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Профессиональный Документы
Культура Документы
e Esporte
Instituto de Química
USP
Nutrição e Esporte
Professores
Supervisor
Manhã
Apresentação do curso
Tarde
Adaptação
Tomada de O2
VO2
11/02/2003
Manhã
Lactato
Carboidratos
Lipídeos
Tarde
Proteínas
12/02/2003
Manhã
Estresse Oxidativo
Defesa Anti-Oxidante
Tarde
Vitaminas
Sais Minerais
Câimbra
Hidratação
13/02/2003
Manhã
Doping
Tarde
Suplementos
14/03/2003
Manhã
Grupos Especiais
Tarde
Palestra
INDICE
1.
3.
?-Oxidação .............................................................................................. 23
4.
5.
6.
Déficit de O2 ............................................................................................ 31
7.
8.
9.
13. Proteínas................................................................................................. 48
14. Carboidratos............................................................................................ 55
15. Lipídios.................................................................................................... 57
22. Hidratação..............................................................................................135
-1-
1.1. Introdução
Está presente em diversos órgãos internos (tubo digestivo, bexiga, útero etc) e
também na parede dos vasos sanguíneos. As células musculares lisas são
uninucleadas e os filamentos de actina e miosina se dispõem em hélice em seu
interior, sem formar padrão estriado como o tecido muscular esquelético.
Músculo Esquelético
-2-
músculo.
Composição Química
Aporte Sanguíneo
-3-
CONTRAÇÃO MUSCULAR E FIBRAS
Figura 4: Os filamentos
moléculas globulares de
actina que se enrolam
formando uma hélice. A
tropomiosina é um dímero
-4-
CONTRAÇÃO MUSCULAR E FIBRAS
-5-
CONTRAÇÃO MUSCULAR E FIBRAS
4) A abertura destes canais permite que uma grande quantidade de íons sódio
flua para dentro da membrana da fibra muscular no ponto terminal neural.
-6-
filament theory (figura 7), que propõe que um músculo se movimenta devido ao
deslocamento relativos dos filamentos finos e grossos sem a mudança dos seus
comprimentos. O motor molecular para este processo é a ação das pontes de
miosina que ciclicamente se conectam e desconectam dos filamentos de actina
com a energia fornecida pela hidrólise de ATP. Isto causa uma mudança no
tamanho relativo das diferentes zonas e bandas do sarcômero e produz força nas
bandas Z.
contração muscular. Os
filamentos de actina e de
-7-
CONTRAÇÃO MUSCULAR E FIBRAS
de actina (Baseado em I.
58, 1993).
Tipos de Fibras Musculares
Há diferentes e controversos critérios para a classificação do músculo
esquelético humano. Baseados nas características de contração e metabolismo
podemos classificar dois tipos de fibras, as de contração rápida e lenta (figura 9).
rápidas são marcadas com anticorpos contra miosina “rápida”. (B) Células
especializadas em produzir contrações lentas e longas são marcadas com
anticorpos contra miosina “lenta”.
-8-
ácido mas é estável em pH alcalino, essas fibras coram escuro para esta enzima.
As fibras rápidas são conhecidas como células musculares brancas porque elas
contém relativamente pouco de mioglobina, proteína que se torna vermelha
quando na presença de oxigênio. As fibras lentas são chamadas de células
musculares vermelhas, porque elas contêm muito mais desta proteína. As células
podem ajustar-se à característica rápida ou lenta através de mudanças de
expressão gênica de acordo com o padrão de estimulação nervosa que elas
recebem.
-9-
Slow-twitch – tipo I
?? Metabolismo aeróbio
?? Baixa atividade de miosina ATPase
Fast-twitch – tipo II
?? Metabolismo anaeróbio
Tipo IIA
Intermediaria: contração rápida e capacidade aeróbia moderada (alto nível SDH)
e anaeróbia (PFK) = FOG (fast oxidative glicolytic fiber)
Tipo IIB
Potencial anaeróbio maior – verdadeira fast – twitch FG (fast glicolytic) Tipo
IIC
-10-
Pode ser que só haja um aumento na capacidade aeróbia das fast. Ou vice versa.
45 a 55% de slow-twitch
Por outro lado, fisiculturistas e outros levantadores de peso, têm músculos muito
maiores. Sabe-se que o aumento de massa é devido primariamente à hipertrofia
das fibras, mas há situações onde a massa muscular também aumenta em
resposta a um crescimento no número de células.
Existem dois mecanismos primários pelos quais novas fibras podem ser
formadas. No primeiro, fibras grandes podem se dividir em duas ou mais fibras
menores. No segundo, células satélite podem ser ativadas. Células satélite são
Estes novos mioblastos podem tanto se fundir com fibras já existentes quanto se
fundir com outros mioblastos para formar novas fibras.
-11-
-12-
esquemática da fadiga de
contrações intermitentes
submáximas. A capacidade
-13-
representando a “cadeia de
1. Preencha a tabela abaixo, indicando para cada esporte, qual seria o tipo de
fibra predominante (tipo I - lenta, tipo II - rápida), a fonte de energia mais
utilizada e se o exercício é aeróbio ou anaeróbio
Corrida 100m
Maratona
Caminhada
Natação
Sedentário
Creatina + ATP
Para cada uma das atividades, calcule por quanto tempo seria possível realiz ar a
atividade, levando em consideração os dados de gasto energético fornecidos na
tabela.
(kcal/min)
-14-
CONTRAÇÃO MUSCULAR E FIBRAS
Judo
13,8
Karate
13,8
Corrida (rápido)
20,5
aquático
Baseado nos seus cálculos, explique como essas atividades podem ser mantidas
por um período de tempo maior, como ocorre usualmente. Que tipo de substrato
seria utilizado como fonte de energia? Você se lembra das vias de utilização
desses substratos? Para utilizar os substratos que você citou, é necessário que
haja oxigênio?
-15-
REVISÃO – VIAS METABÓLICAS
Ex1
-16-
REVISÃO – VIAS METABÓLICAS
-17-
Possível?
Etapas
a. Proteína ? Glicose
b. Proteína ? Ácido
Graxo
c. Glicose ? Ácido
Graxo
d. Glicose ? Proteína
e. Ácido Graxo ?
Glicose
f. Ácido Graxo ?
Proteína
-18-
GLICOSE
hexoquinase
GLICOSE 6 P
FRUTOSE 6 P
fosfofrutoquinase 1
FRUTOSE 1,6
BISFOSFATO
DIIDROXIACETONA
GLICERALDEÍDO 3 P
FOSFATO
FOSFOENOLPIRUVATO
piruvato quinase
PIRUVATO
-19-
2.1. Glicólise
-20-
H2O
CoA
NADH + H+
OXALOACETATO
CITRATO
citrato
sintase
NAD+
MALATO
ISOCITRATO
NAD+
isocitrato
desidrogenase
NADH + H+
H2O
CO2
FUMARATO
? -CETOGLUTARATO
Co-A
succinato
? -cetoglutarato
NAD+
desidrogenase
desidrogenase
FADH2
NADH + H+
SUCCINATO
SUCCINIL-CoA
CO2
FAD
CoA
GDP + Pi
GTP
produzido na célula se ele gera somente 1 ATP e 1 GTP por molécula de acetil-
coA? Esta via pode funcionar em condições anaeróbias?
-21-
2.5. Glicogênio
alta ou baixa? Por que? Essa condição deve ocorrer durante o exercício ou
durante o repouso?
2.6. Gliconeogênese
-22-
(-OXIDAÇÃO
3. ?-Oxidação
A continuação você tem os mapas das vias metabólicas mais importantes tal e
qual elas são conhecidas em mamíferos. Eles estão relativamente simplificados
ao efeito de que você consiga relembrar coisas básicas e não fique perdido no
meio da complexidade que elas possuem. Logo de cada via, se apresentam
detalhes dos pontos importantes por serem pontos de regulação, por envolverem
gasto ou produção de energia ou poder redutor, ou por mostrar moléculas que
serão nomeadas de aqui em diante e cujo destino você conseguirá seguir pelo
universo metabólico. Alguns desses detalhes serão de utilidade não nessa fase de
revisão e sim ao longo do curso.
-Observe a via de degradação de triacilgliceróis e oxidação (?-oxidação) de
ácidos graxos.
-23-
(-OXIDAÇÃO
-24-
(-OXIDAÇÃO
(3) - ? - Oxidação
-25-
(-OXIDAÇÃO
Tente responder:
-26-
(-OXIDAÇÃO
-jejum
-27-
SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS
-28-
-29-
TOMADA DE OXIGÊNIO
5. Tomada de Oxigênio
-30-
DÉFICIT DE O2
6. Déficit de O2
O déficit de O2 é a diferença entre o oxigênio total consumido durante o
exercício e o total que teria sido consumido se uma taxa estacionária do
metabolismo aeróbio tivesse sido alcançada no início. No gráfico, o déficit está
representado pela área em lilás.
-31-
pode ser medida pela respiração, usando equipamentos que medem o volume e a
presença de oxigênio. Portanto, se medimos um consumo maior de oxigênio
durante o exercício, sabemos que mais células musculares estão contraindo e
consumindo oxigênio. Para receber e usar o oxigênio para gerar ATP para a
contração muscular, as fibras musculares são absolutamente dependentes de dois
fatores:
-32-
delivery é o fator limitante pois mesmo nos músculos treinados, não se pode usar
o oxigênio que não é fornecido. Mas, se o sangue chega nos múculos que não
são treindados, VO2max será menor apesar de uma maior capacidade de
delivery.
?? Utilizar pelo menos 50% da massa muscular total. Atividades que cumprem
este requisito: corrida, ciclismo, remo. O método mais comum no laboratório é a
corrida em uma esteira, com inclinações e velocidades diferentes.
?? Ser feito por pessoas motivadas pois os testes para medir VO2max são muito
pesados mas terminam rapidamente.
Eis um exemplo do que ocorre durante um teste. Sua freqüência cardíaca será
medida e o teste se inicia por uma caminhada em uma esteira a velocidades
baixas e sem inclinação. Se você estiver em forma, o teste pode ser iniciado com
uma corrida leve. Então, a velocidade e/ou a inclinação da esteira é aumentada
em intervalos regulares (30s a 2 min). Enquanto você corre, estará respirando
por um sistema de 2 válvulas. O ar entra do ambiente mas será expirado por
sensores que medem o volume e a concentração de O2.
-33-
VO2MAX - CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO
O valor do VO2 max pode ser dado em duas formas: absoluta, ou seja, em
litros/min e o valor é tipicamente entre 3 e 6 para homes e 2,5 e 4,5 para
mulheres. O valor absoluto não leva em conta as diferenças de tamanho do
corpo.
Por isso, outra forma de expressar o VO2max é na forma relativa, em ml por min
por kg.
b) A afinidade da hemoglobina fetal por BPG é maior ou menor que nos adultos?
Por que?
-34-
RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO
-35-
Justifique, tentando explicar o por que de uma componente mais rápida e outra
mais lenta nos dois últimos gráficos, relacionando com a intensidade e duração
do exercício. Que elementos indicados no gráfico levaram a essas conclusões?
O EPOC tem implicações para a recuperação após o exercício que pode ser feita
de forma ativa ou passiva. A forma passiva consiste em repouso, inatividade
completa que reduz o requerimento de energia, liberando o O2 para o processo
de recuperação. A forma ativa ou cooling down é feita com exercício aeróbio
submaximal, dessa forma, o movimento aeróbio contínuo evita a fadiga e facilita
a recuperação.
-36-
RECUPERAÇÃO APÓS O EXERCÍCIO
-37-
Origem
(-)
O nível total de LDH aumenta em 24-48h após o ataque do coração, tem um pico
em 2 ou 3 dias e retorna ao normal em aproximadamente 5 ou 10 dias. Este
Nutrição e Esporte – Uma abordagem Bioquímica
-38-
Porém, o uso dos níveis de LDH como diagnóstico de infarto do miocárdio têm
sido considerado obsoleto pois após mais de 10 anos tentando fazer com que os
testes utilizando as isoformas de LDH tivessem mais sensibilidade e
especificiade, continua apresentando muitas falhas quando utilizado na prática.
-39-
LIMIAR DE LACTATO
9. Limiar de Lactato
Para determinar o limiar de lactato, podemos utilizar dois procedimentos
distintos:
12
10
(mmol/L)
Limiar de
lactato
concentração de lactato
21
18
8
9
10
velocidade (Km/h)
-40-
LIMIAR DE LACTATO
Freqüência Cardíaca
c) Qual seria uma forma de monitorar o limiar de lactato durante o exercício sem
que seja efetuada a sua dosagem?
-41-
Que sistemas liberam energia mais rapidamente? Existem atividades que sejam
feitas em foram anaeróbia ou aeróbia exclusivamente?
120
100
80
60
40
20
10
30
min
min
duração do exercício
-42-
exercício
extenuante
exercício
moderado
exercício
fraco
25
50
75
100
Não treinados
Treinados
-43-
TREINAMENTO DE LONGA DURAÇÃO E ALTA INTENSIDADE
Essa fadiga, pode-se relacionar com uma gradual diminuição das reservas de
CHO
Como varia a utilização dessas outras fontes em relação com a variação nos
níveis de glicogênio? Que pode dizer respeito da recuperação nos níveis de
glicogênio (5º
dia pós)?
-44-
Discuta:
-Para que tipo de competições você recomendaria uma dieta rica em CHO?
-45-
18
16
14
12
10
FFA
glicose
-46-
350
300
250
glicogênio do músculo
200
150
FFA do plasma
glicose do plasma
100
50
0
25 65 85
porcentagem do VO2max
250
200
ácidos graxos
livres no plasma
150
triglicerídeos
glicogênio
100
glicose
50
sangüínea
sedentário treinado
-47-
PROTEÍNAS
13. Proteínas
Proteínas na dieta
Alguns aminoácidos devem ser fornecidos através da dieta porque sua síntese no
organismo é inadequada para satisfazer as necessidades metabólicas.
Lactentes, idade
Crianças, idade
Crianças, idade
Adultos
3-4 meses
~2 anos
10-12 anos
Histidina
28
8-12
Isoleucina
70
31
28
10
Leucina
161
73
44
14
Lisina
103
64
44
12
Metionina + 58
27
22
13
Cisteína
Fenilalanina + 125
69
22
14
tirosina
Treonina
87
37
28
7
Triptofano
17
12,5
3,3
3,5
Valina
93
38
25
10
Fontes de proteína
Alimentos de origem animal, como carnes, aves, peixes, leite, queijo e ovo,
possuem proteínas de boa qualidade, suficiente para serem considerados as
melhores fontes de aminoácidos essenciais.
-48-
PROTEÍNAS
Aminoácidos Queijo,
Milho
Cereal
Legumes Grão
Nozes,
essenciais
ovo,
integral óleos de de
“folhas
leite e
(com
sementes, gergelim
verdes”
carne
germe) soja
e girassol
Metionina
Isoleucina
X
Leucina
Lisina
Fenilalanina
Treonina
_
X
Triptofano
Valina
-49-
PROTEÍNAS
Quantidade
recomendada
0,8
0,9
0,8
por kg de peso
corpóreo
Gramas de proteína 59
56
50
44
média de peso *)
Proteína exercício 1
-50-
PROTEÍNAS
-51-
PROTEÍNAS
Questões
-52-
PROTEÍNAS
Exercício 2
Exercício 3
-53-
PROTEÍNAS
-54-
CARBOIDRATOS
14. Carboidratos
De onde vem os carboidratos?
Recomendações Nurticionais
-55-
CARBOIDRATOS
Fibra dietética
Embora, a fração insolúvel seja em geral a mais abundante, ela não é a mais
importante. A fração insolúvel da fibra está relacionada co o aumento do bolo
fecal que garante o peristaltismo intestinal e evita a constipação, evitando o
aparecimento de hemorróidas e diverticulites (inflamação da parede do intestino,
resultado de irritação conseqüente a diverticulose) que provocam
enfraquecimento da parede intestinal causada pela pressão de fezes duras.
A relação entre câncer de cólon e fibra dietética tem sido estudada, mas os
resultados são conflitantes. Enquanto alguns pesquisadores afirmam não ter
encontrado qualquer relação, outros descrevem diminuição ou aumento do
aparecimento do câncer. Esse assunto é muito discutido em vista da variabilidade
das condições experimentais.
LIPÍDIOS
15. Lipídios
Para uma boa saúde se tornou comum o uso de lipídios provenientes de fontes
vegetais na alimentação como o óleo de milho. Porém, o consumo total de
lipídios (ambos ácidos graxos saturados e insaturados) podem constituir riscos
para doenças cardiovasculares e diabetes. Portanto, o consumo total de lipídios
deve ser reduzido. Existe associação de dietas ricas em gorduras com cânceres
de ovário, mama e cólon, bem como a possibilidade de promover o crescimento
de outros cânceres. A redução de lipídios na dieta também pode reduzir
problemas de controle de peso.
-57-
LIPÍDIOS
-58-
LIPÍDIOS
-59-
LIPÍDIOS
Saturados
Monoinsaturados
Poliinsaturados
Gorduras
Manteiga
66
31
Toicinho
43
44
13
Margarinas
26
49
25
Óléos
Amendoim
20
50
30
Algodão
27
22
51
Soja
15
25
60
Milho
13
25
62
Girassol
11
21
68
Oliva
14
77
Coco
92
-60-
disorders."
O estudo do papel do estresse oxidativo vem atraindo grande interesse por sua
associação com envelhecimento e uma série de outras condições patológicas. A
relação entre atividade física, radicais livres, antioxidantes, ainda não está bem
estabelecida. Os estudos indicam que em atividades físicas de intensidade média
o organismo tem condições de neutralizar os radicais livres produzidos durante o
exercício. Porém outros estudos mostram que, durante os exercícios intensos e
extenuantes, o sistema antioxidante do organismo não é capaz de neutralizar os
efeitos danosos dos radicais livres ao organismo. Nesta seção introduziremos
conceitos básicos sobre radicais livres, danos oxidativos, defesas antioxidantes e
discutiremos tópicos relacionados à adaptação (indução de enzimas de defesa
antioxidante) lesões e suplementos antioxidantes.
e-
e-
e-
e-
??
H2O2
OH
H2O
2H+
H+
H+
2 ),
2 , porém na presença de metais como o ferro (Fe2 +) ou o cobre (Cu+), ele pode
gerar radicais hidroxila (?OH). O ?OH é provavelmente um dos radicais mais
reativos dentre os ROS.
-62-
Radical superóxido
O ?-
2
É formado através da redução por 1 elétron do
Radical Hidroxila
?OH
Peróxido de H
? -
2O2
É formado na dismutação de O2 catalisada pela
hidrogênio
Ácido hipocloroso
HOCl
É produzido a partir de Cl- e H2O2 pela
Oxigênio singlete
1O2
É uma forma bastante reativa do oxigênio. É
Óxido nítrico
?NO
Peroxinitrito
ONOO-
2 e NO?. Sua
Durante o exercício físico as ROS podem ser produzidas por diversas fontes, que
variam de acordo com o órgão, o tempo de exercício e o tipo de exercício, sendo
que muitas das fontes não são exclusivas e podem ser ativadas simultaneamente.
-63-
Neutrófilos/Macrófagos
O2
NO
NADPH
sintase
oxidase
NO
O ??
Fe2+
?OH
ONOO-
H2O2
Mieloperoxidase
NO
L
L?
LOO?
sintase
HOCl
NO
OH
ONOO-
O ??
Fe2+
H O
Xantina
2 2
O2
Oxidase
O ??
NO
NO
sintase Mitocôndria
Célula Endotelial
Célula Muscular
ocorra
é rapidamente convertido
Succinato
e-
Complexo II
NADH
2 H O
2
2
e-
4H+/4e-
Complexo I
Complexo III
Cit c
Complexo IV
e-
e-
O2
O
O •-
2
2
O consumo de oxigênio pelos tecidos pode aumentar cerca de 100 vezes durante
o exercício intenso o que, teoricamente, levaria a um aumento proporcional da
conversão de O
?-
demonstram esse efeito, ou seja, as suposições existentes sobre esse aumento são
baseadas em observações indiretas como o aumento da peroxidação de lipídios
mitocondriais, perda de grupos tióis em proteínas e inativação de enzimas
oxidativas.
-64-
As reações catalisadas pela Xantina Oxidase (XO) têm sido demonstradas como
uma das principais fontes geradoras de radicais livres durante situações de
isquemia e reperfusão no coração. Durante a isquemia, a alta demanda de
energia do miocárdio leva a degradação do ATP a ADP e AMP. Nas células
musculares o ATP
ATP
2 ADP
AK
AMP
HX
HX
NAD+
Ca2+
XDH
XO
NADH
protease
O ??
X
X
NAD+
Ca2+
O2
XDH
NADH
XO
protease
O ??
UA
UA
Repouso
Exercício
-65-
A produção de O ?-
2 O
2 + NADPH ? 2 O2 + NADPH+ + H+
16.3. NO sintase
?NO + O ?-
2 ? ONOO-
16.4. Metais
Nutrição e Esporte – Uma abordagem Bioquímica
-66-
O alvo celular dos radicais (proteínas, lipídeos e DNA) está relacionado ao seu
sítio de formação. Um alvo clássico são os ácidos graxos poliinsaturados
presentes nas membranas celulares e em lipoproteínas. O processo de oxidação
resultante do ataque de radicais livres sobre a membrana chama-se
lipoperoxidação. A lipoperoxidação é dividida em 3 etapas, iniciação,
propagação, e terminação. Na etapa de iniciação, o radical livre ataca a cadeia do
ácido graxo (LH) abstraindo um hidrogênio, gerando um radical centrado no
carbono da cadeia alifática do lipídeo (L?). Na etapa de propagação, o L? reage
rapidamente com o oxigênio formando radicais peroxila (LOO?), que por sua
vez atacam outros ácido graxos adjacentes gerando mais L?, resultando numa
reação em cadeia. A etapa de terminação é resultante da reação entre os radicais
formando compostos não radicalares. Durante a lipoperoxidação os
intermediários radicalares podem sofrer quebras gerando hidrocarbonetos de
cadeia curta (etano, pentano), aldeídos (como o malonaldeído, 4-
hidroxinonenal), epóxidos e outros produtos altamente citotóxicos. Como
resultado da lipoperoxidação as membranas sofrem alterações na fluidez e na
permeabilidade, resultando em perda na homeostase e morte celular.
LH
Membrana Celular
O
1
2
LH
L?
LOO?
LOOH
Etano, Pentano
Epóxidos
2
L?
Etc.
1. Iniciação: LH ? L?
2. Propagação: L? + O2 ? LOO?
LOO? + LH ? LOOH + L?
produtos
LOO? + L? ?
não
L? + L? ?
radicalares
-67-
ESTRESSE OXIDATIVO, DEFESA ANTIOXIDANTE E ATIVIDADE FÍSICA
As proteínas também são alvos de ataque dos radicais livres. A oxidação dos
aminoácidos resulta na formação de carbonilas, tióis oxidados, entre outras
modificações que alteram a função normal da proteína.
Antioxidantes enzimáticos
Enzima
Propriedades
Tipos
Antioxidante
-68-
dismutase
em H2O2
citoplasma
(SOD)
2 O ? -
+ 2 H+ ? H2O2 + O2
Mn-SOD: localizado na matriz
mitocondrial
no sítio catalítico
Glutationa
(GPx)
GSSH
ativo
Catalase
Remove o H2O2
Heme-Catalase: abundante no
2 H2O2 ? 2 H2O2 + O2
fígado e em eritrócitos.
Mn-Catalase
Antioxidantes não-enzimáticos
Antioxidante Propriedades
Reações importantes
Vitamina E
estável.
Vitamina C
e regenera a vitamina E
eles o O ? -
, HOCl, etc.
Carotenóides Antioxidante lipossolúvel presente Neutraliza os radicais formados
em membranas e tecidos
em membranas. Ótimo
neutralizador de oxigênio
singlete.
Glutationa
(GSH)
funcionamento da GPX.
neutralizar radicais O ?-
2 e ?OH.
Reduz dehidroascorbato à
ascorbato.
Proteína
Propriedades
Transferrina
-69-
ESTRESSE OXIDATIVO, DEFESA ANTIOXIDANTE E ATIVIDADE FÍSICA
Ferritina
Lactoferrina
Albumina
Haptoglobina
ação pro-oxidante.
etc.
Existem vários fatores que podem induzir o estresse oxidativo. Eles podem ser
divididos em dois grupos:
-70-
radiação, etc.
Célula Muscular
Estresse Oxidativo
Estresse Oxidativo
Severo
Ameno
Lesões
Respostas Adaptativas:
-71-
ESTRESSE OXIDATIVO, DEFESA ANTIOXIDANTE E ATIVIDADE FÍSICA
-72-
-73-
??
??
??
??
??
aumento nos níveis de lactato é uma indicação de que o sistema aeróbio não está
sendo capaz de suportar a demanda de energia necessária para completar a
atividade.
-74-
-75-
indicando que a síntese de tais SODs são controladas por diferentes mecanismos
Na maior parte dos estudos em que foi constatado uma alteração da atividade de
enzimas antioxidantes frente ao exercício físico ainda não foi completamente
elucidado se esta alteração se deveu a alteração na expressão gênica, e portanto
na quantidade de enzima, ou a alterações na atividade das enzimas.
-76-
A associação entre ROS e fadiga muscular está em parte relacionado aos danos
provocados por ROS no retículo sarcoplasmático e na homeostase do cálcio.
Embora não se saiba ao certo o mecanismo pelo qual ocorre a lesão, o dano
inicial está relacionado ao rompimento da fibra muscular e os danos
subseqüentes são associados à processos inflamatórios e produção de radicais
livres. Estudos mostram que o treinamento excessivo causa danos musculares
normalmente acompanhados de uma resposta inflamatória aguda, em que se
observa a infiltração de neutrófilos e macrófagos no tecido muscular.
Exercícios:
-77-
Sabe-se que uma das principais fontes de radicais livres durante o exercício e a
cadeia de transporte de elétrons. Quais são as vias metabólicas que alimentam a
cadeia de transporte de elétrons? Qual seria o tipo de exercício em que se
esperaria uma grande produção de radicais livres?
L?
LOO?
LOOH
4
1.-------------------------------
?OH
LOH
Fe2+ ou Cu+
2.-------------------------------
GSSG
GSH
5
3
H
3. -------------------------------
2O
2O2
O
2
2
1
4. -------------------------------
O ??
H2O
5. -------------------------------
Mitocôndria
6. -------------------------------
Célula Muscular
-78-
35
30
Tipo I
Tipo IIb
Fibra
Soleus
White Gastroctemius
25
Velocidade de
Lenta
Rápida
Contração
20
Não treinado
Metabolismo
Oxidativa
Glicolítica
Treinado
15
Mitocôndria
Muitos
Poucos
10
Mioglobina
Sim
Não
Cor
Vermelha
Branca
Tipo I
Tipo IIb
Fibra Muscular
14. Foi comprovado que o exercício leva a uma liberação de ferro nos músculos,
sendo que esse ferro livre se difunde nas membranas e, ao interagir com ácido
ascórbico e tióis, leva a lipoperoxidação. Por que a interação de ferro com ácido
ascórbico e tióis leva a lipoperoxidação?
-79-
VITAMINAS E MINERAIS
Complete o esquema.
1
2
LOO?
LOOH
17. Vitaminas e Minerais
A forma de abordagem desse tópico foi escolhida em virtude da
_ Ah! Como você faz nutrição na USP, pra que serve o Molibdênio?
ou então:
-80-
VITAMINAS E MINERAIS
Dia seguinte você toma a “Santa Carnitina”, vai pro CEPEUSP, faz seu treino
mas não percebe muita diferença. No dia seguinte é a mesma coisa. E no terceiro
dia: nada. Você encontra seu amigo e rola a conversa:
_ Legal né? O barato é coisa fina! Dobrei a dose e já to dando umas 20 voltas
sem cansar.
Daí você olha meio desconfiado, mas fica quieto porque não sabe exatamente o
que está acontecendo. Onde está o problema. “Deve ser comigo.” pensa você, e
fica na dúvida..
Repetimos: Não queremos que vocês decorem todas as funções metabólicas e
respectivas enzimas relacionadas as vitaminas e minerais, queremos que vocês
adquiram uma visão geral e crítica do tema.
Introdução
17.1. Vitaminas:
Características básicas:
ativa
éster retinílico
ácido retinóico
tiamina
pirofosfato de tiamina
vit. K
dehidro vit, K
folato
folato poliglutamatado
-81-
VITAMINAS E MINERAIS
niacina
NAD
4- Função hormonal: A e D.
Ácidos graxos essenciais não são considerados vitaminas, pois participam como
unidades estruturais, além de ser possível seu uso para geração de energia.
17.2. Minerais
Os minerais também são elementos essenciais para a vida. Precisamos de alguns
deles em grandes quantidades e de outros em quantidades extremamente
reduzidas.
Podem atuar como elementos estruturais, como o zinco, o cálcio e o fósforo (na
forma de fosfato), podem ser responsáveis pela geração de potenciais elétricos,
como ocorre com o cloreto, sódio e potássio, ou mesmo na própria catálise
enzimática, quando ligados a sítios ativos.
-82-
VITAMINAS E MINERAIS
Lembrando dessas características dos metais fica mais fácil de entender o porque
determinados metais encontram-se no organismo (precipitados, ligados a
proteínas, reduzidos, oxidados, etc) e como exercem suas respectivas funções.
Mas em termos científicos muito pouco tem comprovação. Não existem provas
concretas de que há necessidade de suplementação se a dieta alimentar estiver
equilibrada. Também no caso do esporte, ainda faltam dados que comprovem
que essa suplementação aumente a performance, talvez com exceção da
reposição de eletrólitos e re-hidratação, que é necessária. Observe que as
palavras reposição e suplementação não são sinônimas.
-83-
VITAMINAS E MINERAIS
comuns são dor de cabeça, vômitos, lesões cutâneas e ósseas, anorexia e queda
de cabelo.
Apesar disso, a ingestão de altas doses dessa substancia não é tão tóxica como a
ingestão de retinóis. Observa-se que indivíduos que recebem altas doses diárias
tem a concentração plasmática em caroteno aumentada, mas não em retinóis.
Então fontes contendo o ferro no seu estado oxidado não são boas fontes. Esse
problema pode ser contornado com a ingestão de vitamina C junto com o ferro (a
vitamina C é redutora). Mas esse não é o único detalhe quanto à absorção de
ferro. O ferro, como outros metais de transição, pode ser complexado por várias
substâncias. Se o complexo formado for estável e não houver mecanismo de
transporte trans-membrana, não haverá uma absorção apreciável. Exemplo dessa
situação é o ferro em vegetais que possuem grandes quantidades de ácido fítico.
As melhores fontes de ferro são as carnes e sangue, onde ele não só está presente
em boas quantidades, mas também está na forma heme (grupo prostético da
hemoglobina e mioglobina), que é uma forma facilmente absorvida.
-84-
VITAMINAS E MINERAIS
-85-
VITAMINAS E MINERAIS
Exercícios
Certas dietas comuns no Japão são baseadas em sopas feitas com essas algas, o
que pode levar a uma ingestão diária de 80 a 200 mg de iodeto (1000 vezes mais
que a quantidade indicada). Essa dieta promove bócio em adultos e crianças.
Qual seria o motivo? Como o bócio foi praticamente eliminado no Brasil?
VITAMINAS E MINERAIS
VITAMINAS E MINERAIS
12. O que você acha dos suplementos multi-minerais (aqueles que contem
cobalto, ferro, zinco, cobre, e mais metade da tabela periódica)? Existe alguma
necessidade de ingestão de cobalto?
13. Não precisamos ingerir sulfato. O sulfato tem funções estruturais diversas no
organismo. As duas afirmações anteriores estão corretas. Qual a explicação para
esse fato?
100
80
60
40
20
% da atividade máxima
Mg / mM
-88-
VITAMINAS E MINERAIS
-89-
VITAMINAS E MINERAIS
Coenzima
Vitamina
Grupo Transportado
Via Metabólica
Tiamina pirofosfato
Tiamina (B1)
(TPP)
Flavina adenina
Riboflavina (B2)
dinucleotídio (FAD)
Coenzima A
Nicotinamida adenina
Nicotinamida (B5)
dinucleotídeo (NAD+)
Piridoxal-fosfato
Piridoxina (B6)
Biotina
Biotina (B7)
Tetraidrofolato
Metilcobalamina
Cobalamina (B12)
Nutrição e Esporte – Uma abordagem Bioquímica
-90-
-91-
ADAPTAÇÕES AO EXERCÍCIO EM DIFERENTES POPULAÇÕES
-92-
Figura 1: (a) freqüência cardíaca, (b) volume circulante, (c) débito cardíaco e (d)
diferença de oxigênio arterial-venoso em um garoto de 8 anos de idade e um
homem completamente desenvolvido
-93-
Componentes do corpo
Massa corporal
70
56,7
48,2 (85,0)
lipídeos essenciais)
Músculo
31,3 (44,7)
20,4 (36,0)
Osso
10,4 (14,9)
6,8 (12,0)
Lipídeos totais
Total
10,5 (15,0)
15,3 (27,0)
Armazenamento
8,4 (12,0)
8,5 (15,0)
Essenciais
2,1 (3,0)
6,8 (12,0)
-94-
ADAPTAÇÕES AO EXERCÍCIO EM DIFERENTES POPULAÇÕES
Exercícios
Variável
Sexo
Repouso
Exercício
Pré
Pós
65% VO 2max
65% VO 2max
treino
treino
(Pré treino)
(Pós treino)
RER
0,84
0,81*
0,92
0,87*
0,86
0,86*
0,94
0,94*
-95-
Lactato no F
0,91*
0,85
2,86
2,12*
plasma (mM)
0,78*
0,85
3,25
2,66*
?? = significativamente diferente entre os sexos.
diferenças nos níveis de lactato no plasma (Tabela 1). Qual seria um dos
mecanismos pelo qual as mulheres oxidariam menos CHO que os
homens?
350
Repouso
mulheres
Exercício
300
homens
250
*
200
150
50
Pré
Pós
65% (pré)
65% (pós)
Dados e um estudo feito em homens que fizeram ciclismo durante pelo menos
três meses, mostram que o exercício sustenido não incrementou a oxidação de
ácidos graxos plasmáticos, sugerindo que o acréscimo na oxidação de graxas
após treinamento, é derivada de triglicerídeos intramusculares.
No primeiro estudo a prática foi feita após 4-6 hs do café da manhã (a refeição
noturna tinha sido de 505 kcal: 52% de COH - 32% de lipídeos – 16% de
proteínas e o café da manhã de 300 kcal: 83% de COH – 17% proteínas) (Figura
1). No segundo estudo, a prática foi feita após jejum de 12 hs e uma refeição
noturna de aproximadamente 690 kcal (60% COH – 25% graxas – 15%
proteínas) (Figura 2).
-96-
ADAPTAÇÕES AO EXERCÍCIO EM DIFERENTES POPULAÇÕES
Figura 1.
Devido a que existe uma correlação entre alto conteúdo de lipídeos no músculo
com a resistência à insulina, resulta interessante determinar se efetivamente
diminuem pela dieta e/ou a atividade física.
-97-
Exercícios:
Com dieta
Com dieta +
Control
exercício
Idade (anos)
42 ? 2
42 ? 2
42 ? 2
39 ? 3
Peso (kg)
100 ? 6
89 ? 4*
84 ? 4*
67 ? 3 $
IMC (kg/m2)
34 ? 1
31 ? 1*
29 ? 1*
24 ? 1 $
Massa graxa no tecido adiposo (kg)
39 ? 3
30 ? 3*
23 ? 1*!
61 ? 5
59 ? 5
62 ? 4
1,6 ? 0,3
1,1 ? 0,1
1,1 ? 0,1
0,78
0,77
0,81
FFA (mmol/l)
0,5 ? 0,1
0,5 ? 0,1
0,5 ? 0,1
Triglicerídeos (mmol/l)
1,6 ? 0,3
1,2 ? 0,3
0,9 ? 0,1*
Fibra Tipo I
Fibra Tipo II A
Fibra Tipo II b
Pré
D + E
Pré
D + E
Pré
D
D + E
Tamanho da fibra 6,231 ? 5,366 ? 5,979 ? 6,138 ? 4,667 ? 5,116 ? 4,874 ? 3,610
? 3,849 ?
(µm)
503
451
303
497
355
336
444
274
407
Número de 251
? 253
? 243
? 165
? 150
? 143
? 77
? 82
? 68
agregados lipídicos 58
30
37
44
14*
32*
18*
12#
14*
a)
-98-
ADAPTAÇÕES AO EXERCÍCIO EM DIFERENTES POPULAÇÕES
b)
Pré
D + E
Control
PFK
64 ? 4 *
65 ? 4 *
59 ? 4*
46 ? 4
CS
9,7 ? 1,1
10,0 ? 0,7
13,3 ? 1,6
10,0 ? 0,7
PFK/CS
7,1 ? 1,0 *
6,8 ? 0,8 *
4,6 ? 0,4
4,7 ? 0,4
COX
6,9 ? 0,5 *
6,4 ? 1,0 *
8,4 ? 0,9
8,1 ? 0,8
HADH
15,0 ? 1,6
15,0 ? 1,4
16,2 ? 0,7
14,2 ? 0,5
-99-
Vários estudos indicam que com aumento da idade as taxas de sínteses das
proteínas musculares misturadas ou mixed muscle protein (responsáveis pela
produção anaeróbica de ATP), e as das proteínas mitocôndrias (responsáveis pela
produção aeróbica de ATP), diminuem com a idade. No entanto, essas taxas de
sínteses representam a média da taxa de síntese de várias proteínas. Como cada
proteína tem diferentes funções, uma melhor aproximação ao entendimento da
sarcopênia pode resultar do estudo das taxas de sínteses de proteínas individuais.
Exercício:
1- Um grupo de pesquisadores estudou os níveis dos RNA mensageiros das três
isoformas da MHC em homens jovens (24 ? 1 a), maduros (25 ? 0,8 a) e idosos
(71
-100-
-101-
ADAPTAÇÕES AO EXERCÍCIO EM DIFERENTES POPULAÇÕES
-102-
DOPING
19. Doping
DOPING NO ESPORTE
Esteróides anabolizantes
-103-
Mecanismo de ação dos hormônios esteróides:
-104-
detectados. Para a testosterona injetável, entre 3 – 6 meses é comumente
suficiente para sua total eliminação.
Agora estudaremos um modelo de ação hormonal desde o nível celular até seus
efeitos metabólicos no organismo como um todo, tomando como modelo o
cortisol.
-105-
dias de oxandrolona via oral, na dose de 15mg/dia. Foram medidos mRNA, IGF-
1 e receptores androgênicos em músculo esquelético. A síntese protéica sofreu
aumento ao redor de 53,5 nmol/min. O mecanismo de ação é
predominantemente por aumento de expressão do receptor androgênico no
músculo esquelético.
melhoradas pelo uso dos esteróides ainda não são aceitas por toda a comunidade
científica.
-106-
-107-
Questionário
6. Você acha que o consumo de hormônios esteróides tenha algum efeito sob a
esterilidade.
acontecer? Explique.
Estimulantes
São drogas que afetam o SNC e que podem ser obtidas do chocolate
-108-
Concentraçao
Cafeína
12 µg/ml
Catina
5 µg/ml
Efedrina
5 ng/ml
Epitestosterona
200 µg/ml
Nonandrosterona
2 ng/ml.- homens
5 ng/ml - mulheres
Metilefedrina
5 µg/ml
Fenilpropanolamina
10 µg/ml
Pseudoefedrina
10 µg/ml
Anfetaminas
As anfetaminas são potentes agonistas catecolaminérgicos (induzem liberação de
catecolaminas pelas terminais nervosas). Agem diretamente nos receptores de
membrana da adrenalina, noradrenalina e serotonina, e inibem sua recaptura
pelos terminais nervosos, o que produz um efeito prolongado ao nível dos
receptores, tanto no SNC como na periferia. Os efeitos centrais das anfetaminas
se observam no córtex cerebral, no talo cerebral e na formação reticular. Ao agir
nestas estruturas produz uma ativação dos mecanismos de despertar, aumento da
concentração mental, maior atividade motora, diminuição da sensação de fadiga,
inibição do sono e da fome.
-109-
Metilxantinas
Os fármacos psicotrópicos como a cafeína, a teofilina e a teobromina são
derivados metilados da xantina, sendo esta, por sua vez, uma dioxipurina
estruturalmente com o ácido úrico. Estas substâncias ocorrem amplamente na
natureza e em muitos alimentos. Alem disso, existem vários fármacos que
contêm cafeína, que incluem desde antigripais, antitérmicos, antiespasmódico,
miorrelaxantes.
-110-
A cafeína aumenta a liberação de cálcio do reticulo sarcoplasmico o qual
aumenta a tensão máxima da fibra fadigada no tecido muscular.
instantâneo aproximadamente 120 mg, chá entre 70 e 130 mg, e bebidas fracas
em cafeína 50 mg. A cafeína é absorvida rapidamente alcançando a maior
concentração plasmática em 1 hora após da ingestão, exercendo uma influência
no sistema nervoso, cardiovascular e muscular.
Uma pesquisa feita com nove ciclistas competitivos, com um VO2 máx de 60
-111-
uma média de 90,2 minutos em comparação com um período muito mais curto
de 75,5 minutos, sem cafeína.
-112-
Conteúdo de cafeína em alimentos populares, bebidas, refrigerantes e
preparações medicamentosas.
-113-
Questionário
1. Quais são as drogas que afetam o SNC e de quais outros produtos naturais
podem ser obtidos?
Explique.
Hormônios peptídicos
-114-
Ação da corticotropina (ACTH) na esteróidogênesis. O ACTH se liga aos
receptores da membrana do plasma, que são acoplados a adenilato ciclase (AC),
a qual estimula a formação do AMP cíclico para ativar a proteína quinase a
(PKA) que estimula as proteínas fosforiladas (P-Pr); estas proteínas estimulam a
expressão dos genes para enzimas esteróidogênesis.
Questionário
-115-
-116-
Somatotropina
O HGH ou Human Growth Hormone utilizado na dopagem é um hormônio
-117-
Questionário
-118-
20. Suplementos
1. Para testar a eficiência da L-carnitina foi elaborado o seguinte
experimento:
950
920
890
860
Consumo (g)
830
800
S0,1
S1,0
S2,0
Grupos
Fig. 2: Peso absoluto
240
210
grupo de
controle
média dos
suplementados
150
14
Tempo (dias)
-119-
SUPLEMENTOS
300
250
grupo de
controle
200
média dos
Peso (g)
suplementados
150
100
13
17
21
25
28
Tempo (dias)
-120-
SUPLEMENTOS
Placebo
Creatina
Antes
Depois
Antes
Depois
Total Cr (TA)
342.3 ? 5.1
346.1 ? 7.7
335.8 ? 8.9
368.1 ? 9.7
Total CR(RF)
372.8 ? 5.7
371 ? 4.6
365.4 ? 5.5
430.9 ? 7.6
PCr/ATP
-121-
SUPLEMENTOS
Medidas
Creatina
Placebo
Antes
Depois
Antes
Depois
88.7
81.6
82.0
Massa Gorda(kg)
15.6
15.7
13.1
13.6
Massa magra(kg)
71.2
72.8
68.6
68.5
Gordura
17.8
17.7
16.0
16.5
corporal(%)
Gráfico 1:
-122-
SUPLEMENTOS
Gráfico 2:
Gráfico 3:
-123-
SUPLEMENTOS
De acordo com esses dados, quais as conclusões que podemos chegar em relação
à performance?
-124-
SUPLEMENTOS
Discuta qual a concentração de Pc nos dois grupos após 20, 60 e 120 min de
recuperação?
-125-
SUPLEMENTOS
56
semana 0
54
semana 4
semana 8
52
50
placebo
HMB
0,5
0
1
placebo
HMB
-0,5
-1
11. Que ações metabólicas estão sendo constatadas nesses experimentos para o
HMB?
-126-
SUPLEMENTOS
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
Nissen et al.
Nissen et al.
Panton et al.
Gallagher et
Presente
1996 -
1996 -
1999 -
2000 -
2000 -
al. 2000 -
estudo -
homens 19
homens
homens
homens e
a 29 anos
19 a 22 anos
~25 anos
anos
anos
a 29 anos
mulheres ~70
anos
mg . kg-1 . dia-1
38
76
14
12
11
Idade
22,3 ? 0,9
21,0 ? 0,9
21,8 ? 1,1
Altura (cm)
178,8 ? 2,8
180,7 ? 1,6
181,8 ? 2,6
Antes (kg)
77,2 ? 4,0
76,1 ? 2,7
81,7 ? 5,3
Depois (kg)
77,6 ? 3,8
78,2 ? 2,7
81,8 ? 2,1
Antes
65,3 ? 2,5
64,4 ? 1,6
69,2 ? 3,0
Depois
65,3 ? 2,2
66,3 ? 1,6
69,0 ? 3,0
Variação
0,0 ? 0,1
1,9 ? 0,6
-0,2 ? 0,5
12. Que conclusões podemos tirar acerca desses dados? A que você atribui a
diferença dos resultados obtidos?
SUPLEMENTOS
1 0 0
gordura
9 0
carboidrato
proteína
8 0
7 0
6 0
5 0
4 0
3 0
2 0
1 0
descanso
leve e moderado
alta intensidade e
alta intensidade e
alta intensidade e
curta duração
longa duração
altíssima duração
Figura 1
-128-
SUPLEMENTOS
1 8 0
1 6 0
1 4 0
1 2 0
1 0 0
8 0
6 0
4 0
2 0
d i e t a b a i x a e m
d i e t a n o r m a l
d i e t a r i c a e m
c a r b o i d r a t o s
c a r b o i d r a t o s
Figura 2
Período
(2 a 4h)
Glicose (mM)
6,7
4,4
3,6
15
Glucagon (? g/ml) 80
100
150
Insulina/glucagon 1,25
0,15
0,05
-129-
SUPLEMENTOS
A maltodextrina é um oligossacarídeo de glicose, com ramificações ? (1? 6).
Energia
1 sachê 80 kcal
0g
20g
0g
(30g)
Em 100g
266 kcal
0g
66,6g
0g
14) A partir de que tipo de nutriente são refeitas as proteínas utilizadas durante o
exercício?
15) O aumento de massa magra tem relação direta com a quantidade de proteínas
ingeridas?
16) Para uma pessoa que pretende ganhar massa magra seria adequado ingerir
suplemento protéico ou de carboidrato?
-130-
SUPLEMENTAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
suplementação para os
Suplemento Nutricional
apregoado
treinamento de força
Não há dados que confirmem que eles
dieta saudável.
da amônia circulante.
Glutamina
indivíduo normal.
Proteínas
80g
Gordura
6g
Carboidratos
5g
H2O
9g
Proteínas
31g
Gordura
6,5g
Carboidratos
50g
-131-
SUPLEMENTAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
Proteínas
22g
Gordura
2,4g
Carboidratos
H2O
75g
Soja por 100g
Proteínas
33g
Gordura
16g
Carboidratos
36g
H2O
9g
Proteínas
25g
Gordura
1,6g
Carboidratos
0g
H2O
70g
Com base nos dados das tabelas acima você acha indicado o uso do suplemento
Whey Protein ou do Power Bar (Protein Plus)? Existem algumas situações aonde
o seu uso fosse mais indicado ou menos indicado?
Proteínas são constituídas de aminoácidos e sofrem digestão para poderem ser
absorvidas no tubo digestivo. Qual seria a diferença de uma suplementação
protéica para o uso de suplementos a base de aminoácidos?
Num experimento realizado com humanos, foi dada uma dieta a base de
carboidratos (como estímulo à liberação de insulina) e aminoácidos e medido a
porcentagem de síntese de proteína muscular. Os resultados se encontram na
Fig.1:
-132-
SUPLEMENTAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
0,2
0,1
Basal
PE
PE + Ins
PE + AA
[?mol/l]
Antes
Depois
Variação
Leu
135
133
-1,5%
Ile
79
76
-3,8%
Val
250
234
-6%
Tyr
79
78
-1,3%
Phe
50
59
-6%
Trp
74
73
-1,4%
fTrp
6,5
9,2
+41%
FTrp/BCAA
0,014
0,021
fTrp/BCAA – razão antes (dia o) e depois (dia 28) sob treinamento de ciclismo
Você concorda com a hipótese do Overtraining e o BCAA? Justifique.
-133-
SUPLEMENTAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
500
placebo
400
suplementado
300
com BCAA
200
(mmol/kg)
100
Descanço
Após o
0,5h após
1h após
2h após
exercício
500
placebo
400
suplementado
300
com BCAA
200
(mmol/kg)
100
0
Descanço
Após o
0,5h após
1h após
2h após
exercício
-134-
HIDRATAÇÃO
22. Hidratação
2) O estômago é capaz de esvaziar até 1,7 litros de água por hora. Qual volume
de água (por hora) você recomendaria para fazer uma reposição hídrica durante
uma atividade física?
6) Existe uma fórmula ótima de bebidas esportivas que atenda a crianças, idosos,
gestantes ou pessoas com doenças crônicas? Para esses diversos casos como
devemos proceder a reposição hídrica?
14.Os aminoácidos são os “tijolos” dos meus músculos, portanto quanto mais eu
ingerir produtos a base de aminoácidos maior será a minha hipertrofia
15.Durante o treino eu provoco microfissuras na estrutura das fibras musculares
e a noite, com uma suplementação proteica, eu irei reconstituir essas fibras
obtendo hipertrofia muscular.
16.Outros alimentos que não sejam de origem animal também são fontes de
proteínas?
21.L-carnitina emagrece.
-136-
33.A maltodextrina diluída em água tem absorção mais lenta que em gel?
35.Maltodextrina engorda?
37.É mais indicado eu utilizar sacarose ou frutose para adoçar o meu suco?
38.Não devo ingerir carboidratos na minha dieta para não engordar mas devo
suplementar com Carb Up para repor as minhas reservas de glicogênio.
39.O que são carboidratos complexos? Como posso coloca-los na minha dieta?
41.Uma suplementação para hipertrofia deve conter produtos como Carb Up,
Carbomax ou Carbo Plus para dar “gás” durante o treino e para não queimar a
proteína dos meus músculos e L-carnitina e “fat burners” para não engordar.
Assim estarei maximizando os efeitos anabólicos e minimizando os efeitos
catabólicos e ganharei massa magra.
51.Creatina dá força.
54.É bom usar creatina quando estiver “bolando” porque aumenta os efeitos do
anabolizante e dá mais força.
60.Creatina deve ser ingerida junto com carboidrato para aumentar a sua
absorção.
66.Suplemento é “bola”?
-137-
71.Devo almoçar, comer uma barrinha energética à tarde e ir treinar a noite para
poder emagrecer?
72.O que é efedrina? Ela ajuda a emagrecer?
76.Água é calórica?
77.Fruta engorda?
-138-
APÊNDICE
24. Apêndice
Biotina
Bioquímica da biotina
Deficiência em biotina
-139-
APÊNDICE
crus (seis por dia) durante muitos meses. Ovos cozidos não oferecem qualquer
risco, pois a avidina é destruída com o aquecimento.
São fontes apreciáveis de vitamina B6: peixe, aves, fígado e ovos. O leite e a
carne de mamíferos menores quantidades. Em todas essas fontes praticamente
toda a vitamina é biodisponível.
Bioquímica da vitamina B6
-140-
APÊNDICE
Enzima
Função
Glutamato-piruvato aminotransferase Interconverção de alanina e piruvato
Glutamato-oxaloacetato
Intervonverção de aspartato e
aminotransferase
oxaloacetato
BCAA aminotransferase
Catabolismo do BCAA
Serina desidrogenase
Catabolismo da serina
Serina hidroximetiltransferase
folato
DOPA descarboxilase
Histidina descarboxilase
Produção de histamina
Glutamato descarboxilase
Conversão de ácido glutâmico em
GABA
Cistationina sintetase
homocisteía e serina
Cistationase
Desdobramento de cistationina a ? -
cetobutirato e cisteína
Produção de sulfato
Síntese de taurina
Síntese de esfingosina
Fosfatidilserina descarboxilase
Síntese de Fosfatidiletanolamina
Glicogênio fosforilase
Quebra do glicogênio
Nas aminotransferases o cofator muda de forma com a reação. Por exemplo:
Glutamato + enzima-PLP ?? ?-cetoglutarato + enzima-PMP
Deficiência
-141-
APÊNDICE
Toxicidade
A vitamina B6 apresenta toxicidade se presente na dieta em doses 1000
-142-
APÊNDICE
-143-
APÊNDICE
flavoproteínas.
Enzima
Cofator Função
Metabolismo energético
Acil-CoA desidrogenase
FAD
Succinato desidrogenase
FAD
Ciclo de krebs
NADH desidrogenase
FMN
Cadeia respiratória
Xantina desidrogenase
FAD
Catabolismo de purinas
Glutationa redutase
FAD
Produção de 5-metil-H4folato
Esfinganina oxidase
FAD
Síntese de esfingosina
FMN
Metabolismo da vitamina B6
Monoamina oxidase
FAD
Metabolismo de neurotransmissores
FAD
FMN
Colina oxidase
FAD
Catabolismo da colina
Catabolismo da colina
Monometilglicina
FAD
Catabolismo da colina
desidrogenase
-144-
APÊNDICE
Figura 5.
1- O piruvato é descarboxilado, resultando na transferência de um grupo
hidroxietil para a TPP;
Deficiência
-145-
APÊNDICE
tende a ser usado em reações de biosíntese. Sua forma reduzida é gerada na via
das pentoses fosfato, e é utilizada para a biosíntese de ácidos graxos, síntese de
colesterol e pela ribonucleotídeo redutase.
Deficiência
-146-
APÊNDICE
Tanto o leite como o ovo são fontes apenas discretas de niacina, porém uma dieta
rica nesses nutrientes é capaz não só de evitar mas reverter quadros de
deficiência em niacina. A explicação é dada pela grande porcentagem de
triptofano encontrada nesses alimentos. Nosso organismo é capaz de converter
triptofano em niacina (figura 6). É aceito que a cada 60 mg de triptofano
ingeridos, 1 mg de niacina é produzido.
-147-
APÊNDICE
Bioquímica
-148-
APÊNDICE
Deficiência
-149-
APÊNDICE
Para que exerça sua função metabólica outra modificação ainda é necessária,
trata-se da incorporação de uma unidade de carbono, através de uma metilação
na posição 5 ou a ligação de um grupo formil na posição 10. Ao final temos o 5-
metil-tetrahidrofolilpentaglutamato (5-metil-
H4PG5) e o 10-formil-
tetrahidrofolilpentaglutamato (10-formil-H4PG5).
Bioquímica
-150-
APÊNDICE
Pergunta: Ao ler essa passagem do texto, o que é de se esperar que ocorra com
as células em crescimento na falta de folato? E na falta de vitamina B12?
Resposta:
Resposta:
-151-
APÊNDICE
molécula
molécul
metilada
SAH
SAM
H2folat
homocisteí
metionin
formil-AICAR
AICAR
na
a
D
5-metil-
H4folat
H4folato
serina
B6
GAR
5,10-metileno-
glicina
H4folato
formil-GAR
10-formil-
H4folato
TS
dUMP
timidilat
SAM: S-adenosilmetionina
SAH: S-adenosilhomocisteína
-152-
APÊNDICE
Vitamina B12
A vitamina B12 é genericamente denominada cobalamina, termo usado para
designar um conjunto de formas químicas com atividade vitamínica B12. A
ingestão de uma quantidade muito pequena de vitamina B12, algo em torno de
2,0
As principais fontes de vitamina B12 são a carne, frango, peixes e leite, ou seja,
fontes animais. Os vegetais e as leveduras não contêm essa vitamina.
-153-
APÊNDICE
nome
grupo X
função
cianocobalamina ciano
forma medicinal
hidroxicobalamina hidroxila
forma medicinal
metilcobalamina metila
5-
deoxicobalamina
mutase
Bioquímica
Além de ácidos graxos com número ímpar de carbonos, surgem alguns ácidos
graxos metilados. Conforme a deficiência de B12 se acentua, ocorre aumento
nas concentrações de ácidos graxos com cadeias ímpares ou ramificadas, que
passam a ser incorporados nas membranas celulares, inclusive de células
nervosas. Sugere-se que esse seja o mecanismo dos distúrbios neurológicos
muitas vezes associados com a deficiência de vitamina B12.
-154-
APÊNDICE
Resposta:
Resposta:
-155-
APÊNDICE
Caso 1. Um indivíduo adulto, apresentava dor de garganta e fadiga cada vez com
maior intensidade durante um período de 8 meses. O paciente encontrava-se
extremamente pálido e seu hematócrito era de 19 % (valores normais são 47 %
para homens e 42 % para mulheres), indicando anemia. Não haviam sintomas de
alterações neurológicas. A figura BBBB121212 apresenta um estudo de 45 dias
com o paciente. A partir do 28o dia iniciou-se a aplicação de injeções de
vitamina B12.
Resposta:
O caso relatado descrevia um bebê alimentado apenas pelo leite de sua mãe, uma
mulher que nos últimos 8 anos praticava uma dieta estritamente vegetariana.
Muitas vezes ocorre deficiência de B12 na velhice. Nem sempre o nível de B12
está abaixo do esperado, mas os níveis plasmáticos elevados de MMA e
homocisteína indicam a deficiência. De acordo com estudos, aproximadamente
15
-156-
APÊNDICE
Uma outra causa de deficiência é a teníase. Esse parasita, que pode medir metros
de comprimento, consome praticamente toda a vitamina, antes que essa seja
absorvida pelo hospedeiro.
Resposta:
Ácido Pantotênico
A RDA de ácido pantotênico (AP) não está bem definida, uma vez que a
ingestão de AP é normalmente grande. Encontramos essa vitamina na forma
livre (AP), como coenzima-A (CoA), acetil-CoA livre, e como acetil-CoA ligada
a cadeias de ácidos graxos. Somando todas as formas, a ingestão diária em AP
varia de 5 a 10 mg/dia. As maiores fontes alimentares são o fígado, gema de ovo
e vegetais.
A CoA está presente em uma ampla gama de reações: ciclo de Krebs, síntese e
oxidação de ácidos graxos, metabolismo dos aminoácidos e de corpo cetônicos,
síntese do colesterol e conjugação de sais biliares.
-157-
APÊNDICE
Como cofator da sintetase de ácidos graxos está presente nas formas de acetil-
CoA e também covalentemente ligada a essa enzima como 4’-
-158-
APÊNDICE
-159-
APÊNDICE
Alimento
Concentração (mg/100g)
Brócolis, cru
97 – 163
Repolho, cru
42 – 83
Espinafre, fresco
25 – 70
Batatas
11 – 13
Tomates
14 – 19
Bananas
12 – 19
Laranjas
53 – 63
Bioquímica
-160-
APÊNDICE
Dentro das células o ascorbato é usado como doador de elétrons como parte da
interação entre ferro e ferritina e pode prevenir a oxidação de lipoproteínas de
baixa densidade (LDL). O ascorbato extracelular pode também transferir
elétrons para radicais de tocoferol em partículas de lipídio ou membranas. Para
muitas dessas reações existem fortes evidências in vitro e não in vivo. É essencial
para a oxidação da fenilalanina e da tirosina e para conversão de folacina em
ácido tetrahidrofólico e na formação de noradrenalina a partir de dopamina. É
também necessário para redução do ferro férrico a ferroso no trato intestinal.
Embora se divulgue que altas concentrações de vitamina C auxiliam o organismo
na resistência a infecções, dados que ligam a maior ingestão de vitamina C com
a prevenção e cura de gripes e resfriados carecem de maiores evidências
científicas.
-161-
APÊNDICE
Deficiência
-162-
APÊNDICE
Bioquímica
seguido pela adição de oxigênio para formar peróxido que pode reagir com outra
molécula de PUFA gerando outro radical livre e propagando a reação.
-163-
APÊNDICE
oxidativa?
Deficiência
Excesso
Pecularidade
Vitamina K
-164-
APÊNDICE
-165-
APÊNDICE
Deficiência
-166-
APÊNDICE
Função e deficiência
APÊNDICE
-168-
APÊNDICE
Vitamina D
O termo vitamina D é usado para todos os esteróides que possuem atividade
biológica de colecalciferol. Existem duas formas ativas de vitamina D: o
ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol (vitamina D3), ambos com
atividade anti-raquítica. A vitamina D2, existente nos alimentos de origem
vegetal, origina-se da irradiação do ergosterol e é a forma usada na fortificação
de alimentos (aditivo alimentar). O colecalciferol provém da transformação não-
enzimática do precursor 7-deidrocolesterol (intermediário na síntese do
colesterol) existente na pele de mamíferos, pela ação dos raios ultravioletas do
sol, da mesma maneira que o ergosterol.
-169-
APÊNDICE
1,25-dihidroxivitamina D3.
Metabolismo
A circulação sangüínea da vitamina D exige proteínas carregadoras como a
vitamina A proteína específica é a proteína transportadora da vitamina D (DBP),
que é uma globulina.
Função
Deficiência
-170-
APÊNDICE
Minerais
Cobre
A RDA para o cobre não está bem estabelecida, porém aconselha-se a ingestão
de 1,5 a 3,0 mg de cobre por dia. Alimentos como o fígado, chocolate, nozes,
avelãs, e moluscos são boas fontes de cobre. As ostras são a melhor fonte de
cobre, pois possuem grandes quantidades desse e de outros metais, como o
zinco, compartimentados em vesículas.
Bioquímica do cobre
função
citocromo c oxidase
cadeia respiratória
lisina oxidase
síntese de colágeno
dopamina ?-hidroxilase
síntese de neurotransmissor
tirosina oxidase
síntese de melanina
-171-
APÊNDICE
citoplasmática
(superoxidos)
amina oxidase
correlatas
metalotionina
armazenagem de cobre ou desintoxicação
ceruloplasmina
A absorção de cobre não é prejudicada pelo ácido fítico, como ocorre com o
cálcio, ferro e zinco. Uma vez absorvido passa pelo fígado, onde se liga a
ceruloplasmina e é liberado dessa forma para a corrente sanguínea. A
ceruloplasmina contém de 60 a 95 % do cobre plasmático. Cerca de 7 % do
cobre se liga a albumina e a aminoácidos livres, principalmente histidina,
treonina e glutamina. Embora não seja letal, a ausência de ceruloplasmina pode
acarretar diabetes, degeneração da retina e formação de depósitos de cobre no
cérebro, fígado e pâncreas.
Deficiência
Dietas deficientes em cobre são raras e não atingem nenhuma população de que
se tenha conhecimento. Portanto a deficiência ocorre apenas em casos extremos
de mal-nutrição.
Quando induzida em animais provoca anemia (não pode ser tratada com ferro),
aumento do coração e drástico aumento das mitocôndrias do coração. Em alguns
casos ocorre ruptura do músculo cardíaco e de artérias, provavelmente pela
redução da atividade da lisina oxidase. A ocorrência de osteoporose é comum
nesses casos.
Doença de Wilson
-172-
APÊNDICE
Os danos hepáticos tendem a ocorrer a partir dos oito anos de idade, enquanto os
danos neurológicos apenas a meia idade. Os danos neurológicos não incluem
retardamento mental, e sim perda de coordenação.
Resposta:
Doença de Menke
Nessa doença o nível de cobre sérico, hepático e cerebral são baixos, enquanto
as mucosas do intestino, renal e do tecido conectivo apresentam altos níveis de
cobre.
-173-
APÊNDICE
Resposta:
Iodeto
Infelizmente algumas das áreas mais pobres do mundo ainda sofrem dessa
deficiência.
Bioquímica do iodeto
-174-
APÊNDICE
-175-
APÊNDICE
-176-
APÊNDICE
Deficiência em iodeto
em condições
na
normais
deficiência
13
23
T4 plasmático (ng/ml)
40
20
23
68
tecido)
TSH (ng/ml)
2,4
2,9
vezes mais que a quantidade indicada). Essa dieta promove bócio em adultos e
crianças. Qual seria o motivo?
Resposta:
-177-
APÊNDICE
Magnésio
A RDA para o magnésio é de 4,5 mg/kg de massa corpórea. Plantas e carne são
boas fontes desse mineral. A absorção vai de 20 a 70 %, dependente da
quantidade ingerida, de forma a uma dieta com baixo nível de magnésio
proporcionar uma absorção maior, e vice-versa. Existe um mecanismo de
transporte especifico, aparentemente vitamina-D-sensível, como observado para
a absorção de cálcio.
Bioquímica do magnésio
-178-
APÊNDICE
Certas enzimas requerem magnésio livre (não ligado a ATP), porém cabe
ressaltar que nessas enzimas o manganês é 10.000 vezes melhor ativador, o que
faz crer que nesses casos o manganês é o ativados biológico dessas enzimas.
Deficiência de magnésio
Resposta:
-179-
APÊNDICE
Resposta:
Manganês
Ainda não está definida uma RDA para o manganês, porém recomenda-se , para
adultos, o consumo diário de 2 a 5 mg desse mineral.
A absorção de
Bioquímica do manganês
A piruvato carboxilase é uma metaloenzima que contém em cada uma das suas
quatro subunidades uma molécula de biotina e um átomo de manganês. O
-180-
APÊNDICE
Deficiência em manganês
Molibdênio
-181-
APÊNDICE
Resposta:
Bioquímica do molibdênio
Deficiência
Sulfito e sulfato
O sulfito é uma substância tóxica, porém, conforme pode ser visto na seção
correspondente ao molibdênio, o sulfito é convertido a sulfato. A maior parte do
sulfito ingerido está presente no alimento como aditivo. O sulfito como aditivo
impede o crescimento bacteriano, e atua como antioxidante, preservando a
qualidade microbiológica e principalmente a cor de determinados alimentos.
-182-
APÊNDICE
O sulfato está presente nos mucos secretados por células epiteliais. Por exemplo,
o muco gástrico é uma glicoproteína que contém cerca de 500 cadeias de
carboidratos, com grupos sulfato ligados a resíduos de N-acetilglicosamina e
galactose. Encontramos ainda sulfato em diversos hormônios e proteínas, onde
liga-se a resíduos de tirosina.
Bioquímica do zinco
-183-
APÊNDICE
-Phe-AA-Cys-AA-AA-Cys-(AA)3-Ph-(AA)5-Leu-AA-His-(AA)3-His-
Atenção: nem todas as proteínas que apresentam uma região com essa seqüência
são zinc fingers.
proteínas/enzimas
função
anidrase carbônica
interconverção de CO
2 /HCO2
álcool dehidrogenase
catabolismo do álcool
fosfatase alcalina
carboxipeptidase A
carboxipeptidase B
balanço salino
(superoxidos)
biossíntese de heme
cristais
usada no empacotamento de
catecolaminas
esfingomielinase
metalotionina
lactoalbumina/galactisiltransferase
síntese de lactose
componente 9 do complemento
sistema imune
proteína quinase C
frutose 1,6-difosfatase
gliconeogênese
-184-
APÊNDICE
timulina
5’-nucleotidase
quebra do fosfato de nucleosídeos 5’-
monofosfatos
glioxalase
desintoxicação de aldeídos
apo B48
# receptor de glicocorticóide
# receptor de andrógeno
# poli(ADP-ribose) polimerase
# RAF
RAS
# HRS
Deficiência
-185-
APÊNDICE
Resposta:
Boro
Cobalto
Silício
-186-
APÊNDICE
Cromo
Ferro
Pouco ferro encontra-se livre no nosso corpo. Além do ferro ligado a mioglobina
e a mioglobina, grande quantidade de ferro está ligada a uma proteína chamada
ferritina. Essa proteína representa um estoque eficiente do mineral. Em neonatos
o ferro utilizado para o crescimento do bebê é proveniente de grandes
quantidades de ferro ligado a ferritina quando do nascimento, o que é muito
importante, uma vez que o leite materno não é uma fonte conveniente de ferro.
Outros motivos pelo qual o ferro apresenta-se praticamente todo ligado são sua
baixa solubilidade e reatividade, ou toxicidade. Em pH 7,0, 0,1 M de íon ferroso
é solúvel, enquanto a solubilidade do íon férrico limita-se a 10-18 M.
Justamente a forma mais solúvel é a forma mais tóxica. Os íons ferrosos reagem
com o peróxido de hidrogênio, gerando íons e radicais hidroxila (reação de
Fenton).
HOOH
HO
+ HO
Fe2
Fe3+
-187-
APÊNDICE
no interior da proteína.
Bioquímica do ferro
mecanismo é o seguinte:
-
2: ocorre a invaginação de uma região de membrana onde encontram-se várias
holotransferrinas ligadas, com a formação de uma vesícula que é internalizada;
-188-
APÊNDICE
Enzima
Função/via metabólica
Aconitase
Ciclo de Krebs
Succinato dehidrogenase
Ciclo de Krebs
Ribonucleotídeo redutase
Xantina dehidrogenase
úrico.
Adrenodoxina
biossíntese de aldosterona,
? 9-desaturase
graxos insaturados
NADH dehidrogenase
Cadeia respiratória
Coenzima Q redutase
Cadeia respiratória
-189-
APÊNDICE
Resposta:
Resposta:
Absorção de ferro
-190-
APÊNDICE
Deficiência
Cálcio
APÊNDICE
Fósforo
Selênio
O interesse pelo selênio foi provocado inicialmente pela sua toxicidade devido
ao envenenamento por selênio, que foi detectado em animais que pastam em
terrenos com altos níveis desse elemento químico. Mais tarde, foi identificado
seu papel positivo quando se provou que protegia ratos deficientes em vitamina
E da necrose hepática. Em 1973, foi descoberta nos tecidos a forma mais ativa
da glutationa peroxidase, uma selenoenzima.O selênio participa da defesa
antixidante e na proteção contra a peroxidação lipídica de membranas celulares e
subcelulares.
Sódio, potássio e cloro estão presentes como íons no corpo. O sódio e o cloro
são principalmente elementos extracelulares e o potássio intracelular. Esses três
minerais estão envolvidos em funções fisiológicas importantes como: balanço e
distribuição de água, equilíbrio osmótico, balanço ácido-base e transmissão dos
Nutrição e Esporte – Uma abordagem Bioquímica
-192-
APÊNDICE
-193-