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Escola Do
couro:
Fazendo Arte
No Couro

© 2017 Smart Star Editora Publisher Antonio Silva Mourão


Editora simone Araujo Assistente editorial sheyla smanioto
Projeto Gráfico estúdio grifo Assistente de design Lais
Cunha Revisão Daniel Costa Todos os direitos reservados
à: Smart Star Editora Ltda. Av. Joaquim Constantino, 126 –
Santa Efigenia Cep: 01310-100 São Paulo, sp
contato@smartstar.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)
(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil) Escola do Couro:
Fazendo Arte no Couro / Luiz Costa, São Paulo: Smart Star
Editora, 2017. 30 pp..
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APRESENTAÇÃO
Termo de responsabilidade, explicações e
informações que você vai ler neste Guia, tem
como referencia uma busca ativa realizada
através do meio mais utilizado na atualidade
que é a internet, além dela todos os processos
para artesanato e fabricação de acessórios em
couros, são frutos de minhas experiências
profissionais na área. Embora eu tenha me
esforçado ao máximo para garantir a precisão e
a alta qualidade dessas informações, todas as
técnicas e métodos aqui ensinados são
efetivas, porém não são para todos e sim para
pessoas que estejam dispostas a aprender e
praticá-las, colocando seu esforço, criatividade
e prática individual necessários para aplicá-los
conforme instruídos. Estes métodos e
informações não foram testados ou
comprovados cientificamente e sim realizados
na prática. As estratégias e informações aqui
presentes são para todos que estão dispostos
a aprender a trabalhar com o couro e seus
acessórios. Portanto você deverá utilizar este
guia ajustando as informações de acordo com
suas necessidades específicas e os resultados
podem variar de pessoa para pessoa. Este
material não foi realizado para fins lucrativos e
sim informativo.
5

“Guerreiros vitoriosos
vencem a batalha antes
de ela começar,
enquanto os derrotados
esperam a batalha para
tentar vencer.”
sun tzu
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DEDICATÓRIA

Este guia foi realizado pensando


especialmente em vocês amantes da
arte em Couro.
Após várias pesquisas, coletando
dados, referências e dicas de
renomados profissionais da área,
resolvi compartilhar minhas
experiências e de tantos outros
profissionais da área com vocês, com
alguns detalhes básicos que podem
fazer a diferença no seu trabalho no
couro.

Aproveite sua leitura e mãos a


obra!!!
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INTRODUÇÃO

O couro é o principal produto para


se realizar artesanatos de ótima
qualidade, o qual são produzidos na
prática alguns materiais em objetos
como: cintos, bolsas, malas, carteiras,
capinhas para celulares e outros
produtos. Esses artesanatos requer o
conhecimento de ferramentas e
técnicas especiais. A ESCOLA DO
COURO pode ajudá-lo a começar no
caminho para um novo passatempo.
O termo “leather craft” quer dizer
“escultor do couro”. Não apenas aquele
que trabalha com o couro, mas o que
esculpe imagens no couro. Também é
diferente de quem modela a peça toda,
formando outras.
Há muitas maneiras diferentes para
esculpir um determinado padrão de
bordado em couro. Cada pessoa
desenvolve seu próprio estilo e usa
ferramentas na ordem em que achar
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mais confortável, ou na ordem em que


lhe foi ensinado.
A decoração do couro é fascinante
e veio parar aqui no continente
americano por Cortez que veio do
México. Nessa viagem vieram os
primeiros “trabalhadores em couro”
para fabricarem os utensílios que os
espanhóis necessitavam.
Não se pode dizer que o Bordado é
uma tradição americana, pois muitos
países já utilizavam desta prática, até
mesmo para marcar pertences.
Lembrando sempre que não havia
gado (bovino, equino, caprino...) no
Novo Continente, eles foram trazidos
pelos europeus que conquistaram
vários países.
Inclusive uma das nações mais
importantes que trouxeram o couro
para o Brasil, foram os alemães,
construindo vários curtumes no Rio
Grande do Sul e que foram se
espalhando pelo Brasil.
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Os desenhos mais elaborados


surgiram na Idade Moderna (florais),
para decoração de roupas, selas,
mobílias de casas e etc.
Hoje em dia são muitas as
ferramentas, além de outros produtos,
que facilitam o trabalho do entalhador
em couro.
Também não podemos dizer que é
uma cultura Norte-Americana, pois está
se difundindo em todos os países.
Realmente no Brasil, são poucos os
que se dedicam a esta arte, por vários
motivos, falta de um local para venda
de material a preço mais acessível,
poucos profissionais que se habilitem a
passar a técnica adiante e a dificuldade
do artesão de ser reconhecido pelo seu
trabalho. Uma peça em couro decorada
com bordado, dependendo do tamanho
e do desenho a ser feito, pode levar
dias, semanas ou até meses.
Os produtos industrializados
também contribuem para o
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desaparecimento do artesanato em
geral, mas ainda há pessoas que dão
valor a estes produtos, justamente por
serem únicos.
Aqui, neste guia você encontrará o
básico para iniciar o bordado em couro.
As técnicas a serem seguidas, mas
cada bordador desenvolve sua maneira
de trabalhar.
O mesmo acontece com os
materiais. O bordador em couro, com o
tempo, pode confeccionar seus
próprios “ferrinhos, marcadores ou
pinos”, suprindo as suas necessidades.
Claro que, para se ter habilidade
com o bordado em couro vai depender
do quanto for praticado e da insistência
ao refazer várias vezes o mesmo
trabalho. Este material não tem de
forma alguma pretensão de formar
exímios profissionais no bordado em
couro, mas sim se atualizar em cursos
para se aprofundar na área.
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Dando os primeiros passos:

Comece devagar, com um marca


páginas, ou carteira e um padrão
simples. Você deve avançar
rapidamente quando tiver dominado as
técnicas básicas. O couro é um
material caro, assim, é melhor cometer
erros de iniciante em um pedaço
pequeno do material (retalhos). Mesmo
que saia ruim, você terá as ferramentas
básicas para seu próximo projeto.
Ao fazer artesanato em couro como
um passatempo ou como profissão,
você precisa se familiarizar plenamente
com as ferramentas e tecnologias.
Além disso, a confecção de peças
artesanais de qualidade requer o uso
das ferramentas certas.
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TIPOS DE FERRAMENTAS E
PROCESSOS:

Lâminas

Você vai precisar de tesouras


grandes, afiadas e resistentes para
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cortar pedaços de couro e para obter


as formas brutas desejadas para o seu
trabalho. Use várias faca artesanais de
aço bem forte e de alta qualidade ou
uma navalha. Estas facas permitirão
que você dê o acabamento às bordas
ou dê as formas exatas para peças de
couro pequenas. Há também a faca
meia-lua que facilita o corte mais
preciso.

Faca Meia Lua


Muito Usada por alguns
profissionais, é uma faca que
normalmente tem 180º graus, para o
profissional poder manejar cortes de
maneiras mais fáceis.
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Equipamento de segurança

Pessoas que lidam com couro


também precisam de um par de luvas
fortes e flexíveis para usar ao cortar
com a faca ou navalha. Avental de
couro e na hora de lixar ou usar tintas,
uma máscara.
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Compre um afiador de lâmina de


qualidade para manter suas outras
ferramentas afiadas. Uma lâmina cega
não fará mais do que danificar o seu
trabalho e pode representar uma
ameaça para você.

Moldes

Não é fácil desenhar traços manuais


em papel e muito menos em couro.
Para ajudá-lo a traçar as linhas
exatamente onde você as quer. Você
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vai precisar de um quadrado de metal


(tipo gabarito de costureira ou de uma
guilhotina), uma fita métrica também de
metal, esquadro, compasso e régua. A
fita o ajudará a fazer linhas retas,
enquanto os demais instrumentos irão
ajudá-lo nos cantos e ângulos retos,
arredondados ou sinuosos.
Uma outra boa dica é usar o papel
vegetal para copiar algum molde de
bordado já feito e transferi-lo para o
couro.
Desquinador e Lona
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As ferramentas Desquinador são


utilizadas para raspar as bordas, como
o nome já diz, ela desquina as bordas
do couro. As ferramentas para chanfrar
ou desquinar o couro estão disponíveis
em vários tamanhos, e você vai querer
vários deles para que você possa
escolher o tamanho certo para o
elemento especial do desenho.
Outro material que se usa pra
complementar o processo de desquinar
o couro é a Lona, que se passa para
alisar as bordas do couro após retirado
as raspas das quinas do couro.

Compasso
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É um instrumento composto de dois


braços unidos por uma charneira na
parte superior, para tomar medidas e
traçar circunferências.
Usado para tirar medidas exatas e
riscar o couro para indicar os lugares
aonde terá costura ou cortes para
trabalhar no couro.

Groover / Frisador
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O grover é uma ferramenta similar


ao desquinador, mas com uma
diferença, em vez de retirar a quina, ele
tira a parte de dentro do couro,
normalmente próximo as bordas, para
marcar aonde será costurado ou deixar
o couro já trabalhado.

Suvela / Furador
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Ferramenta para furar o couro, para


o artesão trabalhar com a costura a
mão.
Existem vários tipos e grossuras de
lâminas, algumas mais finas, outras
mais grossas, e também de diferentes
pontas.

Faca giratória
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A faca giratória não é uma faca


comum, ela é feita com uma
extremidade curvada para apoiar o
dedo e possui um movimento giratório
na lâmina que permite que suaves
linhas arredondadas sejam esculpidas
no couro. Uma faca normal não teria a
mesma suavidade para a feitura de
linhas ou facilidade de manuseio. Ela é
uma ferramenta que leva um tempo
para que se acostume com o uso e
exige um toque delicado, mas pode-se
criar belas gravuras.

Carimbos / Clichês / Matrizes


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Uma ferramenta que requer menos


sutileza é um carimbo ou cliche para
couro. Ele é geralmente usado com
uma marreta ou prensa, já são
desenhos ou imagens grandes, que as
pessoas costumam usar para adiantar
o seu trabalho.

Vazadores
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Os vazadores são peças feitas em


metal, para facilitar fazer furos e alguns
tipos de detalhes em couros
Alguns são de forma arredondada
ou chatos, tendo diversos tamanhos
Um dos exeplos mais usados dos
vazadores são para fazer a furação nas
cintas.
Corte um pedaço de couro com uma
sobra de dois centímetros em relação
ao tamanho necessário para seu
projeto, para que possa ser colocado
abaixo da onde você vai bater os
vazadores para não estragar as pontas
dos mesmo, assim dando mais vida útil
a sua ferramenta.
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Ferrete ou pirógrafo

Pirografar é uma alternativa para


estampar, o que cria um efeito
levemente diferente. Um ferrete queima
o couro. Ele pode ser usado como uma
caneta, criando uma linha queimada,
ou com um emblema aquecido que cria
um pequeno símbolo ou textura no
couro, dão uma aparência única para
diversos produtos de couro.

Lixas
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As lixas são de variados modelos


para dar acabamento ou rebaixar o
couro, se usa desde fina até a grossa,
por exemplo para fazer selas viradas,
ou para rebaixar algum couro e dar um
acabamento em especial.

Pinos / Estampos / Ferrinho


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São ferramentas feitas em aço ou ferro


com desenhos de diversos tipos em
suas pontas, para facilitar o
acabamento do couro.
Brunidor

Normalmente se é feito o brunidor com


um pedaço de madeira, para não
agredir muito o couro na hora que
passar cola e na hora modelagem das
peças, se passa o burnirdor para
garantir um ótimo acabamento.

Introdução para o Bordado em couro


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O couro é mais comumente usados


em situações onde um material mais
grosso ou um tipo de estrutura rígida
são necessários, como para cintos,
sapatos, sandálias e bolsas. O couro
pode ser macio e maleável ou rígido e
inflexível como madeira compensada.
O mais macio é mole demais para
ser bordado, mas aquele mais rígido e
grosso é o ideal para este trabalho.
A arte será aplicada no couro, então,
nada mais importante do que a sua
escolha.
O bordado pode ser feito em vários
tipos de couro como Sola, Soleta, Meio
Curtume e Atanado. Dependendo da
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espessura e do processo usado para


curtir.
Recomenda-se o uso de couro
curtido em materiais vegetais. Esta
técnica de curtimento será a melhor
para aplicar o bordado, pois ela
absorve mais os produtos, fixa melhor
o desenho e a estampa adquire mais
brilho. Estamos falando, aqui, de
atanado, sola, soleta ou Meio Curtume,
como são chamados os couros
curtidos, geralmente, em tanino e
engraxados com óleo mineral.
A melhor maneira de se obter uma
pele boa para bordado é escolhendo a
que se adapte ao trabalho, o mesmo se
diz do desenho a ser bordado. Ex.: Há
pedaços de pele que podem ser
aproveitados para chaveiros e são mais
irregulares. Não adianta bordar neles
desenhos que exijam muita
profundidade ou muitos detalhes. Já
uma cinta mais grossa dá um
acabamento muito melhor, adquirindo
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profundidade ou elevação ao desenho


escolhido.
O couro quase sempre não vem
“nivelado” de fábrica. Para se adquirir
uma espessura ideal na peça a ser
entalhada, geralmente, usa-se
máquinas para tal trabalho, quando
não, consegue-se bons resultados com
descarnadeiras, escapuchinhos, lixas
ou até mesmo com o processo de
descarnir com a própria faca.

Descarnir
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É quando o artesão tem que


modificar a espessura de alguma parte
da peça do couro que está trabalhando,
assim trabalha com uma faca, retirando
o excesso da parte do carnal do couro,
nunca da parte lisa do couro (flor do
couro)
Chegando à espessura desejada:
Prepare sua área de trabalho
posicionando uma peça de granito ou
outra superfície de pedra. Assegure-se
de que sua área de trabalho seja lisa e
limpa.
Abra uma peça de couro sobre a
superfície de trabalho com o lado do
carnal para baixo.
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Segure firmemente a faca ou estilete


em sua mão. Ponha seu dedo indicador
sobre a lâmina, enquanto segura o
cabo com seu dedo médio e o polegar.
Raspe a borda do couro enquanto
segura a borda da faca com o ângulo
desejado. Faça movimentos suaves e
regulares.
Raspe o couro com a lâmina, de
modo que ela fique reta.
É importante recortar no tamanho
adequado a parte a ser bordada,
observando se não há falhas na pele,
cortes na parte frontal ou no carnal
(parte de trás) da pele.
As fibras facilitam o corte da faca
giratória quando está bem curtida. Os
ferrinhos ou pinos são usados sobre a
parte lisa (flor do couro) e vão até os
grãos que formam um “favo de mel”.
Óleos e tintas penetram melhor na
parte dos grãos e das fibras.

Preparando o couro
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O curtimento com material vegetal


torna o couro mais modelável,
facilitando a impressão das imagens e
estampos.
Passar água com uma esponja
limpa com ou sem. Recortar o pedaço
necessário, caso seja muito pequeno o
trabalho, aconselha-se o corte no final.
Caso o couro escolhido para o
trabalho seja muito grosso, poderá ser
passado líquido dos dois lados.
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Ao umedecer o couro, use esponja


mais porosa, o couro ficará mais
escuro e, quando começar a retornar a
cor original, inicia-se o trabalho
propriamente dito.
Quando o couro começar a ressecar
muito, principalmente em climas muito
secos, ele deverá ser molhado
novamente, a faca giratória deslizará
melhor.
Nunca usar metal para colocar a
água, sempre um pote de vidro ou
plástico. O metal poderá soltar
substâncias que dão reação que
escurecerá o couro. Estas manchas
não desaparecerão tão facilmente,
exigindo cores escuras na hora de
pintar ou tingir.
Caso tenha que parar o trabalho por
algum tempo, é recomendado colocar
um papel para proteger a peça. O
trabalho fica para baixo sobre um
granito, com o carnal para cima.
Tampar a água com papel filme,
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principalmente se contiver substâncias


facilitadoras.
Ao passar a água, se aparecer
manchas no couro, ou seja, ele não
ficar umedecido uniformemente, repita
a operação até conseguir o efeito
desejável. Não esquecer de iniciar o
trabalho quando o couro estiver quase
seco.
Caso as manchas persistirem,
podem ser óleos ou manchas de
curtimento. O couro deve ser
descartado, se você quiser manter a
cor original ou pintar com cores claras.
Coloque o couro em cima de uma
pedra de granito ou mármore (pelo
menos a parte que vai ser estampada).
Molhe o couro levemente com uma
esponja pequena de modo a torná-lo
maleável para estampá-lo na parte da
flor do couro, caso o couro esteja muito
ressecado, umedecer a parte do carnal
também.

Martelo Nylon (Tecnil) X Martelo Ferro


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O martelo de Nylon ou Tecnil como


alguns chamam é o mais apropriado
para o bordado, pois não maltrata seus
pinos ou estampos, assim impedindo
de quebrar, entortar ou amassar, dando
maior vida útil a suas ferramentas.
Já o martelo de ferro é mais usado
quando a pessoa tem q fazer um
serviço que exige mais força no couro,
por exemplo o uso de vazadores, que
precisam atravessar o couro, então se
usa o martelo de ferro.
Bata no pino ou estampo com um
martelo de polipropileno a fim de fazer
uma marca. Você pode ter que bater na
estampo algumas vezes para fazer
com que a marca dure. A primeira
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batida deve ser leve só para vincar o


espaço, a segunda deve ser mais forte
para que realmente fique impresso o
desenho do estampo.
Verifique a marca. A estampa deve
penetrar no couro, deixando um
castanho escuro no fundo da
marcação. Se a marcação não for
muito profunda, você deverá usar mais
água, se for o caso de ressecamento
ou colocar mais força na batida.
Por outro lado, se o estampo deixou
uma marca profunda e a marcação não
possuir uma cor castanha escura na
parte inferior, então o couro está muito
molhado.
Uma dica importante: nunca
encharque o couro, pois ele terá a
tendência de se “esticar”, ficando como
uma borracha. Vá treinando a pressão
da batida até conseguir a cor castanho
escura.
Continue estampando o couro até
que o trabalho que você deseja esteja
completo.
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Transferindo desenhos

Para tal trabalho você precisará de


papel vegetal e lápis, de preferência nº
2 e, claro, um modelo (gravura), ou um
desenho feito por você mesmo.
Estas linhas desenhadas serão
transferidas para o couro, observando
as dicas anteriores de umidade.
Prende-se o papel vegetal no couro
com fitas adesivas para evitar
deslocamento e, com uma caneta ou
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uma ferramenta própria com uma ponta


redonda, repassar os traços, fazendo
pressão necessária para que a marca
fique no couro.
Uma dica é usar caneta vermelha,
caso o papel fure, ao tingir o trabalho
com cores mais escuras, ela
desaparecerá.
Nunca use papel carbono, as
manchas que ficarão no couro não
sairão. Também não prender o modelo
ao couro com clips ou material
metálico.
Logo após, retirar o modelo e
refazer os riscos com a faca giratória.

Utilização, afiação e cuidados


básicos com a faca giratória:

A faca giratória é a ferramenta mais


importante para quem quer esculpir no
couro. Da utilização correta deste
instrumento dependerá o resultado do
trabalho.
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No mercado há mais de um tipo de


faca giratória: toda em metal ou metal
com emborrachada, mas a estrutura é
a mesma, uma lâmina que gira e um
ponto para se apoiar o dedo indicador.
O modo de segurar a faca giratória
é muito importante. Há mais de um tipo
de formato de lâmina: linha reta, mais
estreitas e a angular.
A faca giratória mais usada é a
angular.
Cuidados com a faca giratória:
Como todo instrumento cortante, ela
precisa ser afiada de maneira correta e
com as ferramentas certas.
Lixas de grão muito baixos não vão
dar o corte e só farão ranhuras em sua
lâmina.
Usar uma pedra de afiar bem fina,
com óleos ou até água limpa serve. Às
vezes o próprio carnal do couro com
uma pasta branca de afiação já é o
suficiente.
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O que se deve observar é que a


lâmina não pode perder seu formato
original, somente ser afiada. Não se
trata de retirar muito material, mas o
suficiente para um corte preciso e
uniforme.
O líquido serve para resfriar o
processo e dar mais deslizamento.
A afiação no carnal do couro
geralmente é uma afiação fina, feita no
meio do trabalho, quando necessário.
Com a experiê
ncia, você vai aprender a pressão
que deve dar ao segurar a faca. Inicia
de forma leve para não arranhar nem
desemparelhar o fio da faca.

Erros mais comuns:


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Molhar muito o couro e trabalhar


com ele encharcado. Torna-se uma
borracha, não fixando a impressão da
imagem.
Movimentos errados das
ferramentas.
Não usar um local firme para bater
(granito ou mármore).
Usar ferramentas sem fio (faca
giratória).
Usar Martelos para bater nos pinos.
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Letreiros ou Abecedários

São estampos ou pinos com o


formato de letras, alguns modelos já
decorados ou forma simples. Utilizado
normalmente para escrever nomes ou
frases no couro.
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Linha Encerada

A linha encerada antigamente tinha


que ser feita, no caso era comprada a
linha normal e passava-se cera nela,
para obter uma linha melhor e mais
firme para manuseio da costura a mão.
Hoje já se encontra ela já encerada
com facilidade nas lojas, assim não
precisando utilizar ceras.
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Agulhas de Costura a Mão

Diferentes das Agulhas de Costura


a máquina, as agulhas de costura a
mão normalmente não contem ponta,
para facilitar o trabalho do artesão
costurar manualmente seus produtos.
Sempre Utilizando ela em duas para
agilizar a costura e dar melhor
acabamentos nos seus trabalhos.
Existem diversos tipos de agulha
para mão, tortas, curvas, retas, cada
uma delas se utilizando mais para cada
tipo de trabalho em especifico que o
artesão irá realizar.
45

Tintas e acabamentos Para Couro

Um passo importante da finalização


da gravação em couro é efetivamente
dar o acabamento, após bater o
desenho.
46

Existem alguns tipos de tintas


para couro que são usados para isso,
vamos falar dos tipos:
Tinta Anelina: A anelina é um pó, que
normalmente é misturado a álcool
(álcool 96%) para fazer uma tinta que
da um maior rendimento. Mas muito
cuidado com a dosagem do álcool junto
com a anelina, para quando for fazer a
tinta a sua concentração não acabar
ressecando o couro, e ocasionando em
rachaduras na flor da pele ou trincas.
Tinta Complexo Metalico /
Pigmentos: São tintas mais
elaboradas, para dar um acabamento
diferenciado no couro.
47

Borda Italiana :

Tinta de borda italiana: É uma tinta


mais grossa, com aspecto
emborrachado, feita especialmente
para pintar beirais, quinas ou partes do
carnal do couro.
Pode se usar a caneta especial para
pintar a borda, ou em casos mais
simples se usa um pedaço pequeno de
esponja.
48

Efeito Sombra ou efeito 3D :

São tintas com a finalidade de dar


um fundo preto no bordado, assim
dando um acabamento mais especial
no couro com bordado ou entalhado.
Verniz / Fixador: Com uma cor branca
e incolor, ele é utilizado para dar
destaque na cor da tinta que foi
aplicado no couro, sendo assim
também usado para não deixar a tinta
sair com o contato com outros objetos,
fixando no couro. Outro fator
importante também que ela ajuda a
engraxar o couro e também
49

impermeabilizar para não permitir a


entrada de água no couro.

Óleo de Mocotó: O Óleo de mocotó é


muito Usado para Hidratar o couro,
com os artigos prontos, como por
exemplo, selas, arreios e traias, que
com seu uso constante no campo e
tomando sol, costumam ressecar.
Alguns curtumes também costumam
colocar em sua formulação na hora que
estão fabricando a sola, mas em
concentração mais baixa, pois em
excesso o óleo de mocotó atrapalha a
pintura da sola.
50

Oleo Mineral: o Óleo especial que os


curtume utilizam para engraxar os
couros, dando aspecto maleável mas
firme.

Sobre o couro

Informações Gerais:
A palavra couro destina-se ao
material oriundo exclusivamente da
pele animal, curtida por qualquer
processo, utilizado como matéria nobre
para a confecção de diversos artefatos
para uso humano e animal, tais como
sapatos, cintos, carteiras, bolsas,
coleiras, arreios de cavalos, etc.
O couro compõe-se de duas partes
importantes:
- Flor: camada externa do couro, lado
do pêlo, que apresenta as
características da pele, como os poros.
51

- Raspa: camada interna, lado do


carnal, subjacente a flor, sendo
originada na operação da Divisão no
curtume, onde o couro bruto divide-se
em dois: flor e raspa.

Zonas da Pele:

Classificações do Couro

1 – Lombo – Conhecido como grupom


ou culatra, existe ela em duas forma
52

simples (metade do couro) e sua forma


dupla (que seria as duas metades,
normalmente é usado para fabricação
de cintos, selas e arreios, saltos de
botas.
2 e 3 – Espadua e Pescoço –
conhecido como Cabeça simples,
quando se está em uma só metade do
couro, ou quando está em duas partes
se é chamado de cabeça dupla, é
usado na fabricação de coleiras,
bainhas, arreios,
4 e 5 – Espadua – É a parte da barriga
do couro, aonde o couro e mais fofo e
malevavel, normalmente usado para
fabricar bainhas, carteiras, e palmilhas
de sapato.
53

Quanto à origem:

Couro de Boi - quando o couro for de


origem bovina.
Couro de Porco/ Suíno - quando o
couro for de origem suína.
Couro de Carneiro, Cabrito /Caprino -
quando o couro for de origem caprina.
Couro de búfalo: quando o couro for de
origem bufalina. Possuem elevada
espessura, poros bem definidos e é
empregado em botas, calçados e
roupas mais rústicas.
Couro de Cavalo ou Potro / Equino -
quando o couro for de origem eqüina.
54

Quanto ao tipo de curtimento:

Crú - É um couro apenas lonqueado


(retirados os pêlos), descarnado (limpo
o carnal) e estaqueado para secagem.
Crú Sovado - Couro crú que passa pelo
processo de sovadura, tornando-se
amaciado e texturizado.
Meio-curtume - Curtido com pedra-
úme.
Atanado / Sola / Soleta - Couro curtido
com taninos vegetais.
Semi-cromo - Curtido com sais de
cromo.
Cromo - Curtido e recurtido com sais
de cromo, exemplo: vaquetas.
55

Raspa – A Raspa é a camada


subjacente à flor do couro, originada na
operação de Divisão.

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