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2017­6­15 Internação compulsória de dependentes de crack ­ Banco de Redações ­ UOL Educação

Internação compulsória de
dependentes de crack
Antonio Carlos Olivieri, da Página 3 Pedagogia & Comunicação 01/06/2017 05h00

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Rovena Rosa/Agência Brasil

Manifestação de moradores e comerciantes da região da Luz em São Paulo contra as


ações promovidas pela Prefeitura e o Governo do Estado na cracolândia

Recentemente, a chamada cracolândia da capital paulista tornou-se notícia em todo


o país, devido a uma ação policial, que, visando reprimir o tráfico de drogas,
resultou em muita polêmica e numa disputa entre o município e o Ministério Público.
A prefeitura de São Paulo pediu autorização à Justiça para poder internar
compulsoriamente os dependentes químicos do crack em instituições onde
receberiam tratamento. Contrário à medida, o MP reagiu e o processo judicial
continua. De qualquer modo, a questão da internação obrigatória divide os
especialistas em dependência química de entorpecentes. Há argumentos a favor,
mas também contrários ao método, como você pode ver pelos textos da coletânea
desta proposta de redação. Baseado neles e nos seus próprios conhecimentos, o
que você pensa sobre a internação compulsória para tratar dependentes de
drogas? Redija uma dissertação argumentativa sobre o assunto

A favor, a contragosto
A contragosto, sou daqueles a favor da internação compulsória dos dependentes de
crack. (...) No crack, como em outras drogas inaladas, a absorção no interior dos
alvéolos pulmonares é muito rápida: do cachimbo ao cérebro, a cocaína tragada
leva seis a dez segundos. Essa ação quase instantânea provoca uma onda de
prazer avassalador, mas de curta duração, combinação de características que
aprisiona o usuário nas garras do traficante.
Quebrar essa sequência perversa de eventos neuroquímicos não é tão difícil: basta
manter o usuário longe da droga, dos locais em que ele a consumia e do contato
com pessoas sob o efeito dela. (...) Vale a pena chegar perto de uma cracolândia
para entender como é primária a ideia de que o craqueiro pode decidir, em sã
consciência, o melhor caminho para a sua vida. Com o crack ao alcance da mão,
ele é um farrapo automatizado sem outro desejo senão o de conseguir mais uma
pedra
Dr. Drauzio Varella (https://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/craqueiras-
e-craqueiros) (artigo do site oficial do oncologista, datado de 2011)

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Negativa, de maneira geral


Para o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira (professor da Unifesp - Universidade
Federal de São Paulo), a internação forçada é negativa, de maneira geral. Ela se
justifica apenas em aproximadamente 5% dos casos, quando o dependente de
crack também apresenta um problema mental grave. Segundo ele, o tratamento de
usuários de drogas mais efetivo é voluntário e envolve visitas regulares a clínicas e
centros especializados. Segundo ele, há situações específicas, do ponto de vista
médico, nas quais se justifica a internação involuntária. Isso acontece quando o
paciente apresenta psicose (delírios de perseguição e alucinações) ou risco
iminente de suicídio.
BBC Brasil
(http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/01/130119_crack_internacao_lk.shtml)
 
 

Desserviço à saúde pública


Isabel Coelho, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e Maria Helena
Barros de Oliveira, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, defendem que a
internação compulsória é um desserviço à saúde pública. Em um artigo de 2014,
elas argumentam que, "partindo-se da premissa que os dependentes químicos não
são doentes mentais, a internação compulsória, além de ser agressiva e uma forma
de tratamento ineficaz, constitui um modo de eliminação dos indesejados,
constituindo-se em prática higienista violadora de direitos humanos".
Nexo Jornal (https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/05/25/O-que-%C3%A9-
interna%C3%A7%C3%A3o-compuls%C3%B3ria-e-qual-%C3%A9-o-debate-em-
torno-dela)

Ato de solidariedade
Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, internar de forma compulsória moradores de
rua extremamente dependentes de crack é um "ato de solidariedade". Segundo ele,
a maioria das pessoas que chegam contra sua vontade em clínicas de tratamento
acabam aderindo voluntariamente ao tratamento após os primeiros dias de
internação.
Laranjeira é professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Ele se diz
favorável à facilitação das internações compulsórias em casos extremos, desde que
acompanhada de uma linha especial de cuidados ao paciente após sua
desintoxicação inicial.
BBC Brasil
(http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/01/130119_crack_internacao_lk.shtml)

Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa.
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ser digitada e ter, no mínimo, 800 caracteres e, no máximo, 3.000
caracteres.
De preferência, dê um título à sua redação.
Envie seu texto até 25 de junho de 2017.
Confira as redações avaliadas a partir de 1 de julho de 2017.
A redação deve ser digitada e enviada para o e-
mail: bancoderedacoes@uol.com.br (mailto:bancoderedacoes@uol.com.br)

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Com base nos textos acima, elabore sua redação sobre o tema "Internação
compulsória de dependentes de crack." Quando ela estiver pronta, envie para
bancoderedacoes@uol.com.br

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