Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Resumo Abstract
Objetiva-se estabelecer um “diálogo” com a The present work aims to establish a dialo-
Portaria MS/GB n. 2488 de 21 de outubro gue between the MS / GB 2488 of October
de 2011, buscando identificar e categorizar 21th, 2011, seeking to identify categorize
a educação permanente dos trabalhadores continuous education of employees of SUS
do SUS e dos usuários, com o intuito de in- by users in order to encourage their auto-
centivar sua autonomia e assim o controle nomy and thus the social control of public
social das políticas públicas de saúde. Serão health policies. The highlight of the deter-
abordadas as determinações que respaldam minations that support health education
a educação em saúde nas categorias apon- in the categories already mentioned, will
tadas. Num primeiro momento será estabe- be detached. At first the establishment of a
lecida uma distinção entre a educação em distinction between health education from
saúde do ponto de vista da promoção de the viewpoint of health promotion and em-
saúde e empoderamento dos sujeitos para powerment of individuals to then highlight
em seguida destacar a educação em saúde the health education of workers, which aims
dos trabalhadores, que objetiva o aprimo- at improving its functions, knowledge of
ramento de suas funções, conhecimento de new technologies, management and plan-
novas tecnologias, gestão e planejamento ning adequate resources.
adequados dos recursos.
Key words: Continuous education. Perma-
Palavras-chave: Educação continuada. nent health education.
Educação permanente em saúde.
1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal
de Santa Catarina. E-mail: tania.rcn@hotmail.com.
2
Doutorado em Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina
(2009). E-mail: dante.girardi@terra.com.br.
3
Especialista em Gestão de Pessoas nas Organizações e Bacharel em Administração pela
Universidade Federal Santa Catarina (UFSC). E-mail: tutor26@cursoscad.ufsc.br.
Educação em Saúde na Atenção Básica
1 Introdução
A Política Nacional de Educação em Saúde (EPS), lançada pelo Minis-
tério da Saúde através da Portaria n. 198, de fevereiro de 2004, possibilita
a identificação das necessidades de formação e de desenvolvimento dos
trabalhadores da área da saúde e a construção de estratégias e processos que
qualifiquem a atenção e a gestão da saúde, fortalecendo o controle social com
o objetivo de produzir um impacto positivo sobre a saúde individual e coletiva
da população. (CAROTTA, 2009)
A Educação Permanente em Saúde trabalha, desde então, com ferra-
mentas que buscam a reflexão crítica sobre a prática cotidiana dos serviços
de saúde, sendo, por si só, um processo educativo aplicado ao trabalho
que possibilita mudanças nas relações, nos processos, nos atos de saúde e
nas pessoas. Outras potencialidades dessa estratégia são: fortalecimento do
controle social; repolitização do Sistema Único de Saúde (SUS); incentivo
ao protagonismo de usuários e trabalhadores no processo saúde–doença; e
a produção de um impacto positivo sobre a saúde individual e coletiva da
população. (CAROTTA, 2009)
No entanto, a gestão da educação em saúde é um desafio para o Sistema
Único de Saúde (SUS), que traz em si a imprescindível necessidade de cuidar
mais de seus “cuidadores”. Os recursos humanos de uma empresa pública são
alvos constantes dos chamados Fatores Críticos de Sucesso e constituem-se
em fator essencial para o alcance das metas propostas no planejamento do
Sistema Único de Saúde. (COBRA, 2011)
O trabalhador do SUS é percebido como sujeito e agente transforma-
dor de seu ambiente e não apenas um mero recurso humano realizador de
tarefas previamente estabelecidas pela administração local. Nessa abordagem,
o trabalho é visto como um processo de trocas, de criatividade, coparticipa-
ção e corresponsabilização, de enriquecimento e comprometimento mútuos.
(COBRA, 2011)
Essa política pressupõe a garantia de requisitos básicos para a valori-
zação do trabalhador da saúde e do seu trabalho, tais como a capacitação
e educação permanente dos trabalhadores bem como a humanização da
qualidade do trabalho, dentre outros. A implementação dessa proposta vem
sendo difundida desde 2003 com a criação da Secretaria da Gestão do Tra-
balho e da Educação na Saúde (SGTES), no Ministério da Saúde, e de seus
dois departamentos: Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho
organizações de saúde não se faz sem uma política de educação para o setor.
(MARIA et al., 2007)
No entanto, a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores de saú-
de devem ter como desafio não dicotomizar a atenção individual da atenção
coletiva, as doenças e adoecimentos da vigilância da saúde; a qualidade de
vida (biologia) do andar da vida (produção subjetiva); não fragmentar os
grupos de trabalhadores (da gestão, da atenção e da vigilância); não perder
o conceito de atenção integral à saúde e realizar o trabalho educativo junto
à população; e, finalmente, aceitar que há incerteza na definição dos papéis
profissionais, em que há alternância de saberes e práticas de cada núcleo
constituído das profissões de saúde e do campo da atenção integral à saúde.
(MARIA et al., 2007)
1.1 Objetivos
2 Educação em Saúde
A educação em saúde constitui um conjunto de saberes e práticas
orientados para a prevenção de doenças e a promoção da saúde. (COSTA;
LÓPEZ, 1996)
Trata-se de um recurso por meio do qual o conhecimento cientifica-
mente produzido no campo da saúde, intermediado pelos profissionais de
saúde, atinge a vida cotidiana das pessoas, uma vez que a compreensão dos
condicionantes do processo saúde–doença oferece subsídios para a adoção
de novos hábitos e condutas de saúde. (ALVES, 2005)
Dentre os diversos espaços dos serviços de saúde, Vasconcelos (1999)
destaca os de atenção básica como local para a educação. A consideração
do autor justifica-se pela particularidade dos serviços prestados pela Atenção
Básica, caracterizados pela maior proximidade com a população e a ênfase
nas ações preventivas e promocionais. (VASCONCELOS, 1999)
Para tal tarefa, de acordo com Mendes (1996), os serviços de atenção
básica precisam apropriar-se de uma tecnologia de alta complexidade que
envolve conhecimentos, habilidades e técnicas, dentre as quais é possível
reconhecer a educação em saúde. Dentre as funções de um médico, o autor
destaca prestar atenção preventiva, curativa e reabilitadora, ser comunicador
e educador em saúde. (MENDES, 1996)
A educação em saúde é uma prática prevista e atribuída a todos os
profissionais que compõem a Equipe de Saúde da Família. Estas equipes de-
vem estar capacitadas para assistência integral e contínua às famílias da área
adstrita, identificando situações de risco à saúde na comunidade assistida,
enfrentando em parceria com a comunidade os determinantes do processo
saúde–doença, desenvolvendo processos educativos para a saúde, voltados
à melhoria do autocuidado dos indivíduos. (BRASIL, 1997)
A educação em saúde vem mudando seu enfoque ao longo do tempo.
Em diferentes momentos históricos, os saberes e as práticas de educação em
saúde foram impregnados por um discurso sanitário subjacente e fizeram uso
de estratégias comunicacionais coerentes com esses discursos. Em confor-
5 Considerações Finais
A abordagem da autonomia dos sujeitos pela Portaria n. 2.488 reafirma
uma perspectiva de valorização dos serviços do SUS que procura ampliar o
sentido de suas ações e consolidá-lo como um espaço privilegiado de socia-
lização e politização de usuários, trabalhadores e gestores.
A transição epidemiológica e demográfica que atravessa nosso país
torna evidente a necessidade de formar profissionais de maneira diferente de
forma a corresponderem às necessidades em saúde.
Serviços de saúde que previnem a doença, que curam e que reabilitam
devem, no Brasil, ter como objetivo contribuir para o aumento da capacidade
reflexiva e de intervenção de diferentes sujeitos sobre o social. Ao contribuir
para a constituição de cidadãos saudáveis, conscientes de seu direito e por-
tadores do “direito a ter direitos”, esses serviços aumentam a possibilidade
de ações sociais que incidam positivamente sobre os múltiplos determinantes
do processo saúde–doença. (CARVALHO, 2004)
Nessa perspectiva, uma autonomia maior de todos os atores é capaz
de instrumentalizá-los na discussão e execução de ações que tenham como
Referências