O telefilme Breaking the Mould: the Story of Penicillin é um drama histórico
produzido pela British Broadcasting Corporation (BBC) em 2009 que conta a
história do desenvolvimento da penicilina na década de 30/40 por um grupo de cientista de Oxford. A penicilina foi o primeiro antibiótico usado no tratamento de infecções causadas por bactérias. A palavra antibiótico vem do grego e significa contra a vida – ou seja contra a vida das bactérias. Durante a Segunda Guerra Mundial, a penicilina salvou a vida de milhões de soldados feridos nos campos de batalha. Graças a descoberta desse novo medicamento que revolucionou a história da medicina centenas de pessoas foram salvas de doença que antes eram consideradas mortais tais como: pneumonia, sífilis, gonorreia, febre reumática e tuberculose etc.
A descoberta da penicilina deu-se de forma acidental. Alexander Fleming,
bacteriologista do St. Mary's Hospital, de Londres, vinha desenvolvendo pesquisas para inviabilizar o crescimento de bactérias nas feridas.
Em 1928 Fleming observou que uma placa de cultura de Staphylococcus tinha
sido contaminada por um mofo azul-verde e que as colônias de bactérias adjacentes ao molde estavam sendo dissolvido. Curioso, Alexander Fleming cresceu o molde em uma cultura pura e descobriu que ele produzia uma substância que matou um número de bactérias causadoras de doenças. Nomeando a substância penicilina, Dr. Fleming, em 1929, publicou os resultados de suas investigações, observando que sua descoberta poderia ter valor terapêutico se pudesse ser produzida em quantidade. Devido às dificuldades de se produzir penicilina em quantidade suficiente para ser usada no tratamento de pacientes, inicialmente, a descoberta de Fleming não despertou maior interesse na comunidade científica. Foi somente com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, que dois cientistas, Howard Florey e Ernst Chain, retomaram as pesquisas e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial. Fleming ganhou um Nobel por suas contribuições à ciência.
Com relação ao mecanismo de ação a penicilina inibindo as enzimas
bacterianas responsáveis pela síntese da parede celular na replicação de microrganismos e ativando outras enzimas para quebrar a parede protetora do microrganismo. Como resultado, elas são eficazes apenas contra microrganismos que estão ativamente replicando-se e produzindo paredes celulares. Elas também não prejudicam as células humanas (que, basicamente, carecem de paredes celulares).