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Objetivo geral

¡ Anal isar o conceito de pov o e compreender de


Apresentação
que forma o mesm o est á rela ciona do ao
do livro de
conceito de democr acia. Para ist o o livro é
Friedrich Müller dividido em 9 capítulos:
¡ 1) Por que as constituições falam de “povo”?
¡ 2) “Povo” como povo ativo
¡ 3) “Povo” como instância global de atribuição de
legitimidade

QUEM É O POVO?
¡ 4) “Povo” como ícone
¡ 5) “Povo” como destinatário de prestações
civilizatórias do Estado
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¡ 6) A que grupos reais correspondem os modos de ¡ Há aind a um Prefácio, feito p or Fábio Konder
utilização do termo “povo”? Compara to; uma Introdução, red igi da p or Ralph
¡ 7) “Povo” como conceito de combate. A Christens en; e um Discurso feito pelo próprio
positividade da democracia autor por oca siã o do l ançamento do li vro (o
¡ 8) Exclusão qual não será a qui anal isa do, aind a que seja
¡ 9) Legitimação da democracia. Revaloração de recomendada a sua leitura).
“kratein”. “Democracia” compreendida também
como nível de exigências, além das técnicas de
dominação

¡ Os ca pítulo s de 1 a 5 são c larament e capí tulos


de definiçõe s teórica s, enquanto nos capí tulos
de 6 a 9 o aut or busc a fazer uma an áli se prá tica
do concei to de p ovo ao rela cioná -lo com o
conceito de democracia.
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Prefácio (Fábio Konder Comparato) Introdução (Ralph Christensen)


¡ Apresentação do conceito de povo.
¡ A ide ia d e po vo ser ve p ara leg itim ar todo e
¡ Perguntas a serem respondidas:
¡ 1) Por povo entende-se o titular ou o exercente da qualquer ti po de go verno, mesmo os di tatori ai s,
soberania democrática? Povo é um conceito porque es te concei to se apres enta ger almente
plurívoco, não unívoco. como um bloco, ou seja, como um todo
¡ 2) A soberania popular é um poder absoluto? Deve- indivisível que inclui todos os cidadãos.
se tomar cuidado com a ideia da vontade da
maioria. ¡ Perigos na utilizaçã o do conceito de povo de
¡ É necess ário ter claro o concei to de po vo para maneira genérica:
evitar sua util ização como um ícone ou como ¡ 1) Ponto de partida para um discurso ideológico de
uma imagem s agra da, ou sej a, como um dominação;
mecanism o de leg itimaç ão de d eci sões ¡ 2) Objeto da utopia da soberania popular.
políticas: “isto é feito em nome do povo”.
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¡ Quatro modo s de utilizaç ão do conceito de


povo: 1) Por que as constituições falam de “povo”?
¡ O povo enquanto ícone; ¡ Todos os E sta do s democrá tico s intitul am-se
¡ O povo enquanto instância de atribuição; como “go vernos do po vo” p orque ele s prec isam
¡ O povo enquanto povo ativo; se justific ar com base na ideia de que “em
¡ O povo enquanto destinatário das prestações última instância o povo estaria ‘governando’”.
civilizatórias do Estado.
¡ Raramente a s con stitu ições trazem a defin ição
de quem é o povo.
¡ Povo são os que votam? Mas nem todos que são
eleitores votam efetivamente.
¡ A minoria deixa de fazer parte do povo?
¡ As pesquisas de opinião representam a vontade do
povo?
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¡ Busc a-se nest e livro compreen der o sentido


jurídico da p ala vra po vo enqu anto mecan ismo 2) “Povo” como povo ativo
de legitim ação e de justif icaç ão de regimes
polít ico-jurí dico s que se a present am como ¡ A autor ident ifica com o “pov o ati vo” aque las
democráticos. situaçõ es em que os eleitore s se relacion am, de
alguma forma, com o poder político.

¡ “Somente cont abi lizam com o po vo a tiv o os


titulare s de na ciona lid ade” – vi de a C onstitu ição
de 1988, art. 14, § 2º.

¡ Esta definiç ão de p ovo a tiv o como sen do os


nacionai s de determin ado Est ado pode
enfraquecer a ide ia de democr aci a quando se
questiona como fica a situação dos estrangeiros.
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¡ “A su a exclu são [ dos estran geiro s] d o po vo at ivo 3) “Povo” como instância global de atribuição
restringe a ampl itude e a coerênci a da de legitimidade
justificação democrática”.
¡ O povo como inst ância glo bal de atri buição de
¡ A exc lusão de grupos es pecífi cos de p es soa s do legitim ida de está pre sente durante o exercício
proces so dem ocráti co enfraquec eria a do mand ato dos eleit os, d esd e que e ste s atuem
legitim ida de dem ocráti ca de t al si stem a polí tico- conforme as regras jurídicas estabelecidas.
jurídico.
¡ Ciclo de legi timaç ão: 1) Elei ção (po vo ati vo); 2)
¡ “Não h á nenhuma razão democrá tica para Exercíci o do mandat o conforme as normas
desp edir- se simult aneamente de um possí ve l (pov o como ins tânci a gl oba l de atri buiçã o de
conceito mai s abr angente de p ovo: o da legitimidade).
totali da de do s at ingi dos pela norma: one man
one vote”.

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¡ Fazem parte do povo como inst ância glo bal de ¡ A leg itim ação aqui nã o é po lític a ma s sim
atribuiç ão de legit imid ade nã o apen as o p ovo jurídic a, ou se ja, reconhec e-se que o s po deres
ativ o, ou seja, os eleitores que vot aram naquele instituí dos po dem a gir daque la form a não
grupo polít ico vence dor, mas também os não porque eu concor de com o cont eúdo de seus
eleitore s ( aquel as pes soa s que não têm o d ireito atos, ma s porque a l ei os p ermite a gir da quela
de votar), os elei tores que foram venci dos, ou forma.
seja, aque les que vo taram em quem perdeu as
eleiçõe s, e aind a aqu eles que poder iam votar ¡ O povo como inst ância glo bal de atri buição de
mas não o fizeram (tais como aquele s que se legitim ida de exi ste apen as em si stema s polí tico-
abst iver am do voto ou que votaram em branco jurídico s em que o Es tad o efet ivam ente a tue de
ou nulo), desde que est es reconheçam que maneira responsável perante o povo.
aqueles que governam podem fazê-lo.

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¡ O autor fala qu e regime s autoritár ios


frequentemente ju stific am sua s açõ es “em nome 4) “Povo” como ícone
do pov o” mas que na verd ade i sto não p as sa de
retórica. ¡ O po vo como ícone corre spon de à quela
situaç ão que, em termos jurídic os, já não se
¡ O povo ati vo – que se transforma em p ovo fundamenta em nenhum tipo de re laç ão entre
como instânc ia glo bal d e atribui ção de governantes e governados.
legitim ida de – só exis tirá n aquele s reg imes
polít ico-jurí dico s em que estejam garanti dos os ¡ É a situaç ão do po vo naquele s regime s polít ico-
direito s fundament ais in di vidu ais, es peci almente jurídico s que po ssuem fa lhas na le gitim ida de de
os direitos fundamentais políticos. sua democr acia, a inda que tenh am um povo
ativ o, ou naqueles re gimes em qu e o pov o já não
mais le gitim a jurid icamente as aç ões d o regime
mas é chamado a conceder tal legitimidade.

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¡ A util ização da pa lavr a po vo, ne ste c aso, na da 5) “Povo” como destinatário de prestações
mais é do que uma m anipul ação ide ológ ica fe ita civilizatórias do Estado
pelos go vernante s do senti do de tr ansp arecer aos
cida dão s que e stá atuan do em seu nome ¡ O pov o como des tinat ário de pre sta ções
quando na verdade não está. civi lizatóri as do E stad o corres ponde
efetiv amente a todo s os indi ví duos que se
¡ Trata-se de mitif icar o povo como se este fo sse encontram em determ inado t erritório – ou seja, à
uma entidad e abstr ata – e, portanto, genérica, popula ção –, já que todas esta s pess oas
capaz d e apo iar o re gime p olít ico-jur ídic o apen as possu em direi tos e dever es p ara com a
em termos ideológicos, não mais jurídicos. coleti vid ade e para com o próprio Est ado: é a
¡ No caso do povo como ícone, por não haver ideia d o “‘po vo’ como tot ali da de dos
verdadeira ligação entre governante e governado, a efetiv amente ating ido s pelo dire ito vig ente e
palavra povo passa a ser utilizada no discurso político pelos atos decisórios do poder estatal”.
como mero elemento de dominação ideológica da
sociedade pelo Estado.
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¡ Tal definiç ão de corre do fa to de que as p es soa s, 6) A que grupos reais correspondem os


uma vez inseridas no território de determin ado modos de utilização do termo “povo”?
Esta do, têm a qualida de jurídic a de serem seres
humanos, o que implica na exi stênc ia de sua ¡ O po vo como í cone não se refere a nenhuma
dignidade e de sua personalidade jurídica. pess oa em esp ecífic o, mas sim à i deal ização da
coleti vid ade c omo um tod o (ou s eja, por
¡ Signific a dizer que tam bém aqu eles que não negação lógi ca, se se refere a t odo s,
compõem o povo ati vo têm n ão ap enas automati camente refere- se a ninguém em
devere s p ara com o s dem ai s e par a com o termos específicos).
Esta do, mas tam bém são d etentore s de dire itos
que o Estado precisa garantir.

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¡ O povo como inst ância gl oba l de atribuiç ão de ¡ O autor faz alusão à fam osa fra se de Abraham
legitim ida de refer e-se clar amente àquel as pes soa s Lincoln, que di sse que “d emocrac ia é o g overno
que têm um vínculo de nacion ali dad e com do povo, pelo povo e para o povo”.
determina do E sta do, conforme regra s ¡ A expressão para o povo é associada ao seu
constitucionalmente estabelecidas. conceito de povo como destinatário;
¡ A expressão pelo povo está vinculada ao povo
¡ O pov o ati vo refere- se exclu siv amente à quele s que ativo;
possuem o direito político de votar e ser votado.
¡ A expressão do povo “oscila entre a função icônica
¡ O po vo como dest inat ário eng loba ab solutam ente e a da in stância de atribuição, conforme a
toda s a s pe sso as que e stão em de termina do modalidade efetiva de utilização”.
território, in depen dentemente de terem ou n ão
direito s polí tico s – fazem parte do povo como
destin atári o simpl esmente por serem sere s
humanos.
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7) “Povo” como conceito de combate. A ¡ Nest e context o, a ide ia de pov o como íc one não
positividade da democracia pode ser uti lizad a em abs oluto p ara a leg itimaç ão
de qualquer ti po de regime pol ítico -juríd ico
¡ O conceito genéri co de povo perm ite inúmeras democrát ico, já que e ste us o tem cará ter muito
interpreta ções – e, cons equentement e, mais ideológico e, portanto, manipulador.
manipula ções: povo em Atenas anti ga; po vo na
Ida de Moderna; p ovo n a Áfri ca do Su l durante o ¡ Os outro s três c onceito s de povo são úte is p ara
apartheid. “sab er em que campo s e em que grau e ss as
pretensõe s [de l egit imaçã o democrá tica p elo
¡ Por isso a pa la vra po vo é um conceito de povo ] são cumprid as ou descumpri da s no
combate, ou se ja, ser ve par a se com bater a funcionamento coti diano do orden amento
(eventu al) di scrimin ação, exclu são e terror por jurídico”. S em tal leg itimi dad e não se po de fa lar em
parte do Est ado em rel ação a grupos Esta do demo cráti co de dir eito, ou sej a, não se po de
“indesejáveis”. falar em verdadeira positividade da democracia.

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¡ Quando a situ ação de parc ela da so cied ade


8) Exclusão chega a este p onto não se po de fal ar mais de
simpl es “marg inaliz ação”, mas sim de “exclu são
¡ Talvez e ste seja o ca pítul o mai s im portant e do
no sentido de que es ses grupo s popul acion ais
livro, já que é aqui que Müller vai fa lar acerc a da
depend em (neg ati vamente ) da s pre staç ões dos
busca pel a legitim ida de democr ática como
mencionad os si stema s funcionai s da socie dad e,
uma forma de se ac ab ar com a ex clus ão s ocia l,
sem que tenham simult aneamente ace sso às
polít ica, econômic a e jurídica d e parcel as da
mesmas (no sentido positivo)”.
sociedade.
¡ Há forte interferênci a d a esfer a econôm ica no
¡ Pode ha ver s ituaçõe s – oca siona da s por
dia a dia d os cid adã os e esta int erferência
condici onante s econômi cas ou soc iai s – em que
muitas vezes traz refle xos t ambém p ara a pró pria
parcel as da soc ied ade, ain da que
legitimação da democracia.
juridic amente incluí da s, acabam p or não ter
acesso aos sistemas prestacionais estatais.
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¡ Toda est a aparent e “di gres são” no pen samento ¡ A eventual exi stênci a de grupos excluí dos
do autor tem uma razão de ser: ele afirma que desle gitim a tod a a s ocie dade “n ão ap enas no
“uma democra cia con stituc ional nã o pode âmbito do E sta do, mas j á a p artir d a sua b ase
justifi car-s e apena s perant e o povo ati vo nem democrática”.
perante o povo enquanto ins tânci a de atribuiç ão,
mas de ve neces sari amente po der fazer isso ¡ Como exemplo s dest a desl egit imaç ão o autor
também perante o dem os c omo d est inatári o de indica que frequentem ente os go vernos buscam
toda s as pre sta ções afianç ada s que a res pect iva o apoio da maior par te do povo, mas não
cultura constitucional invoca”. atribuem a este mesmo pov o todos os dire itos
constitucionalmente estabelecidos.
¡ Signific a dizer que a legitim ida de democrá tica de
um regime político- jurídic o deve ser obti da junto a ¡ Em cons equênci a de sta situ ação enfraquec e-se
todos os indi ví duos que s e subm etem a a legitim ida de democr átic a, o que é reforçado
determina do E sta do – e não a pena s junto ao povo pela ap atia po lític a do pov o ativo ( abs tençõe s,
ativo ou ao povo como instância de atribuição. votos em branco e nulos).
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¡ É por e ste moti vo – qual sej a, o de s e ev itar a ¡ O fim da exclusão se d á por meio do
exclusã o – qu e Müller defende que a res post a à desen vol vimento de uma soc ied ade civ il ampl a e
pergunta quem é o povo? de va ser a do p ovo ativ a e tamb ém pel a atuaç ão do s juris tas
“enquanto de stinat ário da s prest açõe s estat ais conforme suas po ssi bili da des – o que não significa
negativas e positivas”. dizer que deva haver intervenç ões do pod er
Judiciário na esfera da política.
¡ Não se p ode con si derar a legi timid ade
democrát ica com o vin culad a a penas à par cela ¡ O que Müll er prop õe é que aquel es que sã o da
ativ a do po vo, ou à p arcel a que a tribu i área jurídic a se utilizem da s ferramenta s de que
legitim ida de ao s go vernante s durante o disp õem par a realizar mud ança s na soc ieda de. Ele
exercício do mand ato: “trata- se de ‘tod o’ o dá como exemplo um proce sso pena l contr a os
povo d os gener oso s documento s cons tituci onai s; autores d e uma chacin a de menino s de rua e
da popu laçã o, de tod as a s pes soa s, inclus ive afirma que se ta l proces so for efeti vamente a té o
das ( até o moment o) s obreint egrad as e das (até fim ter-se-i a aí um exemp lo d a neces sári a mutação
o momento) excluídas”. da situação atual rumo ao fim da exclusão.
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¡ O jurista não p ode interferir no que diz respe ito às ¡ Tal atitude dos juri sta s deve ser real izada ao longo
opçõe s pol ític as do le gis lad or e do adm inistr ador – do tempo, ind ican do que ap enas quando a busca
pode- se at é mesmo dizer que o jurist a não deve pela i gual dad e, ou sej a, pelo f im da e xclus ão se
interferir nest as esf eras devi do ao princíp io da transformar em verd ade iro háb ito é que se p oderá
separ ação dos p odere s –, mas pode e deve garantir, sem o uso da violên cia, a legi timi dade
interferir na esfera jurídic a para que, por meio interna e e xterna do sis tema polí tico- jurídic o como
dest a, colab ore com o fim d a exclus ão jurí dica das um todo.
pess oas – a qual, muit as vezes, d á origem à
exclusão política, econômica e social. ¡ “A exclu são desl egit ima. Na exclu são o p ovo ati vo,
o povo como instânci a de atribuiç ão e o povo-
¡ Compete ao juri sta val er-se dos m ecani smos destin atári o degeneram em “po vo”-íc one. [...] O
jurídico s ex istent es para dar a os ex cluíd os – trabalh o dos juris tas nes sa d ireção pro duz pass o a
aquele s que “sã o s ocia l, cultural e p olit icamente pas so a qual ida de d o E sta do de Direito, ma s é em
desti tuído s d e op ortunida des de part icip ação” – a grau igual um trabalho em prol da democracia”.
garantia de proteção da sua dignidade humana.
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9) Legitimação da democracia. Revaloração ¡ As sim, “qu anto ma is o ‘po vo’ for i dêntico com a
de “kratein”. “Democracia” compreendida popula ção no direito efeti vament e realizado de
também como nível de exigências, além das uma socied ade cons tituí da, tanto mai s valor de
técnicas de dominação realid ade e conse quentemente legi timid ade
terá o sistema demo crátic o existente como
forma”.
¡ Nest e último c apítu lo Müller defen de que a
essênc ia da demo craci a é o diálog o, é mesmo ¡ Dev e-se tam bém busc ar a legit imid ade do
a existênc ia de op iniõe s opo sta s cujos kratein, ou sej a, do ato de g overnar (que é a
interlocutore s, por meio da dial étic a, chegam a segunda parte d a pa la vra democr aci a – demo s,
um resultado que seja satisfatório a ambos. kratein).

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¡ Govern ar não p ode ser entend ido como mera ¡ O autor indica que compreen der a democrac ia
técnica soc ial, a qual, no âmbito da nesse s termo s si gnific a reduzir a import ância do
democrac ia, tem se limit ado, por ex emplo, à povo em um sistema democrático.
escolh a da me lhor técnic a de re present ação
polít ica ou da melhor técnica para a realização ¡ Nest a per spect iv a este sis tema d emocrát ico é
de plebiscitos. apresent ado c omo tendo rel ação apena s com o
estab elec imento de n ormas jurídic as vincul ada s
¡ O autor afirma que “me smo por medi das t ais à nacionalidade e aos direitos políticos.
como ampl iaçã o do dire ito ele itora l e de vot o,
como a impl ementaç ão do s dire itos ¡ Torna-se nece ss ário, port anto, reconf igurar
fundamentai s e d as garant ias proce ssua is, como também o conce ito de go verno. Müll er defen de
a efeti vaçã o da i gual dad e perante a lei, o p ovo que “o povo ati vo e o povo enquant o instânc ia
não é colocad o na posi ção de ser o suj eito do de atri buição dev em ser a proxim ado s na
governo”. medid a do p oss íve l em termo s de po líti ca
constitucional”.
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¡ A democra cia, portant o, não pode ser vi sta ¡ A democr aci a não corre spond e apen as a
como mera “técnica jurí dic a sobre como método s eleit orai s e de repr esent ação: ma is que
colocar em vigor t extos de norma s; não é, isso, e la é “um ní vel de exi gência s, a quém do
portanto, ap enas uma es trutura (leg is latóri a) de qual não se pode ficar”.
textos”. Mais que iss o, a democracia é “o
disp osi tiv o org anizaci onal para que pr escri ções ¡ Tal nível de exi gência s de ve s er entendi do como
post as em vi gor de forma democrát ica também a forma pela qual a s pe sso as de vem ser
caracterizem efet iv amente o fazer do poder tratad as: “não como subpe sso as, não como
Executi vo e d o po der Judic iário. É o di spo sit ivo súdito s, tamb ém não no ca so de grupo s is ola dos
organizaci onal par a que impulsos de de pes soa s, mas como membro s do Soberan o,
normatizaçã o democrat icament e media dos do ‘po vo’ qu e legi tima no sentid o mai s profundo
configurem a quilo para que ele s foram a totalidade desse Estado”.
textific ado s e pos tos em v igor com tan to esforç o:
a realidade social”.

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