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SUMARIO
PREFÁCIO .............................................................................................................................................. 3
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE (BR GAAP) ............................................................................ 6
PROCESSO CONTÁBIL ............................................................................................................................. 7
OBRIGATORIEDADE DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL.................................................................................. 8
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E O REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA ........................................... 9
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E A LEI Nº 10.406/2002 C.C. .................................................................... 10
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE ............................................................................................................ 13
DESENVOLVIMENTO - RESUMO DOS PRINCIPAIS LIVROS E RELATÓRIOS COMERCIAIS .............................. 22
DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS .............................................................................................................. 24
BALANÇO PATRIMONIAL....................................................................................................................... 25
DRE – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ......................................................................... 30
DMPL - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................... 40
DVA - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO .................................................................................. 45
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA............................................................................................... 50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................. 58
Prezado contabilista:
Não é objeto de estudo versar sobre NIC, mas apresentar tratos que não esgotarão o
assunto, pois neste apresentado, nasce apenas a compreensão introdutória de
informações relevantes e que ainda deverão ser tratadas pelos órgãos de classe e
governamentais.
Abreviaturas utilizadas:
“BRGAAP” são as normas brasileiras de contabilidade cujo fulcro central de estudo são as
Leis nº 6.404/76, a Lei nº 11.638/07, normas expedidas pela CVM e pelo CFC.
Vale lembrar que o Brasil tem em sua essência enorme força sobre a área tributária, como
é sabido por todos, o que faz das autoridades fiscais, um dos pontos críticos do Brasil
quanto ao impacto de normas emitidos por esses órgãos, pois os mesmos tendem a
oferecer certos regramentos contábeis que muitas vezes ferem as normas societárias e
até aos princípios contábeis.
As demonstrações são as peças que unem as informações de um processo que por sua vez
é provindo de um sistema. Os sistemas são procedimentos criados pela Entidade cujo
objetivo é facilitar o desenvolvimento de informações aos terceiros. Um sistema poderá
ser feito de diversas formas como à mãos, mecanizado, informatizado, etc.
Assim o processo é a forma de execução administrativa e o sistema o controle, ou seja, o
armazenamento e o método adotado.
O processo contábil é oriundo das técnicas contábeis oriundas da escrituração contábil,
assim, o processo contábil completo é assim definido:
Assim, a Lei nº 6. 404/76 art. 176 combinado com o art. 1º da Lei nº 11.638/07 trata da
obrigação, tendo como responsável a diretoria, em elaborar as demonstrações
financeiras, conforme a seguir:
A legislação tributária federal, mais precisamente através do Decreto 3000/99 que institui
o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), determina que para fins de apuração do
Imposto de Renda, ao final de cada período de incidência do imposto, o contribuinte
deverá apurar o lucro líquido mediante a elaboração, com observância das disposições da
lei comercial, do balanço patrimonial, da demonstração do resultado do período de
apuração e da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. Essas prerrogativas estão
no art. 274 da lei supracitada.
O mesmo dispositivo legal determina que o lucro líquido do período deverá ser apurado
com observância das disposições da Lei nº 6.404/76.
A Lei nº 10.406/2002 que institui o Novo Código Civil traz em seu art. 1.179 a seguinte
redação:
(...)
“Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico.”
(...)
(...)
(...)
“Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário,
do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico.”
(...)
O Código Civil também trata de tratamento favorecido no art. 970, como segue:
(...)
(...)
(...)
“Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts.
970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o empresário individual
caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita
bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais).”
(...)
(...)
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10):
I - o da ENTIDADE;
II - o da CONTINUIDADE;
III - o da OPORTUNIDADE;
V - o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
VI - o da COMPETÊNCIA e
VII - o da PRUDÊNCIA.
(...)
Todas as ciências apresentam nos seus núcleos princípios. Estes são fontes que norteiam
sua qualidade de ciência. A Contabilidade como ciência também tem seus princípios que
servem como “vigas mestras” da ciência social da qual é atuante.
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: O Princípio do Registro pelo Valor Original
determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos
valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos
em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão
necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo
futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso
normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente,
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem
favorecimentos; e
Compreensibilidade
Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é
que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Para esse fim presume-se que os
usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e
contabilidade e a disposição de estudar as informações com razoável diligência. Todavia,
informações sobre assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações
contábeis por causa da sua relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos
usuários não devem ser excluídas em nenhuma hipótese, inclusive sob o pretexto de que
seria difícil para certos usuários as entenderem.
Relevância
Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades dos usuários na
tomada de decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões
econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes
ou futuros ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores.
As funções de previsão e confirmação das informações são inter-relacionadas. Por
exemplo, informações sobre o nível atual e a estrutura dos ativos têm valor para os
usuários na tentativa de prever a capacidade que a entidade tenha de aproveitar
oportunidades e a sua capacidade de reagir a situações adversas. As mesmas informações
Materialidade
A relevância das informações é afetada pela sua natureza e materialidade. Em alguns
casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a sua relevância.
Por exemplo, reportar um novo segmento em que a entidade tenha passado a operar
poderá afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara,
independentemente da materialidade dos resultados atingidos pelo novo segmento no
período abrangido pelas demonstrações contábeis. Em outros casos, tanto a natureza
quanto a materialidade são importantes; por exemplo: os valores dos estoques existentes
em cada uma das suas principais classes, conforme a classificação apropriada ao negócio.
Uma informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar as decisões
econômicas dos usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. A
materialidade depende do tamanho do item ou do erro, julgado nas circunstâncias
específicas de sua omissão ou distorção. Assim, materialidade proporciona um patamar
ou ponto de corte ao invés de ser uma característica qualitativa primária que a informação
necessita ter para ser útil.
Neutralidade
Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser neutra,
isto é, imparcial. As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou
apresentação da informação, elas induzirem a tomada de decisão ou um julgamento,
visando atingir um resultado ou desfecho predeterminado.
Integridade
Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser
completa, dentro dos limites de materialidade e custo. Uma omissão pode tornar a
informação falsa ou distorcida e, portanto, não-confiável e deficiente em termos de sua
relevância.
Comparabilidade
Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao
longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira e
no seu desempenho. Os usuários devem também ser capazes de comparar as
Livro Diário
Termo de abertura;
Livro Diário;
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração do Resultado Abrangente (CPC PME)
Balanço Patrimonial;
Notas Explicativas;
Termo de encerramento.
NOTA: As informações acima são para as empresas em geral conforme regras do CFC. As
pessoas jurídicas que apuram os tributos com base no Lucro Real são obrigadas a
apresentarem as demonstrações acima para o fisco quando solicitadas.
Nome da Conta
Data do lançamento
Contrapartida
Histórico do lançamento
Débito
Crédito
Saldo
Indicação de saldo devedor (D) ou credor (C)
O Balancete de Verificação é um relatório que apresenta o saldo das contas que fizeram
parte da operação da Entidade que em primeiro momento foram classificadas e lançadas
no Livro Diário e em seguida no Livro Razão. Os saldos apresentados no Livro Razão são
transportados ao Balancete de Verificação, que como o próprio nome diz, tem como
serventia a análise, apoio à conciliação e para decisões técnicas e até administrativa.
NOTA: O a Lei nº 9430/96 em seu art 2º, combinado com a Instrução Normativa SRF nº
93/97, art. 10, cita a obrigatoriedade de balancetes mensais para apontar a suspensão ou
redução do tributo aos optantes pelo Lucro Real Anual.Porém esse relatório é
estritamente para fins fiscais.
(a) ativos;
(b) passivos;
(c) patrimônio líquido;
(d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;
(e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições
a eles; e
(f) fluxos de caixa.
Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas,
ajudam os usuários das demonstrações contábeis a prever os futuros fluxos de caixa da
entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração.
O Novo Código Civil Brasileiro destaca em seu artigo 1.188 o seguinte texto:
(...)
“Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação
real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis
especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo”. (Grifo nosso)
(...)
ATIVO:
Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
PASSIVO:
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE:
Os Créditos apresentados neste grupo são representados por direitos realizáveis até o
exercício social subsequente.
Os Estoques são bens adquiridos pela empresa e cada atividade fim requer um tipo de
estoque.
De acordo com o artigo 178 da Lei nº 6.404/76 são apresentadas neste grupo:
a) Realizável a longo prazo: são direitos a serem realizados a longo prazo, ou seja,
que estarão disponíveis após o final do exercício social subsequente. Exemplo:
Supondo que um cliente comprou determinada mercadoria da Empresa ABC e irá
pagar em 36 parcelas. Na Empresa ABC constará o valor a receber em longo prazo.
São exemplos de contas: Duplicatas a Receber a Longo Prazo, Clientes a Longo Prazo,
Aplicações Financeiras de Longo Prazo, etc.
b) Ativo Investimento: são bens e direitos que a Entidade aplica para obtenção de
algum retorno. Em regra os bens e direitos contabilizados neste subgrupo não
pertencem a atividade fim da empresa. Exemplo de contas: Obra de Arte, Ouro,
Participações Societárias, etc.
d) Ativo Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido. Exemplo: Marcas, Patentes, Fundo de comercio, etc.
PASSIVO
São classificadas nesse grande grupo todas as obrigações, exigibilidades, tanto a curto
como de longo prazo, resultados de exercícios futuros e o Patrimônio Líquido.
PASSIVO CIRCULANTE:
Neste grupo são classificadas todas as obrigações bem como exigibilidades até o término
do exercício seguinte.
Neste grupo são classificadas as obrigações e exigibilidades cujo vencimento seja após o
exercício seguinte. Além disso, classificam-se também os resultados de exercício futuro,
ou seja, os adiantamentos de clientes.
PATRIMÔNIO LIQUIDO:
Diversas são as respostas para o Patrimônio Líquido, porém para compreensão desse
grupo, observamos a Lei nº 6.404/76 e a Lei nº 11.638/07.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 31.12.X1 31.12.X0 PASSIVO 31.12.X1 31.12.X0
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e Equivalentes de Caixa Fornecedores
Contas a Receber Empréstimos e Financiamentos
Estoques Obrigações Fiscais
Outros Créditos Obrigações Trabalhistas e Sociais
Contas a Pagar
Provisões
TOTAL TOTAL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
ATIVO
RECEITA: é a soma das vendas executadas por uma Entidade, sendo essa venda de
mercadorias, produtos ou serviços.
NOTA: A RECEITA BRUTA DE VENDAS, nome dado aos títulos das contas de Receitas não é a mesma coisa
que Faturamento. Observe:
Somente para fins fiscais e empresas que tem em sua composição o IPI (Imposto sobre o Produto
Industrializado) em seu faturamento, deverá extraí-lo dessa base para determinar a Receita Bruta, por ser
um tributo fiscal (assunto a ser estudado adiante).
Deduções da Receita: São compostas por valores que deduzem o valor das vendas de
mercadorias, produtos ou serviços tais como:
De forma simplificada “Custo” é o gasto efetuado pela Empresa ou Entidade pelo qual se
obtém um bem, direito ou serviço.
Exemplo:
CMV = EI + C – EF
CMV = (EI 600.000 + C 450.000) – EF 35.000
CMV = 1.050.000 – 35.000
CMV = 1.015.000
Despesa Não Operacional: São as despesas decorrentes de transações não incluídas nas
atividades principais ou acessórias que constituam objeto da empresa.
a) Exercício 2011
(=) RECEITA
(=) RECEITA
A DLPA está prevista no artigo 186 da Lei nº 6.404/1976 conforme reprodução a seguir:
(...)
(...)
Modelo de DLPA
DEMONSTRAÇÃO DE LUCRO OU PREJUÍZOS ACUMULADOS EM 31/12/2012
DISCRIMINAÇÃO Valores
Saldo de Lucros Acumulados do Exercício anterior (31/12/2011)
(+/-) Ajustes de Exercícios Anteriores
(+) Lucro líquido do exercício
(=) Lucro Total Disponível
(-) Destinação do Lucro:
a. Reserva Legal
b. Reserva Estatutária
c. Reserva para Contingência
d. Reserva Orçamentária
e. Reserva de Lucros a Realizar
(-) Dividendos a Distribuir
Saldo de Lucros Acumulados do Final do Exercício (31/12/2012)
Informações:
As entidades que elaborem a DMPL, não necessitará apresentar a DLPA, pois a DMPL
contempla todas as informações da DLPA. Cabe ressaltar que a DLPA é obrigatória
conforme as regras destacadas nos capítulos anteriores.
Detalhes importantes:
Capital Social
Histórico RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros Acumulados Total
Integralizado
Saldo em 31.12.x1
Ajustes de Exercícios Anteriores:
efeitos de mudança de critérios contábeis
retificação de erros de exercícios anteriores
Aumento de Capital:
com lucros e reservas
por subscrição realizada
Reversões de Reservas:
de contingências
de lucros a realizar
Lucro Líquido do Exercício:
Destinação do Lucro:
Transferências para reservas
Reserva legal
Reserva estatutária
Reserva de lucros para expansão
Reserva de lucros a realizar
Dividendos a distribuir (R$ ... por ação)
Saldo em 31.12.X2
Pontos fundamentais:
Exercício
Operações do ano 2:
Elabore a DMPL:
DMPL
Saldo Final Ano 1
(+/-) Ajustes de exercícios anteriores
Aumento de capital
Reversão de reservas
Doações e subvenções
Reavaliação
Lucro líquido do exercício
Proposta da adm. para destinação do Lucro:
Reserva legal
Estatutária
Contingencia
Lucros a realizar
Para expansão
Dividendos a distribuir
Aquisição de ações próprias
Saldo final ano 2
Total
DMPL Total
Saldo final ano 1
(+/-) ajustes de exercícios anteriores
Aumento de capital
Reversão de reservas
Doações e subvenções
Reavaliação
Lucro líquido do exercício
Proposta da adm. para destinação do lucro:
Reserva legal
Estatutária
Contingencia
Lucros a realizar
Para expansão
Dividendos a distribuir
Aquisição de ações próprias
Saldo final ano 2
4 – RETENÇÕES
Depreciação, amortização e exaustão
5 –VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
1) RECEITAS: Nesse item o resultado será composto pela soma entre os itens 1.1 a 1.3.
1.3) Resultados Não operacionais: Nesse item inclui-se todos os ganhos e perdas que não
pertencem a atividade principal da empresa. Exemplo: Ganho ou perda referente a baixa
de ativo imobilizado.
2) INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e IPI): Nesse item o resultado será
composto pela soma entre os itens 2.1 a 2.4
2.1) Matérias-Primas Consumidas: Nesse item o saldo deverá ser composto pelo valor das
matérias primas inclusas no custo do produto vendido.
2.2) Outros custos das mercadorias e serviços vendidos: Nesse item adiciona-se os custos
das mercadorias e serviços vendidos diminuídos dos gastos com o pessoal;
2.3) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros: Nesse item o saldo deverá compor
todos os valores oriundos das aquisições e pagamentos a terceiros, sem esquecer que,
além desses valores, deverão ser incluso (junto) os tributos dessas operações
(IPI,ICMS,PIS,COFINS) das quais são incluídos no ato da aquisição (indiferente se
recuperável ou não).
2.4) Perda/Recuperação de valores ativos: Nesse item deverão ser considerados os saldos
oriundos da avaliação a valor de mercado, assim se o valor for positivo, deverá ser
adicionado, se negativo, subtraído.
3) VALOR ADICIONADO BRUTO: Nesse item bastará o contabilista fazer a subtração entre
os resultados dos itens 1 e 2.
Autor: Sergio Bispo de Oliveira 46
Atualização: Mauricio Barros
4) RETENÇÕES: Nesse item deverão ser mencionados os resultados das somas do grupo.
Nesse caso as Depreciações, amortização e exaustão.
5) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE: Nesse item deverão ser
informados a subtração entre os itens 3 e 4.
6.1) Resultado de Equivalência Patrimonial: Nesse item deverão ser inclusos os valores
recebidos por investimentos feitos em terceiros tais como dividendos (oriundos de
investimentos avaliado ao custo) ou por equivalência patrimonial.
6.2) Receitas Financeiras: Nesse item deverão ser compostas todas as receitas financeiras
independentemente de sua origem.
7) VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR: Nesse item deverão ser compostos a soma
dos saldos dos item 5 e 6. (100%).
8.1) Pessoal e Encargos: Deverão ser inclusos todos os encargos com pessoal excluído o
INSS. Exemplo: Encargos com férias, transporte, 13º salário FGTS, etc.
8.2) Impostos, Taxas e Contribuições: Nesse item deverão ser considerados o Imposto de
Renda, a CSLL, e qualquer outra taxa, contribuição ou ainda imposto.Ressalta-se que o
ICMS, PIS,COFINS, IPI deverão ser apresentados pelo valor devido ou pago. Assim
caracterizará a diferença das quais foram consideradas no item 2 - Insumos adquiridos de
Terceiros.
8.3) Juros e Aluguéis: Nesse item deverão ser somadas todas as despesas oriundas de
juros e de âmbito financeiro. Vale ressaltar que nesse item refere-se a qualquer
8.4) Juros s/ Capital Próprio e Dividendos: Nesse item são considerados os valores
contabilizados como reserva de lucros retidos para os quais foram pagos ou creditados
aos acionistas.
8.5) Lucros Retidos / Prejuízo do Exercício: Nesse item considera-se o lucro do período em
questão das quais foram classificados em reserva de lucros, além de montantes das quais
não tenham nenhuma destinação.
Exercício:
De acordo com a Lei nº 6.404/76, art. 188 com redação da Lei nº 11.638/07 a
Demonstração dos Fluxos de Caixa apresenta três fluxos que envolvem as:
a) atividades operacionais;
b) atividades de investimento; e
c) atividades de financiamento.
Método Direto:
São apresentadas nesse método as 03 (três) atividades (Operacionais, Investimento e
Financiamento), porém a atividade operacional tem característica diferente se comparada
ao método indireto.
No método direto são consideradas as entradas e saídas brutas que fazem parte da
operação, como por exemplo, os recebimento de vendas de produtos, mercadorias e
serviços e por conseqüência os pagamentos a fornecedores e funcionários.
Exemplo:
Atividades operacionais
Entradas
Recebimento de clientes
Recebimento de outros ativos circulantes
Recebimento de juros
Recebimento de dividendos
Outros recebimentos
Saídas
Pagamentos de fornecedores
Pagamentos de salários
Pagamentos de despesas a pagar
Pagamento de despesas antecipadas
Pagamento de juros
Outros pagamentos
NOTA: As atividades de investimento e financiamento são iguais nos dois métodos (Direto
e Indireto).
Lucro liquido
Ajustes pelos fatos que não afetam o caixa (exemplo depreciação, amortização,
etc), fatos que não pertencem a atividade operacional ( exemplo ganho ou perda
na venda de ativo imobilizado), somar as reduções ou subtrair os acréscimos do
Ativo Circulante e do Ativo Não Circulante (apenas o realizável a longo prazo) e
subtrair as reduções dos saldos do passivo Circulante e do passivo não circulante
(apenas o exigível a longo prazo).
Banco – 100.000
Duplicatas a receber – 80.000
Financiamentos – 80.000
Capital Social – 100.000
DIAS DE SOUZA, Ernesto - Como elaborar Demonstrações contábeis - Editora IOB. 2006
BRASIL, Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 11.941 de 27 de maio de 2009. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 12.249 de 11 de junho de 2010. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.