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Fresador - Ferramenteiro

 SENAI- SP, 2002

Trabalho elaborado pela Escola SENAI Roberto Simonsen


do Departamento Regional de São Paulo.

Coordenação Geral Dionisio Pretel

Coordenação Laur Scalzaretto


Nivaldo Ferrari

Organização Mirivaldo dos Santos Guedes

Editoração Écio Gomes Lemos da Silva


Silvio Audi

Escola SENAI Roberto Simonsen


Rua Monsenhor Andrade, 298 – Brás
CEP 03008-000 - São Paulo, SP
Tel. 011 3322-5000 Fax. 011 3322-5029
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Home page: http://www.sp.senai.br
Sumário

página

Introdução 3
Ângulos – Medidas angulares 5
Operações com ângulos 7
Ângulos complementares – suplementares – replementares 11
Definição de ponto, reta e plano 15
Posição relativa de retas e circunferência 19
Definição de circunferência 21
Congruência de ângulos 23
Lei angular de Tales 29
Classificação dos triângulos 33
Pontos notáveis de um triângulo – altura – bissetriz – mediana 37
– mediatriz
Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações 41
Teorema de Pitágoras 49
Razões trigonométricas 61
Relações no triângulo retângulo ou funções trigonométricas 69
Determinação do seno e co-seno de arcos do II quadrante 89
Um breve comentário a respeito do triângulo retângulo 91
Lei dos Senos 95
Lei dos Co-senos 97
Perímetro 115
Cálculo do comprimento de arcos 121
Área 125
Fresagem 131
Furando com a fresadora 139
Fresando com aparelho divisor 153
Extração: Raiz quadrada 163
Introdução

A palavra trigonometria é de origem grega e tem como


significado: MEDIDAS RELATIVAS AS FIGURAS
TRIANGULARES. Ela pode ser definida também como o ramo
das matemáticas que se fundamenta no fato se ser possível
resolver numerosos problemas pelo cálculo dos elementos. Para
a resolução de tais problemas recorre-se principalmente ao uso
das razoe trigonométricas.

Como foi dito no inicio não só a palavra trigonometria é de


origem grega mas seus matemáticos também o são. Todo o
programa que será desenvolvido neste curso foi proposto por
estes matemáticos em um período que data do ano 600 a.c. até
100 d.c. Isto por si só é um feito importante que nos mostra a
influência dos filósofos gregos no pensamento ocidental.

3
ALFABETO GREGO

A α Alfa
B β Beta
Γ γ Gama
∆ δ Delta
Ε ε Epsílon
Ζ ζ Dzeta
Η η Eta
Θ θ Theta
Ι ι Iota
Κ κ Capa
Λ λ Lambda
Μ µ Mu
Ν ν Nu
Ξ ξ Xi
Ο ο Ômicron
Π π Pi
Ρ ρ Rô
Σ σ Sigma
Τ τ Tau
Υ υ Upsilon
Φ ϕ Fi
Χ χ Khi
Ψ ψ Psi
Ω ω Ômega

4
Ângulos – Medidas angulares

Podemos definir ângulo como sendo a porção do plano limitado


por duas semi-retas de mesma origem (vértice do ângulo).

Os ângulos recebem nomes especiais conforme a sua abertura:

Unidades de medição de ângulos: GRAU – GRADO – RADIANO

Para nosso curso usaremos somente o GRAU e seus


submúltiplos como unidade. Como submúltiplos do grau temos o
MINUTO e o SEGUNDO.

Representações:
• GRAU (º) – corresponde a 60 minutos ou 3600 segundos.
• MINUTO (‘) – corresponde a 60 segundos.
• SEGUNDOS (“).

5
Exemplo:

31º26’38” – Trina e um graus, vinte e seis minutos e trinta e oito


segundos.

O número de minutos e segundos não deve ultrapassar a 60,


caso isto ocorra opera-se da seguinte maneira:

30º76’32” – neste caso o número de minutos é maior que 60,


mas como 60’ corresponde a 1º, podemos colocar da seguinte
forma: 31º16’32” = 30º76’32”

25º59’130” – neste caso o número de segundos é superior a 60.


Como 60” corresponde a 1’ temos que 120” corresponde a 2’,
concluímos que 25º59’130” = 25º61’10”, mas 60’ corresponde a
1º, temos então como resultado final: 25º59’130” = 26º1’10”.

6
Operações com ângulos

ADIÇÃO: quando somamos medidas angulares, o único cuidado


que devemos ter é sempre manter segundo embaixo de
segundo, minuto embaixo de minuto e grau embaixo de grau. As
transformações devem ser deixadas para o final.

52º 47'23"
10º 45'58"
+
62º92'81"

1º Transformação: 60”correspondem a 1’, então: 62º92’81” = 62º93’21”.


2º Transformação: 60’ correspondem a 1º, então: 62º3’21” = 63º33’21”.

Subtração: O processo é o mesmo usado na adição.

80º14'35"
60º40'30"

Neste caso não é possível a subtração imediata, pois de um


número menor não poderíamos tirar um maior, procedemos
então da seguinte maneira: 80º14’35” = 79º74’35” e aí
efetuamos a subtração.

79º74'35"
60º 40'30"

19º34'05"

7
Multiplicação: devemos multiplicar por partes, primeiro os
segundos, depois os minutos e finalmente os graus.

20º14'30"
x2
40º28'60"

Transformando 40º28’60” = 40º29’00”

DIVISÃO: dividimos os graus pelo número, se sobrar resto,


multiplicamos por 60 e somamos com os minutos, dividimos os
minutos pelo número e se sobrar resto, multiplicamos por 60 e
adicionamos aos segundos e fazemos a divisão. O resto de
segundos que sobrar pode ser desprezado.

72º

x60
120'

16'
120'+
136'
1'
x 60
60"

12"
60"
72"
2"

5
14º27'14"

8
(1) 12º + 23º =
(2) 25º30’ + 3º42’ =
(3) 55º45’23” + 52º01’56” =
(4) 15º35 + 34º16’ =
(5) 80º65’02” + 10º23’14” =
(6) 32’ + 8º35’13” =
(7) 40” + 23º =
(8) 50º30’30” + 49º29’30” =
(9) 30º - 15º =
(10) 25º50’ - 10º25’ =
(11) 56º80’ - 30º00’ =
(12) 40º20’ - 32º43’ =
(13) 54º34’15” - 32º25’10” =
(14) 60º28’12” - 55º35’20” =
(15) 10º - 5’ =
(16) 20º - 5” =
(17) (25º) x 8 =
(18) (12º6’) x 4 =
(19) (34º5’45”) x 5 =
(20) (2º1’1”) x 60 =
(21) (1º5”) x 100 =
(22) (15º56’34”) x 3 =
(23) (30º19’2”) x 6 =
(24) (1º1’1”) x 60 =
(25) (60º) : 4 =
(26) (30º) : 4 =
(27) (25º40’) : 5 =
(28) (26º13’) : 4 =
(29) (45’) : 7 =
(30) (12º35”) : 5 =
(31) (33º23’14”) : 2 =
(32) (5631’01”) : 6 =
(33) (361º) : 6 =
(34) (120º8’32”) : 4 =
(35) (1º) : 7

9
10
Ângulos complementares –
suplementares – replementares

Complementares: dois ângulos são complementares quando


a soma deles forma um ângulo de 90º. Portanto para se calcular
o complemento de um ângulo basta subtrair de 90º o ângulo
dado.

Complemento de α
(90º - α)

Suplementares: dois ângulos são suplementares quando a


soma deles forma um ângulo de 180º O mesmo acontece com
os ângulos suplementares, ou seja, para calcular-se o
suplemento de ângulo basta subtrair esse ângulo de 180º.

11
Suplemento de α (180º - α)

Replementares: dois ângulos são replementares quando a


soma deles forma um ângulo de 360º. E para se calcular o
replemento de um certo ângulo basta subtrair esse ângulo de
360º

Replemento de α
(360º - α)

I. Calcular o complemento dos ângulos abaixo


(1) 55º =
(2) 73º =
(3) 28º30’ =
(4) 90º =
(5) 32º28’13” =
(6) 45º80’65” =
(7) 89º58’01” =
(8) 00º59’59” =
(9) 10º12’24” =
(10) 125º =
(11) 89º59’60” =
(12) 50” =

12
II. Calcular o suplemento dos ângulos abaixo:
(1) 155º =
(2) 210º =
(3) 180º =
(4) 101º =
(5) 128º28’ =
(6) 132º12” =
(7) 35º14’36” =
(8) 00º59’56” =
(9) 189º58’23” =
(10) 179º06’36” =
(11) 112º60’ =
(12) 0º0’1” =

III. Calcular o replemento dos ângulos abaixo:


(1) 270º =
(2) 360º =
(3) 20º =
(4) 322º23’ =
(5) 358º30” =
(6) 122º76” =
(7) 3600” =
(8) 180º240” =
(9) 200º12’56” =
(10) 25º6’43” =
(11) 357º176’240” =
(12) 402º =

13
14
Definição de ponto, reta e plano

Neste capítulo estudaremos o que podem estar acontecendo


com duas retas situadas em um mesmo plano. Mas antes disto
daremos as definições de ponto, reta e plano.

A primeira pessoa que teve a preocupação de definir esses


elementos geométricos foi um grego chamado Euclides.

Pouco se sabe sobre a vida deste matemático.

Sabemos apenas que ele viveu no séc III a.C e que foi um dos
homens relacionado ao museu de Alexandria onde ali trabalhou
do ano 320 a 260 a.C. Foi ele quem fundou a grande escola de
matemática do museu. A fama de Euclides repousa basicamente
nos Elementos, síntese sistemática da geometria grega. É neste
livro, ou melhor, nesta coleção de livros, pois a obra é composta
de 13 livros, onde Euclides da as definições de ponto, reta, plano
e analisa a posição relativa de retas no plano, assunto esse que
será discutido aqui. Vejamos então as definições de Euclides
para ponto, reta e plano.

Ponto: é o que não tem partes, ou seja, não pode ser


separado, portanto não tem dimensão.

15
Reta: é o comprimento sem largura, ou seja, é uma linha
formada por infinitos pontos que não possui nem origem nem
fim.

Plano: é uma superfície que tem apenas comprimento e largura.


A partir destas definições, Euclides consegue concluir uma série
de coisas, tais como: as condições necessárias para que duas
retas sejam paralelas. Vejamos a seguir quais são estas
condições:

Posição relativa da reta

Paralela: seja as retas r e s contidas no plano e formando com a


transversal t os ângulos α e β Diz-se que a reta r é paralela a
reta s se e somente se o ângulo α for igual ao ângulo β. Em
notação matemática (r//s <=> α = β)

Concorrentes: duas retas contidas em um mesmo plano são


concorrentes quando possuem somente um ponto em comum.

16
Perpendiculares: retas perpendiculares ao um caso particular
de retas concorrentes, elas se cruzam em um único ponto,
formando entre elas um ângulo de 90º.

17
18
Posição relativa de retas e
circunferência

A reta pode ocupar três posições em relação a uma


circunferência.

Externa: reta externa é aquela que não intercepta a


circunferência.

Tangente: é a reta que tem apenas um ponto em comum com a


circunferência.

Propriedade da reta tangente: ela é perpendicular ao raio que


passa pelo ponto de tangência.

Secante: é a reta que tem dois pontos em comum com a


circunferência.

19
20
Definição de circunferência

Circunferência é o conjunto de pontos de um plano eqüidistantes


de um ponto do plano chamado CENTRO, e essa distância
chama-se raio.

Elementos de uma circunferência:

AO – raio é o segmento que une o centro a um ponto qualquer


da circunferência.
BC – corda é o segmento que une dois pontos de uma
circunferência.
DE – diâmetro é uma corda que passa pelo centro da
circunferência e tem como valor o dobro do raio.

21
22
Congruência de ângulos

Duas retas paralelas não coincidentes formam com uma


transversal ângulos alternos e correspondente iguais.

^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
Opostos pelo vértice: a = d , c = b , g = f , e = h
^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
Correspondentes: f = b , h = d , c = g , e = a
^ ^ ^ ^
Alternos internos: c = b , a = h

Exercícios resolvidos

1) Calcule o valor dos ângulos indicados na figura abaixo:

23
^
Solução: Da definição de retas paralelas temos que a = 50º,
pois como foi dito anteriormente se r//s, então α = β. Podemos
ainda ver pelo desenho acima que se somamos o ângulo com o
^ ^
ângulo b esta soma deve ser igual a 180º, ou seja, b é
^ ^
suplemento de a , logo b = 180º - 50º = 130º.

^ ^ ^
O mesmo acontece quando somamos os ângulos b e c , logo c
^ ^
também pode ser chamado de suplemento de b e c = 180º -
130º = 50º.

^ ^
Se verificarmos os valores de a e c veremos que estes são
iguais, isto não é apenas uma coincidência, isto sempre
^ ^
acontece, pois os ângulos a e c são opostos pelo vértice, e
ângulos opostos pelo vértice são sempre iguais, já o ângulo d é
130º pois é o oposto pelo vértice ab, ou ele ainda é suplemento
^
de a e de c. Aplicando o mesmo raciocínio podemos calcular os
^ ^ ^
ângulo e , f , g e chegaremos aos seguintes resultados:

^ ^ ^
e = 130º, f = 50º, g = 130º

^ ^
Outro fato importante de ser observado é que os ângulos a e f
são iguais, esta observação é importante e futuramente ela nos
ajudará a resolver inúmeros exercícios. Existe uma maneira
bastante prática que nos permite descobrir quem são os dois
^ ^
ângulos iguais , no caso de a e f . Para tanto basta que
tracemos sobre a figura a letra Z da palavra “ZORRO”, veja o
desenho abaixo. Feito isto teremos, que os ângulos internos a
letra Z serem sempre iguais.

24
2) Calcule o valor do ângulo x na figura abaixo:

Solução: Para que possamos resolver este tipo de exercício


traçaremos em primeiro lugar uma reta auxiliar paralela a r e a s
passando pelo vértice do ângulo x, veja figura abaixo.

Em segundo lugar identifica-se na figura a letra Z. Veja no


desenho abaixo que podemos traçar a letra Z em dois lugares.

Como foi dito anteriormente os ângulos formados nos cantos


internos da letra Z são sempre iguais. Daí concluímos que o
ângulo x é de 100º, veja figura abaixo.

25
Observe que quando traçamos a reta auxiliar passando pela
vértice do ângulo x, este fica repartido em duas partes que não
são necessariamente iguais. Com os Z (s) traçado foi possível
determinar o valor de cada parte, tendo-se portanto que soma-
las para se determinar o valor de x.

Exercício de aplicação

26
27
28
Lei angular de Tales

Tales, uma das figuras mais curiosas da história da matemática,


nasceu em Mileto, na Ásia menor, por volta do ano a.c. No
exercício de sua aventurosa profissão do mercador, percorreu
durante longos anos o Egito, onde adquiriu, especulando com
notável sagacidade, os conhecimentos científicos que os
sacerdotes do vale do rio Nilo tão zelosamente ocultavam.

Ao chegar de volta a sua pátria abandonou por completo os seus


lucrativos negócios e fundou uma escola, a mais antiga escola
filosófica que se conhece – denominada “escola Jônica”.

Segundo Diógenes Laércio, Tales de Mileto assombrou o faraó


do Egito quando calculou a altura de uma pirâmide pela sombra
por ela projetada.

29
Quando a sombra do bastão (como indica a figura) atingia a
circunferência, o raio dessa circunferência sendo igual ao
comprimento do bastão, a altura da pirâmide, nesse momento
seria igual ao comprimento da sombra, aumentada da metade
da base da pirâmide.

Tales não ficou famoso só com a medição da altura da pirâmide,


mas também enunciou uma lei que leva o seu nome e que
determina a soma dos ângulos internos de um triângulo. Essa lei
diz o seguinte. Se somarmos os ângulos internos de um
triângulo qualquer esta soma deve ser sempre igual a 180º.

Com isto, dado dois ângulos quaisquer de um triângulo,


podemos calcular o terceiro ângulo.

30
Pode-se provar matematicamente que a soma dos ângulos
internos de um triângulo é 180º, como podemos também provar
que a soma dos ângulos internos de um quadrilátero (figura que
tem quatro lados) é 360º.

Exercícios

1) Calcule o ângulo x no triÂngulo abaixo:

^
2) Calcule o ângulo x no quadrilátero abaixo:

31
32
Classificação dos triângulos

Classificar triângulos significa dar nomes aos mesmos, isto é


feito com o intuito de facilitar o manuseio com estes triângulos.
Esta classificação dá-se de duas maneiras, primeiro em função
dos lados, e em segundo em função dos ângulos que estes
triângulos possuem:

Quanto aos lados


Classificação = { Quanto aos ângulos

Quanto aos lados


Eqüilátero: possuem 3 lados e 3 ângulos congruentes

33
Isósceles: possuem 2 lados e 2 ângulos congruentes

Escaleno: possuem os 3 lados e os 3 ângulos

Quanto aos ângulos


Retângulo: quando possuir um ângulo reto (90º).

Acutângulo: quando possuir os 3 ângulos agudos (menores que 90º).

Obtusângulo: quando possuir um ângulo obtuso (maior que 90º).

34
Exercícios

1. Classificar os triângulos quanto aos lados e quanto aos


ângulos:

1)

2)

3)

4)

5)

35
36
Pontos notáveis de um triângulo –
altura – bissetriz – mediana –
mediatriz

Altura: é o segmento perpendicular a um lado ou prolongado


dele que o une ao vértice oposto.

As alturas relativas a cada lado cruzam-se em um mesmo ponto,


denominado ORTONCENTRO do triângulo

Bissetriz: é a semi-reta que divide o ângulo em duas partes


iguais. As bissetrizes relativas a cada ângulo cruzam-se em um
mesmo ponto, denominado INCENTRO. Incentro é o centro da
circunferência inscrita no triângulo.

37
Mediana: é o segmento que une um vértice ao ponto médio do
lado oposto. As medianas de um triângulo cruzam-se em um
mesmo ponto, denominado BARICENTRO ou CENTRO DE
MASSA.

Mediatriz: é uma reta perpendicular a um segmento em seu


ponto médio. As mediatrizes relativas a cada lado de um
triângulo cruzam-se em um mesmo ponto, denominado
CIRCUNCENTRO. Circuncentro é o cent5ro da circunferência
circunscrita ao triângulo.

Exercícios de aplicação

1. Ache o ORTOCENTRO dos seguintes triângulos:

38
2. Ache o INCENTRO dos seguintes triângulos e inscreva uma
circunferência:

3. Ache o BARICENTRO dos seguintes triângulos:

4. Ache o CIRCUNCENTRO dos seguintes triângulos e


circunscreva uma circunferência:

39
40
Adição, subtração, multiplicação e
divisão de frações

Adição de frações

a) Mesmo denominador:
7 5 7 + 5 12 3
+ = = =
16 16 16 16 4

13 11 25 13 + 11 + 25 49
+ + = =
32 32 32 32 32

b) Denominadores diferentes:
Reduzem-se primeiro ao mesmo denominador e, depois,
efetua-se a adição como no caso anterior.
3 2 1 18 20 5 18 + 20 + 5 43 13
+ + = + + = = =1
5 3 6 30 30 30 30 30 30
Tira-se o m.m.c de 5, 3 e 6 = 30.
Divide-se: 30 : 5 = 6 e multiplica-se: 6 ⋅ 3 = 18
Divide-se: 30 : 3 = 10 e multiplica-se: 10 ⋅ 2 = 20
Divide-se: 30 : 6 = 5 e multiplica-se: 5 ⋅ 1 = 5
5 7 3 20 7 6 20 + 7 + 6 43 13
+ + = + + = = =1
8 32 16 32 32 32 32 30 30
m.m.c de 8,32 e 16 = 32.

41
Exercícios

Efetuar

3 2 7 1
1. + + + =
5 5 5 5

11 5 3
2. + + =
6 8 4

1 1 1
3. + 3 + 6 +1 =
2 5 4

3 1 1 2
4. + 2 + 5 + 1 + 15 =
4 8 3 5

2 1 3
5. 7+ + 3 + 4 +1=
5 3 5

1 1 1 1 1
6. + + + + =
3 4 5 6 7

1 5 4 2
7. + + + =
2 9 5 3

1 5 8
8. 3 +4 +2 =
7 14 21

5 1 2
9. 5+2 +3 + =
12 6 9

11 2 7
10. 6 + +3 + =
15 3 12

42
Subtração de frações

a) Mesmo denominador:
8 5 3
− =
16 16 16

b) Denominadores diferentes:?
Reduzem-se, primeiro, ao mesmo denominador e, depois,
efetua-se a subtração como no caso anterior.

5 2 35 12 35 − 12 23
− = − = =
6 7 42 42 42 42

16 17 128 51 128 − 51 5
− = − = =3
3 8 24 24 24 24

Exercícios

Efetuar:

3 2
1. − =
5 5

4 1
2. − =
7 9

2 1
3. 3 −2 =
5 5

2
4. 4 −1 =
3

43
3
5. 9 −7 =
5

1
6. 3 −2 =
4

1
7. 5−4 =
7

3
8. 9 −7 =
5

5 3
9. 3 −2 =
6 8

2 3
10. 3 −2 =
5 8

Multiplicação de frações

a) Multiplicação de fração por número inteiro:


Multiplica-se o numerador da fração pelo número inteiro.
2 2⋅4 8 2
⋅4 = = =2
3 3 3 3

13 13 ⋅ 2 ⋅ 4 104 1
⋅2⋅4 = = =6
16 16 16 2

44
b) Multiplicação de número inteiro por fração:
Multiplica-se o número inteiro pelo numerador da fração:
2 3⋅2 6 1
3⋅ = = =1
5 5 5 5

13 4 ⋅ 13 ⋅ 2 104 1
4⋅ ⋅2 = = =6
16 16 16 2

c) Multiplicação de fração por fração:


Multiplica-se o numerador de uma fração pelo numerador da
outra, e o denominador de uma pelo denominador da outra.

4 1 4 ⋅1 4
⋅ = =
5 3 5 ⋅ 3 15

3 2 3 3 ⋅ 2 ⋅ 3 18 3
⋅ ⋅ = = =
5 3 4 5 ⋅ 3 ⋅ 4 60 10

Antes de efetuar o produto dos numeradores e


denominadores é aconselhável fazer a simplificação.

1 1
3 2 3 3 ⋅ 1⋅ 1 3
⋅ ⋅ = =
5 3 4 5 ⋅ 1⋅ 2 10
1 2

1 1
4 ⋅ 2 ⋅ 7 = 1⋅ 2 ⋅ 1 = 2
7 5 4 1⋅ 5 ⋅ 1 5
1 1

1
13 2 13 1
4⋅ ⋅ = =6
16 2 2
8
2

45
Exercícios

Efetuar:

2
1. ⋅3 =
5

3
2. 2 ⋅ =
4

5
3. ⋅3⋅4 =
6

4
4. 9 ⋅ ⋅6 =
5

3 5
5. ⋅ =
5 7

15 2
6. ⋅ =
16 5

1 7
7. 3 − =
7 8

16 1
8. 2 ⋅6 =
39 2

2 1
9. 5 ⋅5 =
7 5

7 1 9 5
10. 5 ⋅7 ⋅4 ⋅3 =
8 7 10 9

46
Divisão de frações

a) Divisão de número inteiro por fração:


Multiplica-se o número inteiro pela fração invertida:
3 5 8 ⋅ 5 40 1
8 : = 8⋅ = = = 13
5 3 3 3 3

2 3 16 ⋅ 3 48
16 : = 16 ⋅ = = = 24
3 2 2 2

b) Divisão de fração por número inteiro:


Multiplica-se a fração pelo inverso do número:
1 1 1 1⋅ 1 1
:2= ⋅ = =
4 4 2 4⋅2 8

4 4 1 4 ⋅1 4
:3 = ⋅ = =
5 5 3 5 ⋅ 3 15

c) Divisão de fração por fração:


Multiplica-se a fração dividenda pela fração divisora invertida:

5 1 5 2 5 ⋅ 2 10 3
: = ⋅ = = =1
7 2 7 1 7 ⋅1 7 7

5 3 5 5 5 ⋅ 5 25 1
: = ⋅ = = =1
8 5 8 3 8 ⋅ 3 24 24

Exercícios

Efetuar

3 1
1. :3 R:
4 4

3 182 2
2. 13 : R: = 60
14 3 3

47
3. Calcular a diferença entre os diâmetros da peça abaixo:
7' '
R: 1
32

4. Calcular a espessura do cano cuja secção está representada


abaixo.
R: 3 8 ' '

5. Calcular a parte filetada do parafuso abaixo:


3' '
R: 1
4

48
Teorema de Pitágoras

O teorema de Pitágoras se não é o mais importante da


matemática, pelo menos é o mais famoso.*

Pitágoras pelo que se sabe é o primeiro matemático grego que


consegue relacionar em termos matemáticos os lados de um
triângulo retângulo (triângulo que possui um ângulo de 90º).

Conta à história que Pitágoras teria saído muito novo de sua


terra natal que é Samos uma ilha grega que fica muito próxima
de Mileto, onde nasceu Tales, indo em sua peregrinação para o
Egito, Babilônia, e possivelmente até a Índia. Há numerosas
fontes que indicam que foi no Egito que Pitágoras teria visto o
triângulo 3, 4, 5.

49
O triângulo 3, 4, 5 era utilizado pelos arquitetos Egípcios como
esquadro para construção de suas pirâmides. O triângulo era
construído de uma corda, sendo que nesta corda dava-se nós
com o mesmo espaçamento de um para o outro. Em seguida
fechava-se as extremidades da corda, formando um triângulo
que tinha 5 nós no seu lado maior (hipotenusa), 4 e 3 nos outros
dois (catetos).

Quando isto acontecia o ângulo oposto ao maior lado, o que


tinha 5 nós era de 90º, portanto este triângulo podia ser usado
como esquadro.

*O fato deste teorema ser chamado de o mais importante da


matemática decorre dele ser um teorema que tem uma grande
aplicação na ciência de um modo geral.

50
Pitágoras em suas andanças soube absorver não só
informações matemáticas e astronômicas, como também muitas
idéias religiosas. No regresso à Grécia de suas longas viagens,
Pitágoras funda em Craton (atual Cretona), no sul da Itália uma
academia ético - política, filosófica. Esta academia foi a principio
bem-vinda, mas depois seus ensinamentos foram considerados
inaceitáveis e Pitágoras foi obrigado a deixar a cidade. Viajou
para o nordeste, até Metapanto no Golfo de Tarento. Pitágoras
que nasceu no ano 560a.c. morreu em Metapanto no de 500a.c.

Depois desta breve introdução histórica, passemos ao teorema.


Seja triângulo abaixo retângulo.*

Definição:
a = hipotenusa
b = cateto
c = cateto

Obs: A hipotenusa é o maior lado que o triângulo retângulo


possui e está sempre oposta ao maior ângulo, aqui é o de 90º.
2 2 2
a =b +c

Dito em palavras: o quadrado da hipotenusa é igual a soma dos


quadrados dos catetos.

*Chama-se triângulo retângulo, aquele que possui um ângulo


reto, ou seja, um ângulo de 90º.

Os exercícios resolvidos abaixo ilustrar melhor esta idéia.

51
Exercícios resolvidos

1) Calcule o valor de x no triângulo abaixo:

Solução: Aplicando o teorema de Pitágoras temos:


a=?
b=3
c=4

2
x =3 +4
2 2

2
x = 9 + 16
x = 25
2

x = 25
x=5

Obs: Como podemos ver pelo resultado de exercícios, o


triângulo 3, 4, 5 é realmente como os egípcios previam, um
triângulo, retângulo.

2) Calcule o valor de x no triângulo abaixo:

52
Solução: Pelo teorema de Pitágoras podemos escrever que:
20 = x + 18
2 2 2

400 = x 2 + 324
2
x = 400 − 384
2
x = 76
x = 76
x = 8,71

3) Calcule o valor de x na figura abaixo:

Solução: Este tipo de exercício é um pouco diferente dos que


vínhamos resolvendo até então, sendo que estes eram uma
aplicação direta do teorema de Pitágoras. Já nestes novos
exercícios, temos que apelando para nossa intuição
desenhar um triângulo que nos permita calcular o valor de x.
Para que isto aconteça, nosso triângulo tem que ter em um
dos lados a incógnita (x) do problema. Para tanto basta
traçarmos uma reta partindo do vértice do ângulo de 90º e
indo até centro da circunferência, como mostra a figura
abaixo.

53
Feito isto, basta montarmos o triângulo como está representado
acima e teremos o nosso problema resolvido.

Antes de aplicarmos o teorema de Pitágoras e calcularmos o


valor de x justificaremos os valores dos catetos deste triângulo.

Como podemos ver pela figura o cateto b tem que ser igual a 20,
pois ele é o próprio raio da circunferência. Já o cateto c= 20
decorre do seguinte fato:

A circunferência de raio igual a 20 está inscrita no triângulo


maior, pois os lados deste triângulo tangenciam a mesma. Já foi
dito em capítulos anteriores que incentro é o ponto de encontro
de todas as bissetrizes de um triângulo, e é também o centro da
circunferência que está inscrita no triângulo. Portanto o centro
da circunferência da figura acima é o incentro e toda e qualquer
reta que tenha o ângulo de 90º foi divido ao meio.

Veja a figura abaixo:

54
Quanto ao ângulo de 90º na figura II desenhada logo acima,
decorre do fato, também dito anteriormente que o raio de uma
circunferência faz sempre, no mesmo ponto de tangência, um
ângulo de 90º com a reta tangente.

Com tudo isto exposto, concluímos que o triângulo da figura II é


um triângulo isósceles, pois este possui dois ângulos iguais a
45º. Como sabemos, qualquer triângulo isósceles possui dois
ângulos de dois lados iguais, o que implica que o cateto c tem
que ser igual a 20.

Enfim aplicando o teorema de Pitágoras obteremos x = 28,28


pois:

2 2 2
x = 20 + 20
x = 400 − 400
2

2
x = 800
x = 800
x = 28,28

55
4) Calcule o valor de x na figura abaixo:

Solução: Tanto neste exercício como no anterior para se


chegar ao valor de x precisamos determinar a distância entre
o vértice do ângulo de 90º e o centro da circunferência. No
exercício anterior o problema resumia-se somente a isto,
porém neste, para chegarmos ao valor de x temos que além
de sabemos a distância entre o vértice do ângulo de 90º ao
centro da circunferência, somamos este valor ao raio e
subtraímos a altura de 15. A próxima figura ilustra isto
melhor.

Em resumo podemos escrever que:


x = P + 10 - 15

Mas:
2 2 2
P = 10 + 10
P = 100 + 100
2

2
P = 200
P = 200
P = 14,14

56
Logo teremos para x:
x = 14,14 + 10 - 15
x = 9,14

5) Calcule o valor de x na figura abaixo:

Solução: Para resolver este exercício podemos desenhar um


triângulo unindo-se os centros das duas circunferências, pois
este triângulo terá um cateto que é parte de x. Veja figura
abaixo:

Pela figura vemos que:


x = 20 + P + 5

Mas:
2 2 2
P = 25 + 15
2
P = 625 − 225
2
P = 400
P = 400
P = 20
Logo teremos para x:
x = 20 + 20 + 5
x = 45

57
Exercícios de aplicação

58
59
Desafio

60
Razões trigonométricas

O teorema de Pitágoras que acabamos de discutir é de grande


importância para a ciência dos triângulos (trigonometria) por que
relaciona os lados de um triângulo retângulo, ou seja, Pitágoras
conseguiu desenvolver um método que nos permite determinar
qualquer lado de um triângulo retângulo, desde que seja
conhecido os outros dois. Com o desenvolvimento da
astronomia grega, cresceu o interesse pelo estudo dos
elementos de uma circunferência tais como o arco e a corda.
Pelo que se sabe parece que foi Hiparco de Nicéia a primeira
pessoa a fazer uma tabela sobre as cordas de uma
circunferência, o que acabou originando a nossa tabela
trigonométrica. Feito isso pode-se relacionar os lados e os
ângulos de um triângulo conhecendo-se apenas um lado e um
ângulo.

É neste capítulo, que recebe o nome de razões trigonométricas


iremos estudar estas relações entre ângulos e lados de um
triângulo retângulo.

Seja o triângulo abaixo desenhado retângulo:

61
Definição:

Hipotenusa (a) = maior lado de um triângulo retângulo. Está


sempre oposta ao ângulo de 90º.

Cateto oposto (b) = lado que está sempre oposto ao ângulo α.

Cateto adjacente (c) = cateto que está sempre ao lado do ângulo α.

Obs: Os catetos opostos e adjacentes mudaram de lugar à


medida que o ângulo α tomado como referencia mude de
posição.

Existe uma maneira bastante prática para se identificar os


catetos oposto e adjacente que é o seguinte:

A palavra adjacente vem do latim e quer dizer ao lado, portanto


o cateto adjacente será sempre aquele que vai estar ao lado do
ângulo em referência.

Para identificarmos o cateto oposto, basta traçar uma reta a


partir do ângulo α, o lado que essa reta encontrar será então
chamado cateto oposto.

A hipotenusa já é nossa conhecida do teorema de Pitágoras e é


sempre o lado oposto ao ângulo de 90º.

Dadas estas definições podemos escrever as razões


trigonométricas que são:

cateto oposto
Seno (α ) =
hipotenusa

cateto adjacente
co − sen o (α ) =
hipotenusa

cateto oposto
tan gente (α ) =
cateto adjacente

62
Exercícios resolvidos:

1) Calcule o valor de x no triângulo abaixo:

Solução: Para resolvermos o exercício deste tipo, temos em


primeiro lugar que identificar quais são os lados relacionados no
exercício em questão. Feito isto recorremos às razões
trigonométricas e procuramos uma que relacione estes lados do
triângulo. Portanto neste exercício os lados em questão são a
hipotenusa e o cateto oposto e a razão trigonométrica que
relaciona estes lados é o seno (α). Com isto podemos escrever:

cat op
sen α = =
hip
x
sen 30° =
10
x
0,500 =
10
x = 10 ⋅ 0,500
x=5

Obs: recorrendo-se a tabela trigonométrica encontraremos


sem 30° = 0,500.

63
2) Calcule o calor de x no triângulo abaixo:

Solução: Neste exercício os lados em questão são a hipotenusa


e o cateto adjacente e a razão trigonométrica que relaciona
estes lados é o co-seno (α). Daí:

cat adj
cos α = =
hip
13
sen 40° =
x
13
0,766 =
x
x ⋅ 0,766 = 13
13
x=
0,766
x = 16,971

Obs: se olharmos na tabela trigonométrica encontraremos cós


40° = 0,766.

64
3) Calcule o valor de x no triângulo abaixo:

Solução: Aqui temos cateto oposto e cateto adjacente, e a razão


trigonométrica que relaciona estes lados é a tangente (α).
Portanto:

cat op
tgα = =
cat adj
x
tg 60° =
27
x
1,732 =
27
x = 27 ⋅ 1,732
x = 46,764

Obs: tg 60° = 1,732. Ver na tabela.

65
4) Calcule o valor do ângulo α no triângulo abaixo:

Solução: A solução destes exercícios é semelhante à adotada


nos exercícios anteriores, sendo que lá desejamos determinar os
lados do triângulo, e aqui desejamos determinar os ângulos.
Como sempre, verificamos em primeiro lugar os lados
relacionados no triângulo, e depois procuraremos uma fórmula
que relacione estes lados. Portanto temos que:

cat op
sen α = =
hip
6
sen α =
13
sen α = 0,461
α = 27°30'

Obs: Procurando-se na tabela trigonométrica veremos que o


ângulo cujo seno é igual a 0,461 é 27°30’.

5) Calcule o valor do ângulo α no triângulo abaixo:

66
Solução: Como neste exercício temos cateto oposto e cateto
adjacente a relação que usaremos é a tangente, daí podemos
escrever que:

cat op
tgα = =
cat adj
12
tgα =
10
tgα = 1,200
α = 50°10'

Por exemplo, se um triângulo tem seus catetos medindo,


respectivamente, 3cm e 4cm, a hipotenusa medirá 5cm, pois:

2
H =3 +4 =
2 2

2
H = 9 + 16
H = 25
2

H = 25
H = 5cm

Determinação dos ângulos de um triângulo retângulo:


Conhecendo-se dois lados de um triângulo retângulo pode-se
também, encontrar os outros dois ângulos internos aplicando-se
conhecimentos de trigonometria, que passamos a estudar:

67
Denominação dos lados de um triângulo retângulo: No triângulo
retângulo abaixo, em relação ao ângulo β, são estes os nomes
dados os lados:

Os nomes dos lados podem ser memorizados facilmente, pois:

Hipotenusa: é o lado maior.


Cateto oposto: é o lado que se opõe ao ângulo que foi
considerado.
Cateto adjacente: é o lado que se une com a hipotenusa para
formar o ângulo considerado.

É preciso lembrar que os lados, opostos e adjacentes, variam de


acordo com os ângulos que forem considerados.

Assim, compare os nomes dos lados dos triângulos 1 e 2.

Observamos a figura reconhecemos que:


• A hipotenusa é sempre o lado maior.
• O lado oposto se opõe ao ângulo β no triângulo 1 ao ângulo
γ, no triângulo 2.
• O lado adjacente: liga-se a hipotenusa para formar o ângulo
β ou o ângulo γ.

68
Relações no triângulo retângulo ou
funções trigonométricas

1. Observe os três triângulos retângulos superpostos: BAC,


BDE e BFG, fazendo o seu estudo em relação ao ângulo β.

Dividindo-se:

• FG (oposto) por BG (hipotenusa)

30
= 0,5
60

• DE (oposto) por BE (hipotenusa)

45
= 0,5
90

69
• AC (oposto) por BC (hipotenusa)

70
= 0,5
140

Verifica-se que o resultado foi sempre o mesmo e que houve


uma relação constante.

2. A essa relação constante (lado oposto dividido pela


hipotenusa). Dá-se o nome de seno do ângulo.

3. Dividindo-se agora:
BF (adjacente) por BG (hipotenusa)
BD (adjacente) por BE (hipotenusa) O resultado será sempre o mesmo
AB (adjacente) por BC (hipotenusa)

A este resultado, ou a essa reação constante (lado adjacente


dividido pela hipotenusa), dá-se o nome de co-seno do ângulo β.

4. Se, num terceiro caso, dividimos:


FG (oposto) por BF (adjacente)
DE (oposto) por BD (adjacente) Ter-se o mesmo resultado ou uma relação
constante
AC (oposto) por AB (adjacente)

A esta relação constante (lado oposto dividido pelo lado


adjacente). Dá-se o nome de tangente do ângulo β.

Resumindo-se, pode-se ter o seguinte:

FG DE AC lado oposto ao ângulo β


1) = = = = sen β
BG BE BC hipotenusa
BF BD AB lado adjacente ao ângulo β
2) = = = = cos β
BG BE BC hipotenusa
FG BE AC lado oposto ao ângulo β
3) = = = = cos β
BG BE BC hipotenusa

70
5. Processo mnemônico: é necessário que as relações do seno,
co-seno tangente, sejam memorizadas.

Examine o triângulo a seguir:

As setas indicam qual o lado a ser dividido por outro para se


determinar à função que cada uma delas aponta.

oposto
1) sen β =
hipotenusa
adjacente
2) cos β =
hipotenusa
oposto
3) tg β =
adjacente

71
Exercícios

Observando o triângulo retângulo abaixo, colocar como


numerador e denominador, respectivamente al letras minúsculas
(a, b e c) que representem as relações trigonométricas de seno,
co-seno e tangente. Notar que as relações variam conforme se
considera o ângulo β ou γ.

Ângulo γ

Sen γ =

Cos γ =

Tg γ =

Ângulo β

Sen β =

Cos β =52

Tg β =

Observações: Note bem o triângulo acima, considerando-se o


ângulo β, tem-se:
a = hipotenusa; b = lado oposto; e c = lado adjacente.

Considerando o ângulo γ:
a = hipotenusa; b = lado adjacente; e c = lado oposto.

72
Verifique as relações encontradas no quadro anterior,
comparando-as, pode-se chegaras seguintes conclusões:
1. sen γ = cos β
2. cos γ = sen β
3. tg γ é o oposto de tg β
4. Dedução de termos

Dominados os conhecimentos sobre as funções, pode-se


abordar a dedução dos termos das fórmulas organizadas no
quadro anterior (item 3) e referentes ao ângulo γ.

c c
sen γ = sen γ ⋅ a = c a=
a sen γ
b b
cos γ = cos γ ⋅ a = b a=
a cos γ
c c
tgγ = tgγ ⋅ b = c b=
b tgγ

Para verificar se a dedução está certa, pode-se atribuir valores


fictícios às fórmulas da primeira coluna horizontal, como por
exemplo. Assim fazendo-se:

sen γ = 0,4
c=2
a=5
E substituindo-se as letras pelos seus valores numéricos,ter-se-á:

c
sen γ =
a
2
0,4 =
5

sen γ ⋅ a = c
0,4 ⋅ 4 = 2
c
a=
sen γ
2
5=
0,4

73
74
75
76
77
Respostas:
sen α = 0,385
cos α = 0,923
tg α = 0,416
cot g α = 2,400

Respostas:
sen α = 0,923
cos α = 0,384
tg α = 2,400
cot g α = 0,416

Respostas:
sen α = 0,470
cos α = 0,882
tg α = 0,533
cot g α = 1,875

78
Respostas:
sen α = 0,882
cos α = 0,470
tg α = 1,875
cot g α = 0,533

Respostas:
sen α = 0,6
cos α = 0,8
tg α = 0,75
cot g α = 1,33

79
Respostas:
sen α = 0,8
cos α = 0,6
tg α = 1,33
cot g α = 0,75

Cálculo do tamanho da terra

Uma das primeiras descobertas, e das mais chocantes,


relacionadas com o planeta onde vivemos, a Terra, foi a de que
ela é uma esfera (bola) solta no espaço. Outro passo importante
foi à medida de “seu tamanho”. Você já pensou, como poderia
determinar o raio de uma bola sobre a qual você está andando,
sem poder entrar nela?

80
A circunferência máxima da Terra (ao nível do Equador), é cerca
de 4000 Km. No século XVII (1600 – 1699), pensava-se que era
muito menor. Assim, quando Colombo partiu para a Índia, logo,
sua margem de erro foi maior que a largura dos Estados Unidos,
mais a do Oceano Pacífico.

No terceiro século antes de Cristo (399a.c a 300a.c), os gregos


sabiam mais. Naquela época, um matemático grego chamado
Erastóstenes mediu a circunferÊncia da Terra e seu resultado
apresentava um erro de apenas 1 ou 2 por cento. Ele observou
que na cidade de Aswan, chamada Syena naquela época,
localizada no Egito às margens do rio Nilo, ao meio-dia de um
dia especial (chamado solstício de verão), o sol estava
exatamente a pino. Isto é, ao meio-dia deste particular, uma
vareta em posição vertical não lançava nenhuma sombra, e a
base de um poço profundo ficava completamente iluminada.
Nesse mesmo instante, em Alexandria, cidade localizada
também no Egito, aproximadamente 792 Km de Aswan,
Erastóstenes mediu, o ângulo entre uma vareta cravada
perpendicularmente ao solo e uma semi-reta partindo do ponto
superior da vareta até o pé de sua sombra (ângulo MVA na
figura do problema anterior).

Ele viu que era um ângulo com cerca de 7º12’.

Como o sol está muito afastado da Terra, os seus raios, quando


observados da Terra, são muito aproximadamente paralelos.
Portanto, na figura do problema anterior, as retas r e t são
paralelas (pois representam raio de sol) e a reta AV é transversal
em relação a elas. Além disso, tanto o raio de sol t como a
transversal AV passam pelo centro da Terra, pois as varetas
foram cravadas perpendicularmente à superfície da Terra. Logo,
com base nas propriedades das retas paralelas cortadas por
uma transversal, Erastóstenes concluiu que os ângulos MVA e
SÔA eram congruentes. Como o ângulo SÔA tem o vértice no
centro da Terra e determina na circunferência máxima o arco
AS, então, a medida desse arco em graus é também 7°12’, ou
seja cerca de 1/50 da circunferência máxima da Terra.

81
À distância entre Aswan e Alexandria era conhecida na época:
cerca de 5000 “stadium” gregos. Um “stadium” era uma antiga
unidade de distância. Erastóstenes concluiu que a circunferência
da Terra devia ser por volta de 250000 “stadium”. Convertendo a
quilômetros, de acordo com as antigas fontes dizem sobre o
comprimento de um “stadium”, obtemos 39600 Km. Assim, o
erro de Erastóstenes foi de aproximadamente 1%. Desde os
primeiros tempos, a geometria desenvolveu um papel
preponderante na matemática aplicada. Os egípcios precisaram
dela intensamente, por que o Nilo elevava seu nível anualmente,
destruía as pequenas demarcações das terras criando, assim,
problemas de agrimensura. Daí a palavra geometria, provindo de
duas palavras gregas, significando terra e medida. Mais tarde,
aconteceu que a “geometria” seria usada não apenas para medir
coisas que estavam sobre a Terra, mas, literalmente, para medir
a própria Terra. Isto ilustra um processo geral: quando uma
parte útil da matemática se desenvolve por uma razão, em geral,
ela se torna igualmente útil por outras razoes inesperadas.

Muito pouco se conhece sobre o trabalho de Erastóstenes (276


– 194a.c). Temos alguns fragmentos de seus livros, na forma de
citações de outros autores antigos, mas nenhum dos seus
próprios livros sobreviveu até os dias de hoje. As fontes indicam,
entretanto, que ele escreveu sobre quase tudo, sendo um dos
raros exemplos de sábios desse período que se afastaram do
caráter de especialização que distinguia os eruditos dessa
época. Foi ao mesmo, filólogo, orador, poeta, arqueólogo,
matemático e filósofo e escreveu sobre quase tudo: geometria,
astronomia, teoria dos números, história e comédia. Além disso,
recebeu o título de Pentathlos, por ter sido campeão das cinco
lutas dos jogos Olímpicos: a luta atlética, o salto, o arremesso do
disco, o da haste e o pugilato.

Erastóstenes, já em idade avançada, tendo ficado cego em


conseqüência da oftalmia (inflamação nos olhos), que era uma
espécie de epidemia que, tanto hoje em dia como naquela
época, atingia as pessoas no vale do Rio Nilo, deixou-se morrer,
miseravelmente, pouco tempo depois.

82
Exercícios resolvidos

1) Calcule o valor de x na figura abaixo:

Solução: desenhando-se um triângulo que tem como hipotenusa


a reta que une o vértice do ângulo de 50° ao centro da
circunferência, como mostra a figura abaixo, poderemos calcular
o valor de x. Para tanto basta somarmos o raio da circunferência
com a hipotenusa do triângulo e subtrairmos da altura de 25, ou
seja X = H + 10 − 25 .

83
A hipotenusa do triângulo pode ser determinada pela razão
trigonométrica SENO, pois queremos valor de H (hipotenusa) e
temos o cateto oposto e o ângulo de 25°*. Para tanto podemos
escrever que:
10
sen 25° =
H COMO :
10
0422, = X = H + 10 − 25
H
X = 23,696 + 10 − 25
10
H= X = 8,696
0,422
H = 23.696

Este ângulo é de 25° por que o centro da circunferência é


também o incentro, (ponto de encontro das retas bissetrizes de
um triângulo) da figura e portanto a hipotenusa do triângulo é
uma bissetriz para o ângulo de 50°.

2) Calcule o valor de x na figura abaixo:

Solução: Podemos desenhar um triângulo que nos ajudará a


determinar o valor de x, triângulo esse que tem como hipotenusa
à reta que une o centro da circunferência ao vértice do ângulo
de 30°, e como cateto oposto o próprio raio da circunferência.
Veja figura abaixo:

84
Para se determinar o valor de x, basta somarmos o valor de P ao
raio da circunferência que é de 12, sendo o valor de P expresso
em termos da razão trigonométrica chamada TANGENTE. Daí
podemos escrever que:
12
tg 15° =
P
12 X = P + 12
0,267 =
P X = 44,943 + 12
21 X = 56,943
P=
0,267
P = 44,943

3) Calcule o valor de X na figura abaixo:

Solução: O valor de X nesta figura representa a corda da


circunferência e pode ser determinado facilmente com o
triângulo representado na figura abaixo:

Determinando-se o valor de P pela função SENO, basta


multiplicar este por 2 e teremos o valor de X. Veja.

85
P
sen 50° =
100 X = 2 ⋅P
P
0,766 = X = 2 ⋅ 76,60
100
X = 153,2
P = 100 ⋅ 0,766
P = 76,60

Exercícios

86
Estudos das funções do círculo
trigonométrico

Tomemos como base uma circunferência de raio unitário


(R = 1), e sobre o mesmo tracemos dois eixos perpendiculares
entre si, e passando pelo centro.

Desta forma podemos notar, que o círculo ficará dividido em 4


partes iguais, e a cada parte denominamos de quadrante (pois é
equivalente a quarta parte da circunferência). No cruzamento
dos eixos fica então definida a origem do sistema de
coordenada. Vamos orientar o sentido positivo do eixo, através
de uma simbologia (seta) adotando a seguinte convenção:

A partir da origem os pontos que tiveram o sentido da seta terão


sinais positivos (+) e os que tiverem sentido contrário em relação
à origem serão negativos (-).

O primeiro quadrante estará contido no plano dos dois semi-


eixos com orientação positiva. A partir daí seguindo se o sentido
anti-horário enumera-se os demais quadrantes.

A partir daí, tendo o círculo com os eixos devidamente colocados


e orientados e dividido em quadrante, podemos definir as
funções neste círculo trigonométrico.

87
Com observação no gráfico podemos definir os sinais das
funções em cada quadrante:

I Quadrante Seno(+) II Quadrante Seno(+)


Co-seno(+) Co-seno(-)
Tangente(+) Tangente(-)
Co-tangente(+) Co-tangente(-)
III Quadrante Seno(-) IV Quadrante Seno(-)
Co-seno(-) Co-seno(+)
Tangente(+) Tangente(-)
Co-tangente(+) Co-tangente(-)

88
Determinação do seno e co-seno de
arcos do II quadrante

Para se obter o seno e o co-seno de um arco do II quadrante,


basta simplesmente procurar na tabela o seno e o co-seno do
suplemento deste arco. Deve-se, porém, observar com atenção
que o co-seno no II quadrante é negativo.

Exemplo:
1. sen 150° é igual ao seno do suplemento de 150°
sen 150° = sen 30°
2. cos 120° é igual a menos o co-seno do suplemento de 120°
cos 120° = cos 60°

Exercícios

1. Determinar o seno dos seguintes arcos do II quadrante:


a) sen 120° =
b) sen 100° =
c) sen 150° =
d) sen 170° =
e) sen 162°30' =
f) sen 125°40' =

2. Determinar o co-seno dos seguintes arcos do segundo


quadrante:
g) cos 120° =
h) cos 100° =
i) cos 150° =
j) cos 170° =
k) cos 162°30' =
l) cos 125°40' =

89
90
Um breve comentário a respeito do
triângulo retângulo

Foi dito na introdução deste curso que a trigonometria é à parte


da matemática que estuda os triângulos, ou seja, procura
relações entre os lados e os ângulos deste triângulo.

O primeiro triângulo estudado por nós foi o retângulo, e deste


vimos duas relações importantes que são: teorema de Pitágoras,
e as razões seno, co-seno e tangente. O teorema de Pitágoras
relaciona os lados de um triângulo (quadrado da hipotenusa é
igual à soma dos quadrados dos catetos) e as razões seno, co-
seno e tangente relaciona os lados com os ângulos.

 cat op 
 sen α = 
 hip 

Em síntese essas duas relações referentes ao triângulo


retângulo nos permitem obter quaisquer informações que se
queira deste, seja lado ou ângulo. Outro aspecto importante
dessas relações é que elas se restringem somente aos
triângulos retângulos. Em seguida veremos duas leis
importantes que relaciona os lados e os ângulos de qualquer
triângulo, seja ele retângulo ou não, são essas a LEI DO SENO
e a LEI DO CO-SENO.

91
Um outro fato importante que merece destaque é que se
observarmos com atenção o gráfico da página anterior veremos
que a função SENO, cuja palavra vem do latim e quer dizer
curvatura, esta relacionada com as cordas de uma circuferencia,
ou seja, o seno é exatamente igual à metade da corda da
circunferência (veja figura abaixo)

Pelo que se sabe parece que foi Hiparco de Nicéia por volta do
ano 200 a.c. quem primeiro relacionou os valores das cordas de
uma circunferência em função do ângulo, essa relação estaria
exposta em um livro intitulado TRATADO SOBRE AS CORDAS
que seria de grande importância para a determinação da
posição dos corpos celestes, porém este livro se perdeu
deixando-nos assim dúvidas da verdadeira contribuição de
Hiparco a matemática. As contribuições de Hiparco foram
maiores no campo da astronomia, pois ele era astrônomo. Uma
destas contribuições foi à invenção do astrolábio, instrumento
este que deu origem ao teodolito, sendo este último o principal
instrumento do agrimensor. Outra contribuição importante de
Hiparco foi à determinação das distâncias do Sol e da Lua até a
Terra. Porém a maior contribuição na elaboração da tabela
trigonométrica vem de outro astrônomo ALEXANDRINO
chamado CLAUDIUS PTOLOMEU que viveu no II d.c. Este
escreveu um grande tratado sobre astronomia em uma coleção
de 13 livros chamado de “ALMAJESTO” que em árabe quer

92
dizer “O MAIOR”. Esta coleção tem o seu primeiro livro dedicado
somente a matemática, neste livro Ptolomeu desenvolve uma
série de relações trigonométricas e montou uma tabela
trigonométrica cujos ângulos variam de 15 em 15 minutos.
Ptolomeu ficou sendo conhecido somente como o responsável
pela teoria geocêntrica, em que a Terra ocuparia o centro do
universo e tanto o Sol como os outros planetas estariam girando
em volta desta, porém como vimos à contribuição deste
astrônomo não foi só no campo da astronomia.

93
94
Lei dos Senos

Como foi dito anteriormente, estudaremos agora as relações


existentes entre os lados e os ângulos de um triângulo qualquer.
Estas relações são chamadas de LEI DO SNEO e LEI DO CO-
SENO, estudaremos em primeiro lugar a LEI DO SENO.

É importante observar que tanto a Lei do seno como a Lei do co-


seno são relações existentes entre os lados e os ângulos de um
triângulo qualquer, seja ele retângulo ou não.

Em todo triângulo as medidas dos lados são proporcionais aos


senos dos ângulos opostos a estes lados.

a b c
= =
sen α sen β sen γ

95
Exercícios resolvidos
1) Calcule X no triângulo abaixo:

Solução: aplicando a lei do seno temos que:


X 28
=
sen 40° sen 70°
28 ⋅ sen 40°
X=
sen 70°
28 ⋅ 0,642
X=
0,939
X = 19,143

Calcule o ângulo no triângulo abaixo:

Solução: aplicamos a lei do seno temos que:


30 20
=
sen α sen 30°
30 ⋅ sen 30°
sen α =
20
sen α = 0,750
α = 48°40'

96
Lei dos Co-senos

Seja o triângulo qualquer abaixo:

A lei dos co-senos diz:

2 2 2
a = b + c − 2 ⋅ b ⋅ c ⋅ cos α

b = a + c − 2 ⋅ a ⋅ c ⋅ cos β
2 2 2

2 2 2
c = a + b − 2 ⋅ a ⋅ b ⋅ cos γ

A lei dos co-senos é aplicada para resolver um triângulo com


rapidez quando são dados dois lados e o ângulo incluído.

Exemplos:

1. Calcular o lado a do triângulo abaixo:

97
Exercícios resolvidos
1) Calcule o valor de x no triângulo abaixo:

Solução: aplicando a lei do co-seno temos:

x = 10 + 4 − 2 ⋅ 10 ⋅ 4 ⋅ cos 60°
2 2 2

x = 100 + 16 − 80 ⋅ 0,500
2

2
x = 116 − 40
2
x = 76
x = 76
x = 8,71
2) Calcule o valor de x no triângulo abaixo:

2
x = 12 + 16 − 2 ⋅ 12 ⋅ 16 ⋅ cos 130°
2 2

x = 144 + 256 − ( −384 ⋅ cos 50)


2

x = 400 + 384 ⋅ 0,642


2

2
x = 400 + 246,528
x = 646,528
x = 25,426

98
Obs: Como foi dito anteriormente CO-SENOS de arcos do
segundo quadrante tem sempre valores negativos, ou seja, COS
130º = - COS 50°, isto explica o fato de o sinal da expressão ter
mudado de menos para mais.

3) Calcule o valor do ângulo no triângulo abaixo:

Solução: pela lei do co-seno temos que:

2 2 2
a = b + c − 2 ⋅ c ⋅ b ⋅ cos α
isolando − se COSα temos que
2 2 2
b +c −a
Cosα =
2⋅c ⋅b
Onde: a é o lado oposto do ângulo α.

Substituindo os valores da equação teremos:

2
15 + 132 − 162
Cosα =
2 ⋅ 13 ⋅ 15
225 + 169 − 256
Cosα =
390
138
Cosα =
390
Cosα = 0,353
α = 69°20'

99
100
101
Exercícios de aplicação

102
Exercício 1

Qual é a medida da diagonal no desenho da porca quadrada


mostrado a seguir?

Exercício 2
É preciso fazer um quadrado em um tarugo de 40mm de
diâmetro. Qual deve ser a medida do lado do quadrado?

Exercício 3
Calcule o comprimento da cota x da peça abaixo.

103
Exercício 4
De acordo com o desenho abaixo, qual deve ser o diâmetro de
um tarugo para fresar uma peça de extremidade quadrada?

Exercício 5
Calcule na placa abaixo a distância entre os centros dos furos A e B.

Exercício 6
Qual é à distância entre os centros das polias A e B?

104
Exercício 7
Calcule o diâmetro do rebaixo onde será encaixado um parafuso
de cabeça quadrada, conforme o desenho. Considere 6mm de
folga. Depois de obter o valor da diagonal do quadrado,
acrescente a medida da folga.

Exercício 8
Qual à distância entre os centros dos furos A e B? Dê a resposta
em milímetros.

Exercício 9
Calcule a distância entre os centros dos furos igualmente
espaçados da peça abaixo:

105
Exercício 10
Calcule o valor de x no desenho:

Exercício 11
Calcule o valor ed x nos desenhos:
a)

b)

106
Exercício 12
Calcule a distância entre dois chanfros opostos do bloco
representado abaixo:

107
Trigonometria (desafio)

108
109
110
111
112
113
114
Perímetro

Perímetro: Podemos definir perímetro como sendo o


comprimento da linha que contorna as figuras planas, e para
obtermos este comprimento efetuamos a soma e todos os lados
que a figura possui. Veja figura abaixo:

Como podemos ver pelas figuras acima o cálculo do perímetro


(comprimento) é algo extremamente fácil, para tanto basta que
somemos os lados destas figuras. Porém este método não é tão
simples assim quando desejamos calcular o perímetro de uma
circunferência principalmente quando entendemos que uma
circunferência é um polígono regular de infinitos lados. Mas para
nossa sorte há muito se sabe que efetuando-se o coeficiente
(divisão) do comprimento desta circunferência pelo seu
respectivo diâmetro obtendo um número chamado PI(π) que é
constante para qualquer circunferência, ou seja essa constante
independente do “tamanho” desta.

115
Portanto para obtermos o comprimento (Perímetro) da
circunferência basta multiplicarmos o seu diâmetro pelo valor
desta constante que é de aproximadamente 3,1416.

Obs: O coeficiente entre o comprimento de uma circunferência


pelo seu diâmetro era conhecido em toda a antiguidade, gregos,
fenícios, babilônios e egípcios tinham conhecimentos que esse
cociente era uma constante. Porém foram os gregos que tiveram
a maior preocupação de calcular este valor com maior precisão.
Coube a um grego chamado ARQUIMEDES DE SIRACUSA
obter o número PI(π) com uma precisão, até então não
conseguida por ninguém e ele expressou este número
compreendido entre as duas frações seguintes:

310 310 310 310


, ou seja <π<
71 70 71 70

116
Exercícios resolvidos
1) Calcule o perímetro da figura abaixo:

Solução:
P=a+b+c
P = 10 + 8 + 6
P = 24

2) Calcule o perímetro da figura abaixo

Solução:
P = π×d
P = 3,14 × 20
P = 62,80

117
Exercícios de aplicação

118
119
120
Cálculo do comprimento de arcos

Arco: Define arcos como sendo a medida linear de um


segmento de uma curva.

Neste capitulo determinaremos somente arcos gerados por


circunferências, como o representado no desenho abaixo:

π ⋅ d ⋅α º
X=
360º
Onde:
X = Arco gerado pela circunferência
d = Diâmetro da circunferência
αº = Ângulo medido em graus
360º = Constante para o cálculo

121
Exercícios resolvidos

1) Calcule X na figura abaixo:

Solução
π ⋅ d ⋅α º
X=
360º
3,14 ⋅ 60 ⋅ 70º
X=
360º
X=36,63

Obs:O número 30 indicado na figura representa o raio da


circunferência, sendo o seu diâmetro exatamente igual ao dobro.

2) Calcule α na figura abaixo:

Solução:
π ⋅ d ⋅α º
X= ou
360º
x ⋅ 360º
α=
π ⋅d
30 ⋅ 360º
α=
3,14 ⋅ 60
α = 57,32º

122
Obs: O ângulo α foi dado no sistema decimal de medida, mas
côo sabemos e vimos durante o curso os ângulos são dados no
sistema sexagesimal (sistema de numeração em que a base é
sessenta). Para tanto devemos efetuar a mudança de sistema e
para isto operamos da seguinte maneira: os algarismos
anteriores a vírgula representa o grau do sistema sexagesimal,
já os minutos, encontramos efetuando o produto (multiplicação)
dos algarismos após a virgula por sessenta (0,32x60 = 19,20).
Feito esta multiplicação teremos que os algarismos que
antecede a virgula serem os minutos (19’) e para acharmos os
segundos operamos da mesma forma:

α = 57,32° ou α = 57º19’12”

0,32 0,20
x 60 x 60
19,20 12,00

Outro ator importante é que este ângulo é exatamente igual a


um radiano.

Temos como um radiano a medida o arco que é igual ao raio.

123
Exercícios de aplicação

124
Área

Área: Medida de uma superfície expressa em unidades


quadradas de comprimento, só que se fala em área quando a
superfície é limitada por contornos simples, e se confunde, na
linguagem, a área limitada por um contorno com a área do
contorno. Assim, diz-se a área de um triângulo para designar a
área de superfície plana interior a um triângulo.

Temos abaixo as áreas das principais figuras planas:

125
126
Exercícios resolvidos

1) Calcule a área da figura abaixo:

Solução:
A=bxh
A = 10 x 5
A = 50

2) Calcule a área da figura abaixo:

b⋅h
Solução: Temos que a área do triangulo é , para
2
efetuarmos este cálculo precisamos primeiro determinar a base
e a altura deste triângulo.

Temos que:

h = 15 ⋅ SENO40º
h = 15 ⋅ 0,642
h = 9,630

b = 15 ⋅ COS40º
b = 15 ⋅ 0,766
b = 11,490

127
Daí fica que

11,490 ⋅ 9,630
A=
2
A = 55,324

3) Calcule a área d figura abaixo:

Solução:

A= π ⋅ r2
2
A = 3,14 ⋅ 15
A = 706,50

128
129
130
Fresagem

As pacas a serem usinadas podem ter as mais variáveis formas.


Este poderia ser um fator de complicação do processo de
usinagem. Porém, graças à máquina fresadora e às sus
ferramentas e dispositivos especiais, é possível usinar
praticamente qualquer peça e superfícies de todos os tipos e
formatos. A operação de usinagem feita por meio d máquina
fresadora é chamada de fresagem.

O que é fresagem
A fresagem eu um processo de usinagem mecânica, feito por
fresadoras e ferramentas especiais chamadas fresas. A
fresagem consiste na retirada do excesso de metal ou
sobremetal da superfície de uma peça. A fim de dar a esta uma
forma e acabamento desejados.

Na fresagem, a remoção do sobremetal da paca é feita pela


combinação de dois movimentos, efetuados ao mesmo tempo.
Um dos movimentos é o de rotação da ferramenta, fresa. O
outro movimento da mesa da máquina, onde é fixada a peça a
ser usinada.

131
É o movimento da mesa da máquina ou movimento de avanço
que leva a peça até a fresa e torna possível a operação de
usinagem. Veja a figura acima.

O movimento de avanço pode levar a peça contra o movimento


de giro do dente da fresa. É o chamado movimento discordante.
Ou pode também levar a peça no mesmo sentido do movimento
do dente da fresa. É o caso do movimento concordante.

A maioria das fresadoras trabalha com o avanço da mesa


baseado em uma porca e um parafuso. Com o tempo e
desgaste da máquina ocorre uma folga entre eles. Veja figura
abaixo:

132
No movimento concordante, folga é empurrada pelo dente da
fresa no mesmo sentido de deslocamento da mesa. Isto faz com
que a mesa execute movimentos irregulares, que prejudicam o
acabamento da peça e podem até quebrar o dente da fresa.

No movimento discordante, folga não influi no deslocamento da


mesa. Por isso, a mesa tem um movimento de avanço mis
uniforme. Isto gera um melhor acabamento da peça.

Assim, nas fresadoras dotadas de sistema de avanço com porca


e parafuso, é melhor utilizar o movimento discordante. Para
tanto, basta observar o sentido de giro da fresa e fazer a peça
avançar contra o dente da ferramenta.

Como outros processos, a frenagem permite trabalhar


superfícies planas, convexas, côncavas ou de perfis especiais.
Mas tem a vantagem de ser mais rápidos que o processo de
tornear, limar, aplainar. Isto se deve ao uso da fresa, que é uma
ferramenta multicortante.

Fresadoras
As máquinas fresadoras são classificadas geralmente de acordo
com a posição do seu eixo-árvore em relação à mesa de
trabalho. Mesa de trabalho é o lugar da máquina onde se fixa a
peça a ser usinada. O eixo-árvore é a parte da máquina onde se
fixa a ferramenta.

As fresadoras classificam-se em relação ao eixo-árvore em


horizontal, vertical e universal.

133
A fresadora é horizontal quando seu eixo-árvore é paralelo à
mesa a máquina.

134
Se o eixo-árvore for perpendicular à mesa da máquina, dizemos
que se trata de uma fresadora vertical.

135
Já a fresadora universal dispõe de dois eixos-árvore, um
horizontal e outro vertical. O eixo vertical situa-se no cabeçote,
parte superior da máquina. O eixo horizontal localiza-se no corpo
da máquina. O fato de a fresadora universal dispor de dois eixos
permite que ela seja utilizada tanto na posição horizontal quanto
na vertical.

Não pense porém que há apenas esses tipos de fresadoras! Há


outras que tomaram côo modelo as fresadoras horizontais e
verticais, mas não funcionam do mesmo modo.

136
Uma delas é a fresadora copiadora, que trabalha com uma mesa
e dois cabeçotes: o cabeçote apalpador e o de usinagem. Como
o nome diz, a fresadora copiadora tem a finalidade de usinar,
copiando um dado modelo.

Outro tipo de fresadora é a fresadora pantográfica ou o


pantógrafo. Como a fresadora copiadora, o pantógrafo permite a
cópia de um modelo.

No pantógrafo, a transmissão do movimento é coordenada


manualmente pelo operador. Isso permite trabalhar detalhes
como canais e pequenos raios, mais difíceis de serem obtidos
numa fresadora copiadora.

Quanto aos modelos, eles podem ser confeccionados em


material metálico, como o aço e o alumínio, ou ainda em resina.
A escolha do material depende do número de peças a ser
copiado. Devido à sua resistência, modelo seja utilizado poucas
vezes, para a cópia de duas ou três peças Poe exemplo,
recomenda-se o uso da resina.

137
Há também a fresadora CNC e as geradoras de engrenagens,
das quais falaremos em aulas específicas.

Dicas importantes

Fique por dentro


Um dos problemas em usinar materiais moles com fresa co
muitos dentes é que o cavaco fica preso entre os dentes e estes
não são refrigerados adequadamente. Isto acarreta o desgaste
dos dentes e pode ainda gerar um mau acabamento da peça.

Recordar é aprender
Antes de puxar a coordenada, você precisa fazer o cálculo do
avanço da mesa por divisão do anel graduado e de quantas
divisões deste anel você deve avançar.

138
Furando com a fresadora

Nesta aula você vai aprender sobre a operação de furar na


fresadora. Trata-se de uma operação utilizada para fazer furos
de pouca precisão ou como uma operação prévia a outras
operações como a de mandrilhar ou alargar.

Estude bem e não hesite em rever aulas passadas relembrar


assuntos já aprendidos, como puxar coordenadas, escolher uma
broca ou cálculo de rpm, entre outros.

Como furar na fresadora

Dependendo do trabalho a sr feito, a operação de furar na


fresadora é executada com uma broca. Esta é fixada
diretamente na árvore horizontal ou vertical da máquina, ou por
meio de um mandril porta-brocas.

Nesta aula, vamos utilizar uma fresadora universal e fixar a


broca no cabeçote vertical por meio de um mandril. A peça será
fixada em uma mesa divisora com relação de 40/1. Veja figura
de uma mesa divisora.

139
Fique por dentro
A mesa divisora é também utilizada para fresar ranhuras de
trajetórias circunferenciais, abrir ranhuras internas ou externos e
fresar contornos. Veja a figura a seguir.

Vamos ver então como furar na fresadora?

Vamos supor que você precisa fazer 12 furos distantes 30º um


do outro, conforme desenho. Por onde começar?

• Centralize o eixo do divisor c o eixo da árvore da fresadora.

140
Dica termológica
Você pode centralizar o eixo do divisor com a árvore da
fresadora de duas maneiras. A primeira é por meio de pontos de
centragem e a segunda por meio de um cilindro-padrão e relógio
apalpador.

• Fixe a peça na mesa divisora.


• Monte o disco divisor na mesa divisora. Para isso você
precisa fazer o cálculo da divisão angular.

Cálculo da divisão angular


Para calcular a divisão angular, você utiliza a seguinte fórmula:

c ⋅α
Vm =
360º

Em que:
Vm = número de voltas do manípulo
C = número de dentes da coroa do visor
α = ângulo a ser deslocado
360º = ângulo de uma volta completa

Substituindo vem:
40 ⋅ 30
Vm=
360º
1200 6
Vm= ∴3⋅
360º 18

141
O resultado mostra que para fazer furos distantes 30º uns dos
outros, você vai precisar dar três voltas completas no manípulo e
avançar 6 furos em um disco de 18 furos.
• Monte a broca de centro no mandril porta-brocas e regule a
rpm.
• Puxe a coordenada e trave a mesa da fresadora.
• Faça os furos de centro.
• Retire a broca de centro e monte a broca helicoidal.

Recordar é aprender
As brocas helicoidais são classificadas em H, N e W. Assim,
escolha o tipo de broca e os ângulos de afiação em material a
usinar.
• Regule de novo a rpm.
• Inicie a função com movimentos manual. Para isso, leve a
peça até a broca, fazendo com que esta penetre até o inicio
da parte cilíndrica.

Observação: Retire com freqüência o cavaco com um pincel a


fim de evitar que a broca se quebre.

• Termine a furação com o avanço automático. Para isso, situe


e fixe os limitadores a fim de curso de mesa.

Dicas tecnológicas
• Refrigere com freqüência a zona de corte com fluidos de
corte adequados
• Caso a broca de trabalho tenha diâmetro superior a 12mm,
faça primeiro um furo de guia com uma broca de diâmetro
ligeiramente superior a alma da broca.
• Quando for fazer furos não passantes, utilize o paquímetro
ou um calibre de profundidade para verificar a profundidade.
Limpe o furo antes.
• Gire o manípulo da mesa divisora no valor encontrado no
cálculo, a fim de posicionar a peça para fazer o segundo
furo.
• Repita o passo acima para fazer os furos restantes.
• Rebarbe os furos.

142
Escolher a velocidade de corte é uma tarefa relativamente
simples. Os fabricantes das fresas fornecem tabelas com as
velocidades de corte relacionadas com o material da fresa e da
peça a ser trabalhada. Isso não é bom?

Mas fique ligado, porque as tabelas podem trazer tanto valores


de Vc para ferramentas de aço rápido, as HSS (High Speed
Steel), quando para as fresa de metal duro. Ou ainda contempla
em um mesmo espaço as Vc dos dois materiais: aço rápido e
metal duro.

Dicas tecnológicas
As Vc para ferramentas de metal duro chegam a ser entre 6 e 8
vezes maior que as Vc utilizadas para ferramentas de aço
rápido. Isso porque as ferramentas de metal duro têm maior
resistência ao desgaste.

Escolha da velocidade e corte


Suponha que você deve desbastar 4mm de profundidade em
uma peça de aço de 85kgf/mm2 de resistência, utilizando uma
fresa de aço rápido. Qual deve ser a velocidade de corte da
ferramenta?

Para responder a esta questão, a primeira coisa a fazer é


observar a tabela abaixo.

Escolha da velocidade de corte para fresas de aço rápido


MATERIAL Velocidade de corte em m/min
A ser cortado Desbaste até a profundidade de Acabamento
8mm 5mm 1,5mm
2
Aço até 60 kgf/mm 16-20 22-26 32-36
2
Aço de 60-90 kgf/mm 14-16 20-24 26-30
2
Aço de 90-110 kgf/mm 12-14 18-22 22-26
2
Aço acima de 110kgf/mm 8-12 14-16 16-20
Ferro fundido até 180 HB 18-22 24-28 18-32
Ferro fundido acima de 180 HB 10-14 12-18 18-22
< Latão 32-48 46-72 60-120
Metais leves 220-320 280-480 400-520
Cobre 40-50 60-80 80-100

143
O passo seguinte é verificar na coluna de materiais a
classificação em que se enquadra a peça. Veja detalhe.

Aço de 60-90 kgf/mm2 14-16 20-24 26-30

Observou que o aço da peça está classificado entre 60 e 90


kgf/mm2? Agora é só relacionar a resistência do aço à
profundidade de desbasta pedida. Veja o detalhe abaixo.

Aço de 60-90 kgf/mm2 14-16 20-24 26-30

Então, a Vc quase deve usar para usinar um aço de 85 kgf/mm2


de resistência a uma profundidade de 4 mm é de 20 a 24 m/min.

Caso a profundidade de corte fosse outra, 8 mm, por exemplo a


velocidade de corte seria de 14 a 16 m/min.

Dica tecnológica
Observe na tabela. Quanto maior a profundidade de corte,
menor será o valor da velocidade de corte.

Acima demos o exemplo de um tipo de tabela em que se


relacionam a resistência e a dureza Brinell de alguns materiais
com a velocidade de corte da fresa. Ainda há também a simples
classificação de materiais como o latão, por exemplo, sem
referência à sua resistência ou dureza.

Mas há outro tipo de tabelas. Para ter acesso a uma maior


variedade delas, você deve consultar uma biblioteca ou pedir
catálogos de fornecedores de fresas. Aliás, consultar catálogos
é algo que você deve fazer com freqüência, pois vai garantir que
você fique ligado com o que há de mais atualizado no mercado.

144
Exercício 1
Qual é a velocidade de corte adequada para fazer o acabamento
em uma peça de ferro fundido com dureza Brinell de 200HB e
profundidade de corte de 1,5mm, utilizando-se uma fresa de aço
rápido?

Achada a velocidade de corte, podemos calcular a rpm. Antes,


porém, é preciso mais um dado, o diâmetro da fresa. Mas este
não é preciso calcular: basta medir a fresa. Então, vamos ao
cálculo da rpm?

Cálculo da rotação da fresa (rpm)

Vc ⋅ 100
n=
π⋅d

Calculamos a rpm com a fórmula acima. Vamos ver como


aplica-la?

Tomemos o exemplo do aço com 85 kgf/mm2 e profundidade de


corte de 4mm. Tínhamos que Vc=20-24m/min. Supondo que
devemos utilizar uma fresa de diâmetro de 400mm, que rpm
deverá ser selecionada na máquina?

Considerando π igual a aproximadamente 3,14, temos:


22 ⋅ 1000
n=
3,14 ⋅ 40
n = 175 rpm

Como se vê, o valor utilizado foi de 22m/min, ou seja, a média


da velocidade de corte encontrada na tabela. E o resultado:
n=175 rpm.

Também é preciso saber o número de dentes da fresa. Para isto


basta observa-la.

145
Escolha o avanço por dente para fresa de aço
rápido

AVANÇO
MATERIAL TIPO Em milímetros por dente
A ser cortado de fresa desbaste Acab.
Até 8mm Até 5mm Até 1mm
2
Aço até 60kgf/mm 0,22 0,26 0,10
2
Aço de 60-90 kgf/mm 0,20 0,24 0,08
2
Aço de 90-110 kgf/mm 0,17 0,22 0,06
2
Aço acima de 110 kgf/mm Cilíndrica 0,10 0,12 0,04
Ferro fundido até 180HB DIN 884 0,22 0,30 0,08
Ferro fundido, acima de 0,18 0,20 0,06
180HB 0,24 0,28 0,010
Latão 0,10 0,12 0,04
Metais leves 0,26 0,26 0,08
Cobre
2
Aço até 60kgf/mm 0,25 0,30 0,05
2
Aço de 60-90 kgf/mm 0,22 0,27 0,04
2
Aço de 90-110 kgf/mm 0,22 0,24 0,03
2
Aço acima de 110 kgf/mm De topo 0,12 0,14 0,03
Ferro fundido até 180HB DIN 841 0,25 0,34 0,06
Ferro fundido, acima de DIN 1880 0,18 0,22 0,03
180HB 0,25 0,30 0,05
Latão 0,12 0,16 0,06
Metais leves 0,026 0,30 0,05
Cobre
2
Aço até 60kgf/mm 0,08 0,12 0,05
2
Aço de 60-90 kgf/mm 0,07 0,11 0,04
2
Aço de 90-110 kgf/mm Circulares 0,06 0,10 0,03
2
Aço acima de 110 kgf/mm Dentes 0,05 0,09 0,03
Ferro fundido até 180HB Retos 0,08 0,12 0,06
Ferro fundido, acima de DIN 885B 0,06 0,010 0,03
180HB 0,08 0,12 0,05
Latão 0,10 0,14 0,06
Metais leves 0,10 0,14 0,05
Cobre 0,10 0,14 0,05
2
Aço até 60kgf/mm 0,13 0,16 0,08
2
Aço de 60-90 kgf/mm 0,12 0,18 0,07
2
Aço de 90-110 kgf/mm 0,10 0,16 0,05
2
Aço acima de 110 kgf/mm Circulares 0,09 0,15 0,04
Ferro fundido até 180HB Dentes 0,13 0,19 0,08
Ferro fundido, acima de Cruzados 0,10 0,16 0,05
180HB DIN885A 0,13 0,19 0,08
Latão 0,15 0,22 0,09
Metais leves 0,15 0,22 0,09
Cobre

146
Vamos ver como aplicar essas informações?

Ainda tomamos o primeiro exemplo, vamos supor que é preciso


fazer o desbaste de 4 mm de profundidade em uma peça de aço
com 85kgf/mm2 de resistência. A fresa é cilíndrica com 6 dentes
e 40 mm de diâmetro. Qual será o avanço adequado?

O valor 175 rpm deve ser selecionado na fresadora. Mas vamos


supor que a gama de rotação da sua fresadora não contempla
este valor. Mas dispõe de valores aproximados, 120 e 210 rpm,
por exemplo.

Qual dos valores utilizar? De preferência utilize o valor maior,


que garante maior produção de peças. Cuide, porém para que
eles não ultrapasse a velocidade de corte recomendada pelo
fabricante.

Caso contrário, pode haver problemas com sua ferramenta,


como queima dos dentes de corte e, conseqüentemente, perda
do corte. E também problemas no acabamento superficial, que
pode ficar rugoso, por exemplo.

Então, se optarmos pelo maior valor de rpm encontrado, no


exemplo acima 210 rpm, devemos calcular a velocidade de corte
real.

Para isso invertemos a fórmula usada para o cálculo da rpm.


Veja abaixo.
n ⋅π ⋅ d
Vc =
1000
Substituindo os novos valores temos:
210 ⋅ 3,14 ⋅ 40
Vc =
1000
Vc = 26,39m/min

147
Como se vê acima, o valor encontrado ultrapassou a faixa
recomendada pelo fabricante. Neste caso não é possível utilizar
a rpm maior mais próxima na máquina. Então, a escolha deve
recair sobre a menor rpm mais próxima, a fim de não danificar a
fresa.

Exercício 2
Calcule a rpm necessária para fresar uma peça de latão com
uma fresa de aço rápido com diâmetro de 50mm e profundidade
de corte de 3mm.

Calculamos a rpm. O que já permite pôr a ferramenta em


movimento. Mas ainda precisamos fazer avançar a mesa que
leva a peça ao encontro da ferramenta. Isso porque se a peça
não avançar até a ferramenta, não há a retirada contínua do
cavaco. Então vamos aprender a calcular o avanço da mesa?

Cálculo do avanço da mesa


Para calcular o avanço da mesa, consultamos inicialmente uma
tabela. Isto nos dá o valor de avanço por dente da fresa. Para
consultar a tabela, é preciso conhecer o material, o tipo de fresa
e identificar se a operação é de desbaste ou acabamento.

Primeira medida é localizar na tabela da página anterior o


material da peça.

Veja detalhe abaixo:

Aço de 60-90kgf/mm2 Cilíndrica 0,20 0,24 0,08

Localizado o material, é possível relaciona-lo com o tipo de fresa


escolhido.

Veja detalhes:

Aço de 60-90kgf/mm2 Cilíndrica 0,20 0,24 0,08

148
Feito isso, é só relacionar o material e o tipo de fresa ao tipo de
usinagem desejado. No caso, desbaste com 4mm de
profundidade. Veja detalhe abaixo.

Aço de 60-90kgf/mm2 Cilíndrica 0,20 0,24 0,08

Pois bem, o avanço recomendado é:

0,24 mm/dente

Achado o avanço por dente da fresa, resta encontrar o avanço


da mesa, a ser selecionado na máquina como fizemos com a
rpm. Veja como proceder.

Vamos supor uma fresa de trabalho com seis dentes (z=6). Se


cada dente avançar 0,24mm, em uma volta da fresa quanto
avançará a mesa? Para achar a resposta é só multiplicar o
número de dentes (z) pelo avanço por dentes (ad). Veja abaixo:

av = ad.z

Em que:
Z = número de dentes
ad = avanço por dente
av = avanço por volta

Substituindo vem:
av = 0,24x6

av = 1,44m/volta

O resultado é que o avanço da mesa por volta da fresa é de


1,44mm. Mas vamos continuar nosso raciocínio.

Temos que em cada volta da fresa a mesa avançou 1,44 mm


com a fresa trabalhando em uma rotação de 120 rpm. Tivemos
que optar pela menor rpm, devido à velocidade de corte, lembra-
se? Mas então quando avançará a mesa em um minuto?

149
Respondemos a esta pergunta, utilizando a fórmula de avanço
da mesa:

am = av.n

Em que:
am = avanço da mesa
av = avanço por volta
n = rotação

Substituindo vem:
am = 1,44.120

am = 172,8mm/min

O resultado é que a mesa avançará 1,72,8mm/min, com a fresa


trabalhando em 120 rpm.

O valor de 172,8 mm/min deve ser selecionado na fresadora.


Caso não seja possível, deve-se escolher o avanço menor mais
próximo. Isso evitará que cada dente corte um valor acima do
recomendado pelo fabricante. O que poderia acarretar um
desgaste excessivo e até mesmo a quebra do dente.

Agora podemos entender por que no começo da aula dissemos,


com relação ao cálculo da rpm, que devemos escolher a rotação
maior. Vamos ao cálculo!

Vamos ver em quanto avançaria a mesa, se usássemos a


rotação de 210 rpm em vez de 120 rpm. Teríamos:
am = 1,44.210
am = 302,4 mm/min

Dica tecnológica
Maior rotação da fresa gera maior avanço da mesa. E o
resultado é maior produção de peças em um mesmo intervalo de
tempo.

150
Exercício 3
2
Dada uma peça de aço de 55kgf/mm de resistência e utilizando
uma fresa circular de 40 dentes retos, diâmetro de 80 mm e
profundidade de corte de 7mm, determine:
Vc rpm ad av am

Profundidade de corte
Finalmente, o último passo antes de usinar uma peça é escolher
a profundidade de corte, para saber quantas passados a
ferramenta deve dar sobre a peça a fim de retirar o sobremetal e
deixar a peça no tamanho desejado.

Este é um dado prático. Depende mito da experiência do


operador em identificar a resistência e robustez da fresadora.
sobremetal
Nº de passes =
profundidade de corte

Para escolher a profundidade de corte, é preciso antes medir a


peça em bruto, a fim de determinar a quantidade de sobremetal
a ser removida. Com este dado em mãos, decide-se o número
de passadas da fresa sobre a peça.

Durante a operação, as passadas são executadas sobre a peça,


levantando-se a mesa da fresadora ou abaixando-se a fresa.

Dica tecnológica
Na prática, a máxima profundidade de corte adotada é de 1/3 da
altura da fresa.

Em que:
p = profundidade de corte (máximo 1/3 da altura da fresa)
h = altura da fresa.

151
152
Fresando com aparelho divisor

Como você deve estar lembrado (*Cálculo Técnico), o aparelho


divisor é um acessório utilizado na máquina fresadora para fazer
divisões no movimento de giro da peça. As divisões são muito
úteis, quando se quer fresar com precisão superfícies, que
devem guardar uma distância angular igual à distância angular
de uma outra superfície, tomada como referência.

Assim, o aparelho divisor permite fresar quadrados, hexágonos,


rodas dentadas ou outros perfis, que dificilmente poderiam ser
obtidos de outra maneira.

Estude bem e faça os exercícios. Não hesite em pedir ajuda ao


orientador de aprendizagem ou a recorrer a aulas e módulos
passados, caso necessário.

Fresar um quadrado com aparelho divisor


universal

O aparelho divisor universal permite fazer divisões diretas,


indiretas e diferenciais. Nesta aula você vai ver como fresar,
utilizando a divisão direta.

Os procedimentos para fresar com o aparelho divisor universal


são os mesmos que para qualquer operação de fresagem.
Assim, você escolhe o tipo e dimensionamento da fresa,
dependendo do perfil que vai ser trabalhado, bem como do
material da peça e da fresadora de que se dispõe.

153
O que muda é que agora você vai precisar fazer alguns cálculos
de divisões e também aprender como fixar a peça ao aparelho
divisor. Vamos ver como fazer isso?

Vamos supor que você recebe uma peça cilíndrica, conforme


desenho abaixo. Pede-se para você fresar em um de suas
extremidades um quadrado de 25 mm. Por onde começar?

• Escolha o disco divisor. Este deverá ter um número de furos


múltiplos do número de superfícies a serem fresadas. Como
você deve fresar um quadrado, o disco deve ter um número
de furos múltiplos de 4, não é mesmo? Então vamos supor
que você tenha escolhido um disco de 24 furos.
• Calcule o número de furos ou encaixes do disco divisor. Com
este cálculo, você vai saber exatamente quantos furos
devem ser deslocados para usinar cada superfície do perfil
desejado, em relação à primeira. Veja a fórmula abaixo

D
E=
N
D = número de furos do disco divisor
N = divisões a efetuar
E = número de furos a deslocar

Substituindo vem:
24
E=
4
E=6

154
Então, você deve deslocar 6 furos na disco de 24, para usinar as
superfícies do quadrado. Como o diâmetro da peça tem 36mm,
será que é possível fresar o quadrado de 25x25 de lado como
pedido? Qual a solução? Calcular o diâmetro mínimo que a peça
deve ter.
• Calcule o diâmetro mínimo da peça. Veja a fórmula baixo:
a2=b2+c2

Substituindo vem:
a2 = 252+252
a2 = 625 + 625
a2 = 1250
a = 1250
a = 35,35

Com este calculo, você encontrou que o diâmetro mínimo da


peça é de, aproximadamente 35,35mm. Portanto, é possível
fazer o quadrado, visto que a peça tem 36 mm de diâmetro.
Com isso, você pode passar à fresagem.
• Fixe a peça. Para isso, fixe primeiramente uma das
extremidades na placa do cabeçote divisor. Em seguida, a
outra extremidade em um contra-ponta, caso o comprimento
da peça (L) seja maior que 1,5 vez o diâmetro da paca (D).
Se tratar de uma peça de comprimento (L) menor que 1,5
vez o diâmetro (D), não é preciso utilizar p contra-ponta.

155
• Nesse caso, utilize somente a placa universal. Veja figura
abaixo:

Dica tecnológica
A extremidade da peça onde será colocado o contraponto deve
ser furada no torno com uma broca de centro.
• Escolha a fresa e em seguida fixe-a
• Determine os parâmetros de corte
• Determine a profundidade de corte. Veja como fazer.
D−d
a=
2
a = profundidade de corte
D = diâmetro do material
d = medida do quadrado

Resolvendo, vem:
36 − 25
a=
2
11
a=
2
a = 5,5

156
Você tem então que, para fresar um quadrado de 25mm em um
eixo de 36 mm de diâmetro, profundidade de corte necessária é
igual a 5,5. Veja figura acima.
• Tangencie a superfície da peça com a fresa. Zere o anel
graduado do fuso de subida da mesa.
• Retire a fresa de cima da peça.
• Suba a mesa até a profundidade de corte desejada. Usine a
primeira face plana.
• Meça a face usinada. A medida encontrada deve
corresponder à metade do diâmetro da peça mais a metade
da medida de um lado do quadrado, como na figura acima,
ou seja: 18+12,5 = 30,5. A figura a seguir mostra a peça fixa
à placa do divisor e com uma face já usinada.

• Gire no divisor 6 furos para fresar a segunda superfície


perpendicular à primeira. Usine as demais superfícies,
seguindo o mesmo procedimento utilizado para a fresagem
da segunda superfície. Não esqueça de conferir a medida a
cada superfície usinada.

Você acabou de aprender como fresar um quadrado, utilizando o


aparelho divisor universal e divisão direta. Que tal responder a
algumas questões?

157
Exercício 1
Qual o mínimo diâmetro (x) que um material deve ter, para que
se possa fresar um quadrado de lados igual a 20mm?

Exercício 2
Com que ferramenta deve ser feita o furo de centro para fixar o
contraponto à peça?

Exercício 3
Quantos furos devem ser deslocados para fazer cada uma das
faces de um sextavado em peças. Utilizando-se um disco de 18
furos no aparelho divisor:

Exercício 4
Que discos devemos utilizar para fresar oito lados equivalentes
em uma peça?
(Utilize a tabela de discos abaixo).

DISCOS
1 2 3
15 21 37
16 23 39
FUROS

17 27 41
18 29 43
19 31 47
20 33 49

158
Ajustes recomendados
Apresentamos aqui os tipos de ajustes recomendados e suas
aplicações:

159
Limite de Acima Acima Acima Acima cima Acima Acima Acima Acima Acima Acima Acima

160
1≥3
diâmetros 3-6 6 -10 10 -18 18 - 30 30 – 50 50 – 80 80 -120 120 -180 180 - 250 250 – 315 315 – 400 400 – 500

Qualidade H6 0 0 0 0 0
0 +16 0 +19 0 +22 0 +25 0 +29 0 +32 0 +36 0 +40
6 J6 +6 +8 +9 +11 +13
-6 +10 -6 +13 -6 +16 -7 +18 -7 +22 -7 +25 -7 +29 -7 +33
-4 +2 -3 +5 -4 +5 -5 +6 -5 +8
-20 -4 -24 -5 -28 -6 -33 -8 -37 -8 -41 -9 -46 -10 -50 -10
M6 - - -9 -1 -12 -3 -15 -4 -17 4

0
Qualidade H7 +10 0 0 0 0 0
0 +25 0 +30 0 +35 0 +40 0 +46 0 +52 0 +63
Ajuste no sistema ISO

7 J7 -6 +4 +12 +15 +18 +21 +57


-11 +14 -12 +18 -13 +22 -14 +26 -16 +30 -16 +36 -20 +43
- - -6 +6 -7 +8 -8 +10 -9 +12 -18 +39
25 0 -30 0 -35 0 -40 0 -46 0 -52 0 -63 0
M7 -12 0 -15 0 -18 0 -21 0 -57 0

Qualidade H8 0 0 0 0 0
0 +14 0 +39 0 +46 0 +54 0 +63 0 +72 0 +89 0 +97
8 J8 +18 +22 +27 +33 +81
-8 +6 -15 +24 -18 +28 -20 +34 -22 +41 -25 +47 -29 +60 -31 +66
-8 +10 -10 +12 -12 +15 -13 20 -26 +55
- - -34 +5 -41 +5 -48 +6 -55 +8 -63 +9 -78 +11 -86 -11
M8 -16 +2 -21 +1 -25 +2 -29 4 -72 +9

Qualidade E9 +20 +50 +32 +75 +40 +92


+14 +39 +25 +61 +50 +112 +60 +134 +72 +159 +85 +185 +100 +215 +110 240 +125 265 +135+290
9 H9 0 0 0
0 +25 0 +36 0 +62 0 +74 0 +87 0 +100 0 +115 0 +130 0 +140 0 +155
+30 +43 +52
Tolerância dos furos em µ (milésimos de milímetros)

-13 +12 -18 +18 -31 +31 -37 +37 -44 +43 -50 +50 -58 +57 -65 +65 -70 +70 -78 +77
JS9 -15 +15 -22 +21 -26 +26

Qualidade H10 0 0 0 0 0
0 +40 0 +120 0 +140 0 +160 0 +185 0 +210 0 +230 0 +250
10 10 +48 +58 +70 +84 +100
-20 -20 -60 +60 -70 +70 -80 +80 -93 +92 -105 +105 -115 +115 -125 +125
-24 +24 -29 +29 -35 +35 -42 +42 -5 +50

0 0 0 0 0
Qualidade H11 0 +60 0 +190 0 +220 0 +250 0 +290 0 +320 0 +360 0 400
+75 +90 +110 +130 +160
11 JS11 -30 +30 -95 +95 -110 +110 -125 +125 -145 +145 -160 +160 -180 +180 -200 +200
-38 +37 -45 +45 -55 +55 -65 +65 -80 +80

0 0
0 0
Qualidade H12 0 +100 +120 +180 0 +210 0 +300 0 +350 0 +400 0 +460 0 +520 0 +570 0 +630
+150 –75 +250
12 JS12 -50 +50 -60 -90 -105 -105 -150 +150 -175 +175 -200 +200 -230 +230 -260 +260 -285 +285 -315 +315
+75 -125 +125
+60 +90

Qualidade H13 0 0 0 0
0+ +140 0 +180 0 +460 0 +540 0 +630 0 +720 0 +810 0 +890 0 +970
13 +220 +270 +330 +390
-70 +70 -90 +90 -230 +230 -270 +270 -315 +318 -360 +360 -405 +405 -445 +445 -485 +485
JS13 -110 +110 -135 +135 -165 +165 -195 +195

0
Qualidade H14 0 0 0 0 0 +870 0 +1150 0 0
0 +250 0 +360 0 +740 +1000 0 +1300
14 +300 +430 +520 +620 -435 +435 -575 +1400 +1550
-125 +125 -180 +180 -370 +370 -500 -650 +650
JS14 -150 150 -215 +215 -260 +260 -310 +310 +575 -700 +700 -775 +775
+500
Acima Acima Acima Acima de Acima Acima Acima Acima Acima Acima Acima Acima
Limite de diâmetro 1≥ 3
3-6 6-10 10-18 18-30 30-50 50-80 80-120 120-180 180-250 250-315 315-400 400-500

g5 -2 -6 4 -9 -5 -11 -6 -14 -7 -16 -9 -20 -10 -23 -12 -27 -14 -32 -15 -35 -17 -40 -16 -43 -20 -47
h5 0 -4 0 -5 0 -6 0 -8 0 -9 0 -11 0 -13 0 -15 0 -18 0 -20 0 -23 0 -25 0 -2
Qualidade j5 +2 -2 +3 -2 +4 -2 +5 -3 +5 -4 +6 -5 +6 -7 +6 -9 +7 -11 +7 -13 +7 -16 +7 -18 +7 -20
5 k5 +4 0 +6 +1 +7 +1 +9 +1 +11 +2 +13 +2 +18 +2 +18 +3 +21 +3 +24 +4 +27 +4 +29 +4 +32 +5
m5 - - +9 +4 +12 +6 +15 +7 +17 +8 +20 +9 +24 +11 +28 +13 +33 +15 +37 +17 +43 +20 +46 +21 +50 +23
n5 +8 +4 +13 +8 +16 +10 +20 +12 +24 +15 +28 +17 +33 +20 +38 +23 +45 +27 +51 +31 +57 +34 +62 +37 +67 +40
p5 +10 +6 +17 +12 +21 +15 +26 +18 +31 +22 +37 +26 +45 +32 +52 +37 +61 +43 +70 +50 +79 +56 +87 +62 +95 +68

g6 -2 -8 -4 -12 -5 -14 -6 -17 -7 -20 -9 -25 -10 -29 -12 -34 -14 -39 -15 -44 -17 -49 -18 -54 -20 -60
h6 0 -6 0 -8 0 -9 0 -11 0 -13 0 -16 0 -19 0 -22 0 -25 0 -29 0 -32 0 -36 0 -40
Qualidade j6 +4 -2 +6 -2 +7 -2 +8 -3 +9 -4 +11 -5 +12 -7 +13 -9 +14 -11 +16 -13 +16 -16 +18 -18 +20 -20
6 k6 +6 0 +9 +1 +10 +1 +12 +1 +15 +2 +18 +2 +21 +2 +25 +3 +28 +3 +33 +4 +36 +4 +40 +4 +45 +5
m6 - - +12 +4 +15 +6 +18 +7 +21 +8 +25 +9 +30 +11 +35 +13 +40 +15 +46 +17 +52 +20 +57 +21 +63 +23
n6 +10 +4 +16 +8 +19 +10 +23 +12 +28 +15 +33 +17 +39 +20 +45 +23 +52 +27 +60 +31 +66 +34 +73 +37 +80 +40
p6 +12 +6 +20 +12 +24 +15 +29 +18 +35 +22 +42 +26 +51 +32 +59 +37 +68 +43 +79 +50 +88 +56 +98 +62 +108 +68

17 -6 -16 -10 -22 -13 -28 -16 -34 -20 -41 -25 -50 -30 -60 -36 -71 -43 -83 -50 -96 -56 -108 -62 -119 -68 -131
h7 0 -10 0 -12 0 -15 0 -18 0 -21 0 -25 0 -30 0 -35 0 -40 0 -46 0 -52 0 -57 0 -63
Qualidade j7 +6 -4 +8 -4 +10 -5 +12 -6 +13 -8 +15 -10 +18 -12 +20 -15 +22 -18 +25 -21 +26 -26 +29 -28 +31 -32
7 k7 +10 0 +13 +1 +16 +1 +19 +1 +23 +2 +27 +2 +32 +2 +38 +3 +43 +3 +50 +4 +56 +4 +61 +4 +68 +5
m7 - - +16 +4 +21 +6 +25 +7 +29 +8 +34 +9 +41 +11 +48 +13 +55 +15 +63 +17 +72 +20 +78 +21 +86 +23
n7 - - +20 +8 +25 +10 +30 +12 +36 +42 +17 +50 +20 +58 +23 +67 +27 +77 +31 +86 +34 +94 +37 +103 +40
+15

d8 -20 -34 -30 -48 -40 -62 -50 -77 -65 -98 -80 -119 -100 -146 -120 -174 -145 -208 -170 -242 -190 -271 -210 -299 -230 -327
e8 -14 -28 -20 -38 -25 -47 -32 -59 -40 -73 -50 -89 -60 -106 -72 -126 -85 -148 -100 -172 -110 -191 -125 -214 -135 -232
Qualidade f8 -6 -20 -10 -28 -13 -35 -16 -43 -20 -53 -25 -64 -30 -76 -36 -90 -43 -106 -50 -122 -56 -137 -62 -151 -68 -165
8 h8 0 -14 0 -18 0 -22 0 -27 0 -33 0 -39 0 -46 0 -54 0 -63 0 -72 0 -81 0 -89 0 -97
js8 +7 -7 +9 -9 +11 -11 +14 -13 +17 -16 +20 -19 +23 -23 +27 -27 +32 -31 +36 -36 +41 -40 +45 -44 +49 -48

d9 -20 -45 -30 -60 -40 -76 -50 -93 -65 -117 -80 -142 -100 -174 120 -207 -145 -245 -170 -285 -190 -320 -210 -350 -230 -385
e9 -14 -39 -20 -50 -25 -61 -32 -75 -40 -92 -50 -112 -60 -134 -72 -159 -85 -185 -100 -215 -110 -240 -125 -265 -135 -290
Tolerância dos eixos em µ (milésimos de milímetros).

Qualidade f9 -6 -31 -10 -40 -13 -49 -16 -59 -20 -72 -25 -87 -30 -104 -36 -123 -43 -143 -50 -165 -56 -186 -62 -202 -68 -223
9 h9 0 -25 0 -30 0 -36 0 -43 0 -52 0 -62 0 -74 0 -87 0 -100 0 -115 0 -130 0 -140 0 -155
js9 +13 -12 +15 -15 +18 -18 +22 -21 +26 -26 +31 -31 +37 -37 +44 -43 +50 -50 +58 -57 +65 -65 +70 -70 +78 -77

d10 -20 -60 -30 -78 -40 -98 -50 -120 -65 -149 -80 -180 -100 -220 -120 -260 -145 -305 -170 -355 -190 -400 -210 -440 -230 -480
Qualidade h10 0 -40 0 -48 0 -58 0 -70 0 -84 0 -100 0 -120 0 -140 0 -160 0 -185 0 -210 0 -230 0 -250
10 js10 +20 -20 +24 -24 +29 -29 +35 -35 +42 -42 +50 -50 +60 -60 +70 -70 +80 -80 +93 -92 +105 -105 +115 -115 +125 -125

d11 - - -30 -105 -40 -130 -50 -160 -65 -195 -80 -240 -100 -290 -120 -340 -145 395 -170 -460 -190 -510 -210 -570 -230 -630
Qualidade h11 0 -60 0 -75 0 -90 0 -110 0 -130 0 -160 0 -190 0 -220 0 -250 0 -290 0 -320 0 -360 0 -400
11 js11 +30 -30 +38 -37 +45 -45 +55 -55 +65 -65 +80 -80 +95 -95 +110 -110 +125 -125 +145 -145 +160 -160 +180 -180 +200 -200

Qualidade h12 0 -100 0 -120 0 -150 -0 -180 -0 -210 -0 -250 -0 -300 -0 -350 -0 -400 -0 -460 -0 -520 -0 -570 -0 -630
12 js12 +50 -50 +60 -60 +75 -75 +90 -90 +105 -105 +125 -125 +150 -150 +175 -175 +200 -200 +230 -230 +260 -260 +285 -285 +315 -315

Qualidade h13 0 -140 0 -180 0 -220 -0 -270 -0 -330 -0 -390 -0 -460 -0 -540 -0 -630 -0 -720 -0 -810 -0 -890 -0 -970
13 js13 +70 -70 +90 -90 +110 -110 +135 -135 +165 -165 +195 -195 +230 -230 +270 -270 +315 -315 +360 -360 +405 -405 +445 -445 +485 -485

161
Qualidade h14 0 -250 0 -300 0 -360 -0 -430 -0 -520 -0 -620 -0 -740 -0 -870 -0 1000 -0 -1150 -0 -1300 -0 -1400 -0 -1550
14 js14 +125 -125 +150 -150 +180 -180 +215 -215 +260 60 +310 -310 +370 -370 +435 -435 +500 -500 +575 -575 +650 -650 +700 -700 +775 -775
162
Extração: Raiz quadrada

Processo prático de extração

Ver-se-á agora um processo prático para a extração da raiz


quadrada. (com erro menor do que 1).

Seja determinar a raiz quadrada do número 8,296.

a. Decompõe-se o radicando em grupos de dois algarismos da


direita para a esquerda, podendo o último grupo conter um
só algarismo. A cada grupo corresponde um algarismo da
raiz que será calculada.

b. Extrai-se a raiz quadrada por falta do primeiro grupo da


esquerda (82). Essa raiz é 9. Escreve-se o 9 na raiz.

c. Subtrai-se do primeiro grupo o quadrado do número


encontrado (92 = 81) e à direita do resto (1) “baixa-se” o
segundo grupo (96), separando-se com um ponto o último
algarismo da direita.

163
d. Dobra-se a raiz (2 ⋅ 9 = 18), escrevendo-se na linha abaixo
da raiz e divide-se por esse número o que permaneceu à
esquerda do ponto (19.6). O quociente obtido (1) escreve-se
à direita da raiz (que passa a 91) e do seu dobro (que passa
a 181). A seguir multiplica-se o número assim formado (181)
pelo quociente (1). Escreve-se o produto em baixo do resto e
subtrai-se.

Cálculos auxiliares:
92 = 81
2 ⋅ 9 = 18
19 : 18 = 1 (r = 1)

Conclui-se que a raiz quadrada aproxima-se por falta, a menos de


uma unidade, de 8,296 é 91. Indica-se: 3,296 ≅ 91 (resto 15)

Verificação:
8,296 = 912 + 15
8,296 = 8,281 + 15
8,296 = 8,296

≅ lê-se “aproximadamente igual”

164

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