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Manual de Processo

Ético-Disciplinar da Enfermagem

Belo Horizonte - MG
2016
Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais

Manual de Processo
Ético-Disciplinar da Enfermagem

Belo Horizonte - MG
2016
2016, Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais PLENÁRIO DO COREN-MG (2015-2017)
MANUAL DE PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR DA ENFERMAGEM
Qualquer parte desta publicação poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. DIRETORIA DO COREN-MG:
Presidente: Enfo. Marcos Rubio
SEDE: Vice-Presidente: Enfa. Márcia do Carmo Bizerra Caúla
Rua da Bahia, 916 - 2º andar - Centro Pouso Alegre Primeira-Secretária: Enfa. Kaciane Krauss Bruno Oliveira Lourenço
Belo Horizonte - MG - CEP: 30160-011 Rua Bernardino de Campos, 39 - sl. 02 Segunda-Secretária: Enfa. Karina Porfírio Coelho
Telefone: (31) 3238-7500 Centro - Pouso Alegre – MG - CEP: 37550-000 Primeira-Tesoureira: Enfa. Lisandra Caixeta de Aquino
E-mail: gab@corenmg.gov.br Telefone: (35) 3422-1961 Segunda-Tesoureira: Técnica de Enfermagem Adriana A. da Silva Pinheiro
Site: www.corenmg.gov.br pousoalegre@corenmg.gov.br
DEMAIS MEMBROS EFETIVOS DO PLENÁRIO:
SUBSEÇÕES: Ana Paula Bispo Gonçalves Diana – Auxiliar de Enfermagem
Governador Valadares Teófilo Otoni Alexandre Pereira Lages – Enfermeiro
Av. Sete de Setembro, 2716 – 1º andar Rua Epaminondas Otoni, 958 - sl. 104 Elaine Márcia Silva Eugênio – Auxiliar de Enfermagem
Ed. Medical Center – Centro - Governador Centro - Teófilo Otoni – MG - CEP: 39800-013 Marta de Jesus Pereira Costa Carvalho – Técnica de Enfermagem
Valadares - MG - CEP: 35010-172 Telefone: (33) 3522-1661 Michelle Costa Leite Praça – Técnica de Enfermagem
Telefone: (33) 3271-9932 teofilootoni@corenmg.gov.br Mirian Alves Faustino Mendes – Enfermeira
governadorvaladares@corenmg.gov.br Nilcelina Antônia de Brito Teixeira – Técnica de Enfermagem
Uberaba Rosana Maria Resgalla - Enfermeira
Juiz de Fora Av. Leopoldino de Oliveira, 3.490 - sl. 601 Valéria Pereira Silva Rubio - Enfermeira
Rua Batista de Oliveira, 470 - sl. 701 Centro - Uberaba – MG - CEP: 38010-000
Centro - Juiz de Fora – MG - CEP: 36010-120 Telefone: (34) 3338-3708 SUPLENTES:
Telefone: (32) 3213-3302 uberaba@corenmg.gov.br Anísia Luiza de Queiroz Salustiano – Enfermeira
juizdefora@corenmg.gov.br Clésia Gomes Carvalho - Técnica de Enfermagem
Uberlândia Dênis da Silva Moreira - Enfermeiro
Montes Claros Av. Getúlio Vargas, 275 - sl. 605 Elânia dos Santos Pereira – Enfermeira
Rua Correia Machado, 1025 – Ed. Premier Centro - Uberlândia – MG - CEP: 38400-299 Fabiane da Silva Maciel – Técnica de Enfermagem
Center - sl. 103, 104 e 105 - Centro Telefone: (34) 3210-0842 Fernanda Fagundes Azevedo Sindeaux – Enfermeira
Montes Claros – MG - CEP: 39400-090 uberlandia@corenmg.gov.br João Batista Moreira - Enfermeiro
Telefone: (38) 3216-0371 Juliana Bittencourt Braga - Enfermeira
montesclaros@corenmg.gov.br Varginha Maria Eudes Vieira – Auxiliar de Enfermagem
Praça Champagnat, 29 - sl. 200 - Ed. Sílvio Marlene Cristina dos Santos – Enfermeira
Passos Massa - Centro - Varginha – MG Nieli de Matos Freire – Enfermeira
Rua Dr. Manoel Patti, 170 A - sl. 2 e 4 CEP: 37002-150 Rosa Maria do Nascimento – Enfermeira
Centro - Passos – MG - CEP: 37900-040 Telefones: (35) 3222-3108 / (35) 3222-3197 Vanda Lúcia Martins – Auxiliar de Enfermagem
Telefone: (35) 3526-5821 varginha@corenmg.gov.br Vaneide Valentim do Carmo – Auxiliar de Enfermagem
passos@corenmg.gov.br Vânia da Conceição Gonçalves Ferreira – Auxiliar de Enfermagem

COMITÊ DE CONTROLE INTERNO:


C755c Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais Ana Paula Bispo Gonçalves Diana – Auxiliar de Enfermagem
Manual de processo ético-disciplinar da enfermagem [texto] / Conselho Regional de Enfermagem de Rosana Maria Resgalla – Enfermeira
Minas Gerais. -- Belo Horizonte: Coren-MG, 2016. Valéria Pereira Silva Rubio - Enfermeira
99 p.
Suplente: Alexandre Pereira Lages – Enfermeiro
ISBN
DELEGADOS REGIONAIS:
1. Enfermagem – normas e legislações. 2. Ética na enfermagem. 3. Profissionais de enfermagem –
compromisso ético. Enfermagem – código de processo ético das autarquias profissionais. 4. Processo
Efetivo: Marcos Rubio - Enfermeiro
ético. Suplente: Lisandra Caixeta de Aquino – Enfermeira
CDD 174.2
SUMÁRIO Do Interrogatório do Denunciado ................................................73
Da Acareação .....................................................................................75
1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 07 Da Prova Documental ......................................................................76
Da Prova Pericial ...............................................................................76
2. RESOLUÇÃO COFEN Nº 311 DE 08 DE FEVEREIRO DE 2007. ............... 09
Aprova a reformulação do Código de Ética dos profissionais DO JULGAMENTO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA .......................................77
de Enfermagem ........................................................................................... 09 Do Julgamento ...................................................................................77
Da Decisão .........................................................................................80
3. Resolução Cofen Nº 370 de 2010.
Altera o Código de Processo Ético da Autarquias Profissionais de DAS NULIDADES E ANULABILIDADES ..................................................82
Enfermagem para aperfeiçoar as regras e procedimentos sobre
o processo ético-profissional que envolvem os profissionais de DO JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA ......................................85
Enfermagem e Aprova o Código de Processo Ético .......................... 39 Dos Recursos ....................................................................................85
Do Recurso para a Assembleia Geral dos Delegados Regio-
4. CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR DA ENFERMAGEM ......... 41 nais ......................................................................................................86

DISPOSIÇÕES GERAIS .............................................................................41 DO JULGAMENTO NA SEGUNDA INSTÂNCIA .......................................87


Do Sistema de Apuração e Decisão das Infrações
Ético-Disciplinares ............................................................................41 DA EXECUÇÃO DA PENA .........................................................................89
Da Competência ................................................................................42
Do Impedimento e da Suspeição ..................................................43 DA REVISÃO DA PENA ............................................................................90
Das Partes ..........................................................................................47
DA REABILITAÇÃO ....................................................................................92
DOS PROCEDIMENTOS E DO PROCESSO ÉTICODISCIPLINAR .........47
Da Admissibilidade ...........................................................................47 DA PRESCRIÇÃO ......................................................................................93
Da Averiguação Prévia ....................................................................52
Dos Atos Processuais .....................................................................53 DAS DISPOSIÇÕES FINAIS .....................................................................94
Da Comunicação dos Atos .............................................................55
Da Citação ..........................................................................................55 REFERÊNCIAS .........................................................................................96
Da Intimação ......................................................................................57
Das Notificações ..............................................................................58
Da Carta Precatória .........................................................................59
Dos Prazos ..........................................................................................61
Da Comissão de Instrução ............................................................62
Da Instrução ......................................................................................66
Das Testemunhas ............................................................................69
8 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 9

APRESENTAÇÃO RESOLUÇÃO COFEN Nº 311, DE 08 DE FEVE-


REIRO DE 2007.
Diante do desejo de viabilizar as mudanças que os profissionais da Enfermagem Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Profis-
necessitam para sua valorização profissional, pela melhoria das condições sionais de Enfermagem.
de trabalho, e conscientes da missão do Conselho em garantir a qualidade da
assistência de Enfermagem prestada à sociedade, a atual Gestão do Coren-MG O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso de
busca a transformação, inovação e renovação de ideias e projetos em prol de seus
sua competência estabelecida pelo art. 2º, c.c. a Resolução
inscritos.
COFEN-242/2000, em seu art. 13, incisos IV, V, XV, XVII e
XLIX;
Firma-se o nosso compromisso com a ética e com a legalidade para uma
Considerando a Lei nº 5.905/73, em seu artigo 8º, inciso III;
administração transparente, com os objetivos de manter a coerência e integridade
que pressupõe uma assistência sem riscos e danos ao cliente e a preservação da
Considerando o resultado dos estudos originais de seminá-
segurança dos profissionais de Enfermagem. rios realizados pelo COFEN com a participação dos diversos
segmentos da profissão;
Este Manual tem a finalidade de nortear os profissionais de Enfermagem na sua
prática cotidiana de acordo com os princípios éticos e legais da profissão. Considerando o que consta dos PADs COFEN N.os 83/91,
179/91, 45/92, 119/92 e 63/2002;
Agradeço a cada profissional de Enfermagem, que acredita e confia no Plenário
eleito para a Gestão 2015-2017 desta autarquia que busca a eficiência do exercício Considerando a deliberação do Plenário em sua 346ª ROP,
da profissão prestado à sociedade mineira nos diversos campos da prática. Reitero realizada em 30, 31 de janeiro de 2007;
o nosso respeito e apoio aos profissionais de Enfermagem.
RESOLVE:
Que Deus nos conduza nessa caminhada.
Art. 1º Fica aprovado o Código de Ética dos Profissio-
nais de Enfermagem para aplicação na jurisdição de
todos os Conselhos de Enfermagem.
Enfº Marcos Rubio
Coren-MG 56.684 Art. 2º Todos os Profissionais de Enfermagem deverão
Presidente conhecer o inteiro teor do presente Código, acessando
10 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 11

o site www.cofen.gov.br; www.portalenfermagem.gov. CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS


br e requerê-lo no Conselho Regional de Enfermagem DE ENFERMAGEM
do Estado onde exercem suas atividades.
PREÂMBULO
Art. 3º Este Código aplica-se aos profissionais de En-
fermagem e exercentes das atividades elementares de A enfermagem compreende um componente próprio
enfermagem. de conhecimentos científicos e técnicos, construído e repro-
duzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas
Art. 4º Este ato resolucional entrará em vigor a partir de que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-
12 de maio de 2007, correspondendo a 90 (noventa) dias se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade,
após sua publicação, revogando a Resolução COFEN nº no seu contexto e circunstâncias de vida.
240/2000.
O aprimoramento do comportamento ético do profis-
Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2007. sional passa pelo processo de construção de uma consciência
individual e coletiva, pelo compromisso social e profissional
configurado pela responsabilidade no plano das relações de
trabalho com reflexos no campo científico e político.
Dulce Dirclair Huf Bais Carmem de Almeida da Silva
Coren-MS Nº 10.244 Coren-SP Nº 2.254
A enfermagem brasileira, face às transformações
Presidente Primeira-Secretária
sócioculturais, científicas e legais, entendeu ter chegado o
momento de reformular o Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem (CEPE).

A trajetória da reformulação, coordenada pelo Conse-


lho Federal de Enfermagem com a participação dos Conse-
lhos Regionais de Enfermagem, inclui discussões com a cate-
goria de enfermagem. O Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios,
direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes
à conduta ética dos profissionais de enfermagem.
12 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 13

O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em
leva em consideração a necessidade e o direito de assistência consonância com os preceitos éticos e legais.
em enfermagem da população, os interesses do profissional
e de sua organização. Está centrado na pessoa, família e co- O profissional de enfermagem participa, como integrante da
letividade e pressupõe que os trabalhadores de enfermagem equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessi-
estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem dades de saúde da população e da defesa dos princípios das
riscos e danos e acessível a toda população. políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a uni-
versalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade
O presente Código teve como referência os postulados da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das
da Declaração Universal dos Direitos do Homem, promulga- pessoas, participação da comunidade, hierarquização e des-
da pela Assembléia Geral das Nações Unidas (1948) e ado- centralização político-administrativa dos serviços de saúde.
tada pela Convenção de Genebra da Cruz Vermelha (1949),
contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade
Enfermeiros (1953) e no Código de Ética da Associação Bra- e os direitos humanos, em todas as suas dimensões.
sileira de Enfermagem (1975). Teve como referência, ainda, o
Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal O profissional de enfermagem exerce suas atividades com
de Enfermagem (1976), o Código de Ética dos Profissionais competência para a promoção do ser humano na sua integra-
de Enfermagem (1993) e as Normas Internacionais e Nacio- lidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
nais sobre Pesquisa em Seres Humanos [Declaração Helsin-
que (1964), revista em Tóquio (1975), em Veneza (1983), em CAPÍTULO I
Hong Kong (1989) e em Sommerset West (1996) e a Resolu- DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS
ção 196 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde
(1996). DIREITOS

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º Exercer a enfermagem com liberdade, autono-


mia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios
A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e legais, éticos e dos direitos humanos.
qualidade de vida da pessoa, família e coletividade.
Art. 2º Aprimorar seus conhecimentos técnicos, cientí-
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, ficos e culturais que dão sustentação a sua prática pro-
14 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 15

fissional. Art. 9º Praticar e/ou ser conivente com crime, contra-


venção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postu-
Art. 3º Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramen- lados éticos e legais.
to profissional e à defesa dos direitos e interesses da
categoria e da sociedade. SEÇÃO I
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMÍLIA
Art. 4º Obter desagravo público por ofensa que atinja a E COLETIVIDADE
profissão, por meio do Conselho Regional de Enferma-
gem. DIREITOS

RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. 10º Recusar-se a executar atividades que não sejam
de sua competência técnica, científica, ética e legal ou
Art. 5º Exercer a profissão com justiça, compromis- que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa,
so, eqüidade, resolutividade, dignidade, competência, família e coletividade.
responsabilidade, honestidade e lealdade.
Art. 11º Ter acesso às informações relacionadas à
Art. 6º Fundamentar suas relações no direito, na pru- pessoa, família e coletividade, necessárias ao exercício
dência, no respeito, na solidariedade e na diversidade de profissional.
opinião e posição ideológica.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 7º Comunicar ao COREN e aos órgãos competen-
tes fatos que infrinjam dispositivos legais e que possam Art. 12º Assegurar à pessoa, família e coletividade
prejudicar o exercício profissional. assistência de enfermagem livre de danos decorrentes
de imperícia, negligência ou imprudência.
PROIBIÇÕES
Art. 13º Avaliar criteriosamente sua competência técni-
Art. 8º Promover e ser conivente com a injúria, calú- ca, científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou
nia e difamação de membro da equipe de enfermagem, atribuições, quando capaz de desempenho seguro para
equipe de saúde e de trabalhadores de outras áreas, de si e para outrem.
organizações da categoria ou instituições.
16 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 17

Art. 14º Aprimorar os conhecimentos técnicos, científi- Art. 21º Proteger a pessoa, família e coletividade
cos, éticos e culturais, em benefício da pessoa, família contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou
e coletividade e do desenvolvimento da profissão. imprudência por parte de qualquer membro da equipe
de saúde.
Art. 15º Prestar assistência de enfermagem sem discri-
minação de qualquer natureza. Art. 22º Disponibilizar seus serviços profissionais à
comunidade em casos de emergência, epidemia e catás-
Art. 16º Garantir a continuidade da assistência de trofe, sem pleitear vantagens pessoais.
enfermagem em condições que ofereçam segurança,
mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais Art. 23º Encaminhar a pessoa, família e coletividade aos
decorrente de movimentos reivindicatórios da categoria. serviços de defesa do cidadão, nos termos da lei.

Art. 17º Prestar adequadas informações à pessoa, família Art. 24º Respeitar, no exercício da profissão, as normas
e coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios relativas à preservação do meio ambiente e denunciar
e intercorrências acerca da assistência de enfermagem. aos órgãos competentes as formas de poluição e deterio-
rização que comprometam a saúde e a vida.
Art. 18º Respeitar, reconhecer e realizar ações que
garantam o direito da pessoa ou de seu representante Art. 25º Registrar no prontuário do paciente as informa-
legal, de tomar decisões sobre sua saúde, tratamento, ções inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar.
conforto e bem-estar.
PROIBIÇÕES
Art. 19º Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade
do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas Art. 26º Negar assistência de enfermagem em qualquer
situações de morte e pós-morte. situação que se caracterize como urgência ou emergên-
cia.
Art. 20º Colaborar com a equipe de saúde no esclareci-
mento da pessoa, família e coletividade a respeito dos Art. 27º Executar ou participar da assistência à saúde
direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca de sem o consentimento da pessoa ou de seu representante
seu estado de saúde e tratamento. legal, exceto em iminente risco de morte.
18 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 19

Art. 28º Provocar aborto, ou cooperar em prática desti- SEÇÃO II


nada a interromper a gestação. DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE
Parágrafo único - Nos casos previstos em lei, o profis- ENFERMAGEM, SAÚDE E OUTROS
sional deverá decidir, de acordo com a sua consciência,
sobre a sua participação ou não no ato abortivo. DIREITOS

Art. 29º Promover a eutanásia ou participar em prática Art. 36º Participar da prática multiprofissional e inter-
destinada a antecipar a morte do cliente. disciplinar com responsabilidade, autonomia e liberda-
de.
Art. 30º Administrar medicamentos sem conhecer a ação
da droga e sem certificar-se da possibilidade dos riscos. Art. 37º Recusar-se a executar prescrição medicamen-
tosa e terapêutica, onde não conste a assinatura e o
Art. 31º Prescrever medicamentos e praticar ato cirúr- número de registro do profissional, exceto em situações
gico, exceto nos casos previstos na legislação vigente e de urgência e emergência.
em situação de emergência.
Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá
Art. 32º Executar prescrições de qualquer natureza, que recusar-se a executar prescrição medicamentosa e tera-
comprometam a segurança da pessoa. pêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade.

Art. 33º Prestar serviços que por sua natureza competem RESPONSABILIDADES E DEVERES
a outro profissional, exceto em caso de emergência.
Art. 38º Responsabilizar-se por falta cometida em suas
Art. 34º Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso atividades profissionais, independente de ter sido prati-
com qualquer forma de violência. cada individualmente ou em equipe.

Art. 35º Registrar informações parciais e inverídicas Art. 39º Participar da orientação sobre benefícios,
sobre a assistência prestada. riscos e conseqüências decorrentes de exames e de ou-
tros procedimentos, na condição de membro da equipe
de saúde.
20 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 21

Art. 40º Posicionar-se contra falta cometida durante o Art. 45º Associar-se, exercer cargos e participar de en-
exercício profissional, seja por imperícia, imprudência tidades de classe e órgãos de fiscalização do exercício
ou negligência. profissional.

Art. 41º Prestar informações, escritas e verbais, comple- Art. 46º Requerer em tempo hábil, informações acerca
tas e fidedignas necessárias para assegurar a continuida- de normas e convocações.
de da assistência.
Art. 47º Requerer, ao Conselho Regional de Enferma-
PROIBIÇÕES gem, medidas cabíveis para obtenção de desagravo pú-
blico em decorrência de ofensa sofrida no exercício pro-
Art. 42º Assinar as ações de enfermagem que não execu- fissional.
tou, bem como permitir que suas ações sejam assinadas
por outro profissional. RESPONSABILIDADES E DEVERES

Art. 43º Colaborar, direta ou indiretamente com outros Art. 48º Cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e
profissionais de saúde, no descumprimento da legisla- legais da profissão.
ção referente aos transplantes de órgãos, tecidos, este-
rilização humana, fecundação artificial e manipulação Art. 49º Comunicar ao Conselho Regional de Enferma-
genética. gem fatos que firam preceitos do presente Código e da
legislação do exercício profissional.
SEÇÃO III
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES Art. 50º Comunicar formalmente ao Conselho Regional
DA CATEGORIA de Enfermagem fatos que envolvam recusa ou demissão
de cargo, função ou emprego, motivado pela necessi-
DIREITOS dade do profissional em cumprir o presente Código e a
legislação do exercício profissional.
Art. 44º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem
quando impedido de cumprir o presente Código, a legis- Art. 51º Cumprir, no prazo estabelecido, as determina-
lação do exercício profissional e as resoluções e deci- ções e convocações do Conselho Federal e Conselho
sões emanadas do Sistema COFEN/COREN. Regional de Enfermagem.
22 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 23

Art. 52º Colaborar com a fiscalização do exercício pro- Art. 59º Negar, omitir informações ou emitir falsas
fissional. declarações sobre o exercício profissional quando soli-
citado pelo Conselho Regional de Enfermagem.
Art. 53º Manter seus dados cadastrais atualizados, e
regularizadas as suas obrigações financeiras para com o SEÇÃO IV
Conselho Regional de Enfermagem. DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES
EMPREGADORAS
Art. 54º Apor o número e categoria de inscrição no Con-
selho Regional de Enfermagem em assinatura, quando DIREITOS
no exercício profissional.
Art. 60º Participar de movimentos de defesa da digni-
Art. 55º Facilitar e incentivar a participação dos profis- dade profissional, do aprimoramento técnico-científico,
sionais de enfermagem no desempenho de atividades do exercício da cidadania e das reivindicações por me-
nas organizações da categoria. lhores condições de assistência, trabalho e remuneração.

PROIBIÇÕES Art. 61º Suspender suas atividades, individual ou cole-


tivamente, quando a instituição pública ou privada para
Art. 56º Executar e determinar a execução de atos con- a qual trabalhe não oferecer condições dignas para o
trários ao Código de Ética e às demais normas que regu- exercício profissional ou que desrespeite a legislação do
lam o exercício da Enfermagem. setor saúde, ressalvadas as situações de urgência e emer-
gência, devendo comunicar imediatamente por escrito
Art. 57º Aceitar cargo, função ou emprego vago em sua decisão ao Conselho Regional de Enfermagem.
decorrência de fatos que envolvam recusa ou demissão
de cargo, função ou emprego, motivado pela necessi- Art. 62º Receber salários ou honorários compatíveis
dade do profissional em cumprir o presente código e a com o nível de formação, a jornada de trabalho, a com-
legislação do exercício profissional. plexidade das ações e responsabilidade pelo exercício
profissional.
Art. 58º Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo
ao patrimônio ou comprometam a finalidade para a qual Art. 63º Desenvolver suas atividades profissionais em
foram instituídas as organizações da categoria. condições de trabalho que promovam a própria segu-
24 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 25

rança e a da pessoa, família e coletividade sob seus cui- devidamente aprovadas nas instâncias deliberativas da
dados, e dispor de material e equipamentos de proteção instituição.
individual e coletiva, segundo as normas vigentes.
Art. 71º Incentivar e criar condições para registrar as
Art. 64º Recusar-se a desenvolver atividades profissio- informações inerentes e indispensáveis ao processo de
nais na falta de material ou equipamentos de proteção cuidar.
individual e coletiva definidos na legislação específica.
Art. 72º Registrar as informações inerentes e indispen-
Art. 65º Formar e participar da comissão de ética da ins- sáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva e
tituição pública ou privada onde trabalha, bem como de completa.
comissões interdisciplinares.
PROIBIÇÕES
Art. 66º Exercer cargos de direção, gestão e coordenação
na área de seu exercício profissional e do setor saúde. Art. 73º Trabalhar, colaborar ou acumpliciar-se com
pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem princípios
Art. 67º Ser informado sobre as políticas da instituição e e normas que regulam o exercício profissional de enfer-
do serviço de enfermagem, bem como participar de sua magem.
elaboração.
Art. 74º Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por
Art. 68º Registrar no prontuário, e em outros documen- colega, utilizando-se de concorrência desleal.
tos próprios da enfermagem, informações referentes ao
processo de cuidar da pessoa. Art. 75º Permitir que seu nome conste no quadro de pes-
soal de hospital, casa de saúde, unidade sanitária, clínica,
RESPONSABILIDADES E DEVERES ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento
congênere sem nele exercer as funções de enfermagem
Art. 69º Estimular, promover e criar condições para o pressupostas.
aperfeiçoamento técnico, científico e cultural dos profis-
sionais de Enfermagem sob sua orientação e supervisão. Art. 76º Receber vantagens de instituição, empresa, pes-
Art. 70º Estimular, facilitar e promover o desenvolvi- soa, família e coletividade, além do que lhe é devido,
mento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, como forma de garantir Assistência de Enfermagem di-
26 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 27

ferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou obrigadas ao sigilo.


para outrem.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 77º Usar de qualquer mecanismo de pressão ou su-
borno com pessoas físicas ou jurídicas para conseguir Art. 82º Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha
qualquer tipo de vantagem. conhecimento em razão de sua atividade profissional,
exceto nos casos previstos em lei, ordem judicial, ou
Art. 78º Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe con- com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de
fere a posição ou cargo, para impor ordens, opiniões, seu representante legal.
atentar contra o pudor, assediar sexual ou moralmente,
inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissio- § 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de
nal. conhecimento público e em caso de falecimento da pes-
soa envolvida.
Art. 79º Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou
imóvel, público ou particular de que tenha posse em § 2º Em atividade multiprofissional o fato sigiloso
razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de poderá ser revelado quando necessário à prestação da
outrem. assistência.

Art. 80º Delegar suas atividades privativas a outro mem- § 3º O profissional de enfermagem, intimado como
bro da equipe de enfermagem ou de saúde, que não seja testemunha, deverá comparecer perante a autoridade e,
enfermeiro. se for o caso, declarar seu impedimento de revelar o se-
gredo.
CAPÍTULO II
DO SIGILO PROFISSIONAL § 4º O segredo profissional referente ao menor de ida-
de deverá ser mantido, mesmo quando a revelação seja
DIREITOS solicitada por pais ou responsáveis, desde que o menor
tenha capacidade de discernimento, exceto nos casos em
Art. 81º Abster-se de revelar informações confidenciais que possa acarretar danos ou riscos ao mesmo.
de que tenha conhecimento em razão de seu exercício Art. 83º Orientar, na condição de enfermeiro, a equipe
profissional, a pessoas ou entidades que não estejam sob sua responsabilidade, sobre o dever do sigilo profis-
28 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 29

sional. RESPONSABILIDADES E DEVERES

PROIBIÇÕES Art. 89º Atender as normas vigentes para a pesquisa


envolvendo seres humanos, segundo a especificidade da
Art. 84º Franquear o acesso a informações e documen- investigação.
tos para pessoas que não estão diretamente envolvidas
na prestação da assistência, exceto nos casos previstos Art. 90º Interromper a pesquisa na presença de qualquer
na legislação vigente ou por ordem judicial. perigo à vida e à integridade da pessoa.

Art. 85º Divulgar ou fazer referência a casos, situações Art. 91º Respeitar os princípios da honestidade e fide-
ou fatos de forma que os envolvidos possam ser identi- dignidade, bem como os direitos autorais no proces-
ficados. so de pesquisa, especialmente na divulgação dos seus
resultados.
CAPÍTULO III
DO ENSINO, DA PESQUISA E DA PRODUÇÃO Art. 92º Disponibilizar os resultados de pesquisa à
TÉCNICO-CIENTÍFICA comunidade científica e sociedade em geral.

DIREITOS Art. 93º Promover a defesa e o respeito aos princípios


éticos e legais da profissão no ensino, na pesquisa e
Art. 86º Realizar e participar de atividades de ensino e produções técnico-científicas.
pesquisa, respeitadas as normas ético-legais.
PROIBIÇÕES
Art. 87º Ter conhecimento acerca do ensino e da pes-
quisa a serem desenvolvidos com as pessoas sob sua Art. 94º Realizar ou participar de atividades de ensino e
responsabilidade profissional ou em seu local de traba- pesquisa, em que o direito inalienável da pessoa, família
lho. ou coletividade seja desrespeitado ou ofereça qualquer
tipo de risco ou dano aos envolvidos.
Art. 88º Ter reconhecida sua autoria ou participação em
produção técnico-científica. Art. 95º Eximir-se da responsabilidade por atividades
executadas por alunos ou estagiários, na condição de
30 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 31

docente, enfermeiro responsável ou supervisor. CAPÍTULO IV


DA PUBLICIDADE
Art. 96º Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e
segurança da pessoa, família ou coletividade. DIREITOS

Art. 97º Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, Art. 103º Utilizar-se de veículo de comunicação para
bem como, usá-los para fins diferentes dos pré-determi- conceder entrevistas ou divulgar eventos e assuntos de
nados. sua competência, com finalidade educativa e de interes-
se social.
Art. 98º Publicar trabalho com elementos que identifi-
quem o sujeito participante do estudo sem sua autoriza- Art. 104º Anunciar a prestação de serviços para os quais
ção. está habilitado.

Art. 99º Divulgar ou publicar, em seu nome, produção RESPONSABILIDADES E DEVERES


técnico-científica ou instrumento de organização for-
mal do qual não tenha participado ou omitir nomes de Art. 105º Resguardar os princípios da honestidade,
co- autores e colaboradores. veracidade e fidedignidade no conteúdo e na forma pu-
blicitária.
Art. 100º Utilizar sem referência ao autor ou sem a sua
autorização expressa, dados, informações, ou opiniões Art. 106º Zelar pelos preceitos éticos e legais da profis-
ainda não publicados. são nas diferentes formas de divulgação.

Art. 101º Apropriar-se ou utilizar produções técnico- PROIBIÇÕES


científicas, das quais tenha participado como autor ou
não, implantadas em serviços ou instituições sem con- Art. 107º Divulgar informação inverídica sobre assunto
cordância ou concessão do autor. de sua área profissional.

Art. 102º Aproveitar-se de posição hierárquica para Art. 108º Inserir imagens ou informações que possam
fazer constar seu nome como autor ou co-autor em obra identificar pessoas e instituições sem sua prévia autori-
técnico-científica. zação.
32 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 33

Art. 109º Anunciar título ou qualificação que não possa Art. 116º A gravidade da infração é caracterizada por
comprovar. meio da análise dos fatos, do dano e de suas conseqüên-
cias.
Art. 110º Omitir em proveito próprio, referência a pes-
soas ou instituições. Art. 117º A infração é apurada em processo instaurado e
conduzido nos termos do Código de Processo Ético das
Art. 111º Anunciar a prestação de serviços gratuitos ou Autarquias Profissionais de Enfermagem.
propor honorários que caracterizem concorrência desle-
al. Art. 118º As penalidades a serem impostas pelos Con-
selhos Federal e Regional de Enfermagem, conforme o
CAPÍTULO V que determina o art. 18 da Lei n° 5.905, de 12 de julho
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES de 1973, são as seguintes:

Art. 112º A caracterização das infrações éticas e discipli- I - Advertência verbal;


nares e a aplicação das respectivas penalidades regem- II - Multa;
-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas III - Censura;
em outros dispositivos legais. IV - Suspensão do Exercício Profissional;
V - Cassação do direito ao Exercício Profissional.
Art. 113º Considera-se infração ética a ação, omissão ou
conivência que implique em desobediência e/ou inob- § 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao
servância às disposições do Código de Ética dos Profis- infrator, de forma reservada, que será registrada no
sionais de Enfermagem. prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.

Art. 114º Considera-se infração disciplinar a inobser- § 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamen-
vância das normas dos Conselhos Federal e Regional de to de 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da
Enfermagem. categoria profissional à qual pertence o infrator, em vi-
Art. 115º Responde pela infração quem a cometer ou gor no ato do pagamento.
concorrer para a sua prática, ou dela obtiver benefício,
quando cometida por outrem. § 3º A censura consiste em repreensão que será divul-
gada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e
34 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 35

Regional de Enfermagem e em jornais de grande circu- imposição consideram-se:


lação.
I - A maior ou menor gravidade da infração;
§ 4º A suspensão consiste na proibição do exercício II - As circunstâncias agravantes e atenuantes da infra-
profissional da enfermagem por um período não supe- ção;
rior a 29 (vinte e nove) dias e será divulgada nas pu- III - O dano causado e suas conseqüências;
blicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de IV - Os antecedentes do infrator.
Enfermagem, jornais de grande circulação e comunica-
da aos órgãos empregadores. Art. 121º As infrações serão consideradas leves, graves
ou gravíssimas, segundo a natureza do ato e a circuns-
§ 5º A cassação consiste na perda do direito ao exer- tância de cada caso.
cício da enfermagem e será divulgada nas publicações
dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e § 1º - São consideradas infrações leves as que ofendam a
em jornais de grande circulação. integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa,
sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar
Art. 119º As penalidades, referentes à advertência ver- organizações da categoria ou instituições.
bal, multa, censura e suspensão do exercício profissio-
nal, são da alçada do Conselho Regional de Enferma- § 2º - São consideradas infrações graves as que provo-
gem, serão registradas no prontuário do profissional de quem perigo de vida, debilidade temporária de membro,
Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício sentido ou função em qualquer pessoa ou as que causem
profissional é de competência do Conselho Federal de danos patrimoniais ou financeiros.
Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo
primeiro, da Lei n° 5.905/73. § 3º - São consideradas infrações gravíssimas as que
provoquem morte, deformidade permanente, perda ou
Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver inutilização de membro, sentido, função ou ainda, dano
origem no Conselho Federal de Enfermagem, terá como moral irremediável em qualquer pessoa.
instância superior a Assembléia dos Delegados Regio- Art. 122º São consideradas circunstâncias atenuantes:
nais.
I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua
Art. 120º Para a graduação da penalidade e respectiva espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar
36 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 37

as conseqüências do seu ato; 106; 108 a 111 deste Código.


II - Ter bons antecedentes profissionais;
III - Realizar atos sob coação e/ou intimidação; Art. 126º A pena de multa é aplicável nos casos de infra-
IV - Realizar ato sob emprego real de força física; ções ao que está estabelecido nos artigos: 5º a 9º; 12; 13;
V - Ter confessado espontaneamente a autoria da infra- 15; 16; 19; 24; 25; 26; 28 a 35; 38 a 43; 48 a 51; 53; 56
ção. a 59; 72 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96; 97 a 102; 105; 107;
108; 110; e 111 deste Código.
Art. 123º São consideradas circunstâncias agravantes:
Art. 127º A pena de censura é aplicável nos casos de
I - Ser reincidente; infrações ao que está estabelecido nos artigos: 8º; 12;
II - Causar danos irreparáveis; 13; 15; 16; 25; 30 a 35; 41 a 43; 48; 51; 54; 56 a 59; 71
III - Cometer infração dolosamente; a 80; 82; 84; 85; 90; 91; 94 a 102; 105; 107 a 111 deste
IV - Cometer a infração por motivo fútil ou torpe; Código.
V - Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a im-
punidade ou a vantagem de outra infração; Art. 128º A pena de suspensão do exercício profissional
VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima; é aplicável nos casos de infrações ao que está estabele-
VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou cido nos artigos: 8º; 9º; 12; 15; 16; 25; 26; 28; 29; 31; 33
violação do dever inerente ao cargo ou função; a 35; 41 a 43; 48; 56; 58; 59; 72; 73; 75 a 80; 82; 84; 85;
VIII - Ter maus antecedentes profissionais. 90; 94; 96 a 102; 105; 107 e 108 deste Código.

CAPÍTULO VI Art. 129º A pena de cassação do direito ao exercício pro-


DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES fissional é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos: 9º, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste
Art. 124º As penalidades previstas neste Código somen- Código.
te poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando hou-
ver infração a mais de um artigo.
Art. 125º A pena de advertência verbal é aplicável nos CAPITULO VII
casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
5º a 7º; 12 a 14; 16 a 24; 27; 30; 32; 34; 35; 38 a 40; 49 a
55; 57; 69 a 71; 74; 78; 82 a 85; 89 a 95; 98 a 102; 105; Art. 130º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conse-
38 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 39

lho Federal de Enfermagem. RESOLUÇÃO COFEN Nº 370/2010


Altera o Código de Processo Ético das Autarquias Pro-
Art. 131º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho fissionais de Enfermagem para aperfeiçoar as regras e
Federal de Enfermagem, por iniciativa própria ou me- procedimentos sobre o processo ético-profissional que
diante proposta de Conselhos Regionais. envolvem os profissionais de enfermagem e Aprova o
Parágrafo único - A alteração referida deve ser prece- Código de Processo Ético.
dida de ampla discussão com a categoria, coordenada
pelos Conselhos Regionais. O Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de
Art. 132º O presente Código entrará em vigor 90 dias julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela
após sua publicação, revogadas as disposições em con- Resolução COFEN nº 242, de 31 de agosto de 2000;
trário.
Considerando a necessidade de se aperfeiçoar as regras pro-
Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2007. cedimentais e processuais dos processos éticos dos profissio-
nais de enfermagem;

Considerando os estudos realizados pela Comissão de Refor-


mulação do Código de Processo Ético das Autarquias Profis-
sionais de Enfermagem, que fora instituída do COFEN e as
sugestões enviadas pelos Conselhos Regionais de Enferma-
gem;

Considerando o que mais consta do Processo Administrativo


COFEN Nº 196/2010.

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o “CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO


DOS CONSELHOS DE ENFERMAGEM”, que estabe-
lece as normas procedimentais para serem aplicadas nos
40 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 41

processos éticos em toda jurisdição de todos os Conse- CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR DOS
lhos de Enfermagem. CONSELHOS DE ENFERMAGEM

Art. 2º Os Conselhos Regionais de Enfermagem deverão TÍTULO I


dar ampla publicidade ao Código de que trata a presen- DISPOSIÇÕES GERAIS
te Resolução, devendo os Profissionais de Enfermagem
conhecer seu inteiro teor. Art.1º O presente Código de Processo Ético-Discipli-
nar contém, sistematizado, o conjunto de normas que
Art. 3º O presente Código de Processo Ético entra em regem a aplicação em todo o território nacional pelos
vigor no dia 1º de janeiro de 2011, revogando as dispo- Conselhos de Enfermagem, do Código de Ética dos
sições em contrário, em especial a Resolução COFEN Profissionais de Enfermagem.
Nº 252/2001.
CAPÍTULO I
Brasília/DF, 3 de novembro de 2010. DO SISTEMA DE APURAÇÃO E DECISÃO DAS IN-
FRAÇÕES ÉTICAS

Art. 2º Constituem o sistema de apuração e decisão das


Manoel Carlos Neri da Silva Gelson Luiz de Albuquerque infrações ético-disciplinares:
Coren-RO Nº 63.592 Coren-SC Nº 25.336
Presidente Primeiro-Secretário
I- Como órgão de admissibilidade: o Plenário do respec-
tivo Conselho, no âmbito de sua competência;
II- Como órgão de instrução: as comissões criadas em
cada Conselho para este fim;
III- Como órgão de julgamento em primeira instância:

a) o Plenário dos Conselhos Regionais de Enfermagem;

b) o Plenário do Conselho Federal de Enfermagem,


quando se tratar de Conselheiro e Suplente, Federal ou
Regional, na forma do art. 6º;
42 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 43

c) o Plenário do Conselho Federal, no impedimento lugar de inscrição do profissional.


e/ou suspeição da maioria absoluta dos Conselheiros
efetivos e suplentes do Conselho Regional; Parágrafo único. Nos casos de cancelamento ou transfe-
rência da inscrição, permanecerá competente o Conse-
d) o Plenário do Conselho Federal, nos processos em lho Regional perante o qual se iniciou o processo.
que o Plenário do Conselho Regional indicar a pena de
cassação. Art. 5º A competência será determinada pelo lugar da
infração, quando o profissional for inscrito em mais de
IV- Como órgão de julgamento em segunda e última ins- um Conselho.
tância:
Art. 6º A competência pela prerrogativa de função é do
a) o Plenário do Conselho Federal, referente aos recur- Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de Con-
sos das decisões dos Conselhos Regionais de Enferma- selheiro e Suplente, Federal ou Regional, enquanto du-
gem; rar o mandato.

b) a Assembleia Geral dos Delegados Regionais, refe- 1º Cessado o exercício do mandato, deixa o profissional
rente aos recursos das decisões do Plenário do Conselho de gozar da prerrogativa de função, devendo o proces-
Federal, nas hipóteses do inciso anterior, alíneas “b”, so ser remetido ao Conselho Regional competente, que
“c” e “d”. dará prosseguimento ao feito.

CAPÍTULO II 2º Em caso de intervenção do Conselho Federal no Con-


DA COMPETÊNCIA selho Regional, permanecerá a competência pela prerro-
gativa de função pelo período inicialmente previsto para
Art. 3º Determinará a competência: o término natural do mandato.

I- o lugar de inscrição do profissional; CAPÍTULO III


II- o lugar da infração; e DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO
III- a prerrogativa de função.
Art. 7º Está impedido de atuar no processo o membro do
Art. 4º A competência, por regra, será determinada pelo Plenário ou da Comissão de Instrução que:
44 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 45

I- ele próprio, seu cônjuge, parente consanguíneo ou Art. 8º Pode ser arguida a suspeição de profissional in-
afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, seja dicado para realizar averiguação prévia, de membro do
parte ou interessado no feito, inclusive quando litigante Plenário ou da Comissão de Instrução que:
com qualquer das partes em processo judicial ou admi-
nistrativo; I- seja amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das
II- seja subordinado de qualquer das partes; partes;
III- tenha atuado na primeira instância, pronunciando- II- esteja ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente
-se de fato ou de direito sobre a matéria discutida no respondendo a processo por fato análogo;
processo; III- ele próprio, seu cônjuge, parente consanguíneo, ou
IV- seja cônjuge ou tenha relação de parentesco por vín- afim até o terceiro grau, seja litigante em processo que
culo de consanguinidade ou afinidade em linha reta ou tenha de ser julgado por qualquer das partes;
colateral até o terceiro grau, de defensor, de perito, de IV- tenha aconselhado qualquer das partes;
funcionário do Conselho que já tenha atuado no proces- V- seja credor ou devedor, tutor ou curador de qualquer
so ou daqueles que tiverem realizado a averiguação pré- das partes; e
via; e VI- seja sócio, acionista ou administrador de pessoa ju-
V- ele próprio tenha servido como testemunha ou de- rídica envolvida ou interessada no processo.
sempenhado qualquer das funções acima, salvo o Con-
selheiro Relator da fase de admissibilidade, que não está Art. 9º O impedimento ou a suspeição decorrente de pa-
impedido de elaborar o parecer de que tratam os artigos rentesco por casamento ou união estável cessa com a
20 e 26. dissolução do respectivo vínculo entre os cônjuges ou
companheiros, salvo sobrevindo descendente.
1º As hipóteses de impedimento previstas nos incisos I
e II deste artigo se aplicam aos profissionais de que trata Parágrafo único. Ainda que dissolvido o casamento ou
o art. 30. união estável sem descendentes, não poderá atuar como
membro do Plenário ou da Comissão de Instrução, o(a)
2º O Conselheiro que tiver realizado procedimento de sogro(a), padrasto/madrasta, o(a) cunhado(a), o genro, a
averiguação prévia, ou participado da Comissão de Ins- nora ou enteado(a) de quem for parte no processo.
trução, não poderá ser designado o Relator de que trata o
art. 110, assim como não poderá votar, sendo-lhe, contu- Art. 10º A suspeição não poderá ser declarada, nem re-
do, permitido o uso da palavra na sessão de julgamento. conhecida, quando a parte injuriar membro do Plenário
46 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 47

ou da Comissão de Instrução ou, propositadamente, ofe- devendo a questão ser apreciada pelo Plenário do Con-
recer motivo para criá-la. selho na ocasião do julgamento do processo.

Art. 11º Os membros do Plenário ou da Comissão de CAPÍTULO IV


Instrução, quando houver impedimento ou suspeição, DAS PARTES
abster-se-ão de atuar no processo, o que devem declarar
nos autos, sob pena de responsabilidade. Art. 15º São partes do processo:

Parágrafo único. Observar-se-á, neste caso, o disposto I- as pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem por meio
no § 2º do art. 7º deste Código. de denúncia; e
II- o profissional indicado como autor da infração.
Art. 12º O impedimento poderá ser arguido e reconheci-
do em qualquer fase do processo. Art. 16º As partes poderão ser representadas por advo-
gado constituído nos autos por meio de procuração, em
Art. 13º A suspeição deverá ser alegada na defesa pré- qualquer fase do processo.
via ou, se superveniente, na primeira oportunidade que
a parte tiver para manifestar nos autos, sob pena de pre- TÍTULO II
clusão. DOS PROCEDIMENTOS E DO PROCESSO ÉTICO

Art. 14º Arguido o impedimento ou a suspeição pela CAPÍTULO I


parte, o membro arguido, de forma justificada, deverá se DA ADMISSIBILIDADE
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias sobre o reconheci-
mento ou não da arguição. Art. 17º O procedimento ético-disciplinar inicia-se de
ofício ou por denúncia.
1º Reconhecido pelo membro arguido o impedimento
ou a suspeição, o Presidente do Conselho, no prazo de 5 Art. 18º Inicia-se de ofício quando o Presidente do Con-
(cinco) dias, nomeará membro substituto. selho vier a saber, através de auto de infração, ou por
qualquer meio, de fato que tenha característica de infra-
2º Não reconhecido pelo membro arguido o impedimen- ção ética ou disciplinar.
to ou a suspeição, o feito terá regular prosseguimento,
48 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 49

Art. 19º Nos casos previstos no artigo anterior, quando o indicação de localidade, dia, hora, circunstâncias e nome
fato não contiver elementos suficientes para a instaura- do autor da infração;
ção do processo ético-disciplinar, o Presidente do Con- IV- o nome e endereço de testemunhas, quando houver;
selho determinará à fiscalização que proceda a apuração V- documentos relacionados ao fato, quando houver; e
do ocorrido e fixará prazo para emissão de relatório cir- VI- assinatura do denunciante ou representante legal.
cunstanciado.
Art. 23º A denúncia é irretratável, salvo nos casos em
Art. 20º Recebido o relatório circunstanciado, o Presi- que houver conciliação.
dente do Conselho, no prazo de 5 (cinco) dias, determi-
nará a juntada de certidão de situação cadastral, finan- 1º Em se tratando de denúncia em que o fato se circuns-
ceira e de antecedentes éticos, e designará Conselheiro creva às pessoas do denunciante e do denunciado, e não
Relator para emitir, no prazo de 10 (dez) dias, parecer resulte em óbito, poderá ser realizada audiência prévia
fundamentado, esclarecendo se o fato tem indícios de de conciliação pelo Conselheiro Relator, possibilitando
infração ética ou disciplinar e indicando os artigos su- o arquivamento mediante retratação ou ajustamento de
postamente infringidos do Código de Ética, ou de outras conduta.
normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, bem
como se preenche as condições de admissibilidade, após 2º O denunciado que tenha descumprido conciliação an-
o que o parecer será submetido à deliberação do Plená- teriormente realizada, ainda que por fato e em processo
rio. diverso, não terá direito ao benefício.

Art. 21º A denúncia é o ato pelo qual se atribui a alguém Art. 24º Apresentada a denúncia, o Presidente do Con-
a prática de infração ética ou disciplinar. selho, no prazo de 5 (cinco) dias, determinará a juntada
de certidão de situação cadastral, financeira e de antece-
Art. 22º A denúncia será apresentada por escrito ou, dentes éticos e designará Conselheiro Relator.
quando verbal, reduzida a termo por servidor ou Conse-
lheiro contendo os seguintes requisitos: Art. 25º O Conselheiro Relator, preliminarmente, no
caso previsto no § 1º do art. 23, poderá designar, no pra-
I- Presidente do Conselho a quem é dirigida; zo de 5 (cinco) dias, audiência de conciliação, que deve-
II- nome, qualificação e endereço do denunciante; rá ser realizada em no máximo 30 (trinta) dias.
III- narração objetiva do fato ou do ato, se possível com
50 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 51

1º Ocorrendo a conciliação, o Conselheiro Relator la- 3º A seguir, será franqueada a palavra aos demais Con-
vrará o termo conciliatório e encaminhará os autos ao selheiros, ocasião em que poderão solicitar vista, desde
Presidente do Conselho que incluirá o processo na pauta que devidamente fundamentada, e, caso seja concedida,
da primeira reunião do Plenário para homologação e ar- a votação será suspensa até a próxima reunião de Plená-
quivamento, ato contra o qual não caberá recurso. rio.

2º Não ocorrendo, por qualquer motivo, a conciliação, 4º Apresentado voto divergente, será retomada a vota-
o Conselheiro Relator prosseguirá na forma do artigo ção.
seguinte.
Art. 27º São condições de admissibilidade:
3º A conciliação poderá ocorrer em qualquer fase do
processo por manifestação expressa das partes. I- ser o denunciado profissional de enfermagem ao tem-
po do fato que deu origem ao processo;
Art. 26º Quando não couber conciliação, o Conselheiro II- a identificação do denunciado;
Relator deverá, no prazo de 10 (dez) dias, emitir pare- III- dos fatos relatados decorrerem indícios de infração
cer fundamentado, esclarecendo se o fato tem indícios ética e/ou disciplinar prevista no Código de Ética, ou de
de infração ética ou disciplinar e indicando os artigos outras normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais;
supostamente infringidos do Código de Ética, ou de IV- haver, após a averiguação prévia, elementos sufi-
outras normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, cientes para a instauração do processo ético-disciplinar;
bem como se preenche as condições de admissibilidade, V- não estiver extinta a punibilidade pela prescrição.
após o que o parecer será submetido à deliberação do
Plenário. Art. 28º A deliberação do Plenário sobre a admissibili-
dade, como ato de instauração ou de arquivamento, de-
1º Em caso de necessidade, para subsidiar o parecer, o verá ser redigida no prazo de 5 (cinco) dias, pelo Con-
Conselheiro Relator poderá realizar ou solicitar averi- selheiro Relator, ou pelo Conselheiro condutor do voto
guação prévia, interrompendo-se o prazo previsto no vencedor, sob forma de Decisão, que a assinará conjun-
caput deste artigo. tamente com a Presidência, contendo, no mínimo:
2º A deliberação do Plenário terá início após a leitura do
parecer do Conselheiro Relator, que emitirá seu voto. I- a qualificação do denunciado;
II- o número do parecer aprovado pelo Plenário;
52 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 53

III- a data da reunião do Plenário que deliberou sobre o Art. 32º Na averiguação prévia poderão ser adotadas di-
arquivamento ou instauração do processo; ligências, tais como:
IV- a indicação dos dispositivos do Código de Ética, ou
de outras normas do Sistema Cofen/ Conselhos Regio- I- requisição e juntada de documentos e provas mate-
nais, supostamente infringidos pelo denunciado; e riais;
V- a assinatura do Conselheiro condutor do voto vence- II- convocação dos envolvidos ou de testemunha para
dor e do Presidente do Conselho. esclarecimento, que poderá ser escrito ou verbal, redu-
zido a termo, sem prejuízo do direito à ampla defesa, a
Art. 29º Deliberando o Plenário pela instauração do pro- ser exercido no momento oportuno; e
cesso ético-disciplinar, o Presidente do Conselho desig- III- inspeção in loco.
nará Comissão de Instrução, por Portaria, para apuração
dos fatos, encerrando-se a fase de admissibilidade. Art. 33º O prazo para apresentar o relatório de averigua-
ção prévia é de 30 (trinta) dias a contar de sua solicita-
CAPÍTULO II ção.
DA AVERIGUAÇÃO PRÉVIA
CAPÍTULO III
Art. 30º A averiguação prévia poderá ser realizada pelo DOS ATOS PROCESSUAIS
Relator, por fiscal do Conselho, por um profissional de
enfermagem ou por Comissão composta de até 3 (três) Art. 34º O Presidente do Conselho determinará a autu-
membros do quadro de inscritos, que estejam adimplen- ação da denúncia ou outro ato inaugural do processo ou
tes com suas obrigações relativas ao Conselho e não res- do procedimento ético-disciplinar, por funcionário, que
pondam a processo ético. deverá mencionar a natureza do feito, o número do re-
gistro, os nomes das partes e a data do seu início.
Art. 31º A averiguação prévia consiste em procedimento
sumário, preliminar, sem contraditório e ampla defesa, Art. 35º O processo terá a forma de autos judiciais e os
com a finalidade específica de colher elementos forma- termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes
dores da convicção, para determinar a instauração do constarão de notas datadas e rubricadas pelo funcionário
processo ético-disciplinar ou o arquivamento da denún- responsável pela autuação do procedimento ético-disci-
cia. plinar na fase de admissibilidade e, quando instaurado o
processo ético-disciplinar, pela Comissão de Instrução
54 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 55

ou funcionário auxiliar da Comissão. servado.

Art. 36º As peças juntadas, os despachos, os pareceres, CAPÍTULO IV


as decisões, as citações, as intimações e as notificações DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
serão numerados em ordem cronológica e numérica pelo
funcionário do Conselho ou por membro da Comissão SEÇÃO I
de Instrução, sendo facultado às partes, aos advogados, DA CITAÇÃO
aos fiscais e às testemunhas rubricar as folhas corres-
pondentes aos atos nos quais intervieram. Art. 40º Citação é o ato pelo qual se chama o denuncia-
do ao processo para defender-se, indispensável para a
Art. 37º O direito de consultar os autos e de pedir certi- validade do processo ético-disciplinar.
dões de seus atos é restrito às partes e a seus procurado-
res, sendo facultado a terceiros que demonstrem e justi- Art. 41º A citação poderá ser feita:
fiquem o interesse jurídico no feito em petição dirigida
ao presidente da Comissão de Instrução. I- por servidor do Conselho, por meio de mandado;
II- por carta registrada com aviso de recebimento pelos
Art. 38º Os atos processuais realizar-se-ão, de ordinário, Correios; e
na sede do Conselho, podendo ser realizados em outro III- por edital, quando inacessível, incerto ou não sabi-
lugar por necessidade da Comissão de Instrução ou por do, e esgotados todos os meios de localizar o endereço
solicitação fundamentada das partes, desde que acolhida do denunciado.
pela Comissão de Instrução.
Art. 42º São requisitos formais da citação:
Art. 39º O processo tramitará em sigilo, até seu término,
quanto à identidade do profissional denunciado. I- o nome do denunciante e do denunciado, nos procedi-
mentos ético-disciplinares iniciados por denúncia;
1º Estende-se o dever de sigilo à Comissão de Instrução, II- o nome do denunciado e do Conselho, nos procedi-
aos Conselheiros e a todos aqueles que dele tomarem mentos ético-disciplinares iniciados de oficio;
conhecimento em razão de ofício.
III- endereço residencial do denunciado, quando conhe-
2º Os atos do processo serão realizados em caráter re- cido;
56 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 57

IV- endereço do local de trabalho do denunciado, quan- sença do denunciado quando, regularmente citado ou
do não conhecido o residencial; intimado para qualquer ato, deixar de comparecer sem
V- o fim para que é feita a citação; motivo justificado.
VI- a indicação do prazo em que se deverá apresentar
defesa prévia, com advertência dos efeitos da revelia; Art. 45º O desatendimento da citação ou da intimação,
VII- a assinatura do Presidente da Comissão de Instru- ou a renúncia pela parte ao direito de defesa e à prática
ção; dos atos processuais não importam em reconhecimento
VIII- a fotocópia da denúncia, ou do documento que deu da verdade dos fatos.
origem aos procedimentos ético-disciplinares iniciados
de oficio; e 1º No prosseguimento do processo, será garantido às
IX- a fotocópia da Decisão do Plenário pela instauração partes o direito de ampla defesa e contraditório.
do processo ético-disciplinar, acompanhada do Parecer
do relator ou do condutor do voto vencedor. 2º O comparecimento espontâneo do denunciado aos
atos processuais ou a prática do ato objeto da comunica-
Art. 43º Não sendo conhecido o endereço do denuncia- ção supre a sua falta ou a irregularidade.
do, ou restando infrutífera a citação pessoal ou por carta
registrada, e certificando-se esta condição nos autos, a SEÇÃO II
citação será feita por edital. DA INTIMAÇÃO

1º A publicação do edital na imprensa oficial ou em jor- Art. 46º Na intimação das partes, testemunhas e demais
nal de grande circulação e no sítio eletrônico do Conse- pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer
lho de Enfermagem respectivo deve ser certificada nos ato, será observado, no que for aplicável, o disposto para
autos, juntando-se cópia do meio, impresso ou eletrôni- as citações, devendo conter, além dos requisitos previs-
co, em que foi divulgada. tos nos incisos I, II, III e IV do art. 42, o seguinte:

2º Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de I- data, hora e local em que o intimado deve comparecer;
15 (quinze) dias a partir da data de juntada, nos autos, da
publicação do edital. II- se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fa-
zer-se representar; e
Art. 44º O processo ético-disciplinar seguirá sem a pre- III- a informação da continuidade do processo, indepen-
58 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 59

dentemente de seu comparecimento. certos atos processuais.

Art. 47º Devem ser objeto de intimação os atos do pro- SEÇÃO IV


cesso que resultem, para as partes, em imposição de de- DA CARTA PRECATÓRIA
veres, ônus, sanções ou restrições ao exercício de direi-
tos e atividades e atos de outra natureza de seu interesse. Art. 50º As comunicações entre os Conselhos serão fei-
tas mediante ofícios ou cartas precatórias.
1º A intimação observará a antecedência mínima de 3
(três) dias úteis, quanto à data de comparecimento. Art. 51º Os ofícios ou as cartas precatórias independem
de remessa pela Presidência do Conselho, podendo ser
2º Nenhum ato da instrução poderá ser praticado sem a encaminhados pelo Presidente da Comissão de Instru-
prévia intimação das partes e de seus defensores. ção diretamente aos Presidentes dos Conselhos.

3º É válida a intimação efetuada por ciência nos autos Art. 52º A carta precatória será expedida mediante regis-
pela parte ou por seu defensor constituído, e certificada tro postal, ou outro meio eficaz, devendo ser instruída,
por funcionário do Conselho ou pelo Secretário da Co- quando houver, com os seguintes documentos e dados:
missão de Instrução.
I- indicação do Conselho de origem e de cumprimento
SEÇÃO III do ato;
DAS NOTIFICAÇÕES II- a finalidade a que se refere;
III- cópia da denúncia ou do documento que a tiver ins-
Art. 48º Quando necessário, serão notificados ao chefe taurado de ofício;
imediato, o dia e o horário designado para as partes ou IV- cópia da decisão que ensejou a instauração do pro-
testemunhas comparecerem aos atos do processo. cesso;
V- relatório de apuração; e
Art. 49º As notificações serão utilizadas para comunicar VI-questionário para as testemunhas, previamente ela-
às partes e seus defensores, legalmente constituídos ou borado pela Comissão de Instrução.
nomeados, Conselheiros relatores, membros da Comis-
são de Instrução e fiscais do Conselho, das nomeações, Art. 53º O Presidente da Comissão de Instrução manda-
determinações e despachos, para que possam praticar rá trasladar, na carta precatória, quaisquer outras peças,
60 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 61

bem como instruí-la com documentos dos autos, sempre esta deverá ser devolvida ao Presidente da Comissão de
que estes devam ser examinados na diligência pelas par- Instrução do Conselho deprecante, justificando os mo-
tes, peritos ou testemunhas, ou facilitar o cumprimento tivos da impossibilidade de seu cumprimento, indepen-
da precatória pelo deprecado. dentemente de traslado, no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 54º A expedição da carta precatória não suspenderá CAPÍTULO V


a instrução do processo, mas impedirá a conclusão dos DOS PRAZOS
trabalhos da Comissão, devendo ser juntada aos autos
após a sua devolução. Art. 58º Todos os prazos serão contínuos e peremptó-
rios, não se interrompendo por férias, sábados, domin-
Art. 55º Recebida a carta precatória, o Presidente do gos ou feriados.
Conselho deprecado designará, no prazo de 5 (cinco)
dias, Conselheiro ou Fiscal para executar as ordens so- Art. 59º Não se computará no prazo o dia do começo,
licitadas no prazo de 30 (trinta) dias, podendo ser pror- incluindo-se, porém, o do vencimento.
rogado por uma única vez, mediante requerimento jus-
tificado dirigido ao Presidente do Conselho deprecado. Art. 60º O término dos prazos será certificado nos au-
tos pelo Secretário da Comissão de Instrução ou funcio-
Parágrafo único. Poderá o Presidente do Conselho de- nário auxiliar da Comissão, sendo considerado findo o
precado recusar a carta precatória, se esta não estiver prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a
corretamente instruída. prova do dia em que começou a correr.

Art. 56º A carta precatória poderá ter caráter itinerante, Art. 61º O prazo que terminar ou se iniciar em dias em
antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, e que não houver expediente no Conselho de Enferma-
poderá ser apresentada ao Conselho Regional de Enfer- gem, ou em que o expediente se encerrar antes do ho-
magem diverso do que dela consta, a fim de se praticar rário normal, será considerado prorrogado até o dia útil
o ato e facilitar seu cumprimento. imediato.

Art. 57º Cumprida a carta precatória ou transcorrido o Art. 62º Salvo os casos expressos, os prazos correrão a
prazo máximo de 60 (sessenta) dias do recebimento da partir:
carta pelo Conselho deprecado, sem o seu cumprimento,
62 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 63

I- da juntada do comprovante ou da contrafé da citação, 3º O membro designado para compor a Comissão de


da intimação ou da notificação nos autos; Instrução abster-se-á de servir no processo, quando hou-
II- da audiência ou sessão em que for proferida a deci- ver impedimento ou suspeição, o que declarará nos au-
são, se a ela estiver presente a parte; e tos ou poderá ser arguido pelas partes em qualquer fase
III – do dia em que a parte manifestar, nos autos, ciência do processo.
inequívoca do despacho, ou da decisão.
4º Não poderá ser membro da Comissão de Instrução
Art. 63º Não havendo prazo estipulado neste Código o profissional que esteja respondendo a processo ético-
para o respectivo ato e nem definido pelo Presidente do -disciplinar, ou que esteja inadimplente com suas obri-
Conselho ou da Comissão de Instrução, este será de 5 gações junto ao Conselho.
(cinco) dias para a sua prática. Art. 65. Compete à Comissão de Instrução:

CAPÍTULO VI I- ouvir as partes e as testemunhas, em audiência previa-


DA COMISSÃO DE INSTRUÇÃO mente marcada;
II- determinar a oitiva das pessoas que estejam envolvi-
Art. 64º A Comissão de Instrução tem por finalidade or- das ou tenham conhecimento dos fatos, independente-
ganizar e instruir o processo ético-disciplinar, visando à mente daquelas arroladas pelas partes;
apuração dos fatos descritos na decisão de admissibili- III- colher todas as provas necessárias para o esclareci-
dade e instauração do processo, realizando todos os atos mento do fato e de suas circunstâncias;
necessários à busca da verdade, com estrita observância IV- proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas,
aos princípios da ampla defesa e do contraditório. bem como à acareação, quando necessário;
V- solicitar perícias e demais procedimentos ou diligên-
1º A Comissão de Instrução será composta de até 3 (três) cias considerados necessários à perfeita instrução do
membros, de categoria igual ou superior à do denuncia- processo e à busca da verdade real dos fatos;
do, escolhidos dentre os inscritos no Conselho de Enfer- VI- verificar os antecedentes profissionais do denuncia-
magem. do; e
VII- ultimar a instrução do processo ético-disciplinar,
2º A Comissão de Instrução será obrigatoriamente com- elaborar relatório conclusivo de seus trabalhos e enca-
posta de Presidente e Secretário e, se formada por três minhá-lo ao Presidente do Conselho.
membros, de um Vogal.
64 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 65

1º Os atos da Comissão de Instrução serão, de regra, rea- documentos do processo;


lizados na sede do Conselho em que tramitar o processo. IX- verificar e sanear irregularidades do processo;
X- designar defensor dativo, quando for o caso;
2º A Comissão de Instrução poderá utilizar integrantes XI- decidir sobre a necessidade de arrolar maior número
do quadro de funcionários e a estrutura administrativa de testemunhas pelas partes;
do Conselho para a prática de atos de sua competência, XII- indeferir pedidos considerados impertinentes, me-
tais como: ramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o es-
clarecimento dos fatos;
I- digitar os depoimentos tomados em audiência; XIII- solicitar, por escrito, ao Presidente do Conselho,
II- redigir os atos processuais determinados e encami- assessoramento técnico e científico sempre que julgar
nhá-los ao Secretário da Comissão de Instrução para to- necessário ao processo;
mar as devidas assinaturas; XIV- coordenar a elaboração do relatório final;
III- formalizar e expedir as correspondências legais, XV- solicitar, se for o caso, prorrogação de prazos para
após determinação da Comissão; e a realização de trabalhos e diligências; e
IV – realizar e registrar os atos processuais de mera mo- XVI- proceder ao encerramento dos trabalhos da Co-
vimentação. missão.

Art. 66º Incumbe ao Presidente da Comissão de Instru- Art. 67º Ao Secretário da Comissão de Instrução incum-
ção: be:

I- convocar e presidir as reuniões da Comissão; I- secretariar as reuniões e substituir o Presidente em sua


II- determinar a citação do denunciado; ausência;
III- determinar a intimação das partes, seus procurado- II- supervisionar e acompanhar os trabalhos da Comis-
res e testemunhas; são ou de seus auxiliares;
IV- designar, previamente, as datas das audiências; III- redigir atas de reuniões e os termos de depoimentos,
V- tomar depoimentos; inquirições, acareações, ou de qualquer outra atividade
VI- solicitar perícias, provas ou diligências necessárias; da Comissão;
VII- estar presente aos atos da Comissão, assinar ter- IV- organizar o processo, colocando em ordem crono-
mos, relatórios e documentos por ela elaborados; lógica, de juntada, os documentos que o constituem,
VIII- decidir sobre a juntada ou o desentranhamento de numerando-os e rubricando-os; e
66 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 67

V- providenciar a elaboração e a expedição de intima- fesa no prazo legal, o denunciado será declarado revel
ções, notificações, requerimentos, ofícios e demais atos nos autos e, caso não tenha constituído defensor, o Pre-
necessários à instrução do processo. sidente da Comissão de Instrução nomeará um defensor
dativo para apresentar a defesa no prazo de 15 (quinze)
Art. 68º Ao Vogal da Comissão de Instrução incumbe dias, a contar da nomeação.
substituir o Secretário, na ausência deste.
1º A nomeação de defensor dativo deverá recair em pro-
Art. 69º A Comissão de Instrução concluirá seus traba- fissional de enfermagem de categoria igual ou superior
lhos no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados do ao denunciado, desde que não exerça a função de Con-
recebimento dos autos, prazo esse prorrogável por igual selheiro do Sistema Cofen / Conselhos Regionais de En-
período pelo Presidente do Conselho, mediante solicita- fermagem; ou, facultativamente, em advogado que não
ção justificada do Presidente da Comissão. seja Procurador do Sistema Cofen / Conselhos Regio-
nais de Enfermagem.
CAPÍTULO VII
DA INSTRUÇÃO 2º O denunciado revel poderá intervir em qualquer fase
do processo, não lhe sendo, contudo, devolvidos os pra-
Art. 70º O Presidente da Comissão de Instrução, após zos vencidos.
notificado de sua nomeação e da instauração do proces-
so ético-disciplinar pelo Plenário, deverá determinar, no Art. 73º Recebida a defesa prévia, o Presidente da Co-
prazo de 5 (cinco) dias, a citação do denunciado para missão de Instrução, conforme o caso, determinará a
apresentar defesa prévia, no prazo de 15 (quinze) dias. realização das diligências que entender pertinentes e
designará dia, hora e local para ouvir as partes, as tes-
Art. 71º Na defesa prévia, o denunciado poderá arguir temunhas arroladas e as determinadas pela Comissão,
preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, observados os prazos mínimos para realização dos atos
expondo as razões de fato e de direito; oferecer docu- preparatórios de intimações e notificações.
mentos e justificações; especificar as provas pretendidas
e arrolar até três testemunhas, qualificando-as e reque- Art. 74º Na audiência de instrução, deverá proceder-se
rendo sua intimação, quando necessário. à tomada de declarações do ofendido, a inquirição das
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta
Art. 72º Regularmente citado, e não apresentando de- ordem; bem como aos esclarecimentos das diligências,
68 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 69

às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, determinará a extração de cópias, ou a remessa em ar-


interrogando-se, em seguida, o denunciado. quivo digital para os membros do Plenário das seguintes
peças: parecer inicial, defesa prévia, laudos periciais,
Art. 75º Às partes, será concedido o prazo de 3 (três) alegações finais, relatório final.
dias, após intimação, para impugnação de documentos
novos. Parágrafo único. O Presidente do Conselho distribuirá
os autos, no prazo de 5 (cinco) dias, a um Conselheiro,
Art. 76º Surgindo, em qualquer momento da fase de que emitirá parecer conclusivo para julgamento do Ple-
instrução, provas de elementos ou circunstâncias da in- nário.
fração ético-disciplinar, não referidas pelo Conselheiro
Relator na fase de admissibilidade, deverá a Comissão SEÇÃO I
de Instrução intimar as partes para manifestação no pra- DAS TESTEMUNHAS
zo de 5 (cinco) dias, ocasião em que poderão produzir
provas. Art. 80º Toda pessoa poderá ser testemunha.

Art. 77º Encerrada a instrução processual, o Presidente Art. 81º A testemunha fará, sob palavra de honra, a pro-
da Comissão determinará a intimação das partes para messa de dizer a verdade do que souber e lhe for pergun-
apresentação das alegações finais, no prazo de 10 (dez) tado, devendo declarar seu nome, idade, estado civil, re-
dias. sidência, profissão, lugar onde exerce sua atividade, se
é parente, e em que grau, de alguma das partes, quais
Art. 78º Concluído o procedimento, a Comissão de Ins- suas relações com qualquer delas; e relatar o que sou-
trução elaborará relatório dos trabalhos realizados, con- ber, explicando sempre as razões de sua ciência, ou as
tendo a narrativa objetiva dos fatos apurados, os apon- circunstâncias pelas quais a Comissão possa avaliar sua
tamentos das provas testemunhais e materiais colhidas, credibilidade.
emitindo conclusão fundamentada sobre a caracteriza-
ção da infração ético-disciplinar. Parágrafo único. Não se deferirá o compromisso a que
Parágrafo único. No relatório da Comissão não poderá alude o artigo aos doentes e deficientes mentais e aos
conter indicação de penalidade a ser imposta. menores de 18 (dezoito) anos, nem às pessoas referidas
no art. 83.
Art. 79º Entregue o relatório, o Presidente do Conselho
70 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 71

Art. 82º O depoimento será prestado oralmente, não importem na repetição de outra já respondida e, com-
sendo, entretanto, vedada à testemunha breve consulta plementar a inquirição sobre os pontos não esclarecidos.
a apontamentos.
1º Deverão constar na ata da audiência as perguntas que
Art. 83º A testemunha, quando profissional de enferma- a testemunha deixar de responder, juntamente com as
gem, não poderá eximir-se da obrigação de depor. Pode- razões de sua abstenção.
rá, entretanto, recusar-se a fazê-lo se for ascendente ou
descendente, ou afim em linha reta; cônjuge, ainda que 2º O procurador das partes poderá assistir ao interroga-
separado; irmão, pai, mãe ou filho do denunciado, salvo tório bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe
quando não for possível, por outro modo, obter-se ou vedado interferir nas perguntas e respostas, mas faculta-
integrar-se a prova do fato de suas circunstâncias. do reinquiri-las, diretamente ou por intermédio do Pre-
sidente da Comissão.
Art. 84º O Presidente da Comissão de Instrução, quando
julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas além Art. 88º O Presidente da Comissão não permitirá que a
das indicadas pelas partes. testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo
quando inseparáveis da narrativa do fato.
Art. 85º As testemunhas serão inquiridas, cada uma de
per si, de modo que uma não saiba nem ouça os depoi- Art. 89º Antes de iniciado o depoimento, as partes po-
mentos das outras, devendo o Presidente adverti-las das derão contraditar a testemunha ou arguir circunstâncias
penas cominadas ao falso testemunho. ou defeitos que a tornem suspeita de parcialidade ou in-
digna de fé.
Art. 86º Se o Presidente da Comissão de Instrução re-
conhecer que alguma testemunha, quando profissional Parágrafo único. O Presidente da Comissão fará consig-
de enfermagem, fez afirmação falsa, calou ou negou a nar a contradita ou arguição e a resposta da testemunha,
verdade, remeterá cópia do depoimento à Presidência do mas só não lhe deferirá compromisso legal nos casos do
Conselho para as providências cabíveis. art. 83.
Art. 87º As perguntas poderão ser formuladas pelas par-
tes diretamente às testemunhas, podendo o Presidente Art. 90º Na redação do depoimento, o Secretário da Co-
da Comissão de Instrução indeferir aquelas que possam missão de Instrução ou funcionário auxiliar designado
induzir a resposta, não tenham relação com a causa ou deverá cingir-se, tanto quanto possível, às expressões
72 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 73

usadas pelas testemunhas, reproduzindo fielmente suas quando arrolados como testemunhas, serão inquiridos
frases. em local, dia e hora, previamente ajustados entre eles e
o Presidente da Comissão de Instrução, e poderão optar
Parágrafo único. No caso de digitação por funcionário pela prestação de depoimento, por escrito, caso em que
auxiliar, este se restringirá ao registro da versão, frases as perguntas formuladas pelas partes lhes serão transmi-
e expressões determinadas pela Comissão de Instrução. tidas por ofício.

Art. 91º O depoimento da testemunha será reduzido a Art. 95º A testemunha residente no interior do Estado
termo e será assinado por ela, pelo Presidente da Co- poderá ser ouvida em seu domicílio, ou outro local pre-
missão, demais membros presentes na audiência, pelas viamente indicado, devendo seu depoimento ser tomado
partes e seus procuradores. por pessoa designada pelo Presidente do Conselho, me-
diante Portaria, acompanhada dos documentos necessá-
Art. 92º O Presidente da Comissão de Instrução certi- rios para o ato.
ficará a ocorrência nos autos e extrairá cópias à Presi-
dência do Conselho para a adoção das medidas cabíveis Art. 96º A testemunha que morar fora da área de jurisdi-
quando a testemunha, regularmente intimada e sendo ção do Conselho será inquirida por meio de carta preca-
profissional de enfermagem, deixar de comparecer sem tória, devendo ser intimadas as partes.
motivo justificado.
SEÇÃO II
Art. 93º As pessoas impossibilitadas, por enfermidade DO INTERROGATÓRIO DO DENUNCIADO
ou por velhice, de comparecer para depor, poderão ser
inquiridas onde estiverem. Se qualquer testemunha hou- Art. 97º O denunciado, regularmente intimado para au-
ver de ausentar-se ou, por enfermidade ou por velhice, diência de inquirição, será qualificado e interrogado na
inspirar receio de que, ao tempo da instrução, já não presença de seu defensor, se houver constituído; cientifi-
exista, o Presidente da Comissão poderá, de ofício ou a cado do inteiro teor da acusação e informado pelo Presi-
requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe anteci- dente da Comissão do seu direito de permanecer calado
padamente o depoimento. e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.

Art. 94º Os Conselheiros Federais e Regionais, efetivos Parágrafo único. O silêncio, que não importará em con-
ou suplentes, tanto quanto as autoridades do governo, fissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defe-
74 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 75

sa, mas poderá constituir elemento para a formação do V- se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou
convencimento da Comissão de Instrução. por inquirir, desde quando, e se tem algo alegar contra
elas;
Art. 98º Havendo mais de um denunciado, estes serão VI- se sabe como foi praticado o ato;
interrogados separadamente. VII- todos os demais fatos e pormenores que conduzam
à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infra-
Art. 99. O interrogatório será constituído de duas partes: ção; e
sobre a pessoa do denunciado e sobre os fatos. VIII- se tem algo mais a alegar em sua defesa.

1º Na primeira parte, ao interrogado será perguntado: Art. 100º Após o interrogatório, o Presidente da Comis-
I – sobre residência, profissão, lugar onde exerce sua são indagará das partes se restou algum fato a ser escla-
atividade , informações familiares e sociais; recido, formulando as perguntas correspondentes, se o
II – sobre vida pregressa, notadamente se responde a entender pertinente e relevante.
algum processo judicial ligado ao caso e às imputações
de infração ético-disciplinar ora apurada; e Art. 101º Se o interrogado negar a acusação, no todo
III – se já processado judicialmente sobre estas questões, ou em parte, poderá prestar esclarecimentos e indicar
qual o juízo do processo, se houve suspensão condicio- provas.
nal ou condenação, qual a pena imposta e se a cumpriu.
Art. 102º Se confessar a autoria, será perguntado sobre
2º Na segunda parte ser-lhe-á perguntado: os motivos e as circunstâncias do fato e se outras pes-
soas concorreram para a prática da infração, indicando
I- se verdadeira a acusação que lhe é feita; quais sejam.
II- não sendo verdadeira a acusação, se tem algum mo-
tivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou Parágrafo único. A confissão, quando feita fora do inter-
pessoas a quem deva ser imputada a prática da infração rogatório, será tomada por termo nos autos.
ético-disciplinar, e quais sejam, e se com elas esteve,
antes ou depois da prática da infração; SEÇÃO III
III- onde estava ao tempo em que foi cometida a infra- DA ACAREAÇÃO
ção e se teve notícia desta;
IV- se conhece as provas já apuradas; Art. 103º A acareação será admitida sempre que os de-
76 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 77

poentes divergirem em suas declarações sobre fatos ou I- a prova do fato não depender de conhecimento espe-
circunstâncias relevantes. cial;
II- for desnecessária, em vista de outras provas produ-
Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados para zidas; e
que expliquem os pontos divergentes, reduzindo-se a III- a sua realização for impraticável.
termo o ato de acareação.
Art. 108º A perícia será realizada nos termos indicados
SEÇÃO IV pela Comissão de Instrução, seguindo as normas subsi-
DA PROVA DOCUMENTAL diárias, especialmente o Código de Processo Penal.

Art. 104º Salvo os casos expressos em lei, as partes po- Art. 109º As despesas com a perícia correrão por conta
derão apresentar documentos em qualquer fase do pro- da parte interessada na prova, apresentando-se o recibo
cesso. nos autos.

Art. 105º Consideram-se documentos quaisquer escri- TÍTULO III


tos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. DO JULGAMENTO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 106º A Comissão de Instrução poderá providenciar CAPÍTULO I


a juntada de documentos relacionados ao objeto do pro- DO JULGAMENTO
cesso, independentemente de requerimento das partes.
Art. 110º Recebido o processo da Comissão de Instru-
SEÇÃO V ção, o Presidente do Conselho, no prazo de 5 (cinco)
DA PROVA PERICIAL dias, designará um Conselheiro Relator para a emissão
de parecer conclusivo.
Art. 107º A prova pericial consiste em exame, vistoria
ou avaliação. Parágrafo único. A designação de que trata este artigo
deverá observar o disposto no § 2º do art. 7º deste Có-
Parágrafo único. A perícia não poderá ser realizada digo.
quando:
Art. 111º O Relator emitirá o parecer conclusivo no pra-
78 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 79

zo de 20 (vinte) dias, entregando-o, com os autos do deverá conter:


processo, ao Presidente do Conselho.
I – parte expositiva, onde relatará sucintamente os fatos
Art. 112º O Relator poderá, no prazo de 5 (cinco) dias, e a indicação sumária das provas colhidas;
a contar da data de recebimento do processo, devolvê-lo II – parte conclusiva em que apreciará o valor da prova
à Comissão de Instrução, especificando as diligências obtida, declarando se há ou não transgressão ao Código
que julgar necessárias e fixando prazo para seu cumpri- de Ética dos Profissionais de Enfermagem, ou de outras
mento. normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, e em
quais artigos está configurada, com indicação da pena-
1º Ocorrendo o previsto no caput deste artigo, o prazo lidade cabível.
para a emissão de parecer conclusivo pelo Conselheiro
Relator será interrompido, iniciando-se nova contagem Art. 114º Recebido o parecer do Conselheiro Relator, o
a partir da data do recebimento do processo da Comis- Presidente do Conselho determinará a inclusão do pro-
são de Instrução. cesso na pauta da primeira sessão plenária subsequente,
determinando a prévia notificação / intimação das partes
2º Cumpridas as diligências especificadas, o Presiden- e de seus procuradores para o julgamento, com o míni-
te da Comissão de Instrução concederá vista às partes, mo de 15 (quinze) dias de antecedência.
pelo prazo de 05 (cinco) dias, para se manifestarem.
Art. 115º Aberta a sessão e iniciado o julgamento, o
3º Transcorrido o prazo para manifestação das partes, o Conselheiro Relator apresentará o seu parecer, sem emi-
Presidente da Comissão de Instrução devolverá o pro- tir voto, em seguida, cada parte ou seu procurador pode-
cesso diretamente ao Conselheiro Relator, que dará con- rá produzir sustentação oral por 10 (dez) minutos.
tinuidade à sua tramitação.
Art. 116º Cumpridas as disposições do artigo anterior,
4º O Presidente da Comissão de Instrução poderá, uma os Conselheiros poderão pedir a palavra para:
única vez, solicitar ao Conselheiro Relator a prorroga-
ção do prazo para cumprimento das diligências que lhe I- esclarecer dúvidas acerca dos fatos constantes do pro-
forem determinadas. cesso, podendo ter acesso aos autos para verificação;
II- requerer e especificar diligências; e
Art. 113º O parecer conclusivo do Conselheiro Relator III- ter vista dos autos até a próxima reunião Plenária, na
80 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 81

secretaria do Conselho. voto de desempate.

Parágrafo único. O requerimento a que alude o inciso Art. 121º Em caso de condenação, o Plenário fixará a
II deste artigo somente será deferido com aprovação do pena.
Plenário.
Art. 122º A deliberação do Plenário deverá ser redigida,
Art. 117º Deferida a diligência, o julgamento será sus- no prazo de 5 (cinco) dias, pelo Conselheiro Relator ou
penso, sendo fixado, pelo Plenário, prazo não superior a pelo Conselheiro condutor do voto vencedor sob forma
30 (trinta) dias para seu cumprimento. de decisão, que a assinará juntamente com o Presidente
do Conselho.
Parágrafo único. As partes serão intimadas para, no pra-
zo de 3 (três) dias, manifestarem-se sobre o cumprimen- Parágrafo único. A decisão conterá:
to das diligências deferidas pelo Plenário.
I- o número do processo;
Art. 118º Cumprida a diligência, o Presidente do Con- II- o número do parecer aprovado pelo Plenário;
selho mandará incluir o processo na pauta da primeira III- o nome das partes, a qualificação e o número de sua
reunião Plenária subsequente. inscrição profissional;
IV- a ementa do julgamento;
CAPÍTULO II V- o relatório contendo a exposição sucinta dos fatos, os
DA DECISÃO argumentos da acusação e da defesa;
VI- a indicação dos motivos de fato e de direito em que
Art. 119º A deliberação do Plenário terá início após a se fundamenta a decisão;
apresentação do parecer pelo Conselheiro Relator, que VII- a indicação do(s) artigo(s) do Código de Ética dos
emitirá seu voto. Profissionais de Enfermagem em que se ache incurso o
denunciado;
Art. 120º Em seguida, o Presidente do Conselho fran- VIII- a indicação das circunstâncias agravantes ou ate-
queará a palavra aos demais Conselheiros para que emi- nuantes definidas no Código de Ética dos Profissionais
tam seus votos. de Enfermagem;
IX- a absolvição ou a pena imposta; e
Parágrafo único. Caberá ao Presidente do Conselho o X – a data e as assinaturas do Presidente e do Conselhei-
82 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 83

ro redator da decisão. Art. 125º Os atos praticados poderão ser considerados


nulos ou anuláveis. Os atos nulos são insanáveis e inde-
Art. 123º Indicada a pena de cassação, o julgamento será pendem da arguição das partes. Os atos anuláveis pode-
suspenso e os autos remetidos ao Conselho Federal para rão ser sanados e deverão ser arguidos pelas partes.
julgamento.
Art. 126º A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
1º Recebidos os autos, o Presidente do Conselho Federal
designará Conselheiro Relator. I- quando inexistir o ato de instauração do processo;
II- por falta de citação do denunciado;
2º O Conselheiro Relator disporá de 10 (dez) dias para III- por falta de designação de defensor dativo;
elaborar o parecer, contados do prazo de recebimento do IV- por supressão de quaisquer das fases de defesa;
processo. V- por impedimento declarado de qualquer dos mem-
bros do Plenário ou da Comissão de Instrução; e
Art. 124º Na hipótese de o Conselho Federal discordar VI- por inexistência de fundamentação da decisão.
da pena máxima proposta pelo Conselho Regional, se-
rão os autos devolvidos ao Regional de origem, para Art. 127º A anulabilidade ocorrerá nos seguintes casos:
aplicação de outra penalidade.
I- por falta de intimação das testemunhas arroladas pelas
1º Concordando o Conselho Federal com a proposta de partes;
cassação, proferirá decisão, sob forma de acórdão, a ser II- por suspeição declarada de qualquer dos membros do
redigido pelo Conselheiro Relator ou Conselheiro con- Plenário ou da Comissão de Instrução;
dutor do voto vencedor, que o assinará juntamente com III- pela incompetência do Conselho; e
o Presidente. IV- por falta de cumprimento das formalidades legais
prescritas no presente Código.
2º Na aplicação da pena de cassação, o Conselho Fede-
ral delimitará o período de seu cumprimento, para fins Art. 128º As anulabilidades deverão ser arguidas pelas
da reabilitação. partes em até 5 (cinco) dias da data da ciência do ato
anulável.
TÍTULO IV
DAS NULIDADES E ANULABILIDADES Art. 129º Nenhum ato será anulado se da anulabilidade
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não resultar prejuízo para as partes ou não houver influí- Art. 132º Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a
do na apuração da verdade ou na decisão da causa. que tenha dado causa, ou para a qual tenha concorrido,
nem poderá arguir nulidade de formalidade cuja obser-
Parágrafo único. Ainda que da anulabilidade possa re- vância só à parte contrária interessa.
sultar em prejuízo, ela somente será pronunciada pelo
Presidente da Comissão de Instrução, pelo Conselheiro TÍTULO V
Relator ou pelo Plenário quando não for possível suprir- DO JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA
se a falta ou repetir-se o ato.
CAPÍTULO I
Art. 130º Quando determinado ato for anulável, será DOS RECURSOS
considerado válido nos seguintes casos:
Art. 133º Da decisão proferida pelo Conselho Regional
I- se não forem arguidas em tempo oportuno; caberá recurso ao Conselho Federal com efeito suspen-
II- se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido sivo, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da ciência
suas finalidades; e da decisão pelas partes.
III- se a parte, ainda que tacitamente, houver aceitado
seus efeitos. 1º Das decisões de arquivamento de denúncias caberá o
recurso previsto no caput deste artigo.
Art. 131º Os atos processuais, cuja nulidade tenha sido 2º Os recursos serão interpostos perante o órgão prolator
declarada, retornarão às instâncias competentes para re- da decisão em primeira instância.
petição ou retificação.
Art. 134º Recebido o recurso, o Presidente do Conselho
1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará determinará a intimação da parte contrária para, queren-
a nulidade dos atos que dele diretamente dependam ou do, apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze)
sejam consequência. dias, após o que será remetido ao órgão de segunda ins-
tância.
2º O Presidente da Comissão de Instrução, o Conselhei-
ro Relator ou o Plenário, quando pronunciar a nulidade, Art. 135º Recebido o processo pela secretaria do Conse-
declarará os atos aos quais ela se estende. lho Federal, os autos serão encaminhados ao seu Presi-
dente que, no prazo de 5 (cinco) dias, designará Conse-
86 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 87

lheiro Relator, o qual terá o prazo de 10 (dez) dias para Delegado Relator e determinará o envio de cópias da
emitir seu parecer. decisão recorrida, do recurso e das contrarrazões do re-
curso a cada Delegado Regional.
Art. 136º Com a entrega do parecer, o Presidente do
Conselho designará dia para o julgamento, intimando as 3º O Delegado Relator terá o prazo de 20 (vinte) dias
partes e notificando seus procuradores, com antecedên- para emitir seu parecer.
cia mínima de 20 (vinte) dias.
4º Recebido o parecer, o Presidente do Conselho Fede-
CAPÍTULO II ral deverá designar a data do julgamento e determinar a
DO RECURSO PARA A ASSEMBLÉIA GERAL DOS intimação das partes e de seus procuradores, com ante-
DELEGADOS REGIONAIS cedência mínima de 20 (vinte) dias.

Art. 137º Das decisões do Plenário do Conselho Fede- CAPÍTULO III


ral, nas hipóteses do Art. 2º, inciso III, alíneas “b”, “c” DO JULGAMENTO NA SEGUNDA INSTÂNCIA
e “d”, caberá recurso para a Assembleia Geral dos Dele-
gados Regionais, no prazo de 15 (quinze) dias. Art. 139º Aberta a sessão de julgamento, o Conselheiro
Relator apresentará o parecer sem emissão de voto, sen-
Art. 138º Recebido o recurso, o Presidente do Conse- do a seguir dada a palavra, sucessivamente, por 10 (dez)
lho Federal determinará a intimação da parte contrária minutos, ao recorrente e ao recorrido.
para, querendo, apresentar contrarrazões, no prazo de 15
(quinze) dias. Parágrafo único. O primeiro Conselheiro a usar da pala-
vra será o Relator, que emitirá seu voto.
1º A Assembleia dos Delegados Regionais será convo-
cada pelo Presidente do Conselho Federal na forma do Art. 140º Encerrado o julgamento, o Presidente do Con-
que dispuser o seu Regimento Interno e deverá reunir-se selho anunciará a decisão, a qual será lavrada na forma
para julgar o recurso em até 120 (cento e vinte) dias, a de acórdão.
contar do seu recebimento.
1º O acórdão será redigido, no prazo de 5 (cinco) dias,
2º No ato de convocação da Assembleia dos Delegados pelo Conselheiro Relator ou pelo condutor do voto ven-
Regionais, o Presidente do Conselho Federal designará cedor, que o assinará juntamente com o Presidente do
88 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 89

Conselho. dutor do voto vencedor, o qual terá o prazo de 10 (dez)


dias para emitir seu parecer.
2º O acórdão, no que couber, conterá os mesmos ele-
mentos referidos no parágrafo único do art. 122. 3º Com a entrega do parecer, o Presidente do Conselho
designará dia para o julgamento a ser realizado na forma
Art. 141º Lavrado e publicado o Acórdão, será o proces- deste capítulo, intimando a parte e notificando seu pro-
so devolvido ao Conselho de origem para execução da curador, com antecedência mínima de 20 (vinte) dias.
pena e respectiva divulgação da decisão, se for o caso.
TÍTULO VI
Parágrafo único. Quando a penalidade imposta for a DA EXECUÇÃO DA PENA
cassação, o Conselho Federal fará publicar o Acórdão,
ressalvado ao Conselho Regional o direito de dar publi- Art. 143º Não cabendo mais recurso, serão os autos de-
cidade ao mesmo. volvidos à instância de origem do processo, para a exe-
cução do decidido.
Art. 142º No julgamento do recurso, o órgão julgador,
independentemente do pedido das partes, poderá apli- Art. 144º A execução das penalidades impostas pelos
car penalidade diversa daquela decidida pelo órgão de Conselhos Regionais ou pelo Conselho Federal se pro-
julgamento em primeira instância, podendo alterar a cessará na forma estabelecida nas decisões ou acórdãos,
classificação da infração, aumentar, reduzir a pena ou sendo registradas no prontuário do profissional infrator.
absolver o denunciado.
1º As penas aplicadas se estendem a todas as inscrições
1º Em observância aos princípios da ampla defesa e do do profissional junto ao Conselho de Enfermagem, inde-
contraditório, caberá pedido de reconsideração no caso pendentemente da categoria em que o profissional tenha
de aumento de pena decorrente de recurso interposto cometido a infração.
apenas pelo denunciado.
2º O Presidente do Conselho dará conhecimento, à insti-
2º O pedido de reconsideração deverá ser apresentado tuição empregadora do infrator, da decisão que impuser
ao Conselho Federal no prazo de 10 (dez) dias, contados penalidade de suspensão do exercício profissional.
da ciência da decisão mais gravosa pelo denunciado e
será encaminhado pelo Presidente ao Conselheiro con- 3º No caso de cassação do exercício profissional, além
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da publicação dos editais e das comunicações endereça- desclassificar o fato configurador da infração, de modo
das às autoridades interessadas no assunto, será apreen- a alterar a penalidade;
dida a carteira profissional do infrator, procedendo-se ao II- a decisão condenatória estiver fundada em prova tes-
cancelamento do respectivo registro no Conselho. temunhal ou pericial cuja falsidade ficar comprovada; e
III- ficar evidenciado que o processo se desenvolveu ei-
Art. 145º Impossibilitada a execução da penalidade, esta vado de nulidade.
ficará suspensa até seu efetivo cumprimento, sem pre-
juízo das anotações nos prontuários e publicações dos Parágrafo único. No julgamento da revisão serão apli-
editais, quando for o caso. cadas, no que couber, as normas previstas neste Código.

Parágrafo único. O não pagamento da pena de multa im- Art. 148º A revisão terá início por petição à Presidên-
portará na sua inscrição em dívida ativa para posterior cia do Conselho Regional, com as provas documentais
execução judicial. comprobatórias dos fatos arguidos.

Art. 146º Cumpridas todas as decisões de primeira ou 1º A revisão será distribuída a um Conselheiro Relator,
segunda instância, o Presidente do Conselho que tiver por designação do Presidente do Conselho.
atuado como órgão de julgamento em primeira instância
determinará o arquivamento do processo. 2º Não será admitida a renovação do pedido de revisão,
salvo se fundamentado em novas provas.
TÍTULO VII
DA REVISÃO DA PENA Art. 149º A decisão no processo revisional poderá redu-
zir ou extinguir a pena, sendo vedado o seu agravamen-
Art. 147º É facultado ao punido ou, em caso de seu fa- to.
lecimento, aos seus herdeiros, apresentar pedido de re-
visão da pena, a qualquer tempo, após a publicação do 1º A absolvição implicará no restabelecimento de todos
acórdão, ou quando não couber mais recurso, nas se- os direitos perdidos em virtude de punição anteriormen-
guintes hipóteses: te aplicada.

I- forem apuradas provas idôneas da inocência do puni- 2º A revisão da pena somente surtirá efeito após o seu
do ou de circunstâncias que possam atenuar a pena, ou trânsito em julgado.
92 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 93

Art. 150º Qualquer recurso, na revisão, somente será do por fato imputado como crime, seguirá os mesmos
recebido no efeito devolutivo. trâmites da reabilitação penal, com a reparação na área
cível ou demonstração de absoluta impossibilidade de
Art. 151º A revisão será processada em apenso aos autos fazê-lo, ou, ainda, declaração de renúncia da vítima,
originais do processo ou, ainda, acompanhada de foto- com demonstração por parte do denunciado de constan-
cópias integrais dos autos originais. te bom comportamento público e privado.

TÍTULO VIII Art. 154º Os efeitos da reabilitação consistem em retirar


DA REABILITAÇÃO do prontuário do profissional qualquer apontamento re-
ferente à condenação e, no caso de cassação, a outorga
Art. 152º Após 2 (dois) anos do cumprimento da pena de nova inscrição.
aplicada pelo Conselho de Enfermagem, sem que tenha
sofrido qualquer outra penalidade ético-disciplinar, ou Art. 155º O pedido de reabilitação deverá ser formulado
esteja respondendo a processo administrativo ou crimi- diretamente ao Conselho que executou a pena, cabendo
nal, e mediante provas efetivas de bom comportamento, recurso ao Conselho Federal.
é permitido ao profissional requerer a reabilitação pro-
fissional. TÍTULO IX
DA PRESCRIÇÃO
1º O requerimento de que trata o caput deste artigo de-
verá ser instruído com as provas e certidões pertinentes. Art. 156º A pretensão à punibilidade das infrações ético-
-disciplinares prescreve em 5 (cinco) anos, contados da
2º Havendo necessidade, o Conselho poderá determinar data de ocorrência do fato.
a realização de perícia para avaliar a efetiva recuperação
do profissional. 1º Aplica-se a prescrição a todo processo ético-discipli-
nar paralisado por mais de 3 (três) anos, pendente de
3º Quando a infração ético-disciplinar constituir crime, despacho ou julgamento, devendo ser arquivado, de ofí-
a reabilitação profissional dependerá da correspondente cio ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo
reabilitação criminal. de serem apuradas as responsabilidades pela paralisa-
ção.
Art. 153º A reabilitação, caso a cassação tenha ocorri-
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2º A prescrição interrompe-se pela instauração de pro- dentemente da regularidade de sua inscrição no Conse-
cesso ético-disciplinar, ou pela notificação válida feita lho Regional.
ao denunciado, inclusive por meio de editais. Revogado
pela Resolução Cofen nº 483/2015. Parágrafo único. Este Código não se aplica a quem não
for inscrito ou autorizado pelo Conselho Regional, apli-
3º Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a cando-se, contudo, ao profissional inscrito ou autoriza-
contar novamente do dia dessa interrupção. do ao tempo da prática da conduta que deu origem ao
processo.
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 160º As questões omissas neste Código deverão ser
supridas utilizando-se, subsidiariamente, os dispositivos
Art. 157º É vedada vista dos autos fora da secretaria do previstos no Código de Processo Penal, no que lhes for
Conselho, porém as partes poderão, a qualquer tempo, aplicável.
acessá-los, inclusive obter cópia de peças, por meio de
requerimento formulado ao Presidente do Conselho ou Art. 161º Este Código entrará em vigor no dia 1º de ja-
de Comissão de Instrução, a expensas do requerente. neiro de 2011, sem prejuízo da validade dos atos reali-
zados sob a vigência do Código anterior.
Art. 158º Em qualquer fase do processo, poderá ser so-
licitada pela Presidência a manifestação da Assessoria Art. 162º Revoga-se a Resolução nº 252/2001 e demais
Jurídica do Conselho. disposições em contrário.

1º A manifestação da Assessoria Jurídica versará, exclu-


sivamente, sobre as questões processuais e de legalida-
de.

2º É defeso ao Assessor Jurídico manifestar-se sobre


questões ético-disciplinares.

Art. 159º As disposições do presente Código aplicam-se


aos que exercem atividades de enfermagem, indepen-
96 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 97

REFERÊNCIAS ANOTAÇÕES:

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM.

Resolução nº 311, de 8 de fevereiro de 2007. Dispõe sobre


a consulta de Enfermagem. Disponível em: <http://www.co-
fen.gov.br/resoluo-cofen-3112007_4345.html>. Acesso em:
29 jul. 2016.

Resolução nº 370, de 3 de novembro de 2010. Aprova a Re-


formulação do Código de Ética dos Profissionais de Enferma-
gem. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-
-cofen-no-3702010_33338.html>. Acesso em: 29 jul. 2016.
98 Manual de Processo Ético-Disciplinar da Enfermagem Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 99

ANOTAÇÕES: ANOTAÇÕES:
Rua da Bahia 916, Centro
Belo Horizonte-MG | CEP 30160-011
www.corenmg.gov.br Telefone Geral: (31) 3238-7500

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