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Jan/2003
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE
BÁSICO DE TURBINAS A GÁS
Seção I
TURBINA A GÁS:
• PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
• CICLO BRAYTON
• COMPONENTES BÁSICOS
• APÊNDICES:
• CICLOS TERMODINÂMICOS
• TERMODINÂMICA BÁSICA
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BÁSICO DE TURBINAS A GÁS
TURBINA A GÁS
1 - INTRODUÇÃO
A invenção da turbina a gás e o desenvolvimento do seu projeto original foram feitos
para acionamento de aviões e pesquisas de propulsão a jato. O emprego de turbinas a
gás para o acionamento de compressores, bombas e geradores foi adaptado, mais
tarde. Devido a sua construção compacta , pequeno peso e a alta potência quando
comparado com os motores tradicionais de combustão interna seu uso tem sido muito
difundido para aplicações industriais.
Em 1930 FRANK WHITTLE apresentou a primeira patente de uma turbina a gás para
produzir um jato de propulsão. A turbina WHITTLE formou as bases das modernas
turbinas a gás.
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Uma turbina a gás produz energia a partir do resultado das seguintes etapas
contínuas do ciclo BRAYTON:
1. Compressão - O ar é admitido e comprimido em um compressor onde as energias
de pressão e temperatura do fluido (ar) aumentam.
2. Combustão - O ar comprimido flui para as câmaras de combustão, onde o
combustível, a alta pressão, é injetado e queimado a uma pressão
aproximadamente constante. A ignição da mistura ar/combustível ocorre durante a
partida, através ignitores. Posteriormente a combustão se auto sustenta.
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As turbinas operam
no ciclo Brayton
(pressão constante)
que comumente é
denominado ciclo
aberto. As etapas
deste ciclo são
mostradas no gráfico P
x V da figura 9. O ar é
admitido e comprimido
do ponto 1 ao ponto 2
com conseqüente
aumento de pressão e
temperatura, e
redução do volume.
Do ponto 2 ao 3 temos
representado a
combustão à
pressão constante,
mas com um aumento acentuado do volume. Este aumento de volume se manifesta em
aumento de velocidade de escoamento dos gases, porque não há mudança acentuada
na área desta seção da turbina. A partir da combustão ocorre a expansão dos gases
nas rodas da turbina causando uma redução da pressão e temperatura e aumento de
volume. Este processo continua do ponto 4 ao 5 através da turbina de potência.
3.1- COMPRESSOR
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As aletas estatoras do último estágio agem como pás guias de saída, que direcionam
o ar em um fluxo axial estabilizado para a carcaça traseira do compressor e seção de
combustão.
O compressor é projetado para operar com alta eficiência em altas rotações. Para
manter o fluxo de ar estabilizado à baixa rotação, tem-se instalado, na entrada de ar, um
conjunto de aletas móveis guias de entrada (IGV - Inlet Guide Vanes), que
automaticamente, altera o ângulo de ataque das palhetas para o primeiro rotor. A
eficiência é gradualmente aumentada de acordo com o aumento da rotação. As válvulas
de sangria estão instaladas para prevenir o surge em baixas rotações.
O conjunto I.G.V e válvulas de sangria fazem parte do sistema de controle do fluxo
de ar da turbina.
A proteção quanto ao surge se dá através de válvulas de alívio instaladas nos
últimos estágios, que ficam abertas aliviando para atmosfera durante a fase de
aceleração e parada do compressor.
3.2- COMBUSTOR
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O combustor usado em uma turbina a gás pode ser: tubular, tubo-anular, anular ou
externo.
O combustor tubular é usado em turbinas industriais de médio grande porte,
especialmente em projetos europeus, e em algumas turbinas, automotivas ou auxiliares,
de pequeno porte. Apresentam como vantagens: simplicidade de projeto, facilidade de
manutenção e vida longa devida às baixas taxas de liberação de calor. Podem ser de
fluxo direto ou de fluxo reverso.
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A turbina pode ser equipada por vários estágios de palhetas estatoras e rotoras a
depender da aplicação ou projeto, lembrando que as palhetas estatoras são fixadas a
carcaça da turbina e as rotoras as rodas, que por conseguinte são fixadas ao eixo. De
qualquer forma a energia extraída pela roda de turbina é transmitida ao eixo que por sua
vez transfere para o compressor de ar, proporcionando assim a compressão de um
volume de ar para a câmara de combustão fechando o ciclo de funcionamento.
Para aplicação industrial os gases gerados pela turbina a gás é direcionado por meio
de uma peça de transição para uma turbina de potência, que é um conjunto de estágios
de palhetas estatoras e rotoras com a finalidade de extrair potência dos gases gerados
pela turbina a gás ou gerador de gás. Essa energia é transmitida para o equipamento
acionado através de um eixo utilizado um redutor de velocidade ( gerador elétrico ) ou
um multiplicador ( compressores ).
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Essas turbinas têm como principais características: potência elevada; projetos com
pouca restrição quanto a peso e tamanho; carcaças pesadas de partição horizontal;
mancais de deslizamento; combustores de grande diâmetros boa durabilidade e fácil
acesso para inspeção e manutenção; palhetas de seção espessa; compressores e
turbinas axiais com muitos estágios; baixo nível de ruído, devido às baixas velocidades
de admissão de ar normalmente empregadas em seu projeto; baixa relação de
compressão por estágio, propiciando larga faixa de operação estável do compressor.
Suas principais vantagens são: longa vida útil, grande confiabilidade operacional, boa
eficiência térmica e baixo nível de ruído. Suas principais desvantagens são peso e
tamanho.
As turbinas derivadas de aviação tem portanto dois componentes básicos: o gerador
de gás e a turbina de potência. O gerador de gás é uma turbina aeronáutica adaptada
para queimar combustível industrial. A turbina de potência é projetada e fabricada pelo
chamado fornecedor do pacote.
Esse é responsável pelo fornecimento, montagem e testes do conjunto completo, que
inclui, além do gerador de gás e da turbina de potência, todos os acessórios e sistemas
auxiliares, tais como: base e suportes, sistemas de óleo, sistema de combustível,
instrumentação, sistemas de proteção e controle, painéis, filtros de ar, dutos de
admissão e descarga, silenciadores, proteção acústica. O fornecedor normalmente
entrega ao comprador o pacote totalmente montado e testado em sua fábrica.
São características importantes das turbinas derivadas de aviação: facilidade de
instalação e comissionamento, boa adaptabilidade a controle remoto, planejadas para a
manutenção em oficina.
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a) CICLOS IDEAIS
A análise dos ciclos ideais e de turbinas a gás podem ser encontrados em diversos
textos clássicos de termodinâmica e somente um breve resumo será apresentado. No
caso de ciclo ideal, serão adotados as seguintes hipóteses simplificadoras :
O Ciclo Brayton
4
2 3 volume de controle
1 Câmara
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W
• ηt =
Qc
P2
combustão 3
T (pressão cte)
2 expansão
P1
compressão
Mas olhando-se, para a variação de energia que ocorre em cada etapa do ciclo da
turbina a gás que são : compressão , combustão e a expansão que ocorre nas turbinas,
podemos escrever:
W cp(t 3 − t 4) − cp (t 2 − t1) t 4 − t1
ηt = = = 1- e,
Qc cp(t 3 − t 2) t3 − t2
k
p2 k −1 t1
ηt máximo = 1- = 1-
p1 t2
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100
Rendimento %
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Relacão de pressão P2 / P1
Outra consideração que podemos fazer pelo diagrama T x S, do ciclo de Bryton, é que
a adição de calor na câmara de combustão, tem uma proporcionalidade direta com o
trabalho útil produzido. Desta forma, quanto maior for a temperatura na câmara de
combustão (t3), para uma mesma vazão mássica de ar, maior será a potência
disponível na ponta do eixo da turbina.
a) CICLOS REAIS
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Pressão
T 3
Expansão
2’ 2
4
4’
compressão
ciclo teórico
1 ciclo real
Vimos, no caso dos ciclos ideais que compressão e expansão ocorrem sem perdas. A
realidade, porém, é diferente e durante os processos termodinâmicos que ocorrem na
turbina a gás ocorre incremento de entropia .
EW real m .Cp .( t 3 − t 4 ) t3 − t4
h IE = = = ;
EW ideal m .Cp .( t 3 − t 4 ' ) t 3 − t 4 '
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• Eficiência de Combustão
• Outras perdas
Outras perdas de potência inerentes a uma turbina a gás são as perdas mecânicas que
ocorrem nos mancais e selos , bem como a potência que é retirada diretamente no seu eixo
para o acionamento de bomba mecânica de óleo lubrificante.
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r ∆e
v=
∆t
ACELERAÇÃO - É a grandeza vetorial que corresponde a variação da velocidade no
tempo.
r ∆v
a=
∆t
TEMPERATURA - É a sensação de quente ou frio. Representa o grau de agitação
das moléculas.
MASSA - É a quantidade de matéria.
IMPULSO - É o produto da massa pela velocidade. É a propriedade de um corpo em
movimento que determina o período de tempo requerido para traze-lo à condição de
repouso sob ação de uma força constante.
FORÇA - É um agente capaz de produzir ou cessar um movimento.
PRESSÃO - É a relação entre uma força e a área na qual ela está atuando. Também
pode ser definida como sendo o número de choques das moléculas nas paredes de um
recipiente por unidade de tempo.
Leis de Newton
1 °.LEI - Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, um corpo em
movimento tende a permanecer em movimento.
A resultante de forças em um corpo é igual a 0 (zero) quando o corpo estiver em
repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
2 °.LEI - A força agindo sobre um corpo produz uma aceleração cuja direção é a
mesma da força aplicada e sua amplitude é proporcional a força e inversamente
proporcional a massa do corpo.
r
r F
a=
m
3 ° .LEI- A toda ação corresponde uma reação, igual, mas oposta.
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Energia
É a capacidade de realizar trabalho. Se divide em energia cinética e energia
potencial.
ENERGIA CINÉTICA (Ev) - É a energia que um corpo possui quando em movimento.
ENERGIA POTENCIAL DE ALTURA (Eh) - É a energia que um corpo possui em
função da altura em que ele se encontra.
ENERGIA POTENCIAL DE PRESSÃO (Ep) - É a energia que um fluido possui
quando submetido a uma pressão.
ENERGIA INTERNA (u) - É a energia potencial do fluido associada a sua
temperatura.
TRABALHO (W) - É a energia associada ao deslocamento de uma partícula. Todo
deslocamento de um corpo necessita de trabalho para se realizar.
CALOR (Q) - Energia térmica em trânsito no sentido da maior para menor
temperatura.
ENTALPIA (h) - É o nível energético em que um fluido se encontra. Podemos dizer
que é a soma da energia de pressão com a energia interna.
ENTROPIA (S ) - É uma variável matemática que expressa a energia relacionada ao
grau de afastamento em que um processo se realiza em comparação a idealidade.
Propriedades do Fluído
m
r =
v
VISCOSIDADE ( µ) - É a propriedade que representa a maior ou menor facilidade do
fluido em escoar.
PESO MOLECULAR (PM) - É a massa de um mol de uma substância (1 mol
eqüivale a 6,023 x 1023 moléculas). Um mol de qualquer gás ocupa 22,4 litros na
Condições Normais de Temperatura e Pressão (C.N.T.P.) ( 0 oC e 1 atm).
FATOR DE COMPRESSIBILIDADE (Z) - É o fator empregado para corrigir o volume
do gás real com relação ao volume do gás ideal, nas mesmas condições de pressão e
temperatura.
Z = Vr
Vi
CALOR ESPECÍFICO (c) - É o coeficiente que indica o grau de dificuldade de troca
térmica. É o calor necessário para que uma grama de um fluido varie de 14,5 oC para
15,5 oC. Para a água, o calor específico é 1 cal/g oC.
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C p > C v
cp
k =
cv
NOTA
As propriedades do fluido se alteram ao serem alteradas as condições
de pressão e temperatura, sendo que o peso molecular é o único que não
se altera.
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Para obtermos uma equação temos que utilizar uma constante para correção das
unidades, é a constante universal dos gases (R), que possui vários valores, a depender
das unidades utilizadas.
n. R. T
P= ⇔ P.V = n. R. T
V
NOTA
As unidades de pressão e temperatura utilizadas devem estar em valores
absolutos.
.
Equação da continuidade
Leis da termodinâmica
1 ° LEI DA TERMODINÂMICA
Retrata a conservação da energia, onde fica esclarecido que a energia total do fluido
não se altera sem interação com o meio. E o meio somente interage com o sistema
(fluido) através do calor ou trabalho. Podemos dizer, que ao se aquecer um fluido e o
mesmo realizar trabalho (está recebendo calor e cedendo trabalho) a diferença entre o
calor recebido e o trabalho cedido é a variação da energia total do fluido. É o que fica
efetivamente com o fluido.
Q + W = Et 2 − Et1
Sendo
Et = Ep + Ev + u + Eh
Como exemplo temos, que, ao se aquecer isobaricamente o gás num cilindro, a
temperatura irá aumentar e o gás irá se expandir realizando trabalho ao deslocar o
êmbolo. A diferença entre o calor recebido e o trabalho realizado pelo gás é a variação
da energia total do gás.
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2 ° LEI DA TERMODINÂMICA
Retrata a existência da máquina térmica, onde fica estabelecido que se pode extrair
trabalho de uma máquina que possua uma fonte quente ( alta temperatura ) e uma
fonte fria ( baixa temperatura ). Quanto maior a diferença de temperatura entre as duas
fontes, maior será o trabalho extraído.
Q = r . S. v
para líquidos ρ varia pouco e como S foi reduzido, a velocidade é aumentada, pois a
vazão é constante.
Et = Ep + Ev + u + Eh
onde Et permanece inalterada e considerando que:
• u é constante, pois não há alteração da temperatura,
• Eh é constante, pois não há alteração da altura,
• Ev aumenta pois a velocidade aumentou,
• Concluímos que:
• Ep diminui ou seja, a pressão cai
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Seção II
SISTEMAS AUXILIARES
• SISTEMA DE AR DE COMBUSTÃO
• CAIXA ACÚSTICA (HOOD)
• SISTEMA DE AR DE VENTILAÇÃO
• SISTEMA DE ÓLEO LUBRIFICANTE
• SISTEMA DE ÓLEO DE COMANDO
• SISTEMA DE PARTIDA
• SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
• SISTEMA DE CONTROLE DE FLUXO DO AR .
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INTRODUÇÃO
SISTEMAS AUXILIARES
SISTEMA DE AR DE
COMBUSTÃO
SISTEMA DE SISTEMA DE
VENTILAÇÃO DO CONTROLE DE
HOOD VAZÃO DE AR
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SISTEMA DE AR DE COMBUSTÃO
FUNÇÃO:
Fornecer ar atmosférico filtrado, com grau de impureza ,umidade e características
controlados. Conduzindo o ar ao compressor da turbina e, também conduzir os gases da
descarga para a atmosfera ou para o sistema de recuperação, conforme a configuração do
sistema, com menor ruído e mínimas perdas de cargas possíveis.
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CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA:
• CAIXA DE FILTRAGEM:
A principal função é eliminar as partículas superiores a 1 micra e desumidificar o ar
externo e, consequentemente o sal que está em solução iônica na água. Este ar deve
ser suficientemente puro para evitar incrustação, erosão, deterioração e corrosão dos
componentes internos da turbina, principalmente as palhetas estatoras e rotoras do
compressor de ar e das turbinas, como também evitar o entupimento dos canais de
refrigeração das aletas e palhetas da turbina. Normalmente feita de aço carbono ou aço
inox.
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- JANELAS BY-PASS : Abre evitando a excessiva pressão negativa, devido a alta perda
de carga quando os filtros estão muitos sujos, evitando danos no Gerador de Gás (GG)
caso este succione os dutos e/ou filtros.
• DUTO DE ADMISSÃO:
Este duto conduz o ar, reduzindo a seção que é grande no filtro, para a entrada do
compressor do Gerador de Gás. Sendo revestido acusticamente (para evitar a
propagação dos ruídos de alta freqüência devido a aspiração). Deve ser inspecionado
regularmente, principalmente na parte interna, para poder verificar a sua integridade e o
perfeito estado de limpeza.
DUTO DE ESCAPE:
Este duto elimina os gases “queimados” da turbina para a chaminé e/ou algum sistema
de recuperação de calor. Suportando a alta temperatura dos gases de escape (400 a
500 ºC),. O duto é normalmente constituído em aço carbono refratário ou de aço inox,
revestido de lã de rocha, para proteção acústica e térmica, com externa de chapa de aço
inoxidável.
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•
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FUNÇÃO:
É um invólucro para isolar a turbina, tendo como principal função a proteção acústica
diminuindo o ruído até níveis aceitáveis, máximo de 85 D.B. a 1 metro do hood. Como
funções secundárias temos a proteção térmica e o aumento da eficiência no combate a
incêndio.
CONSTITUIÇÃO DO HOOD:
• PAREDES:
CHAPA EXTERNA : De aço carbono pintada ou de aço inox.
CAMADA DE MATERIAL ANTI-VIBRATÓRIO E DE INSONORIZAÇÃO : Na parte interna
da chapa.
CAMADAS DE LÃ DE ROCHA: Lã de rocha de diferentes densidades, insonorizantes e
anti-inflamáveis.
PELÍCULA DE PROTEÇÃO : Contra respingos de óleo e hidrocarbonetos diversos,
resistindo às temperaturas máximas do invólucro.
CHAPA PERFURADA : De aço inoxidável.
• PORTAS:
Duas a quatro grandes para manutenção e diversas portas menores de acesso com
abertura anti-pânico e visor.
• RESISTÊNCIA DE AQUECIMENTO:
Aquece o interior do hood diminuindo a umidade quando a máquina está em stand-by.
ANOTAÇÕES
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SISTEMA DE AR DE VENTILAÇÃO
FUNÇÃO
Retira o calor, dissipado pelo processo de combustão na câmara do Gerador de Gás, da
caixa acústica, mantendo a temperatura inferior a 60/70 ºC, evitando danos aos
equipamentos (eletrônicos ou não) instalados no interior do hood. Integrado ao sistema de
ar de ventilação temos o sistema de detecção de fogo e gás.
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA:
• FILTRO:
Ou utiliza os mesmos filtros do sistema de ar de combustão ou filtro independente,
neste caso normalmente formado de um estágio do tipo coalescente.
• DUTO DE ENTRADA E SAÍDA:
Conduz o ar filtrado ao interior do casulo e exaure o ar aquecido para uma área segura.
• DAMPERS:
Instalados nos dutos de entrada e saída do ar de ventilação da caixa acústica. São
fechados em caso de disparo de CO2, quando da detecção de fogo.
• VENTILADORES:
Instalados no duto de entrada (pressão positiva) ou no duto de saída do hood (pressão
negativa), forçando a circulação do ar com a conseqüente retirada do calor dissipado
pela turbina a gás.
• JANELAS ANTI-RETORNO:
Instalado a saída ou entrada do ventilador evitando a recirculação do ar caso o
ventilador esteja parado com os outros em funcionamento.
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• INSTRUMENTAÇÃO:
Os instrumentos típicos são:
INDICADOR (PDI) E/OU TRANSMISSOR DE PRESSÃO DIFERENCIAL (PDT): Informa
a pressurização ou despressurização do casulo em relação a atmosfera.
INDICADOR (TI) E/OU TRANSMISSOR DE TEMPERATURA (TT): Informa a
temperatura interna do hood. .
TERMOSTATO DE TEMPERATURA (TSH/TSHH): Alarme e/ou trip devido a
temperatura alta interna do hood.
MICRO-SWITCHES NOS DAMPERS (ZSL): Indica se os dampers estão abertos,
permitindo o perfeito funcionamento do sistema de ventilação.
SENSORES DE GÁS: Instalados, aos pares, nos dutos de entrada e saída. Calibrados
em 20% do LIE (Limite Inferior de Explosividade) para alarme e 60% para o shutdown.
SENSORES DE FOGO: Normalmente supervisiona pontos críticos, como o governor e
manifold de combustível. Normalmente instalados aos pares, o alarme ocorrerá caso
um só detecte ou o trip caso os dois detectem.
SENSORES DE CALOR (TSH): Utilizados para complementar a detecção de fogo.
Principalmente em lugares que os sensores de fogo não possam ser usados (sem hood
em área abertas) ou de pontos de difícil observação
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FUNÇÃO:
Fornecer óleo na pressão (1,5 a 4 kgf/cm2) e temperatura (40 a 70 °C) adequada, permitindo
a lubrificação os mancais, engrenagens da caixa de acessórios, caixa multiplicadora ou
redutora e equipamento acionado; e o resfriamento dos mancais da parte quente,
principalmente nas máquinas heavy-duty durante a fase de pós-lubricação após a parada da
máquina.
O controle da pressão e temperatura do óleo, dentro do range operacional admissível pela
turbomáquina, é importante para a integridade dos mancais e consequentemente os rotores
(devido as folgas extremamente apertadas), evitando intervenções precoce. Tanto a alta
como a baixa temperatura altera a viscosidade e consequentemente prejudica a lubrificação
e retirada do calor dos mancais, isto também ocorre caso haja alteração da pressão,
principalmente no mancal tipo “tilt-pad”, cuja a alteração da cunha de óleo acarreta o
aumento da vibração.
OBSERVAÇÃO:
O óleo usado no sistema de óleo lubrificante das turbinas industriais é o mineral (tipo Lubrax
TR-46), nas turbinas aero-derivadas, além do sistema de óleo lubrificante mineral temos um
sistema de óleo lubrificante exclusivo para o GG que utiliza o óleo sintético. A constituição
de ambos os sistemas são semelhantes.
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA:
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• RESERVATÓRIO DE ÓLEO:
No sistema com óleo mineral o tanque tem grande capacidade, sendo este de 4.000 a
20.000 litros, principalmente se o mesmo tanque atende também ao sistema de óleo de
selagem dos compressores de gás. O volume do tanque de óleo sintético é de 300 a
500 litros. Os reservatórios são feitos de aço carbono ou inox e possuem suspiro para
ventar os vapores sendo, as vezes, equipados com recuperadores de névoa.
• BOMBAS:
Fornece o óleo ao sistema com pressão adequada. No sistema de lubrificação com óleo
sintético normalmente encontramos duas bombas e no sistema com óleo mineral são
três, a saber:
BOMBA PRINCIPAL: Bomba existente em ambos os sistemas e normalmente é
acionada mecanicamente, através da caixa de acessórios, pelo Gerador de Gás (GG)
ou pela Turbina de Potência (PT). Funciona durante toda a fase da operação da turbina.
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• FILTRO:
São duplos com válvulas de três vias para permitir a troca em operação, os elementos
são, normalmente, do tipo cartucho com capacidade de filtragem de 10 a 70 micra
absolutos.
• INSTRUMENTAÇÃO:
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FUNÇÃO:
Fornecer óleo na pressão (10 a 70 kgf/cm2) requerida pelos comandos hidráulicos. Este
sistema também é conhecido por sistema de óleo hidráulico ou de alta pressão. Utiliza o
mesmo óleo usado no sistema de óleo lubrificante.
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA:
• BOMBA:
Eleva a pressão do óleo, captando-o no header de óleo lubrificante ou diretamente do
tanque.
• FILTRO:
São duplos com válvulas de três vias, os elementos com capacidade de filtragem de 3 a
30 micra absolutos.
• INSTRUMENTAÇÃO:
Os instrumentos típicos são:
VÁLVULA DE CONTROLE DE PRESSÃO (PCV): Controla a pressão de óleo, requerida
pelo sistema.
INDICADOR (PDI) E/OU PRESSOSTATO DE PRESSÃO DIFERENCIAL (PDSH):
Informa a pressão diferencial alta no filtro de óleo.
INDICADOR (PI) E/OU TRANSMISSOR DE PRESSÃO (PT): Informa a pressão no
header de óleo de comando.
PRESSOSTATO (PSL/PSLL): Alarme e/ou trip devido a baixa pressão do óleo de
comando.
SISTEMA DE PARTIDA
FUNÇÃO:
O sistema de partida tem duas funções. A primeira é retirar o Gerador de Gás (GG) da
inércia e leva-lo a uma determinada rotação conhecida como velocidade de purga ou de
ventilação ou de crank, e o mantém nessa rotação durante a fase conhecida como fase de
purga ou de purga (30 a 180 segundos) permitindo a “limpeza” interna da turbina com o ar
limpo. A segunda função acontecerá durante a fase de partida, logo após a fase de purga, é
auxiliar na aceleração do Gerador de Gás durante a ignição e início da formação dos gases
de exaustão, até a velocidade de Idle, conhecida também como velocidade de macha lenta
ou rotação de sustentação, após atingir esta velocidade o sistema de partida é desligado.
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BÁSICO DE TURBINAS A GÁS
OBSERVAÇÃO:
A função do sistema de partida é o mesmo em qualquer turbina a gás, porém a sua
implementação física pode ser diferente para o mesmo modelo de turbina, adequando-se a
necessidade do usuário.
• MOTOR DE PARTIDA:
Fornece o torque necessário ao Gerador de Gás (GG), sendo os mais utilizados na
Petrobras:
§ MOTOR ELÉTRICO + CONVERSOR DE TORQUE
§ MOTOR ELÉTRICO + BOMBA HIDRÁULICA + MOTOR HIDRÁULICO.
§ MOTOR ELÉTRICO ACIONADO POR VARIADOR DE FREQÜÊNCIA (VFD)
§ MOTOR PNEUMÁTICO
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SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
FUNÇÃO:
Fornecer o combustível gasoso ( gás natural ) ou líquido (diesel) dentro da pressão e
temperatura, vazão e características necessárias para o atendimento aos diversos regimes
operacionais da turbina.
OBSERVAÇÃO:
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BÁSICO DE TURBINAS A GÁS
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA:
• VÁLVULA MANUAL:
Isolar o pacote, principalmente em caso de manutenção ou hibernação da turbina.
• VÁLVULA DE CORTE (SDV):
Isolar automaticamente o pacote quando a turbina esta parada.
• FILTRO:
Garantir o combustível limpo ao sistema.
• BOMBA:
Eleva a pressão do combustível líquido.
• SEPARADOR DE CONDENSADO:
No sistema de combustível gás remove o condensado que é altamente prejudicial a
turbina.
• AQUECEDOR:
Aquece o gás garantido a temperatura de no mínimo 20 °c acima do dew point, evitando
a formação de condensado.
• VÁLVULA DE CONTROLE DE PRESSÃO (PCV): No sistema de combustível gás
controla a pressão do combustível. Importante para manter a estabilidade da variável
controlada, principalmente em turbogeradores.
• GOVERNOR:
Conjunto de válvulas e dispositivos que controlam o fluxo de gás para a turbina, e é
basicamente constituído de:
1° VÁLVULA SHUT-OFF: 1° Válvula de corte de combustível.
VÁLVULA DA TOCHA/PILOTO/IGNITOR: Permite o envio do combustível para a injetor
piloto (tocha) durante a fase de partida.
INJETOR PILOTO/TOCHA/IGNITOR: Permite a chama inicial que “acenderá” o injetor
principal. No conjunto tocha encontra-se a vela de ignição.
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção II - 19
BÁSICO DE TURBINAS A GÁS
• INSTRUMENTAÇÃO:
Os instrumentos típicos são:
TRANSMISSOR DE FLUXO: Permite a medição do combustível
INDICADOR (PDI) E/OU PRESSOSTATO DE PRESSÃO DIFERENCIAL (PDSH):
Indica a pressão diferencial alta no filtro de combustível.
INDICADOR (PI) E/OU TRANSMISSOR DE PRESSÃO (PT): Informa a pressão do
combustível no header e/ou intervalvular (entre as válvulas shut-offs).
PRESSOSTATO (PSL/PSLL/PSH/PSHH): Alarme e trip devido a baixa e alta pressão
de combustível.
INDICADOR (TI) E/OU TRANSMISSOR DE TEMPERATURA (TE): Informa a
temperatura do gás combustível
TERMOSTATO (TSL/TSLL): Alarme e/ou trip devido a baixa temperatura do gás
combustível.
CAIXA DE IGNIÇÃO: Envia energia elétrica para a vela, existente na tocha, permitindo
a centelha.
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção II - 20
BÁSICO DE TURBINAS A GÁS
FUNÇÃO:
Ajustar a vazão do compressor de ar do gerador de gás, mantendo sua curva de
desempenho na máxima eficiência de acordo com condição operacional exigida pelo
processo e evitando os fenômenos aerodinâmicos, tais como stall e surge, principalmente
este último e pode causar graves danos a turbina a gás. Outra função do sistema é a
selagem dos mancais e resfriamento das palhetas das turbinas.
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA:
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção II - 21
BÁSICO DE TURBINAS A GÁS
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção II - 22
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E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção II - 23
BÁSICO DE TURBINAS A GÁS
Seção III
SISTEMAS CONTROLE DA TURBINA A GÁS:
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
• TEMPERATURAS EXCESSIVA
• SOBREVELOCIDADES
• VIBRAÇÕES ELEVADAS
• DESLOCAMENTO AXIAL
• SURGE (é um fenomeno, a variável lida costuma ser variação da vazão e/ou pressão de
ar)
Os mancais são componentes importante para o bom funcionamento da turbina, o peso dos
conjuntos rotores e a alta velocidade de rotação aliada a alta temperatura que estes
mancais estão sujeitos, principalmente no mancal traseiro GG, mostra o grande esforço que
estão sujeitos durante o funcionamentos da turbina.
Na Turbina industrial (heavy duty), normalmente, são usados mancais de deslizamento do
tipo “tilt pad”, as pastilhas são de aço revestidos de metal patente (liga que contem estanho
e chumbo) e . Dependendo da sua composição, este material começa a “escoar” a partir de
140 °C. Por razões de segurança, sua temperatura é limitada, geralmente em 125 °C para
trip e em 110 °C para alarme, quando a medição é efetuada diretamente nos mancais.
Usualmente, são usados termopares ou RTD´s para este fim. A temperatura do óleo no
header é na faixa de 40° a 60°C.
É comum, contudo, a medição de temperatura indireta nos retornos de óleo dos mancais,
apesar de não ser uma medição tão precisa quanto a leitura direta. Neste caso. O valor de
alarme situa-se em 115°C para trip e 90 °C para alarme.
Na Turbina aeroderivada os mancais são de rolamentos, portanto permite temperaturas
maiores e normalmente a medição de temperatura é realizada no retorno de óleo do mancal,
sendo o alarme entorno de 150° e o trip entorno de 170°C. A temperatura do óleo no header
é na faixa de 80 a 115°C.
No mancal de rolamento a suportação é pontual, ou seja, tem área reduzida. O que acarreta
Como o contato neste tipo de mancal é pontual, é alta a tensão que estes mancais são
submetidos, podendo levar a desgastes excessivos, tanto que é utilizado detetor de limalhas
para verificar o estado de desgaste dos referidos mancais.
SOBREVELOCIDADE
Devido a alta rotação do gerador de gás (GG) e da turbina de potência (PT) e as folgas
entre estas partes rotativas e as partes estacionárias serem muito pequenas, na ordem de
0,1 a 0,6 mm, a monitorarão das vibrações é importantíssima.
Vibrações elevadas podem aumentar o desgaste dos mancais, roçamento das partes
móveis nas partes fixas, esforços cíclicos elevados, fadiga, etc. levando a queda na
eficiência e dano permanente e com isso elevado índice de indisponibilidade.
Para monitorar os níveis de vibração., existem três tipos de sensores de vibração:
SENSOR DE PROXIMIDADE
Este sensor é constituído de uma bobina na ponta (Tip) de um probe, a função da bobina é
produzir um campo magnético próximo ao eixo da máquina.
Uma vez que o eixo é feito de material magnético (aço), o campo magnético terá a sua
amplitude variada em função da distância do sensor ao eixo, ou seja, o eixo ao se aproximar
da ponta do sensor, diminui a relutância magnética com o conseqüente aumento do campo
magnético, a variação do campo magnético acarreta a indução de uma tensão. Esta tensão
é função da distância da ponta (Tip) do sensor ao eixo monitorado. Como o sensor mede a
distância ao eixo, ele mede efetivamente a amplitude vibração do eixo em relação à
carcaça.
O sinal produzido é de deslocamento, ou seja, amplitude do deslocamento e é expresso
normalmente em microns pico a pico ou MIL pico a pico.
Detalhe do proximitor
A força eletromotriz induzida é função da variação do fluxo magnético (∆φ) sobre a variação
do tempo ( ∆t), logo:
f.e.m. = ∆φ / ∆t
Como a variação do fluxo magnético (∆φ) é função do campo magnético (B) vezes a
variação da área ( ∆S) devido a vibração, logo:
∆φ = B . ∆S
A variação da área ( ∆S) é o comprimento do fio (l), que é constante, vezes a variação do
deslocamento da vibração (∆X), então:
Como o campo magnético (B) é fixo e o comprimento do fio (l) cortado pelo campo
magnético também é fixo, temos a f.e.m. função da variação do deslocamento da vibração
no tempo, portanto, o sinal de saída do sensor (f.e.m.) é proporcional a velocidade de
vibração, e normalmente expressa em milímetros por segundo (mm/s) ou polegadas por
segundo (ips).
Este sensor se utiliza do efeito piezoelétrico de cristais tais como o quartzo, turmalina ou sal
de Rochelle.
É constituído por um sistema massa - mola, a máquina ao vibrar transmite a vibração para o
sensor através da carcaça da máquina.
A massa inferior vibra no mesmo ritmo da máquina e a massa superior fica estacionária
devido ao amortecimento dado pela mola, então temos a ação da força de pressão das
massas sobre o cristal piezoelétrico, produzindo uma tensão entre as faces metálicas.
Como a tensão (v) nas extremidades do cristal é proporcional a força (f) que o pressiona.
v ∝ f
F=M.a
Como a massa (M) é constante e a aceleração (a) é proporcional a vibração, então temos a
tensão (v) proporcional a aceleração da vibração.
v ∝ a
O sinal fornecido pelo sensor é muito tênue e sua unidade é C/G (Coulumbs por
Gravidade (9,8m/s2)). É necessário o uso de um amplificador de carga. Após o amplificador
a unidade, normalmente usada, é m/s2.
Da mesma forma que o sensor de velocidade, este sensor mede vibração na carcaça da
máquina.
Acelerômetros típicos
DESLOCAMENTO AXIAL
Os monitores tem como funções a de alimentar o sensor, receber o sinal enviado pelo
sensor e verificar o nível deste sinal, caso o sinal chegue a nível de alarme atuará uma
saída, normalmente um relé, que informará ao painel de controle da turbomáquina a
ocorrência e este decidirá o que deve ser feito, que poderá ser um puro alarme sonoro e
visual até o desligamento da máquina.
A maioria dos sistema de monitoração de vibração e deslocamento instalados nas
turbomáquinas da Bacia de Campos é da Bently Nevada e atualmente temos os seguintes
sistemas o sistema:
SISTEMA 7200
O Sistema 7200 é totalmente analógico e está obsoleto, o projeto tem mais de trinta anos.
Atualmente este sistema esta sendo “retrofitado”.
SISTEMA 2201
O sistema 2201 foi projetado pela Bently Nevada para uso direto no rack 1771 do PLC da
Allen Bradley
SISTEMA 3300
O sistema 3300 é o mais difundido atualmente. É um sistema análogico.digital
SISTEMA 3500
O sistema 3500 é o mais recente em funcionamento na Bacia de Campos, é totalmente
digital e aberto permitindo programação e vários tipo de comunições com outros sistemas,
inclusive acesso remoto. Este sistema foi escolhido como padrão para os sistemas
monitoração de vibração, deslocamento axial e temperatura dos mancais nas novas
turbomáquinas adquiridas para a Bacia de Campos
Este diagrama é orientativo, não deve ser usado para a determinação do set-point da
máquina. O set-point é determinado pelo fabricante da máquina.
diagrama 3 em 1 plota o nível de vibração para: Aceleração x CPM, Velocidade x CPM e
Deslocamento x CPM.
Sabendo a velocidade em RPM (i.e. CPM) da máquina e qual é a técnica de medição de
vibração (aceleração, velocidade e/ou deslocamento) determina-se como a máquina deverá
se comportar quando nova ou após um overhaul e qual deve ser o nível da condição de
alerta ou de perigo.
Identifique no eixo da ordenada a velocidade da máquina em RPM.
Trace um reta vertical até o ponto na faixa a ser verificado, ou seja, Desejável (Desirable);
Satisfatório (Acceptable), Aceitável (Fair), Severo (Rough) e/ou Ruim (Bad).
Mancal de 0,05 - 0,08 ips, 1 - 2 mm/s, 0,2 - 0,3 ips, 4 - 6 mm/s, 0,3 - 0,4 ips, 5 - 7 mm/s,
Todos Sísmico Velocidade
Rolamento pk RMS pk RMS pk RMS
Carcaça do
Mancal 0,08 - 0,12 ips, 2 - 3 mm/s, 0,3 - 0,4 ips, 5 - 7 mm/s, 0,4 - 0,6 ips, 7 - 10mm/s,
pk RMS pk RMS pk RMS
< 4000 RPM Mancal de
0,8 - 1,2 ips, 20 - 30 µ m, 2,0 - 2,5 ips, 25 - 40 µ m, 3,0 - 4,0 ips, 75 - 100 µ m,
deslizamento Deslocamento
Proximidade pk-pk pk-pk pk-pk pk-pk pk-pk pk-pk
Hidrodinâmico
4k -< RPM < Não Contato 0,2 - 0,3 ips, 0,8 - 1,2 ips, 20 - 30 µ m, 1,0 - 1,5 ips, 25 - 40 µ m,
5 - 8 µm, pk-pk
80k pk-pk pk-pk pk-pk pk-pk pk-pk
> 100.000 Sísmico em
Engrenamento Aceleração 3 - 8 g, pk 2 - 6 g, RMS 10 - 25 g, pk 7 - 18 g, RMS 15 - 40 g, pk 10 - 28 g, RMS
CPM cima da gear
MONITORAÇÃO DE VELOCIDADE
MONITORAÇÃO DE DESLOCAMENTO
Para a o feedback da posição de pistões, válvulas e IGV é usualmente utilizado em
turbomáquinas o LVDT (Linear Variable Displacement Transducer) ou RVDT (Rotate
Variable Displacement Transducer).
O principio construtivo do LVDT e RVDT é o mesmo. Se trata de um transformador de
tensão no qual o núcleo é movido linearmente, no LVDT, ou rotacionalmente, no RVDT, pelo
dispositivo que queremos monitorar.
NOMENCLATURAS
Exemplo típico são as variáveis da turbina a gás, que apresentam nomes diferentes
entre diferentes fabricantes. Abaixo segue alguns exemplos das principais variáveis.
0 5
3
1
2 COMBUSTOR
6 7
FILOSOFIA DE SEQUENCIAMENTO:
SEQUENCIAMENTO:
1. PARADA / STOP
• Painel de controle e o centro de motores (CCM) estão energizados e todos os
sistemas auxiliares estão “parados”.
• Caso não haja nenhum alarme de desligamento (trip) e condições prévias, tanto da
turbina como da carga acionada (compressor, gerador, bomba, etc.) estão atendidas
a turbina está pronta, aguardando a ordem de partida para em funcionamento.
• Dada a ordem de partida ocorre os seguintes eventos a seguir:
4. PARTIDA / IGNIÇÃO
• O sistema de combustível seqüência as válvulas realizando a sua purga.
• É enviado combustível para o piloto (tocha) e acionada a vela de ignição.
• O painel de controle começa a enviar sinal, conforme rampa de partida, para a abertura
da válvula reguladora.
• O sistema de partida começa acelerar, de novo, o GG que junto com a queima dos
gases aumenta a rotação.
• A vela de ignição e a tocha são desligadas.
• Atingida a rotação de IDLE (sustentação) o sistema de partida é desligado.
• A bomba principal já fornece óleo e a bomba auxiliar (motor AC) é desligada.
Ordem de partida
Preparação / Pré-Lubrificação /
Pre-Lub
IDLE / WARM-UP ½ min a 10 min.
Parada/ Stop/ Stand-by Ventilação / Purga / Crank
½ min a 04 min
Tempo indeterminado
Partida / Ignição
1 min 15 seg
Pós-Lubrificação / Pos-Lub
Idle / Warm-Up
2h a 3 h 20 min.
Control start
Parando / Stopping
4min. A 20 min.
Acceleration and
load applied
Shut down
Shut down
order
SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO
5. IDLE / WARM-UP
• Tempo para aquecimento antes da aceleração para a colocação de carga, isto
diminui o gradiente de temperatura no qual a turbina está sujeita. Em turbogeradores
de emergência está fase não ocorre.
6. OPERAÇÃO / LOAD
• O painel de controle acelera e desacelera a turbina, dentro dos parâmetros de
aceleração (Accel) e desaceleração (Disaccel) estabelecidos, em função da variação
carga, desde que os limites de temperatura dos gases de exaustão, velocidade GG
ou velocidade PT não sejam atingidos.
• A turbina permanece nesta condição até ocorrer:
O operador enviar a ordem de retirada de carga ou ordem de parada. A turbina vai
para idle / cool-down
É detectado um alarme de mal funcionamento(trip). A turbina vai para parada /
stopping.
7. IDLE / COOL-DOWN
• Tempo de resfriamento que ocorre após desaceleração e antes do corte de
combustível, com isto diminui o gradiente de temperatura no qual a turbina esta
sujeita.
8. PARADA / STOPPING
• É cortado o combustível fechando as válvulas de corte (shut-off valves).
• A bomba auxiliar (motor AC) é acionada.
• Após a desaceleração e parada do GG e PT iremos para a próxima fase.
9. PÓS-LUBRIFICAÇÃO / POS-LUB
• A bomba auxiliar (motor AC) e os ventiladores continuam operando durante toda esta
fase.
• Caso não haja nenhum alarme de desligamento (trip) e condições prévias estão
atendidas, a turbina está liberada para partir. Se o operador ordenar a partida a
máquina vai para a fase 2 (preparação).
• Decorrido o tempo de pós-lubrificação a bomba auxiliar e os ventiladores são
desligados e a máquina volta a fase 1 (parada / stop).
FUNÇÃO:
A principal função do controle de velocidade da turbina em um turbogerador é fornecer
a potência mecânica necessária para manter a rotação do gerador elétrico constante, ou
seja, a freqüência constante, independente da potência elétrica solicitada pelo consumidor.
Em um turbocompressor, o controle de combustível deverá manter a rotação do compressor
solicitada pelo controle de capacidade, também chamado de controle de performance.
Como o gerador elétrico ou o compressor de gás estar acoplado a turbina de potência (PT),
a rotação da PT é a principal variável controlada.
Sendo a potência disponível no eixo da PT diretamente proporcional a pressão e
temperatura dos gases, quando maior a potência solicitada maior será a temperatura EGT e
a pressão PCD. sendo que está última está relacionada a rotação do gerador de gás (NGG).
Devido a limitações mecânicas e metalúrgica do GG, são impostas limitações de máxima de
rotação GG (NGG) e de máxima temperatura dos gases (EGT). O controle de velocidade da
turbina não deve permitir que este limites sejam ultrapassados.
FUNCIONAMENTO NA PARTIDA:
Durante a partida (vide fig. 3), na fase de ignição, quem comanda o governor da
máquina é a rampa de partida que cresce em função do tempo e da pressão PCD. Sendo
que a rampa é limitada pela circuito de máxima (Accel) e mínima (Disaccel) aceleração,
quando a rotação PT (NPT) atinge a primeira vez a rotação de controle, o PID de NPT passa
de seguidor para controlador. Nesta fase a rotação GG (NGG) é menor que o set-point (SP)
de máxima NGG, como também a temperatura dos gases de exaustão (EGT) está abaixo do
seu set-point de limitação EGT, os controladores PID’s de NGG e EGT estão saturados, ou
seja, as suas saídas estarão no máximo valor, com isto o menor sinal é saída do controlador
NPT e este será o sinal selecionador pelo seletor de menor sinal. Portanto que comanda a
turbina, neste momento, é o PID de PT.
Freqüência Freqüência
60 60,6
59,4
Potência Potência
Máxima Máxima
Modo Isócrono Potência Modo Droop Potência
Sinal será o sinal oriundo do PID de PT. Com o aumento do sinal temos o incremento da
abertura da válvula de controle de combustível do governor e o conseqüente aumento da
injeção de combustível acelerando a turbina de potência (PT), portanto recuperando a
freqüência.
A saída de carga elétrica representa menor peso no eixo de PT, ou seja, a rotação PT
começa a aumenta, o que significa a freqüência subi. O Controlador PID de NPT diminuirá o
sinal de saída, como este sinal é menor do que os outros sinais teremos a redução da
abertura da válvula de controle de combustível do governor, reduzindo a injeção de
combustível que reduz a rotação PT, portanto reduzindo a freqüência.
O crescimento da demanda elétrica acarreta a aceleração da máquina,
consequentemente a rotação GG e a temperatura EGT aumentarão. Com a continua
aceleração, uma dessas duas variáveis atingirá o valor máximo setado pelo set-point, o
controlador PID correspondente diminuirá o sinal de saída que passará a ser menor do que
o sinal de saída do PID de NPT, o menor sinal assume o controle evitando de a máquina
acelere e com isto aumente a rotação GG ou temperatura EGT vá a valores acima do valor
máximo de controle, mantendo a integridade da máquina. Nesta condição a freqüência
tende a cair.
Quando da entrada de uma grande carga, a turbina tenderá a acelerar bruscamente, o
que corresponde a um súbito aumento do sinal de saída do PID de PT. Se houver
necessidade de limitar a aceleração, o circuito de Accel manterá o seu sinal menor que o
sinal de saída do PID de PT e com isto limitara a aceleração da turbina
Quando da saída de uma grande carga a turbina tenderá a desacelerar bruscamente,
o que corresponde a uma súbita diminuição do sinal de saída do PID de PT. Se houver
necessidade de limitar a desaceleração, o circuito de Disaccel manterá o seu sinal maior do
que o sinal de Seletor de Menor e com isto limitara a desaceleração da turbina. Caso a
desaceleração seja muito brusca (ex. desligamento do disjuntor principal) a ponto de tender
a fechar por completo a válvula de controle de combustível, o circuito de mínima abertura da
válvula não permite que isso aconteça o que poderia acarretar o apagar da chama de
combustão.
As variáveis NPT, NGG e EGT também são supervisionadas e caso ultrapassem o
limite de controle e atinja valores que venham a diminuir a vida útil ou danificar a máquina o
sistema será “tripado”, ou seja, haverá a parada do turbogerador.
A norma API 616, determina a existência de dois sensores de velocidade PT, alguns
fabricantes usam também dois sensores de velocidade GG, e duas medições de
temperatura EGT, sendo que uma medição é usada para controle e supervisão e a outra
medição é usada somente para supervisão, porém usando circuito redundante e externo ao
circuito aonde realiza-se o controle.
Combustível
Governor
Ar Filtrado
Turbina de
Potência Gases
Gerador de
de Gás Combustor Exaustão
T1 R
o
t Ao
Rotor do o Gerador
Compressor r Elétrico
H
P
PCD
NGG EGT NPT
mA/U
U/mA
R/U F/U Mv/U F/U
Acell
Disaccel PV PCD T1
D A CV
PV PID
PID
SP CV EGT máx.
SP
NGG máx.
CV PV
PID
SP
Mínima
abertura do
Governor Rampa de Referência Fator de
Seletor de Maior Partida fixa de Droop
Freqüência
Combustível
Governor
Ar Filtrado
Turbina de
Potência Gases
Gerador de
de Gás Combustor Exaustão
T1 R
o
t Ao
Rotor do o Compressor
Compressor r de Gás
H
P
PCD
NGG EGT NPT
mA/U
U/mA
R/U F/U Mv/U F/U
Acell
Disaccel PV PCD T1
D A CV
PV PID
PID
SP CV EGT máx.
SP
NGG máx.
CV PV
PID
SP
o sinal escolhido pelo Seletor de Menor Sinal será o sinal oriundo do PID de PT. Com o
aumento do sinal temos o incremento da abertura da válvula de controle de combustível do
governor e o conseqüente aumento da injeção de combustível acelerando a turbina de
potência (PT), portanto elevando a rotação solicitada pelo Controle de Capacidade, ou seja,
aumentando a potência (Head) necessário a compressão.
Com a redução do set-point, oriundo do Controle de Capacidade, o Controlador PID de
NPT diminuirá o sinal de saída, como este sinal é menor do que os outros sinais no Seletor
de Menor teremos a redução da abertura da válvula de controle de combustível do governor,
reduzindo a injeção de combustível que reduz a rotação PT, portanto reduzindo o Head
fornecido.
O aumento da potência consumida no compressor acarreta a aceleração da máquina,
consequentemente a rotação GG e a temperatura EGT aumentarão. Com a continua
solicitação de potência, uma das duas variáveis citadas atingirá o valor máximo setado pelo
set-point, o controlador PID, que estava “saturado” começa a diminuir o sinal de saída que
passará a ser menor do que o sinal de saída do PID de NPT, este será o menor sinal no
Seletor de Menor e assume o controle da válvula de combustível, evitando que a máquina
acelere e aumente a rotação GG ou temperatura EGT acima de seus valores máximos,
mantendo a integridade da máquina. Nesta condição o Controle de Capacidade não é
atendido.
O Controle de Capacidade pode solicitar um forte aumento da velocidade do
compressor, isto no controle de combustível corresponde a um súbito aumento do sinal de
saída do PID de PT. Se este sinal for maior que o sinal de máxima aceleração, no Seletor de
Menor, há a necessidade de limitar a aceleração. O circuito de Accel manterá o seu sinal
menor que o sinal de saída do PID de PT limitando a aceleração da turbina.
Há várias estratégias de Controle de Capacidade, os mais usuais são:
• Controlar a pressão de sucção e limitar na máxima pressão de descarga e/ou limitar
na máxima temperatura de descarga.
• Controlar a pressão de descarga e limitar na mínima pressão de sucção.
• Controlar a vazão e limitar na mínima pressão de sucção.
PV1
PID
SP1
<
SP2
PID
PV2
Head
Pd / Ps
Pd
PIC - SP
Nmax
NOP
Nmin
Potência Q
Absorvida
P1
Q
CURVAS CARACTERÍSTICAS DE UM COMPRESSOR CENTRÍFUGO
Seção IV
GUIA PARA LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES
SOBRE TURBINA A GÁS
ASPECTOS DE MANUTENÇÃO:
TURBINA À GÁS
1) TURBINA
- Marca(fabricante) GG
- Marca(fabricante) PT
- Modelo
- Potência ISO
- Eficiência térmica
- Tipo
- Mancais ( tipo e números )
- Compressor de ar
. tipo
. número de estágios
. materiais
. relação de compressão
. vazão mássica
. IGV ( inlet guide vane )
. Válvulas anti-surge
- Câmara de Combustão
. tipo
. número de câmaras
. material
. número de injetores
. número de ignitores
- Combustível
- Roda da turbina HP (número de estágio, rotação e material)
- Roda da turbina LP (número de estágio, rotação e material)
- Temperatura limite de operação contínua
- Limites operacionais
- Qual é o óleo(tipos)?
- Qual é a carga para abastecimento?
- Qual é o volume do reservatório?
- Quantas bombas?
- Qual o tipo de resfriador?
- Como é efetuado o controle de temperatura?
- Qual é o modelo do elemento filtrante e quantos p/ filtro?
- Qual é a micragem?
- Como é efetuado o controle de pressão?
- Quais são os limites operacionais do sistema?
4) SISTEMA DE PARTIDA
6) SISTEMA DE AR
9) CAIXA DE ACESSÓRIOS
- Quantos eixos?
- Quais são os equipamentos acionados?
GERADORES ELÉTRICOS
1) GERADOR
- Fabricante(marca)
- Modelo
- Potência Elétrica (VA, real e aparente)
- Tensão de Geração
- Tipo de excitação
- N° de Polos
- Rotação da PT e do Gerador Elétrico
4) SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
COMPRESSORES
1) COMPRESSOR
- Fabricante (marca)
- Modelo
- Vazão volumétrica nas condições de sucção de cada estágio
- Vazão volumétrica normal (1 ATM, 20 °C)
- Vazão mássica
- Pressão de sucção (Ps) de cada estágio
- Pressão de descarga (Pd) de cada estágio
- Temperatura de sucção (Ts) de cada estágio
- Temperatura de descarga (Td) de cada estágio
- Número de impelidores
- Número de estágios
- Tipo de carcaça
- Tipo de mancal
- Conhecer e analisar as curvas de performance (desempenho) dos compressores
- Conhecer e analisar o fluxo do balanço de massa do turbocompressor
- Limites operacionais, sistemas de proteção
2) SISTEMAS DE SELAGEM
9) SISTEMA DE CONTROLE
ASPECTOS DE MANUTENÇAO
INTRODUÇÃO
O ambiente competitivo a que as empresas estão expostas hoje em dia requer uma
otimização da utilização dos recursos disponíveis. Essa otimização só pode ser alcançada se
for possível minimizar os custos de operação e manutenção das máquinas e maximizar a sua
confiabilidade. Os custos decorrentes da operação e manutenção das máquinas rotativas ao
longo da sua vida produtiva são em geral bem maiores que o custo de aquisição e instalação
da máquina, não sendo incomum que somente o valor da energia consumida seja de 5 a 15
vezes maior que o preço do equipamento.
A produção, basicamente, é composta pelas atividades de operação, manutenção e
engenharia, sendo que o único produto que a operação deseja comprar da manutenção é da
engenharia chama-se MAIOR DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE AO MENOR CUSTO
POSSÍVEL. A atividade da manutenção precisa, portanto deixar de ser apenas eficiente para
se tornar eficaz; ou seja, não basta, apenas, reparar o equipamento ou instalação tão rápido
quanto possível, mas principalmente, é preciso manter a função do equipamento disponível
para a operação, evitar a falha do equipamento e reduzir os riscos de uma parada não
programada. Se o antigo paradigma, e ainda atual na maioria das empresas, era de que “O
homem de manutenção sente-se bem quando executa um bom reparo”, o novo paradigma é
“O homem de manutenção sente-se bem quando não teve que fazer reparo porque conseguiu
evitar as quebras não planejadas”.
É dentro dessa função estratégica da manutenção, de obter a maior disponibilidade e
confiabilidade ao menor custo possível, que existe uma crescente necessidade de se capacitar
técnicos para executar tarefas multidisciplinares.
TIPOS DE MANUTENÇÃO
- Manutenção Corretiva
- Manutenção Preventiva
- Manutenção Preditiva
MANUTENÇÃO CORRETIVA
Convém observar que existem duas condições específicas que levam a manutenção
corretiva:
Caracteriza-se pela atuação da manutenção em fato já ocorrido, seja este uma falha ou
um desempenho menor do que o esperado. Não há tempo para preparação do serviço.
Infelizmente, ainda é mais praticado do que deveria.
Normalmente, a manutenção corretiva não planejada implica em altos custos, pois a
quebra inesperada pode acarretar perdas de produção, perda da qualidade do produto e
elevados custos indiretos de manutenção.
Além disso, quebras aleatórias podem ter conseqüências bastante graves para o
equipamento, isto é, a extensão dos danos pode ser bem maior. Em plantas industriais de
processo contínuo (petróleo, petroquímico, cimento, etc.), estão envolvidas no seu
processamento elevadas pressões, temperaturas, vazões, ou seja, a quantidade de energia
desenvolvida no processo é considerável. Interromper processamentos desta natureza de
forma abrupta para reparar um determinado equipamento compromete a qualidade de outros
que vinham operando adequadamente, levando-os a colapsos após a partida ou uma redução
da campanha da planta.
Quando uma empresa tem a maior parte de sua manutenção corretiva na classe não
planejada, seu departamento de manutenção é comandado pelos equipamentos e o
desempenho empresarial da Organização, certamente, não está adequado às necessidades de
competitividade atuais.
Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do que um
trabalho não planejado. E será sempre de melhor qualidade.
A característica principal da manutenção corretiva planejada é função da qualidade da
informação fornecida pelo acompanhamento do equipamento.
Mesmo que a decisão gerencial seja de deixar o equipamento funcionar até a quebra,
essa é uma decisão conhecida e algum planejamento pode ser feito quando a falha ocorre. Por
exemplo, substituir o equipamento por outro idêntico, ter um kit para reparo rápido, preparar o
posto de trabalho com dispositivos e facilidades, etc.
A adoção de uma política de manutenção corretiva planejada pode advir de vários
fatores:
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Como nem sempre os fabricantes fornecem dados precisos para a adoção nos planos de
manutenção preventiva, além de as condições operacionais e ambientais influírem de modo
significativo na expectativa de degradação dos equipamentos, a definição de periodicidade e
substituição deve ser estipulada para cada instalação ou no máximo plantas similares operando
em condições também similares.
Evidentemente, ao longo da vida útil do equipamento não pode ser descartada a falha
entre duas intervenções preventivas, o que, obviamente, implicará numa ação corretiva.
Analogamente ao que foi estabelecido para manutenção corretiva, os seguintes fatores
devem ser levados em consideração para adoção de uma política de manutenção preventiva:
A manutenção preventiva será tanto mais conveniente quanto maior for a simplicidade na
reposição; quanto mais altos forem os custos de falhas; quanto mais falhas prejudicarem a
produção e quanto maiores forem as implicações das falhas na segurança pessoal e
operacional.
Se por um lado a manutenção preventiva proporciona um conhecimento prévio das
ações, permitindo uma boa condição de gerenciamento das atividades e nivelamento de
recursos, além de previsibilidade de consumo de materiais e sobressalentes, por outro
promove, via de regra, a retirada do equipamento ou sistema de operação para execução dos
serviços programados. Assim, possíveis questionamentos à política de manutenção sempre
serão levantados em equipamentos, sistemas ou plantas em que o conjunto de fatores não seja
suficientemente forte ou claro em prol dessa política.
Outro ponto negativo com relação à preventiva á a introdução de defeitos não existentes
no equipamento devido a:
- Falha humana;
- Falha de sobressalentes;
- Contaminações introduzidas no sistema de óleo;
- Danos durante partidas e paradas;
- Falhas dos Procedimentos de Manutenção.
MANUTENÇÃO PREDITIVA
- Vibração;
- Performance;
- Análise de óleo;
- Parâmetros operacionais (temperaturas, pressões, etc).
§ As falhas devem ser oriundas de causas que possam ser monitoradas e ter sua
progressão acompanhada.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
PROGRAMAÇÃO DA MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
MANUTENÇÂO DE ROTINA
Podem ser diárias, semanais, mensais, trimestrais,. Trata-se de tarefas simples em
sua maioria, a serem executadas pela própria operação/ manutenção de campo (não
requer equipe especializada no equipamento) em periféricos a acessórios da
turbomáquina. São exemplos deste a verificação do nível de óleo lubrificante, vazamentos
e ruídos em geral, queda de pressão em filtros, acompanhamento de parâmetros
operacionais e identificação de alterações importantes nestes, testes de lâmpadas de
sinalização, passando por verificação do estado de bancos de baterias e sensores de fogo
e gás, até verificação da calibração de alguns instrumentos.
REVISÕES PARCIAIS
Como está explicito a abrangência é parcial e são manutenções realizadas e repetidas
entre as revisões gerais. O objetivo é recompor a condição operacional no que diz respeito
a desgastes mecânicos, degradação da performance ou até mesmo realizar uma mais
completa avaliação do estado ou inspeção interna da turbomáquina, de forma a que se
possa garantir um novo período operacional (até a próxima revisão). Nestes casos são
normalmente demandadas equipes de especialistas treinados naquele tipo e modelo de
turbomáquina, que atuarão tanto para seu planejamento como na execução das tarefas
mais ou menos complexas que compõem aquela revisão. São exemplos:
REVISÃO GERAL
PROGRAMAÇÃO DE PREVENTIVA
PGT – 5 MJ HGPI OH
LM-2500 B HGPI OH
LM-2500+ B HGPI OH
AVON B+MJ OH
ALLISON B+MJ
SATURN B MJ OH
CENTAUR B MJ OH
TAURUS B MJ OH
MARS B MJ OH
MAN-GHH MJ OH1 OH2
DR-990 B MJ OH
B – Boroscopia MJ – Revisão Major
HGPI – Inspeção partes quentes (Hot Gas Path Inspection)
OH – Overhaul (-1Turbocompressor; -2Turbogerador)
EP-SSE/SC-SL/TBM/TTNP Seção IV- 9
BÁSICO DE TURBOGERADORES
MANUTENÇÃO PREDITIVA
MANUTENÇÃO CORRETIVA
Aplicável a equipamentos que não tem componentes com vida útil controlada
(normalmente compressores e caixas de engrenagens), onde, a partir de diagnósticos oriundos
do acompanhamento do estado do equipamento, via manutenção preditiva, pode-se antecipar
ou postergar revisões programadas, ou melhor, definir o momento ideal para a realização de
uma revisão e seu escopo (parcial ou geral). Se corretamente aplicada, representa um dos
melhores exemplo de otimização da manutenção, como resultado da correta aplicação das
ferramentas da manutenção preditiva. Por isso mesmo, demandam uma capacitação profunda
naquelas ferramentas e sua aplicação metódica. Do contrário, os resultados podem ser
verdadeiros fracassos.