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Bactérias!
As bactérias não podem ser vistos a olho nu. Para as bactérias presentes
no leite é preciso usar um aparelho chamado microscópio. As bactérias estão
presentes na água, no ar, na terra, no capim, nos pêlos e nos tetos da vaca, nas
fezes, na urina, na roupa e nas mãos do ordenhador, nos insetos e nos
equipamentos de ordenha sujos. A maioria das bactérias não causa problema.
Algumas podem até trazer benefícios para o homem, mas outras podem causam
doenças. Algumas estragam os alimentos, é o caso das que se alimentam do
leite. O leite atacado pelas bactérias fica com sua qualidade ruim.
Quando a temperatura do leite for boa para os microrganismos que vivem
no leite (entre 15°C e 50°C), eles se multiplicam, podendo estragar o leite e
causar doenças. E os microrganismos se multiplicam muito rapidamente,
podendo passar de um a mais de um milhão em apenas seis horas.
Atenção! Nunca utilize a mesma toalha usada para secar o úbere para mais de
uma vaca.
5 - Monitore a saúde do úbere regularmente
-Verifique a saúde do úbere com o Teste de Mastite uma vez por mês,
- Nunca entregue o leite das vacas cujo teste mostrou uma reação positiva.
DURANTE A ORDENHA
Não deve ser utilizado coador de pano e sim de aço inoxidável ou plástico, sendo
trocado freqüentemente.
APÓS A ORDENHA
3. Vacas
- Garantir que as vacas se mantenham de pé após serem ordenhadas,
fornecendo-lhes alimento no cocho logo após a ordenha.
Faça a refrigeração
Transporte do leite
O leite cru refrigerado deverá ser transportado a granel da propriedade
para a indústria, em tanques rodoviários isotérmicos.
O transportador de leite deve ser treinado para manipular o produto de
maneira higiênica, bem como para realizar as tarefas relativas à coleta (medição
do volume de leite, coleta de amostras para análises laboratoriais e testes
rotineiros para avaliar a adequação do leite antes de ser coletado). O
transportador deve conduzir suas funções de modo que não contamine o leite. O
motorista não deve entrar nos estábulos ou outros lugares onde se alojam os
animais ou em lugares onde são armazenados adubo e outros insumos da
propriedade. (Manual de boas praticas de fabricação)
O leite cru não refrigerado poderá ser transportado em latões, desde
que chegue à indústria até duas horas após a ordenha.
TANQUES E LATÕES
Os tanques de caminhões de transporte do leite refrigerado ou os latões
usados para o transporte individual devem ser fáceis de serem limpos e
desinfetados eficazmente. Deve ser garantida a drenagem completa dos
tanques e dos latões após o transporte do leite. (Manual de boas praticas de
fabricação)
Limpeza da sala de ordenha: o local de ordenha deve ser de fácil limpeza, boa
drenagem de efluentes de limpeza e com boa iluminação. No caso de ordenha
manual onde o nível tecnológico não é tão elevado, devemos raspar o esterco
da sala de ordenha e posteriormente ao termino da mesma a sala de ordenha
deve ser lavada e pelo menos uma vez por mês deve ser desinfetada com
produtos a base de cresóis.(EMBRAPA – ACRE)
3. CONTROLE A MASTITE
CONTAMINAÇÕES
Animal
O leite pode ser contaminado por microrganismos a partir de três
principais fontes: de dentro da glândula mamária, da superfície exterior do úbere
e tetos, e da superfície do equipamento de ordenha e tanque.
A pele dos tetos é um local que pode abrigar grande quantidade de
microrganismos, sendo uma fonte de contaminação do leite durante a ordenha.
Durante o intervalo entre as ordenhas, quando as vacas estão deitadas, ocorre
intensa contaminação da pele dos tetos e do úbere, principalmente com
ambiente úmido. A cama ou local de permanência dos animais pode apresentar
muitos microrganismos.
Água
A água utilizada na cadeia produtiva do leite pode constituir uma fonte
direta de contaminação. Deve ser de boa qualidade, ou seja, de fonte aprovada,
livre de patógenos e contaminação fecal.
Entre os principais problemas na captação de água de boa qualidade está a
escolha da fonte, buscando-se evitar a captação de água com riscos de
contaminação (próximos a locais com acúmulo de matéria orgânica) e a falta de
tratamentos preliminares como a filtração e a cloração. Essa água pode ser da
rede de distribuição, poço, canal, reservatório, rios, lagos. Independentemente
de sua origem, a água não pode apresentar níveis de contaminantes químicos e
biológicos que possam afetar a saúde humana.
Em muitos casos, fazendas usam água sem tratar de poços, lagos,
fontes, e rios que podem estar contaminados com microrganismos de origem
fecal. O uso dessa água sem tratar em toda a cadeia do leite contaminará o
mesmo.
Recomendações relativas ao uso da água
• Identificar as fontes de fornecimento de água,
• Evitar a presença de animais de criação (gado, cavalo, etc.) e domésticos
(gato, cachorro, etc.) próximos à fonte de água utilizada,
• Impedir de maneira sistemática a aproximação de animais silvestres e
selvagens,
• Analisar as características físico-químicas da água que são fatores de maior
relevância em um processo de limpeza. Em particular a dureza da água (sais de
cálcio e magnésio) é o principal componente que afetará o processo de limpeza
uma vez que o produto somente promoverá efeito na sujidade após neutralizar
estes sais,
• Outro ponto negativo é quando a água dura é aquecida, pois ocorre a
precipitação de carbonatos causando incrustações. Portanto é muito importante
na escolha do detergente verificar se o mesmo possui seqüestrantes de dureza
de água, (Álvares, 2003)
• A qualidade da água utilizada para a limpeza de equipamentos de ordenha
deveria ser semelhante a do consumo humano, com ausência de coliformes
fecais. Os microrganismos do grupo dos coliformes não são necessariamente
patogênicos, entretanto, a sua presença indica contaminação fecal.
Utensílios
Considerando que o equipamento de ordenha é uma fonte importante de
contaminação do leite, os procedimentos de limpeza e higienização irão
influenciar diretamente o nível de contaminação microbiana do leite, e,
certamente, podem selecionar grupos específicos de microrganismos.
O objetivo básico da limpeza dos equipamentos utilizados no processo
produtivo é remover da superfície os resíduos orgânicos e minerais provenientes
do leite. Esta remoção deverá ser promovida logo após a utilização do
equipamento, pois a demora na limpeza acarreta maior proliferação de bactérias
e conseqüentemente maior será a dificuldade de remoção.
O tipo de sujidade pode ser classificado de diferentes formas. As mais
comuns são as seguintes:
Orgânica: Removida por soluções de produto alcalino ou alcalino-clorado. Ex:
Açúcares, gorduras e proteínas.
Inorgânica: Geralmente removida por soluções de produtos ácidos e/ou
contendo seqüestrantes. Ex: Ferrugem, Fosfato de cálcio - Ca3PO4 (Pedra do
leite) e incrustrações de Cálcio e Magnésio provenientes da água. (Álvares,
2003)
Se a limpeza não for adequada, a sujidade remanescente fornece
nutrientes para as bactérias, acolhendo-as e protegendo-as da ação dos
produtos químicos nos ciclos de limpeza subseqüentes. Essas bactérias soltam-
se durante o processo de coleta do leite promovendo a contaminação e altas
contagens bacterianas. (Álvares, 2003)
A sanitização só terá efeito positivo quando utilizado o procedimento
adequado. Antes de sanitizar é preciso limpar. Portanto, é preciso circular uma
solução desinfetante diariamente no último estágio da limpeza sem recircular e
sem promover novo enxágüe, a fim de remover as bactérias que sobreviveram
às etapas da limpeza. Antes de cada ordenha também deveremos circular uma
solução desinfetante, a fim de eliminar os microrganismos que sobreviveram à
limpeza e cresceram durante o intervalo das ordenhas. (Álvares, 2003)
Latões
• Lave os latões e suas tampas com água morna a 45ºC,
• Em seguida, utilize um detergente alcalino clorado na dosagem indicada pelo
fabricante do produto, em água morna, promovendo esfregação completa em
toda a superfície interna do latão, enxágüe com água limpa por três vezes
seguida,
• Após limpeza com detergente alcalino, passe uma solução de detergente ácido
diluído, em água em torno de 60ºC, enxaguar muito bem,
• Deixe os latões emborcados em estrados próprios para facilitar a secagem,
• Lave os filtros e demais utensílios com água morna, e a seguir desinfete-os
com detergentes e coloque-os em locais secos, arejados, limpos e protegidos
contra moscas e outros insetos,
• Os latões de transporte devem ser inspecionados e mantidos limpos e
desinfetados antes de receberem o leite. Verificações periódicas devem ser
realizadas para observar a existência de vazamentos. (Manual de boas praticas
de fabricação)
Pessoal
Em vacas ordenhadas manuais é possível que o ordenhador contribua
para aumentar a carga microbiana no leite cru desprendendo partículas de
sujeira do úbere, por aumentar o movimento do ar e com isso aumenta a
contaminação aérea e ainda pelas mãos sujas e infectadas.
Os ordenhadores devem seguir hábitos de higiene pessoal, estar em bom
estado de saúde, lavar sempre as mãos, manter unhas sempre aparadas, usar
roupas limpas e apropriadas, não fumar na área de ordenha.
As mãos do ordenhador podem ser fontes de patógenos causadores de
mastite. Como alternativa, pode-se recomendar o uso de luvas de látex ou vinil
pelo ordenhador durante a ordenha quando se fizer necessário.
Medicamentos veterinários
Contaminações por medicamentos provocam:
• Prejuízos à saúde do consumidor (alergias, anemias, problemas no fígado,
problemas nos rins, problemas reprodutivos),
• Desenvolvimento de resistência em bactérias causadoras de doenças nos
consumidores,
• Inibição ou interferência no crescimento dos fermentos usados na produção de
queijos e iogurtes,
• Condenação e o descarte de uma grande quantidade de leite e produtos
lácteos,
• Impedimento que alguns produtos lácteos brasileiros sejam exportados para
outros países (SENAR – Cartilha)
Meio Ambiente
- A cadeia leiteira gera uma grande quantidade de poluentes que podem
contaminar o ambiente, especialmente o solo e os cursos d’água,
- Deve-se ter o cuidado de proteger os mananciais de água, evitando sua
contaminação com os dejetos originados na área de produção animal e nas
atividades de ordenha e armazenamento do leite,
- Deve-se ter o cuidado de dar uma destinação adequada para os produtos
químicos usados (adubos, herbicidas, pesticidas, medicamentos veterinários) e
para o vasilhame (baldes, seringas, agulhas),
- Informações sobre o local adequado para devolução da embalagem usada,
quando for o caso, devem ser obtidas com o vendedor,
- Seringas e agulhas usadas para aplicação de medicamentos devem ser
descartadas com o devido cuidado,
- Se no município houver recolhimento de lixo hospitalar, deve-se tentar o
mesmo destino para as agulhas e seringas. No caso de não existir, deve-se
enterrá-los em local de difícil acesso para animais e pessoas, especialmente
crianças. (Manual de boas praticas de fabricação)