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MICRO RECEPTOR

DEFM

A fabricação, em nosso pais, do;n ~ado Philips TDA 7000, abre caminho
para o projeto de receptores completos ~ : ,~ características inéditas. Com uma tensão de
alimentação a partir de 3 V e um circuito ala os conceitos tradicionais d« rádio-recepção, o
grau de miniaturização que pode ser conseguido ultrapassa os equivalentes e sua sensibilidade e
qualidade de som nada ficam a dever aos melhores receptores comerciais, dependendo, evidente-
mente, do amplificador de áudio usado. No Brasil, a Revista Saber Eletrônica, recebendo em pri-
meira mão as informações que levaram ao desenvolvimento e lançamento deste novo integrado,
transfere agora aos leitores toda esta tecnologia inédita com o projeto de dois receptores completos
de FM de alta qualidade.
Newton C Braga

2 Revista Saber Eletrônica


Qual é a dificuldade maior em se montar até há pouco eram simplesmente sonho.
um receptor de FM? Os leitores que já ten- Rádios em relógios, canetas, isqueiros são
taram esta façanha podem ter as mais diver- algumas das possibilidades sugeridas pelo
sas opiniões sobre os problemas de uma fabricante.
montagem crítica como esta. Para os nossos leitores, a realização de
Alguns dirão que a dificuldade maior uma montagem ultra-compacta exigiria o
está na confecção das bobinas que são to- emprego de ferramentas e técnicas ainda
das críticas e aparecem em grande número. difíceis de serem conseguidas, mas sem
Outros dirão que a dificuldade maior está dúvida um rádio compacto dentro de certa
nos ajustes, sempre exigindo muita aten'ção moderação, mas ainda menor que os tipos
e até mesmo o uso de equipamentos espe- comerciais comuns, é perfeitamente possí-
ciais. Existem ainda aqueles que dirão que vel e é isso que propomos.
as dificuldades já começam com a confec-
ção da placa de circuito impresso com tri- COMO FUNCIONA
lhas estreitas e curtas e a disposição muito
crítica de todas as peças no setor de alta Conforme salientamos na introdução, as
frequência. excepcionais características dos receptores
Como eliminar tudo isso? que propomos são baseadas numa tecnolo-
Simplificar um receptor de FM (ou de gia inédita que resultou no integrado TDA
qualquer outro tipo) não significa simples- 7000, o qual muda completamente os con-
mente reduzir o número de componentes, ceitos de rádio-recepção.
pois isso também compromete outras ca- Para entender como funciona este novo
racterísticas como a sensibilidade, a quali- integrado, lembremos o princípio de ope-
dade de som, etc. ração dos receptores super-heteródinos
Pesquisando intensamente neste sentido, convenci on ais.
a Philips chegou a um novo conceito de re- Na figura 1 temos o diagrama de blocos
ceptor que supera a maioria destes proble- de um circuito super-heteródino de FM
mas e que ainda revoluciona tudo aquilo que comum.
conhecemos em matéria de rádio-recepção.
O resultado desta tecnologia é o TDA
7000, um circuito integrado inédito e que
SAíDA DE
agora já se encontra ao alcance do experi- PRE-AMPLlF.
MISTURADOR
FI
f1 + f2
mentador. DE RF
fl - f2
A inovação que mais chama a atenção •.
neste circuito integrado consiste na redução f1

da frequência intermediária tradicional de OSCILADOR


10,7 MHz, usada nos receptores de FM LOCAL

comuns, para apenas 75 kHz.


Com esta frequência tão baixa, pode-se
eliminar as bobinas de difícil ajuste e con- Figura 1
fecção encontradas nos receptores conven-
cionais, obtendo-se uma grande simplifi- Neste "circuito, o sinal da estação recebi-
cação. da é misturado com o sinal do oscilador
Quanto às outras inovações, os leitores local resultando em dois sinais, um corres-
certamente as perceberão ao analisar o prin- pondente à diferença das frequências
cípio de funcionamento deste integrado. (f1 - f2) e outro à soma (f1 + f2). O sinal
Em suma, a disponibilidade deste novo diferença é denominado frequência inter-
integrado muda completamente os concei- mediária, sendo mantido no circuito en-
tos de rádio de FM, com a redução dos quanto que o outro é eliminado. A frequên-
componentes, a eliminação de boa parte cia escolhida como valor intermediário nos
das bobinas e a realização de montagens FMs comuns é 10,7 MHz, valor bastante
ultra-eompactas. Podemos então pensar em alto que exige o emprego de circuitos sinto-
graus muito maiores de compacidade para os . nizados LC críticos, para se garantir a sele-
receptores, que chegarão a tamanhos que tividade.

Novembro/Dezembro/83 3
A escolha de uma frequência intermediá- E, mesmo com frequências intermediá-
ria alta como 10,7 M Hz é justificada tam- rias altas, a eliminação do sinal indesejável
bém pela necessidade de se eliminar a deno- exige o emprego de circuitos seletivos que
minada frequência imagem, que nada inevitavelmente são baseados em bobinas
mais é do que o sinal resultante do bati- e capacitores de ajuste crítico.
mento da frequência do oscilador com A solução do problema a partir do abai-
outro sinal que tenha frequência inferior à xamento da frequência intermediária foi
sua num valor que corresponde à F L poss ível com uma nova tecnologia encon-
Explicando melhor, podemos obter a fre- trada no TDA 7000.
quência intermediária tanto fazendo o bati- Com uma F I da ordem de 75 kHz, é pos-
mento de um sinal 10,7 MHz maior que a sível substituir os circuitos sintonizados
frequência do oscilador local, como tam- passivos LC por elementos ativos e circuitos
bém com um sinal 10,7 MHz menor. Se um RC, e com isso resolver-se o problema da
dos sinais não for eliminado, podem ocor- frequência imagem, além de manter a seleti-
rer problemas de recepção, e para esta eli- vidade.
minação suas frequências devem ser distin- Na figura 3 temos a estrutura interna do
tas, o que exige o emprego de F Is altas. integrado TDA 7000 com os componentes
(figura 2) externos necessários. Suas funções serão
dadas mais adiante para facilitar os leitores
fl que desejarem desenvolver seus próprios
100MHz 12 - 11 : 10,7MHz
projetos.
Ir Ir - 12 = lO. 7MHz A partir da entrada (antena) o sinal rece-
121.4MHz
be inicialmente uma ampliação de 26 dB.
Esta etapa exige apenas um choque de R F
12
1l0.7MHz
em sua entrada, não sendo necessário o va-
riável, e ela pode trabalhar com frequências
Figura 2 na faixa de 3 a 110 MHz.

+4.!l ..••

Figura 3

A etapa seguinte corresponde ao mistura- amplificador limitador. O filtro "passa-


dor que trabalha com um sinal proveniente -tudo", que vem depois, é um defasador de
do oscilador local, o qual é ajustado exter- 90°.
namente por um circuito LC. O bloco M2 consiste num misturador
O sinal que sai deste bloco já correspon- cuja finalidade é demodular em fase o sinal.
de à frequência intermediária que é levada O filtro passa-baixas, que vem a seguir, eli-
a um filtro passa-baixas, e em seguida a um mina em parte o sinal de frequênci<l inter-

4 Revista Saber Eletrônica


mediária. Temos depois um amplificador do diretamente sobre o oscilador local, já
limitador controlado por um varicap, de que não se necessita neste caso da dupla
onde o sinal é levado a um comutador de sintonia dos rádios comuns, atuando-se
saída. Este circuito comutador é comanda- também sobre a entrada de sinal. (figu"ra 4)
do por um sinal de ru ído, com a finalidade
de se obter o seu silenciamento.
6
Para se obter um receptor completo de
FM, poucos componentes externos são
usados, como vimos, e suas funções são:
C1 é o capacitor de muting., TOA 7000
5
C2 é o capacitor de de-enfase.
C3 é o capacitor que determina o nível
de ru ído nas posições entre estações, ou 13

sem sinal.
C4 elimina as harmônicas da frequência
intermediária que aparecem na saída do
demodu lador.
C5 é responsável pelo desacoplamento da 2n2
figura 4
fonte, devendo ter suas ligações as mais cur-
tas possíveis.
6:
Para esta versão são utilizados poucos
C8, C10, C11, C12 - todos estes capaci- componentes externos, capacitores de bai-
tores formam o filtro de FI de 4;;Jordem. xo valor na sua maioria, e se obtém um si-
C14 é o capacito r que desacopla a entra- nal de áudio diretamente para uma etapa
da reversa de RF. Como se exige baixa im- amplificadora cujas características depen-
pedância neste desacoplamento, terminais dem da aplicação a ser dada.
curtos são importantes na sua ligação. Para escuta em fone, num sistema "walk-
C15 é o capacito r que desacopla a tensão -man" pode-se ter um simples transistor,
CC de realimentação no amplificador limi- enquanto que para uma sa ída de maior vo-
tador de FI. lume, uma etapa complementar ou um inte-
C17 é o capacitor que determina a fre- grado.
quência intermediária. A segunda consiste numa sofisticação
C18 tem por função desviar em 90 graus maior dada pelo uso de um varicap na sin-
a fase do sinal antes da sua entrada no tonia. Para os leitores que não conhecem
correlator. este componente, damos algumas explica-
C21 e C27 são os capacitores do oscila- ções.
dor, sendo seus valores determinados pela Quando polarizamos no sentido inverso
faixa de frequências que se sintoniza. C20 uma junção PN, ou seja, um diodo comum,
é o variável que, em conjunto com estes os portadores de carga (positivo e negativo)
capacitores, faz a sintonia. que formam o material semicondutor se
C22, C23, L2 - estes componentes são aproximam e se afastam como as placas de
dimensionados para operar como um filtro um capacitor variável em função da tensão
passa-faixa na região de FM. O valor dado existente em seus extremos.
nos projetos são para as faixas convencio- Para uma baixa tensão, os portadores se
nais de 88 a 108 MHz em nosso país, mas mantém próximos da junção e a capacitân-
pode ser feita sua alteração. cia é maior, enquanto que para uma tensão
R 1 é o resistor de carga de saída, tendo alta, os portadores se afastam diminuindo
seu valor em função do nível de sinal dese- a capacitância. (figura 5)
jado. Seu valor é limitado pela tensão de Todos os diodos em princípio funcionam
alimentação segundo especificações. como varicaps, mas existem aqueles que são
Duas versões de rádios serão dadas ao fabricados para isso e que portanto apresen-
leitor: tam respostas melhores em relação à fre-
A primeira consiste em se utilizar um cir- quência e à faixa de capacitâncias que po-
cuito de sintonia do tipo tradicional, com dem ser consegu idas. Estes são os diodos
uma bobina e um capacitor variável, atuan- varicap.

Novembro/Dezembro/83
5
OV +5V

• PORTAOORES N
N
N o PORTADORES P

••• •• • • • • •••••
•••
•• •••••• ••••
•••••••••• ••• • • •••
JUNÇÃO-
•• • • • •••• MAIOR
CAPACITÃNCIA
MENOR
CAPACITÃNCIA
000000000
O O O O O O O O O O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O O O O O O O O O
P P
SíMBOLO

Figura 5

Num circuito que use um varicap, con- OS COMPONENTES


forme mostra éÍ figura 6, o que ocorre é que
o capacitor variável é substitu ído por um A caixa, que é o elemento que mais preo-
potenciômetro comum que muda a tensão cupa a maioria dos leitores, não precisa de
neste componente. Esta mudança de tensão modo algum ser de tipo especial. Na verda-
corresponde a uma variação de capacitância de, a escolha de onde será instalado o re-
e consequentemente a uma mudança de ceptor vai muito da habilidade de cada um,
frequência. podendo ser sugeridas soluções como pe-
Um potenciômetro facilita a elaboração quenas caixas tipo "walk-man", até os tipos
de um circuito de sintonia, mas ao mesmo de mesa que inclusive admitem a colocação
tempo exige alguns cuidados adicionais de alto-falantes mais pesados, com o que a
como a regulagem da tensão de operação. qualidade de som será sensivelmente me-
lhorada.
Com relação aos componentes eletrôni-
cos, começamos com o circuito integrado
que, conforme dissémos, é uma novidade
l sem equivalentes e que no momento da
sa ída desta revista já deverá estar dispon ível
nas principais lojas.
Este integrado é o TDA 7000 da Philips
Figura 6 e suas características são:

Faixa de tensões de operação (Vp) , 2,7 a 10V


Corrente sob alimentação de 4,5V (Ip) 8 mA
Faixa de frequências de operação (frt) 1,5 a 110 MHz
Sensibilidade 1,5JlV
Tensão de áudio de saída em carga de 22k 75mV

O invólucro é de 18 pinos em duplo ali- uso geral NPN e PNP na etapa de áudio bá-
nhamento (D I U, devendo ser feita sua sica, e o transistor de RF é o 8F494. Para
montagem em placa. todos, não recomendé)mos a utilização de
Na verdade a placa de circuito impresso é equivalentes que poderiam comprometer o
absolutamente indispensável nesta monta- desempenho do receptor. Temos ainda dois
gem, e seu desenho deve ser cuidadoso assim diodos de uso geral que podem ser 1N4001,
como sua elaboração, já que o circuito é 1N914 ou 1N4148 e que não são críticos e
bastante crítico. além disso um varicap para a versão de sin-
De modo algum os leitores devem procu- tonia por potenciômetro que pode ser o
rar modificar os nossos desenhos de placas 88809 ou ainda 088109.
sugeridos, sem ter conhecimento das difi- Resistores e capacitores não oferecem
culdades que isso pode causar. maiores dificuldades. Os resistores são de
Com relação aos demais semicondutores, 1/8W e os capacitores eletrol íticos devem
são todos comuns: os transistores são de ter uma tensão de trabalho a partir de 6V.

Revista Saber Eletrônica


6
Os demais capacitores são ceramlcos tipo Os demais componentes são acessórios e
disco ou plate e em alguns casos podem ser dependem das versões escolhidas pelo lei-
usados tipos de poliéster, se bem que suas tor. As bobinas serão detalhadas a seguir.
di~ensões maiores possam trazer algum
problema de fixação. BOBINA Ll (ANTENA) - 2 ESPIRAS FIO 23

Q
O potenciômetro de sintonia é de 100k
para esta versão, e o de volume é de 22k, e
este último pode trazer incorporada a chave
geral (51) que liga e desliga a unidade.
Como a alimentação é feita com tensão
Cf~~~~~~\
de 4,5 V deve ser usado um suporte de 3 pi- FORMA: EIXO DE POTENCIÕMETRO
lhas. Em caso de dificuldade para sua obten-
ção, uma solução alternativa consiste em se
BOBINA L2 ISINTONIA) - 3 ESPIRAS FIO 23
usar um suporte de 4, inutilizando uma po-
sição com uma pilha gasta curto-eircuitada,
conforme mostra a figura 7.

O ESPAÇAMENTO ENTRE AS ESPIRAS É IGUAL À


ESPESSURA DO FIO.

Figura 8

Na figura 8 temos pormenores das bobi-


nas que são usadas nas nossas versões, já
que a versão original, da Philips, usa a bo-
bina L1 impressa e que exige cuidados re-
dobrados na confecção da placa que deve
ser preferivelmente de fibra de vidro.
Para as demais versões placas comuns
Figura 7 podem ser usadas.

+4.5V

C6
10nF

C8
180pF

C7
22nF

4 3 8 10 11 12 5

C 1-1
CI8
TOA 7000
ln8

82pF

1Y C4
68pF
5
13

14 7

CI6
3n3
9
16

Figura 9

Novembro/Dezembro/83 7
MONTAGEM - VERSÃO 1
Esta é a versão original sugerida pelo fa-
bricante do integrado e que consiste num
circuito básico que funciona como sintoni-
zador, isto é, não possui etapa de áudio. O
circuito completo é o mostrado na figura 9.
A saída de áudio desta versão pode ser PINO 2 00
7000
usada para excitar um amplificador de po- TOA

tência como sintonizador, um amplificador 22K


pequeno integrado ou não num receptor
econômico ou ainda uma etapa de apenas
um transistor num sistema que use fone. Pl E Cle OA FIGURA9 S;;O RETIRADOS

(figura 10) Figura 10


A bobina L1 é impressa e a bobina L2
consta de 3 espiras de fio 23 nas medidas Na montagem observe cuidadosamente a
indicadas na figu ra 8. posição do integrado e os valores dos capa-
O capacitor variável é de 170 p F (Toko citores. A sa ída de áudio deve ser blindada
2N17). Pode ser usado um tipo comercial para que não haja captação de zumbidos
de duas seções, ficando uma delas desliga- pelo amplificador.
da, já que neste caso não faremos seu uso. Os ajustes serão dados mais adiante.
A placa de circuito impresso para esta Na ligação do suporte de pilhas observe
versão é mostrada na figura 11. a sua polaridade.

cv

ÁUDIO 1

ANTENA

Figura 11

MONTAGEM - VE RSAO 2 A placa de circuito impresso é dada na


figura 13.
Partindo da versão original sugerida pela Na montagem são os seguintes os cuida-
fábrica, que é a versão 1, damos a seguir dos que devem ser tomados:
uma versão completa, nossa, que faz uso de a) Observe bem a posição 'do integrado e
circuito de sintonia simples por variável e de todos os transistores, além dos diodos
já possui um bom amplificador de áudio da etapa amplificadora de áudio.
com 3 transistores e mais uma etapa ampli- b) Veja as especificações das bobinas na
ficada de R F na entrada. figura 8. Descasque bem os fios nos pontos
Seu circuito completo é mostrado na de soldagem, a não ser que seja usado o fio
figura 12. tipoPiresolda.

8 Revista Saber Eletrônica


CI-l TOA 7000

,,' 120K

Figura 12

10cm

51=+

ANTENA
Figura 13

Novembro/Dezembro/83 9
c) Seja rápido ao soldar todos os resisto- Os ajustes e prova serão dados após a
res e capacitores. Cuidado com a polaridade próxima versão.
do eletrol ítico.
d) Fixe com cuidado o variável e observe
bem a polaridade dos fios do suporte de MONTAGEM - VERSAO 3
pilhas, cujo positivo passará antes pelo in-
terruptor geral S1. Esta é a versão mais elaborada, que faz
e) As conexões do potenciômetro devem uso de um sistema de sintonia por varicap,
ser curtas. conforme explicado na introdução, e que
f) Use alto-falante de boa qualidade para pode servir de base para um excelente re-
melhor qualidade do som. ceptor tipo walk-man, portátil, ou mesmo
g) A antena pode ser um pedaço de fio sintonizador de mesa.
de 20 cm ou mesmo telescópica nas locali- O circuito completo desta versão é dado
dades de sinais fortes. Se os sinais forem na figura 14.
fracos experimente o tipo de antena que dê A placa de circuito impresso é mostrada
melhores resultados. na figura 15".

elO C12 Cl~


'n3 100nF 2201)1'

C11 C~ C~
l!>OIlF )301)1' l50nF

" '.
CI-1 TOA 7000

1201(

Figura 14

Os principais cuidados que o leitor de\(e- mulações na sintonia (observe o aterramen-


rá tomar durante a montagem são: to no desenho da placa).
a) Siga a posição do circuito integrado, e) A polaridade do suporte das pilhas
dos transistores e dos diodos, principalmen- deve ser seguida, e o alto-falante deve ser
te os diodos zener e o varicap. Veja as fai- de boa qualidade para que o som esteja de
xas que indicam a sua polaridade. Seja rá- acordo com as experiências do leitor.
pido ao soldar estes componentes. f) A antena pode ser um pedaço de fio
b) Solde os resistores segundo seus valo- de 20 cm ou mais, ou do tipo telescópico
res, assim como os capacitores de menor para as localidades de sinais fortes.
valor. O eletrol ítico deve ter sua pola- g) Os demais acessórios não exigem cui-
ridade observada. dados especiais para sua colocação.
c) As bobinas têm as mesmas especifica-
ções da versão anterior podendo ser feitas PROVA E AJUSTES
segundo a figura 8. A soldagem deve ser fei- Uma vez que qualquer uma das três ver-
ta após raspagem de suas pontas, a não ser sões esteja pronta, o leitor deve conferir
que o fio usado seja do tipo Piresolda que toda a montagem antes de ligá-Ia.
não necessita deste procedimento. Depois de conferir tudo, coloque as pi-
d) Os potenciômetros devem ter fios lhas no suporte e ligue a alimentação acio-
curtos e eventualmente devem ser aterrados nando o interruptor S1 nas duas últimas
se for notada captação de zumbidos ou tre- versões.

10
Revista Saber Eletrônica
FTE

51=+

ANTENA

Figura 15

Abrindo o volume, o alto-falante deve a) Não há cobertura da faixa de frequên-


emitir o chiado característico dos recep- cias segundo o desejado. Neste caso deve
tores de FM, isso se já não pegar alguma ser verificada a bobina L2. Uma espira deve
estação local. ser retirada ou acrescentada e ela ainda deve
Se isso acontecer, procure sintonizar uma ser ajustada no sentido de aperto ou afasta-
estação no extremo da faixa e veja se sua mento das espiras até se obter a cobertu ra
posição também corresponde ao extremo desejada.
do giro do potenciômetro. b) Ligeiramente fora de sintonia ocorre
Se o leitor notar uma discrepância gran- uma pequena oscilação no som. Neste caso
de em relação à posição da sintonia e a po- deve ser encurtado o fio de ligação ao po-
sição que a estação deveria estar, ou então tenciômetro de sintonia ou então blindado.
a cobertura da faixa for incompleta, deve c) Falta de volume ou distorção. Deve
ajustar isso aproximando ou afastando as ser verificado o estado das pilhas.
espiras de L2. Depois de tudo isso é só desfrutar de seu
Em princípio este é o único ajuste neces- excelente receptor de FM.
sário ao bom funcionamento do seu recep-
tor, se bem que um pequeno ajuste do mes- Obs.: a versão original é monofônica e
mo modo também pode ser feito em L1 nas não admite, pelo seu princípio de funciona-
versões 2 e 3 para se obter maior ganho. mento, a ligação de um decodificador. En-
. Se a coisa não ocorrer do modo espera- tretanto, informações que nos chegam indi-
do, os possíveis problemas e suas soluções cam que em breve a versão estéreo deste
são: integrado será dispon ível.

Novembro/Dezembro/83 11
LISTA DE MATERIAL

Versão 1: C6, C17 - 10 nF


CI-1 - TDA 7000 - circuito integrado C7 - 22nF
Cv - 170 pF - capacitor variável C8 -180pF
L1, L2 - ver texto C9, C13 - 330pF
P1 - 22k - potenciômetro simples Cll -150pF
Capacitores cerâmicos: C12 -100nF
C1 - 27pF C14 - 220pF
C2 -56pF C15 -150nF
C3, C10, C16 - 3n3 C18 -ln8
C4 - 68pF Diversos: placa de circuito impresso, fio para
C5 - 82pF bobina, caixa, suporte de pilhas, etc.

LISTA DE MATERIAL

Versão 2: SI - interruptor simples


CI-1 - TDA 7000 - circuito integrado Capacitores cerâmicos:
Q1 - BF494 - transistor NPN de RF Cl - 68pF
Q2, Q3 - BC337 - transistor NPN de uso geral C2 - 27pF
Q4 - BC327 - transistor PNP de uso geral C3 -56pF
Dl, D2 -lN4148 - diodos de silício C4 - 82pF
Cv - variável de 170 pF C5, C9, C16 - 3n3
Pl - 22k - potenciômetro miniatura ou co- C6, C18 -lOnF
mum C7, C19 - 22nF
R1 - 1k8 x 1/8W - resisto r (marrom, cinza, C8 -180pF
vermelho) CIO, C13 - 330 pF
R2 - 18k x 1/8W - resistor (marrom, cinza, Cll -150pF
laranja) C12, C20 -100nF
R3 - 560R x 1/8W - resistor (verde, azul, mar- C14 - 220pF
rom) C15 -150nF
R4 - 100 x 1/8W - resistor (marrom, preto, C17 -ln8
marrom) Eletrolítico:
R5 - 120k x 1/8W - resistor (marrom, verme- C21 - 220J.LFx 6V
lho, amarelo) Diversos: placa de circuito impresso, bobinas
FTE - alto-falante de 4 ou 80hms (ver texto), suporte de pilhas, etc.

LISTA DE MATERIAL

Versão 3: RI -lOOkx 1/8W - resistor (marrom, preto,


CI-l - TDA 7000 - circuito integrado amarelo)
Ql - BC558 - transistor PNP R2 - 330k x 1/8W - resistor (laranja, laranja,
Q2 - BF494 - transistor NPN de RF amarelo)
Q3, Q4 - BC337 - transistores NPN de uso R3 - 82R x 1/8W - resisto r (cinza, vermelho,
geral preto)
Q5 - BC327 - transistor PNP de uso geral R4 - 5k6 x 1/8W - resistor (verde, azul, ver-
Dz - 400mW x 3V - diodo zener BZX 79 - melho)
3VO R5 -lk5x 1/8W - resistor (marrom, verde,
Dv - varicap BB809 vermelho)
Dl, D2 - 1N4148 - diodos de uso geral R6 - 10k x 1/8W - resistor (marrom, preto, la-
. Pl -100k - potenciômetro miniatura ou co- ranja)
mum R 7-1 k8 x 1/8W - resistor (marrom, cinza, ver-
P2 - 22k - potenciômetro miniatura ou co- melho)
mum continua

12 Revista Saber Eletrônica


continuação da LISTA DE MATERIAL

R8 - 18k x I/8W - resistor (marrom, cinza, la- C5, CI8 -lOnF


ranja) C6, C20 - 22 nF
R9 - 560R x I/8W - resistor (verde, azul, mar- C8 -I80pF
rom) C9, CI4 - 330pF
RIO --IOOR x I/8W - resistor(marrom, preto, Cll -I50pF
marrom) CI5 - 220pF
Rll - 120k x I/8W - resistor (marrom, verme- CI6 - 150nF
lho, amarelo) C17 -In8
Capacitores cerâmicos: Eletrolítico:
CI - 68pF C21 - 22011Fx 6V
C2 - 82pF Diversos: alto-falante de 4 ou 8 ohms, placa de
C3, CI2, CI9 ~ IOOnF circuito impresso, bobinas (ver texto), suporte
C4, C7, CIO, CI3 - 3n3 para 3 pilhas (ver texto), etc.

o CIRCUITO INTEGRADO

usado no Micro Receptor de FM

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Novem bro/Dezembro/83
13
ATENÇAO

Constatamos que em algumas das PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO


DO RÁDIO AM, distribuídas como BRINDE na revista 132, faltou o furo
correspondente à ligação de R3 ao jumper e bobina B2.
Pedimos, então, aos leitores que receberam tais placas, que realizem a
furação no local indicado pela seta no desenho abaixo.

REVISTA SABER o
o SISTEMA 700 ELABORA
o ELETRÔNICA o
TEXTOS EM BRAILLE
Em breve um microcomputador da Prológi-
ca - um Sistema 700 - será usado para a elabo-
ração de textos em Braille. O uso de computa-
dores para o aux(\io de deficientes físicos não é
nenhuma novidade, mas no nosso país é inédito
o uso de microcomputadores para tal tarefa.
Assim, o professor Antônio Zuffo, da Escola
Politécnica de São Paulo, está desenvolvendo
uma interface especial para permitir que o mi-
crocomputador Sistema 700, acoplado a uma
impressora P-700, possa transformar o alfabeto
normal em Braille.
O microcomputador Sistema 700 e a impres-
sora P-700, ambos produtos de fabricação da
Prológica, foram doados à Fundação para o Li-
vro do Cego no Brasil.

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INSTITUTO TÉCNICO<PAULISTA

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Revista Saber Eletrônica


14
Quatro, sete ou dez canais?
Qual é a sequencial que o leitor
deseja para enfeitar sua vitrine,
animar sua sala de som ou seu
conjunto musical? O circuito que
fornecemos aqui pode, em suas
três versões, operar com
o número indicado de canais, sem
Antonio Carlos
problemas e, em cada canal, cargas de
boa potência podem ser ligadas. Rodrigues de Freitas
Tudo simples: um 555 para fornecer a cípio de funcionamento, daí ser simplifica-
base de tempo, um 4017 para fazer a conta- da a tarefa de descrever a operação destes
gem e um jogo de SCRs ou triacs para ali- sistemas sequenciais.
menta r as cargas de potência. Conforme a Começamos pelo 555, que opera com
maneira que ligamos'o 4017, ele poderá um multivibrador astável cuja frequência é
contar até 4, até 7 ou então em sua capaci- determinada por C3 e ajustada em P1. Este
dade máxima que é até 10 e então formar multivibrador determina a cadência do acen-
um sequencial do número correspondente dimento das lâmpadas, conforme a aplica-
de canais. ção a ser dada ao sistema.
A potência de cada canal será dada pela O sinal do 555 é retirado do pino 3 e
capacidade de corrente do SCR usado que enviado à entrada do contador que é o
no caso é o MCR106 que suporta até 4A, o 4017, entrando pelo pino 14.
que significa 440W na rede de 110V e A contagem se faz conforme o tipo de
880W na rede de 220V. realimentação que se estabelece no terminal
Não é preciso dizer que estes SCRs deve- 15 de reset. Se ligarmos a sa ída do quinto
rão ser montados em bom radiadores de ca- impulso ao reset teremos a contagem até 4
lor, principalmente se trabalharem nos limi- e o sistema será de quatro canais, sendo
tes de sua capacidade de corrente. feito isso na primeira versão. Se ligarmos a
saída do oitavo pulso no reset teremos a
FUNCIONAMENTO contagem até 7 e com isso o sistema será de
7 canais.
Todas as três versões têm o mesmo prin- A excitação da etapa de potência é feita

. 16 Revista Saber Eletrônica


através de transistor de pequena potência. Os resistores são todos de 118 ou 1/4W e
Estes transistores NPN de uso geral permi- os diodos são de uso geral 1N4004 ou equi-
tem obter correntes de excitação que tanto valentes, como o 1N4007 ou BY127. Os
podem acionar SCRs sensíveis, como os da transistores são de uso geral NPN, como os
série 106, como até mesmo triacs, caso em BC548 ou seus equivalentes, tais como os
que os diodos de comporta devem ser BC237, BC238, BC547, etc.
eliminados. Os SCRs usados são os MCR106 ou equi-
MATERIAL valentes, como o C106, IR 106 e mesmo o
TIC106. Para este último será necessário
Para a montagem todo o material é co- usar um resisto r adicional de 1k entre cada
mum, devendo ser feito uso de placa de cir- comporta e cada catodo.
'cuito impresso em vista da utilização de O potenciômetro P1 de ajuste de frequên-
dois integrados. cia pode ser de 470k ou 500k tanto log
As versões podem todas ser alimentadas como linear.
com tensões contínuas de 6 a 9V na parte
de baixa potência, o que significa que a MONTAGEM
escolha da fonte fica a cargo do leitor. Dare-
mos no final a nossa sugestão de fonte para Na figura 1 temos o diagrama completo
os que não dispuserem de uma já pronta. da versão de 4 canais.

L4

4
7

C. I.-l C.I.-2 4
555
CO 4017
3 16
6
2

Cl 3
l~F

- Observe que o 4017 funciona neste caso


como contador até 4 somente.
Figura 1 OI=IN4004

Os cuidados com a montagem são os que


A placa de circuito impresso correspon- se referem à posição dos integrados e dos
dente é mostrada na figura 2, sem a fonte transistores, além da polaridade dos diodos
de alimentação.

..- ---
e do capacitor eletrol ítico.

..- --C-
....-- - -
Figura 2
--
Novembro/Dezembro/83 17
1+1

l-I

Pl

Para os SCRs também será preciso obser- A placa de circuito impresso para esta
var com cuidado sua posição. versão é mostrada na figura 6.
A versão de 7 canais é mostrada na figu- Os cuidados para a montagem desta ver-
ra 3. são são os mesmos citados no caso da ver-
A placa de circuito impresso para esta são de 4 canais. Observamos também que as
versão é mostrada na figura 4. trilhas de cobre da placa em que passam as
Observe que, como na parte de excitação correntes mais intensas devem ser suficien-
temos componentes que se repetem em temente largas para suportá-Ias.
valor, usamos a mesma numeração de modo
a facilitar a elaboração de uma única lista SUGESTAO DA FONTE
de material para as três versões.
Os cuidados com a montagem desta ver- Na figura 7 damos a nossa sugestão de
são são os mesmos da anterior. fonte de alimentação, que faz uso de um
Na figura 5 temos o diagrama da versão transformador de 6 a 9 V com pelo menos
de 10 canais. 250mA de capacidade de corrente.

- R4= 10K
DI=IN4004
SCR=MCRI06
+

R3= 10K

14 5

4
C.I.-2
7 CD 4017
10

6 3 16 7

C.l.- 1
555 4

Cl
l~F

-
18
Figura 3

Revista Saber Eletrônica


•• ••t=
--
•• "fi1
•• ::t=
•• ::1
5

•• ...t=
:

R3: 10K

'4

C.1.-2
CO 4017
C.l.-'
555
6 3 16

, Figura 5

-
Novembro/Dezembro/83 19
::•• =1::
---=
==ft
_li!

•.•••r=
=::=
•••• r=
Dl
:CIF. 110
Dl
:c::JI" L5
Dl
~ L9
Dl
;c:n: L4
Dl
:c:n:: L8
Dl
:cn: L7
'Dl
K:lI:: L3
1+1 Dl
:cn: Ll
Dl
l-I ~ L2
Dl
:c:JJ: L6

Figura 6
Pl

rente seja maior do que a exigida pelo


sistema.

:: LISTA DE MATERIAL
02
CI-l - 555 - circuito integrado

-
lN 4002
C!-2 - 4017 - circuito integrado
TI - transformador com primário de acordo Ql - BC548 ou equivalente - transistor NPN
com a rede local e secundário de 6 a 9 V com Dl - lN4002 ou lN4004 - diodos de silício
tomada central e pelo menos 250 mA de cor- SCR - MCRI06 - SCR com dissipador
rente P 1 - 470k - potenciômetro
Cl - 1 pF x 16 V - capacitar eletrolítico
Figura 7
RI - 1k5 x 1j8W - resistor (marrom, verde,
vermelho)
o capacitor de filtro, de 1500 ou 2200 pF, R2 - 4k7 x 1j8W - resistor (amarelo. violeta,
deve ter uma tensão de isolamento pelo me- vermelho)
nos 2 vezes maior que a tensão do transfor- R3 - lOk xl j8W - resistor (marrom, preto.
mador usado. liIranja)
Os diodos da fonte são 1N4002 ou equi- R4 - 10k x 1j8W - resistor (marrom, preto,
valentes de maior tensão. laranja)
Na entrada do circuito será conveniente Diversos: pliIca de circuito impresso, fios, etc .
..utilizar um fusível cuja capacidade de cor-

Revista Saber Eletrônica


20
captadorja mpli fieador
.para telefone Aquilino R. Leal

Apenas dois integrados como componentes ati- medida pretendemos preencher mais uma
vos fazem você escutar, num alto-falante, a conver- lacuna de aplicações práticas e, é claro, sa-
sa desenvolvida entre duas pessoas num aparelho tisfazer a vontade de muitos de nossos lei-
telefônico! Um circuito extremamente simples e tores que também usufruem dos serviços
de .custo relativamente reduzido! que um telefone é capaz de oferecer.
A idéia do circuito aqui proposto não é
Ultimamente a Revista SABER ELETRÓ- nova, mas a sua concepção é relativamente
N ICA tem dado certa ênfase a circuitos ele- moderna, já que são utilizados circuitos in-
trônicos visando a sua utilização em linhas tegrados em sua estrutura elétrica, razão
telefônicas, é o caso, por exemplo, da "Se- pela qual o custo do aparelho proposto é
cretária Eletrônica", publicada na revista substancialmente reduzido, apresenta facili-
de março/83, ou o "Cadeado Eletrônico dade de montagem, confiabilidade e, sobre-
Para Telefone", de nossa autoria, cuja pu- tudo, durabilidade.
blicação ocorreu na revista de junho/83. O aparelho proposto, indutivamente aco-
Esse tema vem sendo pouco explorado na plado à linha telefônica, permite ao usuário,
literatura técnica nacional e internacio- e a todos que o rodeiam, escutar a voz de
nal: o maravilhoso e eficaz telefone tem quem remotamente fala sem, no entanto,
passado desapercebido pela maioria dos ter necessidade de colocar a cápsula de re-
projetistas que tornam de dom ínio público cepção do aparelho telefônico no ouvido,
suas experiências. pois o som originário da pessoa que fala
É uma pena, pois a quantidade de telefo- será reproduzido por um alto-falante de
nes hoje a serviço da população é um núme- dimensões moderadas.
ro que não podemos desprezar! E, mais a O volume do som assim reproduzido das
mais, a eletrônica nos oferece uma série de pessoas que estabelecem a conversação
facilidades que anos atrás não existiam, telefônica pode ser ajustado de forma a
abrindo dessa forma inúmeras novas fron- atender as necessidades de cada um em par-
teiras para circuitos que, certamente, trarão ticular e, assim, será evitado o agrupamento
comodidade ao usuário (assinante) de uma de pessoas em torno do monofone e que
linha telefônica, seja ela comercial ou não. também estão interessadas na conversa-
Nós, confessamos, também fomos "mor- ção estabelecida (figura 1).
didos" pelo "bicho telefônico" e começa- Tanto para o lar como para homens de
mos, por mero diletantismo, a desenvolver negócio, o aparelho proposto prestará rele-
alguns circuitinhos práticos sobre esse fas- vantes serviços, principalmente para esses
cinante, porém esquecido, tema; com tal últimos onde, normalmente, decisões co-

Revista Saber Eletrônica


22
merclals só são tomadas com a aprovação
de mais de uma pessoa, implicando numa
consulta posterior a todas essas pessoas en-
volvidas, podendo-se perder um bom negó-
cio por não ter-se uma decisão rápida, o
que, certamente, não ocorrerá ao utilizar o ALTO-

aparelho em pauta, uma vez que todas essas FALANTE

pessoas terão "acesso" imediato à proposta,


podendo decidir-se rapidamente enquanto
se entabula o restante da conversação.
Figura 1 Figura 2

O captador, como sua designação sugere,


capta o campo magnético desenvolvido nas
cercanias da fonte sonora, transformando-
-o em níveis de tensão em consonância com
as variações do campo - o elemento de
captação basicamente é uma bobina de bai-
xa impedância dotada de uma ventosa des-
tinada a segurar o conjunto numa superfí-
cie relativamente lisa (figura 3), sendo po-
pularmente conhecida por "maricota".
BOBINA CAPTADORA
TELEFÔNICA I MARICOTA)

o aparelho também é útil para gravar


conversas telefônicas sem a necessidade de CABO DE CONEXÃO

interligar coisa alguma à rede do telefone.


Caso o captador seja instalado nas proxi-
midades do alto-falante de um rádio, tam-
bém é possível transmitir o programa a um
outro ponto (remoto) sem a necessidade de
qualquer conexão com o sistema fonte.
Claro, que as aplicações para este apare-
Figura 3
lho não são somente essas! Existem outras
tão ou mais interessantes que as menciona- Acontece que os sinais elétricos desen-
das! Isso sem contar com as que os leitores volvidos pelo captador são de intensidade
mais argutos venham a "bolar". insuficiente para "atacar" a entrada de um
O importante, porém, é montar o circui- amplificador de potência, por esse motivo
to e verificar o seu perfeito funcionamento temos de recorrer a um estágio de pré-
e, assim, adquirir um pouco mais de conhe- -amplificação para obter um nível de tensão
cimentos teórico/práticos tão necessários em compatível com o exigido pelo amplifica-
nossos dias! dor, no caso um integrado capaz de propor-
cionar cerca de 2,5W RMS num alto-falante,
O CIRCUITO ou a uma associação de alto-falantes, de
impedância não inferior a 2 ohms.
O aparelho essencialmente compõe-se de Ainda que em repouso o consumo do cir-
um captador magnético ("maricota"), de cuito seja relativamente baixo (no nosso
um pré-amplificador de elevado ganho e protótipo medimos o valor de 13mA sob
mais um amplificador de potência, também 12 volts de alimentação), é necessário pro-
em versão integrada, cuja sa ída excita um ver uma fonte de alimentação relativamente
alto-falante de dimensões relativamente "parruda", capaz de proporcionar a devida
reduzidas e, é claro, uma fonte de alimenta- corrente solicitada pelo estágio de amplifi-
ção - vide figura 2. cação (chegamos a medir valores de pico

Novembro/Dezembro/83 23
por volta de 300 mA/12V); devido a isso Tal circuito é mostrado na figura 4, sen-
não aconselhamos a utilização de um banco do ele um dos mais simples ainda que a reti-
de pilhas, cuja duração será reduzida, prin- ficação da tensão C.A. presente no secundá-
cipalmente se for "aberto" todo o volume rio do transformador seja do tipo onda
do aparelho. completa; a filtragem fica a cargo do eletro-
Felizmente o circuito não é crítico quan- Iítico C1, cabendo a C2 estabelecer um ca-
to ao valor da tensão de alimentação, po- minho de baixa impedância para os sinais
dendo funcionar a contento com qualquer de alta frequência. O conjunto R 1-03 tem
valor situado entre 7,5 VCC a 20 VCC! Por por finalidade indicar ao usuário que o
questão de facilidade, e de padronização, aparelho está ligado, indicação essa, visual,
resolvemos adotar o valor nominal de fornecida pela emissão de luz por parte do
12 volts, obtidos a partir de um circuito ali- diodo eletroluminescente (LEO) 03. No
mentado através da energia da rede elétrica demais a fonte não apresenta qualquer
domiçiliar. novidade e seu funcionamento já tem sido
Dl
inúmeras vezes descrito em publicações
IN4002 similiares, razão pela qual ele será omitido
Figura 4
neste trabalho.
O diagrama esquemático do amplificador
telefônico proposto encontra-se na figura 5,
onde, propositalmente, foi omitido o cir-
+ cuito da fonte de alimentação.
~oE
SAlDA Os sinais elétricos de entrada são capaci-
tivamente aplicados à entrada inversora de
C.I.1 que, com os componentes associados,
03
se constitui no estágio pré-amplificador
FI cujo ganho, a priori, é estabelecido pelo
resistor de realimentação R3 - quanto
maior a sua resistência tão maior será o
ganho em tensão estabelecido pelo estágio.

+
RI BI
R2 lK
7,5 a 20V
1,8 K
CI

ENT~ADA
C2

I
O,12~F
I220~F

1
I 2 +

Figura 5
Observamos que C.1.1 não é diretamente plificado por este estágio de elevado ganho
alimentado através da fonte B1 e sim atra- - C1 provê uma filtragem adicional.
vés de R 1, isto visa minimizar o ru ído pre- O sinal de entrada, agora amplificado a
sente na linha de alimentação que seria am- níveis razoáveis, é capacitivamente aplicado

24 Revista Saber Eletrônica


ao potenciômetro de volume P1 que, atra- porém atentando para o fato do transfor-
vés do terminal de seu cursor seleciona uma mador, figura 4, ficar o mais afastado pos-
amostra, em amplitude, desse sinal, sendo sível do estágio pré-amplificador, evitando
ela aplicada à entrada não inversora do C.1. assim a indução de desagradáveis zumbidos.
(circuito integrado) amplificador de potên- Um outro ponto a ser considerado é .0
cia - cabe à rede R5-C6, figura 5, exercer dimensionamento da caixa a ser utilizada
a função de um filtro passa baixas, elimi- para alojar o circuito, pois ela é a principal
nando, desta forma, as harmônicas e com- responsável pelo tamanho máximo da placa
ponentes de alta frequência do sinal a ser de circuito impresso a ser utilizada como
amplificado. base de sustentação mecânica para os com-
Através do eletrol ítico C5, figura 5, os ponentes.
sinais elétri'cos de saída de C.1.2 são levados Ainda com relação à caixa, observamos
ao alto-falante FTE que os transformará que, devido ao alto ganho do circuito, para
em ondas sonoras. evitar-se interferências externas é necessária
O eletrol ítico C7 tem por finalidade a utilização de caixa blindada (metálica).
desacoplar um estágio interno a C.1.2, en- Na figura 7 vemos, em tamanho natural,
quanto C4, figura 5, exerce finalidade se- o desenho do lado cobreado da plaqueta
melhante no estágio de pré-amplificação. empregada.
Como dissémos, o circuito proposto é A distribuição dos componentes sobre a
capaz de formar uns 2W de sa ída a todo face não cobreada da plaqueta obedeceu ao
volume, potência essa mais do que suficien- exposto na figura 8.
te para os propósitos. Inicialmente soldamos o par de soquetes
Caso haja interesse em utilizar um grava- nos respectivos lugares.
dor, deveremos apenas utilizar o estágio de Em seguida, soldamos os resistores, to-
pré-amplificação, "tomando" o sinal entre mando o cuidado de não confundir os
a extremidade direita de C3 (figura 5) e ter- valores. -
ra, tal qual mostra a figura 6. O próximo passo é a soldadura dos capa-
citores, sendo que para os eletrol íticos deve-
-se obedecer a sua polaridade, conforme o
RI
indicado no chapeado.
R3 +
Agora, com cabo blindado, interligamos
o potenciômetro à plaqueta. Depois, liga-
mos os fios da alimentação (cor vermelha
para o positivo e preta para o negativo). Pa-
2
ra a entrada utilizamos também cabo blin-
C3
dado e um jaque. Na ligação do alto-falante
I
C.1. I 6

1
empregamos fio flex ível, porém de diâme-
SAiD A
I PI GRAVADOR I tro bem maior que o utilizado para a ali-
mentação, para que a atenuação por ele
Figura 6 -= imposta seja mínima.
Para encerrar a montagem, colocamos os
integrados nos respectivos soquetes, obser-
A MONTAGEM
vando o lado do chanfro.
Não descreveremos a montagem do cir- Antes de ligar a fonte, faça uma revisão
cuito proposto e sim apenas relataremos os geral em toda a montagem.
procedimentos que seguimos ao realizar a
VERIFICAÇÃO DE FUNCIONAMENTO
montagem de nosso protótipo experimen-
E USO
tai, isto é, o circuito mostrado na figura 5.
A razão disso deve-se ao fato de termos Ligamos o aparelho à fonte e girando o
utilizado, como fonte de alimentação, um cursor do potenciômetro Pl totalmente
eliminador de pilhas para' 12 volts sob para a esquerda, figura 8, deveremos escu-
500mA, disponível em nossa "sucata". tar uma espécie de chiado no alto-falante,
Isso não impede que a fonte de alimenta- indicando o funcionamento parcial da mon-
ção seja incorporada ao próprio circuito, tagem.

Novembro/Dezembro/83 25
ENTRADA

1+1

Figura 7 Figura 8

À seguir, aproximamos a bobina capta-


LISTA DE MATERIAL
dora do alto-falante de uma fonte sonora e,
sem espanto algum, veremos que esse som Figura 4:
será reproduzido no alto-falante do apare- Dl, D2 - diodos retificadores lN4002 ou equi-
lho, cujo volume será alterado ao atuarmos valente
sobre o cursor de Pl. D3 - diodo eletroluminescente (led), cor ver-
Comportamento semelhante será obtido melha - qualquer tamanho
ao fixar-se a "maricota" no monofone do RI - 1,2k, 1/4W
Cl - 2200/AF/25Vou dois de 1000/AF/25Vem
aparelho telefônico, conforme mostra a
paralelo
figura 9. C2 - 0,001 11F,poliéster, schicko, etc.
TI - transformador: red.e para 12 + 12 V sob,
no mz"nimo, 500mA
CHl - interruptor simples do tipo liga-desliga
FI - porta-fusível e fusível de 0,5A
Figura 5:
CU - integrado 741
Cl2 - integrado LM 380 da 'National'
RI, R5 - lk, 1/8W, 10%
R2 - 1,8k, 1/8W, 10%
R3 - 120k, 1/8W, 10%
R4 - 8,2k, 1/8W, 10%
R6 - 10k, 1/8, 10%
PJ - potenci6metro logarítmico de 10k com
chave (optativa)
Cl, C4, C5 - 220 flF/25 V - eletrolíticos
C2 - 0,12/AF - schicko
Figura 9 C3 - 0,33JjF - schicko
C6 - 0,001 JjF - cerâmica, mica, etc.
C7 - 47/AF/16V - eletrolítico
A utilização do aparelho é a mais simples FFE - alto-falante de 4 ou 80hms, 5W no mz"-
possível; ela se resume em determinar, em- nimo
piricamente, o ponto ideal de fixação (por Diversos: placa de circuito impresso, soquetes
para os integrados, knob para o potenciômetro,
pressão) da bóbina captadora na base do
captador telefônico (maricota), jaque para a en-
telefone ou no próprio monofoile, neste trada, caixa metálica, cabos blindados, fios, sol-
caso, de preferência, o mais próximo possí- da, etc.
vel da cápsula de recepção.

26 Revista Saber Eletrônica


))

FONTE-ABAJUR
III
Ciro José Vieira Peixoto

Depois de ler o artigo FONTE-ABAJUR to) a lâmpada do mesmo irá acender e C1


11, do "veteraníssimo" Aquilino R. Leal, o irá se carregar com uma tensão contínua de
qual já era um aperfeiçoamento da ótima aproximadamente 10 VCC. Para saber co-
idéia do nosso amigo, e não menos "íssimo", mo é que esta tensão aparece a í, consulte a
Newton C. Braga, não aguentei a coceira revista 131, página 60. Esclareço também
nas mãos e montei a FONTE-ABAJU R 111, que aumentei a potência da fonte, aumen-
que incorpora mais um melhoramento: um tando o número de diodos da "patota",
circuito temporizador que desliga automati- bem como dobrando o valor do eletrol ítico
camente, após um intervalo de tempo pré- C1.
-determinado, a luz do abajur e o radinho. Como inicialmente C2 se encontra des-
carregado, o transistor Q2 se encontra cor-
tado (ou seja, não conduz corrente) e por-
COMO FUNCIONA
tanto a corrente que passa pela dupla de
resistores R3 e R4 produz uma tensão de
Não me cabe descrever o funcionamento aproximadamente 0,7 V, fazendo com que
da fonte-abajur por motivos óbvios, todavia este transistor conduza fortemente, ligando
quem quizer poderá conhecer o funciona- RL1. Assim, ao soltarmos 51, a lâmpada
mento do circuito, bem como a teoria, len- permanecerá acesa porque o contato de
do os artigos nas páginas 58 da revista 124 R L1 estará fechado. Esta operação do cir-
e 60 da revista 131, do Newton e do Aquili- cuito é bem rápida.
no, respectivamente. Observamos então que C2 irá se carregar
O circuito da fonte-abajur III é mostrado através de P1 e R1 até atingir um potencial
na figura 1. de aproximadamente 2,5 VCC. Neste po-
Quando ligamos o circuito na rede domi- tencial é transmitida ao transistor Q2, por
ciliar (110 ou 220V), notamos que a lâmpa- intermédio de Q1, a t~nsão (ou a corrente)
da do abajur não irá acender assim que li- que Q3 necessita para conduzir (saturar-se)
garmos o interruptor do abajur. Isto acon- e ao fazê-lo irá desviar toda a corrente que
tece porque o contato de R L1 está aberto, polariza Q3 através de R3 e R4. Deste mo-
impedindo a passagem da corrente pela do, este transistor ficará cortado (sem con-
lâmpada. Mas, quando pressionarmos 51 duzir corrente), abrindo o contato de RL 1
(com o interruptor do abajur ligado e este e desligando a lâmpada, o rádio e o próprio
conectado na saída do aparelho aqui descri- circuito temporizador da rede elétrica.

28 Revista Saber Eletrônica


110V
DI

Dl A014
lN4004

Q4
020
lN4004 8C338
52

C5

Xl

;.~~F-
021
lN4004
019

I
• VER TEXTO

-1 51
CONTATO
DE RLl

Figura 1

R6,019,04,C3,C4eC5 compõem um de diodos zener com tensão de ruptura


arranjo de regulador de tensão já bastante acima de 6,S V, isto porque com 6 V na
badalado em publicações congêneres, con- saída a fonte pode fornecer até 1S0mA
tudo vamos ver como ele funciona em "rá- com uma regulação de 2,5% (isto quer dizer
pidas pinceladas". Temos que: que a tensão na saída da fonte diminui para
- 019, que é um diodo zener, fixa um 5,S5 V quando a fonte entrega 1S0 mA con-
potencial de tensão (cujo valor depende tínuos), mas com valores maiores, a saída
da tensão de ruptura zener) para a base do irá perder toda a sua credibilidade, visto
transistor 04. que num fornecimento de uns SOmA sob
- O coletor de 04 está ligado ao positi- 9 V, por exemplo, a tolerância da regulação
vo de C1, por isso tem um potencial de vai para 12%, ou seja, a tensão na sa ída cai
10 VCC, porém o seu emissor seguirá fiel- para 7,92V.
mente a tensão da base. Ora, como qual- Porém, utilizando diodos de, no máxi-
quer variação de tensão no diodo zener será mo, 6,S V posso garantir que podemos tirar
automaticamente compensada, a sa ída da 1S0 mA, sem "medo, da fonte (o que nos dá
fonte permanecerá constante, consequente- uma potência da ordem de 1W).
mente. Como a corrente de coletor do tran- Uma interessante opção será montar o cir-
sistor é a sua corrente de base multiplicada cuito da figura 2, com uma chave de 1 pó-
pelo seu Beta, conseguimos um ajuste dinâ- lo x 4 posições, assim a fonte nos propor-
mico na tensão de sa ída, porém até certos cionará uma saída com os seguintes valores
limites. Assim a tensão de saída da fonte de tensão: 3,4,5, 5 e 6V, que poderão ali-
pode ser expressa pela fórmula: mentar, além do rádio, uma calculadora,
E sa ída = E zener - 0,6. pequenos circuitos, etc.
Assim, para obter 3 V na saída, utiliza- Voltando ao temporizador, observamos
mos um zener de 3,6 V; para obtermos 6 V também que P1 controla o tempo que C2
na saída, utilizamos 6,SV para o valor da leva para se carregar, sendo portanto o de-
tensão reversa do zener e assim por diante. terminante do período de temporização.
Veja que não é aconselhável a utilização Seu cursor no in ício da escala nos dá um

Novembro/Dezembro/83 29
período de temporização de aproximada- Com S3 curto-circuitamos o circuito de
mente 5 minutos e no final da escala nos dá temporização e a fonte (que já não vai apre-
aproximadamente 35 minutos, o que acre- sentar nenhum potencial na sua sa ída) e o
dito ser tempo suficiente para que o "fre- abajur passa a funcionar sem qualquer vín-
gues" durma. (figura 3) culo com o aparelho, que se torna inope-
rante. I: como se o abajur estivesse ligado
04
diretamente na tomada.

Figura 2 É IMPORTANTE ACRESCENTAR:

D20 impede que tensões reversas, oriun-


das da comutação de R L1, quei mem o tran-
sistor 03.
C6 impede que picos de corrente, na saí-
da, maiores que 200 mA desliguem o relê.
Neste ponto é bom lembrar que esta fonte
é protegida contra curto-circuitos. Note
20
ESCALA DO
17,5 22,5 que se uma corrente maior que 200 mA for
15
TEM PORI ZADOR solicitada no emissor de 04, a tensão em
12,5 27,5 Cl cai tanto que se torna impossível ao
10 30
transistor 03 manter R L1 comutado e as-
sim R L1, ao abrir seu contato, desliga todo
7,5 32.5 o circuito.
Figura 3 C3 ajuda D19 a estabilizar a tensão no
5

joelho da curva zener, enquanto que C4


Observamos também que S2 quando li- aterra todos os sinais espúrios que even-
gada aterra o pólo positivo de C2, impedin- tualmente possam vir da rede elétrica.
do que este se carregue, inibindo assim ó C5 ajuda a tensão de saída a permanecer
temporizador. em uma faixa aproximadamente constante
Para interromper a qualquer instante o para valores dinâmicos de resistências liga-
temporizador, basta que desliguemos o aba- das na sa ída.
jur pelo seu interruptor. Isto desligará auto- Na figura 4 é apresentada uma sugestão
maticamente o radinho. de lay-out para a placa de circuito impresso.

I I I I


Figura 4

30 Revista Saber Eletrônica


5~

Pl

Xl l-I

5AíDA

1+1

52 ~04

110V 51

Bem, chegamos ao fim, mas não sem bém são válidas aqui, pois a nossa intenção
antes acrescentar que as palavras utilizadas foi somente acrescentar "mais uma pedri-
pelo Aquilino no final do seu artigo tam- nha" à boa idéia do nosso amigo Newton.

LISTA DE MATERIAL

Q1-BC237 R2 - 39k, 1/4W, 5%


Q2, Q3, Q4 - BC338 R3, R4 -lk, 1/4W, 5%
Dl a D18, D20, D21 -lN4004, 1N4007 R5 - 56R, 1/4W; 5%
D19 - zener IN747 (para tensão de saída de R6, 220R, 1/4W, 5%
3 VCC); zener 1N4736 (para tensão de saída de P1 - potenciômetro de 1M
6 VCC) Xl - tomada fêmea de saída
C1 - 1OOOpFx 16 V - eletrolítico Sl - contato momentâneo normalmente aberto
C2 - 4700f.lFx 6V - eletrolítico S2, S3 - chaves HH (médias)
C3, C4 - O,lp - poliéster (lOOV) RL1 - relê ZL 900000 Schrack
C5 - 220f.lF x 12 V - eletrolítico
C6 - 1OOf.lFx 16 V - eletrolítico Diversos: placa de circuito impresso, knob, cai-
RI - 150k, 1/4W, 5% xa, etc.

3 CURSOS PRÁTICOS:
I. CONFECÇÃO DE CIRCUITOS IMPRESSOS
2. SOLDAGEM EM ELETRONICA
3. MONTAGENS DE ELETRONICA
Local: centro de S. Paulo
Duração: 4 horas
Horário: aos sábados de manhã ou à tarde uma realização da
Informações e inscrições: tel. 221-1728 - 223.7330 CETEISA
Novembro/Dezembro/83 31
PSICO-PESQUIS~DOR

Newton C. Braga

Recursos eletrônicos são importantes, tanto nas pesquisas realizadas pelas ciências convencio-
nais como também pelas não convencionais. E, estas ciências não convencionais, justamente por
ainda não se fIXarem em bases firmes, são as mais exigentes em matéria de equipamentos, exigindo
o desenvolvimento de novas técnicas e de novos conceitos. Dentre as ciências não convencionais
que podem ser pesquisadas com nosso aparelho, e que foram até motivo çie um congresso em im-
portante universidade, citamos.a parapsicologia, a fitobiônica, a ufologia e a acupuntura. Um psico-
-pesquisador multi-uso é o que oferecemos, neste artigo, aos leitores interessados.
Qualquer que seja a ciência, ela deve dis- O nosso psico-pesquisador nada mais é
pôr dos recursos mais modernos para suas do que uma combinação de conversor ana-
pesquisas e assim chegar aos resultados que 'lógico-digital com um mili-voltímetro ou
permitam a sua fixação em bases sólidas. condutímetro sensível.
Entretanto, os equipamento eletrônicos Com este aparelho podemos converter
de pesquisas, por mais simples que sejam, variações de resistência, que pode ser da pele
quando do tipo profissional, são pratica- de uma pessoa usada como voluntária, em
mente inacessíveis ao pesquisador comum. variações de tonalidade do som emitido por
Seu custo é elevado e, além disso, não são um alto-falante; podemos converter varia-
dispon íveis a não ser através de importa- ções da resistência da folha de uma planta
ções, o que em nossos tempos consiste num em variações sonoras; ou ainda usar diversos
obstáculo quase que insuperável. tipos de transdutores para converter em
Os mais curiosos, aqueles que desejam som, variações de temperatura, luz, etc.
iniciar suas próprias pesquisas em escala (figura 1)
menor por não disporem de recursos, entre- Numa segunda função essas pequenas
tanto não estão totalmente impedidos dis- variações podem ser diretamente indicadas
so, por falta de equipamento. Circuitos sim- num sensível instrumento.
ples de montagem artesanal podem perfei- O aparelho é extremamente simples,
tamente ajudar nos primeiros passos e até muito fácil de manejar, e ainda, por ser ali-
ser de grande utilidade na comprovação de mentado por pilhas comuns, é totalmente
alguns fenômenos importantes. portátil.
O que propomos neste artigo é justamen- O pesquisador, com facilidade, poderá
te isso. Um aparelho muito simples, sensí- levá~lo aos mais diversos locais, facilitando
vel e de muitas utilidades, para ser usado principalmente os que realizam pesquisas
nas pesquisas paranormais, e mesmo -no de campo. (figura 2)
laboratório de biologia. Como trata-se de um projeto muito mais

Novembro/Dezembro/83 33
+
dedicado aos que se interessam por pesqui-
sas não convencionais do que praticantes A
BLOCO I
veteranos da eletrônica, descreveremos a B AMPLIFICADOR
montagem de maneira bem simples e por- C
DE ENTRADA

menorizada, facilitando assim sua execução.

Figura 3

O comportamento deste bloco depende-


rá do tipo de "coisa" que se pretende de-
BW tectar, mas em termos gerais é o seguinte
(figura 4):
o O O transistor funciona como um amplifi-
cador capaz de aumentar a intensidade das
Figura 1
pequenas correntes que possam aparecer
circulando através do terminal B.
Podemos obter esta corrente através de
Figura 2 uma resistência externa de grande valor li-
gada entre A e B. Assim, ajustando-se o
potenciômetro de modo a equilibrar o tran-"
sistor em sua polarização, conseguimos uma
corrente mínima na situação inicial.
+

,---- =
I
roL]

: ~RX

lOK 47K
SAíDA
(
J~I~T~;CIA
EXTERNA CORRENTE
AMPLIFICADA

Figura 4
Um aumento desta corrente inicial será
então amplificado pelo transistor, aparecen-
COMO FUNCIONA do no seu emissor.
Veja que esta resistência externa pode
Na figura 3 temos a estrutura em blocos ser, por exemplo, a pele de um voluntário
de nosso aparelho. que segurará dois eletrodos ou então
O primeiro bloco representa o circuito uma folha de uma planta. Importante notar
de entrada e tem por elementos básicos um é que a presença do transistor permite que
transistor, um potenciômetro de ajuste e a corrente que circule por esta resistência
três terminais de entrada onde serão ligados externa seja extremamente pequena, da
os transdutores, ou os eletrodos de pesquisa. ordem de milionésimos de ampere, incapaz

Revista Saber Eletrônica


34
portanto de causar choque ou qualquer
tipo de dano ao ser vivo que estiver sendo
analisado, se este for o caso.
Do mesmo modo, podemos ligar sensores ENTRADA

como um diodo BA315 ou um LDR, caso


em que o aparelho passará a trabalhar com
as grandezas que estes transdutores sentem.
No caso do diodo teremos a percepção de
OSCILADOR MEDIDOR
variações de temperatura e no caso do LDR
a percepção de variações de luz.
Na figura 5 mostramos a ligação do LD R
e como "sentir", no caso, variações de luz
refletida num anteparo, para eventual estu-
do de "projeções mentais" feita em parapsi-
cologia, uti Iizando-se para focalizar o LD R Figura 6
um pequeno tubo de papelão.

o circuito é muito sensível e tanto pode


ser alimentado com tensão de 3V como de
6V, ou. seja, 2 ou 4 pilhas pequenas, as
PSICD - PESQUISADOR quais terão grande durabilidade.

OS COMPONENTES
Os componentes usados na montagem
são todos comuns, sendo encontrados com
facilidade a baixo custo nas casas especia-
lizadas.
ANTEPARO

Figura 5 A caixa é a sugerida na figura 7, e pode


ser de madeira, plástico, ou metal.
As correntes amplificadas pelo primeiro O alto-falante determinará basicamente
transistor são enviadas à segunda etapa do as dimensões da caixa, já que este pode ser,
aparelho, que tem função dupla, dependen- desde o tipo pequeno (5 cm) até o maior
do da chave comutadora S1. (10 cm).
Numa função esta chave coloca no cir- Os transistores são de uso geral. Para 01
cuito, formado por dois transistores, um e 02 podem ser usados os BC548 ou qual-
capacitor e um resistor de realimentação quer equivalente como o BC237, BC239,
que o fazem funcionar como um oscilador BC547. Para 03 temos o BC558 ou equiva-
de áudio. A frequ€ncia deste oscilador de- lentes como o BC307, BC308 ou BC557.
penderá tanto do valor de Cl como também Outros podem ser experimentados desde
da corrente que será fornecida pelo primei- que se observe o tipo e a terminação.
ro transistor, da etapa anterior. (figura 6) Ml é um VU-meter de 200pA, comum,
Isso significa que variações da corrente do tipo empregado em aparelhos de som.
deste transistor que são amplificadas con- Escolha um não muito pequeno, e que te-
vertem-se em variações de frequência. Nesta nha uma escala, se possível, com marcação
função a sa ída é ligada a um alto-falante de linear, ou seja, em que a separação dos nú-
modo que estas variações de frequência são meros seja uniforme. Isso o ajudará nas
ouvidas na forma de variações de som. anotações de leitura em suas pesquisas.
Na outra função os dois transistores des- Pl e P2 são potenciômetros comuns e
ta etapa funcionam como amplificadores de seus valores são os dados no esquema. Para
corrente contínua e alimentam um medidor Pl, o leitor pode utilizar como equivalente
a partir do transistor de entrada. de melhor desempenho um potenciômetro
As variações de corrente do transistor de de 10M, se bem que seja mais difícil de
entrada aparecem amplificadas no medidor. encontrar.

Novembro/Dezembro/83 35
-,
8em r ~
S1
~
S2

LC L~
@ @
8 C
Pl
P2

8em----L 15cm

Figura 7

51 é uma chave de 1 x 2 (1 pólo x 2 po- terminais, 3 bornes de cores diferentes para


sições) que também pode ser substitu ída as entradas e fios.
por uma de 2 x 2 (metade não usada). 52 é MONTAGEM
um interruptor simples.
Os resistores são de 1/8W e os capacito- Os montadores com mais recursos podem
res podem ser tanto cerâmicos como de optar pela versão em placa de circuito im-
poliéster. As marcações destes capacitores presso, enquanto que os dotados de menos
podem ser feitas de diferentes modos, con- recursos podem optar pela versão em pon-
forme o tipo. Para os de poliéster teremos te, já que as pontes podem ser adquiridas
as faixas marrom, preta e amarela, a partir prontas em pedaços de tamanhos diversos.
do lado oposto aos terminais, e para os cerâ- As ferramentas empregadas são as de
micos a marcação pode vir como 1OOn, 0,1 sempre: soldador de pequena potência, ali-
ou 104. cate de ponta, alicate de corte, chaves de
O leitor precisará ainda de suporte para fendas, etc.
2 ou 4 pilhas, botões para os potenciôme- Na figura 8 mostramos o circuito com-
tros, placa de circuito impresso ou ponte de pleto do psico-pesquisador.

03 S2
BC558

8
C2
100nF
+
c 81
- 30U
6V

Figura 8

Revista Saber Eletrônica


36
Figura 9

A 52O----+30U6v

c Cl

Figura 10

Na figura 9 temos a versão em ponte de a) Solde em primeiro lugar os três tran-


terminais. Observe que os terminais dos sistores, observando que a parte achatada
componentes, como de R3 e 02, C2 e 03, fica voltada para cima. Veja também que
que são sem isolamento, não podem encos- 03 é diferente de 01 e 02, pois são de ti-
tar uns nos outros, a não ser nos pontos de pos diferentes. A soldagem deve ser feita
solda. rapidamente, pois estes componentes são
Na figura 10 temos a versão em placa de sensíveis ao calor.
circuito impresso. b) Depois solde os capacitores C1 e C2,
Para a versão em ponte, damos uma observando bem os terminais da ponte em
sequência de cuidados que devem ser que são ligados. Cuidado para que o termi-
observados, garantindo assim o sucesso da nal de C2 não encoste nos terminais de 03.
montagem: Levante-o um pouco se for necessário. Seja

Novembro/Dezembro/83 37
rápido nesta operação, pois os capacitores do a sua polaridade. Usé pilhas novas. Ligue
também são sensíveis ao calor. o aparelho, acionando S2.
c) Agora o montador soldará os resisto- Depois, coloque inicialmente a chave Sl
res, menos R5. Veja que a marcação de va- na posição que liga o alto-falante, ou seja,
lor destes componentes é feita pelas faixas na posição de conversor analógico/digital.
coloridas. Siga a lista de material, se tiver Ajustando Pl, você deverá ouvir um apito
dúvidas. se a chave estiver na posição certa.
d) Faça a ligação do fio (1) que interliga Ajuste Pl até o ponto imediatamente
os dois pontos indicados no desenho. Não abaixo daquele em que o apito desaparece.
use fio muito comprido. Agora, colocando os dedos, um no terminal
e) Soldaremos agora os componentes A e outro em B, deve haver a emissão de
fora da ponte, começando por R5 no po- som. A tonalidade dependerá da pressão
tenciômetro P2. Corte os terminais de R5 feita com os dedos ao segurar estes bornes.
para que se ajustem em posição e depois (figura 11)
proceda à soldagem. Ligue depois um fio de
P2 até a ponte de terminais e outro até o
medidor Ml. No medidor Ml o fio ligado
deve ir ao terminal marcado (-). Se não
existir esta marcação, ligue em qualquer
um dos terminais, porque depois, se for
preciso, faremos a inversão, conforme o
funcionamento.
f) Ligue agora o interruptor Sl ao medi-
dor M1 e também à ponte de terminais.
Depois, faça a ligação do alto-falante com
Figura 11
dois fios, indo um ao interruptor Sl e o
outro à ponte, na junção de 02 com C2.
Veja que será conveniente antes o leitor
verificar exatamente como vai fixar todas
estas peças na caixa, e com isso determinar Solte os bàrnes e passe a chave Sl para a
os comprimentos ideais dos fios destas posição que liga o medidor.
ligações. . Segurando do mesmo modo os bornes
g) Ligaremos agora o suporte das pilhas, A e B, deve haver movimentação da agulha
com a soldagem do fio (-), normalmente do instrumento. Ajuste P2 para que este
de cor preta, à ponte de terminais. O fio movimento não ultrapasse o final da escala.
(+), vermelho, vai ao interruptor S2. De S2 Se o ponteiro tender a movimentar-se em
sai um segundo fio que vai à ponte de ter- sentido contrário ao normal, ou seja, para
minais, no emissor de 03. esquerda, inverta os seus fios de ligação.
h) Para ligar Pl são usados 3 fios. Um ex- Possíveis problemas:
tremo vai à junção do fio (1) com 01. O a) Não há o5eilação quando tocamos nos
outro fio, do meio, vai ao resistor R 1, e bornes. Ligue momentaneamente o coletor
e o emissor de 01. Se o som ocorrer, o pro-
finalmente o extremo inferior vai ao ponto
blema estará em 01 ou então em Pl. Se
dé junção de Q2 com C2.
i) Completamos a montagem com a liga- nada acontecer, verifique 02 e 03 e suas
ção dos três bornes (A), (B) e (C) nos pon- ligações.
tos indicados nos desenhos. b) O instrumento permanece constante--
Depois de tudo isso, o leitor deve confe- mente em seu máximo. Desligue o resistor
rir cuidadosamente sua montagem e, se R3 momentaneamente. Se nada acontecer
tudo estiver em ordem, poderá fazer uma com o medidor, é sinal que 02 ou 03 se
prova de funcionamento. encontra com problemas. Se o ponteiro cair
a zero, é sinal que o problema está em Cl.
PROVA E USO Comprovado o funcionamento, o leitor
poderá usá-lo.
Coloque as pilhas no suporte, observan- Diversas são as possibilidades de uso para

Revista Saber Eletrônica


38
o psico-pesquisador. Na maioria delas o lei- temos a ligação na figura 14. No caso do
tor precisará de eletrodos que serão ligados diodo é importante observar sua polaridade
aos bornes através de pinos, conforme mos- e também' sua prontidão, ou seja, ele tem
tra a figura 12. certa inércia que impede que as respostas
A
sejam imediatas.
jp=c========A
B

30 A 40cm

BA315

ltrc========B
SENSOR TERM ICO

/ .
BASE ISOLANTE I PLASTICO. MADEIRA. elc.1

Figura 12 LDRU=:=::

SENSOR DE LUZ
Nesta mesma figu ra mostramos o uso
como um "psico-galvanômetro", ou detec-
Figura 14
tor de mentiras, para detecção de pequenas
variações da resistência da pele do indiv í-
duo em prova. CONCLUSAO
Na figura 13 mostramos a ligação do apa-
relho numa folha de .planta para detecção o tipo de pesquisa a ser realizada, a in-
de sua possível atividade biológica com va- terpretação dos dados colhidos e também o
riações de resistências (fitobiônica). modo de utilizar o aparelho dependerão
DISCO DE METAL (MOEDA)
muito do preparo do leitor na área visada.
Veja que não será eventualmente na primei-
ra experiência que já poderão ser obtidos
dados concretos. O leitor deverá antes es-
tudar a maneira de usar o aparelho, elimi-
nando as possíveis fontes de informações
interferentes, para depois programar as
experiências e finalmente chegar às suas
conclusões. Nem mesmo com os aparelhos
profissionais a coisa é tão simples"e direta,
quanto mais com um que não pretende
Para usar com sensores como um diodo ser mais do que uma montagem artesanal
BA315 (temperatura) ou um LDR (luz), para iniciação.

LISTA DE MATERIAL

Q1, Q2 - BC548 ou equivalente - transistores R1 - 1M5 - resistor (marrom, verde, verde)


NPN R2 - 10k - resistor (marrom, preto, laranja)
Q3 - BC558 ou equivalente - transistor PNP R3 - 47k - resistor (amarelo, violeta, laranja)
M1 - VU de 200 p.A R4 - 1k2 - resisto r (ma"om, vermelho, verme-
FTE - alto falante de 80hms lho)
P1 - 4M7 ou 10M - potenciômetro R5 - 10k - resistor (ma"om, preto, laranja)
P2 - 47k - potenciômetro B1 - 3 ou 6V - 2 ou 4 pilhas pequenas
C1, C2 - 100 nF - capacitores cerâmicos ou de Diversos: placa de circuito impresso ou ponte
poliéster de terminais, caixa para montagem, botões para
Sl - chave de 1 x 2 os potenciômetros, suporte para as pilhas, bor-
S2 - interruptor simples nes isolados de cores diferentes, fios, solda, etc.

Novembro/Dezembro/83 39
Pequenos
REPAROS EM R~DIOS
TRANSISTORIZADOS In
!~gy~-:
Newton C. Braga

IA 11\0 r To v~
RR
£1

il
'I'
SI.

11::

Um dos problemas que o reparador novato de rádios transistorizados encontra é a identifica-


ção dos componentes. Quais são os componentes reais de um rádio e os representados num dia-
grama? Como saber que tipo de circuito está sendo usado num determinado tipo de rádio e quais
são os defeitos que ele apresenta? Algumas explicações sobre os componentes usados nos rádios e a
fonna como são instalados serão dadas neste artigo.

Muitos leitores pretendem aprender a no dos circuitos típicos são mais numerosas
consertar rádios transistorizados com finali- ainda. Isso obriga o técnico a uma capacida-
. dade de ganhar algum dinheiro extra que de de análise maior do que antigamente, no
possa sustentar o seu hobby, hoje muito sentido de encontrar poss íveis defeitos.
caro, que é a eletrônica. Outros vão além, Mas, o principal problema que os técni-
pois vêem na reparação de rádios uma for- cos novatos encontram é a identificação
ma de ganhar dinheiro para seu próprio sus- dos componentes que são usados nos peque-
tento, pensando até em abrir um negócio nos rádios, e como "tirar" seu esquema
próprio, estabelecendo-se assim como téc- quando ele não é dispon ível num manual,
nico. na própria caixa do rádio ou de outra for-
Entretanto, aprender a consertar não é ma. (figura 1)
fácil e além de tudo exige paciência. Hoje Na verdade, os componentes usados em
em dia, os tipos de rádios que existem no todos os tipos de rádio variam muito pou-
comércio são muitos e as variações em tor- co, o que significa que dificilmente o leitor

Novem bro/ Dezem bro/83 41


encontrará alguma peça diferente das que tes, temos as bobinas de F I, osciladora e
está acostumado a usar em nossas monta- de antena.
FIE
gens. O que varia bastante é a disposição
destas peças, ou seja, as configurações econ-
tradas.

~~"""CD')-. ---
DIODO

TRANSFORMADOR

'~Jjl)_~
ELETROLíTICO

B4 03 C5 B3 02 B2 Bl

nn
Figura 2
Vimos, em números anteriores, que exis-
tem diversas configurações para as etapas
de sa ída de áudio, algumas das quais fazen-
CAPACITORES VARIÁVEL do uso de transformadores.
CERÂMICOS
Se o leitor lembrar que a presença da
ligação do alto-falante e do controle de vo-
lume permite identificar as etapas de áudio
do radinho e que a presença dos transfor-
BOBINA DE ANTENA madores de F I permite identificar as etapas
de frequência intermediária, e que ainda a
presença do variável, da bobina de antena e
osciladora permitem identificar a etapa de
entrada, as coisas ficam bem mais fáceis.
Deste modo, mesmo que o leitor nãci dis-
ponha do esquema do rádio que está sendo
TRANSISTORES
TRANSFORMADOR DE FI
reparado, por estas "dicas" a identificação
ou BOBINA OSCILADORA
das etapas e dos componentes, e se precisar
até o levantamento do circuito, se torna
Figura 1 mais fácil.
Para os casos dos transformadores de F I
deve-se ter sempre em mente a sua ordem
Os componentes de colocação dada pelas cores dos parafu-
sos de ajuste:
Na figura 2 temos um desenho típico de 19 F I - amarela
um radinho transistorizado de uma faixa de 29 F I - branca
onda (ondas médias), que é o nosso Rádio 39 F I - preta
AM publicado na revista 132"e que pode Lembramos que a bobina vermelha é a
servir perfeitamente para o aprendizado do osciladora, e que em alguns casos as bobi-
leitor que deseja se iniciar na reparação. nas branca e amarela são intercambiáveis.
O diagrama deste rádio é mostrado na Tomando o nosso radinho AM da revista
figura 3, por onde faremos uma análise 132, a partir da própria placa do circuito
conjunta. impresso, podemos estabelecer o percurso
Conforme os leitores podem ver, nas eta- do sinal conforme mostra a figura 4 e com
pas de áudio encontramos basicamente tran- isso identificar os componentes.
sistores, capacitores, resistores e diodos. Já Este percurso é muito importante, pois
nas etapas de R F, além destes componen- na procura de um defeito com o injetor de

42 Revista Saber Eletrônica


potenciômetro de volume não está com
defeito. Ligue o multímetro antes e depois
dos contactos do interruptor. Com o inter-
ruptor ligado deve haver a mesma tensão
dos dois lados. (figura 6)

POTENCIÔMETRO -

Figura 7
PLACA
I-I

Vejamos como proceder neste caso de


Figura 5 não havef sinal algum:
Em primeiro lugar injetamos o sinal na
base de 04, ou seja, do primeiro transistor
INDICAÇÃO COM o
que o sinal encontra em seu percurso a par-
INTERRUPTOR FECHADO tir daí. Se houver agora a reprodução, en-
tão o problema terá sido localizado: o capa-
citor C9 deve ser trocado.
INDICAÇÃO COM O
INTERRUPTOR ABERTO Se ainda não houver reprodução, passa-
mos o injetor para o coletor deste transistor
(lembre-se que estamos tomando como
base'o rádio AM da revista 132).
Se o sinal aparecer, então o problema
está neste transistor que deve ser substitu í-
do. Se não aparecer, então devemos verifi-
DCV
car os transistores de saída (05 e 06), o
capacitor de saída C10 e o próprio alto-
-falante. Usamos o multímetrp para medir
as tensões. Nos emissores dos transistores,
se eles estiverem bons, assim como a ligação
Figura 6 dos diodos, deve haver uma tensão em tor-
no de 1,5 V. (figura 8)
b) Constatada a alimentação do rádio,
+3V
mas a falta de sinal, o primeiro ponto em
que aplicaremos o sinal do injetor é no ter-
FTE
minal central do potenciômetro de controle
de volume, conforme a ligação mostrada na Figura 8 R9
figura 7.
Se a reprodução do sinal for normal, ou l,5V 3V
seja, o alto-falante "apitar", então o proble-
C10
ma está nas etapas anteriores, de R F e F I,
que deverão ser analisadas. Mas, se não hou-
06
ver reprodução alguma, podemos então ter
certeza que algo vai mal com as etapas de
áudio.

44 Revista Saber Eletrônica


Do mesmo modo, uma tensão de valor ao diodo detector) em direção às etapas de
diferente a 3 V no alto-falante, indica que entrada de R F.
este se encontra aberto. Se neste ponto o sinal já estiver ausente,
Para o caso do defeito não estar nesta então o problema estará no potenciômetro,
etapa, ou seja, aparecer sinal quando injeta- que deverá ser substitu ído, pois pode se
o mos no potenciômetro, então a anál ise é a encontrar aberto (não dando passagem ao
seguinte: sinal).
Passamos a aplicar o sinal do injetor a Se o sinal estiver presente, então, na fi-
partir do extremo superior do potenciôme- gura 9 damos a sucessão de pontos de apli-
tro de controle de volume (terminal que vai cação.

Figura 9

Se o sinal desaparecer num dos pontos Se o sinal estiver presente até a primeira
de uma das etapas de F I, então teremos lo- etapa de F I, então o problema estará na
calizado a região do problema. Deveremos etapa osciladora/misturadora, que tem por
agora fazer uma análise com o multímetro base o transistor Q1.
no sentido de encontrar o componente ou Aplicando o sinal na base de Q1 e sendo
componentes ruins. ele reproduzido, então teremos de verificar
Medimos então as tensões nos diversos tanto as ligações como o estado da bobina
pontos da etapa. de antena (L 1), da bobina osciladora (ver-
Se a tensão for nula no coletor do tran- melha) e da primeira FI (amarela), fazendo
sistor, deveremos verificar se existe conti- a prova com o multímetro na' escala de
nuidade na bobina de FI. Isso é feito desli- ohms.
gando-se o rádio e com o multímetro na Se não houver reprodução quando apli-
escala mais baixa de ohms. A resistência do carmos o sinal na base de Q1, mas ela ocor-
enrolamento da bobina deve ser muito bai- rer normalmente quando aplicarmos no
xa, da ordem de no máximo alguns ohms. coletor, então deveremos suspeitar do tran-
Se for infinita então a bobina está aberta, sistor.
devendo ser trocada.
Se a bobina estiver boa, mas a tensão for Conclusão
baixa e o transistor aquecer, é sinal que ele
se enéontra em curto, devendo ser trocado. Em princípio parece muito simples o
Se a tensão estiver normal no coletor, procedimento indicado, mas muitas coisas
mas não na base, devemos verificar se a bo- mais podem acontecer, como por exemplo
bina na base do transistor não se encontra o fato do problema não se localizar num
aberta, procedendo do mesmo modo que componente em si, mas numa interrupção
no caso anterior com o multímetro. Con- da placa de circuito impresso, num mal
o

forme a etapa, os capacitores C3 e C4 tam- contacto de. um resistor ou outro compo-


bém devem ser testados, pois podem estar nente que dificilmente apresenta proble-
abertos. mas. Tudo isso deve ser levado em conta na

Novembro/Dezembro/83 45
análise, se nada for encontrado de in ício. mente baixo logo na primeira análise pode
Deve-se também levar em conta que o indicar isso.
rádio as vezes não funciona simplesmente Tudo depende da prática que o leitor,
por estar "mexido" na sua calibração, o sem dúvida, vai adquirir com o tempo, se
que deve ser verificado antes de mais nada, realmente tiver' vontade de se tornar um
com a ajuda do injetor. Um sinal anormal- eficiente técnico reparador.

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nos laboratórios da empresa, em Manaus. Com explicações em português, Os temas dos jogos que
um índice de nacionalização de 90% funciona foram lançados pela Dismac são: Atlântida,
no sistema PAL-M, inserido na própria placa Pantanal, Tênis, Pacri Monster, para Tropa,
lógica, sem necessidade de adaptações. Monkey, Esquiador, T.N.T., Atak, Desafio de
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que vem acompanhado de 4 conjunt?s de con- Viagem Espacial, Guerra na Galáxia e Enigma.

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no preço como na mão-de-obra. Os kits têm
sido alvo de presentes para os homens, cada vez
mais ligados à sofisticação de seus automóveis.

46 Revista Saber Eletrônica


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PEQUENOS MO 'to outros aparelho m diversos taman~ofinidade de aplz-
dO", e "Sendo
'dio'eontrola mw eneontrodo'e
dem ",e u",do' numam
moto,"" é de'" ande
Bein;:::~~:,e~eeo""ntel:~:~;~;, e>te>
m~::;;;::'::'tode"~, ~e;;=;::lado,
pequ~nosd milésimos de cava o princípio de [un os dispositivos radl . u baterias, c~m
l f""'" e Conheeee d ,e ou t, pilhas o ten'
:'6e> inteee""=t:~eojeti""de beinqueo pa ra funciona r c~~ 1,5 a 12 V e co;c~~ na
'mportâncla par nos motores so-es na faixa armai mente .
Como funcion,am o~omo peque d s
os encontr~ooé ten , que n dec?~alo dedeforça,
cias dimonu~ilésimo cavalo,
de corrente contlnuailhas? De que ~i~o de faixa de ':esmo um mlles~:~o, pode per,
em brinquedos d~ ~odificar seu sednorádio' M~, convenientement~ho de brinquedo'
possi~el a~te~~e~tor é um CU~I~:~OUalgum
rotaçao? e simplesmente la brinho para
i~:;m~nte levar um
el uma lanch,nha a
~%'~ velocidade conSl'
nos
'controle o~ seu fi Iho ou sOnsado nestas ou, vel. (figura 1) 'nam estes peque
brinqued~rt:mente deve te~~t~ curioso por de;:;as, como funclo .
repar~, ce ter ficado realm motores?
que510es 51ascertas, engenhos, P?'
ter as respo tes pequenos eficiênCia,
De fat?, e~amanho, e p~r suaainda mais
seu reduzido ção do hoblsta~ de tama- FUNCIONAMENTO ..
hamam a aten enorme faixa
~e considera:';;,o~u: eles existe~~nte conti, rutura simpllflca-
nhos e topos s motores de c'?, projetados Na figu,a 2 ,::o~~t~s: de cor~~~:~,con'
Os pequeno me sugere, sao da de um pequ de ímãs perman
nua, como o no ' e faz uso ,
tlnua qu be EletrÔnica
48 RevistaSa r
mos circular uma corrente em determinado
sentido. Este sentido é tal que o campo
magnético do ímã interage com o campo da
própria bobina, provocando sua movimen-
tação: os pólos da bobina são atraídos pelos
pólos opostos do imã e repelidos pelos pó-
los de mesmo nome. Norte atrai sul, porém
norte repele norte e sul repele sul.
O resultado é uma movimentação da bo- .
lW 300mW
bina no sentido de que os pólos de nomes
diferentes se aproximem.
Mas, a bobina está montada de tal manei-
ra que existem em ação dois comutadores.
(figura 4)
Figura 1

SOOmW

COMUTADORES Figura 4

A função deste comutador é inverter o


sentido de circulação da corrente em cada
meia volta da bobina. Mas, por que isso?
Para facilitar a análise de sua ação, e do
funcionamento completo do motor, vamos
Figura 2
chamar de N e S os pólos do imã permanen-
te, e de A e B os pólos da bobina.
Conforme os leitores que acompanham Partimos então da situação inicial, mos-
esta revista sabem, uma bobina formada trada em (1) na figu ra 5.
por muitas voltas de fio esmaltado, quando Nesta situação, o pólo N atrai o pólo A e
percorrida por uma corrente elétrica cria o S atrai o pólo B, em vista do sentido de
um campo magnétíco, do mesmo modo que circulação da corrente que é forçada a cir-
um imã, cuja polaridade depende do senti- cular pela bobina. O movimento no sentido
do da corrente. Podemos inverter a polari- horário se inicia.
dade do campo magnético, simplesmente Tão logo, os pólos A e B da bobina que
pela inversão do sentido de circulação da se move estejam por se aproximar dos pólos
corrente. (figura 3) do imã que os atraem, ocorre a inversão do
sentido da corrente pela ação do comuta-
dor, mostrado isso em (2). O resultado é
que agora, o pólo N passa a repelir o pólo A
Figura 3 e atrair B, enquanto que o pólo S passa a
atrair A e repelir B. Com o início da movi-
mentação, a inércia adquirida pela bobina
faz com que ela continue seu movimento
Pois bem, na estrutura indicada na figura agora em sentido a adquirir a nova posição
2, partindo da situação inicial em que a bo- determinada pela atração do imã, ou seja,
bina se encontra alinhada com o imã, faze- meia volta além.

Novembro/Dezembro/83 49
(
(+1

(lI 121 131

Figura 5

Mas, tão logo esta meia volta a mais este- A velocidade de rotação destes pequenos
ja por ser completada, como mostra a figu- motores depende de diversos fatores, como,
ra em '(3), o comutador novamente inverte por exemplo, a sua própria constituição
o sentido de circulação da corrente. O re~ mecânica e também a tensão de alimenta-
sultado, pode ser imaginado pelo leitor, é ção, sem se falar na carga, isto é, na força
que a posição de atração para os pólos da que ele deve fazer.
bobina volta a se deslocar para meia volta Uma maneira de se controlar a velocida-
além, obrigando assim o rotor da bobina a de de um motor deste tipo é através da ten-
continuar em movimento. são aplicada, e para isso existem diversas
Por mais que a bobina gire no sentido de possibilidades.
encontrar a sua posição de equil íbrio, isso
nunca será alcançado, pois sempre quando CONTROLE DE VELOCIDADE
está para chegar este instante, a polaridade
é invertida pelo comutador e o movimento O controle mais simples que podemos ter
continua. Enquanto houver corrente circu- para um pequeno motor consiste num po-
lando pela bobina e portanto o fornecimento tenciômetro de fio, ou reostato, que é liga-
de energia elétrica ao motor, ele gira e com do em série, conforme mostra a figura 7.
isso podemos conseguir força mecânica.

-=- 3A12V
MOTOR

Figura 7
Entretanto, este processo apresenta di~
versos inconvenientes, como, por exemplo,
o fato de que o potenciômetro deve dissi-
par uma boa potência, tendendo a se aque-
cer. Não bastasse isso, este controle não
O leitor já deve ter percebido que, se na mantém o torque do motor, ou seja, sua
situação inicial a polaridade for invertida na força, nas baixas rotações.
alimentação, o pólo que atrairá a bobina na Com um controle deste tipo, o motor
sua extremidade A não mais será o N, mas não acelera linearmente, mas dá um "sal-
sim o S e o movimento começará em senti- to" e parte já com certa velocidade quando
do contrário. (figura 6) abrimos um pouco a alimentação.

50
Revista Saber Eletrônica
Os controles eletrônicos, além de mais
eficientes no aproveitamento da energia
fornecida pela fonte, que não dissipam, l-I

como o potenciômetro sozinho, também


permitem manter o torque e a linearidade
na aceleração.
Na figura 8 mostramos um controle sim-
ples do tipo "reostato eletrônico", em que
o potenciômetro é trocado por um transis-
tor, que no entanto age quase que do mes-
mo modo. A vantagem neste caso está ape-
nas na dissipação de potência ou perda em
forma de calor que é muito menor, permi-
tindo o uso de um potenciômetro comum
de baixa dissipação.

MOTOR
Figura 9

Figura 10
Figura 8

O controle mostrado se presta para mo-


tores de 3 a 12 V com correntes de até
500 mA.
A montagem numa pequena ponte de ter-
minais é mostrada na figura 9, observando-
-se que o transistor deve ser dotado de um
radiador de calor, principalmente se o mo-
tor controlado exigir, nas condições máxi-
mas, corrente de mais de 100 mA.
Para correntes maiores, o transistor pode
ser o 2N3055 com um bom radiador de
calor.
Na ligação do potenciômetro é muito im- SCR
MCR106
portante escolher corretamente a ordem
dos terminais para que a aceleração ocorra
quando girarmos seu eixo para a direita e ~
não ao contrário.
Na figura 10 sugerimos a aplicação de
um controle deste tipo num controle "por
fio" de um carrinho.
Se o motor puder ser alimentado pela
rede local, através de um transformador,
como ocorre com um autorama, ou então o

com um trem elétrico, existe a possibilida- Cl MOTOR


lOOnF
de de se fazer o controle pulsante de veloci- A
470nF
dade com SeR, conforme mostra o circuito
da figura 11. Figura 11

Novembro/Dezembro/83 51
Neste circuito o mótor trabalha com cor- tes até de 1A ou mais podem ser controla-
rente contínua pulsante, ou seja, com pul- dos com tensões de alimentação entre 3 e
sos de duração variável, que é determinada 12V.
pela condução do SCR. O ângulo de condu- Deve ser observado que existe uma pe-
ção do SCR determina a parcela de cada quena queda de tensão no SCR, da ordem
pulso que chega ao motor e portanto a sua de 2 V, que deve ser prevista, e também que,
velocidade. para correntes acima de 200 mA, ele deve
Na posição de maior resistência do po- ser montado num bom radiador de calor.
tenciômetro apenas uma parcela muito pe- O transformador deve ter a mesma ten-
quena de cada pulso é conduzida pelo SCR são de alimentação do motor, já que após
e a velocidade do motor é mínima. Na posi- a retificação ocorre uma elevação de valor
ção de menor resistência o pulso-inteiro é de pico, a qual é por sua vez compensada
conduzido e a velocidade do motor é má- na queda no SCR.
xima. A corrente do transformador deve ser a
Com o SCR indicado, motores de corren- corrente máxima exigida pelo motor.

Figura 12

Temos finalmente na figura 12, um con- Na figura 13 damos a nossa sugestão de


trole por pulsos, mas que também pode tra- montagem em ponte.
balhar com corrente contínua pura, ou seja, Os transistores Q 1 e Q2 podem ser de
a partir de pilhas ou baterias. qualquer tipo NPN de uso geral e os resisto-
Neste caso, o que temos é um multivibra- res todos dê 1/8W. Os capacitores são cerâ-
dor astável cuja frequência e simetria dos micos ou de poliéster, com valores entre
pulsos determinam a potência que o motor 100nF e 470nF. O valor melhor depende-
recebe e que pode ser modificada numa boa rá do tipo de motor que o leitor pretende
faixa através de um potenciômetro. controlar.
São os capacitores C1 e C2 que determi- Do mesmo modo, pequenas alterações
nam a faixa de controle do circuito e tam- nos valores do resisto r R2 e do potenciô-
bém o comportamento quanto à frequência. metro podem ser necessárias no sentido de
Conforme o tipo de motor, estes capaci- se cobrir toda a faixa de rotações do motor
tores devem ser modificados no sentido de e se obter maior potência.
se obter maior torque. Para os valores do
diagrama, consegue-se um bom controle
com motores de 6 V e corrente máxima de PROBLEMAS
500 mA.
O transistor de saída (Q3) deve ser capaz Diversos são os tipos de problemas que
de conduzir a corrente exigida pelo motor, podem apresentar os pequenos motores de
e se esta for superior a 100 mA, deve ser corrente contínua.
montado num bom radiador de calor. O principal é a formação de uma camada
A montagem poderá ser feita tanto em de óxido nas lâminas de cobre que, na maio-
placa de circuito impresso como em ponte ria dos tipos, serve de contacto para os co-
de terminais. mutadores. Nestas condições o motor pode

Revista Saber Eletrônica


52
negar-se a dar a partida ou mesmo falhar. de modo a refazer o contacto, e se houver
A solução, no caso, consiste numa limpeza possibilidade, até proceder a sua troca ..
com lixa para remover a camada de óxido. Em certos tipos de motores pode ser en-
Outro problema consiste no desgaste, contrado no comutador um par de "car-
que acaba por prejudicar o contacto das lâ- vões" que, com o tempo, acabam por se
minas. Neste caso, a solução consiste em se desgastar. A solução neste caso consiste na
forçar a aproximação das lâminas do roto r sua troca.

ALIMENTAÇÃO

+ +

MOTOR

Figura 13

A lubrificação do motor nos pontos prin- sempenho e deve ser feita de tempos em
cipais também serve para melhorar seu de- tempos.

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Novembro/Dezembro/83 53
TELECOMANDO
MULTICANAIS
VIA REDE

Aquilino R. Leal
Se você pretende controlar à distância alguns eletrodomésticos de sua casa, e não sabe como
fazê-lo sem utilizar fios, aqui se encontra a solução para o problema! Leia o artigo e veja como isso
é possível.

INTRODUÇÃO E a bomba elétrica do poço não tem trazido in-


conveniente ao ter que ligá-Ia (e desligá-Ia) "fora"
Os telecomandos, sejam eles via "rádio" ou por. de casa? Se para você isso não é inconveniente
"linha f(sica" (como é o caso) são bem vistos e lembra-te dos dias de chuva!
muito apreciados pelos leitores. Também não é pa- Quantas vezes você não tomou café, ou chegou
ra menos! Eles proporcionam mais uma comodi- atrasado no emprego, porque não houve tempo de
dade entre as muitas já reinantes neste século XX. prepará-lo? Não seria melhor que, ao acordar, você
De fato, quantas vezes você já teve de levantar- mesmo, do teu quarto, pudesse por em funciona-
-se da cama para desligar o televisor, a luz do quar- mento a cafeteira elétrica que se encontra na cozi-
to dos "meninos" ou mesmo o ventilador ou o ar nha, ganhando com isso preciosos minutos?
condicionado? Certamente inúmeras vezes! Se vo- Se você é do tipo de pessoa que, para dormir,
cê nunca passou por isso; ou não gosta de ver T.V. gosta de "curtir" uma música de BOA qualidade
antes de dormir ou não é casado ou, ainda, não "inundando" toda a casa, ou você instala um outro
tem nenhum desses eletrodomésticos em casa! "som" no quarto ou utiliza o que se encontra na

Novembro/Dezembro/83 55
sala. A primeira opção requer uma "grana de res- muito mais cômodo que o outro, mas não tanto as-
peito" e a segunda exige que você se levante para sim ... Senão veja: se você estiver em casa lendo
desligar o "dito cujo" e o sono ... já era! ~ claro estas linhas e olhar a seu redor. repare quantas to-
que um par de fios ou uma "extensão" também re- madas de energia elétrica existem nesse cômodo!
solvem mas ... por onde passar esses fios? E ... No m(nimo duas de fãcil acesso! O mesmo se veri-
cadê "saco" para toda noite instalar a "extensão" fica em qualquer outro compartimento. isto sem
e toda manhã retirá-Ia? falar na cozinha onde elas abundam I
Um temporizador resolve! Agora é a vez do leitor indagar do porquê de
Concordo! Mas você se torna dependente dele, "QUALQUER TOMADA".
pode ocorrer que em certas noites o sono venha A resposta é simples! A idéia é "mandar" um
mais rápido e o som continuará! O inverso também sinal de controle através da rede elétrica, ou seja,
pode ocorrer: no meio da música que você mais utilizando os fios que transportam energia elétrica,
gosta ... "zás"! O temporizador desativou o equi- os quais são acess(veis em qualquer tomada da cas-
pamento I E agora José? sa! Razão pela qual o sistema proposto não opera
O ideal nessas circunstâncias. e outras tantas por rádio, utiliza, isso sim, um meio f(sico (fios)
que omitimos por razões óbvias, é dispor de um para propagar esse sinal em direção à unidade de
"aparelhinho" de forma a possibilitar o aciona- recepção que, obviamente, também está "pendu-
mento de alguns eletrodomésticos, previamente se- rada" em uma qualquer tomada da casa juntamen-
lecionados.deacordo com os interesses de cada um. te com o eletrodoméstico que se deseja teleco-
tal que, de QUALQUE R PONTO DA CASA. você mandar.
pudesse comandá-los de forma rápida e precisa! O sistema proposto, por ser de baixo custo e,
Evitando assim longas caminhadas. portanto. de fácil montagem. também pode ser uti-
Um "aparelhinho" desses custa uma boa "nota". lizado como diletantismo. Já imaginou qual serã a
isto se ele for econtrado no mercado nacional! surpresa do melhor amigo ao ver acender uma lâm-
Mas ... se em vez de "QUALQUER PONTO pada através de ... "magia"? Se uma for insuficien-
DA CASA ...••• como disse acima, fosse " ... de te para impressioná-lo que tal ... duas? Três ...
QUALQUER TOMADA DA CASA .. \.", obterla- quatro ... dez ... ?
mos resultados similares a custo reduzido. ~ natu- Saiba a resposta montando este pequeno e inte-
ral que o sistema de "QUALQUER PONTO" é ressante aparelho!

ASTAV~ DE ESTAGIO ESTAGIO


FREQUENCIA DE DE REDE
V4RIAVEL ACOPLAMENTO
POTÊNCIA
,FI F2 .... Fn

CHn
IAI TRANSMISSOR

Figura 1

I B I RECEPTOR

n
REDE PRE-AMPLiFICADOR
••

REDE

COMO FUNCIONA xi mo estágio amplificar convenientemente esse si-


nal cujos sinais são acoplados à linha de energia elé-
Pelo diagrama de blocos da figura 1 você perce- trica por dois capacitores.
be o quão simples é o sistema em pauta. A fonte de alimentação fornece energia cc para
O astável gera uma onda retangular de frequên- os estágios da unidade transmissora e porque ela é
cia de acordo com o interruptor pressionado entre do tipo estabilizada tem-se, praticamente, um valor
os n existentes (um para cada canal): cabe ao pró- de tensão cc fixo em sua sarda com o que se espera

56 Revista Saber Eletrônica


maior estabilidade de frequência para os sinais ge- ficadores de frequência para valores de frequência
rados pelo astável, o qual não "astaveia" se ne- respectivamente iguais a, digamos, f1 e f2 em con-
nhum interruptor for pressionado (com tal medida sonância com os interruptores CH1 e CH2 do astá-
o consumo da unidade é drasticamente reduzido). 'vel do transmissor (figura 1-A), poderá comandar
O trem de pulsos, de uma dada frequência, emi- até dois aparelhos relativamente próximos entre si,
tido pelo transmissor se faz presente em toda a re- um independentemente do outro. Se não veja: ao
de elétrica domiciliar e em especial na (s) unidade (s) premer CH 1 você ativará a "carga 1"; ao premer
receptora (s) que, após passar pelo filtro passa- CH2 será vez da segunda carga ("carga 2") ativar-
-altas,excita um pré-amplificador de elevado ganho -se.
a cuja sarda está "pendurado" o (s) decodifica- É claro que, a princ(pio, não há limitação do
dor (es) de frequência. Se o sinal amplificado tiver número de cargas que podem ser comandadas por
frequência de mesmo valor que o estabelecido por uma única unidade receptora, bastando para tal
esse particular detetor de tom (e se não for ele será mister ampliar em quantidade suficiente as partes
outro quem deterá esse tom), sua sarda assume um assinaladas na figura 1-8 com um asterisco.
potencial próximo a zero volts que é aplicado ao es- Entretanto pode ser que os aparelhos elétricos
tágio de acoplamento - na verdade uma rede de que você pretende telecomandar se encontrem dis-
atraso associada a um disparador de Schmitt em persos, ou seja, o suficientemente afastados entre
versão integrada. Momentos depois o circuito de si para não recomendar-se a utilização de uma ex-
memória recebe tal informação (e a retêm) ativan- tensão (a( o circuito proposto perderia a sua origi-
do de modo permanente o circuito de comutação nai finalidade!). Para estes casos basta prover aos
(a relé) fechando os contatos e, em consequência, mesmos uma unidade de recepção completa, isto é,
energizando o aparelho elétrico sob seu comando. com todos os blocos apresentados na figura 1-8
Caso esse espeC(fico tom cesse pela liberação do (esta medida, infelizmente, encarece um pouco
respectivo interruptor CHi do transmissor, a carga mais os sistema mas ... resolve!l.
continuará ativada graças ao circuito de memória. Estes últimos dois parágrafos justificam o por-
Contudo, ao premer, pela segunda vez consecu- quê da designação dada ao sistema de telecontrole
tiva o mesmo interruptor CH1, o deteto r de tom, em questão: TELECOMANDO MUL TICANAIS
figura 1-8, acusará essa manobra instantaneamente VI A REDE. Você tanto poderá expandi-lo au-
mas o estágio de acoplamento reterá, por instantes, mentando a quantidade de canais por unidade de
tais informações ao fim das quais "atacará" o cir- recepção e/ou aumentando o número de unidades
cuito de memória que se verá obrigado a "esque- receptoras e utilizando um único transmissor!
cer" a informação de ativação da carga a qual, é E mais, a qualquer momento você poderá reali-
óbvio, será desenergizada logo a seguir, assim per- zar o remanejamento de frequências de comando,
manecendo até que esse mesmo interruptor do atuando para tal, apenas no detetor de tom de ca-
transmissor seja novamente pressionado - o fato da canal! Dessa forma, certo aparelho elétrico tele-
de calcar um outro interruptor não ativará, como comandado através de certa frequência f (associada a
se verá adiante, essa espeC(fica carga e sim uma ou- um dos interruptores CH 1 - figura 1-A) poderá ser
tra. controlado à distância não mais por essa frequên-
O retardo introduzido pelo estágio de acopla- cia e sim, digamos, pela frequência F (associada ou
mento, figura 1-8, evita que as harmônicas de pos- outro interruptor).
s(veis ru (dos espúrios inadequadamente ativem a
carga sob controle - sem tal bloco o circuito seria O CIRCUITO - CONSIDERAÇÕES
disparado pelo simples comutar de qualquer apare- DE PROJETO
lho "pendurado" na rede elétrica, em especial os
providos de motor como, por exemplo, ventilado- Não vamos tentar descrever toda a teoria do cir-
res, enceradeiras, máquinas de lavar, geladeiras, etc. cuito, isso seria enfadonho, principalmente para
A fonte de alimentação garante a polarização cc você que é um "cobra da eletrônica"! Uma "pince-
para os diversos estágios que constituem a unidade lada" é mais do que suficiente ...
remota ou receptora, sendo ela estabilizada para Iniciaremos pelo transmissor.
evitar-se flutuações na frequência de referência do A figura 2 mostra o diagrama básico dessa uni-
deteto r de tom ou de frequência. dade. Apenas dois circuitos integrados, um dos
Você já deve ter percebido que os blocos marca- quais, C.1.2, é o "velho amigo" 555!
dos com um asterisco para figura 1-8 podem ser A tensão alternada da rede é reduzida a uns 15
duplicados, triplicados, etc., "dentro" de uma mes- volts cada através do transformador T1 que após a
ma unidade receptora (cada um desses conjuntos retificação (em ponte) e filtragem é aplicada à en-
comandará uma espeC(fica carga). trada e do regulador de tensão C.1.1 o qual fornece
De fato, se numa unidade receptora você por na sarda s um valor de tensão cc de 12 volts, sendo
exemplo, duplicar os blocos assinalados com um ela novamente filtrada pelo capacitor eletrolrtico
"*,, e, é claro, sintonizar cada um dos dois decodi- C3 - C2 e C4 podem ser dispensados se o regulador

Novembro/Dezembro/83 57
de tensão não se encontrar muito afastado da fon. da, pino 3, assume um potencial praticamente igual
te de alimentação propriamente dita. ao da alimentação (no caso 12 volts cc) levando
Essa tensão de 12 volts cc alimenta o integrado 01 ao corte (não condução), ainda mais pelo "re.
555, C.1.2, o qual se vê impossibilitado de oscilar forço" de tensão proporcionado por R 1; desta
desde que nenhum dos interruptores CH2, CH3, forma não existem oscilações sobre a rede de ener-
... , CHn se encontre operado; com isso a sua sa(- gia elétrica.
Dl

~ CHl

REDE

C.I.2

Figura 2

Contudo, ao premer qualquer um dos interrup- f- 1,44 H


tores CH2 a CHn, o integrado 555 dará infcio às - (R4 + Ri + 2. R2) • C8 z com
oscilações e na sarda teremos ora um potencial nu- R2, R4 e Ri em megohms (Ri corresponde ao valor
lo, ora um potencial igual a 12 volts. É justamente resistivo introduzido ao premer-se um dos inter-
nos ciclos de potencial nulo que o transistor 01 ruptores: para CH2 será nulo, para CH3 será R5, e
conduz, aliás, satura, desenvolvendo sobre R4 um assim por diante) e C8 em microfarads.
potencial praticamente igual a Vcc (aproximada. Supondo que apenas CH2 seja pressionado
mente 18 volts) e nulo quando a sarda de C.1.2 se e levando em consideração a lista de material
encontra em n(vel lógico alto. Essas variações de (R2 = R4 = 10 kn e C8 = 0,001 IlF) teremos:
tensão desenvolvidas sobre R4 são transmitidas à f 1,44 Hz =
rede elétrica através dos capacitores de acopla- (0,01 + O + 2 X 0,01) x 0,001
mento C5 e C6 - este último proporciona o terra 1440
de referência para os sinais amplificados os quais = 0,03 Hz = 48000Hz ou f = 48kHz,
são "montados" no sinal senoidal (de menor fre. maior valor de frequência obtfvel (mais que sufi-
quêncial da tensão da rede elétrica. ciente para os propósitos!).
Claramente percebe-se que, dependendo do in- Para efeito de projeto os valores resistivos de
terruptor CH2 a CHn pressionado, o astável C.1.2 e R5 a Rn devem apresentar uma diferença da
componentes associados irá oscilar em frequências ordem de 10 K para separar bem as frequências.
de valores diferentes se diferentes forem (e é o ca- Desta forma, já considerando R4 = 10 K n, pode-
so!) os valores resistivos (R4! R5, ... , Rn) associa- mos ter R5 = 8,2K; R6 = 18K; R7 = 27K;
dos a cada um dos interruptores, fazendo excessão R8 = 33 K, etc. até o máximo valor de 100 K quan-
CH2 que interligará diretamente R4 ao pino 7 do do, então, a frequência f das oscilações terá o valor
integrado, figura 2. Convém observar que R4, em de:
série com as resistências R5 a Rn, tem também a
finalidade de limitar a corrente para a entrada "des- f= 1,44 Hz=
carga", pino 7, do integrado protegendo-o no caso (0,01 + 0,1 + 2 x 0,01) x 0,001
onde, por acidente, ou curiosidade (? I), forem ati. 1440
= 0,03 Hz ou f == 11 KHz
vados todos esses interruptores; POR ESSE MO.
TIVO O VALOR RESISTIVO DE R4 NÃO PO. valor limite inferior com o qual também fizemos
DERÁ SER INFERIOR A 1 K. experiências no protótipo.
O valor da frequência f das oscilações desse as- Caso obedecendo a regra acima você não consi-
tável é, neste caso, matematicamente avaliado atra. ga atingir a quantidade de canais que pretende ins-
vés da equação. tituir ao sistema de telecomando, poderá reduzir

58 Revista Saber Eletrônica


ainda mais o "espaçamento", entre frequências le- de pulsos é amplificado por esse transistor indo
vando em consideração que qualquer frequência ter, via C7, à entrada (pino '3) do deteto r de tom.
deve estar afastada das vizinhas em :t 8% do seu Caso a frequência (fase) desses sinais esteja de
valor nominal. acordo com a frequência (fase) estabelecida pela
Se mesmo assim não conseguir, reduza para rede P1 - R6 - C13 associada a C.I.2, um 567, sua
3,3 K o valor de R2 e de R4 e a partir daí (maior saída (tipo coletor aberto) apresenta o potencial
frequência - aproximadamente 160 KHz) vá dis- terra e isso faz descarregar lentamente C14 que se
pondo as resistências, obedecendo a regra do pará- encontrava carregado graças a R3; chegará o mo-
grafo anterior, até atingir a marca dos 8KHz. Tal mento que a ddp (diferença de potencial) entre as
procedimento te fornecerá uns 37 canais de tele- armaduras do capacitor eletrol ítico C14 atinje o
controle como um.mínimo!! nível de tensão de disparo inferior, ou negativo,
Ouanto ao circuito da unidade receptora o lei- (VT-) do "Schimitt Trigger" e aí a sua saída repenti-
tor poderá apreciá-lo na figura 3. Não se deixe as- namente comuta de O para 6 volts. Essa transição as-
sustar pela quantidade de componentes! cendente faz com que o flip-flop tipo D (1/2 de
A fonte de alimentação é basicamente a mesma C./.4) transfira para Q o complemento do estado
que a da unidade transmissora com ex cessão de lógico a que estava submetida a entrada D durante
C./.1 que é um regulador de tensão capaz de pro- a transição ascendente do sinal de comando; como
porcionar 6 volts cc sob, até, 1,5 amperes; desta neste caso tal estado lógico era alto, teremos o es-
forma ... tado complementar, ou baixo (praticamente l-lm
Pois bem, o trem de pulsos presente na linha da "terra"). Com tal potencial 02 conduz, ou melhor,
rede são acoplados por C5 e C6, na figura 3, ao fil- satura e alimenta o solenóide do relé R L1 que atra-
tro passa-altas do qual vão ter à base do transistor vés de seu contato fecha o caminho de corrente pa-
01 que, sem sinal, se encontra saturado. Esse trem ra a carga sob controle.

o
B
4 ã
8

1/2CI.4

o
7 5 R

C14

03 RLl

Figura 3

Se a partir deste momento for retirado o sinal Se porventura "pintar" um sinal, vindo ou não
de telecomando em nada o circuito será afetado. da unidade transmissora, de frequência (fase) afas-
De fato, C./.2 retirará o aterramento interno da tada de no mínimo uns :t 6% da frequência (fase)
sua saída (pino 8 - figura 3) e C14 dará início ao estabelecida pela rede P1 - R6 - C13 associada
processo de carga através de R3, chegando o mo- ao PLL ("Phase Locked Loop" ou "elo fechado
mento em que o potencial da entrada da porta ló- por fase"), ele não poderá "capturá-Ia" e, assim,
gica "NAND" atinge o nível de disparo positivo o pino 8 não proporcionará o aterramento necessá-
(VT+) quando, então, a sua saída passará de H (ní- rio para descarregar C14 e, portanto, para desativar
vel alto) para L (nível baixo) sem maiores conse- a carga.
quências haja visto que a entrada cadenciadora E se "vier" de forma relativamente rápida a fre-
(CK) de C./.4 é apenas sensibilizada através de flan- quência de telecomando para essa unidade?
cos ascendentes, de forma que as "coisas" ficarão As coisas também não mudarão de figura! Pois,
como estão, ou sdja: carga energizada. certamente, o tempo durante o qual o pino 8 de

Novembro/Dezembro/83 59
C.1.2 (figura 3) mantém o aterramento é insuficien- dos os terminais de alimentação para esses integra-
te para descarregar C.1.4 através de R4 não sendo, dos. Você não deve, pelo menos agora, preocupar-
portanto, atingido o n(vel de disparo (VT-) da por- -se com isso pois você tem a opção, no caso de'
ta lógica (1/4 de C.1.3), na verdade um disparador C.1.3, escolher uma das quatro portas lógicas desse
de Schimitt. integrado; enquanto para C.1.4 temos um par de
Contudo se esse sinal perdurar por aproxima- biestáveis dos quais um deve ser selecionado pelo
damente 1 segundo, C14 terá tempo suficiente pa- leitor para seu caso particularl
ra descarregar-se o suficiente para atingir o n(vel de
disparo do "NAND" (ou NÃO E) que, assim, co- ATENÇÃO: AS ENTRADAS NÃO UTILIZA-
mutará bruscamente de L para H, indo "ferir" a DAS DOS CIRCUITOS INTEGRA.
entrada "c1ock" do flip-flop que, nesta aplicação, DOS "3" e "4" (figura 3) DEVEM
está funcionando como um divisor por 2. Tal tran- SER ATERRADAS, OU LEVA-
sição ascendente, mais uma vez, obriga a sarda n: a DAS AO +Vcc, SENÃO TAIS IN-
expor o complemento do estado lógico existente TEGRADOS PODEM "QUEIMAR-
na entrada D quando da borda anterior do sinal de -SE"!
comando recebido em CK; como esse n(vel era Bem ... ar tivemos a descrição suscinta do fun-
baixo a sarda Q assumirá o n(vel alto (complemen- cionamento da unidade receptora que, neste caso
to) levando assim ao corte o transistor Q1 que, por especial, é constitu rda por um único canal de co-
sua vez, retira a alimentação da bobina do relé e, mando. Se você pretende incorporar mais canais a
consequentemente, este a da carga - D3 evita que essa unidade, basta reproduzir, tantas vezes quan-
o campo eletromagnético desenvolvido sob a for- tas quiser (até certos limites, é claro, para cada uni-
ma de uma sobretensão inversa pelo solenóide do dade), apenas o circuito que se encontra à direita
relé venha a danificar tanto o transistor como o dos pontos A, B, e C assinalados na figura 3, não se
próprio flip-flop ou biestável. esquecendo do seguinte:
Os capacitores C11 e C12 estabelecem, a priori, 1?) Esses três pontos de conexão devem ser res-
a faixa de captura por parte de PLL (C.1.2) enquan- pectivamente interligados aos respectivos
to C10, figura 3, se constitui em um filtro para fre- pontos associados aos canais de uma mesma
quências espúrias de alto valor ao mesmo tempo unidade remota - vide o croqui da figura 5.
que "aplaina". a forma de onda (retangular) que se 2?) Para até 2 canais você não precisará de adqui-
faria presente no coletor de Q 1, transformando-a rir outros integrados C.1.3 e C.1.4 (ainda so-
em uma forma de onda exponencial muito mais fá. brarão duas portas lógicas do primeirol) Lem-
cil de ser "sentida" pelo detetor de tom. bre-se que o primeiro dispõe de nada menos
Entre os pontos X e Y assinalados na figura 3 o que 4 (quatro) portas e C.1.4 de 2 (dois)
leitor pode (e deve!) instalar um resistor e um LED flip-flops iguais.
(vide figura 4) que em muito facilitará a tarefa de 3?) Para quantidades de canais superiores a 2 por
calibração da frequência de sintonia por parte de unidade remota, você terá de calcular o nú-
C.1.2: quando o LED emitir luz indicará que a fre- mero de integrados "3" e "4" necessários, le-
quência (fase) do sinal recebido se encontra dentro vando em consideração o estabelecido no se-
da faixa de captura e, portanto, tal tom foi deteta. gundo rtem. As entradas não utilizadas (lem-
do. Adiante teceremos mais detalhes a esse respei- bre-se!) devem ser aterradas (ou diretamente
to. levadas ao "+" da fonte de alimentação -
x ponto A do diagrama esquemático).
4?) Ainda que o consumo dos integrados de cada
canal seja reduzido, não se pode desprezar o
consumo do relé utilizado o qual irá "pesar"
(e comol) no consumo total da unidade, po-
Figura 4 dendo, em alguns casos, exceder a potência
máxima capaz de ser entregue pelo transfor-
mador ou, em casos extremos, pelo regula-
LED dor de tensão em versão integrada (C.1.1 -
figura 3). Assim sendo, opte por relés cuja
bobina apresente elevada resistência õhmica
a fim de poupar alguns watts da fonte ainda
y
que o transistor comutador do relé (Q2) pos-
R- DE8200 A 1.2KO
LED- FOTEMISSOR DE COR VERMELHA
sa manipular resistências de até 30 ohms as
quais "puxam" nada menos que ... 200mAI
Ainda em relação ao diagrama esquemático da Se for impossrvel adquirir relés de "elevada"
figura 3, você deve ter notado que não está indica- resistência õhmica você será obrigado a res-
da a pinagem de C.1.3 e C.1.4, apenas foram indica- peitar o limite do transformador ou, o que é

Revista Saber Eletrônica


60
outra solução substitu(-Io por um de maior o que, sem sombra de dúvidas não ocorrerá
potência; o recomendado é para 350mA sen- e, em hipótese. alguma não tente "puxar"
do que apenas uns 70% dessa corrente (apro- mais de 1A do regulador de tensão (C.1.1)
ximadamente 250mA) pode ser destinada senão ele irá esquentar em demasia, cortando
para a alimentação dos relés, desta forma, automaticamente a. tensão de sarda sem no
ao optar pelo relé tipo RU 110006, da entanto danificar-se mas comprometendo o
"schrack", que exige 135mA (resistência de funcionamento da unidade.
bobina 44,5,Q :t 10%), você só poderá utili- Uma outra solução é utilizar relés "reed"
zar até um par - esse tipo de relé possui um como, por exemplo, o tipo RU 610106, tam-
único contato revers(vel que pode manipular bém da "Schrack", cuja resistência de bobi-
até 5 amperes sob 250Vc.a. no máximo. Con- na é da ordem de 300,Q (consumo de uns
tudo o tipo ZA 020006, desse mesmo fabri- 20mA) e apresenta um único contato nor-
cante, exige aproximadamente 50mA para a malmente aberto que se utilizado para co-
sua alimentação (resistência de bobina: mandar um outro relé de maior potência ali-
135,Q :t 10%) e apresenta dois contatos re- mentado por uma outra fonte c.c. ou através
vers(veis cada um podendo comutar até 1 am- da própria rede elétrica desde que a sua bo-
pere sob 120 VC.a. os quais podem ser inter- ina não exija mais de 200mA em ambos ca-
ligados em paralelo para obter-se mais capa- sos.
cidade de corrente de comutação, para este 5C?) Lembre-se que ao utilizar inúmeros canais,
caso poderemos utilizar até cinco relés desse isto é, um número suficientemente elevado
tipo com o transformador recomendado na de frequências de telecomando pode ocorrer
lista de material. que os limites de excursão estabelecidos pelo
Em caso de dúvida troque o "trafo" por um potenciômetro de ajuste P1 (figura 3), de
outro de mesma tensão porém capaz de for- 50 K, não atinjam a todas elas, a( você terá
necer até 1 ampere no secundário quando, de substituir o capacito r C13 por um outro
então, você disporá de aproximadamente de menor capacitância (2,2nF por exemplo)
800mA somente para os relés! Neste caso a e substituir P1 por um outro potenciômetro
capacitância de C1 e C3 (figura 3) terá de ser, de 100 ou mais K. À guisa de informação, fi-
no m(nimo, triplicada! que sabendo que com o material solicitado
Duas importantes ressalvas: as considerações ficou estabelecido os seguintes valores lim(-
acima fundamentaram-se no fato de todos os trofes: fmin R:: 4 KHz e fmáx R:: 83 KHz, ga-
relés da unidade receptora estivessem ativos ma relativamente extensa.
A
A

REDE
B CANAL
B I

FILTRO E C
A
PRÉ-AMPLIFICADOR

CANAL
B
2

Figura 5

:I:
CANAL
n

A MONTAGEM x(vel, permitindo uma boa quantidade de combi-


nações de utilização e, inclusive de projeto, não
perderemos tempo com a descrição da montagem
A concepção do circuito é, como vimos, é das o que seria, senão praticamente impossrvel em vir-
mais simples, não trazendo, portanto, qualquer tude das inúmeras facetas que ela pode assumir,
complexidade de montagem. altamente cansativa e destiturda de qualquer inte-
Em se tratando de um circuito amplamente fie- resse.

Novembro/Dezembro/83 61
Devido a isso você deve decidir, em primeiro lu- metro P1 (figura 3) e de forma lenta, repito:
gar, a estrutura do sistema de telecomando que L-E-N-T-A-M-E-N-T-E!
pretende possuir e, a partir dar, elaborar a lista de Ligue ambas unidades preferencialmente em to-
material pertinente a essa situação. madas o mais próximas poss(vel e intercale entre
O próximo passo consiste em "bolar" o tipo de os pontos X li Y, figura 3, a jiga de teste cujo cir-
montagem, a distribuição dos componentes nas cuito (?) se encontra na figura 4 - cuidado para
plaquetas de circuito impresso, se for o caso, e não invertê-Ia! O fotemissor não poderá emitir luz
adquirir as caixas que alojarão o circuito das unida- se não corretamente polarizado.
des - lembre-se que apenas se faz necessária uma Curto circuitando os contatos do primeiro in-
unidade transmissora. terruptor (CH2 - figura 2) comece a agir, lenta e
Para ajudar-te nessa tarefa vem em teu socorro a progressivamente, no cursor de P1 (figura 3) do
figura 6 onde estão identificados os terminais dos canal, sempre partindo da maior resistência .para a
semicondutores utilizados no projeto. menor.
Tenha bastante calma e logo perceberás que o
LED da jiga emite luz, informando que o PLL (C.1.
BD140
567) já se encontra ... sintonizado. Talvez se fa-
çam necessários pequenos ajustes para, efetivamen-
TIP42
te, "cravar" a frequência.
7806C
Momentos depois você ouvirá o "click" caracte-
E r(stico da comutação do relé, conforme deve ser.
7812C
Libere o interruptor e o relé se manterá atraca-
do. Agora aperte esse mesmo interruptor e aguarde
S
um pouco ... O relé se desativará.
C E
C E c B Repita a operação umas duas ou três vezes e, se
B
necessário, faça os devidos retoques atenuando,

i
BC107
BC 108
"de leve", no cursor do potenciômetro P1.
DIODO Realize o procedimento acima para todos os
canais tomando o cuidado de ir calcando, de um
A C
W "O~ em um, cada interruptor acionado - é bom que
~I você vá logo anotando que interruptor atua sobre
que canal também previamente identificado,
EC B senão ...
Se você for um feliz proprietário de um frequên-
cimetro basta "pendurá-lo" na sarda do 555 (pino
3 de C.1.2 - figura 2) e anotar o valor; à seguir
"corra" para o pino 5 de C.1.2 (figura 3) do canal
CI-4013 e, através do cursor de P1, faça com que esta leitu-
VISTO POR
CIMA ra coincida com a primeira e ... acabou! Proceda
de forma análoga para os demais canais sempre
tendo o cuidado de selecionar um interruptor de
cada vez do transmissor.
O osciloscópio também ajuda: ele estabelecerá a
ordem de grandeza das frequências em jogo para
cada situação, facilitando o ajuste fino final.
NOTE BEM: O alcance do circuito está confinado
CI-4093
VISTO POR ao "alcance" dos fios da rede elétrica domici-
CIMA liar. Contudo, você pode ser um feliz proprietá-
rio-residente de uma mansão e ar, pode ocorrer,
7 que a distância relativa entre o transmissor e o
receptor seja tão grande que este último não
Figura 6 identifique corretamente os sinais de telecoman-
do do transmissor; para esta situação o melhor é
AJUSTES substituir a resistência R7 da unidade de trans-
missão por uma outra de menor valor de, diga-
Supondo que a montagem esteja "100% jóia" mos 470n, 1/2 watt podendo chegar até o va-
há necessidade de ajustar, individualmente, cada lor de 220n, 1W - no meu "barraco", utilizan-
canal da unidade (ou unidades) remota para que o do extensões e mais extensões, o circuito che-
sistema venha a funcionar a contento. gou a superar a marca dos 50 metros com R7
O ajuste consiste em atuar sobre o potenciô- original (1 Kn, 1/4W)!

62 Revista Saber Eletrônica


LISTA DE MATERIAL

FIGURA 2 CL2 - integrado LM 567


Semicondutores CL3 - integrado 4093
CL 1 - integrado J1IÍ 7812 CL4 - integrado 4013
CL2 - integrado J,LA555 Dl, D2 - diodo1N4002
Dl a D4 - diodo retificador1N4002 D3 - diodo1N4007
Q1 - transistor BD 140 ou TIP 42 Q1 - transistor BC 109 BC 108 ou BC107
Resistores Q2 -:-transistor BD 140 ou TIP 42
RI -100 Kohms, 1/8W Resistores
R2 - 10 Kohms, 1/8 W (vide texto) RI, RIO -10Mohms, 1/8W
R3 - 820ohms, 1/8 W R2 - 33 Kohms, 1/8 W
R4 - 10 Kohms, 1/8W (vide texto) R3, R5 - 100 Kohms, 1/8W
R5 a Rn - vide texto R4 - 8,2 Kohms, 1/8W
R 7 - 1 Kohm, 1/4 W (vide o final do texto) R6 - 2,7 Kohms, 1/8W
Capacitores R7 -1,2 Kohms, 1/8W
C1 - 680 p.F, 25 V - eletro/{tico R8-de47ohmsa220ohms,1/4W
C2 - 0,33 f.l.F, poliéster (vide texto) R9 - 120 Kohms
C3 - 220 f.l.F, 16 V - eletrolítico Capacitores
C4 - 0,01 f.l.F, poliéster (vide texto) C1'-1000 f.l.F, 15 V - eletrolítico (vide texto)
C5, C6 - 0,22 f.l.F, poliéster C2 - 0,33 p.F, poliéster (vide texto)
C7 - 0,01 p.F, poliéster C3 - 680 f.l.F, 10 V - eletrolítico (vide texto)
C8 - 0,0047 p.F, poliéster C4 - 0,01 p.F, poliéster (vide texto)
Diversos: Ti - transformador: rede para 15 C5, C6, C11 - 0,1 p.F, poliéster
volts, 250mA; CH1 - interruptor simples; CH2 C7 - 0,22 f.l.F, poliéster
a CHn - interruptor de contato momentâneo C8, C9, C13 - 0,0047 pF, poliéster
(vide texto); soquete para o integrado 555, CIO - 0.001 f.l.F, poliéster
C12, C14 - 10 p.F, 10 V - eletrolítico
Diversos:T1- transformador:rede para 7,5 + 7,5,
FIGURA 3 350mA (vide texto); RL1- relé para 6 Vcc (vi-
Sem icondu tores de texto); soquetes para os integrados 567.
CL 1 - integrado J,LA7806 C 4013 e 4093.

VOCÊ SABIA QUE ...

CABOD IF USÃO é um sistema que permite VIDEOFONIA é a comunicação telefônica


a difusão de programas de sons e imagens em que os aparelhos são dotados de v(deo
por meio de uma linha física de condu- mostrando a imagem do interlocutor?
tores? VIDEOCONFERÊNCIA se utiliza de tele-
FAC-S(M I LE é o processo de telecomuni- visão para comunicação bidirecional entre
cação que possibilita a transmissão de ima- grupos de pessoas?
gens paradas (fixas), com ou sem meio-
VIDEOTEXTO é um sistema interativo de
-tom, com a finalidade de reproduzi-Ias de
acesso público a um banco de dados por
forma permanente?
meio de uma rede de condutores, com a
TE LEVISÃO (não confundir com televi-
finalidade de mostrar informações em um
sor) é um sistema de telecomunicação que
televisor?
permite a transmissão de imagens não per-
manentes de objetos fixos ou móveis?
TE LETEXTO é o sistema que permite a
transmissão simultânea de mensagens e de
televisão independentes, pela inclusão de
Aquilino R. Leal
informações codificadas no retraço vertical
do sinal de v(deo?

Novembro/Dezembro/83 63
Toque
Eletrônico
Um som diferente para a campainha de sua
casa, para seu telefone, para um alarme ou indi-
cador de seta no carro? De fato, os modernos
telefones têm um som "eletrônico" bastante
agradável, e que já foi alvo de muitos pedidos
de leitores. O projeto finalmente aqui está para
satisfazer este público.

Geneci Bianchi

Camparamas a sam deste sistema de cha- nais 12 e 13 via diadas Dl e D2. Canfarme
mada ao. praduzida par uma ave daméstica CI-a au CI-b estejam em nível baixa (LO)
muita canhecida, principalmente na épaca temas a excitação. da etapa de áudio., em
de natal: a peru. Trata-se da sam eletrônica frequências diferentes.
de alguns telefanes mais madernas, e que Assim, quando. CI-a está em nível baixa,
são. muita melhares da que as que trazem a a parta 12 é excitada e a rede farmada par
tradicianal campainha estridente. R3, R5 e C2 entra em ação., produzindo. um
A camparaçãa da sam pade não. satisfa- tam cuja frequência é dada par C2. Ouanda
zer muitas das leitares, mas certamente a é CI-b que está em nível baixa, a parta 13 é
sam sim, e é par isso. que achamas que se excitada e entra em ação. a rede farmada
trata de prajeta que merece ser analisada. par R6, R4 e C3, praduzinda assim sam de
É claro que não. se pretende apenas que a autra frequência.
leitar use este sistema apenas levando. em Tanta as sinais de uma frequência cama
cansideraçãa um telefane, pais sua alimen- de o.utra são. levadas a uma etapa amplifica-
tação. entre 6 e 12V o. tarna muita versátil, dara farmada par três transistares. O tran-
par isso. pade ser usada em sua casa em sis- sistar 01 funciana cama excitada r para
temas de chamada, intercamunicadares, uma etapa de sa ída camplementar que leva
etc., e também na carro em alarmes, indica- 02 e 03 por elementas básicas.
dares de seta, etc. O cantrale de valume é feita par um
trim-pat (P1).
FUNCIONAMENTO A sa ída de sam de baixa impedância tem
sua respasta dada pela vaiar de C4, que
o circuito. integrada C-MOS 4001 é far- pade ser aumentada para até 100 J.1 F, casa
mada par 4 partas NAN D que, na projeta, a leitar deseje um realc~ das frequências
permitem a mantagem de dais multivibra- mais baixas.
dares astáveis, um de baixa frequência que
serve de maduladar e autro de frequência MONTAGEM
um pauca mas alta que produz a sam.
A frequência de madulaçãa é determinada Na figura 1 temas a circuito. campleta
basicamente pela capacitar C1 de 470 nF. da aparelha.
Este circuito. de madulaçãa cantcala a Na figura 2 temas a placa de circuito. im-
etapa asciladara de áudio. através das termi- pressa, em tamanha natural.

Novembro/Dezembro/83
65
FTE
en

Figura 1

Figura 2
São os seguintes os principais cuidados
LISTA DE MATERIAL
que devem ser tomados com a montagem:
- Observe a posição de integrado, pois CI-I '- CD4001 - circuito integrado C-MOS
se ele for invertido, pode queimar. Tenha QI - BC237 - transistor NPN
cuidado ao soldá-lo. Q2 - BC547 - transistor NPN
- Na soldagem dos transistores não os Q3 - BC557 - transistor NPN
confunda, pois todos são diferentes quanto Dl, D2 - IN4001 ou equivalente - diodos de
ao tipo, se bem que iguais quanto ao invó- silício
lucro. Veja as posições dos chanfros nos CI - 470 nF - capacitar schicko ou poliéster
C2 - 6n8 - capacitar cerâmico
desenhos da placa.
C3 - 2n2 - capacitar cerâmico
- Cuidado com os valores dos resistores,
C4 - 4,7 /lF x 16 V - capacitar eletrolítico
que são dados pelas faixas coloridas. RI, R3, R4 - 470k x I/4W - resistores (amare-
- Observe a polaridade dos diodos. lo, violeta, amarelo)
Terminando a montagem é só fazer os R2 - IOOk x I/4W - resistor (marrom, preto,
testes. amarelo)
R5, R6 - 330k xl /4W - resistores (laranja, la-
ranja, amarelo)
PRCVA E USO R7 - 47k x I/4W - resistor (amarelo, violeta,
laranja)
Ligue a fonte de alimentação entre R8 - 2k2 x I/4W - resistor (vermelho, verme-
6 e 12V (pode ser formada por pilhas), lho, vermelho)
R9, RIO - 33 R x 1/4 W - resistores (laranja,
observando sua polaridade. Imediatamente
laranja, preto)
o aparelho deve entrar em ação, emitindo PJ - 1k - trim-pot
seu som que será ajustado em P1. Diversos: placa de circuito impresso, alto-falan-
Depois é só instalar o aparelho da manei- te de 8 ohms, fios, solda, etc.
ra que o leitor quiser.

66 Revista Saber Eletrônica


SECÃO do LEITOR
Nesta seção publicamos projetos ou sugestões enviados por
nossos leitores e respondemos à perguntas que julgamos serem
de interesse geral, assim como esclarecimentos sobre dúvidas que
surjam em nossos projetos. A escolha dos projetos a serem publi-
cados, assim como das cartas que são respondidas nesta seção,
fica a critério de nosso departamento técnico, estando a revista
desobrigada de fazer a publicação de qualquer carta ou projeto
que julgue não atender a finalidade da mesma.

Eletrônica em tempos difíceis


I VOL TfMETRO NEON I
Como em todos os outros setores, na ele-
trônica os efeitos da crise econômica tam- Um instrumento extremamente simples,
bém se fazem sentir na maior dificuldade mas de grande utilidade, é o voltímetro
em se obter componentes e no seu elevado com lâmpada neon, que serve perfeitamen-
custo, principalmente se levarmos em conta te para medir tensões na faixa dos 80V até
o fator agravante de que a maioria é impor- 600 V ou mais.
tada. Isto certamente deve estar levando os Na figura 1 temos o circuito sugerido
leitores a uma limitação das suas montagens, pelo leitor LUIS REMACIO DE PAULA,
e até mesmo à escolha de projetos mais ba- de Formiga - MG, e que usa apenas 3 com-
ratos que façam uso de menos componen- ponentes.
tes, e de menor custo. Conforme sabemos, as lâmpadas neon
Mas, é justamente em tempos difíceis têm uma tensão de acendimento em torno
que a criatividade se desenvolve como ne- de 80 V quando então o gás em seu interior
cessidade básica na solução dos problemas se ioniza.
de natureza econômica. Utilizando um potenciômetro como divi-
E, criatividade em eletrônica pode signi- sor de tensão, ele determina o ponto em
ficar uma economia muito grande nas mon- que, em função da tensão de entrada, se
tagens, se for bem aplicada. O que quere- obtém a tensão de acendimento.
mos sugerir ao leitor é o uso de sua imagi- Este potenciômetro pode, com certa
nação no sentido de obter muitos dos seus precisão, ser calibrado em termos de volts,
componentes a preços menores e mesmo de conforme a escala sugerida pelo leitor.
graça, aproveitando-os de velhos aparelhos
220
ou mesmo baseando-se em um estoque co-
mum previamente estabelecido.
Aparelhos abandonados, como amplifi-
330K ?"""""'~~:o
cadores, rádios transistorizados e outros, 55-: :-540
-- --
,-
podem fornecer muitos componentes, prin-
cipalmente resistores, capacitores e diodos
--
0/ \.40

a um custo nulo. Por outro lado, estudando V


ESCALA
previamente suas montagens, o leitor pode
chegar à conclusão de que certos compo- Figura 1
nentes se repetem, como os transistores de
uso geral, os SCRs e determinados integra-
dos. Deste modo, a compra por um número É importante notar que esta escala pode
mínimo pode reduzir os custos, e evitar a variar sensivelmente em função da tolerân-
ida ao fornecedor diversas vezes, com even- cia dos componentes usados, principalmen-
tual consumo de combustível. te da lâmpada de gás neon.

Novembro/Dezembro/83 67
I GAliNHA ELETRÔNICA I QUIM NETO, de São Paulo - SP, fazem
suas pesquisas e conseguem variações inte-
ressantes como esta "Galinha Eletrônica".
Sons de animais produzidos por meios (figura 2)
eletrônicos são sempre motivo de atração São usados 4 transistores em uma com-
para os experimentadores, conforme ates- binação de dois circuitos bastante conhe-
tamos pelo artigo do Sítio Eletrônico, da cidos dos leitores, pois temos utilizado
revista 128. estas configurações em dezenas de nossos
Assim, leitores como LUIZ A. FUR- projetos.

52 0--0 +7,5V

C4
220~F

MULTlVIBRADOR ASTÁVEL OSCILADOR DE ÁUDIO

Figura 2

A primeira configuração é de um multi- nômetros utilizando o contador digital que


vibrador astável que dá os intervalos entre publicamos, ou então em experiências com
os "cacarejos", tendo por base o tempo de circuitos lógicos digitais TTL, a obtenção
carga e descarga dos capacitores C1 e C2. de pulsos em intervalos precisos é muito
É justamente pela colocação de C2 no cir- importante.
cuito, através de um interruptor de pressão O leitor SEBASTIÃO RONISH BAUM-
(S1), que se faz o acionamento do aparelho. G RATZ, de Juiz de Fora - MG, nos manda
Este multivibrador controla o segundo um circuito muito preciso que fornece si-
circuito que é um oscilador de áudio com nais retangulares de 1 e 10Hz a partir da
transistores complementares, o qual aciona frequência da rede. (figura 3)
um alto-falante. São usados dois circuitos integrados
A frequência dos cacarejos, e portanto o 7490 e dois transistores, com o seguinte
timbre do canto da galinha, é dada basica- princípio de funcionamento:
mente pelo capacitor C3 que, segundo o lei- O transformador abaixa a tensão da rede,
tor, deve ter valores experimentados entre a qual depois da retificação e regu lagem pelo
33 nF e 68 nF. No projeto original, o valor transistor BD 135 chega aos 5 V necessários
usado foi de 56 nF. à alimentação dos integrados TTL.
A alimentação do circuito virá de fonte Do mesmo transformador, após a passa-
ou pilhas com tensões entre 6 e 9 volts. gem por um diodo, são obtidos pulsos se-
Como se trata de circuito bastante sim- noidais na frequência de 60 Hz que, depois
ples que usa transistores, nada impede que de amplificados pelo transistor BC238, são
• sua montagem seja feita em ponte de ter- aplicados ao primeiro integrado 7490. Este
minais. integrado faz a divisão da frequência por
6, sendo então obtidos 10 pulsos retangula-
GERADOR DE PRECISÃO DE res por segundo, ou seja, um sinal de 10Hz,
ONDA QUADRADA disponível numa das saídas.
Do 7490 em questão, passando por um
Para o projeto de timers de precisão, cro- integrado adicional, o sinal é levado ao se-

Revista Saber Eletrônica


68
gundo integrado 7490 que agora faz a divi- obtemos um pulso por segundo ou 1 Hz,
são de frequência por 10, quando então dispon ível na segunda saída.

lN4001 8D135

110V/220V
C.A.

()
IOO~FInF Tl~FIonF LED

- - -
10K

10nF

I 1/4
5

I'"'
7408 11
14
14 8 11
14
8C2~8 9
7490 7490

6 6 -

10 10
2 ~

~10HZ

- - - -

Figura 3

Um led serve de indicador para o funcio- Trata-se de um oscilador que deve ser
namento do aparelho. ajustado pelo núcleo de sua bobina para
Na utilização deste gerador deve ser pre- operar numa frequência livre da faixa de
vista a cargabilidade das saídas dos integra- ondas médias. Esta bobina é do tipo oscila-
dos 7490 e a intensidade do sinal retangular dora para ondas médias (núcleo vermelho),
obtido. de rádios transistorizados ..
Colocando este aparelho perto de um
radinho portátil sintonizado num ponto li-
[SIMPLES THEREMIM I vre da faixa de ondas médias, observa-se
que à aproximação da mão, ou de alguma
pessoa, de sua antena, ocorre uma mudan-
Um circuito extremamente simples de ça de frequência que induz um som do tipo
theremim é enviado pelo leitor EDVALDO "uau-uau" no rádio.
L. SANTOS, de Itajuipe - BA, e é mostrado O leitor sugere que ele seja usado como
na figura 4. uma espécie de detector de presença ou
alarme, ou então, treinando-se as posições

]
T1
da mão perto da antena pode-se até produ-
zir algum tipo de música.
"""

NÚMEROS ATRASADOS
Revista Saber Eletrônica e
Experiências e Brincadeiras
com Eletrônica
Figura 4 UTILIZE o CARTÃO RESPOSTA NA PÁGINA 79

Novembro/Dezembro/83 69
ENTRADA I,A
hM P L1FICADo R! I-
I
__---j
r OSCILADOR
X
J _SOM= 41.25 MHz

DE RF
t
L-
I

-----l
t
I MISTURADOR _
IMAGEM: 45,75 MHz

1
figura 952

a primeiro bloco corresponde à etapa misturadora, onde


encontramos o oscilador local. asci lador /misturador
A finalidade desta etapa é produzir com o sinal recebido um
batimento que resulte na frequência 45,75 MHz que correspon-
de à FI de imagem, ou seja, a frequência intermediária de ima-
gem que deve ser trabalhada pelas etapas seguintes do televisor.
Como o sinal de TV tem uma largura de faixa de 6 MHz, este
batimento também resulta numa frequência de FI de som em
41,75 MHz, pois a diferença entre 45,75 e 41,25 resulta em
4,5 MHz que é justamente a separação entre o sinal de som e o
sinal de imagem dentro de cada canal.
Na figura 953 mostramos que, gerando um único sinal no
oscilador local, por exemplo de 113 MHz quando desejamos
receber o canal 4, obtemos ao mesmo tempo um "batimento" Batimento de som e ima-
em 45,75 e outro em 41,25 M Hz que caem em cima da porta- gem
dora de som e de imagem, para as frequências intermediárias dos
circuitos seguintes.

IMAGEM
113- 67.25=45.75MHZ

CANAL 4
66-72
>-_---1[OSCILADOR
MHz 1113 M HZ
I
SOM 113-71. 75= 41.2 5MHZ

figura 953

Veja que, na saída do seletor, na verdade existe uma ligação


única, estando presente o sinal de F I em toda a faixa de som e
imagem, sendo que a separação do sinal de som é feita mais
adiante com a produção de um sinal separado 4,5 MHz do sinal
de vídeo (imagem).
Antes deste primeiro bloco analisado temos um amplificador Amplificador de RF
de R F que ajuda a obter maior intensidade para os sinais cap-
tados.
Nos seletores comuns a posição corresponde ao canal 1, que
não existe na realidade; é deixada para que seja feita a recepção
dos sinais de UHF. Isso pode ser feito com emprego de um con- Conversor de UH F
versor externo, ou, em outros casos, através de um seletor adi-
cionai para esta faixa, existente no próprio televisor.
a seletor, por sua faixa de frequências de operação, consiste
na etapa mais crítica do televisor. De fato, este setor do apare-
lho de TV deve operar na faixa de frequências que vai dos
54 MHz até 216 MHz, e se for usada a faixa de UHF, até em
torno de 800 MHz.

72 983 Revista Saber Eletrônica


Resumo do quadro 172

- Os sinais de todos os canais são captados pela antena e leva-


dos ao televisor.
- Cabe ao seletor fazer a separação conforme o canal que dese-
ja-se captar.
- O seletor separa os canais e além disso trabalha o sinal dese-
jado de modo a poder ser aceito pelas etapas seguintes.
- No seletor temos um amplificador de RF que amplia os sinais
recebidos.
- Temos também um oscilador/misturador que altera a frequên-
cia dos sinais recebidos para um valor fixo que possa ser acei-
to pelas etapas seguintes.
- O princfpio é o mesmo dos receptores de rádio super-heteró-
dinos.
- A frequência intermediária é de 45,75 MHz.
- Desta frequência intermediária, retirando-se 4,5 MHz temos o
sinal de som, ou frequência intermediária de som.
- O funcionamento de um seletor é crítico em vista da faixa de
frequências e de seus valores elevados.
- A posição do seletor do canal 1 é deixada para a conexão de
um conversor de UHF ou de um seletor adicional de UHF.

Avaliação 509

Qual é a frequência do oscilador local de um seletor de canais


quando sintonizamos o canal 7?
a) 129 MHz.
b) 174 MHz.
c) 221 MHz. Resposta C
d) 180 MHz.

Explicação
O canal 7 ocupa a faixa de frequências que vai de 174 a
180 MHz. Logo a portadora de imagem deste canal está situada
1,25 MHz acima do extremo inferior da faixa, ou seja, em
175,25 MHz. Como o batimento para a frequência intermediá-
ria de vídeo deve estar 45,75 MHz acima, basta somar os dois
valores, obtendo-se 175,25 + 45,75 = 221 MHz que é a fre-
quência do oscilador local do seletor de canais, nestas condições.
A resposta certa é a da alternativa c.

Avaliação 510
Qual é a separação entre o centro da portadora de imagem e
o centro da portadora de som para o canal 9?
a) 6 MHz.
b) 4,5 MHz. Resposta B
c) 1,25MHz.
d) 41,25 MHz.

Novembro/Dezembro/83 984 73
1=
CIRCUITO
DE ENTRADA

AOS OUTROS BOTÕES

} 'Me,,,,,,,,,
DE RF

L2

R5

1=
MISTURADOR

R7
figura 959 +

1=
OSCILADOR
LOCAL

-
Cada um dos pequenos potenciômetros é então ajustado para
levar os varicaps a operarem de modo a receber o canal desejado.
A grande vantagem deste sistema é a existência de um único
contacto a ser operado, para cada canal, e mesmo assim com
uma tensão conHnua e baixa corrente, o que elimina o problema
de desgaste e as instabilidades devidas à sujeira. Uma pequena
sujeira que provoque o aumento da. resistência pode ser facil-
mente compensada pelo ajuste do potenciômetro de sintonia
fina.
Nos televisores mais modernos ainda, nem mesmo as chaves
. são usadas, pois circuitos comutadores integrados de grande sen-
sibilidade, independente da resistência de contacto, são aciona-
dos pelo toque dos dedos, pela pequena corrente que circula Seletor por toques
pela pele nestas condições.

Resumo do quadro 173


O seletor mais comum é o rotativo de tambor.
Neste seletor cada canal deve ter uma pastilha com um con-
junto de bobinas.
As bobinas são montadas num tambor rotativo que as colo-
ca no circuito fazendo contacto por meio de elementos apro-
priados.
Os seletores deste tipo apresentam problemas de desgaste e
sujeira nos contactos.
Os seletores deste tipo podem usar válvulas ou transistores
com alimentação de acordo com cada caso.
Na entrada destes seletores temos o cabo de antena, e na saí-
da um cabo blindado correspondente ao sinal de F I.
Nos televisores mais modernos a sintonia é feita por meio de
varicaps ou varactors, como também são chamados.
Os varicaps são diodos que se comportam como capacitores
variáveis conforme a tensão que lhes seja aplicada.
Com varicaps podem ser feitos seletores por toque ou por
meio de chaves de compressão.
Estes seletores não apresentam os mesmos problemas dos que
fazem uso de tambor, pois a resistência do contacto não influi
no seu funcionamento.
Nos seletores por toque, a resistência entre os dois pontos ao
contacto com os dedos é usada para disparar circuitos sensí-
veis.

Avaliação 511
Qual é a principal desvantagem dos seletores do tipo "tam-
bor"?
a) Custo elevado.
b) Pequena sensibilidade.
c) Incapacidade de captar todos os canais.
d) Desgaste dos contactos ou sensibilidade à sujeira. Resposta D

Explicação
De fato, os seletores mais antigos, do tipo tambor, apresen-
tam sensibilidade à sujeira que, aderindo aos contactos, modifi-
ca sua resistência e com isso influi no funcionamento dos circui-
tos, dificultando a recepção. Do mesmo modo, a necessidade de
excelentes contactos faz com que estes trabalhem com pressões
elevadas que aceleram seu desgaste e causam problemas de re-
cepção. A resposta certa é a da letra d.

Avaliação 512
Quais são os elementos básicos dos seletores por toque ou
por chaves de compressão?
a) Transistores de efeito de campo.
b) Varicaps. Resposta B
c) Capacitores variáveis.
d) Bobinas móveis.

Explicação
Os varicaps sijo capacitores variáveis que operam com tensão,
e eles são os elementos básicos dos modernos seletores por te-
cias ou por toques. Os seletores que fazem uso de varicaps não
apresentam problemas de contactos. A resposta certa é a b.

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