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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR À DISTÂNCIA – CESAD


ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM ÊNFASE EM
ESPAÇOS EDUCADORES SUSTENTÁVEIS

ROGERS NASCIMENTO SANTOS

ARTE E SUSTENTABILIDADE NA SALA DE AULA COM


CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL/INFANTIL II

São Cristóvão/SE

2016
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RESUMO

Há uma emergência na busca por estruturas educacionais que correspondam a


reflexões acerca das alterações sofridas pela natureza e do consumo que não
aproveita o lixo, sobre esse não aproveitamento Leff (2001), diz haver uma reflexão
sobre o consumo de materiais que seriam descartados. Podemos levar essa ideia para
o ambiente escolar como elemento pedagógico, por exemplo, nas aulas de artes.
Dentro desse quadro, este artigo pretende demonstrar como alguns artistas têm
envolvido suas produções com o discurso da preservação ambiental e, ainda,
evidenciar a importância dessas obras como agentes de reflexão no processo de
aprendizagem de crianças da educação infantil da cidade de Aracaju-Sergipe. Essa
reflexão que a aula de artes pode provocar no aprendiz é lembrada por Olga Reverbel
(1989), que destaca a importância de nessas aulas haver a sensibilização do educando
para o mundo e não o desejo de transformá-lo em artista. Diante das afirmações de
Left e Reverbel, foram utilizados os artistas, Frans Krajcberg, Vik Muniz no intuito
de propor as crianças a educação ambiental por meio da Arte. As atividades
artísticas ocorreram em uma escola particular da cidade, no mês maio do presente
ano, com o objetivo de sensibilizar as crianças sobre os cuidados com o meio
ambiente e o uso de materiais reciclados na produção artística, já que o problema de
pesquisa foi frente ao não aproveitamento do lixo como elemento pedagógico nas
aulas de artes. Durante as aulas, ocorreram oficinas que trabalharam a reciclagem,
pinturas, etc que foram estratégias para que o aprendiz pudesse se relacionar de
forma prática como afirma (Mirian Celeste 1992), de que a teoria só se materializa
com a prática e vice-versa. Esses assuntos foram discutidos nos tópicos: introdução,
arte e sustentabilidade: aprender com arte e nas considerações finais.

Palavras-chave: Consciência ambiental, meio-ambiente, arte, educação,


sustentabilidade.
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LISTA DE FIGURAS

Figura – 01: Visita de Frans Krajcberg a João Pessoa. 07

Figura – 02: Artista plástico Vik Muniz. 07

Figura – 03: Alunos em pleno trabalho. 10

Figura – 04: Alunos em pleno trabalho. 10

Figura – 05: Alunos em constante movimentação de criação. 11

Figura – 06: Restos de galhos de mangueira encontrados em um terreno desmatado 12


para a ocupação imobiliária no Rosa Elze em São Cristóvão/SE.

Figura – 07: Frans Krajcberg, século XX. A Barbárie Humana, fotos, 2007. 12

Figura – 08: Crianças pintando galhos de árvore. 13

Figura – 09: Crianças pintando livremente o galho de árvore. 13


Figura – 10: Resultado da colagem e da pintura. 14

Figura – 11: Das cinzas. 15


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INTRODUÇÃO

Este artigo trabalha com a conscientização ambiental por meio da arte, pois
vivenciamos experiências diversificadas a cada momento. E, em meio aos
acontecimentos felizes ou sombrios, que saboreamos diariamente, a arte toca
profundamente a nossa sensibilidade, permitindo-nos perceber sempre o belo, o lado
bom, numa comunicação alegre e verdadeira com o mundo e com o interior do nosso
próprio coração.

A sustentabilidade surgiu nos últimos anos, mais precisamente em 1987, onde


alguns países se reuniram a fim de discutirem as questões ambientais de poluição.
Segundo o relatório de Brundtland, sustentabilidade é: “Suprir as necessidades da
geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”. São
atitudes que levam os sujeitos a se tornarem justos socialmente, aceitos culturalmente
e viáveis economicamente.

Observamos no decorrer da história da humanidade que há uma intrínseca


relação entre ser humano e o meio natural que o cerca, a história mostra que o
homem fez da natureza sua habitação e subsistência, no entanto, com o passar dos
séculos essa relação pacífica foi rompida com o nascimento das novas formas de
organização social, a busca incessante pela dominação econômica e pela produção
em larga escala, somada ao elevado nível de crescimento populacional, produziu uma
enorme devastação dos recursos naturais. O sistema econômico vigente privilegia o
lucro e o investimento voraz em produção. O que ocorre é que, para tanto, são
necessárias infinitas reservas naturais que possam ser exploradas pelas grandes
indústrias.

Os recursos naturais utilizados pelas indústrias em sua maioria são não


renováveis, é muito provável que a crise ambiental que o planeta experimenta não
possa ser freada, caso as pessoas e as nações não se conscientizem a tempo. Ao
mesmo tempo em que os avanços econômicos trazem o desenvolvimento e o bem-
estar dos povos, corrompe as reservas naturais, principalmente, a dos países
subdesenvolvidos, como o Brasil.

Podemos observar no contexto histórico atual que a maior parte da


população brasileira encontra-se nas cidades, constatamos uma crescente degradação
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das condições de vida, refletindo uma crise ambiental. Isso nos remete a uma
necessária reflexão sobre os desafios para mudar as formas de pensar e agir em torno
da questão ambiental numa perspectiva contemporânea. Leff (2001) fala sobre a
impossibilidade de resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e
reverter suas causas sem que ocorra uma mudança radical nos sistemas de
conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela dinâmica de
racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do desenvolvimento. O
conceito de Educação Ambiental passou por várias etapas durante o aprimoramento
das ideias que surgiam a partir das discussões a cada reunião e com a realidade
socioeconômica mundial, estabelecendo-se, após a Conferência da ONU –
Organização das Nações Unidas - sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
realizada no Rio de Janeiro em 1992 (conhecida como Rio-92), que tendo em vista
que a Educação Ambiental estava sendo proposta como uma ferramenta para a
formação de sociedades ambientalmente responsáveis. Para Kloetzel (1998), Meio
Ambiente é o: “Conjunto de soluções, leis, influências e infraestruturas de ordem
física, química, biológica e psíquica, que permite, abriga e rege a vida (e ainda, a
qualidade de vida e o bem-estar do cidadão) em todas as suas formas”.

Diante do que foi exposto verificamos que há um problema a ser discutido que
é o não aproveitamento do lixo como elemento pedagógico nas aulas de artes.

Tal problemática será discutida neste artigo que tem como objetivo principal
propiciar a sensibilização nas crianças sobre a educação ambiental, valendo-se da
Arte como instrumento de aprendizagem. A ideia central foi trabalhar a criatividade,
reaproveitando materiais e mostrar para as crianças que o lixo também pode ser útil,
conscientizando os educandos dos danos que muitos materiais causam ao solo e aos
rios, bem como realizar a prática artística através da reciclagem, além de propiciar ao
educando o desenvolvimento crítico em relação ao meio ambiente e uma posição de
ação e mudança frente aos problemas relacionados ao tema.

Desse modo, tornou-se notório a necessidade de abordarmos as questões que


tangem a educação ambiental, pois não podemos fechar os olhos para uma natureza
que diariamente revela-se cada vez mais prejudicada pelas ações inconsequentes de
nós seres humanos. Como educadores, devemos contribuir para a formação de uma
geração consciente em relação ao seu papel como cidadão voltado para uma
valoração ética, social, econômica e ambiental, além de pensar numa escola que
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promova esse aprendizado, a fim de se ensinar a importância de atitudes de


preservação para que as gerações futuras não sofram com a destruição ambiental.

Por perceber a necessidade de um trabalho que aborde discussões de


preservação ao meio ambiente, esse artigo intitulado: Arte e sustentabilidade em sala
de aula com crianças da educação infantil/infantil II - buscou desenvolver nas
crianças uma cultura de sustentabilidade através da apreciação de obras de artistas
que tratem do tema sustentabilidade e de oficinas de artes que inspiram os alunos a
participarem de atividades nas quais as técnicas de reaproveitamento podem
valorizar as construções de objetos de paisagens urbanas utilizando materiais
alternativos como sucatas.

O fundamental é trabalhar, a fim de aguçar o potencial imaginativo e criativo


das crianças, afinal, brincar de sustentabilidade é possível e educa para um futuro
melhor!

Conscientizar alunos da educação infantil a enxergarem o lixo como um


componente do meio ambiente para que ele, o lixo, não destrua o espaço no qual,
todos estão inseridos, é fundamental para que a educação, em particular, o ensino de
arte, proporcione mecanismos pedagógicos para trabalhar como o lixo, a exemplo, os
materiais recicláveis.

Para atingir o objetivo desse artigo, fizemos um procedimento experimental


com crianças entre 04 e 05 anos de idade do Colégio Paulo Freire (nome da escola
que aparece no artigo é fictício por uma questão ética), que ocorreu no mês de maio
com um grupo formado por 20 alunos, sendo feitas atividades de observação e
prática com os participantes do projeto. As etapas e os resultados obtidos serão
analisados e discutidos no próximo tópico: Arte e Sustentabilidade: aprender com a
arte.

ARTE E SUSTENTABILIDADE: APRENDER COM ARTE

1ª ETAPA: PESQUISA E LEVANTAMENTO DOS DADOS SOBRE O TEMA.

Na pesquisa, buscou-se levantar um apanhado de imagens, vídeos, textos


sobre dois artistas que trabalharam e trabalha em suas obras com a questão
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ambiental, o escultor, pintor, gravador, fotógrafo Frans Krajcberg que nasceu na


Polônia no ano de 1921, e tem como principal tema de suas obras a paisagem
brasileira, em particular a floresta amazônica, e a sua constante preocupação com a
preservação do meio-ambiente.

Figura 01: Visita de Frans Krajcberg a João Pessoa.

Fonte: site www.joaopessoa.pb.gov.br.

Na (figura 01) podemos observar o artista em meio ao seu trabalho em uma


exposição em João Pessoa na Paraíba.

Outro artista é Vik Muniz que é brasileiro nascido na cidade de São Paulo no
dia 20 de dezembro de 1961, é um artista plástico radicado nos Estados Unidos. As
obras do artista são feitas de materiais inusitados, como lixo, restos de demolição
entre outros. Abaixo foto do artista.

Figura 02: Artista plástico Vik Muniz.


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Fonte: site www.escolamaxima.com.br.

2ª ETAPA: O PROJETO FOI APRESENTADO À ESCOLA.

Segundo Hernández,

A função do projeto é favorecer a criação de estratégias de


organização dos conhecimentos escolares em relação a: 1) O
tratamento da informação, e 2) A relação entre os diferentes conteúdos
em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a
construção de seus conhecimentos, a transformação da informação
procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento
próprio (1998, p.61).

Com o propósito de levar o conhecimento sobre os problemas ambientais na


qual o mundo vem passando, o projeto foi apresentado ao Colégio Paulo Freire
(nome fictício dado ao colégio), no qual leciono, à coordenação da educação infantil,
no mês de maio deste ano, com o intuito de ser desenvolvido com crianças entre 04 e
05 anos da turma do Infantil II.

O projeto foi aceito e foi desenvolvido nas aulas de artes que ministro nos dias
de quarta e sexta feira.

Foi explicado que o projeto seria trabalhado durante o mês de maio com a
duração de uma hora por dia e que iriamos trabalhar com dois artistas, um sendo
brasileiro e outro polonês, ambos desenvolvendo trabalhos relacionados à
conscientização ambiental e sobre o cuidado que devemos ter com a preservação do
meio ambiente. As aulas foram divididas em três etapas, sendo uma de apreciação e
conversa, em que as crianças visualizaram imagens e vídeos e em seguida falavam
sobre o que viram com o intuito de conhecerem o que foi e é desenvolvido pelos
artistas. Na segunda etapa as crianças colocaram a mão na massa; nesse momento
elas criaram obras de arte, usando materiais reciclados, sendo assim, na terceira e
última etapa, as crianças expuseram na área de embarque e desembarque da escola as
obras de artes feitas pelo grupo ao longo das aulas. “Nosso objetivo na escola não é
ter (...) um aluno pintor (...), mas sim dar oportunidades a cada um de descobrir o
mundo, a si próprio e a importância da arte na vida humana”. (Olga Reverbel)

É partindo desse pensamento de Olga Reverbel que se faz necessária a


discussão de elementos que sirvam para a construção de um saber que possa
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realmente ser adjetivado como ambiental e que ao mesmo tempo permitam o


questionamento daquilo que muitas vezes pensa-se ser saber ambiental.

3ª ETAPA: MÃOS A OBRA - ELABORAÇÃO DE OBRAS COM


MATERIAIS RECICLADOS.

As aulas tiveram como objetivo propiciar aos educandos reflexões a respeito da


problemática do lixo com o intuito de proporcionar um processo de
educação/conscientização dos alunos sobre a importância da redução, reutilização e
reciclagem de resíduos, sensibilizando os educandos sobre a importância da
educação ambiental para que pudessem desenvolver hábitos de respeito e
preservação do meio ambiente, conhecendo algumas possibilidades para a elaboração
de trabalhos artísticos, permitindo que se transformem os sentimentos da preservação
ambiental trabalhados em sala em algo prazeroso.

Foram realizadas as seguintes atividades práticas: pintura, na qual as crianças


podiam misturar várias cores com o intuito de colorir os galhos de árvores e os
papéis A4 reaproveitados, colagem, as crianças colavam desordenadamente sobre um
papelão reutilizado de uma sobra de caixa de ar condicionado; recorte, atividades de
pintura e movimentação corporal, no qual elas pintavam e andavam ao mesmo tempo
sem parar; tais atividades permitiram aos educandos serem agentes transformadores e
preservadores do meio ambiente; adquirindo habilidades para trabalharem com
materiais que seriam descartados na natureza.

Trabalhamos com materiais escolares como: cola, tesoura, tinta guache, pincel
entre outros materiais, inclusive os reaproveitados, como papel A4 que seria
descartado, papelão, galhos de árvores, casco de coco, papel madeira encontrado em
lixos pela cidade de Aracaju.

Os trabalhos práticos foram iniciados com uma pintura abstrata, em que as


crianças pintaram livremente por toda a extensão do papel que foram unidos com
cola. Imagens abaixo.
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Figura 03: Alunos em pleno trabalho.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 04: Alunos em pleno trabalho.

Fonte: Arquivo pessoal.

Nessas imagens pode-se observar um pouco do que foi desenvolvido com os


educandos, proporcionando a livre criação coletiva, e mostrando a possibilidade de
se trabalhar com papel reutilizado.

Em outro momento utilizamos folhas de papel A4 que seriam descartadas; com


elas fizemos colagem em papelão e em seguida pintamos com tinta guache. Todo o
processo parte de uma breve explicação e em seguida a criatividade das crianças
entra em cena, assim como nos fala Mirian Celeste no seu livro “Aprendiz da Arte”
de (1992, p.08): “A aprendizagem real só aconteceu de fato no momento em que as
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palavras construíram ideias, que neste caso foram expressas através de movimentos
corporais, como uma forma não verbal da significação pessoal da definição”.

De fato o processo tem início quando os educandos começam a movimentar-se


em torno do objetivo da criação e, coletivamente, vão criando imagens que possível
mente tenha significados ou não, entretanto, o principal objetivo vai se
materializando, que é o do reaproveitamento de materiais que seriam descartados.

Figura 05: Alunos em constante movimentação de criação.

Fonte: Arquivo pessoal.

Cola, papel, tinta e papelão, elementos cujas matérias primas são encontradas
na natureza, que modificados possibilitam a criação e o desenvolvimento das
crianças em processo de desenvolvimento e de reconhecimento frente ao mundo que
a cerca, e nada melhor do que proporcionar conhecimento/responsabilidade
ambiental em futuros cidadãos.

"Com minha obra, exprimo a consciência revoltada do planeta". Frans


Krajcberg revolta. Rio de Janeiro: GB Arte, (2000. p. 165). Com essas palavras e
com a imagem abaixo, iniciamos o último trabalho, que envolveu tinta guache e
galhos de árvore quase queimas. Observe a imagem abaixo.
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Figura 06: restos de galhos de mangueira encontrados em um terreno desmatado para a


ocupação imobiliária no Rosa Elze.

Fonte: foto do arquivo pessoal tirada em 2016.

Após a exposição da imagem e a associação com a obra de Krajcberg, imagem a


baixo, deu-se a explicação sobre o desmatamento ocorrido devido à especulação
imobiliária, e o quanto isso tem se tornado presente no estado de Sergipe.

Figura 07: Frans Krajcberg, Século XX. A Barbárie Humana, Fotos, 2007.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.123/3503.
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Depois da explicação e apreciação das imagens, partimos para a criação, usando


tinta guache, pincel, vasos de plásticos e pedaços de galhos de árvores. O intuito foi
de pintar os galhos com cores variadas, deixando fluir a criatividade na mistura das
cores e nas formas como eram feitas as pinceladas. O resultado dessas pinturas
encontrasse abaixo, na foto retirada ao longo do processo.

Figura 08: Crianças pintando o galho da árvore.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 09: Crianças pintando livremente o galho de árvore.

Fonte: Arquivo pessoal.

Em meio a tanta empolgação e descoberta no que diz respeito ao meio ambiente


e ao reaproveitamento dos materiais que seriam descartados na natureza , as crianças
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por meio do diálogo entre educador e educando, puderam ser sensibilizados a


respeito do ato de preservar o conjunto de unidades ecológicas que funcionam como
um sistema natural que incluem toda a vegetação, animais, micro-organismos, solo,
rochas, atmosfera e fenômenos naturais, e que o reaproveitamento dos materiais que
seriam descartados na natureza poderiam ser reciclado seja em benefício do meio
ambiente ou para aplicação em Arte.

4ª ETAPA: EXPOSIÇÃO DO TRABALHO COLETIVO.

Segundo o Dicionário online de português, exposição é o fato de colocar à


mostra obras de arte (...): exposição de quadros; (...). Sendo assim, no dia 31 de maio
de 2016, os trabalhos desenvolvidos ao longo do mês de maio com as crianças do
infantil II da educação infantil do colégio Paulo Freire ficaram expostos na área de
embarque e desembarque de alunos, no turno da manhã e da tarde, para que os pais,
docentes, funcionários e todos que ali passarem pudesse apreciar o resultado do
projeto e tivessem a sensação de estarem em uma galeria de arte. Abaixo imagens da
exposição.

Figura 10: Resultado da colagem e da pintura.

Fonte: Arquivo pessoal.


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Na imagem acima, podemos observar o resultado do trabalho feito pelos alunos


nas aulas de arte. Além da exposição dos trabalhos, o visitante pode conferir como
foi o processo de elaboração da obra de arte, por meio de um vídeo que ficava no
centro da obra, mostrando os mínimos detalhes do processo pelo qual as crianças
passaram.

Outro trabalho intitulado: “Das cinzas”, que trás os galhos de árvores saindo de
um grande pedaço de papel colorido, retrata o desmatamento sofrido pela natureza.
Em paradoxo as cinzas surgem pequenas plantas que se tornaram em grandes árvores
no futuro. Imagem abaixo.

Figura 11: Das cinzas.

Fonte: Arquivo pessoal.

A arte vem contribuir com a natureza quando por meio de uma pintura, ilustração
botânica ou até um objeto de artesanato, tem-se a sensação de que tudo no meio
ambiente pode ser reutilizado sem que nada seja prejudicado. Esse trabalho acima
retrata uma natureza morta, que mesmo em meio às cinzas renasce igual à fênix que
surge quando menos se espera.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos e acreditamos que para a nossa sobrevivência dependemos da


conscientização de todos os seres humanos a respeito da necessidade de
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descobrirmos a melhor maneira de vivermos, tanto individualmente quanto


coletivamente, mas em harmonia com a natureza. Assim, podemos perceber que um
dos fatores que contribui para a busca de um mundo melhor é a conscientização
ecológica, ou seja, trabalhar a interdisciplinaridade harmoniosamente com a
Educação Ambiental.

Sendo assim, ao logo do desenvolvimento do projeto vivenciamos momentos


de descobertas, no qual a arte se fazia presente em cada encontro, sensibilizando os
aprendizes, apesar de serem crianças da educação infantil, sobre questões ambientais
e a sustentabilidade, ou seja, aprendendo por meio da arte que é possível utilizar
materiais reciclados no fazer artístico ao mesmo tempo em que se preserva o meio
ambiente.

A minha prática docente foi influenciada ainda mais pela necessidade de


utilizar metodologias na área de arte, que se voltem não só para teoria, mas também
para a prática, enriquecendo a aprendizagem dos educandos no sentido de
entenderem que as aulas de artes não são apenas um momento de pintar e colar, mas
vai muito além, podendo levá-los a conscientização e reflexão sobre a sociedade em
que estão inseridos.

Nesse processo, a avaliação aconteceu por meio da observação, desempenho


e interesses dos educandos na execução das tarefas propostas, produções e
exposições das atividades foram extremamente construtivas. Vale ressaltar que a
avaliação aqui descrita é de cunho pessoal, devido ao fato dos alunos da educação
infantil não terem avaliação com notas, entretanto, a avaliação que aqui foi feita
pretendeu unicamente observar o desempenho, o trabalho em grupo, a criatividade e
a apreensão da proposta do projeto.

Consciente das infinitas dificuldades que possamos encontrar ao propor um


projeto com questões tão relevantes e profundas como é o caso da arte e da
preservação ambiental, acreditamos que é preciso pensar e experimentar mudanças
no modo de organizar os saberes escolares.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Citado em FRANS Krajcberg revolta. Rio de Janeiro: GB Arte, 2000. p. 165. Disponível
em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10730/frans-krajcberg > Acesso em
04 de Julho de 2016, 15h55min.

CAMINHOS DE GEOGRAFIA - revista on. Disponível em:


linehttp://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/15335/8634
Acesso no dia 27 de junho 2016, 16h40min.

DICO, Dicionário online de português. Disponível em: http:


<//www.dicio.com.br/exposicao/> Acesso em 04 de Julho de 2016, 17h06min.

HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por


projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. 5. ed. Porto Alegre: Artmed,
1998.

KLOETZEL, K.O. O que é meio ambiente. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1998.
(coleção primeiros passos).

MARTINS, Mirian Celeste. Aprendiz da arte trilhas do sensível olhar-pensante. São


Paulo: 1992. (64 p.)

REVERBEL, Olga Garcia. Um caminho de teatro na escola. Ed. Scipione, São Paulo,
1989.

RECRIAR.COM.VOCÊ.Disponívelem:http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar
/relatorio brundtland-nosso-futuro-comum/ Acesso no dia 27 de junho 2016, 15h35min.

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