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Livro Eletrônico

Aula 13

Química p/ Perito Polícia Federal (Área 14) - Com videoaulas

Professor: Wagner Bertolini

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QUÍMICA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. WAGNER BERTOLINI

AULA: TERMODINÂMICA

SUMÁRIO PÁGINA
1. Conversa com o concursando 01
2. Termodinâmica 02
3. Primeira Lei 06
4. Segunda Lei 08
5. Entropia 14
6. Terceira Lei 23
7. Questões 24

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1. “Conversa” com o concursando

Olá meus queridos alunos.


Assunto da aula: Termodinâmica. Aqui estudaremos as reações e
processos sob o ponto de vista da Termodinâmica.
A termodinâmica é o ramo da física que estuda as relações entre o
calor trocado, representado pela letra Q, e o trabalho realizado,

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representado pela letra , num determinado processo físico que


envolve a presença de um corpo e/ou sistema e o meio exterior. É
através das variações de temperatura, pressão e volume, que a física
busca compreender o comportamento e as transformações que
ocorrem na natureza.

Bons estudos.
Estou sempre à sua disposição.

2. TERMODINÂMICA E GASES

1. Transformação adiabática
Antes disto, vamos ao conceito de Transformação adiabática.
A transformação adiabática é um tipo de transformação bem particular,
pois é nela que o gás não troca calor com o meio externo. Podemos
afirmar que é esse tipo de transformação quando apertamos o spray
do desodorante aerossol, ou quando enchemos um pneu de uma
bicicleta por meio de uma bomba manual.
Esse tipo de transformação também admite uma lei que rege os
estágios final e inicial de pressão e volume do gás.

P .V   K
Na forma comparativa:

P1.V1  P2 .V2
O fator  é chamado de coeficiente de Poisson e para gases ideais pode
ser dado por:

CP

CV

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Onde CP e CV são os calores molares a pressão e volume constante


respectivamente, valores que dependem do gás em questão,
geralmente fornecidos na questão.
Graficamente, podemos colocar a transformação adiabática no papel
da seguinte forma:

2. Termodinâmica
O estudo da termodinâmica está diretamente ligado à capacidade de
uma transformação gasosa transformar uma mudança de estado
termodinâmico (P, V e T) em trabalho mecânico.
O estudo possui uma grande aplicabilidade na área de motores à
combustão e está diretamente ligado ao princípio da conservação da
energia.

Vamos procurar entender a primeira lei da termodinâmica de maneira


fácil e bem intuitiva e depois analisá-la em cada uma das
transformações gasosas.

2.1. Energia interna


A energia interna de um gás está ligada à temperatura do gás. Assim,
podemos dizer que a energia interna está ligada ao grau de agitação
das moléculas de um gás. Ou seja, se um gás se agita mais
freneticamente, podemos dizer que ele possui muita energia interna.

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A energia interna funciona como uma reserva de energia que o gás


possui e ela varia sempre que a temperatura do gás variar.
Assim, podemos dizer que:

U T
U  T 
U  T 

Para um gás perfeito monoatômico a energia interna U é a energia


cinética de translação de suas moléculas:

3
U  .n.RT
.
2
3
U  .n.R.T
2

2.2. Trabalho
O trabalho realizado pelo gás está ligado à sua variação de
temperatura.
Podemos assim dizer que a medida que o gás se expande ele realiza
trabalho, ao passo que quando trabalho é realizado sobre o gás, então
é comprimido.
O cálculo do trabalho pode ser dado pela relação conhecida da
mecânica:

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  F .x.cos 
  P . A.x.cos 0
  P .V

A fórmula acima nos fornece uma maneira de calcular o trabalho


realizado pelo gás em uma situação em que a pressão do gás é
constante (no caso acima a pressão do gás é constante).
Caso queiramos calcular o trabalho em uma situação generalizada,
podemos calcular o trabalho para uma transformação gasosa qualquer
como sendo a área sob o gráfico.

Área

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Note que quando o volume do gás não varia então não há realização
de trabalho pelo gás, nem sobre o gás.
Assim, podemos resumir o sinal do trabalho da seguinte forma:
Variação de volume Sinal do trabalho
Expansão Positivo
Compressão Negativo

2.3. Calor
Aqui a ideia é simples. O calor quem fornece é a fonte externa,
portanto, quando o gás absorve esse calor ele é positivo, ou seja, é
injetado calor no gás, aumentando a sua temperatura.
Por outro lado, quando o calor é liberado pelo gás, diminuindo a sua
temperatura, então podemos afirmar que o calor será negativo.

3. Primeira lei da Termodinâmica

Na situação acima, veja que a energia interna do gás varia em função


do aumento da temperatura do gás em decorrência da adição de calor,
recebido pelo gás (seta vermelha).

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Além de um aumento de energia interna, o gás também realizou


trabalho, por conta da expansão que sofreu aumentando o volume
ocupado por ele.
Por meio da conservação da energia, podemos dizer que o aumento de
energia interna e a realização de trabalho são oriundos do recebimento
de calor pelo gás.

Q  U  
Veja que equação acima está de acordo com o princípio da conservação
da energia.

A PRIMEIRA LEI e a transformação isotérmica


Na transformação isotérmica não há variação de temperatura. Logo,
podemos dizer que todo o calor absorvido pelo gás é utilizado para a
variação de volume gasoso, o que leva a uma realização de trabalho.

Q 

1ª Lei e a Transformação Isobárica


Na transformação Isobárica, a pressão é constante, então devemos
fazer o seguinte:

Q  U  P .V
Ou seja, a única coisa que podemos fazer é melhorar o cálculo do
trabalho.

1ª Lei e a Transformação Isocórica

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Nessa transformação o volume do gás mantém-se constante, o que


nos leva a crer que o calor será integralmente utilizado para variar a
energia interna do gás.
Assim,

Q  U
1ª Lei e a transformação adiabática
Nessa transformação o que ocorre é que não há troca de calor, ou seja,
o gás sofre modificações em suas funções de estado (P, V e T) e não
ocorre troca de calor com o meio.
Assim, na primeira lei:

U  
Resumindo, podemos dizer que na expansão adiabática a energia
interna diminui, e temperatura diminui. Por outro lado, na compressão
adiabática a energia interna aumenta e a temperatura aumenta.

4. SEGUNDA LEI
4. 1ª Lei x 2ª Lei da Termodinâmica
Como sabemos, a 1ª Lei da Termodinâmica tem como princípio base o
princípio da conservação da energia nos processos termodinâmicos.
No entanto, existem processos que não acontecem naturalmente, mas
que obedecem perfeitamente à 1ª Lei da Termodinâmica.
Exemplos:
- Um corpo “quente” em contato com um corpo mais “frio” nunca
passará a ser mais “quente” enquanto que o outro mais “frio”.
- Um rio não congelará naturalmente em um dia de verão, cedendo
calor às vizinhanças.
Os exemplos acima obedecem à 1ª Lei da termodinâmica, pois
admitem a conservação da energia do sistema, contudo não ocorrem

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espontaneamente por conta de um outro conceito chamado de


Entropia, nesses exemplos essa grandeza está diminuindo, o que
veremos adiante que está em desacordo com a 2ª Lei da
Termodinâmica.

4.1 Transformações Reversíveis e Irreversíveis


A diferença básica entre uma transformação reversível e uma
irreversível, está na maneira como as funções termodinâmicas de
estado (pressão, volume e temperatura) variam durante a
transformação.
Imagine uma transformação em que de um estado de pressão, volume
e temperatura, através de uma transformação “turbulenta”, na qual
não se pode definir bem os estados intermediários entre os estados
final e inicial, uma transformação dessa natureza nós classificamos
como irreversível, haja vista a impossibilidade de definirmos os
pequenos estados intermediários.
Por outro lado, imagine uma transformação na qual podemos dividi-la
em pequenos pedaços de processos chamados “quase-estáticos”,
nesta transformação podemos dizer que a mesma é reversível, pois
neste caso é possível definirmos as infinitésimas (muito pequenas)
fases em que a transformação vai ocorrendo. Transformação reversível
a rigor não existe, trata-se apenas de uma abstração teórica muito útil
na definição de outros conceitos.
Exemplo:
- Imagine um êmbolo sobre o qual, pode deslizar sem atrito, colocamos
um número muito grande de pesos (na figura estão representados
apenas alguns deles)

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No caso acima à medida em que retirarmos os pesos o gás vai sofrendo


uma transformação que pode ser classificada como reversível, tendo
em vista que ao retirarmos os pesos o gás encontra uma nova situação
de equilíbrio muito próxima da anterior. Ao recolocarmos os pesos a
transformação inversa ocorre da mesma forma. Lembre-se de que são
infinitas bolinhas verdes.

4.2. Máquinas Térmicas e Máquinas Frigoríficas


Máquinas térmicas são sistemas termodinâmicos que através de uma
substância termodinâmica (gás) retiram calor de uma “fonte quente”,
realizando trabalho na sequência, sempre com a rejeição (perda) de
certa quantidade de calor para o ambiente.
As máquinas térmicas operam sempre em ciclos para que assim possa
ser considerado um sistema de transformações reversíveis.
Observe o esquema de uma máquina térmica:

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A máquina frigorífica faz o caminho inverso, pois através da realização


de trabalho mecânico retira calor de uma fonte fria, e o transfere a um
corpo de temperatura maior.
Observe o esquema de uma Máquina frigorífica:

O conceito da 2ª Lei da Termodinâmica está inserido na seguinte frase


enunciada por Clausius:

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“É impossível qualquer máquina cíclica produzir como único


efeito a transmissão contínua de calor de um corpo a outro que
esteja a maior temperatura.”

O que Clausius quis dizer nessa expressão é que sempre é necessária


a realização de Trabalho mecânico para que essa “retirada” de calor
possa se processar (lembre-se dos exemplos dados na introdução à
Segunda Lei, tornando impossível a construção de uma máquina
frigorífica perfeita - rendimento de 100%).

Kelvin e Planck também enunciaram em outras palavras o mesmo


conceito:
“Uma transformação cujo único resultado final seja transformar
em trabalho o calor extraído de uma fonte que esteja em todos
os pontos à mesma temperatura é impossível.”

Kelvin e Planck disseram apenas ser impossível a construção de uma


máquina térmica perfeita (rendimento 100%).

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4.3. O Rendimento das Máquinas


O rendimento de uma máquina será dado pelo quociente entre a
quantidade de trabalho mecânico realizado pela máquina durante um
ciclo e a quantidade de calor recebido da “fonte quente”.

Wefetivo

Qrecebido
Podemos afirmar que o trabalho realizado pela máquina nada mais é
que a diferença entre o calor recebido da fonte quente e a quantidade
de calor rejeitado ou cedido à fonte fria, portanto podemos afirmar que
a eficiência da máquina também pode ser dada por:

Q1  Q2 Q2
  1
Q1 Q1
Onde Q2 é o calor rejeitado para a fonte fria e Q1 é o calor absorvido,
ou seja, retirado da fonte quente.

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4.4. O Ciclo de Carnot


O ciclo de Carnot foi idealizado por Sadi Carnot em 1824, é um ciclo
reversível composto por duas transformações adiabáticas e duas
transformações isotérmicas, executado por 4 etapas conforme o
esquema a seguir:

Uma máquina operando no ciclo de Carnot tem rendimento dado por

T2
  1
T1 a (Carnot)

TEOREMA DE CARNOT
“Nenhuma máquina térmica que opere entre uma dada fonte
quente e uma dada fonte fria pode ter rendimento superior ao
de uma Máquina de Carnot. Todas as Máquinas de Carnot que
operem entre essas duas fontes terão o mesmo rendimento.”

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5. Entropia.

1. Introdução.
Vimos a primeira lei da termodinâmica, que é basicamente uma
confirmação do conceito de conservação de energia mecânica na
presença de fenômenos térmicos.
Vimos também que a energia interna de um corpo, de um cilindro,
contendo gás, por exemplo, pode aumentar quando se realiza um
trabalho sobre o corpo (comprimindo-se o gás) ou por meio da troca
de calor.
==d7357==

Lembremos que o calor foi definido como o mecanismo pelo qual


energia é transferida de um corpo a outro por causa de uma diferença
de temperatura entre eles. Também muitas vezes chamamos calor à
quantidade de energia transferida por esse mecanismo.
Voltando à primeira lei, ou primeiro princípio da Termodinâmica, vemos
que para um dado processo acontecer não é suficiente que a energia
seja conservada. Por exemplo, quando um corpo é colocado em contato
com outro corpo que possui temperatura mais elevada, o calor flui do
corpo mais quente para o mais frio. Dizemos que esse é um processo
irreversível, ou seja, ocorre naturalmente apenas em uma direção.
Nunca se observou o calor fluindo do corpo mais frio para o mais
quente, embora a energia total pudesse ser conservada num processo
desse tipo.

Apesar dessa direção privilegiada para os processos que ocorrem


usualmente na natureza, podemos pensar numa classe de processos

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idealizados que seriam reversíveis. Um sistema que realiza um


processo reversível está sempre perto do equilíbrio termodinâmico com
o ambiente.
Qualquer mudança sempre acontece a partir de mudanças
infinitesimais nas condições do sistema. Um exemplo que utilizaremos
no futuro é a reversão do fluxo de calor entre dois corpos cujas
temperaturas sejam muito próximas ajustando de modo infinitesimal
uma temperatura ou outra.

De forma geral, um processo cíclico reversível é um processo que se


repete (cíclico) no qual não há atrito mecânico interno, as forças
mecânicas opostas diferem de forma infinitesimal em magnitude e
qualquer troca de calor ocorre com diferença de temperatura
desprezível entre o sistema e o ambiente.
Parece um pouco abstrato, mas do ponto de vista molecular isso é
plenamente aceitável.

2. Conceito de Entropia
Vamos agora discutir o conceito de entropia.
De forma bem qualitativa, vamos identificar entropia como desordem.
Se compararmos a matéria e a energia num gás com a matéria e a
energia num cristal, vemos que a entropia é alta num gás e baixa num
cristal: o gás é mais desordenado.

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Lembre-se de que as partículas num gás estão altamente


desordenadas e com velocidades muito altas, colidindo repetidamente
com o recipiente e com as próprias moléculas de gás contidas nele.
Essa alta probabilidade de desordem do sistema gasoso nos leva a uma
entropia maior do que nos sólidos.
Nos sólidos a entropia é menor, pois nesse caso impera a organização,
ou seja, o sistema apresenta-se organizado, mais que o líquido e muito
mais que o gasoso.
A entropia vai quantificar a “qualidade” da energia disponível. Energia
sob uma forma ordenada e energia térmica não são iguais. Pode-se
facilmente converter energia ordenada em energia térmica, mas o
contrário é bem mais complicado.
Por exemplo, se queimarmos um tronco de madeira, convertemos a
energia química de ligação das moléculas em energia térmica das
moléculas, mas é claro que recriar o tronco a partir da energia térmica
das moléculas é impossível, embora esteja de acordo com a lei de
conservação da energia.
Dessas observações pode-se afirmar que a entropia de um sistema
isolado jamais decresce. Usualmente, a entropia é representada pela
letra S.
A fórmula matemática para o cálculo da entropia não poderia deixar de
envolver o calor e a temperatura, assim:

Q
S 
T
Ou seja, a variação da entropia num certo processo é dada pela
quantidade de calor fornecida de modo irreversível divido pela
temperatura (em K).
Se imaginarmos uma biblioteca bem silenciosa, ela pode representar
um sistema de baixa temperatura com pouco movimento térmico
desordenado.

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Em oposição, uma rua cheia de carros barulhentos vai representar um


sistema de alta temperatura, com muito movimento térmico
desordenado.
Se pensarmos num espirro como sendo uma transferência de energia
na forma de calor, vemos que a ação do espirro na biblioteca é muito
maior no sentido de aumentar a desordem do que a ação do espirro na
rua barulhenta.
Observe que essa conclusão está de acordo com a fórmula da entropia
mostrada acima, a mesma quantidade de calor trocada produz mais
entropia onde a temperatura é menor.
Agora vamos pensar num outro exemplo. Suponha que você queira
resfriar sua casa, que está na temperatura Ti, usando um lago cuja
água está fria na temperatura TF.
Bombeando a água do lago para um recipiente na sua casa – por
exemplo, a banheira - ela seria aquecida e retornada ao lago. Assim
você estaria transferindo calor para o lago.
E como fica o balanço de entropia? A entropia da sua casa diminui, pois
o calor está saindo dela a uma temperatura mais alta (na fórmula
anterior, o calor é negativo quando sai e, portanto, a variação de
entropia também).
Mas a variação de entropia do lago é positiva, pois o mesmo calor que
saiu da casa é transferido para o lago que está a uma temperatura
menor e, portanto, a sua variação de entropia será maior (mesmo
numerador e denominador menor):

Q Q
Scasa  e Slago 
Ti Tf
Aqui ilustramos um aspecto importante da entropia: ela pode diminuir
num determinado sistema (aqui, a casa), mas tem de aumentar no
universo como um todo (aqui, casa e lago).

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Suniverso  Scasa  Slago  0


Observe que calor é trocado (quanto de calor a casa perde o lago
ganha) e estamos supondo que nenhum calor é trocado com o ar
(estamos simplificando bastante o problema).
Como o calor é o mesmo e as temperaturas são diferentes, a entropia
sempre cresce, pois o calor sempre flui de um lugar (ou um corpo) com
temperatura maior para outro de temperatura menor.
Sendo o calor o mesmo, a entropia sempre cresce!
d
Exemplo 1:
Calcule a variação de entropia num processo simples. Suponha que um
quilograma de gelo a 0o C seja derretido e convertido em água a 0oC
também. Calcule a variação em entropia, supondo que o processo seja
reversível. O calor de fusão da água é Lf = 3,34 x 105 J/kg.

Resolução:
Vamos inicialmente calcular o calor envolvido, lembrando que essa
quantidade de calor envolvida no processo será um calor transferido à
temperatura constante, uma vez que estamos tratando de uma
mudança de fase, ou seja, de estado físico, que sempre ocorrem à
temperatura constante.

Q  m.Lf
Q  1, 0kg  3,34.105 J / kg
Q  3,34.105 J
Vamos agora calcular a entropia, lembrando que a temperatura em que
o processo ocorre é a de 0°C = 273K:

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Q
S 
T
como Q  3,34.105 J ,
3,34.105 J
S 
273K
S  1, 22.103 J / K
7

2.1 Cálculos de Entropia


Vamos calcular a entropia em casos diferentes, usando um pouco de
cálculo diferencial e integral. Ou seja, vamos calcular a entropia
primeiramente em uma transformação isotérmica, ou seja, com
temperatura constante.
A entropia infinitesimalmente falando pode ser definida como:

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f
dQ
S f  Si  i
T
na isotérmica a temperatura é cons tan te :
f
1
S f  Si 
T  dQ
i

na isoérmica , de acordo com a primeira lei :


Q  W  U
dQ  dW 3
Substitutindo :
f f f
1 1 1 n.R.T
S f  Si 
T i dW 
T i PdV 
T 
i
V
dV

log o :
f f
1 dV dV
S f  Si 
T
n.R. T i V  n. R.i V
Vf
S  n.R.ln
V0
Assim, com essa fórmula matemática você pode calcular o aumento de
entropia que ocorre, por exemplo, em uma expansão isotérmica.
Vejamos um exemplo:

Exemplo 2: Suponha que 1,0mol de gás nitrogênio está confinado no


lado esquerdo do recipiente da figura ao lado. Você abre a válvula e o
volume do gás dobra. Qual é a variação de entropia do gás para este
processo irreversível? Trate-o gás como sendo ideal.
Resolução:
Bom, nesse exemplo, basta que coloquemos o problema na fórmula
que acabamos de demonstrar:

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Vf
S  n.R.ln
V0
2V
S  1.8,31.ln  8,31.ln 2
V
S  5, 6 J / K

5
Viram que é uma questão simples, que não necessita de muitos
aprofundamentos depois de saber qual a fórmula utilizar.
Vamos agora para um segundo tipo de entropia a ser demonstrada, no
entanto, como cálculo diferencial e integral dela é um pouco mais
aprofundado, vamos preferir colocar apenas a fórmula final, de modo
a não preocupa-los com a matemática envolvida.
Trata-se do cálculo da entropia para o caso de transferência irreversível
de calor. Ocorre quando, por exemplo, dois blocos em temperaturas
diferentes, inicialmente isolados, são postos em contato e
posteriormente atingem um equilíbrio térmico, obviamente há um
aumento na desordem do sistema, o que nos leva a um aumento de
entropia, o que devemos fazer é memorizar a fórmula envolvida:

T2
S  m.c.ln 2
T  T 2
Onde m é a massa de cada um dos blocos e c é o calor específico deles,
que também será idêntico.
T é a temperatura de equilíbrio e T é a variação de temperatura entre
a temperatura de equilíbrio e a temperatura inicial de cada um dos
blocos.

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Exemplo 3: A figura 1 ao lado mostra dois blocos de cobre idênticos


de massa m=1,5kg: O bloco E, a uma temperatura inicial TiE =600C e
o bloco D a uma temperatura TiD =200C. Os blocos encontram-se em
uma caixa termicamente isolada e estão separados por uma divisória
isolante. Quando removemos a divisória, os blocos acabam atingindo
uma temperatura de equilíbrio Tf=400C. Qual é a variação líquida da
entropia do sistema dos dois blocos durante este processo irreversível?
O calor específico do cobre é 386J/kgK.
Vamos calcular a variação de entropia total do sistema aplicando a
fórmula vista acima.
7

T2
S  m.c.ln 2
T  T 2
 40  273
2

S  1,5.386.ln
     
2 2
40 273 20 273
97.969
S  1,5.386.ln
97.969  85.849
S  1.210 J / K
Vamos agora mencionar a última fórmula da entropia, oriunda da
primeira lei da termodinâmica, ela é utilizada quando sabemos que a
entropia é uma função de estado. Podemos demonstrar então que:

Tf Vf
S  n.Cv .ln  nR ln
T0 V0
6. TERCEIRA LEI DA TERMODINÂMICA E A ENTROPIA
ABSOLUTA
No zero absoluto, ou quando T = 0 K, toda energia de movimento
térmico foi removida, e todos os átomos ou íons em uma rede cristalina
perfeita estão em uma rede contínua perfeita.

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Sem desordem espacial, sem movimento térmico.


A entropia é zero: se S = 0, somente há uma maneira de arranjar as
moléculas. Não se pode atingir realmente o zero absoluto – tudo tem
alguma energia interna.
Ela nos permite verificar que quando T se aproxima de zero, a entropia
absoluta tende a zero. Os efeitos da Terceira Lei são mais
pronunciadamente notados em temperaturas muito baixas (incomuns
em nosso cotidiano).
A Terceira Lei também nos permite definir entropias de algumas
substâncias relativas aos seus cristais perfeitos a 0 K.
A variação de entropia de qualquer transformação física ou química
tende a zero quando a temperatura tende a zero, admitindo-se que
todas as substâncias envolvidas estão ordenadas perfeitamente.

S  0, quando T  0
De acordo com os conceitos iniciais vistos acima, podemos dizer que
um enunciado da terceira lei da termodinâmica é o seguinte:
Se a entropia de cada elemento no seu estado mais estável a T = 0 é
fixada em zero, então cada substância tem uma entropia positiva que
em T = 0 pode tornar-se zero, o que também é zero para todas as
substâncias cristalinas perfeitas, incluindo os compostos.
Um dos cientistas que contribuiu muito para essa lei da termodinâmica
foi Nerst, que enunciou o teorema abaixo.
O Teorema do Calor de Nerst:
“A variação de entropia que acompanha qualquer processo
físico ou químico tende a zero quando a temperatura tende a
zero: S  0 quando T  0.”
7. QUESTÕES PROPOSTAS

01. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR – 2010)

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Um gás ideal sofre uma expansão a pressão constante, onde o volume


inicial é 1,0 m3 e o volume final é 4,0 m3. A pressão ao longo do
processo é p = 2,0 x 105 N/m2, conforme mostrado no gráfico acima.
Qual o trabalho realizado pelo gás?
(A) 8,0 x 105 J
(B) 6,0 x 105 J
(C) 5,0 x 105 J’
(D) 600 J
(E) 10,0 J
Resolução:
Essa é muito tranquila, basta aplicar a fórmula do trabalho de uma
expansão a pressão constante ou então a área sob o gráfico, que
resultará no mesmo valor.

  P .V
  2, 0.105.  4  1
  6, 0.105 J
As unidades estão todas no SI, o que não leva a nenhuma necessidade
de transformação de unidades.
Resposta: B.

02. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR – 2010). Um gás ideal recebe uma certa quantidade de calor
a volume constante. Nesse processo, a temperatura final é 3 vezes

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maior do que a temperatura inicial Tf=3Ti. Sabendo- se que a pressão


inicial é de 1 atm, qual é a pressão do gás ao final desse processo?
(A) 1 atm
(B) 2 atm
(C) 3 atm
(D) 4 atm
(E) 5 atm
Resolução:
A volume constante, podemos equacionar a transformação gasosa da
seguinte forma:

P P0

T T0
P 1atm
  P  3atm
3. T i Ti
Questão bem tranquila sobre transformações gasosas.
Resposta: C.

03. (CESGRANRIO – DECEA - CONTROLADOR DE TRÁFEGO


AÉREO – 2012) Um gás ideal de volume de 5,0 x 10−3 m3 encontra-
se em equilíbrio termodinâmico em uma caixa que possui um
aquecedor e um êmbolo de massa desprezível que pode mover-se
livremente, como mostra a Figura abaixo.

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Em um determinado momento, o aquecedor é ligado, e o gás sofre


uma expansão isobárica reversível até atingir o volume de 7,0 x 10 −3
m3, quando, então, o aquecedor é desligado. Se a quantidade de calor
total, entregue ao gás, foi de 500 J, qual foi, aproximadamente, em J,
a variação da energia interna sofrida pelo gás?
(A) 500
(B) 300
(C) 250
(D) 200
(E) 0
Resolução:
A questão trata da 1ª Lei da Termodinâmica, que é uma mera
consequência do princípio da conservação da energia.
Quando um gás ideal é aquecido, fornecendo-se calor a ele, esse calor
é convertido em aumento de energia interna do gás e realização de
trabalho mecânico também pelo gás.
O trabalho realizado pelo gás pode ser calculado pela famosa fórmula:
  P  V
  1,0.105 N / m2 .(7,0.10 3  5,0.10 3 )m
  1,0.105 N / m2 .2,0.10 3 m
  200J
Encontrado o trabalho realizado pelo gás, basta aplicar a 1ª Lei da
termodinâmica:

Q  U  
500J  U  200J
U  300J
Resposta: B.

04. (CESPE – PO/AL – PERITO CRIMINAL). Considere um sistema


composto por um fluido confinado em um recipiente cilíndrico, que,
inicialmente, esteja em determinado estado de equilíbrio

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termodinâmico. Considere, ainda, que o fluido sofra um processo


termodinâmico e volte ao estado inicial e que o processo cíclico seja tal
que, ao voltar ao estado inicial, ele realize certo trabalho W > 0. A
partir dessas informações, julgue os itens que se seguem.
1. Em uma máquina térmica real, o calor recebido pelo sistema é
menor que o calor cedido ao meio externo.
2. Como o fluido volta ao estado inicial, a variação da energia interna
é maior que zero.
3. Em um diagrama P × V (pressão versus volume) de determinado
processo cíclico termodinâmico, o trabalho corresponde à área da
região interna ao ciclo.
Resolução:
Comentário:
1. Em uma máquina térmica real o que ocorre é uma rejeição de calor
para a fonte fria, ou seja, o calor recebido é sempre maior que o calor
cedido ao meio externo, o que resta de calor a máquina converte em
trabalho útil.
Resposta: item incorreto.

2. Como o fluido volta ao estado inicial, a variação da energia interna


é maior que zero.
Comentário:
A energia interna de um gás é uma função de estado, ou seja, depende
apenas dos estados inicial e final do gás para que saibamos se houve
aumento, redução ou se permaneceu constante.
No caso acima, como os estados final e inicial são os mesmos, então
podemos dizer que não houve variação de energia interna.
De acordo com a primeira lei da termodinâmica, o calor é convertido
em trabalho.
Resposta: Item incorreto.

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3. Em um diagrama P × V (pressão versus volume) de determinado


processo cíclico termodinâmico, o trabalho corresponde à área da
região interna ao ciclo.
Comentário:
No caso acima, podemos dizer que o item está correto, de acordo com
o que foi visto na parte teórica das máquinas térmicas e
transformações cíclicas, a área interna da região delimitada pelo
gráfico P x V é igual ao trabalho realizado pela máquina.
Resposta: Item correto.

05. (CESPE – UNB – ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO -


ENGENHEIRO NAVAL/MECÂNICO) Considerando as
transformações em gases ideais, julgue os itens seguintes.
1. Ao se comprimir um gás adiabaticamente, a pressão desse gás
aumenta, mas a sua temperatura permanece constante.
2. Em uma expansão isobárica, o aumento de energia interna é igual
à soma do trabalho e do calor que o gás recebe.
3. De acordo com a primeira lei da termodinâmica, quando se fornece
calor a um sistema e sua energia interna não varia, o volume desse
sistema, necessariamente, aumenta.
Resolução:
Comentário:
1. Ao se comprimir um gás adiabaticamente, a pressão varia com o
volume de acordo com a equação abaixo:

P .V   const .
Logo, com o volume variando, indiscutivelmente a pressão variará.
Em relação à temperatura esta também não será constante, basta
lembrar dos exemplos do desodorante aerossol e da mangueira da
bomba de encher pneu.
Resposta: Item incorreto.

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2. Em uma expansão isobárica, o aumento de energia interna é igual


à soma do trabalho e do calor que o gás recebe.
Comentário:
Vamos utilizar a equação da primeira lei da termodinâmica:

Q    U
U    Q
Veja que a variação da energia interna é igual ao trabalho realizado,
subtraído do calor absorvido pelo gás.
Resposta: Item incorreto.

3. De acordo com a primeira lei da termodinâmica, quando se fornece


calor a um sistema e sua energia interna não varia, o volume desse
sistema, necessariamente, aumenta.
Comentário:
Quando a energia interna não varia, sinal de que a temperatura se
manteve constante, temos que todo o calor é transformado em
trabalho, de acordo com a primeira lei da termodinâmica.
Assim, se o calor recebido é transformado em trabalho, então
necessariamente o trabalho será de expansão.
Resposta: item correto.

06. (CESPE – UNB – HEMOBRÁS – ENGENHEIRO MECÂNICO).


Uma máquina térmica operando com 25% de eficiência pelo ciclo de
Carnot entrega 5 kW na saída. Considerando que a fonte quente opera
a 527oC e que o calor perdido no ciclo é 7.500 J, julgue os próximos
itens.
1. O trabalho mecânico realizado no ciclo é 2.500 J.
2. A temperatura da fonte fria é menor que 300oC.
3. Cada ciclo tem uma duração de 1 s.
Resolução:
Comentário:

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1. De acordo com o rendimento da máquina podemos resolver esse


item:

Qced 7.500
  1  1
Qrec Qrec
7.500
 0, 75
Qrec
Qrec  10.000 J
O trabalho será a diferença entre o calor recebido e o calor cedido será
o trabalho útil que a máquina conseguiu transformar.
Assim,

  10.000 J  7.500 J
  2.500 J
Resposta: Item correto.

2. A temperatura da fonte fria é menor que 300oC.


Comentário:
Agora podemos calcular a temperatura da fonte fria, de acordo com o
rendimento da máquina, ou com a proporção entre as temperaturas e
os calores, uma vez que essa propriedade é admitida nas máquinas de
Carnot.

Qced T
 fria
Qrec Tquente
7.500 Tfria

10.000 800
Tfria  600 K  273K  327C
Resposta: Item incorreto.

3. Cada ciclo tem uma duração de 1 s.

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Comentário:
A duração do ciclo será calculada de acordo com a potência que foi
fornecida. Como a máquina entrega 5.000J/s na saída, então podemos
afirmar que:

 2.500
Pot   5.000 
t t
2.500
t   0,5s
5.000
Resposta: item incorreto.

07. (CESPE – UNB – CBM/DF - 2011 - OFICIAL). A sociedade


moderna tem demandado a construção de máquinas térmicas
eficientes e com baixa emissão de poluentes. Apesar de existirem
diversos modelos, marcas e fabricantes de combustíveis utilizados
nessas máquinas e em estudo, predominam dois ciclos, denominados
de ciclo Otto e ciclo Diesel. Todo motor real possui um ciclo teórico
associado que subsidia estudos preliminares da viabilidade de sua
implantação. Um desses modelos propõe uma máquina térmica,
operando com gás ideal monoatômico, que realize o ciclo em quatro
etapas, descritas no diagrama pressão versus volume (P × V) na
seguinte sequência: expansão isotérmica, do estado A ao estado B;
transformação isocórica, do estado B ao estado C; compressão
isobárica, do estado C ao estado D; transformação isocórica, do estado
D ao estado inicial A.
Tendo como referência o texto acima e considerando PA = 7PD; PD =
PC; PB= 3PD; VB = 8VA; PA × VA = 1 atm.L; capacidade térmica a volume
constante, CV = (3/2).nRT; e capacidade térmica a pressão constante,
CP = (5/2).nRT, julgue os itens que se seguem.
1. Em um ciclo completo, o valor absoluto do calor cedido é superior
ao valor absoluto do calor absorvido.

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2. O sentido de percurso do ciclo em questão é o horário. Ao se inverter


para o sentido anti-horário, obtém-se um ciclo teórico de uma outra
máquina térmica.
3. Na expansão isotérmica de A para B, a energia interna do sistema
permanece inalterada.
4. Se, no lugar da máquina proposta, for construída uma máquina
térmica que obedeça ao ciclo de Carnot, será violada a segunda lei da
termodinâmica.
5. Conceitualmente, as máquinas térmicas não consomem energia pois
absorvem e depois devolvem a mesma quantidade de energia, razão
por que contribuem para o aumento da entropia do universo.
Resolução:
1. Comentário:
Já foi visto em uma questão anterior que o calor recebido é sempre
maior que o cedido, se não fosse assim, como poderia haver calor
cedido, se o calor recebido não fosse maior que este último.
Resposta: Item incorreto.

2. O sentido de percurso do ciclo em questão é o horário. Ao se inverter


para o sentido anti-horário, obtém-se um ciclo teórico de uma outra
máquina térmica.
Comentário:
O ciclo no sentido horário garante um trabalho positivo. Por outro lado,
quando o sentido do ciclo é invertido, temos um caso de trabalho
negativo e a máquina térmica precisa de que realizem trabalho para
que ela transforme esse trabalho em calor, cedendo uma parte do
trabalho para a fonte fria.
Portanto, indubitavelmente trata-se de uma outra máquina.
Resposta: item correto.

3. Na expansão isotérmica de A para B, a energia interna do sistema


permanece inalterada.

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Comentário:
Essa foi fácil, basta notar que a temperatura mantém-se constante, o
que garante a energia interna constante e por via de consequência a
sua variação nula.
Resposta: Item correto.

4. Se, no lugar da máquina proposta, for construída uma máquina


térmica que obedeça ao ciclo de Carnot, será violada a segunda lei da
termodinâmica.
Comentário:
A máquina de Carnot não viola a segunda lei da termodinâmica, apenas
faz com que o seu rendimento seja máximo.
Resposta: item incorreto.

5. Conceitualmente, as máquinas térmicas não consomem energia pois


absorvem e depois devolvem a mesma quantidade de energia, razão
por que contribuem para o aumento da entropia do universo.
Comentário:
Para as máquinas térmicas é válido o princípio da conservação da
energia. Assim, toda a energia absorvida pela máquina se transforma
em trabalho útil somado à perda de energia para a fonte fria.
Resposta: Item correto.

08. (CESPE – UNB - CBM/DF BOMBEIRO OPERACIONAL


MILITAR). Julgue os itens que se seguem, a respeito de
termodinâmica e eletromagnetismo.
1. Se um gás ideal sofrer uma expansão isotérmica quase estática,
então o trabalho realizado por esse gás será igual à variação de sua
energia interna.
2. O trabalho realizado por uma máquina térmica é igual à diferença
entre a quantidade de calor absorvido da fonte quente e a quantidade
de calor rejeitado para a fonte fria. Se a máquina opera segundo o ciclo

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de Carnot, a sua eficiência é máxima, e, consequentemente, a


quantidade de calor rejeitado para a fonte fria é a menor possível.
3. A primeira lei da termodinâmica, consequência do princípio da
conservação da energia, estabelece que o trabalho realizado sobre um
sistema é numericamente igual à quantidade de calor liberada por esse
sistema.

1. Se um gás ideal sofrer uma expansão isotérmica quase estática, então o


trabalho realizado por esse gás será igual à variação de sua energia interna.

Resposta: item incorreto.


Comentário:
Uma expansão quase-estática é a expansão adiabática, conforme visto na parte
teórica, então você deve se lembrar de que nesse tipo de transformação o calor
é nulo, o que implica que a variação de energia interna é igual a “menos” o
trabalho.
Q= + U
U=-

2. O trabalho realizado por uma máquina térmica é igual à diferença entre a


quantidade de calor absorvido da fonte quente e a quantidade de calor rejeitado
para a fonte fria. Se a máquina opera segundo o ciclo de Carnot, a sua eficiência
é máxima, e, consequentemente, a quantidade de calor rejeitado para a fonte
fria é a menor possível.

Resposta: item correto.


Comentário:
A máquina que opera em ciclo de Carnot possui uma grande vantagem em
relação as demais, o rendimento, que será o maior possível.

Desta forma, a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria é mínima.

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3. A primeira lei da termodinâmica, consequência do princípio da conservação
da energia, estabelece que o trabalho realizado sobre um sistema é
numericamente igual à quantidade de calor liberada por esse sistema.

Resposta: Item incorreto


Comentário:
Nesse caso, a primeira lei garante que o trabalho é igual a quantidade de calor
recebida subtraída da variação de energia interna, que serve para aumentar a
temperatura do gás.

09. (CESPE-UNB – CBM-DF - OPERADOR E CONDUTOR DE


VIATURAS). Dois mols de um gás ideal monoatômico estão
confinados em um recipiente de 48,0 L, onde a temperatura é mantida
constante e igual a 300 K. A partir dessa informação, julgue os itens
que se seguem, considerando que a constante universal dos gases
R = 0,08 atm.L/(mol.K) = 8,2 J/(mol.K).
1. O calor específico molar, a volume constante, para o referido gás é
superior a 12,0 J/K.
2. A pressão no interior do recipiente é superior a 1,5 atm.
Resolução:
1. Comentário:
O calor molar, a volume constante, de um gás monoatômico, pode ser
calculado a partir da seguinte fórmula:

3
CV  .R
2
3
CV  .8, 2  12,3J / molK
2
Resposta: item correto.

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2. A pressão no interior do recipiente é superior a 1,5 atm.


Comentário:
Vamos calcular a pressão no interior do recipiente de acordo com a
equação de Clapeyron:

P .V  n.RT
.
P .48  2.0, 08.300
P  1, 0atm
Resposta: item incorreto.

10. (CESPE-UNB - CBM-ES – OFICIAL COMBATENTE). O gás ideal


é um dos modelos mais simples utilizados no estudo das leis da
termodinâmica e suas aplicações. Uma das vantagens desse modelo
decorre do fato de muitos gases reais apresentarem, sob certas
condições, um comportamento bastante próximo ao dos gases ideais.
Entretanto, é evidente que alguns importantes fenômenos físicos não
podem ser tratados utilizando-se tal modelo. Um exemplo são as
mudanças de fase. Com base na Primeira Lei da Termodinâmica, na
teoria dos gases ideais e nas informações acima, julgue os itens
seguintes.
1. Ao se efetuar trabalho, à pressão constante de 1,0 Pa, sobre um mol
de gás ideal monoatômico, o calor fornecido pelo gás é proporcional à
redução de seu volume e a constante de proporcionalidade é igual a
5/2.
2. De acordo com a equação de estado dos gases ideais, a pressão de
um gás ideal é diretamente proporcional à sua temperatura e
inversamente proporcional ao seu volume.
3. Para que o modelo de gás ideal possa ser aplicado a um gás real,
em bom grau de aproximação, são condições necessárias e suficientes
que os gases sejam rarefeitos e estejam a temperaturas elevadas.
4. O volume de certa de massa de gás, a pressão constante, varia com
a temperatura, mas sua densidade permanece constante.

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Resolução:
1. Ao se efetuar trabalho, à pressão constante de 1,0 Pa, sobre um mol
de gás ideal monoatômico, o calor fornecido pelo gás é proporcional à
redução de seu volume e a constante de proporcionalidade é igual a
5/2.
Comentário:
Vamos calcular o calor de acordo com a fórmula:

Q  n.CP .T
5
Q  1. .R.T
2
5
Q  .P .V
2
A última transformação R.T foi feita de acordo com a equação de
Clapeyron.
Resposta: item correto.

2. De acordo com a equação de estado dos gases ideais, a pressão de


um gás ideal é diretamente proporcional à sua temperatura e
inversamente proporcional ao seu volume.
Comentários:
De acordo com a equação de Clapeyron:

P .V  n.RT
.
n.RT
.
P
V
Resposta: item correto.

3. Para que o modelo de gás ideal possa ser aplicado a um gás real,
em bom grau de aproximação, são condições necessárias e suficientes
que os gases sejam rarefeitos e estejam a temperaturas elevadas.
Comentário:

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Faltou a previsão e que a pressão do gás seja pequena, ou seja, o


modelo de gás ideal frente ao gás real refere-se a um gás a baixas
temperaturas e altas temperaturas.
Resposta: Item incorreto.

4. O volume de certa de massa de gás, a pressão constante, varia com


a temperatura, mas sua densidade permanece constante.
Comentário:
A densidade de um gás pode ser calculada de acordo com a fórmula
seguinte:

PM
d
RT
Assim, a densidade varia de acordo com a temperatura do gás.
Resposta: item incorreto.

11. (CESPE – FUB – QUÍMICO). A 1 atm, a fusão do gelo não ocorre


espontaneamente em temperaturas inferiores a 273 K, porque o
processo levaria a uma diminuição da entropia do sistema.
Resolução:
Comentário:
Queridos colegas essa questão caiu em uma prova da FUB para o cargo
de químico.
Veja que a teoria vista em nossa aula é suficiente para mostrar que
está incorreta a afirmação.
Lembre-se de que a fusão do gelo é um processo espontâneo, ou seja,
quando ocorre a fusão do gelo, ainda que seja a uma temperatura
inferior a 0°C, ou seja, 273K, temos um aumento de entropia, uma vez
que o líquido possui uma desorganização maior que o sólido.
Assim, a conclusão é que a entropia aumenta quando a mudança de
fase é espontânea.

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Portanto o item está incorreto. Uma questão tranquila, onde você


precisaria conhecer a teoria que circunda o conceito de entropia.
Resposta: incorreto.

12. (CESPE – FUB – QUÍMICO). Na temperatura de fusão do gelo,


com pressão e temperatura constantes, é válida a igualdade: Hf = Tf
× Sf, em que Hf representa a variação de entalpia para a fusão do
gelo; Tf, a temperatura de fusão do gelo; e Sf, a variação de entropia
para a fusão do gelo.
Resolução:
Nessa questão você deveria lembrar-se da equação abaixo:

G  H  T.S
Como estamos diante de uma mudança de fase, a variação da energia
livre de Gibbs será nula, o que implica na equação acima a seguinte
consequência:

G  H  T.S
0  H f  T.S f
H f  T.S f
Assim, veja que a afirmativa do item em apreço está correta.
Resposta: correto.

13. (CESPE – FUB – QUÍMICO). A variação de entropia S


correspondente ao aquecimento de n mols de água gasosa de 373 K a
400 K, à pressão constante de 1atm, pode ser corretamente calculada
por meio da seguinte expressão:

400
S  CP  n  ln
373
Resolução:

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Nessa questão você deveria lembrar-se da equação da variação da


entropia a pressão constante, que nada mais é do que a que vemos
abaixo:

Tf
S  CP  n  ln
T0
Assim, diante do conhecimento da fórmula, você poderia facilmente
chegar à conclusão de que a resposta da questão era item correto, uma
vez que a afirmativa apenas substituiu as temperaturas final e inicial.
Resposta: correto.

14. Se uma reação química tiver uma variação positiva na entropia,


S, então
a) Aumenta a desordem do sistema.
b) a reação é exotérmica.
c) o calor vai do sistema para a vizinhança.
d) a energia livre de Gibbs é negativa.
e) a reação é espontânea.
Resolução:
Na questão acima, uma variação de entropia positiva, como a que
vimos na questão do CESPE da fusão do gelo, haverá um aumento da
desordem, pois a variação da entropia é positiva, logo a entropia final
é maior que a inicial, o que implica dizer que o item correto é o que
menciona aumentar a desordem do sistema.
Resposta: A.

15. A termodinâmica pode ser usada para determinar todos os


seguintes, EXCETO
a) o sentido em que uma reação é espontânea.
b) a extensão a que uma reação ocorre.
c) a velocidade da reação.

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d) a temperatura em que uma reação é espontânea.


e) a variação da entalpia de uma reação.
Resolução:
A espontaneidade de uma reação química é dada pela energia livre de
Gibbs:

G  0  espontânea
G  0  não espontânea
Veja que esse estudo se faz na termodinâmica.
A extensão a que uma reação da mesma forma, é assunto estudado
pela termodinâmica.
A variação de entalpia está ligada à energia envolvida em uma reação
e isso também é assunto de termodinâmica.
O único item que carrega um assunto que não está ligado ao estudo
da termodinâmica é a velocidade de reação, pois esse assunto é objeto
de estudo da cinética química.
Resposta: C.

16. Qual dos seguintes envolve uma diminuição da entropia?


a) a sublimação do dióxido de carbono
b) a dissolução do NaCl na água
c) a decomposição de N2O4 (g) a NO2 (g)
d) a evaporação do etanol
e) congelamento da água líquida a gelo
Resolução:
O congelamento da água líquida é um processo que envolve a redução
da desordem do sistema.
Quando solidificarmos a água, ela passa a ter uma organização maior
que a do líquido. Assim, a entropia diminui, pois a desordem diminui.
Resposta: E.

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17. Uma afirmação da segunda lei da termodinâmica é que


a) as reações espontâneas são sempre exotérmicas.
b) a energia é conservada em uma reação química.
c) a entropia do universo está aumentando continuamente.
d) a entalpia da reação é a diferença entre as entalpias dos produtos e
dos reagentes
e) a energia livre de Gibbs é uma função da entalpia e da entropia.
Resolução:
Mais uma questão em que vamos estudar a segunda lei da
termodinâmica sob o ponto de vista da entropia, portanto, temos que
verificar qual delas traduz o conceito ligado à segunda lei da
termodinâmica ligado à entropia.
Veja que a única afirmativa correta seria o item C, pois nele afirma-se
que a entropia do universo está sempre aumentando, o que é correto.
Resposta: C.

18. Dos seguintes processos produto-favorecidos, quais são


endotérmicos?
1. a combustão do metano para produzir o dióxido de carbono e água
2. a expansão de um gás ideal
3. a fusão do gelo a temperaturas maiores que 0 °C.
a) somente 1
b) somente 2
c) somente 3
d) 1 e 2
e) 2 e 3
Resolução:
Excelente questão sobre os processos produto favorecidos.
Dentro os que foram citados, vamos escolher apenas aqueles em que
temos uma absorção de energia, pois estaremos assim, diante de um
processo endotérmico.

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Apenas a combustão é um processo exotérmico, portanto não deve ser


assinalado, pois envolve a geração de calor. Quando temos uma
combustão, certa quantidade de calor é liberada para o ambiente, pois
o H é negativo.
A expansão do gás e a fusão do gelo são processos endotérmicos, e,
portanto, são produto-favorecidos e absorvem calor.
Resposta: E

19. Todas as seguintes indicações a respeito da entropia são


verdadeiras EXCETO
a) a entropia é zero para substâncias simples sob condições padrão.
b) a entropia é uma função de estado.
c) uma variação positiva na entropia denota uma mudança para uma
desordem maior.
d) os valores da entropia são maiores ou iguais a zero.
e) a entropia de uma substância na fase gasosa é maior do que em
fase sólida.
Resolução:
A entropia de substâncias simples é zero apenas quando atingem o
zero absoluto, ou seja, estamos diante da terceira lei da
termodinâmica, o que acaba tornando o item A incorreto.
A entropia é uma função de estado sim. A variação de entropia sendo
positiva traduz um aumento da desordem, uma vez que entropia é
sinônimo de entropia.
A entropia é maior ou igual a zero, ocorrendo essa última situação
quando o zero absoluto é atingido.
A entropia de uma substância na fase gasosa é bem maior do que
quando ela está no estado sólido, devido à desordem que é maior
quando o estado físico é o gasoso.
Resposta: A.

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20. Todos os seguintes processos conduzem a um aumento na entropia


EXCETO
a) aumentar a temperatura de um gás.
b) congelar um líquido.
c) evaporar um líquido.
d) formar misturas a partir de substâncias puras.
e) reações químicas que aumentam o número de mols de gás.
Resolução:
Mais uma vez estamos diante de um processo em que queremos o
aumento na entropia.
O único item que não carrega uma situação de aumento na desordem
é o item B, no qual um líquido congelando vai levar a um aumento da
ordem, da organização do sistema.
Resposta: B.

21. Qual reação deve ter uma variação negativa na entropia?


a) 2 NH3 N2 (g) + 3 H2 (g)
b) CaO(s) + CO2 (g) CaCO3 (g)
c) NaCl(s) Na+ (aq) + Cl-(aq)
d) N2O4 (g) 2 NO2 (g)
e) 2C(s) + O2 (g) 2CO(g)
Resolução:
Devemos escolher a reação que possui uma organização maior nos
produtos que nos reagentes, pois isso leva a uma variação negativa de
entropia, ou seja, a ordem do sistema será maior nos produtos.
A resposta é a reação que consta no item B, pois nela temos uma
situação em que, de acordo com os estados físicos dos reagentes e
produtos, a entropia final é menor que a inicial.
Resposta: B.

22. Prediga os sinais de H e de S para a evaporação da água a


35°C.

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a) H>0e S>0
b) H>0e S<0
c) H<0e S>0
d) H<0e S<0
e) Não há informação suficiente para responder a esta pergunta.
Resolução:
Na evaporação da água liquida, devemos ter uma inserção de calor no
sistema, o que levará a um H positivo, pois estaremos diante de um
processo endotérmico.
Da mesma forma, a entropia do sistema deve aumentar, pois a
desorganização deve ser aumentada pela elevação do estado físico.
O gás sempre terá uma entropia maior que o líquido ou sólido, o que
nos leva a um S > 0.
Resposta: A.

23. Para uma reação, um H = +265 kJ e um S = +271.3 J/K. Em


que temperatura G = 0.00?
a) 6.30 K
b) 102 K
c) 359 K
d) 719 K
e) 977 K
Resolução:
Nessa questão vamos utilizar a equação já vista em questão anterior
dessa bateria de exercícios.

G  H  T S
0  H  T S
H 265.000
T T   977 K
S 271,3
Veja que a temperatura para que isso ocorra é bastante alta.

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Resposta: E.

24. A variação de entropia para qualquer processo não é dependente


do caminho pelo qual o processo ocorre. Ou seja, a variação de
entropia para qualquer o processo é uma função de estado.
Resolução:
Meus colegas, foi dito na parte teórica dessa aula que a entropia é uma
função de estado assim como o é também a energia interna.
Assim, trata-se de uma função de estado, na qual o caminho escolhido
pelo processo não influencia no valor da entropia.
Resposta: item correto.

25. Para qualquer processo, a variação de entropia do universo é igual


a soma das variações da entropia do sistema e da vizinhança.
Resolução:
Na parte teórica da aula foi dito que a entropia do universo é igual a
variação da entropia do sistema somada à variação de entropia da
vizinhança.

Suniverso  Ssistema  Svizinhança


Veja que se trata de um assunto visto no início da aula, na parte
teórica, em que, por meio de um exemplo, vimos como raciocinar a
entropia do universo.
Resposta: correto.

26. A entropia de um cristal puro a 0 K é maior que zero.


Resolução:
Essa questão é uma aplicação da terceira lei da termodinâmica, ou
seja, a 0K, no zero absoluto, a entropia de um cristal puro deve ser
igual a zero.
Portanto, o item está incorreto.
Resposta: incorreto.

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Bons estudos
Grande Abraço
Prof. Wagner Bertolini

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