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Reza 1
Èmi ma jí loní o
Emi má jí loni ô
Eu acabo de acordar hoje
Ngo kú ìmọ̀
Ungô kú imón
Eu saldarei o conhecimento
Imolẹ ni ti àmakisi
Imolé ni ti ámákisi
Os òrìṣà pertencem a àmakisi
Reza 2
Orí awo màá tọ́ ni awè
Orí auô ma a to ni auê
O mistério do Orí nascerá no jejum
2
Orí awo màá gbó ni awè ̣
Orí auô ma a gbô ni auê
O mistério do Orí amadurecerá no jejum
Ìbà á ṣẹ Òtúwà-kan
Ibá a xé otu ua can
Reza 3
Orí sán mi, orí sán mi
Orí san mi, ori san mi
Ori me torne melhor
3
Orí sán mi, orí sán mi, orí sán mi
Orí san mi, ori san mi
Ori me torne melhor
Olúwa mi ajiki
Olu ua mi ajiqui
ìwà mi a dúpé ̣
Iuá mi á dukpé
Meu caráter, eu agradeço
Reza 4
Orí mi yé ̣ o Já fún mi
Orí mi ié o já fun mí
Meu orí esteja atento lute por mim
Reza 5
Bi o ba fífẹ lowó, bèèrè kan orí
Bi o bá fifé louô, beere kan orí
Se você quer ter dinheiro, pergunte primeiro a orí
4
Orí não deixe de vir para cá
Wá saye mi di rere
Uá xaiê mi di rerê
Venha e faça minha vida ser melhor
Atètè ni rán
Atete ni ran
Aquele que atende rapidamente
Atètè gbà mi
Atete gbá mi
Aquele que rapidamente me socorre
Ori pè ̣lé ̣!
Orí kpélé
Ori!
Orí àìkú
Orí aikú
Ori imortal
5
Para lavar a cabeça
Lọwọ Ọtún awo è ̣gbá
Lóuó ótun auô égbá
Na mão direita o adivinho de egba
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Como alimentar o seu Orí
Alimento é vida. Uma refeição é uma dádiva e uma festa. Os Yorùbá são um povo do
campo, fazendeiros e dão muito valor a vida a ao alimento, a água que é tão difícil de
ser obtido. Cada povo dá valor ao que lhe é importante e caro. Para os Yorùbá a agua
e o alimento são muito importantes.
Mesmo para nós, quando queremos receber bem alguém sempre fazemos isso com
alimento e bebida. A religião deles e sua teologia não é artificial, não foi criada em um
concílio, ela existe permeando toda a sua vida e existência, assim, os Yorùbá agradam
seu deus e todos os seus ministros e representantes com alimento. Flores não é uma
opção para eles, alimento sim, é seu bem maior.
O orí deve ser alimentado para que possa influenciar positivamente a nossa vida. O
sentido é a reposição do axé, a energia vital que usamos para fazer tudo. Com o àṣẹ
(axé) nós nos conectamos com o Orí divino, que está no Ọ̀ run (órun). O alimento do
Orí vai então repor o àṣẹ (axé) e facilitar a comunicação e influência do Orí no Ọ̀ run
(órun) com o nosso Orí no Aiyé.
Alimentar o ori de chama bọ́rí (bórí) palavra que é composta pelo verbo bọ́ com orí,
ou seja alimentar o ori. Existe uma outra palavra Yorùbá, bórí (bôrí) que significa cobrir
a cabeça.
Ao longo de nossa vida devemos fazer bọ́rí (bórí) muitas vezes. No mínimo uma vez
por ano, algumas pessoas podem precisar de mais vezes. A grande distinção é que
fazer um bọ́rí (bórí) não é o banquete que se faz por ai, que vira uma obrigação. Claro,
um bọ́rí (bórí) pode ser simples ou uma coisa maior, mas simples já ajuda muito.
Vou, a seguir, dar uma receita muito simples que pode ser feita por qualquer pessoa.
É claro que fazer isso através de um sacerdote é muito melhor por ser uma pessoa
que recebeu orientação e àṣẹ (axé) para isso, mas a religião também é para todos.
Contudo de fato fazer isso requer alguma pratica e pessoas que nunca viram ou
fizeram esse tipo de comida podem ter dificuldade. Infelizmente é assim mesmo.
Tudo nessa religião tem significado, assim, não ignore materiais e indicações de uso.
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Material necessário:
• Esteira nagô
• Pano de cabeça com capuz
• Manteiga de karité
• obi de 4 gomos (rosado)
• 2 lençóis
• Coco verde
• água mineral
• 2 bacias de ágata
• Ervas frescas: manjericão, alevante, saião, colônia, macaçá
Preparação:
Lave as ervas frescas, separe as folhas e quine as folhas com agua até que sobre
apenas uma massa de folhas maceradas. Faça isso em uma bacia branca de ágata.
De fato, isso requer alguma prática. Separe 4 folhas de saião inteiras e coloque em
uma vasilha com água.
Deixe o banho nessa bacia por algum tempo. Depois coe todas as folhas deixando
somente a água. As folhas devem ser despachadas no mato, veja no final.
Separe um lugar para fazer isso que seja limpo, isolado e tranquilo.
Coloque a esteira Nago e cubra com lençol branco. Coloque o Obi dentro de uma
vasilha com água. Deixe ao alcance a manteiga de karité e as folhas de saião. Coloque
a bacia não usada na sua frente e se ajoelhe diante dela. Reze para Ori.
Lave primeiro a sua cabeça com água mineral. Apenas jogue a água por toda a cabeça
e deixe escorrer para a bacia que fica abaixo deu sua cabeça (você está ajoelhado,
em cima da esteira com o bacia a sua frente, abaixo de sua cabeça.).
Abra o coco verde e faça a mesma coisa, deixe a água do coco escorrer por toda a
cabeça lavando-a. Por fim derrame o banho de ervas vagarosamente, escorrendo o
banho com as mãos e lavando toda a cabeça. Use a reza de lavar a cabeça, reze ela
enquanto faz isso.
Espera a água escorrer toda, limpe o excesso em seu rosto e pescoço com uma
toalha, mas não enxugue sua cabeça.
Abra o obi de 4 gomos, separando todos os gomos. Retire o olho que fica nos
gomos. Pegue a manteiga de carité e faça um montinho em cima sua cabeça. Afaste
o cabelo e coloque ela em contato com o couro cabeludo. Coloque os gomos do Obi
em cima da manteiga, um gomo em cada lado. Cubra isso tudo com a 4 folhas de
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saião e coloque o pano de cabeça com capuz por cima disso tudo tampando a sua
cabeça. Prenda o pano de cabeça (isso também requer alguma prática...).
Durma na esteira (pode usar um travesseiro) por pelo menos 3 horas mas recomendo
passar toda a noite. Quando levantar retire o pano com tudo o que está na sua cabeça.
Esse material deve ser despachado em uma mata limpa, ou em um lago limpo, nunca
jogue na rua ou no lixo.
Pode tomar banho normal lavando a cabeça. Não tome sol na cabeça até o meio dia.
Na noite que fizer isso você não sai de casa.
Observem que este é o procedimento mais simplificado possível. Somente faça quem
se sentir à vontade para isso. É claro que quem sabe e tem pratica consegue fazer
com facilidade e um sacerdote faz isso com mais complexidade, adicionando comidas
para o Orí.
Mas eu apenas quis mostrar que não precisa ser complicado, por ser simples.
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O NASCIMENTO DE OBI.
Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com
gosto ruim.
No outro dia, ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não
podiam ser comidas. Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no
entanto todas foram malsucedidas.
Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de descobrir como
preparar as nozes era impossível.
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Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se
apresentou como voluntária para guardar as frutas. Todas as frutas colhidas
foram então dadas a ela.
Depois, ela começou a comer as nozes cruas. Ela esperou mais catorze dias e
depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.
Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto
das preces, Obi, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo. Deus então
decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade em Sua casa
quem conseguiu decodificar o segredo do produto das orações, as nozes
deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também,
onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecido primeiro ao mais
velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido
por preces.
Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente.
A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três
divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer à árvore da
noz de cola.
A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava
presente na cerimônia.
A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no
Conselho.
Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por
preces e onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe
respeito pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada.
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DIFERENTES TIPOS DE NOZES DE COLA
1. Obì – Noz de cola. Obì e água (obì omi tùtu) são oferendas primordiais
nos cultos afro-descendentes.
2. Obì àbátá ifin – Obi 4 partes branco - Oferenda exclusiva de Obatalá.
3. Obì abatá pupa – Obi vermelho. Serve de oferenda para qualquer
ebora que não seja fun-fun, inclusive para orí e egun.
4. Obì edun = obì àáyá – (Cola Caricofolia– Sterculiáceae) – Cola de
macaco possui o fruto vermelho e brilhante. É comestível. - Desconhecido
o uso ritualístico.
5. Obì àbàtà = obì gidi – (Cola Acuminata – Sterculiáceae) – Este é um
tipo de nóz de cola vermelha que pode possuir de quatro a seis
cotilenóides (awé).
6. Àjoòpa é uma nóz de kola doce e vermelha, grande e de qualidade
superior.
7. Obì ifin = O mesmo àjoòpa, só que de cor branca. - Oferendado a
Obatalá - Muitas vezes é dado como um presente ou como parte de um
presente a uma pessoa importante.
8. Gbánjà = górò = awé méji. – (Cola Nitida – Sterculiáceae) – É vermelho
e possui apenas dois segmentos como indica um de seus nomes (awé
méji). Contém muita cafeína e por este motivo, se comido à noite, provoca
insônia. A cafeína age como estimulante e excitante muscular. Combate
a depressão e a hipertensão e sua ação rápida é também de curto efeito...
9. Abidún = abóbìdóòyò = akíí boto = kòlá = orógbó.
ITAN DE OBI
OBI NOZ DE COLA
Era uma vez um belo rapaz, forte e saudável, cujo nome era Obi, seu trabalho
era levar os recados dos homens, para os Orixás. Toda vez que um homem
precisava fazer uma oferenda a uma divindade, ele deveria falar no ouvido
de Obi todas as suas orações, pedidos e lamentações, e este, por sua vez,
transmitiria os recados e traria uma resposta daquela divindade.
Com o tempo, Obi passou a ser mais requisitado pelos seus trabalhos, pois com
sua ajuda tudo se tornara mais fácil, a resposta era imediata. Isso foi fazendo
com que Obi ficasse muito orgulhoso e envaidecido, passando a cobrar preços
cada vez mais altos pelos seus serviços, acumulando assim, muitas riquezas.
Obi sentia-se livre para agir desta forma, andava pelas ruas sem falsa modéstia,
dizendo o quanto as pessoas precisavam de seus favores. O tempo foi passando
e a situação chegou a tal ponto, que Exu ficou incomodado com as atitudes
de Obi. Exu, que caminha entre o céu e a terra com muita facilidade, foi falar
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com Olodumare (o Deus Supremo), relatando tudo o que estava acontecendo na
terra, especialmente o comportamento de Obi.
Olodumare ficou muito triste com o que Obi estava fazendo e tomou uma
decisão, ir pessoalmente à casa de Obi, falar com ele, e ver quais seriam seus
argumentos. O Deus Supremo, que nunca havia saído do céu anteriormente,
seguiu em direção a casa de Obi, lá chegando, bateu na porta, e Obi foi atender,
sem imaginar quem poderia estar do lado de fora, ao abrir a porta, tão grande
foi seu susto, que caiu de costas no chão imobilizado, foi quando Olodumare
disse a ele:
"Tanto foi o teu orgulho e vaidade que vim pessoalmente a sua casa para falar
de minha tristeza, como reparação de seus erros, a partir de hoje nunca mais
falará de pé, toda vez alguém precisar de teu trabalho é no chão que deverá te
invocar, esse será o teu castigo para sempre".
E até hoje é assim que consultamos Obi, no chão. Sabemos toda lenda serve
para nos transmitir uma mensagem filosófica.
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OBÍ KOSI ÀÍRÍJE
OBÍ KOSI ÀÌRÍMU
OBÍ KOSI ÒFÒ
OBI KOSI ÈJÉ
OBÍ KOSI FÌTÍBÒ
OBI KOSI ARÁ IKÚ BÀBÀWA
ORÓGBÓ REE O
OBÁ KÒSO
ORÓGBÓ REE O
OGBO TEMI DI OGBO ÀGBO DI WORA
OGBO SÒNGÓ, OGBO OBÁ.
O DOGBO ONI DOGBO AGBOLANPAPA
AGBOLANPAPA NI TOPE
AGBOLANPAPA NI TAGBON OMIDUN
AGBOLANPAPA NI TOPE OKUN
EMI MA SAWO PA EGEGEDE
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SÒNGÓ NI OKU MO O
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JOGO COM OBÌ ÀBÀTÀ
CÔNCAVO CONVEXO
(aberto) (fechado)
II I
II II II II Quatro abertos a resposta é SIM e recebe o nome de OBÌ
ÌDÁARIN ou ÀLÁFÍÀ
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CANTIGAS PARA ORO
KOKEN
BABA BÍ BABI ETU, KOKEN.
CANTIGA
ẸJẸ NÍ ỌRỌ ÀWA NPAWO
ẸJẸ NÍ ỌRỌ
E ABUKO FÚN É ṢÚ ÓÒ (OU AKIKO)
ẸJẸ NÍ ỌRỌ ÀWA NPAWO
ẸJẸ NÍ ỌRỌ
E FÚN A LÁṢẸ
CANTIGA DO ORÍ
ORI A BODI, OGEGE MARIWO
ORI A BODI, OGEGE (NOME DO ÒRÌṢÀ) ÈṢÙ ÓÒ
(oferece o orí aos 4 cantos da casa)
ỌTÍ
BÁ ỌTÍ BÁ ỌTÍ ÓÒ
BÁ ỌTÍ BÁ ỌTÍ ÓÒ
DUNDUN MANMAN
KÍ WÁ L'AȘE
BÁ ỌTÍ BÁ ỌTÍ ÓÒ
ATA IRE
EPO PUPÁ
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EPO PUPÁ, EPO LÉRÒ
EPO PUPÁ EPO LÉRÒ
ELE PÈSÈ FÚN ÒRÌṢÀ
ELE PÈSÈ FÚN ẸLẸDA
MEL
ỌDÚN BÁ TÌ OLÁ
IBÀ TÍ ỌLÁ
IYO
KÍ KÓRÓ MÁ ÀWA IYỌ;
KÍ KÓRÓ MÁ ÀWA IYỌ;
ỌDÚN MÁ ÀWA IYỌ;
ÒNÍ AE FÚN A IYỌ;
OMI
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RESA DO JOGO
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