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N°118
T leR JULHO
1982
EDITORA
SABER
LTDA
Élio Mendes
de Oliveira
Hélio
TV-SOM - Um Receptor de Som de TV 2
Fittipaldi
REVISTA
SABER
ELETRONICA
Seleção C-MOS 4001 26
Translux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 34
Élio Mendes
de Oliveira
REDAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO Curso de Eletrônica - Lição 63 68
E PUBLICIDADE:
Av. Dr. Carlos de
Campos, n9 275/9
03028 - S. Paulo - SP.
CORRESPONDÊNCIA:
Endereçar à
REVISTA SABER
ELETRONICA
Caixa Postal, 50450
03028 - S. Paulo - SP.
FIGURA 1
o projeto básico deste artigo prevê o TV têm seu som emitidos em frequência
aproveitamento de seletores transistoriza- modulada (FM).
dos de 24V e 12V, do tipo mais comum em Se analisarmos um sinal de TV, con-
nossos televisores e que podem ser encon- forme mostra a figura 2, veremos que ele
trados com facilidade. transporta dois tipos de informação: uma
que corresponde à imagem e outra que
COMO FUNCIONA
corresponde ao som, tudo separado por
Conforme já citamos, os programas de 4,5 MHz.
Julho/82 3
PARTE DA FAlXA
LATERAL INFERIOR
PORTADORA
DE /(UDIO ~
de 88 aos 108 MHz. Evidentemente, o som
FAIXA TRANSMITIDA
50KHz ~
de TV não é estereofônico,
LATERAL UNIFORMEMENTE
~/
I
I
I
I I
CANAL DE
/(UDIO
Um dos problemas que deve enfrentar
o projetista de um receptor de som para os
canais de TV é a elevada frequência de ope-
I
I ração. Os cana is de TV em V HF têm fre-
I
I quência entre 54 e 216 MHz (canais 2 a 13),
I o que significa que o circuito é bastante
I
I crítico quanto à montagem. Outro proble-
I
I ma está no fato de que circuitos simples,
I como os super-regenerativos que normal-
I
I
mente são usados para receber de modo
simples as frequências elevadas, não podem
l,25MHz
dar facilmente toda a cobertura desta faixa.
Mas, este problema pode ser resolvido
FIGURA 2
com facilidade se já dispusermos de um cir-
o
canal de som é largo o bastante para cuito montado e ajustado para a recepção
permitir uma transmissão em alta fidelidade dos sinais desejados, e um circuito dotado
e, por ser modulado em frequência (FM), de grande estabilidade e sensibilidade. Este
apresenta as mesmas características das circuito está contido justamente no seletor
estações que transmitem. música na faixa de canais.
lOK
CANAIS 2 À 6
---------------1
+B12V IN
6FI PT SAíOA FI
FIGURA 3
FTE
ETAPAS
SELETOR F.I. AMPLIFICADORAS
DE VíDEO
FIGURA 5
f claro que, como desejamos ter so- O circuito integrado CA3065, utiliza-
mente o sinal de som, não precisamos do do no nosso projeto, "faz tudo" que preci-
vídeo, o que significa que devemos preocu- samos: este integrado consiste num amplifi-
par-nos somente com a amplificação da cador de F I para frequência modu lada e
parte de áudio. TV, num discriminador (que "detecta" os
Após a amplificação inicial por um sinais de alta frequência modulados em fre-
transistor, conforme mostra a figura 6, o quência) e num amplificador de áudio.
sinal é levado a um circuito integrado espe- Na figura 7 temos a estrutura interna,
cial. em blocos, deste integrado.
+
Veja o leitor que na saída deste inte-
:r
grado temos um sinal de áudio de excelente
qualidade, pronto para ser levado a um am-
FI
10nF I plificador de potência.
DE FI DO
SINAL
SELETOR
lOOR
!C
I
I
O amplificador de potência, no nosso
caso, é o TBA820S, que mesmo sendo de
pequena potência, fornece um sinal de
excelente fidelidade num alto-falante de
8 ohms X 10 cm. Observe que, para um re-
FIGURA 6 ceptor de som de TV, para ser usado ao
Julho/82 5
nosso lado, ou com fones, não precisamos Se não dispuser dos manuais que o acom-
mais do que 500 mW ou pouco mais. panham, procure um técnico amigo.
Nos esquemas temos a identificação
dos terminais de ligação do seletor e tam-
bém informações sobre sua tensão de tra-
balho.
FONTE DE
ALIMENTAÇÃO ATENUADOR
CA3065 REGULADA
FIGURA 7
r
JAQUE
CI-l
CA 3065
R6
4K7
C8
J"_1
10nF
FIGURA 9
Julho/82 7
•
CONT, FIGURA 9 DI
lN4002
+24V
Z2
'24V
AO SELETOR
1l0/220V
CA,
OV
+12V
C21
IOOO~F LEol
FIGURA 10
o GRAVADOR
(A)
(B)
r-------- -----,I
I
I
I I
I Tl I
:""~l
I
I
I
220V
I C.A.
I
I
I K
I
I
I '--JAOUE"FC>NE---
I I
I I OBS: SE USAR SELETOR DE 12V. NÃO
I I MONTAR A PARTE DEN TRO DO TRACEJADO
I {-I (+I I E LIGAR A PLACA ABAIXO NOS PONTOS
L --- -~~--...! INDICADOS.
12V
+
AO
PONTO
\ IX)
\ AO
PONTO
IY)
{VERSÃO DE 12VI
Julho/82
9
FIO
BLINDADO FONTE Para a versão básica, a fonte é de 12 e
IA1 ~
1+1 l-I 24V, mostrada no diagrama principal (figu-
ra 9), utilizando também um único trans-
formador de 12-0-12V. Veja que nesta fon-
te aproveitamos metade do enrolamento
para obtermos 12V retificados e filtrados
em onda completa, para a parte de áudio
e FI. Os 24V regulados por um zener são
obtidos de extremo a extremo do transfor-
mador.
~ importante notar que a filtragem
RA - 3K9
das fontes em ambos os casos é importante
RB - 47K para não se obter ronco no alto-falante.
Outro ponto importante a ser observa-
FIGURA 12 do é a existência de um capacito r de desa-
coplamento entre as fontes no pólo neutro,
Veja que o interruptor S1 da fonte é o já que estes não são comuns.
interruptor conjugado ao controle de volu- A fixação de todos os componentes
me, P1. Para conexão do potenciômetro à na caixa não oferece dificuldades ao leitor
placa devem ser usados pedaços de fio cur- habilidoso.
tos, para que roncos na etapa de áudio não Assim, o transformador é fixado na
sejam introduzidos. própria caixa por meio de parafusos, en-
Se o seletor for de 12V, tanto com po- quanto que para a placa de circuito impres-
sitivo como negativo à massa, temos as li- so sua montagem é feita verticalmente,
gações na figura 13. com a finalidade de melhor aproveitar o es-
FIO
FONTE
paço disponível.
BLINDADO
~ Recomendamos que a montagem do
IA I 1+1 I-I
(B I leitor seja feita firmemente, pois como os
leitores devem saber, à esforço mecânico
para a mudança de canais nos seletores co-
muns não costuma ser pequeno.
Na figura 14 temos detalhes da caixa
MALHA
/ usada em nosso protótipo, bem como a co-
locação, na mesma, dos vários componen-
AGC
tes.
Veja nesta figura a colocação da ante-
RESISTORES
na interna, e também a disponibilidade de
RA = 3K9 X 1/6W ponto de Iigação para antena exterr:Ja.
RB= 47K X 1/6W
NEGATIVO À MASSA
AJUSTE E USO
FIO
FONTE
6l1NDADO
IAI ~
I-I 1+1 Terminada a montagem, antes de fe-
char o aparelho definitivamente em sua
caixa, o leitor deve fazer a prova de funcio-
namento e os ajustes.
Para isso ligue o aparelho em qualquer
tomada de 110V ou 220V, conforme seja
lDOnF
seu caso.
Procure no seletor de canais a posição
correspondente a um canal em operação na
100pF TELESCÓPICA
L110V
sua localidade.
FIGURA 13
rINEUTRO)
Ajuste o controle de volume para ob-
EXTERNA
ter um ronco ou mesmo um som do canal
POSITIVO A MASSA no alto-falante.
ARRUELAS DE BDRRACHA
OU OUTRO MATERIAL
ISOLANTE
T
c
I
=
DIMENSÕES:
COMP. 18em
LARG. 13,5em
ALT. 11em
FIGURA 14
Ajuste a bobina L2 para tirar o ronco CI-2 com a malha aterrada, e também fio
deixando somente o som do canal deseja- blindado do extremo superior de P1 ao ca-
do. Para este ajuste use uma chave de fenda pacitor C12 com a malha aterrada.
pequena, ou melhor ainda, uma ferramenta Verificado o funcionamento, é só fe-
plástica para não influir na indutância. char o aparelho e usá-lo.
Ajuste, em seguida, a bobina L1 para Procure a posição em sua casa que dê
obter a máxima sensibilidade. maior sensibilidade.
Se ainda persistir ronco depois dos Para escuta individual, ou seja, em fo-
ajustes o leitor deve verificar: ne, acople um jaque tipo "circuito fecha-
a) A blindagem do cabo do seletor à do", em paralelo com o alto-falante. Ao
etapa de F I. Reduza o comprimento deste ligar o fone, o alto-falante será automatica-
cabo, se possível. mente desligado.
b) A ligação do potenciômetro do con- Para ajudar os leitores damos na figu-
trole de volume. Reduza o comprimento ra 15 os pontos de ligação de alguns dos se-
dos fios usados, ou então passe a usar fio letores de canais mais comuns que podem
blindado do cursor ao pino 7 do integrado ser usados nesta montagem.
Julho/82 11
1+1 FI SELETOR STEVENSON STV -10
SELETOR STEVENSON STV-40
FI 1+1 AGe
Para conexão a um amplificador ex-
terno a sa ída é feita no capacitar C12 com
a ajuda de um cabo blindado com a malha
aterrada.
Obs.: Veja que este receptor não pode
pegar os sinais nas localidades em que a TV
é recebida em UHF, já que o seletor reco-
mendado é do tipo para VHF. Somente nas
SELETOR BEGLI localidades em que os canais. sejam recebi-
dos nos pontos de 2 a 13 é que este recep-
FIGURA 15
tor pode ser usado.
LISTA DE MATERIAL
Seletor de canais Stevenson modo STV-40 (ou Pl - 47k com chave - potenciômetro
equivalente) Cl - 10 nF - capacitor cerâmico
C2 - 100 nF - capacitor cerâmico ou de poli-
CI-l - CA3065 - amplificador de FI para FM éster
e TV, discriminador e amplificador de áudio C3 - 10 nF - capacitor cerâmico
(equivalentes:MC1358, TA814) C4 - 6p8 - capacitor cerâmico
CI-2 - TBA820S - amplificador de áudio C5 - 47 nF - capacitor cerâmico
Ql - BF494 - transistor para RF C6 - 10 IlF X 25 V - capacitor eletroUtico
Q2 - TIP31 - transistor de potência NPN C7 - 47 nF - capacitor cerâmico
RI - 100R X 1/8 W - resistor (marrom, preto, C8 - 10 nF - capacitor de poliéster ou cerâ-
marrom) mico
R2 - 10k X 1/8W - resistor (marrom, preto, C9 - 68 pF - capacitor cerâmico
laranja) CIO - 12 pF - capacitor cerâmico
R3 - 4k7 X 1/8W - resistor (amarelo, violeta, Cll - 47 nF - capacitor cerâmico ou de
vermelho) poliéster
R4, R5 - 390R X 1/8W - resistores (laranja, C12 - 470 nF - capacitor de poliéster ou cerâ-
branco, marrom) mico
R6 - 4k7 X 1/8W - resistor (amarelo, violeta, C13 - 100 J1F X 25 V - capacitor eletroUtico
vermelho) C14 - 471lF X 25 V - capacitor eletroUtico
R7 - 220R X 1/8W - resistor (vermelho, ver- C15 - 100 J1F X 25 V - capacitor eletroUtico
melho, marrom) C16 - 100 pF - capacitor cerâmico
R8 - 180R X 1/8W - resistor (marrom, cinza, C17 - 100 nF - capacitor cerâmico.ou de poli-
marrom) éster
R9 - 56R X 1/8W - resistor (verde, azul, preto) C18 - 220 J1F X 25V - capacitor eletrolítico
RIO - 47R X 1/8W - resistor (amarelo, viole- C19 - 10 nF - capacitor de poliéster ou cerâ-
ta, preto) mico
Rll, R12 - 470R X 1/2W- resistores(amare- C20, C21 - 1000 J1F X 25 V - capacitores ele-
lo, violeta, marrom) trolíticos
R13 - 1k X 1/8W - resistor (marrom, preto, C22 - 100 nF - capacitor cerâmico ou de poli-
vermelho) éster
I
FEIRA DE ELETRONICA
DE 27/11 A 05/12/82
COLEGIO LAVOISIER
SÃO PAULO
O Colégio Lavoisier convida as indústrias e ex-alunos a
participarem da Feira de Eletrônica a ser realizada de 27 de
novembro a 5 de dezembro de 1982.
Adesões pelo telefone (011) 296-5525 ou
Av. Celso Garcia, 4638, com o professor João Gouveia.
Julho/82 13
DICAS SOBRE O SOM NO
SEU
CARRO
Newton C. Braga
Um automóvel não é ambiente ideal para a instalação de qualquer equipamento de som. Pelo
contrário, a presença de materiais refletivos e absorventes em disposição não controlada; a colo-
cação dos passageiros em posições que prejudicam a livre propagação do som; a limitação de espaço
e outros fatores, são impedimentos para a obtenção da melhor qualidade de som. Mas, mesmo
assim, utilizando componentes apropr«zdos e uma instalação planejada, pode-se conseguir uma
qualidade de som satisfatória. Veja como isso acontece neste artigo, feito com a colaboração da
ROBERT BOSCH DO BRASIL LTDA.
Para se ter uma boa qualidade de som mais e outras que poderão desaparecer
num ambiente, não dependemos somente completamente.
do equipamento usado. De nada adianta ter
(ABSORÇÃO)
o melhor equipamento de som do mundo JANELA
se o ambiente em que ele for instalado é REFLEXAO
•
FM o resultado dos fantasmas é a produção
de assobios, distorções, batidas, variações
da intensidade do som, etc.
AREAS
REFLETORAS
cc ((Cc
EMISSORA
~
ÁREAS
ABSORVENTES
FIGURA 2
Julho/82 17
Mas, a solução mais técnica, consiste que não só pode causar distorções como
na utilização de um dispositivo de com- também sua própria' queima. (figura 5)
pensação acústica, ou seja, na utilização de
um eficiente controle de tonalidade ou, de OS ALTO-FALANTES
modo mais completo, na utilização de um
equalizador gráfico. Os altos-falantes são parte importante
Enquanto o controle de tonalidade do seu sistema de som no carro.
pode "corrigir" as distorções e variações
Você sabe exatamente o que deve ser
da reprodução no espectro mais amplo,
"olhado" num bom alto-falante? Você é
o equalizador gráfico é mais eficiente por
capaz de fazer um julgamento da qualidade
ser seletivo. Com ele podemos corrigir a
de um alto-falante pelas suas características
reprodução das frequências específicas em
dadas num folheto informativo?
que os problemas tornam-se mais graves.
Para orientá-lo, leve em conta o
Na figura 4 temos um exemplo de
seguinte:
curva de atuação de um equalizador de 5
a) A impedância, o peso do imã e o
faixas de frequências. Com o equalizador
tamanho do cone, são muito importantes
gráfico pode-se "remixar" o som da esta-
para o desempenho de um alto-falante.
ção, do modo como ele chega ao seu recep-
Quanto menor a impedância, melhor o
tor, adaptando-a à acústica de seu carro,
rendimento. Imãs pesados suportam com
ou ainda realçando a voz ou um instru-
menor distorção os altos volumes de som.
mento qualquer, conforme seu gosto.
Cones maiores respondem melhor aos sons
r-- - graves, enquanto os cones menores repro-
12 -
duzem os sons agudos.
9
6
/'
C><
v
"-
ATUAÇlo
"
.)
1/
1.....-
EQUALlZAooR
~
f--
~
-
~
-
b) A potência do alto-falante é a inten-
sidade máxima que ele pode suportar sem
o f-- - se danificar. Ela deve ser sempre maior do
-3 ......•..... -
><. .••••••.,r"
~ que a potência de saída de seu equipa-
-6
'" X ,/ 7 mento. Um alto-falante de potência muito
"'- -
-9
-12
"-
/
" tL - maior não implicará em melhor qualidade
dB
60 250 1000 3500
'--- -
100ooH. de som. Usar alto-falantes de 100W em
FIGURA 4
amplificado~es de 20W é apenas desperdiçar
dinheiro. (figura 6)
Além da equalização correta, devemos
contar com alto-falantes de excelente FIGURA 6
desempenho e tweeter com seus divisores
de frequência.
AMPLIFICADOR
OU
TDCA-FITA5/FM AMPLIFICADOR 20W
SAOA
TWEETER
(AGUDOS)
DIVISOR DE
FREOUENCIA
EXTENDED
RANGE OU FULL
RANGE (MÉDIOS E
GRAVES I
NÃO CAIA NESSA!
FIGURA 5
c) Quando são usados 2 ou mais alto-
Os divisores de frequência são neces- -falantes no carro, é importante que eles
sários para que somente os sons agudos estejam fasados, ou seja, deve-se obedecer
que os tweeters devem reproduzir cheguem a polaridade de sua ligação, conforme
até eles, evitando assim sua saturação, o mostra a figura 7.
•
: ~
PARALELO-ERRADO
~
O motivo é que todos os amplifica-
dores, por melhores que sejam, têm uma
certa taxa de distorção (THD)
máximo volume, conforme mostra a figura
8.
lHO
10
no seu
: 'ir? 9
1111
'TOCA- FITAS
8
BOOSTER
7 EQUALIZADOR
~ 6
SÉRIE-CERTO
SD?+
4
: SÉRIE-ERRADO
FIGURA 7
¥J 2
da"
0.5
POT£NCIA
CURVAS REFERENTES
EM WATTS IDIN
A APARELHOS
lO
J
I
20
~
45.324.3.21
..
DE BOA QUALIDADE
100
FIGURA 8
Julho/82 19
ocorrem nos auto-rádios vêm do próprio Algumas recomendações são dadas
motor do carro. para se evitar estes ru ídos.
O distribuidor, as velas e a bobinas a) Instale a antena do lado contrário
são responsáveis por ru ídos que interferem ao que se encontra o distribuidor e a
na recepção. bobina de ignição do carro (figura 9).
e
Equalizer ou equalizador circuito Loudness - este circuito é utilizado
que subdivide a faixa de áudio em várias para dar maior destaque aos graves e even-
faixas menores, de modo a permitira re- tualmente aos agudos em baixos volumes.
forço ou atenuação de certas frequências. Sua finalidade é compensar as caracterís-
ticas do ouvido humano.
f m
Fader - nos sistemas de som estéreo
para carros, é um controle que permite Mid-range - é um alto-falante desti-
ajustar o nível entre os canais dianteiro nado à reprodução dos sons de frequências
e traseiro. médias, normalmente entre 400 e 3500 Hz.
Fading - é o desvanecimento perió- MPX - multiplex - é um sistema uti-
dico dos sinais de rádio, dando a impressão lizado para transmitir vários sinais codifi-
de um "vai e vem" que ocorre com as cados através de uma única onda portadora
estações distantes de ondas curtas, devido ou emissão. Em FM é utilizado para se
à reflexão nas camadas ionizadas da atmos- fazer a transmissão dos dois canais estereo-
fera. fônicos, com a utilização de uma única
F ET - transistor de efeito de campo frequência portadora, ou seja, um único
- elemento semicondutor util izado em transm issor.
circuitos receptores de alta qualidade.
FM - frequência modulada - sistema o
de transmissão em que o som transmitido Overload - sobrecarga - indicador
provoca variações na frequência do sinal ou protetor de sobrecarga.
de rádio. Este sistema tem grande imuni-
dade à ruídos e, por suas características,
permite a emissão de programas em alta- r
-fidelidade e com som estereofônico. Sua Receiver - denominação comum aos
faixa de frequência situa-se entre 88 e aparelhos que possuem, numa mesma uni-
108 MHz. dade, um sintonizador (AM/FM ou FM)
Frequência - número de vibrações e um amplificador de áudio de alta-fideli-
em cada segundo, medido normalmente dade.
em Hertz (Hz). RMS (valor efetivo para uma corrente
alternada) - em termos de potência, indica
quantos Watts (W) o aparelho de som pode
fornecer constantemente, diferentemente
IC ou CI - circuito integrado - com- da medida IHF, pico e musical, que dá
ponente de pequenas dimensões que com- valores instantâneos e comprovação com-
porta um circuito completo ou com muitos plexa. Os números I H F, musical e de pico
elementos tais como diodos, transistores, são maiores do que RMS, mas indicam a
resistores, etc. mesma "quantidade" de som.
Julho/82 21
Resposta de frequência - é a faixa de indica percentual mente as harmônicas
frequências de sons que um aparelho pode geradas no aparelho, ou seja, as existentes
reproduzir. na saída que não estavam presentes no sinal
de entrada.
5 Tone ou tonalidade - controle para
Sintonia fina - é um dispositivo que ajustar os graves e agudos.
permite encontrar uma estação com maior Treble ou agudos - controle para ajus-
precisão. tar o nível dos sons agudos.
Seletividade - é a capacidade de um Tuning ou sintonia - controle para
receptor de separar estações de frequências mudar a frequência do sinal recebido, ou
próximas, evitando sua mistura ou a ocor- seja, fazer a escolha da estação.
rência de interferências. Tweeter - alto-falante destinado à
Sensibilidade - é a capacidade de um reprodução dos agudos.
receptor de captar sinais fracos, ou seja,
estações fracas ou distantes. W
t Woofer - alto-falante destinado à re-
THD distorção harmônica total - produção dos graves.
Newton C. Braga
Os circuitos integrados C-MOS estão aí. Já descrevemos, em outro artigo, várias aplicações
do 4017, um contador de década dos mais populares. Muito mais simples que o 4017 é o 4001,
o número 1 da série, portanto, que oferece inúmeras possibilidades ao projetista. Neste artigo
focalizaremos algumas das aplicações práticas possíveis para o 4001.
1. MONOESTÃVEL
~-------E~=I_-_--_-_-_--_-:~
I
I
Veja que o pulso de entrada deve ter
uma amplitude compatível ~om as carac-
terísticas do circuito C-MOS 4001 e de sua
alimentação.
Isso significa que, para uma alimenta-
ção de 5V, o pulso H I de disparo deve ter
uma amplitude compreendida entre 3,5 e
5V; para uma alimentação de 10V, este
pulso deve ter entre 7 e 10V e para 15V,
entre 10,5 e 15V.
A duração mínima do pulso de saída
O tempo t1 depende do valor do capa-
deve ser maior que 20 ns.
citor C1, enquanto que o tempo t2 depen-
de do valor do capacitor C2.
2. MONOESTAvEL DISPARADO POR Uma característica importante deste
INTERRUPTOR circuito, a ser observada, é que a saída, nor-
malmente no nível HI, permanece um certo
Este circuito permite obter um pulso tempo t2 no nível LO depois de terminado
de saída independente, em duração, do o impulso produzido pelo interruptor 51.
Julho/82 27
Valem as mesmas considerações do O tempo t1 depende então de C1, en-
circuito anterior para as amplitudes dos si- quanto que t2 depende de C2. Os valores
nais encontrados no ponto 1. mínimos destes tempos estão determinados
Os valores de C1 e C2 devem levar em pela velocidade de operação do integrado.
conta a velocidade de operação do C-MOS. Valores menores do que 1 nF para C1 e C2
Como valores mínimos para C1 e C2 sugeri- não são recomendados.
mos 1 000 pF.
4. ASTAvEL
3. MONOESTÃVEL DE DISPARO
O circuito da figura 7 produz um sinal
EXTERNO
de forma de onda perfeitamente retangular.
Para um capacitar C1 de 1 nF teremos uma
O circuito mostrado na figura 5 difere
frequência de aproximadamente 1 kHz.
do anterior pela possibilidade de se fazer
seu disparo por um pulso vindo de fora. A
intensidade deste pulso deve ser levada em
conta, do mesmo modo que no primeiro
circuito.
+sÀ
lSV
Rl AO PINO
1M 14
SAíDA 1
, LO
I
3---------------HI
I
I
-----I ~---o-
QD 11 ASTÁVEL SOO À SOOOHz
6. PULSADOR DE 12V
o
circuito astável da figura 9 permite
OV
FIGURA 9 O-O+12V
Sl
gundos.
A chave 51 é usada como controle pa- TEMPORIZADOR 2
OV
Julho/82 29
to da figura 14, que pode chegar aos 20W
com um alto-falante bom de 4 ohms e a ali-
mentação de 12V de uma bateria de carro.
+12W1SV
FTE
ENTRADA 411
ETAPA DE
MAIOR POTÊNCIA
(20Wl
OSCILADOR DE AUDIO 1 K Hz OV
FIGURA 14
FIGURA 12
efi
ENTRADA
ETAPA DE POTÊNCIA
PARA O CIRCUITO FIGURA 15
ANTERIOR (4WI
OV
Neste circuito temos dois osciladores,
FIGURA 13 um controlando o outro, empregando as
4 portas NAND do integrado 4001.
Esta configuração da figura 13 permi- O primeiro é o circuito modulador,
te obter, num alto-falante de 8 ohms, uma que opera em torno de 10Hz (esta frequên-
potência da ordem de 4W, com uma tensão cia depende de C1) e o segundo que opera
de alimentação de 12V. em torno de 1 kHz (esta frequência depen-
O transistor 2N3055 deverá ser mon- de de C2). O primeiro circuito controla o
tado num pequeno dissipador de calor, nes- segundo, de modo que temos a modulação
ta versão. do sinal obtido no ponto (A). Este sinal
Eliminando-se R3, R4 e o transistor modulado é amplificado pelo transistor Q1,
no circuito da figura 12, ligamos a entrada sendo então levado ao alto-falante.
desta etapa no ponto (A). Esta configuração é de baixa potência.
A alimentação é comum aos dois cir- Mas, se o leitor quiser mais volume no som,
cuitos. pode utilizar igualmente as etapas amplifi-
Mas, se o leitor realmente deseja mui- cadoras da figu ra 13 ou 14, ligando-as ao
to mais potência, o recomendado é o circui- ponto (A).
.n
ov FIGURA 17
INTERRUPTOR DE TOQUE I ALARME DE AGUA
FIGURA 16
PORMENORES CONSTRUTIVOS
FIGURA 18
Trabalhar com circuitos integrados po-
Nesta figura 18, por exemplo, mostra-
de parecer difícil para os leitores, principal-
mos a construção completa do circuito da
mente para aqueles que não tenham habili-
figura 12, ou seja, o oscilador de áudio de
dade para projetar suas placas de circuito
1 kHz.
impresso.
Entretanto, como em todas monta-
gens apenas um integrado é usado, sugeri- ERRATA
mos a utilização de uma "placa de prova" Na revista n? 116, artigo "Fonte com
ou "placa experimental", que servirá para Proteção Contra Curtos, foi omitido na
todas as montagens. lista de material (pág. 51), o resistor:
A sugestão é dada na figura 17. R5-1 k (marrom, preto, vermelho).
Esta placa pode então ser "Iigada" a Todos os resistores do projeto são de
uma ponte de terminais, onde são feitas as 1/4W.
ligações aos demais componentes que for-
Julho/82 31
4$_"
Newton C. Braga
Um interessante acessório para a iluminação de sua casa: você pode ter o controle simultáneo
de duas lâmpadas, com a redução da luz de uma ao mesmo tempo que a outra aumenta de brilho.
Em ambientes duplos, corredores, abajures, trata-se de algo que realmente pode dar um toque dife-
rente. Simples de montar, pode ser embutido na parede e controlar lâmpadas incandescentes
comuns.
Você pode dar aos seus ambientes do- fazer o ajuste do ponto ideal de luz combi-
mésticos um toque diferente com um sis- nada de dois ambientes.
tema de transição de luminosidade, total- Para os que possuem, em sua casa, am-
mente eletrônico, mas simples de montar e bientes duplos, como sala de jantar e sala
de instalar. Acionando um controle, você de visitas, este é um controle que sem
faz com que a luminosidade de uma lâm- dúvida lhe será de grande utilidade, com
pada decresça suavemente, ao mesmo tem- efeitos especiais que impressionarão seus
po que a de outra aumente com a mesma amigos.
suavidade. O controle pode também ser usado
Você pode usar este controle para para controlar abajures, com a transição de
fazer a passagem suave da luminosidade de sua luminosidade de acordo com suas
um ambiente para outro ou, simplesmente, necessidades. (figura 1)
FIGURA 1
TENSÃO DA REDE
SCR MíNIMO
~G MÉOlO
FIGURA 2
Julho/82 35
resistência temos aproximadamente metade em sistemas nos quais o cabo de alimen-
do brilho máximo para a lâmpada usada. tação da tomada de rádios e sintonizadores
Esta deficiência entretanto é suprida passe pelo mesmo condutor (cano), con-
pelo emprego de uma chave auxiliar ligada forme mostra a figura 6.
em paralelo com o SCR, que permite a I
I
ligação direta da lâmpada, conforme mostra CONTROLE I
a figura 4.
~
FIO I
EMBUTIDO :
~:
FIGURA 4
CHAVE PÃRÀ LIGAÇÃO OIRETA
I
I
,
I
I
,
I
I
I
I
I
,
I
1
: •e
(D
.e iô iô 6:l
,
I
No nosso projeto utilizamos dois con- 1
I
I
I
MATERIAL
I
/P2
Todo o material usado nesta monta-
gem pode ser encontrado com muita faci-
lidade nas casas especializadas.
~ '~---v--_..../
CONTROLE 1 CONTROLE 2
FIGURA 5
Julho/82 37
usar lâmpadas de mais de 60W. Seja rápido
na soldagem, pois estes componentes são
sensíveis ao calor.
110 V
1220VI
FIGURA 11
0-0 0-0
1l0V
FIGURA 12
í( ~~:::-~~=::
:~~r==~~----':~=~-=
---~-----
--------~=~= ===~:~~:~----~
~======~:
:=="l-1
I • I I
I
I
I
I
I
,, L1 L2
,,
I
I
,
I
,,
: I
, I
TRANSLUX
"
" /
\\1
Julho/82 39
Eletrônica Industrial:
Sensível Detetor de Subtensão
ou Sobretensão de Rede
Jorge Braga da Si Iva
Ernesto Horn Filho
B
c} CONOICÃO NORMAL bl CONDICÃO ANORMAL .B'
I
1B
c 208V
A FIGURA 1
Dl
lN4004
I
9,8 mA
33,3mA
110V RI 15,5V
OU 3300
220V
47V
8,OV
04
IN 4004 26.6mA
05
4,7V
0+
-17,5V 4.7uF
FIGURA 2
OFF SET
-VCC OUT NULL
VISTA CI
SUPERIOR 741
Julho/82 43
de um divisor de tensão composto pelo externo de carga é desl igado quando a
trimpot R2 e os resistores R3 e R4. O tensão da rede, ou de referência, sobe para
diodo D6 tem dupla função, ou sejam: além de um valor também determinado
proteger o C I contra os transientes gera- pelo ajuste de R2.
dos no instante de desligamento do relê
e impedir que o relê seja acionado por uma
tensão negativa, se o pino 2 estiver com
CONTROLE PARA SUBTENSÃO
REDE l ~_
tensão maior que o pino 3. TENSÃO DE CIRCUITO
ALIMENTAÇÃO
Os diodos D1, D2, D3 e D4 formam A SER
ELETRÔNICO
o CARGA
ENERGIZADO
uma dupla fonte de alimentação, respon- CONTROLADA
COM V>V REF.
sável pela alimentação do C I e pela amos-
tragem da tensão da rede.
C1 e C2 filtram as tensões retificada~
CONTROLE PARA SOBRE TENsÃO
pelos diodos. REDE~
do CI.
Assim, quando a tensão da rede estiver
acima de um certo valor, ajustado pelo
trimpot, isto é, 4,7V, o amplificador opera-
cional terá, em seu pino 6, uma sa ída de
tensão de valor igual, teoricamente, ao da
alimentação, por causa do ganho quase
infinito para correntes contínuas do CI
energizando o relê. CHAVE
USO
CONCLUSÃO
Na figura 3 damos os modos de liga-
ção para o caso de subtensão e sobretensão. Esperamos que esse circuito seja de
No. primeiro caso, o circuito externo é utilidade para o leitor, na solução de seus
desligado quando a tensão cai abaixo de problemas com a concessionária local e
um valor pré-determinado pelo ajuste com as falhas normais das instalações inter-
do trimpot R2. No segundo caso, o circuito nas à sua fábrica ou residência.
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Julho/82 45
Newton C. Braga
DUO RíTMICA
Um e.\petacular efeito duplo de luz para seu sistema de som. Duas lâmpadas que alte-
ram sua luminosidade simultaneamente ou alternadamente com o som de seu sistema.
Ao contrário das rítmicas comuns, as ltimpadas não apagam totalmente nos instantes de
silêncio. mas brilham com luz reduzida, não deixando você no escuro para trocar os dis-
cos ou fitas. Ideal para sua sala de som, para animar festas e bailes ou, ainda, como
decoração diferente de vitrines e stands de exposições.
Deseja animar suas festas ou mesmo O nosso sistema opera com ciclos
sua sala de som com um efeito especial alternados da alimentação em duas lâm-
de Iuz? Deseja um sistema diferente de padas, simultaneamente, de modo a fazer
luzes rítmicas que não apagam totalmente não a sua ligação em cada pulso de som,
nos momentos de silêncio, não deixando mas sim sua comutação série/paralelo em
você no escuro na hora de fazer a troca do cada comutação.
disco ou da fita? O que temos como resultado desta
Se a resposta para as duas perguntas é comutação é então uma variação de lumi-
sim, por que não partir para este simples e nosidade da lâmpada nos aumentos de
interessante projeto de um sistema "duo- volume do som, com piscadas que acom-
rítmico" de luzes para ser ligado à saída de panham a música. Na ausência de som,
qualquer aparelho de som, até mesmo seu entretanto, as luzes não apagam, mas sim-
radinho de pilhas? plesmente reduzem seu brilho à metade,
O sistema de luzes rítmicas que descre- possibilitando assim que se faça a troca
vemos apresenta características interes- dos discos ou fitas.
santes, não comuns aos que normalmente Utilizando dois SCRs de 4A o sistema
são vistos nas publicações especializadas pode controlar até 880W de lâmpadas na
ou montados em lojas. rede de 11 OV ou o dobro da rede de 220V
Julho/82
49
e precisa de uma potência mínima para ser exemplo, controlam normalmente apenas
excitado. metade dos semiciclos com um brilho
De fato, como apenas alguns miliwatts reduzido das lâmpadas; os que usam
são necessários ao disparo dos SCRs até Triacs precisam de maior potência de exci-
mesmo um radinho de pilhas pode operar tação, etc.
o sistema com facilidade.
A ligação dos aparelhos de som ao sis-
tema é ultra simples, já que a saída é feita
diretamente dos alto-falantes.
Em suma, pelo seu baixo custo, reduzido
número de componentes e simplicidade de
montagem e instalação, este sistema pode
ser montado até mesmo pelos leitores que
nenhuma experiência tenham no assunto.
COMO FUNCIONA
A maioria dos sistemas de luzes rítmicas
utiliza como elementos básicos de seus
SAíDA
circuitos os SCRs (diodos controlados de DO
silício) ou Triacs que são comutadores de AMPLIFICADOR
DISPARO 1
forme a sua frequência de modo que cada
SCR e portanto cada conjunto de lâmpa-
COMUM
das pisque apenas com determinado tipo
de som. Umas piscarão com os graves, DISPARO 2
1101
220V
outras com os médios e finalmente as ter- L2 C.A.
_1 W__u'l };;:,~"
L1 , I I I , I
50%
-Vp - - - - - - - - - - - - - _
-Vp--- - ----- -- --- -- - _
Vp------- ------ -- _
POTÊNCIA
POTÊNCIA
L2 75°/0
50°/0
FIGURA 5
Julho/82
51
Rl DISPARO
indução de sinal que dispara o SCR1,
SCR' SCR 2
enquanto que nos pulsos negativos temos
PULSOS PULSOS
a indução de sinal que dispara o SCR2. POSITIVOS POSITIVOS
00 CANAL DO CANAL
PERCURSO OAS A B
CORRENTES
PULSOS PULSOS
_____ S~~~I~~Ó"~S NEGATIVOS NEGATIVOS
DO CANAL 00 CANAL
SEMI-CICLOS B A
.....•.. - NEGATIVOS
FIGURA 8
MATERIAL
1I0/220V
C.A.
3
8
SAíDA DO
AMPLIFICADOR
SCR2
MCRI06
R3
TI
ENTRADA
E
ESTÉREO
FIGURA 10
CANAL 8
R4
Julho/82
53
AO PLUGUE
Tl
@@
@@
A B
AO AMPLlF1C-ADOR FIGURA 11
Para os que possuam mais experiência dos SCRs deve ser feita rapidamente para
em montagens e também mais recursos que o calor não os afete.
em sua bancada recomendamos a versão d) Solde os dois diodos observando
.de placa de circuito impresso que é mos- também sua posição. Dobre e corte seus
trada na figura 12. terminais de acordo com a sua posição.
Alguns cuidados devem ser tomados no Veja que a posição destes componentes é
trato dos componentes. Sugerimos então dada em função do anel marcado.
que a seguinte sequência seja seguida na e) Solde os resistores, observando seus
montagem. valores que sãodàdos pelos anéis colori-
a) Prepare em primeiro lugar a caixa dos. Dobre e corte os terminais de acordo
verificando se todos os componentes com sua posição.
encaixam nos seus locais com folga. f) Para soldar os capacitores você não
b) Aqueça bem o soldador estanhando precisa observar sua polaridade, mas deve
sua ponta. Para estanhar basta molhá-Ia ser rápido, pois estes componentes são
com um pouco de solda. Se sua monta- bastante sensíveis ao calor. No caso dos
gem for em ponte prepare a ponte cortan- capacitores de poliéster metalizado, os
do-a no tamanho exigido para o circuito. valores são dados pelas faixas coloridas.
Se sua montagem for em placa de circuito g) Na montagem em ponte, o transfor-
impresso, prepare-a para receber os com- mador fica fora, devendo ser fixado na cai-
ponentes. xa com a ajuda de parafusos. Ao soldar os
c) Solde em primeiro lugar os SCRs terminais deste componente tenha cuida-
observando bem sua posição, pois se hou- do com sua identificação segundo as cores
ver inversão o aparelho não só pode deixar dadas no desenho.
de funcionar como estes componentes h) Faça a ligação do potenciômetro, do
podem queimar. A soldagem dos terminais cabo de alimentação e dos terminais de
o o
o o
o o
Pl
o o
Sll
Xl
Tl 1l0/220V
X2
Be
o o
SÓ FAZER OS FUROS
PARA FIXAR T1 DEPOIS P2
DE TÊ-LO EM MÃOS
FIGURA 12
Julho/82 55
para que as piscadas ocorram com a mes- ligação pode ser feita conforme mostra a
ma intensidade nas duas lâmpadas. figura 14, caso em que dois resistores
Para um funcionamento "estéreo" a redutores devem ser usados.
Xl
25 ou 40W
DUO RíTMICA
CAIXA A CAIXA B
FIGURA 13
CANAL A CANAL B
Se uma das lâmpadas permanecer apa- diodos. As lâmpadas devem acender com
gada ou acender "direto" sem o controle metade do brilho. Se houver desequilíbrio
pelo som, devem ser verificados os SCRs. é sinal que um dos SCRs se encontra com
Para verificar os SCRs desligue os dois problemas.
Xl
Xl
v A v A v A
V= VERMELHA V = VERDE
A = AZUL A= AMARELA
X2 FIGURA 15
LISTA DE MATERIAL
SCRl, SCR2, - MCRI06, IRI06 ou CI06 - PI, P2 - 10 k - potencitJmetros
diodos controlados de silício TI - transformador com primário de 110 e
Dl, D2, - 1N4002 ou equivalentes - diodos de 220Ve secundário de 6 + 6V e 100 mA ou mais
silício Xl, X2 -Itlmpadas de 110 ou 220V, coloridas
RI, R2 - 10k x 1/8 W - resistores (marrom, pre- SI. interruptor simples
to, laranja) Diversos.~ponte de terminais ou placa de circui-
R3, R4 • resistores de 1 ou 2W (conforme a to impresso, caixa de montagem, cabo de ali-
pot~ncia do amplificador) - ver texto mentação, fios, solda, knobs para os potencilJ-
CI, C2 - capacitores de poliéster (ver texto) metros. etc.
Um aparelho com apenas dois componentes. que serve para medir a intensidade de luz.
com uma grande gama de aplicações práticas. eis o que você terá neste artigo! Você pode
usá-lo para verificar se há luz suficiente para bater uma/oto. para verificar a transparên-
cia de um vidro. a rejletdncia de um painel ou, então, a iluminação de um ambiente.
Julho/82 59
ção das informações que são enviadas ao nimos as principais unidades ópticas no SI
nosso cérebro são passíveis de uma inter- (Sistema Internacional):
pretação que nem sempre corresponde à a) CANDELA (cd) - É a intensidade lumi-
realidade. Veja como é difícil fazer "de vis- nosa, numa direção determinada de uma
ta" uma comparação de tonalidade de abertura perpendicular a esta direção que
duas tintas. tem uma área de 1/60 do centímetro qua-
Como então saber se um ambiente drado e irradia como radiador integral (cor-
recebe mais luz do que outro; se em um po negro) à temperatura de solidificação
local existe luz suficiente para se bater da platina.
uma foto com determinada regulagem da b) LÚMEN (Im) - Unidade de fluxo lumi-
máquina, ou saber se um vidro é mais noso definida como o fluxo luminoso emi-
transparente que outro? tido num estéreo-radiano por uma fonte
Para tudo isso existe um instrumento puntual uniforme, colocada no vértice de
denominado fotômetro que basicamente um ângulo sólido e tendo uma intensidade
consiste em uma foto-célula ligada a um luminosa de 1 candeia.
circuito eletrônico dotado de um instru- c) LUX (1x) - É a unidade de aclaramen-
mento indicador, ajustado de modo apro- to sendo definida como o aclaramento
priado, conforme mostra a figura 1. que uma superfície que recebe normal-
mente, de' uma maneira uniformemente
distribuída, um fluxo luminoso de 1 lúmem
por metro quadrado.
AMPLIFICADOR
d) CANDELA POR METRO QUADRADO
(cd/m2) - É a unidade de luminância defini-
da como a luminância de uma fonte de 1
metro quadrado de superfície emissiva,
cuja intensidade luminosa é 1 candeia.
O NOSSO FOTOMETRO
FOTOMETRO
COMUM
O princípio de funcionamento de nosso
fotômetro pode ser explicado com extrema
facilidade, pois o circuito usado é muito
simples.
As junções do tipo PN possuem pro-
priedade que dependem fundamentalmen-
te da quantidade de luz que nelas incidem.
É por este motivo que diodos semicondu-
tores e transistores que tenham suas jun-
ções expostas à luz sofrem variações de
características elétricas. Todos os diodos e
todos os transistores podem ser usados
FIGURA 1 como foto-diodos ou foto-transistores
Neste, a intensidade da corrente produ- desde que suas junções sejam expostas à
zida pela foto-célula depende da quantida- luz. Os foto-diodos e foto-transistores
de de luz incidente e também de sua com- diferem dos diodos e transistores comuns
posição, ou seja, da sua cor. apenas pelo fato de possuirem invólucros
Um ponto importante que deve ser transparentes que permitem que a luz che-
levado em conta ao se usar um fotômetro gue às suas junções (figura 2).
é em relação à maneira segundo a qual a luz Pois bem quando a junção de um tran-
pode ser medida. Assim, conforme a apli- sistor é iluminada, são liberados portado-
cação dada, será conveniente levar-se res de carga que fazem aparecer uma
sempre em conta as unidades ópticas e pequena corrente elétrica, cuja intensidade
seus significados. Para facilitar ao máxi- é portanto proporcional à quantidade de
mo o leitor interessado neste dispositivo e luz recebida.
que deseja fazer a escala do instrumento Assim, o que fazemos no nosso fotõme-
de acordo com a aplicação a ser dada, defi- tro é simplesmente ligar entre as junções
r
N AS JUNCÕES PN sÃo CAPA METÁLICA
P
~ FOTO-SENSIVEIS
/JANELA~
FIGURA 4
FIGURA 2
Na figura 5 damos uma sugestão para
Com relação ao transistor, se bem que concentração maior da luz sobre o foto-
qualquer um sirva, escolhemos o 2N3055 sensor (transistor) no caso de se desejar
com o seu invólucro retirado de modo a aumentar sua sensibilidade, o que será
expôr as junções do material semicondu- necessário para medida de intensidades
toro pequenas de luz.
Como podemos usar a junção emissor-
base ou base-coletor, não é preciso que o
transistor esteja bom. Se ele estiver aber-
to, mas ainda assim com uma das junções
em bom estado, poderemos usá-lo neste
fotômetro.
Na verdade, outros transistores podem
ser experimentados com variações na sen-
sibilidade obtida. LENTE
MONTAGEM FIGURA 5
Uma das principais vantagens deste Podemos dizer que para a luz direta
aparelho está no fato de não ser exigida do sol temos uma deflexão total sem lente;
fonte de alimentação, pois a corrente é através de um vidro de janela comum a
obtida do próprio transistor que funciona deflexão cai para 4/5 da escala (absorção
portanto como uma foto-célula. de 1/5 portanto) e sob luz difusa do sol a
Assim, a única preocupação com a deflexão é de 1/5 da escala.
montagem está na escolha da caixa e da Com uma lente, pode-se ter um aumen-
maneira como o transistor deve ser alojado to da deflexão para as intensidades meno-
na mesma para receber a luz que deve ser res e a possibilidade de se avaliar a luz de
avaliada. determinada direção.
Na figura 3 temos então o circuito com- Na montagem o leitor deve ter o máxi-
pleto do fotômetro obsevando-se as pola- mo cuidado para que, ao expor o material
ridades do instrumento e do transistor, e na . semicondutor com a retirada do invólucro,
figura 4 uma sugestão de montagem para não haja qualquer dano no interior do com-
receber a luz diretamente. ponente.
Julho/82 61
[8J SEÇAO DO lEITOR C8J
Nesta seção publicamos projetos enviados por nossos leitores, sugestões e respondemos à per-
guntas que julgamos de interesse geral. assim como esclarecimentos sobre dúvidas que surjam em
nossos projetos. A escolha dos projetos a serem publicados, assim como das cartas que são respon-
didas nesta seção fica a critério de nosso departamento técnico estando a revista desobrigada de
fazer a publicação de qualquer carta ou projeto que julgue não atender a finalidade da mesma.
Sl~
F 1 Dl
1A lN4004
110V
C2
o 100uF
400V
LEOI
FIGURA 1
O leitor nos diz que, com uma capa- IRADIO SIMPLES DE 4 TRANSISTORESI
citância de 2 J1. F para C1, o período das
piscadas é da ordem de 20 minutos. Um excelente receptor reflex de 4
O potenciômetro P1 permite ajustar, transistores é enviado pelo leitor S~RGIO
sensivelmente, o intervalo das piscadas. LUIZ BONFIM, de Belo Horizonte - MG.
Observamos que, pelo uso de SC Rs e O circuito completo desse rádio é
de um diodo retificador na entrada, as lâm- mostrado na figura 2. São utilizados 4 tran-
padas são alimentadas em apenas meia sistores NPN de uso geral BC548. Uma das
onda. O seu brilho nestas condições não é vantagens deste rádio é a sua alimentação
o máximo. pela rede local. L1 é uma bobina de antena
As lâmpadas neon podem ser do tipo que pode ser do tipo comercial, ou então
NE-2H, e o led serve para indicar o funcio- enrolada pelo próprio montador. Neste
namento do aparelho. caso, ela será formada por 80 espiras de
Julho/82 65
fio esmaltado 28 AWG, em uma forma de o capacitor variável é do tipo minia-
ferrite de uns 15 cm de comprimento, com tura para ondas médias, e L2 é uma bobina
tomada na 30~ espira, a partir do lado da osciladora "Toko", com núcleo ver-
terra. melho.
FIGURA 2
CAPTADOR
DE VIOLÃO
(FINCHi
MALETA DE
•
_ FERRAMENTAS
ILUZ RfTMICA COM TRIACI PIELETRÔNICA
MODERNA ~?~~LO
Este projeto é enviado pelo leitor APENAS
WAGNER LEITE, de Campinas - SP e, Cr$ 3.900,00
dependendo do triac usado, pode controlar Válido até
lâmpadas num total de 400 ou 600W. 31-8.82
(figura 5) Venda também pelo
Reembolso postal.
'10V Preencha o cupom
220V
abaixo
FIGURA 5 Alicate de corte - Alicate de bico - Ferro de soldar - Su-
gador de solda - Tubinho de solda - Chave de boca 1/4"
5 chaves de fenda - 2 chaves Phillips - Maleta c/fecho
à venda na FEKITEL. CENTRO ELETRÔNICO LTOA.
Rua Guaianazes, 416 - 1? andar - Centro - São Paulo
Fone: 221-1728 - Cep 01204
Aberto até às 18:00hs.' inclusive aos sábados
C3 +
4.7~F~ SIM, desejo receber a "MALETA DE FERRAMENTAS
C2 MF.E1" pelo reembolso postal, pela qual pagarei 3.900,00 +
o 7 F 390,00 de postagem, assim que receber a mesma.
Nome
Nome do responsável
ENTRADA
em caso de ser menor _
• DE
AUDIO Ender. N_o _ Cep _
Bairro Cidade_____ Est. __
Ferro de soldar em: O 110 volts ou O 220 volts
3 CURSOS PRÁTICOS:
I. CONFECÇÃO DE CIRCUITOS IMPRESSOS
2. SOLDAGEM EM ELETRONICA
3. MONTAGENS DE ELETRONICA
Local: centro de S. Paulo - próximo à Estação Rodoviária
Duração: 4 horas cada curso
Horário: aos sábados de manhã ou à tarde uma realização da
Informações e inscrições: te\. 246-2996 - 247-5427 CETEISA
Julho/82 67
ClUJ~fODE A @
ELElr~Orl1IICrAl
LiÇÃO 63
Os circuitos integrados são utilizados numa grande variedade de aplicações
eletrônicas, substituindo conjuntos de componentes discretos, com vantagens. A
quantidade de tipos de integrados é, hoje, tão grande ou maior que dos próprios
transistores, o que, sem dúvida, impede que todos os praticantes da eletrônica
saibam exatamente o que fazem estes integrados, a não ser alguns poucos tipos
comuns. Estes tipos comuns, de maior gama de aplicações, hoje são o suporte de
muitas publicações, aparecendo em grande quantidade de projetos. Falaremos
justamente destes tipos, a partir de agora.
FAIXA DE
TENSÕES DE
SAíDA
LINEAR
FAIXA DE +Vl
TENSÕES DE
FAIXA DE TENSÕES DE SAíDA
ENTRADA
V2 ---------71
VI ------/
,
,
\
,
I
I I
I I
FAIXA DE
-V3 -V4 i I
DIGITAL TENSOES DE
i +V3 +V4 ENTRADA
!
i )-------- -V2
l( -VI
figura 778
v+
SAíDA
v-
figura 789
2. O C.1. 741
Este, sem dúvida, é o mais popular de todos os amplifica- O mais popular
dores operacionais na atualidade, já tendo sido escritos milhares
de artigos sobre suas possibilidades e até mesmo livros inteiros
que descrevem seus projetos.
O 741 pode ser obtido basicamente em três tipos de
encapsulamentos, conforme mostra a figura 790.
~
figura 790
•
Atualmente o encapsulamento mais popular é o DI L de
8 pinos, que contém um amplificador deste tipo.
Na figura 791 temos o circuito equivalente ao 741,
por onde o leitor pode perceber o elevado número de compo-
nentes que formam este amplificador. Pense no "trabalho" e
no volume ocupado pelo mesmo circuito se fosse montado com
componentes discretos.
'-
figura 791
ENTRADA NÃO 3 +
INVERSORA
741 6
ENTRADA 2
INVERSORA
figura 792
o modo de se utilizar um amplificador operacional depen- Usos
de muito do que dele desejamos. Nesta revista, já publicamos
diversos artigos que tratam, pormenorizadamente, destes ampli-
ficadores e já exploramos bastante suas montagens. Na próxima
lição falaremos destas aplicações e de como usar este importante
tipo de circuito integrado linear.
Avaliação 447
De que modo podemos definir um amplificador opera-
cional?
J:
a) um amplificador de áudio de grande potência.
J:
b) um amplificador de áudio de pequena potência.
c) J: um amplificador diferencial de alto-ganho.
J:
d) um amplificador de alto-ganho em que se pode Resposta O
aplicar grande realimentação.