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MapInfo Professional
Para Principiantes
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MapInfo Professional para Principiantes
ÍNDICE
Nota Introdutória................................................................................................................................ 5
I. PARTE............................................................................................................................................ 7
I.1 – Cartografia Temática: Conceitos Básicos...............................................................................7
I.2 – Questões de Generalização, Visualização e Percepção.......................................................... 7
I.3 – A Construção de Um Mapa.................................................................................................... 9
I.4 – Representação Gráfica.......................................................................................................... 10
I.5 – Tratamento da Informação Estatística: A Divisão em Classes............................................. 11
II. PARTE......................................................................................................................................... 15
II.1 - MapInfo Professional: Sua Função...................................................................................... 15
II.2 - MapInfo Professional: Utilização Profissional.................................................................... 18
III. PARTE........................................................................................................................................ 21
III.1 - A Área de Trabalho............................................................................................................ 21
III.2 - MapInfo Professional: Comandos Básicos......................................................................... 22
III.2.1 - Os Menus..................................................................................................................... 22
III.2.1.1 - File............................................................................................................................ 22
III.2.1.2 - Edit............................................................................................................................23
III.2.1.3 - Tools......................................................................................................................... 23
III.2.1.4 - Objects...................................................................................................................... 25
III.2.1.5 - Query........................................................................................................................ 25
III.2.1.6 - Table......................................................................................................................... 26
III.2.1.7 - Options......................................................................................................................26
III.2.1.8 - Browse ..................................................................................................................... 27
III.2.1.9 - Map .......................................................................................................................... 27
III.2.1.10 – 3Dmap ................................................................................................................... 28
III.2.1.11 - Layout .................................................................................................................... 28
III.2.1.12 - Graph ..................................................................................................................... 29
III.2.1.13 - Redistrict ................................................................................................................ 29
III.2.1.14 - Legend ................................................................................................................... 29
III.2.1.15 - GPS ........................................................................................................................ 30
III.2.1.16 - Window.................................................................................................................. 30
III.2.1.17 - Help........................................................................................................................ 30
III.2.2 - As Barras de Botões de Comandos (toolbars)............................................................. 31
III.2.2.1 - Standard.................................................................................................................... 31
III.2.2.2 - Main.......................................................................................................................... 31
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Joaquim Seixas
III.2.2.3 - Drawing.................................................................................................................... 32
III.2.2.4 - Tools......................................................................................................................... 33
III.2.2.5 - DBMS....................................................................................................................... 33
III.2.2.6 - Gps............................................................................................................................ 34
III.2.2.7 - Status Bar (barra de estado)...................................................................................... 34
III.2.3 - Os Comandos de Teclado (shortcuts).......................................................................... 34
IV. PARTE....................................................................................................................................... 37
IV.1 - A Área de Trabalho: Configurações................................................................................... 37
IV.2 - A Gestão de Ficheiros........................................................................................................ 42
IV.2.1 – A caixa de diálogo “Layer Control”........................................................................... 44
IV.3 - O Início de um Trabalho.................................................................................................... 46
IV.4 – Desenhar em MapInfo Professional: Algumas Noções..................................................... 49
IV.4.1 – Atribuição de coordenadas geográficas...................................................................... 49
IV.4.2 – As ferramentas de desenho......................................................................................... 52
IV.4.3 – As ferramentas complementares de desenho.............................................................. 54
IV.5 - A Geocodificação (Geocoding).......................................................................................... 59
IV.6 - Manutenção e Gestão da Tabela de Dados......................................................................... 64
IV.7 – A Composição de Questionários (Queries)....................................................................... 67
IV.8 - A Elaboração de Mapas Temáticos.................................................................................... 69
IV.8.1 – O desenvolvimento de Mapas 3D............................................................................... 73
IV.8.2 – A Construção da Legenda dos Objectos Desenhados................................................. 75
IV.9 - A Construção de Gráficos.................................................................................................. 77
IV.10 - A Impressão Personalizada.............................................................................................. 79
V. PARTE......................................................................................................................................... 85
V.1 – As Rotinas em MapBasic.................................................................................................... 85
V.1.1 – Tradutor Universal (Universal Translator).................................................................. 85
V.1.2 – Escala Gráfica (ScaleBar)............................................................................................ 86
V.1.3 – Quadrícula (Grid Maker)............................................................................................. 86
V.1.4 – Construção de Anéis Concêntricos (Concentric Ring Buffers)................................... 87
V.1.5 – Conversor de Graus (Degree Converter).................................................................... 88
V.2 – A Construção de Relatórios Usando o Crystal Reports...................................................... 88
V.3 – O MapInfo e a Word Wide Web......................................................................................... 90
V.4 – O Uso do Módulo GPS....................................................................................................... 92
Considerações Finais........................................................................................................................ 95
Bibliografia....................................................................................................................................... 97
Índice de Figuras............................................................................................................................... 99
Índice Remissivo............................................................................................................................ 101
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MapInfo Professional para Principiantes
Nota Introdutória
Este livro resulta da actualização e desenvolvimento de um pequeno manual, escrito em 1997, para
a versão 4.0 do MapInfo Professional. Aquele primeiro trabalho surgiu para dar apoio, a duas
acções de formação ministradas na Escola Secundária de Odivelas, organizadas pelo Núcleo de
Cartografia e pelo Grupo de Geografia com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, tendo
sido, mais tarde, adaptado para a world wide web1.
Quero ainda acrescentar, que este manual não é exaustivo, embora procure ser o mais completo
possível, e centra-se no MapInfo Professional. Na sua concepção houve a preocupação de
evidenciar: i) alguns conceitos básicos de Cartografia Temática; ii) no que consiste um sistema
de informação geográfica; iii) qual o modo de funcionamento do MapInfo Professional; iv) e,
por último, a abordagem a alguns módulos complementares a este programa.
Ao longo deste documento, existe o objectivo, de mostrar aos leitores, de uma forma simplificada,
os caminhos possíveis para a concepção de um mapa temático, desde a construção da base
cartográfica, à impressão final. Apesar de não ser exaustivo, procura oferecer respostas às questões
mais básicas e prementes relativas à utilização do MapInfo Professional. Se pretender evoluir para
mais além, tem ao seu alcance, quer bibliografia mais específica, quer formação técnica mais
aprofundada fornecida pelos representantes da MapInfo Corp., em vários pontos do Mundo.
Saliento que o presente trabalho se refere ao MapInfo Professional vs. 6.0, encontrando-se, já no
mercado a última versão (7.5). No entanto, os princípios básicos de funcionamento são comuns às
duas versões podendo, utilizar e consultar este manual para entender a forma de funcionamento,
processamento e tratamento de informação geográfica.
(Joaquim Seixas)
1
Pode encontrar apoio a este manual em: http://mapas.no.sapo.pt.
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Joaquim Seixas
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MapInfo Professional para Principiantes
I. PARTE
Este capítulo não explora até à exaustão todos os conceitos e metodologias de produção
cartográfica. O objectivo é apenas o de apresentar alguns fundamentos básicos sobre Cartografia
Temática, ligeiramente alinhavados entre si, para que o utilizador do MapInfo Professional possa,
em primeiro lugar, construir mapas temáticos de forma correcta e, em segundo lugar, consiga
interpretar os resultados obtidos2. Contudo, para os mais interessados em aprofundar esta matéria
aconselho a consulta à bibliografia referida neste manual.
Segundo J .Small e M Witherick (1992), “Cartografia, num sentido muito geral consiste na
representação e comunicação de informação espacial sob a forma de mapas”. A representação pode
ser feita de várias formas em função do objectivo a que se destina, daí que, existam diversas áreas
de especialização. Por exemplo, temos a Cartografia de Base ou Cartografia Topográfica destinada
à produção de mapas topográficos e administrativos. Depois temos a Cartografia Temática que
encerra em si as restantes designações, tais como, Cartografia Náutica, relativa à produção de
cartas náuticas; a Cartografia Geológica, etc.3
Na construção de um mapa, devemos ter em consideração uma série de factores. Uns prendem-se
com a generalização do espaço, outros com questões de visualização e percepção dos fenómenos
representados em duas dimensões e que afectam a leitura, outros ainda, com as próprias questões
sobre representação gráfica decorrentes dos atrás apontados.
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Este manual foi construído, em primeiro lugar, para alunos das escolas secundárias portuguesas e, posteriormente,
melhorado para ser usado como suporte técnico ao curso ministrado aos técnicos do Governo Provincial da Huíla
(Angola). Em ambos os casos, salvo raras excepções (caso de um técnico do Instituto de Geodesia e Cadastro de
Angola), os formandos não dispunham de formação de base direccionada para a produção de Cartografia, daí a
importância em apresentar algumas noções básicas sobre a matéria.
3
Em qualquer dos casos, os fenómenos são representados com maior ou menor generalização, em função da escala a
que irão ser produzidos.
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Normalmente, o grau de generalização é inversamente proporcional da escala, ou seja, nos mapas a grandes escalas
(ex.: 1:5.000) há uma maior pormenorização dos fenómenos e conforme a escala vai diminuindo (ex: 1:1.000.000), a
generalização vai aumentando.
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Joaquim Seixas
• “Os mapas são abstracções5 que nos ajudam a compreender o ambiente que nos rodeia”
(M. Peterson, 1995);
• “Os mapas, como descrições do mundo, representam a forma como os cartógrafos
informam sobre o mundo que nos rodeia” (M. Peterson, 1995);
• e “como veículos de comunicação por excelência que são, devem ser claros e objectivos”
(A. MacEachren, 1995).
Do exposto se depreende que um mapa não representa a totalidade dos fenómenos existentes no
espaço, reproduzindo apenas alguns deles, dependendo essa selecção do cartógrafo, que deve ter
sempre em conta os objectivos a que se destina o mapa. Repare-se, de uma forma muito
esquemática (segundo A. MacEachren, 1995), como funciona o processo de informação /
comunicação de um mapa:
As questões de visualização e percepção dos fenómenos devem ser sempre levados em conta,
uma vez que os modos de visualização e de percepção podem variar de pessoa para pessoa, daí que
a representação dos fenómenos se deva fazer de forma muito clara e objectiva para que a maioria
dos indivíduos leia e percepcione o mapa de uma maneira muito próxima.
Quanto aos conceitos sobre visualização e percepção que afectam a leitura de um mapa devemos
ter em consideração que o processo de leitura de um mapa se desenvolve através das seguintes
etapas:
i) detecção e descriminação;
ii) reconhecimento e identificação;
iii) atribuição de significado aos símbolos;
iv) visualização das estruturas espaciais (baseia-se na capacidade do olho humano ordenar e
identificar padrões (A. MacEachren, 1995));
v) interpretação;
vi) avaliação/verificação
(Modelo segundo C. Board citado por M. H. Dias, 1991).
5
s.f. Operação do espírito, que isola de uma noção um elemento, negligenciando os outros. In Dicionário
Enciclopédico, Selecções do Reader’s Digest, Lisboa, 1980.
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MapInfo Professional para Principiantes
Após termos entrado em consideração com os factores anteriormente expostos, podemos passar
então à fase da construção de um mapa. É evidente que “a elaboração de qualquer mapa temático
é relativamente complexa. Cada mapa retrata uma das várias imagens possíveis para o mesmo
tema, sobretudo pela diversidade das soluções metodológicas de representação e também porque
nesta escolha interferem ainda os objectivos pretendidos e, às vezes, o público utilizador.” (H.
Dias, 1995).
• Da base cartográfica ou fundo do mapa. Deve ser construída com a maior clareza, ser
nítida e precisa para não se confundir com os fenómenos que se representam sobre ela. O
maior ou menor grau de detalhe depende do objectivo que se pretende do mapa, da escala,
da quantidade de fenómenos a ilustrar, da utilização da cor ou do preto e branco, etc.
Contudo, um cartógrafo deve estar ciente que, na generalidade dos casos, a base deve ser
sujeita a uma série de trabalhos preparatórios, para que no final não entre em conflito
com os fenómenos a representar, anulando ou reduzindo a leitura do mapa.
• Título. Elemento obrigatório que identifica o(s) tema(s) representado(s) no mapa. Por
vezes inclui-se referência ao espaço e ao ano.
• Legenda. Elemento obrigatório do mapa, mesmo que estejamos a representar apenas um
único fenómeno. A legenda deve ser colocada no mapa em local que não interfira com o
que se representa, deve ser clara, explícita e sem erros, pois encerra em si a chave (ou
alfabeto) que permite descodificar o mapa. A legenda é constituída por símbolos com uma
explicação sucinta do seu significado (M. H. Dias, 1991). Muitas vezes, os símbolos do
fundo do mapa não se representam por serem considerados elementos implícitos na
legenda.
• Escala. Um mapa, geralmente, reproduz de forma reduzida a realidade do espaço em que
vivemos. O objectivo da escala é indicar essa diferença entre a realidade e o representado.
Por tal facto, torna-se um elemento obrigatório do mapa, podendo ser representada de duas
formas: numérica e/ou graficamente. Devido às facilidades de reprodução
9
Joaquim Seixas
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Reserva Ecológica Nacional.
7
Como esclarecimento, símbolo, no sentido lato, corresponde a todas as indicações gráficas que representam os
fenómenos ilustrados num mapa. Contudo, ao longo deste estudo, e em sentido restrito, vai-se encontrar a referência a
trama, que corresponde a uma implantação em mancha a preto e branco.
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MapInfo Professional para Principiantes
Tabela de Bertin
A escolha correcta dos símbolos a usar para representar os fenómenos é fundamental na produção
cartográfica atendendo a que uma má opção pode prejudicar a leitura. A escolha correcta depende
do tipo de fenómenos a representar e dos objectivos a alcançar com o mapa.
A divisão em classes aplica-se "a uma variável, medida em escalas de intervalo ou de razão, que
caracteriza numericamente várias unidades de análise; utiliza-se sobretudo quando o elevado
número destas impede ou dificulta a retenção de todos os valores da variável e, consequentemente,
a compreensão da sua estrutura. A sua finalidade é agrupar os valores de uma variável de modo a
serem obtidos os menores contrastes possíveis dentro de cada classe (minimizando as distâncias
intra-classes) e, pelo contrário, as maiores diferenças entre as várias classes (maximizando as
distâncias inter-classes)". (Mª. Helena Dias e Mª. Fernanda Alegria, 1983, p. 5).
11
Joaquim Seixas
Equidistantes (max-min)/n
Amplitude igual Média e desvio-padrão
a) centrada na média
b) para um e outro lado da média
Transformação logarítmica da variável
a) transformar os efectivos em nº
logarítmicos
b) Dividir a série em intervalos equidistantes
Com transformação da variável
a) Raiz quadrada ( max − min ) / n
1 1
b) Inverso ( − )/n
max min
Não esquecer que o número de classes é, normalmente, definido pelo cartógrafo (que deve ter em
conta o bom senso e os objectivos a que se destina o trabalho). Contudo, existem outros métodos
de cálculo do número de classes a utilizar, onde, de entre outros, se destaca Brooks e Carruthers
que avançam com a seguinte fórmula: k>5*log n.
Para finalizar esta parte, vejamos a seguinte comparação cartográfica, que nos permite verificar os
diferentes resultados obtidos, consoante a divisão em classes que estamos a utilizar. No entanto, é
necessário esclarecer que existem sistemas (teste de Jenks e Coulson e teste de Jenks e Caspall)
que nos permitem determinar qual o método de divisão em classes mais correcto para uma
determinada variável.
12
MapInfo Professional para Principiantes
Apenas como referência, segundo os dois testes de classificação acima referidos, a forma de
divisão em classes que melhor representa a variável consiste na transformação logarítmica.
13
Joaquim Seixas
14
MapInfo Professional para Principiantes
II. PARTE
O relacionar tabelas de dados com unidades gráficas, a partir da geocodificação (que mais adiante
iremos analisar detalhadamente), torna este software num desktop mapping13. No entanto, o
MapInfo Professional é mais do que isto, pois, para além de podermos recolher, armazenar,
organizar, seleccionar, manipular, analisar e representar informação susceptível de referenciação
geográfica, permite ao utilizador efectuar interpolações e desenvolver questionários14. Isto torna-o
num sistema de informação geográfica (vulgo SIG15).
8
Este motor comum é a interface do MapInfo Professional.
9
Recorda-se do velhinho Microsoft Works (processador de texto, folha de cálculo, base de dados, gráficos, outros) que
incluía vários programas num só? O princípio é o mesmo.
10
Ainda existem outros módulos que são residentetes da interface do MapInfo Professional. Uns são nativos (ex.:
redistrict) outros podem ser adicionados (ex.: Geographic Tracker).
11
Consiste em informação estatística com correspondência espacial. Por exemplo, o número da população residente
por freguesias.
12
Que no caso, podem representar quarteirões, freguesias, municípios, distritos, países, rios, estradas, outros.
13
Não existe grande consenso sobre a utilização deste termo. Há quem o relacione a alguns programas, mais simples,
que a partir de uma pequena tabela de dados (a qual não permite elaborar análises, os dados têm de entrar no programa
já tratados) ligada a unidades gráficas, constróem mapas; outros, afirmam que o termo se refere a um SIG que não
esteja ligado em rede.
14
Da terminologia inglesa, queries.
15
Na terminologia inglesa, GIS (Geographical Information System).
15
Joaquim Seixas
importação) outros são mais compatíveis. Uns são mais dispendiosos que outros. Contudo, o
utilizador quando compra um programa de desenvolvimento SIG, deve ter sempre em conta aquilo
que pretende retirar do produto e as suas potencialidades de expansão através de módulos
adicionais. Por exemplo, se vai apenas desenvolver Cartografia de Base ou efectuar estudos sobre
Geografia Humana ou Geografia Física, Estudos de Mercado, etc., quase de certeza que as opções
não serão as mesmas. O utilizador não pode é adquirir uma ferramenta destas em função da
publicidade (muitas vezes enganosa), ou porque alguém ou um organismo conhecido, já dispõe de
determinado produto. O futuro utilizador pode arriscar-se a adquirir um produto (que no caso, são
normalmente dispendiosos) que pode não se adequar aos objectivos pretendidos.
Por exemplo, O MapInfo Professional é uma das ferramentas mais utilizadas nos EUA em virtude
de ser uma boa opção para se efectuarem estudos da população (áreas da Geografia Humana e
Demografia) e análises de mercado (algo muitos estudado pelas empresas norte americanas). Com
alguns módulos anexos, como o Vertical Mapper16 ou o ChronoVia / ChronoMap17, torna-se numa
poderosíssima ferramenta de análise de informação georreferenciada O objectivo destes módulos
anexos é o de aumentar a oferta de soluções de análise de dados, relativamente aos concorrentes.
Aliás, a editora deste software, disponibiliza através do seu site na World Wide Web18 uma série de
produtos complementares, com funções diversas, que funcionam associados ao MapInfo
Professional. Se não dispuser de ligação à internet, deve consultar o representante da MapInfo
Corp.19, onde também pode ser informado sobre a melhor forma de tornar o seu programa mais
poderoso para melhor responder às suas necessidades. Vejamos alguns exemplos destes produtos e
a sua utilidade:
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MapInfo Professional para Principiantes
Estes são apenas alguns exemplos de módulos adicionais para o MapInfo Professional. Existem
muitas outras soluções possíveis para responderem às necessidades do utilizador.
*
* *
O MapInfo Professional apresenta uma área de trabalho (desktop) de fácil compreensão, tem uma
grande compatibilidade de comandos, e permite uma boa interacção com outros tipos de
programas (ex.: permite a cópia de ficheiros via clipboard; é possível colocar as bases
cartográficas a funcionar dentro da última versão do Microsoft Office, transpor via clipboard
mapas para qualquer outro programa que funcione em ambiente Windows ou, via conversores,
exportar para o Geomedia da Intergraph ou para o ARC/INFO da ESRI; e, também é possível
trabalhar com as tabelas geradas pelo SPSS).
17
Joaquim Seixas
Para além do anterior, normalmente, o MapInfo Professional não é muito exigente ao nível de
equipamento para funcionar em pleno. Com um computador Pentium, com 64 Mb de RAM e o
Windows 9820, como sistema operativo, um rato e uma vulgar impressora, já se pode tirar partido
deste produto, a pelo menos 75 por cento das suas capacidades. Para um trabalho mais
profissional, uma mesa digitalizadora (para vectorização), uma plotter e um scanner (para imagens
raster) e podemos trabalhar com todas as capacidades que o software nos oferece.
Para além do anterior, este software, devido às suas capacidades de ampliação/redução (Zoom)
permite realizar trabalhos nas mais diversas escalas. Podemos partir da grande escala (ex.: análises
de quarteirões, ruas, bairros, freguesias) até atingirmos escalas cada vez mais pequenas (ex.:
análise ao nível de NUTE21 II ou III, distritos, continentes, etc.).
O software em análise pode ser utilizado nas mais variadas actividades profissionais que
necessitem de trabalhar e analisar informação georreferenciada. Assim, e numa breve explanação
pode ser usado em estudos das seguintes áreas:
20
As versões para Power Mac e UNIX também estão disponíveis no mercado.
21
Numenclatura de Unidades Territoriais com fins Estatísticos.
18
MapInfo Professional para Principiantes
Exemplo de uma das aplicações possíveis para o MapInfo. Demonstração da junção de um mapa actual a outro
efectuado em 1865 (The Rocks, Sydney), no sentido de apurar a evolução da linha de costa.
Fonte: L. Daniel et al.( 1996), Inside MapInfo Professional, Santa Fé, Onword Press.
Fonte: L. Daniel et al.( 1996), Inside MapInfo Professional, Santa Fé, Onword Press.
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Joaquim Seixas
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MapInfo Professional para Principiantes
III. PARTE
Antes de mais, é preciso evidenciar o que já foi dito anteriormente: devido às suas características
peculiares, o MapInfo Professional apresenta uma estrutura de funcionamento composta por várias
aplicações (que vamos passar a designar por janelas), geridas por um motor comum. A sua área de
trabalho apresenta-se de uma forma simplificada, de aspecto comum a outras aplicações para
Windows, onde podemos visualizar uma barra fixa no topo, constituída por menus, mais três barras
de botões, normalmente flutuantes22.
Em termos de janelas, as duas mais comuns são a browse (tabela) e a map (mapa), às quais se
podem juntar mais quatro janelas de trabalho: a layout (saída de impressão), a graph (gráficos), a
redistrict (redistribuição das regiões) e a 3DMap (para visualização de mapas a três dimensões)23.
Outra perspectiva da área de trabalho, sendo visíveis as janelas “Map”, “Layout” e “Browse”
22
Como opção, é permitido ao utilizador adicionar mais barras de botões.
23
Se forem anexados os diversos módulos existentes ao MapInfo Professional, passarão a estar disponíveis outras
janelas.
21
Joaquim Seixas
Este programa apresenta na área de trabalho uma série de menus de funções e comandos de barras
(toolbars) a que se juntam os comandos de teclas (keyboard ou shortcuts), que por vezes estão
duplicados para os utilizarmos da forma que considerarmos mais expedita.
III.2.1 - Os Menus
III.2.1.1 - File
Este menu encerra os comandos que permitem fazer a gestão de ficheiros (criar, abrir, fechar,
gravar, etc.), de impressão, de correio electrónico e o de encerramento do programa.
Comandos Descrição
New Table Criar uma nova tabela
Open Table Abrir uma tabela existente
Open DBMS Table Abrir uma tabela DBMS
Open Workspace Abrir uma área de trabalho
Close Table Fechar uma tabela activa
Close All Fechar todas as tabelas activas
Close DBMS Connection Encerrar a ligação DBMS
Save Table Gravar a tabela activa
Save Copy As Gravar uma tabela com um novo nome mantendo a original
Save Query Gravar um questionário
Save Workspace Gravar uma área de trabalho
Save Window As Gravar a janela activa em outros formatos, tais como: BMP, JPG, PNG ou outro
Revert Table Reverter à tabela original após ter efectuado alterações nessa tabela
Run Mapbasic Program Executar rotinas desenvolvidas em Mapbasic
22
MapInfo Professional para Principiantes
III.2.1.2 - Edit
Gere os comandos mais comuns, como o copiar, colar, cortar ou desfazer o último comando.
Comandos Descrição
Undo Desfazer o último comando
Cut Cortar
Copy Map Window Copiar
Past Colar
Clear Apagar
Clear Map Object Only Apagar um objecto apenas do mapa mantendo a sua referência no browse
Reshape Modificar/redesenhar os polígonos
New Row Criar nova linha na tabela
Get Info Obter informação sobre o elemento seleccionado
III.2.1.3 - Tools
Este menu faz a gestão das subrotinas em MapBasic previamente incluídas no programa ou
desenvolvidas pelo utilizador. Para ficarem visíveis neste menu tem de ir Tools Tool
Manager e indicar quais as que pretende que sejam activadas no arranque do MapInfo (clicar
em Loaded e/ou AutoLoad).
Comandos Descrição
Crystal Reports Programa da Seagate Crystal Reports que permite criar e gerir
relatórios das bases de dados existentes nas tabelas.
New Report Abrir um novo relatório (Crystal)
24
Ao activar esta caixa, para além de encontrar a lista de ferramentas existentes em MapBasic, vai encontrar os
seguintes subcomandos: Loaded (verifica se a rotina foi carregada); Autoload (activa a rotina no menu Tools); Add
tool (permite adicionar uma rotina às existentes); Edit tool (permite editar o titulo, a directoria onde se localiza e a
descrição da rotina seleccionada); Remove tool (permite apagar a rotina seleccionada).
23
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III.2.1.4 - Objects
Este menu só funciona quando o mapa está activo e a camada (layer) não está bloqueada
(lock). Permite trabalhar os polígonos existentes no mapa. Podemos uni-los e criar novas
formas gráficas, converter polígonos em regiões e vice-versa, etc.
Comandos Descrição
Set Target Criar região/objecto alvo
Clear Target Desfazer o comando anterior
Combine Unir os polígonos/regiões (adapta a informação estatística)
Split Dividir a região alvo em partes mais pequenas a partir do objecto seleccionado (adapta
a informação estatística)
Erase Apagar na região alvo a parte relativa ao interior do objecto seleccionado (adapta a
informação estatística)
Erase Outside Apagar na região alvo a parte relativa ao exterior do objecto seleccionado (adapta a
informação estatística)
Overlay Nodes Adicionar nós na região alvo em todos os pontos onde este intercepta os objectos
seleccionados
Buffer Criar uma área (com uma dimensão definida pelo utilizador) à volta de um ou mais
objectos do mapa
Convex Hull Permite criar um polígono em torno de um conjunto de pontos seleccionados
Enclose Criar polígonos/regiões a partir de áreas resultantes da intercepção entre linhas e/ou
arcos
Check Regions Comando que permite verificar se existem imperfeições no desenho das junções entre as
regiões. Só são conferidos os objectos.
Smooth Mudar uma linha para curva
Unsmooth Desfazer o comando anterior
Convert to Regions Converter polígonos em regiões
Convert to Polygones Converter regiões em polígonos
III.2.1.5 - Query
Menu dedicado à análise dos dados existentes na tabela.
Comandos Descrição
Select Seleccionar os elementos de uma tabela que satisfaçam um determinado
questionário/formula (query)
SQL Select Seleccionar os elementos de entre várias tabelas que satisfaçam um determinado
questionário/formula (query). Processo via SQL
Select All Seleccionar todos os elementos na tabela seleccionada
Unselect All Desfazer o comando anterior
Find Encontrar um elemento numa tabela
Find Selection Encontrar um elemento seleccionado em todas as tabelas
Calculate Statistics Cálculo de elementos estatísticos de uma coluna numa tabela
25
Joaquim Seixas
III.2.1.6 - Table
Este menu encerra três funções. Permite aceder aos comandos relativos: i) à manutenção do
quadro de dados, ii) à importação e exportação de unidades gráficas; iii) e à geocodificação.
Comandos Descrição
Update Column Adicionar colunas temporárias numa tabela ou modificar as existentes
(em ambas as situações a partir de uma expressão – ex.: activar o
comando para extrair a áreas dos polígonos desenhados - ou não)
Append Rows to a Table Adicionar linhas (records) de uma tabela a outra tabela25
Geocode Georreferenciar as regiões/polígonos de uma tabela às linhas de outra
tabela
Create Points Criar pontos num mapper a partir das coordenadas XY existentes numa
tabela de dados26 ou dos centróides dos elementos desenhados
Combine Objects Using Column Unir os polígonos usando os dados estatísticos de uma tabela
Import Importar um ficheiro em outro formato (dxf, mif, mpi, mmi, img)
Export Exportar uma tabela ou mapa em outro formato (mif, txt, dxf, dbf)
Maintenance Caixa de diálogo de manutenção da tabela27
Table Structure Criar/modificar a estrutura da tabela
Delete Table Apagar a tabela (como uma tabela MapInfo é composta por 4 ficheiros
deve usar este comando para não ficar com algum residual esquecido no
disco do computador)
Rename Table Renomear a tabela (como uma tabela MapInfo é composta por quatro
ficheiros deve usar este comando para não haver engano ou
esquecimento em um deles)
Pack Table Eliminar definitivamente o espaço reservado na memória do ficheiro das
linhas (records) apagadas na tabela
Make MDBS Table Mappable Tornar uma tabela MDBS georreferenciada
Change MDBS Table Symbol Mudar o símbolo da tabela MDBS
Unlink MDBS Table Desligar a tabela MDBS
Refresh MDBS Table Refrescar a tabela MDBS
Raster Manutenção de imagens raster (bitmaps)
Adjust Image Styles Ajustar/calibrar a imagem
Modify Image Registration Modificar os pontos coordenados da imagem raster
Select Control Points from Map Seleccionar pontos de controlo no mapa
III.2.1.7 - Options
Neste menu encontramos os comandos que permitem configurar, alterar ou modificar, aquilo
que está desenhado no mapa (linhas, regiões, símbolos, texto, etc.), assim como, as
configurações da própria área de trabalho. E, tal como no menu objects alguns dos comandos
aqui disponibilizados só funcionam quando o mapa está activo e a vista (layer) não está
bloqueada (lock).
Comandos Descrição
Line Style Modificar as configurações das linhas
Region Style Modificar as configurações das regiões/polígonos
Symbol Style Modificar as configurações dos símbolos
Text Style Modificar as configurações do texto
Toolbars Activar/desactivar as barras de comandos
25
Verifique se os campos entre as duas tabelas são iguais.
26
Não esquecer de converter as coordenadas existentes na tabela do formato GMS (graus, minutos, segundos) para
graus decimais.
27
Mais adiante pode encontrar o funcionamento destes comandos. Ver em “manutenção de uma tabela de dados”.
26
MapInfo Professional para Principiantes
III.2.1.8 - Browse
(Só está disponível quando a tabela - browse - de dados está activa)
Faz a gestão da tabela de dados. Permite ocultar / mostrar os campos / colunas que existem
na tabela.
Comandos Descrição
Pick Fields Escolher os campos/colunas a visualizar na janela activa. Pode-se adicionar colunas
a partir de expressões criadas pelo utilizador
Options Mostrar/ocultar a grelha da tabela
III.2.1.9 - Map
(Só está disponível quando o mapa – map - está activo)
Aqui acedemos aos comandos relativos ao controlo das camadas28 (layers control) e aos que
permitem a elaboração de mapas temáticos, entre outros relacionados.
Comandos Descrição
Layer Control Activar a caixa de controlo das camadas ou vistas
Create 3DMap Para criar um mapa a 3 dimensões, em primeiro lugar, devemos abrir um Grid
Thematic Map de modo a ficar residente na janela activa. Assim, este comando fica
disponível para desenvolvermos o mapa desejado
Create Thematic Map Criar um mapa temático (activa três caixas sequenciais relativas a: tipo de
representação, variável a representar e ajustamento de classes cores/padrões e
legenda)29
Modify Thematic Map Modificar o mapa temático existente
Create Legend Criar a legenda relativa a elementos desenhados no mapper
Change View Mudar a visualização do mapa em função da escala, ou das coordenadas desejadas
pelo utilizador
Criar uma imagem exactamente igual do mapa30
Previous View Voltar à janela anterior
View Entire Layer Mostrar e centrar na janela activa uma camada seleccionada ou todas as camadas
existentes no mapa
Clear Custom Labels Retirar os endereços definidos manualmente pelo utilizador
Save Cosmetic Objects Gravar a camada de embelezamento31 do mapa
28
Há quem designe layers por vistas, mas prefiro traduzir o termo para camadas.
29
Estes comandos conhecem um maior desenvolvimento mais à frente, neste documento.
30
Sempre que modifica o original, obtém a respectiva actualização no clone.
27
Joaquim Seixas
III.2.1.10 – 3Dmap
(Só está disponível se o utilizador criar um mapa de quadrícula – grid - e activarmos o
comando Create 3DMap no menu Map)
Aqui acedemos aos comandos relativos à visualização a três dimensões de um mapa.
Primeiro, o utilizador tem de criar um Grid Thematic Map. Depois, pode activar o comando
Create 3DMap e surgir-lhe-á este menu. Por cima deste Grid Thematic Map, o utilizador
pode colocar outros layers (por exemplo, cria um Grid Map do relevo e depois acenta por
cima deste mapa a rede hidrográfica, a localização das povoações, etc.) aos quais também
será atribuído este efeito.
Comandos Descrição
Refresh Grid Texture Refrescamento do conteúdo da janela activa
Clone View Criar uma imagem exactamente igual do mapa
PreviousView Voltar à imagem anterior
View Entire Grid Ver todo o mapa
Viewpoint Control Pontos de controlo do mapa
Rotate Viewpoint Pontos de rotação do mapa
Posicionamento do mapa no monitor
Zoom Viewpoint Aumentar/reduzir o mapa
Mapper View Voltar ao mapa de partida
Wireframe Criar um efeito de rede/grelha no mapa
Properties Propriedades
Light Pontos de iluminação do mapa
Appearance Resolução da imagem criada; escala do eixo Z e cor do fundo da janela
III.2.1.11 - Layout
(Só está disponível quando a respectiva janela for activada)
A janela layout permite realizar todas as configurações para uma impressão personalizada.
Para tal existe uma série de comandos disponíveis. Então vejamos,
Comandos Descrição
Change Zoom Aumentar/reduzir a imagem do mapa
View Actual Size Visualizar o mapa à dimensão da impressão
View Entire Layout Visualizar todo o mapa à dimensão da janela
Previous View Voltar à imagem anterior
Bring to Front Colocar o objecto seleccionado por cima dos restantes
Send to Back Colocar o objecto seleccionado por detrás dos restantes
Align Objects Alinhar os objectos seleccionados
Create Drop Shadows Criar sombreados nos objectos seleccionados
31
O objectivo desta camada é a de pudermos adicionar elementos que permitam melhorar o aspecto gráfico do mapa.
Daí a designação original anglófona e a tradução para embelezamento, mas também pode usar o termo camada
cosmética.
28
MapInfo Professional para Principiantes
III.2.1.12 - Graph
(Só está disponível quando é activado o comando referente à concepção de gráficos)
Quando, de uma ou mais, das variáveis disponíveis se pretende apenas um simples gráfico de
barras ou um sectograma. Entre outros, o menu graph permite essa realização.
Comandos Descrição
Formating Caixa de diálogo que autoriza a formatação das letras, cores e linhas usadas
General Options Modificar as configurações do gráfico (se é a duas ou três dimensões, se tem
etiquetas, grelha, etc.)
Series Options Configurar os elementos da serie de dados (cor, linha, etiqueta, etc.)
Grids and Scales Configurar os eixos do gráfico
3D Viewing Angle Configurar a visualização de um gráfico a três dimensões. Só fica activo se
estivermos a criar um gráfico deste tipo
Save as Template Gravar o gráfico criado como modelo
III.2.1.13 - Redistrict
(Só está disponível quando o utilizador activar o comando referente à redistribuição das
regiões existentes no mapa)
O menu redistrict tem por função redistribuir as regiões existentes no mapa. Por exemplo, de
um mapa por concelhos pretende-se criar um outro por distritos ou províncias.
Comandos Descrição
Assign Selected Objects Adicionar, de forma permanente, os objectos seleccionados como um novo
distrito
Set Target District From Map Especificar os objectos seleccionados como região alvo
Add District Adicionar um distrito à tabela
Delet Target District Apagar a actual região alvo
Options Configurar o comando redistrict
III.2.1.14 - Legend
(Só está disponível quando o utilizador activar o comando create legend no menu map)
O menu legend encerra em si os comandos de configuração da legenda32 referente aos
elementos desenhados no mapa.
Comandos Descrição
Add Frames Anexar à legenda existente os símbolos referentes aos elementos desenhados
numa tabela adicionada à janela map
Refresh Legend Actualizar a legenda caso o utilizador efectue alterações à configuração dos
elementos desenhados na janela map, assim como, na janela layout. Também
permite actualizar o alinhamento dos elementos existentes na legenda
Legend Window Properties Configurar a janela da legenda, ao nível do título da mesma, da existência ou
não de scroll bars, autoscroll e smart pan
32
O MapInfo Professional permite ao utilizador criar dois tipos de legenda. A relativa ao elementos desenhados na
janela map e os correspondentes ao mapa temático.
29
Joaquim Seixas
III.2.1.15 - GPS33
(Apenas fica disponível se, durante a instalação do MapInfo Professional, o utilizador
instalar o módulo Geographic Tracker da Blue Marble Geographics e depois activar a
respectiva rotina Mapbasic)
Esta aplicação permite ligar o MapInfo Professional a um GPS, via protocolos NMEA ou
TSIP, e traçar percursos e/ou pontos numa tabela.
Comandos Descrição
Off Pausa na recepção de dados
Live GPS Data Activar a recepção de dados
Simulate GPS Data Simular a recepção de dados
Setup Tracking Configuração da marcação dos dados na tabela
Auto Recenter Centrar automaticamente na janela activa o local onde o GPS está a efectuar a
marcação de pontos
Setup GPS Geocoding Configuração dos campos da tabela onde o GPS vai gravar os dados
GPS Point Geocoding Marcação pontos assinalados via GPS
GPS Polyline Geocoding Marcação de linhas assinaladas via GPS
Terminate Desligar a aplicação
About Geotrack Informação sobre a versão e o editor da aplicação
Help Ajuda da aplicação
III.2.1.16 - Window
Gere os comandos relativos às janelas: criar, abrir/fechar ou ordenar, são os principais.
Comandos Descrição
New Browser Window Criar uma nova tabela (browse)
New Map Window Criar um novo mapa (mapper)
New Graph Window Criar novo gráfico (graph)
New Layout Window Criar nova janela de impressão (layout)
New Redistrict Window Criar nova redistribuição de regiões (redistrict)
Redraw Window Redesenhar/refrescar a janela activa
Tile Window Arranjar e redimensionar as janelas horizontalmente
Cascade Window Arranjar e redimensionar as janelas verticalmente
Arranje Icons Arranjar os ícones das janelas minimizadas
Filename Map Indicação das janelas abertas
III.2.1.17 - Help
Encerra os comandos para acedermos ao manual electrónico, entre outras tarefas.
Comandos Descrição
MapInfo Help Topics Abrir o manual electrónico
MapInfo on the Web Permite a ligação à webpage da MapInfo Corp. (só disponível se dispuser de
ligação ao serviço da Internet)
MapInfo Data Products on the Permite ligar à webpage com os produtos disponibilizados pela MapInfo (só
Web disponível se dispuser de ligação ao serviço da Internet)
MapInfo Data and Solutions Permite ligar à webpage com os serviços disponibilizados pela MapInfo para a
for Europe Europa (só disponível se dispuser de ligação ao serviço da Internet)
About MapInfo Mostra a versão, o nome do proprietário e a chave de código do MapInfo que o
utilizador está a usar
33
Global Positioning System.
30
MapInfo Professional para Principiantes
III.2.2.1 - Standard
Esta barra de comando engloba os botões que permitem criar, abrir, gravar, imprimir, copiar,
cortar, colar, voltar atrás, aceder ao manual electrónico; criar novo browser, mapper,
grapher, layout e redistricter.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Botões Descrição
1. New table Criar uma nova tabela
2. Open table Abrir uma tabela existente
3. Save table Gravar a tabela em uso
4. Print Comando para impressão do trabalho
5. Cut Cortar
6. Copy Copiar
7. Past Colar
8. Undo Desfazer o último comando
9. New Browser Window Criar uma nova tabela
10. New Map Window Criar um novo mapa
11. New Graph Window Criar novo gráfico
12. New Layout Window Criar uma nova janela de impressão
13. New Redistrict Window Criar nova redistribuição de regiões
14. MapInfo Help Topics Abrir o manual electrónico
III.2.2.2 - Main
Nesta barra temos acesso aos botões que permitem: seleccionar um objecto ou vários
objectos numa área, ampliar/reduzir o mapa, mudar a escala de visualização do mapa,
arrastar a figura, criar etiquetas, aceder ao controlo de camadas, mostrar/ocultar a legenda,
mostrar/ocultar o quadro de estatísticas, seleccionar a unidade alvo, entre outros.
31
Joaquim Seixas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Botões Descrição
1. Select Seleccionar objectos
2. Marquee Select Seleccionar todos os objectos de uma área rectangular. Carregando em
Shift vai adicionando uma nova selecção à anterior
3. Radius Select Seleccionar todos os objectos de uma área circular. Carregando em
Shift vai adicionando uma nova selecção à anterior
4. Polygon Select Seleccionar todos os objectos de uma área poligonal. Carregando em
Shift vai adicionando uma nova selecção à anterior
5. Boundary Select Seleccionar todos os objectos de uma região (polígono) indicada pelo
utilizador. Carregando em Shift vai adicionando uma nova selecção à
anterior
6. Unselect All Cancelar a selecção de todos os objectos
7. Graph Select Seleccionar uma unidade no gráfico para obter a sua correspondência
no mapper e no browse
8. Zoom In Ampliar a imagem do mapa
9. Zoom Out Reduzir a imagem do mapa
10. Change View Mudar a dimensão visualizada do mapa (escala)
11. Grabber “Agarrar” e arrastar o mapa
12. Get Info Obter informação sobre o polígono/região
13. HotLink Criar uma ligação a uma página web
14. Label Colocar endereços nas regiões
15. Drag Map Window Copiar o mapa via drag and drop34 para outra aplicação
16. Layer Control Activar a caixa de controlo das camadas
17. Ruler Activar as réguas
18. Show/Hide Legend Window Mostrar/ocultar a janela da legenda
19. Show/Hide Statistic Window Mostrar/ocultar a janela do quadro de estatísticas
20. Set Target District Especificar os objectos seleccionados como região alvo
21. Assign Selected Objects Adicionar, de forma permanente, os objectos seleccionados à região
alvo
22. Clip Region On/Off Activar/desactivar o comando que se segue
23. Set Clip Region Definir as regiões seleccionadas como as únicas a visualizar no mapa
III.2.2.3 - Drawing
A maioria destes comandos só ficam activos caso seja desbloqueada a vista (layer) onde se
pretende desenhar. Os botões de comandos proporcionados permitem: inserir símbolos,
desenhar linhas, desenhar polígonos, desenhar elipses, desenhar rectângulos, criar/mudar as
propriedades dos símbolos, das linhas, dos polígonos/regiões, do texto, etc.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
34
Agarrar e largar.
32
MapInfo Professional para Principiantes
Botões Descrição
1. Symbol Inserir símbolo
2. Line Desenhar linha
3. Polygone Desenhar polígono aberto
4. Arc Desenhar arco
5. Polygone Desenhar polígono fechado
6. Ellipse Desenhar elipse
7. Rectangle Desenhar rectângulo
8. Rounded Rectangle Desenhar rectângulo com cantos redondos
9. Text Inserir texto
10. Frame Inserir caixa (só disponível na janela layout)
11. Reshape Modificar/redesenhar os polígonos
11. Add Nodes Adicionar nós nos polígonos
13. Symbol Style Modificar as configurações dos símbolos
14. Line Style Modificar as configurações das linhas
15. Region Style Modificar as configurações das regiões
16. Text Style Modificar as configurações do texto
III.2.2.4 - Tools
Pequena barra35 que permite executar rotinas em Mapbasic e mostrar/ocultar a janela do
Mapbasic.
1 2
Botões Descrição
1. Run Mapbasic Program Executar rotinas em Mapbasic
2. Show/Hide MapBasic Windows Mostrar/ocultar a janela do Mapbasic
III.2.2.5 - DBMS
Pequena barra que apenas fica disponível se, durante a instalação do MapInfo Professional, o
utilizador instalar o modulo DBMS.
1 2 3 4 5 6
Botões Descrição
1. Open DBMS Table Abri tabela DBMS
2. Refresh DBMS Table Refrescar a ligação da tabela DBMS
3. Unlink DBMS Table Desligar uma tabela DBMS
4. Make DBMS Table Mappable Tornar uma tabela DBMS “cartografável”
5. Change the Symbol for a Mappable DBMS Table Mudar o símbolo da tabela “cartografável” DBMS
6. Disconnect DBMS Desligar a ligação DBMS
Os símbolos apresentados são os que aparecem por defeito. Se o utilizador activar algumas das rotinas em Tools
35
33
Joaquim Seixas
III.2.2.6 - Gps
Pequena barra que apenas fica disponível se, durante a instalação do MapInfo Professional, o
utilizador instalar o módulo Geographic Tracker da Blue Marble Geographics e activar a
respectiva rotina Mapbasic.
1 2 3
Botões Descrição
1. Point Symbol Geocoding Marcar pontos assinalados via GPS
2. Polyline Geocoding Marcar linhas assinaladas via GPS
3. Pause Pausa na marcação
Shortcut Descrição
CTRL+N Criar uma nova tabela
CTRL+0 Abrir uma tabela
CTRL+A Abrir uma área de trabalho
CTRL+S Gravar a tabela activa
CTRL+U Activar o Mapbasic
CTRL+P Imprimir a janela activa
ALT+F4 Sair do programa
34
MapInfo Professional para Principiantes
35
Joaquim Seixas
36
MapInfo Professional para Principiantes
IV. PARTE
A quarta parte deste guia, tem por objectivo abordar os passos mais importantes para a concepção
de um mapa temático, desde a sua fase inicial (criação de polígonos, linhas ou pontos) ao produto
final (mapa impresso). Tal como foi referido na nota introdutória, a função do presente trabalho
apenas consiste em abrir caminho no campo da utilização do MapInfo Professional vs. 6.0. Isto
significa que, com o aumento dos conhecimentos do utilizador, este deve procurar outras
publicações que respondam a dúvidas mais profundas e complexas que lhe possam surgir. Para tal,
existem, quer o próprio manual que acompanha o programa, quer outras publicações disponíveis
no mercado livreiro.
Esta caixa de diálogo pode ser (des)activada sempre que queiramos, da seguinte forma:
36
Após a instalação do MapInfo Professional 6.0 irá necessitar de uma chave de código electrónica (em versões
anteriores a chave era física), a qual é fornecida pelos serviços centrais da editora do produto, via email, fax ou
telefone. Sem esta chave o programa não funcionará mais de 15 dias, após a sua instalação. Aquando deste processo, o
utilizador pode ou não instalar alguns módulos dos adicionais que a MapInfo Corp. inclui no CD-ROM do programa,
tais como, o Geographic Tracker ou o MetaData Browser. Se optar por não os carregar, pode sempre fazê-lo, a
qualquer momento, basta voltar a inserir o CD-ROM no respectivo leitor e activar o processo de instalação.
37
Joaquim Seixas
Se não tiver o seu trabalho arrumado por diversas subdirectorias, aconselhamos a fazê-lo por
facilitar o acesso aos ficheiros de trabalho.
Quando o utilizador, pela primeira vez, iniciar o MapInfo Professional deve configurá-lo às suas
necessidades37. Para tal, activa a caixa de diálogo Preferences. Vejamos como:
Options Preferences
Aqui temos acesso a oito outras caixas de diálogo, das quais destaco a System Settings, a Map
Window, a Legend Window, a Directories, a Output Settings e a Printer. As outras duas, não
merecem grande destaque, onde apenas referencio que através da Startup podemos (des)activar a
caixa de diálogo Quick Start e na Address Matching o utilizador pode fazer configurações das
etiquetas relativas a ruas.
37
Esta preocupação prende-se, principalmente com duas configurações efectuadas por defeito pelo MapInfo durante a
sua instalação que não são adequadas à maioria dos países (está pensado para o mercado norte americano): o sistema
métrico e a dimensão do papel para impressão.
38
MapInfo Professional para Principiantes
A Map Window consiste na caixa de diálogo que permite controlar as alterações ao nível da janela
map. É-nos possível configurar: o controlo da dimensão do mapa - ser em função da janela ou da
escala -, a forma de visualização dos objectos seleccionados e dos objectos-alvo (configuração da
39
Joaquim Seixas
linha e cor), a gestão das mensagens de aviso, a tolerância do comando snap, as unidades métricas
do mapa, como as coordenadas aparecem referenciadas (em graus, minutos e segundos ou em
decimais) ou a existência de scroll bars38, entre outros. Numa primeira fase, aconselhamos o uso
das configurações sugeridas na figura. Mais tarde, o utilizador pode experimentar outras soluções
que melhor se ajustem ao seu trabalho.
A caixa Legend Window permite realizar alterações à configuração dos estilos do título, subtítulo
nome das classes e tipo de caixilho da legenda criada a partir do comando Create Legend que se
encontra no menu map.
38
Barras existentes nas margens, direita e inferior, das janelas e que permitem fazer deslocar o conteúdo destas.
40
MapInfo Professional para Principiantes
paths39 de localização dos diversos tipos de ficheiros que o MapInfo Professional utiliza. Apenas
recomendamos a personalização das paths relativas às tables (tabelas) e aos workspaces40, onde
deve endereçar as directorias em que guarda o seu(s) trabalho(s). Ao fazer este endereçamento,
quando o utilizador mandar abrir, por exemplo, uma tabela, automaticamente, o MapInfo
“dirige-se” à directoria definida.
Para modificar, seleccione a path que pretende alterar, carregue no botão modify e indique a
directoria. Para aceitar faça ok. Veja o exemplo da figura, onde as tables e os workspaces têm por
paths C:\Documents and Settings\....
Através do comando Search Directories for Tables, o utilizador pode adicionar até quatro outras
directorias onde o MapInfo vai pesquisar por tabelas ou workspaces. As subdirectorias daquelas
indicadas também serão pesquisadas.
A caixa de diálogo Output Preferencies permite ao utilizador definir a configuração dos métodos
de saída do trabalho produzido. Aqui pode escolher qual o método de impressão e de exportação
via imagem bitmap. A modificação destes comandos só se aconselha a utilizadores experientes.
Por último, encontramos a caixa relativa à Printer Preferences na qual o utilizador pode definir a
39
Caminho da directoria.
40
Áreas de trabalho.
41
Joaquim Seixas
sua impressora de trabalho, a dimensão do papel e como ele se apresenta (em portrait ou
landscape41).
Notas/Dicas: Se não for um utilizador experiente de MapInfo, numa primeira fase, mantenha as
configurações definidas por defeito pelo programa alterando apenas as referentes às
unidades métricas.
Num sistema de informação geográfica existem duas formas de organizar os elementos desenhados
relativos aos fenómenos geográficos. Uma, consiste em colocar todos os elementos num único
ficheiro e depois atribuir um código a cada um deles em função das suas características de forma a
criarmos categorias que permitam distingui-los uns dos outros (por exemplo, para aqueles que
representam os rios atribui-se a identificação RH, para os relativos às curvas de nível atribui-se a
CN, e assim sucessivamente). A outra, é a de criar um ficheiro independente para cada tipo de
elementos. Apesar de o utilizador poder optar por qualquer uma destas formas de gestão dos
elementos, aquela que se aconselha42 e para a qual o MapInfo Professional está vocacionado, é esta
última forma.
Mas para o utilizador chegar até ao anteriormente exposto, primeiro tem de saber como criar uma
tabela43 no MapInfo Professional. Muito similar no funcionamento a qualquer outra aplicação para
41
Retrato ou paisagem.
42
Por vários motivos, tais como, maior facilidade de manuseamento, de análise, de segurança, etc..
43
Para se tornar menos confuso, vamos utilizar sempre esta designação – tabela. É que, conforme mais adiante iremos
ver, cada tabela é composta por 4 ficheiros que trabalham em conjunto entre si.
42
MapInfo Professional para Principiantes
ambiente Windows 98x, o utilizador também dispõe dos comandos criar (com duas opções: tabela
ou mapa), abrir ou gravar uma tabela. Esta semelhança na gestão de ficheiros também lhe é dada
pela caixa de diálogo open table, que também permite copiar, colar, mover ou apagar ficheiros
(usual noutros programas). Contudo, e apesar desta aparente universalidade, este software, devido
a características próprias de gestão interna da tabela de trabalho (por causa da ligação entre
ficheiros de dados com ficheiros com unidades gráficas), obriga a pequenos cuidados no
manuseamento das mesmas, como de seguida iremos observar.
O MapInfo Professional cria para cada tabela44 (table) cinco ficheiros de referência: i) o primeiro
ficheiro (com a extensão *.tab) contém a informação que permite a ligação entre os restantes que
compõem a tabela; ii) depois temos os associados ao browser (*.dat); iii) ao mapa (*.map); iv) à
indexação (*.ind) v) e aos endereços entre as unidades gráficas e os dados (*.id). A estes ficheiros
ainda se pode juntar mais um, caso estejamos a utilizar o workspace. Este (*.wor), guarda as
referências relativas àquilo que está a visualizar na área de trabalho a dado momento, assim como,
as referências dos mapas temáticos criados45, as configurações da área de impressão, entre outros.
Por aquele facto (número de ficheiros que cada tabela cria), aconselhamos o utilizador a ordenar o
seu trabalho por subdirectorias. Por exemplo, criar uma directoria principal (C:\mi_pt) onde
guarda todos os trabalhos efectuados em MapInfo. Dentro desta, criar uma subdirectoria para
arquivar todos os workspaces (C.\mi_pt\workspaces), e outra para armazenar uma tabela referente
a um mapa por municípios (C:\mi_pt\municipios), e assim sucessivamente (criar uma subdirectoria
para uma tabela por regiões, etc.).
O MapInfo Professional, para além de abrir ficheiros na forma nativa (*.tab), também autoriza a
abertura directa de ficheiros em outros formatos46, quer oriundos de bases de dados, quer de
folhas de cálculo ou imagens raster, transformando-os, automaticamente47, em tables. Basta fazer
File Open Files of Type e seleccionar o tipo pretendido. Vejamos os admitidos:
dBase (*.dbf);
Microsoft Excel (*.xls);
Lotus 123 (*.wk*);
ASCII delimited (*.txt)
Imagens raster (*.bmp, *.gif, *.pcx, *.tif, *.tga, *.jpg, *.sid, *.ecw,*.url e *.bil)
Imagens grid (*.mig, *.grd)
Microsoft Access (*.mdb)
44
Não se esqueça que o MapInfo considera, no sentido lato, qualquer trabalho como uma table (tabela).
45
Nota importante: se depois de desenvolver um mapa temático não gravar o respectivo workspace, perde aquilo que
esteve a produzir.
46
Via importação são admitidos mais alguns formatos, como iremos observar no ponto seguinte.
47
Em algumas situações, isto não é assim tão linear porque, por vezes, após a conversão, os ficheiros ficam em formato
leitura.
43
Joaquim Seixas
No sentido contrário, gravar em outros formatos, o MapInfo Professional, para além da forma
nativa, só autoriza a utilização das extensões *.dbf (relativa ao dBase) e *.mdb (Microsoft Access).
Apesar da limitação, não é preocupante por ambas serem bastante universais para qualquer base de
dados ou folha de cálculo.
A importância de analisar esta caixa de diálogo prende-se com o facto de esta também
proporcionar a gestão de tabelas que foram abertas na forma map. A importância de uma análise a
esta caixa reside no facto de apresentar comandos que irão ser sempre utilizados ao longo do
constante manuseamento do MapInfo Professional.
A gestão das várias tabelas que estão abertas e residentes na janela48 map é proporcionada a partir
da caixa de diálogo Layer Control que pode ser activada a partir da barra de comandos main ou do
menu map. A partir desta caixa o utilizador dispõe de uma série de comandos que lhe permitem
controlar as várias tabelas (na forma map) disponíveis na janela activa49. Os primeiros quatro
comandos de gestão de camadas (layers) que o utilizador encontra são o visible que permite
visualizar ou não um ou mais ficheiros activos na janela, o editable que permite editar no ficheiro
seleccionado, o selectable que permite seleccionar um ou mais elementos desenhados em um ou
mais ficheiros activos na janela e o automatic labeling que permite colocar etiquetas em todos os
elementos de um ou mais ficheiros activos na janela50. Depois existem os comandos que permitem
48
Nota importante: é preciso ter em atenção que o utilizador pode ter mais que uma janela map aberta na área de
trabalho do MapInfo e para cada uma dessas janelas existe uma caixa própria de controlo de camadas.
49
Esta é outra particularidade do MapInfo Professional. O utilizador deve tê-la em atenção. Os ficheiros podem estar
abertos e não serem visíveis, portanto, estarem residentes na memória do programa, mas não activos na janela em que
o utilizador está a trabalhar. Para tornar esses ficheiros activos nesta janela, o utilizador deve activar o comando add.
50
O modo de inserção das etiquetas pode ser automática ou interactiva (definido pelo utilizador quais os objectos que
44
MapInfo Professional para Principiantes
adicionar ou remover tabelas (aqui referidas como camadas) da janela activa (através dos
comandos add e remove) e modificar o seu posicionamento de visualização (comandos up e
down). Para além destes comandos, o utilizador dispõe de mais quatro de grande utilidade para o
controlo das camadas. São o display, o label, o thematic e o hotlink.
Quando o utilizador activa o comando display surge uma caixa de diálogo que encerra vários
comandos relativos ao modo de visualização das camadas, sendo o mais importante o que permite
visualizar as camadas em função do zoom. Ou seja, o utilizador pode definir um parâmetro entre o
qual a camada é ou não visível51. O comando label permite efectuar configurações nas etiquetas
dos elementos desenhados. É possível, através desta caixa de diálogo definir qual o campo da
camada seleccionada (pode resultar de uma expressão) que vai etiquetar os elementos desenhados,
qual o seu posicionamento face ao elemento, se existe uma linha orientadora ou não, qual o tipo de
letra e sua dimensão, entre outros. O hotlink permite efectuar configurar uma tabela de forma a que
possa activar uma ligação URL ou activar um ficheiro através de um clique no elemento gráfico a
que aquela ligação está associada. Este comando fica activo para uma janela map que contenha
pelo menos uma tabela. O thematic permite activar a caixa de diálogo referente às modificações
dos atributos de um mapa temático52.
Notas/Dicas: Sugerimos, que crie um workspace para cada tabela, pois desta forma quando abrir o
seu trabalho, este surge-lhe tal como o deixou no dia anterior (ex.: posição na tabela de
dados e no mapa, configurações do layout, etc. - é como se tivesse tirado uma
45
Joaquim Seixas
fotografia à sua área de trabalho). Se estiver a trabalhar apenas com as tabelas, tal não
acontece.
Quando importar uma tabela de dados em formato xls ou wk1, vai reparar que o
ficheiro fica em modo leitura. Para resolver este problema, grave a tabela com outro
nome. Vai verificar que nesta última já tem acesso à informação.
Quando estamos a desenvolver um trabalho a partir do ponto zero (File New Table),
deparamo-nos com uma primeira caixa onde nos é questionada a forma como queremos iniciá-lo:
se como uma tabela de dados (browse) ou como um mapa (mapper)53 - aconselhamos a começar
por aqui.
Após realizarmos a nossa escolha54, surge-nos uma nova caixa (comum aos dois caminhos), a qual
tem por função definir a estrutura dos campos55 que pretendemos utilizar neste novo trabalho. Aqui
podemos indicar o nome dos mesmos, qual a estrutura de cada um deles (numérico, alfanumérico,
decimal, virgula flutuante, etc.), a sua dimensão, a projecção do mapa, etc.
Relativamente à projecção do mapa56, quero acrescentar, que normalmente, cada país apresenta
uma projecção própria devido ao datum. Por exemplo, um dos sistemas de coordenadas utilizados
em Portugal foi baseado no Gauss-Hayford, Datum 7357. Em Angola podemos encontrar o Clarke
1880 Datum Camacupa. No entanto, se não conhecer qual o sistema a atribuir escolha o
Non-Earth58 e indique a unidade métrica que considera mais correcta para o seu trabalho.
53
Recordamos que o MapInfo é constituído por uma tabela de dados (browse) e por outra de unidades gráficas
(mapper), daí que nos seja questionado por qual das tabelas queremos começar o nosso trabalho.
54
Existe um terceiro comando, o Add to Current Mapper, que só fica activo se estivermos a criar uma nova tabela com
uma outra residente na memória do software, e tem por objectivo adicionar automaticamente a nova à janela map já
existente.
55
Fields - campos ou colunas de um quadro de dados.
56
A indicação do sistema de projecção tem por principais vantagens: i) facilitar a “colagem” e justaposição de mapas
(incluíndo imagens bitmap); ii) fazer saídas do mesmo mapa à escala que pretende (ex.: 1:10000; 1:25000) sem ter
de realizar qualquer cálculo.
57
Projecção de Gauss, elipsóide de Hayford e Datum de Lisboa.
58
Sistema que o MapInfo atribui por defeito sem coordenadas. Tenha atenção que, ao importar bases cartográficas em
46
MapInfo Professional para Principiantes
Quando temos a estrutura criada59, carregamos no botão create e entramos em nova caixa de
diálogo que tem por finalidade a atribuição do nome do ficheiro, do formato e da directoria em que
o queremos guardar. Finalmente, e consoante o caminho escolhido (tabela ou mapa), surge-nos a
janela referente.
Se seguiu o nosso conselho (iniciar o trabalho a partir do mapper), tem agora quatro vias possíveis
para continuar o seu trabalho:
1. Digitalizar a base cartográfica que necessita usando a mesa digitalizadora. Para além de
precisar de uma mesa digitalizadora, este é o caminho mais laborioso para desenvolver a sua
base cartográfica. Em primeiro, deve configurar o modulo de digitalização (Map Digitizer
Setup). Depois, seleccionar a projecção e o sistema de coordenadas (que não podem ser
alteradas depois de começar a digitalização) e, em seguida atribuir pontos de controlo na base
em papel60 para que o ficheiro fique referenciado às coordenadas do mapa em papel . Em
formato DXF, estas perdem o sistema que tinha sido atribuído no programa original.
59
Não esteja preocupado se não souber qual a estrutura final que pretende, pois pode alterá-la sempre que necessitar,
ou quiser.
60
Consulte o manual do programa onde a explicação do processo vem mais desenvolvida.
47
Joaquim Seixas
2. Digitalizar a base cartográfica sobre uma imagem raster. A diferença do caso anterior, é que
não vai utilizar a mesa digitalizadora. Vai ter uma imagem bitmap (por exemplo, obtida a partir
de um scanner) no seu monitor e, levando o cursor por cima das linhas que pretende desenhar,
vai “clicando” com o rato. Deste modo, vai traçando vectores que, posteriormente e, tal como
na situação anterior, podem ser trabalhados de forma a criar polígonos/regiões62.
3. Importar uma base existente em outro software gráfico. Se tiver desenvolvido uma base
cartográfica em outro software (por exemplo, AutoCad, Arc/Info, etc.), pode importá-la para o
MapInfo, via formato DXF (Table Import) ou rotinas próprias de conversão. No entanto,
possivelmente, vai necessitar de retrabalhar o ficheiro, ao nível da geocodificação (como mais
adiante iremos ver), pois no processo exportação/importação através de alguns formatos, as
informações relativas à tabela de dados podem perder-se.
No entanto, através de conversores apropriados (ver exemplos na primeira parte deste manual),
a importação, relativa a ficheiros de determinados programas, pode dar-se sem qualquer perda
de informação.
61
Significa isto que, as tabelas vão funcionar como “folhas de papel vegetal”. Crie uma para cada conjunto de
elementos com as mesmas características. Este conselho prende-se com o facto de, como vai poder reparar, a cada
unidade gráfica desenhada no mapper, automaticamente é atribuída uma linha no browser.
62
Para a junção de vectores utilize o comando combine.
48
MapInfo Professional para Principiantes
Notas/Dicas: Sugerimos, que inicie o seu trabalho pelo mapper, pois será mais fácil prossegui-lo.
Tome atenção, que por vezes na conversão de ficheiros via DXF, através de certos
programas gráficos, dá-se uma duplicação das unidades gráficas, daí que, depois tenha
de apagar as unidades que estão a mais.
Existem ao dispor do utilizador do MapInfo Professional várias ferramentas que lhe permitem
desenhar linhas rectas, polilinhas, polígonos, arcos, elipsóides, rectângulos e símbolos pontuais, a
que se acrescentam diversos utensílios que facilitam a modificação da estrutura dos elementos que
possam ter sido desenhados. Os comandos disponibilizados são mais que suficientes para o
utilizador desenvolver qualquer base cartográfica, com maior ou menor pormenor, e efectuar
qualquer modificação que achar necessária. Contudo, para iniciar o desenho de um mapa, o
utilizador não deve esquecer alguns aspectos importantes. O primeiro deles é tornar a janela map
editável (Layer control Editable). Depois, se for desenhar um mapa a partir de mesa
digitalizadora, ou de imagem raster, ou de fotografia aérea ou imagem por satélite, não deve
esquecer de atribuir pontos de controlo com o respectivo sistema de coordenadas. E por último,
deve criar uma tabela para cada tipo de elementos a desenhar (por exemplo, uma tabela para a
rede hidrográfica, outra para a rede de estradas, etc.)
Caso o utilizador necessite de uma base cartográfica e esta não exista de uma forma já
pré-concebida em formato digital (disponível em CD-ROM ou um site da internet, gratuita ou
honorificamente) tem de a desenhar de raiz. O primeiro passo é arranjar o mapa que pretende em
papel e, caso tenha mesa digitalizadora64, colocar o mesmo nesta mesa65 e desenhá-la a partir daí.
63
Se não estiver interessado em construir as suas próprias bases cartográficas para o território nacional, o representante
/ revendedor também o informa como as poderá adquirir. Tenha atenção que em alguns países existem organismos
oficiais (em Portugal, visite o site do CNIG/SNIG, onde encontra a base cartográfica de Portugal Continental, por
freguesias) que disponibilizam gratuitamente bases cartográficas.
64
Esta liga através da interface GRASS e suporta os seguintes drivers: VTI Tablet Interface versão 2.10x ou Wintab; e
usa o Puck (espécie de rato) para digitalizar. Para efectuar o setup de digitalização: primeiro deve ligar a mesa, depois
marca os pontos de apoio (map => Digitizer Setup, indica a projecção do mapa, as unidades métricas, depois faz a
inserção de pontos de controlo usando o puck. Para terminar faz ok) É permitida a edição dos pontos coordenados.
Quando está no modo digitizer pode usar o puck e o rato ao mesmo tempo (para ter acesso aos menus).
65
Esta é uma situação de trabalho que não iremos descrever em pormenor, em virtude de, actualmente, ser um
49
Joaquim Seixas
Caso contrário, “rasteriza” o mapa através de um scanner e cria uma imagem bitmap/raster
daquele. Nesta situação, o passo seguinte consiste em abrir o ficheiro resultante desta operação
(File Open Table Type of File Raster Image). Ao efectuar isto, aparece uma caixa de
diálogo que questiona o utilizador se quer apenas visualizar o mapa (display) ou se pretende
também registar na imagem raster as respectivas coordenadas geográficas (register).
Caixa de diálogo que questiona se ao utilizador se pretende registar as coordenadas da imagem raster
Se optar pela segunda situação, surge uma caixa de diálogo onde o utilizador vai marcar pontos em
cima da imagem raster com as respectivas coordenadas dos locais assinalados. No entanto, antes
de começar a marcar pontos, o utilizador deve definir qual a projecção que vai usar66.
Após a definição da projecção, então o utilizador, através da caixa de diálogo add control points
vai inserindo as coordenadas XY de cada ponto marcado na imagem raster.
50
MapInfo Professional para Principiantes
Contudo, para uma correcta operação de coordenação de um mapa (seja em imagem raster, seja
em mesa digitalizadora), o utilizador deve ter sempre em atenção os seguintes aspectos: a) verificar
sempre a projecção do mapa em papel que pretende vectorizar; b) nunca esquecer de converter os
valores das coordenadas que está a introduzir do formato67 graus, minutos e segundos para graus
decimais68 em projecções que não utilizam o sistema métrico; e c) ter em atenção à metodologia de
atribuição de coordenadas que se baseiam na projecção latitude-longitude, em MapInfo
Professional.
Ou seja, este programa, por maior facilidade de programação interna, transforma as coordenadas
geográficas (latitude, longitude) em quadrantes matemáticos, onde o eixo do x equivale ao
Equador e o eixo do y ao Meridiano de Greenwich. Portanto, nesta situação, as coordenadas x
correspondem aos valores da longitude e as coordenadas y aos da latitude. Para além disto, o
utilizador em vez de introduzir as referências aos pontos cardeais (Norte, Sul, Este, Oeste) entra
com sinais positivos e negativos, conforme o quadrante onde se localiza o conteúdo de mapa a
coordenar69.
67
Tenha atenção à projecção que está a utilizar, porque algumas delas utilizam unidades métricas. É o caso da
projecção de Clarke 1880.
68
Existe um pequeno programa em MapBasic que permite efectuar a conversão das coordenadas. Basta ir ao menu
Tools e seleccionar a rotina Converter.
69
Por exemplo, para a Alemanha, o x é positivo e o y positivo. Para Portugal, o x é negativo e o y positivo. Para o
Brasil, o x é negativo e o y negativo. E para Angola, o x é positivo e o y negativo.
70
O utilizador também pode trabalhar com imagens SPOT (satélite) no MapInfo. No entanto, devido a estas imagens
serem compostas por vários ficheiros, a forma de importação e registo é relativamente complexa. Para um maior
desenvolvimento deve consultar o manual que acompanha o programa.
51
Joaquim Seixas
Uma dessas particularidades consiste na conjugação das teclas Shift e Ctrl73 com alguns dos
comandos de desenho. Vejamos então:
71
Nota importante: não esqueça de ir ao layer control e seleccionar o modo editable da camada onde pretende
desenhar.
72
É evidente que, consoante as características do símbolo (ponto, linha ou polígono) existem diferentes técnicas para o
desenhar, mas facilmente são apreendidas pelo utilizador.
73
Estas teclas também podem ser usadas ao mesmo tempo.
52
MapInfo Professional para Principiantes
Outras duas particularidades a realçar são os comandos snap to node e autotrace. Estes dois
comandos podem ser usados quando o utilizador está a desenhar polígonos ou polilinhas e para os
activar basta carregar na tecla S (na barra de estado verificar se aparece a palavra snap).
O comando autotrace (que só funciona se o snap to node estiver activo) permite contornar
automaticamente polígonos ou polilinhas, quer pelo lado mais longo do elemento (associando a
tecla Ctrl), quer pelo lado mais curto (associando a tecla Shift)75.
53
Joaquim Seixas
Layer. Para isso, basta tornar esta camada activa. Os elementos que aqui possam ser desenhados
não têm correspondência no browse e quando se fecha a tabela, os elementos ali desenhados
perdem-se, caso o utilizador não faça uma destas duas coisas: a) gravar um workspace ou, b)
gravar os elementos numa tabela definida pelo utilizador (Map Save Cosmetic Objects).
Para além das ferramentas de desenho, propriamente ditas, o MapInfo Professional dispõe de uma
série de outros utensílios complementares que permitem ao utilizador modificar os elementos já
desenhados ou criar novos a partir dos existentes. A grande maioria destes comandos encontra-se
no menu objects, excluindo-se apenas os comandos reshape (no menu edit e na barra drawing) e
add node (na barra drawing).
Antes da explicação do modo de funcionamento dos comandos que se seguem, o utilizador deve
estar advertido para o facto que em alguns deles, surge-lhe a caixa de diálogo data disaggregation
ou a data aggregation, conforme esteja a decompor ou a agrupar objectos. Através destas caixas, o
utilizador pode controlar o método como a informação associada ao objecto que vai ser sujeito a
uma daquelas operações, irá ser tratada. Relativamente ao método, existem opções, tais como,
deixar o campo em branco, com o valor (existente ou atribuído pelo utilizador, no caso da
agregação), entre outras.
76
Só está activo quando a camada está no modo editable e o elemento seleccionado.
77
Este comando não funciona nos símbolos pontuais e nas elipses e rectângulos, só após termos transformado estes
objectos em regiões ou polígonos.
78
Selecciona os nós do troço que pretende separar, copia (edit copy) e cola (edit past). Depois, apaga o que não
interessa.
79
Ou seja, deve indicar ao MapInfo que determinado(s) objecto(s) vai(ão) ser sujeito(s) a determinada operação
definida pelo utilizador.
54
MapInfo Professional para Principiantes
O comando split permite ao utilizador dividir o(s) objecto(s) alvo em duas partes em função de um
outro objecto. Para isso, deve seleccionar o objecto a separar e indicar que vai ser o alvo da
operação (Objects Set Target). Depois deve sobrepor a este o elemento que o irá separar em
dois, em seguida é só activar o comando split. Também pode usar este comando para quebrar uma
polilinha em duas. Para tal, basta desenhar um polígono sobre uma das partes a separar, activar o
comando target sobre a polilinha, seleccionar o polígono e activar o split. O resultado obtido será
duas polilinhas.
O comando “split”
Os comandos erase e erase outside permitem ao utilizador apagar parte(s) do(s) objecto(s) alvo(s).
Com o primeiro comando, o utilizador apaga a(s) parcela(s) do(s) objecto(s) alvo que
intercepta(m) o objecto seleccionado, ou seja aquilo que fica no interior deste. O corte é efectuado
pelo seu limite e é perfeito. Com o segundo (o erase outside), o utilizador apaga do(s) objecto(s)
alvo o que está fora da área de sobreposição com o seleccionado. Ou seja, este comando é o
inverso do anterior.
55
Joaquim Seixas
O comando “erase”
O objectivo do comando overlay nodes é o de criar nós nos pontos de intersecção do(s) objecto(s)
alvo com o objecto que o(s) intersecta. Este comando é muito útil para quando o utilizador está a
desenhar estradas que cruzam outras já desenhadas. Se forem gerados nós nos pontos de
intersecção, depois é possível procurar e encontrar estes nós.
56
MapInfo Professional para Principiantes
O comando “combine”
O comando combine permite unir dois ou mais objectos seleccionados. O novo objecto representa
uma nova unidade geográfica que resulta da fusão dos objectos originais. Se estes forem
adjacentes, com a aplicação do comando, a linha de fronteira entre as regiões desaparece. O
utilizador também pode combinar objectos que não sejam contíguos entre si.
O comando buffer possibilita ao utilizador demarcar uma área de protecção em torno do(s)
objecto(s) seleccionado(s). Quando o comando é accionado, surge uma caixa de diálogo onde é
possível controlar a dimensão da área de protecção80, as unidades métricas da mesma, o
adoçamento (da angulosidade do objecto a criar) e se o programa cria uma área única (coalescente)
para todos os objectos ou uma para cada objecto seleccionado. Este comando funciona em
qualquer tipo de objecto (símbolos, linhas, polilinhas, polígonos, elipses e rectângulos).
O comando “buffer”
80
Pode ser por um valor introduzido pelo utilizador, por valores que se encontrem num campo de uma tabela de dados
ou que resulte de uma expressão.
57
Joaquim Seixas
O comando enclose permite construir automaticamente uma região (shape) a partir de um espaço
fechado formado por polilinhas que se interceptam entre si. Para a construir, o utilizador deve
seleccionar as que constituam fronteira do elemento a criar e depois activar o comando.
O comando “enclose”
81
Este é formado a partir dos nós de todos os objectos seleccionados.
58
MapInfo Professional para Principiantes
objectivos (por exemplo, em curvas de nível), é necessário que essa angulosidade desapareça.
Nesta situação o utilizador deve aplicar o comando smooth. Quando quiser voltar à condição
original, activa o unsmooth.
Faltam ainda abordar três comandos. São eles o checking regions, o convert to regions e o convert
to polyline. Com o primeiro comando o utilizador pode verificar regiões82, no sentido de encontrar
intersecções /sobreposições entre elas que possam originar incorrecções nos resultados de algumas
operações83. Os outros dois comandos permitem modificar as características dos objectos
seleccionados (transformar uma polilinha em região e vice-versa).
Notas/Dicas: Se estiver a desenhar por cima de imagem raster, é muito importante manter o
mesmo zoom ou aproximado, pois se o utilizador efectuar grandes variações de
ampliação corre o risco de alguns objectos desenhados apresentarem algumas
distorções face ao raster, o que obrigará a uma correcção final.
Quando estiver a traçar linhas, não esqueça que para alguns dos tipos pode activar o
comando interleaved (ver caixa de diálogo “line styles”).
O utilizador pode criar os seus próprios símbolos e usá-los no MapInfo (ver como fazê-
lo em create a custom symbol na ajuda do programa).
82
Este comando apenas funciona em regiões / shapes.
83
Por exemplo, no cálculo das áreas das regiões. Alguns dos problemas mais comuns são: segmentos de recta dentro
de uma região cruzando-se entre si; e, nós de um polígono no interior de outro polígono
84
Neste processo, o MapInfo Professional vai atribuir à respectiva linha da tabela de dados, as coordenadas XY
relativas ao centróide da respectiva unidade gráfica existente no mapper.
59
Joaquim Seixas
60
MapInfo Professional para Principiantes
2. Atribuir endereços no mapa (mapper). Quando o utilizador concebeu a sua base cartográfica
(quer através da digitalização, quer através da importação de um ficheiro gráfico), deve ter
notado que a cada objecto (linha, polígono, região), era automaticamente atribuída uma linha
na tabela com correspondência directa (com um zero, no caso da digitalização; com um
número de ordem, no caso da importação). Assim, e após a conclusão do trabalho de
desenvolvimento da base, deve criar os endereços relativos às várias unidades gráficas a
considerar. Por exemplo, numa base por concelhos para Portugal, deve considerar os seguintes
campos: o ID (referente ao endereço a atribuir - aconselhamos a utilizar um numérico), o
CONCELHOS (onde coloca o nome dos concelhos), o DISTRITOS (para indicar qual o
distrito onde se integra o concelho), o NUTE III (para referir a NUTE III a que pertence o
concelho). Depois, utilizando a caixa info tool, clique em cima das unidades gráficas, e na
caixa escreva a informação respectiva (endereço, nome do concelho, etc.).
3. Atribuir endereços no quadro de dados (Browser). Para uma situação similar, dispor de um
quadro de dados (por exemplo, numa folha de cálculo), por concelhos para Portugal, o
utilizador vai adicionar uma coluna (para melhor identificação designe-a também de ID) e aqui
atribui o mesmo endereço ao mesmo concelho, que utilizou na coluna ID do passo anterior.
Pode ligar a uma tabela MapInfo uma outra criada em outro formato (ex.: xls, wk1 ou dbf),
desde que estas cumpram determinados requisitos. Em primeiro lugar, estas tabelas de dados
devem ter nas colunas as variáveis que pretendemos analisar sendo a primeira preenchida com
o endereço atribuído a cada unidade territorial (ver atribuir endereços no mapa). Nas linhas,
devem estar as unidades territoriais em análise. Na importação de tabelas em formato dbf, o
MapInfo reconhece automaticamente o cabeçalho das colunas e as mesmas ficam editáveis, nos
61
Joaquim Seixas
formatos wk1 e xls, o mesmo não acontece. Usando um destes formatos, tem de proceder do
seguinte modo: seleccione Open Table Files of Type xls (por exemplo), na caixa
Information Named Range Other Range, mude a área da folha de cálculo para a
segunda linha85 (ex.: A1:D24 para A2:D24) e active o comando Use Row Above Selected
Range for Column Titles. Desta forma, a importação faz-se de uma forma correcta. Contudo,
se pretender editar esta tabela, tem de fazer uma cópia usando o comando Save Copy As.
Vai reparar que a tabela de dados vai criar uma janela map na qual coloca um símbolo (definido
pelo utilizador) por cada linha (record) geocodificada. Este símbolo localiza-se no centróide do
85
Este procedimento é muito importante pelo facto de permitir a importação correcta da folha de cálculo, caso
contrário, esta será importada de forma incorrecta, não reconhecendo os cabeçalhos e os formatos das colunas.
86
Também pode recorrer à geocodificação interactiva, mas é um processo mais complexo.
87
Nota importante: se em alguma das tabelas, não existir, pelo menos um campo indexado (ver na caixa de diálogo
relativa à manutenção das tabelas), este comando não fica activo.
62
MapInfo Professional para Principiantes
respectivo objecto que se encontra na tabela com a base cartográfica. Esta é uma das formas para
se certificar que o processo correu bem. Também vai verificar que, se abrir apenas a tabela de
dados (agora em formato *.tab) e activar o mapper, surgir-lhe-á apenas a respectiva nuvem de
símbolos (sem a base que lhe deu origem, para tal tem de abrir o ficheiro onde esta se encontra), e
que aqueles podem ser sujeitos ao comando create thematic map, como mais adiante poderemos
observar.
Ainda como reparo, na tabela a geocodificar (e que, normalmente, contem os dados estatísticos), as
linhas (referentes às unidades territoriais) não precisam de estar pela mesma ordem que na tabela
com a base cartográfica, nem é essencial existir uma linha para cada objecto. É apenas necessário
que os endereços sejam iguais e correspondam ao mesmo. O programa, quando faz a
geocodificação encarrega-se de procurar e ligar a linha certa da tabela de dados ao respectivo
objecto. Portanto, desde que os endereços atribuídos nas duas tabelas estejam correctos, o
programa dispõe de um mecanismo interno que relaciona na perfeição as linhas entre as duas
tabelas, independentemente, da sua posição ou do seu número.
63
Joaquim Seixas
Ao atingir este ponto, o utilizador acabou de encerrar o ciclo mais laborioso no MapInfo
Professional. Desenvolveu a(s) base(s) cartográfica(s); criou, um ou mais, quadros com
informação estatística; endereçou e geocodificou este(s) quadro(s), agora pode começar a tirar
proveito destes alicerces. A partir deste momento pode iniciar a gestão da base de dados e a
elaborar a cartografia temática com que pretende ilustrar os mais diversos trabalhos.
Notas/Dicas: Tome atenção que, para o processo de geocodificação, tem de ter sempre uma coluna
comum de endereços, entre as várias tabelas. Para tal, aconselhamos a utilizar códigos
numéricos, pois os alfanuméricos podem vir a apresentar problemas ao nível de
caracteres acentuados (por exemplo, se mudar o ficheiro para outro computador cuja
tabela de caracteres seja diferente, os endereços com letras acentuadas são
automaticamente alterados88). Para além disso, não se esqueça que para puder activar o
comando geocode, em ambas as tabelas, necessita de ter pelo menos um campo
(coluna) indexado.
Uma das capacidades do software SIG é a de dispor de ferramentas que permitem gerir, tratar e
manipular bases de dados. O MapInfo Professional não foge à regra.
Como vai observar, a forma de tratamento da informação é similar a qualquer outra base de dados
existente no mercado, daí que não nos detenhamos muito neste ponto, e apenas iremos mostrar
onde procurar os comandos e como fazer a gestão dos dados.
A primeira condição a não esquecer é que, o MapInfo Professional, reconhece nas linhas as
unidades territoriais (ex.: freguesias, concelhos, etc.) e nas colunas as variáveis a considerar (ex.:
população residente em 1970, 1981, 1991, etc.), portanto, é desta forma que deve construir as
tabelas.
A segunda é que, sempre que efectuar uma manipulação dos dados, vão-se automaticamente
criando tabelas temporárias com o nome query1, query2, e assim sucessivamente. Para lhe dar o
carácter de permanente faça File Save query as ou File Save copy as, desta forma, fica com
uma tabela gravada no seu disco rígido referente ao tratamento pretendido.
Na terceira ordem, vai verificar com a utilização, que pode criar subqueries relativas a selecções.
Por exemplo, quer no browser, quer no mapper, pode seleccionar uma série de elementos e mandar
88
Os vários ambientes de trabalho, DOS, Windows, etc., trabalham com tabelas de caracteres para que na relação
software / hardware permita ao utilizador acentuar uma letra através do teclado, vê-la no monitor e obter a
correspondência na impressora. Existem tabelas muito aproximadas, por exemplo a 850 (latin) e a 861 (portuguese),
mas que podem criar pequenas incompatibilidades e, por este facto, invalidar a coluna de endereços.
64
MapInfo Professional para Principiantes
criar um subficheiro. Depois, pode realizar cálculos ou mapas temáticos, na selecção que
desenvolveu.
Em seguida, o utilizador pode observar que, sempre que necessitar pode mudar a estrutura da
tabela de dados (browser). Para tal, abre a respectiva caixa de diálogo
(Table Maintenance Table Structure), e aqui pode: adicionar/remover campos;
posicioná-los na tabela (up e down); indicar o nome do campo, qual a sua estrutura (character –
texto, integer – número inteiro, small integer – pequeno inteiro, float – virgula flutuante, decimal –
número decimal, date – data e logical –valor lógico – verdade, falso) e a dimensão dos campos; se
a tabela está ligada ao mapper89, entre outros.
Para além deste, existem outros comandos relativos à manutenção das tabelas que deve considerar
como importantes. São eles: o apagar, renomear e compactar a tabela. Como já observou
anteriormente, uma tabela é composta por quatro ficheiros. Se usar o gestor de ficheiros do
Windows para apagar ou atribuir um novo nome a uma tabela pode esquecer-se de algum deles,
através dos comandos existentes nesta caixa de diálogo, isso não acontece. O último comando
mencionado, permite limpar definitivamente as linhas que foram apagadas, mas que se mantêm
residentes na memória da tabela.
89
Nota importante: se dispuser de objectos desenhados no mapper e desligar este comando, perderá todos os
elementos que aí se encontrem e não será possível recuperá-los.
65
Joaquim Seixas
Através do comando update column pode juntar colunas de uma tabela a outra. Para tal, active a
respectiva caixa de diálogo (Table Update Column) e indique qual a tabela a actualizar,
seleccione aquela onde vai buscar a informação e qual o nome da coluna que vai adicionar. Depois,
“clique” no botão join e assinale quais as colunas das duas tabelas que dispõem dos endereços que
vão permitir encaminhar os dados para lugares certos, e faça ok.
Com o comando append rows to table o utilizador pode juntar linhas de uma tabela a outra tabela.
Contudo, para que o comando funcione na perfeição, aquele deve ter em atenção: a) se o conteúdo
dos campos é o mesmo entre as tabelas, b) se se encontram pela mesma ordem, c) e se o número de
campos é o mesmo.
A partir do comando create points o utilizador pode criar um mapa de pontos usando os campos de
uma tabela que contenham informação relativa à latitude e longitude. Para tal basta abrir a tabela
com os referidos campos, activar o comando create points e indicar qual o tipo de símbolo a usar
(para assinalar cada ponto) e quais dos campos corresponde às coordenadas X e Y. O utilizador
não deve esquecer de indicar qual a projecção das coordenadas e usar os multiplicadores 1 ou –1
em função do quadrante90 em que se localiza o fenómeno a representar.
*
* *
90
ver explicação em IV.4.1 – Atribuição de coordenadas geográficas.
66
MapInfo Professional para Principiantes
Através do comando pick fields que se encontra no menu browse o utilizador pode desenvolver
uma gestão das tabelas de forma virtual. Ou seja, quaisquer alterações provocadas na janela
browse apenas têm efeito na sua visualização. Pode decidir quais os campos a visualizar, mudar a
sua ordem, mudar o seu conteúdo (em edit browser column), sem que nada disto afecte de forma
real a informação disponível na tabela. Portanto, este comando proporciona ao utilizador uma
outra forma de gestão – a virtual.
Outra das capacidades do software SIG é a de colocar ao dispor do utilizador ferramentas que lhe
permitem construir questionários sobre a informação estatística disponível nas tabelas, cujo
resultado é apresentado de forma espacializada (através de um mapa). Aquelas (ferramentas)
podem ser mais ou menos complexas, mas não deixam de ser a alma ou a essência de um sistema
deste tipo. Portanto, as capacidades por elas oferecidas criam uma enorme interactividade entre o
utilizador e a informação estatística. Estas ferramentas, são comandos de linguagem SQL91 e que
no MapInfo estão apresentadas de uma forma que, o utilizador não precisa de dominar aquela
linguagem de programação para conseguir obter resultados. Contudo, para uma utilização mais
avançada, aconselhamos a que frequente um bom curso sobre SQL.
Os dois tipos de questionários que são permitidos ao utilizador do MapInfo Professional são o find
(procurar) e o select (seleccionar). Através do primeiro, é possível procurar e encontrar elementos
numa série estatística e do segundo seleccionar elementos resultantes de uma expressão construída
pelo utilizador.
91
Structured Query Language e consiste numa linguagem relacional standard para bases de dados e foi criada em
1981.
67
Joaquim Seixas
Para encontrar um elemento numa série, o utilizador deve activar o comando find disponível no
menu query, indicar a tabela e a coluna onde pesquisar o elemento e a forma do símbolo que o vai
assinalar. Em seguida escreve o nome do elemento (no exemplo, foi mandado encontrar o
concelho de Lisboa, mas também pode procurar números). Manda accionar a pesquisa, e se
reparar, no mapa surge o concelho com o símbolo que escolheu, e na tabela, o quadrado do lado
esquerdo da linha em causa vai mudar de cor.
O comando select (Query Select), voltamos a frisar, consiste num dos mais importantes que nos
é disponibilizado pelo MapInfo. Através dele pudemos seleccionar os elementos (quer no browser,
quer no mapper) relativos ao resultado de uma condição. Por exemplo, se pretendermos saber
quais os munícipios com mais de 10 000 ou 25 000 habitantes em 1991, ou os que apresentavam
entre 6 a 10 veículos por 10 000 habitantes em 1970, basta accionar este comando e indicar a
condição.
Para conceber uma expressão, na caixa de diálogo select o utilizador carrega em assist, então
surgirá a caixa expression. Do lado direito desta, dispõe de três barras, a columns (relativa às
colunas da tabela seleccionada), a operators (inclui operadores matemáticos de vários níveis -
adição, subtracção, multiplicação, divisão, igual a, maior que, etc.; operadores sequenciais,
operadores de comparação, operadores geográficos, operadores lógicos) e a functions (com funções
matemáticas - valor máximo, mínimo, absoluto, coseno, etc.). A partir destas barras, pode então
construir a expressão que pretende (ex.: popres_91 > 10000). Accionando o botão verify,
68
MapInfo Professional para Principiantes
O utilizador pode efectuar modos de selecção mais complexos através do comando de selecção
SQL. O aumento da complexidade face ao comando anterior reside no facto de através dele ser
possível efectuar questionários entre duas ou mais tabelas92. O princípio de funcionamento é
semelhante ao anterior.
Para elaborar um mapa temático, o utilizador deve ter a janela referente ao mapa activa e em
seguida accionar a caixa de diálogo referente à criação de um mapa temático (Map Create
Thematic Map). Todo o processo se desenvolve em três passos básicos. Vejamos como:
92
Para seleccionar mais de uma tabela separe-as com uma vírgula. Para seleccionar todos campos utilize o asterisco.
Para seleccionar vários campos separe-os com uma vírgula.
93
Formas de implantação básica em Cartografia, formalmente apresentadas por Bertin.
69
Joaquim Seixas
⇒ Primeiro passo. Ao activar o comando específico, o utilizador depara-se com uma primeira
caixa de diálogo, a qual tem por função proporcionar a escolha do modo como pretende
representar a variável em análise. São colocados ao dispor seis formas diferentes de construção
de mapas: i) manchas (ranges), ii) gráfico de barras (bar charts), iii) sectogramas (pie
charts), iv) tamanho (graduate), v) textura (dot density), vi) forma (individual) e vii) grelha94
(grid). Deve escolher o tipo que considera melhor para representar a sua variável95.
⇒ Segundo passo. A fase seguinte à selecção do tipo de mapa, refere-se à escolha da coluna
(field) a representar e qual a tabela (table) onde ela se encontra. Tal como em ponto anterior
(manutenção da tabela de dados), pode também criar uma expressão matemática em vez de usar
uma coluna preexistente. Para isso, basta que no field opte por expression. Ao fazer isto, surgirá
uma caixa de diálogo igual à que pôde observar no comando seleccionar (select) e, aqui criar a
fórmula que pretende representar. A última opção, ignore zeroes or blanks96, refere-se ao facto
se pretende que as linhas com o valor zero sejam ou não representadas no mapa.
94
Esta é a única forma de mapa que posteriormente permite construir um mapa a 3 dimensões.
95
Não cabe aqui discutir qual a melhor forma de representação gráfica em função da natureza da variável.
96
Ignorar linhas em branco ou com zeros inscritos.
70
MapInfo Professional para Principiantes
Se tiver duas tabelas geocodificadas entre si, por exemplo, a Portugal1.tab, apenas com o
mapa, e a Portugal2.tab com os dados estatísticos deve proceder do seguinte modo: no table
(ver figura) coloque portugal1.tab (é onde se encontra a base cartográfica) e no field escolha
join. Ao fazer isto, aparecerá automaticamente a caixa de diálogo Update Column for Thematic,
na qual vai poder escolher a coluna ou a expressão98 a ilustrar em forma de mapa.
⇒ Terceiro passo. Na última fase para a criação de um mapa temático, o utilizador vai deparar
com uma caixa de diálogo cujo elemento dominante consiste na pré-visualização da legenda do
mapa definido de forma automática pelo programa. No entanto, vai notar que existem três
opções que permitem alterar a construção proposta do mapa. Assim temos:
i) A divisão em classes (ranges), consiste na caixa de diálogo que lhe permite configurar a
forma de divisão em classes de uma variável. Pode escolher qual o método, sendo
proporcionados os seguintes métodos de divisão99: número igual de efectivos em casa classe
97
Esta caixa tem por função seleccionar entre as duas tabelas quais as colunas onde se encontram os endereços que
permitem juntar a informação a cartografar.
98
O processo é igual à situação anterior.
99
Ver I Parte deste manual. Para maior aprofundamento deve consultar bibliografia adequada, no sentido de perceber
o significado da utilização dos diferentes métodos.
71
Joaquim Seixas
(equal count), classes iguais ou equidistantes (equal ranges), quebras naturais100 (natural
break), média e desvio-padrão (standard deviation), quantis (quantile) e a personalizada pelo
utilizador (custom). Para além do anterior, nesta caixa também lhe é permitido definir o
número de classes que pretende e o arredondamento dos limites das mesmas.
ii) A definição de cores e tramas (styles). A partir desta caixa pode especificar se pretende uma
representação da variável a cores ou a preto e branco. Se optar pelas cores, pode escolher entre
duas tabelas - RGB e HSV - e definir as gradações (tem as opções automático e manual), se
for para o preto e branco tem uma diversidade de tramas que lhe proporcionam o efeito final
desejado. Este programa permite usar uma solução mista (tramas com cor).
iii) A configuração da legenda (legend). A partir da caixa que este botão lhe proporciona,
consegue: atribuir o título e subtítulo à legenda, rescrever as etiquetas das classes, mudar o
tipo e dimensão das letras a usar, e pode ainda, definir se pretende mostrar/ocultar, quer o
contador de efectivos em cada classe, quer a legenda no respectivo layer.
Finalmente, e após ter efectuado todas as configurações necessárias, clique em ok e obterá o mapa
temático relativo à variável que pretende visualizar de forma espacializada. No entanto, por vezes,
o resultado não vem ao encontro do que pretende e necessita de alterar o limite ou a cor de uma
classe (por exemplo, não sai bem na impressão). Para efectuar qualquer modificação ao mapa que
construiu, basta fazer Map Modify Thematic Map ou dar dois cliques em cima da legenda.
100
Em Portugal é correctamente designada por divisão gráfica, devido à utilização de um diagrama de dispersão para
identificar os agrupamentos.
101
O acesso aos comandos desta caixa varia conforme o tipo de mapa escolhido pelo utilizador.
72
MapInfo Professional para Principiantes
Notas/Dicas: Não esqueça que, na situação em que está a usar duas tabelas, os símbolos que
identificam as unidades gráficas geocodificadas, podem ser sujeitos a este processo
(create thematic map).
Se já tiver um mapa temático feito, mas apercebeu-se que o valor de uma unidade
gráfica está errado, basta ir à tabela de dados e corrigi-lo pois, o rearranjo no mapa é
automático.
Ao longo da evolução do contacto com o MapInfo Professional, o utilizador irá
verificar que este lhe proporciona a possibilidade de representar ao mesmo tempo, mais
de uma variável, por exemplo, a população residente em 1991 (em mancha), e
sobreposta, a população em lugares com mais de 10 000 habitantes (em forma
pontual)102. Contudo, não se esqueça das limitações do olho humano para ler, quer uma
enorme quantidade de variáveis representadas simultaneamente, quer uma grande
diversidade de repartição em classes da mesma variável. Fica esta advertência, para
que no futuro, não sofra críticas negativas ao trabalho produzido.
102
Esta possibilidade que o MapInfo Professional oferece deve ser usada com muito cuidado. Tenha atenção às
limitações do olho humano.
103
Ou modelo digital de terreno (MDT), na terminologia anglófona digital model terrain (DMT).
73
Joaquim Seixas
Com a janela 3DMap fica disponível o menu correspondente que encerra em si vários comandos
que permitem gerir a imagem. Através destes é possível refrescar / redesenhar a janela, cloná-la,
104
Nota importante: se estiver a produzir um mapa com a modelização de um terreno, não pode usar o desenho das
linhas das curvas de nível porque o programa vai construir a triangulação a partir do centróide das linhas que
representam aquelas curvas. Para produzir um trabalho com qualidade tem de usar vários pontos que simulem a
referida curva.
74
MapInfo Professional para Principiantes
colocar uma grelha por cima do mapa, assim como aceder a comandos que permitem modificar a
iluminação, o aspecto e os ângulos de visualização da imagem que foram definidos aquando do
desenvolvimento do mapa 3D.
O utilizador pode visualizar mais que uma tabela em formato tridimensional, desde que uma delas
corresponda a um mapa temático de grelha (grid). Por exemplo, pode desenvolver este tipo de
mapa a partir de uma tabela com os pontos cotados, depois acentar em cima desta outras tabelas
referentes, por exemplo, à rede hidrográfica, à rede de estradas, etc.. Depois é só activar o
comando para criar o mapa a 3 dimensões e observar a simulação com a composição das várias
tabelas.
A possibilidade da construção de uma legenda relativa aos objectos desenhados na janela map
consiste noutras das principais novidades que esta versão do MapInfo Professional passou a
proporcionar aos seus utilizadores. Portanto, passou a ser possível, construir de forma automática e
controlada pelo utilizador, uma legenda referente a todos os objectos desenhados.
Para activar o comando para construir uma legenda o utilizador deve fazer Map Create Legend
e ficará perante uma primeira caixa de diálogo, na qual escolhe quais as camadas a extraírem
Tenha atenção que esta legenda é diferente daquela que é proporcionada através do comando create thematic map.
105
São independentes.
75
Joaquim Seixas
informação para construir a legenda. Clicando em next surgirá outra caixa relativa à definição das
propriedades da legenda (indicação do título da janela, escolha do tipo e dimensão de letras, se
existe ou não caixa em torno dos símbolos, etc.). Avançando, encontrará uma última caixa
referente à atribuição de títulos e subtítulos, à indicação da localização (coluna ou campo) da
designação dos símbolos da legenda e o número de símbolos a construir106 na legenda.
Esta legenda é independente daquela que se desenvolve quando o utilizador constrói um mapa
temático, no entanto, o utilizador pode juntar as duas na mesma janela legend.
Notas/Dicas: Quando está a desenvolver uma legenda, é sempre possível obviar todos os passos a
dar. Para isso, basta, a qualquer momento, clicar em finish e surgirá uma janela com a
legenda.
106
Unique map styles ou unique values in column.
76
MapInfo Professional para Principiantes
Com o desenvolvimento do gráfico e respectiva janela, surgirá o menu graph que encerra em si
todos os comandos possíveis para que o utilizador possa efectuar todas as modificações que achar
necessárias para melhorar o resultado final. Os mais importantes são o titles e o general options.
Neste módulo graph redimensionado é agora possível construir gráficos a 3 dimensões. Para
controlar o tridimensionalidade da visualização do gráfico, foi concebida a caixa de diálogo
choose a viewing angle, na qual o utilizador pode modificar o ângulo e o eixo de rotação do
gráfico, entre outras opções.
108
Fields from table =» fields for graph.
109
Label with column.
77
Joaquim Seixas
O utilizador já pôde observar as potencialidades deste módulo, no entanto, ainda não foi
desvendada a principal particularidade que o distingue dos outros (programas) na elaboração de
78
MapInfo Professional para Principiantes
um diagrama. Esta reside no facto de permitir construir um gráfico a partir de uma determinada
área seleccionada num mapa. Para melhor explicar o anterior, o utilizador pode seleccionar uma
série de objectos e desenvolver um gráfico a partir desta selecção. Também é possível fazer o
mesmo a partir de linhas seleccionadas no browse.
O MapInfo Professional permite imprimir o seu trabalho em qualquer tipo de impressora (jacto de
tinta ou laser) ou plotter (canetas ou jacto de tinta), desde que aquela seja reconhecida pelo
Windows 98x (contudo, por questão de segurança, verifique as configurações da impressora, para
tal faça: File Page Setup). A este nível porta-se como os restantes programas para este sistema
operativo, no entanto, apresenta uma rotina de impressão própria110.
O programa em causa facilita-lhe dois modos de impressão: a rápida (basta activar uma das
janelas - por exemplo, a browser, a map ou a graph -, e clicar no botão print da barra standard) e a
personalizada (que irá ser aqui dissecada). Contudo, antes de avançar mais, quero chamar
atenção para uma particularidade que o programa apresenta a este nível: em qualquer um dos
modos, aquilo que vai obter no papel refere-se apenas ao que está a visualizar na janela a
imprimir111.
A primeira situação, impressão rápida, apenas deve ser usada para obter um draft de controlo do
trabalho em causa. Através deste processo só pode gerir as configurações da impressora (ex.: modo
económico, normal ou perfeito) e da janela map (File Print Options). Não pode atribuir um
110
O output em papel sempre se mostrou complicado em programas SIG. É normal existirem subprogramas para
gerirem a impressão dos mapas.
111
Excepção feita à janela layout, mas esta tem características próprias. Imprime o que está a observar na folha virtual.
79
Joaquim Seixas
título ao mapa ou colocar a legenda, entre outros. Devido à simplicidade deste processo e às
limitações apresentadas, não o vamos aqui discutir.
Para activar a impressão personalizada clique no botão new layout (ou Window New Layout
Window) e surgirá a caixa de diálogo respectiva. Esta coloca três opções ao dispor do utilizador:
uma frame (caixa) para uma das janelas (e pode escolher o que pretende ver nessa caixa), frames
para todas as janelas activas e nenhuma frame. Numa fase inicial aconselhamos a primeira opção.
Seguidamente, despontará a janela de impressão (layout). Por exemplo, se optou pela impressão de
um mapa, vai dispor de uma frame com o mesmo112, e outra com a respectiva legenda (só para os
mapas temáticos). Se levar o cursor até uma das frames e clicar sobre ela verificará que a
seleccionou. Pode então, e usando o rato, movê-la para outro local ou redimensioná-la, isto se
“agarrar” um dos limites daquela.
Volto a recordar a particularidade de impressão do MapInfo. O que está a observar na janela activa é o que vai
112
aparecer no papel. O utilizador pode jogar com isto. Se tiver um mapa para todo o país com a taxa de variação da
população residente entre 1981 e 1991, pode reproduzi-lo por trechos. Veja a imagem ilustrativa, embora aqui a
divisão administrativa seja o município.
80
MapInfo Professional para Principiantes
Se o utilizador pretender colocar uma nova frame, por exemplo, referente a um gráfico, pode
fazê-lo, bastando para tal, seleccionar o comando insert frame na barra drawing, desenhar a área e
indicar nas opções que será um gráfico (e qual) a preenchê-la. Para apagar alguma frame que esteja
em excesso é só seleccioná-la e carregar na tecla delete. Se dispuser de várias frames nesta janela e
se se encontrarem desalinhadas entre si, pode organizá-las, ao activar o comando Layout Align
Objects.
Tal como na janela map, pode utilizar nesta janela os comandos da barra de botões drawing. Pode
escrever o título e subtítulo do mapa, desenhar linhas ou polígonos que considere relevantes para
salientar algo no mapa, etc. Em suma, está a personalizar e a melhorar graficamente o output do
mapa. Este (output) pode ser efectuado por duas vias. i) saída em papel (janela layout activa e
carregue no botão print); ii) ou, em ficheiro (File Save Window as) (possibilitando vários
formatos universais - *.bmp, *.tif, *.jpg, *.emf, *.png, *.psd ou *.wmf).
Quero ainda acrescentar que, a janela de impressão permite outras configurações para além das
aqui já apresentadas. As que considero bastante relevantes para aqui serem abordadas são: i) as
relativas às configurações do conteúdo das frames; ii) e, as correspondentes às dimensões da área
de impressão (Layout Options).
Na primeira, pode configurar, em que contexto, o conteúdo das frames, é ou não, visível. Esta nota
surge, pelo facto de o MapInfo, por defeito, colocar uma configuração onde só quando a janela
layout está activa, se torna visível o conteúdo das frames e, alguns principiantes julgam ter
estragado o trabalho efectuado, quando mudam para outra janela, e o conteúdo das frames deixa de
ser visível. Tem três opções ao dispor: conteúdo sempre presente (always), conteúdo presente
apenas quando a janela layout está activa (only when layout window is active) e conteúdo nunca
estar presente (never).
A segunda, permite definir uma área de impressão superior à que na realidade dispõe. Quero dizer
com isto que, por exemplo, se dispuser de uma impressora que só imprime em folhas A4 (210 mm
x 297 mm) não precisa de limitar o seu output a esta dimensão. Um mapa de Portugal, por
freguesias, praticamente deixa de ter leitura neste formato e, no entanto, já em A2 (420 mm x 594
mm) se torna perfeitamente legível. Então, para mudar a dimensão, active a caixa de diálogo
layout display options e, no layout size, coloque 2 na altura e na largura. Agora, na janela de
impressão, vai estar a dimensionar o mapa para uma saída A2, e quando mandar imprimir, o
MapInfo vai repartir o mapa por quatro folhas A4, onde a justaposição entre os cortes é perfeita
permitindo a colagem entre elas.
81
Joaquim Seixas
Aspecto do layout com o comando relativo a mostrar o conteúdo das frames desligado
Por último, quero dizer-lhe que, muito possivelmente, a primeira impressão, só em parte
corresponde ao que pretendia (mal definida a área a imprimir, as letras da legenda não se vêem,
etc.), mas, com a habituação vai aprender a tirar pleno partido deste módulo e vai obter resultados
muito bons.
Notas/Dicas: Para gravar as definições do layout, que podem vir a ser úteis mais tarde, tem de
criar um workspace.
O modo de visualização view actual size corresponde à forma como o mapa vai sair no
papel.
Se a frame inserida na janela layout apresentar uma linha preta no rebordo, é possível
retirá-la fazendo Options Region Style Border None.
82
MapInfo Professional para Principiantes
Existe um comando que permite criar sombras nas frames (Layout Create Drop
Shadow).
Não se esqueça de inserir a escala. Para tal, active o Tools ScaleBar ou em
file Run MapBasic program e abra o ficheiro com o nome scalebar.mbx.
83
Joaquim Seixas
84
MapInfo Professional para Principiantes
V. PARTE
O MapInfo Professional oferece aos utilizadores uma gama elevada de rotinas construídas em
MapBasic113. A função destas é a de facilitar a elaboração de determinadas operações que,
processadas de outro modo, podem tornar-se demasiadamente exaustivas. Dessa gama importa
aqui evidenciar cinco114 dessas rotinas. são elas: a Universal Translator, a ScaleBar, a Grid Maker,
a Concentric Ring Buffer e a (Degree) Converter.
Com o desenvolvimento desta rotina, cujo objectivo é importar ficheiros produzidos por outros
programas de sistemas de informação geográfica e não só, foi possível aumentar a universalidade
do MapInfo Professional. Depois de ter conhecido um período de alguma limitação nas
capacidades de importação de ficheiros noutros formatos, tornou-se possível, importar a partir dos
seguintes formatos: AutoCad DWG/DXF, ESRI Shape (Arc/Info, Arc/View), Intergraph /
Microstation Design (*.DGN), MapInfo MID/MIF, MapInfo Tab115, Spatial Data Transfer
Standard (SDTS) e Vector Product Format (VPF).
113
Linguagem que deriva do Basic.
114
Existe uma sexta, a HTML Image Map, mas pela sua importância é analisada em capítulo próprio.
115
Para ficheiros criados em versões do MapInfo Professional anteriores à 3.0, inclusivé.
85
Joaquim Seixas
Para activar esta rotina basta fazer Tools Universal Translator116 ou File Run MapBasic
Program mut.mbx 117 e ficará perante uma caixa de diálogo onde indicará o formato e a
localização do ficheiro que pretende importar e qual o seu destino (nome do ficheiro e
directoria)118.
É possível colocar de forma automática uma escala gráfica na janela map, desde que esta apresente
uma projecção. Para tal, deve fazer Tools ScaleBar ou File Run MapBasic
Program scalebar.mbx. A caixa de diálogo que aparece permite ao utilizador definir o sistema
métrico da escala, o valor, tipo de letra, cor, etc.. Quando confirmar a escolha esta irá localizar-se
no cosmetic layer119 e no canto inferior esquerdo da janela. Se pretender que a escala tenha outro
posicionamento, deve activar este comando a partir do botão draw scale bar que se encontra na
barra de comandos tools.
Em alguns tipos de mapas (por exemplo, cartas topográficas) torna-se importante a inserção de
uma quadrícula de apoio com a indicação das respectivas coordenadas. Se o utilizador activar o
comando Grid Maker em Tools GridMaker ou File Run MapBasic Program
gridmkr.mbx terá à sua disposição uma rotina que lhe permitirá criar uma quadrícula em função
dos parâmetros por ele considerados. Tal como no caso anterior, esta rotina só funciona em tabelas
116
Não esqueça de inicialmente, em Tools Tool Manager tornar disponível neste menu, o comando em análise.
117
Encontra-se na directoria …\mapinfo\professional\ut
118
Nota importante: Não esqueça a projecção do ficheiro de origem. Uma indicação incorrecta leva à deformação dos
objectos no ficheiro de destino.
119
Se for à caixa de diálogo layer control e tornar editável a camada cosmetic layer passa a puder seleccionar a
legenda e consequentemente, apagá-la, movê-la, etc..
86
MapInfo Professional para Principiantes
com projecção. É possível parametrizar o tipo de objecto criado, o intervalo entre as linhas, a
dimensão da quadrícula, entre outros.
Através do comando buffer disponível no menu objects é possível demarcar automaticamente uma
área em torno de um objecto seleccionado. Contudo, se o utilizador pretender definir uma série de
áreas concêntricas entre si, o MapInfo Professional coloca à disposição em Tools Concentric
Ring Buffers ou em File Run MapBasic Program r_buffer.mbx uma rotina que facilita
este processo. Na caixa de diálogo correspondente, pode indicar as unidades métricas a usar e
depois ir adicionando o espaçamento dos vários raios (radius) referentes às áreas em torno do
objecto seleccionado e que necessita assinalar.
Caixa de diálogo “Concentric Ring Buffer” Exemplo da aplicação do comando “Concentric Ring
Buffers”
87
Joaquim Seixas
A última rotina a evidenciar é a que permite converter graus decimais em graus, minutos e
segundos e vice-versa. Este comando pode ser activado em Tools Converter ou File Run
MapBasic Program dmscnvrt.mbx. Esta rotina é muito útil, uma vez que permite converter
colunas inteiras, de uma forma para outra, ou valores individualmente.
Notas/Dicas: Para além destas rotinas, existem muitas outras ao dispor do utilizador do MapInfo
Professional. Teste-as no sentido de verificar aquilo que lhe podem oferecer. Algumas
delas podem ser-lhe bastante úteis.
O Crystal Reports120 da Seagate é uma poderosa ferramenta baseada em Essbase que deriva do
Microsoft Excel e Lotus 123, o que lhe proporciona uma forte capacidade de análise. Este módulo
que pode ser activado em Tools Crystal Reports oferece ao utilizador uma enorme panóplia de
comandos de desenvolvimento de relatórios e tratamento de tabelas de dados. Neste manual não se
faz uma abordagem exaustiva a este módulo em virtude da sua complexidade. Contudo, foi
considerado importante referir a sua existência e as suas principais capacidades. Compete ao
utilizador, com o crescente contacto com todas as potencialidades que o MapInfo Professional
proporciona, explorar e apurar as potencialidades deste módulo.
Das várias capacidades que o Crystal Reports proporciona, decidimos destacar as seguintes:
120
É possível actualizar e aumentar as capacidades deste módulo a partir da webpage da Seagate.
88
MapInfo Professional para Principiantes
89
Joaquim Seixas
A Internet está cada vez mais presente no desenvolvimento e no acesso à informação. No sentido
de acompanhar esta evolução, o MapInfo Professional oferece uma ferramenta (rotina em
MapBasic) que permite criar imagens clicáveis de objectos em formato HTML sendo
posteriormente consultáveis a partir de um programa de navegação121 da Internet. Ou seja, é
possível exportar mapas para um formato (HTML) que os torna acessíveis a partir de qualquer
ponto do globo terrestre, desde que aqueles estejam integrados numa qualquer webpage.
Este comando pode ser activado em Tools HTML Image Map ou File Run MapBasic
Program HTMLimagemap.mbx tem a particularidade de o utilizador não necessitar se saber
programar na linguagem HTML. Basta, a partir da caixa de diálogo “HTML Image Map”, indicar a
camada (tabela) a partir da qual a imagem será gerada, a coluna (ou campo) que irá identificar cada
objecto desenhado (etiquetas), o título da webpage, os direitos de autor (copyright), a dimensão e
121
Microsoft Internet Explorer ou Netscape Navigator.
90
MapInfo Professional para Principiantes
formato da imagem gerada e a directoria onde serão gravados os ficheiros HTML. Depois, a rotina
desenvolve automaticamente todos os scripts e exportações necessários para transformar o mapa
uma imagem HTML.
Se o utilizador activar o comando create HTML landing pages for each objects, a rotina
desenvolverá automaticamente para cada objecto na tabela uma webpage na qual apenas constará a
etiqueta relativa ao objecto clicado. Se em conjunto for accionado o comando populate landing
pages with record content, o utilizador, a partir da caixa de diálogo “choose columns” poderá
escolher a informação que irá ilustrar a tal webpage que resulta após o clique em determinado
objecto.
Para além desta rotina, o MapInfo Professional disponibiliza um comando – o hotlink - que
permite endereçar objectos a webpages ou a ficheiros localizados no disco rígido do utilizador.
91
Joaquim Seixas
Este comando tem um funcionamento diferente da rotina apresentada anteriormente pois opera
internamente nas tabelas. Para tornar este comando operacional numa tabela, em primeiro lugar, o
utilizador deve ir à caixa de diálogo “layer control” e activar o comando hotlink. Ficará perante a
caixa “hotlink options” onde em filename expression indicará o campo (só estão disponíveis os
campos indexados) onde se localizam os endereços (de webpages ou de ficheiros), a forma como
serão activados (a partir das etiquetas, dos objectos ou de ambos), entre outras opções. Ao fazer
ok, a tabela em causa ficará com um campo que permitirá ao utilizador ligar-se ao endereço
correspondente. Depois, com a janela map activa, na barra de comandos main, clique em hotlink.
O cursor fica diferente quando passa por cima dos objectos e quando clicar em um deles,
automaticamente será ligado ao endereço relativo a esse objecto (webpage ou ficheiro).
Notas/Dicas: Não esqueça que é possível exportar para HTML um conjunto de uma ou mais
tabelas, mas apenas de uma delas resultarão os objectos clicáveis.
O comando hotlink só funciona a partir de campos indexados. Tenha atenção a este
pormenor.
A utilização do GPS, tal como a Internet, está cada vez mais generalizada. Os aparelhos começam
a apresentar preços cada vez mais acessíveis e o seu manuseamento vai-se tornando mais fácil. Tal
como na situação apresentada no capítulo anterior, a MapInfo Corp. quis acompanhar este
desenvolvimento tecnológico e neste sentido, associou-se à Blue Marble Geographics para adaptar
ao MapInfo Professional o Geographic GeoTrack122 de forma a ser possível ligar as capacidades de
um GPS com as de um SIG.
122
Este módulo que vem no CD-ROM de instalação do MapInfo Professional 6.0, mas só estará disponível para o
utilizador se for instalado.
92
MapInfo Professional para Principiantes
Este módulo pode ser activado em File Run MapBasic Program GeoTrack.mbx123 e coloca
à disposição do utilizador a caixa de diálogo “The Geographic Tracker” composta por três secções
que disponibilizam os seguintes dados: informação geral relativa ao posicionamento do utilizador
(latitude, longitude, altitude, velocidade de circulação, posição face ao Norte e hora), potencial dos
sinais dos satélites e posicionamento dos mesmos.
Caixa de diálogo “Set GPS Receiver Options” Caixa de diálogo “Set Preferences”
Após o utilizador ter efectuados as configurações necessárias, pode efectuar duas coisas: a) caso
não tenha GPS, simular o funcionamento do GPS a partir de um ficheiro (File Simulated GPS
123
Disponível em ...\mapinfo\professional\gps\geotrack.mbx
93
Joaquim Seixas
Data *.gps); ou b) caso tenha um GPS ligado, começar a receber a informação que este
proporciona (File Live GPS Data). O utilizador irá verificar que, em ambas as situações, na
tabela que estiver activa no MapInfo Professional irá surgir um marcador que define a sua posição
(virtual, no caso de simulação; real, se estiver usando o GPS).
Caso o utilizador queira recolher a informação que o GPS esteja a disponibilizar, em primeiro
lugar, deve modificar a estrutura da tabela criando os seguintes campos: latitude, longitude,
altitude, hora, velocidade, posição e PDOP. Em seguida, no menu GPS (disponível na barra de
menus do MapInfo Professional) vai activar a caixa de diálogo “Setup GPS GeoCoding” onde
deve indicar a tabela onde guardar a informação a recolher pelo GPS e qual a correlação dos
campos. Depois, na caixa “Setup GPS Tracking”124 define se na tabela irão ser marcados pontos ou
linhas. Por último, basta activar o comando Live GPS Data e começar a circular125.
Caixa de diálogo “Setup GPS GeoCoding” Caixa de diálogo “Setup GPS Tracking”
124
Esta configuração pode ser modificada a qualquer momento, mesmo quando já está a recolher informação.
125
Também funciona na situação de simulação (Simulated GPS Data).
126
Disponível em ...\mapinfo\professional\gps\makegps.mbx.
94
MapInfo Professional para Principiantes
Considerações Finais
O presente trabalho não abordou todas as possibilidades que o MapInfo Professional oferece aos
utilizadores. Por exemplo, não foi mostrado como construir rotinas do MapBasic ou como
funcionam os vários módulos adicionais, entre outros. No entanto, é preciso não esquecer o
objectivo inicial deste manual: auxiliar nos primeiros contactos com o programa. Daí que não
cabia nesta pequena obra maior desenvolvimento do que aquele que é apresentado pois, para um
aprofundamento da matéria aconselhamos a consulta de bibliografia mais rica e alargada sobre o
assunto. Contudo, julgo que a partir dos rudimentos aqui ensinados, o utilizador rapidamente
estará a tirar proveito do MapInfo Professional.
Quero ainda afirmar que, só se consegue um bom domínio do MapInfo Professional (tal como em
qualquer outro programa), com a prática e a experimentação. Teste, averigúe, veja como funciona,
analise o partido a tirar deste ou daquele comando e como pode responder àquilo que pretende tirar
do programa. A juntar ao estudo dos comandos, exercite, senão o que aqui lhe é ensinado não terá
valor, pois irá esquecer! Pratique! Numa fase inicial da aprendizagem, desenvolva exercícios que
lhe permitam memorizar as rotinas a que o programa por vezes exige.
Para concluir, não esqueça que a cartografia é uma relação entre a técnica e a arte, e um mapa
bem elaborado pode valer por mil palavras.
95
Joaquim Seixas
96
MapInfo Professional para Principiantes
Bibliografia
BAUD, P.; S. BOURGEAUT E C. BRAS (1999), Dicionário de Geografia, Plátano Ed. Técnicas, Lisboa.
BROWN, E.D.R. (1962), Map-reading for west african students, Longmans, Accra.
DANIEL, L; LOREE, P. & WHITENER, A. (1996), Inside MapInfo Professional, OnWord Press, Santa
Fé.
DIAS, M. H. (coord.) (1995), Os Mapas em Portugal. Da tradição aos novos rumos da Cartografia,
Edições Cosmos, Lisboa.
JONES, C. (1997), Geographical Information Systems and Computer Cartography, Prentice Hall,
Harlow.
MacEACHREN, A. (1995), How Maps Work. Representation, Visualization and Design, The Guilford
Press, New York.
MATOS, J.L. (2001), Fundamentos de Informação Geográfica, Colecção Geomática, Lidel Edições
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PETERSON, M. (1995), Interactive and Animated Cartography, Prentice-Hall Ed., New Jersey.
ROBINSON, A; et Al. (1995), Elements of Cartography, John Wiley & Sons, New York, 6th Edition.
97
Joaquim Seixas
98
MapInfo Professional para Principiantes
Índice de Figuras
Tabela de Bertin............................................................................................................................................................... 11
Exercício de comparação cartográfica do resultado da aplicação de várias formas de divisão em classes (número de
televisores por 1000 habitantes, 1982).............................................................................................................................13
Um aspecto da área de trabalho (desktop) do MapInfo Professional...............................................................................17
Exemplo de uma das aplicações possíveis para o MapInfo. Demonstração da junção de um mapa actual a outro
efectuado em 1865 (The Rocks, Sydney), no sentido de apurar a evolução da linha de costa........................................ 19
Trabalho efectuado a partir de um ficheiro tratado em Idrisi...........................................................................................19
Outra perspectiva da área de trabalho, sendo visíveis as janelas “Map”, “Layout” e “Browse”..................................... 21
Exemplo de um dos menus (o Window) existentes no MapInfo......................................................................................22
Caixa de diálogo Tool Manager....................................................................................................................................... 23
Caixa de diálogo “Quick Start”........................................................................................................................................ 37
Caixa de diálogo “Preferences”........................................................................................................................................38
Caixa de diálogo “System Settings Preferences”............................................................................................................. 39
Caixa de diálogo “Map Window Preferences”.................................................................................................................39
Caixa de diálogo “Legend Window Preferences”............................................................................................................ 40
Caixa de diálogo “Directory Preferences”....................................................................................................................... 40
Caixa de diálogo “Output Preferences”............................................................................................................................41
Caixa de diálogo “Printer Preferences”............................................................................................................................42
Caixa de diálogo “Layer Control”.................................................................................................................................... 44
Caixas de diálogo resultantes da anterior......................................................................................................................... 45
Caixa de diálogo “Create New Table”............................................................................................................................. 46
Caixa de diálogo de definição da estrutura da tabela....................................................................................................... 47
Caixa de diálogo relativa à gravação do nome da tabela..................................................................................................47
Caixa de diálogo relativa à importação de ficheiros DXF............................................................................................... 48
Caixa de diálogo que questiona se ao utilizador se pretende registar as coordenadas da imagem raster.........................50
Caixas de diálogo “Image Registration” e “Choose Projection”......................................................................................50
Caixa de diálogo “Add Control Point”.............................................................................................................................51
Metodologia de atribuição de coordenadas em MapInfo Professional, na projecção latitude-longitude.........................52
O comando “snap to node”...............................................................................................................................................53
O comando “autotrace”.................................................................................................................................................... 53
As caixas de diálogo “data disaggregation” e “data aggregation”................................................................................... 55
O comando “split”............................................................................................................................................................ 55
O comando “erase”...........................................................................................................................................................56
O comando “erase outside”.............................................................................................................................................. 56
O comando “overlay nodes”.............................................................................................................................................56
O comando “combine”..................................................................................................................................................... 57
O comando “buffer”......................................................................................................................................................... 57
O comando “convex hull”................................................................................................................................................ 58
O comando “enclose”....................................................................................................................................................... 58
Exemplo de linhas após a aplicação dos comandos “smooth” e “unsmooth”.................................................................. 59
A utilização da caixa de diálogo “Info Tool”...................................................................................................................61
Caixa de diálogo referente aos comandos de geocodificação.......................................................................................... 62
Exemplos do método de ligação das linhas entre tabelas a geocodificar......................................................................... 63
Exemplo da dois ficheiros geocodificados....................................................................................................................... 63
A caixa de diálogo “Modify Table Structure”..................................................................................................................65
Outros comandos de manutenção das tabelas...................................................................................................................65
As caixas de diálogo do comando “Update Column” e “Specify Join”........................................................................... 66
A caixa de diálogo do comando “Create Points”............................................................................................................. 66
A caixa de diálogo do comando “Pick Fields”.................................................................................................................67
As caixas de diálogo do comando “Find”........................................................................................................................ 68
As caixas de diálogo do comando “Select” e “Expression”............................................................................................. 68
A caixa de diálogo do comando “SQL Select”................................................................................................................ 69
Primeira caixa de diálogo “Create Thematic Map”..........................................................................................................70
Segunda caixa de diálogo “Create Thematic Map” e caixa “Expression”....................................................................... 71
Caixas de diálogo “Update Colunm for Thematic” e “Specify Join”...............................................................................71
99
Joaquim Seixas
100
MapInfo Professional para Principiantes
Índice Remissivo
101
Joaquim Seixas
percepção................................................................. 7, 8 shapes......................................................................... 59
pick fields................................................................... 67 símbolo.....................................................10, 26, 33, 62
Quadrícula..................................................................10 símbolos.8, 9, 10, 11, 24, 25, 26, 29, 32, 33, 35, 63, 73
Query........................................................22, 25, 67, 68 sistema de informação geográfica.............. 5, 15, 42, 60
questionários.................................................. 15, 67, 69 smooth.................................................................. 58, 59
raster.................... 18, 24, 26, 43, 48, 49, 50, 51, 59, 94 snap to node............................................................... 53
redistrict (redistribuição das regiões).........................21 split.......................................................................54, 55
Report distribution expert.......................................... 89 Título............................................................................9
representação gráfica....................................... 7, 10, 70 Universal Translator.......................................25, 85, 86
reshape....................................................................... 54 unsmooth.............................................................. 58, 59
rotinas.........................................................................85 Update Column.............................................. 26, 66, 71
ScaleBar................................................... 24, 83, 85, 86 variáveis visuais......................................................... 10
selectable....................................................................44 visualização. 7, 8, 16, 21, 27, 28, 29, 31, 39, 45, 71, 82
Set Target................................................. 25, 29, 32, 55 (Degree) Converter.................................................... 85
102