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MATERIAL DIDÁTICO
METODOLOGIA DO TRABALHO
CIENTÍFICO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 3
UNIDADE 1: INTRODUÇÃO ....................................................................................... 4
UNIDADE 2: A CIÊNCIA............................................................................................. 6
UNIDADE 3: OS TIPOS DE CONHECIMENTO........................................................ 15
UNIDADE 4: A PESQUISA ....................................................................................... 22
UNIDADE 5: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ............................................................. 28
UNIDADE 6: O TRABALHO CIENTÍFICO ................................................................ 33
UNIDADE 7: A REVISÃO DE LITERATURA ........................................................... 35
UNIDADE 8: O ARTIGO CIENTÍFICO ...................................................................... 41
UNIDADE 9: A LEITURA .......................................................................................... 42
UNIDADE 10: A ESCRITA........................................................................................ 43
UNIDADE 11: INSTRUMENTALIZAÇÃO CIENTÍFICA ............................................ 48
UNIDADE 12: PLÁGIO: O QUE É E COMO EVITAR .............................................. 58
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 71
ANEXOS ................................................................................................................... 75
APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
Ao elaborarmos esta obra, visando contemplar a Disciplina Metodologia
Científica, objetivamos construir um texto que possibilite a preparação do seu
1
Na internet.
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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UNIDADE 1: INTRODUÇÃO
2
Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas também estão nas referências.
3
Vide referências.
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UNIDADE 2: A CIÊNCIA
A Metodologia Científica
Metodologia, do Grego – META, que significa ao largo, caminho; e LOGOS
que significa discurso, estudo. Epistemologicamente significa “o estudo da ciência” –
por isso a necessidade de conceituar ciência – ou a crítica ao conhecimento
científico, através do exame das hipóteses, dos princípios e das conclusões,
objetivando determinar seu alcance e seu valor.
É, portanto, a disciplina que oferece os caminhos necessários para o
autoaprendizado em que você é o sujeito do processo, aprendendo a pesquisar e a
sistematizar o conhecimento adquirido, estudando todos os métodos científicos sob
os aspectos descritivos e da análise reflexiva.
Ao tratar do processo científico, a metodologia da ciência descreve o que
são os métodos científicos da indução, dedução e o hipotético-dedutivo, incluindo
outros procedimentos que levam à formulação das hipóteses, bem como, a
elaboração e explicação de leis e teorias científicas, fazendo também uma análise
crítica delas.
Temos também a Metodologia do Trabalho Científico que, conforme
Saloman (1999),
f) leis.
Conceitos de método
A partir de diversos autores, relacionamos vários conceitos sobre método, a
saber: Hegenberg afirma que método é o "Caminho pelo qual se chega a
determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão
de modo refletido e deliberado". (1976, p. 115); Ackoff diz que é a "Forma de
selecionar técnicas e avaliar alternativas para ação científica". (apud HEGENBERG,
1976, p. 116); Para Trujillo é a "Forma ordenada de proceder ao longo de um
caminho". (1974, p. 24); É a "Ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um fim dado" na visão de Jolivet, (1979, p. 71); São os
"Conjuntos de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e
demonstração da verdade" para Cervo e Bervian (1978, p. 17); E para Kaplan
"Caracteriza-se por ajudar a compreender, no sentido mais amplo, não os resultados
da investigação científica, mas o próprio processo de investigação". (apud
GRAWITZ, 1975, p. 18).
Método científico
Podemos definir o método científico como a teoria da investigação que
alcança seus objetivos, quando cumpre ou se propõe a cumprir, de forma científica,
as seguintes etapas:
a) Descobrimento do problema - ou brecha, num conjunto total de
acontecimentos;
b) Colocação precisa do problema - ou a recolocação de um velho problema à
luz de novos conhecimentos;
c) Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema –
pesquisa sobre o conhecido para tentar resolver o problema;
d) Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados - se
a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa seguinte, em caso contrário,
passa-se para a subsequente;
e) Invenção de novas ideias – criação e análise de hipóteses, teorias ou técnicas,
ou ainda, produção de novos dados empíricos que possibilitem a resolução do
problema;
f) Obtenção de uma solução – pode ser exata ou aproximada do problema,
utilizando-se do instrumental conceitual ou empírico disponível;
g) Investigação das consequências da solução obtida – é a busca de
prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio, em se tratando de uma
teoria;
h) Prova ou comprovação da solução – comparação entre a solução encontrada
e a totalidade das outras teorias e da informação empírica pertinente. Se o
O que é conhecer?
Podemos dizer, a partir das concepções de Cyrino e Penha (1992), que
conhecer é, sem dúvidas "elaborar um modelo de realidade" e "projetar ordem onde
havia caos" (CYRINO e PENHA, 1992, p. 13). Posto isso, três elementos se fazem
necessários para que o conhecimento seja construído e internalizado:
a) O objeto – aquilo que o sujeito analisa, busca e investiga para conhecer;
b) O sujeito – aquele que conhece;
c) A imagem mental – ideia, opinião ou conceito que resulta da relação
sujeito-objeto e que habita a partir de então a subjetividade daquele que conhece.
Sendo assim, podemos afirmar que o conhecimento não nasce do buraco
negro da nossa mente, mas, sim, das experiências que arregimentamos e
acumulamos em nossa vida diária, através dos relacionamentos interpessoais, de
experiências, das construções, das leituras de livros e artigos diversos, das viagens.
Conhecer é, pois, internalizar um novo conceito, ou um conceito original, sobre um
fenômeno ou fato qualquer.
Pensar e conhecer
O animal homem diferencia-se dos outros animais pela sua capacidade de
pensar e, ao fazê-lo, problematizar o seu ambiente fisicamente e culturalmente.
Fisicamente significa a sua identificação com a natureza e culturalmente, refere-se a
produção humana em todos os aspectos.
Dessa forma o homem interfere e modifica o seu hábitat enquanto os outros
animais apenas são adaptativos ao ambiente em que se encontram. Um exemplo
seria o do João-de-barro, passarinho que desde o início da sua existência, constrói o
mesmo tipo de moradia.
Ao contrário do João-de-barro, passarinho, o homem começou morando em
cavernas. Mais adiante, passou a construir choças e cabanas. Um pouco mais de
evolução o levou a construir casas de madeiras, tijolos e cimento. Hoje, utiliza-se
estruturas sofisticadíssimas como moradias: casas inteligentes, edifícios altíssimos e
construções que tentam ser à prova de terremotos e furacões.
A pergunta é: Por que o humano progrediu e o joão-de-barro, não?
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"explicar" o mundo por meio de representações simples, porém não racionais, nem
resultantes de experimentações científicas.
É um conhecimento "expresso por meio de linguagem simbólica e
imaginária" (CYRINO e PENHA, 1992, p. 14), onde o homem cria representações
para atribuir um sentido às coisas, baseando-se na crença de que seres fantásticos
e suas histórias sobrenaturais são responsáveis pela existência de todas as coisas.
3 - Conhecimento Filosófico
É o conhecimento que se faz especulando sobre fenômenos, gerando, assim,
conceitos subjetivos. É fruto da reflexão e do raciocínio humano. Através dele, o
homem busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os
limites formais da ciência. Exemplo: "O homem é a ponte entre o animal e o além-
homem" (Friedrich Nietzsche).
Podemos relacionar suas características, como sendo:
4 - Conhecimento Científico
O conhecimento científico é racional e produzido a partir da investigação
metódica da realidade, através de pesquisas, experimentos e da busca sobre a
lógica dos fatos, fenômenos, seres e acontecimentos humanos e naturais.
Trata-se portanto, de um conhecimento sistemático e metódico, proveniente
da experimentação, validação e comprovação das hipóteses aventadas,
possibilitando ao homem elaborar instrumentos para intervir na realidade e
transformá-la para melhor ou para pior.
O conhecimento científico tem como características, ser:
Real, factual – parte das ocorrências, dos fenômenos e dos fatos;
Contingente – tem a veracidade ou falsidade de suas proposições ou hipóteses
comprovadas através da experimentação;
Sistemático – forma um sistema de ideias (teorias) lógicas e não conhecimentos
dispersos e desconexos;
- É racional e objetivo.
- Atém-se aos fatos.
- Transcende aos fatos.
- É analítico.
- Requer exatidão e clareza.
- É comunicável.
- É verificável.
- Depende de investigação metódica.
- Busca e aplica leis.
- É explicativo.
- Pode fazer predições.
- É aberto.
- É útil (GALLIANO, 1979, p. 24-30).
5 - Conhecimento técnico
Saber fazer. Operacionalização. Esse conhecimento baseia-se no domínio do
mundo e da natureza. É um conhecimento especializado e extremamente específico,
esmerando-se na aplicação de todos os outros saberes que lhe podem ser úteis.
Esse saber auxilia o homem a agir no mundo, levando-o as mais diversas
atividades no que tange à produção técnica. Porém, a sua supervalorização pode
levar a um desvio que coloque em segundo plano as atividades de pensar e de
compreender os "porquês" das coisas, razão pela qual o emprego da tecnologia
requer muito cuidado e bom senso.
UNIDADE 4: A PESQUISA
O Problema
Formular um problema é, sem dúvidas, o passo mais importante para se
iniciar uma pesquisa. Um problema é um fenômeno ou fato ainda sem resposta ou
explicações, sendo sua solução possibilitada pela pesquisa. A escolha do problema
deve ser, então, a primeira tarefa do pesquisador, que deve seguir algumas
diretrizes, a saber:
Hipótese
Ao formular o problema é necessário aventar hipóteses que sugerirão
explicações para o fato estudado e antecipará soluções para o problema escolhido.
Portanto, para se construir as hipóteses devemos seguir algumas orientações. Veja
abaixo:
Delimitação
O delineamento metodológico de uma pesquisa, também conhecido como
recorte, inicia-se com a seleção das fontes de dados. Os dados podem ser
fornecidos por pessoas ou documentos, dependendo da proposta que se quer
discutir e do tema abordado.
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Projeto de pesquisa
Toda pesquisa deve ser iniciada pelo plano ou projeto, ou planejamento da
mesma. Para tanto, segue um exemplo de roteiro de plano ou projeto de pesquisa.
I- Título da pesquisa
II- Objeto e Justificativa.
• Introdução ao tema.
• O Problema da pesquisa (o que será pesquisado; a “pergunta”).
• Justificativa (por que escolheu esse problema).
III- Revisão Bibliográfica: leitura e exposição das ideias já discutidas por outros
autores; levantamento de críticas e dúvidas; explicar no que o seu trabalho se
diferenciará dos demais já produzidos sobre o problema; esclarecer de que forma o
seu trabalho contribuirá para o conhecimento do mesmo.
IV –Hipóteses: explicar a obtenção das respostas provisórias baseadas na revisão
bibliográfica que foram formuladas para estudar o problema.
V -Procedimentos Metodológicos (como verificar as hipóteses): realizar a pesquisa,
suas etapas e os procedimentos que serão adotados. Explicar o tipo de pesquisa
(estudo setorial, histórico, de caso, entre outros); tipo de dados; período coberto;
âmbito espacial, fontes de informação qualitativa e quantitativa.
VI- Desenho da Pesquisa: o conteúdo que terá o relatório final da pesquisa;
VII- Bibliografia: relacionar os autores utilizados e citados;
VIII- Cronograma: delimitar as datas para as ações.
Classificação da Pesquisa
A pesquisa é um processo formal e sistemático de desenvolvimento do
método científico e, conforme Gil, “O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir
respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. (GIL,
1999, p. 42).
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2 - Pesquisa Qualitativa:
Nesse tipo de pesquisa, considera-se que há uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo inseparável entre o mundo objetivo e a
subjetividade do sujeito não podendo ser traduzidos em números, devendo ser
analisados e observados sob outra ótica.
Tipos de pesquisa
1 - Pesquisa Descritiva
Observa, registra, descreve, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos, sem
interferência do pesquisador, visando descrever as características de determinada
população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem
o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, questionário e observação
sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento (LAKATOS e MARCONI,
2009).
A pesquisa descritiva pode assumir a forma de:
1.1 - Estudo Exploratório – visa proporcionar maior familiaridade com o
problema com vistas a torná-lo explícito ou construir hipóteses.
1.2 - Estudo de Caso – caracteriza-se pelo estudo exaustivo de poucos
objetos, sendo possível com a Pesquisa Exploratória. (ECO, 2007).
2 - Pesquisa Experimental: Quando se determina um objeto de estudo. Seleciona-
se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, define-se as formas de controle
e observação dos efeitos que a variável produz. Em ciências sociais, cujos objetos
de estudos são pessoas, grupos ou instituições, as limitações éticas e técnicas
reduzem, consideravelmente o uso da experimentação. (ECO, 2007 e DEMO, 1994).
disponível a partir das teorias publicadas em livros ou obras congêneres, como foi
dito anteriormente.
A pesquisa bibliográfica possui as seguintes fases de acordo com Salomon (1993, p.
213):
a) escolha do tema;
b) elaboração do plano de trabalho;
c) identificação;
d) localização;
e) compilação;
f) fichamento;
g) análise e interpretação;
h) redação.
Conceito
Biblio – livro e grafia – descrição, escrita
A pesquisa bibliográfica consiste no exame da literatura científica para
levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado tema. (LAKATOS e
MARCONI, 2009).
Objetivos
Esse tipo de pesquisa é fundamental para qualquer e toda pesquisa científica
e parte do domínio da bibliografia especializada da área. A bibliografia retrospectiva
e/ou atualizada caracteriza a relevância de determinadas áreas do conhecimento.
Através dela o pesquisador arregimenta conhecimento suficiente e necessário sobre
o que já foi publicado sobre um assunto, atualizando-se sobre o tema, evitando-se
duplicação de pesquisas, acusações de plágio, redescobertas e perda de tempo;
(DEMO, 1994, p.45).
Sendo assim, a pesquisa bibliográfica deve reunir um certo número de
autores renomados que tenham publicado conteúdos consistentes que
fundamentam uma discussão teórica sobre a questão. O pesquisador deve saber
articular as informações coletadas, concatenando-as com um nível de análise crítica
e não apenas descritiva.
Fases da pesquisa
1 - Fase preparatória
Consiste no estudo dos aspectos gerais do assunto escolhido; na
delimitação quanto a aspectos, período, idiomas; na identificação das palavras-
chave ou cabeçalhos de assunto, na versão desses termos para outros idiomas,
dependendo das fontes de pesquisa escolhida e sua adequação ao assunto.
(LAKATOS e MARCONI, 2009).
2 - Levantamento bibliográfico
Consiste na consulta às fontes de pesquisa escolhidas, devendo ser feita do
ano corrente para trás, dentro do período preestabelecido. As referências de
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4 - Fonte de pesquisa:
Todo tipo de publicações impressas ou digitais em forma de livros,
dicionários, enciclopédias, periódicos, resenhas, monografias, dissertações, ensaios,
teses, apostilas, artigos, boletins, entre outros.
Nesse esforço de busca e interpretação, a ciência está comprometida com o
rigor da observação, logo, muitas conclusões configuram-se em conceitos, teses e
leis. Portanto, ao pesquisarmos, não partimos do nada à medida em que alguma
coisa já foi concluída sobre aquele fenômeno e referenciais teóricos auxiliam no
reforço, na justificativa, na demonstração, no esclarecimento e na explicação do
fenômeno estudado.
5 – Redação
Ao redigir, deve-se ter em mente o público para o qual se destina, sendo
claro, objetivo, conciso nos pontos simples, extenso naqueles de entendimento
complexo e importante. Normalmente, utiliza-se a forma impessoal, devendo
empregar corretamente os tempos verbais, a concordância e regras gramaticais,
resguardando-se dos floreios do estilo livre, dispensados nas publicações científicas,
reduzindo-se ao estritamente necessário, de vez que a acuidade científica é
qualidade essencial a quem redige. (DEMO, 1994, p.45).
7.1 – Fichas
Criado pelo Abade Rozier, da Academia Francesa de Ciência, no século XVII,
o sistema de ficha é atualmente utilizado nas mais diversas situações.
b) de citações;
c) de resumo ou de conteúdo;
d) de comentário ou analítica.
B) Ficha de Citações
Citação é a menção no texto de informação extraída de outra fonte para
esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto apresentado. Devem ser evitadas citações
referentes a assuntos amplamente divulgados, rotineiros ou de domínio público, bem
como aqueles provenientes de publicações de natureza didática que reproduzem de
forma resumida os documentos originais, tais como apostilas e anotações de aula.
(ECO, 2007).
Todo trabalho científico deve ter uma estrutura semelhante a que será
desenvolvida a seguir:
a) Introdução – formulação clara e simples do tema, sua delimitação, importância,
caráter, justificativa, metodologia empregada e apresentação sintética da questão,
bem como as hipóteses aventadas;
b) Desenvolvimento – formulação lógica do trabalho, cuja finalidade é expor e
demonstrar suas principais ideias. Geralmente apresenta três etapas:
• Explicação – apresenta o sentido do tema, analisando e compreendendo-o;
• Discussão – é o exame, a argumentação e a explicação do tema;
• Demonstração – é a dedução lógica do trabalho, implicando a construção do
raciocínio.
c) Conclusão – consiste no resumo sistematizado da argumentação desenvolvida.
Deve constar na conclusão a relação entre as diferentes partes da argumentação e
a união de ideias e reflexões.
Identificação
É a fase de reconhecimento do assunto pertinente ao tema em estudo. Como
primeiro passo deve-se procurar por catálogos onde se encontram as relações das
obras. Em seguida, tendo em mãos os livros ou periódicos, faz-se o levantamento
dos assuntos abordados pelo sumário.
Localização
Tendo realizado o levantamento bibliográfico, com identificação das obras,
passa-se à localização das fichas bibliográficas nos arquivos das bibliotecas
públicas e particulares ou através de programas de computador, faz-se o
arquivamento das fichas digitalizadas ou digitadas.
Copilação
É a reunião sistemática do material contido em livros, revistas, entre outros. Esse
material pode ser obtido por meio de fotocópias impressas ou downloads de
arquivos de sites especializados da internet.
Fichamento
Tendo em suas mãos as fontes de referências, deve-se transcrever os dados
em fichas, com o máximo de exatidão, posto que, a ficha permite a ordenação do
assunto, ocupa pouco espaço, podendo ser impressa ou digital.
Análise e Interpretação
A primeira fase da análise e da interpretação é a crítica do material
bibliográfico e divide-se em crítica interna e externa.
A crítica externa é a feita sobre o significado, a importância e o valor histórico de
um documento, considerando em si mesmo e em função do trabalho que está sendo
elaborado e abrange: a crítica do texto averiguando se o texto sofreu alterações ao
longo do tempo e se essas alterações foram autorizadas e realizadas pelo autor; a
crítica da proveniência, investigando a origem do texto e as ideias anteriores e
posteriores do autor; e a crítica da autenticidade, determinando o autor, o tema, o
lugar e as circunstâncias da composição.
A crítica interna é aquela que aprecia o sentido e o valor do conteúdo e
compreende: a crítica de interpretação a partir da averiguação do sentido exato que
o autor quis exprimir; e a crítica do valor interno do conteúdo que aprecia a obra e
forma um juízo sobre a autoridade do autor e o valor que representa o trabalho e as
ideias nele contidas.
Fontes Bibliográficas
As principais fontes a serem consultadas para a elaboração do referencial
teórico são: artigos em periódicos, livros, teses, dissertações e artigos em
congressos.
2 – Livros
Utilize livros acadêmicos sobre o tema da pesquisa. Evite livros (i) para
principiantes ou de bolso (literatura de consultório e de aeroporto), (ii) livros-texto
(apesar de muitos serem úteis na consolidação de aspectos básicos de seu
trabalho), (iii) livros de circulação restrita, tais como apostilas de instituições ou
cadernos informativos.
3 - Artigos em congressos
Faça uma busca por artigos apresentados em conferências ou congressos
nacionais e internacionais de renome. Dê preferência aos artigos recentes (de até 5
anos atrás). Por apresentarem qualidade bastante diferenciada uns dos outros,
muitas vezes, só servem como fontes bibliográficas para obter referências de outros
autores. Artigos de congresso costumam ser publicados em CD-ROM, contendo
mecanismos eficientes de busca que podem agilizar sua pesquisa.
4 - Teses e dissertações
Prefira teses e dissertações concluídas em universidades reconhecidas.
Atualmente, os bancos de teses e dissertações se multiplicam e é fácil o acesso a
esse tipo de publicação via download. Porém, cuidado para não copiar a estrutura e
conteúdo da revisão elaborada por outros alunos. Isso seria um erro grave. Um
PLÁGIO. E isso é crime, como veremos no item 12 desta obra.
Reunindo Ideias
O principal objetivo de uma revisão bibliográfica é reunir ideias de diferentes
fontes, visando construir uma nova teoria ou uma nova visão sobre um assunto já
conhecido.
Os tipos básicos de composição são (a) reunir ideias comuns, (b) conectar
ideias complementares entre si, (c) comparar ideias divergentes ou opostas. Veja:
1 - Reunindo ideias comuns: Os dois autores relacionados falam do mesmo
aspecto do tema e concordam com ele.
2 - Conectando ideias complementares: Os dois autores se complementam.
Erros Comuns
Errar é humano, mas quem corrigirá seu trabalho não leva em consideração
este tipo de fato. Sendo assim, consulte sempre o seu orientador e reveja as
correções necessárias, cuidando-se para não cometer algum dos erros abaixo:
• Fazer uma revisão muito pequena e utilizar poucos autores, seja por pressa,
falta de tempo ou desinteresse. É importante que você elenque os autores
essenciais e os inclua no seu trabalho;
• Não esquecer as áreas afins;
• Deixar as referências incompletas ou erradas indica que você na realidade não
conseguiu encontrar um fio condutor nas obras que consultou;
• Deixar de resumir claramente os autores principais revisados na literatura – você
deve sempre tentar facilitar a vida do leitor, oferecendo resumos ou esquemas
que ajudem a entender o assunto que está sendo abordado;
• Não colocar as conclusões de forma que reúna as ideias principais abordadas
no texto.
• Má organização do material – revisão com seções muito curtas de um ou dois
parágrafos apenas, com repetição de ideias ou no estilo de “ficha-de-leitura”, ou
sem uma estrutura ou lógica identificável de apresentação;
• O referencial teórico utilizado deve ser ao mesmo tempo enxuto e completo.
Você deve fazer uma revisão dos seus estudos e de todos os autores relevantes
que estejam diretamente relacionados ao seu tema;
• Dê prioridade a obras recentes, posto que artigos ou livros com mais de 50 anos
costumam estar desatualizados. Contudo, evite o excesso de apud. Se as obras
principais são mais antigas, é preferível lê-las a ficar citando autores que outros
autores citam;
• Dê prioridade (nesta ordem) a (i) artigos publicados em revistas e periódicos
internacionais, (ii) artigos publicados em revistas e periódicos nacionais
reconhecidos, (iii) livros publicados por bons editores, (iv) teses e dissertações
UNIDADE 9: A LEITURA
Formatação do texto
Formate o texto em folha A4, margem superior 3,0 cm, inferior 2,0 cm,
margem esquerda 3,0 cm, margem direita 2,0 cm. Parágrafo com recuo de 1,5 cm,
fonte Arial ou Times New Roman 12 pt, espaçamento 1,5 entre linhas.
Não use quebra de páginas, as quais devem ser usadas apenas se o layout
da página for alterado (passar de retrato para paisagem e voltar para retrato, por
exemplo).
Títulos devem ser justificados à esquerda. Deixe uma linha entre texto –
título – texto. Isso ajuda a destacar os títulos das seções e subseções.
Figuras, tabelas e respectivas legendas devem ser centradas na página.
Deixe uma linha entre texto – objeto – texto. Não deixe espaçamento entre a
legenda e o objeto (figura ou tabela). A legenda deve ficar próxima do objeto ao qual
ela pertence.
Tabelas e figuras devem ser numeradas e receber legenda. As tabelas são
numeradas na parte superior e as figuras na parte inferior. Legendas são uma
espécie de título e não devem receber ponto final. No interior de tabelas e figuras,
use espaçamento simples e, se necessário para acomodar o conteúdo, a letra pode
ser em tamanho menor.
Figuras e tabelas retiradas do original em inglês devem ser traduzidas para a
apresentação na dissertação. Sempre que possível, use tabelas digitadas no
processador de texto (tabelas obtidas com scanner usualmente apresentam
qualidade inferior ou ocupam muito espaço).
A citação de tabelas e figuras deve ser feita utilizando a primeira letra em
maiúsculo e o número do objeto: a Figura 2 apresenta a evolução de... A Tabela 3
contêm um sumário de... Nunca escreva figura abaixo, tabela a seguir, pois em
função da paginação a posição das tabelas e figuras pode ser alterada na versão
final.
Ajuste a posição das tabelas e figuras para melhorar a paginação, evitando
pedaços de páginas em branco. Segue exemplo de tabela inserida no texto:
Como resumir:
• É aconselhável, em uma primeira leitura, fazer um esboço do texto tentando
captar o plano geral da obra e seu desenvolvimento;
• A seguir volta-se a ler o texto para responder as duas questões principais: de
que se trata o texto? O que ele pretende demonstrar? Com isso identificam-se
as ideias centrais e o propósito do autor;
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Tipos de Resumo
Dependendo do caráter do trabalho que pretende realizar, o resumo pode ser:
a) Indicativo ou descritivo – Quando faz referência às partes mais importantes do
texto. Utiliza frases curtas, cada uma correspondendo a um elemento importante da
obra. Não é simples enumeração do sumário ou índice do trabalho. Não dispensa a
leitura do texto completo, pois apenas descreve sua natureza, forma e propósito.
b) Informativo ou analítico – Quando contêm todas as informações principais
apresentadas no texto e permite dispensar a leitura deste último; portanto, é mais
amplo do que indicativo. Tem a finalidade de informar o conteúdo e as principais
ideias do autor, salientando os objetivos e o assunto, os métodos e as técnicas; os
resultados e as conclusões. Sendo uma apresentação do texto, esse tipo de resumo
não deve conter comentários pessoais ou de quem fez o resumo; quando cita as do
autor, cita-as entre aspas. Da mesma forma que na redação das fichas, procura-se
evitar expressões tais como: o autor disse, segundo o autor, ou sendo ele a seguir,
este livro, ou seja todas as palavras supérfluas. Deve-se dar preferência à forma
impessoal.
Crítico – Quando se formula um julgamento sobre o trabalho. É a crítica da forma, no
que se refere aos aspectos metodológicos; do conteúdo; do desenvolvimento da
lógica da demonstração, da técnica de apresentação das ideias principais. No
resumo crítico não pode haver citações. (DEMO, 2002 e ECO, 2005).
Resenha Crítica
Conceito – é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, resumo,
crítica e formulação de conceito de valor do livro. (DEMO, 2002 e ECO, 2005).
• Finalidade – apresentação de uma síntese das ideias fundamentais da obra.
Buscas na Internet
Numa pequena viagem histórica constatamos que no passado as informações
eram transmitidas oralmente. Com o surgimento da escrita, essas informações
passaram a ser representadas graficamente. Hoje vemos um excesso de informação
em todo lugar e a todo o momento.
Atualmente, estamos na chamada Era da Informação. Nessa nova Era,
assistimos ao processamento das informações: temos um dado que se torna
informação que nos leva a ter e construir o conhecimento que nos traz
competência propiciando maior criatividade.
Pesquisas indicam que, atualmente, mais de 90% das novas informações
nascem de forma digital. A Internet transformou-se na Biblioteca da humanidade,
onde é possível acessar toda e qualquer informação e conhecimento já produzidos
pelo homem.
Porém, é preciso saber fazê-lo. Para tanto, temos as ferramentas de busca e
os bancos de dados.
1 - Ferramentas de busca
Ferramenta de busca é um site que permite a pesquisa sobre um determinado
tema, conteúdo, ou mesmo outro site quando você não sabe o endereço.
Exemplos: www.cade.com.br, www.altavista.com, www.google.com.br.
Barra de endereço do
navegador
Na janela que se abre no meio da tela, digite a palavra ou expressão que procura,
para procurar uma expressão com mais clareza, digite-a entre aspas.
Para uma pesquisa mais avançada, é possível efetuar diversos filtros. Para tanto,
clique no link pesquisa avançada:
Ou ainda, podemos utilizar o botão estou com sorte. O site retornado pelo Google
será aquele mais consultado.
Podemos também buscar imagens no Google. Para tanto, clique no botão imagens e
depois digite o tema da imagem:
Clique na imagem
para visualizar na
resolução maior
2 – Banco de dados
Os bancos de dados são locais onde se armazenam e organizam uma
miríade de dados dispostos em registros semelhantes. Facilitam a recuperação da
informação desejada, seja bibliográfica, catalográfica ou referencial.
No Brasil, o portal de base de dados visa reunir e possibilitar o acesso aos
diversos arquivos eletrônicos da produção científica nacional e localiza-se no
seguinte endereço: www5.prossiga.br/basesdedados/índex.html
3 – Biblioteca online
Nossa instituição também faz parte dessa revolução midiática e, nesse intuito,
criou-se uma Biblioteca online para que você possa realizar suas pesquisas. Para
acessá-la, entre no nosso site e, após o cadastro ser efetivado, acesse o Portal do
aluno, local onde você terá acesso a toda a sua situação acadêmica.
Não plagiarás!
Esta frase, bem como o subtítulo desse capítulo configuram-se plágios, haja
vista que, o que muitos chamariam de paráfrase, não deixa de ser plágio, quando
não citada a fonte.
Segundo o dicionário Aurélio (2008), plágio é "assinar ou apresentar como
sua, obra artística ou científica de outrem". Etmologicamente, a origem da palavra
serve como ilustradora cabal desse conceito que ela carrega, posto que, vem do
grego (através do latim) 'plagios', cujo significado seria 'obliquo’, 'trapaceiro'.
Porém, não é apenas esse conceito que a palavra carrega. Pode-se dizer em
uma versão moderna que plagiar é uma atitude de quem se poderia dizer e ser
"fracassado", posto que, uma pessoa que copia obra de outra, sem autorização e
sem citação da fonte, somente o faz por total incompetência e incapacidade de
fazer, ela mesma, a sua própria obra. Cabendo aqui um acréscimo, haja vista, que o
plágio revela desonestidade intelectual por ser ilegal, mesmo quando autorizado.
Sendo assim, mesmo quando não vai parar nos tribunais, plagiar é uma
atitude condenável. Mas, parece que isso não é evidente para todos, o que é uma
lástima.
Outras definições são encontradas no Merriam-Webster Online Dictionary,
onde plagiar é:
Além desses, existem vários tipos de plágio que se pode cometer, tais como:
o plágio direto, quando se copia de uma fonte integral, palavra por palavra não
indicando que é uma citação e sem fazer nenhuma referência ao autor; o
empréstimo, quando se toma emprestado o trabalho de outro estudante, sem a
devida indicação do verdadeiro autor, tornando-se um plágio direto; o mosaico,
quando se utiliza um texto de outra autoria, mudando algumas palavras dos
parágrafos originais, podendo ser classificados como paráfrases, portanto, sem
apontar o autor original e sem dar-lhe os devidos créditos; a bricolagem, quando se
utiliza de vários trechos de diversos textos de autores diferentes, fazendo-se uma
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
62
E de fato, se pegar trabalhos na Internet é tão fácil e barato, por que não o
fazer? É possível enumerar dezenas de motivos, porém, alguns deles são mais
importantes, a saber:
• Punição – plagiar é crime passível de punição e diversos sites tem ouvidoria e
sistemas para detectar e punir crimes dessa natureza (veja ANEXO F), sendo
que qualquer cidadão poderá denunciar esta prática;
• Aprendizado – com a utilização da cópia e do uso do plágio, os alunos não
terão a oportunidade de pesquisar e de construir o conhecimento esperado;
• Integridade – com as facilidades proporcionadas pela Internet, a ética é
testada a todo momento;
• Reprovação – a maior parte das instituições de ensino puni com a reprovação
os estudantes que plagiam;
• Ética – plagiar é roubar e, em sendo, deve-se refutar essa atitude através de
ações que inibam o ato;
• Expulsão – grande parte das instituições de ensino expulsa alunos e
professores que acorrem nesse crime;
• Facilidade de se descobrir e provar um plágio pela mesma ferramenta, muitas
vezes utilizada para fazê-lo – a Internet;
• Atestado de incompetência e fracasso – se ao invés de aprender a pensar por
conta própria e a expressar suas próprias ideias claramente por escrito, você
meramente aprender a achar coisas na Internet e modificá-las para seu
próprio uso, isso provavelmente será tudo o que você aprenderá;
• Prejuízo financeiro – ao ser descoberto e punido, perde-se o tempo e o
dinheiro investido nessa empreitada;
• Qualidade – ao copiar, você coloca em xeque a perspectiva de que a
qualidade do seu trabalho possa se limitar à qualidade do que está na
Internet.
4
O sistema anglo-saxão do copyright difere do de direito de autor: de um lado, tem-se um direito à cópia
(copyright) ou direito de reprodução, do outro, um direito de autor; neste, o foco está na pessoa do direito (o
autor); naquele, no objeto do direito (a obra) e na prerrogativa patrimonial de se poder copiar.
Deve-se perceber as diferenças entre o direito autoral de origem romano-germânica, com base no sistema
continental europeu do chamado Civil Law e o sistema anglo-americano do copyright baseado no Common Law,
havendo por característica diferencial, o fato que o Direito Autoral tem por escopo fundamental a proteção do
criador e ao contrário, o Copyright protege a obra em si, ou seja, o produto, dando ênfase a vertente econômica, a
exploração patrimonial das obras através do direito de reprodução.
Fonte: http://www.acrimda.com.br/matter.php?id=15. Acesso em: 20 Jun. 2009.
Umberto Eco (2007) em seu livro “Como se faz uma tese em ciências
humanas”, oferece ótimas dicas para não se copiar por erro ou ignorância (excluindo
a má-fé). Siga as recomendações desse livro, no qual o professor italiano relaciona
diversos exemplos bastante claros de uma “falsa paráfrase”, uma “paráfrase
honesta” e uma “paráfrase textual que evite o plágio”.
Na Apostila de Métodos e Técnicas de Pesquisa, oferecemos todas as
orientações necessárias para a pesquisa e elaboração do Artigo Científico,
principalmente no que tange à citações e referências. O aluno deve ler e manter a
apostila a postos, durante toda a elaboração do seu TCC.
Diante do exposto, a palavra mágica é ética. A Academia de Ciência não
precisaria se preocupar com o plágio se os profissionais cumprissem o código de
ética. De nada adianta incluir a Ética como disciplina dos currículos acadêmicos, se
construir seu texto de forma clara, honesta e segura, obtendo o mais sagrado e
importante: seu conhecimento.
APÊNDICES DO CAPÍTULO
1 - APÊNDICE A: Palavras que você precisa conhecer
1.1 - Citação: copiar, integralmente, ou seja, palavra por palavra, um texto, frase ou
palavra que alguém disse, escreveu ou criou. Em um texto, uma citação deve ser
indicada e ressaltada por aspas no início e no fim da citação ou, quando a citação é
longa, a mesma deve ser colocada em um parágrafo separado por dois espaços
antes e depois do texto principal, em fonte com tamanho menor e recuado à direita
4,0 cm. A fonte da citação (autor, data e página) precisa, ainda, ser referenciada,
seja no próprio texto (em chamada anterior ou posterior a ela) ou em nota de
rodapé.
1.3 - Paráfrase: o autor do texto reescreve, com suas palavras, algo que sua fonte
disse. O objetivo de se parafrasear, ao invés de citar, é escrever ou reescrever o
assunto numa linguagem que o público leitor irá compreender ou identificar mais
facilmente. Por exemplo, artigos em revistas populares de ciência, tais como, a
Superinteressante, frequentemente parafraseiam artigos de periódicos científicos.
Essa é uma atividade intelectual importante, pois, demonstra que se compreende
aquilo que se leu e se é capaz de trabalhar com aquele material. Conquanto, uma
paráfrase deve ser, impreterivelmente, referenciada, posto que, em não sendo, será
um caso de plágio tanto quanto uma cópia integral sem referência da fonte. Quando
se diz algo com suas próprias palavras não quer dizer que esse algo é seu.
1.4 - Resumo: parecido com a paráfrase, o resumo de uma fonte é feito com as
próprias palavras de outrem, mas é de outra fonte, ou seja, obrigatoriamente deve
ser referendado, ou acorrerá em plágio.
2.1. Plágio mosaico: esse é o tipo de plágio mais comum. O Escritor não faz uma
cópia da fonte diretamente, mas muda umas poucas palavras em cada sentença,
sem dar crédito ao autor original. Esses parágrafos ou sentenças não são citações,
mas estão tão próximas de sê-las que eles deveriam ter sido citados ou, se eles
foram modificados o bastante para serem classificados como paráfrases, deveria ter
sido feita a referência à fonte.
2.6. Plágio integral: tomar de outro autor um texto completo e assiná-lo como sendo
de sua autoria.
2.7. Plágio parcial: tomar emprestado de outro autor, partes de um texto e incluí-las
em um texto seu, sem as devidas citações e referências.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Eliete Mari Doncato; SANTOS, Carla Inês Costa dos. Elaboração de
trabalhos Técnico-científicos. São Leopoldo: UNISINOS, 2007.
COSTA, Leonardo Cruz da. Uma ferramenta para edição, extração e representação
do conhecimento contido em artigos científicos publicados na Web. Projeto de Tese
de Doutorado para ingresso no PPGCI UFF/IBICT. Niterói, 2006.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 5 ed. Campinas: Autores Associados, 2002.
ECO, Humberto. Como se faz uma tese em ciências humanas. 19 ed. São Paulo:
Perspectiva, 2007.
GANDELMAN, Henrique. O que você precisa saber sobre direitos autorais. São
Paulo: Senac, 2004.
______. De Gutenberg a Internet: Direitos Autorais na Era Digital. 4 ed. São Paulo:
Record, 2001.
______. Gutenberg à internet : Direitos Autorais das Origens à Era Digital. São
Paulo: Record, 2007.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2002.
MORO, Mirella. A arte de escrever Artigos Científicos. Disponível em:
<www.inf.ufrgs.br/~mirella/Dicas.html.> Acesso em: 2 ago. 2009.
RAMOS, Paulo; RAMOS, Magda Maria; BUSNELLO, Saul José. Manual prático de
metodologia da pesquisa: artigo, resenha, monografia, dissertação e tese.
Blumenau: Acadêmica, 2003.
UNIVERSIA BRASIL. Como lidar com o plágio em sala de aula. Disponível em:
<http://www.universia.com.br/materia>. Acesso em: 2 ago. 2009.
Bibliografia de apoio
CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Trad. B. Magne.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
CHAUÍ, M. Primeira filosofia: aspectos da história da filosofia. São Paulo:
Brasiliense, 1987.
CYRINO, H; PENHA, C. Filosofia hoje. 2. ed. Campinas: Papirus, 1992.
ANEXOS
busca não difere muito. Deve-se ter em mente o assunto e as palavras-chave que o
levarão à procura pelos artigos. Bons estudos!
Siga os passos indicados:
Para iniciar sua pesquisa, digite o site do SciELO no campo endereço da
internet e, depois de aberta a página, observe os principais pontos de pesquisa: por
artigos; por periódicos e periódicos por assunto (marcações em círculo).
A seguir, estará a lista com os títulos dos artigos encontrados, onde constam:
nome dos autores (Sobrenome, nome), título, nome do periódico, ano de publicação,
volume, número, páginas e número de indexação. Logo abaixo, têm-se as opções
de visualização do resumo do artigo em português/inglês e do artigo na íntegra, em
português. Avalie os títulos e leia o resumo primeiro, para ver se vale à pena ler todo
o artigo.
RESUMO
A partir de uma revisão teórica sobre o tema Antropologia da Informação, produziu-se um
levantamento de textos sobre o tema através do instrumento de pesquisa Google, dos quais oito
foram selecionados para verificar como cada um deles abordou a articulação entre antropologia e
informação. Diversos no formato, extensão e abordagem, os textos partem de uma preocupação
geral - como o ser humano, em seu processo cotidiano de produção de cultura, está envolvido, se
relaciona e sofre o impacto das tecnologias de informação para seguir caminhos particulares: desde
discutir como a antropologia pode ajudar a entender os especialistas em tecnologia da informação
junto aos demais grupos que integram a esfera produtiva da ‘cultura informacional’, até discutir como,
ao longo da história, as tecnologias de informação reconfiguraram e mesmo potencializaram o
trabalho da antropologia. A revisão inclui ainda uma descrição da trajetória da antropologia e do
conhecimento para o entendimento das relações sociais no ciberespaço; a combinação de
metodologias das ciências sociais e da antropologia para o estudo de organizações hipermidiáticas e
uma leitura da cibercultura à luz dos conceitos e ideias de Walter Benjamin. A diversidade dos
resultados confirma as múltiplas diretrizes, apontadas na revisão teórica, para a discussão do tema
na Ciência da Informação.
RESUMO
A obesidade é definida como um excesso de gordura corporal. É considerada, sem dúvida alguma,
um grande problema da sociedade moderna e globalizada, atingindo elevadas proporções entre a
população infantil. Sedentarismo, alimentação inadequada, hábitos alimentares equivocados dos
pais, entre outros, são alguns dos fatores responsáveis pelo aumento na incidência da obesidade
nesta fase do ciclo da vida. A obesidade infantil é considerada uma forte indicação de sua
permanência na fase adulta, com os conseqüentes riscos de doenças cardiovasculares e diabetes.
Pode acarretar, também, distúrbios psicológicos, isolamento, depressão e baixa auto-estima.
Portanto, intervenções para a prevenção da obesidade devem ter como foco, principalmente,
orientações para prática de uma alimentação saudável e de atividade física. Esta pesquisa tem por
objetivo, através de revisão bibliográfica, avaliar as causas da obesidade em crianças, suas
conseqüências na fase adulta, a melhor forma de tratamento e prevenção.
Palavras chave: obesidade infantil, alimentação saudável, atividade física.
.http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/sare/article/view/215. Vol 3 - n 01 – 2008.
ANEXO E
O recurso crescente dos estudantes à Internet em busca de informação para os trabalhos escolares e
universitários converteu meras exposições, monografias, dissertações ou mesmo teses em exercícios
de plágio construídos sem pejo. Muitas das vezes, o "rabo" fica de fora para gáudio dos professores
são as mantas de retalho sem nexo ou construções frásicas com sabor abrasileirado. Outras vezes,
as cópias dão mais luta, exigindo ao docente a utlização de ferramenta idêntica para detectar a
infracção. O mundo da fraude acadêmica fica complementada com um número crescente de
licenciados desempregados que, a troco de um punhado de euros, faz surgir o trabalho que, com
sorte, acelera a obtenção do tão desejado canudo. Tudo começa no Ensino Básico, quando a
professora pede um pequeno trabalho, coisa leve, sobre, por exemplo, o meio ambiente. "Quando
peço os trabalhos, já sei que vou acabar por receber muitos semelhantes, com as mesmas
ilustrações e os mesmos gráficos. Os alunos vão todos ao Google e pronto". Ana Faria, professora de
Ciências Naturais, não se importa. "O importante é que aprendam a pesquisar. Mas alerto-os sempre
para a necessidade de identificarem a fonte de informação", esclareceu. Do Básico, pelo Secundário,
até ao Superior, o caminho da investigação raramente conhece outro assento que não seja a cadeira
em frente a um terminal de computador com ligação à Net. As noções de ética ouvidas nesta ou
naquela aula não têm a força para vencer o facilitismo de escolher e copiar aquilo que outros
produziram. É por isso que Jorge Tavares (o que se dispôs a revelar ao JN exige anonimato) vai ter
de recorrer ao motor de pesquisa Google para analisar, nas próximas semanas, os trabalhos de fim
de semestre dos seus alunos da área das engenharias. "São alunos dos 4º e 5º anos, mas sei, por
experiência adquirida, que uns 80% tiveram na Net a sua única fonte de pesquisa", salientou. Em
anos anteriores, tem recebido um pouco de tudo desde cópias integrais até "mantas de retalho" que
mais não são do que pedaços de uma variedade de trabalhos encontrados na rede. Numa autêntica
caça do gato ao rato, Jorge Tavares - professor de uma instituição de ensino superior público do
Porto - usa o Google para detectar as infracções. "Digito uma expressão técnica utilizada no trabalho
e comparo com os textos que encontro", explicou. Na maior parte dos casos, a entrevista que se
segue à apresentação do trabalho complementa o diagnóstico da fraude. "Neste momento, tenho em
mãos uma dissertação de mestrado que seguiu os mesmos caminhos", revelou. Jorge Tavares referiu
que muitos alunos sabem que, com alguns professores, o risco compensa. "São por vezes centenas
de trabalhos para analisar e há colegas que mal olham para eles. Rui Trindade, professor da
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação do Porto, é de opinião que, muitas vezes, os alunos
são sobrecarregados com trabalhos. "Um trabalho de investigação é uma oportunidade de auto-
aprendizagem. Mas como os alunos não são auto-suficientes, os professores devem acompanhar a
feitura dos trabalhos, caso contrário não precisavam dos docentes para nada", referiu. Rui Trindade
aposta, assim, na tutoria do seus alunos. "Quando se faz um acompanhamento, a tendência dos
alunos para 'googlar' tende a diminuir muito", concluiu. Usar as idéias de outros sem revelar as
fontes, a utilização de trabalho produzido por outros, omitindo adequadamente a fonte de informação,
constituiu plágio. Plagiar pode ser a utilização, palavra por palavra, do texto elaborado por alguém
sem identificar o autor, como parafrasear as suas idéias sem o indicar. Para reproduzir textualmente o
que outros escreveram, deve-se colocar o texto copiado entre aspas e identificar autor e fonte. O
melhor será ler primeiro, ficar com as idéias, e depois tentar escrever um texto de produção própria.
(BASTOS, 2007. Disponível em: <www.jn.pt. Como fazer para evitar o plágio na Net?>. Acesso em:
01 Jul. 2009.)
ANEXO F
Yahoo!
O Yahoo! respeita a propriedade intelectual dos autores de qualquer conteúdo disponível na internet,
por isso pedimos a nossos usuários que façam o mesmo. O Yahoo! pode, de acordo com seus
Termos de Serviço, e nas circunstâncias apropriadas, desabilitar ou encerrar, sem aviso prévio, as
contas de usuários que estejam desrespeitando direitos de propriedade intelectual de terceiros.
Se você tem razões para acreditar que seus direitos autorais foram violados, entre em contato com o
Yahoo!, dando as seguintes informações:
Para informar sobre alguma violação de direitos autorais, entre em contato conosco:
Copyright © 2003 Yahoo! do Brasil Internet Ltda. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Termos de Serviço
ANEXO G
Sites que devem ser consultados por aqueles que desejam conhecer as leis
sobre direitos autorais e suas implicações, bem como, não desejam plagiar.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5988.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm#art115
https://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L9609.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/OI/OMPI/convencao_berna_obras_literarias-PT.htm
http://www.wipo.int/treaties/en/ip/berne/trtdocs_wo001.html
http://www.wipo.int/
ANEXO H