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Parábola das Dez Virgens

Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando
as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas
lâmpadas.
E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao
encontro.
Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas
lâmpadas.
E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque
as nossas lâmpadas se apagam.
Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos
falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para
vós.
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam
preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor,
Senhor, abre-nos.
E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não
conheço.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do
homem há de vir.
(Mateus 25:1-13)

Contexto da Parábola das Dez Virgens


A Parábola das Dez Virgens está posicionada no Evangelho de Mateus
imediatamente após o Sermão Escatológico de Jesus. Na última parte do sermão
(capítulo 24), Jesus faz um alerta sobre a separação entre os bons e os maus (santos
e ímpios) que haverá por ocasião de sua repentina vinda.
Já no capítulo 25, tal separação é ainda mais detalhada em três parábolas: a
Parábolas das Dez Virgens (Mt 25:1-13), a Parábola dos Talentos (Mt 25:14-30) e
a Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes (Mt 25:31-46).
Jesus utilizou a descrição de um típico casamento judaico da época nessa
parábola. Era costume que o noivo fosse, acompanhado de seus amigos, tarde da
noite, à casa da noiva. Lá, a noiva o esperava com suas damas de honra (as virgens),
que, ao serem avisadas da aproximação do esposo, deviam sair com suas lâmpadas
para iluminar o caminho do noivo até a casa, onde haveria a celebração das
núpcias.
Sobre a escolha do número de dez virgens, acredita-se que, geralmente, esse
cerimonial era composto por dez damas, isso pelo fato de que as formalidades
judaicas eram realizadas com o comparecimento de ao menos dez pessoas, ou seja,
a quantidade de “dez” era significativa em certas ocasiões.

As diferentes interpretações sobre a


Parábola das Dez Virgens
Ao longo dos anos, grandes teólogos aplicaram interpretações diferentes sobre a
Parábola das Dez Virgens. Todos concordam que o Noivo é Cristo. Sobre o
direcionamento da parábola, alguns defendem que ela se aplica exclusivamente aos
judeus, enquanto outros acreditam que ela se refira a todos os que professam a fé
cristã (verdadeiros e nominais).
O principal argumento utilizado por quem defende a aplicação exclusiva aos
judeus, é que a Igreja é a noiva e não as madrinhas. Também defendem que a voz
que anuncia o Noivo é a voz dos profetas que proclamaram que o Messias viria.

Sob este aspecto as virgens loucas são os judeus que acreditavam que sua
religiosidade seria suficiente e não se prepararam para Ele, enquanto as prudentes
seriam os judeus que reconheceram que Jesus é o Cristo e, estes, pertencem então
aos remanescentes que serão salvos (Rm 9:27).

Ainda dentro da linha que defende ser esta uma parábola direcionada ao povo
judeu, estão os que acreditam que essa parábola será cumprida durante o período
de Grande Tribulação, após um arrebatamento secreto da Igreja, onde haverá
“ausência” do Noivo que estará nas bodas juntamente com a noiva (Igreja).

Dentre os que defendem que a parábola se aplica aos cristãos, existe uma grande
variação de interpretação que basicamente divergem entre si sobre o que
representa os elementos principais da parábola. Por exemplo: alguns acreditam que
as virgens loucas são verdadeiros cristãos que perdem a salvação pela apostasia,
enquanto outros defendem que não se trata de cristãos verdadeiros, mas de
crentes nominais.
A figura do azeite também é discutida, sendo que há os que acreditam representar
o Espírito Santo, outros o amor e ainda outros a Graça de Deus. O sono que
acometeu as virgens, para alguns se trata da morte física, para outros momentos de
fraqueza espiritual, e ainda outros, defendem que o sono representa simplesmente
a demora da volta de Cristo provando os que o esperam.

Aplicação da Parábola das Dez Virgens


Como vimos, existem diferentes opiniões sobre a Parábola das Dez Virgens.
Grandes expositores da Palavra de Deus ao longo da história da Igreja fizeram
sermões incríveis com pontos de vistas diferentes sobre esse texto, como:
Agostinho, Calvino, Mathew Hanry, Robert M´Cheynee e outros. O interessante é
que nenhum deles distorceu o verdadeiro ensino de Jesus nessa parábola, o que
talvez nos mostra tamanha abrangência do princípio contido nela.

Creio que das interpretações citadas acima, a que mais causa problemas e, para
mim, trata-se de um erro teológico, é a interpretação que defende que tal parábola
se aplica aos judeus no período de Grande Tribulação, após a Igreja não estar mais
na terra. Esse tipo de ensino é fundamentado por uma interpretação bíblica
profundamente confusa e equivocada.

Embora seja possível nessa parábola fazer alguns paralelos com os judeus em
relação à primeira vinda de Cristo na terra, penso que se considerarmos o capítulo
anterior (capítulo 24), e naturalmente percebermos a continuação dos ensinos
apresentados nele ainda na composição do capítulo 25, será impossível não aplicá-
la sob as verdades do dia do Juízo de Deus, da separação entre os bons e os maus,
dos cristãos verdadeiros e dos hipócritas.
Lições da Parábola das Dez Virgens:
Seja qual for a interpretação adotada nessa parábola, tais verdades não podem ser
negadas:

 Todas eram virgens: historicamente a virgindade sempre esteve relacionada à


religiosidade e ao sagrado. Na parábola tanto as prudentes quanto as loucas
eram virgens. Isso não significa que alguns perderão a salvação, mas que alguns
nunca a tiveram. As virgens loucas em nenhum momento foram prudentes, e as
prudentes em nenhum momento se tornaram loucas. A parábola começa e
termina com cinco prudentes e cinco loucas. Se aqui a virgindade se refere à
religiosidade, claramente podemos perceber então que tal religiosidade não
poderá salvar ninguém. Não basta ser virgem, é preciso ter o azeite. As loucas
eram virgens, tinham lâmpadas, mas saíram sem o azeite (Mt 25:3).
 As aparências enganam: as dez eram virgens, possuíam lâmpadas e, pelo que o
versículo 8 nos diz, saíram ao encontro do esposo com as lâmpadas acessas.
Nesse momento talvez fosse praticamente impossível humanamente separá-las,
pois aparentemente eram idênticas. Realmente é muito difícil conseguir separar
alguns crentes nominais dos crentes verdadeiros. Eles frequentam as mesmas
igrejas, ouvem os mesmos sermões e cantam os mesmos louvores. Alguns se
destacam e acabam fazendo grandes prodígios. Eles oram fervorosamente,
pregam eloquentemente, curam doentes, expulsam demônios e dizem levar o
nome de Cristo. Eles enganam os homens, mas não enganam a Deus.
Curiosamente na Parábola das Dez Virgens (vers. 12) Jesus usa praticamente a
mesma expressão que Ele já havia utilizado em Mateus 7, “[…] Nunca vos
conheci; apartai-vos de mim […]” (Mt 7:23). Nosso Deus é justo, e naquele dia
não haverá intruso (cf. Mt 22:1-14).
 As lâmpadas apagaram: se por um lado inicialmente é muito difícil perceber
quem são os prudentes e quem são os insensatos, há um momento em que essa
diferença se torna duramente visível: ao apagar das lâmpadas. O cristão nominal,
com sua fé histórica, não conseguirá manter sua lâmpada acessa no momento
em que o Noivo vier. Sua hipocrisia, sua religiosidade e sua aparência podem até
iluminar o caminho de sua vida por um tempo, e de maneira tal que há quem o
siga. Quando olhamos para a lua durante a noite ficamos admirados por sua luz,
mas logo de manhã a verdade de que ela não possui luz alguma vem à tona. Ela
reflete uma luz que não é dela. A fé histórica é assim, brilha por um tempo, mas
nunca terá o brilho definitivo da verdadeira fé salvadora.
 O azeite é pessoal: como já dissemos, nesse ponto os estudiosos defendem
significados diferentes para a figura do azeite, porém seja a Graça de Deus ou a
presença do Espírito Santo, ambos os significados são insubstituíveis, indivisíveis
e notórios na vida do verdadeiro salvo em Cristo Jesus. Quando a Graça de Deus
alcança o pecador ele é regenerado pelo Espírito Santo e passa conhecer a fé
salvadora. Esse azeite não se pode dividir, é pessoal, suficiente apenas para os
prudentes.
 O azeite não pode ser obtido por esforço humano: talvez as virgens loucas da
parábola não levaram consigo azeite porque acharam que o noivo viria
rapidamente. Quando perceberam que o noivo tardou em vir, então
desesperadamente tentaram comprar o azeite que lhes faltava. A parábola
termina com as virgens loucas batendo à porta do Noivo, e sendo por Ele
rejeitadas. Pode ser que elas queriam mostrar que se “esforçaram” para estarem
ali, correram em busca de azeite para que pudessem participar das bodas, mas
seus esforços nada puderam fazer por elas.
 A prudência e a vigilância: muitos pregadores de maneira equivocada pregam
apenas que as virgens loucas dormiram, mas as prudentes também dormiram.
Como vimos anteriormente, existem diferentes opiniões sobre a natureza desse
sono, mas uma coisa é certa: o sono não foi o sinal de loucura, ou seja, as
virgens prudentes não passaram a ser loucas pelo fato de terem dormido. Isso
quer dizer que a prudência não está relacionada ao sono, mas ao fato de ter ou
não o azeite, isto é, ser prudente e estar preparado é possuir o azeite. A lição
principal dessa parábola é o mandamento de “vigiar”. A vigilância prudente
é aquela que nos prepara para uma longa espera. É fácil esperar pouco tempo.
Na fila de um banco, quando o tempo de atendimento é curto, todos
permanecem esperando, mas quando a fila é imensa e demorada muitos
desistem. A demora da volta de Cristo separa os prudentes dos loucos, os sábios
dos tolos. Precisamos ser zelosos todo o tempo de nossas vidas. O zelo
temporário pela volta de Cristo não serve para nada. Precisamos estar prontos, e
isso pode significar uma longa espera. Algumas pessoas acham que vigiar é
esperar pela volta de Cristo a qualquer momento, mas na verdade vigiar é estar
preparado para a volta dEle a todo tempo. Isso até parece ser a mesma coisa,
mas acredite, não é. Essa parábola nos ensina tal diferença, as virgens néscias
esperaram o Noivo a qualquer momento, mas apenas as prudentes esperaram a
todo tempo. Elas tinham o azeite, elas estavam preparadas para uma longa
espera, elas vigiaram.
Para concluir, nada melhor do que as próprias palavras de Jesus:

Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do
homem há de vir.
(Mateus 25:13)
Meu desejo sincero é que possamos, naquele dia, desfrutar do óleo, ao invés de
tentar compra-lo em sinal de loucura. A Parábola das Dez Virgens certamente é um
alerta importante para todos nós.

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