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RESUMO: Na meliponicultura os forídeos são responsáveis por grandes prejuízos e queda na produtividade.
Objetivou-se com este trabalho testar diferentes atrativos em iscas internas para controle da mosca de forídeo
em colônias de abelha uruçu amarela Melipona rufiventris. Na primeira etapa foi testado o tipo de vinagre
mais eficiente na atração das moscas de forídeos. Assim foram avaliados o vinagre de álcool, maçã e tinto.
Foram utilizadas iscas internas na colônia e para testar a atratividade, foi realizada a contagem total de
moscas capturadas 24 horas após a instalação das armadilhas. Os diferentes tipos de vinagre utilizados não
de diferiram entre si. Devido resultado obtido o vinagre utilizado poderia ser qualquer um dos testados,
assim foi adotado o critério de vinagre de menor custo, que foi o de álcool, para continuidade com a segunda
etapa do experimento. Os resultados obtidos mostraram que o atrativo foi o vinagre+polén se destacou em
todas as coletas se mostrando superior aos demais.
INTRODUÇÃO
Os forídeos são causadores de grandes prejuízos e responsáveis pela morte de colônias na
meliponicultura ou criação de abelhas sem ferrão (FREIRE ET AL., 2006). Por possuir um ciclo de
vida rápido, característica de comensalismo, agilidade e seu ataque ser muito agressivo, pode-se
considerar que esse inseto é o maior inimigo da meliponicultura Brasileira (PERUQUETTI, SILVA E
DRUMOND, 2012).
Conforme Nogueira-Neto (1997) há quatro gêneros de forídeos que frequentam as colônias de
Meliponini: Pseudohypocera, Megaselia, Melitophora e Melaloncha. A espécie Pseudohypocera sp. é
citada como uma das principais inimigas dessas abelhas e também dos gêneros Trigona e Apis.
Os forídeos (Diptera, Phoridae) são pequenas moscas ou mosquitos nas cores preta e marrom
com tamanho variando de 1 a 3 mm de comprimento, dependendo da espécie. Os machos e fêmeas são
morfologicamente similares, sendo as fêmeas geralmente maiores (PEREIRA, 2006).
O forídeo adulto praticamente não produz danos diretamente aos Meliponíneos, entretanto em
seu no estágio larval se alimentam do pólen e dos discos de cria novos contendo alimento larval
líquido (Nogueira-Neto, 1997). As fêmeas destes insetos entram nos ninhos atraídos principalmente
pelo odor do pólen fermentado e fazem postura nos potes de pólen, discos de cria e lixeira (PEREIRA
et al., 2010).
Em colônias fracas e/ou já infestadas uma alternativa de controle é o uso de armadilhas “caça
forídeo” contendo vinagre ou outros produtos atrativos como o pólen. Essas armadilhas podem ser
colocadas dentro da colônia ou espalhadas nas proximidades do meliponário (WOLFF E NAVA,
2007).
Na prática tem-se buscado cada vez mais alternativas no controle desse inimigo. Assim com
intuito de se obter um atrativo mais eficiente e fornecer ao meliponicultor alternativa no controle das
moscas de forídeo, este trabalho tem como objetivo testar diferentes atrativos em iscas internas para
controle da mosca de forídeo em colônias de abelha uruçu amarela Melipona rufiventris.
MATERIAL E MÉTODOS
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VI Congresso Estadual de Iniciação Científica e Tecnológica do IF Goiano
IF Goiano - Campus Urutaí
25 a 28 de setembro de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 são demonstrados os resultados do número de captura em cada tratamento
decorrente de quatro coletas.
Os diferentes tipos de vinagre utilizados não de diferenciaram entre si. Devido resultado
obtido o vinagre utilizado poderia ser qualquer um dos testados, assim foi adotado o critério de
vinagre de menor custo que foi o de álcool para continuidade com a segunda etapa do experimento.
Como descrito por Peruquetti et al. 2012, a eficácia das iscas internas com vinagre para
captura dos invasores forídeos é fundamental para ajuda as melíponas, especialmente em fases em que
a colônia está susceptível e em períodos onde há maior incidência dos forídeos.
O uso de armadilhas contendo pólen de abelha-sem-ferrão para captura de forídeos é
prática comum entre meliponicultores amazônicos (Contrera; Venturieri, 2008). Esses autores
relatam que o número de forídeos capturados nessas armadilhas é semelhante ao das iscas
contendo vinagre puro. Armadilhas com água e pólen, no entanto, apresentam o
inconveniente de não matarem rapidamente as larvas que se desenvolvem em seu interior.
Para sequencia dos testes foi utilizado o vinagre de álcool justificado anteriormente
pelo baixo custo. Os resultados da segunda etapa estão presentados na Tabela 2.
Os dados obtidos no tratamento onde o atrativo foi o vinagre+polén se destacou em todas as
coletas se mostrando superior aos demais (Tabela 2). Wolff e Nava (2007) sugerem em seus estudos
que seja utilizado preferencialmente vinagre de maçã misturado com um pouco de pólen em
quantidade suficiente para cobrir o fundo do frasco pra melhoria de chances de captura.
Contradizendo o presente estudo, que não verificou a presença de postura de ovos dos
invasores nas iscas, Contrera e Venturieri (2008) afirmam que vinagres com adição de água ou pólen
se revelam pouco eficientes e permitem a ovoposição pelas fêmeas de forídeos dentro das iscas e
servem como meio de proliferação de fungos dentro das colmeias.
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VI Congresso Estadual de Iniciação Científica e Tecnológica do IF Goiano
IF Goiano - Campus Urutaí
25 a 28 de setembro de 2017
CONCLUSÃO
Os resultados obtidos na primeira etapa mostraram que o vinagre a ser utilizado não influi
nos resultados. Já na segunda etapa os resultados demostraram que o atrativo vinagre+polén se
destacou em todas as coletas se mostrando superior aos demais tratamentos, que quando comparados
com tratamento citado não obtiveram numero satisfatório de capturas das moscas de forídeos.
REFERÊNCIAS
CONTRERA, FAL; VENTURIERI, G. C. Revisão das interações entre forídeos (Diptera: Phoridae) e
abelhas indígenas sem ferrão (Apidae: Meliponini), e técnicas de controle. In: Embrapa Amazônia
Oriental-Artigo em anais de congresso (ALICE). In: ENCONTRO SOBRE ABELHAS, 8., 2008,
Ribeirão Preto. Biodiversidade e uso sustentado de abelhas: anais. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2008.
NOGUEIRA-NETO, P. Vida e criação de abelhas indígenas sem ferrão. São Paulo: Editora
Nogueirapis, 1997. 445p.
PEREIRA, F. M.; SOUZA, B. A.; LOPES M. T. R. Instalação e manejo de meliponário. Terezina:
EMBRAPA Meio-Norte, 2010.
PERUQUETTI, R. C.; SILVA, Y. C.; DRUMOND, P. M. Forídeos Cleptoparasitas de Abelhas-sem-
ferrão: Sazonalidade, Distribuição Espacial e Atratividade de Iscas de Vinagre. Boletim de Pesquisa e
Desenvolvimento, Rio Branco, v. 1, p. 20, Fevereiro 2012. ISSN 0101-5516.
VILLAS-BÔAS, J. Manual Tecnológico: Mel de Abelhas sem Ferrão. Brasilia – DF. Instituto
Sociedade, População e Natureza (ISPN). Brasil, 2012.
WOLFF, L. F. & NAVA, D. E. Ocorrência da mosca dos favos Pseudohypocera kerteszi (Diptera:
Phoridae) em colméias de abelhas melíferas africanizadas no Rio Grande do Sul. Comunicado
Técnico Embrapa Clima Temperado, 178, 1-4, 2007.