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DIREITO CONSTITUCIONAL
1. SIGILO BANCÁRIO
1.1. Publicação no jornal dos nomes dos clientes que tinham contas de poupança
no banco, em determinado período, representa quebra do sigilo bancário – (Info 605)
2.2. DIREITO À SAÚDE: Ação pedindo suplemento para criança lactente não
perde o objeto pelo simples fato de terem se passado vários anos sem o julgamento –
(Info 601)
Determinado jornal solicitou que o governo federal fornecesse a relação dos gastos
efetuados com o cartão corporativo pela chefe da representação da Presidência da
República em SP.
O Governo concedeu ao jornal a relação dos gastos efetuados no período, ou seja,
os valores despendidos. No entanto, negou-se a fornecer informações detalhadas
como os tipos de gastos, as datas, valores individuais de cada transação, CNPJ/razão
social das empresas contratadas etc.
O STJ entendeu que essa recusa ao fornecimento do extrato completo (incluindo
tipo, data, valor das transações efetuadas e CNPJ dos fornecedores) constitui ilegal
violação ao direito de acesso à informação de interesse coletivo (Lei 12.527/2011), já
que não havia qualquer evidência de que a publicidade desses elementos atentaria
contra a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República ou de suas
famílias.
STJ. 1ª Seção. MS 20.895-DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 12/11/14 (Info
552).
3. ACESSIBILIDADE
3.1. Judiciário pode determinar a realização de obras de acessibilidade em prédios
públicos – (Info 592)
Dessa forma, não se mostra abusiva nem ilegal a fixação de prazo para o início e o fim
das obras de acessibilidade nos prédios da Universidade Federal.
4. COMPETÊNCIA
4.1. Competência para julgar MS contra ato do chefe do MPDFT no exercício de
atividade submetida à jurisdição administrativa federal – (Info 587) –
IMPORTANTE!!!
O controle externo da atividade policial exercido pelo MPF não lhe garante o acesso
irrestrito a todos os relatórios de inteligência produzidos pela Diretoria de
Inteligência do Departamento de Polícia Federal, mas somente aos de natureza
persecutório-penal.
O controle externo da atividade policial exercido pelo Parquet deve circunscrever-
se à atividade de polícia judiciária, conforme a dicção do art. 9º da LC 75/93,
cabendo-lhe, por essa razão, o acesso aos relatórios de inteligência policial de
natureza persecutório-penal, ou seja, relacionados com a atividade de investigação
criminal.
O poder fiscalizador atribuído ao MP não lhe confere o acesso irrestrito a "todos os
relatórios de inteligência" produzidos pelo Departamento de Polícia Federal,
incluindo aqueles não destinados a aparelhar procedimentos investigatórios
criminais formalizados.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.439.193-RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria, j. 14/6/16 (Info 587).
6. TRIBUNAL DE CONTAS
6.1. Legitimidade do MPTC de impetrar mandado de segurança contra acórdão do
Tribunal de Contas que teria violado prerrogativas institucionais do Parquet – (Info
611)
Quais são os requisitos constitucionais para ser membro dos Tribunais de Contas?
São requisitos para ser Ministro do TCU ou Conselheiro do TCE:
a) nacionalidade brasileira (brasileiros natos ou naturalizados);
b) mais de 35 e menos de 65 anos de idade;
c) idoneidade moral e reputação ilibada;
d) notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de
administração pública;
e) mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional
que exija os conhecimentos mencionados.
Obs: os requisitos acima estão previstos no art. 73, § 1º c/c o art. 75 da CF/88.
Todos os indicados pelo Presidente precisarão ser aprovados pela maioria simples do
Senado, em arguição secreta.
Art. 73, § 1º, IV, da CF/88 não exige que o candidato ao cargo tenha 10 anos de carreira
no MP: O art. 73, § 1º, da CF/88 não estabelece que os membros do Ministério Público
ou os auditores devem ter mais de 10 anos no cargo para poderem ser nomeados para
a função de membro do Tribunal de Contas. O que o § 1º do art. 73 da CF/88 prevê é
que, para ser nomeado membro do Tribunal de Contas, a pessoa deve ter mais de 10
anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija notórios
conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública. Desse modo, a pessoa pode ter apenas 7 anos, por exemplo, no cargo de
Procurador de Contas, mas se ela tiver outros 3 anos de atividade profissional na qual
se exija notórios conhecimentos jurídicos, ela terá preenchido o requisito
constitucional.
7. MANDADO DE SEGURANÇA
7.1. Teoria da Encampação (Sem Info) – (MPGO-2016)
8. IMUNIDADE PARLAMENTAR
8.1. Deputado que, em entrevista à imprensa, afirma que determinada Deputada
"não merece ser estuprada" deve pagar indenização por danos morais – (Info 609)
9. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
9.1. Não há violação à reserva de plenário na decisão que decreta a nulidade de ato
administrativo por violação à CF/88 – (Info 546)
O STJ afirmou que não há ofensa à cláusula da reserva de plenário quando o órgão
fracionário do Tribunal reconhece, com fundamento na CF/88 e em lei federal, a
nulidade de um ato administrativo fundado em lei estadual, ainda que esse órgão
julgador tenha feito menção, mas apenas como reforço de argumentação, à
inconstitucionalidade da lei estadual.
No caso concreto, o Tribunal de Justiça, por meio de uma de suas Câmaras (órgão
fracionário) julgou que determinado ato administrativo concreto que renovou a
concessão do serviço público sem licitação seria nulo por violar os arts. 37, XXI, e
175 da CF/88 e a Lei 8987⁄95. Além disso, ele mencionou, como mais um argumento,
que a Lei Estadual que autorizava esse ato administrativo seria inconstitucional.
Não houve violação porque o ato administrativo que foi declarado nulo não era um
ato normativo. Ademais, a menção de que a lei estadual seria inconstitucional foi
apenas um reforço de argumentação, não tendo essa lei sido efetivamente declarada
inconstitucional.
STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1.435.347-RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
julgado em 19/8/2014 (Info 546).
OBS:
Controle difuso de constitucionalidade: No chamado controle difuso de
constitucionalidade, também adotado pelo Brasil, ao lado do controle abstrato,
qualquer juiz ou Tribunal pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei ou ato
normativo no caso concreto. No entanto, se o Tribunal for fazer essa declaração,
deverá respeitar a cláusula de reserva de plenário.
9.3. Amicus curiae e momento limite para a sua intervenção – (Info 540) –
CUIDADO!!! NCPC – VIDE ART. 138, §3º - LEGITIMIDADE RECURSAL!!!
Para que haja esse afastamento das funções, é necessário autorização da Câmara dos
Vereadores? NÃO. Não existe na legislação tal exigência.
12.2. Termo inicial da ação civil para a perda do cargo – Atenção! Ministério
Público!! IMPORTANTE!!! – (MPSC-2016)
O Tribunal de Justiça poderá determinar a perda do cargo, com base no art. 92, I, “a”,
do CP (São também efeitos da condenação: a perda do cargo quando aplicada pena
privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados
com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública)? NÃO.
As regras sobre a perda do cargo de membro do Ministério Público estadual estão
previstas em norma especial, qual seja, Lei 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do
Ministério Público), que dispõe que a perda do referido cargo somente pode ocorrer
após o trânsito em julgado de ação civil proposta para esse fim. Em outras palavras, o
art. 92, I, “a”, do CP não se aplica para membros do Ministério Público. STJ. 5ª
Turma. REsp 1.251.621-AM, Rel. Min. Laurita Vaz, j. 16/10/14 (Info 552).
Ação civil de perda do cargo: Em 2017, o Procurador-Geral de Justiça ajuizou ação civil
contra João pedindo a perda de seu cargo. Em sua defesa, João alegou que esta ação
civil está prescrita. Isso porque os prazos prescricionais para punições contra os
membros do Ministério Público estão previstos no art. 244 da LC 75/93 (Estatuto do
MPU):
Art. 244. Prescreverá:
I - em um ano, a falta punível com advertência ou censura;
II - em dois anos, a falta punível com suspensão;
III - em quatro anos, a falta punível com demissão e cassação
de aposentadoria ou de disponibilidade.
Parágrafo único. A falta, prevista na lei penal como crime,
prescreverá juntamente com este.
Segundo a tese de João, a falta disciplinar por ele praticada é prevista como crime
(corrupção passiva – art. 317 do CP). Logo, deve ser aplicado o art. 244, parágrafo
único, da LC 75/93. Como João recebeu pena de 2 anos pelo crime praticado, a
prescrição deverá ser contada com base nessa pena em concreto. Assim, o prazo
prescricional seria de 4 anos, nos termos do art. 109, V, do CP:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença
final, salvo o disposto no § 1º do art. 110 deste Código, regula-
se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao
crime, verificando-se:
(...)
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou,
sendo superior, não excede a dois;
De acordo com João, este prazo prescricional iniciou-se na data da decisão do PAD,
em 2011.
Primeira pergunta: A LC 75/93 pode ser aplicada à situação de João, mesmo ele sendo
membro do Ministério Público estadual? SIM. A Lei Orgânica do Ministério Público
(Lei 8.625/93) determina que a LC 75/93 deverá ser aplicada de forma subsidiária:
Art. 80. Aplicam-se aos Ministérios Públicos dos Estados,
subsidiariamente, as normas da Lei Orgânica do Ministério
Público da União.
Em nosso exemplo, o crime imputado é o de corrupção passiva (art. 317), cuja pena
máxima é de 12 anos. Logo, aplicando-se o art. 109, II, do CP, o prazo prescricional
para ajuizar a ação contra João seria de 16 anos.
Quarta pergunta: Esse prazo prescricional para o ajuizamento da ação é contado a
partir de quando? A partir do trânsito em julgado da condenação criminal. Isso porque
o art. 38, § 1º, I, da Lei 8.625/93 afirma que a ação civil para perda do cargo somente
deve ser interposta após o trânsito em julgado da sentença penal, nos casos em que
a falta funcional corresponde também a uma conduta criminosa. Assim, uma das
condições de procedibilidade da ação civil para perda do cargo é a existência de
decreto condenatório proferido no juízo criminal e transitado em julgado. Logo, se a
ação somente pode ser proposta após o trânsito em julgado, não se pode contar a
prescrição antes dessa condição ocorrer. Prescrição somente ocorre quando alguém,
podendo agir, deixa de fazê-lo, no tempo oportuno.
12.4. Legitimidade do Ministério Público estadual para atuar no STJ – (Info 576)
OBS:
Se o Ministério Público Estadual é parte em um processo e houve recurso para o STJ,
ele poderá atuar diretamente neste recurso ou ele precisará da participação do MPF?
Poderá atuar sozinho, sem a participação do MPF. O Ministério Público Estadual tem
legitimidade para atuar diretamente como parte em recurso submetido a julgamento
perante o STJ.
Por que esse tema foi discutido pelo STJ? Havia polêmica sobre o assunto? Sim. Havia
uma tese, aceita durante vários anos, no sentido de que somente o Ministério Público
Federal poderia atuar diretamente no STJ e no STF. Dessa forma, o Ministério Público
Estadual, por meio do Procurador-Geral de Justiça, não poderia, por exemplo, propor
uma reclamação, impetrar mandado de segurança, interpor agravo regimental, fazer
sustentação oral, entre outros atos processuais, quando envolvesse o STF/STJ.
Segundo se entendia, isso teria que ser feito por intermédio do Procurador-Geral da
República.
Qual era o fundamento para essa tese? Argumentava-se que o Ministério Público é
uma instituição una, cabendo a seu chefe, o Procurador-Geral da República,
representá-la, atuando, em seu nome, junto às Cortes Superiores: STF e STJ. Assim,
segundo o entendimento anterior, o Ministério Público Estadual, por meio de seus
Procuradores-Gerais de Justiça, até podiam interpor Recurso Extraordinário e Recurso
Especial contra os acórdãos dos Tribunais de Justiça, no entanto, depois de interposto,
a atribuição para oficiar junto aos tribunais superiores seria do Procurador-Geral da
República ou dos Subprocuradores da República.
Esse entendimento restritivo ao MPE foi superado? SIM. O primeiro passo foi dado
em 2011, quando o STF reconheceu a legitimidade ativa autônoma do Ministério
Público estadual para propor reclamação perante aquela Corte (Rcl 7358/SP, rel. Min.
Ellen Gracie, julgado em 24/2/2011). O STJ seguiu no mesmo correto caminho e
decidiu que o Ministério Público Estadual tem legitimidade recursal para atuar
também no STJ (AgRg no AgRg no AREsp 194.892-RJ, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 24/10/2012 – brilhante voto).
4) MPU e MPE não são unos entre si: O Ministério Público, de fato, é uno (art. 127, §
1º, CF/88). No entanto, a unidade institucional é princípio aplicável apenas no âmbito
de cada Ministério Público. Não é possível dizer, por exemplo, que entre o Ministério
Público estadual e o Ministério Público federal exista unidade. Desse modo, quando
houver necessidade de atuação do Ministério Público Estadual nos processos que
tramitam no STF e STJ, esta deverá ocorrer por meio do seu Procurador-Geral de
Justiça, não suprindo isso o fato de haver a intervenção do Procurador-Geral da
República.
Qual órgão do Ministério Público participa no STF e STJ como custos legis? MPF. É
importante ressaltar que a atuação do Ministério Público como custos legis no STF e
STJ continua sendo feita sempre pelo Procurador-Geral da República ou pelos
Subprocuradores da República (por delegação ou designação). Desse modo, o que se
passou a permitir foi a atuação direta do Ministério Público Estadual como parte no
STF e STJ. Vale sublinhar que nos processos em que o MPE for parte no STJ e STF, o
MPF atuará como custos legis (fiscal da lei), oferecendo parecer.
Nos casos de ação penal de competência originária do STF e do STJ, qual órgão do
Ministério Público oferecerá a denúncia e atuará no processo criminal? MPF. Em tais
hipóteses, a atribuição continua sendo do MPF, por meio do Procurador-Geral da
República (ou um Subprocurador-Geral, mediante delegação do Procurador-Geral).
Nesse sentido: STJ Corte Especial. APn 689-BA, Rel. Min. Eliana Calmon, julgada em
17/12/2012.Trata-se de previsão legal do art. 46, parágrafo único, III e 48, II, da LC
75/93.
12.6. Legitimidade do Ministério Público Estadual para atuar no STJ – (Info 556) –
IMPORTANTE!!! ATENÇÃO!!! MINISTÉRIO PÚBLICO!!!
O Ministério Público Estadual tem legitimidade para atuar diretamente no STJ nos
processos em que figure como parte. Assim, o MPE possui legitimidade para atuar
diretamente em recurso por ele interposto e submetido a julgamento perante o STJ.
STJ. Corte Especial. EREsp 1.327.573-RJ, Rel. originário e voto vencedor Min. Ari
Pargendler, Rel. para acórdão Min. Nancy Andrighi, julgado em 17/12/2014 (Info
556).
O art. 82, III, do CPC estabelece que o MP deverá intervir obrigatoriamente nas
causas em que há interesse público. Segundo a doutrina e jurisprudência, o inciso
refere-se ao interesse público primário. Assim, o Ministério Público não deve
obrigatoriamente intervir em todas as ações de ressarcimento ao erário propostas
por entes públicos.
STJ. 1ª Seção. EREsp 1.151.639-GO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 10/9/14 (Info
548).
O art. 93, I, da CF/88 exige três anos de atividade jurídica para os candidatos nos
concursos da Magistratura. Essa exigência pode ser estendida para os concursos da
Defensoria Pública. No entanto, é indispensável a edição de uma lei complementar
prevendo isso (art. 37, I e art. 134, § 1º, da CF/88).
Enquanto não for editada lei complementar estendendo a exigência dos três anos
para a Defensoria Pública, continua válida a regra do art. 26 da LC 80/94, que exige
do candidato ao cargo de Defensor Público apenas dois anos de prática forense,
computadas, inclusive as atividades realizadas antes da graduação em Direito.
Desse modo, não é possível que Resolução do Conselho Superior da Defensoria
Pública (ato infralegal) exija três anos de atividade jurídica depois da graduação
para os concursos de Defensor Público.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.676.831/AL, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 05/09/17
(Info 611).
OBS:
Art. 93 da CF/88 aplica-se à DP, no que couber: A EC 80/14 inseriu o § 4º ao art. 134
da CF/88 prevendo que devem ser aplicados à Defensoria Pública, no que couber, os
princípios constitucionais estabelecidos para a Magistratura. Veja:
Art. 134 (...)
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional,
aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e
no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído
pela EC nº 80/2014)
Desse modo, depois da EC 80/14, as normas do art. 93 da CF/88 também devem ser
aplicadas à Defensoria Pública, no que couber.
Três anos de atividade jurídica: O inciso I do art. 93 trata dos concursos públicos para
a magistratura e exige do candidato que ele tenha, no mínimo, 3 anos de atividade
jurídica. Confira:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal
Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados
os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz
substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com
a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas
as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três
anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à
ordem de classificação;
O STF entendeu que este art. 93, I, é autoaplicável, ou seja, possui natureza de norma
jurídica de eficácia plena, de sorte que não precisa de lei para produzir todos os seus
efeitos.
A questão, por envolver tema constitucional, será ao final resolvida pelo STF. Vamos
aguardar o que o STF irá decidir. No entanto, trata-se de importante precedente e de
uma esperança para os candidatos que estão fazendo o concurso da DPU e que ainda
não possuem os três anos de atividade jurídica.
Nesses casos, deve-se analisar a lei que rege a Defensoria Pública no Estado. A maioria
das leis complementares estaduais que conheço repete a previsão do art. 26 da LC
80/94 e exige dois anos de prática forense, permitindo o estágio profissional realizado
antes da colação de grau. Aplicando o mesmo raciocínio da decisão do STJ acima
comentada (que analisou o concurso da DPU), pode-se concluir que, enquanto a Lei
complementar do respectivo Estado não for alterada, não será possível exigir três anos
de atividade jurídica nos concursos das Defensorias Públicas estaduais.
A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de
interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano de
saúde reajustado em razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não
sejam carentes de recursos econômicos.
A atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e
a defesa dos necessitados econômicos. Entretanto, também exerce suas atividades
em auxílio a necessitados jurídicos, não necessariamente carentes de recursos
econômicos.
A expressão "necessitados" prevista no art. 134, caput, da CF/88, que qualifica e
orienta a atuação da Defensoria Pública, deve ser entendida, no campo da Ação
Civil Pública, em sentido amplo. Assim, a Defensoria pode atuar tanto em favor
dos carentes de recursos financeiros como também em prol do necessitado
organizacional (que são os "hipervulneráveis").
STJ. Corte Especial. EREsp 1.192.577-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, j. 21/10/15 (Info 573)
13.4. Defensor Público não precisa de procuração para atuar como representante do
assistente de acusação – (Info 555)
14. INDÍOS
14.1. Não se exige que eventuais interessados na remarcação das terras indígenas
sejam notificados diretamente a respeito da existência do procedimento – (Info 611) –
ATENÇÃO! CONCURSOS FEDERAIS!
O Ministério das Relações Exteriores não pode sonegar o nome de quem recebe
passaporte diplomático emitido na forma do § 3º do art. 6º do Anexo do Decreto
5.978/2006.
O nome de quem recebe um passaporte diplomático emitido por interesse público
não pode ficar escondido do público.
Assim, se um jornal requer essa informação, o Ministro é obrigado a fornecer.
STJ. 1ª Seção. MS 16.179-DF, Rel. Min. Ari Pargendler, julgado em 9/4/2014 (Info
543).