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ÍNDICE DE ASSUNTOS
Advocacia: Exercício Ilegal
Apelação Criminal: prazo
Assistência Judiciária
Cerceamento de Defesa
Competência Originária do STF
Crimes Contra a Ordem Tributária.
Decisão Ultra Petita
Embargos Declaratórios
ICMS e Não-Cumulatividade
ICMS e Transporte de Passageiros
Lei de Segurança Nacional
Regime de Internação de Menor Infrator
Regime Inicial de Cumprimento da Pena
Representação Judicial do DF
Telecomunicações
PLENÁRIO
Representação Judicial do DF - 1
Julgada medida liminar em ação direta proposta
pela Associação Nacional de Procuradores de Estado -
ANAPE contra a Emenda 9/96 à Lei Orgânica do Distrito
Federal, que institui a Procuradoria-Geral da Câmara
Legislativa do DF. Considerando a aparente violação ao art.
132, da CF (“Os Procuradores dos Estados e do Distrito
Federal exercerão a representação judicial e a consultoria
jurídica das respectivas unidades federadas...”), o Tribunal
deferiu em parte a cautelar para, sem redução do texto
impugnado - que prevê a representação judicial da Câmara
Legislativa por sua própria Procuradoria-Geral -, restringir o
âmbito dessa representação aos casos em que a Câmara
esteja em juízo em nome próprio, tendo em vista que os
órgãos legislativos não possuem personalidade jurídica
distinta do ente federado a que pertencem.
Representação Judicial do DF - 2
Com base no citado artigo 132 da CF - e para
preservar as atribuições da Procuradoria-Geral do Distrito
Federal na defesa dos interesses desta unidade federada -,
suspendeu-se também a eficácia da norma que atribui à
Procuradoria-Geral da Câmara a cobrança judicial das
dívidas para com aquela casa legislativa e da expressão que
circunscreve a atuação da PGDF ao âmbito do Poder
Executivo. ADIn 1.557-DF, rel. Min. Octavio Gallotti,
20.3.97.
Crimes Contra a Ordem Tributária
Indeferido o pedido liminar de suspensão da eficácia do art.
83, caput da Lei 9.430, de 27.12.96, proposto pelo
Procurador-Geral da República nesta ação direta. O Tribunal
concluiu que tal dispositivo, ao estabelecer que “a
representação fiscal para fins penais relativa aos crimes
contra a ordem tributária definidos nos arts. 1º e 2º da Lei
nº 8137, de 27 de dezembro de 1990, será encaminhada ao
Ministério Público após proferida decisão final, na esfera
administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário
correspondente”, não impede, à vista do que dispõe o art.
129, I, VI e VIII da CF, a atuação do Ministério Público
Federal. Vencido o Ministro Carlos Velloso. Leia em
“Transcrições” trechos essenciais do relatório e do voto
condutor da decisão. ADIn 1.571-UF, rel. Min. Néri da
Silveira, 20.03.97.
Telecomunicações - 1
Cumprida a diligência determinada na sessão do dia
20.02.97 (solicitação de “informações complementares, ... , a
fim de esclarecer se as permissões do serviço a que alude o
art. 4o e seu parágrafo único da Lei 9.295/96 e que, a teor
dele, deverão transformar-se em concessões, são apenas as
conferidas às empresas do sistema TELEBRÁS e em que
termos e, em caso contrário, com que base legal ou
regulamentar ou mediante que processos seletivos foram
elas outorgadas a terceiros.”), iniciou-se o julgamento da
medida cautelar na ação direta ajuizada pelo Partido dos
Trabalhadores e pelo Partido Democrático Trabalhista contra
os artigos 4o e seu parágrafo único, 5º, 8 o, § 2º, 10º e seu
parágrafo único e do parágrafo único do art. 13, da Lei
9.295, de 19.7.96, “que dispõe sobre os serviços de
telecomunicações e sua organização, sobre o órgão regulador
e dá outras providências”.
Telecomunicações - 2
O Min. Carlos Velloso, relator, indeferiu o pedido de
cautelar para a suspensão de eficácia do art. 4 o (“O Poder
Executivo transformará em concessões de Serviço Móvel
Celular as permissões do Serviço de Radiocomunicação
Móvel Terrestre Público - Restrito outorgadas
anteriormente à vigência desta Lei, em condições similares
às dos demais contratos de concessão de Serviço Móvel
Celular, respeitados os respectivos prazos remanescentes.”),
ao entendimento de que o art. 175, parágrafo único, I da CF
(“A lei disporá sobre: I - o regime das empresas
concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o
caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem
como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da
concessão ou permissão.”) afastou qualquer distinção entre
permissão e concessão, ao conferir àquela o caráter
contratual próprio desta. Após o voto do relator - quanto ao
art. 4o -, o julgamento foi suspenso por pedido vista do Min.
Marco Aurélio. ADIn 1.491-UF, rel. Min. Carlos Velloso,
19.3.97
ICMS e Não-Cumulatividade
Concluído o julgamento de recurso extraordinário
em que se discutia a constitucionalidade de norma do
regulamento do ICMS do Estado de Minas Gerais que fixa
em 20% do valor da operação a base de cálculo do imposto
nas saídas de aparelhos, veículos, móveis, motores e
vestuário usados, mas veda o aproveitamento do crédito
relativo ao imposto pago na entrada da mercadoria. O
Tribunal, majoritariamente, declarou a inconstitucionalidade
do mencionado dispositivo, por ofensa ao princípio da não-
cumulatividade (CF, art. 155, § 2º, I), vencidos os Ministros
Ilmar Galvão e Octavio Gallotti. RE 101.031-MG, rel. Min.
Marco Aurélio, 24.3.97.
PRIMEIRA TURMA
Assistência Judiciária
Ao estabelecer que o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita "aos que comprovarem insuficiência de
recursos", o art. 5º, LXXIV, da CF não revogou o art. 4º da
Lei 1.060/50, que assegura à parte o benefício da assistência
judiciária "mediante simples afirmação, na própria petição
inicial, de que não está em condições de pagar as custas do
processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio
ou de sua família". Com base nesse entendimento, a Turma
não conheceu de recurso extraordinário que impugnava a
concessão do benefício da assistência judiciária sob a
alegação de ter sido ele deferido sem a devida comprovação
de insuficiência de meios. Casos semelhantes julgados pela
2ª Turma: RE 205.746-RS (DJ de 28.2.97) e RE 205.029-RS
(DJ de 7.3.97). RE 204.458-PR, rel. Min. Ilmar Galvão,
25.3.97.
SEGUNDA TURMA
Embargos Declaratórios e Intimação
Ofende o princípio do contraditório a falta de intimação
da defesa para apresentar impugnação a embargos
declaratórios opostos pelo Ministério Público e acolhidos
com efeito modificativo para inverter o resultado do
julgamento em desfavor do réu. Com base nesse
entendimento, a Turma deferiu habeas corpus para cassar o
acórdão relativo ao julgamento dos embargos de declaração
e determinar que outro julgamento se realize, assegurada a
manifestação da defesa. HC 74.735-PR, rel. Min. Marco
Aurélio, 11.3.97.
Regime de Internação de Menor Infrator
A reiteração de atos de descumprimento da
medida sócio-educativa imposta é condição necessária à
aplicação da sanção prevista no art. 122, III, do Estatuto da
Criança e do Adolescente (“A medida de internação só
poderá ser aplicada quando: ... III - por descumprimento
reiterado e injustificável da medida anteriormente
imposta.”). Com base nesse entendimento e também por
considerar que o acórdão atacado excedera os limites do que
pedido pelo Ministério Público, a Turma deferiu habeas
corpus impetrado em favor de menor infrator que tivera
ordenada sua regressão para o regime de internação por
tempo indeterminado por haver descumprido uma única vez
o regime de semiliberdade. HC 74.715-SP, rel. Min.
Maurício Corrêa, 18.3.97.
Cerceamento de Defesa
Não acarreta cerceamento de defesa o desentranhamento
de petição juntada aos autos de apelação criminal pelo novo
advogado constituído pelo réu, na qual se suscitam nulidades
processuais não alegadas nas razões de recurso anteriormente
apresentadas. Considerando que as eventuais nulidades
absolutas poderiam ser argüidas pela defesa na sustentação
oral ou através de memoriais, a Turma indeferiu o habeas
corpus. HC 75.014-PB, rel. Min. Néri da Silveira, 18.3.97.
CLIPPING DO DJ
21 de março de 1997
RE N. 156459-8
RELATOR: MIN. NÉRI DA SILVEIRA
EMENTA: - Recurso extraordinário. 2. Concessão da
vantagem da "sexta-parte", disciplinada na Constituição e legislação
infraconstitucional paulistas, a servidores estáveis, com base nessas
normas locais. 3. Não se cuida, na espécie, de hipótese enquadrável
no art. 169, parágrafo único, da Constituição Federal, nem no art. 24
do ADCT de 1988. 4. Demanda dirimida à vista do direito local.
Incidência da Súmula 280. 5. De qualquer sorte, na espécie, não se
configuraria ofensa direta e imediata a dispositivos da Constituição
Federal, mas, tão-só, por via reflexa, se coubesse rediscutir a
controvérsia no âmbito das normas locais e se desse pela incorreta
conclusão do acórdão no ponto. Isso, entretanto, não é admissível no
plano do recurso extraordinário. 6. Recurso extraordinário não
conhecido.
RE N. 167658-2
RELATOR: MIN. SYDNEY SANCHES
EMENTA: - DIREITO CONSTITUCIONAL E
PREVIDENCIÁRIO.
PROVENTOS DE APOSENTADORIA. CÁLCULO DO
BENEFÍCIO. ART. 202, I, E ART. 201, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.
1. O acórdão recorrido considerou não auto-aplicável o art. 202, I,
da C.F. (aposentadoria por idade), porque dependente da Lei nele
referida.
2. Nesse ponto deu solução correta à hipótese, conforme
precedentes do S.T.F.
3. No mais, ou seja, quanto à auto-aplicabilidade, ou não, do § 5º
do art. 201 da C.F., a questão somente haveria de ser apreciada, se a
aposentadoria, por idade, tivesse de ser deferida, pois só então se
teria de cuidar do "quantum" do benefício mensal.
4. R.E. não conhecido.
RE N. 192555-8
RELATOR: MIN. MOREIRA ALVES
EMENTA: Pensão. Valor correspondente à totalidade dos
vencimentos ou proventos do servidor falecido. Auto-aplicabilidade
do artigo 40, parágrafo 5º, da Constituição Federal.
Esta Corte, desde o julgamento do mandado de injunção nº211 e
263, firmou o entendimento de que o parágrafo 5º do artigo 40 da
Constituição Federal é auto aplicável, sendo que a lei nele referida
não pode ser outra senão aquela que fixa o limite de remuneração
dos servidores em geral, na forma do art. 37, XI, DA Carta Magna.
Recurso extraordinário não conhecido.
RE N. 200695-5
RELATOR: MIN. NÉRI DA SILVEIRA
EMENTA: - Recurso extraordinário. Competência. 2.
Estado da Federação que possui Tribunal de Justiça Militar. 3.
Conflito de jurisdição entre auditor militar e juiz de direito.
Compete, nesse caso, ao Superior Tribunal de Justiça dirimir o
conflito, a teor do art. 105, I, letra "d", da Constituição, porque se
trata de dissídio entre juízes sujeitos a tribunais diversos. 4. Somente
nos Estados onde não houver Tribunal de Justiça Militar os auditores
militares estaduais ficam sujeitos ao Tribunal de Justiça do Estado, a
quem caberá julgar conflito de jurisdição entre esses magistrados e
os juízes de direito. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido
para cassar o acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais, determinando que o STJ conheça do conflito entre auditor
militar e juiz de direito, ambos do Estado de Minas Gerais, e o
decida como entender de direito.
RE N. 204441-5
RELATOR: MIN. CARLOS VELLOSO
EMENTA: - CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO.
PROVENTOS E PENSÕES INTEGRAIS. C.F., art. 40, §§ 4º e 5º.
TERMO INICIAL.
I. - O artigo 20 do ADCT não estabeleceu termo inicial para o gozo
do benefício. Este, o termo inicial, é a data em que teve vigência a
disposição constitucional de aplicabilidade imediata. C.F., art. 40, §§
4º e 5º.
II. - R.E. não conhecido.
RMS N. 21479-1
RELATOR: MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE
EMENTA: Mandado de segurança: prazo: irrelevância da
discussão sobre se, cuidando-se de militar, o termo inicial é a
publicação no Diário Oficial ou em Boletim Interno, se, ainda que
contado do último, o prazo de decadência venceu um dia antes do
ajuizamento do pedido.
T R A N S C R I Ç Õ E
S