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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 1

1.1. Objectivo Geral............................................................................................................ 1

1.2. Objectivos Específicos ................................................................................................ 1

1.3. Metodologia ................................................................................................................. 1

2. Mercantilismo..................................................................................................................... 2

2.1. Bulionismo: O Mercantilismo Espanhol ..................................................................... 2

2.2. Colbertismo: O Mercantilismo Francês ....................................................................... 3

2.3. Comercialismo: O Mercantilismo Inglês ..................................................................... 4

2.4. Cameralismo: O Mercantilismo Alemão ..................................................................... 5

2.5. Mercantilismo em Portugal ......................................................................................... 6

2.6. Contribuições dos mercantilistas para a economia científica ...................................... 6

2.6.1. Moeda ................................................................................................................... 6

2.6.2. Preço ..................................................................................................................... 6

2.6.3. Juro ....................................................................................................................... 7

2.6.4. Salário................................................................................................................... 7

3. Conclusão ........................................................................................................................... 8

4. Bibliografia......................................................................................................................... 9
1. Introdução

As crises, a fome e as revoltas camponesas tiveram como consequência a redução na esfera do


poder privado da nobreza feudal, um enfraquecimento dos laços de servidão, a
desurbanização e a retracção das actividades comerciais que se desenvolviam desde o século
XI, fazendo com que a nobreza feudal não oferecesse a protecção e a segurança necessárias.

Com o colapso do regime antigo a Igreja passou a desempenhar um papel cada vez mais
activo, mas a crescente incompatibilidade entre as demandas financeiras do Estado e as regras
morais que inspiravam os procedimentos económicos”, criou a necessidade de uma nova
abordagem.

A necessidade de segurança convergiu para a formação de um novo tipo de poder, que tomou
forma numa das maiores invenções do Ocidente, o Estado moderno, mais centralizado e forte.
Ao prover essa segurança almejada surge a necessidade de metais preciosos para remunerar as
tropas, que eram o sustentáculo do poder real, da ordem interna e da defesa do reino.

Para estimular a oferta interna de bens e serviços e consequente enriquecimento do reino, este
acumula ouro e prata. A acumulação dos metais com os quais era feito o dinheiro não era
incomum no mundo antigo e na idade média, no período mercantilista, a Inglaterra e os países
da Europa Ocidental, dedicavam-se a obtenção de ouro como questão de política nacional.

1.1. Objectivo Geral

 Fazer uma abordagem do Mercantilismo como uma fase da evolução do pensamento


económico.

1.2. Objectivos Específicos

 Definir e caracterizar o mercantilismo;


 Identificar os principais precursores do mercantilismo e suas ideias;
 Analisar a sua contribuição para o desenvolvimento da economia como ciência.

1.3. Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu-se a uma pesquisa bibliográfica, onde as


informações foram colhidas a partir de fontes digitais e escritas sobre o Mercantilismo.
Posteriormente foi feita uma análise destas informações para a estruturação de um texto.

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2. Mercantilismo

Mercantilismo constituiu um conjunto de doutrinas, teorias e práticas económicas adoptadas


pelos estados modernos da Europa a partir de meados do século XV até meados do século
XVIII.

O termo mercantilismo provém do latim “mercari”, que significa mercantil, que quer dizer
fazer um negócio, que procede da raiz “merx” que significa mercadoria. O termo
“Mercantilismo” usado pela primeira vez em 1763, por Vitor Riquetti Marquês de Mirabeau,
e mais tarde, em 1776, foi popularizado por Adam Smith.

Os precursores do mercantilismo eram pensadores pragmáticos voltados ao dia-a-dia da


actividade comercial e financeira. Com o desenvolvimento do Estado moderno e o abandono
crescente da moralidade cristã, a riqueza, a indústria, o comércio e o lucro passam a ser
socialmente aceites.

A sociedade guiada pela moral cristã dá lugar a uma sociedade de homens menos ético e
dominado por motivações egoístas. Os reis procuravam tornar o Estado poderoso política e
militarmente através do uso dos recursos disponíveis e substituir a Igreja na assistência aos
pobres sem causar crises sociais.

Como o volume de metais preciosos descobertos na América aumentou, surgiu na Europa


uma intervenção com o objectivo de definir meios de obtenção de poder para o Estado através
desses metais, pois toda a política estava voltada para o ganho material do Estado.

As primeiras manifestações mercantilistas foram caracterizadas pela teoria que apontava a


acumulação de metais preciosos, nomeadamente o ouro e a prata, como a principal fonte de
poder para o Estado e de obter, conservar e acumular riqueza, quer em barras, amoedados ou
transformados em objectos de luxo.

2.1. Bulionismo: O Mercantilismo Espanhol

A fase inicial do mercantilismo chamada metalismo ou bulionismo originou-se no período em


que a Europa estava passando por uma escassez de ouro e prata em barra, não tendo, portanto,
moeda em circulação suficiente para atender ao volume crescente do comércio, especialmente
na Península Ibérica, Espanha e Portugal.

Segundo a visão bulionista o poder do Estado era função directa da riqueza do reino, cuja
grandeza se definia pelo acúmulo de metais preciosos. Avaliava-se que a disponibilidade
crescente de ouro e prata dotava as casas reais de capacidade para organizar mecanismos

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abrangentes e eficientes (tropas mercenárias etc.) para o exercício e a afirmação do poder no
plano interno e externo.

A Espanha foi um dos países que tinha facilidades para obter e acumular ouro e prata, pois
tinha um vasto e forte império colonial (principalmente o México e o Peru).

Anos depois, na Espanha, Luís Ortiz, na obra “Para que a moeda não saia do reino”, de
1558, defendeu um conjunto de medidas visando garantir o acúmulo de metais preciosos.

As medidas que os mercantilistas adoptaram baseavam-se principalmente na proibição da


saída de metais preciosos, ouro e prata, dos países detentores e inibição da retenção da moeda
na forma de poupança ou uso como bens de luxo.

A Espanha não desenvolveu a agricultura e a indústria, então, passou a importar produtos


pagos com ouro e prata. A consequência do afluxo de metais e do desinteresse pela produção
de bens agrícolas e industriais foi a disparada dos preços, gerando uma altíssima inflação e
criando uma crise que durou um longo período.

2.2. Colbertismo: O Mercantilismo Francês

A França por não explorar directamente minas de ouro e prata buscava mecanismos de atrair
esses metais preciosos para o seu território através da produção manufactureira, mas
mantendo um justo equilíbrio entre os diferentes ramos da actividade económica nacional.

Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) foi menos um formulador e mais um executor, sistemático,


minucioso e incansável do mercantilismo na França. Colbert construiu uma fábrica e um
Estado pois encarava o comércio como outra modalidade de guerra, na qual o progresso de
uma nação implicava necessariamente em prejuízo para as demais (colónias).

O mercantilista francês defendia que as colónias só podiam importar ou exportar produtos


junto às metrópoles, de forma que o benefício do comércio enriquecesse a metrópole. Era uma
garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa.

Os mercantilistas viam o sistema económico e o comércio externo como um jogo de soma


zero, no qual o lucro de uma das partes implica a perda da outra.

Com o incremento de metais preciosos no reino deu-se uma elevação generalizada nos preços
(a Revolução dos Preços) que foi analisada por Jean Bodin (1530-1596) em “Résponse aux
paradoxes de M. Malestroit”, de 1568. Segundo ele os altos preços provinham de três causas:

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a principal e quase exclusiva a abundância de ouro e prata, os monopólios e a exportação ou
consumo de luxo da aristocracia.

Este pensamento conduziu à defesa da necessidade de existir um comércio exterior, desta


forma, o objectivo passa a ser estimular a produção, o trabalho, a agricultura e o
manufactureiro de modo a incentivar o comércio externo com vista a obter uma balança de
contratos favorável.

Na França o mercantilismo ficou também conhecido como mercantilismo industrial, pois


estava voltado para o desenvolvimento de manufacturas de luxo para atender ao mercado
internacional e procurou expandir suas companhias de comércio, bem como a construção
naval.

Estes mercantilistas fomentavam o crescimento populacional mas limitavam o consumo


interno com o objectivo de aumentar a produção e obter um saldo positivo na balança
comercial, pois o poder do país depende das reservas de ouro e prata.

Nesta abordagem o ouro não é um fim em si, o que constitui riqueza é a produção de bens
manufacturados, assim a saída de ouro do reino passa a ser permitida desde que se tomem
providências que garantem que a balança comercial se mantenha superavitária ou favorável.

2.3. Comercialismo: O Mercantilismo Inglês

As colónias da Inglaterra possuíam poucos metais preciosos, então ofereciam à sua metrópole
pouca riqueza. Neste caso, os mercantilistas foram obrigados a criar outra abordagem que
buscava manter a economia em pleno emprego através da vigilância sobre os contratos
assinados com os estrangeiros, conhecidos como Balança comercial ou de contratos.

Na Inglaterra, o primeiro a fazer uma crítica ao metalismo baseado numa análise abrangente
das relações comerciais entre os países foi Edward Misselden (1608-1654), em sua obra “The
cicle of commerce”, de 1623, calculando a balança comercial da Inglaterra pela primeira vez.

Na perspectiva de Misselden a única maneira de aumentar o volume de metais e, ao mesmo


tempo, manter a moeda barata é por meio da balança comercial.

As importações, em especial de bens produzidos internamente, e as exportações de bens finais


passam a ser estimuladas por todos os meios como subsídios e monopólios comerciais nas
colónias. As exportações de matérias-primas passam a ser desencorajadas pois o produto
industrializado acabado era mais caro do que matérias-primas ou géneros agrícolas, exportar
manufacturados era certeza de bons lucros.

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Para atingir esses objectivos, o autor propõe uma série de medidas, entre as quais, o apoio do
Estado às exportações e o emprego em massa da população na produção de mercadorias
destinadas ao mercado externo.

Thomas Mun (1571-1641) e Josiah Child (1630-1699) defenderam a intervenção estatal na


gestão da balança comercial. Assim a parcela que cabia a um país do total de metais
disponível no mercado internacional era directamente proporcional à sua participação nesse
mercado e aos ganhos que nele obtinha por meio da balança comercial.

As trocas no interior de uma nação promovem uma distribuição da riqueza (expressa em


moedas metálicas) entre as classes, mas não tornam a nação mais rica. É no mercado
internacional que as trocas operam a redistribuição da riqueza entre as nações.

2.4. Cameralismo: O Mercantilismo Alemão

Na última fase do mercantilismo as prioridades foram transferidas da balança comercial para


o sector manufactureiro através de um conjunto de medidas de carácter proteccionista cujo
objectivo era apoiar as manufacturas, estimular as exportações e reduzir as importações.

Na Alemanha surgiu uma variante do mercantilismo conhecida por Cameralismo, este


procurava remediar o atraso da economia causado pelas crises e calamidades económicas,
pois a política económica interna do país estava menos fragmentada do que a internacional.

Segundo essa formulação, um Estado forte, capaz de estimular e apoiar a produção interna e
se impor aos Estados vizinhos, dependia de fontes inesgotáveis de receitas, e estas, por sua
vez, eram função da prosperidade dos negócios exercidos pelos súbditos.

A nação poderosa devia usar o seu território nas actividades produtivas como a agricultura, a
pesca, a mineração e a manufactura. Assim as autoridades do reino estimulavam o
desenvolvimento de indústrias em seus territórios.

Através da ajuda mútua entre o Estado e os produtores poderia se conquistar o comércio


internacional e enriquecer o Estado, pois enquanto os primeiros controlavam e protegiam os
processos de produção com barreiras e impostos, os segundos lucravam com a protecção.

Veit Ludwig Von Seckendorf (1626-1692) é considerado pai do cameralismo pois separou a
economia dos outros ramos sociais como a política e a administração pública com vista o
combate da falência do tesouro público.

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Os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do
exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas
para outros países.

2.5. Mercantilismo em Portugal

Portugal foi o país que demonstrou maior flexibilidade na aplicação do mercantilismo, tendo
praticado três formas distintas de mercantilismo, com o objectivo de proteger a economia
portuguesa, que era marcada por uma grande dependência face ao exterior.

No século XVI, com a descoberta do caminho marítimo para as Índias, colocou em prática o
mercantilismo comercial, comprando e revendendo mercadorias do Oriente.

No século XVIII, durante o “ciclo do ouro” praticou o mercantilismo metalista sobre o Brasil,
explorando as minas de ouro e absorvendo as reservas de metais preciosos da sua colónia.
Com a crise do ouro, surgiu o mercantilismo industrial, com a produção de artigos destinados
ao abastecimento do mercado colonial.

2.6. Contribuições dos mercantilistas para a economia científica

2.6.1. Moeda

Para os mercantilistas a moeda para além de meio de troca, é uma medida de valor e um
activo financeiro. Com a primeira explicação de Jean Bodin que relacionava a elevação dos
preços das mercadorias à abundância do meio utilizado para medir o seu valor, elaborou-se os
rudimentos de uma análise quantitativa da moeda. Segundo essa visão, sempre que ocorre um
aumento na quantidade de moeda, os preços se elevam.

John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776) também identificaram um mecanismo


para explicar como uma instabilidade da moeda pode afectar os preços de bens e serviços
através da interligação entre a moeda e os preços, que mais tarde no século XVIII foi
denominada “Teoria Quantitativa da Moeda”.

2.6.2. Preço

William Petty (1623-1687) iniciou sua análise do valor das mercadorias estabelecendo uma
distinção entre o preço político (verdadeiro preço corrente) e o preço natural. Segundo afirma,
o preço político da mercadoria é função das variações da oferta e da procura no mercado e, no
longo prazo, tende a igualar-se ao preço natural. O preço natural corresponde à expressão
monetária do tempo de trabalho necessário para produzir a mercadoria.

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2.6.3. Juro

Joseph Massie concebia o juro como uma parte do lucro e sua taxa, como uma função do
nível do lucro e do risco do investimento. Os mercantilistas defendiam que os negócios
viáveis devem possuir uma rentabilidade interna.

David Hume em seus escritos económicos de 1752, defendeu que o desenvolvimento do


comércio, ao potencializar a acumulação de capital, aumenta a oferta de moeda e provoca,
segundo a lei da oferta e da procura, uma queda correspondente na taxa de juros.

2.6.4. Salário

Para o enriquecimento do Estado era necessário que as pessoas estivessem empregadas e a


produzir, nesta ordem de ideias os salários deviam estar directamente relacionados com as
horas de trabalho produtivo, até certo ponto. Este pensamento levou, mais tarde, a uma
interpretação da curva de oferta de trabalho.

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3. Conclusão

Mercantilismo foi um conjunto de práticas e ideias económicas desenvolvidas na Europa entre


o séc. XV e XVIII, o seu principal objectivo era fortalecer o Estado e enriquecer a burguesia.

O mercantilismo assumiu formas nacionais, das quais podem citar-se: Espanha, França,
Inglaterra, Alemanha, Portugal, Holanda, Dinamarca e Suécia.

O mercantilismo foi uma corrente muito heterogénea, por isso não foi uma crença social
sólida ou um rígido sistema de controlo e nem possuiu leis e precursores ou defensores
unificados, apenas tendências individuais específicas, onde as práticas económicas se
adaptavam às circunstâncias de cada nação, como fica claro ao analisar os tipos de
mercantilismo existentes.

Defendia a busca excessiva pelo ouro e pela prata, e se o país não tivesse minas de metais
preciosos, tinha que encontrá-los nas colónias ou, ser especialista em comércio para manter as
balanças comerciais favoráveis.

Na maior parte dos países mercantilistas a abundância de metais num reino elevou os preços
internos, reduziu o comércio e estimulou a aquisição de artigos mais caros no exterior,
provocando uma fuga de moedas metálicas e a consequente redução do volume de metais
acumulados até que se restaurassem os níveis anteriores de preço.

A balança comercial favorável também levaria a maximizar as reservas metálicas sem


precisar restringir a saída desses metais, na medida em que devia assegurar um fluxo positivo
de ouro e prata.

A busca por um saldo externo positivo entre as exportações e as importações conduziu à


formulação de noções contábeis denominadas Balança Comercial.

O mercantilismo foi uma fase de germinação da Economia como ciência, pois foi um
momento de grande fertilidade do pensamento económico, onde foram criadas algumas bases
da ciência económica e no século XVIII ela se consolidou.

Esta fase da evolução da sociedade e do pensamento económico foi caracterizada por uma
forte intervenção do Estado na economia.

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4. Bibliografia

Dehem, R. (1984). Histoire de la pensée économique, des mercantilistes à Keynes. Québec:


économie module.

Hunt, E. K., & Lautzenheiser, M. (1968). História Do Pensamento Econômico Uma


Perspectiva Crítica (3ª ed.). (A. A. Villela, Trad.)

Oliveira, R. d., & Gennari, A. M. (2009). História do Pensamento Económico. São Paulo:
Editora Saraiva.

Rima, I. H. (1925). História do Pensamento Económico. (A. B. Simões, Trad.)

Taylor, A. (1951). As Grandes Doutrinas Económicas (11 ed.). Portugal: Publicações Europa-
América, Lda.

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