquele momento,
o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi.
Era notável também que o Espírito do Senhor saía, retirava-se das pessoas, ou pelo fim da missão, ou
porque cometiam algum pecado:
1Sam 16,14 O Espírito do Senhor retirou-se de Saul, e um espírito mau veio sobre ele, enviado pelo Senhor.
1Reis 22,24. Nesse momento, Sedecias, filho de Canaana, aproximou-se de Miquéias e deu-lhe uma
bofetada, dizendo: Por onde saiu de mim o Espírito do Senhor para falar a ti?
Mas o grande antecededente Bíblico do Batismo no Espirito Santo sobre um grupo de pessoas está no livro
de Números, quando Moisés ora ao Senhor: "Eu sozinho não posso suportar todo esse povo; ele é pesado
demais para mim." E o Senhor respondeu a Moisés: "Junta-me 70 homens entre os anciãos de Israel, que
sabes serem os anciãos do povo e tenham autoridade sobre ele. Conduze-os à tenda de reunião, onde
estarão contigo. Então descerei e ali falarei contigo. Tomarei do Espírito que está em ti e o derramarei sobre
eles, para que possam levar contigo a carga do povo e não estejas mais sozinho" (Números 11,14.16s).
Acontece então o Batismo no Espirito sobre o grupo, que podemos considerar o primeiro Grupo de Oração:
"O Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés; tomou uma parte do Espírito que o animava e a pôs sobre os
setenta anciãos. Apenas repousara o Espírito sobre eles, começaram a profetizar" (Números 11,25).
As promessas do envio do Espírito, feitas pelos Profetas:
Deste episódio acima citado, surge uma das promessas proféticas: "Dois homens tinham ficado no
acampamento: um chamava-se Eldad e o outro Medad, e o Espírito repousou também sobre eles, pois tinham
sido alistados, mas não tinham ido à tenda; e profetizaram no acampamento. Um jovem correu a dar notícias
a Moisés: "Eldad e Medad, disse ele, profetizam no acampamento". (Números 11,26).
Então Josué, filho de Nun, servo de Moisés desde a sua juventude, tomou a palavra: "Moisés, disse ele,
meu Senhor, impede-os". Moisés, porém, respondeu: "Por que és tão zeloso por mim? Queira Deus que todo o
povo do Senhor profetizasse, e que o Senhor lhe desse o seu Espírito!" (Números 11,28).
Ao desejo de Moisés que o Senhor desse a todo povo seu Espírito, surgem várias profecias até chegar em Jesus:
Em Ezequiel 36,25-27 encontramos a promessa do envio do Espírito: “Derramarei sobre vós águas puras,
que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominações. Dar-vos-ei um
coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um
coração de carne. Dentro de vós meterei meu espírito, fazendo com que obedeçais às minhas leis e sigais e
observeis os meus preceitos”. E em Joel 3,1-2 também: “Depois, acontecerá que derramarei o meu Espírito
sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos
jovens terão visões. Naqueles dias derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas”.
Essa profecia de Joel é especialmente importante quando formos ver o cumprimento da promessa.
Mt 3,11 “Eu vos batizo com água, (disse João B.) mas aquele que virá depois de mim é mais poderoso
do que eu e nem sou digno de carregar seus calçados. Ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo”.
Nos Evangelhos, Jesus prepara a vinda do Espírito:
Mateus 10,20 “Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós”.
João 3,5 “Respondeu Jesus: em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do
Espírito não poderá entrar no Reino de Deus”.
João 7,37-39 No último dia da festa dos Tabernáculos, estava Jesus de pé e clamava: "Se alguém tiver
sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água
viva” (Zacarias 14,8; Isaías 58,11). Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele,
pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado.
Em João 14,16 Jesus disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique
eternamente convosco”. E continua em João 14,26 “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em
meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”. E também disse em João
15,26 “Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai,
ele dará testemunho de mim”. E conclue em João 16,7 Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu
vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei”.
Atos 1,4-5.8 “E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que
esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca; porque João
batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui há poucos dias… mas descerá sobre vós
o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e
até os confins do mundo”.
O Cumprimento da Promessa:
O Cumprimento da promessa e as consequências desta Efusão do Espirito Santo é narrado no livro dos Atos
dos Apóstolos. Em Atos 2,1-4 está escrito: “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo
lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde
estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre
cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem”.
Com o Batismo no Espirito Santo, aqueles homens e mulheres que estavam trancados no Cenáculo se
transformaram a ponto de que algumas pessoas diziam que estavam embriagados.
Neste momento, Pedro, em Atos 2,14ss, anuncia que Deus cumpriu a Promessa: “Homens da Judéia e vós
todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às minhas palavras! Estes
homens não estão embriagados, como vós pensais, visto não ser ainda a hora terceira do dia (9 horas).
Mas cumpre-se o que foi dito pelo profeta Joel (3,1-5): Acontecerá nos últimos dias - é Deus quem fala - que
derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os vossos
jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei
naqueles dias o meu Espírito e profetizarão. Farei aparecer prodígios em cima, no céu, e milagres embaixo,
na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha
o grande e glorioso dia do Senhor. E então todo o que invocar o nome do Senhor será salvo”.
A experiência do Batismo no Espirito se repete também em outras narrativas dos Atos:
Atos 4,31 “Mal acabavam de rezar, tremeu o lugar onde estavam reunidos. E todos ficaram cheios do
Espírito Santo e anunciaram com intrepidez a palavra de Deus”.
Atos 8,17 “Então os dois apóstolos lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo”.
Atos 9,17 “Ananias foi. Entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Saulo, meu irmão, o Senhor
Jesus que te apareceu no caminho, enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo”.
Atos 10,44 “Estando Pedro a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a palavra”.
Atos 19,6 “E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em
línguas estranhas e profetizavam”.
Os primeiros cristãos não somente experimentavam o Batismo no Espirito Santo, mas se mantinham cheios
do Espirito:
Atos 4,8 “Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: Chefes do povo e anciãos, ouvi-me”...
Atos 6,3 “Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício”.
Atos 7,55 “Mas, cheio do Espírito Santo, Estêvão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à
direita de Deus”.
Atos 11,24 “pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão
uniu-se ao Senhor”.
Atos 13,4 “Enviados pelo Espírito Santo, foram a Selêucia e dali navegaram para a ilha de Chipre”.
Atos 13,9 “Então Saulo, chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, cravou nele os olhos e disse-lhe”:
Atos 13,52 “Os discípulos, por sua vez, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo”.
Infelizmente, depois de alguns anos, houve um esfriamento na vida de oração da Igreja. Então, somente
algumas pessoas, geralmente grandes santos e místicos acolhiam o Batismo no Espirito Santo e seus Carismas, de
forma que a situação ficou muito parecida com aquela que falávamos do Antigo Testamento, do Espírito Santo ser
derramado somente sobre alguns.
O Espírito nunca cessou de se derramar, mas as pessoas nem sempre o acolhiam. Poderíamos dizer que Ele
agia de forma mais discreta do que no início da Igreja. O vento impetuso (de Pentecostes) agora agiria como uma
brisa leve.
Batismo no Espírito Santo Hoje - Antecedentes Bíblicos
Os antecedentes bíblicos para o Batimo no Espírito Santo hoje são exatamente os mesmos que narravam o
cumprimendo da Promessa ontem, principalmente quando o Espirito Santo é derramado entre os Apóstolos reunidos
no Cenáculo com Maria, e também a repetição da experiência novamente entre eles e com os pagãos.
Promessas Proféticas
Como dissemos, depois do início da Igreja, que foi profundamente carismático, houve como que um
esfriamento dessa experiência, ficando por séculos se repetindo apenas para poucas pessoas.
Porem, entre 1895 e 1903, Soror Elena Guerra, a fundadora das Irmãs Oblatas do Espírito Santo, escreveu
doze cartas a Leão XIII, pedindo-lhe que a Igreja voltasse a dar mais atenção ao Espírito Santo.
Em resposta o papa Leão XIII publicou a encíclica “Provida Matris Caritate”, em que pedia a toda a Igreja
que celebrasse uma novena solene ao Espírito Santo, entre a Ascensão e o Pentecostes. Com isto, Elena Guerra
começou a formação de grupos de oração, a que chamava Cenáculos permanentes, para pedir a vinda do Espírito.
Leão XIII publicou ainda outra encíclica sobre o Espírito Santo, chamada “Divinum illud munnus”.
Na noite de 31 de dezembro de 1900, o Papa Leão convoca os católicos para uma vigília de oração. À meia-
noite, o Papa entoou o hino “Veni Creator Spiritus”, consagrando assim proféticamente o século que se iniciava ao
Espírito Santo. Já no final do dia primeiro, em Topeka (Kansas - USA), teve lugar uma manifestação extraordinária do
Espírito Santo, que é considerado como início do pentecostalismo. Estes irmãos protestantes estavam com o coração
aberto e neles o Espírito achou um terreno fertíl para iniciar uma obra nova.
Já pelo ano 1930, o Bispo Angelo Roncalli (futuro Papa João XXIII) esteve visitando um vilarejo na
Checoslováquia, com cerca de 300 habitantes. Era uma cidadezinha bem isolada, mas durante séculos (desde o
século XI) seus habitantes haviam experimentado todas as variedades de carismas, incluíndo línguas, curas e
milagres. A cidade inteira seria uma profecia do que haveria por vir. Infelizmente, foi dizimada em 1938 pelas tropas
alemãs, deixando poucos sobreviventes. Mas a semente de sua vida no Espírito já fora lancada na Igreja.
Tanto isso é verdade que a primeira pessoa que João XXIII beatificou foi Elena Guerra, a "apóstola do
Espírito Santo". Outra promessa profética foi quando o Papa João XXIII compôs uma oração por ocasião da
convocação do Concílio Vaticano II em que dizia, entre outras coisas: "Digne-se o Divino Espírito escutar da
forma mais consoladora a oração que sobe a Ele desde as profundezas da terra… Renovai no nosso tempo
os prodígios como num novo pentecostes…"
O Cumprimento da Promessa
Houve um fato marcante entre os dias 17-19 de Fevereiro de 1967. Alguns professores da Universidade de
Duquesne, em Pittsburg (Pensilvânia - USA) e de Notre Dame, em South Bend (Indiana - USA) haviam tido contato
com grupos carismáticos interconfessionais e experimentado o Batismo no Espirito Santo. Estes professores
propuseram um retiro, tendo como tema o capítulo 2 dos Atos dos Apóstolos. Para se prepararem, eles deveriam ler
um livro chamado “A Cruz e o Punhal”, que narrava o ministério de um pastor protestante entre as quadrilhas mais
perigosas dos bairros de Nova Iorque e a impressionante mudança de vida que acontecia com a Efusão do Espírito
Santo. Eles cantavam ao iniciar o hino “Veni Creator Spiritus”. Um dos professores perguntou em determinado
momento: "Aceitais o que o Espírito possa fazer em vós?" A resposta de Patti Mansfield, umas das participantes
foi a seguinte: "Estou atemorizada. Quero um milagre!" E outro estudante replicou: "Também eu".
Alguns dos que estavam lá, testemunham dizendo: "Uns sentiram que o amor de Deus por eles era tão
intenso, que não podiam senão chorar; outros sentiam um imenso calor a passar, como fogo, pelos seus
braços e mãos; outros sentiam ruídos na garganta e formigueiros na língua, outros falam de louvores
gozosos que saíam dos seus lábios, de um encontro pessoal com Jesus como Senhor, de júbilo e alegria
intensa, da presença do Espírito como um fogo devorador, de ânsias de oração e de ler a palavra de Deus". E
também: "Graças a ti, Senhor. Fica, fica, fica! Tu eras real! Tu existes! Tu escutas! Tu fazes milagres! Graças,
graças, graças pelo dom de Ti mesmo!"
Porém, apenas pouco mais de metade dos estudantes que participaram deste retiro receberam a efusão do
Espírito. O que impressiona é que, apesar do retiro de Duquesne ter sido considerado o marco inicial, os mesmos
milagres foram acontecendo em diversas partes do mundo, numa época em que as comunicações não tinham as
facilidades como hoje. Simplesmente surgiram de forma espontânea, pois o Espirito sopra onde quer. E o
testemunho que estas pessoas batizadas com o Espirito Santo deram foi contagiando o mundo inteiro, até os confins
da terra. Hoje, ao ligarmos a televisão, podemos ver pessoas orando em línguas, coisas que jamais veriamos à
decadas atràs. Com estes eventos, foi se criando um movimento chamado Renovação Carismática Catolica (R.C.C.),
cuja identidade está justamente no Batismo no Espírito Santo e suas consequências, e tem sua expressão nos
Grupos de Oração. Ela está organizada a nível Diocesano, Regional, Nacional e Mundial, e propõe o grupo de oração
como local privilegiado de experiência do Batismo no Espírito Santo e seus carismas.
VIDA
CONTROLADA PELO "EU"
O "EU" no centro da vida.
2. O Homem Espiritual: (aquele recebeu a Cristo e tem a sua vida dirigida pelo Espírito de Deus). "O homem
espiritual discerne todas as coisas" (1Coríntios 2,15,16).
3. O Homem Carnal: (aquele que já recebeu a Cristo, mas vive em derrota, porque confia em seus próprios
esforços para viver a vida cristã). "Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a
crianças em Cristo. Dei-lhes leite e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições para isso. De
fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Pois, visto que há inveja e divisão entre
vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos?” (1Coríntios 3,1-3).
Caridade
É Cristocêntrico Alegria
É dirigido pelo Espírito Santo Paz
Conduz outros a Cristo Paciência
Possui vida efetiva de Oração Bondade
Conhece a Palavra de Deus Afabilidade
Confia em Deus Fidelidade
Obedece a Deus Brandura
Domínio próprio
À medida que o cristão vai confiando no Senhor em todos os detalhes da sua existência e segundo a sua
maturidade em Cristo, essas características se manifestam em sua vida. Aquele que está apenas começando a
compreender o ministério do Espírito Santo não deve desanimar, se não é tão frutífero como cristãos mais maduros
que já experimentaram esta verdade por um período mais extenso.
Por que a maior parte dos cristãos não está experimentando esta "vida abundante"?
1. O Homem carnal confia em seus próprios esforços para viver a vida cristã: Ou ele não está informado a respeito
do amor de Deus, seu perdão e poder ou se esqueceu deles (Rom 5,8-10; Hebreus 10,1-25; 1João 1; 1João 2,1-3;
2Pedro 1,9; Atos 1,8). Tem uma experiência espiritual cheia de altos e baixos. Não entende a si mesmo - deseja
fazer o que é certo, mas não consegue. Deixa de receber o poder do Espírito Santo para viver a vida cristã.
(1Cor 3,1-3; Rom 7,15-24; 8,7; Gálatas 5,16-18)
O Homem Carnal - Algumas ou todas as características seguintes identificam o cristão que não confia
plenamente em Deus:
A pessoa que se declara cristã mas continua na prática do pecado, deve compenetrar-se de que talvez não
seja verdadeiramente cristã, de acordo com (1João 2,3; 3,6.9; Efésios 5,5).
A vida cheia do Espírito é a vida dirigida por Cristo, pela qual Cristo vive sua vida em nós e através de nós,
no poder do Espírito Santo (João 15). Uma pessoa se torna cristã através do poder do Espírito Santo, conforme João
3,1-8. Desde o nascimento espiritual de novo o Espírito Santo permanentemente no cristão (João 1,12; Colos 2,9-10;
João 14,16-17). Embora o Espírito Santo habite em todos os cristãos, nem todos os cristãos são cheios
(vivem sob o controle e poder) do Seu Poder. O Espírito Santo é a fonte da vida transbordante (João 7,37-39).
O Espírito Santo veio para glorificar a Cristo (João 16,1-15). Quando alguém é cheio do Espírito Santo, ele é
um verdadeiro discípulo de Cristo. Antes de ascender aos céus, Cristo prometeu enviar-nos o poder do Espirito Santo
para nos capacitar a fim de sermos suas testemunhas (Atos 1,1-9).
Respiração Espiritual
Pela fé você pode continuar a experimentar o amor de Deus e seu perdão.
Se você percebe que algo em sua vida (atitudes ou ações) desagrada a Deus, mesmo que esteja andando
com Ele e sinceramente deseje servi-lo, agradeça a Deus o perdão dos seus pecados - passados, presentes e
futuros - mediante a morte de Cristo na cruz.
Pela fé receba o amor e perdão de Deus e continue a ter comunhão com Ele.
Se você retomar o trono de sua vida através de algum pecado - o que é um ato definido de desobediência -
respire espiritualmente.
Respiração Espiritual (exalando o que é impuro e inalando o que é puro) é um exercício de fé que permite a
você continuar a experimentar o amor e o perdão de Deus:
1. Exale: confesse o pecado, reconheça que este pecado (ou pecados) é errado e desagrada a Deus e agradeça-lhe
pelo seu perdão, de acordo com 1João 1,9 e Hebreus 10,1-25. A confissão também envolve arrependimento,
uma mudança de atitude que gera uma mudança de ação.
2. Inale: submeta o controle de sua vida a Cristo e pela fé aproprie-se da plenitude do Espírito Santo. Confie em que
agora Ele o dirige e fortalece de acordo com a ordem de Efésios 5,18, e a promessa de 1João 5,14,15.
Se estas páginas ajudaram você, por favor, compartilhe com outras pessoas.
Faça milhares de cópias do folheto: "Você já fez a maravilhosa descoberta da vida cheia do Espírito?"
Assim como resultado, milhares de cristãos aprenderão como experimentar o poder e o controle do Espírito
Santo, momento após momento.
A vida abundante que Cristo prometeu a todos, fez com que se tornassem mais efetivos em compartilhar a
sua fé com os outros.
Estas experiências têm confirmado o mandamento que Cristo deu aos seus discípulos para esperar até que
eles fossem cheios do Espírito Santo antes de sair e levar ao mundo a Boa Nova (o Querigma) do Seu amor e
perdão.
Muitos cristãos, quando aprendem sobre a vida cheia do Espírito Santo, querem compartilhar Cristo como um
estilo de vida e ajudar a cumprir a Grande Evangelização em nossa geração.
A vida no Espírito Santo
O Espírito Santo é o grande sopro de Deus; é o grande alento de Deus; é a grande partilha de Deus conosco.
O Espírito Santo na Trindade é Aquele que procede do Pai e do Filho; é Aquele que tem o encargo de transbordar
para nós a Pessoa do Pai e do Filho. O Espírito Santo é Aquele que na Trindade é testemunho e promotor do amor
e do conhecimento entre o Pai e do Filho. Ele é o encarregado de prosseguir a missão de Jesus e fazer transbordar,
para nós, o próprio ser do Pai e do Filho. Jesus diz: “eu vou enviar o meu Espírito Santo, ele testemunhará para
vocês o que vocês agora não conseguem entender”.
Então Jesus está dizendo que o Espírito Santo é Aquele que transborda do Pai e do Filho para nós homens.
Muitas vezes nós limitamos o Espírito Santo a dons, virtudes, carismas, inspirações e revelações.
No entanto, o Espírito Santo é Deus e vai muito além de tudo isto, porque Ele é Deus, e, quando o Espírito
Santo transborda, Ele gera em nós a Pessoa do Pai e a Pessoa do Filho, e começa uma obra de divinização.
Quando Jesus diz: “Sede perfeitos como o Pai celestial é perfeito” está nos dando um mandato de
divinização. Jesus está nos mandando ser dóceis a esse processo de divinização que Ele está realizando em nós. E
isto é muito sério. No entanto, nós conhecemos esta obra tão profunda de uma maneira rápida e superficial.
Divinização não significa que nós nos tornamos deuses, mas que o Senhor quer fazer em nós um processo
de divinização. O Espírito Santo quer esculpir em nós a imagem de Jesus, revestir o nosso interior e exterior com a
imagem de Jesus, que é ser um outro Cristo, ser um outro Jesus. O processo de divinização realizado pelo Espírito
Santo, portanto, significa que a imagem e semelhança de Deus que foi corrompida pelo pecado (Gênesis 3,1-5) é
refeita, significa a realização da obra de redenção, de justificação, de santificação feita em nossa vida.
A Palavra de Deus nos ensina que quem não tiver em si o Espírito de Deus não pertence a Deus, não é dele:
“Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus habita em
vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é d’Ele” (Rom 8,9). Os verdadeiros filhos de Deus, diz
São João, não “nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de
Deus” (João 1,12-13). Mais adiante quando Jesus conversa com Nicodemos, diz: “Necessário vos é nascer de
novo” (João 3,7). Aquele que nasce da carne é carne, o que nasce do Espírito é espírito (João 3,6).
O Espírito Santo é Aquele que ordena a vida espiritual do homem para a caridade. É Aquele que ordena o
homem para a perfeição, porque a perfeição acontece quando o homem ama com o amor divino. O Espírito Santo é
Aquele que diviniza o homem a imagem de Jesus. E nós sabemos disso, mas nós não sabemos como isso funciona.
Por isto, podemos viver dentro de uma comunidade cristã, que serve a Igreja, e vivermos segundo a carne,
gostando do que é carnal. Mesmo vivendo dentro de uma comunidade cristã podemos não ter a abertura necessária
para que o Espírito Santo realize em nós o processo de santificação.
Para que este processo aconteça em nossas vidas, requer de nós uma abertura profunda ao Espírito, requer
uma coerência de vida que o próprio Espírito nos dá, mas que supõe a submissão da vontade do homem, do seu
sim, do seu “Fiat” (= assim seja). O que acontece muitas vezes com aqueles que dizem sim ao chamado de Jesus é
que até começaram a viver no Espírito, mas terminam por viverem na carne.
Os cristãos comprometidos, que participam de uma comunidade cristã ou de grupos de oração, muitas vezes
pensam que vivem no Espírito porque oram, porque são fiéis as orações comunitárias ou porque possuem um
ministério, e, no entanto, seus corações estão cheios de sentimentos de quem vive uma vida na carne. É necessário
que o homem dê espaço para a ação do Espírito em sua vida; se não, não crescerá na vida espiritual.
Para vivermos a vida no Espírito precisamos da ajuda deste mesmo Espírito pois precisamos deixar os frutos
da carne. Em vez disto, muitas vezes continuamos satisfazendo os apetites da nossa carne.
Precisamos pedir muito a Jesus que tire do nosso coração toda hipocrisia. Paulo diz: “Deixai-vos conduzir
pelo Espírito e não satisfazei aos apetites da carne”. Ë uma lei simples sem nenhuma complicação. O cristão que
não segue as inspirações de Deus, as inspirações do Espírito, está correndo o risco de pecar gravemente. Por que?
Porque os desejos do Espírito se opõem aos desejos da carne. Se não segue as moções do Espírito, qual a moção
que seguirá? A da carne, com certeza. E um cristão não é chamado a viver a vida na carne. Não é chamado a viver
destruindo a si próprio e aos outros. Estará fechando o seu coração para a ação da graça de Deus em sua vida.
Quais são os apetites da carne? Os apetites da carne são frutos das três concupiscências: possuir, poder
e prazer, que foram combatidos por Jesus através da pobreza, obediência e castidade. Então, se nós vivermos
pelo Espírito não satisfaremos os apetites da carne. É necessário tomarmos uma decisão. E a partir daí, orientarmos
a nossa vida segundo esta decisão. Deus nos convida a vivermos cheios do Espírito Santo.
Jesus disse a Nicodemos que tudo aquilo que não é da luz, não vem para a luz, porque tem medo de ser
revelada a sua maldade. Porém, tudo o que é de Deus, tudo aquilo que é santo vem para luz, porque não tem nada
para esconder. Há coisas em nós que preferimos não ver. Há coisas em nós que preferimos achar que está tudo
bem, porque gostamos do pecado. Nós gostamos do pecado. Não é novidade, nós gostamos do pecado. O pecado é
“bom”. Brincamos com o pecado porque ele é gostoso para nós, ele nos satisfaz na carne, apesar de matar a nossa
alma, de destruir o que temos de muito precioso, porque a morte da alma leva a morte do nosso ser.
Os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes, aos da carne. Então, para que o Senhor nos divinize
com o Espírito do seu Jesus, é preciso vivermos no Espírito e tirarmos tudo o que é carnal de nossas vidas, porque
vai fazer oposição ao Espírito, vai entristecer o Espírito, vai afastar o Espírito de nossas vidas, e vai nos fazer viver na
carne. É o inferno.
O Senhor não nos conhecerá quando chegarmos até Ele: “Meu filho eu não conheço você. Você viveu na
carne. Você cuidou de forma carnal de algo que é Espírito, uma graça espiritual, uma graça única, graça de
pouquíssimos, de privilegiadíssimos. Você cuidou dessa graça, você cuidou da condução do Espírito nessa
graça como homem natural e o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são
loucuras” (1Coríntios 2,14). “Quem semeia na carne, da carne colherá corrupção; quem semeia no Espírito, do
Espírito colherá a vida eterna” (Gálatas 5,8).
Seremos fortes enquanto vivermos no Espírito. Nossa vida será coesa enquanto vivermos no Espírito. Ela
será cheia de poder, enquanto vivermos no Espírito. E somente cheios do Espírito poderemos realizar as mesmas
obras de Jesus ou até maiores do que elas (João 14,12).
As obras da carne são, como nos ensina Paulo: “Fornicação, impureza, libertinagem, idolatria,
superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio...” (Gálatas 5,18-21).
Precisamos refletir se estamos vivendo no Espírito ou na carne, porque aqueles que agem através dessas
obras da carne, como querem ser cheios do Espírito? Como querem ter vida de oração? Deus vai derramar o Seu
Espírito, a Sua graça sobre aqueles que estão de coração aberto e lutam contra estas obras da carne.
Se nós vivemos na carne, a nossa vida de oração é uma mentira. É melhor não rezar. É melhor rezar o salmo
mecanicamente, sem rezar nenhum minuto no Espírito, para ver se pela Palavra Deus realiza a nossa conversão.
As nossas centralizações, o lugar onde colocamos o nosso coração se não estiver em Deus, certamente nos
levará a realizar as obras da carne. Não é aquela pessoa, aquele namorado, aquele desejo, aquele plano... que
devem ser o centro da nossa vida, mas únicamente Deus. Deus é o centro de tudo, não podemos sair por aí
colocando outros deuses na nossa vida. Desejar viver a vida no Espírito significa dizer que somos esposas de Jesus,
que queremos ser d’Ele.
Nós muitas vezes mitigamos nossos conceitos morais, porque nós com nossa libertinagem que atinge níveis
que não podemos imaginar, vamos mitigando a nossa vida cristã. Deus nos pede uma vida como a sua, de
penitência, de renúncia, de abandono, de sacrifício, de compromisso; mas nem parece, porque estamos sempre nos
justificando para fazermos exatamente o contrário. Dessa forma vamos mitigando a nossa vida cristã.
Outra situação não rara é em relação a oração pessoal, terço, estudo bíblico, a vida sacramental.
Começamos até muito bem, mas depois vamos nos descuidando, nos contentamos com pouco: “afinal de
contas já está tão tarde e hoje eu já fiz tantas coisas para Jesus”. Libertinagem não é só ir para festas
carnavalescas, aderir ao sexo livre, é também irmos mitigando as coisas de Deus, as exigências do Evangelho, é nos
entregarmos a vida na carne, é não termos uma amor a Deus concreto e indiviso, um amor total.
Tudo isto é fruto da mitigação, da vida mais ou menos, da entrega de vida com reservas, sem nos
abandonarmos inteiramente. Parece que queremos que aconteça o impossível: colocar o Evangelho dentro da nossa
medida. E isto é deslealdade, é cometer uma grave injustiça contra Deus que é o Senhor de tudo.
Isto é tentar a Deus, dissimular, mentir, enganar a si mesmo e o pior, enganar também a Deus. Isso acontece
porque os apetites da nossa carne não estão submetidos à condução do Espírito Santo. Não cedemos aos apelos do
Espírito que de forma profunda vencem os apelos carnais. “Não nos consideramos mortos ao pecado, porém
vivos para Deus” (Rom 6,11). Oferecemos os nossos membros ao pecado, em vez de oferecê-los como instrumento
do bem a serviço de Deus (Rom 6,13). E isto é libertinagem, lugar de desordem, cada um faz o que quer. Isto é
destruir vocações cristãs e a vida espiritual.
Começa então a existir no meio cristão inimizades, brigas, fofocas, ciúmes, ódio, escândalos...Tudo isso é
libertinagem! Tenhamos cuidado porque desta forma ficaremos cheios não do Espírito Santo e sua graça, mas das
coisas mundanas. É preciso que aconteça a decisão se queremos Deus ou as coisas do mundo que satisfazem
nossa carne manchada pelo pecado, como as orgias, invejas, bebedeiras, ciúmes, competições... “dessas coisas
vos previno, como já vos preveni, os que as praticam não herdarão o Reino de Deus”, como nos exorta Paulo
em Gálatas 5,21. Acontece ao contrário com aquele que se lança nos braços do Espírito Santo, este é leal, é
verdadeiro, porque deseja fazer a vontade de Deus, é aquele que se decidiu por Deus sem reservas, é um sábio,
conheceu aonde se encontra o verdadeiro tesouro, nenhum brilho é capaz de ofuscar a sua decisão por Deus.
Além de tudo isto precisamos experimentar a alegria de pertencer ao Senhor, pois é a única fonte de alegria,
é o único que pode saciar-nos. O amor de Deus é muito maior que discórdia, do que o ciúme, do que a inveja, do que
a centralização em mim mesmo, do que a minha opinião.
Estas coisas podem até me trazer uma satisfação, mas é satisfação como a do vinho, que trás aquela
euforia. Mas esta euforia é passageira e deixa uma tremenda dor na alma e no corpo.
A vida na carne pode nos trazer um prazer carnal, mas nos mata, por isso devemos buscar somente a alegria
que vem de pertencermos a Deus, de desfrutarmos do seu amor que nos cura e salva. Tudo que existe no mundo
não se compara ao amor de Deus por nós, não se compara a felicidade que desfrutamos pelo fato de pertencermos a
Deus, dele ser o Senhor de nossa vida. As coisas do mundo podem até serem deliciosas, mas não são tão deliciosas
como a vida com Deus, a vida no Espírito, por isso devemos nos decidir em entregarmos a nossa vida a Ele, em nos
darmos inteiramente a Ele, à Sua vontade, à vida no Espírito que contraria os nossos desejos carnais. Preferimos
nos consumir na penitência, na continência, no silêncio, para que desfrutemos plenamente do amor de Deus e não
andemos enganados com outros amores.
Fonte: Arquivo Shalom
Ações poderosas do Espírito Santo
na vida do cristão
Quando a Palavra de Deus cita pela primeira vez alguém, ela descreve sobre as características da
pessoa de quem fala.
E em Gênesis 1,2 diz que a característica do Espírito Santo é que Ele se move: “… e o Espírito de
Deus pairava por sobre as águas.”
De três coisas negativas que podem acontecer na trajetória da vida cristã, duas delas atingem
todos os cristãos durante sua vida (em algum tempo):
1. ACOMODAÇÃO: Se você pára, se acha que já sabe de tudo, se teu padrão de santificação é bom,
saiba que acomodação não é sinônimo de estabilidade, é sinônimo de regressão.
ACOMODAR = REGREDIR. Se você se acomodar vai levar uma vida cristã medíocre e isto pode
levar você ao...
2. ESFRIAMENTO ESPIRITUAL = PERDA DO PRAZER NAS COISAS DE DEUS. Se você perder o
prazer nas coisas de Deus, o Reino de Deus não é mais priorizado em sua vida. Se sua fé esfria
vai haver aquecimento de sua natureza pecaminosa e velhos hábitos ressurgem em nossas vidas
que já haviam sido vencidos e acontecem três coisas:
a) cobiça da carne;
b) cobiça dos olhos;
c) soberba da vida.
E se se acomoda, vive uma vida cristã medíocre, sem prazer nas coisas de Deus, você está
vivendo no limite e poderá entrar na terceira negativa que é muito perigosa:
3. A QUEDA = que é pecar, desobedecer a Deus. (2Pedro 2,20-21). Quando cai na fé seu estado é
pior do que antes de ter conhecido Jesus; apostata da fé; ser levado à condenação.
Ações poderosas do Espírito Santo na nossa vida: Rm 8,6-26, Hb 5,9
A – RENOVAÇÃO = restabelecer
1. Ação do Espírito Santo que trabalha na nossa vida para restabelecer o progresso da vida cristã.
Cria um movimento novo na nossa vida para restabelecer a vida cristã progressiva.
(pode ser uma ação ou um fato, seja positivo ou negativo).
2. O spírito Santo fala através de uma palavra poderosa na vida do cristão <revelação, visão, fala
direto ao seu coração> para tornar a ter vigor, tornar a ficar satisfeito.
4. O Espírito Santo utiliza um derramar de Sua presença sobre a pessoa e tira a pessoa do lugar de
frieza.Trabalha na área da queda
Renovação = fazer de novo, reconstruir, reformar.
Ação sobrenatural do Espírito Santo que liberta, regenera e tira os hábitos. Rom 8,26
B – SUSTENTAÇÃO = ajuda nas nossas fraquezas, assistência contra toda oposição:
INTERNA: Mateus 26,41. A natureza é fraca. Quando somos dominados por fraqueza fica fácil
ceder, pecar, perder o ânimo, não tem força para prosseguir e vencer, dominado por covardia.
O Espírito Santo nos sustenta para que estas fraquezas não sejam motivo de nossas derrotas.
EXTERNA: 2Coríntios 2,10-11 Porque não desconhecemos os seus ardis.
Efésios 6,10 Fortalecei-vos.
O Espírito Santo nos sustenta para que estas fraquezas não seja motivo de nossas derrotas:
a) Intercede por nós com gemidos inexprimíveis – profundidade e a grandeza da intercessão.
b) Ação direta de seu poder para nos sustentar. E sustenta para que a tua fraqueza não o leva
para guerra. Gálatas 5,17.
O Espírito Santo fala ao nosso coração, em apoio, em alerta… “sai desse lugar, sai fora, cuidado”
O Espírito Santo tem poder para fazer oposição contra a carne assitência contra qualquer coisa
que se oponha – você passa a ser guiado pelo Espírito Santo.
C – DIREÇÃO – O Espírito Santo tem autoridade para dirigir (guiar) a vida de qualquer pessoa.
Quem é que está dirigindo a sua vida?
- tem gente que está sendo dirigida por utopias (ilusão de vida)
- tem gente que é dirigida por mentiras: fala o que não vive, o que não tem
(pensa que a mentira é verdade).
- Outros são dirigidos por jogo de interesses (políticos, econômicos, pessoais).
- Aqueles que são dirigidos por suas emoções (Jeremias 17,9).
- Alguns são dirigidos pela lógica (Provérbios 14,12).
- Outros dirigidos por sua inteligência.
- Outros por crendices (astrologias, caras, cristais etc).
- Outros dirigidos por ignorância espiritual (fora da Palavra de Deus)
- Outros dirigidos pelo diabo.
- Outros pela mídia.
O significado da santificação:
Essencialmente, a santificação significa um ato de Deus separando alguma coisa ou pessoa para
um serviço sagrado. No Novo Testamento, santificação significa a separação do homem do pecado e a
dedicação de sua vida ao serviço de Deus, para uso do Senhor.
Você há de convir que ser alguém apenas separado do pecado não é essencial. Assim, a obra do
Espírito Santo estaria incompleta. A pessoa precisa ser separada para Deus e seu serviço (2Timóteo
2,21).
Quando sentimos os impulsos da velha natureza (o homem carnal), podemos também estar certos
de que temos um maravilhoso “aliado” na pessoa do Espírito Santo. Por este divino poder nos é possível
viver vitoriosamente.
Enquanto a natureza decaída tenta equilibrar-se e impedir a obra do Espírito Santo em nossas
vidas, o Espírito Santo também reage e dá ao cristão o sincero desejo de vencer e dominar as obras da
carne.
Certos de que o Espírito tem uma natureza santa como indica seu nome, facilmente concluímos
que estarmos ou permanecermos cheios do Espírito (Efésios 5,1) é o meio mais seguro para obtermos a
santificação que tem caráter instantâneo e progressivo, ou seja, é produzida em nós instantaneamente
pelo Espírito Santo e por Ele conservada durante os anos da nossa peregrinação nesta vida (Gálatas
5,16.25).
Obstáculos à santificação
Mesmo que o cristão tenha sido feito participante da natureza divina, a velha natureza, o “eu”, “o
orgulho” ainda está presente, tentando firmar-se e obter o controle de nossa vontade e de nossas ações.
Prender a natureza carnal ou pretender simplesmente dominá-la, por meios próprios, resulta em um
completo fracasso. “A carne se opõe ao Espírito” (Gálatas 5,16). A carne produz as obras cujo fim é a
morte.
Portanto não esqueçamos que a natureza carnal é um grande obstáculo a santificação.
É o Espírito Santo na vida do cristão que domina a natureza carnal e produz a santificação.
A necessidade da santificação
“Sem santificação ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12,14). O fruto do Espírito é representado
por 9 virtudes que são a expressão do caráter divino e representam essencialmente o amor de Cristo.
Contra essas qualidades espirituais não há lei ou condenação (Gálatas 5,22-23).
O Espírito Santo, o agente, aquele que dá a cura divina.
Vamos aqui considerar aqui 3 pontos:
1. O Espírito Santo distribui os dons de curar:
Em 1Coríntios 12,11, o Apóstolo Paulo inclui os “dons de curar” entre os demais dons, e finaliza:
“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada
um como quer”.
Assim você pode ver que o Espírito Santo está presente em todos os casos em que a necessidade
da criatura humana o requer.
2. Espírito Santo sustenta a vida do homem:
Felizmente, muitos servos de Deus não somente crêem na cura divina, mas também na
preservação da saúde e manutenção da vida, com vistas aos interesses do reino de Deus.
Em Jó 33,4 lemos: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo poderoso me dá vida”.
Este trecho nos apresenta o Espírito de Deus como criador e sustentador da vida do homem.
3. O Espírito Santo torna reais as provisões de Cristo:
O Espírito é o agente de Deus para a restauração da nossa saúde. Ele torna real para nós as
provisões da obra redentora de Cristo, tanto para o nosso corpo como para nossa alma.
Realmente, o Espírito Santo, embora invisível, é real e justamente o agente eficaz, ministrando em
nosso físico.
O ESPÍRITO SANTO,
REPRESENTANTE DE CRISTO NO MUNDO
Quando Cristo estava perto de ir ao céu, prometeu aos seus discípulos um dom inestimável: "Mas eu lhes
afirmo que é para o bem de vocês que Eu vou. Se Eu não for, O CONSELHEIRO não virá para vocês; mas se
Eu for, Eu O enviarei. Mas, quando o ESPÍRITO DA VERDADE vier, ELE OS GUIARÁ a toda a verdade. ELE ME
GLORIFICARÁ, porque receberá do que é Meu e o tornará conhecido a vocês" (Jo 16,7.13-14). No plano divino,
Jesus precisava voltar para o céu como nosso representante diante de Deus, e "se apresentar diante de Deus em
nosso favor" (Hbr 9,24). Enquanto nosso crucificado o Senhor nos representa no céu, nós também temos o Espírito
Santo como nosso CONSELHEIRO e GUIA aqui na terra. Ele é o representante direto de Jesus. Enquanto estava
aqui, a atuação de Jesus era confinada ao corpo humano, e Ele não conseguia estar presente em todos os lugares.
O Espírito Santo não tem tais limitações. Ele pode servir como um Conselheiro e Guia pessoal para incontá- veis
pessoas, em muitos lugares ao mesmo tempo. Cristo supre nossas necessidades através do Espírito Santo.
QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
A maioria de nós consegue se relacionar com Deus-Pai se o imaginamos como o pai mais cuidadoso e
bondoso que já conhecemos. E podemos imaginar Jesus, o Filho, porque Ele viveu entre nós como uma pessoa. Mas
quanto ao Espírito Santo, temos dificuldades de imaginá-lo e nos relacionarmos com Ele. Não temos nenhuma
comparação humana para facilitar. A Bíblia nos dá informações específicas sobre o Espírito Santo: uma Pessoa.
Jesus se referiu ao Espírito Santo como uma pessoa, um membro da Trindade, juntamente com Deus-Pai e Deus-
Filho: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo" (Mt 28,19). O Espírito tem características pessoais: uma mente (Rom 8,27); sabedoria (1Cor 2,10);
sentimentos de amor para conosco (Rom 15,30); sentimentos de aflição quando pecamos (Ef 4,30); a habilidade
de nos ensinar (Neemias 9,20); poder para nos guiar e envolvimento na Criação. O Espírito Santo participou na
formação de nosso mundo com o Pai e o Filho: "No princípio criou Deus os céus e a terra... e o ESPÍRITO DE
DEUS pairava sobre as águas" (Gênesis 1,1-3).
AS ATIVIDADES DO ESPÍRITO SANTO
1. TRANSFORMA O CORAÇÃO HUMANO. Em seu encontro com Nicodemos, Jesus enfatizou o papel do Espírito
Santo em transformar o coração humano: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se
não nascer da água e do Espírito". Jo 3,5. "Nascer do Espírito" significa que o Espírito nos dá a chance de
recomeçar. É mais do que uma mudança de comportamento. O Espírito nos transforma de dentro para fora,
cumprindo a promessa: "Darei a vocês um coração novo" (Ezequiel 36,26).
2. NOS ALERTA SOBRE O FAZER O MAL E NOS DÁ UM DESEJO DE SANTIDADE: "Quando Ele, o Espírito
Santo, vier, CONVENCERÁ o mundo do PECADO, DA JUSTIÇA e do juízo" (Jo 16,8). Quando você ouve a
história da transformação de uma pessoa que deixa um estilo de vida imoral e se volta para Deus, tornando-se
assim um cônjuge fiel e um pai provedor, lembre-se de que cada passo dado na direção dessa completa
transformação veio como resultado da motivação do Espírito Santo.
3. NOS GUIA EM NOSSA VIDA CRISTÃ. Cristo fala diretamente através da suave voz do Espírito. "Quer você se
volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: Este é o caminho, siga-o" (Is
30,21). Através da transmissão por satélite, nossas TVs trazem imagens e rostos provenientes de um país
estrangeiro até o centro de nossa própria sala. O Espírito Santo age como um pequeno satélite de Deus, trazendo
a presença de Cristo do céu à terra, aproximando-O de nós quando mais precisamos dEle (Jo 14,15-20).
4. AJUDA NOSSA VIDA DE ORAÇÃO. "Não sabemos como orar, MAS O PRÓPRIO ESPÍRITO INTERCEDE
POR NÓS com gemidos inexprimíveis" (Rom 8,26-27). Quando estamos lutando para encontrar as palavras
certas, o Espírito está orando em nosso favor. Quando ficamos tão desencorajados que conseguimos apenas
murmurar a Deus algumas palavras, o Espírito amplifica nosso débil clamor por ajuda e o transforma numa
poderosa oração a ser apresentada diante do trono de Deus, onde Jesus agora ministra.
5. DESENVOLVE AS QUALIDADES E O CARÁTER CRISTÃO. O Espírito transforma indivíduos espiritualmente
estéreis em pessoas tão férteis como árvores que produzem todos os tipos de frutos: "MAS O FRUTO DO
ESPÍRITO é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio"
(Gál 5,22-23). Ter o fruto do Espírito demonstra que estamos ligados à videira verdadeira, Jesus (Joao 15,5).
Jesus, na verdade, pode viver Sua vida abundante através de nós pelo poder do Espírito.
6. NOS PREPARA PARA TESTEMUNHAR. Jesus promete: "MAS RECEBERÃO PODER quando o ESPÍRITO
SANTO descer sobre vocês, e serão MINHAS TESTEMUNHAS... até os confins da terra" (Atos 1,8). Todos os
que desejam podem se tornar testemunhas pelo Espírito. Talvez não tenhamos todas as respostas, mas o Espírito
pode nos dar uma história para contar que toque corações e mentes. Os apóstolos tinham dificuldades de se
comunicar antes do Pentecostes, mas depois que o Espírito desceu, eles proclamaram a Cristo com tanto poder
que "transtornaram o mundo" (Atos 17,6).
OS DONS DO ESPÍRITO
A Bíblia fazem distinção entre o dom da presença do Espírito, dado por Deus aos cristãos para que tenham uma vida
cristã vitoriosa, e os dons do Espírito distribuídos para que exerçam um ministério eficiente de diferentes maneiras.
"Quando Ele subiu em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros, e deu dons aos homens. Ele
designou alguns para Apóstolos, outros para Profetas, outros para Evangelistas, e outros para Pastores e
Mestres, com o fim de preparar os Santos para a obra do ministério" (Ef 4,8.11-12).
Os cristãos não recebem a totalidade dos dons; alguns recebem mais que outros; o Espírito os "distribui
individualmente, a cada um, como quer" (1Cor 12,11). O Espírito capacita cada cristão para desempenhar de
maneira especial sua função no plano de Deus. Deus sabe quando e onde dar os dons para que seu Povo e sua
Igreja sejam mais abençoados. Outra lista de dons espirituais encontradas em 1Coríntios 12,8-10 inclui sabedoria,
conhecimento, fé, cura, profecia, falar em línguas e a interpretação das línguas. Paulo nos aconselha a buscar "com
dedicação os melhores dons", e acrescenta: "Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente"
(1Cor 12,31). O capítulo do amor (1Cor 13) que se segue a esse verso enfatiza que o "caminho mais excelente" é
o caminho do amor. E o amor é fruto do Espírito (Gál 5,22). Nossa preocupação deveria ser buscar o fruto do Espírito
e então deixar que o Espírito distribua seus dons entre nós como quiser (1Cor 12,11).
A ABUNDÂNCIA DO ESPÍRITO NO PENTECOSTES
No dia de Pentecostes, o Espírito foi derramado de maneira ilimitada, cumprindo a promessa de Jesus:"Mas
receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas até os confins da
terra" (Atos 1,8). Naquele dia, o Espírito capacitou os Apóstolos a comunicarem o Evangelho de maneira clara no
idioma das pessoas vindas "de todas as nações do mundo" (Atos 2,3-6). Alguns estudiosos da Bíblia comparam a
vinda do Espírito à temporada das chuvas do princípio do outono e no final da primavera na Palestina (Joel 2,23). O
Espírito descendo no Pentecostes foi como a "chuva temporã" do outono, que fazia as sementes brotar e proveu
nutrição vital para a igreja cristã em seus primórdios.
A CHUVA DO ESPÍRITO
A profecia bíblica fala de um dia vindouro no qual o Espírito de Deus será derramado abundantemente sobre
a Igreja, dando poder aos membros da Igreja para testemunharem (Joel 2,28-29). Séculos já se passaram e a história
da salvação foi espalhada pela maior parte da terra. Agora é o tempo para a "chuva temporã", para amadurecer o
grão, deixando-o pronto para a colheita.
À medida que a história ruma para o seu clímax, precedendo a 2ª vinda de Cristo, Deus preparará cada
cristão sincero para céu através de um grande derramamento do seu Espírito.
Está você experimentando atualmente a "chuva temporã" que está preparando a Igreja para a "chuva" do
Espírito? Está você vivendo uma vida cheia do Espírito? À medida que você for recebendo poder do Espírito, está
você disposto a deixar Deus usar você para comunicar as novas do seu incrível amor e do seu breve retorno?
CONDIÇÕES PARA RECEBER O ESPÍRITO SANTO
No Pentecostes, o Espírito Santo impulsionou aqueles que ouviram o evangelho a clamarem: "Irmãos, que
faremos?" (Atos 2,37). "Pedro respondeu: 'ARREPENDAM-SE E cada um de vocês SEJA BATIZADO em nome
de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e RECEBERÃO O DOM DO ESPÍRITO SANTO" (At 2,38).
Arrepender-se, deixar o caminho de uma vida pecaminosa e se voltar para Cristo, é uma condição para
receber o dom do Espírito. Para ter o derramamento do Espírito em nossa vida, precisamos primeiramente nos
arrepender e comprometer nossas vidas com Cristo. Jesus também enfatizou que o desejo de seguí-lo e obedecê-lo
era uma condição para o recebimento do dom do Espírito Santo (João 14,15-17).
UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO
Antes de deixar este mundo, Jesus deu as seguintes instruções a Seus seguidores: "Não saiam de
Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai... Pois João BATIZAVA COM ÁGUA, mas dentro de
poucos dias vocês serão BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO" (Atos 1,4-5).
Vez após outra as Escrituras indicam que o cristão deve ser "cheio do Espírito Santo" (Atos 2,4; 4,8; 4,31;
6,3; 7,55; 9,17; 13,9; 13,52; 19,6). O Espírito Santo dá realização e beleza à vida do cristão, pois viver uma vida cheia
do Espírito atinge o ideal de Cristo para nós. Ao descrever a vida cristã cheia do Espírito, Paulo fez a seguinte oração
pelos cristãos da igreja: "oro para que com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser
com poder, por meio de seu espírito, para que cristo habite no coração de vocês mediante a fé... àquele que é
capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que
atua em nós" (Ef 3,16-17.20).
Podemos, com a guia do Espírito Santo em nossa vida, fazer muito mais do que éramos capazes
anteriormente. Com novos desejos e novas capacidades, somos capacitados a andar confiantemente para frente ao
invés de apenas tentar lidar com os problemas da vida. Essa experiência de “ser cheio do Espírito” é renovada a
cada dia, através da oração e do estudo da Bíblia.
A oração nos mantém em contato íntimo com Cristo, e estudar a Palavra de Deus nos mantém concentrados
em seus recursos. Isso quebra qualquer barreira entre nós e Cristo que possa evitar que Ele derrame sobre nós seu
dom do Espírito. É assim que crescemos e substituímos hábitos e atitudes maus por qualidades saudáveis.
Romanos 8, oferece uma descrição empolgante da vida cheia do Espírito. Leia o capítulo quandopuder, e
atente para a quantidade de vezes que Paulo aponta para o "Espírito" como a fonte do poder por trás da vida cristã.
Você já descobriu como é maravilhosa a vida cheia do Espírito? Está você consciente da presença do
Espírito em sua vida? Está experimentando seu poder? Que você possa abrir sua vida ao maior poder do universo
hoje mesmo.
Qual é o papel do Espírito S. em nossa vida?
De todos os presentes que Deus tem dado à humanidade, não há um maior do que a
presença do Espírito Santo. O Espírito tem muitas funções, papéis e atividades.
Primeiro, Ele trabalha nos corações de todas as pessoas em todos lugares. Jesus disse
aos seus discípulos que Ele enviaria o Espírito ao mundo para convencer “o mundo do pecado,
da justiça e do juízo” (João 16,7-11).
Todo mundo tem uma consciência de que Deus existe, querem eles admitam ou não, pois
o Espírito aplica as verdades de Deus às mentes dos homens para convencê-los com argumentos
suficientes e justos que são pecadores. Responder a essa convicção leva os homens à salvação.
Quando somos salvos e pertencemos a Deus, o Espírito passa a residir em nossos
corações para sempre, selando-nos com a promessa que confirma, certifica e assegura nosso
estado eterno como Seus filhos.
Jesus disse que Ele enviaria o Espírito para ser nosso Consolador, Conselheiro e Guia:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre
convosco” (João 14,16).
A palavra grega traduzida como “consolador” significa um que é chamado para o lado de
alguém, e dá a idéia de alguém que encoraja e exorta.
A palavra “a fim de que esteja” tem a ver com sua residência permanente nos corações
dos cristãos (Romanos 8,9; 1Coríntios 6,19-20; 12,13).
Jesus enviou o Espírito como uma “compensação” por sua ausência, para executar as
funções que Ele mesmo teria executado se tivesse permanecido pessoalmente conosco.
Uma dessas funções é aquela de ser revelador da verdade. A presença do Espírito dentro
de nós nos capacita a entender e interpretar a sua Palavra.
Jesus disse aos seus discípulos: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos
guiará a toda a verdade” (João 16,13).
Ele revela a nossas mentes o “conselho” completo de Deus em relação a louvor, doutrina
e vida cristã. Ele é o verdadeiro guia, indo na nossa frente, mostrando o caminho, removendo os
obstáculos, abrindo as portas para entendimento e fazendo todas as coisas claras e simples.
Ele nos mostra o caminho que devemos seguir em todas as coisas espirituais. Sem um
guia assim, seríamos propensos a cair em erro.
A verdade que Ele revela é que Jesus é quem Ele disse ser (João 15,26; 1Coríntios 12,3).
O Espírito nos convence da divindade de Cristo, e que Ele é o Filho de Deus, da sua En-
carnação, que Ele é o Messias, de seus sofrimentos e morte, sua ressurreição e ascensão, sua
exaltação à direita de Deus, e de sua função como o Juiz de tudo. Ele dá glória a Cristo em tudo
(João 16,14). Uma outra parte de sua função é aquela de distribuidor de dons.
Em 1Coríntios 12, Paulo descreve os dons espirituais dados aos cristãos para que possam
funcionar como o Corpo de Cristo na terra. Todos esses dons, grandes e pequenos, são dados
pelo Espírito para que possamos ser seus embaixadores ao mundo, mostrando sua graça e O
glorifiquemos.
O Espírito também funciona como o produtor de fruto em nossas vidas. Quando Ele habita
em nós começa o processo de produzir e colher frutos em nossas vidas: “amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança” (Gál 5,22-23).
Estes não são frutos da carne, incapazes de produzir tais frutos, mas são os produtos da
presença do Espírito em nossas vidas.
Teremos este conhecimento: o Espírito Santo de Deus passa a residir em nossas vidas;
executa todas essas funções tão milagrosas; Ele habita em nós para sempre e nunca vai nos
abandonar ou deixar. Tudo isso é motivo de grande alegria e conforto. Graças a Deus por esse
presente tão precioso: o Espírito Santo e seu trabalho em nossas vidas!
Pe. Cláudio Weronig OMV - Cel: 9986-6408 - E-mail: weronigclaudio@gmail.com
Vida cheia do Espírito Santo
Diác. Misael da Silva Cesarino
Quando a Igreja nos convida a sermos discípulos-missionários de Jesus, no intimo deste convite está o
encontro com uma pessoa: Jesus Cristo. Esse encontro só é possível quando o buscamos e nos conformamos a
Ele, por uma vida de filhos de Deus. Essa conformação se dá pela nossa filiação divina, acontecida no Batismo, por
ela recebemos o Espírito de Filhos de Deus, isto é o Espírito de Cristo, o Espírito Santo. Ora, ter o Espírito de Cristo é
comum a todos os batizados, porém para viver um dinamismo apostólico, ou melhor, para viver um discipulado
dinâmico, evangelizador é preciso viver uma vida cheia do Espírito Santo.
Ser cheio do Espírito Santo, ou batizado no Espírito Santo é um ensinamento bíblico de um grandíssimo
valor e máxima importância para a Igreja. Não podemos negá-lo, simplesmente porque alguns não aceitam e não
procuram praticá-lo. Se está na Bíblia Sagrada devemos acolhe-lo com solicitude cristã.
Se muitas vezes vivemos um cristianismo sem vida, apático, da mesmice, num devocionalismo
inconseqüente, um batismo sem comprometimento eclesial, onde se pratica a fé somente por legalismo religioso, é
porque está faltando poder espiritual em nossa vida. Esta faltando uma vida cheia do poder do Espírito Santo.
Estamos vendo e vivendo nos dias de hoje uma dicotomia entre a fé e a vida. Estamos convivendo com dois tipos de
batizados em nossas comunidades: os carnais e os espirituais.
Existe o cristão que foi batizado, recebeu o Espírito Santo mas não O vive (é o carnal), e o cristão que tem
e vive uma vida cheia do Espírito Santo (é o espiritual).
Ambos foram batizados, ambos receberam o Espírito, porém, o primeiro é batizado, recebeu o Espírito Santo,
mas vive sob os desejos da carne, ele é “o homem carnal” (Gálatas 5,16-21). Ele possui o Espírito Santo, mas o
Espírito não o possui, pois ele não dá liberdade para o Espírito Santo que está no seu coração agir e orientar a sua
vida. Ele vive das coisas mundanas, anda nas cobiças da carne, satisfazendo suas paixões. Ele semeia na carne e
da carne há de colher.
Mas o segundo vive segundo o Espírito. É “o homem espiritual”. Ele busca no cotidiano a encher-se do
poder de Deus, permitindo que o Espírito tenha espaço na sua vida, deixando ser possuído pelo Ele. Ele vive, anda,
submete, semeia no Espírito e do Espírito ceifará. É essa possessão que nos chamamos de batismo do Espírito
Santo. Isto é verdadeiramente o poder do Espírito Santo agindo na vida do batizado, tornando-o discípulo missionário
de Cristo, capaz de testemunhar a salvação que o Senhor nos conquistou.
No Antigo Testamento encontramos 2 Profetas do Senhor referindo-se ao batismo do Espírito Santo:
O primeiro é Isaias (44,3-4), que escreveu: “Porque derramarei água sobre o solo sequioso, fá-la-ei
correr sobre a terra árida, derramarei meu Espírito sobre tua posteridade, e minha bênção sobre teus
rebentos. Crescerão como a vegetação irrigada, como os álamos à beira dos arroios”.
O outro é Joel (2,28-30), que escreveu o seguinte: “Depois disso, acontecerá que derramarei o meu
Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e
vossos jovens terão visões. Naqueles dias, derramarei o meu Espírito sobre os escravos e as escravas”.
Quando olhamos o livro dos Atos 2,1-41, vemos como foi eficaz a pregação dos Apóstolos depois do batismo
no Espírito Santo em Pentecostes. A partir deste dia houve eficácia na ação evangelizadora deles.
Essa experiência do Pentecostes da Igreja primitiva nos indica um caminho que deve ser seguido por
qualquer batizado que se fez discípulo-missionário de Jesus Cristo.
O próprio Apóstolo Pedro quando toma a palavra em Atos 2,14 afirma citando (Joel 3,1-5) que o Pentecostes
ali acontecido era o cumprimento da Promessa escatológica do Espírito Santo (At 2,15-21).
E após esse derramamento do Espírito Santo, Pedro passa a anunciar com poder o “Querígma” (Atos
2,22-36) fala dee Jesus Cristo “Messias e “Senhor”, como aquele que dá sem medida o Espírito Santo.
O Espírito que habita no batizado que se fez discípulo-missionário, quer a sua colaboração para poder
irradiar o Evangelho de Jesus Cristo, e Ele só realiza isso por meio de homens cheios do Espírito Santo – homens
espirituais.
A evangelização do mundo requer do batizado disponibilidade à ação do Espírito Santo. Isso só se cumprirá
na vida do batizado, sempre que ele se esvaziar do seu “eu” com todos os seus inumeráveis periféricos, e dar lugar
a Cristo em seu coração. Se assim proceder, o Espírito Santo o possuirá e será um discípulo-missionário de Cristo
cheio do Espírito, conforme os Atos.
Se queremos viver nosso batismo como discípulos-missionários, na plenitude do poder do Espírito Santo,
precisamos acertar nosso relacionamento de filhos com nosso Deus e Pai.
Lembremos que o Deus dos dias da Igreja primitiva, o Deus dos Apóstolos é o mesmo dos dias de hoje.
Ele não mudou e jamais há de mudar, portanto o que aconteceu naqueles dias poderá acontecer hoje, e a
responsabilidade que eles tinham no anúncio do Evangelho, nós também temos hoje.
Portanto, desperta ó tu que dormes! Acordemos para a significação da plenitude dos tempos, que tem seu
objetivo tão real como na época de Jesus. Apropriemo-nos dos recursos providenciados, não somente os da
tecnologia, mas também os espirituais: o poder do Espírito, sem o qual o resto significa nada.
Se o Projeto de Salvação para o homem encontrar a cooperação humana - a dos discípulos de Cristo -
conseguiremos Evangelizar nosso povo para o Senhor Jesus.
O ESPÍRITO SANTO E SEUS FRUTOS
INTRODUÇÃO
Em Gálatas 5,17, nós encontramos que dentro do cristão em dois poderes contrários. O Espírito de
Deus habitando em todos os cristãos os conduz (vs. 18) no caminho da retidão.
A carne (= velha natureza, homem velho) está claramente em oposição ao Espírito Santo e a nova
natureza (= homem novo). Isto produz uma batalha constante na vida de todos os cristãos (Romanos 7,15-
23), e os faz almejar a liberação da carne (Romanos 7,24-25; 8,23).
Paulo ensina que os dois poderes produzirão certas características e obras na vida de um indivíduo
que se submete a eles (Gálatas 5,19-23).
Mesmo que o "trabalho da carne" e os "frutos do Espírito" possam ser produzidos pela vida do
cristão, Paulo frisou claramente que os cristãos são caracterizados pelos frutos do Espirito.
A carne de um cristão não está morta, mas foi crucificada (Gálatas 5,24). A "crucificação" e a
"mortificação" são usadas na Bíblia para descrever a morte lenta e debilitada do poder da carne na vida
de um cristão. Aqueles cujas vidas são exibições constantes de trabalhos da carne não entrarão no reino
de Deus (Gálatas 5,21).
A FONTE DOS FRUTOS DO CRISTÃO
Os cristãos, às vezes, perguntam-se o porquê eles permanecem lutando contra a carne nesta vida.
Não é Deus quem nos ensina que todos o bens espirituais são d’Ele?
Nossa velha natureza não produz nada além de espinhos e roseiras bravas. Tudo o que agrada a
Deus em um Cristão deve ser chamado de "fruto do Espírito."
O Cristão pode produzir bons frutos somente em submissão ao Espírito Santo. Enquanto nós nos
rendemos a Ele estas características são produzidas em nossa vida.
Esta verdade é ilustrada pelo Salvador em João 15,4-5, pois Ele fala de sua Pessoa como a
"videira" e a dos cristãos como as "ramos". Sem uma união espiritual com Cristo através do Espírito não
haveria fluxo de vida para os filhos de Deus.
A IMPORTÂNCIA DOS "FRUTOS DO ESPÍRITO"
A importância dos "frutos do Espírito" na vida de um Cristão pode ser vista comparando-os aos
"dons do Espírito". Ambos são produzidos por Deus, contudo está claro que os "frutos do Espírito" são
muito mais importantes, como prova da verdadeira espiritualidade.
a. Os "dons do Espírito" não oferecem nenhuma prova da salvação, porque em algumas ocasiões
eles foram praticados até mesmo pelos não salvos: (Balaão, Judas). Os "Frutos do Espírito"
porém, podem ser produzidos apenas pelas vidas daqueles que são guiados pelo Espírito Santo.
b. Os "dons do Espírito" podem ser usados como meio de glorificação pessoal ao invés de edificação.
A natureza dos "Frutos do Espírito" previnem-se de abusos de fins egoístas (1Cor 12,14).
c. Os "dons do Espírito" são soberanamente dispensados por Deus, enquanto que todo Cristão pode
produzir os "frutos do Espírito". Às vezes dons espirituais são colocados em vidas de orgulhosos
e egoístas, enquanto que os frutos espirituais somente podem ser produzidos por consagração
Cristã e submissão.
d. Amor (Fruto do Espírito) é claramente visto como superior aos "dons do Espírito" (1Cor 12,31-13,13).
Os "dons do Espírito" devem ser regulados pelo Amor, ou eles não atingirão a sua finalidade
determinada, que é edificar o povo de Deus.
Não deve ser interpretado que estamos desprezando os dons espirituais. Eles têm um propósito
determinado por Deus. O ponto a ser lembrado é que os "frutos do Espírito" revelam nossa relação com
Deus e formam nosso caráter cristão. Sem a produção do Espírito de Cristo em nós pela submissão a
Deus, tudo o demais tornar-se-ia em vão e nosso testemunho seria inútil.
A NATUREZA DOS "FRUTOS DO ESPÍRITO"
Em Gál 5,22-23, nós encontramos nove graças que são manifestadas como "frutos do Espírito":
a. Amor. O amor é um afeto para com Deus e os homens. É produzido pelo novo nascimento (1Jo 4,7-8),
e descrito por Paulo em 1Cor 13,1-8. Somente quando somos controlados pelo Espírito podemos
amar de verdade.
b. Gozo. Esse gozo santo vem por conhecer a Deus e crer em suas promessas. É necessário para o
serviço cristão (Deut 28,47; Salmos 51,12-13), e é um atributo de cristãos cheios do Espírito.
c. Paz. Essa é uma calma disposição da mente e do coração vinda da certeza de termos sido perdoados
e sabermos que Deus pode satisfazer todas as nossas necessidades (Filipenses 4,6-7).
d. Longanimidade. Essa é uma característica cristã que se caracteriza por não se sentir ofendido ou
provocado facilmente.
e. Benignidade. Esse é um espírito amável e benevolente visto naqueles que caminham com Deus.
f. Bondade. Esta é uma moral geral e excelente que não tem motivos secundários.
g. Fidelidade. Toda fé verdadeira é produzida pelo Espírito de Deus, seja a fé salvadora ou a fé exercida
diariamente nas promessas de Deus quando surgem necessidades ou aflições.
h. Mansidão. Esta é a disposição de conter-se em conseqüência de um reconhecimento de nossa própria
depravação (Mateus 5,4-5).
i. Temperança. Baseia-se no autocontrole e na moderação encontrados naqueles que vivem somente
para a glória de Deus.
A UNIDADE DOS "FRUTOS DO ESPÍRITO"
Quais os "frutos do Espírito" eram manifestados nas suas vidas?
Esta pergunta tem algumas implicações errôneas.
Os cristãos podem ter um ou vários dons espirituais, contudo nunca é o caso dos "frutos do
Espírito".
Cristãos cheios do Espírito terão todos os "frutos do Espírito" porque a "mente de Cristo"
(Filipenses 2,5) está neles.
Assim que eles são controlados pelo Espírito de Deus tornar-se-ão como Cristo em todas as áreas
do seu caráter.
Pode ser vista a unidade dos "frutos do Espírito" pelo fato de que todos os frutos podem ser
incluídos junto ao primeiro que é "amor".
Em Romanos 13,8-10, achamos que o amor cumpre a lei. Todos os deveres do homem podem ser
incluídos sob o comando de amar a Deus e o homem.
Seria um estudo proveitoso para o estudante da Palavra de Deus meditar na descrição de Paulo
sobre o amor em 1Coríntios 13,1-8.
O aluno logo veria que todos os "frutos do Espírito" são manifestados pelo amor.
CONCLUSÃO
A proximidade de nossa relação com o Espírito Santo é facilmente julgada pela manifestação dos
"frutos do Espírito" em nossas vidas.
A Carne ou o Espírito estão formando a base de nosso caráter no nosso dia-a-dia.
Era uma tarde de domingo, eu estava trancafiada em meu quarto, pensando sobre qual
tema falar. Fechei os olhos, mas a única coisa que vinha na minha mente era uma tela em
branco. De repente ouço os sinos da Igreja tocar, chamando o povo pra missa das 18h...dôm dôm
dôm. È isso!! - Gritei -. Decidi pesquisar sobre os Dons do Espírito Santo.
Segundo definição encontrada numa dessas enciclopédias concisas, dom é um presente
que se faz a alguém, tudo que se dá a outrem, mas com duas características especiais:
gratuidade e desinteresse. Do latin “donum”, é uma dádiva, pela qual não se visa nem mesmo
a gratidão de quem a recebe, mas apenas a sua satisfação e ao seu bem.
Por isso, dom é a forma perfeita de demonstrar o verdadeiro amor.
Vamos refletir um pouco sobre os presentes, dádivas ofertadas pelo próprio Deus Trino, na
pessoa do Espírito Santo.
O catecismo da Igreja Católica diz que estes dons são os sustentáculos da vida moral dos
cristãos. Complicou? Tá certo!! Então para deixar claro como é isso de vida moral vamos voltar lá
no catecismo que nos dá uma definição do que seria vida moral cristã.
No parágrafo 2047 lemos: “A vida moral é um culto espiritual, O agir cristão se nutre
da Liturgia e da celebração dos sacramentos”. Os sacramentos são sete, a saber: Batismo,
Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos enfermos, Ordem sacerdotal, e Matrimônio.
Então entendemos que os 7 dons do Espírito Santo servem para nos sustentar na leitura e
meditação da Palavra, e no conviver com Cristo por meio dos sacramentos.
Agora já com este entendimento, vamos saber um pouco mais sobre os principais Dons
que Deus nos concede conforme a Sua vontade.
1 - TEMOR DE DEUS:
Há vários tipos de temores: O temor humano é o medo que se sente com relação a
criaturas ou situações, por exemplo, o medo do escuro, medo de morrer etc. Ou medos
supersticiosos, pessoas que têm medo de sair de casa na sexta feira treze, de topar de frente
com gato preto e por ai vai. Quem tem esse tipo de medo precisa urgentemente de uma cura
interior. O Temor servil é principalmente o medo de ser castigado por Deus, Esse temor é gerado
pela idéia de um Deus carrasco, mal e ditador que nos vigia constantemente pronto a nos castigar
pelas nossas faltas. Este temor pode até nos afastar do pecado, mas é imperfeito porque não se
baseia no amor de Deus. O temor de Deus é filial, é o horror de nos afastar do Pai que nos criou e
que nos ama, de ofender a Deus que, por amor, sempre nos perdoa. O filho que ama o pai não
quer fazer algo que o magoe. Este é um temor filial perfeito e amoroso. E só este último é o
verdadeiro temor de Deus. Este dom é o mapa do tesouro para adquirir todos os outros. O
segredo para recebe-lo é a humildade. Leia mais em: Jô 22,29 / Dt 14,4 / Pr 15,16 / Pr 23,17.
2 – FORTALEZA:
Este é um dom de santificação que imprime na alma de um impulso que nos permite
suportar as maiores dificuldades e tribulações e praticar, se necessários, atos sobrenaturais
heróicos. Produz em nossa alma, fome e sede de justiça. Que todo mundo tem problema, isso a
gente já sabe, todos passamos por períodos negros: perda de entes queridos, doenças, crises
financeiras, preconceitos etc. Muitos chegam ao extremo suicídio, se não formos animados pela
fé, cairemos no desespero amargo. As pessoas abertas ao Espírito Santo recebem o dom da
fortaleza, é pelo Senhor em nós que conseguimos vencer toda e qualquer adversidade, nos
tornando verdadeiros Highlanders de Deus. Pela fortaleza, não nos esquivamos nas provações,
não nos queixamos, não pedimos ao Senhor que nos tire a cruz, mas que nos dê força para
carrega-la. Pela contemplação da Paixão de Jesus, livramos nos da autoconfiança infundada,
oramos nas dificuldades e nos guiamos por uma verdadeira confiança em Deus. Quando nos
abrimos ao dom da fortaleza, tornamo-nos, sem esforço nosso, pacientes, perseverantes, fieis e
magnânimos. Recebemos a consolação, o conforto e a capacidade de dar um perdão sem limites.
Vai lá em Filipenses 4,13 e 2Coríntios 11,24-28 e enriqueça o seu conhecimento.
3 – PIEDADE:
O Dom da piedade produz em nos uma afeição filial com Deus, adorando-o com amor
sobrenatural e santo ardor, e uma terna afeição para com as pessoas e para com as coisas
divinas.
O dom da piedade aprimora a virtude da justiça, sob todas as suas formas, pelo dom da
piedade damos ao outro tudo o que podemos dar, sem medidas. (Mt 5,40-41). Deus nos trata com
piedade, dá nos tudo o que necessitamos muito mais do que e aquilo que merecemos. Leia mais
em: 1Tim 4,8 e Ti 2,11-13.
4 – CONSELHO:
Todo mundo dá ou já deu conselhos para alguém, estes conselhos, mesmo sendo bem
intencionados nem sempre trazem boas soluções. O dom de aconselhamento faz com que
nossos conselhos sejam inspirados pelo Espírito Santo (Pr 19,20). Difícil entender como funciona
isso tudo não é? Dou-te um conselho. Peça a Deus que te mostre, e que você aprofunde seus
conhecimentos sobre o Espírito Santo que aparentemente soa como um tema fácil, mas não é.
Mas voltando, ao dom do conselho, este nos faz viver sob a orientação do Espírito Santo,
instantaneamente e de forma perfeita. Baseia-se na razão divina, faz nos saber pronta e
seguramente o que convém dizer e o que convém fazer, nas diversas circunstâncias de nossa
vida, não com hesitação ou incertezas, mas com toda a confiança e a audácia característicos dos
primeiros santos. Leia mais em Mt 10,19-20. E cuidado pra você não se tornar um distribuidor de
conselhos mande in Lua Cheia.
5 – CIÊNCIA:
Este dom nos faz conhecer as coisas criadas nas suas relações com o Criador. Pode se
dizer que pelo dom da ciência recebemos a ciência dos santos. Em 1Coríntios 8,4-5 Paulo explica
que a palavra de ciência é uma percepção intuitiva da realidade, uma aplicação prática, e não de
um conhecimento teórico. Captou a mensagem? Sim?? Ah que ótimo!! Não?? Então coloque em
prática o conselho que lhe dei no item anterior.
6 – ENTENDIMENTO:
É um dom de santificação que nos dá compreensão profunda das verdades reveladas sem,
contudo nos revelar o seu mistério, só teremos plena compreensão do mistério quando
estivermos face a face com Deus. Este, também é conhecido como dom da inteligência.
7 – SABEDORIA:
Não se trata da sabedoria do mundo. Pelo dom da sabedoria são João escreveu: “Deus é
amor” (1Jo 4,8 e 4,16). Este dom relaciona entre si todos os demais dons.
Perceberam a docilidade e a simplicidade da manifestação de sabedoria em São João? É
um dom simplista, quem possui sabe utilizar bem suas palavras sem precisar multiplica-las.
Movida pela graça e sentindo o gosto da sabedoria, a alma se liberta da escravidão dos
prazeres materiais e pode, enfim, alçar vôo para contemplar a Deus. (Tiago 3,13-18).
É uma compreensão superior do mundo e da vida acumulada através da experiência e da
meditação.
Como você mesmo pôde ver, os dons do Espírito Santo são verdadeiros mausoléus do
pecado em nossa vida, e podem ser ofertados a qualquer um, basta querer, basta entrar em
sintonia com o Altíssimo e pedir ou nada disso, dom é de graça, peça apenas que Deus realize a
Vontade d’Ele em você. Coragem, Deus é contigo. Fica em Paz.
Texto de: Simone Borges
O ESPÍRITO SANTO ATUANDO NOS SEUS SERVOS
“Mas, como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao
coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu
Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens
sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as
coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que
provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais
também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina,
comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido” (1Coríntios 2,9-15).
Não podemos imaginar tudo que Deus tem reservado para nós, tanto nesta vida como na eternidade. O
Espírito Santo nos conforta, cuida de nós, trata de nossa situação. Mas para que isso aconteça, é necessária uma
entrega a Deus e a sua vontade simplesmente partindo do princípio da fé. (Hebreus 11,1): “Ora, a fé é o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem!”
Para que Deus aja na nossa vida, preciso primeiro crer. Se nós não abrirmos o nosso coração com fé, crendo
que Deus vai fazer o que ele quiser conosco, e se não haver uma entrega incondicional a Ele, nada acontece.
A entrega incondicional a Deus é responsável por quebrar a inércia da incredulidade liberando a fé no
espírito. Sem entrega a fé é subtraída, com a entrega a fé é multiplicada. A entrega corresponde a uma manifestação
sobrenatural de fé, cujo resultado é a solidez e edificação do caráter para um viver centrado no propósito de Deus, e
nos possibilita receber a herança reservada aos que crêem. E a atuação do espírito Santo em nossa vida depende da
nossa entrega. E uma entrega corajosa. Por meio da entrega podemos crescer de fé em fé, ou seja, passar de um
grau a outro.
Abraão se apoiou em Deus “E creu Abraão no Senhor, e o Senhor imputou–lhe isto como justiça”
(Gênesis 15,6).
Para que o propósito de Deus se cumprisse em Abraão, foi necessária uma entrega total dele para com o
Pai. Abraão foi enviado para terras distantes, entregando a Deus um futuro que aos olhos humanos era incerto, mas
que na verdade fazia parte do propósito de Deus. E a entrega teve sua prova maior quando Deus pediu o sacrifício
de Isaque.
Isaac se entregou no altar conscientemente sem discutir, ele sabia que iria morrer. O ato de entregar-se no
altar é mais vantajoso que a incredulidade por causa dos resultados. Em todas as experiências existem as falsas e as
verdadeiras. A entrega de Isaque no altar foi prova irrefutável de que quando o homem se entrega de verdade, Deus
entra com a providência e o trato para com seus filhos.
O nosso sacrifício hoje se resume numa entrega total a Deus, nos afastando das coisas do mundo e
aproximando das coisas celestiais. "Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que
é o vosso culto racional" (Rom 12,1). É deixar as coisas do mundo e buscar a Deus em espírito e em verdade. E a
nossa forma de pensar quanto à atuação do Espírito Santo precisa ser revista a cada instante. Deus nos quer revelar
uma intimidade tão grande com o Espírito Santo, mas para isso é, preciso crer n'Ele e nos deixar se guiados por Ele.
“Pois todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rom 8,14) Quando somos guiados pelo
Espírito Santo, Ele nos leva a experiências incríveis.
Mas isso só vem com a abertura de nosso coração e com a oração de um sacerdote, que com a imposição
de mãos libera a autoridade do Espírito Santo sobre nós.
A imposição de mãos é o antepenúltimo mover do Espírito antes dos tempos de refrigério. O Diabo tem
detido este rudimento da doutrina. A todos os que Jesus curava, primeiro lhes tocava. Desde o princípio Deus usou a
imposição de mãos como um ponto de contato sobrenatural poder de criação do Espírito Santo que estava sobre ele
e isto fazia fluir dele cura, transformação e conscientização. Deus tocou em Adão e este dormiu profundamente; o
seu profundo sono resultou numa obra formada genuinamente por Deus. Abraão na ocasião de um novo pacto
passou por um profundo sono depois que lutou contra as aves de rapina. Elias passou por experiências profundas
em sonhos com anjos de Deus. Mais foi Daniel quem teve maiores experiências com imposição de mãos, além de
Isaías. (Isaias 6,1-3).
Não podemos descaracterizar a realidade da existência do ser completo do homem: Espírito, alma e corpo.
Muitas vezes desconhecemos o que passa no mundo do espírito humano, por mais que possamos sentir o que passa
em sua psique. Para que o Espírito Santo atue em nós, precisamos estar prontos para as experiências espirituais que
Deus separou para nós. E isso muitas vezes vai de contra ao que aprendemos e que acaba afetando a nossa fé, nos
fazendo duvidar da atuação do Espírito Santo sobre nós e acaba nos privando de conhecer essa magnífica
experiência. Mas o Espírito Santo sempre atuou nos seus filhos, e essa operação divina no ser humano é distinta e
sobrenatural.
1. Uns se entregam ao altar inconscientemente, como Isaque (Gênesis 22,1-10).
2. Outros caem de temor e pelo poder da palavra de Deus (João 18,6).
3. Outros não suportam a força da unção e caem em sono profundo (Daniel 10,7-17).
4. Outros caem em espírito, como João (Apocalipse 1,10).
5. Outros dormem profundamente como Adão (Gênesis 2,21).
6. Outros caem porque desprendem muitas virtudes por causa do esforço, como Abraão (Gênesis 15,11). Durante
todo o dia ele esteve afugentando as aves de rapina, tipos de demônios. Geralmente acontece com pastores
após expulsão de muitos demônios.
7. Outros caem pelo reconhecimento de sua debilidade, como Pedro (Lucas 5,8).
8. Outros caem endemoninhados, mas nem todos caem, como não é verdade que somente caem os
endemoninhados.
Essa atuação espiritual pode atingir tantos os cristãos, como forma de conforto, alivio, cuidado, como também
pode em certo grau atingir os incrédulos, para libertação, cura e etc...
1. Nos incrédulos.
Área de atuação: Corpo e alma
a) Caem - Ficam conscientes às vezes.
b) Área de alcance: o Corpo.
2. Nos cristãos:
Área de atuação: o Corpo e a Alma
a) Caem conscientes (Dn. 10:7-17). Todavia escutam o que acontece ao seu redor como Daniel.
b) Em seu ser espiritual algo acontece: Cura, limpeza, perdão, etc. A maioria daqueles que caem não são
ministrados individualmente. Muitos ministros não terminam a obra que começam só pelo orgulho de mostrar
que tem a "unção para derrubar pessoas". É necessário que o ministro continue a oração para com
aqueles que caíram para que Deus possa agir completamente.
3. Os consagrados: (presbíteros, diáconos e religiosos).
Área de atuação: o Espírito, a alma e o corpo.
Os "consagrados", aqui significam os que estão fazendo algum tipo de jejum prolongado, outro tipo de culto
especial ao Senhor. As experiências são mais profundas, como foi o caso de João evangelista.
a) “Caiu como morto”.
b) Dois casos: Arrebatamento da alma e arrebatamento de alma e do espírito humano.
Estes casos são mais profundos e geram melhores resultados espirituais.
Os casos de Daniel e João são interessantes, porque ambos viram uma Pessoa e tiveram resultados iguais
em dimensões diferentes. Daniel caiu fisicamente, e João caiu no corpo e no espírito (Daniel 10,8 e Apocalipse 1,13-
15), pois havia sido arrebatado em espírito, enquanto seu corpo ficou como morto na Terra.
Há na Bíblia outras passagens onde a Gloria de Deus fez com que muitos fossem ao chão pelo poder de
Deus: “E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do SENHOR. E os
sacerdotes não podiam permanecer em pé para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR
enchera a casa do SENHOR” (1Reis 8,10-11).
“E aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam, para fazerem ouvir
uma só voz, bendizendo e louvando ao SENHOR; e levantando eles a voz com trombetas, címbalos, e outros
instrumentos musicais, e louvando ao SENHOR, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura
para sempre, então a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a casa do SENHOR; 14 E os sacerdotes não
podiam permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do SENHOR encheu a casa
de Deus”. (2Crônicas 5,13-14).
“O Senhor é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13,8), então porque não crer que ele age da
mesma forma que agia antes? A única diferença é que o povo naquela época dava mais liberdade a Deus para fazer
o que Ele desejava sobre ele.
Hoje, colocamos pensamentos e questionamentos puramente carnais antes da atuação do Espírito Santo.
Se virmos alguém cair porque o Espírito Santo o está tomando, imediatamente lançamos nossa mente fraca
(porque não temos a mente de Cristo, 1Coríntios 2,16 “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa
instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.”), e então questionamos algo que pertence a Deus, somente a ele,
pois deixamos de ser espirituais, e conseqüentemente não discernimos as coisas espirituais (Ora, o homem natural
não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. (1Coríntios 2,14).
Para se conhecer e viver a atuação do Espírito Santo é necessário ter a mente de Cristo. Querer viver com
Ele e entender dEle.
Deixe-se ser tocado pelo Espírito Santo. Pode demorar como pode ser rápido. Mas creia, na hora certa Ele
irá te levar a uma experiência inigualável
"Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...!" (Oséias 6,3).
Texto de Luiz José Bento Filho.
A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
Introdução
Deus age fora do mundo, criando-o, governando-o e sustentando-o. E também está no mundo. Para um fim
especial, em um designado período de tempo, identificou-se com a raça humana na pessoa de Cristo, o Filho eterno.
Tendo executado este propósito, Jesus retirou-se para o seu trono celestial a completar a obra. Tornou necessária a
presença de Deus no mundo, a fim de guiar e solidificar a obra que Jesus começou durante o seu ministério terrestre.
Para este fim, o Espírito Santo veio e habita entre os homens. Que é que cremos acerca do Espírito Santo?
A Personalidade do Espírito Santo:
Antes que possamos estudar a obra do Espírito Santo, procuramos entender o Espírito mesmo.
a. A importância deste conceito: É de primaria importância para cada cristão, saber se o Espírito Santo é uma
pessoa divina a ser adorada, servida e amada, ou se é apenas uma influencia ou poder emanado de Deus. É um erro
muito comum falar d’Ele como se não fosse uma pessoa. Se Ele é uma Pessoa divina, e não o reconhecemos como
tal, negamos-lhe o culto que lhe é devido e, ao mesmo tempo, roubamo-nos a nós mesmos muitos dos ricos tesouros
da vida cristã. Freqüentemente, o que nos preocupa é que possamos ter mais do Espírito Santo, ser mais cheios da
sua presença. Mas, se bem entendemos a personalidade do Espírito, nossa preocupação será de nos submetermos
a Ele como o Mestre ao qual a vida do aluno deve estar inteiramente sujeita.
b. O testemunho da Bíblia: As características do Espírito Santo, na Bíblia, são as de uma pessoa. São eles,
principalmente: conhecimento, sentimento e vontade: “O Espírito penetra todas as coisas, ainda mesmo as
profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que
nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (1Cor 2,10-11). Aqui é
atribuído conhecimento ao Espírito de Deus. É segundo este mesmo modo de pensar que Paulo fala da “intenção
do Espírito” (Romanos 8,27). Em Romanos 15,30, Paulo exorta os seus irmãos, “pelo amor do Espírito”, a
combaterem com ele em oração. O Espírito nos ama do mesmo modo que Deus o Pai nos ama. Quão gratos
devemos ser a Deus pela presença do Espírito Santo a nos prender pelos laços do amor.
O Espírito Santo também, como pessoa, exerce vontade, “repartindo particularmente a cada um como
quer” (1Cor 12,11), ou seja, segundo o seu propósito. Mas ainda, como uma pessoa, Ele é sensível ao tratamento
que se lhe dá. Fica ofendido quando não é tratado com justiça (Efésios 4,30). Como a mãe fica magoada quando um
filho procede mal, ou o professor fica sentido quando um aluno não aprende a lição, assim o Espírito Santo sofre
profundo desapontamento e tristeza quando não andamos como devíamos andar. Pedro repreendeu Ananias por ter
mentido ao Espírito Santo (Atos 5,4). Ninguém mente a uma coisa, mas a uma pessoa.
A Divindade do Espírito Santo
Cremos que o Espírito Santo é Deus? A sua divindade não é tanto questionada, como é negligenciada.
a. A significação da doutrina: Deve ficar gravado em nossa consciência que a presença conosco do Espírito Santo
significa que o Deus onipotente, eterno, onisciente, onipresente está à mão para nos guiar. Não obstante, muitas
vezes o tratamos como alguma coisa de que podemos usar ou negligenciar, segundo a nossa conveniência e
necessidade. Se Cristo entrasse em vossa casa, que faríeis? Se Ele vos pedisse para auxiliá-lo a efetuar um milagre,
acederíeis? Se vos pedisse para gastar o dia convosco, concordaríeis? Objetaríeis, porventura, alegando que tinha já
o vosso plano para aquele dia? E não é assim que freqüentemente tratamos o Espírito Santo? E Ele é tão realmente
Deus como Cristo e está tão realmente presente conosco como Cristo com os seus discípulos.
Há anos passados, um famoso médico da Europa achava-se em Chicago, para uma ligeira visita. Uma
senhora rica escreveu-lhe, pedindo que fosse a sua casa, tratar de um de seus filhos que se achava enfermo. Ele
estava muito preocupado com muitas coisas que tinha a fazer no pouco tempo de que dispunha e parecia-lhe que
não seria possível atender aquele chamado. Mas a mãe confiava que ele fosse e esperou. Era costume dele, após o
lanche, dar um ligeiro passeio, tendo ficado combinado com o motorista que fosse ao seu encontro, caso ameaçasse
um temporal. De tarde, quando andava pela cidade, caiu um temporal que o obrigou a encostar-se sob a cobertura
da entrada de um palacete e tocou a campainha. Era justamente a residência da senhora que o mandara chamar. A
dona da casa, porem, não conhecendo o visitante nem tendo perguntado quem ele era, ofereceu-lhe uma cadeira
para sentar sob a cobertura e fechou novamente a porta. O seu motorista chegou logo depois ali com o carro e levou-
o para o hotel. Quando aquela senhora leu nos jornais do dia seguinte que o medico famoso tinha sido apanhado por
uma tempestade e procurara refugio na sua casa, ficou desapontada. Oh! Se ela o reconhecesse! Esta é a grande
tragédia de muitas pessoas que necessitam de Deus. Não reconhecem o Espírito Santo como Deus.
b. O testemunho da Bíblia: A Bíblia sempre falam do Espírito Santo como Deus. Esteve presente na Criação e
participou dela. Jó exultava porque o Espírito de Deus o criara e lhe dera vida (Jó 33,4). O Gênesis fala da presença
do Espírito na Criação (Gen 1,2). Ao dar sua comissão aos discípulos, Jesus incorporou o Espírito com Ele na
Trindade: “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Assim Ele nos é apresentado como Deus.
A Obra do Espírito Santo
A personalidade e divindade do Espírito Santo podem ser mais claramente vistas no estudo da sua obra. O
que Ele faz revela o que Ele é. Há três fases distintas na obra do Espírito.
a. Na Revelação: Isto já foi sugerido no estudo da Bíblia como a fonte e a autoridade em matéria de doutrina. Esta é,
porem, tão distintamente uma obra do Espírito, que deve ser mencionada aqui. É a função de fazer Deus e a sua
vontade conhecida aos homens. Há três passos, na revelação, que merecem ser considerados.
- O 1º Passo é o dom da revelação. Isto o Espírito Santo faz por intermédio de homens especialmente escolhidos
para a tarefa. “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos
de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pedro 1,21) Os profetas anunciavam as suas mensagens com
a declaração: “assim diz o Senhor”. E quando o povo os ouvia, sabia, pelo dom de autoridade e pelo poder com
que falavam, que se tratava da mensagem de Deus. Era com a sua presença e poder que Jesus falava, ensinava e
operava. O Espírito desceu sobre Ele no seu batismo, para demonstrar a completa aprovação que Deus dava ao seu
ministério salvador; levou-o ao deserto para ser tentado, depois o levou novamente a Galiléia e acompanhou-o em
todo o seu ministério, dando-lhe sabedoria para ensinar e poder para efetuar milagres. Assim temos n’Ele o exemplo
perfeito da vida governada pelo Espírito. Jesus prometeu aos discípulos que o mesmo Espírito viria sobre eles, para
dar-lhes sabedoria e conhecimento divino. Sabemos, pelos Atos, que o Espírito veio sobre eles em cumprimento da
promessa e eles passaram a falar a palavra de Deus com poder.
- O 2º Passo na revelação é o registro da revelação de Deus. O registro e preservação das Escrituras foram obras
do Espírito Santo. Esta é a nossa doutrina da inspiração. Ele escolhia homens para a tarefa, dava-lhes a mensagem
e depois os guiava para escrevê-la. A unidade da Bíblia, a sua aplicação há todos os tempos, tanto como para a
época em que foi dada, e o duplo elemento de revelação contido nela, revelando Deus ao homem e o homem a si
mesmo, tudo indica que ela é a Palavra inspirada de Deus.
- O 3º Passo da revelação como obra do Espírito está na interpretação das Escrituras. A dádiva da mensagem
de Deus é chamada de revelação, o registro dessa mensagem é chamado de inspiração, e a obra do Espírito no
guiar a interpretação é chamada iluminação. O Espírito é o agente em toda esta tarefa tríplice na revelação.
Certamente necessitamos compreender esta verdade, quando chegamos ao estudo da Palavra que Ele inspirou.
b. Com os não regenerados:
- O Espírito Santo ama os homens. Ele olha através das ruínas do pecado e vê a imagem de Deus que necessita
ser restaurada. Como o Filho do Homem viera buscar e salvar aquele que estava perdido, assim o Espírito de Deus
procura os perdidos, a fim de que a obra salvadora de Cristo possa ser realizada. Pensemos em Jesus chorando
sobre Jerusalém, porque esta se negava a arrepender-se e recebê-lo. Temos aí um retrato do próprio Espírito. Ele se
desgosta, muito alem do que podemos imaginar, quando os não convertidos resistem e se negam a sua influencia.
- Ele testemunha de Cristo. Não basta ler ou pregar o Evangelho. Antes que a seara de almas possa brotar, o
Espírito necessita abrir a mente e o coração dos não convertidos, a fim de que eles possam ver Cristo no Evangelho.
Ele é a luz que brilha em nosso coração e nos revela Cristo.
- Ele também faz que o pecador veja a sua natureza pecaminosa. O Espírito aplica a salvação ao indivíduo. Não
sentimos necessidade de salvação enquanto não entendemos de que estamos sob a condenação do pecado e que
necessitamos de uma libertação dele. O Espírito veio para nos ajudar a compreender esta verdade: “e quando Ele
vier, convencerá o mundo do pecado.” Este é o seu trabalho principal no mundo de hoje: o de mostrar ao pecador
a sua necessidade do Salvador. Como um professor de matemática orienta um aluno para solucionar um problema,
assim que o Espírito trata com o homem perdido. Guia-o, fazendo-o ver a necessidade de um Salvador, e a seguir,
revela-lhe o Salvador de que ele necessita.
- O Espírito dá um passo adiante, e torna eficaz a obra salvadora de Cristo na vida de um perdido que clama a
ele por salvação. O que Cristo efetuou na sua vida, morte e ressurreição redentora, torna-se real para nós por meio
do Espírito. A expiação de Cristo é suficiente para todos, mas ela só se torna eficaz para o indivíduo quando ele se
submete ao Espírito. A única redenção que salva é a união vital entre o pecador e o Salvador. Cristo tem que entrar
em nossa vida e habitar conosco. Tem que se encarnar em cada um dos seus seguidores. E somente então teremos
o seu poder, graça e amor. Isto só se realiza por meio da presença do Espírito.
c. Com o regenerado: Que é que cremos a respeito da obra do Espírito na vida de cada cristão? Tendo-nos levado
à experiência da graça salvadora de Cristo, o Espírito não nos abandona, pois tem ainda uma grande obra a fazer:
- Primeiro de tudo, desperta em nós a consciência de pecado. Alguns cristãos parecem pensar que nada mais
tem a ver com o pecado depois que se convertem. Talvez isto explique por que fracassam e não obtém uma vitória
completa sobre ele. Uma vez convictos do nosso pecado e dispostos a vencê-lo, devemos considerar-nos em guerra
aberta e permanente contra ele. Mais do que nunca, devemos estar vigilantes contra os ataques do grande inimigo. E
uma visão clara para distinguir os ataques é essencial à vitória. Aqui é onde o Espírito nos ajuda. Ele cultiva e
intensifica em nós a consciência do pecado, a fim de que possamos vencê-lo.
- Não somente Ele nos auxilia a ver o mal e o perigo do pecado mas também nos dá força para vencê-lo.
“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8,2). Até
a nossa aceitação de Cristo, a lei do pecado para a morte reinava em nós. Mas quando nos entregamos a Ele, o
Espírito veio para livrar-nos da lei e para por uma nova lei em operação em nós. E ela é não somente uma lei perfeita
de santidade, pela qual podemos aferir a nossa conduta, mas é igualmente uma força viva, a presença e o poder
pessoal do Espírito de Deus em nós. A consciência que temos de pecado, após a conversão, não é a mesma que
tivemos antes. Antes era quase um desespero, quando pensávamos nas conseqüências do pecado. Agora o Espírito
de Deus mora em nós para dar-nos o poder necessário àquela vitória. Se alguém diz que pode pecar livremente, uma
vez que tem garantia de vitória, é porque não entende a natureza da obra do Espírito na vida do cristão. Ele nos dá
segurança de vitória, mas ao mesmo tempo dá-nos também um aborrecimento sempre crescente contra o pecado.
Não é que nos assentemos e esperemos que Ele nos dê a vitória, mas que Ele nos leva a entender a verdadeira
natureza do pecado, fazendo-nos ansiosos por combatê-lo, e acrescenta a sua força a nossa, a fim de tornar a nossa
vitória possível. Em todas as nossas necessidades, ele é o nosso confortador.
- Ele é também o nosso Mestre: O Espírito não pode ser Mestre de uma pessoa não regenerada. Tendo-nos
submetido a Ele e tendo com Ele iniciado a luta contra o pecado, necessitamos, em seguida, ser ensinados quanto
ao nosso novo modo de vida. Com o conhecimento vem o poder. Precisamos saber mais de Cristo, mais de Deus,
mais de nossa relação e responsabilidade para com Ele, mais do seu plano para usar-nos na salvação do mundo.
Todo este conhecimento se centraliza em Cristo, e nos é proporcionado por intermédio do Espírito Santo. Sua obra é
levar os homens a conhecerem e honrarem a Cristo, “Ele testificará de mim”, disse Jesus.
A oração toma uma significação vital em nossa comunhão com o Espírito. Foi-nos ordenado que pedíssemos
ao Pai o Espírito para tomar o lugar de Mestre em nossa vida (Lucas 11,13). Ele faz mais do que nós sonhávamos
pedir. Intercede por nós e em nós! Quando mesmo nem sabemos pelo que orar, Ele intercede por nós junto ao trono
de Deus, enquanto o Espírito trabalha conosco na oração, levando-nos a orar, e auxiliando-nos na nossa fraqueza. O
Espírito transforma a nossa vida numa vida de oração constante.
Ele também nos ensina o caminho do serviço, do dever e da alegria. O cristão pode e deve fazer a vontade
de Deus em cada decisão da sua vida. Deus tem um plano geral para cada indivíduo. Não sabemos qual é, mas
podemos sabê-lo. Alguns cristãos são guiados por sinais e ocorrências fora do comum, mas o meio normal pelo qual
o Espírito nos guia é o estudo da Bíblia, a Oração e a Meditação. Este deve ser o nosso procedimento, ao
enfrentarmos cada problema ou crise. Deve também ser uma parte do nosso programa diário. É o melhor modo de
nos pormos de acordo com a vontade de Deus. Desde modo, damos nossa melhor atenção ao Espírito, deixamos
que Ele nos fale por meio da Palavra inspirada e deixamos que Ele fale diretamente às nossas almas. Desde modo,
damos o melhor de nosso pensamento ao assunto no qual procuramos ser guiados, e é somente quando
empenhamos na oração o melhor do nosso pensamento que o Espírito nos pode guiar livremente.
Conhecimento do Espírito Santo
Concluímos com algumas afirmações concernentes a importância de nos relacionarmos com o Espírito. Não
basta saber o que a Bíblia ensina a seu respeito, devemos conhecê-lo pessoalmente, para que a nossa comunhão
com Deus seja real.
a. Modos de conhecer o Espírito: A maneira simples pela qual nos podemos familiarizar com o Espírito Santo é o
estudo da Bíblia, a Oração e a Meditação. O cristão deve cultivar a presença do Espírito mais ou menos como
cultivamos a amizade humana. Se um desconhecido entra na Comunidade e desejamos relacionar-nos com ele, que
fazeis? Procurais visitá-lo em sua casa e falar com ele sobre coisas de interesse comum. Depois o convidais a vir a
vossa casa, para mais estreitar os laços de amizade que se inicia. Ele, então, vos informa que acaba de receber um
livro, e vós lho pedir para ler, a fim de lhe poderdes falar inteligentemente sobre o mesmo. Ele então, vos pede que o
auxilieis numa tarefa em que está profundamente interessado. Enquanto trabalhais juntamente com ele, chegais a
conhecê-lo intimamente. É assim mesmo que vos podereis relacionar mais intimamente com o Espírito. Vamos a
Igreja, que é a sua casa, depois convidamo-lo a vir a nossa. Estudamos o seu livro e sobre este falamos com Ele.
Depois o acompanhamos na execução da tarefa na qual ele está empenhado. É assim que chegamos a conhecê-lo.
b. Obediência: O outro passo que temos a dar, depois de conhecê-lo, é fazer aquilo que sabemos ser a sua
vontade. Não duvidemos da direção divina em nossa vida enquanto não fizermos as coisas que estão muito
claramente postas diante de nós. Pode ser que a causa de não termos experimentado uma direção definida e
individual do Espírito reside em algum pecado inconfessado na nossa vida ou que temos deixado de fazer o que Ele
tem dito na sua Palavra que todo cristão deve fazer. Tudo isto quer dizer que temos de cultivar a comunhão do
Espírito, vivendo uma vida tal que Ele a possa governar. Conta o Dr. Torrey: “Em uma cidade do interior, um poço
ficou inutilizado por muitos meses, porque foi lançado dentro dele um tapete velho. Quando porém, o tapete
foi tirado, afluiu fresca e clara a água revigorante. Há muitos cristãos hoje que conheceram no passado a
incomparável alegria do Espírito Santo, mas neles algum pecado ou conformidade mundana ou de
desobediência, de que estão mais ou menos conscientes diante de Deus, tem-se tornado um impedimento.
Arranquemos todos os trapos que impedem o fluxo da fonte, para que dela brote de novo a água limpa que
salta para a vida eterna”. Alguns dizem que isto de ser alguém dirigido pelo Espírito Santo em tudo é um mistério. É
um mistério, como qualquer contato da vida humana com Deus. Não obstante, é uma coisa comum na vida cristã. O
rádio é um mistério; não obstante, por meio dele ouvimos lindas musicas. Sabemos somente alguma coisa a respeito
do rádio. Assim é também com o Espírito Santo de Deus. Com quanto não possamos explicar a sua natureza e obra,
podemos beneficiar-nos com o seu poder e sabedoria, pela comunhão com Ele. Sigamos a luz que temos, e mais luz
nos será dada.
Conclusão
Usai os ensinos da Bíblia, procurando a direção do Espírito, e ela será suplementada conforme o exijam as
vossas necessidades. A razão por que pensamos ser a comunhão com o Espírito coisa muito misteriosa para ser
posta em pratica é que nós a temos negligenciado, quando devíamos cultivá-la. Não há maior necessidade entre os
cristãos de hoje. Necessitamos render-nos ao Espírito, procurar o seu conselho, obedecer a sua voz amá-lo e
procurar entender as suas relações conosco. Tendo entrado nesta experiência de graça por meio do Espírito,
devemos lembrar-nos de que a sua obra não será completa em nós enquanto Ele não nos puder usar para atingir
outros. Como a luz radiante da lâmpada elétrica é uma evidencia da eletricidade, assim também o cristão exibe a
presença do Espírito dentro de si mesmo. E agora a luz que aponta o caminho a Cristo brilha por meio de nós e
aponta o caminho aos outros que andam errando nas trevas do pecado. Texto de Joaquim de Andrade.
SEMINÁRIO DE VIDA NO ESPÍRITO
No Novo Testamento o batismo no Espírito Santo foi-nos claramente anunciado quando
João Batista afirmou: “Eu batizo-vos com água para arrependimento. Mas depois de mim
vem alguém mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de desatar. Ele vos
batizará com o Espírito Santo e com fogo”.
Jesus demonstrou a importância do Espírito Santo na nossa vida quando disse a
Nicodemos: "Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito”
e, também, quando disse aos discípulos: “Convém-vos que eu vá. Se eu não for, o
Conselheiro não virá a vós; mas se eu for, eu o enviarei”. O Espírito Santo é de tal forma
importante que valia a pena que Jesus tivesse de morrer para no-lo poder enviar!
Efetivamente, o Espírito Santo modifica a nossa vida, mostra-nos o nosso pecado, guia-nos
para a verdade numa ação de dentro para fora de nós.
A ação do Espírito Santo desenrola-se no nosso íntimo e vai-nos fazendo caminhar,
lentamente e à medida do que vamos sendo capazes, para que nós nos tornemos semelhantes a
Jesus.
Quando, após a ressurreição, Jesus anunciou aos discípulos o Pentecostes, descreveu-o
assim: “João batizou com água, mas dentro de poucos dias vós sereis batizados com o
Espírito Santo (...) Recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e
sereis minhas testemunhas até aos confins da Terra".
Quando damos espaço ao Espírito Santo nas nossas vidas, acontece-nos como aos
discípulos em Pentecostes: recebemos uma nova força, vivemos uma nova vida e tornamo-nos
testemunhas.
Embora o Senhor aja de repente em algumas almas, geralmente a nossa santificação é um
processo gradual, que necessita de uma caminhada.
Também os discípulos caminharam com Jesus vários anos e estiveram reunidos em
oração antes do Pentecostes. Da mesma forma, nós preparamo-nos para o nosso Pentecostes
pessoal através dos Seminários de Vida Nova no Espírito (SVNE), que freqüentamos após algum
tempo de crescimento espiritual.
2. O Espírito Santo é agente do poder do Senhor. Fez o mar se abrir para os hebreus passarem:
Ex 14,1-30 A passagem do Mar Vermelho.
3. O Espírito Santo apossa-se dos profetas para que dêem a Palavra de Deus ao Povo:
Nm 11,17 “Então descerei e falarei contigo. Tomarei do Espírito que está em ti e o derramarei neles”.
Nm 24,2 “O Espírito de Deus veio sobre ele (Balaão)”.
2Sm 23,2 “O Espíreito de Deus fala por mim - disse Davi”.
1Rs 18,12 “Mas quando eu me apartar de ti, o Espírito do Senhor te levará não sei onde”.
2Rs 2,16 “Talvez o tenha arrbatado o Espírito do Senhor e atirado para algum monte ou algum vale”.
Is 61,1 O Espírito do Senhor repousa sobre mim”.
4. O Espírito ilumina os que têm de servir ao povo: Juizes, Reis e em particular ao Rei Messias, servo do Senhor:
1Sm 11,5s “Ouvindo isso, o Espírito do Senhor apoderou-se de Saul...”.
1Sm 16,13 “E a partir daquele momento, o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi...”.
Is 11,2-5 “Sobre Ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de Sabedoria...”.
Is 42,1-4 “Eis o meu servo... faço repousar sobre ele meu espírito...”.
Juiz 3,10 “O Espírito do Senhor desceu sobre Otoniel, o libertador...”.
Juiz 11,29 “O Espírito do Senhor desceu sobre Jefté...”.
5. Jesus promete aos discípulos o Espírito Santo, como o outro consolador, o Advogado defensor:
Jo 15,26 “Quando vier o Paráclito.. o Espírito da Verdade... dará testemunho de mim”.
Jo 16,13 “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda Verdade”.
8. Os Apóstolos e Maria, unidos, esperam a vinda do Espírito. Ele desce sobre a Comunidade em Pentecostes:
At 2,1-22 “Ficaram todos cheios do Espírito Santo...”.
E sobre os pagãos:
At 10,44-47 “Estando Pedro a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouvia sua palavra”.
11. O Espírito nos dá a adoção de filhos, nos ensina a rezar e nos faz reconhecer Jesus como Senhor:
Rm 8,4-26 “O Espírito dá a Vida... O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza”. (v. 26)
1Cor 12,3 “...Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo”.